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PERDIDOS NA FLORESTA Deputados perderam o rumo no Código Florestal, entraram pela madrugada trocando desaforos e suspenderam a sessão. Pág. 5

Ayrton Vignola/AE

ATENÇÃO: PASSE! O Cristo Redentor iluminado de amarelo faz parte de campanha da ONU pela redução de mortes no trânsito. Aqui, no 1º dia da Zona Máxima de Proteção ao Pedestre, 108 marronzinhos, além de mímicos (acima) e monitores, foram às ruas para orientar os paulistanos. Num segundo momento, eles passarão a multar quem desrespeitar faixas e não der preferência aos pedestres. Pág. 10

Ide Gomes/Frame/AE

Ano 86 - Nº 23.370

Descoberto o diário-bomba de Bin Laden. Página 9

Conclusão: 0h30

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br

Francisco Bonilla/Reuters

R$ 1,40

São Paulo, quinta-feira, 12 de maio de 2011 Zanone Fraissat/Folhapress

Bum nos caixas eletrônicos: 40 já roubados a bomba desde abril. O assalto da foto é o quarto nesta semana. Foi no Banco do Brasil da Vila Sônia, perto de uma delegacia. Os ladrões sacaram e fugiram. Pág. 11

Vigília após tremores e mortes Dois terremotos sacudiram o sudeste da Espanha, matando ao menos 8 pessoas e destruindo prédios históricos em Lorca. Moradores passaram a madrugada na rua. Pág. 9

PROPOSTA: ALIVIAR EM 6% A FOLHA DE PAGAMENTO. Página 17

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 17º C.

AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 23º C. Mínima 16º C.

ISSN 1679-2688

23370

9 771679 268008

Paquistão e Arábia Saudita: parceiros ou problemas para os Estados Unidos? Página 3

Governo tenta salvar a ministra Ana de Hollanda do fogo amigo. Página 7

No Facebook, Zuckerberg é só o dono. O advogado Zuckerberg reclama. Página 12

Emprego recorde: 2,8 mihões Comerciante: como em 2010. Os mais jovens e os estabelecer seus preços com mais velhos se deram bem. a inflação rondando. Página 13 Página 20


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Com um pouco de boa vontade, tudo isto poderia ser aprovado em poucos meses. José Márcio Mendonça

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ENSAIOS EM BALÕES

SAMIR KEEDI

BRASIL ESTÁ NO FUNDO DA LIXEIRA

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m mais uma passagem pelo Congresso Nacional de uma autoridade econômica nos últimos dias, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nélson Barbosa, estrela em ascensão na constelação federal, deu aos parlamentares mais indicações da reforma tributária fatiada que o governo Dilma Rousseff pretende iniciar ainda este ano. Sugestões, como de praxe, muito politicamente (ou seria economicamente?) corretas. E tome desoneração dos alimentos da cesta básica e dos medicamentos do ICMS, do PIS e da Cofins; oferta aos governadores de compensações federais por perdas nas alterações no principal imposto dos Estados; medidas para por um fim na guerra fiscal entre Estados pela isenção do ICMS em importações; concessão de incentivos tributários regionais; e a realização de investimentos em infraestrutura econômica e social nas unidades da federal. Além, naturalmente, da reafirmação do compromisso de reduzir a contribuição das empresas para a Previdência Social, apenas adiada (quarta, quinta vez?) para ser lançada em junho e não mais este mês. Por mais bem intencionadas que sejam as propostas, e sua elas sejam teoricamente viáveis, no pantanoso terreno do mundo real, elas não passam de balões bem ensaiados e de conversa para fazer dormir uma boiada inteira, dessas de qualidade exportável financiadas com gosto pelo BNDES a seus frigoríficos de fé. Com um pouco

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA de boa vontade, tudo isto poderia ser aprovado em poucos meses.

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ão se trata, porém, de boa vontade ou, como dizia o presidente Lula com ênfase, mas sem exercitá-la, de vontade política. É uma questão mais complexa, de aritmética, ou melhor, de contabilidade pública, ou, melhor ainda, dos cofres federais, estaduais e municipais, estas arcas de Noé sem fundo, por mais que sejam providas pela sociedade de recursos. Enquanto não se discutir seriamente o outro lado da moeda, ou seja, a coluna das despesas da União, dos Estados e dos municípios, qualquer reforma tributária no Brasil, feita de fato para aliviar o peso dessa canga das costas dos

cidadãos e das empresas, será mero sonho de noites de verão, de inverno, de primavera e de outono. Se o Estado não pode gastar menos, se mesmo com uma carga tributária de 35% ainda gera déficit nominais em suas contas, como poderá fazer tudo o que Barbosa anunciou, gratuitamente, sem nenhuma compensação? Não dá.

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egue-se o caso da prometida, ainda no governo Lula, redução nos custos previdenciários das empresas sobre a folha de pagamento, hoje em 20% e que, se dizia, poderia chegar a 14%, com reduções por etapas, em três anos. Desde que a ideia surgiu já transcorreu tempo suficiente para botar a roda da redução para rodar.

A reforma tributária real, não meramente acomodatícia, de que o País precisa, passa necessariamente, antes, pela discussão do papel e do tamanho do Estado brasileiro.

Não saiu, no entanto, porque o governo não encontrou uma fórmula para compensar a perda de receita que terá. Vai tirar de folha de pagamentos e botar em algum outro lugar – numa garfada via mais imposto sobre o faturamento, na volta do imposto do cheque ou outra mágica qualquer.

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que vantagem a Maria levará? O custo tributário das empresas ficará igualzinho. E mesmo as apregoadas vantagens de que a reforma facilitará a contratação de mão de obra são relativas e que reduzirá a informalidade são quase nulas. Quem contratará mais trabalhadores, mesmo sem necessidade, somente porque eles estão custando mais barato? Sonho. Quem deixará de usar uma máquina moderna para ficar com o artesanato? Sonho. A formalização, por seu lado, é uma questão de oportunidade econômica e de arrocho na fiscalização. Assim, a reforma tributária real, não meramente acomodatícia, que o Brasil precisa passa, antes, necessariamente, pela discussão do papel e do tamanho do Estado brasileiro, que leve, ao mesmo tempo a uma diminuição do seu peso e a um aumento de suas eficiência. E isto é assunto proibido nas searas políticas e burocráticas, uma vez que atingiria seus próprios meios de sobrevivência, de vida. JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Cláudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

esconfiamos que o país está sem rumo. E tal desconfiança remonta há mais de 30 anos, desde o início dos anos 80, quando o país parou de crescer, e se deteriorou a olhos vistos. Cada legislatura é pior que a anterior. Os economistas perderam o senso de crítica. A imprensa pouco denuncia. E quem paga é a população, sem se aperceber disso. É incrível a cegueira, surdez e mudez de um povo. A inflação voltou a sair de controle. E não é por culpa do mundo, como diz o governo, mas nossa mesmo, que não sabemos mais fazer política econômica. Erramos sem querer? Ainda a comprovar, já que os governos ganham muito com a inflação. A arrecadação cresce e as despesas permanecem por algum tempo. Os empresários também, já que os salários crescem anualmente. A dívida interna já passa de R$ 1,7 trilhão nas mãos do público e cerca de R$ 700 bilhões com o Banco Centra e que não consegue repassar ao público, o que soma R$ 2,4 trilhões. Essa dívida era de R$ 150 bilhões em 1994, de R$ 1 trilhão em 2002 e será de R$ 2,8 trilhões em 2014. Em 2010 o governo pagou R$ 190 bilhões só em juros sobre a dívida; em 2011 pagará cerca de R$ 230 bilhões. O PAC , menina dos olhos do governo, que praticamente não anda, tem orçamento anual de 40 bilhões. Há algo de podre no Reino da Dinamarca, como diria Shakespeare.

corrupção avança a olhos vistos. Nunca antes neste país se viu coisa igual. A explicação é que hoje há mais denúncias. Mas é fato mesmo e a arrecadação de tributos é a prova. É a mais alta carga tributária do planeta e o retorno é ínfimo. Fica difícil explicar a diferença. Só podem ser atalhos "desconhecidos" . As despesas do governo crescem sem proporção. E mesmo os seguidos aumentos de impostos não as cobrem, o que vai arrebentando o País. Em poucos anos não haverá dinheiro para nada e a alternativa é subir impostos. O Exército, a Aeronáutica e a Marinha estão com seus equipamentos sucateados. Não há recursos nem para trocar peças. Nossos os aeroportos estão com capacidade exaurida. Viajar de carro? Outro sonho. As estradas estão sucateadas. Salvam-se as de São Paulo e outras poucas no País. Mas é fácil

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As despesas do governo crescem sem proporção. E mesmo os seguidos aumentos de impostos não as cobrem, o que vai arrebentando com o Brasil.

ficarem boas com o abuso dos pedágios. Todos dizem que é melhor pagar pedágio do que andar em estradas ruins, que destroem os carros, mas ninguém pensa com a lógica correta, que deveríamos ter estradas boas sem pedágio. Com os altos impostos e com o IPVA, deveríamos ter boas estradas. Trem, nem pensar. Os poucos que temos são para carga, os trens urbanos são poucos e nossa malha ferroviária é a pior do mundo. Temos só 28 mil quilômetros de ferrovias, o que dá 3,4 quilômetros de ferrovias por 1.000 km2 de território (na Argentina são 12, na França 60, na Inglaterra 70 e na Alemanha 130 por km2). Os EUA têm 300.000 quilômetros de ferrovias. No nosso mapa, quase não vemos a ferrovia; quando olhamos o dos EUA, quase não vemos o mapa. omos um país rodoviarista. 60% das nossas cargas transitam pelas estradas. Nos EUA, só 32%. E temos 1,6 milhão de quilômetros de estradas, com apenas 170.000 asfaltadas. O Tio Sam tem 6 milhões, todas asfaltadas. Nossas fronteiras não são vigiadas e entra de tudo. Há dias, repórteres de um grande jornal compraram uma arma no Paraguai, e a receberam por motoboy, em frente ao hotel, vindo pela Ponte da Amizade. É muita amizade. O conselho de Ética do Senado tem 15 novos membros – e boa parte deles responde a inquéritos e processos no STF. Aliás, não entendemos por que nossos representantes respondem no STF e nós, pagadores de seus salários e mordomias, respondemos na justiça comum. Pagamos os mais caros combustíveis, internet, energia, telefonia etc.. Recebemos péssimos serviços de saúde, educação e segurança. E ainda temos que ouvir que somos pessimistas!

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SAMIR KEEDI É PROFESSOR, ECONOMISTA, AUTOR DE VÁRIOS LIVROS EM COMÉRCIO EXTERIOR, TRANSPORTE E LOGÍSTICA SAMIR@ADUANEIRAS.COM.BR

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Fernanda Pressinott, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Anna Lucia França, Eliana Haberli ,Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repór teres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André de Almeida, Fátima Lourenço, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente PL Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente Executiva Sonia Oliveira (soliveira@acsp.com.br) Gerente de Operações Valter Pereira de Souza (valter.pereira@dcomercio.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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OS ACORDOS COM O PAQUISTÃO E ARÁBIA SAUDITA NÃO PODEM SER CONSIDERADOS FIRMES.

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Dois maus acordos Q

uer dizer então que Osama Bin Laden estava vivendo em uma mansão construída especialmente para ele no Paquistão? Eu me pergunto: onde ele conseguiu o dinheiro para comprá-la? À vista, com o dinheiro de sua aposentadoria saudita? Com uma hipoteca subprime paquistanesa talvez? Não. Eu suspeito que vamos descobrir que o dinheiro veio do mesmo lugar de onde vem a maioria dos fundos da Al Qaeda: uma soma de doações particulares, gastas sob o olhar atento do Exército paquistanês. E por que deveríamos nos importar? Porque isso é o âmago da questão; esse é o motivo. Foi tanto justo quanto estrategicamente vital que matássemos Bin Laden, que planejou o 11 de Setembro. Só desejaria que fosse tão fácil eliminar os dois acordos ruins que realmente tornaram possível aquele ataque, que o financiaram e providenciaram os principais conspiradores e os soldados rasos que o realizaram. Estamos falando sobre os acordos na Arábia Saudita e no Paquistão, que estão vivos e bem. O acordo reinante na Arábia Saudita é uma velha parceria entre a tribo Al-Saud e a seita religiosa wahhabi. A tribo Al-Saud consegue permanecer no poder e viver como quer atrás dos muros de seus palácios e, em troca, os seguidores da seita wahhabi ficam com o controle dos costumes religiosos, mesquitas e sistema educacional do país. Os wahhabis abençoam o regime saudita com legitimidade na ausência de eleições e o regime os abençoa com dinheiro e carta branca na religião. A única desvantagem é que esse sistema garante um fornecimento permanente de "rapazes sentados por aí" – jovens sauditas que não têm mais nada a não ser educação religiosa e nenhuma habilidade para competir – que assim são recrutados para se tornarem sequestradores ao estilo do 11 de Setembro e homens-bomba no Iraque. Ninguém explica isso melhor do que a escritora saudita Mai Yamani, autora de O Berço do Irã e filha de um ex-ministro do Petróleo

THOMAS L. FRIEDMAN centes do país, ao mesmo tempo reduzindo a presença norte-americana no Afeganistão. Em conjunto, a mensagem seria que estamos preparados para ajudar o Paquistão na luta contra seus inimigos reais e contra os nossos – ignorância, analfabetismo, elites corruptas e obscurantismo religioso – mas não temos nenhum interesse em ser joguetes na bobagem de que o Paquistão está ameaçado pela Índia e assim precisa de "profundidade estratégica" no Afeganistão e aliados entre o Talibã. O mesmo para a Arábia Saudita.

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da Arábia Saudita. "Apesar de uma década do Ocidente lutando contra o terror e da aliança de longo prazo com os Estados Unidos, a organização religiosa Wahhabi no Reino continua a bancar ideologias extremistas islâmicas em todo o mundo", escreveu Yamani, no The Daily Star of Beirut, Líbano, esta semana.

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in Laden, nascido, criado e educado na Arábia Saudita, é um produto dessa ideologia dominante, afirma Yamani. "Ele não foi nenhum reformista religioso, foi um produto do wahabismo, que depois foi exportado pelo regime wahhabi como um jihadista". Segundo ela, nos anos 80, a Arábia Saudita gastou cerca de US$ 75 bilhões na propagação do wahabismo, fundan-

do escolas, mesquitas e organizações de caridade em todo o mundo islâmico, do Paquistão ao Afeganistão, Iêmen, Argélia e outros. "Sem surpresas, a criação de um movimento político islâmico transnacional, impulsionado por milhares de sites jihadistas clandestinos, atingiu de volta o Reino. Como os sequestradores de 11 de Setembro, que também eram exportações ideológicas de wahhabistas sauditas. A reserva saudita de terroristas em potencial continua porque a fábrica wahhabi de ideias fanáticas permanece intacta. Assim a verdadeira batalha não tem sido contra Bin Laden, mas contra a fábrica de ideologia apoiada pelo Estado saudita", completa Yamani. O mesmo para o Paquistão. O acordo paquistanês reinante é esta-

belecido pelo Exército do país e afirma: Vamos deixar que vocês, civis, finjam governar, mas nós ficaremos no comando de fato, vamos consumir cerca de 25% do orçamento do país e vamos justificar tudo isso como sendo necessário para que o Paquistão enfrente seu verdadeiro desafio de segurança: a Índia e sua ocupação na Caxemira.

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rocurar por Bin Laden se tornou um negócio paralelo para o Exército do Paquistão a fim de conseguir ajuda dos EUA. Como o especialista na Al Qaeda Lawrence Wright observou na revista The New Yorker desta semana, o Exército e o serviço de inteligência do Paquistão "estavam no negócio de procurar Bin Laden e, se o encontrassem, fica-

riam fora do negócio". Desde o 11 de Setembro,disse Wright, "os EUA cederam US$ 11 bilhões para o Paquistão, a maior parte em ajuda militar, com uma grande quantidade sendo desviada para comprar armas para se defender contra a Índia".

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liás, o presidente Hamid Karzai faz o mesmo jogo no Afeganistão. Ele está no negócio de procurar a estabilidade no Afeganistão. E enquanto o estivermos pagando, ele vai continuar procurando. O que os dois países precisam é de uma terapia de choque. Para o Paquistão, isso significaria os EUA transformando a fatia de sua ajuda militar em programas educacionais para crianças e adoles-

O FRIO SABOR O

olho por olho, em breve estaremos todos cegos". "Os inimigos merecem a morte" é o grito primal de todos os que são dominados pela ira incandescente, numa inversão de um grito de justiça, que seria algo mais ou menos assim: "Os malfeitores devem ser capturados e trazidos às barras dos tribunais para julgamento!" m dos comandantes de alta patente da inteligência americana chegou a ir a público e dizer, com todas as letras, que torturar presos em nome da soberania nacional não só é praticado pelos americanos como é um fato aceitável. Guantánamo que o diga. A Suprema Corte americana – o que é alentador – já começa a corrigir injustiças

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contra inocentes acusados como asseclas do Bin Laden e cujas confissões foram obtidas por meio de tortura. O Bem não poderá ser vencido pelo Mal – embora este, por natureza, faça muito mais barulho.

surgirão, sejam seguidores cegos do Alcorão, ou lunáticos como um pastor norte-americano que foi a praça pública desancar os muçulmanos, num desrespeito total à liberdade religiosa dos outros.

rovavelmente Genghis Khan, um dos bárbaros do passado, sentir-se-ia em casa em nossa época, haja vista que numa de suas declarações de "princípios" consta que "não basta apenas derrotar o inimigo: é preciso destrui-lo". Bin Laden, sanguinário vil, "viveu pela espada e morreu pela espada". Colheu o que plantou; mas, sob a égide da Justiça, seus executores não podem estar acima do bem e do mal, até porque, infelizmente, outros "bin laden"

eus contra Alá: como se ambos não fossem um só e não pregassem o amor ao próximo como ato magno entre irmãos. Livros religiosos são queimados em praças públicas em fogueiras acesas pela fagulha de ódios engendrados no íntimo de corações que se excluem mutuamente. "E agora, José", que Bin Laden foi assassinado, e Obama, míster presidente, é ovacionado em praça pública e catapultado para se reeleger nas próximas eleições? "E agora, José", que o ensandecido Kadafi massacra seu próprio povo, que a França fecha suas portas a miseráveis estrangeiros buscando uma chance de sobrevida dentro da sua geografia, que os Palestinos insistem em querer um lar, que Israel vive temeroso de ataques dos palestinos, que a corrupção grassa em vários governos da América Latina, enriquecendo alguns e matando a muitos nas filas de

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THOMAS L. FRIEDMAN É COLUNISTA DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

LUIZ OLIVEIRA RIOS

DA VINGANÇA sama Bin Laden, a personificação do mal neste terceiro milênio, está morto. E assim como os fanáticos terroristas dançaram quando de sua lúgubre obra – a destruição das torres gêmeas, ceifando a vida de milhares de inocentes – muitos americanos dançaram em praça pública quando da execução do seu inimigo público número 1. Nesse show às avessas, em que mortes são comemoradas, vemos que, na prática, a recíproca olho por olho, dente por dente (Lei de Talião) continua a ser a moeda dominante neste mundo de exagero no ódio, abismo na justiça e falência nos afetos. Gandhi, o pacifista morto pela violência de um fanático, dizia algo mais ou menos assim: "Se tudo for retribuído

stamos num ménage à trois com os Al-Sauds e com os wahhabis. Fornecemos segurança para os AlSauds e eles nos fornecem petróleo. Os wahhabis fornecem legitimidade para os Al-Sauds e os AlSauds lhes fornecem dinheiro (o nosso). Isso funciona muito bem para os Al-Sauds, mas não tão bem para nós. A única maneira de sair disso é uma nova política energética para os Estados Unidos, que nenhum partido está propondo. Portanto minha conclusão é: certamente estamos mais seguros com Bin Laden morto, mas ninguém ficará seguro – com certeza não os muitos muçulmanos moderados na Arábia Saudita e no Paquistão que merecem um futuro melhor – sem negócios firmes em Islamabad e Riad.

serviços públicos de saúde infectos? Em síntese, tudo continuará como antes no quartel dos Abrantes? Todos os países integrantes da Liga da Justiça Internacional, digamos assim, precisam se precaver contra ações que, a pretexto de combater o inimigo, violam territórios e gente inocente. e a barbárie, em nome do Estado, puder ser perpetrada, no que nos diferenciaríamos dos terroristas de carteirinha? Na manifestação explícita de alegria através da dança não mais, posto que todos os praticantes do mal também se rejubilam e cantam quando seu intento funesto é levado a cabo. Na mensagem genuína do Christos, isenta dos dogmas separatistas das denominações religiosas, logra-se identificar um conjunto de ensinamentos focados no amor ao próximo, assim como a ênfase nos princípios da Justiça como base sólida sobre a qual repousa (ou deveria repousar) o tecido social. E isto só será possível com a lei alcançando e punindo os transgressores, aplicando-se-lhes as penas compatíveis a seus crimes. Nós, ou o Estado como

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instituição, quando somos a um só tempo juízes e executores sumários, agimos como vingadores –e a vingança, conforme o ditado popular, "é um prato que se serve frio". Ora, a vingança, como ato por si mesmo desprovido de Justiça, exigirá outra vingança em contrapartida e, nessa escalada de horrores, muito sangue inocente continuará manchando as páginas da História humana. Mais danças macabras comemorando a morte? Até quando? recisamos voltar ao tempo em que dançar e cantar eram manifestações livres da alma traduzidas em movimentos cadenciados do corpo em gratidão pela festa de se estar vivo e cheio de esperança. Triste mundo no qual a morte de seres humanos é planejada, executada e depois se ouvem cânticos e há danças em praças públicas. Tanatos (morte) não pode vencer Eros (pulsão para a vida). Maestro, toque o "Bolero" de Ravel, por favor!

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LUIZ OLIVEIRA RIOS É PROFISSIONAL DE MARKETING E VENDAS E COLUNISTA DO DIÁRIO DO COMÉRCIO OLIVEIRA. RIOS@HOTMAIL.COM


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

gibaum@gibaum.com.br

Ciro Gomes, sem emprego fixo, vive de consultoria e palestras: economia, finanças e, dependendo, auto-ajuda.

k Isso aqui não é um santuário, mas é uma romaria permanente.

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Giba Um

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LUIZ SÉRGIO // ministro das Relações Institucionais, sobre a peregrinação constante a seu gabinete.. Fotos: BusinessNews

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

MAIS: ele garante que sua agenda está lotada até outubro. E Ciro é bem mais modesto do que Lula: cobra só R$ 20 mil.

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Presidente Peluso Com a viagem de Dilma Rousseff ao Paraguai e a de Michel Temer a Rússia, a Presidência da República deveria ser ocupada, interinamente, pelo presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS). Só que ele vai hoje para a Coréia do Sul, participar do G20 entre presidentes de poderes legislativos. Assumirá, então, o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso.

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São Pancrácio

BIG BUSINESS Nem o publicitário Roberto Medina, criador do Rock in Rio, esperava que a nova versão do evento, que acontecerá em outubro, tivesse seus ingressos esgotados em tão pouco tempo. O que não impede Medina de continuar conversando com Fernando Altério para uma associação entre sua empresa produtora com a Time For Fun – T4F, que acaba de sair do sufoco depois de uma oferta de ações no mercado. A T4F tem também entre seus acionistas a Gávea Investimentos, que Armínio Fraga vendeu para o JPMorgan. 333

Antiga frase 333 Quem assiste o canal Viva, na TV por assinatura, tem acompanhado a reexibição dos programas de Abelardo Chacrinha Barbosa. Num deles, originalmente apresentado em dezembro de 1987, o apresentador revela seu lado governista e repete no ar uma frase que foi usada, anos depois, no governo Lula: “Deixa o homem trabalhar. O Sarney quer acertar” (não acertou e deixou o Planalto com o país encarando a maior inflação de sua história). Nesse mesmo programa, havia uma faixa no auditório, onde se lia: “No Maranhão, tem Sarney Filho e Edison Lobão”.

TIRAOUNÃO A revista Playboy continua à caça de um grande nome para tirar a roupa em suas páginas em sua edição de aniversário, em agosto. Fernanda Lima (vai aparecer numa seção da publicação, em junho) não topou por problemas de cachê e Carolina Dieckman também teria recusado (quando jovem, no começo da carreira, já posou sem roupas e as fotos desapareceram da internet). Agora, a conversa segue com Adriana Galisteu, que já estrelou ensaio lá mesmo em 1995 (e a foto da depilação ficou famosa). 333

A americana Carmen Dell’Orefice, que foi capa de Vogue (destaque), em 1947 e durante anos trabalhou com Chanel, Elsa Schiaparelli e Dior, quebrou duas vezes: nos anos 80, investindo errado na NYSE; depois, em 2008, na pirâmide do fraudador (e seu ex-amigo) Bernard Madoff. Agora, aos 80 anos, voltou às passarelas e às revistas de moda: foi a vedete de um desfile, no começo do ano, de Adrienne Vitaddini, na Semana da Moda de Nova York e ganhou, depois, um super-ensaio na Vanity Fair. Resultado: todos querem Carmen. “Se me dão um p...fotógrafo e uma grana gostosa, quero mais é modelar ”.

Top model aos 80

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333 No olho do furacão, por conta da cobrança de diárias quando vai ao Rio de Janeiro e não faz nada nos fins de semana, a ministra Ana de Holanda vê seu ministério colocado em 23º lugar no ranking dos 38 órgãos governamentais que gastaram, nos primeiros quatro meses do ano, R$ 349,3 milhões em diárias, passagens e despesas de locomoção. Ou seja: é o equivalente a quase R$ 3 milhões por dia. Até abril, o Ministério da Cultura havia torrado apenas R$ 3,3 milhões em viagens e hospedagens, quase o valor diário gasto pelo governo. Em igual período, no último ano do governo Lula, foram gastos R$ 462,2 milhões, equivalentes a quase R$ 4 milhões por dia.

Festivalde viagens

A Dior está tentando fascinar Sarah Burton, a nova estrela do mundo da moda, para se transferir para a grife e ocupar o lugar de John Galliano. Só que, em alta depois que assumiu o lugar de Alexander McQueen, ela pretende se manter fiel a grife onde, em 1996, como estagiária, deu seus primeiros passos. Ela desenha, faz pesquisas de roupa e é formada pela Central Saint Martins. McQueen tinha total confiança nela e foi Sarah que assinou as suas últimas coleções. Agora, depois de ter criado o vestido de noiva de Kate Middleton, Sarah virou superstar . 333

HOJE, 114 deputados são alvos de 243 inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal. Entre as acusações mais comuns, crimes eleitorais, contra as leis de licitações e de responsabilidade. O crescimento é de mais de 20% em relação à legislatura passada.

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NESSES dias, o arquiteto Oscar Niemeyer, 103 anos de idade e festejado em todo o planeta, foi até um posto de saúde no bairro de Copacabana – e tomou a vacina contra gripe, como já havia tomado no ano passado. E saindo de lá, já no interior de seu automóvel, não resistiu, puxou uma cigarrilha e deu algumas tragadas.

O WWD – Women’s Wear Daily acaba de publicar uma matéria sobre a campanha publicitária que o Shopping Iguatemi, de São Paulo, fará para comemorar seus 45 anos de funcionamento – dentro e também fora do país. A fotógrafa é a famosa Anne Leibovitz e a peça principal é repleta de famosos: ao centro, a cantora Bebel Gilberto; Isabeli Fontana abraça o chef Alex Atalla; Vik Muniz está com a namorada Malu Barreto; Georgina Brandolini aparece com a irmã Bianca, sentada no chão,; Luciana Curtis está pendurada em Paulo Borges e o joalheiro Luigi Tadini.

Festejando aniversário

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Fogo amigo Dilma Rousseff nem pensa em afastar Ana de Holanda agora: contudo, ela já forma na lista dos descartáveis da primeira reforma do ministério. Mais: o Planalto já identificou de onde vem os ataques à ministra. Integram o famoso fogo amigo, ou seja, vem de petistas inconformados com a nomeação dela. Nesse bloco, além das viúvas do ex-ministro Juca Ferreira, formam, entre outros, Marcelo Branco, ex-integrante da campanha de Dilma (também cuidava do Twitter dela), o deputado André Vergas (PR), secretário de comunicação do PT e o ator José de Abreu, que continua sonhando em ser ministro da Cultura. 333

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Laços e mais laços.

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NOVA ESTRELA

O JOGADOR Neymar está garantindo que ele e a panicat Nicole Bahls são apenas bons amigos. Bem feito para ele.

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Jogos Mortais 333 Um artigo assinado pelo jornalista Wright Tompson, da rede americana ESPN, publicado no site espn.com, critica a candidatura do Brasil para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016. A matéria tem como título Deadly Games e garante que, no processo de seleção, foi vendida uma falsa imagem, com os brasileiros escondendo problemas sérios, especialmente no Rio. E emenda, dizendo que o Rio é uma cidade que convive, diariamente, com a violência, “por causa das organizações criminosas que comandam a periferia da cidade”. Mais: lembra que o volume de pessoas assassinadas no Rio é quatro vezes maior do que a quantidade de pessoas mortas nos Estados Unidos no ano passado. “O Rio tem menos de três anos para corrigir uma crise que já dura um século”.

MISTURA FINA 333

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Excesso de babados.

Princesa trabalhadora 333 Quem está no Brasil para o lançamento de seu livro Coroadas em Terras Distantes, que fala sobre rainhas de diversos países, é Marie–Christine, princesa Michael de Kent. Ela é casada com o primo em primeiro grau da Rainha Elizabeth e como o casal não recebe dotação da família real, trabalha para valer. Formada em História da Arte, a princesa tem 48 palestras prontas em seu currículo, é decoradora e já escreveu três biografias históricas. No segundo semestre, lança seu primeiro romance, Knights of Betrayal. Agora, vem se dedicando ao roteiro de uma minissérie para a TV inglesa, baseado em outro livro seu, A Serpente e a Lua , sobre o amor de Henri II, da França, com uma aristocrata inglesa chamada Diana de Poitiers (era 18 anos mais velha que ele).

O PSDB do Ceará elegeu nove deputados estaduais em 2010: agora, sete deles, que apóiam o governador Cid Gomes (PSB) estão se bandeando para o novo PSD de Gilberto Kassab. 333

A FAMOSA Page Six do New York Post espalha que o ator James Franco estaria tendo um relacionamento sexual com o diretor executivo da Givenchy, Riccardo Tisci, descobridor e melhor amigo da transexual brasileira Lea T. 333

NA SEMANA que vem, o novo presidente do PT, Ruy Falcão, que usava o codinome Marcelo nos tempos do Colina e Var-Palmares, deverá ser recebido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Levará uma lista de 104 nomes do partido para ocupar cargos federais. Palocci está mais do que preparado: já acumula listas de outros partidos e mesmo de congressistas. Ficam todas arquivadas, arrumadinhas, numa de suas gavetas. 333

A PRESIDENTE Dilma Rousseff vai nomear o exministro das Cidades, Marcio Fortes, para a Autoridade Pública Olímpica. Ele deverá ser um assessor especial de Henrique Meirelles, que presidirá a APO até 2015. Será uma nomeação da cota pessoal de Dilma. 333

Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Solução

urante a perseguição do imperador Diocleciano aos cristãos, em 304, Pancrácio, com apenas 14 anos, foi denunciado ao lado do tio Dionísio. Como não renegaram a fé, foram martirizados em Roma. Em São Paulo há uma Paróquia de São Pancrácio no bairro de Interlagos.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 12 de maio de 2011

5 QUENTE Discussões sobre novo Código Florestal aquecem a Câmara

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CÓDIGO FLORESTAL

A discussão continua hoje Uéslei Marcelino/Reuters

Foi difícil fechar um acordo e a Câmara adiou a votação para esta tarde

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epois de um dia inteiro de intensas negociações entre deputados e representantes do governo, o texto do novo Código Florestal não foi votado como estava previsto para ontem. A Câmara adiou a decisão para a tarde desta quinta-feira, após a sessão descambar para troca de acusações. O relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) admitiu em plenário que evitou o depoimento do marido de Marina Silva, Fábio Vaz de Lima, do PV, sobre contrabando de madeira quando era líder do governo. Fez a revelação depois de a ex-senadora ter acusado Aldo de "fraudar" o relatório do novo código. Postou a acusação no Twitter. Antes, o líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza tinha pedido para que a votação fosse protelada para a próxima terça-feira. "Não reconheço condições neste momento de fazermos essa votação", justificou o petista. Mas no acordo anunciado por Vaccarezza, o governo abria mão de tentar alterar um dos itens que causou maior divergência no texto do relator Aldo Rebelo (PCdo B-SP): a exigência de recomposição da reserva legal para o pequeno produtor. Todos os líderes de partidos da base aliada estavam orientando as bancadas pela rejeição. Vaccarezza, então, subiu ao plenário para defender o acordo, costurado em mais de 20 horas de negociação, e pediu que os líderes mudassem a orientação. "Só devemos votar quando tivermos certeza de que o Brasil vencerá", disse. A sessão extraordinária para votação começou por volta das 22 horas de ontem e minutos após a abertura da sessão

pelo presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), o relator Aldo Rebelo começou a leitura do relatório com o texto final do código. Depois de um dia de negociações entre deputados e representantes do Planalto, lideranças petistas ainda achavam possível um acordo para votação ainda ontem. O deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM, disse que a oposição pretendia reunir em um destaque as alterações que julgasse necessárias ao texto do novo código. O conteúdo das mudanças somente seriam divulgadas após o relator tornar público o texto final . O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), resumiu o que aconteceu. "A ideia é desagradar a todos, de maneira que todos se sintam igualmente desagradados". Protestos – Em meio às últimas discussões para a votação do novo código, ambientalistas e ruralistas organizaram diversas manifestações em oposição ou em apoio ao projeto, ontem. Em Brasília, entidades conRicardo Lisboa/AE

Em São Paulo, os protestos ficaram concentrados na Praça da Sé. Em Brasília, ambientalistas e ruralistas fizeram manifestações, dentro e fora do Congresso.

trárias ao relatório do deputado Rebelo realizaram um ato em frente ao Congresso. no qual inflaram um balão gigante em forma de filtro d'água de barro. Enquanto isso, do lado de dentro da Câmara, ruralistas exibiam camisetas cobrando a aprovação do texto pelos parlamentares. Em São Paulo, os ambientalistas foram para a Sé, no centro. (Agências) Ambientalistas inflaram balão gigante em frente ao Congresso. Do lado de dentro, deputados se preparavam para votar. Só que a sessão foi muito além do esperado. Dida Sampaio/AE

Renato Araújo/ABr

Renato Araújo/ABr

FRIO Mas esfriam expectativas em torno da aprovação do texto


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

V. Exa. [Aécio Neves] mostra um trabalho que dignifica a Casa. Nasce hoje como candidato. Demóstenes Torres (DEM-GO)

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Sergio Lima/Folhapress

PMDB festeja filiação de Paulo Skaf Na cerimônia, dois pré-candidatos à Prefeitura de SP: Marta Suplicy e Gabriel Chalita

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Skaf: falar em candidatura, agora, seria prematura, diz presidente da Fiesp. "O partido é que decide".

Kassab: acordo para montar PSD Prefeito acerta com senador José Sarney bases para as eleições no Maranhão

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prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), fecharam um acordo sobre a estruturação do PSD no Maranhão. De acordo com reportagem do jornal Valor Econ ôm ic o, ficou acertado que o partido não fará oposição ao senador e nem apresentará candidaturas adversários ao grupo de Sarney. De outro lado, deputados federais e estaduais que apóiam a governadora Roseana Sarney (PMDB) poderão ir para o PSD.

Segundo a reportagem, Sarney quer que a legenda seja presidida no Estado pela deputada federal Nice Lobão (DEM), mulher do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e Kassab está de acordo com isso. Nice, porém, ainda reluta em deixar o DEM. Registro – O prefeito de São Paulo entrou com pedido de registro do PSD em cartório de Brasília. O requerimento foi apresentado na segunda-feira. A expectativa é de que hoje a sigla ganhe, enfim, status de pessoa jurídica.

Sem o registro definitivo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o partido recém-lançado por Kassab ainda não tem registro político. Mas, com o CNPJ, poderá montar estruturas em todo o País, como comissões provisórias. Esse é o último passo antes do pedido de registro no TSE, previsto para o fim de julho. Até lá, o PSDB tenta conter debandada de aliados para o PSD. Potencial candidato à Presidência, Aécio Neves já pediu a três deputados que fiquem na oposição. (Agências)

Ayrton Vignola/AE

presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, se filiou ontem ao PMDB numa cerimônia em Brasília que contou com a presença de dois pré-candidatos à Prefeitura da capital paulista, a senadora Marta Suplicy (PT) e o deputado federal Gabriel Chalita, que assim como Skaf está trocando o PSB pelo PMDB. Skaf não quis falar sobre candidaturas futuras e disse apenas que põe seu nome à disposição para qualquer missão que o partido colocar. "Meu ingresso no PMDB não tem a ver com eleições, meu nome está à disposição do partido, quem decide é o partido. Não fiz acordo com nestes termos". Durante a cerimônia de filiação de Skaf, o PMDB anunciou que no dia 4 de junho um evento será feito em São Paulo para marcar a entrada de Chalita no partido. O presidente estadual da legenda, Baleia Rossi, chamou o deputado federal de "futuro prefeito de São Paulo". Chalita saiu sem falar com a imprensa. A senadora Marta Suplicy disse não ter recebido nenhum

convite específico para a cerimônia. "Ninguém chegou a dizer 'faço questão que você venha', foi um convite geral, mas eu quis vir". Possível candidata do PT, ela disse ser "parceira" do PMDB e de Chalita, que também deseja ser candidato "Quanto mais próximos nós estivermos, melhor será".

Meu ingresso no PMDB não tem a ver com eleições, meu nome está à disposição. Não fiz acordo nestes termos. PAULO SKAF O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou que é uma tendência que o partido tenha candidato próprio na capital paulista. "Vai ter candidato a prefeito em São Paulo como é uma tendência em todos os municípios ter candidato". Ele afirmou que uma aliança com o PT é possível "no 1º ou 2º turno".

'Oportunismo' – O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, classificou de oportunista a saída de Paulo Skaf e do deputado federal Gabriel Chalita (SP) da legenda. Já o deputado, o segundo mais votado no estado em 2010, deve fazer uma grande festa para oficializar sua mudança para o PMDB. "Isso revela o estágio atrasado da política brasileira, onde as pessoas saem dos partidos por oportunismo eleitoral e não por questões político-partidárias", disse Amaral. Segundo o vice-presidente do PSB, o partido tem acompanhado as movimentações políticas dos ex-pessebistas pela imprensa. De acordo com Amaral, só Skaf teria procurado o presidente do PSB, o governador pernambucano Eduardo Campos, para informá-lo de sua saída. Como a regra da fidelidade partidária estabelece que o mandato parlamentar pertence ao partido, e não ao deputado, dirigentes nacionais socialistas afirmam que é "inevitável" que o partido peça o mandato de Chalita de volta e que a troca é "indefensável". (AE)

Senado aprova regras mais duras para tramitação de MPs Comissão de Constituição e Justiça aprovou relatório de Aécio Neves (PSDB-MG)

Articulação: após conversas com a família Sarney, prefeito paulistano define estrutura do PSD na política maranhense.

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Senado deu o primeiro passo ontem para mudar a tramitação das medidas provisórias no Congresso. Em um acordo fechado pelo governo e pela oposição, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa aprovou por unanimidade relatório do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que endurece as regras para as MPs. O tucano suavizou o texto em favor do governo para con-

SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

SECRETARIA DE SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontram-se abertos no Gabinete: REABERTURA - PREGÃO PRESENCIAL 105/2011-SMS.G, processo 2011-0.059.891-6, destinado a AQUISIÇÃO de APARELHO DE ULTRASSOM PORTÁTIL, para SMS/Comissão de Gestão Técnica de Aquisição de Tecnologias, Insumos Estratégicos e de Serviços de Apoio e Diagnósticos (SADT) - COGESTEC, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 02 de junho de 2011, a cargo da 3ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. REABERTURA - PREGÃO PRESENCIAL 076/2011-SMS.G, processo 2011-0.047.614-4, destinado ao registro de preços para FORNECIMENTO de ATADURA DE CREPE, ATADURA GESSADA E ALGODÃO, para a Central de Distribuição de Medicamentos e Correlatos - CDMEC/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 14 horas do dia 06 de junho de 2011, a cargo da 3ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. RETIRADA DE EDITAL O edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão.

SECRETARIA DE ESPORTES, LAZER E RECREAÇÃO EDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº 001/SEME/2011 Processo Administrativo nº 2008-0.371.391-2 Objeto: Execução de reforma na Arquibancada do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa - COTP, da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação. O Secretário de Esportes, Lazer e Recreação - SEME da Prefeitura do Município de São Paulo, torna público, para conhecimento de quantos possam se interessar, que, em obediência ao que preceitua a Lei Municipal nº 13.278, de 07 de janeiro de 2002, Decreto Municipal nº 44.279, de 24 de dezembro de 2003, a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e suas alterações posteriores, Lei Complementar nº 123/06 e Decreto nº 49.511/08, fará realizar licitação, na modalidade CONCORRÊNCIA, do tipo MENOR PREÇO ofertado, pelo regime indireto de EMPREITADA POR PREÇOS UNITÁRIOS, de acordo com as DISPOSIÇÕES GERAIS E ESPECÍFICAS do EDITAL que se seguem: O extrato do instrumento convocatório encontra-se afixado em local visível no quadro de avisos da Assessoria Jurídica, sendo que o edital de licitação e seus anexos poderá ser obtido mediante “download” na página http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/. Referido edital também poderá ser obtido mediante gravação, na Assessoria Jurídica, na Alameda Iraé, nº 35 Moema, das 10:00 às 16:00 h, mediante a entrega de 01 (um) CD de 700 MB. O projeto básico referente ao objeto da contratação faz parte do processo administrativo da licitação e estará à disposição para aquisição, mediante o pagamento de preço público ou consulta na Assessoria Jurídica, no endereço mencionado acima. Os envelopes nº 1 (Proposta) e nº 2 (Habilitação), bem como a declaração dando ciência de que o licitante cumpre plenamente os requisitos de habilitação, deverão ser entregues na Assessoria Jurídica da SEME, até às 14:00 horas do dia 20 de junho de 2011. A Sessão de Abertura será realizada no AUDITÓRIO B/SALA DE REUNIÕES DO CENTRO OLÍMPICO DE TREINAMENTO E PESQUISA - COTP, às 14:30 horas do dia 20 de junho de 2011, no endereço supramencionado. Os interessados deverão vistoriar o local no dia 13 de junho de 2011, no horário das 10:00 às 13:00 horas, quando haverá um engenheiro da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação para esclarecer as dúvidas pertinentes e certificar o comparecimento.

COMUNICADO A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social - SMADS comunica que, a partir de 12/05/11, na Seção Técnica de Licitações e Contratos, na Rua Líbero Badaró, 561/569 - 5º andar - Centro - São Paulo, das 09:00 às 17:00 horas, fone para informações: 3291-9712, estará à disposição dos interessados o respectivo caderno de licitação para consulta e aquisição, até o último dia útil anterior à data designada para a sessão de abertura do aludido certame e no endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de São Paulo: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br: PREGÃO 11/SMADS/2011 - Proc. 2011-0.059.702-2 OBJETO: Aquisição de Software MapInfo Profissional, de acordo com as especificações técnicas, quantitativos e condições previstas no ANEXO I, integrante do Edital. SESSÃO DE RECEBIMENTO E ABERTURA DOS ENVELOPES: 26/05/11 às 14:30 horas CUSTO DO CADERNO: R$ 0,15 por folha

seguir aprovar a matéria. Na principal concessão, Aécio retirou o artigo que impedia a vigência imediata da MP depois de editada pelo Poder Executivo sem antes passar pela análise do Congresso. Pela nova redação, a MP passa a valer desde sua edição – como já ocorre atualmente – mas o Congresso terá o prazo de 10 dias para analisar se ela de fato atende aos critérios de "urgência e relevância" previstos pela Constituição Federal para entrar em vigor. Se a proposta for aprovada, O Congresso vi criar uma comissão mista permanente, com 24 parlamentares, para analisar em dez dias as MPs que chegam ao Legislativo.

Os deputados e senadores têm autonomia para rejeitá-las ou sugerir que sejam transformadas em outras propostas. Se no prazo de dez dias a comissão não analisar a MP, ela segue para que o plenário da Câmara decida a questão. "A comissão poderá decidir pela transformação da MP em projeto de lei para tramitar na Casa se não achar que é urgente ou relevante", disse Aécio. Em contrapartida, os governistas acataram pedido de Aécio para que as MPs passem a tratar de um único assunto. Se reunir temas diversos, eles devem ter ligações entre si. Atualmente, as MPs reúnem assuntos sem que qualquer ligação entre eles. (Folhapress)

Ed Ferreira/AE

SECRETARIA DE SEGURANÇA URBANA EDITAL DE PREGÃO Nº 11/SMSU/2011 Processo Administrativo nº 2010-0.288.231-8 Interessado:Secretaria Municipal de Segurança Urbana. Assunto: Contratação de empresa para executar curso de ações de qualificação para servidores da Guarda Civil Metropolitana, observando e atendendo as especificações contidas no Anexo I do Edital. Modalidade: PREGÃO PRESENCIAL Tipo: Menor Preço Global Acha-se aberta na SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA, licitação na modalidade PREGÃO PRESENCIAL, objetivando a contratação de empresa para executar curso de qualificação para servidores da Guarda Civil Metropolitana, observando e atendendo as especificações contidas no Anexo I do Edital. A sessão de PREGÃO será realizada na Sala de Reuniões da SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA URBANA, sito a Rua Augusta, nº 435/437 5º andar - Consolação, às 10:30 horas do dia 24/05/2011, quando deverão ser entregues os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os Documentos de Habilitação das empresas interessadas diretamente ao Senhor Pregoeiro. O Caderno de Licitação, composto de Edital e seus Anexos, poderá ser obtido via internet, gratuitamente, no endereço eletrônico http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br. O Caderno de Licitação, também poderá ser adquirido mediante o recolhimento, junto à rede bancária credenciada, da importância correspondente a R$ 0,15 (quinze centavos de real) por folha, aos cofres públicos, através de Guia de Arrecadação, que será fornecida pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, situada na Rua Augusta, nº 435/437, 1º andar, das 08:00 às 16:00 horas, até o último dia útil que anteceder a data designada para a abertura do certame. No ato do recebimento do “Caderno de Licitação”, deverá a interessada verificar seu conteúdo, não sendo admitidas reclamações posteriores sobre eventuais omissões. Quaisquer esclarecimentos ou informações relativos a esta licitação, serão prestados mediante solicitação escrita, formulada até o último dia útil imediatamente anterior àquele marcado para a abertura do certame com a entrega das propostas, junto à Secretaria Municipal de Segurança Urbana, na Rua Augusta nº 435/437, 1º andar, Consolação, São Paulo, SP, ou no fac-símile: 3124-9311.

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O Jornal do Empreendedor

Aécio e Jucá conversam sobre proposta: unanimidade no Senado

Aécio é lançado à Presidência em 2014

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senador Demóstenes To r r e s ( D E M - G O ) lançou ontem, informalmente, a candidatura do senador Aécio Neves (PSDBMG) à Presidência da República em 2014. Depois que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou proposta do tucano para mudar a tramitação de medida provisórias no Congresso, Demóstenes disse: "Vossa Excelência hoje se credencia como candidato a presidente da República. Gosto muito das palavras. Mas gosto mais das ações. Dizia Sto. Agostinho: fala, mas trabalha. V. Exa. mostra um trabalho que dignifica a Casa. Nasce

hoje como candidato". O presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDBCE), ironizou essas palavras. "Eu diria aqui que tem médico no plenário, senador Aécio, se Vossa Excelência precisar". A comissão aprovou proposta de Aécio que endurece as regras para a tramitação das MPs. Ele suavizou o texto em favor do governo para aprovar a matéria. Retirou o artigo que impedia a vigência imediata da MP depois de editada pelo Poder Executivo sem antes passar pelo Congresso. "Na próxima vez que nós fomos tomar um vinho, não vou deixar Vossa Excelência dirigir", brincou Demóstenes. (Folhapress)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 12 de maio de 2011

7 Esse assunto [ataques à ministra Ana de Hollanda] virou uma caça-às-bruxas. Miúcha, cantora e irmã da ministra da Cultura

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Planalto fortalece Ana de Hollanda Presidente Dilma enquadra cúpula do Ministério da Cultura para assegurar permanência dela no cargo e dá o pontapé inicial contra o fogo amigo de petistas Marcelo Camargo/Folhapress

Belchior quer qualidade no gasto público

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erá necessário melhorar a qualidade do gasto público, com a convicção de que a ampliação do investimento é fundamental para garantir o desenvolvimento econômico sustentável. A afirmação é da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, durante cerimônia de instalação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, no Palácio do Planalto. "Já estamos fazendo mais com menos", afirmou a ministra. "Teremos de enfrentar sistematicamente e com empenho ainda maior os desafios de inovação da gestão tanto na área pública quanto no setor privado. A decisão da presidente Dilma de criar a Câmara é o sinal mais claro do seu engajamento pessoal e de sua equipe de governo de tornar ainda mais amplas as iniciativas de aprimoramento da gestão pública". Entre as medidas que devem ser implantadas estão:

adoção de novas tecnologias de gestão, ampliação de tecnologia de informação e incorporação de indicadores de resultados. O empresário Jorge Gerdau será o presidente da câmara, que terá a missão de orientar o Palácio do Planalto na elaboração de mecanismos de controle da qualidade do gasto público e na criação de diretrizes. Integram a câmara os empresários Abílio Diniz (dono da Companhia Brasileira de Distribuição), Antônio Maciel Neto (presidente da Suzano Papel e Celulose) e Henri Philippe Reichstul (que presidiu a Petrobras de 1999 a 2001, durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso). Da parte do Executivo, figuram os ministros Antônio Palocci (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Miriam Belchior (Planejamento).(AE)

Queda: atacada por petistas e por parte do setor artístico, Ana de Hollanda chega ao Ministério da Cultura, em Brasília, para participar de reunião de emergência com a cúpula. Mas é só o casaco que cai. A ministra recebe apoio total por parte do governo.

Dilma: crescimento controla inflação Receita da presidente: macroeconomia deve privilegiar o crescimento e expandir a taxa de investimento

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presidente Dilma Rousseff disse ontem que é preciso que o País faça a consolidação fiscal e controle a inflação. "A inflação controlada, no médio e longo prazo, permitirá que o País cresça. Mas nós temos de garantir que, para que essa inflação seja efetivamente controlada, no médio e no longo prazo nosso País cresça". Esse foi o destaque de seu discurso de instalação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, no Palácio do Planalto. Para ela, aspectos macroeconômicos precisam privilegiar o crescimento e a expansão da taxa de investimento. A presidente ressaltou que o País precisa encontrar seu modelo de gestão para o crescimento sustentável e o desenvolvimento econômico. Segundo ela, a criação da câmara ocorre em um dos momentos fundamentais de definição de seu governo. Para Dilma, o País entrou em uma trilha de desenvolvimento com inclusão social e de crescimento econômico com estabilidade monetária e fiscal. Ela citou movimentos históricos na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Alemanha, no Japão e, mais recentemente, na China, em busca de precondições para dar um salto no crescimento sustentável. Para ela, muito já foi feito no Brasil, mas é preciso ir além. É

Evaristo SA/AFP

preciso ter um Estado meritocrático, no qual a relação entre o público e o privado não seja oposta; e que Estado, empresas, trabalhadores e sociedade tenham objetivos claros. Parcerias – A saída para concretizar os ganhos de competitividade sistêmica que levem à melhoria conjunta da gestão dos serviços de saúde, educação e segurança, é a "parceria entre o setor público e o privado", diz Dilma. Na solenidade, ela frisou que sem a atuação conjunta e em sintonia dos segmentos público e privado fica mais difícil percorrer o caminho que levará ao crescimento e ao desenvolvimento do País. Dilma disse que é preciso conviver com o desafio de combater a miséria e, ao mesmo tempo, transformar o País. Ela defendeu o lançamento recente do Pronatec, programa do Ministério da Educação de incentivo à formação de profissionais técnicos e criação e melhoria das escolas técnicas. "O Brasil não será competitivo sem elevação da formação técnica. Não seremos competitivos se não avançarmos em direção a parcerias em que a inovação seja privilegiada". Destacou que é possível "investir fortemente em competitividade, desempenho e gestão". E propôs um questionamento, no final de seu governo: entregará um País melhor ou pior do que recebeu? "Que-

Dilma diz que pretende entregar um País melhor e ser julgada por isso.

ro ser julgada por isso". No final, a presidente prometeu que vai fazer a sua parte e conclamou o setor público e o setor privado a fazerem o mesmo porque, segundo ela, o re-

sultado final depende de um "esforço coletivo". "Vamos trabalhar juntos para responder com um orgulhoso e realizado sim a essa singela pergunta". (AE) DC

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ara tentar estancar por dias de folga no Rio. sua primeira crise miA reunião foi vista como o nisterial, a presidente pontapé inicial do governo paDilma Rousseff en- ra estancar a crise que a minisquadrou a cúpula do Ministé- tra vem enfrentando. Setores rio da Cultura para acabar com do mundo artístico e membros o "fogo amigo" de petistas con- do PT têm atacado sua postura tra a ministra Ana de Hollanda em relação aos direitos autoe tentar fortalecê-la no cargo. rais, à retirada do site do minisA pedido de Dilma, o secre- tério do selo "Creative Comtário-geral da Presidência, Gil- mons" do uso de conteúdo liberto Carvalho, reuniu-se on- vre na internet, e da crise na tem, em Brasília, com a minis- mudança de comando da Funtra, assessores dação Rui Barespeciais da bosa. pasta e dirigenMiúcha – A tes de entidacantora MiúVai quebrar a cara cha, irmã da des ligadas ao quem tentar ministra, saiu ministério. em sua defesa Na entrevisdesestabilizar a ta, ele adotou ministra. O governo ontem. Ela criticou os que faum discurso de está fechado com z e m c a m p arecado aos adela. Não há hipótese n h a c o n t r a versários: "Vai de substituição. Ana pela interquebrar a cara net. "A quem quem tentar GILBERTO CARVALHO interessa tirar a de se st ab il iz ar Ana? Quem a ministra. O governo está fechado com ela. eles querem no lugar? Muitos Não há hipótese de substitui- ficaram frustrados quando ela ção. A ministra não pode se in- foi escolhida. Tem gente que timidar". Para ele, Ana é vítima adora derrubar, acha que vai de uma "orquestração sórdi- atingir o Chico (Buarque de Hollanda, irmão delas) atrada" para retirá-la do cargo. Depois da reunião de emer- vés disso". Miúcha comentou o fato de gência, Carvalho disse que Ana devolveu os recursos. "Is- sua filha, a cantora Bebel Gilso já está resolvido. Ela não te- berto, ter conseguido autorização da Comissão Nacional ve a intenção de burlar ética". A reunião de emergência foi de Incentivo à Cultura, do convocada um dia depois de MinC, para captar R$ 1,9 miAna deixar um debate com o lhão para sua primeira turnê setor cultural na Assembleia no Brasil, pela lei Rouanet. Legislativa de São Paulo, sob "Ela e a Bethânia (cujo blog de escolta policial. A imagem foi poesias poderá captar R$ 1,3 considerada ruim pela cúpula milhão, também com o aval do governo. A cena se deu no da Rouanet) não são as únicas dia seguinte à decisão da Con- artistas que conseguiram. troladoria-Geral da União Não foram favores especiais. (CGU) de pedir à ministra a de- Esse assunto virou uma caçavolução de diárias recebidas às-bruxas". (AE)

os de e inte Requ

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a sua estabilidade Trecho da nota oficial da CNBB

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CNBB não reconhece união gay Entidade religiosa não concorda com 'equiparação à família', como reconhece a histórica decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) Helvio Romero/AE

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Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou ontem, durante a realização da 49ª Assembleia Geral, reunida em Aparecida (SP), nota oficial sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu, por unanimidade na quinta-feira, dia 5, a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Os bispos reafirmam que, conforme a doutrina da Igreja Católica, o casamento entre homem e mulher deve ser a base da família, instituição que precisa ser reconhecida e valorizada. A nota da CNBB sublinha ainda que as pessoas que manifestam preferência pelo mesmo sexo não podem ser discriminadas, mas insiste que a união entre homossexuais não equivale à família. Decisão do STF – De acordo com o STF, os casais homossexuais têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira estabelece para os casais heterossexuais. A decisão abre caminho para que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo seja permitido e as uniões homoafetivas passem a ser tratadas como um novo tipo de família. O julgamento do STF torna praticamente automáticos os direitos que hoje são obtidos com dificuldades na Justiça e põe fim à discriminação legal dos homossexuais. Considerada histórica, a decisão do STF é

contestada tanto pela Igreja Católica quanto por juristas e também por parlamentares da Frente Evangélica, que ontem organizaram um protesto na Câmara dos Deputados. Abaixo trechos da nota oficial divulgada pela CNBB: Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo.

O matrimônio natural entre o homem e a mulher constitui um princípio fundamental do Direito Natural. TRECHO DA NOTA DA CNBB

Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família. A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre

o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas. As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358). As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.

Renato Araújo/ABr

Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB, contesta decisão do STF. A entidade religiosa tem o apoio de parlamentares da Frente Evangélica, que também protestaram.

Sergio Lima/Folhapress

Cid acusou, agora vai explicar

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Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados vai convidar o governador do Ceará, Cid Gomes, a prestar esclarecimentos sobre sua declaração de que o ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, é "inepto, incompetente e desonesto". Gomes reclamou, no sábado, que o Ceará era discriminado pelo

ministério, classificado por ele como uma "laia". O governador cearense também chamou o DNTI (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) de "antro de roubalheira". A Comissão de Fiscalização aprovou, ontem, requerimento do deputado Mendonça Filho (DEM/PE) que convida Cid a explicar suas declarações.

Queixa crime – O ministério divulgou nota afirmando que Nascimento vai ingressar hoje com queixa crime junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), "a fim de que Cid Gomes responda pelas acusações que lhe têm imputado indevidamente." Segundo o ministério, as obras nas rodovias federais no Ceará serão iniciadas em junho. (Folhapress)

Prefeitos sobem a rampa do Congresso: agora, ficam à espera de acordo a ser costurado por José Sarney

Governo impede votação dos royalties do petróleo A jogada evitou a queda do veto e driblou mais de quatro mil prefeitos

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governo federal, com a desculpa de negociar o novo Código Florestal, e com a ajuda do Congresso, driblou mais de quatro mil prefeitos e impediu a votação que derrubaria o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que trata da distribuição dos royalties do petróleo e gás para todos os Estados e municípios brasileiros. A jogada do governo teve como objetivo esvaziar a pressão da 14ª Marcha dos Prefeitos. Uma das principais bandeiras do movimento é justamente a derrubada do veto dos royalties. Estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo são contra essa reivindicação dos municípios, pois consideram que serão prejudicados com a redução de arrecadação. Do encontro com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os prefeitos conseguiram o compromisso de que ele vai negociar com o governo federal uma "proposta de transição" nos próximos dias. Caso nada seja acordado, Sarney colocará o veto em votação. "Aí vamos para o tudo ou nada", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo

Ziulkoski, após o encontro. O presidente da CNM disse que não foi estabelecido prazos para apresentação dessa nova proposta. Mas ele destacou que os prefeitos ficarão atentos para que as negociações não "sejam levadas com a barriga". Para pressionar, estão dispostos até a fazer uma Marcha de Emergência. "Vamos jogar pesado, a La Dunga, que entrava firme, desarmava e nunca quebrava ninguém", afirmou Ziulkoski. Do presidente da Câmara, Marco Maia, que recebeu o movimento com tapete vermelho, ouviram que vai trabalhar

para colocar o tema dos royalties, assim como a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que fixa piso de financiamento público para a saúde para União, Estados e Municípios, outra reivindicação da CNM. Em compensação, o governo espera contar com a ajuda dos prefeitos para o plano de erradicação da miséria. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse que a participação das prefeituras será fundamental no desenvolvimento e na implementação do Brasil Sem Miséria que será lançado em breve. (AE)

Wilson Dias/ABr - 04/05/2011

Tereza Campello: pedido de ajuda aos prefeitos no combate à miséria.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 12 de maio de 2011

9 COSTA DO MARFIM Milicianos leais ao expresidente Laurent Gbagbo mataram 120 pessoas em Abidjan.

nternacional

CONGO Estudo dá conta de que 1.152 mulheres são estupradas todos os dias, a uma taxa de 48 por hora.

Ricardo Garcia Vilanova/AFP

Kadafi ressurge, fome espreita. Mas rebeldes avançam

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ebeldes líbios assumiram ontem controle total sobre o aeroporto de Misrata, a Oeste do país, após duros confrontos com as forças de Muamar Kadafi, enquanto centenas de habitantes comemoravam nas ruas o avanço dos insurgentes. Não se dando por vencido, o governante líbio fazia à noite sua primeira aparição por vários minutos na televisão estatal, após semanas sem comparecer a nenhum evento público, contrariando, assim, boatos de que havia sido atingido no bombardeio da Organiza-

Mahmud Turkia/AFP

Embora víveres estejam acabando na Líbia, Kadafi e rebeldes dão mostras de força

Kadafi na telinha: fim dos boatos

ção do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que matou seu filho, Seif Al-Arab Kadafi, e três netos, em 30 de abril último. A emissora exibiu imagens de Kadafi enquanto ele recebia líderes tribais líbios em um hotel de Trípoli onde também estão alojados jornalistas estran-

geiros. A data exibida na tela marcava o dia 11 de maio. Enquanto os insurgentes festejavam sua importante vitória sobre as forças do regime líbio, uma informação preocupante vinha da parte da portavoz do World Food Program (WPF), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo Caroline Huford, os estoques de alimentos da Líbia podem acabar nas próximas seis a oito semanas, se os carregamentos humanitários não aumentarem de forma substancial, o que levaria o país a uma "crise generalizada de segurança alimentar" capaz de

Insurgentes líbios festejam ocupação de Misrata, em seguida a um confronto com as forças de segurança

afetar profundamente a população. O país importa 90% dos alimentos que consome e os estoques públicos e privados devem ser recompostos. A escassez de alimentos é particularmente crítica no Leste, dominado pelos rebeldes, onde os combates intensos interromperam os canais de dis-

tribuição. Um único navio tem conseguido chegar semanalmente ao porto de Misrata, segundo os insurgentes. A União Europeia disse que planeja abrir um escritório em Benghazi para melhorar o fluxo de produtos para esta região. "Os preços de muitos itens alimentícios aumenta-

ram até 40%", disse Huford. Segundo ela, o WFP tem distribuído ajuda para quase 250 mil pessoas em 15 localidades no Leste líbio. Uma linha de fornecimento também foi aberta para o Oeste do país a partir da fronteira com a Tunísia, garantindo a distribuição de 250 toneladas de comida. (Agências)

Paquistão: incompetente ou cúmplice?

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QUERIDO DIÁRIO MEU Um precioso diário escrito à mão, com planos e ideias de operações. O achado faz parte do farto material apreendido na casa de Bin Laden no Paquistão. Além dele, foram confiscados cerca de 100 pen drives e cinco computadores. Agora, resta saber que segredos as páginas do manuscrito ainda guardam.

líder da oposição paquistanesa e ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif rejeitou a investigação militar interna conduzida pelo governo para levantar informações sobre a presença do líder terrorista Osama Bin Laden no país e pediu outra, independente e exaustiva. "Nós rejeitamos plenamente o comitê formado pelo primeiro-ministro. Ele não tem poder e não pode investigar o assunto em profundidade", declarou Sharif, rival político do atual premiê, Yousuf Reza Gilani, e considerado o político mais popular do país. Sharif pediu que o governo forme uma nova comissão dentro de três dias e que ela seja chefiada pelo magistrado

mais graduado do país, e não por militares paquistaneses. "Esta comissão deveria investigar todos os fatos sobre a presença de Bin Laden no Paquistão e também sobre a operação americana", disse. Gilani anunciou no início da semana que um tribunal militar indicado pelo governo fará uma investigação "para ir a fundo sobre como, quando e por que" Bin Laden se escondeu em Abbottabad, nas vizinhanças de uma academia militar de elite do exército. O presidente dos EUA, Barak Obama, tem insistido para que o Paquistão descubra como Bin Laden conseguiu viver anos debaixo do nariz dos militares e disse que ele deve ter recebido apoio local.

Farroq Naeem

Nawaz Shariz: negligência

Nawaz Sharif também acusou a poderosa agência de espionagem de negligência e incompetência, mas poupou o governo em um discurso sobre a violação-surpresa da so-

berania do Paquistão por forças norte-americanas: "Este é o pior caso de negligência e incompetência" por agências de segurança do país, afirmou. "É preocupante que as nossas instituições de segurança não soubessem de nada enquanto helicópteros e comandos permaneceram em nosso território e espaço aéreo por tanto tempo." Os paquistaneses estão ultrajados com a impunidade da ação dos EUA no país, mas questionam se seus militares são incompetentes a ponto de não saber que Bin Laden vivia na vizinhança de uma das maiores academias militares do país, ou pior, que elementos do exército conspiravam para protegê-lo. (Agências)

Francisco Bonilla/Reuters

Tanques nas ruas. A Síria, à beira do caos Forças da repressão avançam em Homs: 18 mortos

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Exército da Síria atac o u á re a s re s i d e nciais ontem, obrigando os moradores a saírem em fuga diante do aumento da repressão do governo para esmagar a revolta popular contra o regime do presidente Bashar Assad. Militantes pelos direitos humanos informaram que 18 pessoas foram mortas, entre elas um menino de 8 anos. Disparos de tanques e armas de fogo foram ouvidos em pelo menos três bairros residenciais na sitiada cidade de Homs, terceira maior do país, onde acontecem as mais importantes manifestações. "Ocorreram fortes explosões e disparos de rifles automáticos durante a noite toda e até esta manhã", disse um morador por telefone à Associated Press. "A área está completamente sitiada e nós estamos sendo atacados." Mais de 750 pessoas foram mortas durante a repressão às manifestações e acredita-se que milhares de sírios tenham sido detidos. Segundo o presidente da Organização Nacional para os Direitos Humanos na Síria, Ammar Qurabi, cerca

de 9 mil ainda estão presos. Iêmen – Forças de segurança dispararam contra manifestantes no Sul do país, matando três pessoas, disseram ativistas. Em represália, manifestantes invadiram o prédio do Ministério do Petróleo. Segundo o ativista Nouh alWafi, dois manifestantes foram mortos e quatro ficaram feridos na cidade de Taiz e outro foi morto em Damar, durante protesto pela queda do presidente Ali Abdullah Saleh. Na capital Sanaa, outros manifestantes também se reuniram em uma das principais ruas da cidade. Tawakul Karman, membro do principal partido oposicionista, o Islah, disse que há planos para a realização de marchas perto do palácio presidencial em Sanaa e em outros prédios do governo para pressionar pela renúncia de Saleh. O Iêmen enfrenta uma onda de protestos há quase 90 dias. No poder há mais de três décadas, Saleh intensificou a repressão às manifestações e recusou uma oferta de mediação regional. Mais de 140 pessoas foram mortas pelas forças do governo. (AE)

Sismo de intensidade média sentido na cidade de Lorca atingiu uma casa de repouso e uma igreja, causando pânico entre os habitantes

Terremotos na Espanha matam mais de 8 Não foram abalos fortes, e sequer ocorreram na Itália, como previa autodidata que espalhou pânico em Roma

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ois terremotos foram registrados ontem no Sudeste da Espanha, matando pelo menos oito pessoas e provocando grandes danos em edifícios da cidade de Lorca, na região de Múrcia, e adjacências, informaram funcionários do governo. Dezenas de pessoas ficaram feridas e muitas ruas de Lorca foram cobertas por destroços que caíram das fachadas de prédios.

O epicentro dos tremores – de magnitude de 4,4 e 5,2 graus – foi localizado perto de Lorca, numa área sismologicamente ativa localizada perto de uma grande falha abaixo do mar Mediterrâneo. O primeiro tremor ocorreu por volta das 17h (12h em Brasília) e o segundo, duas horas mais tarde. A torre de uma igreja caiu na rua e por pouco não atingiu um repórter da emissora pública

TVE, que transmitia ao vivo. O prefeito de Lorca, Francisco Jódar, disse à emissora que alguns edifícios desmoronaram e que moradores foram retiradas de suas casas por precaução. Também houve danos nas cidades vizinhas de Totana, Albacete e Velez-Rubio. Sim e não – Mais de 22 abalos sísmicos sacudiram a Itália na parte da manhã de ontem, tal como havia prognosticado

o sismólogo autodidata Raffaele Bendandi, morto em 1979, mas nenhum deles teve a magnitude devastadora que ele havia previsto. Apesar dos esforços dos especialistas para desmitificar a ocorrência de um forte terremoto em 11 de maio de 2011, alguns romanos, assustados ainda que a crença popular não tivesse fundamento científico, abandonaram a cidade. (AE)


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quinta-feira, 12 de maio de 2011

NOVA CULTURA Sucesso da operação vai depender de uma nova postura.

idades

VÍTIMA Senhor de 80 anos foi atropelado ontem na avenida Paulista.

Fotos de Ayrton Vignola/AE

No cruzamento da rua Líbero Badaró com o viaduto do Chá, mímicos auxiliaram a Prefeitura a orientar a travessia. Com graça, advertiram motoristas falando ao celular (acima) e abriram caminho para pedestres.

Só falta combinar com os pedestres e os motoristas Fotos de Rodrigo Paiva/Folhapress

Começou ontem em São Paulo o programa Zona Máxima de Proteção ao Pedestre (ZMPP), com o objetivo de reduzir o número de atropelamentos. Apesar dos elogios, muitos pedestres e motoristas desconheciam a operação. Para o prefeito Gilberto Kassab, o sucesso da ZMPP depende da criação de uma nova cultura. Na Paulista uma pessoa foi atropelada. Na Paulista, próximo à Brigadeiro Luís Antônio, Nelson Alves de Godói, de 80 anos, foi atropelado (acima e à direita) por uma moto. Ele teria atravessado fora da faixa. Outros veículos se envolveram no acidente. Leandro Moraes/Luz

Ivan Ventura *

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o primeiro dia de funcionamento da campanha em favor da prioridade aos pedestres em cruzamentos sem semáforos e do início da operação Zona Máxima de Proteção ao Pedestre (ZMPP), a Prefeitura de São Paulo mandou às ruas um batalhão de 108 agentes de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), com apoio da Polícia Militar. Ela só esqueceu de um detalhe: faltou combinar a medida com os pedestres e com os motoristas da cidade – os principais atores desse novo programa de educação de trânsito. As medidas de proteção ao pedestre foram anunciadas pelo prefeito Gilberto Kassab. Segundo ele, o programa terá ainda de passar por um período de orientação e reeducação. Num segundo momento, ainda sem data prevista, os agentes da CET multarão os motoristas que não pararem junto às faixas e não derem preferência aos pedestres. "Toda mudança de comportamento passa por campanhas educativas. Queremos resgatar a cidadania do pedestre", disse o prefeito. Bandeiras – A ZMPP abrange basicamente todo o Centro, inclusive a avenida Paulista. Nos cruzamentos mais perigosos, agentes da CET vão orientar diariamente motoristas e pedestres, sempre das 7h às 20h. No Centro, a CET espalhou monitores com bandeiras que indicavam a preferência do pedestre em cruzamentos sem semáforos. Segundo a CET, nessa primeira etapa do programa serão mo-

No cruzamento da Paulista com a Brigadeiro, um dos mais perigosos da cidade, pedestre atravessa na faixa

nitorados os cruzamentos das avenidas Ipiranga com São Luís e Brigadeiro Luís Antonio com Paulista, entre outros. Nos próximos meses, a Prefeitura promete criar outras sete áreas de proteção ao pedestre em Santana (zona norte), Brás (região central), Penha (zona leste), Lapa (zona oeste), Santo Amaro (zona sul) e Pinheiros (zona oeste), além da expansão da área central e região da Paulista. Meta – Segundo o secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, a criação das demais áreas ainda depende dos resultados da ZMPP em atividade. "Embora a área atual represente 1% do território do município, ela é responsável por 11% dos atropelamentos", disse Branco. Neste ano, a meta da Prefeitura é reduzir entre 40%

e 50% o número de atropelamentos. No ano passado, foram registradas 630 mortes por atropelamento. Cardinale também anunciou a criação do cargo de ombudsman do programa. Ele será responsável pela apresentação de críticas ao programa. Essa função deverá ser exercida pelo ex-presidente da Dersa, Luiz Célio Bottura. Desconhecimento - Ontem, na avenida Paulista e em outras áreas do Centro, poucos s a b i a m d o p ro g r a m a q u e prioriza o pedestre no trânsito. O resultado? Atropelamentos. Um deles aconteceu na avenida Paulista, próximo à Brigadeiro Luís Antonio (perto de um dos cruzamentos mais perigosos da cidade). Nelson Alves de Godói, de 80 anos, teria atravessado a avenida fora da faixa de pe-

destres e foi atropelado por um motoqueiro. Na Sé, muitos estranharam a presença de um agente da CET junto a uma das faixas de travessia. "Nunca teve. O que aconteceu?", perguntou um pedestre que saiu em disparada. O agente, calmamente, disse: "Não precisa correr. Vai com calma". Na prática, foram os agentes de trânsito e policiais militares que ajudaram os pedestres a exercer o seu direito de preferência na faixa de segurança. Para isso, recorreram à força do apito, a braços estendidos, gestos de calma ou mesmo a ameaça de lavrar uma multa. Nem todos – Na maior parte das vezes, o motorista obedecia a ordem de parar. Mas nem todos acatavam a ordem ou não percebiam a presença do agente. Alguns furavam o bloqueio do agente da CET ou

do policial militar e por pouco não causavam acidentes. Em quase 30 minutos na Praça da Sé, próximo à rua Benjamin Constant, quatro veículos furaram o bloqueio que priorizava o pedestre, quase causando atropelamentos. Quando isso acontecia, o marronzinho não perdoava: "Ficou maluco, ô meu!". O curioso é que desses quatro, dois eram motoristas de ônibus, que ouviram um sonoro pito do agente da CET. "Não sabia do programa. Se bem que estranhei esse marronzinho neste local. Espero que o programa dê certo, pois aqui é uma bagunça", afirmou a técnica em enfermagem Francis Mari, de 29 anos. Queixa – O nadador paraolímpico, Ronystony Cordeiro da Silva, de 30 anos, comemorou a iniciativa da Prefeitura, mesmo tendo-a descoberto por acaso. Ele falou dos velhos obstáculos para atravessar a rua: a falta de acessibilidade e a falta de respeito dos motoristas. "A acessibilidade já não é lá essas coisas. Pior do que isso é convencer o motorista parar o carro e me deixar atravessar a rua. Nessas horas, só contando com a ajuda de alguém que pare o trânsito", disse. Seis -Para permitir a travessia de pedestres e impedir que os carros queimassem a faixa, os agentes recorreram à "medida dos seis". "Juntou meia dúzia de pessoas, eu paro o trânsito e deixo o pedestre passar", disse um marronzinho que pediu para não ser identificado. O mesmo foi seguido por outros colegas na região.(* Com agências)

Ministro vê "epidemia" de acidentes

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ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu ontem incentivos financeiros para governos e motoristas que contribuam para reduzir o número de mortes no trânsito. Uma das medidas seria dar um desconto no seguro para quem não se envolver em acidentes e cometer poucas infrações. A outra é condicionar o repasse financeiro da União a Estados e municípios ao cumprimento de metas de redução do número de mortes por acidentes de transporte. Quem cumprir a meta receberá mais do que quem não cumprir. As duas medidas fariam parte de um pacote de alterações na lei cuja proposta está prevista para ser concluída em setembro. Só em 2010, 145.920 vítimas de acidentes de trânsito foram internadas no Sistema Único de Saúde (SUS), a um custo de cerca de R$ 190 milhões. Em relação às mortes, o dado mais recente, de 2008, mostra que foram 29 mil, 10 mil a mais do que no ano 2000. O maior aumento no número de mortes se deu entre os motociclistas. O ministro Padilha classificou os acidentes de moto como uma "epidemia". (Folhapress)


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quinta-feira, 12 de maio de 2011

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11 Tragam o metrô de Higienópolis para Fortaleza! Henrique Araújo, no Twitter

idades

Mudança no metrô provoca protesto contra Higienópolis

Metrô, quando há um universo de outras pessoas que serão beneficiadas", completou. Comemoração – A Associação Defenda Higienópolis comemorou a decisão, mas tentou se desvencilhar da imagem de elitista. "Nosso bairro tem uma grande população de terceira idade, que costuma fazer tudo a pé, então haveria uma descaracterização do bairro. Mas o fundamental é que perderíamos o supermercado que é o único local que temos 24 horas como loja de conveniência", diz o presidente da entidade, Pedro Ivanow. "Um dos pontos que a associação levantou era a pouca distância entre uma estação e outra. Higienópolis não é contra o metrô." Para ele, piadas e protestos na internet são "parte da democracia". E é "extremamente positivo" o movimento de internautas pedir paradas em seus bairros. "O metrô é uma necessidade enorme da cidade, principalmente nas regiões periféricas", disse Ivaniow. Ramal – O Metrô já começou estudos para praticamente duplicar a extensão da Linha 6. O objetivo é criar prolongamentos nas duas extremidades do atual projeto, sendo que um deles terá cerca de seis quilômetros a partir da futura Estação Brasilândia até a Rodovia dos Bandeirantes. Haverá um bolsão de estacionamento para pessoas de outras cidades que trabalham na Capital. (AE)

Na internet, moradores são acusados de elitistas por alteração em estação

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decisão do Metrô de São Paulo de instalar uma das estações da futura Linha 6-Laranja no Pacaembu, em vez de em Higienópolis, provocou piadas e protestos ontem na internet. Apesar da companhia negar veementemente que tenha cedido à pressão popular de moradores de Higienópolis para excluir do projeto uma estação na Avenida Angélica, o assunto à noite se tornou o mais comentado do Twitter brasileiro e foi discutido por pessoas também de outros Estados. Em meio à polêmica, ainda surgiu na rede abaixo-assinado a favor da estação. O texto diz que a decisão do Metrô foi "preconceituosa" e destaca que a obra é "desejo de milhões de paulistanos". Churrasco – No Facebook, o convite para um "churrasco diferenciado em frente ao Shop-

ping Higienópolis" para mostrar que os "ricos não chegam aos pobres, mas os pobres, sim, facilmente, chegam aos ricos" já tinha sido "aceito" por 16.473 pessoas até as 19h30. O anúncio do evento prometia levar "carne de gato, cachorro, papagaio, farofa e som portátil" até a Avenida Higienópolis. Internautas de outras cidades também comentaram. "Tragam o metrô de Higienópolis para Fortaleza!", postou Henrique Araújo. "Em Florianópolis, metrô seria salvação. Em Higienópolis, o povo não quer. Mundo doido", disse Alessandro Bonassoli. O novo projeto da Linha 6Laranja foi apresentado na semana passada em audiência pública. Com 15,3 quilômetros, deve ir da estação São Joaquim, na região central, à Vila Brasilândia, na zona norte. Apelidada de "linha das uni-

versidades", por prever estações perto de seis centros de educação superior, como Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Mackenzie, o ramal previa uma parada na Angélica, onde atualmente há prédio residencial e supermercado. Com a mudança, a estação foi para perto da Faap, em local ainda não definido. "Quando assumi essa pasta, encontrei um projeto que tinha a Estação Angélica a 650 metros de outra, a Higienópolis/Mackenzie. Ficou desbalanceado e por isso refizemos os estudos técnicos. Quando os moradores vieram aqui, disse a eles que já tínhamos desistido. Não teve relação nenhuma com pressão", diz o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. "E quero manifestar minha indignação com pessoas que lutam para não ter um serviço como o

Ladrões "sacam" dinheiro com dinamite Grande São Paulo vive "boom" de roubos a caixas eletrônicos, a maior parte com o uso de explosivos. Empresas usam até tinta nas cédulas para evitar ataques. Rahel Patrasso/AE

Rahel Patrasso/AE

Valdir Sanches

E

m filmes do Velho Oeste, os assaltantes roubavam o banco e levavam embora o cofre, puxado por seus cavalos. Nos dias de hoje, em São Paulo, ladrões tentaram levar um caixa eletrônico com uma retroescavadeira, sem muito sucesso. O mais comum, no entanto, é um meio que dá forte impacto à cena do roubo: dinamitar o caixa. Ou então perfurá-lo com um maçarico. De uma ou outra forma, tem havido um "boom" de ataque aos caixas eletrônicos. Foram quarenta, na Grande São Paulo, desde o começo de abril. Quatro desde o começo da semana. Um forte estrondo fez um prédio tremer, perto das três da madrugada de ontem, na Avenida Francisco Morato, na Vila Sônia, zona sul. Um dos moradores, a decoradora Andréa Ávila, saiu para a rua, com medo de desabamento. Fora, viu muita fumaça. Pensou que tivesse havido problema com o canteiro de obras da estação do metrô, em frente à agência do Banco do Brasil. Nada disso. O problema estava dentro da agência. Ladrões haviam dinamitado os caixas eletrônicos. O estrondo também alertou os policiais militares de uma companhia da PM situada a 400 metros, ao lado do 34.° Distrito Policial. Os PMs correram para o local da explosão, mas os bandidos haviam fugido. Encontraram dinheiro em frente às máquinas, mas não se sabe se os ladrões conseguiram levar algum valor. Na madrugada de terça-fei-

Ladrões invadem agência do Banco do Brasil, na Vila Sônia, e explodem caixa eletrônico, perto da delegacia

ra, os moradores acordados por uma explosão, perto das 3 horas, foram os vizinhos da agência do Banco do Brasil, em Jordanésia, bairro de Cajamar. Os ladrões explodiram três caixas eletrônicos e fugiram com dinheiro, antes que a polícia chegasse. Na segunda, houve ataques no Jaçanã, zona norte, e em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. Silêncio – A Secretaria da Segurança Pública não autoriza entrevistas com a Delegacia de Roubo a Bancos, que centraliza as investigações sobre os ataques. Diz que "no momento oportuno" serão passadas informações à imprensa. Na semana passada, de acordo com a SSP, foi criado um grupo de trabalho com a participação das polícias civil e militar para cuidar do assunto. "Todos os recursos materiais e humanos estão distri-

buídos de forma planejada com base em parâmetros de inteligência policial", diz nota do governo do Estado, citando bloqueios policiais e abordagem de carros, principalmente de madrugada. Di na mi te – Uma questão em aberto é: como os bandidos conseguem tanta dinamite? Os assaltos a caminhões com essa carga e a pedreiras, que usam o explosivo, são frequentes. Há poucos meses, ladrões interceptaram um caminhão na Rodovia Fernão Dias, na Grande São Paulo. Levaram o veículo para um lugar isolado e roubaram a carga: 2,5 toneladas de dinamite. E m n ove m b r o, s e i s h omens ar mados invadiram uma pedreira, no quilômetro 49 da Via Anhanguera, em Jundiaí (SP). Levaram 275 quilos de dinamite e mil metros de detonante. Para en-

trar, bastou dominar o vigia que estava numa guarita. Levantaram-se dúvidas sobre a quem caberia a segurança do transporte do explosivo. O Exército, que controla seu uso, deixou claro: a responsabilidade é da empresa que faz o transporte. No sábado, a Polícia Militar de Itapevi, na Grande São Paulo, recebeu denúncia de que dois homens estavam em atitude suspeita, em um matagal. Quando os PMs chegaram, eles fugiram. Deixaram para trás 50 bananas de dinamite. Os ataques a caixas eletrônicos com dinamite, que já existiam no Exterior, começaram a ocorrer no Brasil em 2010, pelo Nordeste. De lá, passaram para a Região Sul e, depois, para São Paulo. Tinta – No caso dos caixas 24 Horas, administrados pela empresa Tec Ban, a tecnologia

Ataques a caixas eletrônicos estão ligados a roubos de dinamites

venceu o crime no Nordeste e no Sul. E começa a superá-lo em São Paulo. "Está havendo uma queda significativa nos casos", diz Vanderlei Pires, gerente de segurança. A empresa já instalou dispositivos especiais em suas 12 mil caixas no País, e 5 mil em São Paulo. Um deles é o que injeta uma tinta viva, vermelha, nas cédulas, quando detecta qualquer tipo de agressão à caixa. Outro, o que lança fogo nas cédulas. Em nenhum dos casos, diz Pires, as cédulas são inteiramente destruídas. Isso para

que, a partir da numeração e outras características, restadas intactas, a polícia possa rastreá-las. Colaboração – Pires orienta as pessoas a não aceitarem cédulas assim. Caso recebam alguma sem perceber, devem levá-la à polícia ou trocá-la no banco. Com isso, ajudam as investigações. Os dispositivos de lançamento de tinta e queima das cédulas foram desenvolvidos no exterior, quando Bélgica, França e Suíça estavam às voltas com a dinamitação de suas caixas.


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12 -.LOGO

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Para clientes de barbeiros e cabeleireiros não perderem a hora, o Hand Made with Pride criou este relógio. A lógica é a mesma das inscrições em ambulâncias e carros de polícia.

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Só cabe um Zuckerberg

Nasa

Asteroide gigante A Nasa divulgou ontem a primeira imagem do asteroide gigante Vesta, o ponto mais brilhante da foto. O Vesta fica a cerca de 193 milhões de quilômetros da Terra e foi descoberto em 1807.

O

Facebook cancelou a conta de um usuário com nome igual ao do fundador da rede social, Mark Zuckerberg, por achar que ele estaria usando nome falso. Só depois do cancelamento, os administradores da rede social perceberam que o perfil não era uma farsa, divulgou ontem a emissora WishTV8. Mark S. Zuckerberg, advogado do estado de Indianápolis, percebeu o cancelamento de sua conta e recorreu à imprensa local para fazer constar sua crítica à decisão do Facebook. Após perceber o erro que cometeu, a

rede social garantiu que reativaria a conta do usuário. Essa não foi a primeira vez que Zuckerberg – o advogado – teve problemas com o Facebook. Há dois anos, o site negou a ele uma conta de usuário comum. "Tive de enviar a eles as cópias da minha carteira de motorista, certidão de nascimento e licença da Indianapolis Bar Association para que acreditassem em mim. Isso tudo levou cerca de quatro meses", disse o advogado Zuckerberg, que finalmente conseguiu ter seu próprio perfil na rede social com seu nome próprio.

No ano passado, cansado da confusão com o fundador do Facebook, o advogado criou um site chamado "iammarkzuckerberg.com", no qual fala sobre sua identidade e sua carreira profissional. A rede de Mark Zuckerberg utiliza várias ferramentas para identificar e bloquear perfis, analisando o nome cadastrado e as atividades consideradas estranhas, como o grande envio de mensagens para quem não está na lista de contatos. Recentemente o Facebook excluiu perfis de diversas "Kates Middletons", por acreditar serem fakes da duquesa de Cambridge.

Yves Herman/Reuters

François Guillo

t/AFP

Anne-Christine Poujoulat/AFP

A RQUEOLOGIA E CONOMIA

Dinheiro valorizado

A popstar Lady Gaga, o diretor Woody Allen, que apresentou ontem seu novo filme, 'Midnight in Paris', e a atriz chinesa Gong Li (que faz parte do elenco do filme) ontem na abertura do Festival de Cinema de Cannes.

A nota de 100 trilhões de dólares do Zimbábue, lançada em 2009, é hoje um papel altamente valorizado. A nota não circula mais no país mas é a principal fonte de renda de pelo menos um "investidor". Segundo o jornal The Wall Street Journal, o norte-americano Frank Templeton comprou milhares de notas de um funcionário do banco Central do Zimbábue em 2010 por U$ 1 a U$ 2 cada. Hoje, vende cada nota por US$ 5 ou US$ 6. Lucro de 500% em um ano. Fotos: Fabio Muzzi/AFP

C INEMA Fred Dufour/AFP

O ator espanhol Antonio Banderas e a atriz mexicana Salma Hayek durante a sessão de fotos ontem no lançamento do filme 'Puss in Boots' no hotel Carlton Beach durante o 64º Festival de Cinema de Cannes.

P UBLICIDADE

Google, aguardando processos O Google reservou US$ 500 milhões para eventualmente fechar um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, que investiga as práticas de publicidade online da companhia, sinalizando mais conflitos com as autoridades norteamericanas. A despesa reduziu o lucro líquido da companhia para US$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre, informa o Google em documentos enviados ao órgão

regulador do mercado dos EUA, SEC. "Em maio de 2011, em conexão com um potencial acordo na investigação do Departamento de Justiça dos EUA sobre o uso de publicidade do Google por certos anunciantes, nós provisionamos US$ 500 milhões para o período de três meses encerrado em 31 de março", afirma a companhia nos documentos. O Google não deu mais detalhes sobre a investigação.

L OTERIAS Concurso 1139 da LOTOMANIA 09

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Concurso 2593 da QUINA 02

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Fifa investiga denúncias

H ISTÓRIA

Vítima da doença de Chagas A hipótese de que o cientista Charles Darwin (18091882) tenha morrido de doença de Chagas ganhou novas evidências. Especialistas da escola de medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, que investigam – com modernos sistemas de diagnóstico – o histórico clínico-patológico de falecidos famosos realizaram na semana passada uma conferência sobre a causa da morte do pai da teoria da evolução das espécies. Segundo Sidney Cohen, diretor de pesquisa da Faculdade de Medicina de Jefferson, na Filadélfia, e um dos participantes no evento, Darwin pode ter sofrido de três doenças: síndrome de vômitos cíclicos, doença de Chagas, e Helicobacter pylori, bactéria que causa úlceras pépticas. Todas as doenças seriam tratáveis hoje mas, em 1882, nenhuma das técnicas de diagnóstico usadas permitiam detectar tais males. para encontrar os possíveis diagnósticos da causa da morte do famoso cientista, Cohen investigou os registros históricos de seus sintomas. Cohen descobriu que Darwin era saudável antes de sua viagem de cinco anos no Beagle pela América do Sul, Pacífico, ilhas Galápagos e África. Cerca de um ano depois de retornar à Inglaterra, ele começou a adoecer, com crises de vômito depois de cada refeição e ciclos debilitantes o resto de sua vida. Cohen disse a verdadeira causa da morte de A TÉ LOGO

A Fifa pediu ontem explicações à Federação Inglesa (FA) pelas declarações de seu ex-presidente, David Triesman, que denunciou que quatro diretores da Fifa, dentre eles, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pediram propina em troca de apoio à candidatura da Inglaterra para sediar a Copa de 2018. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, declarou em sua carta à FA, a "extrema preocupação da Fifa e de seu presidente pelas últimas acusações que questionam a integridade de alguns dos membros de seu Comitê Executivo com relação ao processo de candidaturas aos Mundiais de 2018 e 2022". (Efe) E M

Darwin foi uma doença do coração, que pode ter sido provocada pela doença de Chagas. Para o especialista, a infecção parasitária ocorreu na Argentina, onde o parasita que causa o mal era endêmico. Entretanto, só uma análise dos tecidos do naturista, enterrado na Abadia de Westminster, solucionaria para sempre este enigma. Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

Quadrinista Mauricio de Sousa vira imortal das Letras de São Paulo Rádio Vaticano investe para atrair audiência dos católicos brasileiros

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Arqueólogos italianos iniciaram ontem as escavações no Convento de Santa Úrsula, em Florença, à procura dos restos mortais de Lisa Gherardini, a mulher que Leonardo Da Vinci teria retratado no mais famoso quadro de todos os tempos. Depois de fazer uma prospecção na área, eles selecionaram os locais das escavações e devem submeter os restos mortais sejam localizados a testes de carbono e de DNA, o que é possível porque Lisa Gherardini tem descendentes. Os trabalhos da equipe são inspirados por um painel reproduzindo a tela de Da Vinci.

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F UTEBOL

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Concurso 1282 da MEGA-SENA

Em busca de Mona Lisa

Governo fará exames antidoping nos beneficiados pelo bolsa-atleta

C A R T A Z

DANÇA Cia. Maurício de Oliveira e Siameses apresenta o espetáculo Objeto Gritante, do coreógrafo Maurício de Oliveira. Teatro de Dança. Avenida Ipiranga, 344, Informações: 2189-2557. 21h. 10h.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 12 de maio de 2011

e

13 BRASIL FOODS BB fecha convênio com empresa para oferecer crédito de R$ 1,4 bilhão

conomia

Lei de Informática Governo anuncia uma "revisão abrangente" da lei para atrair negócios

Procuram-se jovens e idosos T

Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que essas duas faixas etárias se destacaram no mercado brasileiro ao longo do ano passado André Dusek/AE

Para o ministro Lupi, as empresas têm valorizado cada vez mais a experiência de trabalho adquirida pelos profissionais mais velhos.

Aumenta pedido de visto para executivo estrangeiro Cresce a cada ano o número de profissionais que decidem atuar no País. Neide Martingo

Luludi/LUZ

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e alguém previsse há alguns anos que a economia brasileira estaria em situação melhor que a dos Estados Unidos ou Europa, geraria ceticismo. No entanto, atualmente os executivos estrangeiros estão escolhendo o País para exercer suas atividades – em especial São Paulo, que oferece mais oportunidades de emprego. Além disso, m u i t a s e m p re s a s q u e re m abrir ou expandir os negócios no Brasil, e enviam seus representantes para cá. Em 2010, o Ministério do Trabalho concedeu 56 mil autorizações para estrangeiros trabalharem no Brasil – e quase a totalidade deles possuía ao menos nível de escolaridade superior, ou diploma técnico. Em 2009, esse número era de 42,9 mil. No ano passado, São Paulo foi o destino favorito, com 25,55 mil executivos, seguido do Rio de Janeiro, com 22,37 mil. Um desses profissionais é Manesh Verma , gerente da área de desenvolvimento da IBM. Originário da Índia, ele está há sete anos no Brasil, e sua primeira missão no País foi a implantação de um projeto global de informática da Nestlé. Desde 2009 ele cumpre a mesma função, mas representando a IBM na Gerdau. "O Brasil é um país de muitas oportunidades. Só volto para a Índia para visitar os parentes. Pretendo morar aqui para sempre", disse. Segundo ele, existem boas chances de se conseguir um salário maior em sua terra natal. Porém, a qualidade de vida do Brasil é bastante superior. "Tudo na Índia custa mais caro, e os produtos e serviços não são tão bons quanto aqui: imóveis, carros, restaurantes, planos de saúde. Além disso, há mais oportunidades de crescimento profissional no Brasil – é o principal país da América do Sul", ponderou. "Aqui eu consegui aprender várias culturas, pois convivi com povos diferentes. Com isso, é possível até mesmo fazer melhores negociações e ter acesso a mais oportunidades." Intercâmbio – "A presença dos profissionais de vários países aqui é o reflexo do cres-

Salários variam até 200%

O indiano Verma considera a qualidade de vida no Brasil melhor

cimento econômico, que colocou o Brasil sob os holofotes de empresas multinacionais do mundo todo. Isto aumentou a necessidade de se ter um pessoal capacitado atuando por aqui", analisou o diretor da consultoria Hay Group, Rolando Pelliccia. Para ele, a presença cada vez maior de executivos internacionais merece a atenção dos líderes corporativos, para que o intercâmbio possa ser positivo para as empresas, para as equipes - que têm a necessidade de viver, de fato, a globalização –, e para os estrangeiros, que experimentam essa experiência. "As corporações estão acostumadas a olhar para suas melhores pessoas e buscam alavancar negócios colocando-as no lugar onde estão as principais oportunidades de crescimento", disse. Para ele, a recente crise econômica mundial intensificou a prática de "resgatar" pessoas de mercados em crise e levá-las para operações que necessitem de mão de obra. "Atualmente, o Brasil é conhecido como um dos principais mercados polarizadores de talentos mundiais. Hoje em dia é difícil pensar em um exe-

cutivo global que não tenha uma experiência no Brasil." Apoio – A Searching Consultoria dá suporte a esses profissionais que vêm para o Brasil, inclusive com a família. Ela ajuda com a hospedagem inicial, a educação dos filhos e a busca por imóveis. E o movimento cresceu tanto que as escolas não conseguem receber todas as crianças, e os imóveis são escassos e de alto custo. Um dos executivos queria que o seu filho estudasse em um estabelecimento de língua inglesa – mas não encontrou vaga. Como a criança também falava francês, ficou em uma escola de origem francesa", disse a sócia-diretora da Searching, Gisela Puccetti. O faturamento da empresa prova que os executivos estão de olho no Brasil: ele subiu 16% entre 2009 e 2010; e, de fevereiro a abril de 2011, em comparação com igual período do ano anterior, chegará a 20%. "Os profissionais já vêm com a ocupação definida. As empresas nas quais trabalham no exterior querem abrir uma unidade por aqui ou expandir os negócios – e os mandam para cá", afirmou Gisela.

s dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelam que persistiram ao longo do ano passado "diferenças significativas" de rendimentos dos trabalhadores entre as diversas unidades da Federação. Na comparação mais extrema, a lacuna entre a maior e a menor remuneração média é de mais de 200%. Em termos nominais, isso significa uma disparidade de quase cinco salários-mínimos. O maior rendimento médio mensal foi verificado no Distrito Federal, atingindo R$ 3.713,84. Já no Ceará, a remuneração média observada no final do ano passado foi de R$ 1.228,94. Considerando-se todo o País, o aumento médio do rendimento do trabalhador brasileiro em 2010 foi de 2,57%, de acordo com os dados divulgados ontem pelo MTE. O percentual é real, ou seja, já foi deflacionado utilizandose como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em dezembro de 2009, o trabalhador recebia a cada mês, em média, um salário de R$ 1.698,35 e um ano depois chegou a R$ 1.742. Ao longo dos oito anos do governo Lula, o aumento real foi de 21,29%, de acordo com os dados da Rais. Declararam esse documento 6,617 milhões de estabelecimentos, dos quais 3,403 milhões com vínculos formais de empregados e 4,214 milhões sem vínculo. O crescimento do volume de empresas que passaram a apresentar seus dados ao governo foi de 2,47% de 2009 para 2010, de acordo com o MTE. (AE)

anto os trabalhadores jovens quanto os idosos foram os profissionais mais procurados para trabalhar no ano passado, de acordo com os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada ontem pelo Ministério d o Tr a b a l h o e E m p r e g o (MTE). "Houve um crescimento significativo na população mais vulnerável", analisaram os técnicos do ministério. No caso dos jovens, a expansão do nível de emprego foi de 19,06% no ano passado em relação aos estoques do mercado de trabalho verificados em 2009. Esse percentual representa mais que o dobro do crescimento médio do período, que foi de 6,94%. De forma semelhante, os assalariados com mais de 65 anos e de 50 a 64 anos apresentaram um aumento de 12,77% e 10,28%, respectivamente, no período em relação aos estoques de 2009. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribuiu parte da expansão verificada no ano passado, no segmento de pessoas mais novas, ao programa federal Jovem Aprendiz, que estabelece uma série de facilidades para a contratação desse adolescente que ingressa no mercado de trabalho. "No caso dos mais idosos, temos visto a necessidade de as empresas contratarem pessoas experientes e também a necessidade de trabalhar para ajudar a família. Um ponto é positivo e outro é negativo, mas os dois são

bons", avaliou o ministro. Gênero – Em 2010, o número de mulheres que ingressaram no mercado de trabalho foi maior do que o de homens, segundo os dados do Ministério do Trabalho. No ano passado, a alta foi de 7,28% para elas, enquanto eles representaram um crescimento de 6,7%. Apesar de as mulheres estarem em maior número no mercado de trabalho, os homens ainda ganham os maiores salários. No ano passado, o aumento médio real de salário dos homens foi de 2,62%, ante 2,54% das mulheres. Enquanto o salário mensal médio deles foi de R$ 1.828,71 em 2009 e de R$ 1.876,58 em 2010, o das mulheres subiu de R$ 1.514,99, em 2009, para R$ 1.553,44, no ano passado. Regiões – A Norte e a Nordeste foram as regiões do País que mais criaram empregos. A Nordeste teve um crescimento de 7,93% postos de trabalho, e a Norte apresentou uma alta de 9,9%. De acordo com o ministro Lupi, esses números podem ser creditados à construção das usinas Jirau e Santo Antônio. Ele disse ainda que construção da usina de Belo Monte vai gerar duas vezes mais postos de trabalho. "Com a construção de Belo Monte, os empregos devem crescer ainda mais nos próximos quatro ou cinco anos. Isso porque quando algum setor cresce, vários outros crescem junto, como alimentação, construção civil e serviços", disse. (Agências)

País criou 2,8 milhões de empregos

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Brasil gerou 2,861 mi- superam as contratações e, lhões de postos de tra- em 2010, não foi diferente. Em balho com carteira as- dezembro do ano passado, o sinada no ano passado, confor- número de trabalhadores deme dados divulgados ontem mitidos foi 407 mil maior do pelo Ministério do Trabalho e que o de contratados. Contudo, o governo optou Emprego (MTE), com base nas informações contidas na Rela- por já utilizar parte das inforção Anual de Informações So- mações que chegaram atrasaciais (Rais). A Rais amplia a di- das pelo Caged na divulgação vulgação já feita mensalmente do saldo total de 2010. Sem iscom dados do Cadastro Geral so, o ministro Lupi não consede Empregados e Desempre- guiria cumprir a meta de 2,5 milhões imposta por ele mesgados (Caged). O Caged é uma compilação mo na véspera do Dia do Tradas informações enviadas pe- balho, em 1º de maio. Carteira – O total de emprelos empresários mensalmente gos com cara o m i n i s t éteira assinada rio. Quando no Brasil cheos executivos gou ao númeperdem o ro recorde de prazo de en4 4 , 0 6 8 m itrega, as emlhões no ano p r e s a s p amilhões foi o passado, congam multa e total de empregos forme os dao s d a d o s f idos do MTE cam guardacom carteira obtidos com dos para seassinada no ano base nos darem divulgados da Rais. dos no ano sepassado, de acordo Le van do- se guinte. com os cálculos em conta os Em janeiro, do MTE. profissionais o ministro inativos, esse Carlos Lupi volume atininformou que o saldo geral de empregos for- ge um total de 66,747 milhões. "Todos os números de 2010 mais criados no ano passado foi de 2,52 milhões já desconta- são recordes, e os de 2011 tamdas as demissões do período. bém o serão", previu ontem o O volume foi recorde, ao supe- ministro Lupi. Ele destacou que as inforrar a maior quantidade já gerada de vagas com carteira assi- mações do documento servem para desenvolver polítinada, em 2007, de 1,6 milhão. O v o l u m e d e e m p re g o s cas públicas, como seguro-decriados em 2010 medido pelo semprego e abono salarial. "É Caged seria de 2,136 milhões a mais ampla fotografia da de postos, levando-se em con- mão de obra no Brasil", disse. O setor de serviços foi o que ta a metodologia usada normalmente pelo ministério até registrou a maior geração de então. Isso porque, até no- empregos em 2010, atingindo vembro, o saldo líquido era de 1,1 milhão. Em seguida, vêm o 2,544 milhões de vagas, mas comércio, com 689,3 mil, e a indezembro tradicionalmente é dústria de transformação, um mês em que as demissões com 524,6 mil. (Agências)

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14 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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e Fluxo de dólar é favorável

15 A guerra cambial diz respeito ao comércio Guido Mantega, ministro da Fazenda

conomia

Ueslei Marcelino/Reuters

Resultado nos seis dias de maio foi positivo em US$ 3,59 bilhões, segundo Banco Central.

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fluxo cambial em maio, até o último dia 6, foi positivo em US$ 3,595 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central. O fluxo comercial foi positivo em US$ 2,834 bilhões, resultado de exportações de US$ 6,437 bilhões e importações de US$ 3,604 bilhões. O fluxo financeiro também foi positivo em maio até o dia 6 em US$ 761 milhões, resultado de ingressos de US$ 7,258 bilhões e saída de US$ 6,497 bilhões. Nos cinco primeiros dias úteis de maio de 2010, o fluxo cambial tinha sido positivo em US$ 3,711 bilhões, com o segmento comercial apresentando saldo positivo de US$ 2,632 bilhões e o financeiro, também positivo de US$ 1,078 bilhão. Com esse resultado do início de maio, o fluxo cambial acumula no ano entrada líquida de US$ 40,728 bilhões. Em igual período do ano passado, o fluxo era positivo em US$ 8,748 bilhões. O fluxo comercial em 2011 acumula saldo de US$ 10,386 bilhões, resultado de exportações de US$ 75,792 bilhões e impor-

Benefícios em xeque

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governo brasileiro manifestou ontem sua preocupação com a possível exclusão do País do sistema da União Europeia (UE) que permite a um grupo de nações exportar ao

AFP

Ministro Guido Mantega considera um avanço decisão da entidade

OMC vai debater guerra cambial O movimento do comércio exterior no início do mês mostra, também, saldo a favor do País.

tações de US$ 65,406 bilhões. O financeiro tem no ano saldo favorável de US$ 30,342 bilhões, resultado de entradas de US$ 154,930 bilhões e saídas de US$ 124,588 bilhões. A escalada da aversão ao risco no exterior conduziu o dólar para cima ontem, em meio à queda generalizada dos preços das commodities e de ações nas bolsas de valores por preo-

bloco determinados produtos com tarifas zero ou reduzidas. Proposta nesse sentido foi preparada pelo comissário europeu de Comércio, Karel De Gucht. Caso ela seja aprovada, o valor das importações europeias cobertas pelos benefícios do chamado Sistema Geral de Preferências (SGP) passaria de 60 bilhões de euros

cupações com a recuperação econômica mundial. Liquidez – A moeda norteamericana subiu ontem 0,93 %, a R$ 1,62 na venda, intensificando a valorização em maio a 2,99 %. O aumento da demanda por dólares ocorreu em mais um dia de liquidez reduzida. Segundo dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o volume de

(aproximadamente R$ 138,6 bilhões) a cerca de 38 bilhões de euros (R$ 87,7 bilhões). O Brasil é o quinto maior beneficiário do SGP com 12% de suas exportações à Europa cobertas pelas isenções, em um valor total estimado em 3,4 bilhões de euros. Entre os setores beneficiados no Brasil estão os de máquinas, autopeças e pro-

negócios somava pouco mais de US$ 1,3 bilhão, menos que a média diária das últimas semanas, perto de US$ 2 bilhões. "Tudo piorou lá fora: petróleo caindo forte, dólar subindo ante o euro... Essa combinação fez o dólar subir aqui também", disse Guilherme Monaco, operador de câmbio da Hencorp Commcor Corretora. (Agências)

dutos têxteis e químicos. "A exclusão do SGP poderá levar à concentração ainda mais significativa de bens primários na pauta exportadora do Brasil para a UE, na medida em que os bens de maior valor agregado representam a maioria dos produtos beneficiados pelo sistema", disse fonte do Itamaraty. (Agências)

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ministro da Fazen- dente da OMC, Pascal Lada, Guido Mantega, my, e agora o embaixador do afirmou ontem que Brasil no organismo consefoi um avanço importante o guiu criar um grupo de disBrasil ter conseguido abrir cussão sobre o tema. "O teum debate na Organização ma está sendo colocado na M u n d i a l d o C o m é r c i o pauta e acho que vai avan(OMC) sobre a çar. Acho que é guerra cambial. uma questão Segundo Mannatural que diz t e g a , n o m orespeito ao comento a disputa mércio e que esDeve ser comercial vem tava sendo desse dando na forconsiderada". discutida a ma de disputa Guerra – O manipulação cambial. ministro disse cambial na "Nós achamos que o debate na questão que é a OMC que OMC vai ajudar comercial tem que colocar o Brasil na guerna agenda dela a ra contra a valoGUIDO MANTEGA, influência da rização do real, MINISTRO manipulação porque o orgacambial na quesnismo vai pastão comercial", sar a considerar afirmou Mantega após sole- os subsídios cambiais entre nidade de instalação da Câ- aqueles que são vedados na mara de Políticas de Gestão, competição mundial. ManDesempenho e Competitivi- tega disse ainda que todos dade, realizada ontem. os países estão cada vez Mantega disse que vinha mais preocupados com o conversando com o presi- subsídio cambial. (AE)


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A Gol decidiu descontinuar rotas que não geram retorno financeiro, como a entre São Paulo e Bogotá.

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Passageiro Vip

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despesas e meios de pagamento de viagens corporativas, em uma operação que realiza o fluxo de mapeamento, análise, avaliação, elaboração de instrumentos normativos, contratação de fornecedores, desenvolvimento de

Oskar Kedor

Divulgação

programas e execução. Os ganhos de produtividade obtidos pela equipe da TCG atingem em média 28 centavos em cada dólar aplicado, segundo avaliação do retorno sobre o investimento (ROI) feito pela consultoria. Wellington explica que os seus serviços se aplicam a empresas de qualquer porte, desde que tenham um volume razoável de gastos com viagens de negócios. Para ele, os resultados do processo de expansão da TCG em todo o mundo são animadores. "A filial aberta em Londres no final de 2010 está com uma demanda muito grande de serviços de consultoria, o que demonstra que essa é uma tendência até no velho continente." Na América Latina, a presença da TCG é intensa nos segmentos financeiro, farmacêutico e petrolífero. Wellington revela que a negociação com fornecedores, gestão de contratos e prestação de contas de viagens são as três áreas prioritárias para as empresas brasileiras obterem mais ganhos. Para ele, a baixa utilização de consultorias no Brasil, especialmente na área de viagens corporativas, é uma questão cultural.

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ilho de imigrantes alemães e russos, o diretor e proprietário da Mobility, empresa de aluguel de carros no Brasil e exterior, nasceu em São Paulo. Aos 19 anos, resolveu fazer a faculdade na Alemanha, de onde nas horas vagas criou a Pau Brasil, agência de viagens direcionada a brasileiros. Já formado em Economia e Administração, oito anos depois, retornou a São Paulo, especializando-se em locação de carros. Atualmente, 11 anos depois, por meio da Mobility, Oskar representa a Elite e 30 locadoras, com

uma frota de 400 carros de luxo e 38 funcionários para atender 2 mil agências de viagens. Ele estima que o segmento de aluguel não ocupe mais que 2% do faturamento das agências, mas tem a capacidade de abrir portas para outros negócios, como reservas de hotéis e viagens personalizadas. Ele aposta na inovação com diferenciais de serviço e se capacita para o crescimento do setor. "Tenho a mesma sensação de quando comecei: há um enorme potencial que estamos apenas beliscando. O tsunami está por vir."

Contatos com o autor pelo e-mail: fabio@steinberg.com.br

Gol corta 1,1 mil vagas A empresa também ampliou posições de proteção relativas a despesas de combustível na semana passada

A

Gol eliminou cerca de 1,1 mil vagas no primeiro trimestre deste ano, com o objetivo de reduzir custos. Segundo o vice-presidente financeiro da empresa, Leonardo Pereira, desse total, entre 200 e 250 vagas resultaram em demissões. Os outros cerca de 850 a 900 postos de trabalho referem-se a pessoas que se aposentaram e não foram substituídas ou vagas que estavam em aberto e foram fechadas. "Isso deve gerar uma economia com pessoal entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões por ano", afirmou Pereira. As despesas da Gol com pessoal somam cerca de R$ 1,4 bilhão por ano. A companhia aérea possui 18 mil funcionários. Segundo Pereira, não estão previstas mais demissões neste ano. A empresa também informou ter ampliado suas posições de hedge (proteção) relativas a despesas de combustível na semana passada. A aérea tem hoje operações financeiras de hedge equivalentes a quase 40% dos gastos estimados com combustível

Pereira disse também, em tepara os próximos 12 meses. Antes, esse percentual girava leconferência com analistas, em torno de 20%. O contrato que a companhia não vai parfoi feito considerando o preço ticipar de "guerra de tarifas". do barril de petróleo a US$ 95. "As promoções que estamos "Temos também a possibili- fazendo são as que sempre fidade de ampliar essas opera- zemos. Não vamos fazer proções para os gastos estimados moções que prejudiquem a n o s s a m a rnos próximos gem", afirmou. 36 meses", afirEle citou comou o executimo exemplo vo da aérea. do objetivo da Pereira expliempresa na cou que isso rentabilidade o deve acontecer milhões de reais fato de, no pricaso o preço do devem ser meiro trimespetróleo caia. tre deste ano, a "Seria uma economizados com Gol ter ampliao p or t u n i da d e pessoal anualmente do a sua oferta para ampliar e m 5 % , e nn o s s a s p o s ipela aérea com a ç õ e s d e h e dno mereliminação de postos quanto cado como um ge", disse ele. de trabalho todo o aumenDe acordo com o balanço to foi de 14%. Ao ser quesda empresa, no primeiro trimestre deste ano a tionado sobre a perspectiva companhia registrou perdas dos yields (tarifa média), Pede R$ 4,4 milhões com as ope- reira disse que o segundo trirações de hedge, que têm por mestre do ano é, historicamenobjetivo proteger as despesas te, o mais fraco para o setor. estimadas com combustível "Devemos registrar recuperafeitas por meio de contratos de ção no segundo semestre." Aquisição – Pereira negou derivativos de petróleo cru.

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que a Gol esteja interessada em participar da privatização da portuguesa TAP ou que esteja negociando algum tipo de participação acionária na companhia aérea regional Passaredo, como chegou a ser veiculado pela imprensa. "Não estamos negociando com nenhuma empresa", afirmou. A companhia fechou o primeiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 110,5 milhões, um aumento de 362% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida ajustada foi de R$ 1,89 bilhão, avanço de 9,6% sobre o R$ 1,73 bilhão do primeiro trimestre de 2010. A Gol informou que encerrou abril com um aumento de 13,9% na demanda consolidada, na comparação com igual mês do ano passado. A taxa de ocupação consolidada da companhia subiu para 71,3% no quarto mês do ano ante os 62,9% registrados em abril de 2010. A empresa informa que o crescimento no mercado doméstico foi de 13,8%, enquanto a demanda por voos internacionais subiu 14,4%. (Agências) DC

cia na indústria, ele já atuou na Telefônica, Embaixada dos Estados Unidos, Schlumberger, Pan American e Varig. Atualmente é responsável direto pelos consultores que desenvolvem soluções específicas para gerenciamento de DC

onsultores lembram melões: dos muitos p r o v a d o s , g e r a lmente só um presta, mas que compensa a má experiência com os anteriores. No segmento de viagens corporativas não poderia ser diferente. Por isso, a chegada de uma empresa séria como a TCG Consulting à América Latina é uma ótima notícia. Tradicional prestadora de serviços profissionais globais, essa consultoria surgiu nos Estados Unidos há 16 anos. Hoje, tem vários escritórios no exterior e contabiliza mais de 370 projetos realizados em 106 países de seis continentes. As soluções da empresa incluem da gestão de viagens corporativas e meios de pagamento ao gerenciamento de despesas de viagens, com um espectro de atuação bastante extenso. Ele vai da avaliação de processos à terceirização, e da verificação do cumprimento de normas, implantação de políticas à administração de despesas com viagens corporativas. Para cuidar da expansão no Brasil e região, a TCG nomeou Wellington Costa como seu diretor regional. Com mais de 35 anos de experiên-

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 12 de maio de 2011

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ECONOMIA/LEGAIS - 17 Não é justo que os bons pagadores paguem pelos maus Rogério Amato, presidente da Facesp e ACSP

conomia

Paulo Pampolin/Hype

Cadastro Positivo é avanço para o Brasil Presidente da ACSP e Facesp, Rogério Amato, comemora aprovação da MP 518/2010 na Câmara.

O

presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, considerou um grande avanço para o Brasil a aprovação da Medida Provisória (MP) 518/2010 que cria o Cadastro Positivo (CP) pela Câmara dos Deputados, na última terçafeira. "Essa é uma vitória para o bom pagador e um marco para as relações comerciais e financeiras", disse Amato. O projeto segue agora para aprovação no Senado Federal. Nos próximos dias, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) vai apresentar ao Senado um posicionamento em relação à MP. O documento foi escrito a partir de encontro realizado no dia 27 de abril, em Brasília, que teve a presença de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Confederação Nacional dos Diri-

gentes Lojistas (CNDL), do Banco Central (BC), da Serasa Experian e da Associação Comercial de São Paulo. A ideia é formar um consenso entre todos os participantes para ajudar na construção de uma legislação que beneficie as micro e pequenas empresas (MPEs). Caso seja aprovado, o Cadastro Positivo poderá servir de base para análise de risco dos nomes catalogados antes de concessões de crédito, vendas a prazo ou transações comerciais. Ou seja, assim como o consumidor que é incluído no cadastro negativo sofre restrições ao crédito, aqueles que estiverem inseridos no positivo poderão, por outro lado, ser beneficiados em operações financeiras. Segundo Amato, o Brasil já entra atrasado nessa matéria, não apenas em relação aos países desenvolvidos, mas até mesmo em relação a alguns da África que já adotam o recurso. "Porque o CP vai reconhecer e beneficiar com juros menores aquela

maioria de consumidores que está sempre em dia com seus compromissos", esclareceu. "Até porque não é justo que os bons pagadores paguem pelos maus", acrescentou. E d u c a t ivo – Além disso, Rogério Amato acredita que o Cadastro Positivo terá um efeito educativo, devendo ser bem aceito, uma vez que a medida prevê que a pessoa tem o direito de aceitar ou não a inclusão de seu nome. "Por isso, estou convencido de que, com o tempo, os bons pagadores vão autorizar sua inclusão", salientou o representante da entidade. Para Amato, é importante que o projeto seja votado logo no Senado porque a ausência do CP representa mais custos para as empresas, "e quem acaba pagando isso é a população". Ele lembrou que no México a adoção do CP chegou a reduzir em até 30% o custo do crédito. "Agora, é preciso que o sistema financeiro reconheça isso e reduza esse custo do dinheiro para o tomador final."

Desoneração da folha

A

proposta de desoneração dos tributos que incidem sobre a folha de pagamento das empresas deve ser um dos primeiros pontos da reforma tributária que o governo enviará ao Congresso. Ontem, em reunião com os dirigentes das principais centrais sindicais, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, apresentou a proposta de diminuição gradativa de 2% ao ano. Com isso, ao fim de três anos, o governo terá desonerado 6% e a carga sobre a folha de pagamento terá passado dos atuais 20% para 14%. A ideia do governo é fazer uma reforma fracionada. O governo acredita que, dessa forma, será mais fácil aprová-la no Congresso até o fim do governo de Dilma Rousseff. A desoneração sobre a folha foi o tema do primeiro encontro entre governo e representantes dos trabalhadores para discutir a reforma. A reunião foi conduzida pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República. "Foi a primeira apresentação, e as centrais já tiveram uma reação. Mas esse diálogo vai continuar, segundo nosso compromisso", disse Carvalho. A proposta não atingirá empresas cadastradas pelo regime diferenciado do Simples. Apenas empresas maiores dos setores de indústria, comércio e serviços que, segundo as contas do governo, contribuíram no ano passado com R$ 82 bilhões para a Previdência Social. A expectativa é que essas empresas recolham R$ 92 bilhões neste ano. De acordo com o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT-SP), que esteve presente à reunião, o governo pretende formar um grupo de trabalho para discutir o assunto, antes de enviar a proposta ao Congresso ainda

este ano. A intenção é que a redução começa a valer já em 2012. Para o deputado, a proposta é boa porque vai contribuir para aumentar a formalização do emprego. No entanto, não pode avançar sem a redução da jornada de trabalhos de 44 horas semanais para 40 horas. "A desoneração dará mais competitividade às empresas e criará mais empregos. Algumas empresas vão ganhar e outras vão perder, mas queremos uma contrapartida: a redução da jornada de trabalho", disse Paulinho da Força ao sair da reunião. O governo pretende ainda criar uma alíquota de contribuição previdenciária sobre o faturamento dessas empresas, diferenciada para cada setor. "Tentamos saber quais seriam as alíquotas, mas eles disseram que não podem falar. E prometeram que as alíquotas serão debatidas conosco." Outra desoneração já certa no projeto será a contribuição de 0,2% sobre a folha de salários pagas por todas as empresas para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo, acha a diminuição dos impostos sobre a folha importante, mas teme que isso possa abalar a sustentação do sistema previdenciário. Nas avaliações apresentadas por Barbosa durante a reunião, cada ponto percentual de desoneração significa um impacto de R$ 4 bilhões nas contas da Previdência. "Temos a preocupação de que não haja nenhuma redução no recolhimento da Previdência Social. Não dá para reduzir os impostos e tornar a Previdência inviável." (ABr)

Aris Messinis/Reuters

Grécia contra corte no orçamento – Os servidores públicos gregos paralisaram ontem suas atividades para protestar contra as medidas de austeridades. A greve é a segunda convocada neste ano pelas duas maiores centrais sindicais do país e ocorre dias antes de o governo apresentar ao Parlamento novas medidas de cortes no orçamento e aumentos de impostos para redução do déficit em cinco anos.

O projeto, que irá seguir para o Senado Federal com parecer do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), exige o sigilo completo em relação aos dados dos consumidores, mesmo tendo autorizado sua inclusão no cadastro. O relator apresentou ainda um projeto de lei de conversão no qual incluiu algumas mudanças, como a obrigatoriedade de os gestores dos banco de dados identificarem as pessoas que serviram de fonte de informação. Esse tipo de projeto ocorre quando o relator altera a medida provisória, que passa a tramitar como projeto de lei. Se as alterações feitas à MP forem aprovadas no Senado, também deverão ser submetidas à Presidência da República, que tem poder de vetá-las.

Essa é uma vitória para o bom pagador e um marco para as relações comerciais e financeiras ROGÉRIO AMATO, ACSP E FACESP

U.Q.F.S.P.E. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. NIRE 3530038901-8 – CNPJ/MF Nº 13.067.476/0001-91

Ata de Assembleia Geral Extraordinária Dia, hora e local: Em 07 de março de 2011, às 10:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Rua Pamplona, nº 818, 9º andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista, São Paulo, SP, CEP 01405-001. Presença: Acionista representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas. Convocação: Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Deliberações: 1) Autorizada a lavratura da presente Ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o artigo 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76; 2) Aprovada a alteração da denominação social da Companhia para ODBPAR 1 S.A., de forma que o artigo 1º do Estatuto Social passa a ter a seguinte redação: “Art. 1º – A ODBPAR 1 S.A. é uma Companhia que se rege por este Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis, com prazo de duração por tempo indeterminado.”; 3) Aprovada a alteração da sede social da Companhia para a Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, parte, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920, de forma que o artigo 2º do Estatuto Social passa a ter a seguinte redação: “Art. 2º – A Companhia tem sua sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, parte, Pinheiros, CEP 05402-920, podendo, onde e quando convier, instalar filiais, sucursais, agências, escritórios, representações e dependências similares em qualquer parte do território nacional ou no exterior, mediante deliberação da Diretoria.”; 4) Aprovada a alteração do objeto social da Companhia, alterando, consequentemente, o caput do artigo 3º do Estatuto Social, que passa a ter a seguinte nova redação: “Art. 3º – A Companhia tem por objeto social a participação como sócia, acionista ou quotista, no capital de sociedades que possuam objetos sociais iguais ou diferentes do seu.”; 5) Ratificada a indicação da empresa especializada Guimarães e Sieiro Consultoria e Serviços Contábeis Ltda., sociedade simples limitada, inscrita no Conselho Regional de Contabilidade sob o nº CRC-BA 004903/O-5 “S” RJ e no CNPJ/MF sob o nº 07.533.214/0001-72, sediada na Avenida Tancredo Neves, Centro Empresarial, nº 274, bloco B, sala 832, Salvador, BA, representada pelo seu sócio-diretor, Sr. Hélio Rodrigues Guimarães, brasileiro, casado, contador, portador da carteira de identidade RG nº 00.279.755-09 SSP/BA, inscrito no CPF/MF sob o nº 004.637.015-34 e no Conselho Regional de Contabilidade sob o nº CRC-BA 004810/O-7 “T” RJ (“Guimarães e Sieiro Consultoria”), para proceder à avaliação, pelo critério contábil, de bens representados por ações ordinárias de emissão da empresa ODBINV S.A., sociedade com sede na Av. Luis Viana, nº 2.841, Ed. Odebrecht, Bairro Paralela, Salvador, BA, CEP 41730-900, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 15.105.588/0001-15 (“AÇÕES ODBINV”), de titularidade da acionista Kieppe Participações e Administração Ltda. (“KIEPPE”), a serem conferidos em integralização da parcela remanescente do capital social da Companhia ainda não integralizado, bem como para a integralização de capital adicional ora subscrito, conforme deliberações abaixo; 6) Aprovado o Laudo de Avaliação preparado pela Guimarães e Sieiro Consultoria que passa a integrar a presente Ata como Anexo I; 7) Aprovada a integralização de 450 (quatrocentas e cinquenta) ações ordinárias, já emitidas e subscritas, no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), pela acionista KIEPPE, mediante a conferência de parte das AÇÕES ODBINV, correspondente a 16.470 (dezesseis mil, quatrocentas e setenta) ações ordinárias de emissão da ODBINV S.A.; 8) Aprovado, ainda, o aumento do capital social da Companhia dos atuais R$ 500,00 (quinhentos reais), já subscritos e integralizados, conforme deliberação acima, para R$ 62.721.268,98 (sessenta e dois milhões, setecentos e vinte e um mil, duzentos e sessenta e oito reais e noventa e oito centavos), com a emissão de 2.295.608.299 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco mil, seiscentos e oito mil, duzentas e noventa e nove) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, conforme Boletim de Subscrição que integra a presente Ata como Anexo II, totalmente subscritas e integralizadas pela KIEPPE, mediante a conferência da parte remanescente das AÇÕES ODBINV, correspondente a 2.295.592.329 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, quinhentos e noventa e dois mil e trezentas e vinte e nove) ações ordinárias. Como consequência desta deliberação, o caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5º – O capital social é de R$ 62.721.268,98 (sessenta e dois milhões, setecentos e vinte e um mil, duzentos e sessenta e oito reais e noventa e oito centavos), dividido em 2.295.608.799 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, setecentos e noventa e nove) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal.”; 9) Os presentes tomaram conhecimento da renúncia apresentada por Sueli de Fátima Ferretti, brasileira, solteira, analista, portadora da carteira de identidade RG nº 7.743.932 SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob o nº 764.868.778-04, residente e domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, nº 818, 9º andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista, São Paulo, SP, CEP 01405-001, e Cleber Faria Fernandes, brasileiro, casado, técnico em contabilidade, portador da carteira de identidade RG nº 23.360.684-1 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 192.212.358-74, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, nº 818, 7º andar, conjunto 71, Bairro Jardim Paulista, São Paulo, SP, CEP 01405-001, aos cargos de Diretor sem designação específica. Em seguida, foi aprovada a eleição das seguintes pessoas como Diretores da Companhia, sem designação específica, para cumprir o presente mandato que se encerrará na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2013: A) Diretor – André Amaro da Silveira, brasileiro, casado, engenheiro civil, inscrito no CPF/MF sob o nº 520.609.346-72, portador da carteira de identidade RG nº 1.238.071 SSP/MG, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920; B) Diretora – Carla Gouveia Barreto, brasileira, casada, administradora de empresas, inscrita no CPF/MF sob o nº 617.162.195-15, portadora da carteira de identidade RG nº 03.191.314-83 SSP/BA, residente e domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 28º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920; C) Diretor – Luciano Nitrini Guidolin, brasileiro, casado, engenheiro de produção, inscrito no CPF/MF sob o nº 268.477.068-99, portador da carteira de identidade RG nº 23.655.538-8 SSP/SP, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920; e D) Diretora – Mônica Bahia Odebrecht, brasileira, divorciada, advogada, inscrita no CPF/MF sob o nº 541.080.715-49, portadora da carteira de identidade OAB/BA sob o nº 11.436, residente e domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402920. Diretores ora eleitos serão investidos em seus cargos mediante a lavratura e assinatura de termo de posse no Livro de Atas de Reunião da Diretoria da Companhia. Atendendo ao disposto no art. 147 da Lei nº 6.404/76, os Diretores ora eleitos declaram, sob as penas de lei, não estarem impedidos de exercer a administração da Companhia, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa de concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade; 10) Não foi fixado o montante global para remuneração dos administradores no presente exercício, tendo em vista que os mesmos já são remunerados por outras empresas da Organização à qual pertence a Companhia; e 11) Aprovada a alteração e consolidação do Estatuto Social da Companhia, que será levado a registro em apartado à presente Ata, bem como a reorganização dos seus artigos. Quorum das deliberações: Todas as deliberações foram aprovadas por unanimidade, sem reserva ou restrições. Conselho Fiscal: Não há Conselho Fiscal permanente, nem foi instalado no presente exercício. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Assembleia, lavrando-se a presente Ata que, após lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 07 de março de 2011. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Acionista: Kieppe Participações e Administração Ltda. Certifico e dou fé que esta Ata é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio. Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 125.915/11-1, em 06.04.11. Kátia Regina Bueno de Godoy, Secretária Geral. ESTATUTO SOCIAL DA ODBPAR 1 S.A. – I. Denominação e Prazo de Duração – Art. 1º – A ODBPAR 1 S.A. é uma Companhia que se rege por este Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis, com prazo de duração por tempo indeterminado. II. Sede e Dependências – Art. 2º – A Companhia tem sua sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, parte, Pinheiros, CEP 05402-920, podendo, onde e quando convier, instalar filiais, sucursais, agências, escritórios, representações e dependências similares em qualquer parte do território nacional ou no exterior, mediante deliberação da Diretoria. III. Objeto Social – Art. 3º – A Companhia tem por objeto social a participação como sócia, acionista ou quotista, no capital de sociedades que possuam objetos sociais iguais ou diferentes do seu. Parágrafo único – Os serviços especializados, quando realizados diretamente, serão sempre prestados por profissionais habilitados e regularmente registrados nos órgãos competentes. IV. Capital Social e Ações – Art. 4º – O capital social é de R$ 62.721.268,98 (sessenta e dois milhões, setecentos e vinte e um mil, duzentos e sessenta e oito reais e noventa e oito centavos), dividido em 2.295.608.799 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, setecentos e noventa e nove) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. § 1º – A Companhia poderá, mediante autorização da Diretoria, adquirir as próprias ações para fins de cancelamento ou permanência em tesouraria, para posterior alienação, respeitadas as disposições legais e regulamentares aplicáveis. § 2º – De acordo com plano aprovado pela Assembleia Geral, a Companhia poderá outorgar opção de compra de ações a seus administradores e empregados, bem como aos de suas controladas ou coligadas. Art. 5º – Cada ação ordinária dá direito a 1 (um) voto nas Assembleias Gerais, não possuindo as ações preferenciais, caso emitidas, direito a voto, salvo nos casos previstos em lei. § 1º – As ações preferenciais, caso emitidas, serão de participação integral, sendo a elas assegurada prioridade no reembolso de capital em caso de liquidação da Companhia, bem como participação, em igualdade de condições com as ações ordinárias, na distribuição de dividendos pela Companhia ou na subscrição de novas ações resultantes da incorporação de quaisquer reservas ou lucros ao capital. § 2º – As ações da Companhia poderão ser conversíveis de uma espécie em outra. § 3º – A Companhia poderá cobrar do acionista o custo de transferência da propriedade de suas ações. § 4º – A integralização de ações mediante bens ou direitos, exceto créditos, dependerá de aprovação da Assembleia Geral. Art. 6º – Os acionistas têm direito de preferência na subscrição de novas ações, na proporção das ações já anteriormente possuídas, observada a sua classe e espécie, bem como as demais disposições aplicáveis. § 1º – Caso algum acionista desista, por escrito, do seu direito de preferência, ou não se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da Assembleia Geral que aprovar o aumento do capital social, caberá aos demais acionistas, na proporção das ações possuídas, observadas as disposições do caput deste artigo, o direito de subscrição dessas ações. § 2º – Havendo emissão de ações de espécie ou classe diversa das existentes, cada acionista exercerá a preferência na proporção da totalidade de ações que possuir no capital social da Companhia. V. Administração da Companhia – Art. 7º – A Administração da Companhia cabe a uma Diretoria, constituída de no mínimo 3 (três) e no máximo 5 (cinco) Diretores, todos sem designação específica, com prazo de gestão de 2 (dois) anos, podendo ser reeleitos, com atribuições fixadas de conformidade com as disposições legais e deste Estatuto, ficando dispensados de caução de gestão. § 1º – Todos os membros da Diretoria são investidos em seus cargos mediante a assinatura dos respectivos termos de posse, devendo permanecer no exercício do cargo até a investidura de seus sucessores. § 2º – A Assembleia Geral fixará o montante global da remuneração dos membros da Diretoria. Art. 8º – Em caso de impedimento ou de ausência de quaisquer dos membros da Diretoria, o Diretor ausente deverá indicar seu substituto, dentre os demais Diretores. Parágrafo único – Ocorrendo a hipótese prevista no “caput” deste artigo, o substituto terá direito ao seu voto e ao do substituído nas reuniões da Diretoria. Art. 9º – Em caso de vacância na Diretoria, deve ser convocada Assembleia Geral para deliberar sobre a substituição. Art. 10º – Compete aos Diretores a representação da Companhia e a prática dos atos regulares de gestão que lhes são atribuídos por lei e por este Estatuto. Art. 11 – Compete a qualquer dos Diretores da Companhia, dentre outras atividades próprias de sua função: a) coordenar o processo de fixação dos rumos negociais e de elaboração dos programas e atribuições da Diretoria, bem como acompanhar a sua execução, inclusive a elaboração dos respectivos relatórios; b) providenciar a elaboração do relatório anual da Administração e das demonstrações financeiras da Companhia; c) promover a execução das deliberações da Assembleia Geral; d) convocar as Assembleias Gerais em nome da Diretoria; e) presidir as Assembleias Gerais e designar um dos presentes para funcionar como secretário; e f) convocar e presidir as reuniões da Diretoria. Art. 12 – Serão deliberadas em reunião da Diretoria as seguintes matérias: a) propostas sobre constituição, alteração do objeto social, transformação, incorporação, fusão, cisão, dissolução ou liquidação de sociedade de que participe a Companhia; b) participação em consórcios, associações com outras sociedades e acordos de acionistas; c) alienação de participações societárias e de bens imóveis da Companhia; d) antecipação do pagamento de dividendos; e) instalação, transferência ou encerramento de filiais, sucursais, agências, escritórios, representações e dependências similares, no território nacional ou no exterior; f) negociação com ações de emissão da Companhia para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria e respectiva alienação; e g) designação de auditores independentes. § 1º – As reuniões da Diretoria serão convocadas, salvo quando de caráter urgente, com 5 (cinco) dias de antecedência, no mínimo, realizando-se, normalmente, na sede da Companhia e, excepcionalmente, em qualquer outro local previamente estabelecido. § 2º – As reuniões da Diretoria realizar-se-ão com a presença da maioria de seus membros, sendo as deliberações tomadas por maioria de votos dos Diretores presentes, considerando-se como presente aquele que estiver, na ocasião, representado por outro Diretor. Art. 13 – É obrigatória a assinatura de 2 (dois) Diretores em conjunto para que a Companhia possa: a) assinar e endossar cheques; b) constituir procuradores; c) contrair obrigações e firmar compromissos, inclusive apresentar propostas, celebrar e rescindir contratos e seus aditivos; d) transigir, desistir e renunciar a direitos; e) alienar bens do ativo permanente; e f) participar de consórcios, associações com outras sociedades e de acordos de acionistas. Art. 14 – Fica expressamente vedada a contratação de qualquer financiamento ou outra forma de endividamento, bem como a concessão de avais, fianças ou outras garantias. VI. Conselho Fiscal – Art. 15 – O Conselho Fiscal somente funcionará nos exercícios sociais em que for instalado, a pedido de acionistas que preencham os requisitos exigidos por lei. Art. 16 – O Conselho Fiscal, quando em funcionamento, será constituído por no mínimo 3 (três) e, no máximo, por 5 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não, eleitos pela Assembleia Geral, podendo ser reeleitos, com as atribuições previstas em lei. Parágrafo único – A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será fixada pela Assembleia Geral que os eleger. VII. Assembleias Gerais – Art. 17 – A Assembleia Geral reunirse-á ordinariamente uma vez por ano, dentro dos 4 (quatro) meses após o término de cada exercício social, competindo-lhe tomar as deliberações previstas em lei. Art. 18 – A Assembleia Geral reunir-se-á extraordinariamente sempre que os interesses sociais, este Estatuto ou a legislação em vigor exigir o pronunciamento dos acionistas. Art. 19 – A Assembleia Geral, ordinária ou extraordinária, será instalada e presidida pelo representante do acionista majoritário presente na Assembleia, que designará um dos presentes para funcionar como Secretário. Parágrafo único – Na hipótese de ausência de representante do acionista majoritário, a responsabilidade por instalar e presidir as Assembleias Gerais caberá à pessoa escolhida por maioria de voto dos acionistas presentes. Art. 20 – Somente poderão tomar parte na Assembleia Geral os acionistas titulares de ações que estiverem registradas em seu nome, no livro próprio, até 48 (quarenta e oito) horas antes da data marcada para a realização da Assembleia. VIII. Exercício Social – Art. 21 – O exercício social termina em 31 de dezembro de cada ano, quando será levantado o balanço patrimonial e demais demonstrações financeiras. § 1º – Do resultado do exercício, após as deduções de prejuízos acumulados e provisões para o Imposto de Renda, serão deduzidas as participações dos administradores e empregados da Companhia, se e quando deliberado pela Assembleia Geral, nos limites e formas previstos em lei. § 2º – Do lucro líquido do exercício, aplicar-se-ão 5% (cinco por cento) na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social, observado o disposto no parágrafo 1º do art. 193 da Lei nº 6.404/ 76. § 3º – Do lucro líquido ajustado, nos termos do art. 202, inciso I, alínea “a”, da Lei nº 6.404/76, destinar-se-ão aos acionistas um dividendo anual obrigatório não inferior a 25% (vinte e cinco por cento). § 4º – O saldo que houver, após o cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores deste artigo, terá a aplicação que decidir a Assembleia Geral. § 5º – A Companhia poderá levantar balanços intermediários a qualquer tempo, para atender exigências legais ou conveniências sociais, inclusive para distribuição de dividendos. § 6º – Os dividendos atribuídos aos acionistas não renderão juros, e se não reclamados no prazo de 3 (três) anos a contar da data da publicação do ato que autorizar sua distribuição, prescreverão em favor da Companhia. § 7º – Imediatamente após a Companhia receber das suas sociedades investidas participação nos lucros ou resultados (em qualquer caso líquida de tributos), dividendos, juros sobre o capital próprio ou restituição de capital próprio, observadas as deduções legais, a Companhia deverá convocar Assembleia Geral Extraordinária para distribuir os valores recebidos aos seus acionistas, a título de dividendos ou por outros meios permitidos na forma da lei. IX. Liquidação – Art. 22 – A Companhia entrará em liquidação nos casos previstos em lei, competindo à Assembleia Geral estabelecer o modo de liquidação, eleger o liquidante e o Conselho Fiscal para tal finalidade.


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quinta-feira, 12 de maio de 2011

e Financiamento de veículo em queda Esses clientes (classe C e D) normalmente tomam um empréstimo para quitar outro. Thierry Soret, do Banco Volkswagen

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As projeções do mercado ainda são de crescimento do crédito para pessoa física neste ano, em relação a 2010 – mas em ritmo menor.

A

pós o aumento de 1% em março na comparação com o mês anterior, os financiamentos de veículos para pessoas físicas dão sinais de que estão em queda. Nos nove primeiros dias de maio, os emplacamentos de veículos em todo o País caíram 5% comparativamente a igual período de abril, o que terá impacto no volume de financiamentos. De acordo com a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), a queda nas vendas não ocorria desde a crise internacional, considerando o mesmo número de dias úteis. O presidente da entidade, Décio Carbonari de Almeida, afirmou que a desaceleração começou em abril e prevê que, mantido o ritmo, o crédito deve cair em setembro para um crescimento anual de 15%. O gerente-executivo de risco do Banco Volkswagen, Thierry Roland Soret, confirmou que o volume de contratos de financiamento de abril ficou 11% abaixo do projetado pela instituição. No primeiro trimestre, a carteira de crédito do banco cresceu 3%. "Os números já mostram o impacto das medidas, principalmente a partir de abril", afirmou, referindo-se às medidas de contenção de consumo adotadas pelo governo em dezembro e as elevações dos juros. (Leia mais nesta página) O mercado aguarda para este mês a revisão da estimativa anual de crescimento de vendas da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), atualmente em 4,2% considerando automóveis e comerciais leves. Carbonari de Almeida afirmou que o impacto das medidas do governo foi amortizado até o primeiro trimestre por clientes que já haviam decidido comprar um carro e que fizeram um esforço adicional para dar entrada maior ou decidiram comprar um veículo de menor valor. Frotas – Segundo ele, as vendas para frotistas também puxaram os dados para cima, uma vez que as empresas não

L.C.Leite / LUZ

Ficou mais claro que os clientes com renda menor deixaram de ter o acesso ao crédito que tinham até novembro. DÉCIO ALMEIDA, DA ANEF foram afetadas pelo aumento da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) s o b re o s f i n a n c i a m e n t o s . "Mas, a partir de abril, ficou mais claro que os clientes com renda menor deixaram de ter o acesso ao crédito que tinham até novembro. Atualmente, vemos esse cenário com mais clareza ainda", afirmou. O presidente da Anef disse que dados como as vendas médias diárias e a quantidade de propostas de crédito que chegam às mesas dos bancos caíram nas últimas semanas. "A percepção de queda no movimento é generalizada entre colegas das associação de bancos de montadoras. O movimento também já caiu muito nas concessionárias de veículos", afirmou. A Anef aguarda apenas a revisão das projeções de vendas e produção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para ajustar suas previsões para baixo. A estimativa da entidade para o crescimento da carteira de financiamento de veículos neste ano é de 10%. No ano passado, o crescimento foi de 20% em relação a 2009. "Acreditamos que as medidas macroprudenciais e o aumento da Selic devem ter impacto maior nos meses de maio, junho e julho. A partir daí, o mercado deve passar por reacomodação e manter o crescimento em um ritmo menor do que o esperado," disse Almeida. Os números preliminares, na avaliação dele, indicam que o Banco Central deve elevar, por mais duas vezes, a taxa básica de juros neste ano, mas não deve adotar novas medidas de contenção. (AE)

Consumidor manteve ânimo de comprar carro novo no começo do ano. Mas, agora, as instituições financeiras já notam mudança nos planos.

E a inadimplência começa a subir

O

gerente-executivo de risco do Banco Volkswagen, Thierry Roland Soret, já detectou aumento da inadimplência nos financiamentos de veículos nos últimos três meses (até abril), principalmente nos prazos entre 31 e 60 dias de atraso. Nesse segmento, informou, a inadimplência já chegou a 3,3% entre os clientes do banco. Segundo ele, a situação ainda não é preocupante porque pode estar relacionada à sazonalidade do primeiro trimestre do ano, quando os atrasos de pagamentos costumam ter aumento. A inadimplência do Banco Volkswagen normalmente se situa na faixa entre 4,5% e 5%. Em abril, segundo Soret, ficou em torno de 5%. Para

Imóvel comercial rendeu 25% no ano passado

A

taxa de retorno de investimentos em imóveis comerciais no Brasil no primeiro trimestre foi de 5% em relação ao último trimestre do ano passado, de acordo com o Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C), divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em fevereiro, quando o indicador foi lançado, a FGV informou a série histórica dos últimos dez anos do índice e, ontem, apresentou o seu primeiro levantamento trimestral. Para o cálculo do indicador, os pesquisadores reuniram despesas operacionais, receitas totais, investimentos e vendas de imóveis, fornecidos por um grupo de empresas dos setores financeiro e imobiliário e de fundos de pensão, que são parceiros. O universo da pesquisa foi de 212 imóveis, entre escritórios comerciais, shopping centers, estabelecimentos comerciais, hotéis, imóveis industriais e de logística distribuídos em todo o País. A maior concentração desses imóveis, porém, está em São Paulo (37% do total) e no Rio de Janeiro (26%). A partir desses dados foi mensurada a taxa de retorno do capital investido, que no primeiro trimestre ficou em 3,2%, e a taxa de retorno de renda (receita com aluguel,

Alex Ribeiro/DC

rica, no ano de 2010 a rentabilidade de empreendimentos comerciais foi de 25,5%, e superou 600% na década. Com periodicidade trimestral, o IGMI-C pretende retratar da forma mais abrangente possível a evolução da valorização dos preços e dos rendimentos de imóveis comerciais em todo o País. "Por ser um indicador novo estamos longe de ter um modelo de projeções, ainda não temos como apontar tendências. Nosso objetivo por enquanto é criar uma medida que não existia", afirma Picchetti. Com relação aos imóveis residenciais, o pesquisador revela que os estudos prosseguem e a expectativa é de que seja lançado um indicador específico para o segmento já no próximo ano. (AE)

recuperar o cliente e trazê-lo para as faixas entre 31 e 90 dias, " disse. De acordo com o executivo, o aumento da inadimplência tem sido puxado pelos clientes das classes C e D, que não têm conseguido renovar empréstimos com outras instituições financeiras. "Esses clientes têm uma capacidade de renda limitada, já possuem um grau de endividamento bastante elevado e normalmente tomam um empréstimo para quitar outro, de forma a manter seu fluxo de caixa. Mas agora eles não têm conseguido renovar esses créditos e, por isso, começaram a atrasar o financiamento de veículos", explicou. O executivo do Banco

Volkswagen afirmou que, nos próximos meses, a instituição vai acompanhar os dados de mercado sobre as demais operações de crédito, principalmente crédito pessoal, que é a modalidade que as classes C e D mais utilizam para se financiar de forma contínua. Além disso, o comportamento do nível de emprego será observado de perto para avaliação de medidas adicionais. "Se o desemprego aumentar, teremos impacto direto." O executivo ressaltou, porém, que as medidas restritivas determinadas pelo governo trouxeram para a carteira, a partir de dezembro, um perfil de cliente melhor, que fecha financiamentos com prazos menores e dá entradas maiores. (AE)

BNDES quer moderar repasses para empresas

O

Mercado acompanhado por índice da FGV se concentra em São Paulo

por exemplo), que aumentou 1,8%. Com a combinação desses dois resultados se obtém o IGMI-C de 5%. Nesta edição, o universo da pesquisa foi ampliado, uma vez que no lançamento, o índice trazia 190 imóveis. Por isso, as informações do quarto trimestre foram atualizadas. "A ampliação da amostra não gerou mudanças no índice, apenas uma atualização dos números do trimestre anterior na série histórica, mas o objetivo é não promover mais revisões", explica Paulo Picchetti, pesquisador responsável pelo levantamento. Década – Pelo índice anualizado, entre janeiro e março deste ano a taxa de retorno medida pelo IGMI-C ficou em 23,7%. Segundo a série histó-

ele, o que chama a atenção é que, normalmente, a inadimplência sobe em janeiro, fevereiro e março, mas se estabiliza ou começa a cair em abril. Neste ano, a taxa continuou a crescer em abril. "Estamos acompanhando esses dados muito de perto para saber se isso vai continuar em maio ou se é apenas o ciclo final de um período de sazonalidade", afirmou. "O mais importante é que evitamos o crescimento dos atrasos acima de 90 dias, cuja taxa permanece estável em 2,6%. O dado do Banco Central (BC) já mostra crescimento nessa faixa, que é a mais difícil e custosa de recuperar e que necessita de ações de cobrança mais agressivas. Nosso esforço está concentrado em

presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou ontem que a instituição quer "moderar" a sua participação na concessão de crédito para o setor produtivo. De acordo com ele, os desembolsos do BNDES, neste ano, ainda serão um pouco maiores que em 2010 porque há um ciclo de investimento muito forte no País. No entanto, ele destacou que o governo está tentando estimular que o mercado financeiro passe a assumir maior participação nessa função. Coutinho admitiu, porém, que o momento atual não é favorável para a ampliação da presença do setor privado no financiamento do setor produtivo, devido ao aumento dos juros. Para 2012, ele acredita que o mercado privado de crédito será reforçado. "Na hora que houver a sinalização de que os juros poderão cair, o mercado vai crescer fortemente", afirmou. Ele destacou que o governo espera que haja uma procura maior pelo mercado de debêntures, com perfil de mais longo prazo. O presidente do BNDES disse, ainda, que os investimentos no País, neste ano, crescerão em torno de 10% em relação ao ano passado – portanto acima da expansão do

10 por cento é a taxa de crescimento esperada para os investimentos no País neste ano – acima do crescimento do PIB. Produto Interno Bruto (PIB). Ele também estimou que os investimentos do banco em infraestrutura cresçam na

mesma proporção. Aporte – Ao ser questionado sobre o aporte de R$ 55 bilhões que o Tesouro Nacional fará ao BNDES para financiamentos dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), o presidente da instituição afirmou que os recursos serão transferidos "na medida da necessidade". O Tesouro Nacional emitirá títulos do governo ao longo do ano para captar esses recursos, que irão reforçar o caixa do BNDES com o objetivo de permitir a realização de financiamentos subsidiados pelo governo para a compra de máquinas e equipamentos pelas empresas. (AE)

Elza Fiúza/ ABr

Coutinho: o governo está tentando estimular que o mercado financeiro se responsabilize por parte do financiamento aos investimentos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 12 de maio de 2011

2bCapital S.A. CNPJ nº 07.063.675/0001-29 - NIRE 35.300.318.714 Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Realizada em 30 de Setembro de 2010 Data, Hora e Local: Aos 30 dias do mês de Setembro de 2010, às 10h00, na sede social na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Junior, nº 758, 2º andar - parte, CEP 04542-000. Presença: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presença os acionistas da Sociedade, representando a totalidade do Capital Social. Constituição da Mesa: Presidente: Sr. Manuel Maria Pulido Garcia Ferrão de Sousa; Secretário: Mércia Carmeline Alves Bruno. Convocação: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei nº 6.404/76. Ordem do Dia: Eleição do Conselho de Administração. Deliberações: Foram eleitos para compor o Conselho de Administração da sociedade, com mandato até a AGO de 2013, como Presidente Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado, Engenheiro, residente e domiciliado na Cidade de Deus, s/nº, Prédio Vermelho, Vila Yara, na Cidade de Osasco, Estado de São Paulo, portador da Cédula de Identidade RG nº 1.520.666, inscrito no CPF/MF sob o nº 373.766.326-20; Vice-Presidente Francisco Ravara Cary, português, casado, Administrador de Empresas, residente e domiciliado na Rua Alexandre Herculano, nº 38, Edifício Quartzo, 8º andar, Lisboa, Portugal, portador do RNE nº V255463-V SE/DPMAF/DPF, inscrito no CPF/MF sob o nº 054.653.167-9; Demais Conselheiros: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, Bancário, residente e domiciliado na Cidade de Deus, s/nº, Prédio Vermelho, Vila Yara, na Cidade de Osasco, Estado de São Paulo, portador da Cédula de Identidade RG nº 3.272.499, inscrito no CPF/MF sob o nº 425.327.017-49; Denise Pauli Pavarina, brasileira, divorciada, Economista, residente e domiciliada na Av. Paulista, nº 1450, 6º andar, na Cidade e Estado de São Paulo, portadora da Cédula de Identidade RG nº 11.974.549-5 SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob nº 076.818.858-03; Joaquim Vieira Ferreira Levy, brasileiro, casado, Economista, residente e domiciliado na Av. Paulista, nº 1450, 6º andar, na Cidade e Estado de São Paulo, portador da Cédula de Identidade RG nº 044521037 IFP/ RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº 727.920.007-91; Ricardo Abecassis Espirito Santo Silva, brasileiro naturalizado, casado, Administrador de Empresas, residente e domiciliado na Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 3729, 6º andar, Itaim Bibi, na Cidade e Estado de São Paulo, portador da Cédula de Identidade RG nº 53.783.536-2 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº 692.405.237-15; Ricardo Espirito Santo Silva Ricciardi, português, casado, Banqueiro, residente e domiciliado na Rua de São Bernardo, nº 62, Lisboa, Portugal, portador do RNE nº W271292-E CGPI/DIREX/DPF, inscrito no CPF/MF sob o nº 375.594.437-53; e João Carlos Mendes dos Reis Arantes e Oliveira, português, casado, Administrador de Empresas, residente e domiciliado na Rua Alexandre Herculano, nº 38, Edifício Quartzo, Lisboa, Portugal, portador do passaporte J158277, inscrito no CPF/MF sob o nº 748.682.251-20, os quais tomaram posse nesta data, conforme termo de posse anexo. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente encerrou os trabalhos, suspendendo a Assembléia até a lavratura da presente Ata no livro próprio, que após lida e achada conforme, foi por todos assinada. Presidente: Sr. Manuel Maria Pulido Garcia Ferrão de Sousa; Secretária: Mércia Carmeline Alves Bruno. Acionistas: BES Investimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento, representada por Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva e Mércia Carmeline Alves Bruno; Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A., representada por Mércia Carmeline Alves Bruno e Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva, e BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, representada por Denise Pauli Pavarina e Joaquim Vieira Ferreira Levy. Declaro que a presente, é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. Manuel Maria Pulido Garcia Ferrão de Sousa - Presidente; Mércia Carmeline Alves Bruno - Secretária; BES Investimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento - Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva e Mércia Carmeline Alves Bruno; Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. - Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva e Mércia Carmeline Alves Bruno; BRAM - Bradesco Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários - Denise Pauli Pavarina e Joaquim Vieira Ferreira Levy; Manuel Maria Pulido Garcia Ferrão de Sousa - Presidente; Mércia Carmeline Alves Bruno Secretária. JUCESP nº161.745/11-8 em 29/04/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

ODBPAR 1 S.A. NIRE 3530038901-8 – CNPJ/MF Nº 13.067.476/0001-91

Ata de Assembleia Geral Extraordinária Dia, hora e local: Em 17 de março de 2011, às 10:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920. Presença: Acionista representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas. Convocação: Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Deliberações: 1) Autorizada a lavratura da presente Ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o artigo 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76; 2) A Acionista da Companhia, tomando conhecimento (i) de erros na transcrição de parte da Ata de sua Assembleia Geral Extraordinária realizada em 07 de março de 2011, às 10:00 horas (“Assembleia”), causados pela utilização de versão incorreta, e portanto nula de pleno direito, do “Laudo de Avaliação de Item do Ativo para Efeito de Aporte de Capital na Companhia” (“Laudo de Avaliação”); e (ii) de que os referidos erros acabaram por não refletir o quanto foi efetivamente deliberado na Assembleia pela Acionista da Companhia, notadamente quanto à realização de integralização e aumento de capital social da Companhia, com base no valor contábil dos bens da Acionista, objeto do aporte de capital ora re-ratificado, aprova: 2.1) a substituição da versão nula do Laudo de Avaliação, para todos os fins de direito, pelo Laudo de Avaliação que integra a presente Ata como Anexo I e a consequente alteração do Boletim de Subscrição que integra a presente Ata como Anexo II; 2.2) a retificação do quanto formalizado como deliberação da Assembleia, para que onde se lê: (i) “7) Aprovada a integralização de 450 (quatrocentas e cinquenta) ações ordinárias, já emitidas e subscritas, no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), pela acionista KIEPPE, mediante a conferência de parte das AÇÕES ODBINV, correspondente a 16.470 (dezesseis mil, quatrocentas e setenta) ações ordinárias de emissão da ODBINV S.A.” leia-se: “7) Aprovada a integralização de 450 (quatrocentas e cinquenta) ações ordinárias, já emitidas e subscritas, no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), pela acionista KIEPPE, mediante a conferência de parte das AÇÕES ODBINV, correspondente a 18.596 (dezoito mil, quinhentos e noventa e seis) ações ordinárias de emissão da ODBINV S.A.”; e, onde se lê: (ii) “8) Aprovado, ainda, o aumento do capital social da Companhia dos atuais R$ 500,00 (quinhentos reais), já subscritos e integralizados, conforme deliberação acima, para R$ 62.721.268,98 (sessenta e dois milhões, setecentos e vinte e um mil, duzentos e sessenta e oito reais e noventa e oito centavos), com a emissão de 2.295.608.299 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, duzentas e noventa e nove) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, conforme Boletim de Subscrição que integra a presente Ata como Anexo II, totalmente subscritas e integralizadas pela KIEPPE, mediante a conferência da parte remanescente das AÇÕES ODBINV, correspondente a 2.295.592.329 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, quinhentos e noventa e dois mil e trezentas e vinte e nove) ações ordinárias. Como consequência desta deliberação, o caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5º – O capital social é de R$ 62.721.268,98 (sessenta e dois milhões, setecentos e vinte e um mil, duzentos e sessenta e oito reais e noventa e oito centavos), dividido em 2.295.608.799 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, setecentos e noventa e nove) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal.”; leia-se: “8) Aprovado, ainda, o aumento do capital social da Companhia dos atuais R$ 500,00 (quinhentos reais), já subscritos e integralizados, conforme deliberação acima, para R$ 55.550.510,43 (cinquenta e cinco milhões, quinhentos e cinquenta mil, quinhentos e dez reais e quarenta e três centavos), com a emissão de 2.295.608.299 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, duzentas e noventa e nove) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, conforme Boletim de Subscrição que integra a presente Ata como Anexo II, totalmente subscritas e integralizadas pela KIEPPE, mediante a conferência da parte remanescente das AÇÕES ODBINV, correspondente a 2.295.590.203 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, quinhentos e noventa mil, duzentas e três) ações ordinárias. Como consequência desta deliberação, o caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5º – O capital social é de R$ 55.550.510,43 (cinquenta e cinco milhões, quinhentos e cinquenta mil, quinhentos e dez reais e quarenta e três centavos), dividido em 2.295.608.799 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, setecentas e noventa e nove) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal.”; e 3) Ratificadas todas as demais deliberações tomadas na Assembleia. Quorum das deliberações: Todas as deliberações foram aprovadas por unanimidade, sem reserva ou restrições. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Assembleia, lavrando-se a presente Ata que, após lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 17 de março de 2011. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Acionista: Kieppe Participações e Administração Ltda. Certifico e dou fé que esta Ata é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio. Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 174.677/11-0, em 04.05.11. Kátia Regina Bueno de Godoy, Secretária Geral.

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Ata de Assembleia Geral Extraordinária Dia, hora e local: Em 31 de março de 2011, às 14:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920. Presença: Acionista representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas. Convocação: Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Deliberações: 1) Autorizada a lavratura da presente ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o artigo 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76; 2) Aprovado o aumento do capital social da Companhia em R$ 28.198.563,33 (vinte e oito milhões, cento e noventa e oito mil, quinhentos e sessenta e três reais e trinta e três centavos), passando de R$ 55.550.510,43 (cinquenta e cinco milhões, quinhentos e cinquenta mil, quinhentos e dez reais e quarenta e três centavos) para R$ 83.749.073,76 (oitenta e três milhões, setecentos e quarenta e nove mil, setenta e três reais e setenta e seis centavos), com a emissão de 1.165.297.485 (um bilhão, cento e sessenta e cinco milhões, duzentos e noventa e sete mil, quatrocentas e oitenta e cinco) novas ações preferenciais, conforme Boletim de Subscrição que integra a presente ata como Anexo I; 3) Todas as ações foram subscritas e integralizadas pela Construtora Norberto Odebrecht S.A. (“CNO”), inscrita no CNPJ/MF sob o nº 15.102.288/0001-82 e NIRE 3330016098-1, localizada na Praia de Botafogo, nº 300, 11º andar, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, com a anuência e concordância dos demais acionistas, que renunciaram expressamente ao direito de preferência na subscrição das novas ações. As novas ações foram emitidas por um preço total de R$ 0,364682013 (trinta e seis centavos e fração) por ação, sendo o valor de R$ 0,024198596 (dois centavos e fração) por ação destinado ao aumento do capital social da Companhia, no valor total de R$ 28.198.563,33 (vinte e oito milhões, cento e noventa e oito mil, quinhentos e sessenta e três reais e trinta e três centavos), e o valor de R$ 0,340483417 (trinta e quatro centavos e fração) por ação destinado à formação de reserva de capital da Companhia, que resulta no valor total de R$ 396.764.469,14 (trezentos e noventa e seis milhões, setecentos e sessenta e quatro mil, quatrocentos e sessenta e nove reais e catorze centavos). O preço de emissão em questão foi determinado com base no valor econômico-financeiro do acervo líquido da Companhia, conforme laudo de avaliação emitido por empresa especializada e que ficará arquivado na sede da Companhia. As ações foram integralizadas da seguinte forma: (i) o valor de R$ 423.849.427,15 (quatrocentos e vinte e três milhões, oitocentos e quarenta e nove mil, quatrocentos e vinte e sete reais e quinze centavos), em moeda corrente nacional; e (ii) o valor de R$ 1.113.605,32 (um milhão, cento e treze mil, seiscentos e cinco reais e trinta e dois centavos), mediante aporte de crédito em conta-corrente detido pela CNO contra a Odebrecht S.A., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.144.757/0001-72 e NIRE 2930002559-3, com sede na Av. Luis Viana, Paralela, nº 2.841, Ed. Odebrecht, Salvador, BA, conforme laudo de avaliação anexo, que passa a fazer parte integrante desta ata como Anexo II; 4) Em consequência das deliberações acima aprovadas, o caput do artigo 4º do Estatuto Social da Companhia passa a ter a seguinte redação: “Artigo 4º – O capital social é de R$ 83.749.073,76 (oitenta e três milhões, setecentos e quarenta e nove mil, setenta e três reais e setenta e seis centavos), dividido em 3.460.906.284 (três bilhões, quatrocentos e sessenta milhões, novecentos e seis mil, duzentas e oitenta e quatro) ações, sendo 2.295.608.799 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, setecentas e noventa e nove) ações ordinárias e 1.165.297.485 (um bilhão, cento e sessenta e cinco milhões, duzentos e noventa e sete mil, quatrocentas e oitenta e cinco) ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.”; 5) Após todas as deliberações acima, para que as ações da Companhia tenham a liquidez esperada no contexto da consecução do objeto social da Companhia, a quantidade total de suas ações emitidas foi ajustada mediante as seguintes deliberações: 5.1) Foi aprovado, por unanimidade, o desdobramento das ações da Companhia, na proporção de 6 (seis) ações para cada 1 (uma) ação de mesma espécie, de forma que para cada 1 (uma) ação detida os acionistas receberão mais 5 (cinco) ações de mesma espécie, transformando-se: (i) as 2.295.608.799 (dois bilhões, duzentos e noventa e cinco milhões, seiscentos e oito mil, setecentas e noventa e nove) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, em 13.773.652.794 (treze bilhões, setecentos e setenta e três milhões, seiscentos e cinquenta e dois mil, setecentas e noventa e quatro) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal; e (ii) as 1.165.297.485 (um bilhão, cento e sessenta e cinco milhões, duzentos e noventa e sete mil, quatrocentas e oitenta e cinco) ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal, em 6.991.784.910 (seis bilhões, novecentos e noventa e um milhões, setecentos e oitenta e quatro mil, novecentas e dez) ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal; 5.2) Foi aprovado, por unanimidade, o subsequente grupamento fracionado com consequente cancelamento de ações da Companhia, na mesma proporção para todas as espécies de ações emitidas e, portanto, sem qualquer prejuízo aos acionistas que mantiveram inalteradas as suas respectivas proporções de participação societária no capital social da Companhia, conforme a seguir: (i) foram grupadas de forma fracionada, portanto canceladas, 602.498.231 (seiscentos e dois milhões, quatrocentos e noventa e oito mil, duzentas e trinta e uma) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal; (ii) foram grupadas de forma fracionada, portanto canceladas, 305.840.293 (trezentos e cinco milhões, oitocentos e quarenta mil, duzentas e noventa e três) ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal, de forma que ao final destas deliberações a posição acionária da Companhia, por acionista, passou a ser a constante do quadro em anexo, que passa a fazer parte integrante desta ata como Anexo III; e 6) Em consequência das deliberações acima aprovadas, o caput do artigo 4º do Estatuto Social da Companhia passa a ter a seguinte redação: “Artigo 4º – O capital social é de R$ 83.749.073,76 (oitenta e três milhões, setecentos e quarenta e nove mil, setenta e três reais e setenta e seis centavos), dividido em 19.857.099.180 (dezenove bilhões, oitocentos e cinquenta e sete milhões, noventa e nove mil, cento e oitenta) ações, sendo 13.171.154.563 (treze bilhões, cento e setenta e um milhões, cento e cinquenta e quatro mil, quinhentas e sessenta e três) ações ordinárias e 6.685.944.617 (seis bilhões, seiscentos e oitenta e cinco milhões, novecentos e quarenta e quatro mil, seiscentas e dezessete) ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.”. Quorum das deliberações: Todas as deliberações foram aprovadas por unanimidade, sem reserva ou restrições. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Assembleia, lavrando-se a presente ata que, após lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 31 de março de 2011. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Acionistas: Kieppe Participações e Administração Ltda. e Construtora Norberto Odebrecht S.A. Certifico e dou fé que esta ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 174.678/11-3, em 04.05.11. Kátia Regina Bueno de Godoy, Secretária Geral.

ECONOMIA/LEGAIS - 19

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINA

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINA

Decisão do Prefeito no Processo Licitatório 37/2011, Tomada de Preços 03/2011, objetivando a contratação de empresa especializada para a execução de serviços de pavimentação asfáltica, tipo CBUQ, área de 26.049,11 m², construção de guias e sarjetas, área de 4.235,91 m, com fornecimento de materiais e mão de obra referentes ao contrato 331977-05/2010 – Ministério do Turismo. Considerando a impugnação apresentada aos termos do edital do processo supra e dada a sua complexidade e a exiguidade do tempo para sua análise. Resolve, por bem, transferir “sine die” a data prevista para o recebimento e julgamento das propostas. Andradina, 11 de maio de 2011. Jamil Akio Ono - Prefeito

EXTRATO DE HOMOLOGAÇÃO Processo nº 036/11 – Pregão nº 19/11 Objeto: Aquisição de tratores agrícolas, tração 4X4 - 75CV, referente ao contrato n° 330133-79/2010 - Ministério da Agricultura. Considerando a adjudicação constante da ata dos trabalhos da sessão pública de julgamento, lavrada pelo Sr. Pregoeiro, designada pela portaria nº 11.127/2011 de 20/04/ 2011; e a regularidade do procedimento, hei por bem, com base na lei federal nº 10520, de 17 de julho de 2002, HOMOLOGAR, o item do objeto licitado, à empresa: D Carvalho Comércio de Máquinas Agrícolas Ltda. Andradina, 11 de maio de 2011. JAMIL AKIO ONO – PREFEITO

Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto - SeMAE

EULER HERMES SEGUROS DE CRÉDITO S.A. - C.N.P.J./.M.F. nº 04.573.811/0001-32 - N.I.R.E. 35.300.186.206 Ata da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30 de março de 2011 - Data, Hora e Local: Aos 30 dias de março de 2011, às 10:00 horas, na sede social da Euler Hermes Seguros de Crédito S.A., na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos, nº 2.335, conjunto 51, parte, CEP 01419-002 (a “Companhia”). Convocação e Presença: Dispensada a convocação prévia, nos termos do parágrafo 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, tendo em vista a presença da totalidade dos acionistas da Companhia, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, presente também o representante dos Auditores Independentes. Publicações Prévias: Demonstrações Financeiras publicadas nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio”, no dia 23 de fevereiro de 2011. Mesa: Guilherme Perondi Neto - Presidente; e Nilton Yuji Sugiyama - Secretário. Ordem do Dia: (i) leitura, discussão e votação do Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010; (ii) destinação do lucro líquido do exercício social findo em 31 de dezembro de 2010; (iii) ratificação da eleição dos Diretores; e (iv) fixação da remuneração global anual dos administradores da Companhia para o exercício social de 2011. Deliberações: Após analisarem os itens constantes da ordem do dia, os acionistas presentes, representando a totalidade do capital social da Companhia, deliberaram por unanimidade de votos: (i) aprovar, sem ressalvas, o Relatório da Administração, o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras da Companhia, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010; (ii) absorver o prejuízo apurado no exercício financeiro encerrado em 31 de dezembro de 2010, no valor de R$ 159.685,53 (cento e cinquenta e nove mil, seiscentos e oitenta e cinco reais e cinquenta e três centavos), com a utilização da Reserva de Lucros da Companhia no mesmo montante; (iii) ratificar as designações dos Diretores da Companhia, eleitos na Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 31 de março de 2010, conforme determinação da Carta-Circular SUSEP/DECON/GAB/Nº 05/06; e (iv) fixar o valor da remuneração global anual dos administradores da Companhia em até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), para o exercício social de 2011. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e lavrada a presente ata na forma permitida pelo parágrafo 1º do artigo 130 da Lei nº 6.404/76, que lida, conferida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 de março de 2011. Mesa: Guilherme Perondi Neto - Presidente. Nilton Yuji Sugiyama - Secretário. Acionista: Euler Hermes Serviços de Gestão de Riscos Ltda. Nome: Guilherme Perondi Neto. Cargo: Diretor. JUCESP nº 164.061/11-3 em 03/05/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária-Geral.

ABERTURA DE LICITAÇÃO - AVISO DE EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO Acha-se publicado no portal de compras da Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto, https://compras.empro.com.br/WBC6/, o Pregão Eletrônico SeMAE nº 28/2011, Processo SICOM 3233/2011, objetivando a Aquisição de 1.400.000 kg (um milhão e quatrocentos mil quilos) de Hipoclorito de Sódio, para utilização no tratamento de água dos sistemas de abastecimento público sob responsabilidade do SeMAE do município de São José Rio Preto - SP. Prazo: 12 meses. O recebimento das propostas dar-se-á até o dia 24.05.2011, às 08h30 e abertura a partir das 08h35. O edital, na íntegra, e demais informações, encontramse à disposição dos interessados, no portal de compras. São José do Rio Preto, 11.05.2011 – Alan Sinibaldi Cornachioni – Pregoeiro – SeMAE AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PREÇOS 05/2011 – PROC. 057/2011 Entrega dos envelopes: até 31.05.2011, às 08h45. Abertura da licitação: 31.05.2011, a partir das 09h. Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de Remoção de vegetação fluvial da represa municipal de Rio Preto. Custo global estimado: R$ 518.291,11 – Prazo de execução: 90 dias. Demais informações e retirada do edital com a C.L., na Rua Antônio de Godoy, 2.181, Jd. Seixas, S. J. do Rio Preto/SP, das 7h30 às 12h00 e 13h30 às 17h00, de segunda a sexta, fone/fax: (17) 32118105, e página do SeMAE na internet: www.semae.riopreto.sp.gov.br. São José do Rio Preto, 11.05.2011 – Gabriela Cavalcanti da Silva – Presidente da C. L.

EULER HERMES SEGUROS DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO S.A. - C.N.P.J./M.F. nº 05.809.815/0001-30 - N.I.R.E. 35.300.196.546 Ata da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30 de março de 2011- Data, Hora e Local: Aos 30 dias de março de 2011, às 12:00 horas, na sede social da Euler Hermes Seguros de Crédito à Exportação S.A., na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Alameda Santos, nº 2.335, conjunto 52, CEP 01419-002 (a “Companhia”). Convocação e Presença: Dispensada a convocação prévia, nos termos do parágrafo 4º do artigo 124 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, tendo em vista a presença da totalidade dos acionistas da Companhia, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas, presente também o representante dos Auditores Independentes. Publicações Prévias: Demonstrações Financeiras publicadas nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio”, no dia 23 de fevereiro de 2011. Mesa: Guilherme Perondi Neto - Presidente; e Nilton Yuji Sugiyama - Secretário. Ordem do Dia: (i) leitura, discussão e votação do Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010; (ii) destinação do lucro líquido do exercício social findo em 31 de dezembro de 2010; (iii) ratificação da eleição dos Diretores; e (iv) fixação da remuneração global anual dos administradores da Companhia para o exercício social de 2011. Deliberações: Após analisarem os itens constantes da ordem do dia, os acionistas presentes, representando a totalidade do capital social da Companhia, deliberaram por unanimidade de votos: (i) aprovar, sem ressalvas, o Relatório da Administração, o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras da Companhia, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010; (ii) aprovar a proposta da Diretoria referente à não-distribuição de dividendos aos acionistas, tendo em vista que o lucro líquido do exercício, no montante de R$ 811.304,35 (oitocentos e onze mil, trezentos e quatro reais e trinta e cinco centavos), foi destinado da seguinte forma: (ii.a) R$ 40.565,22 (quarenta mil, quinhentos e sessenta e cinco reais e vinte e dois centavos), equivalentes a 5% (cinco por cento) do lucro líquido, para a constituição de Reserva Legal, nos termos do artigo 193 da Lei nº 6.404, de 15 dezembro de 1976; e (ii.b) R$ 770.739,13 (setecentos e setenta mil, setecentos e trinta e nove reais e treze centavos) para retenção de lucros em conta específica de Reservas de Lucros, conforme consta do Relatório da Administração e das Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2010; (iii) ratificar as designações dos Diretores da Companhia, eleitos na Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 31 de março de 2010, conforme determinação da Carta-Circular SUSEP/DECON/GAB/Nº 05/06; e (iv) fixar o valor da remuneração global anual dos administradores da Companhia em até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), para o exercício social de 2011. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e lavrada a presente ata na forma permitida pelo parágrafo 1º do artigo 130 da Lei nº 6.404/76, que lida, conferida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 30 de março de 2011. Mesa: Guilherme Perondi Neto - Presidente. Nilton Yuji Sugiyama - Secretário. Acionista: Euler Hermes Serviços de Gestão de Riscos Ltda. Nome: Guilherme Perondi Neto. Cargo: Diretor. JUCESP nº 163.028/11-4 em 02/05/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária-Geral.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 11 de maio de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Reqte: Banco Safra S/A. Reqdo: Pupecar Comércio de Óleo Lubrificantes Ltda. – Me. R. Osaka, 714 – Jardim Japão - 1ª V. de Falências. Reqte: Antonio Tadeu Di Pietro. Reqdo: Villas Boas Realizações Ltda. R. Antonio de Gouveia Giudice, 826 – Alto de Pinheiros - 2ª V. de Falências. ===================Recuperação Judicial============ Reqte: Carla Cleia Fontes Roupas ME. Reqdo: Carla Cleia Fontes Roupas ME. Av. Mateo Bei, 2.505 - 2ª V. de Falências.

J.K.Q.S.P.E. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. NIRE 3530038899-2 – CNPJ/MF Nº 13.067.447/0001-20

Ata de Assembleia Geral Extraordinária Dia, hora e local: Em 01 de abril de 2011, às 14:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Rua Pamplona, nº 818, 9º andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista, São Paulo, SP, CEP 01405-001. Presença: Acionista representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas. Convocação: Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Deliberações: 1) Autorizada a lavratura da presente Ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o artigo 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76; 2) Aprovada a alteração da denominação social da Companhia para ODBPAR 2 S.A., de forma que o artigo 1º do Estatuto Social passa a ter a seguinte redação: “Art. 1º – A ODBPAR 2 S.A. é uma Companhia que se rege por este Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis, com prazo de duração por tempo indeterminado.”; 3) Aprovada a alteração da sede social da Companhia para a Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, parte, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920, de forma que o artigo 2º do Estatuto Social passa a ter a seguinte redação: “Art. 2º – A Companhia tem sua sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, parte, Pinheiros, CEP 05402-920, podendo, onde e quando convier, instalar filiais, sucursais, agências, escritórios, representações e dependências similares em qualquer parte do território nacional ou no exterior, mediante deliberação da Diretoria.”; 4) Aprovada a alteração do objeto social da Companhia, alterando, consequentemente, o caput do artigo 3º do Estatuto Social, que passa a ter a seguinte nova redação: “Art. 3º – A Companhia tem por objeto social a participação como sócia, acionista ou quotista, no capital de sociedades que possuam objetos sociais iguais ou diferentes do seu.”; 5) Ratificada a indicação da empresa especializada Guimarães e Sieiro Consultoria e Serviços Contábeis Ltda., sociedade simples limitada, inscrita no Conselho Regional de Contabilidade sob o nº CRC-BA 004903/O-5 “S” RJ e no CNPJ/MF sob o nº 07.533.214/0001-72, sediada na Avenida Tancredo Neves, Centro Empresarial, nº 274, bloco B, sala 832, Salvador, BA, representada pelo seu sócio-diretor, Sr. Hélio Rodrigues Guimarães, brasileiro, casado, contador, portador da carteira de identidade RG nº 00.279.755-09 SSP/BA, inscrito no CPF/MF sob o nº 004.637.015-34 e no Conselho Regional de Contabilidade sob o nº CRC-BA 004810/O-7 “T” RJ (“Guimarães e Sieiro Consultoria”), para proceder à avaliação, pelo critério de valor contábil, de bens representados por 6.042.762.013 (seis bilhões, quarenta e dois milhões, setecentos e sessenta e dois mil e treze) ações ordinárias de emissão da empresa ODBINV S.A., sociedade com sede na Av. Luis Viana, nº 2.841, Ed. Odebrecht, Bairro Paralela, Salvador, BA, CEP 41730-900, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 15.105.588/0001-15 (“AÇÕES ODBINV”), de titularidade da acionista Odebrecht S.A. (“ODB”), a serem conferidas em integralização de capital social adicional da Companhia, ora subscrito, conforme deliberações abaixo; 6) Aprovado o Laudo de Avaliação preparado pela Guimarães e Sieiro Consultoria que passa a integrar a presente Ata como Anexo I; 7) Aprovada a integralização de 450 (quatrocentas e cinquenta) ações ordinárias, já emitidas e subscritas, no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais), de propriedade da acionista ODB, em moeda corrente nacional; 8) Aprovado, ainda, o aumento do capital social da Companhia dos atuais R$ 500,00 (quinhentos reais), já subscritos e integralizados, conforme deliberação acima, dividido em 500 (quinhentas ações), para R$ 344.800.500,00 (trezentos e quarenta e quatro milhões, oitocentos mil e quinhentos reais), com a emissão de 6.042.761.513 (seis bilhões, quarenta e dois milhões, setecentos e sessenta e um mil e quinhentas e treze) novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, conforme Boletim de Subscrição que integra a presente Ata como Anexo II, totalmente subscritas e integralizadas pela ODB, mediante a conferência de bens representados pelas AÇÕES ODBINV em integralização de capital. Como consequência desta deliberação, o caput do artigo 5º do Estatuto Social da Companhia passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5º – O capital social é de R$ 344.800.500,00 (trezentos e quarenta e quatro milhões, oitocentos mil e quinhentos reais), dividido em 6.042.762.013 (seis bilhões, quarenta e dois milhões, setecentos e sessenta e dois mil e treze) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal.”; 9) Os presentes tomaram conhecimento da renúncia apresentada por Sueli de Fátima Ferretti, brasileira, solteira, analista, portadora da carteira de identidade RG nº 7.743.932 SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob o nº 764.868.778-04, residente e domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, nº 818, 9º andar, conjunto 92, Bairro Jardim Paulista, São Paulo, SP, CEP 01405-001, e Cleber Faria Fernandes, brasileiro, casado, técnico em contabilidade, portador da carteira de identidade RG nº 23.360.684-1 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 192.212.358-74, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Rua Pamplona, nº 818, 7º andar, conjunto 71, Bairro Jardim Paulista, São Paulo, SP, CEP 01405-001, aos cargos de Diretor sem designação específica. Em seguida, foi aprovada a eleição das seguintes pessoas como Diretores da Companhia, sem designação específica, para cumprir o presente mandato que se encerrará na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2013: A) Diretor – André Amaro da Silveira, brasileiro, casado, engenheiro civil, inscrito no CPF/MF sob o nº 520.609.346-72, portador da carteira de identidade RG nº 1.238.071 SSP/MG, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920; B) Diretora – Carla Gouveia Barreto, brasileira, casada, administradora de empresas, inscrita no CPF/MF sob o nº 617.162.195-15, portadora da carteira de identidade RG nº 03.191.314-83 SSP/BA, residente e domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 28º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920; C) Diretor – Luciano Nitrini Guidolin, brasileiro, casado, engenheiro de produção, inscrito no CPF/MF sob o nº 268.477.068-99, portador da carteira de identidade RG nº 23.655.538-8 SSP/SP, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920; e D) Diretora – Mônica Bahia Odebrecht, brasileira, divorciada, advogada, inscrita no CPF/MF sob o nº 541.080.715-49, portadora da carteira de identidade OAB/BA sob o nº 11.436, residente e domiciliada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, com endereço comercial na Avenida Rebouças, nº 3.970, 32º andar, Pinheiros, São Paulo, SP, CEP 05402-920. Os Diretores ora eleitos serão investidos em seus cargos mediante a lavratura e assinatura de termo de posse no Livro de Atas de Reunião da Diretoria da Companhia. Atendendo ao disposto no art. 147 da Lei nº 6.404/76, os Diretores ora eleitos declaram, sob as penas de lei, não estarem impedidos de exercer a administração da Companhia, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa de concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade; 10) Não foi fixado o montante global para remuneração dos administradores no presente exercício, tendo em vista que os mesmos já são remunerados por outras empresas da Organização à qual pertence a Companhia; e 11) Aprovada a alteração e consolidação do Estatuto Social da Companhia, que será levado a registro apartado à presente Ata, bem como a reorganização dos seus artigos. Quorum das deliberações: Todas as deliberações foram aprovadas por unanimidade, sem reserva ou restrições. Conselho Fiscal: Não há Conselho Fiscal permanente, nem foi instalado no presente exercício. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Assembleia, lavrando-se a presente Ata que, após lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. São Paulo, 01 de abril de 2011. Mesa: Mônica Bahia Odebrecht, Presidente; Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Acionista: Odebrecht S.A. Certifico e dou fé que esta Ata é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio. Camila Macedo Oliveira Bissolotti, Secretária. Secretaria da Fazenda. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 175.444/11-0, em 05.05.11. Kátia Regina Bueno de Godoy, Secretária Geral. ESTATUTO SOCIAL DA ODBPAR 2 S.A. – I. Denominação e Prazo de Duração – Art. 1º – A ODBPAR 2 S.A. é uma Companhia que se rege por este Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis, com prazo de duração por tempo indeterminado. II. Sede e Dependências – Art. 2º – A Companhia tem sua sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Av. Rebouças, nº 3.970, 32º andar, parte, Pinheiros, CEP 05402-920, podendo, onde e quando convier, instalar filiais, sucursais, agências, escritórios, representações e dependências similares em qualquer parte do território nacional ou no exterior, mediante deliberação da Diretoria. III. Objeto Social – Art. 3º – A Companhia tem por objeto social a participação como sócia, acionista ou quotista, no capital de sociedades que possuam objetos sociais iguais ou diferentes do seu. Parágrafo único – Os serviços especializados, quando realizados diretamente, serão sempre prestados por profissionais habilitados e regularmente registrados nos órgãos competentes. IV. Capital Social e Ações – Art. 4º – O capital social é de R$ 344.800.500,00 (trezentos e quarenta e quatro milhões, oitocentos mil e quinhentos reais), dividido em 6.042.762.013 (seis bilhões, quarenta e dois milhões, setecentos e sessenta e dois mil e treze) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. § 1º – A Companhia poderá, mediante autorização da Diretoria, adquirir as próprias ações para fins de cancelamento ou permanência em tesouraria, para posterior alienação, respeitadas as disposições legais e regulamentares aplicáveis. § 2º – De acordo com plano aprovado pela Assembleia Geral, a Companhia poderá outorgar opção de compra de ações a seus administradores e empregados, bem como aos de suas controladas ou coligadas. Art. 5º – Cada ação ordinária dá direito a 1 (um) voto nas Assembleias Gerais, não possuindo as ações preferenciais, caso emitidas, direito a voto, salvo nos casos previstos em lei. § 1º – As ações preferenciais, caso emitidas, serão de participação integral, sendo a elas assegurada prioridade no reembolso de capital em caso de liquidação da Companhia, bem como participação, em igualdade de condições com as ações ordinárias, na distribuição de dividendos pela Companhia ou na subscrição de novas ações resultantes da incorporação de quaisquer reservas ou lucros ao capital. § 2º – As ações da Companhia poderão ser conversíveis de uma espécie em outra. § 3º – A Companhia poderá cobrar do acionista o custo de transferência da propriedade de suas ações. § 4º – A integralização de ações mediante bens ou direitos, exceto créditos, dependerá de aprovação da Assembleia Geral. Art. 6º – Os acionistas têm direito de preferência na subscrição de novas ações, na proporção das ações já anteriormente possuídas, observada a sua classe e espécie, bem como as demais disposições aplicáveis. § 1º – Caso algum acionista desista, por escrito, do seu direito de preferência, ou não se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da Assembleia Geral que aprovar o aumento do capital social, caberá aos demais acionistas, na proporção das ações possuídas, observadas as disposições do caput deste artigo, o direito de subscrição dessas ações. § 2º – Havendo emissão de ações de espécie ou classe diversa das existentes, cada acionista exercerá a preferência na proporção da totalidade de ações que possuir no capital social da Companhia. V. Administração da Companhia – Art. 7º – A Administração da Companhia cabe a uma Diretoria, constituída de no mínimo 3 (três) e no máximo 5 (cinco) Diretores, todos sem designação específica, com prazo de gestão de 2 (dois) anos, podendo ser reeleitos, com atribuições fixadas de conformidade com as disposições legais e deste Estatuto, ficando dispensados de caução de gestão. § 1º – Todos os membros da Diretoria são investidos em seus cargos mediante a assinatura dos respectivos termos de posse, devendo permanecer no exercício do cargo até a investidura de seus sucessores. § 2º – A Assembleia Geral fixará o montante global da remuneração dos membros da Diretoria. Art. 8º – Em caso de impedimento ou de ausência de quaisquer dos membros da Diretoria, o Diretor ausente deverá indicar seu substituto, dentre os demais Diretores. Parágrafo único – Ocorrendo a hipótese prevista no “caput” deste artigo, o substituto terá direito ao seu voto e ao do substituído nas reuniões da Diretoria. Art. 9º – Em caso de vacância na Diretoria, deve ser convocada Assembleia Geral para deliberar sobre a substituição. Art. 10º – Compete aos Diretores a representação da Companhia e a prática dos atos regulares de gestão que lhes são atribuídos por lei e por este Estatuto. Art. 11 – Compete a qualquer dos Diretores da Companhia, dentre outras atividades próprias de sua função: a) coordenar o processo de fixação dos rumos negociais e de elaboração dos programas e atribuições da Diretoria, bem como acompanhar a sua execução, inclusive a elaboração dos respectivos relatórios; b) providenciar a elaboração do relatório anual da Administração e das demonstrações financeiras da Companhia; c) promover a execução das deliberações da Assembleia Geral; d) convocar as Assembleias Gerais em nome da Diretoria; e) presidir as Assembleias Gerais e designar um dos presentes para funcionar como secretário; e f) convocar e presidir as reuniões da Diretoria. Art. 12 – Serão deliberadas em reunião da Diretoria as seguintes matérias: a) propostas sobre constituição, alteração do objeto social, transformação, incorporação, fusão, cisão, dissolução ou liquidação de sociedade de que participe a Companhia; b) participação em consórcios, associações com outras sociedades e acordos de acionistas; c) alienação de participações societárias e de bens imóveis da Companhia; d) antecipação do pagamento de dividendos; e) instalação, transferência ou encerramento de filiais, sucursais, agências, escritórios, representações e dependências similares, no território nacional ou no exterior; f) negociação com ações de emissão da Companhia para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria e respectiva alienação; e g) designação de auditores independentes. § 1º – As reuniões da Diretoria serão convocadas, salvo quando de caráter urgente, com 5 (cinco) dias de antecedência, no mínimo, realizando-se, normalmente, na sede da Companhia e, excepcionalmente, em qualquer outro local previamente estabelecido. § 2º – As reuniões da Diretoria realizar-se-ão com a presença da maioria de seus membros, sendo as deliberações tomadas por maioria de votos dos Diretores presentes, considerando-se como presente aquele que estiver, na ocasião, representado por outro Diretor. Art. 13 – É obrigatória a assinatura de 2 (dois) Diretores em conjunto para que a Companhia possa: a) assinar e endossar cheques; b) constituir procuradores; c) contrair obrigações e firmar compromissos, inclusive apresentar propostas, celebrar e rescindir contratos e seus aditivos; d) transigir, desistir e renunciar a direitos; e) alienar bens do ativo permanente; e f) participar de consórcios, associações com outras sociedades e de acordos de acionistas. Art. 14 – Fica expressamente vedada a contratação de qualquer financiamento ou outra forma de endividamento, bem como a concessão de avais, fianças ou outras garantias. VI. Conselho Fiscal – Art. 15 – O Conselho Fiscal somente funcionará nos exercícios sociais em que for instalado, a pedido de acionistas que preencham os requisitos exigidos por lei. Art. 16 – O Conselho Fiscal, quando em funcionamento, será constituído por no mínimo 3 (três) e, no máximo, por 5 (cinco) membros efetivos e igual número de suplentes, acionistas ou não, eleitos pela Assembleia Geral, podendo ser reeleitos, com as atribuições previstas em lei. Parágrafo único – A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será fixada pela Assembleia Geral que os eleger. VII. Assembleias Gerais – Art. 17 – A Assembleia Geral reunir-se-á ordinariamente uma vez por ano, dentro dos 4 (quatro) meses após o término de cada exercício social, competindo-lhe tomar as deliberações previstas em lei. Art. 18 – A Assembleia Geral reunir-se-á extraordinariamente sempre que os interesses sociais, este Estatuto ou a legislação em vigor exigir o pronunciamento dos acionistas. Art. 19 – A Assembleia Geral, ordinária ou extraordinária, será instalada e presidida pelo representante do acionista majoritário presente na Assembleia, que designará um dos presentes para funcionar como Secretário. Parágrafo único – Na hipótese de ausência de representante do acionista majoritário, a responsabilidade por instalar e presidir as Assembleias Gerais caberá à pessoa escolhida por maioria de voto dos acionistas presentes. Art. 20 – Somente poderão tomar parte na Assembleia Geral os acionistas titulares de ações que estiverem registradas em seu nome, no livro próprio, até 48 (quarenta e oito) horas antes da data marcada para a realização da Assembleia. VIII. Exercício Social – Art. 21 – O exercício social termina em 31 de dezembro de cada ano, quando será levantado o balanço patrimonial e demais demonstrações financeiras. § 1º – Do resultado do exercício, após as deduções de prejuízos acumulados e provisões para o Imposto de Renda, serão deduzidas as participações dos administradores e empregados da Companhia, se e quando deliberado pela Assembleia Geral, nos limites e formas previstos em lei. § 2º – Do lucro líquido do exercício, aplicarse-ão 5% (cinco por cento) na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social, observado o disposto no parágrafo 1º do art. 193 da Lei nº 6.404/76. § 3º – Do lucro líquido ajustado, nos termos do art. 202, inciso I, alínea “a”, da Lei nº 6.404/76, destinar-se-ão aos acionistas um dividendo anual obrigatório não inferior a 25% (vinte e cinco por cento). § 4º – O saldo que houver, após o cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores deste artigo, terá a aplicação que decidir a Assembleia Geral. § 5º – A Companhia poderá levantar balanços intermediários a qualquer tempo, para atender exigências legais ou conveniências sociais, inclusive para distribuição de dividendos. § 6º – Os dividendos atribuídos aos acionistas não renderão juros, e se não reclamados no prazo de 3 (três) anos a contar da data da publicação do ato que autorizar sua distribuição, prescreverão em favor da Companhia. § 7º – Imediatamente após a Companhia receber da sua controlada ODBINV S.A. participação nos lucros ou resultados (em qualquer caso líquida de tributos), dividendos, juros sobre o capital próprio ou restituição de capital próprio, e observadas as deduções legais, a Companhia deverá convocar Assembleia Geral Extraordinária para distribuir os valores recebidos aos seus acionistas. IX. Liquidação – Art. 22 – A Companhia entrará em liquidação nos casos previstos em lei, competindo à Assembleia Geral estabelecer o modo de liquidação, eleger o liquidante e o Conselho Fiscal para tal finalidade.

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Varejo: faturamento cai 7,3% em março.

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faturamento do comércio da região metropolitana de São Paulo cresceu 4,9% de fevereiro a março, e somou R$ 8,5 bilhões. Mas se comparado a março de 2010, o resultado caiu 7,3%, ou R$ 660 milhões, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (e-PCCV), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), em parceria com a e-bit. No primeiro trimestre de 2011, houve crescimento real de 1,5% do faturamento, resultado 3,5 pontos percentuais menor do que o esperado. Segundo a FecomercioSP, ao contrário do que foi observado nos últimos meses, quando todos os setores do comércio registraram expansão, o de comércio eletrônico foi o único que apresentou alta do faturamento em relação a março de 2010: 13,8%. A queda mais expressiva foi a do ramo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, cujo resultado foi 25,7% menor do que o de igual período do ano passado. A entidade avaliou que o menor número de dias úteis no mês, em razão do carnaval, influenciou o resultado. Mas o principal fator é a base de comparação. "Março de 2010 foi o último mês para comprar bens duráveis com os estímulos fiscais oferecidos pelo governo para combater a crise de 2009 e, com isso, houve um crescimento de 11,3% no nível de vendas. Um resultado atípico que fez com que março registrasse o segundo melhor resultado daquele ano", avaliou a Fecomercio-SP. O início dos efeitos das medidas de restrição ao crédito, adotadas pelo governo desde o fim do ano passado, também deve ser considerado. "Em março, os juros permaneceram em patamares elevados e os prazos para financiamento encurtaram. E houve uma retração no número de famílias endividadas em São Paulo, o que indica que parte dos empréstimos tomados foi utilizada para o pagamento de outras dívidas e não para o consumo", completou. (AE)


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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Usado para reajustar o aluguel, o IGP-M mostrou maior nível para a inflação ao consumidor em mais de oito anos, com alta de 0,87%.

conomia

Com economia estabilizada, não se pode alargar as margens sem critérios, para não matar a carteira de clientes, como recomenda o consultor do Sebrae, Salvador Serrato.

AS DIFERENTES VIAS PARA A FORMAÇÃO DE PREÇOS

Fátima Lourenço

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estabilização da economia brasileira e o consequente crescimento da demanda vem exigindo dos comerciantes uma nova postura para a formação de preços de seus produtos. Para atrair e até reter o consumidor, muitos preferem protelar reajustes. Mas aqueles que mantêm pequenas lojas acabam enfrentando maior dificuldade para entrar nessa competição. Além de trabalharem com um mix de produtos menos amplo que o oferecido por redes maiores, eles estão sujeitos aos limites de sua abrangência geográfica. Em muitos casos, o reajuste dos preços para aproveitar a demanda favorável pode se tornar uma tentação, mas a prática deve ser avaliada com cautela, segundo especialistas. O patamar justo é não alargar sem critérios a margem de lucro para não matar a carteira de clientes, recomenda o consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), Salvador Serrato. "Se o consumidor voltar, a empresa ganhará na escala. É preciso fazer a gestão do preço de venda", diz. A administração do preço, vital na operação de todo negócio, é apontada como exercício essencial para otimizar os benefícios nos períodos de demanda aquecida. "Até no momento de vender o negócio, o empresário tem de saber se o seu resultado é positivo ou negativo. Isso também é preço", ratifica o consultor do Sebrae-SP.

Serrato comenta que ainda existe, no comércio, um "conceito popular" de se dobrar ou triplicar o valor da aquisição de um produto. "Nós propomos alguns critérios técnicos", afirma. A gestão do preço de venda, acrescenta, deverá considerar, além do custo de aquisição das mercadorias, as despesas fixas (como aluguel, salários, contas de água, luz, comunicações, salários e o prólabore, que é o salário do empresário), além das despesas variáveis (comissões e impostos, por exemplo). O empresário ainda precisará definir a margem de lucro que deseja obter e, ao final, se o preço de venda definido está adequado à demanda. "Se não estiver, o comerciante estará sem mercado. E terá que rever alguns pontos", afirma. É preciso, destaca Serrato, conhecer o ramo de atuação e saber qual a margem de lucro praticada por ele. "O tema pre-

ço de venda é polêmico. O empresário poderá decidir, por exemplo, não fazer o rateio (despesas e margem de lucro) por todo o mix de produtos; ou ratear entre os que vendem mais. Para fazer isso, terá que conhecer o mix e o custo da estrutura da empresa", ressalta. Sem o conhecimento também será difícil realizar promoções e queima de estoque. Re fl ex ões – Se o preço de venda definido pelo empresário não se mostrar adequado, uma das coisas a ser analisada é a estrutura fixa, recomenda o consultor. Além disso, ele precisa ter clareza se está comprando bem ou mal. " Não se deve ficar refém de um só fornecedor, para ter um plano B e fazer o melhor preço. Quando se fala em gestão de preço, se fala em gestão de tudo", conceitua Serrato. Ainda que o dono de um pequeno comércio não consiga gerir a empresa por departa-

Luis Cleber/AE

mentos (financeiro, recursos humanos, marketing, jurídico), por estar à frente de toda a operação, o consultor recomenda que ele faça a gestão do negócio como se essas divisões existissem. "É muito comum não separar a pessoa física da pessoa jurídica e não ver o lucro da empresa", adverte. Se o empresário conhece o resultado do negócio, acrescenta, ele poderá pensar em expansão; ou em adquirir sede própria; diversificar o mix ou abrir um outro negócio. O domínio dessas informações nos períodos de demanda aquecida pode ajudar o empresário a aproveitar o momento para conhecer melhor a clientela e até a ganhar mercado. "Mesmo que ele trabalhe com limitação geográfica, poderá ter concorrentes na sua região. É hora de criar mecanismos para tornar o cliente fiel, identificar o seu poder econômico e quais os produtos mais adequados para atendê-lo", sugere. A empresa informatizada pode se equipar com softwares que a auxiliam nessa tarefa. Há vários deles no mercado. Em São Paulo, as unidades do Sebrae oferecem cursos gratuitos sobre o tema.

Valor do etanol registra declínio de 10% nas bombas Ipiranga e BR reduziram em R$ 0,20 por litro seus preços nos postos paulistas desde ontem

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s preços do etanol nos postos paulistas da BR Distribuidora e da Ipiranga reduziram seus preços do etanol hidratado em R$ 0,20 por litro em média desde ontem, em consequência da queda dos preços ao produtor de etanol. A afirmação é do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia. Apenas nos últimos 15 dias, o preço do hidratado ao produtor caiu 27%. Segundo Gouveia, a redução média dos preços nos

postos ficará em torno de 10% para essas duas distribuidoras. Já a gasolina registrou uma retração de R$ 0,05 por litro em média, uma queda de apenas cerca de 0,5%. Segundo ele, essa queda é apenas o repasse para o consumidor do recuo verificado junto ao produtores. "À medida que as distribuidoras vão adquirindo volumes de etanol a um preço menor, os valores vão sendo repassados aos consumidores", afirmou o executivo. Gouveia disse que até o final da semana a expectativa é de que todas as

distribuidoras já tenham repassado o recuo dos preços para seus postos. Inflação – Apesar da queda já verificada nos preços dos combustíveis, o governo resolveu forçar uma redução mais rápida e mais acentuada, para amenizar os índices de inflação. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o objetivo é derrubar o valor da gasolina. Ao sair de uma audiência no Congresso Nacional, Lobão disse que o governo atua para reduzir o preço do combustível entre "6% e 10%". (AE)

Inflação do aluguel começa o mês em alta

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disparada nos pre- preços dos alimentos. Mas o atual panorama do ços ao consumidor elevou a taxa do Ín- atacado pode ajudar a condice Geral de Preços - Mer- ter os próximos avanços cado (IGP-M) que, na pri- nos preços junto ao consumeira prévia de maio regis- midor. Da primeira prévia de trou alta de 0,7%. Em abril, abril para a de maio, a inflaem igual período, o resulta- ção no atacado desaceledo foi de 0,55%. Usado pa- rou de 0,63% para 0,6%. ra reajustar preços de alu- Vários itens agrícolas, com guel, o índice mostrou o cadeia longa de derivados maior nível para a inflação no varejo, estão em queda. "A inflação no curto prazo ao consumidor (IPC) em mais de oito anos, com alta deve diminuir de ritmo; mas de 0,87%, quase o dobro da o cenário inflacionário para os últimos meses deste ano apurada em abril (0,46%). Para analistas, o cenário ainda é incerto", resumiu justifica um período longo Quadros, acrescentando que não há code aperto monemo prever qual tário por par te será o compordo Banco Centamento póstral (BC). Alguns setembro. desses especiaSeria melhor Com a acelelistas apostam um aperto r a ç ã o d a p r iem alta mais inmeira prévia, o tensa na taxa mais curto, economistabásica de juros, com altas chefe da SulAa Selic, hoje em maiores merica Investi12% ao ano. na Selic. m e n t o s , Segundo o Newton Rosa, coordenador de TATIANA PINHEIRO, deve elevar sua Análises EcoDO SANTANDER previsão para o nômicas da IGP-M fechado Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salo- de maio de 0,55% para em mão Quadros, a inflação torno de 0,6%. "Esse cenápercebida pelo consumidor rio deve contribuir para que na primeira prévia de maio o BC mantenha a trajetória foi composta por uma com- de alta na Selic." Para a economista do binação de dois fatores: aumentos de preços sazonais Santander, Tatiana Pinhei(característicos do perío- ro, a continuidade do avando) e elevações atípicas de ço "generalizado" de preprodutos de peso no cálcu- ç o s n o va r e j o p o d e s e r combatida. "Creio que selo da inflação varejista. Entre as altas já espera- ria mais eficiente um aperdas estão a dos preços de to monetário de ciclo mais vestuário, devido à chegada curto, mas com elevações das novas coleções nas lo- de maior magnitude na Sejas, e os reajustes em medi- lic." O banco trabalha com camentos e na tar ifa de estimativas de Selic a 13% energia elétrica residencial. ao ano até o final de 2011, e Ao mesmo tempo, a inflação ao longo de 2012. De acordo com Tatiana, varejista foi pressionada pela continuidade de aumen- o cenário atual indica que a tos nos preços dos combus- convergência da inflação tíveis, pressionados pelo ál- para o centro da meta inflacool mais caro. Também cionária só deve ocorrer ocorreu nova disparada nos em 2013. (AE)


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