DIGESTO ECONÔMICO, número 210, novembro e dezembro 1969

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s u RIO

o papel das missões comerciais na promoção do comércio exlorior lUachado do Campos

A vocação nacional — Eugênio Gudin

Washinglon Luis — O polílico — Lucas Nogueira Garcez

A margom do um conlonário — Barbosa Lima Sobrinho

Washinglon Luis — O historiador — Ernesto Leme

A crise brasileira — Milton Campos

A correção monolária o os porlos — Mário Henrique Simonsen ....

Repressão à Usura — Arnold Wald

Transferência de funcionário — Antônio Gontijo de Carvalho ...

Dois ciudilos mineiros — Milton Campos

Tribunal do Conlas — J. L. do Aiihaia jMelo

O poder logislalivo o a segurança nacional — Pedro Aleixo

Calcário — Essoncialmenie da Conslrução Civil — Othon Ferreira

Herman Khan o a Fuíurologia — Eugonio Gudin

Políiica Demográfica para o Brasil — Glycon de Paiva

Reforma do Sislema Monetário Internacional

Roberto Appy

A política salarial brasileira, seus reflexos sôbre o desenvolvimento Sóciomedidas para sou aperfeiçoamento

Econômico do Pais e, Ulhôa Cintra Roberto de

Um grande ministro da Fazenda — João de Scantimburgo 124

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outros renderam oinda mois. O quo vem provar que, opesor das flutuações, ação ainda ó o melhor formo do opiicação de dinheiro, com grandes goronlias e absoluta liquidez. O corretor do BAlsa é o especialista capaz dc dor a você tõdos as coordenadas do bom negócio. Paro õle, o mercado dc capitais nõo tom segrfido. Aconselho-se com uma dos 134 Sociedades Corretoras membros da Bôlsa de Volôres. Vocô irá lucrar com ●3 progresso dos grandes cmprôsas.

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Dlretor:

AntAnlo Gontijo de Carvalho

O Digesto Econômico, órgáo de in formações econômicas e financei ras, é publicado bimeslralmente pela Edllôra Comercial Ltda.

OA direção não se responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam devidameíiic citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos assi nados.

Na transcrição de artigos pede-se citar o nome do D I Econômico. a o ● t o

Aceita-se Intercâmbio com pubU- (

O

número: publicará no próximo

FUTURO CÓDIGO

~ Arnold Wald

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O papel das Missões Comerciais na promoção do Comércio Exterior

] Importância <lo Comércio Intornacionnl

o endividamento externo para suprir nossa insuficiência de divisas. Evidentemente o nosso desenvolviniento econômico não poderia ficar dependendo indefinidamente de nos sa capacidade de comprimir as im portações ou de endividamento terno.

O crescimento econômico do Brasil, décadas, se baseou so- últimas tudo no processo de substituição virtude da esnas bi’e (ias importações, em disponibilidade de divisas genossas exportações, as ex-

Tudo indica que o caminho percorrido no passado, substituição de importações, já se acha quase es gotado. cassa radas por quais não vinliam permitindo o aten- total das necessidades inter0 processo Grande parte de nossas im portações é hoje representada por produtos de alta essencialidade, ma térias-primas e combustíveis. As máquinas e equipamentos importa dos, além de sua complexidade, exi gem escalas amplas de produção, o que torna muito difícil a sua substi tuição pela produção interna. Devese ainda considerar que o próprio processo de desenvolvimento econô mico faz crescer as necessidades de importações. Verifica-se, poi*tanto, a grande dependência da economia brasileira com relação às importadimento de bens ou serviços. nas de substituição de importações possieliminação de gastos com importação de grande nú- bilitou a clivisa.s na de produtos nao essenciais, resei-vamlo a nossa capacidade de im portar para as matérias-primas, com bustíveis e equipamentos uidispensá- funcionamento do nosso parDessa forma, promero veis ao industrial. que curou-se superar a desenvolvimento pela nossa resultante do limitação imposta caao pacidade de importar , , , , desequilíbrio entre o valor global de nossas importações de bens e servi ços c a receita gerada pela exporta ção. Para não estancar nosso desen volvimento recursos possível, através de seleção dos pro- <lutos importados. Quando tal sele ção já não foi mais possível, pois nossa pauta de importações já ficara reduzida quase que exclusivamente a produtos essenciais, apelamos para ●i çoes.

A capacidade de importar de um país depende do ingresso de divisas estrangeiras. Elas podem provir da receita das exportações, da entrada de investimentos estrangeiros e dos empréstimos ou doações externas. No caso brasileiro, em que pese o inestimável serviço que vem sendo emprestado pelo capital estrangeiro no crescimento de nosso parque inprocuramos usar nossos cambiais da melhor forma - ii 1,

dustrial e o precioso auxílio repre sentado pelos empréstimos e finan ciamentos externos, a nossa capaci dade de importar depende, basica mente, da receita de tações. dades de cam

nossas exporIsso porque outras modalimgre.s.so de divisas impliem obrigatoriedade de retorno, a título de remessa, amortização c Não Se pretende com isso di que devemos prescindir dos in vestimentos juros.

global e unificada de ÊHse.s

vos zer e empréstimos do exte rior. Êles foram e continuam sendo necessários. Apenas se pretende res saltar O.s que, expandindo substancialmente as exportações, pode país preservar e, possivelmente pliar nosso ama sua capacidade de importar. Acreditamos que o Brasil chegou seu processo de a Pm ponto do desenvolvimento tem outra alternati sua em que não va, para a a não ser suas vendas

e a falta de iiina j)olitica fiscal e crediticia que projdciasse condições a nossos jjrodutos no como altrtimns das causas expansão do noso exleiior, Incxisaquela data, unia política ex])ortaçãü. entraves e fatores nepaticontiãhuíram jiara (jue não liouvesse no pais. (luer na c‘sfc‘ta gover namental. f|uci‘ no setor privado, uma mentalidade e,xporladoi-a, governos, jiosteriorcs à Revo lução de lOül, adotaram um conjun to de medidas destinadas a amparar e estimular as exportações brasilei ras. Rode-se dizer, lioje, (jUe as autoridades governamentais quase que esgotaríim as jiossiliilidades de incentivos de ordem íiscompetitivas exterior, que dificultaram a sas vendas para tia, até

cal e crediticia à exportação,., lirincipalniente no tocante aos produto.s indu.striai.s.

O ern- para „ exterior. Devemos

lircsariado lira.siloiro, jior sua vez, re.spondeii positivamonte incrementaraceleração, as

uustriais, representa de utilizarmos capacidade de tivo, i

possibilidade niais eficazmente nosso a a parque produdessa forma. incrementando,mercado de Não

o empregos. sas ri analisarmos sas do insuficiente exportações dizer

Podemos decorreram, de erros da poií- ^conmuica adotada. Podemos as nv.-k— cambial, ' f € eontingenciamentos exportaçõe.s de determinados l õblf’. repartições í üiicas ligadas ao comercio exterior

in- a esses estímulos, como se pode veri ficar pelo crescimento de nossas ven das de manufaturas para o exterior. As exportações brasileiras cjue fo ram da ordem dc USS 1.407 mil em 19G3, atingiram a cerca de US$ 1.880 em 10G8, taxa média G%.

o que rejiresenta xmia anual de expansão de As manufaturas representavam menos de 3% do valor das exportaas caucrescimento das brasileiras que. até 1964, elas em grande parte tica

çoes om 19G3 o, atualmente, contri buem com mais de 10% dêsse total.

Apesar dos progressos já alcan çados ainda é necessário um grande esforço citar a as não só jior j)arte do governo mas espGcialmente por parte do se tor privado, no sentido de incremen tarmos as exportações. pro-

Autorizados estudos a respeito da situação ita nossa balança de paga mentos, isto é. a diferença entre a nossa receita de ilivisas e os nossos exterior, mossetor externo podo vir a

meio de visita coletiva organizada. Constitui uma demonstração efetiva de interesse de expansão do comér cio entre o país organizador sitado. e o VIcompromissos com o Iram (jiie o se constituir no principal obstáculo ao crescimento futaro da economia

Mostram ainda que, para

Existem vários tipos de Missões Comerciais, confor forma e objetivos, reza, teríanios,

me a sua natureza, Quanto à natu- brasileira, ipie a economia brasileira possa cresuma taxa anual de G'/r até

cer a fim <it) século, é necessário que as exportações cresçam a uma taxa méniesma orilem. desde que so constante o coeficiente de importações, isto é, a relação entre imporUições o o Produto Interno

Embora as expoi*tações bratenham erescido, na média, de 0% ao ano a partir de 1ÜG4, deve-se considerar que será um esforço muito maior O

grosso modo as missões governamentais, as organi zadas pelo setor privado, com assis tência governamental e as organiza das pelo setor privado, cia governamental.

sem assistên- dia mantenlia <la sao a.s Bruto, .sileiras

i^Iuitas Missões Comex-ciais preparadas, dirigidas e financiadas pelos Governos, através de seus Mi nistérios inércio. a

contra necessário daqui para frente para que elas poscontinuar a crescer nessa taxa. sam porque se acham pràticamente esgo tadas as possibilidades de incentivos fiscais de nossas vendas para o exterior de penderá agora, basicamente, dos es forços desenvolvidos pelo setor pri vado.

os recursos necreditícios. A expansão e na onde resultados concretos

ou Departamentos de CoIsso Se justifica especial mente em países em desenvolvimen to, nos quais a exportação cm lôrno se enem seus primeiros estágios e apenas o governo dispõe de condi ções para mobilizar cessários pai'a um esfôi'ço inicial com vistas à expansão das exportações. Também, tem se verificado a atua ção de Missões Governamentais, penetração em mercados não tradi cionais, só podem ser obtidos a longo prazo, não constituindo, poi^tanto, um atra tivo para os empresários.

O papel das Missões

Comerciais

Comerciais se enqua dram nêsse movimento geral de ex pansão de nosso comércio exterior e resultam de um esfôi’ço conjugado de autoridades e empresários. Missão Comercial significa esforço concentrado de parto dc uma nação para incrementar seu intei’câmbio comercial com outros países, por

2 emprei’€ce-

As Missões do setor privado, atra vés de associações de classes e sáriais e de outras entidades, bem geralmente

As Missões a colaboração vernamental, quer através da cipação de membros de quer da assistência financeira administrativa. gopartigovêrno. ou Algumas missões, no entanto, são organizadas sem qualquer ajuda ou participação ofi cial, não por não serem do interesse

Iestatal seus objetivos, mas porque, muitas vézes, o número de inissõe.s comerciais supera de muito a ca{)acidade financeira ou iie pe.nsoal dos governos.

Quanto às formas poderiamos dis tinguir as Missões em Horizontais e Verticais, entendendo-se por verti cais as que cobrem apenas uma cate goria de produtos, e horizontais aquelas que abrangem várias cate gorias. Uma Mi.s.sãü exemplo, por uma associação de fa bricantes de tas seria vertical, organizada por uma Associação Co mercial seria horizontal, bar representantes de gorias de produtos.

Deve projiussívcl de ])o.s.sibiiidades

vi.-ila, suas pcDüve nau

nacional é unia via de mão

cios de sua comunidade, curar obter o máximo mformaçõc'.- .sõbic as do mercado (lue culiaridaues e suas exigências, inclusive di.sculir a.s ]jussibi-idades ile seu jiai.s imi*oríai' ilcLenninados produtos do iiais visitado, pois, se pode ignorar que o comércio interdupla.

C^uem imjiorta também ileseja expor tar. Nas mis.sões com objetivos indi retos é muito comum a participaçao de pc.s.soas não diretamenle ligadas as atividades d<- comércio exterior, organizaca, por

mo baiiijueiros listas, com o estudos com cienrealizar mais por englovárias cate-

O objetivo básico de uma Missão Comercial, como .seu propno nome indica, é promover o comércio. Podese distinguir, contudo, pela maneira como

eientificü. cambio entre Uuulo melhor propicia o desenvolvimento do intercâmbio.

Quando 1 ® beneficio apenas T classifica como Missao Direta

máquina.s e ferramenenquanto outra cojirofe.ssores e proiiúsilü de uma iierspectiva ampla ijue envolva, além das trocas de mercadorias, a.s jmssibiiidados oe um intercâmbio técnico, cultural ou Essas formas de interdois iiaíses, pos.sibiliconhecimento recipro co, contribuem, a longo prazo. i)ara o aumento do comércio.

-se quanto a seus J — Missões Comerciais Paulistas

comunidadfur„'^“^'‘“Tnaíc- >. - negocios de de Missao Indireta

. uivuigai produtos de fot a atingir o incremento geral dos gocios entre os dois aspecto, assume quase o caráter de Missao de Boa Vontade. Os mem bros de Missão Indireta

Tivemos oportunidade de partici par, na qualidade de Presidente, da Missão Comercial ao Japão, realiiiada no mês de outubro de 19ü8 e, mais recentemeiite, como cheíe, da Missão Comercial de Sao Paulo, a Portugal. Missões foram organiza das pelo setor privado, tendo, porém, contado com o apoio oficial. Na pri meira delas, esse apoio foi represen tado pela presença do Gerente Ad junto da Cacex em São Paulo, Dr. Aymone Summa, na qualidade de seu Assessor Econômico, além da ampla a

um -se, encon●ma ao Ultramar Português e Ambas ne- as países. Nesse nao devem se preocupar apenas em realizar vendas de seu interesse restrito, divulgar as oportunidades de mas negó-

assistência prestada pela Embaixada Hrasiloira nu Japão. Na segui.da, contamos com a significativa presen ça (lu Dr. I.uiz Arrobas Maitins, ilus-

Sccrclãrio da Fazenda de São ao qual fui entregue a PreIlunru e também com a assistência da representaiiij)!omã;ica brasileira.

.Missões podem, portanto. a tre Paulo, sidência eficiente ile çau léssas

clas.sificadas como de setor pri- ser vado. com assistência governamen tal. Horizontal, quanto à sua for ma. j)üis, incluiam representantes de vários setores de atividades, e, indi reta, com relação aos seus fins, que objetivavam, em ambos os casos, a i-osultados a suas longo prazos.

chefia da Mis- t^uando aceitamos a Comercial ao Japão assim defiübjetivos: “estreitar sao os seus ninios os vínculos de amizade entre o BraJapão, procurar incrementar comerciais entre as duas e consil e o as relações

no Brasil, tendo sido focalizados di versos setores que ofeiece.n atual mente grandes possibil.daties para os investidores. Deve-se destacar presteza com que as empresas jaI)onèsas atenderam às solicitações lios membros da Missão, revelando um alto grau de organização e agres sividade de vendas. As autoridades japonesas contudo, nos contactos que realizamos, expressaram sua preo cupação com relação ao equilíbrio do intercâmbio entre os dois países, de monstrando que, ao mesmo tempo que os japoneses se dispõem a nos comprar matérias-primas e alimen tos, desejam incrementar as vendas de produtos industrializados para o Brasil.

A àlissão ao Ultramar Português e Portugal teve a oportunidade de constatar, através de visitas tactos, as possibilidades potenciais que esses mercados oferecem para ilivLilgar o nosso país no colocação de produtos brasileiros. Dizemos potenciais por se tratar de mercados ainda pequenos, mas (Ic um intenso programa de vêm apresentando elevadas taxas de reuniões, com autoridades crescimento. Além disso, Portugal e do classe e contactos suas Províncias poderão representar Os inem- importante via de penetração para os nossos produtos na Europa e na África, na medida em que consiga mos estreitar a comunhão de interes ses entre os emresários dos dois paí ses. Julgamos que muito mais im portante do que as constatações fei tas sôbre as possibilidades dos mer cados visitados, foi a contribuição prestada pelos membros da Missã para tornar o Brasil mais conhecido nesses lugares, pois apesar da tra dicional amizade que nos une é qua se total o desconhecimento neles

Nações e exterior”. Cremos sinceramente que ü.s objetivos enunciados, atingimos através que visitas, e entidades mantidos com empresários, bros da dade Missão tiveram a oportunide cntabolar negociações com japonesas de diversos secomo mineração, siderurgia, emprôsas tores, aços especiais, rolamentos, veículos, equipamentos, eletrônica, transportes, etc., visando à máquinas c tintas, realização do contratos de importaexportação, de assistência téclicenças de fabricação e, incluassistência financeira. Disçao e nica, sive, cutiu-se, ainda, a possibilidade de expansão de investimentos japoneses o

existente com relação ao atual estíig\o do desenvolvimento brasileiro. Importante também foram tactos iniciados por empresários vi sando à associação de capitais e de técnica de ambos formação de empresas mistas, a forma mais efetiva de intcífração luso-afro-brasileira.

No ano em curso, a cajjiiíil paulis ta já recebeu Mi.s.sões cc-onõinicas do Hulivia. .MéxiI-;.''tados Uni* (● iiovameoLc .Mexicu e Nos j)ro.\imus dia'.- reccinij)oríanle Mi.ssão I-ranPara^fuai. In^rlatcrra. CO, i-.'(juador, 'I'ur(iuia, do.s. Itália Injílaterra. beremo.s os conos países para a como cosa

Procuramos nesta oportunidade, apresentar apenas algumas obser ções a respeito das Missões Comer ciais de que participamos, lanço completo dos seus resultados não pode ser feito a curto prazo. Elas visavam objetivos a longo pra zo. Apesar das falhas

va- representam alcance

iJe nossa i)artc estamo.s conven cidos de que as Missões Comerciais um veiculo (Ic grande j)ara a divulgação tio país e de seus produtos. i'(»r estarmos con vencidos disso é (luc tios (iispusenios a particij)ar das mesmas, (ãmio Pre sidente (Ia Associação Comercial Sao Paulo, entidade tiue, liã longos anos, ver a exjjansão <las exportações bra sileiras, julgamos (lo íiosso dever em prestar nosso apoio a tôdas as inicia tivas que visem ao incrcmenlt) de nossas vendas para o exterior.

vem batalliamlo para promo-

Um ba- I (le e insuficiências que possam ter tido, pois ainda e muito limitada entre nós a experi- encia na organização dêsses tipos de empreendimentos, acreditamos, sin ceramente, que as Missões t^ham trazido benefícín« nr i , - " tn rir. rn ' ● tlcscnvolvimett- to do comercio exterior do

país.

0 l;. câmbio promover o interpaíses ^ e^Periência dos pa«ce7emotTr‘"‘'r tàn

■déia'” da i tancia que as demais buem a êsse tipo de por Missões Comerciars d" P^qat tao, Mexico, Nigéria, Rússia, Pintn. cha, Colombia, Itália, Venezuela Guiana Inglesa, Austrália, lugos- 'avia. Estados Unidos, Coréia do Sul, Marrocos, Espanha, Japão, Ga na, Canadá, Tchecoslováquia e ingla- terra.

A entidade que temos a lionra do presidir, realizou em 195(3 a I Con ferência Brasileira cie Comércio Exe deverá realizar, em março

terior próximo, u VIII Conferência.

Nes ses certames se focalizam, de forma objetiva, os problemas de nosso in tercâmbio comercial. Nas sete Con ferências anteriores foram focaliza dos dificuldades de natureza burocrática e institucional que impediam a ex pansão das exportações brasileiras e foram sugeridas às autoridades mcdidas destinadas a possibilitar o seu desenvolvimento. Na VIII Conferén-

impornações atripromoção de principalmentc, os entraves e as cia, os problemas de comércio exte¬ rior serão enfocados sob outro pris ma. Procurar-se-á definir o que o empresário pode e deve fazer para

o incremento das exportações, bàsicamento, no cmi)Jcsário Mentalidade Expor tadora mais ajçressiva c condizente atualidade brasileira. Pro- lado das nossas belezas naturais, para despertar fomento da indústria do tui-ismo. curar-se-a

com a

A par <lisso, procurar-se-á demons trar. a tôdas as áreas responsáveis Nação, a necessidade de ampla divulgação do Brasil no exterior, atra vés <los nmdornos meios de divulga<la poi.s. cm nossas andanças, puscMitir. por mais de uma vez, somos desconliccidos. IVIoso nosso desenvolvimento indus trial. a nossa evolução energética, as grandes possibilidades que temos, ao

Viagens de técnicas, estudantes, lí deres intelectuais, empresários e ho mens públicos, trazem sempre reais vantagens ao País. Adquirem novos conhecimentos, ampliam a visão dos fatos e das coisas, concorrendo as sim para o enriquecimento do nosso patrimônio cultural, técnico e cien tífico, e, por outro lado, possibili tando a correção de nossos possíveis érros e o aprimoramento do que já temos feito em benefício do nosso de senvolvimento sócio-politico e nômico.

çao. demos o (juanto trar eco-

A VOCAÇÃO NACIONAL

gERÁ que cada pais é dominado por sua “Vocação Nacional”? “ interrogação que me acode ao espí rito, a propósito do apêlo do Rrimeiro-Ministro francês, Sr. Chaban-Delmas, para que a França se torne país intensivamente industrial, do ti po da Alemanha exemplo.

Tal a um ou do Japao. por

Será que é possível realizar espécie de essa mutaçao dron’zação. digamos ? cada

ou essa paOu será que país, como cada indivíduo tem suas características peramento distinto, econômica especial’?

no curum país . campo do desen- - volvimento industrial Inglaterra dos i e XIX no como a séculos XVIII ou a Alemanha Unidos de fi i Sempre “ brilhant Ilzação derou.

A França nunca foi, so de sua historia, pioneiro propnas e temcom sua vocação

Primeira Guerra .Mundial uma pariG considerável dessa jiouji.ança se cana lizou |)ara subscrição de um sem-nú mero de emj)rc;stimos ã Rússia, sua então aliada, (|ue em 1!)17 passoullie o mais completo cahjle. Dcjiois da Segunda Guerra .Mundial, uma vez restaurada a sua economia, pas sou a investir na África (io .\orte somas cjue, segundo declaivições de seu ,Min. da l*'azenda PFl.I .M I.I .N, no Fundo .Monetário Internacional em 19ÕÕ, beiravam o “bilhão de dólares por ano”. Mesmo depois da Fran;.a sair da Argélia, BE.\-JiEL.A custava ao General De Gaulle 3Ü0 mi lhões de dólares i)or ano. Tan to quanto a Rússia gasta atual mente com Cuba.

Assim dilapidou a França no exteidor somas considerá veis que poderia ter aplicado, com enorme proveito, no aparelhamonto de sua infra-estrutura, no setor tie Saneamento, na rêde de canais (o do Reno-Ródano ainda está por fazer), na reforma de seu velho casario, de sua Marinha Mercante, etc.

e os Estados ns do .século XIX e do XX acompanhou ”, ^ i’uro com euron" industria- europeia. Mas Como es nunca a linunca foi um grande os i^arítimo e de n T-Tni como Ve- o os Países Hauscáti- D mesmo centro de banqueir neza y ★ COS. Se pode dizer mu7ÁTr expansão mundial, como a de Portugal, da Es- Panha. da Inglaterra e da Holanda nos séculos XV a XVIII, Faltava talvez à França a audá cia € 0 espírito de aventura e de Nunca lhe faltou quanto a

A grande contribuição da França para a Civilização Ocidental foi no plano intelectual, das Ciências Artes e da Filosofia. So ela não deu nm Shakespeare, um Dante ou um Da Vinci, dou ao Mundo do Pensa mento e das Artes uma legião de figuras de primeira grandeza. Foi das risco. 0 espírito de entretanto poupança. Antes da

.\tonas da Europa. p e a pais a tual, eni aticismo. lembro quem, que cada j.rovincia da h’rança era como um rio da Grécia É a pátria da inteligência. antiga.

ti Nenhum excede cm requinte intelecDisse, não me

0 "status” político desses dois países. Herdamos a tradição do Estado Cartorial, do excesso de verbalismo, da hipertrofia do Eu, todos os elementos >● negativos para o processo de desen volvimento. Os países que se apre- ' sentam na vanguarda dêsse desen- \ volvimento. como a Argentina, o Brasil 6 0 I\Iéxico, muito devem à contribuição do elemento humano es trangeiro, como 0 italiano, o alemão, 0 japonês e o americano (México). .Mas ainda hoje o nacionalismo bas tardo que trava o seu progresso é inn subproduto de sua origem ibérica.

Mas não é a pioneira da Indústria .●\o fim de 10 anos dc Mer- .1 eu ropeia. eado Comum, a .Alemanha, que fôra na Segunda Guerra, já se vanguarda industrial e de ser forçada a “ vamoeda, para não dese(piilibrar o si.stema dos seis.

O (lue nal, é que apêlo seu ★

Cdiaban-Delmas pede, afia França responda ao do SERVAN-SCHREIBER em ●● Desafio Americano”. arrasada firmou na í acal)a agora lorizar” sua

Os iiaíses como o nosso, também têm sua voca ção especial. A .América Latina foi co lonizada por Portugal c pela Espanos séculos XVII e quando nha, XVIII ]á declinavam a capacidade e

menos desenvolvidos”.

.A experiência está mostrando ain- i da hoje como é difícil modificar essas características, isto é, a “vocação nacional” dos países. Como tam bém é difícil e duvidoso o sucesso do apêlo dirigido pelo Primeiro Mi nistro francês, para que a França se torne um país de vanguarda, no campo da Tecnologia e da Indústria, *

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