Diálogo Metropolitano
RIO DE JANEIRO
» SÁBADO, 08 DE JUNHO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 8 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO
O Grande Gatsby ganha ritmo de hip hop PAG 5
Existe futebol depois dos 40 anos? PAG 6
Rio: um estado de espírito PAG 4
Queda na inadimplência demonstra cautela dos bancos para crédito Em abril, o Banco Central (BC) registrou uma inadimplência de 7,5% relativa ao crédito com recursos livres para pessoas físicas, o menor índice desde outubro de 2011 (7,4%). Em entrevista à Agência Brasil, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, explicou que a queda na inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, ajuda a reduzir as taxas de juros cobradas pelos bancos. PAG 3
BRASIL E MUNDO
POR DENTRO DA NOTÍCIA
Rogério Theodorovy / Agência FIEP
Obras nas barcas Rio - Niterói prejudicam travessia
Em sua coluna, o jornalista Reinaldo Costa fala sobre um tema que, ao lado da violência, tem assustado os moradores do Rio de Janeiro e Niterói. Trata-se do caos que se transformou os acessos às duas cidades. PAG 8
RIO TOTAL
Automóveis: manutenção preventiva é sinônimo de segurança Desde 2007 o mês de junho é conhecido como “Mês pela Conscientização da Manutenção Preventiva de Automóveis”. O objetivo? Diminuir a quantidade de quebra de veículos na cidade e reduzir o número de poluentes emitidos por eles. PAG 4
NOSSOS COLUNISTAS
DIÁLOGOS
A tecnologia e seus efeitos colaterais
Abordando a internet e a segurança jurídica
DÉBORAH FONSECA PAG 2
JOSÉ CARLOS BLAT PAG 3
Turismo Brasil - EUA: via de mão única?
União Europeia estreita o cerco contra madeira ilegal
HAMILTON VASCONCELLOS PAG 5
DANIELLE DENNY PAG 4
Aulas de defesa pessoal para Polícia Civil com José Aldo Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro e de outros estados tiveram na noite da última quarta (05), uma aula especial de defesa pessoal com o campeão de MMA José Aldo. Ministrada na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte da cidade, a aula faz parte do módulo de “Resgate e Refém” da 7ª edição do Curso. PAG 8
CULTURA
Nostalgia: vendas de discos de vinil batem recorde em 2012 Engana-se quem acha que os discos de vinil ficaram esquecidos em algum lugar dos anos 80 e 90. Atualmente, o bom e velho “bolachão” é um dos formatos físicos que mais cresce em vendas na indústria fonográfica. Músicos, gravadoras e empresários estão de olho neste mercado. PAG 5
SAÚDE
As caxirolas estão proibidas na Copa das Confederações
Saúde: como saber se é gripe H1N1?
JOSÉ CARLOS CICARELLI PAG 6
DRA. LÍVIA GENNARI PAG 7
Bolsas femininas têm mais micróbios que maioria dos vasos sanitários Ricardo Castilho
“Devemos defender o ser humano, não a conduta criminosa”
O professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maulori Cabral, confirmou à Agência Brasil que bolsas femininas têm mais micróbios do que a maioria dos vasos sanitários, como é apontado por estudo da empresa Initial Washroom Hygiene, do Reino Unido, especializada em limpeza de banheiros públicos. PAG 7
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RIO DE JANEIRO
DIÁLOGOS
RICARDO CASTILHO
“Não se defende a conduta criminosa, defende-se o ser humano” RAUL RAMOS durante a graduação. Atualmente, damos cursos “in company”, onde empresas nos contratam para dar essa especialização aos seus funcionários.
Ricardo Castilho
Advogado e professor, Ricardo Castilho é pós-doutor em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor de Direitos Humanos em programas de Mestrado e Doutorado e conselheiro da FECOMERCIO. Ricardo já foi advogado de empresas como Anatel, Banco Santander e, atualmente, é diretor acadêmico e fundador da EPD (Escola Paulista de Direito), uma das mais bem sucedidas escolas da área jurídica do país. Defensor dos Direitos Hu-
manos, Castilho conversou com o Diálogo Metropolitano sobre sua carreira e temas polêmicos que envolvem o direito brasileiro. Como surgiu a Escola Paulista de Direito? A EPD surgiu despretensiosamente. Eu fundei a instituição há 12 anos como professor de direito previdenciário. Alugamos uma sala e reunimos 20 alunos que queriam se aprofundar mais na matéria, porém no ano seguinte já estávamos
com 200 alunos e não tínhamos mais espaço na sala. A EPD nasceu com a intenção de ser uma escola de pós-graduação e não de cursos preparatórios. No meio do caminho, nos credenciamos como faculdade, inclusive de direito, conseguindo nota máxima do MEC. Paralelamente a isso, nossos programas de graduação cresceram e hoje temos cursos pioneiros como direito médico, direito hospitalar, direito imobiliário e vários temas que não são estudados
REFLEXÕES Déborah Fonseca | Jornalista A tecnologia e seus efeitos colaterais Pesquisas revelam que os brasileiros estão em primeiro lugar em horas passadas navegando em redes caseiras. O país éo terceiro em número de internautas no mundo. Realmente, com a violência gratuita que assola as ruas e mancha de sangue as manchetes dos noticiários, a Internet parece ser um porto seguro. Mas,como qualquer excesso, em doses maciças pode ser prejudicial, tanto para a vida social como para a saúde. A dificuldade de selecionar entre o público e o privado, é, para mim, um efeito-colateral inquietante. A intimidade ganhou novas dimensões. Assuntos antes tratados apenas no âmago privado são compartilhados, sem censura, nas redes sociais. O que as pessoas esquecem é que a exposição pode trazer consequências.E, se o bullying já é um problema difícil de se lidar, o que dizer do cyberbullying, que é o assédio, ameaça, rejeição ou propagação de
boatos sobre um grupo ou indivíduo feito através de meios eletrônicos, como SMS ou a própria web?Os jovens ou nativos digitais, como são chamados os nascidos a partir de 1990, são as maiores vítimas. Sem esquecer, é claro, que o corpo também pode se ressentir dos abusos tecnológicos. Dores nas costas por postura incorreta durante o manuseio de gadgets;olhos vermelhos, secos ou lacrimejando; vista cansada e até dor de cabeça de origem oftálmica devido às incontáveis horas diante de um monitor,
além de transtornos do sono,são queixas recorrentes nos consultórios. Otecnostresse surge como um novo mal, que pode levar a sintomas como ansiedade, cansaço crônico e até alterações cardiovasculares e respiratórias. Por isso, é preciso estar atento para não errar na dose. Como tudo na vida, a tecnologia deve ser usada com parcimônia. Ar fresco, esportes, cinema e até um bom livro podem servir de contraponto.E o melhor: sem contraindicações.
E sua vida acadêmica e literária? Durante minha carreria como empresário e educador nunca deixei de lado minha vida acadêmica. No meu pós-doutorado abordei o ensino a distância (EAD). Fiz um recorte do ponto de vista jurídico, porém também mostrando a desumanização que existe nesse novo formato de ensino. Fiz uma pesquisa e descobri que o EAD é muito bom como forma de inclusão, de trazer educação para aqueles que não têm acesso, então consegui enxergar o EAD de outra forma. Já minha obra literária é composta por três grandes obras de referência: Direitos Humanos, Filosofia do Direito e Acesso à Justica. Assim, acabei direcionando minha carreira como escritor de livros jurídicos, empresário e professor. Como podemos mudar a imagem dos Direitos Humanos no Brasil, onde estes são vistos apenas como protetores de bandidos? Começando a conscientização sobre o que são os Direitos Humanos e a amplitude deles, que passam por todas as áreas de nossas vidas. Nossa constituição garante todos os direitos fundamentais e o conceito de que todos têm direito à educação, saúde, igualdade e liberdade. Esses são os Direitos Humanos. O que se estigmatizou é que os Direitos Humanos estão sempre presentes para cuidar dos direitos do preso. Não é direito do preso é direito do cidadão. Uma pessoa quando é condenada à pena privativa de liberdade não é condenada à tortura. Então, o que as pessoas precisam entender é que uma condenação não inclui tortura, humilhação, passar fome, etc. Enquanto o preso é ser humano e está vivo, ele tem
seus direitos. Ser preso não tira de ninguém a condição de homem e cidadão. Os programas policiais da televisão são de alguma maneira responsáveis por essa falsa percepção dos Direitos Humanos? Esses programas que passam crimes bárbaros geralmente incitam a população com perguntas como “O que merece um cara desses? Merece estar vivo? Merece estar comendo na cadeia?” Nossa lei não é de tortura e pena de morte, é de privação de liberdade, apenas. O que passar disso pede uma mudança na lei. Os direitos humanos tutelam sobretudo a vida, que deve ser digna. Para se ter dignidade é preciso ter emprego, moradia, educação, lazer, enfim, os Diretos Humanos não existem sem dignidade. E essa questão da dignidade está no nosso dia-a-dia. Nem todo mundo consegue se alimentar dignamente ou ser atendido em um hospital bom, assim como acontece com a educação. Para mim, direitos humanos são todos os direitos que trazem para a pessoa sua dignidade plena. Outro tema polêmico é o auxílio reclusão. Você acredita que o tema precisava ser mais bem explicado para a população? O auxílio reclusão serve para não deixar a família do recluso de uma forma indigna. Como o preso irá sustentar sua família se não pode trabalhar? Ele perdeu o trabalho em detrimento de estar preso. Esse benefício só é concedido para quem era trabalhador e contribuia para a previdência, não é distribuído para todos os reclusos. Não se defende a conduta criminosa, defende-se o ser humano. Como funciona a ordem dentro dos Direitos Humanos? Há um sistema posto e temos que aderir a esse sistema. Os Direitos Humanos têm um sistema de proteção regional , que é o direi-
to constitucional que já está inserido nas políticas públicas. Existe também o direito internacional, que é quando uma pessoa vai para outro país e tem sua dignidade colocada em risco. Um exemplo disso são os corintianos presos na Bolívia, que estão lá sem um devido processo legal, o que fere os direitos humanos, pois não existem provas contra eles. É preciso um tratamento igualitário e de boa educação. Isso é mais evidente na América Latina? Não necessariamente. Nos Estados Unidos existem várias prisões desumanas, onde o indivíduo não tem direito nem ao banho de sol. Na Europa também temos sistemas tão ruins quanto os daqui. Mas, claro, nosso sistema prisional é muito ruim e quase desumano. O indivíduo entra de um jeito e sai pior. Isso fica evidente nos presídios de segurança máxima, onde o recluso fica em um quarto com uma pedra onde ele dorme e um vaso sanitário no canto do quarto. É possível ter segurança máxima com um pouco mais de dignidade. A sociedade é vítima dela mesma? Existe um filósofo que diz que o homem nasce bom e o sistema o corrompe. Se você pegar duas pessoas, uma que nasce em uma favela e outra que nasce em um bairro nobre, verá que a primeira pessoa terá como espelho o bandido com uma arma na cintura, enquanto a segunda terá outro espelho. Só há um caminho para melhorar esse estado de coisas, que é a educação. É preciso incluir os direitos humanos na educação desde o primário até o ensino superior, para conscientizar as pessoas de que os direitos humanos vão muito além de tutelar bandido. Direitos humanos englobam cidadania, ética e respeito ao próximo. Enquanto não tivermos isso não iremos melhorar nada. Nossa única arma é a educação!
Diálogo Metropolitano Publicado pela Alpha Prime Editora e Jornalismo Ltda. Alpha Prime: 60 anos de jornalismo
Diretora Mônika Santos Ferreira Diretora de Redação Déborah Fonseca Jornalista Responsável
colunistas Danielle Denny, Déborah Fonseca, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, José Carlos Blat, José Carlos Cicarelli, Liliane Ventura, Lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro.
Editor Chefe Jônatas Mesquita | MTb 63370 jonatas@dialogometropolitano.com.br
Projeto gráfico e editorial News Prime Comunicação & Web www.newsprime.com.br contato@newsprime.com.br
Redação Jonas Gonçalves Raul Ramos contato@dialogometropolitano.com.br
Redação Avenida das Américas, 3.500 Bloco 05 | Sala 313 | Rio de Janeiro | RJ
Revisão Bianca Montagnana Diagramação Roberta Furukawa Bartholomeu
Impressão Gráfica Lance Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, a opinião do jornal
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ECONOMIA
Queda na inadimplência demonstra cautela dos bancos para crédito JONAS GONÇALVES Em abril, o Banco Central (BC) registrou uma inadimplência de 7,5% relativa ao crédito com recursos livres para pessoas físicas, o menor índice desde outubro de 2011 (7,4%). Em entrevista à Agência Brasil, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, explicou que a queda na inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, ajuda a reduzir as taxas de juros cobradas pelos bancos e também demonstra a cautela das instituições financeiras para concessão de crédito. Além de uma avaliação mais apurada dos perfis de tomadores de empréstimos, os bancos, públicos e privados, investem em estratégias de redução de juros, o que gerou uma discussão
mais ampla sobre o crédito, aponta Maciel. Ao mesmo tempo, a mudança na preferência dos tomadores, que estão trocando operações com taxas mais altas, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito, por opções mais acessíveis, a exemplo do consignado em folha de pagamento. “Há busca por um crédito mais longo e mais barato. Saem de um cheque especial e rotativo [do cartão de crédito], crédito de curto prazo e caro, e buscam um mais barato”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC. No entanto, com a perspectiva do mercado financeiro de mais aumento na taxa básica de juros, a Selic, a tendência é que as taxas de juros cobradas tanto de
pessoas físicas quanto de jurídicas subam. “É natural se esperar que o aumento de taxa básica continue impactando o custo de captação e venha a atingir as taxas para as famílias e empresas”, analisou Maciel. Índices - A taxa cobrada nos empréstimos a pessoas físicas (famílias) alcançou 24,3% em abril, de acordo com o BC, com queda de 0,1 ponto percentual em relação a março. Para as empresas, a taxa ficou estável em 14% ao ano. No caso do crédito com recursos livres, a taxa para as famílias também caiu 0,1 ponto percentual, para 34,4% ao ano. Em relação às empresas, houve alta de 0,4 ponto percentual, para 19,2% ao ano. Entre as modalidades do crédito com recursos livres
está a taxa do cheque especial, que caiu 1,1 ponto percentual, para 136,8% ao ano. Mesmo assim, essa é a taxa mais alta pesquisada pelo BC. A taxa do crédito pessoal, sem consignação em folha de pagamento, ficou em 67,7% ao ano, com redução de 0,3 ponto percentual. A taxa anual do crédito consignado também caiu 0,3 ponto percentual, para 24,3%. A inadimplência do crédito do sistema financeiro para pessoas físicas ficou em 5,3%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. No caso das empresas, houve aumento de 0,1 ponto percentual, para 2,3%. A inadimplência do crédito com recursos livres é maior. Para as pessoas físicas, ficou em 7,5%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a março. A inadimplência das empresas, no crédito livre, ficou em 3,7%, alta de 0,1 ponto percentual. O saldo total de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,452 trilhões, o que corresponde a 54,1% de todos os bens e serviços finais que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Em relação a março, houve alta de 0,2 ponto percentual nessa relação. O crescimento do saldo das operações de crédito foi 0,7% em relação a março e 16,4% em 12 meses encerrados em abril.
PAPO SÉRIO
TURISMO EM AÇÃO
José Carlos Blat | Promotor de Justiça A internet e a segurança jurídica
Hamilton Vasconcellos | Advogado Brasil – EUA: via de mão única?
Nesta semana gostaria de abordar a questão da internet e a segurança jurídica. A tecnologia cada vez mais avançada tem permitido que as pessoas acessem a internet de qualquer lugar, seja através de computadores, “tablets”, “smartphones” ou outros equipamentos modernos. Esse tipo de acesso permite ainda a inclusão às denominadas redes sociais, como o Facebook, Twitter, Instagram, etc. Até aí, caro leitor, tudo certo, afinal de contas nada melhor do que ter acesso infinito às informações e ainda a possibilidade de fazer amigos virtuais. Ocorre, porém, que essa tecnologia e essas informações todas acabam nos escravizando de tal forma que não conseguimos mais viver sem estar nesse contexto virtual. Hoje vivemos mais tempo nesse universo virtual do que em contato com outras pessoas no mundo real. As nossas informações
pessoais, fotos e vídeos circulam livremente pela rede mundial, e é aí que mora o perigo. Quantas vezes nos deparamos com notícias sobre o vazamento de fotos ou vídeos contendo cenas íntimas com o intuito de atingir a reputação alheia? Pois é, a legislação brasileira é insuficiente para coibir e até mesmo retirar totalmente as informações, fotos e vídeos maliciosos que atingem a honra das pessoas. Nesse contexto, vale dizer que o mundo virtual é um mundo sem regras, sem limites e, por conseguinte, sem lei. A humanidade evoluiu e superou a denominada Lei de Talião, do “olho por olho, dente por dente”, e transformou o direito penal, que era um instrumento de vingan-
ça, em instrumento de justiça. Isso no mundo real, porque no mundo virtual as informações não são apagadas, ao contrário, são perpetuadas. Por isso, colocar uma notícia mentirosa, por exemplo, é o mesmo que decretar uma sentença com uma pena perpétua com tal registro negativo, que poderá ser acessado a qualquer tempo e em qualquer lugar do globo terrestre! O marco regulatório da internet, ao contrário do que muitos pensam, não representa censura ou um atentado à liberdade de pensamento, mas a imposição de limites, equiparando o mundo virtual ao mundo real. Assim meu caro leitor, pense a respeito desta nossa reflexão e muito cuidado com a tecla “enter”, que eterniza o seu registro para o mundo virtual. A expressão latina “mors omnia solvit” (a morte tudo resolve) só se aplica no mundinho real, porque no mundo virtual seremos sempre imortais, para o bem ou para o mal.
Há muito tempo o brasileiro tem papel relevante na economia turística americana. Em 2012, o Brasil foi o 4º emissor de turistas para os EUA, sem contar os países fronteiriços (Canadá e México). A constatação da importância econômica do Brasil é notada em ações do governo americano em solo brasileiro. A primeira questão, tão debatida, é a do visto de turista. Antes, tirar o visto consumia de 60 a 100 dias, após uma “via crucis”. Era necessário pagar taxas em um banco com poucas agências, realizar longo agendamento, enfrentar filas enormes no entorno dos consulados para as entrevistas e outras, tão grandes quanto, para reti-
rar o passaporte com o visto concedido. O sistema se atualizou. A foto é digitalizada, o agendamento é virtual e muito mais rápido, postos do consulado funcionam aos sábados e domingos e a retirada do visto pode ocorrer em menos de 30 dias. Além disso, você pode receber o seu passaporte em casa, pelos correios. No Rio de Janeiro, por exemplo, foi aberto um posto do consulado somente para recebimento da documentação e retirada do passaporte. Os números comprovam a importância do brasileiro para o turismo norte-americano. Os brasileiros foram os turistas que mais gastaram na Flórida em 2011: foram 2,2 bilhões de dólares! Com isso, nos parques e lojas há
atendentes brasileiros e todo material impresso de orientação tem texto em português. Miami, antigo paraíso de compras dos brasileiros, perdeu espaço para a vizinha Orlando nesta última década (a cidade possui as mesmas facilidades e preços similares, além de ser próxima dos parques), mas, de olho no turista brasileiro, reinventou-se, através de regiões turísticas renovadas como o Downtown e o South Beach, que traduz o brazilian way of life. A estratégia deu certo: em 2012 foram mais de 690 mil brasileiros na cidade. Cada vez mais veremos ações do governo dos EUA no Brasil para atrair turistas. Por que não conseguimos fazer o mesmo lá? Já que não é possível acabar com os vistos para os americanos, que tal abrirmos mais postos de solicitação de vistos? Por que não agilizamos os processos em solo americano? Enquanto isso, vamos às compras de julho em Orlando e Miami?
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BRASIL E MUNDO
Automóveis: manutenção preventiva é sinônimo de segurança JONAS GONÇALVES
Rogério Theodorovy / Agência FIEP
muito importante”, afirma. “Também é preciso ficar de olho na lubrificação. Para isso, basta puxar a vareta e ver se está no nível. A calibragem do pneu também deve ser feita regularmente”, completa. Não há regras específicas para se atentar na hora de escolher uma oficina para deixar o seu carro, mas é indicado que sejam feitos ao menos três orçamentos. “Ao analisar esses orçamentos, não se deve levar em conta apenas o preço, mas também a segurança, valorizando sempre o bem maior do cidadão, a vida”, finaliza Gaspar.
Desde 2007 o mês de junho é conhecido como “Mês pela Conscientização da Manutenção Preventiva de Automóveis”. O objetivo? Diminuir a quantidade de quebra de veículos na cidade e reduzir o número de poluentes emitidos por eles. O mês escolhido é ideal para celebrar a data, já que antecede as férias escolares de julho e está distante da agitação e das despesas decorrentes de Natal e fim de ano. Assim, o motorista pode fazer a manutenção de acordo com suas condições financeiras, programando-se para não ficar com o orçamento apertado. De acordo com Antônio Gaspar de Oliveira, diretor técnico do Sindirepa-SP
(Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), a opção pelo mês de junho também se dá por conta das demais operações de “ risco zero” que são realizadas. Durante todo o mês de junho, os motoristas são alertados sobre os cuidados necessários para que seus veículos estejam em condições de uso, evitando assim as quebras inesperadas e garantindo sua segurança e de todos a sua volta. De quebra, a campanha estimula os condutores a fazerem a manutenção adequada visando manter as emissões de poluentes dos carros dentro dos padrões recomendados pelo Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama). Segundo Gaspar, desde que o “Mês pela Conscientização da Manutenção Preventiva de Automóveis” foi instituído, é possível notar uma redução na quantidade de emissões de poluentes na cidade. “As pessoas estão mais conscientes e os veículos mais bem cuidados devido às inspeções”, afirma. “A renovação da frota, a melhoria do preço do álcool e os rodízios de carros também contribuem para essa redução”, completa. A manutenção preventiva também beneficia o bolso do motorista. Dados do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) – formado pelas entidades que repre-
sentam o setor de reposição automotiva (Sindipeças, Sicap/Andap, Sincopeças, Sindirepa e Abrapneus) mostram que a manutenção preventiva custa, em média, 30% a menos do que a corretiva. É preciso ficar atento ao que diz o manual do proprietário do veículo, que vai indicar a hora certa de fazer a revisão, variando entre o tempo de rodagem do automóvel e a quantidade de km percorridos. Segundo Gaspar, além do que está previsto no manual é preciso executar ações simples para preservar o bom estado do veículo e prezar pela segurança. “Não se dispensa a verificação de freio, item de segurança
Carro 100% / Caminhão 100% / Moto 100% O programa Carro 100% / Caminhão 100% / Moto 100% é uma criação do Grupo de Manutenção Automotiva (GMA) e tem por objetivo realizar avaliações
gratuitas em veículos para orientar os motoristas sobre a importância da manutenção preventiva e destacar o check-list de segurança, de acordo com a norma ABNT 14624. Nas blitz, divulgadas no site www.carro100.com.br, a equipe do programa avalia veículo a veículo e lista quais itens precisam de reparo imediato. Sabendo o que é preciso consertar, o proprietário do automóvel pode se dirigir ao seu mecânico de confiança para efetuar o conserto. De acordo com Antônio Gaspar de Oliveira, coordenador do programa Caminhão 100%, a adesão dos caminhoneiros é maior que a dos motoristas de carros de passeio. “O caminhoneiro tem uma visão diferente do veículo dele, é sua ferramenta de trabalho e moradia e ele tem que cuidar bem”, afirma.
Motivos para fazer a manutenção preventiva » Melhoria da segurança no trânsito » Melhoria da qualidade do ar » Maior segurança, evitando panes em locais perigosos » Maior economia de combustível, resultando em menos gastos » Menor despesa, pois a manutenção preventiva é mais econômica do que a manutenção corretiva » Valorização do seu patrimônio » Respeito ao pedestre e ao patrimônio público » Maior conforto e tranquilidade
ECONOMIA VERDE
NOSSA CULTURA
Danielle Denny | Advogada União Europeia estreita o cerco contra madeira ilegal
Renata Palmier | Relações Públicas Rio: um estado de espírito
A União Europeia passou a exigir de seus fornecedores de madeira e derivados (como papel e celulose) comprovação de origem da mercadoria e do cumprimento da legalidade. Em princípio, parece óbvio que todos devem obedecer às leis, mas, antes da Regulamentação Madeireira da União Europeia – EUTR (em inglês), era mais fácil permanecer impune. Com esse novo regulamento, os exportadores terão que apresentar ao comprador europeu documentos que compro-
vem a rastreabilidade da madeira, guias florestais e de transporte, planos de manejo, guias de exportação, notas fiscais etc. O estado do Pará estuda até a opção de incluir um chip por exemplar arbóreo para facilitar o controle. “Em termos de governança é um avanço, mas, para efetivamente inibir crimes ambientais, a medida surte poucos efeitos no Brasil”, pondera Otávio Cafundó, engenheiro florestal da Brasil Diverso. Segundo ele, no tocante à madeira brasileira, “o grosso do ilegal é consumido no Sudeste e Sul”. No comércio
para a construção civil, um mesmo Documento de Origem Florestal, por exemplo, é usado várias vezes, e a fiscalização é muito escassa, alerta o especialista. O mercado europeu é atendido, via de regra, por grandes produtores, cuja grande maioria já cumpre exigências abrangentes de certificações, que incluem normas ambientais, trabalhistas e sociais. Dessa forma, a decisão europeia vai gerar poucos impactos práticos aos exportadores brasileiros.
Nenhuma outra cidade do mundo ostentaria com tanto charme o título de “maravilhosa” como o Rio de Janeiro. Aos caprichos da natureza, que colocou mar e montanha lado a lado em perfeita harmonia, juntam-se o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Maracanã e o estilo de vida despojado e festeiro do carioca. Mais que um cartão-postal, o Rio é um estado de espírito, sempre alegre e de alto-astral. Também, pudera – a cidade tem cerca de 30 quilômetros de orla, contornada por calçadões e ciclovias repletas de gente caminhando, pedalando, cor-
rendo ou apenas observando o movimento. Boa parte da história do Brasil – em especial do período Imperial - está guardada no Rio de Janeiro. Belos prédios dos séculos 19 e 20 abrigam museus e centros culturais que não se limitam a contar os fatos – muitos espaços oferecem programação intensa e funcionam como cenários perfeitos para exposições temporárias, mostras de cinema, apresentações de música, teatro e dança. Reunidos no Centro da cidade, os prédios podem ser conhecidos em um passeio a pé pela Cinelândia, onde estão construções como o Theatro Municipal e o Mu-
seu Nacional de Belas Artes; e arredores da Praça XV, contornada pelo Paço Imperial, o Centro Cultural Banco do Brasil, a Casa França-Brasil, entre outros. O Rio, porém, também é da noite, e reflete na Lapa toda a sua boemia. O bairro, que passou por um longo período de decadência, volta a ser ponto de encontro dos fãs do samba – mas também abre espaço para os mais diversos estilos musicais, que invadem casas como o Circo Voador e a Fundição Progresso. Além das praias – da democrática Copacabana à extensa Barra da Tijuca, passando pela neo -hippie Ipanema – tem ainda a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Parque do Flamengo e a Floresta Tijuca, emolduradas por belos cenários naturais e espaços de sobra para a prática de esportes ao ar livre. Tudo isso identifica o Rio de Janeiro como uma cidade cultural, e nós transformamos isso em um “estado de espírito”.
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RIO DE JANEIRO
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CULTURA
Nostalgia: vendas de discos de vinil batem recorde em 2012 Raul Ramos é uma espécie de refúgio, pois você coloca o disco e faz só aquilo.”, afirma Reginaldo Lincoln, baixista da Vanguart. Novos discos, novas lojas e novos fãs
Engana-se quem acha que os discos de vinil ficaram esquecidos em algum lugar dos anos 80 e 90. Atualmente, o bom e velho “bolachão” é um dos formatos físicos que mais cresce em vendas na indústria fonográfica. De olho neste mercado, músicos, gravadoras e empresários brasileiros voltaram suas atenções novamente para o vinil, que promete tornar a ocupar o seu lugar na estante da sala. Os números vindos do exterior reforçam ainda mais essa volta. Em 2012 foram vendidos 4,5 milhões de discos nos Estados Unidos, segundo a revista Billboard, um recorde desde 1991. No mesmo ano, na Inglaterra, as vendas aumentaram 70% em relação a 2011. Tudo isso fez com que os músicos brasileiros voltassem a considerar o lançamento de seus álbuns em vinil. Bandas como Cachorro
Grande, Pitty, Pato Fú e Los Hermanos reeditaram suas obras para o formato. Vencedora do prêmio de melhor banda nacional no VMB 2012 pela MTV, a Vanguart também lançou seu novo disco em vinil. Hélio Flanders, vocalista do grupo, demonstra que essa mentalidade parte, na grande maioria das vezes, dos próprios músicos. “Lançar o disco em vinil foi realmente uma decisão nossa. Eu, particularmente, tenho essa paixão pelo vinil. Ficamos no pé da gravadora até conseguirmos. Pretendemos lançar o novo disco também nesse formato”, conclui. “Para ouvir o vinil, é preciso todo um ritual: você vai lá, muda de lado e tudo mais. Isso faz com que a pessoa realmente pare para ouvir a música, o que não acontece hoje em dia. Todo mundo ouve música e faz mais alguma coisa ao mesmo tempo. O vinil
Seguindo a mesma linha dos discos, as lojas estão crescendo dentro do segmento. Um dos principais pontos onde os amantes de música se reúnem é a Praça da República, em São Paulo. Foi lá que Márcio Custódio resolveu, juntamente com seu irmão, abrir sua própria loja de discos. “Abrimos a segunda loja porque nossa primeira é muito pequena e não cabiam todos os discos lá, precisávamos de mais espaço. O mercado está crescendo, então estamos sendo agressivos em publicidade, marketing e, principalmente, bons discos”. Márcio ainda diz
que há espaço para todos os estilos dentro do mercado: “Sou muito eclético, gosto de Jazz, Soul, Metal, então eu e meu irmão procuramos trabalhar com o que é legal, o que é bom, sem se restringir a um único gênero”, conclui o empresário. Basta uma volta nas galerias do centro para encontrar jovens procurando discos. Italo Marangão, estudante de 17 anos, é um deles, “Acho que o disco te deixa mais perto do artista, mais enraizado com a produção. O disco tem toda uma “mística” que o CD não tem. Geralmente você esquece o CD, não cuida direito. Já com o vinil é diferente. Existe um afeto, um carinho”, diz Italo. Agora é esperar e ver se realmente o novo-velho formato entrará de vez nas nossas casas, resgatando tudo o que realmente significava ouvir música.
Onde encontrar? Não são apenas os paulistas que têm paixão pelos vinis e que podem adquiri-los facilmente nas galerias espalhadas pela cidade, no Rio de Janeiro a paixão pelos discos também pode ser facilmente percebida. Um dos maiores eventos da área no Brasil acontece na capital carioca. Em 2013, a Feira de Discos de Vinil do Rio de Janeiro chegou à sua 7ª edição e atraiu cerca de 4 mil pessoas, que procuravam todos os estilos musicais disponíveis em LP. A feira reuniu mais de 60 expositores de todo o país e discos de todos os tamanhos, cores, preços e gêneros. Ed Motta, cantor famoso por gostar de discos de vinil, foi um dos participantes da feira. “Tenho cerca de 30 mil discos em casa, talvez um pouco mais, agora estou construindo um quarto só para guardá-los. Não conheço quem tenha mais discos que eu no Brasil, mas deve existir!”, brincou Ed em entrevista ao blog Trilha do Vinil. Durante o evento, a procura por agulhas e tocadiscos também foi grande, e a responsável pelo estande com esses equipamentos foi a Prefiro Vinil (www.prefirovinil.com.br) que, além de comercializar discos, também vende equipamentos de som. Além de objetos usados, a loja também oferece produtos novos. Existem modelos modernos de toca-discos com entradas para USB, CD e saídas para computadores e notebooks. A tecnologia acompanhou a tendência nostálgica e, hoje, “máquinas” com motor de alta precisão e controle eletrônico de rotação estão disponíveis, tudo para satisfazer essa fatia crescente do mercado fonográfico. Os preços ainda são altos para os modelos mais completos, ficando na média dos R$ 3 mil, mas é possível encontrar vitrolas com valores mais acessíveis, entre R$ 500 e R$ 1.000.
THELL VÊ TV
NA TELONA Hamilton Rosa Júnior | Jornalista e Crítico de Cinema O Grande Gatsby ganha ritmo de hip hop
Thell de Castro | Jornalista Eliana renova com o SBT » A assessoria de comunicação do SBT informou que Eliana renovou seu contrato com a emissora. » A apresentadora, que iniciou sua trajetória na TV no mesmo canal, está desde 2009 comandando o programa que leva seu nome. A atração há um ano é vice-líder de audiência aos domingos. » “Completo 11 anos de SBT e esta renovação é o resultado de um casamento bem-sucedido. Além do contrato, renovo também as energias. É sempre bom sentir-se prestigiada pela emissora e pelo público. Que venham muitos anos e muito trabalho pela frente!”, disse Eliana.
dado a consolidar nossa audiência com um programa voltado à família brasileira, e que, cada vez mais, se torna uma excelente opção para os anunciantes. Desejamos todo sucesso a ela”, afirma o vice-presidente da emissora, José Roberto Maciel.
Maria Adelaide Amaral, vai estrear no dia 08 de julho.
“Anjo Mau” volta no Viva
» “Estamos muito felizes com a renovação da Eliana que, com todo seu talento artístico, carisma e visão empreendedora, tem nos aju-
» Atendendo a pedidos de assinantes, o Viva escolheu “Anjo Mau” para substituir a novela “Felicidade”. A segunda versão do folhetim, escrita por
» No elenco, estão os atores Glória Pires, Kadu Moliterno, Maria Padilha, Daniel Dantas, Leonardo Brício, Lavínia Vlasak, Alessandra Negrini, Mauro Mendonça e Gabriel Braga Nunes.
» Com direção geral de Denise Saraceni, o remake da trama original de Cassiano Gabus Mendes foi ao ar na TV Globo em 1997.
Baz Luhrman é um diretor atrevido. Seu Romeu + Julieta propunha uma releitura de Shakespeare em ritmo de videoclipe, e Moulin Rouge fazia Toulouse Lautrec e toda a era do impressionismo dançar ao som de FatBoySlim. Agora o alvo é O Grande Gatsby, a monumental obra de F. Scott Fitzgerald. Quem já torcia o nariz para o cinema deste diretor australiano, vai continuar achando-o um esteta afetado, mas o filme é dedicado à parcela do público que se amarrou nos filmes anteriores de Luhrman. Para o australiano, O
Grande Gatsby é uma tragédia do dinheiro contra o amor, ou melhor, do dinheiro em nome do amor - do amor a Daisy, do amor a Fitzgerald, do amor ao cinema. Por aí, estamos conversados - Luhrmann, que ainda por cima encenou ópera, aposta numa dimensão feérica, teatral, de grandes gestos estilizados. Contra as anteriores adaptações do romance, em que o centro era o romance entre o milionário Gatsby e Daisy, contudo, esta nova versão desvia o centro de gravidade para a relação de admiração de Gatsby por Nick Carraway, narrador do filme e primo de Daisy, que vê Gatsby
como uma espécie de irmão mais velho, que se admira e despreza ao mesmo tempo. Ele parece o único sujeito incorrupto numa Nova Iorque fútil, onde apenas as aparências interessam. Luhrmann encena com inteligência os subtextos do confronto financeiro e social, desacelerando lentamente a história, reduzindo a tela do espetáculo ao essencial de atores numa sala, ancorando a trama nos ombros de uma dupla certeira - Leonardo di Caprio (Gatsby) e Tobey Maguire (Nick). Mas, ao desviar o foco de Gatsby e Daisy para o olhar desencantado de Nick, o filme perde muito da complexidade que o romance apresenta. Na verdade, a praia de Luhrman são os musicais e o clima de festa. E, toda a vez que o filme se dirige para essa ambientação, o resultado é fabuloso, sobretudo quando vemos melindrosas da Belle Époque inesperadamente embaladas num pulsante hip hop.
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Diálogo Metropolitano
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RIO DE JANEIRO
ESPORTES
Em discussão: existe futebol depois dos 40 anos? RAUL RAMOS Rivaldo, Dodô, Zé Roberto e Túlio Maravilha. Certamente você se recorda de algum lance ou golaço marcado por um deles, mas, atualmente, o que cerca a carreira desses jogadores é algo que chega para todos: a aposentadoria. A última “perda” futebolística foi a do astro inglês David Beckham. Aos 38 anos, o meia, que atuou a última temporada pelo Paris Saint-Germain, anunciou que irá se aposentar no final da temporada. “Sou grato ao PSG por me dar a oportunidade de continuar, mas sinto que esta é a hora certa para encerrar minha carreira, jogando em alto nível. Se alguém me dissesse, quando eu era jovem, que eu jogaria e ganharia troféus por meu time de infância, o Manchester United, que orgulhosamente capitanearia e jogaria pela minha seleção mais de 100 vezes e vestiria a camisa dos maiores clubes do mundo, eu diria que ela estaria contando uma fantasia. Tenho muita sorte por ter realizado esses sonhos”, afirmou o jogador em comunicado. Em entrevista ao canal SporTV, Casagrande, exjogador e atual comentarista esportivo, também comentou sobre o tema e a dificuldade que o atleta tem em parar de treinar e jogar. “A adrenalina dos jogos e o prazer de fazer um gol em um estádio lotado são in-
substituíveis. É disso que o jogador mais sente falta. Quando o Ronaldo parou de jogar, nós conversamos sobre isso, como substituir esse vazio. Na verdade é preciso se concentrar em outras coisas para não deixar isso te fazer mal”, afirma o ex-jogador. Outro problema para jogadores com idade avançada pode ser o excesso de treinamento durante a carreira. Rafael Jorge, médico da Confederação Brasileira de Basquete e da equipe de futebol do Desportivo Brasil, afirma que isso pode ser prejudicial. “Com o tempo, o atleta sofrerá alterações no desempenho esportivo e muito mais lesões, como fraturas por estresse, miosites, artrites, tendinites, lesões ligamentares, além da queda da imunidade. Está provado que exercício em grande intensidade é prejudicial à saúde”, conclui o médico. Time dos quarentões Um dos ídolos da Seleção Brasileira e do Barcelona, Rivaldo não pensa em parar. Mesmo com 41 anos, o meia-atacante planeja disputar a Série B do Brasileirão com o São Caetano. “Apesar da má fase atual, eu tenho convicção de que vamos mudar este quadro na Série B. Vejo a diretoria empenhada em fazer o clube voltar a trilhar o caminho das vitórias, e acredito que
o grupo vai reverter esta situação dentro de campo e trazer alegria novamente ao nosso torcedor”, disse o jogador ao ESPN.com.br. O motivo para continuar nos gramados, segundo o meia, é a dedicação nos treinos e o apoio da família. “Sempre fui um jogador dedicado. Treino bastante e sou apaixonado pelo futebol. Meu pai me motivou muito e até hoje minha família me apoia. Tudo que conquistei veio do futebol, por isso respeito muito a minha profissão”, conclui. Mas, sem dúvida, um dos casos mais curiosos acontece com o Túlio Maravilha. Com 43 anos, o atacante busca seu milésimo gol e, para isso, conta com a ajuda do clube onde brilhou, o Botafogo. O time carioca assinou contrato com Túlio e divulgou o projeto “Túlio a 1000 - 7 gols de solidariedade” em agosto de 2012, quando faltavam sete gols para a marca histórica do craque. Desde então, foram disputados quatro jogos (contra o Boavista, no Engenhão, Cachoeiro FC, em Cachoeiro do Itapemirim-ES, Rio Branco, em Campos, e Santos de Angola, no Caio Martins), e Túlio anotou 5 gols, entre eles alguns pênaltis polêmicos. Agora o jogador reclama da falta de empenho do Botafogo em marcar novos jogos para ele balançar as redes mais duas vezes e comemorar o seu gol número 1000.
David Beckham
PASSA A BOLA... José Carlos Cicarelli | Cronista esportivo
» Não adianta insistir, a Fifa já informou oficialmente que não vai permitir a entrada de torcedores nos estádios com qualquer instrumento musical. Portanto, a chamada “caxirola”, instrumento criado por Carlinhos Brown que chegou até a contar com o apoio do Governo Federal, não poderá “entrar em campo”. Parabéns à Fifa: “chega de palhaçada”! Vamos torcer, isso sim, para que o Brasil faça uma boa campanha na Copa, como fazíamos antes, e esperar que os nossos “craques” não nos desapontem. » Com muitos anos no jornalismo esportivo, ainda não tínhamos visto um caso igual ao do Adilsinho, presidente do Barra da Tijuca, que, além
de cartola, transformou-se em atacante e que, com 43 anos, marcou o gol da vitória de seu clube contra o Bonsucesso. A partida valia a liderança do grupo A do campeonato carioca. O Barra perdia por 1x0. Adilsinho, então, comunicou ao técnico Rogério Fidélis (exjogador de Palmeiras e Corinthians), que iria entrar em campo. Com sua presença, o time cresceu de produção e empatou o jogo: 1x1. Mas, o melhor ainda estava para acontecer. Aos 47 do segundo tempo, Adilsinho, depois de uma bola que sobrou na área, marcou o gol da vitória para o seu time: Barra da Tijuca 2x1 Bonsucesso. O fato foi realmente incrível e ficará na história. Agora, se a moda pega, o Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, que deve ter ficado com inveja, entrará em campo. Só duvido que ele consiga repetir o feito de Adilsinho. Aliás, Juvenal está com seu prestígio em baixa no tricolor paulista. » Não tem perdão. Não vamos aceitar a desculpa dada pelos administradores da Arena Fonte Nova, em Salvador, que vieram a público
para declarar que o problema ocorrido na cobertura do estádio dois dias antes de sua entrega à Fifa para a Copa das Confederações só ocorreu em virtude das fortes chuvas que atingiram a capital baiana. A administração da Arena diz que um “erro humano” causou o rompimento de uma das 36 membranas que cobrem o estádio e que tudo não passou de um fato fortuito. O governador da Bahia, Jaques Wagner, parece que, como nós, não engoliu o lamentável acidente e disse que vai “cobrar o consórcio responsável pela obra para esclarecer o ocorrido”. » Os torcedores das principais equipes brasileiras não consideram muito o endividamento dos clubes pelos quais torcem. Só querem saber dos seus resultados no campo esportivo. Enquanto isso, os dirigentes mostram cada vez mais sua incompetência como administradores, pois as dívidas aumentam em proporção geométrica e são realmente preocupantes.
Túlio Maravilha
Libertadores e experiência Todo torcedor concorda que jogadores com mais experiência são necessários quando o time disputa competições importantes, por isso jogadores mais velhos são figuras carimbadas em torneios como a Libertadores. Na edição 2013, o título de jogador mais velho ficou com o goleiro Rogério Ceni, de 40 anos. Mas outros times fora do Brasil também entraram na lista. Confira abaixo os 10 jogadores mais velhos (ou experientes) da nossa principal competição continental: 1 – Rogério Ceni – 40 anos (São Paulo) 2 – Dida – 39 anos (Grêmio) 3 – Andres Scotti – 37 anos (Nacional – URU) 4 – Gerardo Bedoya – 37 anos (Santa Fe – COL) 5 – Sebastian Peratta – 36 anos (Newells – ARG) 6 – Carlos Morán – 36 anos (Barcelona – EQU) 7 – Gilberto Silva – 36 anos (Atlético Mineiro) 8 – Sinha – 36 anos (Toluca – MEX) 9 – Deco – 35 anos (Fluminense) 10 – Francisco Arrué – 35 anos (Huachipato – CHI)
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RIO DE JANEIRO
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SAÚDE
Bolsas femininas têm mais micróbios que maioria dos vasos sanitários O professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maulori Cabral, confirmou à Agência Brasil que bolsas femininas têm mais micróbios do que a maioria dos vasos sanitários, como é apontado por estudo da empresa Initial Washroom Hygiene, do Reino Unido, especializada em limpeza de banheiros públicos. “Tem mais micróbios na superfície das bolsas das mulheres do que na superfície dos vasos sanitários. As mulheres colocam a bolsa em tudo que é lugar. Pegam na bolsa o tempo todo e ficam passando micróbios da mão para a bolsa. E ninguém passa água sanitária na bolsa”, diz. O estudo feito pela companhia britânica revela que o creme de mãos, batons e estojos de maquiagem são os itens mais sujos que as mulheres carregam nas bolsas. Maulori Cabral concorda com a pesquisa. “É o que ela [mulher] toca mais, mas pelo lado de fora”. Ele explicou que os batons, sozinhos, já têm agentes antimicrobianos. O mesmo ocorre em relação ao creme para mãos. Já os frascos que contêm o creme estão, a todo momento, sendo segurados pelas mãos femininas. Maulori Cabral esclareceu que, quando uma pessoa segura algum objeto,
A VIDA É FRÁGIL. VIVA COM SAÚDE Dra. Lívia Maria Gennari | Médica
Como saber se é H1N1? A primeira vez que o mundo ouviu falar sobre a gripe A - na época apelidada de gripe suína - foi em 2008. Lembrome claramente daquele inverno, já que eu era residente de pediatria em um Hospital Universitário e, como todos os brasileiros, não fazia ideia da extensão ou da gravidade da doença. Ouvíamos muitos boatos e informações desencontradas, chegamos a acreditar que a gripe espanhola havia retornado. À medida que o tempo passava, eu enfrentava diariamente uma enfermaria abarrotada de
crianças com sintomas típicos de gripe. Como não tínhamos exames para diagnóstico específico, assumíamos que todos os pacientes eram portadores do vírus H1N1. Hoje, cinco anos depois do pesadelo, apesar de já termos meios para o diagnóstico e tratamento eficaz, ainda estamos acompanhando o aumento expressivo de casos de óbito pelo vírus na cidade de São Paulo. A campanha de vacinação anual contra a gripe agora ganha uma importância ainda maior, já que também imuniza contra o temido vírus da gripe A. Além disso, nos primeiros sintomas de gripe acompanhada de sin-
tomas pulmonares, como tosse e falta de ar, já podemos iniciar o tratamento com a medicação antiviral, que, administrada nos primeiros cinco dias de sintomas, é capaz de controlar a evolução da doença e evitar muitos óbitos. Mas como saber se aquela tosse, febre e dores no corpo são causadas por uma gripe comum ou pelo H1N1? Quando procurar um médico para fazer o tratamento? Na verdade, essas questões pouco importam, pois, em tempos de epidemia, qualquer suspeita deve ser investigada, principalmente nos grupos de maior risco, que incluem os menores de dois anos, os idosos, as gestantes e os portadores de doenças crônicas. Desta forma, se você está com dores no corpo e nas articulações, febre, tosse ou falta de ar e dores de cabeça, procure o serviço de saúde, pois a prevenção e o tratamento precoces podem salvar vidas.
transfere para ele parte da sua microbiota. “Todo bicho vivo que você conhecer tem uma população de micróbios associada ao próprio corpo. Cada pessoa tem as suas populações bacterianas. Esse conjunto de populações bacterianas que está associada ao corpo denomina-se microbiota”, disse. Cabral descartou, entretanto, que o fato de as bolsas femininas apresentarem mais micróbios que a superfície de vasos sanitários põe em risco a saúde humana. “De maneira nenhuma. Isso tudo é injeção de pânico”. A microbiota faz parte da evolução dos seres vivos. Cada pessoa carrega cerca de 100 trilhões de bactérias. “O corpo adulto é formado por 10 trilhões de células que são descendentes da fecundação, ou seja, da nossa origem embrionária”. Quando a criatura nasce, se contamina com bactérias, inclusive da própria mãe e, quando fica adulta, carrega dez vezes mais bactérias do que células embrionárias. “Quando você encosta em alguma coisa, passa para ela seus micróbios”. Na avaliação do virologista, lavar as mãos de forma frequente não reduz o número de bactérias presentes nas bolsas das mulheres. O que precisa é lavar as mãos sempre antes das refeições e depois de ir ao
Cuidados com a sua bolsa Um dos problemas das bolsas femininas é o peso excessivo. As mulheres teimam em carregar de tudo: maquiagem, pente, estojo, espelho, chaves e inúmeros utensílios. Pesada, a bolsa leva a uma sobrecarga no tronco, podendo causar dor e tensão nos ombros, além de desvio lateral da coluna (escoliose) quando carregada apenas de um lado. Confira algumas dicas para evitar o problema. * Carregue somente o estritamente necessário dentro da bolsa; * Alterne o transporte de bolsas entre os ombros; * Procure carregar a bolsa o mais próximo do tronco, evitando carrega-la nos braços e mãos para não sobrecarregar articulações mais frágeis.
banheiro. “Quando lava as mãos, você não se livra dos seus micróbios, você se livra dos micróbios dos outros. Porque os seus fazem parte da sua microbiota. Os dos outros é que podem fazer mal a você, ou não”. Cabral reiterou que os seres humanos nascem para conviver com os micróbios. “Fantasiar micróbios como algo maléfico é o maior absurdo”. Ele disse que as crianças tomam lactobacilos vivos porque isso faz bem à sua saúde e disse que a contaminação microbiana é uma coisa natural. Embora sejam invisíveis, os micróbios são os seres mais poderosos do planeta, avaliou o professor da UFRJ. Os micróbios fazem par-
te do cotidiano. Cabral explicou que como o ser humano é um animal social, os homens cumprimentam uns aos outros, trocando micróbios no aperto de mãos. “A primeira coisa que você faz é: fique com um pouco dos meus micróbios e me dê um pouco dos seus”. Quando há mais intimidade com a outra pessoa, trocam-se beijos. “Aí a coisa complica” porque, segundo Cabral, cada gotícula de saliva tem 100 mil bactérias. “Mas, tem coisa melhor do que trocar bactérias?”, brincou o professor. Isso significa que quanto mais íntimo for o cumprimento, mais a microbiota é compartilhada. (Alana Gandra/Agência Brasil)
Maioria dos micro-organismos presentes em mochilas e bolsas é inofensiva Por ser um ambiente fechado, as mochilas favorecem a proliferação de micro -organismos, mais que os sanitários, que são ambientes abertos e com constante processo de limpeza, disse à Agência Brasil o professor Mário Henrique de Barros, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Ele destaca, entretanto, que a maioria deles é inofensiva à saúde humana. “Embora o despejo de micro-organismos lá [no banheiro] seja maior, há sempre uma remoção deles, enquanto na bolsa ou mochila, eles ficam mais confinados e não têm muita chance de serem incomodados”. O professor assegurou, entretanto, que a maioria desses micróbios é inofensiva. “Mais de 90% dos micro-organismos têm a vida deles livre. Eles conseguem subsistir com os seus próprios meios. Uma pequena fração causa doença. E esses são mais difíceis de encontrar no ambiente. Precisam de um hospedeiro. Mas, de modo geral, é tranquilo”. Mário Henrique de Barros ressaltou, inclusive, que é saudável que nós tenhamos contato com micro-organismos. “Porque isso estimula a nossa capacidade de resposta àqueles que são patogênicos de verdade. A gente vai ativando o nosso sistema imune para quando aqueles micro-organismos que tiverem um arsenal de virulência maior vierem nos atacar, assim estaremos mais preparados”. Na avaliação feita à Agência Brasil pelo biomédico Roberto Figueiredo, a fase da vida das mulheres em que as bolsas apresentam maior índice de micróbios é na faixa dos 16 ou 17 anos até 22 anos. “É a fase em que a bolsa feminina é mais contaminada. Porque é a fase em que a mulher vai mais às baladas, à noite, onde deixa a bolsa no chão do banheiro, coloca a bolsa no chão do carro. E quando vai para um shopping center, na praça de alimentação, coloca a bolsa em cima da mesa e põe a bolsa em cima da cama, quando chega [em casa]”, disse. Nesses locais, enfatizou, pode haver germes. Figueiredo informou que pesquisas feitas indicaram até a presença da bactéria Salmonella em algumas bolsas, que pode estar no ambiente e a bolsa transporta. Ele recomendou que as bolsas femininas devem ser higienizadas periodicamente. “Pelo menos uma vez por semana. Cada bolsa tem a sua técnica de higienização. A mochila de tecido, por exemplo, pode ser lavada”, ressaltou. Outros cuidados, de acordo com o biomédico, são: evitar deixar a bolsa no chão e trazer sempre consigo um cabide de metal para pendurar as bolsas nas mesas aonde a pessoa for. Para evitar colocar a bolsa no chão dos carros, a recomendação é deixá-la no porta-malas. Deve-se evitar ainda deixar as bolsas em cima da mesa e, principalmente, pô-la sobre a cama, “porque ela pode estar trazendo todos esses germes para sua casa e para seus filhos. É dessa forma que eles são transportados”. (Alana Gandra/Agência Brasil)
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RIO DE JANEIRO
RIO TOTAL
Marcos Serra Lima / EGO
Rogério Santana
EDIÇÃO: THELL DE CASTRO
DEFESA PESSOAL
Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro e de outros estados tiveram na noite da última quarta (05), uma aula especial de defesa pessoal com o campeão de MMA José Aldo. Ministrada na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte da cidade, a aula faz parte do módulo de “Resgate e Refém” da 7ª edição do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote), da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais).
DEFESA PESSOAL II
Recentemente, o Cote teve um incremento de 25 dias, a fim de preparar melhor os agentes para os grandes eventos que o Rio de Janeiro receberá. Em dois meses, os 14 alunos têm aulas de resgate, salvamento, primeiros-socorros, instruções com armas, operações marítimas, entre outros treinamentos.
SEMINÁRIO
O crescimento de diversos setores da economia fluminense foi o destaque do seminário “Perspectivas da Economia do Rio”. Durante o evento, também foram debatidos os principais desafios que o estado tem pela frente nos próximos anos. O vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, destacou os resultados dos investimentos que permitiram a recuperação do Rio de Janeiro nos últimos seis anos.
SEMINÁRIO II
Citando os ganhos nos setores de petróleo e gás, automobilístico, tecnológico, siderurgia e de transportes, Pezão afirmou que o Rio tem a maior agenda de investimentos nos próximos três anos. Obras do Arco Metropolitano, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e da Usina Nuclear, em Angra, estão entre as previstas para o período.
Nathália Rodrigues apresenta diversos looks com couro em ensaio de moda do EGO (www.ego.com.br). A atriz, que está em “Amor à Vida”, conta que adora a versatilidade do material. “Tenho muitas peças de couro, como short, calças e jaquetas de todas as cores. Acho moderno e confortável, além de ser fácil de combinar”, revela.
CAFUSA
Enquanto a bola não rola na Copa das Confederações FIFA 2013, os amantes do futebol já podem ver de perto a réplica gigante da Cafusa, a bola oficial do torneio que promete agitar o Shopping Tijuca, que fica na Zona Norte do Rio de Janeiro, até 30 de junho. A Giant Ball pesa 100 kg e tem 2,20m de diâmetro.
CAFUSA II
Na ação promovida pela Adidas, patrocinadora oficial da Copa das Confederações e criadora da bola, o torcedor ainda poderá tirar uma foto gratuitamente com a Giant Ball nos fins de semana e levar a imagem impressa para casa como recordação.
HOMENAGEM
Por iniciativa do vereador Marcelo Queiroz (PP), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro homenageou na última segunda (03) o presidente nacional do Partido Progressista (PP) e senador pelo Estado do Piauí, Ciro Nogueira Lima Filho (foto), por sua história de luta e seu trabalho à frente da sociedade.
HOMENAGEM II
O líder do governo na Casa, vereador Guaraná (PMDB), disse ser uma honra para a Câmara prestar a homenagem ao senador, o que ilustra a grandeza do mandato de Marcelo Queiroz. O senador Francisco Dornelles disse estar lisonjeado por participar do evento em homenagem “a uma pessoa de muita garra e que sempre lutou pelas causas nobres”.
HOMENAGEM III
Também participaram da solenidade a deputada federal pelo Piauí, Iracema Portela, o deputado federal Simão Sessim, o secretário estadual de Transportes, deputado federal Julio Lopes, representando o governador Sérgio Cabral, os vereadores Carlos Bolsonaro e Vera Lins, ambos do PP, e o presidente da União Nordestina de Prefeitos, Roberto Soares.
TARIFA ÚNICA
A prefeitura de Niterói unifica, a partir da zero hora deste sábado (08), o preço das tarifas de ônibus de toda a cidade. A medida, que será publicada por meio de decreto, institui o valor único de R$ 2,95 para todos os veículos (exceto frescões) que circulam na cidade, inclusive os dotados de ar-condicionado. Com a adoção da Tarifa Única Municipal, haverá redução no valor de passagens.
POR DENTRO DA NOTÍCIA Reinaldo Costa | Jornalista Hoje vou falar de um assunto que assusta os moradores do Rio de Janeiro e Niterói. Não, não vou falar sobre segurança, mas sim sobre o transporte urbano e o trânsito, que está um caos nestes dois grandes municípios do Estado do Rio de Janeiro. Quem mora em Niterói sabe bem do que estou falando, pois as opções para trabalhar no Rio de Janeiro são a ponte Rio/ Niterói ou as barcas. Se o cidadão escolher atravessar a ponte de carro no horário do rush, vai levar cerca de 2 horas para atravessar 14 km de ponte, coisa que qualquer corredor de rua faria a pé em cerca de 60 minutos. Porém, se este mesmo cidadão resolver pegar as barcas para fazer a travessia Rio/Niterói neste mesmo horário vai ter uma grande surpresa. Eu diria que hoje o transporte de barcas Rio/Niterói está um caos total. O governo do Estado entregou o serviço das barcas para uma concessionária sem nenhuma
experiência em transportes marítimos. A concessionária resolveu fazer obras nos atracadouros das estações de embarque e desembarque Rio/Niterói, e transformou a chegada e saída dos passageiros num verdadeiros caos na parte da manhã. À noite, as filas chegam a alcançar cerca de 500 metros. No sol ou na chuva, o passageiro fica geralmente sem nenhuma informação a respeito do que está acontecendo e, sem opção, segue caminhando lentamente nas intermináveis filas. Porém, se você, leitor, acha que após o passageiro conseguir entrar na barca o
problema acabou, você está enganado! O passageiro pode ter entrado em uma daquelas barcas antigas e corre o risco de levar até 40 minutos para fazer a travessia, que normalmente deveria ser feita em 15 minutos. Estas barcas antigas têm sido utilizadas para as chamadas viagens extras e, pela sua precariedade, não deveriam estar circulando numa travessia pelo mar. Geralmente, estas barcas têm problemas para atracar em apenas um atracadouro, devido às obras intermináveis.