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PISCICULTURA
Diferença de preços entre carne vermelha e branca pode abrir espaço para o peixe
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Consumo de peixe enfrenta barreiras culturais, mas neste ano é uma opção mais barata comparada à carne de gado
Por Rafael Bonatto
rafaelbonatto@diariodamanha.com
ASexta-feira Santa deste ano cai no dia 15 de abril e depois de dois anos de protocolos de segurança impostos pelas emergência da pandemia de Covid-19, será a primeira Páscoa sem adaptações ou distanciamentos.
A Feira do Produtor vai começar a disponibilizar a partir da próxima terça (12) até a sexta, carpa-capim viva na Feira do Parque da GARE. Afinal, além da venda de chocolate, os criadores de peixes se beneficiam com o período. Estimasse que cerca de 25% da produção desse alimento acontece apenas por causa da Sexta-feira Santa, segundo dados da EMATER.
O estado conta com mais de 50 mil produtores, sendo 78% da produção destinada à subsistência e apenas 22% para a comercialização. Essas informações da Associação Brasileira de Piscicultura demonstram o papel do peixe na segurança alimentar da população gaúcha, assim defende Vilmar Wruch Leitzke, Extensionista Rural da Emater. O engenheiro agrônomo destaca, que o peixe tem potencial para se desenvolver, mas esbarra hoje em questões culturais, logísticas e econômicas.
CONSUMIR CARNE DE PEIXE É HÁBITO
Um ponto positivo é o preço, com o aumento do valor do quilo da carne de gado, o peixe chega a custar metade do preço por quilo. “Essa diferença acaba sendo um fator importante na tomada de decisão”, define Vilmar. Ele aponta, porém, para questões culturais que podem afastar o consumidor. Na linha sucessória, o peixe talvez seja um dos produtos com menor aceitabilidade, mas isso é uma questão cultural” cita o profissional. O extensionista sugere que essa realidade pode ser mudada com o peixe sendo introduzido desde a fase da infância.
Apesar do churrasco ser forte aqui no Rio Grande do Sul, muitas espécies são criadas, sobretudo as tilápias, carpas, traíras e os jundiás. A questão cultural da carne vermelha é “uma disputa a ser trabalhada” reflete Vilmar.
CUIDADOS COM O FRIO
O manejo exigido para todas as espécies é muito parecido, o que muda são os sistemas de criação das espécies, define Vilmar. O sistema pode ser extensivo ou confinado. O primeiro depende da qualidade da água, para o peixe se alimentar melhor, e o segundo, mais intensivo, utiliza um nível tecnológico maior.
O frio das próximas estações em si não é responsável pela morte dos peixes na visão do extensionista da EMATER, mas o manejo adotado no período deve ser observado. “Erros no manejo e, principalmente, no dimensionamento da profundidade dos açudes é que acabam causando mortalidade. Quando começam a ocorrer as primeiras frentes frias, a recomendação é que o produtor reduza a alimentação dos peixes. A crença popular é de que quanto maior ou mais profunda a água, melhor para a piscicultura. Na verdade, essa concepção acaba sendo equivocada, porque fica mais difícil de manejar a qualidade da água e a quantidade disponível para esses peixes”, esclarece Vilmar.
Foto: Divulgação
Ele resume que a forma de produção deve ser adaptada as características e objetivos de cada propriedade. “O que nós precisamos, independente da espécie, é adotar o manejo de forma coerente, e utilizar a tecnologia dentro da realidade que o produtor tem. E essas tecnologias existem e estão ao alcance para alcançar excelentes resultados. Além disso, também é necessário uma cadeia produtiva estruturada, que é você ter uma logística de distribuição e de abate sincronizada, aos moldes de outras cadeias da proteína animal”, explica o engenheiro agrônomo.
MOMENTO DE RETOMADA
A expectativa para a Sexta-feira Santa é positiva. “Nos últimos dois anos nós tivemos a comercialização prejudicada porque não conseguíamos fazer feiras”, conta Vilmar. Isso abrange tanto feiras livres quanto pontos de venda. As medidas de isolamento social, hoje suspensas, que impediram reuniões nos feriados passados, também foram agravantes.
Dois momentos importantes para o setor da piscicultura na região foram a Lei nº 15.647, de 1º de Junho de 2021, que institui a Política Estadual de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura no Estado do Rio Grande do Sul e a Carta de Intenções de Piscicultura para o Planalto Médio, de agosto de 2021.
Nas palavras de Vilmar, toda política que se estabeleça para o setor é importante. “ Eu diria que é apenas o primeiro passo para o processo. A previsão é de que mais eventos aumentem a oferta de peixe para o consumidor, se houver demanda. Mas ela só será conquistada com visibilidade, abrangência e captação de recursos” comenta o agrônomo .
PEIXE GRANDE O casal Alex e Ketny Drey são os responsáveis pelo Pesque e Pague do Cantares, há um quilômetro de Carazinho, no sentido de Não-Me-Toque. No empreendimento eles possuem algumas das espécies citadas por Vilmar, como tilápias, jundiás e carpas.
Eles estão apostando na retomada econômica durante a celebração da Páscoa, com reunião de amigos e parentes para aquecer as vendas. Além da experiência da pesca em um espaço de relaxamento, onde é proibido música alta, eles oferecem refeições e a venda da carne para o consumidor preparar em casa.
Alguns dos peixes do restaurante são preparados com os pescados do local. Como não possuem frigorífico, outros vêm de fornecedores externos, como o de tilápia, que também é vendido fresco. Ketny comenta que desde o final de março a procura disparou o que, na avaliação dela, pode ser um reflexo do aumento do preço da carne de gado.
“A procura está bem grande por peixes maiores de 5 e 6kg, coisa que no ano passado não acontecia”, conta o casal. Em 2021 a saída maior era de peixes de 2 a 3 kg. Outra característica que pode explicar a busca por peixes de porte maior é a atenuação da pandemia, pois duas famílias podem se reunir com mais segurança para comprar um peixe e dividir em dois com o afrouxamento das medidas de distanciamento.
BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE
A nutricionista Patrícia Folle, lembra que o peixe é um excelente alimento para o desenvolvimento escolar de crianças e adolescentes e deve estar também na alimentação dos idosos, já que diminui o risco de demência e cansaço mental.
Existem algumas dietas que tem o peixe como fonte central de proteína animal, como a Mediterrânea. Patrícia explica que ela é abundante em grãos, frutas, verduras, legumes, vinho tinto , azeite de oliva e proteínas magras como peixe e frango, onde o incluir carne vermelha aparece muito de vez em quando, apenas para dar sabor a um prato. “ É mais do que uma dieta, é um estilo de vida”, pois existe comprovação clínica de que essa dieta melhora a saúde do coração e reduz os fatores de risco para ataques cardíacos, derrames, diabetes, colesterol alto, demência, perda de memória, depressão e câncer de mama” comenta a nutricionista.
O peixe também pode reduzir processos inflamatórios no corpo humano, em comparação com a carne de gado. “As carnes brancas, especialmente os peixes, são melhores para a saúde do que as carnes vermelhas porque, em geral, possuem menos gordura e colesterol, sendo também mais fáceis de digerir”, defende Patrícia.
“O ômega-3 presente nos peixes são especialmente benéficos, pois já contém o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA) pré-formados, ou seja, não necessitam ser convertidos pelo nosso organismo”, avalia a nutricionista. Essa seria a diferença de uma dieta focada nas chamadas gorduras anti-inflamatórias.
Patrícia lembra que o é importante equilibrar as proteínas, pois todas as fontes possuem nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, mesmo que o recomendado seja consumir carne de peixe mais de três vezes na semana para atingir os benefícios citados. Sem esquecer de combinar uma boa dose de legumes, boas fontes de vitaminas e fibras e alimentos saciantes.
Carazinho sedia 1ª etapa do Super Tênis RS
Quatro competidores locais chegaram à decisão em suas categorias
Carazinho foi sede no fim de semana da 1ª etapa do Super Tênis RS, evento oficializado pela Federação Gaúcha de Tênis. Os jogos ocorreram entre os dias 1º e 3 de abril, no Clube Comercial nas categorias classes, seniors e infanto-juvenil.
Esta é a nona edição da competição, considerada uma das mais importantes do país na modalidade, atraindo atletas de várias regiões, inclusive estrangeiros. O Super Tênis tem financiamento do Governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo e Fundo – Pró-Esporte RS da Secretaria do Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul.
Alguns carazinhenses se destacaram chegando a decisão. Rafael Muller foi o campeão na 5ª Classe. Outros
Rafael Muller foi campeão na 5ª Classe três atletas ficaram em segundo lugar: Alisson Rocha na 4ª Classe até 34 anos, Evandro Fetzer, na 60 A e Felipe de Ivanoff, na 35C.
GZT COMERCIO E IMPORTAÇÃO S/A - CNPJ: 87.793.089/0001-79 - NIRE: 43300050505 - ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA - CONVO-
CAÇÃO: Ficam convocados os senhores acionistas da GZT COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO S/A, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária a realizar-se em sua sede social, na Av. Presidente Vargas nº 3.232 - Bairro São Cristóvão - em Passo Fundo, às 14h00min do dia 20 de abril de 2022, com a seguinte Ordem do Dia: EM ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA - 1. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as Demonstrações Financeiras, o Parecer dos Auditores Independentes relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2021; 2. Deliberar sobre a proposta da destinação do lucro líquido do exercício e ratificar o crédito de juros sobre o capital próprio imputados aos dividendos e a distribuição de resultados; 3. Fixar a remuneração global anual dos administradores para o exercício de 2022; EM ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA: 1. Examinar proposta da Diretoria para o aumento do Capital Social em R$ 2.743.800,00 (dois milhões, setecentos e quarenta e três mil e oitocentos reais), mediante a emissão e subscrição particular de 914.600 (novecentas e quatorze mil e seiscentas ações), sendo 457.681 (quatrocentas e cinquenta e sete mil, seiscentas e oitenta e uma) novas Ações Ordinárias e 456.919 (quatrocentas e cinquenta e seis mil, novecentas e dezenove) novas Ações Preferenciais, ao preço de R$ 3,00 (três reais) cada. Passo Fundo/RS, 01 de abril de 2022. GZT COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO S/A
A DIRETORIA
VR GRAZZIOTIN S. A. - ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES CNPJ: 87.607.263/0001-41 - NIRE: 43300011470 - ASSEM-
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de 2022. V.R. GRAZZIOTIN S/A ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES A DIRETORIA
ECPF e Gaúcho estreiam no Gauchão A2 neste fim de semana
Os primeiros adversários das equipes de Passo Fundo serão o Veranópolis e o Tupi
por MARA STEFFENS mara@diariodamanha.com
por Leticia Schneider redacao@diariodamanha.com
Ofinal de semana é de estreia no Gauchão A2, mais conhecido por Divisão de Acesso, para o Esporte Clube Passo Fundo (ECPF) e o Sport Clube Gaúcho. No sábado (09), às 15h30, o ECPF recebe o Veranópolis no Estádio Vermelhão da Serra, já no domingo (10), o Gaúcho encarra o Tupi no Estádio Rubro-Negro, às 15h.
O técnico do ECPF, Marcelo Caranhato, explica que conseguir estrear em casa é um bônus a mais, pois a equipe está diante de seu torcedor, além disso, joga em um gramado e um estádio que já tem familiaridade. “Isso favorece desde que se consiga reverter todos esses fatores em resultado, mas tenho certeza que a gente vai fazer um belo jogo e ter uma sequencia positiva dentro da competição” destacou o técnico.
“A expectativa é a melhor possível. Nós estamos fechando agora a quinta semana de trabalho, conseguimos otimizar bem o tempo, qualificar o nosso trabalho, implementar nossa metodologia de treino, fortalecer nossa ideia de jogo. Infelizmente, a gente não conseguiu contar com todos os atletas porque alguns deles ainda estão terminando as competições estaduais”, acrescentou ele.
Marcelo lembra que no futebol sempre há aspectos que precisam ser melhorados durante a competição ou nos treinos, principalmente quando se monta um time em poucos dias. Segundo ele, leva tempo até os atletas terem afinidade e entrosamento entre eles, além de conhecer a metodologia de trabalho.
“Nós vamos acabar uma pré-temporada dentro da competição, espero que a gente possa ter competência para minimizar esses impactos de tentar montar um elenco em pouco tempo e colocar um time em campo”, enfatiza.
Em relação a novos reforços, o técnico observa que o clube vai iniciar a competição com os atletas já contratados e, então, será feito uma avaliação jogo a jogo a fim de ver as carências e as necessidades do elenco para depois pensar em reforços.
“O planejamento para a Divisão de Acesso começou quando a gente priorizou a qualidade e não a quantidade, nós temos um grupo bem reduzido de atletas, mas trouxemos jogadores de qualidade que são versáteis, que fazem mais de uma função, e para nós isso é importantíssimo. Não tenho dúvida que vamos conseguir um time forte e competitivo para brigar pelo acesso esse ano”, concluiu Marcelo. SPORT CLUBE GAÚCHO
O presidente do Sport Clube Gaúcho, Augusto Ricardo Ghion Jr, pontua que o planejamento do clube é estar no próximo ano disputando o Gauchão A1, repetindo o feito de subir de divisão mais uma vez. Para ele o jogo de estreia sempre é um jogo mais nervoso e difícil.
“O time não teve muito tempo de pré-temporada em razão de alguns jogadores estarem jogando outros campeonatos. É um jogo com pouco entrosamento, a preparação física não está 100%, então a nossa expectativa é um jogo difícil, um jogo nervoso como sempre são as estreias e nesse ano porque a pré-temporada foi mais curta que o normal”, disse o presidente.
Augusto também detalha que o entrosamento da equipe e o preparo físico são questões que precisam ser melhoradas ao longo do campeonato. Somado a isso, o presidente frisa que há possibilidade de novos reforços para compor o elenco.
“Estamos atrás de dois ou três jogadores pontuais para algumas posições especificas que ainda temos deficiência. Então devem chegar ainda pelo menos dois atletas depois da estreia”, finalizou.
O técnico do ECPF, Marcelo Caranhato, explica que conseguir estrear em casa é um bônus
O presidente do Gaúcho, Augusto Ghion Jr, pontua que a ideia é disputar o Gauchão A1 no próximo ano
Foto: Divulgação Instagram | ECPF
Foto: Divulgação Instagram | Gaúcho
Endil Tamara de Mello
jornalista | endiltammara@gmail.com
Uma história de amor e superação
A história de Elisângela Lins Tavares retrata a caminhada de milhares de mães e pais que abdicam de suas rotinas, seus sonhos, para acompanhar e compartilhar o mesmo sonho do filho, de ser jogador de futebol. De Goiânia (GO), ela mudou-se para Porto Alegre (RS), com os filhos ainda pequenos. O motivo: o primogênito João Carlos, aos 11 anos, foi selecionado pelo Sport Club Internacional. Desde 2016, a vida de Elisângela, Leonardo, o filho mais novo e o esposo Alciron Carlos Freire têm sido um misto de alegria, saudade, frustração, tristeza e de novas expectativas. O sentimento de saudade é um companheiro diário de Elisângela, formada em Administração, que veio para o sul do país enquanto Alciron permaneceu em Goiânia para trabalhar e manter a casa da família. Os encontros entre mãe, pai e filhos acontecem esporadicamente. A alegria, a frustração, a tristeza e as novas expectativas são recorrentes de quem vive os bastidores do mundo do futebol. Os altos e baixos se dão de forma intensa e veloz. E nos momentos de baixa, ela desabafava com o esposo, “nosso filho menor triste, sendo criado longe do pai. Aqui, há uma insegurança muito grande. Em Goiânia, eu tinha minha família próxima e uma estrutura. Ah eu não vou dar conta!”. Mas deu conta sim! E sabem porque ela conseguiu manter seus filhos, ser o suporte de João Carlos, conseguiu viver, mesmo que entre vitórias, derrotas, angústias? Por amor. É por esse motivo que uma mãe abre mão de seus próprios sonhos para viver o dos filhos.
Ao voltarmos no tempo, Elisângela recorda que tanto sua família como a do esposo, sempre gostaram de futebol. Os pais deles tiveram times no interior de Goiás. Seu irmão foi jogador profissional. Quando o casal teve o primeiro filho, Alciron disse que seria menino, teria olhos claros e seria jogador. Dito e feito! João Carlos tem olhos verdes e é atleta. Com cinco anos, ele entrou para uma escolinha. Fez seu primeiro teste aos 10 anos, no Fluminense, e com 11 foi aprovado no Inter.
Dos 11 aos 17 anos fez parte das categorias de base do Internacional, jogando nas posições de volante e lateral direito. Elisângela lembra com o coração apertado que, em 2017, ele passou quatro meses sem ser convocado para competições. Na Sub 14 melhorou o ritmo de convocações, mas ainda não era o que ele esperava. “Chegávamos no fim do ano, sempre com aquela pressão. Ele vendo colegas sendo dispensados”, recorda a mãe. Em 2019, João Carlos subiu para a Sub 15 e teve um ano muito positivo. Viajou para várias cidades, jogou diversas competições, inclusive na Europa. Firmou parceria com o primeiro empresário e começou a receber apoio financeiro do clube. “Meu filho é mais persistente do que eu. É esforçado, focado. Vejo que ele se sente realizado. Nunca disse que não queria mais jogar futebol, mesmo nos dias mais difíceis”, ressalta Elisângela.
Em fevereiro de 2022, João Carlos recebeu dispensa do Inter, mas, desde a semana passada, todos estão vibrando de alegria com a notícia de sua aprovação no Atlético Clube Goianiense, onde já se apresentou. Elisângela e Leonardo estão preparando as mochilas para dentro de um mês voltar à terra natal, Goiânia. Um retorno que representa a felicidade da família novamente unida. Representa as novas expectativas de um sonho que é de todos! Em sua bagagem, Elisângela leva “as amizades que fiz no futebol e que levarei para a vida”.
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Visita passou por diversos pontos culturais e históricos de Carazinho como o Museu Olívio Otto, a Biblioteca Pública Dr. Guilherme Schultz Filho e a Avenida Pátria
por MARA STEFFENS mara@diariodamanha.com
AAcademia Carazinhense de Letras – ACL recepcionou nesta quarta-feira (6) membros do Instituto Histórico e Geográfico de São Luiz Gonzaga. A visita foi uma retribuição daquela realizada pela entidade carazinhense em 2019 e favorece a troca cultural entre as duas cidades.
O grupo chegou no fim da manhã. Foi recepcionado no Trevo Dyógenes Martins Pinto (popular Trevo do Avião) e visitou vários pontos culturais e históricos importantes de Carazinho. Passou pela Paróquia da Glória onde conheceu a via sacra produzida por Ilse Ana Piva Paim, onde a artista faz uma releitura da obra e a transforma com elementos da atualizada, retratando Jesus Cristo usando jeans. A Via Sacra de Ilse Ana é a maior do Brasil em tamanho de tela e a única contextualizada. Depois de passar pela Praça Santo Munerolli o grupo almoçou em um restaurante da cidade.
A tarde, a primeira parada foi no Museu Olívio Otto. Anfitriões e visitantes conheceram o local em uma visita guiada pelo diretor Cláudio Braun, historiador e museólogo. Outros locais importantes também foram apresentados, entre eles a Biblioteca Pública Dr Guilherme Schultz Filho, onde foram recepcionados pela coordenadora Silvana Xavier e a Avenida Pátria (antiga Rua das Tropas), trecho fundamental para as tropeadas, já que era por ali que os tropeiros passavam com as mulas rumo a São Paulo. O encerramento ocorreu com coquetel, no Palácio do Comércio. A presidente da Academia Carazinhense de Letras – ACL, Clarice Correa, avaliou o encontro como muito importante. “Eles conheceram nossas riquezas culturais. Costumamos conhecer apenas o que é nosso – às vezes até o que é nosso não conhecemos a fundo – e poder ampliar o conhecimento, sabendo das riquezas dos outros também é bom. Precisamos aprender coisas novas, é do ser humano, é fundamental”, observou.
Anna Olívia do Nascimento, presidente do Instituto Histórico Geográfico de São Luiz Gonzaga, destacou que foi uma bela troca de experiência. O convite partiu de Peri Sommer Pereira, membro tanto da ACL quando do IHG. “Muitas pessoas acham que o Instituto, por ser de história, deve estudar somente história, mas não. A história é a mãe de todas as ciências, inclusive da literatura. Temos uma biblioteca com 30 mil volume e um cuidado especial com a literatura. História e Literatura tem laços íntimos. Eu não conhecia pessoalmente Carazinho, mas conhecia pelas referências históricas importantes”, citou.
Sabendo do objetivo da ACL, de buscar uma sede própria, Anna Olivia incentivou. “A ACL pode seguir os passos do Instituto. Já encontrou seu espaço, já existe, suas raízes estão lançadas. Agora precisa articular com a sociedade e o poder público. Eles são muito importantes para marcar a presença da Academia. Ela tem que ser bem aceita. Podemos contribuir, não somente em laços de amizade, mas na forma institucional. O que a ACL precisar do Instituto, ela poderá contar”, comentou.
Foto Mara Steffens | Diário