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Este VALE
€1,20 Veja como na página 25
na Postos BP Beja
Manuel Coelho: “Sines é o melhor concelho do País para se investir” pág. 6
Possível saída de Vítor Cabrita gera abaixo-assinado de protesto
Bombeiros contra substituição na Proteção Civil de Beja
RÁDIO PAX
SEXTA-FEIRA, 14 JUNHO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1625 (II Série) | Preço: € 0,90
JOSÉ FERROLHO
pág. 9
Toponímia de Beja volta a gerar polémica pág. 11
Reformas de Ervidel pagas na mercearia pág. 10
Academia das plantas de cheiro em Messejana reportagem nas págs. 16/17
S. Teotónio recebe os outros santos com flores Começa hoje o segundo fim semana do Festival de Mastros de S. Teotónio, evento bienal que já vai na sua 16.ª edição e que tem vindo a ser preparado, desde há meses, por cerca de 200 voluntários. Numa vila cujo calendário anual é bem preenchido, não há nada que suscite tanto orgulho, carinho e empenho como este festival que enche de cor as ruas com milhares de flores de papel. págs. 4/5
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Diário do Alentejo 14 junho 2013
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Editorial Elvas
Vice-versa O PCP acusou o PS de ser o responsável pelo chumbo do projeto de resolução apresentado na AR, para a criação de um mecanismo para participação das associações de regantes e agricultores na gestão da rede de rega de Alqueva. João Ramos, deputado do PCP
Paulo Barriga
Os socialistas repudiam a acusação do PCP e reafirmam defender a gestão dos perímetros de rega pelas associações de beneficiários e regantes, conforme deliberação da Assembleia da República, publicada em “Diário da República”, e que o governo não cumpre.
F
ez bem, Cavaco Silva, em organizar as festas do Dia de Portugal em Elvas. Elvas é uma cidade única. Bela, mas tímida. Robusta, mas encantadora. Surpreendente em cada esquina, em cada pedaço de pedra, em cada caiadela. No ano passado, por esta altura, a Unesco inscreveu as fortificações de Elvas no caderninho do Património Mundial. Não precisava. Elvas já era para todos nós, para o Alentejo, para Portugal, Património da Humanidade. E não apenas no que se refere aos edifícios da guerra, mas sobretudo ao simbolismo patriótico desta cidade nos desígnios da paz. E da independência nacional. Foi, então, aqui, em Elvas, que Cavaco Silva falou a Portugal no Dia de Portugal. Mas os desempregados de Portugal, os novos pobres de Portugal, os velhos de Portugal, os trabalhadores de Portugal, os aflitos de Portugal não conseguiram escutar a voz de Cavaco de Portugal. Porque o verdadeiro Portugal, o Portugal de hoje, não desceu com o Presidente da República ao Alentejo. Em contrapartida, Cavaco da República falou aos agricultores. Melhor contando: falou de agricultura. Disse que o futuro da nação necessitava dela, da agricultura. Disse que ela, a agricultura, era um bom negócio. Quase disse que no seu tempo de jovem governante é que ela, a agricultura, era agricultura. O que Cavaco da Agricultura não disse foi que, durante as suas governações, o País abandonou quase definitivamente o campo e o mar. Que foi no seu lindo tempo que se inventaram as quotas de produção, com prejuízos e desperdícios vergonhosamente assassinos. Que foi então que se engendraram as comparticipações à não produção e ao set-aside e ao ócio. Que foi por esses tempos que escorreu pelo rego da PAC dinheiro em barda para a compra de moradias de veraneio e de automóveis topo de gama. Que foi nos idos dele, de Cavaco Silva, que a agricultura portuguesa implodiu e ganhou má fama. Precisamente por ter havido agricultores de bom-senso que então, como hoje, lhe não deram cavaco é que temos uma agricultura a despontar nos campos. Investimentos privados. Fileiras produtivas. Trabalho. E negócios. Porque para ele e no tempo dele, Cavaco agricultor da República de Portugal, a agricultura resumiase ao velho ditado: mais vale uma mão inchada do que uma enxada na mão.
Luís Pita Ameixa, deputado do PS
Fotonotícia A construção revela-se à cidade. Talvez ainda não tenha dado conta deles. Mas eles andam aí. Eles são diferentes achados arqueológicos que vieram à luz do dia nas escavações dos templos romanos da praça da República. Artefactos que atravessam dois milénios da história de Beja e que, agora, por iniciativa da autarquia local, estão expostos em 23 diferentes locais do centro histórico: cafés, restaurantes, mercearias, bancos. Uma boa ideia que deverá ser alargada a outros estabelecimentos. Porque enquanto não houver museu na praça, o museu pode muito bem ir até todas as outras praças e ruas da cidade. PB Foto de José Serrano
Voz do povo Já doou sangue? (comemora-se hoje o Dia Mundial do Dador de Sangue)
Inquérito de José Serrano
Daniela Teixeira, 30 anos, arquiteta
António Carrega, 58 anos, profissional de seguros
Iva Vermelhudo, 31 anos, desempregada
Fernando Luís, 41 anos, escriturário
Já pensei muitas vezes em fazê-lo. Mas ainda não o fiz. Contudo espero ultrapassar em breve esta minha aversão a agulhas. Tenho muitas colegas de trabalho que são dadoras regulares e me incentivam a fazê-lo. Dizem que afinal são medos infundados, que não custa nada. Trata-se de um ato de solidariedade muito importante. Que pode ajudar muito alguém, salvar uma vida.
Nunca doei sangue. Mas o meu filho já o faz há cerca de 10 anos. Tem um cartão de dador e dá sangue aqui no Hospital de Beja. Não o fiz porque as agulhas fazem-me muita impressão e também por razoes circunstanciais, não calhou. Mas considero ser um ato cívico de extrema importância. Não havendo dadores, muitas vidas não seriam salvas. É um gesto vital e bonito.
Não, nunca o fiz. Porque tenho um bocadinho de medo de agulhas. Mas sei que este pânico é insignificante, comparado com a importância da doação de sangue. Tenho que ganhar coragem para brevemente o fazer. Porque é muito importante que haja sangue disponível nos hospitais. Há muitas pessoas a precisar de transfusões. E um dia podemos ser nós a necessitá-lo.
Ainda não. Mas já tentei. Numa campanha de doação de sangue que decorreu na escola de Santiago Maior. Depois de preencher o inquérito necessário, informaram-me que não podia ser dador. Porque já tinha recebido transfusões duas vezes. Tive pena. O sangue é essencial à vida. Esta solidariedade é essencial. Numa emergência, se não houver sangue disponível a pessoa morre.
Rede social CMA
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 6 ALMODÔVAR CONCURSO TODOS CONTAM DISTINGUE AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
O Centro Escolar de Ourique, que integra as valências de pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da vila, foi inaugurado, após um investimento de 1,1 milhões de euros. Trata-se de um projeto “fundamental para a melhoria da qualidade do ensino” e que integra o jardim-de-infância e a requalificada Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da vila, disse o presidente da câmara, Pedro do Carmo. Com “instalações e equipamentos modernos e eficientes e todas as condições necessárias para mais e melhor educação”, o centro escolar, projeto da autarquia, é cofinanciado por fundos comunitários. O centro escolar resulta, em parte, da requalificação dos edifícios da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Ourique e da construção de mais duas salas para atividades curriculares, num investimento de quase 833 mil euros. O centro escolar integra também o jardim-de-infância da vila, que implicou um investimento de quase 261 mil euros e foi inaugurado em agosto de 2010.
SÁBADO, DIA 8 PORTO COVO NOVO CENTRO ESCOLAR CUSTOU 1,2 MILHÕES DE EUROS O novo centro escolar de Porto Covo, no concelho de Sines, com capacidade para 156 alunos, foi inaugurado no sábado, após um investimento de 1,2 milhões de euros. A infraestrutura, que começou a ser construída há cerca de um ano e tinha data de conclusão prevista para meados de março, irá albergar, no próximo ano letivo, duas turmas de primeiro ciclo do ensino básico, uma de pré-escolar e atividades da Componente de Apoio à Família, indicou a Câmara Municipal de Sines. O edifício do novo centro escolar, que se situa junto à atual escola de primeiro ciclo, tem quatro salas de aula para ensino básico e três para jardim-de-infância, continuando a ser utilizado o refeitório existente. O equipamento custou cerca de 1,2 milhões de euros, cofinanciados em 80 por cento por fundos comunitários. O presidente do município, Manuel Coelho, já avançou à Lusa que o edifício da atual escola de Porto Covo poderá vir a acolher uma creche e um centro de convívio para idosos.
DOMINGO, DIA 9 MILFONTES DETIDO JOVEM DE 18 ANOS POR TENTATIVA DE VIOLAÇÃO A GNR deteve na madrugada de domingo um jovem de 18 anos por tentativa de violação de uma mulher de 22, com ameaça de arma branca, em Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira. Fonte da força de segurança adiantou à Lusa que a jovem, depois de ser ameaçada com uma arma branca, conseguiu fugir aos intentos do alegado agressor, refugiando-se junto de outras pessoas e participando de seguida a ocorrência à GNR. O suspeito foi detido na zona envolvente ao local da ocorrência, depois de a GNR ter montado um dispositivo para o identificar, com base nas características indicadas pela vítima.
VIDIGUEIRA CÂMARA ENTREGOU BOLSAS A Câmara Municipal de Vidigueira procedeu à entrega da primeira tranche das bolsas de estudo a estudantes do concelho que frequentam o ensino superior.
À boa maneira alentejana, a coisa foi surgindo… Sou correspondente da SIC nos distritos de Évora e Beja, escrevo também para o “Diário de Notícias”, e tenho nestes meios uma colaboração intensa. Sucede que há uma série de temáticas que raramente têm interesse nacional mas que são importantes para quem aqui vive. É o caso da política local/regional, mas também das iniciativas culturais, a vida de empresas que, tendo pequena dimensão a nível nacional, lutam pela vida, inovam e geram postos de trabalho, e por aí fora. Reunimos um grupo de pessoas, onde se incluem jornalistas como o Alexandre Barahona mas também pessoas que nada têm a ver com os jornais, e decidimos criar um espaço de intervenção pública aberto a todos os que queiram participar. Já tivemos colaborações muito interessantes. Destaco, por exemplo, um artigo do Francisco Bilou, que publicámos esta semana, de uma acutilância tremenda, sobre o modo como está a ser elaborado o documento estratégico para o turismo, um dos sectores decisivos para o futuro próximo do Alentejo.
Nomes sonantes como Paulo Gonzo, GNR ou Dj Christian F, mas também cantores e grupos de música moderna e popular, marcaram presença na Feira do Campo Alentejano, onde não faltaram ainda, entre muitas outras propostas, workshops de cozinha à base de pão. CMS
O que é o “Alentejo em linha” e como surgiu?
O “orgulho“ do concelho de Aljustrel
Um dos mais importantes projetos culturais de Serpa Gabriel o Pensador, Ana Moura e Amor Electro foram as grandes atrações do festival Encontro de Culturas. Um festival “que tem vindo a provar, ano após ano, que é um dos mais importantes projetos culturais da Câmara de Serpa e um dos que mais visitantes atrai à cidade”. EDUARDO FRANCO
OURIQUE CENTRO ESCOLAR INAUGURADO APÓS INVESTIMENTO DE 1,1 MILHÕES
Diretor da revista on line “Alentejo em linha”
Qual é a sua abrangência geográfica e público-alvo?
Não se pode falar em geografias pois o digital permite-nos estar em todo o lado onde haja um alentejano. Gostava muito de abrir uma secção onde os alentejanos espalhados pelo mundo fossem contando experiências de vida, estejam no Barreiro ou na China, e nos fossem relatando as notícias que chegam da sua terra, o modo como veem este país e esta região. Mas gostava também, e muito, de ter alguém na revista a escrever sobre a malta nova que está a começar a trabalhar, aqui na região, no teatro, na música, na fotografia… é gente de muito valor, com sonhos, já com percursos de vida interessantes, e, se tudo correr como previsto, dentro de dias começaremos a contar as suas histórias. Isto vai evoluir, melhor ou pior, dependendo da nossa capacidade para o fazer.
A troika não manda no Santa Maria Summer Fest Dezanove bandas, entre nomes nacionais e estrangeiros, passaram pelo anfiteatro exterior da Casa da Cultura de Beja, em mais uma edição do festival Santa Maria Summer Fest. Um evento que se apresenta como “o festival de música pesada onde a troika não manda nada!”. CMM
SEXTA-FEIRA, DIA 7
3 perguntas a Luís Godinho
Encontro mineiro em São Domingos Por que é que optaram por um formato digital? Considera que o futuro dos jornais e revistas passa pelo on line?
Não passa só pelo on line. Porquê o digital? Por uma razão prática e outra de conceção. Prática porque o digital tem muito menos custos que o formato impresso e não temos dinheiro, não há investidor. Depois porque queremos uma grande ligação ao que se publica no Facebook, no Youtube, etc… Na primeira semana demos a conhecer o trabalho notável do Telmo Rocha que publica as suas fotos no Facebook. Quanto ao futuro, acho que em papel ficará reservado para os jornais de grande qualidade e com grande ligação às pessoas como, felizmente, é o caso do “Diário do Alentejo”. A capa desenhada pela Susa Monteiro a propósito do Festival de BD é de fazer inveja a qualquer jornal do mundo. http://www.alentejoemlinha.pt/ Nélia Pedrosa
A Fundação Serrão Martins, em colaboração com a Merturis e a Câmara de Mértola, organizou a segunda edição do Encontro Mineiros de São Domingos. A iniciativa promove o envolvimento da população e associações locais na preparação das atividades. JFP
O Agrupamento de Escolas de Almodôvar (alunos das turmas de percurso curricular alternativo) foi distinguido com o prémio de melhor projeto de formação financeira do 2.º ciclo do ensino básico no pretende ano letivo (2012/2013), no âmbito do Concurso Todos Contam, promovido pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e com o apoio do Ministério da Educação e Ciência. O prémio foi entregue no dia 6.
Festival dos Sabores do Rio em Pedrogão Tasquinhas, artesanato, provas de pesca desportiva, caminhadas e muitos pratos confecionados à base do peixe do rio foram as propostas de mais uma edição do Festival Gastronómico Sabores do Rio, que se realizou em Pedrógão, no concelho de Vidigueira.
Diário do Alentejo 14 junho 2013
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Diário do Alentejo 14 junho 2013
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São Teotónio
16.º Festival de Mastros prossegue até final do mês
A vila dos arraiais e das ruas floridas
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azáfama é mais que muita na sala anexa à igreja. Pouco espaço sobra para os festeiros se cruzarem nos corredores, tal é a quantidade de caixotes cheios de enfeites, e as peças decorativas maiores, já prontas, arrumam-se aos cantos das salas, em cima de mesas, nos parapeitos das janelas. Há espantalhos, ovelhas, árvores, girassóis, nuvens. E flores de papel, muitíssimas, como aquelas que várias mulheres, duas delas envergando hábito religioso, vão enfiando numa corda, formando uma espécie de rosário gigante. A abertura solene de mais um Festival de Mastros, agora bienal, terá lugar dali a um dia, no sábado. Horas derradeiras, para as montagens, que serão de intenso trabalho e pouco sono. Os postes coloridos já ladeiam as ruas, à espera. O presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, José Guerreiro, calcula que possam ser à volta de 200 os habitantes envolvidos nestes festejos, entre as escolas, o lar de terceira idade e as várias associações locais. E mais de 30 mil euros o investimento necessário para pagar os materiais e contratar os artistas, verba que se divide entre a junta, que promove o evento, e a Câmara de Odemira, que apoia, mais o que é angariado pela população. Não há outro momento assim na vida da terra. E diga-se que São Teotónio nem pode queixar-se de ter um calendário em branco. Em julho, chegará a Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira (Faceco) e, em agosto, o Festival Sudoeste encherá a herdade da Casa da Branca com as tradicionais romarias de jovens. “São eventos importantes, trazem movimento à terra, mas nenhum deles suscita tanto carinho e tanto orgulho como o Festival de Mastros, que é uma coisa muito nossa, com uma tradição que remonta aos anos 50”, esclarece o edil, que conhece os bastidores da festa como ninguém: quem é quem, quem faz o quê. “A Faceco também é nossa, mas esta é ‘mesmo’ a nossa festa”, diz Fátima Viegas, 45 anos, que está de saída da casa paroquial para acudir a outras frentes de trabalho. Comercial de uma marca de refrigerantes, tirou férias para se dedicar por inteiro à festa. Desde janeiro que está nos preparativos, que lhe roubam o tempo livre, e a verdade é que o corpo já se ressente. Usa uma cinta lombar, para aliviar as dores nas costas, mas está preparada para o que aí vem: “Nas festas é comer, beber e dançar a noite inteira. Como se costuma dizer aqui, ‘São Teotónio nã drome’. Estamos cá para nos divertirmos, tirando os dias em que estamos a trabalhar nas barracas, porque isto não acaba aqui”. Fátima faz parte da geração mais nova, os que dedicam o tempo pós-laboral a pensar e executar o Festival dos Mastros, mas não deixa de chamar a atenção para as “senhoras de idade que estão mais disponíveis e chegam todos os dias mais cedo”. Neste rol está a septuagenária Idalina Maria Benedita. Mora na rua 25 de Abril, próxima do largo Gomes Freire (Quintalão), onde já está instalado o palco, e é para lá que seguem
Começa hoje o segundo fim semana do Festival de Mastros de São Teotónio, evento bienal que já vai na sua 16.ª edição e que tem vindo a ser preparado, desde há meses, por cerca de 200 voluntários. Numa vila cujo calendário anual é bem preenchido, não há nada que suscite tanto orgulho, carinho e empenho como este festival que enche de cor as ruas com milhares de flores de papel, feitas em grupos de trabalho, em espaços comunitários, ou no sossego do lar, ao serão. Um momento alto em que, pela primeira vez, aparece envolvida a comunidade imigrante búlgara, que de momento representa um quinto da população residente. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
os enfeites que ajudou a criar. “Cada um faz a sua rua”, informa, avisando que os adereços de papel verão a luz do dia “à última da hora” para evitar as imitações, porque “ter duas ruas iguais não tem graça”. Criatividade e diversidade é justamente o que procuram os que visitam São Teotónio durante o mês de junho. Por isso há que manter a bitola alta. “A vila aumenta com isto. Vem gente de outras localidades passear, gostam muito de ver e de tirar fotografias. Mal acabamos de montar, não se tiram daí os estrangeiros. É uma coisa que é um encanto”, continua Idalina, a quem caberá também a tarefa de repor as flores que vierem a estragar-se no rebuliço dos festejos. Noutro ponto da vila, mais concretamente na sede da associação Admira, quatro mulheres preparam-se para um lanche retemperador. O resultado das muitas horas do trabalho de minúcia está bem à vista nos quatro cantos da sala. Estevas, malvas, lírios, jarros, malmequeres e orquídeas em papel capazes de fazer inveja às flores originais, criadas pela mãe natureza. “Este trabalho é para o largo da igreja, o Quintalão”, explica Rosa Viana, de 75 anos, uma ex-agricultora que descobriu nestes trabalhos manuais uma vocação tardia. “Tenho trabalhado todos os dias até à meia-noite. As orquídeas fi-las todas em casa, cento e tal, com seis arames cada uma”, orgulha-se, enaltecendo o que mais aprecia na festa mais rija dos teotonienses: o “convívio umas com as outras”, por um lado, e as “pessoas que vêm de fora” para apreciar o fenómeno das ruas floridas. Quanto aos homens, que quase não vemos nestas jornadas de papel, cola e arame, Rosa defende-os, maternal: “Logo à noite, vão aparecer no salão paroquial. Entram no fim, ajudam na montagem, têm mesmo que ajudar”. No largo do Quintalão, o palco vai ganhando vários tons de azul, graças aos peixinhos e às bandeiras que saíram das mãos dos meninos da escola básica local e também às flores que “15 jovens búlgaros” têm vindo a fazer, informa Rute de Sousa, que chegou do Porto para coordenar o projeto ST. E5G, promovido pela cooperativa Taipa e financiado pelo programa Escolhas 5.ª Geração. Tendo arrancado em janeiro último, o projeto tem em vista a integração social e cultural das crianças e jovens da imensa comunidade imigrante (ver caixa), atraída pelo trabalho agrícola nas estufas da faixa litoral. E o Festival dos Mastros, enquanto “fenómeno de trabalho comunitário e de entreajuda e cooperação”, é o momento indicado para fazer com que “estas culturas se encontrem”, nomeadamente através de uma noite dedicada à música tradicional búlgara (dia 26) e apesar das “críticas e rejeições” dos locais. Até esta edição, a 16.ª, adianta a forasteira, “não houve a preocupação de integrar esta comunidade, que constitui um quinto da população que reside em São Teotónio”. Mas, conclui Rute de Sousa, determinada, “este é o caminho” e, como todos os processos de mudança, tem que passar por uma “primeira fase muito crítica”.
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José Manuel Guerreiro Presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio
Mastros até ao fim do mês
O que significa para a população local o Festival de Mastros?
Inaugurada no último sábado, com um espetáculo pelo cantor Toy, a 16.ª edição do Festival de Mastros de São Teotónio vai prosseguir até ao próximo dia 30, este ano sob o tema “A Água”. O segundo fim de semana do evento começa hoje, sexta-feira, com o mastro da rua 25 de Abril, animado por Valter Cabrita, seguindo-se amanhã, sábado, o mastro do Sobreirinho e rua Alexandre Herculano, com banda sonora de Ricardo Glória. Domingo, 16, será um dia em cheio, a começar com o 1º. Passeio BTT “Entre Moinhos” e depois, pela tarde dentro, entre as 14 e as 20 horas, com a emissão em direto, a partir do Quintalão, do programa da TVI “Somos Portugal”. Uma feira antiga, recuando aos anos 40/50 (dia 22), a tradicional ida noturna à fonte (dia 23) e um desfile de marchas (dia 29) são alguns dos pontos altos do programa que termina, a 30, com a atuação de vários grupos de música popular da freguesia.
É uma coisa muito nossa. Nós temos um orgulho enorme, porque não se faz aqui perto, em mais lado nenhum, nada deste género e com esta dimensão e com este querer. Nós temos vários eventos ao longo do ano. Isto é uma freguesia 50 por cento serrana e 50 por cento litoral; temos praias, temos o Festival Sudoeste, temos a Faceco, a Feira da Caça, que são importantes, trazem movimento para a terra, mas nenhum deles suscita tanto carinho como o Festival de Mastros, que é nosso. São Teotónio tem este cariz popular que não deixa as coisas perderem-se sem mais nem porquê.
Projeto apoia a integração da comunidade búlgara Na faixa litoral da freguesia de São Teotónio deverão estar instaladas à volta de 20 empresas agrícolas, quase todas de capital estrangeiro e no ramo dos pequenos frutos e floricultura. Grande fonte de emprego, as estufas da freguesia atraem milhares de imigrantes, contabilizando-se mais de 20 nacionalidades, entre as quais se destaca, pela sua dimensão, a búlgara, com mais de um milhar de indivíduos. E é sobre ela que recaem, em primeiro plano, as atenções do projeto ST. E5G, promovido pela cooperativa Taipa e financiado pelo programa Escolhas 5.ª Geração, no terreno desde janeiro último. Segundo Rute de Sousa, a coordenadora, os principais problemas observados dizem respeito “ao abandono e absentismo escolar” e também “aos muitos casos de gravidez na adolescência”. Fruto, adianta, “de pais um pouco ausentes e com fracas competências parentais, de supervisão e acompanhamento aos filhos”. Nesse sentido, o projeto, que visa a integração social e cultural das crianças e jovens da imensa comunidade imigrante, atua em três esferas. A escolar, com uma abordagem artístico-pedagógica, tentando “valorizar a diversidade cultural”, e também através da promoção de percursos educativos alternativos. A comunitária, com um gabinete de apoio móvel e um espaço comunitário, onde se dá apoio à empregabilidade, pedagógico e há atividades para ocupação dos tempos livres. E a esfera da inclusão digital, onde é dado acesso às novas tecnologias num centro aberto próximo da junta de freguesia.
Para além da população local, mobiliza também muitos forasteiros?
Sobretudo dos concelhos vizinhos, de Monchique, Aljezur, de Sines e também muitos visitantes estrangeiros, entre os que moram na zona e os que vêm de propósito para o festival. Atualmente, qual o peso da comunidade imigrante em São Teotónio?
Temos mais de 1000 indivíduos imigrantes oriundos da Bulgária e cerca de 400 oriundos da Tailândia. Depois, temos pessoas de mais de 20 países, passando pela China, Rússia, Moldávia, Roménia, Brasil. São Teotónio, a nível nacional, deve ser a maior zona agrícola de pequenos frutos. Todos os dias saem daqui camiões frigoríficos para o aeroporto de Faro e para as grandes superfícies. São os pequenos frutos e também muito já a floricultura. E o turismo, é um setor importante na economia local?
No verão, sim. E agora surgiu um projeto novo, que é a Rota Vicentina, que está a ter um impacto tremendo. Nós estamos a sentir que o turismo está a crescer nesse âmbito. E temos muitos turismos rurais. Nascem como cogumelos, sobretudo desde há 10 anos para cá. Teremos à volta de 16, entre investimentos de filhos da terra e de gente que vem de Lisboa e de outros lados. Numa época em que a tendência é a do encerramento de serviços, em São Teotónio abrem novos.
Sim, nestes últimos anos, nós conseguimos abrir um centro de saúde novo, com belíssimas condições, e uma creche, que foi criada para 60 crianças e que se pensou que nunca chegaria a encher, mas encheu. Temos também um belíssimo lar. São Teotónio é diferente, as pessoas unem-se. Quando têm em mente um objetivo alcançam-no. São Teotónio é a maior freguesia de Odemira, em população e área. Zambujeira do Mar vai agora voltar a fazer parte do território. Como se faz esta gestão?
Ninguém vai tirar o que a Zambujeira já conquistou. O que vai mudar é o executivo, mais nada. As pessoas que lá trabalham, o atendimento que lá é feito, continuarão tal como estão. Nós temos cerca de 10 povoações que distam, algumas, 20 quilómetros da sede. Em 2003, adquirimos uma carrinha para atendimento móvel. Ora, a Zambujeira não vai precisar disso, porque tem lá o seu edifício que vai continuar a funcionar como funcionava. Eu vejo as coisas desta maneira.
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É indispensável a execução da nova via-férrea de mercadorias, com ligação à rede nacional e à Europa. Esta é a chave do futuro: um grande porto de mercadorias, devidamente servido por uma ferrovia rápida e competitiva, apoiado em zonas logísticas de proximidade. Também são necessárias boas ligações viárias a Évora, Beja e Espanha, para garantir o desenvolvimento do turismo e das pescas.
Autárquicas2013
Sines é o melhor concelho do País para atrair investimentos de alto valor acrescentado
“Os partidos do arco do poder estão corroídos” Manuel Coelho, depois de eleito pela CDU, conquistou a Câmara de promoveu o investimento. O autarca refere ainda que as contas do Sines à frente de um movimento de cidadãos independentes. Na hora município foram chumbadas por “preconceito” e que os partidos trade abalada, Coelho afirma que o seu último mandato representa um dicionais estão desacreditados. “marco histórico” para Sines. Porque reduziu a dívida da autarquia e
Texto Paulo Barriga Fotos Câmara Municipal de Sines
Como classifica o desempenho da Câmara de Sines ao longo do último mandato?
já nem isso se atrevem a dizer porque os factos desmentem essas afirmações, sem qualquer sustentabilidade. Nunca houve um mandato com um volume de investimentos semelhante a este. Fizemos e promovemos investimentos de mais de 30 milhões de euros. Em 31 de dezembro de 2011 tínhamos uma dívida global de 25 milhões e 500 mil euros e passámos para uma dívida global de cerca de 21 milhões de euros, no final de 2012, a mais baixa desde 2004. Reduzimos a dívida em atraso de pagamento a fornecedores de sete para três milhões de euros, em 31 de março de 2013. Continuamos com um programa de controlo e redução das dívidas e a garantir o pagamento das obras realizadas e em curso. Lançamos um repto a qualquer município e à oposição sobre volume de investimentos realizados e pagos e redução da dívida global, assim como sobre a melhoria progressiva da saúde financeira da Câmara de Sines que temos vindo a promover.
Este mandato ficará como um marco na história de Sines, tendo em conta questões simbólicas e razões de substância política e ideológica. Sob o ponto de vista simbólico, foi a primeira vez que um grupo de cidadãos, na sequência da rutura com um partido político, se organizou e se apresentou ao povo de Sines para disputar o poder dos órgãos autárquicos. Na substância, o movimento conseguiu ter o melhor desempenho de sempre nestes 16 anos em que fui líder, ou coordenador, de um executivo: fizemos os maiores investimentos de sempre em obras de caráter estruturante na valorização do território, qualificámos a gestão, reduzimos o endividamento e tornámos a câmara e os serviços melhor preparados para enfrentar a gestão e os problemas futuros da própria autarquia e do concelho. O facto de a autarquia de Sines ser dirigida por um movimento de cidadãos independentes reflete, de alguma forma, o crescente afastamento dos cidadãos em relação aos partidos tradicionais?
A questão da relação ou da apreciação dos cidadãos sobre os partidos é mais complexa do que a existência de movimentos de cidadãos a nível dos municípios ou a nível nacional. Deve ser discutida aprofundadamente no quadro atual da vida partidária, da vida política e dos contextos nacional, europeu e internacional, que são complexos e geradores de muita apreensão, dúvidas e até desorientações político-ideológicas. Os chamados partidos do arco do poder, termo redutor e significativo da pobreza dos tempos político-ideológicos, estão corroídos, progressivamente desacreditados, pelas opções que têm sido tomadas, pela dependência do capital financeiro, pela falta de capacidade de resposta aos problemas. Não há previsões de se sair deste maldito ciclo vicioso. No entanto, no quadro vigente, os partidos são fundamentais como garantes da democracia, mas se não se regenerarem levarão a situações imprevisíveis.
Acredita que o movimento que o elegeu pode ter continuidade para lá da saída de Manuel Coelho?
O movimento SIM, que criámos em Sines, que agrega muitas centenas de pessoas e que nos levou à vitória pela confiança que o povo depositou em nós, está vivo, ativo e espero que volte a ter a confiança do povo para um novo mandato, para continuar a robustecer o projeto de desenvolvimento de Sines, no qual a população acreditou e continuará a acreditar. A oposição ao atual executivo garante que a situação financeira da câmara é insustentável e que, a curto prazo, pode entrar mesmo em rutura. Concorda com esta posição?
Esta afirmação exige uma correção. Apenas a CDU tem afirmado, repetidamente, que a situação financeira desta câmara caminha para o abismo ou é insustentável. Mas atualmente
Como encara enc o voto desfavorável da Assembleia Municipal em relação à prestacontas da autarquia em 2012? ção de cont
O voto desfavorável desfa da Assembleia Municipal é a expressã expressão das práticas políticas baseadas numa cultura cultu política do preconceito para satisfazer a su sua clientela partidária, pensando que com esta est prática se demarcam e ganham votos. Não N partilho dessa visão nem dessas pr práticas. Aa adesão da Câmara Municipal de Sines ao PAEL colocou a autarquia, Si de alguma forma, numa situação d de resgate, tal como se encontra o País?
A adesão ao PAEL foi uma decisão ponderada e consideramo-la uma boa medida de gestão. Foi aprovado um empréstimo de mais de três milhões e 500 mil euros para pagamento de dívidas a fornecedores, a pagar em 14 anos, com juros muito m baixos do que estávamos mais a suportar. Com estes recursos,
pagámos as dívidas, reduzimos os encargos com juros de mora e estamos em condições de cumprir com os futuros pagamentos à banca. Não há nenhuma situação de resgate ou coisa semelhante. Quanto tempo demorará a equilibrar as finanças municipais?
Não se deve dar uma resposta taxativa a esta questão, porque há vários imponderáveis, nomeadamente as medidas gravosas que o Governo pode vir a tomar, assim como a evolução da economia e respetivas receitas de derrama e outras. No entanto, com as medidas que estamos a tomar desde 2011, com um apuramento constante dos processos de gestão corrente e estratégica, com a esperança na melhoria da economia e com as grandes obras de valorização do território e qualificação da cidade e de Porto Covo – realizadas e pagas –há condições para uma diminuição progressiva e substancial do endividamento global. Penso que é perfeitamente suportável uma redução da dívida de longo prazo para cerca de oito milhões em dois mandatos e uma redução do prazo médio de pagamento a fornecedores para menos de 90 dias, em cerca de um ano. Como antevê o futuro próximo do concelho de Sines?
Na minha visão, Sines é um concelho com extraordinárias potencialidades para o crescimento económico e o desenvolvimento económico e social. Sines tem as melhores condições do País para atrair investimentos produtivos de alto valor acrescentado, para a exportação e para a dinamização da economia do País e a criação de emprego aqui e na região. Para tal, é indispensável a execução da nova via-férrea de mercadorias, com ligação à rede nacional e à Europa. Esta é a chave do futuro: um grande porto de mercadorias, devidamente servido por uma ferrovia rápida e competitiva, apoiado em zonas logísticas de proximidade. Também são necessárias boas ligações viárias a Évora, Beja e Espanha, para garantir o desenvolvimento do turismo e das pescas. Entrevista realizada por email.
Bisca Lambida
Premiar a obra
Confiar em algo diferente
Os mesmos protagonistas
João Espinho
João Machado
Sérgio Fernandes
O
surgimento de movimentos de cidadãos ditos independentes está, obviamente, ligado ao cansaço que os eleitores vão tendo de ver os partidos apresentar programas que nunca são cumpridos, de ver os dirigentes partidários a apregoar promessas que, sabe-se, só servem para atrair gentes distraídas ou que ainda vão acreditando que os eleitos são, realmente, seus representantes e capazes de defender os interesses das populações. Em Sines os comunistas sempre lideraram a autarquia até que, em 2009, Manuel Coelho, presidente com três mandatos eleito pela CDU, põe fim a 35 anos de militância comunista e sai do PCP com acusações de “partido esclerosado” e “reacionário”. Em março desse ano, Manuel Coelho forma o movimento independente SIM – Sines Interessa Mais, concorre às autárquicas e ganha com maioria absoluta, relegando o seu antigo partido para 3.º com pouco mais de 14 por cento dos votos. Não se pode dizer que, neste caso, os eleitores “viraram as costas aos partidos tradicionais”. O eleitorado quis, essencialmente, premiar o seu presidente e a sua obra, ao mesmo tempo que dava um sinal claro de que estava farto do PCP. Chegados a 2013 o SIM apresenta-se de novo a eleições, tendo como cabeça de lista a atual vice-presidente que irá lutar por manter a autarquia em mãos independentes. Veremos se os sineenses estão virados para esse lado ou se o “efeito Manuel Coelho” se esfumou.
E
m função do contexto nacional e internacional que vivemos, não é fácil aos eleitores continuarem a acreditar nos partidos convencionais e neste contexto torna-se mais fácil confiar em algo diferente como os movimentos de cidadãos independentes. Este cenário não se aplica só a Sines, pois vemos movimentos destes um pouco por todo o País, sendo o caso do Porto o mais mediático. Seja em que circunstância for, estes movimentos de independentes têm futuro, se souberem apresentar programas eleitorais e linhas estratégicas condicentes com as necessidades objetivas das pessoas, sem atropelos, e ouvindo essencialmente aquilo que melhorará a sua vida. Os partidos políticos não têm sabido canalizar para si o essencial da política, que, do meu ponto de vista, é exclusivamente defender os interesses das pessoas, projetando as suas ambições e definindo estratégias de desenvolvimento sustentável para que estas tenham uma vida tranquila. O caso de Sines é igual a tantos outros neste país e vem apenas confirmar o descrédito das populações em modelos esgotados que devem ser reformulados e tal só sucederá se existir um verdadeiro compromisso com as pessoas e pelas pessoas. Sines poderá ser um exemplo. Veremos o que as urnas vão ditar.
C
ada vez com maior frequência, a discordância em torno das escolhas dos aparelhos partidários está na origem do surgimento de candidaturas alternativas e concorrentes dentro do mesmo espaço político. Como já tive oportunidade de referir quando a questão aqui foi suscitada a propósito do alegado desmembramento das listas do PS no concelho de Grândola, este fenómeno não traduz necessariamente um apego ao poder por parte de alguns autarcas, como então foi sugerido, mas antes a expressão do salutar princípio de que “há mais vida democrática para além da vida partidária”. O caso concreto de Sines apresenta interesse adicional pelo facto da dissonância se manifestar no seio do Partido Comunista e ter provocado a atomização da candidatura oficial deste partido, que não foi além dos 14 por cento nas eleições de 2009, depois de nove maiorias absolutas consecutivas. Será, ainda assim, um exagero pretender ver nos resultados das últimas autárquicas um sinal de que a tradição já não é o que era... Sobretudo se recordarmos que todos os eleitos pelo movimento Sines Importa Mais, incluindo o presidente, integraram o executivo autárquico nos três mandatos anteriores, eleitos nas listas do Partido Comunista. Na verdade, a maioria autárquica pode ter mudado de sigla, sim, mas não renovou um único protagonista dos últimos 16 anos. Objetivamente, em Sines a tradição
07 Diário do Alentejo 14 junho 2013
Será que a eleição de um movimento de cidadãos independentes, em Sines, representa, de alguma forma, o virar de costas dos eleitores aos partidos tradicionais?
ainda é o que sempre foi(ce)! Antevendo uma acesa disputa nas eleições de outubro, jogo espadas. Uma quadra.
Sinais dos tempos? Luís Miguel Ricardo
U
m movimento independente pode surgir porque um autarca em rota de colisão com o partido pretende ser reeleito e sabe que consegue agregar em torno da sua candidatura mais adeptos do que a própria estrutura partidária. Pode surgir porque um grupo de pessoas simpatizantes de várias cores partidárias, ou de nenhumas, juntam as suas competências individuais em prol de uma causa comum – a gestão da autarquia. Ou pode surgir por outras motivações mais pontuais. Nos últimos anos, o aparecimento de movimentos independentes tem aumentado significativamente. Sinais dos tempos? Talvez. Demonstração de maturidade democrática do País? Talvez. Os partidos políticos tradicionais, da direita à esquerda, socorrem-se muitas vezes das suas figuras míticas, cujo prazo de protagonismo e credibilidade já expirou. Perante esse cenário, e com o agudizar da crise económico-financeira, que para muitos é da responsabilidade dos partidos, constata-se um progressivo virar de costas ao obsoleto, ao discurso protocolar, ao “mais do mesmo”. O caso de Sines, sendo um concelho com vistas desafogadas para o horizonte azul e uma terra com pergaminhos na arte de inovar, ou não fosse um sineense o homem que descobriu de as rotas marítimas para o orien oriente, foi com naturalidade que se assumiu como um município de mente aberta, sem amarras ideológicas e com vontade vont de fazer diferente, de dar um vot voto de confiança às pessoas, às ideias, aos projetos, e “chutar para cant canto” as figuras, os ideais e os pla planos político-estratégico dos partidos tradicionais.
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Diário do Alentejo 14 junho 2013
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CDU apresenta candidatos a Alvito
A apresentação pública dos candidatos da CDU aos órgãos autárquicos de Alvito está agendada para hoje, sexta-feira, pelas 20 horas, no salão dos Bombeiros Voluntários de Alvito, no decorrer de um jantar/convívio. No dia 29, pelas 13 horas, será a vez do Centro Cultural de Vila Nova da Baronia receber a apresentação das listas de candidatos, num almoço/convívio. Recorde-se que António João Valério é o candidato da CDU à presidência da Câmara de Alvito.
Beja
Independentes debatem turismo
O
movimento “Por Beja com Todos” realiza hoje, sexta-feira, a partir das 18 horas, no Beja Parque Hotel, a segunda tribuna aberta dedicada ao tema “Que turismo para Beja? O turismo e a economia local de Beja”. O evento contará com as presenças do empresário hoteleiro Jorge Rosa, que abordará o contributo da hotelaria e da restauração para a economia local de Beja; do professor universitário Vítor Figueira, que se
pronunciará sobre a responsabilidade social do turismo; e do presidente da Associação de Criadores de Ovinos do Sul, Castro e Brito, que falará sobre os produtos e recursos regionais e sua relação com o turismo. Ceia da Silva, presidente da Turismo Alentejo, contextualiza o turismo bejense no âmbito da região ao apresentar “Que turismo para Beja, no âmbito do Alentejo?”. A tribuna aberta será moderada pelo coordenador do movimento, Lopes Guerreiro.
João Pedro Caeiro visita freguesias
O
candidato à Câmara de Beja pela coligação PSD – CDS-PP nas próximas autárquicas terminou a primeira ronda de reuniões com os executivos das juntas de freguesia. João Pedro Caeiro afirma que “uma das maiores preocupações das juntas de freguesia é a falta de diálogo com o executivo da Câmara de Beja”, causando, assim,
um “grande entrave para o desenvolvimento das freguesias”. De acordo com o cabeça de lista, os autarcas das freguesias rurais “lamentam ainda a falta de renegociação do protocolo de transferência de competências e a falta de apoios por parte da câmara a clubes, associações e outras instituições de caráter desportivo e cultural”.
Mértola
Isabel Valente à Assembleia pela CDU
I
sabel Valente é a cabeça de lista da CDU à Assembleia Municipal de Mértola. A médica, natural da Vila Museu, exerce a sua atividade no Hospital de Faro. Com “uma profunda ligação ao concelho de Mértola por razões familiares e profissionais”, a candidata “tem vindo nos últimos tempos a desenvolver em Mértola, um projeto na área da
hotelaria, com a criação de um hostal, e tem na pintura uma das suas paixões, não só enquanto apreciadora desta expressão artística, mas também como pintora”, adianta a CDU. Nos próximos dias deverão ser anunciados os cabeças de lista a todas as freguesias assim como a composição da lista à câmara municipal e o mandatário concelhio.
Castro Verde
Capoulas debate futuro da PAC
A
candidatura do PS no concelho de Castro Verde promove amanhã, sábado, a partir das 21 e 30 horas, no fórum municipal, mais um debate no âmbito do fórum “Construir a mudança”. O deputado europeu e
antigo ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, relator do Parlamento Europeu na revisão da Política Agrícola Comum (PAC), será o principal orador da iniciativa que será subordinada ao tema “Agricultura e desenvolvimento”.
Alvito
Barroso critica executivo CDU
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anuel Maria Barroso, candidato da coligação PPD/PSD-CDS/PP à Câmara de Alvito, afirma que existe “um generalizado incumprimento das promessas eleitorais de 2009, por parte da CDU e do PS, no que se refere aos órgãos sob as respetivas presidências”. O candidato, que “tem vindo a preocupar-se, especialmente, com a
análise da situação em que se encontra o município de Alvito”, diz ainda que confirmou “a ideia generalizada existente sobre a incoerente e má aplicação dos dinheiros públicos, a ausência confrangedora de medidas, planeamento ou estratégias, centradas nas preocupações e necessidades reais das pessoas e das organizações do concelho”.
Bombeiros contra nova lei orgânica
A
nova Lei Orgânica da Autoridade Nacional da Proteção Civil, publicada em “Diário da República”, a 31 de maio passado, não agrada à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Em causa está a perda de poderes da Direção Nacional de Bombeiros a favor da, agora criada, Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização (DNAF). A LBP afirma que a versão aprovada “contraria a versão inicial discutida com a Liga” e já comunicou ao MAI que é “completamente contra” os poderes atribuídos à nova DNAF. Desde sempre que os bombeiros se insurgiram contra a ideia do novo organismo fiscalizar “o principal agente da Proteção Civil”, deixando de fora a PSP, A GNR, as Forças Armadas têm o seu comando e a sua estrutura hierárquica própria. Uma outra alteração introduzida pela lei, mas que não
Atual Jerónimo com CDU em Moura
Candidatos da CDU em Alcácer A apresentação pública dos candidatos da CDU aos órgãos autárquicos de Alcácer do Sal terá lugar no próximo domingo, 16, pelas 13 horas, na Quinta do Poço Velho. Durante a cerimónia, que deverá contar com a presença de Francisco Lopes, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, vão ser conhecidos os cabeças de lista e os primeiros candidatos à Assembleia Municipal e às juntas de freguesia da agregação de Santa Maria, Santiago e Santa Susana, assim como os candidatos efetivos que compõem a lista candidata à Câmara de Alcácer do Sal, encabeçada por Vítor Proença.
PS lamenta chumbo do Plano de Ordenamento do litoral O Grupo Parlamentar do Partido Socialista lamenta que PSD e CDS tenham rejeitado a proposta do PS, apresentada recentemente na Assembleia da República, sobre o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. O PS defendeu que o referido “plano – dois anos que são passados sobre a sua aprovação – deve ser avaliado e que, a partir dessa avaliação, poderão ser efetuadas as atualizações e modificações que se justificarem”, sendo que “tal avaliação prévia tem de ser feita pelo envolvimento e audição das entidades representativas que vivem o quotidiano do parque natural”. A rejeição da proposta por parte do PSD e CDS representa, de acordo com o PS, “um voltar de costas às entidades locais e um estilo de ação política divorciada da realidade”. “Assim, as decisões tomadas ficam diminuídas na sua legitimidade e mais dificilmente serão acertadas com a realidade”, conclui.
Comandantes dos Bombeiros de Beja contra substituição do CDOS
Vítor Cabrita tem “proteção civil” A anunciada substituição de Vítor Cabrita, à frente do Comando Distrital da Proteção Civil de Beja, originou um abaixo-assinado subscrito pela totalidade dos comandos das associações de bombeiros do Baixo Alentejo, a exigir a renovação do contrato que termina a 30 deste mês.
RÁDIO PAX
Depois de ter apresentado publicamente os candidatos Santiago Macias à presidência da Câmara de Moura e José Maria Pós-de-Mina à presidência da Assembleia Municipal, a CDU anuncia no próximo dia 21, pelas 20 horas, no Pavilhão n.º 1 do Parque de Feiras e Exposições de Moura, outros candidatos à câmara e à assembleia municipal, assim como o cabeça de lista à União de Freguesias de São João Baptista, Santo Agostinho e Santo Amador. A sessão pública de apresentação deverá contar com a participação do secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa, e de outros dirigentes do PCP e activistas da CDU.
merece reparo da Liga é a criação de uma estrutura operacional com cinco agrupamentos distritais (no caso, o Agrupamento Distrital do Sul junta os distritos de Lisboa, Setúbal, Évora e Beja). Mantém-se também os CDOS, dirigido pelo comandante operacional distrital , coadjuvado pelo 2.º comandante, deixando de existir os adjuntos de Operações Distritais. Neste ponto, e segundo aquilo que o “Diário do Alentejo” conseguiu apurar, existem matérias que não são consensuais na Liga, havendo quem defenda que os comandantes distritais deviam ser designados pelo conjunto dos comandantes de cada distrito, sendo o seu enquadramento funcional da responsabilidade da Liga dos Bombeiros Portugueses que teria o seu representante na ANPC.
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Texto Aníbal Fernandes
“O
relacionamento entre o major Vítor Cabrita e as associações hu ma n itá r ia s do distrito de Beja, pessoal e operacionalmente, é excelente”, afirma Manuel Baganha ao “Diário do Alentejo”. Para o comandante dos Bombeiros Voluntários de Beja a sua substituição só pode ser entendida “como uma decisão política, não há outra explicação”. Vítor Cabrita, contactado pelo “DA”, recusou pronunciar-se sobre o assunto “enquanto não houver uma decisão definitiva” da tutela. O segundo comandante da corporação bejense, Pedro Baraona, também revela esperança de que o abaixo-assinado entregue ao ministro da Administração Interna (MAI) possa suspender a decisão PUB
comunicada pela tutela ao comandante distrital, no último dia do mês de maio, conforme adiantou o “Jornal de Notícias”, na passada semana. Até porque, “o seu nome ainda consta do site da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)”, ao contrário de outros comandantes distritais na mesma situação. O documento, que foi assinado por todos os comandantes, 2.ºs comandantes e adjuntos do distrito foi entregue ao ministro Miguel Macedo, ao presidente da ANPC, general Manuel Couto, e a Jaime
Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros. O “Diário do Alentejo” sabe que a Liga não tomará nenhuma posição pública sobre este caso em concreto, mas não deixará de pressionar a tutela, em particular, para que seja sensível à reivindicação dos operacionais alentejanos. O mandato de Vítor Cabrita à frente da Proteção Civil de Beja termina a 30 de junho, mas causa estranheza que, em plena época de fogos, o principal responsável pelo “Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais 2013” seja substituído. Lembre-se, a propósito, que no início do mês de maio, o comandante Operacional Distrital, em conferência de imprensa, anunciou os meios disponíveis no distrito para o verão que se avizinha. Na altura foi declarada a criação de mais uma equipa de apoio ao combate a incêndios, bem como a manutenção dos meios aéreos, com base no heliporto de Ourique e na Base Aérea de Beja, com um avião “caso seja necessário”. As autarquias e particulares também foram chamados a participar neste esforço, nomeadamente disponibilizando máquinas de arraste, de acordo com uma listagem já elaborada.
Diário do Alentejo 14 junho 2013
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Centro de Arqueologia e Artes de Beja avança
O projeto de execução do Centro de Arqueologia e Artes de Beja foi aprovado na semana passada, em reunião de câmara. O projeto resulta da reformulação do edifício sustentável, situado na praça da República, e pretende “valorizar o centro histórico, a cidade e o concelho”. De acordo com a autarquia, o centro “englobará o museu dedicado à obra do escultor Jorge Vieira e a presença da arqueologia e da história da cidade”. “Aprovado o projeto, é agora possível fazer a candidatura do mesmo até ao final do mês de junho, de modo a que se possam iniciar os trabalhos até ao final do ano”, adianta a câmara.
“Rotas Sem Barreiras” apresenta novos produtos para um turismo acessível O Centro de Convívio de Ourique recebe na próxima terça-feira, dia 18, pelas 14 e 30 horas, a sessão de apresentação pública dos vários produtos concebidos e desenvolvidos pela parceria do projeto “Rotas Sem Barreiras”. Implementado
Ferreira aprova plano de defesa da floresta para 2013 A Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios aprovou o Plano Operacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (POM) para o ano de 2013, no concelho de Ferreira do Alentejo. O POM “é um documento concertado por todas as entidades intervenientes neste processo no concelho, que pretende avaliar a perigosidade de incêndio do município, avaliar os meios de prevenção, deteção e primeira intervenção disponíveis no concelho, descrever brevemente os procedimentos que cada entidade adota nas operações referidas e propor áreas de atuação para as brigadas”, explica a câmara municipal.
Obras da ciclovia de Beja decorrem “a bom ritmo” A Câmara de Beja deu por terminada a instalação dos 136 novos candeeiros na ciclovia. A nova rede de iluminação pública da ciclovia, adjudicada à EDP por perto de 25 mil euros, representará, de acordo com a autarquia, “uma poupança anual de 5 190€, se comparado com uma solução tradicional com lâmpadas de VSAP de 100W”. Estima-se assim “que a rede de iluminação pública da ciclovia tenha um consumo anual de 760€”. Ao longo do percurso “foram também já instaladas guardas de segurança, o que está integrado num projeto mais amplo que visa a requalificação paisagista de toda esta via. PUB
e fortalecendo a oferta turística da região do Alentejo”. Durante a sessão serão apresentados quatro produtos: o site http://rotassembarreiras.com/pt/, o “Guia de Turismo Acessível”, o “Guia Prático da acessibilidade” e o espetáculo de teatro “Muita ajuda o que não atrapalha”, criado e desenvolvido pela Companhia de Teatro BAAL 17.
Em causa encerramento da estação dos CTT
Aljustrel convida Marrocos para a próxima Feira do Campo O presidente da Câmara Municipal de Aljustrel endereçou um convite ao ministro da agricultura e pesca marítima de Marrocos, Aziz Akhannouch, para que Marrocos seja o país convidado na 14.ª edição da Feira do Campo Alentejano, que se realizará em Aljustrel, em junho de 2014. Em 2010, o município de Aljustrel desencadeou o processo de internacionalização da Feira do Campo Alentejano, considerada “a maior e mais importante iniciativa organizada neste concelho no âmbito da promoção das atividades económicas, sociais e culturais”.
pelas organizações portuguesas Associação Terras Dentro e Esdime e pelas congéneres espanholas Aderco e Cedeco, “Rotas Sem Barreiras” procura “estimular e promover o turismo acessível, enquanto direito para todos/as, numa lógica de igualdade de oportunidades, e enquanto oportunidade de desenvolvimento dos territórios, qualificando
Idosos de Ervidel recusam-se a receber reforma em mercearia Mais de 20 pessoas protestaram na sexta-feira passada, em Ervidel, no concelho de Aljustrel, contra o fecho da estação de correios e a transferência de serviços para uma mercearia da aldeia, onde idosos recusam receber a reforma por alegada falta de sigilo.
O
protesto, que decorreu junto à estação, encerrada desde o dia 27 de maio, e perto do “novo” posto de correios, a funcionar numa mercearia, contou, sobretudo, com a participação de idosos, que entoaram “frases de ordem”, como “Queremos o correio aberto”. Um dos idosos, Maria Antónia Crispim, de 76 anos, contou à Lusa que gastou 4,80 euros na quinta-feira, numa viagem de ida e volta de autocarro, para levantar a reforma na estação de correios da sede de concelho, a vila de Aljustrel. “Como tinha falta do dinheiro”, Maria Antónia Crispim foi até Aljustrel, porque diz sentir-se “mais à vontade” a levantar a reforma numa estação de correios do que numa mercearia. “É muito diferente”, frisou a idosa, explicando que numa estação de correios “ninguém fica sabendo” quanto recebe de reforma, mas no posto de correios de Ervidel, a funcionar numa mercearia “muito pequenina”, as pessoas, “mesmo que não queiram”, “ouvem e vêm tudo o que se passa”. Maria Antónia Crispim disse que tem “esperança” de a Estação de Correios de Ervidel reabrir, mas, se tal não acontecer, “nunca” levantará a sua reforma na vila numa mercearia. A população “queixa-se muito do sigilo e de estar a expor a sua vida pessoal no meio de uma mercearia”, onde, entre a compra e a venda de vários produtos, tratam-se “questões pessoais”, como reformas e cartas registadas, disse à Lusa o presidente
Correios População de Ervidel protestou em Lisboa frente à sede dos CTT
da Junta de Freguesia de Ervidel, Manuel Nobre, presente no protesto. O fecho da Estação de Correios e a transferência de serviços para o posto instalado na mercearia têm sido contestadas pela população e pela Junta de Freguesia de Ervidel, a qual já promoveu vários protestos, na aldeia e em Lisboa, e um abaixo-assinado. O serviço público de correios “deve ser assegurado por quem de direito”, ou seja, os CTT, através dos quais “o sigilo, a ética e os serviços são bem assegurados à população”, disse Manuel Nobre. No posto de correios de Ervidel, na mercearia, “o sigilo e os serviços disponibilizados não são os mesmos”, disse o autarca, referindo que há serviços que não são prestados no posto, como renovação de cartas de condução e algum correio expresso. Por isso, a população e a Junta de Freguesia de Ervidel não compreendem o fecho da Estação de Correios, que tem “causado
grandes transtornos”, disse Manuel Nobre, referindo que há habitantes da aldeia, com “idade avançada e fracos recursos”, a deslocarem-se “com custo” a Aljustrel e a Beja, para tratar de alguns assuntos. Dois dias antes do protesto, na quarta-feira, 5, um autocarro com ervidelenses deslocou-se a Lisboa para, pela segunda vez, procurar entregar os abaixo-assinados em defesa da Estação de Correios de Ervidel e transmitir as suas “preocupações, incompreensões e exigências”. De acordo com a junta de freguesia, acabaram por ser recebidos “rapidamente”. Autarquia e população continuam a aguardar resposta à solicitação de uma reunião com a Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas e irão marcar presença na ação conjunta (juntas de freguesia e trabalhadores dos CTT), agendada para a próxima quarta-feira, dia 19, em frente ao edifício da administração dos CTT, em Lisboa.
António Ferraz é o novo presidente da Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura de Castro Verde para o biénio 2013-2015, sucedendo a António José Brito. Carlos Vitoriano foi eleito tesoureiro e Carlos Pinto secretário. Na presidência da mesa da assembleia geral continua José Tomé dos Anjos, ao lado de José Francisco Colaço Guerreiro (vice-presidente) e Fernanda Vargas (secretário). Manuel Maia será o presidente do conselho fiscal, Carlos Peres relator e Rui Rosa vogal. A tomada de posse dos novos corpos diretivos terá lugar hoje, sexta-feira, às 18 e 30 horas, na sede da cooperativa.
Conselho da Europa convida Beja para projeto A convite do Conselho da Europa, a Câmara de Beja integra um projeto europeu de transferência de conhecimento na área da gestão das finanças locais. O projeto pretende “conhecer e divulgar as boas práticas de gestão financeira a nível local e também transferir
conhecimento nesta área para os vários países da comunidade europeia”. Para além da autarquia, representada pelo presidente da câmara e pelo coordenador da equipa de assistência técnica da Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, que participa como especialista, integram ainda este projeto municípios de Espanha e da Grécia.
“Em tempos de cortes nas finanças locais, esta participação assume especial importância, dado que irá permitir a apresentação de propostas que irão beneficiar todos os municípios portugueses no que respeita à distribuição dos recursos financeiros do Orçamento do Estado”, esclarece a câmara.
JOSÉ FERROLHO
Plano de Desenvolvimento Sustentável de Vidigueira A Câmara Municipal de Vidigueira tem já concluído e disponível para consulta o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável. O referido plano aponta quatro eixos estratégicos: “Cidadania e qualidade de vida”, “Fortalecer a vertente rural e diversificar a base económica do concelho”, “A cultura e o desporto enquanto geradores de riqueza” e “Administração local incentivadora da participação cidadã”.
Beja integra projeto de voluntariado sénior A Câmara Municipal de Beja, em parceria com a Associação Check-In e a Associazione Agrado, sediada em Vinci, Itália, integraram um projeto de voluntariado sénior (Green Age Senior Volunteering) em Itália, no qual vão participar seis utentes do Centro Social do Lidador. O projeto tem como objetivo “a participação dos cidadãos seniores em
Aprovada atribuição do nome de José Dias Cara Nova a rua da cidade
Toponímia de Beja gera polémica
O
s vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja contestam a atribuição, aprovada pela maioria socialista em reunião de câmara, “a uma rua da cidade do nome do último presidente de câmara antes da evolução de Abril de 1974, José Dias Cara Nova”. Os vereadores referem, em comunicado de imprensa, que “entre outos aspetos, nomeadamente a cumplicidade e envolvimento com o anterior regime, não são conhecidos feitos e obra que justifiquem tal distinção” e que “o único argumento apresentado pelo presidente, para justificar esta proposta, foi o facto de ter sido um familiar do mesmo a sugerir esta atribuição”. Os autarcas consideram que com esta atitude, “completamente desajustada, sobretudo por quem anunciou no início do mandato que ‘tinha chegado o 25 de Abril a Beja’, Pulido Valente e a maioria PS na câmara acompanham no concelho, indo até mais longe, o que de pior está a ser feito como ajuste de contas com o 25 de Abril e de branqueamento do fascismo pelo governo PSD/CDS no País”. “Esta atitude da maioria PS/Pulido Valente é bastante reveladora dos valores que norteiam a sua ação e pensamento”, concluem. AdpBeja contesta alteração dos nomes tradicionais das ruas A Associação para a Defesa
do Património Cultural de Beja, AdpBeja, por sua vez, embora manifeste “um enorme
contentamento pela homenagem às suas figuras ilustres”, contesta a alteração dos nomes tradicionais dos seus arruamentos, “porque estes encerram uma história que não é de ninguém em particular, pertence-nos a todos e urge preservar”. “Ele, Nana [João Manuel Covas Lima], que se orgulhava tanto de ver o nome do seu pai associado a uma nova rua que se criou com a edificação do hospital, seria o primeiro a sugerir que lhe prestassem essa homenagem, numa nova rua, e nunca substituir a já muito antiga rua do Vale. Certamente pediria o favor de não destruírem a memória dos cidadãos e da cidade, princípio por que sempre lutou. Homenagear quem tanto merece é também respeitar o seu pensamento e este era, sem dúvida, o pensamento de João Manuel Covas Lima, um bejense puro que preservava a história da sua cidade”, refere a direção da associação. A AdpBeja salienta ainda, em nota de imprensa, que “a rua do Vale, a rua do Canal e muitas outras seculares fazem parte de uma memória coletiva e assim devem continuar para não se cometerem os mesmos erros feitos durante a primeira república, porque a memória de uma cidade não deve ser destruída, assim como os homens que a construíram devem permanecer nas nossas memórias e páginas dos seus livros”.
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António Ferraz é o novo presidente da Cortiçol
atividades sem fins lucrativos num país europeu e criar uma cooperação duradoura entre organizações com perfis semelhantes”. Tratando-se de um projeto que visa “o intercâmbio de voluntários através dos conhecimentos, competências e experiência dos cidadãos seniores”, o município de Beja irá receber também, em outubro, seis voluntários seniores, italianos, que irão desenvolver um programa durante três semanas com atividades idênticas ligadas à área ambiental”, esclarece a autarquia.
Rastreio do cancro da mama em Beja Decorre até ao próximo dia 27, no concelho de Beja, mais um rastreio do cancro da mama promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul. O rastreio é dirigido às mulheres com idades compreendidas entre os 45 e os 69 anos, mediante convocatória enviada pela Liga Portuguesa Contra o Cancro. Esta iniciativa conta com a colaboração da Câmara Municipal de Beja, autoridades de saúde e juntas de freguesia.
Educação Não Formal em debate no hotel Francis
Diário do Alentejo 14 junho 2013
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Atravessou a fronteira. E agora?
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ualquer cidadão da União Europeia tem o direito de residir no território do estado-membro de acolhimento por um período não superior a três meses sem quaisquer condições nem formalidades para além da exigência de possuir um bilhete de identidade ou passaporte válido. Isto é assim independentemente de ter ido trabalhar, estudar ou passear como turista. Os membros da sua família nacionais de países terceiros que o acompanham ou que se reúnam a si mais tarde podem permanecer consigo até três meses simplesmente com o passaporte. No entanto, os cidadãos da UE podem residir sem quaisquer formalidades ou condições por períodos de seis meses ou mais longos desde que continuem à procura de emprego e tenham possibilidades reais de ser contratados. O estado-membro de acolhimento pode exigir-lhe a si e aos membros da sua família a obrigação de comunicar a sua presença num prazo razoável após a chegada. Se não o fizer, podem-lhe ser aplicadas sanções administrativas que, no entanto, devem ser proporcionadas e não discriminatórias. O mesmo acontece aos membros da sua família. Após os três meses, o direito de residir está sujeito a certas condições cuja natureza depende do seu estatuto no país que o acolheu. Os trabalhadores assalariados e os trabalhadores independentes têm o direito de residir sem quais outras condições para além da de possuírem esse estatuto. O mesmo se aplica aos que prestam temporariamente serviços no estado-membro de acolhimento. Representação em Portugal da Comissão Europeia
A Autonomia e Descoberta CRL promove entre os próximos dias 15 e 23, no hotel Francis, em Beja, uma ação de formação internacional com a temática da Educação Não Formal, intitulada “Towards a stronger non formal education”. A ação tem como objetivo “aumentar a qualidade do trabalho na área da juventude na zona geográfica Euromed” e conta com a participação de 30 formandos oriundos de Portugal, Espanha, França, Itália, Hungria, Inglaterra, Marrocos, Tunísia, Egipto, Palestina, Jordânia e Israel.
Câmara de Beja deu isenções de mais de 126 mil euros nos últimos dois anos A Câmara de Beja concedeu 1 048 isenções de taxas e licenças municipais a entidades sociais, culturais e desportivas do concelho entre 2010 e 2012, num apoio total de mais de 126 mil euros que permitiu realizar um “vasto” número de eventos. Segundo a autarquia, os valores, que
resultam de “um levantamento exaustivo”, são “surpreendentes” e “revelam a dimensão do apoio” que a autarquia presta às diversas atividades desenvolvidas no concelho. Este ano a Câmara de Beja já aprovou 70 isenções de taxas e licenças municipais, num apoio total de 13 667 euros “em prol da atividade cultural e social desenvolvida no concelho”.
Moura, Vidigueira e Cimbal
Câmaras do Alentejo pagam subsídio de férias Por altura do fecho da presente edição do “Diário do Alentejo”, duas câmaras da região e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) decidiram pagar o subsídio de férias aos funcionários, sendo que muitas autarquias, nomeadamente da CDU, tinham garantido igualmente fazer esse pagamento contrariando assim a decisão governamental.
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Câmara de Moura e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) pagaram na terça-feira o subsídio de férias aos funcionários, apesar da intenção do Governo de só pagar a prestação a funcionários públicos em novembro. A autarquia, “no estrito cumprimento da lei”, que determina o pagamento do subsídio de férias em junho, decidiu pagar a prestação este mês, o que aconteceu na terça-feira, disse à Lusa o presidente da Câmara de Moura, José Maria Pós-de-Mina. Segundo o autarca, a Câmara de Moura, “seguindo a lei”, com base na sua “autonomia administrativa e financeira” e por ter “recursos” a nível de tesouraria e de orçamento, “entendeu que este mês seria a altura apropriada” para pagar o subsídio de
férias aos funcionários. De acordo com José Maria Pós-de-Mina, também presidente da Cimbal, o conselho executivo desta instituição decidiu pagar e também pagou na terça-feira o subsídio de férias aos funcionários. Em nota de imprensa datada de quarta-feira, 12, a Câmara de Vidigueira adianta que “já pagou o subsídio de férias a todos os seus trabalhadores, cumprindo a lei que determina que este suplemento deve ser liquidado no mês de junho”. O Governo ordenou aos serviços
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públicos que não paguem o subsídio de férias este mês, apesar de a suspensão do pagamento da prestação ter sido chumbada pelo Tribunal Constitucional e de não estar em vigor a proposta do executivo que remete o pagamento para novembro. Numa informação enviada anteriormente à Lusa, o Governo referiu que as autarquias locais têm autonomia própria para procederem ao pagamento dos subsídios aos seus funcionários quando entenderem. “No que respeita às autarquias locais, não cabe ao governo interferir nas decisões dos seus órgãos próprios. Nos termos da Constituição, cabe a cada autarquia local a responsabilidade administrativa de decidir sobre o processamento do pagamento dos subsídios aos respetivos trabalhadores”, explicou a Secretaria de Estado do Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional. Este esclarecimento foi dado a 5 de junho, um dia após a Direção Geral das Autarquias Locais (DGAL) ter determinado que a Câmara de Vila Franca de Xira podia pagar o subsídio de férias completo a todos os funcionários este mês, uma vez que “não encontrou nada na lei que impeça a autarquia de proceder ao pagamento do subsídio de férias em junho”.
Diário do Alentejo 14 junho 2013
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Disco Três vozes acompanhadas pela viola campaniça. A Moda Mãe anda por esses campos fora, e não só. Zé Emídio, António Caixeiro e Luís Caixeiro apresentam o seu trabalho discográfico, que contou também com a participação de cantores convidados. Um disco de tradições modernas, pensado desde o início para trabalhar a música alentejana a partir do seu estado mais puro. Texto Bruna Soares Foto Francisco Silva Carvalho
A Moda Mãe apresenta o seu trabalho discográfico
“A música alentejana no seu estado mais puro”
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é Emídio, António Caixeiro e Luís Caixeiro juntaram-se, porque, garantem, “o mundo é pequeno e o Alentejo muito grande, com muitas adegas e tabernas e as almas gémeas encontram-se”. Juntaram-se para criar o grupo A Moda Mãe. Cantam as modas da região, acompanhadas pela inseparável viola do Alentejo, a campaniça, e até já têm um CD, que acolhe o mesmo nome do grupo. Não que fosse decisivo fazê-lo, para a continuação do projeto, mas porque acharam que era importante registar o trabalho que andavam a fazer e a mostrar por aí ao vivo e o CD era, sem dúvida, a melhor forma de o materializar. O resultado? “Um disco de tradições modernas”. O trio, porém, no seu trabalho discográfico, recorreu também aos amigos e António Francisco Beiçudo, Jacinto Vargas, José Fragoso, Janita Salomé e o grupo coral Os Bubedanas aceitaram o convite. PUB
Janita Salomé, inclusive, referiu-se à A Moda Mãe como “poderosas, belas e ágeis vozes, talento, rigor e à amor à tradição. A moda, tratada com mil cuidados, diria com pinças. Permanece junto da mãe e a campaniça dança a preceito. O cante alentejano rumo ao futuro”. Palavras, estas, que o grupo encara com grande responsabilidade. “É para nós um grande orgulho sentir estas palavras deste grande senhor, que muito tem feito pela música alentejana. Desta forma, ficamos ainda mais ‘obrigados’ a não desistir e a continuar com o nosso trabalho”, confessam. Consideram que A Moda Mãe “é um dos poucos grupos do Alentejo que trabalham apenas com os dois únicos instrumentos verdadeiramente alentejanos: a voz e a campaniça”. E, na verdade, o “casamento” do cante com a viola campaniça foi o ponto de partida. “Pensámos, desde o início, trabalhar a música alentejana a partir do seu
estado mais puro”. O grupo, tal como o disco, acaba por marcar o encontro de duas gerações diferentes, mas, segundo Zé Emídio, António Caixeiro e Luís Caixeiro, “a abordagem ao cante coincidem”, pois “beberam todos da mesma fonte”. A vida de A Moda Mãe, enquanto grupo, ainda é curta, mas os músicos garantem que “o que conta são as experiências vividas no cante alentejano por cada elemento do grupo” e, essas, sem dúvida, “são muitas”. Já apresentaram, em dois concertos diferentes, o seu mais recente trabalho e com os cantores convidados em palco. Futuramente, porém, vai ser difícil repetir o feito, até porque, ironizam: “A nossa música não é comercial”, daí “tornar-se ainda mais complicado”. Prometem continuar com o cante na voz e a espalhá-lo, por aí, o mais que puderem, divulgando-o. E esperam, sinceramente,
que “o cante alentejano seja considerado Património Imaterial da Humanidade da Unesco”. Mas defendem: “O mais importante, para nós, é continuarmos a trabalhar. Continuar a gravar, continuar a fazer espetáculos ao vivo, etc…Para não o deixar morrer cá dentro”. Até porque, na opinião dos músicos, “há classes que tiram mais partido desta candidatura que propriamente os ditos cantores”. Seguem-se agora mais espetáculos, aqui, ali e acolá e, em 2014, esperam conseguir gravar mais um CD e depois, dizem, “logo se verá”. Para já, ecoam o “Tim Tim da Cuba, o Pirolito, Extravagante, Já Lá Vem no Alto Mar, Menina Florentina, Burra nas Couves, Linda Rosa Tu Não Vás, Jardim das Damas, Fui-T’a Ver Tavas Lavando, Rapaz Pimpão, Aldeia Nova e Senta-te Aqui Ó António”. Mas porquê o nome A Moda Mãe? “Mãe, raiz, tradição…a moda”.
Diário do Alentejo 14 junho 2013
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Termina este fim de semana, em diferentes pontos da cidade, o FESTIVAL INTERNACIONAL DE BD DE BEJA. Que é, talvez, o momento cultural de maior relevo e dimensão que acontece anualmente na capital do distrito. É por isso que os responsáveis pela Bedeteca de Beja, a câmara local, as dezenas de voluntários que a ele se associam estão de parabéns. E a mensagem que fica é esta: adeus e até para o ano. PB
Opinião
Entre presos e guardas
Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
estes tempos de protestos por todo o lado, em que nos querem fazer crer que em nome de uma economia de Excel, não temos direitos, nem sequer dignidade, permanecem ainda assim dois extremos em quem luta e reivindica. Nessa nebulosa de protestos, há os que estão para lá da sombra, e os que para quem a turbulência social fortalece a margem de manobra dos seus interesses. Nestes últimos vem à cabeça as “forças da ordem”. Como nunca até aqui, sabem o quanto requisitadas são e fazem-no saber a seu devido dono. Temos entre estes os guardas prisionais e entre os primeiros – na sombra – temos os presos. É de universal justiça afirmar que cada um está no seu pleno direito de reclamar as melhorias ao seu quotidiano, mas sabemos perfeitamente que estas nunca serão equitativamente distribuídas precisamente à conta da relação de forças entre esses extremos. Afirmar-se-á em seguida que entre guardas e reclusos é natural que assim suceda, dado que os primeiros estão ali como legítimos “trabalhadores” e os outros como ilegítimas pessoas, legitimamente condenadas. A banalidade dessa afirmação, consolidada todas as manhãs pelo noticiário policiário de assaltantes, violadores e criminosos, é a principal explicação porque uns têm primazia nos seus direitos e a outros está reservada o esquecimento da reclusão. Mas sobretudo porque essa relação de forças é assumida como inquestionável. Questionar essa relação de forças, não significa pôr em causa a reclamação sindical de estatutos profissionais ou tabelas remuneratórias, mas incita-nos a passar para lá da perspetiva em que uma simples benesse salarial é mais valorizada do que as reivindicações básicas pelas condições de dignidade humana dos presos. Questioná-la significa também que temos memória. Recordando quantas vezes na história (que não se repetindo reinventa-se) estes estados de emergência política e social, estas situações que querem fazer crer de exceção, foram propícios à consolidação dos autoritarismos já em si alicerçados nesses “trabalhadores” das forças da ordem. Um entre aspas assumido, para ser claro a recusa do abracinho conciliador com o polícia na manifestação, e a ilusão de que estamos todos no mesmo barco, até ao momento que o cassetete voa e o gatilho dispara sob as ordens de quem lhes aumentou o salário. Questionar essa relação de forças, significa não perder nunca de vista de que a posição de quem está para lá ou para cá das grades, não justifica a menoridade da dignidade do recluso ou a letra morta das convenções de direitos humanos. Em última e primeira instância esse questionar significa que não é a posição das peças no tabuleiro que deve estar em causa, mas todo o tabuleiro em si mesmo. Neste caso o sistema prisional, esse outro lado do espelho de uma sociedade disfuncional que o alimenta. Um dos sintomas do estado a que isto chegou e a que ninguém olha, tamanha é a preocupação em desculpá-lo com oscilações e relatórios financeiros. No entanto nas prisões portuguesas é latente a tensão vivida por presos e familiares, como ilustrava a denúncia anónima ao “Diário do Alentejo” da fome na Prisão de Beja, cuja lotação de 164 reclusos era ultrapassada no início deste ano por 211 homens (a 15 de maio a lotação total de reclusos continua a atingir novos máximos em torno dos 14 000 detidos para uma lotação de cerca de 12 000). De norte a sul diversas organizações dão conta de casos de tortura e espancamentos, falta de assistência médica etc., entre uma população reclusa que é a nível europeu das que maior percentagem detêm de toxicodependência dentro dos muros (40 por cento a 80 por cento), e que na sua maioria “nasce” já no sistema, pois como afirma o Grupo de Intervenção nas Prisões “calcula-se que mais de 80 por cento, enquanto crianças e jovens, passaram
Filipe Nunes Arqueólogo
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Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico
Mais uma vez, em Beja, o que deveria de ser uma festa de boa memória acabou em polémica. Desta vez o desentendimento surge pela substituição de NOMES DE RUAS. É certo que os nomes “antigos” fazem parte da memória coletiva, mas o respeito pela memória dos recentemente homenageados não deveria sofrer qualquer tipo de beliscadela. Entendam-se lá, em nome do bom-senso. PB
O cante hoje deve ser tido como um produto cultural, um património de inestimável valor, pertença coletiva de um povo e de uma região e não mais uma manifestação etnográfica específica do proletariado rural. José Francisco Colaço Guerreiro, “Correio Alentejo”, 7 de junho de 2013
Tudo está bem quando termina bem
omo na música, também existem estórias com vários andamentos. Apreciem o argumento de “Pagliacci”, em quatro actos, cujos personagens são: Astêmio, o contador de fábulas; Luca, o que traz a luz; Belami 1, o novo escriba e belo amigo 1; Belami 2, o novo escriba e belo amigo 2; Belami 3, o novo escriba e belo amigo 3. Esta estória foi inspirada em lendas portuguesas e adaptada inúmeras vezes para o teatro e cinema. Acto I – Adagio com anima: Astêmio é um verdadeiro privilegiado. Nascido numa família com nome e dinheiro, ligada à cultura, conseguiu singrar em várias áreas. Não, não é burro. Nem louco. Sendo esperto, tendo palco para ser ouvido e público para o ouvir, conseguiu facilmente ganhar o título de l´enfant terrible, o que lhe permitiu – ainda mais – delimitar o seu espaço. Tem jeito para a invenção, sabe usar as palavras e tem boa voz. Dedicou-se à escrita e à argumentação, pois então! Já Luca, pelo contrário, tem origens humildes. Nasceu na raia, filho de pais assalariados, cedo percebeu que teria de estudar, e muito, para sair da povertá em que vivia. Mas, esperto e ambicioso como era, deitou mãos à obra: estudou, entrou nas lides políticas, aproximou-se de pessoas influentes e foi, gradualmente, ganhando espaço. Hoje é o governante máximo de Città Caduti, a pérola mais influente do país. Ultimamente, não se percebe porquê, Luca tem aparecido tão pouco que quase esquecemos que ele existe; quando aparece, normalmente faz declarações estranhas e confusas. Será de propósito? Com que fim? Apesar de Astêmio e Luca se conhecerem há muito, não são amigos: o primeiro, sempre que assim o entende, carrega-lhe forte. Com palavras, é claro; o segundo, do alto da sua grandeza, faz que o ignora. Até que, chegado o dia de dar a conhecer ao mundo a última obra escrita de Astêmio – “Al sorgere del sole bellissimo” – este cria a oportunidade para um golpe de mestre. E grita: Luca, el pagliaccio! Talvez assim consiga chamar a atenção dos novos escribas e fazer o seu nome aparecer ainda mais! A altura é oportuna e pode aumentar a divulgação! Acto II – Allegretto risoluto: Città Caduti, tal como era previsível, fica em estado de choque! Goste-se ou não se goste de Luca, ele é o indivíduo que ilumina os outros, que traz a luz. Pagliaccio??? Entram em cena os novos escribas: os Belami 1, 2 e 3. Falam uns com os outros. Dão opiniões. Concordam. Reprovam. Usam todos os argumentos, possíveis e impossíveis, para dar ou tirar a razão ao Artêmio. E escrevem, escrevem, escrevem. Tudo e de todas as maneiras. Gera-se a confusão: afinal que imundície é esta? Acto III – Vivace giocoso: No meio de tudo isto, Luca sente-se atingido na sua dignidade e pede ao tribunale para intervir. E os Belami voltam a opinar. A favor e contra. Arranjam-se sempre argumentos. Arrependido, Artêmio reconhece ter-se excedido… mas a culpa não foi dele mas de um dos Belami… stupido... trocou-lhe as voltas à conversa! Acto IV – Presto scherzando: Passam uns dias e tudo volta ao normal: os novos escribas já não conseguem fazer render mais a estória e encontram-se no encalço de outras, mais recentes; entretanto Artêmio aparece em público sorridente e satisfeito com os resultados das vendas do “Al sorgere del sole bellissimo”. Não se sabe se foi ou não condenado mas, pela cara, parece que não. Luca volta ao seu recolhimento. Talvez por timidez ou por continuar a sentir-se ofendido. Desde que ainda traga alguma luzinha, já não é mau. E pronto: tudo está bem quando termina bem.
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por experiências de institucionalização. Cerca de metade dos presos têm ou tiveram o pai preso”. Para a maioria estas situações, estes sintomas continuarão a ser esquecidas banalidades de rodapé por entre a criminologia em que a comunicação social se especializou. Para as forças da ordem um mero “contexto de trabalho” sindicalizável e no qual reclamam o seu estatuto para perpetuarem a violação das suas próprias regras. Algo conveniente nos tempos que correm. Por isso, no que respeita às suas lutas, apenas poderei desejar que um dia encontrem o desemprego. Nenhum outro desejo em nome da dignidade humana carregará mais esperança do que ver caírem os últimos redutos de todo este mecanismo que enforma e deforma a atual sociedade.
A eleição, a divisão e o caminho Ruy Ventura Poeta e ensaísta
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eleição e as intervenções do papa Francisco têm trazido ao de cima, em certos espaços de discussão religiosa, o quanto neste momento os católicos estão divididos. A alegria geral pela sua elevação à cátedra de bispo de Roma e pelas suas palavras (cada frase/gesto seu é uma proposta de metanoia) não se espelha no interior de toda a Igreja, por mais que alguns tentem disfarçar. Não falo de uma aceção restrita da palavra “Igreja”, que normalmente só se refere aos clérigos; falo dos crentes, dos chamados “leigos”. Temos, dum lado, um grupo serôdio de “ultramontanos” entrincheirados, que, muitas vezes, lembra aquele que deu origem, por interesse ou fanatismo, à Inquisição e às suas piores atrocidades. Do outro, é visível um arquipélago complexo de ativistas das mais diversas causas ou de “relativistas” que tenta moldar a doutrina aos seus interesses particulares, sem olhar à mensagem de Cristo ou chegando mesmo a deturpá-la conscientemente. Há ainda uma maioria, assim creio, que tenta viver o melhor que pode a benevolência contida na mensagem evangélica, apesar das suas insuficiências, normais em seres humanos imperfeitos. Basta viajar pelos diversos blogues, por várias páginas na “internet” e por grupos de discussão no Facebook para constatar isto mesmo. Na minha opinião de cristão católico (ou seja, de cristão que procura a universalidade), o caminho mais digno será sempre este: diálogo incessante tendo em vista a união na diferença das várias igrejas cristãs; diálogo com as outras religiões e tradições (incluindo, por mais que não se queira, a maçonaria teísta), no respeito por aquilo em que cada um acredita, tendo em vista a construção de propostas comuns para o bem da humanidade; diálogo também com os ateus (que não comerão os católicos, de certeza...) e terão muitas palavras a dizer e imensas propostas a formular. Tal caminho não necessita de levar ao apagamento da matriz da fé e da palavra de cada um. Mas também nunca poderá impedir a correção aberta ou a denúncia de teorias ou práticas que não respeitem a bondade, a beleza e a justiça. Será sempre esse o caminho para a paz. A leitura do belo diálogo entre o papa Francisco e um rabino argentino apresenta uma das formas possíveis desta demanda. Está lá tudo ou quase tudo. Infelizmente há, contudo, católicos (que, decerto, não serão cristãos nem crentes) que são como certo “santo” com língua de prata, que nunca teve problemas de consciência quando insultava o beato João XXIII, chamando-lhe “velho a cheirar a vacas”. Cheira-me que, murmurando, brindarão Jorge Mario Bergoglio com mimos deste cariz... Será sempre bom repetir: temos de sair da indiferença, rejeitar o fechamento e a hostilidade, deixar para trás a tolerância e construir uma relação entre religiões, entre seres humanos, baseada na benevolência.
Por estes dias prossegue a GREVE DOS PROFESSORES às reuniões de avaliação. É uma luta mais do que justa, esta, a dos professores. Uma classe profissional que está a ser absolutamente triturada pelo Governo. Mas é um tipo de greve que premeia sem mérito a matreirice. Basta que um professor se ausente para não acontecerem as reuniões. Assim, uns espreitam à esquina para usufruir da coragem de outros. PB
Há 50 anos Denúncias de crimes de guerra no Vietname
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m meados de 1963, o “Diário do Alentejo” publicava regularmente pequenas notícias do estrangeiro. Eram breves linhas, em geral num tom “oficial” e censurado, mas havia também interessantes transcrições de outros jornais. No dia 14 de junho, destacava-se que os chefes do estado-maior da Armada, do Exército e da Força Aérea – Portugal estava já em guerra nas colónias, em especial em Angola e na Guiné – participavam em Paris numa reunião anual de altas patentes militares da NATO. Era noticiado também que o papa João XXIII, falecido dias antes, podia ser canonizado. E que havia falhado uma tentativa monárquica de golpe de estado no Iémen. Na edição anterior, tinha sido abordado “o problema racial nos Estados Unidos” em péssimo português: “O presidente Kennedy apelou para os seus compatriotas a fim de fazerem um exame das suas consciências e para tornarem possível que estudantes de qualquer raça ou cor se matriculem nas universidades que escolherem.” O vespertino publicava ainda seis linhas sobre um “desastroso ciclone” no Paquistão que causara “entre 50 e 90 mil mortos”. Dias antes, três títulos de notícias do estrangeiro, igualmente na primeira página e a uma coluna: “Em Moscovo vai ser estudado o problema da suspensão das experiências nucleares”; “A Rússia [o fascismo raramente falava de União Soviética...] vai lançar mais dois cosmonautas?”; e “Conversações entre Dean Rusk e o embaixador inglês nos Estados Unidos sobre territórios ultramarinos portugueses.” A 11, um “recorte” (a fonte da transcrição não era citada) escapava à censura salazarista e revelava que Bertrand Russel acusava os americanos de prática de uma “guerra de atrocidades” no Vietname. Assim: “Washington – Numa carta agora dirigida ao jornal ‘Washington Post’, o filósofo britânico Bertrand Russel acusa os Estados Unidos de estarem a praticar uma ‘guerra de atrocidades’ contra os guerrilheiros do Vietname do Sul. Russel diz que as notícias sobre o emprego de bombas de napalm e de produtos químicos no Vietname do Sul exigem uma investigação internacional. ‘Considero o emprego de produtos químicos e de bombas de napalm, contra 1.400 povoações, tal como anuncia o New York Times, uma verdadeira guerra de atrocidades’ – escreve Lord Russel. O filósofo diz ainda estar pronto a apresentar provas da acusação que proferiu.” Esta era uma notícia rara, que a Censura deixou passar por distracção, ignorância ou outra razão. A ditadura fascista, envolvida num conflito armado contra os povos das colónias, não permitia a denúncia de crimes de guerra que – como mais tarde se saberia –, aliás, foram também cometidos na Guiné-Bissau, em Angola e em Moçambique... Carlos Lopes Pereira
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Carta ao diretor Mega-agrupamentos: mais alguns esclarecimentos Domingas Velez Beja
Crónica A primavera do nosso descontentamento João Mário Caldeira
Ainda que o tempo ameno traga algum lenitivo aos que, como eu, sentem o reconforto que vem do campo, o clima que se vive no nosso país tira vontade de sorrir a qualquer um. O mau estar passa do desencanto à raiva. Nunca se viu tal. À frente do país temos um governo que nos envergonha. Foi lá posto por uma maioria de portugueses, mas quantos deles não torcerão hoje a orelha de arrependidos! Entretanto as alternativas são poucas. Os que se perfilam nas escadarias do poder desejosos de poleiro não convencem ninguém. Por isso os residentes desgovernam à vontade, sem o mínimo pudor, dando de barato as queixas dos mais aflitos e até o que proíbe a Constituição. Nos gabinetes governamentais há gente muito prestimosa e “tecnicamente bem preparada ” que, seguindo sábios conselhos, se entretêm a “desenhar” esquemas em que os proventos dos portugueses se traduzem em números que se podem manipular à vontade como se não tivessem ninguém por detrás. Só que nesses “desenhos” o traço é cada vez mais fino e neles figuram sempre os mesmos, a classe média que já não sabe como sobreviver, os funcionários públicos, os reformados e os pensionistas, obrigados a tapar buracos com o pouco que ainda ganham. Só estes, porque gente mais grada, talvez pela sua estatura, não entra no “desenho” para não desvirtuar a obra prima! Na verdade, ou por cegueira ou por intenção premeditada, há uma teimosia dos responsáveis que os faz caminhar num só sentido desprezando quem lhes aponta outras direções, mesmo os do seu eixo partidário. Um complot instalado a nível mundial sob a batuta do mais ortodoxo liberalismo financeiro estende hoje as suas garras à velha e comunitária Europa impondo normas severas à economia dos estados, especialmente aos mais pobres a quem empresta dinheiro, que, por sua vez, são acusados de terem vivido acima das suas possibilidades pelos parceiros ricos da Comunidade. Se de um lado lhes chove, de outros lhes venta. Os portugueses mais velhos, entre os quais me incluo, ficam de boca aberta ao ver a desfaçatez com que uma troika de homens bisonhos ao serviço dos credores entram em solo nacional dispondo do nosso destino como se não tivéssemos nada a dizer. Com uma frieza desumana é-nos exigido o empobrecimento a todo o custo cortando benefícios adquiridos há muito e deixando grande número de pessoas sem trabalho. Só assim, através de uma dose maciça de austeridade, pautada pelo encolhimento dos salários, das pensões e corte nos apoios sociais, a economia crescerá e o País poderá pagar a dívida que em grande parte se deve à corrupção de muitos ainda hoje ligados à esfera do governo. Austeridade sobre austeridade, é a receita dos credores. E o governo, porfiando no papel de bom aluno, lá cumpre diligentemente o que lhe exigem através de esquemas “artisticamente” elaborados nos gabinetes de S. Bento e que ultrapassam em regra as imposições dos prestamistas. Alguns incrédulos ainda confiavam até há pouco na receita, aguardando o resultado dos sacrifícios mas, com o que está à vista, há cada vez mais gente a não confiar nos propósitos do governo que, ainda por cima, se diz e desdiz, não se entende com os parceiros de coligação e se engana nas contas do nosso mal fadado destino. A dívida que todos estamos a pagar, em vez de diminuir, aumenta, o desemprego galopa de dia para dia e o poder de compra está a atingir os limites deixando vazios os bolsos dos portugueses. Face a isto, coisas impensáveis acontecem parecendo remontar a tempos que se supunha enterrados. Cavaco perde a compostura e vale-se da hagiografia celeste na pessoa da Senhora de Fátima e de S. Jorge para confundir os incautos e até o circunspecto Gaspar não desdenha a transcendência quando considera “sacrossantos” depósitos bancários de um determinado valor. Talvez com a ajuda celeste nos safássemos se as vozes de tão altas personagens chegassem ao Céu, o que se antevê pouco provável.
Na edição do “Diário do Alentejo” de 10 de maio de 2013, relativamente ao assunto da agregação de escolas de Beja, mais especificamente ao novo Agrupamento N.º1 de Beja, formado pelas escolas que integravam os agrupamentos n.º 1 e 3 (Santa Maria e Santiago Maior, respetivamente) e pela Escola Secundária Diogo Gouveia, expus sinteticamente a minha posição e respetiva decisão de declinar o convite que me havia sido endereçado para integrar a CAP – o órgão de direção do novo agrupamento. O assunto estava muito recente, pelo que na altura as explicações/esclarecimentos dadas foram as possíveis. Passado um mês do acontecimento, tenho a perceção, ou melhor, a certeza que muito mais havia a dizer ou esclarecer. Vou começar pelo fim do artigo da edição do jornal referida atrás, o qual termina da seguinte forma: “Contactada pelo ‘Diário do Alentejo’, a Direção de Serviços Região Alentejo afirma que ‘todas as questões’ de Domingas Velez ‘foram respondidas’”. Falso. Por exemplo, quanto ao critério da indigitação de um presidente da CAP, o qual era diretor como os outros dois, que nem foram contactados, embora anteriormente, nas reuniões de novembro de 2012, tivesse sido comunicado a todos que em conjunto, e em consenso, fosse discutido e aferido, devendo, inclusive, estarem representados todos os níveis de ensino, o assunto não foi esclarecido nem a alteração de metodologia utilizada. Ao solicitar a reunião para o esclarecimento de questões, institucionalmente fizme acompanhar da subdiretora e do presidente do conselho geral, aos quais não foi permitida a presença na reunião. Fui então recebida numa outra sala, pela sr.ª delegada regional do Alentejo da DGestE e o chefe de equipa multidisciplinar da DSRA, tendo-me sido explicado que eu é que tinha solicitado a reunião. Parece surreal, mas foi real! Outra questão curiosa é a existência de equipas multidisciplinares da DSRA, quando as equipas não foram formadas, não estão legisladas e, portanto, não estão publicadas em “Diário da República”. Como se explica tal situação à luz da lei, da verdade e da transparência? Se não existem, qual é a situação? Comissão de serviço não pode ser, se não houve designação legal. Quanto ao mais importante, os alunos, numa altura de final de ano letivo, com a preparação para os exames nacionais/provas finais, conclusão de projetos e atividades em curso, é-lhe impingida toda esta alteração, assim como aos pais/encarregados de educação, professores e funcionários. A estabilidade que existia foi interrompida e os ambientes escolares, forçosamente sofreram alterações, inclusive nas suas normas e procedimentos. Estes acontecimentos a que assistimos presentemente preconizam um futuro na Educação, que suscita dúvidas e apreensões para todos os que integram as comunidades escolares dos recentes mega-agrupamentos formados. Para bem de todos gostaria de estar enganada. Vamos aguardar o desenrolar da situação…
Diário do Alentejo 14 junho 2013
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O setor das aromáticas tem condições para crescer na região e as potencialidades são cada vez mais reais, uma vez que o negócio está a correr bem para os agricultores que já estão instalados”. Pedro Franco
Reportagem A Academia das Plantas Aromáticas, que assentou arraiais em Messejana, no concelho de Aljustrel, pela mão da EDIA, do Cevrm e a empresa do Monte do Pardieiro, quer incentivar os agricultores de Alqueva a produzir. Joana e António são um bom exemplo, apostaram e já exportam para França. Texto Bruma Soares Fotos José Serrano
Joana e António já exportam de Messejana para França
Uma academia para incentivar à produção de aromáticas
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oi implementada, há cerca de uma semana, a Academia das Plantas Aromáticas e Medicina is de Alqueva, que se instalou em Messejana, no concelho de Aljustrel, porque é aqui que está o Monte do Pardieiro, empresa parceira da iniciativa, dinamizada pela EDIA e pelo Centro de Estudos e Valorização dos Recursos Mediterrânicos (Cevrm). Mas antes, antes da assinatura do protocolo da academia, vamos ao projeto de vida de Joana Martelo e António Callapez Martins: o Monte do Pardieiro. Joana é bióloga e está a fazer o doutoramento. António é engenheiro topógrafo. Ambos estavam descontentes com as perspetivas de trabalho em Portugal. Na verdade, o doutoramento não estava a realizar por completo Joana, e António, para trabalhar na sua área, teria de sair do País. Foi assim, com a crise como cenário, que tudo começou. Há cerca de um ano e meio. O casal decidiu dar um novo rumo à vida. Trocaram Lisboa pelo Alentejo, que os viu nascer. Ela nada e criada em Aljustrel, ele em Beja. Regressaram às origens para produzir plantas aromáticas. “Vimos um programa de televisão, o Biosfera, onde falavam de plantas
aromáticas, e foi aí que nos surgiu a ideia”, começa por explicar Joana, enquanto caminha junto às bancadas de terra, devidamente protegidas com tela, que salvaguardam as tão desejadas aromáticas das ervas daninhas. O pai de Joana emprestou-lhe 4, 5 hectares no Monte do Pardieiro e António encarregou-se de tirar um curso de agricultura biológica. Depois informaram-se junto de alguns produtores e garantem: “Foram eles que nos ensinaram tudo o que sabemos, foram uma ajuda preciosa. Partilharam o seu conhecimento e experiência, e disseram-nos por que caminho deveríamos seguir”. Estudaram o mercado e viram que a exportação das suas ervas aromáticas era uma possibilidade, ou a grande oportunidade. “Foram mais uma vez os produtores que já estavam instalados, não no distrito de Beja, que nos deram o principal contacto do nosso comprador”. Joana e António já exportam as suas plantas aromáticas para a França e já pensam em chegar a novos mercados, ou não fosse este um projeto a pensar no estrangeiro. Vendem a granel e organizam-se com
outros produtores da fileira para enviarem os seus produtos. A intenção? Diminuírem os custos de transporte. Já estão, porém, a criar a sua própria marca de ervas aromáticas biológicas. “Estamos a apostar no design das embalagens e, claro, sempre na alta qualidade do produto. O mercado externo também vai ser, neste segmento, a nossa principal aposta”, explica António. Vão ainda alugar o espaço que têm disponível no seu armazém a outros produtores, de modo a rentabilizarem o investimento, bem como a máquina de crivo que possuem no Monte do Pardieiro. Mas a ntes ca ndidata ra m-se ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), mais concretamente ao projeto de Jovens Agricultores. Conseguiram aprovação. 60 por cento de financiamento, que equivaleu a 250 mil euros. Angariaram o resto que lhes faltava e começaram a trabalhar, ali, em Messejana, onde hoje se cobrem os hectares de aromáticas, até onde a vista alcança. E onde os cheiros, diversos, brotam da terra. O projeto Monte do Pardieiro foi crescendo, “com as dificuldades normais de qualquer projeto que se inicia”, defende
António. “O terreno era biológico. Só utilizado pelo gado, para dormir, e jogámos, digamos assim, as mãos à terra. Trabalhámos o solo, instalámos a tela, a rega e começámos a plantar em modo de produção biológica”. Stevia, hortelã vulgar, segurelha, calêndula, estragão francês, manjerona, tomilho e centaurea cyanu é o que por ali cresce. “Escolhemos estas plantas sempre a pensar no mercado externo. Analisámos uma tabela e perguntámos aos franceses se estavam interessados em comprar. Indicaram-nos quais as que lhe interessavam mais e selecionámos as que eram mais endémicas e que se adaptavam melhor à nossa região. Foi, assim, uma escolha a pensar nas condições edafoclimáticas e no mercado”, explica António. E Joana não tem dúvidas: “A região tem condições ótimas para acolher aromáticas”. “Estas plantas não têm muitas necessidades nutricionais. O nosso solo não é muito rico, nem é muito pobre. É um solo médio. Temos muito calor e não chove assim tanto no inverno. O nosso clima é ótimo. Agora verifica-se uma agricultura mais intensiva nos campos da região, mas antigamente as ervas cresciam espontaneamente
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no campo, como, por exemplo, alfazema, rosmaninho, entre tantas outras”. Daí, na opinião do jovem casal, fazer todo o sentido associaram-se à Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva. E agora sim, vamos à assinatura do protocolo. “Tem como objetivo dinamizar a agricultura de regadio, associada à pequena propriedade”, explica a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA). Adiantando que, “ao mesmo tempo, pretende fornecer apoio e enquadramento aos projetos instalados e a instalar neste setor, numa altura em que se verifica a existência de um interesse crescente nas Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM), o que se traduz no número elevado de candidaturas de projetos e investimento e na procura de terrenos para o seu desenvolvimento”. Segundo a EDIA, “a Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva é uma unidade de demonstração e divulgação das diferentes espécies, das operações culturais, dos fatores de produção, bem como dos processos de comercialização junto dos agricultores interessados”. “Há um conjunto de recursos endógenos que têm, sem dúvida, um grande potencial no Alentejo e estão devidamente identificados. As ervas aromáticas são um desses recursos e há, neste momento, muita gente interessada em instalar projetos agrícolas na região”, começa por explicar Pedro Franco, do Cevrm, outro dos parceiros do projeto. A academia surge, assim, de acordo com Pedro Franco, “do interesse que se tem verificado”, reforçando que as “ervas aromáticas são uma boa solução para pequenas áreas”. E a EDIA recorda: “Numa altura em que se encontram em exploração 68 000 hectares em Alqueva, verifica-se que a adesão ao regadio configura uma situação de sucesso. Porém, no que diz respeito às explorações de regadio situadas na zona de pequena propriedade, os valores não são tão significativos, devido fundamentalmente à sua inadequação para a produção sustentada de um leque alargado de culturas”. “Esta parceria pretende ajudar todos aqueles que tenham intenção de saber mais acerca das plantas aromáticas. Permite aprofundar a investigação científica e estreitar relações, através da troca de experiências”. Até porque, para o Cevrm,
“A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva é uma unidade de demonstração e divulgação das diferentes espécies, das operações culturais, dos fatores de produção, bem como dos processos de comercialização”.
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“a constituição de uma fileira na região é muito importante” e esta academia “permitirá manter as pessoas em contacto, partilhando conhecimentos e até favorecendo os canais de distribuição. O intuito é que todos beneficiem. Que mais gente se instale e se fixe nesta região”. “Na Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais será prestado apoio técnico e dada a conhecer a inovação e tecnologia do setor”, adianta Pedro Franco, considerando que “o Monte do Pardieiro tem condições ideais, ainda mais porque é lá que está instalado um projeto muito interessante e com bons resultados”. E, neste sentido, os parceiros não têm dúvidas: “O setor das aromáticas tem condições para crescer na região e as potencialidades são cada vez mais reais, uma vez que o negócio está a correr bem para os agricultores que já estão instalados”. A academia e a unidade de demonstração e divulgação pretendem, deste modo, “abrir novas portas”. “Em média, por semana, chegam ao Cevrm duas pessoas interessadas na produção de ervas aromáticas. Sabemos, à partida, que este tipo de projeto requer alguma disponibilidade financeira inicial e há muita gente a apostar em candidaturas que se encontram disponíveis; há outros, no entanto, que já estão a avançar pelos seus próprios meios e há ainda quem só esteja, por exemplo, a fazer experiências, a ganhar conhecimento, com 30 ou 40 plantas. É um setor em crescimento na região”. “Com a i mplementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, vão ser beneficiados aproximadamente 120 000 hectares de regadio. Estão assim criadas as condições para o desenvolvimento de novas culturas, possibilitando a criação de riqueza pelos beneficiários e promovendo o desenvolvimento regional”, lembra a EDIA. E, embora o protocolo só tenha sido estabelecido há pouco tempo, no fim de semana passado, o Monte do Pardieiro abriu as suas portas para receber uma ação de demostração, levada pelo Cevrm, sobre a monda mecânica para controlo de infestantes (ervas daninhas) na linha. A primeira de muitas iniciativas, prometem os parceiros. Joana e António garantem: “Estamos cá para ensinar tudo o que sabemos, tal como nos ensinaram a nós”.
XXI Gala dos Campeões da AF Beja
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A Associação de Futebol de Beja realiza esta noite, numa unidade hoteleira de Beja, a XXI Gala dos Campeões, evento em que distingue os seus agentes desportivos que mais se evidenciaram, individual ou coletivamente, durante a época desportiva 2012/2013.
Desporto
Paulo Gomes (Benaventense) é pentacampeão da escalada
O conquistador do Mendro
Os atletas Paulo Gomes (Benaventense) e Rosa Madureira (Penafiel) venceram a 27.ª Escalada do Mendro, uma organização da Câmara Municipal de Vidigueira, que reuniu cerca de 500 atletas nas variantes de caminhada, escalada e corrida de jovens. Texto e foto Firmino Paixão
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anter um evento desta qualidade com tanta seriedade e tanta humildade, com as dificuldades que o País atravessa, é sempre de louvar”, comentou o pentacampeão da Escalada do Medro, Paulo Gomes, 40 anos, atleta do Clube União Artística Benaventense, após o quinto triunfo na prova. Ainda a celebrar a vitória, acrescentou: “Felicito a organização que tem mantido o nível e a qua-
lidade da Escalada do Mendro ao longo destes 27 anos, praticamente tenho participado regularmente nas últimas 10 edições e esta foi a minha quinta vitória”. Quanto à corrida que acabara de vencer com a vantagem de 29 segundos sobre o sportinguista Carlos Silva, revelou: “Estou extremamente feliz, foi mais uma vitória, este ano creio que tornei as coisas mais fáceis do que no ano
Resultados Corridas jovens – benjamins (600m): femininos 1.ª Sara Góis (Montado); masculinos 1.º Pedro Pereira (Castrense). Infantis (1 200m): femininos 1.ª Patrícia Pardal (BAC); masculinos 1.º João Pais (NS Moura). Iniciados (1 800m): femininos 1.ª Beatriz Serafim (Montado); masculinos 1.º José Dores (Alvito). Juvenis (2 400m): femininos 1.ª Cristina Reis (Alvito); masculinos 1.º Gonçalo Varela (Diana). Equipas 1.º Castrense, 78 pontos. 2.º CN Alvito, 47. 3.º CPT Montado, 42. Escalada (11 000m) 1.º Paulo Gomes (benaventense), 37.19m. 2.º Carlos Silva (Sporting), 37.48. 3.º Bruno Paixão (AC Portalegre), 39.48. 4.º Igor Timbalari (Areias São João), 39.57. 5.º João Amorim (Penafiel), 40.08. Femininos: 1.ª Rosa Madureira (Penafiel), 44.31m.
passado, especialmente na ponta final, a prova tem um percurso que se adapta às minhas características, estou a atravessar um grande momento de forma e quando assim é as coisas tornam-se mais fáceis”. Perspetivando o seu futuro competitivo, o atleta benaventense lembrou os 40 anos de idade feitos no mês passado e referiu: “Às vezes parece que não se nota, mas já começam a pesar um bocadinho, nos próximos tempos vou tentar manter um nível aproximado a este e, obviamente, se existirem condições para estar aqui virei sempre com muito prazer e com muito gosto”. Quanto aos atletas do distrito de Beja, os melhores classificados, e sem surpresas, foram Mussa Djau (Beja AC) no setor masculino e Ana Catarina Dias (NDC Odemira) na corrida feminina. A prova está integrada no circuito nacional de montanha, reunindo, anualmente, os melhores atletas da especialidade. Na vertente de formação realizaram-se provas urbanas para os escalões de benjamins a juvenis em paralelo com a caminhada ambiental pelas encostas da serra do Mendro.
Grande Prémio Fitasc disputou-se no Campo de Tiro João Rebelo
Tiro internacional voltou a Beja
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Grande Prémio da Federação Internacional de Tiro com Armas de Caça (Fitasc), na disciplina de fosso universal (200 pratos), disputou-se no Campo de Tiro João Rebelo, na cidade de Beja, numa organização conjunta do Clube de Caçadores do Baixo Alentejo e da Federação nacional da modalidade. O Grande Prémio Fitasc coincidiu com a realização da 2.ª contagem do Campeonato de Portugal de Tiro aos Pratos. Participaram cerca de 125 atiradores nacionais e estrangeiros, com predominância de atiradores da vizinha Espanha, a par de concorrentes de Itália,
Inglaterra e África do Sul. A prova disputou-se nas categorias de seniores, veteranos, superveteranos, juniores, juvenis e damas. A instabilidade meteorológica prejudicou, de alguma forma, as performances dos atiradores, mas o bom nível da prova e a craveira técnica dos concorrentes proporcionaram uma grande jornada desta modalidade, dinamizando, durante dois dias, aquela importante infraestrutura desportiva, propriedade do Clube de Caçadores do Baixo Alentejo e que durante a temporada competitiva apenas acolheu este evento oficial. Firmino Paixão
Tiro internacional Grande Prémio Fitsac em fosso universal disputou-se em Beja
O gabinete de apoio à juventude da Câmara Municipal de Vidigueira promove no próximo domingo, na freguesia de Almograve, um passeio pedestre dirigido a jovens com idade superior a 16 anos, denominado Percurso da Lapa das Pombas e que tem a extensão de 8,9 quilómetros e duração aproximada de três horas e meia.
Casa do Benfica de Beja A lista candidata aos órgãos sociais da Casa do Benfica de Beja, para o biénio 2013/14, apresentada pelo benfiquista João Rodeia Machado, foi eleita por 24 votos (um voto branco). Na assembleia-geral vai manter-se Pinela Fernandes, para o conselho fiscal foi eleito José Guerreiro Gonçalves e a direção terá João Rodeia
Clube de Patinagem de Beja em eleições
Realiza-se esta noite, pelas 20 e 30 horas, na sede do Clube de Patinagem de Beja, uma assembleia-geral que tem por objetivo a eleição de novos corpos sociais. Manuel Covas Lima e Vítor Luzia lideram as duas listas apresentadas a sufrágio.
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Vidigueira promove Almograve “Lapa das Pombas”
Machado na presidência e Augusto Palma Lopes como vicepresidente. O anterior líder, António Nicolau, assumirá a direção das atividades sociais e desportivas, Francisco Elias Torrão fica com o pelouro da cultura, nas instalações e equipamento estará João Dores e a área administrativa será dirigida por António Ferrão.
Atletismo Partida para a prova de 20 quilómetros com o vencedor Luís Feiteira (43)
Desporto adaptado – cadeira de rodas Edmundo Bacalhau (na frente) venceu
Pedestrianismo Partida da caminhada com o presidente da Câmara de Odemira ao centro
Kayak mar Sérgio Jesus/Nuno Silva (k2), do CN Milfontes, foram os vencedores
Um milhar de participantes nas ondas de sucesso das Brisas do Atlântico
Uma referência no Sudoeste Um percurso, uma corrida, um convívio e uma preocupação, assim se apresentam as Brisas do Atlântico, a que não falta a missão de solidariedade. Mais do que um sucesso, uma referência no Sudoeste. Texto e foto Firmino Paixão
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m milhar de participantes reunidos em torno do objetivo de usufruir a beleza da costa vicentina, através da competição ou do mero lazer e de ajudar em causas sociais (a receita será dirigida a famílias carenciadas). Almograve foi uma vez mais o ponto de partida da maioria das atividades: cicloturismo, Btt, patinagem de velocidade, desporto adaptado, pedestrianismo, atletismo e run & bike. De Milfontes saiu a
primeira etapa do Campeonato Nacional de Kayak Mar e realizou-se a pesca desportiva. “Um evento que já tem pergaminhos e conta com muitos adeptos. Uma prova muito bonita, num ambiente natural que se aconselha a qualquer cidadão. Alguns vêm competir, outros apenas participar e penso que foi uma excelente ideia o alargamento do leque de modalidades que foram consideradas nesta prova. As Brisas são, de facto, já uma referência no Sudoeste de Portugal”, referiu José Alberto Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira. Num concelho que promove eventos de grande importância e dimensão será que no plano desportivo as Brisas do Atlântico querem ocupar a liderança? O autarca esclareceu: “A par de um conjunto de grandes eventos desportivos, as Brisas serão
certamente um dos primeiros. Estou a lembrar-me das provas do 25 de Abril, o Crosse dos Cavaleiros também é uma boa referência. Diria que esta está integrada num conjunto de quatro provas que são as principais e que querem expressar a ideia de que o concelho de Odemira, pela sua valência de natureza, pela extensão territorial e também pela sua dinâmica desportiva e recreativa, afirma-se com um conjunto de provas que são o espelho dessa dinâmica”. Mas as Brisas encerram uma componente de solidariedade que é mobilizadora, insistimos, e o autarca odemirense completou: “As Brisas também têm, de facto, este efeito de solidariedade, são uma prova que tem uma dimensão que ultrapassa a própria atividade desportiva e recreativa, e que já ganharam o reconhecimento popular, mas
também o reconhecimento local e regional”, concluiu José Alberto Guerreiro, antes de partir também para a sua prova de pedestrianismo. Um recorde nacional em patinagem de velocidade No plano desportivo destacaram-se os se-
guintes atletas, como vencedores das diferentes provas, com relevo para o recorde nacional dos 20 quilómetros em patinagem de velocidade batido pelo atleta do Roller Lagos. Atletismo (20km): 1.º Luís Feiteira (RB Runing), 1.02.15h. Patinagem de velocidade (20km) – seniores masculinos: 1.º Diogo Marreiros (Roller Lagos), 32.43m (recorde nacional); seniores femininos: 1.ª Ana Oliveira (Aljezurense), 46.38m. Kayak mar absoluto e K2 (23km): 1.º Sérgio Jesus/ /Nuno Silva (CN Milfontes), 1.42.14h. K1: Luís Ventura (CC Setúbal), 1.47.31h.
13.ª Maratona de Futsal em Beja
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O Núcleo de Árbitros de Futebol Armando Nascimento, de Beja, promove neste fim de semana, no Pavilhão da Escola de Santa Maria, a sua já tradicional maratona de futsal. A competição contempla torneios quadrangulares em todos os escalões.
Patinagem artística em Aljustrel amanhã
O Torneio Planície 2013 em Patinagem Artística realiza-se amanhã, sábado, no Pavilhão Municipal Armindo Peneque, em Aljustrel, com organização da Associação de Patinagem do Alentejo, com apoio do município local, Junta de Freguesia de Aljustrel e Sport Clube Mineiro Aljustrelense.
Futebol de Praia em Milfontes Com o objetivo de promover a modalidade, a Associação de Futebol de Beja e a Federação Portuguesa de Futebol, em parceria com o Clube Desportivo Praia de Milfontes, estão a promover a realização de torneios abertos de futebol de praia durante os fins de semana deste mês.
Ruben Rochinha vai tentar qualificar-se para o quadro nacional
“Sou um árbitro dialogante...” O jovem Ruben Rochinha é o árbitro a quem o Conselho Regional de Arbitragem abriu uma janela de oportunidade para o sucesso, alicerçada no mérito do seu desempenho ao longo da época desportiva. Texto e foto Firmino Paixão
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ub en M ig uel Re ve z Rochin ha nasceu há 23 anos em Aldeia dos Fernandes, uma terra equidistante das vilas de Almodôvar e Ourique, por sinal berço dos dois clubes que coloriram o passado desportivo desta promessa da arbitragem. “Fiz a minha formação como atleta no Clube Desportivo de Almodôvar, onde fui jogador federado desde dos infantis até aos juniores, período interrompido, apenas, por uma época, em que, não havendo equipa de juvenis em Almodôvar, fui jogar para o Ourique”, refere Ruben que, após a sua adesão à causa da arbitragem, fintou a incompatibilidade passando a jogar no clube da sua terra, nos campeonatos do Inatel. O futebol sempre fez parte da sua ementa dos fins de semana: “Desde muito novo que sou um apaixonado pelo futebol. Na minha família houve sempre muitos futebolistas e com esses exemplos fiquei com esse bichinho logo bem cedo”, explica, confessando que teve o incentivo do amigo Aurélio Arsénio, também árbitro de futebol. E recorda: “No meu segundo ano de júnior não havia equipa em Almodôvar, nem em Ourique, e foi nesse ano que tirei o curso, apitei uns jogos, comecei a gostar e até achei que tinha um certo jeito, pelo que, jogo após jogo, tinha cada vez mais entusiasmo. A paixão pela arbitragem, essa, foi crescendo com o tempo”. Quando há seis épocas atrás decidiu aventurar-se na arbitragem distrital certamente que não previa chegar ao topo tão depressa. “Sinceramente não. Não nego que alimentava alguma esperança, porque tive 100 pontos nos dois testes escritos e a época correu-me bem, mas fiquei surpreendido quando me disseram que era o árbitro do ano”. Na
avaliação pessoal ao seu desempenho, Ruben Rochinha refere: “Tanto a época passada como esta correram-me bem, mas notei que o facto de ter andado no ano passado como assistente no escalão nacional me deu maior maturidade com árbitro”. A projeção de carreira na arbitragem, sobretudo neste tempo de reestruturações nos quadros competitivos, aconselha passos seguros e Rochinha, nesta época, tinha definido os seus objetivos: “Perspetivava ficar entre os três primeiros classificados para, even eventualmente, poder entrar no lote de acesso aos quadros nacionais, defini esse objetivo no início da época, consegui, estou feliz e muito orgulhoso”, confessa. Reformulado o objetivo, face à classificação obtida, Ruben Rochinha espera agora fixar-se no quadro
nacional: “A próxima etapa é o seminário que vai decorrer entre os dias 22 e 30 de junho, em que vão comparecer 66 árbitros de todos os conselhos regionais de arbitragem do País e apenas 60 árbitros se qualificarão para o quadro nacional”. Por isso, promete: “Vou estudar, vou treinar com intensidade, esforçar-me para ficar nesse lote, porque o meu grande objetivo é fixar-me no patamar nacional”. Esse é apenas um desejo, diremos nós, porque o sonho deste fernandense é bem mais largo: Gostava de chegar à 1.ª 1. liga, mas “Gostava
o meu sonho como árbitro é ouvir o hino da Liga dos Campeões”. Confissões de um jovem cuja ambição é ilimitada, sabendo os desafios que tornariam esse sonho uma realidade, por isso Ruben, um jovem sorridente, divertido e bom comunicador, aceita deixar o esboço do seu auto-retrato como juiz de futebol: “Sou um árbitro que prefere dialogar com os jogadores em vez de mostrar cartões. É assim que me defino, posso ser muito penalizado por isso, mas é a minha maneira de ser e não consigo mudar isso. Um dos meus pontos mais fortes é a condição física e como árbitro tento passar desapercebido nos jogos”. jog Ruben quis ainda sublinhar o facto de nesta temporada tempo a arbitragem do distrito ter atingido um bom plano, sem registo regi de quaisquer incidentes, num numa avaliação em que acentua que “os árbitros de Beja atualmente são melhores, o conselho de arb arbitragem tem tido um papel fundamental funda neste aspeto, porque prop proporciona bastante formação aos sseus filiados”, por isso, fez questão de envolver nesta referência pess pessoas que o terão apoiado e que “f “foram importantes” no seu percu percurso como árbitro, entre elas ““o presidente do conselho de arbitragem, José Soeiro, Fra Francisco Vedor e Albano Fia Fialho, porque sempre acre acreditaram no meu valor, e ao David Tomé por me ter proporcionado a experiência como aassistente dos nacionais nacionais”. “A arb arbitragem está present presente em todos os mo momentos da minha vida”, concluiu Ruben Rochinha, confessando: “Conhe “Conheci a minha namora num jogo namorada em que eu fui o árbitro e ela era jogadora (n.r (n.r. CB Castro Verde). A Assinalei um nu lance em pénalti num cai na área”. E que ela caiu m terá sido mesmo lance para grand grande penalidade ou seria já o coração a sobrepor-se à rrazão? Parece que sim, não é Filipa? F
Inédito José Saúde
As eleições para os órgãos sociais do Clube de Patinagem de Beja agendadas para esta noite, sexta-feira, 14, revelam, como apurámos, uma página original no historial da coletividade paxjuliana: Vítor Luzia e Manuel Covas Lima encabeçam as duas listas que, ao que tudo indica, se submeterão a sufrágio. A conjuntura esmiuçada poderia entender-se como usual, pois os exemplos conhecidos são triviais, se o ineditismo de duas listas não deixasse antever o esgrimir argumentos para se chegar ao topo de um clube que sempre se pautou com listas únicas na altura de escrutinar votos. Neste viajar imutável aos conteúdos do CPB, ressaltam imagens de uma dedicação enorme ao universo da patinagem bejense. Antes tudo se apresentou perfeitamente viável quando os sócios, em reunião magna, não se depararam com as suas escolhas de votos. Prevalecia a exclusividade na hora da decisão final. Nesse regresso ao passado, cito com inteira justiça o irrefutável e inesquecível saudoso presidente João Magalhães, um dos fundadores do clube, homem que se entregou literalmente a uma causa que se afirmou decidida e eficazmente no palco da patinagem alentejana, deixando como discípulos Francisco Covas Lima e João Sousa. Agora a opção de escolha passa por dois candidatos que lideram as listas onde em cada uma delas se enquadram indivíduos que bem conhecem a realidade do cosmos da patinagem. Confesso que me congratulo com as disponibilidades dos candidatos que prezam, logicamente, pela honra do compromisso, bem como servir uma modalidade que paulatinamente tem crescido no tempo e se afirma como condição inseparável na pulverização de novos atletas. A hora é pois de decidir competentemente nos futuros diretores que servirão os destinos do CPB. Na minha simples opinião, uma coisa é certa: a dualidade de critérios é agora algo de inédito no momento da infalível escolha.
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1625 de 14/06/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1625 de 14/06/2013 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL DE SERPA
UNIDADE COLECTIVA DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA FREGUESIA SEM MEDO CRL
EXTRACTO Certifico para efeitos de publicação que no dia 7 de Junho de 2013, iniciada a folhas 146 do livro de notas número 35 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual BENTO MANUEL LAMEIRA BATISTA, NIF 201.496.526 e mulher ROSÁRIA ALVES GALANTE BATISTA, NIF 209.448.881, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Vale de Vargo, concelho de Serpa, onde residem na Rua Álvaro Cunhal, número 19, alegam que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis, sitos na freguesia de Vale de Vargo, concelho de Serpa: UM – Prédio rústico de cultura arvense de sequeiro, denominado “Poço da Canada”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número mil e noventa e três, daquela freguesia, inscrito na matriz sob o artigo 187, da secção C, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 198,50, a que atribuem igual valor; e DOIS - O direito a dois mil quatrocentos e quatro barra dezasseis mil setecentos e quarenta avos indivisos do prédio rústico de figueiras, olival e cultura arvense em olival e de sequeiro, denominado “Almojafas” descrito na citada Conservatória do Registo Predial sob o número cento e quinze, daquela freguesia, inscrito na matriz sob o artigo 79, da secção G, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT correspondendo à fração de € 5.391,82, direito a que atribuem igual valor. Que estes bens imóveis somam o valor total e atribuído de € 5.590,32. Que o imóvel indicado em UM, encontra-se registado na citada Conservatória a favor dos titulares inscritos Domingos Lopes Seita, casado com Maria de Assunção Janeiro Correia Estevens, residente em Beja, de Francisco Lopes Seita, casado com Maria da Conceição Figueira Tomé, residente em VaIe de Vargo, Serpa, e de João Lopes Seita, casado com Ana da Conceição Seita Coelho, residentes em Moura, todos casados na comunhão geral, pela apresentação dois, de seis de Setembro de mil novecentos e sessenta e sete, na proporção de um/terço indiviso para cada um, tendo os mesmos sido previamente notificados editalmente, bem como os respectivos herdeiros incertos, através da notificação avulsa, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já arquivada neste Cartório como documento número setenta e dois, do maço referente às notificações avulsas do ano corrente, não incidindo sobre o direito predial identificado em, DOIS, qualquer inscrição de transmissão, direito ou posse. Que o imóvel referido em UM e o direito predial indicado em DOIS são pertença dos justificantes por os haverem adquirido por compras verbais, em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e noventa e dois, portanto, há mais de vinte anos, aos aludidos Domingos Lopes Seita e mulher Maria de Assunção Janeiro Correia Estevens, Francisco Lopes Seita e mulher Maria da Conceição Figueira Tomé, e João Lopes Seita e mulher Ana da Conceição Seita Coelho, todos casados na comunhão geral, residentes que foram na mencionada freguesia de Vale de Vargo, não tendo sido celebradas as respectivas escrituras públicas, motivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre os mesmos bens imóveis. Porém, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e dois e sem interrupção, os justificantes entraram na posse dos identificados bens imóveis, quanto ao indicado em DOIS com os demais comproprietários, Ursula Moita Figueira, viúva, Pias, Cristiana Moita Figueira, casada com Manuel da Conceição Pós de Mina, e Francisco Figueira Rosa, casado com Maria José Câncio Estrela Rosa, todos residentes em Pias, Serpa, e Luzia Caeiro Sargento, Teresa de Jesus Garrote Sargento, Joaquim Batista Dias, Januário Pascoal da Silva e Maria Pepe Rações, posse destes continuada por Manuel Carrasco Tagarroso e mulher Mariana Machado Seita, cultivando-os e usufruindo todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosso e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, continua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo, que os adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificam a aquisição do imóvel indicado em UM e do aludido direito predial indicado em DOIS, por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, sete de Junho de dois mil e treze. A Notária, Joana Raquel Prior Neto
21 Diário do Alentejo 14 junho 2013 Diário do Alentejo n.º 1625 de 14/06/2013 Única Publicação
ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATÓRIA Nos termos do disposto nos artigos 21° e 24° dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Unidade Colectiva de Produção Freguesia Sem Medo CRL, a reunir em Sessão Ordinária, no Edifício da Junta de Freguesia de Alcaria Ruiva, sito em Alcaria Ruiva, concelho de Mértola, no dia 22 de Junho de 2013, pela 10:00 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas da Direcção, bem como o parecer do Conselho Fiscal, referente ao Exercício de 2012; 2. Apreciação e votação da proposta de alienação de património da Cooperativa; 3. Discussão de outros assuntos de interesse da Cooperativa e seus Cooperantes. Se à hora designada não estiver presente ou representado o número legal de Cooperadores, a Assembleia realizar-se-á, uma hora depois, com o número de cooperadores presentes. Vale de Açor, 11 de Junho de 2013.
CLUBE NÁUTICO DE MÉRTOLA
CONVOCATÓRIA Convocam-se todos os associados do Clube Náutico de Mértola para uma Reunião Ordinária da Assembleiageral, a ter lugar no próximo dia 26 de Junho de 2013, pelas 18.00 horas, na sua sede, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Informação sobre os vários procedimentos a adotar para a criação da empresa de animação Turística; 2. Outros assuntos de interesse para o Clube. Caso à hora marcada não se encontre presente a maioria dos sócios, a Assembleia terá início meia hora mais tarde com qualquer número de associados. Mértola, 11 de Junho de 2013. A Presidente da Mesa da Assembleia-geral Isabel Maria Martins Silva
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O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Assinatura ilegível
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22 Diário do Alentejo 14 junho 2013
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23 DiĂĄrio do Alentejo 14 junho 2013
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Dra. HeloĂsa Alves Proença - Ortodontia/Aparelhos
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Manuel Matias â&#x20AC;&#x201C; Isabel Lima â&#x20AC;&#x201C; Miguel Oliveira e Castro â&#x20AC;&#x201C; Jaime Cruz MaurĂcio EcograďŹ a | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital MamograďŹ a Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Ă&#x201C;ssea Nova valĂŞncia: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance; Advance Care Graça Santos Janeiro: EcograďŹ a ObstĂŠtrica Marcaçþes: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c â&#x20AC;&#x201C; 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
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Dr. SidĂłnio de Souza â&#x20AC;&#x201C; Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabĂĄgica â&#x20AC;&#x201C; H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel â&#x20AC;&#x201C; Reumatologia â&#x20AC;&#x201C; Medicina Desportiva â&#x20AC;&#x201C; Instituto PortuguĂŞs de Reumatologia de Lisboa Dr.ÂŞ VerĂłnica TĂşbal â&#x20AC;&#x201C; Nutricionismo â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Dr.ÂŞ Sandra Martins â&#x20AC;&#x201C; Terapia da Fala â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Dr. Francisco Barrocas â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica/Terapia Familiar â&#x20AC;&#x201C; Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. RogĂŠrio Guerreiro â&#x20AC;&#x201C; Medicina preventiva â&#x20AC;&#x201C; Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano â&#x20AC;&#x201C; ClĂnica Geral/ Medicina Familiar Dr.ÂŞ NĂdia Amorim â&#x20AC;&#x201C; Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. SĂŠrgio Barroso â&#x20AC;&#x201C; Especialista em Oncologia â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja DrÂŞ Margarida Loureiro â&#x20AC;&#x201C; Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade â&#x20AC;&#x201C; Instituto PortuguĂŞs de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia â&#x20AC;&#x201C; Urologia â&#x20AC;&#x201C; Rins e Vias UrinĂĄrias â&#x20AC;&#x201C; H. Beja Dr. Daniel Barrocas â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Ă&#x2030;vora Dr.ÂŞ LucĂlia Bravo â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.JĂşlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde â&#x20AC;&#x201C; Medicina Interna, doenças de estĂ´mago, fĂgado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ÂŞ Ana Cristina Duarte â&#x20AC;&#x201C; Pneumologia/ Alergologia RespiratĂłria/Apneia do Sono Dr.ÂŞ Isabel Santos â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria de Infância e AdolescĂŞncia/Terapeuta familiar â&#x20AC;&#x201C; Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ÂŞ Paula Rodrigues â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr.ÂŞ LuĂsa Guerreiro â&#x20AC;&#x201C; Ginecologia/ObstetrĂcia Dr. LuĂs Mestre â&#x20AC;&#x201C; Senologia (doenças da mama) â&#x20AC;&#x201C; Hospital da Cuf â&#x20AC;&#x201C; Infante Santo Dr. Jorge AraĂşjo â&#x20AC;&#x201C; EcograďŹ as ObstĂŠtricas Dr.ÂŞ Ana MontalvĂŁo â&#x20AC;&#x201C; Hematologia ClĂnica /Doenças do Sangue â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr.ÂŞ Ana Cristina Charraz â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr. Diogo Matos â&#x20AC;&#x201C; Dermatologia â&#x20AC;&#x201C; Hospital Garcia da Orta. Dr.ÂŞ Madalena Espinho â&#x20AC;&#x201C; Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ÂŞ Ana Margarida Soares â&#x20AC;&#x201C; Terapia da Fala Dr.ÂŞ Maria JoĂŁo Dores â&#x20AC;&#x201C; Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr.ÂŞ Joana Leal â&#x20AC;&#x201C; Medicina Tradicional Chinesa/ Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria JosĂŠ Espanhol â&#x20AC;&#x201C; Enfermeira especialista em saĂşde materna/Cuidados de enfermagem na clĂnica e ao domicĂlio/Preparação prĂŠ e pĂłs parto/amamentação e cuidados ao recĂŠmnascido/Imagem corporal da mĂŁe â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Marcaçþes diĂĄrias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nÂş 6, 1Âş B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
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24 Diário do Alentejo 14 junho 2013
AGRADECIMENTO E MISSA DE 30.º DIA
VALE DE AÇOR
BEJA
BALEIZÃO
Jorge Manuel Correia Caixinha 1.º Mês de Eterna Saudade
†. Faleceu o Exmo. Senhor MANUEL DOMINGOS TEIXEIRA, de 87 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Silvina Maria. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, da Capela de Vale de Açor de Cima, para o cemitério de Vale de Açor,
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ALICE ROLIM PICADO, de 92 anos, natural de Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
BEJA
VILA NOVA DE MILFONTES
Salvada MISSA DO 30.º DIA
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOÃO MANUEL MATIAS RICARDO, de 65 anos, natural de Baleizão - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Emília do Carmo Carolino. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09 da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local. BEJA
“O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus o quer sorrindo!” Sua esposa Maria Emília, filhas, genros e netos participam a todas as pessoas
Jorge Francisco Eusébio 1.º Mês de Eterna Saudade Esposa, filhos, nora, genro, netos e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 19/06/2013, quarta-feira, às 10 horas, na igreja de Salvada, agradecendo desde já a todos os que nela participem.
de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 18/06/2013, terça-feira,
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
às 19 horas, na igreja de Nossa Senhora das Neves. Agradecem também por este meio, na impossibilidade de o fazerem pesso†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO PAULINO CORREIA, de 82 anos, natural de Mértola - Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Lúcia Teixeira dos Santos. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Senhor HUMBERTO MARIA CAMPOS, de 66 anos, natural de Vila Nova de Milfontes - Odemira, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, da Igreja Evangélica de Vila Nova de Milfontes, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. EMÍLIA FERNANDES TEIXEIRA MEDINAS, de 87 anos, natural de Santana de Cambas - Mértola, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
almente, a todos os que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
CABEÇA GORDA
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†. Faleceu o Exmo. Senhor MANUEL ANTÓNIO HORTA, de 85 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária da Cabeça Gorda., para o cemitério local.
Diário do Alentejo n.º 1625 de 14/06/2013 Única Publicação
ALUGA-SE T2 rés-do-chão, mobilado, perto do hospital e universidades em Beja.
CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA
EDITAL JORGE PULIDO VALENTE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA: FAZ PÚBLICO, nos termos do artigo 77º. do Decreto-Lei 380/99, de 22 de setembro, na redação conferida pelo Decreto-Lei nº.46/2009, de 20 de fevereiro, que se encontra aberto por um período de 22 dias úteis, a decorrer entre 11 de junho e 11 de julho de 2013, a discussão pública do Loteamento Municipal de Equipamentos de Saúde e Assistência – Freguesia do Salvador - Beja, cujos documentos estão disponíveis para consulta nos seguintes locais: • Instalações dos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Beja – Divisão de Planeamento e Ordenamento – Rua de Angola, nº.5 - Beja; • Página do Município na Internet. As reclamações, observações ou sugestões deverão ser apresentadas por escrito para: Câmara Municipal de Beja – Divisão de Planeamento e Ordenamento – Rua de Angola, nº.5 – 7800-468 Beja. Beja, 12 de junho de 2013 O Presidente da Câmara Municipal de Beja; Jorge Pulido Valente
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António Pedro Madeira Ramos Mãe, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 06/06/2013 e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1625 de 14/06/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE
EDITAL N.º 62/2013 CONCURSO PÚBLICO PARA ARRENDAMENTO (FINS NÃO HABITACIONAIS) DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL “QUIOSQUE” SITO NA PRAÇA ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA, EM CASTRO VERDE Francisco José Caldeira Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde: No uso da competência que lhe confere a alínea h) do n.º 2 do art. 68.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, torna público que se encontra aberto concurso público para arrendamento do estabelecimento comercial “Quiosque” sito na Praça Adriano Correia de Oliveira, em Castro Verde. 1. Candidaturas: As propostas deverão ser entregues até às 16:00 horas do dia 28 de junho de 2013, na Secção Financeira e Património ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de receção. 2. Processo de concurso: O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser requeridos na Secção Financeira e Património, durante as horas normais de expediente: das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30 h, ou na página da Internet do município: www.cm-castroverde.pt 3. Documentos que devem acompanhar a proposta: Os que vêm referidos no art. 6.º do Programa de Concurso. 4. Base do concurso: O valor base da renda mensal do concurso é de 150 € (Cento e Cinquenta Euros), de retribuição mínima mensal. 5 Adjudicação: A classificação dos concorrentes resulta da aplicação da pontuação e coeficientes constantes do mapa anexo (Anexo II) ao programa de concurso, sendo obtida através da soma total de pontos obtidos. a) Valor mensal proposto da renda (50%); b) Encontrar-se em situação de desemprego, devidamente comprovado (50%); 6. Prazo pelo qual é celebrado o contrato de arrendamento: um ano a contar da data de celebração do concurso, podendo renovar-se por períodos sucessivos de um ano. 7. Outras condições: As demais condições de adjudicação do arrendamento da exploração do estabelecimento comercial constam no caderno de encargos do concurso. Município de Castro Verde, 11 de junho de 2013 O Presidente, Francisco José Caldeira Duarte Diário do Alentejo n.º 1625 de 14/06/2013 Única Publicação
CARTÓRIO PRIVADO DE ODEMIRA A cargo da Notária Ana Paula Lopes António Vasques CERTIFICO, para fins de publicação que foi lavrada neste Cartório Notarial, no dia de hoje, de folhas cento e três a folhas cento e quatro verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Cento e oitenta e Quatro - E”, escritura de Justificação, na qual: Fausto Sampaio Martins e mulher Benvinda Escada Baraças, casados sob o regime de comunhão geral de bens, residentes na Praceta das Flores, número 15, 4º direito, Quinta Grande, Alfragide, Amadora, contribuintes fiscais números 106 668 650 e 106 668 900, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio urbano, situado na Rua José António Gonçalves, número cinquenta e cinco, Longueira, freguesia de Longueira/Almograve, concelho de Odemira, composto de casa de rés-do-chão, destinada a habitação, com garagem e quintal, com a superficie coberta de cento e oitenta e três metros quadrados e descoberta com cento e dezanove vírgula setecentos e trinta e sete metros quadrados, inscrito na respectiva matriz, em nome do justificante marido sob o artigo 926, com o valor patrimonial de 66.690,50€, a confrontar a Norte com José da Silva Francisco; a Sul com João Manuel Martins Baptista; a Nascente com Rua José António Gonçalves e a Poente com Francisco Martins; não descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira, ao qual atribuem valor igual ao patrimonial. Que este imóvel veio à sua posse por compra meramente verbal, feita a Lucrécia Maria, viúva, residente na Longueira, Odemira, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta, não tendo nunca sido celebrada a competente escritura de compra e venda. Que, assim, possuem o identificado prédio há cerca de trinta e três anos, em nome próprio, de boa fé, na convicção de serem os únicos donos e plenamente convencidos de que não lesavam quaisquer direitos de outrem, à vista de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o início dessa posse, a qual sempre exerceram sem interrupção, habitando-o, fazendo obras de conservação e restauro, retirando dele todas as suas utilidades, pagando as respectivas contribuiçôes e demais encargos, tudo como fazem os verdadeiros donos. Trata-se, por conseguinte, de uma posse exercida em nome próprio, de uma forma pública, contínua e pacífica. Que, dado o modo de aquisição invocado se encontram impossibilitados de comprovar o seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifica. Odemira, 04 de Junho de 2013. A Notária Ana Paula Lopes António Vasques
Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros
descontos atÉ
6 cÊnt.
1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-
por litro
tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos
desconto em combustÍvel
com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma
atÉ 30 de junho
em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de junho de 2013.
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O tipo de taça escolhida altera o aroma ma to do vinho, pois “um copo estreito ca concentra os aromas e um copo de boca do larga liberta os aromas do vinho, sendo os que existem copos específicos para tipos s”. de vinho ou castas”.
Empresas
Sabia que… Os melhores vinhos não têm necessariamente de ser os mais caros. “À medida que subimos de patamar de preço vamos encontrando vinhos mais estruturados e mais interessantes do que os que encontramos em patamares de preço mais baixo, no entanto, o preço por si só não distingue a qualidade do vinho”. O vinho branco não tem necessariamente de ser servido com peixe e o vinho tinto com carne. “A dependência das cores dos vinhos começa a esbater-se à medida que temos estilos de vinhos cada vez mais variados que permitem experimentações mais arriscadas. A escolha de branco para peixe e tinto para carne é sempre mais fácil e quando não se está familiarizado com os vinhos. Facilita e diminui a margem de erro ou de uma má harmonização”. O vinho branco não tem que ser exclusivamente produzido com recurso a uvas brancas. “É possível produzir um vinho branco a partir de uvas tintas, pois quando esmagamos uma uva o liquido dentro dela é totalmente transparente, o que lhe passa a cor é o tempo de contato com a película. Isto acontece na maioria das castas, menos nas tintureiras, em que o liquido dentro da uva já tem uma cor muito intensa”. O vinho branco também pode ser envelhecido. “Pode ser fermentado em barrica e envelhecido durante alguns meses. Para além disso o envelhecimento em garrafa tem muito a ver com a casta, o riesling, por exemplo, é uma casta que melhora bastante com os anos e tem resultados fantásticos ao longo de muitos anos, 20, 30 ou mais”. É possível obter um vinho rosé através da mistura de vinho tinto e vinho branco. “Mas não o de maior qualidade, pois um bom rosé é produzido através da vinificação de uvas tintas”. Os melhores vinhos não são necessariamente os mais antigos, as reservas. “Atualmente os vinhos saem para o mercado prontos a beber pelo que cada vez menos são feitos com o objetivo de envelhecer”. A temperatura ideal para consumir o vinho tinto depende de vários fatores. “Os tintos mais jovens e menos encorpados devem beber-se a cerca de 16 graus, os mais velhos e mais vigorosos a 18 graus. Acima dos 20 graus o vinho perde os aromas mais voláteis e delicados, não se conseguindo a recuperação dos mesmos”.
Informação recolhida junto das herdades Penedo Gordo, Malhadinha Nova, Monte da Ribeira e Monte Novo e Figueirinha
Todas as semanas damos-te uma sugestão para ver, mas esta semana desafiamos-te mesmo a participar. Se vives no concelho de Santiago do Cacém, a Câmara Municipal está a promover um concurso de fotografia sob o tema “Ver Santiago do Cacém”. Tu também podes participar, mas é preciso consultares o regulamento pois vais precisar de uma autorização do teu encarregado de educação. Boas pics. http://www.cm-santiagocacem.pt/Atualidade/Agenda/Paginas/fotografia.aspx
Pais O verão não tarda nada está aí e quando o calor aperta é normal que os pequenos queiram beber alguns refrigerantes. Mas, atenção, eles contém mesmo uma quantidade exagerada de açúcar, por isso opte por sumos naturais.
À solta É verdade que cada vez menos se enviam cartas. O mail tornou-se uma ferramenta imprescindível nos nossos dias, mas quando temos de enviar uma encomenda para alguém especial, nada melhor que personalizar a embalagem.
A páginas tantas... Não nos cansamos de falar e mostrar livros de Oliver Jeffers e Presos é o livro escolhido para esta semana. Não sendo uma novidade em termos de lançamento, é, sem dúvida, uma novidade pelo insólito da história. Tentar resolver um problema lançando-lhe coisas para cima, faz-nos lembrar os ditados “tapar o sol com a peneira” ou “enfiar a cabeça na areia como a avestruz”, só que neste caso e, literalmente, o protagonista da nossa história tenta resolver o seu problema atirando-lhe com outras coisas. Tudo começou quando o papagaio de papel de Óscar fica preso numa árvore. Após vários puxões, sem qualquer resultado, Óscar decide atirar o seu sapato preferido. Já deves estar a imaginar. Ficou preso. A partir daí sucedem-se as tentativas mais insólitas desde uma baleia ao leiteiro, a um carro de bombeiros e a uma infinidade de coisas que te convidamos a descobrir. No fim do dia Óscar sente-se feliz porque recuperou o seu papagaio, mas uma sensação de estranheza sobre algo esquecido permanece. O que será?
Dica da semana Apesar de estar a terminar o IX Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que contou com trabalhos de vários artistas vindos não só de Portugal, mas da Argentina, Brasil, Espanha, França e Grécia, com um especial enfoque para o francês Jean-Claude Meziérès. Com 74 anos é um gigante da 9.ª arte. Inspirado por Hergé, Andre Franquin e, mais tarde, por Jijé e Jack Davis, é no seu regresso a França, depois de um período nos Estados Unidos, que, em parceria com Pierre Christian, cria “Valérian”. Se gostas de BD descobre este autor.
Existem cinco diferenças entre o original da ilustração do livro Presos, à esquerda e o desenho da direita. Descobre-as.
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Concurso de fotografia “Ver Santiago do Cacém”
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Chefe António Nobre coordena ciclo de workshops culinários
Sob a orientação do chefe António Nobre (embaixador TerriuS), as localidades de Lisboa, Porto, Faro, Évora e Marvão irão receber um ciclo de workshops culinários, que contarão ainda com “a participação ativa, nas respetivas cidades,” de Henrique Mouro, Renato Cunha e Leonel Pereira. O primeiro evento terá lugar na quarta-feira, no Hotel Mar D`Ar, em Évora, sob a coordenação de António Nobre, chefe executivo do referido estabelecimento.
A ação deverá contar com a participação de mais de 30 chefes de cozinha e de pastelaria do Alentejo. No dia 6 de julho, será a vez do Espaço TerriuS, em Marvão, receber um showcooking e degustação aberta ao público e a todos os participantes. O ciclo é promovido pela Ader-al (Associação para o Desenvolvimento em Espaço Rural do Norte Alentejo) e pela TerriuS e tem como objetivo “divulgar e dar a conhecer os magníficos produtos do nordeste alentejano”.
Toiros Condessa de Sobral, uma ganadaria com história
Boa vida Comer
Sopa de beldroegas com queijo e ovos escalfados Ingredientes para 4 pessoas: 3 molhos de beldroegas; 4 cabeças de alho novo; 1,5 dl de azeite; 4 ovos; 4 batatas médias; 4 queijos de cabra frescos; 1 pão alentejano do dia anterior; q.b. de colorau (facultativo); q.b. de sal grosso. Confeção: Leve um tacho ao lume com azeite e as cabeças de alho inteiras lavadas e limpas. Quando estas estiverem um pouco refogadas, junte as beldroegas (arranjadas e lavadas em várias águas). Deixe refogar um pouco e tempere com sal. Adicione água suficiente para fazer a sopa e, assim que começar a ferver, coloque as batatas cortadas às rodelas não muito grossas. Qua ndo estas est iverem quase cozidas, coloque os queijos partidos aos quartos. Retifique os temperos. Num outro tacho com água quente, escalfe os ovos. Corte o pão em fatias finas e sirva numa terrina. Bom apetite… Nota: pode fazer esta receita com queijo de ovelha curado ou meia cura. Pode escalfar os ovos no caldo da sopa.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
A
Miguel Torga Dom Quixote 22,90 euros 560 págs.
Letras A criação do mundo
“O
homem só se descobre a descobrir” - assim o escreve Torga no capítulo relativo ao “Quinto dia” da criação de si e da sua circunstância. Na obra, a seis movimentos que são outras tantas partes, Torga trabalha a crónica, desenha o romance –em que o memorial é central – e compõe o testamento, ou não fosse este A criação do mundo um livro compó-
Um livro compósito que reúne obras publicadas ao longo da vida do médico escritor e lutador pela liberdade ao sabor, pois, das suas vivências e da consciência de si e de si no mundo.
sito que reúne obras publicadas ao longo da vida do médico escritor e lutador pela liberdade ao sabor, pois, das suas vivências e da consciência de si e de si no mundo. O primeiro livro, o “Primeiro dia”, relata experiências de infância, o fim da primária e a perspetiva de uma vida vergado pelo trabalho no campo ou por uma vida a servir, antes da quase capitulação ao reduto, último, de uma educação no seminário prévia à aventura do Brasil. Inicia-se na solidão. Fim do primeiro andamento. O “Segundo dia” é o livro
dos trabalhos, no Brasil, que fixa o desamor de que é alvo, o modo como mergulha no trabalho na fazenda e emerge para a educação, de novo. Descritivos, os dois primeiros livros foram publicados em 1937. Ao terceiro livro, editado em 1938, a crónica social irrompe e a personagem, autobiográfica, é perspetivada em contexto. Relata a vida entre os 17 e os 30 anos, os anos de Coimbra, portanto; o início do exercício da medicina mas, sobretudo, assenta o nascimento do homem político, com os primeiros apontamentos relativos à imposição da ditadura e o silenciamento da revista “Trajeto”, de que foi um dos fundadores. O “Quarto dia” revela-o no mundo e depois, privado dele. É crónica social e caderno de viagem pela Europa ensombrada pelo fascismo e relato de como, no regresso ao País – “Se nasci para dizer alguma coisa. É lá [em Portugal], e apenas lá, que poderei encontrar a minha voz. E conquistar ao mesmo tempo uma liberdade sem remorsos” – foi preso pela PIDE. Publicado em 1939 só em 1971 foi permitida a circulação da obra. Relato da asfixia, o “Quinto dia” só veio a ser publicado em 1974. Conta a vida de Torga dos 31 aos 33 anos e além de descrever as experiências como médico aborda a sua vida política, de divulgador de “ideias subversivas”. Finalmente, o “Sexto dia” é o livro da vida desde os anos 40 ao pós 25 de Abril. É o livro do desencanto, da denúncia da repressão que prossegue depois do fim da ditadura, mas é também um livro de esperança na libertação do homem. O conjunto, reunido, é uma obra maior da literatura portuguesa, que fixa integridade de um homem em tempos – sempre – sombrios que nunca deixou de lutar pelas suas ideias. Maria do Carmo Piçarra
herdade dos Montezes, em Baleizão, acolhe umas das ganadarias de maior prestígio do nosso País. Trata-se da ganadaria Condessa de Sobral cuja antiguidade remonta a 1 de outubro de 1930 quando lidou em Lisboa. É em 1937 que Cláudio Moura adquire a ganadaria da viúva de Soler, a qual havia sido fundada por Filiberto Mira (1880) com reses de casta “jijona” do Marquês de la Conquista e aumentada por António Soler (1902) com outras de Campos Varela, às quais sua viúva, Casimira Fernandez Soler, agrega sementais Conde La Corte. No ano de 1956, após introdução de sementais Conde La Corte e dr. Silva, é a ganadaria vendida a D. Diogo D’ Affonseca Passanha que aumenta com reses de Urquijo (1957), sendo a mesma dividida, por morte deste (1963), em dois lotes que se destinam a seus filhos, respetivamente D. Luís Passanha e D. Maria Ana Passanha Sobral. Entretanto, a D. Maria Ana (condessa de Sobral) cabe o direito ao ferro primitivo de Soler, bem assim como as reses desta origem, cruzando algumas com sementais de Urquijo, enquanto anuncia em nome de Diogo Passanha, Herdeiros. Em 1970 passa a anunciar-se como ganadaria de D. Maria Ana Passanha até ao ano de 1988, data a partir da qual se anunciaria Condessa de Sobral, constituindose em sociedade unipessoal, Lda. Finalmente, a partir de 2001, todo o efetivo é substituído, progressivamente, por vacas e sementais de Torrestrella. No próximo domingo, dia 16, a Câmara Municipal de Beja promove uma visita a esta ganadaria, integrada no ciclo “Passeios por Beja”, onde todos os aficionados podem ficar a saber um pouco mais sobre a ganadaria Condessa de Sobral. Vítor Morais Besugo
Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com Características dos nativos de
Gémeos (21 de maio a 21 de junho)
Este nativo é muito curioso, investigador sem preconceitos e grande admirador das artes. O comunicativo nativo de Gémeos está sempre pronto a aprender algo novo. A comunicação é muito importante e considera a inteligência e o sentido e humor indispensáveis em qualquer situação.
Previsões – Semana de 14 a 20 de junho
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a
Carneiro – (21/3 - 20/4) Com grande sentido de responsabilidade, conseguirá simplificar aspetos importantes da sua vida. Não hesite em pedir ajuda porque terá pessoas com disponibilidade para si.Para se sentir motivado no dia a dia, necessitará de estabelecer um objetivo a médio e longo prazo. Uma relação amorosa importante poderá aprofundar-se, fortalecendo os seus sentimentos e trazendo uma energia suplementar.
Balança – (24/9 – 23/10) Nesta altura, o espírito de iniciativa e a criatividade estarão em grande evidência. Por esta razão, aproveite a opor tunidade para desenvolver especialmente algum dos seus talentos ou aprender algo de novo. Poderá surpreender-se com a evolução repentina de determinados acontecimentos, que serão positivos e anunciam um ciclo de mudanças positivas no aspeto afetivo.
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Touro – (21/4 – 21/5) Nesta altura, os desafios vão confrontá-lo com os seus desejos e sonhos mais intensos. Caso não tome uma decisão definitiva nesse aspeto, o universo decidirá por si. Com uma atitude que atesta a sua forte habilidade para se demarcar da adversidade, dará uma nova oportunidade ao amor. Forte tendência para o estabelecimento de novas amizades que ficarão ao seu lado com influências positivas e estimulantes.
Filatelia CCD do Hospital, que futuro? s dificuldades económicas e financeiras que o nosso país atravessa têm, como não podia deixar de ser, reflexos nas instituições. O Centro Cultural e Desportivo do Hospital de Beja (CCD), clube dos trabalhadores do hospital, fundado em 18 de novembro de 1978, também não podia fugir à regra, pois também viu reduzido o subsídio mensal que o hospital lhe atribuía, o que dificulta, e até inviabiliza, a concretização de algumas atividades ligadas aos seus vários núcleos, em atividade, como é o caso do Núcleo de Colecionismo (NC), cujo futuro não augura nada de bom. O NC realizou a sua primeira atividade exposicional em 1981. De então para cá realizou muitas dezenas de exposições de vários artigos de colecionismo, com destaque para a filatelia. Nesta área realizou mais de 70 exposições, algumas de competição, que trouxeram até Beja quase três centenas de expositores de todo o País. Para quase todas estas exposições, e a pedido do NC, os correios emitiram um carimbo especial que imortalizou, filatelicamente, muitos factos e figuras da história da cidade e do país. O CCD e os seus núcleos sempre foram acarinhados pelos órgãos de gestão do hospital. No que respeita às atividades do NC, foi sempre o diretor do hospital a inaugurar as suas principais exposições. Recordamos, por exemplo, que a exposição “Beja’95”, realizada na pousada de São Francisco e que assinalava o 25.º aniversário do hospital, foi inaugurada pelo diretor do Hospital, dr. Joaquim Apolino, tendo a seu lado a então secretária de Estado dr.ª Teresa Patrício Gouveia. Através do NC o nome do Hospital de Beja foi levado a todo o País, sendo as suas realizações exposicionais motivo de crónicas nas revistas da especialidade e nas colunas dedicadas ao colecionismo, de vários jornais de circulação nacional, dos quais destacamos “O Correio da Manhã”, “A Capital” e o “Jornal de Notícias”. Como o incentivo à filatelia juvenil era uma das suas prioridades, o NC do CCD saiu
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da comodidade das suas instalações e levou a filatelia à escola, realizando exposições nas escolas Diogo Gouveia, D. Manuel I, Santiago Maior, Santa Maria e ainda nas antigas escolas primárias na rua Infante D. Henrique e no largo da Apariça. As suas atividades exposicionais aconteceram ainda nos mais diversos locais da cidade, nomeadamente na sua sede, hospital, Biblioteca Municipal José Saramago, Bombeiros, Casa da Cultura, Cineteatro Pax Júlia, Beja Parque Hotel, Inatel, Parque de Feiras (Ovibeja), Piscina Municipal, pousada de São Francisco e Seminário. Nesta saídas para fora da sua casa também levou a filatelia a várias localidades do distrito, Castro Verde, Cuba, Odemira, Salvada, Serpa, Vidigueira e Vila Ruiva. O NC promoveu a realização de várias conferências e a realização de dois congressos da Federação Portuguesa de Filatelia e o II Congresso Nacional de Filatelia Juvenil. O palmarés filatélico dos seus associados honra o CCD. Destacamos vários prémios juventude e dezenas de medalhas, algumas delas de ouro. Aos seus associados foram atribuídos quatro prémios literários “A. Guedes de Magalhães – Melhor Autor” e um prémio “Godofredo Ferreira – Melhor Livro “. Destaque-se que, tendo em conta o seu trabalho na divulgação da filatelia, em 2004, a FPF atribuiu-lhe a sua medalha de serviços inestimáveis. As Ilustrações mostram-nos duas fotografias da “Beja ‘95”; numa vê-se a secretária de Estado dr.ª Teresa Patrício Gouveia no posto de correio a carimbar e a enviar a sua correspondência. Na outra, ao centro, está o então diretor do Hospital, dr. Joaquim Apolino, tendo à sua esquerda o enf.º diretor, Joaquim C. Neves, o governador civil, Luís Serrano, a benemérita do hospital, exm.ª senhora Lina Almodôvar, e a dr.ª Teresa Patrício Gouveia (de costas). Geada de Sousa
i Gémeos – (21/5 – 21/6) Para conseguir resultados otimizados, deverá aceitar a colaboração dos outros no setor profissional. Abra-se e ouça o que os outros têm para lhe dizer, serão contribuições determinantes. No aspeto amoroso, possibilidade para desenvolvimento de paixões puramente platónicas. Possibilidade de conflito com pessoas que ameacem a sua independência nas decisões. Coopere.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Com honestidade, verificará que tem, neste momento, distância suficiente para observar e evitar envolver-se rapidamente numa situação romântica. Mantenha a cabeça no lugar e os pés na terra. Profissionalmente assumirá maiores responsabilidades por reconhecimento das suas capacidades. Um período de maior stresse pode trazer alguma tensão a nível físico.
k Leão – (23/7 – 23/8) O equilíbrio será fundamental para conseguir levar a cabo uma escolha que acaba de fazer. No caminho certo e com um percurso árduo pela frente terá de ser um guerreiro para conseguir vencer esta batalha. Noutro aspeto, não deixe que o orgulho destrua uma amizade, reconheça ou admita que está errado. Evita os lugares onde não se sinta confortável ou não conheça ninguém.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Fase auspiciosa em ganhos e compensações. Surgirá uma oportunidade excelente de ascensão profissional que deve aproveitar sem hesitações. A generosidade de amigos, da família, de todos os que ama e aprecia sensibiliza-o e toca-lhe profundamente o coração. Este facto permite-lhe reconhecer que tem uma vida repleta de coisas maravilhosas e fá-lo querer partilhar esta alegria e tudo o que tem.
Escorpião – (24/10 – 22/11) No aspeto profissional, um volume extraordinário de tarefas não significa que tem de ser duro e sério em tudo. Cumpra as suas obrigações, mas lembre-se de que tem de sociabilizar, descontrair-se e divertir-se também. Devido às suas responsabilidades sentirá a necessidade de tomar uma decisão. Não se intimide, tome o tempo necessário para refletir e gerir a situação.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Grande elevação pessoal e espiritual serão as notas dominantes neste momento. A sua capacidade de liderança e perceção das oportunidades farão esta semana o tempo das realizações. Não conte com qualquer apoio ex terno. Mantenha firme o apoio à família. Não faça aquisições de investimento pessoal, aguarde.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Um segredo de família irá preocupá-lo e absorverá grande par te da sua energia. Para não se fragilizar demasiado envolva-se na justa medida. Alguém “pouco”amigo tomará uma atitude desagradável e ostensiva. Procure manter a energia anímica em alta. Mais vale uma desilusão na vida que ter uma vida iludida, não insista em apostar na pessoa errada, a sua relação amorosa poderá ter os dias contados…
e Aquário – (21/1 – 19/2) Com muita aber tura e a sensibilidade para as questões humanas elevadas ao máximo, estará sujeito a algum desencanto. Defenda-se sem se fechar. Alguns amigos mostrarão que só se disponibilizam para as “boas” ocasiões. No amor, alguma desorientação será breve e recuperará a felicidade de seguida. Posteriormente, um exercício sério de introspeção será muito útil.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Nesta altura entrará numa das fases mais interessantes do ano. No amor saboreará grandes progressos, mesmo com algum pequeno desentendimento. Sentir-se-á amado e querido. As questões profissionais manter-se-ão em harmonia, para experimentar desenvolvimento gradual numa fase posterior. Faça pequenos investimentos.
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Exposição sobre Gonçalves Correia em Aljustrel
Está patete na Biblioteca Municipal de Aljustrel, até ao dia 28, a exposição “António Gonçalves Correia, a Utopia de um Cidadão”. Esta mostra, cujo nome foi escolhido pela família, pretende homenagear a grande figura que foi este homem e as ideias que convictamente defendeu, destacando a aplicação prática dos seus ideais, com a criação da “Comuna
Fim de semana Rogério Charraz no Centro de Artes de Sines Rogério Charraz, cantautor, atua amanhã, sábado, pelas 22 horas, no auditório do Centro de Artes de Sines. Apresenta o seu álbum “Chave”, que marcou a sua estreia discográfica, com a cumplicidade do produtor Alexandre Manaia e a participação especial de Ana Laíns, José Mário Branco e Rui Veloso. Do seu percurso destacam-se as passagens pelo grupo Boémia, a conquista do prémio Ary dos Santos (melhor letra original), uma participação no disco “Em busca das Montanhas Azuis”, de Fausto Bordalo Dias, e vários trabalhos para publicidade e televisão.
Ferreira na Casa do Alentejo A Casa do Alentejo, em Lisboa, dedica a tarde de amanhã, sábado, a Ferreira do Alentejo, nomeadamente com uma exposição de pintura, da autoria de António Duro, que apresenta “Alentejo de Horizontes”. Acontece ainda a apresentação do livro Aconteceu…na Rua da Ladeira de Maria Ana Ameixa, com dramatização pelo grupo de teatro Riteté. A tarde cultural “Ferreirenses na Casa do Alentejo em Lisboa” reserva ainda um momento musical que contará com a atuação do grupo coral e instrumental Ventos Alentejanos.
Vários artistas homenageiam Cunhal em Beja Hoje, sábado, dia 15, acontece, em Beja, um dos pontos altos das comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, dinamizado pela Casa do Alentejo, Associação Povo Alentejano, Cooperativa Cultural Alentejana e várias instituições do Alentejo, nomeadamente algumas câmaras municipais. Trata-se de um evento musical, com início pelas 18 horas, com um desfile de grupos corais alentejanos, por algumas ruas da cidade a culminar na Casa da Cultura, onde terá início, pelas 21 horas, o espetáculo a que se associaram vários artistas, designadamente Ana Sofia Varela, Fernando Pardal, Lúcia Moniz, Luísa Basto, Paulo Colaço, Paulo Ribeiro, Pedro Mestre, Samuel Quedas e a Banda Filarmónica de Serpa. O espetáculo contará com a apresentação de Cândido Mota. Para além do espetáculo, poderá ser visitada a exposição patente no local, sobre a vida e obra de Álvaro Cunhal.
da Luz”, em Vale de Santiago, em Odemira, e da “Comuna Clarão”, em Albarraque, em Sintra. Natural de São Marcos da Ataboeira (Castro Verde), Gonçalves Correia lutou toda a sua vida, através da escrita e ações, para transmitir a ideia de que o verdadeiro socialismo era o socialismo libertário, consciente, de ação direta, sem deputados, nem eleições.
Ruínas dedo Troia abriram mês as Ruínas Romanas de Troia, nonoconcelho História jazzjáno espaçoEste Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, espaço de Grândola, voltaram a abrir, de terça-feira a sábado, e hoje, sexta-feira, luOficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz dedia A a14, Z”. terá A ação, gar um percurso pedestre na orla do estuário, ruínas romanas e lagoa da Caldeira. Inclui que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é miuma visitapor guiada à área valorizada das ruínas e basílica. A atividade contempla ainda nistrada António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional um piquenique no pinhal da rua da Princesa. O percurso é de oito quilómetros e a orgado Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos nização garante queOrleães”. “é fácil e em areia”. de algodão a Nova
Espetáculo final do Curso de Dança do CRBA
“Rostos e Fama” no Pax Julia
O
Pax Julia Teatro Municipal acolhe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, “Rostos e Fama”, o espectáculo final do curso de Dança do Conservatório Regional do Baixo Alentejo (CRBA). De acordo com a organização, “o espetáculo leva-nos por um percurso saltitante através de uma narrativa em movimento que espelha rostos cujo contributo ficou para a biografia da humanidade ou apenas a efémera fama. Uma dualidade que continua a marcar os nossos dias”. De Cleópatra a Tchaikovsky, com o que por muitos foi considerado o seu
melhor trabalho (A Bela Adormecida), Charlie Chaplin, Neil Armstrong, Amália Rodrigues, Joana D’Arc, Antoine de SaintExupéry e Edgar Degas, de Betty Boop à Barbie, entre outros famosos. Um elenco entusiasta e alegre, enérgico e de força vital levam ao palco o esboço ténue deste “Rostos e Fama”. O espetáculo final do curso de Dança do Conservatório Regional do Baixo Alentejo é já uma tradição na cidade e este ano não é exceção, mostrando o trabalho que foi desenvolvido ao longo do ano. A organização encontra-se a cargo do CRBA.
31 Diário do Alentejo 14 junho 2013
Dia de Portugal em Elvas: Cavaco aproveitou 10 de junho para ir a Badajoz encher o depósito de gasolina – afinal, a reforma não estica. Stand-up: Nilton atuará na cidade de Beja no próximo dia 20. Como medida de precaução, humoristas locais começaram a guardar as suas piadas em cofres do banco. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Candidaturas do PSD da região querem distanciar-se do partido e apresentaram o lema: “Eu nem sei quem é Passos Coelho!” Um pouco por todo o País, as candidaturas do PSD às autárquicas andam preocupadas com as medidas de austeridade aplicadas pelo Governo, receando que estas possam prejudicar os resultados nas eleições a disputar já em outubro. Há mesmo casos de candidaturas que nem sequer ostentam o símbolo do partido nos cartazes, e o PSD local não lhes fica atrás. Segundo apurámos, a sua estratégia de distanciamento em relação ao Governo inclui não só a supressão do símbolo do partido laranja, como a criação de slogans como “Eu nem sei quem é Passos Coelho!”; “Nunca disse nada a ninguém, mas sou do PCP desde pequenino”; “O camarada Pacheco Pereira é que a sabe toda!”; “Já apertei a mão ao Mário Soares”; “Laranjas, nem no sumo!” e “Eu usei a biografia do Cavaco como lenha”. O seu objetivo é ter mais votos do que o Partido dos Animais, o Partido Humanista e o Partido da Carmelinda Pereira juntos.
Beja: Empreiteiros indignados com a câmara por não os deixarem fazer uma única rotunda nas obras da ciclovia nse, onde, para Prosseguem a bom ritmo as obras na ciclovia beje s, serão também além dos mais de 100 candeeiros LED instalado utilidade para os colocados outros equipamentos de grande fazer exercício, jautentes daquele espaço, como máquinas para casa de espetácuzzis, um centro de massagem tailandesa, uma douros de água, culos, um Starbucks a cada 10 metros e 250 bebe udo, ao que apuráSumol laranja, Ginginha e Champomix. Cont a encher de expecmos, este melhoramento na cidade, que está indignado os emtativa e ansiedade a população de Beja, tem não calaram a sua preiteiros que nela estão envolvidos, os quais , líder do movirevolta, como nos explicou Josué Papa-Entulho a via tão grande e mento Uma Rotunda, Um Divertimento: “Um foros… Esta cinem uma rotunda, um cruzamento ou uns semá a toda a hora! Até o clovia vai ser só engarrafamentos e acidentes de jipe! E nós que IP2 tem melhores condições! Nesta ciclovia, só fazer com uma tínhamos uma rotunda de seis vias tão linda para estátua do menino da lágrima…”.
Inquérito Foi avistado um lince ibérico em Vila Nova de Milfontes. Viu-o?
RUFINO ASSUSTADIÇO, 37 ANOS Pessoa com o sistema nervoso central de um hamster
Evento 1001 Noites Arabic Fest irá ter manifestantes turcos da praça Taksim para dar aquele toque mesmo árabe Depois de outros eventos de cariz árabe, como o Beja Wine Night ou o Secrets of Black Pork Show (Feira dos Secretos de Porco Preto), o castelo de Beja irá receber, este fim de semana, o evento 1001 Noites Arabic Fest, o qual promete ser uma festa de arromba. Pois nós revelamos, caro leitor, que este festival irá ser muito mais do isso, será uma esperiência única. Uma investigação conjunta Não confirmo, nem desminto/ /Ângelo Correia/Tâmaras Hassan descobriu que o Arabic Fest terá duas surpresas de relevo: a primeira será a presença de manifestantes turcos da praça Taksim, estando previstas exibições de dispersão com gás lacrimogéneo, canhões de água, cocktails molotov e entremeada grelhada; a segunda, e mais importante, inclui a presença do homem que foi expulso da Arábia Saudita por ser demasiado bonito – consta que 125 autocarros cheios de senhoras virão só de Santa Clara de Louredo para ver este senhor. Terá sido, ainda, decidido que, caso este homem não possa estar presente, por ficar retido no gabinete de emigração do aeroporto de Beja para uma revista exaustiva de 15 dias por parte de todas as funcionárias do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a organização substituirá o modelo árabe pelo autor desta página.
Um lince ibérico? Ai que horror! Desde a praga de caracóis assassinos de São Teotónio que não via uma espécie animal tão perigosa à solta! Esse bicho é do piorio, especialmente quando fica doente. O meu conselho era meterem-lhe um pullover pelas costas para não se constipar, senão ninguém o atura. Não acreditam no que eu digo? Não há nada mais perigoso do que um animal ferido! Olhem para o Sócrates: se ele tem usado um pullover pelas costas quando devia, não dizia aquelas coisas na RTP…
SARA NORTE, 28 ANOS Prestadora de serviços de correio que o Governo quer privatizar Vi sim, mas o que me interessa é que saí da prisão, quero continuar a vida em Portugal e tentar livrar-me deste maldito sotaque à Vasco Lourinho. Estive uns meses em Espanha e fiquei a falar como o palhaço rico do Circo Mundial! Quanto ao lince, devo dizer que foi um prazer dar boleia ao Hongo. É verdade que fiquei com o estômago um bocadinho arranhado e cheio de bolas de pelos, mas foi por uma boa causa…
HONGO, LINCE IBÉRICO Animal que está sempre a ser confundido com a mascote dos Cheetos Vejo-o sempre que me miro ao espelho, hombre! Já estava fartinho de Espanha! A crise é tal que no Parque da Doñana já nem havia dinheiro para a minha comida – só comia Whiskas saquetas e latas de sardinhas em molho de tomate picante que me deixaram com uma crise de hemorróidas tal que só me consigo sentar em montes de feno. Fartei-me e vim para Portugal: aqui as pessoas são mais simpáticas e as fêmeas não precisam de 10 quilos de maquilhagem para sairem à rua…
Nº 1625 (II Série) | 14 junho 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Namoros É noite e a noite põe-lhes corujas de olhos grandes no silêncio do carro. As mãos são cavalos selvagens a pular cercas de botões e fechos de correr dando coices de veludo com os lábios, dando uma no cravo outra na ferradura com as línguas, dando com as línguas nos dentes, galgando ora planuras ora serranias de pele quente debaixo dos cascos dos dedos, a galope, agarrados à espuma dos músculos sem freio nas bocas. No dorso de cada um há corações a trote miúdo no restolho dos quadris. As mãos são agora quatro cavalos cegos com selas de gelatina nos lombos correndo ferozes no banco de trás. E os cavalos selvagens cravam as esporas das unhas
nas costas e cavalgam loucamente a par e o hálito quente sopra-lhes nas crinas cansadas. Mas há outros que saem à noite e vão passear ao jardim. Vão a passo porque não são cavalos selvagens e os olhos são quatro osgas paradas debaixo de um candeeiro. Dão a mão porque a mão dá-se no jardim quando se namora e o verão entra pelos buracos da roupa e os grilos são as únicas serenatas que se tem para dar. No banco do jardim, dois cavalos domesticados levantam as patas da frente e abraçam-se. E os abraços que eles dão são como os ramos de uma árvore que está ali ao lado e não se mexe porque nenhuma brisa sopra dentro deles. Vítor Encarnação
quadro de honra
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Céu limpo e sol radioso é o que se prevê para o fim de semana em todo o território alentejano. No distrito de Beja, tradicionalmente o mais quente, as temperaturas andarão entre os 31 e os 33 graus, um sinal da chegada do verão.
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Concurso de fotografia na Esdime
Luís Pita Ameixa, 52 anos, natural de Ferreira do Alentejo Advogado de profissão, é militante do PS, integrando a respetiva comissão política nacional, e atualmente deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral de Beja. No Parlamento, integra, entre outras, a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e, no PS, coordena o Plano Nacional de Formação Política.
Deputado Pita Ameixa é o diretor da nova “Portugal Socialista”
De regresso à matriz ideológica
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aiu em março o número inaugural da nova série da “Revista Política – Portugal Socialista”, cujo diretor é o deputado eleito por Beja, Luís Pita Ameixa. Um projeto editorial que surge como um espaço de “debate teórico-ideológico do socialismo democrático”. No sentido de conferir fiabilidade a este modelo de sociedade, que se apresenta como “alternativa de governação” em tempos de descrédito. A “Revista Política – Portugal Socialista” iniciou em março uma nova série, de que é diretor. Quais os propósitos e a oportunidade desta nova vida da publicação?
O objetivo prático dos partidos políticos é, naturalmente, a conquista e o consequente exercício do poder político. Porém, as propostas eleitorais e o exercício do poder têm de estar ancorados em fundamentos ideológicos e programáticos. Esta revista tem o propósito de ser um meio de construção e debate teórico-ideológico do socialismo democrático. Também para que este seja um referencial sabido e fiável. A revista, que é bilingue (edição em português e inglês), tem uma expansão não apenas nacional, mas também PUB
circula nos meios socialistas internacionais, nomeadamente entre partidos, think tanks e outras organizações políticas e cívicas.
O tema deste primeiro número é “Dos partidos na sociedade política atual – Que incumbência? Que modernização?”. Faço-lhe a mesma pergunta.
Nessa fase de enorme descrédito das populações face aos partidos políticos, é urgente regressar à matriz ideológica e refletir sobre o caminho feito nestes 39 anos de democracia?
Os partidos devem ser entes cívicos que, na sociedade, devem mobilizar os cidadãos para a participação cívica e política e fomentar o debate das ideias e dos projetos políticos. Têm um papel fulcral para abordar as grandes questões da vida em sociedade e para a construção ideológica, devem promover a formação política entre os cidadãos e, desde logo, entre os seus filiados e simpatizantes, para a qualificação da vida política democrática a todos os níveis. Sem prejuízo da ação virtuosa de outras entidades cívicas, que podem e devem participar na esfera política, aos partidos políticos cabe o papel fundamental e insubstituível de representar as ideias e as pessoas no exercício do poder político e, como tal, devem ser capazes de incorporar e dar corpo teórico e programático a todas as novas ambições materiais e morais do ser humano social. É para tudo isto, numa perspetiva progressista e democrática, que serve esta “Revista PolíticaPortugal Socialista”. Carla Ferreira
A política só tem descrédito se não responder às necessidades das pessoas e às expetativas de progresso das sociedades, e se não garantir uma ação transparente e com o maior rigor ético. O socialismo democrático está posicionado em Portugal (e na Europa) como a alternativa de governação. Para não ser uma mera alternância, mas sim uma alternativa verdadeira e efetiva, deve fundar-se em bases ideológicas e programáticas esclarecidas e bem estruturadas. Nesta fase atual da nossa democracia, o povo português carece de uma resposta de mudança e de esperança, ou seja, de uma nova construção política, e que esta seja credível. Para tanto, essa construção tem de assentar em bases fortes, consolidadas numa matriz política, num programa realista e na verdade agrilhoada aos seus protagonistas.
A Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste promove até ao dia 30 o concurso de fotografia do projeto IGualaRTe “Capte o momento e faça a diferença”. É uma iniciativa que se realiza na fase final de desenvolvimento do projeto, que ao longo de dois anos, em parceria com os municípios de Aljustrel e Castro Verde e com as escolas secundárias de Aljustrel e Castro Verde, “tem desenvolvido diversas atividades com os/as jovens com vista à sua sensibilização para as questões da igualdade de género”, nomeadamente sessões sobre igualdade de género, violência no namoro, sexualidade; workshops de jornalismo, cartoon, escrita criativa, guionismo, produção de curtas metragens, collage, barro; e oficinas de teatro dinamizadas pela companhia de teatro Baal 17.
Ilha dos Sons em São Domingos A Mina de São Domingos, no concelho de Mértola, recebe entre os dias 29 e 31 de agosto a primeira edição do Festival Ilha dos Sons, um evento organizado pela CA Produções e que “reunirá durante três dias nomes sonantes da música da atualidade, onde a sinergia de sons de reggae, soul, rock e dance predominará”. Encontram-se já confirmadas as presenças de Capitão Fausto,Noizd,JahvaiReggae,NuSoulFamily,DJSunlize, DJ Ride, Karetus, DJ Lady F, DJ Tape, Diogo Menasso, Richie Campbell, Tha Lux Brothers e DJ Krishna.
Expressão dramática na Capricho O cineteatro da Capricho Bejense será palco, entre os dias 17 e 28, entre as 14 e as 17 horas, do Ateliê de Verão de Expressão Dramática Asas de Papel, da responsabilidade do formador David Silva. A iniciativa tem como objetivos “sensibilizar 12 formandos com idades entre os oito e os 14 anos para técnicas de expressão dramática; contribuir para a formação individual de cada formando e a relação com o outro, através da criatividade; introduzir aos formandos técnicas de introdução do trabalho do ator através da exploração criativa do conto “O rapaz de bronze”, de Sophia de Melo Breyner Andresen; e possibilitar a entrada de novos elementos na Seara – Companhia de Teatro de Beja”.