Diário do Comércio - 28/10/2011

Boa Vista Serviços conclama: juntos, São Paulo e Brasil afora. credito

O presidente da BVS, Dorival Dourado (foto), propôs parcerias com as associações comerciais de São Paulo, reunidas no 12º Congresso da Facesp, em Santos, como fórmula para o crescimento de todos e expansão para outros estados. O SCPC, administrado pela BVS, tem 35 novos produtos para estimular a união. Pág. 13 Marcelo camargo/Folhapress

Conclusão: 23h55

Ano 87 - Nº 23.488

www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um santo de casa que faz milagre o n i r e t n i e d o sã

Demis Fim de conv

ênios com O

NGs

Manoel de Souza não fica em campo e que fará tabela com as prefeituras, encerrando convênios com ONGs. Torcedores da oposição gostaram do que ouviram. Página 5

O deputado Aldo Rebelo, do mesmo PCdoB de Orlando Silva (que levou cartão vermelho), assume o Ministério do Esporte limpando a área. Disse que o interino Waldemar

Werther Santana/AE

Divulgação

Generosa natureza de Banff O mais antigo parque nacional do Canadá tem 6.641 km², com montanhas, rios e lagos entre florestas. Boa Viagem!

Cintia Shimokomaki

Um Phantom vale mais do que 120 carros populares A chegada do lorde Rolls-Royce ao Brasil. Pág. 17 Imagem Filmes/Divulgação

Medo fecha lojas e espanta os sacoleiros do Natal

HOJE Sol, calor e poucas nuvens Máxima 29º C. Mínima 15º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado com muito calor Máxima 31º C. Mínima 17º C. ISSN 1679-2688

23488

9 771679 268008

Roy Export Company

Vida e obra do 'adorável vagabundo' no Tomie Ohtake.

FIM DE SEMANA

E o palhaço, o que é?

Selton Mello dirige e faz o palhaço Pangaré, filho de Puro Sangue (Paulo José, foto), em O Palhaço, que estreia hoje em 200 cinemas.

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cultura

Warner Bros/Divulgação

Os camelôs ilegais protestaram pelo 3º dia no Brás, ontem. Proibidos de montar bancas para as vendas de Natal, eles não deixam que os comerciantes aproveitem a melhor época de vendas do ano, quando sacoleiros de todo o Brasil chegam para se abastecer. Pág. 9

Charles Chaplin em cartaz

Esse vai pegar O Contágio (esq.) é a estreia do cinemão, mas tem dança, livros, os encantos dos chiles (pimenta)...

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Para o muçulmano, a charia é a lei de Deus, e aplica-se tanto a assuntos religiosos como ao que seria o direito secular.

Roberto Fendt

pinião

Thaier al-Sudani/Reuters

EYMAR MASCARO

ALVOROÇO NO NINHO TUCANO

O

Revoltosos anti-Kadafi fazem suas preces no dia seguinte à morte do ditador: dúvidas sobre papel do fundamentalismo no futuro da Líbia.

Líbia poderá ser um país fundamentalista islâmico?

Q

uem fez a pergunta acima foi Barry Rubin, em seu blog The Rubin Report, no último dia 24. Há fundadas razões para se crer que sim e que o risco não é trivial. A principal evidência disso é o discurso do chefe do Conselho Nacional de Transição, Mustafa Abdul-Jalil, ao declarar encerrada a guerra e o governo de Muammar Kadafi.

A fala de Abdul-Jalil é auto-explicativa. Primeiro, porque afirmou que a sharia se tornará a "principal fonte" do direito na Líbia.

Um otimista diria que isso ainda está distante do fundamentalismo islâmico, para o qual a sharia é a "única fonte".

Mas não é bem assim. A sharia – "caminho", "trilha" – designa a lei religiosa do Islã e seus preceitos se originam no Corão e nos ensinamentos do profeta Maomé. Para um muçulmano, a sharia é a lei de Deus, e aplica-se tanto aos assuntos religiosos como ao que, no Ocidente, é o campo do direito secular.

Temas pertencentes ao direito penal, à política, à economia, bem como relativos ao comportamento sexual, à higiene, às orações e ao jejum também fazem parte da sharia. Muitos julgaram que o seu retorno na Líbia, em si, não deveria causar preocupação, já que em algumas comunidades islâmicas no Ocidente ela é usada para dirimir controvérsias entre os membros dessas comunidades.

Mas a Líbia não é uma comunidade islâmica encravada em um país cristão. De fato, tornar a sharia a "principal fonte" do direito é mais do que encampar a bandeira da Irmandade Muçulmana, que pretendia fazer dela uma "importante fonte" do direito no

ROBERTO FENDT Egito. Mas como nenhuma lei pode contrariar a sharia, e se ela é a "principal fonte" do direito então passa a ser a sua única fonte.

S

e isso vier a ocorrer, quais serão as consequências?

Serão anuladas todas as leis existentes que conflitam com a sharia? Serão introduzidos códigos severos para a vestimenta feminina, as bebidas alcoólicas serão banidas, desaparecerá a liberdade de expressão e o Facebook e o Tweeter, que ajudaram a mobilizar os revoltosos que, com o apoio da Otan, derrotaram Kadafi e suas tropas fiéis?

Uma segunda frase do discurso é reveladora. "Essa revolução foi protegida por Deus para que atingíssemos a vitória", afirmou Abdul-Jalil. Há duas maneiras de interpretar o texto. Uma é tautológica, já que se contrariasse a vontade divina não teria sido vi-

toriosa. Ao agradecer a Deus pela vitória, ele agradeceu de fato por continuarem vivos, já que se tivessem fracassado, estariam hoje todos mortos.

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ma segunda interpretação, talvez para consumo interno, ignora o papel central da Otan na vitória. De fato, sem as forças da Otan e o bombardeio sistemático das forças militares leais a Kadafi, não teria ocorrido essa "primavera árabe" na Líbia. Mas, após agradecer a Deus, Abdul-Jalil mencionou apenas o apoio da Liga Árabe, dos países do golfo, das Nações Unidas e da União Europeia. Estados Unidos e França foram solenemente ignorados.

Uma terceira frase do discurso retoma o tema da sharia ao mencionar que "essa revolução foi abençoada por Deus para que alcançássemos a vitória. Devemos

Se a volta da 'sharia' vier a tornar a Líbia mais um Estado fundamentalista na região, será ampliado o número de países em que seus preceitos estão se impondo, juntamente com o Egito e a Tunísia.

seguir o caminho certo". O caminho certo é a própria sharia.

Para Rubin, com ou sem a reintrodução da sharia, há um benefício com o fim dos 42 anos do poder de Kadafi. Provavelmente a Líbia não se tornará um fator de desequilíbrio na região, ao contrário do que prevalecia anteriormente.

A

ambição de Kadafi sempre foi a de expandir-se sobre os seus vizinhos.

Provavelmente também não teremos mais atos terroristas, patrocinados ou incentivados a partir de Trípoli. A esse respeito, ganhou-se pouco, uma vez que Kadafi há muito já o havia abandonado.

Se a volta da sharia vier a tornar a Líbia mais um Estado fundamentalista na região, ampliará o número de países em que os seus preceitos estão se impondo, juntamente com o Egito e a Tunísia, para ficarmos apenas com dois casos recentes no norte da África. Há outros países no continente com maioria muçulmana, para os quais a Líbia torna-se agora um grande exemplo.

Tudo isso é especulação, naturalmente. Dentro dessa especulação toda, contudo, uma certeza vai se formando: seja lá o que vier, não será a democracia que os EUA insistem em exportar para povos e regiões regidos por outros códigos infensos a ela.

Se o presidente Barack Obama pretendia, ao apoiar a ação da Otan no país, instalar mais um Estado fundamentalista, está de parabéns. Se não era a intenção, comprovou apenas o enorme fosso de conhecimento do Estado americano com relação a povos não anglo-saxônicos.

ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Cláudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

governador Geraldo Alckmin tinha dois fortes motivos quando decidiu encampar a tese de que as prévias no PSDB para a indicação do candidato à Prefeitura de São Paulo deveriam ser realizadas somente em fevereiro.

O primeiro é que Alckmin ainda tem esperança de que, com o tempo, pode convencer José Serra a aceitar a candidatura. Na hipótese de Serra topar, o partido desistiria de promover as consultas às bases. O segundo motivo é que o governador pretende ganhar tempo para reabilitar seu secretário de Meio-Ambiente, Bruno Covas, que é um dos pré-candidatos e que se desgastou ao se envolver com o caso da venda de emendas parlamentares na Assembleia Legislativa.

O neto de Mário Covas tem a bênção do governador.

Os pré-candidatos tucanos à prefeitura, contudo, reagiram e pressionam o governador a realizar as prévias ainda este ano. Alckmin tem como objetivo, a curto prazo, a reconquista da prefeitura da Capital para o PSDB e admite que Serra seria o melhor candidato do partido.

governador não está levando em consideração o fato de Serra atrair, no momento, um índice considerado alto de rejeição, como atestam as últimas pesquisas. Serra continua recusando o convite de Alckmin porque ainda tenta disputar uma nova eleição presidencial, em 2014.

Um outro argumento defendido por Alckmin, ao sugerir que as prévias sejam promovidas no ano que vem, é que ele pode dar continuidade aos entendimentos com o prefeito Gilberto Kassab sobre a formação de nova aliança entre PSDB e PSD para a disputa da eleição de prefeito.

Se os dois chegarem a um acordo, a aliança seria estendida abrangendo também a eleição de governador em 2014. O PSD ficaria encarregado de indicar o cabeça de chapa na eleição de prefeito, e se comprometeria em não lançar candidato a governador, apoiando a reeleição de Alckmin. Neste caso, o PSD indicaria o candidato a vicegovernador, que poderia ser o próprio Kassab. O candidato natural do PSD à Prefeitura é o vice-governador Guilherme Afif Domingos.

Também no PT as prévias para a indicação do candidato a prefeito estão mantidas, porque Marta Suplicy desmente que desistiria de pleitear a candidatura à sucessão de Kassab, mas Lula

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Alckmin sugere prévias no ano que vem de olho na continuidade de entendimentos com Kassab sobre a formação de nova aliança entre PSDB e PSD para a disputa da prefeitura.

continua tentando convencer a senadora a abandonar a précandidatura, o que levaria o partido a cancelar as prévias.

O ex-presidente insiste em apoiar a candidatura do ministro Fernando Haddad, que tenta superar a barreira dos 2% de intenção de voto nas pesquisas, sustentando encontros com lideranças de bairros na Capital. Alguns petistas mantêm a impressão de que, se as prévias fossem realizadas hoje, a vencedora seria Marta Suplicy. elas últimas pesquisas, a eleição de prefeito em São Paulo deve ser decidida entre os candidatos do PSDB e PT. Apesar dessa evidência, pré-candidatos de outros partidos se mantêm na disputa, casos, por exemplo, de Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PCdoB), Soninha Francine (PPS) e Celso Russomano (PRB).

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halita não quer ceder à pressão de Lula para desistir da précandidatura e ser o vice na chapa do PT. Lula considera fundamental o apoio do PMDB ao candidato petista, sobretudo porque o partido de Michel Temer agregaria à campanha do PT mais alguns preciosos minutos no tempo de campanha no rádio e televisão.

Lula usa como argumento, para forçar Chalita a desistir, a lembrança de que o PMDB é o principal partido de apoio a Dilma Rousseff, depois do PT, ocupando seis ministérios e centenas de cargos nos escalões inferiores do governo. Além, é claro, de estar muito bem representado nas estatais.

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EYMAR MASCARO É JORNALISTA E COMENTARISTA POLÍTICO MASCARO@BIGHOST.COM.BR

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Edi tor - Ch e fe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Kleber Gutierrez (kgutierrez@dcomercio.com.br) Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repórteres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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DITADURA DE KADAFI FOI DE ESQUERDA, DAÍ PARTE DA CO M OÇ Ã O COM A FORMA DE SUA MORTE.

pinião

O fim do cachorro louco R

onald Reagan tinha razão. Quando ele assim denominou o ditador líbio Muamar Kadafi, setores importantes da opinião pública internacional se voltaram fortemente contra ele, sobretudo pelo ataque aéreo que desfechou contra Trípoli. A esquerda e seus formadores de opinião não podiam tolerar mais esse ato do "imperialismo", desconsiderando, evidentemente, que a ação americana foi uma resposta ao ataque terrorista ordenado por Kadafi a um clube noturno alemão, frequentado por militares americanos. Muitos morreram.

O presidente americano não hesitou e desferiu um ataque certeiro, funcionando como uma advertência: se persistirem no terrorismo, outros ataques vocês sofrerão. A indignação foi geral. Não se ataca um ditador "esquerdista", principalmente forjado nas lutas contra o "colonialismo". Não convém esquecer, embora esse ponto seja cada vez menos lembrado, que a ditadura de Kadafi foi de esquerda, o que explica parte da comoção gerada por sua queda. Se fosse um ditador de "direita", as manifestações seriam bem menos espalhafatosas.

O ditador líbio foi especialmente ardiloso, tendo sabido utilizar os

modernos meios de comunicação contra Reagan, dizendo que uma filha sua tinha morrido nos ataques, uma criança. Seu ardil foi certeiro, pois logo respaldado por um setor importante dos formadores de opinião. A mensagem foi: Reagan é um assassino de criancinhas!

Acontece, como é frequente em regimes ditatoriais, que se tratava de uma mentira. A menina não foi morta e é, hoje, uma médica. Quando seu pai ainda era todo poderoso, chegou a dirigir um hospital. Há testemunhos de seus colegas. A lei da mentira, contudo, rezava que nada poderia ser tornado público, podendo os que o fizessem pagar com a sua própria vida. Uma mentira de um ditador esquerdista é sempre bem aceita.

N

ote-se que esse assunto, logo após ser noticiado, quando o regime líbio começou a desmoronar, foi divulgado e imediatamente silenciado. A mentira durou décadas, enquanto a verdade teve apenas alguns dias de lampejo! Certamente, para a maior parte da opinião pública continua valendo a mentira: Reagan matou a filha de Kadafi.

Agora, há uma ampla indignação a propósito das circunstâncias

DENIS ROSENFIELD em que o ditador foi morto. Fala-se de barbárie, de selvageria. O que se pode bem esperar de um grupo armado, de tipo tribal, que se tornou "exército" em poucas semanas, não tendo o treino, a disciplina, nem a tradição para isto? Os "simpatizantes" de Kadafi esperavam o comportamento do exército inglês no século 19?

Convém ressaltar que a violência na Líbia tem um forte componente tribal, assumindo frequentemente a forma da vingança. Trata-se de comportamento típico de pessoas que vivem sob outros códigos de conduta. O que se esperava? A fidalguia inglesa?

Esses combatentes "rebeldes" viram os seus serem assassinados por ordens do ditador. Viveram décadas sendo objeto de violência. Enfrentaram os horrores de uma guerra, começando com uma franca inferioridade militar.

Viram os companheiros caindo ao seu lado. Alguns devem ter familiares que foram vítimas da crueldade de um ditador, que nem hesitava em fazer explodir um avião nos céus da Escócia. Quando tiveram a oportunidade, não hesitaram em acabar com ele.

Certamente, teria sido muito melhor prendê-lo, com vida, cumprindo um ritual jurídico. Podemos dizer que seja lamentável que isso não tenha acontecido, porém não deixa de ser compreensível.

No entanto, cabe aqui uma comparação: Che Guevara, que matava seus opositores a sangue frio, é ainda objeto de veneração, como um revolucionário romântico. Suas atrocidades nas prisões cubanas são bem conhecidas. Era frio na execução e convicto do bem fundado de suas ações.

Não há, porém, indignação de parte dos mesmos setores que, hoje,

condenam a morte de Kadafi – ou, antes, as ações de Reagan. Pelo contrário, ainda vão ao cinema ver um filme sobre o romântico revolucionário, um homem imaculado, herói das cartilhas do MST e da Comissão Pastoral da Terra.

Em um célebre romance de Roman Gary, As raízes do céu, traduzido em português, um dos personagens pergunta a outro, um líder anti-colonialista que vinha de tomar o poder, se eles não estavam dando continuidade às práticas de dominação criticadas por eles mesmos.

A resposta foi: "branco não pode matar negro, porém negro pode matar negro". Não é a justiça que estava em questão, condenando de forma equânime ambas as formas de violência.

E

nisso foram apoiados pela esquerda internacional, silenciosa em relação às novas atrocidades cometidas. Se algo mais público aparecia na imprensa, isso era imputado ao "imperialismo" que deturpava os fatos e a mente. O recado foi claro: em casa, vocês podem fazer qualquer coisa – sempre e quando se alinhem conosco internacionalmente.

A violência revolucionária de esquerda é sempre bem- vinda e justificada. Contudo, matar um dita-

dor de esquerda, é um ato imperdoável, uma selvageria, uma ausência de civilização. É politicamente incorreto.

Um pouco de história faz bem.

Kadafi chegou a posar – e mesmo a ser reconhecido – como um líder de esquerda, anti-colonialista, contando com a simpatia de todos os que compartilham dessas ideias. Escreveu o Livro Verde, uma espécie de breviário, que era ensinado nas escolas de seu país. O que lá constava era um conjunto de dogmas, que não podia, enquanto dogma precisamente, ser posto em questão.

Ninguém poderia se atrever à crítica, ao exercício da dúvida.

Seu antecessor foi o Livro Vermelho de Mao ZeDong, que serviu de breviário da "verdade" para setores importantes da esquerda mundial e também nacional. Em seu nome, assassinatos em massa foram cometidos, com o beneplácito dos que compartilhavam dessas ideias, em nome, evidentemente, da violência revolucionária.

A mensagem final é: jamais mate um líder esquerdista. Os que o fizerem serão vítimas do opróbrio internacional. Até a ONU pedirá explicações!

DENIS LERRER ROSENFIELD É PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRS

PRIMAVERA PARA TODOS A

"Primavera Árabe" não remete a flores, mas a espinhos perfuradores de vidas aviltadas por tiranias cujo fim sempre será sangrento.

Quem vive pela espada, morre pela espada, eis a inexorável Lei da Semeadura – que muitas pessoas ainda resistem em acreditar.

Por que a Liberdade, patrimônio maior do indivíduo enquanto ser humano singular e do cidadão inserido no coletivo precisa custar tão caro? Por que, ainda, o mundo moderno permite e até adula –se tem interesses comerciais – a longevidade de déspotas capazes de infligir a seu próprio povo atroz sofrimento, primeiro lhe tirando a dignidade de ter opinião própria, divergente; depois, surrupiando-lhe a riqueza natural que poderia ser compartilhada para o bem comum, visando à erradicação da pobreza endêmica?

Kadafi, o ditador líbio, apelidado de "cachorro louco", foi capturado num esgoto e praticamente executado "ao vivo" num show de horrores transmitido para o mundo inteiro. Seu rosto bizarro, com traços de bruxa decrépita, de humano mostrava apenas o sangue a empapuçar-lhe as rugas. Tivemos contato com a

barbárie de priscas eras, num up-grade produzido em cores pelos recursos da tecnologia de última geração, mas ainda assim barbárie. Quando a Justiça se transforma em vingança, a humanidade se apequena.

O grande paradoxo é que, no mundo dito moderno, a liberdade e a paz, duas condições essenciais para o sentido magno das civilizações, precisam ser conquistadas a ferro e fogo.

Convicções dogmáticas levam muitos dirigentes a se julgar acima do bem e do mal. Não era à toa que Nietszhe afirmava que "as convicções são mais inimigas da verdade do que a própria mentira". triste ironia é que a palavra "primavera", grávida de belos significados, embora conote para os árabes sinônimo de libertação, deixa no chão muitas gotas vermelhas, não das rosas, mas de sangue inocente derramado por mãos assassinas de crápulas que não raro eram bajulados e visitados por governantes de países democráticos. Não faz muito tempo o então presidente Luiz Inácio dava tapinhas e afagos no "cachorro louco" da Líbia.

Dessa primavera tormentosa se

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vislumbra, para os irmãos árabes, um lírio branco a simbolizar a convivência pacífica entre as várias tribos, mas todas oriundas de uma mesma espécie, a humana – por isso mesmo o motivo maior para que as barreiras da intolerância sejam derrubadas pela força maior do amor fraterno.

Utopia? Talvez. Mas uma utopia pela qual compensa a luta. s árabes sinalizam que não há mais lugar no mundo para a existência de "donos do mundo".

E que lições os povos da América Latina podem tirar da "Primavera Árabe"?

Sim, porque, não obstante alguns governantes latino-americanos se pareçam com vovozinhos inofensivos; outros, com palhaços de si mesmos, e mais alguns que bancam tipos bonacheirões a distribuir sorrisos e proferindo bordões popularescos, para gáudio

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da turba, eles não passam de ditadores que viram feras caso seus interesses sejam contrariados.

legais exarados do Estado de Direito – ou do que ainda resta dele – à disposição da sociedade, há que se buscar a substituição de governantes violadores da sacralidade do cargo, conquistado pelo voto direto, ou a derrubada de governantes que chegaram ao poder por golpes terroristas travestidos de "revolução".

primeira lição, entre tantas outras que os árabes nos ensinam, é que nós, os latinoamericanos, e especificamente os brasileiros, deixemos de ser um povo bovino, apenas nos unindo para beber cerveja, olhar as mulheres que não se pode passantes, churrasquear –ou mais tolerar para dançar tangos, caso dos é uma "sociedade do amém", "hermanos" argentinos às voltas permitindo-se cordeiramente com uma presidenta que que aves de rapina, travestidas quer calar a imprensa – e de autoridades, se locupletem pular carnaval atrás do erário público enquanto de trios elétricos. os cidadãos de bem vergam sob Sob a égide da o tacão da escravidão fiscal ou Democracia, que de outras modalidades de tirania. muitos líderes Ser pacífico não deve ser da América Latina querem eliminar de sinônimo de covardia, assim como a coragem, atributo maior vez, é necessário das pessoas de grandeza um novo posicionamentomoral, não pode resvalar para a violência gratuita; mas os do povo. corajosos não temem enfrentar Através dos mecanismos as escaramuças quando a vida e seus valores éticos – entre os quais a defesa intransigente da Pátria e a liberdade de expressão do pensamento e das ações responsáveis – ficam ameaçados

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LUIZ OLIVEIRA RIOS por déspotas que riem da Justiça e dos que abraçam a honestidade como "modus vivendi".

Que estejamos vivendo não apenas o início da "Primavera Árabe", mas que os bons ventos tragam o perfume das flores anunciando uma nova primavera para todo o mundo, e para a América Latina em particular.

LUIZ OLIVEIRA RIOS É PROFISSIONAL DE MARKETING E VENDAS E COLUNISTA DO DIÁRIO DO COMÉRCIO. E-MAIL: OLIVEIRA.RIOS@HOTMAIL.COM

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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gibaum@gibaum.com.br

Rio e Florianópolis estão concorrendo ao título de cidade mais gay do planeta em eleição do site TripOutGay/Travel.com

k Não basta pedir o CPF de quem vai contratar. Tem de pedir tudo. «

Até o DNA, se possível.

DILMA ROUSSEFF // em reunião com ministros, pedindo atenção redobrada na hora das contratações.

Fotos: BusinessBank

Memórias quentes A veterana atriz Norma Bengell, 76 anos, pioneira do nu frontal no cinema em Os Cafajestes e que filmou, no passado, nos Estados Unidos e na Europa, está escrevendo sua autobiografia, onde revelará detalhes surpreendentes de sua carreira de atriz, incluindo assédio sexual de alguns famosos diretores.

Norma está enfrentando problemas financeiros, vive em cadeira de rodas, não tem plano de saúde e até seus remédios são comprados com ajuda de alguns poucos amigos.

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BC NA COPA Está na revista Por Sinal, doSindicatodosFuncionários do Banco Central: estariam sendo estudadas medidas para eliminar o gargalo de alguns serviços financeiros e facilitar a vida dos 600 mil turistas estrangeiros que devem vir ao Brasil para a Copa. Uma das idéias seria permitir que agências lotéricas e Correios façam transações de pequenos valores em moedas estrangeiras (até US$ 3 mil). O Banco Central também deverá adotar medidas inibidoras de lavagem de dinheiro porque eventos como a Copa (serão injetados na economia quase R$ 10 bilhões movimentados por turistas) são cenário ideal para esse tipo de crime.

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No mundo da alta moda, o que se vê é um verdadeiro rodízio de estilistas. Para os grandes grupos controladores de grifes internacionalmente famosas, o que interessa são mesmo as vendas. Só prestigio e muita badalação não significam faturamento. Agora, Marc Jacobs prepara-se para assumir a Dior, deixando a Louis Vuitton (sua marca pessoal também não vai bem) e Stefano Pilatti logo deixará a Saint-Laurent.

Nos últimos tempos, Jean-Paul Gaultier deixou a Hermés, Christophe Decarnin saiu da Balmain e Christophe Lemaire, da Lacoste. Só com Karl Lagerfeld, que pilota Chanel, Fendi, Chloe e grife própria, ninguém se atreve a mexer.

333

VARIANTE 333 No Rock in Rio, a cinquentonaChristianeTorloni, que faz Tereza Cristina (e com louvor) na novela Fina Estampa, sacou uma frase que correu o país: “Hoje é dia de rock, bebê!”.

Agora, o autor Aguinaldo Silva resolveu pegar uma carona na história e colocou na boca do personagem uma variante, “muito pior”. Depois de mandar matar outro personagem e fazer questão de assistir sua morte, Tereza Cristina pergunta à vitima, que levou uma bala no peito: “Está doendo muito, bebê?”

MISTURA FINA 333 ARTUR Henrique, presidente da CUT, resolveu abrir guerra contra o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, no site da central sindical, por causa do tratamento dado pelo ministério (inclusive, descontos) à greve dos Correios. Só não escreveu o nome dele: “No Brasil de hoje há ministros que só chegaram lá porque fizeram greves ao longo de suas trajetórias”.

Paulo Bernardo foi dirigente do sindicato dos bancários.

PARA quem tem memória curta: em 2007, o ex-ministro Orlando Silva, quando ocupava a secretaria-executiva do Ministério do Esporte, acabou sendo envolvido no escândalo do mau uso dos cartões corporativos. Foi comer tapioca numa lanchonete de Brasília, usou o cartão com brasão da República para pagar a conta de R$ 8,30. A Controladoria Geral da República (CGU) fez outro levantamento e concluiu que Orlando gastara irregularmente R$ 8,4 mil. Ele devolveu o dinheiro.

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A Daslu carioca abre suas portas no mês que vem: terá dois andares, 800 metros quadrados no Fashion Mall e ganhou uma première , no Palácio da Cidade, comandada pela atriz e socialite Antonia Mayring Veiga Frering (à esquerda, com Bianca Rinaldi), em beneficio (ela é vice-presidente) do Instituto Desiderata, que cuida de crianças com câncer. Eram mais de mil mulheres presentes e a veretana Carmen Mayring Veiga (à direita), mãe da organizadora, estava na primeira fila. Gloria Pires apresentou e, na passarela, estavam também Maria Frering (neta de Carmen) e Antonia Moraes, filha da atriz.

Première de moda

333

Quem decidiu 333 O afastamento de Orlando Silva do Ministério do Esporte foi decidido, em Manaus, pelo ex-presidente Lula, em conversa com a presidente Dilma Rousseff. O ex-chefe do governo já apostava que mais denúncias cairiam sobe ele. E combinou com Dilma que telefonaria (ou mandaria telefonar) para o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, recomendando que Orlando apresentasse sua demissão. E salientou: “Se ele não pedir, acho que ela acabará demitindo, o que fica pior”.

Ou seja: Rabelo sabia da degola antes de Orlando Silva.

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Bolsas menores.

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333 Malgrado os esforços do governador Eduardo Campos, de Pernambuco (ele é presidente nacional do PSB) de tentar emplacar a deputada e ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos (PCdoB-PE) no lugar de Orlando Silva, o Planalto mandou, antecipadamente, espiar se ela estava debaixo de alguma denúncia. E estava: Luciana acaba de conseguir liminar contra o bloqueio de seus bens por suposta fraude de R$ 7 milhões na iluminação publica da cidade, quando era prefeita. E o TCU também determinou reajustes no programa Pró-Jovem , além de estar examinando com lupa as ações do Segundo Tempo em Olinda.

333 Antes de ser convocado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério do Esporte, no lugar de Orlando Silva, embora sabendo de seu favoritismo, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que foi ministro das Relações Institucionais no governo Lula, brincou, dizendo que tinha perfil para o cargo: “Afinal, uma vez por ano eu corro, nado, pedalo e jogo bola”. Rebelo é deputado federal há vinte anos, já foi presidente da Câmara Federal e foi relator do novo Código Florestal, quando contrariou o Planalto. Aldo é palmeirense fanático, tem projetos para acabar com estrangeirismos na língua portuguesa e – quem diria – fez curso e fala fluentemente tupi-guarani. Ele também foi presidente da UNE e está propondo transformar o dia 31 de outubro em Dia Nacional do Saci-Pererê, em substituição ao Halloween no país.

Nalíngua dos índios

Entra e sai

OUT

Bolsas colossais.

Até o Maracanã O bilionário Eike Batista quer participar do processo de privatização do Maracanã, tradicional e histórico estádio do Rio, que o governo de lá quer deflagrar depois da Copa de 2014. Ele quer formar um consórcio com empreiteiras poderosas, sem a participação de clubes de futebol. E Eike (todos os dias ele fala sobre novos projetos, fora mineração e petróleo) quer investir também na construção de outras arenas esportivas em diversos Estados do país. Eike, para quem não sabe, é torcedor do Botafogo e há anos, sonha em fundar um clube que seja só seu. Por enquanto, tem um time de vôlei, o RJX .

333

COMO a audiência tem sido próxima de zero, o canal Multishow está exibindo chamadas especiais para a série Oscar Freire 279, considerada quase pornô e que já teve cenas mais do que explicitas – e até ménage à trois. Uma delas: “Assista ao beijo de Maria Ribeiro e da ex-namorada de Fábio Assunção”. A primeira é casada com Caio Blat e estrelou Tropa de Elite; a segunda, é Lívia de Bueno.

Detalhe: o pega das duas vai muito além do beijo.

Solução

R D E C MU S C A

NÃO IA DAR

333

também estão na disputa Madri, Saint Tropez, Buenos Aires, Estocolmo e - quem diria - Portland, nos EUA.

J V C U V OR A D OR L R O LA C L T A I R A L E S T E M L T I R A L I O A MA C MP A O A A P E L A R E L N A S A I X E L A B O E S E T OS S E R AB E S I M

333 A saída de Orlando Silva pode não resolver os problemas do Ministério do Esporte. A presidente Dilma Rousseff quer que o novo ministro Aldo Rebelo faça uma operação-limpeza na pasta, tirando os militantes do PCdoB que respondiam pelas áreas onde se detectou uma festa de irregularidades. Ou seja: Aldo terá que cortar na carne, o que, fatalmente, lhe criará uma série de atritos com os comunistas de carterinha.

Além disso, muitos acham que Rebelo poderá fazer do ministério um trampolim para presidência da Câmara Federal em 2013. Já Henrique Alves (PMDB-RN) acha que ele permanecerá no ministério, facilitando sua candidatura ao mesmo posto do Legislativo.

Há quem aposte que a ministra Iriny Lopes, de Políticas para as Mulheres, já está de olho. A Axe, marca de desodorante, acaba de lançar a Axe University, uma série de vídeos no portal MSN para ensinar a arte de sedução aos jovens. A Axe University é apresentada como “uma instituição que transforma seus alunos em homens graduados na arte da conquista”. A professorinha , muito generosa, é a modelo Wania Rangel, também conhecida por recentes campanhas da Valisère e da cerveja Itaipava.

Aulasde sedução

3 MAIS:

T A L U A B C A M A

Operação-limpeza

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

333

Por: José Nassif Neto Rejeita.

Medida de potencial elétrico.

Variedade de milho indiano.

Aquele que come com voracidade.

Língua falada no Império Romano.

Pequena pomba.

Fantasma. (fig.)

O segundo elemento de uma série.

Ter como verdadeiro.

Ponto cardeal lá nasce o sol.

Shopping.

Relação moléculagrama.

Exprime surpresa.

333 QUEM diria: quase chegando aos 50 anos e ainda available, Luiza Brunet sofre de insônia.

Agora, seus vizinhos resolveram apurar porque, de madrugada, ouvem barulhos vindos da casa dela. Nada de festinhas: sem conseguir dormir, La Brunet vive fazendo uma faxina básica, vassoura na mão e tudo mais.

333 QUANDO foi encerrada sua audiência na Câmara Federal e horas antes da presidente Dilma aceitar seu pedido de demissão, o então ministro do Esporte, Orlando Silva, deixou a sala com uma frase que pretendia que se tornasse histórica : “Tenho a serenidade dos justos”.

Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Irmã do pai em relação ao filho.

'Ela', em espanhol.

Penalidade por uma infração.

Montgome'Gato', ry é a capiem inglês. tal deste Estado.

Criada de dama nobre; aia.

O (?), indivíduo em evidência.

3ª pess. do singular.

Peça que cobre aparelho sanitário.

Produto para aderir.

(?) Paula Arósio, atriz.

Conjunto de conhecimentos.

Invocar socorro.

'Porca', em alemão.

'Menos', em inglês.

Utensílios para serviço de mesa.

Indica exclusão.

Sobra de comida.

A mais baixa graduação militar.

Língua falada em países muçulmanos.

Símbolo de oxigênio. (quím.)

Silício, símbolo químico.

Expulsão brusca de ar dos pulmões.

Exprime consentimento; afirmação.

(380) 3-cat; sau (Säue vulgarmente: porcalhão, porcalhona); 4-mall; less; ella; volt; juar; 5-árabe.

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

5 CORRUPÇÃO ATÉ PARA INGLÊS VER A edição de ontem do jornal inglês The Guardian dedicou bom espaço para esmiuçar os escândalos torrenciais que rodeiam o Palácio do Planalto, cujas consequências (protestos populares) podem ser assistidos por jornalistas das janelas das redações. Veja a reportagem na íntegra em www.dcomercio.br

olítica Marcelo Camargo/Folhapress

O

novo ministro do estudantil e diz ser favorável Esporte, Aldo Re- ao benefício. Ressaltou, pobelo, somente vai rém, que pretende defender a tomar posse ofi- posição do governo em relação cialmente na segunda-feira, à Lei Geral da Copa. O governo mas o substituto de Orlando tem defendido deixar esse teSilva, virou unanimidade. Re- ma para ser debatido diretabelo está com a bola cheia até mente entre Fifa e estados e entre a oposição mais ferrenha municípios que têm leis sobre ao governo Dilma Rousseff. E o assunto. Em relação ao Estaontem já começou a chutar a tuto do Idoso, que entre outros bola antes de entrar em campo. benefícios concede meia entraAvisou que o interino Walde- da em eventos esportivos e culmar Manoel Silva de Souza turais para maiores de 60 anos, não vai ficar, nem como secre- a Fifa queria que a lei não valestário-executivo, e que as mu- se para o Mundial, mas não foi danças não vão atingir "quem incluído no texto da Lei Geral e vem cumprindo as suas obri- o direito seguirá valendo. gações, com competência".

Rebelo disse também que no As organizações não-gover- encontro que manteve com a namentais que presidente eram titulares Dilma não nos convênios houve, da parcom o ministéte dela, qualSe desejam que rio, nem na req u e r r e c oserva vão fimendação some expresse com c a r. R e b e l o bre a relação mais clareza, disse que o jocom a Fifa. como ministro go será jogado "Não houve e não pretendo em parceria creio que o refazer convênio com os órgãos lacionamento públicos, codeve ser de com ONGs. mo as prefeipraxe", segunALDO REBELO turas. A decido Rebelo. "A são vai além Fifa tem uma do programa Segundo Tempo. responsabilidade, o governo "Se desejam que me expresse tem a sua e trabalharão natucom mais clareza, como minis- ralmente levando em conta a tro, no ministério não preten- cooperação necessária e a indo fazer convênio com ONGs". dependência".

Foram esses convênios que O novo ministro disse ainda acabaram provocando a que- não acreditar em ressentimenda do antigo comandante. Ele to por ter participado de uma só não soube precisar se a sua Comissão Parlamentar de Inestratégia poderá entrar em vi- quérito (CPI) que investigou a gência imediatamente. "Se não CBF entre os anos de 2000 e der, daqui para a frente vai ser 2001. Ele presidiu a CPI da apenas com outros órgãos pú- CBF/Nike, que levantou susblicos", garantiu. peitas de envolvimento do Ele comentou ainda a ques- presidente da CBF, Ricardo tão da meia-entrada para estu- Teixeira, em vários crimes fidantes na Copa do Mundo. nanceiros. Depois, editou com Ressaltou ter iniciado sua car- Silvio Torres, relator da CPI, reira política no movimento um livro rico em detalhes de

Em campo: Aldo Rebelo assume a pasta na segunda-feira, mas já fala como o capitão da equipe.

Aldo assume como o craque do time O novo ministro ganha apoio de todos os partidos e já anuncia mudanças no ministério do Esporte transações nada transparentes do futebol brasileiro, que sugeriam a participação direta de Teixeira. Mas o dirigente conseguiu na Justiça proibir a circulação do livro, decisão vigente até hoje.

Waldemar, o vapt-vupt do Esporte A interinidade do secretário-executivo foi a mais breve como ministro

Aos poucos, porém, Aldo deixou de se entusiasmar por investigações sobre denúncias de corrupção no esporte e, nos últimos anos, o agora ministro aproximou-se de Teixeira e tornou-se um dos interlocuto-

O

Aldo Rebelo perdeu, nos últimos anos, metade do seu patrimônio

P

Waldemar entra no carro de ministro, dá uma volta e sai sem pasta.

de quem for afastado. E procurou, ao mesmo tempo, tranquilizar a equipe. "As competências que lá estão e que tenham correspondido às suas atribui-

ções serão mantidos". O ministro enfatizou que "os que serão mudados serão pelo critério da mudança pessoal, da mudança técnica". (Agências)

dio, TV e jornal, ser parceiro da CBF e da Fifa e, se houve qualquer contribuição, pode ser que tenha, não atingiu e não atingirá de qualquer forma a minha independência". É esperar para ver. (Agências)

Um ministro declarado pobre

Dida Sampaio/AE

s ec re tá r i o- e x ec u t iv o do ministério do Esporte, Waldemar Manoel Silva de Souza, sabia que ficaria interinamente como titular da pasta. O que ele não esperava é que essa interinidade fosse tão rápida – apenas algumas horas. E o pior, ele nem volta para a secretaria. O novo ministro, Aldo Rebelo, já avisou que Waldemar "não fica".

O novo ministro disse que pretende levar pessoas de confiança e vai avaliar os nomes que atualmente trabalham no ministério. "É evidente que haverá mudança, mas eu tenho que analisar o perfil de todos que estão lá", afirmou. Rebelo destacou que as mudanças "não significam condenações"

res dele no Congresso.

Sobre as doações de campanha recebidas de patrocinadores da CBF, demonstrou naturalidade. "Não tem problema nenhum um banco ou uma empresa dessa anunciar em rá-

ela segunda vez, e aos 55 anos, Aldo Rebelo, filho de vaqueiro nascido em Viçosa (AL), deputado federal pelo PCdoB e torcedor do Palmeiras, vai ocupar um ministério. De janeiro de 2004 a julho de 2005 foi ministro de Relações Institucionais do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, o desafio é o Esporte. Embora esteja em seu sexto mandato como deputado federal, as suas declarações de bens prestadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentam, no mínimo, um fato curioso.

Entre 2006 e 2010 perdeu

quase a metade do seu patrimônio. Há quatro anos, declarou ter R$ 612 mil em bens. No ano passado, o valor caiu para R$ 376 mil. A redução se deve basicamente a uma casa de R$ 203 mil declarada em 2006 e que não consta da prestação de contas de 2010. Neste ano, o único imóvel declarado é uma casa em Viçosa, em construção há quatro anos.

Primeiro comunista a presidir a Câmara, entre 2005 e 2007, no auge da crise do mensalão, ele foi fundamental para afastar o risco de impeachment do então presidente Lula, além de manter

boa relação com o centro e a direita. Na juventude foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e militou com Renan Calheiros.

Como deputado, apresentou propostas polêmicas, como o projeto que pretendia proibir estrangeirismos na língua portuguesa e o que sugeria transformar o 31 de outubro no Dia Nacional do Saci-Pererê, em substituição à festa norte-americana Halloween. Foi relator do Código Florestal, defendendo posições próximas aos ruralistas e perdeu, para Ana Arraes, a vaga no Tribunal de Contas da União. (Agências).

Dida Sampaio/AE

Um nome que provoca elogios Ninguém ousou contestar Aldo Rebelo para o cargo de ministro. Ele é considerado a "pessoa talhada".

A

ssim que o nome de Aldo Rebelo foi confirmado como novo ministro do Esporte, o deputado federal pelo PCdoB conseguiu arrancar elogios até da oposição. A série começou com "é um bom nome", passou por "tem qualificação", veio o "é respeitado", falou-se que "não poderia ter sido melhor", foi resumido como "é do bem" e descrito como "uma pessoa talhada". O "talhada para dar continuidade aos projetos do governo" foi disparado por Edinho Silva, presidente estadual do PT-SP. A oposição, além do apoio, aproveitou para pedir que ele faça "a devida assepsia" no ministério e que não ceda "a pressões". A proposta é do líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA). "Ele tem estatura e confio que possa promover uma assepsia total". É também o desejo do deputado Duarte Nogueira (SP), líder dos tucanos na Câmara. "Espe-

Beto Oliveira/Ag. Câmara - 13.09.11

ACM Neto: referência à estatura de Rebelo para falar em assepsia.

ro que possa enfrentar a missão de fazer uma limpeza nesse cipoal de irregularidades que existe no Esporte".

Como ele "tem qualificação para assumir qualquer cargo no País", na avaliação do líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza, o novo ministro não terá problemas e deverá atender o pedido

do senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, "de que se mantenha no cargo". O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN) não tem dúvidas, pois suas qualidades "são ouvir e dialogar". Como disse, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), faz "parte do time do bem". Além do mais, como

lembrou o senador Inácio Arruda (CE), líder do PCdoB no Senado, "entende de esporte" e terá "muita desenvoltura para tratar de temas e projetos relacionados à Copa". Para o deputado Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, "foi uma boa escolha". Nem tanto assim para o deputado Roberto Freire (SP), líder do PPS na Câmara. "Embora ele mereça respeito, é o representante do mesmo partido que aparelhou o ministério".

Por isso, Freire alertou que há o risco de "trocar seis por meia dúzia". Pela mensagem do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), deve conseguir.

"Conte com nosso apoio".

Em tom panfletário, o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) soltou "não ceda a pressões" e "limpe o ministério". Mas isso é outra história.

Só a indicação foi suficiente para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ficar enaltecida. "O partido está absolutamente satisfeito". (Agências)

Day after: Orlando Silva mantém encontro com a cúpula do PCdoB.

Vanderlei Siraque, o novo integrante da Câmara

E

m seu primeiro dia como ex-ministro, Orlando Silva, recebeu em sua casa, em Brasília, a cúpula do PCdoB, inclusive o novo titular, Aldo Rebelo, para repassar informações da pasta. Ali, definiu-se quem vai e quem fica.

Na Câmara, a vaga de Aldo será ocupada pelo ex-deputado estadual Vanderlei Siraque (PT-SP). Nas eleições de 2010,

para deputado federal, recebeu 93.314 votos e tornou-se o primeiro suplente da coligação. É advogado e natural de Santa Cruz do Rio Pardo (SP).

Com a mudança, José Genoíno passa a primeiro suplente.

Atualmente é assessor especial no ministério da Defesa.

Chegou à presidência do PT, mas renunciou após o escândalo do mensalão. (Agências)

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Defendemos a adoção dos mesmos princípios da Lei da Ficha Limpa para nomeações no Poder Executivo.

Jorge Hage, ministro-chefe da CGU.

olítica

Lula: bolo, cumprimentos e afagos.

Só faltou Dilma.

A

Adam Warzawa/EFE

lém de um bolo de Rio, Sérgio Cabral.

O presidente estadual do frutas cristalizadas, o ex-presiden- PT-SP, Edinho Silva, foi um te Luiz Inácio Lula da Silva dos primeiros a visitar o exrecebeu a visita de amigos, presidente. O ex-presidente empresários e autoridades recebeu ainda as visitas do na comemoração do seu pri- ex-ministro do Turismo e de meiro aniversário após dei- Relações Institucionais xar a Presidência da Repú- Walfrido Mares Guia, do viblica. O petista, que comple- ce-presidente de Relações tou ontem 66 anos, chegou Institucionais da Embraer, às 11 horas à sede do Institu- Jackson Schneider; do viceprefeito de São Berto Lula, na capital nardo do Campo, paulista, local onFrank Aguiar; o de despacha pré- ca ndi da to atualmente. O do PMDB à Preintenso movifeitura de São mento no local Paulo, Gabriel levou um visiChalita; e sua fitante a emplalha Lurian. car uma piada.

Lula também "Isso até parece recebeu cumprium beija-mão", Lula: 66 anos m e n t o s d o p re s iafirmou. dente da Gaviões da O ex-presidente foi cumprimentado pelos fun- Fiel, Antonio Alan, que o cionários da instituição, que presenteou com quatro garnão esperavam sua presen- rafas de cachaça.

No final da tarde, o exça. Ao longo do dia, uma dezena de pacotes e embru- presidente recebeu a visita lhos foram entregues com do artista plástico Gustavo frequência na sede do Insti- Rosa, que carregava um tuto Lula. O petista recebeu quadro com uma represenainda uma série de telefone- tação de Lula durante a inmas, entre eles da ministra- fância, chamado O Menino chefe da Casa Civil, Gleisi que Pensava Grande.

A presidente Dilma Hoffmann, do ministro da Defesa, Celso Amorim, da Rousseff era aguardada, senadora Marta Suplicy mas, gripada, cancelou a (PT-SP) e do governador do viagem a São Paulo.

Alan Marques/Folhapress - 09.02.11

Governo anuncia retranca contra desvios de ONGs Controladoria Geral da União pretende conter a avalanche de denúncias de corrupção contra entidades Marcelo Camargo/Folhapress

A

balado com a sucessão de escândalos que já causou o afastamento de seis ministros em menos de um ano, o governo federal resolveu adotar um conjunto de medidas para fechar os ralos de desvio de dinheiro público por meio de Organizações Não Governamentais (ONGs) e impedir a indicação de políticos fichas sujas como ministros e altos dirigentes públicos. A informação foi dada ontem pelo ministro chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.

A ideia, segundo Hage, é reproduzir nas nomeações do poder Executivo a Lei da Ficha Limpa, que veta candidaturas a cargos eletivos de políticos processados ou condenados judicialmente. Daqui por diante, os próprios ministros terão de assinar os convênios de sua Pasta e não mais delegar a gestores e secretários.

Mais: os convênios só poderão ser firmados com ONGs idôneas e com experiência mínima de três anos na área, escolhidas mediante chamamento público.

O ministro informou que está trabalhando, a pedido da Casa Civil, na elaboração do

Hage: ideia é estender a Lei da Ficha Limpa para neutralizar indicações de políticos inidôneos para cargos no alto escalão governamental.

decreto que vai regulamentar o chamamento. "Nenhum ministro vai poder dizer amanhã que não sabia (de irregularidades em convênios)".

Triagem – Com a adoção da medida, disse, "será impossível firmar convênio com uma ONG criada há poucos meses, ou fantasma, ou que não tenha experiência na área específica", afirmou. "Se ela tiver cometido irregularidade ou devendo prestação de contas, não pode voltar a receber dinheiro público".

O decreto que aumenta o controle sobre a contratação de ONGs já está em vigor des-

de setembro, mas alguns artig o s d e p e n d e m d e re g u l amentação, como é o caso do chamamento público. Já havia alguns ministérios adotando essa prática, mas sem eficácia no combate às irregularidades.

"Era um modelo de chamamento que cumpria a aparência de legalidade, mas que na verdade não selecionava as ONGs sérias, as que não tinham ficha suja".

O projeto que disciplina a escolha de ministros e membros do primeiro escalão do governo está a cargo de grupo interministerial, coordenado por

Hage. A medida, na sua avaliação, dará à Presidência da República um instrumento poderoso para barrar a falta de critérios dos partidos na indicação de ministros e ocupantes do primeiro escalão.

"Defendemos a adoção dos mesmos princípios da Lei da Ficha Limpa para nomeações no Poder Executivo", resumiu Hage, após divulgação do relatório da Avaliação do Sistema de Integridade da Administração Pública, junto com o secretário geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria. (AE)

TSE cassa propaganda tucana

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÃO Encontra-se aberto no Gabinete, o seguinte pregão: PREGÃO PRESENCIAL 306/2011-SMS.G, processo 2011-0.202.957-9, destinado ao registro de preços de CATETER PERIFÉRICO INTRAVENOSO COM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA E DISPOSITIVO INTRAVENOSO COM SISTEMA DE SEGURANÇA, para a Divisão Técnica de Suprimentos SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 10 horas do dia 17 de novembro de 2011, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

RETIRADA DE EDITAL O edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br, quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão.

O

Os ministros do TSE julgaram quatro representações de autoria do PT, que questionavam o uso da propaganda nacional do PSDB para mencionar as obras realizadas por José Serra quando governador de São Paulo ou para dizer que ele era um político que "tinha história" para mostrar.

Para a relatora das ações, ministra Nancy Andrighi, os episódios caracterizaram propaganda antecipada ilegal, uma vez que as propagandas só podiam ocorrer depois do dia 5 de julho. Ela também entendeu que o programa nacional foi usado para promoção de imagem pessoal do candidato,

o que é vedado por lei.

Na época em que o PT entrou com representações, o corregedor-geral eleitoral, ministro Aldir Passarinho Junior, concedeu liminares ao partido para que o PSDB retirasse do ar e não mais transmitisse as inserções que eram objeto de questionamento.

Rejeição – No Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro (PT) teve de desistir de subir ao caminhão de som da Marcha dos Sem, ontem. Ao saber que a manifestação havia chegado à praça da Matriz, diante do Palácio Piratini, ele mostrou-se disposto a receber no próprio palanque a carta

que os participantes do ato haviam preparado para lhe entregar no gabinete. Mas quando já estava na rua, ouviu de oradores ligados ao PSTU que não havia acordo para abrir o protesto à sua presença e voltou à sua sala de trabalho, onde recebeu o documento de uma comissão, conforme estava na programação original.

Tarso disse compreender que existem diversas correntes de opinião dentro do movimento social, com algumas que participam mais para pressionar do que para dialogar, e considerou que, nesse contexto, a atitude dos oradores foi "natural". (AE)

Manifestantes pedem fim de Belo Monte

C

erca de 600 pessoas, entre indígenas, ribeirinhos e pescadores, ocuparam o canteiro de obras da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, na madrugada de ontem e fecharam a rodovia Transamazônica, na altura do quilômetro 50, em Altamira (PA). Os manifestantes pedem o fim do projeto da usina.

A assessoria do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que a ocupação foi pacífica e que os manifestantes não encontraram resistência da polícia ou dos seguranças do empreendimento.

Segundo o conselho, o que motivou a ocupação foi o adiamento do julgamento do Tribunal Regional Federal da 1ª Região sobre o direito de os indígenas de serem ouvidos antes do início das obras.

Segundo o cacique kaiapó Megaron Txucarramãe, outros índios da aldeia de Gurupira, em Redenção, também estavam a caminho do local para aderir ao protesto do grupo.

A reportagem tentou contatar lideranças e autoridades de Altamira, no Pará, na manhã de ontem, mas as ligações não são completadas. (Agências)

Lula Marques/Folhapress

Serra: multa de R$ 20 mil por aparição no programa do PSDB considerada indevida pelo TSE

Tr i b u n a l S u p e r i o r Eleitoral (TSE) determinou ontem, por unanimidade, a suspensão do primeiro programa nacional do PSDB em 2012 e de 12 minutos de inserções de TV previstas para ir ao ar neste ano e no ano que vem.

Os ministros entenderam que a propaganda veiculada pela sigla no primeiro semestre de 2010 foi utilizada indevidamente para promover da candidatura de José Serra à Presidência da República.

A corte também aplicou multas que somam R$ 50 mil para o PSDB e R$ 20 mil para José Serra.

Canteiro de obras (foto) foi tomado por 600 indíos e ribeirinhos.

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p Aqui nasce hoje o 1º Forum Social de SP DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

7

Queremos articular o coletivo para que ele tenha força em sua atuação política.

Flávia Landgraf , organizadora do Fórum Social em São Paulo

olítica

Seguindo modelo internacional, o evento inaugura suas atividades sob o Viaduto do Chá. Pretende discutir os grandes problemas da metrópole.

News Free/Folhapress

Victória Brotto

paço na versão Paulista são o projeto da Lei da Ficha Limpa, cultura e arte contemporânea, nspirado no movimento formação e capacitação de proOcupe Wall Street, o pri- fessores, e políticas públicas e meiro Fórum Social em diversidade etnicorracial.

Durante o evento, só organiSão Paulo abre suas atividades hoje, às 18h, sob o Via- zações e movimentos podem duto do Chá, em parceria com propor e coordenar as atividades, mas a participação é livre. manifestantes lá acampados.

O evento, que pretende dis- Os interessados podem se inscutir os principais problemas crever pelo site http://forumsoda Grande São Paulo, segue a cialsp.org.br, nas seguintes formesma tendência do movi- mas de participação: divulgamento norte-americano e de ção (aberta a pessoas e grusua versão espanhola – Indig- p o s ) ; c o o r d e n a ç ã o d o s nados –, resumida em "Comba- "coletivos" ou grupos de trabater a ganância do sistema capi- lho (só para grupos); inscrição individual; coordenação de estalista financeiro".

O que é o Fórum – Um gran- tandes para divulgar o Fórum para empresas de encontro de (aberto a peso rg a ni za ç õe s soas e grupos); e m o v i m e ndivulgação à tos, para que O fórum não imprensa ( estes possam pretende ser uma aberto a grucompartilhar experiências e instância de tomada pos e pessoas); e d o a ç ã o f iestruturar plade decisão, mas um nanceira (pesnos de ação. grande encontro soas e grupos).

E s t a é a p ropara melhorar a A s i n f o r m aposta do Fóatuação dos grupos. ções da conta rum Social do Fórum Soque ocorrerá FLÁVIA LANDGRAF cial também durante três estão disponídias – hoje, amanhã e domingo, das 9h às veis no site.

Financiamento – Além das 18h na Faculdade Zumbi dos Palmares (Av. Santos Dumont, doações diretas em conta cor843, próximo à Estação Armê- rente, segundo Landgraf, o Fórum Social em São Paulo arrenia do Metrô).

O evento terá 65 atividades cada fundos desde novembro voltadas para o debate em tor- do ano passado. "Recebemos no da pergunta "O que fazer contribuições de ONGs e fizepara que o interesse público e mos rifas de materiais gráficos os direitos dos cidadãos e cida- e camisetas". O evento é desdãs da Grande São prevaleçam vinculado de qualquer partido sobre os interesses do lucro e político ou empresa privada, segundo seus organizadores. do dinheiro?".

História – O Fórum Social "Queremos articular o coletivo para que ele tenha força Mundial nasceu em 2001, em em sua atuação política. O fó- oposição ao Fórum Econômico rum não pretende ser uma ins- Mundial de Davos, e reúne lítância de tomada de decisão, deres das economias munmas um grande encontro para diais. O primeiro Fórum Social melhorar a atuação dos gru- Mundial foi realizado em Porpos", explica uma das organi- to Alegre (RS) e depois ganhou zadoras do evento, Flávia espaço em outras cidades do Landgraf ao Diário do Co- mundo. Há dois tipos de Fórum Social – o mundial e o lomércio.

Alguns temas que já foram cal. O de São Paulo é local, voldebatidos em outros fóruns so- tado para discutir problemas ciais e que podem ganhar es- da região metropolitana.

I

Manifestantes acampados: parceria com o evento que debaterá a questão do direito público e particular sobre o lucro e o dinheiro.

Venda de emendas: deputados enterram a investigação Com a votação de ontem, caem por terra testemunhas e possível abertura de CPI para apurar denúncias.

Epitácio Pessoa/AE

Manifestantes pedem apoio à abertura da CPI na Assembleia. À direita, Campos Machado discute sua proposta para encerrar os trabalhos.

O

líder do governo, Romero Jucá (PMDBRR), será o relator da medida provisória 540 no Senado. Aprovada na quartafeira, na Câmara, a chamada "MP das desonerações" concede incentivos fiscais a diversos setores da economia.

A MP também permite que o Fundo de Investimento do FGTS destine até R$ 5 bilhões para financiar obras de infraestrutura da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016, com exceção de estádios e centros de treinamento.

A votação no Senado só se dará depois do feriado de 2 de novembro.

charam a rua com cartazes e carro de som.

Agora, a oposição luta para obter as duas assinaturas que faltam para instalar uma CPI que investigue o caso. Barbiere assinou o pedido. Mas, mesmo conseguindo as assinaturas, não se garante instalação de CPI logo. O regimento da Assembleia só permite o funcionamento de cinco CPIs por vez. E já há cinco em andamento. (Agências)

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Jucá, relator da MP das desonerações

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Jucá foi escolhido relator a pedido do próprio governo, para facilitar a interlocução com o ministério da Fazenda, caso mude o texto.

A MP abre fase experimental de desoneração em folha de pagamento em setores como confecção, software, transporte coletivo urbano ou couro, substituindo a contribuição patronal sobre os salários por alíquota sobre o faturamento das empresas (de 1,5% a 2,5%) Jucá deve sofrer pressão para reduzir essas alíquotas.

Alguns setores já receiam que essa mudança implique em aumento de imposto. (AE) DC

O

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa aprovou ontem o requerimento apresentado um dia antes pelo deputado Campos Machado (PTB). A proposta para encerrar os trabalhos foi aprovada pela maioria da base governista – 5 votos a 2. Com a decisão, abre-se prazo de 15 dias para que o Conselho conclua o relatório com o resultado dos trabalhos e o envie ao Ministério Público.

Com a votação de ontem, foram anulados quatro requerimentos para convite de testemunhas e a possível abertura de um processo administrativo contra o deputado Roque Barbiere (PTB).

Ele é investigado pelo Conselho de Ética e pela Promotoria por ter afirmado que cerca de 25% a 30% dos parlamentares paulistas vendem emendas ao Orçamento do estado.

O conselho, instalado em 29 de setembro, não conseguiu ouvir o denunciante, nem sequer apurar os detalhes sobre a suposta venda de emendas.

Barbiere ainda é aguardado no Ministério Público. Ele confirmou que deve se apresentar logo ao promotor, só que não determinou a data.

Cerca de 200 manifestantes de movimentos sociais e partidos políticos foram ontem ao Plenário da Casa manifestar apoio à abertura da CPI. Outros se concentraram em frente à uma das saídas da Alesp e fe-

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

TUNÍSIA Partido islâmico Ennahda é confirmado vencedor de eleição

nternacional

TURQUIA Quatro dias após terremoto, número de mortos sobe para 534 pessoas.

Mahmud Khaled/AFP

Um israelense por 25 egípcios acusado de espionagem.

Segundo os serviços secretos egípcios, Grapel foi enviado ao Egito para recrutar pessoas e monitorar eventos na revolta que derrubou o então ditador Hosni Mubarak, um aliado de Israel e dos EUA. As autoridades israelenses e norte-americanas negaram as acusações. (Agências)

Divulgação/Reuters

O

Egito libertou ontem um americanoisraelense que estava detido como um suposto espião e Israel liberou 25 egípcios, em uma troca de prisioneiros que irá aliviar as tensões entre os novos governantes do Cairo e os Estados Unidos e Israel.

Ilan Grapel, de 27 anos, viajou a Israel acompanhado por dois enviados israelenses. No aeroporto de Tel Aviv, ele foi recebido por sua mãe (à dir.).

Por sua vez, os 25 egípcios foram entregues na fronteira do Egito (esq.).

Todos eles estavam presos sob acusações criminais, a maioria por tráfico de drogas.

Grapel foi detido em junho no Cairo e

NEM UM DIA A MAIS Conselho de Segurança da ONU ignora pedidos do governo interino da Líbia e encerra ação militar no país

O

Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas aprovou por unanimidade ontem o fim do mandato internacional que permitia a ação militar na Líbia que durou sete meses e levou à deposição e morte do ex-líder líbio Muamar Kadafi.

O mandato foi encerrado apesar de um pedido feito pelo governo interino da Líbia ao Conselho de Segurança para esperar até que o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio decidisse se queria a ajuda da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para proteger suas fronteiras.

Os 15 países do conselho aprovaram uma resolução que encerra o mandato que estabeleceu uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia e permitiu que forças militares estrangeiras, incluindo a Otan, usassem "todas as medidas necessárias" para proteger os civis líbios dos ataques promovidos pelo regime de Muamar Kadafi.

Para o Conselho de Segurança, não existe a necessidade de mais ações militares após a morte de Kadafi em 20 de outubro e o anúncio do governo interino de que a Líbia foi libertada em 23 de outubro.

A resolução afirma que a autorização para operações militares estrangeiras na Líbia se encerra às 23h59 do horário local da Líbia em 31 de outubro.

Com a decisão, a Otan deverá se reunir hoje para declarar formalmente o fim de sua operação aérea na Líbia.

Segundo o secretário-geral da

Otan, Anders Fogh Rasmussen, a resolução da ONU "reflete o fato que nós cumprimos nosso mandato de proteger a população civil da Líbia, então agora possuímos a segurança para finalizar as nossas operações".

"Se solicitado, podemos ajudar o novo governo da Líbia na transformação para a democracia, por exemplo, com a reforma dos setores de defesa e segurança, mas eu não esperaria novas tarefas, além disso", revelou.

Armas e dinheiro - Além disso, o Conselho de Segurança modificou as disposições sobre o embargo de armas aprovadas em fevereiro e março, e com isso o CNT poderá adquirir armas para sua defesa.

Haverá ainda a suspensão do congelamento de ativos das companhias nacionais de petróleo do país norte-africano e dos fundos do Banco Central e do Banco Exterior Árabe líbios.

Lei islâmica - Na tentativa de tranquilizar os países do Ocidente, o premiê do CNT, Mustafá Abdul Jalil, disse ontem que gostaria de "assegurar à comunidade internacional que, como líbios, somos islâmicos moderados".

Em declaração anterior, Jalil dissera que a base da futura legislação seria a sharia (código islâmico de regras), o que tornaria sem efeito todas as leis que estivessem em desacordo com ela.

Sob Kadafi, as leis líbias combinavam elementos laicos à sharia. A fala inicial do premiê do CNT frustrou as potências ocidentais que apoiaram a oposição apostando em uma sociedade mais livre. (Agências)

Três milhões de euros de 'bunga-bunga'

O Morte de Kadafi sob investigação Pressionado, governo interino diz que vai julgar assassinos de ex-ditador.

A

pós pressões internacionais, o Conselho Nacional de Transição (CNT), que governa interinamente a Líbia, afirmou que investigará as circunstâncias da morte do ex-ditador Muamar Kadafi, no dia 20, e levará os responsáveis à Justiça se houver comprovação de que ele foi assassinado.

"Com relação a Kadafi, não esperamos que ninguém nos diga (o que fazer)", disse Abdel Hafiz Ghoga, vice-presidente do CNT, durante coletiva de imprensa, em Benghazi.

"Nós já iniciamos uma investigação. Publicamos um código de ética sobre o tratamento de prisioneiros de guerra. Eu tenho certeza de que foi um ato individual e não um ato dos revolucionários ou do Exército nacional", disse.

"O responsável (pela morte do ex-ditador), quem quer que seja, será julgado e receberá o que for justo", acrescentou ele.

Kadafi foi capturado e morto na semana passada ao tentar sair de sua terra natal, Sirte, onde se escondera depois que as

forças rebeldes tomaram a capital Trípoli, em agosto.

A versão oficial do CNT é que o ex-ditador morreu em uma troca de tiros com os insurgentes. Vídeos divulgados desde a semana passada, porém, mostram não só indícios de assassinato sumário como suspeitas de abuso sexual.

Ontem, o premiê russo, Vladimir Putin, chamou de "repugnantes" as imagens da morte do ditador. Na terçafeira à noite, o presidente dos EUA, Barack Obama, já havia afirmado que faltava "decoro". (Agências)

primeiroministro italiano, Silvio Berlusconi gastou milhões de euros com dançarinas, atrizes e apresentadoras de televisão, segundo revelam extratos bancários que vieram a público ontem.

Segundo os dados bancários, o premiê de 74 anos deu o equivalente a quase 3 milhões de euros como presentes para suas admiradoras e gastou adicionais de 337 mil euros em joias, que distribuiu como presentes.

Os detalhes da movimentação bancária do premiê foram obtidos pelo jornal italiano La Repubblica e constam de um inquérito sobre corrupção. (Folhapress)

Enrique Marcarian/Reuters

Nos passos de Perón

A

Mineiros inauguram estátua de bronze do ex-presidente em frente ao Congresso em Buenos Aires

Argentina lembrou ontem com uma série de homenagens o primeiro aniversário da morte do ex-presidente Néstor Kirchner, cujo corpo foi transferido a um mausoléu em sua cidade natal durante uma cerimônia particular liderada pela atual governante, Cristina, viúva do ex-mandatário.

Passeatas, concentrações, exposições e palestras fizeram parte da série de atos organizados em todo o país para lembrar o ex-presidente, que governou a Argentina entre 2003 e 2007, e morreu aos 60 anos no dia 27 de outubro de 2010 de parada cardíaca em sua residência na cidade de El Calafate.

Os kirchneristas deram início então a uma campanha para transformá-lo em um mito

Juan Mabromata/AFP

Argentina lembra um ano da morte de Kirchner. Com direito a mega-mausoléu.

Imponência: mausoléu de Kirchner possui 650 metros quadrados.

comparável ao fundador do movimento político peronista, Juan Domingo Perón.

Um exemplo é o mausoléu construído no cemitério de Río Gallegos, a poucos metros do túmulo familiar onde Kirchner foi enterrado há um ano.

Ele tem 11 metros de altura, 13 de comprimento e 15 de largura, em uma área de 650 metros quadrados, contrastando fortemente com os simples túmulos do cemitério municipal. O mausoléu foi aberto para visitação pública ontem. (Agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

c

9 Levi Bianco/News Free/AE

COMÉRCIO COM MEDO Pelo terceiro dia seguido, ambulantes mantiveram os protestos contra a operação de fiscalização da Prefeitura e da Polícia Militar, mas o dia foi mais tranquilo.

idades

Confrontos no Brás afastam sacoleiros de outros estados

Fotos de Zé Carlos Barretta/Hype

Trata-se da principal clientela da Feirinha da Madrugada, uma área conflagrada Fotos de Werther Santana/AE

O artista plástico Nato L. em um de seus carros de boi que estarão expostos em pontos de São Paulo

Sinal verde para os carros de boi na Capital Valdir Sanches

O Durante passeata de camelôs, comerciantes do Brás fecharam suas portas com receio de novos saques

O

s conflitos entre vendedores ambulantes e a Polícia Militar (PM), que vêm se repetindo ao longo desta semana no Brás, zona central de São Paulo, já estão afugentando a principal clientela da região: sacoleiros de outros Estados. Nos últimos dois dias, empresas de excursão têm chegado à Capital com metade dos passageiros previstos, após muitos cancelarem a viagem na última hora.

"Eu estava com 40 lojistas confirmados. Assim que começaram as notícias na televisão, eles foram ligando para cancelar. Quando eram só 27, pensei: se mais um cancelar, vou suspender a viagem", disse a guia Eva Marques, de 39 anos, que trabalha para uma empresa de Belo Horizonte.

Maria Aparecida Rodrigues de Souza, de 50 anos, viria com dois ônibus de lojistas de Curitiba para fazer compras na Feirinha da Madrugada ontem.

"Mas acabamos vindo com apenas um. Além do medo da violência, as pessoas não querem encontrar lojas fechadas e perder a viagem". Poucas horas antes do embarque, 16 passageiros de Maria Aparecida desistiram.

O roteiro de compras no bairro do Brás também mudou. "Pretendia ir a uma loja da rua Oriente, mas tive de dar meia volta quando encontrei os manifestantes", afirmou a guia Geny Silva, de 58 anos, do Paraná. Sem perspectiva de solução para os conflitos, lojistas de outros estados que há anos se abastecem de mercadorias do Brás já pensam em outros

Ambulantes saíram em passeata pela região da Feirinha da Madrugada

destinos de compras. "Eu quase desisti de vir. Se a situação continuar assim, vamos procurar outro lugar para comprar, como Rio e Belo Horizonte", disse o lojista de Juiz de Fora José do Carmo, de 48 anos, que há oito frequenta a Feirinha da Madrugada.

Na terça-feira, primeiro dia dos confrontos, muitos ônibus não conseguiram entrar no estacionamento da feirinha. No início da tarde de ontem, havia pouco mais de 30 veículos no local. "Geralmente tem o dobro disso neste horário", explicou Andréa Bacha, de 37 anos, que vende comida para lojistas em viagem.

Há três dias, camelôs protestam nas ruas do Brás por causa do endurecimento na fiscalização da Operação Delegada, na qual policiais militares de folga combatem o comércio irregular e recebem um complemento salarial da Prefeitura. Desde segundafeira, a ação foi ampliada para o período noturno, quando 7 mil vendedores ambulantes

trabalham irregularmente.

Cerca de 400 policiais por turno ficarão na região por tempo indeterminado, até que acabem os protestos.

Passeata – Ontem, pelo terceiro dia seguido, ambulantes mantiveram os protestos contra a operação de fiscalização, mas o dia foi mais tranquilo.

Pela manhã, um grupo fez uma passeata que durou aproximadamente uma hora. De acordo com a PM, cerca de 1.200 pessoas participaram da passeata e não houve registro de incidente. Depois, o grupo se concentrou na rua Oriente.

Alguns lojistas preferiram não abrir seus estabelecimentos. Anteontem, camelôs saquearam lojas, bloquearam ruas, jogaram pedras em ônibus e entraram em confronto com a Polícia Militar.

Na madrugada de ontem, pelo menos 200 camelôs tentaram realizar uma passeata pela rua Oriente, mas foram impedidos pela PM, que jogou bombas de efeito moral para dispersá-los. (Agências)

Nacho Doce/Reuters

Durante passeata de camelôs, policiais militares protegeram comerciantes legalmente estabelecidos no Brás

artista plástico Nato L. não pode sair pelas ruas da cidade com o carro de sua paixão, porque seria muito complicado (além de ferir posturas municipais). Assim, deixa guardada a sua frota de 20 carros de boi, alguns com 120 anos de existência, e usa seu Astra 2001.

Na verdade, está se falando de um tesouro. O carro de boi é o primeiro veículo de transporte de carga do País. Surgiu durante a colonização portuguesa, para transportar a cana dos engenhos de açúcar. Onze dos carros de boi de Nato, afinal, estarão em São Paulo a partir de segunda-feira. Não em trânsito, naturalmente; mas expostos em lugares da cidade como o Aeroporto de Congonhas, a Estação Jabaquara do metrô e o Mercado Municipal.

Nato L., nascido Renato Lombello, não é um antigo estudioso dos transportes de tração animal. Tem 34 anos. Nasceu na Capital, na Vila Mariana.

Aos três, quatro anos, "passava o dia desenhando", como conta. No dia em que fez sete anos, um fato determinante aconteceu em sua vida.

O avô paterno, João, deu-lhe de presente um brinquedinho que ele nunca vira antes, uma miniatura de um carro de boi. A partir de então, todos os desenhos do menino mostravam um carro de boi.

Quando fez 11 anos, o avô João deu-lhe um estojo de tinta a óleo. O garoto começou a pintar – carros de boi. Não entrou para escola de arte, mas foi apurando sua pintura, para "um estilo próprio, definido".

Por aquela época, a internet não estava difundida, não havia sites de busca. Nato queria conhecer intimamente o objeto de sua paixão, mas estava difícil.

Aos dezesseis anos, sua mãe o liberou para viajar sozinho.

Minas – O que fez ele? Mochila nas costas, foi para a rodoviária. Embarcou para Santa Rita de Caldas, no sul de Minas.

Por tudo o que conseguira pesquisar, sabia que, na cidadezinha, havia um homem, seu Zequinha, que fazia carros de boi.

Endereço? Não tinha.

Desceu em Santa Rita de Caldas, deu uma olhada em suas ruas de terra e viu um posto de gasolina. Foi lá perguntar. Ora, quem não conhecia seu Zequinha? Por sorte, morava numa rua ali perto.

"Cheguei lá e bati na porta.

Ele abriu, com aquele jeito mineiro, desconfiado. Eu disse quem era, o que queria, e mostrei a miniatura que meu avô tinha me dado. Então ele disse: 'Entra aqui, menino.'"

Gemido – Acasaeratambém a oficina do seu Zequinha. Passaram para um terreno ao lado, e

Desde pequeno, o artista desenha carros de boi, sua grande paixão

estava lá. "Fiquei encantado, era um carro de boi em muito bom estado, só com uma empurradinha já gemia. Esse som, essa melodia".

Nato já sabia muito bem que carro de boi, para ser autêntico, tem que gemer quando anda.

Desejou imensamente comprar aquele, mas não tinha dinheiro.

Ligou para os pais. "Eles me diziam, você está maluco!"

Primeiro – Aos 21 anos, o artista comprou seu primeiro carro de boi. Não outro senão o seu Zequinha levou-o a um produtor rural de Ipuiuna, também no sul de Minas. Recebeu Nato desconfiado, mas seu Zequinha o acalmou. Um amigo, comprando seu primeiro carro de boi...O negócio foi fechado por algo como R$ 1.100 em valores de hoje.

Nato tinha seu primeiro sonhado carro de boi. E um problema: onde guardá-lo? "Eu morava em um apartamento e comprei um carro de boi." Ficou no terreno junto à casa de seu Zequinha.

O artista continuava a viajar.

Foi a Trindade, em Goiás, onde acontece o maior desfile de carros de boi do mundo. Esteve no Tocantins, Minas, Mato Grosso e São Paulo. Quando surgia oportunidade, incorporava mais uma peça à sua coleção.

Em uma fazenda havia um deles à venda. Nato fechou negócio, mas esbarrou em um detalhe: como fazer o robusto veículo chegar a São Paulo? "O fazendeiro me deu apoio. Disse que um amigo tinha um caminhãocegonha e ele ia pedir para levar de graça até Cuiabá."

Apenas uma promessa? Não, Nato ficou impressionado com o fato de que, naquelas bandas, naquela época, "valia o fio de bigode" (honra para cumprir compromissos). De Cuiabá, foi dando um jeito para trazer o troféu a São Paulo.

Escravos – Na paulista Dois Córregos, fez uma outra grande amizade. O fazendeiro e agrôno-

mo João Belchior vendeu-lhe a mais rara peça da coleção. As rodas, a mesa (assoalho) e o eixo foram feitos por escravos. O carro todo é de jacarandá.

A amizade do colecionador com o amigo fazendeiro resolveu-lhe um problema. Todos os carros de boi do primeiro ficam guardados na fazenda do segundo, em Dois Córregos.

De lá estão sendo trazidos, sem problemas, por estradas asfaltadas, para serem expostos na capital paulista.

Feijão – Como carreiro (condutor de carro de boi) honorário, Nato gosta de feijão tropeiro, prato apreciado pela categoria? "Sim, gosto e muito." Come essas comidas, arroz de carreteiro, farofa de carne seca.

São calóricas, não muito saudáveis para os padrões de hoje.

Mas a alma de carreiro está acima desses zelos.

Nato L. é tão admirado nesse meio que uma dupla de violeiros do interior paulista, Zé Rubens e Torrinha, fez uma moda para ele. Um trecho: "Tem que ver o que ele faz; Desenha carro de boi; E também os animais. Seus quadros são de primeira; E é bonito demais".

S ERVIÇO Onde ficarão os carros de boi Terminal Jabaquara do metrô Mercado Municipal - R. da Cantareira, 306.

Aeroporto de Congonhas saguão central.

Casa de Cultura Santo Amaro - Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434 Parque da Água Branca (dois carros expostos) - Av. Francisco Matarazzo, 455, Água Branca.

Tendal da Lapa - R. Guaicurus, 1110, Lapa.

Oficina Cultural Oswald de Andrade - R. Três Rios, 363, Bom Retiro.

Oficina Cultural Amacio Mazzaropi - Av. Rangel Pestana, 2.401, Brás

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma tonelada de ouro

No estilo da realeza

Uma moeda de um milhão de dólares australianos é atrai atenções na reunião de cúpula da Comunidade de Nações, que acontece na cidade australiana de Perth.

A moeda – que traz a efígie da rainha Elizabeth II de um lado e um canguru do outro –, foi apresentada ontem, na abertura do encontro.

Com 1,012 tonelada de ouro 99,99% puro, a moeda vale mais de US$ 55 milhões (cerca de R$ 97 milhões), tem 80 centímetros de diâmetro, 12 centímetros de espessura e levou 18 meses para ser cunhada.

Kate Bain, da casa de leilões Lyon and Turnbull, exibe uma "calcinha" de seda que pertenceu à rainha Vitoria. A peça pertence a uma coleção de cerca de 500 itens da monarquia britânica que serão leiloados no dia 1º de novembro em Edimburgo, Escócia.

A rainha Vitoria governou a GrãBretanha de 1837 até sua morte, em 1901, aos 81 anos de idade. Seu reinado é conhecido como austero e muito conservador em relação aos costumes.

Torsten Blackwood/AFP

David Moir/Reuters

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10 -.LOGO

P AN D ESIGN

Diego volta a brilhar

D

Entrando em forma Feel Desain é um blog que destaca diariamente criações divertidas e inspiradoras, como o levantador de peso acima, lembrete de seu compromisso na academia.

iego Hypolito conquistou ontem, em Guadalajara, o ouro na ginática artística de solo. Com 15.800 pontos, superou o chileno Enrique Tomás González (15.625), prata, e o porto-riquenho Alexander Rodriguez (14.900), bronze.

Com a medalha, Diego recupera-se do desempenho no Mundial de Tóquio, há dez dias, em que levou o bronze.

Atual campeão pan-americano, Diego também foi ouro na disputa por equipes, com Arthur Zanetti, Francisco Barreto, Péricles da Silva, Petrix Barbosa e Sérgio Sasaki.

Jonne Roriz/AE

O vermelho e o negro Modelo apresenta uma das criações do estilista chinês Qi Gang para a temporada primavera/verão 2012 na semana de moda de Pequim, na China.

C ELEBRIDADES

Eles são assustadores

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Casey Anthony, a norteamericana absolvida em julho da acusação de ter matado a própria filha, ficou em segundo lugar na lista das celebridades mais assustadoras, atrás do roqueiro Marilyn Manson. A lista foi criada pela E-Poll Market Research como "comemoração" do Halloween.

O.J. Simpson, absolvido em 1995 do assassinato de sua ex-mulher, ficou em terceiro lugar no ranking dos tenebrosos. Charlie Sheen, o ex-protagonista de Two and a Half Men, ficou na sexta posição.

H ISTÓRIA Leia mais sobre Esportes em nossa página na internet, que traz uma matéria especial sobre o retorno de Ganso aos campos.

Os segredos da ciência, revelados A Royal Society, a instituição científica mais antiga do mundo, colocou na internet, para consulta, um arquivo histórico formado por milhares de estudos que, como os de Isaac Newton e Charles Darwin, mudaram o curso da história mundial. O serviço, gratuito, permite a consulta de mais de 60 mil documentos reunidos por três séculos sobre grandes descobertas e pequenos avanços que foram moldando o atual conhecimento científico e guardados no arquivo da sociedade. A instituição foi homenageada neste ano com o prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades. "Se

todos os livros do mundo fossem destruídos e só sobrasse a revista Philosophical Transactions, da Royal Society, não seria absurdo dizer que os fundamentos da ciência e do progresso intelectual dos últimos dois séculos estariam salvos", escreveu em 1870 o biólogo Thomas Huxley. A Royal Society foi a primeira instituição do mundo a lançar, em 1665, uma revista com padrões de controle para divulgação científica.

Atualmente, a instituição conta com cerca de 1,5 mil membros, entre eles 75 vencedores do Prêmio Nobel.

M ODA Jason Lee/Reuters

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Raquel Cunha/AE

http://blog.epollresearch.com/

C RIANÇAS

http://royalsociety.org/

Logo Card L

PRATA - Após empatar em 1 a 1 no tempo normal, as meninas do Brasil foram derrotadas pelas canadenses nos pênaltis por 4 a 3 na final do futebol feminino Pan-Americano de Guadalajara e ficaram com a prata.

Roberto Dziura Jr./News Free/AE

Acabando com a bagunça Seus filhos deixam os brinquedos todos espalhados pela casa e, além da bagunça, ainda reclamam cada vez que uma de suas miniaturas desaparece? Esse saco – que, com a ajuda de uma costureira você pode copiar – permite juntar todas as peças, de diversos tamanhos e garantir que elas sejam encontradas.

Bom humor Cartões de visita convencionais quase sempre são esquecidos. Por isso, se você quer ficar na memória de seus potenciais clientes, a solução pode ser apresentar-se com o bom humor. O cartão acima, de um consultor financeiro, sugere que ele tem a fórmula para você sair do vermelho.

Ao lado, o cartão de um cirurgião plástico, especialista em implantes de silicone.

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L OTERIAS

Você, passageiro do Titanic Exatos 243 objetos resgatados do fundo do mar após o naufrágio mais comentado do mundo integram a exposição Titanic: A Exposição-Objetos reais, histórias reais, no ParkShopping Barigui, em Curitiba (PR). O naufrágio do Titanic completa 100 anos em 2012.

Além de apresentar os objetos de modo que o visitante possa

conhecer um pouco da rotina do navio, a mostra – que também passará por Brasília – reproduz um iceberg de 3,5 metros no qual os visitantes poderão colocar as mãos para sentir as baixas temperaturas da noite de 15 de abril de 1912, quando o navio afundou. No naufrágio morreram 1.523 pessoas.

Para montar a exposição, que ocupa uma área de aproximadamente 1,5 mil metros quadrados, os organizadores pesquisaram as histórias reais dos 2.228 passageiros da primeira e única viagem do navio, que saía da Inglaterra rumo aos Estados Unidos. www.titanicexposicao.com.br

Concurso 682 da LOTOFÁCIL 01

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e

11 VALE EM BAIXA A Vale anunciou a redução de investimentos em 2011 por causa do atraso de importantes projetos. O valor caiu de US$ 24 bilhões para algo em torno de US$ 19 bilhões.

conomia

Bancos vão perdoar dívidas da Grécia

Merkel e Sarkozy conseguiram fechar acordo com as instituições e obter reforço de 1 trilhão de euros

O

s líderes europeus finalmente acordaram seu plano para enfrentar a crise mais grave da história do euro, ao pactuar o perdão de 50% da dívida grega, reforçar o fundo de resgate com 1 trilhão de euros e recapitalizar os bancos.

O acordo foi firmado após dez intensas horas de negociações em Bruxelas entre os representantes dos bancos credores e os líderes da zona do euro, comandados pela chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

O ponto mais complicado era conseguir que os bancos aceitassem o perdão de 100 bilhões de euros da dívida da Grécia, pois, caso não fosse obtido um pacto voluntário, o provável calote grego desencadearia uma reação de contágio na zona do euro de proporções desconhecidas, segundo advertiram os analistas.

O projeto consta de três pontos principais, planejados para restaurar a confiança do mercado e evitar que a crise contagie outros países europeus.

O primeiro deles é a aprovação de um segundo pacote de resgate à Grécia, que estará dotado de 130 bilhões de euros e será acompanhado pelo perdão de 50% da dívida contraída junto a bancos privados.

Esse perdão permitirá à Grécia reduzir em 100 bilhões de eu-

ros sua dívida e diminuir o déficit público a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2012 – atualmente chega a 145%.

Para forjar o acordo, em uma iniciativa pouco habitual, os líderes deslocaram até Bruxelas o diretor do Instituto de Finanças Internacionais (IIF) – a associação de bancos mais poderosa do mundo –, Charles Dallara, que negociou com Merkel, Sarkozy, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

O segundo é a reconfiguração do atual Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), um instrumento dotado de 440 bilhões de euros mas que até agora demonstrou pouca efetividade para solucionar a crise.

O novo fundo de resgate terá capacidade de assegurar uma parte dos leilões de títulos de países periféricos, com o que multiplicará sua capacidade de atuação. Além disso, poderá abrir-se a capital externo de países emergentes como a China.

O último ponto é a recapitalização dos bancos, que receberam o pedido para formar "costas mais largas" a fim de suportar o impacto da crise grega sem perigo de desmoronarem.

A União Europeia (UE) obrigará os 70 maiores bancos europeus a alcançarem antes de julho de 2012 um capital de

Vasileios Filis/AFP

Papandreou comemorou o acordo, apesar da intervenção externa.

A

possível contribuição da China para o fundo de resgate da zona do euro é uma consequência lógica dos benefícios colossais que o país asiático recebeu da globalização, afirmou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. "É coerente que países com superávits maiores façam uma contribuição também para a estabilidade financeira global porque eles estão se beneficiando", declarou. Barroso rejeitou, no entanto, afirmações de que a Europa está recorrendo a fundos de outros países porque não pode suprir suas próprias necessidades sozinha. "Nós não

Bolsas reagem bem ao anúncio

A Vicent Kessler/Reuters

Dragão quer fincar as garras na Europa

máxima qualidade ("core capital") de 9%, o que os obrigará a obterem recursos no total de 106 bilhões de euros.

Depois da parte que caberá aos bancos gregos, o pior cenário ficará a cargo dos cinco grandes bancos espanhóis – Santander, BBVA, Popular, Caixabank e Bankia –, com necessidade de capitalização de 26 bilhões de euros.

O acordo, porém, é vago sobre como as instituições vão conseguir essa capitalização.

Ainda que abra a possibilidade de dinheiro público ser usado, não estabelece o montante disponível. Em geral, os bancos que estiverem envolvidos em processo de recapitalização não poderão repartir lucro via dividendos ou bônus para seus funcionários até que cumpram os objetivos requeridos.

No comunicado final da cúpula, os líderes elogiaram as reformas produzidas pela Espanha e o plano que a Itália apresentou para por suas fianças em ordem.

Ontem, também, a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou que haverá uma supervisão permanente feita por uma delegação na Grécia. E comemorou o fato de o acordo fechado pelos líderes europeus manter a independência do Banco Central Europeu (BCE).

O premiê grego, George Papandreou, comemorou o acordo da UE, apesar da intervenção externa muito maior na economia do país. Ele informou que alguns bancos serão nacionalizados temporariamente, já que possuem 100 bilhões em bônus do governo. (AE)

Barroso: ajuda se deve a benefícios colossais.

estamos implorando a ninguém por dinheiro", disse.

Ontem, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, conversou por telefone com o presidente da China, Hu Jintao, para informá-lo sobre o pacote de resgate da zona do euro fechado de madrugada em Bruxelas, na Bélgica. Além disso, o executivo-chefe da EFSF, Klaus Regling, vai viajar para a China amanhã e depois seguirá para outros países asiáticos, segundo fontes. (AE)

s bolsas europeias tiveram altas expressivas ontem, com as ações do setor bancário conseguindo grandes ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 3,58%. No mês, ganhou 10,3%. Entre os nacionais, o CAC-40 teve alta de 6,28% na bolsa de Paris, e o DAX 30, em Frankfurt, 5,35%.

As ações de bancos – que haviam sofrido recentemente com a escalada das preocupações com a dívida – registraram ganhos de dois dígitos em porcentagem. Em Paris, Crédit Agricole disparou 22%, Société Générale avançou quase 23% e BNP Paribas subiu quase 17%. Em Frankfurt, Deutsche Bank subiu 15,4% e Commerzbank saltou 16,5%. O espanhol Santander e o italiano UniCredit ganharam 7,5% cada um. O euro se valorizou diante do dólar, superando US$ 1,42. (AE)

Entrada de país na zona do euro foi ‘um erro’, diz Sarkozy.

O

presidente francês, Nicolas Sarkozy, ropeia (UE) se viram diante de um "problema declarou ontem que tem "confiança" moral". "A Europa é uma família, por isso, de que a Grécia sairá da crise da dí- quando um membro enfrenta problemas e vida que ameaça se propagar para outros se deixa que ele caia, que mensagem se enpaíses europeus, apesar de considerar "um via?", questionou Sarkozy. erro" a entrada desse país na zona do euro, Fran ça – Ontem, também, Sarkozy afirem 2001. "Foi um erro a entrada da Grécia na mou que a França deve crescer 1% em 2012, zona do euro (...), não estava preparada", afir- menos do que a estimativa anterior, de mou o presidente francês para explicar o pla- 1,75%, num sinal de que a segunda maior no contra a crise adotado em Bruxelas. Sar- economia da zona do euro está sofrendo os kozy disse ainda que, sem o acordo alcança- impactos da desaceleração mundial. do na madrugada passada pelos países da Segundo o presidente, o governo vai aprezona euro, "não apenas a Europa, mas o mun- sentar um novo plano de austeridade fiscal do todo, caminharia para uma catástrofe". com o objetivo de equilibrar as contas públi"Não podíamos declarar a falência da Gré- cas da França, apenas dois meses depois de o cia", explicou Sarkozy, acrescentando que a dí- país ter adotado medidas de emergência com vida do país é "colossal" e poderia criar um o mesmo objetivo. No entanto, o governo es"efeito cascata" em vários outros países. perará até o encontro do G20 em Cannes para "Os bancos tinham uma responsabilidade, revelar o plano de austeridade. (Folhapress) por isso pedimos a Philippe Wojazer/Reuters eles que abram mão de 50% de seus créditos", disse ainda o presidente francês.

"A Grécia tem capacidade de se salvar devido à decisão de ontem. Confio na Grécia", afirmou Sarkozy, dizendo que os governos europeus "pagaram o preço" da decisão de entrada da Grécia nos últimos meses.

S e g u n d o e l e, o s países da União Eu- Ativista com máscara do francês protesta contra situação de crise global

Estados Unidos crescem 2,5% Yuri Gripas/Reuters

A

economia dos Estados Unidos cresceu 2,5% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre, de acordo com dados estimados do departamento de comércio sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). Os números vieram de acordo com a expectativa do mercado, que também previa um crescimento trimestral de 2,5%.

Segundo o relatório divulgado ontem, o PIB mostra uma aceleração em comparação com o segundo trimestre, com avanço de 1,3%.

O relatório afirma que o crescimento é consequência do consumo pessoal dos americanos, investimentos não residenciais, exportações e gastos do governo federal.

Crise – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem ter recebido com satisfação a notícia de que líderes europeus haviam chegado a um acordo para redu-

Obama elogia acordo da cúpula e espera que plano de recuperação da zona do euro comece logo

zir a dívida da Grécia e afirmou que agora espera pela "rápida" implementação do plano. "Nós esperamos o pleno desenvolvimento e a rápida implementação do plano", segundo comunicado divulgado pela Casa Branca.

Ainda segundo Obama, os EUA continuarão apoiando a zona do euro em um momento no qual "estamos trabalhando juntos para sustentar a recuperação econômica global e levar nossos povos de volta ao trabalho". (AE)

12 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

e

13 Hoje, temos que capturar os clientes oferecendo soluções para todas as suas demandas.

Dorival Dourado, presidente da Boa Vista Serviços

conomia Fotos: Paulo Pampolin/Hype

BVS quer parcerias com as associações

A Boa Vista Serviços veio para enfrentar com muita força seus concorrentes e recuperar mercado.

Segundo Boa Vista Serviços, medida fortalecerá o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

JOSÉ ANTÔNIO RODRIGUES, DIRETOR DA LOJAS RIACHUELO

Mário Tonocchi O presidente da Boa Vista Serviços, Dorival Dourado, discursa no congresso da Facesp realizado em Santos.

O

presidente da Boa Vista Serviços (BVS), Dorival Dourado, defendeu a participação de todas as associações comerciais do Estado de São Paulo no desenvolvimento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) administrado pela BVS. De acordo com Dourado, hoje estão desenvolvidos 35 novos serviços pela Boa Vista Serviços, são produtos que podem ser oferecidos aos filiados das associações comerciais de todo País.

"Hoje, temos que capturar os clientes de todas as maneiras oferecendo soluções para todas as suas demandas e estamos preparados para isso. Temos que firmar parcerias entre a Boa Vista Serviços e as associações comerciais para crescermos juntos", afirmou. A BVS é empresa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que publica este Diário do Comércio.

A Boa Vista Serviços, lembrou Dourado, já nasceu com forte e marcante

presença no mercado. Tanto que, em 11 meses desde que foi criada, já teve mais de 3 mil inserções espontâneas na mídia nacional e internacional. "Isso equivale a cerca de 6 milhões de reais em mídia espontânea. É um número muito expressivo", concluiu.

No âmbito nacional, o presidente da BVS observou que a empresa já tem escritórios em Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Até o final do ano também deve implantar outras unidades na região Norte com planos de "fincar bandeiras" em todos os estados e no Distrito Federal. Neste momento, os planos de atuação da Boa Vista Serviços, de acordo com Dourado, é o território brasileiro, "por enquanto", como destacou.

Alerta – Integrante do conselho do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) desde o início dos anos 1970, o diretor da rede Lojas Riachuelo, José Antônio Rodrigues, elogiou, ontem, a criação em 2010 da Boa Vista Serviços

(BVS) para administrar a base de dados do SCPC. "Faço um alerta aos grupos ou entidades que querem criar bancos alternativos ou passar para a concorrência. É importante essas pessoas entenderem que seus associados não utilizam somente o banco de dados da Boa Vista Serviços, mas todo um leque de serviços e ações voltadas justamente para seus associados", disse o diretor da Lojas Riachuelo.

Para Rodrigues, a formação paralela de outros bancos de dados vai prejudicar o próprio varejo, que terá de aumentar o número de consultas de um cliente ampliando os custos. "A concorrência entre bancos de dados é salutar. Mas não devemos achar bom uma pulverização da base de dados."

O diretor observou que sempre defendeu o SCPC, mas que há alguns anos chegou a criticar a gestão do sistema, considerando-a defasada e tecnologicamente ineficaz. "A Boa Vista Serviços veio para enfrentar com mui-

ta força seus concorrentes e recuperar a nossa posição no mercado."

Rodrigues participou ontem do segundo dia do 12º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) que termina hoje em Santos, no litoral de São Paulo. A Boa Vista Serviços foi o tema principal do encontro.

O presidente da TMG Capital, companhia de fundos de investimentos parceira da ACSP na fundação da Boa Vista Serviços, Luiz Francisco Novelli Viana, disse que a proposta da parceria é ampliar ao máximo a participação no mercado do SCPC. "Depois de a TMG ir para casa, em oito ou dez anos, a companhia que investimos sempre tem que estar mais forte e com grande liderança no mercado. Não investimos em uma empresa apenas para lucrar e sair rapidamente. Investimos porque queremos crescer todos juntos", disse. Viana também é presidente do Comitê executivo da BVS.

Não investimos em uma empresa para lucrar e sair rapidamente.

Queremos crescer juntos.

LUIZ FRANCISCO NOVELLI VIANA, PRESIDENTE DA TMG CAPITAL.

Brasil é a bola da vez dos negócios André de Almeida

U

m dos painéis mais aguardados do segundo dia do Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) foi o que abordou as oportunidades do comércio varejista para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

No evento, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apresentou um estudo realizado pela entidade em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O estudo, denominado "Programa Sebrae 2014", foi dividido em três fases: pré-even-

Afif defende o fim do projeto do trem-bala

O

vice-governador do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, defendeu, ontem, no 12º Congresso da Facesp o "engavetamento" do projeto de trem-bala para ligar o Rio de Janeiro a São Paulo.

Para ele, somente o fim da proposta bilionária para a implantação do trem rápido viabilizaria a construção da rede de trens expressos para implementar a Rede Metropolitana de Trens de São Paulo.

"O governador vai tentar demover a ideia da presidente Dilma Rousseff de construir o trem-bala", afirmou. O custo estimado do trem-bala é de R$ 53 bilhões. Para a implantação estadual dos expressos

Jundiaí, Santos, Campinas e Sorocaba, o custo calculado é de R$ 13 bilhões.

Novas linhas – A rede de trens expressos teria ainda linhas nas regiões do ABC paulista, Jundiaí, Santos, Sorocaba e Oeste-Sul listadas em planos de Parceria Público-Privada (PPP). De acordo com o vicegovernador, a Rede Metropolitana teria custo muito inferior ao proposto para o trembala, com passagens de menor valor e trens com velocidade próxima de 180 quilômetros por hora. De acordo com Afif Domingos, a "volta de São Paulo aos trilhos" seria uma saída para a recuperação da mobilidade no Estado. (MT)

to (até o final de 2013), durante o evento (2014) e pós-evento.

Oportunid ades – Na primeira fase, foram mostradas as grandes oportunidades de investimentos no País, tanto por empresas estrangeiras como pelo poder público. "O ambiente recessivo em alguns países desenvolvidos, como os Estados Unidos, tende a tornar o Brasil a bola da vez nos próximos anos", disse o consultor da área de Serviços do Sebrae, Darcy Paulino Júnior.

Diante desse quadro, a movimentação econômica no País beneficiará diretamente as micro e pequenas empresas dos mais variados ramos de atuação, não somente nas cidades

que receberão os jogos, mas na maioria dos municípios do País. Durante os eventos na Capital, são esperadas 408 mil

pessoas no futuro estádio do Corinthians. "Esses turistas costumam vir acompanhados de amigos e familiares", disse.

A 'Tropa de Elite' das empresas

D

ois palestrantes ilustres valorizaram o segundo dia do Congresso da Facesp, ontem, em Santos. Foram eles o representante no Brasil do Disney Institute, David Lederman, e o consultor do filme Tropa de Elite, Paulo Storani, ex-instrutor do Bope, o Batalhão de Operações Especiais, do Estado do Rio de Janeiro.

Lederman falou sobre "O Jeito Disney de Encantar o Cliente" e deu dicas sobre isso.

Entretanto, foi Storani, com o tema "Construindo uma Tropa de Elite", que cativou a plateia.

Storani estabeleceu alguns paralelos entre a formação de uma equipe de sucesso na polícia e em uma empresa ou comércio convencional. "Como na polícia, em uma empresa deve haver sacrifício, missão estabelecida e cumprida, e determinação. Parabenizo a escolha do tema Hora de Agir para o congresso. Propício para o nosso País", disse. (AA)

Storani: missão cumprida.

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DC

Lederman, da Disney: o encanto.

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Recursos do crédito fiscal serão destinados aos estados do Acre, Amazonas, Piauí, Ceará, Mato Grosso, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rondônia e Sergipe.

conomia Sérgio Lima/Folhapress

Montadoras terão critério para pagar menos IPI

O

ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou ontem que o governo vai editar, até o dia 15 de dezembro, decreto que estabelece critérios mais rígidos para definir o que é o conteúdo nacional exigido das montadoras interessadas em pagar menos Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De acordo com ele, esse decreto permitirá uma flexibilização da nova regra do IPI, que aumentou em 30 pontos percentuais a alíquota para importação de veículos, e fará novas exigências de investimento em inovação.

No dia 16 de setembro, o governo aumentou o IPI de veículos importados exigindo das montadoras índice de nacionalização de 65% e cumprimento de uma série de etapas produtivas no Brasil como contrapartida para evitarem a alta do tributo. "Vamos estipular regras mais exigentes do ponto de vista de conteúdo local e de inovação tecnológica e, como serão mais rigorosas, vamos flexibilizar um pouco o IPI tanto para empresas que estão vindo como para aquelas que já estão aqui", disse o ministro, depois de participar do Encontro Nacional da Indústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Capital.

Pimentel disse que o objetivo das novas regras é fazer com que o setor automotivo não se resuma a reproduzir modelos de veículos que já existem na Europa e Ásia. "Queremos modelos próprios para o mercado brasileiro", afirmou. "O Brasil já mostrou que pode fazer isso." (AE)

Ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), presidente Dilma Rousseff e ministro Guido Mantega (Fazenda) durante o anúncio da medida em Brasília.

Governo destina R$ 15,7 bi para estados

Superávit do País atinge R$ 5,375 bi em setembro

O

Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registrou, em setembro, superávit primário de R$ 5,375 bilhões. A economia feita para o pagamento de juros da dívida pública superou em R$ 2,908 bilhões o resultado de agosto (R$ 2,467 bilhões). O Tesouro Nacional contribuiu com R$ 14,794 bilhões para o superávit, enquanto a Previdência Social apresentou déficit de R$ 9,350 bilhões. O Banco Central também registrou resultado negativo, de R$ 68,2 milhões.

No acumulado de janeiro a setembro, o Governo Central acumula superávit primário de R$ 75,198 bilhões, o equivalente a 2,51% do Produto Interno Bruto (PIB), ante os R$ 55,699 bilhões ou 2,08% do PIB registrados em mesmo período ao ano passado. Esse superávit primário acumulado correspondente a 82% da meta para o ano.

De acordo com o Tesouro Nacional, houve elevação entre janeiro e setembro de R$ 23,1 bilhões (23,2%) nas transferências a estados e municípios. As despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tiveram um crescimento de R$ 3,7 bilhões (25,9%) na mesma comparação.

O Tesouro Nacional informou também que o déficit da Previdência Social foi reduzido em R$ 4,9 bilhões (12,3%) entre janeiro e setembro, representado 1,17% do PIB. No ano passado, em igual período, o déficit da Previdência representava 1,48% do PIB. (Agências)

O crédito fiscal especial será para aplicação em obras de infraestrutura e saneamento

O

governo lançou ontem um crédito fiscal especial de R$ 15,7 bilhões para dez estados aplicarem em obras de infraestrutura e saneamento. Os investimentos também poderão ser feitos em mobilidade urbana, gestão pública e arranjos produtivos locais que envolvam a agroindústria e ecoturismo.

Os recursos da primeira fase do programa serão destinados aos estados do Acre, Amazonas, Piauí, Ceará, Ma-

to Grosso, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rondônia e Sergipe. Mesmo os estados que atingiram o limite de dívidas com a União foram beneficiados com a medida.

O m i n i s t ro d a F a z e n d a , Guido Mantega, informou que o crédito será estendido para os demais estados em breve, com volume igual ou maior que R$ 15,7 bilhões.

O anúncio aos governadores foi feito pela presidente Dilma Rousseff que se reuniu com os governadores dos dez estados

Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) indica que continuará a manter o ritmo de redução da taxa básica de juros (Selic) nas suas próximas reuniões. De acordo com a ata da última reunião, a direção do Banco Central (BC) avaliou que "ajustes moderados" no nível da taxa básica de juros são consistentes com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012. O centro da meta para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A última reunião do comitê foi realizada nos dias 18 e 19 de outubro, quando o BC manteve a política de redução da taxa

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básica de juros (Selic), iniciada no final de agosto, e, em decisão unânime, baixou os juros básicos de 12% para 11,5% ao ano.

A ata mostra também que na visão do comitê "a inflação acumulada em 12 meses alcançou o pico no último trimestre" e começa a recuar em direção à trajetória de metas, fato que por si só "contribuirá para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, em especial dos formadores de preços, sobre a dinâmica da inflação nos próximos trimestres".

Ainda de acordo com o documento, o comitê entende que "essa melhora no sentimento será potencializada pelo processo, ora em curso, de reavaliação do ritmo da atividade, doméstica e externa, neste e nos

próximos semestres". A ata mostra também que, no entendimento da direção do BC, é importante enfatizar que, desde o início de 2011, foram tomadas importantes decisões pelo governo que mostram um processo de consolidação fiscal em curso.

De certa forma, o Copom admitiu a existência de um "ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza muito acima do usual", mas no cenário central com que trabalha, "a taxa de inflação se posiciona em torno da meta em 2012", além de ter identificado o que classificou como risco decrescente para que a taxa convirja nesse sentido.

A ata destaca também que a demanda doméstica "se apresenta robusta", mesmo diante da crise internacional, especialmente o consumo das famílias, devido aos

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SEXTA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2011

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ganismos internacionais como o Banco Mundial (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O ministro explicou que a concessão desses créditos faz parte do programa de ajuste fiscal e que cada estado pode solicitar esses créditos uma vez por ano, cumprindo algumas condicionantes, que incluem a redução das dívidas com a União. "O endividamento tem de estar caindo e se dirigindo para a meta que foi definida até 2027". (ABr)

Copom deve reduzir mais os juros

O

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no Palácio do Planalto.

Segundo Mantega, é importante que o País continue crescendo e que o setor público, ao lado do setor privado, é responsável por manter esses investimentos. "A taxa de investimento é uma variável-chave para a manutenção do crescimento econômico sustentável".

Os estados poderão obter esses créditos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal, ou por meio de or-

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estímulos do governo para manter a economia em equilíbrio, com expansão do crédito e elevação da renda do brasileiro.

"Entretanto, iniciativas recentes reforçam um cenário de contenção das despesas do setor público.

Também se apresentam como importantes fatores de contenção da demanda agregada, a substancial deterioração do cenário internacional e ações macroprudenciais implementadas", registra a ata. Para os técnicos, esses elementos são importantes na avaliação de decisões futuras de política monetária, de forma a assegurar a convergência da inflação para a meta.

A próxima e última reunião do Copom está agendada para os dias 29 e 30 de novembro. (ABr)

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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ECONOMIA/LEGAIS - 15 Representantes consideram que a redução do ímpeto em diversos setores está sendo compensada pela manutenção dos níveis de emprego

conomia

Desaceleração foi tema na ACSP Representantes do setor produtivo se reuniram na sede da Associação para discutir o panorama geral econômico do País nos próximos meses Paula Cunha

R

epresentantes do setor produtivo brasil e i ro c o n s i d e r a m que a economia registrou um movimento de desaceleração em seu nível de atividades em diversos setores, mas que ele está sendo compensado pela manutenção dos níveis de emprego.

Além disso, o pequeno recuo no ritmo da inflação neste fim de mês também poderá contribuir para a melhora no panorama geral econômico do País nos próximos meses.

As perspectivas do Boletim Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deverá situar-se em alta de 3,3% a 3,5%, nível inferior a previsões anteriores, também foram citadas e indicam que o governo federal deverá se manter atento tanto ao comportamento interno quanto externo da economia.

Estas são algumas das conclusões a que chegaram os integrantes da reunião mensal de conjuntura realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em sua sede, ontem, na Capital paulista.

De uma maneira geral, houve um consenso positivo quanto à previsões de queda da inflação divulgadas pelo Banco Central (BC) nos últimos dias. Entretanto, os efeitos deste recuo e da redução dos juros ainda não foram sentidos por alguns segmentos produtivos, que registraram retração em suas vendas nos últimos meses.

A indústria e o varejo de materiais esportivos foram uma exceção ao recuo do comércio em geral. Eles registraram crescimento expressivo de 10% desde o início do ano ante igual período de 2010. Estes segmentos têm obtido boa rentabilidade e os meses de setembro e outubro foram destaque. Para o representante

Desemprego é o menor no mês desde 2002, diz IBGE

A

taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 6% em setembro, mesmo patamar de agosto. A taxa de 6% verificada em setembro é a menor para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em março de 2002, informou o IBGE. Foi o terceiro mês consecutivo em que o desemprego no País ficou estável em 6%. O resultado também ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos (de 5,5% a 6,1%), com mediana de 5,8%.

A população desocupada totalizou 1,5 milhão de pessoas no mês passado, resultado estável em relação ao mês anterior.

Na comparação com setembro de 2010, também houve estabilidade. Já a população ocupada foi estimada em 22,7 milhões em setembro deste ano, sem variação significativa em relação

a agosto. Na comparação com setembro do ano passado, no entanto, houve aumento de 1,7%, o que representa um acréscimo de 369 mil ocupados no intervalo de 12 meses.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi estimado em 11 milhões em setembro, resultado estável na comparação com agosto. Frente a setembro de 2010, houve aumento de 6,7%, um adicional de 691 mil postos de trabalho com carteira assinada no período.

O rendimento médio real dos trabalhadores registrou queda de 1,8% em setembro ante agosto e ficou estável em setembro ante igual mês do ano passado. A massa de rendimento real efetivo dos trabalhadores ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do País caiu 1,5% em agosto em relação a julho, mas cresceu 1,4% na comparação com agosto de 2010, segundo o IBGE. (AE)

Emprego na indústria paulista cai em setembro

O

nível de emprego da indústria paulista caiu 0,7% em setembro (com ajuste sazonal), de acordo com o Indicador de Nível de Atividade da Indústria (INA), divulgado mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Sem o ajuste sazonal, a variação foi negativa em 2,6% com relação a agosto.

Na comparação com setembro de 2010, a atividade cresceu 0,8%. No acumulado do ano, a elevação foi 2,3% ante os nove primeiros meses de 2010. E no período de 12 meses terminado em setembro, a atividade da indústria cresceu 2,6%.

Entre os setores, destacaram-se veículos automotores, cuja atividade industrial caiu 9% de agosto para setembro, minerais não metálicos (3%) e máquinas e equipamentos (2,5%).

De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, o resultado de setembro não deixa dúvidas de que a economia está crescendo em ritmo mais moderado. "Eu diria que, comparativamente, a crise atual seria um quarto dos efeitos da crise de 2008. Porém, a crise financeira mundial chegou e a economia brasileira já cresce a um ritmo menor."

Na avaliação de Francini, o nível de atividade da indústria deve fechar o ano em 2%. "Re-

sultados bem mais medíocres do se esperava." Segundo o diretor, a Europa dá demonstrações de que ainda não tem uma solução para a crise econômica e há ainda muitas perguntas não respondidas. "O mundo sabe que está caminhando para uma redução da atividade econômica e o Brasil vai junto."

"Na margem, a economia brasileira já caiu, fecha o ano em 3,3%, mas na margem já está perto de 2,5%. Já o INA está mais para crescer em torno de 2% do que os 2,5% que estávamos esperando", disse.

Ele atribui a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e da atividade industrial à crise internacional, lembrando que em 2010 o PIB cresceu 7,5%. "Já é efeito da crise. Não é um efeito tão pirotécnico como o da crise iniciada com a quebra do Lehman Brothers, mas é um efeito solapador", queixa-se o diretor da Fiesp.

O dirigente disse que o consumo no Natal não deve ser "glorioso", mas os presentes vão estar embaixo da árvore, mesmo que de menor valor.

"Não se prevê grandes choques. A economia brasileira tem graus de flexibilidade variados nas políticas fiscal e monetária, tem um espaço enorme para redução da taxa Selic (de juros básicos da economia) e (empréstimos) compulsórios (sobre depósitos bancários) para atenuar os efeitos da crise." (Agências)

presente ao encontro, o estímulo de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada contribuíram para o resultado.

O ramo de material elétrico também está sendo impulsionado pelas obras destes eventos e também pelos programas de habitação. Foi registrado aumento de 3% nos últimos dois meses, mas ele poderia ser mais expressivo se as obras governamentais não estivessem atrasadas.

Desaceleração – No atacado, houve crescimento nominal de 10% nas vendas em julho e agosto. Em setembro, houve avanço de 7%, mas um empreendedor do ramo lembrou que as últimas elevações da inflação reduziram este percentual para 1% em termos reais, no mês passado.

Além disso, lembrou um atacadista, a confiança do consumidor caiu de 13% para 10% em setembro, segundo o Ins-

tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que também poderá prejudicar as vendas a curto prazo.

Entretanto, há indústrias que reagem negativamente ao recuo no nível de atividade econômica dos últimos meses.

Um destaque é a indústria têxtil, que já vem sentindo o efeito da forte concorrência chinesa.

No caso dos brinquedos, além da concorrência com os importados a "preços baixíssi-

mos", há a mudança no comportamento de crianças e adolescentes, que passaram a preferir computadores, tablets e games sofisticados em celulares aos brinquedos mais tradicionais. Outro fator que pode estar contribuindo para este resultado, segundo os participantes do encontro, é o efeito demográfico, já que os índices de natalidade caíram nos últimos anos e, por isso, há menos crianças e adolescentes.

Avnet Technology Solutions Brasil S.A.

CNPJ/MF nº 06.135.938/0001-03 - NIRE 35.300.314.131 Ata Sumária da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 23 de Setembro de 2011 Data e Hora: Em 23 de setembro de 2011, às 10:00 horas. Local: Na sede social da Avnet Technology Solutions Brasil S.A. (a “Companhia”), 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada, denominada Avnet Technology Solutions Brasil S.A., com duração por tempo localizada na Rua Dr. Rafael de Barros, 209, 12º andar, Paraíso, CEP 04003-041, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. Mesa: indeterminado, tem sede e foro na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Dr. Rafael de Barros, 209, 12º andar, Paraíso, CEP Alexandre dos Santos Barbosa - Presidente. Felipe Katlauskas Calil - Secretário. Quorum: Acionistas representando a maioria do capital 04003-041 (a “Companhia”) e poderá abrir filiais, dependências ou representações no território nacional ou no exterior, por deliberação da social. Edital de Convocação: Publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, edições de 15 de setembro de 2011 (pág. 24), 16 de Diretoria. Art. 2º - Objeto - A Companhia tem por objeto: a) desenvolver, projetar, fabricar, montar, comercializar, alugar, importar, representar setembro de 2011 (pág. 27) e 17 de setembro de 2011 (pág. 26) e no Diário do Comércio, edições de 15 de setembro de 2011 (pág. 15), 16 e distribuir máquinas, equipamentos de informática e periféricos, equipamentos e sistemas eletrônicos, mecânicos e eletrônico-mecânicos, de setembro de 2011 (pág. 17) e 17, 18 e 19 de setembro de 2011 (pág. 15). Ordem do Dia: Discutir e deliberar sobre os seguintes assuntos: inclusive seus componentes, subconjuntos, acessórios, complementos, materiais de consumo, ferramental e demais produtos similares ou (i) a alteração do Artigo 4º do Estatuto Social da Companhia, relacionado às disposições da administração da Companhia, para formalizar a afins; b) desenvolver, projetar, comercializar, licenciar, representar e distribuir “softwares” em geral para projeto, fabricação, teste, operação, criação do Conselho de Administração e alterar a composição da Diretoria da Companhia; (ii) a eleição dos membros do Conselho de aplicações pelo usuário final dos produtos relacionados em “a”, automação industrial, comercial, bancária, médica, científica etc.; Administração, cuja criação dependerá da aprovação da reforma estatutária mencionada no item “(i)” acima; (iii) a consolidação do Estatuto c) representar e distribuir, no País e no exterior, os produtos relacionados em “a”, de terceiros, procedentes do País e do exterior; d) prestar Social da Companhia; e (iv) a eleição dos membros da Diretoria da Companhia, que deverá ser realizada de forma extraordinária pela serviços de instalação, assistência técnica, manutenção, assessoramento técnico, treinamento e de apoio ao usuário, inclusive acoplamento Assembleia Geral de Acionistas, não obstante a proposta de criação do Conselho de Administração mencionado no item “(i)” acima. de outros bens utilizados nos ambientes de instalação, dos produtos relacionados em “a”, “b” e “c”; e e) participar do capital de outras Deliberações Tomadas por Unanimidade dos Acionistas Presentes na Assembléia: Submetida a ordem do dia à discussão e votação sociedades. Art. 3º - Capital e Ações - O capital social integralizado da Companhia é de R$ 41.215.525,50 (quarenta e um milhões duzentos pelos acionistas da Companhia presentes na Assembléia decidiu-se por unanimidade de votos, de acordo com o Artigo 133, Parágrafo 4º da e quinze mil quinhentos e vinte e cinco reais e cinquenta centavos), representado por 20.599.040.740 (vinte bilhões quinhentas e noventa e Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, o seguinte: (i) aprovar a alteração do Artigo 4º do Estatuto Social da Companhia, de forma a (a) criar nove milhões quarenta mil e setecentas e quarenta) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. 3.1. Certificados de Ações o Conselho de Administração da Companhia, a ser composto por, no mínimo, 3 (três) membros; (b) alterar a composição da Diretoria da A Companhia poderá emitir certificados de múltiplos de ações e substituí-los ou desdobrá-los, a pedido de acionista, a preço de custo.

Companhia; e (c) incluir restrições à atuação dos Diretores. Tendo-se e vista as alterações mencionadas, o Artigo 4º do Estatuto Social da 3.2. Aquisição das Próprias Ações - A Companhia poderá adquirir as próprias ações, a fim de cancelá-las ou mantê-las em tesouraria para Companhia terá a seguinte redação: “Art. 4º - Administração - A Companhia será administrada por um Conselho de Administração e uma posterior alienação, mediante autorização da Diretoria. Art. 4º - Administração - A Companhia será administrada por um Conselho de Diretoria. 4.1. Remuneração - A Assembleia Geral de Acionistas determinará a remuneração global do Conselho de Administração e da Administração e uma Diretoria. 4.1. Remuneração - A Assembleia Geral de Acionistas determinará a remuneração global do Conselho de Diretoria. O Conselho de Administração decidirá acerca da distribuição de tais quantias entre os órgãos societários. 4.2. Investidura - Administração e da Diretoria. O Conselho de Administração decidirá acerca da distribuição de tais quantias entre os órgãos societários.

Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria serão investidos nos cargos mediante assinatura de termo de posse nos Livros 4.2. Investidura - Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria serão investidos nos cargos mediante assinatura de termo de próprios e permanecerão em seus cargos até sua reeleição ou a posse dos seus sucessores. 4.3. Conselho de Administração - O Conselho posse nos Livros próprios e permanecerão em seus cargos até sua reeleição ou a posse dos seus sucessores. 4.3. Conselho de de Administração será composto de, no mínimo, 3 (três) membros, residentes ou não no Brasil, eleitos pela Assembleia Geral de Acionistas Administração - O Conselho de Administração será composto de, no mínimo, 3 (três) membros, residentes ou não no Brasil, eleitos pela por um mandato de 3 (três) anos, sendo permitida a reeleição. 4.3.1. Presidente e Vice-Presidente do Conselho de Administração - Assembleia Geral de Acionistas por um mandato de 3 (três) anos, sendo permitida a reeleição. 4.3.1. Presidente e Vice-Presidente do A Assembleia Geral de Acionistas elegerá, dentre os Conselheiros eleitos, o Presidente e o Vice-Presidente do Conselho de Administração. Conselho de Administração - A Assembleia Geral de Acionistas elegerá, dentre os Conselheiros eleitos, o Presidente e o Vice-Presidente 4.3.2. Vacância - Os membros do Conselho de Administração poderão ser substituídos a qualquer tempo pela Assembleia Geral de do Conselho de Administração. 4.3.2.Vacância - Os membros do Conselho de Administração poderão ser substituídos a qualquer tempo pela Acionistas. Em caso de vacância de qualquer Conselheiro, um substituto deverá ser nomeado pelos Conselheiros remanescentes e exercerá Assembleia Geral de Acionistas. Em caso de vacância de qualquer Conselheiro, um substituto deverá ser nomeado pelos Conselheiros seu cargo até o final do mandato do Conselheiro substituído. Em caso de vacância da maioria dos cargos do Conselho de Administração, a Assembleia Geral de Acionistas deverá ser imediatamente convocada para eleger novos Conselheiros. 4.3.3. Impedimentos ou Ausência remanescentes e exercerá seu cargo até o final do mandato do Conselheiro substituído. Em caso de vacância da maioria dos cargos do Temporária - Nos impedimentos ou ausências temporárias, cada um dos Conselheiro (inclusive o Presidente do Conselho de Administração) Conselho de Administração, a Assembleia Geral de Acionistas deverá ser imediatamente convocada para eleger novos Conselheiros. poderá fazer-se representar por outro Conselheiro ou por procurador devidamente nomeado, sendo que, no caso de representação por outro 4.3.3. Impedimentos ou Ausência Temporária - Nos impedimentos ou ausências temporárias, cada um dos Conselheiro (inclusive o Conselheiro, este poderá deliberar sobre os assuntos/itens da ordem do dia, desde que tenha recebido instruções expressas e por escrito Presidente do Conselho de Administração) poderá fazer-se representar por outro Conselheiro ou por procurador devidamente nomeado, para tanto. 4.3.4. Atribuições - Além das atribuições normais que lhe são conferidas por lei, compete ao Conselho de Administração: a) fixar sendo que, no caso de representação por outro Conselheiro, este poderá deliberar sobre os assuntos/itens da ordem do dia, desde que tenha a orientação dos negócios da Companhia; b) eleger e destituir os diretores da Companhia; c) determinar os deveres gerais dos diretores da recebido instruções expressas e por escrito para tanto. 4.3.4. Atribuições - Além das atribuições normais que lhe são conferidas por lei, Companhia; d) monitorar a gestão do dia-a-dia dos diretores, examinando a qualquer tempo os livros e papéis societários da Companhia, compete ao Conselho de Administração: a) fixar a orientação dos negócios da Companhia; b) eleger e destituir os diretores da Companhia; sendo autorizados a solicitar informações sobre os contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos; e) convocar a c) determinar os deveres gerais dos diretores da Companhia; d) monitorar a gestão do dia-a-dia dos diretores, examinando a qualquer tempo Assembleia Geral de Acionistas nos casos previstos na lei e no Estatuto; f) contratar ou destituir auditores independentes da Companhia, os livros e papéis societários da Companhia, sendo autorizados a solicitar informações sobre os contratos celebrados ou em via de conforme aplicável; g) propor recomendações aos acionistas para a destinação dos lucros da Companhia; e h) analisar o relatório da celebração, e quaisquer outros atos; e) convocar a Assembleia Geral de Acionistas nos casos previstos na lei e no Estatuto; f) contratar ou administração e as contas da Diretoria. 4.3.5. Reunião do Conselho de Administração - As reuniões do Conselho de Administração destituir auditores independentes da Companhia, conforme aplicável; g) propor recomendações aos acionistas para a destinação dos lucros observarão a legislação aplicável. As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas com 5 (cinco) dias de antecedência por da Companhia; e h) analisar o relatório da administração e as contas da Diretoria. 4.3.5. Reunião do Conselho de Administração qualquer Conselheiro, mediante comunicação por escrito aos Conselheiros via carta, fax ou e-mail, indicando a hora, o local e a ordem do As reuniões do Conselho de Administração observarão a legislação aplicável. As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas dia para a respectiva reunião. A convocação será dispensada quando todos os Conselheiros comparecerem a respectiva reunião. 4.3.6. As com 5 (cinco) dias de antecedência por qualquer Conselheiro, mediante comunicação por escrito aos Conselheiros via carta, fax ou e-mail, reuniões do Conselho de Administração serão instaladas mediante a presença da maioria dos Conselheiros. A reunião será dispensada se indicando a hora, o local e a ordem do dia para a respectiva reunião. A convocação será dispensada quando todos os Conselheiros todos os Conselheiros decidirem, por escrito, sobre a matéria objeto de deliberação. As deliberações do Conselho de Administração serão comparecerem a respectiva reunião. 4.3.6. As reuniões do Conselho de Administração serão instaladas mediante a presença da maioria dos aprovadas por maioria absoluta. No caso de empate, o Presidente terá o voto de desempate. 4.3.7. As reuniões do Conselho de Administração Conselheiros. A reunião será dispensada se todos os Conselheiros decidirem, por escrito, sobre a matéria objeto de deliberação. poderão ser realizadas por meio de vídeo conferência ou por telefone. Neste caso, as atas serão transmitidas via fax ou por e-mail (ou outro As deliberações do Conselho de Administração serão aprovadas por maioria absoluta. No caso de empate, o Presidente terá o voto de meio eletrônico, assegurada a autenticidade da transmissão) ao Conselheiro presente remotamente, o qual deverá assinar e retransmitir via desempate. 4.3.7. As reuniões do Conselho de Administração poderão ser realizadas por meio de vídeo conferência ou por telefone. Neste fax ou eletronicamente à Companhia. 4.4. Diretoria - A Diretoria será composta de 2 (dois) membros, residentes no Brasil e eleitos pelo caso, as atas serão transmitidas via fax ou por e-mail (ou outro meio eletrônico, assegurada a autenticidade da transmissão) ao Conselheiro Conselho de Administração, sendo um Diretor Presidente e um Diretor de Tesouraria. 4.4.1. Mandato - Os Diretores terão um mandato de 3 presente remotamente, o qual deverá assinar e retransmitir via fax ou eletronicamente à Companhia. 4.4. Diretoria - A Diretoria será (três) anos, sendo permitida a reeleição. Os Diretores permanecerão investidos em seus cargos até a sua reeleição ou a eleição de seus composta de 2 (dois) membros, residentes no Brasil e eleitos pelo Conselho de Administração, sendo um Diretor Presidente e um Diretor de substitutos. 4.4.2. Atribuições - Além das atribuições normais que lhe são conferidas por lei e pelo Estatuto Social, compete à Diretoria: Tesouraria. 4.4.1. Mandato - Os Diretores terão um mandato de 3 (três) anos, sendo permitida a reeleição. Os Diretores permanecerão a) ao Diretor Presidente: conduzir, coordenar e supervisionar as atividades dos outros Diretores; supervisionar os trabalhos conduzidos pelo investidos em seus cargos até a sua reeleição ou a eleição de seus substitutos. 4.4.2. Atribuições - Além das atribuições normais que lhe comitê interno de auditoria e pela assessoria jurídica; comunicar ao Conselho de Administração sobre transações relevantes que não estejam são conferidas por lei e pelo Estatuto Social, compete à Diretoria: a) ao Diretor Presidente: conduzir, coordenar e supervisionar as atividades sujeitas à aprovação prévia do Conselho de Administração; e solicitar a autorização do Conselho de Administração para a prática de atos ou dos outros Diretores; supervisionar os trabalhos conduzidos pelo comitê interno de auditoria e pela assessoria jurídica; comunicar ao transações relacionadas ao Artigo 4.4.3 abaixo; e b) ao Diretor de Tesouraria: conduzir e liderar a administração e a gestão das atividades Conselho de Administração sobre transações relevantes que não estejam sujeitas à aprovação prévia do Conselho de Administração; e financeiras da Companhia, incluindo a análise de investimentos e a definição dos limites de exposição a risco, a propositura e a contratação solicitar a autorização do Conselho de Administração para a prática de atos ou transações relacionadas ao Artigo 4.4.3 abaixo; e b) ao Diretor de empréstimos e financiamentos; as operações de tesouraria; o planejamento e os controles financeiro e tributário, e a gestão das atividades de Tesouraria: conduzir e liderar a administração e a gestão das atividades financeiras da Companhia, incluindo a análise de investimentos inerentes à contabilidade da Companhia. 4.4.3. A prática dos atos abaixo listados pela Diretoria, ou por procuradores nomeados pela e a definição dos limites de exposição a risco, a propositura e a contratação de empréstimos e financiamentos; as operações de tesouraria; Companhia de acordo com o Artigo 4.4.6 abaixo, necessitam da aprovação prévia do Conselho de Administração: a) compra, venda, hipoteca o planejamento e os controles financeiro e tributário, e a gestão das atividades inerentes à contabilidade da Companhia. 4.4.3. A prática dos ou disposição ou oneração de qualquer imóvel da Companhia; b) a celebração de quaisquer contratos ou acordos de qualquer natureza que atos abaixo listados pela Diretoria, ou por procuradores nomeados pela Companhia de acordo com o Artigo 4.4.6 abaixo, necessitam da envolvam montantes anuais superiores a US$3.000.000,00 (três milhões de Dólares Norte-Americanos) equivalente em reais ou por um aprovação prévia do Conselho de Administração: a) compra, venda, hipoteca ou disposição ou oneração de qualquer imóvel da Companhia; prazo maior do que 12 (doze) meses, exceto contratos de câmbio, que poderão ser assinados sem restrições; c) assinar cheques ou b) a celebração de quaisquer contratos ou acordos de qualquer natureza que envolvam montantes anuais superiores a US$3.000.000,00 quaisquer outros documentos financeiros da Companhia em montantes superiores a US$3.000.000,00 (três milhões de Dólares Norte- (três milhões de Dólares Norte-Americanos) equivalente em reais ou por um prazo maior do que 12 (doze) meses, exceto contratos de Americanos) equivalente em reais, exceto transferências bancárias eletrônicas ou documentos para cobrir a folha de pagamentos ou os câmbio, que poderão ser assinados sem restrições; c) assinar cheques ou quaisquer outros documentos financeiros da Companhia em impostos da Companhia ou entre contas bancárias da Companhia, que poderão ser realizados sem restrições; d) a aquisição ou o montantes superiores a US$3.000.000,00 (três milhões de Dólares Norte-Americanos) equivalente em reais, exceto transferências bancárias investimento em outras sociedades, empresas ou negócios; e e) a outorga de procurações. 4.4.4. Vacância - Em caso de vacância do cargo eletrônicas ou documentos para cobrir a folha de pagamentos ou os impostos da Companhia ou entre contas bancárias da Companhia, que de um Diretor, a reunião do Conselho de Administração decidirá acerca de eleição do(s) novo(s) Diretor(es). 4.4.5. Representação - poderão ser realizados sem restrições; d) a aquisição ou o investimento em outras sociedades, empresas ou negócios; e e) a outorga de A representação da Companhia será realizada: a) pelo Diretor Presidente e pelo Diretor de Tesouraria, sempre agindo conjuntamente; b) por procurações. 4.4.4. Vacância - Em caso de vacância do cargo de um Diretor, a reunião do Conselho de Administração decidirá acerca de um Diretor agindo conjuntamente com um procurador, de acordo com os poderes e limitações específicos incluídos na respectiva procuração; eleição do(s) novo(s) Diretor(es). 4.4.5. Representação - A representação da Companhia será realizada: a) pelo Diretor Presidente e pelo c) por 2 (dois) procuradores de acordo com os poderes e limitações específicos incluídos na respectiva procuração; ou d) por 1 (um) Diretor Diretor de Tesouraria, sempre agindo conjuntamente; b) por um Diretor agindo conjuntamente com um procurador, de acordo com os poderes ou 1 (um) procurador, este último de acordo com os poderes e limitações específicos incluídos na respectiva procuração, mas em qualquer e limitações específicos incluídos na respectiva procuração; c) por 2 (dois) procuradores de acordo com os poderes e limitações específicos caso agindo individualmente, exclusivamente para fins de representação da Companhia perante órgãos públicos e/ou agências em geral, incluídos na respectiva procuração; ou d) por 1 (um) Diretor ou 1 (um) procurador, este último de acordo com os poderes e limitações para protocolo e solicitação de documentos, obtenção de certidões, recebimento de avisos e citações em geral, desde que tais ações não específicos incluídos na respectiva procuração, mas em qualquer caso agindo individualmente, exclusivamente para fins de representação representem a assunção ou quitação de obrigações da Companhia perante terceiros. 4.4.6. A outorga de procurações pelos Diretores em da Companhia perante órgãos públicos e/ou agências em geral, para protocolo e solicitação de documentos, obtenção de certidões, nome da Companhia estarão sujeitas à aprovação do Conselho de Administração, conforme determinado no Artigo 4.4.3, item “e” acima. Não recebimento de avisos e citações em geral, desde que tais ações não representem a assunção ou quitação de obrigações da Companhia obstante, tais procurações deverão ser outorgadas dentro dos poderes e limites estabelecidos na respectiva procuração, exceto procurações perante terceiros. 4.4.6. A outorga de procurações pelos Diretores em nome da Companhia estarão sujeitas à aprovação do Conselho de ad judicia, que poderão ter um prazo superior a 2 (dois) anos.” (ii) considerando a criação do Conselho de Administração, aprovar a eleição, Administração, conforme determinado no Artigo 4.4.3, item “e” acima. Não obstante, tais procurações deverão ser outorgadas dentro dos por um prazo de 3 (três) anos a partir desta data, dos seguintes membros: (a) Sr. Raymond John Sadowski, americano, casado, empresário, poderes e limites estabelecidos na respectiva procuração, exceto procurações ad judicia, que poderão ter um prazo superior a 2 (dois) anos. portador do Passaporte Americano nº 207671879, residente em Scottsdale, Arizona, Estados Unidos da América, com escritório em 2211 South 47th Street Phoenix, Arizona 85034; (b) Sr. David Ralph Birk, americano, casado, advogado, portador do Passaporte Americano nº Art. 5º - Conselho Fiscal - A Companhia terá um Conselho Fiscal de funcionamento não permanente, composto de 3 (três) a 5 (cinco) 450641910, residente em Scottsdale, Arizona, Estados Unidos da América, com escritório em 2211 South 47th Street Phoenix, Arizona membros efetivos e igual número de suplentes. A eleição, instalação e funcionamento do Conselho Fiscal atenderá aos preceitos dos artigos 85034; (c) Sr. Sergio Farache Benacerraf, venezuelano, casado, empresário, portador do Passaporte Venezuelano nº 6.299.204, residente 161 a 165 e 277 da Lei nº 6.404/76. Art. 6º - Assembléia Geral - Os trabalhos de qualquer Assembleia Geral de Acionistas serão presididos em Miami, Flórida, Estados Unidos da América, com escritório em 2100 NW 97th Avenue Suite 101 Doral, Flórida 33172; e (d) Sr. Russell pelo Diretor Presidente, ou seu substituto, e secretariados por um acionista por ele designado. Cada ação dá direito a um voto. Art. 7º Raymond Murdaugh, americano, casado, empresário, portador do Passaporte Americano nº 452067492, residente em Phoenix, Arizona, Exercício Social - O exercício social terminará em 31 de dezembro de cada ano sendo, entretanto, facultado o levantamento de balanços Estados Unidos da América, com escritório em 8700 S. Price Road Tempe, Arizona 85284. Os acionistas receberam dos Conselheiros eleitos intermediários em qualquer data. Art. 8º - Destinação do Lucro Líquido - Juntamente com as demonstrações financeiras, a Diretoria neste ato as informações necessárias de que não há impedimentos legais para a sua eleição, de acordo com o Artigo 147 da Lei 6.404/76. apresentará à Assembleia Geral Ordinária de Acionistas a proposta sobre a destinação do lucro líquido do exercício, observados os preceitos Os referidos Conselheiros assumirão seus cargos mediante a assinatura dos respectivos termos de posse no livro próprio. Os membros do dos artigos 186 e 191 a 199 da Lei nº 6.404/76 e as disposições seguintes: 8.1. antes de qualquer outra destinação, serão aplicados 5% Conselho de Administração não receberão qualquer remuneração. (iii) Aprovar a consolidação do Estatuto Social da Companhia, o qual, já (cinco por cento) na constituição da Reserva Legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social; 8.2. será especificada a refletindo as alterações acima aprovadas, assim como outras consideradas convenientes, terá a redação do Anexo I à presente Ata. (iv) importância destinada a dividendos aos acionistas, atendendo ao disposto no artigo 9º. Art. 9º - Dividendo Obrigatório - Os acionistas têm Tendo em vista que a criação do Conselho de Administração se deu nesta Assembleia Geral de Acionistas, e pelo fato dos Diretores serem direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, importância não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ainda investidos em seus cargos, aprovar, extraordinariamente, a (a) reeleição, por um mandato de 3 (três) anos a partir desta data, do Sr. apurado no mesmo exercício, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nas letras “a” e “b” do inciso I do artigo 202 Alexandre dos Santos Barbosa, brasileiro, separado judicialmente, engenheiro, portador da Carteira de Identidade RG nº 35.601.525-7 da Lei nº 6.404/76 e observados os incisos II e III do mesmo dispositivo legal. 9.1. A parte do dividendo obrigatório que tiver sido paga SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob nº 629.484.317-00, para o cargo de Diretor Presidente; e (b) a eleição, por um mandato de 3 (três) anos a antecipadamente mediante dividendos intermediários à conta da Reserva Especial será creditada à mesma reserva. 9.2. Por deliberação da partir desta data, do Sr. Milton Carvalho Comin, brasileiro, casado, economista, portador da Cédula de Identidade RG nº 20.652.057-8 SSP/ Diretoria poderão ser pagos juros sobre o capital próprio, imputando-se o valor dos juros pagos ou creditados ao valor do dividendo SP e inscrito no CPF/MF sob nº 109.859.948-94, para o cargo de Diretor de Tesouraria, ambos residentes e domiciliados na Cidade de São obrigatório, com base no artigo 9º, § 7º, da Lei nº 9.249/95. Art. 10 - Reserva Especial - Sob esta denominação será constituída reserva Paulo, Estado de São Paulo, com escritório na Rua Dr. Rafael de Barros, 209, 12º andar, Paraíso, CEP 04003-041. Os acionistas receberam especial objetivando possibilitar a formação de recursos com as seguintes finalidades: a) exercício do direito preferencial de subscrição em dos Diretores eleitos neste ato as informações necessárias de que não há impedimentos legais para a sua eleição, de acordo com o Artigo aumentos de capital das empresas participadas; b) futuras incorporações desses recursos ao capital social; c) pagamento de dividendos 147 da Lei 6.404/76. Os referidos diretores assumirão seus cargos mediante a assinatura dos respectivos termos de posse no livro próprio. intermediários, distribuíveis por deliberação da Diretoria, “ad referendum” da Assembleia Geral de Acionistas. 10.1. Esta reserva será A remuneração dos membros da Diretoria será determinada oportunamente por Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas. formada: a) por valores provenientes do saldo do lucro líquido; b) pela parcela revertida da Reserva de Lucros a Realizar para Lucros Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi dada a palavra para quem dela quisesse fazer o uso e, como ninguém se manifestou, Acumulados, acrescida da respectiva correção monetária, sem prejuízo do cômputo dessa parcela no cálculo do dividendo obrigatório, no foram declarados encerrados os trabalhos, lavrando-se esta ata que, lida e aprovada, foi por todos assinada. São Paulo, 23 de setembro de exercício em que for feita a reversão; c) pela reversão, nos termos do subitem 9.1, do valor de dividendos intermediários. 10.2. Por proposta 2011. (aa) Alexandre dos Santos Barbosa - Presidente; Felipe Katlauskas Calil - Secretário. Acionista: Avnet, Inc. (p.p. Felipe Katlauskas Calil). da Diretoria serão periodicamente capitalizadas parcelas desta reserva para que o respectivo montante não exceda o limite de 95% (noventa Certifico ser a Presente Cópia Fiel da Original Lavrada em Livro Próprio, nº 01, fls. 70 a 83. Felipe Katlauskas Calil - Secretário da e cinco por cento) do capital social. 10.3. A reserva discriminará em subcontas distintas, segundo os exercícios de formação, os lucros Mesa. JUCESP nº 413.226/11-2 em 13/10/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral. Estatuto Social da Avnet Technology destinados à sua constituição e a Diretoria especificará os lucros utilizados na distribuição de dividendos intermediários, que poderão ser Solutions Brasil S.A. - Art. 1º - Denominação, Prazo e Sede - A sociedade anônima regida por este estatuto, e pelas disposições da Lei nº debitados em diferentes subcontas em função da natureza dos acionistas. Felipe Katlauskas Calil - Secretário da Mesa.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PEREIRA BARRETO/SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE PEREIRA BARRETO/SP

PREGÃO Nº 026/2011 - PROCESSO Nº 5249/2011 RESUMO DE EDITAL O sr. ARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO, prefeito de Pereira Barreto-SP, faz saber que se acha aberto até as 14h00min do dia 11 de novembro de 2011, o Pregão Presencial nº 026/2011, do tipo menor preço global, que tem por objeto a seleção de proposta mais vantajosa para a contratação de empresa de engenharia de saneamento para prestação de serviços de limpeza urbana compreendendo: coleta de lixo domiciliar e comercial, coleta seletiva, varrição manual/mecanizada de vias públicas, coleta mecanizada de galhos, roçada de jardins e assemelhados e educação ambiental, no município de Pereira Barreto, conforme descrito neste edital e seus anexos.

Maiores informações no dep. de Licitações pelo fone/fax (18) 3704-8505, pelo e-mail licitacao@pereirabarreto.sp.gov.br, ou ainda o Edital e seus anexos no site www.pereirabarreto.sp.gov.br.

Pereira Barreto-SP, 27 de outubro de 2011.

Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito

Processo nº 5250/2011 - Concorrência Pública nº 004/2011 RESUMO DE EDITAL O Sr. ARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO, prefeito de Pereira Barreto/ SP, faz saber que se acha aberta nesta Prefeitura, até às 14h do dia 30 de novembro de 2011, a CONCORRÊNCIA PÚBLICA nº 004/2011, objetivando a seleção para obtenção da proposta mais vantajosa para Administração Pública Municipal, pelo critério de julgamento de menor preço global, para a contratação de empresa qualificada, para a execução da Obra de revitalização da Avenida Brasil e no trecho compreendido entre a Avenida Tietê e a rua Nair Teixeira da Cruz, na avenida Jonas Alves de Mello, no trecho compreendido entre a Avenida Jonas Alves de Mello e rua Auto Leite e nas ruas Cozo Taguchi, Cyro Maia, Fauzi Kassim e Ari Dornelas Carneiro, nos termos do convênio 031/2011, firmado entre o município de Pereira Barreto e a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, através do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias, juntamente com o projeto, planilha orçamentária e memorial descritivo, que integram este instrumento. O Edital completo será fornecido aos interessados na Avenida Jonas Alves de Mello, 1.947, na cidade de Pereira Barreto, mediante o recolhimento da taxa de expediente, no valor de R$ 10,00. Maiores informações poderão ser obtidas pelo telefone (18) 3704-8505 pelo e-mail licitacao@pereirabarreto.sp.gov.br, ou ainda o Edital no site www.pereirabarreto.sp.gov.br.

Pereira Barreto-SP, 27 de outubro de 2011.

Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito

Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro Concorrência 02/2011 A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à Praça Prefeito Geraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento de interessados, que se acha aberta a Concorrência 02/2011, que objetiva a contratação de empresa para executar serviços de coleta seletiva de lixo inorgânico, lixo seco e materiais recicláveis. O edital e anexos poderão ser retirados diretamente no endereço supracitado, das 12:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira. Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados até às 9:30 horas do dia 29/11/2011 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 10:00 horas. Águas de São Pedro/SP, 27/10/2011.

Paulo César Borges – Prefeito Municipal.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 27 de outubro de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: TNI Brasil Comércio de Sucos e Cosméticos Ltda-Autofalência.

Requerido: TNI Brasil Comércio de Sucos e Cosméticos LtdaAutoFalência. Avenida Paulista, 2.300 - Piso Pilotis – Bela Vista - 1ª Vara de Falências.

Requerente:Romana Tecnologia de Ativos e Fomento Mercantil Ltda.

Requerido: Gráfica e Editora Ripress Ltda. Rua 21 de Abril, 1515 – Brás - 2ª Vara de Falências.

Requerente: Simfac Fomento Mercantil Ltda. Requerido: Pró-Saúde Planos de Saúde Ltda. Praça da República, 468 , 8° Andar – Centro - 1ª Vara de Falências.

Requerente: Simfac Fomento Mercantil Ltda. Requerido: Max Saúde Serviços Médicos Ltda. Av. Santo Amaro, 6.823 - 2ª Vara de Falências.

Requerente: Banco Safra S/A. Requerido: Coliauto II Serviços Automotivos Ltda. Avenida Cipriano Rodrigues, 316 – Vila Formosa - 1ª Vara de Falências.

Assembleia Geral Extraordinária - Convocação O Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo - SindusCon-SP, convoca as empresas associadas para Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se na sua sede, na Rua Dona Veridiana, 55, São Paulo, Capital, no dia 03 de novembro de 2011, às 14h00 em primeira convocação e, não havendo número legal, às 14h30 em segunda e última convocação. Ordem do dia: 1 - leitura e aprovação da ata da assembleia geral anterior; 2 - deliberar sobre a alteração de endereço das Regionais de São José dos Campos e de Presidente Prudente. As empresas quites com suas obrigações associativas deverão ser representadas pelos seus diretores ou prepostos, devidamente habilitados por procuração específica. São Paulo, 28 de outubro de 2011. Sergio Tiaki Watanabe - Presidente

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ARARAQUARA AVISO DE LICITAÇÃO Acha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, Av. Espanha, nº 188 – 6º andar – Centro – Araraquara – CEP: 14.80l.130 – Fone – Fax nº 3301 1704, o Edital de PREGÃO nº 077/2011, que visa o “Registro de Preço para Medicamentos para Rede Básica e Saúde Mental”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site www.licitacoes-e.com.br ou e-mail: licitacaosaude@araraquara.sp.gov.br. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às 08:30 h do dia 10 de novembro de 2011. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às 09:30 h do dia 10 de novembro de 2011.

Araraquara, 26 de outubro de 2011 MARIA REGINA G. B. FERREIRA Secretária de Saúde

Declaração à Praça Declaro, para fins de conhecimento público, que alguém ou pessoas desconhecidas está(ão) utilizando irregularmente documentos do falecido JAIME EDMUNDO CANOVA, RG nº 9.092.733 e CPF 070.913.938-13, falecido em 15/04/1998, portanto, a presente é para alertar que não autorizamos nenhuma compra ou financiamento em nome do referido falecido.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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e

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Campanha do Câncer de Mama vira alvo de marqueteiros

conomia

ABr

Fotos: divulgação

SUSTENTABILIDADE

A

A cor da campanha tomou monumentos por todo o Brasil

TUDO ROSA

E

m 1990, na última semana de outubro, os participantes da Corrida da Cura, em Nova York, promovida pela Fundação Susan G. Komen, de combate ao câncer de mama, ganharam um laço rosa – o vermelho é da luta contra a AIDS – para pregar nas camisetas e, assim, alertar sobre a doença. No ano seguinte, a ideia ganhou asas e diversas organizações passaram a dar esse mesmo alerta na forma do laço rosa. Em menos de uma década, a campanha se espalhou pelo mundo, com a força das redes sociais e o empenho de organizações não governamentais que acabaram por criar importante agenda global pelo "outubro rosa".

Nesta semana, o Palácio do Planalto, em Brasília, ganhou iluminação rosa destacando as curvas perfeitas da arquitetura de Oscar Niemeyer. No Rio, o Cristo Redentor também ficou rosa assim como o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. Inúmeras entidades prometem distribuir laços rosa neste último fim de semana do mês e são muitas as campanhas em todo o País para o exame do câncer de mama, que mata mulheres sem aviso prévio e que é simples de combater no início.

E se a ideia é boa, muitos vão pegando carona, alguns pelo puro desejo de participar, outros para ganhar espaço na mídia. E é, aí, que o gato literalmente sobe no telhado.

As agências de publicidade de modo particular e as empresas de modo geral ainda não

sabem como lidar com fenômenos sociais em rede, que só ocorrem pela força das ideias e o empenho de seus participantes. No desejo de estar junto, participar, ambas cometem erros notáveis.

As assessorias de imprensa, apinhadas de profissionais que nunca pisaram em redações de veículos de comunicação, disparam releases os mais bizarros, informando que todos os funcionários da empresa X ou Y irão usar laços rosa hoje ou que a empresa X patrocina a iluminação rosa de tal monumento. As agências, enlouquecidas pelas possibilidades das plataformas digitais vendem para clientes hotsites, páginas no Facebook ou Twitter e oferecem, em nome dos clientes, laços rosa para que decorem suas páginas nas redes sociais.

Nessa maratona pela mídia gratuita – com a qual as assessorias entregam planilhas vitaminadas de quanto o cliente gastaria se fosse pagar pelo espaço conquistado – o conteúdo do singelo laço rosa perde o viço. Levar mamógrafo para a empresa é um ato de valorização da mão de obra feminina, não é publicidade. Contribuir, seja como pessoa física ou jurídica, é ato de cidadania, não de publicidade.

Nesse mundo de valores confusos, o rosa é lembrança da morte anunciada, que pode ser evitada, e trabalhar em prol da vida não é publicidade, é dever de cada um, individual e coletivamente. Vamos colocar os pingos nos devidos "is".

Consumidor recuperou sua confiança em outubro

A

pós dois meses em queda, a confiança do consumidor voltou a avançar. É o que mostrou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que subiu 0,4% em outubro ante setembro, após registrar recuo de 3,4% no mês passado ante o mês anterior. Em agosto, o ICC caiu 4,6% ante julho.

Calculado dentro de escala até 200 pontos (quando mais próximo

de 200, maior o nível de confiança do consumidor), o ICC acelerou de 114,7 pontos em setembro para 115,2 pontos em outubro.

Para a FGV, o índice dá sinais de acomodação, com nível próximo ao de maio de 2011 (115,4 pontos). No entanto, a fundação ressaltou que, no indicador de média móvel trimestral, usado para mensurar tendências, o ICC continuou a mostrar sinais negativos. (AE)

Produtos Empresa Paulista de Equipamentos Científicos Ltda.

Batavo dá novo tom à comunicação com seu consumidor – além de destacar o produto, ensina como reaproveitar a caixinha de leite.

A marca lança a campanha Mundo Batavo, desenvolvida pela NBS e que mostra um mundo onde nada é desperdiçado – assim como a nova embalagem de leite Tetra Pak comercializada com exclusividade pela empresa. A ação tem veiculação de filme em TV aberta em São Paulo e Paraná, além do hotsite www.mundobatavo.com.br, banners, ações em blogs e ativação nas redes sociais. Apenas na produção do filme, o investimento foi de R$ 1 milhão.

DESPERDÍCIO zero na ação da Batavo que fala de preservação e uso sustentável de recursos

DE LUXO

SONHOS

A

DIAMANTE: para milionários.

COCA-COLA BRANCA

POLAR: na cor do urso.

Velho Barreiro está lançando 60 garrafas da famosa cachaça, que se tornou apelido do tucano e ex-governador do Rio de Janeiro Marcello Alencar, ao preço unitário de R$ 212 mil. Explica-se: a garrafa de Velho Barreiro Diamond tem armação em prata e ouro e é cravejada por 212 diamantes, sendo que o que fica no centro do rótulo tem 0,7 quilates. Um luxo para poucos.

agência Santa Clara assina campanha para o Festival El Ojo de Iberoamérica, cuja 14ª edição acontece entre os dias 7 e 9 de novembro, em Buenos Aires, capital argentina. A peça brinca ao criar uma falsa agência de viagens para atrair delegados ao festival deste ano, pois eles são especialistas em "tudo o que você e o seu diretor de criação sabem que um festival de propaganda tem que ter". O filme intitulado El Ojo Viajes utiliza estética de gifs animados de internet para oferecer aos publicitários tudo aquilo que eles oferecem aos consumidores: promoções para a realização dos sonhos no endereço: www.elojoviajes.com

A

Coca-Cola aproveita o período das festas de fim de ano, quando associa sua imagens aos ursos polares – sucesso publicitário em todo o mundo – para lançar, em parceria com a WWF, campanha de preservação dessa espécie ameaçada pelo aquecimento global. Cerca de 1,4 bilhão de latas vendidas nos Estados Unidos, de cor branca, terão seus recursos revertidos para o fundo de preservação do animal. O consumidor tem que registar em site na campanha Arctic Home o código de barras da latinha.

Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revistapublicitta. com.br

ANIMAÇÃO: publicitários recebem o que costumam oferecer.

DE CRISTAIS

TV paga: Anatel divulga 258 mil novos assinantes.

O

setor de TV por assinatura conseguiu 258,5 mil novos assinantes em setembro, de acordo com dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com isso, o País passou a ter, aproximadamente, 11,9 milhões de domicílios atendidos pelo serviço. Desde o início do ano, as novas assinaturas chegam a 2,1 milhões, que representam um crescimento de 21,7% em relação ao fim de 2010.

Os contratos de setembro equivalem a um aumento de 2,2% sobre a base de as-

A

americana Lets Crystal It (www.letscrystalit.com) faz sucesso revestindo acessórios, inclusive capinhas para a iPhone (US$ 60 em média) com pedras de cristais Swarovski. Acaba de inovar e muito ao cobrir com 100 mil cristais da grife vasos sanitários vendidos a US$ 25 mil. Um luxo para o banheiro das estrelas. E para quem acha que ninguém se interessa, é preciso fazer encomenda para comprar esse brilhante acessório íntimo. No mercado publicitário, não se fala de outra coisa a não de ser um famoso que BRILHANTE: para bumbuns ricos. comprou o vaso. Pura maldade.

sinantes de agosto e a uma expansão de 7,03% sobre o segundo trimestre. Conforme a Anatel, considerando o número médio de habitantes por domicílio divulgado pelo IBGE (3,3 pessoas), perto de 39,2 milhões de brasileiros têm acesso à TV por assinatura.

Ao fim de setembro, 19,8 de cada 100 domicílios no País tinham acesso à TV paga. Na região Sudeste essa densidade era de 29 a cada 100 moradias. A modalidade de TV paga que mais cresceu em setembro foi a via satélite, com expansão de 3,65%, (AE)

Brasil Foods: lucro de R$ 365 mi no trimestre.

A

Brasil Foods anunciou ontem lucro de R$ 365 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 211 milhões em igual período do ano passado.

A companhia, líder global na exportação de carne de aves, reportou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortização) de R$ 723 milhões, ante R$ 617 milhões em igual trimestre de 2010.

A BRF atribuiu os resultados ao bom desempenho operacional, registrado nos negócios de carnes e reforçado pela captura de sinergias, mesmo diante

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do cenário desafiador do câmbio e de custos elevados das principais matérias-primas, que pressionaram as margens no trimestre, segundo comunicado divulgado. A receita líquida no terceiro trimestre ficou em R$ 6,3 bilhões, alta de 10,4% sobre igual período do ano anterior.

A receita no mercado interno cresceu tanto em carnes (18,5%), quanto em lácteos (8,2%), somando R$ 3,8 bilhões. Com as exportações atingiu R$ 2,5 bilhões de reais, ou 6% mais que no terceiro trimestre de 2010. (Reuters)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

17 Termina hoje a feira de transporte, Fenatran, que apresentou mais de 250 lançamentos voltados principalmente à legislação Proconve P7, que regulamenta as emissões para veículos pesados novos e entrará em vigor no Brasil no início de 2012. Para convidados, fica aberta das 13h às 21h, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

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Rolls-Royce. Um lorde chegando ao Brasil.

O Rolls-Royce virá em 2012, com preços entre R$ 2 milhões e acima de R$ 3 milhões e com volante do lado direito ANDERSON CAVALCANTE

Fotos: Divulgação

A

pontualidade britânica bateu de frente com os intermináveis congestionamentos das marginais Tietê/Pinheiros. Na última segunda-feira, o CEO da Rolls-Royce Motor Cars, Torsten Müller Ötvös, chegou a Cumbica pela manhã, seguindo diretamente do aeroporto para o evento de apresentação da marca no País, no bairro do Morumbi. Com o trânsito carregado, atrasou em quase uma hora o início da coletiva de imprensa.

Como bom vendedor ele comentou que "obviamente, durante o caminho, eu senti falta da sofisticação de nossos carros. Não há nada melhor para ficar no trânsito do que um Rolls-Royce, realmente confortável", brincou Ötvös.

A lendária marca britânica terá sua concessionária aberta em março de 2012, provavelmente na região do Jardim Europa, em São Paulo.

Lá irá comercializar modelos como a versão mais "popular", o Ghost, que deverá custar entre R$ 2 milhões e R$ 2,2 milhões (equivalente a cerca de 90 dos nossos populares), dependendo do nível e da quantidade de itens de personalização. O modelo chega com motor V12, 6.6 litros, com duplo turbo, que atinge cerca de 563 cv de potência e torque de 79,5 kgfm.

Segundo Francisco Longo, da Via Italia, a linha Phantom deverá custar entre 40% e 45% mais que o Ghost, com valores acima de R$ 3 milhões.

Além disso, a marca oferece uma maneira especial para manter o glamour e a exclusividade de seus modelos. "Se há uma área de nosso negócio que nos diferencia dos demais fabricantes de carro de luxo, é o serviço de personalização.

Acima, o Phantom Extended Wheelbase.

Abaixo, o Ghost e dois itens para personalizar o seu RR.

Um caminho que sempre começa na imaginação de nossos clientes e nossa capacidade de cumprir com seus sonhos e desejos. Não há limites para nossa capacidade de satisfazer estes pedidos. Cada Rolls-Royce personalizado é tão individual quanto as digitais de seu dono", garantiu Torsten Müller Ötvös.

Aliás, manter a exclusividade não será difícil. Segundo o importador, "só existem cerca de cinco modelos rodando pelo Brasil" e a expectativa da

marca é de vender entre dez a quinze veículos por ano.

O que você sonhar - A marca terá carros para pronta-entrega em seu showroom em São Paulo e acredita que a maioria das vendas será feita desta forma, mas, caso o comprador solicite alguma das também lendárias personalizações, o modelo pode demorar entre 4 e 5 meses para ser entregue.

Entre as opções de personalização mais solicitadas está o revestimento estrelado com 1.200

cabos de fibra óptica que brilham no teto do veículo dando a impressão de estrelas no céu.

Outros pedidos recentes foram a de uma delicada caixa de jóias projetada e incorporada ao porta-luvas de um Phantom Drophead Coupe, a criação de um conjunto de piquenique sob medida ou, ainda, uma belíssima adega de vinhos. Estes no porta-malas.

O dia que John Lenon apanhou da fã - Até mesmo o também lendário beatle John Lennon, em 1965, adquiriu seu modelo Phantom V com televisão, geladeira e o banco traseiro que se tr ans fo rma va em uma cama de casal, entre outros mimos. Mas, para espanto geral, posteriormente Lennon decidiu fazer uma pin-

tura psicodélica no seu carro.

Dizem até que isto lhe rendeu uma surra com guarda-chuva de uma senhora, no centro de Londres, que gritava chamando de "porco" por "ousar fazer isso com um Rolls-Royce".

Agora resta saber como esta máquina maravilhosa vai se comportar nos buracos das ruas e estradas brasileiras.

Certamente o porta-jóias vai virar, os vinhos passarão mal na adega, o piquenique terá suas coisas misturadas e a água voará do copo.

MOTOCICLETAS

Diversão com muitas cilindradas Apresentadas no Salão das Duas Rodas realizado neste mês, a CB 1000R e a CBR 600 F são as novas apostas da Honda no segmento de alta potência MÁRIO TONOCCHI

F

oi muito bom andar nos dois modelos que a Honda apresentou no Salão Duas Rodas, recém-realizado: a CB 1000R e a CBR 600 F, de Fun (diversão, em inglês), derivada da CB 600F Hornet. A montadora classifica a mil como "Fun Bike com design Street Fighter" e a 600 como "SuperSport" com F. A aposta da empresa é mesmo a alegria ao rodar em bikes por aí.

A 1000 cilindradas (204Kg125,1CV-R$ 40,8 mil com ABS e R$ 37,8 mil sem) é esperta e surpreendentemente maleável.

Tem o motor baseado na CBR 1000RR Fireblade, sem a explosão em altas rotações que este oferece. É perfeita para quem tem uma 600 e quer passar para mil sem perder a agilidade, força e velocidade na cidade e na estrada de uma Naked. Pena que a Honda não vai oferecer por aqui a versão com carenagem do modelo. Uma refinada suspensão traseira mono-shock com a balança mono-braço - tecnologia dos anos 50 e hoje muito utilizada principalmente pelo novo

Divulgação

desempenho. A vantagem do modelo é a proteção da carenagem alta, o semi-guidão mais elevado que os originais das superesporte. A Honda garante que ela pode ser uma boa opção como moto de entrada no mundo das esportivas. É... Os adesivos da marca no tanque poderiam ser mais caprichados e os dois modelos, definitivamente, não foram desenhados pensando-se no conforto das ou dos garupas.

design italiano -, é o grande diferencial do modelo entre as montadoras japonesas.

Já na Hornet carenada (191 Kg - 102CV - R$ 32,5 mil sem ABS e R$ 35,5 mil com o dispositivo) falta pimenta para uma proposta de superesportiva.

Se comprasse, não sairia da concessionária sem, pelo menos, filtro de ar K&N, velas Iridium e escapamento full da Akrapovic e a sensação de mais

Atendimento - A Honda tem certeza de que o brasileiro vai melhorar de vida, ter mais dinheiro e passar a ser mais exigente com o que consome. Assim, vai investir no mercado de motocicletas de alta potência, acima de 450cc. Com o conceito "Honda Dream", a marca está criando espaços diferenciados em sua rede de concessionárias voltados para o público das motos grandes com butiques de acessórios de alta qualidade. A intenção da empresa é chegar a 100 pontos até o final deste ano.

Chegam ao mercado os modelos, Honda CB 1000R e CBR 600 F

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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t

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

urismo

CANADÁ VERDE Esta é a última reportagem de uma série sobre atrações ligadas à natureza do país. Veja todas as matérias no www.dcomercio.com.br

Fotos: Cintia Shimokomaki/DC

Cartão-postal: Lago Louise, com água verde-turquesa e a neve do glaciar Victoria ao fundo. Alugue uma canoa vermelha, réplica das usadas por colonizadores no século XVIII.

6.641 km² de natureza Lagos, rios, florestas e montanhas formam o Parque Nacional de Banff, o mais antigo do Canadá. Um convite a passeios a pé, a cavalo, de canoa e bicicleta.

Cintia Shimokomaki

A

natureza foi generosa em Banff.

Montanhas, florestas, rios e lagos formam paisagens de tirar o fôlego no primeiro parque nacional do Canadá, fundado em 1885. No verão, há inúmeras atividades para apreciar a beleza natural, como trilhas, cavalgadas e canoagem. Lá, a preservação convive em perfeita harmonia com o turismo.

A melhor maneira de começar a desbravar os 6.641 quilômetros quadrados do parque é fazer um passeio de teleférico ao topo das Montanhas Rochosas. Das plataformas de observação, é possível ter uma visão de 360 graus da paisagem e escolher o seu próximo destino.

São dois teleféricos: o Banff Gondola, com um belo cenário da cidade e da cadeia de montanhas, e o Lake Louise Gondola, que oferece vistas arrebatadoras do lago Louise e dos glaciares ao fundo.

Durante o passeio de dez minutos de teleférico, é fácil se distrair com a imponência das montanhas, mas não se esqueça de olhar para baixo: com

sorte, você conseguirá observar ursos pardos e negros em seu habitat natural.

O parque, localizado a 145 quilômetros de Calgary, foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco – e não à toa.

Um dos motivos é o lago Louise, um dos principais cartões-postais de Banff. A estonteante água verde-turquesa já é uma atração por si só, mas a paisagem se torna mais perfeita com a neve do glaciar Victoria ao fundo.

Trilhas oferecem vistas panorâmicas do local, mas a melhor opção é alugar uma canoa vermelha, réplica daquelas usadas pelos colonizadores no século XVIII. Até atletas de fim de semana sentirão confiantes para se aventurar nas águas calmas do lago. O ritmo é relaxado: faça várias pausas entre as remadas para respirar o ar fresco e tirar várias fotos.

Trilhas – Existem outros lagos e rios no parque que merecem ser explorados. Aos pés das montanhas, por exemplo, estão os lagos Vermilion. Próximos à cidade de Banff, os três lagos podem ser visitados de bicicleta. Ao longo da trilha asfaltada, de 4,5 km de extensão, estão pontos de descanso que

A principal avenida da cidade foi construída para ter a melhor vista das Montanhas Rochosas.

permitem apreciar a natureza.

Os lagos serenos são o lar de várias espécies de aves e pequenos animais como lontras e castores. Embora mais raro, também é possível avistar alces entre as árvores.

Na terra do caubói canaden-

se, não deixe de fazer um passeio a cavalo. Há diversas opções: desde trilhas de uma hora a cavalgadas de vários dias, com direito a acampamento ao ar livre. Novamente, o passo é lento: escute o barulho das águas e o canto dos pássaros.

Passarelas e túneis para animais

E

m Banff, progresso e meio ambiente andam lado a lado. Hoje, o parque canadense é referência mundial na preservação de animais.

Mas nem sempre foi assim.

Além da flora e fauna exuberantes, o parque abriga 83 quilômetros da TransCanada Highway 1, que liga os Oceanos Pacífico e Atlântico. Na década de 1960, a rodovia era apelidada de "moedor de carne", devido ao alto número de acidentes envolvendo animais que tentavam cruzar para o outro lado.

Fechar a rodovia era uma solução impossível. A alternativa foi construir passarelas e túneis exclusivos para animais.

As rotas alternativas de migração foram adotadas com sucesso. Desde a implementação das estruturas, no final da década de 1970, os acidentes recuaram 80%.

O projeto revelou algumas curiosidades. Descobriu-se, por exemplo, que ursos e lobos são desconfiados e chegam a demorar cinco anos para utilizar as novas rotas. Já os alces são os mais destemidos: alguns cruzam as passarelas antes mesmo de serem concluídas. (C.S.)

Antes do passeio, os guias ensinam a cavalgar no verdadeiro “estilo caubói”, ou seja, com apenas uma mão. Mas não se preocupe se você não conseguir dominar a técnica, já que os cavalos, treinados, se guiam praticamente sozinhos.

Após um dia de aventuras, o ponto de encontro é a cidade de Banff. Cortada pelo Rio Bow e cercada por montanhas, a cidade de 8.300 habitantes nasceu para o turismo. Sabe-se que, ao ser fundada no século XIX, o primeiro superinten-

dente do parque ordenou que a principal avenida de Banff fosse construída para ter a melhor vista das montanhas.

Hotéis, restaurantes, cafés e lojas se alinham na Avenida Banff e oferecem tudo que o visitante possa desejar. O destaque fica para a gastronomia local. Para os amantes da carne, será difícil escolher entre os tenros filés bovinos e a suculenta carne de bisão.

Viagem a convite da Comissão Canadense de Turismo (CTC)

RAIO X COMO CHEGAR De São Paulo, a Air Canada (www.aircanada.com.br) oferece voos para Calgary, com escala em Toronto. Passagem aérea custa a partir de R$ 2.443, ida-e-volta.

Do aeroporto de Calgary, os ônibus da empresa Brewster levam visitantes direto ao hotel (www.brewster.ca).

ONDE DORMIR The Fox Hotel: 461 Banff Avenue, www.bestofbanff.com/fox-hotel-suites.

Aconchegante hotel em estilo chalé. Diárias a partir de R$ 225, com café da manhã.

The Fairmont Chateau Lake Louise: 111 Lake Louise Drive, www.fairmont.com/lakelouise. Hotel com vista espetacular do Lago Louise. Diárias custam a partir de R$ 495, com café da manhã.

O QUE FAZER Teleféricos: abertos o ano inteiro. Banff Gondola (www.explorerockies.com/banffgondola) e Lake Louise Gondola (www.lakelouisegondola.com) Cavalgada: Warner Guiding and Outfitting oferece passeios de uma hora a até uma semana (www.horseback.com).

Trans-Canada Highway passa pelo parque, que criou rotas de migração de bichos.

DICA Leve roupas quentes. As temperaturas são amenas à noite, mesmo no verão.

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Fotos: Imagem Filmes/Divulgação

Engolidores de fogo, mágicos, mulheres bonitas que sobem em trapézios e crianças que crescem em meio à vida nômade do circo. Filme de Selton Mello vai buscar a emoção do espetáculo em cenas singelas.

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cultura

Hoje tem palhaçada Lúcia Helena de Camargo

Selton Mello é o palhaço Pangaré, filho do palhaço Puro Sangue (Paulo José). A dupla atua no circo de nome emblemático: Esperança.

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elton Mello é engraçado. O diretor de Feliz Natal (2008) e agora de O Palhaço, que estreia nesta sexta (28) em 200 cinemas brasileiros, faz graça até quando fala sério. A impressão que se tem é que ele vai fazer uma piada a qualquer momento, mesmo que esse instante demore a aparecer na conversa. Talvez seja uma capacidade involuntária. Já o palhaço Pangaré, que interpreta no filme, tem por objetivo arrancar risadas da plateia. E nem sempre consegue.

Em entrevista à imprensa no lançamento do filme, na última segun-

da-feira, Selton declarou que a história deste seu segundo longa-metragem – que envolve a melancolia do ato de fazer rir – não tem como base qualquer realidade que já tenha vivido. Certo. Não é autobiografia. Ele admite, no entanto, que pode ser considerada uma metáfora do trabalho de ator. "Tenho 38 anos e sou ator há 30. Sempre entro em crise, penso em desistir. Continuo porque acabo encontrando algo lindo".

Desta vez conseguiu criar uma trama com imagens de sonho, em enquadramentos perfeitos. Há longas cenas sem diálogos. A trilha sonora

assinada por Plínio Profeta preenche os espaços. "O grande problema dele foi fugir do Nino Rota", diz o diretor, referindo-se ao trilhista mais famoso e assíduo dos filmes de Federico Fellini, que sabia como ninguém filmar o circo. O próprio Mello, aliás, parece em determinados momentos querer desesperadamente fugir da sombra do italiano. Diz ter assistido e lido tudo o que lhe caiu nas mãos sobre palhaços, antes de conceber o roteiro, que escreveu junto com Marcelo Vindicatto. Evidentemente, os c low ns de Fellini apareceram entre as referências.

Mas Selton pode ficar tranquilo. Ninguém vai apontar semelhanças ou diferenças entre O Palhaço e outras obras com o mesmo tema. Não há elementos. O filme é original.

Quando começou a filmar, sabia exatamente aonde queria chegar.

"Eu já tinha toda a trama na minha cabeça. Não usei story-board, como já me perguntaram. E também montei as cenas", conta.

O palhaço-júnior Pangaré, personagem de Mello, tem como colega de picadeiro no Circo Esperança seu pai, o palhaço-sênior Puro Sangue, vivido por Paulo José. A sintonia da

dupla em cena é quase sobrenatural. Há engolidores de fogo, mágicos, trapezistas, malabaristas. A musa é Lola (Giselle Motta). Tonico Pereira encarna o mecânico. E o cantor Moacyr Franco é o impagável delegado. Há muito desaparecido das telas, Franco questiona as razões de espetáculos populares não despertarem a atenção da grande mídia.

"Faço oito shows por mês, para públicos de 40 mil pessoas. Canto durante três, quatro horas. Eu existo!

Por que isso não interessa?"

Outro ator "redescoberto" por Selton Mello foi Ferrugem, que gan-

nhou fama com a série Essa gente inocente, dos anos de 1970. Embora adulto, tinha a estatura de uma criança, em razão de um problema de glândulas. Passou por um tratamento para crescer. Agora com 1,60 metro e 44 anos, vive um tabelião que implica com a certidão de nascimento do palhaço. Ele precisa provar que nasceu. Bem, de uma maneira ou de outra, não temos todos?

O Palhaço (Brasil, 2011, 90 minutos). Direção: Selton Mello. Com Selton Mello, Paulo José, Moacyr Franco.

Não toque na maçaneta

Fotos: Warner Bros/Divulgação

Beth (Paltrow) sopra dados; Law faz estardalhaço; Damon procura sobreviver; Winslet é a médica encarregada das providências, assim como a personagem da francesa Marion Cottillard.

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açanetas, corrimãos, barras de segurança são lugares nas quais milhares de pessoas tocam todos os minutos em transportes públicos, repartições, escritórios. Se você não é um ermitão que vive apenas dentro de casa, necessariamente toca nessas superfícies. Em Contágio, um vírus mortal começa a se espalhar pelo planeta dessa maneira. Beth Emhoff (Gwyneth Paltrow) faz uma viagem de negócios a Hong Kong e quando volta a Minneapolis está contaminada. Não sabe. Pensa que está sofrendo em razão da mudança de fuso horário. Mas a tosse, a garganta que fecha, as convulsões ocorrem em razão de algo bem mais sério. Ela morre rapidamente. Seu incrédulo mari-

do (Matt Damon) será um daqueles que vão sobreviver para narrar a história aos demais.

Vamos seguindo os passos do vírus, com a propagação da pandemia mundial em velocidade assutadora, nestes tempos de globalização, viagens e interações cada vez mais freqüentes, no planeta de sete bilhões de habitantes. São focados dramas particulares de pessoas que vivem em Chicago, Atlanta, San Francisco, Londres, Paris, Genebra, Tóquio, Macau e Abu Dhabi.

O s g ove r n o s i n struem as populações a não sair às ruas. O de-

sespero toma conta e chega a barbárie. Supermercados são saqueados.

O elenco estelar conta com Jude Law, como o influente e lunático blogueiro que prefere propor uma cura alternativa a apoiar o desenvolvimento de uma vacina; Marion Cotillard; Kate Winslet e Laurence Fishburne, na pele do Dr. Cheever, um dos que precisa administrar a crise.

Justamente pela existência de tantos personagens, a trama acaba um pouco superficial.

Não há tempo, dentro das duas horas da projeção, de detalhar o que pensam e que-

rem cada um deles. No entanto, o diretor Steven Soderbergh (ganhador do Oscar com Traffic) não parece deixar pontas soltas de propósito. É fiel ao seu estilo de fazer filmes que parecem recortes. Nada começa ou acaba. São apenas flashes da vida.

No caso, uma distopia, ainda que não impossível. Por via das dúvidas, não esqueça de lavar as mãos e passar álcool em gel.

Contágio (Contagion, EUA, 2011, 117 minutos). Direção de Steven Soderbergh. Com Jude Law, Gwyneth Paltrow, Matt Damon, Laurence Fishburne, Kate Winslet.

HILARY Baseado em uma história real, estreia também neste final de semana A Condenação (Conviction, EUA, 2011, 98 minutos), de Tony Goldwyn, com Hilary Swank (foto) no papel principal. Ela vive uma garçonete, mãe de dois filhos, obcecada em inocentar seu irmão que foi condenado à pena de morte. Para isso, volta a estudar e entrará nos meandros dos tribunais para alcançar seu objetivo.

O elenco conta ainda com Minnie Driver, Melissa Leo e Juliette Lewis.

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EXPOSIÇÃO

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cultura

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Fotos: Roy Export Company Establishment, courtesy NBC Photographie, Paris.

Chaplin Mostra exibe vida e obra do artista

Adorável vagabundo

Rita Alves

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ilêncio e risada no mesmo ambiente e em plena harmonia. Essa inusitada combinação é uma das cenas que podem ser vistas por quem chega ao Instituto Tomie Ohtake e entra na primeira sala expositiva. O ambiente, todo em clima de cinema, exibe trechos de filmes mudos, protagonizados pelo ator e cineasta inglês Charles Chaplin (1889-1977). Sua divertida atuação é uma provocação a quietude da plateia, atenta a filmes como de Carlitos no Parque (1915), Vida de Cachorro (1918), O Conde (1916) e O Vagabundo (1916).

O ator é tema da bela exposição Chaplin e Sua Imagem, em cartaz no local até o dia 27 de novembro.

Com curadoria do francês Sam Stourdzé e apoio da Chaplin Association, já foi exibida em uma série de cidades da Europa e dos Estados Unidos. No Brasil, os visitantes podem ver diversas raridades, colhidas dos arquivos da família Chaplin. Além dos trechos de filmes exibidos em telões e monitores de TV, há mais de 200 fotografias, cartazes, gravuras e filmes caseiros distribuídos pelo lugar.

Quem entra na segunda sala, encontra uma série de chapas, formada de fotogramas, pertencente ao álbum da Keystone, um dos primeiros estúdios de cinema americano, lembrado especialmente pelas produções de Mack Sennett. As

imagens mostram um pouco da história dos 35 primeiros curtas em que Chaplin atuou, no ano de 1914.

Ainda é possível ver fotografias de objetos característicos do artista, como a cartola e a bengala.

Próximo deles, seu dono em diversas poses.

Vale também prestar atenção no trecho do filme em cores, de 1940, feito por Sidney Chaplin, irmão do cineasta. A produção mostra os bastidores do clássico O Grande Ditador, filme em que Chaplin usou a semelhança física de seu personagem para parodiar Hitler. A produção é um dos exemplos de como o artista misturava com maestria humor e crítica social, no caso, em plena época da Segunda Guerra.

As belas imagens da última sala, como a de Chaplin com a atriz Paulette Goddard (1910-1990), mostram também ilustrações e trechos dos filmes O Grande Ditador (1940), O Circo (1928) e Monsieur Verdoux (1947).

Outra preciosidade é a exibição de filmes caseiros, produzidos em 8 mm. Neles, Chaplin aparece, já grisalho, com os filhos, em cenas tão divertidas quanto as que protagonizou no cinema.

Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés), Pinheiros, tel.: 2245-1900. Terça a domingo, das 11h às 20h. Grátis

Adrenalina em alta Regina Ricca TV Globo/Alex Carvalho

Divulgação

Força Tarefa: enigmas desvendados. E, à dir., Criminal Minds: à caça de criminosos.

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istério, investigação policial, muita ação e, claro, uma boa dose de violência, como na vida real.

Pensou em alguma série americana? Errou. Os ingredientes citados fazem parte das histórias que compõem a terceira temporada de Força Tarefa, que retorna à programação da Rede Globo nesta quinta, dia 3.

Criada pelos escritores Fernando Bonassi e Marçal Aquino, essa nova saga da elogiada série policial global terá episódios assinados pelos diretores convidados Rogério Gomes e José Vilamarim. A adrenalina vai continuar alta, mas as histórias

agora vão propor a elucidação de enigmas. "As tramas serão mais misteriosas, com pistas para o público seguir. Queremos provocar o lado detetive dos telespectadores", revela o diretor José Alvarenga.

No episódio de estreia, o tenente Wilson (vivido por Murilo Benício) aparece arrasado por uma ação policial, por ele liderada, que resultou na morte de todos os seus colegas da Corregedoria. Abalado, ele tem de continuar tocando a vida e reunir um novo grupo de companheiros.

Murílo Benício afirma que essa temporada é a mais psicológica de todas. "O Wilson está muito

perturbado emocionalmente. Se sente responsável pela morte de sua equipe e, ao mesmo tempo, precisa lidar e liderar com um novo time, pois foi promovido a capitão." Esse drama profissional, claro, acaba afetando a relação de Wilson com a mulher Jaqueline (Fabíula Nascimento) e o filho, Bruno Felipe (Gabriel Palhares), de três anos. Tudo ainda vai piorar para o lado dele quando o fantasma do ex-colega e amigo Jonas (Rogério Trindade) começa o atormentar, aparecendo nos momentos de maior aflição para relembrar a morte dos parceiros da corregedoria.

As gravações da terceira

temporada da série foram realizadas entre julho e setembro deste ano nos estúdios do Projac, em Jacarepaguá, e em locações externas no Rio de Janeiro, como o presídio de segurança máxima de Bangu, o Moinho Fluminense, na Gamboa, em uma oficina de trens em Deodoro.

Por força do roteiro, a nova equipe de Wilson terá novos personagens – como o tenente Demétrio (Eucir de Souza), o perito Léo (Sérgio Cavalcante) e a sargento Lidiane (Naruna Costa) – e um perfil diferente do anterior, pois fará uso mais da inteligência do que ação ao investigar os policiais infratores. Para segurar a

onda de toda essa turma, está à frente o respeitado e experiente coronel Caetano (vivido pelo magistral Milton Gonçalves).

Força-Tarefa vai ao ar logo após A Grande Família.

Mais adrenalina no ar – Ainda na esteira das boas e empolgantes histórias criminaispoliciais, uma das séries enlatadas do gênero que mais desafia a inteligência do espectador é Criminal Minds, exibida pelo canal AXN, que também retorna em nova temporada – a sétima – nesta segunda, 31, às 22h. O grupo, uma subseção do FBI, a Unidade de Análise Comportamental, é

especializado em identificar as causas emocionais que levam suspeitos a cometer crimes, e de posse da identificação desses perfis ai à caça deles.

O grupo – formado pelos atores Shemar Moore, Paget Brewster, A.J. Cook, Joe Mantegna, Matthew Gray Gubler e Kristen Vangsness – aparece no episódio de estreia sendo interrogado por um Comitê do Senado sobre suas ações retaliatórias após a suposta morte e desaparecimento da agente Emily Prentiss. A surpresa, porém, será das boas: um ex-componente da BAU reaparece para auxiliá-los a sair dessa crise e unir novamente a equipe.

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Fotos: Marija Midzovic

cultura

Livros sem fronteiras Ao longo de sete dias, a estrela do maior evento editorial da Sérvia é a língua portuguesa Heci Regina Candiani

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a minha língua, vêse o mar”. Esta citação, do autor português Vergílio Ferreira (1916-1996), é a inspiração dos realizadores da Feira do Livro de Belgrado este ano.

Pela primeira vez na história do evento, que está em sua 56ª edição, a convidada de honra não foi a literatura de um único país, mas um idioma comum a muitas culturas e que atravessa oceanos: o português. O evento promove, até domingo, uma aproximação entre os sérvios e os países de língua portuguesa por meio da produção literária de diversos autores, cujas obras foram reunidas em uma antologia de obras inéditas em sérvio.

Durante os sete dias de evento,

uma das principais propostas dos participantes é vencer as barreiras culturais e linguísticas e mergulhar no que todos têm em comum – o interesse pela literatura. Pelos corredores, autores como o moçambicano Mia Couto, os angolanos Abreu Paxe e José Eduardo Agualusa, os brasileiros Ana Maria Machado e Edney Silvestre e o português Ruj Zink, entre outros autores dos países de língua portuguesa, circulavam ao lado dos sérvios Svetislav Basara, Jelena Lengold – uma das vencedoras do Prêmio Literário da União Europeia de 2011 – e Mirko Demic. Temas como o colonialismo, os conflitos étnicos, as relações políticas com os Estados Unidos, que afetam tanto os países de língua portuguesa como

Beleza cotidiana Rita Alves fazem cerca de 100 apresentações por ano. A coreógrafa responsável pelo grupo já trabalhou com uma série de artistas contemporâneos, entre eles Laurie Booth, Mark Tompkins, David Zambrano, Tristan Honsinger e Frans Poelstra.

Outro grupo internacional que também se apresenta no país é a companhia Rosas, da Bélgica, da coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker. Os bailarinos sobem ao palco do Sesc Pinheiros para apresentar duas coreografias: Rosas danst Rosas e En Atendant. Em Rosas danst Rosas, a dupla Thierry De Mey e Peter Vermeersch criou a trilha sonora simultaneamente com a coreografia. Já em En Atendant, o destaque é uma nova combinação de música e dança, criada pela coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker.

Teatro Alfa. Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722. Tel.: 5693-4000.

Sábado (29), 21h .

Domingo (18h).

R$ 40 a R$ 120.

Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195. Sexta (28) e sábado (29), 21h e domingo (30), 18h. R$ 32.

Divulgação

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uer ver o que pode resultar o encontro de cinco bailarinos na cozinha? Vá ao Teatro Alfa neste fim de semana. É lá que a cena poderá ser presenciada.

Os responsáveis por isso são os bailarinos do grupo Sasha Waltz e Guests. Eles apresentam neste sábado (29) e domingo (30) o espetáculo Travelogue I – Twenty to Eight.

No palco, uma cozinha serve como cenário para a demonstração de rituais, hábitos e modelos de comportamento. “Gosto de utilizar objetos do cotidiano, como uma geladeira, um telefone, ou uma cama como desafios para minha pesquisa coreográfica. Esse é um espetáculo sobre nós, nosso modo de vida, sobre atividades banais e a simplicidade das coisas”, diz a coreógrafa Sasha Waltz. Seu objetivo é mostrar a beleza dos objetos cotidianos, muitas vezes esquecida nos dias de hoje.

Essa é a primeira vez que a companhia, criada em 1993 na cidade de Berlim, vem ao país.

Apesar de ter sido fundada em Berlim, o grupo tem artistas de 25 países diferentes, que

Rosas: companhia belga faz apresentações no Sesc Pinheiros.

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Bailarinos da companhia de Sasha Waltz e Guests.

Travelogue I – Twenty to Eight: coreografia é exibida no Alfa.

os anfitriões, foram os principais temas de discussão.

Para celebrar a convidada de honra, os 30 mil metros quadrados da feira – preparados para receber mais de 800 expositores de 27 países – foram decorados como uma grande homenagem ao português.

Trechos de poemas e textos literários de autores do Timor, Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné Equatorial – países tão distantes das fronteiras sérvias – foram mesclados com suas traduções em sérvio, ocupando todo o espaço da feira.

Mais informações sobre a feira em português, inglês e sérvio na internet: http://bit.ly/t1NI0f

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Le TireBouchon serve comida em meio a prateleiras de vinhos.

"Grande" dicionário do vinho do Porto José Guilherme R. Ferreira

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"grande" do título é uma homenagem aos autores do Dicionário Ilustrado do Vinho do Porto (Editora de Cultura/2011/566 páginas), Manuel Pintão e Carlos Cabral, que produziram uma obra indispensável a todo apreciador de vinhos e, mais ainda, para aqueles devotos da requintada bebida de mais de 300 anos de história.

Além de verbetes técnicos, apresentados de maneira concisa, a viagem dos autores é muito mais abrangente. "Este vinho conseguiu ultrapassar a barreira de um produto obtido da fermentação de uvas maduras e passou a ser referência constante na História, Filosofia, Sociologia, Economia, Agronomia, Enologia, Folclore, Literatura e Arte", escrevem. Foram atrás de todos esses componentes culturais, interessados na alma de quem trabalha nos socalcos, resgatando nomes de velhas ferramentas de tanoeiros, rótulos antigos, documentos e gravuras de época (na imagem abaixo, agricultores do Douro dançam a chula rabela), compondo um panorama muito vivo da região. Manoel Pintão é português e durante décadas esteve à frente

Nasce um bistrô Lúcia Helena de Camargo Fotos: Newton Santos/Hype

da Casa Manoel D. Poças Jr, respeitada casa de Porto. Faz dupla com Carlos Cabral, pesquisador apaixonado da história da viticultura, grande embaixador do vinho do Porto no Brasil, consultor de vinhos do grupo Pão de Açúcar desde 1997.

José Guilherme R. Ferreira é membro da Academia Brasileira de Gastronomia (ABG) e autor do livro Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas (Editora Terceiro Nome)

Carrê de cordeiro, Lindomar Bezerra e as mesas no salão: comensais escolhem a garrafa e pagam o preço da prateleira.

Como te gusto, funk!

Aquiles Rique Reis

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A

batatas bolinhas coradas, cebolinhas caramelizadas e aspargos (R$ 42) e confit de pato – a sobrecoxa de pato cozido na sua gordura, com ragu de feijão branco, linguiça curada e ervilha torta (R$ 48). Ou ainda o peixe nobre do dia, servido com pannequet de mandioquinha, velouté de tomate e coco, lulas grelhadas e vinagrete de castanha de caju (R$ 46). Entre outros, há lombo, coelho, guisado e o cassoulet, servido todo sábado, do meio-dia às às 17h. A iguaria leva feijão branco, pato, cordeiro e costelinha defumada. "A legítima feijoada francesa", afirma Nina.

Custa R$ 65 por pessoa, incluindo couvert e salada verde. Convém chegar cedo, para não enfrentar espera por mesa.

De terça a sexta-feira o bistrô oferece ainda o Menu Executivo que inclui entrada, prato principal e sobremesa por R$ 34 por pessoa.

O cardápio do executivo não se repete durante cinco semanas seguidas, para possibilitar variedade aos clientes frequentes.

Na hora de escolher o vinho para acompanhar a comida você pode optar por dois caminhos: observar a dica de harmonização dada no menu, ao lado de cada prato, ou chamar Nina (ou outro sommelier) para que te ajude a pensar na melhor opção. Todos os garçons

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casa abriu como uma importadora de vinhos, foi ficando maior e mais conhecida, começou a servir comidas para acompanhar a bebida, depois passou a organizar eventos enogastronômicos para grupos fechados. E desde julho assumiu de vez sua vocação de restaurante. Os responsáveis pela trajetória empreendedora do Le Tire-Bouchon são o francês Jean Raquin e sua mulher, Nina Bastos.

Além de líder na associação de comerciantes da região, já foi dona de galeria de arte, entre outros estabelecimentos.

Instalado no bairro de Santa Cecília, em um galpão com pé direito altíssimo, os comensais degustam os pratos em meio a prateleiras com garrafas de vinho.

O cheiro da madeira das caixas (algumas também à vista, no andar de cima) toma conta do ambiente, que conta com 80 lugares, misturando-se aos aromas que chegam suavemente da cozinha e vão abrindo o apetite.

O recém-contratado chef Lindomar Bezerra – que já passou pelas cozinhas do La Cocagne, Cantaloup e Le Poeme Bistrô – criou o novo cardápio que tem, entre as entradas, bisque de abóbora assada com camarões – sopa cremosa de abóbora com camarões, croutons de ervas e queijo de cabra (R$ 28); lasanha de berinjela, feita com lâminas de berinjela intercaladas com queijo brie e molho de tomate (R$ 19) e, entre outras, a deliciosa polenta mole coberta com ragu de cogumelos selvagens (R$ 28), listada no Menu Bistrô.

Sugestões de prato principal: carrê de cordeiro com nhoque de batata na manteiga, sálvia e tomate recheado gratinado à l’arrabiata (R$ 56); bife ancho (corte argentino de parte nobre do contra filé) com manteiga de ervas,

banda Funk Como le Gusta nasceu da vontade que tinham seus integrantes de mesclar a música negra brasileira com alguns gêneros latinos, de acrescentar molho ao suigue da pujante expressão musical que é o funk, por si só já extremamente contagiante, tornando-o ainda mais saboroso e pleno de astúcia.

Assim sempre será esta big band que acaba de lançar A Cura Pelo Som (Radar Records), um disco duplo que tem dez faixas numa unidade física que dá acesso a outras nove, disponíveis para download. Para redigir este comentário, ater-me-ei às dez primeiras músicas.

Lá estão o naipe de sopros, Jorge Ceruto (voz e trompete), Tiquinho (trombone), Kito Siqueira (saxes barítono e alto), Hugo Hori (sax tenor e flauta) e Reginaldo 16 (voz, trompete e flugelhorn), e a cozinha, Sérgio Bártolo (contrabaixo), Kuki Stolarski (bateria), Emerson Villani (voz, violão e guitarra), Eron Guarnieri (voz, teclado e escaleta), James Mü (voz e percussão). Moçada cheia de vigor e muito talento.

Todos visando acrescentar algo mais ao som dos gêneros que tratam de amalgamar.

Tornando-os síntese do poder que tem a música quando a ela é agregado o prazer pela inovação - pelo gosto de fazer algo ainda melhor do que já é adrenalina pura -, o som resultante tem força e sedução.

A Cura Pelo Som é o terceiro álbum autoral do FCLG. Com direção musical do próprio grupo, tendo como produtor artístico Emerson Villani, a busca pela renovação fica evidente a cada trabalho. A música que fazem vem impregnada de balanço. Se as letras que cantam são pueris,

também possuem treinamento para a tarefa. E a boa notícia é que você pagará na garrafa preço igualzinho ao da prateleira da importadora. "Queremos democratizar o consumo do vinho", diz Nina. Para alcançar esse objetivo, vendem vinhos como Jongiex Savoie por R$ 56 e Auzias Domaine Curvée Monsieur por R$ 48. No total, dispõem na loja de cerca de 600 rótulos de 15 países.

Parta adoçar o final da refeição, a sobremesa poder ser creme brulê de doce de leite (R$ 18); torta frangipane de banana caramelada com creme de gengibre (R$ 19); crepe de chocolate com calda de frutas vermelhas (R$ 16); babá ao rum (pão-de-ló umedecido em calda de rum) com chantilly (R$ 19), e algumas outras. Se preferir provar um pouquinho de cada coisa e tomar café, peça o café gourmet (R$ 18): o ótimo expresso Santa Mônica chega acompanhado de três mini sobremesas.

O espaço para eventos, que funciona no subsolo, comporta até 50 pessoas. Um jantar sai por R$ 90 por pessoa, apenas com a comida, ou R$ 180, harmonizado com bebidas, incluindo vinhos.

Le Tire-Bouchon. Rua Barão de Tatuí, 285. Santa Cecília.

Tel.: 3822-0515. www.letirebouchon.com.br

Café gourmet traz o expresso Santa Mônica acompanhado de três mini sobremesas.

os arranjos têm a capacidade de embriagar o mais incrédulo ouvinte. É ouvir para crer.

Profissionais ciosos da importância de seus dez anos de carreira, o Funk Como Le Gusta não abre mão do que melhor sabe produzir: a massa sonora dos instrumentos de sopro. Sopros que enlevam e conduzem o ouvinte a não só dançar, mas também a prestar atenção no que ouve.

Seja a faixa instrumental ou cantada, cada intervenção é uma agradável surpresa. Ao ouvir o sax barítono sendo protagonista em grande parte dos arranjos, sente-se que a musicalidade dos caras se perpetua em obras de primeira grandeza, dignas da assinatura de grandes mestres da orquestração.

O baixo cumpre com esmero o papel de dar o chão por onde vão saxes, trombone e trompete. A bateria e a percussão são portos seguros para os devaneios da metaleira. O violão toca a harmonia, onde tudo começa.

Trocando ideias com o teclado, beneficiando-se do seu jeito pop de ser, a guitarra adensa o clima de contemporaneidade.

Com o FCLG, o funk ganha sabor do reggae de Bob Marley; reabastece-se no rasqueado da música caipira; cresce no manguebeat de Chico Science e da Nação Zumbi; refaz-se nas terças vocais das duplas sertanejas; reproduz-se nos ares do samba de Jackson do Pandeiro... Enfim, torna-se ainda mais popular do que sempre foi.

Para fazer e tocar música de qualidade, o segredo do Funk Como Le Gusta é juntar o aparentemente injuntável.

Aquiles Rique Reis, músico e vocalista do MPB4.

CENTENÁRIO Neste sábado (29), a Sociedade Brasileira de Psicanálise fará uma sessão comemorativa do Centenário de Nascimento da analista Lygia Alcântara do Amaral. O evento começa a partir das 9h30 na Av. Dr. Cardoso de Melo, 1450, 1º andar, Vila Olímpia.

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cultura

De Volta à Sicília Carlos Celso Orcesi

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o sul da Itália o salto da bota é a Puglia, o tornozelo a Basilicata e o pé a Calabria. Olhando do alto o mapa pode-se dizer que a ilha da Sicília, separada do continente pelo Estreito de Messina, seria como a extensão do pé, na forma de um sapato de coringa dos baralhos. A posição estratégica da Sicília é evidente, tanto que disputada por Roma e Cartago. Cartago na África é hoje sítio arqueológico tombado pela UNESCO, dentro de Túnis na Tunísia.

Tunísia que, por sua vez, acaba de ter eleições livres como resultado da "primavera árabe".

Cartago dominava todo o norte do continente, espalhando tentáculos pelo sul da Espanha e ilhas do Mediterrâneo (Córsega, Sardenha e 80% da Sicília), ameaçando Roma. Catão terminava

seus discursos no 'Senatus Romanus' com a frase: dellenda est Cartagho, é preciso destruir Cartago. Na 2ª guerra púnica (de poenici ou fenício) em 215 a.

C., Aníbal saiu da Espanha com seu exército de elefantes, atravessou os Alpes e venceu os romanos em batalhas até hoje estudadas nas escolas militares.

Mas não conseguiu atacar Roma, o que custou a derrota aos cartagineses. Roma se voltou ao ataque de Siracusa, antigo aliado, a sudeste da Sicília. Conta a lenda que o genial Arquimedes inventou várias armas: espelhos que refletiam o sol e queimavam o velame dos navios, guindaste munido de ganchos que os levantava e soltava do alto, retardando por dois anos a conquista da cidade.

Lá na ilha de Ortígia, na ponta de

Biografia de Salinger vale mais como bibliografia Renato Pompeu

T

alvez o título original em inglês de Salinger, uma Vida, livro lançado nos Estados Unidos nos fins de 2010 pelo pesquisador Kenneth Slawenski, publicado agora no Brasil pela Leya, isto é, J.D. Salinger, uma Vida Erguida Bem Alto, seja mais adequado do que o adotado pela edição brasileira. Pois há muito mais informações sobre a vida de Salinger antes de este ter ficado famoso do que sobre o que aconteceu depois de ele ter alcançado a celebridade.

Talvez também a contribuição de Slawenski seja muito mais bibliográfica do que biográfica. Senão, eis dois dados que devem ser comparados: enquanto a obra destrincha literalmente dezenas e dezenas de textos bastante significativos, e até agora desconhecidos, de Jerome David Salinger (19192010), o famoso autor do imortal romance O Apanhador no Campo de Centeio (1951), textos que foram recusados ao longo de anos e anos por diferentes editoras, ou, mesmo aceitos, não foram publicados, ou ainda, mesmo publicados, jamais foram reeditados, o livro dedica apenas uns dois ou três parágrafos ao único relacionamento amoroso, além de seu casamento, que se tornou público de Salinger durante suas bem conhecidas seis décadas de reclusão, relacionamento que durou quase um ano em 1972, com a também escritora Joyce Maynard.

Os fãs de Salinger, no entanto, são muito bem recompensados por esse livro de Slawenski, que mantém o site www.deadcaulfields.com em memória do grande autor e que passou oito anos escrevendo a obra sobre seu ídolo. Afinal, a par de destrinchar dezenas de contos e de outros textos literalmente desconhecidos de Salinger, que publicou apenas três outros livros, Slawenski também descreve todas as fases pelas quais passou, desde sua origem, o texto de O Apanhador, um prato cheio para seus apreciadores.

Igualmente, há revelações sobre as traumatizantes experiências de Salinger como combatente na Segunda Guerra Mundial, tendo ele participado do célebre desembarque no Dia D, na Normandia, quando os Aliados ocidentais finalmente intervieram na França. Particularmente marcantes foram suas participações na libertação dos prisioneiros sobreviventes em campos nazistas de concentração, vivenciando situações ainda mais difíceis

para um judeu como Salinger, que na época já trazia consigo os primeiros esboços de O Apanhador.

Ele nasceu em Nova York, frequentou uma escola secundária militar, mas antes dos 20 anos de idade já vinha tentando arranjar um lugar no glamuroso mundo de celebridades da grande cidade, inicialmente como ator e, a partir de 1940, como escritor.

Conseguiu algum êxito em chamar a atenção sobre si e chegou a namorar Oona O’Neill, filha do dramaturgo Eugene O’Neill, autor de “Longa jornada dentro da noite”. Oona abandonou o jovem Salinger para se casar com o cineasta Charles Chaplin, muito mais velho do que ela, o que foi um golpe no sentimento de autoestima do autor iniciante.

Logo em seguida, foi chamado a combater na Europa contra a Alemanha Nazista.

As vivências nos combates e no acompanhamento dos campos de concentração recém-libertados foram tão traumatizantes que Salinger passou a sofrer de depressão e chegou a ser internado por isso. Seus textos a partir daí expressaram uma suavidade e uma empatia, tanto com os personagens como com os leitores, muito maiores do que anteriormente. Finalmente, em 1951, lançou O Apanhador, com seu jovem herói anticonformista que destoava do co nve n c io n alismo da época nos Estados Unidos – livro que ajudou a formar a mentalidade dos jovens da geração americana que abalaria o mundo ao forjar as diversas revoluções, mais comportamentais do que políticas, dos anos 1960, e que até hoje é um dos preferidos dos secundaristas e universitários dos EUA. O êxito de O Apanhador foi tão fulminante e tão fenomenal que Salinger, apesar de tanto ter almejado a fama, se sentiu tão incomodado com a celebridade que, logo no ano seguinte, em 1952, foi se estabelecer na remota cidadezinha de Cornish, no Estado do Novo Hampshire, praticamente sem receber ninguém, sem publicar mais nada depois de 1965 – mesmo ano em que se divorciou de Claire Douglas, com quem se casara dez anos antes (uma das poucas pessoas que o visitavam então) e com quem teve um casal de filhos –, até o fim de sua vida no ano passado.

A reclusão de Salinger também se deveu à sua conversão à filosofia contemplativa dos Vedas hinduístas. Sobre isso o livro é bem menos informativo do que sobre a jornada de Salinger até a fama.

Siracusa, hoje com butiques e hotéis chiques, fui apresentado ao "Pallari Faro" (World Wine na faixa de R$250,00), da região de Faro, próxima a Catânia, a maior cidade da Sicília no centro-leste da ilha. O Pallari é tinto de corpo médio e grande finesse que lembra Borgonhas, e me foi indicado pelo someliê do Restaurante Don Camilo quando lhe pedi "o melhor vinho da Sicília" (vejam no saite "ortigiarestaurants" o desfile de grandes personagens tipo Coppola, Bono Vox, Steve Martins, Giorgio Armani que foram ao Don Camilo). Ele indicou o Pallari para acompanhar... peixe. "Se o senhor não gostar não lhe cobro

e trago um branco". O tinto segurou bem o forte peixe-espada; grande experiência.

Sobre o pó de vinte e poucos séculos Mary e eu atravessamos as ruínas e templos gregos de Agrigento, sempre pedindo à noite vinhos sicilianos, como os da excelente Planeta (inclusive o bom Chardonnay) e todos os tintos sob regência da uva Nero d'Avola. Vinícolas como Passopisciaro sob o Etna, Donna Fugata, Regaleali e Tasca d'Almerita apresentam toda a linha de vinhos, dos mais baratos aos topos amadeirados.

Como não é possível falar de todos volto à Sicília, hoje à noite, a 1.500 metros de altitude em

meu rancho de São Francisco Xavier.

Volto em pensamento abrindo exatamente um... Carthago 2006 (Cellar com o bom preço de R$ 80), da vinícola Settesoli da região de Mandrarossa, situada na ponta sudoeste da ilha, abaixo de Palermo a noroeste. Belo nome e clássico rótulo (foto), 100% Nero D'Avola, mereceu "Tre Bicchieri" (3 copos) do principal guia italiano, o Gambero Rosso. Colheita manual, uvas selecionadas, maceração por doze dias com remontagem diária, fermentação malolática e descanso de um ano em barris franceses Allier.

Vinhaço elegante, casou perfeito com o lombo do aniversário de meus primos Scherer, marido e mulher que aniversariam no mesmo dia. Minha prima Mariangela era Nicolosi antes do

casamento, nome da encantadora villa cheia de hotéis e casas de veraneio ao sopé do vulcão Etna. Vejam que coincidência: quando servi o Carthago ela se lembrou que sua mãe (minha tia Duducha) quer dar aos interessados (eu!) mudas de um pé de Nero D'Avola que o sogro trouxe ao Brasil no início de 1900 e está viva até hoje.

Quem viaja pelas boas estradas 'sichilianas' se depara com vinhedos à beira da estrada. Cidades litorâneas, casas brancas, ruas estreitas, templos de pedra, hotéis com piscinas, água translúcida, sol a pino e noites agradáveis. Velhas civilizações deixaram pegadas pelo caminho. Tudo isso a nosso alcance sem sair de casa, porque hoje - adaptando Catão 2.200 anos depois - é preciso degustar Cartago.

Música, dança.

E uma história de amor.

Sérgio Roveri

P

ara a atriz Cláudia Raia, 45 anos, a espera valeu a pena. Em 1989, comprometida com a novela Rainha da Sucata, a atriz viuse obrigada a recusar o convite feito pelo diretor Jorge Takla para viver a prostituta inglesa Sally Bowles no musical Cabaret – na época, o papel foi para as mãos de Beth Goulart. Vinte e dois anos e uma acirrada disputa por direitos autorais depois, a atriz campineira finalmente veste a personagem imortalizada por Liza Minnelli no filme de 1972.

"Eu e Sally Bowles passamos muitos anos brincando de Tom e Jerry", disse a atriz no palco do Teatro Procópio Ferreira, onde o musical, agora em versão dirigida por José Possi Neto, entra em cartaz nesta sexta (28). "Quando os direitos do espetáculo estavam disponíveis, eu não podia fazer. Depois, quando eu estava liberada para o trabalho, eram os direitos que não estavam. Mas isso foi bom. Talvez eu não estivesse preparada para enxergar todas as possibilidades desta personagem há 20 anos. O tempo e os outros trabalhos que realizei me ajudaram a entender as sutilezas de uma personagem sofrida, decadente e viciada em gim que se esconde por trás da efervescência daquele cabaré em que ela atua".

Cabaret, na opinião de Possi Neto, ocupa uma posição diferenciada no rol de musicais montados recentemente no Brasil e também na Broadway: sua trama, que se passa em 1931 em uma Berlim onde já se era possível vislumbrar as atrocidades que o nazismo viria a cometer, não se deixa ofuscar pelo brilho das canções ou o fôlego da coreografia. "Este musical possui uma história sólida, nós investimos muito na dramaturgia porque ela tem o mesmo peso das canções", diz. "A protagonista da história, a prostituta Sally Bowles, é uma personagem aparentemente fútil e frágil, mas no fundo ela carrega uma imensa densidade. De alguma forma ela simboliza aqueles anos loucos situados entre as duas guerras.

Ela estava no buraco cada vez mais negro que era a Berlim dos anos 30".

Em nova tradução para o português feita por Miguel Falabella e uma cintilante coleção de 150 figurinos criados por Fábio Namatame (somente Claudia Raia usa dez), Cabaret deve ocupar o palco do Procópio Ferreira até 31 de julho de 2012, no mínimo. O endereço da trama de Cabaret éo Kit Kat Club, uma decadente casa noturna de Berlim cujas atrações são comandadas por um libidinoso Mestre de Cerimônias (papel do ator Jarbas Homem de Mello). É ali que, numa noite de réveillon, a prostituta Sally Bowles conhece e imediatamente se apaixona por Cliff Bradshaw (Guilherme Magon), um escritor americano jovem e gay. Esta não será a única história de amor conturbada do enredo. Em paralelo, irá correr o relacionamento ainda

sai a outro". Concebido por Chris Aizner, o cenário do espetáculo avança alguns metros pelas laterais da platéia, o que reduziu um pouco a capacidade do teatro.

Para compensar, algumas pessoas do público poderão assistir ao musical acomodadas nas cadeiras e mesas que compõem o cabaré, numa espécie de figuração espontânea.

O 2 1 a to re s e m ce n a s ã o acompanhados ao vivo por uma orquestra de 14 músicos, a frente da qual duas maestrinas se revezam. "Cab aret é um daqueles musicais clássicos que podem ser relidos a cada remontagem", diz Possi Neto. "Mas não foi possível estabelecer nenhuma ponte entre a história contada no palco e a realidade brasileira de qualquer época. Felizmente, porque não há e nunca houve no Brasil nada que se assemelhasse ao nazismo".

Luludi/LUZ

mais explosivo entre Fräulein Schneider (Liane Maya), uma alemã liberal, e o judeu Herr Schultz (Marcos Tumura), dono de uma banca de frutos orgulhoso de suas laranjas italianas.

"Miguel Falabella realizou uma tradução econômica, precisa e ingênua, mas sem perder aquele humor sarcástico que é sua característica", diz Claudia Raia. "Acredito que tenhamos criado um musical tão coeso no texto, música, cenário e figurino que nenhum aspecto se sobres-

A primeira montagem de Cabaret foi realizada nos Estados Unidos em 1966, com texto de Joe Masteroff, música de John Kander e letras de Fred Ebb. Levado para o cinema por Bob Fosse em 1972, o filme arrebatou oito Oscars da Academia de Hollywood.

Cabaret. Teatro Procópio Ferreira. Rua Augusta, 2823.

Tel.: 3083-4475. Quinta, 21h.

Sexta, 21h30. Sábado, 18h e 21h30. Domingo, 18h.

R$ 40 a R$ 200.

Orfeu em ópera e hip hop Fotos: Divulgação

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esde que foi criado, há dez anos, o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, atualmente instalado no bairro da Pompéia, tornou-se expert em uma vertente rara nos palcos – a combinação entre o teatro épico do alemão Bertolt Brecht e os elementos da cultura hip-hop, uma linguagem essencialmente urbana que se expressa por meio dos grafites, do rap e do break, estilo de dança que Michael Jackson aprendeu nos guetos e levou para o centro do mundo. Em seu mais recente trabalho, Orfeu Mestiço - Uma HipHópera Brasileira, que entra em cartaz nesta sexta (28), o Núcleo Bartolomeu vai ainda mais longe, ao transportar a grandiosidade da ópera para o universo do hip hop, em um espetáculo de duas horas e meia de duração pontuado por projeção de vídeos, dança e poesia cantada.

A inspiração para este trabalho, escrito e dirigido por Claudia

Scha pira, vem do mito grego de Orfeu, o jovem músico que desce à mansão d o s m o rtos na tentativa de resgatar sua amada Eurídice, morta pela picada de uma cobra.

Na revisão proposta por Schapira, Orfeu agora é um político que busca reconstruir os fatos que culminaram no desaparecimento de sua mulher durante o regime militar. O ponto de partida é a exumação de um corpo que pode ser o da esposa desaparecida.

A história se apresenta nos planos da memória, da realidade e da imaginação, sempre narrada por um mestre de cerimônia que costura todas as ações. O espetáculo

Tide Giuliano/Divulgação

conta com música ao vivo a cargo do grupo Treme Terra e do percussionista Alan Gonçalves. (SR) Orfeu Mestiço - Uma HipHópera Brasileira. Estreia nesta sexta (28). Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Rua Doutor Augusto de Miranda, 786.

Tel.: 3803-9396. Sexta a domingo às 20h. Preço dos ingressos definido pelo público no final do espetáculo.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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cultura

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

As pimentas estão na moda, mas o que pouca gente sabe é que pimenta, mesmo, só a do reino.

PIMENTA, NÃO. CHILE! No Brasil, há 400 espécies de chile, mas ainda não sabemos como prepará-lo. "Os brasileiros têm um preparo quase bárbaro do chile e as pessoas acabam não gostando porque arde na boca"

Kety Shapazian Fotos: Newton Santos/Hype

"O chile, para mim, é como ver o mar: você vai ao encontro dele em qualquer lugar e sempre se surpreende, como se fosse a primeira vez", derrama-se a chef mexicana Lourdes Hernández.

Dia de los Muertos, de 31 de outubro a 2 de novembro.

E

scutar as pessoas chamando os chiles de pimenta deixa a mexicana Lourdes Hernández de cabelo em pé. "Botanicamente, só existe uma pimenta – a pimenta do reino. Essa palavra vem da era do colonianismo. Quando Cristóvão Colombo chegou aqui chamou de pimenta tudo o que picava e o equívoco seguiu por séculos. Hoje, todos os países hispanoparlantes recuperaram a palavra aji. Os mexicanos usam chile."

Lourdes sabe do que está falando. Desde que se mudou para São Paulo em 2001 com o marido, Felipe Ehrenberg, então adido cultural do México, ela se tornou uma das chefs mais badaladas da cidade, mesmo sem estar à frente de um restaurante. "Tive restaurante na Cidade do México, mas era de comida oriental.

Aqui, tive de estudar a cozinha mexicana. Foi um exercício de cons-

ciência", contou, enquanto comentava a qualidade dos chiles brasileiros. "Se comprasse este chile no México, eu voltaria para reclamar! Esse jalapeño tem mais picância que sabor!", diz, nada satisfeita.

O problema, segundo Lourdes, é que os brasileiros ainda não têm "uma cultura de chile, portanto, o sabor ainda não é constante." Ela traz quase tudo que usa do México.

A chef ganhou fama após abrir as portas de sua casa para convidados há cerca de quatro anos. Chega a receber mais de 30 pessoas para o jantar ou o dobro quando funciona também no almoço. Mas fazer uma reserva na Casa dos Cariris, como a residência do casal foi batizada, não é tarefa das mais fáceis.

Corrida de obstáculos – O primeiro obstáculo é descobrir o email da chef. Depois disso, é preciso que Lourdes goste do que leu e esteja disposta a receber. Só então a reserva é confirmada e a pessoa recebe o

Hell's Pepper, molho feito com a espécie indiana bhut jolokia, no Empório Mr. Josef, do Mercado Municipal.

endereço. O preço é acertado no dia, conforme o cardápio. "Não consigo cobrar menos de R$ 55, R$ 60."

Quem conseguir ser recebido pelo casal (Felipe, hoje artista plástico, está sempre presente) não irá se arrepender. Embora sejam pagos, os jantares e almoços parecem mais reuniões de velhos amigos. Os encontros são carregados de um espírito de difusão cultural, já que a chef apresenta cada prato, contando sua história e relevância.

Chamar aquele ambiente de sala e cozinha é quase uma blasfêmia. A casa é mais uma instalação, com peças e detalhes cheios de referências, como as caveiras mexicanas.

"Venho de um lugar em que a comida é uma forma de pátria viva.

Meu país é um generoso mosaico cultural, feito de barro, muitas variedades de milho, tenacidade, chile e resistência. E só consigo traduzir minha cozinha, nos elementos básicos e rituais dos quais me alimentei toda

a vida: chile, milho e palavras."

Estimulante natural – Enquanto prepara o jantar daquela noite, Lourdes conta por que os mexicanos vivem uma história de amor com o chile. "Usamos em tudo. É um estimulante natural. Se eu acordo muito cansada, eu vou colocar mais chile na comida. As crianças aprendem a gostar desde cedo desse estímulo que o ingrediente dá. Ele vicia porque faz bem e não causa estragos no corpo."

Conservas para os amigos – O artista plástico Hélio Bartsch sabe muito bem quão viciante os jalapeños e outros chiles podem ser. Há cerca de 10 anos ele faz experiências em sua casa, "uma coisa mais intuitiva". Suas conservas podem misturar jalapeño com cachaça "de primeira", azeite extra virgem, banana verde, feno grego e folha de louro, um "conservante natural".

As criações têm um destino certo – os amigos do artista. "Eu não co-

mercializo. Dou de presente. Peço três frascos vazios e devolvo um cheio. Hoje, tenho mais de 10 variedades de conserva, inclusive uma que já tem mais de sete anos."

Ce r t o s a m i g o s g a n h a m a t é bl end s feitos especialmente para eles. Um deles, enfrentando problemas com a namorada, levou para casa uma conserva com um galhinho de catuaba misturado ao chile.

"Acho que deu certo... Ele até pediu outro frasco", diverte-se Bartsch.

Dica – Quem quiser começar a "enchilar-se" – descobrir os chiles (só o México produz mais de 1,4 mil variedades) – deve ter sempre à mão um pedaço de pão ou um saleiro. Nunca tome água se sentir a picância.

Curiosidade –Na Índia, a pimenta mais ardida do mundo, conhecida como bhut jolokia, é usada pelos militares para produzir granadas de mão para deter suspeitos de terrorismo. Minas Gerais já começou o cultivo da bhut jolokia.

"É fácil saber se uma caveira é mexicana. Elas estão sempre sorrindo porque nossos mortos estão no bar cantando, comendo e bebendo.

Nossa morte é sorridente. Nós a chamamos com apelidos carinhosos."

Lourdes Hernández