DC 09/02/2012

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São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

GRITO DE CARNAVAL: Na Bahia

Jornal do empreendedor

Oficiais da polícia decidem hoje se aderem ao bloco dos grevistas enquanto o Exército reforça efetivo na Assembléia ocupada – o general que comemorou seu aniversário com manifestantes foi afastado. Desde o início da greve, há 9 dias, foram 135 homicídios. O governo admite atender reivindicações dos grevistas, mas há impasse quanto à punição de policiais. Pág. 5

Em São Paulo

www.dcomercio.com.br Conclusão: 23h40

Ano 87 - Nº 23.559

O pai de santo Omulu soltou esta pomba branca e pediu paz a Oxalá.

Será atendido?

Em plena Av. Tiradentes, no Centro, a Associação de Policiais Civis e Militares realizou um ato de apoio aos grevistas que ameaçam o carnaval na Bahia. Pág. 6 Por aqui, a folia está garantida. Começa amanhã, com o bloco do Bantantã, que abre o carnaval popular de rua da Cidade. Confira a programação na pág. 9

Lula vai sambar?

Médicos ainda decidirão se ex-presidente poderá desfilar pela Gaviões da Fiel em São Paulo. Pág. 7

Em Porto Alegre Policiais civis entraram no 'clima baiano' e, diante do Palácio da Polícia, fizeram manifestação por melhores salários. A ação faz parte da Operação Cumpra-se a Lei, definida na 2ª-feira. Pág. 6 Robson Mendes/AE

A Grécia já está perdendo as Olimpíadas de Londres Os gregos estão sem dinheiro para preparar seus atletas que deverão disputar em julho os jogos que eles próprios inventaram: as Olimpíadas. Pág. 16 Silvia Zamboni/Folhapress

Alan Marques/Folhapress

Caras-pintadas, corpos-pintados...

São os 'bichos'.

Ontem, foi o 1º dia de faculdade para os calouros – e do consequente trote. Acima, 'bichos' do Mackenzie. Na USP, o movimento estudantil aproveitou para protestar. Pág. 9 HOJE

ISSN 1679-2688

23559

Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 20º C.

AMANHÃ 9 771679 268008

Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 21º C.

Janeiro recordista de confiança e inadimplência estável Os índices animadores foram divulgados ontem pela ACSP e pela Boa Vista Serviços. Pág. 13

22 indiciados pelo rombo do PanAmericano Fraudes somaram R$ 4,3 bi, diz PF. Entre os indiciados, Luiz Sandoval, ex-presidente do Grupo Silvio Santos. Pág. 11

Apenas uma transposição de prazos no Velho Chico Pela segunda vez, em época eleitoral, como "mãe do PAC" e "presidenta", Dilma corrige prazo para concluir a transposição do São Francisco. Pág. 6

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O ato inaugural da ascensão de Graça é mais digno do velho fisiologismo do que de algum manual de boa gestão.

José Márcio Mendonça

pinião

Sérgio Lima/Folhapress

ARISTÓTELES DRUMMOND

FALTA TALENTO, ALÉM DE ÉTICA No Brasil, temos uma falta de pessoas com vocação para a vida pública, muito embora estejam surgindo ultimamente alguns nomes de valor nos estados e municípios.

A

Graça Foster terá de vencer vários desafios e mostrar seu talento gerencial para colocar a Petrobras nos trilhos.

A HORA E A VEZ DA PETROBRAS

P

repara-se para a próxima semana o desfecho da troca de guarda na Petrobras, com a saída de José Sérgio Gabrielli e o advento de Maria das Graças Foster, ou simplesmente Graça Foster, dirigente saudada com loas por sua eficiência e por ser dada a carraspanas nos subordinados, qualidades que também são atribuídas à amiga dela, sua protetora e chefe superior, a presidente Dilma Rousseff.

Graça Foster terá de mostrar muito mais o seu lado gerencial do que exibir a carranca para tirar a Petrobras do labirinto em que se meteu, um tanto pela gestão política nela implantada pelo possível futuro candidato ao governo da Bahia e um tanto mais pelas obrigações que lhe foram impostas na empresa pelo seu maior acionista e inconteste orientador – o governo federal.

O ato inaugural da ascensão de Graça é mais digno do velho fisiologismo nacional do que de algum manual de boa gestão, seja ela pública ou privada: aumenta o número de diretorias da empresa para arranjar abrigo para o companheiro petista José Eduardo Dutra. Dutra ficou ao relento quando deixou de se candidatar a uma quase certa vaga no Senado por seu Estado, Sergipe, para ficar no comando – então como presidente nacional do PT – da campanha presidencial de Dilma. Ele formou o que Dilma chamava de "três porquinhos", com Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo, e foi o único que ficou ao relento na transição de Dilma. É uma homenagem que Graça presta ao partido dela e da presi-

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA dente, negando um pouco a tese de que agora a gestão será apenas de técnicos. Como já foi negada quando, por pressão do PMDB de Renan Calheiros e de José Sarney, DilmaFoster desistiram de trocar o presidente da Braspetro, Sérgio Machado, um senador que ganhou a vaga depois de trocar o PSDB pelo peemedebismo militante.

E

sses "desvios de conduta", porém, são fichinha perto dos desafios que Graça terá de administrar na Petrobras para colocar a empresa novamente nos trilhos e recuperar a imagem de eficiência que tinha até poucos anos atrás. Nada explica mais esta perda de imagem do que a queda da cotação da estatal do mercado acionário. Até iniciou-se uma recuperação nos primeiros dias que se seguiram à indicação de Foster, mas foi rebate falso.

A razão é que a Petrobras, como

nunca nos últimos anos, foi colocada como linha auxiliar ou até, às vezes, como linha de frente da política econômica do governo, o que prejudicou tanto seu desempenho financeiro como seu desempenho naquilo que é o seu principal negócio. Não é à toa que diminuiu sensivelmente o ritmo de crescimento da produção de petróleo da empresa e que ela também não acompanhe o crescimento da demanda nacional de combustíveis, com crescentes importações de derivados.

A

no passado,a empresa não conseguiu nem mesmo cumprir seu cronograma de investimentos. E está com seu cronograma de aumento na capacidade de refino comprometida por se meter em "aventuras políticas", levada a se associar, por exemplo, ao presidente Hugo Chávez numa refinaria em Per-

A Petrobras, nos últimos anos, ficou como linha auxiliar ou até na linha de frente da política econômica do governo, o que prejudicou seu desempenho financeiro e seu negócio.

nambuco, na qual a Venezuela não botou ainda um real, e a programar usinas em lugares economicamente desaconselháveis só porque são terras de domínio político de caciques amigos.

São três basicamente os desafios de Graça: 1) Levar os combustíveis para seu preço real. Os subsídios impostos para ajudar no combate à inflação estão minando a capacidade de investimento da empresa, no momento em que ela precisa de muitos recursos para desenvolver o pré-sal.

2) Tornar flexível a ordem de dar preferência absoluta a mercadorias brasileiras, máquinas, equipamentos e serviços, mesmo pagando mais caro e com prazo de entregas mais longos do que se comprasse no exterior.

3) Formar recursos adicionais para cumprir duas obrigações que lhe foram passadas no présal: ser a operadora de todos os poços a serem abertos e participar com 30% de todos os consórcios vencedores das licitações dos campos do mar territorial brasileiro mais profundo. É tudo muito bonito, gera aplausos no mundo político, até ilustra palanques eleitorais; mas na prática não há recursos para tanto e a estatal já está garroteada e perdendo visivelmente sua exuberância empresarial.

Será que Graça Foster vai exibir sua carranca para retirar essas pedras da frente e justificar a fama de gerentona competente ou cederá ao poder mais alto que se alevanta, no melhor estilo "bate para baixo e diz amém para cima"?

ma nova geração vem surgindo a partir da chegada ao poder de gente mais moça, especialmente nos estados e municípios. Minas, Rio de Janeiro e São Paulo vêm recebendo uma nova geração de executivos com mérito e probidade. A equipe do prefeito do Rio, Eduardo Paes, é rica em exemplos de jovens que ingressaram na função pública já realizados financeiramente ou que abriram mão do ganho material em favor da vocação ao serviço público.

A bancada federal mineira impressiona pelo número de

U

jovens de vocação e tradição na política, a começar pelo mais votado, Rodrigo de Castro, cujo pai foi parlamentar. O mesmo com Paulo Abi'Ackel, herdeiro de um nome que marcou o Congresso pelo brilho; Bernardo Vasconcellos, cujo pai teve dez mandatos parlamentares; Bilac Pinto, filho e neto de parlamentares. O mesmo se pode dizer do líder do PP, deputado Agnaldo Ribeiro, agora ministro, e filho de deputado de muitos mandatos, e de uma prefeita e política de tradição na Paraíba . E assim por diante. preciso reforçar esta nova geração nestas eleições. No Rio, uma vocação que entusiasma é a do deputado estadual Bernardo Rossi, cotado para a prefeitura de Petrópolis, Cidade Imperial, que pertence a todos os brasileiros pelo que representa em nossa história e que tem sido muito mal tratada.

O Brasil que se faz notar pela mobilidade social, comparado com as dez maiores economias, junto com os EUA e o Canadá, poderia se voltar para esta mobilidade na política, unindo tradição, vocação e renovação.

Quem tem responsabilidade de origem, quem construiu um nome, ou se apresenta para servir, pode merecer o voto do cidadão, que, no fundo, tem sido cúmplice da crise, pois, afinal, é ele quem vota/escolhe. Então, não nos esqueçamos: ano de eleição é momento de avaliação.

É

ARISTÓTELES DRUMMOND É JORNALISTA E VICE-PRESIDENTE DA

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO. ARI.DRUMMOND@YAHOO.COM.BR

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Claudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

s democracias vivem uma crise. O desgaste dos partidos políticos, dos governantes, as crises na economia e os escândalos no que diz respeito à corrupção são universais, e acima de orientação político-partidária. A prevalência tem sido de partidos de esquerda, como são patentes os casos da Espanha, Portugal, Brasil, Rússia e Argentina.

No entanto, os observadores mais experientes notam que um dos motivos dessa situação de desconforto e de transição para um novo modelo (que não se sabe ainda qual será) é a falta de homens com vocação quase que sacerdotal para a vida pública.

No Brasil, temos ainda boas reservas, mas não como há meio século, quando pontificavam na política exemplos de austeridade e de probidade, como Pedro Aleixo, Milton Campos, Gilberto Marinho, Daniel Krieger, Zezinho Bonifácio, Carvalho Pinto, Lígia Lessa Bastos e outros mais.

Tanto que as viúvas de Arthur de Sousa Costa, ministro da Fazenda de Getúlio Vargas, e de João Alberto Lins e Barros, poderoso interventor em São Paulo, tiveram de receber uma pensão especial, dada por decreto pelo presidente Emílio Garratazzu Médici.

Parte da culpa dessa situação foi o fato de os mais antigos desestimularem seus filhos a seguir a prática política, por esta ter sido infiltrada por desonestos – além de mal permitir o sustento de uma família, no caso dos honestos.

Por isso, criticar salário de político não é uma atitude de quem quer ver o povo bem representado.

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Fernando Porto (fporto@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repórteres Especiais: Fernando Gabeira, Kleber Gutierrez (kgutierrez@dcomercio.com.br), . Repórteres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

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PROTESTOS NA RÚSSIA, COMO NA SÍRIA, SÃO IMPULSIONADOS POR ASPIRAÇÕES PROFUNDAS.

pinião

Liberdade abaixo de zero O

Aliados de Putin previam que só um pequeno grupo enfrentaria o clima. Erraram.

Anatoly Maltsev/EFE

bservar o despertar democrático ocorrer em locais como o Egito, a Síria e a Rússia é viajar com um brilho no coração e um buraco no estômago.

O brilho vem de ver as pessoas perderem o medo e estarem dispostas a enfrentar riscos enormes para declarar, não uma ideologia em particular, porém a mais humana das emoções: a busca por dignidade, justiça e do direito de construir o próprio futuro.

Eu estava em Moscou na manhã de sábado – no momento em que os manifestantes contra o primeiro-ministro Vladimir Putin estavam se reunindo. Fazia 4 graus Fahrenheit negativos (-20°C). Uma regra clara: quando 120 mil pessoas se reúnem para exigir democracia – e você consegue ver sua respiração e não consegue sentir seus dedos – leve isso a sério.

Os aliados de Putin estavam prevendo que apenas um pequeno grupo iria enfrentar o clima. Eles estavam enganados e isso enfatiza algo que muitos cínicos que observam esses movimentos simplesmente não veem: estes são como terremotos ou vulcões, fenômenos totalmente naturais e surgem de um local muito profundo na alma das pessoas.

Esses grupos não estão se sentando para calcular as chances de sucesso antes de elas começarem. Elas simplesmente ocorrem. Qualquer um que ache que o presidente Barack Obama poderia ter salvado o expresidente do Egito Hosni Mubarak é tão delirante quanto alguém que ache que Obama está por trás dos protestos contra Putin. Todos nós somos expectadores, vendo uma verdadeira onda humana.

Mas esse buraco no estômago vem de saber que ao mesmo tempo em que os protestos são impulsionados por aspirações profundas – dignidade, justiça e autodeterminação – essas emoções têm de competir com outros impulsos menos nobres e interesses embutidos nessas sociedades.

Vejam a Síria. Não tenho qualquer dúvida de que muitos dos sírios participantes da revolta contra o regime Assad – que é dominado por um desdobramento xiita conhecido como os alauítas, que formam cerca de 10% do país – são impulsionados por uma busca de uma Síria livre e pluralista. Mas não tenham ilusões: alguns também são muçulmanos sunitas – que formam a maioria – vendo sua chance de derrubar quatro décadas de governo da minoria alauíta.

Onde essas aspirações democráticas em que todos vencem param na Síria, entretanto, e onde começa o receio de um sectarismo "governar ou morrer" é muito difícil de descobrir.

Analisem este parágrafo de um artigo sobre a Síria no The Times de sábado, escrito por Nada Bakri, correspondente em Beirute: "Uma professora de 34 anos da sita alauíta disse que sua vida tinha mudado de um jeito que

nunca tinha imaginado. Há seis meses, ela começou a cobrir a cabeça como as mulheres muçulmanas sunitas, na esperança de não chamar a atenção. Seu marido, um oficial do Exército sírio, raramente deixa a base para ir para casa. Ela e os dois filhos não o veem durante meses. Há poucas semanas, seu senhorio lhe pediu que deixasse a casa porque o filho dele, recémcasado, queria se mudar para lá. 'Os sunitas começaram a se sentir poderosos. Há um ano ninguém esperaria que isso ocorresse.', diz a professora, que já pensa em voltar para a sua vila".

T

em bons motivos. Há muita raiva mal contida ali. A família Assad tem dirigido a Síria como se fosse um sindicato mafioso desde 1970. Embora o clã Assad possa ter sido um executor ocasional conveniente para Israel e para o Ocidente, ele também tem sido um gigantesco agente de devastação – matando jornalistas e políticos libaneses que ousaram irritar a Síria, armando o Hezbollah, canalizando insurgentes no Iraque, servindo como plataforma de lançamento para maldades iranianas, assassinando seu próprio povo que procura alguma reforma po-

lítica ou econômica.

A Síria não tem nenhum futuro com o governo Assad.

Mas tem um futuro sem eles?

Essa população m ul t is s e ct á ri a conseguirá democraticamente governar a si mesma ou ela vai se desfazer? Ninguém pode prever.

THOMAS L. FRIEDMAN

A

oposição síria está dividida: por seita, por política, por região, por nacionais e estrangeiros. Precisamos apoiá-los e garantir que eles se unam numa agenda de reforma pluralística. Os líderes oposicionistas têm de fazer isso pelos bravos jovens sírios que atacaram o regime de mãos limpas.

A única chance de o presidente Bashar Assad concordar com algum tipo de transição pacífica, e não com uma guerra civil sem fim, é se ele for confrontado com uma frente oposicionista realmente unida.

Trata-se também da única esperança de reforma a Síria. Isso será difícil. Não há democracia sem cidadãos e não há cidadãos sem confiança – sem a confiança de que todos serão tratados com justiça sob a lei, não importa quem esteja no poder, e sem confiança numa visão compartilhada sobre que tipo de so-

ciedade as pessoas estão tentando construir.

Os Estados Unidos têm esse tipo de confiança porque nosso país começou com uma ideia compartilhada que atraiu as pessoas. As fronteiras vieram depois.

Na maioria dos países árabes que estão despertando atualmente, as fronteiras vieram primeiro, desenhadas por potências estrangeiras, e agora os povos presos dentro delas estão tentando encontrar uma lista de ideias compartilhadas para viver e confiar uns nos outros como cidadãos iguais.

O

Iraque mostra como é difícil fazer isso – a divisão sunita-xiita ainda corta fundo – mas o Iraque também mostra que isso não é impossível. Frequentemente nos esquecemos do quanto excepcional os Estados Unidos são sendo, uma sociedade pluralística que se autogoverna. Elegemos um negro, cujo avô era muçulmano, para presidente, numa época de profunda crise econômica e agora estamos considerando substituí-lo por um mórmon.

Quem no mundo faz isso? Não muitos, especialmente no Oriente Médio. Contudo, claramente, muitas pessoas ali estão desejando muito ser cidadãos – não todos, mas muitos. Se aquela região tem alguma esperança de um futuro estável, precisamos apostar neles.

THOMAS L. FRIEDMAN É COLUNISTA DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

SOBRE TARTARUGAS, MÍSSEIS E EMPRESAS P

refiro a velocidade das tartarugas à velocidade dos mísseis, diz um poema do sensível Manoel de Barros (o ensino de poesia deveria ser obrigatório em todos os níveis escolares). Ele me veio à mente quando recebi a chamada de um call-center, no qual uma voz feminina tentava me vender um sistema que aumentaria a velocidade da minha internet.

A voz ao telefone era bonita, mas a moça assassinava a língua portuguesa, com o pavoroso vício do gerundismo.

Pelas barbas de Camões!

Quando esses call-centers providenciarão um tratamento (pois treinamentos não adiantam mais) para desintoxicar seus operadores do vício do gerundismo? Não, minha jovem, "não vou estar adquirindo" um ching ling qualquer que dobrará a velocidade da minha internet.

Juro: a primeira operadora de televendas (que muita gente chama equivocadamente de telemarketing) que me acessar e, na sua abordagem souber usar o rico vocabulário à disposição dos bons profissionais da área comercial, eu compro no ato, seja lá que produto ela estiver me oferecendo ...

Velocidade. Nos dias que correm, tudo virou uma febre "fast". Fast-food, fast-wash, fast-drink, fast-kiss, fast-love, fast-living.

A impressão que se tem é que, do berço ao túmulo, muitas pessoas trafegam em high-speed pela vida sem saborear o milagre de cada momento, do agora – que já está passando... passou!.

"Panta rhei" – tudo passa (ou tudo muda). Eis o grito primal do pensador pré-socrático Heráclito. Estamos

LUIZ OLIVEIRA RIOS

vivendo ou passando como bólides em chamas pela vida?

Lições de priscas eras, mas que continuam superatuais, dão conta de como tudo – incluindo a própria vida – é tragado rapidamente pela voracidade do tempo. Trecho de uma oração atribuída ao legislador Moisés diz o seguinte: "Os dias da nossa vida podem chegar a setenta anos; no máximo, oitenta anos, com canseira; porque tudo passa rapidamente, e nós voamos" (Salmo 90:10). ós voamos! Bela metáfora para dizer como, de fato, tudo passa numa velocidade estonteante. E como tudo é tão veloz, por que devo aumentar ainda mais a velocidade do meu computador se, originalmente, esse "bicho máquina" já é rápido demais?

A febre da velocidade

N

alucinante também se insere no contexto das empresas, e isso merece uma reflexão um pouco mais detalhada, pois muitos estragos gerenciais têm acontecido porque tudo precisa ser "fast". Mas em que direção?

A usar aqui também outra metáfora, uma empresa é como um Boeing em pleno voo.

Justamente por isso é que seus

pilotos, co-pilotos e tripulação precisam saber em qual direção segue o respectivo voo.

De pronto, já é possível afirmar que bem mais importante do que a velocidade é a direção a ser seguida. Ora, sem uma direção – e toda direção sinaliza um norte fanal (alvo a ser atingido) - pode-se imprimir alta velocidade, gastar preciosa energia, mas ficar dando

Mais importante do que a velocidade é a direção a ser seguida. Ora, sem uma direção, que sinaliza o alvo a ser atingido, pode-se imprimir alta velocidade, gastar preciosa energia, mas ficar dando voltas em torno de si mesmo ou correr na direção do abismo.

voltas em torno de si mesmo ou, ainda pior, seguir em velocidade máxima na direção do profundo do abismo.

Seja uma micro ou macro empresa, o empreendedor, antes de tudo, precisa definir a direção a ser seguida por todos os cooperadores. E, conforme ensinamentos extraídos da Escola Militar, os bons gestores sabem estabelecer com maestria a unidade de comando, a sincronia e a sinergia nas unidades de negócios que compõem o todo organizacional. isão é outro traço primordial dos empreendedores de sucesso. Como enxergam longe, lá no futuro fixam os alvos a serem atingidos, traçam os caminhos a serem percorridos (planejamento) e se põem em marcha (cronograma das ações bem "amarradas"), tomando o cuidado de sinalizar os pit-stops obrigatórios (paradas para avaliação intermediária dos resultados obtidos) ao longo da jornada de negócios.

Nesses caminhos, muitos trechos exigirão velocidade mínima, ou até uma parada temporária; em outros trechos, bem pavimentados, é hora da velocidade máxima.

Por isso é que, enquanto a direção a ser seguida (salvo erro estratégico que precisa ser corrigido o quanto antes) é invariável, a velocidade é

V

sempre variável. Mesmo que eventualmente seja necessário alterar a rota, fazendo grandes desvios, quando se sabe para onde vai os alvos finais não são perdidos de vista. O que não pode é pegar desvios que levam para o sul e continuar neles quando se quer chegar no norte. Vai dar zebra. izem que as tartarugas são lerdas. A meu ver elas não são lerdas: possuem velocidade compatível à própria natureza delas. Os mísseis são velozes ao extremo e isso também é, digamos, pertinente à "natureza" deles, usados fundamentalmente para fins bélicos.

Numa empresa, como organismo vivo que é, tendo objetivos bem definidos, direção clarificada para todos, metas factíveis, líderes assertivos e equipes multiprofissionais desafiadas afirmativamente, as chances de êxito serão elevadas à enésima potência – seja pisando até o fundo no acelarador ou reduzindo a zero a velocidade em alguns trechos perigosos.

Definitivamente, a velocidade é um fator de importância relativa. A direção, na vida pessoal ou empresarial, esta sim é sempre absoluta.

D

LUIZ OLIVEIRA RIOS É PROFISSIONAL DE MARKETING E VENDAS E COLUNISTA DO

DIÁRIO DO COMÉRCIO. OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM

DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

GibaUm

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

3 O BNDES ainda não liberou 3 MAIS: antes, outros R$ 200 o dinheiro para o Itaquerão e o consórcio CorinthiansOdebrecht levantou R$ 150 milhões no BB.

gibaum@gibaum.com.br

k Aborto não é questão de ideologia, mas de saúde pública como o crack, «

a dengue, a aids e as doenças infectocontagiosas.

ELEONORA MENICUCCI // 66 anos, futura titular da Secretária de Política para as Mulheres.

Fotos: Paula Lima

milhões no Santander e o cronograma está atrasado.

Agora, quem diria, surgiu uma cracolândia por lá.

Novas imitações 333 No jantar da semana passada, no Palácio do Jaburu, com o vicepresidente Michel Temer, o ministro Mendes Ribeiro, da Agricultura e outros poucos coroados peemedebistas, o governador Sérgio Cabral, de sobremesa, apresentou sua nova imitação: era de Aloizio Mercadante e agora, já falando sobre Educação. Cabral também imita Lula e está aperfeiçoando a imitação de Dilma Rousseff, incluindo seu jeito especial de andar.

TRÊS SEMANAS Malgrado os esforços dos advogados dos mensaleiros que ainda apostam na prescrição de muitos crimes dos quais são acusados, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, está estimando que, em maio, o Supremo Tribunal Federal deverá iniciar o julgamento, prevendo-se três semanas das mais movimentadas. O ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza, quando remeteu a denúncia ao Supremo chamou o esquema de “organização criminosa” e o atual, Roberto Gurgel, pediu prisão para os 36 mensaleiros.

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Condom F.C. No domingo que vem, num jogo contra o São Paulo, pelo Paulistão, o Corinthians estréia sua camisa com a nova marca estampada no peito. Será o logo da Jontex, conhecida marca de preservativos cuja dona é a Hypermarcas, de João Alves Queiróz Filho, o Junior. Na internet, blogs de humor e mesmo voltados para o esporte, deitam e rolam em torno de piadas (e até das mais diversas situações criadas ou imaginadas) envolvendo a marca do condom no peito do pessoal do timão. Detalhe: contrato curto, só para o Paulistão. Junior não topou R$ 25 milhões pelo ano inteiro, incluindo o Brasileirão .

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MILIONÁRIO 333 Lula tem ido pouco, nessa fase de tratamento, ao Instituto Lula, em São Paulo. Vira e mexe, o irmão Frei Chico, dada sua semelhança com o expresidente, aparece lá e garante que, se necessário, “ataca de substituto até na foto”. O presidente Paulo Okamoto está tomando as primeiras providencias para o Memorial da Democracia, que será erguido na Cracolândia, em São Paulo, em área doada pelo prefeito Gilberto Kassab.

Calendário de conferências, contudo, paralisado: em 2011, passaram de 30, no Brasil e lá fora, com renda superior a R$ 8 milhões. Notas e impostos correm pelo Instituto Lula.

Sem a presença de sua musa Eliana Tranchesi, com 3,5 mil metros quadrados espalhados em três andares do Shopping Cidade Jardim, São Paulo acaba de ganhar a nova Daslu,que teve movimentada noite de inauguração, esta semana, com mais compradoras e menos celebridades. Da esquerda para direita, entre tantas, Mariana Auriemo, primeira-dama do Cidade Jardim; Giovanna Antonelli; Marina Mantega, filha do ministro Guido Mantega; Karla Sarquis, agora empresária de moda feminina; Lu Pimenta, craque em moda masculina e, à direita, Marcus Elias, do grupo investidor Laep, que hoje controla a marca Daslu.

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A nova Daslu

Pela primeira vez em 32 anos, o ex-presidente Lula não irá à festa de aniversário do PT amanhã, em Brasília, que deverá contar com a presença de Dilma Rousseff.

Nesse período de radioterapia, o ex-Chefe do Governo já perdeu cinco quilos e malgrado seu esforço e determinação, há períodos do dia em que precisa descansar. A radioterapia deverá terminar no próximo dia 15, ou seja, três dias antes do desfile da Gaviões da Fiel, em São Paulo, onde o enredo trata de sua história. Lula deverá aparecer no último carro, quando será reproduzida uma favela estilizada. Se os médicos não permitirem a participação do expresidente, a escola poderá ter duas opções: um boneco do tamanho e exatamente igual a ele; ou um telão onde ele apareceria, careca, acenando – e justificando sua ausência.

Fora da festa

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QUEM se hospeda num dos hotéis da rede francesa Ibis, em São Paulo, antes de deixar seu apartamento, pede-se que responda a um rápido questionário sobre serviços e, se quiser, não há necessidade de registrar seu nome. Contudo, aparecem três opções de sexo: masculino, feminino e “prefiro não responder”.

JÁ COMEÇOU A campanha pela prefeitura de São Paulo parece já ter começado, a se julgar pelos sites de igrejas evangélicas (e mesmo de movimentos católicos) e com a metralhadora giratória já acionada em direção a Fernando Haddad, por conta do famoso Kit Gay, lançado pelo MinistériodaEducação.Muitos usam uma imagem das mais polêmicas que mostra dois meninos de cinco ou seis anos de idade se beijando na boca e a frase em cima Ninguém nasce homofóbico. Mais: grupo do PT que defende uma aliança com o PSD de Gilberto Kassab está de olho nas boas relações que o novo partido tem com o eleitorado evangélico.

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JÁ NÃO se fazem mais rainhas do carnaval do Rio como antigamente: a nova eleita, Laura Sabino, é loira, formada em marketing, mineira e está estudando psicologia no Rio há cinco anos. Freqüenta rodas de samba e no ano passado, foi rainha do Bola Preta. Na avenida, sairá de passista na Vila Isabel e na São Clemente.

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333 Ainda loura, inspirada pelo estilo de Marilyn Monroe (ela repetiu pose famosas da atriz em ensaio na Playboy de janeiro, pelo qual ganhou US$ 1 milhão), Lindsay Lohan, 25 anos, posa para o irrequieto Terry Richardson para a revista Love e, de quebra, em PB, para a coleção privê dele mesmo, com óculos de coração exibindo sua poitrine famosa (achava grande na adolescência, hoje acha o máximo). Medidas de LL que ela coloca até mesmo atrás de suas fotos para fãs: 1,66 m de altura, mais 86-55-94.

Lindsay, loura

Só no Brasil Uma matéria no Financial Times discute o modelo de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília: de cara, estranha a comemoração dos altos valores dos ágios vencedores do leilão porque, passada a euforia, verifica-se que, na prática, a Infraero vai bancar 49% dos R$ 24,5 bilhões a serem pagos pela venda de seus próprios aeroportos aos consórcios vendedores. Mais: a Infraero vendeu apenas 51% dos aeroportos e mantém os restantes 49%. E ainda: entre os consórcios ganhadores, evidencia-se a grande participação de fundos de estatais, “para garantir que o governo não deixe de mandar”.

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O Conselho Baiano de Turismo garante que a hotelaria baiana não teve cancelamentos relevantes para o período de carnaval, por conta da greve da polícia militar. Em pleno verão e às vésperas da folia, shows são suspensos e bares e restaurantes amargam colossais prejuízos, enquanto soldados circulam pelas ruas ou em caminhões, armados com metralhadoras. Ou seja: não há acarajé que resista. No Exterior conflitos baianos ganham páginas de jornais e revistas, versões online e emissoras de TV, incluindo a CNN internacional.

Pacotes de viagens ainda não pagos foram cancelados e os reflexos da greve poderão ainda ser piores para o turismo.

MANTENDO sua surpreendente estratégia de, a cada dia, anunciar uma nova atração internacional que poderá estar em seu camarote no carnaval, no Rio ou até mesmo em sua campanha publicitária na época, a cervejaria Devassa agora manda avisar que o ator britânico Hugh Laurie, que interpreta o famoso Dr. House na televisão, poderá confirmar sua vinda ao Brasil.

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Turismo atingido 333

MISTURA FINA

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Plataformas.

Espadrilhas.

Clínica fechada O bilionário Eike Batista, em fase de euforia por conta de descoberta de grande campo de petróleo, acaba de fechar, definitivamente, as portas da clinica de beleza Beaux, que vinha sendo tocada por sua ex-namorada Flávia Sampaio. A clinica é deficitária (custou R$ 15 milhões) desde sua inauguração, mesmo dispondo de equipamentos ultramodernos que, agora, serão vendidos. Há algum tempo, recorreu-se a dar tratamento de graça a famosas da TV – e nem assim o faturamento aumentou. Esta semana, os médicos foram todos dispensados. Flávia voltará a trabalhar numa banca de advocacia. No passado, também uma empresa de cosméticos que era tocada por sua mulher da época, Luma de Oliveira, não deu certo – e Eike fechou.

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333 A MINISTRA Luiza Barrios, da Igualdade Racial, está fazendo ajustamentos em sua equipe para ver se consegue permanecer no cargo. O Planalto considera sua gestão fraca, sem planejamento ou mesmo calendário de ações e eventos. Luiza, apenas a título de curiosidade, nunca esteve em cidade alguma do Canadá.

O MINISTRO da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem trabalhado com a hipótese de uma greve nacional de policiais militares e bombeiros e que pode acontecer às vésperas do carnaval. Tem assessores de confiança monitorando movimentos em diversos Estados e até com agentes especiais infiltrados nos meios dos sindicatos.

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JÁ TEM data marcada a inauguração do novo shopping JK Iguatemi, novo empreendimento voltado para o mercado de luxo do grupo Jereissatti em São Paulo. Entre novas grifes, terá Lanvin, Goyard e Botega Venetta que, a propósito, já inaugurou loja no Iguatemi tradicional e até agora não aconteceu nada.

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Colaboração: Paula Rodrigues / A.Favero

CHARGE DO DIA

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

5 Ó MEU GOVERNADOR, Ó MEU PM...

Com as negociações entre governo e grevistas paralisadas, os discursos começam a ficar radicalizados e aumentam os riscos de confronto.

olítica

Oficiais ameaçam. Exército reforça tropa Em assembleia, hoje à tarde, oficiais da PM decidem se aderem à paralisação. Ontem chegaram reforços e as tropas federais isolaram ainda mais os grevistas.

Fotos: Lúcio Tavora/AE

O

s oficiais da Polícia Militar da Bahia decidem hoje à tarde, em assembleia convocada pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia, que representa cerca de 1,6 mil militares, se aderem à paralisação da corporação, que já dura nove dias.

A adesão parece ganhar força depois que um grupo de 20 tenentes foi, na segunda-feira à noite, à Assembleia Legislativa, em Salvador, prestar solidariedade aos policiais que ocupam o prédio desde o dia 1º. Os oficiais foram recebidos em coro pelos manifestantes: "A PM parou, a PM parou".

Ontem, por volta das 20h, um grupo de 50 manifestantes, entre grevistas e apoiadores da paralisação da PM baiana, avançou em direção a uma barreira formada por soldados do Exército, numa tentativa de ficar na parte externa do prédio onde estão outros grevistas.

Usando o corpo, os soldados tentaram impedir que os manifestantes ultrapassassem o cordão de isolamento, mas uma parte do grupo conseguiu passar. Não houve agressões nem tiros de balas de borracha. Mas foram lançados jatos de gás de pimenta nos manifestantes.

Quando os grevistas que estão acampados na porta da Assembleia viram o tumulto, correram em direção ao grupo que tentava ultrapassar a barreira, aos gritos de "Vem, vem", contra os soldados, que pediram reforço da Polícia do Exército.

Ainda ontem, o general Gonçalves Dias, foi afastado do comandando da operação.

Ao comemorar o seu aniversário com manifestantes desagradou Exército e a presidente Dilma Rousseff, que considerou "inaceitável" a postura do militar. Em seu lugar assume o general Odilson Benzi.

Embate – Marco Prisco, presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e seus Familia-

res da Bahia (Aspra), afirmou que os grevistas se preparavam para um embate. "A movimentação está diferente e também estamos nos preparando."

Até ontem o número de homicídios registrados na região metropolitana de Salvador chegou a 135.

Comes e bebes– Pela manhã, o Exército voltou a bloquear a entrada de mantimentos e cortou o fornecimento de água e energia elétrica. De acordo com o coronel Cunha, qualquer pessoa que estivesse dentro da Assembleia poderia comer e beber. "O Exército não está impedindo ninguém de comer e beber, basta que saiam do prédio", explicou. E, se saírem, "não po-

O Exército não está impedindo ninguém de comer e beber, basta que saiam do prédio.

E, se saírem, não poderão retornar.

CEL. MÁRCIO CUNHA derão retornar", assegurou.

O efetivo do Exército está em 1.308 soldados, sem contar os efetivos da Força Nacional (50 homens), da Polícia Federal (20) e os policiais baianos (200) deslocados do semiárido e da caatinga. O comando da operação reforçou os bloqueios, rebocou os carros dos acampados e autorizou voos rasantes de helicóptero, principalmente na área onde estão concentrados parentes dos policiais amotinados.

Pai de santo – Com a crescente tensão, o pai de santo José Carlos Omolu esteve na Assembleia Legislativa para rezar pelo fim pacífico do movimento. O religioso tentou entrar na área delimitada pelo Exército, mas não foi liberado.

Assim mesmo, rezou e soltou

uma pomba branca, que voou sobre os militares e pousou aos pés de um deles. "Peço a Oxalá para que a paz reine sobre a Bahia", pediu José Carlos Omolu – Oxalá é o orixá de doenças contagiosas e rege os cemitérios, entre outras atribuições.

Já o arcebispo de Salvador, d.

Murilo Krieger, divulgou nota na qual informou que deixava a mediação entre governo e grevistas. "O que posso assegurar é que não me alinhei com nenhuma dessas partes porque meu compromisso é com o povo da Bahia. A Bahia quer paz, a Bahia precisa de paz."

Propostas – O governo acenou com o pagamento da Grati- Exército reforça bloqueios, impede a entrada de mantimentos e aumenta os rumores de um confronto. ficação de Ativi- Ernesto Rodrigues/AE dade Policial (GAP) de nível 4, a principal reivindicação da categoria, a partir de novembro.

O GAP de nível 5 seria incorporada a partir de 2014. Os policiais querem o GAP 4 a partir de março e o 5 em 2013, além de pressionar para que o governo dê anistia geral para os integrantes grevistas. E, O pai de santo José Carlos Omolu soltou a ave em caso de pri- A pomba branca voou sobre os militares e pousou aos pés de um deles Ernesto Rodrigues/AE são, os policiais querem que os mandados sejam Manifestantes cumpridos na Bahia. que apoiam os No Rio, o coronel Adalberto grevistas Rabelo, PM da reserva, afirmou abriram uma que a "deflagração de uma gregrande faixa ve nacional é inevitável". Em anunciando Porto Alegre, investigadores e que o carnaval escrivães da Polícia Civil se baiano "foi reuniram em frente ao Deic e cancelado", iniciaram uma "operação panuma alusão drão" em protesto por reajustes que sem os salariais. Em São Paulo, intepoliciais grantes da Associação de Poligrevistas, a ciais Civis e Militares de São festa mais Paulo fizeram um ato diante do popular do quartel da Rota em apoio à greBrasil já era. ve na Bahia. (Agências)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A transposição está mais cara do que o previsto, o calendário atrasado e o trabalho feito começa a se deteriorar.

Bruno Araújo (PE), líder do PSDB na Câmara.

olítica

Ronaldo Bernardi/Folhapress

Comércio cria rede de informação contra saques Cotidiano do baiano muda: lojas e bares fechados, ruas vazias, shows cancelados

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ara se proteger dos constantes assaltos devido à ausência de policiamento nas ruas, os comerciantes de Salvador formaram uma verdadeira rede de informações. Em caso de assalto em determinado bairro, os donos de loja ligam imediatamente para amigos nos bairros vizinhos e todos baixam as portas.

"Quando o pessoal soa o alerta a gente fecha rapidinho.

Isso tem acontecido todos os dias", disse uma comerciante do bairro de Pituba que pediu anonimato.

O comportamento do morador de Salvador mudou com a greve dos policiais militares que já dura nove dias. Nos supermercados, o movimento, embora bem menor que o normal, tem sido mais intenso pela manhã. Durante a tarde, as lojas têm ficado vazias.

"As pessoas comentam que preferem fazer tudo mais cedo, para não ter que sair de casa na parte da tarde, horário em que ocorre a maior parte dos assaltos. Elas estão com medo", disse Maria do Amparo Rodrigues, 23 anos, caixa de supermercado na capital baiana.

Novo cenário – A uma semana da abertura oficial do carnaval, os bares de Salvador permanecem vazios de noite.

As ruas estão desertas. Em alguns bairros da periferia, o comércio, quando abre, fecha suas portas mais cedo.

Em cidades vizinhas, como Lauro de Freitas, houve dias em que o comércio ficou fechado por 24 horas. "Moro em Lauro de Freitas e lá o comércio está fechado. Não é como no centro de Salvador, onde se podem ver alguns homens do Exército. Lá não tem policiamento algum", disse a funcionária de uma farmácia na Pituba, área litorânea de Salvador, que também não quis ter seu nome divulgado.

As pessoas preferem fazer tudo mais cedo. É à tarde que acontece a maior parte dos assaltos. Elas estão com medo.

MARIA DO AMPARO RODRIGUES Em compensação, os serviços de tele-entrega aumentaram. Um restaurante de comida chinesa aumentou em 50% o serviço de entrega durante o período da greve. Se o salão fica vazio, os pedidos acabam compensando a queda nos atendimentos. "As pessoas não querem se arriscar e acabam pedindo comida em casa", informou Jairo Alencar, atendente do restaurante.

Com medo da violência, as pessoas optam, cada vez mais, SECRETARIA DA SAÚDE

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÕES Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO PRESENCIAL 398/2011-SMS.G, processo 2011-0.313.480-5, destinado à aquisição de LÂMINAS DE BISTURI DESCARTÁVEL, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 9 horas e 30 minutos do dia 23 de fevereiro de 2012, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO ELETRÔNICO 400/2011-SMS.G, processo 2011-0.318.539-6, destinado ao registro de preço para aquisição de ÓCULOS DE PROTEÇÃO para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 05 de março de 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO ELETRÔNICO 401/2011-SMS.G, processo 2011-0.165.621-9, destinado ao registro de preço para aquisição de FRALDA DESCARTÁVEL INFANTIL E ADULTO, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço.

A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 07 de março de 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO ELETRÔNICO 423/2011-SMS.G, processo 2011-0.259.696-1, destinado ao registro de preço para aquisição de ALGINATO para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Odontologia, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 29 de fevereiro de 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO ELETRÔNICO 434/2011-SMS.G, processo 2011-0.333.806-0, destinado ao registro de preço para aquisição de MEDICAMENTOS ESSENCIAIS XVIII para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 27 de fevereiro de 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO ELETRÔNICO 435/2011-SMS.G, processo 2011-0.311.038-8, destinado ao registro de preço para aquisição de ANTI-INFECCIOSOS III para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 28 de fevereiro de 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO ELETRÔNICO 008/2012-SMS.G, processo 2011-0.202.944-7, destinado ao registro de preço para aquisição de FILME RADIOLÓGICO OCLUSAL para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/ Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A abertura/ realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 09h30min do dia 24 de fevereiro de 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO PRESENCIAL 431/2011-SMS.G, processo 2011-0.299.929-2, destinado ao registro de preço para aquisição de DISPOSITIVOS PARA COLETA MÚLTIPLA E TUBO PARA COLETA DE SANGUE, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área Técnica de Laboratório, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 14 horas do dia 17 de Fevereiro de 2012, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

RETIRADA DE EDITAIS Os editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br, quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão.

por ficar em casa. A aulas continuam suspensas nas escolas públicas e privadas. Em alguns bairros, lojas de eletrodomésticos, alvo preferido dos saqueadores, estão fechadas.

No bairro de Itapoã, área litorânea famosa de Salvador, uma grande rede de lojas decidiu manter as portas fechadas, e sua concorrente optou por trabalhar só à meia-porta.

Programação desmarcada – Muitos shows de artistas baianos agendados anteriormente para essa semana foram cancelados. A alegação é a de que não há condições de garantir a segurança para o público.

O Grupo Eva e a cantora Daniela Mercury cancelaram eventos que seriam realizados em Salvador ontem, devido à greve dos policiais militares.

Segundo o Grupo Eva, o evento Eva Convida, em sua terceira e última edição, traria como convidados especiais Daniela Mercury e Xanddy, do Harmonia do Samba. Em nota, o Grupo Eva lamenta o cancelamento. Todos os que já compraram o ingresso serão reembolsados nos devidos pontos de venda, avisa o grupo.

A cantora Daniela Mercury também cancelou seu compromisso de ontem. Segundo sua assessoria, ela adiou a entrevista à imprensa na qual apresentaria as novidades para o carnaval de Salvador. O evento foi transferido para a próxima terça-feira. (Agências)

Nelson Antoine/AE

Policiais civis (acima) fazem manifestação por melhores salários em Porto Alegre na frente do Palácio da Polícia: é a "Operação Cumpra-se a Lei".

Em São Paulo, na Avenida Tiradentes, em pleno centro da capital, a Associação de Policiais Civis e Militares realiza ato de apoio à greve na Bahia.

Alan Marques/Folhapress

Para ser potência, 'País não pode ser amigo de todos'.

S

e o Brasil quiser se tornar uma potência global, não poderá mais "ser amigo de todo mundo", na visão do Financial Times. O jornal britânico trouxe ontem artigo com críticas sobre a política externa brasileira, principalmente nas relações com Cuba e Irã.

Segundo o FT, o novo papel na economia mundial impede que o Brasil continue adotando como política a não-interferência em temas de outros países. "Os diplomatas brasileiros sabem que, conforme o país cresce como potência econômica, terá de se tornar mais assertivo sobre aquilo que defende", escreve Joe Leahy, jornalista do FT em São Paulo.

Ele critica a atuação do expresidente Lula na tentativa de mediar um acordo nuclear com o Irã, juntamente com a Turquia – "uma gafe". Segundo o artigo, Teerã não se mostrou interessado e Lula saiu como amigo de um governo autoritário, liderado por Mahmoud Ahmadinejad.

Para o FT, o governo Dilma Rousseff vem mostrando uma visão mais "pragmática" sobre a política externa. Mostra disso foi o voto na ONU a favor do envio de inspetores de direitos humanos ao Irã e a concessão de visto de turista para a ativista cubana Yoani Sánchez.

Ainda assim, o FT critica a presidente que, em Cuba, evitou comentar a questão dos direitos humanos e apontou o dedo para os EUA, afirmando que a discussão passava pela prisão militar norte-americana em Guantánamo.

Para o jornal, a postura de não-interferência não funciona mais. "O crescimento econômico do País na última década cria mais pressão sobre os líderes, para que adotem posição sobre as questões globais. (AE)

Dilma inspeciona obras de transposição do Rio São Francisco. Agora, ela avisa: "Vamos cobrar."

Atraso em obras: Dilma cobra "resultados concretos".

E

m visita às obras de transposição do Rio São Francisco, no Estado de Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff cobrou das empresas velocidade de "regime de cruzeiro" na construção do empreendimento.

Com orçamento de R$ 6,8 bilhões, 36% maior que o previsto, a obra teve cronograma prorrogado até 2014, quatro anos além da previsão inicial.

"Nós negociamos, nós resolvemos os problemas técnicos que havia, e agora nós queremos resultados", Disse Dilma.

Segundo o ministro Fernando Bezerra, que integrou comitiva da presidente, a partir de março todos os trechos estarão com obras em andamento.

Além de Bezerra, integraram a comitiva o ministro Paulo Passos (Transportes) e Eva Chiavon, interina do Ministério do Planejamento. Os govern a d o re s d e P e r n a m b u c o , Eduardo Campos, e Cid Gomes, do Ceará, também participaram da vistoria.

Histórico – A transposição do "Velho Chico", como o rio é conhecido, teve início em agosto de 2007. Estende-se pelos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará, com previsão de término em 2025 .

Com dois canais principais, a obra pretende levar água às regiões atingidas pela seca no Nordeste. A expectativa é a de que, quando pronto, o empreendimento atenda a 12 milhões de pessoas.

Em outubro de 2009, o então presidente Lula afirmou que a obra ficaria pronta neste ano.

"Uma parte dela ficará pronta até 2010, outra parte ficará pronta até 2012. O dado concreto é que alguém tinha que fazer, e nós estamos fazendo. É uma obra muito importante e vai tornar as regiões brasileiras menos desiguais".

Na ocasião, a então presidenciável Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, participava daquela viagem.

"Jogo de cena"– O PSDB divulgou ontem, nota criticando a visita da presidente a trechos

Ex-marido internado

O

advogado Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff, está internado na Santa Casa de Porto Alegre devido a complicações respiratórias.

Segundo o hospital, o estado de saúde não é grave e a situação é estável.

Ainda de acordo com a Santa Casa, Araújo, 73, deu entrada no hospital na última sexta-feira. O pneumologista Sadi Marcelo Schio disse que o ex-marido de Dilma passa por uma bateria de exames e apresenta melhoras. Não há previsão de alta. (Folhapress)

das obras da transposição do Rio São Francisco. Para o líder do partido na Câmara, Bruno Araújo (PE), a vistoria não passa de um "jogo de cena".

"Para os governos petistas, a transposição se resume a uma peça de propaganda. Em 2008, Lula e Dilma visitaram as obras de olho no calendário eleitoral. Agora, ano de eleição, a história se repete. A visita é apenas para dar a impressão de que as obras estão andando. No entanto, a realidade é que estão abandonadas."

De acordo com o líder, a transposição, uma das maiores obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), é um exemplo da incapacidade gerencial da presidente.

"A obra está mais cara do que o previsto, o calendário atrasado e, por conta do abandono, o trabalho que já foi feito começa a se deteriorar. Ou seja, é dinheiro público sendo jogado no lixo. E os brasileiros são prejudicados duplamente – pela demora na entrega da obra e por pagar a conta do desperdício".

Em dezembro, a reportagem da Folha de S. Paulo percorreu cerca de 100 km do eixo leste da obra, a partir de Floresta (PE), onde fica um dos pontos de captação de água. Lá, viu alojamentos depredados ao lado de um canal tomado pelo mato e corroído pela erosão.

E a greve na Bahia? Dilma respondeu : "Se eu desviar da transposição, perco o sentido desta viagem". (Agências)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

7 A privatização dos aeroportos nesta gestão do PT ajuda a desmistificar o demônio privatista.

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

olítica

Sebastião Moreira/EFE

Gaviões da Fiel presta homenagem a Lula A participação do ex-presidente no desfile dependerá de decisão médica Guilherme Calderazzo

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escola de samba paulistana Gaviões da Fiel, oriunda da torcida do Corinthians, ainda não tem uma solução alternativa se o ex-presidente Lula, o homenageado no desfile de carnaval deste ano, não puder comparecer. "Não criamos um plano B, caso o presidente não possa participar do desfile por causa do tratamento contra o câncer", disse Igor Carneiro, carnavalesco e responsável pela organização do desfile da Gaviões.

Desde a música, passando pelas alas, o tema da escola de samba para o carnaval deste ano é todo voltado para a trajetória de vida do ex-presidente Lula que, se estiver no Sambódromo, desfilará em carro alegórico específico. A Gaviões decidiu ho-

menageá-lo "não com o intenção de endeusá-lo, mas de mostrá-lo como um cidadão brasileiro carismático, corintiano e vencedor", disse Carneiro. No entanto, há risco de o ex-presidente não poder participar da festa em razão das sessões de quimioterapia e radioterapia contra um tumor na laringe. Caso essa possibilidade se concretize, "não decidimos o que fazer". "Não sabemos se vamos deixar o carro vago, sem a pre-

STF mantém regras do CNJ para o julgamento de magistrados

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or 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter regras do CNJ que estabeleciam ritos a serem cumpridos pelos tribunais locais nos julgamentos administrativos contra seus magistrados, como um limite de 140 dias para a duração de todo o processo disciplinar ou um prazo de 15 dias para que o investigado apresente defesa prévia. A maioria dos ministros também entendeu que a Constituição Federal deu poder ao CNJ para regulamentar, em âmbito nacional, o funcionamento desse tipo de processo.

Afastamento – A AMB conseguiu suspender, ontem, apenas um ponto da resolução, que permitia o afastamento de um magistrado antes mesmo da abertura de processo disciplinar, caso sua permanência na função possa prejudicar as investigações.

Pena mais leve – O Supremo decidiu manter regulamentação do CNJ sobre a aplicação da pena contra um magistrado. A norma define que, nos casos em que houver maioria de votos pela punição do magistrado, mas houver diver-

gência, durante o julgamento, sobre qual pena aplicar a um magistrado, será adotada a proposta mais branda.

Sigilos – O STF ainda precisa julgar dois processos em que está sendo discutida a competência do Conselho Nacional de Justiça. Em um deles, também movido pela AMB, os ministros terão de decidir se o CNJ pode quebrar os sigilos bancário e fiscal de magistrados que estão sob investigação. No outro, os ministros decidirão se cassam ou mantêm a liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski que suspendeu a investigação iniciada pela corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, no Tribunal de Justiça de São Paulo e que seria estendida para outros 21 tribunais.

Sem sanções – Por 15 votos a 9, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo rechaçou a imediata aplicação de sanções aos desembargadores da corte que receberam pagamentos milionários. A maioria decidiu que o direito de defesa deve prevalecer e que a corte tem de aguardar a manifestação de cada magistrado. (Agências)

FHC: "Privatização não é uma questão ideológica".

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ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ressaltou ontem que não se pode tratar as privatizações feitas pelo governo federal como "questão ideológica".

Em vídeo, divulgado pelo site Observador Político, FHC comenta os leilões dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília e diz que o modelo adotado não poderia ser diferente – com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos fundos de pensão.

O modelo adotado pelo governo Dilma Rousseff, aliás, é o mesmo de sua administração na privatização da Vale do Rio Doce e das telefônicas – tema de crítica do PT em sucessivas campanhas eleitorais.

"A privatização não é uma questão ideológica, é uma questão que depende das circunstâncias, como aumentar a capacidade de gerenciar, aumentar a oferta de serviço. É uma questão de responsabili-

dade maior para com o País."

No vídeo, Fernando Henrique ressaltou que "a privatização dos aeroportos na atual gestão petista ajuda a desmistificar" o que classificou de "demônio privatista", numa clara referência ao mote utilizado pelo PT para criticar o PSDB nas campanhas presidenciais.

"Tudo isso são fantasmas que estão desaparecendo, porque o Brasil está mais maduro." Ao citar a presidente e dizer que a privatização ajuda na eficiência e na oferta do serviço público, ele argumentou: "Hoje há uma estrutura de Estado competente para entender o mundo moderno e fazer com que o governo federal tenha um mecanismo eficiente de lidar com o setor privado".

Na defesa da participação do BNDES e dos fundos de pensão neste processo, disse: "Quantas críticas eu ouvi...

O BNDES continua participando e tem de participar para financiar." (AE)

sença dele, ou se será substituído por um representante." (Leia mais sobre o carnaval na pág. 9.)

O câncer do ex-presidente foi descoberto em outubro. Em dezembro, ele encerrou a quimioterapia e, depois, em uma segunda etapa, vem sendo submetido a radioterapia (cinco sessões por semana). No fim da primeira fase do tratamento, os médicos informaram que o diâmetro do tumor havia apresentado redução de 75%, sinalizando a eficácia dos remédios e a não necessidade de cirurgia.

O ex-presidente quer muito participar do desfile, mas só saberá se terá ou não autorização médica para desfilar, no Sambódromo, ao fim das sessões de radioterapia, informou a assessoria de imprensa do Instituto Lula. Segundo o Departamento de Comunicação do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde o ex-presiden-

Um artista do Estúdio Kobra faz a pintura do carro alegórico, com inspiração na literatura de cordel.

te combate a doença, a equipe médica responsável pelo tratamento só voltará a se pronunciar sobre o caso no dia 16.

A decoração e o preparo do carro alegórico destinado ao ex-presidente deverão estar concluídos uma semana antes do início da festa carnavalesca, disse Carneiro. Acrescentou que o carro terá um casario com elementos de cordel, "representando um País em festa". A pintura é feita pelo estúdio do grafiteiro Kobra. A roupa preparada para o ex-presidente desfilar é mantida em segredo pela Gaviões da Fiel. "Ele escolherá quem irá acompanhá-lo no car-

ro alegórico", disse Carneiro.

Com samba-enredo intitulado "Verás que um filho fiel não foge à luta – Lula, o retrato de uma nação", a Gaviões da Fiel fará a homenagem com carros alegóricos e alas contando a história do ex-presidente, desde o nascimento no sertão de Pernambuco, a viagem da família para o sudeste, para trabalhar e melhorar de vida, a busca pela profissão e as andanças de Lula pelo País nas Caravanas da Cidadania. "Sabemos que o presidente vai superar a doença. E desejamos muito que possa participar do carnaval conosco no Sambódromo", concluiu Carneiro.

Radioterapia vai até dia 18 última sessão de radioterapia Lu de la está marcada para o dia 18, às vésperas do carnaval. Depois, ele deve passar por uma bateria de exames para avaliar sua recuperação do câncer na laringe.

A

DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ESTADOS UNIDOS Conservador Rick Santorum ganha prévias republicanas em três Estados

nternacional

As Falklands são nossas, diz Londres.

Ó RBITA

PALESTINOS

Reino Unido descarta negociações com a Argentina sobre a soberania das ilhas.

Casa Rosada usa diplomacia e tango para marcar o 30º aniversário da guerra.

liderança do Hamas em Gaza contestou A ontem o acordo de Enrique Marcarian/Reuters

O

reconciliação palestina assinado entre um dirigente do grupo islâmico no exílio e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, da facção rival Fatah.

Trazendo à tona as divisões internas do Hamas, a ala parlamentar "Mudança e Reforma" se insurgiu contra uma cláusula importante do acordo, pelo qual Abbas acumularia os cargos de presidente e primeiroministro em um futuro governo palestino.

Segundo o bloco parlamentar, o acúmulo de cargos por Abbas seria ilegal. (Agências)

MALDIVAS ex-presidente das Maldivas Mohamed O Nasheed disse ontem que

EFE - 02/

12/09

Reino Unido manteve ontem sua rejeição a negociações referentes à soberania das ilhas Malvinas (Falklands, em inglês) e negou que pretenda militarizar o Atlântico Sul, em resposta à ameaça da Argentina de levar a disputa ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Os habitantes das Malvinas são britânicos por escolha. São livres para decidir sobre seu futuro e não haverá negociações com a Argentina sobre a soberania, a menos que os habitantes desejem", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico, referindo-se aos cerca de 3 mil moradores do arquipélago.

O tom da disputa entre os dois países subiu diante da proximidade do 30º aniversário da Guerra das Malvinas.

Enquanto a Argentina acusa o Reino Unido de reforçar a presença militar no Atlântico Sul, Londres alega que Buenos Aires busca isolar o arquipélago mediante a internacionalização do conflito.

O anúncio de terça-feira da presidente argentina, Cristina Kirchner, que apresentará uma denúncia na ONU devido ao iminente envio de um destróier britânico e à presença do príncipe William nas Malvinas, não conseguiu fazer com que Londres se apartasse da

foi forçado a renunciar sob ameaça de armas e exigiu que seu sucessor renuncie imediatamente.

Nasheed foi bastante aplaudido, ao falar a cerca de 2 mil membros de seu partido na capital, Male, um dia após deixar o poder quando policiais se uniram a protestos nas ruas contra seu governo.

"Sim, eu fui forçado a renunciar sob a mira de um revólver", revelou o ex-presidente.

Mais tarde, partidários de Nasheed entraram em choque com a polícia e pelo menos dois foram mortos. Nasheed disse que ele próprio foi ferido pela polícia nos confrontos. (Agências)

Manifestação diante da Casa Rosada pede a saída dos britânicos das Malvinas. Tensão se eleva com a proximidade dos 30 anos da guerra.

Em Homs, a chuva de bombas continua.

Regime sírio diz ter encontrado fuzis e mísseis de Israel e EUA em reduto opositor

HMS Dauntless: provocação ou missão de rotina?

Divulgação/Reuters

Sírios participam de funeral de opositores em Marat al-Numan

Unidas (ONU) estima que mais de 5.400 pessoas já tenham morrido na repressão governamental.

Os grupos de oposição relataram ainda a ação de francoatiradores sobre telhados, e a escassez de água, alimentos e suprimentos médicos.

Já a imprensa estatal detalhou diversos atentados cometidos ontem por "grupos terroristas", que causaram um número indeterminado de mortos e feridos, tanto de civis

como de soldados.

Entre estes ataques, estaria a explosão de artefatos em Bab Amro, a explosão de um carrobomba em Al Bayada e o lançamento de mísseis contra a refinaria de Masfa, o que provocou o incêndio dos armazéns.

As forças de segurança também teriam encontrado em Bab Amro um arsenal de fuzis e mísseis, "de boa qualidade", procedente de Israel e Estados Unidos, informou a agência Sana, sem oferecer maiores detalhes

da operação. Além disso, as autoridades encontraram granadas, artefatos explosivos, bombas e mísseis Hawk.

Desde o início da revolta contra Assad, em março do ano passado, o regime acusa uma "conspiração estrangeira" de estar por trás dos protestos.

A persistência da violência acontece apesar de o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, que se reuniu em Damasco com Assad na terça-feira, ter garantido que "o presidente sírio está totalmente comprometido com o fim da violência, independentemente de onde venha".

Diplomacia - A Turquia afirmou que será o organizador de uma reunião internacional sobre a Síria, que deve acontecer "o mais rápido possível", com o objetivo de coordenar as políticas entre os vizinhos regionais da Síria no Mediterrâneo, os países árabes e as potências mundiais, depois de a resolução no Conselho de Segurança da ONU ter sido vetada pela China e Rússia no sábado passado. (Agências)

AFP

A

pesar das promessas do presidente Bashar al-Assad, as forças sírias não dão trégua em seus bombardeios sobre a cidade de Homs, bastião opositor onde nesta quarta-feira morreram 50 pessoas, entre elas 18 bebês em um hospital, segundo a oposição. O regime sírio afirmou ontem que em sua ofensiva contra os "grupos terroristas" em Homs encontrou fuzis e mísseis procedentes de Israel e Estados Unidos, informou a agência oficial de notícias Sana.

Na sua nova ofensiva contra Homs, soldados sírios atiraram foguetes e morteiros, e tanques invadiram o bairro de Inshaat, aproximando-se de Bab Amro, região mais atingida pelos bombardeios que mataram pelo menos 150 pessoas em dois dias, segundo ativistas locais e fontes da oposição.

Eles também denunciaram que o bombardeio das tropas de Assad contra Homs causou a morte de 50 pessoas, entre elas 18 bebês em um hospital.

A Organização das Nações

Maldivas: polícia em alerta.

EQUADOR ex-chefe da seção de opinião do jornal El O Universo, Emilio Palacio,

Irã sente efeito das sanções

O

Irã já sente o impacto das novas sanções impostas pelos Estados Unidos e Europa contra seu programa nuclear no início do ano. Traders internacionais dizem que Teerã está tendo problemas na compra de arroz, óleo de cozinha e outros produtos básicos para alimentar seus 74 milhões de habitantes.

O Irã nega que as sanções estejam causando danos à sua economia, mas apurações da Reuters com traders de commodities de todo o mundo

mostram sérias interrupções nas importações. Isso está tendo um impacto real nas ruas, onde os preços por alimentos estão subindo.

Traders disseram ontem que exportadores de óleo de palma da Malásia interromperam as vendas ao Irã, que não conseguiu pagar pelo produto.

Isso ocorreu após as notícias de segunda-feira de que o Irã deu calote ao arroz importado da Índia, seu maior fornecedor, e de que embarques de milho da Ucrânia foram reduzidos quase pela metade. (Reuters)

Reuters - 03/02/12

postura que mantém há anos.

Londres reiterou que o Reino Unido não está militarizando o Atlântico Sul, pois considera o envio do moderno destróier HMS Dauntless como uma operação "de rotina", que já estava programada.

Desde a Guerra das Malvinas, em 1982, em que os britânicos derrotaram os argentinos, há uma base nas ilhas que abriga mais de 2.000 soldados, assim como embarcações e aviões militares.

"Nossa atitude defensiva nas Falklands segue sendo a mesma", disse um porta-voz do governo britânico ontem.

Diplomacia - Por sua vez, o ministro da Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, afirmou que o país manterá as reivindicações sobre a soberania das ilhas nos leitos diplomáticos, apesar, segundo ele, das provocações do Reino Unido.

Porém, Puricelli fez uma séria advertência de que a Argentina responderá a um eventual ataque para se defender.

"O que eles têm claro é que toleramos (o que fazem nas) Malvinas, mas se a Força Armada inglesa chegar ao território argentino, não tenham dúvidas de que vamos exercer o direito à legitima defesa, e temos capacidades para fazêlo", alertou o ministro.

A Casa Rosada prepara uma campanha internacional pela causa argentina para marcar os 30 anos da guerra, no dia 2 de abril. Brasília, Cidade do México, Bogotá, Caracas, Jerusalém, Madri, Paris, Berlim, Roma e outras 21 cidades do mundo serão alvos da campanha.

O argumento principal da reivindicação pela soberania das ilhas é a paz. Dezenas de artistas já estão sendo confirmados para festivais de tango em praças públicas. (Agências)

GAFE Ministra da Saúde francesa orienta sem-teto a 'ficar em casa' no inverno

Preços de alimentos básicos estão subindo nos supermercados do Irã

afirmou ontem que acredita na aprovação de um pedido de asilo aos Estados Unidos e chamou de "vergonhosa" a recente condenação a outros jornalistas do país por fazer oposição ao presidente Rafael Correa.

Ele afirmou que é vítima de "uma campanha de assédio constante e perseguição" do governo do país.

Palacio foi condenado na terça-feira a três anos de prisão por publicar um editorial em que disse que Correa poderia ser acusado de "cometer crimes contra a humanidade por ordenar que atirassem contra um hospital", durante um levante policial em 2010. (Agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

c

9 UM CARNAVAL POPULAR A Bela Vista (Bixiga) e a Consolação são os bairros onde haverá maior concentração de blocos na cidade. Ao mesmo tempo, desfiles e folias nos vários bairros da Capital darão o tom a manifestação popular.

idades Fotos de Newton Santos/Hype

O bloco do Bantantã abre amanhã o carnaval popular de rua na Capital. A agremiação, criada em 1979 por funcionários da USP, vai percorrer ruas da região, arrastando algo em torno de quatro mil pessoas.

Além dos desfiles nos bairros, a programação dos desfiles de blocos também contempla a 22ª edição do Pholia na Luz, evento que reunirá doze blocos e outros quatro grupos de carnaval no próximo fim de semana.

O jornalista Cândido José de Souza Neto, o Candinho, de 62 anos, também é carnavalesco e faz questão de enfatizar a importância do carnaval de rua, que pouco a pouco vai se perdendo na Capital.

Com ele, as passistas que integram o tema deste ano, que é o Circo das Mulatas.

Amanhã, SP põe seu primeiro bloco na rua Mariana Missiaggia

Q

uem pensa que o carnaval em São Paulo só acontece no sambódromo do Anhembi está muito enganado. A temporada de desfile dos blocos de rua na Capital tem início amanhã e vai até o dia 20 de fevereiro. Segundo a Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) são doze grupos inscritos no circuito que deve reunir milhares de foliões.

“Basta ser lelé da cabeça e doente do pé”, disse o sociólogo Rigomar Barbosa, um dos organizadores do bloco Bantantã, num recado para aqueles paulistanos que pensam em participar de um desfile, mas que ainda não elegeu seu bloco. Quem quiser partir uniformizado para a folia pode pagar R$ 10 por uma camiseta da agremiação e duas latas de cerveja e se juntar a um grupo de 4 mil pessoas embaladas pelo Bantantã.

Para Barbosa, o desfile que passa pelas principais avenidas do bairro do Butantã, na zona oeste da cidade, tenta recordar e preservar o brilho do verdadeiro carnaval brasileiro. Fundado em 1979 por funcionários da Universidade de São Paulo (USP), o bloco é o primeiro a sair no circuito e desfila amanhã, às 21h (veja arte nesta página).

Mulatas – Na próxima quarta-feira, pelo menos cinco mil pessoas deverão lotar as ruas do Bixiga, levadas pela banda do Candinho, com o

Alcione Maro (à esquerda na foto) e sua colega Aline Soares Oliveira vão animar o desfile com simpatia

tema Circo das Mulatas. Para Cândido José de Souza Neto, 62 anos, jornalista e carnavalesco, conhecido como Candinho, criar um tema diferente a cada ano movimenta a banda e facilita novas participações no grupo. Quem faz parte do Circo das Mulatas são as passistas Alcione Mara, de 32 anos, e Aline Soares Oliveira, de 30 anos, que já estão com o samba no pé e preparadas para a performance na próxima quarta-feira.

“Esse carnaval é de todos. Já perdemos as matinês e os bailes de salão. O que nos resta de famoso em São Paulo são as escolas de samba. Por isso, lutamos para fortalecer essa tradi-

ção de carnaval de rua. Mas, com a truculência contra o carnaval de São Paulo, fica difícil resgatar essa memória. Sofremos para conseguir a infraestrutura mínima. Apesar dessas interferências, acabamos brincando com o carnaval”, apontou Candinho.

A maioria dos blocos já tem décadas de atividade, como a banda do Candinho e a banda Redonda. Outros, como o bloco Barracão da Folia e a Banda do Fuxico têm menos de dez anos e fazem parte da tendência crescente do carnaval nãooficial em São Paulo. De acordo com Cleusa Thesolin, assessora da Abasp, a participação nos blocos é livre. “O car-

naval de rua é do povo, é só escolher os pontos e cair na folia. Do Tremembé ao Butantã, Mandaqui, Barra Funda, C o n s o l a ç ã o , B e l a Vi s t a e Cambuci”, disse.

Fuxico – Cada bloco e banda terá uma hora para passar pelas ruas programadas. Todos os anos, os grupos inscritos levam milhares de pessoas às ruas. A Banda do Fuxico, do Largo do Arouche, é considerada o primeiro bloco de lésbicas, gays, bissexuais e travestis (LGBT), de São Paulo. Em 2011, a Fuxico levou 20 mil pessoas às ruas.

Durante os desfiles acontecerão interdições que não devem atrapalhar o trânsito da Capital, acreditam os técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A empresa informou que as áreas pelas quais os blocos pretendem passar não incluem grandes vias e que o fluxo de carros é menor nos finais de semana, quando acontece a maior parte dos desfiles. Os bairros campeões de folia são a Bela Vista e a Consolação, que sediarão, cada um deles, quatro dos doze pontos de encontro dos blocos de rua da Capital.

Luz – Além das apresentações diárias nos bairros, a 22ª edição do Pholia na Luz reunirá doze blocos e outros quatro grupos de carnaval no próximo fim de semana. Os organizadores do evento estimam a participação de mais de 11 mil foliões no percurso entre a Estação da Luz e o Jardim da Luz, na região central de São Paulo.

Na página 7, carnaval e política

Rahel Patrasso/AE

Trote na USP com tintas e protestos

O

Alunos aprovados na USP foram recepcionados ontem com o tradicional trote na hora de fazer a matrícula

s trotes no primeiro dia de matrículas de calouros da Universidade de São Paulo (USP), na Cidade Universitária, foram marcados por tinta guache, água, farinha, jogo de futebol de sabão e explicações sobre o movimento estudantil. A principal reivindicação dos universitários é a revogação do convênio assinado em 2011 que prevê a implantação de uma base da Polícia Militar no campus.

A medida tem provocado polêmica entre a Reitoria e os alunos. (Agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.LOGO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Folhas recortadas s duçõe Repro

O artista Lorenzo Duran recorta suas ilustrações em folhas de árvores que recolhe por aí. A proposta é transmitir uma mensagem ecológica com sua arte peculiar.

Reprodução

http://bit.ly/ybSXc4

www.dcomercio.com.br

REMÉDIOS As palavras curam? Para o escritor Morten Sondergaard, sim. E ele criou a instalação ao lado, uma brincadeira entre a gramática e os visuais das embalagens de remédios. http://bit.ly/wHHNni

M ÚSICA C ARNAVAL

Adeus, Romântico Brasileiro

Reprodução

Almeida Rocha/Folhapress

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L

cantor Wando morreu ontem, aos 66 anos, em decorrência de infarto seguido de uma parada cardíaca, confirmou a assessoria do hospital Biocor. Ele estava internado desde o dia 27 de janeiro no hospital Biocor, em Nova Lima (MG).

Ontem, em homenagem ao cantor, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP)fez um discurso no Senado. O petista pediu inclusão de um "voto de pesar pelo falecimento" de Wando na ata da sessão do dia. Após fazer um relato da infância e do início de carreira do cantor, o senador recitou alguns versos de Moça, um dos sucessos de Wando. "Eu quero me embolar nos seus cabelos, abraçar seu corpo inteiro, morrer de amor, de amor me perder." O senador lembrou a importância de Wando no cenário musical do país. "Com a morte de Wando a música romântica perde um de seus ícones."

Carreira – Mineiro de Cajuri, Vanderley Alves dos Reis nasceu em 2 de outubro de 1945.

Ainda pequeno, mudou-se para Juiz de Fora, antes de partir para o Estado do Rio de Janeiro, onde construiu sua carreira.

Em Volta Redonda (RJ),

O tradicional carnaval de máscaras de Veneza acontece de 11 a 21 de fevereiro este ano. Mas as figuras mascaradas já estão pelas ruas da cidade. No passado, as máscaras tinham a função de manter o anonimato dos "foliões".

I NTERNET

'Seu Barriga' não morreu Para provar que é muito fácil espalhar mentiras na internet, o grupo "Não Salvo" aproveitou ontem a Campus Party para espalhar uma mentira no Twitter e testar quanto tempo demoraria para "pegar". O blogueiro e criador do grupo Maurício Cid, cujo perfil no Twitter tem mais de 330 mil E M

seguidores, só precisou inserir a data da suposta morte do ator Édgar Vivar - que interpretava o personagem Seu Barriga no seriado Chaves - na Wikipédia e publicar três posts no Twitter. Em cerca de duas horas, a hashtag #RIPSEUBARRIGA se tornou um dos temas mais comentados no Brasil e no mundo.

C A R T A Z

ARQUITETURA

Divulgação

Wando também era compositor e foi gravado por vários artistas

Wando – apelido dado por sua avó – trabalhou como motorista de caminhão e feirante. Naquela época, já se dedicava ao violão e tocava em grupos de bailes locais.

Em 1973, foi descoberto por Nilo Amaro. Com ele compôs O Importante é Ser Fevereiro, canção gravada por Jair Rodrigues, que também deu voz a outra de suas canções, Se Deus Quiser. Roberto Carlos, Ângela Maria e Originais do Samba também interpretaram letras de Wando. Foi em 1974, com o disco Moça, que

conheceu o sucesso – vendeu 1,2 milhão de cópias. Ao lado da faixa título desse segundo trabalho, Fogo e Paixão, do disco O Mundo Romântico de Wando (1988), está entre os maiores hits do cantor.

Wando fez do romantismo sua marca registrada. Símbolo da música brega brasileira, falava de amor, mulher e sexo em suas letras, e tornou-se conhecido por colecionar calcinhas de fãs. Seu último disco de inéditas, Romântico Brasileiro, Sem Vergonha, foi lançado em 2005.

Últimos dias – Segundo o hospital Biocor, o cantor procurou seu médico particular no dia 23 de janeiro, queixando-se de dores no peito e queimação do estômago. Wando realizou exames, que apresentaram "resultados preocupantes", e foi aconselhado pelo médico a procurar o hospital para mais exames.

No dia 27, um cateterismo constatou entupimento de múltiplas artérias. Ao ser preparado para uma cirurgia de ponte de safena, Wando teve um princípio de infarto e foi submetido às pressas a uma angioplastia coronariana em três artérias importantes.

Na quinta-feira passada, Wando foi submetido a uma traqueostomia para, segundo sua assessoria, proteger as cordas vocais. No procedimento, um respirador foi conectado à traqueia do cantor para permitir a passagem de ar.

Na sexta-feira, os médicos que tratam o cantor afirmaram que o cantor ainda enfrentava um considerável risco de morte, mas ressaltaram que esse risco vem diminuindo gradualmente. Os médicos se declararam otimistas com a recuperação do cantor. (Folhapress)

Julian Stratenschulte/AFP

Exposição revela a influência dos arquitetos estrangeiros na construção de São Paulo.

Centro da Cultura Judaica. Rua Oscar Freire, 2.500, tel.: 3065-4333. Grátis.

Ricardo Moraes/Reuters

R IO DE JANEIRO

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PETISCO GELADO - Urso polar come um peixe no zoológico de Hanover, na Alemanha.

As temperaturas no país estão em queda há duas semanas e mais de 220 pessoas já morreram.

H ISTÓRIA AFP

L OTERIAS

Do Vaticano para Cuba

O Artista e obra O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, visitou ontem o sambódromo, no Rio de Janeiro, para contemplar a passarela do samba que projetou há 28 anos e que acaba de ser reformada.

Museu Missionário Etnológico do Vaticano emprestou para Cuba a mais antiga obra de arte cristã indígena do Novo Mundo. Trata-se de um missal de madeira que foi usado por Bartolomé de Las Heras, que era capelão de Cristóvão Colombo, durante sua segunda viagem (1493-1494) e foi utilizado na ilha do processo de conversão de tribos do Caribe para o cristianismo.

A peça foi levada a Havana a pedido do historiador de Havana Eusebio Leal Spengler [na foto], e foi esculpida por indígenas cubanos na forma de uma concha e incrustados com tiras finas de espinha de peixe e tartaruga na forma de um ventilador, dispostas de forma a criar um efeito de claro-escuro. O missal ficará em exposição durante um ano no Museu da Cidade, em Havana.

Concurso 1217 da LOTOMANIA 01

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

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11 PETROBRAS Escolha de novos diretores será por critérios técnicos, diz Edison Lobão

conomia

PORTO DE SANTOS Maior navio de sua história chega ao cais e sinaliza fase de fretes mais baratos

Economia cresce mais que ganho do trabalhador São Paulo teve perda acima da média, diz Ipea

A

pesar da recuperação econômica que o Brasil vem experimentando – resultado de 14 anos de estabilidade monetária, de 1995 a 2009) –, a renda evoluiu pouco. É o que conclui o estudo "Evolução da parcela do rendimento do trabalho com a recente estabilidade monetária", divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão ligado à Presidência da República. O estudo considerou o período pós-implementação do Plano Real, o ano de 1994, e usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, entre 1995 e 2002, o rendimento do trabalho – ou quanto o salário do trabalhador compõe a renda nacional – recuou 11,8%, enquanto entre 2002 e 2009 cresceu 2,5%. Em 2009, a parcela do rendimento do trabalho

foi 9,6% inferior à de 1995.

Em 1995, o rendimento do trabalho representava 48% da renda nacional. Em 2002, passou para 42,4%, e subiu para 43,4% em 2009. O Sudeste foi a região onde a participação mais decresceu, enquanto as demais melhoraram posições na parcela nacional, na época de estabilização monetária.

A evolução da parcela salarial no Brasil também registrou trajetórias diferenciadas. Em 2009, por exemplo, as regiões Norte (6%) e Centro-Oeste (9,3%) tiveram os menores indicadores de contribuição na parcela nacional do rendimento do trabalho, enquanto Sudeste (50,8%) e Sul (17,8%) registraram os maiores índices de participação relativa.

"Com isso, a diferença que separa a posição relativa de cada grande região reduziu-se, embora, sozinha, a região Sudeste representasse, em 2009, pouco mais da metade de toda a participação relativa do ren-

dimento do trabalho na renda nacional", analisa o Ipea.

Regionalização – O estado de São Paulo registrou perda acima da média de acordo com o estudo, pois teve redução de 18,9% em sua participação. So-

Qualificação para a indústria é puxada pela nova classe média

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chamada nova classe média (que tem renda familiar entre R$ 1,2 mil e R$ 5,3 mil) fornecerá força de trabalho mais qualificada ao desenvolvimento industrial nos próximos anos. A expectativa é resultado do estudo de demanda por educação profissional divulgada ontem pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com a avaliação, baseada nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – pesquisas mensais de emprego (PME), de 2002 a 2010, e Pesquisa Nacio-

nal por Amostra de Domicílios (Pnad/2007) – , são jovens da classe média que alimentam essa expansão de quase 77% das pessoas que declararam "frequentar" ou "ter frequentado" cursos de educação profissionalizante de 2004 a 2010.

Em seis anos, o percentual de quem declarou formação em educação profissional passou de 14,03% para 24,81%, segundo a análise. O maior contingente é de jovens, especialmente adolescentes de 15 anos, que representam 10% do total dos que frequentam ou frequentaram educação profissional. Entre pessoas de 15 a

29 anos, o percentual de maior demanda é da classe C (8%).

Para o economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais da FGV, a procura dos jovens da classe C por educação profissional indica que a ascensão do estrato na última década terá sustentabilidade. "Não é apenas 'sonho de uma noite de verão'", afirma. Para ele, essa mobilidade não se deve meramente ao aumento do acesso ao crédito e maior consumo dessa classe social. "Há claro paralelo entre a ascensão da nova classe média, e a profusão de carteiras de trabalho e cursos profissionalizantes." (ABr)

Caso PanAmericano indicia 22

A

pós mais de 13 meses de investigação, a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre fraudes contábeis no Banco PanAmericano, antiga instituição financeira do empresário Silvio Santos, cujo rombo chegou a R$ 4,3 bilhões. Na investigação, saíram indiciadas 22 pessoas, entre elas cinco ex-diretores, três funcionários e também Luiz Sandoval, ex-presidente do Grupo Silvio Santos. Todos foram acusados de formação de

quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, "caixa dois" e crimes financeiros.

Cinco pessoas identificadas como "laranjas", sócios de empresa de fachada dos ex-diretores, também foram indiciadas. A PF conseguiu bloquear R$ 21 milhões em investimentos dos suspeitos, além de 29 imóveis e três embarcações.

O caso foi para o Ministério Público Federal, a cargo do promotor Rodrigo Fraga, que juntará informações do Banco

Alessandro Shinoda/Folhapress

Luiz Sandoval, que presidia o Grupo Silvio Santos, é um dos indiciados

Central, Comissão de Valores Mobiliários e da auditoria interna do PanAmericano, antes de apresentar denúncia à Justiça. Se condenados, os indiciados poderão responder penas de até 31 anos de prisão.

Doações políticas – Além da fraude contábil e vários indícios de crime financeiro, os exdiretores do banco fizeram doações veladas às campanhas de reeleição do presidente Lula e ao PT, à época da eleição de Dilma Rousseff. Pagamento de propinas ao governo tucano do estado de Alagoas, para receber pagamentos de crédito com desconto em folha dos servidores, foi outra irregularidade encontrada.

As investigações da PF revelaram que, para pagar menos imposto, os ex-diretores recebiam bônus por empresas de fachada para fazer doações políticas. Uma delas, no valor de R$ 6 milhões, era de consultoria jurídica feita pelo ex-procurador-chefe da Fazenda municipal Gianfrancesco Genoso.

Suspeito de arrecadar dinheiro para políticos, Genoso foi afastado do cargo. (Folhapress)

zinho, porém, o estado respondeu em 2009 por 28,5% da parcela da renda laboral do País.

Em 2009, as regiões Sudeste (com 50,8%) e Sul (17,8%) registraram maiores índices, seguidos por Nordeste (16,1%),

Centro-Oeste (9,3%) e Norte (6,0%). Em 1995, o Sudeste era a maior força (56,7%). Já o peso das demais regiões era menor: Sul (17,6%), Nordeste (14,5%), Centro-Oeste (7,3%) e Norte (3,9%). Se o Sudeste decresceu

em participação e as demais melhoraram posições relativas pós-estabilidade monetária, Sudeste e Sul, juntas, ainda concentram mais de dois terços do total da parcela nacional, diz o Ipea. (Folhapress)

S.A. CNPJ. 97.837.181/0001-47

Companhia Aberta

NIRE 35300154410

Aviso aos Acionistas Emissão Privada de Debêntures Conversíveis em Ações DURATEX S.A. (“Companhia”) comunica aos acionistas que, em COMPROMISSO DE SUBSCRIÇÃO DA BNDESPAR Assembleia Geral Extraordinária realizada em 08.02.2012, foi aprovada 15. A emissão contará com o compromisso de subscrição e integralização proposta do Conselho de Administração para a Primeira Emissão Privada da BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, a qual receberá em de Debêntures, com garantia flutuante, conversíveis em ações ordinárias cessão e deverá exercer os direitos de preferência para subscrição de emissão da Companhia, para subscrição privada, destinando-se os das debêntures correspondentes aos acionistas controladores da recursos: (i) a investimentos fixos para a implantação, na unidade industrial Companhia, assim como deverá requerer, subscrever e integralizar de sua propriedade localizada em Itapetininga - SP, de uma nova linha a totalidade das debêntures que não forem subscritas pelos demais de produção de painéis de fibra de madeira reconstituída de média acionistas da Companhia. densidade (MDF), uma nova linha de revestimento em baixa pressão, e CONVERSIBILIDADE DAS DEBÊNTURES uma impregnadora de papel laminado a baixa pressão; (ii) à aquisição, 16. Cada debênture poderá ser convertida, de maneira isolada, a pela Companhia, das máquinas e equipamentos nacionais necessários ao qualquer tempo no período de 16.03.2012 a 15.01.2017 (exceto nos projeto descrito no inciso anterior. dias de realização de Assembleia Geral dos Acionistas da Companhia) CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS DEBÊNTURES e a livre critério de seu titular, por uma quantidade de ações ordinárias 1. Para todos os efeitos legais, as debêntures terão como data de de emissão da Companhia resultante da divisão entre seu valor emissão o dia 15 de janeiro de 2012 e prazo de vencimento de 5 nominal atualizado, na data de conversão, e o preço de R$ 12,87 por anos contados da data de emissão, vencendo-se, portanto, em 15 de ação, preço este que será atualizado na mesma forma prevista no janeiro de 2017. item 4 acima, de modo que cada debênture será conversível em 10 2. O valor total da emissão é de R$ 99.999.900,00, dividido em 777.000 ações ordinárias da Companhia. debêntures, com valor nominal unitário de R$ 128,70, na data de 17. O preço de conversão foi apurado observandoemissão. se os termos do inciso III do §1º do art. 170 da Lei 3. As debêntures serão da forma escritural, em série única, com garantia nº 6.404/76, tomando-se por base (i) a média de fechamento das flutuante, conversíveis em ações ordinárias de emissão da Companhia. cotações nos 30 pregões da BM&FBOVESPA realizados no período 4. O valor nominal unitário das debêntures será atualizado pela variação de 22.09.2011 a 04.11.2011 inclusive e (ii) o prêmio de 45% sobre o do IPCA a partir da data de emissão, calculada de forma pro rata referido valor. temporis por dias úteis até a integral liquidação das debêntures ou até 18. Para conversão das debêntures, os interessados deverão manifestar a data de conversão em ações ordinárias. sua intenção por meio da Solicitação de Conversão, com firma 5. As debêntures renderão juros de 6% ao ano, base 252 dias úteis, reconhecida, da seguinte forma: (i) os detentores das debêntures incidentes sobre o valor nominal atualizado, a partir da data de custodiadas na Central Depositária da BM&FBOVESPA deverão enviar emissão, calculados em regime de capitalização composta de a solicitação ao seu respectivo agente de custódia com cópia ao forma pro rata temporis por dias úteis; essa remuneração será paga Agente Fiduciário e à Companhia; ou (ii) os detentores das debêntures anualmente, no dia 15 de janeiro de cada ano. não custodiadas na Central Depositária da BM&FBOVESPA deverão 6. As debêntures serão emitidas para subscrição privada, sem enviar a referida solicitação ao Agente Escriturador, com cópia ao qualquer esforço de venda perante investidores e serão negociadas Agente Fiduciário e à Companhia. em mercado secundário na BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros em data a ser oportunamente divulgada por 19. A data da conversão, para todos os efeitos legais, será o 5º dia útil contado do recebimento da Solicitação de Conversão pelo Agente meio de comunicado ao mercado.

Escriturador e, para as ações custodiadas na Central Depositária da DIREITO DE PREFERÊNCIA BM&FBOVESPA, o prazo será de 5 dias úteis após o recebimento 7. Os acionistas da Companhia poderão, no período de 15 de da Solicitação de Conversão por parte do agente de custódia e à fevereiro a 15 de março de 2012 (inclusive), exercer o seu direito transferência dos ativos para a carteira de conversão. de preferência na subscrição das debêntures, na proporção de 0,1417506% das ações ordinárias de emissão da Companhia de 20. As ações ordinárias de emissão da Companhia resultantes da conversão das debêntures: (i) terão as mesmas características e condições que forem titulares na posição acionária final do dia 08.02.2012, e gozarão dos mesmos direitos e vantagens estatutariamente desconsideradas as frações. atribuídos atualmente e no futuro às ações ordinárias de emissão 8. O direito de preferência poderá ser negociado no mercado de bolsa da Companhia hoje existentes; e (ii) participarão integralmente da da BM&FBOVESPA, observadas as normas, práticas e prazos aplicáveis, distribuição dos resultados cuja deliberação ocorra a partir da data inclusive as normas emanadas pela BM&FBOVESPA. da solicitação de conversão, inclusive dividendos e juros sobre capital SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO DAS DEBÊNTURES próprio.

9. O preço de subscrição e integralização das debêntures será o seu 21. O aumento de capital da Companhia decorrente da conversão das valor nominal atualizado (item 4 acima), acrescido da remuneração debêntures em ações ordinárias será homologado por reunião do (item 5 acima), calculada pro rata temporis desde a data de emissão Conselho de Administração e arquivado na Junta Comercial no prazo até a data de integralização. de até 30 dias após a efetivação, devendo o respectivo comprovante 9.1. O preço de subscrição e integralização, atualizado até ser encaminhado ao Agente Fiduciário ao final do referido prazo.

08.02.2012, corresponde a R$ 129,705701 por debênture.

10. Os acionistas que desejarem subscrever as debêntures deverão LOCAIS DE ATENDIMENTO comparecer nos locais de atendimento do Agente Escriturador (item 22. Os acionistas que desejarem subscrever as debêntures deverão comparecer exclusivamente nos seguintes locais do Agente 22 abaixo), onde procederão à assinatura do boletim de subscrição.

Escriturador: Os acionistas cujas ações estejam custodiadas na Central Depositária (i) Belo Horizonte/MG: Av. João Pinheiro, 195 Subsolo - Centro; da BM&FBOVESPA deverão exercer os respectivos direitos por meio (ii) Brasília/DF: SCS Quadra 3 - Edif. D’Angela, 30 - Bloco A, Sobreloja de seus agentes de custódia e de acordo com as regras estipuladas Centro; pela própria BM&FBOVESPA. (iii) Curitiba/PR: Rua João Negrão, 65 - Sobreloja - Centro; 11. O pagamento da subscrição das debêntures deverá ser efetuado à (iv) Porto Alegre/RS: Rua Sete de Setembro, 746 - Térreo - Centro; vista, em dinheiro e no ato da assinatura do boletim de subscrição. (v) Rio de Janeiro/RJ: Rua Sete de Setembro, 99 - Subsolo - Centro; RATEIO DE SOBRAS (vi) Salvador/BA: Av. Estados Unidos, 50 - 2º andar - Edif.

12. Os acionistas que subscreverem as debêntures deverão manifestar, Sesquicentenário - Comércio; em campo próprio do boletim de subscrição, o interesse de (vii) São Paulo/SP: Rua Boa Vista, 176 - 1º Subsolo - Centro. subscrever eventuais sobras de debêntures não subscritas durante o 23. Documentação para subscrição das debêntures e/ou cessão do direito prazo de preferência, na proporção dos valores por eles subscritos. de preferência: 13. Primeiro Rateio: o prazo para a subscrição e integralização das Pessoa Física: Cédula de Identidade, CPF e comprovante de endereço; eventuais sobras no primeiro rateio será de até 10 dias úteis contados Pessoa Jurídica: Contrato/Estatuto Social e ata de eleição dos da data do aviso aos acionistas acerca do término do prazo de administradores registrados no Cartório/Junta Comercial competente, preferência, inclusive. O número de debêntures que caberá a cada CNPJ e comprovante de endereço. subscritor será determinado por meio da multiplicação do número total de debêntures não subscritas pela porcentagem calculada 24. Em caso de representação, o procurador deverá apresentar mediante a divisão entre o número de debêntures subscritas pelo instrumento de mandato com firma reconhecida. respectivo subscritor e o número total de debêntures subscritas por INFORMAÇÕES ADICIONAIS todos os subscritores que tenham pedido direito às sobras.

25. As debêntures terão como Agente Fiduciário a Pavarini Distribuidora 14. Segundo Rateio: na hipótese de remanescerem debêntures não de Títulos e Valores Mobiliários Ltda., Agente Escriturador a Itaú subscritas após o término do primeiro rateio, os acionistas que tiverem Corretora de Valores S.A. e Banco Mandatário o Itaú Unibanco S.A. participado do primeiro rateio e tenham manifestado, no boletim 26. Os documentos relacionados à emissão das debêntures estão de subscrição, o interesse de participar do segundo rateio, deverão disponíveis no site da Companhia (http://www.duratex.com.br/ri), subscrever e integralizar a totalidade das sobras remanescentes, no da CVM (http://www.cvm.gov.br) e da BM&FBOVESPA (http://www. prazo de até 10 dias úteis contados da data do aviso aos acionistas bmfbovespa.com.br). acerca do término do prazo para subscrição de sobras do primeiro 27. Informações adicionais poderão ser obtidas na Gerência Executiva rateio, inclusive. Caso mais de um subscritor manifeste interesse na de Relações com Investidores da Companhia, localizada na subscrição da totalidade das sobras no segundo rateio, elas serão Avenida Paulista, 1938, 6º andar, São Paulo-SP, ou pelo rateadas entre os interessados. O número de debêntures que cada telefone +55 (11) 3179-7421, fac-símile +55 (11) 3179-7355, email acionista interessado deverá integralizar será determinado por meio investidores@duratex.com.br. da multiplicação do número total de debêntures não subscritas até 28. A Companhia comunicará seus acionistas e o mercado em geral sobre o momento pela porcentagem calculada mediante a divisão entre eventuais informações adicionais relacionadas à Primeira Emissão o número de debêntures subscritas pelo respectivo subscritor, Privada de Debêntures da Duratex S.A. incluindo aquelas subscritas no primeiro rateio, e o número total São Paulo (SP), 8 de fevereiro de 2012. de debêntures subscritas, incluindo aquelas subscritas no primeiro Flavio Marassi Donatelli rateio, por todos os subscritores que tenham pedido direito às sobras Diretor Executivo Financeiro e de Relações com Investidores do segundo rateio.

12 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

e

13 Os números mostram que o brasileiro continua confiante no desempenho da nossa economia.

Rogério Amato, presidente da ACSP e Facesp

conomia Epitácio Pessoa/AE

Confiança do consumidor bate recorde em janeiro

Disposição para comprar eletrodomésticos atingiu 52 pontos na pesquisa atual, ante 44 pontos registrados em janeiro de 2010.

INC atingiu 178 pontos, puxado pelo otimismo em relação à situação financeira atual, a segurança no emprego e a disposição de comprar eletrodomésticos.

Sílvia Pimentel

O

Índice Nacional de Confiança (INC) medido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Ipsos atingiu 178 pontos em janeiro. É o maior valor para o mês nos últimos dois anos. Na comparação com janeiro de 2010, o índice subiu 17 pontos. Em relação a dezembro do ano passado, o aumento foi de 5 pontos.

"Os números mostram que o brasileiro continua confiante no desempenho da nossa economia. Se não ocorrer um agravamento da crise europeia, tudo leva a crer que essa percepção otimista dos consumidores poderá se concretizar este ano", analisa o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato.

De acordo com a pesquisa, o índice foi puxado basicamente pela percepção mais otimista dos consumidores em relação à situação financeira atual, a segurança no emprego e a disposição de comprar eletrodomésticos. A pontuação de entrevistados que consideram a situação financeira atual boa

passou de 46, em janeiro de 2010, para 54 pontos. Já o indicador referente à segurança no emprego pulou de 40 pontos, em janeiro de 2010, para 47 pontos em janeiro deste ano.

Na pesquisa atual, a disposição para comprar eletrodomésticos atingiu 52 pontos, ante 44 pontos registrados em ja-

neiro de 2010. O único indicador que apresentou um pequeno recuo na comparação com o resultado de 2010 foi o relativo à situação financeira futura, que passou de 65 pontos para 60 pontos.

O economista da ACSP Emílio Alfieri acrescenta o reajuste do salário mínimo

como outro fator relevante para o aumento da confiança dos consumidores. O valor passou de R$ 545 para R$ 622, depois da correção um pouco acima de 14%. "É um impacto importante, considerando que o novo valor vai beneficiar diretamente 48 milhões de pessoas entre aposentados

e assalariados com carteira assinada", calculou. De acordo com o economista, a alta do INC já era esperada para o mês de janeiro, pois acompanha o melhor desempenho das vendas do comércio no período. Em janeiro, as vendas a prazo e a vista, medidas pelo número de consultas ao

SCPC, registraram aumento médio de 4,5%.

A pesquisa da ACSP/Ipsos que mede o nível de confiança dos consumidores é realizada todos os meses com mil entrevistados de nove regiões metropolitanas e 70 cidades do interior no País. O índice varia de zero a 200 pontos.

Inadimplência fica estável

A Empresários acreditam menos

O

empresário do comércio paulistano começou o ano menos confiante, segundo indicador da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que apresentou recuo de 1,7% em relação a dezembro. O Índice

de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) passou de 123,3 pontos em dezembro para 121,2 no primeiro mês deste ano. Criado em março de 2011, o indicador varia de 0 a 200 pontos e mostra otimismo quando acima dos 100 pontos. (AE)

inadimplência do brasileiro permaneceu estável em janeiro deste ano. A variação foi de apenas 0,1% ante dezembro, já descontadas as influências sazonais, de acordo com indicador da Boa Vista Serviços, empresa que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O valor médio das dívidas em janeiro ficou em R$ 1.120,50, alta de 1,7% em relação ao valor verificado em igual mês de 2011.

Na comparação com janeiro do ano passado, entretanto, o número de novos devedores aumentou 17,3%. Já na comparação dezembro 2011 ante dezembro 2010, a variação foi de 15%. Com base nisto, o economista Flávio Calife, da Boa Vista, avalia que o resultado de janeiro de 2012 não é preocupante. "É verda-

de que em dezembro a variação foi menor, mas nos meses anteriores essa variação mês a mês estava na casa dos 20%", diz. "O resultado de janeiro não é preocupante porque o indicador mostrou estabilidade nos meses recentes."

De acordo com a Boa Vista, o recuo do governo nas medidas restritivas da economia, o processo de redução das taxas de juros, uma menor expansão do crédito em 2012 e a manutenção do baixo nível de desemprego têm mantido a inadimplência estável nos últimos meses.

O agravamento da crise europeia, porém, poderia provocar reflexos na inadimplência brasileira. "Um agravamento na crise pode levar a efeitos sobre o emprego e a renda no Brasil. Mas um

eventual encarecimento do c ré d i t o p o d e r i a p ro v o c a r efeitos maiores sobre a inadimplência", explica Calife.

O Sudeste foi a região do País que apresentou o maior aumento ante dezembro, de 1,9%, e o Norte, a maior queda, de 5% no registro de inadimplentes. Na comparação com janeiro do ano passado, o Sudeste segue como a região com maior percentual de novos registros (20,8%), seguido de Centro-Oeste (18,9%), Sul (17,8%), Nordeste (7,7%) e Norte (6%).

O número de consumidores que deixaram a lista de devedores aumentou, em janeiro, 28,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A variação em relação a dezembro foi positiva em 1%, na série com ajuste sazonal. (AE)

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Orçamos este projeto (de Viracopos) no centavo. Fizemos quase um projeto em nível executivo.

Carlo Botarelli, presidente da Triunfo

conomia

Passageiro Vip

C

O preço da lealdade

omo dar a cada hóspede em uma rede de 145 unidades, como a Accor no Brasil, a sensação de que ele é único, que sua presença é reconhecida e valorizada, assim evitando a impessoalidade do trato, frio e impessoal, típico das grandes cadeias? Nem mesmo o apoio da tecnologia da informação e programas como o CRM fazem o milagre. É que fica faltando na experiência da hospedagem o calor humano e o tratamento diferenciado.

O grande desafio não é apenas premiar a frequência do uso do hotel, coisa que todos os concorrentes fazem, mas principalmente criar vínculos. Este é o cerne dos p ro g r a m a s d e re l a c i o n amento da Accor, criados não apenas para agradar o consumidor final, mas também os principais stakeholders. "O hóspede cada vez mais precisa se sentir próximo à marca, entendendo que os serviços prestados estão diretamente ligados às suas necessidades", explica Renato Camargo, gerente-geral de Marketing de Relacionamento e Parcerias Estratégicas da Accor para a América Latina, que antes atuou na Gol e Agaxtur.

"Através do programa, ele se sente mais próximo da nossa empresa e com acesso a produtos e serviços segmentados", completa. Isto foi obtido através do programa A|Club, de abrangência

Programa de fidelidade pretende criar vínculo entre hóspede e hotel

internacional, e que engloba nove marcas da rede francesa, do espartano Ibis ao sofisticado Novotel. Sempre em ambiente online, os gastos em hospedagem são transformados em pontos, que podem ser resgatados em 2,3 mil hotéis da Accor no mundo, ou transformados em vouchers e milhas aéreas.

Dividido em quatro categorias em função do grau de utilização, o programa permite benefícios que vão de upgrades em apartamentos a brindes. O A|Club mantém ainda parcerias com bancos

e com o Multiplus, da Tam. Garantir a fidelidade apenas dos hóspedes é pouco.

Por isto, há ainda o programa A.Gente, que visa ganhar simpatia e negócios dos agentes de viagens. Os pontos acumulados em reservas viram mais de 400 tipos de prêmios. Também de olho no lucrativo mercado de eventos, nasceu o Accor Meeting Rewards, que mima os organizadores desses encontros de negócios.

Para ganhar entre os 200 prêmios, é preciso garantir desde locação de salas até o

consumo de refeições durante a reunião. E para que todo mundo fique feliz, até as empresas levam vantagem junto com seus funcionários pela fidelidade.

Renato revela que o mercado de programas de relacionamento ainda é algo muito novo no Brasil. "O cliente, principalmente da classe C, começa a entender a lógica da fidelidade e, com isso, passa a ser 100% fiel a uma marca ou empresa". Ele atribui esta inusitada e acelerada intimidade com o modelo pela convivência já existente com os carnês populares de grandes magazines, criando relações comerciais por meses, até anos consecutivos.

Com índices de participação crescentes, hoje 9 milhões de associados no mundo e mais de 1 milhão no Brasil, Renato atribui o sucesso ao A|Club ter sido lançado depois dos concorrentes, como o Priority Club, da Intercontinental, o Marriott Rewards, o HHonors do Hilton, entre outros. "Isto permitiu construir a partir do melhor de cada programa existente", completa ele.

Viracopos: investimento será menor.

O

Francisco Gonçalves

A Swissport é responsável pelo apoio terrestre a 100 milhões de passageiros de avião e 3,2 milhões de toneladas de carga de 650 companhias aéreas do mundo, em 177 aeroportos, de 36 países. O seu CEO no Brasil é carioca e advogado, com especialidade em Direito Empresarial e Master of Business Administration (MBA). Casado e com uma filha que também deve se formar este ano em Direito, Francisco Gonçalves por 16 anos trabalhou para a extinta companhia aérea Transbrasil. "Atuei da rampa à gerência geral de aeroportos", conta ele.

Consórcio estima que ao fim da concessão Viracopos terá um movimento de 84 milhões de passageiros por ano, abaixo da estimativa do governo, de 90 milhões.

Botarelli também deixou claro que a estimativa de retorno real para o investidor no negócio é de 15%, enquanto a Taxa Interna de Retorno (TIR) real do projeto deve ser de 8,5%, acima dos 7,5% estimados pelo governo.

O presidente da Triunfo citou a receita com publicidade como exemplo de importante fonte de recursos. "No ano passado, o ae-

roporto de Campinas arrecadou R$ 500 mil com mídia, valor irrelevante. Acreditamos que em 2014 essa receita pode chegar a R$ 5,2 milhões."

A Triunfo possui 45% do consórcio que sagrou vencedor do leilão pelo aeroporto de Campinas (SP), na segunda-feira. Também integra o consórcio a UTC Engenharia (45%) e a francesa Egis (10%). Eles arremataram a

concessão ao oferecer uma proposta de R$ 3,821 bilhões, o que representou ágio de 158,9% sobre o preço mínimo determinado pelo governo. O consórcio deterá 51% do aeroporto, e a Infraero os demais 49%.

Sobre decretos de desapropriação para realizar as obras de expansão, Botarelli disse que já existem dois decretos concedidos. (AE)

Antes de assumir a direção da Swissport, onde começou em 2004, foi seu gerente de operações.

"Somos líderes de mercado e a maior realização foi trazer a empresa à liderança com crescimento sustentável, e atendendo às quatro grandes empresas aéreas do País", comemora Gonçalves.

Atualmente seu foco é desenvolver gestores para atender um amplo projeto de formação e treinamento e preparar os sucessores para o futuro. A meta atual da Swissport é também crescer no segmento de aviação executiva e proteção.

Contatos com o autor pelo e-mail: fabio@steinberg.com.br

Mantega descarta leilão de outros aeroportos agora

O

Giuliano Miranda/AE

consórcio vencedor do leilão do aeroporto de Campinas (SP), do qual a Triunfo é uma das participantes, estima que os investimentos ao longo da concessão somarão R$ 8 bilhões, abaixo dos R$ 11,5 bilhões estimados pelo governo.

A afirmação é do presidente da Triunfo, Carlo Botarelli, em teleconferência com jornalistas, realizada ontem. Os valores somam os investimentos necessários para ampliação do aeroporto e manutenção ao longo dos 30 anos da concessão.

Segundo ele, a diferença se deve a avaliações de "otimização do projeto, reordenação de espaço e estimativas em relação ao tráfego". "Além disso, quem fez antes o projeto (governo) não têm a visão do operador", afirmou. O consórcio do qual a Triunfo faz parte estima que ao fim da concessão o aeroporto terá um movimento de 84 milhões de passageiros por ano, abaixo da estimativa do governo, de 90 milhões. "Orçamos este projeto no centavo. Fizemos quase um projeto em nível executivo", afirmou.

Divulgação

Divulgação

ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o interesse de vários grupos nos leilões de privatização dos aeroportos de Brasília, Campinas e Guarulhos demonstrou o interesse das empresas em realizar investimentos no País.

Segundo ele, o resultado do leilão foi muito positivo, mas afirmou que o governo não pensa, neste momento, em fazer novas concessões.

Segundo ele, o objetivo agora é consolidar a transferência dos três terminais licitados na última segundafeira para os concessionários e usar os recursos levantados pelo governo para investir no desenvolvimento da aviação regional.

"Estamos pensando em criar uma rede de aeroportos regionais. Os recursos arrecadados com a concessão não irão para o pagamento de dívida, para o superávit primário", afirmou o ministro da Fazenda.

Mantega sustentou que os

R$ 24,5 bilhões que serão recebidos ao longo do período de concessão dos três aeroportos serão aplicados em terminais regionais que têm menor rentabilidade.

A concessão de Guarulhos tem prazo de 20 anos, enquanto em Brasília o período é de 25 anos e em Viracopos é de 30 anos.

O processo de consolidação do leilão de segunda-feira passa por uma análise da capacidade financeira e gerencial dos vencedores. "A empresa tem que ter capacidade própria de financiamento, de investimento e de gerenciamento dos aeroportos", afirmou Mantega.

"A parte operacional é tão importante quanto a financeira", emendou.

O ministro disse também não haver estudos para iniciar um novo processo de concessão dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, ou Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. (Reuters)

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ECONOMIA/LEGAIS - 15

Empresa de Transportes “CPT” Ltda.

CNPJ/MF nº 62.272.216/0001-63 - NIRE 35.200.900.039 ATA DE REUNIÃO DE SÓCIOS QUOTISTAS 1. DATA, HORA E LOCAL: Em 09 de dezembro de 2011, às 09:00h, na sede social da Empresa de Transportes “CPT” Ltda., na Av. Manuel Bandeira, nº 585, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 05311- 000 (“Sociedade”). 2. PRESENÇA: Sócios representando a totalidade do capital social. 3.

CONVOCAÇÃO E PUBLICAÇÕES: Dispensadas as formalidades de convocação, nos termos do artigo 1.152, parágrafo 3°, da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, tendo em vista a presença da totalidade dos sócios da Sociedade. 4. ATA DA REUNIÃO: em forma de extrato sumário e assinada pela totalidade dos sócios da Sociedade. 5. MESA: Raul Calfat foi eleito pelos presentes para presidir a Reunião e, em seguida, convidou, Nelson Koichi Shimada, para secretariar os trabalhos, ficando assim composta a Mesa. 6. ORDEM DO DIA: A ordem do dia da presente Reunião Extraordinária de Sócios compreende a deliberação, por parte da sócia VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A., quanto (i) ao exame, discussão e aprovação do “INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROTOCOLO E JUSTIFICAÇÃO DE INCORPORAÇÃO”, celebrado em 07 de dezembro de 2011 (“Protocolo”), entre a Sociedade e a VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A.; (ii) à aprovação da indicação da empresa especializada que procedeu à avaliação do patrimônio da Sociedade para os fins de sua incorporação pela VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A.; (iii) ao exame, discussão e aprovação do Laudo de Avaliação do acervo líquido da Sociedade, preparado pela referida empresa especializada, o qual está anexo ao Protocolo (“Laudo”); (iv) à aprovação da incorporação da Sociedade por VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A., ocasionando o cancelamento da totalidade das quotas representativas do capital social da Sociedade. 7. DELIBERAÇÕES: (i) após a leitura do Protocolo, que passa a fazer parte integrante desta Ata como Anexo I, o Protocolo foi aprovado pela sócia VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A.; (ii) aprovou-se a indicação da empresa especializada que procedeu à avaliação do patrimônio da Sociedade a ser vertido para a VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A. (tendo sido dispensada a presença da empresa especializada nesta reunião pela sócia presente); (iii) o Laudo apresentado confirmou os valores dos bens, direitos e obrigações que compõem o acervo líquido da Sociedade a ser incorporado pela VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A., sendo avaliados, pelo valor contábil, em R$ 417.126.912,25 (quatrocentos e dezessete milhões, cento e vinte e seis mil, novecentos e doze reais e vinte e cinco centavos). (iv) foi aprovada a incorporação da Sociedade pela VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A. Uma vez que a VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A. é detentora de todas as quotas representativas do capital social da Sociedade, o valor do patrimônio líquido da Sociedade é integralmente absorvido pela VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A., e a totalidade das quotas representativas do capital social da Sociedade são neste ato canceladas. Ademais, em razão de não haver acréscimo patrimonial resultante da incorporação ora aprovada, não haverá qualquer aumento de capital na VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A., restando, pois, inalterado o seu capital social. O Laudo foi aprovado pela sócia VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A.Tendo em vista a incorporação ora aprovada e em observância às disposições contidas no Protocolo, foi declarada extinta a Sociedade.

Ainda em consequência de tal incorporação, a VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A. passa a suceder a Sociedade em todos os direitos e obrigações, a título universal e para todos os fins de direito, sem qualquer solução de continuidade, ficando a administração da Sociedade desde logo autorizada a praticar todos os atos complementares e/ou decorrentes da incorporação ora aprovada, com amplos e gerais poderes para proceder todos os registros, transcrições, averbações ou comunicações que se fizerem necessários de modo a complementar a operação ora aprovada. 8. LAVRATURA E LEITURA DA ATA: Finalmente, o Presidente da Mesa ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso, e, como ninguém se manifestou e não houve mais assuntos a tratar, foram encerrados os trabalhos. Foi, então, suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata, que depois de transcrita, lida em voz alta e achada conforme, foi assinada pelo Presidente da Mesa, Raul Calfat; Secretário, Nelson Koichi Shimada, e pelo sócio presente, Votorantim Participações (p.p. Marcus Olyntho de Camargo Arruda e Raul Calfat). São Paulo, 09 de dezembro de 2011. SECRETARIA DA FAZENDA – JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CERTIDÃO – Certifico o Registro sob o nº 26.327/12-0 em 10.01.2012 (a) Gisela Simiema Ceschin, Secretária Geral.

VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF Nº 61.082.582/0001-97 - NIRE 35.300.023.714 ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 09 DE DEZEMBRO DE 2011 1. DATA, HORÁRIO E LOCAL - Dia 09 de dezembro de 2011, às 10:00 horas, na sede social da Votorantim Participações S.A. (“Companhia”), localizada na Rua Amauri, nº 255, 10º andar, Capital do Estado de São Paulo. 2. CONVOCAÇÃO - Dispensada em virtude da presença da totalidade dos acionistas. 3.

PRESENÇA - Acionista representando a totalidade do capital social, conforme assinatura lançada no livro Presença de Acionistas. 4. MESA DIRIGENTE – Marcos Olyntho de Camargo Arruda, Presidente, e Raul Calfat, Secretário. 5. ORDEM DO DIA – A ordem do dia da presente Assembleia Geral Extraordinária compreende a deliberação, por parte dos acionistas, quanto (i) ao exame, discussão e aprovação do “INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROTOCOLO E JUSTIFICAÇÃO DE INCORPORAÇÃO”, celebrado em 07 de dezembro de 2011 (“Protocolo”), entre a Companhia e a CPT; (ii) à aprovação da indicação da empresa especializada que procedeu à avaliação do patrimônio da CPT para os fins de sua incorporação pela Companhia; (iii) ao exame, discussão e aprovação do Laudo de Avaliação do acervo líquido da CPT, o qual está anexo ao Protocolo (“Laudo de Avaliação”); (iv) à aprovação da incorporação da EMPRESA DE TRANSPORTES CPT LTDA., sociedade limitada com sede na Avenida Manoel Bandeira, n° 585, na cidade São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda (“CNPJ/MF“) sob o n° 62.272.216/0001-63 (“CPT”) por esta Companhia, ocasionando o cancelamento da totalidade das quotas representativas do capital social da CPT; 6. DELIBERAÇÕES – A acionista aprovou (i) após a leitura do Protocolo, que passa a fazer parte integrante desta Ata como Anexo I, o Protocolo foi unanimemente aprovado pela acionista o Protocolo; (ii) a empresa especializada que elaborou o Laudo de Avaliação (tendo sido dispensada a presença desta na Assembleia por todos os acionistas); (iii) o Laudo apresentado confirmou os valores dos bens, direitos e obrigações que compõem o acervo líquido da CPT a ser incorporado pela Companhia, sendo avaliados, pelo valor contábil, em R$ 417.126.912,25 (quatrocentos e dezessete milhões, cento e vinte e seis mil, novecentos e doze reais e vinte e cinco centavos); e (iv) a incorporação da CPT pela Companhia. Uma vez que a Companhia é detentora de todas as quotas representativas do capital social da CPT, o valor do patrimônio líquido da CPT é integralmente absorvido pela Companhia, e a totalidade das quotas representativas do capital social da CPT é neste ato cancelada, em conformidade com os termos da Ata de Reunião Extraordinária de Sócios da CPT, realizada nesta data. Ademais, o acréscimo patrimonial resultante da incorporação ora aprovada não resultará em um aumento de capital na Companhia, restando, pois, inalterado o seu capital social. O Laudo foi colocado em votação e unanimemente aprovado pela acionista. Ainda em consequência de tal incorporação, a Companhia passa a suceder a CPT em todos os direitos e obrigações, a título universal e para todos os fins de direito, sem qualquer solução de continuidade, ficando a administração da Companhia desde logo autorizada a praticar todos os atos complementares e/ou decorrentes da incorporação ora aprovada, com amplos e gerais poderes para proceder todos os registros, transcrições, averbações ou comunicações que se fizerem necessários de modo a complementar a operação ora aprovada. Foi aprovada a lavratura desta ata na forma de sumário. 7. ENCERRAMENTO – a) O Sr. Presidente franqueou o uso da palavra, não havendo, todavia, nenhuma manifestação; b) Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presenta ata, que tendo sido lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais acionistas presentes. São Paulo, 09 de dezembro de 2011. (a.a.) José Roberto Ermírio de Moraes, Presidente; Marcos Olyntho de Camargo Arruda, Secretário; p. Hejoassu Administração S.A. Marcos Olyntho de Camargo e Nelson Koichi Shimada, diretores; Carlos Ermírio de Moraes, José Ermírio de Moraes Neto, Jose Roberto Ermírio de Moraes, Carlos Eduardo Moraes Scripilliti, Cláudio Ermírio de Moraes, Clóvis Ermírio de Moraes Scripilliti, Fábio Ermírio de Moraes e Luís Ermírio de Moraes, acionistas.

SECRETARIA DA FAZENDA – JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CERTIDÃO – Certifico o Registro sob o nº 26.797/12-4 em 11.01.2012 (a) Gisela Simiema Ceschin, Secretária Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 08 de fevereiro de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Mário Moreira dos Santos. Requerido: Bertel Empresa de Segurança Industrial e de Estabelecimentos de Créditos Ltda. Rua da Mooca, 418 - Mooca - 2ª Vara de Falências.

Requerente: Aços Bohler Uddeholm do Brasil Ltda. Requerido: Metalúrgica Lucco Ltda. Rua Liege, 168 – Vila Vermelha - 2ª Vara de Falências.

Requerente: Sergio Massao Hirata. Requerido: CMF Comércio de Acessórios Industriais Ltda. Avenida Cabralia Paulista, 51 – Cidade Patriarca - 1ª Vara de Falências.

Requerente: Globalcred Informações e Consultoria Financeira Ltda. Requerido: Transportes Montone Ltda. Avenida Leonardo da Vinci, 1.624 – Vila Guarani (Zona Sul) - 1ª Vara de Falências.

Odebrecht TransPort Participações S.A. NIRE 35.300.358.091 – CNPJ/MF Nº 10.143.462/0001-11

ATA DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Dia, hora e local: Realizada em 03 de fevereiro de 2012, às 10 horas, na sede da Companhia, localizada na Avenida das Nações Unidas, 4.777, 5º andar, Ala A, Alto de Pinheiros, São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 05477-000. Presenças: Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas. Convocação: Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76, conforme alterada (“Lei das S.A.”). Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Heloisa Gonçalves Folha Polesel, Secretária. Deliberações: 1) Aprovada a lavratura da presente Ata na forma de sumário, conforme faculta o artigo 130, § 1º, da Lei das S.A.; e 2) Aprovada a consolidação do Estatuto Social da Companhia, na forma do Anexo I à presente Ata. Quorum das deliberações: Todas as deliberações foram aprovadas por unanimidade, sem reservas ou restrições pelos acionistas, representando a totalidade do capital social da Companhia.

Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, lavrando-se a presente Ata que, após lida e aprovada, foi assinada pelos membros da Mesa e por todos os presentes. São Paulo, 03 de fevereiro de 2012. Mesa: Paulo Henyan Yue Cesena, Presidente; Heloisa Gonçalves Folha Polesel, Secretária. Acionistas: Odebrecht TransPort S.A. e Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FI-FGTS. Certifico e dou fé que esta ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. São Paulo, 03 de fevereiro de 2012. Heloisa Gonçalves Folha Polesel, Secretária. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 64.679/12-3 em 08.02.2012. Gisela Simiema Ceschin, Secretária Geral. Anexo I – ESTATUTO SOCIAL DA ODEBRECHT TRANSPORT PARTICIPAÇÕES S.A. – Capítulo I – Nome, Sede, Objetivo e Duração. Artigo 1º – A Odebrecht TransPort Participações S.A. (a “Companhia”) é uma sociedade anônima, com sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, localizada na Avenida das Nações Unidas, nº 4.777, 5º andar, Ala A, Alto de Pinheiros, CEP 05477-000, que se regerá por este Estatuto e pela legislação que lhe for aplicável. Parágrafo único – A Companhia, mediante ato de sua Diretoria, pode abrir filiais, agências e escritórios, em qualquer parte do território brasileiro ou no exterior. Artigo 2º – A Companhia tem por objeto social: (i) a participação em consórcios ou no capital de sociedades que se proponham a desenvolver projetos, investir ou de fato operar ativos relacionados ao setor de infraestrutura de transporte e logística, incluindo rodovias, ferrovias, hidrovias, dutos, portos, aeroportos, e/ou infraestrutura urbana; (ii) a operação de quaisquer desses ativos de infraestrutura, celebrando contratos de concessão de serviços públicos, projetos de parcerias público-privadas ou empreendimentos privados, atuando na cobrança dos serviços prestados, implantação, estudos ambientais ou outros, operação e manutenção do empreendimento, concessão ou parceria, podendo prestar serviços de consultoria, gestão e/ou supervisão no âmbito de tais atividades; e (iii) participar de consórcios ou de sociedades que explorem, direta ou indiretamente, quaisquer das atividades descritas nos itens (i) e (ii) acima. Parágrafo único – A Companhia poderá exercer as atividades de seu objeto social no país ou no exterior, seja diretamente ou através de subsidiárias, ou através de participação em consórcios ou no capital de outras sociedades. Artigo 3º – O tempo de duração da Companhia é indeterminado. Capítulo II – Capital e Ações. Artigo 4º – O capital social é de R$ 243.465.795,00 (duzentos e quarenta e três milhões, quatrocentos e sessenta e cinco mil, setecentos e noventa e cinco reais), dividido em 243.465.794 (duzentos e quarenta e três milhões, quatrocentos e sessenta e cinco mil, setecentas e noventa e quatro) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Parágrafo 1º – A Companhia está autorizada a aumentar, independentemente de reforma estatutária, o seu capital social até o limite de R$ 25,96 (vinte e cinco reais e noventa e seis centavos), a critério do Conselho de Administração e/ou da Assembleia Geral, que deliberará sobre a emissão de novas ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, e sem quaisquer privilégios ou direitos específicos que não aqueles expressamente garantidos por lei, fixando a quantidade de ações a serem emitidas, o preço de emissão e as condições de integralização, bem como as demais condições e procedimentos referentes a cada emissão, nos termos do disposto no artigo 168 da Lei 6.404/76 (“Lei das S.A.”). Parágrafo 2º – Cada ação dará direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral. Parágrafo 3º – A Companhia não poderá emitir quaisquer valores mobiliários que não sejam ações ordinárias, exceto se aprovado pelos acionistas representando a maioria do capital social. Artigo 5º – A subscrição e a integralização das ações obedecerão aos seguintes critérios: (a) a importância mínima de realização inicial das ações que forem subscritas será aquela estabelecida em lei; (b) o prazo para integralização das ações subscritas será fixado pelo Conselho de Administração por ocasião de cada chamada de capital; e (c) a integralização de ações com bens, que não sejam créditos em moeda corrente, dependerá de aprovação da Assembleia Geral. Artigo 6º – Os acionistas terão preferência na subscrição de novas ações da Companhia na proporção da sua participação no capital social. Parágrafo único – O prazo para exercício do direito de preferência será de 30 (trinta) dias. Capítulo III – Órgãos Permanentes da Sociedade. Artigo 7º – São órgãos permanentes da Companhia: (a) a Assembleia Geral; (b) o Conselho de Administração; e (c) a Diretoria. Capítulo IV – Assembleia Geral. Artigo 8º – A Assembleia Geral se reunirá, ordinariamente, nos 4 (quatro) primeiros meses que se seguirem ao término de cada exercício social, a fim de que sejam discutidos os assuntos previstos em lei e, extraordinariamente, sempre que os interesses da Companhia o exigirem. Parágrafo primeiro – A Assembleia Geral será convocada pelo Presidente do Conselho de Administração ou na forma da lei e presidida pelo acionista indicado entre os presentes que, por sua vez, deverá indicar, dentre estes, o Secretário. Parágrafo segundo – A convocação para a Assembleia Geral se fará pela imprensa, observadas as disposições legais. Independentemente das formalidades de convocação, será considerada regular a Assembleia Geral a que comparecerem todos os acionistas. Artigo 9º – O acionista poderá fazer representar-se por procurador, respeitadas as disposições da lei. Artigo 10 – Depois de assinarem o Livro de Presença, os acionistas escolherão o Presidente e o Secretário, os quais dirigirão os trabalhos da Assembleia Geral. Artigo 11 – Compete à Assembleia Geral, além do quanto previsto na Lei das S.A., deliberar sobre: a) abertura de capital da Companhia e/ou IPO da Companhia; b) início ou término de dissolução, falência, liquidação, recuperação judicial ou extrajudicial da Companhia ou de qualquer sociedade controlada; c) avaliação e aprovação prévia de programas de outorga de opção de compra ou subscrição de ações aos administradores e/ou funcionários da Companhia, ou ainda, aos administradores e/ou funcionários das controladas, que representem mais de 4% (quatro por cento) do capital social total da Companhia; d) redução de capital da Companhia; e) fusão, transformação, cisão ou incorporação (inclusive de ações) da Companhia; incorporação (inclusive de ações) pela Companhia ou qualquer reorganização societária com efeito equivalente envolvendo a Companhia; f) resgate de ações da Companhia, conforme proposta do Conselho de Administração; g) participação da Companhia em grupos de sociedades, conforme artigo 265 da Lei das S.A.; h) emissão de debêntures conversíveis em ações, ações preferenciais ou de quaisquer outros títulos conversíveis em ações da Companhia; e i) destituição de membros do Conselho de Administração da Companhia. Parágrafo único – As deliberações da Assembleia Geral, ressalvadas as exceções previstas em lei, no presente Estatuto Social e em eventuais Acordos de Acionistas, serão tomadas por maioria simples de votos. Capítulo V – Conselho de Administração. Artigo 12 – O Conselho de Administração da Companhia é composto de, no mínimo, 7 (sete) e, no máximo, 9 (nove) membros, e respectivos suplentes, sendo 1 (um) Presidente, eleitos pela Assembleia Geral da Companhia, com mandato unificado de 2 (dois) anos, sendo permitida a reeleição. Artigo 13 – O Conselho de Administração elegerá, entre seus membros, o seu Presidente. Artigo 14 – Os membros do Conselho de Administração serão empossados mediante assinatura de termo de posse lavrado no Livro de Atas de Reuniões do Conselho de Administração e permanecerão em seus cargos até a posse de seus substitutos. Artigo 15 – Os membros do Conselho de Administração exercerão suas funções até a eleição e posse de seus substitutos, a não ser em caso de renúncia durante o prazo de mandato. Artigo 16 – Em suas ausências ou impedimentos temporários, os membros do Conselho de Administração, inclusive seu Presidente, serão substituídos pelos seus respectivos suplentes. Na ausência ou impedimento temporário do Presidente e de seu suplente, o Presidente indicará, entre os demais membros do Conselho de Administração, quem o substituirá mediante representação na presidência do Conselho de Administração. Artigo 17 – No caso de vacância, será convocada a Assembleia Geral, dentro de 30 (trinta) dias, para eleger o titular que deverá cumprir o restante do mandato do substituído.

Artigo 18 – O Conselho de Administração se reunirá ordinariamente, no mínimo, a cada 3 (três) meses e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente, seu suplente ou por quaisquer 2 (dois) de seus membros. Parágrafo 1º – Entre o dia da convocação e o dia da realização da reunião extraordinária do Conselho de Administração, correrão, no mínimo, 12 (doze) dias-calendário, a menos que a maioria de seus membros em exercício do Conselho de Administração fixe prazo menor, porém não inferior a 48 (quarenta e oito) horas. Parágrafo 2º – O Conselho de Administração somente deliberará com a presença da maioria de seus membros em exercício, admitida a representação de qualquer Conselheiro por qualquer membro titular ou suplente do Conselho de Administração por ele indicado, e as deliberações serão tomadas por maioria de votos dos Conselheiros presentes à reunião, ressalvado o disposto em Acordo de Acionistas eventualmente existente e arquivado na sede da Companhia. Artigo 19 – A remuneração global anual dos administradores da Companhia será fixada pela Assembleia Geral, cabendo ao Conselho de Administração a sua individualização. Artigo 20 – Compete ao Conselho de Administração: (i) aprovar políticas de aplicação geral da Companhia; (ii) aprovar a macroestrutura organizacional da Companhia; (iii) eleger e destituir o Diretor Presidente e os demais Diretores da Companhia, estes últimos mediante proposição do Diretor Presidente, e fixar-lhes as respectivas remunerações, observado o limite geral estabelecido pela Assembleia Geral; (iv) fixar a orientação geral para negócios da Companhia; (v) aprovar o Programa de Ação da Companhia; (vi) acompanhar o desempenho do Diretor Presidente e equipe na execução do Plano de Negócios da Companhia; (vii) submeter à Assembleia Geral propostas sobre fusão, cisão, incorporação envolvendo a Companhia, ou sua dissolução, e reforma estatutária; (viii) decidir sobre a constituição de outras sociedades, bem como a aquisição, pela Companhia ou por quaisquer de suas subsidiárias, de participações em outras sociedades; (ix) autorizar a celebração de acordo de acionistas pelas sociedades controladas; (x) decidir sobre a aquisição ou resgate de ações da própria Companhia, para manutenção em tesouraria ou cancelamento, bem como a respectiva alienação, observadas as disposições legais e as normas editadas pela Comissão de Valores Mobiliários; (xi) decidir sobre a concessão de garantias, de qualquer valor, a quaisquer terceiros que não sejam empresas subsidiárias da Companhia, bem como sobre a concessão de garantias, a suas subsidiárias, em valores superiores ao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administração como competência da Diretoria, em reunião específica; (xii) escolher e destituir auditores independentes da Companhia; (xiii) fixar os limites dentro dos quais os Diretores poderão, sem a prévia autorização do Conselho de Administração, contratar empréstimos ou financiamentos, no país ou no exterior; (xiv) propor à Assembleia Geral a contratação de empréstimos e/ou capitalização, quando efetuados através de emissão de títulos mobiliários conversíveis em capital da Companhia; (xv) deliberar sobre a assunção de obrigações em contratos de financiamento e/ou empréstimos que imponham restrições à distribuição de dividendos ou à disponibilidade de ações da Companhia; (xvi) deliberar sobre a contratação de operações financeiras que contenham cláusula prevendo vencimento antecipado da dívida da Companhia em caso de inadimplemento de obrigação de terceiros; (xvii) manifestar-se sobre as demonstrações financeiras e relatórios da Administração ao final de cada exercício social, bem como sobre a proposta de distribuição do lucro líquido apurado e destinação de resultados e reservas; (xviii) aprovar a realização de investimentos de valor superior ao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administração como competência da Diretoria, em reunião específica; (xix) decidir sobre a alienação de bens do ativo permanente ou alienação de participações em subsidiárias, quando o valor da operação ultrapassar de forma isolada ou agregada, em um mesmo exercício fiscal ou em um período de 12 meses, valor superior ao que vier a ser fixado pelo Conselho de Administração; (xx) aprovar a aquisição de bens e contratação de serviços de qualquer natureza fora do curso normal dos negócios; (xxi) decidir sobre qualquer contrato entre a Companhia e seus acionistas titulares de ações ordinárias, empresas nas quais os mesmos detenham participação, ou pessoas que sejam acionistas titulares de ações ordinárias ou quotistas de pessoas jurídicas que sejam acionistas titulares de ações ordinárias da Companhia, Conselheiros, Diretores ou parentes, até terceiro grau, de valor superior, de forma isolada ou agregada, a R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) (considerado o ato isoladamente ou um conjunto de atos de mesma natureza e realizados num mesmo exercício social, ou no período de 12 meses, entre as mesmas partes); (xxii) aprovar o Regimento de Funcionamento do Conselho de Administração; (xxiii) autorizar a convocação, pelo Presidente do Conselho de Administração, de Assembleia Geral da Companhia; (xxiv) aprovar as matérias no âmbito das sociedades controladas e coligadas da Companhia que devam ser submetidas à aprovação do Conselho de Administração da Companhia; (xxv) alteração relevante nas políticas contábeis e práticas de divulgação de informações da Companhia, exceto quando exigido por lei ou pelos princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil; e (xxvi) propor o aumento de capital à Assembleia Geral, quando conveniente. Artigo 21 – Ao Presidente do Conselho de Administração, observado o disposto no Regimento de Funcionamento do Conselho de Administração, compete: a) convocar e dirigir as reuniões do Conselho de Administração; e b) convocar a Assembleia Geral, desde que autorizado pelo Conselho de Administração. Artigo 22 – Ao suplente do Presidente ou, na sua ausência, a quem o Presidente indicar na forma do art. 16, compete substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos mediante representação e, ainda, em caso de vacância, ocupar o cargo de Presidente até a eleição de novo titular. Capítulo VI – Diretoria.

Artigo 23 – A Diretoria é composta de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 8 (oito) membros, sendo um

Diretor Presidente e os demais Diretores sem designação específica, eleitos pelo Conselho de Administração. Artigo 24 – O mandato da Diretoria será de até 2 (dois) anos, coincidindo com o mandato dos membros do Conselho de Administração, permitida a reeleição. Parágrafo 1º – Os Diretores serão investidos nos seus cargos mediante assinatura de termo de posse lavrado no Livro de Atas de Reuniões da Diretoria. Parágrafo 2º – Os Diretores permanecerão em seus cargos, no exercício pleno de seus poderes, até a posse de seus substitutos. Artigo 25 – Nas ausências e impedimentos de qualquer dos Diretores, caberá ao Diretor Presidente a indicação de seu substituto, entre os demais Diretores. Parágrafo único – O Diretor Presidente poderá indicar, dentre os demais Diretores, seu substituto temporário em caso de ausências temporárias e impedimentos. Artigo 26 – Ocorrendo vacância no cargo de Diretor, caberá ao Conselho de Administração eleger o substituto que exercerá o cargo pelo período remanescente do mandato. Caso a Diretoria seja composta de 7 (sete) ou mais membros, será facultado ao Conselho de Administração preencher ou não o cargo vago. Artigo 27 – Compete à Diretoria: a) a prática de todos os atos necessários ao funcionamento da Companhia, exceto os que, por lei ou por este Estatuto, sejam atribuição de outros órgãos; e b) elaborar o relatório anual da Administração, as demonstrações financeiras e a proposta de destinação de resultado do exercício, a serem submetidas ao Conselho de Administração e à Assembleia Geral. Artigo 28 – Compete ao Diretor Presidente: a) propor ao Conselho de Administração a macroestrutura organizacional da Companhia; b) definir o âmbito de responsabilidade e coordenar a atuação dos Diretores na execução do Programa de Ação do Diretor Presidente para a Companhia que deve incluir, dentre outros itens, os objetivos empresariais e estratégicos de curto, médio e longo prazo e os orçamentos anuais e plurianuais da Companhia, e acompanhar a sua execução; c) representar a Companhia ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, sem prejuízo do disposto no artigo 30 deste Estatuto; e d) convocar e presidir as reuniões da Diretoria. Artigo 29 – É facultado à Companhia nomear procuradores, devendo o instrumento respectivo ser assinado por 2 (dois) membros da Diretoria. Parágrafo único – As procurações deverão conter poderes específicos e, com exceção daquelas outorgadas a advogados para representação da Companhia em processos judiciais ou administrativos, terão prazo de validade limitado a, no máximo, 1 (um) ano. Artigo 30 – Com as exceções constantes neste Estatuto, a Companhia só será obrigada pela assinatura conjunta de: a) 2 (dois) Diretores; ou b) 1 (um) Diretor e 1 (um) Procurador ou 2 (dois) Procuradores com poderes específicos conferidos na forma do artigo 29 deste Estatuto. Parágrafo 1º – Poderão ser assinados apenas por 1 (um) Diretor, ou por 1 (um) dos Procuradores nomeados na forma deste Estatuto Social, os seguintes atos: a) endosso de cheques e ordens de pagamento para depósito bancário na conta da Companhia; b) autorização para movimentação da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; c) registro e emissão de documentos relacionados a assuntos trabalhistas, fiscais e alfandegários; e d) recebimento de quaisquer importâncias devidas, assinando os recibos e dando quitação. Parágrafo 2º – Em casos especiais poderão ser outorgados a 1 (um) só Diretor ou Procurador, poderes expressos para a prática de atos especificados nos respectivos instrumentos, respeitada a regra do artigo 29 deste Estatuto. Artigo 31 – A Diretoria se reunirá quando convocada pelo Diretor Presidente. Parágrafo único – A Diretoria poderá reunir-se com a presença de, no mínimo, a metade dos seus membros em exercício, sendo um deles o Diretor Presidente ou seu substituto, na forma do artigo 25, parágrafo único. Artigo 32 – É vedado à Diretoria: a) contrair empréstimos em instituições que não sejam bancos que integrem a rede bancária oficial ou privada, no país ou no exterior, salvo mediante autorização expressa do Conselho de Administração; e b) a prática de atos de qualquer natureza relativa a negócios ou operações estranhas aos objetivos sociais, tais como a prestação de garantias a obrigações de terceiros, exceto às empresas controladas integrais, ou se autorizado expressamente pelo Conselho de Administração. Capítulo VII – Conselho Fiscal. Artigo 33 – O Conselho Fiscal, composto de, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros e seus respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral, funcionará de forma não permanente, na forma da lei. Artigo 34 – O mandato do Conselho Fiscal será de 1 (um) ano, permitida a reeleição, sendo que a eleição deverá acontecer sempre por ocasião da Assembleia Geral Ordinária.

Parágrafo único – O Conselho Fiscal deverá adotar um Regimento próprio no qual serão estabelecidos procedimentos sobre suas atribuições. Artigo 35 – Os membros do Conselho Fiscal terão a remuneração que lhes for estabelecida pela Assembleia que os eleger, observado, a respeito, o que dispuser a lei.

Capítulo VIII – Exercício Social, Demonstrações Financeiras e Distribuição de Lucros. Artigo 36 – O exercício social se inicia em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Artigo 37 – Ao fim de cada exercício social, será levantado o balanço patrimonial e preparadas as demais demonstrações financeiras exigidas por lei. Parágrafo 1º – Do resultado do exercício, após as deduções dos prejuízos acumulados e das provisões para o Imposto de Renda, serão deduzidas, observados os limites legais, as participações dos Administradores e Empregados da Companhia, se e quando deliberado pela Assembleia Geral, nos limites e formas previstos em lei. Parágrafo 2º – Do lucro líquido do exercício, aplicar-se-ão 5% (cinco por cento) na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social, observado o disposto no parágrafo 1º do art. 193 da Lei nº 6.404/76. Parágrafo 3º – Do lucro líquido ajustado, nos termos do art. 202, inciso I, alínea “a”, da Lei nº 6.404/76, destinarse-ão: (i) aos acionistas um dividendo obrigatório não inferior a 25% (vinte e cinco por cento); e (ii) à reserva de realização de investimentos um percentual de até 75% (setenta e cinco por cento), que juntamente com a reserva legal, poderá alcançar 100% (cem por cento) do capital social. Parágrafo 4º – Fica facultado à Companhia o levantamento de balanços trimestrais e/ou semestrais; havendo lucro em tais balanços e no balanço anual, poderá haver distribuição de dividendos, observadas as disposições da lei, por deliberação prévia do Conselho de Administração, vedada a distribuição “ad-referendum” pela Diretoria. Parágrafo 5º – O Conselho de Administração poderá declarar dividendos intermediários à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral.

Parágrafo 6º – A Companhia, por deliberação do Conselho de Administração, poderá pagar juros sobre o capital próprio aos seus acionistas, nos termos do artigo 9º, parágrafo 7º, da Lei nº 9.249 de 26.12.95 e legislação pertinente, imputando-se o valor dos juros pagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório. Artigo 38 – Os dividendos e os juros sobre o capital próprio de que trata o parágrafo 6º do artigo 37, atribuídos aos acionistas não renderão juros e, se não reclamados após 3 (três) anos a contar da data do início de pagamento de cada dividendo ou juros sobre o capital próprio, prescreverão em favor da Companhia. Capítulo IX – Acordos de Acionistas. Artigo 39 – A Companhia observará os Acordos de Acionistas arquivados em sua sede, na forma do artigo 118 da Lei das S.A., sendo expressamente vedado aos integrantes da Mesa diretora (incluindo o Presidente) da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração acatar declaração de voto de qualquer acionista signatário de Acordo de Acionistas, devidamente arquivado na sede social, que for proferida em desacordo com o que tiver sido ajustado no referido Acordo. Parágrafo único – As obrigações e responsabilidades resultantes de tais Acordos serão válidas e obrigarão terceiros tão logo tais Acordos tenham sido devidamente averbados nos livros de registro da Companhia. Os Administradores da Companhia zelarão pela observância desses Acordos e o Presidente da Assembleia Geral ou das reuniões do Conselho de Administração, conforme o caso, deverão agir de acordo com o estabelecido em lei. Capítulo X – Arbitragem. Artigo 40 – Com exceção das controvérsias referentes a obrigações que comportem, desde logo, execução judicial, todas as demais controvérsias resultantes deste Estatuto Social e suas disposições, da Lei das S.A. e demais normas aplicáveis à Companhia, incluindo quaisquer questões relacionadas à existência, validade, eficácia ou adimplemento contratual deverão ser, obrigatória, exclusiva e definitivamente, submetidas à arbitragem a ser administrada pelo Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (“Câmara de Arbitragem”), mediante envio de comunicação escrita à outra Parte (“Notificação de Arbitragem”), com cópia à Câmara de Arbitragem, solicitando a instauração da arbitragem. A arbitragem será instituída e processada de acordo com o Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem (“Regulamento de Arbitragem”). Artigo 41 – O tribunal arbitral (“Tribunal Arbitral”) será constituído por 3 (três) árbitros, sendo 1 (um) deles indicado pelo acionista a pedido de quem a arbitragem foi instaurada, outro indicado pelo acionista em face de quem a arbitragem foi instaurada e o terceiro, que será o presidente do Tribunal Arbitral, indicado pelos 2 (dois) árbitros escolhidos pelas Partes. Caso estes não cheguem a um consenso quanto ao terceiro árbitro, caberá ao Presidente da Câmara de Arbitragem nomeá-lo. Artigo 42 – Na hipótese de litisconsórcio, as Partes litisconsortes deverão, de comum acordo, indicar um árbitro para compor o Tribunal Arbitral. Caso a Notificação de Arbitragem resulte na instauração de uma arbitragem multilateral, em que haja mais de 2 (duas) Partes em disputa com interesses distintos entre si, tornando inviável a formação de litisconsórcio, os 3 (três) árbitros serão selecionados e indicados pelo Presidente da Câmara Arbitral, na forma do Regulamento de Arbitragem. Artigo 43 – Além dos impedimentos previstos no Regulamento de Arbitragem, nenhum árbitro designado de acordo com esta cláusula compromissória poderá ser funcionário, representante ou ex-funcionário de qualquer das Partes ou de qualquer pessoa a ela ligada direta ou indiretamente, ou de proprietário de uma das Partes ou de alguma pessoa a ele ligada direta ou indiretamente. Artigo 44 – A arbitragem terá sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Artigo 45 – O idioma oficial para todos os atos da arbitragem ora convencionada será o português, sendo aplicáveis as leis da República Federativa do Brasil. O Tribunal Arbitral não poderá recorrer à equidade para resolução de controvérsia a ele submetida. Artigo 46 – Os acionistas declaram ter tomado conhecimento do Regulamento de Arbitragem, tendo concordado com todas as disposições ali contidas. O Regulamento de Arbitragem, conforme vigente nesta data, e as disposições da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, conforme alterada (“Lei de Arbitragem”), integram este Acordo de Acionistas no que lhe for aplicável. Artigo 47 – O procedimento arbitral prosseguirá à revelia de qualquer das Partes, nos termos previstos no Regulamento de Arbitragem. Artigo 48 – A decisão arbitral será definitiva, irrecorrível e vinculará as Partes, seus sucessores e cessionários, que se comprometem a cumpri-la espontaneamente e renunciam expressamente a qualquer forma de recurso, ressalvado o pedido de correção de erro material ou de esclarecimento de obscuridade, dúvida, contradição ou omissão da sentença arbitral, conforme previsto no art. 30 da Lei de Arbitragem, ressalvando-se, ainda, o disposto na cláusula 53, e o exercício de boa-fé da ação de nulidade estabelecida no art. 33 da Lei de Arbitragem. Se necessária, a execução da decisão arbitral poderá se dar em qualquer juízo que tenha jurisdição ou que tenha competência sobre as Partes e seus bens. Artigo 49 – A Parte que, sem respaldo jurídico, frustrar ou impedir a instauração do Tribunal Arbitral, seja por não adotar as providências necessárias dentro do prazo devido, seja por forçar a outra Parte a adotar as medidas previstas no art.

7º da Lei de Arbitragem, ou, ainda, por não cumprir todos os termos da sentença arbitral, arcará com a multa não compensatória equivalente a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por dia de atraso, aplicável, conforme o caso, a partir (a) da data em que o Tribunal Arbitral deveria ter sido instaurado; ou, ainda, (b) da data designada para cumprimento das disposições da sentença arbitral, sem prejuízo das determinações e penalidades constantes de tal sentença. As Partes reconhecem que a multa ora prevista não será aplicável nas hipóteses previstas na cláusula 51. Artigo 50 – Os custos, despesas e honorários incorridos com o procedimento arbitral serão rateados entre as Partes em proporções iguais, até a decisão final sobre a controvérsia a ser proferida pela Câmara de Arbitragem. Proferida a decisão final, a Parte vencida deverá ressarcir todos os custos, despesas e honorários incorridos pela outra Parte, atualizados monetariamente com base na variação acumulada do IGP-M/FGV, calculado pro rata dies para o período compreendido entre a data em que os referidos custos, despesas e honorários tiverem sido incorridos pela Parte vencedora e a data em que o ressarcimento for efetivamente realizado e ainda, se for o caso, acrescidos de juros de 1% (um por cento) ao mês, calculados pro rata dies entre a data da divulgação do laudo arbitral e a data em que o ressarcimento for efetivamente realizado. Caso a vitória de uma Parte seja parcial, ambas arcarão com os custos, despesas e honorários incorridos, na proporção de sua derrota, conforme decidido na sentença arbitral. Artigo 51 – Sem prejuízo da validade desta cláusula compromissória, as Partes elegem, com a exclusão de quaisquer outros, o foro da Justiça Federal da Seção Judiciária de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil, quando e se necessário, para fins exclusivos de: (a) execução de obrigações que comportem, desde logo, execução judicial; (b) obtenção de medidas coercitivas ou procedimentos acautelatórios de natureza preventiva, provisória ou permanente, como garantia ao procedimento arbitral a ser iniciado ou já em curso entre as Partes e/ou para garantir a existência e a eficácia do procedimento arbitral; ou (c) obtenção de medidas de caráter mandamental e de execução específica, sendo certo que, atingida a providência mandamental ou de execução específica perseguida, restituir-se-á ao Tribunal Arbitral a ser constituído ou já constituído, conforme o caso, a plena e exclusiva competência para decidir acerca de toda e qualquer questão, seja de procedimento ou de mérito, que tenha dado ensejo ao pleito mandamental ou de execução específica, suspendendo-se o respectivo procedimento judicial até decisão do Tribunal Arbitral, parcial ou final, a respeito. O ajuizamento de qualquer medida nos termos previstos nesta cláusula não importa em renúncia à cláusula compromissória ou aos limites da jurisdição do Tribunal Arbitral. Capítulo XI – Disposições Gerais. Artigo 52 – A Companhia se dissolverá nos casos previstos em lei. Parágrafo único – Em caso de dissolução extrajudicial da Companhia, compete à Assembleia Geral determinar o modo de liquidação, eleger o liquidante e o Conselho Fiscal para funcionar durante a fase de liquidação. Artigo 53 – Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pela Assembleia Geral e regulados de acordo com o que preceitua a Lei das S.A. Heloisa Gonçalves Folha Polesel, Secretária. Estatuto Social da Odebrecht TransPort Participações S.A., consolidado em conformidade com a Ata de Assembleia Geral Extraordinária da Odebrecht TransPort Participações S.A. realizada em 03 de fevereiro de 2012, às 10:00 horas.

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE

CNPJ nº 60.964.996/0001-87 AVISO DE LICITAÇÃO Objeto: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de transporte de passageiros por intermédio de táxi, com a finalidade de transportar funcionários, diretores e clientes do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - DIEESE para atender as necessidades do Convênio MTE/SPPE/CODEFAT nº 092/2007 e Oitavo Termo Aditivo. Modalidade: PREGÃO ELETRÔNICO. Tipo: Menor Taxa de Administração. Recebimento das Propostas: Das 09:00 (nove horas) do dia 09/02/2012 até às 18:00 (dezoito horas) do dia 24/02/2012, horários de Brasília. Início da Sessão Pública de Disputa de Preços: 14:00 (quatorze horas) do dia 27/02/2012. Referência de Tempo: Horário de Brasília.

Endereço Eletrônico: www.terceiropregao.com.br. Edital: DIE 003/2012, disponível a partir de: 09/02/2012.

Informações: contato@terceiropregao.com.br . Fone: (11) 3262-3291. São Paulo, 09 de fevereiro de 2012.

Comfer Ferros para Construção Ind. e Com. de Artefatos de Cimento Ltda. Epp. torna público que requereu na CETESB a Renovação de Licença de Operação para fabricação de Vigas de concreto, situada à Avenida Adélia Chohfi, nº 101 – Jardim Santa Adélia – São Paulo – SP – Tel: (11) 2919-0367.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Uma equipe de mais de 150 atletas da Grécia foi a Pequim em 2008, mas só conseguiu quatro medalhas.

conomia Yannis Behrakis/Reuters

Sonho olímpico grego vive dias de decadência por causa da crise Os atletas da Grécia, berço das Olimpíadas, estarão nos jogos de Londres, mas hoje enfrentam duras dificuldades financeiras.

Fotos de Eirini Vourloumis/NYT

Ken Maguire*

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Atletas de elite enfrentam a nova realidade de um tempo de austeridade. Equipe de polo aquático (no alto) divide auxílio mensal de US$ 1 mil, enquanto Kostas Filippidis treina salto sem aquecimento no ginásio e peças exigem reformas.

2010

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ANO XXV ANO XXV

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CENOFISCO Apoio: Cenofisco

EXISTE ESTABILIDADE PARA O FUNCIONÁRIO QUE RETORNOU DAS FÉRIAS? Informamos que perante a legislação trabalhista não há estabilidade ao empregado que retorna de férias, salvo cláusula expressa em documento coletivo.

CONFORME CONVENÇÃO COLETIVA, A DATA DE PAGAMENTO DE SALÁRIO É NO ÚLTIMO DIA DO MÊS. EMPRESA PODE MUDAR ESTA DATA DE PAGAMENTO PARA O 5º DIA ÚTIL DO MÊS SEGUINTE? EXISTE ALGUMA PENALIDADE? Poderá ocorrer a alteração da data de pagamento de salário desde que haja a anuência de todos empregados e não acarrete prejuízos aos mesmos.Base Legal – Art.468 da CLT. PARA EFEITO DE CÁLCULO DAS COTAS DO SALÁRIO FAMÍLIA CONSIDERA-SE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO OU NÃO? Informamos que todas as importâncias que integram o saláriode-contribuição devem ser consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias (terço) previsto no art. 7º, inciso XVII, da Constituição Federal, para efeito de definição do valor da cota do salário-família devido.

Desta forma, o aviso-prévio indenizado também é considerado para cálculo da cota do salário família.

REFERENTE AO PAGAMENTO DE PLR ACORDADO COM O SINDICATO, NESTE CASO EXISTE INCIDÊNCIA DE IR? O artigo 626 do RIR/99- Decreto nº 3.000/99 dispõe que: “Art. 626. As importâncias recebidas pelos trabalhadores a título de participação nos lucros ou resultados das empresas,na forma da Medida Provisória nº 1.769-55,de 1999,serão tributadas na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, como antecipação do imposto devido na declaração de rendimentos.”

EMPREGADA DOMÉSTICA QUE SE MACHUCOU NO TRAJETO DA RESIDÊNCIA DELA PARA RESIDÊNCIA DO EMPREGADOR, TEM DIREITO A ACIDENTE DO TRABALHO? CASO NEGATIVO PODE SER PEDIDO AUXÍLIO-DOENÇA? Informamos que não existe acidente do trabalho ao trabalhador doméstico, assim, em caso de acidente o mesmo deverá requerer o auxílio-doença a partir do primeiro dia de afastamento.

Base Legal – Decreto nº3.048/99, art.72.

PAGAMENTO DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO JUNTO COM AS FÉRIAS Empresa pode pagar 13º proporcional junto com as ferias, ou deve pagar 6/12 avos? Saiba mais:[www.empresario.com.br/legislacao].

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AGENDA

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QUINTA-FEIRA, 09 DE FEVEREIRO DE 2012

que acontecerá se o país que inventou as Olimpíadas não tiver mais condições financeiras para produzir atletas olímpicos? À medida que os jogos de Londres deste verão se aproximam, essa possibilidade vem causando grande ansiedade na Grécia, onde atletas de elite têm sentido a pressão das medidas de austeridade em meio a uma crise de dívida sem precedentes.

O governo se esforçou para bolar um plano para gastar cerca de US$ 10 milhões por ano nas preparações olímpicas, de acordo com o Comitê Olímpico Helênico. Atletas afirmam que seus estipêndios financeiros costumam ser pagos com meses de atraso, e muitos treinadores passam meses sem receber salários.

Muitos centros de treinamento precisam de ref o r m a s o u f oram fechados.

Uma psicóloga esportiva, que trabalha com atletas, tem trabalhado sem cobrar nada ultimamente.

Os gregos irão competir em Londres, mas é possível que entrem mancando um pouco na cerimônia de abertura, no dia 27 de julho. "Jovens atletas sentem-se mais relutantes em continuar quando veem que os principais atletas não estão recebendo o que merecem, e que não recebem o apoio necessário", disse, por meio de um intérprete, Vassilios Sevastis, presidente da associação de atletas amadores da Grécia, ou Segas. "Esse é um grande risco."

A Grécia competiu em todas as Olimpíadas de Verão desde que os jogos modernos começaram, em 1896, quando a sede foi Atenas. Até mesmo durante a Grande Depressão, a Grécia conseguiu mandar atletas para Los Angeles, em 1932 – o ano em que ignorou sua dívida externa. Para os Jogos Olímpicos de Inverno, a Grécia costuma mandar um punhado de esquiadores.

I nv e st i do r es – Para construir um time para Londres, o comitê olímpico do país tem procurado investidores privados, além de aumentar sua dependência em relação à ajuda do Comitê Olímpico Internacional. Agora, a maior preocupação é se a Grécia, que sediou as Olimpíadas de 2004, que acabaram simbolizando uma década de gastos excessivos, conseguirá sustentar essa estratégia por muito tempo.

Como outros atletas de elite, o saltador Kostas Filippidis disse que faz alguns meses que não recebe seu estipêndio de US$ 1,4 mil da federação de atletas. "É claro que penso nisso, mas não posso me preocupar com isso o dia inteiro", ele disse, afirmando que mora em um apartamento que pertence ao seu pai, onde não precisa pagar aluguel. "Defender o meu país nas Olimpíadas me traz muito orgulho."

As bandeiras da União Europeia e da Grécia estavam lado a lado ontem no Partenon, o templo dedicado à deusa Atenas. A poucos quilômetros dali líderes políticos reuniram-se para discutir acordo com a UE e o FMI.

Filippidis treina em uma área coberta do complexo do Estádio Olímpico. Ele disse que o aquecedor só fica ligado durante uma hora por dia.

Quando visitamos o local recentemente, apenas alguns atletas estavam treinando lá, e um grande recipiente de plástico se encontrava na pista de salto à distância – não para servir como obstáculo, mas para segurar a água que estava vazando do teto acima.

Alkisti Avramidou, jogadora de polo aquático, disse "pensar duas vezes" antes de gastar até mesmo um euro, e que estava difícil continuar pedindo ajuda para os seus pais. Seu pai, que é médico, teve o salário cortado pela metade; sua mãe, funcionária pública, não recebe há meses.

Sevastis disse que a organização recebeu apenas três quartos dos US$ 9,6 milhões relativos ao orçamento de 2011, e só após uma injeção de US$ 1,6 milhão em dezembro.

Segundo Sevastis, a infusão de dezembro permitiu que treinadores e atletas fossem pagos, mas, de uma maneira geral, a associação paga hoje apenas 23 atletas de elite, comparado a 60 há dois anos.

Emprego – Em meio à enorme taxa de desemprego na Grécia, um programa de empregos com o qual os atletas de elite costumavam contar se tornou uma questão arrastada e complicada. Na época de gastos mais livres, atletas que ganhassem medalhas ou fossem bem em competições internacionais recebiam empregos no setor público, onde contavam com salários enquanto treinavam e competiam pela Grécia.

De acordo com Spyros Capralos, presidente do Comitê Olímpico Helênico, o caminho para Londres envolve a criação de novas relações com o setor privado – o que não é uma tarefa fácil. "No passado, era mais fácil conseguir dinheiro do Estado grego, então não houve muito esforço nesse sentido, ou ninguém realmente se importava com isso", disse.

Segundo Capralos, o plano de quatro anos era de gastar US$ 40 milhões, mas depois de receber uma quota de US$ 10 milhões em 2009, o orçamento

Governo não chega a um acordo sobre cortes

U

ma reunião de mais de sete horas de duração entre os líderes dos principais partidos políticos da Grécia e o primeiro-ministro Lucas Papademos terminou sem um acordo total sobre as medidas de austeridade exigidas pelo trio de credores internacionais do país, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) – grupo conhecido como "Troika". De acordo com o chefe de governo, há acordo em torno de quase todas exigências, com exceção de um ponto. Eles divergem sobre o corte nas aposentadorias.

Por isso, hoje a Grécia não atende às condições para receber o segundo resgate no valor de 130 bilhões de euros.

Dois dos três líderes reunidos com Papademos – o conservador Antonis Samaras e o ultradireitista Giorgos Karatzaferis – aceitaram tanto cortes nas aposentadorias convencionais quanto nas

de preparação para as Olimpíadas foi eliminado. Ele já conseguiu novos patrocinadores, entre eles a empresa de apostas OPAP, que está contribuindo com US$ 6,5 milhões. (a Grécia é dona de 34% das ações da OPAP.) A Olympic Air está oferecendo voos gratuitos. Algumas federações, como a de ginástica olímpica, conseguiram seus próprios patrocinadores.

Vasilis Tsolakidis, que irá participar pela primeira vez de uma Olimpíada aos 32 anos de idade, nas barras paralelas, recebe apoio da federação, mas disse que a empresa de sua família e seu patrocinador particular, a Traffic Oil, tornam o seu treinamento possível.

Uma equipe de mais de 150 atletas – uma das maiores da Grécia – foi a Pequim em 2008, mas só conseguiu quatro me-

pensões suplementares pagas aos aposentados gregos. De acordo com a mídia local, o socialista George Papandreou não aceita o corte nas aposentadorias.

Os líderes dos três partidos que sustentam o governo provisório grego no Parlamento deixaram o gabinete de Papademos na noite de ontem para que ele negocie a questão com os representantes da "Troika".

Um porta-voz do Partido Socialista (Pasok) disse que os líderes políticos poderiam voltar a se reunir a qualquer momento.

Os ministros das Finanças da zona do euro, que formam o chamado Eurogrupo, se reunirão hoje para falar sobre o resultado da reunião de ontem em Atenas e o segundo pacote de resgate financeiro à Grécia.

O acordo entre os líderes partidários visa liberar uma segunda ajuda à Grécia, que tem objetivo de reduzir sua dívida de 160% para 120% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. (AE).

dalhas e, pela primeira vez desde Seul, na Coreia do Sul, em 1988, nenhuma delas foi de ouro. Quase 50 atletas já se qualificaram para as Olimpíadas de Londres. Capralos, que já participou de duas Olimpíadas jogando polo aquático, disse que "todos que se qualificarem irão".

Isso talvez só seja possível por causa do programa de solidariedade do Comitê Olímpico Internacional, que ofereceu ajuda a atletas necessitados. Dez atletas gregos – comparado com apenas quatro em Pequim – estão recebendo bolsas de cerca de US$ 1 mil por mês para as preparações para Londres, de acordo com o comitê olímpico nacional.

O polo aquático feminino está recebendo um auxílio para todo o time. *The New York Times