Diário do Comérico

Aos leitores: o logotipo não está fora de registro.

Apenas ilustra um dia em que, por acaso, as principais notícias foram de duplicatas.

Bom dia, bom dia!

Ano 86 - Nº 23.216

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Economia 5 Conclusão: 00h20

www.dcomercio.com.br

São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2010

2º turno à vista em meio à cerração

Editorial: Por que o 2º turno?

Debate a dois vai selar compromissos.

Por Alencar Burti. Pág. 2

BANCÁRIOS EM GREVE

A cerração em Brasília não tirou de Serra a certeza de um 2º turno mesmo antes que o Datafolha o antevisse ontem. Pág. 6

No 124 º dia seco, ventania com pó.

Lula Marques/Folhapress

Mas choveu, rápido e fraco, e choverá mais em 72 horas.

A estiagem mais longa em Brasília foi de 164 dias, em 1963.

Collor II

Roriz II

Eduardo Jorge II

Nova cassação no ar

A senhora Roriz pode ser barrada

Agora ele foi bisbilhotado também no BB

O jornal de Collor o colocou 10 pontos acima no Ibope à frente de seu rival.

Pesquisa manipulada dá cassação. Pág. 7

Procurador pede indeferimento da candidatura de Weslian, que seria "laranja" do marido. Pág. 7

Após violações da Receita e BB, vice presidente do PSDB afirma: "É uma coisa organizada e orquestrada". Pág. 7

Fidel II Bis em Havana: mesmo uniforme, mesmo discurso.

Ex-presidente de Cuba, 84 anos e bem disposto, relê discurso contra os EUA pronunciado há 50 anos. Pág. 9

BJB Neto/AE

Iguana II Iguanas fazem escala na delegacia Estes dois iguanas partiram do Parque do Carmo, na zona Leste de SP, para BH, numa caixa de Sedex. Detectados por raio X, foram impedidos de prosseguir viagem. Estão agora no 4º DPPC, que procura quem seria o anfitrião mineiro.

Adalberto Roque/AFP

Paulo Pinto/AE

Alimentos ficarão mais caros em

2011 Entressafra, preços internacionais e pouca chuva deverão elevar inflação. É o que indicam percentuais apurados nas prévias de setembro do IPCA-15 e IGP-M. Análise de especialistas, E 1.

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 16º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 18º C.

ISSN 1679-2688

23216

ALCKMIN ALVO DA DOBRADINHA PT/PP 9 771679 268008

Na Globo: um dia após anunciar apoio a Dilma, Russomanno se une a Mercadante na crítica ao PSDB. Pág. 5

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

É nesses galhos que está pendurado o jabuti das mudanças nos impostos.

José Márcio Mendonça

pinião

POR QUE O 2º TURNO ?

A

quilo que possa parecer interesse político ou partidário, não é. E digo por quê. É fundamental que se acabe com a troca de acusações que ocupam muito espaço na mídia e resultam muito pouco em favor da sociedade, em favor do Brasil.

Torna-se extremamente necessário e urgente que, num debate a dois, num eventual segundo turno, ambos os debatedores assumam, perante seus eleitores, alguns compromissos de honra, para que a sociedade não se torne mera espectadora desse triste e até deprimente momento que vive a política brasileira.

Há uma máxima que diz que administrar é estabelecer prioridades.

Permito-me dizer que, igualmente, legislar é estar atento aos reclamos do povo. Assim, Executivo e Legislativo devem atender aos interesses da Nação, que elege como suas prioridades a

Reprodução

Reforma Política, a principal, seguida da Reforma Tributária, que tenha como escopo a desburocratização que tanto onera os micros e pequenos empreendedores.

A falta de transparência dos impostos cobrados, embutidos e até camuflados, não permite que a população de baixa renda se dê conta do quanto paga. E é essa camada da sociedade

em 27 "países", num inconcebível desacerto, esquecendo os governantes que o Brasil é um só.

O sistema da Previdência deve merecer atenção especial, sem extrapolar seus reais limites, assim como a legislação trabalhista necessita de urgente revisão, dentro da realidade que vivem hoje o capital e o trabalho.

As justificativas sobre a distribuição do produto arrecadado com tributos não se sustentam por si só. Os Estados são mal aquinhoados e os municípios simplesmente vivem de migalhas.

Exatamente onde vivem os cidadãos.

Entendemos que o processo da eleição não termina com os resultados da apuração, mas, sim, começa aí.

Imediatamente após a que, sem perceber, diplomação e a posse dos arca com o maior eleitos, suas promessas ônus tributário. de campanha devem Mas as distorções vão mais longe. É preciso ser cobradas e o eleitor deve se aproximar, o acabar com a guerra fiscal, que transformou as quanto possível, do 27 unidades da Federação eleito, acompanhando

ALENCAR BURTI seu desempenho. Essa avaliação é importante e não pode ser esquecida no próximo pleito.

Vamos afastar a pecha de que o brasileiro tem memória curta.

D

esejamos que no segundo turno – o qual, esperamos, aconteça, pela conscientização da sociedade – as promessas se transformem efetivamente em compromissos de honra, tanto dos que ascenderem ao Poder Executivo como ao Legislativo, para que não coloquem em nós, eleitores, mais uma vez, um narizinho vermelho e, na boca dos eleitos, um sorriso enigmático.

ALENCAR BURTI É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO (ACSP) E DA FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FACESP)

PROPOSTA EXIGE CAUTELA É

do ministro Guido Mantega a informação de que, logo após as eleições, o governo Lula tentará retomar a reforma tributária que, enviada pelo presidente ao Congresso no ano passado, tem um relatório pronto de autoria do deputado goiano Sandro Mabel. A intenção é facilitar a vida da candidata que ele apoia e do futuro ministro da Fazenda. Segundo as línguas soltas de Brasília, se a indicação depender de Mantega, o escolhido será Guido Mantega.

Imediatamente após a declaração de Mantega, alguns setores empresariais começaram a se entusiasmar. Seria bom ter cuidado com o santo. Se o plano do ministro da Fazenda for o que está no texto substitutivo de Mabel, melhor esquecer – é proposta para os governos, não para a sociedade.

Se têm alguma dúvida, consultem dois ex-funcionários que sabem das coisas: Everardo Maciel, secretário da Receita Federal por oito anos, e Clóvis Panzarini, por mais de um década coordenador de arrecadação da Secretaria da

Fazenda do Estado de São Paulo.

O resultado final será aumento de carga tributária.

Porém, a pretensão de Mantega não é tão elevada, pelo menos a tomarmos por suas primeiras declarações. Inicialmente o alvo seria o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O sinal é aparentemente bom: o ICMS é hoje o imposto no País que mais arrecada e tem uma administração extremamente complicada para as empresas.

São 27 legislações, uma para cada Estado e o Distrito Federal, extensas, complexas, com dezenas de alíquotas. Seria sensacional se fosse regido por uma legislação única, com poucas alíquotas. Mesmo se não se reduzisse a carga global, o custo da gestão tributária para as empresas cairia brutalmente. contece que o ICMS não é um imposto federal – arrecadado pelo Estados, ele é dividido entre os governos estaduais (maior parcela) e as prefeituras. Ou seja, Mantega pode querer, mas vai ter

A

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA de se entender com os atuais governadores (muitos se reelegendo) e os que virão quando janeiro chegar. A aproximação das alíquotas (São Paulo, por exemplo cobra 25% de ICMS nas telecomunicações, enquanto alguns co-

bram até 40%) é complexa.

Se for pela média ou pela mais baixa, alguém terá de perder.

Quando isto foi posto na mesa nas negociações do relatório Mabel, os possíveis ganhadores não aceitaram dividir os ganhos com

Melhor para a sociedade que a reforma tributária seja discutida só no ano que vem, com mais vagar. Neste ano todos já terão de se defender da ameaça da volta do imposto do cheque.

os perdedores.

Exigiu-se então que o governo federal bancasse a diferença.

Não se chegou a um acerto e convencionou-se assim que apenas os princípios ficariam na emenda constitucional; as alíquotas viriam depois, por lei complementar. Em tese é bom, pois não engessa tanto o sistema tributário. Porém, quem conhece nossos hábitos políticos não gosta da saída: sem a amarra do quórum qualificado de 3/5, fica muito mais fácil aprovar aumentos de impostos e alíquotas. Não tenham muitas dúvidas de que nessas condições, o ajuste das tarifas seria (ou será) quase sempre pela mais alta. melhor cautela, portanto.

Pode não ser esta a intenção de Mantega, mas um aumento da arrecadação do ICMS pelos Estados tiraria do contencioso do Ministério da Fazenda uma discussão que ele certamente terá de travar com os governadores (eleitos e reeleitos) quando, fechadas as urnas, o Congresso começar a

É

discutir o Orçamento de 2011.

Nas previsões para o ano que vem não foi incluído o ressarcimento para os Estados das isenções da Lei Kandir, calculada pelos secretários em R$ 7,5 bilhões. A proposta orçamentária, como está, já tem furos. Com o arrumar essa dinheirama toda para contentar os governadores? Um aumento do ICMS, via reforma tributária parcial, viria a calhar. nesses galhos que está pendurado o jabuti das mudanças nos impostos. Melhor para a sociedade que o assunto seja discutido só no ano que vem, com mais vagar. Neste ano todos já terão de se defender da ameaça da volta do imposto do cheque, embutida numa proposta referente à área de saúde. É um dos projetos que terá o selo de prioridade após 3 de outubro, com ou sem segundo turno presidencial. A política brasileira é de uma previsibilidade absoluta.

É

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze

CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar e Tsuli Narimatsu Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Giseli Cabrini e Sérgio Siscaro Repórteres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André Alves, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

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EM TODAS AS CRISES QUEM ACENDEU O ESTOPIM FOI A GANÂNCIA DE UMA OU MAIS PESSOAS.

pinião

IVONE ZEGER PAULO BRITO

CHEGA DE

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rise após crise, o mundo vem aprendendo que torrentes de riqueza podem estar sinalizando, ao mesmo tempo, o sucesso e o fracasso, a vitória e a derrota, o bem e o mal. Em todas as crises, sem exceção, quem acendeu o estopim foi a ganância de uma ou mais pessoas, decididas a obter lucro sem fim. É muito parecido com o que acontece com os jogadores de roleta. Quando subitamente começam a acertar as apostas, a ganância ganha espaço dentro deles e suas mentes experimentam a poderosa sensação de que acertarão em todas as próximas rodadas. Utilizando uma lógica mais furada do que um queijo suíço, mas confiantes na onda que lhes trouxe uma sequência de acertos, arriscam tudo na esperança de finalmente quebrar a banca e sair da mesa milionários. É aí que perdem tudo e deixam o jogo sem um tostão.

Diferente das mesas de roleta, onde é fácil identificar quem está ganhando ou perdendo, as crises são precedidas de uma fase durante a qual alguns já estão ganhando muito, e o restante pensa que vai ganhar logo a seguir. Mas antes que isso aconteça o jogo acaba, como conta David Sarna em Greed: Financial Fraud from Tulip Mania to Bernie Madoff (em português, “Ganância: Fraude Financeira- da Mania das Tulipas a Bernie Madoff”, Wiley, 416 páginas). Embora não conte isso sequer na orelha do livro, o próprio autor faz parte da lista mundial de gananciosos. Ele não provocou qualquer crise, mas em 2006 foi condenado a seis meses de prisão nos Estados Unidos por conspiração para cometer fraude no mercado de ações. Ou seja, a obra é de um especialista.

A história da ganância contada por ele começa em 1630, na Holanda. Nesse ano, como o preço dos bulbos de tulipas começou a subir, ricos e pobres os compravam como investimento – as compras eram feitas antecipadamente, por meio de contratos. Isso só era possível porque os bulbos demoram de sete a 12 anos para se formar. Durante os sete anos seguintes, comprar e vender bulbos de tulipas magníficas tornou-se uma mania que passou à história das crises.

Certos bulbos chegaram a valer dez vezes o que um artesão ganhava num ano inteiro de trabalho. Claro que, por um lado, o bulbo estava valendo muito, mas por outro os artesãos da época viviam na miséria. O final da história é idêntico ao de todas as outras crises: os preços caíram de repente e quem havia investido hoje para receber no futuro perdeu tudo ou quase tudo.

HIPOCRISIA

Em busca do lucro sem fim A história da ganância começou em 1630, na Holanda, envolvendo o preço dos bulbos de tulipas.

É inquestionável que todos os envolvidos numa crise como essa devem ser considerados gananciosos. Não havia quem não estivesse interessado em obter mais do que era possível com o seu trabalho do dia-a-dia. O raciocínio que leva a isso é simples: há uma correlação direta entre o bem estar e o valor do trabalho de cada um. Se o valor do trabalho não sobe, o bem estar também não sobe. Assim, qualquer estratégia que permita aumento de renda se torna interessante.

A

história de ganância mais emblemática, no entanto, é a do americano Bernard Madoff. Aos 72 anos, está cumprindo uma pena impossível de concluir, de 150 anos de cadeia. A ganância de Madoff tem o tamanho exato do prejuízo que causou no mercado financeiro: 65 bilhões de dólares. Mas, para isso, ele contou com a ganância dos investidores que apostavam no seu esquema.

Até a atriz Jane Fonda perdeu dinheiro por ter aplicado com Madoff.

A bem da verdade, quem não aplicaria? Afinal, ele era nada menos do que o ex-presidente da Nasdaq, a bolsa onde são negociados os títulos das empresas de tecnologia. O esquema era muito simples e funcionou durante uns 20 anos.

Madoff usava o dinheiro de novos investidores para pagar os que estavam fazendo resgates e assim ninguém deixava de receber. Até que houve resgates simultâneos acima do que ele podia cobrir.

A história está cheia de vilões que por causa de sua ganância quebraram economias de empresas, pessoas e países, conta o autor. É o caso de Lou Pearlman, ex administrador da banda Backstreet Boys, que foi condenado a 25 anos de prisão por lavagem de dinheiro, falência fraudulenta e outros crimes que lesaram seus clientes em US$ 20 milhões.

Tudo isso acontece porque, além daquele que tem a ganância de ganhar dinheiro vendendo, há outros gananciosos que desejam comprar a oportunidade para receber um bom dinheiro mais adiante.

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oi também assim que no final de 1929 milhares de americanos perderam muito em papéis de empresas que nunca haviam existido ou em operações que sequer compreendiam. Durante séculos, os alquimistas tentaram transformar em ouro metais que não valiam nada, mas não conseguiram. No mercado financeiro, porém, isso de certo modo foi possível, na forma de derivativos e outros instrumentos.

Enquanto funcionam bem, os investidores aplaudem. Quando param de funcionar, os investidores vão à Justiça.

Para piorar, o risco de um ganancioso causar prejuízos está ampliado por causa do alcance global do sistema financeiro. Câmbio, transferência de fundos, venda de títulos no exterior, abertura de empresas em outros países, tudo isso facilita a ação dos ganan-

ciosos, seja vendendo ou comprando.

Há quem diga que certos nichos da economia brasileira começam a ter um perfume de tulipas, como o mercado imobiliário. Ele está fervendo, com os preços na estratosfera, e ainda assim cheio de clientes e crédito. Tudo resulta da onda de progresso, baixa inflação e emprego, renda crescente e taxa bruta de felicidade em elevação.

No entanto, todos sabem que as ondas terminam – e temem que isso aconteça antes que seus projetos de bem estar estejam concluídos.

PAULO BRITO É JORNALISTA, GRADUADO EM ECONOMIA E MESTRE EM COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA

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segurança pública com energia, da meritocracia na ocupação de cargos públicos, na agilização dos processos envolvendo casos de corrupção na administração pública, em todos os níveis.

ARISTÓTELES DRUMMOND N mais absurdas e, ao que tudo indica o Congresso não deve ganhar em qualidade. E ainda deve perder nomes de alto nível, como o senador Marco Maciel e o deputado José Carlos Aleluia. maioria continuará mais conservadora do que os candidatos presidenciais gostariam – o que pode impedir medidas que venham a ferir a liberdade de empreender, ou aumentar a presença do Estado na vida das empresas e dos cidadãos. Mas o Senado já não será uma barreira para propostas inconvenientes.

A bancada mineira vai ganhar muita força pelo trio formado pelo ex-ministro Elizeu Resende, Aécio Neves e Itamar Franco – além de Ana Amélia, do PP- RS, deverá ser

A

destaque no Senado, onde atua como jornalista há mais de 25 anos e conhece o ambiente por dentro. O quadro pode melhorar com a presença dos mais jovens, inclusive os que já estão no Congresso e se saíram bem. E outros que retornarão, como Júlio Lopes, do Rio. as a grande conclusão desta eleição é que temos de ter uma reforma política logo. Precisamos de partidos autênticos e não de aglomerações obedientes a uma meia dúzia de "cartolas".

Precisamos de uma voz, de uma liderança. Para a bandeira do conservadorismo esclarecido, do liberalismo econômico, da política de autoridade e da

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laro que já tem gente pegando carona nessa interpretação, como o ator Dado Dolabella, condenado a 2 anos e 9 meses em regime aberto por agredir Luana Piovani, ex-namorada, e uma camareira, em outubro de 2008. O ator foi indiciado por lesão corporal, com base na Lei "Maria da Penha". Mas a defesa vai recorrer alegando que a lei não se aplica quando se trata de namoro, que não caracterizaria a tal "relação afetiva íntima". Dolabella já teve outro entrevero por causas semelhantes. Há pouco tempo, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que ele deixasse a casa onde morava com a mulher, Viviane Sarahyba. Na sentença, a juíza disse que Viviane apresentou "farta documentação que comprova as agressões físicas por parte do réu".

Do outro lado da controvérsia está, por exemplo, a ministra da Secretaria Especial de Políticas Para as Mulheres da Presidência da República, Nilcéia Freire, para quem a lei se aplica a qualquer tipo de relacionamento. E, de fato, o Artigo 5, inciso III da Lei "Maria da Penha" é claro ao afirmar que também configura violência doméstica a que ocorre "em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha

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ELEIÇÃO DE UMA NOTA SÓ amos para as urnas em campanha com bom nível, apesar de um bombardeio na mídia sobre o governo e sua candidata, por pecados infelizmente comuns a todos. A repercussão é limitada em função do fraco desempenho de Serra. Já a senadora Marina Silva mostrou que, com um pouco mais de tempo, poderia ir para o segundo turno. O governo e suas forças também erraram na reação às acusações e evidenciaram velhos cacoetes da esquerda.

Faltou um candidato afirmativo na defesa de princípios da livre empresa, de uma política tributária moderna, eficiente e menos burocrática.

Ninguém também denunciou a impunidade do MST e de outros movimentos que agem com violência e à margem da lei. Nem uma palavra sobre a legislação trabalhista, que inibe a criação de novos empregos. No fundo, os três candidatos principais pensam da mesma forma.

No plano partidário, as alianças regionais foram as

ausa espanto a controvérsia que envolve a Lei "Maria da Penha", que visa a coibir a violência doméstica.

Dentre as mudanças promovidas está a punição mais rigorosa das agressões contra a mulher, no âmbito doméstico ou familiar, tornando possível que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada.

E prevê desde a saída do agressor do domicílio à proibição de se aproximar da mulher e filhos.

Num país no qual, segundo dados da Fundação Perseu Abramo, a cada quinze segundos uma mulher é espancada, uma lei como essa é bem vinda.

Ou não? Ocorre que a lei está gerando divergências entre os juízes. Alguns entendem que a lei vale para todos os casos de violência doméstica contra a mulher e para outros só se aplica às relações estáveis.

Um exemplo ocorreu em 2009, quando Eliza Samudio pediu proteção policial com base na Lei "Maria da Penha".

Ela alegava estar grávida e dizia que o goleiro Bruno a teria espancado, ameaçado de morte e a obrigado a ingerir abortivos. A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido: para a juíza, a vítima "apenas ficou com o agressor e não mantinha qualquer tipo de relação afetiva, familiar ou doméstica". E disse que, atendendo ao pedido, correria o risco de banalizar a "finalidade" da Lei "Maria da Penha", que só pode ser aplicada se a mulher tiver relação afetiva íntima e duradoura com seu agressor. Eliza está desaparecida e, ao que tudo indica, morta. Evitar um crime desses não seria a principal "finalidade" da lei?

ão se pode construir uma democracia sem a representação do pensamento que une os brasileiros que trabalham no front da livre empresa – desde um agricultor modesto às grandes corporações do agronegócio, do pequeno lojista do interior ao conglomerado industrial. Quem dá emprego e paga impostos, quem forma uma elite positiva, tem de ter voz. Hoje imperam as candidaturas de baixo nível e a indiferença das classes médias na escolha de deputados afinados com seu pensamento. Uma alienação em que não faltaram incoerências históricas , como um presidente da FIESP socialista

ARISTÓTELES DRUMMOND É JORNALISTA E VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO

Lei "Maria da Penha" gera divergências entre os juízes.

Para alguns, a lei se aplica a todos os casos de violência doméstica; para outros, só para a relação estável

convivido com a ofendida, independentemente de coabitação". Não há menção à durabilidade ou ao "status" do relacionamento.

E para quem acha que isso não é suficiente, o projeto 4367/2008, da deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), em tramitação na Câmara dos Deputados, estabelece que o namoro, mesmo terminado, configura relação íntima de afeto. O projeto não esclarece os casos de relações casuais, o que continuaria dando margem a dúvidas. Permitamme um pequeno desabafo: será que devemos invocar o Sílvio Santos para ajudar nossos legisladores a definir se é namoro ou amizade? ara a ministra Nilcéia as interpretações divergentes ocorrem devido ao machismo que predomina em nossa sociedade.

Machismo é uma palavra que vem à cabeça quando ouvimos frases como a dita pelo goleiro Bruno: "Qual homem nunca perdeu a paciência e saiu na mão com sua mulher?" Ou esta, de Dado Dolabella à Veja: "Eu tenho a consciência tranquila de que jamais agredi a Viviane ou a Luana para machucar".

Se machismo é uma das palavras que nos ocorre, a outra é hipocrisia. Alguns detratores da Lei "Maria da Penha" alegam que ela é inconstitucional porque, ao dar proteção diferenciada à mulher, fere o inciso I do Artigo 5 da Constituição, segundo o qual "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações". Que eu saiba, ao estabelecer a igualdade de direitos e obrigações a Constituição não aboliu as diferenças biológicas entre os sexos. E, no que se refere à força bruta, essas diferenças, na esmagadora maioria das vezes, favorecem os homens – o que justifica a proteção às mulheres em caso de agressão por parte do sexo oposto, até para assegurar a igualdade de direitos.

P

á também os que alegam que a Lei "Maria da Penha" se opõe à afirmação de que "todos são iguais perante a lei". Então a Constituição se contradiz ao estabelecer proteção especial a crianças, adolescentes, jovens e idosos. E assim se ignoraria o fato de que é respeitando as diferenças que se garante a igualdade. Caros leitores, só me resta pedir que se juntem a mim neste apelo: chega de hipocrisia!

H

IVONE ZEGER É ADVOGADA, CONSULTORA JURÍDICA EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÃO, AUTORA DOS LIVROS "HERANÇA: PERGUNTAS E RESPOSTAS" E

"COMO A LEI RESOLVE QUESTÕES DE FAMÍLIA" WWW.PARASABERDIREITO.COM.BR

DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

Giba Um

3 Antônio

Palocci é que costurou o apoio de Celso Russomano, a menos de uma semana das eleições, para a petista Dilma.

gibaum@gibaum.com.br

3

MAIS: Celso não vai levar, estará sem mandato de deputado em 2011 e não quer passar quatro anos ao relento.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

29 de Setembro

o calendário romano, este é o dia do culto aos três Arcanjos "Mensageiros de Deus", conforme está na Bíblia: Miguel, o defensor do povo, que significa "Quem como Deus?"; Gabriel, o "Deus é forte", é aquele que está na presença de Deus; e Rafael, o "Deus que el, Arcanjos Migu cura", expulsa os demônios. el fa Ra

k As crianças das favelas não querem mais saber de cuíca, surdo Defesa da vida «

e tamborim. Querem somente violino, viola e violoncelo.

LULA // em nova visão do alcance social de seu governo.

Fotos: Divulgação

Anjos tupiniquins 333 Nos últimos anos, o grupo Scalina, que detém a marca Hope de lingerie (acaba de vender seu controle para o fundo Carlyle por R$ 400 milhões), avisava o mercado que sua intenção era seguir na cola da internacional grife Victoria’s Secret, dos Estados Unidos. Um dos passos mais decisivos foi a contratação de Gisele Bündchen como carrochefe de sua campanha publicitária, agora nas mãos da Mood.

O que o próprio mercado não esperava era a adoção de asas em suas modelos (como acaba de acontecer em São Luis do Maranhão), copiando tradicional característica da mesma Victoria’s Secret. Gisele, contudo, ex-angel, já avisou que asas ela não coloca, não.

NA DEFESA “Nem todo abestado é analfabeto” – é o resumo da defesa do candidato Tiririca, agora ameaçado de ter de provar que não é analfabeto.

Se Tiririca acabar impedido, o milhão de votos que os institutos de pesquisa acreditam que ele terá, servirão para alavancar mais nomes para a Câmara Federal através da coligação governista, onde o PR forma ao lado do PT. A propósito: no Aurélio , “abestado” significa “aquele que se bestificou ou embruteceu”. Em algumas regiões, é sinônimo de “abestalhado”, ou seja, “que diz tolices, tolo, imbecil”.

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A atriz Irene Ravache, a Clô Souza da novela Passione, faz nova aposta para ver se acerta qual é o problema de Gerson (Marcelo Anthony): “O meu palpite é que o Gerson gosta mesmo de fazer sexo com uma cabra”. O que nem seria tão complicado: pelo interior brasileiro muitos jovens têm sua iniciação com cabritas. Até o presidente Lula confessou sua investida na área em histórica entrevista dada, há muitos anos, para a revista Playboy .

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MISTURA FINA PELA primeira vez, o famoso Balê da China, única companhia de dança estatal do país, apresenta-se de 10 a 14 de novembro em São Paulo no Teatro Bradesco. Depois, passará também por Porto Alegre, Curitiba, Rio, Brasília e Belo Horizonte. Detalhe: no repertório o não menos famoso balê Lanternas Vermelhas, dirigido pelo cineasta Zhang Yimou.

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COMO sua reeleição está ameaçada, o ex-vice-presidente da República e senador Marco Maciel (DEM-PE) está colocando no ar, no horário eleitoral, mensagem com um novo tom aos eleitores. Intitulando-se professor, Maciel vai à luta: “Sempre digo aos meus alunos que a História não perdoa. Que um erro de um dia pode custar anos de arrependimento”.

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Artistas estrangeiros que participam do Festival do Rio ganharam uma noite especial no Palácio da Cidade, depois da estréia de Federal, de Eryk de Castro, um filme sobre policiais que ele faz questão de dizer que “não tem nada a ver com Tropa de Elite”. O americano Michael Madsen (à esquerda, com a mulher Deanna) está no elenco, também integrado pelo veterano Eduardo Dussek (centro, ao lado de Liége Monteiro), que faz “uma vilão, vudu, um demônio”. Entre outros, estava lá também Ondi Timover (direita) diretora de Nossa Vida em Público , premiado em Sundance, inebriada com as inúmeras versões de caipirinha com frutas.

Noite de caipirinhas

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Debaixo do colchão Não foi apenas José Dirceu que foi aconselhado a submergir nessa reta final da campanha: também Octacílio Cartaxo, da Receita e Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil (os dois, por coincidência, guardam dinheiro sob o colchão) tomaram chá de sumiço por recomendação. No caso de Bendine, caso ele se comporte bem, pode ser até brindado, lá na frente, se Dilma vencer, com o Banco Votorantim, do qual o Banco do Brasil é sócio.

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h

O Supremo deverá arquivar hoje o processo envolvendo o ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF), que tentava garantir sua candidatura com um recurso contra a Lei do Ficha Limpa. É que Roriz desistiu e lançou sua mulher, Weslian, para substituí-lodadisputado governo do Distrito Federal. Na propaganda eleitoral, acaba de estrear o Casal 20. e o locutor até explica: “Casal 20, uma aliança por Brasília. Ela é Roriz. Vote 20. Pode confirmar.

Você está votando em Weslian Roriz, que vai trazer de volta o jeito Roriz de governar”. Não pode ser mais direto.

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A Polícia Federal não se conforma em ver o processo reunindo investigações que levaram à operação Castelo de Areia, contra a Camargo Corrêa, ser trancado na Justiça – e virar pó. Os motivos estão ligados ao procedimento da própria PF no levantamento de indícios e provas. A Polícia Federal também não se conforma em jogar na gaveta outras investigações contra a Odebrecht porque a empreiteira, avisada à tempo, enfiou um habeas corpus preventivo – e emplacou. Agora, um bloco de agentes especiais está investigando outra grande construtora, integrante do clube das dez maiores que, em 2009, juntas, faturaram R$ 30 bilhões (as primeiras sete colocadas no ranking do ano passado, que faturaram R$ 25 bilhões, são sempre acusadas de levar (sozinhas ou em consórcios) as maiores obras de construção pesada do país.

Mais uma empreiteira

NO AGRESTE

h IN

Inspiração em Courrèges.

OUT

Inspiração em Emilio Pucci.

333 ALÉM de Romeu Tuma, Orestes Quércia e do economista e presidente do Palmeiras, Luis Gonzaga Belluzo, está também internado no Sírio-Libanês, em São Paulo, o ex-ministro Luis Gushiken.

ESTÁ praticamente acertada a vinda de Paul McCartney ao Brasil pela terceira vez: deverá se apresentar nos dias 21 e 22 de novembro, no Morumbi, em São Paulo, com a turnê Up and Coming .

Solução

Por: José Nassif Neto Rejeita.

Medida de potencial elétrico.

Variedade de milho indiano.

Aquele que come com voracidade.

Língua falada no Império Romano.

Pequena pomba.

Fantasma. (fig.)

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RICARDO Ohtake, diretor do Instituto Tomie Ohtake, está avisando que a anunciada exposição do italiano Milo Manara, um dos papas dos quadrinhos eróticos, anunciada para o final de novembro no instituto, não acontecerá lá.

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MARCO Aurélio Garcia, responsável pelo programa de governo de Dilma, já tripudia sobre repórteres, que querem conhecer o projeto que, originalmente, chegou a ser apresentado ao TSE e menos de 24 horas depois, retirado pelos exageros.

Agora, se alguém insiste, responde: “Só vamos divulgar no final do mandato da Dilma para vocês conferirem se fizemos o que prometemos”.

Depois de conversar com Lula e Dilma Rousseff na semana passada, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que acha que a Lei da Ficha Limpa é inconstitucional, acaba de lançar, ao lado de outras figuras da área jurídica (a OAB não entrou), carta aberta na defesa das manifestações do presidente a favor da candidata de seu partido à Presidência. O documento tem 64 assinaturas e defende ainda o direito de Lula criticar a imprensa pela cobertura à corrida presidencial, que o Chefe do Governo considera tendênciosa. Entre os que assinaram, Celso Antonio Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari, Lenio Streck e outros.

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Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

O segundo elemento de uma série.

Ponto cardeal lá nasce o sol.

Shopping.

Penalidade por uma infração.

Irmã do pai em relação ao filho.

Relação moléculagrama.

Exprime surpresa.

Montgome'Gato', ry é a capiem inglês. tal deste Estado.

Criada de dama nobre; aia.

O (?), indivíduo em evidência.

3ª pess. do singular.

Peça que cobre aparelho sanitário.

Produto para aderir.

Ter como verdadeiro.

'Ela', em espanhol.

(?) Paula Arósio, atriz.

Conjunto de conhecimentos.

Invocar socorro.

'Porca', em alemão.

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Na contramão

R D E C MU S C A

CASAL 20

333 Ex-modelo (“eu queria ser a Gisele Bündchen”) e ex-apresentadora do Tv Globinho , a novata Milena Toscano, nova aposta da Globo para o horário das 18 horas (ela é protagonista de Araguaia, onde vive Estela), olha a outra protagonista, Cleo Pires (Estela) e acha que até pode seguir a mesma trilha. Cleo vendeu 700 mil exemplares de Playboy, faturou perto de R$ 1 milhão e encabeça o elenco da novela de Walter Negrão. Provavelmente, poderá seguir a trilha, no sentido contrário, quando Araguaia estourar. Por enquanto, mostra suas intimidades em Vip, se bem que, no passado, já tenha debutado no Paparazzo.

Gabriel e

J V C U V OR A D OR L R O LA C L T A I R A L E S T E M L T I R A L I O A MA C MP A O A A P E L A R E L N A S A I X E L A B O E S E T OS S E R AB E S I M

Nove entre dez analistas políticos mais lúcidos (coisa rara no país), apoiados por pesquisas qualitativas, alinham, entre os fatores que tem contribuído para a queda da distancia entre Dilma Rousseff e os demais candidatos (e apostam num segundo turno, como Luiz Gonzales), além da explosão de escândalos envolvendo o braço-direito da candidata e sua sucessora na Casa Civil, a ex-ministra Erenice Guerra, também a fúria que dominou o presidente Lula em seus ataques nas ultimas semanas. E a cota de culpa de Lula teria crescido também por ocupar espaço maior do que a própria candidata na campanha, não permitindo que ela adquirisse luz própria – pelo menos, um pouco.

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Seguindo a trilha

Está circulando entre movimentos católicos, pastorais e igrejas de todo o Estado de São Paulo, e-mail de Ernesto Peres de Mendonça, da Comunidade Católica Família de Deus, que trabalha obedecendo a Regional Sul – 1 da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, avisando que o candidato Gabriel Chalita, que apóia Marta Suplicy e Dilma, está processando a entidade por fazer política negativa contra ele. A Comunidade avisava católicos que “quem é de Cristo não pode apoiar candidatos e partidos a favor do aborto”. E lembrava que poderia até respingar na comunidade Canção Nova, à qual Chalita é ligado.

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T A L U A B C A M A

A cota de Lula

N

'Menos', em inglês.

Utensílios para serviço de mesa.

Indica exclusão.

Sobra de comida.

A mais baixa graduação militar.

Língua falada em países muçulmanos.

Símbolo de oxigênio. (quím.)

Silício, símbolo químico.

Expulsão brusca de ar dos pulmões.

Exprime consentimento; afirmação.

(380) 3-cat; sau (Säue vulgarmente: porcalhão, porcalhona); 4-mall; less; ella; volt; juar; 5-árabe.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

5 CONTRA Candidatos investem contra Alckmin na briga por votos

olítica

A FAVOR Líder nas pesquisas, tucano defende propostas de campanha

À frente, Alckmin é alvo do debate Atrás nas pesquisas de intenção de votos, Celso Russomanno e Aloizio Mercadante se revezam nos ataques contra o candidato tucano Geraldo Alckmin Paulo Pinto/AE

Na TV, Dilma e Serra reduzem os ataques

Mário Tonochi e Sergio Kapustan

N

o último debate entre os principais candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, ontem à noite, os adversários atacaram o atual governo tucano e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que defendeu-se apresentando suas realizações e investimentos no provável próximo governo. O único que evitou críticas ao PSDB paulista foi Fábio Feldmann (PV). Ele limitou-se a apresentar propostas.

Celso Russoanno (PP), que na segunda-feira declarou apoio à candidata à Presidência, Dilma Rousseff( PT), foi o mais contundente: afirmou que Alckmin vende um Estado que não existe. "Esse é Estado da Alice, os seus números são de fantasia, o senhor conhece números pra chuchu".

O tucano rebateu todas as críticas apresentando realizações e afirmando que vai avançar com investimentos em todas as áreas. "É preciso ter respeito e falar a verdade", rebateu Alckmin.

Nas perguntas e respostas dos quatro blocos todos os participantes repetiram o que já disseram em outros debates e em suas respectivas propagandas no rádio e tevê.

Aloizio Mercadante (PT) reclamou por diversas vezes que Alckmin estava fugindo do debate com ele. "No programa de

N

Último debate entre candidatos ao governo do estado de São Paulo, realizado ontem na TV Globo: todos contra apenas um

TV, ele vive me atacando e chegando aqui, no olho no olho ele me evita", disse.

Logo no primeiro bloco, o petista já aproveitou todas as perguntas e respostas para atacar Alckmin e os 16 anos de governo tucano em São Paulo. O candidato do PSB, Paulo Skaf, Paulo Bufalo (PSol) e Celso Russomanno (PP) também fizeram críticas à atual administração tucana. Bufalo disse pa-

ra Alckmin que o Estado não trata bem seus funcionários que "são recebidos pela polícia nos movimentos grevistas". O tucano rebateu dizendo que vai investir em salários, habitação e qualificação.

Mercadante e Russomanno atacaram o preço dos pedágios paulistas. Ambos criticaram também a "falta de estrutura para as polícias combaterem a violência". Skaf disse que os in-

vestimentos do PSDB em habitação são muito pequenos para acabar com o déficit de um milhão de residências hoje.

O tucano, por sua vez, acusou os adversários de distorcer números com o objetivo de prejudicar a discussão. Em vários momentos do debate ele tratou de corrigir dados expostos. "O que vemos aqui é um debate eleitoreiro", afirmou Alckmin.

o penúltimo horário gratuito da campanha para a sucessão presidencial, exibido na noite de ontem, PSDB e PT investiram na comparação entre si, com críticas apenas veladas à sigla adversária. O candidato tucano, José Serra, ressaltou sua honestidade e preparo, em contrapartida à ausência de experiência nas urnas da sua principal oponente na disputa. A inserção da petista Dilma Rousseff alegou que no governo anterior, do PSDB, quase não havia transporte escolar na zona rural, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não existia e milhares de brasileiros estavam desempregados. "Tudo o mais não existia no governo passado", criticou.

Na propaganda do PSDB, Serra voltou a destacar a diferença entre os salários mínimos oferecidos pelo governo federal (R$ 510) e pelo governo de São Paulo (R$ 600). "Sai o vermelho e fica tudo azul", provocou o candidato, referindo-se às cores do PT e do PSDB. O tucano também defendeu mais uma vez um reajuste de 10% para aposentados pensionistas.

p Datafolha: aumenta a chance de 2º turno DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tudo o que ouvimos foi uma campanha de mentiras, falsidade e golpes baixos.

José Eduardo Dutra, presidente do PT

olítica

Última pesquisa indica que Dilma já não tem mais garantia de vitória no primeiro turno: considerando-se a margem de erro, ela pode ter 49% ou 53% dos votos válidos

P

esquisa Datafolha divulgada na madrugada de ontem introduziu tons mais quentes na disputa pela sucessão presidencial, indo além da pobre gama de cores vista até agora.

O vermelho soberano da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), esmaeceu: ela não tem mais a garantia de vitória no 1º turno.

Para vencer as eleições já na primeira fase, é necessário ter 50% mais um voto.

A candidata petista perdeu três pontos porcentuais, de acordo com o instituto, em apenas cinco dias, ao recuar de 49% para 46% em relação ao levantamento anterior (de 21 e 22 de setembro), e fora da margem de erro que é de dois pontos porcentuais.

O azul e o amarelo do candidato José Serra (PSDB) ficou exatamente como estava: 28%.

Já o verde de Marina Silva (PV) floresceu e brilha mais, passando de 13% para 14% (o segundo crescimento consecutivo nos últimos 15 dias), revelando-se um fator surpresa.

Ao se intrometer corajosamente nessa disputa e crescer, a candidata verde ajuda a forçar que a disputa seja decidida num 2º turno – até pouco tempo tido como "bastante improvável", por 10 em cada 10 cientistas políticos.

O Datafolha considera a esmaecida de Dilma um "importante indicador sobre a probabilidade de ocorrência do 2º turno". E isso fica mais visível quando instituto computa somente o porcentual de votos válidos. Ao exluir a contagem de votos brancos, nulos e indecisos), a candidata caiu de 54% para 51%, sinalizando um intervalo dentro da margem de erro entre 49% e 53%.

Por isso, de acordo com o instituto, se a eleição fosse hoje, seria "impossível apontar uma vitória da petista já no 1º turno".

O candidato Serra cresceu um ponto – subindo de 31% para 32%. Já Marina ganhou dois pontos e passou de 14% para 16% das intenções de votos válidos. Votos brancos, nulos e eleitores que não votarão em candidato algum somam 3%. O número de indecisos é de 7%. Os demais candidatos não alcançaram 1%.

E s c ân d a l o s – No final do mês passado, Dilma e organizadores de sua campanha foram atingidos por notícias de quebra de sigilos fiscais de pessoas ligadas a Serra, incluindo a filha dele, Verônica.

O tema passou a ser recorrente nos ataques de Serra à petista.

Vieram então as denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, que levaram à demissão

de Erenice Guerra, que foi secretária-executiva de Dilma, quando ela chefiava a pasta.

Segundo analistas, o sobe e desce nas pesquisas de intemção de votos não pode mais ser atribuído apenas a um ajuste natural dos eleitores que ocorre normalmente próximo à eleição, sendo resultado também do desgaste sofrido pela petista em meio ao noticiário recheado de denúncias Câmara – A preferência pela continuidade indicada nas pesquisas de intenção de voto nas eleições majoritárias deve se refletir na composição da nova Câmara dos Deputados,

Agora, um cenário de incertezas, dizem especialistas Impacto da exigência de apresentar dois documentos com foto pode ser decisivo Milton Mansilha/LUZ - 13.10.08

Marcos Menichetti

S

e haverá 2º turno ou não, isso será decidido nesta reta final de campanha.

O eleitor está mais atento à agenda negativa do governo (mais desdobramentos dos escândalos da Receita Federal e da Casa Civil), que mergulhou definitivamente na campanha petista e pode se tornar uma âncora bem pesada. Também pode influir nos rumos eleitorais o próximo debate na tele- Torquato: não é possível estimar abstenção da classe C com a mudança visão. "O debate na Globo e sua repercussão podem afetar do Cortez, é a perda de três também a intenção de voto", pontos porcentuais verificado diz o cientista político da Tenentre os que ganham até dois O PT 'acordou dências Consultoria, Rafael salários mínimos, que repremuito tarde' para Cortez, para quem a candidata sentam quase a metade (49%) Dilma teve um desempenho da população. o problema da ruim no debate da Record e, É certo que Dilma ainda obrigatoriedade por liderar as pesquisas, é a mantém uma larga vantagem da apresentação de que mais tem a perder. sobre Serra (52% a 28%) nesse dois documentos Para o analista político Gausegmento, "mas é preciso verino dia da votação. dêncio Torquato, o debate da ficar se a candidata terá fôlego Globo de amanhã é importanpara estancar essa sangria", RAFAEL CORTEZ te em função da grande audiz o cientista político. Na faixa diência, que deve "consolidar entre dois e cinco salários mías posições dos candidatos" uma quebra significativa no nimos – a classe C, considerapara os indecisos. Mas ele mi- total de votos dela", ressalta da a nova classe média e reprenimiza possíveis repercussões Torquato. "É mais um fator ge- sentando 33% da população – diretas nas intenções de votos rador de incerteza, pois não dá houve a queda mais expressicaptadas pelas pesquisas. "Só para estimar essa abstenção. va de Dilma: cinco pontos se acontecer um grande escor- Mas essa dificuldade pode ser (42%), enquanto Serra subiu regão por parte dos principais decisiva para ter 2º turno". dois (32%). E, pela segunda candidatos".

Uma somatória de circuns- pesquisa consecutiva do DataO novo horizonte pode ficar tâncias, segundo Torquato, folha, a taxa de rejeição da canainda mais acinzentado para a pode favorecer a realização ou didata subiu, ganhando cinco petista em função dos compli- não do 2º turno: a melhora da pontos em menos de 15 dias, cadores que ela tem pela fren- campanha de Serra, "que pas- indo de 22% (entre os dias 13 e te. Como lembra Cortez, o PT sou a ser mais propositiva"; o 15) para 24% (entre 21 e 22) e "acordou muito tarde" para o crescimento da Marina, que, se agora para 27%, saindo da problema da obrigatoriedade continuar "pode levar a dispu- margem de erro de dois ponda apresentação de dois docu- ta para o 2º turno, graças à sua tos. A rejeição a Serra, por sua mentos no dia da votação, en- maior exposição e visibilidade vez, subiu um ponto, para trando só agora com uma ação na internet" e "uma grande ba- 32%, no mesmo período. para tentar impedir que essa teria de críticas a Dilma". Por Um outro fator de peso nesregra vigore. enquanto, ele entende que a tes últimos dias de campanha Essa obrigatoriedade vai pesquisa Datafolha mostrou não pode ser esquecido: o poprejudicar muito mais os elei- apenas "uma marolinha ver- der de influência exercido petores de baixa renda, exata- de", em referência a Marina. E las igrejas católica e evangélimente o maior capital eleitoral tudo anda dentro das mar- ca sobre os fiéis. Dilma sofreu conquistado por Lula e que gens de erro. um revés com a carta da Convem marcando majoritariaLuz amarela – Por outro la- ferência Nacional dos Bispos mente sua intenção de votar do, a pesquisa fez acender a luz do Brasil (CNBB), que pede aos na candidata do presidente. amarela na campanha de Dil- católicos para não votarem ne"Isso é um grande perigo para ma. Ela perdeu votos entre as la. Nessa mesma linha, um vía Dilma, principalmente por- mulheres, em todas as regiões deo postado na internet conque no Nordeste o eleitorado do País, assim como em todos tra ela por um pastor batista já normalmente não tem dois os extratos econômicos. O da- foi visto por mais de 2,5 midocumentos e pode ocorrer do mais preocupante, segun- lhões de pessoas.

de acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar do Congresso (Diap).

O índice de renovação da Casa deve ficar em torno de 40% – contra 47% da última eleição, segundo o Diap. O PT aparece como o partido com maior chance de eleger deputados federais, seguido pelo PMDB e pelo PSDB. O Diap analisou as chances dos 5.965 candidatos para as 513 vagas na Câmara dos Deputados. Considerou o desempenho individual dos candidatos, a popularidade do partido nas últimas cinco eleições,

os recursos, as coligações e a vinculação a candidatos majoritários, o apoio governamental e as pesquisas eleitorais.

A metodologia considera que os 407 deputados que concorrem à reeleição são competitivos, mas a expectativa é a de que entre 270 e 300 permaneçam no cargo. Ou seja, a Câmara deve contar com mais de 200 novatos em 2011.

O PT está em 1º lugar no ranking de chances de eleger deputados federais: dos 371 candidatos nos 26 Estados e no DF, 139 deles têm possibilidades reais de reeleição. Os estados de Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo devem contribuir com o maior número de deputados do PT no Congresso. (MM/AE)

Em carta, PT pede mais militância para vitória no 1º turno "Vamos vencê-los no voto, vamos dar a eles uma lição de democracia", diz texto

O

PT divulgou ontem carta assinada pelo presidente do partido, José Eduardo Dutra, conclamando os militantes para irem às ruas e garantir vitória no 1º turno, no domingo. A carta faz críticas aos adversários e diz que eles "não têm proposta, não têm discurso, não têm representatividade".

"Tudo o que ouvimos foi uma campanha de mentiras, falsidade e golpes baixos. Vamos vencê-los no voto, mais uma vez. Vamos dar a eles mais uma lição de democracia", escreve Dutra. O texto diz ainda que é nos últimos dias "que a militância do PT vai fazer diferença, mais uma vez".

A carta faz parte da ofensiva do partido para garantir vitória já no domingo. Nos últimos dias, segundo pesquisa Datafolha, a vantagem de Dilma Rousseff (PT) em votos válidos caiu em dois pontos porcentuais – ficou em 51%– o que, considerando-se a margem de erro, já não garante mais sua vitória no 1º turno.

Pesquisas – Já Dilma minimizou o resultado do Datafolha, lembrando que haverá pesquisas todos os dias até sábado. "Estamos no momento da eleição em que é normal que haja subidas e descidas. O que eu queria é fazer um apelo à

minha militância, que não esmoreça e que vá para a rua disputar voto a voto".

Ela pediu aos militantes que nestes últimos dias de campanha haja serenidade, determinação na busca do voto, e muito amor. "Para alcançar a vitória, tem de ser a vitória da paz, da democracia e do amor pelo Brasil". Pediu também que os militantes não aceitem provocações e que o nível da campanha seja mantido.

Sobre o crescimento de Marina Silva (PV) nas últimas pesquisas de intenção de voto, Dilma desconversou: "Dei para achar tudo normal".

Ontem à tarde, a petista visitou a Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília. Montou-se um esquema de segurança com grades para isolar a passagem da candidata, e uma claque de aproximadamente 100 pessoas carregava bandeiras do candidato ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Estavam presentes os candidatos ao Senado, Cristovam Buarque, do PDT, e Rodrigo Rollemberg, do PSB. Dilma estava rouca novamente. Dessa vez, porque pegou a chuva de segunda-feira em São Paulo, no último comício. Agora, ela pretende se preservar para o debate de amanhã, na tevê Globo.

Pesquisas – Dilma limitouse a comentar [sobre a última pesquisa Datafolha, na qual perdeu vantagem para os adversários] que neste momento da campanha "é normal que hajam subidas e descidas".

Ela não quis falar sobre um eventual 2º turno: "Você não pode achar que já ganhou. O primeiro turno é dia 3 de outubro. Pra saber o que vai acontecer, qualquer um de nós vai ter que esperar a urna, respeitar o eleitor, contar o votos".

Instigada a dizer com qual candidato preferiria ir para um segundo turno, esquivou-se: "Só se fosse completamente louca responderia a uma pergunta dessa". O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, interviu: "Lula está otimista, quer colher o que plantou nos quase oito anos de governo." (Agências)

O que eu queria é fazer um apelo à minha militância, que não esmoreça e que vá para a rua disputar voto a voto.

DILMA ROUSSEFF

Evaristo SA/AFP

Candidata, na Rodoviária em Brasília, se esquiva de comentar pesquisas: "Dei para achar tudo normal"

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

7 Se Roriz não pode ser eleito, como pretende governar "por intermédio" de sua esposa?

Renato Brill de Góes, procurador regional eleitoral do Distrito Federal

olítica

Andre Dusek/AE - 05.08.10

Eduardo Jorge: dados também violados no BB Depois da quebra de seu sigilo na Receita, conta do vice-presidente do PSDB no Banco do Brasil foi acessada

O

Eduardo Jorge só reconhece motivação em uma das três consultas

Saques bancários são limitados a R$ 10 mil no Piauí

O

s saques acima de R$ 10 mil devem ser informados e liberados pela Justiça para evitar corrupção e compra de votos no Piauí. O pedido foi feito pela Procuradoria Regional Eleitoral do Estado.

O órgão solicitou, em ação cautelar, ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, que sejam proibidas entre os dias 27 de setembro e 4 de outubro, retiradas acima dessa quantia, com exceção daquelas com autorização judicial prévia. Todas as instituições bancárias e pessoas jurídicas que realizarem serviços bancários no Estado devem informar ao TRE todo e qualquer saque acima desse valor.

A Procuradoria justificou o pedido devido ao grande número de denúncias da prática da compra de votos no período da campanha.

Segundo informações da Polícia Federal e do Ministério Público há mais de 30 investigações em andamento.

O MPE requereu à Polícia Federal a investigação de várias denúncias de corrupção, abuso de poder econômico e compra de votos. As apurações que ainda estão em curso e em segredo de Justiça, podem terminar no inquérito ou virar ação judicial eleitoral.

O procurador Marco Aurélio Adão confirmou a limitação aos saques bancários. "A determinação é oriunda de ação cautelar ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral no Piauí e deferida pelo Tribunal Eleitoral. A medida visa combater a compra de votos em situações semelhantes as que já estão sendo apuradas na Procuradoria Eleitoral e pela Polícia Federal".

A Justiça Eleitoral do Piauí cassou o mandato de mais de 40 prefeitos. A maioria das cassações dos mandatos dos prefeitos eleitos em 2008 baseou-se na compra de votos e abuso de poder econômico. A medida do procurador Marco Aurélio Adão visa minimizar essas causas, devido a fortes indícios de que essas práticas ocorrerão nas eleições 2010.

Segundo informações da assessoria do Banco do Brasil, atualmente, como rotina bancária, os saques acima de R$ 5 mil têm que ter previsão de 48 horas. O nome do correntista fica anotado. A ideia do Banco Central é elevar o valor de R$ 5 mil para R$ 10 mil, mas o saque tem que ser justificado, comprovando o devido destino do dinheiro.

O Banco do Brasil recebeu e está cumprindo a determinação, mas analisa juridicamente a validade.

Alagoas – O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) entrou ontem com representação na Procuradoria Regional Eleitoral (PRE). Pede a proibição de saques bancários acima de R$ 20 mil a partir de hoje. Segundo o coordenador-geral do MCCE em Alagoas, Antônio Fernando da Silva, esta é uma indicação da coordenação nacional do movimento que vem sendo ajuizada em vários Estados.

"O objetivo é coibir a avalanche de dinheiro que sempre circula antes do pleito para reduzir a compra de votos e a corrupção eleitoral", justificou Silva, que é conhecido por 'Fernando CPI'. Para ele, já foi uma vitória o rastreio dos saques a partir de R$ 10 mil, conquistado pelo MCCE, a partir de ação ajuizada no dia 22 de setembro, junto ao Ministério Público Eleitoral.

Para o Ministério Público Eleitoral, o quadro de vulnerabilidade do eleitor alagoano e "preocupante e é absolutamente excepcional em 2010, em virtude das enchentes no Estado".

Em flagrante – A Polícia Federal apreendeu ontem R$ 88 mil em espécie, cédulas de identidade e material de propaganda eleitoral de um candidato ao Senado do Amazonas. Tudo estava em poder do presidente da Câmara Municipal de Amaturá (a 900 km de Manaus), o vereador Siriáco Gomes (PMDB).

Ele embarcava em uma lancha no Porto de Manaus quando foi detido por agentes federais. (Agências)

vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, teve sua conta no Banco do Brasil acessada sem motivação profissional aparente por duas vezes. Essa afirmação foi apurada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Ou seja, além da quebra de seu sigilo na Receita Federal, tudo indica que o tucano também teve seus dados bancários violados, e dessa vez no BB. "Essas informações apenas confirmam que os acessos aos meus sigilos foram uma coisa organizada e orquestrada", afirmou ele, ao ser procurado pela reportagem.

Conforme revelou a Folha de S. Paulo, em junho deste ano, a chamada "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República levantou e investigou os dados fiscais e os dados financeiros sigilosos do dirigente tucano.

O grupo obteve informações de uma série de três depósitos na conta de Eduardo Jorge, no Banco do Brasil, no valor de

R$ 3,9 milhões, além de cópias ção em uma das três das conde cinco declarações de Impos- sultas – ou seja, as outras duas não teriam razão profissional. to de Renda do tucano.

Segundo a Polícia Federal e a Um dos acessos considerados Receita Federal, que abriram imotivados ocorreu na região investigações com base nas re- metropolitana do Rio, em marvelações, os dados fiscais de ço deste ano. O outro, também Eduardo Jorge foram violados em março, se deu na agência onde ele manem uma agência do fisco em tém conta, em Mauá (SP) sem Brasília.

C a s o a d equalquer autoEssas informações n ú n c i a s e j a rização judicial apenas confirmam r e a l m e n t e para isso. que os acessos co mp rov ad a, Dossiê – EsEduardo Jorge ses papéis inteaos meus sigilos gravam um não tem muito foram uma moral para se dossiê elaboracoisa organizada queixar, pordo por um time e orquestrada d e e s p i o n aque quando era secretário g e m , q u e c oEDUARDO JORGE geral da Presimeçava a ser dência da Remontado com o aval de uma ala da pré-campa- pública, no primeiro governo nha de Dilma. Um dos depósi- Fernando Henrique Cardoso, tos foi feito em janeiro deste também foi acusado de manter ano. O Banco do Brasil infor- um registro das dívidas no mou à Polícia Federal e ao Mi- Banco do Brasil de todos os nistério Público Federal cinco parlamentares.

Em reportagem publicada acessos à conta de Eduardo na revista Veja em 5 de novemJorge.

O vice-presidente do PSDB bro de 1997, intitulada "O hodisse que só reconhece motiva- mem-Interpol", um assessor

não identificado teria explicado a razão dessa lista: "(...) a conta bancária pode influir em certas posições dos parlamentares. Algum pode ser levado, por exemplo, a votar o tabelamento dos juros a 12%".

Apelidado de Homem-Interpol no Palácio do Planalto e até pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo Veja, o motivo era que Eduardo Jorge "não cuida de nenhuma área específica, mas influi em muitas – em geral, investigando, investigando, investigando".

Em dezembro de 96, o ministro da Coordenação Política, Luiz Carlos Santos, o acusou de ter pedido "a lista dos parlamentares do antigo PPB endividados com o Banco do Brasil para pressioná-los a votar pela emenda da reeleição", diz Veja, ao afirmar que, mesmo saindo do Palácio do Planalto, na 2ª gestão de FHC, "o governo continuará olhando as dívidas dos parlamentares". Ou seja, quebra de sigilo bancário é prática antiga em Brasília, em qualquer governo. (Agências)

MPE pede cassação de Collor Ministério aponta abuso de poder econômico, comunicação e divulgação de pesquisa eleitoral fraudulenta Moreira Mariz/Ag. Senado

O

Collor: pesquisa da Gazeta de Alagoas coloca candidato na frente

Procurador diz que Weslian Roriz é 'laranja'

O

procurador regional eleitoral do Distrito Federal, Renato Brill de Góes, pediu, em parecer encaminhado ontem ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), o indeferimento da candidatura de Weslian Roriz (PSC) ao governo do Distrito Federal, em substituição ao marido, Joaquim Roriz (PSC). Segundo o procurador, Weslian representa uma "candidatura laranja".

"Se Roriz não pode ser eleito, como pretende governar 'por intermédio' de sua esposa, sem que tal fato ofenda o princípio da representatividade?"

Góes fez duras críticas a Roriz em seu parecer. Para ele, a candidatura de Weslian é uma "candidatura laranja" e fere o princípio constitucional da democracia representativa" (....) o estratagema caracteriza o escárnio que Joaquim Roriz tem pela política, sociedade, e pelos princípios constitucionais da representatividade republicana e legitimidade das eleições. (...) Ora, se a alternância de cônjuges na Chefia do Executivo denota ofensa à Constituição Federal (...) caracteriza

Gustavo Miranda/AOG - 24.00.10

Weslian: no lugar do marido

perpetuação no poder, o mesmo raciocínio deve ser aplicado ao registro de candidatura (...) Weslian Roriz, que nunca ocupou um cargo eletivo, é indissociável deste".

Weslian foi indicada cabeça de chapa, após o Roriz ser barrado na Justiça Eleitoral, por renunciar ao mandato de senador em 2007 para fugir de processo que poderia cassar seu mandato. Roriz tentou reverter a decisão no STF mas o julgamento empatou e sua candidatura foi para o limbo. (AE)

Ministério Público mo com o claro fim de benefiEleitoral de Ala- ciar o candidato Collor. Essa goas (MPE/AL) faixa da população é a que tem entrou ontem com maior peso na pesquisa e nela o uma ação de investigação judi- candidato Fernando Collor cial eleitoral pedindo a cassa- tem excelente desempenho: ção da candidatura de Fernan- 41% da preferência, contra do Collor (PTB) ao governo de 20% de Ronaldo Lessa, e 18% Alagoas. Ele é acusado de abu- de Teotônio Vilela.

Fraude – O Ministério Públiso de poder econômico e de uso indevido dos meios de co- co comprovou a existência da municação social na realização fraude após comparar os dae divulgação de pesquisa elei- dos do censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e toral fraudulenta.

A pesquisa – publicada pelo Estatística (IBGE) – que a Gajornal Gazeta de Alagoas e reali- zeta/Gape diz ter usado.

D e a c o rd o c o m o I B G E , zada pelo Gazeta Pesquisa (Gape), empresas da família 23,24% da população de Arado senador – coloca Collor na piraca recebe até 1 salário mífrente dos adversários, com 10 nimo: o que era 23,24% para o pontos porcentuais a mais que IBGE na pesquisa da Gazeta o levantamento feito pelo Ins- virou 76,32% do total de entretituto Brasileiro de Opinião e vistados. A representatividade do conjunto foi indevidaPesquisa (Ibope).

Enquanto a pesquisa do Ga- mente aumentada em 328%.

O fato ocorrido em Arapirape/Gazeta aponta a liderança de Collor, com 38% da prefe- ca repetiu-se nos demais municípios visitarência dos dos pelo Gaeleitores, na pe. do Ibope, ele Inelegibiliaparece em seAlém de atrair os dade – As pesgundo lugar eleitores que optam q u i s a s e x e rcom apenas cem imensa 28% das intenpelo voto útil, a influência no ções de voto. pesquisa tem processo eleiJá o candidato grande influência toral, segundo ao governo no financiamento o procurador Ronaldo Lesda campanha. eleitoral Rosa (PDT), que drigo Tenório. aparece com RODRIGO TENÓRIO "Além de 2 3 % n a p e satrair os eleitoquisa do Gape/Gazeta, lideraria a pesqui- res que optam pelo voto útil, a pesquisa tem grande influênsa do Ibope com 29%.

O l e v a n t a m e n t o d o G a- cia no financiamento da campe/Gazeta também é diferente panha. Por óbvio, os grandes da pesquisa do Ibope com rela- financiadores procurarão os ção à candidatura à reeleição candidatos com maiores chando governador Teotônio Vilela ces de ganhar", ressaltou ele.

Na ação, o Ministério Públi(PSDB). Segundo o Gape/Gazeta, Vilela teria 16%. Na pes- co requer a cassação do regisquisa do Ibope e candidato tu- tro de candidatura e a imposição de inelegibilidade pelo cano aparece com 24%.

Segundo apurou o Ministé- prazo de oito anos do candidario Público, ao contrário do de- to Collor, pelo abuso de poder terminado pela resolução econômico e o uso indevido 23190/2010 do Tribunal Supe- dos meios de comunicação, rior Eleitoral (TSE) e do infor- que são concessão pública.

Ação do MCCE – A defesa mado pela Gazeta, a pesquisa do Gape não representou fiel- de Collor não comentou a ação do MPF contra a candimente o eleitorado alagoano.

Para chegar a essa conclu- datura de Collor e de seu vice, são, o Ministério Público exa- Galba Novaes. A investigaminou todos os 1.055 formulá- ção começou com base na rios preenchidos pelo Ga- ação do Movimento de Compe/Gazeta com o resultado bate à Corrupção Eleitoral, das entrevistas feitas durante a contra a pesquisa e divulgapesquisa. Para o MP, houve de- ção do resultado a favor de turpação na representativida- Collor. Seu advogado, Fábio de da parcela da população Ferrário, só vai se manifestar que ganha até um salário míni- ao ser notificado. (AE)

p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Para o pessoal lá de Brasília, a gente aqui só existe no censo do IBGE. Raimundo Souza, feirante de Belém

olítica

Em alta, Marina volta a pedir mobilização

A

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

candidata à Presidência da República pelo Partido Verde (PV), Marina Silva, afirmou ontem, em Belém, que está "inteiramente confiante" de que vai para a disputa do segundo turno da eleição.

"Eu acredito na confiança dos cidadãos e cidadãs e na capacidade de cada um de querer um Brasil melhor". Para ela, os últimos números da pesquisa Datafolha, que revelam ter sido a candidata que mais cresceu na reta final da campanha, representam um sentimento da população que precisa ser aumentado com "ampla mobilização" dos simpatizantes, seja nas ruas ou pela internet, para conquistar novos eleitores.

"Tentaram me ignorar, mas agora não dá mais", repetiu ela durante conversa com os jornalistas. Marina credita seu crescimento ao fato de sempre ter procurado "debater propostas" de governo, evitando ataques aos outros candidatos e o que classificou de "vale tudo eleitoral".

Indagada se os escândalos – que envolveram denúncias de quebra de sigilo fiscal na Receita Federal e cobrança de

propina na Casa Civil do governo Lula – teriam contribuído para que ela subisse nas pesquisas, Marina optou por sair pela tangente: "Eu preferia que esses escândalos não tivessem acontecido, porque não ajudam o País".

O desenvolvimento sustentável da Amazônia, segundo a candidata, estará entre as suas prioridades de governo, se eleita. Seria um governo onde se combinariam ações de infraestrutura, uso sustentável das florestas, agricultura com sustentabilidade para grandes e pequenos proprietários, respeito às populações tradicionais e valorização dos seus produtos.

Ao deixar o aeroporto de Belém em carreata até o centro da cidade, Marina conversou com eleitores e recebeu declarações explícitas de voto. Na feira do Ver-o-Peso, tradicional ponto turístico da capital paraense, a conversa com vendedores foi descontraída.

"Ela é da Amazônia e entende o nosso modo de vida", comentou o feirante Raimundo Souza. "Para o pessoal lá de Brasília, a gente aqui só existeno censo do IBGE". (AE)

Adauto Rodrigues/AE

Marina em Belém: "Tentaram me ignorar, mas agora não dá mais"

Serra: 'Nunca deixei de confiar no 2º turno' Tucano, que ontem se tornou "Cidadão Soteropolitano", diz que que sempre acreditou em nova disputa

O

candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse ontem que "nunca não esteve confiante" em sua participação no segundo turno. "Acho que vai haver segundo turno, mas não me guio por pesquisas", afirmou ele, em Salvador. "Nessa época, em 2002, ninguém achava que eu ia para o segundo turno. Depois, achavam que eu ia ter 30% (dos votos), e eu tive quase 40%", lembrou. "Na eleição para prefeito (de São Paulo) foi a mesma coisa, achavam que a Marta (Suplicy, do PT) ia ganhar no primeiro turno e, no segundo turno, que eu ia ganhar por pouco e ganhei por mais. Isso é normal."

Serra esteve na capital baiana para receber o título de cidadão soteropolitano, dado pela Câmara Municipal. No evento, o presidenciável disse que não estava ali para receber votos, mas para tentar "conquistar a confiança dos baianos" e, citando grandes nomes da literatura do Estado, aproveitou para criticar as constantes tentativas de cerceamento da liberdade de imprensa.

"Como não citar o grande poeta Gregório de Matos, que nenhuma censura conseguiu calar? Ele exerceu com lucidez e clareza sua crítica política, pagou o preço pela sua ousadia, mas deixou uma obra imortal", afirmou. "Desconfio que se ele ainda existisse algum dos censores que andam por aí tentassem calá-lo".

Lúcio Távora/AOG

Paulistano e baiano: Serra recebe título de cidadão de Salvador e manifesta confiança na reta final

Depois da cerimônia, Serra seguiu para a Cúria Metropolitana, onde se reuniu com dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal de Salvador e arcebispo-primaz do Brasil. No encontro, d. Agnelo entregou ao candidato uma cópia do documento Declaração Sobre o Momento Político Nacional, elaborado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para, segundo o texto, "ajudar os eleitores no discernimento de seu voto".

A declaração defende o voto em "pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana".

"O documento expressa meu próprio pensamento", afirmou Serra, que disse ser amigo de d.

Agnelo desde a juventude. "Jesus Cristo é a verdade e a justiça. Isso corresponde à minha prática de vida, à minha prática política. Não sou um cristão de véspera de eleição, de bocade-urna. Se a política brasileira tivesse verdade e justiça, o País seria muito melhor".

De núnc ia – A promotora eleitoral Margarida Teixeira de Moraes, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, ofereceu ontem denúncia contra o candidato tucano por calúnia e difamação contra o PT e contra o candidato ao Senado pelo partido, Fernando Pimentel (MG), à Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul. No texto da denúncia, a promotora afirma que Serra, "visando fins de propaganda elei-

toral, difamou o Partido dos Trabalhadores ao afirmar que o mesmo tem ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia". Para sustentar, transcreve trecho de entrevista dado pelo tucano ao jornal Zero Hora de 23 de julho, na qual ele, ao comentar declarações de seu vice Índio da Costa (DEM), diz que "está mais do que evidenciado que o PT tem ligação com as Farc, que, por sua vez, são uma força do narcotráfico".

No segundo fato da mesma denúncia, a promotora também sustenta que Serra caluniou Pimentel, imputando-lhe falsamente fatos definidos como crime, como violação de sigilo funcional e formação de quadrilha. (AE)

Guia do eleitor para o 3 de outubro 1) Esqueci o título de eleitor.

Posso votar?

Não. A par tir destas eleições, é obrigatória a apresentação de dois documentos na hora de votar: o título de eleitor e algum documento oficial de identificação com foto. Serão aceitas as car teiras de identidade ou as identidades funcionais, os certificados de reservista, as carteiras de trabalho, as carteiras nacionais de habilitação com foto e os passaportes. As certidões de nascimento ou casamento não serão aceitas.

2) Perdi meu título de eleitor. Ainda consigo tirar uma segunda via?

Sim. É possível obter a segunda via (ou a reimpressão) do título de eleitor até a próxima quinta-feira, dia 30. Para isso, o eleitor deve dirigir-se a qualquer cartório eleitoral do país e apresentar um documento oficial com foto. Não se cobra nenhuma taxa, e o documento fica pronto na hora.

A segunda via, porém, só pode ser solicitada pelo eleitor que já tinha o documento até o dia 5 de maio.

3) Não votei nem justifiquei nas últimas eleições.

Posso votar agora?

Se o título eleitoral não foi cancelado, pode votar. O título é cancelado quando o eleitor deixa de votar e justificar três vezes consecutivas. Para regularizar a situação eleitoral, é preciso dirigir-se a qualquer cartório eleitoral mas só a partir de novembro e pagar uma multa de R$ 3,51 por turno. Para saber se seu título foi cancelado, faça uma pesquisa nas seções `serviços ao eleitor" e `situação eleitoral" no site do TSE (www.tse.jus.br).

4) O que ocorrerá se eu não votar nem justificar a ausência?

O voto é obr igatór io. Os comprovantes de quitação

com as obrigações eleitorais são exigidos nas inscrições para concursos públicos, no pedido de passaporte ou carteira de identidade, na renovação de matrícula em estabelecimentos de ensino oficiais ou fiscalizados pelo governo e na obtenção de empréstimos em bancos públicos. O eleitor que se ausenta e não se justifica em três turnos consecutivos tem seu título cancelado.

5) Quantas vezes posso justificar?

Não há limite para justificar a ausência. O problema é quando o eleitor não vota e depois não justifica. Quando uma eleição tem dois turnos, é preciso justificar a ausência em cada turno.

6) Não poderei votar.

Como justifico?

Há três possibilidades.

1) No dia da eleição, estando fora de sua cidade, o eleitor poderá ir a qualquer ponto de votação levando título de eleitor, documento com foto e o formulário de justificativa preenchido (pode ser impresso no site do TSE). Não há taxa. 2) Até 2 de dezembro (para o primeiro turno) e 30 dezembro (para o segundo turno), terá de dirigir-se ao seu cartório eleitoral e apresentar os documentos e um comprovante da ausência (atestado médico, passagem de viagem etc.). Não se cobra taxa. 3) Se perder o prazo, deverá ir a qualquer cartório eleitoral e pagar uma multa de R$ 3,51 por turno perdido.

7) Estarei em viagem ao exterior. Como justifico a ausência?

O eleitor terá até 30 dias – a contar do retorno ao Brasil – para comparecer ao seu cartório eleitoral e justificar a ausência. Não se cobra taxa. Pa-

ra justificar, é necessário apresentar um comprovante (atestado de estudos ou passagem aérea, por exemplo). Se perder o prazo de 30 dias, ele deverá pagar uma multa de R$ 3,51 em qualquer cartório do País. Se o eleitor mora em outro país e está inscrito numa seção eleitoral local, é obriga-

deputado estadual (ou distrital), deputado federal, senador (1ª vaga), senador (2ª vaga), governador e presidente.

9) E se eu perder a minha `cola"?

Todos os locais de votação terão de expor a lista completa dos candidatos e seus respectivos números.

do a votar só para presidente.

Se não votar, terá de justificar a ausência em qualquer embaixada ou consulado.

8) Posso usar "cola" no momento de digitar o voto?

Sim. É possível levar um "santinho" ou então uma "cola" com os números. Para não haver confusão, é impor tante anotar os números na ordem em que aparecerão na urna:

10) Posso votar em apenas um candidato ao Senado?

Neste ano, cada Estado elegerá dois senadores. O eleitor pode votar em dois candidatos ao Senado, em apenas um ou então em nenhum. Como ocorre em qualquer um dos cargos em disputa, é possível anular o voto (digitando um número que não pertence a nenhum candid a t o ) o u vo t a r e m b ra n c o

(apertando o botão `branco"). No entanto, não é possível votar duas vezes no mesmo candidato – um dos votos será anulado.

11) Posso pedir para alguém me ajudar na hora de votar?

Somente as pessoas com deficiência poderão contar com a ajuda de alguém de sua confiança para votar. Os botões da urna contam com a identificação numérica em Braille para ajudar os eleitores com deficiência visual. Os deficientes têm preferência na hora de votar.

12) Posso levar crianças e objetos pessoais ao local de votação?

Não há impedimento.

Mas, se quiser apresentar o processo de votação a seus filhos, há urnas para treinamento nos cartórios eleitorais. Além disso, o site do TSE tem um simulador de voto ( t i n y u r l . c o m / s i m ula2010) com candidatos fictícios. No caso de objetos pessoais, não há restrição desde que não incomodem o ambiente. Aparelhos de som, celulares e câmeras, por exemplo, devem estar desligados e guardados.

13) Posso usar camiseta e boné de candidatos e partidos no local de votação?

Sim. No dia da votação, é permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido, coligação ou candidato. São proibidas as propaganda "boca de urna", o uso de alto-falantes e os comícios, por exemplo. Não

podem ser distribuídos bonés e camisetas com nomes e números de candidatos.

14) Há um tempo limite para a votação?

Não há limite de tempo na cabine de votação. Antes de confirmar o voto, o eleitor deve verificar se aparecem corretamente os nomes, os números e as fotos de seus candidatos. Se não aparecer o candidato, deve apertar a tecla "corrige" e voltar a digitar o número.

15) Esqueci onde é o meu local de votação. O que faço?

Para saber onde fica seu local de votação, consulte as seções "serviços ao eleitor" e "título e local de votação" no site do TSE (www.tse.jus.br). Basta informar nome, data de nascimento e nome da mãe.

16) Moro no exterior.

Posso votar? Como justifico? É obrigado a votar para presidente o brasileiro que mora no exterior e está inscrito numa seção eleitoral nesse país. Se não votar, terá de justificar a ausência até 2 de dezembro comparecendo a uma representação diplomática ou enviando o formulário de justificativa, pelo correio, ao Cartório do Exterior. Mais informações: www.tre-df.jus.br.

17) Meu documento com foto está com o nome de solteira, mas o título de eleitor já tem meu nome de casada. Posso votar?

A decisão será do mesário que preside a seção eleitoral. Neste ano, o título e um documento com foto são obrigatórios. Serão aceitos: carteira de identidade, identidade funcional, certificado de reservista, carteira de trabalho, CNH com foto e passaporte. (Folhapress)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

9 CHUVAS 1 Deslizamentos matam pelo menos 30 pessoas na Colômbia

nternacional

CHUVAS 2 Lama soterra povoado no sul do México; 11 pessoas estão desaparecidas.

Fotos: Adalberto Roque/AFP

Em rara aparição, esposa de Fidel, Dalia Soto del Valle (acima), participa de comemoração em Havana, onde Fidel recordou a criação de grupos de vigilância.

50 anos depois, o mesmo discurso.

Em defesa da revolução, autoridades cubanas pedem luta contra corrupção e tráfico de drogas. ra a Presidência dos EUA. Irã - Ao terminar de reler o discurso, de aproximadamente 40 minutos, Fidel falou durante cerca de meia hora sobre sua teoria de uma iminente guerra nuclear se, como acredita, os EUA atacarem o Irã.

"O que disse o pequeno cavalheiro que está aí na Presidência (dos EUA)? Só resta a ele a esperança, que pelo menos seja inteligente", disse Fidel, referindo-se à atuação de Obama no impasse nuclear com Teerã.

Afastado do poder desde que ficou doente, em meados de 2006, Fidel interrompeu em julho sua convalescença para alertar sobre o perigo iminente de uma hecatombe nuclear.

Ele se mantém à margem da política doméstica, que está nas mãos de seu irmão e sucessor, Raúl Castro, envolvido na reestruturação do sistema socialista para permitir a ampliação do setor privado no pais. Recentemente, o governo cubano anunciou a drástica eliminação de 500 mil empregos públicos em apenas seis meses.

Corrupção - Em seu discurso, o coordenador nacional dos CDR, Juan José Rabilero, exortou a população a apoiar as reformas ao afirmar que os cubanos estão "obrigados a mudar o que deve ser mudado para não perder a revolução socialista". Segundo ele, as autoridades reconhecem as deficiências, mas "nem todas as dificuldades podem ser resolvidas na velocidade desejada".

Rabilero ainda pediu que a "batalha em defesa da revolução" seja mantida em problemas como corrupção e tráfico de drogas. (Agências)

Vá trabalhar, Chávez.

Após as eleições legislativas, oposição venezuelana pede fim de confrontos.

A

oposição venezuelana exigiu ontem ao presidente Hugo Chávez que reconheça o novo mapa político do país depois das eleições legislativas de domingo e que convide seus adversários para que todos juntos enfrentem os problemas nacionais, em vez de desafiá-los a um novo confronto eleitoral.

O governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, opositor ao governo, descartou ontem a possibilidade de aceitar o desafio feito por Chávez, de realizar um referendo para derrubá-lo. "Não vamos perder tempo", afirmou Capriles. "Vamos deixar de lado o mau humor e o despeito", disse ele, se dirigindo a Chávez. "Todos queremos que você dedique seu tempo a unir a Venezuela, a trabalhar."

Segundo dados parciais da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o bloco opositor Mesa da Unidade Democrática elegeu 66 deputados, enquanto o governo elegeu 98. O partido dissidente Pátria Para Todos (PPT) conquistou duas cadeiras. A oposição teve 5.312.293 votos, enquanto o governo teve 5.399.574 votos.

Os 165 postos da Assembleia são determinados cada um por distrito. Assim, um partido pode obter mais votos no total, porém ficar com menos vagas.

O governo chavista aprovou no ano passado alterações no desenho dos distritos, retirando

Juan Barreto/AFP

Capriles: 'queremos que você dedique seu tempo a unir o país'.

cadeiras no Parlamento de áreas urbanas, onde Chávez tem menos apoio, e transferindo-as para o interior do país, onde o apoio ao presidente em algumas áreas é de quase 100%.

A oposição acusa o governo de, com as alterações, obter

A dura vida do imigrante na França Novo projeto de lei do governo de Sarkozy cria cidadãos franceses de 'segunda categoria'

A

política de imigração da França volta a causar polêmica. Desta vez, o governo de Nicolas Sarkozy apresentou um projeto de lei na Assembleia Nacional que prevê a cassação da cidadania francesa de pessoas que ameacem a vida dos policiais.

Opositores dizem que a medida irá levar a uma nova divisão entre as pessoas que nasceram francesas e as que obtiveram a cidadania francesa.

O presidente Sarkozy, em queda nas pesquisas de popularidade, idealizou a medida como uma maneira para combater a criminalidade, mas a preocupação é que a lei, se aprovada, crie dois tipos de cidadãos.

Pacto europeu - A lei "coloca as primeiras pedras de um projeto europeu", defendeu o mi-

Corentin Fohlen/NYT

Bondy, subúrbio parisiense, é retrato da diversidade no país.

nistro da Imigração da França, Eric Besson, afirmando que a matéria em grande parte satisfaz o pacto europeu de imigração, que todos os 27 países do bloco precisam transformar em

lei. "A União Europeia não deve ser um supermercado de proteções sociais", disse.

O projeto de lei inclui medidas que têm na mira cidadãos europeus que abusem do gene-

roso sistema francês de bem-estar social, ou fiquem mais tempo que o permitido no país. Essas medidas, ao lado de punições aos que forem considerados culpados de "mendicância agressiva", implicitamente visam atingir os ciganos romenos e búlgaros.

Segunda categoria - Contudo, a preocupação maior é a cassação da cidadania de pessoas naturalizadas em menos de dez anos, se elas colocarem em perigo policiais e autoridades.

Para críticos do projeto, a lei criará um sistema em que algumas pessoas serão mais francesas do que outras. "Isso é inconstitucional", reclamou o parlamentar socialista Serge Blisko.

"Vocês estão inventando um novo status: os franceses de segunda categoria", disse ele. (AE)

uma vantagem para ficar com mais vagas. "(A Assembleia) não reflete a proporcionalidade do nosso povo. Chávez criticou tanto outro país e outro presidente e acabou imitando seu sistema eleitoral", disse Capriles, em alusão a George W. Bush,

TERROR 1 Torre Eiffel é esvaziada, após ter recebido um segundo alerta de bomba este mês.

eleito presidente dos EUA em 2000 apesar de ter tido menos votos que o democrata Al Gore.

A oposição comemorou, no entanto, o fato de os chavistas não mais possuírem dois terços da Assembleia Nacional. Com isso, não poderão mudar leis orgânicas e a Constituição sem precisar negociar. Os novos deputados assumem em janeiro.

As forças de oposição dizem ainda que, pelos seus cálculos, Chávez perderia, caso as eleições presidenciais de 2012 fossem realizadas hoje.

Mundo da lua - O líder venezuelano ironizou a festa da oposição. "Faço-lhes um desafio: como são maioria, convoquem um referendo revogatório. Por que esperar dois anos para tirar Chávez de Miraflores (palácio presidencial)?", disse ele em pronunciamento na TV. Chávez também disparou contra uma jornalista durante entrevista em que comemorou a manutenção da maioria na Assembleia. Ao ser perguntado pela correspondente da Rádio França Internacional (RFI) sobre a pequena diferença de votos entre seu partido e a oposição e a grande distância de cadeiras, Chávez retrucou: "Esta pergunta está feita de maneira gelatinosa, não tem fundamentação lógica, parece que você ignora totalmente o que aconteceu, como se vivesse na lua". (Agências)

Ó RBITA

TERROR 2 Ataques simultâneos são desbaratados no Reino Unido, França e Alemanha, diz Sky News.

DE VOLTA ÀS NEGOCIAÇÕES

O

primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, concordou ontem em se reunir com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Paris no próximo mês, num esforço conjunto para superar a ameaça de ruptura nas negociações de paz.

"Eu acredito com todo o meu coração que podemos chegar à estrutura de um acordo em um ano e mudar a história do Oriente Médio", disse Netanyahu.

Em Paris, Abbas também manteve a porta aberta, mas

Stephen Crowley/NYT

O

ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, apareceu ontem em público de uniforme para reler um discurso pronunciado há meio século, no início de sua guerra ideológica com os Estados Unidos.

Fidel, de 84 anos, repetiu quase textualmente um discurso proferido em 28 de setembro de 1960, dia em que anunciou a criação dos Comitês de Defesa da Revolução (CDR) – os grupos de vigilância criados nos bairros para evitar sabotagens contra o sistema socialista que começava a ser estabelecido em Cuba.

"Compatriotas, com a lembrança de todos os que caíram em defesa de nossa revolução e suas ideias justas... não vacilo em proclamar que cumprimos (as metas)", disse ele.

Cerca de 20 mil simpatizantes reencenaram o evento diante do palácio de Fulgencio Batista, ditador apoiado pelos EUA e derrubado por Fidel na revolução de 1959. Para muitos deles, a mensagem do ex-líder cubano foi clara. "É um discurso de grande importância histórica porque nosso inimigo continua o mesmo de meio século atrás", disse María Rosa Fernández, vestindo o uniforme da estatal de telefonia cubana.

Quase duas décadas depois do fim da Guerra Fria, Cuba e os EUA ainda não mantêm relações diplomáticas.

Cuba sustenta que o governo norte-americano não renunciou a seu objetivo de forçar a troca de regime na ilha, apesar de ter havido uma tímida aproximação entre os dois países depois da eleição de Barack Obama pa-

Abbas e Netanyahu: pela paz.

exigiu que Israel mantenha a moratória às construções de obras na Cisjordânia. "Claro que não queremos finalizar as negociações, queremos continuar. Mas se a colonização continuar, seremos forçados a terminálas", disse ele à rádio francesa Europe 1. (Agências)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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c

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ALTERNATIVA 1 A Armarinhos Fernando investiu em um centro de distribuição.

idades

ALTERNATIVA 2 A rede Pão de Açúcar tem uma frota de 1.350 veículos.

Trânsito: comércio trilha novos caminhos Helvio Romero/AE - 27/09/2010

Um pouco de mágica para evitar multas

Com as novas restrições impostas à circulação de caminhões em grandes avenidas da Capital, várias empresas partiram em busca de alternativas para evitar o desabastecimento de lojas. Medidas incluem o uso de VUCs.

E Para melhorar o tráfego e incentivar o uso do Trecho Sul do Rodoanel, a Prefeitura restringiu o trânsito de caminhões em grandes avenidas da zona sul da cidade, como a João Jorge Saad (ao lado).

Pablo de Sousa/Luz - 24/03/2009

Newton Santos/Hype - 13/03/2009

Amundsen Limeira

J

á que os caminhões não podem mais circular livremente pelas ruas da Capital, em decorrência da nova política municipal de restrição aos caminhões em grandes avenidas da cidade, em especial na zona sul, o jeito é criar uma maneira diferente de se movimentar pela cidade para não faltar comida nos supermercados, linhas e botões nos armarinhos, roupas e eletrodomésticos nos magazines, automóveis nas concessionárias ou remédios nas farmácias e drogarias.

As mudanças já foram adotadas há algum tempo pelas grandes redes de varejo, serviços de entrega de encomendas, transportadoras e até mesmo lojas de armarinhos da rua 25 de Março, para evitar que o abastecimento de São Paulo entre em colapso.

A rede Pão de Açúcar, por exemplo, tem uma frota de 1.350 veículos para abastecer toda a sua cadeia de lojas no País. Deste total, pelo menos 650 transportam diariamente cerca de seis mil toneladas de produtos para os 380 supermercados espalhados pela região metropolitana de São Paulo.

25 de Março: lojistas têm problemas para estacionar veículos de entrega Zé Carlos Barretta/Hype - 23/03/2010

Ondamar Ferreira: loja de armarinhos montou centro de distribuição

Na Oscar Freire, Pão de Açúcar fez acordo com a vizinhança da região

Helvio Romero/AE - 27/09/2010 Agliberto Lima/DC - 05/03/2010

Por causa da localização estratégica do nosso centro de distribuição, praticamente não temos problemas.

ONDAMAR ANTONIO FERREIRA

Moradores – Além de estabelecer rotinas e rotas próprias e terceirizar a frota, a rede varejista adotou estratégias pouco ortodoxas como negociar diretamente com os moradores do entorno quais os melhores horários de carga e descarga de mercadorias. "É assim hoje nas regiões da rua Oscar Freire, do Ibirapuera, do Morumbi e da alameda Santos, onde temos uma vizinhança mais esclarecida", diz Carlos Eduardo Botana, gerente geral de distribuição do Pão de Açúcar.

Como extensão dessa relação amistosa com a vizinhança, Botana explica que a logística do supermercado se preocupa inclusive em identificar os tipos de veículo e de carga que cada loja pode receber em função das restrições

Avenida Giovani Gronchi, no Morumbi: sinal vermelho para caminhões

impostas à circulação dos caminhões de entrega. "Isso inclui até as placas e os horários em que a circulação é permitida ou não", acrescenta.

Na rua 25 de Março, ponto do tradicional comércio popular paulistano, que nas festas de fim de ano chega a receber um milhão de pessoas por dia, se já é difícil apenas circular de carro por ela imagine estacionar um caminhão carregado de mercadorias. "Não teria condições de receber aqui todo o material que precisamos", declara Ondamar Antonio Ferreira, gerente geral do Armarinho Fernando, com uma loja na 25 de Março e outras 13 distribuídas pela região.

Segundo Ferreira, há 15

anos a empresa construiu um Centro de Distribuição (CD) na Mooca, zona leste da cidade, a partir do qual uma frota de 30 vans faz a reposição dos estoques das centenas de itens da rede de armarinhos para dois dias de funcionamento.

Vans – Conforme explica o gerente, são entre 12 e 15 vans que saem diariamente do CD para atender os pedidos agendados online.

O trabalho começa a partir das 6 horas da manhã e se estende, no máximo, até as 21 horas.

"Tudo é muito bem planejado e, por causa da localização estratégica do nosso centro de distribuição, praticamente não temos problemas com gargalos", salienta Ferreira.

A rotina na maior central de abastecimento do País não se alterou

Marginal Tietê garante movimento na Ceagesp

A

administração da Ceagesp, considerada a maior central de abastecimento da América Latina e uma das três maiores do mundo, informa que as restrições à circulação de caminhões em São Paulo não tem afetado o dia a dia dos 10 mil veículos e 50 mil pessoas que recebe diariamente. Isso porque, segundo a assessoria de imprensa da companhia, a principal via de acesso, a marginal Tietê, não está incluída na lista das ruas e avenidas restritas à passagem de caminhões pesados.

A rede de armazenagem da

Ceagesp tem capacidade para estocar, simultaneamente, mais de um milhão de toneladas de produtos agrícolas, 652,1 mil toneladas a granel (silos e graneleiros) e 564,3 mil toneladas em armazéns, sendo a maior do Estado de São Paulo e uma das maiores do Brasil.

Por sua área total de 700 mil metros quadrados, localizada na Vila Leopoldina, zona oeste da Capital, passam todos os dias cerca de 10 mil toneladas de frutas, verduras, legumes, pescados e flores, vindas de 1.480 municípios de 25 estados brasileiros e também de outros 18 países. (A.L.)

stá "cada vez mais difícil e caro" manter o abastecimento dos produtos de consumo de varejo na Grande São Paulo, resigna-se Luiz Carlos de Faria Junior, gestor comercial corporativo da operadora logística Expresso Mirassol. Atualmente, convencionou-se estimar em 210 mil o número de caminhões que fazem das ruas, travessas, avenidas e alamedas da região metropolitana vias de passagem para o porto de Santos e destinos em praticamente todas as regiões do País. Pelos cálculos do executivo, cerca de 50% do que essa frota movimenta são alimentos, bebidas e produtos de limpeza.

Segundo Faria Junior, num momento proíbem os Veículos Urbanos de Carga (VUCs) com até 6,3 m de comprimento. No outro, são liberados. Diante disso, as empresas do setor, não só as paulistas, precisam fazer mágicas para dar conta de realizar suas entregas sem tomar multas.

Repasses – "Os transportadores foram obrigados a reestruturar parte da sua frota de entregas, o que demandou investimentos emergenciais. É claro que estes custos foram, em parte, repassados ao produto final e nós, como consumidores, continuamos pagando a conta", constata.

Como os caminhões não podem trafegar de segunda a sexta-feira, das 5h às 21h, e aos sábados, das 10h às 14h, exceto em feriados, e além disso ainda precisam continuar respeitando o rodízio de placas (pares em dias pares e ímpares nos dias ímpares), a solução adotada pelos operadores tem sido a de investir em centros logísticos. Trata-se de centros de distribuição que, localizados nas principais entradas da Grande São Paulo e em Guarulhos e Barueri, municípios interligados a grandes rodovias estaduais e federais, realizam operações de consolidação e desconsolidação de cargas, crossdocking, ova e desova de contêineres e outras operações logísticas com aplicações específicas em alguns setores, como, por exemplo, às montadoras.

Investimento – Para evitar multas, driblar a falta de mobilidade e chegar ao cliente, a Braspress, especializada na distribuição de encomendas fracionadas para o varejo, adotou medidas estratégicas de descentralização de operações.

Em 2009, investiu R$ 35 milhões na construção de um terminal de cargas com 114 docas para carga e descarga simultânea, no Rio. Construiu em São Paulo dois Centros de Apoio Operacional Braspress, um em Tamboré (R$ 1,5 milhão) e outro na Cantareira (R$ 750 mil). "Em 2011, outros dois centros serão levantados em São Paulo para atender parte da zona sul e a zona leste. O investimento previsto é de R$ 2,5 milhões", diz Luiz Carlos Lopes, diretor de operações da Braspress.

Com 45 filiais, a empresa faz cerca de 1 milhão de entregas/dia, o equivalente a 3,4 milhões de itens, "a maioria, em São Paulo". (A.L.)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

11

3Música por uma º

NO PALCO A banda Meninos do Morumbi fez 87 apresentações no ano passado.

setor

NA MESA A ONG fornece 29 mil refeições mensais – café, almoço e lanche.

vida melhor Mais de duas mil crianças e jovens integram a ONG Meninos do Morumbi, que usa a música e a dança para ajudar a formar cidadãos. Mais do que ritmos e sons, eles aprendem a respeitar e conviver com as diferenças. A ONG nasceu em 86 e hoje é 80% sustentável, graças à venda de seu maior produto: a banda.

Kelly Ferreira

N

ão foi à toa que a cantora Madonna e o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush se encantaram com a apresentação dos Meninos do Morumbi quando visitaram o Brasil. O som da percussão, as vozes afinadas e a dança coordenada contagiam até aqueles que possuem ouvidos e repertório mais refinados. Do maculelê ao funk, passando pelo maxixe, samba e MPB, a ONG, que já viajou por vários países, mostra que, com a música, é possível criar alternativas às drogas e à delinquência juvenil.

"Qualquer trabalho social para atrair jovens tem de ter uma isca muito boa e estabelecer parceria com a família.

Não adianta ensinar música, por exemplo, se eles não têm a quem mostrar", disse disse o presidente da Associação Meninos do Morumbi, Flávio Pimenta. Segundo ele, é preciso conviver com os problemas familiares e contar com a ajuda da terapia. "Esta é nossa diferença: eles fazem as aulas com prazer porque sabem que irão se apresentar e serão reconhecidos por uma platéia imensa", afirmou.

Duas mil – A ONG Meninos do Morumbi é formada por mais de duas mil crianças e adolescentes da cidade de São Paulo. A maioria mora em bairros carentes da zona sul,

como Campo Limpo, Paraisópolis, Morumbi, Vila Sônia, Jardim Jaqueline, Real Parque e Caxingui, ou nos municípios de Taboão da Serra e Embu.

Mas viver na periferia não é o diferencial para integrar o projeto e não significa que um jovem de bairros mais elitizados não possam integrá-lo. "A idéia não é formar apenas bailarinos, músicos ou cantores. Mas pessoas que aprendam a viver as diferenças desse mundo. Para nós não importa se a criança chega a pé ou com o pai em um carro importado, mas priorizamos os menos favorecidos. Todos eles, sem exceção, têm de ter boas notas na escola e respeitar as diferenças", disse Pimenta.

Letras – Bons exemplos para mostrar o resultado do trabalho da ONG não faltam. Já cursando a faculdade de Letras, Hellen Pâmela, de 18 anos – que há oito anos faz canto e dança –, aprendeu no projeto a conviver com as pessoas, respeitando as diferenças. "Todos são diferentes uns dos outros. Fazer parte da ONG Meninos do Morumbi me ensinou a respeitar as pessoas como elas são", disse.

Para Janaína Cunha, de 18 anos, também há oito anos frequentando aulas de canto, foi a música que a ajudou a superar a timidez. "Eu era muito tímida e quase não conversava. Foi com as aulas de canto que acabei me soltando. Hoje, muitas vezes, me mandam ficar quieta de tanto que falo", brincou.

Fotos: Newton Santos/Hype

HELLEN PÂMELA, QUE HÁ 8 ANOS FAZ AULAS DE CANTO E DANÇA

Integrantes do projeto Meninos do Morumbi durante aula de música.

Sonho - A ONG Meninos do Morumbi nasceu informalmente na casa do músico Flávio Pimenta, em meados de 1996. Foi reunindo meninos de uma favela próxima s sua casa que a primeira banda foi montada. Hoje a ONG é 80% sustentável, graças à venda de seu maior produto: a banda Meninos do Morumbi. "Fugimos do assistencialismo. Temos um produto de qualidade e o vendemos. Além da banda, produzimos DVDs e CDs, fazemos workshops com coffee-break e feijoada. É com muito trabalho que já atendemos 13 mil crianças e adolescentes", disse Pimenta.

Os jovens não aprendem apenas a dançar e cantar. Eles também participam de aulas de inglês (à esquerda).

Abaixo, instrumentos musicais caracterizados.

indústria farmacêutica Eli Lilly and Company promove neste mês, em 32 países em que atua, um dia de trabalho diferente. Os funcionários da empresa terão uma jornada em benefício da comunidade. Todos, sem exceção, colocarão a mão na massa no Dia Mundial do Servir, uma ação que reunirá 20 mil colaboradores, entre

funcionários, estagiários e prestadores de serviços .

No Brasil, as ações acontecem sexta-feira. Na ocasião, as atividades regulares de trabalho de cerca de 700 pessoas serão substituídas por doação de sangue, cadastramento de medula óssea e aplicação do programa Atitude pelo Planeta, entre outras

A Meninos do Morumbi tem uma linha de trabalho diferente da maioria das ONGs. O voluntariado quase não existe, a salvo quando há cursos sazonais. O orçamento de R$ 2,5 milhões, resultado das apresentações da banda – no ano passado foram 87, inclusive fora do Brasil – ajuda a manter os 42 funcionários, entre eles professores de canto, dança e percussão.

No orçamento também estão inclusas as 29 mil refeições (café da manhã, almoço e lanche da tarde) distribuídas mensalmente. "Não damos apenas pão com manteiga e café. O café da manhã aqui é reforçado, com lanches e frutas, assim como o almoço e o lanche da tarde. A Meninos do Morumbi é diferente porque peguei meu projeto de vida, de ser músico, produtor e professor, e juntei todo mundo", contou Pimenta.

Vagas – Fazer parte da banda Meninos do Morumbi, que hoje aceita meninos e meninas entre 5 e 12 anos, não é muito fácil. A cada início de semestre, em janeiro e em agosto, abrem cerca de 400 vagas – de acordo com a capacidade financeira da ONG – para os cursos de canto, dan-

Voluntários realizam semana diferente

Dia Mundial do Servir em indústria farmacêutica

A

Fazer parte da ONG Meninos do Morumbi me ensinou a respeitar as pessoas como elas são.

E

ntre os dias 4 e 9 , 14 mil colaboradores voluntários da Kraft Foods realizarão ações em todo o mundo durante a ação Faça uma Semana Deliciosa e Diferente.

São mais de 40 países envolvidos. Em 2009, meio milhão de pessoas foram beneficiadas em todo o mundo e a expectativa é superar essa marca este ano.

No Brasil, mais de 2.500 voluntários participarão da ação global, beneficiando mais de 50 mil pessoas. No Estado de São Paulo, aproximadamente 500 voluntários farão atividades pedagógicas, culturais, esportivas, de lazer, trabalhos de pintura e manutenção de instalações e campanha de arrecadação de alimentos.

ça, inglês e informática. Mas a fila de espera pode durar até anos. "Priorizamos a qualidade. Não adianta chamar todos e não ter estrutura para atender", explicou Pimenta.

As apresentações realizadas pela banda, chamadas de balada pelos adolescentes, chegam a reunir 300 meninos e meninas. Elas acontecem em várias cidades brasileiras e também em localidades da Europa e dos Estados Unidos.

Abaixo, Janaína Cunha, de 18 anos, que superou a sua timidez e aprendeu a soltar a voz, e Flávio Pimenta, idealizador, fundador e presidente da Associação Meninos do Morumbi.

5ª Caravana Siga Bem será lançada hoje

S

erá lançada hoje, oficialmente, a 5ª edição da Caravana Siga Bem Caminhoneiro – principal evento itinerante da Petrobras da América Latina para responsabilidade social e promoção das estradas. A ação será no posto BR Sakamoto, em Guarulhos. A Caravana envolve ações como a campanha Siga Bem Criança,

de combate à exploração sexual de crianças e jovens, o Siga Bem Mulher, que alerta sobre a violência doméstica e familiar contra as mulheres, além de orientar sobre segurança nas estradas e atitudes mais conscientes ao dirigir e cuidados com o meio ambiente. Desde 2004, mais de 1,2 milhão de caminhoneiros participaram do projeto.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.LOGO

Logo Logo

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O brasileiro Rogério da Silva Clementino ontem no World Dressage Championship, em Lexington, EUA.

John Sommers II/Reuters

www.dcomercio.com.br

29

SETEMBRO Dia Nacional do Jornaleiro

A CIDENTE E M

C A R T A Z

VISUAIS

Crime na queda do Air France Tribunal francês reconhece a "existência de um crime" no desastre com o voo AF-447, em maio de 2009

A Mostra 'Fast Forward – Arte Contemporânea Britânica no Brasil' exibe obras de 17 artistas do Reino Unido.

Espaço David Ford, rua Ferreira de Araújo, 741. Grátis.

I NTERNET

Blogueiro iraniano condenado Um tribunal do Irã condenou um blogueiro do país a mais de 19 anos de prisão. O iraniano-canadense Hossein Derakhshan, que usava o apelido "the Blogfather" e é considerado o responsável por uma revolução na rede de blogs iraniana, está preso na República Islâmica desde 2008, segundo a mídia por ser suspeito de espionagem para Israel.

A agência de notícias semioficial Fars citou "uma fonte judicial informada" dizendo que a condenação imposta a Derakhshan não era definitiva e

que o blogueiro ainda pode recorrer.

Derakhshan era jornalista em Teerã antes de mudar-se para Toronto em 2000. Ele ficou famoso ao publicar na internet instruções sobre como começar blogs no idioma Farsi, dando início a uma explosão de blogs na língua oficial do Irã.

Derakhshan, que no passado era crítico ao governo do Irã, visitou Israel em 2006. O Irã não reconhece Israel como um Estado, e os iranianos são proibidos de viajar para lá. (Reuters)

s famílias das 228 vítimas do voo Air France AF-447, desaparecido no Atlântico em 31 de maio de 2009 ao realizar a rota entre Rio de Janeiro e Paris, não precisam mais esperar pelo fim das investigações francesas para buscar uma indenização legal.

O Tribunal de Grande Instância de Var, no sul da França, reconheceu ontem a "existência de um crime" no desastre, que foi definido como "homicídio involuntário"– sem intenção de matar – pela Justiça.

De acordo com a sentença provisória, os problemas ocorridos com os sensores de velocidade (pitot) da marca Thales AA em voos anteriores ao AF447 são suficientes para configurar um crime. Erros de aferi-

Divulgação Aeronáutica

mento da velocidade em aviões Airbus equipados com as sondas já haviam sido verificados mais de uma dezena de vezes antes do acidente. Os técnicos da empresa haviam, então, alertado a Airbus, fabricante da aeronave, que o entu-

pimento dos sensores pelo gelo poderia resultar uma cadeia de falhas nos sistemas de navegação do avião.

Segundo o veredicto, não é preciso aguardar as investigações em curso no Escritório de Investigação e Análise para a

Aviação Civil (BEA) e no Ministério Público de Paris para reconhecer a implicação dos sensores de velocidade entre as causas do acidente. "Não é nem necessário, nem mesmo oportuno, esperar o resultado das investigações penais em curso", informou o Tribunal.

O juízo decidiu ainda que o Fundo de Garantia das Vítimas de Terrorismo e outras Infrações, mantido pelo governo da França, deve indenizar a família da aeromoça franco-argentina Clara Mar Amado em 20 mil euros, sendo 10 mil para o pai da vítima e outros 10 mil para um irmão. A decisão de não aguardar pelos resultados da perícia é inédita na Justiça francesa e abre precedente para que outras famílias de vítimas peçam a indenização. AE

Joerel Velasco/AFP

T URISMO

L

L

A Livraria Lello, inaugurada em 1906 e construída em estilo neogótico, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade do Porto, em Portugal. Mas quem quiser dar uma volta de 360 graus na livraria sem sair de casa pode fazer isso pelo site abaixo. www.360por tugal.com/Distritos.QTVR/Por to.VR/ vilas.cidades/Por to/a5_lello.html

G @DGET DU JOUR

MAR E ESTRELA - Navegadores filipinos em réplicas de barcos típicos conhecidos como "balanghais" chegaram ontem ao porto de Cingapura depois de retraçar a rota de imigração de seus ancestrais.

Os "balanghais" não têm motor e os tripulantes se orientam pelas estrelas.

A USTRÁLIA L OTERIAS

Greg Wood/AFP

Devido a problemas técnicos na transmissão do sorteio, os resultados dos sorteios dos concursos 902 da DUPLA-SENA e 2409 da QUINA não foram divulgados ontem no site da o site da Caixa Econômica Federal (CEF).

Confira os números no site.

Amor pra todo lado Esse pneu de bicicleta que espalha amor pelo caminho é finalista de uma competição de design em Seul.

www.caixa.gov.br

www.scdc.kr/index_e.htm

C IÊNCIA

E UA

Caindo do salto, em alta velocidade

Brasileiro ganha prêmio na Europa

Dois prêmios da loteria em três meses

O trabalho do brasileiro William Lopes, obteve o prêmio Internacional na 22ª edição do concurso da União Europeia (UE) para jovens cientistas, que começou no dia 26 de setembro e terminou ontem em Lisboa. Lopes, um jovem pesquisador de 20 anos, natural de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, mostrou que utilização do fungo Aspergillus Níger pode ajudar a baratear o processo de coloração de tecidos e do couro.

O norte-americano Ernest Pullen, de 57 anos, nunca vai poder reclamar da sorte. Apenas três meses depois de ganhar US$ 1 milhão na loteria na raspadinha "100 Million Dollar Blockbuster", ele faturou mais US$ 2 milhões em outra raspadinha, a "Mega Monopoly". Pullen, que vive no Estado norte-americano do Missouri, disse considerar-se "um cara de sorte" e vai usar o dinheiro para reformar sua nova residência.

No detalhe, a queda de uma das corredoras do grupo especial da "Venus Embrace Closest Stiletto Relay". A corrida de mulheres de salto alto aconteceu ontem em Harbour Bridge, Sydney, na Austrália. Na competição, em que quatro mulheres de cada grupo se revezavam em um percurso de 100 A TÉ LOGO

metros, todas usando sapatos com um salto de, no mínimo, 7,5 centímetros, um recorde foi quebrado. Um dos grupos finalizou o percurso em 1 minuto e 4 segundos. A competição foi organizada para arrecadar fundos para um projeto de combate ao câncer de mama.

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, aponta CNJ

L

Corinthians encara Botafogo em "decisão" do Brasileirão no Pacaembu

L

Inglaterra deve desistir da Copa do Mundo de 2022 para investir em 2018

Cem mulheres e um homem participaram da corrida

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

e

1 TELECOM Cade irá impor mais obrigações à Oi para a compra da Brasil Telecom

conomia

CVM Multa em mais de R$ 500 milhões a Rio Previdência e Iberj por fraude

Marcello Casal Jr/ABr

Brasil semeia safra com preço elevado Entressafra, preços internacionais e pouca chuva devem puxar inflação em 2011.

Giseli Cabrini

A

pouca chuva não pode ser considerada a única culpado pelas altas de, respectivamente, 0,3% e 3,47% nos alimentos apuradas nas prévias de setembro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) e do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). De acordo com especialistas ouvidos pelo Diário do Comércio, esses aumentos decorrem da dinâmica própria do agronegócio e do inverno marcado tradicionalmente pela entressafra do boi gordo e de algumas culturas em virtude de pastos e solos com pouca umidade. Mas, se as chuvas abaixo da média histórica persistirem nesta primavera, tudo indica que o clima promete ser o grande vilão da inflação no início de 2011.

"Não podemos falar que está havendo seca, mas sim chuvas abaixo da média histórica no Paraná (líder nacional na produção nacional de grãos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE). No caso do Estado do Mato Grosso (outro importante polo agrícola e pecuário), o inverno é uma época tradicionalmente sem precipitações e com ocorrência frequente de queimadas", afirma a meteorologista do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Ester Regina Ito. La Niña – Ela, no entanto, faz algumas ressalvas. "É importante destaCerca de 15% da car que estamos área plantada com sob influência milho será ocupada do fenômeno pela soja na climático global próxima safra La Niña que se caracteriza por Fernando Donasci/Folha Imagem

Reflexos do trigo em 2011

E

nquanto 2011 não chega, o clima seco fora do País já causa efeitos sobre um grupo de alimentos em particular: o trigo e seus derivados. É fato que a falta de chuvas afetou as lavouras nos mais importantes polos produtores – principalmente Rússia e Argentina – elevando as cotações internacionais do cereal do qual o Brasil é dependente. Já a real dimensão da alta da cotação da commodity no exterior sobre a indústria da panificação e outros derivados de trigo divide opiniões.

"O arrefecimento dos preços internacionais do trigo só deve acontecer no início do segundo semestre de 2011", diz o diretor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze. As novas colheitas da Argentina e Leste Europeu só devem chegar ao mercado em março de 2011.

Mauro Zafalon/Folha Imagem

Na avaliação do consultor, mesmo com a projeção de uma boa safra na temporada em 2009/10, em torno de 5 milhões de toneladas, que começa a ser colhida agora, o Brasil é e continuará a figurar como um dos maiores importadores de trigo do mundo. "Nossa demanda é de 10 milhões de toneladas. Caso os moinhos brasileiros se recusem a remunerar os produtores conforme as cotações internacionais, eles deverão exportar o grão, mesmo com o dólar em baixa."

Segundo Brandalizze, em maio, a tonelada de trigo no mercado internacional era cotada a US$ 180. Atualmente, está acima de US$ 300. Internamente, em igual intervalo de tempo, o preço evoluiu de R$ 380 até R$ 500, a tonelada.

O diretor do Departamento de Economia Rural do Paraná

(Deral), Francisco Simioni, chama a atenção para um efeito perverso adicional à escassez na oferta de trigo. "Esse cereal é usado na ração com o milho, o que eleva mais a demanda brasileira", diz.

Apesar de registrar o esforço de indústrias do setor para repor estoques antes que os preços subam mais, pesquisadore s d o C e n t ro d e E s t u d o s Av a n ç a d o s e m E c o n o m i a Aplicada (Cepea) avaliam que a alta poderá ser amenizada.

Boas quantidades do produto continuam chegando aos portos do País. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que em agosto foram importadas 533,8 mil toneladas de trigo, volume 5,8% maior que o registrado em julho. Quanto às farinhas, as compras externas somaram 53 toneladas, volume 3,9% superior ao de julho.

Segundo o Cepea, considerando a disponibilidade de produto da safra 2009/10 (estoque inicial, produção e importação) e Há projeções de descontados consumo elevação dos preços dos e exportação, a safra derivados de trigo no 2010/11 iniciou agosinício do segundo to com cerca de 2,4 misemestre de 2011 lhões de toneladas de trigo em estoques nas mãos da iniciativa privada e do governo. (GC)

7 por cento menor poderá ser a safra de verão 2010/11 no Paraná em relação à anterior na produção de soja, milho e feijão.

O mercado não está tão desabastecido assim. Há feijão ainda em estoques com o governo, produtores, cerealistas e cooperativas.

FRANCISCO SIMIONI, DERAL

chuvas abaixo da média na região Sul e acima do usual no extremo Norte do País."

De acordo com Ester, os efeitos do fenômeno costumam se estender e as ferramentas disponíveis para prevê-los e medi-los só são confiáveis a partir de um intervalo de cerca de três meses à frente.

Nos últimos cinco anos, se observa a tendência de substituição de áreas de plantio de milho na primeira safra, por soja que é mais atraente pelo custo menor, maior resistência à falta de chuvas e melhor remuneração. A informação é do diretor do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), Francisco Simioni.

Custo das carnes sobe Luiz Carlos Lopes Martins/AE

Ricardo Osman

O

s preços da arroba do boi gordo no atacado já tiveram valorização de 20% de janeiro a agosto, segundo relatório do Centro de Estados Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A menor ocorrência de chuvas no inverno de 2010 é apenas um dos fatores que contribuiu para esse aumento.

"O produtor já sabe que há menos chuva em junho, julho e agosto e se prepara para isso. A estiagem neste ano está longe de ser catastrófica, só não pode se prolongar até outubro. Tem peso no aumento de preço, mas acredito que o efeito de longo prazo do ciclo pecuário é maior", diz o consultor e diretor técnico da Agra FNP, José Vicente Ferraz.

De acordo com ele, esse efeito está relacionado à recomposição do rebanho bovino que teve início em 2008, mas acabou sendo prejudicada pela crise financeira internacional que reduziu o consumo no Brasil e desestimulou o produtor. "Nesse processo, que dura cerca de três anos, as fêmeas são retidas para gerar bezerros. Com isso, a oferta de animais para abate diminui."

Outro fator que afeta as cota-

Os preços do boi gordo no atacado subiram 20% de janeiro a agosto pela recomposição do rebanho

Helvio Romero/AE

Apenas 20% do plantio de feijão já foi feito.

Nesta época, no ano passado, o percentual era de 30%.

Em relação ao feijão, de acordo com Simioni, embora a colheita anterior tenha sido menor, o aumento nos preços verificado atualmente é normal, fruto da entressafra. "O mercado não está tão desabastecido assim. Há feijão ainda em estoques com o governo, produtores, cerealistas e cooperativas", afirma o diretor.

Segundo dados do Deral, em 22 de setembro, as sacas de 60 quilos do milho e feijão estavam cotadas a, respectivamente, R$ 17,92 e R$ 154,34 nas praças paranaenses. Há exatamente um ano, os preços eram de R$ 14,80 e R$ 67,16.

Safra das águas – Simioni, no entanto, alerta que a escassez de chuvas verificada no fim do inverno e início da primavera já compromete o plantio da chamada safra das águas – a mais importante – tanto do milho quanto do feijão para a temporada 2010/11. "Há um ano, 30% do plantio do milho e do feijão já havia sido feito nessa época do ano. Agora, esses índices são de respectivamente, 5% e 20%. No caso específico do milho, haverá redução de 15% na área plantada que será ocupada pela soja", diz.

Essa decisão – recomendada inclusive pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) em virtude da falta de chuvas – influencia no resultado final do volume de produção, uma vez que o rendimento da soja equivale a 50% em relação ao do milho. Assim, a previsão é de que a safra de verão 2010/11 no Paraná poderá ficar cerca de 7% menor à anterior na produção dos três grãos mais cultivados soja, milho e feijão. O volume pode cair de 21,4 milhões de toneladas de grãos colhidos na safra 2010 para 19,9 milhões de toneladas, em 2011.

ções, segundo Ferraz, é a demanda do mercado interno que está aquecida.

Aves – No caso do frango, a valorização recente nas cotações é fruto do aumento do preço do milho e não da falta

de chuvas, de acordo com o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra. O grão representa 65% da ração, portanto, qualquer alteração na cotação do milho tem impacto no preço do frango. "A palavra seca não afeta nossa atividade que tem alta tecnologia", diz o presidente da Ubabef.

Leia mais na página E 3

2 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

e

3 Convênio estimulará tomada de recursos pelas pequenas e médias empresas.

Governador Alberto Goldman

conomia

Ceia de Natal pode custar mais em 2010

Marcelo Basso

Panetones, aves e suínos devem ter preços elevados – o que favorece a importação desses itens no varejo.

Giseli Cabrini e Ricardo Osman* Burti foi um dos representantes empresariais homenageados

Agência tem R$ 1 bi para investir

O

governo do Estado Goldman destacou: "Esse d e S ã o P a u l o e a convênio com as nossas entiAgência de Fomento dades parceiras vai estimular Paulista – Nossa Caixa Desen- a tomada de recursos pelas volvimento homenagearam pequenas e médias empreontem representantes de 40 sas". Para ele, "as microementidades empresariais que presas já têm o Banco do Poatuam em parceria com a vo". Goldman pediu para as agência no atendimento das 44 entidades parceiras, entre empresas paulistas. Essa elas a Facesp, "para sugeriatuação dá acesso às linhas rem o que ainda temos que de financiamento da institui- fazer para impulsionar mais o ção, com destaque para as pe- sistema".

O secretário da Fazenda, quenas e médias empresas.

Segundo dados da agên- Mauro Ricardo Costa, acrescia, o total já desembolsado centou que as parcerias "servem também ultrapassou para dar maior R$ 168 milhões. A capilaridade ao entidade infornosso sistema e mou que dispõe ajudar o setor ainda de quase Sociedade e privado a se torR$ 1 bilhão para o governo nar mais compes e g m e n t o e mtitivo no Estapresarial. ajudam a do". O presidenOs recursos são gerar mais te da Associação destinados a proempregos.

Brasileira da Injetos de investiALENCAR BURTI, fraestrutura e Inmento, compra PRESIDENTE DA dústria de Base de equipamentos ACSP E DA FACESP (Abdib), Paulo e capital de giro.

G o d o y , c o nO setor industrial c l u i u : " Va m o s é o que mais teve liberações, respondendo por todos nos empenhar para 81% dos aportes. Em seguida ampliar ao máximo essa rede vêm comércio (13%) e servi- de distribuição de crédito para a iniciativa privada". ços (6%).

Os representantes empreDesenvolvimento – Alencar Burti, presidente da Asso- sariais receberam uma placa ciação Comercial de São Pau- em reconhecimento aos seus lo (ACSP) e da Federação das esforços para o desenvolviAssociações Comerciais do mento da iniciativa privada Estado de São Paulo (Facesp), no Estado.

Além da ACSP/Facesp e da disse que fomentar as pequenas e médias empresas é o Abdib, estiveram presentes melhor caminho para assegu- instituições como Associarar o desenvolvimento sus- ção Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos tentado no Brasil.

"Sociedade e governo tra- (Abimaq), Sindicato Nacional balhando juntos vão ajudar o da Indústria de Componensetor a gerar mais empregos e tes para Veículos Automotoriquezas, inclusive, com no- res (Sindipeças) e Federação vas medidas de desburocrati- do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de zação", afirmou.

O g ove r n a d o r A l b e r t o São Paulo (Fecomercio).

A

alta nos preços dos alimentos – mais p a r ti c u l a r me n t e nos derivados do trigo e na carne bovina – poderá comprometer um pouco a ceia de fim de ano. Tudo indica que panetone, aves e suínos devem chegar às gôndolas com valores mais elevados.

Para minimizar isso, supermercados e grandes redes apostam em itens importados, uma vez que o dólar anda baixo. O alvo preferencial está na classe C, ávida para consumir esses produtos.

"Ainda não sabemos qual será o aumento no preço do panetone. Em relação às carnes, as consultas às tabelas de preços acabaram de começar", disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga), Alvaro Furtado.

No entanto, segundo o executivo, a provável elevação de preços de itens nacionais não traz preocupações, uma vez que esse fim de ano promete ser o dos alimentos importados. "Os supermercados de pequeno e médio portes estão de olho na classe C. A presença dos importados deverá ser maior justamente em um momento no qual o dólar é favorável à importação", afirmou.

Seguindo esse raciocínio, os principais destaques das festas de fim de ano neste ano prometem ser bebidas, castanhas e carnes mais nobres.

Clube de compras – Ainda de acordo com Furtado, além de sintonizar o mix de produtos com o desejo dos clientes, outra forma que os estabelecimentos do pequeno e médio varejo têm para tornar os preços mais atrativos aos consumidores – seja em épocas sazonais, como Natal e Ano-Novo, ou não – é utilizando o chamado "clube de compras".

"Isso já é prática comum para que possamos concorrer com as grandes redes. Formamos um grupo para aumentar a escala. Os descontos podem chegar a 25% do valor caso as compras fossem feitas de forma independente." Ele estima uma alta de 8% nas vendas no

Avis e CVC anunciam parceria Fátima Lourenço

O

presidente da operadora de turismo CVC, Valter Patriani, e o da locadora de veículos Avis Rent a Car, Afonso Celso, formalizaram ontem acordo comercial por meio do qual a multinacional de aluguel de carros poderá utilizar a grande rede da parceira para ganhar espaço no mercado de turismo e junto à classe média emergente. Em contrapartida, a operadora ganha um complemento exclusivo para os pacotes de viagem que comercializa – no caso do Brasil, com diária de locação de R$ 89, quilometragem livre e parcelamento em até dez vezes.

Segundo Patriani, a CVC investiu R$ 5 milhões na empreitada, que prevê a publicação de uma revista, treinamento de equipe e campanha publicitária. A expectativa do executivo é que a locação de veículos renda à empresa faturamento de R$ 20 milhões em 2011 e chegue a pelo menos R$ 60 milhões em três anos.

Na Avis, o investimento deverá variar de R$ 30 milhões a

800 veículos serão comprados pela Avis, em um investimento estimado entre R$ 30 milhões e R$ 35 milhões.

R$ 35 milhões e estará direcionado à aquisição de 800 veículos para reforço da frota própria. A expectativa de Celso é que o primeiro ano de parceria resulte em crescimento de 20% a 25% no faturamento junto ao mercado de turismo.

Exp ansão – Cerca de 70% da receita da Avis vêm do mercado corporativo, especialmente com terceirização de frota. Entre os 20 franqueados que compõem com a multinacional a operação de 120 lojas no Brasil, alguns também terão que investir na compra de novos carros para suprir demandas pontuais. É o que deverá

Mauro Hollanda/Divulgação

acontecer em praças como Porto Seguro e Salvador (BA), como explicou o diretor de franquias e expansão Jon Aboitiz.

A Avis planeja abrir 20 locadoras no Brasil nos próximos três anos. O acordo assinado ontem deverá levar a rede para praças como Aracaju (SE) e Campo Grande (MS), além de aproximá-la de um público (classes C e D) que não estava contemplado pela operação brasileira, até agora voltada à população de maior poder aquisitivo. A experiência da CVC com esse público favorecerá a aproximação.

O presidente da Avis considera que esse conhecimento, aliado a uma solução simplificada de locação (preço fixo e parcelado, com quilometragem livre) contribuirá para quebrar paradigmas, como o de que alugar carro no País é uma tarefa complicada e cara.

"A CVC é o melhor canal para democratizar o aluguel de carro no Brasil", afirmou Santos.

O acordo assinado ontem tem duração inicial de dois anos, mas poderá ser renovado. Contribuem para isso as perspectivas favoráveis para o turismo nos próximos anos.

fim do ano em relação a igual período do ano passado.

Grandes – Embora o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, descarte que uma eventual alta nos preços dos panetones esteja atrelada ao aumento do trigo e derivados, ele avalia que há possibilidade de continuidade na elevação das cotações das carnes – até mesmo peixes.

"A carne bovina continua a ser a principal matriz das proteínas para o brasileiro. Qualquer impacto na cotação desse produto influencia os demais.

Como produtos agrícolas são muito suscetíveis a acontecimentos específicos, fica difícil prever se o aumento atual irá

perdurar, mas é bem provável", afirmou.

No caso dos suínos, por exemplo, o abastecimento das indústrias nacionais e exportadoras para as vendas de fim de ano é um dos fatores que têm mantido as cotações dessa proteína em alta. Isso porque alguns países importadores de carne suína brasileira fecham os portos em novembro e antecipam as compras. Somente em São Paulo, neste mês, o suíno no atacado aumentou 2,5%, para, em média, R$ 4,48 por quilo (carcaça comum) e R$ 4,78 por quilo (especial).

O dirigente da Abras, no entanto, concordou com o colega do Sincovaga e disse que a presença de itens importados pa-

Produtos importados deverão ter lugar de destaque na ceia deste ano, em razão da cotação favorável do dólar.

ra agradar os emergentes da classe C irá crescer.

"Houve um reforço muito grande do mix bazar que inclui eletroeletrônicos e brinquedos, por exemplo. Além de um novo nicho de consumidores e do dólar favorável, há outro fator que incentiva esse processo. Estados Unidos e Europa ainda não se recuperaram da crise, e a saída está em mandar seus produtos para os países emergentes nos quais o consumo cresce." (* com AE)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

4

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

e País não atinge meta de superávit Em setembro, o superávit primário do governo central será o maior da história.

Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional

conomia

Governo central registrou superávit primário de R$ 29,7 bilhões entre janeiro e agosto deste ano. Em agosto, o resultado atingiu R$ 4 bilhões.

O

governo central, mais o resultado do governo composto por Te- central apurado pelo Tesouro souro Nacional, em agosto, o resultado acuPrevidência e Ban- mulado no ano é de R$ 29,4 bico Central (BC), não conseguiu lhões. O resultado apurado cumprir a meta cheia de supe- pelo BC referente a agosto será rávit primário para o período divulgado hoje. Para efeitos de janeiro a agosto – chamada de cumprimento da meta, o de meta acumulada até o se- que conta é o resultado na megundo quadrimestre. Por con- todologia do BC. sequência, o governo central Nos oito primeiros meses de teve que utilizar os investi- 2009, o governo central regismentos do Programa de Acele- trou superávit de R$ 23,431 biração do Crescimento (PAC) lhões, o equivalente a 1,16% do para fechar suas contas.

PIB). Naquele período, o TeApesar de ter reduzido a souro contribuiu com superámeta para o pevit de R$ 53,333 ríodo de R$ 40 bilhões, a Prebilhões para vidência teve R$ 30 bilhões, o déficit de resultado priR $ 2 9 , 5 6 1 b im á r i o d o g olhões e o BC reverno central gistrou um dépor cento do PIB foi de R$ 29,713 ficit de R$ 341 foi o total do bilhões de jamilhões. neiro a agosto, Custeio – O superávit primário do o equivalente a aumento das governo central 1,29% do Prodespesas do duto Interno governo cenregistrado nos oito Bruto (PIB), setral de janeiro a primeiros meses g u n d o i n f o ragosto deste de 2010 mou ontem o ano já é maior Tesouro. do que no mesEm agosto, o mo período do superávit primário foi de R$ 4 ano passado, quando o goverbilhões; em julho, foi de R$ 842 no adotou uma política fiscal milhões e, em agosto de 2009, anticíclica para estimular o de R$ 3,382 bilhões. crescimento da economia.

No resultado do mês, foram Mesmo com o fim da crise, as decisivos para o superávit pri- despesas do governo central mário os ingressos de dividen- ao longo de 2010 apresentaram dos, com destaque para os R$ 3 crescimento de 17,2% sobre bilhões originados do Banco igual período de 2009. No ano Nacional de Desenvolvimento passado, as despesas acumuEconômico e Social (BNDES). ladas de janeiro a agosto cresAcumulado – Consideran- ciam a um ritmo de 16,2%.

As despesas com o PAC, do os dados apurados na metodologia do BC até julho, que podem ser abatidas na

Aurélio Martins/AAT

1,29

Investimentos em obras do PAC, como a transposição do rio São Francisco, foram utilizados para que conta do governo fosse fechada.

meta de superávit primário, atingiram R$ 11,897 bilhões, com alta de 54% nos primeiros oito meses do ano.

Projeção – O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse ontem que o superávit primário do governo central, em setembro, será "o maior da história". Ele lembrou que, até então, o recorde havia sido registrado em abril de 2008, quando ficou em R$ 16,7 bilhões.

Não é intenção do governo fazer abatimentos do PAC. Nós vamos cumprir a meta.

ARNO AUGUSTIN, SECRETÁRIO DO

TESOURO NACIONAL

O resultado fiscal de setembro será fortemente influenciado pela operação de capitalização da Petrobras e, por isso, o secretário não quis fazer mais comentários. Ele lembrou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabelece restrições para discursos até que se encerre a operação.

O secretário reiterou o que já havia dito em outros meses: que a meta fiscal será cumprida, sem o uso de abatimentos

das obras do PAC. "Não é intenção do governo fazer abatimentos do PAC. O mercado tem direito de ter a opinião que quiser, mas se acha que nós não vamos cumprir a meta, está errado. Nós vamos cumprir, sem o uso de abatimento", disse Augustin.

O secretário também rebateu as críticas de que a política fiscal tem se utilizado de manobras para melhorar seu desempenho. (AE)

Meirelles rejeita guerra cambial Presidente do BC admitiu, contudo, existir um "problema cambial muito sério" a ser solucionado.

O

presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, não quis usar a palavra "guerra" para definir os desequilíbrios atuais do mercado de câmbio internacional. Mas classificou que existe um "problema cambial muito sério que precisa ser resolvido". No caso da apreciação do real, ele afirmou que está em aberto a possibilidade de aumento no imposto sobre capital estrangeiro.

Segundo Meirelles, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já afirmou que isso é sempre algo que pode ocorrer. "O governo brasileiro nunca descartou (o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, IOF)", afirmou.

Contudo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou ontem que o governo esteja prestes a adotar um aumento da alíquota de IOF para tentar coibir a valorização do real. "Não está prevista nenhuma alteração neste momento", disse.

O ministro acrescentou, no entanto, que todas as possibilidades estão abertas, mas que novas medidas só serão tomadas se necessário.

Antonio Cruz/ABr

Competitividade – O presidente do BC afirmou ainda que a questão do câmbio precisa ser debatida pelo G20, e que o Brasil não pode pagar o preço pelos desequilíbrios, já que a apreciação da moeda pode prejudicar a competitividade nacional. Para ele, não se pode usar a expressão "guerra cambial" porque a situação entre os países difere – uns apresentam problemas internos, levandoos a adotar a desvalorização cambial, enquanto outros buscam ações para combater a apreciação das divisas.

A afirmação de que existe uma "guerra cambial" global, feita segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi a manchete do jornal britânico Financial Times e atraiu a atenção da mídia estrangeira, presente na entrevista coletiva de Meirelles realizada ontem em Londres. "Nós dois (ele e Mantega) argumentamos que o câmbio é um problema muito sério e que o Brasil não pode pagar o preço", disse o presidente do BC. C o nve r s i b il i d a d e – Na avaliação de Meirelles, o Brasil caminha para a conversibilidade da moeda. Ele lembrou

que já foram tomadas várias iniciativas nessa área nos últimos anos, e avaliou que se trata de um processo gradual, já que ainda há restrições – como a proibição de contas em moeda estrangeira no País.

No entanto, o presidente do BC disse que alguns pontos vistos como limitações referem-se, na verdade, à aplicação das leis referentes à lavagem de dinheiro. "O que as pessoas veem como restrição é, na verdade, a lei de lavagem de dinheiro, aplicada de forma rigorosa no Brasil."

Meirelles defendeu também a atuação do Banco Central no mercado de câmbio para a construção de reservas internacionais, que têm o objetivo de proteger o Brasil de crises futuras. "O câmbio brasileiro nunca foi tão livre como agora", afirmou. "Agora estamos comprando dólares, isso é completamente diferente de uma intervenção no sentido de tentar fixar uma taxa de câmbio. Estamos construindo um seguro contra crises."

O presidente do BC permanecerá até hoje em Londres, onde participa de reuniões com investidores.

O câmbio brasileiro nunca foi tão livre como agora. Estamos comprando dólares para construir um seguro contra crises.

HENRIQUE MEIRELLES, PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL

Redecard e Itaú fecham acordos As duas instituições anunciaram parcerias com a operadora chinesa de cartões China UnionPay

D

e olho nas oportunidades abertas pelo turismo brasileiro nos próximos anos, a Redecard e o Itaú Unibanco anunciaram ontem parcerias com a operadora de cartões China UnionPay (CUP).

O acordo da Redecard estabelece que, a partir do início do próximo ano, a operadora realize a captura, o roteamento, a transmissão, o processamento e a liquidação de transações de crédito e débito da bandeira chinesa no

Brasil. Dessa forma, os turistas chineses poderão utilizar seus cartões na rede de máquinas da empresa em todo o País.

Segundo comunicado da Redecard, a CUP foi criada em março de 2002, possui mais de 400 instituições associadas, entre chinesas e estrangeiras, e está presente em 90 países. A bandeira tem cerca de 2,2 bilhões de cartões emitidos, um dos maiores volumes do mundo.

"A abertura da aceitação no Brasil para cartões oriundos

da China significa uma excelente oportunidade de atender aos turistas chineses no País, principalmente em virtude de dois grandes eventos no Brasil de relevância mundial – a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016", informou a Redecard, ressaltando que a parceria é parte da estratégia da companhia, que somará 21 bandeiras em seu portfólio.

Já a parceria divulgada pelo Itaú Unibanco prevê que os clientes da CUP possam fazer

saques em seus 30 mil caixas eletrônicos a partir de 2011.

De acordo com o comunicado, em 2009 cerca de 50 milhões de chineses viajaram ao exterior. "A expectativa é que este número aumente de forma significativa ao longo dos próximos cinco anos. O Brasil já é um destino muito procurado pelos chineses e deverá ser ainda mais em função dos eventos esportivos ", afirmou o Itaú Unibanco em nota. (AE)

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

e

5 Somando as parcelas dos fundos de pensão Previ e Petros, a participação do governo com instituições ligadas à União chega a 51% do capital da Petrobras.

conomia

Strauss-Kahn descarta embate global de divisas Para o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) isso é uma preocupação, mas não risco real.

O

diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou ontem que não descarta a hipótese de uma guerra cambial global, mas acredita que isso é improvável. Como uma tendência potencial, ele disse que essa é uma preocupação, mas que não sente que exista um grande risco nesse sentido.

Após a recente intervenção do Japão no mercado de câmbio para conter a alta do iene, o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, afirmou acreditar que o mundo está envolvido em uma guerra cambial e comercial, com países procurando vantagens ao manipular suas moedas. De acordo com ele, governos de vários países, incluindo Estados Unidos e Japão, estão permitindo a desvalorização de suas moedas a fim de conquistar mercados em países que apresentam um bom desempenho interno de suas economias, como é o caso do Brasil.

O ministro ressaltou que na p ró x i m a re u n i ã o d o G - 2 0 (composto por países que têm as maiores economias do mundo) ele levará às autoridades do grupo a manifestação de que a gestão cambial precisa ser muito mais harmoniosa entre os participantes. "Eu acho que o câmbio flutuante é o melhor sistema, mas precisa ser flutuante para todo mundo", comentou Mantega.

O diretor-gerente do FMI disse que autoridades do fundo e do G-20 estão trabalhando ativamente para evitar tal batalha global de depreciações

Mandel NGAN/ AFP

Bancários entram em greve hoje

O

cambiais competitivas e que o assunto será discutido nas próximas reuniões do grupo.

Representatividade – Ainda ontem, o diretor-gerente do FMI, Dominique StraussKahn, afirmou que há um excesso de representatividade europeia no conselho executivo da instituição e que os países desse continente deveriam ceder espaço a países emergentes para garantir a legitimidade do órgão.

"Acho que é justo abrir mais espaço para países emergentes no conselho", disse durante uma entrevista coletiva. "A ideia de que os europeus precisam fazer um esforço é justa,

Governo fica com 48% do controle da Petrobras Folhapress

acredito", afirmou Kahn.

Segundo o diretor-gerente do FMI, os europeus devem apresentar uma proposta a respeito do assunto nos próximos dias, presumivelmente antes da reunião das autoridades do fundo com os representantes que fazem parte do G-20.

Se as nações em desenvolvimento não acreditarem que possuem assentos proporcionais no conselho executivo do FMI, a missão do órgão será colocada em risco em um momento no qual a participação do fundo no gerenciamento da economia global cresce.

Apesar disso, o aumento da presença de nações emergen-

tes como a Turquia ou a Coreia do Sul no conselho executivo provavelmente ocorreria em detrimento de países europeus como a Bélgica, cuja economia é menor do que a turca ou a sul-coreana.

A reforma na governança do fundo internacional poderia acelerar os planos do G-20 para reequilibrar a economia mundial. Entre esses projetos, está uma proposta do fundo – chamada Processo de Avaliação Mútua – segundo a qual os países pertencentes ao grupo devem enviar aos demais integrantes suas estratégias políticas para apreciação de cada membro. (AE)

Posto Martinelli Comércio Varejista de Combustiveis Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação 45004145 válida até 28/09/2015, para ativ.de com. de prod. deriv. de petróleo, sito à R. Barão de Jundiai - 420 - Lapa -São Paulo -SP. EXTRAVIO - A empresa Dieselgas Motors - Represent. e Asses. para Soluções Alter. de Energia LTDA., inscrita no CNPJ/MF nº 07.779.231/0001-94 e Inscrição Municipal nº 3.935.102-5, vem por meio deste, informar o extravio de seu Livro Mod. 57, nº de Ordem 01, que já havia sido registrado.

Executivo disse que autoridades do fundo e do G-20 trabalham para evitar batalha de depreciações cambiais

s bancários de 24 estados e do Distrito Federal decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A categoria rejeitou a proposta das instituições financeiras de reposição da inflação (4,29%). A decisão foi tomada em assembleia na noite de ontem.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo informou que os trabalhadores exigem aumento real dos salários, e não apenas a reposição. "Os banqueiros empurraram os funcionários à greve. As instituições financeiras não apresentaram aumento salarial acima da inflação, apesar do crescimento econômico do País e do excelente resultado dos bancos, que lucraram em média 29% mais do que no ano passado", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.

A categoria entregou a pauta de reivindicações em 11 de agosto. Os bancários querem aumento de 11% e pisos maiores para vale-refeição, valealimentação e auxílio-creche, além de mais Participação nos Lucros e Resultados (PLR), auxílioeducação para todos e melhores condições de saúde.

São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil em São Paulo, Osasco e Região. A próxima assembleia será realizada na sexta-feira. (Folhapress) CPM Braxis S.A.

CNPJ/MF 65.559.953/0001-63 – NIRE 35.300.178.815 Edital de Convocação de Assembléia Extraordinária 05/10/10 - 12h00 São convocados os Srs. acionistas bem como os beneficiários detentores de opção de subscrição de ações da Companhia a se reunirem aos 05 dias do mês de outubro de 2010, às 12h00, na sede da Companhia, em Barueri, Estado de São Paulo, na Alameda Araguaia, nº 1930, Alphaville, para discutir e deliberar a cerca da seguinte ordem do dia: aumento do capital social em decorrência do exercício de planos de opção de subscrição de ações. São Paulo 23 de setembro de 2010. José Luiz Teixeira Rossi. Diretor Presidente.

25,28,29/09/10

Braxis Tecnologia da Informação S.A.

Casio Center Relógios Ltda CNPJ 45.790.854/0001-57 Declaração de Extravio A empresa Casio Center Relógios Ltda., situada na Trav. Casalbuono, 120 - loja 301, declara o extravio dos seguintes documentos: documentos fiscais (Federais, Estaduais e Municipais); documentos contábeis; documentos trabalhistas e previdenciários; atos constitutivos e alterações; envelopes de consertos com mercadorias; equipamentos computadores e CPUs; arquivos magnéticos e documentos diversos referentes ao período do ano de 2000 até 21 de setembro de 2010, que ocorreu devido à inundação na loja, provocada pelo temporal do último dia 21 de setembro de 2010.

Prefeitura Municipal de Santa Maria da Serra

A

Petrobras comunicou ontem a seus acionistas estrangeiros que o governo ficará com 64% das ações ordinárias da companhia no fim do processo de capitalização da estatal. O montante inclui as ações da União, do BNDESPar e do Fundo Soberano do Brasil (FSB). Com relação ao capital total, a fatia do governo será de 48%, reforçou o comunicado em inglês.

Porém, o consultor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, lembrou que, somando as parcelas dos fundos de pensão Previ e Petros, a participação de instituições ligadas à União chega a 51% do capital total da companhia de petróleo e gás.

Os dois fundos pertencem aos funcionários do Banco do Brasil (BB) e da Petrobras e têm gestores indicados pelo governo federal.

Segundo informação da empresa, a União comprou 1.810.505.485 ações ordinárias (com direito a voto) e 994.917.669 ações preferenciais (prioridade no recebimento de dividendos ou reembolso de capital) na oferta pública de ações iniciada na última sexta-feira e que será liquidada hoje.

De acordo com a Petrobras, descontando despesas e comissões da operação, a oferta até o momento totalizou US$ 67 bilhões, ou aproximadamente R$ 115 bilhões, que serão acrescidos de mais cerca de US$ 3 bilhões se o lote adicional correspondente a 5% da operação for vendido.

Novas descobertas – Ainda ontem, a anglo-holandesa Shell comunicou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a descoberta de jazidas no présal da Bacia de Santos, no litoral fluminense. É a primeira descoberta da companhia na maior província petrolífera brasileira, em concessão que fica entre os achados de Parati e Tupi, da Petrobras, que tem entre 5 e 8 bilhões de barris em reservas, segundo estimativas.

Em comunicado oficial, a multinacional disse que precisa analisar os resultados do poço antes de divulgar mais detalhes. A descoberta foi feita na concessão BM-S-54, arrematada pela empresa na 7ª Rodada de Licitações da ANP, em 2005.

Parte da concessão é composta por áreas devolvidas pela Petrobras dos blocos BM-S-10, de Parati, e BM-S-11, de Tupi. A área fica em frente ao município do Rio. (Agências)

AVISO DE LICITAÇÃO - Concorrência nº 01/2010 De conformidade com a necessidade desta Prefeitura Municipal, faco público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, o Edital de Concorrência nº 01/2010, para a alienação de bens imóveis do Município de Santa Maria da Serra, pelo tipo de maior preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no item 4, deste Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Praça Santo Zani, nº 30, nesta cidade, até às 11:00 horas, do dia 29 de outubro de 2010. O início da abertura dos envelopes será às 14:00 horas, do dia 29 de outubro de 2010, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Praça Santo Zani, nº 30, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seus respectivos anexos deverá ser retiradas no Setor de Compras, a partir do dia 29 de setembro de 2010, sita a Praça Santo Zani, nº 30, Paço Municipal desta cidade, a qual será fornecida das 09:00 às 15:00 horas. As visitas ao imóvel deverão ser agendadas previamente, por meio do fone: 19-3187-9900, junto ao Setor de Compras e deverão ser realizadas até o dia anterior a data da entrega da proposta. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de Santa Maria da Serra, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. Santa Maria da Serra, 27 de setembro de 2010. a) JOSIAS ZANI NETO - Prefeito Municipal.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 108/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7793/5900/2010. OBJETO: NÉCTAR DE MARACUJÁ. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar, na Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 09:00h do dia 13 DE OUTUBRO DE 2010.

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 109/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7792/5900/2010. OBJETO: NÉCTAR DE MANGA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar, na Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 12:30h do dia 13 DE OUTUBRO DE 2010.

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 110/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7756/5900/2010. OBJETO: BANANA PASSA COM COBERTURA SABOR CHOCOLATE. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar, na Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 15:00h do dia 13 DE OUTUBRO DE 2010.

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 111/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7768/5900/2010. OBJETO: NECTAR DE PÊSSEGO. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na, Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 09:00h do dia 14 DE OUTUBRO DE 2010.

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 112/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7791/5900/2010. OBJETO: NECTAR DE GOIABA. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na, Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 12:30h do dia 14 DE OUTUBRO DE 2010 PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 113/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7757/5900/2010. OBJETO: BARRA DE CEREAIS COM FRUTA COM COBERTURA SABOR CHOCOLATE. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar, na Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 15:00h do dia 14 DE OUTUBRO DE 2010 MUDANÇA DE HORARIO DO PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 107/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7536/5900/2010. OBJETO: SUCO DE LARANJA INTEGRAL. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar, na Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 09:00h do dia 15 DE OUTUBRO DE 2010.

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 114/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7790/5900/2010. OBJETO: NÉCTAR DE CAJU. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar, na Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 12:30h do dia 15 DE OUTUBRO DE 2010.

PREGÃO (presencial), para Registro de Preço DSE nº 115/10 RP. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 7789/5900/2010. OBJETO: NÉCTAR DE ABACAXI. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar, na Rua Treze de Maio, 1.413 – Bela Vista - São Paulo/SP, com início previsto às 15:00h do dia 15 DE OUTUBRO DE 2010. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL NOS TERMOS DO PROVIMENTO CSM CXC/84, INFORMAMOS QUE NO DIA 28 DE SETEMBRO DE 2010 NÃO HOUVE PEDIDO DE FALÊNCIA NA COMARCA DA CAPITAL.

CNPJ/MF n. 07.837.195/0001-78 – NIRE 35.300.328.299 Assembléia Geral Extraordinária Edital de Convocação Ficamos Senhores Acionistas daBraxis TecnologiadaInformaçãoS.A.convocados a reunirem-seemAssembléiaGeralExtraordinária, a ser realizada no dia 7 de outubro de 2010, às 10:00 horas, na sede social localizada na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, n.

1.830, Pavimento 3, Bloco III, Bairro Itaim Bibi, CEP 04543-900, na Capital do Estado de São Paulo, a fim de discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (I) Eleição de novos membros do Conselho de Administração da sociedade; e (II) demais assuntos de interesse da sociedade.São Paulo, 29 de setembro de 2010.Jair Ribeiro da Silva Neto -Presidente do Conselho de Administração.

29,30/09 e 01/10/10 SERVIÇO MUNICIPAL AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SeMAE AVISO ÀS LICITANTES EXTRATO DA ATA DA SESSÃO DE ADIAMENTO DO RECEBIMENTO DOS ENVELOPES TOMADA DE PREÇOS 14/2010 – PROC. 092/2010 Objeto: Contratação de Projeto Executivo de Interceptor de esgotos na margem esquerda do Córrego Piedade, entre o loteamento Residencial Palestra e o loteamen ‘to Jardim do Cedro, no município de São José do Rio Preto/SP. Em decorrência de apenas uma licitante ter apresentado proposta, a Comissão de Licitações decidiu suspender a sessão e remarcar a data de entrega dos envelopes e abertura dos envelopes de habilitação para o dia 15.10.2010, sendo até às 08h45 para entrega dos envelopes e a abertura a partir das 09h, no mesmo local. São José do Rio Preto (SP), 28 de setembro de 2010. Gabriela Cavalcanti da Silva – Presidente da C.L.

CPM Braxis S.A. CNPJ/MF 65.559.953/0001-63 – NIRE 35.300.178.815 Edital de Convocação de Assembléia Extraordinária 06 de Outubro de 2010 – 10h00 São convocados os Srs. acionistas da Companhia a se reunirem aos 06 dias do mês de outubro de 2010, às 10h00, na sede da Companhia, em Barueri, Estado de São Paulo, na Alameda Araguaia, nº 1930, Alphaville, para discutir e deliberar a cerca da seguinte ordem do dia: (i) autorização da lavratura e publicação da ata em forma sumária, conforme faculta o art. 130, paragrafos 1º e 2º, da Lei das Sociedades por Ações; (ii) ratificação a nomeação de Deloitte Touche Tohmatsu, empresa especializada responsável pela elaboração de laudo de avaliação dos ativos a serem contribuídos ao capital social da Companhia em razão de aumento de capital mencionado no item 3 abaixo; (iii) aumento do capital social da Companhia por meio a emissão de ações ordinárias, mediante a subscrição em moeda corrente e em contribuição de ativos; (iv) alterar e consolidar o estatuto social da companhia; (v) eleição de membros do Conselho de Administração; (vi) aprovar a criação dos planos de opção de subscrição de ações da Companhia Gama, Delta e Épsilon.Todos os documentos necessários para a apreciação das matérias constantes na ordem do dia, notadamente o laudo de avaliação dos ativos a serem contribuídos ao capital social da Companhia, encontram-se a disposição dos Srs. Acionistas na sede desta. São Paulo, 24 de setembro de 2010. José Luiz Teixeira Rossi. Diretor Presidente.

28,29,30/09/10

COMPANHIA ULTRAGAZ S/A - CGC nº 61.602.199/0001-12 - NIRC 35.300.030.401 Ata de Reunião da Diretoria - Data, Hora e Local: 24 de fevereiro de 1993, às 14:00 horas, na sede social, sita na Av. Brigadeiro Luiz Antonio, nº 1343, 9º andar, na Cidade e Estado de São Paulo. Presença: Maioria dos membros que compõem a Diretoria. Deliberações: A Diretoria, por unanimidade de votos, re-ratificou a deliberação da Reunião realizada em 20.07.92, cuja Ata foi arquivada na JUCESP sob nº 120.549/92-0, em 31.07.92, para que fique constando da mesma, que o endereço correto do estabelecimento filial localizado na Cidade de Canoas, Estado do Rio Grande do Sul, aberta por decisão deste órgão, em Reunião de 19.06.91, cuja respectiva Ata foi arquivada na Jucesp sob nº 99.083/91-7, em 04.07.91, igualmente objeto de deliberação de 14.01.92, arquivada sob nº 18.349/924, em 05.02.92, é o abaixo transcrito: de: Av. Frederico Ozanan, 1134; para: Rua Antonio Frederico Ozanan, nº 1655.

Igualmente, a Diretoria re-ratificou a atividade principal do mencionado estabelecimento filial, para que fique constando o que se segue: de: escritório administrativo de vendas e contato; para: comércio varejista de gás liquefeito de petróleo. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a Reunião e lavrada a presente Ata que, lida e aprovada, foi assinada por todos os Diretores presentes. (Aa) José Carlos Guimarães de Almeida; Welman Nahas Curi; Antonio Eduardo Dalprat Nery e Katuyoshi Utiyama. Declaro que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio.

Welman Nahas Curi. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o Registro sob o nº 42.985/93-6 em 18/03/1993. Jenny Rebello Lopes - Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI-MIRIM EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 092/2010 Objeto: Registro de preços de peças e acessórios em geral, para manutenção de máquinas e tratores das linhas leves e pesados, pelo período de 12 (doze) meses. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 18/10/2010, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 15/10/2010. Pregoeira.

EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 097/2010 Objeto: Locação de palco completo, camarim, som e luz, para os festejos em comemoração ao aniversário da cidade, nos dias 22,23 e 24 de outubro de 2010. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 14/10/2010, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1052. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 13/10/2010. Pregoeira.

REABERTURA DOS PRAZOS DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 095/2010 Objeto: Locação de oficinas recreativas para os festejos em comemoração ao aniversário da cidade, nos dias 22,23 e 24 de outubro de 2010. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 13/ 10/2010, às 14:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1059/1052. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 08/10/2010.

Pregoeiro.

EXTRATO DO EDITAL DA TOMADA DE PREÇOS Nº 014/2010 Objeto: Contratação de empresa especializada para construção de Quadra Poliesportiva Coberta, no bairro Parque Novacoop. Data de encerramento: 15/10/2010, às 14:00h. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1046/1052.

Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 18/10/2010. Presidente da CPL.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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e

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Shopper Experience recruta pessoas com mais de 60 anos para fazer o serviço de cliente secreto.

conomia

Fotos: Newton Santos/Hype

Vanda Calgaro, da Loja Sharisma: a proposta inclui oferta de uma linha para atender às necessidades específicas dos idosos quanto a limitações físicas e também para estar em dia com as tendências da moda.

Idosos ganham os holofotes do mundo fashion

Adaptações especiais: peças abertas atrás e nas laterais facilitam a vida de cadeirantes.

Há também acessórios.

Área de moda já desperta para necessidades específicas desse nicho Fátima Lourenço

O

mercado de moda ainda reserva muitos nichos de atuação. O olhar atento de Vanda Calgaro descobriu um deles, ao observar as necessidades da clientela do Centro Integrado de Atendimento ao Idoso (CIAI), no bairro do Morumbi, zona sul da Capital, do qual é sócia-fundadora há 23 anos. Ao longo desse período, além de idealizar acessórios e equipamentos adequados ao dia a dia da clientela (como uma cama especial para evitar a queda de pacientes), a empresária também se propôs a criar uma linha de roupas adequada às necessidades especiais desse público, mas que não desconsiderasse os atributos de moda nas coleções. O nicho, inclusive, ganhou uma data só para ele: o Dia Nacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro.

Assim nasceu a marca Sharisma, lançada no varejo virtual no início de agosto e prestes a ganhar a primeira loja física na região dos Jardins.

O espaço terá provadores e banheiro amplos, adaptados para dar segurança à clientela. A iniciativa consumiu três anos de desenvolvimento e investimentos de cerca de R$ 600 mil.

Vanda conta que durante a fase de desenvolvimento do projeto teve ajuda de profissionais

ligados à moda para tirar do papel os recursos técnicos que idealizou. "Eles foram pensados para que as pessoas sejam o menos invasivas possível no cuidado com o idoso. Os detalhes das peças foram patenteados", afirma.

Diagnóstico – "No início, eu levava os estilistas para ver como é difícil a pessoa vestir a meia comum. E a calça comprida que não sobe? Se o idoso tem uma fratura de fêmur, na hora da consulta médica terá que tirar a calça ou a blusa para auferir a pressão. Eles sentem mais frio, não gostam de ficar expostos e precisam de facilidades para se vestir rapidamente depois do banho", diz a empresária.

As roupas disponíveis no mercado, acrescenta, não levam em conta aspectos como o encurtamento dos ombros e a diminuição do espaço entre a região do peito e a cintura. E, além disso, há o fato de que as pessoas idosas também querem vestir roupas bonitas.

O que existe para esse público com necessidades específicas, segundo Vanda, é fruto de reaproveitamento. "Compra-se um moleton gigante para ser adaptado. E as cores não fogem do cinza, roxo, bege, preto ou marinho."

As soluções da Sharisma se traduzem, por exemplo, em calças com abertura traseira ou lateral e fechadas com botão de pressão para facilitar a vida de cadeirantes. Camisas e blusas

Faixa etária está em ascensão

A

abertas atrás, mas com botões frontais fixos para agregar valor de moda à peça, entre outras alternativas. "Atualmente, são cerca de 140 modelos. É uma grade minúscula, para não virar uniforme. Eu vou trabalhar com coleções."

O toque de moda virá por meio das tendências de estação (cores e estampas dos tecidos, por exemplo) e pelo uso de acessórios que a empresária também incorporou ao negócio. A proposta inclui a oferta de uma linha fashion para atender aos idosos em geral e mix ampliado com meias e calçados de marca própria.

Enquanto o espaço físico aguarda a inauguração, a loja virtual (www.sharisma.com.br) está disponível, como opção de compra pelo serviço de televendas.

tualmente, as pessoas com mais de 60 anos compõem a população que mais cresce no Brasil. O conceito de velhice tradicional ficou ultrapassado e a moda também precisa mudar. "A pessoa não vai vestir a roupa que a vovó usava e nem a da menina de 20 anos", comenta a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ana Amélia Camarano.

Ela diz que, além de peças mais adequadas, a população idosa necessita de cosméticos, produtos dermatológicos e calçados específicos. A essas possibilidades de negócios ela ainda acrescenta a demanda por aprimoramentos tecnológicos.

De acordo com projeções divulgada pelo Ipea, o Brasil tem 19,745 milhões de habitantes com 60 anos ou mais. Em 2040, serão 55,783 milhões. A população com 80 anos ou mais soma 2,799 milhões e deverá chegar a 13,742 milhões em 2040. A pesquisadora explica que esse contingente é resultado da taxa de fecundidade acelerada nos anos 1950 e 1960, associada à redução da mortalidade infantil. (FL)

Fotos: Marcos Mendes/LUZ

Otávio Viana: vida de 007 ajuda a complementar a aposentadoria.

"Melhor idade' é eleita a nova geração de espiões A serviço das empresas, eles checam qualidade de produtos e serviços.

Neide Martingo

O

aposentado e rep re s e n t a n t e c omercial Otávio Viana, de 62 anos, não é formado em arte dramática. Mas desempenha bem vários papéis. Para complementar a renda, e ser mais feliz, ele se inscreveu na Shopper Experience, especializada no serviço de clientes secretos. O lojista contrata a empresa que possui um cadastro de pessoas treinadas para testar produtos ou serviços – gente como Viana que já se passou por milioná-

rio, investidor e turista. " O i n t e re ssante desse trabalho é poder conhecer todos os segmentos.

Já fui consumidor em empresas de aviação, de construtoras, hotéis, bancos, lojas em geral ou prestadoras de serviço. Vesti bermuda e terno, no mesmo dia, dependendo do ambiente."

Viana já encontrou problemas no atendimento em diversos locais, mas nada muito grave. Ele detalha que as ocorrências mais frequentes são vend e d o re s d e s a t e n t o s , s e m vontade de conversar e mal educados. "Mesmo assim, dou uma nota oito para os produtos e serviços que testei."

Além de ter prazer com o serviço, Viana afirma que ele

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E DO TRABALHO COMUNICADO Processo Administrativo 2010 - 0.132.217 - 3. Pregão 015/SEMDET/2010/ MOBILIÁRIO. Por determinação do Senhor Titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho - SEMDET será retomada a fase de habilitação, precedida de negociação, na Sessão Pública designada para o dia 04/10/2010, às 14 horas, no auditório da SEMDET (endereço constante no preâmbulo do edital), em face da desclassificação, por descumprimento de normas editalícias, da Licitante Caderode Móveis para Escritório Ltda. CNPJ 00.366.257/0001-33, convocando-se as Licitantes classificadas em 2º (segundo) lugar nos Lotes I e II, respectivamente, Licitantes Aurus Comercial e Distribuidora Ltda. - CNPJ 50.870.575/0001-33 e Cidade Jardim Design Ltda. CNPJ 05.909.620/0001-61.

serve também para complementar a renda mensal. "Não há peridiocidade certa. O total de visitas pode ser cinco ao mês ou até 20. É possível aumentar os ganhos todo mês em cerca de 30%. Além disso, há as vantagens, como testar os serviços de um hotel. Certa vez passei cinco dias em um resort com minha mulher."

Viana dá algumas dicas para quem quer seguir esse caminho. "Tem que ter paciência, ser o mais natural possível quando estiver fazendo o trabalho e saber escrever. Depois de feito o serviço, é preciso detalhar em um relatório tudo o que se passou."

A professora primária aposentada Josefina Zarattin, de 71 anos, foi uma das primeiras clientes secretas da Shopper Experience – ela faz o serviço há vinte anos. Ela recebe um salário-mínimo por mês de aposentadoria e completa a renda com cerca de R$ 200 mensais, fruto da atividade extra. Josefina afirma que já teve que se vestir mal para saber se seria discriminada em uma loja. "Eu olho tudo. Se os funcionários usam crachá, se roupas e vidros estão limpos, se me oferecem café ou água.

Tudo isso vai para o relatório.

A maioria das experiências é positiva", diz.

Potencial – A Shopper Experience, empresa para a qual Viana e Josefina prestam serviços, criou o projeto "Peritos da Terceira Idade". O objetivo é recrutar pessoas com mais de 60 anos para fazer o serviço de cliente secreto. "Os representantes da terceira idade estão na companhia desde que ela foi criada, há 20 anos. Trata-se de um público ativo economi-

camente que precisa ser bem tratado", explica a presidente da empresa, Stella Kochen Susskind. "A ideia de priorizar esse cliente é dar visibilidade ao consumo inclusivo e mostrar aos empresários o potencial de negócios representado pelo processo de envelhecimento da população."

Atualmente, os idosos representam 4% dos 16 mil clien-

tes secretos da Shopper Experience. O ganho mensal pode variar entre R$ 50 e R$ 300. "Eles são os melhores clientes secretos da empresa.

Estão sempre disponíveis, têm boa vontade e não se importam de percorrer longas distâncias para fazer um serviço."

Para se tornar um cliente secreto, a pessoa tem que entrar no site da empresa (www.shopperexperience.com.br) e preencher um cadastro. Entre as exigências estão ter o hábito de consumir produtos e serviços e ser observador.

Os clientes secretos recebem treinamento pela internet ou pelo telefone, de aproximadamente três horas, além de orientação de como se comportar. "Cada uma das empresas que nos contrata quer checar como os funcionários estão atendendo, saber se a equipe está por dentro das informações sobre um novo produto ou se normas estão sendo cumpridas, por exemplo."

As empresas que mais precisam dos serviços do cliente secreto da terceira idade são varejistas, bancos e hotéis.

Para Stella, empresários ainda não se deram conta do potencial desse nicho. Segundo ela, só no Estado de São Paulo, 63% dos idosos viajam, no mínimo, uma vez por ano.