7 minute read

67 ranking 50 Maiores da região Centro

João Manso Neto CEO do Grupo Greenvolt

Um crescimento sustentável não deixa ninguém para trás

Advertisement

Vivemos uma emergência climática. Se tempos houve em que este era tema de debate, atualmente não o é, é uma realidade inegável. E todos sabemos o que é preciso fazer para tentar evitar uma verdadeira catástrofe, muito maior do que aquelas a que vamos assistindo um pouco por todo o planeta.

A descarbonização é, hoje, um imperativo. É uma obrigação dos Estados, com as nações desenvolvidas, as que mais poluem, a terem o dever de dar o exemplo a todas as outras que sofrem com os nefastos efeitos das alterações climáticas. E, felizmente, com algumas exceções, estão a fazê-lo.

Portugal, fruto da precoce aposta nas energias renováveis, que se traduziu num investimento até aos dias de hoje, é hoje um dos bons exemplos a nível internacional. Foi um investimento expressivo que dá, agora, frutos, seja em termos ambientais, seja no reforço da competitividade da sua economia.

A transição energética está em marcha. E as empresas sabem bem a importância para o seu futuro de serem também elas um agente ativo neste importante processo. Na Greenvolt, trabalhamos diariamente na promoção das energias renováveis, seja a geração de energia a partir de biomassa florestal residual, seja a partir do vento ou do sol, apresentando soluções para que o tecido empresarial cá dentro e lá fora possa avançar rumo a um futuro mais sustentável.

São cada vez mais as empresas que reconhecem as maisvalias das energias renováveis, seja pelo impacto ambiental, seja pelos custos mais baixos que lhes permitem vantagens competitivas mesmo em contextos como o atual de escalada dos preços da energia. As empresas querem consumir energia limpa, comprando-a a produtores ou gerando-a para autoconsumo. Mas é preciso acelerar a mudança, porque o relógio não pára.

A geração de energia distribuída assume-se, neste contexto, como uma arma de extrema importância para que as empresas possam mais rapidamente evoluir rumo ao carbono zero. E a produção de energia a partir de painéis solares fotovoltaicos, numa das regiões geográficas da Europa com maior número de horas de sol, é, por isso, a solução óbvia.

Este modelo pode, e deve, ser replicado também por parte da generalidade dos cidadãos, com vantagens para cada um de nós e para todos enquanto sociedade. A geração distribuída dá-nos, pela primeira vez, a oportunidade de gerarmos a nossa própria energia, para autoconsumo, mas também de, gerando em excesso, criarmos comunidades de energia, contribuindo de forma decisiva para uma transição energética que se quer rápida, mas justa. E só o será se não deixar ninguém para trás.

A transição energética está em marcha. E as empresas sabem bem a importância para o seu futuro de serem também elas um agente ativo neste importante processo. Na Greenvolt, trabalhamos diariamente na promoção das energias renováveis, seja a geração de energia a partir de biomassa florestal residual, seja a partir do vento ou do sol, apresentando soluções para que o tecido empresarial cá dentro e lá fora possa avançar rumo a um futuro mais sustentável

Miguel Alves administrador da Alferpac / Fortclima

Energias Renováveis: o caminho para o desenvolvimento económico sustentável

Se nos últimos 20 anos, uma das palavras mais falada e escrita foi “Internet”, nos próximos, será com certeza a palavra “Energia”.

Quer seja pelos preços galopantes, quer seja pela instabilidade dos mercados, devido sobretudo à Guerra da Ucrânia, o seu custo tem colocado em causa a sustentabilidade de praticamente todos os negócios. A História diz-nos que, em todos os momentos de grandes dificuldades, há sempre formas de as ultrapassar, pelo que, neste período que vivemos, haverá também uma série de desafios e neles encontraremos as soluções adequadas.

Neste contexto, as Energias Renováveis são efetivamente, uma das soluções para o desenvolvimento económico sustentável, principalmente se o investimento for destinado ao auto consumo.

Desta forma, o Proprietário ou Gestor de um qualquer local de consumo, pela volatilidade dos preços da energia elétrica, conseguirá garantir uma estabilidade no custo do consumo de energia, durante o período em que o sistema escolhido (energia solar, energia eólica, energia hidráulica, biomassa, energia geotérmica, etc...) se mantiver em funcionamento.

No entanto, é sempre bom lembrar, que o sucesso de um investimento deste tipo estará sempre diretamente relacionado com um bom Projeto de Engenharia, bem como, a sua boa execução, que na maioria das vezes é completamente desvalorizado. Porém, há em Portugal Técnicos e Empresas com as competências necessárias para os realizar.

O outro caminho, considerado um parente pobre das Energias Renováveis, mas em nada menos importante ou relevante, é a adoção de medidas para a racionalização do consumo de energia, ou seja, se no primeiro ponto, estamos apenas a descentralizar a Produção de Energia Elétrica, com os benefícios já falados, neste, concentramo-nos na alteração de métodos e/ou subsituição de sistemas ou processos, de modo a produzirmos mais, com o mesmo consumo, ou a produzir o mesmo, com menor consumo.

Este é o caminho da Eficiência Energética, o qual mais de 90% dos Empresários e Pessoas, em Portugal, continua a não querer percorrer.

Quer a utilização de Energias Renováveis, quer a Eficiência Energética, são processos sobre os quais é determinante perceber os valores a investir, assim como o seu retorno.

São também, neste momento, dois tipos de investimento, que pela sua rentabilidade, irão tornar certamente, qualquer negócio mais sustentável. O outro caminho, considerado um parente pobre das Energias Renováveis, mas em nada menos importante ou relevante, é a adoção de medidas para a racionalização do consumo de energia, ou seja, se no primeiro ponto, estamos apenas a descentralizar a Produção de Energia Elétrica, com os benefícios já falados, neste, concentramo-nos na alteração de métodos e/ou subsituição de sistemas ou processos

90563

Raul Santos Diretor-geral da Sunenergy

Rumo à independência energética

As grandes crises mundiais são sempre de lamentar porque, invariavelmente, trazem sofrimento e perdas de vidas. Mas, é com as grandes crises que surgem oportunidades que, aproveitadas, fazem o mundo avançar. A pandemia global da Covid-19 foi uma tragédia sanitária, social e económica, mas, fez com que a transformação digital deixasse de ser um conceito abstrato, acelerando-a ou fazendo com que ela de facto acontecesse. A guerra na Ucrânia e a consequente crise energética, pese embora os milhares de baixas e a inflação que ainda se vai fazer sentir mais, apresentam uma oportunidade única para que a independência energética seja uma realidade.

Não é de crer que num espaço de poucos meses, Portugal se encha de painéis fotovoltaicos ou de aerogeradores que aproveitem a energia eólica, mas o debate sobre a importância das energias renoveis tem que começar já.

Numa altura em que sustentabilidade ambiental é uma preocupação crescente, importa lembrar um dos maiores benefícios das energias renováveis: são limpas.

O uso deste tipo de energias permite poupar o planeta através da redução de emissões de CO2 e, isto não só é verdade no dia a dia das famílias como começa a ser uma opção bastante séria para empresas e outras instituições que entendem que o investimento compensa.

Mas, claro, sabemos que a questão ambiental está a par e passo com a questão económica. Uma vez feito um investimento inicial, a médio prazo, as energias renováveis são um investimento com largo e garantido retorno, algo que em épocas de maiores desafios económicos é precioso para as famílias e pode ser definitivo para a saúde financeira das empresas.

Ao consumo próprio, junta-se a possibilidade de venda de energia em excesso aos fornecedores tradicionais o que pode fazer com que o investimento inicial seja mais rapidamente recuperado.

Mas, é claro para todos nós que no mundo de hoje, as renováveis são essenciais, sobretudo na questão da independência energética.

Portugal tem condições climatéricas fabulosas, nomeadamente em termos de horas de sol, para, em conjunto com soluções de armazenamento de energia e outras fontes de energia renovável, poder ter uma quase independência energética e ter reservas para dias de…chuva.

Mas, é com as grandes crises que surgem oportunidades que, aproveitadas, fazem o mundo avançar. A pandemia global da Covid-19 foi uma tragédia sanitária, social e económica, mas, fez com que a transformação digital deixasse de ser um conceito abstrato, acelerando-a ou fazendo com que ela de facto acontecesse. A guerra na Ucrânia e a consequente crise energética, pese embora os milhares de baixas e a inflação que ainda se vai fazer sentir mais, apresentam uma oportunidade única para que a independência energética seja uma realidade

98444

This article is from: