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2ª edição: 22:00
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DOMINGO Recife, 22 xx de dezembro de 2013 Nº 356 XXX
O tubarão e a cultura pop
Os jovens e a rotatividade de empregos
Figura marcante da história contemporânea pernambucana devido aos ataques no litoral, o tubarão é retratado frequentemente por diferentes campos da arte. VIVER E4 e E5
ECONOMIA B4
“Estou pronto para ganhar 2014”
Prêmio Fotógrafa do Diario entre as melhores
HEITOR CUNHA/DP/D.A PRESS
Annaclarice Almeida é a única representante do Norte/Nordeste a disputar o Troféu Mulher Imprensa. VIDA URBANA C10
Notícias do Diario agora via SMS ECONOMIA B6
Natal Eles pedem cada coisa ao Papai Noel Os pedidos feitos por meninos e meninas em shoppings revelam curiosidades e muita criatividade. VIDA URBANA C2 CRISTIANE SILVA/ESP.DP/D.A PRESS
EmentrevistaaoDiariodePernambuco,ogovernadorEduardoCampostraçouumcenáriootimista paraseuprojetonacional.Eledissequeestá“animadoeprontoparaseentregaraessamissão-disputar aP aPrresidênciadaRepública-comamesmapaixãocomqueeutenhomeentregadoaconstruirum Pernambucomelhorparaanossagente”.Eletambémfezumbalançodosseteanosdeseugoverno. POLÍTICA A8 e A9
<< adeus
Um Rei amado pelo povo
Os fãs de Reginaldo Rossi deram, ontem, uma prova incondicional de amor pelo ídolo. Durante o velório e o enterro do cantor, eles riram, choraram, cantaram e beberam para homenagear o Rei do Brega. ÚLTIMAS A2 e A3
aurora OS PERFIS DOS NOVOS DELEGADOS DE POLÍCIA
Via Mangue terá nome de Rossi ÚLTIMAS A2
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d e P E R N A M B U C O - Recife, domingo, 22 de dezembro de 2013 DIARIOd política IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
entrevista >> Eduardo Campos, governador de Pernambuco Considerando que este é seu sétimo ano de gestão no estado e o projeto nacional do PSB, se o senhor pudesse citar apenas uma área ou programa do seu governo como modelo para o Brasil, qual seria? O que mais efetivamente me toca é ver que nosso governo é mais do que um conjunto de realizações setoriais. É uma obra de transformação política, econômica, obra que transformou o quadro social, a gestão pública de Pernambuco. E tem muita coisa que se observa pelos resultados, que as pessoas veem seus filhos estudando em escolas integrais. Temos a maior rede de escolas integrais do Brasil, segundo o Ideb. Ter a maior redução da evasão escolar, segundo o MEC em seu censo 2012. Ter redução da mortalidade, da violência, reduzir o desemprego a menos da metade do que era.
“Estou pronto e animado para ganhar 2014” Em entrevista ao Diario, Eduardo critica baixo crescimento na era Dilma e se coloca como opção para o Brasil
>> acesse Confira vídeo com os melhores trechos da entrevista com o governador Eduardo Campos
ROSÁLIA RANGEL rosaliarangel.pe@dabr.com.br
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stou pronto para ganhar 2014 e vou me entregar a essa missão – disputar a Presidência da República – com a mesma paixão com que eu tenho me entregado a construir um Pernambuco melhor para nossa gente”. Com essa disposição, o governador Eduardo Campos (PSB) traçou um cenário otimista para o seu projeto nacional em que terá como principal adversária a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. Ele disse que está “animado” para ganhar 2014 e para “dar conta” da missão que receber no próximo ano. Na sala onde costuma reunir o secretariado para monitorar as ações do governo, no Centro de Convenções, sede provisória do Palácio do Campo das Princesas, Eduardo concedeu a habitual entrevista de fim de ano. O socialista fez o último balanço dos sete anos do seu governo, cujos êxitos,
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ele diz, servirão de vitrine para sua campanha a Presidente, a exemplo das escolas integrais, das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs/Especialidades), projetos que acredita serem fundamental para fazer azer ffluir luir o atendimento nas unidades de saúde e o Pacto Pela Vida, programa de combate à violência. Na avaliação do governador, 2013 foi um ano bastantee “desaf “desafiador” iador” para o mundo e muito “intenso” para o Brasil, com o povo brasileiro voltando às ruas embalados pelo desejo de mudança. Debruçado sobre dados estatísticos e resultados, Eduardo estava tranquilo diante dos números alcançados pela gestão. “Nós vamos bater o recorde de investimentos, que é tudo que o Brasil precisa fazer, segundo economistas de todas as tendências”, frisou. Participaram da entrevista o editor de Política do Diario, Suetoni Souto Maior; a colunista, Marisa Gibson; o blogueiro, Josué Nogueira; a blogueira Tânia Passos (Vida Urbana); e as repórteres Rosália Rangel (Política) e Rochelli Dantas (Economia).
O governo comemora os investimentos na saúde, mesmo assim, todas as pesquisas de opinião mostram a área como a mais crítica junto à opinião pública no Brasil, mas também em Pernambuco. Nós temos um déficit na saúde no Brasil ainda muito claro. Nenhum país do mundo, com economia do padrão do Brasil e com a população do tamanho da do Brasil, se propôs, de maneira tão bonita e correta, a implantar um sistema único de saúde. Os Estados Unidos da América, por exemplo, não têm um sistema aberto. Você morre de infarto na porta da rua e não pode bater nem na porta de uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) porque não existe lá. Isso nos Estados Unidos da América. Então, há um problema? Há um problema. Agora, aqui nós temos cumprindo um programa que é maior do que o nosso compromisso. Nunca se investiu tanto em saúde pública nesse estado como nesses sete anos. Não dá nem para comparar. Na época do anúncio do Mais Médicos o senhor falou que se tivessem tomado as medidas necessárias anos atrás não precisaria de um programa como esse. O senhor ainda tem essa opinião? O problema do Mais Médicos é que teve um tempo na década de 1980 que nós fomos diminuindo as vagas das faculdades de medicina que existiam. Como um médico para se formar você leva dez anos, a falta só se sentiria 20 anos depois. Quando você faz o mapa vê que tem centenas de municípios sem médicos. Se você tem edital chamando pessoas daqui para ali e não tem, o que se pode fazer? A área de mobilidade tem recebido importantes investimentos em Pernambuco, agora existe a preocupação e uma pressão muito grande por conta da Copa do Mundo de 2014 e algumas obras, no estágio em que elas se encontram atualmente, correm o ris-
co de não ter a excelência que se deveria em projetos desse tipo. É mais importante cumprir cronograma ou realizar uma obra de excelência? Vamos fazer obra de excelência, mas vamos cumprir o cronograma. As duas coisas. Tem coisas que são da Copa e tem coisas que não são. Na questão da mobilidade, a Copa foi uma oportunidade para a gente fazer aquilo que já deveria ter sido feito e faltava dinheiro. O Brasil passou muito tempo sem investir em transporte público de massa e houve todo o processo de incentivo ao transporte individual, inclusive, nos últimos anos. Pulamos de 1,2 milhão de veículos em 2006 para 2,4 milhões de veículos em 2012. E nós tivemos que fazer aqui em relação à mobilidade, que virou um tema nacional, sobretudo a partir de junho, prioridade desde o primeiro governo. Esse conjunto de obras vai ser entregue e ao lado dessas entregas vão ter coisas muito importantes que é licitar nas linhas. Ter uma política que garanta transparência, controle social sobre as passagens. Tudo vai dar um resultado cultural diferente do transporte coletivo de massa. O senhor citou 2014 como ano de grandes entregas como a Refinaria, Fiat, mas já há uma grande preocupação com relação aos empregos. O pico de obras já está chegando ao fim e as indústrias ainda não estão operando. Como o governo pretende superar esse hiato? Grandes empreendimentos estão em obra até o fim de 2014 e entram 2015. Vai ter menos obra, mas vai ter obra. A intensidade do ano de 2014 continua até 2015. O que estamos tratando é um conjunto de obras como essa que será sequenciado com um conjunto de outras obras que vão se iniciando. Você tem duas cervejarias (Itaipava e Schin) que irão empregar 950 pessoas cada e começarão a rodar agora nesse verão. Então há um trabalho de articulação que você vai trazendo novos investimentos para que as pessoas que estão habilitadas saiam para outros projetos. É a dinâmica de garantir crescimento econômico, obras públicas, obras privadas, para irem se ajustando. Fernando Bezerra Coelho afirmou que o senhor anunciaria a candidatura oficialmente em fevereiro. Há pressões também para a sucessão estadual. O senhor confirma essa data? Como tem administrado a pressão interna para definir a sucessão em Pernambuco? Na verdade a nossa programação sempre foi cuidar de 2014 em 2014. É uma decisão estrategicamente tomada por saber que só em 2014 as circunstâncias estavam colocadas. O senhor está falando do estado? Não, falo geral também. Nós não tínhamos dúvida que no ano de 2013 ia acontecer muita coisa, que ia jogar sobre 2014 uma cir-
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A prioridade é o projeto nacional, o projeto que vai se colocar com a missão de fazer a mudança que a sociedade deseja”
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O senhor acha que é o político indicado para impedir que o Brasil desperdice esses 20 anos em 2014. O senhor se dispõe a ser esse homem? Ao longo desses sete anos aqui eu amadureci muito, aprendi demais e tenho aprendido todos os dias e vejo que estão criadas as circunstâncias políticas no Brasil para que o PSB tenha um candidato para Presidência da República. Essa decisão nós vamos tomar em 2014, mas posso lhe dizer que estou pronto e estou animado para ganhar o ano de 2014 e para dar conta da missão que me foi entregue. Vou me entregar a essa missão com a mesma paixão que eu tenho me entregado para construir um Pernambuco melhor para nossa gente.
Temos um país que tem uma missão muito maior do que fazer uma segunda versão do PAC”
PAULO PAIVA/DP/D.A PRESS PAULO PAIVA/DP/D.A PRESS
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Quem poderia imaginar que o PSB chegasse a dezembro de 2013 do tamanho que o PSB chegou?”
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Ou nós arrumamos o país nesses 20 anos ou nós vamos chorar esse século todo as oportunidades perdidas”
PAULO PAIVA/DP/D.A PRESS
E como o senhor vê nesse governo? A gente viu nesse governo uma série de questões acontecerem na economia, no diálogo, na relação política. Uma série de questões. O governo tem acertos? Tem acertos. O governo tem erros? Tem erros. O fato de o governo que está aí é que crescem muito menos do que vinha crescendo antes. Cresce a metade do que crescia na era Lula. Cresce quase a metade do que cresce nossos vizinhos submetidos à mesma crise internacional que nós e estamos crescendo quase a metade do que cresce o mundo, então tem algum problema aqui. Entre esses problemas econômicos,
Governador faz balanço da gestão e promete concluir todas as obras em andamento no prazo
TERESA MAIA/DP/D.A.PRESS
O senhor tem falado muito de soluções, do ponto de vista de gestão. Que experiências de Pernambuco serviriam para o Brasil, já que o senhor tem criticado tanto a gestão da presidente Dilma? Acho que o Brasil melhorou nos últimos anos. A gente sempre quer que a melhora seja maior e é bom que seja assim. O Brasil melhorou quando construiu democracia, quando construiu estabilidade, melhorou quando construiu um ciclo de inclusão social. Isso é uma fato e o PSB participou desses momentos. O presidente Fernando Henrique fez oito anos de governo e o PSB se alinhou à luta da Frente Brasil Popular para ver Lula começar o último ciclo de crescimento e inclusão que foi muito importante para o Brasil. Em 2010, fomos convencidos que a eleição poderia ir para o segundo turno e levar a eleição para o segundo turno colocaria em risco o projeto. E mesmo o Brasil crescendo a 7,5%, mesmo todo mundo junto, mesmo Lula com mais de 80% de aprovação, a eleição foi para o segundo turno e nós vimos se iniciar um governo que completa agora três anos.
Pela sua exposição, quer dizer que o erro não é apenas a falta de diálogo e foi desde a colocação da candidatura dela, quando foi impedido esse debate que o senhor está propondo agora? Não, eu disse que houve uma decisão do PSB com o apelo do presidente Lula a quem dedicamos respeito, com quem trabalhávamos naquele instante que ele dizia que queria que o projeto continuasse e havia um risco e nós entendemos que a decisão que tomamos foi certa. A campanha como ela se desenrolou não permitiu um debate efetivo sobre o Brasil. O debate resvalou para temas religiosos, resvalou para agressões. Mas temos um país que tem uma missão muito maior do que fazer uma segunda versão do PAC, do que fazer uma segunda versão do debate entre nós e eles. O Brasil tem 20 anos de janela demográfica, só 20 anos mais o Brasil será um país jovem. Ou nós arrumamos o país nesses 20 anos ou nós vamos chorar esse século todo as oportunidades perdidas. Então, temos que olhar para a qualidade de vida do povo brasileiro que está sendo reclamada, para democracia que esta sendo reclamada, para o serviço público que está sendo colocado em cheque pela cidadania brasileira. Você imaginar que essa não é uma nova hora de fazer um debate com conteúdo, que é só discutir nomes e interesses do partido, aí eu desaprendi política.
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Qual o papel do PSB nesse contexto que o senhor descreve? O PSB ao mesmo tempo que vai oferecer um projeto para o país, vai ter a tarefa em cada um dos estados de construir uma frente política que guarde coerência exatamente com esses valores, com esses sentimentos e uma proposta para cada estado. Em Pernambuco com uma obrigação ainda maior de quem produziu essas mudanças para que as conquistas sejam consolidadas e a gente possa ampliar essas conquistas. Então, esse desafio é o que vamos dar conta de fazer nesse primeiro semestre de forma muito tranquila.
de governança, de pacto federativo, de diálogo institucional, de narrativa na economia do plano de longo prazo, prejudicaram as expectativas sobre o futuro do Brasil. É nesse cenário que o PSB entendeu por bem deixar o governo para que o governo ficasse inteiramente à vontade e o PSB à vontade para fazer um debate sobre o Brasil, para colocar o Brasil num debate que não houve em 2010.
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cunstância bem distinta da que a gente saía de 2012. Quem poderia imaginar que o PSB chegasse a dezembro de 2013 do tamanho que o PSB chegou? Um partido unido, animado, crescendo, recebendo reforços, fazendo aliança com a Rede, com a (ex-ministra)Marina (Silva); recebendo apoio do PPS, fazendo o que o PSB hoje tem feito na cena política brasileira. Em 2014, a nossa discussão sobre o projeto nacional será prioridade.
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