Diário do Comércio

Ano 86 - Nº 23.390

Conclusão: 23H20

www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

São Paulo, quinta-feira, 9 de junho de 2011

Brasil liberta Battisti

Bofetada na Itália O STF manteve a determinação do então presidente Lula e negou o pedido de extradição do ex-terrorista Cesare Battisti. Foi além: decidiu libertá-lo. "Isso é uma bofetada nas instituições e nas famílias das vítimas", reagiu a ministra italiana Giorgia Meloni. Pág. 7 Marcos de Paula/AE

Selic: decisão negativa.

Para o presidente da ACSP, Rogério Amato, o BC deveria esperar mais antes de aumentar a taxa básica em 0,25 ponto. Pág. 15 Paulo Pampolin/Hype

Leão agradece os mimos do Dia dos Namorados O comércio está animado com a data – a previsão é de aumento de 10% nas vendas. E o Leão mais ainda. É que os impostos dos presentes são umas feras. Pág. 13 Evaristo Sá/AFP

Cada macaco com seu cobertor. É o frio, no Zoo. Houve macaco que pegou dois cobertores. A toca de alguns bichos foi aquecida com lâmpadas. Cobras, crocodilos e cágados nadam em água temperada. Visite-os: pág. 10 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 17º C. Mínima 9º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 8 º C.

ISSN 1679-2688

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9 771679 268008

Uma ação entre amigos Dilma se emociona ao dar adeus a Palocci. Gleisi diz que, à frente da Casa Civil, vai se espelhar na presidente... Págs. 5 e 6

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

O deprimente episódio do ex-ministro Palocci apenas explicitou um problema que já era latente.

José Márcio Mendonça

pinião

RESPEITO, SEM PRIVILÉGIOS

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Conselho Cívico Cultural da Associação Comercial de São Paulo não perdeu sua capacidade de indignar-se frente a fatos que ofendam a ética e a moral da sociedade brasileira. Composto por profissionais das mais diferentes áreas, seus membros analisam e discutem a realidade nacional e fatos de grande repercussão na mídia falada, impressa e televisiva.

O Brasil é caracterizado pelas suas dimensões físicas, que propiciam diversidade étnica e cultural; somos um país onde as diferenças compõem uma igualdade única e rica. Conviver e respeitar diferenças não significa privilegiá-las em qualquer esfera.

Combater a homofobia não exige que se exalte a homossexualidade.

Todos os brasileiros têm direito a exercer suas escolhas – sexuais, religiosas, políticas – desde que estejam dentro dos limites

constitucionais, mas não têm o direito de impor seus valores a outrem.

Respeitar pode conter, ou não, a aceitação; a homofobia é condenável, a homossexualidade pode não ser aceita, mas exige respeito.

Acreditamos que a escola básica deva formar indivíduos que saibam escolher e defender suas opções , ao mesmo tempo em que demonstrem respeito às escolhas divergentes ou até opostas às suas. Respeitar as diferenças é ponto de toda educação que almeja a paz.

A educação para a paz exige convivência respeitosa e esta é o cerne da resolução de conflitos.

Nosso Conselho vem propor que as verbas públicas sejam destinadas a programas e projetos que defendam a paz e o respeito entre os indivíduos, pois o resultado seria a eliminação de fobias de qualquer espécie e categoria. O exercício respeitoso das escolhas individuais exige um

cidadão informado e com competência de compreender e interpretar o texto oral e escrito, formal e informal. Isto exige que a escola básica tenha como objetivo a comunicação, a expressão e o entendimento da língua materna. Este direito é implícito na Constituição brasileira, que define educação "como direito de todos".

Ora, o direito constitucional não exime nenhuma parcela da população do direito de acessar e entender textos informativos e literários – de qualquer gênero – que forneçam o necessário embasamento às singularidades de suas escolhas e que propiciem o lazer e o ócio criativo. O Estado, por dever constitucional, deve oferecer educação a todos, possibilitando aos indivíduos competências e habilidades de viver com dignidade e segundo suas escolhas.

Respeitar o cidadão que não use a

gramática com propriedade é dever ético, mas defender seu direito de apropriar-se da norma culta e cobrar do Estado a execução deste direito é dever cívico e moral de todos que receberam educação de qualidade.

Protestamos contra a distribuição do material que "combate a homofobia", elaborado ou avalizado pelo MEC, visto que ofende as escolhas de muitos brasileiros; protestamos quanto à seleção de livros didáticos que não propiciem a superação de barreiras sociais e linguísticas.

Vimos defender o direito de todos os brasileiros, mas principalmente daqueles que não possuem os requisitos linguísticos para se fazerem ouvir e que são desrespeitados pelas pessoas que, neste momento, exercem autoridade emanada do povo e que a eles deveriam servir.

CONSELHO CÍVICO CULTURAL DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

SOLTANDO AS AMARRAS S

ai Antonio Palocci, entra Gleisi Hoffmann.

Não dava mesmo para segurar o já agora ex-ministro chefe da Casa Civil e mais fundamental assessor da presidente Dilma Rousseff.

Até os mais entusiasmados defensores dele, os poucos que puseram a cara na frente, e os muitos enrustidos, já sabiam desde a semana passada que não daria mais para segurar o homem: ele já era um náufrago há vários dias.

A surpresa, portanto, não foi a queda – apenas a demora do desenlace e, principalmente, a escolha da substituta.

Passada a letargia e o atarantamento que tomou conta do governo desde que se revelaram os sucessos empresariais de Palocci, o mundo político oficial foi dormir aliviado na terça-feira e acordou ontem eufórico.

A "crise" nesta altura, na

interpretação que o oficialismo deu para o problema, nesta altura já está fora de Brasília, viajou provavelmente para São Paulo. Com a paz estabelecida, o governo e o Congresso, acredita-se, vão içar novamente as velas. erto? Pode ser que sim, pode ser que não, como naturalmente responderia um político daqueles do folclore mineiro. Vai depender de uma série de fatores, pois, como já comentamos aqui

C

neste espaço, a crise política não era Palocci em si; é uma equação complexa, cheia de integrais e derivadas. deprimente episódio do ex-ministro apenas explicitou um problema que já era latente. E que não se desenrola apenas na esfera do Congresso Nacional e dos partidos políticos. Ela extrapola

O

este meio. Atinge boa parte dos agentes econômicos de mais peso. e o estilo Dilma, aparentemente mais decisivo e enfático e menos midiático do que Lula, mereceu loas a princípio, passada a novidade começou a incomodar – em botar para andar projetos de mais longo prazo, em avançar na discussão de reformas e até mesmo em tocar o que já estava na pauta.

A imagem que está se

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Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Cláudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

formando é de um governo lento em quase todas as áreas, cheio de balões de ensaio, mas pouco efetivo.

A não ser na administração das coisas do dia a dia. Quando se diz que a gestão Dilma ficou paralisada 25 dias por conta da história de Palocci, dá-se apenas meia explicação.

Ampliou-se apenas o grau da paralisia – o ritmo de bolero da administração federal já é anterior a esses fatos. uem conversa com os empresários já ouvia muitas queixas quanto a isto e quanto à falta de uma interlocução mais objetiva com o governo. Esta era uma das funções atribuídas, pelo menos em tese, ao ex-ministro Palocci.

E, ele, por falta de tempo, ou por outra razão, não cumpriu a contento a obrigação. Porém, é preciso entender que essa é uma obrigação também da presidente. E ela, por gosto, ou desgosto, não se dedicou muito a esta área, como não se dedicou também à política, a política menor e à normal.

Basta ver a agenda de Dilma nesses cinco meses e pouco no Palácio do Planalto: quase nenhuma janela para o público externo. E a saída de Palocci, justa e necessária nas circunstâncias que se formaram, torna esse quadro ainda mais crítico.

Há uma orfandade política em Brasília que é anterior aos tropeções do consultor Palocci e que o afastamento dele não

Q

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA preenche. Se a entrada da senadora Gleisi Hoffmann na Casa Civil for uma simples "troca de guarda", com pequenos ajustes na operação do Palácio do Planalto, outros dissabores espreitam a presidente. É necessário que o governo, a começar pela presidente da República, refaça seus processos e seus procedimentos políticos e, até em certos casos, o modo de tratar as pessoas. e todo modo, é um bom recomeço (ou promessa de recomeço), que Gleisi entre no governo sem o apoio de nenhum QI (Quem Indica) dos tantos que incomodaram Dilma na formação do ministério. Bem ou mal, a responsabilidade é somente dela. Uma amarra parece ter sido solta.

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JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Fernanda Pressinott, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Anna Lucia França, Eliana Haberli, Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repór teres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André de Almeida, Fátima Lourenço, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

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ENVELHECER NATURALMENTE PARECE TER VIRADO AN Á TE MA EM NOSSOS TEMPOS.

pinião

MULHER BIÔNICA, TERCEIRO MILÊNIO

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sociólogo polonês Zygmunt Bauman – que recentemente esteve no Brasil –, do alto da sabedoria dos seus 85 anos de idade, cunhou uma expressão que veio para ficar: "modernidade líquida", quando tudo é descartável, tudo escorre rápido por entre os dedos, inclusive os afetos.

Nessa liquidez aviltante, em que os valores vão se diluindo até virar pó de traque, homens e mulheres, com as exceções de praxe, fazem de seus corpos produtos grifados a serem exibidos como objetos esculpidos a golpes de bisturis dos artistas médicos da plasticidade.

Envelhecer naturalmente, ostentando as rugas desenhadas pelas mãos suaves do Tempo, parece ter virado anátema nesses tempos ditos modernos. O tempo voa; no entanto, muitas pessoas se apegam neuroticamente a uma pretensa juventude corporal, lançando mão de artifícios que podem enganar no visual aparente, mas jamais na essência da matéria– que tem, como uma de suas características inelutáveis, o envelhecimento.

Ela é linda. Ela é sexy.

Ela é um "avião". Ela é turbinada. Ela é a mulher biônica deste terceiro milênio.

Seus longos cabelos loiros ao vento dão-lhe um ar de deusa grega. Mas a loirice não é natural: é o loirodourado-oxigenado by drogaria. Os fios longos são postiços, entrelaçados num apliquê made in salão fashion de reengenharia capilar.

Seus olhos verdinhos são gelatinosos, com a pigmentação artificial das lentes de contato descartáveis – aliás, moderníssima que é, ela tem sete modelitos, cada par de uma cor diferente.

Conforme seu humor e sua roupa, ela muda a cor dos olhos.

Ah, sua miopia foi corrigida cirurgicamente. Simples assim.

Pele de tigresa, bronzeada by câmara hiperbárica, foi esticadinha numa delicada cirurgia plástica paga em 36 suaves prestações mensais, e trimestralmente – no máximo dentro de seis meses – suas marcas de expressão serão riscadas do mapa via aplicação de botox. O narizinho, antes

SAMIR KEEDI

BRASIL, NOFUNDO DA LIXEIRA (FINAL)

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LUIZ OLIVEIRA RIOS um tanto adunco, foi provocantemente arrebitado a golpes "de martelinho de ouro".

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eus lábios foram engrossados com doses maciças de colágeno e as invejosas de plantão comentam à boca pequena que a boca grande dela ficou mais parecida com um bico de pato. Pura intriga das opositoras. Para não movimentar os lábios de maneira brusca, ela agora fala através de muxoxos – o que fica-lhe muito bem, pois a sua voz, agora emitida através de cicios, desperta fantasias nos machões sarados. Bem, ela só pode rir meio de ladinho, com medo de estragar a plástica, mas o tempo todo faz caras e bocas. Um charme.

Garota "chester" (peitões e ossos), teve a barriguinha repaginada numa lipo radical que lhe chupou até a última gota de gordura. Fez também um lifting nas nádegas, suspendendo-as alguns graus acima do nível do mar.

Um arraso. Barriguinha para dentro e bundinha empinada, a bela anda na calçada como se estivesse desfilando numa passarela fashion.

A galera vai à loucura. Suas coxas foram remodeladas, os joelhinhos

torneados sob-medida, e na sua cicatriz matricial, o popular umbigo (do grego "onphalos"), ela mandou cravar um piercing da hora.

Descendo pela delicada coluna vertebral, bem na embocadura do cóccix, ela mandou tatuar uma borboleta azul. Belíssima.

Em resumo, seu perfil ficou mais ou menos assim: idade: indefinida (nem ela mais sabe, ou, como diz meio chistosa: "Estacionei nos 25 aninhos!");

Ela é linda. Ela é sexy.

Ela é turbinada. Ela é a mulher do terceiro milênio. Na era da modernidade líquida, homens e mulheres fazem de seus corpos produtos de grife.

cabelos: enlourecidos; pele: torrada, plastificada e impermeabilizada ; lábios: super carnudos; seios: estilo air-bags permanentemente inflados; nádegas: suspensas no ar; dentes: funilaria completa; barriga: lisa feito tábua de passar roupa; cor dos olhos: original não mais sabida - mas com 7 cores artificiais; sobrancelhas: desenhadas a laser; unhas: postiças e temáticas; cílios: postiços.

N

ão custa avisar aos navegantes que a descrição dessa mulher biônica é – ou não?– fruto da imaginação do autor.

Qualquer semelhança com figuras da vida real terá sido mera coincidência. Ou não?

LUIZ OLIVEIRA RIOS É PROFISSIONAL DE MK E VENDAS E COLUNISTA DO DC. OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM

QUEM ENSINA SEMPRE APRENDE

A

frase tanto pode ser atribuída a Anísio Teixeira quanto a Guimarães Rosa. Ambos, em tempos distintos, afirmaram que quem ensina sempre aprende. É uma realidade indiscutível. Com a experiência de mais de 55 anos de magistério, posso afiançar que o ato de lecionar, de forma consciente, obriga o professor a uma preparação prévia e contínua. Deve estar atualizado, inclusive para enfrentar com sucesso as demandas em classe dos seus alunos, hoje às voltas com as múltiplas informações da televisão e dos computadores.

O tema foi objeto de um Seminário para 400 professores e gestores da rede privada, no Rio de Janeiro, promovido pelo Sistema Ético de Ensino da Editora Saraiva. O encontro de educadores foi balizado pela frase "Venha ensinar, aprender e compartilhar saberes".

Na fala inaugural, o professor José Arnaldo

ARNALDO NISKIER Favaretto, especialista em Biologia, confessando-se "apaixonado pela educação", fundador do Sistema Ético, em 2005, defendeu a existência de uma escola mais completa e inclusiva. E revelou a grande dificuldade com que se deparam os mestres: eles devem ensinar hoje o que não aprenderam na escola. O conhecimento dobra a cada cinco anos e, parafraseando Guimarães Rosa, "hoje já é amanhã". e o professor não tiver uma atualização permanente (e haja tempo para isso), perderá a batalha da eficiência. Haverá alunos com conhecimentos mais

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avançados – e isso provoca uma situação incômoda em sala de aula. Vivemos um mundo de imersão digital, com as suas características de portabilidade, interatividade, conectividade e multifuncionalidade. Quem não estiver preparado para isso, terá dificuldades talvez insuperáveis para exercer com brilho a sua missão. obre os avanços palpáveis da tecnologia, o professor Favaretto tomou emprestado um exemplo do escritor Carlos Heitor Cony: "Tecnologia é como o automóvel: torna o caminhar mais fácil, mas não aponta o caminho." Aí é que entra o

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papel do professor e a sua responsabilidade.

Ele não pode ser culpado se a escola fracassa em sua missão de educar, como querem alguns. Nem o problema é tão simples que se resolva com maiores salários. Pagar mais é uma velha reivindicação, justa, mas a importância está também na melhoria da formação dos mestres. ão cabe a discussão do que deve vir primeiro. Talvez haja uma concomitância nessas duas vertentes, reconhecido que uma boa parte dos professores frequenta cursos deficientes, retrógrados, com conhecimentos envelhecidos e repetitivos. Nutrimos grandes esperanças na renovação dos cursos de formação de professores.

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ARNALDO NISKIER É DOUTOR EM EDUCAÇÃO, MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E PRESIDENTE DO CIEE/RJ

os dois artigos anteriores citamos muitas mazelas brasileiras que atravancam o progresso do País, corroborando o que vimos frisando há muito, que o Brasil está longe de ser uma nação. É, por ora, um grande acampamento. Uma pena.

Um país com as condições que tem, teria de ser, no mínimo, o melhor país do mundo.

No texto anterior citamos o problema da educação. O pior não é a visível queda da educação, trocada pela escolaridade pura e simples.

Como se ela significasse educação, cultura etc. O que estamos fazendo é apenas melhorar a estatística, mostrando aumento nos anos estudados, quantidade de universitários e tudo o mais. Sobre a queda da qualidade, nem um verbo ou substantivo. É visível que o País está sofrendo com a falta de mão de obra qualificada, mostrando a falácia da escolaridade e apresentando cursos errados. Não é necessário que todos tenham nível universitário tradicional: têm de ter conhecimento. Temos de ter mais escolas técnicas – noque o estado de São Paulo até que está avançando bem, com as ETECs e FATECs. A leitura não é aplicada.

Quase ninguém lê.

Praticamente ninguém sabe o que se passa no Paí, salvo alguns pouco abnegados. s transportes urbanos são de arrepiar. Com certeza, cada cidadão, ao sair de casa, ou do trabalho, já pensa no sofrimento à frente.

Tanto faz que seja para pegar um ônibus, um trem, um metrô. É como ir para o abatedouro. O metrô leva vantagem sobre os demais, por funcionar melhor, mas tem uma pequena malha disponível. Há fortes congestionamentos humanos para conseguir andar numa estação e pegar o vagão.

Até o desembarque é complicado. Aliás, até mais.

Quando se quer sair, encontra-se à frente quem quer entrar. Em algum ponto no futuro descobrir-se-á que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Mas ainda é menos complicado que a saída da estação em si, com todos querendo ser os primeiros.

O pior é que em vez de tentar solucionar o trânsito urbano, queremos construir o trem fantasma. A solução, que seria um trem modesto, ligado pontos importantes, como já defendemos há algum tempo, nem pensar.

Na ocasião propusemos fazer-se um "T", com metrô e trem. Uma linha ligaria o aeroporto de Viracopos à Estação da Luz, outra ligaria os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, passando pela Estação da Luz. Solução completa para os aeroportos, para conexões entre os três terminais, eliminação de milhares de carros da cidade por dia.

Nosso comércio exterior já foi feito 30% em bandeira nacional. Hoje, é cerca de 1%. Já fomos o segundo maior produtor de navios do mundo – até a nossa indústria praticamente perecer nos anos 90. Hoje

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Já fomos o segundo maior produtor de navios do mundo, até a nossa indústria praticamente perecer nos anos 90. Hoje, estamos tentando renascer na área.

estamos tentando renascer, com dezenas de estaleiros em operação ou em construção.

Pela concorrência, em especial com Coreia e China, entre outros, nunca mais seremos o segundo. Até porque, na construção de navios, também somo campeões em preços altos.

Considerando um navio porta-containers, cada slot, que significa uma posição de container de 20 pés (6,09 m) custa US$ 12,000.00 no exterior e US$ 25,000.00 aqui.

Podemos ler nos jornais que entramos no primeiro mundo na questão dos preços. Já temos preços internacionais, e até mais.

Hospedar-se num famoso hotel no Brasil custa o dobro de um hotel de mesmo nome, do mesmo grupo, em Manhattan, New York.

Gostaríamos de estar de brincadeira, mas não.

Nem vamos perder tempo em escrever um quarto artigo em face da inutilidade de pedir respeito. Respeito pelo cidadão, pelo consumidor, pelos velhinhos (aqui não é em causa própria!), na entrega de mercadorias, tanto com relação ao prazo quanto à qualidade. À beleza e à feiúra.

Nem todo mundo que é feio é menos inteligente ou capaz.

Nem toda a beleza pode ser colocada em ambientes pouco mais refinados.

No trânsito o caso é muito complicado. A educação vai ladeira abaixo – e o pior, em ritmo de Imigrantes, e não de Anchieta (nesta, por excesso de curvas, a queda é menor).

Somos todos assim, em maior ou menor grau. Em especial quando precisamos reagir ao que nos fazem. O respeito às faixas de rolamento é o caos.

Boa parte quer usar duas, para ficar sempre à frente. O simples uso da faixa, por todo mundo, sem as constantes costuras, já o melhoraria. ão menos "contra" é o governo, que não faz sua parte na sincronização dos semáforos, o que melhoraria o fluxo. Há milhares deles na seguinte situação: estamos numa esquina no vermelho, e o da frente no verde. Quando o nosso abre, o próximo fecha.

E a procissão quadra a quadra vai em frente. Uma simples ação das autoridades de trânsito mudaria a situação.

Puxa! Chegamos ao fim do artigo 3 e ainda falta tanta coisa! Mas, diante do já exposto, e dado o pontapé inicial, deixemos o leitor pensar em tudo o mais que faltou para melhorar o País.

Acorda, Brasil!

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SAMIR KEEDI É PROFESSOR, ECONOMISTA, AUTOR DE VÁRIOS LIVROS EM COMÉRCIO EXTERIOR, TRANSPORTE E LOGÍSTICA, MEMBRO DA CCI-PARIS NA REVISÃO DO

INCOTERMS 2010 SAMIR@ADUANEIRAS.COM.BR

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DIà RIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

9 de Junho

O

beato nasceu na ilha de Tenerife (Espanha), em 1534. Na juventude, foi ordenado sacerdote Jesuíta e enviado como missionårio ao Brasil onde se dedicou à evangelização e à luta em favor dos índios.

Em 1554 fundou, junto com Pe. Manoel o Bem-Aventurad da NĂłbrega, a cidade de SĂŁo Paulo. chieta JosĂŠ de An

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

5 EXEMPLO Gleisi assume a anuncia que quer copiar Dilma na Casa Civil.

olítica

SOBREVIVENTE Dilma foi a única do governo do PT que não caiu ao ocupar a Casa Civil.

O amigo vai, a dona da Casa Civil chega Evaristo SA/AFP

Dilma Rousseff ficou emocionada ao se despedir de Antonio Palocci. Gleisi Hoffmann falou em futuro e esperança

E

m um discurso bas- Ela lembrou do governo Lula tante emocionado, para dizer que se inscreve na ontem, em cerimônia continuação do que considera no Palácio do Planal- um só projeto de "transformato, a presidente Dilma Rous- ção do Brasil". seff se despediu de Antonio A ministra da Casa Civil Palocci, a quem chamou o tem- aproveitou para agradecer aos po todo de amigo. "Eu estaria eleitores no Paraná; ao marido, mentindo se dissesse que não o ministro das Comunicações, estou triste", afirmou. "Tenho Paulo Bernardo; aos filhos e, fimuitos motivos para lamentar nalmente, à Dilma. "Que Deus a sua saída. Motivos de ordem nos ilumine", desejou. política, administrativa e pesPouco antes, fez a sua despesoal". Em seu lugar, na Casa Ci- dida do Senado, no qual em vil, Dilma empossou a senado- cinco meses de atuação em seu ra Gleisi Hoffmann (PT-PR), a primeiro mandato apresentou quem deu um abraço.

19 propostas, relatou 34 e fez 55 Ao falar, a nova ministra dis- pronunciamentos, contando a se que vai se sua despediespelhar no da. Em seu primodelo de meiro mandaDilma, que já to, construiu esteve à frente uma imagem O embate político da Casa Civil, de parlamennão permitiria que no governo de tar atuante, Luiz Inácio eu continuasse.Vim p r e s e n t e e m Lula da Silva, quase todas as para o governo após a queda sessões e sempara promover o do então titupre pronta padiálogo e agora saio ra rebater atalar José Dirpara preservá-lo. ceu. "A polítiques da oposica dá sentido à ção ao goverANTONIO PALOCCI técnica e esta no. Agradeceu qualifica a poa "convivência lítica", afirmou Gleisi, acres- democrática" e disse que especentando que a presidente será ra exercer a nova função "com a sua inspiração. "Eu pretendo sabedoria". Não esqueceu de emular a clareza, a razão e o rejeitar o rótulo recebido de sentido público", garantiu. A "trator", conferido a ela pelo senova ministra também agra- nador Demóstenes Torres, lídeceu Dilma por confiar a ela der do DEM. "Não considero a essa "nova missão". melhor metáfora para quem Gleisi fez questão de afirmar exerce a política e sempre se que assume o novo posto "com dispôs a debater, ouvir e consmuita humildade, fé em Deus, truir consensos", afirmou. Ela gratidão e senso de responsa- terminou dizendo que "estou bilidade". Aproveitou o dis- mudando de instância, mas curso para dizer que o seu ob- não de caminho". jetivo na Casa Civil é o de reaQuem também mudou, mas lizar "um trabalho de futuro e disse que não se perdeu no caesperança", além de garantir minho, foi Palocci, pelo menos "dignidade aos brasileiros que na mensagem de despedida. mais precisam". Gleisi ressal- "Trabalhei dentro da mais estou também que vai fazer "a co- trita legalidade, mas o mundo ordenação de gestão e controle jurídico não trabalha no mesdos programas de governo". mo diapasão do mundo políti-

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

co", afirmou. "O embate político não permitiria que continuasse desempenhando minhas funções na Casa Civil".

Aplaudido ao longo do discurso, encerrou afirmando: "Vim para o governo para promover o diálogo, e agora saio para preservá-lo".

Palocci deixou o mais importante ministério após cinco meses. Saiu sob suspeita de tráfico de influência e enriquecimento ilícito ao ser revelado que nos últimos quatro anos, o até então principal articulador político de Dilma havia multiplicado o patrimônio por 20.

Dilma se despediu do ex-ministro chamando-o de "meu querido companheiro Antonio Palocci" e ao finalizar reafirmou que "um amigo deixava o governo e uma amiga assumia o seu lugar". A presidente ressaltou, então, o fato de Gleisi ser mais uma a integrar o primeiro governo de

A presidente Dilma Rousseff recebe Gleisi Hoffmann, a mais nova integrante do governo, e aproveita para se despedir do amigo Palocci, a quem reservou um afetuoso abraço, de agradecimento.

E também de lamento.

uma mulher no Brasil. Ela também alertou a nova ministra para os principais desafios que ela deve enfrentar, como o controle da inflação, o controle fiscal e a expansão da classe média, entre outros.

Gleisi agradeceu a confiança de Dilma, mas disse que para "quem muito é dado, muito será cobrado". E encerrou a sua posse mencionando trecho da poesia da escritora paranaense Helena Kolody. "Deus dá a todos uma estrela. Uns fazem da estrela um sol. Outros nem a conseguem vê-la". (Agências)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Palocci foi absolvido pelo STF porque a Caixa enganou o Poder Judiciário Senador Demóstenes Torres, líder do DEM

olítica

Evaristo SA/AFP

Base aliada quer ouvir Palocci E o ex-ministro, agora, estaria disposto a falar sobre patrimônio na Câmara

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ntonio Palocci relutou em explicar como multiplicou por 20 o seu patrimônio pessoal num período de quatro anos, quando ainda era ministro da Casa Civil.

Quando falou, não convenceu.

Agora, fora do governo, só abre a boca se quiser. E ele quer.

Pelo menos foi isso o que garantiu ontem o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Talvez, por isso, a base aliada, também agora, quer aprovar um requerimento convidando o ex-ministro a se explicar sobre multiplicação, patrimônio e coisas afins. O requerimento poderá ser apresentado ainda nesta semana, provavelmente na Comissão de Constituição e Justiça (CC), presidida pelo petista João Paulo Cunha (SP). "O governo quer que ele venha e ele quer vir", anunciou Vaccarezza, que não definiu uma data para o depoimento. A intenção é mostrar que ele, agora, não tem nada a esconder.

Na semana passada, por exemplo, requerimento nesse

sentido já tinha sido aprovado na Comissão de Agricultura da Câmara. A diferença, dizem agora, os governistas, é que eles querem que Palocci venha por vontade própria e não pressionado pela oposição. A

Pela primeira vez, a Caixa disse o que todo mundo sabia.

Palocci foi o responsável pela quebra do sigilo do caseiro.

DEMÓSTENES TORRES sessão foi tumultuada e chegou a ser anulada temporariamente pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que ficou de dar uma resposta definitiva sobre o caso e até agora, nada.

Também ontem, na mesma comissão, a base governista e a oposição travaram um bateboca por causa da aprovação da ata referente à sessão ante-

Celso Júnior/AE

O ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (acima), teria, com a ajuda da Caixa Econômica, enganado o Poder Judiciário.

Quem acusa é o senador Demóstenes Torres (DEM).

rior. Com a briga, a reunião foi encerrada e a ata não foi aprovada (leia detalhes abaixo).

Rejeição – Em votação simbólica, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) rejeitou ontem requerimento do líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), convidando para depor o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, sobre a iniciativa da instituição financeira de culpar o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, pela violação do sigilo da conta do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Demóstenes acusou a Caixa de adotar procedimento "oportunista" por ter mantido silêncio sobre o responsável pela quebra e divulgação do sigilo antes do Supremo Tribunal Federal (STF) recusar a denúncia contra o ex-ministro.

"Pela primeira vez, a Caixa disse o que todo mundo sabia. Palocci foi o responsável pela quebra", alegou o senador.

O líder do DEM lembrou que, também agora, não há mais nada o que fazer no plano criminal. "Ele foi absolvido pelo STF, porque a Caixa enganou o Poder Judiciário", lamentou Demóstenes sobre o que chamou de "ação deletéria de Palocci na quebra do sigilo do caseiro Francenildo".

Petrobras – Embora o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, tivesse garantido que o ex-ministro não iria perder a vaga que ocupava no Conselho de Administração da estatal, Palocci enviou ontem carta para a empresa solicitando o seu desligamento.

Gabrielli garantia a permanência do ex-ministro alegando que ele havia sido eleito como pessoa física, portanto não caberia retirá-lo pela demissão da Casa Civil. (Agências)

Convocação ainda gera bate-boca Atuação da base governista na Câmara impede convocação de Palocci. E aí começou a troca de ofensas

M

pais lideranças de seu partido para defendê-lo. "Vocês estão todos tristes, então peguem seus lenços e saiam para chorar. São todos viúvas de Palocci", provocou o líder ACM Neto (DEM-BA).

Em meio ao bate-boca, Lira Maia queria encerrar a reunião sem que a ata tivesse sido votada. Onyx continuou provocando Assis do Couto mesmo após a reunião. "Você tem que bater palma para a Gleisi (Hoffmann) e parar de chorar o Palocci", disse.

Assis afirmou que a discussão na comissão não era sobre Palocci, mas sobre a condução dos trabalhos por Lira Maia.

Diante do impasse, Maia encerrou a sessão sem conseguir aprovar a ata. "Faço aqui uma premonição: a ata vai ser votaDida Sampaio/AE

esmo com a saída de Antonio Palocci da Casa Civil, governistas impediram, ontem, a aprovação da ata da Comissão de Agricultura da Câmara referente à sessão da semana passada que aprovou a convocação do ex-ministro. Os governistas queriam que a votação fosse retirada da ata para não constar nos registros da Casa.

A atitude gerou bate-boca e troca de insultos entre deputados da base e da oposição.

O presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), porém, disse não poder alterar a ata porque a convocação foi aprovada e lembrou que a questão de ordem feita pelos governistas à Mesa da Câmara pedindo a anulação da votação não foi respondida.

Assis do Couto (PT-PR) cogitou, então, entrar no Conselho de Ética contra o presidente da comissão, com a alegação de que ele não conduziu a sessão que convocou Palocci de maneira adequada, desrespeitando a vontade da maioria.

Segundo a orientação dos líderes partidários, a convocação seria rejeitada.

"Aqui não estamos mais discutindo Palocci, mas a forma como o presidente conduziu a sessão, a questão de procedimentos. Poderia ter sido qualquer outro assunto que seria questionado", disse Couto.

"Vossa Excelência não tem mais legitimidade para presidir a comissão", disparou ele contra Maia.

O presidente da comissão contou com o apoio das princi-

da em uma semana, quando os ânimos se acalmarem", disse Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

A próxima reunião da Comissão de Agricultura está marcada para quarta-feira da semana que vem. "A ata é meramente uma questão administrativa. Não existe ata rejeitada, mas sim concertada. Vou submetê-la aos colegas para ver as sugestões, mas reitero que não há reparo com relação à forma como conduzi a sessão", explicou.

Vacilo – O requerimento de convocação de Palocci foi aprovado na semana passada, após articulação dos oposicionistas e um vacilo da base aliada. Durante toda a semana, líderes do governo tentaram reverter a convocação, apresentando uma questão de ordem

ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), questionando a validade da sessão.

Com a saída de Palocci anteontem, a questão de ordem nem chegou a ser respondida, "por ter perdido o objeto".

Lira Maia disse não temer ter de responder pelo caso no Conselho de Ética. "Não tive conduta questionável para ir ao Conselho. Minhas ações estão de acordo com o regimento", disse. (Agências) No ataque: os deputados do DEM Ronaldo Caiado (GO) e ACM Neto (BA) discutem com colegas da base de apoio do governo após sessão que anulou convocação.

p STF solta Battisti.

Um 'tapa' na Itália.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

7 A liberação do ex-terrorista é uma bofetada nas instituições italianas e nas famílias das vítimas.

Giorgia Meloni, ministra italiana da Juventude

olítica

Evaristo SA/AFP

STF arquiva pedido de extradição. Para imprensa italiana, foi uma "bofetada"

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Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem por 6 votos a 3 manter a determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no dia 31 de dezembro de 2010, negou o pedido de extradição do ex-terrorista de esquerda Cesare Battisti.

A resolução teve ampla repercussão internacional. Para a ministra da Juventude Giorgia Meloni da Itália, a liberação do ex-terrorista "é uma bofetada nas instituições italianas e nas famílias das vítimas". Segundo os jornais, resta a opção de recorrer a instâncias internacionais Preso no Brasil desde 2007, Baattisti deve ser libertado ainda hoje. A assessoria do presidente do Supremo, Cézar Peluso, informou que o ministro já assinou o alvará de soltura.

Depois da decisão de Lula, Battisti poderia ter sido solto,

mas a Itália voltou ao STF e o caso – que já havia sido arquivado – foi reaberto, em janeiro deste ano. Ex- integrante do grupo Proletários Armados para o Comunismo (PAC), BatJosé Cruz/ABr

Battisti, preso há mais de 4 anos.

tisti foi acusado de quatro assassinatos, na Itália, durante a luta armada na década de 70, e condenado à prisão perpétua em seu país de origem. Ele sempre negou ser o autor dos

Evaristo SA/AFP

Indignação: imprensa italiana deplora decisão do Supremo.

crimes. Argumentava que sofria perseguição política.

Em um voto de cerca de duas horas, marcado por bate-bocas e provocações, o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, defendeu a anulação do ato do ex-presidente Lula e negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Battisti. No entanto, a maioria determinou que Battisti fosse solto.

Acompanharam o voto do relator o presidente do STF, Cezar Peluso, e a ministra Ellen Gracie. Ela falou sobre o sentimento de impunidade que a decisão do ex-presidente poderia gerar na sociedade italiana.

"O não cumprimento da pena conduz a um sentimento de impunidade que o estado italiano não pretende tolerar", disse a ministra Ellen Gracie.

Após a liberação, os advogados de Battisti ainda terão de resolver questões formais sobre a permanência do ex-terrorista no Brasil. Preso há mais de quatro anos, o italiano está sem passaporte ou visto de permanência no País.

Em março do ano passado, ele foi condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por uso de passaporte falso. O documento teria sido usado por ele para entrar no Brasil, em 2004. A pena, dois anos em regime aberto, foi em prestação de serviços à comunidade e multa de 10 salários mínimos.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ao G1 que, se Battisti pedir visto de

Governo lança Plano Estratégico de Fronteiras Com base nas operações Sentinela e Ágata, defesa cobrirá 2,3 milhões de km²

C

omo o objetivo de enfrentar o crime praticado nos mais de 16 mil quilômetros de fronteiras, o governo federal lançou ontem um plano que pretende intensificar o patrulhamento nessas regiões. O Plano Estratégico de Fronteiras terá operações integradas e coordenadas pelos ministérios da Justiça e da Defesa – em especial, Forças Armadas e órgãos de segurança pública federais – Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Força Nacional de Segurança Pública.

O plano tem por base duas operações: a Sentinela e a Ágata. De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Operação Sentinela "será remodelada e terá caráter permanente com elevação de 100% do efetivo empregado atualmente pelo MJ". Nela, atuarão em conjunto as polícias Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança com apoio logístico das Forças Armadas.

Wilson Pedrosa/AE

José Eduardo Cardozo: "Há grande incidência de crimes fiscais e financeiros: exportação ilegal de veículos, atentados ambientais e homicídios".

"A Operação Ágata será realizada de forma pontual e com duração determinada em locais definidos como áreas que necessitam de ações naquele momento". Será criado um Centro de Operações Conjuntas (COC) onde estarão reuni-

Sentinela terá caráter permanente e Ágata, duração determinada em áreas que necessitam de ações naquele momento.

JOSÉ EDUARDO CARDOZO dos comandantes das forças que atuam nas operações Ágata e Sentinela para fazer o planejamento e acompanhamento das ações desenvolvidas.

Segundo Cardozo, os crimes mais comuns nas fronteiras são o tráfico de drogas, armas e pessoas. "Há também grande

incidência de crimes fiscais e financeiros, como exportação ilegal de veículos, atentados ambientais e homicídios. Motivados por essas ações criminosas, os homicídios (...) ocorrem com maior incidência".

A área de atuação do plano abrangerá mais de 2,3 milhões de km² – 27% do território do País. As ações cobrirão os principais pontos da linha de fronteira, cuja extensão é de 16.886 km. A faixa de fronteira brasileira se projeta por 150 km para dentro do território nacional, a partir da linha divisória com os 10 países vizinhos, compreendendo 11 estados, 710 municípios e 10,9 milhões pessoas.

Ao lançar o Plano Estratégico de Fronteiras – compromisso assumido na campanha eleitoral –, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o vicepresidente, Michel Temer, será o responsável pela coordenação do plano. "Meu comprometimento com esse programa é tão grande que escolhi meu vice-presidente para coordenar as ações". (ABr)

Em Brasília, manifestantes cobravam liberdade de Battisti, enquanto o STF julgava o caso.

permanência no Brasil, "o pedido tramitará normalmente pelo Ministério da Justiça até a final apreciação nos termos da legislação em vigor".

Cardozo não quis antecipar a decisão do Ministério da Justiça a respeito do visto.

Questionado sobre a situação jurídica de Battisti no Brasil, o ministro disse que, durante o período de tramitação do pedido de visto, a permanência "será tida por regular, conforme inúmeros precedentes já existentes".

Rejeição – Os ministros rejeitaram, sem analisar o mérito, ação do governo da Itália contra a decisão de Lula. Para o plenário, o ato do ex-presidente é de política internacional e não cabe ao governo de outro estado contestá-lo.

A impossibilidade de a Itália contestar decisão do presidente brasileiro foi levantada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele argumentou que a Itália não teria legitimidade para questionar uma decisão brasileira.

""O trâmite do processo é questão interna corporis da República Federativa do Brasil. Falta à República italiana legitimidade para impugnar ou exercer o controle do ato do presidente que negou a extradição de Battisti", defendeu.

Segundo o advogado do governo italiano, Nabor Bulhões, a Advocacia Geral da União (AGU) "induziu" o ex-presidente ao erro e usou "fundamentação suicida" ao afirmar que Battisti poderia ter "agravada" sua situação. (Agências)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Decoro parlamentar é do Parlamento e não de seus membros.

Deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP)

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CÓDIGO FLORESTAL

Ministra e senadores já examinam texto Ideia é ampliar as discussões no Senado e debater a fundo pontos polêmicos do texto aprovado na Câmara, mas num clima mais tranquilo do que o de lá, explicam.

Beto Barata/AE

A

Busca de consenso: ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com Rodrigo Rollemberg, Jorge Viana, Luiz Henrique e Delcídio Amaral.

Ipea: lei impediria recomposição Anistia a desmatadores prevista no texto aprovado na Câmara traria grande impacto ambiental, aponta estudo

U

m dia após a presidente Dilma Rousseff afirmar que não vai "negociar desmatamento" no novo Código Florestal, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou estudo que reforça a intenção do governo em reverter a "anistia" a desmatadores concedida no texto aprovado pela Câmara.

O projeto de lei para o novo Código Florestal foi enviado para o Senado, onde o governo pretende alterar 11 pontos aprovados no mês passado pelos deputados.

O texto atual prevê que propriedades de até quatro mó-

dulos fiscais ficarão isentos aproximadamente, um camda obrigação de recompor a po de futebol. reserva legal já desmatada.

O maior bioma afetado seria Cada módua Amazônia lo fiscal vai (61% do passid e 5 a 11 0 vo de reserva h e c t a re s , a legal total), sedepender guida pela da região Mata Atlântimilhões de hectares onde está loca e o Cerrado calizado.

(13% cada deixarão de ser Segundo recompostos se o projeto um). o estudo, A a p r o v avirar lei nos termos mais de 29 ção do novo milhões de atuais, diz levantamento. C ó d i g o F l ohectares restal também deixariam dificultaria de ser recompostos se o proje- que o Brasil cumprisse os comto virar lei nos termos atuais. promissos assumidos internaUm hectare corresponde a, cionalmente quanto à emissão

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de carbono, de acordo com o Ipea. Mais de 3.000 gigatoneladas de carbono deixariam de ser retidas caso haja a anistia prevista no texto. No Acordo de Copenhague, o Brasil se comprometeu a reduzir em 668 gigatoneladas emissões decorrentes do desmatamento anualmente.

O estudo projetou ainda um cenário no qual, por conta da expectativa de "anistia", a reserva legal seria completamente devastada. E também considerou a hipótese de extensão da anistia a propriedades maiores, proposta rejeitada na Câmara, mas que pode voltar no Senado. (Folhapress)

ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reuniu-se ontem com os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jorge Viana (PTAC), Luiz Henrique (PMDBSC) e Delcídio Amaral (PTMS) para tratar do texto do Código Florestal, que tramita no Senado. Viana e Henrique serão os relatores do Código, respectivamente, na Comissão de Meio Ambiente e na de Agricultura do Senado.

"Tivemos uma discussão sobre processo, engajamento, uma visão política do Senado.

A ideia é realmente ter um processo amplo de debate, negociação", afirmou Izabella.

"Não podemos ter um texto que possa gerar contradições, não esclareça para o agricultor familiar quais são os seus direitos, como se regulariza a situação do passado e, mais do que isso, como avançamos numa agenda ambiental sólida", completou a ministra. Izabella defendeu os ajustes das "imperfeições" do texto aprovado pela Câmara dos Deputados em maio.

Clima – Viana admitiu que, após a aprovação do texto na Câmara dos Deputados, houve um clima de disputa. "No fundo, estamos tentando mudar a temperatura, trabalhar a

questão do tempo e, terceiro, esse tema está muito presente na sociedade, o governo tem postura bastante madura de querer resolver o passado e apontar um bom caminho para o futuro", afirmou o petista.

Segundo os senadores, o objetivo é fazer um relatório conjunto entre as duas comissões e a partir de então avaliar os seus resultados e compilar pontos ainda conflitantes.

"Se isso não for possível, não tem problema. Se um ponto ou outro numa comissão ficar divergente, o plenário do Senado vai ter maturidade para votar", disse Viana.

Gleisi ajuda – O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse ontem que o fato de a nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ser senadora pode facilitar as negociações em torno da votação do novo código. Perguntado se a saída de Antonio Palocci, que participava das reuniões de governo para tratar do assunto, atrapalhava o andamento das discussões, Rossi disse que não.

"O ex-ministro Palocci fechou um ciclo [que terminou com a votação das alterações no Código Florestal no plenário da Câmara]. A ministra Gleisi é senadora, o que talvez facilite nesta nova etapa", afirmou. (Agências)

Marcello Casal Jr/ABr

Wagner Rossi: nova ministra pode ajudar na tramitação.

Relator pede cassação de Jaqueline Roriz

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deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) apresentou ontem seu relatório e o Conselho de Ética, por 11 votos a 3, aprovou o pedido de cassação de Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada em vídeo recebendo um pacote de dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. A gravação é de 2006, mas só foi revelada em março deste ano. A tendência é que um pedido de vista deixe a votação para a próxima semana.

O processo contra Jaqueline tem como base duas representações, uma do PSol e outra da Mesa Diretora, feita após investigação preliminar da Corregedoria.

A principal tese da defesa é que a parlamentar não poderia ser julgada pelo Conselho porque o fato é anterior ao seu mandato – ela só tomou posse como deputada federal em fevereiro deste ano. "A tese única da defesa continua a ser a de que aqui não se tem fato que possa ser capitulado como fato atentatório ao decoro parla-

mentar", argumentou o advogado José Eduardo Alckmin.

Ele destacou várias vezes que Jaqueline não era parlamentar na época da gravação.

Sampaio destacou em seu voto que apesar de o fato ser anterior ao mandato ele atenta à imagem da Câmara neste momento e, por isso, deve ser punido. "Fatos desconhecidos ao tempo do pleito ou do atual mandato que venham a ser revelados durante a atual legislatura podem e devem dar ensejo a perda de mandato. Ainda que o fato seja passado, as repercussões são atuais".

Na visão do relator, a questão de decoro parlamentar não diz respeito a apenas um deputado, mas à Casa como um todo. "Decoro parlamentar é do Parlamento e não de seus membros. Logo, o sujeito passivo é o próprio corpo Legislativo, o bem protegido é a honra do Legislativo". Vilson Covatti (PP-RS) reclamou da exposição. "Não estou aqui para receber aulas, aulas nós temos dos nossos tribunais". (AE)

Dida Sampaio/AE

Carlos Sampaio: "O bem protegido é a honra do legislativo".

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

9 TUNÍSIA Primeiras eleições pós-ditadura são adiadas para outubro

nternacional

ESTADOS UNIDOS Estado de Connecticut descrimina posse de maconha

Lá vem a tropa de elite. E os sírios fogem.

Temidos soldados liderados por irmão do ditador Assad rumam ao norte para reprimir insurgentes

C

entenas de sírios atravessaram a fronteira para a Turquia, ontem, temendo o envio de tropas de elite do ditador Bashar al-Assad para duas cidades no norte da Síria controladas por opositores do regime. Com a opinião pública ocidental impressionada com o derramamento de sangue na Síria, os quatro países europeus que compõem o Conselho de Segurança da ONU pediram a condenação do regime da Síria pela violenta repressão contra os manifestantes, a qual deixou mais de 1.300 mortos desde meados de março.

"Estamos na primeira etapa e o que queremos é enviar uma mensagem política à Síria. Queremos que se comprometam no diálogo político", afirmou o embaixador da França, Gérard

Araud, ao término da reunião do Conselho de Segurança em que se estudou essa proposta.

A França e Reino Unido, os dois com direito de veto, receberam o apoio dos membros temporários do Conselho, Alemanha e Portugal. As duas potências ainda querem o apoio do Brasil e da África do Sul para aprovar o texto.

O objetivo dessa proposta, que será votada nos próximos dias e conta também com o apoio dos Estados Unidos, mas com as reservas da China e Rússia, é aumentar a pressão sobre o regime sírio.

Confrontos - A brutalidade das forças de segurança de Assad é um dos principais motivos pelos quais centenas de cidadãos sírios começaram a cruzar a fronteira com a Turquia.

Milhares de soldados da te-

mida 4ª Divisão, liderados por Maher al-Assad, irmão do presidente, rumam para o norte do país para esmagar insurgentes na cidade de Jisr al-Shughour, na província de Idlib.

"O número de soldados que avançam é de milhares", disse o ativista sírio Mustafá Osso. Ele especula que o governo planeja uma "batalha decisiva" contra os insurgentes no norte.

Na última segunda-feira, o governo sírio afirmou que 120 membros de suas forças de segurança foram mortos por opositores em Jisr alShughour. Muitos corpos dos

policiais foram mutilados e jogados no rio Assi.

Ativistas dizem, porém, que os militares foram mortos pelos próprios colegas ao se recusarem atirar em civis. Não há relatos independentes sobre o caso.

Fuga - O medo de confrontos fez moradores abandonarem suas casas e fugirem para um campo de refugiados na cidade turca de Yayladagi.

"Já havia uns 250 sírios no acampamento, e seguem chegando grupos", assegurou o prefeito da cidade, Kemal Dagistanli. "Nosso maior temor é que vá chegando mais gente se

não houver uma reconciliação na Síria", acrescentou.

A agência estatal de notícias da Turquia, a A nat ól ia , disse ontem que 160 refugiados sírios cruzaram a fronteira. Autoridades turcas afirmam que no total 550 refugiados sírios estão na região, enquanto outros 30 estão sob tratamento em hospitais locais.

Além disso, há um grupo de 200 potenciais refugiados que se encontram no lado sírio da fronteira esperando para atravessar à Turquia, informou a agência de notícias turca Anadolu.

A província de Idlib fica na

fronteira montanhosa com a Turquia, país que afirmou que manterá a fronteira aberta para receber refugiados.

"Neste momento, está fora de questão que nós fechemos as portas" aos refugiados sírios, afirmou o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

"Estamos monitorando os acontecimentos na Síria com preocupação", disse Erdogan, que por muito tempo buscou estreitar os laços com Assad.

"A Síria deve mudar sua atitude com relação aos civis e agir de forma mais tolerante", opinou o premiê. (Agências)

Mustafa Ozer/AFP

Sírios chegam ao campo de refugiados na cidade turca de Yayladagi.

Mais de 500 pessoas já cruzaram a fronteira e a previsão é que o êxodo continue.

O premiê turco garantiu que 'não fechará as portas' às pessoas que fogem dos confrontos.

A

proveitando o vácuo de poder deixado pela ida do presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, para a Arábia Saudita, os Estados Unidos intensificaram os ataques aéreos contra militantes ligados à rede Al-Qaeda, no sul do Iêmen, informou o jornal The New York Times.

Segundo o diário, a estratégia norte-americana foi adotada depois que tropas

Ó RBITA

IRÃ Irã irá transferir sua produção de urânio enriquecido a 20% para a nova usina de Fordo, a sudoeste de Teerã, e triplicará essa capacidade de produção, afirmou ontem o chefe do programa nuclear do país, Fereydoon Abbasi Davani.

Para os Estados Unidos, o anúncio foi "um ato de provocação" e exortou o governo iraniano a "reexaminar" a decisão.

O enriquecimento de urânio está no centro de uma disputa do Irã com vários países, liderados pelos EUA, que acreditam que a República Islâmica esteja desenvolvendo armas nucleares, o que o país nega.

O urânio enriquecido pode ser usado para alimentar usinas de energia, o motivo declarado pelas autoridades iranianas, ou para ser usado em bombas, caso o material seja ainda mais processado. (Agências)

Divulgação/AFP

O

iemenitas que lutavam contra os militantes islâmicos foram remanejados à capital Sanaa, visando reprimir os levantes contra o regime de Saleh.

Ferido após um ataque na sexta-feira passada, o líder viajou à Arábia Saudita para receber tratamento médico.

A saída de Saleh levou a oposição a fazer pressão para formar um novo governo, com o apoio dos EUA. (Agências)

AL-QAEDA – Ayman al-Zawahiri, número dois da rede Al-Qaeda, encorajou os muçulmanos a continuarem com a jihad (guerra santa) e garantiu que mesmo morto Osama bin Laden continuará aterrorizando os EUA. "Eles não dormirão com tranquilidade até deixarem os países islâmicos", disse ele em vídeo divulgado ontem.

Cientistas desvendam gravidade da bactéria E. coli

C

ientistas das univers i d a d e s d e Greifswald e Bonn, na Alemanha, encontraram indícios que explicam a gravidade da nova cepa da bactéria Escherichia coli (E. coli) e que provoca aparentemente a formação de autoanticorpos, causadores dos graves danos internos aos pacientes. A informação surge no mesmo dia em que o ministro de Saúde alemão, Daniel Bahr, revelou que o número de novas infecções está caindo no país.

"Eu ainda não posso cancelar os alertas, mas agora temos motivos de esperança, já que o número de novas infecções está continuamente caindo", afirmou ele à TV estatal ARD. "Provavelmente ainda haverá novos casos, e infelizmente ainda temos que considerar novas mortes, mas o número de novas infecções está claramente diminuindo, e o pior da doença ficou para trás", acrescentou.

O surto, porém, continua a se alastrar para outros países.

Ontem, a França e o Canadá confirmaram os primeiros casos de contaminação pela bactéria. Os pacientes teriam viajado à Alemanha, onde o surto

Francisco Bonilla/Reuters

IÊMEN

Vegetais são descartados na Espanha; pepinos voltam a ser o vilão.

se originou. Até agora, 26 pessoas já morreram e outras 2.700 foram infectadas na Europa.

Origem - Ontem, autoridades de Saxônia-Anhalt, no leste alemão, voltaram a levantar suspeitas sobre a contaminação por pepino. Uma família inteira adoeceu depois de consumir o vegetal, cuja procedência é desconhecida – os primeiros "pepinos suspeitos'' eram espanhóis.

O atual surto foi causado por uma variedade supertóxica de E. coli. Ela pode se espalhar com maus hábitos de higiene.

Em parte dos pacientes, a infecção pode levar à síndrome

hemolítico-urêmica, que resulta em insuficiência renal.

Segundo cientistas das universidades de Greifswald e Bonn, a nova cepa da bactéria aparentemente provoca a formação de autoanticorpos, que atuam destrutivamente contra o próprio organismo.

Andreas Greinacher, especialista em transfusões de Greifswald, afirmou que quatro pacientes com quadro clínico grave foram tratados com uma diálise que filtra esses anticorpos, e os primeiros exames sanguíneos deram resultados "otimistas''. (Agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

CONTRA O FRIO Zoológico distribui cobertor e aquece pedras e tocas para esquentar animais.

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

idades

Para aquecer os animais no outono e no inverno, a instituição ainda utiliza lâmpadas e aquecedores nas tocas e na água.

Além disso, reforça a alimentação e põe cortina em viveiro.

O Zoológico distribui cobertor principalmente para os macacos. Ao recebê-los, fazem festa onde estão abrigados. Neste fim de outono, em dia mais frio, a temperatura chega a 10º, na madrugada. Mas os animais têm a sensação de que é mais baixa, diz a bióloga Karina Molina.

Bichos do Zoo terão inverno aquecido Marisa Folgato

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hico se apossou logo de dois. Cuca ficou com o seu, mas correu atrás de Vitória até conseguir pegar o dela também, não sem muita correria e resistência. Foi assim, uma enorme brincadeira, a distribuição de cobertores aos chimpanzés do Zoológico de São Paulo, na terça-feira. É apenas uma das medidas tomadas pelos funcionários para espantar o frio, que chegou a 10 graus na madrugada, com sensação térmica muito menor, segundo a bióloga Karina Molina. Além de cobertores, dados especialmente aos macacos, são usados lâmpadas, aquecedores nas tocas e até na água. "Há reforço também na alimentação", explica a bióloga.

"As aves tropicais são as que mais sofrem, assim como os répteis", afirma Karina. Sofriam. Os viveiros das aves localizados numa das alamedas do zoo recebem cobertura e cortina de plástico nessa época do ano, fechadas assim que o parque encerra suas atividades, às 17 horas.

Mas algumas têm estratégias próprias para reforçar o calorzinho. Os príncipes-negros e as jandaias, espécies de papagaios, gostam de ficar bem juntinhos no puleiro. O pica-pau-de-cabeça-vermelha costuma se abrigar no buraco que escava no tronco deixado dentro do recinto. Outro pássaro, o uru, se esconde numa toca feita de cano.

O terrário, onde ficam as cobras menores, tem normalmente instaladas lâmpadas no teto de cada compartimento para manter a temperatura em

No Zoológico, em seu espaço, a sucuri tem aquecedor e a água fica em 24º graças a um termostato potente.

torno de 25 a 26 graus. Há ainda tocas aquecidas eletricamente, como a da cobra real californiana, que praticamente só deixava a cabeça exposta. Já lagartos, como o barbado, da Austrália Central, têm pedras aquecidas. "Além disso, o ambiente todo conta com aquecedores de parede, ligados apenas nos dias mais frios."

Mansão – Em outro ponto do zoológico, destinado às grandes cobras, as sucurisverdes têm uma verdadeira "mansão com piscina" para enfrentar com classe os dias frios.

A toca seca bem espaçosa tem aquecedor e a água também fica na temperatura ideal graças a um termostato potente: em torno dos 24 graus.

Elas só precisam deixar o quentinho para se alimentar de coelhos, frangos e alguns

roedores maiores oferecidos vivos. Mas essa espécie só come a cada 15 dias.

O tanque dividido por cágados de barbicha e tartarugas de pequeno porte permite cumprir um dos passatempos preferidos desses animais, que é tomar sol. Mas os que preferem ficar na água não são prejudicados no inverno. Contam com um aquecedor aquático, que, pela concentração de cágados, todos juntinhos em torno dele, parece funcionar muito bem. "Serviço de quarto" com o qual também contam os crocodilos, como o falso-gavial, de focinho muito fino.

Sol – A toca das girafas também tem aquecedores de parede. Mas, algumas delas, como Sapeca e Palito fizeram na terça-feira, preferem aproveitar o dia de sol do lado de fora, ape-

sar do frio. Assim como o casal, o chimpanzé Chico montou um tipo de ninho no sol sobre a grama com dois cobertores, do qual só se afastava para pegar frutas, ovos cozidos (mas só comia a gema) ou cebolas, consideradas um manjar dos deuses pelos primatas.

Não demorou muito para Maria Pia vir procurar um lugar bem do lado dele, estendendo também sua coberta no gramado. Chico é o chamado macho alfa, aquele que domina e namora todo o mundo no espaço em que habita.

Enquanto isso, Cuca e a filhote Vitória se entregavam à brincadeira. Ora cobrindo a cabeça com o cobertor e partindo em correria com muita velocidade, ora se pendurando com a peça nas mangueiras estendidas no alto da casa envidra-

A casa das girafas tem aquecedores. Sapeca e Palito aproveitam o Sol.

çada e ainda sem cobertura.

No recinto ao lado, o orangotango Sansão aguardava seu cobertor. De acordo com a bióloga Karina, ele dá valor e gosta de um paninho em qualquer época do ano. "É só colocar, que ele logo cobre a cabeça." Também, com aquela careca...

O inverno mexe ainda com o comportamento de animais díspares, como leões e tamanduás. "Eles costumam ficar menos ativos." Os répteis se-

guem o mesmo comportamento desses animais.

Enquanto vários bichos se recolhem e muitas aves migram para lugares distantes e mais quentes, os irerês (um tipo de marreco) escolhem justamente o Zoológico de São Paulo para curtir o inverno. "Vindos do Pantanal, eles começam a chegar em abril ou maio e lotam o lago dos cisnes negros.

São tantos que temos de dobrar a oferta de comida."

Vulcão: aos poucos, voos retomam a rotina Satélite Aqua

A

No Chile, foto de satélite mostra o vulcão Puyehue emitindo cinzas

situação dos voos internacionais nos aeropor tos brasileiros começou a voltar ao normal na manhã de ontem, depois de as cinzas do complexo vulcânico PuyehueCordón Caulle, no sul do Chile, prejudicarem as operações.

O vulcão entrou em erupção no último sábado. A nuvem chegou à capital argentina, Buenos Aires, também afetando operações no Chile, Brasil, Uruguai e Paraguai. Ontem, as principais companhias aéreas que operam na Argentina começaram a retomar gradativamente

serviços com a dissipação da nuvem de cinzas.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), das 54 partidas internacionais previstas até as 10h, em todos os aeroportos do País, 8 (14,8%) registraram atrasos superiores a 30 minutos e 12 (22,2%) foram canceladas.

No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, entre as chegadas programadas para ocorrer das 9h ao meio-dia, duas de Buenos Aires e uma de Montevidéu, no Uruguai,

foram canceladas. No mesmo período, uma partida para Montevidéu foi cancelada. Anteontem, o Aeroporto de Guarulhos teve 19 voos de partida cancelados com destino a Santiago, Buenos Aires, Montevidéu e Lima.

Outros 7 de chegada também foram cancelados.

No Galeão, na zona norte do Rio, uma chegada de Buenos Aires e duas partidas – uma para Buenos Aires e uma para Montevidéu – foram canceladas hoje de manhã. No Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, quatro voos não chegaram e três deixaram

de decolar para a Argentina e Uruguai.

Retorno – Em Buenos Aires, apesar de um dia calmo, a meteorologia alertou para o retorno, hoje, de uma nuvem de cinzas.

Ontem, os aeroportos de Ezeiza (para voos internacionais) e Aeroparque (para voos domésticos) retomavam suas rotinas. Na Argentina, a cidade mais afetada é Bariloche, o principal centro de esqui da América Latina, a apenas 90 quilômetros do vulcão. Ontem, a situação na cidade continuava complicada, com contínuos apagões e problemas no abastecimento de água potável. (AE)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

c

11 É inconcebível que na área do Municipal não tenhamos um estacionamento.

Gilberto Kassab, prefeito da Capital

idades

Teatro Municipal acelera polo cultural no Centro

Nelson Antoine/FotoArena/AE

Primeiro módulo da Praça das Artes deverá ser inaugurada este ano. Edifício-garagem terá 640 vagas.

Fotos de Leandro Moraes/Luz

Ivan Ventura

Contra semáforo apagado, saída é a utilização do "no break"

Contra apagão, CET quer "no break" em semáforos Mariana Missiaggia

A

chuva e o vendaval da noite de terça-feira afetaram as ruas de São Paulo até a tarde de ontem. O Corpo de Bombeiros registrou mais de 260 quedas de árvores na região metropolitana.

Galhos e rompimento de fios acompanhavam os 175 km de congestionamento, por volta das 19h de terça-feira, enquanto 148 semáforos seguiam apagados. Com o caos instalado na cidade, a CET - Companhia de Engenharia de Tráfego adiantou um plano de modernização para os semáforos.

Na manhã de ontem, Valter Vendramin, diretor de sinalização da CET, anunciou que a companhia está realizando um estudo em convênio com a AES Eletropaulo, para implementar no break em semáforos dos principais cruzamentos da cidade. Hoje, existem 6.118 cruzamentos com semáforos na cidade e, entre a noite de terça-feira e a tarde de ontem, mais de 140 deles apresentaram problemas, complicando o trânsito.

De acordo com Vendramin, alguns critérios estão sendo estudados, entre eles, uma tecnologia que dificulte roubos e estragos do novo equipamento. Em testes anteriores com o aparelho, constatou-se que o vandalismo é o maior inimigo dessas futuras instalações. "A bateria que fica alojada em uma caixa acoplada ao semáforo se transforma em um atrativo porque são facilmente comercializadas no mercado paralelo. Por isso, estamos tentando desenvolver uma nova tecnologia para coibir esse ato", explicou o diretor, no entanto sem revelar qual é o custo da modernização.

Basicamente, o no break funciona como uma fonte

de alimentação elétrica ininterrupta. Ou seja, esse a c u m u l a d o r d e e n e rg i a protege o semáforo contra a queda de energia e sustenta o aparelho ligado, caso haja uma queda de corrente, como aconteceu na última terça-feira. "Qualquer cruzamento que fique parado na c i d a d e g e r a u m re f l e x o muito desagradável para os motoristas. Imagine mais d e c e m ? E s t a m o s t r a b alhando para, em breve, colocar no break nos principais semáforos da cidade", afirmou o diretor de sinalização da CET. Ele acrescentou que o processo já passa pelos últimos acordos e, em até 40 dias, o equipamento será testado nos principais pontos da cidade. Em nota, a CET divulgou que cerca de mil equipamentos com controladores eletromecânicos deverão ser trocados por eletrônicos até janeiro de 2012, permitindo o controle centralizado dos semáforos à distância. E que, ainda para este ano, está prevista a substituição de mais 5.400 grupos focais pelas chamadas lâmpadas LED. Neste campo, a Prefeitura de Porto Alegre (RS), se adiantou e há um ano substituiu as lâmpadas incandescentes por lâmpadas com tecnologia LED (Light Emitting Diode), que permitem a utilização de no break no sistema e reduzem 85% do consumo de energia. As lâmpadas foram trocadas em mais de 60 cruzamentos, mas apenas dois possuem o sistema no break, nas avenidas Praia de Belas e Antônio de Carvalho.

Xenônio – O Conselho Nacional de Trânsito proibiu a instalação de faróis de gás xenônio em veículos que não saírem de fábrica com esse dispositivo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.

Filipe Araújo/AE

No topo do antigo Conservatório Dramático Municipal, operários trabalham no novo polo cultural DC

Agliberto Lima/

capacidade para 640 veículos.

Além de estacionamento, o prédio terá uma livraria e um café. O projeto foi apresentado no mês passado, mas o início da obra ainda não foi marcado.

Mais do que um anseio dos frequentadores do Municipal, o estacionamento deverá sanar parte de um antigo e conhecido problema na região: a cobrança abusiva por uma vaga. Durante o dia, em média, os estacionamentos da Conselheiro Crispiniano cobram R$ 10 a primeira hora e cerca de R$ 5 a hora adicional.

Em dias de espetáculo no Municipal, os preços sobem. E muito. As placas que indicam R$ 10 pela primeira hora, são trocadas por outra, com um valor bem maior, podendo chegar a R$ 30 por um período não superior a quatro horas. Quando era prefeito, Serra chegou a criticar a cobrança na região e classificou a prática como uma "máfia".

Edifício-garagem – No mês passado, durante evento em que anunciou a reinauguração do Municipal, Kassab falou sobre a importância desse estacionamento no Centro. "É in-

O Teatro Municipal (acima), como indutor de cultura. Para seus frequentadores, um novo estacionamento, projetado na esquina das ruas 24 de Maio com Conselheiro Crispiniano (acima, à dir.).

Ele também poderá ser utilizado pelos visitantes da futura Praça das Artes, em fase de construção no Centro (à dir.)

concebível que na área onde está o Teatro Municipal, nosso principal equipamento de cultura, não tenhamos um estacionamento que sirva de apoio às pessoas. Esse estacionamen-

to atenderá também aqueles que trabalham e passeiam pelo Centro, além de abrigar os visitantes da Praça das Artes, que será inaugurada no ano que vem", disse Kassab na ocasião.

Divulgação

Croqui mostra como será projetado o edifício-garagem, a ser construído ao lado do Teatro Municipal DC

Árvore caída em carro: efeito da chuva e do vento de terça-feira

N

o próximo dia 12, o Teatro Municipal reabre suas portas, depois de um longo período de restauro. Na proposta da Prefeitura para a região, o Municipal será o centro das atenções de um novo polo cultural de música erudita. Para tanto, duas obras ligadas ao teatro terão seus destinos definidos ainda esse ano. São elas: a Praça das Artes e um edifício-garagem na esquina das ruas 24 de Maio e Conselheiro Crispiniano.

A Praça das Artes deverá ser um complexo cultural de 28.500 m² voltado para a música erudita e para a cultura clássica. O espaço estará localizado a poucos metros do Municipal, numa área formada pelas ruas Conselheiro Crispiniano, Formosa, avenida São João e Praça Ramos de Azevedo, com a forma de um T. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, a obra está orçada em R$ 120 milhões e ficará pronta no ano que vem.

Módulos – Para a construção da Praça das Artes, a Prefeitura dividiu a obra em três módulos. Serão construídos espaços para corpos artísticos, uma escola e um estacionamento com capacidade para 200 vagas, cujo acesso será pela rua Conselheiro Crispiniano.

Na primeira etapa, que ficará pronta até o fim do ano, o antigo Conservatório Dramático Municipal dará lugar ao Museu do Teatro Municipal, incorporando a futura Escola de Música e Dança.

Ainda em construção, a Praça das Artes já exerce influência cultural na vizinhança, perceptível na avenida São João, próximo ao Vale do Anhangabaú. Há menos de um ano, o antigo e desativado hotel projetado por Ramos de Azevedo foi comprado por um empresário angolano, que vai restaurá-lo. Por enquanto, no térreo do edifício, o empresário criou um espaço de divulgação da cultura africana, com enfoque nos costumes angolanos, chamado Soso (expressão que significa faísca).

Atualmente, o espaço exibe vídeos do renomado artista sul-africano William Kentridge.

Conservatório - A Praça das Artes surgiu em meio a uma intensa batalha nos tribunais entre a Prefeitura e o proprietário do prédio do Conservatório Dramático Musical. O imóvel onde funcionava a escola começou a ser desapropriado na gestão do ex-prefeito José Serra e só foi concluído na gestão de Gilberto Kassab. Os raros livros da biblioteca do conservatório, além de partituras de ex-alunos (como de Oswald de Andrade), estão hoje guardados no Centro Cultural São Paulo.

Garagem - Outra importante obra com estreita ligação com o Teatro Municipal será o edifíciogaragem a ser construído na esquina da rua 24 de Maio com a Conselheiro Crispiniano, com

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.LOGO

Logo Logo www.dcomercio.com.br

T ECNOLOGIA

Reprodução

A Apple planeja construir um novo campus circular com formato de "nave espacial", grande o suficiente para abrigar 12 mil colaboradores em Cupertino, na Califórnia. A sede vai gerar sua própria eletricidade e, segundo o CEO Steve Jobs, que apresentou o projeto nesta semana, é fundamental para o crescimento da empresa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A língua da primeira civilização Pesquisadores da Universidade de Chicago levaram 90 anos para criar o dicionário de assírio

C

ientistas da Universidade de Chicago acabam de completar a elaboração de um dicionário de uma antiga língua da Mesopotâmia, morta há quase dois milênios, o assírio. O Chicago Assyrian Dictionary, que levou 90 anos para ser elaborado, contém 21 volumes que explicam os símbolos cuneiformes encontrados em tabuletas de argila escritas por babilônios e assírios entre 2.500 a.C. e 100 d.C.. A escrita cuneiforme é considerada o primeiro sistema de escrita do mundo.

Os volumes trazem ainda as traduções de 28 mil palavras do idioma para o inglês.

Segundo o jornal britânico

The Guardian, o projeto foi lançado em 1921 por James Henry Breasted, fundador do Instituto Oriental da universidade. Os especialistas explicam que o assírio era, na verdade, um dialeto do acádio, outra língua semítica que forma o coração dos registros textuais da Mesopotâmia. De acordo com o jornal, uma das grandes dificuldades na elaboração do dicionário foi a variação de sentidos de cada palavra, de acordo com o contexto, a região e as formas de uso. A palavra assíria "umu", por exemplo, que significa "dia", ocupa 17 páginas de explicações, parte delas apenas sobre sua utilização do poema épico de

Gilgamesh, primeira obraprima da literatura mundial.

O dicionário é considerado um documento de pesquisa valiosíssimo para a compreensão da história. Nele foram escritos os primeiros relatos sobre a irrigação de terras, o transporte de grãos e as previsões do futuro da civilização mesopotâmica, considerada a primeira civilização da história. O assírio também foi a língua que Sargão, o Grande, rei da Acádia, usou, no século 24 a.C., para comandar o que teria sido o primeiro império do mundo, e que Hammurabi, em 1.700 a.C., empregou para redigir o primeiro código de leis.

Robert Biggs, professor

emérito da universidade, recuperou diversas tabuletas, além de passar 50 anos no projeto do dicionário. "Você limpa a sujeira e aí pode surgir uma carta de alguém que poderia estar falando de uma nova criança na família, ou outra tabuleta que pode ser sobre um empréstimo até ao momento da colheita. Você percebe que esta foi uma cultura não só de reis e rainhas, mas também de pessoas reais".

A obra completa pode ser comprada por US$ 1.995 (R$ 3.150). Mas o dicionário pode ser consultado gratuiramente pela internet. http://oi.uchicago.edu/research/ pubs/catalog/cad/

Luis Robayo/AFP

T ATUAGEM

Reprodução

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L

Ela é holandesa e se identifica apenas como susyj87, mas virou estrela do YouTube ao colocar no site o vídeo em que faz uma tatuagem com as fotos de 152 amigos do Facebook, apenas os mais chegados. No vídeo, ela diz que conseguiu a permissão de todos os amigos para a tatuagem. Veja o vídeo no YouTube.

MOVIMENTO - Dançarinos da companhia brasileira de balé Grupo Corpo durante sua apresnetação na quinta edição do Festival internacional de Balé, em Cali, na Colômbia. Dez países participam do evento.

http://youtu.be/ApOWWb7Mqdo

A STRONOMIA

I NTERNET

Fotos: AFP

Gatinho poderoso Vai de metrô? 'batizado' no Facebook Consulte o Google.

Após recorrer a seus seguidores no Facebook para escolher o nome de seu gato, o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, anunciou que o felino se chamará "Stanley", nome que teve mais de 5 mil votos e tem um profundo viés patriótico. "Stanley Cup" é o nome do troféu entregue ao ganhador da Liga Profissional de Hóquei no Gelo, o esporte mais popular no país. Esta não é a primeira vez que Harper utiliza a internet para se aproximar de seus seguidores. O primeiroministro canadense já utilizou o YouTube para explicar seu programa de governo. (Efe)

O Google lançou ontem a nova versão do Google Transit em tempo real, que oferece dados do transporte público como rotas de ônibus, trens e metrôs. A partir de agora, além dessas informações, o usuário também poderá se informar sobre atrasos, condições do tráfego, barreiras etc. Por enquanto, o serviço só está disponível em seis cidades do mundo, todas fora do Brasil, e a consulta pode ser feita por computador e celular. As cidades que já contam com o serviço são Madri, Turim, Boston, Portland, San Diego e na área da Baía de São Francisco.

L OTERIAS Concurso 1147 da LOTOMANIA 06 39

08 47

19 48

37 55

38 58

Concurso 1290 da MEGA-SENA 02

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A TÉ LOGO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Santuário de Aparecida é reconhecido como ponto de turismo nacional

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Inspeção do COI no Rio de Janeiro cria momentos de tensão

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SURF DE FOGO E CARONA NUMA NEBULOSA

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Concurso 2617 da QUINA 07

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A

strônomos da Nasa, a agência espacial dos EUA, divulgaram ontem a imagem de uma "onda de surfista" na superfície do Sol. As ondas solares contêm pistas soAFP

bre como a energia se move através da atmosfera solar, conhecida como corona. Uma das grandes perguntas sobre a corona solar é como ela atinge suas altíssimas temperaturas.

Também ontem, o Observatório do Paranal, no Chile, divulgou as primeiras imagens captadas pelo telescópio VST, entre elas a da formação estelar Messier 17, também co-

nhecida como Nebulosa Ômega ou Nebulosa do Cisne, como nunca foi vista antes, revelando que ali se encontram aproximadamente 300 mil estrelas.

Elefantes causam pânico na Índia Elefante atingido por um dardo com tranquilizante esbarra em um carro em Mysore, na Índia.

Dois elefantes selvagens entraram na cidade e causaram pânico nas ruas. Pelo menos uma pessoa morreu. O departamento florestal conseguiu

C A R T A Z

Capas clássicas de 50 discos estão expostas na Escola Panamericana. Avenida Angélica, 1900 e Rua Groenlândia, 77. Grátis.

capturá-los usando tranquilizantes, mas pelo menos mais dois animais estão desaparecidos. os quatro animais viviam em uma floresta a cerca de 35 quilômetros da cidade e podem ter entrado na cidade em busca de alimentos.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

e

13 EFEITO TSUNAMI O Produto Interno Bruto (PIB) japonês encolheu 3,5% no primeiro trimestre

conomia

NOSSO BAR Ambev lança franquia para periferias por R$ 28 mil

Namorados vão às compras O comércio tem boas expectativas para as vendas do Dia dos Namorados e o frio que chegou à Capital veio dar uma forcinha.

U

m presentinho sempre é bom no Dia dos Namorados (comemorado domingo), principalmente para o faturamento do comércio.

A expectativa de vendas para a data, considerada a terceira mais importante do ano, é bastante positiva. Lojas de rua e de shopping centers apostam na criatividade e nas promoções para seduzir o consumidor.

A Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping ( A l s h o p ) e spera que as vendas sejam 10% maiores nesta data, em comparação a igual período de 2010.

Entre os produtos mais procurados, estão os perfumes, as roupas, chocolates finos e calçados.

O Shopping Ibirapuera projeta um crescimento de 9% nas vendas, e de 5% no fluxo de pessoas nas 435 lojas. Já o Shopping Jardim Sul fez uma pesquisa com aproximadamente 6 mil clientes do progra-

Ondamar Antonio Ferreira.

Ele afirmou que as vendas devem apresentar alta de 7% neste ano, em relação a igual data de 2010.

A Semaan, que fica também na região central, oferece aproxima-

damente 30 modelos de bonecas Barbie colecionáveis: desde a Jeannie é um Gênio, sucesso dos anos 1970, aos personagens da saga Crepúsculo. O preço chega a R$ 399.

Para os rapazes, os produtos mais procurados são as miniaturas dos carros Ferrari. "Um consumidor escolheu quatro modelos, e a namorada pagou: R$ 1,6 mil. As vendas devem ter alta de 15%, em relação ao Dia dos Namorados de 2010", disse o dono da loja, Marcelo Mouawad.

Fotos de divulgação

Neide Martingo

ma de relacionamento do empreendimento. Do total, 66% dos entrevistados disseram que vão gastar entre R$ 200 e R$ 500 em presentes. No ano passado, o índice era de 58,7%.

Para a gerente de marketing do Jardim Sul, Carla Sabato, as roupas, acessórios, bolsas e sapatos são as opções preferidas de 65% dos consumidores. Os itens de beleza, informática e eletroeletrônicos ficaram empatados, com 6%. "A tendência do brasileiro em realizar compras na última hora também foi reforçada na pesquisa: 80% dos consumidores devem adquirir os presentes na semana anterior à data", disse ela.

Erotismo – A Imaginarium preparou cinco kits especiais para os namorados. O kit "Só quero com você", por exemplo, traz uma receita afrodisíaca, além de um par de taças de champanhe, aparelho de fondue e jogo de cartas. O preço é de R$ 150. "A projeção é de que as vendas, no Dia dos Namorados, sejam 25% maiores em relação à data de 2010", disse o gerente de marketing da empresa, Gilberto Carvalho.

A e x p e ctativa dos lojistas de rua é também de bons negócios na comemoração. A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP) espera que as vendas sejam, em média, 10% maiores do que as registradas no ano passado.

Crédito – A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) projeta igualmente um crescimento de vendas de 10%. "A estimativa de alta reflete a manutenção do consumo do brasileiro, apesar do impacto já significativo das medidas de restrição de crédito adotadas pelo governo e da pressão mais forte da inflação para o consumidor", disse o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.

A Armarinhos Fernando, na Rua 25 de Março, se preparou para a data. As namoradas poderão ganhar estojos de maquiagem. Os produtos da linha têm preços entre R$ 2,50 e R$ 71. "Os mais procurados são os itens com valor médio de R$ 18", disse o gerente da matriz da Armarinhos Fernando, A rede Imaginarium lançou coleção especial para a data e espera aumentar as vendas em 25% em relação a igual período de 2010.

Presentinhos devem marcar comemoração Ricardo Osman

A

o contrário do que ocorreu no Dia dos Namorados de 2010, os casais neste ano deverão trocar apenas presentinhos no próximo domingo, como peças de roupas, CDs, bombons e vinhos. No ano passado, os namorados estavam inspirados pela Copa do Mundo e o crédito fácil no mercado e compraram televisores e vídeos. "Mas agora irão predominar os presentes de menor valor, por causa das medidas de contenção do crédito adotadas pelo governo", disse o economista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão

Vidigal (IEGV), órgão ligado à Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Alfieri reforçou que em 2010 a data foi marcada por vendas altas dos eletroeletrônicos. "Os consumidores estavam comprando a prazo", disse.

Classe C – Neste ano, a temperatura baixa na Capital está ajudando o comércio. O frio chegou com intensidade nesta semana. Entretanto, na visão do economista da ACSP, esse estímulo ao consumo, principalmente de peças de vestuário e de alimentação, não será capaz de reverter a situação.

O economista observou que no momento é menor a confiança dos consumidores da classe C nos rumos da economia do País. Isso reduz as compras a prazo. "O frio ajuda muito o comércio, mas em 2011 o Dia dos Namorados será mesmo dos presentinhos", disse Alfieri.

Percalços fazem empresas repensarem logística Novos centros de distribuição, investimentos em softwares de entrega de mercadorias e o estudo de alternativa estão na pauta das companhias.

Eliana Haberli

A

chuva e a ventania que transtornaram a cidade de São Paulo na terça-feira são episódios da crescente relação de problemas que caracterizam a logística de distribuição de produtos paulistana e que está levando transportadoras, indústrias e redes varejistas a sofisticarem seus métodos de trabalho. A Magazine Luiza, por exemplo, passará a ter, nos próximos dias, um novo centro de distribuição de 15 mil m² em Guarulhos para poder aperfeiçoar o processo de 2,5 mil a 3 mil entregas diárias que faz em São

Paulo, sem contar o e-commerce.

"Precisamos de mais visibilidade do que acontece na rua" disse o diretor de logística da rede, Fernando Gasparini. "Não importa se foi a chuva ou se foi a ponte que ficou interditada, eu preciso saber em tempo real que entregas não chegaram no horário previsto – 2% ou 3% dos casos."

Menos pelo tamanho e mais pelos programas e softwares de acompanhamento de entrega, o novo centro logístico da empresa é um alto investimento, cujas cifras o diretor não revela pelas restrições do período de IPO (lançamento inicial de ações, em inglês) da empresa. O remanejamento de distribuição dos produtos do

Magazine Luiza para lojas e para clientes finais inclui sistemas complexos de separação de mercadorias. A empresa se encarregará inclusive da indicação de roteiros para as transportadoras contratadas, um item que sempre fica a cargo de quem opera a entrega. A meta é reduzir o tempo de entrega ao cliente para o máximo de 24 horas.

"Estamos estudando ter mais opções de centros de distribuição avançados em São Paulo" afirmou diretor de Operações Logísticas do Grupo Pão de Açúcar, Sergio Biagioli, abordando o tema "Desafios da Distribuição Urbana" na 15ª Conferência Nacional Logística, que terminou ontem em

São Paulo. É uma medida que a empresa quer adotar para minimizar seus problemas de distribuição na cidade.

Essas dificuldades, segundo Biagioli, crescem com as restrições de trânsito, os obstáculos da entrega noturna, as intempéries e o aumento na dispersão geográfica das entregas. Outra solução anunciada pelo executivo foi a utilização de parte das áreas de hipermercados das diversas marcas do grupo, algumas com até 18 mil m², como pátio de manobras. "Em qualquer lugar que o caminhão para hoje, ele incomoda. Falta área para operação logística nos grandes centros. Temos que achar opções

fora das zonas centrais, mas perto dos limites da cidade."

Os custos da entrega de mercadorias são crescentes em São Paulo e outros centros como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, avaliou o gerente de projetos do Expresso Jundiaí, José Fernando Daruíche, lembrando que aumentam as restrições para caminhões em todas as grandes cidades.

A empresa, que já tem filial em São Paulo, está abrindo mais uma na Vila Jaguaré. Entre os novos encargos estão o investimento em frotas de vans, cada vez maiores.

"O custo crescente vai ter que ser dividido com embarcadores, transportadoras e clientes", disse.

14 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

e

15

O BC deveria aguardar um pouco e continuar a monitorar a evolução da economia, antes de aumentar os juros .

Rogério Amato, presidente ACSP e Facesp

conomia

Copom eleva Selic para 12,25% ao ano Aumento de 0,25% é criticado por empresários e trabalhadores. Brasil é líder em juros reais.

O

Comitê de Política M o n e t á r i a ( C opom) do Banco Central (BC) elevou, ontem, a taxa básica de j u ro s ( S e l i c ) d e 1 2 % p a r a 12,25% ao ano. Esse é o quarto aumento consecutivo dos juros, que estavam em 10,75% ao ano no início do governo Dilma. É a maior taxa desde março de 2009, quando a Selic estava em 12,75%.

A decisão já era esperada pela maioria dos economistas.

Agora, a expectativa do mercado é que seja anunciado pelo menos mais um aumento de 0,25 ponto percentual da taxa, na reunião marcada para o dia 20 de julho. A previsão dos economistas é que a Selic encerre o ano em 12,5%.

Inflação – O aumento dos juros é parte do trabalho iniciado no final do ano passado para esfriar a economia, colocar um freio no crédito e tentar controlar a inflação, que hoje está no maior nível dos últimos seis anos.

Com a decisão, o Brasil continua com os maiores juros reais do mundo. Os juros reais descontam a inflação projetada para os próximos 12 meses.

Fazendo essa conta, os juros básicos no Brasil ficam em 6,8% ao ano. Em segundo, vem o Chile, com taxa real de 1,5%. Em terceiro, está a Austrália, com 1,4%. Na outra ponta da tabela, está a Venezuela, que tem a menor taxa

real de juros do mundo, com recuo de 5,6% ao ano.

ACSP – "Considero negativa a decisão do Copom, pois diversos indicadores apontam para a desaceleração do crescimento da economia e da inflação. O BC deveria aguardar um pouco e continuar a monitorar a evolução da economia, antes de aumentar os juros ou adotar medidas de contenção do crédito", disse Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Fecomercio – A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) acredita que o Copom se equivocou mais uma vez ao aumentar a taxa de juros. A ação do BC pode ser considerada exageradamente conservadora. O IPCA de maio cresceu 0,47% enquanto no mês anterior a taxa era de 0,77%. Há uma clara tendência de desaceleração econômica, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo provavelmente abaixo de 4%, dentro da capacidade produtiva do País.

UGT – Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), os membros do Copom mostraram mais uma vez que estão em descompasso com a realidade da economia brasileira ao elevar a Selic no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IB-

GE) anunciou que, em abril, a produção industrial caiu em nove das 14 regiões analisadas (Leia ao lado).

A entidade entende que, antes, a desculpa era de que é preciso conter a inflação. Mas todos os indicadores divulgados nesta semana mostram que a inflação está em queda acelerada. Nada justifica mais a alta dos juros, que já eram recorde mundial antes mesmo de mais uma elevação.

Fiesp – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticou duramente a medida. "Depois de cinco semanas de queda consecutiva na expectativa de inflação, da queda de 3,8% na produção da indústria paulista e de 2,1% da brasileira de abril ante março, eu gostaria de saber por que os juros ainda subiram. Para prejudicar ainda mais as contas públicas, comprometendo com serviços da dívida um valor equivalente a três vezes o orçamento da saúde?

Para atrair ao Brasil mais capital especulativo estrangeiro, sobrevalorizar o real e roubar a competitividade do produto brasileiro? Para esfriar ainda mais a economia, que já dá sinais claros de desaceleração?

Tenho certeza que a sociedade brasileira também não compreendeu as razões desse aumento inadequado e inoportuno, que prejudica todo o País", questionou Skaf. (Agências)

Produção industrial recua no País

A

Franklin de Freitas/AE

produção industrial do País recuou em nove das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de março para abril, na série com ajuste sazonal. Na média nacional, houve recuo de 2,1%. Os estados do Ceará (6,9%), Goiás (5,1%), São Paulo (3,8%) e Santa Catarina (2,6%) registraram as quedas mais acentuadas, acima da média nacional.

Por outro lado, aumentaram a produção o Pará (8,4%), recu- Indústria parada: trabalhadores da Volkswagen mantêm greve. perando parte da perda de 13,1% observada nos três últi- ano quanto pelo efeito calenParada – Os 3,1 mil metalúrm o s m e s e s , e A m a z o n a s dário, já que abril teve um dia gicos da fábrica da Volkswagen (5,8%), após apontar queda de útil a menos em 2011. As redu- instalada em São José dos Pi8,8% em março último, além de ções mais intensas foram regis- nhais, na região metropolitana Rio de Janeiro (2,5%), Espírito tradas no Ceará (16,2%), devi- de Curitiba, decidiram em asSanto (1,8%) e Bahia (0,4%). do à paralisação para manu- sembleia ontem continuar a Calendário – No confronto tenção no setor de petróleo e paralisação que já completou com abril de 2010, oito dos 14 produção de álcool, além da 35 dias, com vistas a conseguir locais mostraram queda na menor produção de alimentos melhorias nos valores de Partiprodução, influenciados tanto e de calçados e artigos de cou- cipação nos Lucros e Resultapelo menor ritmo da atividade ro; e em Goiás (11,1%), que teve dos (PLR). O que colabora para industrial no quarto mês deste recuo em todos os setores. piorar os índices do setor. (AE)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

As ações da BRF na BM&FBovespa despencaram 6,27%.

conomia

Passageiro Vip

Mayer Ambar, a saga de um empreendedor.

N

N

ão é fácil representar a elegância e a tradição italianas encontradas nos navios da MSC. Por isto, a escolha de Adrian Ursilli, um argentino criado no Brasil e com farta experiência em cruzeiros se encaixa como luva.

Formado em Administração com especialização em Negócios Internacionais e trabalhos em várias empresas, em 2000 tornouse gerente comercial da Costa Cruzeiros, antes de assumir a diretoria comercial e marketing da MSC Cruzeiros em 2006.

Nesta função, participou de um crescimento da

Contatos com o autor pelo e-mail: fabio@steinberg.com.br

Relator rejeita Brasil Foods

O

relator no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do processo que julga a fusão entre Sadia e Perdigão, Carlos Ragazzo, sugeriu ao órgão antitruste que reprove a operação que resultou na criação da Brasil Foods (BRF), uma das maiores empresas do mundo no setor de alimentos.

A votação do relatório, entretanto, foi adiada após pedido de vistas feito pelo conselheiro Ricardo Ruiz. A retomada da análise do processo foi marcada para o próximo dia 15 de junho.

Após leitura de seu relatório em julgamento no Cade, Ragazzo pediu que o negócio seja desfeito, alegando que traria prejuízos para o mercado e para os consumidores no Brasil. "Raramente se vê nas análises antitruste uma operação em que a probabilidade de danos ao mercado e ao consumidor se mostre de maneira tão evidente", disse Ragazzo.

Na avaliação apresentada pelo relator, o aumento de preços em alguns ti-

pos de alimentos pode chegar a 40%.

Segundo ele, por esse motivo a fusão tem o potencial de gerar inflação e ainda comprometer a renda de famílias das classes C e D, que são as principais consumidoras dos produtos das marcas Sadia e Perdigão.

Segundo Ragazzo, a BRF tem participação de mercado no Brasil superior a 50% em todos os segmentos em que atua, com participação de mercado acima de 90% em alguns deles.

Os comentários do relator durante a tarde fizeram as ações da BRFoods n a B M & F B o v e s p a d e s p e n c a re m 6,27%, a maior queda da carteira do Ibovespa, com o mercado antecipando o voto contrário, que se confirmou quando o mercado já havia fechado.

O vice-presidente de Relações Institucionais da empresa, Wilson Mello, criticou a posição do relator, que ele considerou radical. Perdigão e Sadia anunciaram em maio de 2009 a união para dar origem à BRF. (Agências)

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empresa de 300% em cinco anos, tornando-a líder de mercado.

Adrian aposta no mercado de eventos corporativos. "As empresas começam a entender as vantagens dos navios", diz.

Ele cita a ótima relação custo-benefício, com economias de até 40% e a flexibilidade para concentrar de dez a 3 mil pessoas em um ambiente lúdico e diferenciado que promove a integração. A experiência vem demonstrando que Adrian está certo: em 2010/11 na MSC ocorreram mais de 50 eventos, 12 deles com fretamento total do navio.

Entrada de dólares totaliza US$ 5,25 bilhões em maio

O

fluxo cambial encerrou o mês de maio com saldo positivo de US$ 5,25 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O saldo no segmento financeiro no mês passado foi negativo em US$ 2 bilhões – as entradas foram de US$ 29,86 bilhões, e as saídas, de US$ 31,86 bilhões. Já o total comercial teve forte resultado positivo, com as exportações de US$ 24,31 bilhões superando as importações (de US$ 17,05 bilhões) em um montante de US$ 7,26 bilhões.

Nos três primeiros dias de junho, o fluxo cambial foi positivo em US$ 261 milhões. No período, o segmento financeiro registrou superávit de US$ 449 milhões, com entradas de US$ 5,056 bilhões e saídas de US$ 4,607 bilhões. No comercial, houve déficit de US$ 189 milhões, resultado de exportações de US$ 2,154 bilhões e importações de US$ 2,342 bilhões. (AE)

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emprego e a fundação da Bel Air Viagens, das realizações à transformação em ícone, a obra refaz a sua trajetória.

Ela surge a partir de depoimentos de parentes, colegas e amigos, gravados há 15 anos por ocasião de sua morte, somado a entrevistas recentes e pesquisas. Com introdução do maestro João Carlos Martins e prefácio de Eloi D'Avila

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agregadora, carinhoso e gentil, o empreendedor egípcio se projeta na área até assumir um papel ímpar de liderança associativa. É sobre a história fascinante de Mayer Ambar que trata o meu livro O Maestro, publicado pela Editora C4/It Books. Da infância no Egito à chegada ao Brasil, do aprendizado da língua ao primeiro

de Oliveira, da Flytour e Goiaci Alves Guimarães, da Rextur, ambos destaques do trade, a vida de Ambar é universal, pois representa não só a férrea determinação do imigrante que deixa o universo familiar, afetivo e cultural, em troca da esperança em território desconhecido, mas também a solidariedade de pessoas ou de coletividades que acolhem com carinho compatriotas menos afortunados chegados ao País.

A p u b l i c a ç ã o t r a z t a mbém, como pano de fundo, a história dos judeus-egípcios no começo do século 20 até a sua trágica expulsão pelo governo de Gamal Abdel Nasser, em 1956. Nesse sentido, O Maestro homenageia todos os povos oprimidos por regimes despóticos que desintegram famílias em nome de um patriotismo revestido de ideologias tirânicas. Situação que, lamentavelmente, ainda hoje se repete.

O intuito é não só tornar a vida exemplar de Mayer Ambar inspiração a outras pessoas, mas também registrar a sua contribuição para a consolidação da indústria de viagens de negócios no Brasil. Afinal, é fundamental resgatar o passado dos realizadores e festejar os líderes de uma história de sucesso vinda de tempos heroicos, quando agenciar viagens de negócios ainda era considerado um empreendedorismo de altíssimo risco.

Túlio Vidal/Divulgação

Divulgação

ão muito diferente do que ocorre em outros segmentos da economia brasileira, quando se trata de memória, a indústria do turismo é raquítica. De forma injusta, aqueles que contribuíram para o desenvolvimento do setor e dedicaram a vida à atividade acabam relegados ao esquecimento. Isso ocorre não tanto por desinteresse ou ingratidão dos pares, no entanto pela pura falta de registro das trajetórias.

Um caso emblemático é o de Mayer Ambar, que em 1957 fundou a companhia Bel Air Viagens, e que viria a se tornar referência de mercado em uma época em que as viagens de negócios davam tímidos passos no País. Nascido no Egito, em 1946, ele escolheu o Rio de Janeiro como sua pátria depois de ler a tradução em francês da obra Brasil, País do Futuro, do escritor austríaco Stefan Zweig.

A sua chegada ao país tropical e o encontro com um povo cordial de idioma estranho bem poderiam se confundir com a de qualquer imigrante.

No entanto, Ambar se distingue pela personalidade cativante e o amor incondicional pela música clássica, e faz dela companheira inseparável.

A saúde precária não diminui a sua vontade de viver, e Ambar aprende a driblar enfermidades com alegria e humor. Dotado de espírito democrático e personalidade

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

e

Se os EUA estão quebrados, não pode dar isenções tributárias a milionários.

Paul Egerman, integrante grupo Patriotic Millionaries for Fiscal Strength

conomia

A

s empresas norteamericanas relataram que a economia dos Estados Unidos continuou a se expandir nos últimos dois meses e a maioria dos 12 distritos do Federal Reserve (Fed, o banco central do país) recebeu informes de crescimento na atividade e melhora no mercado de mão de obra. A expansão da atividade, porém, tem sido desigual em termos de setores e de regiões.

Essas constatações estão no chamado Livro Bege, o sumá-

Economia leva otimismo aos EUA Segundo o Livro Bege, empresas do país observaram sinais positivos nos últimos dois meses. rio sobre as condições da economia norte-americana que servirá de base para as decisões de política monetária a serem tomadas na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc), nos dias 21 e 22. O relatório foi pre-

Milionários querem pagar mais impostos

Q

ECONOMIA/LEGAIS - 17

uase dez anos após o governo de George W. Bush promulgar uma lei de cortes de impostos, um grupo de milionários norte-americanos está lançando uma iniciativa insólita. Eles pedem aos parlamentares que elevem o valor dos tributos a serem pagos por quem ganha mais de US$ 1 milhão.

O grupo – chamado Patriotic Millionaries for Fiscal Strength (algo como Milionários Patrióticos pela Força Fiscal) – solicitou que se deixe expirar a última renovação da lei, feita em 2010. "Eu fico louco quando ouço os republicanos dizerem que nosso país está quebrado, e que temos de cortar gastos", afirmou Paul Egerman, fundador da

empresa de tecnologia eScription e um dos integrantes do grupo. "Se nosso país está realmente nessa condição, então não pode continuar dando isenções tributárias para pessoas como eu." À medida em que os parlamentares discutem o déficit orçamentário dos Estados Unidos, duas posições têm surgido: a dos democratas, que querem um aumento da arrecadação, e a dos republicanos, que pedem cortes de gastos.

No blog da revista Forbes, o colunista Leonard Burman defendeu a iniciativa, argumentando que os milionários devem ajudar a custear os investimentos em educação, infraestrutura e meio ambiente - e a equilibrar o orçamento. (Agências)

parado pelo Fed de Nova York, com base em dados coletados até 27 de maio.

O otimismo relativo do informe divulgado ontem contrasta com as declarações recentes de dirigentes do Fed sobre as condições da economia e

também com os últimos indicadores. "Olhando para a frente, os contatos na maioria dos distritos foram em geral otimistas quanto à perspectiva, mas menos do que no último relatório", diz o Livro Bege.

Os distritos de Nova York,

Filadélfia, Atlanta e Chicago relataram ritmos mais lentos de crescimento da atividade econômica no período da pesquisa. Mesmo nessas regiões, porém, o Fed constatou melhora nas condições de emprego, com crescimento da de-

manda por empregados permanentes ou da categoria "temporários a permanentes" crescendo em Boston, Richmond, Atlanta e Chicago.

A maioria dos distritos relatou altas generalizadas nos preços das commodities, e que as indústrias repassaram parte desses custos na forma de elevações de preços e de sobretaxas por consumo de combustível. A inflação, porém, aparentemente continua contida, segundo o documento divulgado ontem. (AE)

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINA Comunicado da Comissão Permanente de Licitação no Processo 05/11, Concorrência 01/11, objetivando a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de publicidade e marketing para fins de divulgação de projetos, programas, obras, serviços, campanhas e outras ações. Em obediência ao disposto no item 13.7 do edital, a CPL comunica que fará realizar sessão pública no dia 14 de junho de 2011, às 10 horas, na Sala de Licitações do Paço Municipal, sito na Rua Dr. Orensy Rodrigues da Silva n°341, para prosseguimento do julgamento do processo supra.

Andradina, 08 de junho de 2011.

ADILSON DANTAS DA SILVA – PRESIDENTE DA CPJL

Pedro Armestre/AFP

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Espanhóis rejeitam novas regras de negociação coletiva

Credores da Grécia poderão alongar prazos

A

s novas medidas de lhistas que serão aprovadas auxílio à Grécia que na sexta-feira pelo governo.

O motivo do protesto em estão sendo discutidas por autoridades do Fun- frente à sede do Congresso é do Monetário Internacional a rejeição dos manifestantes (FMI), da Comissão Europeia à nova norma trabalhista re(CE) e do Banco Central Eu- lativa à negociação coletiva ropeu (BCE) incluem a pro- entre empresários e trabaposta de que os credores pri- lhadores, que completará a vados da dívida grega alon- reforma trabalhista aprovaguem o prazo de vencimento da há um ano pelo Governo.

Portugal – O FMI afirmou dos bônus do país. A informação partiu do comissário que o programa de reforma da União Europeia (UE) para associado ao resgate de 78 bilhões de eua Economia e ros para o Assuntos país "impõe Mo net ário s, r i s c o s i mOlli Rehn. portantes" e Ele disse pode fracasq u e a l t e r as a r e m a l ições no perbilhões de euros é o viar as preofil da dívida total que deverá ser cupações da Grécia não podem repassado a Portugal com a dívida soberana. s e r q u a l i f ipara ajudar o país a "As medicadas como das políticas um evento sair da sua crise, anunciadas e de crédito, e mediante reformas a credibilidaafirmou que econômicas. de fornecida o país está pelo prograco mpro mema apoiado t i d o e m cumprir a reforma fiscal e os pelo Fundo podem fracassar planos de privatização. Se- em aliviar as preocupações gundo o comissário, os pla- com a dívida soberana, com nos para a Grécia devem ser um impacto adverso sobre as concluídos antes de uma perspectivas de financiareunião dos ministros de Fi- mento do governo", escreveu nanças da zona do euro pre- uma equipe do FMI em relatório do organismo. O texto vista para 20 de junho.

Espanha – Mil manifes- acrescenta que, "os riscos de tantes do Movimento 15-M se refinanciamento gerados pereuniram nas imediações do lo fechamento ou a contração Congresso dos Deputados da do mercado de títulos do TeEspanha (câmara baixa do souro representam um proParlamento) para protestar blema de curto prazo para o pelas novas medidas traba- governo". (Agências)

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FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 08 de junho de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Reqte: Vicunha Têxtil Ltda. Reqdo: F2M Modas e Comércio de Confecções Ltda - EPP. R. Francisco Duarte, 186 Conj. A – Vila Guilherme - 2ª V. de Falências. ===RECUPERAÇÃO JUDICIAL=== Reqte: Likstrom Engenharia, Indústria e Comércio Ltda. Reqdo: Likstrom Engenharia, Indústria e Comércio Ltda.

Av. Brigadeiro Luis Antonio, 350 7° Andar – Centro - 1ª V. de Falências.

Reqte: Maranata Indústria e Comércio de Fitas de Aço Ltda – ME. Reqdo: Maranata Indústria e Comércio de Fitas de Aço Ltda – ME. R. Rego Barros, 1295 – Jardim Vila Formosa - 1ª V. de Falências.

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

A frota segue crescendo, e o consumidor segue demandando combustível.

Alísio Vaz, presidente do Sindicom

conomia

José Patrício;AE

Petrobras prevê 6 milhões de barris por dia Número divulgado pelo presidente da estatal supera a projeção anterior da companhia Bruno Domingos/Reuters

O Inflação desacelera venda de combustíveis doras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom ), Alísio Vaz. Para 2011, a entidade projeta crescimento em torno de 5% para o mercado de combustíveis. No ano passado, as vendas no País subiram 8,7%.

"A frota segue crescendo, e o consumidor de álcool e gasolina segue demandando muito combustível."

Etanol – Vaz afirmou ainda que, para os estoques de etanol terem condições de superar a próxima entressafra sem repetir o mesmo "estresse de preços" ocorrido neste ano, o consumo deste combustível deveria cair em torno de 5% na média do ano em relação a 2010.

Além disso, segundo ele, há uma tendência de que pelo menos no curto prazo, entre 2011 e 2012, o consumo de etanol concentre-se entre os estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e um pouco em Minas Gerais, que são produtores e possuem uma tributação menor.

"Nos próximos dois anos há uma expectativa de aumentar consideravelmente a safra de cana, e isso deve se refletir no avanço do consumo do etanol para outros estados", disse o presidente do Sindicom. (Agências)

Conab prevê safra maior

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Os técnicos da estatal explicaCompanhia Nacional de Abastecimento (Conab) ram em comunicado que o aurevisou mais uma vez a mento das áreas de cultivo do alprevisão para a produção de godão, do feijão de primeira e segrãos na safra 2010/2011, que gunda safras, da soja e do arroz deverá alcançar 161,5 milhões foi o principal responsável pelo de toneladas – um volume recor- crescimento, além da boa inde. Os dados foram divulgados fluência do clima sobre o desenontem e fazem parte da nona pes- volvimento das lavouras.

Milho – O clima está normal, até quisa da safra da Conab.

A previsão representa alta de o momento, nas principais regiões produ8,2% – cerca Dirceu Portugal/AE toras de mid e 1 2 , 2 m il h o d a s elhões de togunda safra, neladas a também mais – ante a chamada de s a f r a a n t esafrinha de rior, de 149,2 inverno. Mas milhões de as chuvas já toneladas. escasseiam, Segundo a o que preoConab, a projeção cupa os proA Conab espera alta na safra de milho dutores de apontou alta de 1,25%, ou Paraná, Mao equivalente a 2 milhões de tone- to Grosso, Goiás e Minas Gerais, ladas, ante o mais recente levan- informaram os técnicos da Conab tamento, realizado em maio. A ontem. Nos Estados da Bahia e área cultivada também deve apre- Piauí também existe apreensão sentar crescimento na safra por causa do clima adverso.

A produção total de milho es2010/2011, com um aumento de 3,8%, atingindo 49,2 milhões de perada para 2010/11 é de 56,73 hectares, 1,82 milhão de hectares milhões de toneladas, 1,3% superior à de 2009/10). (AE) a mais em relação a 2009/10.

Para Gabrielli, aumento na produção se deve às novas reservas do pré-sal.

das em operação e vão chegar mais 11 até o final do ano", explicou Gabrielli a jornalistas após palestra na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) sobre a demanda por bens e serviços da companhia nos próximos anos.

O vencedor do primeiro pacote licitado, com sete unidades, foi anunciado em fevereiro, após a estatal receber propostas em novembro de 2010, com três meses de atraso.

As sete primeiras sondas serão

feitas pelo Estaleiro Atlântico Sul, controlado pela Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e a sul-coreana Samsung Heavy Industries.

Preços – De acordo com Gabrielli, o primeiro pacote foi fundamental para a empresa ter uma base do preço dos afretamentos.

"Agora, temos a referência para o afretamento no mercado doméstico e acreditamos que a licitação deverá trazer preços competitivos", afirmou. (Agências)

PNLB: Telebrás fecha contrato.

A

Telebrás assinou ontem o primeiro contrato com um provedor de internet para a oferta de banda larga de um mega a R$ 35, nos moldes do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O contrato foi assinado com a Sadnet, provedor de Santo Antônio do Descoberto (GO), que pretende começar a comercializar o plano em cerca de 30 dias. "É mais um momento histórico da Telebrás", afirmou o presidente da estatal, Caio Bonilha, que assumiu o cargo há exatamente uma semana.

Por razões de confidencialidade, Bonilha disse que o valor do contrato não pode ser revelado. Ele informou, porém, que a Sadnet contratou um link de 100 megabits (MB) com preço abaixo de R$ 200 por MB. Segundo Bonilha, atualmente, a Sadnet paga mais de R$ 500 para comprar o link de outras empresas.

Beto Barata/AE

Segundo o presidente da Telebrás, assinatura foi "um momento histórico".

Ele explicou que a Telebrás vai monitorar a oferta de banda larga de um mega a R$ 35. Segundo ele, a Sadnet terá que registrar, no mínimo, cinco usuários por MB do link adquirido, o que representa um mínimo de 500 usuários atendidos.

"Isso nós vamos monitorar."

Segundo o diretor administrativo da Sadnet, Luiz Tomaz, a empresa atende mais de mil clientes em Santo Antônio do Descoberto e espera dobrar

essa base nos próximos seis meses. "A grande vantagem do PNBL para a gente é o valor do link", afirmou.

Segundo ele, mais de 76% da receita da empresa provêm das assinaturas de banda larga voltadas para a baixa renda. A partir do contrato com a Telebrás, porém, ele explicou que esses clientes terão acesso a um serviço de maior velocidade, pagando por isso um preço menor. (AE)

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baladas pela alta dos preços, as vendas de combustíveis tiveram crescimento mais tímido no início deste ano. De janeiro a março, subiram 3,7% ante igual período no ano passado. Em 2010, esse mercado havia apresentado expansão de 9,3% no primeiro trimestre, na comparação com o ano anterior.

O consumo de gasolina teve aumento de 7,6% nos três primeiros meses do ano. O álcool, apesar dos preços em alta, ainda registrou elevação de 2,4% no consumo. No mês seguinte, no entanto, as vendas do combustível derivado da cana-deaçúcar despencaram.

Houve uma retração de 60% na comparação com 2010 – trata-se do menor consumo registrado para um mês desde 2005. Na média de janeiro a abril, as vendas de álcool acumularam retração de 9,5%.

"Houve uma pequena redução do crescimento pela alta dos preços, no início do ano. Em maio, com a queda nos preços, já há sinais de recuperação nas vendas de álcool, e de recuo no consumo de gasolina", afirmou o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribui-

DC

Para o Sindicom, mercado deve crescer 5% em 2011 – menos que no ano passado.

presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que a produção de petróleo da empresa atingirá o patamar de cerca de 6 milhões de barris por dia em 2020.

Esse número supera a previsão atual da companhia, que é de extrair 3,9 milhões de barris por dia naquele ano e está contida no plano de negócios da empresa 2010-2014.

A diferença, disse o presidente da estatal, se deve à inclusão das reservas obtidas com a cessão onerosa de áreas do pré-sal da União, pelas quais a Petrobras adquiriu o direito de explorar reservas de até 5 bilhões de barris. A companhia pagou a União com recursos da capitalização realizada no ano passado, da qual o próprio governo federal participou com a emissão de títulos. No plano atual, só estão incluídas as áreas do pré-sal já licitadas.

Gabrielli afirmou ainda que o plano de negócios 2011-2015 está sendo finalizado e deve ser divulgado "em breve". O executivo não quis, contudo, nem firmar uma data nem responder se os investimentos serão ampliados ou reduzidos. O plano 2011-2014 prevê investimentos de US$ 214 bilhões.

Sondas – Ele aproveitou para também descartar atrasos significativos na entrega das sondas que estão em processo de licitação pela empresa e também para aquelas que já foram licitadas.

De acordo c om Gabrielli, ainda neste ano deverão ser assinados todos os contratos das 28 sondas previstas para a campanha do pré-sal da bacia de Santos. Sete sondas já foram licitadas. As propostas para as 21 restantes terão que ser entregues à Petrobras até setembro deste ano.

"O prazo é até setembro, três meses (desde junho) não afeta nada o prazo, porque a primeira entrega está prevista para 2015. Temos 14 son-

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