Roteiro Histórico de Santo Amaro

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Wr ' ■ K UJ-*● ' I COCCID ASSOCIAÇAO Comiti de Civismo COMERCIAL i Cidadania Sào Paulo

COMITÊ DE CIVISMO E CIDADANIA - COCCID Erro Tipográfico.

A luto contra erros tipográficos tem algo de homérico. Durante a revisão esses erros se escondem,fazem-se invisíveis. Entretanto, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todos as páginas.

Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar.(Mon teiro Lobato)

Nesse sentido, como a atual edição do Roteiro tem caráter experimental, toda colaboração positivo e voluntária será bem-vinda.

Para nossa 2° edição, encaminhe sugestões para valeria@acsp.com.br

GESTÃO MARÇO DE 2021 A MARÇO DE 2023

PRESIDENTE

-ALFREDO COTAITNETO

VICE-PRESIDENTE

-SAMIRNAKHLE KHOURY

INTEGRANTES

- ADOLFO bolívar SAVELLI

-FRANCÊS DE AZEVEDO

- BEATRIZ PEREIRA LIMA GUIMARÃES

- EDIMARA DE LIMA

- GILBERTO MARQUES BRUNO

- ELISABETE FLORIDO DA SILVA

- ADEMIR GATTI

- ANA CLAUDIA BADRA COTAIT

-ANTONIO RESENDE

-ARTHURJAFET

- DENISE ALOIA DE MORAES

- EDNA CONTENTE CANTARINO

- FABIO LUIZ RALSTON SALLES

- GAETANO BRANCATI LUIGI

- HEDEL FAYAD

-JÁCOMO SPAMPINATO NETO

-JADIRJOSÉ DA SILVA

-JOSÉ CARLOS BRUNO

-JOSÉ FRANCISCO FERRAZ LUZ

-JOSÉ UMBERTO DA SILVA

- KIYOSHI HASHIMOTO

- MARCELO AZEVEDO

- LUIZ EDUARDO PESCE DE ARRUDA

- MARCIA REGINA MIRANDA DE MENDONÇA

- MARIA APARECIDA ESTHER MARTINS

- MARIA CECÍLIA NACLÉRIO HOMEM

- MARIO FONSECA VENTURA

- ORLANDO WAGNER PELLOSO

- PEDRO PAULO PENNATRINDADE

- RODRIGO FITTIPALDI

- SÉRGIO GUILLEN

- SINVAL FRANCISCO LIMA FILHO

- SÔNIA PEREIRA DE SOUZA

- VICENTINA MANES DA SILVA

- VICTOR EMANUEL VILELA BARBUY

- VITOR DONIZETTI DOS SANTOS

- WALTER CORRITO PEREZ

- ZENILDA MARQUES VARGAS

ACSP e a Comunidade Santamerense,

SAUDADES DO VELHO SANTO AMARO:

, an-

É sempre muito prazeroso abordar algo sobre Santo Amaro. Mas tes, permita-me apresentar nossa Associação Comercial de São Paulo - ACSP, uma das Instituições mais pujantes do país.

Com reconhecido dinamismo e visão moderna, prezamos pela exce lência dos serviços prestados ao empreendedorismo. Somos milhares de associados, empresários e profissionais liberais, ajudando no cres cimento da nação. Apoiados em 15 Sedes Distritais, também atuamos nas respectivas regiões e comunidades. Mas, o que é uma Comunidade?

Alguns afirmam tratar-se do local onde vivem pessoas com interesses semelhantes. Porem, a globalização modificou o conceito de sico", gerando grupos sociais difusos e afinidades pontuais. Uma de moradores, bem como usuários e espaço fp porção empresas, deixou de formar tiÁ, "comunidade", pois a sociedade moderna tornou-se tão egocêntrt ^ poucos conhecem seus vizinhos, sobretudo em algumas resiõef listanas. Se ficarmos passivos e acomodados diante ^ deficiências, perderemos o sagrado direito de com isso, surgirão camadas sociais

paU' dessas flagrantes anm - "idada w- 3*^tagônicas e beligerantp<;(n em partes importantes da capital). St^^^ntes(o nia; Pde já ocorre

Nesse país continental é bem evidentP nnc. ^ vem sendo esquecida ao longo do temoo pois o cotidiano comunitário santamarense abhga recedores de reverências, desde sua f,,na - ® ‘ que a elevou como freguesia dejeribatiba por José de Anchieta, educando índios,

história ssmaecer pessoas e ícones me^ pequena capei= através de jesuítas tutelad mamelucose colonos. os

Como a missão de preservar essa rira hCivismo e Cidadania) da ACSP aimeia ^ valores à comunidade santamarense agreguem pe

0 COCCID (Comitê de cial para que você conheça nossas ativifH ^°m''^° oferecemos àqueles que visam o progresso "" Agradecemos indistintamente , u mente, se dispuseram a concretSro s ''°'^ntaria-

recursos quç pouco d ^ , ‘-uMcretizar o sonho de mostrar um grandiosidade de Santo Amaro. a

Desfrute deste Roteiro. Foi confeccionado e fornecido com muito nho. cari~

Ajude a aprimorá-lo nas demais edições e faça ótimos passeios.

Nas andanças pela minha infância, me vi menino e, ávido, procurei o meu velho Jardim de Santo Amaro (Praça Floriano Peixoto). Mas, para a minha tristeza não encontrei aquele lindo e bem cuidado gramado, aquelas flores coloridas e perfumadas que encantavam aquela praça. Local onde sempre encontrava o Edgar, o André, que ficava muito bravo quando nós o chamávamos de "Muju", o Maurício, irmão da Amália e do Natan, o Maurício(Motes), o José Maria (Peru), o Ney da loja de calçados a Imperatriz todo cheio de si, pois ele se achava o tal com as menininhas da época, o Zé Carlos Borba Lima, o Marcos da colchoaria, o Basan (turquinho da pinta), cujo pai também tinha uma loja de calçados quase vi zinha do Foto Amaro(que o proprietário era o Sr. João pai do Pedrinho), 0 Jair e o Miguel França (filhos do Sr. França - o Coletor Federal em Santo Amaro), o Pedro - Abelha (filho da Dona Terezinha e do Sr. Raimundo Lourenço) todos muito ativos e felizes, contando sobre as proezas que haviam cometido, quando em dado momento,aiguém falava "vamos até a sorveteria do Sr.José(Sorveteria Universal do pai do Paulinho)", e para lá íamos todos a fim de tomar um sorvetinho, que de acordo com os cruzeirinhos de cada um, comprava um sorvete de massa ou um de palito (picolé), pois este era o mais barato. No entanto, nunca dava para com prar um "esquimó", que além de ser mais caro era mesmo uma delícia, não lembro muito bem se o mesmo era creme de baunilha, só sei que era coberto com uma grossa camada de chocoiate.

Porém, encontrei um Jardim triste e sofrido todo cercado de grades que mais parece uma prisão. Olhei para o Coreto onde todos os domingos a Banda de Música se apresentava toda orgulhosa e uniformizada, que mais parecia uma grande orquestra realizando um concerto, e como brumas do pensamento, recordei-me das famílias que colocavam as ca deiras na calçada, para ver o movimento e apreciar a banda tocar. Dos namorados de mãos dadas, que passeavam e faziam juras de amor eter no, e das crianças brincando e correndo de um lado para outro.

Lembrei-me do meu Grupo Escolar"Paulo Eiró", mas quando olhei, ele já não estava mais lá e quantas histórias maravilhosas também desapare ceram com ele como, por exemplo, o plantio de árvores no "Dia da Árvo re", as homenagens no "Dia da Bandeira"e tantas outras comemorações que participávamos com orgulho, pois naqueles tempos havia o patrio tismo, o civismo, o respeito e o idealismo, não só das crianças, mas tam bém dos adultos. Lembrei-me do Sr. Geraldo, o guarda civil que ficava no cruzamento da Rua Campos Sales(hoje Rua Mário Lopes Leão)com o início da Rua Capitão Thiago Luz (antiga Rua Direita) e Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo (antiga Rua do Mercado)atravessando as crianças que saíam ou entravam no grupo escolar. Daqueles tempos saudosos só restou o prédio da subprefeitura, que continua lutando para se manter naquele local, resistindo ao tempo. Hoje, transformado no Paço Cultural Júlio Guerra, acreditem, aquele prédio que sempre foi pintado de cinza, é chamado de Casa Amarela.

Olhando daquela esquina de auspiciosas recordações, tínhamos o Gru po Escolar de um lado e do outro, o bar e sorveteria do Milton e víamos bem ao fundo da Rua Direita (hoje Rua Capitão Thiago Luz), a torre da nossa velha Igreja Matriz de Santo Amaro (hoje a catedral, embora mui tos digam que não), e que também traz muitas recordações, como as Festas do Divino com as barracas das argolas, da pescaria, do tiro ao alvo com espingardas de pressão (onde os projéteis eram rolhas), e tantas outras atrações.

Samir Khoury Vice da Associação Comercial de São Paulo - ACSP

no os casamentos realiaté

Havia também a barraca onde eram feitos os leilões com as prendas mais variadas como, por exemplo: leitõezinhos assados, frangos assa dos e vivos e tantos outros presentes que eram ofertados pelo povo de Santo Amaro. Havia também o "porco ensebado", que era solto no meio da multidão e quem conseguisse pegá-lo ganhava prêmios, tal como "pau de sebo", que era montado em frente à Igreja e quem conseguisse subir apanhava os prêmios que ficavam pendurados lá no alto. Lembrei-me das missas solenes ainda rezadas em latim, zados aos sábados, a missa das crianças celebradas aos domingos às 08h30min, às procissões que saiam da Igreja e percorriam a Av. Adolfo Pinheiro, virando à esquerda da Rua Anchieta, entrando à esquerda da Rua Campos Sales, dobrando à esquerda na Rua Capitão Thiago Luz chegar novamente à Igreja Matriz.

E me vi brincando de "mãe da rua" na Rua Paulo Eiró, a antiga Rua d;q Palha (no tempo de minha avó), essa rua ficava paralela à Rua D' no Jardim de Santo Amaro. Nesta rua estavam as casas ou as cons'd^'^^ das"mansões dos santamarenses" do comércio e da sociedade d época, tais como: Salomão Karlik, José Abrantes, Victorio e Amér^*^^^'^ gélico, Dr. Pascoal Peline (médico) e tantos outros "figurões" da'^'^ tempos. Mas voltando a diversão chamada "mãe da rua", era um de brincadeira, onde um garoto ficava no meio da rua pára pe ^ les que atravessavam pulando em uma perna só e quando erfm por aquele que ficava no meio da rua eram forçados a pôr o ^ no chão e ficavam também tentando pegar os demais e o ' P® 3 pego era o campeão da brincadeira. ’ ' ser

Nos meus pensamentos, me vi descendo pela Rua Hn Ten. Cel. Carlos da Silva Araújo), saboreando um sorvete ^ lé) do bar e sorveteria do Milton que, como já dito firaue Rua Campos Sales com a Rua do Mercado, ou mesmo o u '^^^dina da Sr. José (Sorveteria Universal) em busca da casa do sV do d grupo escolar); a casa do Sr.João Barroso Baptista Sobrinho na do pai do Laerte; do empório de secos e molhados d ^ ^ '''draçad

BREVE HISTORICO:

A ORIGEM:

Talvez nem todos tenham conhecimento, mas foi em Santo Amaro que nasceu o povoado mais antigo da região e até mesmo da cidade de São Paulo. Em homenagem ao santo que lhe dá o nome. Santo Amaro cele bra seu aniversário em 15 de janeiro e dez dias depois a cidade come mora seu aniversário, sendo cronologicamente, dois anos mais jovem que o bairro que um dia foi cidade.

Originalmente habitada por índios, a história da região, ao que consta, tem origem no início do século XVI com os jesuítas e bandeirantes atra vés da colonização portuguesa e alemã, e desenvolve-se como cidade próspera ainda na monarquia com a perda de condição de cidade já no caminhar do século XX.

Nômades por natureza, sob a liderança do cacique Cáa-Ubi, chegaram os índios guaianases a uma localidade distante quase 20 quilômetros do centro de São Paulo. A região situada sobre uma chapada a 745 metros acima do nível do mar e abrigada pela Serra do Mar ao sul, que era uma mata cerrada, abundante e primitiva, a fauna e flora eram abastecidas com águas cristalinas e abundantes, que seria hoje a cidade de Santo André.

Com a chegada de Martin Affonso de Souza ao litoral paulista e o encon tro com João Ramalho, que se casou com Bartira (filha de Tibiriçá) e vivia em Tumiaru (hoje Santo Vicente), o cacique Cáa-Ubi (que nunca confiou em estrangeiros)se afastou do aldeamento e seguiu mata adentro.

Até que, ao encontrar o Rio Jeribatiba (depois denominado Jurubatuba), ali resolveu permanecer junto à margem esquerda. No local, construiu suas ocas e nascia assim, o aldeamento de Virapuera (mais tarde Ibirapuera), chamado "mata grande", iniciando-se assim a história de Santo Amaro. Depois, chegaram os jesuítas em entre eles o então Padre José de Anchieta. . . .. . , ^a§ião) e tantas outras pessoas que nesta rua residiam ou tinham o seu comércio Até mento,cheguei no "velho mercado" de Santo Amaro Alfredo Bruno fora o administrador que em pensalocal onde , meu pai, e ae repente

o o empório do Sr. Cenerino Branco de Araiiin "p Helfenstein; de Santo Amaro à Pirapora do Bom lesus"- c da Romaria do Sr. salvador que foi meu professor de'vmiin''T' “'^^^dola; e molhados do Sr. Em(d,o BrLco de°Amú;ro;nÍxTeSa^^ Elza que se casou com meu amigo Toni Siani Araújo Filho (cardiologista famoso pais da ini e do Dr. Emídio Branco de na

, me vi por lá pertur¬ bando 0 meu velho pai.

De repente, volto a realidade de hoje e vejo que tudo acabou e nada mais existe, a nao ser as boas e doces lembranças da infância que fi caram na nossa memória e não mais voltarão, de um bairro que iá foi cidade e onde residem nossas mais belas recordações

Em Cupecê(que em tupi significa língua partida), próximo ao aldeamen to, 0 casal João Paes e Suzana Rodrigues passou a roçar as terras re cebidas por sesmarias (lotes de terra distribuídos em nome do rei de Portugal para cultivo). Devotos de São Mauro,também conhecido como Santo Amaro, mantinham em sua casa uma imagem trazida de Portugal. Essa imagem, a pedido de José de Anchieta, foi doada pelo casal, construindo-se uma capela (feita de taipa de pilão, não forrada), e com a catequização dos índios e a existência de vários colonos instalados, nasce o povoado de Santo Amaro. Sendo que a capela foi construída em 1560.

Em 1686, D. José Alarcão, Bispo do Rio de Janeiro, confirma a existência da capela curada (título oficial dado pela igreja católica a uma vila com determinada importância econômica e populacional), permitindo assim, que 0 povoado fosse elevado à categoria de freguesia (pequena povoação)com 0 nome de Santo Amaro.

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do COCCID - Comitê de Civismo e Cidadania da ACSP

- Presidente do Cetrasa - Centro das Tradições de Santo Amaro

A região durante muito tempo foi conhecida por diferentes nomes in dígenas, dentre os quais: Birapuera, Virapuera, Ibirapuera, Geribatiba, Geribativa,Jeribatiba, Santo Amaro de Virapuera, Santo Amaro de Ibirapuera até que se tomasse em definitivo, o nome de Santo Amaro.

Região em que nasceu o bandeirante Manoel da Borba Gato, possuía uma terra excelente para a agricultura, cultivando-se farinha de milho e de mandioca, muito usadas para alimentar o gado. Também era abun dante a existência do metal ferro, sendo fundado no início do século XVII, o primeiro engenho de metal, que sobreviveu por 30 anos, perten cente a Francisco Lopes e Dom Francisco Diogo de Quadros.

E assim no entorno da paróquia, a região foi paulatinamente se desen volvendo. A chegada do primeiro vigário, padre João Pontes,se deu em 1686, quando é elevado Santo Amaro, à condição de freguesia, confor me retratado pelo Advogado e historiador santamarense, Edmundo Zenha em sua obra "A Vila de Santo Amaro".

NASCE O MUNICÍPIO

Passados dez anos da Proclamação da Independência, em 1832, a en tão freguesia, com o reconhecimento do Imperador, transforma Santo Amaro em uma região com autonomia administrativa e constituído de órgãos político-administrativos próprios.

A condição foi concedida durante o período da Regência Trina Perma nente, em que o poder foi desempenhado por José da Costa Carvalho, Bráulio Muniz e pelo brigadeiro Lima e Silva, que exerceram mandato de 1831 a 1835, o período necessário para que se desse a transição do reinado de Pedro I para seu filho o Imperador Pedro II.

O primeiro prefeito foi o comendador e capitão Manoel José de Moraes e a Câmara Municipal era composta por sete vereadores. Em uma das primeiras sessões, do legislativo municipal (que foi eleito em abril de 1833), sob a presidência de Francisco Antônio das Chagas, surgiram os pedidos para a construção da Casa da Câmara, a Cadeia, o Cemitério, o Curral, Açougues e casas do tipo moradias. Começa o município a adqui rir contornos de se tornar no futuro, uma região próspera.

José Manuel de Azevedo Marques caracterizou economicamente a Vila de Santo Amaro como uma região preponderantemente destinada a la voura, voltada à agricultura e colheita de cereais que serviam para abas tecer o município, bem como para exportação de madeira,carvão, pedra de cantaria (para talhar blocos)e de fabricação de vinho.

Atividades que na sua grande maioria foram desenvolvidas pelos ale mães,os primeiros imigrantes que aqui chegaram por terem sido recru tados para viver no Brasil, e mais precisamente em Santo Amaro, sob a promessa de receberem terras para plantar.

Os primeiros Jovens camponeses, cerca de 226 pioneiros, desembarca ram em Santos em 13 de dezembro de 1827, chegando a São Paulo em fevereiro de 1828 por força do pedido do então Imperador Pedro, para formar a mão de obra tão necessária ao desenvolvimento do Brasil.

Sendo que, depois de muita demora,foram assentados em meados de 1829 na região de Colônia,em Parelheiros, no então município de Santo Amaro. Registros dão conta que terlam sido assentados 336 Imigrantes,

A HISTÓRIA COMEÇA A SER ESCRITA:

Francisco Antônio Chagas funda a primeira escola da região, em 1841, época em que nasce a escola pública que tem entre os alunos o seu filho, o santamarense que se tornaria um dos mais notórios poetas brasilei ros, também ator e dramaturgo, Paulo Eiró.

O município estava se desenvolvendo. Nasceu o primeiro jornal, a pri meira corporação musical, a iluminação a querosene,a estrada de ferro e a primeira composição de trens que ligava São Paulo a Santo Amaro por uma distância de 20 quilômetros.

Nessa ocasião, em 16 de novembro de 1866, os santamarenses terlam recebido a visita do Imperador Pedro II, na festa de Inauguração, abrin do-se assim, definitivamente, o caminho para o progresso.

Chega a Proclamação da República. No final do século XIX, o Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo,durante a sua posse na solenidade na Câ mara Municipal, de forma veemente manifesta a necessidade de criação de um Mercado Municipal, cuja falta, estava a causar situação humilhan te aos moradores de Santo Amaro e em especial, para as famílias menos abastadas, além de gerar monopólio na venda dos gêneros de primeira necessidade.

Foi criado um mercado provisório, um barracão no largo municipal, pois não possuía o município, recursos iniciais para a construção de um Mer cado Municipal. Mais tarde, vieram o Jardim Público, o Mercado Munici pal e a Santa Casa de Misericórdia.

Chega o século XX e com ele. Santo Amaro ainda era considerada uma terra próspera,a agricultura seguia em franco desenvolvimento,o trans porte se dava por meio dos carros de boi e carroças puxadas por cavalos.

É inaugurado o Grupo Escolar Paulo Eiró, o prédio da Prefeitura Muni cipal, é criado o Brasão de Armas, nasce a romaria, foram construídos conventos e seminários, a barragem da represa do Guarapiranga, os clubes de vela, o clube hípico, as escolas privadas, os lampiões a gás foram substituídos pela luz elétrica, o Coreto na Praça Floriano Peixoto, o "footing" na praça, onde os Jovens flertavam sob o olhar atento dos mais velhos.

Em 1913, a linha de trem foi substituída por uma linha de bondes que passou a ser um meio de transporte importante para levar os santama renses ao centro da cidade de São Paulo. Nesses ares interioranos, em um ambiente caipira o município seguia escrevendo a sua história, deli neando as suas tradições e fortificando as suas raízes.

O CENTENÁRIO DA CIDADE:

É chegado o dia de celebração do centenário do município, era 10 de Julho de 1932, Santo Amaro transbordava em clima de festa e alegria, pois a expectativa era grande, na medida em que a data se aproximava, os corações dos santamarenses palpitavam de ansiedade.

o Teatro São Francisco estava pronto para receber a ópera de Verdi, o Rigoletto. Os festejos desde a missa solene no início do dia, a inaugura ção do sistema hídrico de Santo Amaro e outras atividades, seguiram em vasta programação até o final do mês.

Essa era a pretensão que acabou não se efetivando, porque na alvorada do esperado dia de celebração do centenário da cidade, chega a notícia de que São Paulo se insurgira contra o ditador Getúlio Vargas por uma Constituição.

Os santamarenses, após a celebração da missa de ação de graças pelo centenário, se reuniram e entenderam por bem suspender as festivi dades. Em seguida, partiram para o Palácio dos Campos Elíseos para audiência com o governador Pedro de Toledo e com o Coronel Euclides Figueiredo, para assim se perfilarem ao movimento, fundando a CISACompanhia Isolada do Exército de Santo Amaro, o primeiro contingente formado dentre os municípios que aderiram ao Movimento de 32.

A "troca da roupa de gala pelo envergar da farda", recordando as pa lavras da saudosa santamarense Professora e historiadora Maria Hele na Petrillo Berardi(em sua obra "SANTO AMARO - MEMÓRIA E HISTÓ RIA - DA BOTINA AMARELA AO CHAPÉU DE COURO"), acabou trazendo consequências para os bravos e idealistas moradores da urbe.

dentre outros.

É inaugurada a Marginal Pinheiros, que acaba transformando as mar gens do rio entre as décadas de 50 até o final de 70, na região detentora de um dos maiores parques industriais da América Latina, o centro de Santo Amaro, passou a ter um comércio próspero, e, por certo com o desenvolvimento vieram também todos os problemas decorrentes. Chega a OSEC - Organização Santamarense de Educação e Cultura, que mais adiante se torna a UNISA - Universidade Santo Amaro. As romarias à cidade de Pirapora do Bom Jesus continuam a ocorrer anualmente, o bonde faz a sua última viagem, como se estivesse a levar embora os sonhos de outrora.

Ainda assim, mesmo diante de todas as adversidades o bairro que um dia foi cidade,seguiu e segue se adaptando às transformações, o comér cio de rua, até então próspero, passou a sofrer os efeitos decorrentes do surgimento dos shoppings, inclusive os de natureza popular, as in dústrias foram deixando a região, migrando para o interior em troca de benefícios fiscais e a região começou a se tornar um polo de serviços. O metrô era uma antiga reivindicação da população e contou com o apoio e a luta da então Distrital Santo Amaro da Associação Comercial de São Paulo, depois de muitos anos acabou chegando e mesmo diante das crise o progresso foi e vai mudando o perfil da região.

n.:

Três anos depois, a população de Santo Amaro, ao acordar em um dia 22 de fevereiro de 1935, é surpreendida pela notícia que a cidade de Santo Amaro, não mais existia legalmente e que por força do Decreto 5.983,0 interventor Federal do Estado no Estado de São Paulo, Armando Salles de Oliveira, por ordem do Presidente Vargas, sob os auspícios de um suposto plano geral de urbanismo da cidade de São Paulo, estabe lecia que a terra dos santamarenses, estaria destinada a construção de um centro de recreação.

De sorte a incrementar em Santo Amaro, a construção de hotéis e es tabelecimentos balneários destinados a permitir o funcionamento de 0 melhoramento de estradas de rodagem e um melhor desen- cassinos volvimento para o município de São Paulo.

E assim, foi extinto o município de Santo Amaro, cujo território passou a ser parte do município da Capital, constituindo-se uma subprefeitura, diretamente subordinada à Prefeitura de São Paulo.

Esse foi 0 preço que os santamarenses pagaram por sua bravura, por seu idealismo na luta por uma Constituição.

UM BAIRRO QUE NÃO DEIXA DE LADO SUAS TRADIÇÕES:

Durante os anos seguintes, o bairro de Santo Amaro vai se desenvolven do, porém sem deixar de lado suas tradições. São inaugurados prédios importantes, que ainda hoje fazem parte da história da região como o Clube Hípico de Santo Amaro, o Autódromo de Interlagos, o Instituto de Educação Professor Alberto Conte, o Teatro Paulo Eiró, a Biblioteca Bel monte, a Biblioteca Presidente Kennedy (hoje Prestes Maia e que abriga 0 Centro Cultural Santo Amaro e o teatro Leopoldo Froes) e a funda ção da então Distrital Santo Amaro da ACSP. Foram sendo inauguradas as obras de autoria de Júlio Guerra, o artista plástico nascido em Santo Amaro, como a estátua do Bandeirante Borba Gato, o Monumento às Artes em homenagem a Paulo Elró e o Monumento aos Romeiros,

A população por seu turno vai se adaptando à nova realidade, porém, não deixa de lado a sua história, as suas raízes, tanto que até hoje é muito comum se dizer:..."vou ao centro da cidade.", uma forma de iden tificar o deslocamento de Santo Amaro para a região Central da cidade de São Paulo, como habitualmente se costumava falar nos tempos do município.

Entretanto, o respeito a história, a memória, as raízes culturais e às tra dições, ainda é um sentimento muito forte dentro dos corações dos san tamarenses legítimos, dos filhos da terra, os chamados "botinas amare las", que são representados e homenageados, sempre que surge uma referência a Santo Amaro, uma forma de manter sempre viva e presente a chama que nos remete às nossas origens, cujas recordações foram tão bem eternizadas nas linhas escritas pelo saudoso santamarense. Ad vogado e historiador Edmundo Zenha, em sua obra,"A VILA DE SANTO AMARO", local onde tudo começou a ocorrer, no entorno daquela pe quena capela, onde foi feito um singelo altar para abrigar a imagem de Santo Amaro.

p
Gilberto Marques Bruno - Conselheiro da Associação Comercial de São Paulo e do COCCID - Comitê e Civismo e Cidadania

Crédito de imagem: Museu Paulista da USP

MAPA DO EX-MUNICIPIO DE SANTO AMARO:

Em 1832, Santo Amaro tornou-se município separado de São Paulo, sen do instalado em 7 de abril de 1833. O município, então, abrangia todo o território ao sul do córrego da Traição (hoje canalizado sob a avenida dos Bandeirantes), parte da Vila Mariana e da Saúde, todo o Ipiranga e Cursino, estendendo-se até a serra do Mar, incluindo as terras corres pondentes aos atuais municípios de Itapecerica da Serra, Embu, Embu-Guaçu, Taboão da Serra, São Lourenço da Serra e Juquitiba.

O antigo município de Santo Amaro é atualmente um distrito situado na zona centro-sul do município de São Paulo e foi independente de 1832 até 1935 quando foi incorporado à capital.

Hoje, o distrito é delimitado pelas avenidas Roque Petroni Jr., Profes sor Vicente Rao, Washington Luís e Marginal Pinheiros, correspondendo às atuais áreas sul e sudoeste do município de São Paulo, englobando 05 atuais distritos paulistanos de Santo Amaro, Campo Grande, Cam po Belo, Campo Limpo, Capão Redondo, Vila Andrade, Jardim Ângela, Jardim São Luís, Socorro, Cidade Dutra, Grajaú, Parelheiros e Marsilac, Cidade Ademar, Pedreira e parte do distrito do Itaim Bibi, em uma área de 660 quilômetros quadrados, que corresponde a 43% do total da su perfície do município de São Paulo.

É curioso observar que, em áreas de Parelheiros e de Marsilac, no extre mo sul da região, são encontradas, ainda e atualmente, aldeias de índios guaranis.

Cctrasa.O(icial

Crédito de imagem: Cetrasa - Centro das Tradições de Santo Amaro

O BRASÃO DE ARMAS DA CIDADE DE SANTO AMARO:

Na década de 1920, muitas cidades paulistas encomendaram a feitura de "Brasões de Armas", que foram confeccionados pelos historiadores e artistas notórios no âmbito da heráldica na época. Dentre os quais, Affonso d'Escragnolle Taunay ejosé Wasth Rodrigues, que, com Guilher me de Almeida, haviam vencido o concurso público para confecção do brasão municipal da cidade de São Paulo, que se deu em 1917. Foram cerca de 15 brasões de armas, de cidades paulistas, como Santana do Parnaíba, Taubaté, Porto Feiiz, Lorena, Jundiaí, São Sebastião, São Ber nardo, São Francisco do Sul etc. Assim, o "Brasão de Armas de Santo Amaro", foi concebido no ano de 1926, pelas mãos dos historiadores Affonso d'EscragnoIle Taunay ejosé Wasth Rodrigues.

Nele estão representadas: as matas da então Vila de Santo Amaro, a figura do bandeirante, um militar do exército de Morgado de Matheus, índios Guaianazes (primeiros habitantes do local) e o escudo da família do Padre José de Anchieta (personagem de destaque durante a funda ção do então povoado no século XVI). Na parte inferior observa-se a representação de máquinas rudimentares utilizadas naquela que é con siderada a primeira usina (engenho) de ferro das Américas. Usina que segundo o saudoso Advogado e Historiador santamarense, Edmundo Zenha, seria o "engenho de Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, que teria começado a funcionar em 1607, nas terras de Martim Rodri gues Tenório de Aguiar".

Em 13 de fevereiro de 1928, por meio da Lei Municipal n° 62, sancionada pelo prefeito Isaías Branco de Araújo, o Brasão de Armas de Santo Ama ro, tornou-se o distintivo, o escudo oficial da municipalidade, passando a ser utilizado para distinguir prédios, equipamentos, documentos da cidade e outros atos do poder público local.

O Brasão de Armas, foi utilizado como insígnia da urbe até o momento da incorporação de Santo Amaro ao município de São Paulo, e segue preservado, sob guarda e proteção, como sinal de identificação do Ce trasa - Centro das Tradições de Santo Amaro desde a sua fundação.

Afinal, os "botinas amarelas", "pertencem a mais antiga sociedade paulista"!

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ROTEIRO HISTÓRICO: ..

índice

CATEDRAL DE SANTO AMARO

MARCO ZERO DE SANTO AMARO

PRAÇA FLORIANO PEIXOTO

MONUMENTO À PAULO EIRÓ

O CORETO DO JARDIM DE SANTO AMARO

PAÇO CULTURALJULIO GUERRA

O PROTETOR DOS SANTAMARENSES

A CRUZ DE ANCHIETA E A PRAÇA SANTA CRUZ TEATRO MUNICIPAL DE SANTO AMARO PAULO EIRÓ

10. MONUMENTO ÀS ARTES

11. COLÉGIOJESUS MARÍAJOSÉ

12. CONVENTO SANTÍSSIMA TRINDADE

13. A ESTÁTUA DE BORBA GATO

14. BIBLIOTECA PRESTES MAIA - ANTIGA BIBLIOTECAJF KENNEDY

15. O MURAL DO BARBEIRO ANEDES

16. MONUMENTO AOS ROMEIROS

17. CASA DE CULTURA MANOEL MENDONÇA - ANTIGO MERCADO DE SANTO AMARO

18. escola ESTADUAL ALBERTO CONTE

19. BIBLIOTECA BELMONTE

20. DISTRITAL SUL DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

21. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SANTO AMARO

22. CEMITÉRIO DE SANTO AMARO

23. UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

24. COLÉGIO FlUMBOLDT

25. AUTÓDROMO DE INTERLAGOS

26. SÃO PAULO GOLF CLUB

27. MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO

28. REPRESA DO GUARAPIRANGA

29. SÃO PAULO YATCH CLUB

30. YATCH CLUB SANTO AMARO

31. CLUBE ATLÉTICO INDIANO

32. O MARCO DIVISÓRIO N.; 05

33. CLUBE HÍPICO DE SANTO AMARO

34. CETRASA - CENTRO DAS TRADIÇÕES DE SANTO AMARO

35. MUSEU DE SANTO AMARO

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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 1 .♦ r 6 .■ ■■ *1 .t *●●1 * V k V* s-'. "*'«' ti. *● 1 ●* ♦ I COCCID Comitê de Civismo e Cidadania 5, ASSOCIAÇÃO 'I COMERCIAL São Paulo

Crédito de imagem: Gilberto Marques Bruno

Diante da necessidade de construção de uma capela para veneração dos índios na região de Ibirapuera, Padre José de Anchieta, ao saber que um casal de portugueses lavradores de terras e muito religioso(que chegou ao Brasil com Martim Afonso), guardava consigo imagem de Santo Amaro(o Abade São Mauro), de quem eram devotos, ao lhes visitar, pediu-lhes a imagem sagrada para transportá-la para o aldeamento de Ibirapuera. O casal era Suzana Rodrigues ejoão Paes, que de pronto aquiesceu a ideia.

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Crédito de imagem: Gilberto Marques Bruno

missa na colina da aldeia de Ibirapuera uma

IEm 15 de janeiro de 1560, Anchieta realizou e transformou a construção de uma singela capela, tendo início a história da região. Por volta de 1651,a capela teria sido transportada junto com os moradores, para um morro na redondeza, hoje o Largo Treze de Maio.

Em 14 de Janeiro de 1686 fez-se a data oficial da criação da Paróquia de Santo Amaro, e tomou posse o Padre João Pontes em 25 de janeiro de 1686, permanecendo até 06 de setembro de 1728. Em 29 de agosto de 1729, a licença diocesana foi concedida ao padre Joao Pontes e "a nova igreja de taipa e pilão com paróquia de Santo Amaro, forrada" foi levantada, nascendo a nave que recebeu sua bênção das mãos do padre Joao Pontes, seu

primeiro vigário, em 24 de dezembro de 1730

O tempo determinou a realização de reformas: Padre Luiz Ignácio Taques Bitencourt mo difica a fachada principal, a torre e a criação da área Padre Bento Ibanez construiu reservada ao coral (1883 a 1900);

0 altar principal e a sacristia (1901 a 1905) e o Padre José Maria Fernandes construiu a ala central, o local de concentração dos fiéis (1917 a 1925), inaugurando-se a nova concepção, sob as bênçãos de Dom Duarte Leopoldo em T- de janeiro de 1924.

Em 13 de março de 1989, nasce a Diocese de Santo Amaro, por bula do Papa João Paulo II, e, em 27 de maio daquele mesmo ano, a Igreja se tornou Catedral, e assistiu a posse do 1.° Bispo Diocesano, Dom Fernando Antônio Figueiredo, que recebeu das mãos de D. Paulo Evaristo Arns o báculo, símbolo de autoridade e de serviço sobre uma região com vasta população.

Hoje a Diocese de Santo Amaro, encontra-se sob o primado de Dom José Negri, que foi nomeado pelo Papa Francisco, em 02 de dezembro de 2015, Bispo Diocesano de Santo Amaro,sucedendo a Dom Fernando Antônio Figueiredo, OFM. A Catedral de Santo Amaro, hoje tem como Pároco, o Padre Rogério Cataldo Bhering.

Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, s/n. Santo Amaro, Sao Paulo - SP.

A representação do centro geográfico da então cidade de Santo Amaro, que identificava a origem da cidade, se encontrava fixada através do Marco Zero, no antigo Largo da Bola, o Largo Treze de Maio, muito próximo da Catedral.

Com a perda da autonomia político-administrativa e o próprio desenvolvimento, o elemen to de identificação da origem da urbe, acabou se perdendo das suas essências, até que um dia, foi resgatado em um depósito da Prefeitura do Município de São Paulo.

Por ação da entidade defensora das tradições e da história do bairro que um dia foi cida de, o Marco Zero do então município de Santo Amaro, durante alguns anos, em caráter excepcional, permaneceu nos jardins da sede do Cetrasa - Centro das Tradições de Santo Amaro, na Praça Edmundo Zenha, até que durante as comemorações do 467°. Aniversário de Santo Amaro, em 15 de janeiro de 2019, após a missa solene, foi inaugurado um novo local para que o Marco Zero,fosse instalado, e, que hoje se encontra em frente da Catedral de Santo Amaro, entre o Largo Treze de Maio, a Alameda Santo Amaro e a Rua Padre José Maria.

A presença física do Marco Zero em frente a Catedral de Santo Amaro, permite, ressalva das opiniões em contrário, manter viva a memória e a história do bairro que um dia foi cidade e cuja área corresponde hoje, a cerca de 43% do total da superfície do município de São Paulo.

Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, s/n. Santo Amaro,São Paulo - SP.

2- MARCO ZERO DE SANTO AMARO: 1 - CATEDRAL DE SANTO AMARO: i ,» 4 m \

Registros históricos dão conta que a existência da chamada Praça Floriano Peixoto, vem dos tempos do então município de Santo Amaro, no século XIX. Originalmente, nos idos de 1837, a praça era denominada "Largo da Cadeia", pois a área abrigava a sede da Cadeia de Santo Amaro, bem como o prédio da Câmara Municipal e que o local, era utilizado para que os presos pudessem tomar o conhecido "banho de sol".

IInformações dão conta que entre os anos de 1895 e 1896, a praça teria sido reorganizada sob a forma de "jardim público" por ordem do Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo, pas sando a denominá-la "Jardim Municipal” e ao depois, passa a ser designada como "Praça Floriano Peixoto", como forma de homenagear o militar por sua atuação durante a Revolta Armada e o restabelecimento da ordem pública no Estado do Rio Grande do Sul.

Ainda hoje, o traçado e as áreas ajardinadas se revelam semelhantes à época da criação do jardim público", do local que carinhosamente é chamado de "Jardim de Santo Amaro"!

Endereço: Praça Floriano Peixoto, s/n, Santo Amaro, São Paulo - SP.

O Monumento a Paulo Eiró representado por um totem situado na Praça Floriano Peixoto, no Jardim de Santo Amaro, quando foi inaugurado nos anos 1950, dentro de uma piscina de água rasa, tinha ao seu lado a estátua da musa Iguatinga, um conjunto de obras do artista plástico Júlio Guerra, que tinham por objetivo homenagear "o jovem filho da terra que morreu por amor".

A representação deste conjunto artístico, embelezava ojardim de Santo Amaro, de manei ra a acentuar a importância do espaço público que nasceu graças a iniciativa do Ten. Cel. Carlos da Silva Araújo e que muito orgulho trouxe aos santamarenses.

Com o avançar do progresso e os riscos de açoes de vândalos, a escultura da musa Iguatinga, feita de bronze, ali permaneceu apenas até o ano de 1958.

Quando foi retirada da Praça Floriano Peixoto e o espelho d'água foi desativado. A musa transformou-se em um fragmento do Monumento ao Paulo Eiró, segundo as próprias definições do Departamento de Patrimônio Histórico no Inventário de Obras de Arte em Logradouros Públicos da Cidade de São Paulo. Registros dão conta que permaneceu um período desconhecido na Praça Marcos Manzini, e, atualmente, ou seja, desde 1990, per manece dentro do interior da antiga Biblioteca Presidente Kennedy, hoje, denominada Prefeito Prestes Maia.

O totem erigido em homenagem ao poeta, ator, professor e dramaturgo Paulo Eiró, sob a forma de um pequeno obelisco, ali permanece isolado, servindo como referência e lem brança daqueles que outrora, deslumbravam-se com a beleza do espelho d'água, que du rante alguns anos, fez parte da vida e da história de muitos santamarenses.

Endereço: Praça Floriano Peixoto, s/n. Santo Amaro, São Paulo - SP.

4 ~ o MONUMENTO A PAULO EIRÓ: 3- PRAÇA FLORIANO PEIXOTO: ●ÍJ .ií Tí.l ; y- líV -J^í ●vVUi;'.'. £TÍ-'5^^I.: Ki2aH*^i\ ri tíÜJj ■_~iâ.<t i' ●< ' ft
Crédito de imagem; Gilberto Marques Bruno
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Crédito de imagem: Gilberto Marques Bruno

Crédito de imagem: Gilberto Marques Bruno

Instalado nos jardins da Praça Fioriano Peixoto, o "coreto" de Santo Amaro foi inaugurado no ano de 1928, na gestão do então prefeito isaías Branco de Araújo. No iocal ocorriam as apresentações das corporações musicais, como a "Corporação 21 de Junho" que fazia do iocal, um ponto de encontro das famíiias santamarenses, das crianças, dos Jovens e dos casais enamorados nas tardes e noites de sábados e domingos.

IQuando compietou 84 anos de existência, o coreto que se encontrava vandalizado e a construção que sempre foi parte integrante da vida e da história dos santamarenses, es tava sendo deteriorada dia a dia, prestes a ruir, passou por um processo de restauração.

Crédito de imagem: Giiberto Marques Bruno

Erigido na Praça Fioriano Peixoto, o prédio da então Prefeitura Municipal de Santo Amaro, ao que consta, em 10 de Janeiro de 1929, teria sido inaugurado como o centro da adminis tração municipal assim permanecendo até o momento em que o município é anexado à cidade de São Pauio. Faz parte das edificações que compõem o chamado centro histórico de Santo Amaro. Integrando o conjunto da área dos "Jardim de Santo Amaro"(Praça Fioria no Peixoto)e a uma distância de cerca de 3 km do"Largo da Boia"(Largo Treze de Maio", o prédio foi palco de vários momentos importantes na história da cidade e depois do bairro, destacando-se entre eies, o dia 10 dejuiho de 1932, ocasião da ceiebraçlo do centenário do município, quando os santamarenses suspenderam as festividades de aniversário, para se perfilarem ao Movimento Constitucionaiista de 1932; a ceiebração da missa no dia 25 de Janeiro de 1954 dentro das comemorações do iV Centenário da cidade de São Pauio.

para a comunidade na presença de todas as as cores originais

Sendo certo que no dia 02 de outubro de 2012, a Subprefeitura de Santo Amaro, sob as bênçãos do Padre Rogério Cataido, pároco da Catedral de Santo Amaro,entregou o Coreto de Santo Amaro completamente restaurado lideranças da sociedade civil organizada. Todas as peças originais, utilizadas quando da edificação, consistentes em telhas, pisos e forros,foram mantidas e recuperadas, inclusive a pintura realizada que procurou manter

Hoje com 93 anos de existência, ele se mantém preservado e segue em posição de desta que, nos jardins de Santo Amaro", integrando o centro histórico do bairro que um dia foi cidade.

Endereço: Praça Fioriano Peixoto, s/n. Santo Amaro,São Paulo - SP.

Com 0 passar dos anos,foi ocupado com destinações específicas como o posto da Guarda Civil Metropolitana de Santo Amaro,e ao depois, passou para tutela da Secretaria de Cultu ra do Município de São Paulo, tornando-se uma segunda casa de cultura em Santo Amaro. Chamada por alguns de "Casa Amarela"em razão da cor da pintura do prédio, por força da Lei n. 13,320 de 05 de fevereiro de 2002, o prédio passou a ser denominado "Paço Cultural Júlio Guerra" em homenagem ao artista plástico nascido em Santo Amaro.

Ao longo dos anos, por força das deteriorações naturais, passou por algumas reformas, sendo a primeira em maio de 1990, a segunda em Janeiro de 2009 e a terceira, que nasceu de um pedido formal assinado pelos Advogados santamarenses, Mary Ângela Marques Bruno e Gilberto Marques Bruno (que protocolaram em 23 de março de 2017, pedido expresso ao então prefeito de São Paulo), e, depois de várias ações da própria Secretaria da Cultura, os trabalhos de restauração total do prédio que se iniciaram em 18 dejuiho de 2019 foram concluídos em dezembro de 2020, preservando-se assim um dos prédios que constituem patrimônio histórico e cultural de Santo Amaro.

Endereço: Praça Fioriano Peixoto, s/n. Santo Amaro, São Paulo - SP.

6 - PAÇO CULTURAL JULIO GUERRA - A PREFEITURA MUNICIPAL: 5-0 CORETO DO JARDIM DE SANTO AMARO: */VI

Crédito de Imagem: Gilberto Marques Bruno

o Paço Cultural Júlio Guerra, nos "Jardins um homem sisudo, com as seguintes inscri-

iniciativa de A Tribuna e Subprefeitura de Santo

Quem olha ao lado direito do prédio que abriga de Santo Amaro", depara-se com o busto de çoes no pedestal de granito, na parte superior:"A Carlos da Silva Araújo - O Povo de Sto. Amaro - 1835 -1906", e, na parte inferior, "i Amaro -1946".

Trata-se do busto do grande benfeitor da Silva Araújo, um homem que viveu muito artista santamarensejúlio Guerra, o rosto daquele que muito se preocupou co

cidade de Santo Amaro, o Ten. Cel. Carlos da além do seu tempo, que nasceu das mãos do contratado para esculpir e eternizar através da sua arte.

m o povo de Santo Amaro.

los da Silva Araújo, passou a residir na cidade de Santo Amaro, dois anos depois da Proclamaçao da República (1891), por força de problemas de saúde de sua esposa e pelo fato de que a região climática. era considerada aprazível local, com fortes características de estância

Homem de princípios republicanos, quando prefeito da cidade de Santo Amaro, notabilizou-se pela edificação de importantes obras na região, destacando-se, a Santa Casa, o Mercado Municipal e ojardim Público.

Crédito de imagem: Edi Gomes Ribeiro

Edificada em 1938 a "Cruz de Anchieta" é um monumento que se encontra na Praça Santa Cruz, em frente a Avenida Adolfo Pinheiro e a uma quadra do Teatro Municipal Paulo Eiró.

Nesta praça no passado, existia uma estação de trem, e, mais adiante nas suas proximi dades, uma das paradas do bonde antes da parada no Largo Treze de Maio, o chamado. Largo da Bola.

A obra foi erigida pelos artistas Vicente Larocca ejosé Wasth Rodrigues, com o objetivo de homenagear o então Padre José de Anchieta, está a resistir nesses 83 anos de existência ao passar dos anos e a ação de vândalos.

Larroca cuidou da escultura de granito e bronze e Wasth Rodrigues, que também criou o Brasão de Santo Amaro, da arte de pintar os azulejos com imagens destinadas a ilustrar as atividades de Anchieta catequizando os indígenas(na parte frontal do monumento)e o engenho de ferro de Santo Amaro(na parte de traz do monumento).

ao esp e que

Santo Amaro deve muito propagandista da república r ras obras importantes na região.

írito empreendedor desse entusiasta abolicionista, ativo ,quando prefeito da cidade,foi o responsável por inúmeHavia a representação dos brasões de armas da família de José de Anchieta e as armas de Santo Amaro,fixados na cruz, que acabaram sendo furtados.

Os organizadores da ação de civismo benfeitor de Santo Amaro, escolheram e cidadania para reverenciar a memória do "grande

0 artista Júlio Guerra (filho da terra), em virtude da qualidade da maquete por ele feita, que foi apresentada na Faculdade de Belas Artes, que além de impressionar o mundo das artes, revelou não só a sua capacidade de esculpir.

No ano de 2020, a Praça Santa Cruz foi revitalizada e o monumento cercado por grades, para tentar evitar atos de vandalismo e a sua total destruição.

Endereço; Praça Santa Cruz, s/n. Santo Amaro,São Paulo - SP. mas o realismo dos traços em um trabalho irretocável.

A obra foi inaugurada em 1946, originalmente estava posicionada na calçada da antiga Rua

Campos Sales, de frente para o prédio do Grupo Escolar Paulo Eiró, porém no ano de 2012, a administração pública entendeu por bem, retirá-la do local de origem, de sorte a prote gê-la das ações de vândalos, colocando-a no local em que hoje se encontra, ou seja, ao lado do prédio da antiga prefeitura nos "jardins de Santo Amaro", na Praça Floriano Peixoto.

Endereço: Praça Floriano Peixoto, s/n. Santo Amaro, São Paulo - SP,

8 - A CRUZ DE ANCHIETA E A PRAÇA SANTA CRUZ: 7-0 PROTETOR DOS SANTAMARENSES: V ● ^4
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Crédito de Imagem: Gilberto Marques Bruno

O Teatro Municipal de Santo Amaro Paulo Eiró, localizado na zona sul, com capacidade para 467 lugares, é o segundo maior teatro público da cidade, sendo atualmente a resi dência artística oficial da Orquestra Filarmônica de Santo Amaro. O seu nome foi uma ho menagem ao poeta, escritor, dramaturgo e professor Paulo Eiró, um dos mais importantes artistas da então cidade de Santo Amaro.

De arquitetura moderna,originalmente ele comportava 801 lugares, projetado pelo arqui teto Roberto Tibau e inaugurado em 23 de março de 1957, também foi concebido como um teatro popular dentro de um grande programa de construção de equipamentos pú blicos dos anos 1940 e 1950, chamado Convênio Escolar, uma parceria entre os governos do estado e do município de São Paulo, com o objetivo de suprir a carência de escolas públicas e oferecer espaços culturais aos moradores dos bairros, e que resultou na cons-

trução de escolas, teatros e bibliotecas, além do Planetário do Ibirapuera. Em 1968 em homenagem ao poeta Paulo Eiró, foi instalado em frente ao edifício, um painel de autoria do escultor Júlio Guerra. Com 18 metros de largura e 5 metros de altura, a obra é intitula¬ da Homenagem às Artes.

Além de sua relevância cultural quitetura moderna paulista, do seu valor histórico, cultural

para Santo Amaro,o teatro é considerado um marco da are, desde 1992, o edifício é tombado pelo Conpresp, em razão - e arquitetônico.

Crédito de imagem: Gilberto Marques Bruno

Em 21 de janeiro de 1968, localizado em frente à entrada do Teatro Municipal Paulo Eiró, foi construído um painel denominado "Homenagem às Artes".

A obra destinada a reverenciar a memória de poeta, professor, ator e dramaturgo santamarense, Paulo Emílio de Salles Chagas Eiró, o Paulo Eiró, de autoria do artista plásticojúlio Guerra, tem cerca de 18 metros de comprimento por 5m de altura, e é feita em mosaicos de pedra, o que acentua o estilo adotado pelo escultor em suas obras espalhadas por Santo Amaro.

No mural, são observadas as imagens de figuras femininas que representam às artes, exteriorizadas pela literatura, pelo teatro por meio da dança e a música, além de outras imagens como ao fundo na parte superior o Coliseu de Roma, a Esfinge Egípcia e o Partenon representando a Grécia antiga, a figura de Paulo Eiró, trechos de um de seus célebres poemas e a imagem da Deusa Grega Vênus Calipígia.

Em outubro de 2011 foram incluiu a melhoria acústica, cobertura e acessibilidade, , no proscênio, capacitando o edifício na em frente ao teatro, foi refeito menta o local. Também se deu

das obras para modernização do edifício. A reforma obras na parte elétrica, hidráulica, revestimentos, sistema de o de camarins, instalação de um elevador hidráulico

' ^^^liza ampliaçã

Por ocasião das reformas realizadas no Teatro Municipal Paulo Eiró, entre 2011 e 2015 uma grande obra de reforma e restauro modernizou as instalações do teatro e do mural, realocando o Monumento para melhor visibilidade e aproveitamento da praça, configurando-se uma bela obra a céu aberto, que nos seus 53 anos de existência merece ser apreciada,em face da importância em homenagear a memória de Paulo Eiró e pela riqueza de detalhes.

Endereço: Av, Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, São Paulo - SP para receber apresentações de ópera. Na área extero paisagismo e instalada uma fonte luminosa que ornao restauro e reposicionamento do mosaico Homenagem as Artes, que origmaimente estava instalado em diagonal. A obra foi posicionada de forma perpendicular a fachada do teatro, ganhou nova iluminação, para melhor visualização do próprio painel e da fachada do teatro. e, para o aproveitamento da praça.

E 0 segundo maior teatro da Prefeitura de São Paulo, atrás somente do Theatro Municipal de São Paulo, e, diferentemente dos demais teatros municipais,também possui fosso para orquestra, assim como o Theatro Municipal.

Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, São Paulo - SP

10 - MONUMENTO AS ARTES - UMA HOMENAGEM A 9 - TEATRO MUNICIPAL DE SANTO AMARO PAULO EIRO:

Crédito de imagem: Mary Ângela Marques Bruno

Registros dão conta que em 24 de setembro de 1880, em Ribafeita, no Reino de Portugal, a beata portuguesa Rita Amada de Jesus (nascida Rita Lopes de Almeida), fundou o que se tornaria o Instituto das Irmãs de Jesus Maria José. Mulher audaz e de fé inabalável, foi declarada pelo Papa João Paulo II Apóstola do Rosário, da Família e da Eucaristia, e, beatificada em Viseu-Portugal no dia 28 de maio de 2006.

Em 1910,em razão da implantação da República e da perseguição contra a Igreja, o Estado apropriou-se de bens que o instituto possuía e sua fundadora, reagrupando algumas ir mãs,enviando-as para dar assistência no Brasil, que chegaram por volta de 1912.

O Instituto Jesus Maria José, chega à cidade de Santo Amaro no ano de 1930, iniciando as aulas no dia 29 de abril, tendo como diretora a Irmã Leontina da Imaculada.

Uma das escolas privadas mais antigas de Santo Amaro, recebeu em seus quadros de alu nos ao longo dos anos, muitos filhos da terra, tornando-se uma referência em educação de qualidade em toda capital.

Com o passar do tempo foram agregando-se novos blocos ao primeiro prédio e merecem um destaque especial em sua arquitetura que se mantém fiel às origens da edificação, a sua majestosa capela, dedicada ao culto à Sagrada Família e a gruta em homenagem à Nossa Senhora de Lourdes. Em fiel atendimento às exigências de cada época o Colégio além da Educação Infantil e dos Ensinos Fundamental e Médio, teve o Curso Normal (de pois denominado Magistério), um dos melhores e mais exigentes de seu tempo, além dos cursos técnicos nas áreas de eletrônica, contabilidade e química.

São 91 anos de existência de uma história construída com o apoio e o trabalho de irmãs, colaboradores leigos e muitos benfeitores, que contribuíram para a formação de gerações de crianças, adolescentes e Jovens que receberam a educação acadêmica de qualidade e uma sólida formação humana e religiosa, assegurando sustentação para trilhar os cami nhos da vida adulta pessoal,familiar e profissional

Endereço: Av. Adolfo Pinheiro,893, Santo Amaro, São Paulo - SP

AMARO:

Credito de imagem: ssps.org.br

A Congregação das Missionárias Servas do Espírito Santo surgiu no bojo de um sonho missionário de Arnaldojanssen na segunda metade do século XiX, contando com a colabo ração indispensável de Maria Helena Stollenwerk(Madre Maria)e de Hendrina Stenmanns (Madre Josefa) e outras Jovens aspirantes, em 8 de dezembro de 1889, data da sua funda ção na Holanda. No Brasil, o Centro Missionário Cultural Santíssima Trindade, faz parte da Congregação das Missionárias Servas do Espírito Santo - Brasil Norte, localizando-se dentro do Convento Santíssima Trindade(sede da província desde 1931).

O Convento Santíssima Trindade foi inaugurado na cidade de Santo Amaro, no dia 18 de Julho de 1931, com a celebração de sua primeira missa. Tornando-se o local adequado para a formação das novas missionárias e para facilitar o contato com as religiosas que Já estavam espalhadas pelo Brasil.

O prédio atual foi construído em 1938 e concluído em 1963, com a ala dedicada às irmãs idosas da Comunidade do Santana. Desde 1932, o Convento é também a Sede da Província Steüa Matutina, de onde é feito todo o acompanhamento dos trabalhos missionários, com várias equipes de colaboradores. Durante muitos anos as irmãs auxiliaram nos trabalhos da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro.

O convento encontra-se instalado em uma área total de 17.400 m2 ecologicamente susten tável. O espaço conta atualmente com capela para 200 pessoas, auditório com 105 lugares, palco e técnica completa e 4 salas para treinamento com total estrutura de áudio e vídeo, sendo uma com cozinha e acesso externo ao Jardim etc.

Também abriga as irmãs da Comunidade de Santa Ana que, depois de muitos anos de dedicação à missão, ali recebem cuidados especiais de saúde. Na comunidade do Conven to, estão as que trabalham no serviço administrativo da Província e da casa. São 36 irmãs entre as duas comunidades.

Um dos principais eventos ali realizados, é o Curso de Formação Teológica e Missionária para Leigos, que são capacitados para o trabalho pastoral nas paróquias e comunidades da Diocese de Santo Amaro.

Nesses 90 anos de existência em Santo Amaro, revela-se um local para meditar, rezar, es tudar, mas também para se preparar e ir em missão que transmite a paz e a tranquilidade de um ambiente que representa um verdadeiro oásis dentro da capital paulista.

Endereço: Rua São Benedito, 2.146, Santo Amaro, São Paulo - SP

Fonte: blog.ssps.org.br/toa.com.br/localprayers.com

11 - COLÉGIOJESUS
-
MARIAJOSÉ: 12
CONVENTO SANTÍSSIMA TRINDADE EM SANTO

Inaugurado em 27 de Janeiro de 1963, o monumento em homenagem ao Bandeirante Bor ba Gato, executado sob a forma de um mosaico, foi uma ideia do artista plástico e escultor santamarense, Júlio Guerra, reconhecido como um dos moradores mais ilustres de Santo Amaro. Júlio estudou na Belas Artes e trabalhou com Brecheret na execução da estátua em homenagem a Duque de Caxias, além de ter deixado por suas obras uma importante contribuição para as artes e para a cultura.

IA construção da obra teve início no ano de 1957 e os dados apresentados, além de im pressionar, revelam-se grandiosos: A estátua possui 10 metros de altura, sendo que com 0 pedestal tem 13 metros e pesa apenas e tão somente, 40 toneladas. O fato que mais desperta interesse, reside na sustentação interna da obra, que se dá por meio de trilhos de bonde, uma solução que partiu da criatividade do artista para compor a estrutura da gigantesca estátua.

Preparados os moldes de gesso, a obra em si, foi composta por argamassa, pelos trilhos e posteriormente revestida de pedras coloridas de basalto e mármore, que foram pesso almente cortadas pelo artista. Ele trabalhou seis anos na execução da estátua, no quintal da casa que residia, na Avenida João Dias, em Santo Amaro. A conclusão da obra acabou sofrendo um atraso, em razão do falecimento de um dos filhos do artista no ano de 1958, pois deveria ter sido inaugurada no ano de 1960.

A Comissão de Construção Escolar da Secretaria da Educação iniciou em setembro de 1963. Por ordem do prefeito de São Paulo, Francisco Prestes Maia, as obras do projeto são de autoria do Arquiteto Luis Augusto Bertacchi, que entraria para a história de Santo Amaro.

Dezoito meses depois, em 04 de abrii de 1965 com a presença do governador do estado de São Paulo Ademar de Barros, da esposa do prefeito Francisco Prestes Maia, a Senhora Maria Prestes Maia, de autoridades civis, miiitares, eciesiásticas e da vida púbiica local e internacional, dentre as quais, o Sen. Robert Francis Kennedy, irmão do ex-presidente ame ricano John Fitzgeraid Kennedy, que foi postumamente homenageado, inaugurou a "Biblio teca Presidente Kennedy".

Com sete mii metros quadrados de área construída, porte e concepção arquitetônica se melhante ao da Biblioteca Mário de Andrade, possui saguão, auditório e grandes espaços para as mais diversas manifestações cuiturais. No ampio Jardim, onde se encontra a praça, durante muitos anos, funcionou uma fonte luminosa que, à época, se tornou ponto de lazer e recreação.

-se mantém que, em posição ereta. de altura. metros

O resultado desse grandioso trabalho é um mosaico tridimensional com mais de 10 de aitura, trajando roupas do século XVII, Borba Gato com o olhar perdido no horizonte e segurando um enorme trabuco em posição de descan so. O pedestai, revestido de granito rústico, mede aproximadamente 2

A estátua com 58 anos de existência, ressalvadas opiniões em contrário, e polêmicas em relação ao papel do santamarense Manoel da Borba Gato, se configura como uma espécie de "Portal de Entrada" para o bairro de Santo Amaro.

Endereço; Praça Augusto Tortorelo de Araújo, 2590. Santo Amaro, São Paulo ■ SP

Em março de 2003, o acervo de iivros, medalhas, condecorações, honrarias nacionais e internacionais, obras de arte e objetos pessoais, que compõem a Coleção Prestes Maia, passou a ocupar ao lado dos móveis que fizeram parte do gabinete do então prefeito Pres tes Maia, um andar no prédio e se encontram em exposição permanente. Em 2005 a sua denominação foi modificada, passando a ser chamada Biblioteca Prefeito Prestes Maia, em decorrência de decreto do então prefeito José Serra, que criou o Sistema Municipai de Bibliotecas. Em 27 de dezembro de 2012, o então prefeito Gilberto Kassab, entregou oficialmente o prédio da biblioteca totalmente revitalizado para a população da zona sul, dentro do programa de reformas de bibliotecas administradas pela Secretaria Municipal de Cultura, passando a contar com teatro e telecentro, além do vasto acervo de livros. O espaço do prédio possui, aiém da Biblioteca, o Centro Cuitural de Santo Amaro e o Teatro Leopoldo Froes.

Patrimônio histórico-culturai, o prédio da bibiioteca foi objeto de tombamento em 14 de outubro de 2014, em virtude de ofício do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico. Cultural e Ambientai da cidade de São Paulo - COMPRESP.

Endereço; Av. Joao Dias, 822, Santo Amaro, São Paulo - SP

14 - BIBLIOTECA PRESTES MAIA - ANTIGA BIBLIOTECA KENNEDY: 13-0 PORTAL DE ENTRADA DE SANTO AMARO A ESTÁTUA DE BORBA GATO: 7^] àJÊ'X 'Mli V li .V r.'-■ r'f i ■ -'f,v Si- .1 V*
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Crédito de imagem: Gilberto Marques Bruno Crédito de imagem: Prefeitura do Município de São Paulo

Crédito de Imagem: Gilberto Marques Bruno

IQuem chega ao prédio da Biblioteca Prefeito Prestes Maia (antiga Biblioteca J.F. Kennedy), ao subir a rampa olhando para o lado esquerdo, defronta-se com um mural de pedras coloridas com a figura de um possível morador ilustre das cercanias de Santo Amaro na década de 1920. Trata-se do mural erigido em homenagem ao Barbeiro Anedes.

Don Anedes Nemendes de Aragoia Y Navaja, ex-barbeiro da Casa Real, um tipo popular, fi lósofo que fazia arranjos em seu bandolim de músicas espanholas. Barbeiro por profissão, detentor de uma sagacidade irônica, porvezes pessimista e mesmo sendo um profissional em sua arte de barbeiro, tinha um caráter amador, deixando o preço do corte à vontade do cliente, e, sempre estava a filosofar, Um personagem de ficção, criado por Júlio Guerra, eternizado no livro de sua autoria, chamado Barbeiro Anedes. Que como ele costumava dizer. um livro Igual a estátua do Borba Gato: também diferente"...

O mural, segundo informações obtidas de forma inédita com a bibliotecária e produtora cultural Mirian de Morais(que foi diretora da então Biblioteca Presidente Kennedy e amiga dejúlio Guerra), teria sido inaugurado no ano de 1966, no ano imediatamente subsequen te ao da inauguração da biblioteca.

Eternizando-se assim a capa do livro deste filho de Santo Amaro, que tanto retratou a his tória da sua cidade, seus personagens e sua cultura.

Endereço: Av.João Dias, 822, Santo Amaro, São Pauio - SP

iCrédito de Imagens: Mary Ângela Marques Bruno

Para manter eternizada na memória e a tradição religiosa da população, através das Ro marias de Santo Amaro, que se Iniciaram através de um grupo de comerciantes, liderados por Cenerino Branco de Araújo, que no ano de 1920, pela primeira vez, viajaram à cavalo para a cidade de Pirapora do Bom Jesus, para agradecer o fato de que poucas pessoas na cidade de Santo Amaro, foram acometidas pela gripe espanhola, e, que hoje são repre sentadas pelas Romaria dos Cavaleiros do Senhor Bom Jesus de Pirapora de Santo Amaro (que tem cem anos de existência e é presidida por Karina Grisiela da Silva Araújo), e, pela Associação Santamarense dos Romeiros do Senhor Bom Jesus de Pirapora (que tem 70 anos de existência e é presidida por Angélica Luz), que foi inaugurado no ano de 1970, o Monumento aos Romeiros, na Praça Francisco Ferreira Lopes, em frente ao prédio do antigo Mercado Municipal de Santo Amaro, hoje Casa de Cultura Manoel Mendonça.

Concebido pelo artista plástico santamarense Júlio Guerra, parte do painel em mosaico português, representa o ato de manifestação e exteriorização da fé dos moradores da en tão cidade de Santo Amaro, e dos seus devotos partirem anualmente em Romaria para a cidade de Pirapora do Bom Jesus cuja tradição se seguiu ao longo do tempo, e que mesmo depois da anexação ao município de São Pauio, segue ao longo dos anos.

A obra foi edificada no local que mais representa a tradição e a história das romarias, pois era na Praça Francisco Ferreira Lopes, que os desfiles das romarias pelas ruas centrais de Santo Amaro, se encerravam antes da partida dos romeiros à cavalo, em charretes e em bicicletas para a cidade de Pirapora onde se encontra o Santuário do Bom Jesus.

Por ocasião das comemorações do seu 80°. aniversário a "Romaria dos Cavaleiros do Se nhor Bom Jesus de Pirapora de Santo Amaro", cuidou da restauração do monumento, pe las mãos do artista plástico santamarense Algacyr da Rocha Ferreira, cujos trabalhos foram concluídos e entregues para a população da região em maio do ano 2000.

Endereço: Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434, Santo Amaro, São Paulo - SP

15 - O MURAL DO BARBEIRO ANEDES: 16 - MONUMENTO AOS ROMEIROS: t j-' ;gípf^- > ÍT ^
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Crédito de imagem: Mary Ângela Marques Bruno

O Mercado Municipal de Santo Amaro é o local da atual Casa da Cultura de Santo Amaro, localizada na região de Santo Amaro. Edificado na Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, o edi fício foi tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arque ológico, Artístico e Turístico) em 1972 por ser o último exemplar da arquitetura do século XIX na região e por estar localizado numa praça central, o que demonstrava a preocupação das instituições públicas em isolar os edifícios que prestavam serviço à comunidade.

IConsta que o edital da obra foi publicado em 1893, pelo intendente municipal Luiz Gonza ga de Miranda Guerra e sua construção teve início em 1896, cabendo a obra ao empreitei ro Alfredo Formigoni, no valor de nove contos, quinhentos e trinta e oito mil réis.

O Mercado Municipal de Santo Amaro foi inaugurado em 23 de maio de 1897, e nasceu como uma forma de gerar renda para a então Vila de Santo Amaro, onde a economia se resumia em lavoura de cereais e exportação de madeira, carvão e pedra de cantaria para a capital, São Paulo, enquanto mercado manteve sua função original até o ano de 1958, sendo o seu último administrador, o servidor público municipal Alfredo Bruno, ocasião em que foi inaugurado na Rua Ministro Roberto Cardoso Alves com a Rua Padre José de Anchieta o novo Mercado Municipal de Santo Amaro.

Sem funções específicas, o prédio tornou-se depósito da Prefeitura, Posto de Saúde e até Serviço Funerário, até que em 1972, o edifício foi tombado pelo DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) e pelo CONDEPHAAT, cuja oficialização do processo se deu em agos to de 1995.

18 - ESCOLA ESTADUAL DE SEGUNDO GRAU PROF. ALBERTO CONTE:

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Crédito de imagem: escolaprofalbertoconte.blogspot.com

O Instituto de Educação Professor Alberto Conte foi inaugurado em 09 de outubro de 1947, época em que o estado de São Paulo era governado por Adhemar Pereira de Barros.

Além da importância na história de Santo Amaro, situada na Avenida Mário Lopes Leão, n.: 120, próximo dos Jardins de Santo Amaro, a Praça Floriano Peixoto, a hoje Escola Estadual Alberto Conte, segue, em seu projeto original, a pedagogia do educador Anísio Teixeira, cuja proposta consistia em implantar o ensino em período integral e disponibilizar o espa ço educacional e seus equipamentos complementares para a comunidade.

Tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico nos termos da Resolução n.:21/CONPRESP/2014, por ocasião da 595^. reunião ordinária, realizada em 02 de setembro de 2014, o prédio é uma referência de um momento significativo da arquite tura escolar paulistana, integrando o conjunto de projetos, concebidos pelo Convênio Es colar, que representou a primeira manifestação de arquitetura moderna pública na cidade de São Paulo.

O valor arquitetônico e ambiental da edificação que traduz espacialmente estas diretrizes educacionais, projetada pelo arquiteto Roberto Goulart Tibau, que foram decorrentes do convênio firmado no ano de 1948, entre a Prefeitura de São Paulo e o Governo Estadual, no qual o município se encarregaria de construir os edifícios e o Estado ficaria responsável por ministrar o ensino para suprir a demanda por vagas no ensino público, até 1954, ocasião do IV Centenário de São Paulo.

Foi um dos locais que muito contribuiu para a formação de segundo grau de muitos santamarenses e mantém entre os seus ex-alunos, algumas pessoas que se destacaram na sociedade, constando entre os seus alunos, os artistas Paulo Gorgulho, Cláudia Raia. o cantor Guilherme Arantes, o Jornalista Paulo Markun dentre outros.

Em 1989, o edifício foi incorporado pela Secretaria Municipal de Cultura do estado de São Paulo e se tornou a Casa da Cultura de Santo Amaro, cujo espaço abriga diversas mani festações culturais, como rodas de samba, exposições e oficinas de teatro e música. Nas segundas-feiras a Comunidade Samba da Veia promove sho\ws noturnos, com aulas de ins trumentos e ensaios. Há oficinas de teatro vocacional e música, mostras literárias, bailes para a terceira idade e oficinas de canto.

Endereço: Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434, Santo Amaro, São Paulo - SP

A Escola tinha times fortes, tanto no basquete quanto no vôlei masculino e feminino. Duas categorias participavam dos torneios: Infantil (até os 16 anos), e juvenil (dos 16 aos 18 anos), organizados pelas delegacias de ensino, as DRECAP,

Havia torneios regionais disputados entre as escolas da região. Padre Sabóia de Medeiros e a E.E. Renato Braga, ambas de ensino público do Estado, também situadas em Santo Amaro.

Ainda hoje, a Escola Estadual Alberto Conte, com 74 anos de existência, é uma referência do ensino público em Santo Amaro.

Endereço: Av, Mário Lopes Leao, n° 120, Santo Amaro, São Paulo - SP.

17- CASA
DE CULTURA MANOEL MENDONÇA ANTIGO MERCADO MUNICIPAL DE SANTO AMARO:
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INFANTIL DE SANTO AMARO:

BIBLIOTECA BELMONTE:

Crédito de imagem: Prefeitura do Município de São Paulo

Criada pela Lei n.; 3.853 de 18 de março de 1950,sancionada pelo prefeito Lineu Prestes, a Biblioteca Infantil de Santo Amaro,foi construída no local onde existia uma grande chácara na antiga Rua Campos Sales (atual Mário Lopes Leão) e no mesmo terreno também foi construído o Parque Infantil Borba Gato.

Com projeto de concepção do arquiteto modernista Eduardo Corona, o prédio foi inaugu rado em 25 de Janeiro de 1953, durante as comemorações do 399°. aniversário da cidade de São Paulo e no mês de celebração do 401°. aniversário de Santo Amaro, diante da necessidade de aumentar as bases da educação infantil e fomentar a cultura na região, que se encontravam em elevado crescimento com a chegada de muitas escolas públicas e particulares. Em 1973 passou a ser denominada Biblioteca Benedito Bastos Barreto em homenagem ao Caricaturista, desenhista, pintor, ilustrador, escritor. Jornalista e historia dor, que dentre os seus inúmeros trabalhos, durante o Movimento Constitucionalista de 32, criou o logotipo para os bônus de guerra que no período das batalhas substituíram como dinheiro a moeda oficial. No ano de 2005,o nome da biblioteca foi alterado e passou a ser denominada Belmonte,o pseudônimo adotado pelo artista. Em Janeiro de 2008, pelo Decreto n° 49.172 passou a denominar-se Biblioteca Pública Belmonte e em dezembro de 2016, pelo Decreto n° 57.528, Biblioteca Pública Municipal Belmonte.

A Biblioteca Belmonte é uma das iniciativas ganhadoras do Prêmio Culturas Populares 2007 da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Mine, do Certificado de Hon ra ao Mérito da Leitura como Instituição Incentivadora da Leitura na Cidade de São Paulo, em tributo ao Projeto Pequenas Leitoras Contam Grandes Mulheres, edição 2008 e do Troféu Marco da Paz - Pateo do Collegio pelos seus relevantes serviços prestados à comu nidade educacional da região de Santo Amaro - 2008.

Endereço: Rua Paulo Eiró, 525, Santo Amaro,São Paulo - SP.

Crédito de imagem:Jander Pereira

Enquanto São Paulo organizava as comemorações para celebrar o seu IV Centenário, pre vistas para o período compreendido entre janeiro e Julho de 1954 para atender aos an seios do comércio local, o então presidente da ACSP, Horácio de Melo e o Superintendente do Conselho das Delegacias Distritaisjoão Batista Leopoldo Figueiredo, acolhiam o pedido dos empresários santamarenses e em 12 de novembro de 1953, nascia a 6‘‘' distrital da ACSP,a então Distrital Santo Amaro, que teve como seu primeiro diretor superintendente Manoel da Costa Faro. No ano de 1958, a sede saiu do pequeno escritório que ocupava em um edifício da Rua José Bonifácio, mais conhecida como Rua do Cotovelo no coração de Santo Amaro, e, sob a Superintendência de Carlos Sgarbi Filho, mudou-se para a Rua Capitão Tiago Luz. Em 1966, transferiu-se para a sede própria na Alameda Santo Amaro, e depois de 31 anos, com a conclusão das obras da nova sede, nos derradeiros 8 meses da gestão do então Superintendente Gilberto Marques Bruno (biênio 1995/1997), mudou-se para o imponente edifício inaugurado em 22 de setembro de 1997 na Avenida Mário Lopes Leão, n. 406, onde permanece até os dias atuais.

AGaleria de superintendentes da hoje Distrital Sul é extensa e digna de registro: Manoel da Costa Faro, Carlos Sgarbi Filho, Ulisses de Morais, Nestório Martins da Costa, Ferdinando Vaders, Aristides Moraes Souza, Roberto Adolpho Lutz, Albert Diab Chaccur, João Alonso Guerra, Yoich Okamoto, Anderson Eninson Vieira, Teruo Yatabe,Jáyme Benedetti Paganini, Waldemar Nunes Coelho, Gilberto Marques Bruno, Alfredo Bruno Júnior, Aloysio Luz Cataldo, Angela Simões. Rita Acea, Leonardo Ugolini, Luiz Augusto Gonçalves Barbosa, sendo o atual superintendente Antonio Benedito Leite Souza.

Por ser uma das entidades de classe mais antiga e respeitada da região ao longo destes quase 68 anos, a história da Distrital está intimamente vinculada ao próprio desenvolvi mento de Santo Amaro,com um raio de atuação 640 quilômetros, alcançando 5 subprefeituras (Santo Amaro, Capela do Socorro, Campo Limpo, M'Boi Mirim e Parelheiros), a hoje casa do empreendedor santamarense, sempre procurou, ocupar o papel de principal pro tagonista em todas as ações locais, em defesa do comércio, da indústria, dos prestadores de serviços, da livre iniciativa, do empreendedorismo e da população em geral.

Endereço: Av. Mário Lopes Leao, 406, Santo Amaro, São Paulo - SP.

20 - A CASA DO COMÉRCIO (DISTRITAL SUL DA ACSP): 19 -
BIBLIOTECA

Crédito de imagem: Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro

Outrora,Santo Amaro carecia de um hospital. O que se tinha de mais próximo era apenas a Santa Casa de São Paulo, cujo acesso ao município vizinho além de difícil era muito de morado,quase um dia de viagem, por meio de carros de boi, cavalos ou por tropa de bur ros. Diante desses problemas que começavam a surgir, fruto do início do desenvolvimen to, um grupo de desbravadores, une-se em torno da ideia de se construir um hospital local.

Em 15 de dezembro de 1895, se dá a fundação da Sociedade Beneficente Nossa Senhora da Conceição, que mais adiante seria a responsável pela construção da Santa Casa de Mi sericórdia de Santo Amaro. O seu primeiro presidente foi o Ten. Cel. Carlos da Silva Araújo.

Santo Amaro deve muito ao espírito empreendedor desse entusiasta abolicionista, ativo propagandista da república, que quando prefeito da cidade, foi o responsável por obras importantes, como o Mercado, o Jardim Público e a Santa Casa entre outras.

O terreno, onde construiu-se o prédio, foi doado por dona Benta Bernardina de Morais, no qual foi lançada a pedra fundamental em 1° de janeiro de 1896.Já o prédio do hospital foi inaugurado em 8 de dezembro de 1899. Modesto, no início, tinha duas enfermarias, cozinha e água de poço. Uma enfermeira e sua filha faziam todo o serviço. Para tratar dos doentes, a diretoria foi buscar em São Paulo o médico Dr. Thomaz de Aquino Monteiro de Barros, o primeiro clínico geral da Santa Casa de Santo Amaro.

Um fato marcante da história da Santa Casa foi à criação da Faculdade de Medicina de Santo Amaro, pelo corpo clínico do hospital (em 1970), que posteriormente se tornou o primeiro corpo docente daquela instituição de ensino,servindo o hospital de internato das três primeiras turmas de formandos(de 1975 a 1977).

Entidade filantrópica, reconhecida no Conselho Nacional de Assistência Social, sem fins lu crativos e considerada de utilidade pública nas esferas federal, estadual e municipal, foi se modernizando em gestões administrativas, como a do provedor Tarquínio Borralho Leite Pereira, que a partir de 1981, implementou importantes mudanças e reformas, tornando-a, o maior hospital da zona sul de São Paulo, que cumpre seu destino de Casa de Caridade. O seu atual provedor é o Advogado santamarense, Roberto Magno.

Crédito de imagem: sãopauloantiga.com.br

Segundo registros lançados na Wikipédia, o Cemitério de Santo Amaro foi inaugurado ofi cialmente em 1856, com base no decreto imperial, consistente na Lei Régia de r. de ou tubro de 1828 do Imperador Pedro I, que dentre outras providências, alterou uma lei que permitia o sepultamento no interior das igrejas, pois a decomposição dos corpos, exalava odor insuportável no ambiente, prejudicando assim a permanência de fiéis e colocando em risco a saúde da população.

A cidade de Santo Amaro, tinha 24 anos de existência, quando foi inaugurado o cemitério municipal, {em 1856). Na época, foi nomeado o primeiro administrador do cemitério, o Sr. Adolfo Pinheiro(nome que é lembrado em uma das principais avenidas da região), e o primeiro sepultamento só ocorreria no ano seguinte, em 5 de janeiro de 1857(de acordo site São Paulo Antiga - https://saopauloantiga.com.br/cemiterio-de-santo-amaro/).

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O túmulo do primeiro enterro não foi preservado e não existe mais.

Nele se encontram sepultadas personalidades importantes da história local e até do Brasil, como o poeta e dramaturgo Paulo Eiró, o Comandante José Foster(herói da Guerra Cisplatina)e o artista plástico Júlio Guerra (escultor do Borba Gato), além de ex-prefeitos da cida de de Santo Amaro, pioneiros da região, especialmente da colônia alemã (que vieram da Europa no tempo do império para colonizar a região). Durante muitos anos, até que seus despojos fossem trasladados para o Memorial do Soldado Constitucionalista, permaneceu sepultado o corpo do Voluntário Delmiro Sampaio, integrante da Companhia Isolada do Exército de Santo Amaro, que tombou no último Dia da Revolução, a zeladoria do seu jazi go era executada por Plínio Negrão.

Porém, nenhum túmulo do Cemitério de Santo Amaro é tão visitado como o de Antônio Bento ou Bento do Portão, morador do bairro que se tornou um santo popular.0seu jazi go é um locai de culto onde todos os dias são encontradas pessoas rezando, pedindo uma graça ou agradecendo a alguma conquista. Em 2002, na gestão da Prefeita Marta Suplicy, o túmulo recebeu uma reforma e ainda uma cobertura, para que os fiéis pudessem ficar protegidos do sol e da chuva.

O Cemitério de Santo Amaro também é um local que desperta a atenção para os estudio sos da arte tumular, existem esculturas muito bem produzidas, sendo que grande parte dessas obras, foram esculpidas pelo artista Júlio Guerra,

Endereço: Rua Min. Roberto Cardoso Alves, 186, Santo Amaro, São Paulo - SP.

21 - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SANTO AMARO: 22 - CEMITERIO DE SANTO AMARO: ci. n r*>
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Endereço: Rua Isabel Schmidt, n. 59, Santo Amaro, São Paulo - SP.

Crédito de imagem: Jornal Notícias da Região

Em 1968, Santo Amaro se mobiliza para criação de uma instituição de ensino superior nas suas terras, foram movimentos sociais, políticos e a população local, apoiados pelos jornais da região, sob a liderança do jornal Gazeta de Santo Amaro, por meio do saudoso jornalista Armando da Silva Prado Neto.

Para se concretizar um projeto tão audacioso, Oswaldo Duarte Teixeira (subprefeito de Santo Amaro), sugeriu que Albany Gandia (presidente da Sociedade Amigos Capela do So corro), procurasse Emil Heininger (proprietário do Sítio das Embuias), para pedir a doação do seu loteamento. A doação aconteceu e contou também com a participação do médico

Raphael Parisi, que também cedeu uma área de 15 mil m^ de terreno na região, (http:// vww/.unisa.br/A-UNIS/V/Conteudo-especial—Jubileu-de-Ouro-da-Unisa/Como-tudo-comecou-3235).

Com a constituição de uma entidade para receber a área doada, construir a edificação, e, cuidar do projeto pedagógico e da administração, nasceu em 26 de junho de 1968, a Orga nização Santamarense de Educação e Cultura - OSEC. Os estatutos sociais, aprovados pela Subprefeitura de Santo Amaro, foram assinados por 11 pessoas: Albany Gandia; Alyrio Joaquim Rosatti; Amaury Ribeiro Guimarães; Antonio Ferraz de Arruda: Conrado Schiavon; Constantino Saiani; João Ivo Lippi; José Victor Oliva; Luiz Paulo Schiavon; Oswaldo Teixeira Duarte e Pe. Manoel Bezerra de Mello.

E assim, começa a funcionar aquela que seria a primeira Universidade de Santo Amaro. Sua estruturação contou com a participação de muitos santamarenses, com destaque, ao corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, que ajudou a formar o curso de medicina. Albany Gandia foi o primeiro presidente da OSEC.

No ano de 1994, reconhecida pelo MEC, torna-se universidade e dá origem à UNI5A. Vie ram novos campus e até 1996, todos os cursos estavam concentrados no Campus do Jar dim das Imbuias (antiga OSEC). Em 1997, é inaugurado o Campus II, em um prédio da dé cada de 40, na região central de Santo Amaro (onde funcionou a antiga fábrica de relógios industriais, a Hora S.A.), sendo transferidas para o local as áreas de Ciências Humanas, Sociais, Exatas e Tecnológicas. Em 2000, 2015 e 2019, nasceram os campus III, IV e V, no Largo Treze de Maio, em Santa Cecília e na cidade de Guarulhos.

São 53 anos de existência, onde a UNISA, segue cumprindo o seu papel, de transformação social na região.

Endereço: Rua Isabel Schmidt, 349, Santo Amaro, São Paulo - SP

Crédito de Imagem: Alê Batista

Santo Amaro foi a primeira província do reino, que em 1826, recebeu imigrantes da Alema nha, que vieram em troca de terras, para suprir a carência de mão de obra na agricultura. Com a República, no ano de 1916, na cidade de Santo Amaro, um grupo de alemães, reu nidos no Largo da Bola (Largo Treze de Maio), na Padaria Lindau, decidiram fundar uma escola germânica, um local para que seus filhos, pudessem aprender a ler e escrever em alemão e ter uma educação nos moldes daquelas que eram ministradas na sua terra natal.

As aulas tiveram início em 01 de maio de 1916, com 41 alunos. No ano seguinte, em razão da Guerra Mundial, o colégio suspendeu suas atividades, retomando-as quatro anos de pois (1921). Com o aumento no número de alunos, Heinrich Grassmann, em 1927, doou à sociedade um terreno situado na Ladeira da Matriz, 204, e custeou a construção do pri meiro prédio. Em 1928, o terreno adjacente foi adquirido, resultando em uma área total de 1.700m2. Com 15 anos de existência (1931), a escola contava com 100 alunos. Naquele momento a escola tornou-se o centro de todas as atividades culturais voltadas à preserva ção das tradições da colônia alemã na cidade de Santo Amaro.

Com a participação do Brasil na II Guerra Mundial (1942), a escola pela segunda vez fecha as portas e o seu patrimônio é confiscado pelo governo. Com o fim da guerra a Sociedade Escolar Alemã, praticamente não existia mais, seus bens estavam sob a responsabilidade de uma curadora, o terreno e prédio era usado para a formação de recrutas das Forças Armadas e para ministrar cursos de corte e costura para meninas.

Em 1955, depois de anos de disputas judiciais, os bens foram devolvidos à Sociedade Es colar Barão do Rio Branco, deteriorados e passaram por uma grande reforma. As ativida des escolares foram retomadas em 1957, com a ajuda dos pais dos alunos a escola foi se reestruturando. Em 1959, obteve autorização do governo para incluir o ensino ginasial e contava com 210 alunos. Nesse momento a Escola Barão do Rio Branco, passou a ser cha mada de Ginásio Humboldt, uma homenagem aos irmãos Alexander (cientista) e Wilhelm von Humboldt (humanista). Com a inclusão do Ensino Médio (1966), passou a chamar-se Colégio Humboldt, fixando seu lugar na sociedade. Em 1987, a Sociedade Escolar Barão do Rio Branco decidiu sair do centro de Santo Amaro, e se instalou em Interlagos, onde permanece até os dias atuais.

Endereço: Av. Engenheiro Alberto Kuhimann, 525, Interlagos, São Paulo - SP

23 - UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO: 24 - COLEGÕO HUMBOLDT: ,, , ■!« 1 ■●'aaWni: 3Ç.

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Crédito de Imagem: Folhapress/Eduardo Anizelli

Nos anos 20, a cidade de Santo Amaro era uma região próspera para a realização de pla nos de desenvolvimento em decorrência da extensão da sua área. E foi assim que no final daquela década um engenheiro inglês, chamado Luiz Romero Sanson idealizou a obra de um espaço que, inicialmente seria uma espécie de cidade-satélite mas na verdade um grande bairro na região do município de Santo Amaro.

Um plano de urbanização de um bairro que, mais adiante, se tornaria uma área residencial de muitos europeus, especialmente porque a região também contava com a Represa do Guarapiranga, um aprazível local para se passear de barco. Além de um autódromo, o pro jeto inicial previa uma estrutura para construção de residências, comércios, hotéis, igrejas e outros estabelecimentos, para assim gerar o desenvolvimento da região. Um pouco dis to, certamente ocorreu.

Segundo consta Luiz Romero, com o apoio do urbanista francês Alfred Agache, teria su gerido batizar o que seria um bairro no futuro, com o nome de Interlagos, uma alusão à semelhança da área com uma região existente na Suíça, chamada de Interlaken, Interlagos nasce entre duas represas, a Blilings e a Guarapiranga.

O autódromo que hoje se chama José Carlos Pace (piloto brasileiro da fórmula 1), e que ganhou fama mundial, por ser o único em que os carros de competição correm em sentido anti-horário, nasceu em virtude do sucesso que as corridas de automóveis estavam alcan çando nas cidades do Rio de Janeiro e na cidade de São Paulo, e que eram realizadas nas ruas, porém de forma muito perigosa.

E assim, no dia 12 de maio de 1940, o Autódromo de Interlagos foi inaugurado com a rea lização do Grande Prêmio São Paulo contando com o apoio do Automóvel Club do Brasil, dentro do projeto que foi desenvolvido por quase duas décadas.

Fala-se que uma multidão de quinze mil pessoas teria comparecido para a prova do pri meiro autódromo do Brasil. Foram realizadas duas competições, uma entre motocicletas com 12 voltas na pista completa e em seguida o Grande Prêmio com automóveis de cor rida, que em 25 voltas, alcançaram 200 quilômetros de percurso. O vencedor foi Arthur Nascimento Júnior e da prova participaram também Chico Landi e o Barão de Teffé dentre outros.

Celeiro de formação de muitos campeões, o autódromo que possui um dos mais belos traçados do mundo, também é local para realização de eventos artísticos, culturais e religiosos.

Endereço: Av. Sen. Teotônio Vilela, 261, Interlagos, São Paulo - SP.

Crédito de Imagem: Sao Paulo Golf Club

Originalmente nasceu em 1901 com o nome de São Paulo Country Club, onde foi cons truído um campo de golfe próximo à Avenida Paulista (onde estavam sendo edificados os casarões dos barões do café), no "Morro dos Ingleses". Em 1903 o primeiro torneio foi vencido por J. M. Stuart, cujo nome está guardado na sede do clube até hoje. Outro troféu marca a história do clube, a Taça Clark, que é disputada desde 1904.

Com o progresso, o clube muda-se para o bairro dojabaquara, e lá permanece até o ano de 1915, quando se muda para a cidade de Santo Amaro. Em terreno adquirido da Light, em local além do Largo Treze de Maio, o clube foi crescendo e tornando-se um dos mais tradicionais do Estado. Chamado de São Paulo Golf Clube.

Seguindo o desenvolvimento da região, em 1935 foram realizadas as primeiras reformas, que foram executadas por um dos maiores arquitetos de campos de golf dos Estados Uni dos, chamado Stanley Thompson, que com o apoio de José Maria Gonzaiez, introduziu as mudanças do campo e greens de grama, em substituição aos de areia.

Nos anos 60, foi construída uma nova sede, a atual, e se deu a substituição da grama, pela do tipo tifton 328 (uma espécie de grama anã), ideal para a prática do esporte. Também fo ram remodelados quase todos os greens e novos testes foram feitos. Também foi constru ído o "driving range", um campo de treino que de muito Também foi feito um minicampo com 6 buracos para principiantes e menores.

reivindicado pelos associados. era

O campo atual possui uma área de 59,2957 ha, com traçado que possui 18 buracos e um mini campo com 6 buracos (todos de PAR 3). O terreno é levemente ondulado com depres sões e pequenos lagos, e, totalmente gramado e arborizado de acordo com os padrões e normas internacionais que disciplinam o esporte.

Está instalado nos limites territoriais de Santo Amaro, há 86 anos, formando grandes campeões.

Endereço: Praça Dom Francisco de Souza, 540, Santo Amaro, SP.

https://www.spgc.com.br/inicio.php

25 - AUTÓDROMO DE INTERLAGOS: 26 - SÃO PAULO GOLF CLUB: '■●■'li

Crédito de Imagem: revistasavoirfaire.com.br

Foi em um dia 02 de agosto do ano de 1927 que nas águas da represa, hoje conhecida como Represa de Guarapiranga, situada no então município de Santo Amaro, ocorreu o pouso do Hidroavião Jahú, depois de sair da cidade de Gênova (Itália). Um dia histórico para os santamarenses e para Santo Amaro, que recebeu nas suas águas o Hidroavião e o seu piloto, o brasileiro João Ribeiro de Barros, que fez a primeira travessia do Oceano Atlântico. A aeronave entrou para a história da aviação mundial, pela bravura do piloto brasileiro e seus companheiros, os copilotos Arthur Cunha (na primeira fase da travessia) ® João Negrão (na segunda fase), Newton Braga (navegador), e Vasco Cinquini (mecânico).

Assim, por iniciativa da Sociedade Dante Alighieri, uma obra de autoria do escultor ítalo-brasileiro Ottone Zorlini, denominada Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico, foi inaugurada no ano de 1929. Uma forma de enaltecer os aviadores italianos Francesco

De Pinedo e Cario Del Prete (que anos antes, tinham feito, a bordo do Savoia Marchetti S55, uma das travessias aéreas pioneiras do Atlântico Sul), e, também, o brasileiro João Ribeiro de Barros.

Erguido às margens da Represa de Guarapiranga, no município de Santo Amaro, em 21 de agosto de 1929, com a concretização dos trabalhos, a obra foi inaugurada nas esquinas da Av. de Pinedo com a Av. João Ribeiro de Barros.

No pedestal do monumento, encontra-se uma coluna com capitel em estilo jônico, retirada de uma construção milenar do Monte Capitolino, em Roma, na Itália, e enviada a São Paulo pelo primeiro-ministro italiano na época, Benito Mussolini, em comemoração ao feito dos compatriotas.

No topo, uma escultura de bronze, chamada de "Vitória Alada", aponta para o oceano, numa referência ao mito grego de ícaro, jovem que sonhou em deixar a ilha de Creta vo ando sobre o Mar Mediterrâneo. Na face frontal do pedestal, estrelas de bronze compõem a constelação do Cruzeiro do Sul. Nas laterais, encontram-se a esfera celeste e a inscrição

Ordem e Progresso, frase da bandeira brasileira, e o símbolo de Roma: uma loba alimen tando os irmãos Rômulo e Remo.

Em 1987, o prefeito Jânio Quadros determinou que o monumento fosse retirado de lá e instalado nos Jardins, onde ficou até o ano de 2009. retornando para o seu local de origem no ano de 2010 e permanecendo até hoje.

Endereço: Av. João de Barros, 287, São Paulo - SP.

Crédito de Imagem

Inicialmente iniciada em 1 vel pelo fornecimento de era primeiramente, atender às necessidades de produção de energia elétrica na Usina Hidrelétrica de Parnaíba.

conhecida como Represa de Santo Amaro, Guarapiranga teve sua construção 906 pela São Paulo Tramway, üght and Power Company, na época responsáde energia elétrica na cidade, sendo concluída em 1908. Sua finalida-

Em 1912, o Sao de latismo na represa margens da represa dão paulistano, uma opçãoInterlagos, Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito.

ão Paulo Yacht Club foi fundado próximo a barragem, sendo o primeiro clube Nos anos 1920 e 1930, um crescente interesse pela ocupação das oferecer, ao cidaf eiros que procuravam

ez surgir loteamentos pion ão de lazer náutico. Daí o

surgimento de bairros com nomes como

Em 1927, foi o travessias aéreas do Atlântico Sul: Francesco

local de chegada dos aviadores italianos que fizeram uma das primeiras de Pinedo, Cario dei Prete e Vitale Zacchetti com os seus companheiros Arthur

e logo após, dos brasileirosjoão Ribeiro de Barros, que Cunha (na primeira fase da travessia) e depoisjoâo Negrão (co-pilotos), Newton Braga (na● (mecânico), partindo de Gênova (Itália), fizeram a travessia do HidroaviãoJAHÚ. Em 1928, com o crescimento da região metropovegador), e Vasco Cinqumi Oceano Atlântico com o litana de São Paulo, Guarapiranga passou a de água potável. Também nos anos 30, nasceu o se tornando o berço dos esportes náuticos, foi o Jogos Pan-Americanos de 1963. Entre a panorâmicos com hidroaviões, que transportavam turistas para apreciar a bela paisagem

da praia paulistana.

servir como reservatório para o abastecimento Santo Amaro Yatch Club, E a represa foi local de disputa do torneio de vela dos década de 60 e 80 também eram realizados voos

A represa ainda possui algumas ilhas, com destaque para a Ilha do Eucalipto, a maior delas dezembro de 2008, abrigou uma árvore de Natal de 15 e para a Ilha dos Amores, que, em metros de altura com as cores do Brasil e uma cortina de água com projeções com mais de 72 metros quadrados.

Apesar de ser uma região afastada das áreas centrais da cidade de Sao Paulo, a represa é um de seus principais ícones naturais e muito procurada para lazer, devido às suas praias, parques, pela pesca amadora e esportes, com destaque para os esportes de vela, em razão dos vários clubes de iatismo em suas margens. Se tornou centro de excursões e passeios, sendo considerada a "praia dos santamarenses", a "praia dos paulistanos”.

TI - MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO: 28 - REPRESA DO GUARAPIRANGA: T“3r"T*l L -r-. L.. wfti r nr. *.. ijL ● *●
● Hamilton Breternitz Furtado
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Crédito de Imagem; historiadomar.blogosfera.com.br

Em 1911,com a formação da Represa de Santo Amaro, os ingleses Bert Greenwood, então superintendente das Lojas Mappin e primeiro Comodoro,juntamente com seu colega George Holiand, perceberam a possibilidade de usarem a recém-criada represa para velejar,

Diante da inexistência de barcos à veia naquela época,entenderam por bem construir seu próprio barco, o M'Boy, com 20 pés e dois mastros, na configuração tipo "ketch". O nome foi para homenagear os dois principais rios que deságuam na represa, na ocasião chama dos de M'Boi-Guaçu e M’Boi Mirim {língua dos índios Tupi), originando-se assim, a prática de vela nas águas da represa da cidade de Santo Amaro. Em seguida, vários amigos de Gre enwood se animaram e construíram seus barcos, criando inicialmente, um clube no qual as senhoras não participavam. Nesta mesma época, Greenwood teve a ideia de construir um "houseboaf (casa flutuante) para servir como sede provisória do clube e, batizaram-no de "Uno" em sua inauguração no dia 11 de agosto de 1918, marcando de certa forma, a fundação do então São Paulo Sailing Club. Bert Greenwood foi o primeiro comodoro.

A casa flutuante passou a funcionar, informalmente, como local de encontros de amigos nos eventos náuticos; como dormitório improvisado com colchões no chão; paiol de velas e atracadouro de barcos. Com o início das primeiras regatas, outros clubes foram sendo criados nas margens da represa de Guarapiranga. A primeira sede do clube em terra firme, só foi construída em 1929. Por se tratar de um clube voltado exclusivamente ao iatismo, durante o ano são realizados vários eventos, dentre eles, a tradicional "Regata de Aber tura" da Temporada de Vela da Represa do Guarapiranga, que acontece desde o ano de 1956. O encontro comemora o retorno das águas, a volta da "represa cheia". O SPYC,tem o privilégio de organizar este evento, por ter sido o clube que trouxe o esporte para a repre sa, e,se trata de uma forma de fomentar os velejadores de todos os clubes a colocarem os seus barcos novamente na água.

As primeiras edições da competição,tinham como premiação, canecas de cerveja de prata inglesa, importadas pela "Casa Prime", entregues após a regata num tradicional chá inglês.

Hoje é um dos maiores eventos de vela da América Latina: conta com a presença de apro ximadamente 400 barcos e de 600 a 800 tripulantes.

Crédito de Imagem: Rumo ao Mar - rumoaomar.org.br

Em 8 de agosto de 1930, na então cidade de Santo Amaro, com o nome de "Deutscher Segei - Club", às margens da Represa Guarapiranga, nasceu o clube de vela da comunidade alemã em São Paulo. Fruto de uma rusga entre os ingleses e os moradores alemães que construíram casas às margens da represa, por terem invadido uma regata do Yacth Club São Paulo e convidados a se retirar pelos ingleses.

Chamado "Clube Alemão de Vela", meses depois da fundação, obteve um empréstimo de dez contos de réis da Companhia Brahma para a construção de um chalé e um bar, em troca da exclusividade da cervejaria para venda de bebidas. Com 2 anos de existência, o clube de velas já contava com 82 sócios e mais de 30 barcos, participando de competições contra outros clubes da represa, o Sailing Club e em meados da década de 30, com o Yatch Club Italia.

souma associaçao presidente, Emil Heininge(com mandato até 1942), que de imediato convocou uma nova assembléia com a finalidade de buscar uma nova denominação ao clube, ocasião que se escolheu o nome de Yacht Club Santo Amaro. Com a II Guerra Mundial, medidas do gover-

O Estado Novo trouxe tempos sombrios, como a proibição de brasileiros se tornarem cios de associações ou clubes estrangeiros. Em 1938, uma assembléia ocorreu para deci dir se o clube seria uma entidade estrangeira ou brasileira. Deliberou-se que se tornaria brasileira. A diretoria renunciou e a assembléia elegeu o seu primeiro

no restringiram a participação de estrangeiros e naturalizados nos clubes brasileiros,inclu sive com intervenção na presidência do clube. Com o pós-guerra, o clube já começava a se tornar conhecido nas disputas pelo país, vencendo importantes competições e ampliando a importância do seu nome.

Nos novos tempos, Ernest Conrad foi eleito comodoro(1953 até 1961), uma época de gran de desenvolvimento, quando o Yacth Club Santo Amaro,comprou um total de 19.300 m2, área que também estava instalada a sua sede, às margens da represa. Dentre os even tos de destaque, foi realizada em 1954, a I Grande Regata da Represa, com a participação de velejadores de sete estados,em homenagem ao IV Centenário de São Paulo,sendo que os competidores do YCSA, chegaram a vencer uma das classes da competição, a Sharpie, com Fernando Costa Melchert,

na

São 83 anos de existência, construindo uma história na arte de velejar, levando o nome de Santo Amaro aos quatro cantos do mundo.

29 - SAO PAULO YATCH CLUB: 30 - YATCH CLUB SANTO AMARO: ilk
Endereço; Rua Francisco de Seixas, 225 -Jd. Guarapiranga - Sao Paulo - SP Endereço: Rua Edson Régis, 481,Jardim Guarapiranga, Sao Paulo - SP.

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Crédito de Imagem: autor desconhecido

Em tempos que Santo Amaro ainda era uma cidade, jovens praticantes de futeboi decidi ram fundar um clube. O nome, que se tornaria um dos mais importantes clubes do estado e até mesmo do pais, foi uma forma de homenagear o pacifista Mahatma Gandhi, lutou pela independência da índia. Nasce assim, o Clube Atlético Indiano maio de 1930.

Crédito de imagem; Prefeitura do Município de São Paulo

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Ao que se tem conhecimento, foi pelo campo de futebol a década de 70, por possuir características de clube de represa do Guarapiranga, era frequentado apenas aos finais de semana pelos santamarenses.

que se iniciaram as obras e, até campo, inclusive tendo ao fundo a

Reminiscências dos tempos do Brasil colônia, os marcos divisórios, cujos registros mais recentes nos levam ao final do século 19, revelavam as demarcações formais do território da cidade de São Paulo, nasceram da "Carta de Sesmaria". Sabe-se que à época, foram demarcados pontos cardeais para dividir a área da cidade, para com outras localidades e outros municípios. Da mesma forma existiam os marcos que delimitavam os limites ter ritoriais dos municípios, como é o caso da cidade de Santo Amaro. A maioria dos marcos divisores não mais existem, foram destruídos por ação do tempo ou até mesmo em decor rência do progresso.

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» Em razão das suas excelentes instalações, com a prática de diversas modalidades espor tivas, futebol, futebol de salão, tênis, fisiculturismo, basquete, voleibol etc., bem como de lazer, o clube passa a atrair novos associados, amplia mais sua infraestrutura e os ciados e suas famílias passaram a frequentar o clube em todos os horários e durante dias de semana.

Nestes 91 anos de existência, o Clube Atlético Indiano — CAI cipa da história de desenvolvimento da — participou e ainda partiregião, inclusive com a formação de esportistas vencedores, como o caso do tricampeão mundial de futebol. Roberto Rivelino, que quando Jovem jogou futebol amador no CAI, e, sempre destacou o importante papel do clube na formação da sua carreira.

Declarado de utilidade pública nos termos da Lei n.: 8.297 de 09 de setembro de 1964, pro porciona aos seus associados a prática de desportos amadoristas, fornecendo meios para promoção e aperfeiçoamento físico, incentivando a cultura física, moral e intelectual dos seus associados e nas gerações mais novas, dentre outras atividades de relevância para

Porém, ainda existe um marco divisor que estabelece o exato ponto da divisão territorial de Santo Amaro para com a cidade de São Paulo. Encontra-se ele, na altura do n.. 5.100 da Avenida Professor Francisco Morato, nas imediações da chamada Chácara do Jockey. Era neste ponto que a capital paulista terminava {nesta região) e do outro lado se iniciava a cidade de Santo Amaro. O totem rústico, de pedra, além de identificar os limites do municí pio, mostra também os locais que poderiam ser alcançados por cada direção.

No sentido de Santo Amaro verificam-se as inscrições "M.Boy" referência à Estrada do M'Boi Mirim e também a indicação para Itapecerica (da Serra). Do lado oposto observam-se as inscrições que identificavam as respectivas distâncias, de São Paulo 10K e Pinheiros 6K.

Em dezembro de 2014, os integrantes do Instituto São Paulo Antiga que é mantenedor do site: https://saopauloantiga.com.br/, de forma voluntária, entenderam por bem recuperar o Marco Divisor n.; 5. que se encontrava vandalizado e deteriorado. Para isto, procuraram após pesquisa, pintá-lo e mantê-lo nas cores e padrões anteriores a ação dos vândalos, ou seja, o marco foi pintado na cor areia e as letras e detalhes na cor azul. o convívio social, bem como promovendo reuniões sociais, recreativas e comemorativas de caráter patriótico, além de atividades de caráter assistencial e de trabalho voluntário.

São 124.000 m2 de área de lazer e recreaçao às margens da represa do Guarapiranga e cercado de uma área exuberante, um verdadeiro oásis localizado em Santo Amaro, na cidade de São Paulo.

Endereço; Av. Francisco Nóbrega Barbosa, 411, Parque Alves de Lima, São Paulo - SP.

Este segue, talvez como o último registro de delimitação do território da cidade de Santo Amaro, pois ao que consta os demais desapareceram, perdendo-se assim, um pedaço da memória histórica da região.

Endereço: Calçada da Avenida Francisco Morato, n.: 5.100, Butantã - São Paulo - SP.

32 - O MARCO DIVISÓRIO N:. 5: 31 - CLUBE ATLÉTICO INDIANO (CAI):
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Crédito de Imagem: Robson Real - robsonreal.com.br

Em 7 de setembro de 1935, em um grande loteamento da antiga Fazenda Itaquerê, deu-se a fundação do Clube Hípico de Santo Amaro. O grupo de 49 sócios fundadores, liderados por João Carlos Kruel, adquiriu a Chácara Street, ou a "fazenda", assim chamada por causa de sua vasta extensão, do industrial Jorge Street. Uma área de 330.000 m2 composta de bosques e jardins. Nascia então, um dos maiores e mais importantes clubes para a prática dos esportes equestres no país, o Clube Hípico de Santo Amaro.

O Casarão, que foi a sede da Fazenda Itaquerê, reformado e restaurado, tornou-se a sede do clube, mantendo-se a concepção arquitetônica da antiga casa da fazenda, que foi edificada pela família do educador francês Hippolite Pujol. Inserido em uma região da Mata Atlântica,são encontradas várias espécies de aves e animais silvestres e as estruturas origi nais da maior parte das edificações da então fazenda, preservadas, remetem a lembrança do Brasil Colonial.

Na época áurea do salto no Brasil(1995 e 2009), como resultado dos triunfos que os bra sileiros obtiveram nas competições internacionais, o hipismo passou a receber os olhares dos dirigentes estaduais e nacionais, e, muitos cavaleiros e amazonas premiados, perma necem integrando o quadro de associados do Clube Hípico de Santo Amaro.

A história do CHSA trouxe-lhe uma série de premiações, inclusive, pela quantidade de ve zes que conquistou o Troféu Dr, Camillo Ashcar Júnior(premiação permanente da sede da Federação Paulista de Hipismo - FPH) no qual é inscrito o nome da associação que obteve o maior número de pontos em provas oficiais de salto durante um ano. O Clube Hípico de Santo Amaro, das 21 edições,foi campeão anual por 14 vezes, e sucessivamente, de 1990 a 1999 e de 2003 a 2006.

Nestes 86 anos de existência, o Clube Hípico de Santo Amaro,além de referência, revela-se parâmetro para os clubes hípicos do Brasil e da América do Sul, seja pelo fato de possuir infraestrutura de qualidade para a prática do hipismo, seja para a realização de relevantes campeonatos nacionais e internacionais, seja por conta dos seus renomados cavaleiros e amazonas, que contribuem para a formação de uma geração de atletas premiados no âmbito nacional e internacional.

Endereço: Rua Visconde de Taunay, 508, Vila Cruzeiro, São Paulo - SP.

Crédito de Imagem: Cetrasa - Centro das Tradições de Santo Amaro

A paixão, o amor por suas raízes e a necessidade de não permitir que a história, a memó ria, os usos e costumes de Santo Amaro se perdessem como já alertava o saudoso histo riador e advogado santamarense, Edmundo Zenha, motivou uma dúzia dejovens filhos da terra, que quando voltavam com a Romaria,cavalgando de Pirapora do Bom Jesus, dentre os quais, José Oliveira Almeida Diniz Filho (Zezito), Geraldo Diniz (Praça), Leo Di Giorgt, Se bastião da Silva Xavier(Pelé), Alexandre Moreira Neto e atual presidente da entidade,José Carlos Bruno,arrebatados com a força do sentimento, de preservação da história e da me mória,formaram fileiras e começaram a sonhar com a criação de uma entidade destinada a preservar a tradição de Santo Amaro.

O Cetrasa - Centro das Tradições de Santo Amaro, nasce filosoficamente nos anos setenta, e entre os anos oitenta e noventa começa a adquirir forma Jurídica, primeiro por escritura declaratória e ao depois, transforma-se em pessoa Jurídica de direito privado, sem fins lu crativos e de caráter cultural. Desde a sua origem participou de quase todos os movimen tos em Santo Amaro, sempre em defesa da história, das raízes, das tradições, da cultura, do patrimônio cultural ou em defesa do próprio bairro de Santo Amaro. Destacando-se a título de ilustração: o movimento pela "Emancipação de Santo Amaro"; a criação do "Mu seu de Santo Amaro", com acervo que ocupa espaços especiais destinados a reverenciar a memória e a história do bairro que um dia foi cidade, sendo detentor da curadoria desde a sua inauguração em 14 de Janeiro de 1998; além de ser estatutariamente o responsável pela outorga do Troféu "Botina Amarela", cuja premiação se realiza anualmente, distin guindo os santamarenses ou não que contribuem para elevar o nome, a história e as tra dições de Santo Amaro.

Ê assim, segue com objetivo de zelar pela memória e pelas tradições de Santo Amaro, para manter vivos os usos e costumes e a história da região, preservando a cultura e as mani festações folclóricas, difundindo-as para as novas e futuras gerações, sempre imbuído no bordão da época do primeiro encontro dos jovens de outrora, ou seja, Idéias novas por tradições antigas!

Endereço: Av. Professor Alceu Maynard de Araújo. 32. Vila Cruzeiro, São Paulo - SP

Contatos: Facebook e Instagram: Cetrasa.Oficial

e-mail: cetrasa.museudesantoamaro@gmail.com

34 - CETRASA - CENTRO DAS TRADIÇÕES DE
33 - CLUBE hípico DE SANTO AMARO: ● “? V K. \
SANTO AMARO:

Crédito de Imagem; Cetrasa - Centro das Tradições de Santo Amaro

Às vésperas das comemorações do aniversário de Santo Amaro,em 14 de janeiro de 1998, nascia em um diminuto espaço na sede do Cetrasa - Centro das Tradições de Santo Amaro, o Museu de Santo Amaro. Fruto da iniciativa de santamarenses que abraçaram o projeto do então secretário das administrações regionais de São Paulo, o engenheiro Alfredo Má rio Savelli, destinado a criação do Programa "Memória Regional - Mini Museu". Iniciativa voltada a resgatar a cultura e a história de cada bairro da cidade. Santo Amaro, acolheu o projeto e por meio da Portaria Conjunta n.: 01/97 da então Administração Regional de Santo Amaro,se deu a nomeação da comissão organizadora, que contou com a participa ção de vários membros tradicionais da sociedade santamarense, dentre os quais, o atual presidente do Cetrasa, Dr. José Carlos Bruno. A inauguração contou com a presença de autoridades e personalidades,dentre as quais, o historiador e advogado santamarense Dr. Edmundo Zenha e o poeta Paulo Bomfim.

Os anos permitiram que a pequena área de exposição fosse sendo ampliada com a do ação de bens e pertences das famílias de santamarenses. Recentemente, entre os anos de 2019 e 2021, se deram reformas estruturais, com a substituição do piso do espaço de exposições, pintura, higienização, descupinização dos bens, reorganização e classificação do acervo, além da reconstrução com a nivelação e readequação do piso da área externa (estacionamento e circulação de pedestres).

O Museu de Santo Amaro hoje, possui os seguintes espaços: Júlio Guerra, Romarias; Or lando Donadio(Herói da FEB); Voluntário Delmiro Sampaio(Herói de 1932); Benedita Mar tins e Santa Casa de Santo Amaro (Dita Parteira), Manoel Marques Pinto e Alfredo Bruno (Barbearias de Santo Amaro); Paulo Eiró(Grupo Escolar e Teatro), KarI Czernik (Esportista), Artes(Cinema e Música),Times de Futebol, Modistas, Cerâmica Lang e as Olarias; Edmundo Manzini (Boinas Azuis); Bonde - A última viagem; Alexandre Moreira Neto, Botina Ama rela, além da sala de pesquisa Armando da Silva Prado Neto e na área externa, na Praça Edmundo Zenha, o Painel do Bonde em exposição permanente, com os trilhos originais do transporte mais utilizado pelos santamarenses. São 23 anos de existência, objetivando preservar a história e as tradições do bairro que um dia já foi cidade.

Endereço: Av. Professor Alceu Maynard de Araújo, 32, Vila Cruzeiro, São Paulo - SP

e-mail: cetrasa.museudesantoamaro@gmail.com

35 - MUSEU DE SANTO AMARO: f II
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^ Cohfiite . //w«c , 5 *., Rua Boa Vista, 51 - Centro - São Paulo - SP www.acsp.com.br

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