João Pedro Caeiro
TassJazz
“O PS nada fez para merecer os votos do PSD” pág. 6
Este
Ivan Lins logo à noite em Odemira
VALE
€1,20 Veja como na página 21
pág. 30
na Postos BP Beja
SEXTA-FEIRA, 5 JULHO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1628 (II Série) | Preço: € 0,90
ARS e Ulsba com leituras diferentes do relatório da Entidade Reguladora da Saúde
Ninguém parece saber o que aconteceu a metade dos utentes de fisioterapia JOSÉ SERRANO
Transumância: quando o gado descia da serra até à planície
É tempo deles e delas: Caracóis e caracoletas a la carte reportagem nas págs. 16/17 JOSÉ SERRANO
IMAGENS DE LUZ
pág. 8
Vale de Vargo: Tiraram a junta à terra do bom azeite págs. 4/5
Durante séculos, milhares de pequenos ruminantes desciam dos gelos da serra da Estrela até às terras quentes do Campo Branco. Uma prática ancestral da pecuária extensiva que marcava o ritmo das estações e das gentes. Hoje em desuso, a transumância faz-se em pequenas distâncias territoriais, como o “DA” testemunhou este fim de semana, nas cercanias de Castro Verde. págs. 12/13
Feira de Artes e Cultura este fim de semana em Almodôvar pág. 11
Infanta Pilar de Borbón entrega prémios Terras Sem Sombra pág. 10
Diário do Alentejo 5 julho 2013
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Editorial
Vice-versa “Numa democracia madura, a estabilidade não pode ser posta em causa senão por divergências de enorme gravidade”. Pedro Passos Coelho, 2/07/2013
Palhaços Paulo Barriga
“Ao longo destes dois anos protegi até ao limite das minhas forças o valor da estabilidade. Porém, a forma como, reiteradamente, as decisões são tomadas no Governo torna, efetivamente, dispensável o meu contributo”.
E
ste título é meramente simbólico e desconexo. Ocasional. Ocorreu, saiba-se lá porquê. Qualquer vínculo com a realidade é pura coincidência. Não enlaça as altas patentes do Estado que, porventura, possam vir a ser mencionadas por aqui abaixo. É tão respeitoso da causa pública e da Constituição da República Portuguesa quanto o circo que está armado em Portugal o é. Palhaços, malabaristas, contorcionistas e demais artistas de variedades merecem-nos o mais elevado respeito e consideração. Ponto final. E tudo o mais que se disser tem a validade de anteontem. Que foi quando se escreveu o título “palhaços”. Dois dias depois do aufwiedersehen de Vítor Gaspar. Um dia depois do adieu de Paulo Portas. No suposto dia do goodbye de Assunção Cristas e do hasta la vista de Mota Soares. No preciso dia em que Passos Coelho e Cavaco Silva resolveram transformar o Conselho de Ministros num museu de cera, uma vez que as figuras de carne e osso se puseram em debandada. Ponto final. Tudo o que aqui se disser, por conseguinte, é velho e já visto e, certamente, ultrapassado pela velocidade dos acontecimentos. Pelo avolumar das palhaçadas. Pela aguçar do ridículo. Pela superação dos limites da irresponsabilidade. Ponto final. Um Governo que esmifrou o povo português como nenhum outro teve a ousadia até hoje. Um Governo que pulverizou a economia do País como nenhum outro o conseguiu até hoje. Um Governo que alimentou o desemprego e a instabilidade social como nenhum outro o alcançou até hoje. Um Governo que errou e que errou e que tornou a errar como nenhum outro até hoje. E que, mesmo assim, contou com a paciência, a benevolência e até com alguma esperança dos portugueses durante dois anos. Um Governo que ainda assim se esvai, de forma cobarde e foleira, em birrinhas internas só pode estar a mangar com o povinho. Ponto final. Os ratos são sempre os primeiros a abandonar a barcaça. Mas apenas se retiram quando percebem que ela vai mesmo ao fundo. Ponto final, no Governo.
Paulo Portas, 2/07/1013
Fotonotícia Ainda há moirais. Lá nos confins de Mértola, em São Pedro de Sólis, decorreu no último sábado o III Encontro de Moirais do Sul. E, em simultâneo, a III Festa da Tomatada e da Vinagrada. É assim que no coração despovoado do Alentejo se celebra o São Pedro, relembrando a resistência, a solidão e o amor dos pastores ao campo. Esta edição do conclave dos moirais teve a bela legenda de “Um tributo para quem trabalha de sol a Sólis”. E, durante um dia inteiro, os muitos visitantes puderam escutar as suas histórias de vida, provar as suas comidas e cantar as suas modas. De sol a Sólis, por um dia. PB Foto Associação de Defesa do Património de Mértola
Voz do povo O que vai acontecer ao País?
Sílvia Freitas, 38 anos, engenheira alimentar (a exercer funções de auxiliar na Cerci Beja)
Esforço-me para acreditar que o País irá melhorar. Mas o que vejo é que vai de mal a pior. Não há emprego. Não há quaisquer perspetivas de futuro. Concordo com eleições antecipadas. Para se ouvir o povo, a sua voz de insatisfação. E assim procurar uma outra solução governativa. Somos um povo muito passivo, mas temo que um dia a violência possa despoletar nas ruas.
Inquérito de José Serrano
José Eusébio, 54 anos, aposentado da GNR
Este País está num imbróglio de todo o tamanho. E quem paga a crise são sempre os mais desfavorecidos, os trabalhadores, os reformados. Neste momento o Governo não tem mais pernas para andar. Tem de cair. O Presidente da República deveria marcar eleições antecipadas. Mas não sei se o fará. Tem sido muito conivente com as políticas do Governo. Diz sempre ámen.
Rui Xavier, 40 anos, Técnico superior na autoridade para as condições de trabalho(ACT)
Vamos para eleições antecipadas. A situação é muito complicada. Vamos ver como reagem os mercados a estes últimos acontecimentos. Não vislumbro grandes soluções de alternativa, mas espero que o partido que ganhe as próximas eleições acabe com esta política recessiva, inicie um novo ciclo de crescimento económico, e elabore no seu plano, verdadeiras políticas de emprego.
Pedro Janeiro, 37 anos, assistente operacional
Portugal vai por muito mau caminho. Seja mais tarde ou mais cedo será inevitável a demissão deste governo. E o Presidente da República convocará eleições antecipadas. Estas complicações políticas trarão muito possivelmente um novo resgate financeiro ao País. O que aumentará ainda mais as grandes dificuldades pelas quais passamos. Mais austeridade, mais desemprego.
Rede social RÁDIO PAX
Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 28 JUNHO ALJUSTREL ABERTO INQUÉRITO A ACIDENTE QUE VITIMOU FUNCIONÁRIO DA CÂMARA
A Câmara de Mértola e várias associações do setor cinegético deram início a um ciclo de três seminários sobre caça. O primeiro seminário, promovido em parceria com a Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade, decorreu no sábado, no Cineteatro Marques Duque. A caça e o turismo, o desenvolvimento do turismo cinegético no Alentejo e o código de boas práticas do gestor cinegético foram os temas debatidos no primeiro seminário. De acordo com a Câmara de Mértola, o segundo seminário, promovido em parceria com a Federação Portuguesa de Caça, está programado para o dia 6, amanhã. O ciclo termina a 13, com o terceiro seminário, que será promovido em parceria com a Confederação Nacional dos Caçadores e Proprietários e a Federação Alentejana de Caça.
TERÇA-FEIRA, DIA 2 ALCÁCER HOMEM DE 19 ANOS DETIDO POR SUSPEITA DE HOMICÍDIO DE FORCADO A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal anunciou a detenção de um homem, de 19 anos, suspeito do homicídio do cabo do grupo de forcados de Montemor-o-Novo, na sequência de uma desordem no concelho de Alcácer do Sal. “A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, identificou e deteve um homem, de 19 anos de idade, sem ocupação definida, por fortes indícios da prática de crime de homicídio doloso”, informou a PJ em comunicado. José Maria Cortes, de 29 anos, cabo do grupo de forcados de Montemor-o-Novo, foi um dos feridos graves da desordem ocorrida na feira Pimel, em Alcácer do Sal, que envolveu cerca de 60 pessoas, segundo informou a GNR. O forcado ferido a 23 de junho com uma arma branca foi transportado para o hospital do Litoral Alentejano, tendo sido transferido para o hospital de Santa Maria, em Lisboa, no dia seguinte. José Maria Cortes não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer no dia 27 de junho, depois de ter entrado em coma.
DIA 28, SEXTA-FEIRA SANTIAGO MUNICÍPIO ATRIBUI MEDALHAS NO DIA 24 A Assembleia Municipal aprovou a proposta da Câmara de Santiago do Cacém para a atribuição de medalhas de honra e mérito municipal, por ocasião do Dia do Município, numa cerimónia que terá lugar no dia 24. Num total de 37 condecorações, três são medalhas de honra e 34 são de mérito municipal, atribuídas a personalidades e entidades que se notabilizaram ou se têm notabilizado nas mais diversas áreas. Entre os agraciados estão a cantora Áurea (medalha de honra), natural de Alvalade, concelho de Santiago do Cacém, considerada “uma das figuras de proa da música ligeira nacional”; e Vanessa Oliveira (medalha de mérito), modelo e apresentadora que viveu a sua infância e adolescência em Santo André e “que é hoje um dos rostos de maior sucesso na televisão portuguesa”.
O projeto Ciência à Mão de Semear nasceu de duas vontades conjuntas: da Escola Superior Agrária (ESA) em colocar a sua atividade científica ao serviço dos alunos do ensino básico, secundário e profissional do distrito; dos professores, pela necessidade de apoio científico para desenvolver e criar o gosto pelo conhecimento e pelo trabalho laboratorial nos seus alunos. Estiveram na origem do projeto as docentes da ESA Albertina Raposo e Fátima Carvalho e os docentes da Escola Secundária D. Manuel I Francisco Serafim e Augusto Moisão. O projeto conta com várias fases: recolha e compilação de protocolos a serem disponibilizados às escolas em cada ano letivo e fornecidos pelos docentes da ESA; o dia de apresentação do projeto, que ocorre no início do ano letivo e para o qual são convidados todos os professores das escolas do distrito; e o dia de partilha de resultados, no final do ano letivo, onde são discutidos e partilhados, nas instalações da ESA, os resultados dos trabalhos desenvolvidos. Quantas escolas já aderiram ao projeto e de que forma é que o mesmo tem vindo a ser desenvolvido?
O projeto, no seu primeiro ano, contou com a adesão de três escolas e com uma oferta de quatro protocolos. No segundo ano, sob o lema “Da natureza ao supermercado”, contou com a adesão de oito escolas e a oferta de 15 protocolos, subdivididos em quatro temas: Análise do meio ambiente e da sua influência nas culturas; Produção de vários produtos; Caracterização de produtos agroalimentares; Avaliação da quantidade de água necessária para a produção dos nossos alimentos. Existe ainda uma plataforma on line onde cada escola aderente ao projeto vai colocando os resultados obtidos, que podem ser visualizados pelas outras escolas participantes.
O Parque Empresarial de Cuba, um investimento de 35 milhões de euros, foi inaugurado no sábado. Durante a sessão, presidida pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, o presidente da câmara apelou ao Governo para que dê uma “atenção especial ao interior do País”. CMFA
Em que consiste o projeto Ciência à Mão de Semear, criado no ano letivo 2011/2012 pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Beja?
Francisco Orelha pede “atenção especial” para o interior
Feira da Água com “novo fôlego” A Feira Nacional da Água e do Regadio, que tem periodicidade bienal, regressou a Ferreira do Alentejo. O interregno de um ano permitiu, segundo o presidente da câmara, Aníbal Costa, dar “um novo fôlego” à feira. Paulo Ribeiro, Os Azeitonas e Toy foram as grandes atrações. CMA
MÉRTOLA CICLO DE SEMINÁRIOS SOBRE CAÇA ARRANCOU NO SÁBADO
Coordenadora do projeto Ciência à Mão de Semear
Construir em Igualdade Aljustrel recebeu o seminário “Construir em igualdade – a igualdade de género e a mudança nas organizações”, da responsabilidade da Esdime. O evento promoveu o encontro entre associações de desenvolvimento e autarquias que levam a cabo planos de igualdade. CMSC
SÁBADO, DIA 29 JUNHO
3 perguntas a Fátima Carvalho
Santiago fomenta estilos de vida saudáveis Atividades desportivas, alimentação saudável, rastreios de saúde e jogos variados foram alguns dos ingredientes da Feira de Desporto e Saúde de Santiago do Cacém. Uma iniciativa do Grupo de Trabalho de Combate à Obesidade Infantil que contou com o apoio da câmara local. CMM
A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) abriu um inquérito para averiguar as circunstâncias do atropelamento que na sexta-feira de madrugada, dia 28, provocou a morte de um funcionário, de 61 anos, da Câmara de Aljustrel. A ACT esteve no local, recolheu elementos e, por tratar-se de um acidente de trabalho mortal, iniciou o processo de averiguações e de elaboração de inquérito. Segundo contou à Lusa o presidente da câmara, Nelson Brito, o acidente ocorreu cerca das 00 e 30 horas, quando o funcionário, que estava a trabalhar na recolha do lixo, ao sair de um passeio, terá caído e ficado no lado direito da traseira do camião, sendo atropelado mortalmente. As operações de socorro mobilizaram bombeiros de Aljustrel e a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Beja, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja.
Qual é o balanço que faz do segundo encontro de partilha de resultados do projeto, que teve lugar no final de maio?
Os alunos mostram especial interesse pelos protocolos que se traduzem na obtenção de produtos, destacando-se os sabonetes obtidos a partir de azeite virgem e o sementário. No próximo ano letivo pretendemos lançar um prémio para os melhores trabalhos realizados; avançar para um suporte de financiamento do projeto; mostrar os melhores trabalhos durante a Ovibeja; e oferecer formação aos aderentes. Nélia Pedrosa
Concelhos do Baixo Guadiana promovem atividades para jovens Os municípios de Mértola, Beturia, Ayamonte, Vila Real de Santo António e Castro Marim promoveram o Guadiana Challenger. Um evento que teve lugar em vários concelhos do Baixo Guadiana e que contou com a presença de jovens de 10 e 11 anos dos referidos municípios.
Diário do Alentejo 5 julho 2013
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Diário do Alentejo 5 julho 2013
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Vale de Vargo
Menos de 1 000 habitantes na aldeia
A terra do azeite sem a sua junta Vale de Vargo, no concelho de Serpa, conta com menos de 1 000 habitantes e a perda da junta de freguesia é, por estes dias, o que mais inquieta a população. A terra continua a ser essencialmente agrícola ou não fosse
P
rimeiro avistaram-se os campos pintados de dourado, depois os que se cobriram de verde. Mais do que uma cultura, e tudo graças ao regadio. É assim que se apresenta a paisagem até Vale de Vargo, concelho de Serpa, mas até aqui, à terra conhecida pelo seu afamado azeite, as gentes dizem que “a água em abundância, infelizmente, não chegou”. “Ficou a menos de meia dúzia de quilómetros. Uma pena. Fazia aqui muita falta, pois estamos a ver outras zonas do concelho e da região desenvolverem-se. Esta ainda contínua a ser uma terra essencialmente agrícola, embora esteja muito longe do que já foi. Alqueva poderia ter rentabilizado mais estas terras”, afirma Sebastião Guerreiro, habitante de Vale de Vargo, sentado junto a uma parede caiada. Branca, imaculada. As copas largas das árvores, que se estendem ao longo da avenida, abrigam mais uma mão cheia de homens. Todos reformados, livres dos compromissos de outros tempos. Sentados nos bancos permanecem até que lhes apeteça, indiferentes aos ponteiros do relógio, mas incomodados pela alta temperatura que queima as suas peles já morenas e os faz lamentar de calor. “Diziam que o verão não chegava. Aí o têm, quentinho”, diz um dos que comenta o dia, a vida, o que vier à conversa. Entre eles está Jerónimo, 80 anos feitos. É conhecido na terra “como o melhor caçador da aldeia”. “Na altura dos tordos, se não trago mais de 30 fico de beiço”, conta entre
conhecida pelo seu aclamado azeite. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
sorrisos. Limpa as lentes dos óculos à camisa que enverga no corpo magro e refresca a garganta com uma pinguinha antes da hora de almoço, que só será servido lá para as 13 horas. Antes ainda dá umas voltas na sua bicicleta, que também já perdeu a conta à idade, de tantos quilómetros que já fez. “Trabalhei muito. Tenho penado um pouco. Estive fora, mas depois regressei. Em Portugal, para mim, qualquer terra é boa, desde que seja uma terra de gente humilde. Mas a minha terra, essa, é sempre melhor que as outras”, atira. Lamenta, por isso, que tal como nos outros tempos, “também agora as gerações mais novas tenham de a deixar”. “Há pouco emprego sabe? Ou não há nenhum e isto é complicado”, diz Jerónimo. Os tratores continuam a atravessar a aldeia. Uma mercearia, que também alberga o posto de correios, é, por estas horas, o ponto mais movimentado da terra. Junto à igreja, também ela branca imaculada, que se ergue num ponto ligeiramente mais alto, com vista privilegiada para todo o largo, mais uma mão cheia de homens conversam. Os poucos fregueses das esplanadas seguem o seu destino, maioritariamente rumam ao campo. Os casões agrícolas encontram-se de porta escancarada e no estádio de futebol 25 de Abril ninguém corre com a bola nos pés. “Os rapazes
ou estão a estudar ou estão a trabalhar, mas também há aí muitos, coitados, que não têm emprego”, dizem os homens. “Há poucos jovens. Muitos tiveram de emigrar, em busca de um futuro melhor. Antigamente a construção civil empregava algumas pessoas, agora também já não emprega. As obras estão paradas. As máquinas agrícolas também vieram roubar postos de trabalho, o que era feito por uma mão cheia de homens, hoje é feito apenas por um. Há mais desemprego”, comenta Sebastião Guerreiro. Na sua bicicleta, devidamente apetrechada com uma caixa na traseira para carregar o que for necessário, chega um dos poucos jovens que se avistam, por estas horas, em Vale de Vargo. Vinte e dois anos feitos e nenhum trabalho no horizonte de Vicente Cavaco. “Esta terra tem poucas saídas profissionais para os jovens, tal como tantas outras por esse Alentejo fora. Vai-se fazendo alguma coisa que se arranja. Eu ajudo o meu avô como posso. Já pensei sair daqui e assim que tiver uma oportunidade acho que vou ter de sair”, diz. Há, porém, um assunto que não deixa ninguém indiferente. A preocupação maior que aflige os cerca de 1 000 habitantes de Vale de Vargo é a união da freguesia com a de Vila Nova de São Bento. A Reorganização
Administrativa Territorial Autárquica ditou esta “sorte” à freguesia. Que é, por todos, encarada como “um azar dos diabos”. E a contestação, essa, foi muita, ao ponto de ter sido criado o movimento “Vale de Vargo Freguesia Sempre”. “Temos aqui tudo à mão. A junta faz aqui muita falta. A maioria da população é idosa e temos de nos deslocar para Vila Nova de São Bento, muitos idosos, e não só, não têm transporte e é muito complicado”, afirma Rita Machado, enquanto espreita quem passa. Cecília das Pazes, por sua vez, passou a manhã nas pinturas. As pingas de tinta, que lhe sobressaem no rosto e na bata que veste, denunciam-na. Passa apressada, pois está quase na altura de almoço, mas pega no assunto da perda da junta. “É uma coisa muito mal feita. Não estou de acordo. A junta faz muita falta aqui. Vila Nova de São Bento ainda fica a uns quilómetros daqui e o transporte é que é o pior. Vale de Vargo e a sua população vão ficar a perder”. O sol está cada vez mais a pique e insiste em aquecer. Nas ruas da terra do azeite pouca gente já se avista. Nem vivalma. O taxista parte apressado, deixando as notícias do jornal desportivo para trás, para outra hora. Há um cliente que o espera e o tempo escasseia. Avista-se, vindo da sua horta, José Calado. Afasta ligeiramente a boina e começa por dizer que completa 76 anos. E o aniversariante não tem dúvidas “Esta é uma boa terra. De azeites fantásticos”.
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Francisco Godinho Presidente da Junta de Freguesia de Vale de Vargo
A agregação da freguesia de Vale de Vargo à freguesia de Vila Nova de São Bento gerou vários protestos…
A mula que teve uma cria em Vale de Vargo
Sim, é verdade. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, porque não concordámos, desde a primeira hora, com a medida proposta. Foram feitas várias iniciativas, foi criada uma plataforma e levada a cabo uma petição. Participámos em várias iniciativas locais, regionais e até nacionais. Não nos conformámos, nem nos conformamos. Implica a perda de um direito, de uma conquista da população. Estamos a falar na retirada do poder de proximidade e não podemos concordar com tal.
Houve uma mula de Vale de Vargo que ficou na história. História, esta, que, ao todo, registou apenas umas dezenas de mulas férteis no mundo inteiro. Em Vale de Vargo uma mula teve uma cria e, na altura, foram-lhe feitas análises citológicas, de ADN, testes de fertilidade. Encantou especialistas e espantou a população. Como o “Diário do Alentejo” relatava na altura, “o espanto foi grande e, mesmo vendo, muita gente na acreditava”. Na altura partilhava com um burro o estábulo e da mula se dizia que era “bonita, alta, elegante e de pelo lustroso”.
Como encara o futuro de Vale de Vargo?
Temos de ser otimistas e acreditar no futuro da nossa terra, embora com todas as dificuldades que se apresentam. Faremos tudo para a desenvolver, apesar das limitações. O que falta na freguesia?
À semelhança do que se passa em muitos outros locais do País, falta emprego. O desemprego nota-se muito na freguesia. A maioria dos trabalhos são sazonais e há muita gente que, inclusive, tem de se deslocar para o concelho de Ferreira do Alentejo, nomeadamente para a apanha da uva. Em termos de infraestruturas falta, sem dúvida, um lar. É já dado um apoio aos idosos da freguesia, contudo continua a existir esta lacuna, que gostaríamos de ver colmatada. Queríamos que os nossos idosos tivessem um acompanhamento permanente, que pudessem encontrar na sua terra condições de excelência. Alqueva ficou a escassos quilómetros…
Sim, está a escassos quilómetros, mas a freguesia de Vale de Vargo pouco ou nada, até agora, tem beneficiado com Alqueva. As culturas que se encontram já a beneficiar da rega de Alqueva, e que estão próximas da freguesia, também pouco trabalho dão às gentes da terra. A freguesia tem vindo a perder população?
Sim. Chegaram a viver em Vale de Vargo 3 000 pessoas. Segundo o último Censos, habitam agora 964. Mas continua a ser a terra do azeite?
Sim, de azeite de olival tradicional. É esta a marca que temos vindo a tentar passar, projetando este produto de excelência dentro e fora das fronteiras da região. Muitas famílias continuam ligadas à olivicultura e a preservar esta tradição e este produto tão característico da nossa terra. Acontece que também temos outros produtos de muita qualidade como é, por exemplo, o caso dos enchidos.
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Tradição mantém-se na aldeia Há uma tradição que ainda se pratica, à semelhança do que acontece em outros locais do País, em Vale de Vargo. Segundo a página do Facebook de Vale de Vargo, “trata-se da passagem, de casa em casa, da Sagrada Família”. “Os associados recebem, uma vez por mês, o oratório da Sagrada Família, diante do qual fazem a oração familiar. Mensalmente é celebrada missa, na primeira segunda-feira do mês, pelas intenções dos seus membros”. O oratório deve permanecer apenas 24 horas em cada lar. As imagens devem ser iluminadas com uma velinha ou candeia de azeite. A Sagrada Família viaja pelas ruas de Vale de Vargo visitando cada família da aldeia que a recebe. Cada pessoa recebe-a do vizinho que a tinha recebido antes. Fica com ela 24 horas e depois passa-a ao vizinho seguinte.
Feira do Azeite A Feira do Azeite realiza-se sempre no segundo fim de semana de março e tem como objetivo promover o produto de excelência da freguesia, embora acabe também por promover o azeite do concelho e da região. É uma das celebrações mais emblemáticas da terra e, por esta altura, são muitos os filhos da terra que regressam. No certame, para além do destaque dado ao azeite, há ainda espaço para promover outros produtos da terra, acontecendo ainda vários colóquios e provas gastronómicas, entre outras atividades.
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Custar-me-ia muito ver o PS ganhar a câmara com os votos do PSD, quando não fez rigorosamente nada para os merecer. Custa-me que as pessoas possam eventualmente votar no PS só por terem medo que ganhe o Partido Comunista. Eu nunca tive medo do Partido Comunista, sempre me dei bem com toda a gente, não tenho esse tipo de estigmas”.
Autárquicas2013
Candidato do PSD à Câmara de Beja não teme o efeito de voto útil
“PS não fez rigorosamente nada para merecer os votos do PSD” O arquiteto João Pedro Pinto Caeiro é o candidato do PSD à Câmara de votos do PSD. E que se mantém um social-democrata convicto, longe dos Beja. Depois do atribulado anúncio de António Sebastião à autarquia be- movimentos liberais e neoliberais que dominam o Governo. Ganhar a câjense, Pinto Caeiro garante que sempre foi a “primeira escolha” do par- mara é o objetivo desta candidatura, mas tornar a eleger um vereador latido. Que não teme o efeito de voto útil das últimas Autárquicas. Que o ranja já não era mau. atual executivo municipal “não fez rigorosamente nada” para merecer os O que pode o PSD trazer de novo à cidade e ao concelho com esta candidatura?
Basicamente esta é uma candidatura de geração. É fundamental que a minha geração comece a pensar que, mais dia menos dia, vai ter de tomar conta da câmara, vai ter de assumir realmente os destinos da cidade. O que trazemos de novo é uma lista jovem, com vontade de trabalhar, com elementos que querem fazer mais alguma coisa pela sua cidade. O que verificamos é que Beja, ao longo de todos estes anos, acabou por estagnar, não teve o desenvolvimento que estaríamos à espera, pelo que alguém vai ter de fazer por isso. Para além da questão geracional, a sua resposta esconde igualmente uma certa crítica ao facto de alguns dos restantes candidatos não serem da cidade.
Para uma pessoa ser um bom presidente de câmara tem de ter amor ao concelho, tem de ter nde afiamor pelas pessoas, tem de ter uma grande nidade à cidade e ao concelho e a todas as pessoas que aqui residem e eu não acredito que alguns dos outros candidatos o tenham. Como assim?
Temos exemplos de candidatos que vêm m de outras autarquias para a Câmara de Beja e que, ens, nunca quanto foram presidentes dessas câmaras, strito. A respeitaram Beja enquanto capital de distrito. ém que Câmara de Beja tem de ter à frente alguém tenha muito sentido público, mas muito orgulho na cidade, muito orgulho neste concelho. Para além do orgulho e da necessidade e de inserir aqui uma mudança geracional o que é que está muito mal e é necessário mudar ar nesta câmara?
A minha crítica forte à câmara até nem é a falta de obras realizadas, porque eles podem sempre inheiro dizer que não tinham rigorosamente dinheiro nenhum e que as contas estavam muito más. O que critico, acima de tudo, é a falta de diálogo es, com com as instituições, com as associações, rque eu os clubes, com as diversas entidades. Porque anto tetambém sinto essa falta de diálogo enquanto soureiro da Junta de Freguesia de Santa Maria.
Todas as juntas de freguesia da cidade, e especialmente as rurais, têm muitas dificuldades em manter um diálogo construtivo com a câmara. Tenho a perceção que, para qualquer presidente de câmara fazer um bom trabalho, tem de ter uma noção muito real daquilo que são as necessidades das populações. E este presidente não tem?
Acho que não. Se não há diálogo, não há uma noção daquilo que as pessoas na realidade precisam. O que será para o PSD um bom resultado nesta eleição?
Ganhar a câmara, como é óbvio. Ganhar a câmara e ganhar as juntas de freguesia. Não faria sentido concorrermos logo à partida derrotados. O objetivo é ganhar. Temos a noção que não será fácil. Queremos qque os cidadãos ppercebam qque,
Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho
mais do que um projeto do PSD, esta é uma candidatura para a cidade, que põe as pessoas em primeiro lugar. O mínimo que podemos exigir é voltar a eleger um vereador e voltar a ter uma representação condigna na Assembleia Municipal. Não teme que possa haver novamente o efeito de voto útil e que o elitorado do PSD torne a migrar para o PS?
Vamos fazer todos os possíveis para que isso não aconteça. As pessoas conhecem-me há muitos anos e sabem perfeitamente que não costumo ser sectário. Por isso, acho que esta candidatura vai ser efetivamente uma candidatura mais abrangente do que o próprio partido. Custar-me-ia muito ver o PS ganhar a câmara com os votos do PSD, quando não fez rigorosamente nada para os merecer. Custa-me que as pessoas possam eventualmente votar no PS só por terem medo que gganhe o Partido Comunista. Eu nunca tive medo do Partido Comunista, sempre me dei bem com toda a gent gente, não tenho esse tipo de estigmas. Mas o ele eleitorado do PSD quase desapareceu completo nas últimas eleições. por compl
Essa transferência trans de votos do PSD para outra força política políti deu no que deu: quatro anos de zeros, quatro anos em que não se fez rigorosamente nada. As ppessoas deviam pensar se vale a pena haver essa transferência de votos ou votar numa candidatu candidatura que realmente tem vontade de trabalhar pel pelo concelho, acima de quaisquer intepes resses pessoais, políticos ou outros. Sente q que o PSD de Beja está unido?
O PSD está unido. É normal que haja pessoas próximas do PSD que apoiem outras can candidaturas, da mesma forma que há pes pessoas de outras forças políticas que nos apo apoiam a nós. O fact facto de o PSD estar no governo pode influenciar negativamente a sua candidatura?
Eventualm Eventualmente sim. As pessoas vão ter de perceber que um uma coisa é o governo, outra são as eleições autárquicas. autár Continuo a ser muito social-democrat -democrata, independentemente daquilo que o
Governo possa estar a fazer de melhor ou de pior. Continuo a achar que devemos ter uma escola pública, que devemos ter uma saúde pública… Sou social-democrata na verdadeira ascensão da palavra, não sou liberal ou neoliberal, como agora está muito na moda. O Governo não deveria ter querido ser mais “troikista” que a troika. E, se calhar, não se deram tão bem como estavam à espera. Nós já esperávamos, eles se calhar não. Considera-se, de alguma forma, uma segunda escolha para esta candidatura à Câmara de Beja, depois de tudo o que se passou com o abandono de António Sebastião?
Não. Quando começámos a discutir as Autárquicas, o primeiro nome, o nome que as pessoas todas escolheram para ser candidato à câmara, foi o meu. Na altura aleguei razões pessoais e profissionais para dizer que não queria ser candidato e que teríamos de arranjar outra pessoa. O António Sebastião, em algumas entrevistas, já tinha demonstrado interesse e disponibilidade em ser candidato, acabámos por convidá-lo, ficando sempre a ressalva de que eu seria o número dois. Não foi essa a informação que circulou…
Quando o António Sebastião disse que já não queria ser o candidato à Câmara de Beja, atendendo a toda a situação que se tinha gerado em Almodôvar, as pessoas voltaram-se novamente para mim e eu já não tive coragem para dizer que não. Já tinha dito que não uma vez, tinha na altura sugerido o António Sebastião, e não podia deixar as pessoas desmotivadas. Posso não ser mais esperto do que os outros, não ser mais inteligente, posso nem ser um grande político, mas a mim toda a gente conhece, toda a gente sabe que pode contar comigo, toda a gente sabe que nunca enganei ninguém, as pessoas sabem que sou uma pessoa honesta e que se faço isto, faço-o com muita seriedade e com muito orgulho no meu concelho. Nota da Direção: Na última entrevista, erradamente noticiámos que Lopes Guerreiro pertenceu ao Comité Central do PCP. Ao entrevistado e a todos os leitores, as nossas desculpas.
Bisca Lambida
O panorama alterou-se
PSD ferido de morte
Circunstâncias irrepetíveis
João Espinho
João Machado
Sérgio Fernandes
N
as autárquicas de 2009 o PSD desapareceu: antes das eleições e consequentemente, dos mapas dos eleitos no concelho de Beja. Antes das eleições porque não fez campanha e a que fez, sabia-se, não levaria a lado algum. Por inaptidão de quem então traçou a estratégia social-democrata a nível local, o PSD entregou, por um lado, a presidência da câmara ao PS (sem contrapartidas) e ajudou o PCP a ficar com maioria absoluta na Assembleia Municipal. Perdeu o vereador no executivo camarário e viu o seu grupo na assembleia ficar reduzido a dois eleitos diretos. Apesar do principal derrotado (Francisco Santos/PCP) ter afirmado que se tinha assistido a uma “cabala”, o que aconteceu, na realidade, foi que o eleitorado bejense estava farto de ver a sua cidade liderada por comunistas e expressou-o claramente nas urnas. O PSD sabia-o (ou adivinhava-o) e não se esforçou por alcançar melhores resultados. A culpa não pode ser atribuída a Pires dos Reis que, naquelas circunstâncias fez o papel de candidato o melhor que pode e a mais não era obrigado. Passados quatro anos, o panorama alterou-se: os eleitores vão dizer se gostaram da mudança e se quem a protagonizou merece continuar a gerir os destinos de Beja. João Pedro Caeiro vai remar contra a circunstância de o PSD ser governo mas poderá somar pontos se muitos daqueles que em 2009 fizeram uso do voto útil decidirem agora votar no candidato que diz ter orgulho na sua cidade (e poucos poderão chamar sua à ci). Vaticino, condade onde se candidatam). ma subida de tra ventos e correntes, uma m setembro. votação do PSD de Beja em Chegará para eleger um vereador? Até ao lavar dos cestos…..
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Partido Social Democrata está ferido de morte, quer em termos locais quer em termos nacionais, e penso que não irá ter um papel relevante no panorama autárquico em Beja. A candidatura de João Pedro Caeiro não tem a força necessária para fazer eleger um vereador à Câmara Municipal de Beja e esta resumir-se-á a ser uma corrida a dois, entre Jorge Pulido Valente e João Rocha. Muitas surpresas irão surgir dos dois lados e o PSD apenas terá pretensões quanto à União de Freguesia onde candidata Ana Rosa Soeiro. Vamos assistir a um eleitorado dividido entre a manutenção do atual projeto Beja Capital e o projeto apresentado pela CDU e o regresso desta à liderança da autarquia Bejense. Nestas autárquicas o efeito Pires dos Reis não irá suceder, pois existem novas realidades e novos protagonistas que necessariamente ditarão um final diferente. Se existem muitos descontentes com a gestão do PS na Câmara de Beja, inclusivamente muitos afetos ao Partido Socialista, muitos também existem que não desejam voltar a ver a CDU na Câmara de Beja e será interessante ver como o eleitorado se irá comportar. Enquanto eleitor, não afeto a nenhum partido político, apenas desejo que a luta partidária se faça com cordialidade e respeito mútuo para que Beja saia fortalecida de mais um combate eleitoral, entre as duas forças políticas que têm dominado o espectro político local.
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odos concordamos sobre as circunstâncias que determinaram o resultado das autárquicas de 2009 no concelho de Beja: uma forte vontade coletiva de pôr fim a mais de 30 anos de gestão comunista, uma candidatura social-democrata pouco convicta e, por fim, uma candidatura socialista claramente mobilizadora e sedutora. Tanto quanto é possível retirar da soma das motivações individuais dos eleitores o reflexo duma estratégia comum, pode atribuir-se aos resultados de há quatro anos uma intenção clara do eleitorado social-democrata de assumir uma palavra determinante na escolha do presidente da Câmara de Beja, com sacrifício da eleição do seu próprio vereador para o executivo municipal. Na certeza de que as circunstâncias de 2009 são irrepetíveis, as fraturas pré-existentes, e que se tornaram expostas com o episódio ‘António Sebastião’, introduzem hoje um novo fator de ponderação no campo social-democrata. Um resultado expressivo da candidatura do PSD poderá abrir caminho a um ajuste de contas interno na luta pelo poder, uma reedição da estratégia de João Paulo Ramôa que, em 2006, lançou a candidatura à liderança da distrital, alavancada no bom resultado eleitoral da sua candidatura autárquica de 2005. Naturalmente, esta opção comporta riscos, sendo o mais evidente o de devolver a câmara de Beja à influência do partido comunista. Admito que haja quem considere que
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“Que papel poderá desempenhar a candidatura do PSD à Câmara de Beja? O efeito Pires dos Reis pode repetir-se com João Pinto Caeiro, a favor do PS?”
estes quatro anos não realizaram todas as expectativas, nem o poderiam o fazer. Certo é que a vontade, imensa, de mudança manifestada em 2009 gerou um sobredimensionamento das expectativas, à luz das quais muitos hoje fazem a avaliação deste primeiro mandato. Porque antevejo uma vaza carregada de ases e reis, fico-me pelo terno de espadas.
Relação de amor e ódio Luís Miguel Ricardo
O
PSD e Beja alimentam uma estranha relação de amor (pouco) e ódio (algum). Quando se verifica o segundo, os resultados são devastadores, não restando outra solução senão guardar a viola no saco e torcer para que na próxima “parade eleitoral” o amor (pouco) venha à tona e que alguns acordes se possam fazer ouvir. Nas últimas autárquicas os resultados foram desastrosos. Diz-se que o PSD se esvaziou a si próprio para abrir caminho à derrota da CDU. Se assim foi, conseguiu os objetivos, mas ridicularizou-se perante os seus e os outros, e perdeu o lugar que tinha na autarquia. Nas últimas legislativas conseguiu um resultado histórico no Baixo-Alentejo. A viola saiu do saco e tocou. O problema é que, em dois anos de legislatura, o toque na orquestra governamental está longe de encantar, e esse desencanto pode-se refletir nas Autárquicas. O “efeito Pires dos Reis”, a existir, é um efeito idiota em todas as leituras possíveis. Vai-se a votos para perder. Então mais vale estarem “quedos”. “quedos” Primeiro, porque assim não traem os seus simpatizantes e, por arrasto, os do CDSCDS-PP; segundo, porque não fazem despesas inúteis; in terceiro, porque se o objetivo é ajud ajudar o PS, já o estão a fazer, pois na ausência ausênci da candidatura, os votos dos militantes militante e simpatizantes do PSD e do CDS-PP co convergirão, naturalmente, para o PS e jama jamais para outras candidaturas de esqu esquerda. Nã Não quero acreditar nesse cená cenário. Quero acreditar numa coligação PSD/ //CDS-PP combativa, com ideias e propostas, com alma. Quero acreditar no jogo limpo, quero acredittar na democracia.
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Odemira “requalificada” no final do mês após obras de três milhões
As obras de requalificação urbana de Odemira, num investimento que ultrapassa os três milhões de euros, deverão terminar no final do mês, revelou o presidente do município, José Alberto Guerreiro. Os trabalhos estão em curso desde outubro de 2011 e o prazo de execução previsto para a empreitada principal era de 14 meses, pelo que deveria ter ficado concluída no final do ano passado. Esta intervenção, de cerca de 2,5 milhões de euros, inclui arranjos nas vias públicas, pavimentação,
colocação de mobiliário urbano, substituição de condutas de abastecimento de água e requalificação da rede de drenagem de águas residuais. No início deste ano, teve início uma nova empreitada correspondente à renovação da rede de iluminação pública do centro urbano, com menor consumo energético. Todas estas intervenções somam um investimento superior a três milhões de euros, que conta com uma comparticipação de fundos comunitários de 56 por cento.
EMAS inicia trabalhos de beneficiação em Salvada e Cabeça Gorda A EMAS – Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja deu início na segunda-feira aos trabalhos de beneficiação da rede de águas e águas pluviais de Salvada e Cabeça Gorda. Com a empreitada “pretende-se, sem alterar a rede na íntegra, criar um novo esquema de funcionamento, com novas condutas elevatórias, setorizar a rede em zonas de monitorização e controlo e substituir parte dos ramais
Atual
domiciliários de abastecimento de água”. Ao nível das redes de águas pluviais, a empreitada “terá também um impacto positivo”. Atendendo à importância da intervenção e para que os habitantes das zonas intervencionadas possam estar informados sobre os desenvolvimentos dos trabalhos, a EMAS disponibilizou no seu site uma área específica para o acompanhamento da empreitada. Será também distribuída informação porta-a-porta antes do início de cada nova fase.
ARS e Ulsba não se entendem quanto aos atos de medicina física e de reabilitação
Onde param os utentes? O Conselho Diretivo Nacional da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APS) “lamenta que, por questões administrativas e de desorganização do sistema de saúde, tenha havido uma diminuição do acesso dos utentes aos cuidados de prestação de fisioterapia” convencionada no Alentejo. A Autoridade Regional de Saúde do Alentejo (ARS), por seu lado, justifica a redução em mais de 50 por cento nos atos médicos de medicina física e reabilitação (MFR) com a introdução “de novos procedimentos ao modelo de prescrição dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT)”, o que permitiu aos hospitais “assegurar a sua realização através da sua capacidade instalada”. No entanto, na área da Ulsba, entre 2011 e 2012 houve um decréscimo no atendimento, conforme nos foi confirmado pelo departamento de comunicação daquela instituição. No último ano foram realizados menos 10 681 atos do que no ano anterior. Texto Aníbal Fernandes
O
relatório da Entidade Reguladora da Saúde, divulgado há duas semanas, e do qual o “Diário do Alentejo” fez eco, revelou que no último ano se assistiu a um decréscimo de mais de 50 por cento nos atos médicos de MFR, na região do Alentejo, ao contrário do que se passou nas outras quatro regiões abrangidas pelo estudo. Em Lisboa e Vale do Tejo, por exemplo, o documento regista um decréscimo de apenas um milhão e meio de atos médicos, em 2012, para um total de 12 milhões, em 2011. Após duas semanas de insistentes contatos com a ARS Alentejo, recebemos por email a explicação para esta assimetria regional revelada pela ERS. Segundo José Marques Robalo, presidente da ARS Alentejo, o despacho 10430/2011, de 1 de agosto, a que fizemos referência a 21 de junho, “veio introduzir novos procedimentos ao modelo de prescrição de MCDT”, o que impede os hospitais integrados no Serviço Nacional de
Saúde de “utilizar as requisições de prescrição de MCDT para as entidades com convenção com as administrações regionais de saúde”. Apesar disso, acrescenta Marques Robalo, este novo procedimento permitiria que os hospitais continuassem “a assegurar a realização dos MCDT necessários aos seus utentes, através da sua capacidade instalada, ou pelo recurso à subcontratação de entidades externas especializadas do setor público ou privado”. No entanto, a direção da Unidade de Saúde Local do Baixo Alentejo, também questionada pelo “DA”, assegura que entre 2011 e 2012 “nos vários centros de saúde” do Baixo Alentejo verificaram-se menos 10 681 atos de MFR: 54 071, em 2011; 43 390, em 2012. Acresce que prestadores privados deste tipo de cuidado de saúde no distrito de Beja, contatados pelo “Diário do Alentejo”, também confirmam a redução e alguns deles preveem mesmo o encerramento parcial dos seus serviços por falta de utentes.
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A ARS Alentejo diz que houve um aumento da capacidade instalada nos hospitais públicos, mas a Ulsba assegura que entre 2011 e 2012, na sua área de influência, ocorreram menos 10 mil atos médicos de medicina física e de reabiltação.
Note-se que a Ulsba refere que “tem há vários anos, 11 fisioterapeutas que cobrem todos os concelhos” da sua área de influência, mas o estudo só revela o decréscimo entre 2011 e 2012. Apesar da ARS Alentejo garantir que “a alteração de procedimentos não veio interferir na acessibilidade dos utente a este tipo de tratamento, garantindo-se a prestação dos cuidados, através da capacidade instalada nos hospitais ou pelo recurso à contratação pelos hospitais com entidades privadas ou públicas, que assumem a responsabilidade financeira pelos encargos”, a associação profissional dos fisioterapeutas disse ao “Diário do Alentejo” que “já tinha conhecimento” da dificuldade dos utentes no acesso aos cuidados de MFR. Tendo inclusivamente esta entidade “apresentado um projeto simples de licenciamento de unidades de fisioterapia, o que permitirá com acréscimo de acessibilidade e menor custo para o Estado, aumentar a prestação de cuidados de saúde em fisioterapia sem a necessidade de imposição de medidas administrativas que os cerceiem”. Os terapeutas acusam ainda o Estado de não rever o regime de convenções, velho de 20 anos, e temem que estes números divulgados escondam a “possibilidade de ocorrência de procedimentos que se afastam dos padrões de boas práticas”, alertam. Também Arquiminio Eliseu, delegado no Alentejo da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, não encontra uma explicação para o resultado do estudo, limitando-se a constatar que a alteração nas regras de transporte de doentes não urgentes possa ter contribuído para esta redução.
Brito apresentado em Castro
Pulido não quer “voltar atrás”
António José Brito, candidato do PS à presidência da Câmara de Castro Verde, disse na apresentação da sua candidatura, na semana passada, que aceitou o desafio porque “Castro Verde precisa de abrir um ciclo novo de desenvolvimento, que pense o concelho com mais ambição e sem preconceitos políticos” e “porque desde o 25 de Abril Castro Verde só conheceu uma única forma de administrar a câmara municipal”. O candidato do PS teceu ainda críticas ao atual presidente, Francisco Duarte, referindo que nos últimos cinco anos “Castro Verde perdeu dinâmica para acentuar a força da política partidária. Perdeu ambição, porque está preso às ordens gerais do PCP. Perdeu vontade de criar desenvolvimento, porque há partidos que gostam de manter as águas paradas para que as pessoas estejam muito dependentes da sua ação. Perdeu energias, porque a equipa da câmara está cansada”.
Jorge Pulido Valente, que se recandidata à presidência da Câmara de Beja, afirmou na semana passada, no decorrer da apresentação da candidatura, que “seria dramático” para a região e para o concelho de Beja voltar atrás, “depois do processo de crescimento que conheceu nestes quatro anos e do caminho que foi feito em termos de abertura, de desenvolvimento e modernização”. O autarca socialista referiu ainda que caso seja reeleito, este será o seu último mandato à frente da câmara e adiantou que algumas das estratégias que a “Bejacapital, um novo impulso” tem para o concelho passam “pela dinamização da economia, da agricultura, aeroporto, coesão social, entre outras”. José Velez, atual vereador na Câmara de Beja, é o número dois. A lista integra ainda os nomes de Ana Horta, Rui Marreiros e José Filipe.
O Partido Socialista apresentou na sexta-feira, no Cineteatro Sousa Telles, os candidatos à Câmara Municipal de Ourique nas Autárquicas de setembro. A lista é liderada por Pedro do Carmo, atual presidente da autarquia, que promete “dedicação”, “trabalho” e “um novo impulso” para o novo mandato caso seja reeleito. Durante
a sessão foi ainda apresentada a recandidatura de Joaquim Góis à liderança da Assembleia Municipal. Às freguesias do concelho são candidatos António Barros (Ourique), Paulo Ascensão (Santana da Serra), Ângelo Nobre (União das Freguesias de Panoias e Conceição) e José António Nunes (União das Freguesias de Garvão e Santa Luzia).
09 Diário do Alentejo 5 julho 2013
Pedro do Carmo apresentou recandidatura à Câmara de Ourique
PSD de Moura apresenta candidatos A Comissão Política de Secção de Moura do PSD realiza hoje, sexta-feira, o jantar de apresentação da candidatura aos órgãos autárquicos do concelho da coligação “Coragem para Mudar” – PPD/PSD-CDS-PP, que é encabeçada por Carlos Valente. A candidatura conta com o apoio do ex-líder do PSD, Luís Marques Mendes, que deverá estar presente na iniciativa. O candidato convidou ainda a estarem presentes empresários das áreas da indústria e serviços e pessoas ligadas ao meio cultural e artístico. O jantar terá lugar, pelas 20 horas, no restaurante O Celeiro.
Mário Simões aprovado A Comissão de Agricultura e Mar aprovou, por unanimidade, a proposta do deputado do PSD eleito por Beja, Mário Simões, “de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa a medidas de proteção contra as pragas de vegetais”.
Pita Ameixa no IPBeja O deputado Pita Ameixa e o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, visitaram o IPBeja e mostraram preocupação em relação às novas redes de oferta regional do ensino superior: “Podem levar à desvalorização do ensino politécnico”.
João Ramos questiona Saúde O deputado do PCP João Ramos questionou o ministro da Saúde sobre “a intenção noticiada de reduzir camas no hospital de Beja e, na eventualidade de se confirmar, o número de camas envolvido”. Intenção que foi confirmada pelo ministro.
Greve geral com impacto O executivo da Direção da Organização Regional de Beja do PCP afirma que a greve geral do passado dia 27 de junho teve “uma significativa adesão e forte impacto no distrito de Beja”. Os comunistas realçam o impacto no setor da saúde, educação, correios e setor privado.
Independentes por Almodôvar O movimento Independentes por Almodôvar, liderado por João Palma, atual vereador na câmara, inaugurou na sexta-feira a sua sede de candidatura. Recorde-se que a lista integra ainda o atual presidente António Sebastião. PUB
Desde segunda-feira ao serviço da população
Nova ambulância do INEM em Castro O Serviço de Urgência Básica de Castro Verde dispõe desde segunda-feira de uma nova ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
E
sta nova ambulância visa, de acordo com a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), “melhorar a assistência pré-hospitalar às vítimas de acidente e doença súbita na região, bem como assegurar um adequado transporte inter-hospitalar aos doentes críticos assistidos no Serviço de Urgência Básica de Castro Verde”. Ainda de acordo com a Ulsba, a nova ambulância “funciona já segundo o novo modelo de partilha de recursos humanos entre o INEM e os serviços de urgência”, permitindo, assim, que as duas instituições (INEM e Ulsba) partilhem “os seus recursos humanos, potenciando-se sinergias existentes nestes dois serviços: os enfermeiros que constituem a tripulação das
ambulâncias SIV desempenham também funções nas urgências onde o meio está sediado”. Com este modelo, “obtêm-se ganhos de eficiência dos meios e melhora-se a manutenção das competências técnicas dos profissionais” para além de se assegurar “uma melhor ligação entre o pré e o intra-hospitalar, ao garantir não só a capacidade de resposta das equipas de emergência na vertente do pré-hospitalar nas localidades onde estão inseridas, mas também uma intervenção ativa e significativa nos serviços de urgência”. Com esta nova ambulância SIV, o INEM passa a ter duas unidades deste tipo na área de influência da Ulsba (36 unidades no País), “cuja tripulação é composta por um técnico de ambulância de emergência e um enfermeiro”. As ambulâncias SIV “têm por missão garantir cuidados de saúde diferenciados, designadamente manobras de reanimação, até estar disponível uma equipa com capacidade de prestação de suporte avançado de vida”.
Sede do Bloco em Serpa O BE inaugurou na segunda-feira a sua sede de candidatura em Serpa, na rua do Calvário. Recorde-se que Guida Ascensão é a cabeça de lista à Câmara e Carlos Valente à Assembleia Municipal.
Jorge Santos a Ferreira O médico de família e coordenador do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo, Jorge Santos, 59 anos, é o candidato independente apoiado pela coligação PSD/ /CDS-PP à Câmara de Ferreira do Alentejo.
Candidatos CDU em Serpa A Coordenadora Concelhia de Serpa da CDU promove amanhã, sábado, pelas 18 horas, no Espaço Nora, uma sessão pública de apresentação de candidatos aos órgãos autárquicos do concelho.
PS Vidigueira já tem sede A candidatura de José Miguel Almeida à presidência da Câmara de Vidigueira inaugura amanhã, sábado, pelas 12 horas, a sua sede, situada no largo da Cascata.
Candidato do CDS a Sines
Inscrições abertas para o próximo ano
Universidade Sénior de Aljustrel
A
Câmara de Aljustrel tem abertas as inscrições para a Universidade Sénior e para o programa Animasénior. Pelo terceiro ano consecutivo, os alunos da Universidade Sénior de Aljustrel poderão, a partir de setembro, frequentar as disciplinas de língua portuguesa, inglês, saúde, história local e património, cidadania, psicologia e artes decorativas/pintura, psicologia, informática,
atividade física, teatro, música e yoga. A universidade destina-se a adultos com idade igual ou superior a 50 anos, independentemente do seu nível de escolaridade, e o programa Animasénior está direcionado para seniores com mais de 65 anos. As duas iniciativas visam “criar atividades educacionais e de convívio, para e pelos maiores de 50 anos num contexto de formação ao longo da vida”.
O vice-presidente da concelhia de Sines do CDS-PP, Américo Lourenço, vai candidatar-se à presidência daquela câmara, liderada por um movimento independente.
Aníbal Cordeiro em Grândola O antigo vice-presidente da Câmara de Grândola, Aníbal Cordeiro, vai avançar como cabeça-de-lista por um movimento independente, demarcando-se do PS.
Diário do Alentejo 5 julho 2013
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Bliss Vilamoura no castelo de Beja
O castelo de Beja recebe no próximo dia 12, a partir das 22 horas, o Tour 2013 da discoteca Bliss (Vilamoura). A animação estará a cargo de Hugo Tabaco e do Dj Sebastian Alvim.
Mértola recebe seminário sobre caça O Cineteatro Marques Duque, em Mértola, recebe amanhã, sábado, pelas 15 e 30 horas, mais um seminário sobre caça. A primeira intervenção, a cargo de Virgílio de Almeida, será dedicada ao coelho bravo. Seguem-se as participações de Mário Quaresma, sobre a qualidade nutricional da carne de caça, e de João Galinha Barreto, sobre a caça como recurso turístico do Alentejo e fator de desenvolvimento rural. As conclusões estão a cargo de Jacinto Amaro, da Fençaça. O próximo seminário sobre caça terá lugar no dia 19.
O Teatro Fórum de Moura promove durante este mês, na SFUM “Os Amarelos”, um curso de teatro, constituído por nove sessões e que pretende, através de várias temáticas, “constituir um grupo de trabalho com vista à apresentação de um exercício final”. “Através do jogo teatral e com recurso ao texto dramático, procuramos envolver os alunos na aprendizagem do processo da improvisação, das suas técnicas, quer físicas, quer vocais, com vista à representação”. As sessões, que terão lugar nos dias 9, 10, 11, 16, 17, 18, 23, 24 e 25, entre as 18 e 30 e as 21 horas, serão ministradas por Luís Mouzinho e destinam-se a maiores de 13 anos.
Head:Stoned no Pax Julia Metal Fest Head:Stoned são a terceira banda adicionada ao cartel do Pax Julia Metal Fest III, que irá decorrer no dia 9 novembro, na Casa da Cultura de Beja. O grupo está atualmente a promover o EP “Present inexistence”, editado em fevereiro de 2013, e que é já o seu terceiro registo de originais. Formado em 2006 no Porto, o coletivo de heavy/ doom/ thrash metal junta-se assim aos anteriormente divulgados Cruz de Ferro (Torres Novas) e Lvnae Lvmen (Beja).
Faceco regressa a São Teotónio entre 19 e 21 São Teotónio recebe, entre os dias 19 e 21, a 23.ª edição da Faceco – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, dedicada ao tema “Água”, no âmbito do Ano Internacional das Nações Unidas para a Cooperação pela Água. O certame é promovido pela Câmara de Odemira e pela Junta de Freguesia de São Teotónio. O evento tem como objetivo “promover o tecido económico e cultural, proporcionando o desenvolvimento local e regional, divulgando e aumentado a notoriedade das atividades económicas do concelho”. Mónica Ferraz (dia 19), Os Azeitonas (dia 20) e Emanuel (dia 21) são as grandes atrações do certame no plano musical. Na tarde de domingo, entre as 14 e as 20 horas, será transmitido em direto da Faceco o programa da SIC “Portugal em festa”.
Santos populares no mercado de Grândola O Mercado Municipal de Grândola recebe hoje, sexta-feira, a partir das 17 horas, um arraial popular promovido pelos comerciantes do mercado. Sardinhada, febras no pão e marchas populares não vão faltar no arraial. A organização está a cargo da Câmara de Grândola. A entrada é livre.
Cerimónia terá lugar no Centro Cultural da Composta
Prémio Internacional Terras Sem Sombra
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cantor lírico italiano Enzo Dara (Promoção da música), a Associação dos Arqueólogos Portugueses (Salvaguarda do património cultural) e o investigador angolano Pedro Vaz Pinto (Conservação da natureza) são os premiados deste ano no âmbito do Prémio Internacional Terras sem Sombra, fundado em 2011 pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e que “distingue anualmente três personalidades ou instituições que se salientaram nas áreas da música, do património e da biodiversidade”. A iniciativa decorre este ano sob o patrocínio da infanta Pilar de Borbón, duquesa de Badajoz, irmã do rei D. Juan Carlos de Espanha, que presidirá à cerimónia de entrega do prémio, que terá lugar amanhã, sábado, pelas 18 horas, na Casa da Cultura da Comporta. Os elogios aos homenageados serão pronunciados por Paolo Pinamonti, diretor artístico do Festival Terras Sem Sombra, António Lamas, presidente do Monte da Lua – Parques de Sintra, e Jorge Palmeirim, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. De acordo com o diretor-
Infanta Pilar de Borbón Irmã de D. Juan Carlos patrocina a entrega dos prémios
-geral do Terras Sem Sombra, José António Falcão, “o processo de seleção dos premiados requereu, todo ele, enorme ponderação por parte do júri, e a atribuição do prémio encerra, em si, grande significado: os laureados são o expoente máximo daquilo que o festival pretende alcançar. A valorização da música como uma das expressões mais belas do espírito humano, a defesa do património cultural em risco e a salvaguarda dos tesouros da biodiversidade são os seus eixos dinamizadores. Tomar como
exemplo referências cimeiras destas três realidades faz-nos desejar ir cada vez mais longe”. A cerimónia deverá contar ainda com a presença de alguns dos principais intervenientes no festival, nomeadamente os duques de Bragança, que encabeçam a comissão de honra, e Armando Sevinate Pinto, ex-ministro da Agricultura e atual consultor para os Assuntos Agrícolas e o Mundo Rural da Presidência da República, que preside ao conselho de curadores do projeto Terras Sem Sombra.
Encontro Europeu decorre entre 12 e 14 de julho
Vidigueira recebe Iter Vitis
Jogos para idosos na Misericórdia de Mértola A Santa Casa da Misericórdia de Mértola leva a cabo hoje, sexta-feira, na Mina de São Domingos, os XII Jogos de Lazer para Idosos, uma atividade dirigida a idosos institucionalizados e que tem como objetivo “promover a prática do exercício físico na terceira idade, criar momentos de convívio e de lazer, bem como o convívio entre gerações, com a participação de crianças na atividade”. O evento, que contará com a participação de cerca de 400 idosos, inclui vários jogos tradicionais, um almoço convívio (gaspacho com peixe grelhado) e baile.
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Fórum de Moura promove curso de teatro
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Câmara Municipal de Vidigueira promove entre os dias 12 e 14, no recinto das piscinas municipais, o Encontro Europeu Iter Vitis – 1.ª edição do “Prazeres do Vinho”. A iniciativa está integrada na programação do evento Vidigueira
Cidade do Vinho 2013 e inclui espaços de degustação e venda de vinhos de produtores do concelho e de outras regiões do País e Europa, assim como espaços de restauração com gastronomia regional. O programa inclui ainda momentos musicais, performances
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de teatro, apresentação do Itinerário Cultural da Vinha de São Cucufate, a Gala Rainha das Vindimas, o colóquio internacional subordinado ao tema “Vinho, paisagem e desenvolvimento turístico”, provas de vinhos e atividades para famílias.
A Junta de Freguesia de Albernoa e as Douradas Espigas lançam no domingo, dia 7, o primeiro CD 11 do grupo coral feminino da freguesia. Com 13 modas, “algumas do cancioneiro, outras criadas pelo próprio grupo”, o CD é “uma forma de valorizar e perpetuar o riqueza do cante alentejano, ‘como património vivo. Imaterial’”, refere a autarquia. A cerimónia de lançamento terá lugar a partir das 18 horas, no recinto de feiras da freguesia, e conta com a participação do Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa. O lançamento do CD está inserido no projeto, aprovado pelo Proder, denominado “Emtra – Espaço de Memórias e Tradições de Albernoa”.
Diário do Alentejo 5 julho 2013
Douradas Espigas de Albernoa lançam CD
Fado, música popular, magia e moda animam noites de Aljustrel A iniciativa 4as à Noite, promovida pela Câmara de Aljustrel, regressa ao palco do anfiteatro da piscina municipal, a partir da próxima quarta-feira, dia 10. A primeira convidada é a fadista Cremilde, que “com a sua voz inigualável tem ganho fama nas melhores casas de fado do Porto, Lisboa e Algarve, bem como nos países por
onde tem atuado”. A fadista será acompanhada à guitarra por Valentim Filipe e à viola por Tiago Valentim. O programa reserva ainda espetáculos com o grupo de música popular aljustrelense Nova Aurora (dia 17), com o mágico David Martin (dia 24), a passagem de modelos “Aljustrel Moda Jovem” (dia 31) e a atuação do grupo Cantadores do Sul e a Viola Campaniça (dia 7 de agosto). Os espetáculos têm início pelas 22 horas.
Dez mil visitantes são esperados este fim de semana em Almodôvar
David Carreira, Abrunhosa e Amor Electro animam Facal David Carreira, Pedro Abrunhosa e Amor Electro são as grandes atrações musicais da XVIII Facal – Feira de Artes e Cultura, um certame que se assume como uma mostra de “saberes e sabores” do concelho de Almodôvar e que arranca hoje, sexta-feira, prolongando-se até domingo, dia 7.
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ntónio Sebastião, presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, a entidade organizadora, adianta ao “Diário do Alentejo” que “para além da evolução que a Facal tem vindo a registar ao longo das edições, do alargamento da sua influência territorial e das suas temáticas, saindo da esfera das artes e
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da cultura para questões que têm a ver com o desenvolvimento, com a produção de riqueza no concelho”, outro aspeto fundamental a destacar no certame é o facto de se ter “transformado num local de encontro, de confraternização dos almodovarenses”, do “concelho e da diáspora, quer seja a nível nacional quer internacional”. “Para além de todas as outras coisas que a Facal representa, há um enfoque muito especial neste aspeto do convívio e da confraternização, de se revisitar a vida de cada um”, reforça o autarca, adiantando que “são esperados à volta de 10 mil visitantes”. Do programa do evento, que este ano conta com a participação de cerca de uma centena de expositores, António Sebastião destaca
no pavilhão institucional do município, para além do “expositor da câmara municipal, que este ano é virado para o desenvolvimento económico e para o aproveitamento dos recursos endógenos e valorização do nosso património”, a presença de um stand do projeto Prover – Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos, “que Almodôvar lidera em parceria com empresas e entidades de desenvolvimento local e outras ligadas ao ensino e à investigação”, e de um espaço da Águas do Alentejo, “uma empresa que tem uma grande importância na região e que tem como responsabilidade o fornecimento de água a mais de 200 mil pessoas na região e também o tratamento de águas residuais”.
Outro dos destaques do autarca vai para os colóquios “A importância dos recursos endógenos no desenvolvimento regional” (amanhã, sábado, pelas 18 e 30 horas) e “CLDS+ [contrato local de desenvolvimento social] na política social do município de Almodôvar (domingo, 18 e 30 horas). Os colóquios terão lugar no pavilhão do município. No plano musical, pelo palco 1, sempre às 23 horas, passarão David Carreira (hoje), Pedro Abrunhosa (amanhã) e Amor Electro (domingo). O placo 2 receberá as atuações de Campaniça Trio com banda (hoje, 22 horas), o Grupo Coral e Instrumental da Câmara Municipal de Almodôvar (amanhã, 22 horas) e o fadista Miguel Camões Martins (domingo, 22 horas).
Diário do Alentejo 5 julho 2013
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Campo
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Nunca deixou de haver transumância. Porém, nos últimos 50 anos, a agricultura extensiva passou a ser muito intensificada, tendo por base a cultura de cereais, degradando, de modo visível, os solos, e potenciando o declínio da produção de pastagem.
Uma prática quase tão antiga como a própria pastorícia
Nos trilhos da transumância Texto Ema Pimenta Fotos Imagens de Luz
A
palavra, já de si, causa estranheza a alguns. A prática da transumância que, até à 50 anos, imprimia grande vida às paisagens do Campo Branco, foi-se tornando impraticável. Acabando por entrar em desuso uma das mais importantes e antigas referências do mundo rural alentejano. Torna-se imprescindível tornar ao início: em que consiste a transumância? Durante séculos, esta atividade ancestral movimentava sazonalmente vastos rebanhos. Os animais, que encontravam nas estações frias o clima ameno do mediterrâneo em pleno Campo Branco, rumavam no verão às terras altas da serra da Estrela, tirando partido da abundância de pastagem e contornando a falta de alimento nas terras baixas. O Campo Branco, paisagem cultural com cerca de 85 mil hectares que se
estende pelos concelhos de Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar, Ourique, Mértola e Beja, via, assim, passar milhares de animais, que cruzavam os caminhos circunscritos, marcando a história e a cultura das gentes alentejanas. A prática de pecuária extensiva, apesar de mais sadia para os animais, encontrou certos constrangimentos, no que refere à sua produtividade. A sazonalidade, imposta pelo ritmo natural dos pastos e do clima, requereu uma adaptação por parte do agricultor, que teve impreterivelmente de percorrer milhares de quilómetros para encontrar alimento rico para o seu rebanho durante todo o ano. Mas o agravamento desta realidade deu-se a partir do início do século XX quando a lã, oriunda da Nova Zelândia, Austrália e África do Sul conquistou o lugar da produção alentejana, que vestia boa parte da Europa do Norte, como explicou o historiador José António Falcão,
que dirige o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e se tem ocupado do tema e das suas repercussões. A perda da rentabilidade potenciou-se, ainda mais, pela evolução económica, a globalização e o aumento do preço dos produtos, tornando inviável este sistema de agricultura. Se excluirmos a já escassa mão de obra e contarmos com a adesão à Comunidade Económica Europeia, encontramos a fórmula perfeita para uma reestruturação quase total deste fenómeno: a regulamentação imposta à itinerância de pequenos ruminantes impeliu a transumância para uma prática pertencente ao passado. Mas a sua passagem deixou um verdadeiro legado para as gerações vindouras. É possível encontrar nos trilhos da antiga canada real vestígios destas passagens – e do modo como se praticavam. Efetivamente, há traços inequívocos das rotas da transumância, como as igrejas que pontuam, em
sítios estratégicos, bem visíveis ao longe, qual faróis, a planície meridional, servindo de orientação aos pastores e dando-lhes, a eles e aos animais a seu cargo, uma proteção simbólica e prática, recompensada depois com esmolas que serviram para erguer e para conservar esses monumentos e as suas obras de arte. Um património que o Departamento do Património da Diocese de Beja, depois de fazer o seu inventário, está agora a procurar recuperar e dinamizar, em colaboração com França, Itália e Espanha. O Festival Terras Sem Sombra tem, na defesa da herança associada aos antigos percursos da transumância, uma das suas causas. E a sede de reviver os costumes antigos levou a que em Castro Verde se experimentasse um verdadeiro regresso às origens. Na passagem por esta terra, e como é já habitual, o festival juntou músicos, espectadores e membros da comunidade local. Todos rumaram ao âmago do Campo
José Mira Potes Professor da Escola Superior Agrária de Santarém
O sistema agrícola do Campo Branco está em dificuldade de sobrevivência Do ponto de vista conceptual, como descreve a atividade da transumância?
Branco para recriarem um itinerário de microtransumância. Liderados por uma burra – antigamente, o animal marcava presença assídua na deambulação dos pastores, transportando os seus haveres – e guiados por António José, as cerca de 70 ovelhas percorreram três quilómetros, sob o olhar surpreendido dos participantes que iam seguindo os animais e colaborando no respetivo maneio, tendo depois porto seguro no monte Branco, onde Maria dos Remédios, proprietária da herdade, os esperava. As alterações impostas pela Política Agrícola Comum justificam-se numa abordagem do ponto de vista sanitário e saúde animal. É possível manter-se este costume em condições mais restritas e limitadas; a verdade é que muitos desses animais podem ser portadores de doença, o que os torna seus potenciais agentes ao longo do trajeto da transumância, tornando-se incontrolável a propagação da doença. Nunca deixou de haver transumância. Porém, nos últimos 50 anos, a agricultura extensiva passou a ser muito intensificada, tendo por base a cultura de cereais, degradando, de modo visível, os solos, e potenciando o declínio da produção de
pastagem. Os solos tornaram-se fracos e com baixa produtividade. Com esta realidade, e procurando contornar os desígnios da paisagem, tem-se vindo a retomar os antigos costumes da agricultura extensiva, assente em três princípios fundamentais, que asseguram a sustentabilidade e autossuficiência das explorações: a rotação de culturas, as pastagens permanentes como alimento da pecuária extensiva, e, como consequência, o controlo da biodiversidade. Atualmente, o que se verifica é a prática da transumância dentro da própria exploração. Em termos práticos, isto significa que o rebanho muda de folha, ou seja, faz uma rotação ou afolhamento, a base da agricultura mediterrânica. De outro modo, podemos referir que, nos dias de hoje, a palavra “transumância” é sinónimo de “maneio do pastoreio”. Não em plenitude, mas assegurando as regras básicas de maneio, a transumância renasceu, mas ela própria tem ainda um longo caminho a percorrer. Outros aspetos ainda permanecem, e tendem a intensificar-se, nomeadamente questões sociais e da profissão da pastorícia. A mão de obra escasseia e poucos são os que asseguram o maneio de rebanhos. E a presença do pastor António João foi, de facto, um achado.
Vejo a transumância como uma forma de gestão dentro da agricultura mediterrânica. Isto é, pela particularidade destes sistemas de agricultura, as pastagens, que são a base de produção animal extensiva, têm uma representatividade no esquema alimentar da pecuária extensiva muito reduzida, já que o ciclo é curto. Portanto, têm de se encontrar alternativas, pois os animais comem 365 dias por ano, e a pastagem boa dura só três meses, que é a primavera. Para os outros nove meses, o agricultor do mediterrâneo tem de encontrar soluções. Uma das soluções passa pela transumância. Trata-se de deslocar os animais, em metade do ano, para zonas onde há muita pastagem. Era isso que se fazia antigamente, quando os animais que estavam na serra durante a primavera e o verão vinham passar o inverno, no período em que a montanha está sob o frio, às zonas baixas, onde predomina o clima ameno. Há incompatibilidade entre a agricultura e a transumância?
A transumância, tal como ela é feita há centenas de anos, já não se pratica. Agricultores que tenham explorações subdimensionadas têm que assegurar um transporte e levar os animais para pastagens noutros locais. Isto é a transumância atual. Agora, esta atividade encareceu, portanto houve necessidade de se cingir aos produtos dentro da própria exploração. A exploração extensiva mediterrânica tem de ser autossuficiente, isto é, ter a capacidade de alimentar os seus efetivos durante todo o ano. Qual o impacto na paisagem alentejana e do Campo Branco, das alterações à prática da transumância?
A verdade é que não deixou de haver transumância. A agricultura extensiva, nos últimos 50 anos, foi muito intensificada, o que implicou mobilização de solos. E isso não é apropriado para aqui. Tendo muitos anos de utilização intensiva de culturas cerealíferas, os solos estão degradados, o que potencia o aparecimento de mato que, não sendo controlado,
não produz pastagem e concorre com as árvores. Portanto, todo o sistema agrícola desta zona do Campo Branco está em dificuldade de sobrevivência: os solos são fracos, com baixa produtividade, a componente arbórea está débil e com problemas sanitários, a pastagem é fraca, não alimentando a pecuária necessária para rentabilizar as produções. Um ciclo vicioso. É possível contornar esta realidade?
Sim, tentando ir buscar aspetos como estes que hoje estamos a fazer, isto é, procurar compreender o que se fazia no passado, o que tornava a vida agrícola possível no mundo rural. E o que se fazia antigamente era a produção típica do mediterrâneo, a rotação de culturas, as pastagens permanentes, como alimento da pecuária extensiva, o que assegura o controlo da biodiversidade. Esta atividade está intrinsecamente ligada com a vertente económica. Quais os impactos?
O anacronismo de que há pouco falava é que nós estamos recorrentemente a lamentar que a nossa agricultura é extensiva e atrasada. Mas, agora que o resto do mundo começou a olhar para a sustentabilidade dos sistemas de agricultura, já vêm reconhecer, à luz das propostas para as reformas da PAC, que os nossos sistemas de agricultura são equilibrados. Portanto, uma forma de tornar esta agricultura economicamente sustentável – porque ela ambientalmente já o é – consiste em olhar para os serviços que presta. Esta agricultura, quando faz rotações de cultura, manutenção de pastagens e manutenção da biodiversidade, é amiga do ambiente: controla as arbustivas, previne o fogo, mantém a paisagem; serviços ambientais de que toda a humanidade usufrui. De que modo contribui o Campo Branco para a salvaguarda da biodiversidade alentejana?
O Campo Branco, com a estrutura agrícola de que tratamos, se estiver em equilíbrio, mantém a biodiversidade. É uma consequência natural da exploração equilibrada do sistema de cultura extensiva típica do Campo Branco. Ema Pimenta
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Os animais, que encontravam nas estações frias o clima ameno do mediterrâneo em pleno Campo Branco, rumavam no verão às terras altas da Serra da Estrela, tirando partido da abundância de pastagem e contornando a falta de alimento nas terras baixas.
Diário do Alentejo 5 julho 2013
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Sendo certo que contará sempre com a inteligência, coragem e determinação dos portugueses, cabe-lhe o fardo da liderança. Assegurar as condições internas de concretização do ajustamento são uma parte deste fardo. Garantir a continuidade da credibilidade externa do país também. Os riscos e desafios dos próximos tempos são enormes. Exigem a coesão do Governo. É minha firme convicção que a minha saída contribuirá para reforçar a sua liderança e a coesão da equipa governativa. Parte da carta de Vítor Gaspar a Passos Coelho, 1 de julho de 2013
Opinião
Francisco Cravo Luís Covas Lima Bancário
VÍTOR GASPAR é o rosto das políticas falhas, destrutivas e profundamente lesivas para a integridade económica, financeira e social do País. Gaspar errou, errou sempre, errou redondamente, mas errou com a convicção de que estava a acertar. Convicção que lhe adveio da sua gritante falta de experiência política e do seu cego seguidismo “troikiano”. PB
Com a apresentação do pedido de demissão, que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer. (…) São conhecidas as diferenças políticas que tive com o Ministro das Finanças. A sua decisão pessoal de sair permitia abrir um ciclo político e económico diferente. A escolha feita pelo Primeiro-Ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual. (…) O Primeiro-Ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo. Parte do comunicado de demissão de Paulo Portas, 2 de junho de 2013
Beleza em tempos de guerra
N A
o passado dia 14 de junho realizou-se em Moura uma, mais do que merecida, homenagem ao distinto e ilustre advogado dr. Francisco Cravo. Um ciclo de enorme gratidão que contou com a presença das mais diversas sensibilidades da nossa sociedade. A dimensão do evento traduzida pela presença de cerca de 200 pessoas é sinónimo do reconhecimento e da consideração sentidos por uma personalidade tão querida e tão próxima de todos. Este homem bom nasceu no berço de Portugal, em Guimarães. A infância passou-a em Moura e a adolescência em Portimão. Formou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi professor na Escola Secundária de Moura. Ao mesmo tempo iniciou o seu estágio como advogado. Desde então não mais parou. A dedicação à causa pública, à justiça e à verdade, a vontade de servir os outros e um trajeto de vida ímpar fazem com que seja justamente reconhecido como um advogado de exceção, seja pela competência ou pelo trato a que sempre nos habituou. Foi membro do conselho distrital da Ordem dos Advogados de Évora e formador de diversos cursos de estágios. Faculdades intrínsecas para o ensino, partilha do conhecimento e aconselhamento no tratamento dos assuntos, permitiram-lhe enquanto patrono que acolhesse ao longo da sua vida profissional mais de 20 estagiários. O último foi precisamente o seu filho, dr. Tiago Leote Cravo, que persegue o mesmo rumo na senda dos ensinamentos que soube colher do melhor dos seus professores. Esteve sempre presente no desporto. Jogou no futebol juvenil do Portimonense, representou os seniores do Oliveira do Barro e do Moura Atlético Clube. Depois de retirado do futebol federado, disputou campeonatos forenses, sendo de realçar a sua presença na seleção portuguesa de Advogados que venceu o Mundiadvocat realizado em França, em 1990. Aliás, o golo da vitória foi da sua autoria. Um avançado exímio. Ainda hoje disfruta e joga com regularidade pela equipa de veteranos do Moura Atlético Clube. Ao nível do dirigismo e associativismo conduz superiormente a assembleia geral do Moura Atlético Clube enquanto seu presidente há mais de 30 anos. Foi igualmente presidente da assembleia geral dos Bombeiros Voluntários de Moura e do Núcleo Sportinguista de Moura. Foi ainda membro do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol e de Basquetebol. Atributos como dignidade, lealdade, competência, dedicação, bondade, respeito e educação foram adjetivos referidos permanentemente pelo excelente naipe de oradores que usou da palavra no decorrer da homenagem. O presidente da Câmara Municipal de Moura, dr. José Maria Pós-de-Mina, destacou a sua importância e o seu contributo para o desenvolvimento da região e o bastonário da Ordem dos Advogados, dr. Marinho Pinto, enalteceu um percurso de vida só ao alcance dos inexcedíveis e referiu que em próxima reunião solene na Ordem dos Advogados irá propor que lhe seja atribuída a medalha de honra da Ordem dos Advogados. Na hora do agradecimento, o dr. Francisco Cravo após, praticamente, 40 anos a advogar, fez jus à sua vocação. No seu discurso sentido fez questão de agradecer aos seus avós, aos seus pais, à sua mulher e aos seus filhos. À mulher e aos filhos reforçou o pedido de desculpas por tanto tempo ausente. Desculpas há muito aceites pelos seus, deixam-no agora de consciência tranquila. Recordou a importância do seu patrono, o dr. Lino Delgado. Não esqueceu os seus colegas de profissão com quem privou e muito trabalhou. Houve ainda lugar a uma palavra final e muito especial para os seus amigos. Foi gratificante conviver uma vez mais com um homem que sempre respeitou todos e que sempre se fez respeitar. Até sempre, dr. Francisco Cravo.
Ä
Ruy Ventura Poeta e ensaísta
“[…]
lguém duvidará, ainda, de que estamos em guerra?” – A pergunta obriga-nos a suspender o passo e a enfrentar a barbárie. Vêm-nos à memória imagens que gostaríamos de esquecer: crianças que não se concentram na escola porque têm fome; velhos que vão definhando porque não têm dinheiro para aviar os medicamentos (enquanto outros gastam centenas de euros numa noite só); homens e mulheres catando no lixo dos supermercados alimentos fora de prazo para matar a fome (e ao lado o luxo, indiferente, exibindo-se); a frieza dos governantes pugnando pela redução do orçamento público da educação e da saúde (nunca dizendo que os filhos estudam em colégios privados e consultam médicos nos melhores hospitais particulares); e muitas, muitas outras… De repente, ao lado do aviso de guerra, ouço as palavras de María Zambrano, lidas há pouco no seu livro A Agonia da Europa: “Ser cristão é também não se resignar, agarrar-se à esperança no impossível”. As duas juntas, constatação e exaltação, enrijam e preparam para a luta: – uma luta de paz, mas de firmeza, contra o logro, contra um mundo centrado nesse demónio chamado dinheiro, contra aqueles que dissolvem deliberadamente a dignidade humana por atos ou omissões. A frase com que iniciei este texto é de José António Falcão. Faz parte do texto de abertura do programa do Festival Terras Sem Sombra. Creio que, ao escrevê-lo, também deve lhe ter passado pela mente, consciente ou inconscientemente, a definição da filósofa espanhola. Todo este evento, que se realiza pela nona vez, se estrutura sob o signo da Beleza, não dispensando contudo na sua proposta sólida uma Verdade ecuménica que não se impõe e uma Bondade que nos interpela: “A Verdade e o Bem têm sido apontados insistentemente, no último século, como via privilegiada para Deus. Porém, a Beleza não o é menos. Hoje vemo-nos órfãos dela e desejamo-la ardentemente. Alguém duvidará de que saber descobri-la e partilhá-la representa uma prova suprema de amor?” (p. 10) Descobrir – “inventar” no melhor sentido etimológico – e partilhar a Beleza será a tarefa suprema dos seres humanos, porque ao mesmo tempo, discretamente, estará oferecendo também a Verdade e o Bem, escadas para o Divino, que se concretiza na mais sólida e inviolável dignidade do Homem e da Natureza. Passar da “tolerância”, quase sempre indiferente e relativista, à “benevolência”, ao desejo ativo do bem comum – como dizia e bem o papa emérito Bento XVI. E sabemos hoje o quanto nós, seres humanos, dependemos de uma natureza amada e preservada, o quanto a nossa existência depende dessa devoção: “[…] Arte, cultura, espiritualidade e conservação da natureza são as armas de uma resiliência necessária em tempos de escolhas. Ser faber ou sapiens, eis o que está em jogo.” (p. 28) Por isso precisamos tanto de “ração de combate” nestes tempos de guerra fria, surda e suja, porque a “ração” – as palavras não mentem e ainda menos as suas raízes – será sempre uma “razão” de combate, desse “bom combate”, como dizia São Paulo, pela imanência e pela transcendência. Um conjunto de concertos ajudará pouco nestes tempos, dirão. Asseguro-vos contudo que ouvir, no vazio (espaço aberto dentro de nós), Machaut, Escobar, Mozart, Pergolesi, Haydn, Ligeti ou Schönberg, enquanto se contemplam belas esculturas e pinturas que tornam visível um Espírito que nos consola, será encontrar a nascente da esperança, essa que nenhum de nós, crente ou descrente, poderá perder, como já referiu o papa Francisco, que decerto não esqueceu o Amor (Charitas) como
centro de tudo. Volto às palavras de José António Falcão, à sua habitual sabedoria (espero que um dia decida recolher em livro essas suas reflexões): “[…] Eis o momento em que tudo depende da capacidade de julgar, com lucidez e serenidade. Nestas circunstâncias – alguém duvidará, ainda, de que estamos em guerra? –, um módico pecúlio de coisas fundamentais pode fazer a diferença. O soldado sabe que a ração de combate lhe permite sobreviver, ganhar forças para fazer frente aos obstáculos do inimigo e prosseguir até à fonte que saciará a sua sede e ao vergel que fartará a sua fome. […]” (p. 15) Neste tempo de guerra não podemos faltar à Beleza, pois sem ela nunca a Verdade e o Bem constituirão por si só o triângulo sagrado. Com firmeza e lembrança, temos de recordar sem rancor quem foram os judas desta peleja, mas também os nossos “excessos de confiança” e a nossa “complacência face aos corruptos (e aos seus corruptores)” (p. 22). Com alegria e esperança, “sem queixumes”, temos de arregaçar as mangas porque são necessários “sinais de confiança”. Este marco da cultura no Alentejo “assume-se como um deles”. (Talvez um dia se alargue além da diocese de Beja, assim queiram os alentejanos dos distritos de Évora e de Portalegre…) Temos de dar outro uso à frase tristemente célebre de um governante: custe o que custar, não podemos acabar, por falta de água, à beira da nascente. Não fomos castigados como Tântalo, apesar das nossas faltas. Saibamos pois descobrir a beleza que as Terras Sem Sombra nos oferecem neste tempo de guerra para que, depois, reconciliados connosco e com o mundo, possamos descobri-la dentro de nós e à nossa volta.
Pelos ajustes Jaime da Silva Lopes Investigador em Ciência Política
O
s anos eleitorais são um estímulo adicional para o reforço da edificação pública. Neste sentido, é corrente o aumento da despesa: as organizações políticas querem mostrar, provar, e exibir a obra feita (e denunciam a que está por fazer). O resultado é o aumento do controlo sobre os dependentes, e do domínio público que dificulta as iniciativas dos privados. Esta crescente visibilidade da ação do poder tem o único objetivo de manter e perpetuar o próprio poder. Em todos os tempos eleitorais. Assim, a relação entre o partido e o escrutínio está sempre presente. Mesmo nas diferentes realidades. O contexto nacional é apoiado pelas iniciativas locais. O contexto local absorve as políticas nacionais. Parece claro, então, que um partido exibe os feitos locais para aumentar a sua influência nacional. Mas, também, torna-se compreensível obter provas locais da capacidade realizadora sobre os desígnios das políticas do Estado. Para os partidos com expressão nacional, a fraca implementação local faz com que estes escassos pontos de poder ganhem uma visibilidade superior à importância real. Quero dizer que, numa eleição nacional, as autarquias dominadas por este tipo de partidos reforçam a edificação pública, assente no interesse político — que se traduz na prática dos ajustes diretos, por exemplo. O interesse político, e a decisão próxima, reclamam mais influência pessoal. E quando se trata de decisão política, pesam sempre os efeitos, a consequência proveitosa dos atos, e até o benefício de certas omissões. Podemos criticar o partido que sustenta políticas de reforço público constante, pelo endividamento, ou por práticas mais pessoais de adjudicação. Por outro lado, não acreditamos se nos dizem que no mesmo rio político conseguem separar as águas eleitorais.
PAULO PORTAS é um verdadeiro artista de variedades. Os seus atos, as suas palavras, os seus trejeitos são encenados como se a vida política decorresse em permanência num palco gigantesco. É impossível avaliar da seriedade do ator, da honestidade do ator, do verdadeiro sentimento do ator. Que, no caso de Portas, é sempre um fingidor de lágrima escorrida numa tragédia de baixo escalão. PB
Ä
PASSOS COELHO é um arrais sem leme, nem rumo. Ninguém pode negar a sua determinação, quase bondosa, desesperadamente bondosa, de querer levar o barco a bom porto. Mas os rasgos no casco são já de tal forma decisivos, que mais não lhe resta do que afundar. Definitivamente. Os ratos já abandonaram o barco. Resta saber até quando se manterá a carcaça à tona. PB
Há 50 anos O acendrado patriotismo de Salazar e os mastros
Cartas ao diretor
O
Manuel Dias Horta Beja
“Diário do Alentejo” de há meio século publicava também textos de pura propaganda do fascismo. Como por exemplo esta pequena “notícia”, certamente imposta, lacónica e respeitosamente intitulada “Prof. Dr. Oliveira Salazar”, na primeira página da edição de 5 de julho de 1963: “Passa hoje o 31.º aniversário da posse do sr. Prof. Dr. Oliveira Salazar como Presidente do Conselho, altas funções em que tem revelado acendrado espírito patriótico e uma forte personalidade que lhe tem dado um grande prestígio.” (Um parêntesis para um brevíssimo comentário: fica aqui confirmado que o “acendrado espírito patriótico” de Passos e de Portas, tal como o de Gaspar e o de Relvas, e o de Cavaco, e o de todos os outros “patriotas” instalados no poder, tem antecedentes). O vespertino bejense abria a mesma edição com um artigo de opinião de Cândido Marrecas intitulado “E os mastros...?!”, em defesa do “restabelecimento e conservação de todas as manifestações do Folclore, intimamente ligadas ao incremento do turismo.” O autor evocava os mastros de tempos idos, ao que parece reprimidos na época por imposição da Igreja Católica, fiel aliada da ditadura salazarista, em nome de uma “morigeração de costumes”. Escrevia: “Passou agora a quadra festiva chamada dos ‘Santos Populares’. Em todo o País ela foi, até há pouco, motivo desejado das diversões já seculares, de que o povo fez sempre um uso saudável e alegre, que lhe punha o coração em alvoroço. Pôr numa encruzilhada ou num terreiro um mastro vestido de buxo, de gilbarbeira ou de outra qualquer verdura campestre; orná-lo de flores e pôr-lhe no cocuruto o vistoso ornamento de papelinho doirado e bandeirolas garridas; espiá-lo de guias empavezadas; suspender-lhe alguns balões de papel e espalhar no chão o ‘bunho’ e o loendro ribeirinhos – eram um chamamento imperioso para os pares que vinham, nas vésperas dos três Santos, cantar e bailar até de madrugada!”. Marrecas descrevia minuciosamente o ambiente dessas festas populares e lamentava o quase esquecimento dos mastros: “Em troca deles, existe hoje a bastarda exploração dos recintos onde se baila ao som duma péssima orquestra de ‘jazz’, com entradas a tanto por cabeça, bufete e copinhos... Na substituição espúria não se ganhou nada, nem mesmo sob o intuito de uma apregoada morigeração de costumes... E perdeuse o aspecto pitoresco de uma diversão anual que estava no coração do povo, que ele entendia e acalentava à sua maneira ingénua.” Ora bem: voltem os mastros populares, saiam os passos e os portas, já! Carlos Lopes Pereira
Quem tramou Roger Rabbit Recorrente é já o início do início da campanha eleitoral para as Autárquicas. Há reboliço na cidade para saber quem vai, quem entra e quem sai e para o ajuste de táticas e estratégias Foi numa cálida tarde deste mês de São João, quando o sol já cansado recolhia a poente, que o PS anunciava os seus candidatos à governação do concelho. Logo à partida com meia vitória já alcançada, pois foi o vencedor da disputa pelo melhor espaço da cidade onde está instalada a sede da candidatura. Tudo preparado, tudo arrumadinho, tudo nos seus lugares. Sim senhor, muito bem! Porque estas coisas não se fazem de cabeça no ar: à hora marcada deu entrada no recinto a maralha que se ia sentando numas cadeiras disponíveis, mas logo se viu que não era para ali continuarem. Chefes, presidentes, delegados e outros mais começavam agora a chegar e os que já estavam sentados, por boa educação ou submissão, tratavam de se levantar e com aqueles instalados, era, agora um ver se te avias – abraços, beijos e beijocas, de tudo havia (pela minha parte, até fico feliz com a felicidade dos outros). No ar um excelente solo de saxofone fez-nos lembrar a suavidade e quietude da música de Fausto Pappetti que nos convida a meditar e dançar. Esclarecia-me um amigo que um bom político deve sempre saber dançar, o que se torna muito simples se utilizar a velha fórmula: 1…2…passos para a direita…3… 4 para a esquerda…2 para trás e depois sempre para a frente, e, depois repetir. Entretanto o bonito espaço que é a “meia laranja” começava a extravasar. Muitas caras conhecidas se quiseram presentear. Simpática a ideia de oferecerem aos convidados uma imperial ou duas e alguns acepipes. Estejam atentos outros sábios e outros talentos – a procissão ainda está no adro e até ao lavar dos cestos há vindima. Comenta-se a fácil integração de um grupo do PSD, convictos de ontem, duvidosos de agora, e o seu excelente desempenho na promoção do candidato, através de lautos e opíparos almoços ou jantares, desconhecendo-se, até ao momento, se esta brigada dos almoços e jantares atua autonomamente ou reporta a entidade superior. Como a cara de quem ganha não é igual à de quem perde foi notada a presença de um vereador e de uma vereadora cuja missão foi dada por terminada, por isso já não puseram o pezinho no palco. Aguarda-se, no entanto, a habitual sessão pública de louvor e agradecimento. Burlesca é a política!
Vivendas que estão à venda Diamantino António Funcheira
Há vários estrangeiros que quiseram investir em Portugal, mas ficaram desacreditados com o nosso país, nunca tinham visto tanta brutalidade de impostos praticado por este governo. Os estrangeiros resolveram então voltar aos seus países de origem, deixando as suas vivendas em Portugal para venda. Como a crise é tão grande já não conseguem receber o dinheiro pelo seu investimento. Os estrangeiros partem com saudade, lembrando-se que nós temos um dos melhores climas do mundo.
Otimização linear: O caso concreto do problema dos transportes Jorge Santos, Palmira Caseiro, Russell Alpizar-Jara Departamento de Matemática da Universidade de Évora
Um dos campos que mais aplicabilidade tem no dia a dia é o da otimização. Abordaremos apenas um dos problemas mais simples na otimização linear: o problema dos transportes. A primeira publicação acerca deste problema deve-se a Gaspard Monge no final do século XVIII. Mais tarde, no período de 1938 a 1944, e de forma independente, também Kantorovich, Hitchcock, Koopmans e Dantzig estudaram o problema referido. Vamos apresentar um exemplo que consiste em fornecer três cantinas com consumos de 10, 20 e 60 toneladas a partir de duas herdades com produções de 40 e 50 toneladas. Estas quantidades são apresentadas no quadro seguinte, em que acrescentámos também os custos unitários de transporte Origem i Destino, representados normalmente por Cij=Custo de transporte unitário da Origem i para o Destino j. Custos €/Ton
Cantina 1
Cantina 2
Cantina 3
Produ.[Ton]
Herdade 1
2 €/Ton
3 €/Ton
4 €/Ton
40
Herdade 2
7 €/Ton
6 €/Ton
5 €/Ton
50
Consum.[Ton]
10
20
60
Neste problema o total das procuras = 10+20+60 = 90 é igual ao total das ofertas = 40+50 = 90, pelo que se designa como equilibrado. A resolução passa pela obtenção duma solução inicial Xij: (quantidade a transportar da Origem i para o Destino j) por um de vários métodos disponíveis, mas consideraremos apenas o método do canto NorOeste (canto superior esquerdo), que consiste em aumentar X11 até 10 Toneladas, ficando a Cantina 1 completamente abastecida. No novo canto noroeste (a coluna 1 está “despachada”) podemos aumentar X12 para 20 toneladas e assim sucessivamente até obtermos o quadro seguinte em que apresentamos não os preços Cij mas sim Toneladas Xij: Toneladas
Cantina 1
Cantina 2
Cantina 3
Herdade 1
10
20
10
Herdade 2
0
0
50
E st a soluç ão ter i a u m c u sto de 2x10+3x20+4x10+5x50=370 € Finalmente resta verificar se a solução obtida é ótima. Para tal vamos usar o método mais simples, conhecido por Steppimg Stone, publicado por Charnes e Cooper em 1954. Experimentemos enviar uma tonelada da Herdade 2 para a Cantina 1, isso obrigaria a baixar X11 de 10 para 9, a aumentar X13 de 10 para 11 e finalmente a diminuír X23 de 50 para 49. O acréscimo do preço seria de: +1x7-1x2+1x4-1x5=4. Conclui-se que esta alteração piorava o objetivo de minimizar o custo. Repetindo para X22, enviar uma tonelada da Herdade 2 para a Cantina 2, obtinhamos uma alteração do preço global de: +1x6-1x3+1x4-1x5=2. Conclui-se que este custo seria superior aos 370€ que já tinha obtido. Como não temos mais variáveis nulas para experimentar aumentar, a solução obtida era ótima. Repare-se que este problema foi o mais simples que conseguimos arranjar. Geralmente surgem dificuldades com degenerescência e raramente a solução inicial é ótima.
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Os caracóis são como as pessoas: todos diferentes, todos iguais. O alho, o sal e os orégãos não podem faltar em nenhum tacho, mas o toque de cada mestre revela-se nos pormenores, e esses variam de pessoa para pessoa”.
Reportagem
António Relva Em pequeno apanhava caracóis para a mãe confecionar
Alice Relva A sogra gosta do seu tempero
De março a setembro são, cada vez mais, o petisco nacional
São caracóis, são caracoletas...
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e o leitor é daqueles que acha que só o que é nacional é bom, mas por estes dias de estio aprecia uma boa caracolada, acompanhada por umas imperiais geladinhas, é melhor mudar de opinião. É que a maior parte dos moluscos gastrópodes terrestes, que por estes dias são consumidos nas esplanadas e tascas deste país, são importados de Marrocos. No entanto, há sempre a possibilidade de pôr pernas ao caminho, e pela fresca, de olho vivo e saco de plástico na mão, dar umas voltas pelos campos e fazer a própria apanha, um hábito que nas últimas décadas se foi perdendo, mas que é uma saudável atividade. Desfruta-se da natureza e, na volta, traz-se o petisco. É claro que isso implica que o apanhador, ou alguém do seu círculo de amigos, saiba dar aos caracóis o seguimento apropriado. Entre a
É o tempo deles. Ou melhor, estamos a chegar ao fim do tempo deles. Os caracóis e as caracoletas aparecem nos escaparates das tascas quando o tempo começa a aquecer. Talvez por isso, este ano, só agora reparamos nos cartazes mal-amanhados que anunciam “hoje há…”. Mas não esperam pela demora, que a canícula dos últimos dias está mesmo a exigir, um pires de “ranhosos” e uma imperial gelada. Texto Aníbal Fernandes Fotos José Serrano
primeira lavagem e o prato existem uma série de procedimentos a observar que vão contribuir, e muito, para o prazer, ou desprazer, do ato petisqueiro. É aqui que o segredo se revela deveras
importante. Os caracóis são como as pessoas: todos diferentes, todos iguais. O alho, o sal e os orégãos não podem faltar em nenhum tacho, mas o toque de cada mestre revela-se nos pormenores, e esses variam de pessoa para
pessoa. Ou são receitas de família que passam de geração em geração, ou são a alma do negócio. É o caso, em Beja, dos caracóis confecionados pela dona Alice Relva e pelo marido António. Por estes dias, na rua Infante D. Henrique, no seu pequeno estabelecimento, e à vista de todos, começam, logo de manhã, a preparar aquilo que será o deleite de muita gente, ao almoço, na sombra da tarde, ou pelo fresco da noite. O movimento já foi maior, “a crise sente-se”, diz-nos António Relva, acrescentando que, mesmo assim, tem dias de vender 500 litros de caracóis, entre particulares e outros estabelecimentos da cidade. Tudo começou há 25 anos no Caravela, em que o petisco apareceu “como um complemento” à atividade do restaurante. Logo aí os
As irmãs mais velhas dos caracóis
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Preparação Tudo começa de véspera
Segredo Piripiri, orégãos, sal e...
caracóis dos Relva ganharam fama, apesar de a receita “ser simples”, diz-nos Alice, sem revelar o segredo que até merece a aprovação da sogra. A mãe de António, quando este era moço, era quem preparava os “cornudos” que ele apanhava pelos campos, mas a receita da nora foi aprendida “na escola da vida”. Vem daí o gosto do marido pelos caracóis que, confessa, ainda hoje os come “todas as noites”. Depois de alguns anos de interregno na atividade da restauração, para se dedicar à distribuição de gás, em 2011 abriu o espaço atual onde vende comida pronta, de setembro a fevereiro, e caracóis, de março a julho. A reforma ainda vem longe, mas não é crível que a filha, que trabalha como ajudante técnica de farmácia, venha a tomar as rédeas do negócio. Assim, e mais uma vez, corre-se o risco de se perder uma das memórias gustativas da cidade de Beja. Resta-nos pois a esperança que este antigo mecânico-auto e ex-militar da Força Aérea na Base de Beja, em conjunto com a sua mulher, possam prolongar por muitos anos a atividade que, dado a quantidade de estabelecimentos que abastecem na cidade, é o mesmo que dizer que os bejenses irão continuar a usufruir deste “intenso” prazer, como escreveu há uns
anos Hugo Lança no blogue “Viagra e Prozac”: “Quando o calor desce pela cidade, quando chegam os fins de tarde abrasivos que apenas nós conseguimos valorar, há poucos prazeres mais intensos que deliciarmo-nos com um pires de caracóis e uma imperial (ou uma coca cola, para alguns tolinhos!!), acompanhado de pão alentejano com manteiga, numa qualquer esplanada onde uma pequena ou grande sombra nos recorda que o maior prazer do calor alentejano é o deleite de nos colocarmos ao fresco...”. No entanto, os apreciadores de caracóis gostam de comparar as várias propostas existentes no mercado. Paulo Barriga, num texto publicado nas páginas do “Diário do Alentejo”, lembrava que “uma tarde de caracolada, daquelas à séria, exigia uma espécie de procissão por, pelo menos, meia-dúzia de catedrais. A poder de minis ou de copos de branco”. Assim, convém referir que existem outros temperos para experimentar, entre os quais o da Zona Azul. Local com tradição e com os seus fiéis. Infelizmente os responsáveis pela confeção do petisco não quiseram falar com a nossa reportagem. Apanhámos o cheirinho no ar, e um dia destes voltamos para provar o petisco, e comparar com o dos Relva, que passou no exame com distinção.
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m França são famosos e presença obrigatória no cardápio dos grandes chefes. Em Portugal vão fazendo o seu caminho. Devagar, claro, porque falamos de caracoletas. De Casa Branca, no concelho de Sousel, saem por ano cerca de 40 toneladas de caracoletas para as lojas de uma cadeia da grande distribuição. Os responsáveis por este negócio são marido e mulher. António e Stela. O primeiro, há menos de 10 anos era responsável de secção no Matadouro do Norte Alentejo; ela diretora de qualidade da fábrica da Lactogal de Avis. A unidade fabril, que laborava na região há mais de meio século, foi encerrada, e o queijo ali produzido passou a chegar ao consumidor com o nome de Oliveira de Azeméis na embalagem. Poucos casais aceitaram ser deslocalizados para norte. Foi o caso de António Sacoto e Stela Rato que resolveram, em 2007, iniciar um negócio do qual, na altura, pouco sabiam: engorda, seleção e reprodução de caracoletas. “Para iniciar uma exploração desta natureza foi preciso aprofundar conhecimentos”, diz-nos Sacoto que aponta como dificuldades as muitas e complexas variáveis do negócio. Começaram por ter caracoletas em campo aberto. Seguiram-se espaços com proteção de rede e, por fim, estufas. Em breve, irá nascer a maternidade, e o ciclo ficará completo. A alimentação é à base de nabiça, combinada com um suplemento vitamínico, mas segundo António, “os bichos comem o que quiserem. Não os obrigamos a nada”. Respondendo àqueles que dizem que as caracoletas silvestres são mais naturais, lembra que o coberto vegetal que usam na exploração está livre de pesticidas, herbicidas, fungicidas e metais pesados, coisa que, com a forma de agricultar de hoje em dia, “é difícil de assegurar em terrenos não dedicados exclusivamente à produção” de gastrópodes. O investimento inicial ultrapassou os 50 mil euros e foi apoiado pelo Prodep. Hoje o negócio prosperou e as suas caracoletas, através das lojas Pingo Doce, são distribuídas em todo o País, quer no verão, altura forte de venda, quer no fim de ano, uma data que se tem revelado boa para o escoamento do produto. Tal só é possível porque criaram as condições para terem dois ciclos de recolha: o de verão e o de inverno. No futuro pretendem fornecer exemplares a produtores que não façam reprodução. Já a exportação levanta-lhes algumas dúvidas. O facto de a caracoleta “ter de ser vendida viva” complica este passo aos helicultores de Casa Branca que, por enquanto, não têm condições para acompanhar o processo do princípio ao fim. Outro galo cantaria se estivéssemos a falar de um produto já transformado, como, por exemplo, feijoada de caracoletas, pataniscas, croquetes ou caracoletas “à Brás”, uma ideia que deixam no ar. Ao fim de sete anos o balanço é positivo. “Tem sido uma experiência engraçada”, diz-nos António, reconhecendo que têm aprendido com os próprios erros, uma vez que “há pouca informação disponível” sobre a atividade. A maternidade vai-lhes permitir acabar com a sazonalidade do negócio, abrindo-lhes outras perspetivas. É que, ao contrário dos caracóis em que é impossível bater o preço do produto marroquino, as caracoletas nacionais, desde que bem trabalhadas e selecionadas, “são maiores e mais bonitas” que as do norte de África. E assadas na chapa, com um molho à base de manteiga, limão, mostarda e piripiri são um petisco que não fica a dever nada aos tradicionais caracóis. AF
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AF Beja em 5.º no Torneio Lopes da Silva
Diário do Alentejo 5 julho 2013
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A seleção sub/14 da Associação de Futebol de Beja conquistou um histórico e honroso 5.º lugar no Torneio Nacional Interassociações Lopes da Silva, disputado em Bragança e ganho pela Associação de Lisboa. A equipa bejense ganhou os jogos com a Guarda (4-1), Coimbra (1-0), Setúbal (2-1), Castelo Branco (2-1) e perdeu com Braga (0-2).
Milfontes no Nacional de Futebol de Praia
O Clube Desportivo Praia de Milfontes inicia amanhã, em Setúbal, a sua primeira participação no Campeonato Nacional de Futebol de Praia, competição que conta com 35 equipas. Enquadrada na zona sul série H, em conjunto com o Vitória de Setúbal, Grupo Desportivo de Alfarim e Grupo Desportivo de Sesimbra.
Desporto
Ourique Desportos Clube não assegura continuidade da equipa feminina
Supertaça foi o momento supremo O Ourique Desportos Clube teve na sua equipa de seniores femininos a expressão maior da atividade na última época desportiva. Mas a continuidade do projeto pode estar em risco. Texto e foto Firmino Paixão
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epois da conquista da Supertaça em seniores femininos e da presença na Taça do Sul em que, a par da Casa do Benfica de Castro Verde, foi uma das equipas presentes na competição organizada pela Associação de Futebol do Algarve, a equipa feminina ainda não tem confirmado a sua continuidade no quadro competitivo regional. José Costa, treinador que na época finda ajudou as atletas a levantar a Supertaça, mostra a sua disponibilidade para dar continuidade ao projeto.
Numa terra onde os homens não praticaram futebol, foram as mulheres que projetaram o emblema do Ourique Desportos Clube?
Na verdade, não tendo havido segunda divisão distrital na época passada, a única equipa de seniores do clube foi a feminina. A formação também não teve muita expressão, mas os apoios também são muito reduzidos. Um projeto que se iniciou há cerca de três temporadas e que procurava enraizar-se?
O futebol feminino em Ourique começou há três épocas com a Inês Álvaro e eu vim este ano dar uma ajuda, acompanhei a equipa e trouxe algumas jogadoras que faziam falta para colmatar outras saídas. Temos evoluído nestas três temporadas e a prova disso é que, este ano, conseguimos estar na final da Taça Distrito de
Beja e conquistámos a Supertaça. A equipa ainda está numa fase de crescimento, notam-se algumas insuficiências?
Em termos coletivos e táticos notaram-se algumas lacunas, individualmente as atletas também precisam de muito trabalho, mas no espaço de um ano não se consegue fazer tudo, fomos fazendo aquilo que era mais premente para as necessidades do campeonato, digamos que fomos formando com a própria competição a decorrer. Que trabalho foi possível fazer tendo em conta que não estava diariamente em Ourique?
Nós treinamos duas vezes por semana, pessoalmente preferia que os treinos fossem mais frequentes, mas a minha profissão também não me permite. Dedicamos um treino à condição física e trabalhamos com bola, no outro aperfeiçoamos a parte tática, as transições e as posições a ocupar dentro do campo, é essa a metodologia. Se tivesse pegado na equipa um ano antes esta época certamente já teria sido um pouco diferente. A comunidade ouriquense aprecia e revê-se nesta equipa?
Os poucos assistentes que
normalmente vão aos nossos jogos são os adeptos das equipas que nos visitam, de resto são os familiares e amigos das nossas jogadoras que vão assistir aos jogos, porque a população de Ourique esteve completamente a leste da equipa, é isso que sinto e a direção do clube também. O clube manterá esta aposta na equipa de seniores femininos, apesar da falta de apoios e dos preconceitos existentes?
Quero acreditar que sim, pelo menos da minha parte existe a intenção de continuar a trabalhar com esta equipa, mas se não tivermos condições de o fazer em Ourique, será noutro clube. Quanto aos preconceitos, eles existem e hão-de existir sempre, mas as atletas, pouco a pouco, têm atenuado essa questão. A classificação em que a sua equipa terminou o campeonato (5.º lugar) não corresponde ao valor que acabou por mostrar…
Não correspondeu minimamente, em certos momentos mostrámos alguma instabilidade, intercalámos jogos maus e bons, não fomos constantes, depois criámos muitas oportunidades mas não temos quem finalize e quando sofríamos um ou dois
golos a moral da equipa caía porque ia muitas vezes à baliza contrária, não marcava e acabava por sofrer. A conquista da Supertaça “salvou a honra do convento”...
Em três anos foi a primeira vez que a equipa conseguiu chegar a uma final, aliás, duas finais, e ainda representámos o distrito de Beja na Taça do Sul contra equipas do Algarve. Foi um orgulho para todas elas, para mim também, por estar a ajudá-las neste percurso, não só pela conquista da Supertaça, mas por termos representado a região. Como acha que está o futebol feminino no distrito de Beja?
Vejo que existem muitas equipas, muitas jogadoras com qualidade, talvez se existisse um pouco mais de apoio, mais envolvimento das pessoas que lideram o futebol regional, fosse possível disputar aqui um grande campeonato, talvez até formarmos equipas de futebol de 11 para participarem no campeonato nacional, com base num recrutamento das boas jogadoras que estão aqui e ali. Temos valores muito bons, capazes de ombrear com as equipas que disputam o nacional. Mas, cá está, a continuidade dependeria do recrutamento nas escolas.
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O Clube Desportivo de Beja não competirá na próxima edição do Campeonato Nacional de Juvenis, competição para a qual se qualificou depois de ter conquistado o título distrital desta categoria com uma equipa que venceu também a Taça Armando Nascimento. As razões da desistência prendem-se com motivos de ordem financeira e com a crise diretiva que o clube atravessa.
III Noite nos Moinhos, amanhã, em Beja
A Associação Bairro dos Moinhos, da cidade de Beja, organiza amanhã, sábado, o encerramento da III Noite nos Moinhos, evento que tem estado a decorrer ao longo da semana no polidesportivo local, com atividades desportivas e animação infantil. O programa incluiu um torneio de futsal, sueca, jogo da malha e matraquilhos e encerra com animação musical.
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Desportivo de Beja ausente do Nacional de Juvenis
Beja BTT Castelo Challenge A Associação Portuguesa Movimento Contra a Obesidade promove amanhã, pelas 21 horas, na cidade de Beja, uma prova de resistência noturna em BTT com a duração de duas horas, em percurso urbano de quatro quilómetros, traçado na zona histórica envolvente ao Castelo de Beja. O evento inclui outras atividades de promoção de estilos de vida saudável com início previsto para as 15 horas.
Vítor Luzia, líder do CP Beja quer dinamizar plataformas de iniciação
Uma aposta forte na captação O novo presidente do Clube de Patinagem de Beja, Vítor Luzia, apresentou-se à grande família do “Imparável” no Memorial João Magalhães, um evento de topo que evoca a memória do seu fundador. Texto e foto Firmino Paixão
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empresário Vítor Luzia, 38 anos, antigo hoquista, assumiu a presidência do Clube de Patinagem de Beja naquelas que foram as eleições mais concorridas desde sua fundação. O novo dirigente elege como prioridades do seu mandato a captação de mais jovens para as classes de iniciação das diversas disciplinas, dá sinais de novos projetos que não considera oportuno divulgar já, mas assegura que a estrutura diretiva que nos últimos anos esteve no terreno continua intacta, na afirmação de que o clube se manterá “imparável”. O seu primeiro ato público como presidente foi o Memorial João Magalhães. Um bom princípio?
Foi importante e mais significativo num ano em que o clube comemora o 20.º aniversário. Tomámos posse recentemente e a nossa primeira presença pública foi no Memorial João Magalhães, o que nos orgulhou bastante, porque este evento é o exponencial máximo do clube, em que participam todos os atletas nas suas
diferentes disciplinas.
questão. É um objetivo que vamos tentar alcançar, o nosso mandato é por dois anos e este ano será bastante complicado operacionalizar já isso, porque a decisão e a criação das condições tinha que ser tomada num prazo muito curto. É um investimento elevado para a dimensão do clube mas, não sendo nesta época, faremos todos os esforços para que seja na próxima, até para aproveitarmos alguns jogadores que estão a treinar atividade competitiva e outros jovens oriundos da formação.
Vai dar continuidade a um projeto idealizado por uma figura impar desta modalidade, como foi João Magalhães?
É com muito orgulho. Conheci o João Magalhães quando era miúdo. Fui atleta dele, nessa época ainda na secção de patinagem do Clube Desportivo de Beja, que mais tarde deu origem ao Clube de Patinagem de Beja. Já nessa altura João Magalhães era dirigente e nas minhas lides de hóquei em pequenino tive o gosto de o conhecer. Mas sinto um grande orgulho, e sinto também que é uma enorme responsabilidade continuar a sua obra. Quantos atletas tem o Clube de Patinagem de Beja?
O clube tem cerca de 170 atletas, mas o nosso objetivo é crescermos em todas as disciplinas e escalões e, essencialmente, ao nível da iniciação, fomentando ao máximo a captação, porque será isso que nos vai dar lastro para o futuro. Mas já temos hoje uma quantidade de miúdos como nunca me lembro de ter visto. O que o levou a apresentar uma candidatura à presidência do clube?
A minha ligação ao clube retomou-se e foi intensificada quer pela presença dos meus filhos, quer através da equipa de veteranos onde ainda pratico, e as pessoas começaram
Vitor Luzia Presidente do Clube de Patinagem de Beja
A patinagem de velocidade foi um dos grandes expoentes…
a falar comigo e a pedir-me maior participação na vida do clube. Entretanto surgiram duas listas que integravam pessoas muito válidas e dispostas a trabalhar, foi a primeira vez que isso aconteceu neste clube, o que é muito bom. Uma lista encabeçada por mim, outra pelo Manuel Covas Lima.
O clube nunca deixou de a praticar. Ultimamente contamos apenas com dois atletas que não residem em Portugal, mas são atletas de eleição que fazem o favor de vestir a camisola do clube nos campeonatos nacionais e nas provas internacionais. Mas o nosso objetivo é reativar a iniciação à patinagem de velocidade.
Foi uma disputa renhida?
Ganhámos com uma vantagem de três votos. Foram as eleições mais concorridas de sempre neste clube. Tivemos mais de 160 votos num clube que tem cerca de 930 sócios, se calhar não haverá muitos clubes em Beja que consigam ter um ato eleitoral com esta afluência que tivemos. Mas, independentemente da lista que ganhasse, o clube continuaria
unido. Que propostas apresentou para desenvolver ao longo do mandato?
O que preconizámos, basicamente, foi uma aposta muito forte na captação de miúdos para a área de iniciação. Gostávamos de voltar a juntar a iniciação do hóquei e da patinagem, como já existiu em tempos e há alguns anos que não se faz. Também pretendemos criar mais condições ao nível de equipamentos para os miúdos que se iniciam na modalidade. E o regresso da equipa de seniores às competições nacionais?
Esse é outro dos objetivos que temos, mas tivemos o cuidado de não nos comprometermos com essa
A patinagem artística é a vertente que está mais equilibrada?
Essa disciplina tem bastantes atletas e pretendemos captar ainda mais. Os nossos objetivos nessa vertente é estarmos perto das escolas e dos infantários para captarmos os miúdos o mais cedo possível e aumentarmos o número de atletas que já temos. A qualidade virá a seguir.
Nuno Bizarro e Pedro Sêncio querem revalidar o título nacional de pesca
A esperança navega no Cabril Os campeões nacionais, em título, de pesca embarcada ao achigã, Nuno Bizarro e Pedro Sêncio, do Clube Bejense de Amadores de Pesca Desportiva (Cbapd), perseguem a revalidação do título. Texto Firmino Paixão
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ontudo, terão que esperar pela última jornada do campeonato, que se disputa em setembro na barragem do Cabril (Pedrógão Grande/rio Zêzere), para confirmarem essa possibilidade.
Disputadas quatro das seis provas que o campeonato contempla, a classificação não é a desejada, mas o sucesso que habitualmente conseguem no Cabril abre uma janela de esperança para a revalidação do título. O campeonato abriu na barragem de Santa Clara-a-Velha, prosseguiu em Alqueva nos dias 22 e 23 de junho e, nos dias 7 e 8 de setembro, encerra na barragem do Cabril. No final da jornada de Alqueva, Pedro Sêncio revelou: “Atendendo a que estávamos aqui para defender o título do ano passado e o terceiro lugar no atual campeonato, achamos que o resultado final
ficou muito abaixo daquilo que nós estávamos à espera”. O pescador lembrou que “a barragem está quase com o dobro da água que tinha no ano passado, tem muita matéria em decomposição em terrenos que não estavam inundados e o peixe tende a dispersarse muito, beneficiando quem treina aqui com frequência e consegue perceber a sua dinâmica”. Sêncio acentuou também: “O nosso objetivo principal aqui em Alqueva, dado que é uma barragem em que a maior parte das pessoas que compete no campeonato domina e tem possibilidades de treinar
aqui frequentemente, coisa que nós não conseguimos, o objetivo era não descermos na classificação, era cabalmente mantermo-nos entre os três ou cinco primeiros para que no Cabril, numa barragem em que historicamente temos um bom passado, pudéssemos atacar a renovação do título”. Contudo, a dupla do Clube Bejense tem razões para manter o otimismo: “Pensamos que sim, sobretudo pelo passado que temos nas últimas quatro provas no Cabril, com um 4.º, dois 1.º lugares e um 2.º. É uma barragem que a maior parte dos competidores respeita demasiado
e onde nós nos damos particularmente bem”. Quanto ao seu enquadramento no Cbapd, sendo naturais de Oeiras, Pedro Sêncio explicou: “É uma relação que já vem de longa data e tem a ver com a nossa filiação como atletas federados. Fomos convidados e temos sido muito bem tratados, somos orgulhosamente representantes do Clube Bejense de Amadores de Pesca Desportiva, com quem esperamos ter uma relação duradoura caso o clube mantenha esse interesse, porque da nossa parte ele existe”.
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Hóquei Clube de Grândola eleito “clube do ano”
O Hóquei Clube Patinagem de Grândola foi eleito “clube do ano” pela Associação de Patinagem de Setúbal, distinção atribuída como reconhecimento de ter sido, entre os 17 filiados na estrutura regional da modalidade, aquele que conquistou mais campeonatos e que maior número de atletas apresentou em competições oficiais, sem qualquer registo disciplinar dos agentes desportivos.
Desporto, obviamente José Saúde
Combates de muay thai em Ourique A Associação de Muay Tahi do Algarve organiza esta noite, pelas 20 e 30 horas, no Pavilhão Desportivo Escolar de Ourique, uma competição nas modalidades de muay thai e kick-boxing denominada WKU European Title.
João Machado quer a nova Casa do Benfica inaugurada em setembro
“A nossa causa é o Benfica” Um espaço atrativo para que os benfiquistas desfrutem de uma Casa do Benfica diferente, revitalizada, rejuvenescida e pensada essencialmente para todos eles. São as ideias do novo líder dos benfiquistas de Beja.
isso que tentámos encarar esta missão com um espírito diferente, o espírito de trazer para a capital do nosso distrito aquela que vai ser uma das maiores Casas do Benfica do País.
Texto e foto Firmino Paixão
A nossa candidatura incluía uma vertente fundamental que tinha a ver com a própria sede. Pensámos logo num novo espaço e, neste momento, esse passo está dado. Queremos que seja um passo certo porque isso é importante para a Casa do Benfica, importante para Beja e para o distrito, que exista uma casa com umas condições diferentes que cativem mais pessoas e, sobretudo, mais jovens. Queremos recuperar os sócios que se afastaram, isso é fundamental para que um espaço com esta dinâmica possa sobreviver, alicerçada na marca Benfica, uma das maiores
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mudança de instalações da Casa do Benfica de Beja foi a primeira e mais significativa medida do novo executivo eleito em maio último e liderado por João Machado, 38 anos, que promete para o mês de setembro a abertura (na antiga Marisbeja) de um novo espaço aprazível e funcional, capaz de promover o regresso de antigos associados e a adesão de novos sócios. Que motivações o trouxeram para a presidência da Casa do Benfica? Ser benfiquista desde pequenino, por exemplo?
Essencialmente por isso, mas também foi um desafio que me colocaram, não estava nada a pensar que isto pudesse acontecer, mas um grupo de pessoas desafiou-me e eu não sou pessoa de virar as costas à luta. Sabendo que a Casa do Benfica estava numa situação delicada, entendi que era necessário rejuvenescer, captar novos sócios e fazer regressar os que se afastaram criando dinâmicas diferentes. Foi um processo eleitoral pacífico, sem oposição? Uma lista que surgisse era bem-vinda.
Mesmo que existem duas ou mais listas seria salutar para a Casa do Benfica. Desta vez isso não aconteceu, mas espero que em função do trabalho que nos propomos levar a cabo no futuro existirão mais listas. Os frutos desse trabalho vão estar bem à vista de todos e o que hoje não era apetecível, temos a certeza de que no futuro o será para muita gente. O João Machado foi até aqui um associado ativo e com alguma proximidade à Casa do Benfica?
Sou um associado antigo, mas não era ativo, as condições que a Casa do Benfica oferecia não eram as mais convidativas, isso é público. Mas esse é o desafio que se nos coloca. Foi por
Quais as propostas que ancorou à candidatura para ganhar a confiança dos associados?
marcas do País. Surpreendeu-o o que encontrou na Casa do Benfica?
Surpreendeu-me pela negativa. Tínhamos a noção de como as coisas estavam, mas quando lá chegámos e nos inteirámos de muitas das situações, vimos algo que não estávamos à espera. Mas cá estamos para trabalhar com todas as dificuldades, assumindo as responsabilidades e vamos honrar todos os compromissos que estão para trás, mesmo num contexto económico-financeiro tão difícil e complicado. Revitalizar tem sido uma palavra comum em muitas das suas intervenções públicas…
Revitalizar no sentido de criarmos as novas dinâmicas ao nível daquilo que todas as casas do Benfica fazem no País. Não deixaremos que as Escolinhas terminem, estaesta mos a fazer todos os esforços para
que elas continuem, embora não saibamos ainda se vai ser possível, em função dos constrangimentos que existem. Revitalizar no sentido de trazer novas dinâmicas, nomeadamente trazer para Beja a máquina de bilhética que tão bom será para que todos os benfiquistas possam adquirir aqui os seus bilhetes. Depois um conjunto de outras situações que temos em mente para que a casa seja aquilo que todos os benfiquistas desejam. Estreitando relações com os dirigentes nacionais do Benfica?
É o que pretendemos. Vamos já estar presentes a partir de hoje no Congresso das Casas do Benfica, para estabelecermos plataformas de entendimento com as estruturas superiores do clube, no sentido de criarmos uma nova dinâmica entre a Casa do Benfica de Beja e os dirigentes nacionais. Luís Filipe Vieira virá em setembro setemb inaugurar o novo “ninho da águia” águi na cidade de Beja?
Faremos todos os esforços pa para que ele esteja cá e esperamos qu que nessa altura já seja possível terte mos a condições necessárias para pa abrir. Trabalharemos todo o verã verão para que isso aconteça, certamente certamen que estarão cá figuras de proa ddo Benfica e sei que Luís Filipe Vieira Viei tem um carinho muito especial ppor Beja, porque foi aqui que assento assentou praça quando iniciou a sua vid vida militar. A equipa que lidera este projeto é uma equipa à Benfica?
Somos todos benfiquistas dos se sete costados e essa é a principal dinâdin mica que aqui temos. Lutamos por p uma causa, essa causa é o Benfica que, a par dda cidade de Beja, é o que nos un une. Faremos co com que esta estas duas gran grandes ma marc a s f iquem associa associadas dde uma forma salutar.
A atual realidade dos espaços desportivos regionais remete-nos, globalmente, para um crescimento constante de infraestruturas que seguramente se vão dimensionando, sendo que no universo de coincidências nem a mais recôndita freguesia do distrito de Beja passa incólume a uma evolução que escalou fronteiras e se assume como uma inquestionável certeza. Revejo lugares de outrora conhecidos e honro a entrega desmesurada de homens que jamais se quedaram ante tormentas deparadas. Beja, de forma generalizada, foi, e é, uma urbe que primou pela modernice de complexos desportivos onde nasceram atletas de renome que conduziram o Alentejo a patamares supremos. Permitam-me o espontâneo devaneio e num quimérico sonhar trazer à ribalta a antiquíssima época desportiva de 1930/31, por mim desconhecida, confesso, mas que marcou mais um passo em frente para a evolução do fenómeno regional, sendo que o auge do acontecimento se prendeu com a inauguração, a 1 de fevereiro de 1931, do Estádio Condessa d’Avilez, em Beja. Contam os cardápios que no torneio então realizado, o União sagrou-se vencedor e, consequentemente, houve lugar para a fundação do Esperança e do Sport Lisboa e Beja. Hoje, centralizo-me num rol de atenções por todos nós conhecidas e lanço laivos de uma desmedida certeza relativamente a latentes espaços desportivos que nos enchem de orgulho. Os campos de futebol outrora pelados, ou seja, de terra batida, são agora espaços verdes onde a bola desliza sobre um mítico relvado, em geral sintético para fazer face ao rigor de um clima algo atípico, a que acresce uma evolução cabal de um catálogo de bancadas que, emblematicamente, dão fulgor a uma infraestrutura que teima progredir numa terra que jamais imaginou tamanhos deslumbramentos. Porém, não obstante as eventuais precaridades, este assombro constatado avoca o que foi e é a evolução do desporto, obviamente, neste cantão sagrado.
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1628 de 5/07/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1628 de 5/07/2013 Única Publicação
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALJUSTREL
CERTIFICO para efeitos de publicação que, por escritura de vinte e seis de junho de dois mil e treze, exarada de folhas 62 a 65, do livro de notas para escrituras diversas número 100-A, do Cartório de Notarial de Beja da Licenciada Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, sito na Rua Condes da Boavista, nº 20, a) José Fernando Covas Lima de Carvalho, NIF 120842025, solteiro, maior, natural da freguesia de São João Batista, concelho de Beja, residente na Praça da República, n° 32, primeiro andar, em Beja; João Alberto Covas Lima de Carvalho, NIF 160082340, natural da freguesia de Beja (São João Batista), concelho de Beja, e mulher Teresa de Jesus Botelho Graça Lima de Carvalho, NIF 160082331, natural da freguesia de Beja (Salvador), concelho de Beja, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, residente na Praça da República n°32,l°andar em Beja; e b) Jorge Manuel Loureiro Ruas, NIF 183210573, natural da freguesia de S. Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa e mulher Ana Maria Graça Covas Lima, NIF 214383385, natural da freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, casados sob o regime de comunhão de adquiridos residentes na Rua Dr. Brito Camacho n°22 em Beja; Que com exclusão de outrem, os primeiros identificados na alínea a) são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio rústico denominado “Herdade do Outeiro e do Colégio”, situado na freguesia de Baleizão, concelho de Beja, inscrito na matriz rústica sob o artigo 34 da Secção L, (anteriormente sobre o artigo 4, da secção L e do artigo 21, (parte) da seção L o valor patrimonial tributável para efeito de IMT e de IS de 8326,95, e a que atribuem igual valor. Que referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número setecentos e sessenta e um de vinte e dois de abril de dois mil e cinco, com a aquisição aí registada a favor dos primeiros identificados em a), pelas inscrições resultantes das apresentações: Seis, de dez de julho de mil novecentos e cinquenta e sete - (inventário por morte de João Alves de Carvalho); Seis, de vinte e dois de outubro de dois mil e quatro (partilha por herança de Maria Isabel Covas Lima Alves de Carvalho), e Nove de vinte e dois de abril de dois mil e cinco, (por compra a João Manuel Pacheco Covas Lima e mulher Maria Fernanda Vidal de Sá e Sousa Covas Lima, José Alexandre Pacheco Covas Lima e mulher Maria Irene Jorge Soares Covas Lima, António Jorge Wolfsberger Covas Lima e mulher Teresa Maria Vale Soares Rodrigues Palma Covas Lima, Christine Wolfsberger Covas Lima. Que sobre o mencionado prédio encontra-se registado pela inscrição dois de quatro de junho de mil e novecentos, um arrendamento e um subarrendamento; Que, desde os anos de mil novecentos e cinquenta e sete, os titulares inscritos e antes deles os seus antigos proprietários, bem como desde vinte e dois de outubro de dois mil e quatro e os vendedores que os antecederam sempre usaram e exploraram o imóvel identificado, como seus proprietários plenos, sem qualquer encargo ou qualquer limite, nomeadamente sem qualquer restrição derivada dos invocados arrendamento e subarrendamento, pelo que estes caducaram pelo seu não uso. Que com exclusão de outrem, os primeiros identificados na alínea b) são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio rústico denominado Herdade da Atougia - Torrejão”, situado na freguesia de Baleizão, concelho de Beja, inscrito na respetiva matriz rústica sob o artigo 55 da Secção K, (anteriormente artigo 23 e 25 parte, ambos da seção K) com valor patrimonial de tributável para efeito de IMT e de IS de € 3554,93 e a que atribuem igual valor. Que o referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número setecentos e sessenta e três, de vinte e dois de abril de dois mil e cinco, com a aquisição aí registada a favor dos primeiros identificados na alínea b) pela inscrição resultante da apresentação doze de vinte e dois de abril de dois mil e cinco; Que sobre o mencionado prédio encontra-se registado pela inscrição dois de quatro de junho de mil e novecentos, um arrendamento e um subarrendamento. Que, os primeiros outorgantes adquiriram o referido prédio, livres de quaisquer ónus ou encargos, por compra feita a João Manuel Pacheco Covas Lima e mulher Maria Fernanda Vidal de Sá e Sousa Covas Lima, José Alexandre Pacheco Covas Lima e mulher Maria Irene Jorge Soares Covas Lima, António Jorge Wolfsberger Covas Lima e mulher Teresa Maria Vale Soares Rodrigues Palma Covas Lima, Christine Wolfsberger Covas Lima. Que os titulares inscritos e antes deles os seus antigos proprietários, vendedores que antecederam a posse do mencionado imóvel, sempre usaram e exploraram o imóvel identificado, como seus proprietários plenos, sem qualquer encargo ou qualquer limite, nomeadamente sem qualquer restrição derivada dos invocados arrendamento e subarrendamento, pelo que estes caducaram pelo seu não uso. Que essas posses dos prédios em propriedade perfeita foram adquiridas e mantidas sem violência e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente; em nome próprio e com aproveitamento de todas as utilidades dos prédios, agindo sempre os proprietários por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade perfeita, quer usufruindo corno tal os imóveis, quer suportando, os respetivos encargos, há mais de vinte anos, justificando o seu direito de propriedade plena para efeitos do cancelamento dos mencionados ónus. Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja e Cartório Notarial da Drª Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, aos vinte e seis de junho de dois mil e treze.
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A colaboradora, (com delegação de poderes, artigo 8° do Dec.-Lei n°26/2004 e alterações) Maria França Cambado Vilhena Ferreira
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21 Diário do Alentejo 5 julho 2013 Diário do Alentejo n.º 1628 de 5/07/2013 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLA Conservador em substituição: Alexandre José da Silva Santos Palácio da Justiça - Mértola
CERTIDÃO NARRATIVA
Nos termos do disposto nos artigos 21º e 22º do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, torno público que se encontra aberto o procedimento concursal prévio à eleição do director do Agrupamento de Escolas de Aljustrel, pelo prazo de 10 dias úteis a contar do dia seguinte ao da publicação do aviso nº 8353/2013, publicado no Diário da República, 2ª Série – Nº 124 de 1 de julho de 2013. Aljustrel, 1 de julho de 2013. A Presidente do Conselho Geral Transitório Maria Manuela Vaz
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(Conforme Art.° 100 do Código do Notariado) Alexandre José da Silva Santos, Conservador em substituição do Cartório Notarial de Mértola, certifica: Que, para efeitos de publicação foi lavrada em vinte de junho do ano de dois mil e treze neste Cartório Notarial e exarada a partir de folhas oitenta e cinco e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número trinta–D, uma Escritura de Justificação Notarial, na qual o “MUNICIPIO DE MÉRTOLA.”, Pessoa Coletiva de Direito Público com o número 503 279 765 com sede à Praça Luís de Camões, freguesia e concelho de Mértola, declarou: Que, o Município de Mértola é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem do prédio urbano, situado em São Bartolomeu da Via Glória, freguesia de São Sebastião dos Carros, concelho de Mértola, composto de um edifício de um compartimento, corredor e casa de banho, onde se encontrava instalada a antiga Escola Primária de São Bartolomeu da Via Glória, com a superfície descoberta de mil duzentos e cinquenta e sete metros quadrados e superfície coberta de noventa e três metros quadrados, a confinar do norte e do nascente com António Joaquim Baltazar, do Sul, com via pública, do poente com Manuel Francisco Brito, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 810 com o valor patrimonial e atribuído de 22.210,00€ Que, o prédio não se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Mértola. Que, o referido prédio veio à posse do Município corria o ano de mil novecentos e sessenta e seis, em dia e mês que não sabem precisar, por auto de entrega do Estado Português que lhe foi feita através da antiga Direção Geral dos Edifícios Escolares, sem que contudo, tivesse ficado a dispor de algum título Que, porém desde o ano de mil novecentos e sessenta e seis, o Município de Mértola entrou na posse e fruição do referido prédio, usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas e suportando os respectivos encargos, contribuições e impostos e com ânimo de quem exercita direito próprio, ignorando lesar direito alheio, à vista e com conhecimento de todos, sendo reconhecido como seu dono. Que, sempre permaneceu, beneficiou, melhorou e usou o referido prédio como estabelecimento de ensino, pagando as respectivas contribuições e impostos tendo-o portanto adquirido, e, sem qualquer interrupção mantido a sua posse ostensivamente sem a oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse própria, pública, porque à vista de todos e sem a menor oposição de quem quer que seja, pacífica, porque exercida sem violência, contínua, porque mantida ao longo de todos estes anos e de boa-fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que se verificam todos os requisitos legais para a aquisição do referido prédio invocando para tanto a usucapião. Que, dado o modo de aquisição, sem documento algum que titule suficientemente o seu direito e lhe permita para efeitos de registo predial, fazer prova do seu direito de propriedade do aludido prédio justifica a aquisição do mesmo no presente acto por usucapião. É extracto certificado da escritura e vai conforme o original, declarando que, da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Mértola, vinte de junho de dois mil e treze. O Conservador, em substituição Alexandre José da Silva Santos
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22 Diário do Alentejo 5 julho 2013
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23 Diário do Alentejo 5 julho 2013
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Jorge Manuel Aleixo Rosado Baptista
Rua João Conforte, 15 7800-184 Beja Tel.284323555 Tm. 968051518 Tm. 965217456 A AGÊNCIA MAIS ANTIGA DE BEJA
PARTICIPAÇÃO
Joaquim da Graça Leandro 1.º Mês de Eterna Saudade Partiste cedo demais Jamais te esqueceremos O amor é mais forte que a morte E o nosso amor por ti será eterno Descansa em paz. Esposa, filhos e nora participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do sue ente querido no dia 12/07/2013, sexta-feira, às 18 e 30 horas, na igreja de Salvador em Serpa, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.
2.º Ano de Eterna Saudade
5.º Ano de Eterna Saudade
Vimos participar o falecimento da exmo. sr. Jacinto Rosa Nicolau, de 95 anos de idade, viúvo, natural de Colos – Odemira. O funeral realizou-se no passado dia 30/06/2013 da Casa Mortuária de Trindade p a r a o c e m i té r i o l o c a l . Apresentamos à família os sentidos pêsames.
Associação Humanitária dos Dadores de Sangue de Beja
Marido, irmão, cunhados, sobrinhos e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 08/07/2013, segunda-feira, às 18 e 30 horas, na igreja do Salvador, em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.
Irmã, esposa, filhos, cunhados, sobrinhos, primos e restante família participam a to d a s a s p e s s o a s d e suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 07/07/2013, domingo, às 12 horas, na igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.
Dê SANGUE dê VIDA
diversos
Diário do Alentejo n.º 1628 de 05/07/2013 Única Publicação
CASA DO BENFICA EM BEJA A Direcção da Casa do Benfica em Beja, vem por este meio convidar todos os interessados, a apresentar propostas para exploração do restaurante situado na sua sede (antiga Marisbeja). A data limite para apresentação de propostas é o dia 12/07/2013. O Presidente da Direcção João Manuel R B Rodeia Machado
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Meu Super em Beja é uma alternativa às grandes superfícies comerciais
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Foi inaugurada esta semana, na cidade de Beja, o supermercado Meu Super. Com um conceito diferente, baseia-se numa grande diversidade de produtos da marca Continente, complementando a gama de loja com produtos do fornecedor. Um supermercado que se diferencia, segundo o proprietário, por ser “próximo, emotivo, simples e tradicional” e que está associado a valores de confiança, vizinhança e proximidade.
Empresas
Adega Mayor distinguida A Adega Mayor, uma aposta do grupo Nabeiro na área vitivinícola, foi distinguida na semana passada no prestigiado concurso internacional dos Estados Unidos, o Ultimate Wine Challenge. A gama Caiado, Branco e Rosé 2012, o Monte Mayor Tinto, o Solista Touriga Nacional 2010, o Solista Verdelho, o Reserva do Comendador Tinto 2009 e o Reserva do Comendador Branco 2011 foram os vinhos pontuados nesta competição de nível mundial. Rita Nabeiro, administradora da Adega Mayor, refere que esta distinção internacional motiva-os a “continuar empenhados e dedicados na produção de vinhos de qualidade, um dos pilares da marca”.
Localliza liza zado do no mo ont ntee do Guerrrreeirro, ent ntrree C Cas asstr tro o Verdee e Méértol r tola, olla, a éu um espaçço ço que ue ccon onvi vida vi daa a d desco obrir ob rir o qu ri quee dee maiis puro eexi xiist xist stee no A Aleenttejo. o. Uma ca c sa no ca camp mpo o que resp ressp re pei e ta ta a tra r çaa de um mon onte t ale te lent ntej nt e an ej no,, com um m tto oque de oq modeern rnid idaaad id de, e q que uee offereecce ao clilien o ente te to od da a tran a qu quili id dade de qu ue a reegião ão ão podee pro po oporc rcio io ona narr.
Câmara de Sines, Petrogal e entidades assinam protocolos
No fim da estrada começa o descanso
Casa dos Castelejos proporciona novo espaço Propriedade de uma família tradicional alentejana, a Casa dos Castelejos, um espaço que se situa no monte do Guerreiro, foi adquirida essencialmente para exploração pecuária, mas, conscientes de que o Alentejo tem muito para mostrar, os seus proprietários decidiram recuperar a casa de forma a proporcionar ao cliente uma estadia com total conforto e tranquilidade. Publireportagem Sandra Sanches
A
casa, que conta com cinco quartos e um apartamento para duas pessoas, pode ser ocupada, em exclusividade, por um grupo de amigos ou familiares. Desde o dia 19 de junho que os clientes podem desfrutar também de uma piscina, uma mais-valia nos dias mais quentes, piscina essa que foi inaugurada na presença de representantes de algumas entidades da região, entre eles o presidente da Câmara de Castro Verde, Francisco Duarte, e os vereadores António Colaço e Paulo Nascimento; Vítor Silva e António Lacerda, da Arpta (Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo), e o presidente do Turismo do Alentejo, Ceia da Siva. O cocktail, marcado pela presença de produtores parceiros da
Casa dos Castelejos, nomeadamente herdade da Mingorra, herdade Grande, quinta do Mouro e João Portugal Ramos, foi um momento marcante, não só para as provas de vinho, mas também para a promoção e divulgação dos mesmos. Os presentes, que muito opinaram acerca do empreendimento e das mais-valias do projeto numa zona carenciada, congratularam a proprietária, Cremilde Brito Paes, pelo investimento efetuado, um sonho tornado realidade. O projeto, da autoria do arquiteto Armando Silva, a que se juntou o bom gosto da família Brito Paes, privilegiou os materiais típicos da região, assim como as tijoleiras, o xisto, os tetos em madeira com barrotes e alguns apontamentos em taipa e pedra, que acabam por enriquecer a beleza do espaço. “Já não estamos no tempo dos montes com pó, por vezes aranhas e de conforto reduzido”, realça a proprietária, adiantando que “agora o conforto veio até ao campo com grande qualidade, privilegiando a riqueza do silêncio que só aqui é possível”. Passeios a pé ou de bicicleta, passeios de canoa ou a cavalo, visitas guiadas a coudelarias e ganadarias, passar um dia com um pastor, fazer um safari fotográfico, piqueniques, provas de vinho, caça, pesca e birdwacting
são algumas das atividades que a Casa dos Castelejos proporciona. Os clientes poderão também tirar partido dos roteiros já elaborados e que o espaço disponibiliza. A propriedade conta com cerca de 485 hectares e situa-se em pleno Campo Branco, uma zona privilegiada para o habitat de aves como a abetarda, cisão, cortiçol-barriga-preta, perdiz e milhano, entre outras, que, para além de enriquecerem a fauna da região, tornam-na numa zona de excelência para a observação de aves. Ainda que não tenha um cliente tipo definido, a Casa dos Castelejos conta já com visitantes oriundos de países como a Bélgica, Holanda, França e Inglaterra “e tudo no espaço de um ano”, salienta a proprietária. A aposta passa também pelos nichos de mercado relacionados com a caça e o birdwacting, contanto o espaço com clientes fixos que se dedicam a essas práticas. A praticar valores razoáveis face à conjuntura económica existente, Cremilde Brito Paes não deixa de mimar a mesa do cliente com produtos da região: requeijão, compotas, queijo fresco e pão do dia. Ovos com espargos, ensopado de borrego e sopa de beldroegas são outras iguarias à disposição. E para adoçar a boca, não faltam farófias, peras bêbadas, leite-creme ou arroz doce.
A Petrogal e a Câmara Municipal de Sines assinaram esta semana protocolos de colaboração relativos a 2013 com um conjunto de entidades locais. Os protocolos, que envolvem a atribuição pela empresa de um apoio de 300 mil euros, destinam-se ao reforço das atividades das coletividades e instituições nas áreas da cultura, desporto e solidariedade social. De um montante total de 260 mil euros, os mesmos destinam-se ao apoio de 34 entidades, sendo que 40 mil euros têm a forma de patrocínio ao Festival Músicas do Mundo.
Reinauguração do restaurante Varanda do Alentejo O restaurante Varanda do Alentejo, em Marvão, foi reinaugurado no dia 1, ocasião aproveitada para assinalar também o 25.º aniversário da empresa promotora. O novo espaço, “100 por cento Marvão”, integra o projeto de Regeneração Urbana de Marvão – Confederação Empresarial de Portugal. Uma aposta de futuro cofinanciada pelo Proder, com o apoio do Turismo do Alentejo e do município de Marvão e que permitiu a criação de três novos postos de trabalho, a manutenção dos existentes e a duplicação da capacidade do restaurante para 130 lugares.
Câmara de Grândola apoia estudantes carenciados A Câmara de Grândola entregou apoios financeiros a 141 famílias do concelho no âmbito da ação social escolar, antecipando a medida, habitualmente concretizada em setembro, para que os beneficiários tenham “mais tempo” para adquirir o material escolar para os filhos. “A medida traduz um esforço financeiro desenvolvido pelo município, que permitiu antecipar a entrega deste apoio social, que habitualmente ocorre em setembro”, explicou a autarquia. Os cheques destinam-se à aquisição dos livros e material escolar para o ano letivo 2013/14 e visam apoiar alunos de agregados familiares economicamente desfavorecidos.
Se tens o bichinho do cinema de animação não podes perder esta oportunidade que a Biblioteca Municipal “José Saramago”, em Odemira, vai proporcionar a crianças entre os nove e os 16 anos. O desafio é criares o teu primeiro filme em Stop Motion. Atenção às datas. Dia 6, pelas 14 horas ateliê na biblioteca municipal e dia 13, também pelas 14 horas, visionamento do filme criado. Para mais informações consulta o site www.cm-odemira.pt
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Ateliê de cinema de animação em Odemira
À solta
À semelhança do que Mauricio de Sousa fez com as personagens de A Turma da Mónica, em que se viu obrigado a conquistar um público mais velho recriando as personagens numa versão adolescente, também o artista espanhol Rúben Barriga, conhecido no meio por Hyung86, recriou as personagens das histórias da Disney, dando-lhes um look universitário. Acompanha as tuas personagens em http://hyung86. deviantart.com/art/DisneyUniversity-CAOS-381059153 y
A páginas tantas... Obrigado a Todos! não é um livro recente, mas lembra-nos o quão importante é dizer um obrigado. Há medida que crescemos e vamos conhecendo mais pessoas, umas mais próximas do que as outras, mas todas com um papel importante no nosso crescimento. Ao longo do livro aprendemos coisas simples e outras mais complexas. Aprendemos com as mais próximas ou até com o senhor da mercearia. Escrito por Isabel Minhós Martins e ilustrado por Bernardo Carvalho, com a chancela da editora Planeta Tangerina.
Dica da semana Falar da Milimbo é muito mais do que falar de uma editora e de livros para crianças. É falar de um estúdio onde trabalham para contar coisas, sejam elas em forma de escrita, outras só ilustradas e ainda jogos que deixam adultos com vontade de serem crianças. Jogos que levam ao conhecimento. Com uma linguagem simples, mas muito gráfica. Não queremos roubar o trabalho deles, mas dá uma espreitadela ao site da Milimbo pois vais arranjar ideias para brincadeiras bem divertidas. http://www.milimbo.com/
Pela tua mão Os Brockets são uma família perfeitamente normal. Eleanor, Alistair, Henry e Melannie. Mas um dia Eleanor teve mais um filho, Barnaby. Não podemos dizer que Barbany fosse, como se diga, uma criança normal, Barnaby Brocket não obedecia à lei da gravidade. Os pais envergonhavam-se sempre que alguém via Barnaby. Foi então que Eleanor, a mãe, deixou Barnaby flutuar pelo mundo. Passou pelo Brazil, Nova Iorque, Irlanda, espaço quase sideral e muitos mais. Barnaby desesperado para voltar para casa recorreu a várias pessoas, que se tornaram amigos dele, como Liam Mackonagall. Será que Barnaby vai conseguir voltar para casa ou vai continuar a flutuar até ao final dos seus dias? Manuel Reimão, 9 anos
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Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com
Caranguejo
Características dos nativos de (22 de junho a 22 de julho) Com uma intensa vida emocional, a força do nativo de Caranguejo, vem da profundidade dos seus sentimentos e a sua sensibilidade, da sua grande intuição. Baseia os seus valores num sentimento de continuidade com o passado. A casa torna-se facilmente num abrigo dos perigos do mundo real.
Boa vida
Previsões – Semana de 5 a 11 de julho
Comer Lulinhas fritas com coentros Ingredientes para 4 pessoas: 1,2 kg. de lu las pequenas; 2 dl. de azeite; 4 dentes de alho; 1 folha de louro; 1 dl. de vinho branco alentejano; 1 molho de coentros; q.b. de sal; q.b. de pi menta branca; 1 kg. de batatas cozidas; q.b. de salada mista. Confeção: Depois das lulas arranjadas e limpas, tempere com sal e pimenta. Leve uma frigideira ao lume com azeite e alho cortado às laminas. Quando os alhos começarem a ficar dourados, junte as lulas e frite-as em lume brando. Adicione o vinho branco, a folha de louro e um pouco de água. Deixe cozinhar mais um pouco e polvilhe com coentros picados. Sirva com batatas cozidas cortadas às rodelas grossas e salada mista. Bom apetite… António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia O pão – doçaria (XVI)
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mbora os doces não sejam propriamente designados por pão, não deixam de ser um seu sucedâneo, pois em ambos a farinha é a base da sua constituição. Não o substituem, no verdadeiro sentido do termo, pois não são usados como o pão o é, ou seja, como elemento base de uma refeição. Não sabemos quando os doces começaram a fazer parte da dieta humana, mas é provável que os primeiros doces não tenham sido mais do que uma mistura da farinha rudimentar com mel, que o homem pré-histórico há milénios aprendeu a fazer. O mel foi o único adoçante disponível até à descoberta e vulgarização do açúcar, já em plena Idade Média. Em tempos ainda muito recentes, os doces eram uma iguaria que muito raramente podia ser apreciada pela esmagadora maioria da população portuguesa; era um luxo só acessível a poucos. A história relata-nos que parece ter havido quem não sabia da inacessibilidade desta iguaria à generalidade da população, pois diz-se que a rainha Maria Antonieta, esposa do rei Luís XVI de França, perante a revolta do povo por lhe faltar o pão, terá dito a célebre frase, “se não têm pão, comam brioches”. Estávamos, então, já no último quartel do século XVIII. A doçaria portuguesa já foi representada em duas emissões de selos, ambas com o título Doces Conventuais, compostas por seis selos cada. O primeiro grupo entrou em circulação a 30 de agosto de 1999 e aguça-nos o apetite com as trouxas de ovos no selo de 51$00/0,25 €, o pudim de ovos (80$00/0,40 €), os papos de anjo (95$00/0,47 €), a palha de Abrantes (100$00/050), as castanhas de Viseu (140$00/070 €) e o bolo de mel (210$00/1,05 €), com os números Afinsa 2615/2620. O segundo grupo foi emitido em 30 de maio de 2000 e faz-nos crescer água na boca, com as fatias de
Tomar (52$00/0,26 €), os dom rodrigo (85$00/0,42 €), a sericaia (100$00/0,50 €), o pão de ló (140$00/0,70 €), o pão de rala (215$00/1,07) e o bolo real paraíso (350$00/1,75 €) – Afinsa 2696/2700. Para complementar estas tentações, os correios também editaram em 2000 o livro Doçaria Conventual Portuguesa (n.º 43 Afinsa), da autoria de Alfredo Saramago e Homem Cardoso, que inclui uma prova a duas cores, numerada, do selo de 350$00/1,75 € da segunda emissão. O livro, iconograficamente muito rico, apresenta-nos 33 receitas recolhidas do receituário de 28 conventos de todo o País, incluindo duas receitas do Convento da Conceição de Beja. Os restantes conventos onde as receitas foram recolhidas são os de Arouca, de Tentúgal, do Paraíso e de Santa Helena do Calvário, em Évora, os oito de Santa Clara de Vila Real, de Vila do Conde, de Elvas, de Bragança, de Amarante, de Santarém e Coimbra, do Bom Jesus de Viseu, das Chagas de Lamego, de São Domingos em Abrantes, de Santa Iria em Tomar, de Nossa Senhora da Esperança de Ponta Delgada, de Santa Mónica de Lisboa, de Alcobaça, do Menino Jesus de Barcelos, da Senhora da Conceição de Monção, de São Martinho de Tibães, da Piedade de Tavira, de Nossa Senhora da Conceição de Lagos, de São Bento da Avé-Maria do Porto, das Mercês do Funchal, de São Gonçalo de Angra do Heroísmo e de Nossa Senhora da Esperança de Ponta Delgada. Mais do que um livro de receitas, este livro é uma reflexão sobre os fundamentos, históricos, sociológicos, económicos, teológicos e morais que explicam o incremento da arte da doçaria. Esgotado há já muito, na época em que foi editado, o seu preço de venda ao público foi de 8 400$00. O último catálogo Afinsa atribui-lhe a cotação de 61€. (continua) Geada de Sousa
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Carneiro – (21/3 - 20/4) A sua coragem natural permite-lhe colocar a si própria algumas questões profundas no início deste verão. Responda honestamente a questões como “qual o papel das outras pessoas na sua vida interior” ou “quais as razões que o fazem dizer não apenas pelo medo das consequências do sim”. Podem surgir inspirações especiais para inovar, levando-o agora a agir de uma forma que claramente revele o seu melhor.
Balança – (24/9 – 23/10) Aconselha-se uma postura rigorosamente cautelosa no que concerne aos seus gastos. Porém, o aspeto profissional reserva-lhe uma surpresa agradável que poderá, de certa forma, aliviá-lo das preocupações financeiras. A dedicação e o empenho que este ano colocou na sua carreira, começam a trazer-lhe resultados. Despeça-se definitivamente e amorosamente do seu passado, considere seriamente uma nova oportunidade de ser feliz.
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Touro – (21/4 – 21/5) Harmonia é, à partida, uma palavra de que o nativo de Touro gosta muito. Neste momento pode sentir uma maior paz interior e uma maior harmonia com os outros e consigo próprio. O orgulho e a satisfação do trabalho bem cumprido são agora também motivos de realização pessoal. A alegria vai fazer-se sentir também nos relacionamentos, onde pode sentir uma maior fluidez na comunicação.
i Gémeos – (21/5 – 21/6) Podem surgir dificuldades relacionadas com a autoridade, seja esta representada pelos pais, pelo patrão ou pelo Governo. É necessário paciência e perseverança, pois só assim consegue que o outro lado entenda o seu ponto de vista. Fazendo isto com integridade e mantendo o seu valor próprio, verá que tudo se resolve da melhor forma. Respeite igualmente o desejo por formas livres e originais de expressar-se.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Esta semana traz novidades para o signo de Caranguejo. É tempo de cortar com assuntos do passado. Não poderá continuar a fazer o que sempre fez sem mudar algo. Se sentir medo, arrisque. Valorize-se. Eleve a sua consciência e vá de encontro àquilo que realmente o põe em contacto consigo próprio, com a sua essência. E por que não aproveita também para reavaliar a sua relação com as pessoas próximas de si?
k Leão – (23/7 – 23/8) Por vezes, a mudança custa-nos muito, mas outras vezes não. E esta é uma daquelas fases da sua vida em que a mudança é bem-vinda, pois faz parte de um processo criativo de libertação pessoal. A vida traz-lhe coragem e força para seguir o caminho que o seu coração lhe dita. Aproveite a viagem, mas percorra este caminho com um passo de cada vez, sempre assegurando que a sua intenção está a ser cumprida.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Durante esta semana irá sentir muita força para trabalhar nos seus projetos. Mas pode acontecer que sinta que não está a conseguir avançar ao ritmo que gostaria no seu trabalho e na sua vida em geral. Decida o que continuará consigo e o que vai agora deixar e fique apenas com o que o revela profundamente. Hábitos do passado que já não o revelam, já não são, naturalmente, bem-vindos.
Escorpião – (24/10 – 22/11) A sua grande virtude neste verão será a expressão moderada dos seus desejos. Fazendo uma gestão apropriada das suas vontades, não terá de suprimi-las. Espere pelas oportunidades certas para satisfazer as suas ambições sem que recaia qualquer mal sobre si próprio ou sobre os outros. Será importante para si ter esta responsabilidade, pois assim estará a caminhar mais integramente para alcançar os seus objetivos.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Este verão será um tempo de concretização dos impulsos, quer a nível profissional, quer pessoal. Liberte-se e deixe-se guiar pela intuição. Se estiver a viver alguma situação difícil, saiba que, no futuro, vai ter muito boas oportunidades para dar a volta à condição particular em que se encontra. Apele à sua alegria e otimismo, é sempre possível encontrar alegria interior mesmo quando as circunstâncias não são as melhores.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Como bom capricorniano que é, você consegue controlar os desejos, necessidades e impulsos sempre que é apropriado que o faça. Pois desta vez, o Universo pede-lhe algo diferente. Corte com o seu impulso habitual e seja capaz de, simplesmente, ir em frente. É a sua vez de não se condicionar apenas pelo que é correto. Não viva apenas das obrigações e responsabilidades que a vida lhe impôs. A vida é sua, desfrute-a.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Este momento vai trazer-lhe uma grande abertura a novas experiências e uma flexibilidade a aspetos que não se encaixam nos seus preconceitos habituais. É-lhe agora pedido um compromisso ativo com a novidade e uma atitude fluida face à mudança. A sua generosidade e a sua tolerância não são agora facilmente abaladas por alterações exteriores. Aproveite para fazer destas características uma forte componente da sua vida diária.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Esta altura é ideal para fazer uma reflexão sobre o seu papel na sociedade e para, se assim o desejar, melhorar a sua performance. Nesta análise, tente olhar para a realidade como ela é e aprender com isso. Vai sentir-se, com certeza, mais valorizado. Saber lidar com o mundo em que se está traz mais sabedoria e qualidade de vida. Se subir para um nível de conhecimento mais elevado, terá uma outra perspetiva mais sábia, direta, precisa.
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Toiros Tragédia em Alcácer
Biagio Coppa – “Antagonisti Androgeni” Biagio Coppa (saxofones tenor e soprano), Nate Wooley (trompete), Cory Smythe (piano), Trevor Dunn (contrabaixo) e Tyshawn Sorey (bateria). Editora: Ruby Flower Records Ano: 2012
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forcado e cabo do Grupo de Forcados Amadores de Montemor, José Maria Cortes, de 29 anos, faleceu na quinta-feira, 27 de junho, no Hospital Santa Maria, depois de ter sido esfaqueado numa rixa que envolveu mais de 60 pessoas na Feira da Pimel, em Alcácer do Sal, na madrugada de sábado, 22 de junho. A vítima chegou a ser operada no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém. A gravidade dos ferimentos acabou por justificar a transferência para o Hospital de Santa Maria, onde acabou por não resistir. A morte de José Maria Cortes desencadeou uma onda de solidariedade e revolta. A Associação Nacional dos Grupos de Forcados veio a público lamentar o sucedido, esperando que “se faça justiça, na punição exemplar de quem se provar ser o autor de tão hediondo crime”, como se pode ler no comunicado oficial do organismo. José Maria Cortes, que chefiava desde 2007 o Grupo de Montemor, e que em setembro se ia despedir das pegas na arena montemorense, foi cremado em Lisboa no último domingo, depois de mais de duas mil pessoas, sobretudo forcados de todos os grupos, lhe terem prestado a derradeira homenagem na Igreja de São João de Deus, onde o corpo esteve em câmara ardente desde sábado. Entretanto a Polícia Judiciária anunciou nesta terça-feira a detenção de um homem, de 19 anos, em Setúbal, pela alegada prática de um crime de homicídio. Também o Grupo de Forcados de Montemor emitiu um comunicado onde agradece a todos os que estiveram a seu lado nas horas difíceis que viveu na última semana com a trágica morte de José Maria Cortes e anuncia que o nome do seu saudoso cabo continuará a figurar nos cartazes das próximas corridas, bem como o seu lugar nas cortesias, informando que a passagem de testemunho, ou seja, a “tomada de posse” do novo cabo, António Vacas de Carvalho, só será oficializada, como estava previsto, na corrida de 1 de setembro, em Montemor-o-Novo. Vítor Morais Besugo
PUB
esde que em meados da década de 1990 centrou as suas atenções nas várias vertentes da música improvisada baseadas na tradição afro-americana, que o saxofonista italiano Biagio Coppa é um fervoroso seguidor da teoria “harmolódica” de Ornette Coleman e dos conceitos desenvolvidos pelo movimento M-Base de Steve Coleman. Em “Antagonisti Androgeni” exponencia a indubitável qualidade da sua música, acompanhado por outros quatro músicos de elevado quilate. De sopro altivo, mas não impositivo, e com um apurado sentido de espaço, forma dupla de sopros com o trompetista Nate Wooley, uma das mais importantes forças criativas dos últimos anos neste instrumento. O pianista é Cory Smythe, no baixo está Trevor Dunn e na bateria essa colossal máquina rítmica que é Tyshawn Sorey. Coppa exibe uma escrita complexa e de grande rigor, assente em estruturas bem definidas, mas que concede significativo espaço de manobra aos músicos. A equilibrada gestão dessa tensão latente entre o material escrito e as secções improvisadas fica bem patente nas cinco peças que constituem o programa. As várias vozes ora surgem em solidários uníssonos ora se entrecruzam como peças de um xadrez
Diário do Alentejo 5 julho 2013
Jazz Biagio Coppa “Antagonisti Androgeni” musical em constante movimento, conjugando-se com métricas complexas e polirritmos. A música do quinteto, que revela sempre grandes coesão e empatia – tanto pode ser torrencial como prenhe de detalhes e subtilezas – pequenos motivos melódicos que são desenvolvidos em várias direções – com súbitas mudanças de coordenadas e de intensidade que surpreendem muito positivamente. “Goccia”, a abrir o disco, é introduzida por Smythe, logo coadjuvado pelo som encorpado do contrabaixo de Dunn. Os dois sopros entram em cena numa dança garrida. Atente-se no esplendoroso trabalho de inventividade e clareza do baterista. A peça título divide-se em duas partes. “Antagonisti Androgeni (Part 1)” conta com uma pulsante linha de contrabaixo, que gera um groove poderoso onde assentam os jogos entre saxofone e trompete, contrastantes ou complementares (aludindo ao título do disco – antagonistas e ambíguos), com o piano a desempenhar um papel de árbitro atento. A segunda parte inicia-se tranquilamente com uma melodia explorada por Smythe e desenvolve-se com acesos diálogos entre Coppa e Wooley. Um deleite para o apreciador de um jazz avançado e desafiante. António Branco
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O Musibéria – Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo Ibérico (Serpa) apresenta hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, no seu auditório, o espetáculo final do curso de sevilhanas. A atuação conta ainda com a participação do grupo de sevilhanas da escola de Barrancos.
Diário do Alentejo 5 julho 2013
Sevilhanas hoje no Musibéria
Fim de semana
Odemira ao som do festival TassJazz
“Improvisos” é a exposição de verão do CAS A exposição de verão do Centro de Artes de Sines (CAS) segue o percurso experimental de José M. Rodrigues, fotógrafo português. Prémio Pessoa em 1999. “Improvisos” inaugura, amanhã, sábado, pelas 19 horas. Vai estar patente até ao dia 29 de setembro.
Ervançum anima Santo Amador Está a decorrer mais uma edição do Ervançum – Festival Cultural de Santa Amador, no concelho de Moura. Este ano o Ervançum dá continuidade ao projeto “Aldeia Poema”, com direção artística de Pedro Penilo, que se apresenta como um programa de intervenção artística no espaço público de Santo Amador. Esta edição conta ainda com a realização de um mercado de rua com produtos locais e artesanato. Hoje, sexta-feira, destaque para diversos momentos musicais, a cargo de Rumbo Flamenco (Portugal/ /Espanha), Sebastião Antunes com POP (Portugal/ Galiza), Quinteto Luso-Baião (Brasil) e Gungunhana. Amanhã, entre muitas outras atividades, destaca-se a apresentação do projeto musical Marfa, o concerto de Bacoustic (Portugal) e de Guents Dy Rincon (Cabo Verde), entre outros.
Festa da Juventude de Baleizão começa hoje Começa hoje, sexta-feira, a Festa da Juventude, em Baleizão, concelho de Beja. E a noite tem início com uma sessão de autógrafos com Sérgio Vicente, da série “Morangos com Açúcar”. Há, depois, uma “Mini Chuva de Estrelas”, seguindo-se um baile com Celso Graciano. O encerramento da noite encontra-se a cargo do Dj Carlão. Amanhã, sábado, há um jogo de futebol, rally das tascas, um baile, um concerto com Ganda Banda e atuação de Dj. No domingo, último dia da Festa da Juventude, espaço para desportos radicais, para matraquilhos humanos e para um sunset com José Brito.
Musical infantil no Pax Julia O Pax Julia – Tetro Municipal recebe no domingo, dia 7, o musical infantil “O Livro Mágico de Beatriz”. O espetáculo encontra-se a cargo do Grupo de Teatro Artitude. Com hora marcada para as 15 horas, é dirigido a maiores de quatro anos.
Ivan Lins atua com vista privilegiada para o Mira
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stá a decorrer o Festival TassJazz, em Odemira, que tem trazido o melhor do jazz à região. Hoje, sexta-feira, pelas 22 horas, o espetáculo com Ivan Lins marca o cartaz de 2013. E a música sobe até ao Cerro do Peguinho, com vista privilegiada para o rio Mira e casario da vila. Ivan Lins faz-se acompanhar por André Sarbib (piano), Norton Daiello (baixo), Claúdio Ribeiro (guitarra) e João Cunha (bateria). No último dia, amanhã, sábado, 6, o Festival TassJazz conta com a atuação do Kekko Fornarelli Trio. O grupo italiano é composto por Kekko Fornarelli (piano e sintetizadores), Giorgio Vendola (contrabaixo) e Dario Congedo (bateria e percussão). Nesta atuação
em Odemira, o trio conta com a participação especial de Roberto Cherillo. No Cerro do Peguinho terá lugar ainda uma performance de pintura ao vivo, com o artista plástico Philippe Peseux. Pelo terceiro ano consecutivo, o artista regista na tela as sensações do jazz e o ambiente do festival. Philippe Peseux é autor da ilustração do cartaz de divulgação do Festival TassJazz. Recorde-se que os concertos têm entradas livres e que a iniciativa se encontra a cargo da Câmara Municipal de Odemira. O TassJazz começou no dia 1, mostrando o trabalho feito pelos alunos de Odemira na Escola de Artes de Sines.
31 Diário do Alentejo 5 julho 2013
Demissão nas finanças: carta enviada por Vítor Gaspar ao primeiro-ministro, lida de trás para a frente, é uma receita de sopas de cação. Crise política: submarinos comprados por Paulo Portas manifestam-se no porto de Sines a favor da continuidade do líder do CDS-PP no governo. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Inquérito
Não és tu, sou eu! Dá-me outra oportunidade... Eu sei que consigo mudar!
Inquérito: Gaspar deixou o Governo. Vai ter saudades do Vítor?
MANUELA FERREIRA LEITE, 72 ANOS Musa de Pacheco Pereira
Passos e Portas tentam reconciliação em cruzeiro de luxo no Alqueva É uma notícia que acaba de chegar à nossa redação através do nosso correspondente na Amieira: Portas e Passos estarão a tentar dar uma última oportunidade à sua relação, após indicação de um conselheiro matrimonial (não digam a ninguém, mas foi o Ângelo Correia).
Passos ainda espera que a decisão de Portas tenha sido uma variação hormonal, apesar de o líder do CDS estar muito aborrecido com ele por este não o deixar brincar na “piscina dos meninos grandes”, também conhecida como “economia e finanças”. Fontes próximas do “ca-
Snowden pede asilo político a Barrancos por ter a certeza que nem os americanos conseguem lá chegar Edward Snowden, o analista informático americano que é acusado pelos Estados Unidos de revelar informação confidencial, anda em parte incerta. Depois de ter tentado pedir asilo político a países como a Rússia, a Índia, o Cazaquistão e o Aquinãomedeportamistão, Snowden poderá ter encontrado uma solução: Barrancos. Segundo informação avançada pelo site Barranquileaks, o fugitivo norte-americano ficou encantado com esta possibilidade por acreditar que com uns acessos tão maus os americanos não tentariam chegar a este ponto do Alentejo nem com um drone. O mesmo site revela também que Snowden ficou muito entusiasmado com a possibilidade de jogar ao Euromilhões do lado de lá da fronteira e poder ir buscar bilhas de gás a metade do preço. Fontes da Casa Branca já admitiram que as autoridades americanas poderão parar com as buscas ao delator americano por considerar que Barrancos é mais longínquo e inacessível do que uma gruta no Paquistão, e por defender, igualmente, que já será castigo suficiente ouvir rádio e televisão espanholas para o resto da vida.
sal” (não digam a ninguém, mas foi o Nuno Melo) já afirmaram que das duas uma: ou voltam a escrever poemas a quatro mãos sobre a reforma do Estado ou então irão passar meses a discutir quem fica com a custódia de Paulo Macedo – Passos prefere fins de semana alternados.
Depois de porcos alimentados a marijuana, criadores de suínos do Alentejo alimentam animais com drogas das smartshops ir marijuana na alimentaNos Estados Unidos, dois agricultores decidiram inclu r da carne. Esta técnica inoção dos seus porcos com o objetivo de melhorar o sabo ém decidiram introdutamb vadora chamou a atenção de criadores locais, que explicou Florêncio Toucinho: zir novas substâncias na dieta dos suínos, como nos “A nossa experiência foi um sucesso! Começámos por introduzir drogas como os smarties ou M&M com amendoim e os porcos começaram a evidenciar muita energia, correndo, saltando, organizando mastros até às tantas; depois fomos para as substâncias mais duras – popias com doce… Aí os bichos começaram a falar línguas estrangeiras (incluindo aquela que o Tino de Rans fala) e a usar folhas drogas que comprámos nas de cálculo do Excel; mais tarde introduzimos algumas a andar de bicicleta, a jogar smartshops, e aí foi a loucura – os animais começaram uma loucura! Agora começaxadrez, a concluir licenciaturas sem equivalências, Marrocos e a dizer que faziam ram com conversas de querer exportar bacon para os mandar para um estágio melhor trabalho a explorar a pocilga, e tivemos que sabem lidar com carne para não remunerado na função pública, que eles lá é que canhão”, explicou.
Não lhe sei dizer, porque tenho memórias muito difusas do dr. Gaspar… Só me lembro de o começar a ouvir e cair no chão, completamente inanimada, como se tivesse sido atingida por um dardo tranquilizante – o homem é do mais secante que há! A minha sorte é a laca do cabelo que me vai amparando as quedas. Agora precisamos de um novo ministro… Bem, assim de repente, só estou a ver alguém que tenha sido líder do PSD, que já tenha tido a pasta das finanças e que tenha um irmão chanfrado que abandona programas de futebol em direto. Encontrar essa pessoa é que é uma carga dos trabalhos…
MEDINA CARREIRA, 81 ANOS Melhor amigo da Judite de Sousa Ó filho, isso é uma coisa que não interessa nada. Vocês, os jornalistas, andam entretidos com coisas de caca: não importa Gaspar sair se nós não fazemos o nosso trabalho de casa. Já os romanos me diziam pessoalmente que nós não nos governávamos, nem nos sabíamos governar… Um estado falido não se recupera em três anos, possivelmente só em três séculos. Agora, o melhor que nos poderá acontecer é ficarmos como a Grécia, ou mesmo o Uganda, e sermos atacados por uma praga de gafanhotos mutantes carnívoros... Mas isso sou eu, que sou um otimista…
AMADEU CANTIGAS, 40 ANOS Um dos 548 porta-vozes do PS A saída de Vítor Gaspar das Finanças é a prova de que o Governo está desorientado, ou mesmo morto. Por isso, pedimos ao Presidente da República que assine a certidão de óbito para remover o cadáver político da via que nos conduz ao progresso, ao desenvolvimento, a um Portugal mais justo, democrático e sem Sócra… e sem sofrimento, queria eu dizer. Portugal precisa de eleições já! Nós prometemos que unicórnios transportarão as crianças para as escolas, que os professores caminharão sobre pétalas de rosas e que o nosso líder não voltará a falar em francês publicamente. Com o PS, até vamos ficar assados com tanto crescimento económico!
Nº 1628 (II Série) | 5 julho 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Calma A claridade morde os olhos nus e o calor deita-se, férvido, entre as ancas da cal. Os pássaros recolhem ao que resta de verde, as vespas dançam em volta de uma torneira que pinga, o pó desmaia e com os seus sons estridentes as cigarras arranham a quietude azul. As galinhas debicam cascas de melancia e os cães dormem a meio do corredor para tentar apanhar uma pequena brisa que as portas abertas inventam. Na parede da sala, o mecanismo do relógio vai mantendo o tempo acordado. As traves de madeira do telhado estalam como ossos roídos pelo tempo. E os figos rebentam de tanto doce. O mundo estaca e só o sol se mexe com pressa de chegar
ao crepúsculo para se poder desfazer de tanto calor. O restolho é o cabelo velho que a erva perdeu. A palha é tudo o que resta da memória tenra do verde. A terra lateja, a terra tem sede, a terra tem febre e a solidão nota-se agora mais no bico das abetardas. Nem a sombra quer estar ao sol. E só à tarde o mundo recomeça. Primeiro com os pássaros e depois com os homens. E quando os pássaros escondem as penas é hora de os homens e das mulheres trazerem as suas para a soleira das portas sentados em cadeiras de bunho. Uma noite quente é um poema negro com pirilampos que rimam. Adormeceremos, embalados pela serenidade das osgas. Vítor Encarnação
quadro de honra
Noites na Nora regressa a Serpa
José Daniel Braz Malveiro, 29 anos, natural de Londres Embora tenha nascido em Londres, foi em Garvão, Ourique, que cresceu e que viveu até aos 15 anos. Foi, aliás, em Garvão, terra natural de seus pais, que teve o primeiro contacto com a arqueologia. Com 15 anos foi residir para Lisboa onde, “sem grande sucesso”, frequentou o curso de Engenharia Civil. O que o fez seguir estudos de licenciatura e de mestrado em Arqueologia. Atualmente vive no Porto e, sinais dos tempos, está desempregado.
Conhecer a Idade Média através da arte funerária
As histórias que a morte conta
A
inda pensou em enveradar pela Engenharia Civil, mas a Arqueologia saiu-lhe ao caminho. José Manuel Braz Malveiro apresentou em maio último, na Universidade Nova de Lisboa, a dissertação “Estelas medievais do distrito de Beja”. Obteve “muito bom”. Uma nota inversamente proporcional ao estado de conservação do património da região. Acabou de apresentar a sua dissertação de mestrado sobre “Estelas medievais do distrito de Beja”. Que importância tem o estudo das sepulturas para a compreensão da própria história da região?
As estelas funerárias medievais são indissociáveis dos rituais funerários e das sepulturas dos indivíduos que memoralizavam. As necrópoles nos adros das igrejas, com as suas estelas, correspondem à inovação da autoria dos conquistadores cristãos no distrito de Beja. São artefactos culturais, produzidos pela mão do homem, capazes de fornecerem informações sobre a cultura da época, mas também da dos seus criadores e usuários. Quando iniciei esta investigação contava com 71 estelas conhecidas ou publicadas, e terminei com
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167 inéditas, totalizando 238 estelas funerárias. Muito perto das 250 conhecidas na cidade de Lisboa. No decurso das suas investigações houve algum dado que o surpreendeu e que possa fazer luz sobre a ocupação do território na Idade Média?
É a iconografia das estelas medievais que constitui, sem dúvida, o aspecto mais relevante para o seu estudo, dada a enorme gama de conhecimentos, quer ao nível dos próprios símbolos utilizados, como dos artefactos neles figurados, alguns dos quais correspondem a instrumentos de ofício: agricultor, apicultor, fiandeiras, tecedeiras, lenhador, carpinteiro, moleiro, podador, sapateiro, barbeiro, tosquiador, alfaiate ou costureira, padeiro, ferreiro, besteiro e até mesmo uma máscara de carrasco, que, por certo, representaria a sepultura do carrasco de Beja. A diversidade de ofícios, mas também a quantidade, proveem, na sua maioria, do centro urbano de Beja. Estes possibilitam estabelecer um quadro referente à importância relativa e distribuição das profissões representadas, deduzindo-se aspectos das características económicas e sociais do distrito de Beja na
Hoje, sexta-feira, esperam-se 40 graus centígrados e o sol brilhará em toda a região. No fim de semana as temperaturas vão continuar elevadas e o céu vai estar limpo.
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Idade Média. Os temas religiosos também oferecem algumas conclusões, entre as quais o grau de religiosidade da população e a evolução tipológica das várias cruzes patentes nos monumentos, algumas conotadas com a presença de ordens religiosas e militares. Como encontrou o património que foi alvo das suas investigações?
O património que se encontra à guarda de museus está salvo de destruições, pelo menos tem essa benesse, também não se pode exigir mais. Em 238 monumentos inventariados, apenas encontrei oito que estavam musealizados. Os restantes conservam-se em depósitos das reservas ou mesmo à chuva e ao sol, escondidos dos visitantes, turistas e mesmo das populações locais. Compreendo que, pela quantidade destes monumentos, é complicado estarem todos expostos nos museus. Beja, por exemplo, conta com 148 estelas e musealizar toda esta quantidade é complicado. Contudo, verifiquei que há a necessidade de se realizar um inventário geral do património, principalmente o património à guarda da Câmara Municipal de Beja. Paulo Barriga
A Baal 17 – Companhia de Teatro promove entre os dias 12 e 17 a 14.º edição do Festival Noites na Nora, a que este ano se associa o II Encontro Internacional de Danza Duende, que é organizado pela Baal 17 e pela filial portuguesa da Escola Internacional Danza Duende – “Dançar a vida”, que juntará na cidade de Serpa “formadores/artistas e participantes de toda a Europa”. O programa do festival, que tem como lema “A cultura como uma festa”, inclui a realização de 30 workshops, 14 espetáculos (teatro, dança e música), nove performances, oito conferências e três resistências artísticas.
FMM Sines 2013 arranca amanhã Para além dos 43 espetáculos repartidos pelos palcos do Castelo, avenida Vasco da Gama e Centro de Artes de Sines, o FMM Sines – Festival Músicas do Mundo 2013, que decorre entre os dias 18 e 27, oferece um programa de iniciativas paralelas, que o complementam com atividades em várias expressões artísticas. Esse programa arranca já amanhã, sábado, pelas 19 horas, no centro de exposições do Centro de Artes de Sines, com a inauguração da exposição “Improvisos”, com fotografia de José M. Rodrigues, considerado um dos grandes fotógrafos portugueses, Prémio Pessoa 1999. Nesta exposição “está em destaque a vertente mais experimental do trabalho do autor, produzida maioritariamente nos anos 80, durante a permanência de José M. Rodrigues na Holanda”.
Alentejo tem Carta Gastronómica A Turismo do Alentejo, ERT apresenta na próxima terça-feira, dia 9, pelas 11 horas, no Évora Hotel, a Carta Gastronómica do Alentejo, um trabalho desenvolvido pela Confraria Gastronómica do Alentejo no âmbito do projeto Alentejo Bom Gosto. A obra “resulta de um levantamento profundo e extenso por todo o território do Alentejo, numa recolha de receituário, história e enquadramento cultural que julgamos sem paralelo no nosso país”, refere a Turismo do Alentejo, adiantando que “o documento final inclui ainda textos introdutórios sobre a gastronomia alentejana, da autoria de diversos especialistas na matéria”.