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Organização iniciará processo de captação de recursos para a realização do festival que acontecerá dias 25, 26 e 27 de novembro. | Pág
Alexandre Garcia
JULGADORES JULGADOS
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O Senado poderá votar nesta quarta-feira um requerimento, que já tem assinaturas suficientes de mais de um terço dos senadores, para ouvir o Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, sobre em que bases legais ele fundamenta os inquéritos que está conduzindo como relator. O autor do requerimento, Senador Eduardo Girão(Podemos, Ceará), argumenta que os inquéritos não obedeceram o devido processo legal, num caso em quem se considera vítima é também condutor dos inquéritos, autor da denúncia, julgador e executor de sentença. O Supremo, por 9 a 2, acaba de endossar a condução de Moraes no caso do Deputado Daniel Silveira. O voto contrário do Ministro Nunes Marques, acompanhado pelo Min. André Mendonça, argumenta que o Código de Processo Penal(art. 319) não prevê multa nem bloqueio de bens como medidas cautelares. Estou em Brasília há 46 anos, sempre acompanhando de perto o Supremo. Lembro-me do tempo em que os juízes atravessavam a ruela que separa seus gabinetes do prédio do plenário, sob o olhar respeitoso dos circunstantes. Hoje, ministro do Supremo só sai com segurança reforçada. Ainda há poucos anos, o Presidente da Corte, Ministro Joaquim Barbosa, costumava encontrar-se com amigos para um trago em conhecidos botecos, e só recebia aplausos. Quando as sessões plenárias passaram a aparecer na TV Justiça, as câmeras despertaram as personalidades. Popularidade buscada, trouxe com ela também o preço de os julgadores se tornarem julgados. Saudades de presidentes como Néri da Silveira, com hábitos de juiz dinamarquês: vivia modestamente e passava sua própria roupa - comentávamos entre nós, jornalistas. O tempora! Tempos do Presidente Moreira Alves, que ensinava que o Supremo pode negar leis que não encontrem acolhida na Constituição, mas não pode inventar normas legais, com o pretexto de que o Legislativo não fez a sua parte. Semana passada, falando a um auditório da Justiça Militar da União, aí incluídos juízes do STM, o Ministro Ives Gandra Martins Filho, ex-Presidente do TST, criticou a politização do Judiciário, segundo ele, da base ao topo: “Judiciário politizado é Judiciário prostituído.” O Ministro Gandra antecipou temas de perguntas que certamente os senadores farão a Alexandre de Moraes, se o convite for aprovado: “Cláusulas pétreas não podem ser atropeladas; abrir inquérito de ofício não existe, assim como criar crime não tipificado na lei.” Tempos difíceis para o Judiciário. “É uma pandemia de ativismo” na opinião do Ministro Gandra. Segundo ele, o voluntarismo primeiro apresenta uma decisão da cabeça do julgador, depois faz malabarismo jurídico para justificar a sentença. Vimos isso no julgamento de Dilma no Senado. O mesmo Senado que vai precisar agora dar uma resposta. Os senadores vão ter que decidir se funcionam como poder moderador, para proteger a liberdade democrática. E é bom lembrar que poder moderador não pode ser parte do problema e, sim, solução.
Seara da Canção 2022 será realizada no Patronato Santo Antônio
Organização iniciará processo de captação de recursos para a realização do festival que acontecerá dias 25, 26 e 27 de novembro
por ALESSANDRO TAVARES
alessandro@diariodamanha.com
Kaliandra Alves Dias kaliandra@diariodamanha.com
Um dos festivais mais tradicionais do Rio Grande do Sul voltará a ser realizado em 2022: a Seara da Canção. Além de vivenciar e incentivar música nativista, a organização quer proporcionar à comunidade um festival com transparência e sendo realizado de forma continua.
Em entrevista à Rádio Diário AM 780, o presidente Gustavo Weber e o vice Cristiano Martins Thumns, destacaram as novidades da edição que será realizada entre os dias 25, 26 e 27 de novembro, sendo uma delas a realização no Patronato Santo Antônio. Inicialmente o evento seria realizado no Ginásio da Acapesu, no entanto, como o local deverá passar por reformas a partir das próximas semanas, uma alternativa próxima foi o Ginásio do Patronato que reúne características semelhantes ao espaço original.
Conforme Gustavo Weber, a escolha do local também visa um resgate da identidade cultural e social da Seara. “Não é apenas fazer um festival. É retomar a Seara com um sentimento de orgulho e carinho, igual sentíamos nos momentos áureos. O Patronato Santo Antônio oferece uma estrutura que pode ser utilizada na parte interna e externa. Queremos fazer além da tradicional competição, outras atividades paralelas vinculadas ao segmento tradicionalista, para que a comunidade possa estar integrada e ter uma relação mais próxima”, salienta Gustavo.
Relembrar os anos áureos da Seara da Canção é também falar da união da comunidade. Gustavo revive as lembranças da infância e destaca o fortalecimento do comércio com o festival. “Queremos retomar o sentimento que o comércio também tinha com a Seara, onde as lojas utilizavam a ornamentação gaúcha, o pessoal trabalhava pilchado em outubro e/ou novembro. Queremos esse resgate”, enfatiza.
TRANSPARÊNCIA, TRABALHO SÉRIO E PÉS NO CHÃO
Gustavo e Cristiano assumiram a gestão da Associação Seara neste ano. O trabalho na associação foi retomado em 2019 e desde então, o trabalho vem sendo feito por meio de lives e eventos. “Boa parte dos fundadores e criadores se reuniram e agregaram outros valores. Nosso grupo vem desenvolvendo esse trabalho desde antes da pandemia”, salienta Gustavo.
Para o vice-presidente Cristiano Martins Thumns, o processo de retomada da Seara envolve muita responsabilidade e pés no chão para que o festival possa ser realizado anualmente. “Desde quando assumimos o compromisso destacamos que esse evento deve ser responsável, para que todos saiam satisfeitos e com a cabeça erguida”, ressalta Thumns.
Segundo Thumns, na próxima semana o projeto da edição da Seara estará sendo entregue na Secretaria da Cultura. Além disso, também destaca que estão buscando recursos por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC). “O custo da infraestrutura é muito alto, temos palco, decoração, logística e não é um evento que movimenta apenas quem trabalha, mas a comunidade” cita o vice- presidente da Associação. Outro ponto destacado por Cristiano é que a LIC deve cobrir uma parte significativa do valor, de modo que em tese não vai demandar o uso de valores públicos, ao menos se a captação não se tornar exorbitante. “Estamos buscando apoio na questão financeira. É importante fazermos um belo evento. Pretendemos fazer um evento com os pés no chão para que seja contínuo. Não começar neste ano e ano que vem não ter como ser feito por falta de recursos”, destaca.
Assim como Cristiano, o presidente Gustavo também destaca a importância da captação e o custeio integral das despesas da Seara da Canção. “Estamos fazendo um trabalho bem organizado de captação através da Lei de Incentivo à Cultura, tentando viabilizar uma captação integral para que possamos projetar todas as etapas do evento com a segurança de que todas as despesas estarão supridas. É uma preocupação da comunidade de que a Seara seja sustentável. Sempre nos preocupamos com isso e não temos interesse político-econômico”, relembra.
RECOMEÇO E FUTURAS PROJEÇÕES
Ao assumir o compromisso em organizar a edição de 2022 da Seara da Canção, Gustavo e Cristiano junto com o grupo que esta a frente da associação tiveram que começar o trabalho do zero. “Por não ter uma continuidade do festival, não nos permite que utilizemos uma base dos eventos anteriores. A Seara tem um significado para a nossa comunidade e Estado. Ao assumir compromissos, buscamos coletar muitas informações, fizemos contatos com outros presidentes, músicos, comunidade e o engajamento tem sido muito grande. Contar com o apoio de pessoas já está sendo maravilhoso”, enfatiza Gustavo.
O amor pela arte e cultura deve ser um dos diferenciais da Seara da Canção deste ano. Além de fomentar a música nativista, galponeira e contemporânea, a edição também voltará os olhares aos pequenos músicos, com a 8ª edição da Searinha – onde as músicas das apresentações terão como referência as músicas da discografia. Outro diferencial será a fase final da Searinha, que deve contará com a participação de músicos do município. “Nos primeiros anos de Seara, o nosso diferencial era as músicas nativistas, galponeiras e contemporânea, nas edições mais recentes não teve essa continuidade e conversando com os músicos e artistas percebemos que a Seara já não tinha mais essa característica. Vamos fazer um novo festival”, finaliza Cristiano.
Carazinho tem cerca de 300 pessoas realizando quimioterapia
O dia 8 de abril é marcado pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer. Oncologista do HCC, Patrícia Pacheco, fala sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce
Kaliandra Alves Dias kaliandra@diariodamanha.com
Odia 8 de abril é marcado pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção e a importância do diagnóstico precoce. No Brasil, o câncer é a segunda causa de morte por doença, atrás das doenças cardiovasculares.
Em Carazinho, aproximadamente 300 pessoas estão realizando quimioterapia no Hospital de Caridade (HCC). Conforme a oncologista do HCC, Patrícia Pacheco, o diagnóstico precoce é o maior aliado para o combate ao câncer. “Quanto mais cedo for detectada a doença, mais cedo se inicia o tratamento, sendo expressivamente maior as chances de cura, salienta a profissional.
DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO
Os primeiros sintomas variam de acordo com o local da doença. Segundo Patrícia, os sintomas podem surgir em forma de emagrecimento ou cansaço inexplicado. “O sintoma pode ser bem inespecífico. No câncer de mama por exemplo, o sintoma mais comum é a percepção de uma nodulação na mama ou axila; no câncer de intestino o paciente pode apresentar uma alteração no hábito intestinal; sintomas urinários no câncer de próstata”, explica.
O tratamento contra o câncer pode ser realizado por meio de cirurgias, quimioterapia e radioterapia. “No HCC é realizada a maioria das cirurgias para tratamento de diversos tipos de câncer e também é realizado o tratamento quimioterápico. Apenas o tratamento de radioterapia é referenciado para Passo Fundo”, destaca Patrícia.
Conforme a oncologista, após o diagnóstico são realizados diversos tipos de exames para estadiamento (que ajudam a determinar a extensão da doença). Os resultados vão determinar qual será o tipo do tratamento (cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia) e a sequência. “No caso do câncer de mama por exemplo, nas fases mais precoces, de um modo geral, as pacientes são inicialmente submetidas a cirurgia e nem sempre é necessária a quimioterapia após. Já uma paciente que tem o câncer de mama com acometimento de linfonodos na axila, o tratamento inicial geralmente é a quimioterapia e após será realizada a cirurgia. Por isso, que sempre explicamos para os nossos pacientes que cada caso é avaliado de forma individualizada e muitas vezes multidisciplinar, com auxílio de médicos cirurgiões, patologistas, radio-oncologistas e oncologistas” comenta a profissional .
DIAGNÓSTICOS FORAM PREJUDICADOS COM A PANDEMIA
No Brasil, os dois tipos mais frequentes de cânceres são os de próstata e de mama. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), em novembro de 2021, 75% dos casos de câncer de próstata no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Já o câncer de mama, a média de pacientes diagnosticadas é entre 40 a 49 anos.
Segundo a oncologista Patrícia Pacheco, durante a pandemia, o número de consultas e de exames para rastreamento e controle do câncer diminuíram expressivamente em todo o mundo. “No Brasil possivelmente até 50 mil casos deixaram de serem diagnosticados neste período. Muitos dos avanços no tratamento do câncer e nas taxas de cura estão relacionados a melhora dos métodos de imagem, protocolos de rastreamento e detecção precoce. O atraso do diagnóstico compromete consideravelmente o sucesso dos tratamentos”, enfatiza.
40 ANOS DE UMA HISTÓRIA DE AMPARO E AMOR
Há 40 anos, a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Carazinho realiza um trabalho de amparo aos pacientes diagnosticados com câncer. Segundo a presidente da LFCC, Susanita Gibbon, além do amparo psicossocial, a Liga também auxilia na compra de remédios e cestas básicas aos pacientes carentes. Conforme a presidente, os pacientes que são atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS), são encaminhados para Liga de acordo com a situação socioeconômica. “Desta forma, os pacientes realizam o seu cadastro e realizamos as visitas. Assim vamos ver a real condição do paciente e se ele necessita de um acompanhamento, rancho e/ou medicação. Todas as necessidades econômicas e sociais são alguns dos trabalhos feitos pela Liga”, salienta.
Além disso, os pacientes também podem participar dos grupos que apoio: o Chimama, que são voltados às mulheres com câncer de mama e de útero e o grupo ‘Aprendemos a vencer’ que são para homens e mulheres com vários tipos de cânceres.
Para poder dar um suporte aos pacientes, a Liga realiza durante o ano diversas ações. “Os nossos recursos são das ações sociais que realizamos durante o ano, como os galetos com massa, o jantar da Glamour e as doações da comunidade”, destaca a presidente.
Voluntárias, diretoria, e a glamour da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Carazinho
Patrícia Pacheco é oncologista do HCC