pág. 11
Ourique tem novo centro de arqueologia
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AUGUSTO BRÁZIO
Todo o cante num só livro
pág. 12
SEXTA-FEIRA, 14 DEZEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1599 (II Série) | Preço: € 0,90
Governo recua e obriga ANA ao “desenvolvimento de aeroportos que não têm rentabilidade”. Terminal civil de Beja tinha sido excluído do caderno de encargos do processo de privatização da empresa
Dito por não dito no aeroporto JOSÉ FERROLHO
pág. 8
Aldeia de Palheiros voltou a ver passar os carros no IC1 págs. 4/5
O humor de Luís Afonso apanhou O Comboio das Cinco Ensaio de Mário de Carvalho
Câmara de Beja quer Museu Regional na Cimbal pág. 9
Almodovarense tem teste de fogo em Odemira
Vidigueira é a “Cidade do Vinho” em 2013 e esta é a sua última taberna págs. 6/7
O Comboio das Cinco, lançado há um mês, é a primeira ficção do cartunista alentejano Luís Afonso e, simultaneamente, a “obraprima” que “Lopes, o escritor pós-moderno” andava a prometer há muito. Um produto “global”, tremendamente irónico, que foi pretexto para uma conversa sobre humor, crise e a perigosa lógica dos cortes cegos. editorial e págs. 16/17
JOSÉ SERRANO
JOSÉ SERRANO
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Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
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Editorial Rir
Vice-versa “A privatização da ANA,SA não deveria pôr em causa a lógica do aeroporto de Beja como projeto de interesse nacional [e] deve ser considerado de forma integrada com os outros aeroportos nacionais, e não se pretende em momento algum a sua autonomização”. Luís Pita Ameixa, 4 de dezembro, pergunta ao Governo
Paulo Barriga
“Estão assim salvaguardados os interesses que nos foram sendo sinalizados e que referiam ser importante que no projeto do aeroporto de Beja o privado ficasse com obrigação de explorar e investir na infraestrutura alentejana”.
P
ara eles, o tempo é de esfregar as mãos de contentamento. Quando a política, quando os agentes sociais e económicos e jurídicos de um País, entram em desnorte, começa aí a sua época das vacas gordas. A crise, as crises em geral, e as patetices da vida pública em particular, são o seu maná. O seu alimento. A sua predileção. Os humoristas são os verdadeiros agentes antidepressivos em climas de crise. São eles que inventam as boas mezinhas e os melhores xaropes que confortam emocionalmente as sociedades deprimidas. Que se conheça, são o tónico psíquico mais eficaz em tempos de quebra acentuada. Como agora acontece. O humor é o Prozac da desgraça coletiva. E a desgraça coletiva é o complexo vitamínico que revigora o humor. Isto é histórico e está cientificamente comprovado: mede-se a desgraça de uma nação pela boa qualidade do seu humor. O humor vive na adversidade, propaga-se no caos, multiplica-se na aselhice. O “mau momento” é o seu habitat natural. Isso nos ensinou, cada um a seu tempo, Bordalo Pinheiro, Stuart de Carvalhais, José Vilhena e Solnado. E, hoje, Ricardo Araújo Pereira ou Luís Afonso. De quem nesta edição oferecemos uma belíssima entrevista sobre precisamente a arte de fazer rir. De fazer rir em imprensa. E aquilo que nos faz rir em imprensa – o Ricardo Cataluna tem uma página no “Diário do Alentejo” que faz rir – é a própria imprensa. Ou melhor: são os acontecimentos da vida que dão em notícia e que dão em chacota. Num ato contínuo, fabril, febril, exatamente igual ao ato fabril e febril de encher linguiças. O humor de imprensa faz-se das parvoíces que a própria imprensa propaga e constrói. O trabalho do humorista é precisamente o inverso: a destruição. A desconstrução da realidade. O exagero da realidade. A inversão da realidade. Mas será que a realidade é mesmo real? E quem é que está mais apto a fazer rir? O douto sem canudo ou o canudo sem doutor? O humor é a suprema exaltação da parvoíce. E o tempo de crise, o nosso tempo, é o tempo da parvoíce absoluta. Um tempo tão absolutamente parvo que está a constranger os próprios amantes da parvoíce: os humoristas. A matéria risível em tempo de crise não é apenas boa, é a melhor. O problema é que os fazedores de humor não estão habituados a lidar com tanta parvoíce junta e durante tanto tempo. A parvoíce, pela força do uso, pela repetição, está cada vez mais banalizada. Cada vez menos parva. E aquele que era o bom sustento dos humoristas começa agora a gerar fastio. A eles próprios, aos humoristas, e a quem ainda vai rindo. É costume dizer-se que ainda não batemos no fundo. Esse dia será anunciado, não por um qualquer político engravatado, não por um general na reserva, não por um sindicalista afónico. Será dito e será feito no preciso dia em que já nem eles nos consigam roubar uma gargalhada. Os humoristas.
Mário Simões, 11 de dezembro, comunicado à imprensa
Fotonotícia Cabelo sim, barba talvez. Esta é uma homenagem, merecida, aos artesãos e aos comerciantes que persistem em manter os seus negócios no centro das cidades, das vilas e das aldeias do Alentejo. Estes senhores, estes amigos, que têm nome próprio, não levam outra designação em Beja que não seja “Cabanitas”. É o mais antigo e o principal salão de barbeiros da cidade. Coisa de homens. Que esta semana teve a inesperada e respeitosa visita de… senhoras. Isto a propósito do lançamento do livro Heróis à moda da bola, de Luís Miguel Ricardo. Um belo local, usual até, para cortar o futebol mesmo junto à relva. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo Como estão a decorrer as vendas de Natal?
Inquérito de José Serrano
Maria Conceição, 45 anos, empregada de balcão
Cláudia Raposo, 32 anos, empregada de balcão
Adelino Mira, 67 anos, comerciante
Lina Maria, 46 anos, empregada de balcão
As vendas estão fracas. Embora nos últimos dias tenhamos vendido um bocadinho mais, devido às promoções que temos feito, não tenho dúvidas de que este Natal vai ser mais fraco de que o do ano passado. Mas temos que ter a esperança de as pessoas ainda aparecerem. Embora saibamos que vai ser difícil. As pessoas estão a retrair-se nos gastos, com medo do que vem aí.
Este ano não se nota que é Natal. As vendas estão muito em baixo. As pessoas não têm dinheiro, não compram. É a crise total e o medo do mês de janeiro. Os presentes contam-se pelos dedos de uma só mão. Dias há em que não chego a fazer um único embrulho. Há uns anos atrás era a toda a hora. Havia uma empregada só para embrulhar os presentes. É uma diferença abismal.
Tal como esperávamos, estão a correr mal. Com a situação difícil em que o País se encontra, mais os cortes no subsídio de Natal, era previsível. As pessoas estão sem dinheiro, não têm poder de compra. E quando compram é apenas uma pequena lembrança. A quebra de vendas de Natal é assustadora. Não sei até quando iremos conseguir suportar esta situação.
Em relação há uns anos atrás estão mais fracas. O comércio em Beja tem vindo a enfraquecer há já muito tempo. Mas comparativamente ao ano passado as vendas estão a correr bem. Não posso falar num grande sucesso, mas tenho conseguido cumprir diariamente os meus objetivos. E acredito que ainda vão melhorar. Nos últimos dias antes do Natal vende-se sempre mais.
Rede social
Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 5 CUBA PJ DETÉM SUSPEITO DE SEQUESTRO A Polícia Judiciária deteve o suspeito de um crime de roubo e sequestro, ocorrido em janeiro deste ano, em Cuba, quando um grupo de indivíduos, com recurso a armas brancas, forçou a vítima a levantar 400 euros em diferentes caixas multibanco.
SINES EX-BOMBEIRO DETIDO POR ATEAR INCÊNDIOS A PJ anunciou a detenção de um ex-bombeiro pela presumível autoria material de oito crimes de incêndio florestal, ocorridos no último verão, na área de Sines e Santiago do Cacém. O homem terá agido em conflituosidade com o corpo de bombeiros do qual se encontrava suspenso.
QUINTA-FEIRA, DIA 6 SÃO TORPES GUERRA ENTRE SURFISTAS Um homem de 33 anos, instrutor numa escola de surf, foi vítima de atropelamento e golpeado com uma catana por um fabricante de pranchas da mesma modalidade. O ataque ocorreu no parque de estacionamento da praia de São Torpes, em Sines.
SEXTA-FEIRA, DIA 7 VALE DE VARGO MULHER EM “ESTADO ANIMAL” A designação é dos próprios serviços de Segurança Social que tiveram conhecimento de uma mulher de 33 anos que vivia “completamente isolada do mundo” desde os 10. Foi encontrada num estado “quase animal”, num monte isolado onde vivia com os pais idosos e uma irmã. Uma situação chocante.
4 perguntas a António Mestre
Presidente da Resgate – Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano Como surgiu o projeto “Zora Lutz”?
Trata-se de um projeto de voluntariado, que é promovido pela Resgate, e que tem como objetivo responder a qualquer situação de socorro. Já estava a ser implementado, mas com o acontecimento de um acidente em Zambujeira do Mar, ganhou, digamos, outra dimensão. Decorre desde o final oficial da época balnear e na altura com apenas seis voluntários no concelho de Odemira. O projeto, no entanto, já se estendeu aos concelhos de Sines e Santiago do Cacém. Este é um programa de voluntariado onde conseguimos, através deste programa, em situação de emergência, colocar um nadador nas praias dos três concelhos em poucos minutos, uma vez que os jovens nadadores-salvadores voluntários são de lá, e é fácil acorrerem rapidamente ao local.
Natal nas Portas de Mértola O Natal já chegou às Portas de Mértola, em Beja. Os tradicionais enfeites já iluminam as ruas do comércio tradicional e ajudam a mostrar alguns dos resultados das obras de requalificação. A par disso acontecem várias atividades.
Passeios na barragem do Pisão Começaram os Passeios na Natureza e desta feita junto à barragem do Pisão. E nem a neblina da manhã fez desistir os participantes, que munidos de casacos, gorros, luvas e sapatos confortáveis seguiram caminho.
ALJUSTREL OITO DETIDOS POR TRÁFICO DE PESSOAS A polícia Judiciária deteve oito pessoas que supostamente fariam parte de uma organização internacional que se dedicava ao crime de tráfico de pessoas. Os detidos são de nacionalidade romena e duas mulheres do grupo ficaram em prisão preventiva. Os suspeitos traziam trabalhadores para as explorações agrícolas do Alentejo, retiravam-lhes os documentos e extorquiam-lhes os vencimentos.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 10 ALCARIA RUIVA GRIFOS DEVOLVIDOS À NATUREZA Sete grifos-comuns juvenis foram devolvidos à natureza após terem sido tratados no centro de recuperação de aves da ria Formosa. Os animais foram devolvidos na zona de Alcaria Ruiva, Mértola, onde existe o “único local bom” no sul de Portugal para poderem retomar a sua vida normal.
TERÇA-FEIRA, DIA 11 VIDIGUEIRA POLÍCIA APREENDE ARMAS DE FOGO A PSP apreendeu 39 armas de fogo, cerca de 7 600 munições e outro tipo de armamento numa propriedade destinada a turismo rural, em Vidigueira, tendo sido identificadas três pessoas. As armas estavam espalhadas por diversos locais da propriedade. A investigação vai prosseguir no sentido de apurar a proveniência das armas e os seus proprietários.
QUARTA-FEIRA, DIA 12 BEJA FESTA DE NATAL DA ESCOLA DE SANTA MARIA A escola de Santa Maria, em Beja, realizou durante a tarde uma festa de Natal para mostrar o trabalho positivo realizado por todos os intervenientes da comunidade escolar: alunos, docentes, pessoal não docente, pais e encarregados de educação.
BEJA I CONCURSO DE VINHOS CIDADE DE BEJA Foi na Pousada de São Francisco que decorreu o primeiro concurso de vinhos destinado exclusivamente aos produtores do Baixo Alentejo. Por iniciativa da câmara municipal local, participaram 65 vinhos provenientes de 24 herdades da região de Beja.
Porquê o nome de “Zora Lutz”?
Como disse o projeto de voluntariado já estava a decorrer, no entanto, com o acontecimento de Zambujeira do Mar, surgiu a ideia de colocar o nome de “Zora Lutz”, que é o nome da jovem alemã de 15 anos que foi salva nessa praia, no dia 15 de outubro, tendo sido socorrida por pessoas que estavam na praia e recebido o apoio dos nadadores-salvadores que estavam de prevenção, bem como do INEM. Depois de tudo o que aconteceu, depois de cerca de 48 minutos sem respirar sozinha, quando lhe estava a ser aplicado o suporte básico de vida, foi estabilizada e transportada de helicóptero para Lisboa. Seguiram-se muitos dias em coma. Não me recordo em tantos anos de se ter conseguido tirar uma pessoa da água inanimada, inconsciente, sem respirar, e de a mesma se conseguir recuperar. Tudo aquilo foi muito marcante para nós e lembrei-me de atribuir ao projeto o seu nome: Zora Lutz. Quais são as principais apostas do projeto?
I Concurso de Vinhos da Cidade de Beja Todos sentados à mesma mesa para provar os melhores néctares da cidade de Pax Julia. Trata-se, a bem da verdade, do I Concurso de Vinhos da Cidade de Beja. E as provas foram muitas.
Natal no Mercado de Odemira O pai Natal foi visto lá para os lados da vila de Odemira. Esteve no mercado municipal e atraiu pequenos e graúdos às bancas, repletas de legumes e iguarias da terra. É caso para dizer o espírito do Natal também chegou ao mercado.
Temos três atividades fundamentais: apoiar a equipa de nadadores-salvadores durante o período de inverno, reforçando a prestação de socorro; sensibilizar e formar para comportamentos de risco, apostando na prevenção como forma de salvar vidas; e promover o ensino da aplicação do suporte básico de vida. Já estão a ser desenvolvidas atividades neste sentido, nomeadamente no que diz respeito à prevenção e ao ensino do suporte básico de vida?
Sim, e, inclusive, estão a acontecer inúmeras ações que até não estavam inseridas no nosso plano de atividades. Bruna Soares
Todos ao largo para comemorar a quadra natalícia E a chegada da quadra natalícia foi comemorada por muitos em Sines. Atividades para todos os gostos, fotografias com o pai Natal, venda de produtos regionais e até queda de neve artificial. O Natal chegou ao largo.
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Aldeia de Palheiros O IC1, que com a conclusão da A2, há pouco aumento de tráfego à conta “do encareci- freguesia de Ourique atravessada pelo itimais de uma década, viu parte do seu trân- mento das portagens”. Mas esse acréscimo nerário complementar. Ao contrário do que sito “desviado” para a autoestrada, tem parece não ter grande impacto no comér- acontecia há uns anos atrás, dizem. vindo a registar nos últimos tempos um cio de Aldeia de Palheiros, localidade da
Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho
Aldeia tem atualmente 450 habitantes
IC1 regista aumento de tráfego à conta do aumento das portagens
É
quase hora de almoço. Francisco Pepe, 73 anos, e Manuel Ricardo, quatro anos mais velho, descem a rua do Jogo da Bola, após a habitual “voltinha” da manhã. Vão a caminho da casa do segundo, onde o primeiro vai buscar “uns ovos caseiros”, dando cumprimento a um “contrato semanal” estipulado entre ambos, dizem entre risos. O resto do dia será passado “andando aqui [pela aldeia]”. Aldeia de Palheiros “é uma aldeia de velhotes”, diz Manuel Ricardo, antigo ferroviário, recordando que antes da construção da autoestrada do sul (A2) “todos passavam” pela localidade, uma vez que é atravessada pelo IC1 que, até à conclusão da A2, há pouco mais de uma década, era a principal via de acesso ao Algarve. Com o aumento das portagens, e o atual contexto de crise económica em geral, acrescenta Francisco Pepe, ex-proprietário de um minimercado na aldeia e antigo motorista, começa a notar-se um aumento significativo do tráfego, o que beneficia “esses restaurantes” que se situam junto à via. Manuel Ricardo reforça: “Perdeu-se muito trânsito, agora já se nota que passa mais gente”. E a proximidade ao Circuito Arqueológico da Cola, situado a escassos oito quilómetros para sul (ver caixa), não “movimenta” a aldeia?, perguntamos. “Às vezes lá aparece um turista a perguntar onde é o Castro da Cola. Não é uma coisa diária”, diz Francisco Pepe, que chegou a privar com o arqueólogo Abel Viana, a quem se devem as primeiras escavações do Castro da Cola no início da segunda metade do século XX. “Ele vinha ali a [minha] casa e nós começámos a conversar. Fui muito amigo dele”. Apesar de considerar que a proximidade da aldeia ao Castro da Cola
não tem grande impacto, o antigo comerciante questiona-se se isso poderá mudar no futuro: “Os mouros quando deixaram ali aquilo deixaram um provérbio que dizia ‘Cola colica ficas tu tão pobre e sendo tu tão rica’. Não sei se não haverá ali minério por debaixo daqueles cerros todos, não sei se não haverá”. Manuel Ricardo, que ainda é parente do então “braço direito” do arqueólogo Abel Viana – um autodidata natural de Aldeia de Palheiros, também chamado Manuel Ricardo, que anos mais tarde viria ainda a trabalhar com Caetano de Mello Beirão e com outros arqueólogos em escavações na região –, lembra o tempo em que em Castro da Cola vivia “uma ermitoa” que cedia a chave ou abria as portas da igreja de Nossa Senhora da Cola aos visitantes. “Aquilo [Castro da Cola] era uma coisa que não dava vida aqui à Aldeia de Palheiros, a não ser no dia 8 de setembro [romaria anual], quando fazem ali uma
grande festa, e não há ninguém aqui da aldeia que não vai lá, mas isso já vem, sei lá, era eu miúdo. Agora tem lá um restaurante, que um indivíduo fez, e até se diz que foi uma promessa, e então já lá vai gente de propósito ao Chaparrinho, é como se chama o restaurante”. Há cerca de meio século, adianta Francisco Pepe, “quase não se podia lá chegar”. O caminho era feito “por estrada velha, por ali afora”. Na aldeia propriamente dita, acrescenta o antigo ferroviário, também muita coisa mudou nas últimas décadas. “Eu às vezes não durmo e começo a fazer umas contas: desde o 25 de Abril já se fizeram aqui [na aldeia] cerca de 80 vivendas. Isto melhorou muito com o 25 de Abril, agora é que estamos outra vez mal. Antigamente quem é que podia fazer uma casa aqui? Eram casas antigas, feitas em pedra, barro”. A estas habitações mais recentes, Manuel Ricardo acrescenta ainda “as muitas e boas vivendas” que os estrangeiros,
ingleses e alemães na sua maioria, “constroem em redor” da localidade: “Eles não gostam de estar dentro das povoações, o problema é deles...”. Jacinto Pires, 41 anos, proprietário e chefe de cozinha do restaurante Novo Coimbra, um dos que se situam junto ao IC1, garante que, ao contrário “do que muita gente pensa”, o aumento do tráfego naquele itinerário complementar não está a ter impacto no seu negócio. “Antigamente passavam 100 e paravam 100, e mesmo com a autoestrada cheia o restaurante estava cheio. Agora a autoestrada não tem ninguém, mas dos 50 que passam na estrada [IC1] param dois ou três. Não é como a gente quer, nem é como as pessoas pensam. Dizem: ‘Ah, agora saem da autoestrada e passam por aqui’. Mas o pessoal não tem dinheiro”, esclarece o empresário, que detém um outro restaurante em Aldeia dos Fernandes (Almodôvar) e que há três anos decidiu investir no Novo Coimbra “para estar mais
perto por onde passa o cliente”, ou seja, mais próximo de uma grande via. “No princípio foi uma boa aposta, agora vamos ver como é que vai ser, porque os próximos anos vão ser muito complicados”. Jacinto Pires diz que o negócio “está a um terço” do que era e que muitos dos clientes regulares do restaurante que habitualmente “comiam uma refeição agora comem uma bifana”. Os clientes ditos “de passagem” consomem “um café, um bolo”: “Antigamente não era a passagem [pelo IC1] que me dava clientes, eles vinham de propósito, tinham dinheiro e vinham. Esses que vinham de propósito hoje vêm menos, e o pessoal de passagem é como digo: passam 100, mas param quantos?” Manuel Camacho, 58 anos, motorista de pesados na Câmara Municipal de Ourique, lembra-se bem das intermináveis filas que se formavam ao longo do IC1, antes da construção da A2, e que obrigavam, principalmente em dias de calor, as pessoas a “desviarem-se para qualquer lado onde pudessem sossegar”. “As pessoas paravam principalmente nos cafés aí rente à estrada, havia muito movimento, e mesmo aqui dentro da aldeia também entravam muito. Para os almoços, para beber um cafezinho. Na estrada havia sempre bichas, estava tudo cheio e as pessoas empatavam-se muito tempo”. Agora, diz, como já existe alternativa ao IC1, apesar de este registar nos últimos tempos um maior tráfego devido ao encarecimento “das portagens”, já não se formam filas e “a viagem é seguida”. “Antes de haver autoestrada, de Lisboa ao Algarve se calhar levavam-se seis ou sete horas e as pessoas paravam. Agora não. Eu daqui ao Algarve às vezes encontro sete ou oito carros no caminho e não vejo ninguém parado”.
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António Barros Presidente da Junta de Freguesia de Ourique
Aldeia de Palheiros beneficia, de alguma forma, da proximidade ao Castro da Cola?
Castro da Cola “tem um desempenho fantástico” O Circuito Arqueológico da Cola surgiu, de acordo com informação disponibilizada pela Direção Regional de Cultura do Alentejo, como o “corolário de extensos trabalhos de investigação que, no entanto, estão ainda longe de possibilitar o conhecimento total da realidade arqueológica do concelho de Ourique”. O circuito integra um conjunto de 15 sítios arqueológicos “de várias épocas, que se distribuem especialmente em torno do importante povoado que é o Castro da Cola”. Estes 15, que foram selecionados “por reunirem as melhores condições para uma apresentação ao público”, fazem parte de
um conjunto de “cerca de 30 sítios arqueológicos que cobrem, sem hiatos, todos os períodos cronológicos, desde o Neolítico até à Idade Média, atestando uma permanente ocupação deste território por sociedades dedicadas, essencialmente, à agricultura e à pastorícia – constituindo a caça e a pesca importantes complementos alimentares – e, também, à exploração, em média escala, dos recursos mineiros da região”. Como em qualquer sociedade podem ser observados “locais de habitação dessas populações” e “as zonas por elas escolhidas para perpetuar as suas memórias, através dos monumentos erigidos para sepultar os seus mortos”. De acordo com Deolinda Tavares, da Direção Regional de Cultura do Alentejo, o circuito
recebe anualmente “dois mil e tal a três mil e tal” visitantes. Comparando “com outras unidades que estão abertas ao público, mais urbanas, mais centrais, mais visíveis”, o Castro da Cola tem, do ponto de vista do número de visitantes, diz a conservadora/ /restauradora, “um desemprenho fantástico, enorme, muito bom” e que se justifica “por um lado porque é uma unidade arqueológica muito conhecida não só nacionalmente, mas também internacionalmente, muito referida numa série de publicações, e portanto procurada por várias pessoas”, e, por outro lado, porque “é feito algum trabalho de divulgação de procura de interlocutores, inclusivamente junto de unidades de divulgação turística, e de promoção com o apoio da autarquia”, conclui.
Existe da parte da população um orgulho sobre a localização deste sítio arqueológico nas proximidades da aldeia. Mas onde se nota mais a associação da comunidade ao local é na manifestação religiosa a 8 de setembro e a 1 de Maio. Nota-se na restauração um fluxo turístico que advém da visita a este espaço e às atividades religiosas que lá ocorrem. Uma das estratégias da Câmara e da Junta de Freguesia, através da consolidação do Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão, é exatamente criar dinâmicas que permitam atrair mais pessoas ao circuito e envolver a comunidade local. O atual contexto de crise económica está a levar algumas pessoas a trocarem a A2 pelo IC1. Esse aumento de tráfego está a ter impacto na restauração e no comércio local?
Esse é um dado que vemos aumentar de dia para dia. Os custos associados à autoestrada são cada vez maiores e obrigam as pessoas a circular pelo IC1. Naturalmente que este é um facto positivo para nós e para a atividade económica local, em particular os restaurantes que acabam por criar mais postos de trabalho. Os palheirenses sabem receber muito bem e são pessoas afáveis que de sobremaneira contribuem para fazer deste local um ponto de paragem de referência. Quantos residentes tem a aldeia, de acordo com o Censos 2011? Perdeu população?
É uma aldeia com cerca de 450 habitantes, em que 50 por cento da população tem mais de 50 anos e é homogénea em termos de género. A perda de população é residual, ou seja, em termos da freguesia (2 878 habitantes) perdemos 160 habitantes em 10 anos. A que setores de atividade se dedica atualmente a população em idade ativa?
As atividades predominantes são a agricultura, serviços, restauração e construção civil. Quais são os principais problemas da aldeia?
Os fatores mais negativos são o desemprego, a população envelhecida e cada vez mais famílias carenciadas. O que é preocupante é constatar e lidar com uma política de discriminação negativa do interior, de abandono por parte do Governo, de criação de mais dificuldades a um tipo de população que é sempre mais desfavorecida. Essa é a nossa maior preocupação para o futuro. Felizmente procuramos contrariar isto e registam-se alguns casos de famílias jovens a instalarem-se na aldeia. E as principais potencialidades?
Acreditamos que com a fixação de famílias jovens, que trazem um novo dinamismo e participam ativamente nas associações locais, a existência de empresas localizadas na área de Aldeia de Palheiros e a oportunidade de renascimento do tráfego no IC1 é possível acreditar que se reúnem condições para um desenvolvimento profícuo. Da nossa parte continuamos a apostar no apoio direto à população e na criação de condições para desenvolver novos projetos de iniciativa privada ou comunitária.
06 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Esta é a alavanca que nos faltava para que os vinhos de Vidigueira se imponham e, principalmente, em termos internacionais”. Manuel Narra
Reportagem
Feira internacional em julho
Vidigueira “Cidade do Vinho 2013” Vidigueira conseguiu a distinção de, em 2013, ser a “Cidade do Vinho” e os preparativos, esses, já estão em marcha. O galardão enche de orgulho as gentes que têm a tradição do trabalho na vinha vincada no corpo.
A
notícia chegou e foi recebida com agrado em Vidigueira. A terra será a “Cidade do Vinho 2013”, embora seja uma vila. Ou melhor, um concelho inteiro, repleto de pés de videiras, que se espalham pelos campos, que nesta altura se encontram despidos de fruto e as parreiras até de ramagem. E a que não caiu não tardará a repousar no chão, castanho e fértil. O nome da designação, na verdade, pouco importa. Importa, sim, ter-se conseguido trazer o galardão mais uma vez para a região. E o povo, com a tradição vitivinícola vincada no corpo e na alma, congratula-se de tamanha distinção. “É bom. Então não é? É uma maravilha”, diz António José, um dos muitos homens que se sentam junto à torre do relógio, aconchegados pelo sol de inverno. Todos os restantes, sem exceção, embora não digam uma palavra, concordam com as palavras do conterrâneo. Basta-lhes um gesto afirmativo feito com a cabeça. Todos também, em tempos já idos, andaram nas entrelinhas, recolhendo o fruto, que posteriormente fermentou para dar origem ao aclamado néctar. “Fomos criados no campo. Fizemo-nos moços e homens com o trabalho na vinha”, diz outro dos presentes. E mais uma vez as cabeças balançam e a unanimidade não deixa margem para dúvidas. E até nas preferências se assemelham. Gostam mais de um branquinho, do que de um tinto. “O
As expetativas são muitas, mas o objetivo é só um: colocar os vinhos de Vidigueira e, consequentemente, a terra nas bocas do mundo. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
Manuel Narra Presidente da câmara municipal acredita que iniciativa promove a marca Vidigueira
branco de Vidigueira é único”, dizem. Quem também tem preferência pelo vinho proveniente da casta “Antão Vaz”, pérola da região, são os muitos fregueses que, dia após dia, independentemente da hora, insistem em parar naquela que é a última taberna aberta ao público em Vidigueira. Manuel António está à frente do balcão há 64 anos e não conheceu outra vida. Aqui chegou com 12 anos e já conta com 76. Herdou a taberna do seu pai e é pelo nome do progenitor que ainda hoje é conhecida: taberna “Manuel Elias”. Os fregueses aproximam-se do balcão, repleto de pequenos petiscos, trazidos por um e por outro cliente. Num guardanapo repousa um pedaço de toucinho, enquanto uma maçã de cor vermelha é repartida em quatro partes. Os amendoins espalham-se sobre o balcão e as cascas pelo chão. E há ainda espaço para um rábano cortado às rodelas e para vários copos cheios, e de três tamanhos (mini, médio e grande). “Fazia vinho, mas desisti. Já não tenho idade para tanto trabalho. Fiz durante muito tempo. Foram 50 anos de volta da vinha, de volta das talhas. Tinto e branco. Fiz dos dois. Agora sirvo o da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito”, conta, enquanto enche mais um copo de branco. “Aqui poucos molham o bico com tinto”, avança. E explica: “Este deve ser, sem grande erro, o melhor vinho branco de Portugal. O tinto é muito igual. Mas a casta que se dá nesta
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Taberna “Manuel Elias” É a última a abrir portas todos os dias em Vidigueira
região, a ‘Antão Vaz’, não se dá em mais lado nenhum. Já a tentaram levar, mas é aqui que ela se dá. Temos a melhor casta, logo temos o melhor vinho, até porque quando se fala em vinho branco, em qualquer ponto do País, fala-se no branco de Vidigueira”. O entra e sai na taberna não diminui. Os vinhos depositados nos copos desaparecem num trago. “É só para aquecer”, diz um dos clientes, enquanto se despede dos restantes companheiros de taberna que ficam para mais um copo. Manuel António tem esperança que “Vidigueira Cidade do Vinho 2013” traga mais gente à terra. “Os turistas podem fazer mexer a vila e o concelho. Visitam as adegas, os monumentos, param nos cafés, nas tabernas, que também há muitas em Vila de Frades, e almoçam e jantam nos restaurantes. É bom para todos”. E conclui: “Se dúvidas houvesse de que esta é uma terra de vinhos famosos, com esta iniciativa, ficam desfeitas”. Vinhos, estes, que pretendem agora chegar a outros mercados e atrair novos públicos. E o título “Vidigueira Cidade do Vinho 2013”, atribuído pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho, é uma boa oportunidade para promover a região, até porque, recorde-se, este galardão visa distinguir anualmente um município símbolo de desenvolvimento vitivinícola. “Esta é a alavanca que nos faltava para que os vinhos de Vidigueira se imponham e, principalmente, em termos internacionais. Há um conjunto de iniciativas que integram esta candidatura e grande parte tem mesmo a ver com a presença em feiras internacionais, bem como uma forte presença junto das comunidades portuguesas, por exemplo, no Canadá e na Suíça. É a partir destes pontos estratégicos de apoio que o município e os produtores pensam lançar a base para a conquista de novos mercados”, começa por afirmar Manuel Narra, presidente da Câmara Municipal de Vidigueira,
entidade que levou por diante esta candidatura, com o apoio de produtores e outras instituições. E prossegue: “O município de Vidigueira vai integrar ainda uma organização a nível europeu, a Inter Vitis, que está a traçar um conjunto de percursos junto das cidades produtoras de vinho, e que se prolonga por todo o Mediterrâneo. Temos de conseguir despertar curiosidade suficiente para que as pessoas possam vir ao concelho de Vidigueira, não só para apreciar o vinho, mas a gastronomia, os produtos regionais, a cultura, a história e a identidade deste povo”. E, neste sentido, já estão em marcha diversas iniciativas e até a criação de uma associação, que tem como finalidade a promoção do vinho de Vidigueira. A Associação Vidigueira Wine Land, na opinião do autarca, “tem todas as condições para fazer um grande percurso na promoção, na divulgação dos vinhos e na conquista de novos mercados”. À mesma mesa estão sentados os produtores do concelho. Recorde-se que a sub-região vitivinícola de Vidigueira tem mais de uma dezena de produtores de grande renome, sendo que o único cooperativo é a Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito e todos não têm dúvidas: “A marca ‘Vidigueira’ é mais reconhecida quanto melhor cada agente fizer o seu trabalho”, sendo que associaremse em prol deste trabalho, em sua opinião, “é fundamental”. A “Cidade do Vinho” apresenta-se, assim, como uma oportunidade de promoção da marca e José Miguel Almeida, presidente da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, tem expetativas e está consciente do percurso a trilhar. “Tudo o que potencie o nome de uma região favorece as ações de exportação dos seus produtores. O problema que se coloca é o reduzido conhecimento que existe em certos países relativamente a Portugal, muito maior quando falamos de Alentejo e, consequentemente,
ainda maior quando falamos de Vidigueira. Penso, no entanto, que, com determinadas ações, se poderão fazer contactos no exterior e esperamos que os mesmos venham a dar frutos”, considera. A atribuição deste título a Vidigueira reveste-se, assim, em seu entender, “de extrema importância”, até porque, “num momento em que o consumo nacional se retrai, surge a possibilidade de Vidigueira reforçar a sua comunicação e de colocar diante de muitas pessoas os seus vinhos”. Mas não só, para a Adega Cooperativa, “A ‘Cidade do Vinho’ será também importante para juntar ao vinho todas as componentes gastronómicas e culturais, entre outras, que, em conjunto, fazem de Vidigueira uma região de excelência”. A terra, o concelho, está a preparar-se a rigor para receber a iniciativa e a Câmara Municipal de Vidigueira garante “não poupar esforços”, uma vez que se trata de uma atividade que é um dos pilares da economia local, desempenhando um papel PUB
fundamental no equilíbrio económico das famílias do concelho. Este é, sem dúvida, um concelho ligado à cultura da vinha e basta percorrer o território para facilmente o perceber, de tantas videiras que se avistam, e Manuel Narra acredita que “muitas pessoas vão voltar novamente para o campo. Para o trabalho na terra”. E adianta: “Tudo o que se possa fazer para fortalecer esta atividade é importante”. E, neste sentido, vai avançar-se com a criação da Casa do Vinho. “Queremos potenciar de todas as formas esta atividade. Estamos empenhados em desenvolver durante o próximo ano este projeto, em parceria com a Associação Vidigueira Wine Land, de modo também a incutir nos mais jovens estas opções de negócios”. A Casa do Vinho, na verdade, será um espaço que permitirá a exposição dos vinhos dos produtores, mas também proporcionará provas, tertúlias e momentos gastronómicos. “Tudo convergirá em torno do vinho e da vinha. Julgamos poder criar dinâmicas interessantes. Por exemplo, grandes enólogos podem juntar-se a grandes chefes de cozinha”, adianta o autarca. 2013 promete ser um ano em cheio para Vidigueira e atividades não faltam, adiantado o presidente da câmara municipal algumas: “Todas as iniciativas da autarquia estão incluídas na programação ‘Cidade do Vinho’, começando logo em janeiro, já na Noite dos Reis. Este ano o festival ‘Pão e Laranjas’ terá também uma componente muito forte, no que diz respeito ao vinho. O ponto alto, porém, irá registar-se em julho, nomeadamente com a Feira Internacional da Vinha e do Vinho”, que promete manter-se na terra por muitos e bons anos. No final de “Vidigueira Cidade do Vinho 2013” o autarca confessa que gostaria de poder dizer: “Que esta foi mais uma batalha ganha na afirmação de Vidigueira como uma grande marca que é”. Mas até lá ainda há um longo caminho a percorrer. Um ano com os olhos postos em Vidigueira.
PCP contra descapitalização da RTS
Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
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Atual
Os deputados comunistas João Oliveira e João Ramos dirigiram esta semana uma pergunta ao ministro da Economia e do Emprego, quanto à situação da empresa RTS – Pré-fabricados de Betão, que tem sede em Montemor-o-Novo e delegação em Beja e cujo principal acionista é o antigo governador civil do distrito, João Paulo Ramôa. Segundo os parlamentares do PCP, a atual situação da RTS “aponta para uma progressiva descapitalização imposta pela própria administração e da qual resultam salários em atraso, intenções de despedimento coletivo, dívidas à Segurança Social e operações de gestão pouco transparentes e de duvidosa legalidade”.
Câmara de Beja aprovou orçamento A Câmara de Beja aprovou o orçamento para 2013, de 34,6 milhões de euros, “o mais baixo dos últimos quatro anos”, mas “realista” e “ajustado” à situação financeira do município, segundo o presidente da autarquia. O orçamento foi aprovado em reunião de câmara pelos quatro eleitos do PS e a abstenção dos três vereadores da CDU, a força partidária com maioria absoluta na Assembleia Municipal de Beja, que votará o documento no próximo dia 20. Apesar de ser “um orçamento muito baixo”, com uma redução “significativa” em relação aos orçamentos apresentados durante o atual mandato, vai permitir “concretizar os objetivos e dar um impulso às linhas orientadoras da estratégia” do executivo PS, frisou.
Governo dá o dito por não dito
ANA afinal fica com Beja Ao contrário do disposto na resolução do Conselho de Ministros n.º 94A/2012, o “terminal civil de Beja”, integra o contrato de concessão dos aeroportos à ANA, aprovado pelo Conselho de Ministros na passada terça-feira.
“O
Conselho de Ministros autorizou a celebração do contrato de concessão de serviço público aeroportuário relativo aos aeroportos situados em Portugal Continental e na Região Autónoma dos Açores entre o Estado Português e a ANA - Aeroportos de Portugal”, lê-se no comunicado divulgado pelo Governo. O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, citado no sítio www.
governo.gov.pt afirmou que “O prazo inicial do contrato de concessão é de 50 anos, eventualmente extensível, dependendo da existência ou não de um projeto aceite pelo Estado relativo ao novo aeroporto de Lisboa e à sua exploração”, e o Estado receberá no ato da assinatura do contrato 800 milhões de euros e um pagamento adicional de 400 milhões de euros liquidado até oito meses”. Ao abrigo da concessão a empresa garante “a manutenção e o desenvolvimento e a qualidade dos aeroportos nas zonas onde os mesmos se situam, nomeadamente, dos aeroportos que não têm rentabilidade por si mas que são ferramentas fundamentais para o trânsito de passageiros”. Ainda segundo o Governo ficaram definidas as “regras de partilha de receitas findo
o primeiro período de regulação económica que se estende por 10 anos, no qual é fixada uma tarifa máxima que pode ser cobrada no aeroporto de Lisboa, bem como nos restantes aeroportos da rede regulada, procurando desta forma que o impacto do mesmo no desenvolvimento das atividades turísticas seja estimulado e não diminuído”. Fica contrariado o estipulado na resolução do Conselho de Ministros assinada por Passos Coelho, e publicada no dia 14 de novembro em “Diário da República”, que excluía a pista de Beja do caderno de encargos da privatização da ANA, conforme o “Diário do Alentejo” noticiou na última edição. Mário Simões, deputado do PSD eleito por Beja, em comunicado afirma que “estão assim salvaguardados os interesses
que nos foram sendo sinalizados e que referiam ser importante que no projeto do aeroporto de Beja o privado ficasse com obrigação de explorar e investir na infraestrutura alentejana”. Relembre-se que Pita Ameixa, há uma semana, tinha exigido explicações ao Governo através de uma pergunta dirigida a Passos Coelho, sobre a ausência de qualquer referência à infraestrutura aeroportuária bejense no caderno de encargos, o que, para o deputado do PS, era “insólito” e criava “natural estupefação”. Também no dia 5 de dezembro, o PCP, na Assembleia da República, apresentou um projeto de resolução para a revogação do Decreto-Lei n.º 232/2012, de 29 de outubro, que “aprova o processo de privatização da ANA – Aeroportos de Portugal”. AF
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Campanha de recolha de alimentos em Moura
09 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
A Junta de Freguesia de Santo Agostinho, em Moura, promove amanhã, 15, durante todo o dia, uma campanha de recolha de alimentos para famílias carenciadas. A iniciativa leva o nome “Dar +” e os voluntários estarão disponíveis para receber os donativos junto aos principais supermercados e mercearias da cidade.
Exposições de Natal em Vidigueira e Vila de Frades No Museu Municipal de Vidigueira está patente até 6 de janeiro uma exposição de presépios da autoria de Manuel Carvalho, intitulada “Nascimento de Cristo”. Já na Casa do Arco, em Vila de Frades, está igualmente aberta ao público até 6 de janeiro uma exposição de artes plásticas proposta pelo Grupo 9. No posto de turismo da vila, até ao final do ano, está em mostra outra coleção de presépios, estes concebidos em feltro, intitulada “Arte do tecido e da agulha”, de Cipriana Santana.
“Assembleias distritais deixaram de fazer sentido”
PS contra fecho do Hospital de Serpa
Câmara de Beja quer Museu na Cimbal
O secretário nacional do PS, Álvaro Beleza, esteve na passada semana em Serpa, a pedido da concelhia socialista local, para se pronunciar sobre o serviço de atendimento noturno no Hospital de São Paulo. Beleza rejeitou essa possibilidade, lê-se em comunicado, “devido à importância que tem para a população do concelho e porque prejudica a assistência aos doentes que estão internados nos cuidados continuados”.
Albernoa não quer agregação O executivo da Junta de Freguesia de Albernoa, Beja, reuniu extraordinariamente no passado dia 4 para debater a agregação desta freguesia à freguesia vizinha de Trindade. O que é considerado não uma agregação, mas antes “a extinção de duas freguesias”. A proposta apresentada, lê-se no parecer fornecido à comunicação social, “revela um total desconhecimento do território e um desrespeito pela população destas duas freguesias, sem qualquer fundamento científico, financeiro ou racional”.
IPBeja coopta personalidades
A Câmara Municipal de Beja apresentou na quarta-feira uma tomada de posição sobre a Assembleia Distrital e o Museu Regional.
A
autarquia, num comunicado enviado ao “Diário do Alentejo, considera que “há muito que as assembleias distritais deixaram de fazer sentido” e que “perderam a razão da sua existência”. Realçando, no entanto, que “não tendo sido extintas, ao contrário do que aconteceu com os governos civis, apenas por imperativo constitucional, tornaram-se anacrónicas”. A Câmara de Beja considera, assim, PUB
O Instituto Politécnico de Beja, no âmbito do processo de constituição do seu conselho geral, propôs, em reunião do dia 7 do corrente, a cooptação por unanimidade de seis personalidades de reconhecido mérito, não pertencentes à instituição: Marciano Lopes, João Lopes Baptista, João Paulo Ramôa, Jorge Pulido Valente, Manuel Castro e Brito e Rogério Matos Bravo. Após a aceitação por parte das personalidades propostas será convocada uma reunião de tomada de posse, para que o conselho geral entre em plenitude de funções.
Em Aljustrel Natal rima com local A Câmara de Aljustrel lançou três concursos distintos para dinamizar o comércio local na quadra natalícia, ao abrigo de um programa denominado “Natal rima com local”. O primeiro consiste na entrega aos consumidores dos estabelecimentos aderentes de um cupão por cada 20 euros de compras. Por altura dos Reis serão sorteados os cupões e entregues três prémios em compras no valor de 500, 350 e 150 euros. Para além deste incentivo decorre também o concurso de montras de Natal e o concurso de decoração exterior de residências, com elementos alusivos à época.
Sines admite 46 operadores portuários O Terminal de Contentores de Sines – Terminal XXI vai admitir 46 novos trabalhadores para reforçar a sua área operacional, anunciou a PSA Sines, concessionária do terminal. Com estas novas admissões, a PSA Sines criou este ano “mais de 100 novos postos de trabalho, em contraciclo com a conjuntura económica e contribuindo para o progresso da região e do País”, refere em comunicado. “Como condição essencial para este crescimento”, segundo a PSA Sines, “muito contribuiu o empenho e o esforço desenvolvidos por todos os colaboradores no desempenho das suas funções, bem como na criação de condições de estabilidade laboral, indispensáveis para que os clientes do terminal continuassem a preferir o Terminal XXI para a movimentação das suas cargas”.
que “com a criação das comunidades intermunicipais, e o seu posterior reforço de competências e poderes supramunicipais, cada vez mais se acentua a sua inutilidade e o absurdo da sua existência, num quadro de racionalização institucional e financeira”. Neste quadro, e tendo em consideração que a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), tem “competências e responsabilidades de âmbito supramunicipal, nomeadamente na área do cultura e do património, será lógico pensar que ela será a herdeira natural da Assembleia Distrital, em todas as suas vertentes”.
Propõem-se, assim, “a apresentação de uma proposta no sentido de avaliar a transferência, nos termos que a lei permita, de todo o património imóvel e móvel para a posse da Cimbal, tendo como contrapartida a integração plena do Museu Regional Rainha D. Leonor e de todos os funcionários da Assembleia Distrital naquela entidade”. A autarquia considera ainda que a “Assembleia Distrital deve exigir ao governo a imediata intervenção de conservação, requalificação e restauro do atual estado de acentuada e dramática degradação do Convento e Igreja da Conceição (monumento nacional) ”.
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Diรกrio do Alentejo 14 dezembro 2012
Antes de marchar para Lisboa e para o Porto, o conhecido filósofo francês Jean Salem apresenta hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, o seu último livro, A felicidade ou a arte de ser feliz quando os tempos vão maus. A sessão, que será dirigida por Miguel Urbano Rodrigues, decorre na Biblioteca Municipal de Serpa. Salem é economista e professor de filosofia na Universidade de Paris. Especialista no estudo dos filósofos materialistas gregos e romanos, dirige atualmente um curso de marxismo na Sorbone. A sessão é promovida pela Cooperativa Cultural Alentejana.
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Filósofo francês Jean Salem em Serpa
Construção de Instrumentos no Museu Jorge Vieira Ao abrigo da exposição temporária “A música na obra de Jorge Vieira”, que está patente em Beja, no Museu Jorge Vieira, decorre entre 17 e 20 de dezembro um ateliê de reciclagem e construção de instrumentos musicais. A ação é dirigida por Tânia Matos, com o apoio da Escola de Santa Maria e do Conservatório do Baixo Alentejo, e visa dar a conhecer, de forma interventiva, aos mais pequenos, a obra do artista plástico, onde a música se impõe como ponto de partida para esta aventura. Para crianças dos oito aos 13 anos.
Lançamento foi esta semana na Assembleia da República
“Geografia do cante” condensada em livro As Terras e as Gentes do Cante trata-se do primeiro livro da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Uma obra de divulgação da região, apaixonada mas também crítica, que resulta de um trabalho a oito mãos. Por Carminda Cavaco e Paulo Lima, geógrafa e antropólogo, e pelos fotógrafos António Cunha e Augusto Brázio. Texto Carla Ferreira
A
s Terras e as Gentes do Cante, lançado esta quarta-feira, 12, na biblioteca da Assembleia da República, é, como diz o seu texto introdutório, o “primeiro livro da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade”. Numa altura, adiantamos nós, em que já é tida como certa a sua apresentação à Unesco no início do próximo ano. As palavras são de Carlos Laranjo Medeiros, presidente da comissão executiva, e abrem terreno para um trabalho a oito mãos, distribuído entre dois pares. O primeiro, composto pela geógrafa Carminda Cavaco e pelo fotógrafo bejense António Cunha; o se-
gundo, pelo antropólogo Paulo Lima e por outro bem conhecido profissional das imagens, Augusto Brázio. O produto final, assumidamente “promocional”, tal como o serão os restantes dois que aí vêm, é de difícil rotulagem. Não inteiramente histórico, não inteiramente turístico, e também não inteiramente etnográfico. É tudo isto, mas em “texto solto”, ou seja, despojado de gíria académica que possa criar obstáculos a esta viagem pelas terras onde é de uso antigo cantar em grupo. Tal como elas são e não como as imagina quem nunca lá esteve. “No fundo, o que fazemos aqui é uma geografia do cante. É quase uma excursão turística pelo Sul. Muita gente fala do Alentejo e não sabe do que é que está a falar, do que é o Alentejo na sua diversidade, nas duas diferentes componentes, ao nível económico, social, cultural, da geografia humana, do turismo. E é isso que a Carminda Cavaco aqui faz”, revela Paulo Lima. Num capítulo, também ele “poético” (são várias as referências a quem glosou a região em verso ou em prosa, de Manuel Alegre a Florbela Espanca, de Raul Proença a João Mário Caldeira), a professora catedrática (Universidade de Lisboa), discorre sobre a natureza, o território, a
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arquitetura, a composição social, a economia, a estrutura fundiária, os movimentos migratórios e ainda sobre, justamente, esta marca identitária de “cantar em coros”. Um texto, que dá pelo nome de “Baixo Alentejo. A Terra e os Homens” e que António Cunha ilustra com imagens da vastidão dos campos nas várias estações do ano, de fachadas e ruas, e ainda de gente no trabalho, seja no pastoreio, na tiragem da cortiça ou na olaria. O capítulo de Paulo Lima, de teor mais etnográfico, é escrito desde uma sala do Museu de Arte Popular, em Lisboa, de onde se avista o Tejo e, depois dele, o Sul. O antropólogo escolheu seis histórias para alinhavar parte da história do cante que, aliás, em seu entender “não está feita, embora isso não seja relevante para a candidatura”. No fundo, argumenta, “o que vamos candidatar é um movimento coral que emerge no princípio do século XX; o resto é outra história”. Nesta visão, que tem o seu quê de “paixão” mas também de “crítica”, porque é neste equilíbrio, diz, que se constrói diariamente uma identidade, o autor põe a nu alguns “desencontros” entre o que é a história e “aquilo que nós contamos”. Sabe-se, por exemplo, que o primeiro grupo organizado surgiu em Serpa,
em 1907. Mas é para muitos desconhecido que a referência mais antiga ao cante reside em Portel, “nas suas posturas de 1884, onde se proíbe o cantar nas tabernas”, reza o livro. Porém, uma vez expostas as considerações historiográficas, é nas histórias, individuais e concretas, que Paulo Lima se concentra, fazendo desfilar os “eruditos” – os etnógrafos José António Pombinho Júnior, de Portel, e João Batista Roque, de Peroguarda – os “cantadores” – Edviges, de Baleizão, e Joaquim Leandro Grosso, o “Minuto” de Amareleja – e dois grupos corais que, fundados na década de 20, ainda cantam. São eles o Grupo Coral do Sindicato dos Mineiros, de Aljustrel (1926) e o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa (1928). “A mina e a lavoura”, como bem lembra o autor. As Terras e as Gentes do Cante é uma edição da Turismo do Alentejo, ERT e da Câmara Municipal de Serpa, e foi apresentado numa cerimónia na biblioteca da Assembleia da República, presidida pelo deputado José Ribeiro e Castro. Mas, conclui Paulo Lima, este “é apenas um ato simbólico. Os atos verdadeiros terão que ser no Alentejo, no país do cante”. Por enquanto ainda não são conhecidos locais ou datas.
Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
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Museu
“Garvão é caso excecional”
O
centro integra ainda uma biblioteca e uma sala de visitas, que nos próximos tempos terá patente uma exposição sobre Manuel Ricardo, um autodidata natural de Ourique que foi “braço direito” de Mello Beirão. No mesmo espaço existe ainda uma “zona de informação” sobre a atividade do centro. “Garvão é considerado um caso bastante excecional na medida em que não é um achado comum da Idade do Ferro, mas sim muito específico pelo facto de ser um depósito votivo. São peças que terão pertencido a um templo qualquer ali próximo e que provavelmente por falta de espaço foram transferidas para ali mas de uma forma ritualizada e sacralizada. É um espólio muito concentrado que nos permite ter uma amostragem de peças que eram de oferenda, não são os despojos de casa. São peças especiais, de significado para as pessoas que ali as colocaram”, conclui Deolinda Tavares.
O segundo do género no Alentejo
Ourique inaugurou centro de arqueologia Criado há pouco mais de três anos, o Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão, que recebeu o nome de “um arqueólogo que trabalhou muitíssimo no estudo sobretudo do período da Idade do Ferro e sobretudo do sudoeste peninsular”, foi inaugurado oficialmente na terça-feira, em Ourique, quando se assinala o 30.º aniversário dos trabalhos arqueológicos que levaram à descoberta do Depósito Votivo de Garvão, na encosta do Cerro do Castelo. Espólio Até ao momento foram inventariadas “três mil e tal“ peças, diz Deolinda Tavares PUB
Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho
O
centro, o segundo do género existente no Alentejo, surgiu precisamente “para responder à necessidade de haver uma estrutura tecnicamente capaz de receber os objetos retirados nesta famosa escavação”, explica Deolinda Tavares, conservadora/restauradora da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) e coordenadora do referido centro, adiantando que em 2005, aquando da tomada de posse do atual executivo, o presidente da Câmara, Pedro do Carmo, contactou a direção regional com o objetivo de, em conjunto, “se encontrarem soluções” que permitissem o “regresso à origem” do espólio de Garvão – armazenado desde o final dos anos 80, primeiro em Évora e depois em Conimbriga –, o seu tratamento localmente e, consequente, a “valorização do concelho”. As “condições necessárias” para avançar com o projeto do centro só ficariam reunidas, no entanto, quatro anos depois, em 2009. “A câmara tinha este edifício [Cineteatro Sousa Telles] parcialmente desocupado e resolveu fazer as obras necessárias à adaptação para se constituir aqui o tal centro de arqueologia, que recebesse os materiais, que os tratasse, que os conservasse e que os preparasse para o futuro museu”, um espaço ainda sem local definido, mas cujo trabalho de constituição deverá arrancar no próximo ano, diz Deolinda Tavares. No decorrer dos últimos três anos, a par das obras de adaptação de parte do edifício, uma equipa “constituída por arqueólogos e conservadores”, entre outros técnicos, tem vindo a “rever todo o conteúdo de 500 caixas de fragmentos” oriundos das escavações de Garvão, “porque não havia registos” dos mesmos, a “classificá-los, a separá-los por tipologias, por cronologias, entre outros itens”, ao abrigo de “um grande projeto de investigação” – o Godess –, que tem ainda como parceiros as universidades de Évora e de Coimbra, entre
outras entidades, esclarece a responsável. Com a conclusão dos trabalhos de remodelação do centro, e com a construção do laboratório, que é, segundo Deolinda Tavares, “a inveja” de muitos colegas seus, será possível avançar agora para a fase seguinte: “Pegar nas peças para as tratar do ponto de vista da conservação e para preparar restauros”. “Nós vamos continuar a fazer aquilo que temos feito mas com mais coisas, com mais recursos. Fazemos, por exemplo, um trabalho regular e semanal com alunos das escolas daqui e temos também visitas regulares de outras pessoas. Agora temos é melhores condições. Também fazemos aqui regularmente ações de formação de reciclagem para técnicos ligados a estas áreas de museus e de conservação”. A conclusão do laboratório permitirá ainda começar “a prestar serviços para outras entidades”. Uma das salas anexas ao laboratório, “chamada de sala seca, especializada para conservação de metais, portanto com condições ambientais especiais”, é “uma sala muito esperada na região”, salienta a conservadora. “Existem em todos os concelhos materiais arqueológicos metálicos, que são muito mais frágeis que os outros e que precisam de condições especiais para ficarem em reserva. A DRCA tem uma extensão em Castro Verde que é encarregada de receber os materiais das escavações todas e há sempre este problema [da reserva] dos metais [metálicos] que esta sala vai agora resolver”. No final do projeto de investigação Godess, que se encontra neste momento “a dois terços” da sua conclusão, “será possível e desejável” que uma equipa “pegue na informação” existente sobre o espólio de Garvão e “construa um programa e um projeto para museu”. “Não sabemos onde vai ser, a primeira questão a tratar é do conteúdo e depois se pensará num espaço físico”. Até ao momento foram inventariadas “três mil e tal“ peças, “que podem ainda não estar inteiras, mas que são consideradas como uma unidade”, diz Deolinda Tavares, adiantando que “provavelmente” terão outro tanto para inventariar. Pedro do Carmo, presidente da Câmara de Ourique, considera que o centro “é uma mais valia que fica no concelho, que vai trazer riqueza e desenvolvimento”, uma vez que para além de potenciar “o turismo arqueológico”, vai atrair “vários técnicos” pelo facto de passar, através do seu laboratório, a “prestar serviços para toda a região e para o País”, o que é um motivo de “orgulho”.
LUÍS AFONSO, o cartunista que se deixou ficar pelo seu Alentejo natal, acaba de lançar o seu primeiro livro no campo da literatura dita “clássica”. Trata-se de um verdadeiro manual do riso que sai numa altura em que, apesar de ainda não pagar imposto, o riso está cada vez mais afastado do rosto das pessoas. O humor é o verdadeiro, talvez o único, antidepressivo contra a crise. PB
Opinião
Alqueva Transgénico Filipe Nunes Arqueólogo
A
multinacional Monsanto (através da sua “academia de estudos” Dekalb) encontra-se a desenvolver, em 48 hectares junto a Serpa, um campo de ensaios de variedades de milho. Esta líder mundial de sementes transgénicas (OGM) referia numa publireportagem neste “Diário do Alentejo” (19/10) que sendo “que o Alqueva está a proporcionar uma mudança nos campos do Alentejo (…) a Dekalb está certa de que a cultura do milho será a mais propícia para iniciar o regadio naquelas terras”. Nessa mesma edição, o “DA” reiterava a evidência de como “a Agricultura está a mudar no Alentejo”, exemplificando com as culturas que aqui são atraídas para lá do olival intensivo e que vão desde a papoila para a indústria farmacêutica aos campos de cebolais…. Em 2012, o cultivo de milho geneticamente modificado alcançou em Portugal 9 278,1 hectares, um aumento de 20 por cento relativamente ao ano anterior. A crescente propagação deste milho transgénico (MON810), na sua esmagadora maioria na região do Alentejo (5 796,2 ha), nos últimos três anos surge no maior dos silêncios, esmorecida a discussão levantada pelas ações diretas anti-OGM em 2007, em Silves. A consolidação de um sistema agroindustrial subjugado às grandes multinacionais (Monsanto, Pioneer, Syngenta, DuPont, Bayer e BASF) que monopolizam a venda das sementes transgénicas e dos agrotóxicos, tem sido legitimada pela agricultura portuguesa. E o campo de ensaios de Serpa é somente mais um passo em frente na estratégia da Monsanto, não meramente para a conquista do mercado possibilitado pelo Alqueva, mas sobretudo para tornar Portugal a sua rampa de legitimização e disseminação em espaço europeu das variedades de milho transgénico, à semelhança do que já iniciara em outros campos experimentais no Alentejo e Ribatejo. Uma escolha óbvia pois o Alentejo é o melhor dos cenários para multinacionais agroindustriais dependentes da agricultura latifundiária. Por isso urge relançar e promover a informação e o debate sobre a questão dos OGM, dos seus impactos ambientais, sociais, económicos e no bem-estar dos consumidores, o que significa colocar no topo da agenda do Alqueva e do Alentejo, dois conceitos que convergem entre si: biodiversidade e soberania alimentar. Uma das consequências mais comprovadas da marcha da Monsanto é a irreversível contaminação genética dos ecossistemas pelos OGM, sendo que a presença desse código genético implica o pagamento das patentes desses genes cobrado pelas companhias. Está para votação no Parlamento Europeu a nova lei das Patentes ou Patente Unitária Europeia, acerca dos direitos dos agricultores sobre as sementes e animais reprodutores. A sua aprovação significa simplesmente a criminalização dos agricultores que guardem as suas próprias sementes, consideradas propriedade intelectual, na forma de material genético patenteado, chegando ao ponto de poderem-se apreender colheitas quando contaminadas por genes patenteados. Mas a maior das faturas advêm da deliberada diminuição da agrobiodiversidade (cerca de 75 por cento no último século), consequência que os transgénicos apenas aceleram, e que nasceu da perspetiva cega da produtividade industrial da agricultura, exemplificada que foi pelas monoculturas de cereais ou recentemente pelos olivais intensivos. O contra-argumento a esta crítica surge de imediato acenando às necessidades alimentares mundiais, mas o que acontece é que a falta e o excesso de comida estão par a par
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Já temos uma pista: o PCP defende a preparação para a saída da Zona Euro e, quiçá, da Europa. São questões que devem ser discutidas. O PCP tem de explicar como prepararia a saída do Euro e qual a estratégia alternativa de Portugal fora da UE. Pode ser que tenha razão. Filipe Luís, “Visão”, 10 de dezembro de 2012
Corre às mil maravilhas o programa de embaratecimento da nossa mão-de-obra. O sonho húmido de um país ajoelhado entre os salamaleques ao turista e o fabrico de T-shirts a preços chineses aquece as noites de governantes e empresários ineptos. A tia Jonet fornece o lubrificante espiritual: rezemos pela caridade da sua capelinha, que a solidariedade é vício de dependentes do Estado. Luís Rainha, “I”, 12 de dezembro de 2012
na desequilibrada produção e distribuição dos nossos recursos. O tal mundo da globalização económica que determina a produção em larga escala de um número reduzido de espécies agrícolas de elevado valor acrescentado (cash-crops como a soja, o milho, a colza e o trigo), em detrimento de centenas de espécies e milhares de variedades de plantas tradicionais, na base da sustentabilidades das populações locais agora subjugadas aos indicies de exportações dessas monoculturas. Urge por isso reclamar a nossa soberania alimentar: “a liberdade e capacidade de cada pessoa e cada comunidade de exercer os seus direitos económicos, sociais, culturais e políticos relativos à produção da sua alimentação”. Pelo que lutar pela alimentação é indissociável de reconhecer o livre direito às sementes. Precisamente o oposto do que a Monsanto e a estratégia da agroindústria no Alqueva nos cobra como progresso e desenvolvimento neste Alentejo em mudança.
Genuinidade ou adorno?
e fazer caminho… sob a égide das palavras de Agostinho da Silva: “Não me preocupa no que penso nem a originalidade nem a coerência. Quanto à primeira, tudo aquilo com que concordo passa a ser meu – ou já meu era e ainda se me não tinha revelado. A minha originalidade está só, porventura, na digestão que faço. Pelo que respeita à coerência, bem me rala; o que penso ou escrevo hoje é do eu de hoje; o de amanhã é livre de, a partir de hoje, ter a sua trajectória própria e sua meta particular. Mas se quiserem pôr-me assinatura que notário reconheça, dirão que tenho a coerência do incoerente e a originalidade de não me importar nada com isso”. O resto é adorno! Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico
Os passados e o presente em movimento
Ana Paula Figueira Docente do ensino superior José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local
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xistem coisas dentro de mim que, de vez em quando, necessito partilhar! Pensamentos, inquietações… Essa é a razão que me leva a escrever. De dentro para fora. Mas ao satisfazer esta minha necessidade, será que não estarei a ser apenas uma presunçosa egoísta? Afinal, onde reside a minha originalidade ou a minha diferença? O que é que pode interessar o leitor e levá-lo a ler os meus textos? Numa altura em que a literatura integra áreas cada vez mais vastas, em que os editores (ou a sua grande maioria) se preocupam sobremaneira em servir a mediania do gosto do público, onde o livro está a ser reduzido a uma mera mercadoria dirigida a leitores “espremidos”, servindo-os tanto quanto um outro qualquer produto de conforto e, pior ainda… onde autores “instalados” se recusam a desaprender, recorrendo a fórmulas e a lugares comuns que lhes asseguram a “imortalidade” conferida pelo passo seguinte, geralmente os úteis prémios literários (não sei se mais pelo diploma, ou pelo valor pecuniário), cujos elementos do júri são quase sempre os mesmos (pela sua importância e distinção!), o que é que me pode fazer prosseguir quando, à partida, o meu não alinhamento me assegura apenas a certeza da derrota? Diria, como Virgílio Ferreira, que “o que mais custa a suportar não é a derrota ou o triunfo, mas o tédio, o fastio, o cansaço, o desencorajamento. Vencer ou ser vencido não é um limite. O limite é estar farto”. E eu não estou farta de escrever! Pelo contrário: entendo este exercício de criação como útil e edificante, seja para mim como para todos os outros com quem partilho o produto dessa minha criação. Entendo-o como um dever! Por outro lado, e se bem que esse exercício – de dentro para fora – comece por ser inevitavelmente egoísta, deixa de o ser ao permitir que o produto ou resultado seja partilhado por todos aqueles que desejem integrar essa partilha. Com a consciência, porém, de que esse resultado não é mais do que uma mera aproximação a uma qualquer perfeição que é literalmente impossível de alcançar. Assim, e voltando especificamente à literatura, entendo que não existem textos, autores, ou escritores, melhores que outros, apenas porque não há um conceito único a propósito do que é ser “melhor”. Logo, tendo essa convicção, o maior motivo de orgulho é dar azo à minha curiosidade “encarniçada” por aquilo que me rodeia, prosseguir humildemente,
e há uns tempos a esta parte muito se tem falado e escrito sobre períodos e épocas passadas para explicar o presente e as necessárias políticas de e para o futuro. E à exceção de alguns historiadores que vão aos passados mais longínquos, parece que Portugal começou a sua trajetória há pouco mais de uma dúzia de anos. Sendo que, para diversos, a História começou há meia dúzia, com o advento do “consulado de Sócrates”. Embora haja quem, saltando do fugitivo Durão, cheguem “às paixões de Guterres”, nos idos da última década do século passado. Foi o caso do deputado Frasquilho, ao se justificar para “deixar passar” o Orçamento do Estado para 2013. Já não falando de todo o século XX, com as suas metades de antes e depois da Segunda Guerra, e do “pós-império”, omite-se o pós “Marco Histórico” que foi a Integração Europeia, na altura CEE a 10. De facto, e penso sem contestação, a maior mudança do posicionamento de Portugal no pós-Descobrimentos. E pergunto, por que será? Será porque se considera que a primeira década da Integração correu sobre rodas, ou, porque foram os tempos do “consulado Cavaquista” do atual Presidente da República? Talvez Paulo Portas possa ajudar na explicação, pois foi um contundente denunciante das malfeitorias de Cavaco Silva, no seu “Independente”. Se bem me lembro, pode ter sido porque aí se iniciou a total aposta nos “investimentos do betão”, a ausência duma real valorização da formação e educação das pessoas, empresas e comunidades, o arranque devastador da destruição do tecido empresarial que sustentava o País e, ainda, a maior engorda do Estado e suas cliques dirigentes. E tudo isto quando se assistiu à maior injeção de meios financeiros que há memória, sem crescimento sustentável, nem contas públicas em ordem. Se queremos ser justos e apostar em futuros sustentáveis, olhemos para todos os erros e desvios de todos os passados e a nossa pequenez na Europa e no Mundo, mobilizemo-nos para, com o que se construiu, nos reencontrarmos como Nação nesta encruzilhada da História. E sempre com as pessoas e nunca contra elas!
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14 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
VIDIGUEIRA foi eleita entre os seus pares como “Cidade do Vinho 2013”. Um reconhecimento nacional para uma região que está umbilicalmente ligada à terra e ao cultivo da vinha. O grande escritor Fialho de Almeida chegou mesmo a chamar-lhe “o país das uvas”. E ainda este fim de semana se provou em Vila de Frades os melhores néctares que acabaram de escorrer das talhas de barro. Um brinde a eles. PB
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Esta semana os serviços da Segurança Social fizeram uma descoberta macabra num monte perto de Vale de Vargo, Serpa. Uma mulher de 33 anos vivia completamente isolada do mundo e em CONDIÇÕES INUMANAS desde os seus 10 anos de idade. Tinha dificuldade na fala, comia com as mãos e aparentava ser portadora de deficiência psicológica. É também este o retrato do País que apregoavam de sucesso. PB
Escolher a União Europeia de entre um naipe de candidaturas constituído por 124 organizações e indivíduos - como Bill Clinton ou Helmut Kohl, o “pai” da reunificação alemã - é sintoma de banalização da mais apreciada distinção mundial. Se Alfred Nobel fosse vivo talvez já estivesse arrependido da sua invenção, tal a dinamitação do prestígio do Prémio - e os 931 mil euros a receber são irrelevantes para o caso. Fernando Santos, “Jornal de Notícias”, 10 de dezembro de 2012
Cartas ao diretor por altura do exame do 5.º ano, no Secretário Erros jardim, ao pé do coreto, em que faláde futebol, da professora Cármen de Estado Não mos nos contadores Goinhas, de jornalismo, de poesia, de liberdade… Sei De Quê A vida trouxe-me para as margens ou intencional do Tejo, depois de abril só por uma vez encontrei o meu amigo, eu tinha criminosa Sozinho em casa, liguei a TV… hora no tribunal de Beja onde ia ser Transmitiam um pseudodebate no testemunha e por isso, apenas trocá- artimanha Parlamento, ia mudar de canal quando mos um longo abraço, sorrimos e favi a sua cara (…), ao lado dessa des- lámos pouco. Mais tarde vi o nome da EDP? José Nogueira Pardal Lisboa
graça a que chamam primeiro-ministro de Portugal. Não senti raiva ou indignação, apenas tristeza. Desliguei o aparelho cerrei os olhos e viajei à minha infância. Outubro de 1951, treze anos, vindo da vila mineira de Aljustrel, cheguei a Beja para frequentar o 3.º ano do Liceu… Primeiros dias e a aproximação aos novos colegas. Aquela turma, 3.º B, vim a sabê-lo depois, era assim como que o refugo, os bons estavam na turma A. Foram-se descobrindo afinidades, foram-se gerando amizades e foi assim que o 30, este escriba, e o 26, José António Moedas, se tornaram amigos. Tínhamos sonhos que, curiosamente, eram diferentes e similares, o 26 queria ser jornalista, conseguiu-o, o 30 sonhava ser poeta, ficou-se pelo sonho. Encontrávamo-nos muitas vezes ali pelas portas de Moura, seguíamos juntos até ao Liceu, passando sempre, com ar amalandrado, pela rua da Branca. À segunda-feira de manhã, tínhamos aula de religião e moral, estou a ver o Zé Moedas colocar na carteira o “Notícias de Beja”, jornal diocesano, e, por cima, a bíblia do desporto que dá pelo nome de “A Bola”, que lia sofregamente. Quando o padre fazia a chamada, sempre a meio da aula para não marcar falta aos atrasados e chamava o 26, eu que ficava por de trás do meu amigo, respondia: - Está a ler o “Notícias de Beja”. Os elogios do padre levavam a malta a sorrir, sobretudo quando o Moedas levantava a parte da frente do jornal e o padre podia ver o cabeçalho do jornal de Beja. Discutíamos futebol, a rivalidade Mineiro Aljustrelense Desportivo de Beja era, por essa época, enorme, sem nunca chegarmos a acordo e falávamos de Régio e Florbela com mais paixão e menos zanga. Voltei a Aljustrel no fim do ano letivo. Tinha, entretanto, aberto o Externato Filipa de Vilhena e sempre que me deslocava a Beja procurava encontrar-me com o 26. Lembro uma longa conversa que tivemos em 1954,
do amigo no cabeçalho do “Diário do Alentejo”, fiquei feliz, depois soube que tinha partido e fiquei imensamente triste. Porque lhe escrevo isto?! Escrevo-lhe só para lhe dizer que a admiração e amizade que sempre senti pelo Zé Moedas é equivalente ao nojo e desprezo que sinto pelo senhor Carlos Moedas. Que me perdoe o amigo, os filhos são sempre os filhos e eu sou pai.
Prisão de Beja Leitora anónima
Gostava muito que esta carta fosse publicada para que as pessoas pudessem conhecer uma rea lidade que se vive na prisão de Beja. Atualmente, os reclusos da prisão de Beja queixam-se aos seus familiares de fome, além da comida ser de muito má qualidade (carne de frango verde e azulada por dentro) e pouca. Raramente há repetições, nem sopa há para repetir. Às vezes têm comida nos tabuleiros e dizem que não podem dar mais. Quando se quei xam aos guardas de ser viço, é o mesmo que nada, os chefes f ingem que não ouvem. Ninguém faz nada, os rapazes entram para lá e ao fim de duas semanas já estão a ficar esqueléticos. Só é permitido levar para o estabelecimento um quilo de comida e uma vez por semana. Isto é uma vergonha. Estamos em crise, a ministra da Justiça diz que cada recluso custa 40 euros por dia, mas não é da comida que lhes dão. Antes davam o que chamam de reforço, um pacote de leite ou sumo e um queque. Há mais de um mês que não dão queques. Eu sou mãe, tenho que me manter no anonimato. Vivemos num país democrático, mas nem sempre podemos revelar as realidades, quem paga são sempre os mais fracos, aqueles que não se conseguem defender.
Joaquim Baleizão Sampaio Mértola
Porque acidentalmente detetei gravíssimas e incómodas irregularidades avanço de cerca de 25 minutos no relógio e contagem indevida em “fora de vazio” aos domingos - (…), a EDP, manifestamente incomodada com o insólito facto, mandou sorrateiramente sabotar o contador que acabou por se queimar na madrugada do dia 27/10/2011. Porém, antes de queimar o contador, essa imunda sabotagem causou-me graves danos em equipamentos musicais e audiovisuais no valor de cerca de 9 000 euros; privando-me, desta forma, de eu poder tocar e ouvir música… Tendo em conta que, durante os últimos 19 longos e desgastantes meses, me tenho confrontado com o imundo, totalmente incumpridor e violador comportamento da EDP que tem o desplante de negar a gritante evidência dos factos e flagrante violação dos meus direitos de cliente totalmente cumpridor das condições contratuais, deturpando grosseira e intencionalmente a realidade, sinto que tenho o direito e o dever de denunciar e contribuir cabalmente para o total esclarecimento deste imundo e fraudulento comportamento da EDP. (…) O meu caso não é um caso isolado, faz parte dos mais de cem mil referidos pela DECO. A minha indignação já ultrapassou largamente todos os limites. A minha dignidade é a única coisa que não me podem tirar (…). Por último, quero sugerir a todos os clientes que têm tarifários bi e tri-horários que, tal como eu, passem a fazer as leituras diárias (cerca das sete horas da manhã) e, facilmente, vão constatar que as irregularidades (não erros!) não se limitam só ao relógio, mas também a indevidas leituras em “fora do vazio”, “ponta” ou “cheias”! Os clientes que têm o tarifário simples, não têm nenhuma possibilidade de detetar a fraudulenta artimanha. Certamente por este facto, é que o senhor presidente da EDP, António Mexia, afirmou algumas vezes que os tarifários bi e tri-horários são totalmente absurdos e que por isso têm de acabar.
Há 50 anos Elogio bejense a Jorge Amado
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“Diário do Alentejo” publicava regularmente, no início da década de Sessenta, recensões de novos livros e críticas literárias. Em dezembro de 1962, um “registo bibliográfico”, não assinado, revelava “De como o mulato Porciúncula descarregou seu defunto”, num texto onde se elogiava o autor da novela, Jorge Amado, ligado na época ao Partido Comunista Brasileiro. O vespertino bejense conseguia, de forma hábil, fazer passar as ideias progressistas do escritor brasileiro pelas malhas da Censura fascista: “É de Jorge Amado, esse mundialmente festejado autor de ‘Jubiabá’, a curiosa e sugestiva novela que acabámos de ler, integrada na colecção ‘Best-Sellers’ há pouco iniciada sob a criteriosa orientação de Jorge Daun. Jorge Amado é, decerto, o escritor brasileiro mais querido e popular em Portugal (porque não em todo o mundo?!). Prosador inconfundível, que faz da linguagem tipicamente baiana um doce poema de humanidade e filosofia social, ele recolhe no dramatismo quotidiano da gente da rua toda a riqueza temática dos seus romances. São dele mesmo estas palavras de defesa a determinado faccionismo político que, por vezes, se pretende apontar no homem para ‘destruir’ a inegável validade do escritor, sempre identificado com a problemática social do seu tempo: ‘Meu único compromisso até hoje e, espero, certamente, até à última linha que venha a escrever, tem sido com o povo, com o Brasil, com o futuro. Minha parcialidade tem sido pela liberdade contra o despotismo e a prepotência; pelo explorado contra o explorador; pelo oprimido contra o opressor; pelo fraco contra o forte; pela alegria contra a dor; pela esperança contra o desespero – e orgulho-me dessa parcialidade’. Contudo, em ‘De como o mulato Porciúncula descarregou seu defunto’, Jorge Amado narra apenas uma história leve, poética mesmo, do amor frustrado dum mulato. Original a maneira como o escritor começa por levar ao leitor a figura, de sugestivo desenho psicológico, de Gringo, como sendo a de personagem central da novela, para, quase tão suavemente que mal se dá por ela, operar a mutação e nos oferecer a narrativa do amor de Porciúncula por Maria do Véu, moça perdida nos vaivéns da sorte que sonhou até morrer com o vestido de noiva ‘todo branco, com o véu arrastando e flores na testa’, que jamais teve. Original também, e como afirmação magistral do grande prosador, o fecho da novela, no qual, de novo, Gringo, o bêbado da cachaça, volta a entrar em cena e cuja história se promete (apenas promessa no enquadramento da narrativa) para ‘outra vez, mesmo porque exige tempo’...”. Carlos Lopes Pereira
15 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Às vezes instala-se uma certa gravitas, muito feita de autoconvencimento, armada de grandes frases e pomposa solenidade que merece mesmo ser desmanchada. E Luís Afonso faz isso com lucidez e inteligência. Este livro é um gozo pegado com a literatura e com a instituição literária. Resumindo: é-nos proposta uma história-quadro, a de Fragoso e Madalena, em que se inserem outras duas histórias (se não contarmos com o “pitching” do filme), sem ligação aparente, a não ser o nexo estilístico e a divertida observação de costumes pelo autor, que não poupa – embora com bonomia – as mentalidades e os comportamentos populares. Por exemplo, falar de “civilização” numa contenda de taxistas, é de má-nota.
Ensaio Angústia branda* Mário de Carvalho Escritor
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JOSÉ SERRANO
á anos que acompanho o “Bartoon” de Luís Afonso e posso assegurar que se tivesse que enumerar as várias razões que me levam a comprar um jornal diário, a sua tira seria, sem dúvida, uma das mais relevantes. Esta capacidade de ter graça, e de ter graça todo os dias, e de conseguir ver sempre o lado faceto das situações é um dom que se admira e inveja. A que deus foi Luís Afonso prometido para conseguir este efeito magnífico, convocando desde logo uma adesão e simpatia generalizadas? É um pico de luz – um sobressalto feliz – um rasgo de brilho, que torna o sorriso irresistível, desafiando o cinzentismo envolvente. Não raro é aquele sorriso interior com que nós nos congratulamos a nós próprios e que, no íntimo, agradecemos a quem o produz. Aqui há uns anos, alguém pôs na minha boca a frase, que eu nunca diria no meu estado normal: “a literatura é uma coisa muito séria”, porventura querendo o meu interlocutor decifrar o sentido de outra coisa qualquer que eu disse. Não é nada uma coisa muito séria. Trata-se de uma realidade humana com que se pode – e com que se deve – brincar. Às vezes instala-se uma certa gravitas, muito feita de auto-convencimento, armada de grandes frases e pomposa solenidade que merece mesmo ser desmanchada. E Luís Afonso faz isso com lucidez e inteligência. Este livro é um gozo pegado com a literatura e com a instituição literária. Vamos começar por aquilo a que os estimáveis teóricos chamam o “paratexto”. Como subtítulo a O Comboio das Cinco, surge “o livro de Lopes, o escritor pós-moderno”. E isso obriga-me logo a parar aqui: Lopes, aí está um nome dos mais difundidos da nossa onomástica que poderia por si, exemplificar o chamado homem vulgar, o homem da rua. Quando eu era miúdo havia uma canção popular que se chamava “O Lápis do Lopes”, a que se seguiu uma réplica benemérita intitulada “A Borracha do Rocha”. É assim que o livro se apresenta, sob o signo raso do quotidiano e do corriqueiro. Mas logo caímos no primeiro jogo. É que eu não encontrei nenhum Lopes lá dentro. Encontrei sim um João Fragoso, um Manuel Joaquim, um Baptista, um Serafim Augusto, mas este Lopes escapa-se-me por entre as linhas e não o encontro materializado no texto. A não ser que seja aquele rapaz azougado, de camisa clara, que nos aparece nos desenhos. Mas fica a indicação de que ele (mesmo ausente) é um escritor pós-moderno, e essa é uma boa notícia: é que está muito bem acompanhado. E desafia uma vez mais à captação dessa inefável realidade que é o pós-
modernismo na literatura portuguesa. A designação, em termos teóricos, tem uma genealogia sisuda e controvertida. Mas não deixou de ser utilizada, por cá, no jeito um bocadinho desprezivo de alguém que pretendia, porventura, reconduzir-nos a um certo redil: aquele em que por um lado, todos deveríamos ainda escrever no rasto dos anos setenta, omitindo, por outro lado, a vasta tradição literária secular. Seja pois Lopes o tal escritor pós-moderno que é louvadíssimo na contracapa, nos relances autorizados do “The Timelines”, ou o “Newark Post”, com entusiásticos “arrebatador!”, “deixa-nos sem imaginação!”, etc. Por experiência própria, eu atrever-me-ia a suspeitar que deve ter dado imenso trabalho ao escritor, mencionar jornais que não existem. Não é fácil chegar à conclusão de que não há mesmo, em nenhuma parte do mundo, incluindo o Minesotta, um periódico que não se chame, por exemplo, o “Timelines”. Mas na contra capa aparece-nos numa caixa, com um grafismo de carimbo, esta advertência sensacional: “Este livro contém indicadores de qualidade literária”. Não só, acrescento eu. Aqui houve pecado de avareza: neste livro inventariei, sem exaurir, indicadores – de qualidade literária; indicadores de crítica social; indicador de onomatopeia de qualidade literária; indicador de pertinência; indicador de superioridade intelectual do autor; indicador de qualquer coisa depois logo se vê o quê; indicador de frase batida; indicador de qualidade literária muito própria; indicador de experiência de vida; indicador de cultura cinematográfica; indicador de lugar-comum; indicador de profundidade. De notar que estes indicadores vêm repetidamente assinalados à margem e surgem em caracteres cinza. Tratando de um artista da imagem, é claro que este aspecto tinha de estar presente. Nas páginas ilustradas quando é referido o filme que adaptará o livro, propõe-se que haja uma luzinha vermelha no écran a assinalar a qualidade do “grande cinema”. Pergunto-me se esta constante sinalização de um autor que conduz (e ajuda o leitor) não será alusiva a um certo literalismo implantado pela pressão duma comunicação social que se rege pelo menor esforço e por um ensino que, durante anos, dinamitou as pontes para a grande literatura. Digo isto porque, ainda recentemente, a propósito de um texto meu irónico (no sentido mais forte – o da produção de uma afirmação para dizer exactamente o contrário) vários comentadores me observaram que devia ter sinalizado (“legendado”) a ironia. Por este andar, o Luís Afonso, daqui a uns anos, terá de ter legendas explicativas no seu “Bartoon”. Olhem
que isto é uma criação artística, é uma alusão, os homens, na realidade, não tem os olhos assim, nem os pés, nem as mãos Neste ponto, e na mesma linha, eu queria sublinhar uma feição que me impressionou fortemente: a constante reflexão do escritor sobre a matéria textual produzida. Não há apenas indicadores à margem. No próprio texto, o autor comenta a própria escrita (a dúvida, por exemplo, sobre se last but not least, estará bem a propósito dum caso de dupla identidade que envolve uma junta de freguesia e um clube de futebol). Impõe-se aqui o ponto de vista do próprio narrador, que gradua o uso do português conforme o praticante tenha uma licenciatura ou não (neste último caso – e isso seria discutível – menos propenso ao erro). Mas a dimensão lúdica deste texto que se comenta com extrema pertinência – e que revela hábitos de atenção e de análise de leitura invulgares – prolonga-se com a tentativa de convencimento de um realizador a fazer um filme a partir do livro. Trata-se de desenhos de um humor hilariante que eu diria (pegando na piada sobre a contabilidade de Luís Afonso) que acrescentam muito ao texto. E aqui insinua-se a ideia, por um lado muito literária, mas também muito cinematográfica, aproveitada para a crítica da sociedade actual, dos mundos paralelos: o mundo verdadeiro ou da realidade e o mundo virtual, do fingimento, do devaneio do sonho, ou… sabe-se lá… Resumindo: é-nos proposta uma história-quadro, a de Fragoso e Madalena, em que se inserem outras duas histórias (se não contarmos com o “pitching” do filme), sem ligação aparente, a não ser o nexo estilístico e a divertida observação de costumes pelo autor, que não poupa – embora com bonomia – as mentalidades e os comportamentos populares. Por exemplo, falar de “civilização” numa contenda de taxistas, é de má-nota. Também, nunca saberemos se aquela tasca que se chama, repetidamente, “Retiro dos Caçadores”, é a mesma tasca no caminho duma motocicleta que se alegrou, ou um resultado de falta de imaginação de quem a baptizou. Tudo isto transborda de um diálogo extremamente imaginativo, carregado de paradoxos, divertido, exprimindo oposições e contrastes, dum autor que é um excelente conhecedor de processos e expedientes da narração (não falta o célebre deus ex-machina de “afinal era tudo um sonho”…) e de esquemas como a “passagem para outro território” ou o encurralamento das personagens para que o autor lhes trate da saúde, sem testemunhas, sem hipóteses de fuga e sem apelo nem agravo. No final, que não revelo, ficam no ar algumas interrogações e alguma incomodidade. Será que? …E aqui está uma marca que eu poderia apontar, utilizando a expressão do autor, como um leve sinalizador de angústia. Angústia branda, que vem dar tempero à leveza. Já seria abuso se eu continuasse a tentar desvendar o livro, parágrafo a parágrafo, como, por mérito do autor, apetece fazer. O caso é que as verdadeiras obras do espírito, que exprimem uma certa relação com os outros e com o mundo, se projectam numa área muito mais vasta que a sua própria dimensão, cheias de ressonâncias e sussurros. * Texto de apresentação de O Comboio das Cinco, de Luís Afonso, no El Corte Inglés de Lisboa, no passado dia 16 de novembro.
16 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Como eu faço o meu trabalho a partir da desconstrução, das coisas que não funcionam, e como aqui nada funciona, é fácil. E, como eu sou também cidadão, além de cartunista, há coisas que me afetam também e é desesperante ver como as coisas estão. Ou seja, estão boas para fazer cartunes, mas não precisavam de ser tão boas”.
Entrevista
Cartunista alentejano estreia-se na ficção
“No limite, podemos prescindir de tudo, até da democracia” Com lugar cativo na imprensa escrita nacional há mais de 20 anos, o cartunista Luís Afonso aventura-se, pela primeira vez, no domínio da ficção com o livro O Comboio das Cinco, lançado há um mês. Um produto “global”, de forte teor irónico, que não se esgota na narrativa imaginada por “Lopes, o escritor pós-moderno” e cujo clique se deu aqui mesmo, numa placa que, pomposamente, aponta para o que já foi a estação de Quintos. E uma obra que é também um pretexto para que falemos de humor, de crise e dos perigos que se escondem por detrás dos cortes cegos, em todas as frentes. É que, alerta o autor, se embarcarmos na “relativização de tudo”, poderemos também chegar à conclusão de que “já não precisamos de democracia”. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
“Lopes, o escritor pós-moderno”, começou a pensar escrever um livro no final dos anos 80. Esse famigerado livro surge agora. Porquê?
Esta personagem foi criada no final dos anos 80, para uma tira que iria sair no “Jornal de Letras” e por isso é que ele é um escritor pós-moderno. Mas essa tira acabou por nunca sair no “Jornal de Letras” e ficou na gaveta. Depois, em 1991, acabou por sair na “Grande Reportagem”, na altura trimestral, ainda escritor pós-moderno. Quando a “Grande Reportagem” passa a mensal, eu achei que alimentar esta história de ele andar às voltas com a escrita de um livro seria um bocado repetitivo e ainda mais numa revista não literária. Achei que fazia sentido que ele passasse a ser repórter pós-moderno. Ainda que, sendo repórter, ele pudesse obviamente ser escritor. Há paletes de jornalistas que escrevem livros. Este é mais um. E continua na “Grande Reportagem” até ela existir como um produto independente. Depois, quando foi absorvida pelo “Diário de Notícias”,
o Lopes ficou parado uns tempos até que recebo um convite para ir para a revista “Sábado”. O Lopes recomeça aí e este livro acaba por ser um regresso às origens do personagem. Apetecia-me fazer isto, porque sempre me deu mais gozo escrever do que propriamente o desenho em si. Achei que era o momento de avançar com esta história. O livro vem de uma ideia que já vinha desses tempos, do princípio dos anos 90, que é ele a falar com um realizador para adaptar o livro ao cinema. Antes mesmo de ele estar terminado…
Sim, porque há aquela ideia, que é do senso comum, de que os filmes são sempre piores que os livros em que se baseiam. Ora, dentro do seu mecanismo cerebral pós-moderno, o Lopes pensa que se o livro for logo adaptado ao cinema, à medida que for sendo escrito, então vamos estar logo na presença de duas obras-primas. Ele não faz por menos – escreve pensando que o que está
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a escrever é uma obra-prima. A dinâmica do livro é feita entre os capítulos que ele escreve e os momentos em que os dá a ler ao realizador, que faz comentários sobre o que está escrito e sobre as opções a tomar. É a primeira vez que se aventura neste registo de uma narrativa mais longa. Como se sentiu neste campo?
É a primeira vez que eu faço uma coisa de ficção. Até agora, o que tenho feito é crítica social, política e económica, tudo assuntos que têm a ver com a atualidade. Sempre quis fazer isto. Este projeto sempre existiu na minha cabeça, feito. O grande problema – e acontece-me isso muitas vezes com os cartunes – é que, para mim, o trabalho acaba no momento em que tive a ideia. Obviamente que houve aqui acertos, coisas que foram acrescentadas, coisas de que não gostei e que tirei… Mas o esqueleto era este, há muitos anos. O problema foi decidir tirá-lo da cabeça e pô-lo no papel. Este livro facilita a vida ao leitor. Já vem apetrechado com “indicadores de qualidade literária”.
As partes em que há uma escrita mais elaborada, ou uma tirada mais pomposa, são assinaladas com “indicadores de qualidade literária”, que é para o leitor não se estar a maçar à procura dessas partes. É como se fosse uma luz a piscar; é adaptar a escrita a um tempo em que as pessoas não pensam, ou são levadas por dinâmicas externas. Estão mais habituadas a clicar em botões para dizer “gosto”, sem sequer se deterem sobre o conteúdo das coisas. Esta opção do Lopes é explicada ao realizador e ele sugere que, no filme, os momentos de “grande cinema” sejam também assinalados com uma luzinha a piscar. Isto é obviamente uma paródia. É quase como se, num discurso em tempo real, as partes interessantes fossem assinaladas com uns apitos. E as pessoas só tomavam atenção quando ouvissem o apito. Sendo eu o autor do Lopes e sendo o Lopes o autor do livro, isto acaba por ser um bocadinho esquizofrénico, obviamente. Mas há aqui coisas que são opções do Lopes. Opções de alguém que é um bocado megalómano, que se imagina um escritor do melhor. Tendo-se em tão boa conta, é de prever que escreva outro livro. Quais são os planos do Lopes neste momento?
Agora é deixar ver o que é que acontece com este. Tive um gozo enorme a escrever isto, mais até do que propriamente a fazer aquilo que faço todos os dias, porque isto possibilitou-me fugir um bocadinho do meu trabalho, que é rotina. Ainda que a atualidade mude todos os dias, acaba por ser um pouco repetitiva. Há ciclos, há coisas que se repetem, e perante as mesmas situações às vezes acabamos por optar por soluções parecidas com o que já fizemos e é nesse sentido que se sente a rotina. Mas isto permitiu-me fazer uma coisa completamente ao lado, começando do zero, que me deu um grande gozo. Ou seja, eventualmente haverá um regresso do Lopes. E pegando na ideia do próprio Lopes, há a possibilidade de um filme?
Há. Inclusivamente, no lançamento do próprio
Uma “paródia à instituição literária”
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ançado no último dia 16 de novembro, O Comboio das Cinco é a primeira obra de ficção do cartunista Luís Afonso e, simultaneamente, a “obra-prima” que “Lopes, o escritor pós-moderno” andava a prometer há mais de 20 anos. Um livro que é mais do que a história ou as histórias que contém. É “um projeto global” em que todos os elementos são necessários e parte de uma mesma lógica, de uma mesma “paródia à instituição literária”, como admite o autor. A começar por uma sobrecapa sóbria a esconder uma capa sugestiva – ao contrário do que ditam as leis do marketing – e a acabar com as críticas arrebatadoras que são reproduzidas na contracapa e atribuídas a jornais de que nunca ninguém ouviu falar. Além dos já referidos “indicadores de qualidade literária”, ao longo da narrativa Luís Afonso inventa ainda um museu equipado com um “detetor de referências culturais”, mecanismo que é implacável, por exemplo, com quem confunde Proust, o escritor, com Prost, o piloto de Fórmula 1. “Há aqui um gozo, uma crítica àquela malta que olha com desprezo para as pessoas que não têm leituras. Há um elitismo cultural, que é muito nosso, que não integra ninguém e afasta as pessoas. Se há um livro que sai e tem qualidades literárias mas cai no goto de muita gente, e é muito falado, há um desconforto dos intelectuais”, observa o autor, que esteve ontem no Porto com O Comboio das Cinco, apresentado pelo músico Rui Reininho. CF livro, fui logo convidado a pensar nessa hipótese, por um realizador de cinema que lá estava. Não posso dizer quem é, foi uma abordagem completamente informal. Mas entretanto vai ao palco do São Luiz, em março. Será o ator Pedro Lamares a fazer uma leitura encenada disto. Este livro fala de uma realidade paralela em que fica enredado o personagem principal, professor universitário, perdido numa estação de faz-de-conta, à espera de um comboio que nunca ninguém viu passar. Que metáfora é esta?
Deu-me o clique para isto quando esta estrada, que se chama IP8, no caminho de Serpa para Beja, foi reasfaltada há uns anos. Mudaram a sinalética e puseram umas placas moderníssimas. Uma delas, ao passar por Baleizão, aponta para a estação de Quintos, com um comboio desenhado. Ora, eu estou em Serpa desde 1988 e a estação foi desativada nessa altura. A placa continua lá e não há estação nenhuma. Foi um clique que possibilitou inventar esta estação, onde os comboios não passam. É óbvio que depois peguei nisso e imaginei aquela estação num sítio qualquer. É uma metáfora que pode ser lida com uma abrangência maior. Porque nós estamos metidos numa estação destas, a fazer de conta. Nós, País, se não quisermos ir mais longe.
Tal como a estação descrita no livro, muito moderna mas sem comboio, também Beja tem um aeroporto novinho, pronto a usar, mas onde os aviões param pouco. O Comboio das Cinco podia também ser O Avião das Cinco?
Isto podia ser feito com o aeroporto de Beja, sim. Eventualmente podia ser também O Avião das Cinco. Podia ser uma história muito parecida. Seria tentador. Sempre disse que este é o melhor país para fazer humor, que a nossa atualidade e os nossos políticos são uma fonte de matéria-prima inesgotável. Continua a defender esta ideia?
Acho que está bom demais, não precisava de ser um país tão bom a esse nível. Porque, como eu faço o meu trabalho a partir da desconstrução, das coisas que não funcionam, e como aqui nada funciona, é fácil. E, como eu sou também cidadão, além de cartunista, há coisas que me afetam também e é desesperante ver como as coisas estão. Ou seja, estão boas para fazer cartunes, mas não precisavam de ser tão boas. O humor é sempre uma arma em tempos difíceis ou também se esgota quando a realidade de que se alimenta é demasiado sombria e dramática, como é o caso?
Antigamente havia temas. Aconteceram
coisas que foram pontuando os anos e o tempo. Agora, de há uns tempos para cá, a realidade é só uma. Andamos permanentemente à volta da crise. Tudo o que possamos fazer um bocadinho ao lado, é sempre com a presença da crise a pairar. Só a austeridade, a própria palavra e tudo à volta disso, dá pano para mangas, ou seja, a crise é uma coisa mas dentro dela tem vários compartimentos e várias áreas. O tema do momento está identificado e isso facilita logo o trabalho. Agora, sob que aspeto? É essa a questão. Porque há outras coisas que estão ao lado da crise, que nos levaram à crise, que são consequência e causa da crise também. Por exemplo, a corrupção. Ainda hoje fiz uma coisa sobre isso. Até no plano desportivo, há já cartunes que se conseguem fazer, metendo a crise pelo meio. Quando uma equipa não marca golos, por exemplo. Dizer que o Sporting aderiu à austeridade – quem é que dizia isto há uns anos? Numa altura de grandes cortes nas redações dos jornais, que futuro perspetiva para o humor na imprensa? Continuará a ter espaço?
Eu não falaria só no humor. Eu olho para os jornais e acho que não há como prescindir de tudo o que lá está. Porque, no limite, podemos prescindir de tudo. Até que ponto precisamos de notícias, até que ponto precisamos de fotografias, até que ponto precisamos de informação… Eu acho que, se chegarmos a esse ponto em que relativizamos tudo, vamos chegar também à conclusão de que já não precisamos de democracia. Entraremos numa fase em que alguém pensará por nós, decidirá por nós. Não podemos entrar nunca – e isso é que é a discussão do momento – num mundo em que a informação não seja credível. E para a informação ser credível ela só pode ser feita por pessoas do ramo, jornalistas, pessoas que cumpram o código deontológico, que respeitem as normas da profissão. Não podemos ser informados por blogues ou pelo Facebook de uma pessoa qualquer. Isso é andar atrás de boatos, de rumores… Mas, em certa medida, é um pouco nesse registo que estamos a viver.
É. Mas é bom que se reflita e que se pense nesses meios, nessas plataformas. Acontece que tem que haver um momento anterior em que essa informação é trabalhada, analisada, tratada por profissionais credíveis, e isso só pode ser feito pelos jornalistas, pelos órgãos de informação. Mas se as pessoas não se aperceberem que é importante ter informação, podemos chegar a esse ponto. O grande problema é que as pessoas se desabituaram de pagar pela informação. E há aqui um risco. Até chegarmos a um momento futuro em que as pessoas se vão habituar a consumir informação, como consomem outras coisas, podemos perder órgãos de informação que não são sustentáveis. As pessoas habituaram-se a consumir produtos culturais sem pagar por eles. Não podemos ir a um talho e tirar de lá dois ou três pedaços de carne sem pagar, pois não? Mas muitas pessoas nem sequer põem a hipótese de pagar por um produto cultural.
Teodósio ganhou Rali de Ourique
Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
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O piloto algarvio Ricardo Teodósio (Mitsubishi Evo IV) venceu o Rali Vila de Ourique, sexta e última prova do Campeonato Regional de Ralis Sul 2012. A prova foi organizada pela secção de Motorismo do Aero Clube de Beja e confirmou a dupla Márcio Marreiros/Pedro Conde (Mitsubishi Evo VI) como campeões regionais, bastando-lhes o terceiro lugar conseguido em Ourique, logo atrás José Merceano/Francisco José (Mistusbishi Lancer Evo) que completou o pódio de um Rali que teve apenas 15 equipas à partida.
Futebol juvenil Campeonato Distrital de Benjamins (9.ª jornada): Série A – Figueirense-Desportivo Beja, 3-4; Sporting Cuba-Alvito, 10-0; Aljustrelense-Bº Conceição, 5-0; Despertar A-Vasco Gama, 3-1. Folgou o Ferreirense. Líder: Despertar A, 22 pontos. Próxima Jornada (22/12): Ferreirense A-Desportivo Beja; Figueirense-Alvito; Sporting Cuba-B.º Conceição; Aljustrelense-Vasco Gama. Folga o Despertar A. Série B – NS Beja-Despertar B, 9-1; Moura-Sobral Adiça, 9-0; Serpa-CB Beja, 5-3; Ferreirense B-Santo Aleixo, 0-8. Folgou o Piense. Líder: N.Sportinguista Beja, 21 pontos. Próxima Jornada (22/12): Despertar-Sobral Adiça; Moura CB Beja; Piense-Santo Aleixo; NS BejaFerreirense B. Folga o Serpa. Série C – RenascenteOdemirense, 1-8; Boavista-Almodôvar, 2-14; Milfontes B-São Marcos, 9-0; Rosairense-Milfontes A, 2-4; Castrense-Ourique, 4-4. Líder: Odemirense, 25 pontos. Próxima Jornada (22/12): Odemirense-Almodôvar; Boavista-São Marcos; Milfontes B-Milfontes A; Rosairense-Ourique; Renascente-Castrense.
Desporto Hóquei em Patins
3.ª Divisão – Série F 10.ª jornada
O Pavilhão Armindo Peneque, em Aljustrel, recebe a partir de amanhã o Torneio Inter Associações de Hóquei em Patins Natal 2012, na categoria de Iniciados. O programa de jogos é o seguinte: 1.ª Jornada (Sábado, 15 h) Andaluzia-Alentejo; Setúbal-Lisboa; 2.ª Jornada (Sábado 21 h) Alentejo-Setúbal; Lisboa-Andaluzia; 3.ª Jornada (Domingo 10h) Alentejo-Lisboa; Andaluzia--Setúbal.
Natação em Almodôvar O Festival de Natação Natal 2012 realiza-se no próximo domingo, nas Piscinas Municipais de Almodôvar, com início marcado para as 10 horas. Trata-se de uma iniciativa do Gabinete de Desporto do Município de Almodôvar.
Basquetebol O Beja Basket Clube e o Imortal Basket jogam no próximo domingo, no Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, em Beja, a partida relativa à 4.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol. O jogo inicia-se às 17 horas.
Andebol Em jogos relativos à 10.ª jornada do Nacional de Seniores da 3.ª Divisão, a Zona Azul foi a Olhão bater a equipa local por 35/25 e o CCP Serpa venceu em Lagos por 36/24. O AC Sines folgou nesta ronda. O Redondo empatou em Lagoa mas continua a liderar (23 pontos), a Zona Azul está no segundo posto (22) o Serpa é quarto (17) e o Sines é o sétimo (14). O campeonato ficará interrompido até 5 de janeiro de 2013.
Corta Mato de Natal A Associação de Atletismo de Beja em parceria com o Município de Castro Verde, organizam, no próximo domingo, o Corta Mato de Natal 2012, prova dirigida a atletas populares e federados de todos os escalões. O Corta Mato realiza-se nas imediações do Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro verde, a partir das 15 horas.
Lagoa-Juv Evora .....................................2-2 U.Montemor-Sesimbra ........................ 2-2 Castrense-Esp.Lagos ............................0-1 Monte Trigo -At. Reguengos .............. 1-1 Lus VRSA-Vasco da Gama ....................2-2 Moura-Aljustrelense .............................1-1 U.Montemor Esp.Lagos Moura At. Reguengos Juv Evora Sesimbra Aljustrelense Vasco Da Gama Monte Trigo Castrense Lus VRSA Lagoa
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24-6 19-6 21-9 12-9 12-10 12-12 8-6 16-18 12-21 10-20 10-20 11-30
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Próxima jornada (16/12/2012): Juv Evora-U. Montemor, At. Reguengos- Lagoa, Vasco Da Gama -Moura, Aljustrelense-Castrense, Esp. Lagos-Monte Trigo, Sesimbra-Lusitano VRSA.
3.ª Divisão O dérbi acabou empatado
Aljustrelense-Castrense e Moura-Vidigueira
Jornada de derbies Moura e Castrense desceram um degrau na classificação, Aljustrelense e Vasco da Gama mantiveram posições nos primeiros lugares da segunda metade da tabela. Textoe foto Firmino Paixão
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Moura Atlético Clube, que na jornada anterior, no seu terreno, não foi além de um empate a uma bola com o Aljustrelense, tem um novo dérbi, no próximo do-
mingo, na Vidigueira. O Vasco da Gama estreou novo técnico no Algarve, de onde trouxe um ponto que soube a pouco. O Castrense sofreu nova derrota em casa e vai jogar no recinto do Mineiro Aljustrelense. As quatro equipas sul alentejanas jogam entre si, dois derbies antes da folga para os festejos natalícios. A novidade maior foi a queda da equipa mourense para o terceiro lugar, mercê dessa fraca prestação de domingo frente a um empolgante Mineiro que se bateu
bem pelos pontos e até esteve em vantagem. Na frente do marcador também esteve o Vidigueira permitindo a recuperação dos algarvios. Já em Castro Verde tivemos mais do mesmo, ou seja, mais uma derrota num jogo que se adivinhava difícil, mas que o fator casa podia ter atenuado. O União de Montemor lidera com dois pontos de vantagem, apesar do empate caseiro com o Sesimbra, e o Esperança de Lagos intrometeu-se no segundo posto.
Árbitro do Bairro da Conceição-Serpa recusou apitar sem policiamento
Novo teste ao líder
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epois de ter conseguido vencer em Cuba, já no limite do período de compensação, o Almodôvar desce até Odemira para novo teste à sua capacidade de liderança. O Municipal de Odemira recebe a partida mais importante da próxima ronda, com os locais motivados pelo triunfo conquistado no Rosário e o líder ainda a recuperar da ameaça de perda de pontos vivida em Cuba. Na Amareleja vai estar um Piense que tem que vencer para manter o seu quinto lugar na tabela e, nas restantes partidas, o favoritismo recai, integralmente, sobre as equipas visitadas. Nas contas finais à jornada anterior, constata-se que as cinco
vitórias fora de casa mantiveram a classificação inalterável até ao 10.º lugar, o Cabeça Gorda saltou do último para o 11.º posto, entregando a lanterna vermelha ao Guadiana de Mértola que, precedido pelo São Marcos e pelo Bairro da Conceição dão forma ao rodapé da pauta de pontos, onde o Almodôvar segue como líder isolado, com mais seis pontos que o Serpa e oito que o Milfontes. A recusa do árbitro Luís Martins em apitar no Bairro da Conceição, por falta de policiamento (os clubes já não são obrigados a requisitá-lo), obrigou a que o início do jogo fosse diferido em 45 minutos e depois arbitrado por André Costa (antigo árbitro), dirigente do clube bejense. FP
1.ª Divisão – AF Beja 10.ª jornada Piense-Desp. Beja................................. 2-1 Rosairense-Odemirense ..................... 0-1 Cabeça Gorda-Amarelejense ........... 4-0 Sp. Cuba-Almodôvar ........................... 0-1 S. Marcos-Milfontes ............................. 1-2 Bairro Conceição-FC. Serpa ............... 1-4 Guadiana-Aldenovense ...................... 2-5 J
Almodôvar 10 FC. Serpa 10 Milfontes 10 Odemirense 10 Piense 10 Aldenovense 10 Rosairense 10 Sp. Cuba 10 Amarelejense 10 Desp. Beja 10 Cabeça Gorda 10 Bairro Conceição 10 S. Marcos 10 Guadiana 10
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24-9 19-5 21-11 14-9 22-11 17-12 15-15 11-13 11-18 9-12 13-18 8-16 8-24 12-31
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Próxima jornada (16/12/2012): Odemirense -Almodôvar, Desp.Beja-Sp.Cuba; Amarelejense-Piense, Milfontes-Bairro Conceição, FC. Serpa-Guadiana, Aldenovense-Cabeça Gorda, Rosairense-S.Marcos.
Campeonato Distrital de Infantis (9.ª jornada): Série A – Alvito-NS Beja, 4-3; B.º ConceiçãoSporting Cuba, 3-5; Desportivo Beja-Despertar A, 1-6; Ferreirense-Alvorada, 11-0. Folgou o Vasco da Gama. Líder: Despertar A, 24 pontos. Próxima Jornada (8/12): Vasco Gama-NS Beja; Alvito-Sporting Cuba; B.º Conceição-Despertar A; Desportivo Beja-Alvorada. Folga o Ferreirense. Série B – Guadiana-Operário, 17-0; Despertar B-Aldenovense, 9-3; CB Beja-Piense, 2-5; Moura-Serpa, 3-1. Folgou o Amarelejense. Líder: Amarelejense, 21 pontos. Próxima Jornada (22/12): Amarelejense-Operário; Guadiana-Aldenovense; Despertar B-Piense; CB Beja-Serpa. Folga o Operário. Série C – Milfontes B-Renascente, 7-1; Castrense B-Milfontes A, 7-3; Almodôvar-Castrense A, 4-0; Odemirense-Boavista, 9-1. Folgou o Aljustrelense. Líder: Odemirense, 24 pontos. Próxima Jornada (22/12): Aljustrelense-Renascente; Milfontes B-Milfontes A; Castrense B-Castrense A; AlmodôvarBoavista. Folga o Odemeirense. Campeonato Distrital de Iniciados (8.ª jornada): Milfontes-Vasco Gama, 9-0; Moura-Ourique, 3-1; Guadiana-Odemirense, 1-5; Sporting Cuba-B.º Conceição, 4-1; Rio de Moinhos-Despertar, 0-0. Folgou o Serpa e o Amarelejense. Líder: Moura, 20 pontos. Próxima Jornada (16/12): Serpa-Milfontes; Vasco Gama-Moura; Amarelejense-Guadiana; OdemirenseSporting Cuba; B.º Conceição-Rio Moinhos. Folgam Despertar e Ourique. Taça Armando Nascimento Juvenis (6.ª jornada): Despertar-Aljustrelense, 1-2; Desportivo Beja-Moura, 3-2; Castrense-Almodôvar, 6-1. Folgou o Serpa. Líder: Desportivo Beja 12 pontos. Próxima Jornada (16/12): Almodôvar-Despertar; Aljustrelense-Desportivo Beja; Serpa-Castrense. Folga o Moura. Campeonato Distrital de Juniores (6.ª jornada): Despertar-Aldenovense, 5-0; Vasco Gama-Castrense, 2-3; Cabeça Gorda-Desportivo Beja, 4-1; Sobral AdiçaOdemirense, 0-4. Líder: Odemirense, 16 pontos. Próxima Jornada (15/12): Odemirense-Despertar; Aldenovense-Vasco Gama; Castrense-Cabeça Gorda; Desportivo Beja-Sobral Adiça. Campeonato Distrital de Seniores Femininos (7.ª Jornada): CB Castro Verde-Ourique, 4-2; OdemirenseVasco Gama, 9-2; CB Almodôvar-Almansor, 0-12. Folgou o Serpa. Líder: CB Castro Verde, 16 pontos. Próxima Jornada (22/12): Serpa-Ourique; CB Castro Verde-Vasco Gama; Odemirense-Almansor. Folga a CB Almodôvar. Campeonato Distrital de Futsal (8.ª jornada): Luzerna-Desportivo Beja, 3-5; Safara-IPBeja (adiado); Barrancos-Vasco Gama, 2-4; Almodovarense-NS Moura, 5-4; Baronia-Vila Ruiva, 5-1; AlcoforadoADVNBento, 6-3. Folgou o Ferreirense. Líder: Baronia, 21 pontos. Próxima Jornada (14/12): FerreirenseLuzerna; Desportivo Beja-Safara; IPBeja-Barrancos; Vasco Gama-Almodovarense; NS Moura-Baronia; Vila Ruiva-Alcoforado. Folga a ADVNSBento. Campeonato Nacional de Iniciados (14.ª jornada): Esperança Lagos-Desportivo Beja, 2-2; Despertar-Lusitano VRSA, 3-0. Líder: V.Setúbal, 36 pontos. 6.º Despertar, 16. 9.º Desportivo Beja, 6. Próxima Jornada (16/12): Desportivo Beja-V.Setúbal; Olhanense-Despertar. Campeonato Nacional de Juvenis (14.ª jornada): Estoril-Despertar, 4-0; Odemirense-Imortal, 0-1. Líder: V.Setúbal, 31 pontos. 9.º Despertar, 8. 10.º Odemirense, 5. Próxima Jornada (16/12): Despertar-Odemirense. Campeonato Nacional de Juniores (32.ª jornada): Lusitano Évora-Moura, 4-0. Líder: Oeiras, 39 pontos. 10.º Moura, 4 pontos. Próxima Jornada (15/12): Moura-Olímpico Montijo.
Série A: Brinches-Quintos, 1-0; Luso Serpense-Sobral da Adiça, 2-1; FicalhoPedrógão, 6-1. Folgou o Salvadense. Líder: Luso Serpense, 15 pontos. Próxima Jornada (15/12): SalvadenseSerpense;Pedrógão-Brinches; Sobral da Adiça-Ficalho. Folga o Quintos.
Série B: Neves-Penedo Gordo, 1-2; Beringelense-AC Cuba, 1-0; São MatiasFaro Alentejo, 1-3. Folgou o Louredense. Líder: Penedo Gordo, 15 pontos. Próxima Jornada (15/12): LouredenseBeringelense; Faro AlentejoNeves; AC Cuba-São Matias. Folga o Penedo Gordo.
Série C: Alvorada-Jungeiros, 2-1; Santa Vitória-Figueirense, 3-2; Messejanense-Mombeja ,1-1. Folgou o Vale da Oca. Líder: Vale da Oca, 15 pontos. Próxima Jornada (15/12): Vale da Oca-Santa Vitória; Mombeja-Alvorada; Figueirense-Messejanense. Folga o Jungeiros.
Série D: FernandesSanjoanense, 1-0; AlcarienseTrindade, 0-0; Sete-Albernoense, 0-1. Líder: Fernandes, 12 pontos. Próxima Jornada (15/12): Sanjoanense Trindade; Sete-Fernandes; Alcariense-Albernoense.
Série E: Cercalense-Colense, 4-0; Amoreiras Gare-Luzianes, 1-1; Relíquias-Soneguense, 4-0. Folgou o Santa Luzia. Líder: Luzianes, 13 pontos. Próxima Jornada (16/12): Santa Luzia-Amoreiras Gare; Soneguense-Cercalense; Luzianes-Relíquias. Folga o Colense.
Série F: Saboia-Cavaleiro, 1- 0 ; B o a v i s t a - C a m p o Redondo, 2-1; BempostaMilfontes, 0-4. Folgou o Malavado. Líder: Milfontes, 13 pontos. Próxima Jornada (16/12): Malavado-Boavista; Milfontes-Saboia; Campo Redondo-Bemposta. Folga o Cavaleiro.
Série G: NaveredondensePereirense, 1-1; Almodovarense-Sta.Clara-a-Nova, 1-4; Serrano-Santaclarense, 0-0. Líder: Serrano, 11 pontos. Próxima Jornada (16/12): Pereirense-Santa Clara-aNova; NaveredondenseSerrano; AlmodovarenseSantaclarense.
Voluntariado Mestre António Saude ensina karate gratuitamente em Baleizao
António Saúde ensina Karaté em Baleizão em regime de voluntariado
O karaté em Baleizão Miúdos e graúdos aprendem a lutar “Krau Maga” uma variante de karaté que o mestre António Saúde (3.º Dan), da Escola de Karaté Shotokai, está a promover em Baleizão. Texto Firmino Paixão
“T
udo começou por uma ideia do presidente da Junta de Freguesia de Baleizão, Silvestre Troncão”, revelou António Saúde, graduado pela Liga Nacional de Karaté Portugal que, uma vez por semana, está em Baleizão a motivar jovens locais para esta mo-
dalidade. “O objetivo é tirar as crianças da rua e dar-lhe uma atividade saudável, fazê-los crescer e fazer deles futuros atletas e seres humanos com dignidade e ambição”. A duração da ação “dependerá da disponibilidade das pessoas aproveitarem a minha boa vontade em estar aqui, porque ofereci gratuitamente o meu trabalho, pela dedicação, pela grande amizade e um grande gosto que tenho por esta terra”, revelou o mestre. Maria João Brissos, eleita pela Junta de Freguesia de Baleizão sublinhou a excelente colaboração de António Saúde, “são gestos invulgares, estamos muito gratos pela sua disponibilidade em vir de Lisboa até aqui. O seu trabalho
Humor, investigação e história dos bons e maus momentos benfiquistas
LUÍS LUZIA
Heróis com a barba aparada
é uma mais-valia para as pessoas que queiram aproveitar os seus ensinamentos”. A autarca acentuou que “as crianças estão a melhorar as suas atitudes perante os outros e até entre eles, na escola e na vivência diária e quando os resultados forem mais visíveis, tenho a certeza que aparecerão mais miúdos”. Os alunos colaboram, apenas, com um euro por sessão, valor simbólico que reverterá para compra do seu kimono (traje típico das artes marciais) “nada é para o mestre, o seu trabalho é voluntário e gratuito, e quando ele achar que está na altura a Junta de Freguesia comparticipará a aquisição dos kimonos para os miúdos”, concluiu.
É
na barbearia que as novidades caem como cabelos grisalhos soltos pela lâmina afiada e se esbatem as diferenças clubistas entre a heterogénea clientela. Os Heróis à Moda da Bola entraram num lugar de excelência para se darem a conhecer aos bejenses, a Barbearia Cabanita. Entre a matraquear das tesouras e a curiosidade dos passantes, mas com uma plateia eminentemente feminina, Luís Miguel Ricardo apresentou a versão encarnada da obra editada pela Lugar da Palavra. O autor disse que “são os meus heróis, os heróis do universo desportivo benfiquista”, porque “fazem uma visita pela história do Benfica, desde os momentos mais altos aos momentos mais caricatos”. “É um percurso de ficção, em cima do real” referiu o autor, “todo o enredo é ficção mas enquadrada dentro de acontecimentos reais, fazendo uma viagem pela história do Benfica até aos anos 80”. Luís Miguel Ricardo, também autor de Ritos do Desespero, Operação Dominó e Verão 86, foi também autor e coordenador do best-seller Heróis à Moda do Alentejo. Licenciado em filosofia, o autor lembra que os Heróis à Moda da Bola assumem “um papel de humor, de investigação e um bocadinho de obra histórica”. Firmino Paixão
Hoje palpito eu...
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José Manuel Rações
Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Taça Fundação Inatel – 6.ª jornada
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om uma carreira de jogador feita maioritariamente em clubes da “margem esquerda” do Guadiana, o nome de Rações foi sempre associado ao futebol de ataque e aos golos. O Futebol Clube de Serpa, clube da sua terra natal, foi o berço da sua formação, uma “cantera” de onde saíram grandes jogadores. A carreira como atleta sénior foi, naturalmente, iniciada em Serpa, mas o seu futebol, rápido e eficaz, provocou a cobiça de outros emblemas, pelo que, foi sem surpresa que iniciou um périplo pelo Aldenovense, Ferreirense, Desportivo de Beja, Moura e Piense, camisolas com as quais viveu e proporcionou grandes jornadas desportivas. Neste percurso recheado de triunfos, Rações partilhou com o Serpa três títulos distritais e outros tantas Taças Distrito, com o Moura venceu dois campeonatos e duas taças e em Vila Nova de São Bento assinou a conquista de uma edição daquele troféu. A carreira de treinador foi uma opção inevitável e, logo no primeiro ano, comandando a equipa de seniores femininos do Serpa ganhou o campeonato distrital. Na época passada rumou a Pias, ajudando o clube a chegar ao 2.º lugar do Distrital da 2.ª Divisão e a consequente promoção. Atualmente, aos 42 anos, Rações defende ainda as cores do Piense e vaticina a ronda desta semana.
(1) TOMARENSE / SÃO MARCOS Estamos em presença de duas equipas habituadas a jogar em terreno pelado e ambas a precisar de pontuar. O fator casa justifica este prognóstico. (1) MIL FONTES / BAIRRO DA CONCEIÇÃO O Milfontes tem uma excelente equipa, mas não entrou muito bem no campeonato. Agora já encarrilou e não vai permitir veleidades aos bejenses. (1) SERPA / GUADIANA Natural favoritismo do Serpa equipa que está a fazer um bom campeonato, perante um adversário, claramente, de outro campeonato. (X) ALDENOVENSE / CABEÇA GORDA Jogo complicado para os dois conjuntos. O Aldenovense está numa boa fase de produção, mas o Cabeça Gorda será capaz de surpreender a equipa de Vila Nova de São Bento. (2) AMARELEJENSE / PIENSE Espero uma partida equilibrada porque, no seu terreno, o Amarelejense torna-se uma equipa difícil, mas acredito no potencial da minha equipa para ganhar a partida. (X) DESPORTIVO DE BEJA / SPORTING DE CUBA O Sporting de Cuba tem uma boa equipa e a jogar fora de casa tem sempre uma boa estratégia para pontuar. O meu prognóstico vai para a divisão de pontos. (1) ODEMIRENSE / ALMODÔVAR Trata-se do jogo da jornada, mas o Odemirense não vai deixar escapar a oportunidade de, no seu terreno, impor a primeira derrota ao líder da prova.
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Diรกrio do Alentejo 14 dezembro 2012
institucional diversos
21 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012 Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
Cartório Notarial
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Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA
Assembleia Geral Ordinária CONVOCATÓRIA
CORRESPONDENTES A ANTENA MIRÓBRIGA PROCURA CORRESPONDENTES EM: ODEMIRA; GRÂNDOLA; ALCÁCER DO SAL; BEJA E SETÚBAL CONTACTA-NOS PELO EMAIL: GERAL.MIROBRIGA@GMAIL.COM
Nos termos do art. 41, alínea b) dos Estatutos, convoco a reunião da Assembleia Geral Ordinária, para o dia 21 de Dezembro de 2012, sexta-feira, pelas 20.30 horas, na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Aprovação do Plano de atividades e Orçamento para o ano 2013; 2. Outros assuntos de interesse. Nota: Se à hora marcada, não houver o número legal de sócios, a Assembleia reunirá com qualquer número de associados, meia hora depois. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Nuno Alfredo Cordeio Pelúcia
Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura lavrada no dia trinta de Novembro de dois mil e doze, no Cartório Notarial sito na Estrada do Fidalgo, números 4 e 6, em Santiago do Cacém, titulado pela Licenciada Ana Paula dos Santos Marques, iniciada a folhas treze e seguintes, do respectivo livro de notas para escrituras diversas número cento e trinta e três, foi efectuada uma escritura de Justificação, pela qual: ANTÓNIO BANGUESES DOMINGUES, viúvo, residente em Foros do Galeado, Vila Nova de Milfontes, Odemira, NIF 114001200. Justificou a posse e o direito de propriedade do seguinte imóvel: PRÉDIO MISTO denominado “QUINTA DAS LARANJEIRAS”, com a área de quatro mil quatrocentos e sessenta metros quadrados, que confronta do Norte com Galeado, do Sul e Poente com caminhos públicos e a nascente com “Quinta do Pinheiro”, sito em FOROS DO GALEADO, na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, prédio este que se compõe de: parte rústica de horta, inscrita na matriz predial rústica sob o artigo 157 da Secção K (que resultou da divisão do artigo 47 da Secção K) e parte urbana de casas de rés-do-chão com cinco compartimentos para habitação e garagem, com a superfície coberta de cem metros quadrados, inscrita na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 1094, prédio este que constituí a parte restante do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número MIL NOVECENTOS E CINQUENTA E CINCO, da referida freguesia. Que o prédio com a área acima mencionada veio à posse do justificante e mulher, Maria Luísa da Silva Pedrosa Bangueses Domingues, casados no regime da comunhão geral de bens, de quem é actualmente viúvo, por compra verbal que os mesmos efectuaram no ano de mil novecentos e sessenta e oito a Francisco Rosa e mulher Silvina Maria da Silva. Que, assim desde o referido ano de mil novecentos e sessenta e oito, que o mencionado António Bangueses Domingues e mulher, Maria Luísa da Silva Pedrosa Bangueses Domingues, entraram na posse e fruição do referido imóvel, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente tratando da terra e das árvores, cultivando-o, apanhando os respectivos frutos, usufruindo dos seus rendimentos e mesmo em relação ao prédio urbano, o qual foi por eles construído nesse mesmo ano de mil novecentos e sessenta e oito, sempre cuidaram do mesmo, habitando-o, fazendo nele as obras que o decurso do tempo e o uso iam tornando necessárias, pagando os respectivos impostos, em tudo o usando em seu nome próprio, como seus únicos donos e por todos sempre reputados como tal, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, quer usufruindo do respectivo imóvel, quer suportando os respectivos encargos. Que a mencionada Maria Luísa da Silva Pedrosa Bangueses Domingues faleceu no dia vinte e seis de Maio de dois mil e onze, tendo-lhe sucedido como seu único herdeiro, o seu referido marido António Bangueses Domingues. Trata-se por conseguinte, de uma posse que sempre exerceu ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse caracterizada pela boa fé e exercida de forma pública, contínua e pacífica. Que, deste modo, estão reunidos os requisitos para a aquisição, por usucapião, que invoca, do direito de propriedade sobre o mencionado prédio. Está conforme o original. Santiago do Cacém, aos 30 de Novembro de 2012. A Notária Ana Paula dos Santos Marques
Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO, ACÇÃO SOCIAL E DEFESA DO AMBIENTE
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CONVOCATÓRIA José Sebastião Fonte Santa Roque, Presidente da Assembleia Geral da ADA - Associação de Desenvolvimento, Acção Social e Defesa do Ambiente, ao abrigo do artigo 19°, convoca os sócios para uma Reunião Ordinária da Assembleia Geral que se realizará no dia 26 de Dezembro do corrente ano pelas 17:00 horas no Centro Comunitário de Portel, e que terá a seguinte ordem de trabalhos: – Aprovação da Conta de Exploração Previsional e Plano de Actividades para 2013. – Diversos. Portel, 07 de Dezembro de 2012. O Presidente da Assembleia Eng. José Sebastião Fonte Santa Roque
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CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA
EDITAL JORGE PULIDO VALENTE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA: FAZ PÚBLICO, nos termos do artigo 77º do DecretoLei 380/99, de 22 de setembro, na redação conferida pelo Decreto-Lei nº46/2009, de 20 de fevereiro, que se encontra aberto por um período de 22 dias úteis, a decorrer entre 6 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013, a discussão pública da alteração ao Plano de Pormenor “João Barbeiro II” – Beja, cujos documentos estão disponíveis para consulta nos seguintes locais: – Instalações dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Beja – Divisão de Planeamento e Ordenamento – Rua de Angola, n.º 5 – Beja; – Página do Município na Internet. As reclamações, observações ou sugestões deverão ser apresentadas por escrito para: Câmara Municipal de Beja – Divisão de Planeamento e Ordenamento – Rua de Angola, n.º 5 – 7800-468 Beja. Beja, 28 de novembro de 2012. O Presidente da Câmara Municipal de Beja Jorge Pulido Valente
saúde
22 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Análises Clínicas
Medicina dentária
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Psicologia
Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista
Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves
Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)
FERNANDA FAUSTINO
LUZ Médico
Especialista pela Ordem dos Médicos
Especialista
Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
dos Médicos
pela Ordem e Ministério da Saúde Generalista Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8
Vários Acordos
Fisioterapia
Marcações pelo telef. 284325059
▼
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
Marcações
MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44
Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisioterapia
Clínica Geral
Dermatologia ▼
Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional
JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
Drª M. Carmo Gonçalves
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
Tratamentos
Marcações a partir
de Fisioterapia
das 14 horas Tel. 284322503
Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica
CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas
Clinipax
Urinária
Rua Zeca Afonso,
Reeducação do Pavimento
nº 6-1º B – BEJA
Medicina dentária
Reabilitação
Psiquiatria
DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia
FAUSTO BARATA
▼
ALI IBRAHIM
meio aquático
PARADELA OLIVEIRA
Consultas em Beja
Acordos com A.D.S.E., CGD,
Psiquiatra no Hospital
Clínica do Jardim
Medis, Advance Care,
de Beja
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes
Consultas às 6ªs feiras
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.
na Policlínica de S. Paulo
Marcações pelo 284322446;
Rua Cidade S. Paulo, 29
R. 25 de Abril, 11
Marcações pelo tel.
cave esq. – 7800 BEJA
284328023 BEJA
Estomatologia
Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
Marcações pelo tel.
Cirurgia Maxilo-facial
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia
DR. MAURO FREITAS VALE
CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras
Prótese/Ortodontia
284323028
Urologia
▼
Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.
BEJA
Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
Otorrinolaringologia Psiquiatria
▼
Urologia
▼
DR. J. S. GALHOZ FERNANDO AREAL
FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Consultor de Psiquiatria Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
▼
Dr. José Loff
UROLOGISTA
▼
HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)
Clínica Dentária
AURÉLIO SILVA
MÉDICO DENTISTA
Consultas segundas, quartas, quintas e sextas
Luís Payne Pereira
Fax 284326341
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
▼
Médico Dentista
Hidroterapia/Classes no
Ginecologia/Obstetrícia
▼
Pós Mastectomia
EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
Marcação de consultas de dermatologia:
Classes de Mobilidade Classes para Incontinência
▼
DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA
GASPAR CANO
Dr. Carlos Machado
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
pelo tm. 919788155
▼
7800-073 BEJA
Fisiatria
Cardiologistas
25r/c dtº Beja
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DR. A. FIGUEIREDO
Médico oftalmologista
Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
Pélvico
Rua António Sardinha,
JOÃO HROTKO
Obesidade
CONSULTAS DE OBESIDADE
a partir das 15 horas
(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
- Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS
Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA
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Consultas de 2ª a 6ª
às 3ªs e 4ªs feiras,
Técnica de Prótese Dentária
RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista
MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE
Oftalmologia
CONSULTAS
▼
CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
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Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
Cardiologia
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HELIODORO SANGUESSUGA
Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
Neurologia
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Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
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Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
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23 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
institucional diversos necrologia
24 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
AGRADECIMENTO E MISSA DO 7º DIA
Caetano Manuel Charrua Piçarra Esposa, filhos, nora e netas agradecem a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o funeral do seu ente querido ou que de outra forma lhes testemunharam o seu pesar. Participam ainda que será celebrada missa no dia 14-12-2012, sexta-feira, na Igreja do Carmo em Beja, pelas 18.30 horas.
Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
EDITAL O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas faz público que nos termos do artº 6.º do regulamento da lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, a KALASTUS – ASSOCIAÇÃO DE PESCADORES, requereu pelo prazo de 10 anos, a concessão de pesca na Albufeira de Terrins, sita na Herdade de Terrins, freguesia de Silveiras, concelho de Montemor-o-Novo. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito e devidamente justificada, na Unidade de Gestão Florestal do Alto Alentejo e Alentejo Central – Rua Tenente Raul de Andrade, n.º 1 e 3, 7000-613 Évora, no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos interessados encontra-se no referido serviço o projecto de regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMODÔVAR
CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea a) do Art°. 37°. dos Estatutos desta Associação e para efeitos do disposto na alínea h) do n°. 2 do Art°. 36°. e da alínea b), n°. 2 do Art°. 40º dos mesmos Estatutos, convocam-se de harmonia com o n°. 1 do Art°. 41° dos já mencionados Estatutos, todos os associados efectivos no pleno gozo dos seus direitos, para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA a realizar no próximo dia 20 de Dezembro de 2012, pelas 20 e 30 horas, na sede desta Associação, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: Primeiro ponto: APRECIAR E VOTAR O PLANO DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO PARA O ANO DE 2013 E PARECER DO CONSELHO FISCAL Não estando presentes a maioria dos associados, no dia e hora designados, a Assembleia funcionará trinta minutos depois, com qualquer número de presenças, conforme determina o nº 1 do Art°. 42°. dos mesmos Estatutos. Para constar se passou a presente convocatória e outras de igual teor que vão ser afixadas na sede da Associação e outros locais julgados de interesse para o efeito e publicitada conforme determina o já mencionado n°. 1 do Art°. 41°. dos Estatutos da Associação. Almodôvar, 10 de Dezembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, João de Deus Lopes Pereira
ONG de Solidariedade Social pretende recrutar: Técnico Superior com Formação na área das Ciências Sociais Descrição da Função: - Realização de trabalhos de investigação; - Planeamento, Organização e Desenvolvimento de Formação; - Organização de eventos; - Dinamização de parcerias. Requisitos preferenciais: - Experiência mínima de 3 anos de trabalho em ONG’s. - Bons conhecimentos de Inglês - Bons conhecimentos de informática - Viatura própria
Évora, 9 de Outubro de 2012. O Director Regional de Florestas do Alentejo Assinatura ilegível
Local de Trabalho: Portalegre Enviar resposta até 21.12.2012 para geral@eapn.pt
ASSINATURA
ALUGA-SE Zona Avenida Vasco da Gama, em Beja, 4 asso-
Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):
País: 28,62 €
Estrangeiro: 30,32 €
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País: 19,08 €
Estrangeiro: 20,21 €
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*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:
AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
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Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
Unidade Colectiva de Produção Agro-Pecuária Freguesia Sem Medo Cooperativa de Responsabilidade Limitada
Assembleia Geral Ordinária CONVOCATÓRIA Nos termos estabelecidos no Art° 49, alíneas b) c) e d) do Código Cooperativo, convoco a Assembleia Geral da Unidade Colectiva de Produção Freguesia Sem Medo, C.R.L. para reunir em sessão ordinária no próximo dias 29 de Dezembro de 2012 (Sábado) pelas 10:00 horas, na sala da Junta de Freguesia em Alcaria Ruiva, pelo motivo da sede, sita em Vale de Açor de Baixo, ainda estar ocupada ilegalmente, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Informação sobre o processo a decorrer em contencioso; 2. Eleição de novos corpos gerentes; 3. Outros assuntos de interesse. A Assembleia encontra-se legalmente constituída, quando se encontrarem à hora marcada, o número legal de cooperadores estatutariamente previsto, ou uma hora depois, com a presença de qualquer número de cooperadores. Vale de Açor de Baixo, 11 de Dezembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia-Gera! António Francisco da Silva
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25 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
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PARTICIPAÇÃO
Vimos participar o falecimento da Exma. Sra. D. Olga da Silva Marques de Carvalho Gonçalves Crespo, de 78 anos de idade, viúva, natural de S. Sebastião da Pedreira, Lisboa. O funeral realizou-se no passado dia 08/11/2012 das Capelas Mortuárias de Beja para o cemitério local.
SANTA VITÓRIA
BEJA / SANTA CLARA DE LOUREDO
SALVADA
MOURA / LISBOA
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOÃO SANTINHOS CAMÕES, de 84 anos, natural de Santa Vitória Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria do Rosário Ferreira Camões. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 06, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO PACHECO DIAS JÚNIOR, de 79 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 07, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Santa Clara de Louredo.
†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO MESTRE TIMÓTEO, de 79 anos, natural de Salvador - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Antónia Dias. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 07, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu a Exma. Senhora
D. CARMEN VICENTE ESCOBAR, de 83 anos, natural de Barcelona Espanha, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 07, da Capela do Hospital de Beja, para Jazigo de família no cemitério dos Prazêres Lisboa.
D. MARIA ANTÓNIA, de 88 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, casada com o Exmo. Sr. Manuel José Rodrigues. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 07, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA
ODIVELAS / BERINGEL
BEJA
BEJA
ALCARIA RUIVA
†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO DUARTE, de 88 anos, natural de Avis, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08 de Dezembro de 2012, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ERMELINDA DOS SANTOS CRUJO VIEIRA, de 88 anos, natural de Beringel Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária das Patameiras Odivelas, para o cemitério de Beringel.
†. Faleceu o Exmo. Senhor CAETANO MANUEL CHARRUA PIÇARRA, de 56 anos, natural de Salvador Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Francisca Duarte Janeiro Agostinho Piçarra. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ MARQUES MARTINS, de 66 anos, natural de Corte do Pinto - Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Eusébia Carapinha Martins. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora
BEJA
SALVADA
SANTA CLARA DE LOUREDO
SANTA VITÓRIA
BERINGEL
†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO MARIA MODESTO, de 79 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO MONTES, de 83 anos, natural de Salvada Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia do Sacramento Engana Montes. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. IRENE GUISADO MARTINS, de 77 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, casada com o Exmo. Sr. Joaquim Rosa Vilão. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. JERÓNIMA FREITAS, de 85 anos, natural de Trindade - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Senhor
SANTA VITÓRIA
BEJA
BEJA
BEJA
D. MARIA JOSÉ, de 89 anos, natural de Alcaria Ruiva Mértola, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 10, da Capela de Alcaria Ruiva, para o cemitério local.
PARTICIPAÇÃO
Vimos participar o falecimento da Exma. Sra. D. Adélia Maria Salvada, de 100 anos de idade, viúva, natural da Trindade, Beja. O funeral realizou-se no passado dia 09/12/2012 da Casa Mortuária de Cabeça Gorda para o cemitério local.
Santa Iria/Serpa PARTICIPAÇÃO
MISSA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA JOANA, de 92 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
Catarina Maria Parrinhas Romão Lourenço É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Catarina Maria Parrinhas Romão Lourenço, ocorrido no dia 09/12/2012, de 75 anos, viúva, natural da freguesia de Santa Maria, Serpa. O funeral a cargo desta agência realizouse no dia 10/12/2012, pelas 12 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
SR. ALEXANDRE MACHADO CORREA, de 22 anos, natural de Brasil, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
Rui Manuel Horta Correia Mata Na saudade e na dor Chora a alma e o coração Pedimos por ti ao Senhor Em humilde oração Quatro anos precisamente Que te ceifaram a vida O assassino não é gente É uma alma perdida Em sua memória, seus pais, irmãos e restante família mandam celebrar missa no dia 14 de dezembro, às 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja, agradecendo desde já a quem queira comparecer.
†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. FRANCISCO FERRO GUERREIRO, de 80 anos, natural de Amareleja - Moura, casado com a Exma. Sra. D. Ana da Silva Cuco. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. MANUEL TOMÁS REALISTA, de 85 anos, natural de Viana do Alentejo, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA AMÉLIA MARUJO, de 95 anos, natural de Santiago Maior Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
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Diário do Alentejo n.º 1599 de 14/12/2012 Única Publicação
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Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
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A revista norte-americana Wine Enthusiast acaba de distinguir a Herdade do Esporão Touriga Nacional 2008 na sua lista dos 100 melhores vinhos para guardar Cellar Selection, lançados no último ano, com uma classificação de 94 pontos (numa escala de 0 a 100). A categoria Cellar Selection é especificamente dirigida a vinhos com grande potencial de envelhecimento e que,
Empresas
em vez de serem imediatamente consumidos, merecem ser guardados na adega, onde vão ainda desenvolver todas as suas qualidades. A Wine Enthusiast, uma das grandes referências internacionais no universo da enologia, escolhe anualmente os 100 melhores vinhos com base em mais duas categorias: relação qualidade-preço e vinhos de elevada qualidade e de preço superior.
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Esporão 18.º melhor vinho do mundo para guardar pela Wine Enthusiast
Empresa de mecânica de Santiago do Cacém quer crescer no mercado nacional Em 10 anos, uma empresa da área de mecânica, com sede em Alvalade, no concelho de Santiago do Cacém, passou de dois para 30 funcionários e continua a investir para expandir o negócio no mercado nacional. Instalada no limite oriental do concelho de Santiago do Cacém, por uma questão estratégica, fatura mais de um milhão e meio de euros por ano. O empresário José Francisco refere que é o “suficiente para sobreviver sem estar dependente dos bancos e do Estado”.
Momentos Doces abriu em Beja Desde o início do presente mês que a cidade de Beja conta com um novo espaço comercial: Momentos Doces, uma loja que coloca à disposição tudo o que os clientes precisam para confecionar os seus bolos, desde pastas de açúcar, cortantes, corantes, chocolates até aos pratos, caixas, formas e utensílios. A proprietária, Cristina Gato, formada em PME Arts &Crafts, refere que “já há muito que sonhava com este projeto”, pois é um mundo pelo qual se interessa e pouca oferta existe na cidade. Todos os meses a Momentos Doces oferece ainda aos seus clientes workshops a preços acessíveis e novidades na loja.
O reessttau a ra rant ntte Vo V vó Joaquin na, a aberrto o des e de mea eados de fevver erei e ro, é fr frut uto dee um pr proj ojjetto qu ojet quee este esteve teeve em m sillêên ncciio du dura urant ntte tr três an no os,, cujo cu jo o nome é um ma ho home meena n ggeem qu q ue JJo org rgee B Beenv nvin nd daa, pr prop op pri r et etár á io ár o do eesp do s aç sp aço o e vo voca oca calliisstta da d baan nda Viirg V rgeem m Sut uta, uta a, faz az à sua ua fal alec ecid iid da avó. Um re avó. rest staaura raante ntte qu que co c nt nta t com um ma gasst stro on no omia al a en ente teeja j na aliada a alg lgo o maaiiss inv nven nttiiivvo vo e que tenta fu fuggi gir ao o que ue con onsi ssiiide dera jjáá de esta t r mu muitito o “vis “v sto to”. ”. Não o disspe p ns nsa na sua ementa uma na uma pe um pen nn ne to tosc sccan ana com n co com no oz ca cara araameli meliiza me zada da e queeijijo o fres fr esco es co.. Reetr co t at ata ta uma um ma tab taberna na antititiga an ga ccom om m um tr traç aço ço pa parrc rciaallm rcia men ente tee mo odeern rno o e teem um ma ga garrraaffei eira iraa c nt co ntem em mp po orrââne nea. ea. O gra rand nde o ob bje jetitivo vo é que que os qu os clien liiente en nte t s se se sin nta t m nu num m verd ve dad deeiiro ro amb mbieentte fa fami m liliar arr.
Alentejanos empreendedores
Produtores de vinho reunidos num só espaço
Restaurante Vovó Joaquina dá início à quinzena do produtor O restaurante Vovó Joaquina é já para algumas pessoas da cidade uma referência e um local de passagem obrigatória. Jorge Benvinda, proprietário do espaço, lança no próximo dia 18 uma iniciativa que se intitula “A adega na cidade”. Com um único objetivo em mente, o restaurante Vovó Joaquina terá quinzenalmente em destaque um produtor de vinho e irá mimar os seus clientes oferecendo brindes, bem como provas de vinho e sorteios diversificados de acordo com o produtor em destaque na respetiva quinzena. Publireportagem Sandra Sanches
J
orge Benvinda, mentor da iniciativa “A adega na cidade”, pensou sobretudo na divulgação dos mais variados produtos regionais. Um projeto que conta com a parceria de oito produtores: Adega Mayor, Herdade dos Grous, Herdade da Malhadinha Nova, Herdade da Mingorra, Herdade do Pinheiro, Herdade do Rocim, Monte Novo e Figueirinha e a Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana. Jorge Benvinda não esconde a satisfação que
sente ao lançar esta iniciativa, pretendendo com a mesma criar uma atitude em que o cliente se sinta especialmente mimado, ao invés de recorrer às tradicionais provas de vinho. Prefere mimar o cliente oferecendo por exemplo uma estadia numa herdade, um jantar no restaurante da herdade ou até mesmo na Vovó Joaquina, acompanhado dos vinhos de topo do produtor, passeios de moto 4, conhecer uma herdade e degustar o seu vinho, ou até mesmo oferecer um cabaz com produtos específicos da herdade. O cliente pode habilitar-se a todas estas ofertas, basta que para isso almoce ou jante na Vovó Joaquina e entre no sorteio. No final de cada quinzena do produtor, que encerra com um concerto de jazz ou de música clássica, é sorteado o vencedor, cujo prémio é possível de usufruir a dois. Um projeto sem dúvida inovador, que dá a possibilidade de num só espaço concentrar os produtos destes oito produtores sem ter de percorrer as oito adegas da região para degustar os seus diferentes produtos: vinho, azeite, doces, entre outros. Durante a quinzena do produtor, os vinhos branco, tinto e espumante, dos mais baratos ao mais
caros, poderão ser degustados a copo como se bebe um copo de whisky ou qualquer outra bebida; e também podem provar-se os vinhos mais inacessíveis. Questionado acerca deste conceito pouco usual em Portugal, Jorge Benvinda refere que “esta ideia é uma brincadeira de forma a estimular as pessoas a consumirem vinho de qualidade”. “A adega na cidade” é uma ideia que já vem desde o início do projeto da Vovó Joaquina: “é um bichinho que já faz parte do início mas só agora é que conseguimos criar esta parceria com oito produtores da região trabalhando em exclusividade com estes empresários”. Num total de 15 produtores contactados, oito aderiram a esta iniciativa com uma recetividade imediata. Face ao atual contexto económico, o empresário também tem uma palavra a dizer: “Com ou sem crise nós vamos ter que viver, e apetece-me mais mimar as pessoas do que entrar num esquema de descontos, porque a vontade não é bem essa e ao estarmos a mimar já estamos a fazer um desconto”. Resta agora a “esperança” de uma “grande aceitação” por parte da população face a esta iniciativa.
Portugal participa pela primeira vez no Relatório Europeu de Empreendedorismo realizado anualmente pela Amway Europa, com o apoio de uma universidade alemã. A edição deste ano inclui dados sobre 16 países e envolveu cerca de 18 mil participantes. Os resultados nacionais evidenciados foram surpreendentes: com a maior percentagem a nível nacional, correspondendo a 48 por cento, a população alentejana é a que está mais predisposta para criar o seu próprio negócio. Já 25 por cento dos portugueses tem receio de falhar, curiosamente menos que a média europeia - 35 por cento. Praticamente 70 por cento dos portugueses tem uma atitude positiva perante o empreendedorismo, sendo que o dinheiro não é a principal razão para empreender, mas sim a independência patronal, que registou 38 por cento das respostas.
Sines com Micro e PME O Sines Tecnopolo lançou o desafio às Micro e PME do Ecossistema Sines a integrar o programa “Fomento da Absorção de Tecnologia (FAT)” que visa o aumento da sua competitividade e inovação empresarial. Com este programa espera-se desenvolver o tecido empresarial da sua região, dando sequência efetiva à estratégia de dinamização de uma rede de relações, assumindo-se como a principal plataforma de interação entre grandes empresas, micro e PME, empreendedores, administração, centros de investigação e instituições de ensino superior.
Poupança no Crédito Agrícola O grupo Crédito Agrícola, atento ao atual contexto económico e à necessidade de programar um complemento de reforma que vise dar resposta à problemática da sustentabilidade da Segurança Social, lança a campanha “CA Soluções de Reforma” onde disponibiliza um conjunto de produtos que pretendem apoiar os clientes e manter a qualidade de vida nessa fase. Esta campanha está disponível nas agências do Crédito Agrícola até 4 de janeiro do próximo ano.
Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
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Barrigas Cheias de histórias, na Biblioteca de Beja
A Biblioteca de Beja em parceria com a editora GATAfunho vai encher-te a barriga de histórias. É já no dia 15 de dezembro, pelas 15 e 30 horas que se dá este grande repasto e começa logo com um livro premiado, O Livro Vermelho. Não faltes, pois o programa não acaba aqui.
Pais
A páginas tantas...
Se não houver tempo para fazer umas bolachas caseiras, vamos tentar pelo menos decorar umas para o natal
Nova Iorque em Pijarama é um livro que não deixa indiferente o olhar do espectador, recorrendo a uma técnica do cinema que se chama “voo picado”. Um olhar de pássaro sobre a cidade dos arranha-céus que se faz acompanhar de uma folha de acetato que ao colocar em cima da magem cria uma ilusão óptica de movimento, mais uma característica cinematográfica. O Pijama às Riscas é ideal para evocar uma técnica de animação muito antiga que se chama “ombro-cinéma”. O texto é de Michael Leblond e as ilustrações de Frédérique Bertrand. Podes ver neste link como funciona o livro http://www.youtube.com/watch?feature=player_ embedded&v=bqed0qcmFiM
À solta Uma ideia para utilizares as molas de madeira e que pode ser um bom presente para ofereceres à família ou para pendurares os postais de natal.
Dica da semana Queremos que fiques a saber um pouco mais sobre esta técnica de animação que se usava no início do século XX. Os desenhos eram feitos em linhas e era sobreposto um acetato também ele traçado com linhas verticais. Nesta sobreposição de imagens é dada uma ilusão óptica de movimento. Podes sempre tentar uma forma simples e criar a tua animação vê alguns vídeos que mostram esta técnica http://www.youtube.com/watch?v=_o8mRw2CBFQ http://www.youtube.com/watch?feature=ends creen&v=RDTr5edRwDM&NR=1
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A vila de Amareleja já dispõe de vários pontos de Internet gratuita. A Câmara de Moura procedeu à instalação de antenas em vários locais da localidade, nomeadamente no largo do regato, na torre do relógio e na Casa do Povo. Já antes o mesmo havia acontecido nos polos da biblioteca e da ludoteca municipais.
Letras Salazar e o poder – a arte de saber durar
P
Boa vida Comer Arroz de pescada malandrinho com coentros Ingredientes para 4 pessoas 320 gr. de arroz carolino, 1 kg. de pescada cortada em postas não muito grossas ou aos cubos, 1 cebola picada, 4 dentes de alho picado, 1 folha de louro, 200 gr de tomate maduro, sem pele nem grainhas, q.b. de coentros, q.b. de sal, q.b. de piri-piri, 1 pimento verde cortado às tiras, 2 dl de vinho branco, q.b. de água. Confeção: Faça um refogado com azeite, cebola, alho, louro, sal. Quando a cebola ficar loura, junte o tomate picado e o vinho branco. Deixe refogar um pouco até o álcool do vinho evaporar. Adicione água. Junte o pimento e o arroz e, quando este estiver a meia cozedura, junte a pescada e deixe cozer lentamente. Adicione mais água se necessário. Retifique o tempero e junte os coentros picados e o piri-piri. Nota: Se possível compre pesc ad a f resc a pa ra confeccionar esta receita. Deixe o arroz um pouco caldoso. É daí que vem o termo “maladrinho”.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia Plano de emissões já foi divulgado
O
plano de emissões de selos para o próximo ano já é conhecido. Estão previstas 20 emissões que, como habitualmente, abordarão os mais diversos assuntos. Vejamo-los: Emissão “Vultos da História e da Cultura da Lusofonia”: serão filatelizados Ilse Losa (notável escritora infantil); Raul Rego (figura cimeira da política portuguesa); João dos Santos (fundador da Sociedade Portuguesa de Psicanálise, cientista, médico e benemérito); Edgar Cardoso (eminente engenheiro e cientista); João Villaret (grande ator e declamador). De outras temáticas preveem-se as seguintes: “Sabores do Ar e do Fogo” (2.º grupo); “A Rota das Catedrais” (também 2.º grupo) e “O Ouro Arcaico – Tesouros Nacionais”, série que se prevê que não venha a ter continuação no futuro. “Falcoaria”, (a arte milenar da cetraria e a sua utilização atual); “Apicultura” (continente, Açores e Madeira) e “Vultos do Desporto Luso-Brasileiro”. Esta certamente não deixará de retratar, entre outros grandes desportistas, os reis do futebol dos anos 60, Pelé e Eusébio, que são, talvez, os dois nomes mais conhecidos do mundo do futebol. Emissão “Europa 2013” (antiga emissão “Europa CEPT”); como habitualmente serão emitidos selos para Portugal Continente, Portugal Açores, Portugal Madeira. Os “Veículos Postais” são o tema desta emissão protocolada com vários países. A exemplo do que vem acontecendo desde 2006, também haverá uma emissão sobre “O Correio Escolar”. Com vista à escolha dos motivos dos selos para esta emissão, o Ministério da Educação e Cultura irá desenvolver um concurso junto dos alunos das escolas portuguesas. É habitual esta emissão ter o seu primeiro dia de circulação no início do ano letivo, pelo que o concurso não poderá tardar muito. Sobre o tema genérico, “Datas da História”, serão assinalados a passagem dos 1000 anos da publicação do Código de Avicena; os 500 anos dos contactos por via marítima entre Portugal e a
República Popular da China; a evocação das missões católicas em África, o centenário das missões Laicas em África e o bicentenário dos nascimentos de Giuseppi Verdi e Richard Wagner. Dos eventos de projeção internacional será recordado “2013 – Ano Internacional da Estatística” (celebrando os 300 Anos da publicação da Ars Conjectandi - Bernnoulli; da Lei dos Grandes Números e do Paradoxo de S. Petersburg). As “Festas Tradicionais Portuguesas”, terão mais um grupo (o 2.º e último) e “O Natal” será também uma vez mais recordado. Para além das emissões de selos, haverá também duas de etiquetas de Impressão Automática de Franquia (produto conhecido no mundo filatélico por EIFA), que assinalarão o Ano Internacional do Cidadão (Unesco) e os 150 anos da Cruz Vermelha Internacional. O plano de emissões de Macau já tem datas.
Complementando a informação já aqui divulgada sobre o plano de emissões de Macau, damos a conhecer as datas que, naquela oportunidade, ainda não se conheciam. Assim temos: dia 1 de janeiro, “Ano Lunar da Cobra”; 23 de janeiro, “Centenário da Associação Comercial de Macau”; 1 de março, “Vistas Cénicas do Continente”; 31 de março, “20.º Aniversário da Promulgação da Lei Básica de Macau”; 26 de abril, “130.º Aniversário do Estabelecimento do Corpo de Bombeiros”; 10 de maio, “Museus e Peças Museológicas (3.ª série) Museu de Macau”; 25 de junho, “Crenças e Costumes – Na Tcha”; 13 de setembro, “Literatura e Personagens Literárias – O Romance dos Três Reinos”; 9 de outubro, “Ruas de Macau” (2.º grupo); 21 de outubro, “Natal”; 1 de novembro, “Caligrafia e Pintura Chinesa – Artistas Ilustres de Macau”; 15 de novembro, “60.º Grande Prémio de Macau”. Por definir está ainda uma emissão de Etiquetas de Impressão Automática de Franquia sobre o “Ano Lunar da Cobra”. Geada de Sousa
orque durou tanto o Estado Novo português? Ensaiar uma resposta a esta pergunta através da escrita deste livro é, assume Fernando Rosas, dar continuidade à demanda que o fez encetar genericamente o estudo da história contemporânea e, em particular, do Estado Novo. A obra agora editada pela Tinta da China e dividida em três partes – Salazar e a política, Tomar o poder e Saber durar – organiza o estudo empreendido pelo historiador ao longo de três décadas desenhando uma resposta sobre “a arte de saber durar” por Salazar no poder. O primeiro de três capítulos aborda, então, a relação de Salazar com a política – da “política da desordem”, dominante na Primeira República, à “política nacional” (cuja verdadeira essência era a “despolitização e a desmobilização política”) culminando com “o maior problema político da nossa era”: da integração na Nação, no Estado forte, “[d] os agrupamentos espontâneos dos homens à volta dos seus interesses ou atividades”. Em Tomar o poder, Rosas desfaz, detalhadamente, “passo a passo”, três mitos correntes sobre o golpe militar de 28 de maio de 1926 para encetar o entendimento da lógica do percurso de Salazar durante os anos da transição para o Estado Novo. Este capítulo culmina com a análise de como, com o consentimento de Salazar, António Ferro construiu a imagem pública do ditador – tarefa iniciada com a série de entrevistas publicadas pelo “Diário de Notícias” no final de 1932. Finalmente, em Saber durar, Rosas detalha como a violência, o controlo político das Forças Armadas, a cumplicidade da Igreja Católica sustentaram o salazarismo além de analisar o corporativismo como instrumento de controlo e a criação de um “homem novo” no âmbito de um Estado totalizante. Muito bem estruturada, a obra agora editada pela Tinta da China, associa a fluidez discursiva de Rosas à capacidade crítica do autor que não só questiona mitos como ensaia uma síntese explicativa para a questão, tão complexa, relativa à duração da mais longa ditadura da Europa durante o século XX. Fundamental. Maria do Carmo Piçarra
Fernando Rosas Tinta da China 368 págs. 17euros
Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Câmara de Moura instala wireless gratuito em Amareleja
30 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Encontros de música clássica e antiga em Almodôvar
A igreja matriz de Almodôvar recebe amanhã, 15, pelas 21 horas, o concerto de encerramento do festival Música In Patrimonium – Encontros de Música Clássica e Antiga. Trata-se de um espetáculo pelo Quarteto de Cordas Intermezzo, apenas com temas alusivos ao Natal. O Intermezzo é constituído por quatro músicos portugueses que se dedicam à descentralização cultural e à criação de novos públicos na área da música dita erudita. O Festival Música In Patrimonium começou em setembro e, desde então, já visitou três igrejas do concelho de Almodôvar.
Fim de semana Coro de Câmara de Beja Sob a direção única do maestro Pedro Vasconcelos, o Coro de Câmara de Beja e a Orquestra de Câmara Lusitânia sobem ao palco do Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, para oferecer mais “Um concerto para o Natal”. O espetáculo está agendado para amanhã, 15, pelas 21 e 30 horas.
Novo disco do Coro do Carmo “É Natal, Cristo nasceu!” é o título do novo disco do Coro do Carmo de Beja, dirigido pelo maestro António Cartageno, que é apresentado no domingo, 16, pelas 16 e 30 horas, na Sé Patriarcal de Lisboa. Um concerto onde, à semelhança do que aconteceu em Beja no passado dia 9, também atuará o Coro da Catedral de Lisboa, dirigido pelo maestro Luís Filipe.
Corais do Litoral em conjunto O Coral Atlântico, de Sines, e o Coral Clube Galp Energia, de Santo André, juntaram-se neste Natal em torno de um projeto virado para o gospel a que chamaram “Be Amazed”. Os primeiros dois concertos estão agendados para amanhã, 15, na Escola Secundária Padre António Macedo. No domingo rumam a Sines, ao Centro de Artes. Os espetáculos duplos têm lugar às 16 e 30 horas e às 21 e 30 horas.
Música na Igrejinha Nova Prossegue em Vidigueira a iniciativa “Natal com música”, este fim de semana com a atuação do grupo coral Sol do Guadiana e com a audição dos alunos da Escola de Música. A sessão está programada para amanhã, sábado, pelas 18 horas, na Igrejinha Nova, Vidigueira.
Tempos de Rui A. Pereira É amanhã, sábado, pelas 17 horas, apresentado na Biblioteca Municipal de Beja José Saramago o livro Tempos, do artista plástico Rui A. Pereira. Está prevista conversa em torno da arte, a projeção de um filme do autor, uma exposição de desenhos de alunos da escola Básica e Integrada de Santa Maria, música pelos alunos do Conservatório de Beja e uma degustação de vinhos da Casa de Santa Vitória.
História do jazz no espaço Oficinas Arranca também hoje, sexta-feira, no espaço “Natal é Fado” Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, prevista paraàsamanhã, 15, é mique decorrerá até 4 de maio estruturada em oitoEstá sessões, sempre sextas-feiras, pelas 15 e 30 horas, na biblioteca nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional Centro Multifacetado de Novas do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e do 30 horas, abordará o tema “Dos campos Tecnologias, em Vidigueira, mais de algodão a Nova Orleães”.
Arte sacra do Baixo Alentejo em Belém
E um Filho nos foi dado
A
tradicional exposição de Natal do Palácio Nacional de Belém é este ano integralmente composta por tesouros artísticos do Baixo Alentejo. Sob o título “E um Filho nos foi dado”, a mostra que hoje, 14, se inaugura reúne cerca de uma centena de obras de arte provenientes de museus, igrejas e coleções particulares. Trata-se de uma iniciativa conjunta do Museu da Presidência da República e do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, que estará patente ao público até 14 de janeiro. A exposição que hoje é inaugurada pelo próprio Presidente da República permite traçar uma panorâmica da riqueza patrimonial do atual território da Diocese de Beja, a segunda mais vasta do país. Uma viagem no espaço mas também no tempo, já que se estende ao longo de um vasto arco cronológico, desde o século XV até à atualidade, tendo como fio condutor um tema central da antropologia do sagrado: a Encarnação. Uma realidade espiritual, mas também profundamente humana, aqui representada por um notável conjunto de manifestações artísticas que in-
clui muitas peças nunca antes mostradas ao público – ou nunca antes saídas do seu contexto habitual. “E um Filho nos foi dado” traça um percurso que vai de Adão e Eva (tema de um prato medieval para a recolha de esmolas) até à anunciação do anjo a Maria, ao nascimento de Jesus, em Belém, e à sua infância em Nazaré. Enunciam-se, assim, sucessivas narrativas que, face ao silêncio dos Evangelhos reconhecidos pela Igreja, foram largamente desenvolvidas pelos outros Evangelhos, os Apócrifos. Uns e outros encontram-se impregnados de humanidade, como transparece numa Virgem em Majestade, da época românica, ou numa Natividade “ao profano”, desenhada por Jorge Vieira em 1962. A aura misteriosa que envolve o verbo que se fez carne torna-se bem presente na imaginária gótica alentejana, mas também em magníficos painéis do Renascimento e do Maneirismo, como os de Jean Bellegambe ou de Francisco de Campos que se conservam nos museus de Beja e Santiago do Cacém. Encontra depois nova luz no olhar de um pintor bejense dos nossos dias: António Paizana.
uma apresentação do livro infanto-juvenil Natal também é Fado, da autoria de Alexandra Graça, com ilustrações de José Francisco. Isto ao som dos fados de Ana Tareco.
Feira do Livro em Ervidel João Honrado e Francisco Valverde Arsénio são os escritores convidados da Feira do Livro de Ervidel, Aljustrel, que decorre no Centro Cultural local, durante este sábado e domingo. Os livros estarão também acompanhados pelas vozes do Coro Polifónico de Castro Verde.
Livros em Alcácer A 16.ª edição da Feira do Livro da Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal reúne um conjunto vasto de iniciativas para este fim de semana. Hoje, 14, abre uma mostra de doçaria tradicional, há animação em torno do livro de Margarida Botelho, As Cozinheiras de Livros e há música. No sábado ensina-se a fazer doces de Natal com a Bimby e, no domingo, são as crianças que aprendem os segredos da cozinha na oficina “Doceiros de palmo e meio”.
Venda de Natal em Castro Entre hoje e domingo, no Centro de Promoção do Património e do Turismo de Castro Verde, decorre uma venda de Natal onde os principais ingredientes são os produtos artesanais e gastronómicos da terra. O espaço funciona entre as 10 e as 20 horas com animação para os mais pequenos.
2 000 anos de azeite Está patente desde a última terça-feira, no Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, uma exposição intitulada “Ferreira 2 000 anos a produzir azeite”. Uma retrospetiva da produção de azeite naquele que é considerado um dos concelhos mais aptos à produção do “óleo dos deuses”.
Cante ao Menino na igreja da Damaia Uma das localidades da diáspora mais ativas na questão do cante alentejano, a Damaia, recebe amanhã, 15, pelas 18 horas, um encontro de grupos corais em torno do denominado “cante ao Menino”. Neste concerto natalício, que decorre na igreja paroquial local, participam os dois grupos da terra, Os Alentejanos e o coral infantil Os Rouxinóis da Damaia, que convidam para a festa os Vindimadores, de Vidigueira.
31 Diário do Alentejo 14 dezembro 2012
Alentejo homenageia Oscar Niemeyer em romaria à única obra que o arquiteto brasileiro deixou na região: as ruínas de São Cucufate. O Governo, que “se esqueceu” do aeroporto de Beja no caderno de encargos da privatização da ANA, prepara-se para o vender no OLX. Bombeiros de Odemira candidatam-se para realizar o parto de Kate Middleton. A sua proposta inclui parto em ambulância na estrada para São Teotónio.
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Sugestões para prendas de Natal “Não confirmo, nem desminto”: compre no comércio tradicional “alternativo” Está a ver o Natal a chegar a passos largos e não sabe o que oferecer? A sua carteira tem sido menos utilizada do que o aeroporto de Beja? Então temos a solução para si: apresentamos uma lista de sugestões para prendas de Natal a preços mega competitivos. Os mesmos poderão ser adquiridos numa feira perto de si, ou na tenda do conceituado comerciante cigano Faustino Pechincha, que nos apresenta alguns dos seus produtos: “Aiiii, antes de mais queria dizer que é uma grande honra estar aqui a dirigir-me aos leitores do “Diário do Miratejo” e agradecer ao senhor autor desta página, o Ricardo Cataplana, derivado a dar-me esta oportunidade de negócio. Aiii o primêro artigo é o último álbum do Tó Zé Zambujo que se chama ‘Sexto’. Não confundir com o ‘Quinto’, este chama-se ‘Sexto’ porque vai sair no ano que vem… É um exclusivo do Faustino… O António é muito meu amigo e vai almoçar à minha casa aos sábados. Este disco ainda não saiu e já foi considerado o melhor de 2013 pelas revistas “Vidas”, do “Correio da Manhã”, e “TeleCulinária”. Só não leva quem fôr surdo, aiiii…. O segundo artigo é um tablet com um símbolo de uma maçã. Este não é da Eipple, mas é de uma subsidiária: a Maçanita, uma marca que o meu amigo Steve Jobs – todos os domingos vai lá a casa almoçar carapaus fritos – me vendeu. O símbolo é uma maçã com duas dentadas e cheia de bicho! Este tablet é metade computador, metade tablete de chocolate com passas. A metade que não se come chama-se iPodePode porque faz tudo: Pode passar roupa a ferro? iPodePode! Pode dar banho ao cão? iPodePode! Pode fazer contas de sumir e desmultiplicar? iPodePode! Fui eu que inventei esta publicidade, já a minha mãe dizia que eu era o Edson Athayde cigaaaanoooooo!! O terceiro artigo é um perfume da Ágata Luis da Estrada – a Dona Ágata é muito minha amiga, vai lanchar à minha casa nos dias feriados. O perfume é unissexo (só é para quem faz sexo uma vez por ano) e tem um aroma a rosa, rosmaninho e a WC Pato. Pode ser aplicado nos pulsos, atrás das orelhas e nos sanitários da casa de banho!! Freguês, venha à tenda do Faustino, aqui compra sem desatino, aiii!”
Apocalipse Maias deixaram Beja fora do caderno de encargos do fim do mundo previsto para dezembro Depois do aeroporto de Beja ter ficado fora do caderno de encargos da privatização da ANA, a “Não confirmo, nem desminto”, através do seu correspondente no Peru, conseguiu apurar que o desrespeito em relação à cidade de Beja não conhece fronteiras. Tivemos acesso ao caderno de encargos do fim do mundo previsto pela civilização Maia e podemos avançar que a capital do Baixo Alentejo irá ficar afastada do apocalipse previsto para o dia 21 de dezembro. Beja não terá direito a terramotos, erupções vulcânicas, meteoritos, espetáculos do Nilton, concertos dos Santos e Pecadores e outros eventos característicos de qualquer fim do mundo que se preze. “Esta cidade é uma palhaçada, pá! Um tipo ficar sem comboio ou o Banco de Portugal, ainda vá que não vá! Agora, perder a possibilidade de sermos dizimados da humanidade, não se admite… Qualquer dia temos vias de acesso jeitosas ou uma oportunidade de crescimento económico, não?”, afirmou um bejense nas Portas de Mértola enquanto comprava uma “Raspadinha Fim do Mundo” (os prémios incluem dilúvios, pragas de gafanhotos e 15 anos de obras nas Portas de Mértola).
Inquérito O primeiro SMS foi enviado há 20 anos. Costuma enviar SMS?
CASIMIRO ROAMING, 11 ANOS Jovem que sonha perder a virgindade com um bolo-rei
ANSELMO TIJOLO, 36 ANOS Criador de pombos-correio
ANABELA QUATRO GÊ, 18 ANOS Pessoa que se irrita bué
Eu cá amando bué da SMS. Consigo digitar 1 258 palavras por minuto no meu telemóvel, tipo, bué rápido e assim… Exercito bué a escrita e tenho os polegares com a força de 12 gorilas. Só é pena que na escola não possa fazer os testes por SMS. Os professores sempre a mandarem vir por causa que escrevo sem vogais, sem pontuação, e outras cenas bué da ultrapassadas LOL!!!
Eu cá não tenho telemóvel, nem alinho nessas mariquices tecnológicas. É tudo uma moda que há de passar, como a televisão ou a Internet. Quando quero mandar um LOL, envio em sinais de fumo. Quando quero dizer à minha mulher que já cheguei ao trabalho, peço ao eletricista para a avisar quando chegar lá a casa – encontro-o sempre a caminho do meu prédio. Passa mais tempo com a minha mulher do que eu. Diz-me que ela lhe está sempre a ligar para ir lá “limpar o disjuntor”, e depois ri-se! Não percebo esta gente…
Ce ah ssena ke me irrita é eça jente k só xcreve as ssenas komu ce foçe no tlm, páh! Pareçe k já ñ há love ah lyngua. É 1 phalta de rexpeitu de todutamañu e revolta-m. Palavra d onra, ce encontrar + alguen a phaser eça ssena, a poupar caracterex, desamigo-o logo do face, hi5, myspace, orkut, twitter e acim. Arranjem 1 vida e fassam como eu: leiam um livru y pode çer q aprendam portugez!
Nº 1599 (II Série) | 14 dezembro 2012
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quadro de honra Tem no prelo sete livros sobre cozinha e gastronomia. E nenhum deles é a História da Gastronomia em Portugal, esse sonho tão antigo, tão ousado e tão trabalhoso de alcançar. Maria Antónia Goes, nascida e crescida em Alvito, é das mais importantes divulgadoras dos comeres alentejanos. E não apenas. Na sua bibliografia contam-se mais de duas dezenas de títulos. Entre eles os incontornáveis A Cozinha Tradicional do Alentejo – a memória dos temperos ou À mesa com Fialho d’Almeida – um tratado de cozinha alentejana. Em vésperas de Natal, na sua editora de sempre, a Colares/Feitoria dos Livros, acaba de dar à estampa dois novos manuais de bem-comer: A Cozinha da Caça e Doces e Bolos do Alentejo. De fazer crescer água na boca.
Já estão no mercado os últimos dois livros de Antónia Goes
A escritora que pratica alquimia com coentros e poejos à estampa dois livros. Um sobre caça e outro sobre doces e bolos do Alentejo. Fale-nos destes livros.
Como e quando despertou para a cozinha alentejana?
Para a cozinha alentejana devo ter despertado desde que tive conhecimento, uma vez que nasci numa família alentejana e vivi em Alvito até aos 10 anos, quando fui para o colégio, em Lisboa. Na minha casa comia-se muito bem e a minha mãe seguia escrupulosamente todas as tradições – do peru no Natal, aos nógados sobre folhas de laranjeira (para mim o doce mais bonito do mundo) e as migas de miolos na terça-feira de Carnaval, ao borrego na Páscoa. Mas o meu interesse pela gastronomia ou pelos livros de cozinha, nasceu, sem dúvida nenhuma, na Expo de Sevilha, em 1992, quando visitei a exposição com um casal francês, ambos professores universitários. Num canteiro bastante mal amanhado, estavam uns pés de tomate, de feijão, de pimentos... Ante o espanto deles que não sabiam que quase tudo o que hoje comemos veio de além-mar, com os Descobrimentos, jurei publicar um livro e explicar isso mesmo. Fui ao Ministério da Agricultura e propus um livro para ser distribuído na Expo de 1998, em Lisboa. E assim foi. O que tem esta cozinha de fascinante?
É a imaginação! Aliada aos produtos locais de ótima qualidade, ao pão sem igual, às ervas aromáticas. Na região mais pobre de Portugal, come-se bem por pouco dinheiro. Que dizer de quem consegue, com um molho de coentros ou de poejos, ou de ambos, uma golada de azeite e um dente de alho, um bocado de pão seco e água a ferver, fazer uma soberba açorda? De uma só assentada, para o Natal, deu PUB
Maria Antónia Goes 69 anos, natural de Alvito É licenciada em arquitetura pelas Belas Artes de Lisboa. Mas foi nas perfumadas artes da gastronomia alentejana que se deu a conhecer ao grande público. Com mais de 20 títulos publicados, Maria Antónia Goes é das mais prolixas e conceituadas divulgadoras da cozinha em Portugal.
Não foi de uma só assentada. Tenho imensos livros no prelo. Estive gravemente doente durante dois anos e tive que abandonar a minha atividade de arquiteta, que sempre adorei. Sou superativa – no bom sentido. Durmo pouco, leio imenso e escrevo compulsivamente. A isto, some-se o espicaçar das editoras, sempre a darem ideias e a puxarem por mim. Sobre a caça, que adorei praticar e acompanhar sempre de perto, rodeada de caçadores desde a mais tenra idade, tudo veio naturalmente. Durante anos publiquei receitas, com as respetivas fotografias em revistas da especialidade. Mais tarde, com o médico diabetologista Estêvão Pape e o chefe António Mendonça, fizemos o livro Caça – Carne saudável, muito bonito, com fotografias e receitas, explicando que a carne da caça é mais saudável que a dos animais domésticos – a carne do veado tem 25 vezes menos gordura que a carne de vaca e a de javali tem cinco vezes menos que a carne de porco. Quanto aos Doces e Bolos Alentejanos, foi um pedido da editora. Já publicou mais de duas dezenas de títulos sobre gastronomia. Qual é o freguês que se segue?
Tenho muitos livros no prelo, já nas mãos dos editores, mas o meu sonho mais próximo é escrever a História da Gastronomia em Portugal. Não é fácil. Há pouca documentação. Lembremo-nos que o primeiro livro de cozinha português é de 1680. Até essa data, na Europa, já se tinham publicado dezenas e dezenas de livros. Mas é um desafio, que não vou largar. Paulo Barriga
Hoje há a possibilidade de chuviscos, embora o sol possa espreitar. Amanhã será dia de céu cinzento e chuva, e, no domingo, embora não se preveja água, o dia andará encoberto. Quanto às temperaturas, os valores oscilarão entre os 8 de mínima e os 17 graus de máxima.
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RIbanho na Galeria da EDIA A tira humorística que durante uma década animou a última página do “Diário do Alentejo” vai agora estar patente ao público na Galeria da EDIA, em Beja. A partir da próxima terça-feira, 18, os melhores cartunes da dupla Luca (Luís Afonso e Carlos Rico) alusivos à barragem do Alqueva estarão dependurados nas paredes da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva. O coletivo Luca produziu, ao longo dos anos, centenas de desenhos humorísticos para o “DA”, nos quais um pastor, normalmente acompanhado pelo seu irredutível rebanho de ovelhas, tecia mirabolantes críticas e opiniões sobre a atualidade regional, sobre a sociedade alentejana e sobre os assuntos de interesse geral que, de alguma forma, implicavam com a vida coletiva do Alentejo. O único cartune de imprensa com cheiro a coentros no sotaque dos personagens está agora de regresso. A inauguração da exposição está agendada para as 18 horas.
Al Berto em Grândola Agora já é possível conhecer as casas que pontuaram a vida do poeta Al Berto. A Biblioteca Municipal de Grândola recebe a partir da próxima quarta-feira, 19, a exposição “Al Berto – Poeta de Sines, Homem do Mundo: Doze Moradas de Silêncio”. Uma mostra itinerante promovida pelo Centro Cultural Emmerico Nunes, de Sines, que é comissariada por dois amigos próximos ao falecido poeta: José Mouro e Paulo Correia. A ideia deste núcleo, segundo os organizadores, passa por “mostrar o percurso biográfico de Al Berto a partir das casas como espaços de identidade, família, de afetos, crescimento, inspiração e criação literária”. Pelo que esta exposição se centra na revisitação das diversas casas onde Al Berto viveu e que “servem de referente para as suas vivências, definidas pelos lugares, pessoas e elementos textuais evidenciados na obra literária”. Al Berto faleceu com 49 anos, a 13 de junho de 1997.