Edição N.º 1626

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Postos BP Beja

António Tereno: “É preciso preservar o ser humano em Barrancos” pág. 6 SEXTA-FEIRA, 21 JUNHO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1626 (II Série) | Preço: € 0,90

Estudo da Entidade Reguladora da Saúde revela caso único no País

ARS Alentejo corta num ano metade dos tratamentos de fisioterapia JOSÉ FERROLHO

pág. 9

Municípios da região pagam subsídio de férias pág. 10

Não houve exames em Aljustrel e Mértola pág. 8

O Luiz da Rocha faz 120 anos. A sua história confunde-se com a história recente da cidade de Beja. Café central, o Luiz da Rocha é daqueles espaços mágicos que todas as cidades ofereciam como cartão-de-visita aos forasteiros. E que aos poucos foram desaparecendo. Em Beja, graças à perseverança de uma cooperativa de funcionários, a história prossegue à mesa do café. págs. 16/17

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Luiz da Rocha 120 anos

Bailar o São João na terra dos Caldeireiros págs. 4/5

Manuela Parreira da Silva revisita Fernando Pessoa entrevista nas págs. 12/13

Gala dos campeões do futebol distrital pág. 18


Diário do Alentejo 21 junho 2013

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Editorial Comédia

Vice-versa “O que está em causa nesta luta dos professores é algo que diz respeito a todos: defender a qualidade do ensino e defender a Escola Pública. Uma Escola Pública onde os professores são atores fundamentais e as suas condições de trabalho são elemento essencial para garantir a qualidade das aprendizagens dos alunos. Mário Nogueira no sítio www.fenprof.pt

Paulo Barriga

Se o direito à greve é um direito, esse direito também deve ter deveres. Mesmo que a lei não o preveja. Pena que os professores, classe profissional que tanto respeito e admiro, não tenham tido clarividência para tal.

H

á algo de shakespeariano nesta comédia de enganos que traz o ensino português à boca de cena. O encenador, que leva o nome de ministro, há muito que está descontente com o elenco. À companhia cabe o drama único de interpretar o papel do professor. Repetidamente. Pelas diferentes salas do País. Mas o ensaiador – e principalmente o proprietário dos teatros – acha que os seus atores são péssimos. E, para além de péssimos, demasiados. E, para além de demasiados, caros. E, para além de caros, parvos que nem os panos do palco. Vai daí, pimba: corre com os atores mais novos camarins afora. E ameaça os mais velhos com o bordão de Molière: ou decoram mais falas ou vão fazer pantominas para o olho da rua. Nisto, a companhia decide boicotar uma estreia com lotação esgotada. Mais de 70 mil bilhetes vendidos. Um sarilho vicentino com direito a alcoviteiras e tudo o mais que faz chorar de rir. Mesmo sem porteiro, sem bilheteira, nem arrumador, nem bengaleiro, o encenador, ele próprio vestido de mestre-sala, ordena aos seus mais fiéis moços de palco que abram as portas de par em par. Os foyers rebentam de público. O problema é que no anfiteatro não há assento para todos. Parte da assistência, com lugar marcado nas filas H para riba, é convidada a regressar em futura reposição da peça. Dá-se a pateada, a vaiadela e a assobiadela. Que não é pequena. Pelo contrário. É rija como nunca antes se vira nem na mais ordinária revista de sexto escalão. Entretanto, alguns dos que ficaram para assistir são interrompidos a meio da encenação. E os que não o foram depressa perceberam quão rasca e manhoso é o argumento. E que, afinal, os atores principais do enredo são eles próprios. Que estão em conflito entre si e contra os atores verdadeiros. Que, por sua vez, estão em conflito entre si e contra o encenador. Que, a seu jeito, está em conflito consigo mesmo e contra todos os outros. Há ou não há algo de shakespeariano nesta comédia de enganos? Ou será melhor dizer tragédia? ND – Aos professores que fizeram greve no dia 17, um pequeno remédio para os grandes males que acometem o ensino em Portugal.

João Paulo Ramôa à Rádio Pax

Fotonotícia

O fantasma do Pax Julia. Na passada segunda-feira passaram oito anos sobre a reabertura da emblemática casa de espetáculos de Beja. E a efeméride teve direito a festa. Uma festa diferente. Interessantemente diferente. O público, guiado pelo fantasma do teatro, visitou os recantos inacessíveis do Pax Julia – da sala de projeção, aos camarins, passando pelas catacumbas. Em cada um desses improváveis locais, diferentes artistas mostravam os seus dotes. Num espetáculo fragmentado, surpreendente, inesperado. O Pax Julia está de parabéns, os artistas que lhe fizeram a festa estão de parabéns, os programadores, os técnicos e o público que lá vai também estão. PB Foto de Facebook CMBeja

Voz do povo Como vai receber o verão?

Júlia Romão, 43 anos, funcionária da PT

Vou recebê-lo cheia de saudades e com muita alegria. Este inverno tem sido bastante rigoroso e prolongado. Esperemos que esta época traga o calor e este se aguente por aqui durante uns tempos. É ótimo usar roupas leves, estar na esplanada, ir à praia. Nesta altura ando mais alegre, mais descontraída. Gostava que este verão a troika moderasse a austeridade que nos impôs.

Inquérito de José Serrano

Anabela Cruz, 43 anos, técnica de telecomunicações

Este verão tem custado muito a chegar. E eu já estou mesmo fartinha deste inverno. Que entristece e deprime as pessoas. Espero que a partir de hoje o tempo melhore e o verão venha para ficar. Adoro o calor e a mudança que traz. Com o sol ficamos todos mais alegres, com mais entusiasmo para conviver, passear. Mas temo que seja um verão mais tardio, curto e instável.

Manuela, 54 anos, doméstica

Natacha Lança, 17 anos, estudante

É uma época do ano sempre muito agradável. Esperemos que chegue já, tal como o esperamos. Este tempo até agora tem sido muito instável. Uma semana é de verão, outra semana é de inverno. Mas também peço que não traga aqueles calores exagerados, típicos de Beja. Um verão ameno seria ideal. E já agora que trouxesse um bom caminho a este país. Para bem de todos.

Com dois exames. Hoje, de físico-química e na terça-feira de matemática. Estou preocupada pois estas provas terão influência no meu futuro. Tenho saudades do verão. De ir com a minha irmã à praia. De estar de férias e poder conviver descontraidamente com a minha família. Gostava que este verão trouxesse mais dignidade e respeito pelo povo. E a mim, felicidade e boas notas.


Rede social DR

Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 14 SOBRAL DA ADIÇA MENINO DE TRÊS ANOS ATROPELADO

BEJA EDIA LANÇA MARCA TERRITORIAL “ALQUEVA” A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) lançou a marca territorial “Alqueva” e o novo sítio na Internet www.alqueva.com.pt. Segundo a empresa, trata-se de um projeto “orientado para garantir o desenvolvimento sustentado da região Alentejo, através da agricultura, utilizando a sua maior riqueza: a água”, que nasceu da necessidade de tornar o território “mais apetecível a investidores nacionais e estrangeiros”. A marca vem acompanhada da assinatura “Uma nova terra de água”, como forma de reforçar “o futuro que nasce e cresce todos os dias, pela agricultura, onde as ideias e as oportunidades são cada vez mais frescas para que os novos negócios deem novos frutos”, adianta a EDIA.

TERÇA-FEIRA, DIA 18 MÉRTOLA FESTIVAL ILHA DOS SONS APRESENTADO OFICIALMENTE Decorreu em Mértola a apresentação oficial do primeiro festival de verão Ilha dos Sons, que terá lugar na Mina de São Domingos, entre os próximos dias 29 e 31 de agosto. Neste momento, a organização, da CA Produções, tem já confirmadas as presenças de Capitão Fausto, Noizd, Jahvai Reggae, Nu Soul Family, DJ Sunlize, DJ Ride, Karetus, e Diogo Menasso e Richie Campbell, num evento que, durante três dias, promete reunir “nomes sonantes da musica da atualidade”, entre o reggae, soul, rock e dance, num espaço onde se poderá “dançar a céu aberto junto a uma praia fluvial única em pleno Alentejo”.

QUARTA-FEIRA, 19 LISBOA JUNTA E POPULAÇÃO DE ERVIDEL MANIFESTARAM-SE FRENTE AOS CTT A Junta de Freguesia de Ervidel e respetiva população participaram numa manifestação frente à administração dos Correios de Portugal, associando-se a outras comunidades “que não aceitam a atitude prepotente e a ação economicista dos CTT, que levou ao encerramento de largas dezenas de estações nas últimas semanas, degradando este serviço público”. “Empenhados nesta causa, que é justa e cara à população, reiterando a importância e a firmeza da população, continuaremos a desenvolver todas as ações que contribuam para a defesa da nossa razão”, explica o executivo, presidido por Manuel Nobre.

BEJA CIMBAL DISCUTE PEDBA’20 COM ENTIDADES DA REGIÃO A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) deu início à preparação do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Baixo Alentejo 2014-2020 (Pedba’2020), convidando as entidades representativas da região a participar ativamente em quatro workshops temáticos. O Pedba’20, refere a Cimbal, é um “instrumento que se pretende assumir como um exercício integrado de planeamento estratégico conducente à definição das grandes orientações de desenvolvimento para esta região no horizonte temporal de 2020”. Como tal, conclui, considera-se “fundamental” o contributo dos principais stakeholders da região na sua discussão, na expetativa de que este possa vir a assumir-se “como um verdadeiro pacto para o desenvolvimento do Baixo Alentejo”.

Presidente da Fundação Professor Fernando de Pádua e do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva

Bejense Deolinda chegou aos 100 anos Um século. Foi o que comemorou, a 16, a bejense Deolinda Rosa Agostinho, rodeada de toda a família, orgulhosa. Moradora no Pelame e antiga agricultora, Deolinda deu à luz dois filhos e vê ainda crescer quatro netos e cinco bisnetos. DR

“Somos o que comemos, bebemos ou fumamos…” Dedicou aos almodovarenses, em 2012, um minuto em cada dia útil da semana, mensagens agora reunidas no livro Cuide do seu coração – As cartas de Almodôvar. Que balanço faz desta experiência interativa e que impacto sente que possa ter tido na vida destas populações?

Uma vez que as mudanças de comportamento tendentes à promoção da boa saúde e bem-estar são sempre difíceis e implicam saber e querer, decidimos – como expliquei logo de início – contactar diariamente, por correio eletrónico, informando, explicando em detalhe, repetindo, em linguagem fácil, tão depressa para idosos como para crianças, procurando a sensibilização dos interlocutores de Almodôvar, promovendo também entre eles a troca de informações, entre os que recebiam e os que ainda não tinham lido. Considero demonstrações, do interesse e do impacto, a compilação pelos próprios de um livrinho com as cartas dos primeiros seis meses (o que me levou a publicar um livro completo ao fim do ano), e também ter Almodôvar decidido, no lançamento do livro [20 de abril último], inaugurar uma rua com o meu nome. Quais os objetivos que pretende atingir, no final dos seus cinco anos de duração, o projeto “Almodôvar, o concelho mais saudável” e em que fase se encontra de momento?

Marchas de Santo António em Aljustrel Na noite de Santo António, véspera do feriado municipal, a avenida 1.º de Maio pouco ficou a dever à lisboeta avenida da Liberdade. Várias marchas, das freguesias, infantis e seniores, mostraram como são folionas e criativas. DR

SEGUNDA-FEIRA, DIA 17

3 perguntas a Fernando de Pádua

Aprendizes de bailarinas encarnam figuras da história Depois de um ano a suar na barra, as alunas de dança do Conservatório Regional mostraram-se à comunidade no Pax Julia, em Beja. “Rostos e Fama” conduziu uma viagem por várias figuras que ficaram para a história. Carmen Miranda foi uma delas. DR

Um menino de três anos morreu atropelado por um veículo ligeiro de mercadorias em Sobral da Adiça, concelho de Moura. Segundo os Bombeiros Voluntários de Moura, a criança foi atropelada depois de sair de um café onde estava acompanhada por familiares. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja indicou que o alerta foi recebido às 14 e 17 horas, tendo o menino ainda sido assistido no local do acidente, para onde foi mobilizada uma viatura Suporte Imediato de Vida, de Moura, e duas viaturas dos bombeiros de Moura, com cinco operacionais. No local esteve também uma equipa de psicólogos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e militares da GNR. O funeral realizou-se no domingo, dia 16.

Objetivos a atingir? Que os almodovarenses bebam menos, não fumem, que façam exercício todos os dias, controlem o peso e a tensão, corrijam alguns erros alimentares e consigam adotar estratégias para melhor lidar com o stress. Nos rastreios, ao fim dos cinco anos, se verão os resultados! O que é que nunca é demais lembrar, diariamente, em prol de um coração mais saudável?

Atenção à tensão, pare de fumar e… vá passear! Porque nós somos o que comemos, bebemos ou fumamos… e o que não nos mexemos! Carla Ferreira

Mil e uma noites no castelo de Beja Há muito que o castelo de Beja não vivia noites tão exóticas como estas da Arabic Fest, no fim de semana. E a imaginação voou até Marrocos, num passeio de dromedário, num prato de couscous ou à boleia do ventre ondulante de uma bailarina.

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São João dos Caldeireiros Freguesia perdeu cerca de 150 habitantes na última década

Jantar comunitário e mastro animam São João

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pouco mais de uma semana dos festejos de São João, os enfeites em papel que ornamentarão o recinto exterior do salão de festas da Junta de Freguesia de São João dos Caldeireiros, para mais um mastro em honra do santo padroeiro, estavam já terminados. Arcos, bandeirolas e metros e metros de fitas coloridas repousavam pendurados nas paredes e teto do salão. Por acabar, apenas a bandeira com as figuras de São João e de São Pedro que será colocada no topo do mastro. Manda a tradição que o mastro “seja armado” na véspera de São João, ou seja, no próximo domingo, 23. “Na véspera, de manhã, vamos à verdura para enfeitar o mastro e ergue-se nessa altura”, explica Maria Manuela Assunção, 62 anos, uma das participantes mais ativas na preparação das festas da aldeia. Os festejos arrancam ao final da tarde do dia 24 com as celebrações religiosas. Missa na igreja paroquial e procissão em honra do santo padroeiro que percorrerá as principais artérias da aldeia. Segue-se um jantar comunitário, no salão de festas, confecionado com produtos oferecidos “pelos agricultores da freguesia – normalmente borregos –, pela população e pela junta” e o tradicional baile. Este ano, devido à redução do número de enfeites, em consequência “das restrições orçamentais”, os preparativos duraram “cerca de duas semanas”. “Vamos fazendo isto todas as tardes, quando temos disponibilidade. Agora já temos tudo preparado”, diz Maria Manuela, sem conseguir esconder uma ponta de orgulho. Maria Manuela Assunção, antiga funcionária de uma agência de seguros, regressou à sua aldeia natal há cerca de oito anos, para cuidar dos pais “já muito idosos”, depois de quatro décadas a residir na Amadora. Antes de rumar à zona de Lisboa, em 1969, ainda viveu parte da infância e juventude em Mértola e Odemira. Para além de gostar de preservar as tradições, o envolvimento nas festividades de São João dos Caldeireiros permite-lhe ocupar parte do seu tempo livre, agora que vive numa aldeia pacata, onde “não há nada”. Os dias são passados entre os cuidados prestados aos progenitores, a Internet e as aulas de ginástica. “Se não fosse pelos meus pais não tinha vindo, porque tenho toda a minha família lá [Amadora]. Filhos, netos, sobrinhos. Às vezes vou de manhã e venho à noite. Vou lá buscar um bocadinho de movimento, para ficar um bocadinho agitada, isto aqui é morto de mais”, diz. Mas o que se perde em

A aldeia de São João dos Caldeireiros, no concelho de Mértola, prepara-se para receber mais um mastro em honra do santo padroeiro. Os arcos, as bandeirolas e as fitas coloridas, feitos com muita dedicação por um grupo maioritariamente de senhoras, há mais de uma semana que estão terminados. Manda a tradição que o mastro seja enfeitado na véspera, no dia 23. Os festejos arrancam ao final da tarde do dia seguinte com as celebrações religiosas. Segue-se um jantar comunitário e o tradicional bailarico. Há quem receie, no entanto, que a tradição dos mastros não se mantenha “por muito mais tempo”, devido ao despovoamento e envelhecimento populacional acentuados. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

“movimento”, garante, ganha-se “em qualidade de vida”. À semelhança de outras pequenas localidades do interior do Alentejo, São João dos Caldeireiros é uma “aldeia muito envelhecida”, com “pouca juventude”, daí que Maria Manuela esteja convencida de que a tradição dos mastros não irá manter-se “por muito mais tempo”. “Esta tradição vai acabar. Os jovens [que cá vivem] não aderem. Vão ali nesse dia, mas não colaboram. Não temos sucessores, as pessoas não se interessam, se estiver feito está, se não estiver feito também não há ninguém que se ponha à frente”. Quem acaba por “preservar a tradição”, diz, são as pessoas que viveram grande

parte da vida na zona de Lisboa e que regressaram nos últimos anos a São João dos Caldeireiros, como é o seu caso. Clarisse Gomes, 62 anos, é outro dos exemplos de que fala Maria Manuela. Regressou há quase meia dúzia de anos, por vontade do marido. Em Bobadela, onde viveu durante 40 anos, ficaram os filhos e os netos. Ex-funcionária de uma empresa de componentes elétricas, participa na preparação do mastro de São João há largos anos. Mesmo antes de regressar em definitivo à freguesia que a viu nascer. Fá-lo pelo “convívio”, pela “festa” em si, e só lamenta que na aldeia “não se conviva mais”: “Umas pessoas participam, outras não. Não somos

unidos. Quando nós – duas, três, meia dúzia de pessoas – deixarmos de fazer isto, para tudo”. Tempos bem diferentes eram os da sua meninice e juventude, frisa. Pelo São João, cujas comemorações se centravam no largo que leva o nome do santo, junto a uma das entradas da aldeia, “havia quermesse, cavalhadas, grandes festas”. Também era usual fazer-se um mastro pelo Santo António [13 de junho] e “de quinze em quinze dias ou de mês a mês” havia “bailaricos”. “As pessoas eram mais unidas, as raparigas e os rapazes eram mais unidos do que são hoje. Era divertido, hoje é mais triste. Mas a aldeia tinha muita gente nova, agora é que não há ninguém, só há pessoas de idade”. Manuel Assunção, 66 anos, é também ele um acérrimo defensor das tradições da sua terra. Irmão de Maria Manuela, viveu até há cinco anos na zona de Lisboa, onde era proprietário de uma loja de móveis. É atualmente membro da direção do grupo coral e etnográfico Os Caldeireiros – que também irá atuar nos festejos do dia 24 –, e presidente da assembleia-geral do Sanjoanense Futebol Clube. “A tradição do São João vai manter-se enquanto eu e a minha irmã cá estivermos. Somos pessoas ativas. Qualquer coisa que haja, que seja benéfico para a povoação, nós estamos lá”. E sem rodeios afirma que o mastro em honra do santo padroeiro atrai, nos dias de hoje, “mais pessoas pelos comes e bebes gratuitos” do que pelo programa musical. “As pessoas já tiveram mais apreço por nós [grupo coral]. Não é pelo grupo que vão ao mastro. Vejo que as pessoas estão um bocadinho desligadas. Nós também somos um povo que se acata com qualquer coisa, que nos ficamos”. Manuel Assunção diz-se “algo chocado” com tal postura. “O cante, a cultura alentejana, devia ser ouvido e seguido. O que é que nós temos mais para além disso? Não temos. Nós, alentejanos, temos que nos agarrar ao cante”, sustenta. Os festejos de São João, a par do 25 de Abril, “acabam por ser a comemoração mais importante” da freguesia, diz, por sua vez, Carlos Branco, 39 anos, natural de Mina de São Domingos e a residir há três anos em São João dos Caldeireiros, de onde é natural a sua mulher. “Isto é um monte pacato, bom para viver, mas muito pacato. Temos uma equipa de futebol, quase todos os fins de semana há jogos, depois temos as comemorações do 25 de Abril e fazem-se bailes pela Páscoa”. Tempos houve em que se faziam festas na época do verão, “mas isso acabou”, conclui.


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José Francisco Candeias Presidente da Junta de Freguesia de São João dos Caldeireiros

Qual é a importância que a população de São João dos Caldeireiros atribui atualmente aos festejos de São João?

Grupo coral Os Caldeireiros comemora 10 anos de existência

Os festejos de São João são importantes para a população. É uma tradição que a população tem querido manter ao longo dos anos. Todos valorizam os festejos do santo padroeiro da nossa freguesia. Prova disso é o recinto da festa que enche todos os anos, no dia 24 de junho, com pessoas de todas idades. Na preparação participam muitas pessoas. Umas ocupam-se em fazer o mastro, outras em embelezar a igreja e preparar o andor, outras preparam o jantar com o que cada pessoa pode oferecer (batatas, cebolas, alhos) e com os borregos oferecidos pelos agricultores. É uma festa promovida pela população. A junta contribui com a oferta das bebidas e com a animação.

O grupo coral e etnográfico Os Caldeireiros, de São João dos Caldeireiros, comemora, no próximo mês de julho, 10 anos de existência. Para o dia 13 está agendado o tradicional encontro de grupos corais, que se realiza de dois em dois anos, e que nesta edição deverá contar com a atuação de quatro grupos convidados, para além do anfitrião. Este ano ficará também marcado pelo lançamento de um novo CD, que deverá contar com os apoios “da Casa do Cante, do Musibéria – Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo Ibérico e da rádio Voz da Planície”, explica o presidente da direção do grupo, Mário Eugénio. O novo trabalho será composto por 16 modas, à semelhança do primeiro CD, editado “há cerca de cinco anos”. O grupo conta atualmente com 23 elementos.

A que setores de atividade se dedica atualmente a população em idade ativa?

A população ativa empregada ronda as 190 pessoas. Na agricultura e pecuária trabalham 34. O setor secundário emprega 48 pessoas que trabalham na construção civil e, essencialmente, nas minas de Neves Corvo, que é um importante empregador da nossa população e que tem contribuído para fixar uma parte dela. Mas a maior parte da população ativa, 107 pessoas, trabalha nos serviços: serviços da Câmara e da Junta de Freguesia, serviços de apoio aos idosos da Santa Casa da Misericórdia, restauração e hotelaria e pequeno comércio. Quais são os principais problemas da freguesia? Alguns habitantes queixam-se do estado em que se encontram as ruas da aldeia…

Sim, o estado de degradação em que se encontram as ruas de São João dos Caldeireiros é um problema. Há muito que a junta pede à Câmara de Mértola o arranjo definitivo das ruas da aldeia, mas a câmara diz que não tem dinheiro. Recentemente a câmara delegou na junta a reparação das ruas da aldeia que são cimentadas, mas isso não vai resolver o problema de toda a aldeia, vai só remediar uma parte das ruas por algum tempo, uma vez que outra parte são de calçada, que também já está muito degradada, e o pavimento de cimento degrada-se facilmente. Outro problema grave é o abastecimento de água à população e já dura há alguns anos. Em grande parte da aldeia a pressão da água de rede é muito fraca. As pessoas não conseguem tomar banho em condições. Já pedimos várias vezes à câmara para resolver o problema, mas até agora não conseguiu. A falta de saneamento básico e de arruamentos na maior parte das localidades continua a ser um grave problema, a par da degradação das estradas municipais. O desemprego feminino e o despovoamento também nos preocupam muito. E as principais potencialidades da freguesia?

A freguesia tem muitas potencialidades. As principais são a agricultura, a caça, a gastronomia, o turismo rural e de natureza, as águas termais das fontes de Água Santa e as energias alternativas.

Falta de emprego obriga jovens a abandonar região A freguesia de São João dos Caldeireiros tem, de acordo com o Censos 2011, 568 residentes. “Até aos 14 anos foram recenseados 48 habitantes; dos 14 aos 24 anos também foram recenseados 48; dos 25 aos 64 anos temos 264 habitantes; e com mais de 65 anos são 208”, esclarece o presidente da junta. Em relação a 2001 registou-se uma diminuição “de 153 habitantes”. “É uma realidade triste da nossa freguesia e de todo o concelho de Mértola. Como não há emprego as pessoas têm de abandonar a nossa região”, diz José Francisco Candeias.


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Penso que estão criadas as condições para que as pessoas não tenham de sair de Barrancos. Esta é a nossa grande aposta e vamos apoiar com todo o tipo de programas e todo o tipo de parcerias as pessoas desta terra e deste município.

Autárquicas2013

António Tereno volta a candidatar-se à Câmara de Barrancos pela CDU

“É preciso preservar o ser humano nesta região” António Tereno vai avançar para o seu terceiro mandato consecutivo em porque as acessibilidades são “péssimas” e porque “os sucessivos goverBarrancos. O autarca da CDU não acredita que o seu concelho possa vir a nos nunca dedicaram uma atenção especial a Barrancos”. Mas nada meser extinto e diz que o futuro daquela região raiana passa pela criação de lhor que uma boa dose de “otimismo” para dar a volta à situação. emprego e pela fixação de jovens. O que não acontece já, reclama o edil, Como encara a possibilidade de o concelho de Barrancos poder vir a ser extinto?

Com toda a calma. O País não pode ser cortado a retalho, a régua e esquadro, de qualquer maneira. Há que ter em conta a interioridade do nosso município e a sua especificidade cultural. Por sermos um território de fronteira, uma cunha cravada em Espanha, é necessário ter cuidado com estas situações… Estamos tranquilos, mas vamos, naturalmente, continuar a defender o concelho de Barrancos, que tem de ser autónomo de todos os outros concelhos, respeitando, evidentemente os nossos vizinhos. Os ditames de qualquer troika não nos dizem muito. A interioridade continua a ser um grande obstáculo à fixação de população?

Naturalmente. As acessibilidades que nos ligam ao resto do território - cujo péssimo estado é culpa do poder central, dos sucessivos governos que nunca dedicaram uma atenção especial ao concelho de Barrancos - fazem-nos estar virados para Espanha e mais afastados do nosso próprio País. É bom que os políticos tenham isso em conta. Nada nos demove contra Espanha, pelo contrário. Somos amigos dos espanhóis e sabemos que Espanha é um potencial mercado, nomeadamente para o presunto de Barrancos. Muito dele, aliás, já é exportado para Espanha. O poder central tem de dedicar uma atenção muito mais cuidada aos territórios do interior e, neste caso, ao concelho de Barrancos. Há momentos que se sente mais próximo de Espanha?

É verdade. Isso devido ao abandono a que somos sujeitos por parte dos órgãos de decisão do nosso País. Isto não pode continuar, de facto. Penso que alguma coisa vai mudando, aos poucos, apesar da crise que atravessamos… somos otimistas. Pensamos que um dia temos de vencer esta crise, porque vamos continuar a existir, o território em que vivemos vai continuar a existir… É preciso preservar o ser humano nesta região. Alguma vez sentiu que Barrancos era uma

espécie de aldeia do Asterix?

(risos) Já nos apelidaram de muita coisa… É evidente que temos resistido ao longo dos séculos. Temos uma história muito rica em acontecimentos, de solidariedade com os nossos vizinhos, e também com o resto do País. Mas, acima de tudo, o que nos potencia muito é a nossa diferenciação cultural. Que é muito importante. Estamos a valorizá-la e urge ter condições de sobrevivência, de fixação dos jovens a esta terra, porque vale a pena. Vale a pena continuar a apostar num território de interior que teima em resistir. Os touros de morte colocaram Barrancos no mapa pelas piores razões. A polémica já abrandou?

Claro, essas coisas têm os seus tempos e també ve muito u to da vvisibilisb i bém vvivem dade de alguns grupos. Foi o que aconteceu naquela altura. Para nós até foi muito bom, porque se criou uma onda de solidariedade para com o povo barranquenho e isso gerou amizades, gerou desenvolvimento...

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho/Arquivo

Tem notícia do possível encerramento da estação dos CTT em Barrancos?

Não, isso é impossível. Não queremos acreditar numa situação desse tipo. De qualquer forma, Barrancos vem no mapa dos CTT como uma das estações a encerrar no futuro.

Já tivemos o cuidado de oficiar o presidente do conselho de administração dos CTT nesse sentido. Agora, se há correios em Barrancos é porque a câmara lhes doou o edifício, em meados do século passado, e ainda em 2006 lá fizemos obras de remodelação. Convém ter isso em conta. Se é uma questão de custos, parece-me a mim que não é por aí que se vai. Sou otimista e com diálogo tudo se resolve. Como Co oo olha a para pa a Ba Barrancos hoje em dia?

Barrancos tem todas toda as condições ao nível de equipamentos e ao nível de infraestruturas. Neste momen momento interessa-nos criar emprego, dinamizar o tecido social e económico do concelho. Tem Temos um novo parque empresarial e queremos gerar sinergias e parcerias com outras entidades entida e com outros organismos de base econó económica, no sentido de potenciar a instalação instala de empresas em várias áreas. Fruto dos esforços que estam tamos a desenvolver, vai inicciar-se a laboração de uma nova empresa na área dos presuntos. O que vai gerar empregabilidade, vai gerar mais desenvolvimento e no fundo enriquecer a nossa economia local e também regional. A questão das más acessibilidades também prejudica a instalação de empresas?

Essa é a grande condicionante que continua a afetar o nosso desenvolvimento. Sem boas vias de comunicação não é possível o desenvolvimento.

Estou farto de dizer isto, mas como não é da nossa competência… Já anunciou em reuniões públicas que é o candidato da CDU a um novo mandato. Por que demorou tanto tempo a assumir a sua candidatura?

Já anunciei? Não, eu não anunciei nada. Já o fez publicamente em algumas reuniões de autarcas.

Bom, mas oficialmente, ainda não está. Eu e esta equipa que me acompanha, e que será exatamente a mesma, estaremos sempre prontos a servir Barrancos e os barranquenhos. Isso é o mais importante. O resto não tem muito interesse. Porque nós, aqui, somos uma comunidade que sabe ser unida nos momentos certos. Estamos apostados em vencer a crise e em possibilitar a criação de emprego para fixar os jovens à nossa terra. Isto é o ponto mais importante. Penso que estão criadas as condições para que as pessoas não tenham de sair de Barrancos. Esta é a nossa grande aposta e vamos apoiar com todo o tipo de programas e todo o tipo de parcerias as pessoas desta terra e deste município. Está confiante na reeleição, mas em Barrancos, costuma dizer-se, basta uma família para alterar o sentido de voto…

Claro, claro. Somos realistas e sabemos que os tempos que correm não são bons, mas é evidente que temos esperança que o nosso trabalho, a visibilidade que ele tem, a confiança que as pessoas nos têm demonstrado nos conduzirá à reeleição. Concorda com a data que foi fixada para as eleições?

Sabe que isso foi uma questão de negócio entre Governo e oposições, mas é evidente que nem uns nem outros podiam ficar mal e escolheram o meio-termo, parece-me a mim. Não estou nem a favor nem contra. Isso interessa pouco, o que interessa é o voto das pessoas, a confiança ou não que elas depositam naqueles que se candidatam. Nós estamos confiantes.


07 Diário do Alentejo dia mês ano

A revisão territorial do País, incluída no memorando da troika, aponta para a extinção de alguns concelhos. Faz sentido que Barrancos seja um dos municípios a agregar?

Bisca Lambida

Características próprias

CDU continuará no poder

João Espinho

João Machado

A

ntes de desenvolver o assunto, a minha resposta é Não! Se é verdade que o território necessita de ser reorganizado, não é seguramente eliminando uma sede de concelho como Barrancos que se alcançam os objetivos da dita troika que são, obviamente, de caráter economicista. Aliás. Um desafio que se deveria colocar a quem anda a reorganizar a geografia nacional seria o de sair dos gabinetes e do isolamento de edifícios burocratizados e obrigar esses “senhores” a percorrer uma boa parte do território para que eles entendessem, numa primeira fase, como é que as populações estão organizadas administrativamente e, numa fase mais adiantada, tentassem perceber para que serve cada um dos organismos que constituem os municípios. Um convite aos burocratas do FMI, BCE e da UE para visitarem Barrancos seria uma boa maneira de lhes mostrar que há mais vida para além da despesa pública e que o mundo não é só feito de funcionários públicos. A acompanhá-los deveriam vir igualmente os senhores governantes e dirigentes partidários a quem, sumariamente, com alguns slides de PowerPoint e meia dúzia de páginas de Excel, afinal a única linguagem que entendem, se explicaria que Barrancos é uma terra com características muito ppróver e que a prias, que merece sobreviver agregação com um concelho vizinho da mais deixará as suas gentes ainda m, para isoladas contribuindo, assim, uma maior desertificação doo território alentejano. Barrancos não merece tamanha maldade.

A

vila de Barrancos é um dos casos de sucesso em termos das suas especificidades e conseguiu dinamizar uma pequena indústria que proporciona trabalho para a população e traz mais-valias para o concelho. Quem conhece este município e as suas dimensões entende que Barrancos consegue sobreviver à interioridade e criar nichos de mercado que alicerçam a sua sustentabilidade. Em termos pol ít icos penso que pouco mudará e a CDU continuará a liderar os destinos desta pacata vila que tem na tradição dos touros de morte e no presunto os seus grandes ex-libris. Face às reduzidas dimensões e à sua densidade populacional é natural que este seja um dos municípios a agregar, face aos critérios definidos no memorando da troika, contudo essa fusão apenas trará mais assimetrias e afastará cada vez mais a vila de Barrancos dos centros de decisão. Pessoalmente não concordo minimamente com esta reorganização administrativa e penso mesmo que não faz qualquer sentido criar problemas onde eles não existem, quando o País está mergulhado numa profunda crise da qual não se vê o fim. Deixem-se de demagogias e ataquem as p p p , os contratos de parcerias público-privadas,

swap ruinosos, o buraco do BPN e tantos outros que existem por aí e deixem em paz as autarquias, que com todos os defeitos, ainda são o elo de ligação mais estreito entre a sociedade e a política de proximidade.

Atitude e resistência Sérgio Fernandes

T

endo em conta que o objetivo de “reduzir significativamente” o número de municípios e freguesias já não consta na atual versão do memorando, é de supor que a atabalhoada “reforma Relvas”, perdoem-me a redundância, tenha sido suficiente e bastante para satisfazer aquela exigência. Apesar da reforma do mapa de municípios estar por ora afastada da agenda, não pode deixar de nos merecer uma reflexão crítica a lógica de cortes cegos que ostensivamente caracteriza a filosofia da troika e que, com indisfarçável entusiasmo, é subscrita pelo Governo português, revisitando o poeta a cada tesourada: cortar é preciso, viver não é preciso! Na realidade, sobra a vontade de cortar, cortar aqui, ali e acolá, cortar sempre, cortar ainda, cortar porque sim, onde manifestamente faltam os argumentos, a racionalidade e a consideração do interesse objetivo das populações. A verdadeira questão é saber em que medida a população de Barrancos poderia ver ç de vida melhoradas com as suas condições a eventual agregação agreg a outro concelho. Tenho ggenuína afeição pela terra te e pelas gentes de Barrancos. Admiro-lh Admiro-lhes o espírito e a at atitude, a resil siliência; reco conheço nos barranquenhos a expressão viva de um se sentimento com comunitário, con construído na von vontade de contrar trariar as dificul culdades acrescid cidas que se

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colocam aos territórios do interior, fortalecido pela partilha do enorme orgulho em ser barranquenho. Não tenho qualquer dúvida que os barranquenhos sabem bem cuidar de si, assim o poder central não falhe na obrigação que lhe compete de garantir de forma equitativa as condições para o desenvolvimento de todas as regiões do País. “E porque em Barranco se mata com estoque”, jogo o valete de espadas!

Forte identidade cultural Luís Miguel Ricardo

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m 2010, antes dos partidos da oposição rasteirarem os propósitos do governo de José Sócrates e obrigarem o País a pedir ajuda ao exterior, PS e PSD, com base nos resultados do Censos 2001, que revelavam existir em Portugal 36 concelhos com menos de 5 000 habitantes e quatro deles com apenas uma freguesia, estudaram a possibilidade de fusão desses territórios, como forma de reduzir despesas e evitar que fosse a União Europeia a exigir essas junções, a exemplo do que estava a acontecer na Grécia. Barrancos fazia parte das duas listas. Faz sentido a sua extinção? Se pensarmos nos números: no número de munícipes que representa, nos funcionários que se repetem na câmara e na freguesia, nas despesas para o País, então faz sentido que Barrancos seja um dos municípios a juntar. A questão muda de figura quando se sai da objetividade dos números e se entra na subjetividade das pessoas. Geograficamente, Barrancos localiza-se num canto do Alentejo cravado na imensa Andaluzia espanhola. Da fusão harmoniosa entre as culturas alentejana e andaluza brotou a cultura barranquenha. Uma cultura muito específica, cujo expoente máximo da sua identidade se foca nas tradições e no modo de falar das suas gentes (dialeto barranquenho). Agregar este município ao vizinho mais próximo (Moura) será violentar a identidade cultural dos barranquenhos e será também o cavar o fosso do isolamento. Mas como na atual conjuntura política os números são quem mais ordena, dificilmente Barrancos preservará a sua autonomia municipal.


Diário do Alentejo 21 junho 2013

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Atual Nova “Beja Capital” A candidatura socialista “Beja Capital, o Novo Impulso”, liderada por Jorge Pulido Valente à câmara municipal da capital de distrito, apresenta na próxima quarta-feira, dia 26, as suas listas candidatas. A sessão está agendada para as 19 horas, nas Portas de Mértola.

Manuel Cruz em Odemira Manuel Cruz, técnico oficial de contas de 59 anos, é o candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Odemira, nas Autárquicas de 29 de setembro, conforme decisão “por unanimidade” da concelhia local do PCP. O candidato nasceu em São Luís e reside em Vila Nova de Milfontes.

CDS-PP sozinho em Sines O CDS-PP avança sem coligação em Sines, “por não ter chegado a qualquer tipo de acordo com o PSD”, e “tendo a sua força nos independentes que apoiam o partido e que fazem parte das suas listas”, anunciou em comunicado.

PS já tem sede em Moura A sede da candidatura socialista “Moura, um concelho… de todos para todos” (rua Serpa Pinto, n.º 38), que tem como cabeça de lista Francisco Canudo Sena, foi inaugurada no último sábado, 15, numa iniciativa que contou com a presença do presidente da Federação do PS do Baixo Alentejo, Pedro do Carmo.

CDU nas freguesias de Mértola Manuel Encarnação Pereira e Sérgio Valente são, respetivamente, os cabeças de lista das candidaturas da CDU às freguesias de Mértola e Espírito Santo, anunciou a comissão coordenadora da CDU no concelho.

Alunos de Aljustrel e Mértola não realizaram prova

Greve em dia de exames Os professores estão em luta e não é só desde segunda-feira passada, dia mais visível da greve, por ter coincidido com o início dos exames nacionais do ensino secundário. A data escolhida pela classe profissional para a paralisação, dia 17, foi a mesma do exame de Português e de Latim. Texto Bruna Soares Ilustração Susa Monteiro

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á antes, contudo, os docentes tinham começado a fazer greve ao serviço de avaliações, com os alunos a poderem ir a exame sem saber a nota da classificação interna. E também já nos dias anteriores à paralisação existia o tão conhecido braço de ferro entre os professores e o Ministério da Educação. Falharam-se, na verdade, três rondas negociais e as trocas de acusações foram mais que muitas, de parte a parte. Os professores não recuaram na sua intenção e até segunda-feira o Governo garantia que “se recusava a remarcar os exames nacionais agendados para o dia”. O

que acabou por não se verificar. O ministro da Educação, Nuno Crato, dado os professores terem continuado a luta, resolveu agendar nova data de exame para o dia 2 de julho, uma vez que houve alunos do ensino público que não fizeram a prova. As críticas, essas, foram mais do que muitas. Antes já o fim de semana tinha sido de incerteza para milhares de estudantes. Na segunda-feira as provas tiveram início pelas 9 e 30 horas (Português) e pelas 14 horas (Latim). Na região os alunos de Aljustrel e Mértola acabaram mesmo por não realizar o exame de Português devido à greve. Segundo o Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS), “em Aljustrel a percentagem de docentes em greve foi de 97 por cento”. O exame estava previsto realizar-se em três salas e na Vila Mineira acabou por não se realizar em nenhuma. O mesmo aconteceu em Mértola. Três salas foram reservadas para o exame. As três salas ficaram vazias de alunos. “99 por cento dos docentes estiveram em greve”, garante o SPZS. Em Serpa a greve também foi muito expressiva e o exame de Português acabou por

se realizar só numa sala de aula. Quatro das cinco salas ficaram sem alunos, por falta de professores. A percentagem de docentes em greve chegou aos “94 por cento”. Um dia atípico na história dos exames nacionais. Nos restantes agrupamentos do distrito os exames do ensino secundário agendados para segunda-feira realizaram-se e, de acordo com o sindicato, “apesar da adesão dos professores à greve ter sido significativa, os docentes que compareceram ao serviço foram suficientes para permitir a vigilância e a realização do exame”. Na base da contestação dos docentes, recorde-se, está “o regime de requalificação profissional e a mobilidade geográfica proposta pelo Governo”, bem como o “aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais”. Os docentes e sindicatos dizem ainda que em causa “está o despedimento de professores do quadro e a dispensa de milhares de contratados”. A greve ao serviço de avaliações, essa, continua, até hoje, sexta-feira, dia 21. E segundo dados adiantados pelo SPZS, “na região a adesão tem sido praticamente total em todos os agrupamentos”.

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Já são conhecidos os alunos vencedores do concurso “Eu escrevo! – Ler o mar”, promovido pelo Plano Nacional de Leitura (PNL), e dois deles são de Beja. Mariana Carvalho, a frequentar o 3.º ano do 1.º ciclo do ensino básico, no Centro Educativo de Santiago Maior, venceu com o texto “Ler Azul”, e João Miguel Rosário, aluno do 5.º ano na mesma escola, conquistou

EDP Solidária distingue projeto da Associação Nossa Terra A Associação Nossa Terra, de Aldeia de Palheiros, concelho de Ourique, foi um dos 51 vencedores do programa EDP Solidária 2013, num universo de 1211 candidaturas apresentadas a nível nacional, recebendo um prémio de 75 mil euros. Com o apoio da Câmara

o primeiro prémio no âmbito do 2.º ciclo do ensino básico, com o trabalho “Navegadores dos contos digitais – o regresso”. O certame é desenvolvido em parceria com a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental, com o apoio do Banco Popular, e enquadra-se na sétima edição da Semana da Leitura, tendo como temática central a leitura e o mar.

de Ourique, esta associação propôs-se realizar a requalificação do edifício da antiga escola primária, como fase inicial de um projeto mais alargado de intervenção comunitária em Aldeia de Palheiros. O projeto Casa, selecionado pela EDP Solidária, visa “dinamizar o apoio social e comunitário, com a criação de um edifício de assistência técnica e social

e de animação dirigido a idosos em meio rural, como forma de combater a desertificação humana e o isolamento”. Esta primeira fase sustenta a criação do projeto Aldeia Lar, que consiste em “transformar a aldeia, como um todo, numa resposta social integrada”, para benefício de cerca de 440 pessoas.

Estudo revela que ARS Alentejo poupa ao Estado 400 mil euros

168 novos empregos em Aljustrel

Sessões de fisioterapia diminuem para metade

A Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro (EPDM) é a responsável pelo plano que pretende criar mais empregos no seio dos 11 investimentos anunciados na última sexta-feira, 14, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. O projeto, segundo noticiou o “Jornal de Negócios”, tem por objetivo “criar uma unidade para prestar serviços de prospeção mineira, em Aljustrel”, prevendo-se que venha a gerar 168 postos de trabalho. O investimento em Aljustrel é destacado como exemplo no contexto das 11 empresas que, no seu todo, vão aplicar um valor global de 280 milhões de euros, criando um total de 700 postos de trabalho e mantendo outros 4387, segundo fez saber uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros. No que toca à Sociedade Mineira de Neves-Corvo (Somincor), em Castro Verde, também parte da lista dos projetos de investimento aprovados pelo Governo, o que se prevê é a criação de mais 68 empregos, a juntar aos 962 que se mantêm em funções, tendo em vista “o aumento da capacidade de produção da mina”.

No espaço de um ano, no Alentejo, o recurso a atos de Medicina Física e de Reabilitação (MFR), tiveram um decréscimo de cerca 50 por cento. O número foi divulgado, na semana passada, no relatório da Entidade Reguladora de Saúde (ERS). De 2011 para 2012, as requisições para sessões de fisioterapia na área tutelada pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo foram reduzidas a metade, de 32 886 para 17 320, permitindo ao Estado poupar cerca de 400 mil euros em pagamentos aos privados que prestam este tipo de serviço de saúde. O número surpreende, uma vez que nas outras regiões abrangidas pelo estudo da ERS a variação é praticamente nula. Texto Aníbal Fernandes

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erante estes dados o “Diário do Alentejo” tentou saber junto da ERS e da ARS Alentejo, quais os fatores que poderão ter contribuído para este cenário. A instituição responsável pela elaboração do estudo “Acesso, Concorrência e Qualidade no Setor Convencionado com o SNS”, em resposta por mail, lembra que “na análise dos resultados deverão ser tidos em consideração não só os constran-

gimentos dos dados fornecidos pelas ARS, como também as alterações exógenas de que as ARS e os prestadores de cuidados de saúde foram sujeitos, durante o período de análise (2006-2012)”. A ERS adianta ainda que “as alterações que se identificaram, e que poderão ter concorrido” para este fenómeno podem ser justificadas pelas “alterações das áreas de abrangências das ARS; alteração da procura através do aumento ou diminuição do número de utentes; alterações das tabelas dos preços convencionados; internalização dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) por parte das ULS, e mesmo por qualquer unidade hospitalar ao abrigo do disposto no Despacho n.º 10430/2011, de 18 de agosto”. O despacho, assinado pelo secretário de Estado da Saúde Manuel Ferreira Teixeira, diz que “o recurso aos serviços prestados através de convenção não pode colocar em causa o racional aproveitamento e rentabilização da capacidade do setor público”, logo as instituições hospitalares do SNS, “atendendo à capacidade instalada, física e de recursos humanos”, deveriam otimizar a capacidade disponível “de forma a evitar o recurso a outros níveis mais dispendiosos”. Técnicos de saúde ligados a esta área

contatados pelo “DA” disseram que desde 2006 “não houve qualquer aumento significativo” da oferta deste tipo de serviço por parte do setor público. Questionados sobre quais as razões para a enorme redução de utentes no setor convencionado, revelaram que a necessidade de um visto das ULS em todas as credencias, que apenas são concedidas em casos extremos, a juntar à nova política de transporte de doentes não urgentes, veio contribuir para o menor acesso dos utentes “quer ao setor convencionado, quer ao setor público”. Isto mesmo é confirmado pelas conclusões do estudo citado, em que a ARS Alentejo é aquela que apresenta “uma maior dificuldade do acesso dos utentes aos cuidados de MFR, sendo esta muito significativa, na medida que mais de metade da sua população se encontra a uma distância/tempo superior a 30 minutos de viagem em estrada”, valor que pode ser visto, segundo a ERS, “como baixo no acesso aos cuidados de saúde convencionados” e coloca “barreiras de proximidade” aos potenciais utentes. O “Diário do Alentejo” tentou até à hora do fecho uma reação por parte da ARS Alentejo, mas, apesar de prometida, ela não chegou em tempo útil.

Freguesia de Santo Agostinho

Urgência Básica de Moura sem serviço de segurança

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Junta de Freguesia de Santo Agostinho, no concelho de Moura, manifestou o seu “desacordo”, junto do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), perante a decisão de “retirar o Serviço de PUB

09 Diário do Alentejo 21 junho 2013

Dois alunos de Beja vencem concurso do Plano Nacional de Leitura

Segurança do Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Moura”. Uma decisão “errada”, considera a junta, na medida em que coloca “em causa a segurança, integridade física, quer de funcionários, quer de utentes, e certamente, o bom fun-

cionamento desta unidade de saúde”. Deste modo, Santo Agostinho apela à presidente da Ulsba para que “desenvolva as diligências necessárias de forma a repor no Serviço de Urgência Básica de Moura o serviço de segurança suprimido”.

Limpar o bairro da Esperança O bairro da Esperança, em Beja, vai receber a iniciativa “O bairro que nem um brinco”, que consiste numa operação de limpeza em regime de voluntariado. A ação decorre no âmbito do projeto “Flores da Esperança”, da responsabilidade da Rede Europeia Contra a Pobreza e do Centro Social do Bairro da Esperança. A Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, parceira do projeto, irá disponibilizar todo o material necessário e, em colaboração com a Câmara de Beja, irá remover o entulho ilegalmente depositado próximo do Centro Social e do edifício da Fermentopão.

ADPM faz jantar às escuras Um jantar totalmente às escuras, para sentir na pele as limitações de quem não vê, foi o que propôs ontem, dia 20, no restaurante “O Tamuje”, em Mértola, a Associação de Defesa do Património de Mértola, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, no âmbito do projeto Encaixa-te. O desafio repete-se no próximo dia 27, em Beja, no restaurante “Vovó Joaquina”: sentir os aromas, temperaturas, sabores e texturas de um menu invisível.


PS “estranha” cancelamento de festas populares em Castro Verde

Diário do Alentejo 21 junho 2013

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A candidatura do PS em Castro Verde manifestou a sua “estranheza” por não se realizarem este ano as festas populares no bairro da Cerca dos Pinheiros, devido “à notória incapacidade da câmara municipal para promover o diálogo”. Em 2012, as festividades coincidiram com a realização do Festival Terras Sem Sombra em Castro

António Bota defende gabinete de apoio a agricultores O fórum “Almodôvar, Capital do Pão Alentejano”, organizado e promovido pelo PS, e que contou com o eurodeputado Capoulas Santos como convidado de peso, reuniu, no último dia 15, mais de uma centena de participantes, designadamente agentes económicos, sobretudo do setor agropecuário. Na ocasião, a equipa que o candidato Antonio Bota

lidera na lista à câmara local, mostrou-se “completamente disponível para servir de mediadora entre as entidades governamentais e todos os empreendedores” do concelho interessados em dinamizar projetos de agricultura e atividades relacionadas. No fórum defendeu-se também a criação, no município, de “um gabinete de apoio logístico e técnico para formular os projetos agrícolas e apoiar candidaturas diversas”.

Apenas Ourique aguarda até hoje para tomar decisão

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c h u m b o d o Tr i b u n a l Constitucional à decisão do Governo de suspender o subsídio de férias, a lei que determina o pagamento da prestação com o salário de junho e o esclarecimento de que as autarquias têm autonomia sobre a matéria foram, na globalidade, as razões que levaram algumas câmaras do distrito a tomar esta decisão. PUB

Além de autonomia, “a maior parte das autarquias, para não dizer todas, tem capacidade financeira para pagar aos seus trabalhadores”, o que “demonstra que o Poder Local é, possivelmente, o único setor do Estado que está a diminuir dívidas e a fazer com que o País cumpra os compromissos a nível internacional sem deixar de cumprir a Constituição e os direitos dos trabalhadores”, disse Nelson Brito, presidente da Câmara de Aljustrel. Serpa, que efetuou o pagamento no dia 13, explicou em nota de imprensa que aplicou “a lei em vigor que determina o pagamento deste subsídio em junho, e visto que dispunha de capacidade financeira e orçamental para o efeito”. Excluído deste pagamento adiantado ficou o executivo camarário que, “caso a nova norma que o Governo quer estabelecer não seja aplicada, receberá no período normal, a 21 de junho”. Moura pagou a prestação aos seus trabalhadores na terça-feira, 11, uma

António Tereno de novo em Barrancos António Pica Tereno é novamente o cabeça de lista da candidatura da CDU ao município de Barrancos, nas próximas eleições Autárquicas. A decisão foi anunciada no início da semana pela Coordenadora Concelhia de Barrancos da CDU, que tem igualmente definidos os candidatos à assembleia municipal, Emílio Carvalho Rodrigues, e à junta de freguesia, André Elvira Carvalho.

Municípios pagam subsídio de férias Todos os municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral já terão procedido ao pagamento do subsídio de férias aos seus funcionários. A Câmara de Ourique, presidida por Pedro do Carmo, informou o “Diário do Alentejo” que “salvo o aparecimento de algum despacho” em sentido contrário, também o faria durante o dia de hoje, sexta-feira. A esta lista há ainda a acrescentar a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) que também já efetuou o pagamento aos seus colaboradores.

Verde e, nessa altura, concluiu-se que as duas iniciativas poderiam tornar-se incompatíveis. Mas, concluem os socialistas, nos meses seguintes “ao invés de procurar coordenar o calendário dos dois eventos, evitando que os dissabores de 2012 se repetissem este ano, os eleitos da CDU preferiram não dialogar nem promover qualquer solução”.

medida que, explica, “por um lado, visa cumprir a lei em vigor e, por outro, pode ter efeitos positivos na economia local”. A decisão, esclarece ainda a autarquia, foi tomada depois de “confirmadas as disponibilidades financeiras e orçamentais do município” e no “quadro da autonomia do Poder Local democrático e de acordo com as leis da República que, nesta matéria, determinam o pagamento do subsídio de férias em junho”. O Presidente da República, à hora do fecho da presente edição, ainda não se tinha pronunciado sobre o diploma que regula a reposição dos subsídios de férias dos funcionários públicos para 2013. Cavaco Silva disse apenas aos jornalistas que tinha dado indicação aos serviços da Presidência para analisarem o documento com prioridade. Quanto à data dos pagamentos, Cavaco respondeu que “antigamente eram pagos em novembro e em junho, que me recorde”. Aníbal Fernandes

Lopes Guerreiro aposta na vitória em Beja O movimento de cidadãos “Por Beja com Todos” apresentou na segunda-feira, 17, as suas listas de candidatos ao concelho de Beja, nas próximas Autárquicas. A lista à Câmara de Beja é encabeçada por Lopes Guerreiro, como já era público. Seguem-se Celina Nobre, Florival Baiôa, Bexiga Fialho, Ana Paula Costa, Susana Ferreira e Pedro Barahona. À assembleia municipal aparece, em primeiro lugar, Cristina Taquelim, seguida, entre outros, por José Pedro Oliveira, Angelina Soares e José Janeiro. Raul Bule é o candidato à União de Freguesias de Salvador e Santa Maria da Feira e António Malheiro o nome proposto para a União de Freguesias de Santiago Maior e São João Batista. Lopes Guerreiro assumiu como meta a vitória e disse que o movimento não participa nas Autárquicas “por participar”.

Movimento Pensar Serpa apoia PS O movimento independente Pensar Serpa, que apoia a candidatura de Noel Farinho, pelo PS, ao município local, foi oficialmente apresentado na última sexta-feira, dia 14. Os principais rostos do movimento são António Piçarra, João Santos, Ivo Garcias, Elisabete Teixeira, Pedro Teixeira e Manuel Soares.

Jovens do PS debatem empregabilidade O movimento “Jovens com Outro Caminho”, que assume o seu apoio ao projeto autárquico do PS para o concelho de Vidigueira, promoveu no último domingo, 16, o fórum “Constrói o Teu Futuro – Educação e Empregabilidade”, que decorreu em torno da seguinte questão: “Como pode, e deve, neste contexto, a autarquia assumir integralmente o papel de agente facilitador, mobilizador de energias e vontades?”.

PSD/CDS-PP com Estradas de Portugal Os cabeças de lista da coligação PSD/CDS-PP à Câmara Municipal de Vidigueira, José Maldonado, e à assembleia municipal, João Roberto, reuniram-se na terça-feira, 18, com o diretor da delegação de Beja da Estradas de Portugal, Luís Melo, tendo abordado as “más condições do traçado do IP2 no concelho de Vidigueira”. De acordo com Luís Melo, informa a distrital laranja, “as negociações estão a decorrer e a pressão [junto da subconcessionária] tem sido constante para que as obras arranquem muito rapidamente”.

PSD/CDS-PP reúne-se com entidades Os candidatos da coligação PSD/CDS-PP à Câmara e Assembleia Municipal de Beja, respetivamente João Pedro Caeiro e José António Falcão, estão a levar a cabo reuniões com diversas entidades do concelho de Beja, para ouvir as preocupações dos diversos agentes. Ao longo desta semana foram realizados encontros com a Associação de Estudantes da Escola Agrária, Santa Casa da Misericórdia, Museu Regional de Beja, Conservatório Regional do Baixo Alentejo, Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, Instituto Politécnico de Beja e Cooperativa Agrícola de Beringel.


11 Diรกrio do Alentejo 21 junho 2013 PUB


12 Diário do Alentejo 21 junho 2013

A verdade é que toda a grande poesia é para ser levada a sério. É uma forma de conhecimento do que há de mais profundo em nós e também naquilo que nos rodeia. É claro que, ao lermos, num poema de Mensagem, que Portugal hoje é nevoeiro, que ninguém sabe que coisa é ou que coisa quer, etc., pensamos na atualidade destas palavras”.

Entrevista A 13 de junho correram 125 anos sobre o nascimento de Fernando Pessoa (1888-1935). Para assinalar a data, o “Diário do Alentejo” convocou uma das maiores investigadoras

Pessoa nasceu há 125 anos em Lisboa. Uma das suas maiores estudiosas, Manuela Parreira da Silva, nasceu há 62, em Castro Verde

“Falta cumprir-se Portugal” e falta Portugal cumprir Pessoa

da infindável “arca” do poParreira da Silva. Poetisa, tradutora, professora, ensaísta, investigadora com vasta obra pessoana, Manuela Parreira da Silva é natural de Castro Verde (1950). Estudou no Externato dr. António Francisco Colaço e no Liceu de Beja, antes de ingressar na Faculdade de Letras de Lisboa. Doutorada em Literatura Portuguesa, atualmente leciona na Universidade Nova de Lisboa. Ainda há pouco, reuniu num só volume a correspondência completa entre Pessoa e Ofélia. Nesta entrevista, Parreira da Silva passa em revista os seus primeiros contactos com a poesia de Fernando Pessoa. Interroga a “mensagem” do livro Mensagem. Recorda a aborrecida experiência de Pessoa no Alentejo. Ou relembra que falta cumprir-se Portugal, tal como falta Portugal cumprir Pessoa. Texto Paulo Barriga

Como e quando descobriu a poesia de Fernando Pessoa?

Lembro-me que um dos primeiros livros de poemas que li (da “velha” biblioteca itinerante da Gulbenkian) foi um de Fernando Pessoa. Lembro-me de ter copiado um ou dois textos para uma agenda, mas não me lembro quais. Depois, na Faculdade de Letras, enquanto aluna, a análise de alguns poemas de Pessoa fazia parte das então chamadas aulas práticas. Mas, a sério, o meu estudo da obra pessoana começou quando, já como professora do ensino secundário, lecionei o 12.º ano e tive, sozinha, de tentar desbravar um terreno tão difícil e aliciante como a obra de Pessoa e seus heterónimos. Tem sido uma das principais investigadoras da obra de Pessoa. A “arca” do poeta ainda tem alguns segredos por revelar?

A “arca” do poeta é uma espécie de poço sem fundo. É difícil a cada investigador, só por si, dar conta de todo o material. Pela parte que me toca, estou sempre a ser surpreendida. O que resta, em termos simbólicos, da “mensagem” de Fernando Pessoa?

Se se refere à “mensagem” do livro Mensagem, creio que temos obrigação de ler mesmo o livro. A mensagem é aquilo que cada leitor for capaz de captar. Ele terá querido enviar ou deixar uma “mensagem” (daí o próprio título): a que, num apontamento existente no espólio, faz derivar a palavra do título da expressão latina mens agit molem (a mente faz mover a matéria) e que está também expressa no verso “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Ou a de que a Portugal incumbe a missão de ser a sede de um “Quinto Império” espiritual, um Império de Cultura. Só, então, concretizado este, Portugal se cumprirá. Mas há muitas interpretações do livro – umas

esotéricas, que tentam desocultar os símbolos presentes quer na estrutura da obra, quer nos vários poemas; outras, mais imediatas e históricas; outras, que se atêm apenas às questões literárias propriamente ditas. Eu acho, no entanto, que Mensagem, ainda que seja apenas uma parte ínfima do legado pessoano, é uma obra essencial para perceber o projeto do autor. A eventual “mensagem” de Fernando Pessoa pode, evidentemente, ser encontrada em muitos outros poemas, textos de intervenção, artigos (que deixou espalhados por jornais e revistas). Se lermos de forma global a sua obra, encontraremos se calhar ainda outra mensagem: a de que cada ser humano é múltiplo daí a obra multifacetada dos heterónimos - e que “é preciso sentir tudo de todas as maneiras”, mergulhar no mais fundo de nós, ou subir ao que nos transcende, para alcançar o verdadeiro conhecimento. Pensa que nos poderíamos socorrer mais dos ensinamentos de Fernando Pessoa, nomeadamente para enfrentar os tempos de tumulto identitário que se vivem em Portugal?

Não sei se devemos falar em DR

eta do desassossego: Manuela

O que nos falta é vontade, ânimo, ação, confiança, como a que permitiu outrora a aventura dos descobrimentos. Mas Pessoa também alerta para que não vivamos à sombra de glórias passadas. A nova aventura é ir em busca de uma Índia “que não vem nos mapas”. O trabalho é mais de caráter mental do que material ou económico (como agora nos tentam “vender”).

ensinamentos... A verdade é que toda a grande poesia é para ser levada a sério. É uma forma de conhecimento do que há de mais profundo em nós e também naquilo que nos rodeia. É claro que, ao lermos, num poema de Mensagem, que Portugal hoje é nevoeiro, que ninguém sabe que coisa é ou que coisa quer, etc., pensamos na atualidade destas palavras. Mas também lemos que “É a Hora!”. E essa Hora depende inteiramente de nós. Talvez os portugueses não tenham qualquer problema de identidade, talvez sofram até de “sobreidentidade” (como diria Eduardo Lourenço). O que nos falta é vontade, ânimo, ação, confiança, como a que permitiu outrora a aventura dos descobrimentos. Mas Pessoa também alerta para que não vivamos à sombra de glórias passadas. A nova aventura é ir em busca de uma Índia “que não vem nos mapas”. O trabalho é mais de caráter mental do que material ou económico (como agora nos tentam “vender”). Fez publicar, não há muito, as cartas de amor trocadas entre Pessoa e Ofélia Queiroz. Depois do estudo destas missivas consegue traçar um quadro da relação entre ambos?

Parece-me uma relação normal entre dois namorados, com os seus momentos de grande ternura e os seus arrufos. É claro que o facto de um dos namorados ser um grande poeta dá outra dimensão à história amorosa. Daí o grande interesse e curiosidade que é ver como um homem da envergadura intelectual de Fernando Pessoa se expõe, com o seu quê de ridículo, nestas cartas de amor necessariamente “ridículas”. Não se pode esquecer, no entanto, que as cartas não foram escritas para serem lidas por terceiros. Ao entrarmos na sua intimidade, acabamos por sofrer também um pouco, pois somos “obrigados” a incluir ou a


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SUSA MONTEIRO

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confrontar estas cartas com a obra poética. Aí, elas ganham outro valor. É evidente que, sobretudo na segunda fase do namoro, quando começa a estar presente o heterónimo Álvaro de Campos, a relação parece tornar-se menos autêntica e mais um exercício literário, da parte de Pessoa, já que Ofélia permanece igual a si própria. É, no fundo, uma mulher que anseia por casar, por ter uma família, um lar, como qualquer rapariga burguesa daquela época. Nesse aspeto, um homem como Pessoa não podia, obviamente, corresponder-lhe. Existia um homem descontroladamente apaixonado, platónico, para lá do poeta?

Não me parece. Nada nos mostra um homem descontrolado. Pessoa surge sempre comedido, mas seria, naturalmente, uma pessoa sujeita à emotividade (que perpassa em muitos poemas, ao contrário do que se convencionou dizer acerca da sua frieza), aos sentimentos comuns, que, segundo os que o conheceram, gostava de anedotas, ria com gosto, tinha sentido de humor. Platónico no amor, não creio que o fosse. As cartas estão cheias de pistas no sentido oposto. O namoro com Ofélia passava também por manifestações físicas muito concretas. E depois Fernando Pessoa bebia bastante, sem mostrar sinais de embriaguez. Relativamente à poesia, defende sempre que o poeta

nunca deve expressar espontaneamente, primariamente, as emoções e sentimentos, mas passá-los pelo filtro do pensamento, intelectualizá-los, antes de escrever. Enquanto alentejana, e com base nos raros momentos em que Pessoa se debruça sobre o Alentejo, que retrato faria ele da nossa região?

Parece-me que seria um não-retrato. Ele conheceu certamente muito pouco do Alentejo: conheceu a paisagem, nos trajetos (talvez muito poucos) para o Algarve (onde ia visitar a família do pai, em Tavira). Esteve em Évora, a passar um Natal, em casa da irmã que aí viveu algum tempo. Esteve alguns dias em Portalegre, a comprar

máquinas para uma tipografia e mostra algum aborrecimento com o marasmo do local (apesar do excelente vinho...). Fernando Pessoa nasceu há 125 anos. Considera que o poeta tem recebido a homenagem merecida?

Não dou muita importância às homenagens. As homenagens, às vezes, são apenas uma forma de desculpabilização pelo desconhecimento e pela pouca importância que, muitas vezes, atribuímos ao homenageado. A verdadeira homenagem é pôr as pessoas a ler os seus textos. Faltará ainda cumprir-se Portugal, mas será que Portugal tem cumprido Pessoa?

É, por isso, que continuam a fazer sentido, as suas palavras. “Falta cumprir-se Portugal” e falta Portugal cumprir Pessoa. Talvez que, quando se cumprir Portugal, automaticamente se cumpra Pessoa, ou vice-versa.

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Acho que o poeta é hoje mundialmente conhecido e reconhecido, tanto quanto um poeta português pode ambicionar. Há gente que vem para Portugal e estudar português, para poder ler Pessoa no original; há teses de doutoramento a serem feitas sobre a sua obra, em muitos países, até bem longínquos; há congressos internacionais que lhe são dedicados. Hoje, em Portugal, Pessoa é uma referência: é nome de escolas, de cafés, de prémios, etc.; anda nas quadras e nas marchas populares; é personagem de teatro e cinema e os seus textos são motivo de canções, de fados; é um verdadeiro ícone nacional (até já foi rosto de uma nota de cem escudos...). Mas também é verdade – e essa é a parte lamentável – que pouca gente verdadeiramente lê os seus textos, os conhece mesmo. Só assim se explica que tomem por poemas ou aforismos de Fernando Pessoa certos textos que circulam na Internet e que nada têm que ver com ele, nem poderiam. Acaba, portanto, por ser muito pouco conhecido. Em Portugal (e não só) fica-se muito pela aparência, pela superficialidade. É, por isso, que continuam a fazer sentido, as suas palavras. “Falta cumprir-se Portugal” e falta Portugal cumprir Pessoa. Talvez que, quando se cumprir Portugal, automaticamente se cumpra Pessoa, ou vice-versa.


O braço-de-ferro do ministro e dos professores nunca foi por aquele decentemente esclarecido. A verdade é que os professores, ameaçados, aos milhares, de ser “dispensados”, apenas lutam pelos seus lugares e pelo trabalho a que têm direito. Baptista-Bastos, “Diário de Notícias”, 19 de junho de 2013

Opinião

Reorganização sem participação? Munhoz Frade Médico

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á já algum tempo que no direito internacional se reconhece a necessidade de transparência na administração da coisa pública, para que, designadamente, os cidadãos conheçam os critérios em que se fundamentam as opções políticas na governação das nações. No nosso país é hoje possível aceder livremente a estudos e documentos que são instrumentos de trabalho de ministros. Recentemente, num desses documentos(1) se afirma que “A contínua disponibilização de informação desde setembro de 2011 tem permitido um maior conhecimento do desempenho do SNS, por parte dos cidadãos e das comunidades, reforçando os mecanismos de transparência e de responsabilização da gestão, da prestação e do consumo de cuidados de saúde. O ano de 2013 é marcado pela entrada em vigor de relatórios de benchmarking trimestrais baseado no modelo proposto pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), aumentando a transparência e partilha de informação com a comunidade (…)”. Numa análise de proximidade que consta de outro importante documento de trabalho(2) se afirma que existem “desigualdades no acesso dos utentes e uma distribuição de hospitais eventualmente desajustada à distribuição da população residente, caracterizadas por regiões em que as respetivas populações terão maiores dificuldades no acesso aos cuidados de saúde hospitalares, especialmente nas regiões do Alentejo e Algarve”. Na sequência do debate público gerado pela existência de alguma opacidade num processo de reorganização da lotação do Hospital de Beja, colocaram-se na blogosfera alguns argumentos dispersos sobre a necessidade de reorganizar a distribuição das camas pelos serviços que o integram. Foram evocadas razões de ordem técnica, quer provenientes de estudos realizados por organismos da administração central, quer outros, designadamente inerentes a avaliações próprias da acessoria da gestão local. Invocaram-se vários indicadores, entre os quais a taxa de ocupação. Ora vejamos. Caracterizemos o nosso contexto como o de um hospital que serve uma população envelhecida e dispersa por uma grande área, que dispõe de recursos globais de internamento determinados há mais de quatro décadas, que – fruto das evoluções sociodemográfica e epidemiológica – têm vindo nos últimos anos a ser utilizados de forma diversa, nas suas diferentes valências. Como dado mais percetível, refira-se: em 2007, efetuaram-se 883 internamentos por cada 10 000 habitantes do Baixo Alentejo(3) (dados de 2012 ainda não disponíveis). Consultando os dados estatísticos disponíveis relativos à atividade do Hospital de Beja nos últimos seis anos, constatamos que se regista grande variação nas taxas de ocupação, entre diferentes especialidades. Por exemplo: num serviço variou de 90,66 por cento a 93,63 por cento, noutro de 52,09 por cento a 68,45 por cento. Sabendo que a utilização adequada de camas num hospital de agudos com urgência geral aberta se define por taxas de ocupação não excedendo os 85 por cento nem sendo inferiores a 75 por cento(1), algo deve ser feito no sentido de melhorarmos esse indicador.

RUI EUGÉNIO

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É já neste sábado que se inaugura oficialmente a obra de reconversão das PORTAS DE MÉRTOLA. É já neste sábado que termina oficialmente o fim do martírio para os comerciantes do coração da cidade de Beja. Há quem goste e há quem critique e há quem ironize com as soluções encontradas. Uma coisa é certa: a “meia-laranja” está mais aprazível do que nunca para receber o estio. PB

A greve é, portanto, um direito que não se discute, como o poder papagueia há 30 anos, porque está tendencial e deliberadamente inutilizado. Começar a rever isto é um serviço ao País. Quando os professores têm coragem para pontapear este pedregulho atravessado no caminho da democracia, dão-nos uma grande lição cívica. Pedro Tadeu, “Diário de Notícias”, 18 de junho de 2013

Num estudo efetuado com o objetivo de contribuir para a reorganização da rede hospitalar em Portugal(4), é reconhecido “(…) um importante espaço de liberdade institucional ao nível da gestão e organização interna dos hospitais, na medida em que permite uma gestão adequada aos condicionalismos específicos de cada organização, incluindo os seus recursos físicos e humanos, ao seu enquadramento administrativo e na rede hospitalar, e à região em que se insere.” É justamente esse “importante espaço de liberdade institucional” que esperamos que a administração da Ulsba assuma, no pressuposto de que uma “dinâmica de autonomia e responsabilização deve promover o total envolvimento dos profissionais”(4). Dificilmente compreenderíamos que essa função fosse relegada para instância regional. (1) “Relatório de Benchmarking | hospitais EPE e PPP”, 15/5/2013, ACSS (2) “Análise da Sustentabilidade Financeira do Serviço Nacional de Saúde”, 29/9/2011, ERS (3) in “Perfil de Saúde da Região de Saúde do Alentejo”, dezembro de 2012, ARS Alentejo (4) “Estudo para a Carta Hospitalar”, 18/4/2012, ERS

Via humana

o propósito do político local passa por reforçar as relações sociais globais das suas gentes. É precisamente a globalização que oferece os recursos impensáveis: mobilidade de talentos; destinos profissionais e de lazer; ou alianças com condições de escala. Porém, não nos podemos esquecer que vivemos num mundo da localização . Assim, por exemplo, sobre as tendências que obrigam à adaptação do discurso político, surgem algumas questões: o político preocupa-se com o estado da via pública e da via humana? Há políticas avançadas de receção ao recém-chegado e acolhimento que permitam uma eficaz envolvência do indivíduo na vida pública local? Há instrumentos de aculturação? As políticas de apoio ao envelhecimento são divulgadas para os que podem querer envelhecer cá? Ou seja, há políticas para os que não são da terra? O estatuto de visitante está “institucionalizado”? Entre queixas e o conformismo, a resposta do eleitorado pode privilegiar, no político, o que desenha outros poderes e papéis: uma fonte próspera para o poder local.

Subjetividade ou subjetivismo? Manuel António Guerreiro do Rosário Padre

Jaime da Silva Lopes Investigador em Ciência Política

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relação da política com a terra esquece muitas vezes que também pode ser feita para os que não estão. Os lamentos sobre as acessibilidades e os obstáculos ao progresso e ao desenvolvimento das localidades do interior delimitam um discurso de incapacidade e impotência face aos desafios. A interioridade pode assim comportar a falta de recursos, à medida que cresce a mancha de abandono, e sobe a linha do isolamento. Mas os constrangimentos geográficos podem ser contornados. Mais que o ónus periférico, a dimensão das municipalidades é relevante, por exemplo, para a captura de fundos. Neste caso, a intermunicipalidade é um caminho da política económica local. Contudo, não se pode ignorar o fator humano. Neste quadro, duas vertentes requisitam o político. Por um lado, a dinamização local. E a dimensão global, pelo outro. Ambas reforçam um argumentário, sobre expetativas e identidades, que diverge da gestão de dinâmicas que fitam no litoral. Parece não haver dúvidas que a aproximação da cidadania às práticas políticas locais beneficia a democracia. Ou seja, fomentar a participação daquela também melhora o sistema político. A participação da população pode configurar uma primeira exigência ao poder local: com fins de envolvência para a formação de valores e para a fixação da população. E depois seguem-se outras: a integração do interior nas dinâmicas desenvolvidas do litoral; a reestruturação industrial e produtiva; o desenvolvimento das infraestruturas; o conhecimento preciso sobre a rentabilidade das atividades locais. Ou a promoção científica, tecnológica, da educação e do bem-estar. Mas também a internacionalização cultural, com projetos da especificidade local no meio global – onde

ujeito, Objeto e Circunstâncias formam aquele tripé que S. Tomás de Aquino, no século XIII, intitulou como: “fontes da moralidade”. Falar de sujeito, no fundo, é falar da pessoa que age, da intenção com que o faz, do fim que procura atingir. A sua importância hoje é inegável e indiscutível. Devemo-lo a Descartes e, sobretudo, a Kant, considerado por muitos, o pai da subjetividade. Se a subjetividade é um valor, não se pode, porém, esquecer os outros dois elementos que S. Tomás refere, sob pena de naufragarmos no completo individualismo, no subjetivismo puro e duro, para o qual não há valores universais, nem princípios inegociáveis, mas tão só aquilo que o meu eu valoriza, porque tudo depende de mim e da minha intenção, que se converte na única fonte das decisões morais. É por estas águas que navega a chamada Ética de Situação. A objetividade é um valor e a sua recuperação uma necessidade, de que todos poderemos usufruir. Por razões de tempo, limito-me a mencionar estes benefícios: melhor entendimento da essência da igualdade entre todos os seres humanos, mais respeito pelos outros, maior corresponsabilidade pelo nosso destino comum neste planeta. A um nível mais pragmático, para alguns decerto mais incómodo, recuperação do valor da palavra dada, que compromete, de facto, quem a profere, e cuja interpretação não pode depender apenas das circunstâncias, dos interesses pessoais ou de grupo. Desde o papa João Paulo II a Igreja tem procurado chamar a atenção para os perigos do subjetivismo e para as consequências que daí podem advir, se se perderem as referências objetivas e não se considerarem as circunstâncias. O papa Bento XVI continuou nesta linha e o papa Francisco tem igualmente reforçado esta tónica. Aliás, a sua prática pastoral, enquanto arcebispo de Buenos Aires, foi bem reveladora da sua predileção pelos mais pobres e abandonados, à semelhança de Jesus Cristo, porque todos somos iguais!


E nas Portas de Mértola, o café LUIZ DA ROCHA. Essa entidade primordial das vivências bejenses, que se mantém sob a organização de uma cooperativa de trabalhadores, completa 120 anos por estes dias. Esta semana, o “DA” presta homenagem ao principal café da cidade, relembrando as histórias dos seus mais indefetíveis clientes, assim como as suas mais belas iguarias. PB

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15 Todos os alunos das escolas de Beja puderam fazer o exame nacional que o Ministério da Educação agendou para o dia de GREVE DOS PROFESSORES. Uma realidade que contrasta com o número de docentes que acabaram por aderir ao protesto. E que não apaga a barafunda que está instalada não apenas na avaliação destes alunos, mas, sobretudo, no coração do próprio sistema de ensino português. PB

Diário do Alentejo 21 junho 2013

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Porém, na minha opinião, os professores estão a proceder mal, muito mal. Não na decisão de defender os seu direitos (dos quais a recusa das 40 horas semanais de aulas na realidade é certíssima), recorrendo à greve. Mas porque considero que esta escolha cirúrgica de fazer greve na altura dos exames desestabiliza e prejudica os seus alunos, vítimas inocentes, pois nem estes representam o Ministério da Educação nem o Governo, contra quem, justa ou injustamente, os professores estão contra. João Paulo Ramôa, rádio Pax, 17 de junho de 2013

Entre a matemática e a dança Telma Santos Prof.ª do departamento de Matemática da Universidade de Évora

À primeira vista pode parecer que a matemática, vista como o domínio da racionalidade, e a dança, a arte da expressão física e emocional, pertencem a universos de pensamento e ação diferentes. Mas na verdade estas duas áreas estão fortemente ligadas. Quando construímos a coreografia de uma nova dança ou investigamos um problema matemático, estamos a seguir na essência o mesmo caminho: estamos a explorar criativamente modelos no espaço e no tempo, não descurando o potencial estético da dança ou do problema matemático em causa. Uma das mais óbvias relações da matemática com a dança é a geometria, pois podemos considerar formas, modelos, ângulos e simetrias em vários aspetos da dança, tendo em conta os objetivos concretos. Se pensarmos, por exemplo, numa bailarina com pernas em segunda posição, com os pés rodados para fora, pés em meia ponta e braços esticados em cima, em forma de V, na verdade estamos também a visualizar um retângulo em que as coxas estão paralelas e as tíbias perpendiculares ao chão, e ainda desenhar uma linha imaginária que liga as palmas das mãos e com os braços formam um triângulo. Em muitos espetáculos contemporâneos já é usada tecnologia para evidenciar aspetos geométricos da dança (http://www.youtube. com/watch?v=0TgNtBJf184). Um espetáculo de dança, quando olhado como um conjunto de elementos que mudam de posição à medida que o tempo passa, pode ser visto também como um sistema dinâmico multidimensional: consideramos a posição de cada bailarino no espaço como os elementos, e podemos explorar o comportamento do sistema à medida que o tempo passa. Também no domínio das equações diferenciais parciais temos o Princípio do Máximo Forte, que afirma que soluções não negativas para equações envolvendo funções que verifiquem determinadas condições de suavidade, sendo regular o domínio associado à equação, não podem tocar a origem no interior desse mesmo domínio, senão não são mais do que a solução nula. Neste sentido pode construir-se uma coreografia em que se estudem as condições de regularidade e suavidade, tanto espaciais como temporais para que esse princípio seja explorado. As soluções podem passar por ter vários bailarinos num determinado espaço no palco, em que cada vez que se tocam passam a ser um e o mesmo no interior desse espaço, podendo separarse fora dele. Matemáticos e coreógrafos como Erik Stern e Karl Schaffer (http://www.mathdance.org) têmse dedicado à divulgação de relações entre a matemática e a dança, sendo já reconhecidos alguns elementos de possíveis relações nos trabalhos de Rudolf von Laban em notação de dança, bem como de Merce Cunningham nas suas séries de movimento.

Cartas ao diretor permitia longas conversas ao anoiteAlentejo cer, entre familiares e vizinhos, namorados e apaixonados, indignados – vivências e revoltados… Eram tempos difíceis, em que os momentos de lazer aproe paixões… ximavam e reforçavam as relações Domitília Diogo Soares Venda Nova

Há três fins de semana lá fui eu, mais uma vez, com entusiasmo, a caminho do Alentejo… Vou sempre com grande alegria à descoberta da beleza, da novidade, da tranquilidade (que qualquer um de nós pode usufruir), existentes nos vários recantos paisagísticos alentejanos, ainda por explorar, quer nas zonas do interior, quer nas do litoral. São muitos os sentimentos de pertença que me ligam a esta região, com particular enfoque para quatro zonas territoriais bem diferenciadas. A aldeia de Baleizão onde nasci, sempre marcada por fortes vivências, paixões e aprendizagens, nas primeiras duas décadas da minha existência, que foram e são orientadoras do meu percurso de vida. Também na cidade de Beja, onde iniciei os meus estudos, procurei descobrir os múltiplos traços culturais que, em permanente transformação e durante vários séculos, serviram de cenário aos vários acontecimentos históricos e sociopolíticos, cruzando uma pluralidades de culturas que coexistiram e coexistem dentro das suas muralhas e que ainda hoje são visíveis ao olhar menos atento de quem a visita. Ainda de referir Serpa, um território de grandes memórias e tradições seculares (algumas delas que ainda hoje se mantêm!) eleita, por quase todos os baleizoeiros, como local privilegiado de festas e romarias, pelo menos uma vez por ano, nas décadas de 50 e 60, do passado século XX. Mas, sempre em mim existiu um forte deslumbramento (talvez por viver afastada do mar) por um rio que fez as delícias da minha infância e juventude – o Guadiana. Quem nasce no interior do território alentejano sente um certo fascínio pela água, porque, embora a terra seja apelativa e generosa, em produtos, cores e sabores e tenhamos um horizonte a perder de vista… a água dos poços, a que corre nas fontes, nos rios, no mar constitui uma outra dimensão da vida, que completa a primeira. A minha infância e juventude, que ocorreram durante os tempos da ditadura, foi povoada de conversas em redor do poço que ainda hoje existe em Baleizão. Ir buscar água ao poço

de vizinhança, amizade e solidariedade entre as pessoas que lá viviam.

Esta greve é, acima de tudo, uma lição que os professores dão aos seus alunos. Uma lição sobre coerência e verticalidade daqueles que põem em prática o que ensinam e que, em nome do direito a uma educação digna e de qualidade, se manifestam com prejuízo próprio para defender um direito que é de todos – o direito a uma escola pública com qualidade.

Razões para uma greve

A greve

Francisco Marques Beja

Diamantino António Funcheira

(…) este assunto não me diz respeito apenas a mim e aos meus colegas professores, mas a todos os portugueses que defendem uma escola pública de qualidade, uma escola que possa ser o local privilegiado para a formação dos nossos jovens e na qual estes possam adquirir competências que os ajudem a ser um dia cidadãos conscientes e de pleno direito. Mas voltemos ao assunto e questionemo-nos sobre o que dizem aqueles que querem fazer passar a mensagem segundo a qual os professores são irresponsáveis por aderirem a uma greve coincidente com um dia de exames: Serão então estes professores irresponsáveis? A resposta é, obviamente, negativa, sobretudo se pensarmos que o que está em jogo não são tanto reivindicações de caráter económico ou laboral, mas, sobretudo, aspetos relacionados com a qualidade e com as condições do ensino que é ministrado nas nossas salas de aula. Para todos os que – à semelhança dos professores – querem construir jovens que no futuro serão cidadãos conscientes do mundo que os rodeia e fazê-los sentir o respeito pelo outro como uma regra fundamental da vida em sociedade, esta greve demonstra exatamente o contrário: a enorme responsabilidade dos professores. Cabe-nos a todos nós, professores, pais e alunos, não nos deixarmos iludir pelos falsos moralistas que tentam desvalorizar a profissão e pôr de rastos a dignidade destes profissionais que, precisamente por serem competentes, se viram “obrigados” a encetar esta forma de manifestação, mais do que legítima num país que se diz democrático. Se permitirmos a desqualificação total da classe docente é inevitável a consequente desvalorização da escola pública e, deste modo, que futuro estaremos a preparar para os nossos?

O Governo, coitadinho, agora é que está triste pelo facto de os alunos não fazerem os exames nos dias em que calha a greve dos professores. Mas o Governo não está triste por saber que a maior parte dos alunos vai para a escola sem ter nada para comer e passa fome.

Novo visual das Portas de Mértola Manuel Dias Horta Beja

Pode-se gostar ou não gostar, pode-se, até, criticar, mas as Portas de Mértola têm novo visual, para melhor, observo eu. Com as orelhas ainda quentes das críticas a um Polis de má memória e de mau gosto, nesta intervenção na baixa citadina alguém cuidou de harmonizar o estritamente necessário com o belo e com o agradável. Ao suprimir os lancis e passeios transferiu-se o espaço para a rua, mais ampla, mais arejada e mais cativante. Que bem que ficam as esplanadas, não só as já existentes, como as agora aparecidas, com os seus mobiliários adequados e modernos! Aumentou-se o pedonal, um convite a passear e a circular. Uma brisa suave e inofensiva tem via aberta nas ruas que ao centro vão convergir. Ao alto, como se fosse um teto, umas telas em forma de asa de papagaio ajudam a aliviar as esturreiras de verão. Também um cheirinho de romantismo marca presença, basta acompanhar o doce murmúrio da água que humedece o solo e se baixa e se levanta. Ah! Velhinho arrabalde de São Francisco, se pudesses cá voltar, que vaidade sentiria em mostrar-te o que está agora no teu lugar. E para tudo equilibrar, não deixem de lavar a cara a um ou outro imóvel que está a destoar.


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Memória É um lugar de referência para a cidade e para toda a gente que a visita. Foi um café que se projetou no País, porque falar em Beja é falar do Luiz da Rocha”. Escoval Lopes, médico reformado

Para um homem há duas coisas difíceis de trocar: café e barbeiro. O que o distingue é manter este certo sabor antigo, tradicional. É um património”. Joaquim Carrusca, engenheiro reformado

Clientes habituais e cooperantes traçam história

120 anos de Luiz da Rocha Foi há 120 anos que o Luiz da Rocha abriu portas, em Beja. Os clientes habituais e os cooperantes contam a história do café que se confunde com a própria história da cidade. Há 120 anos a servir Beja, a região, mas também o País. “Falar em Beja é falar do Luiz da Rocha”. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

Cooperativa “Os Trabalhadores Unidos” continuam à frente dos destinos do Luiz da Rocha

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á quem considere o centenário café Luiz da Rocha, em Beja, uma verdadeira “instituição” da cidade. Um património de todos os bejenses. Não de uma, mas de várias gerações. Uma referência incontornável. E a prová-lo estão os seus 120 anos, agora orgulhosamente impressos a letras azuis e ostentados numa faixa de cor branca que cobre uma das paredes. Pregada lá no alto, para que todos a vejam. Para que todos recordem a idade da casa que tem mais de um século de tradição. Mas o Luiz da Rocha há muito que é mais

do que uma marca da doçaria alentejana. Há muito que é mais que um café, que uma pastelaria e que um restaurante. Há muito que é um espaço de encontro, sempre o foi. De tertúlia, e ainda o é. O “Diário do Alentejo” foi ao Luiz da Rocha, numa manhã igual a tantas outras, a propósito dos seus 120 anos, e por lá, como não poderia deixar de ser, encontrou as mesas de tampo de pedra, onde repousam os cafés, as meias de leite que arrefecem, os bolos diversos, os jornais e os braços de todos aqueles que nelas se apoiam. E encontrou todos os que por ali ficam,

Fabrico próprio Todos os dias são postos à disposição do cliente diversos doces e salgados


Obras das Portas de Mértola inauguradas amanhã

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inauguração oficial das obras de requalificação das Portas de Mértola, onde fica o centenário café Luiz da Rocha, acontece amanhã, sábado, dia 22, a partir das 10 horas, na zona da “meia laranja”. A câmara garante que “foi dada uma nova vida ao coração da cidade”. E preparou um programa de animação vasto, para tentar agradar a todos os públicos e para dar “uma nova dinâmica” à conhecida zona comercial. Destaque, assim, para uma arruada, que acontece da parte da

manhã, bem como para várias atividades dirigidas ao público infantil. Não faltarão ateliês de animação e insufláveis, que prometem arrancar várias gargalhadas aos mais pequenos habitantes da cidade e a todos os que visitem a Pax Julia no dia da inauguração. Na parte da tarde é o som dos acordeões que se vai fazer ouvir nas Portas de Mértola. Está ainda agendada uma noite de fados, que acontecerá também no sábado. O objetivo é que “as esplanadas se encham de gente”, para “comemorar e assinalar uma nova vida para o coração da cidade”. BS

“É um sítio aprazível, agradável. As pessoas respeitam muito as posturas nas mesas, há grupos que se encontram aqui diariamente, já com os seus lugares reservados”. Heliodoro Sanguessuga, médico

sentados nas cadeiras de madeira de estofos pretos, a observar quem entra, quem sai, quem passa na rua, coberta de calçada, e agora adornada por modernas proteções de sombra, que contrastam com a tradição que se respira do lado de cá das janelas envidraçadas. E garantem, os mais fiéis frequentadores do espaço, que aqui ainda se exerce um dos mais nobres poderes do homem: a comunicação. “No Luiz da Rocha fala-se de tudo um pouco. Da vida, da política, do desporto, da cultura, da atualidade, do passado. Mantém-se vivo o espírito dos clássicos cafés-tertúlias”. “Queria ter uma mesa e uma cadeira destas em casa”, diz um dos fregueses habituais, entre sorrisos. Herdou o nome do seu fundador, Luiz da Rocha, que a 13 de maio de 1893 anunciou no jornal “O Bejense” a sua abertura: “Luiz da Rocha, doceiro, participa que se acha estabelecido com conservaria na rua

do Captivo n.º 35, onde tem um bom sortido de doces de diferentes qualidades, preparados com esmero asseio. Satisfaz qualquer encomenda, que lhe seja dirigida, para fora e para a cidade, e os preços são cómodos”. Luiz da Rocha era natural de Vagos (Aveiro) e veio para Beja com 14 anos, nomeadamente para a casa do doceiro Baltazar, que confecionava bolos de amêndoas na antiga rua do Buraco, hoje rua Dr. Brito Camacho. Estabeleceu-se por conta própria e, segundo o historial do café, “recuperou algumas receitas dos conventos e com elas adoçou a boca de gerações de bejenses e de pessoas de vários pontos do País”. Os famosos porquinhos de doce, as queijadas de requeijão, entre outras, ainda hoje são uma marca. A propriedade foi mais tarde transferida para um grupo de trabalhadores que constituíram a cooperativa “Os Trabalhadores

Café O espaço é frequentado diariamente por muitos cidadãos bejenses e não só

Diário do Alentejo 21 junho 2013

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Antigamente era frequentado por uma certa elite e agora todas as camadas sociais se encontram aqui. Era um espaço de tertúlias e ainda hoje aqui acontecem”. Francisco Vieira, bancário reformado

“É um ponto de referência de várias gerações bejenses. Os nossos clientes habituais sentem-se também eles um pouco proprietários desta casa, porque ela, de facto, é de todos os que aqui entram”. António Leandro

Unidos”, que ainda hoje mantem o espaço. Neste momento o cooperante mais novo tem 22 anos e o mais antigo tem 63. Trinta cooperantes e mais três contratados à frente dos destinos do Luiz da Rocha. “Esta é uma casa que faz parte da história desta cidade. Nos últimos tempos tem passado momentos difíceis, como tem passado todo o País. Mas procuramos manter uma casa que tem nome e qualidade. Procuramos manter, dentro do que nos é permitido, a velha linha tradicional”, explica António Leandro, representante da cooperativa. E acrescenta: “É um ponto de referência de várias gerações bejenses. Os nossos clientes habituais sentem-se também eles um pouco proprietários desta casa, porque ela, de facto, é de todos os que aqui entram”. Cento e vinte anos de história do Luiz da Rocha, da história da cidade de Beja e, consequentemente, da região.

Portas de Mértola O centenário Luiz da Rocha espera beneficiar com a recente intervenção efetuada


Maratona de Futsal em Beja no fim de semana

Diário do Alentejo 21 junho 2013

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A secção de futsal do Clube Desportivo de Beja promove no próximo fim de semana, no Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, em Beja, a sua primeira Maratona de Futsal. Além de premiar as três equipas melhor classificadas, a organização distingue o melhor marcador, o melhor guarda-redes e atribui o prémio disciplina.

VI Raid BTT Cidade de Beja

Por iniciativa da secção de BTT do Despertar Sporting Clube, realiza-se no próximo dia 30 de junho o VI Raid BTT Cidade de Beja, competição com percursos de 25 quilómetros (guiado), 50 e 80 quilómetros (com andamento livre).

O Desporto nas Festas de Mértola O Torneio de Futebol de 7 “Mértola Cup 2013”, organizado pelo Clube de Futebol Guadiana, um evento de canoagem, promovido pelo Clube Náutico, e dois concursos de pesca desportiva (jovens e seniores) organizados pelo Clube Amigos do Guadiana, são atividades que se realizam no próximo fim de semana no âmbito das Festas da Vila de Mértola.

Desporto

O “Diário do Alentejo” foi homenageado na Gala dos Campeões da AF Beja

Os valores da solidariedade A Gala dos Campeões da Associação de Futebol de Beja louvou o mérito dos vencedores e envolveu todos os agentes desportivos num desafio para que o futebol amador tenha uma evolução positiva e sustentada. Texto e fotos Firmino Paixão

F

oi em ambiente de festa que a AF Beja celebrou os êxitos coletivos e individuais dos seus filiados e agentes desportivos que, ao longo da última época desportiva, mais se evidenciaram nas diversas vertentes da sua atividade. Mas o momento foi também aproveitado para o presidente da associação, José Luís Ramalho, lembrar “a difícil conjuntura económica que obrigou a que muitos clubes cessassem a sua atividade desportiva, que teve como consequência a não realização do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão”, seguramente o travo mais amargo para os atuais órgãos de gestão do futebol distrital. O dirigente saudou todos aqueles que, pelo mérito das boas classificações obtidas, conseguiram ascender a patamares superiores, nomeadamente o Moura e o Almodôvar, que na próxima época desportiva terão as suas bandeiras hasteadas no novo Campeonato Nacional de Seniores, mas também o Baronia que regressou ao escalão nacional do futsal. Uma saudação que envolveu também “os árbitros e observadores que foram promovidos aos escalões superiores”, o que Ramalho considerou muito honroso para o Conselho de Arbitragem e para a AF

Campeões Distritais Seniores Masculinos Almodôvar Seniores Femininos CB Castro Verde Juniores Despertar Juvenis Desportivo de Beja Iniciados Odemirense Infantis Despertar Benjamins Despertar Futsal Baronia Taça Distrito de Beja Seniores Masculinos Piense Seniores Femininos CB Castro Verde Juniores Despertar Futsal Baronia Taças Complementares Taça Armando Nascimento Desportivo de Beja Taça Joaquim Branco Vasco da Gama Taça Dr. Covas Lima Moura Supertaça Distrito de Beja Seniores Masculinos Almodôvar Seniores Femininos Ourique Juniores Despertar Futsal Baronia Taças Disciplina Seniores Masculinos Bairro da Conceição Seniores Femininos Vasco da Gama Juniores Vasco da Gama Juvenis Almodôvar Iniciados Serpa Infantis Desportivo de Beja Benjamins Bairro da Conceição Futsal Baronia Melhores Marcadores 3.ª Divisão Nacional Hélder Có (Moura) 1.ª Divisão Distrital Filipe Venâncio (Almodôvar) Futsal Distrital Miguel André (Almodovarense) Seniores Femininos Ana Capeta (CB Castro Verde) Melhores Guarda-Redes 3.ª Divisão Nacional Igor Landim (Moura) 1.ª Divisão Distrital Nuno Pinoia (Milfontes) Futsal Distrital Bruno Maldonado (Baronia) Seniores Femininos Ana Feliciano (CB Castro Verde) Árbitros e Observadores 3.ª Categoria Nacional Bruno Vieira 2.ª Categoria Nacional Jorge Aniceto 2.ª Categoria Nacional Futsal Daniel Lança Nacional Feminino Marisa Sousa 1.ª Categoria Distrital Ruben Rochinha 2.ª Categoria Bruno Duarte Futsal Distrital Vítor Rocha Obs. Nacional 1.ª Categoria Albano Fialho Obs. Distrital 2.ª Categoria Manuel Custódio Obs. Distrital Futsal José Teodósio

Beja, na mesma linha em que a internacionalização das atletas seniores femininas Ana Capeta e Carolina Silva “dignificam o futebol feminino praticado no nosso distrito”. Resumindo toda a atividade desportiva da temporada, o dirigente lembrou a participação das várias seleções distritais em torneios nacionais, os encontros de Futebol de Rua e a promoção do Futebol de Praia, evidenciando o esforço e dedicação dos clubes e sublinhando o empenho dos atletas, dirigentes e também dos pais “transmitindo aos jovens os valores da amizade e solidariedade tão gratos ao associativismo desportivo”. Ramalho agradeceu também ao poder local, sobretudo os municípios com quem a AF Beja desenvolveu parcerias. Olhando o futuro, o presidente da associação vaticinou o regresso da 2.ª Divisão Distrital, apelou à união de todos os agentes envolvidos no desenvolvimento do futebol distrital e lembrou que “não podemos ter só o objetivo de formar atletas, cabe-nos o compromisso de formar bons cidadãos”. A Associação de Futebol de Beja incluiu no programa desta gala as homenagens ao comendador Rui Nabeiro, à Rádio Castrense e ao “Diário do Alentejo”, sustentadas no apoio que ao longo dos tempos têm dado ao futebol regional. No caso particular do nosso jornal, José Luís Ramalho referiu que o “Diário do Alentejo”, ao longo dos 81 anos de vida, sempre permitiu que os alentejanos residentes, ou na diáspora, conheçam os factos mais relevantes do desporto da região.

AF Beja José Luís Ramalho na Gala dos Campeões 2013

Supertaça Delta Cafés Comendador Rui Nabeiro entregou a taça ao Almodôvar

AF Beja Gala dos Campeões da AF Beja 2013

“Diário do Alentejo” Diretor do jornal no momento da homenagem da AF Beja


19 Traquinas 1.º Farense 2.º Benfica 3.º Ferreirense 4.º Alvorada 5.º Portimonense 6.º Mineiro Aljustrelense

Infantis 1.º Olhanense 2.º Pelézinhos 3.º Belenenses 4.º A. Inter. D. Cult. 5.º Mineiro Aljustrelense 6.º Desportivo de Beja

Benjamins 1.º Belenenses 2.º Farense 3.º Portimonense 4.º Mineiro Aljustrelense 5.º Benfica 6.º Desportivo de Beja

Petizes (s/class.) Mineiro Aljustrelense/ /Alvorada/Desportivo de Beja/Rosairense

5.º Torneio Jovem Município de Aljustrel

Diário do Alentejo 21 junho 2013

5.º Torneio Município de Aljustrel – Classificação final

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O exemplo do Mineiro Um amplo convívio entre jovens promessas do futebol nacional corporizou a quinta edição do Torneio Município de Aljustrel, que reuniu 13 clubes e cerca de centena e meia de atletas em idade de formação. Texto e fotos Firmino Paixão

O

Torneio Município de Aljustrel começa a revelar-se como um dos mais importantes eventos desta natureza realizados na zona sul do País, é a convicção do presidente do Mineiro Aljustrelense, António Gonçalves. Aos clubes da região, como o Alvorada, Alvaladense, Desportivo de Beja, Rosairense, Ferreirense, juntaram-se o Portimonense, Olhanense, Farense, Belenenses, Geração Benfica Estádio, Pelézinhos, Internacional e, naturalmente, o clube anfitrião, numa jornada intensa que se esgotou com um painel diversificado de jogos nas categorias de petizes, traquinas, benjamins e infantis. “Neste momento temos um grupo que se preocupa com a imagem do clube e o resultado é este”, disse o presidente tricolor destacando a envolvência de atuais e antigos atletas. “Isso é importantíssimo, porque conhecem o clube e a mística que nele existe e são peças fundamentais para que exista uma linha orientadora que permita que, no topo, a direção possa estar descansada com a formação, que será sempre uma aposta deste clube, porque os jovens são o garante do futuro do Mineiro”. O torneio teve este ano como patrono o jornalista

Hélder Conduto, um filho da terra e, segundo o presidente do Aljustrelense, “um amigo do clube e das pessoas do Mineiro; é uma figura pública na área do desporto, que nunca deixou de fora o nome de Aljustrel e entendemos convidá-lo este ano para apadrinhar este torneio”. Hélder Conduto, antigo jornalista da Rádio Castrense, TSF e SIC, atualmente a coordenar o desporto na RTP, não escondeu o orgulho em patrocinar o evento. “Foi emocionante estar aqui, porque é a minha terra, o meu clube”, afirmou o jornalista que nesse dia viu o filho jogar com a camisola do Mineiro Aljustrelense. Conduto lembrou ainda que sempre teve “uma relação muito próxima com as pessoas desde que fui atleta do Mineiro. Nunca tive uma relação distante, infelizmente não posso vir cá tantas vezes como gostava, mas estou sempre em contacto, e sempre que preciso de estar bem comigo próprio procuro a minha terra”. Quanto ao fenómeno desportivo no sul do Alentejo, o antigo relator desportivo da Rádio Castrense fez notar que continua a acompanhar o desporto da região, “não apenas o Mineiro mas sobretudo o Mineiro. Às vezes sinto muita tristeza por ver que há clubes que já foram a bandeira da região, como o Desportivo de Beja, e estão hoje numa situação mais difícil, o que custa a acreditar, mas o Mineiro, talvez a par do Moura, tem sido um clube que tem conseguido manter, com uma ou outra oscilação, uma bitola elevada no panorama desportivo. O Mineiro é um bom exemplo”, concluiu.

www.diariodoalentejo.pt


Vítor Hugo Luzia preside ao CP Beja

Diário do Alentejo 21 junho 2013

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O empresário Vítor Hugo Luzia foi eleito presidente do Clube de Patinagem de Beja para o biénio 2013/2014, obtendo mais três votos que a lista alternativa, liderada por Manuel Covas Lima. Vítor Luzia tornou-se o terceiro presidente do Clube de Patinagem de Beja, sucedendo a João Magalhães e João Sousa.

Grande Prémio de São João em Moura Realiza-se amanhã na cidade de Moura o 1.º Grande Prémio de Atletismo de São João, iniciativa do Núcleo Sportinguista de Moura apoiada pelo município local. O início da prova, destinada a atletas de todos os escalões, está marcado para as 18 horas na rua das Terçarias (largo dos Quartéis).

Moura é exemplo de gestão para clubes de maior grandeza desportiva

Nunca hipotecaremos o futuro O regresso do Moura à antiga segunda divisão nacional foi um desígnio perseguido, e bem sucedido, pela equipa diretiva do Moura, liderada pelo empresário Hélder Mamede e pelo treinador Joaquim Mendes. Texto e foto Firmino Paixão

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ntre os quatro clubes do distrito de Beja que disputaram a última edição do Nacional da 3ª Divisão, o Moura foi o único que conseguiu um lugar no novo quadro competitivo designado Campeonato Nacional de Seniores. Uma equipa diretiva persistente, um treinador experiente e um plantel que deu provas de qualidade, mas onde escasseavam figuras da terra. Hélder Mamede identifica os pontos fortes desse sucesso, sublinha os apoios e critica a oposição sem rosto. Mas a vida continua e, por isso, o clube já tem a próxima temporada planeada. O regresso do Moura ao segundo patamar do futebol nacional foi uma aposta ganha pela atual presidência?

Uma aposta ganha por toda a direção. O nosso objetivo era esse, foi esse o desafio a que nos propusemos e que, felizmente, conseguimos concretizar. É um grande orgulho e ainda queremos mais, mas com os pés bem assentes na terra. Queremos estabilizar o clube, porque a cidade merece que o Moura esteja na segunda divisão. O investimento foi elevado?

Muita gente diz, por aí, que em Moura há petróleo. Se há ou não, não sei, mas eu tenho um poço ali atrás daquela baliza, só eu é que tenho a chave, mas, não sabendo os orçamentos dos outros clubes, garanto que a nossa equipa é muito mais barata do que aquilo que se comenta. Um plantel com muitos atletas pouco identificados com a cidade e a região não fragilizou a identidade entre o clube e a comunidade local?

Nós tínhamos atletas da nossa formação neste plantel, mas quiseram sair e achámos por bem libertá-los, embora os argumentos que nos

Moura Atlético Clube Hélder Mamede, presidente do clube, com jovens campeões formados no clube

apresentaram fossem pouco válidos. Parece-me que em nenhuma equipa se aposta em juniores que façam 10 jogos como titulares. Mas se não querem jogar no Moura não é connosco, as condições são iguais para todos, só têm que cumprir os nossos regulamentos. Os jogadores que vêm de fora ganham menos do que alguns de qualidade que possamos ter no distrito, temos provas disso. Quais são os apoios em que o clube alicerça este sucesso?

Temos que agradecer muito ao município de Moura, à Junta de Freguesia de São João, que nos têm apoiado imenso e, naturalmente, a todos os nossos patrocinadores. A autarquia de Moura nunca disse que não a qualquer solicitação que lhe fizéssemos, naturalmente dentro das possibilidades existentes. Temos um bom relacionamento e penso que se vai manter assim. O clube tem o estatuto de utilidade pública que pode usar ao nível de benefícios junto dos patrocinadores e isso, felizmente, tem-nos ajudado, apesar das dificuldades. Mas tem sido necessário rigor e muito trabalho. O presidente e a sua equipa vão manter a sua disponibilidade para mais uma época à frente do Moura?

Temos mais um ano de mandato, vamos cumpri-lo e depois veremos.

Infelizmente, este ano, aconteceram coisas com que não contávamos, pessoas a enviarem-nos mensagens, a nós e aos jogadores, quando a equipa não conseguia resultado positivos, pessoas de Moura que nós sabemos quem são. É pena que façam isso, é sinal que não gostam do clube. Se acharem que conseguem fazer melhor do que nós, teríamos todo o gosto em que nas próximas eleições surgissem três ou quatro listas, seria um sinal de vitalidade do clube.

que vão permanecer e algumas aquisições. A seu tempo isso será divulgado. Temos a época preparada e equipas já contactadas para os jogos de pré-epoca. Para o Torneio Cidade de Moura estamos em contacto com equipas da 2.ª Liga e até 1.ª Liga, preferencialmente uma equipa de relevo que queira colaborar connosco, porque há muitos clubes que querem conhecer o nosso projeto, até da 1.ª Liga que nos contactam e querem falar connosco, é sinal que reconhecem o nosso trabalho.

Se existe oposição, que dê um passo em frente, é isso?

E quais são os objetivos desportivos para a próxima época?

Convido essas pessoas que nos criticam nos cafés e que muitas vezes levantam falsos testemunhos com situações que não acontecem. Pagámos todos os meses ao dia 28 e no mês de dezembro a 23. Os jogadores quando terminaram a época já tinham recebido uns dias antes, não deve haver muitos clubes que façam isso. Mas comentam que não pagamos, que este ganha isto e o outro ganha aquilo. Levantam calúnias, mas se acham que fazem melhor, quando houver eleições apareçam.

Vamos avaliando isso jogo a jogo, tentaremos fazer a melhor época possível, mesmo não havendo petróleo em Moura, e depois logo se vê. Nunca hipotecaremos o futuro do clube.

Não deixaram para amanhã o que é possível fazer hoje, por isso, a próxima época está planeada...

O Joaquim Mendes vai manter-se como treinador e o plantel está praticamente fechado com os jogadores

Mantendo especial atenção pela formação?

Naturalmente, se calhar até haverá mais investimento. Estamos a pensar na possibilidade de aumentar o número de equipas nos escalões de infantis e benjamins. Continuaremos a apostar na formação e não cobramos mensalidades, nem obrigamos os miúdos a comprar equipamentos. E perante a probabilidade de existirem poucas equipas na próxima época no escalão de juniores, a nossa será inscrita como equipa B e fará o campeonato distrital.

Desporto adaptado José Saúde

Congratulo-me com a visão global do mundo desportivo nas suas diversificadas vertentes. Regozijo-me, em simultâneo, como o universo desportivo é afinal atingível a pessoas diferentes mas essencialmente iguais ao cidadão comum no reino dos mortais. Pessoas ágeis que foram somente timbradas com uma alteração corporal por uma vida que lhes foi madrasta. Sei o que é conviver com uma pontual insuficiência que limitou as minhas verdadeiras capacidades físicas de outrora. Porém, jamais me submeti a tamanho desconforto e segui em frente de cabeça levantada. Olho, atentamente, como o desporto adaptado evoluiu a partir da Revolução de Abril. As modalidades, quer elas sejam coletivas ou individuais, são agora palcos de seres humanos que gerem as suas habilidades de acordo com as apetências e prazeres deparados. Do basquetebol às corridas em linha, são temáticas que os atletas em cadeiras de rodas cruzam nos seus horizontes desportivos. Por outro lado, existem também aqueles que sofrem de patologias crónicas, mas não impeditivas para elevar ao deslumbramento as suas decididas ações num tabuleiro onde se movimenta uma imensidão de atletas que chegam às competições nacionais e face às aptidões constatadas, essa particularidade remete-os, à posteriori, para planos internacionais. Aliás, desses contactos além fronteiras, Portugal prima pela conquista de medalhas em atividades que acolhem atletas de craveira imensa. Veja-se, por exemplo, o boccia. Esta minha intervenção, que passa somente por uma simples opinião, enquadra-se na forma como o meio desportivo adaptado evoluiu substancialmente no tempo, encontrando-se as portas franqueadas para acolher a presença de novos candidatos que vivem ainda no reino da indecisão. O momento, na minha conceção, eleva ao rubro o mundo do desporto para companheiros que convivem com deficiências físicas, mas que jamais os impedirá de erguer bem alto a bandeira da igualdade.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1626 de 21/06/2013 Única Publicação

21 Diário do Alentejo 21 junho 2013

Diário do Alentejo n.º 1626 de 21/06/2013 Única Publicação RUI MURTA - SAI, Unipessoal, Lda Av. 5 de Outubro, 19-1º Dtº. 2900-311 Setúbal Telef: 265548844; Fax: 265548841 E.mail: ruigmurta@mail.telepac.pt

CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

INSOLVÊNCIA de COOPCASTRENSE – Cooperativa Popular Castrense, Scrl Venda de bens móveis e imóveis – Proposta em carta fechada, até 2013/07/01

EDITAL Nº63/2013

(Proc. 234/12.5TBORQ, Tribunal Judicial de Ourique)

LICENCIAMENTO DE OPERAÇÕES DE LOTEAMENTO MUNICIPAL COM OBRAS DE URBANIZAÇÃO FRANCISCO JOSÉ CALDEIRA DUARTE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE CASTRO VERDE. Torna Público, nos termos e para efeito do disposto no artigo 78º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de dezembro, na redação conferida pelo Decreto-Lei nº 26/10 de 30 de março, que em reunião ordinária desta Câmara Municipal realizada no dia 5 de junho do corrente ano, aprovou uma operação de loteamento Municipal, nos prédios sitos na Rua de Castro Verde, na Vila, Freguesia de Casével, Concelho de Castro Verde, inscritos na matriz predial urbana da respectiva freguesia, sob os artigos nºs 444 e 445, descritos na Conservatória do Registo Predial de Castro Verde, com os números 294 e 295/20071023 -Casével, ficando sujeito às seguintes prescrições: 1.Área de intervenção nos prédios a lotear – 9 410,70 m2 2. Número de lotes aprovados – 12, destinados 7 habitações unifamiliares, 4 lotes habitações unifamiliares e/ou comércio, 1 lote para equipamento, numerados de 1 a 12, com as áreas por cada lote de: lote 1 a 7 de 435 m2 por cada; 8 a 11 de 390 m2 por cada, lote 12 – 844,92 m2. 3. Área total dos lotes considerados – 5.449,92 m2 4. Área total das construções previstas – 2593,45 m2 5. Volumetria – 7 476,00 m3 6. Número de pisos máximos acima da cota de soleira – 1, 7. Área afecta a Arruamentos Públicos, Estacionamentos e Passeios – 2 110,40 m2. 8. Zona Verde de utilização coletiva – 1 850,38 m2 9. Número de lugares de estacionamento público – 21 O prédio localiza-se dentro do perímetro urbano, em zona abrangida pelo Plano Director Municipal em Área de Expansão. Para constar se publica este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, bem como num jornal mais lido na região. Castro Verde, 12 de Junho de 2013 O Presidente, Francisco José Caldeira Duarte

Diário do Alentejo n.º 1626 de 21/06/2013 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE MOURA Secção Única

ANÚNCIO Processo: 113/12.6TBMRA Incumprimento das Responsabilidades Parentais Requerente: Maria de Fátima Pica Furão Requerido: Cirilo Márcio de Sousa Nos autos acima identificados correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, notificando o Requerido Cirilo Márcio de Sousa, nascido em 23-03-1974, natural de Brasil, BI: 15832177, domicílio: Herdade do Monte Branco, Apartado 7, Pias, com última residência conhecida na morada indicada para no prazo de 5 dias, decorrido que seja o dos éditos, alegar, querendo, o que tiver por conveniente, nos termos e para os efeitos do art° 181º n°2 da OTM. O duplicado da petição inicial encontra-se nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso. Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afixados. Moura, 06-06-2013 N/Referência: 762842 A Juíza de Direito, Dr(a) Cláudia Silva Pimenta O Oficial de Justiça, António Carvalho

Por determinação do Administrador da Insolvência (A.I) e com o parecer favorável da Comissão de Credores, são postos em venda os seguintes bens, por preço acima do indicado, livres de ónus ou encargos: Verba 1: fracções autónomas A, B e CB (1) do prédio urbano sito na Rua Alexandre Herculano, com entradas pelos nº 11 e nº13, Castro Verde, destinado a comércio e serviços, inscrito na matriz predial urbana da respectiva freguesia sob o artigo 4113 e descrito na CRP de Castro Verde com o nº 1051, constituída por R/C (1.253 m2) e 1º andar (159 m2): € 324.000,00; Verba 2: fracção autónoma A/D (2) do prédio urbano sito na Rua Alexandre Herculano, com entradas pelos nº 11 e nº13, Castro Verde, destinado a comércio e serviços, inscrito na matriz predial urbana da respectiva freguesia sob o artigo 4113 e descrito na CRP de Castro Verde com o nº 1051, constituída por R/C com a área de 430 m2: € 200.000,00. Verba 3: Todos os bens móveis que constituíam o recheio do estabelecimento (Equipamento básico de loja e armazém: expositores, balcões frigoríficos, frigoríficos, arcas frigoríficas , caixas registadoras, bancadas, mesas e cadeiras de snack-bar, máquina de lavar louça, pórtico de segurança, balcões-vitrine, estantesvitrine, balanças electrónicas, máquina de picar carne, máquina de assar frangos, fiambreira, serra fita de cortar ossos, quadros eléctricos, computadores, POS, impressoras, carros de transporte, grupos geradores de ar frio e equipamento e mobiliário diverso; Equipamento de Transporte: 2 automóveis ligeiros de mercadorias de matrícula 26-27-SR e 84-79-PG, de marca Mercedes e Renault, respectivamente; Equipamento Administrativo: Mesas e cadeiras, armários, estantes, computadores, impressoras, aparelhos de ar condicionado, termo ventiladores, painel solar e diverso equipamento de escritório, higiene, decoração e limpeza): € 42.000,00 Poderão ser apresentadas propostas individualizadas, por verba. Contudo, prefere-se proposta global se o seu valor for igual ao do somatório das melhores propostas individuais. O anúncio público da adjudicação, por preços acima dos fixados, será efectuado em 2013/07/02, pelas 11 horas, no escritório do A.I, na presença de todos os interessados. Uma vez avisados deverá(ão) o(s) vencedor(es) pagar no prazo de 24 horas, mediante contrato de promessa de compra e venda suportado por cheque bancário ou visado à ordem da massa insolvente o equivalente a 20% (imóveis) ou 100% (móveis) do preço de adjudicação, acrescido de IVA à taxa de 23% no caso dos bens móveis (excepto viaturas de mercadorias). A escritura pública de venda efectuar-se-à no prazo de 60 dias e logo que estejam cumpridos os requisitos processuais e legais da insolvência relativos à alienação de bens apreendidos para a massa insolvente. Para tal efeito o Administrador da Insolvência avisará o promitente-comprador com a antecedência mínima de 15 dias. Em caso de desistência imputável ao promitente-comprador este perderá o direito aos valores já pagos. Na impossibilidade de poder cumprir o contrato de promessa de compra e venda a massa insolvente devolverá, em singelo, todos os valores recebidos. As propostas deverão ser dirigidas ao Administrador da Insolvência, para a morada supra indicada, por carta ou por email, identificando o processo, devendo mostrar-se recepcionadas, até 2013/07/01. Os bens poderão ser mostrados mediante marcação prévia a efectuar com o A.I. (1) Existe certidão municipal de aprovação em 2013/04/10 da constituição de propriedade horizontal atribuindo-se a esta fracção a entrada pelo nº 13; (2) Existe certidão municipal de aprovação em 2013/04/10 da constituição de propriedade horizontal atribuindo-se a esta fracção a entrada pelo nº 11. Setúbal, 2013/06/13 O Administrador da Insolvência (Rui Murta)

Diário do Alentejo n.º 1626 de 21/06/2013 Única Publicação

CIRCULAR N.º 1/2013 Convocatória Ordinária Judo Clube de Beja Por decisão do Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Judo Clube de Beja, convocam-se os sócios efetivos para a Assembleia Geral ordinária que terá lugar na sede do clube no dia 28/06/2013, às 20 horas 30 minutos com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apresentação do relatório de atividades e contas do ano de 2012; 2. Apresentação de listas para a direção do clube e sua eleição; 3. Outros assuntos de interesse para os sócios. Se à hora marcada não estiverem presentes a maioria dos sócios efetivos, a Assembleia Geral reunirá em segunda convocatória 30 minutos mais tarde qualquer que seja o número de sócios presentes. Beja 07/06/2013. O Presidente Assinatura ilegível

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DR. MAURO FREITAS VALE

CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras

Prótese/Ortodontia

284323028

Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

25r/c dtº Beja

Medicina dentária

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Luís Payne Pereira Médico Dentista

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Consultas em Beja Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Urologia

Dermatologia

TERESA ESTANISLAU CORREIA MÉDICA DERMATOLOGISTA Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja e.mail: clinidermatecorreia@ gmail.com Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte

7800- 544 - BEJA

(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)

Cirurgia Vascular

Urologia

HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

AURÉLIO SILVA UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA ▼

Dr. José Loff

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Rua António Sardinha,

Fisioterapia

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Clínica dentária

MÉDICO DENTISTA

Consultas segundas, Marcações pelo tel.

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Urinária

Estomatologia

quartas, quintas e sextas

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja

Pós Mastectomia

Estomatologista (OM) Ortodontia

Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

Consultas de 2ª a 6ª

CÉLIA CAVACO

Psicologia Clínica

Reabilitação

DR. JAIME LENCASTRE

ALI IBRAHIM

Generalista

Psicologia Educacional

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Ginecologia/Obstetrícia

Tm. 962557043

Oftalmologia

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Drª Ana Teresa Gaspar

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

LUZ

Dr. Carlos Machado

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

DR. A. FIGUEIREDO

Médico oftalmologista

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Hidroterapia/Classes no

FAUSTO BARATA

JOÃO HROTKO

Obesidade

CONSULTAS DE OBESIDADE

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Fisiatria

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

GASPAR CANO

Oftalmologia

Especialista pela Ordem dos Médicos

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Pélvico

Cardiologistas

Terapia da Fala

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

HELIODORO SANGUESSUGA

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

Neurologia

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA Otorrinolaringologia

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

23 Diário do Alentejo 21 junho 2013

Dra. Heloísa Alves Proença - Ortodontia/Aparelhos

Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance; Advance Care Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções:

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr.ª Joana Leal – Medicina Tradicional Chinesa/ Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare

Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Médica Dentista / Directora Clínica Mestrado pela Universidade Krems - Áustria Investigadora Cientifica na Kanagawa Dental School,Japão

Dr. Ricardo Gomes - Ortodontia - Médico Dentista Dra. Vanda Marcelino - Endodontia/Medicina Dentária Geral - Médica Dentista

Dra. Carla Iwata - Endodontia/Medicina Dentária Geral Médica Dentista

Dra. Rita Macedo - Odontopediatria/Crianças Médica Dentista

Dr. João Rua - Oclusão/ATM/Dores de Cabeça/ Reabilitação Oral Médico Dentista - Prof. de Reabilitação Oral no I.S.C.S.E.M

Dr. Pedro Franco - Estética Dentária/Prótese Fixa Médico Dentista

Dr. João Veiga - Implantes/Cirurgia Oral Médico Dentista / Prof. de Cirurgia Oral no I.S.C.S.S

Dr.ª Catarina Silva - Medicina Dentária Geral - Médica Dentista Dr.ª Ana Tadeu – Medicina Dentária Geral -

Médica Dentista

Delmira Regra - Higiene Dentária/Prevenção - Higienista Oral Pedro Silva e Fernando Pereira - Prótese Dentária Removível Técnicos de Prótese Dentária

www.novaclinica.pt

Rua Manuel António Brito n.º n.º6-1.ºFRT. º6-1.ºFRT. 7800-522 780 Beja

Telefone: 284 328 100


necrologia

24 Diário do Alentejo 21 junho 2013

TRINDADE

ALBERNÔA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. VIRGÍNIA BÁRBARA GODINHO, de 91 anos, natural de Albernoa - Beja, casada com o Exmo. Sr. Manuel Augusto Feio. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 16, da Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO ROSA BENTO, de 86 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Lucrécia Rita dos Santos. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 16, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

BEJA

CABEÇA GORDA / ALCARIA RUIVA

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOAQUIM ANTÓNIO, de 84 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Antónia Pereira. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 18, da Casa Mortuária da Cabeça Gorda, para o cemitério de Alcaria Ruiva - Mértola.

Ferreira do Alentejo PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Manuel de São Bento Campos

João Inácio Montes

TRIGACHES

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOÃO MANUEL AZEDO DA SILVA, de 39 anos, natural de Santiago Maior - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária da Trindade, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Senhor MANUEL CATARINO, de 81 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Rita Maria Penacho. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.

Serpa MISSA DO 30.º DIA

Nasceu em18/04/1919 Faleceu em 15/06/2013 Sua esposa e filha cumprem o doloroso dever de participar o seu falecimento. Agradecem a todos os que o trataram e cuidaram com carinho e ternura nestes últimos meses, agradecem também á Funerária Guerreiro pelo seu apoio e a todos os que se dignaram a acompanhar o seu entre querido á sua última morada ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. O nosso muito obrigada.

1.º Mês de Eterna Saudade Partiste, deixaste-nos mas sempre foste amigo, ficarás no nosso coração. A esposa, filhos, noras e netos agradecem a todos os que de uma maneira ou de outra manifestaram o seu pesar ou que o acompanharam à sua última morada e participam que será celebrada missa do 30.º dia na Igreja de Salvador a 25 de Junho de 2013. Desde já agradecem a todos os que nela participem. Bem Hajam

Ferreira do Alentejo Telem. 965049228/965107116| Tel. 284739461

Safara AGRADECIMENTO

Marmelar AGRADECIMENTO

Maria Cristina Fernandes Martins de Brito

Narcisa Maria Caleiro

FUNERÁRIA GUERREIRO, UNIP. LDA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARGARIDA DA LUZ MATILDES ABÓBORA, de 92 anos, natural de São Vicente do Pigeiro - Évora, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 19, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

ALBERNÔA

Nasceu a 10.11.1922 Faleceu a 14.06.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA LOPES GABRIEL, de 87 anos, natural de São Sebastião - Loulé, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 19, da Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério local.

São Pedro de Sólis – Mértola/Lisboa MISSA DO 30.º DIA E AGRADECIMENTO

Nasceu a 10.02.1923 Faleceu a 17.06.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

Ferreira do Alentejo MISSA DO 1.º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO

António Maria Coelho Guerreiro

Sua esposa, filho, nora e netos participam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso, no dia 22 de junho, pelas 17 horas, na Igreja do Espírito Santo, na Picheleira, Lisboa, agradecendo desde já a todos quantos se dignarem a assistir a este ato religioso, bem como aos que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

Sua esposa e filhas vêm informar todos os familiares e amigos que mandam celebrar missa do 1.º aniversário de falecimento do seu entre querido, sr. António Maria Coelho Guerreiro, que se realiza na Igreja Matriz de Ferreira do Alentejo, no dia 26 de junho de 2013, às 18 horas.

Santa Iria PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Joaquim da Graça Leandro

Francisco António dos Santos

Esposa, filhos, sobrinhos, nora e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 12/06/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Filho, irmã, neto, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 14/06/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

MISSA

Engenheiro Pacheco

António Joaquim David

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

5.º Ano de Eterna Saudade Esposa, filhos e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 27/06/2013, quinta-feira, às 18 e 30 horas, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso ato.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA


institucional diversos

25 Diário do Alentejo 21 junho 2013

Diário do Alentejo n.º 1626 de 21/06/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1626 de 21/06/2013 1.ª Publicação

Diário do Alentejo n.º 1626 de 21/06/2013 Única Publicação

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA

ANÚNCIO Tribunal Judicial de Serpa – Secção Única Divisão de Coisa Comum Processo n.° 216/08.1TBSRP Requerentes: António Domingues Preto Candeias e outros Requeridos: Maria Celeste de Abreu Tomás Candeias e outros

ALUGA-SE ESPAÇO COMERCIAL Zona central de Vidigueira, para qualquer ramos mas equipada com algum equipamento para talho e/ou supermercado. Toda renovada, boa área disponível. Contactar tm. 924199046

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ALUGA-SE BEJA Apartamento T2 sem mobília, na Rua António Sardinha. Contactar tm. 935170255

FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 11 de Julho de 2013, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra dos seguintes bens: VERBA ÚNICA Prédio Misto, situado em “Barranco de Dorde”, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo matricial urbano 3106, rústico n.° 261 secção N, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob a ficha 134/19851203, Freguesia de Vila Nova de São Bento Concelho de Serpa. VALOR BASE: 77.000,00€ Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 64.450,00€, correspondente a 85% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 5% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido a Sra Antónia Domingues Preto Candeias, residente na Rua Cláudio de Oliveira Basto, nº 15 - 1° Drt., em Linda a Velha. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

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Respostas ao jornal “Diário do Alentejo”, Praceta Rainha D. Leonor, n.º 1, apartado 70, 7801-953 Beja, com referência ao n.º 17672

Vende-se armazém com 400 m2. Vende-se armazém com 1000 m2. Vende-se ou arrenda-se apartamento T4. Contactar tm. 969457389

VENDE-SE

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Apartamento T1 em Vila Real de Santo António. Todo equipado/mobilado. Junho/Julho/ Agosto/ Setembro. Semanas/Quinzenas. Contactar tms. 967155844/963438626

PRECISA-SE PARA BEJA Mecânico, electricista e vendedor para máquinas agrícolas

Café “O Escondidinho”. Sala de jogos. Renda económica.

EDITAL SARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA. TORNA PÚBLICO de acordo com o estipulado no n.º 3 do artigo 84º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com a redação dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro e artigos 16º e 39º do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 28 de iunho de 2013, pelas 18:00 Horas, na Sala de Sessões da Câmara Municipal realizar-se-á uma sessão ordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte: 1. PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” 1.1 Apreciação e votação da ata nº 2/2013 1.2. Resumo do Expediente 1.3. intervenção dos membros da Assembleia Municipal 2. PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” 2.1.Relatório da Atividade Municipal (Artigos 53º e 68º da Lei nº 169/99, de 18/09, com a redação da Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro) – Relatório nº 3/2013 2.2. Primeira revisão ao Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos 2.3. Repartição de encargos com abertura de procedimentos referentes a despesas que dão lugar a encargos orçamentais em mais de um ano económico 2.4. Proposta de renovação de contratos 2.5. Proposta de alteração ao Código de Regulamento e Posturas do Município de Serpa 3. PERÍODO DE “INTERVENÇÃO DO PÚBLICO» E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos do costume. Serpa, 17 de junho de 2013.

Contactar tms. 967916308/963375693

A Presidente da Assembleia Municipal Sara de Guadalupe Abraços Romão

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1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

por litro

tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

desconto em combustÍvel

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

atÉ 30 de junho

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de junho de 2013.


Millenium BCP Microcrédito estabelece protocolo com Sines Tecnopolo

Diário do Alentejo 21 junho 2013

26

Empresas

O Microcrédito Millenium BCP e o Sines Tecnopolo estabeleceram um protocolo de colaboração que tem como objetivo dinamizar a criação de emprego na região através da concretização de projetos conjuntos na área do empreendedorismo. Com este protocolo, pretende-se reforçar o papel do Microcrédito Millenium BCP como uma alternativa de financiamento e de viabilização do empreendedorismo. No âmbito desta parceria estabelecida já existem dois programas a decorrer: “Criatividade 2013” e “Empreender na Escola”.

Franceses e japoneses no Alqueva Uma empresa francesa e outra japonesa preparam-se para realizar investimentos na zona do Alqueva, tirando partido das condições agrícolas proporcionadas pela barragem. O projeto mais adiantado da Verger du Soleil prevê a produção de uvas de mesa e, numa segunda fase, de melão em 40 hetares de terreno perto de Serpa. O investimento inclui ainda a construção de uma unidade de armazenamento e transformação de fruta com quatro mil metros quadrados, no parque industrial de Serpa, prevendo a criação de cerca de 80 novos postos de trabalho.

Monte Novo e Figueirinha recebe três medalhas de prata

Um mp pro roje ro jeto je to do grrup po Ad M di Mé d c e daa pro oprieetá t riia Paaul ulaa Co Cord rdei eiro ro é o m mai aiss rreece cent ntee ag nt agro ro otu turi rism ismo mo a de dest stac tac acar ar-se no Alen Al e te tejo jo. Inse serido se do nu n um maa pro opr prie ieda dade da de com ceerc ce rca de rc de 2 24 4 hect heectar h ccttar ares es, a es, Ho H o ort rtta da da Vilila Ad d Médic ééd dicc Aggrro A oturi turriissm tu mo pr preessen enteia teia te ia oss seeu o us ccllieenttes es com um co m am mb bient ieen ntte to ottaalm men ente te rur u al a l.

“Um lugar para sonhar e ser feliz”

Horta da Vila é o mais recente agroturismo É na pacata vila de Alvito que surgiu o mais recente agroturismo alentejano, a Horta da Vila. Uma quinta outrora conhecida como a horta da Mareca, hoje é o reflexo de um projeto do grupo Ad Médic, um agroturismo que proporciona ao cliente, de entre as várias atividades, um contato mais próximo com a natureza. Publireportagem Sandra Sanches

P

orque a paixão nata pelo Alentejo foi sempre “um bichinho” para Paula Cordeiro, proprietária do empreendimento rural, esta não pensou duas vezes ao adquirir no ano passado a propriedade. Apesar de ainda existir um caminho a percorrer, a Horta da Vila já permite ao cliente “desligar-se da azáfama da cidade e partir em busca do encontro com o ambiente rural”. A inauguração foi no passado dia 1 e Paula Cordeiro não esconde a plena satisfação de ter concretizado um sonho de há muitos anos. A Horta da Vila, com um laranjal e um olival, dispõe de quatro quartos, todos intitulados com o nome de um fruto (romã, noz, marmelo e limão) – frutos estes que a própria Horta da

Vila produz – uma suite (figo) e três bungalows (laranja, azeitona e tomate), equipados com sala de estar e quarto, cuja capacidade máxima é para quatro pessoas. O agroturismo conta ainda com uma piscina exterior. As atividades são várias: passeios de bicicleta, moto4, a pé, a cavalo ou até mesmo visitas à nora. É ainda oferecida a possibilidade de interagir com os animais da quinta, participando nas tarefas diárias de alimentação e limpeza. Cavalos, burros, cães, gatos, perus, ovelhas, porcos, galinhas, coelhos e pássaros são alguns dos animais que vivem na Horta da Vila. Engana-se quem pensa que estas atividades ficam por aqui, ou que Paula Cordeiro não pensou nas necessidades do seu cliente. Um canil para deixar o fiel amigo em férias é um dos serviços que o agroturismo oferece. Workshops de pão alentejano, uma das principais iguarias da gastronomia alentejana e a base de muitos pratos da região, serão ministrados na Horta da Vila, aprendendo-se o processo desde o amassar até à cozedura, com a possibilidade de levar o produto para casa para melhor degustar. Esta é uma das iniciativas em que Paula Cordeiro já começou a trabalhar, além dos ateliês de pintura e de olaria e também dos workshops “científicos”,

que terão início em breve. Para já, fala-se na classe médica e veterinária como público alvo, mas há abertura para outras temáticas. Para os workshops, a empresária já contratou uma “senhora da zona para amassar o pão” e um “oleiro”. E porque espaço não falta, outra das apostas passará pela tradicional “matança do porco ”. Os produtos próprios – azeite, laranjas, ovos e limões – são ali também vendidos, contando a empresária a curto prazo vender compotas feitas à base do que colhe da terra. “Natural” e “diferente” parecem ser as palavras que distinguem este agroturismo de entre os demais. Um espaço cuja decoração é antiga mas aliada ao moderno, o agroturismo está equipado de forma simples mas com algum requinte, proporcionando ao cliente “hospitalidade”, “descanso” e “conforto”. Construída a pensar na classe média e estrangeiros, a Horta da Vila está aberta a todo o público em geral, ou não fosse o lema da casa “um lugar para sonhar e ser feliz”. Ciente de que o retorno deste investimento só será visível dentro de sete anos, a empresária está otimista e é da opinião de que “há que crescer devagarinho para não crescer sobre pés de barro”.

Foi no XX Concurso Wine Master Challenge 2013 que a Adega do Monte Novo e Figueirinha recebeu três medalhas de prata. O mérito foi para os vinhos Espumante Figueirinha Bruto, vinhos da Herdade da Figueirinha Reserva Tinto 2009 e Comendador Cameirinha Reserva Touriga Nacional 2010. Também o vinho Intuição Tinto recebeu o prémio “Boa Compra”, atribuído pela revista de vinhos. Filipe Cameirinha, gerente da Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, refere que procura “produzir vinhos sempre com qualidade e com características próprias e por isso acreditamos nos nossos produtos, nos seus aromas e nos seus sabores”. Mas os prémios não ficaram por aqui. Também este ano a empresa contou com uma medalha de prata no primeiro Concurso de Vinhos Nacionais 2013, organizado pela Confraria do Baccus de Albufeira, tendo sido aqui premiado o vinho Fonte Mouro 2011. Em Bratislava, a empresa recebeu mais duas medalhas de prata na 20.ª Edição do Concours Mondial de Bruxelles, cujos vinhos agraciados foram a Herdade da Figueirinha Reserva 2009 e mais uma vez o Fonte Mouro Reserva Tinto 2011. De referir que neste concurso o júri internacional degustou e avaliou cerca de 8 200 vinhos. Agraciado por duas vezes e tendo arrecadado dois prémios, é um vinho que a empresa descreve como “regional alentejano, produzido a partir da casta Touriga Nacional de uvas provenientes da herdade”, apresentando-se de cor rubi intensa, aroma a frutos pretos e algumas notas florais, notando-se na boca alguns taninos suaves, boa acidez e final longo. Para a empresa é importante referir que todo o processo produtivo é encarado como uma missão para atingir um objetivo: “produzir vinhos de qualidade, surpreendentemente elegantes e ricos de sabor”.

Sines vai produzir combustível naval a partir de resíduos Uma empresa com sede em França está a construir no Porto de Sines uma fábrica para produzir combustível naval a partir dos óleos residuais recolhidos dos navios de carga, aproveitando material que atualmente é incinerado. A unidade, que deverá estar pronta a funcionar em outubro deste ano, será a primeira a nível mundial com esta tecnologia. O projeto representa um investimento superior a 14 milhões de euros, comparticipado em 55 por cento das despesas elegíveis por fundos comunitários, e irá criar 35 postos de trabalho diretos e 25 indiretos, estimando-se que venha a gerar receitas na ordem dos 10 milhões de euros anuais.


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A partir do próximo dia 24 terá início a campanha de recolha e distribuição de manuais escolares. Uma parceria entre a Biblioteca Municipal de Beja, Loja Social e Movimento Nacional de Reutilização de Livros Escolares e que tem como objetivo criar um movimento de reutilização dos manuais entre a comunidade de Beja. Consulta o regulamento ou envia um mail para entreajuda_lojasocial@ hotmail.com e vê como podes beneficiar também desta troca.

Diário do Alentejo 21 junho 2013

Redistribuição de manuais escolares em Beja

A páginas tantas... Pais Com mais ou menos imaginação o importante é que as crianças comam fruta. Sim, e não basta uma peça de fruta por dia. Abuse até na hora de servir.

Um livro que une duas histórias que correm em direções diferentes, por um lado um pirilampo que anda à procura de uma luz, por outro, um coelho fugitivo. Bernardo Carvalho já tinha explorado esta ideia de duas histórias partilharem o mesmo espaço, no livro As Duas Estradas. Neste livro contam-se duas histórias, a primeira lê-se da esquerda para a direita e a segunda história da direita para esquerda. Sem texto, são as ilustrações na sua sobreposição que acabam por narrar duas histórias distintas. De um lado acompanhamos a aventura de um pirilampo à procura de uma luzinha; do outro, um coelho fugitivo, correndo desalmadamente.

Pela tua mão

À solta

É tempo de fazeres magia e bastam algumas palhinhas e fita adesiva para conseguires uma verdadeira flauta mágica. Vais poder ver que a palhinha mais pequena é a que toca a nota mais alta e a maior toca a mais baixa.

BigNate: arrisca tudo é mais um livro de Lincoln Peirce. Fala-nos de um rapaz chamado Nate, que decide criar um clube de banda-desenhada, “Os Rabiscadores”, mas como em todos os clubes há um professor e nada melhor do que a professora Rosa. Um dia, os rabiscadores recebem uma visita inesperada, a professora de artes da escola de Jefersson, fala-lhes do clube de banda-desenhada da outra escola, os C.I.C. A escola de Nate fica ameaçada, pois nunca venceram a Jefersson em nada. Então Nate propôs um desafio de esculturas de neve. Será que os vencerão no nevão final? Manuel Fernandes, 9 anos


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Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com

Caranguejo

Características dos nativos de (22 de junho a 22 de julho) Com uma intensa vida emocional, a força do nativo de Caranguejo, vem da profundidade dos seus sentimentos e a sua sensibilidade, da sua grande intuição. Baseia os seus valores num sentimento de continuidade com o passado. A casa torna-se facilmente num abrigo dos perigos do mundo real.

Boa vida

Previsões – Semana de 21 a 27 de junho

Comer Bife de vitela recheado com queijo Serpa Ingredientes para 4 pessoas: 8 bifes da vazia com (100 g. cada), 4 fatias de queijo Serpa, 100 gr. de farinha de trigo, 100 gr. de pão ralado, 2 ovos inteiros, q.b. de pimenta, q.b. de sal, q.b. de azeite, 4 dentes de alho, Confeção: Bata os bifes com um martelo e tempere com sal e pimenta. Sobre cada um sobreponha uma fatia de queijo Serpa, de seguida ponha o outro bife por cima, apare os lados com uma faca e una com palitos. Siga esta operação na restante carne. Passe os bifes por farinha, ovo batido e pão ralado. Leve a fritar numa frigideira com azeite e alhos esmagados. Coloque os bifes sobre papel absorvente. Acompa n he com esparguete e legumes cozidos. E bom apetite... Nota: Pode fazer este prato com outro tipo de carne, por exemplo peito de frango ou lombo de porco. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

g

a

Carneiro – (21/3 - 20/4) Durante esta semana privilegie os aspetos harmoniosos do seu quotidiano e evite registos de conflito. O aspeto profissional e amoroso vai atravessar uma fase de tensão. Faça gestão espartana das despesas pessoais. Procure a companhia de familiares e amigos, que lhe darão o seu apoio em momentos mais frágeis. Estão favorecidas as viagens em família, sempre para locais tranquilos.

Balança – (24/9 – 23/10) Com dificuldade para entender o seu meio envolvente, procure a distância necessária para uma perceção imparcial. Não se deixe influenciar por quem pretende prejudica-lo, esteja atento a movimentos inesperados e falsos à sua volta. Pondere questões de fundo antes de tomar qualquer decisão, mas não se perca nesta análise. Faça viagens de curta distância e novas amizades.

h Touro – (21/4 – 21/5) A vida afetiva tomará grande parte de toda a sua atividade durante esta semana. Poderá arriscar uma mudança de visual, que, a realizar-se, terá impacto positivo no seu relacionamento amoroso. Cumprir um programa de exercício físico e fazer alimentação natural também trará bons resultados. Tornar o ambiente de convívio doméstico mais confortável e acolhedor fará igualmente parte da sua agenda.

Filatelia Mais oito catedrais em novos selos

O

s correios puseram em circulação no dia 6 deste mês a emissão de selos “Rota das Catedrais” (2.º grupo) que nos apresenta oito belos exemplares da nossa riqueza arquitetónica religiosa. Os selos mostram-nos a Sé de Portalegre, de Leiria, de Coimbra (a SéVelha e a Sé-Nova), Castelo Branco, Aveiro, Angra e Funchal. Numa apresentação pouco vulgar nos nossos selos, todos têm dois motivos principais. A metade inferior mostra-nos a fachada da igreja, enquanto a superior nos surpreende com uma vista do presbitério, observado a partir da nave, surgindo-nos em toda a sua beleza e riqueza, a parte mais nobre do templo, local onde se situa o altarmor e o sacrário. Em alguns selos são visíveis os altares laterais, bem como a entrada das suas capelas laterais situadas na nave. No que respeita às franquias, também temos uma surpresa, diga-se que agradável. Os oito selos têm um custo total de 3,76 €, assim dividido: selos da Sé de Angra e Funchal, 0,80€ cada; os restantes têm todos a franquia de 0,36€. Não foi emitido nenhum bloco filatélico. Este último valor é o utilizado para franquiar a correspondência do 1.º escalão (cartas até 20 g) para Portugal; o outro (0,80€) é a franquia usada para a correspondência, também do 1.º escalão, que se destina ao que se designa “resto do mundo”, que é, grosso modo, todo o mundo à exceção da Europa. Ao contrário do que tem sido norma

desde 2004 (com poucas exceções), também houve um carimbo de 1.º dia de circulação em Coimbra. Os selos são do Atelier Design&etc e o texto da pagela, para a apresentação da série, é de Sandra Costa Saldanha. O primeiro grupo da “Rota das Catedrais) teve o seu 1.º dia de emissão em 18 de maio do ano passado; tinha dez selos com as catedrais de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Porto, Lamego, Viseu, Guarda, Santarém, Silves e Faro. Esta foi uma série ainda mais económica que a atual, pois os selos eram todos “N20g” (1.º escalão nacional),que equivalia então a 0,32€. No que às franquias diz respeito, há muito que condenamos o uso frequente de franquias demasiado elevadas, que só servem para desmotivar o filatelista, levandoo a desistir, ou a reduzir drasticamente as suas compras. O mesmo se passa com os blocos filatélicos. São muitos e quase sempre têm as franquias bastante elevadas. Basta analisar os blocos emitidos o ano passado para se ver que não exageramos; foram emitidos vinte blocos dos quais, cinco, têm a franquia de 3€, valor que só em alguns casos poderá ser usado. Curiosamente, uma semana depois da emissão (dia 13), os correios produziram dois carimbos comemorativos, de idêntica imagem, que foram usados em postos de correio nas suas Lojas de Portalegre e de Castelo Branco e que assinalavam o Dia da Diocese (que tem o nome destas duas cidades), que permitiram uma utilização feliz dos selos da Sé Catedral daquelas cidades. Geada de Sousa

i Gémeos – (21/5 – 21/6) Com determinação e fé conseguirá ultrapassar dificuldades sucessivas com que se deparará a nível profissional, sobretudo no relacionamento com pessoas. Não descure os seus princípios, serão de extrema importância para identificar as melhores soluções em todos os aspetos da sua vida. Ampla possibilidade de novo relacionamento amoroso, com alguém mais descontraído e descomplicado.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Poderá sentir-se desconcertado ou confuso sobre a sua relação amorosa. No entanto, durante a semana terá possibilidade de ver tudo esclarecido pois será alvo de manifestações explícitas de amor sincero. O seu quotidiano melhorará de qualidade se imprimir energia anímica às suas atividades. Mude de postura face às tarefas domésticas, tome iniciativas. A família reconhecerá de imediato.

k Leão – (23/7 – 23/8) Nesta altura, a conjuntura favorecerá todas as suas atividades, trazendo-lhe uma energia ainda mais forte e de bom agouro. Assumirá a sua realidade sem ansiedade. Com a perceção de que a vida é aqui e agora, terá capacidade para reconhecer as suas reais prioridades e deixar para segundo plano o que menos o realiza e satisfaz. Dê especial atenção à família. Contenha a tendência para gastos excessivos.

l Virgem – (24/8 – 23/9) Novas influências trazem-lhe desinibição. Conseguirá colocar mais energia nos objetivos que pretende alcançar assim como nos seus desejos. Com a vitalidade renovada, a sua força interior voltará a brilhar. Aproveite a força anímica e renove o seu ambiente. Sem se isolar encontre tempo e espaço para estar só e meditar. Deixe para mais tarde a resolução de assuntos relacionados com a área financeira.

b Escorpião – (24/10 – 22/11) As questões sentimentais sofrerão forte influência nesta conjuntura, que poderá comprometer sobretudo o relacionamento amoroso. Estará tudo por um fio e poderá conhecer o retorno de uma atitude menos positiva do passado. Esta fase de instabilidade afetiva não afetará a progressão profissional, que conhecerá desenvolvimentos consideráveis. Vigie especialmente o sistema neurológico com um período solitário de descanso.

c Sagitário – (23/11 – 21/12) Questões ligadas à segurança familiar absorverão parte das suas ocupações, neste momento. Não torne este assunto numa obsessão. Poderá contar com o apoio de alguém com as mesmas preocupações. A estrutura do seu orçamento familiar por vezes perde solidez. Quererá evitar inseguranças no futuro. Acontecimentos inesperados vão levá-lo a testar a sua fé no caminho de vida que escolheu.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Possibilidade para um amor do passado voltar a manifestar-se. Tome todas as precauções para se defender e não voltar a sofrer as mesmas consequências. Não virá para ficar, mas para o ajudar a esclarecer dúvidas que mantinha. A nível profissional, fará progressos consideráveis. Respeite as horas de sono e rejeite hábitos quotidianos prejudiciais à sua saúde.

e Aquário – (21/1 – 19/2) Sentirá necessidade de encontrar alguém que saiba ouvir. Os amigos estarão presentes e terão capacidade para o entender se souber dizer o que pretende sobre os seus sentimentos, de forma discreta. Procure ambiente que conhece bem. Adotar uma nova postura no seu relacionamento amoroso poderá ajudar decisivamente. Dê passos pequenos, mas seguros, em direção aos seus objetivos neste aspeto.

f Peixes – (20/2 – 20/3) Conseguirá identificar com facilidade os aspetos que quer mudar na sua vida profissional e os obstáculos que poderá enfrentar. Com a ajuda da sua intuição, e sem presunção, tomará a melhor atitude para ultrapassar este momento e sair vitorioso. Aproveite esta motivação no foro sentimental e assuma claramente a sua vontade de mudança. Faça um programa de desintoxicação alimentar e adote uma postura de vida natural e sincera.


29 Diário do Alentejo 21 junho 2013

Letras Uma mulher em Berlim

Bruno Santos Ensemble Bruno Santos (guitarra), Mariana Norton (voz), Gonçalo Marques (trompete), Luís Cunha (trombone e flauta), Paulo Gaspar (clarinetes), Jorge Reis (saxofones alto e soprano), César Cardoso (saxofone tenor), Rodrigo Gonçalves (piano e Fender Rhodes), João Hasselberg (contrabaixo) e Luís Candeias (bateria). Editora: TOAP/OJM; Ano: 2013

Jazz Bruno Santos Ensemble

N

o avantajado contingente de guitarristas portugueses que se movimentam nos domínios do jazz e da música improvisada, Bruno Santos está há uma década na linha da frente entre os que se perfilam na descendência estética de luminárias como Wes Montgomery e Jim Hall. Apesar destes pergaminhos, a discografia em nome próprio do guitarrista madeirense não é particularmente extensa, resumindo-se a “Wrong Way”, a estreia em 2005, e “TrioAngular”, de 2007. Ao longo dos anos Bruno Santos veio acalentando a vontade de escrever para formações mais alargadas, desígnio que acabou por concretizar em 2011, compondo e arranjando material para o septeto do Hot Clube de Portugal, e em 2013 com o seu próprio Ensemble, cuja estreia acaba de ser lançada pela TOAP, a sua editora de sempre. Para tal, rodeia-se de uma assembleia de importantes músicos do panorama do jazz nacional para dar corpo sonoro a um conjunto de peças que, apesar da dimensão do efetivo, exibem os traços essen-

Toiros Passeio pelo campo bravo

N

o passado domingo, 16 de junho, a Câmara de Beja, integrado no ciclo “Passeios por Beja”, promoveu uma visita à herdade dos Montezes, solar da ganadaria Condessa de Sobral. À luz dos primeiros raios de sol, a meia centena de inscritos neste passeio, onde a inscrições eram limitadas a esse mesmo número, foi-se concentrando no local marcado na cidade de Beja, de onde saíram pelas oito da manhã rumo a Baleizão para desfrutaram de um dia que certamente lhes perdurará na memória. Chegados à herdade dos Montezes, o engenheiro Luís Dargent, gestor da ganadaria, deu as boas vindas ao grupo, em representação da família Domecq, apresentando a ganadaria, e a traçar o

ciais da abordagem que lhe conhecemos em formatos mais reduzidos. O seu guitarrismo permanece límpido e recatado, sem exibicionismos inconsequentes, assente na segurança harmónica e clareza melódica entroncadas num sólido conhecimento da tradição do jazz. As suas composições, sobretudo tempos médios, revelam bom gosto, maturidade e uma sobriedade inatacável, de sabor clássico (na aceção jazzística, entenda-se). O músico tira partido da paleta instrumental que tem ao seu dispor, explorando diferentes associações e simbioses. Merecem destaque particular o dinamismo de “30/1” – uma das melhores prestações do pianista Rodrigo Gonçalves –, o swing caloroso que emana de “4 Quartos” (bons apontamentos do líder e de Luís Cunha no trombone), a mais exótica “Para Flauta Uma Valsa” (com Cunha na flauta e Paulo Gaspar no clarinete baixo), e “Quarto dos Fundos”, temperada com propósito pelo Fender Rhodes de Gonçalves. A bela voz de Mariana Norton – quase sempre sem recurso a palavras, exceção feita a “A Donzela Atrás da Porta”, onde se alia ao trompete luminoso de Gonçalo Marques – é utilizada como se de um instrumento de sopro se tratasse, marcando indelevelmente o resultado final. António Branco

rumo da visita. Seguiu-se um passeio em galérias pelo campo bravo, onde se pode ver de perto o dia a dia das pessoas que ali trabalham no maneio do gado a cavalo, o apartar do gado a lidar, os toiros no seu habitat natural, tudo isto sempre sob o comando atento e sábio do maioral Manuel Madeira. Seguiu-se um treino de forcados, nomeadamente dos Amadores de Beja, comandados por José Maria Charraz, que, frente a vacas com idade, demonstraram aos presentes como decorre o treino de um grupo de forcados. A terminar a manhã nada melhor que uma degustação de vinhos produzidos numa herdade vizinha. A jornada terminou com um almoço de convívio com a participação de todos os intervenientes, onde o balanço apresentado foi muito positivo e todos ficaram com vontade de repetir. Vítor Morais Besugo

R

elato na primeira pessoa, feito por uma mulher que continua anónima passados quase 70 anos sobre os eventos narrados, é uma obra que documenta dois meses e dois dias na vida de alguém que viveu entre as ruínas da capital alemã entre abril e junho de 1945. A resistência nacional-socialista cai durante esse período, no início de maio, ao que se segue a ocupação pelos Aliados. O que foi uma vitória para o mundo converteu-se no início do pesadelo – ou a continuação do pesadelo de um outro modo – de muitas jovens alemãs que foram submetidas à brutalização pelas forças russas de ocupação. Aos bombardeamentos sucederamse pois as violações e este diário fixa o horror com uma crueza sem concessões. Dia a dia, através de uma escrita em que não há lamento ou autocomiseração, a autora testemunha o que vive ou aquilo a que assiste. Quando já se conhecem as rotinas dos predadores sexuais, as jovens passam a ser escondidas em sotãos ou em qualquer local considerado seguro. Documenta-se também o artifício de uma médica alemã que cria uma ala de supostos doentes de tifo cujas pacientes PUB

são jovens muito novas... A grande maioria das berlinenses não escapou, porém, à violência abusadora que se escudou na vingança dos crimes perpetrados pelo nazismo e que, como em todas as guerras, se exerce(u) sobre as mulheres. O lado negro da vitória aliada tem sido frequentemente escamoteado – uma exceção, no cinema, é o extraordinário “Alemanha, ano zero”, de Rossellini. Esta obra alarga a sombra – ou antes mostra outra variante, diferente da luta pela sobrevivência fixada pelo autor italiano – mas confronta-nos com a memória do horror, que tantas vezes olhamos de lado e procuramos esquecer ou escamotear. Uma jud ia a lemã, Ha n na h Arendt – uma pensadora política fundamental – escreveu, já nos EUA, para onde escapou na sua fuga ao nazismo, sobre a necessidade de criar novas categorias políticas para pensar o horror e as imagens fruto dele, se aquelas que temos não nos chegam e nos fazem querer apagar a memória. Maria do Carmo Piçarra

Anónima Texto Editores 256 págs. 17,15 euros


Apresentado ontem, quinta-feira, o espetáculo “A viagem à casa dos avós”, pelo Al Teatro, subirá novamente ao palco do Cineteatro Municipal de Serpa hoje (10 e 30 e 14 e 30 horas), amanhã (16 horas) e no domingo (16 horas). Construído em residência artística promovida pela Baal 17, é um espetáculo para a infância “com atores e marionetas” que conta “as aventuras e desventuras de um menino que, como muitos outros, é peão nuns momentos e automobilizado

Serpa recebe “A viagem à casa dos avós”, pelo Al Teatro

DR

Fim de semana

noutros”. Tudo começa “com o João a sair da escola no fim das aulas e o seu percurso, primeiro de autocarro e depois a pé, para casa. Ao chegar vai andar de bicicleta até os seus pais estrarem prontos para partir, no carro, para a casa dos avós”. Na viagem “acontecerão muitos percalços. Diversas situações irão mostrar como atitudes corretas e incorretas contribuem para a segurança e para o bem-estar, ou a sua falta, tanto nos peões como os automobilistas”.

Avó Cantigas emespaço musical no Pax Juliahoje, “Ésexta-feira, bom sonhar”, o muHistória do jazz no Oficinas Arranca no espaço sical infantil que assinala os 30 anos de carreira do Avô Cantigas (Carlos Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, sobe palco Pax Julia Teatro em Beja, no próximoé midoqueVidal), decorrerá atéao4 de maiodoestruturada em oitoMunicipal, sessões, sempre às sextas-feiras, mingo, dia 23, pelas 16 horas. “Fungagá da bicharada”, “Joana come a papa”, nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional “d’Artacão e os A3 primeira moscãoteiros”, “Cinderela” ou “A“Dos minha casido Baixo Alentejo. sessão,“Olha pelasa21bola e 30Manel”, horas, abordará o tema campos nha” sãoaalguns dos temas que integram o seu mais recente trabalho. de algodão Nova Orleães”.

Vila Museu expõe “Fugacidades” de António Matos

Festival Terras Sem Sombra

Camané, Clã e Ana Malhoa animam Festas da Vila de Mértola Camané, Clã e Ana Malhoa são as grandes atrações das Festas da Vila de Mértola, que decorrem na Vila Museu até ao final do mês. A atuação do fadista Camané está agendada para o dia de hoje, sexta-feira, pelas 22 e 30 horas, no Cais do Guadiana. Segue-se animação musical a cargo do Duo Mendes Música. Amanhã, sábado, sobem ao palco, também no cais, e à mesma hora, os Clã, a que se segue a música do grupo de baile Século XXI. Também amanhã, mas pelas 17 horas, o Bica Teatro apresenta, no Cineteatro Marques Duque, a peça de teatro infantil “Karingana blues”. O programa para domingo reserva a apresentação do Grupo Marcha do Fidalgo, de Cuba (cais, 22 horas), e o concerto de Ana Malhoa (cais, 22 e 30 horas). Provas de pesca desportiva (dias 22 e 23), uma descida do rio Guadiana entre Carvoeiro e Mértola (dia 22), a tradicional festa de febras e sardinhada no cais do Guadiana, com a música do Grupo Coral Guadiana, de Mértola, dos Terra Bela e de Ernesio Batista (dia 24) e baile de São Pedro, com Hélder Reis (dia 28), são outras das pospostas das Festas da Vila.

“Sinais de fogo” na Basílica de Castro

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Basílica Real de Nossa Senhora da Conceição, em Castro Verde, recebe amanhã, sábado, a partir das 21 e 30 horas, no âmbito de mais uma edição do Festival Terras Sem Sombra, o espetáculo “Sinais de Fogo”. Serão interpretadas, “pelo mais internacional dos ensembles espanhóis de cordas, o Cuarteto Casals, três obras culminantes dos compositores Gyorgy Ligeti, Franz Joseph Haydn e Arnold Schoenberg”. Além disso, o espetáculo, que é dirigido por Giovanni Andreoli, maestro do Teatro Nacional de São Carlos, assinala a estreia do Coro Terras sem Sombra, “fundado por outro maestro bem conhecido do meio português, Sérgio Fontão de Carvalho, que já atuou várias vezes no festival”, explica o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. “Lux aeterna” para 16 vozes, de Ligeti, “As sete últimas palavras do nosso redentor na cruz” para quarteto de cordas op. 51, de Haydn, e “De profundis”, op. 50B para coro a capela, de Schoenberg, foram os desafios propostos pelo diretor artístico do festival, Paolo Pinamonti, “que assinala a importância superlativa dessas peças como marcos da escrita polifónica e coral”. O título “Sinais de Fogo” foi escolhido pelo diretorgeral do Terras Sem Sombra, José António Falcão. “As obras escolhidas por Pinamonti

No âmbito do Festival Sulinidades, o Parque da Cidade, em Beja, recebe hoje, sexta-feira, os Anonimato, que estão de regresso aos palcos para assinalar os 20 anos da edição do seu primeiro álbum. A noite termina ao som do Dj Nuno Nobre. O programa para amanhã, sábado, reserva as atuações de Tam-Tam, Tango Paris e Dj Mikas. No domingo, atuarão os Adiafa, Jorge Sarafim, Campaniças e Dj Yago Diaz. Pelo Festival Sulinidades, que terminará no final do mês, passarão, entre outros, os Balão Dirigível, Ex Orient Lux, Cantigas do Baú, Terraza, Ho Chi Minh e Ruben Baião. Os espetáculos têm início pelas 21 e 30 horas.

FELIX BROEDE

Anonimato e Tango Paris no Parque da Cidade

representam uma síntese do impacto da espiritualidade na criação contemporânea e elevam a um nível surpreendente o legado romântico; isto torna-as uma experiência estética, mas também existencial, muito especial”, explica. Paralelamente, e tendo em conta que o Terras Sem Sombra “faz da recuperação do património associado aos antigos percursos da transumância peninsular uma das suas causas prioritárias”, terá lugar no domingo, 23, a partir das 10 e 30 horas, também em Castro Verde, a atividade “Na senda da transumância – o Campo Branco, a pecuária extensiva e a conservação da natureza”, onde os participantes são convidados “a intervir no maneio de uma exploração de ovinos e acompanhar o itinerário de um rebanho de ovelhas numa rota de microtransumância da região, entre os campos de pastagem a sul e os restolhos a norte”. A iniciativa, que conta com o apoio da Câmara de Castro Verde, Associação de Agricultores do Campo Branco e Liga para a Proteção da Natureza e com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade – Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Alentejo, pretende “chamar a atenção para a necessidade de preservar uma tradição em risco”.

Inaugurada na segunda-feira, continua patente ao público, até ao dia 29, na Casa das Artes Mário Elias, em Mértola, a exposição de fotografia de António Matos intitulada “Fugacidades”. António Matos nasceu em Coimbra em 1956. Depois de viver “por quase todo o País” assentou, “desde há bastantes anos”, na Vila Museu. Médico de profissão, formado na Faculdade de Medicina do Porto, desde muito novo que fotografa aquilo que o toca. “De forma completamente amadora e sempre para partilhar com quem me está próximo. Foram estes que me tentaram a mostrar algumas das coisas que também os tocaram a todos os que as quisessem ver. Não estou convencido do grande mérito que haja no que mostro mas também acho que não os desagradarei em demasia”, diz. DR

Diário do Alentejo 21 junho 2013

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A Beta Movement no Centro de Artes de Sines A Beta Movement atua hoje, sexta-feira, pelas 22 horas, no Centro de Artes de Sines. O grupo nasceu em 2008, no Porto, com Pedro Cordeiro e Secundino Oliveira, os dois músicos do núcleo criativo. “Abertos à experimentação, expõem as composições indie de um às manipulações digitais de outro”. Adotam “o nome e influência estética da experiência de Max Wertheimer’s beta movement, de 1912, sobre o conceito da perceção humana de um movimento inexistente”, adianta o Centro de Artes. A Beta Movement lança o primeiro EP em 2010 e destaca-se ao vencer a categoria Alternativa do Rock Rendez Worten. Um ano depois, Marcela Freitas junta-se ao projeto, assumindo a voz principal. Em 2012 é lançado o single e vídeo para a música “Colour mixing system”, com “críticas em edições on line internacionais e nacionais”. Em Portugal “entram na playlist da Vodafone FM e marcam presença no Festival Paredes de Coura, coincidindo com a entrada de Hugo Mesquita para a secção rítmica”. Considerados uma das apostas da revista Time Out para 2013, estão em fase de lançamento do novo EP “Blossom age”.


31 Diário do Alentejo 21 junho 2013

Segundo cartaz afixado, o Beja Castelo Challenge (BTT Urbano) terá uma “seia”. Também está previsto um “lanxe” e um “piquenalmosso”.

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Depois de TV e rádio públicas da Grécia, Bruxelas exige encerramento do “Diário do Alentejo” – Geada de Sousa já se barricou na redação! A notícia caiu como uma bomba na região: depois da TV e rádio públicas da Grécia, Bruxelas decidiu atacar outros órgãos de comunicação social públicos, sendo que, desta vez, a “fava” calhou ao “Diário do Alentejo”. Ao que apurámos, o Governo português decidiu acatar as ordens da troika e irá desmantelar o jornal, preparando-se para o privatizar. Alguns interessados têm sondado o Governo e já lançaram algumas ofertas: segundo consta, a “Ana Mais Atrevida” quer que Paulo Barriga escreva editoriais e a coluna que ensina a tirar nódoas de maionese light; o autor desta página está na calha para escrever piadas do Nilton numa cave escura, a funcionar entre São Matias e Adis Abeba, onde será alimentado unicamente a água e milho; e a joia da coroa do “DA”, a página da necrologia, está quase a ser comprada pelos angolanos, num negócio que rondará os 450 biliões de kwanzas (50 euros). As forças vivas na região estão em polvorosa com esta intenção e a revolta tem crescido a olhos vistos: António José Seguro anunciou que até já tirou o casaco e que quando se passa da moleirinha é menino para dizer expressões fortes, como “Que chatice!” ou “Terceira via é a tua prima”; e Geada de Sousa está barricado, desde o início da manhã, na redação do jornal, de onde, segundo o próprio, só será retirado à força. Membros da Polícia de Intervenção adiantam que este estará vestido à Rambo e que promete aplicar os ensinamentos do seu livro 101 maneiras de matar com um selo e um frasco de cola Cisne a qualquer ser que se aproxime.

Escândalo alimentar: inspeção da ASAE descobre pão alentejano com vestígios de pão alentejano! Os escândalos alimentares sucedem-se. Depois do peixe caracol num preparado de bacalhau com natas, das almôndegas suecas do IKEA com vestígios de Volvos e do iogurte grego com resquícios de Demis Roussos, a ASAE encontrou o impensável: pão alentejano com vestígios de… pão alentejano. O investigador responsável por este achado não calou o seu espanto, como nos explicou enquanto segurava a sua kalashnikov e envergava o seu colete à prova de bala: “Um informador já nos tinha dado uma pista, mas nós nem queríamos acreditar... Um pão alentejano a saber a pão alentejano é algo do domínio da ficção científica! Ainda se soubesse a Panrico ou a esferovite, ainda deixava passar. Agora, proporcionar um produto de qualidade é que não se admite! Seria uma hecatombe social! Daqui a pouco as pessoas ainda vão exigir que o pão de meio quilo volte a ter 500 gr. e o pão de quilo deixe de pesar 800 gr. e passe a 850 ou 900! Era o que faltava! Assim sendo, invadimos uma padaria do concelho de Mértola onde estavam duas perigosas septuagenárias a trabalhar. Uma delas ainda me disse ‘Bom dia!’ num tom de voz ameaçador, mas eu imobilizei-a logo com choques elétricos… Não se pode dar confiança a estes meliantes, que é com falinhas mansas e côdeas estaladiças que levam a sua avante”, explicou.

“Na imagem Al-Mutamid já só tem 755 pessoas à sua frente”

Inquérito Concorda com a greve dos professores do passado dia 17 de junho?

JUSTINO PARALISAÇÃO, 18 ANOS Estudante que sonha tirar um doutoramento em caixa de hipermercado

IUC: Governo notificou Al-Mutamid para pagar imposto de selo relativo a cavalo branco que teve em 1075 Milhares de portugueses desesperam após terem sido notificados para pagar o IUC (Imposto único de Circulação) relativo a anos anteriores, e as repartições das finanças, um pouco por todo o País, andam apinhadas de gente que quer regularizar esta situação. Mas nada poderia preparar a nossa equipa de repórteres, que visitou a repartição das Finanças de Beja, para o que iria encontrar – o próprio Al-Mutamid, poeta do Al-Andalus. Ao que parece, “Mutami”, como pediu para ser chamado, também recebeu uma carta em casa para pagar o IUC referente a um cavalo branco que teve em… 1075. Foi um Al-Mutamid muito transtornado que falou connosco: “Não percebo esta neura do sr. Gaspar! IUC sobre um cavalo que já nem tenho? Porquê? Só porque se chamava Al-Varo? Tive-o durante uns seis meses e foi só chatices: andava sempre com os cascos desalinhados e quando comia hortelã da ribeira emitia mais gases nocivos para a atmosfera do que uma cimenteira. Até que um dia me fartei, fui ao stand, e troquei-o por dois camelos e um Citroen AX de dois lugares que ainda tenho hoje – aquilo é um relógio! Mas como sou uma pessoa de bem, vim aqui às finanças e ainda tenho 1 773 pessoas à minha frente. Quando é que cheguei à repartição? Quando é que o Carlos Lopes foi campeão olímpico? Então foi dois anos antes…”.

Eu até percebo os motivos da greve, mas acho uma beca mal os alunos serem prejudicados, men. Os professores andam chateados com o facto de poderem começar a trabalhar bué longe de casa e assim, porque se gasta bué em transportes. Dah! Nunca ouviram falar do passe interrail? Fica muito mais barato! Com 300 euros tirei esse passe e fui até à Hungria de onde trouxe boas recordações e chatos.

FILIPE ET PLURIBUS UNUM, 18 ANOS Estudante que sonha tirar uma pós-graduação de croupier Concordo com a greve, mas não na época de exames. Eu, por exemplo, fiquei privado de fazer o exame de latim… E isso criou um enorme transtorno, não só a mim, como aos meus seis colegas de latim a nível nacional. Ainda por cima o tempo está tão mau que nem podemos sair de casa e carpe diem. Agora já sei que vou ficar muito nervoso para o resto da época de exames, ou como diziam os romanos, vou ficar cum unum camadum de nervius…

MÁRIO NOGUEIRA, 55 ANOS Sindicalista e apreciador de ministros da Educação de fricassé Claro! A greve foi um êxito retumbante: cerca de 70 por cento dos alunos não fizeram exame, e cerca de 98 por cento dos alunos que não fizeram o exame foram para casa fazer coisas que a malta jovem gosta, nomeadamente ouvir uns Jáfumega ou jogar Mikado, que sempre é melhor do que fazer um teste patrocinado pelo senhor Crato – a pior coisa que aconteceu a Portugal! Um estudo encomendado pela Fenprof confirma-o: sempre que o ministro Crato sorri, um aluno carenciado perde a bolsa. Só não vê quem não quer!


Nº 1626 (II Série) | 21 junho 2013

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nada mais havendo a acrescentar... A vida de um homem é sempre mal contada As hormonas são formigas sem fome que perderam o carreiro e morrem antes de chegar ao umbigo. O tempo útil de emoções foi tão curto. Perderam-se horas e dias e anos matutando, matutando, os egoísmos silvando na noite como cobras frias. E entretanto a traça da idade veio e roeu as golas do ânimo. As memórias vão morrendo como canetas sem tinta, como lápis gastos. Há lapsos, há fendas no tempo. O que sobra, o presente, o que vemos, é um pássaro já poisado, cansado do voo, guardando entre as penas tudo o que o céu lhe disse. A libido está pendurada num cabide e tem os forros

cheios de bolas de naftalina para sobreviver à oxidação do desejo. A andropausa é uma centopeia gorda de mil patas tristes que irrompe pela cama fria e nele entra, venenosa, por entre os lábios secos quando sonha boquiaberto com o que foi e principalmente o que não foi. Este homem lembra-se de fazer a transumância ascendente dos beijos desde o sopé das pernas, passando pelos socalcos das coxas, pelos declives do ventre, pelo planalto do peito até ao cume da saliva e lembra-se de depois fazer a transumância descendente de um rebanho de dedos esfomeados. Agora é um pastor de memórias bravas sem bordão que as faça voltar. Vítor Encarnação

quadro de honra

Boss AC e Rui Veloso na Pimel em Alcácer

José Saúde, 63 anos, natural de Vila Nova de São Bento Fez da cidade de Beja a sua terra de adoção. Desportivamente iniciou a sua carreira futebolística no Despertar Sporting Clube. Aos 16 anos ingressou no Sporting Clube de Portugal como juvenil. Representou o Desportivo de Beja. Jornalista por paixão dirigiu o departamento desportivo da Voz da Planície e foi diretor de “O Ás”. Passou pela TV Beja e é correspondente do jornal “A Bola”. Foi colaborador do “Jornal de Notícias”. É colaborador do “DA” e já conta com vários livros editados.

Histórias de um furriel miliciano

Memórias de guerra jamais se apagarão

G

uiné-Bissau – As minhas memórias de Gabu 1973/74 é o mais recente livro de José Saúde. Nele, garante, conta as suas histórias, enquanto furriel miliciano (operações especiais/ranger). E sublinha que narra “factos concretos, deixando explícito os meandros de uma população que vivia encaixada entre as duas frentes da guerrilha”. José Saúde diz, na verdade, ter-se “disposto a enaltecer a grandeza de uma geração cujas memórias de guerra jamais se apagarão”. Podem considerar-se estas suas memórias as memórias de uma geração?

Sim. Sou fruto de uma geração que conheceu os horrores da guerra do ex-Ultramar. Gerações transversais que conviveram com realidades comuns. A guerra na Guiné teve o seu início no ano de 1963 e estendeu-se a abril de 1974, ano da Revolução dos Cravos, que ditou o seu fim. Foram 11 anos de uma guerrilha intensa, onde muitas vidas se perderam, outros camaradas ficaram estropiados e outros vivem ainda hoje sob convulsões pós-traumáticas de guerra. Mas existem também aqueles, sendo o meu caso, que conseguem partilhar verdades conhecidas no terreno, trazendo à estampa as

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nossas memórias da guerra. Estas memórias correm o risco de se perder, se não forem passadas para o papel? Ou há cada vez mais um interesse geral em relação à Guerra Colonial?

A minha convicção passa pela celeridade em reviver esses nacos históricos da guerra nas antigas colónias portuguesas. Reconheço que não é fácil falar da monstruosidade da guerra. Tanto mais que os antigos combatentes parece que caíram no limbo do esquecimento. Os governantes deste país de Abril não sabem, e desconhecem, o que foi essa guerra. Para eles tudo é passado, logo é para esquecer. O mata-borrão, colocado em mãos dúbias, predispõem-se a apagar essas famigeradas páginas. Vejamos o raro interesse que a Guerra Colonial motiva aos senhores do poder. Nenhum, talvez. Apagar o sofrimento de jovens que em plena idade de ascensão se viram obrigados pela força de um poder totalitário é inadmissível. Fala-se, por enquanto, na guerra do exUltramar porque existem ainda antigos combatentes que persistem na sua divulgação. Quando estes desaparecerem perde-se o fio da meada dessa fatídica história. Restam os escassos livros

Hoje, sexta-feira, o sol vai brilhar em toda a região. Amanhã, sábado, o céu estará pouco nublado, bem como no domingo. Espera-se um aumento da temperatura durante o fim de semana.

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lançados nos escaparates sobre uma temática que tem como objetivo evidente a guerra em África.

Abre hoje portas, prolongando-se até segunda-feira, dia 24, a 23.ª Pimel – Feira do Turismo e Atividades Económicas, em Alcácer do Sal, um evento que este ano coloca em destaque o tema do empreendedorismo, apostando também num cartaz musical bem eclético. A saber: Boss AC (hoje), orquestra de baile Chave D’Ouro (amanhã), Rui Veloso (domingo) e banda Sorriso Maroto (segunda-feira), sempre pelas 22 e 30 horas. Outras das atrações da Pimel, desvenda a câmara local, são as tasquinhas, os concursos de doçaria e petiscos, a corrida de touros, bem como uma mostra de gado e os 66 expositores “onde se pode comprar de tudo um pouco”. Na praça central haverá ainda um espaço de animação infantil e outro dedicado à divulgação, leitura e venda de livros.

Em Gabu garante que tomou “conhecimento com as duas faces da guerra: o conflito e a paz”. Como foi conviver com este misto de sentimentos?

Oliveira Batista apresenta livro no Museu da Ruralidade

Direi que foi uma sensação inédita na minha vida militar. Conheci, ao pormenor, a guerrilha. Os medos e os imprevistos que o mato adensado propunha a jovens entregues ao destino. Conheci essa face real da guerra. Dos tumultos. Depois vivi o tempo de paz. Uma paz que no princípio não foi fácil. Desarmar as milícias foi complicado. Porém, tudo se simplificou com os sucessivos encontros com os adversários de ontem.

Destino Camponês, obra da autoria de Fernando Oliveira Batista, especialista em agronomia e mundo rural, é o pretexto para a conversa que terá amanhã, sábado, pelas 16 e 30 horas, no Museu da Ruralidade, em Entradas, Castro Verde. Além do autor, estarão ainda presentes David Machado, presidente da Rota do Guadiana, e Cláudio Torres, diretor do Campo Arqueológico de Mértola, num encontro onde se pretende cruzar olhares sobre o tema do desenvolvimento rural. A organização está a cargo do Museu da Ruralidade e da editora 100Luz.

Trata-se de um tempo passado, mas jamais esquecido?

Plenamente de acordo. A guerra faz parte de um puzzle das nossas vidas onde fomos atores de cenários, onde os tiros se cruzaram com ataques aos quartéis, entre outras situações caóticas proporcionadas por uma guerra desigual, sendo certo que o conteúdo operacional jamais se apagará das nossas memórias. Bruna Soares

Projeto “Herança com Raízes” realiza primeiro encontro Já está agendado para o próximo dia 26, pelas 17 e 30 horas, no auditório do Instituto da Juventude, em Beja, o 1.º encontro do projeto “Herança com Raízes”, organizado pelo grupo coral infantil Mocinhos em Cante. Divulgar e preservar o cante alentejano, bem como partilhar saberes e experiências, é o que se pretende com a iniciativa, cujos convidados são os grupos A Moda Mãe, Espigas do Alentejo e de Violas Campaniças da Escola Secundária de Castro Verde.


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