Diário do Comércio

Jornal do empreendedor

Ano 86 - Nº 23.394

Conclusão: 23H35

www.dcomercio.com.br

R$ 1,40

São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2011

SECRETO

No Brasil, até o passado é imprevisível. que reivindicam que é melhor deixar, esquecer, não publicar (...) Não temos por que não saber a verdade".

Imprevisível é até mesmo a frase sobre a imprevisibilidade do nosso passado. A paternidade dela é dividida, entre muitos outros, por Pedro Malan, Roberto Campos, Saulo Ramos e Everardo Maciel. Virou um bordão. A ONU pediu que o passado mais recente do Brasil seja previsível, investigado, ao devolver caixas com informações sobre tortura no período militar. Pág. 6

Reuters/Nasa

Adriano Lima/Folhapress

Leandro Moraes/LUZ

José Cruz/AE

A favor do segredo eterno para documentos da história nacional, o presidente do Senado, José Sarney, lamentou a frase que "já ouvi alguém dizer: No Brasil, até o passado é imprevisível.

Que pena!" No entanto, ontem, o próprio Sarney voltou a defender o sigilo: "Não podemos fazer WikiLeaks da constituição de nossas fronteiras". A presidente Dilma Rousseff e sua nova ministra Ideli Salvatti (à dir. com Sarney), como também o expresidente Collor, avalizaram a proposta, criticada pela OAB. Um protesto, da tribuna do Senado, partiu de Pedro Simon: "Faço um apelo com todo o respeito aos ex-presidentes da República, dois deles nesta Casa,

Leandro Moraes/LUZ

Voar? Só se o vento estiver a favor.

Ciclistas exigem faixas exclusivas O empresário Antônio Bertolucci, atropelado em sua bicicleta por um ônibus, foi enterrado ontem. "Educação teria evitado o acidente", diz Renata Falzoni (esq.). Pág. 9

Depois de idas e vindas, TAM, Gol e Aerolíneas retomaram os voos para Argentina e Uruguai – interrompidos por causa das cinzas vulcânicas do Puyehue, no Chile. Acima, imagem de satélite da Nasa mostra o estrago. Pág. 10

Dia da abertura dos aeroportos HOJE Ensolarado, com névoa ao amanhecer.

Máxima 19º C. Mínima 10º C.

AMANHÃ Névoa ao amanhecer e nublado à tarde.

Máxima 21º C. Mínima 7º C.

ISSN 1679-2688

23394

9 771679 268008

A concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília deve sair em dezembro. O presidente da Infraero afirmou que aéreas estrangeiras poderão entrar na disputa. Pág. 7

Quem manda?

Oposição libanesa diz que novo governo é laranja da Síria. Pág. 8

DIÁRIO DO COMÉRCIO

2

o

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quem sabe de Brasília, sabe também que a derrota viria com ou sem o caso do chefe da Casa Civil.

José Márcio Mendonça

pinião

N

um poema mais citado do que lido, pois, afinal, na poesia, ele não pertencia ao time dos supercraques, Machado de Assis se perguntava, diante das mudanças observadas por ele na festa maior da cristandade: "Mudou o Natal ou mudei eu?"

Transposta no tempo e no tema, é o caso da sociedade brasileira se perguntar, depois do governo que se reinaugura, aos cinco meses e alguns dias de idade, após o maremoto Antonio Palocci: "Mudou Dilma ou mudou a política brasileira?"

Para entendermos o porquê da questão e tentar perceber os rumos da política e das relações do governo da "saia justa" (como maldosamente alguns estão chamando em Brasília), devemos pôr no devido prato da balança o que se passou no mundo brasiliense nas últimas semanas. Sem se deixar enganar com as teses de que tudo não passava de um problema pessoal de Palocci.

Havia, sim, o problema pessoal do decaído ex-poderoso ministro chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, o homem que foi escalado para fazer as operações políticas e empresariais do governo, para deixar a chefe livre para concentrar-se em sua especialidade – a de imbatível gerente.

Porém, a surpresa com a revelação de uma especialidade ainda desconhecida nos talentos de Palocci não está no cerne do problema. Apenas fizeram-no explodir.

A tal crise é anterior a reportagem do jornal Folha de S. Paulo reveladora das consultorias ministeriais, e pode sobreviver ao novo exílio de Palocci e à transformação do ex-coordenador político oficial do governo em especialista em pesca, se a resposta à pergunta acima não for insofismável: "Mudou Dilma".

Porque a política (a micropolítica brasileira, mais precisamente) não vai mudar enquanto não se fizer uma revolução para valer no nosso sistema partidário, eleitoral e de procedimentos legislativos.

Conceda-se, para efeito de racio-

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA pelo ministro Palocci ao vice-presidente Michel Temer, com o telefone no viva voz e atentos ouvintes masculinos e femininos. Eles teriam agido de livre arbítrio?

A

Quem muda, Dilma ou a política? cínio, que todas as queixas e reclamações dos partidos aliados em relação ao Palácio do Planalto, e que deixaram Palocci totalmente vulnerável e sem defensores, nascem no fundo da profunda intenção dos queixosos de servir ao Brasil a seu sofrido povo. Porém, eles estavam insatisfeitos (e continuam) porque

não conseguiam nomear para trabalhar no governo as pessoas que consideram mais adequadas para ajudar Dilma a fazer uma boa administração. E também porque não conseguiam as verbas para os projetos que, entendem, melhorarão a qualidade de vida de seus cidadãos-eleitores.

Simples assim. E ponto. A culpa por isto acabou jogada nas costas de Palocci num momento em que ela já estava nas cordas, para ir à lona. À confusão gerada por ele é atribuída a derrota na votação na Câmara do Código Florestal. Dizse, mas não se comprova. Quem sabe de Brasília sabe que a derrota

viria com ou sem o caso do chefe da Casa Civil.

Viria porque é assunto polêmico, que perpassa o quadro partidário. E viria porque o governo não negociou, foi arrogante. Basta ver os recados passados ao Congresso (pelo líder Cândido Vaccarezza ) antes da fatídica votação e

liás, o mesmo se dá no assunto das nomeações e do represamento de verbas das emendas parlamentares, curto circuito atribuído agora a Palocci.

Seria o ex-ministro o responsável único por isso? Uma resposta positiva deixaria muito mal a superiora dele. O que é impossível, conhecendo-se o temperamento da superiora dele. Palocci tinha, no máximo, uma canetinha, uma BIC já com carga muita rala. Quem tem a caneta tinteiro com tinta indelével mesmo é Dilma. É elogiável que a presidente tenha agido desse modo, tentando segurar gastos públicos adiáveis e não se rende ao principal esporte dos partidos nacionais – a prática do fisiologismo raso. Agora, anuncia-se que ela vai se render à política. A qual delas? Este é o desafio dela: mudar sem se render. É coisa para equilibrista de Cirque du Soleil.

Os pontos que Dilma tem com a opinião pública em parte são devidos ao estilo "diferente" do de Lula que ela exibiu.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

INTIMIDAR, AMEDRONTAR, É CRIME.

C

rianças e jovens sem limites, donos da verdade e muitas vezes cruéis, têm sido protagonistas de episódios lamentáveis ocorridos em escolas, no Brasil e no mundo. O fenômeno conhecido como "bullying" – estrangeirismo infelizmente adotado aqui – traz consequências muitas vezes irreversíveis para suas vítimas, que por inúmeros motivos não conseguem reagir.

Não existe ainda em nossa legislação uma jurisprudência, ou um conjunto de leis específico que abarque o fenômeno, embora um passo tenha sido dado ontem pela Comissão de Educação do Senado ao aprovar projeto prevendo a inclusão do combate ao bullying na Lei de Diretrizes de Bases da Educação (LDB) – as escolas teriam de adotar estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e agressão.

Por ora, é possível usar os dispositivos do Código Civil, do Código de Defesa do Consumidor e buscar mais alternativas a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Afinal, o amedrontamento ou intimidação, em que uma ou

IVONE ZEGER mais pessoas escolhem uma vítima e passam a agredi-la de maneira sistemática é considerado crime no Brasil, fere os princípios constitucionais que dizem respeito à dignidade humana. Os pais têm de saber que prevenir, constatar, denunciar e buscar medidas corretivas é o melhor a fazer.

Quanto à prevenção, os pais podem exigir das escolas programas de conscientização.

Especialistas dizem que o fenômeno pode ocorrer em qualquer escola, o que difere é a capacidade de detectá-lo, conduzi-lo e saná-lo. Na cidade de São Paulo, a lei nº 14.957/2009 dispõe sobre a inclusão no projeto pedagógico de medidas de conscientização, prevenção e combate a tais episódios dentro da escola pública municipal.

Na prática, isso significa que

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Cláudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

pais com filhos em escolas públicas paulistanas podem e devem se certificar que medidas preventivas a escola vem tomando, exigir providências e acompanhamento. e modo geral, seria salutar que esses casos de intimidação escolar fossem resolvidos em seus estágios iniciais, por meio da Justiça Restaurativa, sendo as próprias escolas ou no âmbito dos Conselhos Tutelares o cenário ideal para essa prática, em que todos os envolvidos se confrontam por meio do diálogo.

Na impossibilidade, pais das vitimadas devem reagir, pois o Código Civil Brasileiro é claro ao chamar à responsabilidade professores e pais dos agressores. É o artigo 186 que lhes garante esse direito: "aquele

D

que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". As sanções vão desde indenizações – que podem custear tratamentos médicos e psicológicos para as vitimas – a cumprimento de medida socioeducativa, quando o agressor tiver mais de 12 anos.

Para agressores com mais de 18 anos, as sanções são mais severas, com aplicação do Código Penal. Os pais de alunos de escolas particulares têm ainda os recursos legais do Código de Defesa do Consumidor, por falha grave da escola na prestação de serviços, também cabendo ressarcimentos. O assunto é tão sério e grave, inclusive no âmbito das relações no trabalho, que em breve abordarei os temas do assédio moral e humilhação nas empresas e o trote no ambiente de trabalho e nas universidades.

IVONE ZEGER É ADVOGADA ESPECIALISTA EM DIREITO DE FAMÍLIA E

SUCESSÃO, AUTORA DE "HERANÇA: PERGUNTAS E RESPOSTAS" E "FAMÍLIA: PERGUNTAS E RESPOSTAS" WWW.IVONEZEGER.COM.BR

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Fernanda Pressinott, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Eliana Haberli, Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repórteres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André de Almeida, Fátima Lourenço, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

Gerente PL Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente Executiva Sonia Oliveira (soliveira@acsp.com.br) Gerente de Operações Valter Pereira de Souza (valter.pereira@dcomercio.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

FALE CONOSCO E-mail para Cartas: cartas@dcomercio.com.br E-mail para Pautas: editor@dcomercio.com.br E-mail para Imagens : dcomercio@acsp.com.br E-mail para Assinantes: circulacao@acsp.com.br Publicidade Legal: 3244-3175. Fax 3244-3123 E-mail: legaldc@dcomercio.com.br Publicidade Comercial: 3244-3197, 3244-3983, Fax 3244-3894 Central de Relacionamento e Assinaturas: 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355

REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911, São Paulo PABX (011) 3244-3737 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046, (011) 3244-3123 HOME PAGE http://www.acsp.com.br E-MAIL acsp@acsp.com.br

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

o

3

O PERCURSO DA IBM É UM EXEMPLO PARA EMPREENDEDORES E ADMINISTRADORES DE EMPRESAS.

pinião

ARISTÓTELES DRUMMOND

UMA VIZINHANÇA BEM PERIGOSA

A

Centenária, não velha.

S

e não é fácil uma empresa sobreviver numa economia de mercado, mais difícil ainda é completar um século de operações. Ainda assim, há muitas dessas empresas pelo mundo – como a fundição italiana Marinelli, operando desde 1339. O que ela faz? Sinos. Faz a mesma coisa há 672 anos. Ou como a construtora japonesa Nakamura Shaji, desde o ano 970 fazendo prédios, casas. Ou o Teatro Bolshoi, de Moscou, fundado em 1776, que apresenta espetáculos.

Nos três exemplos mencionados, a atividade é a mesma há séculos, mas não é esse o caso da IBM, que no dia 16 de junho entra para a lista de empresas com mais de 100 anos de fundação.

A empresa começou como fabricante e operadora de um sistema de tabulação de dados do censo demográfico americano, mas diversificou tanto suas atividades que hoje seus fundadores não a reconheceriam mais. É inegável, também, que seus produtos transformaram o mundo, como contam os jornalistas Kevin Maney, Steve Hamm e Jeffrey O'Brien em Making the World Work Better: The Ideas That Shaped a Century and a Company (em português, "Fazendo um mundo melhor: as ideias que moldaram um século e uma empresa", IBM Press, 350 páginas).

Muitas outras empresas também transformaram o mundo por meio de inovações em química, farmácia, telecomunicações, eletricidade, mas poucas influenciaram tanto o nosso dia a dia.

O percurso da IBM até completar cem anos é complexo e cheio de reviravoltas, mas pode ser tomado como exemplo para empreendedores e administradores de empresas. Para começar, é normal o empreendedor achar que sua missão é prestar certo serviço ou fabricar certo produto. Para isso, ele constrói estratégias, planeja ações para que elas sejam bem sucedidas e quem observa isso tudo tem a certeza de que tudo o que a em-

PAULO BRITO presa faz é pelo produto ou pelo cliente. Isso, contudo, é apenas uma parte da verdade. A outra parte é que tudo o que a empresa faz é também para ganhar dinheiro para os seus acionistas. A empresa tem de dar lucro.

Para conseguir isso, a IBM utilizou diversas estratégias ao longo do tempo. Inicialmente, o grande foco de seus negócios era o escritório, o ambiente onde os homens (pois no início do século passado, eram apenas eles – esse não era um local onde houvesse muitas mulheres) trabalhavam.

A

s máquinas da empresa funcionavam gravando informações por meio de furos em cartões – o furo e a posição dele no cartão representavam uma informação específica, geralmente um número.

A maior utilidade dessas máquinas era no registro da contabilidade das empresas, que pouco a pouco ficava mais complexa, por força da legislação. Para atender melhor aos seus clientes (e naturalmente ganhar mais dinheiro), a IBM começou a diversificar e acabou investindo na fabricação de balanças industriais, relógios de ponto, copiadoras e ainda nos anos 1930 produziu equipamentos específicos para os bancos, como uma máquina separadora de cheques.

Quando teve início a II Guerra Mundial, em 1939, suas linhas de produção também entregaram miras para aviões bombardeiros, metralhadoras e

peças para motores.

Claro que os três últimos itens fizeram parte do esforço da empresa para colaborar com o esforço de guerra norte-americano, mas a lista dá uma ideia da sua capacidade de diversificação.

O

corre que quanto maior a lista de produtos de natureza diferente numa empresa, maiores serão os seus custos, maiores suas necessidades de investimento, de mão-de-obra, de treinamento, de fornecedores e maior a complexidade para administrar o negócio.

Uma fábrica de biscoitos pode ter uma enorme variedade de marcas e sabores, mas o produto básico é um só. É a mesma coisa numa fábrica de massas – do macarrão à lasanha, a diferença é basicamente o formato da massa.

Mas não era assim na IBM. Para dar conta de tanta diversidade, uma de suas estratégias foi investir muito em educação e em pesquisas. Vá-

rios cientistas ganhadores do Prêmio Nobel já estiveram trabalhando em um dos dez centros de pesquisas da empresa espalhados pelo mundo (no ano passado, foi inaugurado um no Brasil).

S

eja em ciência básica ou aplicada, a produção desses laboratórios está por trás de milhares de inventos e patentes que dominam a computação e o desenvolvimento da microeletrônica e rendem muito dinheiro à companhia.

Apesar disso, por volta de 1990, a empresa reconheceu que devia fazer uma grande mudança, não só porque havia diversificado demais, mas também porque o mundo estava caminhando para uma era em que a fabricação de muitos itens deixaria de ser um bom negócio – os clientes precisavam de soluções e não de peças.

Em seu pior momento, no final de 1993, a empresa tinha US$ 8 bilhões de prejuízos. As mudanças começaram com a troca do presidente e no ano seguinte os lucros começaram a reaparecer.

A virada exigiu providências que surpreenderam o mundo: a empresa passou a se apresentar como uma fonte de soluções e não d e p ro d u t o s , e a i n v e s t i r e m software como nunca havia feito antes. Não deixou de produzir itens estratégicos, como os supercomputadores, mas pouco a pouco abandonou negócios menos interessantes como a fabricação de notebooks, PCs, impressoras e monitores. Em lugar disso, aliouse aos mais variados parceiros para criar e implantar soluções.

O que se pode tirar dessa história para todas as outras empresas é que a sobrevivência exige que o empresário se antecipe e promova mudanças – ainda que a transformação não seja nada do que ele planejava fazer quando fundou a empresa.

PAULO BRITO É JORNALISTA, GRADUADO EM ECONOMIA E MESTRE EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA

Argentina vive um populismo irresponsável, com campanhas contra a imprensa, controles de preços, dificuldades no abastecimento.

E corrupção solta. Também não tem crédito internacional, depois do calote e da fuga dos investimentos estrangeiros. O país está sucateado!

O Uruguai é dirigido por antigo militante radical, não muito distante do famigerado grupo Tupamaro, que levou a estimada nação à beira da guerra civil e fez correr muito sangue de inocentes.

O Paraguai se mantém na linha populista e exigindo absurdos do Brasil no contrato de Itaipu.

A Bolívia já está com a democracia maculada, sua economia desorganizada, a sociedade dividida. Agora, encontra um governo-irmão no vizinho Peru, possivelmente com um futuro de conflitos com o Chile, o mais bem avaliado dos países latinoamericanos.

Enquanto isso, o Equador está dominado pela demagogia, vivendo de uma produção petrolífera que não vai crescer, pela falta de confiança das empresas internacionais que lá atuam.

Colômbia não oferece a mesma firmeza do presidente anterior.

As tentativas de conciliação podem é fazer recrudescer o movimento que foi revolucionário e, hoje, é uma mera gangue de narcotraficantes bem armados e prontos à colaboração com o caricato presidente da Venezuela.

Hugo Chávez, por sinal, é figura carimbada e, lamentavelmente, seu país está em grave crise, apesar da imensa renda proporcionada pelo petróleo. Mas a Venezuela tende a ver sua situação interna agravada, importando quase tudo o que precisa.

A agricultura e a pecuária desapareceram. A imprensa está esmagada e, agora, manipulada. E a classe média, os empresários médios e os liberais bem-sucedidos já estão, ou suas famílias, na sua maioria, em Miami.

Limitações ao direito de ir e vir já atinge alguns empresários.

Entretanto, o Brasil insiste em manter as melhores relações com este "eixo do retrocesso", que é hostil à iniciativa

A

Brasil insiste em manter as melhores relações com este "eixo do retrocesso", que é hostil à iniciativa privada, inconfiável em empreendimentos conjuntos.

privada, inconfiável em empreendimentos conjuntos – vide o caso da refinaria de SUAPE, a afronta ao Mercosul praticada pela Argentina e os prejuízos impostos a Petrobras e empresas brasileiras na Bolívia e no Equador.

E, provavelmente, em breve, no Peru, onde temos uma boa presença.

Fidel Castro continua cultuado. A visita do ex-presidente Lula na semana passada é uma prova disso, assim como o calor da recepção a Chávez em Brasília. É impressionante a passividade de nossas elites, que aqui vivem e, acredita-se, não estão de malas prontas para Miami.

Confraternizar com esses governos e governantes deveria indignar os nossos empresários, líderes políticos democratas e a sociedade em geral.

E

ARISTÓTELES DRUMMOND É JORNALISTA E VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO.

A CARTA DA PRESIDENTE A

recente carta-aberta que Dilma Rousseff encaminhou ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem sido objeto de numerosas leituras.

Os elogios rasgados ao desempenho pré e póspresidência do maior expoente do PSDB, em sequência à "intervenção" de Lula. que antecedeu o episódio Palocci, podem ser lidos, em primeiro lugar, como uma reafirmação de que ela

continua governando.

Ao explicitar os êxitos de FHC, Dilma lhe atribui inúmeras realizações das quais Lula, até então, se arvorava. Ao creditar-lhe os êxitos de ter sido decisivo na implantação de um regime democrático e, especialmente, de formulador e implementador de um projeto "exterminador" da hiperinflação, Dilma contraria toda a estratégia de comunicação de Lula

ARTHUR CHAGAS DINIZ e "companheiros".

Se não chegou a cumprimentá-lo pelos resultados das privatizações, sua intervenção no caso da privatização de aeroportos

poderia ser lida como uma reverência implícita ao ex-presidente.

Ora, se Dilma quisesse ser simplesmente cordial, mandaria uma carta fechada

a FHC e não, uma carta aberta, o que valoriza seu conteúdo.

Os petistas e os demais integrantes da base aliada não se pronunciaram. único comentário desairoso partiu de José Serra, derrotado por Lula / Dilma na recente eleição presidencial. Ao invés de criticar as mudanças que a Carta parece indicar, o candidato derrotado deveria, sim, fazer uma revisão em seu

O

projeto de futuras campanhas (à Presidência da República), passando a defender a privatização como instrumento de melhoria de infraestrutura e maneira de reduzir a carga tributária.

Serra não se lembrou de citar na sua campanha próxima passada os êxitos de FHC. Azar o dele, a presidente já o fez.

ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

15 de Junho

São Vito

Solução

O

riundo da Sicília (Itália) do século III, possuía dons especiais e foi um grande defensor da fé cristã frente à perseguição do imperador Diocleciano ao Cristianismo. Em certa ocasião, rezou pelo filho doente do imperador que ficou curado da epilepsia e mesmo asssim foi depois martirizado.

I P E MB A P I T R E S E N P I I S C N C F I F A N R A D I A I B A O RV RE E A L U N

E G I X A D A R A E S ME R O G E L S A A T O R E I O V A R A N OIP J R A V O E L O OC L E S S I T E A N J O E C A

4 -.GERAL

Por: José Nassif Neto Indispensável.

Pátria.

Prédio sede de emissário do governo.

País cuja Capital é Teerã.

Andar.

Análise.

Estado do líquido após ebulição.

3ª pess. do singular feminino.

Legítimo.

Varredor de rua.

Os Reis Magos eram?

Serve para natação.

'Vermelho', em inglês.

Fixa o penteado.

Possuir.

Conduta.

Casca, gema e clara é um?

Orgão regulamentador do futebol no mundo.

Síncope de cinema.

Chocalho feito do caroço da fruta do cipó.

Tietê é um?

Língua da Península Arábica.

Mensajeiro de Deus.

Ramo delgado de uma árvore.

Deixar para outro dia.

Símbolo de Força. (física)

Armadilha.

A quem se fala.

O que sobra.

Pai do pai para o neto.

Planta com raiz, tronco e copa. (plural)

Usa-se para cobrir edificações.

Bonito.

Destino.

'Os', em francês.

Discípulo.

Símbolo de Urânio. (quím.)

'Em', em inglês.

'Chá', em inglês. (?)-Tatu, personagem de Monteiro Lobato.

(128) 2-in; 3-red; tea; les; avô; 4-aipá; país; você; 5-árabe.

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

5 O ACERTO DELA Ideli Salvatti atende a presidente e vira motivo de críticas dos parlamentares.

olítica

A FALHA DELE Ministro da Pesca vai em reunião da base aliada e recebe aplausos.

Ideli vira alvo de críticas dos aliados A desconfiança em relação à coordenação política vai da Câmara ao Senado. E já em seu primeiro dia de trabalho, nenhuma falha da ministra foi perdoada.

Sergio Lima/Folhapress

A

o atender o pedido um novo encontro. O que não da presidente da ficou definido é se a ministra República, Dilma irá à liderança na Câmara ou se Rousseff, a minis- os líderes da base serão recebitra-chefe da Secretaria de Rela- dos por ela no Planalto. ções Institucionais, Ideli SalDesconfiança – O início das vatti, virou alvo de críticas da negociações entre Ideli e os debase aliada em seu primeiro putados da base começaram dia de trabalho. O clima ruim sob muita desconfiança dos aliados quanto para a nova ao comando coordenadora político monpolítica do gotado pela prev e r n o c o nsidente. Por istrastou com a Ela não poderia so, no primeirecepção dadeixar de atender ro encontro da ao ex-ocuentre Ideli e o pante da pasta o convite da líder do govere atual minispresidente. no na Câmara, tro da Pesca, Precisamos Cândido VacLuiz Sérgio, ver o outro lado carezza (PTque sempre SP), ontem à c om pa re ce u da moeda. tarde, tentouaos almoços LINCOLN PORTELA se estabelecer dos aliados, os parâmetros realizados às terças-feiras. Desta vez, ele foi para um entendimento.

Um dos problemas da base é aplaudido pelos líderes.

De acordo com o líder do a prorrogação do prazo para liPTB, Jovair Arantes (GO), "a beração de emendas de orçaministra tem de entender que o mentos anteriores, o chamado Legislativo não é o Senado", restos a pagar, de 30 de junho afirmou. "Se ela acha que o Le- (data para a perda da validade) gislativo é o Senado, está enga- para 31 de dezembro; a liberanada". Quem procurou justifi- ção de 50% das emendas do car a ausência de Ideli foi o de- Orçamento deste ano e o ritmo putado Lincoln Portela (MG), acelerado para as nomeações líder do PR. Ele lembrou que a dos indicados pelos partidos ministra foi chamada pela pre- para os cargos de segundo e terceiro escasidente justalões. mente para Entre os participar de aliados, o clium almoço, A ministra ma é de inseno mesmo hotem de entender gurança e a exrário, no Paláque o Legislativo pectativa para cio do Alvorareverter o senda, com a bannão é o Senado. timento é a vecada do PR no Se ela acha locidade que o Senado. que é, a ministra governo vai "Ela não poestá enganada. imprimir para deria deixar apresentar rede atender o JOVAIR ARANTES sultados práticonvite da cos. Interlocupresid ente", disse Portela. "Precisamos ver tores governistas informaram que Vaccarezza fez uma alerta o outro lado da moeda".

Para contornar as críticas e o à ministra. Se não houver uma mal-estar provocado, o braço solução rápida, a base não vodireito de Luiz Sérgio no mi- tará o projeto de Lei de Diretrinistério de Relações Institucio- zes Orçamentárias (LDO), que nais, Cláudio Antonio Vignat- fixa as bases para a elaboração ti, que acompanhou o ex-mi- do orçamento.

Além disso, a ministra tamnistro no almoço com os lídebém terá de mostrar o lado res, telefonou para Ideli.

Vignatti, que estaria com conciliador que ela afirmou ter seus dias contados no ministé- junto com seu estilo duro. Mesrio, teria agendado para hoje mo assim, para muitos deputa-

Alan Marques/Folhapress

A ministra foi até o Senado, falou, prometeu, mas não garantiu atender os pedidos. Antes, a base aliada esteve reunida para um almoço. Ideli não pode ir e não a perdoaram. Já Luiz Sérgio, da Pesca, foi.

E recebeu aplausos.

dos da base, Ideli "não tem perfil de negociadora".

Sem prazo – Já em sua primeira visita como ministra ao Senado, Ideli deixou em suspense os prazos do governo para atender os parlamentares da base na liberação de emendas e no preenchimento de cargos. Após reunião com o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse que está "tomando pé" na Secretaria de Relações Institucionais.

Com relação às emendas, concordou que tem um "saldo" que a presidente vai tentar agilizar, mas advertiu que as negociações levarão em conta a questão econômica, responsável pelos cortes de gastos efetuados pelo governo. "Tudo vai ser tratado", prometeu sem determinar prazos. Sobre as nomeações disse que serão feitas "dentro da maior agilidade possível e dentro dos critérios que a presidente está exigindo,

como condição técnica e compatibilidade com a área".

A respeito da proposta de emenda constitucional que modifica o rito de tramitação das Medidas Provisórias, de iniciativa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a ministra resumiu seu apoio a um único ponto: a de fixar um prazo mínimo para o Senado examinar as MPs, para evitar a rotina de os senadores aprovarem o texto no final do prazo, sem saber

do que se trata.

"Há uma reclamação justa de que as Medidas Provisórias tenham um prazo mínimo de tramitação, sem se estender a outros itens da proposta. Não há nenhum pleito aqui no Senado de modificações mais significativas. Esta do prazo é uma reivindicação justa e legítima e devemos buscar atender", disse Ideli, na esperança de diminuir a desconfiança geral que já despertou. (AE)

Sergio Lima/Folhapress

Dilma mostrou que vai dar o tom da articulação política É a percepção passada pelos senadores do PR, após almoço com a presidente

A

A presidente Dilma, com os almoços no Palácio do Alvorada, está "tomando gosto pela política".

'Denúncia não tem importância' Sérgio Souza, investigado pela PF, toma posse e não liga para as acusações

S

érgio Souza (PMDBPR) assumiu ontem a vaga no Senado deixada por Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ela substituiu, na semana passada, Antonio Palocci na Casa Civil. Souza é alvo de denúncias – faria parte do grupo que desviava dinheiro da Assembleia Legislativa do Paraná –, mas faz pouco das s acusações.

Disse desconhecer as investigações e afirmou: "Não estou aqui para brincadeira".

Sobre a sua mãe receber salário do Legislativo sem dar expediente, disse que "não tem nada de anormal".

Palocci – O Ministério Público Federal informou ontem que cópias das declarações de imposto de renda da empresa Projeto, de Palocci,

foram entregues pela Receita Federal dois dias após sua saída da Casa Civil, no dia 8.

Segundo o MP, não foram entregues cópia de contratos, comprovantes de prestação de serviços e escrituração contábil da Projeto – que podem revelar os clientes e como Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio em apenas quatro anos. (AE)

presidente Dilma Rousseff está buscando se aproximar da base aliada no Congresso e tem feito pessoalmente a articulação política. A constatação é dos parlamentares do PR que participaram, ontem, no Palácio do Alvorada, de um almoço com a presidente. De acordo com os senadores Blairo Maggi (MT), Clésio Andrade (MG) e Magno Malta (ES), Dilma procurou demonstrar respeito pelo Congresso e ouviu durante quase três horas as reivindicações de cada um deles. Clésio Andrade, que também preside a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), pediu que a presidente retome os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) relacionados às estradas.

Malta, que faz parte da bancada evangélica e da Frente Parlamentar em Defesa da Família, limitou-se a agradecer à presidente pela suspensão da distribuição pelo Ministério da Educação dos kits anti-homofobia nas escolas. "Ela me disse que fez

isso de acordo com as suas convicções", afirmou Malta.

Blairo Maggi, grande produtor de soja no Mato Grosso, tratou sobre a reforma do Código Florestal.

O senador reafirmou o apoio à presidente e concordou com ela sobre a necessidade de modificar a emenda 164, aprovada pela Câmara e que, entre outras coisas, permite o cultivo e a criação de animais em áreas de preservação permanente. "A ideia é sair com um único relatório das duas comissões e eu não vejo tanta dificuldade em aprovar isso", afirmou Maggi.

Todos os senadores saíram satisfeitos do encontro. De acordo com Maggi, Dilma está "tomando gosto" pela política. "O governo entende que a relação com o Congresso não era legal. Ela sabe que tem maioria, mas havia uma falta de retorno", afirmou Maggi, que expressou para a presidente a expectativa de melhoras no relacionamento. "Ela está mais política", completou.

Para Clésio Andrade, a presidente "foi atenciosa" e está tomando nas mãos a articulação política. "Ela

demonstrou comando total, sempre com todo respeito ao Congresso", disse o senador mineiro. "Na minha opinião, ela é a grande articuladora e vai assumir esse papel. Ela retomou a importância do Congresso".

Insatisfeito com o governo até pouco tempo, quando chegou pressionar pela suspensão do kit antihomofobia, usando a crise do ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, Malta também disse que a presidente está mais próxima dos parlamentares.

"Reafirmamos nosso compromisso com ela".

Para ele, o ex-ministro tinha valor técnico, mas prejudicava a relação de Dilma com o Congresso. A expectativa agora é que essa convivência melhore.

"Tecnicamente o governo perdeu demais com a saída do Palocci, mas do ponto de vista do relacionamento, não", assinalou Malta. O almoço que a presidente fez com o PR é o quarto. Antes, Dilma manteve encontros com o PT, PMDB e PTB. E vai dar continuidade, garantiram interlocutores. (Folhapress)

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Não temos por que não conhecer a verdade, não saber a verdade.

Senador Pedro Simon (PMDB-RS)

olítica

Andre Dusek/AE

Sarney volta a defender sigilo Presidente do Senado diz que "não se pode fazer WikiLeaks da história do País"

O

presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse ontem que defende o sigilo de documentos históricos do governo referentes à definição das fronteiras do país. Para ele, todos os demais registros da história recente do Brasil, incluindo os do período do regime militar e dos governos posteriores, inclusive o seu, devem ser abertos.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), pediu a retirada da tramitação em regime de urgência do projeto de Lei Geral de Direito à Informação, o que dá mais tempo para a análise do Congresso.

"Acho que não podemos fazer WikiLeaks (site que divulgou uma série de informações sigilosas do governo dos Estados Unidos e de outros países) da história do Brasil, da constituição de nossas fronteiras”, afirmou Sarney.

Ele reclamou que foi mal interpretado nas declarações que deu na segunda-feira sobre o assunto.

O presidente do Senado ressaltou que quando usou o termo "abertura de feridas" estava se referindo à possibilidade de que, a partir da divulgação de documentos históricos da delimitação das fronteiras, fossem criados problemas já superados com países como a Bolívia e o Peru, por exemplo.

Quanto aos documentos que dizem respeito à documentação que não trata desses assuntos, José Sarney foi enfático: "O resto pode abrir, acho que deva abrir. Na parte do meu governo está tudo aberto.

Quem for à minha fundação, no Maranhão, vai ver que tem mais de quatrocentos e tantos mil documentos, e eu não tenho o menor interesse de esconder nada".

Apelo – Em pronunciamento ontem, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo aos ex-presidentes da República para que defendam a divulgação de documentos oficiais mantidos em sigilo. Ele disse ser importante que informações históricas do País venham ao conhecimento do público: "Faço um apelo com todo o respeito aos ex-presidentes da República, dois deles estão nesta Casa (José Sarney e Fernando Collor) e os dois reivindicam essa tese de que é melhor deixar, esquecer, não publicar, o

que não é o melhor. Não é o melhor. Não temos por que não publicar. Nós não temos por que não conhecer a verdade, não saber a verdade".

Sobre o projeto de lei que trata do assunto, Simon manifestou estranheza diante do pedido para que a proposta fosse submetida à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) Pela proposta, os documentos ficariam secretos por 25 anos, renováveis por mais 25, modificando a proposta de manter a documentação secreta. (Agências)

Nova versão: Sarney disse ontem que o segredo só deve persistir em relação às fronteiras do Brasil.

Felipe Barra/Agência Senado

Senado aprova medidas de combate ao bullying Escolas públicas e privadas passarão a se responsabilizar por ambiente seguro

O

Argello: ideia é evitar sofrimento de jovens em formação.

s estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, passarão a ter a incumbência de promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e agressão recorrentes entre os integrantes da comunidade escolar, conhecidas como bullying. A determinação, que poderá fazer parte da Lei de Diretrizes de Bases da Educação (LDB), foi aprovada ontem pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em decisão terminativa.

Decisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a plenário.

Dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado.

Para o autor do projeto, senador Gim Argello (PTB-DF), os efeitos do bullying são deletérios, "causando enorme sofrimento às vítimas". Para ele, essa situação é ainda mais grave quando acontece nas escolas, "por afetar indivíduos de tenra idade, cuja personalidade e sociabilidade estão em desenvolvimento".

Em sua justificativa, o senador pelo Distrito Federal lembra que o tema, por ser recente, ainda não está previsto na LDB. Para ele, a abordagem nas escolas é necessária, pois o bullying se manifesta de formas diversas, que incluem insultos, intimidações, apelidos pejorativos, humilhações, amedrontamentos, isolamento, assédio moral e também violência física.

"Julgamos que essa abordagem seja mais adequada, pois evita a padronização das medidas a serem adotadas - as quais devem ser definidas de acordo com a realidade vivida em cada escola -, além de contornar o risco de tipificar condutas já tratadas no arcabouço jurídico competente, de forma mais genérica", explicou o senador Gim Argello.

Para o relator, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o projeto vem "em boa hora". Ele sugere algumas providências a serem adotadas pelas escolas, mas pondera que, por se tratar de uma lei geral, válida para todo tipo de ensino, não seria adequado descer a detalhes.

Entre as sugestões apresentadas pelo relator, estão a capacitação técnica e pedagógica de todos os profissionais da educação que trabalham nas escolas, incluindo os não docentes; interação entre educadores e pais de alunos; articulação entre gestores educacionais e os encarregados da segurança da cidade e do bairro e ainda conscientização das crianças, adolescentes e jovens sobre as consequências "nefastas desse tipo de comportamento covarde e antissocial".

Segundo Ana Amélia Lemos (PP-RS), o projeto é meritório e urgente, pois o bullying é uma "prática lesiva que afeta o desenvolvimento de crianças e adolescentes na fase escolar". Marta Suplicy (PT-SP) lembrou que o bullying é um problema sério e que tem gerado crimes em vários países.

Walter Pinheiro (PT-BA) ressaltou a importância de as escolas combaterem esse mal, que traz "vexame e constrangimento" às vítimas.

Gastos – A Comissão também aprovou a realização de uma audiência pública para debater os gastos relativos aos anos de 2009 e 2010 – da União, dos estados e dos Municípios – com educação.

O autor do requerimento, Cristovam Buarque (PDT-DF), também quer discutir a planilha de custos associado ao Plano Nacional de Educação, e a evolução do número de alunos no sistema. (Ag. Senado)

ONU apela por investigação sobre tortura

A

ONU apela para que o Brasil inicie de forma imediata uma investigação em torno da tortura e violações de direitos humanos ocorridas durante os anos do regime militar e puna os responsáveis. Para as Nações Unidas, a devolução das caixas com informações sobre a existência de pelo menos 242 centros de tortura no Brasil pelo Conselho Mundial de Igreja deve ser aproveitada para rever a posição do País em relação a como lidar com o seu passado. A ONU não esconde sua insatisfação com a decisão da presidente Dilma Rousseff de manter fechados os arquivos nacionais.

"A esperança que temos agora é de que essa ação de devolução dos arquivos leve o governo brasileiro a agir "', disse o relator da ONU contra

a tortura, Juan Mendez. " O Ministério Público brasileiro e juízes precisam honrar esses documentos, abrindo processos contra torturadores e revelando o que de fato ocorreu naqueles anos para que toda a sociedade brasileira saiba do seu passado", disse.

Segundo o Conselho Mundial de Igrejas, pode o fato de que de os militares brasileiros insistiam em garantir um arquivo 'invejável de suas práticas, com detalhes sobre quem foi torturado, por quem e sob qual método.

Segundo a entidade, foram listados 242 centros de torturas no Brasil no período militar. Nas três caixas que estavam guardadas em Genebra, 200 tipos de tortura foram compiladas, afetando 444 pessoas. (AE)

p Empresas aéreas podem explorar aeroportos DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

7

A votação do novo Código acabou igualando quem fez tudo legalmente e quem fez de forma ilegal.

Wagner Rossi, ministro da Agricultura

olítica

Ó RBITA

QUINTO ASSASSINATO NO PARÁ

A notícia partiu do presidente da Infraero. Companhias estrangeiras também poderão disputar o filão.

A

Wilson Pedrosa/AE

Particularmente, acho que pode acontecer.

O governo quer que as empresas aéreas participem.

GUSTAVO DO VALE

Gustavo do Vale, presidente da Infraero: 'convivência possível'.

vel de detalhe. Mas o governo quer que elas participem".

"Companhias estrangeiras com experiência no setor também estariam interessadas nos aeroportos brasileiros", disse.

Mas, segundo ele, uma das orientações já definidas para o processo de concessão busca evitar que um mesmo investidor seja sócio majoritário em mais de um aeroporto.

Vale reafirmou que a participação máxima da Infraero em

cada aeroporto será de 49%, mas pode ser inferior, conforme a necessidade de investimentos de cada unidade. O cronograma da companhia prevê investimentos de R$ 5,3 bilhões até 2014 nos 13 aeroportos das cidades que sediarão a Copa do Mundo.

Ele também destacou que a modelagem para a concessão definirá se a Infraero terá ou não poder de veto sobre questões de gestão dos aeroportos.

Para o presidente do Comitê de Infraestrutura da CNI, José Mascarenhas, o setor privado necessita ter segurança quanto às regras de concessão para poder investir no setor. "Nenhum direito de veto deve invadir a possibilidade de uma empresa obter retorno. Os marcos legais têm que ser claros para não haver mudanças no caminho".

Segundo Vale, após a experiência com três aeroportos, outros poderão ser concedidos. "Trata-se da atração de investimentos privados para uma área, folgando a Infraero para investimentos". (AE)

Marcelo Camargo/Folhapress - 04/05/2011

Governo garante: área do agronegócio é suficiente

D

ados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento preveem um crescimento de 23% na produção de alimentos (grãos) entre a safra 2010/11 e 2020/21 e um aumento de 9,5% da área plantada. Ou seja, a projeção do governo descarta necessidade de alterar Código Florestal para aumentar produção de alimentos.

Os números foram apresentados ontem pelo governo e indicam que o crescimento da produção agrícola não depende do aumento das áreas agricultáveis – diferentemente do que defendiam os ruralistas baseando-se no argumento de que seria necessário modificar o Código Florestal para expandir a produção de alimentos.

Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, "não é

preciso derrubar nenhuma árvore" para produzir mais grãos ou sequer aumentar as áreas de pastagem para a pecuária de corte.

O ministério contabiliza a existência de 120 milhões de hectares "já antropizados" (desmatados) que podem perfeitamente ser recuperados para atividade agrícola ou para o meio ambiente.

Ainda de acordo com Rossi, a principal demanda pela mudança do Código Florestal é de "segurança jurídica" – ou seja, diz respeito à cobrança de multas para aqueles que desmataram irregularmente prevista por lei, mas considerada inviável de acordo com os produtores rurais que buscam anistia.

Segundo o ministro, o resultado da votação do novo Código Florestal na Câmara dos De-

Rossi: 'Nenhuma árvore derrubada para produzir mais grãos'.

putados "acabou igualando quem fez tudo legalmente e quem fez de forma ilegal", o que desagradou a presidente Dilma Rousseff.

De acordo com Rossi, Dilma vai anunciar – juntamente com

o lançamento do Plano Safra 2011/2012, marcado para a próxima sexta-feira, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo – a recuperação de pastagem para pecuária de corte e a recuperação de canaviais. (ABr)

COI investiga Havelange por suborno

O

Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou ontem que abriu investigação contra o expresidente da Fifa, João Havelange. O presidente Jacques Rogge confirmou a abertura das investigações e o resultado deve ser anunciado no próximo semestre.

Essa decisão foi tomada depois que a BBC pôs no ar o programa que apontava suspeita de que Havelange e Ricardo Teixeira, presidente da CBF, teriam recebido suborno nos anos 90. O processo neste momento é confirmar se os documentos que a BBC levou ao ar são fieis e não falsificações.

Um dos documentos mostrados mostraria transação de US$ 1,5 milhão, com a indicação "Garantie J.H ", considerado pela tevê britânica como mais uma prova contra ele.

Beto Barata/AE - 27/04/2011

Teixeira: multa para escapar

Alexandre Durão/Folhapress - 23/06/2008

João Havelange: na mira

No programa, Havelange é acusado de ter recebido, em numerosas quantias, cerca de 250 mil francos suíços (ou R$ 470 mil) da falida ISL (International Sports & Leisure), agência que controlava o marketing da entidade mundial do futebol. Ele e Teixeira teriam pago cerca de R$ 8,9 milhões para escapar do processo na Justiça suíça, na cidade de Zug, no início dos anos 2000.

Outro que está sendo investigado é Issa Hayatou, vicepresidente da Fifa e também membro do COI. Já Ricardo Teixeira, por não fazer parte do COI, não será investigado. O COI insiste que seu Comitê de Ética, formado por sete juristas, não tem qualquer relação com o modelo de investigação da Fifa.

A Fifa decidiu não investigar os dois dirigentes. Havelange é membro da entidade responsável pelas Olimpíadas desde 1963 e é considerado decano do COI, onde foi eleito um dos três maiores dirigentes do último século. (AE)

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

Anuncie no jornal que tem o menor preço, pelo mesmo espaço.

PUBLICIDADE Fone: 11 3244-3344 Fax: 11 3244-3894

O Jornal do Empreendedor

Comissão Pastoral da Terra denunciou ontem o assassinato do trabalhador rural Obede Loyla Souza, de 31. Ele foi morto no dia 9 com um tiro de espingarda, segundo a comissão – e seu corpo foi encontrado somente dois dias depois.

Obede morava no acampamento Esperança, em Pacajá. A cidade fica entre Marabá e Altamira, que receberam na semana passada uma força-tarefa federal para investigar e evitar crimes no campo.

Segundo a Comissão, Obede e outros moradores da área haviam discutido, no início deste ano, com representantes de madeireiros.

A Polícia Civil confirmou a morte, mas disse que não há informações de que o crime esteja vinculado a conflito agrário. O delegado José Humberto de Melo, da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá, disse que o assassinato ocorreu por "motivo interno".

Este é o quinto assassinato no campo registrado pela CPT no Pará desde maio, quando foram mortos os extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna, que fica a sudeste do Estado.

De acordo com a polícia, as outras duas mortes que ocorreram depois também não são ligadas a conflitos pela terra. (Folhapress)

DEFESA REVOGA PRISÃO DA 1ª DAMA

A

defesa da primeiradama de Campinas, Rosely Nassim Santos, conseguiu revogar no Tribunal de Justiça de São Paulo o pedido de prisão preventiva decretado pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes. Ela estava foragida desde a semana passada.

Rosely foi denunciada por promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) como mentora de um esquema de fraudes e desvios na prefeitura que envolvia secretários, lobistas e empresários. Seus advogados negam tudo e acusam a Promotoria de tentar atingir o prefeito, Hélio de Oliveira Santos (PDT), que não é alvo das investigações.

Segundo a assessoria do TJ, a decisão é do desembargador Poças Leitão.

Além de Nassim, a Justiça de Campinas mandou prender mais seis pessoas, entre elas o vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), que está foragido. Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pela Promotoria.

Rogério Capelo/AE - 01/05/2011

S

egundo o presidente da Infraero, companhias estrangeiras com experiência no setor também estariam interessadas na gestão dos aeroportos brasileiros.

Como já se dá em outros países, empresas aéreas poderão ter participação nos aeroportos brasileiros que forem concedidos à iniciativa privada.

Embora a modelagem para a concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília só tenham previsão de conclusão para dezembro, o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, disse que o governo quer que as companhias de aviação participem do processo.

"Particularmente, acho que pode acontecer, é uma convivência possível. Do ponto de vista hipotético, as companhias aéreas podem ter terminais próprios, mas não existe estudo sobre isso, a modelagem não deve vir com esse ní-

RORIZ ACUSADO NO DF O Ministério Público do Distrito Federal acusa o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) de chefiar quadrilha de desvio de dinheiro do BB. Ele ainda não foi notificado.

Rosely é acusada de formação de quadrilha, corrupção passiva e de fraudes à Lei de Licitações.

Ela se negou a responder 40 questionamentos feitos pelos promotores e ficou em silêncio durante uma acareação com o lobista Maurício Manduca.

O eixo das investigações é o depoimento do ex-presidente da Sanasa (empresa mista de saneamento) Luís Augusto Aquino, que optou pela delação premiada e revelou detalhes do esquema em troca de proteção judicial.

Segundo ele, Rosely recebia uma parcela dos valores dos contratos públicos supostamente desviados no período em que detinha o cargo de chefe de gabinete da prefeitura. Foi exonerada.

(Folhapress)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

quarta-feira, 15 de junho de 2011

IMIGRAÇÃO Itália ultrapassa a Grécia como principal entrada de ilegais na UE

nternacional

SEGURANÇA Asahi: 74% dos japoneses apoiam fim gradual da energia atômica.

AFP/Divulgação

Tensão nas fronteiras da Síria

Quem manda no governo do Líbano?

A

oposição libanesa, formada por partidos apoiados pelo Ocidente, afirmou ontem que o novo governo do país, anunciado na segundafeira pelo primeiro-ministro Najib Mikati, é uma ferramenta nas mãos da Síria e do grupo xiita Hezbollah.

Mikati anunciou o novo gabinete, no qual o Hezbollah e seus aliados possuem a maioria dos ministérios. O anúncio ocorreu após um impasse político de cinco meses, que começou quando o Hezbollah e seus aliados abandonaram o governo do ex-premiê Saad Hariri.

A crise política começou quando os ministros do Hezbollah deixaram a antiga coalizão governamental em protesto contra a possibilidade de o Tribunal Especial das Nações Unidas para o Líbano acusar membros do grupo xiita de assassinar o ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, pai de Saad.

Ele morreu em um atentado no dia 14 de fevereiro de 2005.

O anúncio do novo governo culminou uma escalada de décadas do Hezbollah ao poder, que começou quando o grupo xiita, uma guerrilha formada em 1982 no sul do Líbano, iniciou os combates contra as tropas israelenses. "O governo foi formado por vários partidos, mas o Hezbollah domina a máquina", disse Issam Arraji, um parlamentar que apoiava o governo de Hariri.

Síria - O ex-presidente libanês Amin Gemayel disse ontem que o gabinete foi formado após a intervenção síria. "Nós não queremos interferir nos assuntos da Síria e eles não deveriam interferir nos nossos", afirmou Gemayel, que lidera o Partido Falangista, de direita.

O governo de Hariri era formado por muçulmanos sunitas, apoiados por conservadores cristãos na chamada coalizão 14 de Março. O Hezbollah possui o apoio do Amal, outro partido xiita, e do Movimento Patriótico Livre, do ex-general cristão Michel Aoun.

A Síria é aliada do Hezbollah.

A chegada do movimento xiita ao poder é um revés diplomático para os Estados Unidos, que forneceram US$ 720 milhões em auxílio militar ao Exército do Líbano desde 2007 e tentaram manter o país na esfera de influência ocidental.

"Este governo não reflete os resultados das eleições parlamentares. É um golpe no sistema democrático", declarou o parlamentar cristão Michel Faroun. (Agências)

Tanques avançam para vilarejos perto da Turquia e Iraque para reprimir revolta popular

T

anques e tropas sírios avançaram ontem para a cidade de Maarat al-Numaan e outras vilas perto da fronteira com a Turquia e o Iraque, expandindo a ofensiva contra a revolta popular de 12 semanas no norte e leste do país. Mais de 8.500 sírios já buscaram abrigo na Turquia para escapar da investida militar mais recente do presidente Bashar al-Assad para sufocar os protestos que exigem mudanças políticas no país.

Ativistas de direitos humanos relataram que tanques chegaram a Maarat al-Numaan, no norte, e outras vilas perto de Jisr al-Shughour – cidade retomada pelas forças de elite sírias no último domingo.

"O Exército está vindo, encontre um lugar seguro para você mesmo e para a sua família!", diziam os alto-falantes em uma mesquita em Maarat alNumaan, cidade de 100 mil habitantes atravessada pela estrada principal que liga a capital Damasco à segunda maior cidade síria, Aleppo.

Cerca de 70% dos moradores de Maarat al-Numaan deixaram a cidade, disse o professor de Farmácia Othman al-Bedeiwi, por telefone à Reuters. Ele acrescentou que helicópteros transportaram tropas para um campo em Wadi al-Deif, a vários quilômetros da cidade.

"Nós encontramos o governador (da província) hoje (terçafeira) e ele nos garantiu que o Exército vai apenas entrar na cidade para prender 360 pessoas que tem em sua lista", disse. "As pessoas em Maarat, contudo, estão céticas. Meu nome está naquela lista que diz que sou um pistoleiro. Eu nunca usei uma arma em minha vida."

Ativistas disseram que as forças de segurança arrasaram vilas próximas a Jisr al-Shughour, cidade no nordeste tomada pelo Exército no domingo, e mataram quatro integrantes de uma família na segunda-feira. A vio-

lência já tirou a vida de 1.297 civis e 340 soldados desde que as manifestações começaram em março, segundo o último número de mortos divulgado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, ontem.

Na região tribal a leste, onde todos os 380 mil barris de petróleo da Síria são produzidos, tanques chegaram à cidade de Deir al-Zor, perto da fronteira com o Iraque. Pelo menos seis civis morreram depois que novos protestos começaram na cidade, disse um ativista.

Líbia - Alguns analistas dizem que o ditador Assad está tentando impedir a oposição de estabelecer uma base, como ocorreu na Líbia, quando os rebeldes que tentam derrubar o ditador Muamar Kadafi tomaram a cidade de Benghazi.

Assad prometeu inicialmente algumas reformas rasas, mas seus apelos pelo fim dos protestos foram rejeitados. Na semana passada, quando o governo perdeu o controle de Jisr alShughour, Assad abandonou qualquer promessa de reforma.

Pressão - Pela primeira vez, a Liga Árabe rejeitou ontem o uso de violência pelo regime sírio. Já o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, telefonou para Assad ontem, pedindo a ele que encerre a repressão, informou a agência Anatólia. Uma autoridade turca disse que mais de 8.500 sírios cruzaram a fronteira para a Turquia.

Por sua vez, as potências europeias continuam sua campanha por uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando a repressão. Mas o Brasil quer evitar que uma resolução vá a votação, já que não quer que se repita na Síria o que ocorreu na Líbia – onde a diplomacia brasileira acredita que a ação militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "extrapolou" o texto aprovado em março. (Agências)

Foto divulgada por militantes sírios mostra a chegada de tanques na cidade de Deir al-Zor, no leste.

Osman Orsal/Reuters

Mais de 8.500 sírios cruzaram a fronteira e buscaram abrigo em campos de refugiados na Turquia

E. coli mata primeira criança

O

surto de contaminação da bactéria Escherichia coli (E. coli) que atinge a Alemanha matou ontem a primeira criança, uma vítima de dois anos que morreu na cidade de Hannover, no norte do país, elevando para 37 o número de mortos.

Segundo as autoridades do Estado da Baixa Saxônia, o bebê estava havia dias na unidade de terapia intensiva de um hospital. O pai da criança e outros dois irmãos também adoeceram, porém se recuperam, disseram as autoridades.

Quase todas as mortes, exceto uma, ocorreram na Alemanha. A outra vítima foi uma mulher na Suécia, que havia viajado ao território alemão.

Já foram registradas 3.255 pessoas que adoeceram por causa do surto em 14 países europeus e também nos EUA e no Canadá, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ó RBITA

PALESTINA íderes do Fatah e Hamas prometeram ontem divulgar um novo governo palestino unificado na próxima semana. O anúncio é considerado pelos palestinos como crucial para os esforços de serem reconhecidos como uma nação em setembro.

Autoridades palestinas disseram que líderes das duas facções reunidos no Cairo ainda precisam decidir sobre o primeiro-ministro. O grupo Fatah, que governa a Cisjordânia, nomeou Salam Fayyad, um ex-economista do Banco Mundial, para o posto, mas o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, rejeitou o nome. (Agências)

L

De acordo com as autoridades alemãs, a causa da epidemia são brotos de feijão contaminados de uma fazenda do país que vendeu seus produtos para consumidores e restaurantes.

Ajuda - A União Europeia aprovou ontem uma ajuda de emergência de 210 milhões de euros para produtores de vegetais atingidos pelo surto.

O auxílio foi criado para mini-

mizar as perdas dos produtores, que tiveram seus bens retirados do mercado depois que a Alemanha culpou inicialmente pepinos importados da Espanha pelo surto. (Agência)

FRANÇA arlamentares franceses rejeitaram ontem uma lei apresentada pelo oposicionista Partido Socialista para legalizar a união civil entre pessoas do mesmo sexo, apesar do crescente apoio popular aos direitos dos homossexuais.

A Assembleia Nacional, câmara baixa do Parlamento francês, rejeitou a medida por 293 votos a 222. A votação refletiu a oposição ao casamento gay entre os conservadores do governo de Nicolas Sarkozy.

Na França, casais do mesmo sexo podem formar uniões civis, porém estas não garantem o direito de herança. (AE)

P

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

9

cCiclistas de SP pedem faixa exclusiva já Contra acidentes, mais avenidas com limite de 60km/h

idades

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai uniformizar a velocidade em diversas avenidas de São Paulo em 60 km/h a partir da próxima segunda-feira. A mudança tem como principal objetivo reduzir em cerca de 20% o risco de acidentes nos trechos dessas vias, que somam 16,4 quilômetros. Na lista das vias escolhidas estão as avenidas Ordem e Progresso, Antártica, Sumaré, Paulo 6º, Brasil, Pedro Álvares Cabral, República do Líbano e Indianópolis, além das ruas Manoel da Nóbrega e Henrique Schaumann e o Viaduto Antártica.

Atropelamento e morte do empresário Antônio Bertolucci, anteontem, recoloca em evidência necessidade de implantação de faixas exclusivas para ciclistas Alessandro Shinoda/Folhapress

O

corpo do empresário Antônio Bertolucci, 68, foi enterrado sob uma salva de palmas por volta das 11h30 de ontem no Cemitério do Morumby (na zona oeste de São Paulo). Ele morreu anteontem após ser atropelado por um ônibus enquanto andava de bicicleta num acesso à avenida Paulo 6º, na região da avenida Sumaré, zona oeste da cidade. O local, hoje, amanheceu repleto de cartazes de pesar e de protesto contra a falta de segurança para ciclistas nas ruas da Capital e exigindo a criação de faixas para ciclistas. Uma "ghost bike" (bicicleta fantasma), que indica a morte de um ciclista está instalada num poste da avenida.

Muitas pessoas acompanharam o cortejo até o cemitério, entre familiares e amigos, como o técnico de futebol Emerson Leão. A entrada do cemitério ficou lotada. À frente, acompanhando o corpo que saiu do velório para o sepultamento, estavam a mulher e os filhos do empresário.

Bertolucci era acionista e presidente do Conselho de Administração do Grupo Lorenzetti, fabricante de duchas e chuveiros. Em nota, a empresa lamentou o acidente e disse que o empresário deixou mulher e seis filhos.

O atropelamento ocorreu por volta das 9h20 de anteontem. O motorista do ônibus disse à polícia que trafegava pelo acesso à avenida Paulo 6º quando ouviu um barulho ao fazer a curva. Ele afirmou só ter visto o ciclista, pelo espelho retrovisor, quando ele já estava caído no chão, entre o ônibus e a guia.

Segundo o boletim de ocorrência, Bertolucci foi atingido pelo pneu dianteiro do lado direito do ônibus. O veículo passou, ainda, sobre a perna do

Ayrton Vignola/AE

'Ghost bike' em poste no local onde Bertolucci foi atropelado

Kassab: ciclovia é meta, não um compromisso

O

prefeito Gilberto Kassab lamentou ontem a morte do empresário e ciclista Antonio Bertolucci e prestou solidariedade à família.

Questionado sobre a construção de ciclovias, Kassab afirmou que a meta de construir 100 quilômetros na Capital não é um "compromisso", mas uma meta.

"Meta é meta: eu sempre digo que meta não é compromisso, não é papel assinado, registrado em cartório no sentido de ser obrigatória a sua realização.

Mas existe um esforço muito grande para que as metas sejam atingidas", afirmou Kassab.

Se todos os planos e promessas de ciclovias feitos nos últimos anos fossem somados, São Paulo deveria terminar o ano de 2012 com 522 km de vias e faixas exclusivas para as bicicletas – uma infraestrutura digna de cidade europeia. Até agora, porém, a Capital conta com apenas 35,7 km de ciclovias, o que representa 7% de tudo o que foi planejado para aumentar a segurança dos ciclistas no Município. Para conseguir cumprir o planejado, a Prefeitura teria de construir 486 km de ciclovias até o fim do próximo ano.

Os números constam de três fontes diferentes . A primeira são os Planos Regionais Estratégicos (PREs) de cada uma das subprefeitu-

ras, aprovados em 2004 como complemento ao Plano Diretor da cidade. Os PREs detalham as obras de transporte prioritárias em cada região da cidade, que deveriam ser executadas até 2012. A ideia era fazer um planejamento de longo prazo, mas que até agora não deu certo – apenas 10 km dos 367 km de ciclovias previstos para toda a cidade saíram do papel.

Os outros 155 km previstos dizem respeito à Agenda 2012 – o plano de metas oficial da gestão Gilberto Kassab (sem partido) – e à promessa de construir 55 km de ciclovias e ciclofaixas nos três bairros onde há mais deslocamentos de ciclistas: Jardim Helena, na zona leste, Jardim Brasil, na zona norte, e Grajaú/Cocaia, na zona sul. O plano original previa que algumas das obras começariam ainda em 2009, mas até agora nenhuma delas foi iniciada. A CET afirmou que a licitação para as obras deve sair nas próximas semanas.

Já a Agenda 2012 prevê 100 km de ciclovias e ciclofaixas. Até agora, 16 km de ciclovias foram inaugurados, além de 10 km da Ciclofaixa de Lazer, que só funciona aos domingos e não é uma infraestrutura de transporte.

Mesmo assim, de 2009 para 2010, a queda de mortes de ciclistas foi de 19,7% (de 61 para 49). (Agências)

A família do empresário Antônio Bertolucci, durante seu sepultamento em cemitério da zona oeste

Atropelado e morto pelo próprio carro

A No local do atropelamento, cartazes de pesar e de protesto

empresário. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 9h35.

Manifestação –Na noite do acidente, um grupo de 100 pessoas , muitas delas ciclistas, fez uma manifestação no local onde o empresário foi atropelado. O acesso à avenida Paulo 6º chegou a ser totalmente bloqueado, quando alguns mani-

festantes pintaram bicicletas brancas no asfalto, simulando uma sinalização de trânsito.

Os manifestantes acenderam velas e estenderam faixas com frases como "Chega de violência", "Faixa de ciclista já" e "Nossa vida vale quanto?".

Uma das faixas também fazia homenagem a Bertolucci, com a frase "Vá com Deus, tio Antonelo". (Agências)

lessandro Lúcio Busnardo, de 41 anos, morreu no final da manhã de ontem, no centro cirúrgico do Hospital das Clínicas (HC), em Ribeirão Preto. Ele não resistiu aos ferimentos após ter sido atropelado pelo próprio carro, na garagem de sua casa.

Ao abrir o portão para retirar o veículo, que estava desengatado, o carro desceu a rampa. Busnardo foi atropelado e ficou sob o carro. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e por uma unidade do Samu, com ferimentos graves na cabeça, tórax e abdômen, além de fraturas expostas nas pernas. Apesar do socorro, não resistiu. (AE)

"Educação teria evitado o acidente" Cicloativista Renata Falzoni, adepta da bicicleta desde 1973, diz que respeito é o dado mais importante Fotos de Leandro Moraes/Luz

Mariana Missiaggia

A

cidentes como o de segunda-feira, que causou a morte do executivo Antonio Bertolucci, 68 anos, presidente do Conselho Administrativo da Lorenzetti, intimidam muita gente que pensa em trocar o carro pela bicicleta como meio de transporte. Adepta desta substituição desde 1973, Renata Falzoni, 57 anos, jornalista e cicloativista, diz que andar de bicicleta em qualquer lugar do mundo é seguro e que respeito e educação poderiam ter evitado a morte de Bertolucci.

“Andar de bicicleta não é perigoso. Temos espaço e legislação para isso. Os órgãos responsáveis têm a obrigação de fomentar o uso de bicicleta como meio de transporte e garantir a segurança dos ciclistas, mas eles não se apropriam dessa função”, afirma Falzoni, lembrando que qualquer veículo precisa respeitar a distância mínima de 1,5 m do ciclista, que deve seguir o mesmo fluxo dos automóveis.

Além disso, todos os motoristas devem respeitar a cadeia na qual estão inseridos e os agentes de trânsito devem fiscalizar o funcionamento dessa hierarquia.

Assim, veículos maiores devem proteger os menores, ou seja, o carro tem de proteger a moto, que tem de proteger o ciclista e o ciclista proteger o pedestre.

No caso de Bertolucci, Falzoni não aceita a hipótese de fatalidade aventada pela polícia, “Eu conheço bem o local onde ele foi atropelado. Aquele acesso à ave-

Renata Falzoni, jornalista e cicloativista de 57 anos: com respeito, qualquer lugar do mundo é seguro para os ciclistas

nida Paulo 6º (zona oeste de São Paulo) é uma curva acentuada e com descida. Mas a visibilidade é boa. Numa extensão inferior a 30 metros existem duas faixas de pedestres. Trata-se de um local

que exige redução de velocidade e maior atenção do motorista”, disse.

Do total de pessoas que morrem em acidentes de trânsito, apenas 18% estavam dentro de seus veículos. O restante refere-se a pedestres e a ciclistas.

Na opinião de Falzoni, a criação de ciclovias não representa necessariamente segurança pa-

ra os ciclistas e as decisões tomadas pelas autoridades de trânsito induzem os motoristas a pressionar os ciclistas nas ruas. “A bicicleta tem de ser vista nas ruas como um carro, uma moto ou um caminhão." E acrescenta: "Temos de compartilhar o mesmo espaço e não brigar por ele. E a velocidade máxima permitida das vias devem ser revistas. Se um carro a 70 km/h bater em uma bicicleta, não há chances de sobrevivência para esse ciclista.”

Amparados ou não pela lei, Falzoni alerta que pedalar com consciência e sem timidez, sinalizar e dialogar com os motoristas, usar luvas, óculos e capacete, instalar luz traseira e dianteira, retrovisor e pisca-pisca nas laterais e nos pedais são cuidados indispensáveis do ciclista.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

c

idades

Protegemos o conhecimento adquirido pelo homem durante os séculos.

Monge João Baptista Barbosa, da biblioteca do Mosteiro de São Bento

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fotos de Leandro Moraes/Luz

Aéreas retomam voos para Cone Sul TAM, Gol e Aerolíneas tomam decisão porque cinza vulcânica se dissipa na região Moacyr Lopes Junior/Folhapress

A

s companhias aéreas TAM, Gol e Aerolíneas retomaram, ontem à tarde, os voos para a Argentina e o Uruguai. Esses voos haviam sido cancelados em razão da nuvem de cinzas proveniente da erupção do vulcão chileno Puyehue.

Em nota, a Gol informou que contratou um instituto de meteorologia para obter informações sobre o movimento da nuvem de cinzas. Segundo a companhia, a densidade da nuvem nas áreas a serem sobrevoadas, ontem, era cem vezes menor que o limite internacionalmente aceito para que se realizem operações aéreas.

A empresa também informou que começou a avisar os clientes que tiveram os voos alterados via telefone, SMS e email. Contra dúvidas, os clientes devem ligar nos números 0300-115-2121 (Brasil), 0810266-3232 (Argentina) e 50982403-8007 (Uruguai).

A TAM informou que continua avaliando as condições de voo nas rotas e, caso haja riscos, poderá voltar a suspender a operação, já que as condições meteorológicas e a atividade do vulcão estão mudando constantemente. A Aerolíneas Argentinas também retomou alguns voos domésticos e internacionais a partir das 17h.

A chilena LAN informou à tarde que seus voos com chegada e partida de Buenos Aires, Córdoba (Argentina) e Montevidéu (Uruguai) conti-

A biblioteca do Mosteiro de São Bento guarda no acervo livros raros, como a Bíblia, em latim, de 1496

Passageiros em Cumbica, ontem de manhã: ainda impedidos de voar

nuavam suspensos. Para entrar em contato com a LAN, o telefone é 0300-788-0045.

Brasil – A nuvem de cinzas atinge também a região Sul do Brasil. O último balanço divulgado pela FAB (Força Aérea Brasileira), no início da tarde de ontem, informou que a nuvem estava mais baixa, a cerca de 1.000 metros. Também informou que a emissão de fumaça pelo vulcão vem perdendo força progressivamente. A nuvem se deslocou ontem, distanciando-se de Porto Alegre.

No entanto, permaneceu sobre as cidades de Caxias do Sul e Santa Maria (RS) e, ainda, sobre Florianópolis (SC).

Para o meteorologista Marcelo Seluchi, do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), a movimentação da nuvem indica que ela tende a se dissipar. Acrescentou que ela tende agora a seguir em direção ao oceano.

Liberação – O aeroporto de

Ezeiza, em Buenos Aires, foi liberado ontem à noite para a retomada dos voos, informou a Administração Nacional de Aviação Civil da Argentina (Anac). O aeroporto "se encontra sem limitações para operar, segundo o último relatório do Serviço Meteorológico Nacional (SMN)", disse a Anac.

Já no aeroporto metropolitano Jorge Newbery (Aeroparque), os voos continuam cancelados porque "a nuvem de cinzas vulcânicas emitida pelo Puyehue ainda mantém um efeito residual sobre sua área de influência", disse a Anac.

Segundo a agência, "o fenômeno é monitorado permanentemente e as condições de segurança das operações são avaliadas constantemente".

Previsão – O vulcão Puyehue é imprevisível e pode ficar em atividade por mais sete dias, informou ontem o Serviço Nacional de Geologia e Minas do Chile. (Agências)

Uma biblioteca com cinco séculos de história No Mosteiro de São Bento desde 1598, acervo tem mais de 100 mil obras Ivan Ventura

U

m tesouro do conhecimento humano é guardado com extremo cuidado no interior da clausura (confinamento) dos monges beneditinos da Capital. Trata-se da biblioteca do Mosteiro de São Bento, no Centro histórico paulistano, considerada pelos especialistas a mais antiga de São Paulo, com mais de quatro séculos de existência, e que reúne um acervo acima de 100 mil livros – a maioria relacionados à sociologia e à filosofia, além de farta documentação sobre a cidade de São Paulo. Do acervo, um total de 532 livros foram produzidos entre os séculos 15 e 17.

Fundada com o mosteiro no ano de 1598, a biblioteca é privada, usada pelos monges, além de professores e alunos da faculdade e do colégio São Bento. No entanto, frequentemente a administração do mosteiro abre as portas do local para estudantes e pesquisadores de outras instituições.

A biblioteca é dividida em duas salas. A primeira delas apresenta uma aparência simples, bem comum para os padrões atuais. A surpresa está em uma sala toda em madeira, ao lado, construída no início do século passado e bem aos moldes de um mosteiro retratado no filme "O Nome da Rosa", baseado em romance escrito pelo italiano Humberto Eco. Incunábulo – A comparação com essa obra literária não se resume à imponência da sala toda amadeirada. Os livros com formatos incomuns, pesados, cheios de ornamentos na capa ajudam a compor o cenário do local, em especial seis deles conhecidos como incunábulos (livros impressos nos primórdios da impressa, entre 1455, ano provável da impressão da Bíblia de Gutemberg, até 1500).

Entre os livros incunábulos, a maioria foi escrita em latim e tem como temática central a religião católica apostólica romana. Na impressão arcaica, há em comum a

Bíblia inspirada na de Lutero: outra raridade da biblioteca

Entre os livros incunábulos, a maioria foi escrita em latim

utilização da fonte gótica nas letras, algo muito comum naquele tempo.

Dentre as obras, a mais antiga é o Novo Testamento da Bíblia em latim, datada de 1496. Na década de 70 passada, ela foi restaurada e suas páginas são pouco visíveis a olho nu. A capa se perdeu com o tempo. Outra obra rara, religiosa e importante para o mosteiro é a reunião de sermões de um padre húngaro chamado Peibart de Temesluan, datada do ano de 1500.

"O livro já esteve no Index Librorum Prohibitorum (índice de obras não aconselhadas pela Igreja Católica). Naquele tempo, a Igreja não autorizava obras católicas que não fossem em latim", explicou João Baptista Barbosa, monge e um dos responsáveis pela manutenção da biblioteca.

O acervo ainda guarda uma "Bíblia pagã" escrita em alemão, inspirada na tradução de Martinho Lutero e que também esteve na famosa lista negra da Igreja Católica por quase quatro séculos. Ela é datada de 1556 e revela uma importante característica do Livro Sagrado Católico daquele tempo.

"Naquele tempo, os livros possuíam figuras com passagens bíblicas. Na época, havia muitos analfabetos. A figura ajudava no processo de catequização", disse Barbosa.

Escadaria em direção ao mezanino: local de obras antigas e raras

Medicina – Dentre as obras raras do acervo, o destaque é o primeiro livro médico sobre o Brasil, o chamado Historia Naturalis Brasiliae (História Natural do Brasil), escrito em latim pelo holandês Guilielmi Pisonis, em 1648. A obra é dedicada ao famoso Conde Maurício de Nassau, governador da colônia holandesa no Nordeste, entre 1637 a 1644, e um dos financiadores da obra de Pisonis.

Uma das curiosidades retratadas no livro é a descrição de algumas doenças e sintomas transmitidas por animais e plantas da costa do Nordeste brasileiro. Ocorre que parte da flora e da fauna retratada no livro já não existe e, na obra, podem ser observadas em figuras em preto e branco.

Do rol de livros raros não religiosos, o mosteiro ainda guarda o livro denominado "Gramática Egípcia", de 1836, e que foi escrito pelo famoso linguista francês Champollion e que levou à decifração dos hieróglifos egípcios. "É a primeira edição da famosa obra e uma das mais raras do mosteiro", disse o monge Barbosa.

Documentos – Nas prateleiras, bem guardados, há também importantes documentos e papiros que ajudam a contar a história de São Paulo. Um deles é o documento de doação do terreno onde atualmente está localizado o mosteiro. A área chegava à Ladeira Porto Geral, mas hoje não pertence mais ao mosteiro.

Atualmente, o acervo cresce na ordem de quatro a dez livros por dia. "Aceitamos doações e compramos os nossos livros. Claro, não aceitamos todos os livros, pois eles precisam se encaixar no perfil do nosso acervo. Por séculos, guardamos e protegemos o conhecimento adquirido pelo homem ao longo dos séculos", disse o monge Barbosa.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

3

11

º

NESTE ANO O Banco de Leite deverá entrar em funcionamento até o final do ano.

setor

LITROS Inicialmente, deverão ser recolhidos 60 litros de leite por mês.

Arquivo/DC

O aleitamento materno é de extrema importância para o desenvolvimento dos bebês, principalmente os prematuros. Na foto à direita, mães doadoras retiram leite.

Santa Casa cria banco de leite O investimento é de R$ 150 mil e o leite materno coletado beneficiará bebês prematuros, de risco, de mães doentes ou que não produzem o alimento Kelly Ferreira

Cuidados – De acordo com o professor Magalhães, o banco de leite humano também irá propiciar a realização de uma série de pesquisas, estudos comparativos do desenvolvimento conseguido com leite humano e os chamados "leites de fórmula", da redução da mortalidade e do ganho de peso nas primeiras semanas de vida.

"O conhecimento é tudo. Os alunos de medicina poderão informar que uma mãe pode doar de 100 a 300 ml sem prejudicar seu próprio bebê, pois o leite mamado ou doado é rapidamente reposto pelo organismo e volta a estar disponível", disse o médico.

Segundo ele, a iniciativa ajudará muito as mulheres contaminadas pelo vírus HIV, que não podem amamentar. Embora frequentemente a criança nasça sem o vírus, ele poderia ser transmitido pelo aleitamento. "Serão beneficiadas também as mães em tratamento quimioterápico, que não devem oferecer seu leite ao filho, e aquelas que simplesmente não produzem leite em quantidade suficiente", disse o médico.

O professor Maurício ressalta também que o projeto, que começa a ser desenvolvido, inclui um ângulo educacional, pois será possível a conscientização das mães convidadas a doarem o leite. Também será possível mostrar às mães dos prematuros a importância desse alimento, que precisa continuar sendo oferecido mesmo após a alta hospitalar do recém-nascido.

Dados – Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, de janeiro a maio foram coletados, no sudeste, 17.006 litros de leite materno e distribuídos 13.467 litros. Mais de 21 mil mulheres doaram leite para 13.818 receptoras. No Brasil há 301 pontos de doação, sendo 202 bancos de leite e 99 postos de coleta. A maioria se concentra na região sudeste (138) com destaque para São Paulo com 79 bancos e postos de coleta. O leite doado pode ser preservado por até 12 horas na geladeira ou, se pasteurizado, conservado por meses no freezer.

A

Santa Casa de São Paulo, localizada no Centro da capital paulista, terá o seu primeiro banco de leite materno.

O hospital, que presta atendimento a um grande número de gestantes de alto risco, mães adolescentes, recém-nascidos também de risco e prematuros que necessitam atenção especial ao nascer e nos primeiros meses de vida, deverá processar, inicialmente, 60 litros de leite materno por mês. A expectativa é que o banco de leite entre em funcionamento até o final deste ano. Com um investimento estimado em R$ 150 mil, o banco de leite humano da Santa Casa será o único instalado na região central.

Segundo o chefe do setor de Neonatologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Maurício Magalhães, responsável pela instalação do banco de leite, um mililitro de leite humano pode fazer toda a diferença na sobrevida do bebê prematuro, dependendo de seu peso e do tempo de gestação até a hora do parto. "Por esse motivo resolvemos montar um banco de leite, que será importante também para que os alunos do curso de Medicina aprendam as técnicas relacionadas com a retirada do leite das doadoras, com os procedimentos para conservação. Eles verão também como é comum que uma mãe não possa amamentar", explicou.

A Santa Casa realiza, em média, 200 partos por mês. Destes recém-nascidos, 25% ocupam os 27 leitos da UTI e Semi-UTI Neonatal, por prematuridade ou problemas de saúde. "O leite humano é vital para eles, muito vulneráveis.

Promove o crescimento adequado, permitindo que ganhem o peso que deveriam ter conseguido no útero e contém os anticorpos que darão ao pequeno organismo a resistência a infecções. Alimentado com leite humano, o bebê não fica tão dependente da prescrição de antibióticos", disse Magalhães.

Brindes da Ação Comunitária

FHD

O trabalho de inclusão da Ação Comunitária é tema da linha Brindes Criados com Arte, com ilustrações das crianças e jovens que participam dos programas socioeducacionais. Parte destas ilustrações são releituras das obras famosas que viram canecas, cadernos, agendas, calendários e réguas.

A ONG possui um setor de projetos para criação de brindes exclusivos para empresas. A compra pode ser feita também p e l o 5 8 4 3 - 2 9 4 4 o u v e ndas@acomunitaria.org.br.

A

ONG Banco de Alimentos lança, em parceria com a editora CookLovers, o livro Gourmet & Sustentável: Cozinhando com as partes não convencionais dos alimentos, na Livraria Gourmet na sexta-feira), das 18h30 às 21h30. A obra se propõe a disseminar o aproveitamento integral dos alimentos no segmento da alta gastronomia, utilizando cascas, entrecascas, folhas, talos e sementes, e incentivando a prática sustentável em preparações gourmet,

a mudança de cultura no preparo dos alimentos e o fim dos desperdícios.

A obra é dividida nos capítulos Canapés, Entradas Frias e Quentes, Pratos Principais, Sobremesas, Festa, Chá da Tarde e Bebidas. O livro será comercializado nas livrarias por R$ 54,90. A renda arrecadada com a venda será destinada à ONG Banco de Alimentos, abatendo-se as despesas. Mais informações sobre a instituição no site www.bancodealimentos.org.br.

DC

A

ONG Ação Comunitária lançou o seu catálogo de brindes 2011 com o objetivo de ampliar fundos para atendimento de mais de seis mil crianças em situação de vulnerabilidade social na cidade de São Paulo. Há mais de 10 anos no mercado de brindes, a ONG disponibiliza este ano ano o catálogo virtual no www.acomunitaria.org.br/pt/catalogo, com um menu de fácil acesso e subdivido em categorias: canetas, cadernos, brindes sustentáveis, linha ecológica, agendas e chaveiros.

Comércio de Materiais de Segurança Eletrônica Ltda.

Câmeras e Speed Domes

Cursos de férias a R$ 10

ONG lança livro gourmet

Mesas e DVRs

www.wbassessoriaeconsultoria.com.br

fhd@fhd.com.br

PABX 11 5539 0041 Rua Caravelas nº 504 - Vila Mariana - SP

• Depto. Pessoal • Depto. Jurídico • Depto. Fiscal • Depto. Contábil Tel.: (11) 3228-2570 / 3316-1497 - Fax: 3228-8673

Rua João Teodoro, 1.006 - Pari São Paulo - 03009-000 DC

www.fhd.com.br

nos 20 a você com

DC

Lentes • Fontes • DVRs

Carneiro Intermediação de Negócios Benefícios em Geral Revisão de Aposentadoria - Aposentadoria por Idade Aposentadoria Especial - Aposentadoria Proporcional Aposentadoria por Tempo de Serviço - Auxílio Doença Pensão por Morte - Aposentadoria por Invalidez Contagem de Tempo de Serviço Fones: 11 2058 Cel: 11

2701 9855 1856

carneirointernegocios@gmail.com www.siteadv.com.br/carneirointernegocios

A

Universidade Guarulhos (UnG) abriu as inscrições para os cursos de férias.

São 377 opções de cursos de curta duração, com aulas em Guarulhos, São Paulo e Itaquaquecetuba. O investimento é de R$ 10 por curso para quem pagar até dia até dia 25. De 26 a 9 de julho, o valor é de R$ 20.

As inscrições devem ser feitas no site www.ung.br, com a impressão da ficha e pagamento na controladoria do campus onde o curso será ministrado. Quem não tem tem acesso à internet, pode

se inscrever na universidade. Os candidatos podem se matricular em vários cursos, desde que não haja conflito de horário. Será emitido certificado de participação aos alunos que tiverem 75% de frequência. As aulas acontecem de 18 e 30 de julho.

Entre as opções: Administração, Contabilidade e Negócios; Arte, Cultura e Esporte; Biologia e Meio Ambiente; Comunicação; Direito, Justiça e Cidadania; Educação; Saúde e Bem-Estar; Tecnologia e Informática; e Gastronomia e Culinária.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Logo Logo

quarta-feira, 15 de junho de 2011

15

www.dcomercio.com.br

Johannes Eisele/AFP

Zebra fotografada em seu recinto no zoo de Berlim.

Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

JUNHO

12 -.LOGO

M EIO AMBIENTE C A R T A Z

SolarCity/Reprodução

VISUAIS

E M

Google aposta no Sol

A

Google anunciou ontem uma aliança com a companhia de energia solar SolarCity para investir US$ 280 milhões na instalação de painéis solares residenciais nos EUA, maior aposta da gigante da internet em energias renováveis.

O novo fundo financiado pela Google representa o investimento mais alto já feito nos EUA em projetos para impulsionar o uso residencial de energia solar.

"Esperamos que, com este investimento, nos vejam como um modelo a seguir", afirmou nesta terça-feira o responsável

de operações comerciais verdes da Google, Rick Needham, no blog da empresa. O executivo destacou que, com este fundo, a Google acumulará US$ 680 milhões investidos no setor de energias alternativas.

"Achamos que o mundo precisa de um amplo leque de energias alternativas no futuro. Estamos contentes de iniciar esta nova aliança com a SolarCity", acrescentou Needman.

Já o executivo-chefe da SolarCity, Lyndon Rive, afirmou em comunicado de imprensa que a Google é um "exemplo" para outras empresas.

Zero segundo – Também onte, os executivos do Google subiram ao palco do Inside S e a rc h , evento realizado no Yerba Buena Gardens, em San Francisco, EUA, para apresentar novidades que prometem revolucionar o sistema de buscas da empresa.

A principal notícia é o Instant Pages, atualização do Google Instant em que o usuário acessa um resultado de busca instantaneamente, isto é, não é necessário esperar a página carregar, pois ela abre em "zero segundo".

Anovidade já está disponível no Brasil em versão beta.

Vincent West/Reuters

Renan Cruz exibe trabalhos inéditos na Choque Cultural.

Rua João Moura, 997, Pinheiros, tel.: 3061-4051. Grátis.

T ECNOLOGIA

Inglaterra terá robô 'fiscal' de impostos O governo britânico deverá, em breve, usar a internet para fiscalizar as transações eletrônicas de consumidores e comerciantes que eventualmente "esquecem" de pagar seus impostos. De acordo com o site The Register, um robô passará a fiscalizar bancos de dados com informações sobre os contribuintes. Os bancos de dados reúnem desde informações sobre juros e transações bancárias até padrões de consumo e estilo de vida dos cidadãos. E caberá ao robô, na verdade, um software, cruzar as

informações para garantir que nenhum imposto deixe de ser pago.

Um exemplo citado pelo site The Register: se uma pessoa postou em seus perfis nas redes sociais as fotos de sua recente viagem ao Caribe, o robô vai conferir se as despesas feitas para e durante a viagem constam de sua declaração de impostos. O órgão anunciou também que dará atenção especial aos sites de comércio eletrônico que vendem produtos e não pagam os devidos impostos, ou pagam de maneira incorreta.

A LEMANHA Maurizio Gambarini/AFP

L

ABSTRAÇÕES - Obra Harran II, do artista norte-americano Frank Stella, é destaque da nova exposição do Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha, dedicada ao expressionismo abstrato. A mostra reúne 80 obras de 60 artistas como Jackson Pollock, Willem de Kooning, Alberto Burri, Ellsworth Kelly, Antoni Tàpies e Victor Vasarely.

M ODA L ITERATURA

Guilherme Lara Campos/Fotoarena/Folhapress

L

Modelos exibem criações de Alexandre Herchcovitch durante desfile realizado ontem na São Paulo Fashion Week, na Bienal do Parque do Ibirapuera. Para o Verão 2011/2012, o estilista aposta em simplicidade e cortes inspirados nos anos 1940 e 1950. Leia mais sobre a semana de moda no site.

Kati Brunne, Felix Albrecht e Lewin Grabo competem para saber quem come mais pepinos em cinco minutos. O concurso foi organizado ontem em frente ao portão de Brandenburgo, em Berlim, para reabilitar a reputação do pepino arruinada pelo surto de bactéria E.Coli. Kati venceu comendo 2,5 pepinos no tempo previsto.

F UTEBOL

Maradona leva chineses ao tribunal

www.dcomercio.com.br

A TÉ LOGO

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

Jefferson é convocado para ser o 3º goleiro do Brasil na Copa América

L

Avião solar conclui sua segunda viagem internacional com sucesso

A viúva do escritor português José Saramago, Pilar del Río anunciou ontem que o último livro de seu marido, no qual ele trabalhava quando morreu, será publicado em 2012. O livro fala sobre a indústria armamentista e o tráfico de armas. Saramago morreu em 18 de junho de 2010.

L OTERIAS Concurso 976 da DUPLA SENA Primeiro sorteio 04

05

10

16

30

47

32

45

50

Segundo sorteio 02

21

24

Concurso 2622 da QUINA 09

L

Limited anunciou no ano passado que ele seria a imagem em seu jogo esportivo The Winning Goal, e para isso usou seu nome e suas imagens sem permissão expressa. Ele pede no tribunal que as empresas ofereçam suas desculpas e o indenizem em 20 milhões de iuanes (US$ 3,08 milhões). As empresas asseguraram que assinaram um acordo com o astro argentino pelo qual já pagaram US$ 250 mil.

L

O ex-craque argentino Diego Armando Maradona levou aos tribunais duas empresas de internet chinesas, o portal Sina e a companhia de jogos online The9 Limited, por usar sua imagem sem autorização, informou a imprensa chinesa ontem. Segundo o diário Xin Beijing, Maradona fez a denúncia no Tribunal Popular Intermediário de Pequim. O ex-jogador e ex-treinador da Argentina assinalou que a The9

O último Saramago

27

55

63

74

Neymar desmente imprensa italiana e nega negociação com Real Madrid

T ECNOLOGIA Fotos: Divulgação

Voando para o futuro A empresa britânica de aeronáutica Airbus anunciou ontem design para suas aeronaves do futuro. Uma proposta que promete assustar aqueles que têm medo de voar e atiçar a curiosidade de quem gosta de tirar os pés do chão. O modelo, que só deve entrar em operação em 2050, terá um revestimento capaz de ajustar a temperatura interna da cabine e que permitirá também visualizar o céu por toda a estrutura da aeronave. Além disso, os aviões terão assentos projetados para se ajustar ao corpo dos viajantes, zonas de relaxamento e aparelhos de TV e jogos que terão como fonte de energia o calor dos corpos dos passageiros. O avião-conceito também foi desenhado para reduzir ao máximo o consumo de combustível, as emissões de gases e resíduos e o ruído. http://j.mp/mrhOs7

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

e

13 R$ 1 BI Techint fará duas plataformas para OSX, do bilionário Eike Batista.

conomia

ETANOL Proposta de fim do subsídio nos EUA foi rejeitada no Senado

Paulo Pampolim/Hype

Aumento da demanda da população por alimentos elevou o nível de emprego nas empresas de São Paulo. O saldo positivo no mês passado, ante abril, é de 14,5 mil postos de trabalho.

Indústria de alimentos é campeã de emprego em SP Entre as vagas abertas em maio na indústria paulista, o ramo de alimentação criou 8.419 e superou os demais.

O

setor de alimentos foi o recordista em termos de criação de vagas na indústria paulista no mês de maio, de acordo com dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No mês passado, o setor criou 8.419 vagas, bem acima do segundo setor que mais gerou postos, o de veículos automotores, reboques e carrocerias, que abriu 2.308 vagas.

O nível de emprego da indústria paulista registrou um crescimento de 0,16% em maio

ante abril, na série com ajuste sazonal, conforme os dados da Fiesp. No cálculo sem o ajuste sazonal, o emprego industrial cresceu 0,54%, na mesma base de comparação, o que representa saldo positivo de 14,5 mil postos no período.

Na comparação com maio de 2010, o emprego industrial cresceu 3,26% em maio deste ano. No acumulado de 2011, até o mês passado, o indicador registra alta de 4,5%. Segundo a Fiesp, dos 22 setores da pesquisa, 15 contrataram, 6 demitiram e 1 manteve o nível de emprego estável.

População – De acordo com o Assessor de Assuntos Estratégicos da Fiesp, André Rebelo, a indústria alimentícia foi beneficiada pelo aumento da demanda da população. Tanto é verdade que, de acordo com ele, foram criadas vagas na indústria de açúcar, suco de laranja, frigoríficos e, de forma generalizada, entre diversas indústrias do setor.

"A indústria alimentícia teve no segundo semestre de 2010 uma fase muito ruim para o emprego. Com o aumento do preço dos alimentos, a demanda caiu, a produção também e

o emprego não cresceu", disse Rebelo. "Agora que os preços dos alimentos estão recuando, a demanda aumentou, a produção também e os empregos acompanharam essa tendência", afirmou o assessor.

Turno adicional – Outro setor com destaque positivo no mês de maio foi o automobilístico, puxado, de acordo com Rebelo, pela GM, que recentemente abriu um turno adicional em sua fábrica em São Caetano do Sul. A indústria automobilística puxou o desempenho do setor de produtos de borracha e de material plástico,

que foi o terceiro a gerar mais empregos no mês de maio, com 1.695 oportunidades.

As usinas de álcool tiveram uma contratação residual no mês passado, com 1.180 vagas criadas pelo setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. De acordo com Rebelo, trata-se de uma contratação residual, já que a safra de cana teve início em abril. Apesar dos destaques setoriais, Rebelo qualificou como "morno" o desempenho do nível de emprego em maio. Ele explicou que, nos últimos três meses, a média do

emprego ficou zerada e, em 12 meses, embora o indicador acumule alta de 4,12%, a curva já está indicando estabilidade.

Entre os setores que mais demitiram em maio, estão: couro e calçados, com 2.330 dispensas; vestuário (1.510) e produtos têxteis (867). Rebelo disse que os três são setores afetados pelo câmbio valorizado. Além disso, é época de troca de coleções na área de moda, o que diminui a produção. A projeção da Fiesp para o nível de emprego neste ano é de um crescimento entre 2,5% e 2,7%, na comparação com 2010. (AE)

Salários acima do INPC em 2010

O

Pesquisa da FGV indica que 2,95 milhões de trabalhadores estavam contratados no setor em abril deste ano, e com carteira assinada.

Construção civil criou 125 mil postos em 2011

I

mpulsionada pela contratação de mais 39 mil trabalhadores com carteira assinada em abril, o nível de emprego na construção civil brasileira cresceu 1,34% no período em comparação a março, de acordo com pesquisa mensal realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo(SindusCon-SP) com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano foi apurado acréscimo de 4,43% nas contratações do setor, com a criação de 125,2 mil postos de trabalho. Com isso, em 12 meses o indicador apresenta alta de 9,28%, o que corresponde à

criação de 250,8 mil vagas.

Carteira – Com o resultado, no final de abril a construção brasileira empregava 2,95 milhões de trabalhadores com registro. Desse total, cerca de 1,5 milhão estava no Sudeste; 620 mil no Nordeste; 413 mil no Sul; 226 mil no CentroOeste e 174 mil no Norte.

Em nota, o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, afirmou que o volume expressivo de novos empregos no quadrimestre era esperado, devido à continuidade das contratações para obras privadas e dos programas "Minha Casa, Minha Vida" e de Aceleração do Crescimento (PAC). (AE).

percentual de pisos salariais reajustados acima do índice oficial de inflação em 2010 foi de 93,8%, acima dos 92,9% do ano anterior.

O resultado faz parte dos dados que integram o Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que desde 2009 promove a análise do avanço dos pisos salariais. O Dieese considera ganho real o reajuste que supera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, 619 de 660 acordos de convenções ou acordos coletivos de trabalho – na

indústria, comércio, serviços e rural – apresentaram ganhos reais nos pisos negociados. A parcela dos pisos salariais que sofreu reajuste igual ao índice inflacionário chegou a 2,4% (ou 16 dentre 660 negociações). O restante dos pisos (3,8%) teve alta abaixo do indicador de inflação.

Todos os setores analisados apresentaram ganhos reais em mais de 90% dos pisos pesquisados. O segmento mais beneficiado foi o rural, com ganho real em 100% dos casos. Na sequência, apareceram indústria (94,9%) e comércio (94,7%). O setor de serviços, no qual 90,6% dos pisos salariais tiveram ganhos reais, apresentou o maior percentual de reajustes iguais à inflação oficial: 5,2%.

A indústria apresentou o maior percentual de pisos salariais insuficientes para recompor a inflação, de 4,5%. Em 2010, o maior reajuste de piso salarial representou um ganho real de 34,3% acima do INPC, enquanto o menor apresentou uma perda real de 8,6%.

O estudo aponta que a maior parte dos pisos possui valor de até R$ 550. O menor patamar observado foi de R$ 510, o que equivale ao salário-mínimo vigente, enquanto o maior valor registrado foi de R$ 2,6 mil. Um quarto dos pisos eram menores que R$ 540 e a metade estava em patamar inferior a R$ 600. O valor médio dos pisos salariais no ano passado, pelo cálculo da entidade, foi de R$ 669,16. (AE)

Câmara aprova MP que dá R$ 55 bi ao BNDES

Odebrecht pode entrar no projeto do trem-bala

A

Odebrecht estuda participar da concorrência do trem-bala e de concessões de aeroportos no País, afirmou ontem o presidente da companhia, Paulo Cesena. Ele disse que, no caso do trem-bala, isso dependeria de associação com outros investidores. "É um projeto bastante complexo.

Estamos correndo para atender os prazos", explicou.

Para a operação em aeroportos, a Odebrecht não descarta atuar sozinha, mas também analisa consorciar-se com outros grupos. Para Cesena, ao associar-se a um sócio especializado "ganha-se competitividade num projeto de grande porte".

Cesena afirmou que a Odebrecht Transport planeja faturar em 2012 R$ 1 bilhão. Seu principal investimento é a operação da Supervia, concessionária dos trens urbanos do Rio de Janeiro. (Folhapress)

Câmara aprovou ontem à noite a medida provisória (MP 526) que autoriza empréstimo de R$ 55 bilhões do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A medida foi enviada ao Congresso no início do ano mas, até agora, nenhum centavo do aporte anunciado pela equipe econômica chegou ao BNDES. O Ministério da Fazenda quer deixar para 2012 a maior parte do repasse dos recursos.

Apesar da intenção de não emitir os R$ 55 bilhões (o repasse do empréstimo é feito com títulos do Tesouro) neste ano, o governo trabalhou para aprovar a medida.

A pedido do Palácio do Planalto, a MP foi incluída na pauta da Câmara. Agora, seguirá para aprovação pelo Senado, e tem prazo até 1 de julho. Se passar no Senado, será transformada em lei. (AE)

A

14 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

e

15 O preço médio do metro quadrado de um imóvel de um dormitório em Santos passou de R$ 2.602 para R$ 5.182, de 2006 a 2011.

conomia Marcelo Soares/LUZ

E

ntre janeiro e abril de 2011, o volume de negócios gerado pelo sistema de consórcios no Brasil aumentou 40% ante igual período do ano anterior, para R$ 25 bilhões, de acordo com informações divulgadas ontem pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

Na mesma base de comparação, as vendas de novas cotas de consórcios cresceram 28,2%, atingindo 834,4 mil unidades. O desempenho considera o segmento de veículos automotores (pesados, leves, motos), imóveis, eletroeletrônicos e serviços.

Ao mesmo tempo, o número de participantes ativos registrou crescimento de 11,6%, passando de 3,86 milhões em abril de 2010 para 4,31 milhões. No comparativo entre os iguais quadrimestres, as contemplações aumentaram 10,7%, passando de 318,6 mil para 352,6 mil.

Pesquisa recente da Quorum Brasil, realizada a pedido da Abac, aponta que, para 53% dos entrevistados, o sistema de consórcio significa investimento de longo prazo, facilidade em adquirir um bem, poupança de longo prazo e financiamento sem juros.

Classe C – O levantamento, que envolveu aproximadamente 700 entrevistados e cujas questões foram aplicadas em 49,4% de consorciados contemplados e 50,6% de não-contemplados, mostrou um crescimento de 158,3% da classe C no setor de automóveis e de 153,6% no de motocicletas, entre os anos de 2006 e 2010.

Outro resultado importante foi a maior participação das mulheres nas decisões de compra de cotas, especialmente nos eletroeletrônicos (105%), caminhões (92,9%) e imóveis (70,8%). Também aumentou o número de jovens nos consórcios de automó-

A alta nas vendas de cotas de consórcios de veículos entre janeiro e abril de 2011 ante igual período do ano anterior foi de 33,1%

13,8 por cento foi o aumento das vendas de novas cotas de consórcio de imóveis no acumulado dos primeiros quatro meses de 2011

733

Consórcios têm alta de 40% no 1º quadrimestre

mil foi o número de novos consorciados no segmento de veículos entre janeiro e abril de 2011 em relação a igual quadrimestre de 2010

Sistema movimentou R$ 25 bilhões no período, com destaque para a área de veículos. veis (120%) e imóveis (50%).

Veículos – A venda de novas cotas de consórcios de veículos automotores em geral registrou alta de 33,1% entre janeiro e abril de 2011 ante igual período do ano anterior e o número de novos consorciados chegou a 733,6 mil, conforme informações da Abac.

Com isso, o número de participantes em consórcios de veículos chegou a 3,62 milhões até abril, ante 3,21 milhões informado em abril de 2010, o que equivale a uma alta de 12,8%. Com relação ao número de contemplações, elas totalizaram 314,2 mil de janeiro a abril, ante 281,3 mil ao longo

de igual período do ano passado, registrando alta de 11,7%.

Imóveis – As vendas de novas cotas de consórcio de imóveis aumentaram 13,8% no acumulado dos primeiros quatro meses de 2011, em relação a igual período do ano passado, somando 79 mil unidades, de acordo com a Abac.

Em abril, o valor médio das cotas para a compra de um imóvel aumentou 3,6%, para R$ 96,9 mil, ante R$ 93,5 mil de um ano antes. No período, o segmento registrava 595 mil participantes, indicando aumento de 8% em relação a abril do ano passado. No quadrimestre, o número de pes-

soas contempladas nesse segmento cresceu 11,2%, para 25,9 mil pessoas.

Entre março de 2010 e abril deste ano, 3.937 participantes usaram os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar ou quitar parcelas, totalizando R$ 68 milhões. (AE)

Agliberto Lima/DC

Pré-sal expande mercado imobiliário na Baixada Santista agosto de 2006, 162 imóveis de três quartos haviam sido negociados na Baixada Santista. Em abril deste ano, foram comercializados 540 imóveis desse tipo, quase 3,5 vezes mais.

Consultor do Secovi-SP e um dos autores do estudo apresentado ontem, Robert Zarif aponta o Pré-sal como o principal motivo do aumento das vendas de imóveis na Baixada Santista. "O mercado está aquecido. Aonde a Petrobras chega há um ciclo de crescimento imobiliário. Ela está chegando a Santos."

De acordo com o consultor, todos os tipos de imóveis são vendidos com facilidade atualmente na Baixada Santista. Desde salas comerciais a apartamentos de alto padrão.

Por isso, o aumento do número de unidades vendidas e do preço não o surpreende. "Há lugares em que o preço aumentou mais."

Zarif afirmou, contudo, que o crescimento do mercado imobiliário da Baixada Santista está longe de atingir seu ápice. Nos próximos dez anos, pelo menos, ele espera que os investimentos para extração do petróleo devem aumentar. Isso também deve impulsionar a venda e os preços dos imóveis.

Dois dormitórios – O levantamento aponta que o segmento de dois dormitórios concentrou 42,8% (8. 801 unidades) dos lançamentos na região entre fevereiro de 2007 e abril deste ano. O nicho de três dormitórios ficou com 36,6% (7.523 unidades) da oferta total de 20.542 moradias. Reunidos, os dois segmentos correspondem a 79% do mercado e apresentaram uma performance significativa no setor.

Já os empreendimentos de um dormitório ficaram com 10,3% de participação no

Feirão movimenta R$ 10 bi

A

sétima edição do Feirão Caixa da Casa Própria bateu recorde de volume de negócios, ao movimentar mais de R$ 10 bilhões, entre contratos assinados e encaminhados, segundo informou ontem a Caixa Econômica Federal. Foi o melhor resultado desde o início do evento, em 2005. No ano passado, foram negociados R$ 8,4 bilhões.

O Feirão aconteceu em 13 grandes cidades brasileiras e mais de 457 mil pessoas passaram pelo evento. A última cidade foi Florianópolis que, no último domingo, encerrou o evento atingindo volume de negócios superior a R$ 400 milhões, com mais de 15 mil visitantes.

São Paulo recebeu 73 mil pessoas e movimentou R$ 2,025 bilhões, de 13 a 15 de maio, e o Rio de Janeiro teve mais de 66 mil visitantes, com movi-

mento de R$ 1,16 bilhão, de 20 a 22 do mesmo mês.

Neste ano, até a última sexta-feira, 10, a Caixa assinou no total 431.755 contratos habitacionais, totalizando R$ 29,15 bilhões em financiamentos.

O banco registrou uma média de R$ 310,1 milhões e 5.229 contratos de financiamento ao dia, sendo que 51% das famílias beneficiadas têm renda de até dez salários-mínimos.

Segundo a Caixa, para imóveis novos foram destinados 56% de todo o montante contratado no período, o que corresponde a R$ 16,32 bilhões.

Na nova versão do Programa Minha Casa Minha Vida, já foram realizados R$ 9,43 bilhões em financiamentos, destinados à construção de 128.504 unidades habitacionais, a maioria das moradias na faixa de renda de até seis salários-mínimos. (AE)

Estudo do Secovi mostra que preços e vendas de imóveis na região deram um salto desde 2006.

mercado e os de quatro dormitórios com 10,2%. Do total ofertado no período, 98,8% são empreendimentos verticais. As casas representaram apenas 1,2% do mercado, com 243 unidades.

Dentro do mercado de imóveis verticais, o nicho de dois dormitórios prevaleceu com 42,7% do total oferta (8.667 unidades), seguidos pelo de três dormitórios (36,8%), um dormitório (10,4%) e quatro

Mais prazo para crédito pessoal com garantia de imóvel

dormitórios (10%).

De acordo com o levantamento, o segmento de quatro dormitórios foi o que obteve a melhor performance de vendas no período, com um giro de 19% ao mês. A entidade lembra, entretanto, que a pesquisa foi realizada em quatro municípios diferentes e com realidades diversas. Dentro desse universo, a cidade da região com a maior oferta de quatro dormitórios

os de e inte Requ

20 an Conforto!

C

om o objetivo de ampliar sua base de clientes, a Caixa Econômica Federal decidiu aumentar o prazo máximo de contratação do Crédito Aporte de 120 para 180 meses. Além disso, agora o banco também aceita o único imóvel residencial do cliente como garantia.

Em nota, a instituição destaca que essa tipo de operação – que também é conhecida como home equity – é muito comum em países desenvolvidos e está ganhando força no Brasil. Nos primeiros cinco meses deste ano, a Caixa liberou cerca de R$ 340 milhões para este segmento. O montante já é superior a contratado durante 2010. (AE)

é Santos, cujas características específicas influenciaram diretamente no resultado.

Giro – Embora o segmento de três dormitórios tenha participado com 37% do mercado, alcançou um giro relativo de 11% ao mês e o maior giro absoluto do mercado, de 744 unidades por mês.

A pesquisa foi realizada pela Robert Michel Zarif Assessoria Econômica a pedido da entidade. (AE)

DC

E

m julho de 2006, a Pet ro b r a s a n u n c i o u a descoberta de petróleo na chamada camada do Pré-sal da Bacia de Santos. A partir do anúncio da estatal, a Baixada Santista começou a receber uma série de investimentos, que impulsionaram o mercado imobiliário da região.

Desde a descoberta do Pré-sal, o preço dos imóveis em Santos e outras cidades da Baixada Santista quase dobrou, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Um estudo divulgado ontem pela entidade aponta que o preço médio do metro quadrado de um imóvel residencial de um dormitório, por exemplo, passou de R$ 2.602 para R$ 5.182 de agosto de 2006 a abril de 2011.

A quantidade de imóveis vendidos também aumentou de forma expressiva. Em

Visite nosso site e verifique nossas acomodações.

www.asturiasmotel.com.br

Fone: 11 3816-6689

asturias@asturiasmotel.com.br Avenida Nações Unidas, 7.715 - Pinheiros - São Paulo/SP

16

e Telebrás quer rede para sinal digital de TV

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Atenderemos a todas as necessidades de comunicação de longa distância.

Caio Cezar Bonilha Rodrigues, presidente da Telebrás

conomia

Colin Gray/Image Source

Estatal tem planos de estabelecer um sistema de cabos ópticos para as transmissões de emissoras públicas do País

O

presidente da Telebras, Caio Cezar B o n i l h a R o d r igues, disse ontem que a empresa está apta a garantir o cabeamento óptico para transmissão de sinal digital de televisão para emissoras públicas no Brasil.

O projeto é composto por cinco anéis regionais em todo o País e deve estar concluído em três anos, para que, até 2016, todo o sistema digital seja implantado, caso seja decidido que a Telebrás será a prestadora do serviço. Ainda não está, porém, definido se, efetivamente, a empresa será a responsável pelo envio do sinal digital.

"Nossa cobertura atinge quase 80% dos municípios brasileiros. Temos uma estrutura básica nacional de 31 mil quilômetros de fibras ópticas", disse Bonilha. "Atenderemos a todas as necessidades de comunicação de longa distância no Brasil nos próximos cinco anos", acrescentou.

Somos representantes da sociedade civil, mas não somos chamados para debater e discutir.

CLAUDIO MAGALHÃES, DA ABTU Baixo custo – Para o presidente da Telebrás, o uso de fibra óptica tem a vantagem de ser de baixo custo operacional e de ter alta capacidade de banda disponível, além de permitir o incentivo a provedores locais. "Significa criar sinergia, empregos e desenvolvimento de conteúdo nas cidades, com internet popular e aumento do número de empregos", disse.

O assunto foi discutido ontem em audiência pública na Câmara dos Deputados. O tema em debate foi o Operador

Único de Rede de TV Digital, rede de antenas responsável pela transmissão do sinal digital de emissoras públicas nacionais e locais.

A presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, explicou que a discussão sobre o Operador Único surgiu com o início das transmissões do sistema digital no Brasil, em dezembro de 2007. "Não se fala em plataforma de transmissão digital, mas de rede pública, o que temos construído com muito sucesso. Temos parcerias firmadas com um número enorme de emissoras do campo público, educativas privadas de algumas universidades e comunitárias. O diferencial do nosso sistema é a multiprogramação e a interatividade", disse a jornalista.

Entretanto, Tereza Cruvinel lembrou que é preciso garantir recursos no Plano Plurianual 2011-2012, ainda em elaboração, para a implantação

Para a Telebrás, o uso de fibra óptica é de baixo custo e permite alta capacidade de banda disponível.

do projeto. "Estamos dialogando em busca de um acordo. Esses recursos são importantes para nós", afirmou.

O presidente da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), Cláudio Magalhães, reclamou do fato de a instituição não ter sido ouvida na discussão do projeto, bem como outras entidades res-

ponsáveis por TVs comunitárias e universitárias. "Somos representantes da sociedade civil e, com exceção da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e do Conselho Curador da EBC, não somos chamados para debater e discutir nada", disse Magalhães.

"Nós representamos a TV pública no País. E, se querem in-

teração na TV, tem de ser pelo plano público", disse ele.

Magalhães sugeriu que haja uma parceria com operadores locais para facilitar a transmissão do sinal. A ideia, segundo ele, é fazer com que emissoras universitárias, por exemplo, contribuam com seus equipamentos e torres de transmissão na emissão do sinal. (ABr)

Dirceu Portugal/AE

Governo projeta alta de 23% na produção brasileira de grãos

Energia em debate

A

Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) realizam no próximo dia 20, às 8h30, seminário sobre a Matriz Energética do Estado de são Paulo. Entre os palestrantes estão o gerente executivo de logística da Petrobras, Eduardo Autran de Almeida Júnior, o presidente da União da Indústria de Canade-Açúcar (Unica), Marcos Sawaya Jank, o secretário de energia de São Paulo, José Aníbal e o professor Paulo Saldiva.

O presidente da ACSP e conselheiro do CIEE, Rogério Amato, fará pronunciamento na abertura do evento.

O seminário é gratuito, mas inscrições devem ser feitas pelo site www.ciee.org.br/portal/eventos. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (11) 3040-6541/6542.

A

Segundo projeção, área plantada aumentará 9,5%.

oferta de grãos do Brasil deve crescer 23% até 2021, com a perspectiva de aumento da colheita em 32,9 milhões de toneladas.

O estudo "Brasil - Projeções do agronegócio 2010/11 a 2020/21", divulgado ontem pelo Ministério da Agricultura, projeta a produção de 175,8 milhões de toneladas em 2021. No ciclo 2010/11, a previsão é de que a safra alcance 142,9 milhões de toneladas. A estimativa leva em conta o cultivo de arroz, feijão, milho, soja em grão e trigo.

Essa previsão considera a expansão de 9,5% na área plantada até 2021. "O Brasil é um dos poucos países do mundo que podem ampliar a produção de alimentos com ganhos reais de produtividade e mantendo a salvo suas reservas naturais", informou o ministério. A expectativa é de que a

produção de soja avance cerca de 25,9% nos próximos dez anos, para uma colheita estimada de 86,5 milhões de toneladas em uma década.

No ano passado, a produção da oleaginosa foi de 68,7 milhões de toneladas.

Depois da soja, o milho deve se destacar, podendo alcançar a 65,5 milhões de toneladas no início da próxima década, o que representará um crescimento de 23,8%. Em 2010, a produção foi de 52,9 milhões de toneladas.

Até 2021, a estimativa é que a área total de lavouras será de 68 milhões de hectares – 6 milhões a mais do que hoje.

A expansão deverá ocorrer por conta do plantio de soja (que passará de 24,74 milhões de hectares pra 30 milhões de hectares,) e da cana-de-açúcar, que deve subir de 9,42 milhões de hectares para 11,52 milhões de hectares. (AE)

Licitação de concessões energéticas traria vantagens, segundo Fiesp.

A. RODRIGUES IMÓVEIS Administração de Bens

www.arodrigues.com.br

11

Av. Roland Garros, 1.580 • Jardim Brasil •

2243-4782

Imóveis para locação na Zona Norte

Mecânica e Comércio de Peças Av. Cachoeira Paulista nº 166 - SP - mecaleste@yahoo.com.br

REF.: D02

REF.: D01

"É ilegal, salvo se mudar a lei", disse.

O dirigente empresarial avaliou ainda que, se o governo optar pela renovação, seria uma incongruência, visto que o modelo vigente que determina a expiração das concessões em 2015 foi feito pela própria presidente Dilma Rousseff – que, na época, era ministra de Minas e Energia no governo Lula.

O presidente da Fiesp contestou as informações das empresas de que ainda há um grande volume de investimentos não-amortizados. "Quem sabe quanto não foi amortizado é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)". (AE)

Tel./Fax: 11 2684 5066 - 9930 2920 (cel.) - Nextel: 7859 7601 - ID: 48*14407 DC DC

CRECI 2.054-5 J

Segundo ele, o estudo aponta para uma redução de cerca de 80% da energia gerada por essas usinas, cujas concessões vencerão em 2015, e que representam 20% do parque de geração hidrelétrico do País. O efeito na conta do consumidor, no entendimento de Skaf, seria uma redução imediata de 20%.

O presidente da Fiesp defendeu que os investimentos realizados nessas usinas já foram totalmente amortizados e, por essa razão, poderia haver uma redução drástica na tarifa. Ele considera ainda que, se o governo optar por renovação das concessões, seria um processo ilegal.

DC

A

licitação das concessões do setor elétrico que vencem em 2015 geraria um ganho de R$ 900 bilhões para a sociedade brasileira no período de 30 anos. Essa é a conclusão de um estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que seria entregue ontem a parlamentares no Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

"Nós defendemos o cumprimento da lei e a lei determina que, em 2015, essas concessões voltariam para a União e que fossem realizadas novas licitações", afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

(11) 2215-5422 / 5244 / 5499

Prédio com 3 andares Área total: 600m² e 04 wcs - R$ 6.000,00.

www.CASACRUZFERRAMENTAS.com.br

Salão em esquina movimentada 150m² e 02 wcs - R$ 4.500,00.

vendas@casacruzferramentas.com.br

REF.: D03

REF.: D04

Ferramentas

Terreno com cobertura - 920m² em esquina - R$ 4.000,00.

QUÍMICOS: Marcador Industrial, Pasta Ajuste e Trava Rosca; CORTE: Bedame, Bits, Serra Circular, Fresa, Macho, Broca; MANUAL: Lima e Ferramentas de aperto; ABRASIVOS: Rebolos, Pedras, Discos e MUITO MAIS. Salão em local de movimento 160m² e 02 wcs - R$ 3.600,00.

Rua Silva Bueno, 2.719 - Ipiranga

Corneta

quarta-feira, 15 de junho de 2011

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 17

DIÁRIO DO COMÉRCIO

18 -.ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 15 de junho de 2011

e

Do total de vendas de protetores solares, 80% acontecem em farmácias.

Nicolas Fisher, CEO da BDF Nivea Brasil,

conomia

Nivea: 100 anos de inovação.

Companhia alemã, desde 1914 no Brasil, acredita no potencial do País, apesar de problemas de infraestrutura e educação.

Neide Martingo

E

Divulgação

voluir, sem perder a essência. Talvez seja esse o trunfo da Nivea, empresa alemã que está completando 100 anos de existência. A companhia foi fundada na Alemanha em 1911. Naquela época, não existiam cremes à venda. O farmacêutico Oscar Troplowitz e o dermatologista Paul Gerson criaram um creme firme para a pele, baseado em uma emulsão de óleo e água, para hidratação. "As pessoas passaram a

ter um creme no armário do banheiro para usar todos os dias", afirma o CEO da BDF Nivea Brasil, Nicolas Fisher.

Na época, as "latinhas" do creme Nivea eram amarelas com decorações verdes. Mas, como tinham um aspecto art noveau, a embalagem ganhou a cor com a qual é conhecida até hoje – azul escuro. "O estilo inicial era considerado avançado. O que ficou combina mais com a tradição", diz.

Fotos: Patrícia Cruz

A empresa chegou ao Brasil em 1914. De lá para cá, houve muitos produtos, novidades, mas o objetivo é o mesmo: os cuidados com a pele. "As empresas que mudaram demais perderam a personalidade das m a rc a s . O s i t e n s t ê m q u e acompanhar as necessidades dos consumidores, sempre em modificação. Mas os valores devem ser mantidos."

Nos anos de 1970 e 1980, a Nivea preferiu não fazer investimentos marcantes em território nacional, por conta da alta inflação. Ao mesmo tempo, havia espaço para crescer no mercado europeu. O Brasil, porém, sempre foi considerado o País do futuro pela companhia. Em 1994, com o Plano Real, o interesse pelo Brasil

aqui no Brasil, tem uma textura mais leve. Além disso, foram desenvolvidas fragrâncias, como a de erva-doce para o sabonete líquido. Para descobrir essas e outras vontades do brasileiro, o próprio Fisher costuma visitar a casa deles, junto com uma empresa de pesquisa. "Em uma ocasião, descobrimos que uma consumidora da Bahia gostava de usar protetor solar – mas só depois de ter se queimado um pouco. Dessa forma, desenvolvemos um produto que permite que as pessoas tenham a pele dourada, mas fiquem protegidas – ele ativa o bronzeamento natural."

Para Fisher, o público alvo da Nivea são os integrantes das classes A, B e C. Os cremes para o rosto ainda têm um preço que pode ser considerado alto pelas classes D e E. Mas outros itens, como o desodorante, ou uma loção para o corpo, por exemplo, que custam R$ 6, são acessíveis. Para que a marca seja consumida, diz o executivo, é preciso que as pessoas a conheçam; a Nivea tem que estar ao redor dos consumidores, por meio de inserções em TV e internet; eles precisam encontrar os produtos no ponto de venda.

"Do total de vendas de proO estilo inicial tetores solares, era tido como 80% acontecem avançado. O em farmácias", que permaneceu detalha. combina com a "As classes C tradição. e D tiveram alta na renda. E sencresceu. No final de 2010, o mer- timos a necessidade de convercado brasileiro era o quarto sar mais com as pessoas que as mais importante no mundo em integram. Um jeito foi particifaturamento para a Nivea, per- par de novelas e de campeonadendo para a Alemanha, França tos de futebol. Os homens tame Itália. Até dezembro deste bém consomem itens da Nivea", ano, deve passar ao segundo lu- explica Fisher. Outro exemplo gar. "O Brasil representa a possi- de mudança foi a embalagem bilidade de grandes negócios. do desodorante da marca, de viForam feitas adaptações nos dro para plástico, o que provoprodutos para agradar ainda cou uma queda de 10% no premais aos consumidores brasilei- ço. "Os consumidores brasileiros percorrem distâncias granros", explica o executivo.

Segundo ele, o creme Nivea, des, e a embalagem podia se

Nicolas Fisher, da BDF Nivea Brasil, afirma que foram feitas adaptações nos produtos para agradar mais aos brasileiros.

quebrar. E o desodorante, agora, pesa menos. A imagem da marca continua a mesma. Mas o que era aspiracional tornou-se mais acessível."

Vendas – Com medidas como essas, o interesse pelos produtos da Nivea aumentou.

"Enquanto o mercado de cos-

Os itens têm que acompanhar as necessidades dos consumidores, sempre em modificação. Mas os valores devem ser mantidos.

NICOLAS FISHER, BDF NIVEA BRASIL

Farmácias buscam se reinventar Aumento da concorrência leva a esses estabelecimentos o desafio de se diferenciar para o consumidor Paula Cunha

Paulo Pampolin/Hype

O

Brasil tem cerca de 64 mil farmácias, concentradas principalmente nos grandes centros urbanos.

Do total, 12 mil estabelecimentos comercializam 75% dos medicamentos consumidos no País. Para o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sincofarma), o ideal é que exista uma farmácia para cada 3,5 mil habitantes. O que se observa, contudo, é que várias unidades de redes diferentes se instalam em uma mesma área, gerando grande concorrência.

A s f a r m á c i a s p re c i s a m , neste contexto, se diferenciar, seja no atendimento, na oferta de serviços ou de produtos específicos, como os voltados para os aposentados e os chamados medicamentos genéricos. Isso fez com que elas se transformassem em centros de vendas de diversos tipos

Setor tem adotado modelo similar ao das lojas de conveniência

de itens, desde que autorizados pela legislação.

O consultor de marketing do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Wlamir Bello, disse que os estabelecimentos adotaram um modelo semelhante ao das lojas de conveniência, forçados pelo crescimento da concorrência e pela necessidade de atender à exigência de praticidade por parte dos consumidores.

Com isso, as pequenas redes optaram por investir no atendimento diferenciado para públicos específicos – como os aposentados, os alérgicos e os diabéticos. Além disso, Bello recomendou a estratégia de facilitar o pagamento e oferecer entrega em domicílio. "As pequenas devem formar um banco de dados para controlar os itens em estoque e saber quais são os mais vendidos. Ao cruzar esses dados com o perfil

méticos cresceu 8% no ano passado, as vendas da empresa tiveram alta de 15%. O Brasil é o terceiro mercado mundial do setor. Os Estados Unidos e o Japão, que ocupam os primeiros lugares, quase não apresentam crescimento. O Brasil tem um enorme potencial."

dos consumidores, poderá atrair uma clientela fixa."

Na opinião de Sérgio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), outro fator que contribuiu para a concentração do mercado nas grandes redes e no aumento da abertura de unidades próximas umas das outras foi a constatação, por parte dos consumidores, que esses empreendimentos o f e re c e m u m a g a m a m a i s abrangente de produtos.

Para ele, a sobrevivência das pequenas redes decorre de seus baixos custos, já que elas necessitam de um número menor de funcionários – o que não as impede de oferecer serviços diferenciados. Mena lembrou que a dinâmica de atuação das farmácias é semelhante à de outros empreendimentos do varejo, como os minimercados, pois pode-se observar que as redes médias (formadas por quatro ou cinco unidades) também conseguem atuar nos grandes centros urbanos.

No território nacional, a fábrica da Nivea fica em Itatiba, no interior do Estado de São Paulo. Do total consumido no mercado interno, 95% são produzidos na América Latina e 5% vêm da Europa.

"Os maiores problemas do Brasil são ligados à infraestrutura e educação. Os aeroportos e estradas necessitam de melhorias. A economia brasileira continuará crescendo de forma sustentável – o País vai precisar de pessoas preparadas e bem-formadas. Além disso, a carga tributária é alta demais", completa Fisher.

Nos mercados, novas opções para os pequenos.

C

om o objetivo de ampliar seu campo de atuação, farmácias instalaram-se em supermercados. Hoje, elas representam 1% do faturamento destes últimos, ou seja, R$ 2 bilhões. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, explica que o segmento começou a despertar o interesse pelas redes de pequeno e médio portes, pois agrega mais uma atividade para quem deseja praticidade com economia de tempo.

Para os supermercados, outra vantagem é que há redes de farmácia que operam independentemente deles e com administração própria.

Elas apenas ocupam suas áreas livres. "Essa estratégia de incorporar mais empreendimentos que fazem parte do dia a dia do consumidor, como já ocorreu com os postos de combustíveis, ajuda a agregar valor aos supermercados", diz. E lembra que a

medida tende a se intensificar, pois o acesso aos medicamentos cresceu significativamente em razão da comercialização dos genéricos e da Farmácia Popular, criada pelo governo federal. Para ele, essas iniciativas colaboraram para que até as pequenas redes de farmácias se expandissem nos últimos anos.

Outro fator que beneficia a interação com as farmácias é que essas oferecem os serviços de um farmacêutico em suas unidades, o que as tornam mais atrativas, pois os supermercados já oferecem itens de higiene e beleza. As atividades atuam de maneira complementar, diz Honda.

O presidente da Abras lembra que a expectativa é de expandir essa interação e que a entidade criou um comitê de farmácia para que o supermercadista que deseja oferecer tais serviços conheça as suas regras de atuação, pois se trata de uma atividade controlada. (PC)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

e

ECONOMIA/LEGAIS - 19 Todos os setores estão sendo afetados, e não só as micro e pequenas.

Rogério Grof, do Simpi-SP

conomia Genilson Araújo/Agência O Globo

Pequenas sofrem com invasão de importados É o que indica pesquisa realizada pelo Simpi-SP

P

esquisa do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (SimpiSP) mostra que 45% das indústrias com até 50 funcionários afirmam ter perdido mercado por conta dos produtos importados. Além disso, 75% das companhias pesquisadas consideram a concorrência com os importados desleal por conta, entre outros motivos, dos baixos preços dos produtos comprados no exterior e do custo tributário no Brasil.

Ueslei Marcelino/Reuters

Como consequência desta realidade, 90% dos pequenos industriais pesquisados defendem mecanismos que fortaleçam o mercado interno.

Do total das indústrias pesquisadas, 62% consideram a concorrência desleal por conta dos preços mais baixos oferecidos pelos produtos estrangeiros. A carga tributária mais alta no Brasil foi citada por 47%.

Outros 17% afirmaram que os importados utilizam mão de obra de menor custo; 12% acreditam que esses produtos pos-

Redução da carga tributária no País é apontada como solução para enfrentar concorrência das importações

suem qualidade inferior e preço menor; 4% avaliam que os importados são melhores que os nacionais, enquanto 3% apontaram o câmbio como responsável pelos preços mais baixos dos importados.

Segundo o diretor de relações institucionais do Simpi, Rogério Grof, as importações

afetam, principalmente, as micro e pequenas indústrias de calçados, vestuário e móveis.

"Todos os setores estão sendo afetados, e não só as micro e pequenas, mas a indústria como um todo", disse Grof.

O diretor explicou que os problemas causados pela invasão de importados são gra-

ves devido à dependência das micro e pequenas do mercado interno. "Elas não exportam muito e competem com produtos que chegam muito mais baratos", disse ele.

Do total de entrevistados pelo Simpi-SP, 10% afirmaram que exportam, sendo que 34% esperam aumentar o volume

de produtos vendidos ao exterior daqui um ano, mas 17% creem em diminuição de vendas e 45% em manutenção.

Carga tributária – A pesquisa mostra as medidas defendidas pelos empresários para proteger a indústria: 63% defendem a diminuição da carga tributária para o produto nacional e 9% querem impostos mais altos exclusivos para os importados.

Já 9% dos consultados veem o aumento de crédito para as micro e pequenas indústrias como saída, enquanto 8% defendem a queda dos juros. Já 7% reivindicam barreiras aos produtos estrangeiros e 5% acreditam que o melhor é investir em qualificação de mão de obra nacional. Outros 3% defendem um câmbio mais flexível. "Não são medidas protecionistas, mas que fortaleçam o mercado interno para que as micro e pequenas tenham condições de competir com os importados", afirmou Grof.

Para ele, os empresários brasileiros estão tentando aumentar sua produtividade e, por isso, investem na capacitação da mão de obra. A pesquisa do Simpi-SP consultou 300 micro e pequenas indústrias, metade delas da capital paulista e metade, do interior. (AE)

Petróleo: Mantega estuda partilha de royalties.

A

Ministro quer preservar contas e isentar União de compensar estados PREFEITURA DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA HIDROMINERAL DE ÁGUAS DE SÃO PEDRO TOMADA DE PREÇOS 12/2011 A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à Praça Prefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento de interessados, que se acha aberta a Tomada de Preços 12/2011, que objetiva a contratação de empresa para execução de obras e serviços de reforma do Balneário Municipal, localizado à Avenida Carlos Mauro, s/n, Centro, por empreitada e preço global, com fornecimento de materiais, mão de obra e equipamentos necessários. O edital e anexos poderão ser retirados diretamente no endereço supracitado, das 12:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante o recolhimento da taxa de R$ 100,00. Será exigido cadastramento prévio, visita técnica e caução de participação. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados até às 9:30 horas do dia 07/07/2011, sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia, às 10:00 horas. Águas de São Pedro/SP, 14/06/2011. Paulo César Borges - Prefeito Municipal.

nova proposta de repartição dos royalties petrolíferos e da participação especial (PE) devidos pela exploração de petróleo no mar chegou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que analisa a matéria em parceria com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Mantega afirmou ontem ao autor da proposta, senador Wellington Dias (PT-PI), que o governo tem duas preocupações principais: preservar o equilíbrio das contas dos estados produtores e isentar a União de compensá-los pelas perdas de receita.

O projeto, de autoria de Wellington Dias e do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), propõe a divisão entre todos os estados e municípios brasileiros, produtores ou não, dos royalties e da PE relativos ao petróleo extraído do mar – e não apenas da camada de pré-

sal. Segundo Dias, a proposta não diminui os repasses aos estados produtores – Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A iniciativa separa, em primeiro lugar, o montante destinado aos estados produtores.

O valor restante será dividido entre a União (40%) e estados e municípios (60%), meio a meio, conforme os critérios de rateio dos recursos dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

O objetivo é transformá-la em um substitutivo ao projeto de lei 8.051/2010, que está na Câmara e traz outro modelo de repartição dos royalties do petróleo extraído do pré-sal.

A diferença fundamental entre a proposta dos piauienses e a "Emenda Ibsen" – de autoria do ex-deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) – é que esta previa que a União compensaria os estados produtores pelas perdas de receita. O projeto de

ASSOCIAÇÃO PAULISTANA DOS CONDUTORES DE TRANSPORTE COMPLEMENTAR DA ZONA LESTE CNPJ 04.753.520/0001-26 EDITAL DE CONVOCAÇÃO O Presidente da Associação Paulistana dos Condutores de Transporte Complementar da Zona Leste, no uso de suas atribuições e conforme determina o artigo 74º do Estatuto Social da entidade, CONVOCA seus associados, para participarem da Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a realizar-se no dia 15 de Julho de 2011, na Rua Joaquim Marra, nº 1.783 - Vila Matilde - São Paulo/ SP, Das 09:00 horas às 17:00 horas, para deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: Escolha dos candidatos através de Eleição, ao Conselho Fiscal, com mandato de Julho de 2011 a Julho de 2012; São Paulo, 15 de Junho de 2011.

WILSON ROBERTO RIBEIRO - Diretor Presidente

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINA Decisão da Comissão Permanente de Licitação no Processo 05/11, Concorrência 01/11, objetivando a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de publicidade e marketing, para fins de divulgação de projetos, programas, obras, serviços, campanhas e outras ações. Em atendimento ao disposto no item 13.8 do edital, a CPL torna público o resultado do julgamento da proposta técnica, a saber: Entrelinhas Publicidade Ltda. - 180,00 pontos e Única Propaganda Ltda.-EPP - 157,50 pontos.

Andradina, 14 de junho de 2011.

ADILSON DANTAS DA SILVA - Presidente da CPJL

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI MIRIM EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 092/2011 Objeto: Contratação de seguros de caminhões e máquinas. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 01/07/2011, às 14:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 30/06/2011. Pregoeira.

EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 007/2011 Objeto: Aquisição de máquinas e ferramentas. Recebimento das propostas comerciais a partir do dia 17/ 06/2011, até às 16h30min. do dia 01/07/2011. Abertura e julgamento das propostas: das 08:00 às 13h59min. do dia 04/07/2011. Abertura dos lances a partir das 14:00 horas do dia 04/07/2011. Retirada do Edital: Diretamente no site www.bbmnet.com.br e ou gratuitamente através do site www.mogimirim.sp.gov.br para consulta. Demais Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1059. Pregoeira.

ALTERAÇÃO DO EDITAL E REABERTURA DOS PRAZOS DO PRESENCIAL Nº 083/2011 Objeto: Registro de preços para serviços de manutenção em veículos pertencentes à frota municipal.

Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 05/07/2011, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 38141052/1059/1060. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 04/07/2010. Pregoeira.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 14 de junho de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Reqte: Advalorem Fomento Ltda. Reqdo: WS Tubos e Conexões Ltda. R. Doutor Edgard Magalhães Noronha, 309 – Vila Nova York - 1ª V. de Falências.

Reqte: Credit BR Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios. Reqdo: A2M Soluções Gráficas Ltda ME. R. Jose Oscar Abreu Sampaio, 246 – Jardim Anália Franco - 2ª V. de Falências.

Reqte: Credit BR Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios - Reqdo: União Tubos Aços Helicoidal Ltda – ME. R. Pedro Gonçalves Parentes, 38 – Chácara São João - 1ª V. de Falências

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/01368/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Prof. Attilio Burin - Av. Estados Unidos, 2.137 - 14200-000 - Jd. dos Imigrantes - São Simão/SP; EE Salustiano Lemos - Praça José Garcia de Abreu, 1 - 14270-000 - L.U.Andreazza - Santa Rosa de Viterbo/SP - 90 - R$ 16.025,00 - R$ 1.602,00 - 09:30 - 01/07/2011.

05/01487/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Prof.

Joaquim Torres Santiago - Rua Antonio Bonici, 60 - 03811-060 - Ermelino Matarazzo - São Paulo/SP; EE Escultor Galileo Emendabili - Rua Jeribatuba, 700 - 08250-090 - Parada XV de Novembro - São Paulo/SP; EE Francisco Parente - Rua Toshio Yoshida, 11 - 08111-710 - Vila Odete - São Paulo/SP - 150 - R$ 105.518,00 - R$ 10.551,00 10:00 - 01/07/2011.

05/01489/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Prof.

Joaquim Luiz de Brito - Rua Sta. Lúcia Fillipini, 65 - 02737-100 - Itaberaba - São Paulo/SP; EE Prof. José Maria Reys - Av. Conceição, 3.027 - 02135-001 - Jd. Munhoz - São Paulo/SP; EE Prof. Rafael de Moraes Lima - Rua Lavinia Pacheco e Silva, s/n - 02346-140 - Jd. Dona Leonor M. Barros - São Paulo/SP - 150 - R$ 110.680,00 - R$ 11.068,00 - 10:30 - 01/07/2011.

05/01490/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Joaquim Gonçalves Ferreira da Silva - Rua Vespasiano, s/n - 08589-030 - Jd. Nicea - Itaquaquecetuba/SP; EE Profa Vilma Maria dos Santos Carneiro - Rua Asteroide (Rua Beta), s/n - 07145-220 - Prq. Primavera - Guarulhos/SP; EE Pa. João Nunes - Rua Biritiba Mirim, 42 - 7270000 - Jd. Centenário - Guarulhos/SP - 150 - R$ 114.345,00 - R$ 11.434,00 - 11:00 - 01/07/2011.

05/01491/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Dona Maria Alice Crissiuma Mesquita - Av. Rui Barbosa, 2.600 - 06311-001 - Vila Sta. Terezinha - Carapicuíba/SP; EE Maria de Lourdes Teixeira - Est. do Jacarandá, 370 - 06361-400 - Jd. Maria Beatriz - Carapicuíba/SP; EE José Chaluppe Largo Adelina Nunes Coelho, 2 - 06654-100 - São Francisco - Itapevi/SP - 150 - R$ 101.731,00 - R$ 10.173,00 11:30 - 01/07/2011.

05/01492/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Oswaldo de Oliveira Lima - Rua Planalto, 200 - 08694-200 - Jd. Revista - Suzano/SP; EE Prof. José Sanches Josende - Rua Salgado Filho, 4 - 08761-260 - Jd. Aeroporto - Mogi das Cruzes/SP - 150 - R$ 78.216,00 - R$ 7.821,00 - 13:30 - 01/07/2011.

05/01493/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Prof.

Odon Cavalcanti - Rua Bamboré, 546 - 04278-060 - Vila Nair - São Paulo/SP; EE Odair Martiniano da Silva – Mandela - Rua Cachoeira Vida Nova, 378 - 05574-460 - Raposo Tavares - São Paulo/SP - 150 - R$ 74.352,00 - R$ 7.435,00 - 14:00 - 01/07/2011.

05/01495/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Joanna Sposito - Rua 2, 530 - 06826-100 - Jd. Vitória - Embu/SP; EE Prof. Porcino Rodrigues - Rua Maria Aparecida P. Marinho Barbosa, 101 - 06850-000 - Olaria - Itapecerica da Serra/SP - 150 - R$ 82.521,00 - R$ 8.252,00 - 14:30 - 01/07/2011.

05/01496/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Pa. Waldemar Rodrigues da Silva - Rua Jenny Lind, 20 - 04434-280 - Jd. Orli - São Paulo/SP; EE Pe. Francisco João de Azevedo - Rua Alcindo Ferreira, 2 - 04803-170 - Jd. Cruzeiro - São Paulo/SP - 150 - R$ 76.968,00 - R$ 7.696,00 15:00 - 01/07/2011.

As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.

Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 15/06/2011, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).

Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE, conforme valor indicado acima.

Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.

Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZ Presidente

Dias propõe prioridade na repartição ao Rio e ao Espírito Santo, garantindo-lhes valor equivalente à média do que receberam nos últimos cinco anos (cerca de R$ 9 bilhões).

Governadores – Hoje o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recebe os governadores das regiões Norte e Nordeste para discutirem a proposta de autoria do senador Wellington Dias e do deputado Marcelo Castro. Na noite de ontem, os governadores se reuniram na sede da representação do governo do Ceará para discutir o projeto com o governador Cid Gomes (PSB) e afinar o discurso para a reunião com Sarney.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi incumbido de negociar o texto com os representantes dos estados produtores, os governadores do Rio d e J a n e i ro , S é rg i o C a b r a l

(PMDB), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Dias alertou que os representantes dos estados não-produtores rejeitam o projeto do governo, que prevê que eles recebam os recursos da exploração do pré-sal somente a partir de 2019. Por isso, o petista avisa que o governo corre o risco de sair novamente derrotado se levar à votação o PL 8.051/2010, porque os nãoprodutores têm pressa em aumentar sua participação nos ganhos a serem repartidos.

Em contrapartida, o senador afirmou ainda que , se não houver empenho na construção de uma alternativa consensual, os parlamentares (tanto aliados quanto da oposição) vão se unir para derrubar o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à "Emenda Ibsen", que prevê grandes perdas aos estados produtores e à União – que teria de compensá-los. (AE)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

20

e

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eu não quero ver os Estados Unidos declarando default de nossas obrigações.

Barack Obama, presidente dos EUA

conomia

O fim do império dos EUA Para jornal britânico, as autoridades de Washington vêm enfrentando cada vez mais dificuldades para impor sua visâo econômica.

A

ssim como a Europa perdeu a estabilidade política obtida sob o domínio de Roma na Antiguidade, quando o império dos césares entrou em decadência e passou para o controle dos povos bárbaros, o mundo atual não consegue encontrar uma direção no momento em que a hegemonia econômica dos Estados Unidos vem declinando.

A comparação foi feita em matéria publicada na edição de ontem do jornal britânico Financial Times, segundo a qual o governo norte-americano vem encontrando cada vez mais dificuldades e resistências para levar adiante sua vi-

são do comércio internacional e das transações globais diante das objeções levantadas pelas nações emergentes, de forma cada vez mais assertiva.

"Mesmo as autoridades norte-americanas mais hermeticamente isoladas nos meandros burocráticos aceitam que a Rodada de Doha, defendida pelos EUA há dez anos, está expirando. Nova Délhi e Pequim mostraram que preferem ver as negociações entrarem em colapso do que em se submeter às demandas de Washington", ressaltou o texto do jornal britânico.

Para o FT, outra mostra dessa decadência na hegemonia norte-americana e da ascensão

dos emergentes seria o fato de a ministra das Finanças da França e candidata à direção do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, se esforçar em obter o apoio das novas potências econômicas. "Assumindo que ela obtenha o cargo, Lagarde herdará um processo defendido pelos países do G-20 que encoraja um reequilíbrio da economia global", avaliou o jornal.

Banco Mundial – E essa assertividade dos emergentes ameaçaria um dos bastiões do poderio econômico dos EUA no mundo: a presidência do Banco Mundial (Bird). Desde os acordos de Bretton Woods, firmados em 1944 pelas potên-

cias aliadas, ficou acertado informalmente que o controle do FMI ficaria em mãos europeias, ao passo que o Bird teria norte-americanos em sua direção. Isso pode agora mudar – em parte por que não interessaria mais tanto a Washington controlar a instituição.

"Na década de 1980, quando a economia norte-americana era mais predominante e o banco era frequentemente a mais significativa fonte de recursos para os países pobres, a administração Reagan adotou uma visão econômica menos regulatória. Agora, quando os países em desenvolvimento têm várias fontes de financiamento, como a China,

o discurso do Bird tornou-se diferente, deixando de querer privatizar tudo que se mova", avaliou a reportagem.

No entanto, o FT ta m bé m lembrou que os países emergentes ainda não apresentam um front unificado em termos de políticas – um exemplo é o fracasso do candidato mexicano ao Fundo, Agustín Carstens, em obter apoios expressivos. "Como uma autoridade do G-20 disse, no momento, 'os EUA não podem liderar, mas nada pode acontecer sem os EUA'. A Pax Americana está gradualmente se desfazendo, mas não há uma potência organizada para suplantá-la ainda", concluiu o jornal.

Saul Loeb/AFP

Obama alerta para risco de nova crise econômica

O

atraso em elevar o teto da dívida dos Estados Unidos poderá reverter a incipiente recuperação do país e provocar um novo colapso econômico, afirmou ontem o presidente norte-americano, Barack Obama. "Nós poderemos ter realmente uma repetição da crise financeira, se continuarmos a jogar muito perto do limite", afirmou ao programa Today Show do canal de televisão NBC. "Vamos trabalhar duro durante o próximo mês. Minha expectativa é que vamos fazer isso de uma maneira sensata. Isso é o que o povo norte-americano espera", acrescentou.

Obama e os integrantes da oposição no Congresso têm discutido o limite da dívida, com o Partido Republicano

exigindo cortes profundos em troca de qualquer acordo para elevar o limite de gastos.

Em 2 de agosto deverá ser elevado o limite da dívida; se nenhum acordo for alcançado entre democratas e republicanos, o governo norte-americano corre o risco de não conseguir pagar suas obrigações.

Essa situação, de acordo com os economistas, poderá ter consequências terríveis.

"Eu não quero ver os EUA declarando default de nossas obrigações. A boa-fé e o crédito dos EUA são a base não só do nosso modo de vida, mas também a base do sistema financeiro global", disse Obama.

O teto da dívida atual dos EUA, que foi atingido no mês passado, é de cerca de US$ 14,3 trilhões. (AE)

Para Obama, o crédito do governo norte-americano é a base do sistema econômico internacional.

Pacote à Grécia ainda sem definição Ministros europeus querem incluir credores privados Pascal Rossignol/Reuters

Investimentos chineses na América Latina crescem 286%

D

e olho na América Latina, a China vem aumentando rapidamente seu interesse na região. Em reportagem publicada ontem no site Beyond Brics, pertencente ao jornal britânico Financial Times, foram divulgados os dados de um relatório da consultoria Deloitte & Touche, segundo os quais o país asiático elevou em 286% seus investimentos entre junho de 2010 e maio deste ano.

De acordo com o estudo, foram injetados na região US$ 15,6 bilhões – quase um terço dos US$ 43,7 bilhões que a China destina a projetos em todo o mundo.

Segundo o texto, Pequim se interessa principalmente por Brasil e Argentina, que representaram 59% e 41% do total, respectivamente, dos investimentos destinados à região. O estudo também revelou o interesse no setor energético, por meio das compras de ativos brasileiros da Repsol-YPF (que representaram um investimento de US$ 7,1 bilhões) e argentinos da Occidental (outros US$ 2,5 bilhões) pela chinesa Sinopec.

Os negócios no Brasil incluem a compra de ativos da Elecnor pela State Grid (por US$ 1,71 bilhão); da MMX Mineração e Metálicos pela Wuhan Iron and Steel (por US$ 400 milhões); e da Sul Americana de Metais pela Honbridge Holdings (por US$ 390 milhões).

"Consideramos que haverá mais investimentos chineses no futuro, não apenas no setor de energia e recursos naturais, mas também em outras indústrias, como a manufatureira, agricultura, infraestrutura e finanças, entre outros. O que oferece um valor diferencial na região", avaliou o relatório da Deloitte & Touche.

Inflação da China acelera em maio

A

Plano de austeridade fiscal do país sofre oposição da população

O

s ministros de Finanças da zona do euro reuniram-se em Bruxelas (Bélgica) para chegar a um consenso sobre um segundo pacote de ajuda à Grécia e definir como incentivar os credores privados do país a participarem do novo auxílio sem gerar uma crise da dívida.

Apesar disso, não ficou claro como os ministros vão tranquilizar o Banco Central Europeu (BCE) e satisfazer a Alemanha, que defende um plano para forçar os detentores de títulos da Grécia com vencimento entre 2012 e 2014 a aceitarem um alongamento de até sete anos no prazo de vencimento desses papéis.

Eles afirmaram que deve haver participação dos credores privados, mas aparentemente destacaram maior necessidade de cooperação com o BCE. O governo grego anunciou na semana passada um novo pacote de austeridade fiscal que objetiva poupar cerca de 28 bilhões de euros dos cofres públicos nos próximos anos.

No fim de semana, no entanto, milhares protestaram em Atenas contra o plano e, na segun-

da-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating da dívida soberana grega.

No ano passado, a Grécia recebeu um pacote de resgate de 110 bilhões de euros da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). O novo plano que está sendo discutido é necessário porque os investidores privados não querem comprar títulos da dívida grega, e porque o país passa por dificuldades para cumprir as metas fiscais estabelecidas por planos de austeridade anteriores. O déficit em caixa relacionado às operações do governo central da Grécia se ampliou para 10,14 bilhões de euros no período de janeiro a maio deste ano, acima dos 9,54 bilhões de euros de igual período do ano passado, informou o banco central do país.

Captação – A Grécia captou ontem 1,625 bilhão de euros em títulos com vencimento em seis meses, com uma taxa de juros de 4,96%, o que representa uma leve alta na comparação com a última emissão de títulos com o mesmo perfil no mês passado. (Agências)

inflação na China acelerou em maio, levando o país a elevar ontem o depósito compulsório dos bancos. Os preços ao consumidor atingiram o maior patamar em 34 meses, com alta de 5,5% em relação a igual período de 2010, após expansão de 5,3% em abril.

Horas após a divulgação dos dados, enquanto muitos mercados asiáticos ainda estavam operando, o banco central chinês elevou o depósito compulsório dos bancos em 0,5 ponto percentual, para o recorde de 21,5%. Foi a sexta alta do ano e pegou os investidores de surpresa.

Nos últimos meses, o BC vinha anunciando as medidas de aperto monetário com os mercados asiáticos fechados ou durante feriados ou fins de semana prolongados. "A alta visa sobretudo controlar a inflação", disse Du Zhengzheng, analista do Bohai Securities. "O movimento deve adiar algum aumento de juro para o fim do mês ou para o começo do próximo mês."

Uma série de dados sobre a economia chinesa divulgados ontem mostraram que a segunda maior economia do mundo está desacelerando, mas não muito rapidamente. Além dos aumentos de compulsório, o país já elevou o juro quatro vezes desde outubro. (Reuters)