João Penetra
António Cordeiro, ator
De Alvito para Viana do Alentejo
Um piense na ficção nacional
pág. 6
Este VALE
€1,20
pág. 32
na Postos BP Beja
Veja como na página 25
SEXTA-FEIRA, 22 FEVEREIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1609 (II Série) | Preço: € 0,90
IEFP divulgou dados que comparam janeiro de 2012 e 2013
Desemprego aumenta 20 por cento no Alentejo pág. 9
O culto da taberna renova-se em Cuba
Faro do Alentejo: Uma aldeia “jovem” de base agrícola págs. 4/5
Cuba é terra de cante e há quem queira trazê-lo de novo ao seu habitat natural. É o caso de Vera Beiçudo e Pedro Guerra, jovem casal que tem agora em mãos os destinos da Taberna do Arrufa, cujo lema é “De regresso à tradição”. Ali, a dois passos da conhecida Taberna Museu de Francisco Fitas, onde ainda se produz vinho de talha. A “dança de balcão” em dois registos. págs. 16/17
Mário Simões defende regionalização pág. 9
Violência doméstica no distrito afeta mulheres jovens pág. 13
Projeto da CerciBeja “constrói” sorrisos pág. 12
Queijos do País mostram-se em Serpa
JOSÉ FERROLHO
pág. 10
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Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Editorial Grândola
Vice-versa “Beja não tem tido a coragem de liderar a luta pelo IP 2 e IP 8. É a câmara da capital de distrito, razão por si só, mais que suficiente para liderar a luta. (…) Muitos autarcas têm um discurso brando”. Manuel Narra, presidente da Câmara de Vidigueira, in “Voz da Planície”, 19 de fevereiro.
Paulo Barriga
“Um disparate que não tem fundamento. O município de Beja tem tido iniciativa, mas não isoladamente, porque percebemos que deve ser tomada em conjunto com as entidades da região, como, aliás, tem vindo a ser feito. Temos estado sempre na linha da frente, mas não o precisamos de anunciar todos os dias”.
O
s devoristas dos tempos que correm, para se segurarem a si próprios e para acalmarem as hostes, têm a mania de dizer que a História não se repete. Ai, repete, repete, poderia muito bem dizer o extraordinário Ulrich. O que vemos hoje em Portugal parece decalcado a papel químico do melhor fresco dos tempos da guerra civil: a falência dos cofres e da moral do Estado, o endividamento asfixiante ao estrangeiro, a perda da soberania e da autoestima nacionais, a descrença nas instituições e nos agentes políticos, o avanço desmesurado da pobreza, da miséria, da incerteza, da descrença. Da perda. No século XVIII este mesmo incendiário cocktail deu no que deu: deu na mais sangrenta e fratricida das guerras em território nacional e na deriva sebastiânica que nos trouxe até aqui, embalados em sucessivas rebeliões, golpes, revoluções, intentonas, ditaduras. Calar o primeiro-ministro e a sua desacreditada eminência parda ao som da “Grândola” não é um fait divers, um epifenómeno ou uma mera notícia de rodapé. É sinal, um forte sinal, de que eles andam aí. E que começam a perder a paciência. Como já antes, ao longo da nossa História, tantas vezes aconteceu. A História não se repete, gostam de dizer os pedreiros livres e os banqueiros que nos governam. Contra a sua lógica de amansamento, deixo em baixo, a bem da memória, excertos de duas notas do diário do embaixador da Prússia em Portugal, corria o ano de 1842: “Para construir um edifício que corresponda à sua imaginação e ao seu orgulho, arrancam as pedras dos alicerces e colocam-nas no topo. O edifício ergue-se à medida que vai enfraquecendo. E a verdade é que, muito em breve, irá ruir... (...) Reina a maior confusão, nada é permanente, a cada momento há transformações e a cada transformação o país afunda-se mais sob o ponto de vista moral e material”. Ontem, como hoje, cá estamos nós a construir o edifício defeituoso que era suposto ser a nossa terra da fraternidade.
Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, em declarações ao “Diário do Alentejo”.
Fotonotícia Não há boa terra sem bom lavrador. Quando a crise económica encolhe a olhos vistos os bolsos do pessoal com contas para pagar todos os meses, os exercícios de ginástica orçamental adquirem contornos capazes de fazer corar uma atleta olímpica romena. E se pudermos poupar uns trocos ao mesmo tempo que fazemos exercício físico, que inspiramos ar mais ou menos puro e que ficamos com aquele ar eco cool de quem cultiva, rega e cuida dos seus próprios tomates, pepinos, couves, alfaces e cebolas, melhor ainda. É isto que fazem orgulhosos e com brio os jovens e menos jovens agricultores, arrendatários duma parcela de terreno nas hortas comunitárias de Beja. Que fica ali paredes meias com uma urbanização tão pouco rural como eficaz é o andrajoso espantalho, no seu papel de afugentar pardais, melros e trigueirões. JS Foto de José Ferrolho
Voz do povo “Grândola vila morena” renasceu como hino popular?
Inquérito de José Serrano
Vítor Cardoso 73 anos, reformado
Maria Batista 69 anos, aposentada
Luís Dionísio 25 anos, desempregado
Carolina 65 anos, reformada
Sim. Neste momento há urgência de voltar ao princípio. A canção é uma arma que o povo tem para se aliar e motivar. Agrega as pessoas num verdadeiro sentimento de união. A “Grândola” faz-nos lembrar o que conquistámos no 25 de Abril e o que já perdemos. A cantiga pode levar os governantes a vislumbrar a sua pobreza de consciência. Tenho vontade de a cantar todos os dias.
Esta canção reflete a força do povo, dos trabalhadores. O seu ressurgimento tem muita importância. Pelo poder de união que possui, pode estabelecer um marco de mudança e contribuir de facto para alterar a situação política em que vivemos. A canção pode derrubar um governo. O povo está descontente com o rumo que o País está a tomar e a “Grândola” é um hino à liberdade.
É a canção mais emblemática do 25 de Abril. Une gerações numa ideia comum de mudança. Está a renascer como forma de oposição e pode dar o mote para que algo de novo aconteça. As pessoas estão a tornar-se mais cientes da hipocrisia política. Fazem ouvir a sua voz de forma mais ativa. A “Grândola” pode constituir uma forma de oposição mais forte que os próprios partidos.
Se até já foi cantada em Espanha como forma de protesto, é porque renasceu. Estamos a voltar para trás, e a “Grândola” é a referência que temos da liberdade. Por isso vamos ter que a cantar novamente. Contudo, duvido que adiante alguma coisa. Pode incomodar um bocadinho, mas o poder está muito bem instalado. Já não se afligem com coisa nenhuma. Já nada lhes tira o sono.
Rede social RUI EUGÉNIO
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 14 SANTO ANDRÉ VÃO SER PLANTADAS QUATRO MIL ÁRVORES
SEXTA-FEIRA, DIA 15 ODEMIRA CÂMARA CRIOU GRUPO DE APOIO PSICOSSOCIAL A Câmara de Odemira criou um grupo para prestar apoio psicossocial imediato a pessoas que presenciaram eventos traumáticos, acidentes ou catástrofes e a familiares e amigos de envolvidos em casos de emergência ocorridos no concelho. Segundo o município, o Grupo de Apoio Psicossocial na Emergência (GAPE) pretende “criar uma resposta de apoio psicológico e social imediato à população em contextos de crise e emergência ocorridos no concelho”.
SÁBADO, DIA 16 ODEMIRA GNR DETÉM JOVEM DE 16 ANOS POR SEQUESTRO A GNR anunciou a detenção de um jovem, de 16 anos, no concelho de Odemira, pelo alegado sequestro e ofensas à integridade física de uma mulher, que terá sido ameaçada com uma arma branca. O suspeito, explicou a força de segurança, “seguia como acompanhante no veículo da vítima”, uma técnica da Segurança Social que “efetuava acompanhamento social da família desse jovem”. Na ocasião, o jovem tê-la-á “forçado, por meio de ameaça com arma branca, a dirigir-se a um local ermo”. “Após algum tempo, a vítima conseguiu reagir, acabando o agressor por fugir a pé e tendo a mulher ficado com alguns ferimentos”, acrescentou a GNR.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 18 MÉRTOLA DETIDO HOMEM POR POSSE DE DROGA A GNR deteve, perto de Mértola, um homem por posse de droga, a quem apreendeu heroína e cocaína suficiente para 315 doses individuais e uma arma caçadeira. O detido foi presente na quarta-feira ao Tribunal de Mértola para primeiro interrogatório judicial. O homem, de 46 anos, residente na zona de Mértola, já tinha antecedentes criminais.
BEJA GNR DETÉM QUATRO SUSPEITOS DE TRÁFICO DE DROGA E APREENDE HEROÍNA E ARMAS A GNR deteve, em Beja, quatro homens suspeitos de envolvimento em crimes de tráfico de droga e, alguns, de furto, e apreendeu heroína, canábis, armas e veículos. As detenções dos suspeitos, entre os 34 e os 43 anos, e as apreensões foram efetuadas em quatro buscas domiciliárias, que decorreram em Beja, Salvada e Penedo Gordo, explicou o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, tenente-coronel Carlos Belchior. Durante as buscas foram apreendias 166 doses de heroína e 72 sementes de canábis e quatro veículos ligeiros. Entre as armas apreendidas, contam-se uma de fogo modificada para calibre .22, uma pressão de ar, um bastão extensível e um punhal.
O projeto Meu Futuro 24horas (MF24) surgiu após um debate do “Pós e Contras”, da RTP, e consiste na realização de eventos gratuitos, 24h non stop, em vários locais do País, subordinados ao tema “Como conseguir emprego/Como ser empreendedor”, ou seja, assume-se como um ciclo de palestras, workshops e networking que dote os participantes com competências que os favoreçam na procura/criação de emprego, uma iniciativa com um cariz claramente social e que pretende ser uma lufada de ar fresco em tempos de crise. Começou em Coimbra, como abordagem piloto, e já passou por Faro, Covilhã, Leiria, Lisboa, Aveiro, Porto, Viseu e Braga. A próxima cidade será Beja. Começa hoje em Beja, no Pax Julia Teatro Municipal, o evento Empreender, Arriscar, Inovar. Quais são as expetativas? O que vai acontecer nesta iniciativa?
Pretendemos chegar a centenas de pessoas da região Alentejo, inspirando-as e motivando-as para criarem as suas oportunidades, e, ao mesmo tempo, contribuirem para o desenvolvimento da região, combatendo, deste modo, a desertificação e o isolamento que cada vez mais se evidencia. No evento haverá a oportunidade de as pessoas, depois de assistirem às palestras, poderem trabalhar as ideias que já têm ou que surjam para dinamizar a região, e no final fazer um Pitch para um júri que fará comentários sobre as ideias propostas. Dos vários oradores participantes, destacam-se nomes como Jacqueline Silva (Estou Desempregada, e Agora?) Frederico Lucas (Novos Povoadores), André Habler Rente (Fundação EDP), Luís Luz (Myfarm), Fátima Borges (Águas de Portugal), André Bento (FitSalvador) e Dj Christian F, entre outros.
Em Beja marchou-se contra a exploração e o empobrecimento. De bandeira às costas, por essa rua fora, defendeu-se o “fim de políticas de direita”, exigiu-se “saúde, educação e segurança social para todos”. E o povo está na rua. DR
Em que consiste o Meu Futuro 24horas? Como surgiu? Por onde já passou?
Por essa rua fora em luta
Que bem que eles dançam Os enfermeiros perioperatórios saíram das paredes do hospital e realizaram um flash mob numa superfície comercial da cidade. Ameaçaram que iam ser vistos numa atividade diferente e cumpriram. É que, para além de cuidarem, também dançam. DR
O Tribunal de Beja decretou a prisão preventiva de um dos dois suspeitos de furto num estabelecimento comercial da cidade e que têm um “vasto histórico” de crimes semelhantes em várias zonas do País. Os suspeitos, que tinham sido detidos pela PSP, em Beja, foram interrogados no tribunal da cidade, que decretou a prisão preventiva de um deles, um homem, de 20 anos. Ao outro suspeito, uma mulher, de 40 anos, o Tribunal de Beja determinou a obrigatoriedade de apresentações periódicas às autoridades.
Do projeto Meu Futuro 24horas
O Museu do Relógio na TV A TV foi ao Museu do Relógio em Serpa. Por lá viram o espólio, que não é pequeno. No Museu do Relógio estão patentes mais de 2 300 peças todas mecânicas, contando com exemplares de bolso, pulso, sala, entre outros. Uma fartura de horas. DR
BEJA SUSPEITOS COM “VASTO HISTÓRICO” DE CRIME DETIDOS
3 perguntas a Marta Horta
“A Curva da Felicidade” no Pax Julia Todos bem instalados no palco do Pax Julia Teatro Municipal de Beja. Diz quem assistiu que se tratou de uma “comédia hilariante”. “A Curva da Felicidade”, tal como o nome indica, arrancou gargalhadas até aos mais tristes. Uma noite de rir e chorar por mais. DR
Quatro mil árvores serão plantadas, até ao final de 2014, em Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, para resolver o problema deixado pelo abate de centenas de pinheiros bravos afetados com a doença do nemátodo. Segundo o município, mais de 90 por cento do extenso pinhal onde a cidade de Vila Nova de Santo André foi construída estão afetados pela praga do nemátodo, doença que já foi detetada não só nos pinheiros bravos, mas também em alguns pinheiros mansos.
Quem é que o movimento pretende envolver?
Estudantes, desempregados de todas as idades, a comunidade em geral. Todos os que queiram fazer a diferença, e fazer acontecer. Pessoas que acreditem que ainda há muita coisa a fazer, por elas próprias e pela comunidade onde se inserem. Bruna Soares
Histórias à solta na Biblioteca de Beja Mais uma noite de contos na Biblioteca Municipal de Beja. As histórias andaram à solta e foram muitos os que as foram ouvir. Jorge Serafim, bejense, foi um dos contadores que participou “em mil uma noites, mil e uma histórias”. Histórias servidas na cafetaria.
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Faro do Alentejo
Empresa espanhola de produção de azeite é a principal empregadora
Uma aldeia “jovem” assente na agricultura
A
meio da manhã, em dia de sol de inverno, Ema Parrinha, de 43 anos, é uma das várias mulheres que encontramos junto ao edifício da junta de freguesia. Goza-se o bom tempo, põem-se as novidades em dia, há brincadeiras e risos que fazem esquecer o lado menos bom da condição de desempregado. Ao todo, serão uns 15 formandos, quase todos mulheres, e todos sem trabalho. Frequentam um curso de formação em hotelaria, e, para já, embora não vislumbrem oportunidades de emprego, contentam-se com o simples facto de ter uma atividade. “Isto é só para não se estar em casa. Pelo menos, passa-se o tempo e recebemos o subsídio de refeição. Eu estava em casa, sem nada, inscrita no centro de emprego”, confessa mostrandose disposta a ir “para qualquer lado”, assim a chamem, como espera. Natural de Faro do Alentejo, Ema ainda viveu 10 anos em Beja, mas acabou por regressar quando casou. E não se arrepende. A falta de emprego é um problema, reconhece, sobretudo agora que a “construção civil está parada”, e a escassez de transportes públicos também, já que ir a Beja de camioneta implica abalar de manhã cedo e regressar à noite. Mas, confessa, “gosto desta qualidade de vida que temos aqui” e a emigrar, como muitos dos seus conterrâneos já fizeram, seria para um destino bem mais distante do que os países recorrentes (Alemanha, França, Suíça e, mais recentemente, a Inglaterra). “Eu, se tivesse hipóteses, iria para a Austrália ou para o Dubai”, comenta, deixando claro que é “só uma ideia”. Tem duas filhas, uma delas com apenas 11 anos, e a outra, de 24, que teve de adiar a formação superior para tempos de maior estabilidade. “Anda nuns cursos na ACOS, em Beja, vai aproveitando aquelas formações”, adianta, observando que as alternativas, poucas, encontram-se em Beja e não em Cuba, sede de concelho e a uma distância de apenas quatro quilómetros. “Cuba tem quase tanto desenvolvimento como Faro do Alentejo. A diferença é que tem o comboio”, opina, com algum desdém, não escondendo uma pontinha de “rivalidade”. Afinal, diz o historial da terra, Faro do Alentejo já “gozou de privilégios de vila”, tendo tido “Casa da Câmara, Paço do Concelho e cadeia”. Um estatuto que não se esquece. A colega, Edite Carvalho, de 39 anos, está de acordo: “Cuba também não está muito melhor do que nós. A crise é mundial”. Mas difere de Ema num certo desapego à terra natal. “Não gosto de viver aqui”, confessa, sem rodeios, explicando que à aldeia falta “vida” e “transportes”, o que faz com que se sinta “isolada”. “Temos aqui duas lojinhas e três cafés.
Faro do Alentejo, uma das quatro freguesias do concelho de Cuba, já foi vila e atingiu o seu auge populacional nos idos anos 70, com 687 habitantes. Hoje, dos 591 que restam, uma fatia de perto de 13 por cento corresponde a crianças e adolescentes. Há quem diga que é a freguesia com mais crianças do território cubense. E, mesmo que tal não seja uma verdade oficial, basta assistir a uma manhã de brincadeira no parque infantil – o famoso “parque” onde os mais velhos se entretêm e velam pelos netos – para concluir que talvez a realidade não ande muito longe das análises a olho. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
Se precisamos de outras coisas, temos de nos deslocar. A Cuba ou, não havendo em Cuba, a Beja”. Deixando o largo da Praça em direção à entrada da aldeia, vamos dar com o “parque”, zona de reunião entre gerações por excelência. Do terreiro, cujo centro é um parque infantil, avista-se o campo, que começa logo ali, primeiro com uma pequena plantação de pinheiros, que imediatamente desparece para dar lugar a um olival a perder de vista. Os meninos do jardim de infância gastam energias nos escorregas e baloiços, e são a entretenga do grupo de idosos que por ali para todas as manhãs. Ao todo, entre pré-escolar e primeiro ciclo, são 34 crianças. “É a freguesia com mais crianças de Cuba”, informa a educadora, que vem de Beja. Todos eles antigos trabalhadores rurais, os habitués dos bancos públicos lamentam os erros da Política Agrícola Comum e as suas consequências visíveis nos campos circundantes. “Havia aí negócios grandes, semeava-se muito. Essas palhas tinham tanta saída como o trigo. Hoje, nem trigo nem palha”, critica Francisco Serrano, antigo tratorista, hoje com 75 anos, lembrando os tempos do set-aside, medida comunitária de má lembrança, que obrigou a colocar em pousio parcelas de terras cerealíferas, de modo a reduzir a produção por hectare, através de um sistema de subsídios compensatórios: “O gado andava aí com fome e as pastagens enterravam quase uma pessoa. Não o queriam nas herdades para receberem o dinheiro”. Francisco Janeiro, mais velho um ano, acena positivamente e conta como, por causa das regras europeias, chegou a “guardar gado de noite, com a lua, para os animais comerem, se não tiravam o subsídio ao patrão”. Hoje o cenário mudou radicalmente. Dantes, compara Francisco Serrano, “este povo todo não dava para um lavrador que aí estava”. Agora, os que têm emprego no campo, “trabalham para os espanhóis, nestes olivais aqui em roda. Mas é pouca gente, porque é quase tudo feito à máquina e o pessoal sobra todo”. A idade já pesa, o dinheiro no bolso nem por isso, mas a boa disposição nunca abandonou estes septuagenários que, orgulhosos, velam pelos netos no recreio. Queixa-se Janeiro, risonho, que a reforma já não dá para os pequenos prazeres que partilhavam: “A gente não pode beber um copinho, uma bica, deixámos de fumar. Temos de estar aqui sentados e, da parte da tarde, sentados ou deitados em casa”. Ao que Serrano, acrescenta, brincalhão: “e pior: a gente nem pode estar em casa, que as mulheres guerreiam com a gente por causa das limpezas. Não nos deixam fazer nada”.
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Ana Laureano Vaz Presidente da Junta de Freguesia de Faro do Alentejo
Quantos habitantes tem Faro do Alentejo e qual tem sido a evolução demográfica na última década?
De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística, a freguesia é habitada por 591 pessoas (12,12 por cento dos habitantes no concelho), das quais 22, 67 por cento têm mais de 65 anos e 12,52 por cento são crianças ou adolescentes, sendo ainda uma das aldeias com um grande peso jovem. Tendo em conta as estatísticas, Faro do Alentejo perdeu, em 10 anos, cerca de 30 habitantes, entre pessoas que faleceram e outras que emigraram. Nesta perspetiva, não podemos dizer que o decréscimo foi acentuado. Quais são as atividades económicas de mais relevo nesta aldeia?
São realmente a agricultura e a construção civil, mas, tendo em conta a conjuntura que o País está a atravessar, podemos dizer que a principal atividade económica é, para todos os efeitos, a agricultura. O principal empregador é a Bogaris [empresa espanhola produtora de azeite] e, se falarmos em serviços, também podemos considerar a junta de freguesia e a Câmara Municipal de Cuba como principais responsáveis pela integração de várias famílias.
Antiga vila chamada “Farinho” Fundada no século XVII (1616), na herdade de São Luís de Jacentes (hoje Assentes), pertença de D. Estêvão de Faro, conde de Faro, a freguesia de Faro do Alentejo chegou a ser vila, com a designação antiga de “Farinho” e conhecida pelas suas terras férteis, sobretudo em cereais. “Teve Casa da Câmara, Paço do Concelho e cadeia”, recorda o historial oficial da aldeia, hoje parte do concelho de Cuba, como uma das suas quatro freguesias. Contam também os dados históricos que, em 1734, Faro do Alentejo “tinha 78 fogos e 264 almas”, tendo evoluído, quase um século e meio mais tarde, em 1874, para “90 fogos e 320 moradores”. O auge demográfico seria atingido nos anos 70 do século XX, com 687 habitantes, mais 96 do que o número atual.
Estando a apenas quatro quilómetros da sede de concelho, acaba por ser uma aldeia dormitório ou pode dizer-se que tem vida própria?
Não, Faro do Alentejo não é nenhuma aldeia dormitório. A aldeia, apesar de pequena, tem vida própria, e mantém ainda algum comércio, atividades desportivas e culturais, vida associativa, posto de saúde - o que em muitas aldeias já não existe – escola primária e jardim de infância, centro de dia, parafarmácia, centro de recolha de análises, etc. Apesar de pequenina, a nossa aldeia ainda vai servindo aqueles que cá habitam. A influência do regadio de Alqueva também aqui se fez sentir?
Claro que sim. Já temos alguns investimentos feitos na freguesia, no âmbito do regadio de Alqueva, investimentos que trouxeram também emprego. Praticamente só se produziam cereais e agora temos também a olivicultura. Aliás, já foi construído até um lagar junto à nossa aldeia. Faro do Alentejo já foi em tempos uma vila. Hoje está ameaçada de extinção ou agregação com a reforma administrativa?
Não, não está, e em boa hora o digo, porque a reforma administrativa vai prejudicar, e muito, a cultura própria de cada povo. Na minha opinião, a lei da reforma administrativa é uma péssima lei. Sempre fui favorável a uma reforma administrativa, mas nunca desta maneira. Esta reforma arrasa os pilares do municipalismo. Portugal não se pode dar ao luxo de criar divisões onde elas não podem existir. Todos nós temos direito à nossa identidade. Espero que o Governo repense tudo isto, porque não são as freguesias as responsáveis pelo endividamento do País.
População festeja em abril e agosto Além das festas em honra de São Luís, o padroeiro, que em agosto reúnem residentes, vizinhos e ausentes em torno das procissões, bailes, touradas e espetáculos musicais, Faro do Alentejo tem no 25 de Abril outro dos “momentos altos da vida social” da terra. “São feitos jogos tradicionais durante todo o mês, envolvemos crianças, jovens e menos jovens (homens e mulheres) e o seu culminar é um almoço convívio que reúne toda a população”, realça a presidente da junta de freguesia, Ana Laureano Vaz, que inclui ainda no calendário festivo os “encontros de grupos corais” e a “época desportiva”.
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Estamos a tentar transformar uma sociedade para daqui a 10 ou 15 anos, mais empreendedora, mais amiga do risco e, na minha opinião, com mais capacidade de criar riqueza”.
Autárquicas2013
João Penetra é o candidato da CDU à Câmara Municipal de Viana do Alentejo
Alvito não tem dívidas a fornecedores A CDU prepara uma jogada de grande risco em Alvito. O atual presidente 900 mil euros, ainda assim “controlado”. Mas o seu maior legado, acreda autarquia, João Penetra, não se recandidata. Diz que sugeriu o nome dita, foi o trabalho desenvolvido para acabar com o desemprego no condo seu sucessor, António João Valério, e vai anunciar a sua candidatura ao celho e a generalização do ensino do empreendedorismo nas escolas loconcelho vizinho de Viana do Alentejo. João Penetra sublinha que deixa cais. Um trabalho com nota oito, numa escala de zero a 10. uma câmara sem dívidas a fornecedores e com um passivo a rondar os
Texto Paulo Barriga Foto José Serrano
De zero a 10 que nota atribui ao seu mandato na Câmara de Alvito?
Mas não respondeu à minha pergunta. Gostava de continuar à frente da câmara?
Não sai magoado de Alvito. Pensa candidatar-se a outra câmara?
Para ser honesto atribuiria um oito. Porque é muito mau se nós estivermos totalmente satisfeitos com o nosso trabalho. A verdade é que fixamos objetivos que depois são difíceis de atingir. Quando, em 2009, todos os autarcas deste país se candidataram às eleições e fizeram os seus programas eleitorais, estavam muito longe de imaginar o que vinha aí, em termos de alteração do financiamento das autarquias.
Vou responder.... a proposta da minha substituição por outro candidato fui eu que a fiz ao partido, foi de minha autoria e, portanto, percebo a subtileza da pergunta. Devo dizer que a minha saída é consensual e que fui eu próprio que a propus, por pensar que é uma ótima solução para Alvito, sendo que tenho muito orgulho em ter estado aqui, tenho muito orgulho no trabalho que fiz.
Sim, sim, irei candidatar-me, pelo meu partido, a uma outra câmara.
Houve alguma obra de que não tivesse sido lançada ou concluída por vias da nova lei do financiamento local?
Com certeza que sim. Mas deixe que lhe diga que, em parte, estou satisfeito com o nosso trabalho porque, neste mandato, fizemos a maior obra de sempre neste concelho que foi a nova escola. Uma obra muito boa, de grande qualidade, não só a nível de construção, como também a nível de equipamento. Também reabilitámos por completo o jardim de infância de Vila Nova de Baronia e, portanto, essas obras foram importantíssimas para este concelho. Agora, não fizemos, e gostaríamos muito de ter feito, uma zona empresarial e um ninho de empresas, que tínhamos programado e que, por falta de verbas, não foi possível concretizar. Como vai deixar esta câmara em termos financeiros?
Atualmente não temos uma única dívida a fornecedores, a não ser as coisas correntes, isto para além de termos reduzido em muito a dívida de médio/longo prazo. E posso dizer-lhe que essa dívida, quando chegarmos ao final deste mandato, não ultrapassará os 900 mil euros. Está bastante controlada. Esta câmara ficará numa situação económica e financeira invejável, comparativamente com aquilo que é a realidade do País. Fala com entusiasmo redobrado em relação à sua gestão aqui em Alvito, gostava de continuar à frente desta câmara?
Quando vim para esta câmara, há quatro anos, sempre disse ao meu partido que deveríamos ter aqui um candidato natural de Alvito.
Qual?
Irei ser candidato, a apresentação oficial será no próximo mês, mas já aceitei o convite do meu partido para ser candidato a Viana do Alentejo. Não vai para muito longe.
Vou para p o concelho onde resido, de onde sou natural, onde já fui eleito eleito, não como vice presidente mas como vice-presidente nun me senti durante 14 anos. Mas nunca um paraquedista, porq porque lido em ano e a minha Alvito há cerca de 30 anos esposa é do concelho de Alvito, é de Vila Nova de Baronia. Te Tenho ligações aqu em Alvito, familiares e afetivas aqui sempre gostei de aqui estar e fui sempre muito bem tratado e estima estimado pela poAlvito pulação do concelho de Alvito. O que faz com que os p partidos políticos se movim movimentem tanto e com tanta veemência em relação a um dos concelhos concelho mais pequenos do País?
Não faço a mín nima ideia. Talvez pela vivacidade que o concelho de Alvito tem. Penso que Alv Alvito é um concelho que, aapesar de pequeno, tem muit muita massa cría também tica. O debate aqui é intenso mas m muito cordial. A minha experi experiência e a minha passagem pela política aqui em Alvito sempre foi de uma grande gran cordialidade entre as diversas forças políticas políticas. Apesar de mi estar em minoria, nunca
tive um orçamento municipal que não fosse aprovado. O que é sinónimo. Foi sempre aprovado, apesar de estar em minoria. A capacidade de relacionamento, de conversa, de uma democracia muito madura, Alvito é realmente o exemplo. António João Valério tem condições para conseguir ganhar esta eleição?
Eu aposto no António João, só não sei é se ganhará com maioria absoluta. Como sabe é muito difícil em Alvito obterem-se maiorias absolutas, mas eu tenho uma convicção muito grande na vitória do António João Valério, aliás eu sempre defendi este nome para ser candidato. Os restantes candidatos já anunciados também são de grande peso...
Reconheço que sim, mas isso só valoriza ainda mais quem vier a vencer as eleições. Continua a ser aliciante concorrer a uma câmara?
Infelizmente não é aliciante, no sentido da facilidade de exercer o cargo. Mas é nos momentos difíceis que se vê quem é que tem capacidade para aguentar o embate. Se o país nos chama e, neste caso, a sociedade em que estamos inseridos e da qual nós fazemos parte, devemos avançar. É nos momentos difíceis que se vê quem tem fibra e quem não tem para estar à frente dos destinos, não só do País, mas também de um concelho. Acha que deixa uma marca pessoal em Alvito?
Fomos, aqui na região, pioneiros no ensino do empreendedorismo. Estamos a tentar transformar uma sociedade para daqui a 10 ou 15 anos, mais empreendedora, mais amiga do risco e, na minha opinião, com mais capacidade de criar riqueza. Outra questão importante prende-se com o combate ao desemprego. Fizemos acordos com empresas locais e mesmo fora do concelho, o que permitiu, até há dois anos, sermos notícia na comunicação social por termos o desemprego muito reduzido. Hoje, infelizmente, temos desempregados, mas o combate ao desemprego, neste concelho foi sempre muito ativo durante este mandato.
Bisca Lambida
Contas podem sair “furadas” Um caso à parte
Disputa a três
João Espinho
Sérgio Fernandes
N
ão tenho a certeza de que Alvito seja assim tão importante para as contas de todos os partidos, mas estando em jogo a eleição de um presidente de câmara é óbvio que, num universo tão pequeno como o do distrito de Beja, mais um ou menos um presidente pode tornar-se muito importante, pois na distribuição de cargos em organismos e associações regionais, esse “mais um ou menos um” pode fazer pender a balança para um dos lados que, tradicionalmente, disputam esses “cargos”. O “caso” de Alvito está cheio de curiosidades, pois ali todas as contas podem sair “furadas” e a vitória ser obtida por outsiders, isto é, por independentes (2005). Também foi em Alvito que o PSD conseguiu, já por duas vezes (1985 e 1989), conquistar o primeiro lugar. Num concelho tão pequeno como o de Alvito, os resultados das autárquicas deveriam ser alvo de um case study, isto é, tentar perceberse, também de um ponto de vista sociológico, o que leva os eleitores a mudar de voto, por vezes radicalmente, de quatro em quatro anos. Obviamente que, como em todos meios muito pequenos, onde toda agente se conhece, Alvito também não foge ao tradicional “caciquismo”, onde determinadas famílias são quem mais ordena dentro dos paços do concelho. Qualquer alteração a este status quo pode levar alguns eleitores a abalar para outras cores. Em 2009 a CDU venceu com 11 votos de diferença do segundo (PS). Veremos se a conjuntura irá benefirnância. Jogo uma ciar, mais uma vez, a alternância. er riscos. carta baixa, para não correr
João Machado
E
sta localidade sempre foi um caso muito especial das eleições autárquicas no distrito de Beja, pois a sua gestão política já passou por quase todos os partidos e mesmo por candidaturas independentes. Nas localidades de pequena dimensão os fatores políticos contam muito pouco pois as relações de proximidade são mais importantes e valorizadas. Elegem-se efetivamente pessoas e não partidos ou movimentos políticos. Alvito tem sido também um bom exemplo de uma forma diferente de fazer politica e de entender o sentimento das populações. O eleitorado não se fixa nos partidos em concreto e “castiga” muitas vezes quem não procede da forma mais correta. Nas contas eleitorais, Alvito torna-se importante, não pelo número de eleitores, mas antes pelo que representa em termos de ganhos políticos, ou seja, se é mais uma câmara que o partido A ou B ganha, cujo fator pode ser determinante na correlação de forças das diferentes organizações, como as associações de municípios. Alvito é, definitivamente, um caso à parte no panorama político local e que deve ser tratado com muito cuidado pela CDU. A apresentação do candidato a esta autarquia foi uma escolha correta e não tenho dúvidas que a CDU sairá vencedora.
S
endo um dos mais pequenos concelhos do nosso distrito, Alvito é, reconhecidamente, volúvel do ponto de vista eleitoral autárquico. Desde 1976, e com uma participação dos eleitores sempre superior a 75 por cento, foram cinco os partidos, coligações ou movimentos independentes que assumiram a presidência da câmara, sendo que apenas em duas ocasiões (1982 e 1994) a mesma força política foi eleita para um segundo mandato consecutivo. Como fator adicional de interesse, as últimas eleições (2009) foram as mais disputadas de sempre neste concelho, com apenas 100 votos a separar o partido mais votado (PCP) da terceira força política (PSD/ /CDS), e escassos 34 do PS, em segundo lugar. Naturalmente, esta imprevisibilidade decorre, em primeira linha, da forte implantação local do PSD e da sua capacidade de mobilização eleitoral – tendo inclusivamente ganho as eleições por duas vezes –, “intrometendo-se” no duelo autárquico que historicamente opõe PS e PCP no Baixo Alentejo, transformando-o, no caso de Alvito, numa disputa a três. Por outro lado, importa não esquecer que na hora de fazer as contas da noite eleitoral a soma das bandeiras partidárias faz-se independentemente da dimensão dos concelhos e que, de igual modo, a representação de cada autarquia nas diversas instâncias de gestão supramunicipais e associações representativas obedece ao princípio de uma câmara um voto. Por fim, importa ter presente que todas
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Por que razão é Alvito, um dos mais pequenos concelhos do País, tão importante para as contas de todos os partidos?
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as autarquias e os seus cidadãos devem merecer, por parte das forças político-partidárias, na hora da escolha dos seus candidatos e da elaboração dos seus programas, igual respeito e empenho, na certeza de que se assim for é a nossa democracia que sai fortalecida. Pelo encanto da terra e a simpatia das gentes, jogo um ás de copas.
Igualdade de oportunidades Luís Miguel Ricardo
C
onfesso não possuir o melhor naipe de competências para ir a jogo, mas como não quero fazer renúncia, vou esforçar-me por fazer a melhor jogatina possível. Quando penso em Alvito, uma imagem sobressai: a Feira dos Santos. Noutras paragens há a feira de Santo André, de São João, etc., mas em Alvito a feira é de “todos os santos”. Não querendo forçar a analogia entre o conceito de “feira”, o “universo dos santos” e o histórico da volatilidade eleitoral, mas a verdade é que, em Alvito, todos os partidos políticos e movimentos independentes têm dividido o protagonismo. Será caso para dizer que em Alvito reina a igualdade de oportunidades entre os semelhantes. Todos os santos podem subir ao altar, todos os candidatos podem ambicionar a autarquia. E é essa rotatividade partidária (PS, CDU, PSD e PS, PSD, independentes) que faz de Alvito um terreno eleitoral onde é legítimo todos os intervenientes apostarem na vitória. Uma vitória, cuja dimensão esp além do âmbito local, tratégica pode ir para decis para maiorias partipodendo ser decisiva dárias no distrito e, consequentemente, em alguns órgãos reg regionais (associações, entidades, etc.). A volatilidad volatilidade pode advir do facto de se tratar de um concelho que, apesar de pequeno, está ddotado de infraestruturas sociais e económ económicas (lares, escolas, turismo, em empresas, etc.) que o diferencia renciam dos demais, e que, ao mes mesmo tempo, atraem para a re região pessoas novas, com ccompetências variadas e, sobretudo, de mente aberta e não agrilhoadas a doutrinas partidárias.
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BejaCapital volta aos debates
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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O movimento BejaCapital, o Novo Impulso realizou, ontem, quinta-feira, mais um debate integrado no ciclo “Novos Desafios, Novas Soluções”, desta vez com o tema “Reforçar a Coesão Social”. O encontro aconteceu na Casa da Cultura, em Beja, e contou com a participação de Valdemar Saleiros, Teresa Chaves, Maria José Ramalho e Laura Rodrigues, todos dirigentes de IPSS da região.
Beja
Sempre avança João Rocha
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“histórico” autarca de Serpa, João Rocha, é o candidato da CDU à presidência da Câmara de Beja para tentar “reconquistar” o município perdido para o PS em 2009, revelaram à Lusa fontes partidárias. A candidatura liderada por João Rocha vai ser apresentada no sá-
bado, numa sessão pública, em Beja. João Rocha, que liderou durante quase 33 anos a Câmara de Serpa, à qual não se pode recandidatar, devido à lei que estabelece o limite de três mandatos consecutivos, é a aposta da CDU para “reconquistar” a Câmara de Beja, nas autárquicas de outubro.
Movimento quer travar Sebastião
S
ete ações populares foram interpostas para impedir candidaturas de autarcas do PSD, entre as quais a de António Sebastião, à Câmara Municipal de Beja. “Queremos prevenir a concretização de candidaturas ilegais, uma vez que na nossa ótica as mesmas violam a lei” de limitação de mandatos, explicou o vice-presidente do Movimento Revolução Branca, Pedro Pereira Pinto.
Para além de António Sebastião, que está impedido de voltar a ser candidato em Almodôvar, as ações que deram entrada em vários tribunais do País têm como alvo outros candidatos sociais-democratas. Segundo notícia avançada pela rádio “Renascença”, o Tribunal de Beja respondeu ao movimento, considerando que a ação interposta é “para já inoportuna”.
Cabeça de lista vai a votos
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movimento independente “Por Beja Com Todos” anunciou que quer “contar com a participação de todos na escolha do seu candidato à Câmara Municipal de Beja”. Neste sentido, tem
vários candidatos a votação, nomeadamente João Santos, Lopes Guerreiro, Maria Angelina Soares, Maria Guerreiro e Maria Malveiro. A votação pode ser feita em www. porbejacomtodos.org.
Moura
CDU aposta em Santiago Macias
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175 000 É o número de pessoas alcançadas pelo Facebook do “Diário do Alentejo” durante a última semana. A nossa página eletrónica tem mais de um milhão de visitas. A edição impressa continua a ser líder de audiências com 76 por cento dos leitores de jornais regionais no Baixo Alentejo.
www.diariodoalentejo.pt facebook.com/diariodoalentejo
antiago Macias, de 49 anos, historiador, é o candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Moura, nas próximas eleições autárquicas. Santiago Macias foi membro da Assembleia Municipal entre 1994 e 2005, tendo sido presidente entre 1998 e 2002, e é vereador da Câmara de Moura desde 2005. Foi professor na Universidade do Algarve. É atualmente investigador da Universidade de Coimbra e membro da direção do Campo Arqueológico de Mértola, projeto ao qual está ligado desde
1983. É, desde 2003, responsável pelas escavações arqueológicas no Castelo de Moura. A sessão pública de apresentação da candidatura da CDU à presidência da Câmara Municipal de Moura realiza-se no sábado, dia 23, pelas 18 horas, no espaço municipal Sheherazade, em Moura. A CDU considera que “com esta candidatura, decidida na sequência de um amplo processo de auscultação interna, estão criadas condições para o prosseguimento e a melhoria da obra realizada pela CDU no concelho de Moura”.
Sines
Nuno Mascarenhas pelo PS
O
vereador da oposição socialista na Câmara de Sines Nuno Mascarenhas é o candidato do PS à presidência deste município. Nuno Mascarenhas, 45 anos, é licenciado em Economia e trabalha na Administração
do Porto de Sines. O candidato socialista, natural de Sines, faz parte do executivo camarário como vereador, sem pelouros atribuídos, desde 2005, cargo que já havia desempenhado também entre 1998 e 2001.
O STAL promoveu em todo o País concentrações e plenários de trabalhadores integrados no Sector Empresarial Local, com o objetivo “de denunciar a estratégia de privatização do Governo para os serviços públicos locais”. “Combater a ameaça do despedimento que paira sobre mais de 10 mil trabalhadores e exigir que a Assembleia da República aprove uma medida legislativa extraordinária para a sua integração nos mapas de pessoal das autarquias” foram outros dos assuntos em análise durante a jornada de luta.
09 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
STAL promoveu concentrações e plenários
Atual IEFP divulgou dados que comparam 2012 e 2013
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgou os últimos dados relativos ao mercado de emprego e, no Alentejo, o número de indivíduos desempregados continua a aumentar. Em janeiro deste ano registavam-se 33 606 pessoas sem trabalho.
O
desemprego continua a subir no Alentejo. O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgou a informação mensal do Mercado de Emprego e, de acordo com o estudo, “analisando o desemprego, segundo a dimensão regional, observa-se um aumento anual em todas as regiões”. O Alentejo não é, assim, exceção, destacando-se, inclusive, as variáveis registadas na região. O “Diário do Alentejo” analisou os dados disponíveis e no Alentejo, em janeiro de 2013, registaram-se 33 606 desempregados. Tendo por base a comparação com o mesmo mês, mas em 2012, onde se contabilizavam 28 118 desempregados, verificase uma variação de mais 19,5 por cento. No que diz respeito às ofertas de emprego por regiões, no final do mês de janeiro deste ano, no Alentejo, contabilizavam-se 1 188, mais 31,6 por cento do que no mês homólogo. O número de cidadãos sem emprego inscritos nos centros de emprego do Alentejo, em janeiro de 2013, chegava aos
JOSÉ SERRANO
Desemprego aumentou no Alentejo +19,5%
33 606 janeiro 2013
Alentejo Variação do n.º de desempregados
28 118 janeiro 2012
4 403. Em janeiro de 2012, porém, registavam-se 4 851, o que corresponde a uma taxa de menos 9,2 por cento. Relativamente as ofertas de emprego, no Alentejo, em janeiro deste ano, registaram-se 850. Comparando com o mês homólogo há uma variável de mais 13,5 por cento. O estudo do IEFP analisa também as colocações por região e se em janeiro de 2012 os números apontam para as 323, em janeiro deste ano contabilizaram-se 399. De acordo com a informação mensal
do Mercado de Emprego do IEFP, “no final do mês de janeiro de 2013, estavam inscritos, nos centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas, 740 062 desempregados correspondendo a 82,8 por cento de um total de 894 294 pedidos de emprego”. Comparando com o período homólogo de 2012, o número de desempregados aumentou 16,1 por cento. Em relação ao mês anterior, observou-se uma subida de 4,1 por cento.
PSD debateu reforma do Estado
Mário Simões defende regionalização
O
presidente da comissão política distrital de PSD e deputado eleito pelo círculo de Beja afirmou recentemente em Beja, no decorrer da conferência “Consolidação, crescimento e coesão”, organizada pelo PSD, que “reformar o Estado é também a oportunidade para requalificar os órgãos de poder intermédios regionais e, consequentemente, cumprir a Constituição criando finalmente as regiões administrativas”. “Manda a lucidez que a reforma do Estado no contexto em que o Governo a pretende fazer não possa ser apenas um slogan”, começou por dizer Mário Simões, adiantando que “a reforma do Estado terá de ser feita sobretudo de muitas e pequenas reformas, sendo a maior e primeira a desenvolver a que envolve
as mentalidades” e que terá de servir “para reformar as instituições e as suas funções”. “No Baixo Alentejo o que nos vai na alma é um desconfortante sentimento de abandono, expresso naqueles que partem e sentido por todos aqueles, poucos, que teimam em ficar. O poder e a capacidade de reivindicação, na senda da mudança do presente estado de coisas, depende, também, da representatividade da região nos órgãos do poder central. Três deputados representam e permitem muito pouco. É o Estado no seu pior!”, disse ainda, acrescentando que “reformar o Estado tem de passar por dignificar as regiões do interior”, por “combater exaustivamente o centralismo do Terreiro do Paço que contribuiu, em três décadas, para esta
lógica perversa que é ter mais alentejanos na área metropolitana de Lisboa que no terço de Portugal que representa o Alentejo”. “Chega de grandes obras públicas. É na formação das pessoas que temos de apostar para que Alqueva seja aproveitado também pelos que cá nasceram e cá estão”, defendeu Mário Simões, concluindo: “Para nós, PSD, a reforma do Estado não é o corte de quatro mil milhões de euros, que as mentes serôdias do costume apregoam e se escondem atrás, mas, outrossim, a reforma que eles rejeitam, das instituições e funções, numa perspetiva de consolidação da nossa independência financeira e da reconquista da nossa soberania plena que nos foi amputada pelo desgoverno socialista”.
Deputado João Ramos questiona Governo João Ramos, deputado do PCP, questionou o Governo sobre a intervenção na estrada nacional EN255-1. O deputado relembrou que esta é a única via de ligação da aldeia de Sobral da Adiça à cidade de Moura e que apresenta um estado de degradação que se tem vindo a agravar com o passar dos anos. O deputado quer saber “quando será realizada a tão prometida intervenção profunda de requalificação da EN 255 -1”.
Câmara de Beja preocupada com apoios à cultura A Câmara Municipal de Beja exige uma urgente discussão e programação dos fundos do Quadro Comunitário de Apoio 2014/2020 para a cultura. A autarquia, em comunicado, “critica a atuação do Estado e a distribuição das verbas destinadas ao apoio cultural”. Recorde-se que a autarquia participou, na semana passada, em Lisboa, no seminário “Perspetivas para a Cultura no Quadro Estrátegico Europeu 2014/2020”, organizado pela Secretaria de Estado da Cultura, apresentando as suas preocupações durante o debate.
PCP leva Alqueva à Assembleia da República O empreendimento de Alqueva esteve em discussão na Assembleia da República por iniciativa do PCP. O projeto de resolução do PCP, a recomendar ao Governo a elaboração de um Plano Estratégico para a Zona de Influência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e um conjunto de outras medidas tendentes ao correto aproveitamento do mesmo, foi votado na passada sexta-feira, tendo sido aprovadas por unanimidade algumas das recomendações.
Pita Ameixa participou no Parlamento dos Jovens O deputado do Partido Socialista eleito pelo círculo de Beja, Luís Pita Ameixa, participou, em representação da Assembleia da República, na sessão distrital do programa Parlamento dos Jovens, referente ao ensino básico, que decorreu no auditório da escola D. Manuel I, em Beja. Participaram 36 “deputados escolares” que foram eleitos nos nove estabelecimentos de ensino candidatos (Aljustrel; N.ª S.ª da Graça de V. N. Milfontes; Damião de Odemira; Amareleja; Mário Beirão de Beja; Ourique; Cuba; Vidigueira; e Profissional de Moura). Em debate esteve o tema “Ultrapassar a crise”.
Miss Cidade do Vinho Vidigueira 2013
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Jovens dos 15 aos 25 anos, naturais ou residentes no concelho de Vidigueira, podem inscrever-se, até ao próximo dia 28, no Concurso “Miss Cidade do Vinho Vidigueira 2013”, que irá realizar-se em março naquela vila alentejana. As candidatas podem inscrever-se no Posto de Turismo de Vidigueira e nas juntas de freguesia do concelho
Capoulas Santos embaixador do Congresso Mundial do Presunto O eurodeputado socialista Capoulas Santos é o embaixador do 7.º Congresso Mundial do Presunto, que vai decorrer, pela primeira vez, em Portugal, entre os dias 28 e 31 de maio, em Ourique. Para a comissão
e a ficha de inscrição e o regulamento estão disponíveis naqueles locais e no sítio de Internet da Câmara de Vidigueira. O concurso, organizado pela Câmara de Vidigueira em parceria com a Associação Terras Dentro, irá realizar-se durante o Festival Gastronómico A Pão e Laranjas, que vai decorrer entre 22 e 24 de março.
organizadora do congresso, o facto de Capoulas Santos ter aceitado o convite para ser o embaixador do evento “é uma honra” e “fortalece a credibilidade e os objetivos da organização”, refere a Câmara de Ourique, um dos organizadores. Por outro lado, “o percurso e a notoriedade em diversos setores
europeus e internacionais” de Capoulas Santos, também membro da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu e da Delegação à Comissão Parlamentar Mista União Europeia-México, são “uma mais-valia” para o congresso, frisa o município.
Feira do Queijo do Alentejo cumpre 12.ª edição entre hoje e domingo
A partir de hoje e até domingo, Serpa transforma-se na capital do queijo em mais uma edição deste certame temático que já marca a agenda regional há 12 anos. Mais de uma centena de expositores, entre eles 42 dedicados ao produto-rei, encontros de corais alentejanos, serões de música e demonstrações culinárias ao mais alto nível são as propostas para o fim de semana em mais uma Feira do Queijo do Alentejo.
JOSÉ SERRANO
Queijo da região e do País mostra-se em Serpa
É
já hoje, sexta-feira, a partir das 11 horas, que abre oficialmente em Serpa a 12.ª Feira do Queijo do Alentejo, certame que se prolonga até domingo, 24. O Pavilhão de Feiras e Exposições transforma-se, mais uma vez, na montra por excelência dos mais afamados e apreciados queijos da região e do País. Em 42 expositores dedicados à venda e degustação do produto, pode encontrar-se o anfitrião Serpa, bem como os seus congéneres de Nisa, Beira Baixa, Castelo Branco, Trás-os-Montes (Terrincho), Azeitão, Redondo, Borba, Estremoz, Rio de Moinhos, Serra da Estrela e Açores (queijo
da ilha, São Jorge). Para além do queijo, haverá oportunidade também de provar outros produtos tradicionais do concelho, entre o mel, o azeite, o vinho e a doçaria, num total de 102 expositores, bem como a gastronomia local nas várias tasquinhas disponíveis. No programa cultural é dado particular destaque ao cante alentejano, candidato a Património Imaterial da
Humanidade da Unesco, através de dois encontros de corais, com desfile pelo recinto e atuação em palco: um ainda hoje, pelas 17 horas; o outro, agendado para amanhã, sábado, pelas 15 horas. Na programação para toda a família, salientam-se os ateliês do queijo, dina mizados pela Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa (Epdrs) e uma oportunidade para
os mais pequenos trabalharem com a massa do queijo, e várias demonstrações culinárias com chefes de cozinha de renome, entre outras. Ainda hoje, pelas 17 horas, Vítor Esteves, chef executivo do grupo Jerónimo Martins, propõe uma demonstração sobre “Gastronomia com produtos tradicionais”, que se repete amanhã pelas 15 e 30 horas. No domingo, o show cooking previsto,
para as 17 horas, gira em torno dos “Sabores da Feira” e será conduzido por Alexandre Silva, vencedor do concurso Top Chef. Ao serão, as atenções voltam-se para ao Palco das Tasquinhas, cuja oferta vai desde a música popular portuguesa ao flamenco, passando pela música de dança proposta por vários DJ. Hoje, a partir das 22 horas, pisam o palanque Zeca e os Pelintras e o DJ Shock, que inaugura as “Cheese Sessions”. Os coletivos Peña Flamenca Esther Merino e Ardila, bem como o DJ Daniel K, são os convidados de amanhã e, para encerrar, no domingo, são esperados, a partir das 20 horas, o grupo de música popular portuguesa Devaneios Filarmónicos e o conjunto de flamenco e sevilhanas Azalea. Para os mais madrugadores, há ainda no domingo, a partir das 8 e 30 horas, o primeiro passeio de BTT “Rota do Queijo”, com concentração junto ao Pavilhão Carlos Pinhão. E a pensar nos produtores é oferecido este ano o colóquio “Reflexões para o setor da produção do leite e cabra no Baixo Alentejo”, com organização da Escola Superior Agrária de Beja, agendado para as 15 e 30 horas de hoje, no espaço multiusos.
Escolas participam em projeto nacional
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Os “Heróis da Fruta” da região
Associação Portuguesa Cont ra a Obesidade Infantil (Apcoi) está a promover o projeto “Heróis da Fruta”, que visa, segundo a organização, “motivar as crianças portuguesas até aos 10 anos a ingerirem fruta diariamente”. E são muitas as escolas da região que responderam afirmativamente ao repto da associação, nomeadamente escolas de Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo, Odemira, Serpa e Vidigueira. O projeto dirige-se a todos os jardins de infância e escolas do 1.º ciclo.
O intuito, segundo a organização, “é que os participantes aprendam a valorizar a importância do consumo de fruta diário para a sua saúde e, de igual forma, que se motivem e adquiram competências para adotar definitivamente esse hábito alimentar, envolvendo as crianças, os professores, os educadores, os pais e outros familiares na dinâmicas das tarefas, atividades e desafios do projeto”. A iniciativa encontra-se dividida em duas etapas complementares. A primeira, que decorreu
até ao dia 25 de janeiro, consistiu na implementação de um programa motivacional, onde todos os participantes teriam de explorar diversas temáticas relacionadas com a fruta, nomeadamente através de propostas didáticas de atividade. Os alunos recebiam, por exemplo, uma estrela de herói sempre que ingeriam uma porção de fruta ao lanche. A segunda etapa, por sua vez, que decorre até ao dia 10 de março, envolve o desafio de organizar localmente uma ação de mobilização. As escolas
participantes criaram individualmente o “Hino da Fruta”, que consistiu na criação de uma letra para uma base musical fornecida pela Apcoi. Posteriormente gravaram um videoclipe, que faz, neste momento, parte de uma votação nacional. O apuramento dos 60 hinos finalistas será realizado através de votação pública, sendo selecionados comos finalistas os três mais votados dos 18 distritos e das duas regiões autónomas. O júri vai ainda poder escolher diretamente o 4.º vencedor. A região tem 12
“Hinos da Fruta” a votação. Recorde-se que, de acordo com os resultados do primeiro Sistema Europeu de Vigilância Nut r iciona l Infa nt i l da Organização Mundial de Saúde, revelados em 2011, “apenas dois por cento das crianças portuguesas comem fruta fresca todos os dias”. A origem para este baixo consumo poderá estar, segundo o estudo, “na escassez da introdução de fruta nas refeições durante a primeira infância, o que dificulta o processo das crianças se habituarem a esses sabores”.
São Teotónio impulsiona integração social e cultural Amanhã, sábado, dia 23, pelas 15 horas, vai ser apresentado o projeto ST.E5G, com o objetivo de impulsionar a integração social e cultural de crianças e jovens da freguesia de São Teotónio, no
A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) está a promover um ciclo de encontros empresariais de eficiência energética, integrado no projeto Less is More. A próxima iniciativa acontece, na terça-feira, 26, no Instituto Politécnico de Beja. O encontro tem início pelas 14 e 15 horas e conta com a participação de Mário Genésio (ANJE), Susana Sobral (Arecba) e Ana Pardal (IPBeja).
concelho de Odemira. O projeto é promovido pela Taipa – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira, e financiado pelo programa Escolhas 5ª Geração, com o apoio do município de Odemira. Uma festa de animação no Quintalão,
11 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Jovens empresários promovem debate no IPBeja
em São Teotónio, marcará o início oficial deste projeto de integração e a inauguração do Espaço ST (ao lado da Junta de Freguesia de São Teotónio), apresentando à comunidade a oferta de atividades e iniciativas do projeto ST.E5G
Festival evidencia gastronomia alentejana
Petiscos para todos os gostos em Beja Beja vai receber, entre os dias 1 e 3 de março, o Festival do Petisco. A organização encontra-se a cargo do Nerbe/ /Aebal e o evento acontece nos pavilhões do Nerbe.
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e acordo com a organização, “o evento consiste numa mostra gastronómica do distrito, onde alguns concelhos vão estar representados com uma tasquinha e uma feira de sabores, com produtos tradicionais do Alentejo”. Associado aos petiscos, este festival traz
também o convívio. E o evento pretende ser isso mesmo: um ponto de encontro. A vertente do negócio não foi esquecida e esta, segundo a organização, “é uma excelente oportunidade para as empresas promoverem os seus produtos ”. Jorge Freitas Jorge, da direção do Nerbe, em declarações ao “Diário do Alentejo”, afirmou: “As pessoas ainda se deslocam para apreciar a gastronomia local e isso é uma mais-valia para a região. A gastronomia, sem dúvida, pode ajudar a potenciar o turismo e este festival pretende contribuir para que tal aconteça”.
Festival Gastronómico em Vidigueira
A Pão e Laranjas
A
Câmara Municipal de Vidigueira organiza, nos dias 22, 23 e 24 de março, o Festival Gastronómico A Pão e Laranjas. À semelhança das edições anteriores, vai contar com uma recriação histórica, subordinada ao tema “25 de Abril – Um Mundo Rural”. O certame, de acordo com a autarquia, “pretende promover os produtos de excelência do concelho (em particular o pão, a doçaria e as laranjas), divulgar a riqueza da cozinha tradicional local e oferecer aos visitantes e população local atividades lúdicas de recriação histórica”. Nesta edição, e porque Vidigueira foi eleita Cidade do Vinho 2013, pretende-se ainda, segundo a câmara municipal, “dar destaque aos produtores de vinho do
concelho, através de um espaço privilegiado para exposição, venda, contactos de negócios e outras ações temáticas e científicas”. Durante os dias do festival, o programa inclui exposição e venda de produtos agroalimentares, artesanato, tasquinhas, gastronomia local, animação de rua, espetáculos de música e ainda vários ateliês para famílias. O objetivo é agradar a pequenos e graúdos. A Câmara Municipal de Vidigueira, em comunicado ao “Diário do Alentejo”, defende que “este é um evento com uma temática única no País”, esperando-se, assim, que se “assuma, gradualmente, como uma referência no contexto nacional, atraindo um maior número de visitantes ao concelho”.
Certame já tem data marcada
Peixe do Rio em Pomarão
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omarão, no concelho de Mértola, recebe em março o Festival do Peixe do Rio. O evento, mais uma vez, conta com a organização da Câmara Municipal de Mértola, em parceria com várias associações locais. Nesta edição, com data agenda para os dias 23 e 24 de março, pretende-se mais uma vez, segundo a organização, “promover a gastronomia do concelho, através da valorização de um recurso local muito apreciado, como é o caso do peixe do rio”. Para além da oferta gastronómica, que promete ser variada, a autarquia pretende
“dar a conhecer os restantes produtos locais, que contribuem e enriquecem o património do concelho”. À semelhança das edições anteriores, o festival vai contar com a participação de produtores locais e os reis e senhores do festival serão a lampreia, o muge, a saboga, as enguias e outros peixes do Guadiana, confecionados em vários pratos. Levar as pessoas ao rio e fazer interessá-las pela temática é outro dos interesses da autarquia, que, para além das questões ligadas à pesca, ambiciona potenciar o rio para fins turísticos.
Para ajudar a promover o evento, o Nerbe conta com a colaboração, segundo Jorge Freitas Jorge, de “três embaixadores”, nomeadamente “António Nobre, chefe, Jorge Serafim, contador de histórias, e Jorge Benvinda, músico”. O evento abre portas na sexta-feira, 1, e as primeiras atividades do festival dirigem-se às escolas. A inauguração oficial do festival, essa, acontecerá às 18 horas. Pela mesma hora terá lugar uma aula de culinária com Mónica Rodrigues, com a participação especial do chefe António Nobre. Um concerto com Terraza, um espetáculo com Jorgem Serafim e o concerto de Human Roots. PUB
No sábado, dia 2, a manhã começa com um passeio a cavalo e, à hora de almoço, os Rapazes da Música animam o certame. O dia contará ainda com atuações de grupos corais, com workshops, com um show cooking com a chefe Alice Pole e com o concurso do melhor petisco do festival, entre tantas outras atividades. A noite será animada pelos Bubedanas, Artick Fire e Caracol Blues. No domingo, último dia do certame, há aulas de culinária com o chefe Romão Reis, espetáculos musicais, workshops e atuação de grupos corais, entre outras atividades.
JOSÉ SERRANO/ARQUIVO
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Turismo do Alentejo prepara documento A Turismo do Alentejo vai realizar um conjunto de sessões públicas em todo o Alentejo para debater a preparação do documento estratégico para o setor no período de 2014 a 2020. Segundo a Entidade Regional de Turismo (ERT), o objetivo é discutir uma estratégia concertada, face ao próximo quadro comunitário de apoios, com os agentes regionais, nomeadamente autarcas, empresários, técnicos de turismo, representantes de instituições e sociedade em geral.
Projeto candidatado recebeu 24 700 euros
CerciBeja “constrói” sorrisos
Esdime reconhecida como ONGD A Esdime foi informada, na semana passada, da concessão do reconhecimento do estatuto de Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), reconhecimento este atribuído para os próximos anos e que confere à organização, de acordo com a Esdime, “o estatuto de utilidade pública e a possibilidade de aceder a instrumentos específicos de financiamento de projetos de cooperação para o desenvolvimento”. Este reconhecimento surge na altura em que a Esdime celebra 24 anos de existência (fundada a 18 de fevereiro de 1989).
Incentivos para microempresas Os projetos de microempresas localizadas em regiões do Alentejo podem candidatar-se a incentivos financeiros, com majoração dos apoios para jovens desempregados entre os 18 e os 30 anos. Para beneficiarem do sistema de incentivos de apoio local a microempresas, financiado com fundos comunitários, os projetos não podem estar iniciados à data da apresentação da candidatura e devem criar postos de trabalho líquidos (diferença entre o número de postos de trabalho existentes à data da contratação do trabalhador e o maior número de postos de trabalho verificado nos meses de junho e de dezembro que precedem a data dessa contratação). A dotação orçamental total é de 25 milhões de euros, cabendo 3,5 milhões ao Alentejo.
Castro Verde reforça apoios na saúde A Câmara de Castro Verde anunciou o reforço de apoios na área da saúde prestados a famílias carenciadas do concelho, através do cartão social do município, para “minimizar os efeitos colaterais da crise”. A Câmara de Castro Verde decidiu reforçar as comparticipações e apoios na área da saúde devido “às dificuldades das famílias do concelho, agravadas pela atual crise do País e pela alteração das políticas de comparticipação do Serviço Nacional de Saúde”. Por outro lado, a autarquia refere que decidiu também renovar algumas medidas do Cartão Social do município de Castro Verde, o qual “assume uma importância vital na gestão das despesas das famílias carenciadas”, nomeadamente das relativas à área da saúde, refere a autarquia.
Espetáculo ajuda Loja Social de Ourique O espetáculo amador “Do Cabaret para o Convento”, que decorreu no passado dia 9, no Cineteatro Sousa Telles, em Ourique, foi visto por 220 espetadores e rendeu 480 euros, que vão reverter a favor da Loja Social de Ourique. A receita obtida com o espetáculo, uma “iniciativa louvável”, dinamizada por “muitos cidadãos do concelho, numa fantasiosa brincadeira de Carnaval”, vai permitir reforçar os apoios que a Loja Social presta à população mais carenciada de Ourique, explica o município.
A CerciBeja tem em curso um projeto de saúde oral, que inclui educação, avaliação e tratamentos dentários, destinado a 120 clientes da instituição. “Construindo Sorrisos com o BPI”, assim se designa o projeto, foi galardoado com uma menção honrosa do BPI Capacitar, tendo-lhe sido atribuído 24 700 euros. Texto Nélia Pedrosa
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CerciBeja – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados, em parceria com uma clínica de Beja, deu início a um conjunto de rastreios, com o objetivo de avaliar as necessidades dos seus clientes “ao nível da saúde oral”. Os rastreios, que irão abranger 120 clientes da instituição, estão a ser efetuados no âmbito do projeto “Construindo Sorrisos com o BPI”, que visa “garantir o acesso à saúde oral por forma a garantir uma melhor qualidade de vida aos clientes e promover a inserção social e profissional dos mesmos” e que “irá criar uma rede de dentistas voluntários que terão o privilégio de participar na melhoria da saúde oral das pessoas com deficiências e incapacidades”. “Construindo Sorrisos com o BPI” foi galardoado com uma menção honrosa do BPI Capacitar, tendo-lhe sido atribuído 24 700 euros. “A principal razão que nos levou a escolher este projeto prende-se com as solicitações, quase diárias, por parte dos clientes, para a resolução de questões relacionadas com a saúde oral”, esclarece a direção da CerciBeja ao “Diário do Alentejo”, frisando que é sabido que “existem muito poucas respostas para esta solicitação” e que “a imagem é muito importante quando se fala em inserção profissional e social das pessoas com deficiências
e incapacidades”: “Sabemos que pode ser fator de exclusão ou inclusão e nós pretendemos incluir”. “Construindo Sorrisos com o BPI” é inspirado no projeto “Turma do Bem”, que teve início no Brasil e “que atualmente se estende também ao nosso país”, refere ainda a direção, adiantado que o projeto da CerciBeja se assemelha à ”Turma do Bem” na “medida em que pretende garantir o acesso à saúde oral às pessoas com deficiências e incapacidades e com carência económica”. O projeto tem a duração de um ano, no entanto, a instituição pretende “prolongar a sua vida por tempo indeterminado”. Os rastreios aos clientes da instituição fazem parte da primeira fase do projeto, que arrancou no final do ano passado, e que, para além de avaliar as necessidades em termos de saúde oral, pretende “perceber qual a importância que estas pessoas dão à saúde oral e de que forma a integram na sua vida diária”, assim como sensibilizar os clientes “sobre a importância da mesma”. Após esta primeira fase, que deverá estar concluída em maio, os clientes “serão priorizados de acordo com critérios pré-definidos, como idade, avaliação efetuada e efetiva necessidade de tratamento, importância atribuída à saúde oral, condições financeiras e o facto de não estarem a beneficiar de outras respostas no âmbito da saúde oral”. Concluídos os rastreios e a priorização dos beneficiários terão início os tratamentos dentários a efetuar pelos parceiros. O trabalho de sensibilização para a importância da saúde oral manter-se-á durante o decorrer “de todo o projeto”, sendo ainda “efetuados registos das mudanças obtidas, por forma a que os clientes interiorizem e reflitam acerca da importância da saúde oral para o seu bem-estar geral e para a sua qualidade de vida”, refere a direção,
adiantando que o projeto “será monitorizado e avaliado ao longo da sua execução, por forma a possibilitar a (re)definção de estratégias e formas de atuação”. “Embora estejamos conscientes de que existem outros fatores que influenciam a inserção profissional e social das pessoas com deficiências e incapacidades, pretendemos também demonstrar que este projeto veio contribuir de forma decisiva para a inserção profissional e social dos nossos clientes”, reforça a direção. Instituição procura parceiros O valor atribuído pelo programa BPI Capacitar “é apenas suficiente para o arranque do projeto”, sendo que a CerciBeja suportará “as despesas referentes aos técnicos envolvidos”. Para concretizar todas as atividades previstas até outubro deste ano, salienta a instituição, “a ideia necessita de protocolos de parceria que possam sustentar a sua concretização e continuação das mesmas”. Assim sendo, a 19 de março, a CerciBeja irá fazer a apresentação pública do projeto “à comunidade e a possíveis parceiros e financiadores”: “Esta apresentação destina-se a todos aqueles que estiverem interessados em colaborar com as pessoas com deficiência e incapacidade, nomeadamente contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida e da sua inserção social e profissional. A nossa ideia é reunir nesta apresentação sobretudo os profissionais de medicina dentária que exercem atividade na nossa zona de intervenção e possíveis entidades financiadoras, empresas públicas e/ou privadas de âmbito nacional e regional, tendo em vista a criação de parcerias que contribuam para a sustentabilidade e continuidade das nossas ações”, explica a direção. A sessão terá lugar no BejaParque Hotel, pelas 16 e 30 horas.
GNR regressa a Ferreira do Alentejo A Câmara de Ferreira do Alentejo e o Ministério da Administração Interna assinaram na quarta-feira um protocolo para a cedência de um edifício para a GNR. O acordo foi assinado em Lisboa, no âmbito do programa
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O espaço Oficinas apresenta hoje, sexta-feira, 22, pelas 22 horas, um espetáculo com Kalú, baterista e fundador dos Xutos & Pontapés. Depois de Tim e Zé Pedro, é a vez de Kalú estrear-se a solo, com o seu primeiro álbum, “Comunicação”. Neste projeto próprio Kalú assume-se como compositor.
de reabilitação de edifícios para as forças e serviços de segurança, apoiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). “Depois do lançamento do concurso, e desta assinatura, será submetida uma candidatura, na próxima semana, para podermos começar a
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Kalú nas Oficinas em Aljustrel
obra que permitirá o regresso da GNR à sede de concelho [atualmente está instalada em Figueira de Cavaleiros]”, referiu o presidente da autarquia, Aníbal Costa, na sua página pessoal no Facebook. A empreitada está avaliada em 500 mil euros.
Violência doméstica no distrito de Beja
Num balanço de cinco anos de trabalho, o Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica (NAV) do Distrito de Beja dá conta, sem surpresas, de um universo maioritariamente feminino (94 por cento) entre os que recorrem aos seus serviços, com uma percentagem preponderante (48 por cento) de utentes casados ou em união de facto, ao que se seguem os solteiros (29 por cento). omemora-se hoje, sexta-feira, o Dia Europeu da Vítima de Crime, data que a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) assinala “recordando à sociedade portuguesa a sua missão de apoio às vítimas de crime, às suas famílias e amigos, bem como as necessidades das mesmas”. Assim, segundo o relatório anual da associação, divulgado na quarta-feira, 20, foram registados, em 2012, 20 311 crimes, mais 10 por cento face ao ano anterior, e a maioria dos quais de violência doméstica. As estatísticas da APAV indicam também que, embora os crimes de violência doméstica tenham aumentado em números absolutos em 2012, sofreram uma ligeira descida percentual face ao total de crimes, passando de 85 por cento (15 724), em 2011, para 83,6 por cento (16 970), no ano passado. Apesar desta descida, alguns crimes nesta
área demonstraram uma tendência contrária, designadamente o de injúrias/difamação, que mais do que duplicou (mais 861 crimes), e os crimes de natureza sexual, que aumentaram 94,1 por cento (mais 128 crimes), pode verificar-se no documento, onde também há números sobre os maus tratos psíquicos, que representam cerca de 36 por cento do total das situações de violência doméstica, seguindo-se os maus tratos físicos (26,7 por cento). Na região, esta realidade tem vindo a ser seguida, desde há cinco anos, pelo Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica (NAV) do Distrito de Beja, a funcionar no edifício do Governo Civil, que também divulga um balanço global do trabalho feito na sua folha informativa deste mês. Sem surpresas, o núcleo dá conta de um universo maioritariamente feminino (94 por cento) entre os que recorrem aos seus serviços, com uma percentagem preponderante (48 por cento) de utentes casados ou em união de facto, ao que se seguem os solteiros (29 por cento). Quanto à relação com o agressor, merece destaque a percentagem dos que são cônjuges ou companheiros (64 por cento), não sendo também de menosprezar as fatias que correspondem à situação de filha/filho (10 por cento) e mãe/pai (seis por cento). A maioria das vítimas, pode ler-se
Cartas de Pessoa e Ofélia em Castro Verde
Ferreira melhora tratamento de águas
Na terça-feira, dia 26, Manuela Parreira da Silva apresenta em Castro Verde a sua obra Cartas de Amor de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz. Um livro que reúne, pela primeira vez numa edição conjunta, as cartas de amor trocadas entre o poeta e Ofélia Queiroz. O livro será apresentado em duas sessões. No Fórum Municipal de Castro Verde, pelas 10 horas, dirigida aos alunos do 12.º ano e do projeto “Ler+Jovem” e, a partir das 18 horas, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca para os alunos da Universidade Sénior de Castro Verde e público em geral. Manuela Parreira da Silva nasceu em Castro Verde. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Doutorou-se em Literatura Portuguesa, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova.
A Câmara de Ferreira do Alentejo vai substituir quatro fossas séticas do concelho por novas, num investimento de 30 mil euros, que vai permitir melhorar o tratamento de águas residuais que são lançadas em linhas de água. A intervenção, integrada no plano municipal de substituição/ modernização de estações de tratamento de águas residuais do projeto “Ferreira Sustentável”, abrange as fossas séticas de Fortes Novas, Fortes Velhas, Aldeia de Rouquenho e Santa Margarida do Sado-Norte. Segundo o município, a intervenção vai permitir “uma melhoria muito significativa” no tratamento das águas residuais que são lançadas em linhas de água, “através de um nível de tratamento mais elevado e eficaz”.
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ILUSTRAÇÃO PAULO MONTEIRO
Vítima: mulher, jovem adulta e com companheiro
também na informação do NAV, situa-se na faixa entre os 25 e os 44 anos (57 por cento), sendo que a ocorrência da violência tende a ser semanal (30 por cento) ou ocasional (30 por cento). Já no tipo de violência perpetrada, é claramente a de natureza psicológica e física a mais recorrente (64 por cento), sobressaindo, quanto ao tipo de ajuda, a informação (21 por cento) e a informação e encaminhamento (35 por cento). Ao longo deste período de cinco anos, foram também oferecidos outros tipos de auxílio, entre PUB
apoio social (15 por cento), apoio jurídico (13 por cento) e valência de Casa Abrigo/Lar (seis por cento). O NAV de Beja avisa que o “silêncio é uma das armas mais poderosas da violência doméstica” e lembra que dispõe de uma “equipa multidisciplinar constituída por uma assistente social, uma psicóloga e uma advogada que o/a atenderão com total confidencialidade, presencialmente ou através do telefone”. Os contactos: navbeja@gmail.com; 284341726 ou 968441691. CF
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Belíssimo episódio, a nova cantoria do “Grândola”, agora dedicada ao equivalente-a-ministro Relvas. Aquele omnipresente sorriso amarelado talvez merecesse uma outra canção do Zeca, quiçá a que versava o processo de manufactura de canalhas: “No país da verborreia/Uma brilhante carreira/Dá produto todo o ano.” Nem mais: cada cavadela dá direito a nova minhoca. O homem não tem o fio de voz do chefe – precisaria mesmo de fazer de conta que sabe a letra da canção? Luís Rainha, “i”, 20 de fevereiro de 2013
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Há velhos e novos TABERNEIROS EM CUBA. Vera e Pedro, jovens, arregaçaram mangas e mudaram o destino da Taberna do Arrufa. Francisco Fitas continua com o gosto pelo balcão vincado no corpo, dirigindo a taberna museu, que foi erguendo com dedicação e paciência ao longo dos tempos. Duas gerações em prol da preservação da tradição. BS
Opinião
O Alentejo e o novo Quadro Estratégico Europeu
Maria da Graça Carvalho Deputada ao parlamento Europeu
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ela primeira vez na história da comunidade europeia foi aprovado um orçamento europeu inferior ao dos anos anteriores. Em média os países europeus perderam 13,1 por cento das verbas. O Governo português conseguiu que Portugal perdesse apenas 9,7 por cento das verbas. Assim, apesar da significativa redução do orçamento global, Portugal obteve, no conjunto da política da coesão e da política agrícola comum, um valor de 27,8 mil milhões de euros para o período 2014-2020. O Quadro Estratégico Europeu para 2014-2020 (QEE) incorpora as orientações estratégicas e as principais regras de utilização de cinco fundos europeus: o Feder, o Fundo Social Europeu e o Fundo de Coesão, os três fundos do actual QREN, e ainda o Fundo Agrícola de Desenvolvimento Rural e o Fundo dos Assuntos Marítimos e das Pescas. As políticas estabelecidas no QEE entrarão em vigor no dia 1 de janeiro de 2014. Cabe agora a Portugal definir as prioridades de investimento dos fundos europeus no país e negociar com a Comissão Europeia a orientação que pretende dar ao investimento europeu. Com o estatuto de região menos desenvolvida, por o seu PIB per capita não ultrapassar 75 por cento da média europeia, o Alentejo beneficiará do QEE de forma substancial. Não posso deixar de referir o papel determinante desempenhado pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na aprovação dos envelopes extra de 1 000 milhões para a política de coesão e de 500 milhões para o desenvolvimento rural incluídos no QEE. É pois crucial que as pequenas e médias empresas, sobretudo as empresas agrícolas, e os centros de saber alentejanos, sobretudo o Politécnico de Beja, a Universidade de Évora A aplicação e o Politécnico de Portalegre, correcta dos participem activamente no denovos fundos bate sobre a definição das prioridades para o investimento comunitários da União Europeia para o e o dinamismo Alentejo. das instituições Os próximos sete anos serão alentejanas, estou decisivos para Portugal – assiscerta, criará as tiremos à saída da crise e à deficondições para nição de um modelo pós-crise. O Quadro Estratégico Europeu, que num futuro estou certa, contribuirá de próximo a região forma substancial para criar as do Alentejo bases de uma economia comalcance o estatuto petitiva e eficiente, que proteja mais ambicioso de e valorize os recursos naturais, região europeia proporcione maior qualidade de vida aos cidadãos e contride transição. bua para o crescimento económico e a criação de emprego. É claro que a capacidade de Portugal para enfrentar os desafios da globalização, da
competitividade e do crescimento económico depende em boa medida da execução do programa de ajustamento em curso. Mas o País e, em particular, o Alentejo não devem esquecer a capacidade instalada. É fundamental tirar partido das infraestruturas existentes, como seja o aeroporto de Beja e o porto de Sines, e potenciar o impacto do seu funcionamento na região. A aplicação apropriada do próximo quadro comunitário deve permitir que a região valorize as sinergias decorrentes da articulação entre a actividade empresarial e os centros de saber em prol do desenvolvimento regional e da internacionalização das empresas. A aplicação correcta dos novos fundos comunitários e o dinamismo das instituições alentejanas, estou certa, criará as condições para que num futuro próximo a região do Alentejo alcance o estatuto mais ambicioso de região europeia de transição.
Uma palavra, um poeta, contextos e tradutores Martinho Marques Professor aposentado
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averá para cima de 30 anos fui parar a um livro, que de memória não sou capaz de identificar, mas que talvez encontrasse se não tivesse já abandonado a ideia de o perseguir, por calcular que, no conjunto dos prováveis livros, escolhidos pelo assunto ou pela área (mas que assuntos ou que áreas são tão estanques que não pudessem conter o que eu estava procurando?), a busca não se faria apenas livro a livro, mas também página a página ou, inclusivamente, linha a linha... Traduzido do inglês, o livro referia-se às tantas a um poema que, segundo o tradutor, “o Papa” tinha dedicado a Newton. Era espantoso! Depois do que Galileu (extinto à beira do ano em que Newton veio ao mundo) padeceu em papados anteriores, não era muito provável um papa (e um papa poeta) louvar com tanta força o pensamento. Em versão portuguesa, o texto em referência poderia apresentar-se mais ou menos deste modo: A Natureza e a suas leis ocultavam-se na noite. Deus disse: “ faça-se Newton” e a luz fez-se! Sem nunca ter visto o túmulo de Newton na abadia de Westminster, em Londres, onde nunca pus os pés, e onde, em latim, o poema é epitáfio, por sorte já os dois versos mais famosos dele me haviam chegado por outro caminho, que era afinal outro livro e que por sinal trazia o nome do autor: Alexander Pope, poeta inglês do século XVIII. A última palavra do nome por que o poeta é conhecido constituía, afinal, a razão para o nosso tradutor atribuir ao Papa (mas que papa?) o epitáfio de Newton. Ao lembrar este episódio, lembro-me também das reflexões que então fiz, sem que até hoje o acaso, o tempo ou as circunstâncias me tivessem concedido escrever o que foi derivando da leitura empreendida há mais de 30 anos. Precisamente agora, em que me sinto desejoso de correr com estes tempos que correm e que correm com a gente, vou-me atrever a fazê-lo. A primeira das coisas que pensei é que, para bem traduzir ou entender, às vezes, uma leitura, é preciso já ter lido e
estar disposto a ler o que se escreve ao lado. Depois, que, a interpretar, nunca se deve pôr de lado nenhuma das faculdades que permitem que nos chamem racionais. Não há muito tempo ainda que, entre os mais empoleirados “políticos da vida”, estavam também os mais embevecidos com “o regresso aos mercados” e com a taxa de juro que arrancaram, sem sequer ao de leve recearem a impossibilidade de pagar os juros correspondentes... Se, ao menos, lessem ao lado ou à sua retaguarda, no tempo em que eles ainda constituíam um escol de alunos de Matemática elementar, e atentassem no clássico problema das torneiras, uma vazando e outra enchendo um tanque, talvez se recordassem do resultado final em que, mais tarde ou mais cedo, o tanque se esvaziaria se a torneira que vazasse tivesse um caudal maior que a torneira destinada a verter água no tanque. Até tinham competência para calcular o tempo de enchimento ou de esvaziamento do reservatório, em função dos valores debitados por cada uma das torneiras que, em caso de permanente igualdade, permitiriam que a água do tanque se mantivesse sempre ao mesmo nível, sendo então infinito o número de horas para o tanque se encher ou esvaziar. Sinceramente, parece-me elementar que, se não se fizer nada para que a água da torneira que vaza contribua para elevar o caudal da torneira que enche, tudo irá continuando a ser pior, embora também pareça que os que antigamente o verberavam cultivam agora o lema: “Quanto pior, melhor!” Enquanto perdi vigor, não adquiri paciência. Leio em frente e leio ao lado e não consigo encontrar nos habituais papas da finança, que finam a economia, senão herbívoros a guardar pastagens, senão zorras a zelar por galináceos. Não acredito que seja subtraindo-lhe o verde que se transmite o equilíbrio aos prados. Não acredito que seja parando ou devastando os seres vivos que se erguem ou reerguem as comunidades a que eles naturalmente pertencem. Admitindo que alguns, independentemente do contexto, nunca hão de deixar de traduzir “Pope” por “Papa”, também constato que outros continuam a ter “Papa” como o melhor sinónimo d“Os Mercados”, redutores d’“o mercado” e que destroem famílias, as dos outros, que não as dos que mandam, porque desses “Os Mercados” parecem ser a única família. Se assim não fosse, podiam fazer leituras ao lado, ter em conta outros contextos, ver que também há pessoas (e Pope era o nome de uma), ver que nelas diariamente se incrementa ou A quem, afinal, o reproduz a tristeza, que muitas acha suportável, vezes desagua em lágrimas, poporque o suportam diam contribuir para ser menos verdade que aqui o crime comos gregos e pensa e, mesmo surdos, podiam todos os semouvir o imenso e trágico silênabrigo, mas mais cio do insuportável sofrimento provavelmente por humano. o próprio jamais A quem, afinal, o acha suportável, porque o suportam os o ter suportado, gregos e todos os sem-abrigo, lembramos que mas mais provavelmente por a mesma coisa o próprio jamais o ter suporse pode dizer tado, lembramos que a mesma da morte – que coisa se pode dizer da morte – milhões e milhões que milhões e milhões já suportaram e os restantes não terão a já suportaram e veleidade de afirmar que nunca os restantes não suportarão. terão a veleidade Provavelmente, os contexde afirmar que tos e a interpretação dos tradununca suportarão. tores hão de levar a que “death” seja “morte” em português, mas também “necessidade” e “equilíbrio orçamental”.
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A CerciBeja aposta na SAÚDE ORAL, incluindo no mesmo pacote educação, avaliação e tratamentos dentários. Por si só era de louvar. Mas o projeto ganhou ainda uma menção honrosa. 24 700 euros de prémio. E os 120 clientes da instituição que dele vão beneficiar agradecem. E muito. Uma ajuda preciosa, em tempos de crise. BS
O DESEMPREGO soma e segue. Em janeiro, segundo os dados, que chegaram sem paninhos quentes ou clemência, registaram-se 33 606 pessoas sem trabalho no Alentejo. São estes os números que constam, mas certamente que há mais por aí. Um flagelo numa região já ela atormentada pela desertificação. BS
Há 50 anos
Poemário
Rivalidades Beja-Évora e o contingente de batata
Nada se deve invejar
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a edição de 22 de fevereiro de 1963, uma notícia de primeira página: “A batata chegou, finalmente, a esta cidade!... – Finalmente, chegou hoje a Beja o primeiro contingente de batata, na quantidade de 10.000 quilos, que está a ser distribuída, por intermédio do Grémio do Comércio, a todos os retalhistas de mercearia da cidade. Segundo julgamos saber, também já está estabelecido o novo plano de distribuição para nova quantidade – 12.000 quilos – daquele tubérculo, mas esta batata só deve chegar no decorrer da próxima semana.” O caso da falta de batata em Beja já tinha merecido, dois dias antes, as honras de um comentário da autoria do jornalista Melo Garrido, no “Varandim da Cidade”: “Informações recolhidas em fonte autorizada disseram-nos que devia ter chegado a Beja, há já três dias, um contingente de batata, de 30 mil quilos, que se calculava chegaria para o abastecimento local durante um mês. Afinal, a notícia pecou por precipitada. A apetecida batata só amanhã deverá ser posta à venda, se não houver novo retardamento na sua recepção. E não serão 30.000 quilos mas sim 10.000. Os outros 20.000 virão depois... Evidentemente que, com tão vagarosos processos, não será possível resolver satisfatóriamente um problema que é de grande importância para a alimentação das classes pobres. A população de Évora, segundo lemos, foi mais feliz nesta emergência pois o abastecimento de batata desde há dias que está ali normalizado, embora não tenha sido dispensado o recurso das ‘bichas’ junto dos locais de venda. Beja deixou-se preterir, o que, aliás, muitas vezes acontece noutros capítulos... Sabemos que o Grémio do Comércio tem feito activas diligências para a solução do caso. Mas sem o êxito desejado e necessário, o que não poderá deixar de lamentar-se.” Apesar da falta de batata – problema crucial para “a alimentação das classes pobres” – e das rivalidades com Évora, o “Diário do Alentejo” não prescindia do habitual espaço “A graça da tarde”. Assim: “Cícero tinha um cunhado extraordináriamente pequeno, mas que gostava, talvez para compensar o seu tamanho, de se exibir em força. Ora, estando um dia Cícero no Fórum com um amigo e, vendo passar o cunhado vestido de centurião, pergunta ao amigo: – Diz-me, amigo, quem terá prendido o meu cunhado àquela espada?”. Carlos Lopes Pereira
Cartas ao diretor
Maria Catarina da Silva Ourique
Não há sombras na cidade Manuel Dias Horta Beja
Tem a cidade as suas nuances, tem detractores e amigos, parece grande, mas é pequena. Gosto de vê-la aos domingos, quando a manhã ainda é uma criança. Caminhar na solidão duma rua, nem vivalma para trocar um bom dia, nem fervoroso adepto do Benfica a vibrar com mais uma derrota do Sporting. Janelas fechadas, portas trancadas, dorme a cidade um sono profundo. No seu bojo descansam justos, pecadores e aldrabões. Não há sombras na cidade. A cidade está nua e virgem, ouve-se melhor o seu palpitar. Na santa placidez da manhã, dormem anjos e encantadoras crianças, dormem jovens de esperanças frustradas e dormem velhos que parecem fazer ajustes de contas com o passado. É dia do Senhor, orações, preces e confissões. Cambiantes
Estação dos caminhos de ferro de Beja Luciano Raimundo Beja
O edifício da estação de Beja foi construído em 1940, pelos Caminhos de Ferro do Estado (Sul e Sueste). Neste edifício estavam instalados os escritórios da 7.ª circunscrição de exploração, da 16.ª secção de via e obras e também um posto médico (que era assistido pelo saudoso médico dr. Francisco Lopes Vasques e pelo enfermeiro Valente) e uma livraria. Também existiam na estação de Beja os postos de tracção (com depósito de locomotivas),
de devoções e fingimentos – Perdoais-lhes, Senhor. Há um silêncio natural, apenas perturbado por um carro que arranca apressado, noutra rua. Para quê tamanha pressa, se vai esperar o resto do dia sentado. Um autocarro mesclado com motivos do mar, atravessa a cidade, são de Matosinhos e querem almoçar, na cidade não há restaurantes ao domingo. Riem mas partem sem almoçar – é a vingança da cidade. Não é verdade que “deitar cedo e cedo erguer dê saúde e faça crescer”. Começa é o dinheirinho a sumir-se mais cedo. Já não se madruga no mercado municipal. Já abriram as grandes superfícies, para onde vai muita gente, já há sombras na cidade. Sem nada remediar passa-se a tarde a conversar. Nuvens negras no ar ameaçam bor racha r. Out ra s sombra s querem voltar, são, agora as do luar, estranhas e bizarras figuras hão de formatar. E, para a minha cidade, no reino da Terra, muitos pais nossos e avé marias se devem rezar, para que gente capaz a saiba governar. de telecomunicações e de material circulante, oficinas de re pa r a ç ão d e lo c omot iv a s e carpintaria, serra lharia e fernisos. Tem muitas moradias para residência do pessoal, as quais se encontram em péssimo estado de conservação. O pessoa abastecia-se de um armazém de viveres que está junto da estação e que está encerrada há muitos anos. O pessoal da estação de Beja tinha à sua disposição dormitórios, em boas condições para pernoitar. Os turistas nacionais e estrangeiros que visitavam a estação de Beja ficavam maravilhados com os lindos painéis em azulejo que estão nas paredes do edifício da estação, de que não resistiam sem tirar fotografias. A população de Beja tem saudades dos bons tempos em que havia bons comboios em Beja.
Não desejo mal a ninguém Que eu bem sei o que é sofrer Cada um com o que tem Que nunca o precise vender. Passei fome, andei descalça Não roubei nada a ninguém O que no meu cérebro de passa Só eu e Deus é que sei. Deitava-me sem comer Levantava-me sem ter comido Muito trabalhei para ter Tanto sofrimento comigo. Todos gostam de mim Eu de toda a gente gostava Tudo pára, tem um fim Ganhei o que não esperava. Tanta amizade fingida Qua andava cá, a meu lado Sinto-me na vida perdida Neste mundo desgraçado. Se a boca pudesse transmitir Aquilo que o coração sente A verdade iam ouvir Porque esta boca não mente. Nunca pensei vir ao mundo Para tanta lágrima deitar Deus ainda há de para tudo A quem me as tem feito derramar. Quem rico não nasceu E não teve quem lhe deixar Teve que fazer como eu Começar a trabalhar. Quando de alguém inventam Aquilo que não é verdade Não sei como não rebentam Vivendo só na falsidade. Com o pouco se governamos Sem o nada é que não Anda-se de cabeça erguida onde vamos Mas muitos assim não o são. Dou muitas graças, a Deus Deste dote me ter dado Todos somos filhos seus Eu a ninguém ter roubado.
15 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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16 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Ainda ontem estava ali um senhor a contar histórias do antigamente a duas raparigas novas, e a cantarem modas. E eu a pensar: estamos mesmo a conseguir o que queríamos”. Vera Beiçudo
Reportagem
O renovado Arrufa e a vizinha Taberna Museu de Francisco Fitas
Velhos e novos taberneiros de Cuba Os jovens não são fregueses das antigas vendas onde ainda se produz vinho de talha, como a conhecida Taberna Museu de Francisco Fitas. E os mais velhos, embora ainda bebam o seu copo, já pouco cantam. Mas Cuba é, indiscutivelmente, uma terra de cante e há quem, na flor da idade, queira trazê-
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á qualquer coisa de “místico” na forma como a velha Taberna do Arrufa se insinuou e instalou nas vidas de Vera Beiçudo, 26 anos, e Pedro Guerra, 28. O jovem casal, que cumpre hoje três semanas de portas abertas no número três da travessa das Francas, em Cuba, recorda agora como tudo se encaixou naturalmente, parecendo obedecer a uma “lógica” própria, alheia aos próprios planos dos mais novos taberneiros da vila. Vera conheceu o espaço quando se batizou, aos 11 anos, e confessa que sempre que ali ia “sentia uma nostalgia diferente, sempre gostei desta casa”. O namorado, natural da aldeia de Odivelas, só viria a ser apresentado à antiga adega – inaugurada em 2004, pela câmara municipal local, depois de obras de remodelação – pelas mãos de Vera. Rapidamente, recorda, concluíram que se sentiam ali “bem acolhidos”. “Algo de bom aqui aconteceu e isso sente-se”, reconhece Pedro. O concurso para a concessão da exploração do espaço apanhou-os em Lisboa. Rodeados de amigos, que costumavam evangelizar para a causa alentejana através de tertúlias de petiscos e cante, mas sem muito êxito na vida profissional. Vera, licenciada em arquitetura, estava sem trabalho, e Pedro não estava satisfeito com o emprego
-lo de novo ao seu habitat natural, juntando ambas as gerações. É o caso de Vera e Pedro, casal que tem agora em mãos os destinos da Taberna do Arrufa, um espaço renovado cujo lema é “De regresso à tradição”. A “dança de balcão” em dois registos, a dois passos da igreja matriz. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
numa distribuidora de publicações. É o pai de Vera que alerta o casal para a oportunidade e rapidamente aquilo que parecia uma mera possibilidade passou a ser um assunto muito sério. “Eu no início não dei muita atenção mas depois, quando contei ao Pedro, e estávamos num desses momentos de cante alentejano com os amigos, ele ficou interessado. Pensámos mesmo: e então se a gente levasse isto para lá? Depois, concorremos e dedicámo-nos como se fosse o projeto da nossa vida”, conta Vera. A decoração foi outro dos desafios e, também aí, a “mística” do lugar sobressaiu. O espaço comporta dois ambientes distintos, fiéis à máxima do casal: “De regresso à tradição”. O da taberna típica, à esquerda, com as talhas em pano de fundo e as mesas corridas em madeira maciça ao centro, iluminadas por um lustre de vidrinhos. E o
da sala de estar da avó, à direita, onde não faltam os napperons a enfeitar as mesas, as cortinas arrendadas, um velho telefone preto de discar e um candeeiro de pé alto com abajur em veludo, colocado no centro do estrado que serve de palco para artistas convidados e acidentais. “Quando começámos a montar as coisas à nossa maneira, objetos antigos, do lixo ou coisas em segunda mão, o que apanhávamos trazíamos. E depois, aqui, parecia que tinha sido tudo escolhido para cada cantinho, como se houvesse uma lógica”, lembra Vera, orgulhosa do resultado final e da dinâmica que, no pouco tempo passado, já se conseguiu imprimir ao espaço. Até ao momento, e apesar do preconceito que ainda pesa sobre o termo taberna – “um sítio de velhotes que bebem vinho e sem muita higiene” – o espaço tem conseguido atrair, não só os jovens e as
mulheres, que não entram na taberna clássica, mas também os tais “senhores” que entram para beber um copinho. “Vêm a partir das três das tarde e ficam aí todos ao balcão, a cantar e a beber vinho. Depois do jantar começam a aparecer os novos e é giro como se juntam. Os velhos acabam por ficar e os novos não se vão embora porque gostam da presença dos velhos. Ainda ontem estava ali um senhor a contar histórias do antigamente a duas raparigas novas, e a cantarem modas. E eu a pensar: estamos mesmo a conseguir o que queríamos”. Além do cante espontâneo, na nova Taberna do Arrufa há também “petiscos” a fazer lembrar a “comida de tacho antiga” da avó. Entre uma cabidela, umas sopas de cação, uma açorda ou umas migas, sem desdenhar umas moelas ou um grão com bacalhau. E planeia-se uma programação noturna de fim de semana, cujo mote já foi dado na “grandiosa inauguração”, no arranque do mês. “Tivemos a Raquel Guerra, que veio cantar fado e música portuguesa, o grupo Os Bubedanas, que cantam à alentejana e são jovens, e o David Pereira na viola campaniça. É um bocadinho daquilo que queremos ter ao longo do ano”, desvenda Vera. Entre as exigências da Câmara de Cuba aos dinamizadores do
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espaço municipal estão, por um lado, a valorização do cante alentejano, que já está em marcha, e a produção de vinho de talha, o próximo passo do casal, que também não pensa deixar ao abandono o velho alambique que mora no enorme quintal da casa. “Queremos fazer vinho e recuperar o alambique para fazer bagaço, nem que seja só para exposições, ou para workshops, para mostrar aos jovens como é que se fazia antigamente”, elenca Pedro. Uma taberna que é também um museu Se há
taberna antiga que tem nome em Cuba e fora da vila é a de Francisco Fitas. Ou melhor: Taberna Museu de Francisco Fitas. Saídos do Arrufa na direção da igreja matriz, são meia dúzia de passos. Sem nenhum letreiro que a identifique na rua, ganhou esta designação graças ao gosto pelo colecionismo do homem que arrenda o espaço há 23 anos e que, paulatinamente, foi forrando paredes com cangas, arados, picadeiras, medidas e outros objetos. “O elo de ligação destes objetos é a agricultura”, aponta o taberneiro, enquanto se atarefa aqui e acolá, mesmo sem clientes à vista. Foi no campo, às máquinas, que Francisco Fitas trabalhou antes de ir para trás do balcão, por causa de um acidente. “Tive esta oportunidade e aqui tenho estado”, lembra, explicando a sua rotina em dias como estes, em que o movimento anda
“um pouco apagado”: “Venho para aqui às 10 e 30, 11 horas. Depois estou aqui até às duas horas, vou almoçar, volto às três e meia, quatro horas, e depois estou aqui até às oito”. Refeições não serve, nunca serviu, tirando um ou outro almoço combinado entre amigos, em que partilha os dotes de “cozinheiro consagrado”, como versam umas décimas que tem emolduradas na parede, entre fotografias de festas e passeios. A verdade é que Francisco Fitas gosta de cozinhar, e fá-lo com maestria, mas compromissos só os assume com a família. “Faço o almoço e o jantar todos os dias na minha casa. Tenho quatro filhas e ajudo, porque tenho vagar e gosto de o fazer”. Do que, sim, não prescinde é da produção de vinho de talha que já lhe rendeu um terceiro lugar no concurso de vinhos de talha da Vitifrades, em 2008, e várias menções honrosas no mesmo certame. “Ainda fazemos aí um tarecozito, para não se perder a tradição. A gente chama-lhe tareco, que quer dizer talha”, explica, abafado pelos trinados do canário que compete pela atenção das visitas, pendurado ao lado do lavatório. A linha de montagem, por assim dizer, guarda-a na segunda divisão da taberna, onde se avistam umas quantas talhas devidamente tapadas e o produto final vertido em variadíssimos garrafões de cinco litros e jerricãs.
Sem nenhum letreiro que a identifique na rua, a Taberna Museu de Francisco Fitas ganhou esta designação graças ao gosto pelo colecionismo do homem que arrenda o espaço há 23 anos e que, paulatinamente, foi forrando paredes com cangas, arados, picadeiras, medidas e outros objetos do mundo agrícola
O sino da igreja matriz repica as quatro da tarde e o único cliente da casa, chegado há minutos, mantém-se sozinho ao balcão. Pede um copo de três de branco, que segura carinhosamente na mão enrugada. Francisco Fitas aproveita a folga para comentar o espólio acumulado: “A minha casa é muito falada, sim. Causam admiração os objetos que eu tenho aí nas paredes. Há pessoas que gostam de ver e um traz o outro e vêm passeando. Turistas, não. Lá vem uma pessoa ou outra de fora mas isso não significa grande coisa”. Entre as relíquias estão também fotografias antigas do grupo coral Os Ceifeiros de Cuba, a dividir espaço na parede com um calendário trazido por um primo da outra Cuba, a ilha das Caraíbas, onde se pode ver Che Guevara em várias expressões, captado a preto e branco. “Faz-me um bocadinho de admiração”, confessa, e retorna ao tema do cante, que em tempos fez reunir muitos convivas naquela casa. “As pessoas vão-se privando, já não há condições. E então já se vão perdendo também esses hábitos. O pessoal está todo descontente e quando isso acontece as coisas já não funcionam da mesma maneira. Dantes, juntávamo-nos aos grupos e cantava-se a moda. Ainda acontece, mas raramente. Lá surge uma vez, salteada, mas isso…”, lamenta. Sem clientela, Francisco arranca na motoreta para fazer recados. Quando regressa, encontra o neto e apresenta-o, orgulhoso. Acredita na juventude, gosta de saber, por exemplo, que tem dois “colegas” novos a tomar conta do vizinho Arrufa e que há alguém a “conservar as tradições” e a “pensar no futuro”. Pela parte que lhe toca, aos 63 anos, vai apenas “aguentando a vida” e ajudando como pode filhas e netos. “Vou-me empatando aqui, até que se possa. Prejuízo não dá, que eu vou tapando os buracos com a reforma”, conclui. E o que mais importa revelam-no as tais décimas, cujo mote assim diz: “Atrás deste balcão/A minha vida eu passei/A felicidade que tenho/É dos amigos que criei”.
Hóquei em patins: Castrense defronta equipa de Santiago
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O Castrense e o Hóquei de Santiago jogam amanhã, sábado, pelas 18 horas, no Pavilhão Municipal de Castro Verde, uma partida relativa à 2.ª eliminatória da Taça de Portugal (1/32 avos de final). O Estremoz, terceira equipa alentejana ainda em prova, recebe o Mealhada (21 horas).
Desporto
Moura Volei joga amanhã com o Albufeira
O Moura Volei Clube e o Atlético Clube de Albufeira jogam amanhã, pelas 16 horas, no Pavilhão Municipal de Moura, uma partida relativa à 1.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional de Voleibol da 3.ª Divisão. A equipa alentejana já poderá apresentar o novo reforço, o atacante Quim Zé.
Futebol juvenil
Os “cromos do Beja” Já está no mercado a caderneta de cromos do Clube Desportivo de Beja, uma coleção de autocolantes que retrata, para memória futura, todos ao atletas, técnicos e dirigentes que atualmente representam o clube nas diversas equipas que estão em atividade.
Restantes equipas regressam aos regionais
Moura pode ser o único da região a subir de divisão A três jornadas do termo da primeira fase do campeonato, as posições começam a ficar definidas entre as equipas que vão lutar pela subida de divisão. Texto Firmino Paixão
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nião de Montemor, Moura, Lagos têm quase garantida a promoção e a presença da fase de apuramento de campeão, o Reguengos ainda luta por esse desígnio, as restantes equipas, à luz do regulamento, estão todas, praticamente, despromovidas. Apuram-se as duas primeiras equipas de cada série e algumas das melhores terceiras, curiosamente a mais pontuada está na série F, e as restantes estão condenadas ao regresso às competições regionais, sem que antes (às que não desistirem) lhe seja dada a compensação
de poderem, na época vindoura, competir na Taça de Portugal. A primeira das três rondas finais joga-se no domingo, com o Vasco da Gama no terreno do Sesimbra. O Aljustrelense desce até Vila Real de Santo António, onde não será de todo inesperado que pontue. Moura e Castrense jogam em casa, os primeiros com o Lagos, numa empolgante partida entre o 2.º e 3.º classificados, e o Reguengos estará em Castro Verde com a firme disposição de pontuar para poder sonhar com um lugar na nova 2.ª Divisão. Da semana anterior vem esse empate do Vasco da Gama no terreno do União de Montemor; outro empate, mas sem golos, do Moura em casa do Reguengos; ainda o empate sem golos entre o Aljustrelense e o Sesimbra; e a derrota pesada do Castrense no recinto do Juventude.
3.ª Divisão – Série F 19.ª jornada U. Montemor-Vasco da Gama ......................................... 1-1 Aljustrelense-Sesimbra ................................................... 0-0 Esp. Lagos-Lusitano VRSA................................................1-0 At. Reguengos-Moura...................................................... 0-0 Juventude Évora-Castrense ............................................3-1 Lagoa-Monte Trigo ............................................................ 1-1 U. Montemor Moura Esp. Lagos At. Reguengos Juventude Évora Sesimbra Vasco da Gama Aljustrelense Lusitano VRSA Monte Trigo Castrense Lagoa
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Próxima jornada (24/2/2013): Sesimbra-Vasco da Gama, Lusitano VRSA-Aljustrelense, Moura-Esp. Lagos, CastrenseAt. Reguengos,Monte Trigo-Juventude Évora, Lagoa-U. Montemor.
A próxima jornada pode provocar alterações entre os primeiros
Um pódio em sobressalto... 1.ª Divisão – AF Beja 18.ª jornada Serpa-Aldenovense ........................................................... 2-2 Praia Milfontes-Amarelejense ....................................... 6-0 Rosairense-Desp. Beja ...................................................... 2-2 São Marcos-Almodôvar ....................................................0-3 Bairro da Conceição-Sp. Cuba........................................ 0-0 Guadiana-Piense ............................................................... 0-0 Cabeça Gorda-Odemirense.............................................2-3 Almodôvar Praia Milfontes Odemirense Serpa Aldenovense Piense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos Bairro da Conceição Guadiana Desp. Beja Amarelejense
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41-19 40-17 31-15 36-17 35-20 32-19 27-26 22-19 34-27 13-44 12-32 18-41 16-31 16-46
1.ª Divisão AF Beja O Desportivo de Beja conquistou um precioso ponto no terreno do Rosairense
Próxima jornada (24/2/2013): Odemirense-Serpa, Aldenovense-Praia Milfontes, Amarelejense-Rosairense, Desp. BejaSão Marcos, Almodôvar-Bairro da Conceição, Sp. Cuba-Guadiana, Piense-Cabeça Gorda.
Mais uma jornada que pode ser determinante na arrumação final da tabela. As equipas da Margem Esquerda querem entrar nas contas. Texto Firmino Paixão
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Almodôvar venceu em São Marcos e sobreviveu a mais uma jornada da prova com a magra vantagem de quatro pontos, entrando na reta final do
Campeonato Distrital de Infantis – Série A: (jogo em atraso da 13.ª jornada) Alvorada-Vas co da Gama, 3-4. Líder: Despertar A, 39 pontos. Próxima jornada (23/2): Alvito -Vasco Gama; Bairro da Conceição-NS Beja; Desportivo Beja-Sporting Cuba; Ferreirense-Despertar A. Folga o Alvorada. Série B: Líder: Amarelejense, 42 pontos. Próxima jornada (23/2): Guadiana-Amarelejense; Despertar B-Operário; CB Beja-Aldenovense; Moura-Piense. Folga o Serpa. Série C: Líder: Odemirense, 40 pontos. Próxima jornada (23/2): Castrense B-Renascente; Almodôvar-Mil fontes A; Milfontes B- Aljustrelense; Odemirense-Castrense A. Folga o Boavista. Campeonato Distrital de Iniciados (16.ª jornada): Ourique-Amarelejense, 3-1; Vasco Gama-Odemirense, 2-1; Serpa-Bairro Conceição, 1-2; Milfontes-Despertar, 0-0; Moura-Rio Moinhos, 6-0. Folgou o Sporting Cuba e o Guadiana. Líder: Moura, 38 pontos. Próxima jornada (24/2): Amarelejense-Vasco Gama; Odemirense-Serpa; Bairro Conceição-Milfontes; Despertar-Moura; Sporting Cuba-Guadiana. Campeonato Distrital de Juvenis (7.ª jornada): Despertar-Desportivo Beja, 0-0; Moura-Castrense, 2-2; Almodôvar-Ser pa, 3-3. Folgou o Aljustrelense. Líder: Desportivo de Beja, 19 pontos. Próxima jornada (3/3): Desportivo Beja-Almodôvar; Castrense-Aljustrelense; Serpa-Moura. Folga o Despertar. Campeonato Distrital de Juniores (13.ª jornada – jogos a 23/2): Aldenovense-Despertar; Castrense-Vasco Gama; Desportivo Beja-Cabeça Gorda; Odemirense-Sobral Adiça. Líder: Despertar, 30 pontos. Campeonato Distrital de Futsal (15.ª jornada): IP Beja-Vasco Gama, 1-3; Safara -Al coforado, 2-7; Ferreirense-Vila Ruiva, 11-2; Luzerna-ADVN S.Bento, 5-3; Barrancos-Baronia, 1-2; Desportivo Beja-NS Moura, 7-4. Líder: Baronia, 43 pontos. Próxima jornada (22/2): Vila Ruiva-Luzerna; NS Moura-Ferreirense; Baronia-Almodovarense; Vasco Gama-Desportivo Beja; Alcoforado-Barrancos; ADVN S.Bento-Safara.
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43 39 39 36 30 30 24 23 21 14 13 13 12 11
Campeonato Distrital de Benjamins – Série A: (jogo em atraso da 13.ª jornada): Aljustrelense-Sporting Cuba, 2-4. Líder: Ferreirense, 39 pontos. Próxima jornada (23/2): Figueirense-Ferreirense A; Sporting Cuba-Desportivo Beja; Aljustrelense-Alvito; Despertar A-Bairro da Conceição. Folga o Vasco Gama. Série B: (jogo em atraso da 13.ª jornada) Ferreirense B-Moura, 1-7. Líder: NS Beja, 42 pontos. Próxima jornada (23/2): Moura-Despertar B; Serpa-Sobral da Adiça; Piense-CB Beja. NS Beja-Santo Aleixo. Folga o Ferreirense B. Série C: (jogo em atraso da 13.ª jornada): Rosairense-Milfontes B, 2-9. Líder: Odemirense, 46 pontos. Próxima jornada (23/2): Boavista-Odemirense; Milfontes B-Almodôvar; Rosairense-São Marcos; Castrense-Milfontes A; Renascente-Ourique.
campeonato com melhor calendário que os seus principais opositores. O próximo adversário será o Bairro da Conceição. No domingo, o Milfontes, segundo classificado, terá um jogo muito complicado em Vila Nova de São Bento, ao mesmo tempo que o Odemirense, que é terceiro, joga no seu terreno a difícil formação do Serpa. Duas partidas com inegável interesse no desfecho do campeonato. Não menos interessante será a deslocação do Cabeça Gorda a Pias, depois de o Ferrobico ter interrompido o ciclo de oito jogos sem perder, com a derrota sofrida, há
oito dias e em casa, frente ao Odemirense. Na metade inferior da tabela as contas continuam animadas. O Amarelejense, goleado em Milfontes, vai agora receber o Rosairense; o Desportivo de Beja arrancou um belíssimo ponto no Rosário e fica à espera do São Marcos; o Guadiana visitará o Sporting de Cuba; e o Bairro da Conceição joga no terreno do líder. Três pontos de diferença entre o décimo e o décimo quarto classificados, todos querendo fugir dos últimos lugares, ainda que sejam muitas as indecisões quanto ao futuro enquadramento competitivo regional.
Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª fase, 4.ª jornada): Despertar-São Luís, 3-3; Odiáxere-Desportivo Beja, 2-0. 1íder: Louletano, 40 pontos; 2.º Despertar, 36. 7.º Desportivo Beja, sete. Próxima jornada (24/2): Lagos-Despertar; Lusitano Vila Real-Desportivo Beja. Campeonato Nacional de Juvenis (2.ª fase, 3.ª jornada): Odemirense-Despertar, 1-1. Líder: Louletano, 39 pontos. 7.º Odemirense, 12. 8.º Despertar, 10. Próxima jornada (24/2): Despertar-Estoril; Lusitano -Odemirense. Campeonato Nacional de Juniores (2.ª fase, 2.ª jornada): Moura-Lusitano Évora, 2-2. Líder: Farense, 37 pontos. 8.º Moura, cinco. Próxima jornada (23/2): BM Almada-Moura.
Série A: Luso Serpense -Salvadense, 1-4; Brinches-Pedrógão, 2-2. Líder: Ficalho, 20 pontos. Folgaram Quintos e Ficalho
Série B: Beringelense-Louredense, 1-0; Neves-Faro Alentejo, 0-1; São Matias-AC Cuba, 0-2. Folgou o Penedo Gordo. Líder: Penedo Gordo, 28 pontos.
Série C: Messejanense-Figueirense, 4-4; Santa Vitória-Vale d’Oca, 3-0; Alvorada -Mombeja, 1-0. Folgou o Jungeiros. Líder: Vale d’Oca, 31 pontos.
Série D (12.ª jornada): Sanjoanense-Fernandes, 3-2; Trindade-Alcariense, 2-0; Albernoense-Sete, 2-0. Líder: Trindade, 21 pontos.
Série E: Amoreiras-Santa Luzia, 3-2; Cercalense-Soneguense, 1-1. Relíquias-Luzianes, 1-3. Folgou o Colense. Líder: Luzianes, 29 pontos.
Série F: Saboia-Milfontes, 1-0; Boavista-Malavado, 1-2; Bemposta-Campo Redondo, 1-1. Folgou o Cavaleiro. Líder: Saboia, 32 pontos.
Série G (12.ª jornada): Pereirense-Naveredondense, 1-1; Santa Clara-a-Nova, 2-3; Santaclarense-Serrano, 1-1. Líder: Serrano, 22 pontos.
Jogos em atraso: Penedo Gordo-Louredense e Salvadense -Quintos (ambos no dia 23/2, às 15 horas); Pedrógão-Salvadense (dia 26/2, às 20 horas, em Vidigueira). Sorteios: 2.ª Fase da Taça Fundação Inatel e Troféu Agência de Beja: dia 27/2, às 19 horas, na delegação da Fundação Inatel, em Beja.
Columbofilia El Castilho de Las Guardas, em Espanha, é amanhã o local de solta para o terceiro e último treino de preparação da campanha desportiva da Associação Columbófila do Distrito de Beja. A linha de voo é de 150 quilómetros para a zona centro leste e 155 quilómetros para a zona sul.
Ana Capeta, 15 anos, cumpriu o sonho de vestir a camisola das quinas
Chegou, viu e venceu... Ana Inês Capeta foi a jogadora revelação do Torneio de Desenvolvimento da UEFA Sub/16 que se disputou no Algarve com as seleções de Portugal, Escócia, Holanda e Áustria. Texto e foto Firmino Paixão
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oncretizou-se o meu sonho, que era chegar um dia à seleção nacional. Já o consegui, agora espero continuar a ser chamada para outros estágios”, confessou a jovem aljustrelense ao “Diário do Alentejo”, no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António. A jogadora da Casa do Benfica de Castro Verde assumiu: “Foram dias inesquecíveis, jamais me sairão da memória. Convivi com novas colegas, conheci realidades diferentes, a treinadora teve palavras simpáticas para comigo, e deu-me muita motivação, é uma excelente treinadora”. Ana Inês Capeta começou a sua formação portiva nas Escolinhas do Operário de Rio de desportiva nhos, clube que a homenageou no próprio Moinhos, dia em que regressou a casa. Ali jogou até aos nos antes de, há três épocas atrás, integrar 12 anos uipa feminina do Mineiro Aljustrelense, a equipa ondee atuou uma época, ingressando na Casa do fica de Castro Verde, onde, conta, está a faBenfica zer a segunda época: “Espero manter-me ali, tenho um excelente treinador e tenho sido muito bem aceite pelas colegas. Aliás, o meu treinador, Gonçalo Nunes, tem sido umas das pessoas que mais se empenhou e que tem vivido de perto e com muito entusiasmo a cretização deste meu sonho”. concretização Ana tinha classificado de “momento gico” a sua chamada ao primeiro mágico” gio nacional, mas foi com a sua estágio ia, com o seu enorme talento e magia, dois golos marcados à Áustria que a m atleta encantou a treinadora jovem onal Marisa Gomes, que não nacional tou em lhe conferir a brahesitou eira de capitã da equipa. çadeira eta mantém vivo este soCapeta nho: “Espero continuar na ção, esta experiência seleção,
foi única, gostava de ter outras oportunidades. Nunca esperei que me fosse entregue a braçadeira de capitã, fui muito bem aceite pelas restantes colegas, fiquei muito orgulhosa”. Com duas internacionalizações (Escócia e Áustria), falhou a partida com a Holanda (única derrota da equipa lusa) por ter visto o segundo amarelo no confronto com as austríacas. Carinho e apoio não têm faltado em redor de Ana. A mãe, Francisca Capeta, confessa ter vivido o momento “com uma grande emoção”: “Estou muito contente. A família, o treinador e as colegas da Casa do Benfica de Castro Verde e a vila de Aljustrel estão com ela, apoiam-na incondicionalmente”. E reforçou: “Não perdemos um jogo dela, estamos sempre a dar-lhe força, é boa atleta, esperemos que chegue longe, porque ela tem uma família enorme que a sabe apoiar muito bem”. “Tudo começou por influência do pai”, revelou a mãe de Ana Capeta: “Ele também era jogador, levava sempre a menina
para os jogos e nos intervalos ela ia jogar à bola, nunca gostou de bonecas”. O treinador da equipa da Casa do Benfica de Castro Verde, Gonçalo Nunes, acompanhou bem de perto esta feliz aventura da sua pupila, e também não escondeu a emoção que tem vivido estes momentos, “quase com as lágrimas nos olhos, se é que não vieram mesmo”: “O sucesso da Ana acaba por refletir muito o trabalho e a dedicação de um leque enorme de pessoas, sobretudo das colegas de equipa e da aposta que a AF Beja fez no futebol feminino”. O técnico diz que é importante para a Ana “viver o momento”, porque “está bem preparada, integra um leque muito curto de grandes atletas europeias” e, entre as quatro equipas que competiram, “ela acabou por ser a revelação do torneio”. Comentando a sua condição de capitã de equipa, Gonçalo adianta que “a braçadeira de capitã de equipa assenta-lhe que nem uma luva”: “O talento já estava com ela, agora é uma questão de explorar ao máximo as capacidades que tem. Na seleção trabalha t de uma forma mais profissional do qu que nós em Castro Verde lhe podemos oferecer. Numa N semana ela cresceu imenso, vê-se pela pelas movimentações que tem no campo”. O futuro ainda reserv reserva outros desafios a esta jovem nascida numa terra ter alentejana cheia de mística, uma terra que a merece tanto como ela merece a felicidade que está a viver, mas Ana Inês Capeta “está preparada prep e continua humilde”, diz o seu treinador, treinad justificando: “Tem um sorriso dos mais lilindos e puros que podem existir numa jogadora jogado de futebol. E isso vai fazê-la chegar longe”.
Hoje palpito eu...
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Lourenço Madeira
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Taça Fundação Inatel – 14.ª jornada
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adeira foi um jogador que se notabilizou como defesa central. Eficaz no jogo aéreo, a forma como se posicionava na área e comandava o bloco defensivo da equipa tornava-o quase intransponível. Oriundo da Vila Museu, fez todo o seu percurso formativo no Clube Desportivo de Beja, sob o comando de Quinito, e ainda jogou uma época na 3.ª Divisão Nacional, quando o clube era treinado por Carlos Torpes. Começou depois um périplo por vários clubes do distrito, continuando a sua carreira com a camisola do União Beringelense e, mais tarde, no Guadiana de Mértola, Sporting de Cuba e Cabeça Gorda, clubes pelos quais ainda hoje nutre especial admiração. Do Ferrobico guarda as boas recordações de um título distrital da AF Beja e da conquista de uma taça distrito de Beja. Hoje, com 57 anos, ocupa os seus momentos de lazer na pesca desportiva e a granjear amizades (o que faz com natural mestria), mantendo-se observador atento do futebol regional, especialmente da equipa do Centro de Cultura e Desporto do Bairro da Conceição.
(1) ODEMIRENSE/SERPA Estamos em presença de duas boas equipas deste campeonato. Partida muito difícil para os dois conjuntos, mas o Odemirense, jogando em casa, deverá ganhar. (X) ALDENOVENSE/MILFONTES Aqui está mais uma par tida entre duas equipas que têm vindo a fazer um bom campeonato. O Milfontes tem aspirações, mas no seu terreno o Aldenovense é forte e não facilita. Jogo para empate. (2) AMARELEJENSE/ROSAIRENSE O último lugar que a formação de Amareleja ocupa pode ser sinal de alguma fragilidade e, perante uma equipa como o Rosairense que, tendo entrado menos bem no campeonato, vem subindo de rendimento, leva-me a apostar no triunfo dos visitantes. (1) DESPORTIVO DE BEJA/SÃO MARCOS São duas equipas do mesmo campeonato, o São Marcos tem algumas individualidades, mas o fator casa confere algum favoritismo ao Desportivo de Beja.
ANA INÊS P PALMA CAPETA Nascida em 2222-11-1997 Alj Naturalidade: Aljustrel Aluna do 8.º ano dda Escola Aljustrel Secundária de Alj
Internacionalizações: duas Internacionaliza Golos na seleção seleçã sub/16: dois Clube preferido preferido: Sporting Clube que repre representa: CB Castro Verde Lugar: média ofensiva of Melhor marcadora marcado da AF Beja
(1) ALMODÔVAR/BAIRRO DA CONCEIÇÃO Estamos a falar de uma partida em que intervém o líder do campeonato e uma equipa, com menos recursos, que está nos últimos lugares. Favoritismo natural do Almodôvar. (1) SPORTING DE CUBA/GUADIANA O Sporting de Cuba tem uma equipa jovem e muito aguerrida que, no seu terreno, é muito difícil de bater. A equipa da casa vencerá sem dificuldade. (X) PIENSE/CABEÇA GORDA O Cabeça Gorda tem sido uma verdadeira surpresa neste campeonato. No entanto a equipa do Piense é muito difícil quando joga no seu terreno. Acreditamos na divisão dos pontos.
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Distritais de corta-mato curto e jovem em Mértola
Os Campeonatos Distritais de Corta-mato Curto e Corta-mato Jovem disputam-se amanhã, a partir das 15 horas, na vila de Mértola (terrenos anexos ao Parque de Feiras). As provas são organizadas pela Associação de Atletismo de Beja, com o apoio do município de Mértola.
Ana Cabecinha com novo recorde nacional
A marchadora alentejana Ana Cabecinha brilhou nos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta vencendo os 3 000m marcha atlética com o registo de 12.21,56 minutos, novo recorde de Portugal. A anterior marca (12.21,7) pertencia a Susana Feitor.
Andebol O Núcleo de Andebol do Redondo e a Zona Azul (1.º e 2.º classificados do Nacional da 3.ª Divisão em seniores masculinos) já estão qualificados para a 2.ª fase do campeonato, cuja derradeira jornada se realiza amanhã. A equipa bejense folga, o Redondo recebe Os Olhanenses e o CCP Serpa (4.º classificado) joga em casa com o Náutico do Guadiana (18 horas).
Baronia recebeu os XVI Campeonatos do Alentejo de Corta-mato
Os títulos bem repartidos As associações de Beja e Portalegre colheram a maior fatia de títulos regionais numa reunião que contou com a participação de 25 clubes e de 225 atletas dos três distritos alentejanos. Texto Firmino Paixão
H
ouve democracia na distribuição dos 12 títulos de campeões de corta-mato do Alentejo, masculinos e femininos, com cinco ceptros para Beja e Portalegre e dois para Évora. O Clube Elvense de Natação e o Atletismo Clube de Portalegre mostraram porque lideram a modalidade no nordeste alentejano, apresentando para as provas principais as candidaturas de dois grandes atletas da actualidade, Raquel Trabuco e Bruno Paixão, intrometendo-se ainda nos escalões de formação, em estiveram melhor os atletas sul alentejanos. O Diana de Évora fez as honras eborenses ganhando duas provas, duas vitórias também para o Núcleo de Messejana, e as restantes repartidas pelo Ourique, Núcleo de Odemira e Beja Atlético Clube. Boas prestações dos atletas João Silva, Maria do Rosário Silva, Ana Catarina Dias, Mussa Djau e Paula Laneiro. Um bom registo de Sara Inácio (JD Neves), visivelmente a crescer de rendimento. Muitos atletas e algum público, numa pista de grande panorâmica e maior qualidade competitiva, com elevados níveis de exigência para os atletas. Nas provas rainhas, a de absolutos femininos foi animada por Raquel Trabuco (vice-campeã nacional dos 1 500m pista cobertas), Ana Catarina Dias (Odemira) e Sara Inácio (Neves), mas o triunfo absoluto pertenceu à atleta do Clube Elvense de Natação. Os masculinos correram separados, juniores e veteranos por um lado e os seniores fecharam a competição. Mussa Djau (Beja AC) quando era juvenil ganhava tudo, agora júnior, é, apenas, o primeiro a chegar, enquanto o portalegrense Vítor Cordeiro ganhou nos veteranos. Na corrida de seniores, João Figueiredo e Carlos Papacinza (CN Alvito) tentaram brilhar, mas o excelente momento do portalegrense Bruno Paixão acabou por fazer a diferença.
Corta-mato do Alentejo Doze títulos de campeões distribuídos pela região
No plano organizativo há muito por fazer e a associação bejense, que nos habituou a uma bitola de qualidade, não pode regredir nesse desiderato. O público merece manterse informado sobre o andamento das provas por alguém identificado com a modalidade, o protocolo teve excesso de informalidade
e o programa/horário deveria ter sido ajustado. A última prova concluiu-se já era noite, com a segurança dos atletas a ser posta em causa. Os Campeonatos do Alentejo são demasiado importantes e estão em causa apoios institucionais e investimentos dos clubes que carecem de maior profissionalismo.
A palavra aos campeões “É sempre bom ganhar” “Foi mais um título para juntar a todos aqueles que já tenho. É sempre com orgulho que vemos o sucesso do nosso trabalho diário na procura de melhorar os nossos tempos. Foquei-me no corta-mato para poder representar aqui o meu clube e fui bem-sucedida. Estou já a treinar para distâncias mais longas, o objetivo é baixar a minha marca nos 10 quilómetros, já consegui os 36’ em Grândola, vou tentar melhorar este registo”. Raquel Trabuco (Clube Elvense Natação)
“5.º título consecutivo” “Consegui o título de campeão do Alentejo pelo quinto ano consecutivo. Atravesso um grande momento de forma e estou a trabalhar para a maratona de Sevilha, que se disputa no próximo domingo. Vim aqui com o objetivo de ganhar, por isso ataquei quando íamos três atletas na frente da corrida e, com todo o respeito que tenho pelos meus adversários, senti-me bem e com um andamento normalíssimo, sem sofrimento”. Bruno Paixão (Atletismo Clube de Portalegre)
CAMPEÕES DO ALENTEJO 2013
Individuais Femininos: Infantis Margarida Raimundo (Elvense) Iniciados Raquel Haar (Diana Évora) Juvenis Rosário Silva (NAR Messejana) Juniores Ana Dias (NDC Odemira) Seniores Raquel Trabuco (Elvense) Veteranos Paula Laneiro (Ourique DC) Masculinos: Infantis Pedro Curião (Elvense) Iniciados João Silva (NAR Messejana) Juvenis Filipe Fialho (Diana Évora) Juniores Mussa Djau (Beja AC) Seniores Bruno Paixão (AC Portalegre) Veteranos Vítor Cordeiro (AC Portalegre) Equipas: Femininos: Infantis e iniciados Clube Elvense Natação Juvenis Estrela Vendas Novas Jun/sen/veteranos Diana de Évora Masculinos Infantis Clube Elvense Natação Iniciados Clube Natureza Alvito Juvenis Diana de Évora Seniores Atletismo Clube Portalegre Veteranos Associacion Académica Badajoz
Derbi José Saúde
Expressam os cardápios futebolísticos que as histórias dos derbies, independentemente das suas histórias hilariantes, assumem-se como verdadeiras paixões, não obstante as classificações que os emblemas apresentam na tabela. Diz-se que um derbi é sinal de incógnita quando esbarramos no seu desfecho final. Afirmam os adeptos que o objetivo passa pela vitória. Porém, os epílogos finam-se, amiúde, por sucessivos empates. No espólio de apostas não se carpem lágrimas ou gáudios de outrora. A emotividade constrói, por norma, cenários inolvidáveis. O irracional transvasa conceitos desportivos e resvala para uma fúria verbal perante o evoluir do espetáculo. Esta sucinta apresentação que trago à estampa, traz-me à memória imagens de velhos prélios envoltos em casuais histerias humanas. Assisti no pretérito domingo a um jogo de juvenis entre o Despertar e o Desportivo de Beja. O desafio contava para o campeonato distrital da AF Beja, sendo que o desenlace foi um empate (0-0). O puzzle do jogo pressuponha que a vitória pendesse para o Desportivo, líder imaculado da prova com 19 pontos, 32 golos marcados e oito sofridos. Todavia, numa manobra de diversão, os despertarianos, reforçados com jogadores que atuam no nacional, quebraram o ciclo vitorioso de um adversário que muito trabalhou para manter invicto o seu substrato triunfador. À tona da memória surgiram-me imagens doutros tempos. Recordei os derbies Despertar/Desportivo no velhinho Flávio dos Santos. A terra batida do retângulo de jogo deu agora lugar, noutros locais, a magníficos recintos sintéticos onde os jovens jogadores espalham o perfume do seu futebol. Pena é que as enchentes que formavam então um verdadeiro cordão humano a caminho do estádio bejense sejam agora pautadas com um místico sentimento de saudade. A evolução dos tempos ditou novos desafios e as modernas infraestruturas impõem outros ritmos. Sobra o misticismo de derbies ao rubro, em Beja.
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Diário do Alentejo n.º 1609 de 22/02/2013 Única Publicação
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CONVOCATÓRIA Assembleia Geral
Ao abrigo do art. 28º dos Estatutos desta Associação, convocam-se todas as associadas, para reunirem em Assembleia Geral, que se realizará na Sede da Associação, dia 18 de Março de 2013, pelas 20.30h. Ordem de trabalhos: 1. Apreciação e aprovação do relatório de contas do ano de 2012; 2.Aprovação da Constituição de Direito de Superfície do Imóvel sito na Rua de Oliveira nº.7, sito em Moura; 3. Aprovação da alteração dos Estatutos da Associação; 4. Outros assuntos de Interesse da Associação. Moura, 13/02/2013. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Vânia Susete dos Santos Marujo
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Diário do Alentejo n.º 1609 de 22/02/2013 Única Publicação
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A CARGO DO NOTÁRIO, JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO Certifico, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no Livro de Escrituras Diversas n.° 72-A, de folhas 13 a 14 verso, se encontra exarada uma escritura de Justificação, outorgada no dia oito de fevereiro de dois mil e treze, na qual CUSTÓDIA DA SILVA REVEZ, C.F. n° 100 312 837, solteira, maior, natural da freguesia de S. João de Negrilhos, concelho de Aljustrel, onde reside na Rua da Lagoa, n°23 declara que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, de metade do prédio urbano, destinado a habitação, sito na Rua Dr. Sousa Branco, Montes Velhos, freguesia de S. João de Negrilhos, concelho de Aljustrel, descrito na Conservatória do Registo Predial de Aljustrel sob o número quatrocentos e oitenta e cinco, onde a restante metade se acha registada de aquisição a favor de Cidades e Vilas, Gestão Imobiliária, Lda, com sede em Montes Velhos, pela apresentação um de vinte de Julho de dois mil e inscrito na respetiva matriz predial, sob o artigo número 300, com o valor patrimonial atual, correspondente, metade, igual ao que lhe atribui, de mil setecentos e vinte e três euros e vinte cinco cêntimos. Que a indicada metade do referido prédio veio à sua posse há mais de vinte anos, em dia e mês que não pode precisar do ano de mil novecentos e oitenta e três, por partilha que foi feita com os demais herdeiros de Mariana Júlia Revez, viúva, residente que foi em Montes Velhos, Aljustrel. Que a partilha foi meramente verbal, nunca formalizada por escritura pública, motivo pelo qual não dispõe do título que lhe permita efetuar o respetivo registo de aquisição na Conservatória do Registo Predial. Que esta posse tem sido exercida à vista de toda a gente, de uma forma pacífica e no gozo e fruição do prédio na proporção indicada como sua verdadeira dona, nomeadamente, recebendo os rendimentos e suportando os encargos inerentes, designadamente as obras de melhoramentos e os pequenos arranjos necessários à sua conservação, bem como a respetiva contribuição autárquica. Que esta posse de metade, em nome próprio, pacífica, contínua e pública, há mais de vinte anos, conduziu à aquisição da referida fração do imóvel por usucapião, que, pela presente escritura, invoca, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado não poder comprovar esta forma de aquisição por mais nenhum título extrajudicial. Está conforme. Cartório Notarial de Castro Verde, aos 08 de fevereiro de 2013. O Notário José Francisco Colaço Guerreiro
Diário do Alentejo n.º 1609 de 22/02/2013 1.ª Publicação PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877
ANÚNCIO
Tribunal Judicial de Beja – 1.° Juízo Inventário / Partilha de Bens em Casos Especiais Processo n.° 5160-A/1999 Requerente: Francisco José Silvestre Nunes Guiomar e outros Cabeça de Casal: Maria de Fátima Borges Rocha FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 11 de Março de 2013, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra dos seguintes bens: VERBA 1 - Prédio Urbano, propriedade total, sito na Rua Ferreira de Castro, em Beja, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 2519, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha 965/19951115, Beja (Salvador), Terreno para Construção, Lote n.° 6 - 70% de 82.500,00€ (57.750,00€) VERBA 2 - Prédio Urbano, propriedade horizontal, sito na Avenida Fialho de Almeida, n.° 66, em Beja, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 2177 - Fracção H, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha 739/19940214 H, Beja (Sao Joao Baptista), Rés do Chão destinado a comércio, composto de um compartimento amplo e instalação sanitária - 70% de 72.100,00€ (50.470,00€) VALOR BASE: 154.600,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 108.220,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido a Sra Maria de Fátima Borges Rocha Milene, residente na Rua Florbela Espanca, n.° 34, em Beja. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
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22 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista
Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves
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Especialista pela Ordem dos Médicos
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Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
dos Médicos
pela Ordem e Ministério da Saúde Generalista Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8
Vários Acordos
Fisioterapia
Marcações pelo telef. 284325059
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Centro de Fisioterapia S. João Batista
Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
Marcações
MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44
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Fisioterapia
Clínica Geral
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Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional
JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
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Marcações a partir
de Fisioterapia
das 14 horas Tel. 284322503
Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica
CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas
Clinipax
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Rua Zeca Afonso,
Reeducação do Pavimento
nº 6-1º B – BEJA
Medicina dentária
Reabilitação
Psiquiatria
Acordos com A.D.S.E., CGD,
Estomatologista (OM) Ortodontia
FAUSTO BARATA
▼
ALI IBRAHIM
Medis, Advance Care,
Marcações pelo 284322446;
Marcações pelo tel.
a partir das 8:30 horas na Policlínica de S. Paulo
AURÉLIO SILVA
284328023 BEJA
UROLOGISTA
Cirurgia Maxilo-facial
DR. MAURO FREITAS VALE
CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras
Prótese/Ortodontia
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Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo
MÉDICO DENTISTA
Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
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Marcações pelo tel.
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia
284323028
Urologia
Rua Cidade S. Paulo, 29
cave esq. – 7800 BEJA
a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.
BEJA
Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
Otorrinolaringologia Psiquiatria
▼
Urologia
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DR. J. S. GALHOZ FERNANDO AREAL
FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Consultor de Psiquiatria Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
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Dr. José Loff
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Consultas às 6ªs feiras
R. 25 de Abril, 11
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Clínica Dentária
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º
de Beja
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.
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Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
Consultas em Beja Clínica do Jardim
Multicare, Allianze,
Fax 284326341
Luís Payne Pereira
HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)
Psiquiatra no Hospital
Seguros/Acidentes
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
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DR. JAIME LENCASTRE
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Médico Dentista
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Ginecologia/Obstetrícia
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Classes de Mobilidade Classes para Incontinência
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DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA
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pelo tm. 919788155
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7800-073 BEJA
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DR. A. FIGUEIREDO
Médico oftalmologista
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Pélvico
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CONSULTAS DE OBESIDADE
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Oftalmologia
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Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
Neurologia
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Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
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saúde
Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
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António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
23 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
necrologia diversos
24 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos BALEIZÃO
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu a Exma. Senhora
ISIDRO ANTÓNIO MIGUEL, de 88 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Felicidade Bonito Felisberto. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Camarate, onde foi cremado
D. EMÍLIA DA GRAÇA HORTA TRONCÃO PATRÍCIO, de 76 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, de Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
CABEÇA GORDA
BEJA
SANTA VITÓRIA
SÃO MATIAS
†. Faleceu o Exmo. Senhor HERMENEGILDO DOS SANTOS JANEIRO, de 73 anos, natural de Santa Vitória - Beja. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora
NOSSA SENHORA DAS NEVES
SANTA VITÓRIA
D. MARIA DA CONCEIÇÃO VIEIRA, de 81 anos, natural de São Matias - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de São Matias, para o cemitério local.
AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA. Rua João Conforte,15 7800-148 BEJA Tel.284323555 Tm. 965217456 A AGÊNCIA MAIS ANTIGA DE BEJA
Marmelar AGRADECIMENTO
Selmes AGRADECIMENTO
PARTICIPAÇÃO
Manuel Alves Palma Vimos participar o falecimento da exma. Sra. D. Mariana Cristina, de 92 anos de idade, viúva, natural de Entradas, Castro Verde. O funeral realizou-se no passado dia 15/02/2013 da Igreja Paroquial do Carmo para o cemitério da Trindade. Apresentamos à família os sentidos pêsames.
Nasceu a 25.09.1934 Faleceu a 13.02.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
Maria Adelaide Pé Leve Lázaro Ramalho Nasceu a 22.07.1958 Faleceu a 13.02.2013 Salmo 68:20 “O verdadeiro Deus é para nós um Deus de actos salvadores E a Jeová O Soberano Senhor Pertencem As saídas da morte”
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO †. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu o Exmo. Senhor
D. MARIA DA CONCEIÇÃO ROSA MILHANO, de 67 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
INÁCIO SILVA MIGUEL, de 80 anos, natural de Albufeira, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
NOSSA SENHORA DAS NEVES
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO JOÃO VICENTE, de 92 anos, natural de São Marcos da Ataboeira Castro Verde, casado com a Exma. Sra. D. Angelina Rosa. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ROBERTINA ENGRÁCIA, de 88 anos, natural de Panoias - Ourique, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
BEJA
NOSSA SENHORA DAS NEVES
Vila Nova de São Bento
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Faleceu o sr. António José Carolino Vargas, de 52 anos, casado com a exma. sra. Maria Bárbara Valadas Romeiro Vargas, natural de Vila Nova de São Bento. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 16 de fevereiro da casa mortuária de Vila Nova de São Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências.
Dulcínia das Neves Mósca Marido, filha, netas, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 13/02/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA
António Caetano Correia
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu o Exmo. Senhor
FRANCISCO DA PALMA, de 81 anos, natural de Quintos Beja, casado com a Exma. Sra. D. Arminda Isidoro Pepe. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
ILÍDIO JOÃO FERNANDES, de 84 anos, natural de Budens - Vila do Bispo, casado com a Exma. Sra. D. Maria Teresa Filipe. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. HONÓRIO JOÃO ROUSSEAU, de 84 anos, natural de São João Batista Beja, casado com a Exma. Sra. D. Alice Serra Magalhães Rousseau. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. CLAUDINA FRANCISCA DO ROSÁRIO de 91 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves para o cemitério local.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
Sua esposa e filhos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 15/02/2013, e na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517
Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
Diário do Alentejo n.º 1609 de 22/02/2013 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL EM CASCAIS NOTÁRIO: JOAQUIM MANUEL VITAL RUIVO Joaquim Manuel Vital Ruivo, notário, CERTIFICA NARRATIVAMENTE, que no dia 18 de Fevereiro dois mil e treze, a folhas 100 do livro de notas para escrituras diversas, número DOIS - A, deste Cartório foi outorgada uma escritura de justificação do seguinte teor: Rui Filipe Pinto Pires, NIF 217 150 306, e mulher Vera Cristina Arsénio Baetas, NIF 229 988 679, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Pedrogão, concelho da Vidigueira, residentes na Rua 25 de Abril, número um, Marmelar, Vidigueira, declararam que com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores do veículo automóvel, Jeep, de marca Nissan, modelo Terrano II, com a matrícula 40-14-EB, de cor vermelha, a que atribuem o valor de quinhentos euros, que em termos de registo de propriedade, tem a matrícula cancelada desde doze de Maio de dois mil e oito; Que, na verdade o dito veículo, até ao ano de dois mil e dois, estava registado em nome de Samarino Aluguer e Comércio de Automóveis Lda, mas era utilizado por diferentes utilizadores em deslocações à caça na “herdade das Baionas”, na freguesia de Selmes, concelho da Vidigueira, tendo o veículo avariado, e por isso sido deixado e depois abandonado pelos seus donos. Que perante esse abandono, o outorgante Rui Filipe, desde o ano de dois mil e dois, procedeu à reparação do veículo que ficou na herdade durante mais de dez anos e que desde esse ano, entrou na posse e fruição do supra descrito bem, posse essa que tem exercido desde então, procedendo à sua reparação e conservação, utilizando-o e gozando todas as utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exercita um direito próprio, de boa-fé, por ignorar usar direito alheio, pacificamente – porque adquirida e exercida sem qualquer violência, contínua – porque sem interrupções e publicamente – porque exercida à vista de todos e com possibilidade de ser conhecida por qualquer pessoa, sem a menor oposição de quem quer que seja – tendo durado mais de dez anos e sendo a actuação deles justificantes no exercício de tal posse, correspondente à de únicos proprietários. Que, dadas as circunstâncias da indicada posse, atrás enunciadas, adquiriram aquele veículo por USUCAPIÃO, título esse que não é susceptivel de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais, impossibilitando-os, assim e por natureza, de verem reconhecido o seu direito de propriedade perfeita. Está de conformidade com o original. O Notário Lic. Joaquim Manuel Vital Ruivo
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Maria Salomé Campos Teixeira de Sampaio Nolasco da Silva Marido, filhos, genro e netos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida no passado dia 10 de fevereiro. Na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todos os que se lhes juntaram neste último ato de homenagem.
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25 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.
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1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-
por litro
tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos
desconto em combustÍvel
com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma
atÉ 30 de abril
em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.
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Diário do Alentejo n.º 1609 de 22/02/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1609 de 22/02/2013 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO PARA O ESTUDO E DEFESA DO PATRIMÓNIO NATURAL E CULTURAL DO CONCELHO DE MÉRTOLA
ASSOCIAÇÃO PARA O ESTUDO E DEFESA DO PATRIMÓNIO NATURAL E CULTURAL DO CONCELHO DE MÉRTOLA
CONVOCATÓRIA
CONVOCATÓRIA
Convocam-se os sócios da Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural do Concelho de Mértola, para a Assembleia Geral, a realizar no 06 de Março de 2013, pelas 17:30 horas, na sede da ADPM, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e votação dos relatórios de actividades e contas de 2012; 2. Eleição dos Órgãos Sociais para o biénio 2013/2014; 3. Outros assuntos de interesse para a Associação. A Assembleia Geral terá carácter deliberativo, em segunda convocatória, 30 minutos após a hora para que havia sido convocada inicialmente, qualquer que seja o número de sócios presentes (cap. VII, artº 17°) Mértola, 06 de Fevereiro de 2013. A Presidente da Assembleia Geral Maria Madalena Lança Marques
Convocam-se os sócios da Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural do Concelho de Mértola, para a Assembleia Geral, a realizar no dia 06 de Março de 2013, pelas 18:30 horas, na sede da ADPM, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e votação do Plano de Actividades para 2013; 2. Outros assuntos de interesse para a Associação. A Assembleia Geral terá carácter deliberativo, em segunda convocatória, 30 minutos após a hora para que havia sido convocada inicialmente, qualquer que seja o número de sócios presentes (cap. VII, artº 17°) Mértola, 06 de Fevereiro de 2013.
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1.º – Área coberta 800m2 + descoberta 200 m2 (novo) 2.º – Área coberta 1200 m2 + descoberta 400 m2. Dispõe de sala de reuniões, gabinetes, recepção, wc com acesso a deficientes, zonas de exposição com montra e 2 frentes.
A Presidente da Assembleia Geral Maria Madalena Lança Marques
Variante de Beja e Parque Industrial. Contactar pelo tm. 917814559
Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
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Santander Totta assina compromisso para a Igualdade de Género
O Banco Santander Totta assinou recentemente o Acordo de Adesão ao Fórum de Empresas para a Igualdade, um compromisso inédito em Portugal, através do qual as empresas aderentes acordam desenvolver ações de promoção de igualdade de género nas suas organizações. O Fórum Empresas, promovido pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego e por um conjunto de empresas representativas
Empresas
dos mais importantes setores da economia nacional, passa a incorporar nas suas estratégias de gestão os princípios de igualdade entre homens e mulheres, num compromisso com a promoção da igualdade de oportunidades profissionais. A ideia surgiu da vontade comum em assumir uma cultura de reconhecimento da igualdade de género como pilar do desenvolvimento e sustentabilidade no mundo empresarial.
Restyling Penedo Gordo A herdade Penedo Gordo apresenta a nova imagem do vinho regional Penedo Gordo branco e tinto, cuja imagem reflete o atual posicionamento destes produtos jovens e modernos e, ao mesmo tempo, fortes de personalidade. A apresentação deste restyling integra também o lançamento da colheita 2011 tinto e da colheita 2012 branco.
Mais de 100 farmácias aderiram à iniciativa de recolha de medicamentos
Um ccon Um on nju jun ntto to d dee lliinh has as mod oder ern erna naas as e cco on ntteem mpo porrââneas neaass ne cco onf nfeerrem nfe m aao oV Viillllaa Allju just ust stre rell re “h har ar m mo on niiaa””, “b bem m-eessttarr” e “c “co on nffo nfo o ort r to rt o””. A fa fa n nttás ássti tica ti caa pais pa isag isag agem em paan n nor orâm orâm or âmic ica ca sso obrre to od daa a vvililla e arreed arre ar do ore res cr c iaa o amb mbieent ne idea id eal paaraa um di dia d dee trab tr balh aallho ho ou pa para um fi finaal de tarde de arde ar de d dee re rela rela laxxaame ment n o. nt o.
Hotel Villa abriu ao público no Dia dos Namorados
Aljustrel tem um novo hotel de três estrelas Situado no coração da vila de Aljustrel, o Hotel Villa Aljustrel abriu portas no dia de São Valentim, embora a data oficial de inauguração esteja agendada para o próximo dia 25 de abril. A unidade de três estrelas abriu em soft opening e veio colmatar a falta de alojamento existente na vila. Publireportagem Sandra Sanches
A
mais recente unidade de alojamento instalada em Aljustrel, que envolveu um investimento de cerca de 1,8 milhões de euros, pertence ao grupo Alentrel S.A. e veio dar resposta a uma das principais necessidades existentes na vila de Aljustrel. A mina de Aljustrel, uma referência na região, influenciou claramente a arquitetura e decoração do hotel. À entrada visualiza-se uma fotografia antiga de um mineiro a empurrar um vagão e os 33 quartos partilham a simplicidade e linhas de design moderno que comportam uma decoração de três tipologias: cobre, prata e ouro. O hotel, que dispõe também de bar,
localizado junto à sala de reuniões, para além da decoração de requinte não dispensa pormenores que não deixam esquecer que se está na região alentejana. Na unidade também se pode cuidar do corpo, dado que tem à disposição serviços de ginásio, sauna e banho turco. Já no restaurante do hotel, denominado “Fio d´Azeite” e que promete aliar o requinte aos melhores sabores da cozinha tradicional portuguesa, tenta-se, acima de tudo, retratar a região, oferecendo a cultura alentejana dentro do prato, os sabores dos temperos alentejanos e as melhores carnes provenientes das planícies do Alentejo. Nesta fase que se considera de arranque, o hotel disponibiliza preços de abertura e, paralelamente, está a preparar alguns pacotes com outras vertentes que dizem ser “diferentes”, nomeadamente atividades na natureza, românticas e gastronómicas, que visam, essencialmente, mostrar aos clientes o que de melhor o Alentejo tem para oferecer. Estes pacotes aliados ao que Aljustrel pode proporcionar – desde o contato direto com os costumes tradicionais aos
monumentos de arquitetura religiosa, passando pela cultura própria de uma população com uma história ligada à atividade mineira – são momentos verdadeiramente aliciantes que não dispensam uma possível visita. Para além destas atividades poderá ainda partir-se à descoberta da envolvente da vila e das aldeias do concelho num percurso a pé, numa caminhada ou numa volta de bicicleta pelos caminhos rurais, desfrutando em pleno da natureza. Os responsáveis pela unidade, que emprega pessoas, maioritariamente, da zona, dizem ter consciência do ano difícil que o País atravessa, no entanto acreditam plenamente no sucesso do projeto. O início do ano na vila de Aljustrel parece ser promissor. Quanto à abertura futura, também na vila, do Prestige Hotel & SPA de cinco estrelas, vocacionado para o lazer e bem-estar e para o turismo de conferências, os responsáveis pelo Hotel Villa Aljustrel dizem ver essa abertura com “bons olhos”, pois todas as iniciativas que ajudem a promover Aljustrel “serão sempre bem-vindas”.
Mais de 100 farmácias das regiões do Alentejo, Algarve, Covilhã, Lisboa, Santarém e Setúbal aderiram no dia 16 à jornada anual de recolha de medicamentos, numa iniciativa promovida pelo Banco Farmacêutico. A campanha deste ano de recolha de medicamentos e produtos de saúde vai beneficiar 67 instituições particulares de solidariedade social e misericórdias das seis regiões onde a jornada decorreu. Segundo o Banco Farmacêutico, a iniciativa tem como objetivo “sensibilizar os portugueses a doar medicamentos e produtos de saúde, em colaboração com as realidades assistenciais que operam localmente”.
Coopjovem quer apoiar 900 jovens a criar novas cooperativas A Coopjovem é um Programa Nacional de Apoio ao Empreendedorismo Cooperativo, que prevê apoiar 900 jovens do Norte, Centro e Alentejo a criar 100 novas cooperativas em Portugal num ano, sendo que as mesmas se poderão ligar a cooperativas já existentes. O programa tem um apoio para bolsas e apoio técnico na ordem dos dois milhões e 600 mil euros, que chegam através de fundos comunitários, refere o presidente da Cases (Cooperativa António Sérgio para a Economia Social). Segundo Marco António Costa, secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, os jovens terão apoio durante seis meses para “matutar” e “desenvolver” a ideia de uma nova cooperativa, depois recebem novo apoio/bolsa durante quatro meses para “construir a ideia”, e quando chegar a hora de fazer o investimento financeiro o programa dá acesso ao crédito para investimento até ao máximo de 20 mil euros.
“Portugal Sou Eu” é um contributo para o emprego e industrialização O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, afirmou que o programa “Portugal Sou Eu” é um contributo para o “reforço da industrialização” do País porque quando compramos português estamos a contribuir para a manutenção do emprego em Portugal. Para Álvaro Santos Pereira, esta é uma medida para “salvaguardar empresas portuguesas” e permitir que a economia volte a crescer. O programa conta com 600 empresas nacionais participantes que, através da atribuição de um selo, permitirão ao consumidor identificar de forma simples e imediata a origem nacional do produto.
A Biblioteca de Vila Nova de Santo André convida todos os jovens com idades entre 12 e os 16 anos a juntarem-se para “blogar”. Decorrem todas as quartas-feiras e, até ao fim do mês, várias oficinas que te ajudam não só a criar o teu blogue e a tirar o maior proveito dele fazendo-o chegar a mais pessoas, como também te ajudam a lidar com cyber bulling e a teres noção dos direitos e obrigações de um blogger. Inscreve-te através do email: smba@cm-santiagocacem.pt
À solta
27 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
Blogando na Biblioteca de Vila Nova de Santo André
A páginas tantas... A Minha Primeira Cozinha Tradicional Portuguesa é uma adaptação das receitas de Maria de Lurdes Modesto escrita por Gisela Miravent e ilustrada por Bernardo Carvalho. A narrativa desenrola-se numa viagem em que uma avó e a sua neta fazem pelos principais tesouros da nossa gastronomia. A primeira Cozinha Tradicional Portuguesa foi lançada há 31 anos e tornou-se uma referência nas casas portuguesas. Gisela personifica a neta neste novo livro agora inteiramente dedicado aos mais pequenos, onde, segundo a autora, era importante transmitir o valor cultural da nossa cozinha. Aos doces textos de Gisela juntam-se as importantes notas de Maria de Lurdes Modesto (a avó) e, claro, as fantásticas ilustrações de Bernardo Carvalho.
Deixamos duas ideias para que os pequenos que não gostam de fruta a achem mais apetecível.
Dica da semana sema A dica desta semana volta a trazer mais uma escultora de bonechamar escultores, porque, em boa vercos. Gostamos de lhes cham que bem podiam ser condade, trata-se de peças lindíssimas lindí sideradas esculturas. O trabalho traba é da artista Abigail Brown e tem vindo a explorar a mitologia mitolo animal no universo dos índios americanos.
À solta Outra ideia para decorares os teus ovos da Páscoa. Vais precisar de corantes. Para obteres as diferentes tonalidades basta diluir o corante em mais água. Deixa secar um pouco antes de adicionares a nova tonalidade.
28 Diário do Alentejo 22 fevereiro 2013
A Juliana é uma cadela de raça rafeiro do Alentejo. É muito meiga com as pessoas, adora passeios, mas também um bom descanso ao sol. É muito grande para estar numa box no canil e precisa de espaço e também do carinho de uma família. É territorial com outros cães. Está esterilizada e vacinada. Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Letras O ano sabático
Boa vida Comer
Cabrito do Alentejo assado com batatinhas e cebola
Toiros Tarde solidária no Campo Pequeno rende 100 mil euros
Ingredientes : 1 cabrito; 250 gr. de banha de porco alentejano; 5 dentes de alho; 4 dl. de vinho branco; q.b. de água; q.b. de pimentão doce; q.b. de sal; q.b. de pimenta branca moída; 2 folhas de louro; q.b. de piripiri; 1 ramo de salsa; 1,2 kg. de batatinhas; 500 gr. de cebolas. Confeção: Num almofariz coloque os alhos com o sal e pise. Nessa mistura junte banha, pimentão doce, pimenta branca, folhas de louro, piripiri e salsa. Depois de lavado e limpo o cabrito, barre por dentro e por fora com a “papa “obtida e deixe repousar no frigorífico de um dia para o outro. Coloque num tabuleiro de forno. Ligue o forno a 160ºC e leve a assar durante mais ou menos 90 minutos, regando com o vinho branco e, se necessário, junte um pouco de água. Com a ajuda de um garfo vire a carne quando for necessário. A meio da assadura coloque as batatinhas novas descascadas e as cebolas cortadas aos quartos. Sirva bem quente. Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
A
tarde do passado domingo, 17, mostrou uma vez mais toda a força da tauromaquia, dos seus intervenientes e dos aficionados em geral, com o Campo Pequeno a receber um festival taurino com o objetivo de apoiar, homenagear e ajudar o malogrado forcado Nuno Carvalho “Mata”, tetraplégico em consequência de uma colhida sofrida naquela mesma arena em agosto do ano passado.
O Nuno Carvalho, apesar dos prognósticos reservados quanto à sua recuperação, todos os dias trava uma batalha em Alcoitão para melhorar uma milésima parte que seja da sua condição física, pois ele acredita. Seis cavaleiros atuaram sem receber qualquer cêntimo, nomeadamente Joaquim Bastinhas, José Luís Cochicho, João Salgueiro, Rui Fernandes, Telles Jr., Miguel Moura e o espanhol Fermín
Bohórquez, numa demostração de amizade e solidariedade com os rapazes das jaquetas de ramagens, neste caso com Nuno “Mata”. Os forcados mostraram que as rivalidades entre grupos resumem-se apenas às arenas. Assim, juntaram-se representantes da maioria dos grupos portugueses, e ainda do México, para formarem um só grupo e homenagear desta forma o seu companheiro do Aposento da Moita. Numa altura em que os portugueses pouco acreditam no seu futuro, vale a pena parar e colocar os olhos neste caso. O Nuno Carvalho, apesar dos prognósticos reservados quanto à sua recuperação, todos os dias trava uma batalha em Alcoitão para melhorar uma milésima parte que seja da sua condição física, pois ele acredita. Os seus amigos, os seus colegas de outros grupos, os restantes artistas e aficionados acreditam que ele vai melhorar, assim foram demostrá-lo ao Campo Pequeno, e, apesar das dificuldades económicas que muitos atravessam, marcaram presença e contribuíram para o sucesso desta tarde, que reuniu cerca de 100 mil euros para o Nuno, que assim poderá adquirir material ortopédico necessário e essencial para a qualidade de vida no seu dia a dia. Fica aqui o exemplo de que temos que acreditar!!! Vítor Morais Besugo
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m 13 anos de vida em Montreal, Hugo apaixonou-se pelo contrabaixo e entregou-se à vertigem do álcool. O álcool foi uma circunstância e não a condição da fuga ao amor por Catherine, a mulher que, de pensos nos dedos, conserta a alma de instrumentos que já tiveram muitas vidas. Tornou-se instrumentista, pois, endividou-se por paixão por Nutella (não o creme para barrar no pão mas um contrabaixo em específico ao qual quis chamar assim) e entregou-se a um torpor alcoólico sem conseguir terminar uma composição que o assombra. Um ano sabático, em Lisboa, foi o que se concedeu para se recompôr dos tremores de viciado. Um ano para se reencontrar? Júlia, a gémea, acolhe-o temporariamente. É com uma conhecida dela que assiste, no coliseu, ao concerto do novo pianista sensação do momento, Luís Stockman. É um choque quando o ouve tocar, nota por nota, mas numa versão acabada, a composição que o obceca e a que não consegue pôr fim. A história de ambos mistura-se, pois, e radica num desaparecimento. Romance sobre a questão do duplo, um tema recorrente na literatura – Tordo assume a inf luência de obras como O retrato de Dorian Gray –, é também o retrato de uma angústia geracional, numa genealogia iniciada talvez por Almeida Faria ainda durante a “noite salazarista”. A primeira geração – já cantada por JP Simões – que viaja pelo mundo livremente e que regressa a Lisboa como se esta fosse uma âncora de que não consegue soltar amarras é também personagem no novo romance de Tordo. Maria do Carmo Piçarra
João Tordo D. Quixote 15,90 euros 206 págs.
Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (Jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: 968117086 Características dos nativos de
Peixes (19 de fevereiro a 20 de março)
Tendem a existir de forma emocional e instintiva. São sonhadores, pacientes e amáveis, mas dificilmente tomam iniciativas para resolver os seus problemas. Sensíveis ao sofrimento dos outros. Dedicam-se a atividades solidárias com empenho e dão sempre mais do que recebem.
Previsões – Semana de 22 a 28 de fevereiro
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Carneiro – (21/3 - 20/4) Uma for te vontade de mudança vai levá-lo a sentir-se bem em ambientes que lhe eram estranhos até agora. Deixe-se contagiar por estas novas realidades e por tudo de bom que têm para lhe oferecer. Mantenha o espírito aber to e lembre-se de que se pode aprender sempre e com tudo. Com a grande força interior que sente nesta altura, vencerá cer tamente os possíveis obstáculos do seu caminho. Seja otimista!
Balança – (24/9 – 23/10) Aproveite esta fase para equilibrar o seu lado feminino, recetivo e subtil,e o seu lado masculino, ativo e arrebatado. Irá sentir o mesmo equilíbrio na relação com os outros, pois a relação que temos com a nossa essência ajuda-nos a preencher as nossas carências. Lembre-se também de que este eu preenchido pode construir um futuro pleno de abundância para si e para o mundo em que todos vivemos.
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Filatelia Enchidos alentejanos em novos selos
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carne de porco alentejano é o motivo de quase todos os selos da emissão prevista para entrar em circulação na próxima quinta-feira, dia 28. Trata-se da segunda emissão dedicada a este tema, “Sabores do ar e do fogo”. Segundo o folheto informativo já distribuído aos filatelistas, a emissão tem oito selos e um bloco filatélico com mais dois. A farinheira de Estremoz e Borba e o chouriço mouro de Portalegre são os motivos dos dois selos de N20gr., franquia usada para franquiar as cartas até 20 gramas (1.º escalão) do correio nacional. Os dois selos de A20gr., franquia para o correio azul nacional, também até 20 gramas, são ilustrados com a farinheira de Monchique e o chouriço de Estremoz e Borba. O paio enguitado de Portalegre e a morcela de São Miguel estão representados nos dois selos E20gr., franquia das correspondências, não prioritárias, para a Europa. Os selos para o “resto do mundo” têm a franquia de I20gr. e, mostram-nos o paio ou lombo branco de Portalegre e os maranhos da Sertã. Finalmente, o presunto de Barrancos e o de Santana da Serra são o motivo dos dois selos do bloco, ambos com a franquia de 1€. O design dos dois selos é de AF Atelier e haverá os habituais quatro carimbos de 1.º dia de circulação, que serão usados em Lisboa, Porto, Funchal e Ponta Delgada. Recorde-se que a primeira emissão de “Sabores do ar e do fogo” foi emitida a 25 de setembro do ano passado e teve, tal como esta, oito selos e um bloco, mas este com três selos, que nos mostraram: o chouriço da Guarda e o de Vinhais, nos dois selos de 0,32€; o chouriço de Barroso (Montalegre) e a chouriça de cebola de Ponte de Lima (selos de 047€); salpicão de Vinhais (0,57 €); moura de Vila Real e a morcela da Guarda (0,68€) e a alheira de Mirandela (0,80 €). Os presuntos de Melgaço, de Vinhais e do Barroso foram o motivo dos três selos do bloco, todos eles com a franquia de 0,80 €. Também estes selos foram do AF Atelier. Nos últimos anos, após este tipo de emissões
divididas por mais de um grupo, é provável que os Correios editem um livro desta temática, que, como é habitual neste tipo de livros, incluirá todos estes selos. Entretanto, os Correios estão, uma vez mais, recetivos a sugestões para os temas dos selos que serão emitidos no próximo ano. Como se sabe, o Estatuto do Selo Português prevê que todas as entidades, quer públicas, quer privadas, o possam fazer, diminuindo-se, deste modo, as hipóteses de passarem sem celebração filatélica alguns factos importantes da nossa história ou identidade cultural. Em nota enviada às mais diversas entidades, o serviço de filatelia dos Correios propõe que as propostas respeitem as seguintes áreas: vultos da história e da cultura, quer nacionais, quer estrangeiros; datas importantes da nossa história; séries temáticas; acontecimentos de projeção internacional; e ainda temas específicos relacionados com os arquipélagos dos Açores e da Madeira. As sugestões devem ser enviadas, até ao dia 31 de março, para a Direção de Filatelia, Av. D. João II, lote 01.12.03; 1999-001 Lisboa, ou por via informática para sofia.c.almeida@ctt.pt. A emissão do dia 28 é já a segunda deste ano. A primeira, a 31 de janeiro, assinalou o bicentenário do nascimento dos compositores Wagner e Verdi. Embora sem data marcada, estão anunciadas mais 17 emissões: Falcoaria, Vultos da História e da Cultura, Centenário das Missões Laicas em África, 500 anos de Amizade Portugal-China, 2013 – Ano Internacional das Probalidades e da Estatística, Europa 2013 – Veículos Postais, Festas Tradicionais Portuguesas (3.º grupo), Apicultura (Continente, Açores e Madeira), Vultos do Desporto LusoBrasileiro, Rota das Catedrais (2.º grupo), Missões Católicas em África, O Ouro Arcaico – Tesouros Nacionais, 1 000 anos do Código de Avicena, Natal, Correio Escolar, 2013 Ano Internacional do Cidadão e 150 Anos da Cruz Vermelha Internacional. Estas duas últimas são de etiquetas de impressão de franquia automática. Geada de Sousa
Touro – (21/4 – 21/ 5) A vida está a dar-lhe muitas ferramentas para tornar a sua realidade cada vez mais próxima do seu ideal. A sua enorme força será redobrada quando encontrar ajudas muito concretas da par te dos seus amigos e familiares. Se viver alguma situação mais tensa, o que é possível à medida que a semana avança, tente manter a calma. Também no fim do mês, tome precauções especiais se fizer um despor to radical ou uma viagem um pouco mais arriscada.
i Gémeos – (22/ 5 – 21/6) Os nativos de Gémeos terão durante a semana bastantes opor tunidades de ampliar a sua vida social e os diferentes tipos de encontro com os outros, podendo até encontrar um novo interesse amoroso. Este será um tempo verdadeiramente estimulante, em que as suas atividades mental e social estarão em alta. Apresente-se aos outros como realmente é para assim os poder ver como realmente são.
j Caranguejo – (22/6 – 22/ 7) É chegado o tempo da criatividade e do amor. O nativo Caranguejo sentirá agora a necessidade de expressar-se das mais diversas formas, principalmente com alguém especial. Estará muito afetuoso por es ta altura, sendo sempre bem acolhido pelos outros. Mesmo assim, tente reservar algum tempo para si, pois a harmonia e o bem-estar consigo próprio são essenciais para poder usufruir plenamente da sua vida.
k Leão – (23/ 7 – 23/8) Nesta altura a sua mente estará mais clara e arguta do que habitualmente, fazendo-o sentir-se mentalmente mais ativo e profundo. Aprenderá mais durante esta época do que em qualquer outra. As viagens podem ser uma cons tante nesta fase e os dias, tão preenchidos, são intensamente vividos. Prof issionalmente, po derá atrair a atenção de alguém relevante para ajudá-la a lidar com um assunto que é importante para si.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Pres te especial atenção para não se deixar subjugar caso se veja a ser claramente posto em desvan tagem por razões pouco explícitas. Mantenha a sua habitual força de vontade, para que a sua integridade não seja lesada. Atividades ao ar livre podem ajudá-lo a conectar-se consigo próprio e com a natureza, o que lhe trará uma grande paz interior.
b Escorpião – (24/10 – 22/11) E s t a al t ura t raz-lhe bas t an tes surpresas e pede-lhe um nível de flexibilidade bastante profundo. É necessário reconhecer a diferença dos outros para aceitar processos diferentes dos seus. As transformações farão par te do seu quotidiano e fazem com que não haja monotonia na sua envolvente. Se tiver problemas no trabalho, evite sair abruptamente nesta altura, uma vez que a sua direção de vida não está muito clara.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Prepare-se o nativo de Sagitário, pois chegou o tempo de viver profundamente a verdade na sua vida. Nesta altura poderá fazer cor tes com o seu passado e são estas mesmas mudanças que lhe permitirão construir novas bases para o futuro. Acontecimentos inesperados vão pôlo em contacto com uma par te de si com a qual não está tão à-vontade para lidar.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) O nativo de Capricórnio terá o desafio de seguir os seus próprios valores, embora possa por vezes sentir que não é totalmente aceite pela sociedade. As suas convicções podem ser difíceis de aceitar pelos outros, mas pode vir a guiar os que a rodeiam. Para os nascidos per to do Ano Novo, estes serão tempos difíceis, mas em que terá opor tunidade de crescer interiormente.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Terá muitas opor tunidades para viver os seus ideais. Caminhe cuidadosamente durante este processo, pois as suas convicções vivem de conceitos delicados. Tenha a consciência de que, passo a passo, está a construir o seu sonho. Neste momento, os negócios e as comunicações estão favorecidas mas usando de algumas precauções.
f Peixes – (20/2 – 20/3) A sua sensibilidade e a delicadeza vão estar ao máximo esta semana, fazendo-a sentir tudo e todos com uma intensidade redobrada. A riqueza da vida vai fazê-la sentir-se muito bem consigo própria e vai levá-la igualmente a um sentimento de imensa gratidão para com os outros. É um momento em que tudo correrá bem, havendo for tes possibilidades de encontros amorosos, se não está numa relação.
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Paulo Claro Ribeiro fala sobre “A química do amor”
As bibliotecas escolares da Escola Secundária D. Manuel I (8 e 15 horas) e da Escola Diogo Gouveia (11 e 20 horas) e a Biblioteca Municipal de Beja (21 e 30 horas) recebem hoje, sexta-feira, a tertúlia “A química do amor”, dinamizada por Paulo Claro Ribeiro, professor associado com agregação no Departamento de Química da Universidade de Aveiro. O docente abordará o “amor romântico do ponto de vista da química: que substâncias atuam no nosso organismo – no cérebro em particular – e são
História do Biografia dejazz Marcelo no espaço RebeloOficinas de SousaArranca apresentada hoje, sexta-feira, em Grândola no espaçoÉ Oficinas, apresentada em amanhã, Aljustrel,sábado, o curso pelas livre de 17 iniciação horas, naàBiblioteca história do Municipal jazz “JazzdedeGrândola, A a Z”. A aação, biografia que decorrerá Marcelo Rebelo até 4 de Sousa, maio estruturada da autoria deemVítor oitoMatos. sessões, O evento, sempre que às sextas-feiras, é promovidoépela miAssociação nistrada pordosAntónio AntigosBranco, Alunos dinamizador da Escola Secundária do ClubeAntónio de JazzInácio do Conservatório da Cruz e pelaRegional Câmara do de Grândola, Baixo Alentejo. contará A primeira com a participação sessão, pelas do autor, 21 e 30jornalista horas, abordará da revista o tema “Sábado”, “Dos de campos Celso de Filipe, algodão diretor-adjunto a Nova Orleães”. do “Jornal de Negócios”, e de José Abreu, professor de História.
JOSÉ FERROLHO
Fim de semana
responsáveis pelas sensações e comportamentos que associamos ao amor”. Licenciado em Química – ramo Científico e com um doutoramento em Ciências – Estrutura Molecular, é autor/coautor de 110 artigos científicos em revistas internacionais da especialidade e coautor de um manual universitário. Leciona disciplinas na área da Química-Física e orienta estudantes de mestrado e doutoramento na mesma área. É atualmente o investigador responsável pelo projeto multimédia “A química das coisas”/RTP2.
Amanhã, em Amoreiras-Gare
Baldão e viola campaniça em debate
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Mértola recebe “O Entertainer”, Manuel Seita expõe uma comédia “frenética” da Baal 17 “Atlântida” em Sines “O Entertainer”, uma comédia “frenética”, que “traz ao de cima o lado mais negro da ‘realidade’, que nos entra todos os dias casa adentro” através da televisão, da companhia de teatro Baal 17, é apresentada hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, no Cineteatro Marques Duque. A peça, em digressão, foi criada a partir da obra “El Animador”, um dos textos mais representados do dramaturgo venezuelano Rodolfo Santana. Carlos e Marcelo “são os protagonistas desta tragicomédia escrita em 1972 e que mantém hoje uma qualidade atemporal”, adianta a companhia. Carlos cresceu em frente ao Canal 9 “e conhece a sua programação melhor do que ninguém. Alienado da realidade, a ficção televisiva é o seu Deus. Mas existem no Canal 9 alguns programas que, segundo Carlos, deveriam ser melhorados”. Entretanto, “Carlos, o espetador, rapta Marcelo, o diretor do Canal 9 e responsável pelos conteúdos”. Sob a ameaça de uma pistola, “Marcelo vê-se obrigado a vivenciar as ficções que criou para salvar a própria vida: um novo final para uma novela de grande audiência, filmes policiais e de cowboys, publicidades enganadoras e concursos onde os concorrentes são levados ao limite da humilhação”.
O Centro Cultural Emmerico Nunes (CCEN), em Sines, acolhe até ao dia 2 de maio a exposição “Atlântida”, de Manuel Seita. A mostra foi concebida inteiramente para o CCEN. Os trabalhos apresentados por Manuel Seita, que foram criados ao longo dos dois últimos anos com diferentes materiais, têm como temática principal o mar. “Desenhos, colagens, telas, esculturas ou objetos são uma interpretação livre e espontânea das relações que criamos com o mundo subaquático ou a sua superfície”, refere o CCEN, adiantando que “Atlântida” é também “uma reflexão sobre o questionamento de processos de trabalho e dos materiais utilizados pelo autor enquanto possibilidades de criação artística”. Manuel Seita “convoca geralmente para o seu universo artístico todo o tipo de materiais que não transforma ou altera no que diz respeito às suas características físicas, por considerar que estes já possuem elementos intrínsecos de escultura”, conclui o centro cultural.
aldeia de Amoreiras-Gare, no interior do concelho de Odemira, recebe amanhã, sábado, a partir das 10 horas, um congresso sobre cante ao baldão, despique e viola campaniça, numa organização da Associação para o Desenvolvimento de Amoreiras-Gare e da Câmara Municipal de Odemira, com o apoio das juntas de freguesia do concelho. O evento tem como objetivo “reunir investigadores, autarcas, associações, cantadores e tocadores para debater sobre este género artístico e instrumento musical, perceber a razão da sua existência e o que o diferencia na região e no País, e traçar as perspetivas futuras de preservação e evolução”, esclarece a organização, salientando que “o cante ao baldão e o cante a despique, tal como é cantado na região, é praticado apenas no Baixo Alentejo, preservado em algumas zonas serranas e ainda cantado em momentos festivos e de lazer”. A viola campaniça, “que acompanha aqueles cantares, também apenas se encontra no Baixo Alentejo, sendo muito poucos os tocadores e os artesãos que a constroem”, continuam os responsáveis pelo congresso, frisando que a viola campaniça, “de características únicas, é diferente das demais violas existentes no País”. Estas tradições culturais, acrescentam, “têm sido revitalizadas nos últimos anos, graças ao esforço de associações e autarquias e à vontade dos cantadores e tocadores”. O primeiro painel de intervenções, intitulado “O cante ao baldão e despique: património cultural imaterial, perspetivas de revitalização”, que será moderado por Manuel Vilaverde Cabral, investigador jubilado do Instituto de Ciências Sociais e diretor do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa, contará com as intervenções de Maria José Barriga, investigadora do Laboratório de Música e Comunicação na Infância e doutoranda no domínio da Psicologia e Ensino da Música na Universidade Nova de Lisboa; José Rodrigues dos Santos, professor e investigador do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades, da Universidade de Évora; e José Francisco Colaço Guerreiro, da Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura. O segundo painel, subordinado ao tema “A viola campaniça: passado e futuro ” e com moderação de Francisco Lourenço Teixeira, presidente da MODA – Associação do Cante Alentejano, contará com as participações de José Alberto Sardinha, etnomusicólogo; Pedro Mestre, tocador de viola campaniça e ensaiador de vários grupos corais alentejanos; e Manuel Silva Graça, cantador de canto ao baldão e despique). O programa do congresso reserva ainda, pelas 16 e 30 horas, um concerto de viola campaniça com os tocadores Pedro Mestre, David Pereira, José Diogo, Carlos Loução e António Silva Costa e com a turma de viola campaniça da Escola Secundária de Castro Verde. Para as 17 horas está agendada a demonstração “Como se canta ao baldão e a despique”, que será seguida de uma sessão de cante ao baldão, “aberta a todos os cantadores que queiram participar”.
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Candidatura de António José Brito, diretor do “Correio Alentejo”, à Câmara de Castro Verde, abre caminho à candidatura de Paulo Barriga, diretor do “Diário do Alentejo”, à Associação de Condóminos. Especialistas em cenas afirmam que queda de meteorito na Rússia poderá ser um prenúncio da extinção dos dinossaurios políticos alentejanos. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Espanhóis que entoaram “Grândola, Vila Morena” afirmaram ser um orgulho cantar uma canção “sobre aquela linda cidade andaluza” Em tempos de crise a música volta a ser uma arma: primeiro foi no debate quinzenal da AR e, mais recentemente, em Madrid que se voltou a cantar “Grândola, Vila Morena” como forma de protesto contra a situação que se vive na Península Ibérica. Paco Iglesias Alborán, crítico musical do país vizinho e um dos espanhóis que entoou o tema, explica a importância do tema para o povo espanhol: “Este tema está-nos entrañado no sangue, como las touradas ou el azeite que fabricamos en Portugal… Para nosotros é uma honra poder cantar esta música poderosa sobre Grándola, essa linda ciudad andaluza! Só es pena que não conheçamos mejor o seu autor (Zeca Afonso) aqui no continente, até porque él era das Ilhas Canárias… Pero, felizmente para nosotros, ele não es o único a cantar sobre o tema da libertad – e España deu ao mundo otros grandes músicos de intervenção, que se popularizaram em 74, como Fausto, que es basco, Sérgio Godinho, que es galego, e José Mário Branco que nasceu en Villanueva del Fresno!”.
Família carenciada que fica a tomar conta de Pisões sem vencimento poderá ser compensada com atribuição de cidadania romana Parece que, finalmente, foi encontrada uma solução para as ruínas de Pisões: uma família carenciada aceitou o convite, realizado pela Câmara de Beja, em concordância com a Universidade de Évora , para ficar encarregue pelo complexo de Pisões. Mãe e filho ficarão a usufruir da casa do guarda da estação arqueológica, localizada ao pé do local, e não auferirão qualquer vencimento. Contudo, poderão receber outras regalias: “Entre outras benesses, a família terá a possibilidade de consumir vinho da época dos romanos, e toda a gente sabe que não há nada como beber um bom vinho vintage, e de comer o resto das bombocas que sobraram da Feira do Chocolate. Mas isto é só o início, já que, para os ambientar ao local e os familiarizar com a nossa história, também lhes irá ser oferecida a fotobiografia de Viriato... Mas, para além disto tudo, temos uma surpresa que os fará subir pelas paredes: depois de um ano de estadia naquele local, a família poderá ser agraciada com a cidadania romana, que lhes conferirá benefícios semelhantes aos dos cidadãos da época romana, como a autorização para deter CD de Eros Ramazzotti ou descontos nas entradas para a piscina descoberta no inverno…”, revelou-nos fonte da autarquia.
Costuma pedir fatura? A “Não confirmo, nem desminto” ensina-lhe a livrar-se de inspetores das Finanças Está a causar muita polémica a pretensão do Governo de multar as pessoas que não peçam fatura numa transação comercial. Até Francisco José Viegas, ex-secretário de Estado da Cultura, criticou esta medida no seu blogue, afirmando que, caso fosse confrontado por um inspetor das Finanças, o convidaria a “tomar no cu”. Não querendo ficar atrás nesta luta pelas finanças pessoais dos leitores desta página, a “Não confirmo, nem desminto” decidiu juntar-se ao protesto contra esta medida, e, numa colaboração com a revista “Técnicas de Evasão – Manual de Luta contra o Fisco e Carteiristas de 2.ª Categoria”, revela-lhe as melhores técnicas e ofensas verbais disponíveis para evitar membros das Finanças. Todavia, antes de avançarmos para as mesmas há que aprender a identificar um fiscal das Finanças. Deixamos-lhe aqui algumas dicas: se vir alguém a dirigir-se para si com uma pala no olho e com andar à coxo; se reparar que é observado com avidez, através da janela do estabelecimento comercial em que se encontra, por alguém com ar de mendigo mas com um bloco de papel Cavalinho; ou se observar que determinada pessoa não tem reflexo em espelhos ou montras de vidro, poderá estar perante um fiscal das Finanças. Se assim for, quando for abordado, comece a falar com essa pessoa à mesma velocidade de Vítor Gaspar, e sem desviar os olhos, pois isso será visto como sinal de fraqueza; de seguida, afaste-se, mas sem nunca deixar de olhar para ele, pois poderá atacar-lhe a jugular com um código contributivo. Em alternativa, prepare um cocktail molotov com uma garrafa de amarguinha e um rastilho feito com uma série de faturas sem número de contribuinte; esta técnica permitir-lhe-á fugir quando o fiscal correr para tentar resgatar as faturas. Caso seja vesgo, cego, manco, maneta ou demasiado velho para conseguir utilizar as técnicas anteriores e conseguir, deste modo, escapar ao inspetor das Finanças, poderá sempre agredir o fiscal recorrendo a um livro de reclamações com o formato de pé de cabra ou experimentar balas de prata, alho ou água benta. Finalmente, e no que se refere às ofensas verbais, deixamos-lhe aqui algumas frases já experimentadas em laboratório, com resultados bastante animadores: “Vai levar no pacote de medidas fiscais”; “Vai cheirar a fábrica da Ucasul em Alvito”; “Vai pedir faturas às taínhas do porto de Sines, e oxalá que te nasçam guelras”; ou “Anda comigo ver os aviões no aeroporto de Beja que eu levo-te ao voo para o buraco orçamental”. Utilize-as, pois poderão ser o seu bilhete para a liberdade.
Inquérito Já comeu carne de cavalo?
NUNES CRINA, 36 ANOS Pessoa que noutra vida foi Rocinante, o cavalo de D. Quixote Comi muitas vezes e não sei qual é o grande problema. É uma carne como outra qualquer… Sabe a uma mistura de vitela com doninha, mas é muito mais barata e segura do que muita coisa que anda por aí, como a margarina do LIDL, que também serve para lubrificar motores de corta-relvas… E nunca tive problemas de saúde! Esta coisa de saltar obstáculos, cagar em pé e fugir à frente de touros é algo que faço desde sempre...
HÉLIO FERRADURA, 34 ANOS Pessoa que acha que Kennedy foi assassinado pela McDonalds Nunca comi, nem hei de comer! As multinacionais é que querem controlar-nos com a sua comida infestada de corantes, conservantes e chips... Se comes um Big Mac, eles ficam logo a saber o teu número de contribuinte, tipo de sangue e as tuas fantasias sexuais com o Fernando Mamede. Depois do milho transgénico, e da fruta do hipermercado que sabe a líquido de refrigeração, a carne de cavalo é mais um prego no caixão da alimentação mundial. Façam como eu, uma dieta vegetariana à base de rúcula e louro… É verdade que tenho de me amarrar a um poste quando o vento é mais forte, mas estou saudável.
Fatura? Qual fatura, pá?
ACÁCIO PEGASO Colecionador de seringas Não me falem dessas coisas… Ando a ver se me livro disso… Já deixei o cavalo e outras drogas, como as gomas de melancia. Se já comi carne de cavalo? Não, mas uma vez em que estava bué alterado ao nível da mona, e com uma fome do caraças, tentei comer um cavalo do carrossel e lixei a cremalheira toda… Mas curtia experimentar um bife de cavalo com arroz de metadona.
Nº 1609 (II Série) | 22 fevereiro 2013
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quadro de honra É um dos rostos mais conhecidos da ficção portuguesa. Mas poucos saberão que, quando quer, pode recuperar o sotaque alentejano que ouviu em Pias nos primeiros anos de vida, terra onde fez também questão de rodar, enquanto diretor de atores, o telefilme “Entre as mulheres”, escrito pelo também alentejano José Luís Peixoto e exibido recentemente na RTP1. Foi o detetive privado “Claxon” e o coronel Von Block, em “Major Alvega”, séries que inovaram nos anos 90 e nas quais também desempenhou o papel de argumentista. Atualmente é o contabilista Joaquim Cardoso, de “Depois do Adeus”, em exibição na RTP1, que recupera o drama dos chamados “retornados” das ex-colónias, no rescaldo do 25 de Abril.
António Cordeiro, ator
DR
Um piense na ficção portuguesa há mais de 20 anos os aspetos, e muito feliz por ter sido em Pias que tal produção teve lugar.
É natural de Pias e foi residir para o Barreiro nos anos 60. Foi aí que percebeu que se sentia atraído pelo mundo do espetáculo? Como é que tudo começou?
Sim, sou natural de Pias e vim para o Barreiro em meados dos anos 60. Toda a minha adolescência e parte da vida adulta foram feitas aqui, onde ainda hoje vivo. Assim, foi aqui também que me interessei pelo teatro, começando num grupo amador a descobrir o fascínio por aquela que se tornou a minha primeira atividade profissional. Estávamos nos inícios dos anos 80 quando fiz a minha inscrição na Escola Superior de Teatro e Cinema. Recentemente voltou a Pias para a rodagem de um telefilme para a RTP, com argumento do também alentejano José Luís Peixoto. Teve alguma influência na escolha desta aldeia para cenário da história? Gostou do resultado final?
Estivemos em Pias a filmar uma história de um autor de nomeada, que também é alentejano. Tive a total influência na escolha de Pias como cenário desta história. Como fiz, entre outras coisas, a direção de atores, e tenho com o produtor e realizador, Henrique Oliveira, uma relação de grande amizade e cumplicidade, foi fácil conseguir o acordo dele para os meus propósitos. Fiquei muito satisfeito com o resultado final em todos PUB
Podemos vê-lo agora, na série “Depois do Adeus”, como Joaquim Cardoso, um contabilista acomodado. Como foi participar no primeiro trabalho televisivo sobre a questão dos “retornados”?
António Cordeiro 53 anos, natural de Pias Termina o curso de ator na Escola Superior de Teatro e Cinema, em 1987, e ao longo da década seguinte coescreve e interpreta duas séries, que considera das “mais significativas da televisão portuguesa”: “Claxon” e “Major Alvega”. Foi ator em várias novelas e séries, destacando-se “O Processo dos Távoras” (D. José) e, mais recentemente, “Laços de Sangue” (Álvaro Brito). É também diretor de atores e atualmente faz parte do elenco da série “Depois do Adeus”, em exibição na RTP 1. “Adora o cante alentejano”, confessa, ou não fosse ele um piense de raiz.
Neste momento está no ar, na RTP1, uma série de grande qualidade que retrata a chegada a Portugal de milhares de pessoas que foram forçadas a fugir das ex-colónias. Para mim, que tinha apenas 16 anos aquando dos acontecimentos retratados, é uma experiência notável poder reviver tal época, agora já com um olhar de adulto. E como ator, tive a felicidade de me ser atribuída uma personagem que muito prazer me deu “conhecer”. É verdade que está empenhado num projeto que terá o Barreiro, e a sua realidade social – de base operária e composta por muitos alentejanos – como base para o respetivo argumento?
Na verdade estou a preparar um projeto que tem o Barreiro como local da ação, mas a história não tem, desta vez, nada a ver com a realidade dos alentejanos que para aqui se mudaram, ao longo dos tempos. Quem sabe se isso não acontecerá numa próxima oportunidade. Carla Ferreira
Hoje haverá aguaceiros e temperaturas entre os 11 e os 15 graus. Amanhã o céu estará pouco nublado e o frio intensifica-se. Céu limpo é o que se prevê para domingo, o dia mais frio do fim de semana, que atingirá uma mínima de cinco graus.
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Vidigueira na Bolsa de Turismo de Lisboa O município de Vidigueira vai estar presente na Bolsa de Turismo de Lisboa, entre 27 de fevereiro e 3 de março, através de um espaço de divulgação do projeto Vidigueira – Cidade do Vinho 2013. Para tal, integrada num espaço conjunto da Turismo do Alentejo, a autarquia organizou um programa de ações de promoção dos produtos locais de excelência, com o apoio dos produtores de vinho do concelho e da associação de desenvolvimento local Vitifrades. No dia 3 de março, pelas 14 horas, haverá, no expositor do Turismo de Portugal, degustação de vinhos de talha e produtos agroalimentares do concelho, uma apresentação do Festival Gastronómico A Pão e Laranjas e a exibição do vídeo oficial do projeto Vidigueira – Cidade do Vinho 2013. A degustação e a apresentação do festival A Pão e Laranjas repetem-se, pelas 16 horas, no stand da Turismo do Alentejo.
ADPM mostra recursos mediterrânicos em salão internacional A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), em conjunto com o Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Mediterrânicos (Cevrm), vai estar presente como expositor na 18.ª edição do Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (Sisab), um certame que terá lugar, entre os próximos dias 25 e 27, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Trata-se, segundo a ADPM, que ali marca presença no âmbito do Projeto de Valorização dos Recursos Silvestres Mediterrânicos (programa Provere), “da maior convenção anual de empresas e empresários líderes em exportação na indústria alimentar, sendo por isso orientada apenas para contactos profissionais (maior parte estrangeiros) e não para o público em geral”. Na edição anterior, o Sisab, realça a associação mertolense, contou com a presença de produtores nacionais de 400 empresas e 1200 importadores de 83 países. O que faz deste salão “a maior plataforma de negócios para a exportação nos setores alimentar e de bebidas em Portugal”, onde faz todo o sentido o “trabalho de divulgação e valorização dos produtos da região”.