Diário do Comércio

Newton Santos/Hyp

Hoje na ACSP:

Israel caça míssil

Agora, a Nota Fiscal é móvel.

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

Jim Hollander/Efe

Inédita no Brasil, mas já em uso por 500 prestadores de serviços em São Paulo: a nota fiscal eletrônica emitida por smartphone. Quem adere dispensa o computador, a impressora e o Emissor de Cupom Fiscal – e economiza. Vantagem para os consumidores: acesso aos créditos pelo celular. Pág. 17

Explosão de violência em Gaza Nova onda de ataques: 18 mortos do lado palestino (abaixo, irmã de uma vítima) e 130 mísseis no sul de Israel. Pág. 8

Schrank

tom

Fo tag

on

EUA, voltando a ser nosso maior parceiro comercial.

.

AX

:M

em

Mohammed Saber/Efe

www.dcomercio.com.br

Página 8

Conclusão: 23h45

Ano 87 - Nº 23.580

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

O secretário de Finanças Mauro Ricardo (foto) fala hoje, às 17h, sobre Gestão Fiscal da Prefeitura, na ACSP.

Página 19 Rodrigo Coca/Fotoarena/Folhapress

Soldado foi passear. E matou 16 civis afegãos.

I.Sameem/EFE

Entre os mortos, 9 crianças e 3 mulheres. O soldado se entregou. Obama está "chocado". Os afegãos, em fúria. Pág. 8

Tricolor dá a volta na Lusa.

E avança com classe.

Luis Fabiano (foto) comanda a vitória de 2 a 1. Em 3º no Paulistão, São Paulo joga na 4ª pela Copa do Brasil.

Cesar Greco/Fotoarena/Folhapress

Tércio Teixeira/Futura Press/AE

Lula, a caminho do palanque.

Ex-presidente teve alta e deve retomar rotina em algumas semanas. Pág. 7 HOJE

ISSN 1679-2688

23580

Pancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 30º C. Mínima 16º C.

AMANHÃ Pancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 29º C. Mínima 17º C.

Palmeiras: o matador invicto.

O único a não perder no Paulistão destroçou o Botafogo (6 a 2) e reassumiu a vice-liderança. Esporte

9 771679 268008

DIÁRIO DO COMÉRCIO

2

o

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

Fazer ouvidos moucos ao clamor dos fatos tem sido a atitude repetitiva e imutável da elite esquerdista.

Olavo de Carvalho

pinião

Divulgação

PAULO SAAB

A INCIVILIDADE DOS PROTESTOS

C

Amor à mentira A

tradução brasileira do estudo magistral de Tony Judt, Passado Imperfeito. Um Olhar Crítico sobre a Intelectualidade Francesa no Pós-Guerra – acontecimento excepcional num mercado livreiro dominado pela literatura de autoglorificação esquerdista –, fornece às almas sinceras que ainda restem neste país a ocasião de meditar sobre um dos fenômenos mais salientes – e mais deprimentes – da política mundial no último século e meio.

O período aí enfocado notabilizou-se pela tenacidade com que alguns dos intelectuais de maior destaque na França – Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Emmanuel Mounier, Edgar Morin, Claude Roy e outros tantos – fizeram das tripas coração para negar fatos bem provados e, assim procedendo, se tornaram cúmplices do genocídio comunista, responsável por mais mortes do que duas guerras mundiais somadas.

Na velhice, muitos daqueles colaboracionistas históricos publicaram livros de memórias, onde, admitindo finalmente o crime, buscavam e rebuscavam atenuantes psicológicos, cada um realçando miúdas diferenças do seu caso individual de modo a parecer menos culpado que os outros.

Não tentarei nem resumir, aqui, as investigações meticulosas e sutis com que o historiador britânico busca desvendar o sentido histórico dessa epidemia de degradações morais, seguida, após meio século, de um festival de desculpas esfarrapadas. O que posso fazer é recomendar a leitura do livro e assinalar, de passagem, que a conduta abjeta daqueles intelectuais eminentes não foi caso isolado. Bem ao contrário: fazer ouvidos moucos ao clamor dos fatos e à voz da consciência, passando daí à ocultação ativa e aos ataques odientos contra as testemunhas da verdade, tem sido a atitude repetitiva e imutável da elite esquerdista

OLAVO DE CARVALHO sempre que os fatos vão a contrapelo do que desejaria apregoar.

I

gualmente constante é o reconhecimento tardio da verdade sufocada, acolchoado sistematicamente em amortecedores sofísticos e desconversas rebuscadas que acabam por fazer da pretensa confissão um novo crime. Pois durante décadas a i nt e ll i ge n tz i a esquerdista dos EUA não negou por todos os meios a realidade patente da penetração de agentes soviéticos nos altos escalões do governo de Washington, chegando a cunhar um termo de grande efeito publicitário – o "macartismo" – para marcar com o ferrete da infâmia toda tentativa de revelar fatos que desde a abertura dos Arquivos de Moscou já ninguém pode negar em sã consciência?

Essa mesma gente não insistiu em pintar os revolucionários de Mao Dzedong com as feições róseas de "reformadores agrários cristãos", desarmando toda resistência e preparando o caminho para a liquidação de setenta milhões de inocentes pela ditadura mais sangrenta que o mun-

do já conheceu?

Os luminares da mídia novaiorquina não capricharam na ocultação sistemática do caráter comunista da Revolução Cubana, para reconhecê-lo só quando o Estado policial castrista já havia se consolidado ao ponto de não poder mais ser removido?

A

militância esquerdista inteira não ostentou e ostenta uma aura de idealismo humanitário por ter boicotado a intervenção no Vietnã, quando sabia que a retirada das tropas americanas produziria como consequência inevitável a tomada do poder pelos comunistas e a instauração do terror genocida que, naquele país e no vizinho Camboja, viria a liquidar em poucos meses três milhões de pessoas, três vezes mais do que haviam matado os trinta anos de guerra?

E quem não viu, recentemente, a mídia norte-americana, incapaz de refutar as provas de falsificação dos documentos do presidente Barack Hussein Obama, optar por escondê-las sob toda sorte de insinuações e conjeturas sobre as possíveis motivações íntimas dos in-

Sendo por essência uma inversão estrutural do sentido do tempo, da ação e da ordem real das causas, a mentalidade revolucionária é também ódio à verdade, ódio à consciência.

vestigadores?

Aqui mesmo, no Brasil, não viram o beautiful people inteiro da mídia, das universidades e do Parlamento negar e ocultar por dezesseis anos a existência e as ações do Foro de São Paulo, só vindo a admiti-las, entre eufemismos de cinismo sem par, quando se sentiu seguro de que a revelação era tardia demais para deter a tomada do poder em escala continental por aquela organização criminosa?

Não estão vendo agora mesmo a palavra "verdade" ser prostituída e esvaziada de toda substância, ao servir de nome para uma comissão cujo propósito mais óbvio é ocultar os crimes de um partido sob a ampliação hiperbólica dos crimes do outro?

Q

ue essa constância, essa persistência obstinada na negação do inegável seja apenas uma coleção de curiosas coincidências, ou que tudo não passe de desvios acidentais no quadro de uma vida intelectual que permanece, fora disso, perfeitamente saudável e nobre, eis duas hipóteses loucas que o pensamento racional tem de impugnar como sintomas agravados do mesmo desejo de ocultação. Ao contrário, o que gera tudo isso é sempre a mesma semente perversa, cuja identidade se revela na constância com que seus frutos espalham sangue, terror, humilhação e fracasso em todos os quadrantes da terra.

Essa raiz é aquela que denominei "mentalidade revolucionária".

Sendo por essência uma inversão estrutural do sentido do tempo, da ação e da ordem real das causas, a mentalidade revolucionária é também e necessariamente ódio à verdade, ódio à consciência, ódio a tudo quanto o coração humano, no seu mais íntimo, sabe e não pode negar. É opção radical e intransigente pela mentira.

OLAVO DE CARVALHO É ENSAÍSTA, JORNALISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Claudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

omo disse Ulpiano, jurisconsulto romano, "Qui habet commoda ferre debet onera" (quem tem a vantagem da coisa, deve suportar-lhe o ônus). É sempre oportuno recordar Ulpiano.

Viver na gigantesca urbe tem muitas vantagens, com os correspondentes desgastes. São Paulo é uma cidade tão grande, e com problemas igualmente descomunais, que qualquer mexida em situações incomoda, gerando reflexos imediatos, que complicam ainda mais a sua situação caótica de megalópole.

Poucos são capazes, todavia, de entender que num conglomerado humano de proporções anormais, as regras, mesmo não escritas – quanto mais as escritas – necessitam ser respeitadas como forma de garantir a mínima convivência pacífica e a ordem dentro do caos.

A paralisação dos caminhoneiros transportadores de combustível na capital paulista, semana passada, escancara uma vez mais a total ausência de sentimento de civilidade de quem, dentro das exigências de convivência nos grandes centros, deseja sempre a vantagem da coisa, mas não lhe suporta o ônus.

iver em São Paulo obriga todos, indistintamente, a conviver no cotidiano com situações de estresse elevado, especialmente quando se fala em circulação dentro da cidade – seja transporte coletivo, caminhões, utilitários e carros particulares, taxis etc.

Com as dificuldades existentes há sempre por parte da autoridade pública, com erros e acertos– mais erros do que acertos –, a busca de soluções que possibilitem um tráfego com a melhor fluidez possível.

E toda vez que se modifica algo no trânsito, mesmo que seja para procurar uma melhora para a maioria das pessoas, alguma minoria atingida reage agredindo a Cidade e seus habitantes.

Como deixar, por exemplo, os postos de abastecimento sem combustível, em represália à modificação na circulação dos caminhões distribuidores. É recorrente a agressão coletiva. Mesmo que haja uma razão justa para algum movimento, o fato é que interromper o trânsito, por exemplo, na Avenida Paulista, não justifica o alcance, o prejuízo para aqueles que nada têm a ver com o assunto.

V

Em nome da liberdade democrática, certamente um nobre argumento, as autoridades vacilam em defender os interesses da maioria da população.

Em nome da liberdade democrática, certamente um nobre argumento, as autoridades vacilam em defender os interesses da maioria da população, e isso quando não lhe dão cobertura, assistindo impassíveis (talvez com medo da mídia, caso ajam), às transgressões.

No caso da paralisação da semana passada, com prejuízos a milhões de usuários de veículos de qualquer natureza, as autoridades policiais e judiciárias até agiram com rapidez, com eficiência.

Não impediram, todavia, o quase caos gerado pela ausência de combustível. s caminhoneiros e seus representantes oficiais podem até ter motivo, pois as mudanças em sua liberdade de usar as ruas e avenidas, com a criação de restrições de circulação, os afetam. É outro problema, todavia, usar os habitantes da Cidade como reféns em seu protesto, em sua luta para a revogação dos atos contra os quais se rebelam.

Dá-se o mesmo quando paralisam a Avenida Paulista.

Pagam os inocentes – inclusive numa região onde há mais de uma dezena de hospitais, os quais dependem da circulação local. Principalmente, há vidas em jogo. É tudo, como sempre, uma questão de educação.

Somos, todos nós, defensores de medidas restritivas, limitadoras, que favoreçam a maioria – mas desde que não nos alcance.

Fala-se, uma vez mais, no pedágio urbano. Sou amplamente favorável – para criar novos hábitos de circulação em uma Cidade onde o transporte público é insuficiente e indigno.

Vamos ver , na hora de pôr a mão no bolso e pagar o tal pedágio, como vai ficar a consciência das pessoas de apoio ao coletivo.

O

PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Fernando Porto (fporto@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repórteres Especiais: Fernando Gabeira, Kleber Gutierrez (kgutierrez@dcomercio.com.br), . Repórteres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

Gerente Executiva e de Publicidade Sonia Oliveira (soliveira@acsp.com.br) Gerente de Operações Valter Pereira de Souza (valter.pereira@dcomercio.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Folhapress, Efe e Reuters Impressão OESP GRÁFICA S/A Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

FALE CONOSCO E-mail para Cartas: cartas@dcomercio.com.br E-mail para Pautas: editor@dcomercio.com.br E-mail para Imagens : dcomercio@acsp.com.br E-mail para Assinantes: circulacao@acsp.com.br Publicidade Legal: 3244-3175. Fax 3244-3123 E-mail: legaldc@dcomercio.com.br Publicidade Comercial: 3244-3197, 3244-3983, Fax 3244-3894 Central de Relacionamento e Assinaturas: 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355

REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911, São Paulo PABX (011) 3244-3737 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046, (011) 3244-3123 HOME PAGE http://www.acsp.com.br E-MAIL acsp@acsp.com.br

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

o

3

MUITOS GREGOS ESTÃO EMIGRANDO PARA EUROPA DO NORTE E AUSTRÁLIA.

pinião

A feiura da austeridade O problema na Grécia não foi o estado de bem-estar social: sua rede de proteção é bem menor do que a da Europa do Norte.

Foi a corrupção, a ineficiência e um sistema em que as leis são opcionais.

A

Europa declarou guerra a Keynes e Keynes está ganhando. Nos Estados Unidos, os republicanos açoitam o pacote de estímulo do presidente Barack Obama como um fracasso e insistem em cortes radicais no orçamento.

Se você quer saber como isso funciona, venha visitar a Europa – especialmente a Grécia. Sim, a Grécia precisava de um tapa para acordar e de uma reforma econômica, mas a austeridade ao estilo republicano golpeou um paciente inconsciente.

Compare as economias da Europa que ainda estão afundando com as agitações da recuperação nos Estados Unidos, e você se sentirá feliz por ser um norte-americano e um beneficiário do estímulo do presidente Obama. É impressionante ver, aqui em Atenas, onde me encontro, quantos semáforos não estão funcionando; ver mendigos mexendo no lixo procurando comida; ver as ruínas queimadas das lojas incendiadas nos conflitos. Eu fui até cumprimentado por um sem-teto que falava um inglês impecável com sotaque britânico.

Esse homem, Michael A. Kambouroglou, de 35 anos, afirma que estudou literatura inglesa na Universidade de Cambridge e que trabalhou durante anos na indústria do turismo, mais recentemente em um hotel cinco estrelas. Ele me disse que aproveitou a boa vida, visitando os Estados Unidos e viajando pelo mundo, até o dia em

NICHOLAS D. KRISTOF que a economia em colapso o apanhou e ele foi demitido.

"Para ser honesto, nunca pensei que isso pudesse ocorrer comigo", lembra. "E aconteceu em um segundo." Kambouroglou conta que sai todas as manhãs, batendo nas portas, procurando trabalho, mas nesta economia tudo parece inútil.

A taxa de desemprego geral aqui está em 21% – 48% disso entre os jovens – e a União Europeia prevê que a economia grega (e a de toda a eurozona) vai encolher ainda mais neste ano. Quando a poupança de Kambouroglou acabou, ele se mudou para debaixo de uma ponte em Atenas.

O sofrimento é generalizado.

Aproximadamente 250 mil gregos recebem atualmente refeições grátis de igrejas ou abrigos, segundo a Igreja Ortodoxa Grega. Não há dúvida de que os gregos estavam vivendo temerariamente e precisavam de reformas estruturais. Enquanto grande parte da Europa es-

tava fundamentalmente rica até a crise atingi-la – a caricatura que os norte-americanos têm de uma Europa socialista em declínio é um exagero enorme –, a Grécia de fato estava numa grande bagunça.

P

or exemplo, se você fosse o dono de um negócio, a tributação geralmente funcionava assim: em vez de pagar um imposto de, digamos, 100 mil euros, você paga 40 mil ao Estado, entrega uma propina de 20 mil ao fiscal e fica com 40 mil.

Os republicanos estão certos em ver na Grécia alguns riscos de um governo supergeneroso: o setor estatal estava inchado, com aposentadorias precoces e pensões às vezes absurdas e o rígido mercado de trabalho minou a competitividade da Grécia. Mas o problema não foi o estado de bem-estar social – a Grécia tem uma rede de proteção social bem menor do que a da Europa do Norte. Em lugar disso, foi a corrup-

ção, a ineficiência e um sistema no qual as leis são opcionais.

Dirigi pela Grécia e acho fácil dirigir aqui porque as regras de trânsito não parecem ter importância. Se você cair em uma rua de mão única, vá pela mão errada.

Os sinais de "pare" são somente sugestões. A sinalização de "não ultrapassar" antes das curvas fechadas significa: ultrapassem de qualquer jeito e rezem.

Quando toda uma economia opera sem regras, ela tem um problema. Contudo, em vez de reformas estruturais ou cobrança de impostos aperfeiçoada, o que mudou na Grécia, até agora, tem sido basicamente os orçamentos, bastante reduzidos. E, como no resto da Europa, austeridade no meio de uma recessão piorou a situação – assim como John Maynard Keynes previu. É verdade, não há soluções fáceis para a Grécia, mas o caminho atual não parece estar fun-

cionando. "Isso pode acabar em uma revolução social", afirmou Kambouroglou, cruamente. Isso é muito pessimista, mas meu pressentimento é que o último pacote de ajuda vai falhar (exceto pelo fato de ganhar tempo, e talvez seja esse seu objetivo) e que a Grécia, eventualmente, poderá sair da zona do euro.

D

e qualquer modo, os pacotes de ajuda parecem destinados mais a salvar os bancos franceses e alemães do que a salvar a Grécia. Numerosos gregos estão desistindo de sua terra natal e emigrando para a Europa do Norte ou Austrália. A melancolia é tão densa quanto a neblina matinal no Peloponeso.

"O Estado parou de funcionar", disse o editorial de um jornal de Atenas, The Kathimerini. Isso é um exagero, mas escolas, hospitais e serviços sociais estão arrasados.

Os funcionários dos abrigos pa-

ra doentes mentais não recebem salário há seis meses e a eletricidade foi cortada. "E vai ficar pior", prevê o doutor Cristos Panettas, o psiquiatra-chefe do Hospital Psiquiátrico de Ática. Uma das primeiras crises econômicas registradas no mundo ocidental ocorreu em Atenas no século 5 a.C. Felizmente, Atenas na época era liderada pelo grande Péricles, um keynesiano precoce que não respondeu com cortes de orçamento. Em vez disso, comandou iniciativas para obras públicas e construiu o Parthenon.

Eu subi ao Parthenon um dia desses, procurando inspiração, e uma guia, Miranda-Maria Skiniti, foi incisiva. "Precisamos de Péricles hoje."

Há sabedorias que são eternas para gregos, europeus – e para os norte-americanos.

NICHOLAS D. KRISTOF É COLUNISTA DO NEW YORK TIMES.

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

SÃO PAULO, ABANDONADA? Newton Santos/Hype

D

esde que o prefeito Gilberto Kassab fundou um novo partido, têm saído várias críticas na imprensa dizendo que a Cidade está abandonada. Ora, em São Paulo sempre há muito a fazer: são 11 milhões de habitantes e décadas de falta de planejamento.

E é fácil criticar, ainda mais em ano eleitoral. Mas vamos a alguns fatos.

Primeiro, falemos de vidas.

Menos de um ano após o início do Programa de Proteção ao Pedestre, no Centro e na Paulista, os atropelamentos caíram de 298, em 2010 , para 210 em 2011. É uma queda de 43% no número de mortes. Em outras regiões houve redução menor, mas a Prefeitura diz que vai intensificar a campanha, lembrando que as infrações já estavam previstas no Código de Trânsito, só não eram fiscalizadas. A redução de velocidade em alguns corredores também fez cair o número de acidentes. Isso é salvar vidas.

A CET celebrou convênio para um centro para educação de 20 mil motociclistas/ano, de graça.

Com quase 1 milhão de motocicletas e 500 mortos ao ano, é uma importante iniciativa para aumentar a segurança e diminuir o número de acidentes.

Como na propaganda que diz : "Antes não tinha, agora tem", a Prefeitura está instalando no-breaks em 200 grupos de semáforos para que, em caso de falta de energia elétrica, esses cruzamentos críticos não fiquem sem sinalização, evitando que o trânsito vire um caos, principalmente em dias de chuva.

Sobre habitação já comentei no meu último artigo, mas como

o assunto vai esquentar este ano, voltemos a ele.

O "indignado" coordenador da Frente de Luta pela Moradia (das recentes invasões no Centro) afirma que há 400 mil domicílios vazios na Capital, 40 mil no Centro Expandido, e que isso resolveria 70% do déficit habitacional da Cidade. É a velha tática de repetir uma mentira até que vire verdade.

Primeiro, o déficit é bem maior (www.habisp.inf.br). Segundo, em convênio com a SEHAB, a FAU-USP fez um grande estudo e só encontrou 200 prédios no Centro Expandido que poderiam ser utilizados em projetos habitacionais, dos quais só 53 seriam viáveis, com cerca de 2.200 unidades. Esses prédios estão no Renova Centro. Infelizmente, os processos são demorados: estudo de viabilidade, negociação com proprietários, desapropriação, projeto, licitação para reforma e adequação às leis, obras, etc. Então, só oito prédios estão no programa e 25 estão indo para via judicial. erceiro, temos a chamada "taxa de vacância", normal em qualquer cidade do mundo, em que o domicílio fica vazio durante um tempo (reforma, interdição, troca de inquilino, espólio) . Em São Paulo, com 4 milhões de residências, a taxa deve estar por volta de 7% (quase 300 mil unidades). E não tem isso de "não estar cumprindo a função social".

Aliás, o Prefeito instituiu no IPTU progressivo exatamente para combater a especulação com imóveis vazios. Quarto: se houver casas abandonadas pela Cidade , não há como a Prefeitura verificar,

T

JOÃO CARLOS BELDA

Programa de Proteção ao Pedestre (acima, na Av. Paulista) fez diminuir o número de atropelamentos. além de não ser solução para o problema habitacional. pergunto: essas mais de 200 famílias, que foram "jogadas na rua" depois da reintegração de posse na São João, onde estavam antes da invasão?

E porque elas teriam o "direito" de passar na frente das que já se encontram em programas da Prefeitura, inclusive as de áreas de risco? Isso não é direito – para mim tem outro nome...

A SEHAB e o Instituto de Arquitetura do Brasil/SP promoveram o Renova SP, concurso nacional para a requalificação de favelas e loteamentos irregulares.

Importantes escritórios vão atuar

E

em 22 áreas de intervenção, definidas como prioritárias no Plano Municipal de Habitação 2009/2024, atendendo 130 mil famílias. E um dos "pulos do gato" para o sucesso das intervenções habitacionais foi o convênio, desde 2005, com a Sabesp, para desenvolvimento do plano de saneamento (esgoto e drenagem pluvial). Além de se seguir a diretriz de mínimo deslocamento das moradias, está se fazendo efetivamente a requalificação da cidade.

Aliás, interessante a reportagem no Estadão (Cidades, 26/2) sobre o assunto, bem como sobre a urbanização da Gleba São Francisco, na Zona Leste, terceira maior favela de São Paulo (29 mil

habitantes). Com investimentos de R$ 260 milhões, a solução desenvolvida, integrando várias secretarias, é um projeto urbanístico completo: novas ruas, rede de saneamento, parques, obras de paisagismo e até novas linhas de ônibus. Uma área que estava abandonada está se transformando num bairro integrado à Cidade. arece que a questão da habitação é desconhecida pelo candidato petista à próxima eleição para a Prefeitura da cidade, que recentemente declarou (DC 28/2 pág.5): "Estamos fora da discussão sobre urbanismo no mundo. Hoje as pessoas discutem urbanismo na

P

cidade do México ou em Bogotá, e não em São Paulo". Pois além dos eventos internacionais de habitação e urbanismo promovidos nos últimos anos, acontece até julho próximo a Jornada da Habitação (www.jornadadahabitacao.org), que vai destacar seis projetos municipais de Habitação de Interesse Social, com exposições, palestras e debates nos bairros, dialogando com projetos das cidades de Roma, Medelín, Nairóbi, Mumbai, Moscou e Bagdá. A equipe técnica de Habitação Popular da SEHAB é referência mundial, e poucas pessoas têm a experiência e a competência da superintendente Elisabete França. uanto à pergunta feita por aquela dona que fica lá no Senado, em um recente artigo num jornal, sobre os bilhões da Prefeitura que estão nos bancos, a resposta é óbvia: estão ali para pagar as contas, o que ela não conseguiu fazer no final de sua gestão. E a pobreza grassa solta no País, não nesta Cidade.

São Paulo, abandonada?

Voltarei ao assunto em breve.

Q

JOÃO CARLOS BELDA É EMPRESÁRIO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

GibaUm

3 Se o Supremo não recuas- 3 MAIS: de cara, plantio de se na decisão sobre o Instituto Chico Mendes, bateria de frente com outros temas polêmicos.

gibaum@gibaum.com.br

k Goste ou não Dilma, sou seu anjo da guarda.

«

ROBERTO REQUIÃO // senador (PMDB-PR), no Twitter, depois liderar rebelião contra a recondução de candidato da presidente à ANTT.

Fotos: Paula Lima / Divulgação

Agora, até sarau A programação de qualidade de vida para funcionários do Palácio do Planalto ganha, a cada semana, novas alternativas.

Começou com cinema, academia de ginástica, esticou para dança de salão, mais forró e exercício de oralidade, sem contar, de vez em quando, com mini-palestras de auto-ajuda. Agora, enquanto alguns defendem a idéia de conversas sobre cabala, uma vez por semana, nos finais de expediente, já está vigorando a alternativa do sarau. Servidores poderão recitar poesias (próprias ou de outros autores) e igualmente cantar músicas, deles ou de compositores consagrados.

Não é karaokê, não.

333

VAIVIRAR FILME Luan Santana, que anda em baixa, vai ganhar um filme sobre sua história, incluindo sua origem em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Não será um longa-metragem biográfico: mostrará como é a vida do cantor, seu cotidiano, seu envolvimento com fãs, bastidores dos shows e momentos de maior intimidade (é no mesmo estilo de Never Say Never, feito com Justin Bieber). É a primeira investida da 9INE, agência de Ronaldo Nazario, Marcus Buaiz e WPP, da qual Luan é contratado. Paula Fernandes ainda está acertando seu contrato, devendo formar ao lado de Anderson Silva.

333

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

Camisas, vestidos de noiva, vestidos curtos bordados e muitas plumas, organza, tule, crepe georgette e rendas (e tudo nas cores clássicas): é a essência do trabalho de Sandro Barros, que foi estilista da Daslu Couture durante nove anos e que acaba de abrir seu atelier nos Jardins, em São Paulo, em sociedade com Renata Queiróz de Moraes (os dois na primeira foto à esquerda). Na inauguração para pequeno grupo, algumas celebridades para animar: da segunda foto à esquerda para a direita, Mariana Weickert e Sabrina Sato, Letícia Birkheuer e Adriane Galisteu, que resolveu protagonizar um show-extra com suas pernas.

Tule,renda e organza

333

Além da liberação de emendas e indicação para cargos que foram parar no fundo de alguma gaveta, os rebeldes do PMDB, PDT, PR e outros partidos da base aliada têm todo tipo de queixa no que se refere até mesmo a uma protocolar atenção de ministérios e outros setores aos congressistas. Eles reclamam que não recebem retorno a qualquer telefonema, e-mails caem numa colossal vala comum que é atendida por secretárias que, dependendo do parlamentar, não se esforça, nem em saber pronunciar seus nomes corretamente, de qual partidos são e representantes de quais Estados. De vez em quando, alguém descobre um número de celular, liga, deixa recado (jamais respondido) ou é atendido por secretária – ou até militar ajudante de ordens ou mesmo segurança. Alguns já enviaram presentes em aniversários de ministros: nem receberam uma ligação de agradecimento.

Rebeldes e mal-amados

333

soja transgênica, bingos e caça-níqueis, salário mínimo e as leis da Copa 2014 e Olimpíada 2016.

Esperando a hora 333 Quem conhece bem Dilma Rousseff, sabe que essa rebelião de aliados que derrubou o nome de Bernardo Figueiredo, sua indicação pessoal, para a direçãogeral da ANTT, não ficará sem troco. Enquanto ela avisa que, doravante, haverá reuniões e liberações até mesmo semanais, a presidente arquiteta qual o tipo de fogo de encontro irá disparar contra os rebeldes. Pior do que isso, Dilma não tem paciência para conversar com congressistas aliados, nem mesmo lideranças.

Não é sua vocação, acha constrangedor ficar permutando cargos e confessa que se sente violentada nessas horas.

NADA DE CHAVE O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes queriam entregar ao Papa Bento 16, ano que vem, quando irá ao Rio, a chave da cidade.

O Cerimonial do Vaticano cortou no ato: considera esse tipo de evento promocional e o Pontífice não é dado a esses salamaleques. Bento 16, a propósito,ficaráhospedadono Sumaré, no Rio, onde vive seu amigo D. Eugenio Salles e só receberá em audiência, no Palácio das Laranjeiras, a presidente Dilma Rousseff.

333

MISTURA FINA 333 O PRESIDENTE da China, Hu Jintao, está certando uma visita ao Brasil que, dependendo, pode acontecer ainda este ano.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a propósito, serviu em Pequim e fala mandarim fluentemente.

333 O ATOR Will Smith, que veio ao Brasil para promover o filme Homens de Preto 3, está negociando a compra de uma ilha em Itacuruçá, no Rio de Janeiro. Preço: R$ 18 milhões.

COM ESSA marca de 15% de intenções de voto para Fernando Haddad atingir até o final de abril – o que a maioria dos petista acha que ele não conseguirá – quem começa a se mexer, achando que ainda há chance para ela, é a senadora Marta Suplicy.

333

Toalhas e martelos

BOQUIRROTO As ministras Gleisi Hoffmann, Ideli Salvatti e Miriam Belchior estavam, no Alvorada, com Dilma Rousseff, quando a derrota do Planalto explodiu no Senado, na semana passada. Elas pouco falaram e quem abriu a boca foi Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, que recomendou cabeça fria ao governo, o que acabou gerando mal-estar.

“A relação com o Parlamento requer que não se tenha cabeça quente, nem reações imediatas”. Nos corredores do poder, a maioria achou que ele estava criticando Dilma Rousseff ou até mesmo lhe passando uma lição de casa.

A transexual brasileira Lea T. (nascida Leandro Cerezzo) reaparece na edição de verão da revista Hunter, com um piercing de nariz nem um pouco singelo, usando Givenchy, grife que carrega desde que foi descoberta por Riccardo Tisci e posa ao lado do modelo Simone Nobili. As fotos são de Giuseppe Gasparin e o editorial tem um titulo um tanto especial: Butch. É a denominação para “lésbicas mais masculinas” ou qualquer coisa muito parecida. Detalhe: Lea T. ainda não foi operada. Faz um tratamento psicológico de preparação.

O avesso do avesso

333

São José com caneta O escritor Paulo Coelho, depois de contar a cirurgia à qual se submeteu às pressas, no final do ano passado, para desobstrução de 90% de suas artérias, comanda no próximo dia 19, no Castelo de Marostica, em Bassano del Grappa, na Itália, a tradicional festa em comemoração ao dia de São José, santo do qual é devoto. E lança a caneta O Alquimista, feita pela Montegrappa, em vários modelos: a mais barata, em prata, custará R$ 8,7 mil e a mais cara, em ouro e diamantes, cerca de R$ 230 mil. O ex-ministro José Dirceu estará lá, com sua Evanise.

333

333

h IN Vermelho.

h

333 Há alguns meses, toalhinhas milagrosas , como as que Valdemiro Santiago usa para enxugar o rosto em suas pregações, começaram a ser vendidas por ele e pelos demais pastores da Igreja Mundial do Poder de Deus pela televisão.

Cada uma custa R$ 1 mil e a promessa é que o fiel deve usá-la diariamente, “tirando do rosto e do corpo maus fluidos e afastando demônios que ficam impregnados”. Pede-se depósito no Banco do Brasil. Agora, tem um martelo dourado, que também custa R$ 1 mil, pode ser comprado mediante depósito no mesmo BB. O martelo “quebra todas as pedras que aparecem na sua vida”. Não tem carnê, não.

OUT

Coral.

Jil Sander de volta 333 Depois de oito anos de abstinência, quem voltou a ser estilista de sua própria grife foi a alemã Jil Sander. Jil recomeça aos 68 anos o estilo que criou em 1968, em Hamburgo, que fascinou mulheres de todo o mundo e a transformou numa espécie de Chanel alemã. Nesses anos de ausência, Jil viu sua marca trocar de mãos, começando pela Prada até chegar à japonesa Onward Holdings. Mais: em sua trajetória, criou o perfume Woman 4, tido como uma versão alemã do Chanel nº 5. Ela sempre escondeu detalhes de sua vida privada: hoje, sabe-se que vive com a namorada Angélica Dickie Mommsen. Nunca teve filhos e curte os três filhos e as três netas da companheira.

333 QUEM esteve nos bastidores dos shows de Chico Buarque, viu de perto o novo segredo do cantor e compositor: é uma receita de fonoaudióloga amiga para aquecer a voz antes do espetáculo. Meia hora antes do show, ele se tranca no camarim, faz alguns exercícios vocais e fica soprando um canudo numa garrafa d’água.

333 EX-Dzi-Croquettas e exFrenética, Lidoka está lançando um livro autobiográfico chamado Uma Vida Frenética. Ela conta que o livro “começa no dia em que falei para minha mãe que queria ser uma Dzi-Corquetta” (era a versão feminina do famoso Dzi-Croquettes, criado por Lennie Dale). E lembra: “Ela olhou para mim e disse “ou você alisa essa cabelo, muda essa roupa e trabalha num banco ou sai de casa agora”. Eu sai e foi quase na hora mesmo”.

MESMO a contragosto de Walcyr Carrasco, que prefere escalar profissionais de formação em dramaturgia e interpretação, Ivete Sangalo será mesmo Maria Machadão, a cafetina da nova Gabriela e dona do bordel Bataclã. Lá, Zarolha, prostituta vivida por Dina Sfat na primeira produção, será interpretada por Claudia Raia e Tonico Bastos, papel criado por Fúlvio Stefanini no passado, será recriado por Marcelo Serrado.

333

Colaboração: Paula Rodrigues / A.Favero

CHARGE DO DIA

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

5 PARTITURA É o fim das coligações nas eleições proporcionais?

olítica

Senado começa a discutir coligação em proporcional

RITMO Músico Marcelo Yuka será vice na chapa do PSol, no Rio de Janeiro.

O tema, um dos mais polêmicos da proposta de reforma política, pode ser debatido a partir de hoje.

C

omeça a correr hoje o prazo para discussão, em primeiro turno, de um dos temas polêmicos ligados à reforma política. As informações são da Agência Brasil.

Se aprovada, a proposta que altera o art. 17 da Constituição Federal permitirá coligações eleitorais apenas nas eleições majoritárias – para presidente da República, governador e prefeito.

De autoria do senador José Sarney, o texto mantém a determinação constitucional vigente que assegura autonomia dos partidos para estruturação e organização interna, prevendo em seus estatutos normas de fidelidade e organização partidária.

Também mantém a não obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital e municipal.

O objetivo da proposta seria evitar as "uniões passageiras ou por mera conveniência" estabelecidas no período eleitoral para as eleições proporcionais, geralmente sem qualquer afinidade entre os partidos coligados no que diz respeito ao programa de governo ou à ideologia.

Puro interesse – Essas coligações efêmeras, justifica Sarney, têm por objetivo, geralmente, aumentar o tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão de partidos maiores e viabilizar a conquista de um número maior de cadeiras nas Casas Legislativas por partidos menores, ou ainda permitir que esses partidos menores alcancem o quociente eleitoral.

A proposta teve como relator na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) o senador Valdir Raupp (PMDBRO). Tramita em conjunto com projeto do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), considerada prejudicada pelo relator.

Ao tratar do mérito da proposta, Raupp observou que a medida contribuirá para o fortalecimento dos partidos políticos e para a transparência na representação política, já que, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, o voto dado no candidato de um determinado partido não poderá contribuir para a eleição de candidato de outra agremiação. (Folhapress)

Marcelo Yuka, vice no PSol

O

músico e compositor Marcelo Yuka vai concorrer como vice na chapa do pré-candidato do PSol à Prefeitura do Rio, o deputado estadual Marcelo Freixo. Yuka, filiado ao PSol desde 2010, foi um dos fundadores da banda O Rappa e ficou paraplégico depois de levar um tiro em um assalto em 2000.

De acordo com Freixo, que presidiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio e inspirou personagem do filme "Tropa de Elite 2", a ideia de convidar o artista surgiu durante uma conversa.

"Conversávamos sobre o vice e uma pessoa falou o nome do Yuka. Nem lembrava que ele era filiado. No mesmo dia, à noite, liguei para ele. Disse que aueria conversar".

O nome de Yuka será levado à executiva do PSol e o anúncio oficial da chapa deve ser feito em 15 dias. (Folhapress)

FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS EMPÍRICA SIFRA STAR ANÚNCIO DE INÍCIO DA DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA DE COTAS SENIORES E DE COTAS SUBORDINADAS MEZANINO Nos termos do disposto na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 356, de 17.12.2001, conforme alterada (“Instrução CVM nº 356”), na Instrução CVM nº 400, de 29.12.2003, conforme alterada (“Instrução CVM nº 400”), e na Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 2.907, de 29.11.2001, a PETRA - PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A., com sede na Cidade de Curitiba, Estado do Paraná, na Rua Pasteur nº 463, 11º andar, Batel, CEP 80250-080, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03.317.692/0001-94, devidamente autorizada pela CVM a administrar e gerir carteiras de valores mobiliários pelo Ato Declaratório CVM nº 6.547, de 18.10.2001, na qualidade de instituição prestadora dos serviços de administração, controladoria, escrituração de cotas e de coordenadora líder da distribuição das cotas (“Administrador”) do FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS EMPÍRICA SIFRA STAR, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 14.166.140/0001-49 (“Fundo”), comunica o início da distribuição pública de até 225.000 (duzentos e vinte e cinco mil) Cotas Seniores, com valor unitário de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais), perfazendo o montante total para as Cotas Seniores de até

R$225.000.000,00 (duzentos e vinte e cinco milhões de reais) e de até 75.000 (setenta e cinco mil) Cotas Subordinadas Mezanino, com valor unitário de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais), perfazendo o montante total de até

R$75.000.000,00 (setenta e cinco milhões de reais)

Código ISIN das Cotas Seniores nº: BRESS1CTF006 / Código ISIN das Cotas Subordinadas Mezanino nº: BRESS1CTF014 Classificação de Risco da Standard & Poor’s para as Cotas Seniores: “AA” / Classificação de Risco da Standard & Poor’s para as Cotas Subordinadas Mezanino: “A” Registro de Distribuição Pública das Cotas Seniores na CVM em 05.03.2012, sob o nº CVM/SRE/RFD/2012/008 Registro de Distribuição Pública das Cotas Subordinadas Mezanino na CVM em 05.03.2012, sob o nº CVM/SRE/RFD/2012/009 (“Oferta”), perfazendo o montante total da Oferta de até R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais). Nos termos do artigo 24 da Instrução CVM nº 400, poderão ser distribuídos lotes suplementares de Cotas Seniores e de Cotas Subordinadas Mezanino, caso a procura da respectiva cota objeto da presente Oferta assim justifique, sendo desta forma aumentada a quantidade de cotas a serem distribuídas junto ao público, nas mesmas condições e preço das respectivas cotas inicialmente ofertadas, até um montante de 15% (quinze por cento) da respectiva quantidade de Cotas Seniores e/ou Cotas Subordinadas Mezanino inicialmente ofertada. A Oferta terá início na presente data, 12.03.2012. A distribuição pública das Cotas Seniores e das Cotas Subordinadas Mezanino foi deliberada pelo Administrador em 18.10.2011.

1. INFORMAÇÕES SOBRE O FUNDO 1.1. Registro e Regulamento: O Fundo foi registrado na CVM sob o nº 550-9, em 24.01.2012. O regulamento do Fundo encontra-se registrado no 2º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Curitiba, Estado do Paraná, sob o nº 1016560 (“Regulamento”). Todas as alterações posteriores ao Regulamento encontram-se devidamente registradas à margem do registro inicial no 2º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Cidade de Curitiba, Estado do Paraná.

1.2. Objetivo: O objetivo do Fundo é proporcionar aos seus cotistas, observada sua política de investimento, de composição e de diversificação de sua carteira, dispostas no Regulamento, a valorização de suas cotas por meio da aquisição pelo Fundo: (i) de direitos de crédito que atendam aos critérios de elegibilidade e às condições da cessão estabelecidos no Regulamento, com ou sem coobrigação dos respectivos cedentes, juntamente com todos os direitos, privilégios, preferências, prerrogativas e ações assegurados aos titulares de tais direitos de crédito; e (ii) de ativos financeiros, observados todos os limites de composição e diversificação da carteira estabelecidos no Regulamento.

1.3. Forma de Constituição: O Fundo é constituído sob a forma de condomínio aberto.

1.4. Prazo de Duração: O prazo de duração do Fundo é indeterminado.

2. CARACTERÍSTICAS DA OFERTA 2.1. A Oferta: A Oferta corresponderá à distribuição pública de no mínimo 1.000 (mil) e no máximo 225.000 (duzentos e vinte e cinco mil) Cotas Seniores, com valor unitário de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) perfazendo o montante total para as Cotas Seniores de até R$ 225.000.000,00 (duzentos e vinte e cinco milhões de reais). A Oferta abrange, também, a distribuição pública de no mínimo 1.000 (mil) e no máximo 75.000 (setenta e cinco mil) Cotas Subordinadas Mezanino, com o valor unitário inicial de R$ 1.000,00 (mil reais) perfazendo o montante total para as Cotas Subordinadas Mezanino de até R$ 75.000.000,00 (setenta e cinco milhões de reais). Esta Oferta totalizará um montante de até R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), sendo que poderão ser distribuídos lotes suplementares de Cotas Seniores e de Cotas Subordinadas Mezanino, caso a procura da respectiva cota objeto da Oferta assim justifique, sendo desta forma aumentada a quantidade de cotas a serem distribuídas junto ao público, nas mesmas condições e preço das respectivas cotas inicialmente ofertadas, até um montante de 15% (quinze por cento) da quantidade inicialmente ofertada. A manutenção da Oferta está condicionada à subscrição da quantidade mínima de 1.000 (mil) Cotas Seniores e de 1.000 (mil) Cotas Subordinadas Mezanino, conforme estabelecido acima. As cotas que não forem efetivamente subscritas e integralizadas no prazo de distribuição serão canceladas pelo Administrador. Não sendo realizada a distribuição da quantidade mínima de Cotas Seniores e de Cotas Subordinadas Mezanino estabelecida acima durante o prazo da distribuição, a Oferta será cancelada pelo Administrador, que deverá comunicar imediatamente os investidores sobre o cancelamento da Oferta, mediante publicação de aviso no periódico utilizado pelo Fundo. Nesse caso, os valores até então integralizados pelos cotistas serão devolvidos pelo Administrador, no prazo de 03 (três) dias úteis contados da data da publicação do aviso, acrescidos da rentabilidade obtida no período, se houver.

2.2. Regime de Distribuição: As Cotas Seniores e as Cotas Subordinadas Mezanino serão distribuídas publicamente pelo Administrador, em regime de melhores esforços, sendo assegurado tratamento justo e equitativo para todos os destinatários e aceitantes da Oferta. As cotas serão objeto de distribuição pública exclusivamente no Brasil. Os investidores qualificados poderão subscrever as cotas objeto da Oferta a partir da data da publicação deste Anúncio de Início da Oferta.

2.3. Valor Mínimo de Aplicação: O valor mínimo para aplicação em Cotas Seniores e em Cotas Subordinadas Mezanino do Fundo é de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).

2.4. Cronograma da Oferta: O cronograma estimativo, com datas meramente indicativas das etapas da distribuição, encontra-se no prospecto do Fundo, informando os principais eventos a serem observados desde o protocolo do pedido de registro da Oferta na CVM. 2.5. Público-Alvo: Somente poderão adquirir Cotas Seniores e/ou Cotas Subordinadas Mezanino do Fundo, os investidores autorizados nos termos da regulamentação em vigor a investir em fundos de investimento em direitos creditórios. O investimento nas Cotas do Fundo não é adequado a investidores que: (i) necessitem de liquidez em prazo inferior ao prazo estabelecido no prospecto do Fundo e no Regulamento para pagamento do valor de resgate, e (ii) não estejam dispostos a correr risco de crédito de empresas do setor privado.

2.6. Condições de Aquisição: A integralização das cotas do Fundo será efetuada à vista, na data de celebração do boletim de subscrição do Fundo, em moeda corrente nacional, mediante o crédito do respectivo valor em recursos disponíveis na conta corrente do Fundo a ser indicada pelo Administrador, por qualquer mecanismo de transferência de recursos admitido pelo Banco Central do Brasil ou através de sistema operacionalizado pela CETIP. Após a distribuição da totalidade das Cotas Seniores e das Cotas Subordinadas Mezanino ou após o término do prazo de distribuição, aquele que ocorrer antes, a distribuição será encerrada e deverá ser publicado Anúncio de Encerramento da Oferta. A partir da data de subscrição inicial as cotas do Fundo terão seu valor de integralização e de resgate, nas hipóteses definidas no Regulamento, calculado no fechamento de todo dia útil pelo Administrador. A confirmação da integralização de cotas do Fundo está condicionada à efetiva disponibilidade pelos cotistas dos recursos na conta corrente do Fundo. O cotista, por ocasião de seu ingresso no Fundo: (i) receberá exemplar do Regulamento, (ii) assinará o boletim de subscrição, e (iii) assinará termo de adesão, declarando sua qualidade de investidor qualificado, bem como declarando estar ciente, dentre outras informações: (a) das disposições contidas no Regulamento, especialmente aquelas referentes à política de investimento, à taxa de administração e à taxa de performance; (b) dos riscos inerentes ao investimento no Fundo, conforme descritos no Regulamento; e (c) da possibilidade de perdas decorrentes das características dos direitos de crédito que integram e/ou venham a integrar a carteira do Fundo.

2.7. Distribuição das Cotas: As Cotas Seniores e as Cotas Subordinadas Mezanino serão registradas para distribuição no mercado primário no SF - Módulo de Fundos, operacionalizado pela CETIP, cabendo ao intermediário assegurar a condição de investidor qualificado do adquirente das Cotas. Por se tratar de um fundo aberto, as cotas do Fundo não serão negociadas no mercado secundário e não serão objeto de cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, execução de garantia ou sucessão universal.

3. CARACTERÍSTICAS DAS COTAS SENIORES 3.1. Rentabilidade Alvo: A rentabilidade alvo para as Cotas Seniores, ou seja, o parâmetro de rentabilidade a ser buscado pelo Fundo para remunerar as Cotas Seniores é de 125% (cento e vinte e cinco por cento) da taxa DI, estando a remuneração das Cotas Seniores limitada ao percentual acima indicado e definido no Regulamento. O Fundo buscará, mas não garante atingir, a rentabilidade alvo para as Cotas Seniores acima indicada. Não obstante o acima disposto, não existe qualquer promessa ou obrigação, legal ou contratual, do Fundo, do Administrador, do Gestor, do Custodiante ou do Grupo Sifra Consultoria Especializada acerca da rentabilidade das aplicações dos recursos do Fundo.

3.2. Razão de Garantia: A razão de garantia, entendida como a relação entre o valor total das Cotas Seniores em circulação e o patrimônio líquido do Fundo, deverá ser de, no máximo, 68% (sessenta e oito por cento), de modo que o Fundo tenha, no mínimo, 32% (trinta e dois por cento) de seu patrimônio líquido representado por Cotas Subordinadas Mezanino e Cotas Subordinadas Júnior, consideradas em conjunto.

3.3. Prazo de Carência das Cotas Seniores: As Cotas Seniores possuem prazo de carência para resgate de 180 (cento e oitenta) dias corridos.

3.4. Prazo para Pagamento do Resgate das Cotas Seniores: As Cotas Seniores possuem prazo para pagamento do resgate de 90 (noventa) dias corridos, observado o prazo de carência disposto no item 3.3 acima.

3.5. Direito de Voto: As Cotas Seniores terão direito de voto, correspondendo cada Cota Sênior a 01 (um) voto nas assembleias gerais de cotistas do Fundo. Os titulares de cotas de todas as classes de cotas terão direito a voto em todas as matérias indicadas no Regulamento. Poderão votar nas assembleias gerais de cotistas os representantes legais ou os procuradores dos cotistas legalmente constituídos há menos de 01 (um) ano.

4. CARACTERÍSTICAS DAS COTAS SUBORDINADAS MEZANINO 4.1. Rentabilidade Alvo das Cotas Subordinadas Mezanino: A rentabilidade alvo para as Cotas Subordinadas Mezanino, ou seja, o parâmetro de rentabilidade a ser buscado pelo Fundo para remunerar as Cotas Subordinadas Mezanino é de 130% (cento e trinta por cento) da taxa DI, estando a remuneração das Cotas Subordinadas Mezanino limitada ao percentual acima indicado e definido no Regulamento. O Fundo buscará, mas não garante atingir, a rentabilidade alvo para as Cotas Subordinadas Mezanino acima indicada. Não obstante o acima disposto, não existe qualquer promessa, ou obrigação, legal ou contratual, do Fundo, do Administrador, do Gestor, do Custodiante ou do Grupo Sifra Consultoria Especializada acerca da rentabilidade das aplicações dos recursos do Fundo.

4.2. Razão de Garantia entre as Cotas Subordinadas: A razão de garantia entre as Cotas Subordinadas, entendida como a relação entre o valor total das Cotas Subordinadas em circulação e o patrimônio líquido, tendo, no mínimo, 32% (trinta e dois por cento) de seu patrimônio líquido representado por Cotas Subordinadas Júnior, limite este que poderá ser reduzido até 26% (vinte e seis por cento), desde que a diferença seja representada por Cotas Subordinadas Mezanino.

4.3. Prazo de Carência das Cotas Subordinadas Mezanino: As Cotas Subordinadas Mezanino possuem prazo de carência para resgate de 36 (trinta e seis) meses corridos.

4.4. Hipóteses de Resgate das Cotas Subordinadas Mezanino: As Cotas Subordinadas Mezanino poderão ser resgatadas antes das Cotas Seniores (i) se decorrido o prazo de carência de tais Cotas Subordinadas Mezanino, (ii) desde que não desenquadre a Razão de Garantia, e (iii) desde que sejam observados os procedimentos, prazos e hipóteses previstos no Regulamento e no Prospecto.

4.5. Direito de voto: As Cotas Subordinadas Mezanino terão direito de voto, correspondendo cada Cota Subordinada Mezanino a 01 (um) voto nas assembleias gerais de cotistas do Fundo. Os titulares de cotas de todas as classes de cotas terão direito a voto em todas as matérias indicadas no Regulamento.

Poderão votar nas assembleias gerais de cotistas os representantes legais ou os procuradores dos cotistas legalmente constituídos há menos de 01 (um) ano.

5. PRESTADORES DE SERVIÇOS DO FUNDO 5.1. Administrador: O Fundo é administrado pela PETRA - PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A., com sede na Cidade de Curitiba, Estado do Paraná, na Rua Pasteur nº 463, 11º andar, Batel, CEP 80250-080, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03.317.692/0001-94, devidamente autorizada pela CVM a exercer a atividade de administração de carteira de valores mobiliários através do Ato Declaratório nº 6.547, de 18.10.2001. O Administrador realiza a prestação dos serviços de administração, controladoria e escrituração das cotas do Fundo e é o coordenador líder da Oferta, agindo sempre de acordo com a regulamentação vigente, com o Regulamento e com o prospecto do Fundo.

5.2. Gestor: A carteira do Fundo é gerida pela EMPÍRICA INVESTIMENTOS GESTÃO DE RECURSOS LTDA., com sede na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, na Alameda Rio Negro, nº 585, Centro Administrativo Rio Negro, bloco A, 12º andar, conjunto 127, Alphaville, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.896.871/000199, devidamente autorizada pela CVM a exercer a atividade de administração de carteira de valores mobiliários através do Ato Declaratório nº 10.662, de 27.10.2009, que será responsável pela gestão da carteira do Fundo, nos termos do artigo 39, inciso II da Instrução CVM nº 356, do Regulamento e do prospecto.

5.3. Grupo Sifra Consultoria Especializada: O conjunto formado pela (i) OPS - DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS LTDA., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Jurucê, nº 302, conjunto 71, Moema, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 08.411.164/0001-13, (ii) LP - CRÉDITO E COBRANÇA LTDA., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Jurucê, nº 302, conjunto 81, Moema, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 08.260.999/0001-10, (iii) OPINIÃO ASSESSORIA E CONSULTORIA LTDA., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Jurucê, nº 302, conjunto 21, Moema, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 04.674.069/0001-51, (iv) OPINIÃO S.A., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Jurucê, nº 302, conjunto 81, Moema, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 03.729.970/0001-10, e (v) SIFRA S.A., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Eusébio Matoso, nº 690, conjunto 19, Edifício Office, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 04.455.612/0001-20, empresas parceiras e detentoras de interesse comum, contratadas pelo Fundo, as quais são responsáveis pela consultoria especializada, objetivando a análise e seleção dos direitos de crédito e demais ativos para integrarem a carteira do Fundo, nos termos do artigo 39 inciso I da Instrução CVM nº 356, do Regulamento e do prospecto do Fundo.

5.4. Custodiante: BANCO PETRA S.A., instituição financeira com sede na Cidade de Curitiba, Estado do Paraná, na Rua Pasteur, nº 463, 11º andar, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 11.758.741/0001-52, responsável pela prestação dos serviços de custódia qualificada das cotas do Fundo, nos termos do artigo 38 da Instrução CVM nº 356, do Regulamento e do prospecto do Fundo.

5.5. Empresa de Auditoria: KPMG Auditores Independentes.

5.6. Agência de Classificação de Risco: Standard & Poor’s Rating Services.

6. TAXA DE ADMINISTRAÇÃO Será cobrada do Fundo, mensalmente, uma taxa de administração, calculada conforme fórmula presente no Regulamento. Farão parte da taxa de administração as remunerações devidas ao Administrador, ao Gestor e ao Grupo Sifra Consultoria Especializada, as quais, nos termos do Regulamento, poderão ser pagas diretamente pelo Fundo. Para mais detalhes sobre os valores e a forma de cálculo da taxa de administração, consulte o Regulamento e o prospecto do Fundo.

7. TAXA DE PERFORMANCE A Taxa de Performance é a remuneração a ser paga ao Grupo Sifra Consultoria Especializada baseada na rentabilidade das Cotas Subordinadas Júnior, correspondente a 40% (quarenta por cento) do valor da rentabilidade das Cotas Subordinadas Júnior que exceder a 120% (cento e vinte por cento) da taxa DI, em cada período de apuração, já deduzidas as rentabilidades das Cotas Seniores e das Cotas Subordinadas Mezanino, bem como as demais despesas do Fundo, inclusive a taxa de administração. Para mais detalhes sobre a taxa de performance, consulte o Regulamento e o prospecto do Fundo.

8. TAXA DE INGRESSO Não há.

9. TAXA DE SAÍDA Não há.

10. CRITÉRIOS DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES AOS COTISTAS O Administrador divulgará, ampla e imediatamente, qualquer ato ou fato relevante relativo ao Fundo, de modo a garantir aos cotistas acesso às informações que possam, direta ou indiretamente, influenciar as decisões dos cotistas quanto à permanência no Fundo ou, no caso de potenciais investidores, quanto à aquisição de cotas do Fundo.

A divulgação das informações deve ser feita por meio de correspondência ou correio eletrônico encaminhado aos cotistas e mantido disponível aos cotistas na sede e dependências do Administrador e nas instituições que coloquem as cotas, sem prejuízo da publicação no periódico “Diário do Comércio, da Associação Comercial de São Paulo”, utilizado pelo Fundo. Todos os documentos e informações correspondentes serão remetidos à CVM na mesma data de sua divulgação.

11. OUTRAS INFORMAÇÕES Os termos e expressões, em sua forma singular ou plural, utilizados neste Anúncio e nele não definidos têm o mesmo significado que lhes é atribuído no prospecto e no Regulamento. Maiores esclarecimentos a respeito da Oferta, bem como cópias do Regulamento e do prospecto do Fundo poderão ser obtidas com o Administrador e/ou com a CVM, nos endereços a seguir indicados: INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA E COORDENADOR LÍDER PETRA - PERSONAL TRADER CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. - Rua Pasteur nº 463, 11º andar, Batel, CEP 80250-080, Curitiba/PR - Tel.: (41) 3074-0909 Website: http://www.petractvm.com.br (acessar o Prospecto do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Empírica Sifra Star que estará disponível na página inicial.)

ENTIDADE REGULADORA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM Rua Sete de Setembro, nº 111, 2°, 3°, 5°, 6° (parte), 23°, 26° ao 34° andares, Centro, CEP 20050-901, Rio de Janeiro/RJ - Tel.: (21) 3554-8686 Website: www.cvm.gov.br (neste site acessar “Acesso Rápido”, clicar em “Ofertas Registradas”, selecionar “2012” e clicar em “Entrar”, em “QUOTAS DE FIDC / FIC-FIDC/ FIDC-NP” clicar no campo “Volume em R$”, selecionar “Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Empírica Sifra Star” e acessar “Prospecto”) MERCADO DE NEGOCIAÇÃO CETIP S.A. - MERCADOS ORGANIZADOS Av. República do Chile, nº 230, 11º andar, Centro, CEP 20031-919, Rio de Janeiro/RJ - Tel.: (21) 2276-7474 / 2138-7474 Website: www.cetip.com.br (neste site acessar “Comunicados e Documento”, clicar em “Prospectos”, nos “Critérios de Filtro” em “Categoria de Documento” selecionar “Prospectos - Prospectos de Fundos de Investimento - Cotas de Fundos Abertos”, em seguida clicar em “Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Empírica Sifra Star”) 12. AVISOS O investimento no Fundo sujeita o investidor a riscos, conforme descritos na seção “Fatores de Riscos” do prospecto do Fundo. Ainda que o Administrador e o Gestor mantenham um sistema de gerenciamento de riscos da carteira de investimentos do Fundo, não há garantia de completa eliminação de possibilidade de perdas no Fundo e para o investidor.

Fundos de investimento não contam com a garantia do Administrador, do Gestor, de suas respectivas partes relacionadas, de qualquer mecanismo de seguro, ou, ainda, do Fundo Garantidor de Créditos - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. É recomendável a leitura cuidadosa do prospecto e do Regulamento do Fundo pelo investidor ao aplicar seus recursos.

As cotas objeto da Oferta não serão negociadas em bolsa de valores ou em sistema de mercado de balcão, não podendo ser assegurada a disponibilidade de informações sobre os preços praticados ou sobre os negócios realizados.

O registro da presente distribuição não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informações prestadas ou em julgamento sobre a qualidade do Fundo, bem como sobre as cotas a serem distribuídas.

LEIA O PROSPECTO ANTES DE ACEITAR A OFERTA.

ADMINISTRADOR E DISTRIBUIDOR

ESTRUTURADOR E GESTOR

CONSULTORES ESPECIALIZADOS

CUSTODIANTE

AUDITORIA

ASSESSOR JURÍDICO

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

O pensamento do Clube reflete as correntes de pensamento dentro das Forças Armadas.

Renato Luís do Couto Neto e Lemos, professor da UFRJ.

olítica

Renato Luís do Couto Neto e Lemos

'A reação dos militares é legítima' O manifesto do Clube dos Militares contrário à instalação da Comissão da Verdade é livre, diz especialista. Mas ele alerta sobre a possibilidade de processos contra signatários.

Divulgação

Mário Tonocchi

Manifesto já conta com 1.490 assinaturas

A

reação dos militares reformados contra a instalação da Comissão da Verdade é um ato inerente à cultura militar brasileira. A análise é do professor da área de História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do Laboratório de Estudos sobre os Militares na Política, Renato Luís do Couto Neto e Lemos. Para o pesquisador, o manifesto Alerta à Nação – eles que venham, aqui não passarão é legítimo, já que é um documento do Clube Militar, instituição criada ainda no século 19 justamente para dar voz política aos militares. Mas os 1.490 reformados e civis que assinaram o documento até a última sexta-feira (veja mais sobre o manifesto nesta página), alerta o especialista, podem ser processados civil e criminalmente pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ou mesmo pela presidente da República, Dilma Rousseff, se estes se sentirem atingidos pelas declarações do documento. Mesmo inativos, os militares da reserva ainda devem obedecer à ordem do comando militar, diz o professor. Em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio, Neto e Lemos lembra que o militarismo brasileiro ainda se mantém alerta a uma provável invasão comunista, mesmo com a esquerda nacional já tendo reconhecido a falência desse sistema. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Diário do Comércio – O atual movimento dos militares da reserva é legítimo?

Renato Lemos – Temos que ver o que é legítimo e o que é ilegal. E ainda temos que separar por partes o que está acontecendo. Sob o aspecto jurídi-

N

a última sexta-feira, o número de adesões ao manifesto Alerta à Nação - eles que venham, aqui não passarão, registrava 1.490 assinaturas. De acordo com o site averdadesufocada.com, apresentaram-se para a assinatura 93 generais sendo 22 generais do exército, 25 generais de divisão, 46 generais de brigada, um desembargador do Tribunal de Justiça (TJ/RJ), 495 coronéis, 122 tenentes coronéis, 24 majores, 57 capitães, 79 tenentes e 619 Civis.

O site que controla o rece-

Mesmo inativos, os militares da reserva devem obedecer à ordem do comando militar, lembra o professor de história social da UFRJ, Renato Lemos. E estão sujeitos a ações civis e criminais.

co, a nota do Clube Militar é legal, porque é um clube civil e não deve obediência às autoridades. Por isso mesmo, eles é que falam pela comunidade militar. Aliás, o clube foi criado para isso em 1887. Com isso, os militares podem fazer política sem quebrar a hierarquia, sem quebrar os códigos. Os da ativa se escoram neles.

DC – Os reformados podem fazer política fora do Clube Militar?

Lemos – Podem. Mas eles também podem ser processa-

dos. Se um ministro ou secretária ou até mesmo a presidente da República se sentirem ofendidos, podem processá-los pela lei comum, em quaisquer instâncias. Agora, esses setores "de pijama" estão traduzindo uma forma de pensamento que ainda é forte dentro das Forças Armadas. O pensamento do Clube reflete as correntes de pensamento dentro das Forças Armadas.

DC – Porque os militares rejeitam a Comissão da Verdade?

Lemos – Tecnicamente eles têm medo de que se mexam nos arquivos e revelem informações que comprometam a imagem da instituição. E temos ainda o espírito de corpo...

DC – A Comissão da Verdade não pode punir...

Lemos – Não tem poderes de punição, mas também há um traço ideológico importante.

Esses militares que estão se pronunciando agora de maneira direta ou indireta não têm comprometimento direto com o regime ditatorial. Eles estão em uma fase da vida, afastados dos comandos, que não permite esse tipo de comprometimento. É um comprometimento mais ideológico agora.

DC – ...como marcar uma posição política...

Lemos – É, mas a política é muito genérica, levando-se em conta que a corporação não pode ser julgada. Encontramos esse ponto de vista tanto em generais como em oficiais em início de carreira. Esse é um dado da cultura política da organização militar, que no caso da brasileira tem uma formação extremamente arrogante, extremamente conservadora, anticomunista, e todos os antis possíveis que continuam sendo cultivados nas escolas deles. Não houve mudança desse ponto de vista com o fim do regime ditatorial. Na verdade, eles acham que quem está criticando as Forças Armadas são os comunistas.

bimento dos pedidos de inclusão de assinaturas ao manifesto informou, ainda na semana passada, que todos os militares oficiais e praças da ativa que solicitaram o registro de suas assinaturas no manifesto foram registrados. De acordo com o site, "da mesma forma, não registraremos os de praças da Reserva e reformados, evitando margem a explorações negativas, pois trata-se de questão surgida de ingerência descabida no Clube Militar o qual congrega, unicamente, oficiais." (MT )

DC – Mas todo mundo diz que o bem. O que está acontecendo comunismo já era... agora é uma questão muito Lemos – Só a esquerda acre- pontual. dita nisso. A direita não (risos).

Se observarmos os programas DC – Os militares podem ser das escolas militares e de estra- punidos, independentemente da tégia nacional, tudo está ba- Comissão da Verdade? seado nos mesmos moldes da Lemos – Creio que podem, antiga doutrina de segurança mas o governo está sendo muinacional. Só mudaram os no- to leniente. Veja: policial milimes. Hoje não é União Soviéti- tar que se pronuncia politicaca, é Chaves, é Bolívia, Equa- mente é preso imediatamente, dor. Mudou o nome do inimi- e os militares da reserva estão go, mas a perspectiva é a mes- no mesmo patamar dos polima do inimigo externo que vai ciais militares. se infiltrar internamente, e quem critica as Forças Arma- DC – Os clubes militares das está contribuindo para seu costumam se manifestar sobre enfraquecimento, evitando questões nacionais? que ela cumpra Lemos – Geesse papel de ralmente sobre proteção do coquestões de A nota do Clube munismo. política de defesa nacional, Militar é legal, sempre com DC – Eles se porque é um clube uma posição acham civil e não deve n ac io n al is ta , absolutamente obediência às s o b r e o r ç acorretos, então? autoridades. Foi mentos das Lemos – Eles Forças Armase acham em criado para isso . d a s , e q u i p auma posição RENATO LUÍS LEMOS mentos... acima de qualq u e r j u l g amento e que a obra da ditadura DC – As Forças Armadas estão foi adequada. Eles não veem confortáveis hoje? motivos para se desfazer isso Lemos – Não estão. Basica(instalar a Comissão da Verda- mente por dois motivos. O pride). meiro, pela discussão em andamento desde a Constituinte, do controle civil das Forças ArDC – O movimento está arrecadando muitas adesões em madas que resultou na criação do Ministério da Defesa; e de pouco tempo. O que significa outro lado, existe a questão orisso?

Lemos – Isso significa uma çamentária.

Desde o governo Collor de atitude até um pouco desesperada, pelo medo de perder o Melo, os orçamentos militares controle da informação relati- são relativamente pequenos vo ao período militar. Agora, o em relação ao que eles queriam fato de vários ministros e in- que fosse. Além, claro, da Coclusive a presidente terem sido missão da Verdade. ligados à esquerda armada, presos e torturados é um ingre- DC – Como o senhor vê a diente importante para aguçar Comissão da Verdade? esse ânimo deles, mas eu não Lemos – Muito limitada. Ela considero que seja uma atitude atende a setores restritos do contra o governo em geral, governo ou ligados à Igreja, ao porque o governo está adotan- movimento internacional pedo políticas que correspon- los direitos humanos. Mas é dem ao ponto de vista deles, uma questão de pouco peso com uma visão geral de socie- dentro de nossa sociedade, codade, da economia. mo sempre foi. O próprio moPara eles o governo cumpre vimento pela anistia nunca foi a ordem, mantém os negócios e um movimento de massa no a economia vai relativamente Brasil, e agora menos ainda.

Investigação reabre debate Informação sobre abertura de processos pelo MPF reacende antigas discussões

A

s iniciativas de procuradores do Ministério Público Federal (MPF), que estão prestes a ajuizar ações contra agentes do Estado acusados de envolvimento com crimes permanentes ocorridos durante o regime militar, conforme informou ontem o jornal O Estado de S. P au lo , estão provocando novos debates em torno da Lei da Anistia, de 1979.

Enquanto setores do MPF, militantes de direitos humanos e políticos de esquerda defendem a existência de brechas na lei que poderiam levar à condenação de civis e militares, do outro lado porta-vozes dos militares e especialistas em questões jurídicas consideram o debate encerrado desde 2010 – ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a lei beneficiou tanto per-

seguidos quanto perseguidores no regime militar.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, disse ontem que vê com "simpatia" a ação dos procuradores da República, mas considera improvável que a tese prospere.

"Se o Supremo não rever sua decisão, me parece que a tese (do MPF) não vai vingar", afirmou. (AE)

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

7

O ex-presidente Lula atingiu acentuada melhora clínica e normalização dos exames de sangue e da tomografia.

Nota do Hospital Sírio-Libanês

olítica

Crise? Temer diz que 'patrocina acomodação' Vice-presidente nega rebelião na base e diz que, pelo cargo que ocupa, consegue pacificar os descontentes

Precisamos inaugurar uma nova fase na cidade de São Paulo e no Brasil que é assumir compromissos e honrá-los.

Fernando Haddad, précandidato do PT à Prefeitura de São Paulo.

Dorivan Marinho/AE – 13.02.12

José Cruz/ABr

As nossas relações com os partidos são duráveis, passam por momentos tensos, por momentos mais calmos. Agora é um momento tenso, mas que vamos dialogar, conversar, entender.

Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria da Presidência da República.

O ex-ministro Haddad parece que não entende muito de educação e, no resto, entende muito menos.

Ex-governador Alberto Goldmann (PSDB).

Juca Varella/Folhapress

O Brasil já fez coisas maiores e mais importantes. Fazer estádio não é um desafio maior do que ter feito cidades como Recife e Olinda, monumentos como Forte Orange, em Itamaracá. Mais difícil foi expulsar os holandeses.

Aldo Rebelo, ministro dos Esportes, sobre a realização da Copa em 2014.

O Brasil está se especializando em abrigar criminosos.

Senador Demóstenes Torres (DEM-GO) sobre a concessão de refúgio político a Cesare Battisti.

O

vi ce - pres i de nt e Michel Temer nega que haja uma rebelião na base aliada do governo no Congresso e afirma que patrocina a acomodação entre o PT e o PMDB. "A relação vai bem. Não há coisa grave. Há queixas naturais, uma ou outra, que vão sendo acomodadas. Eu patrocino muito essa acomodação", diz o peemedebista.

O vice-presidente afirma que pacificou membros do partido que reclamavam da primazia do PT na gestão do governo – 52 dos 76 deputados do PMDB participaram de um manifesto. "Cumpri minha função governamental", acredita. "Eu digo a eles: vocês são governo, porque eu sou vicepresidente. Acho que isso tem colaborado muito para pacificar as relações".

Entre as insatisfações do PMDB estão a concorrência com o PT nas eleições municipais e a distribuição de cargos no governo da presidente Dil-

Não há coisa grave. Há queixas naturais, uma ou outra, que vão sendo acomodadas.

MICHEL TEMER

ma Rousseff. Temer argumenta que a resolução das divergências tem avançado.

"Basta dizer que ao longo desse um ano e dois meses o PMDB nunca votou contra o governo. E sempre deu o maior

percentual de votos. Fruto do quê? Fruto do fato de sermos governo. De eu estar sentado lá naquela cadeira".

Novo modelo – Rebelados com o governo, os principais dirigentes dos partidos da ba-

se querem um novo modelo de relacionamento com o Palácio do Planalto, com menos poder para o PT, mais diálogo entre os parlamentares e o cumprimento das promessas de liberação das emendas(Agências)

'Temos de asssentar com qualidade' Ministro de Desenvolvimento Agrário fala em investir mais em políticas para estimular permanência no campo.

O

novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, disse ontem que o governo não pode pensar só na quantidade de novos assentamentos de reforma agrária pelo País.

Em 2011, o número de novos assentados foi o mais baixo desde 1995 e teve queda de 44% em relação a 2010. Na sexta-feira, Afonso Florence deixou o comando do ministério.

Vargas falou que é preciso "assentar com qualidade" e investir mais recursos em políticas que permitam a permanência de agricultores no campo.

"A tendência é que o número de assentamentos tenha metas com esse tipo de objetivo. Não só uma meta numérica de "assentamos tantos'. (Vamos pensar): Assentamos de que forma?"

Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff divulgou nota lamentando "interpretações" de que Florence havia sido demitido por fracos resultados na pasta. Dilma reiterou que ele deu uma "importante colaboração" e que irá se dedicar a projetos para a Bahia.

Vargas disse concordar com

Não adianta gerar mais alimento de forma insustentável. Acabar com os recursos naturais é andar para trás. O que fica claro para a gente é que quem está lá no Congresso não respeita a gente.

Rodrigo Joffily Bucar Nunes, empresário e militante do grupo Mangue Faz a Diferença.

Pensei que ele tivesse abandonado a contravenção e se dedicasse apenas a negócios legais.

Senador Demóstenes Torres (DEM-GO), ex-delegado, ex-secretário de Segurança Pública de Goiás e exProcurador ao ser flagrado em conversas telefônicas com o amigo e bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Juan Barbosa/RBS/AE – 09.03.12

Pepe Vargas: 9º ministro substituído por denúncia de corrupção e o 6º gaúcho, de 38 pastas.

Ele nega a montagem de um 'gauchério'

os termos da nota, falou que a troca "não foi por um problema de desempenho", mas que a presidente não deu justificativas para a mudança.

Gauchismo – Deputado federal pelo PT, Vargas será o sexto ministro, de 38 pastas, do Rio Grande do Sul, onde Dilma construiu sua carreira política.

Segundo a coluna "Painel", da Folha de S. Paulo de ontem, os aliados do governo reclamam de "gauchério" na Esplanada.

Questionado, Vargas disse que

não acredita que Dilma tenha "adotado esse critério geográfico". Ele conheceu Dilma quando ela era secretária de Energia no RS, em 1999 e ele, prefeito de Caxias do Sul. Desvio – O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo, Raimundo Pires Silva, e o presidente da Cooperativa

de Comercialização e Prestação de Serviços dos Assentados de Reforma Agrária de Iaras (Cocafi), Miguel da Luz Serpa, coordenador do Movimento dos Sem-Terra (MST), por desvios e má aplicação de recursos públicos na execução de convênio no Assentamento Fazenda Maracy. Segundo a denúncia, a cooperativa vendeu madeira do assentamento e o dinheiro desapareceu. O MPF quer a devolução desses valores. (Folhapress)

Beto Barata/AE

Beto Oliveira/Agência Câmara

O encontro de José Serra com a bancada federal do PSDB é como espuma, pois nas prévias quem vota são os filiados do partido.

José Anibal, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.

Estou empolgado, e quando empolgo, embalo.

Deputado federal Tiririca (PR) cogitando sua candidatura à Prefeitura de São Paulo.

Lula deixa hospital e retoma rotina Dida Sampaio/AE

Uma coisa é o bate-boca, outra coisa é o processo legislativo. Não vamos misturar o processo legislativo com rusgas de cartolas e dirigentes.

Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara sobre a discussão entre Jérôme Valcke, da Fifa, e o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.

O

médico pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o cardiologista Roberto Kalil Filho, disse ontem que ele deverá retomar sua vida normal nas próximas semanas.

Lula deixou na tarde de ontem o hospital Sírio-Libanês, onde estava internado havia uma semana, devido a uma pneumonia.

O tratamento ainda vai durar mais uma semana. O expresidente vai continuar tomando antibióticos e deve retornar mais algumas vezes ao hospital, segundo Kalil.

De acordo com o boletim médico do Sírio-Libanês, Lula "alcançou uma melhora clínica e deverá receber antibiótico, ambulatorialmente, no hospital até o dia de 16 de março".

O hospital informou também que, durante o seu período de internação, Lula "atingiu uma acentuada melhora clínica e uma normalização dos exames de sangue e da tomografia de tórax".

Tércio Teixeira/Futura Press/AE

De volta para casa: ex-presidente acena para médicos e funcionários que o atendem no hospital Sírio-Libanês.

Doença – Kalil voltou a explicar que é normal que pacientes em tratamento contra o câncer peguem pneumonia, pois a quimioterapia e a radioterapia deixam o sistema imunológico fragilizado.

Segundo Kalil, Lula agora está se alimentando bem, pela boca, e comendo praticamente de tudo.

Sua voz também melhorou, mas o ex-presidente continua um pouco rouco, disse o cardiologista. A recomendação médica é que ele fique esta semana ainda de repouso em casa e retome sua rotina "aos poucos, com bom senso".

No fim do mês, Lula fará uma série de exames para a avaliação final do tratamento

contra o câncer. Esses exames deverão confirmar se o tumor sumiu completamente ou ainda não.

"Nós esperamos que ele retorne à vida normal dele nas próximas semanas", disse Kalil, ao ser questionado se o expresidente já poderá atuar nas campanhas municipais deste ano. (Folhapress)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

SÍRIA Kofi Annan, enviado da ONU, deixa país sem obter cessar-fogo.

nternacional

A fúria de um soldado. E de uma nação.

Ahmad Nadeem/Reuters

Um soldado norte-americano saiu ontem de sua base militar em uma zona rural no sul do Afeganistão, invadiu três casas em duas aldeias e matou a tiros 16 pessoas, entre elas nove crianças e três mulheres, deixando também cinco feridos. O presidente afegão, Hamid Karzai, classificou o que houve de um assassinato e exigiu uma explicação dos Estados Unidos.

E m Wa s h i n g t o n , a C a s a Branca divulgou comunicado dizendo que o presidente dos EUA, Barack Obama, telefonou para Karzai para manifestar "choque e tristeza" e disse que o crime "não é representativo do caráter excepcional dos nossos militares e do respeito que os EUA têm pelo povo do Afeganistão". Ele prometeu "reunir os fatos tão rapidamente quanto possível e fazer quem quer que seja responsável prestar contas".

A Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf, missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte no Afeganistão) divulgou um comunicado no qual lamentou "um incidente que causou vítimas afegãs" e expressou condolência às famílias dos envolvidos.

A nota informou que o autor do "incidente" havia sido detido, mas não revelou o número de vítimas causadas por sua ação. O texto também não indicou o motivo que o teria levado a cometer o massacre, sobre o qual a Isaf anunciou que abrirá uma "investigação".

Crise nervosa - O Pentágono declarou que o militar que atacou os civis afegãos é um sargento do Exército baseado em Fort Lewis (Washington); ele teria se entregado às autoridades militares logo depois de cometer o crime. Relatos davam conta de que o soldado teria tido uma crise nervosa recentemente.

Pelo menos uma testemunha, porém, disse que havia mais de um militar envolvido.

O massacre aconteceu às 3h locais de ontem, nas aldeias de Balandi e Alkozai, ambas a cerca de 500 metros de uma base das forças norteamericanas na província de Kandahar.

matança de mulheres e crianças", disse Khan.

Um parente, Haji Samad, disse que produtos químicos haviam sido despejados sobre os corpos. "Vi todos os meus parentes mortos, incluindo meus filhos e netos", disse Samad, aos prantos.

Pelo menos três crianças foram mortas com um único tiro na cabeça, segundo relato de moradores (acima, corpos de vítimas sendo retirados do local do massacre).

O Talibã, movimento radical islâmico que go-

Segundo Abdul Baqi, morador de Alkozai, "quando tudo aconteceu, no meio da noite, nós estávamos em nossas casas. Eu ouvi tiros, depois silêncio, e então tiros novamente".

Outro morador de Alkozai, o agricultor Samad Khan, disse que o atirador teria matado 11 pessoas de uma mesma família, incendiando seus corpos em seguida.

"Este foi um ato anti-humano e anti-islâmico.

Em nenhuma religião do mundo se permite a

EGITO Câmara vai votar rejeição à ajuda militar anual de US$ 1 bi dos EUA

vernava o Afeganistão até o país ser invadido pelos EUA e seus aliados, em 2001, emitiu comunicado na internet dizendo que "mais uma vez, os chamados mantenedores da paz norte-americanos saciaram sua sede com o sangue de civis afegãos inocentes na província de Kandahar". O grupo afirmou que vai vingar as mortes.

Berço do Talibã na década de 1990, Kandahar é um dos principais redutos dos insurgentes, que têm a simpatia popular na província e a transformaram em palco de operações armadas.

Tensão - Pela manhã, muitos afegãos se reuniram diante da base militar para protestar contra o massacre. A embaixada norte-americana em Cabul fez um alerta para a possibilidade de ataques em represália.

O massacre ocorreu em meio a um forte clima antiamericano no Afeganistão registrado após a queima de exemplares do Alcorão, o livro sagrado do Islã, em uma base norte-americana no mês passado. O comando norte-americano lamentou o incidente e o atribuiu a "um equívoco".

Houve semanas de protestos e ataques que deixaram 30 mortos, entre eles seis soldados norte-americanos.

Antes, a divulgação de um vídeo mostrando fuzileiros navais norte-americanos urinando sobre militantes afegãos mortos também provocou repúdio no país.

"Esse é um golpe fatal contra a missão militar norte-americana no Afeganistão. Qualquer resquício de confiança e credibilidade que poderia ainda haver depois da queima do Alcorão acabou", disse o analista David Cortright.

"Isso pode ter sido o ato de um soldado desequilibrado. Mas o povo do Afeganistão verá o caso pelo que foi, um massacre arbitrário de civis inocentes", afirmou.

Um total de 130 mil soldados estrangeiros permanece no Afeganistão após o começo da retirada gradual do contingente da Otan desdobrado no país, de acordo com um calendário que está previsto que termine em 2014. (Agências)

DE OLHO NOS CÉUS. LÁ VEM A CHUVA DE BOMBAS. Baz Ratner/Reuters

Jim Hollander/EFE

Mohammed Saber/EFE

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÕES Encontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões: PREGÃO ELETRÔNICO 050/2012-SMS.G, processo 2012-0.004.724-5, destinado ao registro de preços para o fornecimento de REVELADOR E FIXADOR PARA ODONTOLOGIA, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/ Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Odontologia, do tipo menor preço.

A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá através do sítio www.comprasnet.gov.br, a partir das 9h30min do dia 22 de março de 2012, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

PREGÃO PRESENCIAL 430/2011-SMS.G, processo 2011-0.248.762-3, destinado ao registro de preço para aquisição de INSETICIDA ORGANOFOSFORADO LÍQUIDO À BASE DE DICLÓRVOS, para a Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 9h30min do dia 26 de março de 2012, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

RETIRADA DE EDITAIS Os editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br, quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Os documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresas interessadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema, www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão.

As Forças Armadas de Israel e as milícias palestinas da Faixa de Gaza mantiveram ontem sua maior onda de violência desde outubro, na qual morreram 18 palestinos desde sextafeira passada e que colocou o sul de Israel em estado de emergência após a queda de mais de 130 mísseis. Aos 15 milicianos mortos na sexta-feira e no sábado em Gaza se somaram ontem outros três palestinos, entre eles um menino de 12 anos e um homem de 52, os primeiros civis que são vítimas dos atuais confrontos.

A violência seguiu um padrão familiar em que os dois lados engajam-se em numerosos ataques ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. O banho de sangue normalmente termina após alguns dias de trégua informal.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, previu, em um comunicado, que seriam necessários mais alguns dias até que a violência acabe.

"Estamos no auge deste round (de violência)", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a seu gabinete ontem.

Autoridades médicas palestinas disseram

Retomada da violência afeta tanto palestinos (acima à esq.) como israelenses (acima à dir.). Ataques aéreos atingem Gaza, enquanto 130 mísseis caem no sul de Israel.

ontem que os ataques aéreos mataram um agricultor em uma fazenda e um militante, além de um menino de 12 anos de idade. Pelo menos 30 pessoas foram feridas, das quais seis estavam em estado grave ontem.

Um porta-voz israelense disse que o Exército investiga relatos sobre a morte do menino.

A violência explodiu na sexta-feira passada, quando tropas israelenses mataram Zuheir AlQueisi, secretário-geral dos Comitês Populares de Resistência, e seu genro Mahmoud Hanani, em um bombardeio que tinha como fim impedir um atentado que, segundo Israel, era planejado para uma área da fronteira com o Sinai egípcio.

Os ataques têm perturbado a vida normal no sul de Israel. As aulas foram canceladas e mais de meio milhão de israelenses se encontram em estado de alerta.

Cerca de 40 foguetes foram interceptados e destruídos pelo sistema antimíssil israelense, disse o Exército, que estima que mais de 130 deles foram lançados ao sul de Israel desde sexta-feira.

No sábado, o grupo Hamas, que governa Gaza, disse ter pedido a mediação do Egito para negociar o fim dos ataques. O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, tenta convencer os grupos armados a cessarem as hostilidades. Ele afirmou que o apoio das facções é "positivo e responsável", em comunicado divulgado após ter conversado com os mediadores egípcios. (Agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

A Ç Õ E S

R E A L I Z A D A S

E M

INFORME PUBLICITÁRIO - 9

2 0 1 1

Chegou o novo canal de comunicação

60 ANOS EM DEFESA E DA LIVRE INICIATIVA

H

á 60 anos, a Zona Norte era praticamente esquecida pelos poderes públicos. O aparato governamental seja ele, municipal ou estadual, pouco investia na região. Em 31 de janeiro de 1952, esta história começou a mudar: nascia a Distrital Norte da Associação Comercial de São Paulo.

Nesta foto, o terceiro da esquerda para a direita é o presidente da ACSP Henrique Bastos Filho, o presidente descentralizador, no jantar comemorativo de posse dos primeiros 25 diretores da Delegacia Distrital Santana, em 31 de janeiro de 1952.

trabalhos do Conselho de Cultura e Civismo;

tário, autor Enzo Luiz Bertolini; preocupou-se com a reordenação do comércio ambulante;

2006

– atuou na Campanha de Olho no Imposto; recebeu a empresária Glorinha Baumgart para falar sobre os 22 anos de sucesso da Cidade Center Norte;

1964 – a Distrital Norte recebeu a visita do prefeito Prestes Maia que apresentou o projeto do Metrô, da ponte e Avenida Cruzeiro do Sul, ponte da Vila Guilherme e Avenida Santos Dumont;

2007

– participou do lançamento do Programa Estadual de Desburocratização e dos debates em torno da Lei Cidade Limpa; debateu a Lei do Supersimples;

1968 – a nova sede foi Em 04 de fevereiro de 1952, o Diário do Comércio trazia a matéria de instalação da então Delegacia Distrital Santana, ocorrida em 31 de janeiro de 1952

1953 – atuou fortemente

na abertura da Radial Norte (hoje Avenida Santos Dumont); foi a pioneira a reconhecer através de um evento festivo a importância do Comerciante; As festividades do Dia do Comerciante se tornaram tradicionais e seguidas pelas demais distritais e entidades;

instalada à Rua Conselheiro Saraiva, 200. Anteriormente estava localizada na Rua Voluntários da Pátria, 2.180;

1969 – iniciaram-se as tratativas em volta da construção do Parque Anhembi;

1973 – O Diário Oficial do Município publicou a nomeação dos ex-diretores superintendentes Jamil Chamma e Vinício Braidatto, como colaboradores para a apresentação de projetos e sugestões à Prefeitura de São Paulo;

1975 – acompanhou o presidente Ernesto Geisel na primeira viagem de Metrô – do Jabaquara a Santana; realizou debate sobre a importância da construção do Aeroporto Internacional de Guarulhos; Inaugurou-sec a nova sede da Distrital, Rua Jovita, 309 (até hoje no local);

2008

1987 – trazia à sociedade conhecimento sobre doenças raras como AIDS;

1989

– iniciou-se o projeto de Construção do Obelisco da Distrital;

1991

– debates sobre Política Internacional e a Globalização e suas consequências para o futuro; visita de Antonio Dráusio Varella e Narciso Scalera, conhecidos médicos oncologistas; Deu-se início à formação da nova distrital Vila Maria; iniciouse o Projeto Empreender, com o objetivo de facilitar o processo de desenvolvimento e fortalecimento das micro e pequenas empresas, através do associativismo;

1992 – comemoração dos 1977 – inauguração do novo 40 Anos da Distrital, no Clube

Posto do Corpo de Bombeiros, em Santana, com a participação ativa da Distrital;

1979 – implantação do Desde 1953 a Distrital Norte sempre esteve à frente ao debate sobre a regulamentação do Comércio Ambulante

1963 – apresentou duas

teses durante o 1º Congresso do Comércio Paulista: Fortalecimento das Distritais e sua Influência na Comunidade, autoria do exdiretor superintendente Vinício Braidatto e Política Municipalista e Unificação o Sistema Tribu-

serviço Zona Azul no bairro de Santana; participação da Campanha Antipólio; início dos debates sobre a construção do novo terminal de ônibus de Santana;

1982 – debates em torno da desativação do Complexo do Carandiru;

1986 – participou ativamente do movimento “Defesa do Consumidor” no Clube Esperia, com a presença de mais de mil pessoas;

m 1951, a Associação Comercial de São Paulo iniciou um processo de descentralização que iria se tornar exemplo para várias organizações. Sob a presidência de Henrique Bastos Filho, o presidente descentralizador, foram criadas as “Delegacias Distritais”. Esses órgãos têm o objetivo de oferecer aos empresários e empreendedores da respectiva região, condições e oportunidades de se beneficiarem de seus serviços.

As primeiras delegacias foram: Pinheiros, Penha e Lapa. A Distrital Norte foi a quarta a ser inaugurada.

A ACSP possui 15 distritais espalhadas pelos principais pontos da cidade.

A ideia chamou tanto a atenção na época, que até a Prefeitura de São Paulo deu inicio a sua expansão, instituindo as Administrações Regionais, hoje as chamadas Subprefeituras.

O saudoso historiador e ex-diretor superintendente da Distrital Norte, Enzo Luiz Bertolini, relata no livro do cinquentenário da entidade, que, nos anos 50, a Zona Norte não possuía uma estrutura capaz de despertar interesse de grandes empreendimentos, quer no setor comercial,

Esperia, com a presença de mais de mil pessoas;

1995

– foi criado o Conselho da Mulher da ACSP; já lutava para o aumento de prazo para o recolhimento do ICMS;

1996

– Inaugurado o Obelisco da Distrital Norte, na Praça Heróis da FEB;

1997

– lutou contra a permanência da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) e pela redução do ISS (Imposto Sobre Serviço);

2000

– realizou expressiva Campanha de Doação de San-

gue, com a equipe da Pró-Sangue, do Hospital das Clínicas, que beneficiou centenas de pessoas; comemorou os 500 Anos do Brasil, com apresentação das Escolas de Samba: Acadêmicos do Tucuruvi, Rosas de Ouro, Unidos do Peruche, X-9 Paulistana e Mocidade Alegre;

2001

– participou ativamente da primeira edição do Natal Iluminado na cidade de São Paulo;

2002

– Comemorações do Cinquentenário da Distrital, produção do Livro Histórico dos 50 Anos, reforma do Obelisco, realização de reuniões itinerantes, doação da Imagem de Nossa Senhora da Salette à cidade de Benguela, em Angola, África, Inauguração do Memorial de Nossa Senhora da Salette, realização de Jantar de Gala com a presença de aproximadamente mil pessoas, desativação do Complexo do Carandiru;

2003

– Criou-se o Fórum dos Jovens Empreendedores da Distrital, sob a coordenação de David Fernandes;

2004 – foi implantado o Programa Degrau na Distrital Norte; iniciou as atividades do Posto da Jucesp, na região;

2005

– participou ativamente contra a MP 232; iniciou o projeto de revitalização da Rua Voluntários da Pátria; tiveram início as homenagens às forças de segurança pela ACSP; iniciaram-se também os

17,90

– impediu a transferência de parte da Zona Cerealista para a Av. Zaki Narchi, o que traria vários transtornos para região como: aumento do trânsito, degradação do Meio Ambiente, desvalorização de imóveis e desrespeito à comunidade do entorno; participou da Frente Solidária de Trabalho, desenvolvida pelo Governo do Estado de São Paulo; atuou frente ao projeto de operações urbanas: Campo de Marte / Vila Maria;

2009

– apresentou o projeto de Incubadora de Empresa da Zona Norte, em parceria com a Subprefeitura Casa Verde, Cachoeirinha e Limão;

Parabenizamos os Empreendedores da Zona Norte/2011: Center Norte, UniSant’Anna, C2J Construtora, Mirantte Soluções Imobiliárias, Hiper Center Andorinha, Colégio Cermac e Anhembi Veículos.

como no imobiliário. Com pouco mais de 345 mil habitantes, 400 indústrias, e 1.200 casas comerciais e prestadoras de serviços, a região carecia de facilidades em vias de comunicação com o Centro e o resto da Capital.

Apenas a Ponte das Bandeiras era o elo com a outra parte do Rio Tietê. “Passou a Distrital Norte a representar a força da coletividade aquém-Tietê, a fim de encontrar soluções rápidas para a melhoria de vida habitacional da Zona Norte”, explicou Enzo.

A Distrital Norte, através da atuação de seus diretores e conselheiros, sempre soube colocar seus interesses em prol da comunidade. Problemas de vários setores: tributos, transporte, segurança, saúde, civismo, meio ambiente, social e outros, sempre foram e até hoje são debatidos, nas reuniões e encontros da entidade.

Aqui apresentamos uma síntese das realizações da Distrital Norte nestes 60 anos: debateu o programa de Metas da Prefeitura de São Paulo – Agenda 2012; recebeu a empresa Google(mundialmente conhecida); trouxe ao conhecimento da população a Arbitragem, modalidade de estipulação contratual entre as partes;

2010

– passou a então Distrital Santana a utilizar o nome Distrital Norte; realizou homenagem ao conselheiro nato e fundador da Distrital Norte, Sr. Octávio Zampirollo (In Memorian) inaugurando letreiro na fachada da sede, que atribui à casa o nome de “Casa Octávio Zampirollo”; atuou na implantação da Operação Delegada, que reordenou o Comércio Ambulante;

2011

– Inaugurou o Monumento Marco da Paz da ACSPDistrital Norte, no Parque da Juventude; apresentou o projeto das novas instalações da AACD na região; realizou grande evento empresarial, para aproximadamente mil convidados, que reuniu artistas como Toquinho e Jair Rodrigues e contou com a apresentação do jornalista Luciano Faccioli.

g

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

Arte: MAX

eral

Descubra se o destino registra acidentes constantes

Não banque o herói, peça ajuda se necessário.

Siga as instruções dos guias e verifique se os itens de segurança estão disponíveis

Converse com pessoas que já visitaram o local e informe-se

Avalie o estado de conservação dos equipamentos

Só contrate operadores formais e idôneos

Diga o que espera da atividade e não permita fugas de roteiro

Vista-se de maneira adequada à atividade

Leve sempre protetores para cabeça, olhos e pele. Água mineral e biscoitos.

SEM BRINCADEIRA COM A VIDA Muita atenção na hora de escolher produtos e serviços destinados ao lazer e ao turismo de aventura. Não permita que a alegria se transforme em dor. por Kleber Gutierrez

N

o momento em que vai programar um passeio ou as próximas férias, você dedica tempo e recursos para garantir atividades seguras? Em um país festeiro como o Brasil e de sol quase constante, você imagina que algo pode dar errado ou até resultar em um acidente?

Quando entregou sua filha ao guia do resort em Maragogi, Alagoas, para fazer uma cavalgada, não passava pela cabeça de Silvia Basile que aquele seria o último momento em que veria Vitória com vida. "Eu jamais imaginei que ele a deixasse cavalgar sozinha e menos ainda que não tivesse visto a possibilidade de a barrigueira do animal afrouxar", lamenta a mãe.

Vitória, que em 2012 completaria 20 anos, tinha 10 quando foi vítima da negligência dos operadores de um serviço vendido como de baixo risco.

O acidente tirou um pedaço da família Basile e virou ação que ainda corre na Justiça. Mas, principalmente, foi utilizado como propulsor para a criação de um trabalho que já ajudou a preservar muitas histórias: a Associação Férias Vivas.

A entidade é uma Organização Social de Interesse Público (Oscip) que luta junto aos poderes constituídos – como Ministério do Turismo e Associação Brasileira de Normas Téc-

Newton Santos - Hype

nicas (ABNT, que ajuda a regular o setor) –, empresários e consumidores para fazer com que o brasileiro sempre tenha em mente a questão da segurança antes de programar qualquer saída ou viagem.

Em seu site, é possível encontrar orientações para os mais frequentes eventos de lazer no Brasil e exterior, como visitas a espelhos d'água, embarcações, espeleoturismo, expedições fora de estrada, jet ski, mergulho, montanhismo, turismo equestre e voo livre, bem como gerenciamento de riscos, plano para atendimento às emergências, prevenção, procedimentos básicos, segurança e responsabilidade civil.

"Nesses momentos, as pessoas estão relaxadas, mas não podem deixar de conviver com a ideia da prevenção. Deve ser um comportamento rotineiro.

Cuidar da segurança pessoal e da família tem de ser como tratar da higiene: com metodismo. É algo que precisa estar internalizado", defende Silvia. Para ela, os consumidores têm de saber que "férias e lazer são momentos de relaxar, mas que o planejamento pode ser racional".

Ela se ressente, contudo, pelo fato de que "não existe a crença de que esse trabalho seja importante. É triste, mas a repercussão das últimas ocorrências em parques de diversão e com jet skis amplia a visibilidade de nossas ações. E mostra como a prevenção é crucial. É preciso analisar, pla-

Silvia Basile transformou sua perda em ação. Ela mantém um site com orientações para práticas seguras.

nejar e avaliar o tipo de risco que a ação vai envolver. O que você consegue prever, você consegue evitar", garante.

Silvia entende que "muito já se avançou no tratamento da questão em nosso País. Mas, lamentavelmente, muitos empresários do setor ainda veem esse trabalho como custo e não como investimento. Quando me chamam para fazer uma palestra, pedem que seja gratuita e ainda cogitam a possibilidade de eu arcar com as despesas da viagem."

A sobrevivência da Férias Vivas depende exclusivamente dos recursos da própria Silvia. Não há um único parceiro que destine qualquer apoio financeiro para a manutenção

da Oscip, que tem custo fixo mensal de R$ 3,5 mil.

Outro problema é a formação dos profissionais. Ana Maria Colognesi, colaboradora da Férias Vivas, formada em Turismo por uma das principais faculdades do setor em São Paulo, garante que nunca teve "uma única aula sobre segurança do consumidor. Apenas palestras, pois isso não fazia parte da grade curricular".

Em Belo Horizonte, a advogada Luciana Atheniense atua em duas frentes para fundamentar conceitos de segurança a quem oferecerá serviços e para aqueles que os contratam.

De um lado, leciona Direito do Consumidor para turmas em formação na área de Turis-

mo da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais. De outro, mantém independentemente o site Viajando Direito, que esclarece dúvidas e demonstra as responsabilidades nas relações entre viajantes e agentes, transportadores e prestadores de serviços.

Autora dos livros Viajando Direito e Responsabilidade Jurídica das Agências de Viagem, Luciana defende que "o País pare de reagir na consequência, para agir nas causas" em se tratando de responsabilidade dos fornecedores e de consumo consciente por parte do público. "O consumidor precisa aprender a não buscar apenas o melhor preço, mas a maior seriedade."

Conforme Leonardo Persi, coordenador de Formalização da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), a Lei Geral do Turismo existe para ser cumprida, assim, o empresário que atua de forma responsável e é atento às necessidades dos consumidores, deve seguir as boas práticas.

Persi diz que "hoje existem 94 empresas com Sistema de Gestão da Segurança certificado em diversos estados, seguindo os mesmos procedimentos de países como Nova Zelândia, Reino Unido, Espanha, Portugal e Argentina". E que é seguro viajar para destinos de ecoturismo e de aventura no País. "O fundamental é estimular a cultura da vida ao ar livre, divulgar os locais e empresas que têm feito seu dever de casa e ampliar as ações de qualificação e certificação, para que em breve o Brasil possa levantar a bandeira de país líder nas viagens para natureza, como um dos melhores e mais seguros destinos mundiais para se viajar."

S AIBA MAIS Associação Férias Vivas www.feriasvivas.org.br Luciana Atheniense: www.viajandodireito.com.br Normas na ABNT www.abntcatalogo.com.br/mtur Abeta: www.abeta.com.br Viagem na Natureza www.viagem-natureza.com.br

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

c

11

idades

Conhecer a São Paulo de ontem, mas já com ares de amanhã, deixa de ser um exercício de imaginação. A transição da cidade ainda de perfil colonial para uma incipiente metrópole pode ser acompanhada em detalhes na obra "Guilherme Gaensly", um álbum de antigos 'retratos' de uma São Paulo do fim do século 19 e início do 20. Nele estão registrados personagens atualíssimos como os camelôs da Ladeira General Carneiro, e os primeiros lampejos de um modernismo traduzido em trilhos de bondes, prédios e muito futuro.

O Jardim e a Estação da Luz

O bairro de Santa Cecília em 1905 (acima) ainda guardava o toque de tranquilidade que costuma caracterizar as cidades de interior. O crescimento da cidade ganhou cores e, com elas, os postais artísticos, os bilhetes postais e os memorandos (dir.)

Fotos: Guilherme Gaensly/Reproduções

Na rua João Alfredo, hoje Ladeira General Carneiro, camelôs na calçada. Acima, a rua São Bento.

No álbum de fotos, uma São Paulo pouco antes de o futuro chegar Marcus Lopes

N

ão é de hoje que o comércio do Centro da cidade sofre com os camelôs. Em 1906, uma fotografia da rua João Alfredo (atual Ladeira General Carneiro) mostra vários vendedores ambulantes em frente às lojas da época. A curiosa foto integra o álbum Guilherme Gaensly (Editora Cosac Naify, 216 páginas, R$ 62), que acaba de chegar às livrarias.

Numa prova de que a iconografia paulistana é uma fonte inesgotável de boas surpresas, trata-se de uma bela coletânea de imagens da São Paulo entre o fim do século 19 e início do 20.

Elas foram elaboradas pelo fotógrafo Guilherme Gaensly, um suíço que chegou ao Brasil ainda criança com sua família nas primeiras levas de imigrantes que por aqui aportaram, por volta de 1850.

O talento de Gaensly para a fotografia surgiu ainda na Bahia, onde a família se estabeleceu e ele montou seu primeiro estúdio fotográfico, o "Photographia do Commercio", no Largo do Theatro, em Salvador. Ali, ele tornou-se um dos fotógrafos mais importantes do Estado, a ponto de gabar-se de ter "a maior colleção de vistas da Bahia".

Primeiros passos – Na última década do século 19, Gaensly transferiu-se para São Paulo, atraído por uma cidade que começava a dar seus primeiros passos rumo à modernidade, banhada pela riqueza do café. Para ele, tratava-se de um terreno fértil para a fotografia, em especial para o seu estilo, dedicado às vistas e paisagens urbanas e rurais.

Ele estava certo. Se Militão Augusto de Azevedo (18371905) se notabilizou por registrar a São Paulo modorrenta e triste do século 19, Gaensly mostrou uma cidade em transformação, que se modernizava

A rua Direita em 1901 (foto maior à esq.), com trilhos de bonde. Acima, a avenida Tiradentes arborizada, em 1905. Na foto menor, a capa do livro 'Guilherme Gaensly'.

Uma cidade de outros carnavais Fotos: Reprodução

A foto acima tem muita história. No centro do palanque, de terno claro, o ex-prefeito Faria Lima, em 1968: o desfile era no Anhangabaú

O Carnaval já passou, mas continua rendendo assunto.

Para quem já está com saudade da folia, vale a pena conferir o l i v r o Ca r n a va l e m Branco e Negro, (Imprensa Oficial, 396 páginas, R$ 90).

Carnaval em 400 páginas Em quase 400 páginas, Olga mostra como era a vida na cidade, entre 1914 e 1988, através dos bailes e desfiles nos bairros. Um dos blocos mais animados, por exemplo, era o da Chaleira, que desfilava pelas ruas do então bairro operário da Lapa, na década de 1920.

O bloco era uma paródia ao termo "chaleirar", na época um sinônimo de bajulação. Em miúdos, "chaleira" era o sujeito puxa-saco. Um dos capítulos mais interessantes resgata a trajetória dos desfiles de escolas desde a oficialização do carnaval paulistano, em 1968, pelo prefeito Faria Lima. (M.L.)

e tornava-se uma das mais importantes do Brasil.

Suas imagens retratam os monumentos, prédios, avenidas e edifícios públicos, mostrando o nascimento de uma São Paulo nova, dinâmica e que passava por um amplo processo de reurbanização.

Tanto é que várias fotografias suas acabaram ilustrando cartões-postais da época.

Luz – Na cidade da belle époque, alguns locais se destacavam, como a Estação da Luz, que simbolizava o modernismo, e o Jardim da Luz, primeiro parque e principal área pública de lazer da população da época. Nasciam os casarões da avenida Paulista, os bondes elétricos e as ruas do famoso triângulo de ruas - Direita, 15 de Novembro e São Bento - fervilhavam com as novidades da Europa. Nada escapava da mente aguçada e das lentes de Gaensly.

"A nova configuração da vida urbana e a presença implícita da mão de obra artesanal do imigrante europeu são evidentes nas fotos de Gaensly desse período. Era imprescindível para a camada rica da sociedade paulistana apagar os 'vestígios' coloniais da cidade e divulgar para o exterior a imagem de um estado promissor", explica o fotógrafo Boris Kossoy, que assina um dos textos analíticos do livro.

Nova identidade – "A cidade colonial desaparece dando lugar a um novo cenário, com o qual a elite aristocrática então se identifica. A velha ordem é sepultada e uma nova identidade é construída", completa Kossoy, que resume o trabalho do colega de profissão que retratou a Pauliceia lá atrás: "As fotos de Gaensly são ricas em detalhes, servindo aos estudiosos como excelentes instrumentos para o resgate da iconografia e da memória. Suas imagens nos provocam, enfim, a recuperar micro-histórias implícitas em seus conteúdos."

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

facesp

NO ABC As ACs do Grande ABC geram 2,4 milhões de consultas ao ano.

regionais

SISTEMAS Os produtos e serviços serão oferecidos em dois sistemas.

Paulo Pampolin/Hype

A

s mais de 400 associações comerciais (AC's) filiadas à Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) terão disponíveis, até o final do mês, novos produtos e serviços para seus associados. A Boa Vista Serviços (BVS), administradora e controladora do banco de dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), está fechando parcerias com as entidades com o objetivo de oferecer muito mais do que o SCPC: são produtos de informações para crédito e serviços, como marketing e prospecção de clientes.

Mais de 150 AC's no Estado de São Paulo já firmaram contratos com a BVS. "As demais estão no processo final de adesão, que deve ser concluído até o final do mês. A parceria, além da prestação de serviços, visa alavancar os negócios das assoc iações c om e rci a i s" , explica a diretora de Rede e Operações da BVS, Roseli Garcia. O trabalho de expansão dos produtos e serviços da Boa Vista A Boa Vista Serviços (BVS), administradora do SCPC, já firmou mais de 150 contratos no dentro das A C ' s c o m eEstado. Os produtos estarão à disposição das associadas da Facesp até o final do mês. çou no segundo semestre André de Almeida do ano passado. "Com esta iniciativa, a associação comercial local passa a ser nosso grande parceiro dentro da cidade na qual está inserida", diz.

Parcerias - De acordo com os contratos firmados, os produtos e serviços serão oferecidos em cada cidade por meio de dois sistemas de parcerias. Pelo primeiro modelo, uma equipe da AC local ficará exclusivamente responsável pela venda do portfólio de produtos e serviços da BVS e pela prospecção de novos clientes.

O outro formato prevê duas equipes comerciais, uma da associação local e outra da Boa Vista, que terá sua própria equipe de vendas. "Trata-se de um sistema de atuação compartilhada. Desta forma será mais fácil cobrir toda a área territorial dos municípios", afirma Roseli.

Uma das entidades que mais recentemente aderiu ao sistema de atuação compartilhada foi a Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos. "A duas equipes, nossa e a da BVS, percorrerão BVS irão em busca de novos mercial tem, acima de tudo, recidos aos associados. "Um o município para mostrar ao clientes. "Trata-se de uma ex- uma relevância institucional, dos maiores serviços de proteempreendedor que nós pos- celente forma de conquistar ao contrário de uma empresa, ção ao crédito ficará ainda mesuímos as melhores soluções associados a curto, médio e que visa o lucro", afirma. "Ao lhor, com menores riscos e de negócio, possibilitando ao longo prazos", ressalta Taiar. firmarmos uma parceria com a sem custos adicionais aos nosempresário a melhor tomada Profissionalização - Na opi- Boa Vista, nossos associados sos filiados", completa. d e d e c i s ã o " , a f i r m a J o rg e nião do presidente da Associa- terão maior confiabilidade nas A BVS, além de atuar em Taiar, presidente da ACE. ção Comercial e Industrial de informações de crédito de seus parceria com as AC's filiadas à O acordo entre a BVS e a As- São Bernardo do Campo (Acis- clientes e nosso serviço se tor- Facesp, também está expansociação Comercial de Guaru- bec), Valter Moura, a parceria nará mais profissionalizado", dindo sua atuação para além lhos estabelece que, para os firmada com a BVS, nos mes- diz. do Estado de São Paulo, prinempreendedores já associados mos moldes da que foi estabeEssa profissionalização, se- cipalmente em razão de parcea equipe local continuará co- lecida com a ACE, trará mais gundo o dirigente, vem ao en- ria com a Confederação das mercializando os produtos e profissionalismo ao serviço de contro do projeto desenvolvi- Associações Comerciais do serviços da Boa Vista. Mas tan- proteção ao crédito dentro da do pela Acisbec de melhoria Brasil (CACB). Para o presito a equipe da ACE quanto a da entidade. "Toda associação co- da qualidade dos serviços ofe- dente da Boa Vista, Dorival

As cidades de São Bernardo (esquerda) e Guarulhos (mais abaixo), por meio de suas associações comerciais, já aderiram ao sistema de atuação compartilhada.

Abaixo, reunião entre representantes da BVS e da ACE de Guarulhos.

Participaram do encontro, da direita para a esquerda, Roseli Garcia, diretora da BVS, Jorge Taiar, presidente da ACE, e Dorival Dourado, presidente da BVS.

Parcerias levam novos serviços a associações

São Pedro prepara exposição

M

ais de 60 pessoas participaram do lançamento da segunda edição da Expo São Pedro na Associação Comercial e Industrial da cidade, a Acisp. No evento, mais da metade dos estandes foi reservada, apesar de a feira só acontecer entre 15 e 18 de novembro O horário e o local também foram definidos, das 10h às 22h, no Centro de Exposições e Eventos Jacinto José Fávaro.

Neste ano, a feira terá um dia a mais, o feriado da

Proclamação da República, e horário ampliado. O número de estandes, devido à grande procura em 2011, passou de 31 para 48, mais a praça de alimentação.

Os expositores terão direito a uma consultoria individual do Sebrae para a montagem de estandes. A equipe de vendas da Expo São Pedro visitará as empresas que participaram da primeira edição – que terão desconto especial – e também as demais empresas da cidade e região.

Pesquisa de inadimplência

D

uas vezes ao ano, nos meses de março e setembro, a Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí realiza uma Pesquisa de Inadimplência com indivíduos que tenham dívidas cadastradas no SCPC . As entrevistas acontecem até o dia 31.

"Recebemos cerca de 100 pessoas ao dia para a consulta, com dúvidas sobre data, valores e como pagar. Pedimos então que preencham o questionário. O anonimato é garantido", explica Ricardo Diniz, presidente da ACE.

Esta é a 6ª edição da pesquisa, realizada desde setembro de 2009, e espera-se a realização de 400 entrevistas. "É importante para uma cidade ter a leitura de como está o poder de compra e de pagamento da população. A partir destes dados, pode-se, inclusive, criar oportunidades que garantam o fortalecimento do comércio e a saúde financeira dos consumidores", afirma".

O resultado, que inclui sexo, idade, faixa salarial, motivo e tempo da dívida, será divulgado no começo de abril.

Multa para quem jogar lixo na rua

J

Dourado, as recentes parcerias fazem parte da nova estratégia de expansão da empresa, contemplando localidades de relevância econômica.

As associações comerciais do Grande ABC, por exemplo, são responsáveis por gerar 2,4 milhões de consultas ao ano e a quantidade gerada pelas sete cidades da região cresce mais de 16% anualmente. "O saldo de crédito desta região representa, no Estado, 5% do montante fora da Capital", conclui Dourado.

ogar latinhas, garrafas ou bitucas de cigarro pela janela do carro ou atirar papéis e embalagens no chão vai custar caro para quem mora ou circula por Guarulhos, na Grande São Paulo. A Câmara Municipal da cidade aprovou projeto que prevê multa de 40 unidades fiscais de Guarulhos (UFGs), em torno de R$ 90,00, para quem jogar lixo na rua. No caso de reincidência serão 80 UFGs. A proposta agora espera pela sanção do prefeito Sebastião Almeida.

O projeto foi elaborado pela vereadora Luíza Cordeiro, que preside o Conselho de Meio Ambiente da Câmara, e prevê que o dinheiro arrecadado com as multas sejam destinados a campanhas educativas.

Agentes de trânsito, guardascivis, policiais militares e fiscais poderão multar.

A vereadora explicou que, antes da entrada em vigor da nova lei é preciso que a população seja orientada. "Mas tem de ter punição. Não se pode jogar lixo em qualquer lugar", afirmou. "É difícil de implementar, mas a lei ajudará a educar e promover um comportamento mais civilizado. Esta questão vai muito além de economia, poluição visual e saúde pública, trata-se inicialmente de boa educação", disse

Sebrae Móvel em Americana

O

Sebrae Móvel estará na Associação Comercial e Industrial de Americana (Acia), de hoje até o dia 14, para atender de graça empreendedores e cidadãos interessados em obter informações e orientações sobre assuntos relacionados ao meio empresarial – como gestão de empresas. Será possível também esclarecer as dúvidas de quem deseja iniciar o próprio negócio, além de dados sobre formalização de empreendedores individuais.

De acordo com o gerente do Escritório Regional Piracicaba do Sebrae, Paulo Sergio Cereda, Americana tem uma concentração importante de micro e pequenas empresas e nas outras oportunidades em que o Sebrae Móvel esteve na cidade, o resultado foi positivo. A expectativa é sejam efetuados cerca de 100 atendimentos para pessoas física e jurídica. O atendimento, feito por dois analistas do Sebrae, será das 10h às 16h.

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

DIÁRIO DO COMÉRCIO

13

acsp

EM MILHÕES As obras, orçadas em R$ 10,4 milhões, ficam prontas no final do ano.

distritais

G Ir

Cultura e lazer na Câmara A construção de uma biblioteca, um museu e um café, e a reforma do auditório, pretendem aproximar a população do legislativo municipal André de Almeida

Fotos: L.C.Leite/Luz

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Etiópia – O vice-

U

m dos edifícios mais importantes da cidade, o Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal de São Paulo, está em obras. Com o objetivo de aproximar o cidadão das atividades e da sede do poder legislativo, o andar térreo do prédio será ocupado por um novo espaço de cultura e lazer. Entre outros equipamentos, será construída uma nova biblioteca – a atual funciona no segundo andar. A previsão é de que a obra seja concluída em dezembro.

O auditório externo Freitas Nobre, que tem capacidade para mais de 300 pessoas, também passará por reformas: as laterais serão fechadas com painéis móveis e será implantado um processo de requalificação. O espaço ganhará um palco para a realização de debates e eventos, como a apresentação de peças de teatro ou filmes, por exemplo. "Estamos em fase final de elaboração dos projetos executivos. A proposta é oferecer serviços que tragam a população para dentro da Câmara Municipal", afirma o secretário de Infraestrutura da Casa, Rodrigo Ravena.

As primeiras intervenções começaram no segundo semestre do ano passado, com a reforma da praça Divina Providência, que foi incorporada à Câmara Municipal. Logo depois, foi providenciada a revitalização da praça vereador Paulo Kobayashi, que agora tem um painel de arte urbana desenhado nas paredes.

De acordo com o projeto, está prevista também a construção de um mezanino – em cima da biblioteca, servindo como sala de trabalho para os servidores –, de um café e do Museu da Câmara, os dois últimos ficariam localizados entre a biblioteca e o auditório, no vão livre do térreo. O conjunto de obras está orçado em R$ 10,4 milhões e deve estar pronto até o final do ano.

Biblioteca - Segundo Ravena, em torno de 4 mil pessoas circulam diariamente pelas dependências da Câmara. "Apesar do movimento, a a biblioteca não é muito utilizada, com um ap ro vei tam en to abaixo de sua importância". O acervo, de mais de 22 mil títulos, é composto principalmente obras sobre legislação municipal. Também há arquivo dos diários oficiais da cidade.

Com a transferência para o térreo, a biblioteca passará dos atuais 800 para 1,2 mil metros quadrados de área. "Haverá uma entrada pela rua, facilitando o acesso da população", afirma o secretário.

A mudança para o andar térreo deverá aumentar a demanda em, pelo menos, 50%. Esta é a opinião do secretário de documentação da biblioteca, Caio Monteiro . No ano passado, quase 11 mil pessoas consultaram livros, jornais e revistas na biblioteca, que faz empréstimo de obras. "O perfil do

MAIS ESPAÇO A biblioteca passará de 800 para 1,2 mil metros quadrados de área.

Parte do painel Floresta Urbana, feito por grafiteiros, com o prédio da Câmara ao fundo. Abaixo, vista das praças revitalizadas e a pista de skate, que também foi recuperada.

presidente da ACSP Luiz Roberto Gonçalves recebe o embaixador da Etiópia, Wuletw Hailemariam Nigussie, e o ministro conselheiro, Araya Kidane. Às 11h, rua Boa Vista, 51/11º andar, sala Tadashi 3.

I Plenária – O presidente da ACSP, Rogério Amato, preside a reunião plenária com Mauro Ricardo Machado Costa, secretário municipal de Finanças, com o tema Gestão Fiscal da Prefeitura de São Paulo. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária.

Amanhã I Vila Maria – Às 8h30,

A proposta é oferecer serviços que tragam a população para dentro da Câmara.

RODRIGO RAVENA, SECRETÁRIO DE INFRAESTRUTURA DA CÂMARA MUNICIPAL

14ª reunião ordinária.

Rua do Imperador, 1660.

I Centro –Às 18h30, palestra B.I. (Business Intelligence) como ferramenta de uma eficaz Gestão Empresarial, com Waldir Ciszevski.

Confirmações: 3208-5753 ou dcentro@acsp.com.br.

ACM, rua Nestor Pestana, 147, Consolação.

I Penha – Às 18h30, 1ª reunião da organização do evento da Maçonaria Penhense. Avenida Gabriela Mistral, 199.

I São Miguel – Às 19h30, 9ª reunião ordinária da Diretoria Executiva e Conselho Diretor. Avenida Marechal Tito, 1042.

I Jabaquara – Às 19h30, 14ª reunião ordinária da Diretoria Executiva e Conselho Diretor. Avenida Santa Catarina, 641.

Quarta I Lapa – Às 19h30,

15º reunião ordinária da Diretoria Executiva e Conselho Diretor com palestra do vice-presidente da ACSP Nelson Kheirallah, com o tema As últimas tendências do varejo global.

Rua Pio XI, 418.

I Mooca – Às 19h, a distrital e a DOC Contabilidade promovem a palestra gratuita O Governo digital e sua empresa SPED-Sistema Público de Escrituração Digital.

Rua Madre de Deus, 222.

Salão do microcrédito no vale do Anhangabaú Ao alto, a biblioteca que hoje funciona no segundo andar. O local é pouco conhecido e tem frequencia considerada baixa. O aposentado José Roberto de Oliveira (acima) costuma passar por lá para ler os jornais. À esquerda, o auditório externo que será fechado com painéis e ganhará um palco.

frequentador é distinto, mas principalmente formado por servidores da casa e pesquisadores. Queremos que a população conheça o novo espaço e nos prestigie", diz Monteiro.

O aposentado José Roberto de Oliveira, que costuma frequentar a biblioteca para ler os jornais do dia, aprovou a transferência para o andar térreo, assim como a ampliação d espaço. "Para nós, idosos, o acesso ficará mais fácil", diz.

Praças - Tanto a reforma da praça Divina Providência quanto a da vereador Paulo Kobayashi, que fica ao lado da Câmara, foram realizadas pela Casa. A Paulo Kobayashi, até mesmo pela maior proximidade com o Palácio Anchieta, me-

rece destaque especial. O espaço foi completamente revitalizado e ganhou uma obra feita com a técnica do grafite. O painel, batizado de Floresta Urbana pela equipe de 32 grafiteiros que o desenhou, utilizou o conceito de surrealismo, incluindo elementos da natureza.

Além dos painéis artísticos, o paisagismo da praça foi recuperado, com a preservação das árvores, colocação de uma nova camada de grama e o plantio de mudas doadas pela Subprefeitura da Sé. Outras mudanças incluíram a reforma da quadra poliesportiva que fica nos fundos da praça, e a manutenção da pista de skate.

No processo de revitalização está prevista ainda a utili-

zação do prédio de três andares que fica bem no centro da praça. A ideia é que o edifício abrigue, até o final do ano, uma oficina de cultura e uma unidade de Telecentro.

Para o superintendente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Luiz Alberto Pereira da Silva, é muito importante a proposta de aproximar as atividades da Câmara do cidadão paulistano. "Esta ideia se deve à mentalidade do presidente da casa, José Police Neto", diz. Segundo ele, uma nova biblioteca é uma proposta muito interessante. "Irá melhorar a comunicação e o relacionamento entre a Câmara, os vereadores e a comunidade em geral", afirma.

Histórico - A Câmara Municipal de São Paulo foi criada em 1560 pelo terceiro governadorgeral do Brasil, Mem de Sá. Nos primeiros anos, as sessões eram realizadas nas casas e pousadas dos vereadores. A primeira sede própria foi inaugurada só em 1576 e estudos indicam que ficava em frente à Igreja do Colégio (atual Pátio do Colégio).

O prédio, construído com taipa de pilão e coberto com sapé, tinha três partes: a Casa do Conselho, o depósito e a cadeia. Com o passar do tempo, o edifício ruiu e a Câmara ocupou passou por diversos lugares. Somente em 1969 a Câmara foi instalada no Palácio Anchieta, abrigando os 21 vereadores da época.

A

s secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho e do Microempreendedor Individual e o banco de microcrédito São Paulo Confia promovem, até o dia 21, o 1º Salão do Microcrédito da Cidade de São Paulo (www.salaodomicrocredito.com.br), no vale do Anhangabaú. No espaço, de 500 m², mais de 30 oportunidades de negócios de baixo custo em serviços e equipamentos nos segmentos automotivo, alimentação, beleza e brindes.

Será possível obter crédito em condições especiais. O São Paulo Confia concederá recursos de até R$ 9 mil e os agentes darão o suporte aos interessados. Para obter o crédito é imprescindível participar de um grupo solidário com, no mínimo, três microempreendedores e, no máximo, 10. Não é necessário ter o nome limpo e também não é exigido fiador. Os juros praticados são de 3,9%. O solicitante deve frequentar um curso de Microfinanças e ter acima de 18 anos.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

www.dcomercio.com.br

14 -.LOGO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

ESCULTURAS INSANAS A artista Nancy Fouts, que vive e trabalha em Londres, cria esculturas que desafiam qualquer lógica e desesperam os olhares mais sensíveis. A artista recria as imagens nos mínimos detalhes, como mostra o caramujo que passa sobre a lâmina de barbear.

As fotos das peças criadas pela artista não sofrem manipulação.

Para ver outras imagens, visite o site. www.nancyfouts.com

T SUNAMI D ESIGN

Japão: homenagens e protestos.

Reconstrução total das áreas atingidas pela tragédia deve levar pelo menos uma década Kim Kyung-Hoon e Toru Hanai/Reuters

Kim Kyung-Hoon/Reuters

U

m ano após o terremoto seguido por tsunami e acidentes nucleares no Japão, milhares de manifestantes pediram ontem em Tóquio o fim do uso da energia atômica.

O acidente na usina de Fukushima despertou o fantasma da radioatividade no país e mantém mais de 80 mil pessoas longe de suas casas.

A chamada "Grande Marcha de Tóquio" começou pouco depois que a multidão prestou uma homenagem às vítimas com um minuto de silêncio na mesma hora em que há um ano aconteceu o terremoto de 9 graus na escala Richter, gerando um tsunami que tirou a vida de mais de 19 mil pessoas.

A crise nuclear levou ao decreto de uma zona de exclusão de 20 quilômetros em torno da usina de Fukushima por conta da alta radiação, o que demandou a evacuação de todos os municípios dessa área, enquanto dezenas de milhares de pessoas abandonaram as regiões mais afastadas que também foram afetadas pela radioatividade.

Após o acidente nuclear, 52 dos 54 reatores nucleares do Japão foram fechados por segurança ou revisões rotineiras.

Imperador – O imperador do Japão, Akihito, pediu aos cidadãos que mantenham seu apoio aos afetados pelo tsunami e prossigam os "contínuos esforços" para melhorar a situação nas regiões afetadas.

Em um memorial em Tó-

Batman Papel de carta do criador de Batman, Bob Kane. No site abaixo, outros papéis de carta personalizados de pessoas famosas. www.letterheady.com

I NTESTINO

Hebe: tumor e cirurgia de emergência.

A apresentadora Hebe funções na Rede TV!, onde Camargo, de 82 anos, passou por apresenta seu programa. uma cirurgia de emergência para Esta não é a primeira vez remover um tumor no intestino que a apresentadora trata um ontem à tarde, no hospital câncer. Em janeiro de 2010, ela Albert Einstein. De teve diagnosticado Thais Ribeiro/AE acordo com o hospital, câncer no peritônio o tumor causava (membrana que obstrução intestinal. envolve os órgãos do Segundo seu sobrinho aparelho digestivo) e e empresário, Cláudio passou por uma Pessutti, a cirurgia foi um cirurgia para retirada sucesso e o tumor, de nódulos. removido Após 12 dias de completamente. Hebe, que se internação, passou a fazer recuperava na UTI (Unidade de quimioterapia. Em setembro do Terapia Intensiva) do hospital, tinha ano passado, a apresentadora boas condições de saúde. divulgou que estava novamente A cirurgia foi realizada pelo se submetendo a sessões de médico Antonio Luiz Macedo. quimioterapia. O objetivo era Por causa do procedimento, ela prevenir o retorno do câncer deverá ficar afastada de suas de peritônio. (Agências)

Carlos Barria/Reuters

Sequência de fotos mostra recuperação em Kesennuma. Dois irmãos oferecem orações aos pais mortos e pescadores jogam flores e lanternas no mar.

quio, o imperador advertiu que ainda há "obstáculos no caminho" para os afetados pelo desastre.

O chefe do Trono do Crisântemo, a dinastia reinante mais antiga do mundo, também se mostrou "profundamente agradecido" pela preocupação mostrada "no mundo todo" perante a catástrofe que sacudiu o país há um ano.

A reconstrução total das

áreas atingidas pelo terremoto seguido por tsunami e acidentes nucleares no Japão deve levar pelo menos uma década, segundo especialistas do governo. No país, cerca de 350 mil pessoas esperam por uma casa. Mais de 50 mil moradias temporárias foram construídas. Pelos dados do governo, os danos são superiores a 156 bilhões de euros.

A ideia é investir 213 bilhões

de euros nos próximos dez anos. Nos primeiros cinco anos, 176 bilhões serão aplicados. Foram aprovados quatro orçamentos suplementares.

Em fevereiro deste ano, foi criada a Agência da Reconstrução.

O objetivo é que ela funcione até 2020, com representações nas regiões de Iwate, Miyagi e Fukushima, as mais afetadas pelo tsunami de março do ano passado. (Agências) E X-BEATLE

A RTE

Paul fará shows no País, em abril.

REALEZA - Terceiro na sucessão do trono da Inglaterra, o príncipe Harry chegou ontem em uma carruagem a um campo de polo em Monte Mor (SP). Do lado de fora, jovens fizeram plantão na tentativa de ver um dos solteiros mais cobiçados do mundo.

Fio a fio

E M

Não há quem não fique frustrado na hora de mexer na bagunça de fios atrás da mesa do computador, do rack da TV ou das estantes da casa. Saber qual é o fio do aparelho com problemas nem sempre é uma tarefa simples.

Para facilitar sua vida, a Mark Brothers criou um produto simples e de design curioso.

São etiquetas de identificação que se parecem com pequenos acrobatas. Com elas, você nunca mais desligará o equipamento errado.

Mais fácil, impossível.

TEATRO

http://bit.ly/nigv4c

L

O artista japonês Sato criou uma série de ilustrações que combina o interesse por pássaros e por uniformes militares. Na série Torigun, espécies típicas do Japão aparecem em uniformes militares de várias épocas. Veja mais ilustrações no site e atente para a precisão dos detalhes.

Suzane Plunkett/Reuters

Torigun, prontos para a guerra.

http://bit.ly/zbt25T

Fãs de Paul McCartney já estão em polvorosa. Pelo terceiro ano consecutivo, o ex-beatle se apresentará no Brasil. O artista fechou acordo com a empresa Planmusic para dois shows no Recife e talvez um terceiro, em Florianópolis, em abril. Ainda não há informações exatas sobre datas. Sem contar as obras de estúdio com os Beatles e mais tarde a banda Wings, o artista gravou cerca de 20 álbuns solo.

Paul McCartney, que completa 70 anos em junho, visitou o Brasil pela última vez em maio de 2011, quando fez dois shows no Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. No final de 2010, o exbeatle também esteve no país e se apresentou em Porto Alegre e São Paulo. (Agências)

C A R T A Z

Comédia 'Pelo Telephone' conta a história do telefone e traz clássicos da MPB. Teatro Itália.

Avenida Ipiranga, 344, subsolo, tel.: 3255-1979, 19h. Grátis.

e CAIXA 1 conomia

O seu consultor financeiro

15

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

O FUTURO das aplicações com a Selic EM UM DÍGITO

Corte da taxa básica para 9,75% ao ano deve levar analistas e investidores a reavaliar estratégias

Divulgação

REJANE TAMOTO

O

cenário para a economia neste ano tende a ser de taxa básica de juro (Selic) mais baixa como forma de incentivar o crescimento que o governo almeja, de 4% a 4,5% para o Produto Interno Bruto (PIB). A queda faz parte dessa estratégia, que ganhou força depois da decepção com a expansão de apenas 2,7% do PIB em 2011 (esperava-se 3%). Com isso, também devem mudar – ou pelo menos passar por uma reavaliação – as aplicações financeiras atreladas direta ou indiretamente à taxa básica.

"Acredito que a Selic vai cair ainda mais, para que o governo consiga chegar a um crescimento do PIB de 3,5% a 4%. A inflação já está desacelerando, o que facilita os cortes. O cenário só muda se houver um agravamento da crise na Europa", afirma o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Emílio Alfieri. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro ficou em 0,45%, menos do que a alta de 0,56% registrada em janeiro.

Rendimento dos fundos

Segundo economistas e especialistas em finanças, os investidores devem ficar atentos à variação do juro básico porque ele influencia a rentabilidade das aplicações financeiras em renda fixa. A maioria das aplicações, como os fundos de Depósito Interbancário (DI) e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), seguem a rentabilidade dos Certificados de Depósito Interbancários (CDIs), uma taxa de negociação usada entre as instituições financeiras que acompanha a Selic. Os fundos de renda fixa tradicionais, por outro lado, têm parte de sua composição formada por títulos privados e públicos. "Há papéis atrelados à inflação e isso ajuda a carteira, já que a inflação ainda está em um patamar desconfortável. O fundo de renda fixa repõe o índice porque não depende do CDI e sim do risco de crédito. Por isso, há f u n d o s q u e re ndem até 105% do CDI", diz o estrategista de investimentos pessoais do Santander Asset Management, Aquiles Mosca.

Os poupadores que investem em fundos, CDBs, poupança e títulos do Tesouro Nacional devem reavaliar seu portfólio, mas sem tomar atitudes precipitadas. Em geral, esses investimentos são afetados pela queda da Selic, em menor ou maior grau.

Sem precipitação para decidir

"A redução de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros tem impacto muito pequeno no rendimento das aplicações, de cerca de 0,04%, dependendo do número de dias úteis no mês. E ficar pulando de galho em galho em renda fixa é um erro. Ao resgatar de um fundo e colocar o dinheiro em outro, começa-se a contar a partir do zero o período para a cobrança do Imposto de

Há cinco anos, um investidor precisava aplicar R$ 300 mil para pagar uma taxa de administração de 0,7% ao ano.

Hoje, com R$ 100 mil, ele entra em um fundo que cobra de 0,5% a 0,7% ao ano.

AQUILES MOSCA, DO SANTANDER ASSET

Renda (IR) regressivo", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo. Assim, quem retira o dinheiro da aplicação depois de dois anos, paga 15% de IR, percentual que passa para 22,5% se o resgate ocorrer em até seis meses.

Um indicador que também deve ser considerado para medir a rentabilidade das aplicações, diz o administrador de investimentos, é a inflação, que deve ser descontada, para se obter o rendimento real.

O pesquisador do Instituto Assaf Fabiano Guasti Lima diz que o investidor deve observar com atenção o percentual da taxa de administração dos fundos. Em geral, as aplicações que cobram até 1,5% ao ano são mais compe-

titivos em relação à poupança.

O estrategista de investimentos do banco Santander afirma que três tipos de fundos sofrem o impacto da queda da Selic: o DI, renda fixa e renda fixa crédito privado (que têm mais de 50% em títulos privados, como debêntures). Para o investidor, vai depender da quantia que pretende poupar. "Quem aplica, por exemplo, R$ 10 mil consegue uma taxa de administração de 1,5%. Acima desse percentual o fundo de longo prazo passa a ser

menos rentável do que a poupança. Quem pretende investir um valor menor, deve ir para a caderneta", afirma Mosca.

Concorrência saudável De acordo com Lima, do Instituto Assaf, com as recentes quedas da Selic, as aplicações de curto prazo na poupança se tornaram mais atrativas do que os fundos, já que não há cobrança de taxa de administração e de IR. "Se os clientes de fundos começarem a migrar para a poupança, os gestores vão ter de convencêlos a ficar. Isso deve criar uma concorrência saudável. O correntista pode levar seus investimentos ao banco que oferecer a melhor taxa", afirma.

Mosca, do Santander, diz que o banco tem cobrado taxas mais acessíveis para quem aplica valores menores. "Há cinco anos, um investidor precisava aplicar R$ 300 mil para pagar uma taxa de administração de 0,7% ao ano. Hoje, com R$ 100 mil, ele entra em um fundo que cobra de 0,5% a 0,7% ao ano", afirma.

Ponto para os CDBs O pesquisador do Assaf observa que outra aplicação que perde competitividade com a Selic menor é o CDB. Em geral, os ban-

cos pagam um percentual do CDI, que pode ser de 100%, 90% ou menos. Quanto maior o valor que o correntista aplicar, maior é o percentual a ser pago. "Nesse caso, muitos investidores têm optado pelo investimento pósfixado, no qual a rentabilidade também está atrelada a um indicador de inflação", diz.

Lima alerta que é preciso ficar atento ao tipo de aplicação e ao prazo. "Isso porque quem investe em CDB e resgata o dinheiro em prazo inferior a 30 dias paga IR e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)."

Segundo o administrador de investimentos Colombo, o cupom de juros dos títulos do Tesouro Nacional tem caído, em consonância com as reduções da Selic. Alguns títulos, como o Notas do Tesouro Nacional, série B (NTN-B) pagam juros e mais a variação da inflação. Na hora de comprar um título, uma recomendação comum é escolher uma corretora que ofereça a melhor taxa, já que esse tipo de investimento gera custos por operação e incidência de IR. Entre a escolha de pré e pós-fixado, o administrador considera arriscada a primeira opção. "Um título prefixado acima de dois anos é arriscado. De repente a inflação sobe e o Banco Central tem de voltar a subir os juros. E quem comprou título pode deixar de ganhar dinheiro", afirma.

DE NOVO, POUPANÇA NA PAUTA. Após cinco quedas consecutivas da taxa básica (Selic), o Comitê de Política Monetária (Copom) ainda não divulgou os motivos para essa tendência e nem se pretende continuar com a trajetória de reduções.

Nesta semana, a ata trará detalhes sobre a decisão. O fato é que, a cada queda da Selic, cresce a expectativa do mercado sobre a mudança das regras da poupança.

Ao aumentar a vantagem competitiva sobre as demais aplicações em renda fixa, a caderneta pode atrair mais investidores, sejam eles pessoas físicas, ou qualificados, como gestores de fundos. É uma expectativa que ainda não se materializou. Em fevereiro, os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 412,52 milhões.

Quando a Selic estava em 10,25% ao ano, em maio de 2009, o governo chegou a anunciar a taxação da aplicação, com a cobrança de Imposto de Renda (IR) para depósitos superiores a R$ 50 mil.

O objetivo era evitar que a caderneta rendesse mais do que os fundos.

O economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Emílio Alfieri diz que a taxação ou cobrança de IR na poupança deve ser descartada pelo governo, principalmente em ano eleitoral.

"O governo cogitou taxar a aplicação e não se fez nada. A poupança é sagrada. O mais correto, na minha opinião, é mudar a fórmula de rentabilidade da caderneta, e vinculála à taxa Selic", afirma.

O estrategista de investimentos pessoais do Santander Asset Management, Aquiles Mosca, diz que uma medida terá de ser tomada, como, por exemplo, um piso de rentabilidade. "Se a atratividade da poupança aumentar, até os fundos , grandes compradores de títulos públicos, podem ir para a caderneta. Isso privaria o setor público de receber investimentos", afirma Mosca. (RT)

16 -.ECONOMIA

e

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

conomia

CAIXA 1 O seu consultor financeiro

AGENDA 13

Terça-feira

IBGE divulga pesquisa industrial de produção relativa a janeiro

15

Quinta-feira

Sai a ata da última reunião do Copom, com as razões para a queda da Selic.

15

Quinta-feira

Divulgação do IGP-10 de março. Pesquisa da Fundação Getulio Vargas.

D

epois de meses dominando o mercado financeiro brasileiro, o cenário externo dividiu as atenções, na semana passada, com um assunto mais nacional: a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, para 9,75% ao ano. É fato que o corte do juro faz parte da estratégia da equipe econômica para desestimular a entrada de dólares no País, mantendo as cotações da moeda acima de R$ 1,70. Mas o resultado da reunião suscitou discussões a respeito de um novo rumo para a economia.

DECISÃO DO COPOM muda cenário Ao olhar para o real valorizado e suas possíveis consequências para a indústria e sinalizar preocupação com a desaceleração da atividade, o Banco Central (BC) estaria, na visão de muitos analistas, abandonando aos poucos o sistema de metas de inflação – que tem como principal objetivo manter a inflação dentro do previsto. O sistema é usado há anos.

Nesse novo cenário, os investidores e os analistas – sejam do mercado de renda fixa ou de bolsa – precisam reavaliar estratégias e talvez mudar a composição das carteiras para obter os melhores ganhos.

O problema é que, por enquanto, não existem muitos elementos para esse trabalho: os diretores do BC que fazem parte do Copom foram lacônicos no

comunicado divulgado depois da reunião. Só se sabe que a decisão pela queda de 0,75 ponto não foi unânime – dos sete integrantes do comitê, cinco votaram por esse corte e dois defenderam mais parcimônia na política monetária (0,5 ponto). Mais explicações serão dadas apenas na próxima quinta-feira, quando sai a ata da reunião. É a data mais aguardada da agenda.

Inicialmente, a reação dos mercados foi positiva. O Ibovespa, principal referência da bolsa brasileira, fechou o pregão de sexta-feira com queda de 0,31%, elevando para 1,59% a baixa acumulada na semana.

No mês, o índice sobe 1,35%.

Desde o início do ano, a valorização é de 17,53%.

O dólar comercial manteve, ao longo da última semana, a tendência de leve alta e continuou acima de R$ 1,70. Na sexta-feira, a moeda norte-americana encerrou os negócios cotada a R$ 1,784 para venda, com valorização de 1,02%. Na semana, a divisa acumulou ganhos de 2,94%. (DC, com agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

e

17 Emitir o documento fiscal via smartphone simplifica a vida do empresário e barateia os custos.

Mauro Ricardo Machado Costa, secretário municipal de Finanças de São Paulo

conomia

Conectividade é aliada da expansão de receita do ISS Cerca de 500 prestadores de serviços em São Paulo já estão emitindo notas fiscais por meio de smartphones Newton Santos/Hype

Sílvia Pimentel

Com o programa (da nota eletrônica), o cidadão passou a ser sócio da Prefeitura, pois recebe parte do imposto recolhido, além de poder participar de sorteios.

M

ais de 500 prestadores de serviços na capital paulista já estão emitindo notas fiscais eletrônicas por meio de smartphones.

A utilização da ferramenta para essa finalidade é inédita no Brasil. "A possibilidade de emitir a nota via smartphone simplifica a vida do empresário e barateia os custos, pois dispensa o uso de computadores, impressoras e o Emissor de Cupom Fiscal (ECF)", explica o secretário municipal de Finanças de São Paulo, Mauro Ricardo Machado Costa, que acredita na expansão do número de usuários a optarem pelo novo sistema de emissão de documentos fiscais.

De fato, levantamento divulgado na semana passada pela empresa de pesquisa GFK detectou crescimento da participação dos "celulares inteligentes" no faturamento das empresas do grupo de telecomunicações, resultado da queda dos preços e do aumento da concorrência.

Os consumidores de serviços também podem utilizar um smartphone para acompanhar, gratuitamente, o saldo de créditos do Imposto sobre Serviços (ISS), fazer transferências para a conta-corrente e ainda localizar em um mapa os mais de 300 mil prestadores de serviços cadastrados na Prefeitura de São Paulo para emitir a nota eletrônica de serviços. O localizador aponta os estabelecimentos por ramo de atividade e calcula as rotas, a pé ou de carro.

Fiscalização – Além de sim-

MAURO RICARDO MACHADO COSTA, SECRETÁRIO DE

FINANÇAS DE SP

plificar a forma de enviar a nota à Prefeitura, o fisco paulistano também tem aperfeiçoado os sistemas de fiscalização do recolhimento do ISS que, no ano passado, respondeu por uma arrecadação de R$ 7,5 bilhões. Para 2012, a receita prevista para esse imposto, que é o carro-chefe das finanças municipais, é de R$ 8 bilhões. Mauro Costa diz que desde a implantação do Programa da Nota Fiscal Paulistana, em agosto do ano passado, houve uma expansão de 14% na arrecadação do ISS. "Com a exigência da nota fiscal eletrônica houve um aumento da base de contribuin-

tes. E com o programa que visa estimular os usuários de serviços a pedirem o documento fiscal, o cidadão passou a ser sócio da Prefeitura, pois recebe parte do imposto recolhido, além de poder participar de sorteios", afirma.

Inadimplência – Uma medida recente adotada pelo fisco que não tem agradado os prestadores de serviços é o "bloqueio" da emissão de notas por empresários inadimplentes.

De acordo com o secretário, a expansão da inadimplência, que passou de uma taxa de 3,5% para 5,4% entre 2010 e 2011, exigiu que a Prefeitura adotasse regras mais severas.

"É uma medida para conter a expansão da inadimplência, que nos preocupa, e não para impedir os empresários de trabalharem", explica. De acordo com Mauro Ricardo, a Prefeitura apenas modificou a responsabilidade pela emissão de notas. Ou seja, para um prestador de serviço nessa situação, a nota será emitida pelo tomador, que vai reter o imposto e recolher aos cofres da Prefeitura paulistana.

"Detectamos um número expressivo de contribuintes que declararam que estavam devendo, mas não recolhiam o imposto. São devedores contumazes", classifica. A dificul-

dade para emitir a nota fiscal eletrônica, de acordo com ele, abrange os contribuintes que devem, em um período de um ano, quatro meses consecutivos ou seis alternados.

Segundo o secretário de Finanças, cerca de 23 mil prestadores de serviços estão nessa situação e possuem dívidas relativas ao ISS no valor total de R$ 600 milhões.

"A medida veio para ficar e a Prefeitura tem respaldo jurídico para adotá-la", conclui Mauro Ricardo, que hoje participa de reunião plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para falar sobre gestão fiscal.

8 bilhões de reais é a receita prevista para este ano do ISS, que é o carro-chefe das finanças municipais.

L.C.Leite/LUZ

Avanços do comércio exterior

O

A relação entre a iniciativa privada e o governo federal foi um dos principais temas da reunião do CComex e do Comus, da ACSP.

Paula Cunha

relacionamento entre a iniciativa privada e o governo federal foi um dos principais temas da reunião do Conselho do Comércio Exterior (CComex) e do Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada na última quinta-feira. O encontro foi marcado pelo recebimento de um comunicado da Secretaria do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) no qual os representantes da pasta comprometeram-se a implementar reivindicações importantes do setor.

Entre esses pedidos estão a consolidação das cargas em armazéns não alfandegados, a facilitação e ampliação de limites da exportação simplificada por via marítima e a implementação da lei para acesso a linhas de crédito às companhias que realizam exportações indiretas.

Para Roberto Ticoulat, coordenador do CComex e do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex), o documento confirma que o governo federal já reconhece esse último como representante do segmento e que suas reivindicações são justas. De acordo com ele, o Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tomou iniciativas positivas, como a de criar linhas especiais de crédito para as comerciais exportadoras e importadoras para aumentar sua competitividade.

Além disso, as autoridades federais estão implementando o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio indireto, mais conhecido como ACC, para empresas que realizam vendas para comerciais exportadoras. Trata-se de um financiamento por meio de linha de crédito bancário para fabricantes que desejam exportar sua produção. Para ele, já há entendimento por parte das autoridades de que a iniciativa contribui para o aumento das exportações.

José Cândido Senna, coordenador do Comitê de Usuário de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), ressaltou a importância da realização da reunião com os dois órgãos e apresentou os palestrantes Ronaldo Souza Forte, presidente do Instituto de Estudos das Operações de Comércio Exterior (Icex) e seu gerente executivo de dois projetos, o Ocomex e Modex, André Macruz.

O primeiro tem como objetivo evitar as consequências de uma possível paralisação de rodovias, ferrovias e rotas de transporte de cabotagem com

o recente aumento do fluxo das importações e exportações. De acordo com ele, somente no começo deste ano já houve um aumento de 50% no fluxo de veículos nas rodovias frente ao início do ano passado. Por isso, os projetos discutem a importância de investimentos em infraestrutura em transporte, ar-

mazenagem e em novos centros de distribuição.

Macruz explicou que os planos contemplam a criação de um banco de dados sobre as atividades de exportadores e importadores para que todos os intervenientes encontrem informações para que futuramente eles avaliem melhor os

riscos dos seus investimentos.

Assim, essas análises, diz Macruz, evitariam perdas de investimentos.

No caso do Modex, o objetivo do programa é implantar a estrutura de organização e de tecnologia e divulgar até o final deste ano os relatórios de análises e previsões para até

2020, com simulações de cenários e planos de ação. O programa identifica as necessidades de processos futuros e de formação de mão de obra especializada. Para isso, deverá haver adesão de todos os intervenientes com as informações de, no mínimo, 80% das empresas que atuam nos portos.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

18

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

e A magia dos Ovos de Páscoa conomia

A festividade está chegando. As docerias e fábricas de chocolate empenham-se em lançar novidades para a temporada. Aqui, algumas sugestões e lançamentos que vão deliciar as crianças.

E também aqueles não tão pequenos... porque, afinal, é difícil achar quem não aprecie um bom chocolate.

Lúcia Helena de Camargo Fotos divulgação

Parceria com a Nestlé e chocolate suíço Gold

Ovo decorado com confeitos dourados para celebrar os 30 anos da doceria

Em comemoração ao aniversário

A

La Vie en Douce, doceria da chef Carole Crema, completa dez anos firmando uma parceria com a Nestlé, através da qual vai preparar seus produtos com o chocolate suíço Gold (versão para food service). E passa a ser chamada apenas de La Vie, por Carole Crema. A linha de lançamentos possui 30 itens. Entre eles, os ovos para comer de colher, nos sabores brownie com calda de chocolate e nozes e o de mousse de avelã. Com 500 granas, custam R$ 45 cada. Quem prefere o sabor meio amargo (mistura com chocolate 70% cacau), o ovo Nutty Mix traz frutas secas, castanha do Brasil e laranja confit.

Para presentear adultos, podem ser boas sugestões as latinhas nas cores branca, vermelha e dourada, recheadas com gotinhas de chocolate ao leite e chocolate marfim branco. Com 50 gramas, custam R$ 16,50. Os produtos estão à venda nas lojas próprias e em outros pontos, como o supermercado Saint Marché e a Casa Santa Luiza. Também são aceitos pedidos pela internet e pelo telefone. Loja Jardins: Rua da Consolação, 3161. Tel.: 3088-7172. Loja Itaim: Rua Pedroso Alvarenga, 514.

Tel.: 3078-1110. www.lvddoces.com.br

A

Ovos para comer de colher (acima) e as latinhas em cores variadas de gotinhas recheadas.

Caramelo com sal

rede Amor aos Pedaços, conhecida pelos bolos, faz aniversário de 30 anos e festeja com estilo.

Para a data, lança o ovo comemorativo. Além de 40 opções para a Páscoa. Entre elas, o Ovo Cocadinha (R$ 80, com 400 gramas) feito com chocolate ao leite e casca recheada de cocada cremosa. Os bombons que acompanham o ovo vêm com o mesmo recheio. Na versão de 75 gramas (R$ 14,50), vem apenas o ovo de chocolate ao leite recheado com cocadinha cremosa.

Para se lambuzar de chocolate antes mesmo de começar a comer, a sugestão é o Kit Mestre Cuca de Páscoa (R$ 29), que vem com oito metades de ovos de chocolate ao leite para serem recheadas, acompanhadas de bisnagas de brigadeiro e bicho de pé. E ainda sachês de chocolate granulado e de confeitos coloridos de chocolate para decorar os ovinhos. O ovo Paçoca (R$ 80, com 400 gramas), de chocolate ao leite, é recheado com paçoca e crespinhos de amendoim. O ovo Edição Limitada, comemorativo dos 30 anos, com 500 gramas, é feito de chocolate ao leite decorado com confeitos dourados e recheado de dragée ouro. Custa R$ 120.

SAC, tel.: 3506-0777. www.amoraospedacos.com.br

N

a Pâtisserie Mara Mello, entre as novas opções está o Ovo Crocante Especial Caramel au berre salé, que leva caramelo e flor de sal. Mas prepare o bolso. A loja nem divulga o valor, informando apenas que o preço é "sob consulta". Outros lançamentos: a caixa Kids (R$ 74) com biscoitos para pintar, tintas, confeitos e pincel; quebra-cabeças de chocolate (R$ 35) e o tubo com coelhinhos de chocolate (R$ 30). Na linha tradicional, o ovo trufado meio amargo (50% cacau) sai por R$ 60 na versão com 300 gramas e R$ 93 pesando 600 gramas. Pâtisserie Mara Mello. Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1308. Jardim Paulistano.

Tel.: 3081-5229. www.maramello.com.br

O pirulito de chocolate, com desenhos, da Confeitaria Dama custa R$ 5,50.

Ovo de chocolate ao leite com cocada cremosa

A linha artesanal e crocante

N

a linha artesanal, os ovos da Confeitaria Dama têm recheios nos sabores de doce de leite com coco, brigadeiro com crocante e chocolate com creme.

Feitos com chocolate belga, no tamanho de 350 gramas, custam R$ 50. Há outras opções, como o saquinho com quatro mini ovos de chocolate maciços (R$ 15) e o pirulito de chocolate, a R$ 5,50 cada. A outra linha da confeitaria é para o Pessach (páscoa judaica), como o bolo de nozes com damasco preparado com farinha de matzá. Pode ser encontrado em dois tamanhos: 1,5 kg (R$ 90) e 800 gramas (R$ 50).

Aberta no bairro de Pinheiros em setembro de 2011, a confeitaria é comandada pelas sócias Daniela e Mariana Gorski. Alguns doces ficam à venda na vitrine, mas é possível fazer pedidos sob encomenda. A casa prepara também pequenas tortas, chamadas de tartelettes, bombas, pavês, bolos e mil folhas. Rua Ferreira de Araújo, 376, Pinheiros .

Tel.: 5182-5088. www.confeitariadama.com.br

Opções de chocolates mais em conta na rede Cacau Show, que tem 1.120 lojas em todo o Brasil.

14 lançamentos e produto sem adição de açúcar

J

á se a ideia é distribuir chocolate para filhos, sobrinhos e outras crianças, talvez seja mais fácil e barato entrar em uma Cacau Show. Opções não faltam. São 1.120 lojas em todo o Brasil.

Dispõe de mais de 50 produtos para a Páscoa, 14

deles lançamentos. Os ovos Truffon vêm com casca de chocolate ao leite e bombons recheados de trufas nos sabores tradicional, avelã e maracujá. Com 200 gramas cada, custam a partir de R$ 15,90. A linha Dreams, com casca recheada, ganhou Ovo

Dreams Zero Açúcar, feito de chocolate ao leite diet e casca recheada com trufa zero adição de açúcar. Com 400 gramas, custa R$ 44,90.

Os pequenos talvez prefiram o ovo Alvin e os Esquilos 3, que embarca no lançamento da sequência do

filme. Com 160 gramas, é feito de chocolate ao leite. Vem na embalagem com os personagens do filme e traz como brinde um boneco (a criança pode escolher entre os bonecos do Alvin ou o Brittany). A partir de R$ 21,90. www.cacaushow.com.br

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

e EUA elevam exportações brasileiras

ECONOMIA/LEGAIS - 19

Fazer compras no exterior é como comprar ações, você nunca vai saber quando o preço estará mais baixo ou mais alto.

Antônio de Júlio, especialista em finanças pessoais da consultoria MoneyFit.

conomia

Agliberto Lima/DC

México quer reunião cara a cara Para a Abece, entidade de exportadores, o crescimento das vendas neste ano para os EUA deve ser maior que para o mercado chinês.

País pode recuperar liderança das vendas do Brasil

A

re c u p e r a ç ã o d a economia norteamericana e as perspectivas de crescimento menor na China neste ano podem mudar o perfil da balança comercial brasileira. O resultado do primeiro bimestre de 2012 sinaliza uma recuperação das exportações de produtos manufaturados, as mais afetadas desde a crise internacional de 2008, e o retorno dos Estados Unidos ao posto de principal destino dos produtos brasileiros.

Os dados deste início de ano deixaram o governo animado com a possibilidade de redução do déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos, que em 2011 somou US$ 8,3 bilhões. A melhoria na conta tem ocorrido não só pelo avanço das exportações de manufaturados, que agregam mais valor, mas também por causa do aumento no preço internacional do petróleo, produto importante na pauta de exportação para os EUA. "O preço das commodities é certamente um fator relevante na definição do resultado de quem será o principal parceiro comercial do Brasil neste momento", avaliou a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres.

"O preço das commodities está claramente jogando a favor dos EUA e contra a posição da China como primeiro lugar das exportações para o Brasil", completou referindo-se à que-

da dos preços no minério de ferro, principal produto da pauta de exportações brasileiras para a China.

Apesar do efeito preço, Tatiana afirmou que a expansão de 23,2% nas vendas externas de manufaturados do Brasil para os Estados Unidos em janeiro e fevereiro chamou a atenção. Foi o mercado que mais cresceu.

"A recuperação econômica norte-americana é algo que já se faz sentir na pauta de exportação brasileira. É prematuro fazer uma afirmação peremptória em relação ao ano, mas o fato é que nos dois primeiros meses, a pauta é qualificada."

Entre os dez principais produtos vendidos para os EUA estão aviões, motores e geradores elétricos, partes para veículos, máquinas e equipamentos para terraplenagem.

Diferença menor – O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece), Ivan Ramalho, disse que não enxerga a possibilidade de os Estados Unidos voltarem, em 2012, a ser o principal parceiro comercial do Brasil, posição ocupada pela China desde 2009. "O quadro mais importante agora é a redução da diferença entre China e EUA", avaliou.

Segundo ele, o crescimento das vendas neste ano para o mercado norte-americano deve ser maior que para o mercado chinês. Em 2011, as exportações para a China somaram US$ 44,3 bilhões, alta de 43,9% em relação a 2010. Para os

EUA, totalizaram US$ 25,8 bilhões, avanço de 33,7%.

Ramalho acredita que a participação dos manufaturados não deve ter alteração significativa neste ano, em relação aos 36,1% de 2011. Isso porque, o peso do petróleo na composição da pauta desequilibrou as estatísticas de básicos e industrializados. No entanto, prevê que os preços das commodities, que afetam a conta de produtos básicos, terão alta menor que em 2011, enquanto estima a manutenção dos preços e aumento na quantidade de manufaturas de 10%.

O presidente da Abece avalia que haverá continuidade do processo de aumento das exportações de produtos industrializadas, especialmente para a China, apesar da pauta com aquele país ser dominada por produtos básicos. Ele disse que já há um movimento de incremento das vendas de industrializados que não está sendo observado pelos analistas. "Vários produtos não eram exportados para a China em 2010 e começaram a ser exportados em 2011. Está tendo uma abertura de mercado."

Os dados abrem a possibilidade de as vendas de manufaturados superarem o nível anterior ao da crise internacional.

Em 2008, as exportações de produtos acabados somaram US$ 92,7 bilhões. Em 2009, os valores caíram e, apenas em 2011, voltaram ao patamar de US$ 92,3 bilhões. (AE)

Antonio Scorza/AFP Photo

Obama, dos EUA, defendeu, no Brasil, os interesses de seu país.

Barreiras comerciais

B

rasil e Estados Unidos iniciam hoje um esforço bilateral para remover barreiras comerciais e melhorar o acesso aos respectivos mercados. Será a primeira reunião do grupo batizado de TECA (Trade and Economic Cooperation Agreement), um mecanismo bilateral criado durante a visita do presidente nor te-americano, Barack Obama, ao Brasil em 2011, e coordenado pelo Itamaraty e pela agência de comércio dos Estados Unidos (USTR).

Serão dois dias de negociações, em Washington, nos quais o Brasil colocará em pauta os contenciosos que se arrastam há anos, como as sobretaxas aplicadas ao suco de laranja e ao açúcar brasileiros, a abertura do mercado norteamericano à carne in natura e a eliminação de barreiras não

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

es ev

oN

un

Br

Mais lojas no exterior aceitam real

O

turista brasileiro tem encontrado cada vez mais a opção de pagar por suas compras no exterior em real. Lojas e free shops oferecem a opção de pagar no cartão na moeda brasileira. De olho nos gastos crescentes dos brasileiros, estabelecimentos dos Estados Unidos, Argentina e Europa já permitem a facilidade.

A compra em reais também é possível pela internet, tanto em sites que usam empresas intermediadoras de pagamento quanto em grandes redes que entregam no Brasil.

A vantagem é evitar surpresas e saber exatamente o valor que se pagará no momento de passar o cartão, pois a cotação utilizada é a do dia da compra e não a do fechamento da fatura, como ocorre com compras em dólar.

Isso protege o consumidor da variação cambial, mas é bom lembrar que, caso a cotação do dólar caia, a compra sairá mais cara do que se tivesse sido usada a cotação no dia do fechamento da fatura.

"Fazer compras no exterior é como comprar ações, você

nunca vai saber quando o preço estará mais baixo ou mais alto. Quem viajou há duas semanas, por exemplo, fez compras com dólar a R$ 1,60 e pagará a fatura a R$ 1,80", diz Antônio de Júlio, especialista em finanças pessoais da consultoria MoneyFit. Mas é preciso ficar atento: a Receita Federal informou na semana passada, que mesmo em operações em real incide a alíquota de 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além disso, os especialistas alertam que é necessário checar exatamente a taxa de câmbio que está sendo cobrada no momento da operação.

"Na Argentina, por exemplo, a pessoa pode pagar em real, dólar ou peso, mas cada loja tem uma taxa de conversão. Tem locais que não são favoráveis", explica Alexandre Milanovi, diretor da área de Câmbio Turismo da Corretora Tov. Outra dica é ligar para a operadora de cartão para verificar se, mesmo no pagamento em real, não haverá a compensação da variação cambial no dia do fechamento da fatura. (Folhapress)

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: COMUNICADO 2º CHAMAMENTO PÚBLICO - PROGRAMA ESCOLA DA FAMÍLIA A Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE comunica que estão abertas as inscrições para Instituições de Ensino Superior, sediadas no Estado de São Paulo, interessadas em participar do Projeto Bolsa Universidade do Programa Escola da Família em 2012.

O Programa Escola da Família é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo que possibilita a abertura das escolas públicas estaduais aos finais de semana, a fim de atrair os jovens e suas famílias para um espaço voltado à prática da cidadania, promovendo a convivência e fortalecendo a integração escola/comunidade.

As Instituições interessadas deverão observar o regulamento e manual operativo do Programa, legislação aplicável e demais informações pertinentes no site do Programa: http://escoladafamilia.fde.sp.gov.br.

As Instituições deverão entregar o plano de trabalho em papel timbrado da IES, Certificado de Registro Cadastral (CRC), Ofício de compromisso de abertura de conta-corrente exclusiva para o convênio, no Banco do Brasil, observadas as instruções disponibilizadas no site, na sede da FDE - Av. São Luís nº 99 - 15º andar - Centro - São Paulo - SP - CEP 01046-001 de 2ª a 6ª, das 08h30 às 17h, ou encaminhar via Correio.

Observações: • O Certificado de Registro Cadastral (CRC) é o documento emitido pela FDE/DAF/GCAP/ Departamento de Cadastro e Processo Administrativo. Os procedimentos e respectivos anexos para inscrição cadastral poderão ser retirados no guichê da Supervisão de Licitação, Av. São Luís, 99 - Centro - São Paulo - SP - térreo, e também poderão obter esclarecimentos e informações no Departamento de Cadastro e Processo Administrativo - 5º andar ou internet http:/ /www.fde.sp.gov.br.

Banco Bradesco BBI S.A.

CNPJ no 06.271.464/0001-19- NIRE 35.300.335.791 Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária Edital de Convocação Convidamos os senhores acionistas desta Sociedade a se reunirem em Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária a serem realizadas cumulativamente no próximo dia 19 de março de 2012, às 8h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o andar, Vila Yara, Osasco, SP, a fim de: Assembleia Geral Ordinária: I) tomar conhecimento dos Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes e examinar, discutir e votar as Demonstrações Contábeis relativas ao exercício social findo em 31.12.2011; II) deliberar sobre proposta da Diretoria para a destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2011 e distribuição de dividendos; III) eleger os membros da Diretoria da Sociedade; IV) fixar o montante global anual da remuneração dos Administradores. Assembleia Geral Extraordinária: · deliberar sobre proposta da Diretoria para alterar o Estatuto Social, na alínea “g” do Artigo 9 o, aprimorando a sua redação. Documentos à Disposição dos Acionistas: este Edital de Convocação e as Propostas da Diretoria encontram-se à disposição dos acionistas na Sede da Sociedade e na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, Instituição Financeira Depositária das Ações da Sociedade, na Avenida Paulista, 1.450, 7o andar, Bela Vista, São Paulo, SP. Cidade de Deus, Osasco, SP, 8 de março de 2012. Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente.

9, 10 e 13.3.12

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 09 de março de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Superfil Engenharia Fundações e Comércio Ltda. Requerido: M35 Construtora e Incorporadora Ltda. Alameda Ministro Rocha Azevedo, 38 - conjunto 901 – Cerqueira César - 1ª Vara de Falências.

Requerente: VCT Brasil Importação e Exportação Ltda. Requerido: Winerymax Comércio e Importação de Produtos Alimentícios Ltda. Rua Coronel Bento Pires, 76 - Conjunto 02 - Mooca - 2ª Vara de Falências.

Requerente: M Sam Distribuidora de Peças Ltda. Requerido: Hidro Mecânica Leste Ltda. ME. Avenida Aricanduva, 5.064 – Vila Califórnia - 1ª Vara de Falências.

Requerente: Relacom Serviços de Engenharia e Telecomunicação Ltda. Autofalência. Requerido: Relacom Serviços de Engenharia e Telecomunicação Ltda.

Auto-falência. Rua Jurupeba, 174 – Vila Guarani (Zona Sul) - 2ª Vara de Falências.

Recuperação Judicial Requerente: Vasques Eletrônicos e Tecnologia Ltda. Requerido: Vasques Eletrônicos e Tecnologia Ltda. Rua Cabrália, 51 - Apartamento 92 – Vila Carrão - 1ª Vara de Falências.

tarifárias sobre frutas.

Tatiana Porto, da Gerência Executiva de Comércio Exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI), defendeu a construção de uma agenda que permita ao Brasil a abertura de mercado. Para ela, a presidente Dilma Rousseff deve aproveitar a visita que fará aos Estados Unidos, em abril, para colocar de maneira incisiva os problemas no comércio bilateral.

"A questão do protecionismo e da cooperação têm que estar no discurso", disse Tatiana. "Temos que promover o Brasil e apresentar nossas oportunidades", completou.

A representante da CNI lembrou que o presidente Barack Obama não teve constrangimento em defender os interesses de seu País na visita que fez ao Brasil. (AE)

O

México reagiu após receber um ultimato do Brasil para tomar uma decisão sobre a renegociação do acordo automotivo entre os dois países e uma fonte do governo mexicano informou que negociações por carta são "pouco convencionais" e esperava uma reunião "cara a cara" com as autoridades brasileiras.

A reação mexicana é mais um capítulo da difícil negociação entre os dois países desde que o Brasil ameaçou encerrar o acordo, que já dura uma década, e que provocou para o país da América do Sul um déficit de US$ 1,7 bilhão, no ano passado, na balança comercial entre os dois países.

Uma fonte do governo brasileiro informou que o secretário de Economia do México, Bruno Ferrari, conversou na noite da sexta-feira com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e disse que até hoje os mexicanos enviariam uma resposta por escrito ao pleito brasileiro de renegociação do acordo automotivo.

O Brasil quer um novo acordo que inclua quotas de importação baseadas no volume de trocas dos últimos três anos, o que de acordo com uma fonte mexicana reduziria as exportações de aproximadamente 147 mil unidades, em 2011, para algo em torno de 65 mil unidades.

Segundo os cálculos mexicanos, isso reduziria o fluxo comercial de US$ 2,4 bilhões para US$ 1,4 bilhão.

A proposta inicial brasileira considerava uma redução mais brusca, que seria calculada com base nos últimos cinco anos da corrente de comércio do acordo automotivo, o que estabeleceria uma quota de aproximadamente US$ 1,17 bilhão. (Reuters)

Elo Participações S.A.

CNPJ no 09.227.099/0001-33 - NIRE 35.300.349.431 Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 27.12.2011 Data, Hora, Local: Aos 27 dias do mês de dezembro de 2011, às 10h, na sede social da Elo Participações S.A. (“Sociedade”), na Alameda Rio Negro, no 585, Edifício Padauiri, 1o andar, Lado “B”, parte, Alphaville, Barueri, SP, CEP 06454-000. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os representantes das acionistas da Sociedade representando a totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Alexandre Rappaport; Secretária: Esther Dalmas. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei no 6.404/76. Ordem do dia: Deliberar sobre o aumento do capital social da Sociedade no valor de R$32.006.401,28 (trinta e dois milhões, seis mil, quatrocentos e um reais e vinte e oito centavos), elevando-o de R$18.405.053,34 (dezoito milhões, quatrocentos e cinco mil, cinquenta e três reais e trinta e quatro centavos) para R$50.411.454,62 (cinquenta milhões, quatrocentos e onze mil, quatrocentos e cinquenta e quatro reais e sessenta e dois centavos), com a emissão de 1.843.919.604 (um bilhão, oitocentos e quarenta e três milhões, novecentas e dezenove mil, seiscentas e quatro) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$0,017357807 cada uma, com integralização à vista no ato da subscrição, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 5 o do Estatuto Social, a fim de refletir as deliberações precedentes. Deliberações: Aprovado, sem qualquer alteração ou ressalva, o aumento do capital social no valor de R$32.006.401,28 (trinta e dois milhões, seis mil, quatrocentos e um reais e vinte e oito centavos), elevando-o de R$18.405.053,34 (dezoito milhões, quatrocentos e cinco mil, cinquenta e três reais e trinta e quatro centavos) para R$50.411.454,62 (cinquenta milhões, quatrocentos e onze mil, quatrocentos e cinquenta e quatro reais e sessenta e dois centavos), com a emissão de 1.843.919.604 (um bilhão, oitocentos e quarenta e três milhões, novecentas e dezenove mil, seiscentas e quatro) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$0,017357807, cada uma, com integralização à vista no ato da subscrição. O preço de emissão foi fixado com base no valor patrimonial contábil por ação da Sociedade em 30.11.2011. As ações subscritas no referido aumento de capital terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data de aprovação do referido aumento de capital, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagens atribuídas às demais ações a partir daquela data. Em decorrência do aumento de capital ora aprovado, a redação do Artigo 5 o do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5o ) O Capital Social é de R$50.411.454,62 (cinquenta milhões, quatrocentos e onze mil, quatrocentos e cinquenta e quatro reais e sessenta e dois centavos), subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, dividido em 2.411.107.327 (dois bilhões, quatrocentos e onze milhões, cento e sete mil, trezentas e vinte e sete) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Dando sequência aos trabalhos, os representantes das Acionistas Bradescard Elo Participações S.A. e BB Elo Cartões Participações S.A. subscreveram as novas ações emitidas, assinando o respectivo Boletim de Subscrição e integralizando, no ato, em moeda corrente nacional. Em seguida, o senhor Presidente comunicou aos presentes o seguinte: I) ter sido totalmente subscrito e integralizado o aumento do capital social no valor de R$32.006.401,28 (trinta e dois milhões, seis mil, quatrocentos e um reais e vinte e oito centavos), consistente de 1.843.919.604 (um bilhão, oitocentos e quarenta e três milhões, novecentas e dezenove mil, seiscentas e quatro) novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$0,017357807 cada uma; II) que o “caput” do Artigo 5 o do Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5o) O Capital Social é de R$50.411.454,62 (cinquenta milhões, quatrocentos e onze mil, quatrocentos e cinquenta e quatro reais e sessenta e dois centavos), subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, dividido em 2.411.107.327 (dois bilhões, quatrocentos e onze milhões, cento e sete mil, trezentas e vinte e sete) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente: Alexandre Rappaport; Secretária: Esther Dalmas; Acionistas: Bradescard Elo Participações S.A., por seus Diretores, senhores Julio de Siqueira Carvalho de Araújo e Domingos Figueiredo de Abreu; BB Elo Cartões Participações S.A., por seus representantes legais, senhores Marcelo Augusto Dutra Labuto e Sigmar Milton Mayer Filho. Declaração: Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. aa) Alexandre Rappaport - Presidente e Esther Dalmas - Secretária. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado de São Paulo Certifico o registro sob número 46.966/12-2, em 31.1.2012. a) Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

A Associação Brasileira de Pesquisadores em Publicidade - ABP2, inscrita no CNPJ 14.835.553/ 0001-79, com sede à Avenida Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, bloco B, Prédio 3 CRP - Sala 10, São Paulo (SP), CEP:05508-900, comunica a sua inscrição no Registro Civil de Pessoa Jurídica junto ao 6º RCPJ sob o nº 137.730.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

20

e

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

Os fundamentos para a suspensão são os mesmos para lojas físicas e virtuais.

Maíra Feltrin, do Procon-SP

conomia

21 anos depois da entrada em vigor do CDC, Procon suspende site por prejudicar clientes.

Empresa pode ter atividade suspensa se lesar o consumidor

O

Divulgação

ntem, 11 de março, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) completou 21 anos de vigência. Nesse período, a lei consumerista vem pautando as relações de consumo dos dois lados do balcão. Mesmo com a lei, algumas vezes os "guardiões" das boas práticas foram (e são) obrigados a tomar atitudes drásticas para brecar as empresas que tentaram (algumas continuam tentando) burlar o CDC e, consequentemente, lesar o consumidor.

Mas a maioria dos que defendem o consumidor é enfática com relação ao bom comportamento das companhias. Diz que boa parte entendeu que a lei veio para equilibrar os direitos e os deveres de empresas e consumidores.

Por falar em "brecar", recentemente, a Fundação ProconSP tomou uma atitude drástica com relação aos sites Fatord i g i t a l . n e t e P l a n e t a o f e rtas.com.br, ambos da empresa Megakit Comércio de Produtos Eletrônicos Ltda: a suspensão da página das lojas na rede. Muito embora a decisão cautelar tenha sido publicada no Diário Oficial de São Paulo

liatórios, a empresa não mudou a conduta. Desta forma, não restou alternativa ao Procon a não ser a determinação da suspensão da página na rede."

A suspensão das atividades de uma empresa segue o determinado no artigo 56 do CDC e, ressalta Maíra, "é a previsão possível na lei, para que o interesse coletivo não seja prejudicado". Mas essa norma só é invocada, segundo a porta-voz do Procon-SP, quando há um número muito grande de reclamações. "As empresas também são punidas com multas."

Os dois sites não foram as primeiras empresas a terem pedido de suspensão temporária da atividade pelo ProconSP. No fim do ano passado, outros sites assim como um supermercado foram citados da mesma forma. "Os fundamentos para a suspensão são os mesmos para lojas físicas e virtuais", finaliza Maíra Feltrin.

Para não sofrer esse tipo de penalidades, cabe às empresas respeitar as regras do CDC, entre elas, cumprir o ofertado, entregar o que vender, ter contratos claros e passar ao consumidor todas as informações necessárias.

Maíra Feltrin: "apesar de todos os esforços conciliatórios, a empresa não mudou a conduta.

Não restou alternativa a não ser a suspensão da página na rede".

em 1º de março, as lojas virtuais continuavam no ar uma semana depois da publicação.

"A citação foi feita por edital e se o provedor hospedeiro dos sites não cumprir o determinado, também poderá ser responsabilizado", enfatiza Maíra Feltrin, assessora técnica do Procon-SP. Os dois sites têm registrado mais de 1,3 mil reclamações nos

Procons de todo o País; o maior número é no de São Paulo. Segundo o diretor executivo da Fundação na capital paulista, Paulo Arthur Góes, desde 2010 a empresa lesa consumidores com a falta de entrega dos produtos, problemas na cobrança, impossibilidade de cancelamento das compras e dificuldades de contato com o site. "Apesar de todos os esforços conci-

Lei passa por alterações

O

Código de Defesa do Consumidor (CDC) teve dez adaptações desde a entrada em vigor. Uma delas foi sobre contratos, obrigando que os textos sejam escritos com letras de tamanho legível. Foi justamente em razão das poucas alterações e dos avanços das relações de consumo que se considerou a necessidade de uma revisão ampla. Para tanto, o Senado formou uma Comissão Especial de Reforma do CDC e vários especialistas foram convocados para tratar da atualização.

Alguns temas foram colocados como imprescindíveis nesta revisão, como comércio eletrônico, superendividamento e ritos processuais das ações

civis públicas. Em recente audiência na 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, conforme publicado na página eletrônica da Procuradoria Geral da República, defendeu-se que as alterações na lei consumerista devem estar no próprio CDC e, assim, evitam-se retrocessos.

O comércio eletrônico é um dos pontos polêmicos e a sugestão nesta audiência foi que é necessário atuar em dois eixos: "a proteção à privacidade do consumidor e a disponibilidade de mais informação sobre os fornecedores". Conforme divulgado, o "envio de emails não autorizados ao consumidor, como spams, de acordo com a nova proposta, implicariam sanções penais.

O QUE DIZ O CDC Artigo 55 A União, os estados e o Distrito Federal, em caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa, baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição e consumo de produtos e serviços. § 1° A União, os estados, o Distrito Federal e os Municípios fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da informa-

ção e do bem-estar do consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias. § 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado de consumo manterão comissões permanentes para elaboração, revisão e atualização das normas referidas no § 1°, sendo obrigatória a participação dos consumidores e fornecedores. § 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem in-

formações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial.

Artigo 56 As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas: I – multa; II – apreensão do produto; III – inutilização do produto; IV – cassação do registro do produto junto ao órgão competente; V – proibição de fabricação do produto; VI – suspensão de fornecimento de produtos ou serviço;

VII – suspensão temporária de atividade; VIII – revogação de concessão ou permissão de uso; IX – cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; X – interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade; XI – intervenção administrativa; XII – imposição de contrapropaganda.

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

Artigo 59 As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão temporária da atividade, bem como a de intervenção administrativa, serão aplicadas mediante procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir na prática das infrações de maior gravidade previstas neste código e na legislação de consumo. § 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à concessionária de serviço público, quando violar obrigação legal ou contratual. § 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada sempre que as circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de licença, a interdição ou suspen-

Fique por dentro COOPERAÇÃO

Na semana passada, o Procon-SP e o Ministério Público (MP) de São Paulo assinaram Termo de Cooperação prevendo o compartilhamento do banco de dados de reclamações dos consumidores recebidas pelo órgão. A abertura de consulta de dados deve facilitar e agilizar o grande fluxo de informações que o órgão de defesa do consumidor normalmente divide com o MP para instruir inquéritos civis abertos. "Além de fortalecer os laços entre as duas instituições, vamos desburocratizar e agilizar os processos para tornar mais eficientes as ações de proteção ao consumidor", enfatizou Paulo Arthur Góes, diretor executivo do Procon-SP.

AÇÃO COLETIVA

SOLIDARIEDADE Tramita na Câmara o Projeto de Lei 2861/11, de autoria da deputada Lauriete (PSC-ES), estabelecendo a responsabilidade solidária do comerciante, ao lado do fabricante ou do

executor, pela qualidade do produto ou serviço prestado. Para a autora, conforme a Agência Câmara, "o texto vigente do CDC prevê a responsabilidade subsidiária, mas não pode

ser retirada da responsabilidade do comerciante o atributo da solidariedade, caso presentes as hipóteses de impossibilidade de identificação e de conservação imprópria."

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro promulgou a Lei 6.173/12, obrigando fabricantes e distribuidores de sal de cozinha no Estado do Rio de Janeiro a incluir alerta sobre consumo excessivo do produto em suas embalagens. A frase "O consumo exagerado deste produto pode causar malefícios à sua saúde" deve ser escrita em vermelho. O prazo de adaptação é de 180 dias.

SEMINÁRIO Dirigido a diretores, gerentes e profissionais do varejo, o Centro de Excelência em Varejo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV),

Atraso na entrega de imóvel garante indenização

NOVA LEI

Em Mogi das Cruzes (SP), o Procon local pretende acionar o Ministério Público para que seja elaborada uma ação coletiva contra a NET – prestadora de serviços de TV a cabo, internet e telefonia – em razão dos constantes problemas de falhas e interrupções. Para que isso ocorra, os consumidores lesados devem registrar denúncia na instituição.

promove no dia 28 de março, das 8h30 às 13h, o seminário "Varejo de Moda no Brasil – Oportunidades e Desafios". O

Angela Crespo é jornalista especializada em consumo.

E-mail: doislados@dcomercio.com.br

Objetivo é discutir oportunidades e desafios para o varejo de moda.

Os interessados devem acessar o site da Eaesp-FGV.

são da atividade. § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, não haverá reincidência até o trânsito em julgado da sentença.

Artigo 60 A imposição de contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às expensas do infrator. § 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da mesma forma, frequência e dimensão e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.

P

or não entregar o imóvel no prazo estipulado em contrato, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve a sentença de Primeira instância que condenou uma incorporadora a pagar R$ 10 mil por danos morais a um casal.

Na ação, o casal informou que fechou a compra de um apartamento, cuja previsão de entrega era em maio de 2008.

Passados mais de 180 dias do prazo final, não tinham ainda recebido o imóvel, obrigando-os a pagar aluguel. Ao ingressarem com ação na 13ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, pediram a rescisão do contrato, a devolução do dinheiro pago e indenização por danos morais.

Em sua defesa, a construto-

ra sustentou que a possibilidade de atraso era de conhecimento dos compradores e que eles não comprovaram os gastos alegados. O juiz de Primeira Instância determinou a rescisão do contrato e a devolução da quantia paga e estabeleceu indenização de R$ 10 mil a título de reparação moral. Mas as partes recorreram.

Na Segunda Instância, o desembargador negou o recurso, afirmando que "a quantia estabelecida de indenização no julgamento anterior era suficiente para amenizar o constrangimento e a chateação dos consumidores e também servia para desestimular e inibir que tais condutas tornem-se corriqueiras".

Fonte: Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE)

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

e

DIÁRIO DO COMÉRCIO

FÓRMULA 1 Os pilotos, equipes e circuitos da temporada que começa no domingo.

Pág. 23

sporte

F

César Greco/AE

ELES ESTÃO DE VOLTA

Valdivia voltou como titular e participou do primeiro gol do Palmeiras: 6 a 2 no Botafogo

Mauro Horita/AE

oi uma rodada de felizes retornos no Campeonato Paulista. Em Ribeirão Preto, o chileno Valdivia fez sua primeira aparição como titular depois de se recuperar de uma lesão muscular. Ocupou a vaga de Daniel Carvalho, cumpriu uma boa partida e ainda participou diretamente do lance do primeiro gol palmeirense, desviando um cruzamento de Marcos Assunção no lance do gol marcado contra pelo zagueiro Marquinhos.

Ainda no primeiro tempo, o time ampliou em um contraataque, com Maikon Leite. No segundo, logo aos 9 minutos, Barcos ampliou, em um gol que mostrou a qualidade coletiva da equipe: Márcio Araújo arrancou pelo meio e deu ótimo passe para Juninho. Esperto, o lateral aproveitou a saída do goleiro e rolou para Valdivia, que passou pelo marcador e tocou para o atacante argentino, que só teve o trabalho de empurrar para as redes.

Qualquer chance de reação do Botafogo foi por água abaixo quando o zagueiro Marquinhos acabou expulso, após falta em Barcos. Alessandro até chegou a diminuir para o Botafogo aos 32, após cruzamento de Álvaro e falha de Juninho na marcação. Mas, aos 35, Ricardo Bueno marcou de cabeça, após cobrança de falta de Daniel Carvalho.

O atacante havia entrado a menos de um minuto no lugar de Valdivia, que saiu de campo aplaudido pela torcida palmeirense.

O final do jogo ficou ainda mais movimentado. Aos 42, Marco Aurélio marcou o segundo do Botafogo, mas Juninho, aos 46, aumentou para o Palmeiras: 5 a 2.

E quando parecia que o placar estava definido, o goleiro Juninho, do Botafogo, agrediu seu xará, lateral-esquerdo palmeirense. Resultado: pênalti e mais uma expulsão. Na cobrança, Barcos marcou o sexto e definiu: 6 a 2.

Com a goleada, o Palmeiras, único invicto do campeonato, voltou para a vice-liderança (o primeiro lugar continua sendo do Corinthians, apesar do empate de sábado, em casa, com o Guarani, por 1 a 1).

Agora, o Alviverde se prepara para estrear na Copa do Brasil, contra o Coruripe-AL, em Maceió, na quarta. “Hoje o Felipão pode falar que tem um elenco”, comemorava o volante Marcos Assunção. “Antes, eram poucos jogadores e ele não podia fazer muita coisa.

Quando se tem peças de reposição, tudo fica mais fácil porque nas dificuldades dá para trocar o time.”

O treinador, ao final do jogo, fez questão de elogiar o grupo — do seu jeito, é verdade: “A equipe não é uma maravilha, mas podemos fazer coisas maiores com o que tenho na mão. Eu ia colocar o Cicinho, mas tive que mudar depois que vi o time do Botafogo que iria jogar. E no meio eu optei pelo Valdivia no lugar do Daniel Carvalho para ele ocupar um setor que poderíamos explorar.” Deu certo.

Mas nem tudo são flores para o treinador. Apesar do placar, ele mostrou irritação com o fato de o time ter sofrido um gol mesmo com o Botafogo atuando com um jogador a menos, quando Marquinhos já havia sido expulso: “Com 11 contra 10 levamos um gol e eu não gostei. É verdade que fizemos três, mas não gostei. Vamos ter que corrigir isso.”

Com mais essa vitória, a oitava contra 5 empates em 13 jogos, o Palmeiras chegou aos 29 pontos, número que praticamente garante a equipe na próxima fase. “Nos anos anteriores, o oitavo colocado ficou entre 27 e 29 pontos. Claro que isso é pouco para nós, mas já é um objetivo concretizado”, completou Felipão.

21

Luis Fabiano voltou a marcar na vitória do São Paulo: 2 a 1 na Lusa, no Morumbi

O

utro retorno muito comemorado, este pelos são-paulinos, foi o de Luis Fabiano. No meio da semana, na vitória por 1 a 0 sobre o Independente, em Belém do Pará, pela Copa do Brasil, ele retornou após a lesão muscular que o tirou de ação por quase 40 dias. Mas ainda não havia marcado. Domingo, no Morumbi, fez o gol da vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa.

Quem também voltou a apresentar o futebol que o levou à Seleção Brasileira foi o meia Jadson. Barrado pelo técnico Emerson Leão na segunda-feira, ele passou a semana treinando, não jogou na quarta, e, no domingo, mostrou que a decisão do treinador foi acertada. Com um gol (o primeiro, que valeu o empate) e uma ótima assistência para Luis Fabiano, comandou a virada sobre a Lusa. Mostrou, finalmente, que pode ser o camisa 10 que a torcida esperou por anos.

A terceira vitória seguida do São Paulo no Campeonato Paulista fez a equipe subir para o terceiro lugar, com 28 pontos, atrás apenas de Corinthians (30) e Palmeiras (29) e ultrapassando o Santos (27).

Já a Portuguesa, que não vence há cinco jogos na competição, tem 14 pontos e fechou a 13ª rodada no 14º lugar. Na quarta-feira, às 19h30, o São Paulo volta a campo para enfrentar o Independente-PA, no Morumbi, pela Copa do Brasil, pois a vitória da semana passada por apenas 1 a 0, em Belém, foi insuficiente para eliminar a necessidade do jogo de volta.

Contra a Portuguesa, os gols só saíram no segundo tempo. E foi o adversário que saiu na frente, quando Ananias deu um drible desconcertante em Denilson e fez o cruzamento perfeito para Ricardo Jesus, no segundo pau, cabecear livre e marcar. Dois minutos depois, o talento de Jadson tranquilizou as coisas para o São Paulo. Ele recebeu na meia-lua, girou rápido e chutou rasteiro, pegando Weverton de surpresa. A bola bateu na trave e entrou.

Depois dos gols, o jogo só voltou a ter emoções quando Jadson deu um passe perfeito para Luis Fabiano na direita do ataque. Ele deu o corte, bateu de esquerda e virou o jogo.

A vitória sobre a Portuguesa teve mesmo um sabor especial para Jadson e Luis Fabiano, apontados como principais nomes da equipe na ausência do goleiro Rogério Ceni. A dupla teve boa participação na partida e agora ambos esperam ganhar ritmo e finalmente decolar na temporada.

Jadson, por exemplo, não conseguia esconder a alegria com sua melhor atuação pelo São Paulo. O camisa 10 elogiou Emerson Leão e afirmou que o treinador teve papel importante em sua recuperação ao lhe passar confiança no período em que esteve fora. “Nós tivemos uma conversa e fizemos um acordo, ele me passou muita confiança. Felizmente fiz um gol e atuei mais tranquilo, mas vamos todos melhorando jogo a jogo”, comentou.

Antes da partida, o treinador também apostava na recuperação do armador, principal contratação para a temporada: “Ele ficou treinando, vem se aprimorando, esfriou a preocupação, cumprimos com nosso comprometimento fora do campo e ele agora terá o campo para cumprir a parte dele.” Depois do jogo, o comandante fez questão de voltar a elogiar a atuação do camisa 10: “Ganhamos um novo jogador”.

Luis Fabiano também suspirou aliviado por voltar a marcar. “Eu sabia que uma hora a bola ia entrar e que eu não devia me afobar. Precisamos melhorar ainda, evoluir”, reconheceu o jogador, que no domingo também recuperou a braçadeira de capitão.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

22

e

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

Não vou falar mais sobre o Adriano.”

Tite

sporte

Mauro Horita/AE

Guilherme Dionízio/AE

Na quarta, Corinthians de Danilo joga no México, contra o Cruz Azul: jogo-chave pela liderança do grupo

Na quinta, Santos de Neymar joga no Peru, contra o Juan Aurich: partida será em gramado artificial

OLHO NA LIBERTADORES D

epois de jogarem no sábado pelo Paulista (leia mais sobre essas partidas no quadro ao lado), Corinthians e Santos voltam a campo no meio desta semana pela Libertadores.

Após vencer o Nacional, do Paraguai, por 2 a 0 no Pacaembu, na semana passada, o Corinthians consolidou-se na segunda posição do Grupo 6.

Agora, vai ao México enfrentar, na quarta-feira, o Cruz Azul, primeiro colocado com 6 pontos, em um jogo-chave pela liderança. Já o Santos, depois dos 3 a 1 sobre o Inter, na Vila Belmiro, com três gols de Neymar, em jogo disputado também na quarta passada, subiu para o segundo lugar do Grupo 1. Vai ao Peru, enfrentar o Juan Aurich, último colocado.

Após ter sido barrado do jogo contra o Guarani por má forma física, Adriano não viajou com os outros jogadores do Corinthians, na noite de do-

mingo, para o México. Ele pediu dispensa do treino de domingo e, como nesta segunda já não havia atividade programada para quem não viajou, só retornará ao CT na terça. Oficialmente, está descartada uma rescisão do contrato, que vai até junho. “Sequer conversamos sobre isso”, disse o diretor adjunto de futebol Duílio Monteiro Alves. “O Adriano fez uma carga pesada de treinos no sábado porque não enfrentou o Guarani. Se tivesse jogado faria apenas uma recuperação, o que não é treino.

Mas ele conversou, pediu dispensa e nós demos.”

Adriano foi barrado da partida contra o Guarani na sextafeira à tarde. Tite disse que tomou a decisão porque o atacante treinou abaixo do esperado durante a semana. Depois, Adriano se recusou a fazer uma pesagem de rotina, o que gerou mais polêmica.

Para o jogo contra o Cruz Azul, o único desfalque do téc-

nico Tite é o lateral-direito Alessandro, lesionado, que também não viajou. Edenílson, que vem jogando bem, será mantido na posição, pois o reserva imediato, Welder, também se recupera de lesão.

Para o jogo de quinta-feira, contra o Juan Aurich, o Santos terá uma preocupação a mais: o gramado do Estádio Elías Aguirre, em Chiclayo. A grama é sintética, uma grande incógnita para o elenco santista.

Por isso, a programação dessa semana será um pouco diferente. Nesta segunda e na terça, o treinamento será realizado no CT das categorias de base, onde o campo é artificial.

Na terça à noite, viagem para Lima, e de lá para Chiclayo.

Apesar da possível vantagem do terreno, o Juan Aurich não oferece muito perigo. O time peruano tem duas derrotas nos dois jogos disputados na Libertadores. Mesmo assim, Muricy mostra preocupação com a partida. “Aparentemen-

te é o time mais fraco do grupo, mas o Inter sofreu para ganhar deles no Beira-Rio. Ainda temos a dificuldade em relação ao campo, por isso vamos treinar no CT Meninos da Vila por dois dias. Temos de jogar como fizemos contra o Inter, com time forte e compacto. Vamos buscar a vitória.” Como o Santos joga quinta no Peru e na semana que vem pega novamente o Juan Aurich, na Vila Belmiro, dificilmente Muricy Ramalho escalará força máxima no clássico contra o São Paulo, domingo, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista.

Além da dupla paulista, os outros brasileiros também estarão em campo nesta semana pela Libertadores. Na terça, o Inter recebe o The Strongest, da Bolívia, no Beira-Rio. Na quarta, o Fluminense joga com o Zamora, da Venezula, no Rio, e o Vasco vai ao Paraguai, enfrentar o Libertad. Na quinta, o Flamengo joga com o Olimpia, do Paraguai, no Engenhão.

Walter e Montillo fizeram

do Mineiro. No sábado,

Duplo tropeço no Paulista

S

ábado, pelo Campeonato Paulista, o ainda líder Corinthians e o então vice-líder Santos estiveram em campo com seus times reservas, mas não colheram bons resultados.

Dos onze corintianos que entraram no Pacaembu para enfrentar o Guarani, apenas o improvisado lateral direito Edenílson deverá sair jogando contra o Cruz Azul, no México, pela Libertadores.

Mesmo assim, a equipe vencia por 1 a 0, gol marcado por Elton no primeiro tempo, até os 43 minutos da segunda etapa, quando foi castigada com a marcação de um pênalti e o gol do empate do Guarani, na cobrança de Fumagalli. Ainda assim, o Corinthians se manteve na liderança, agora com apenas um ponto à frente do Palmeiras.

Em Mogi-Mirim, um Santos 100% reserva perdeu para o Mogi por 3 a 1, de virada.

Apesar da derrota, que fez com que o Santos fosse superado na classificação por Palmeiras e São Paulo, o técnico Muricy Ramalho não mostra preocupação com o rendimento do time reserva. Para ele, o momento ainda não é de cobrança. “Eles não têm entrosamento e jogaram poucas partidas juntos, então sentem mesmo. Não dá para cobrar muita coisa.”

Um fato positivo foi a volta do volante Adriano, recuperado de uma lesão no tornozelo direito que o afastou dos gramados desde novembro.

Ele mostrou estar recuperado, embora sem ritmo de jogo, tanto que pediu para ser substituído no meio do segundo tempo.

PELO BRASIL

também na Arena do

vitória por 2 a 0 sobre o

Jacaré, o líder Atlético

Villa Nova, domingo, em

esteve duas vezes atrás no

Sete Lagoas, que colocou

placar, mas derrotou o

o time na vice-liderança

Nacional por 4 a 2.

Ide Gomes/AE

Edu Andrade/AE

os gols do Cruzeiro na

Com gols de Ronaldinho

com muitos reservas.

Gaúcho, de pênalti, e

Também desfalcado, o

Vanderlei Luxemburgo no

Kleber, Souza, Fernando

Kleberson, o Flamengo

Vasco fez 3 a 0 no

Estádio Olímpico, o

e o argentino Bertoglio

venceu o Fluminense por

Madureira. No sábado, o

Grêmio goleou o Novo

fizeram os gols. Sábado,

2 a 0, em um clássico em

Botafogo só empatou com

Hamburgo, vice-campeão

fora de casa, o Inter fez

que os dois times jogaram

o Bangu, por 1 a 1.

do primeiro turno gaúcho,

2 a 1 no Santa Cruz.

Lucas Prates/AE

No primeiro jogo de

por 5 a 0. André Lima,

PELO MUNDO Andrew Yates/AFP

Manchester United assume a ponta no Inglês

O

Manchester United, do meia Ashley Young, assumiu a liderança do Campeonato Inglês ao vencer o West Bromwich por 2 a 0, gols de Rooney. O time chegou a 67 pontos, um a mais que o Manchester

City, que foi batido pelo Swansea por 1 a 0, fora de casa.

No meio da semana, as duas equipes jogam nas oitavas de final da Liga Europa e precisam reverter resultados negativos. O City perdeu

por 1 a 0 para o Sporting, em Lisboa, com gol de calcanhar marcado pelo brasileiro Xandão, em São Paulo. O United vai ao País Basco depois de perder por 3 a 2 para o Athletic Bilbao, em casa.

Inter e Chelsea jogam pela sobrevivência

Juvens tropeça e Milan dispara na ponta

D

O

ois gigantes europeus em crise jogam sua sobrevivência na Liga dos Campeões nesta semana, no encerramento das oitavas de final.

Nesta terça-feira, a Inter de Milão recebe o Olympique de Marselha, que venceu por 1 a 0 o jogo de ida, na França. O time ao menos chega embalado pela vitória de sexta, 2 a 0 sobre o Chievo, quando se livrou de uma série de sete jogos sem vencer no Italiano. Também amanhã, o Bayern tenta reverter a vantagem do Basel, que fez 1 a 0 na Suíça Na quarta, o Chelsea, comandado pelo interino Dominic Matteo, último time inglês vivo no torneio, tem a missão de virar o duelo contra o Napoli, que venceu por 3 a 1 na primeira partida. No mesmo dia, o Real Madrid recebe o CSKA, depois de um empate por 1 a 1 no jogo de ida, em Moscou.

Milan disparou na liderança do Campeonato Italiano ao vencer o Lecce por 2 a 0, neste domingo, e contar com o quarto empate consecutivo da Juventus, 0 a 0 com o Genoa. A vantagem do Milan na ponta agora é de quatro pontos, 57 a 53, e as duas equipes já estão com o mesmo número de jogos, depois de a Juventus repor duas partidas adiadas por causa do mau tempo.

O time de Turim, porém, saiu de campo neste domingo esperneando contra o juiz pelo empate em Gênova. A principal reclamação é de um gol anulado de Pepe. Jogadores e a comissão técnica não deram entrevistas, e o clube postou em sua conta no Twitter: “A Juventus deixará o Estádio Marassi sem fazer nenhuma declaração: as imagens falam sozinhas”.

Real mantém Barça 10 pontos atrás

M

essi brilhou mais uma vez, fez dois gols, o Barcelona venceu... e de nada adiantou. O time catalão venceu o Racing Santander por 2 a 0, com dois gols de Messi, neste domingo, mas só conseguiu evitar que o Real Madrid ampliasse sua vantagem na corrida pelo título espanhol. O time foi a 60 pontos, contra 70 do Real, que, no sábado, havia vencido o Betis por 3 a 2, em Sevilha, e chegado á incrível marca de 10 vitórias seguidas fora de casa.

Para o Barça, foi a primeira vez neste campeonato que o time venceu quatro vezes consecutivas daí a diferença, que cresceu especialmente em janeiro, logo após a “ressaca” pela conquista do Mundial de Clubes. “Ainda faltam dois meses e meio e vamos continuar tentando”, afirmou o técnico Josep Guardiola.

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

e

DIÁRIO DO COMÉRCIO

23 Vamos para a pista! Chega de tentar adivinhar as coisas nas folhas de chá!”

Michael Schumacher

sporte

FÓRMULA DOS CAMPEÕES O

mais longo e estrelado Mundial de Fórmula 1 de todos os tempos está prestes a começar. Os treinos livres para o GP da Austrália começam às 23h30 (de Brasília) desta quinta-feira, mas só na madrugada de sexta para sábado, com o treino de classificação, é que será possível ver a relação de forças. O que se sabe é que nunca houve tantos campeões mundiais de uma só vez na pista: pela ordem, dos mais recentes para os mais antigos, Sebastian Vettel, Jenson Button, Lewis Hamilton, Kimi Raikkonen, Fernando Alonso e Michael Schumacher.

Em cinco equipes diferentes, os campeões dão brilho especial para uma temporada de

20 corridas - número que já deveria ter acontecido no ano passado, mas foi reduzido a 19 por causa do cancelamento do GP do Bahrein, que volta neste ano a despeito de a situação política no país continuar confusa.

Em relação ao ano passado, a novidade é a volta dos Estados Unidos, no novo circuito de Austin, no Texas, que ainda não está pronto. Ele toma o lugar do GP da Turquia, que alegou razões financeiras para desistir.

Pilotos e equipes reclamaram da maratona, e a FIA, como “consolação”, aumentou as férias de verão, agora com espaço de cinco semanas entre os GPs da Hungria e da Bélgica, e o mês de agosto livre de corridas.

Outra novidade é que em maio, entre as provas iniciais e a temporada europeia,

haverá uma sessão de testes, em Mugello, o circuito italiano que pertence à Ferrari.

Os testes de pré-temporada, embora não possam ser usados totalmente como parâmetro, deixaram a impressão de que a Red Bull continua na frente, o que coloca Vettel como favorito ao tricampeonato consecutivo - feito até hoje alcançado apenas por Schumacher e pelo argentino Juan Manuel Fangio, nos anos 50. A McLaren aparece como principal rival, ao lado, quem diria, da Mercedes, que, depois de dois anos discretos, parece ter encontrado uma solução aerodinâmica que permite bons resultados (veja o vídeo em www.dcomercio.com.br) e dar a Schumacher a chance de voltar a vencer.

A Ferrari já deixou claro que não vai brigar

pelas vitórias pelas primeiras corridas, em condições normais, e os pilotos, proibidos de dar entrevistas, só falaram em notas oficiais em tom de “temos muito trabalho pela frente”, eufemismo para “a coisa tá feia”. O que não é nada animador para Felipe Massa, cobrado pelos chefes a mostrar serviço depois de um péssimo ano em 2011.

Bruno Senna, um dos pilotos que mais andou na pré-temporada, corre numa Williams de poucos recursos e que, na melhor das hipóteses, vai brigar por pontos e por um lugar na última fase do treino classificatório.

Assim, torcer para os brasileiros pode ser um exercício de paciência - mas, para os fãs de automobilismo sem bandeiras, a Fórmula 1 de 2012 é diversão garantida.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

24 -.ESPORTE

sábado, domingo e segunda-feira, 10, 11 e 12 de março de 2012

FIM DE JOGO

L

Belucci vence Melzer, 20º do mundo, e avança no Torneio de Indian Wells

L

Pluri Consultoria calcula valor de mercado de Messi: 140 milhões de euros

L

Presidente José Maria Marin recebe a imprensa, ao meio-dia, na CBF

L

Vídeo em destaque - O novo bico da Fórmula 1 - www.dcomercio.com.br

www.dcomercio.com.br/esporte/

EÃO CAMP

LEÃO PEGA NO PÉ DE LUCAS Paulo Pinto/Folhapress

Domingo, 11

Miguel Schincariol/AE

368º JOGO

Scolari só perde para Osvaldo Brandão o golear o Botafogo de Ribeirão Preto por 6 a 2 e transformar-se no ataque mais efetivo do Campeonato Paulista, com 30 gols em 13 rodadas, o Palmeiras presta surpreendente homenagem a Luiz Felipe Scolari, que completou seu 368º jogo como técnico do time, um a mais do que Vanderlei Luxemburgo.

Agora, Felipão só perde de Osvaldo

O salto de Duda

Lucas explica o futebol de

muitos toques e nenhum drible nos 2 a 1 sobre a Lusa: "Estou cumprindo o que haviam pedido". Era uma referência às críticas de Emerson Leão aos muitos dribles e poucos toques no 1 a 1 com o Independente, do Pará, pela Copa do Brasil. Acontece que, contra a Lusa, o técnico mudou de ideia: "O Lucas me pareceu tocando a bola quando poderia individualizar. Não foi Lucas. Por isso, saiu".

A

NDO

DO MU

Brandão - técnico do Palmeiras em 580 jogos! O domingo de muitos gols não diminuiu a habitual preocupação de Scolari com a defesa: "Os jogadores foram bem em alguns momentos, não tanto em outros. Com 11 contra 10, levamos gols. Vocês podem dizer que fizemos três, mas não gostei.

Vamos ter de corrigir isso."

Domingo, 11

Mauro Vinícius salta 8,23 metros na final e ganha ouro no Mundial de Istambul Fotos: Adrian Dennis/AFP

M

auro Vinícius Hilário Lourenço da Silva, o Duda, não escondeu a emoção ao receber, ontem, a medalha de ouro do salto em distância conquistada um dia antes no Mundial Indoor de Atletismo, em Istambul. O atleta de Rio Preto chorou no pódio ao ouvir o Hino Nacional, que só havia sido tocado outras duas vezes na história do evento, após vitórias do velocista Zequinha Barbosa, em 1987, e da saltadora Fabiana Murer, em 2011.

Duda volta ao Brasil amanhã, mas avisa que não tem tempo para continuar festejando a conquista da medalha: "Vou chegar em casa e guardar a medalha para reiniciar os treinos do zero, pensando só na Olimpíada." O salto de 8,23 metros, que lhe valeu o ouro na Turquia, também ficará como lembrança. "Para chegar ao pódio em Londres, vou ter de saltar em torno de 8,30m", avalia o novo campeão mundial, que chegou a saltar 8,28m nas eliminatórias em Istambul.

Mesmo com o ouro de Mauro Vinícius da Silva, o Brasil ficou apenas em 11.º lugar no Mundial, empatado com Costa Rica, Grécia e Nova Zelândia. Os EUA terminaram em primeiro lugar, com nove ouros, três pratas e cinco bronzes. A Grã-Bretanha ficou em segundo, com três ouros, duas pratas e quatro bronzes.

O Brasil foi representado nesta edição do Mundial Indoor por sete atletas e teve desempenho pior do que no Mundial de 2010, disputado em Doha, no Catar, onde Fabiana Murer foi campeã no salto com vara e Keila Costa faturou o bronze no salto em distância.

SUPERLIGA

JOGO DAS ESTRELAS

Hora de matar ou morrer Silva Júnior/Folhapress

N NBB divide Franca entre aplausos e vaias

O

animado final de semana em Franca, marcado pelo Jogo das Estrelas do Novo Basquete Brasil, começou com ares de festa caseira, premiando os três vencedores dos desafios individuais. O ala armador Fernando Penna, do time da casa, foi o campeão do desafio de habilidade. A tarefa era driblar obstáculos na quadra e fazer cestas no menor tempo possível.

No torneio de arremessos de três pontos, Helinho, também do Franca, sagrou-se campeão.

ão dá tempo nem de respirar: três dias depois de encerrar a fase de classificação da Superliga feminina em primeiro lugar, o Sollys/Osasco abre nesta segunda-feira os playoffs da competição, em jogo contra o BMG/São Bernardo, às 21h, em Osasco.

A equipe escolheu fazer o primeiro jogo em casa, como permite o regulamento. O técnico Luizomar de Moura já avisou

que a empolgação pela vitória de sexta sobre o Unilever, por 3 sets a 1, no Maracanãzinho, já acabou. “Agora é um novo campeonato, temos de estrear concentrados diante de nossa torcida”, avisou. “Não podemos cair na armadilha do favoritismo”, completou a atacante Tandara.

O time carioca, que perdeu os últimos dois jogos na fase de classificação, joga contra o Mackenzie, em Belo Horizonte, já

Cinnara Picoli/Vipcomm

que escolheu estrear fora de casa. O primeiro jogo será nesta terça, assim como os outros dois duelos: Vôlei Futuro x Praia Clube, em Araçatuba, e Minas x Sesi, em Belo Horizonte. As quartas de final e semifinais são em melhor de três jogos, e a final, em jogo único, no Maracanãzinho.

Entre os homens, a primeira posição ficou com o Sada/Cruzeiro, que, com a liderança já assegurada, colocou um mistão no

último jogo e perdeu para o Sesi por 3 a 0. O time mineiro pega o BMG/São Bernardo nas quartas de final, mas a tabela ainda não foi divulgada pela CBV. Os outros duelos serão: Sesi x RJX, Vôlei Futuro x Medley/Campinas e Cimed/SKY x Vivo/Minas. “Foi muito importante ganhar do Cruzeiro. Vamos para o playoff com um ânimo ainda maior”, afirmou o atacante Murilo, capitão do Sesi, que busca o bicampeonato.

Douglas Magno/Vipcomm

O ala Gui, do Bauru, cortou a onda do pessoal de Franca e venceu o torneio de enterradas. No dia seguinte, sob vaias, o NBB Brasil, formado pelos brasileiros que atuam no campeonato, venceu por 125 a 102 o NBB Mundo, composto por estrangeiros.

Justificativa para a bronca da torcida: o jogo festivo contou só com um jogador do time da casa, o americano Kevin Sowell. Foi por ele que os 7 mil francanos presentes ao ginásio torceram.

Sexta-feira, 9, e sábado, 10

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

almanaque Celso Unzelte

Em 2012, o Fla-Flu completa 100 anos

F

lamengo e Fluminense disputaram ontem, com seus times reservas, o primeiro jogo neste ano em que o Fla-Flu comemora seu centenário. No primeiro confronto, em 7 de julho de 1912, pelo Campeonato Carioca, deu Fluminense, 3 a 2, nas Laranjeiras. A foto, daquele dia, mostra o Flu vestindo camisas listradas e o Fla com uma camisa de quadrados pretos e vermelhos, apelidada de “papagaio-vintém”.

O

Fluminense havia sido fundado dez anos antes, em 1902, já para a prática do futebol. O Flamengo é de 1895, mas inicialmente praticava apenas as regatas. Naquele ano de 1912, foi criado seu departamento de futebol, por iniciativa de Alberto Borgerth. Ele liderou um grupo de dissidentes do próprio Fluminense, que haviam sido campeões cariocas em 1911 e passaram a integrar o Flamengo.

Por isso, no primeiro Fla-Flu, o Flamengo era composto pelo ex-time do Fluminense e o tricolor entrou em campo praticamente com seu antigo time de reservas, O Fla-Flu não tem fim. O Fla-Flu começou 40 enxertado pelos remanescentes minutos antes do nada.”

Oswaldo Gomes e Calvert. Mesmo Nelson Rodrigues, dramaturgo, cronista esportivo e assim, foi o Fluminense que torcedor do Fluminense. ganhou aquele jogo.

304

vezes Flamengo e Fluminense se 0 enfrentaram nestes 10 anos de história do o clássico (incluindo o jog de ontem), com 108 vitórias rubro-negras, 98 vitórias tricolores e 98 empates. O Flamengo marcou 440 gols e o Fluminense, 403.

CURTAS

Há 79 anos (12/3/1933),

era disputado o primeiro jogo profissional no Brasil. Em amistoso na Vila Belmiro, o São Paulo goleou o Santos: 5 a 1.

Em 15/3/1970, o Peñarol,

no Uruguai, goleava o Valencia, da Venezuela, por 11 a 2. Esta é a maior goleada da história da Libertadores.