“Venham + 5”: Fanzine bejense de BD é a melhor da década pág. 11
Avelino Piçarra: Padeiro e atleta com 63 anos pág. 18
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Postos BP Beja
SEXTA-FEIRA, 19 JULHO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1630 (II Série) | Preço: € 0,90
Tribunal dá provimento a providência cautelar da Câmara de Ferreira do Alentejo
Estado obrigado a “desmantelar” autoestrada entre Beja e Sines JOSÉ FERROLHO
pág. 9
Penedo Gordo: O bairro que é aldeia págs. 4/5
As músicas do mundo escutam-se em Sines pág. 13
Faceco começa hoje em São Teotónio pág. 12
Segredos da cozinha alentejana a la Carta págs. 27
Mandado construir por D. Manuel, duque de Beja, em 1490, o edifício do Hospital da Misericórdia de Beja é considerado um dos melhores exemplares arquitetónicos daquele tempo histórico e artístico. O que levou à sua classificação como monumento nacional em 1989. Alvo de diversas intervenções e utilizações, o “hospital velho” está agora a sofrer obras de reabilitação. Para que o público o possa visitar. págs. 16/17
A nova vida do hospital velho
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Editorial
Vice-versa A moção de censura dos “Verdes” é um irrevogável serviço à coligação de direita. Será a esquerda moderna o inimigo principal? Carlos Zorrinho, 12 de junho de 2013, Twitter
David Paulo Barriga
O PS tem vindo, com toda a naturalidade, a censurar o funcionamento deste governo que é um governo esgotado e falhado. Apresentámos, aliás, há cerca de dois meses, uma moção de censura e é por isso, com toda a normalidade, que nós vamos votar a favor da moção de censura apresentada pelos ‘Verdes’”
U
m dos maiores crimes ambientais que nos últimos anos se cometeu contra o Alentejo foi o abandono “irrevogável” das obras da autoestrada entre Beja e Sines. O atual governo, com o apoio expresso das eminências pardas do PSD local, achou por bem interromper a meio uma empreitada que, no essencial, estava lançada e avançada em toda a extensão do trajeto. Para lá dos largos milhões de euros que foram deitados para o lixo, as áreas adjacentes ao trajeto ficaram minadas de estruturas fantasma, de armadilhas, de estaleiros abandonados, de golpes irremediáveis na paisagem. Pode-se, e deve-se, questionar a validade e a rendibilidade de um equipamento deste género, principalmente em tempos de crise. Pode-se, e deve-se, analisar soluções alternativas. O que não se pode, isso é um crime de lesa região, é cruzar os braços perante o abandono puro e simples das obras da A26 e, já agora, do IP2. Esta semana, na sua página pessoal do Facebook, o presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo “noticiou” que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja deu provimento a uma providência cautelar que esta autarquia interpôs contra o Estado Português. A ação, no essencial, exige que os responsáveis pela trapalhada rodoviária do Baixo Alentejo, uma vez que não estão interessados em concluir as obras da A26, repusessem o território tal e qual como estava antes da chegada das máquinas. A decisão do tribunal não tem nada de espetacular: é apenas justa. E vai ao encontro daquilo que qualquer mente honesta e despojada de politiquice pensará sobre o assunto. O Governo tem agora a esperta tarefa de desembolsar quase tanto dinheiro para desmembrar o que já está feito, quanto o que teria despendido para concluir a obra. E assim se faz investimento no Alentejo: para destruir, para retroceder, para nada. Esta situação, que tem tanto de bizarro quanto de imbecil, tem um claro vencedor. Aníbal Reis Costa. Que avançou sozinho contra os tubarões e ganhou como David prostrou Golias.
Carlos Zorrinho, 14 de julho de 2013, SIC Notícias
Fotonotícia
Da vinha de São Cucufate. A região vitivinícola de Vidigueira está desde a passada sexta-feira representada no itinerário cultural “Os Caminhos de Vinha da Europa”. A câmara local, no âmbito do programa Vidigueira Cidade do Vinho 2013 e do Encontro Europeu Inter Vitis, decidiu oferecer ao público um roteiro pelo chamado “país das uvas”, cujo grande objetivo é associar o património histórico e cultural do concelho à valorização da paisagem e da cultura da vinha e do vinho. Uma iniciativa de grande interesse para uma região cujo passado, presente e futuro assentam precisamente na cultura do néctar dos deuses. PB Foto de Francisco Silva Carvalho
Voz do povo Faz compras nos saldos?
Inquérito de José Serrano
Antonieta Campeiro, 57 anos, oficial de justiça
Rita Ferreira, 31 anos, optometrista
Ana Marques, 52 anos, professora
Dulce Vasco, 40 anos, desempregada
Sim. Com a crise que está instalada neste país, temos que saber comprar. Para ter alguma qualidade de vida. Apesar dos cortes no orçamento familiar, vamos aproveitando esta época para adquirir o vestuário que precisamos. Estou aqui de férias mas já comprei qualquer coisinha. Achei os saldos da baixa da cidade muito apelativos. A relação qualidade/preço é muito boa.
Nesta altura dos saldos é quando eu faço melhores compras. É a minha época preferida para comprar roupa, sapatos, de tudo um pouco. E acabo por ficar com ótimo vestuário de uns anos para os outros. Existem bons descontos, e embora as peças sejam de restos de coleções, não dececionam, continuam muito atuais. É uma questão de procurar aqui, no comércio tradicional.
Nos de verão e nos de inverno. Todos os anos. Aproveito estas alturas para comprar roupa para mim e para a minha filha. A preços muito mais acessíveis. Raramente compro fora destes períodos de descontos. Neste momento já se encontram nas lojas reduções de 50 por cento. Mas podem chegar até aos 70 por cento. Mas só compro o necessário e na altura certa. Quando os descontos são maiores.
Já fiz mais. Agora tenho pouco poder de compra para o fazer. Estou desempregada há cerca de dois anos. De qualquer forma costumo comprar quando tenho mesmo necessidade de alguma coisa. Mas mesmo em época de saldos, os preços aqui em Beja continuam altos. É uma das cidades mais caras do País. Talvez tenha a ver com as poucas lojas que existem cá. Há pouca oferta.
Rede social
Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 12 BEJA CÂMARA QUER FIXAR NO CONCELHO FÁBRICA DE PRODUÇÃO DE MORFINA A Câmara de Beja tornou público que quer atrair para o concelho uma fábrica de produção de morfina para fins medicinais, prevista no projeto de plantação de papoila no Alentejo de uma empresa escocesa ligada à indústria farmacêutica, a Macfarlan Smith. A referida unidade “irá permitir criar postos de trabalho e gerar riqueza e dinâmica empresarial”, disse à agência Lusa o presidente do município, Jorge Pulido Valente. A empresa, através de agricultores de vários concelhos da área de influência do Alqueva, começou este ano a plantação industrial de papoila na região, para produção de morfina para fins medicinais. “A empresa já tem um escritório em Beja e está à procura de um espaço para instalar uma unidade agroindustrial”, explicou o autarca. Nesse sentido, disse, a autarquia “tem vindo a ajudar a empresa a encontrar o espaço mais adequado” para a instalação da unidade agroindustrial e já propôs um “memorando de entendimento” à Macfarlan Smith para que Beja seja a zona escolhida. “O objetivo principal do memorando, se vier a ser assinado, é levar e apoiar a Macfarlan Smith a instalar a fábrica, em definitivo, na zona de Beja”, concluiu.
BEJA PROJETO DE “FLORES DE ESPERANÇA” APRESENTADO PUBLICAMENTE Foi apresentado publicamente o projeto “Flores de Esperança”, promovido pelo Núcleo Distrital de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza, Centro Social Cultural e Recreativo e igreja paroquial do Bairro da Esperança. Um desafio que consiste em desenvolver “todo um calendário anual de ações em torno das flores, que permita, por um lado, alterar a imagem que a população em geral da cidade de Beja possui deste bairro, e, por outro, atrair a visitação e participação nas ações que irão decorrer em torno desta temática”. As quais, adianta a equipa do projeto, “servirão de alavanca e estímulo ao desenvolvimento de atividade económica e novas oportunidades”.
SÁBADO, DIA 13 BEJA MULHER MORRE EM DESPISTE PERTO DE SANTA VITÓRIA Uma mulher de 45 anos morreu e a sua enteada de 10 sofreu ferimentos leves na sequência do despiste de um veículo ligeiro ocorrido concelho de Beja. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou à agência Lusa que o acidente ocorreu na Estrada Nacional 18, próximo de Santa Vitória, e que o alerta foi recebido pouco passava das 17 horas. Estiveram envolvidos nas operações de socorro uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Beja e três viaturas, com oito operacionais, dos Bombeiros Voluntários de Beja.
TERÇA-FEIRA, DIA 16 ERVIDEL NOVO PROTESTO EM LISBOA CONTRA FECHO DOS CORREIOS Representantes da Junta de Freguesia de Ervidel e alguns reformados e pensionistas desta aldeia do concelho de Aljustrel estiveram em Lisboa, junto da administração dos CTT, no Parque das Nações, em mais uma “ação de protesto e de desagrado” perante o encerramento “unilateral e apressado” da sua estação de Correios. Os reformados e pensionistas levaram consigo os seus vales de reforma, “para tentarem levantar a sua pensão naquele local ou, caso não seja possível, solicitar à administração que indique qual o local adequado” e com “garantias de privacidade e comodidade”. As populações quiseram mostrar que o posto de Correios atualmente existente, “como a própria administração dos CTT parece reconhecer, não assegura os serviços até então prestados na estação”.
3 perguntas a Filipe Pombeiro
Presidente do Núcleo Empresarial da Região de Beja (Nerbe/Aebal) Foi recentemente apresentado o projeto “Alentejo 2015 exportar +”. Qual é o seu principal intuito e que recetividade tem vindo a suscitar?
Os objetivos centrais são aumentar o número de empresas exportadoras, identificar empresas com potencial exportador e aumentar o volume de negócios internacional das nossas empresas. O projeto está agora no seu início e, como tal, não dispomos ainda de dados objetivos sobre a recetividade das empresas da região, embora o interesse demonstrado por algumas seja um bom indicador. Devido à contração do mercado interno, deve ser um objetivo estratégico para as empresas a procura de novos mercados. Mas se algumas, pela sua dimensão, têm hipótese de fazer este percurso autonomamente, a maioria dificilmente terá ao seu dispor os meios para o fazer, pelo que devem ser as associações empresarias a conferir a escala e a alavanca necessárias.
Rainha das Vindimas de Portugal é vidigueirense Sofia Cartaxo, que aqui vemos ainda incrédula, foi eleita Rainha das Vindimas de Portugal no sábado, 13, no âmbito do Encontro Europeu Iter Vitis. Uma coroa que fica em casa, já que Sofia concorreu em nome do município anfitrião.
9.º Terras Sem Sombra encerrou em Sines A 9.ª edição do Festival Terras Sem Sombra chegou ao fim, no sábado, com uma estreia nacional. O ensemble italiano Camerata Boccherini, na foto, esteve na igreja matriz de Sines e executou obras nunca antes ouvidas por cá.
Quais parecem ser, para já, os setores económicos com maior potencial de internacionalização?
Os trabalhos que agora começaram pretendem identificar os setores e as fileiras com maior potencial exportador. Não quisemos, como tal, ter ideias preconcebidas para não deixar nenhum setor de fora à partida. Com certeza que passará pelos setores onde a nossa região tem vantagens competitivas em comparação com outras regiões, como a fileira agroalimentar por exemplo. Mas o que se pretende é que, na abordagem a estes setores mais diretos, nasçam também oportunidades para outros setores, com um efeito de contágio que pretendemos potenciar. E já estão de alguma forma identificados os mercados internacionais de destino?
Embora já existam alguns identificados, pretende-se que, da discussão envolvendo as empresas para identificar as fileiras alvo, se defina, para cada uma, o mercado ou os mercados mais interessantes. A ideia por detrás deste projeto é a identificação de oportunidades de negócio e que as mesmas sejam apresentadas às nossas empresas para que as possam aproveitar. E, caso seja necessário, promover os processos de associação entre empresas, para que tenham a dimensão necessária para entrar em determinado mercado. Este projeto também irá capacitar o Nerbe/Aebal com um gabinete de internacionalização, que, independentemente do próprio projeto, sirva de suporte aos nossos associados ou mesmo a outras empresas da região. Carla Ferreira
Os Compotas no 14.º Festival Noites na Nora Os Compotas, jam band algarvia recém-nascida, foi uma das propostas do fim de semana de arranque de mais uma edição das Noites na Nora, em Serpa. Funk e rock ‘n’roll num festival conhecido pelo seu ecletismo e diversidade de linguagens.
Idosos de Mértola foram de barco até Tavira Idosos de várias freguesias de Mértola, da Corte do Pinto a São João dos Caldeireiros, andaram em passeio nos dias 10 e 11, a convite do município local. O percurso fez-se de barco, entre Vila Real de Santo António e a Ilha de Tavira.
Mais uma visita à redação do “DA” Frequentemente o “DA” recebe visitas e regista-as assim para mais tarde recordar. Desta feita, foram estes meninos do campo de férias da Santa Casa da Misericórdia de Beja que vieram aprender como se faz um jornal.
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Penedo Gordo
Gente da cidade escolhe a terra para viver
Aldeia rural com características urbanas Penedo Gordo fica a poucos quilómetros de Beja e pertence à freguesia de Santiago Maior. Uma aldeia rural, que beneficia de características urbanas. Ou não tivesse direito a ser servida pelas carreiras que asseguram as deslocações na cidade. Há cada vez mais gente da cidade, devido à curta distância que separa Pax Julia de Penedo Gordo, que também escolhe a aldeia para viver. A aldeia rural com características urbanas soma novos habitantes e segue. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
A
dois passos da cidade. Ou a pouco mais de cinco quilómetros, para ser mais exata a distância. Pelo caminho Beja fica para trás e uma placa indica a entrada em Penedo Gordo. O fumo que sai de uma chaminé alta denuncia uma das padarias da terra. Do forno saem bolos variados e pão, claro, como não poderia deixar de ser. O dia pintou-se de cinza e as nuvens, pela manhã, insistem em não dar tréguas ao sol. Não é, assim, de admirar que na padaria entre gente de casaco ao ombro, embora a temperatura não tenha arrefecido assim tanto. Em contrapartida, Sandra Barroca apresenta-se de manga curta, camisola branca, a condizer com a farinha que tem nas mãos. O calor do trabalho afasta qualquer tempo cinzento, ou temperatura mais baixa. “Esta é uma padaria com muita fama aqui nas redondezas. Temos sempre pão fresco e bolos variados”, começa por dizer, referindo-se ao estabelecimento que é conhecido como a antiga Padaria Palma. Sandra Barroca vive em Penedo Gordo há alguns anos e, até agora, garante, “não está nada arrependida”. “Passa-se, aqui, praticamente o que se passa em todas as outras aldeias, mas a proximidade a Beja tem trazido muita gente para Penedo Gordo. A aldeia tem crescido muito e nota-se, sobretudo, a vinda de muita gente jovem, o que é muito bom e, neste sentido, andamos um pouco em contraciclo. Nas outras aldeias sente-se, sobretudo, a saída da malta mais nova”, conta, enquanto espreita a cozedura dos bolos. Entretanto dois de chocolate saem para cima da bancada, para posteriormente serem desenformados. Quase ao lado da padaria, assentou arraiais o motivo de orgulho das gentes da freguesia. O infantário, que auxilia a população mais jovem e que, inclusive, acolhe crianças de fora da aldeia. “Temos infraestruturas de apoio à infância muito boas. Temos creche, infantário e a escola ainda funciona. As instalações são ótimas e a equipa que está à frente também é muito jovem e dinâmica. Está também a ser projetado um lar para os mais idosos, julgo que não podemos, comparando com outras aldeias, queixar-nos muito”, remata Sandra Barroca. Descendo a rua, junto ao parque infantil, um
grupo de homens mata o tempo, jogando conversa fora. Antes já a carreira urbana apanhou na paragem homens e mulheres que tinham como destino Beja. “Estamos muito bem servidos de transporte. Mais do que qualquer outra aldeia e isso deve-se ao facto de pertencermos à freguesia de Santiago Maior, que pertence à cidade, uma freguesia urbana, portanto. Isto facilita muito o povo”, adianta Francisco Valentim, habitante de Penedo Gordo. Uma carrinha, carregada de melancias, apita pelas ruas. Em sentido contrário avista-se António Isabel, puxando um carrinho que improvisou e carregado de água. Recorda-se de Penedo Gordo bem diferente, de quando a agricultura tinha outra pujança e de quando eram os homens e as mulheres, à força dos braços, e não das máquinas, que cultivavam as terras em redor da aldeia. “Há quem ainda viva da terra, mas são poucos. A maioria do pessoal trabalha em Beja”, adianta. Em sua opinião, Penedo Gordo sofre do mesmo mal do resto do País e são “os jovens, poucos preparados para a situação, que vão passar um mau bocado”. E jovens, segundo os habitantes, “é o que não falta em Penedo Gordo”. “As zonas das vivendas novas são quase todas habitadas por gente nova”, afirmam. “Têm feito aí casas e escolhido a aldeia para viver”, afirma Joaquim Guerreiro, que também se junta à conversa. “Esperamos que seja possível fixar aqui a população. A maior parte das pessoas que vivem em Penedo Gordo, se calhar, já não são naturais daqui. Vieram. Compraram cá casa e por cá ficaram. As casas, por norma, são mais baratas aqui do que em Beja”, conclui. Os homens lamentam, contudo, que as festas do povo, as religiosas, “tenham perdido a força de outros tempos”. “Eram uns oito dias, agora há para aí uma coisa pouca”, avança Joaquim Guerreiro. “Cada um entretém-se como pode. Sempre há aí qualquer coisa na Casa do Povo”. As ruas, por altura da hora de almoço, vão-se despovoando. No café de Benvinda Correia ainda resistem alguns clientes e a dona de balcão afirma que “esta terra está igual a tantas outras, com a vantagem de ter muita gente a escolhê-la para viver”.
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Quantas pessoas habitam em Penedo Gordo? A população tem crescido?
O local de Penedo Gordo tem 1085 eleitores. Não nos é possível determinar concretamente o número de habitantes, visto que no Censos a Freguesia de Santiago Maior está num todo, mas no caso de Penedo Gordo não tem havido decréscimo de população, mas sim um ligeiro aumento. Quais são os principais problemas da terra?
Os principais problemas, tal como o que acontece em todo o País e interior, é a falta de emprego. A população de Penedo Gordo reivindica há alguns anos a construção de um lar/ /centro de dia para os idosos, mas os sucessivos governos têm rejeitado esta proposta, baseando-se nos rácios. Mas também temos muitas coisas boas em Penedo Gordo, nomeadamente ao nível de infraestruturas, sejam sociais, desportivas ou escolares. Penedo Gordo tem um bom leque de equipamentos, tais como creche, jardim de infância, escola primária, ATL, campo de futebol, posto de enfermagem, apoio domiciliário, caixa multibanco e espaços verdes e de lazer, tais como as Cavadas e o Tanque Velho. Penedo Gordo conta também com uma grande massa associativa, Casa do Povo, Caminheiros, BTT, Associação Cultural e Desportiva e Comissão de Festas, o que faz com que a atividade cultural neste local seja intensa e variada ao longo do ano. Infelizmente, por vezes, menor, visto os cortes que foram feitos ao movimento associativo, tanto pelo poder local (câmara municipal), como pelo poder central.
A quatro quilómetros das Ruínas de Pisões A quatro quilómetros de Penedo Gordo ficam as ruínas de Pisões. Pertencentes à villa romana de Pisões, de estilo helenístico, estas ruínas situam-se na Herdade da Almagrassa, e foram encontradas acidentalmente, em 1967, durante trabalhos agrícolas. Escavações arqueológicas e estudos efetuados nas ruínas, que até ao momento se encontram parcialmente escavadas, confirmam que a villa terá sido ocupada entre os séculos I e IV d.C. Seria uma habitação com mais de 40 divisões com compartimentos essencialmente caracterizados pela sua riqueza decorativa. Tanques, piscina e termas de apreciáveis dimensões, existiriam igualmente nesta propriedade. Existem ainda, entre outros aspetos, um conjunto assinalável de mosaicos.
O facto de pertencer a uma freguesia urbana acaba por trazer vantagens à população, como é o caso do serviço de Urbanas?
Nós pensamos que sim. Ao nível dos transportes, tem vantagem em relação às restantes aldeias do concelho. Existem projetos previstos para Penedo Gordo?
Neste mandato tínhamos projetos para Penedo Gordo, que apresentámos à câmara municipal, tais como a colocação de um pavimento betuminoso novo na rua José Joaquim Fernandes, assim como a ligação do passeio pedonal dessa mesma rua até às Cavadas, mas infelizmente o executivo camarário nada fez e, inclusive, ao terminar com os protocolos de investimento, tornou para nós (junta de freguesia) impossível realizar algumas destas obras. Mas acreditamos que Penedo Gordo é um óptimo local para se viver, e que irá continuar a contar sempre com a junta de freguesia para ajudar a solucionar e minimizar as necessidades da população. O executivo da Junta de Freguesia de Santiago Maior
Lenda da Fonte das Cavadas A Fonte das Cavadas é um dos símbolos de Penedo Gordo. Há anos que dá água aos habitantes e a todos os forasteiros. Foi mandada construir por Luís Filipe Fernandes em 1876. Conta a lenda, porém que “há muitos anos havia naqueles terrenos um touro e uma serpente, que tentavam delimitar o seu terreno para se sustentarem”. Travaram, segundo reza a lenda, uma batalha, mas apareceu uma fada que disse: “Vocês que lutam por causa da água serão transformados em fonte. Tu, touro, transformar-te-ás na bica mais fina que correrá para sempre. No inverno a água será quente e no verão fresca. Ficareis sempre separados e sempre misturados e rompereis uma ribeira ‘Cavadas’ que matará a sede dos campos e dos que por aqui passarem”.
06 Diário do Alentejo 19 julho 2013
A cerca de dois meses e meio das Autárquicas 2013, o “Diário do Alentejo” mostra nesta edição os candidatos que, até esta data, se perfilham em cada concelho para disputar as eleições. Desde janeiro a esta parte entrevistámos os líderes distritais dos partidos, os atuais 18 presidentes de câmara do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e os candidatos à capital do distrito. A partir da próxima edição faremos uma ronda por todos os candidatos oficiais às diferentes autarquias da região. PB
INFOGRAFIA DE JOSÉ SERRANO
Autárquicas2013 Legenda
?
Eleições Autárquicas 2013 - Candidatos
Candidato ainda não apresentado Candidato sem fotografia disponível
Alcácer do Sal
Aljustrel
Aljustrel
Almodôvar
Alvito
Barrancos
Beja
Castro Verde
Cuba
Ferreira do Alentejo
PSD/CDS-PP
PS
CDU
a presidente de câmara PSD(* listas próprias) CDS(** listas próprias)
Vítor Proença
Torres Couto
Pedro Goucha *
António Mendes
Ricardo Campaniço
Manuel Camacho
Nelson Brito
António Batista
Miguel Bento
Jorge Rosa
Herlânder Mira
Joaquim Paulino
António Bota
Ricardo Colaço *
Santiago Macias
Canudo Sena
Carlos Valente
António Valério
Natália Caeiro
Manuel Barroso
Manuel Cruz
José Guerreiro
António Tereno
Fernando Durão
António Colaço
Pedro Carmo
Sérgio Marçal
João Rocha
Pulido Valente
João P. Caeiro
Álvaro Beijinha
Nuno Oliveira
Francisco Duarte
António José Brito
Tomé Pires
Noel Farinho
João Português
Ana Soudo
Helder Guerreiro
Nuno Mascarenhas
?
Aníbal Costa
Jorge Santos
Manuel Narra
José Almeida
José Maldonado
*
?
BE Independentes(i) Pedro Paredes (i)
**
?
António Candeias (i)
**
?
(i)
Aníbal Cordeiro (i)
?
Mértola
Constantino João Piçarra Palma(i)
Moura
José Silva
Paulo Gamito *
Grândola
Odemira
Ourique
Lopes Guerreiro (i) Santiago do Cacém
**
?
Mário Lopes
José Madeira *
**
?
Guida Ascensão
Serpa
Vasco Almeida
*
?
**
?
Marisa Santos (i)
Sines
Vidigueira
Bisca Lambida
Sem influência recíproca
A melhor opção
Subversão do sistema
Entre o mau e o péssimo
João Espinho
João Machado
Sérgio Fernandes
Luís Miguel Ricardo
Q
uando esta questão foi colocada, ainda Cavaco Silva não tinha anunciado ao País que as coisas estão bem assim e que por muitas voltas que andem por aí a dar, eleições antecipadas só lá para o verão de 2014. Uma coisa que deve ter irritado os apaniguados de António Seguro e outros dirigentes e militantes da esquerda radical. A rapaziada estava entusiasmada com a antecipação das Legislativas e a cereja seria fazer coincidir os dois atos eleitorais (Legislativas e Autárquicas) num só dia. Pensam eles que a previsível derrota do PSD nas Autárquicas arrastará o partido para uma desgraça nas Legislativas. Ou o contrário; o que interessava é que, num mesmo dia, se matasse e esfolasse o PSD. Porém, o PR, que de ingénuo nada tem, trocou as voltas aos socialistas e à esquerda radical, deixando os fazedores de opinião que normalmente alinham com as oposições com os cabelos em pé e cheios de raiva. Passada a poeira inicial, e à medida que vão surgindo sondagens, o ímpeto de querer antecipar para setembro as Legislativas vai esmorecendo e há já quem agradeça a Cavaco a “artimanha” de adiar aquilo que se julgava inadiável. É que não é seguro que o PS ganhe com grande folga as eleições Legislativas. Com o passar do tempo é até possível que a dita vitória seja só uma miragem. E os socialistas sabem disso. Retomando a questão inicial: julgo que eleições em simultâneo, numa democracia madura e consolidada, não terão influência recíproca. Os eleitores sabem muito bem em ainda melhor aquilo que querem. E sabem aquilo que não querem.
A
hipótese de existirem eleições para a Assembleia da República e Autárquicas na mesma data, seria a melhor opção para o cenário político português, clarificando posições e permitindo o início de um novo ciclo na vida politica. Aliado a tudo isto e em função do contexto económico e financeiro, esta opção seria a mais barata pois os custos da realização seriam mais reduzidos e o erário público não veria sair dos seus cofres mais uns milhões de euros para a sua organização. É fundamental clarificar o cenário político com a maior urgência, pois vivemos num clima de incerteza e em que se percebe que este governo já não representa a maioria dos eleitores deste país. Se muitos daqueles que votaram no PSD e CDS já contestam este governo, e veja-se as opiniões de Manuela Ferreira Leite, Rui Rio, Paulo Rangel, Pires de Lima e tantos outros, facilmente percebe-se que este governo deixou de ter legitimidade para governar. Neste cenário político em que Cavaco Silva assumiu o papel de protagonista mais recente, é difícil perceber qual vai ser o desfecho para esta enorme telenovela. Não estou a prever nada de bom. Veremos as cenas dos próximos capítulos.
É
minha convicção que a proximidade entre eleitores e eleitos se apresenta como fator distintivo das eleições Autárquicas face às demais. Razão pela qual, em tese, são menos premiáveis a um sentido de voto determinado por uma lógica nacional, sobretudo nas autarquias de menor dimensão. Por outro lado, pese embora o precedente aberto pela demissão de António Guterres na sequência dos descalabro eleitoral do PS nas Autárquicas de 2001, a extrapolação para uma leitura nacional dos resultados de 308 eleições locais não pode deixar de ser entendida como uma subversão do nosso sistema político. Ainda assim, somos hoje confrontados com a evidência do falhanço de um programa de ajustamento que se pretendia feito um terço pelo lado da receita e dois terços do lado da despesa e que na verdade está a ser feito 100 por cento do lado dos sacrifícios e zero do lado dos resultados. Nestas circunstâncias, é expectável que o resultado das próximas eleições Autárquicas seja, também, a expressão de um profundo desejo de mudança por parte dos portugueses. Mais do que a possível simultaneidade dos dois atos eleitorais, é a situação do País que o determina. Em conclusão, sendo evidente que a possibilidade de realização de eleições Legislativas antecipadas incomoda tanta gente, não me é difícil imaginar que a hipótese destas ocorrerem em simultâneo com as Autárquicas de 29 de setembro incomode muitos mais… Jogo, para pontuar, a dama de copas.
A
07 Diário do Alentejo 19 julho 2013
A possibilidade de acontecerem eleições para a Assembleia da República em simultâneo com as Autárquicas pode influenciar o sentido de voto a nível local?
política portuguesa vive um dos momentos mais negros da sua história. A liderança governamental atual, sem competências nem vontade para negociar com as entidades credoras internacionais, tem arrastado o País e os portugueses para a miséria social e intelectual. Não é positivo ter eleições antecipadas, mas também não nos augura nada de bom continuarmos com esta liderança do “faz de conta”, onde os arrufos, os amuos e as birras entre os governantes da coligação se sucedem a um ritmo inédito. Entre o mau e o péssimo, que venha o mau. E o mau são as ditas Legislativas antecipadas. A possibilidade de acontecerem em simultâneo com as Autárquicas pode ser positivo na perspetiva económica e de celeridade processual. Contudo, parece-me muito “folclore” em simultâneo. Excesso de propaganda, de promessas, de ideias, de críticas, de candidatos. Sai claramente a perder “o esclarecimento” e, por arrasto, o voto consciente de muitos portugueses. A nível regional, e tendo em conta as características da população do Alentejo (envelhecida e com elevado grau de analfabetismo), a versão “dois em um” pode influenciar o sentido de voto. As candidaturas afetas aos partidos do Governo poderão ser as principais prejudicadas, arcando com as consequências de uma governação altamente impopular do atual executivo. Também as candidaturas independentes, que apostam essencialmente no voto esclarecido, podem sair lesadas. Para bem da transparência política, os dois atos eleitorais, a acontecerem, não devem ser em simultâneo.
Recandidatura de Nelson Brito apresenta-se hoje em Aljustrel
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Atual
Nelson Brito, atual presidente da Câmara de Aljustrel, eleito pelo PS, volta a candidatar-se ao cargo e faz a apresentação pública da sua lista hoje à noite, pelas 21 horas, num jantar que terá lugar no Parque de Exposições e Feiras da localidade. Sob o lema “Continuar a trabalhar pela nossa terra”, a candidatura socialista propõe novamente Francisco Correia Mestre como cabeça de lista para a Assembleia Municipal de Aljustrel, que será apresentado na mesma iniciativa. “Consolidar, aprofundar e inovar, dando continuidade ao bom trabalho desenvolvido pelos eleitos do PS em Aljustrel” são os objetivos que a candidatura se propõe pôr em prática nos próximos quatro anos.
PSD/CDS-PP escolhe Herlander Mira para cabeça de lista em Mértola Herlander Mira, professor de 42 anos, é o cabeça de lista da candidatura PSD/CDS-PP à Câmara Municipal de Mértola, anunciou esta semana a distrital de Beja do PSD. Com especialização em Necessidades Educativas Especiais, o candidato da coligação é professor de Matemática e Ciências, desempenhando
atualmente as funções de chefe de equipa multidisciplinar da Direção de Serviços Região Alentejo da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares. “Sempre ligado à educação, Herlander Mira é um profundo conhecedor do território e garante que assumiu esta candidatura com sentido de missão e responsabilidade de militância”, explica a estrutura distrital.
Orçamento Participativo de Odemira
17 propostas para 500 mil euros A população do concelho alentejano de Odemira apresentou 17 propostas para investir os 500 mil euros disponibilizados pelo município no âmbito do orçamento participativo, que serão submetidas a votação em outubro, após validação técnica.
A
s propostas serão analisadas por uma comissão e, até ao final de setembro, será divulgada a lista definitiva para votação, que poderá deixar de fora alguns dos investimentos sugeridos, explicou à Lusa Ricardo Cardoso, vereador da Câmara de Odemira responsável pelo projeto. PUB
Só são aceites propostas cujo custo global não exceda 200 mil euros e que se enquadrem nas competências do município, entre outros requisitos, indicou o autarca. A primeira edição da iniciativa teve lugar em 2011, tendo sido escolhidos quatro projetos, de um total de 27, que foram inscritos no orçamento municipal do ano seguinte. A obra mais votada, que consiste em melhoramentos no campo de futebol de Santa Clara-a-Velha, orçados em pouco mais de 100 mil euros, “está a decorrer”, referiu Ricardo Cardoso. Outras duas, nas localidades de Cavaleiro
e Algoceira, “estão praticamente concluídas”, estando “mais demorada” a construção de um jardim público e parque infantil em São Teotónio, que irá custar cerca de 200 mil euros. As três propostas vencedoras em 2012, entre as quais a instalação de oito unidades de microgeração de energia elétrica nos edifícios públicos das freguesias de São Luís e Relíquias (180 mil euros), estão ainda em fase de projeto. Em 2013, “as preocupações das pessoas mantêm-se”, apontou o autarca, sendo que a maioria dos projetos apresentados visa a criação ou requalificação de espaços e
equipamentos de lazer e desportivos. Tal como na fase de entrega de propostas, pode participar na votação, que decorre em outubro, qualquer cidadão com mais de 16 anos, residente, trabalhador ou estudante no concelho de Odemira. Os votos são recolhidos no sítio na Internet do orçamento participativo, na sede do município ou na mesa de voto que irá percorrer as freguesias. No ano passado, votaram nas 22 propostas disponíveis cerca de 3 500 pessoas, o que representa um “crescimento exponencial” em relação a 2011, salientou Ricardo Cardoso.
Apresentação CDU em Castro
UHF com a CDU em Aljustrel
As listas da CDU aos órgãos autárquicos do concelho Castro Verde foram aprovadas em plenário, “por consenso e aclamação”, na última sexta-feira, dia 12, registando-se um total de 102 elementos, dos quais 34 surgem pela primeira vez nas listas da coligação. O que, evidencia a comissão coordenadora da CDU, local, “corresponde a um índice de renovação de 33, 3 por cento”. No plenário, foram igualmente divulgadas as próximas apresentações públicas de candidaturas da CDU no concelho. A próxima terá lugar já hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, na praça da República, em Castro Verde.
Está agendada para as 21 e 30 horas de hoje, sexta-feira, na praça da Resistência, a sessão de apresentação dos candidatos da CDU aos órgãos autárquicos do concelho de Aljustrel, uma equipa cujo rosto mais visível é Manuel Camacho, cabeça de lista à câmara municipal. Participa no evento, com animação musical a cargo de António Manuel Ribeiro (UHF), Paulo Ribeiro e banda 4.ª Série, Armindo Miranda, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
Candidatos CDU a Mértola Os candidatos efetivos que se seguem ao cabeça de lista, Miguel Bento, à Câmara Municipal de Mértola são Madalena Marques, chefe de serviços administrativos, Maria José Henriques, advogada, Luís Morais Costa, empresário, e Manuela Silva, professora. Por seu turno, Isabel Valente, médica neurologista, é a aposta da CDU para liderar a lista à Assembleia Municipal de Mértola.
Rocha nas freguesias rurais Os candidatos da CDU à Câmara Municipal de Beja marcaram presença, no último fim de semana, em três grandes eventos nas freguesias rurais do concelho. Concretamente, em Santa Clara do Louredo (Boavista), na Meia Semana Animus Jovem; em Baleizão, na Festa da Juventude; e em Albernoa, onde foi lançado o primeiro CD do grupo coral feminino As Douradas Espigas.
PS quer Feira de Santiago A candidatura do PS à Câmara de Vidigueira, liderada por José Miguel Almeida, realizou no sábado, dia 13, uma ação simbólica para “tornar público o compromisso de retomar a organização da tradicional Feira de Santiago, em julho de 2014”. A ação realizou-se no segundo fim de semana de julho, precisamente a data em que sempre teve lugar o tradicional certame.
PS defende Casével A freguesia de Casével, que desaparece no quadro da lei da reorganização das freguesias, “vai continuar”, defendeu recentemente a candidatura socialista a Castro Verde nas próximas autárquicas, liderada por António José Brito. “Aquela vila do nosso concelho manterá no futuro todos os serviços, competências e capacidade política”, referiu o candidato numa nota em que dá conta que José Carlos Brito vai ser o segundo nome da candidatura do PS à União das Freguesias de Castro Verde/ Casével, depois de António José Paulino.
A Coordenadora Concelhia de Moura da CDU já concluiu a formação das listas de candidatos a todos os órgãos do município e das freguesias, anunciando que nos próximos dias vão realizar-se novas apresentações de candidatos: em Sobral da Adiça (ontem), em Santo Amador (hoje, sexta-feira, pelas 20 e 30 horas) e na Estrela (domingo, 21, pelas 12 e 30 horas). A apresentação pública de candidatos – para a câmara municipal, para a assembleia municipal
CDU inaugura iniciativa “Ouvir Sobre…” A Coordenadora Concelhia de Beja da CDU promoveu na quarta-feira, dia 17, a primeira de três edições da iniciativa “Ouvir Sobre…”, dedicada à temática da cultura e do património. Estão, entretanto, já agendadas outras edições para recolha de contributos nos setores do desporto e do desenvolvimento económico e social. “Depois de
e para as assembleias de freguesia – tem prosseguido nas últimas semanas em Moura, Amareleja, Póvoa de São Miguel, Santo Aleixo da Restauração e Safara, informa a coordenadora, anunciando que o próximo passo consiste em “intensificar a campanha de esclarecimento eleitoral: dialogando com as pessoas, ouvindo as suas críticas e sugestões; procedendo ao balanço da obra levada a cabo nos últimos anos; apresentando propostas para o próximo mandato”.
escutar individualmente mais de uma centena de associações, coletividades, empresas e outras entidades do concelho, a CDU pretende agora intensificar a participação dos cidadãos, abrindo um espaço para a reflexão coletiva onde todos poderão apresentar os seus contributos para a construção do Compromisso Eleitoral da Coligação, a submeter às eleições autárquicas de setembro”, explica a estrutura.
Tribunal dá provimento a providência cautelar da Câmara de Ferreira do Alentejo
Deputado João Ramos questiona o Governo sobre o concelho de Mértola
Estado obrigado a “desmantelar” autoestrada O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja deu provimento à providência cautelar que a autarquia de Ferreira do Alentejo interpôs contra o Estado, em abril último, no sentido de “serem tomadas medidas urgentes relativamente ao abandono das obras de construção da A26/IP8”. A ação foi aceite em toda a sua amplitude, pelo que o Estado, através da Estradas de Portugal, está agora obrigado a acatar “de imediato” a execução das 22 medidas constantes do documento apresentado pela autarquia alentejana.
A
sentença a que o “Diário do Alentejo” teve acesso, julga “totalmente procedente” o pedido do município de Ferreira do Alentejo, e condena a Estradas de Portugal, o Ministério da Economia e Emprego, o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, e a SPER, SA, na pessoa dos seus responsáveis máximos – presidentes dos conselhos de administração e ministros titulares das respetivas pastas –, ao “pagamento de sanção pecuniária compulsória, cujo montante diário, fixo em nove por cento do salário nacional mais elevado em vigor”, até ao dia em que seja feita prova de que foi dado cumprimento integral ao decidido. A Câmara liderada por Aníbal Costa apresentou 22 medidas cautelares que vão desde “a ampla divulgação junto das populações locais sobre os riscos de acesso às
zonas de obras, particularizando os pontos de maior perigo”, ao “desmantelamento dos estaleiros e apoios de obra ainda subsistentes”. O Estado português e as empresas sobre quem incide a sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, ficam ainda obrigados “à elaboração e execução do projeto de reintegração paisagística; à compactação e drenagem e revestimento dos aterros, afim de se evitarem fenómenos erosivos”; bem como à “estabilização de taludes, evitando possíveis situações de rutura”. Entre algumas obrigações de menor vulto, como a remoção de todos os resíduos da obra, o Tribunal obriga ainda à “demolição das obras de arte e outras estruturas inúteis, em particular aquelas que possam ser de acesso mais facilitado pelas populações (viadutos, pontes, pontões, muros)
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Listas da CDU de Moura já estão concluídas
eliminando impactos ambientais negativos na paisagem circundante”. O ambiente também não foi esquecido pela autarquia que exigiu a garantia de passagem da fauna autóctone ao longo de toda da extensão da infraestrutura, e a reposição das linhas de água pré-existentes. O restabelecimento de todas as estradas e caminhos entretanto cortados e a garantia de acesso e circulação nos terrenos agrícolas são outras das exigências incluídas na providência cautelar. Junto a Figueira de Cavaleiros, o caminho municipal 1025 também deve ser objeto de obras de beneficiação. O “Diário do Alentejo” contactou o gabinete de imprensa da Estradas de Portugal, mas à hora de fecho desta edição ainda não tínhamos recebido qualquer reação por parte da empresa à decisão do Tribunal. Obras nas estradas Entretanto, a Estradas de Portugal divulgou esta semana que, ao abrigo do Plano de Recuperação de um Inverno Rigoroso (PRIR), lançou empreitadas com um valor global de 15,5 milhões, a nível nacional. No distrito de Beja serão alvo de intervenções de requalificação e conservação apenas 15 quilómetros, num valor estimado de 1,2 milhões de euros. Concretamente, serão gastos 740 mil euros na recuperação do IC1, entre os quilómetros 645 e 654; e a EN260, entre A-do-Pinto e Vila Nova de S. Bento, entre os quilómetros 41 e 47. AF
O deputado do Partido Comunista Português, João Ramos, eleito por Beja, questionou o Governo na última sexta-feira, dia 5, a propósito de vários assuntos respeitantes ao concelho de Mértola. Uma das questões enviadas, e dirigida ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social, denuncia o facto de a Santa Casa da Misericórdia local estar a ser “penalizada” por intervir num território de baixa densidade populacional. Recorde-se que o concelho é um dos mais extensos do País (1279 quilómetros quadrados), sendo que o seus 7200 habitantes estão distribuídos por cerca de 100 aglomerados. É neste contexto geográfico e demográfico que a Misericórdia presta apoio, nomeadamente domiciliário, a cerca de 220 utentes, o que implica percorrer mais de mil quilómetros diariamente. No entanto, os apoios financeiros da segurança social, ao abrigo dos acordos de cooperação, “são feitos com base em valor fixo e que não tem em conta as especificidades territoriais da área de intervenção das instituições”, sendo iguais para uma instituição que preste apoio social numa cidade ou num “território altamente disperso”, como é o caso. “Seria, portanto, da mais elementar justiça que o critério dispersão territorial pudesse ser tido em conta no cálculo dos valores a transferir ao âmbito dos acordos de cooperação”, defende o deputado, que questionou igualmente o Governo acerca da revisão do plano de ordenamento do Parque Natural do Vale do Guadiana, e da existência de um plano de reabilitação do passivo ambiental da Mina de São Domingos.
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Diário do Alentejo n.º 1630 de 19/07/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA
AVISO
Tomé Alexandre Martins Pires, Presidente da Câmara Municipal de Serpa, torna público nos termos e para os efeitos do n.º 3 do artigo 77.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 181/2009, de 7 de Agosto, que em cumprimento da deliberação, por unanimidade, do órgão executivo tomada na reunião realizada no dia 12 de Junho de 2013, foi determinado proceder à abertura do período de discussão pública da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Serpa. O período de discussão pública é de 30 dias úteis, decorridos que sejam 5 dias úteis, a contar da data de publicação do presente aviso no Diário da República. A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal de Serpa, acompanhada do relatório ambiental, os pareceres da comissão de acompanhamento e a ata da conferência de serviços, os demais pareceres e os resultados de concertação, encontra-se disponível para consulta nas instalações da Câmara Municipal (Sector de Atendimento ao Público), sita na Praça da República, todos os dias úteis, durante o horário normal de expediente (09h às 16h30). As reclamações, observações ou sugestões a apresentar deverão ser formuladas por escrito podendo estas ser enviadas por carta registada com aviso de receção para a Praça da República, 7830 – 389 Serpa, ou aí entregues pessoalmente, bem como remetidas através do email geral@cm-serpa.pt. Para conhecimento geral se publicita o presente aviso no Diário da República bem como nos locais públicos do costume. Serpa, aos 8 de Julho de 2013. O Presidente da Câmara, Tomé Alexandre Martins Pires
Prisão de Beja com novo diretor a partir de agosto
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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José Luís Pereira vai dirigir o Estabelecimento Prisional de Beja nos próximos três anos, depois de ter sido nomeado no final do mês de junho pela ministra da Justiça. O despacho de Paula Teixeira da Cruz que designa os diretores das cadeias portugueses por um período de três anos foi publicado em “Diário da República” na terça-feira, 16, e uma fonte ligada à Direção Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais
EMAS prossegue remodelação do seu parque operacional A Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) de Beja continua a requalificação do seu parque operacional, iniciando em breve a segunda fase depois dos trabalhos já concluídos ao nível
Workshop de agricultura de precisão
melhoramento significativo no que toca à gestão dos stocks de inertes, garantida através da criação de uma zona específica para o efeito”. O investimento para a remodelação, a realizar por empreitada, e nesta altura em fase de análise de propostas, rondará os 110 mil euros.
FRANCISCO SILVA CARVALHO
IPBeja promove
das limpezas e movimentação de terras. Destacam-se desta nova fase, informa a empresa, “as vantagens associadas a uma melhor organização operacional dos meios móveis proporcionada pela nova estrutura que inclui a pavimentação de todas as zonas de circulação e o
citada pela Agência Lusa identifica várias mudanças na estrutura diretiva das prisões. No caso do Estabelecimento Prisional (EP) de Beja, a partir do dia 1 de agosto o novo diretor vai ser José Luís Pereira, nascido há 50 anos em Melides, no concelho de Grândola. Licenciado em Direito pela Universidade Moderna em 1999, José Luís Pereira é atualmente chefe do Corpo da Guarda Prisional.
O
Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), em parceria com o Instituto Superior da Maia e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, promove, ao longo do dia de hoje, sexta-feira, o 1.º Workshop de Agricultura de Precisão “Potencial, perspetivas, parcerias: desafios para a região”. Vito Carioca, presidente do estabelecimento de ensino bejense, conduzirá a sessão de abertura, dando arranque a um dia de comunicações que pretendem abordar “temas associados ao enorme desenvolvimento tecnológico a que assistimos na última década, nas áreas das tecnologias de informação e comunicação, dos sistemas de posicionamento geográfico, das imagens por satélite e dos dispositivos sensores”. Ferramentas que, ao serviço das atividades agrícolas, permitem “a otimização de processos, a melhoria da capacidade de intervenção no terreno e uma previsão de produção mais precisa”.
Encontro Europeu Iter Vitis decorreu no Alentejo
Vinho de Vidigueira nas bocas do mundo
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O Encontro Europeu Iter Vitis assentou arraiais em Vidigueira, que, recorde-se, é a “Cidade do Vinho 2013”. Foram muitos os visitantes que acorreram ao local e a autarquia assumiu o encontro como mais uma oportunidade para captar investimentos e para promover o concelho e os seus produtos de referência.
V
idigueira esteve em festa durante o fim de semana passado. No âmbito da iniciativa “Vidigueira Cidade do Vinho 2013”, o concelho recebeu o Encontro Europeu Iter Vitis, que incluiu espaços de degustação e venda de vinhos de produtores do concelho e de outras regiões do País e da Europa. Segundo a Câmara Municipal de Vidigueira, “o Encontro Europeu Iter Vitis foi, sem dúvida, uma oportunidade para captar investimento externo, com vista ao aumento das exportações, ou da criação de novas empresas”. Promover os vinhos de Vidigueira na Europa foi outra das grandes apostas, até porque a região de Vidigueira está particularmente ligada à cultura da vinha e à produção de vinho desde os tempos mais remotos, tendo a presença romana deixado técnicas que ainda hoje são usadas para produzir o aclamado néctar. “Os vinhos de Vidigueira têm uma qualidade elevada e características
muito interessantes e devem ser dados a conhecer a novos nichos de mercado. Este tipo de iniciativas permitem-nos chegar a novos públicos. Este encontro foi um palco de excelência para mostrar os nossos vinhos e o trabalho desenvolvido pelos produtores desta região”, adiantou Manuel Narra, presidente da Câmara Municipal de Vidigueira. Um dos pontos altos, porém, foi a apresentação do Itinerário Cultural da Vinha de São Cucufate, que foi criado pela Câmara Municipal de Vidigueira, com o objetivo de promover o património do concelho associado à cultura da vinha e à produção de vinho. Desenvolver o enoturismo e atrair cada vez mais turistas ao concelho é a pretensão da autarquia. O itinerário, que parte das ruínas de São Cucufate, símbolo emblemático do concelho, desvenda vários mistérios de Vidigueira e associa várias áreas de interesse, desde a cultura à gastronomia. O itinerário, segundo a Câmara de Vidigueira, “inclui várias propostas de programas de atividades, que pretende ir ao encontro dos interesses dos visitantes”, que podem participar, por exemplo, “nas vindimas, em passeios pedestres, em oficinas de iniciação à prova de vinhos, em visitas guiadas a monumentos, entre tantas outras propostas”. “Devemos apostar em todas as nossas potencialidades e é isso que estamos a fazer. Temos produtos de
excelência e um património cultural riquíssimo”, defendeu Manuel Narra. E acrescentou: “Foi um grande evento, que superou as nossas melhores expetativas, e que dignificou o nome de Vidigueira, dentro e fora das fronteiras da região”. A restauração, aliada à melhor gastronomia regional, também não foi esquecida durante o encontro e foram muitos os que percorreram o recinto das Piscinas Municipais, espaço onde decorreu o evento, e outros locais de interesse do concelho. Em destaque esteve ainda o programa musical, as performances de teatro e outras manifestações culturais. Recorde-se que, durante o evento, Vidigueira recebeu ainda a eleição da Rainha das Vindimas de Portugal, tendo sido eleita Sofia Cartaxo, de 23 anos, representante do município de Vidigueira. “Vidigueira Cidade do Vinho 2013” está, segundo o autarca, “a ser um sucesso” e a trazer novas “oportunidades para o concelho”. “Iremos marcar presença em vários certames e feiras nacionais e internacionais, dando a conhecer os nossos vinhos e os nossos produtos”, adiantou ainda o presidente da Câmara de Vidigueira. A festa da vinha prossegue no concelho e são muitas as iniciativas que se encontram ainda agendadas, nomeadamente ligadas à vindima, ao São Martinho, às festas báquicas, entre tantas outras.
Freguesia de Casével erige escultura contra extinção “
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e forma a materializar a tomada de posição contra a já decidida extinção/agregação da freguesia de Casével”, a junta de freguesia local vai inaugurar amanhã, sábado, pelas 17 horas, vel: Um uma peça de arte pública sob o lema “Casével: território, uma história, uma identidade”. A peça, da ro Silva, autoria dos arquitetos Helena Passos e Pedro vai ser apresentada ao público justamente na data em que se cumprem os 37 anos da constitui-ção da primeira Comissão Administrativa daa
Democracia. Situa-se na rua de Castro Verde, junto ao lavadouro da aldeia, e inspira-se “na forma e no ritmo,
no perfil de uma seara ondulante, referência à imagem dos campos da planície que envolve Casével”. Em simultâneo, será apresentada uma publicação onde “se eternizam os nomes dos homens e mulheres que integraram os vários executivos da Junta de Freguesia de Casével, desde 1974 até aos dias de hoje”, informa a Câmara de Castro Verde, que tem contestado a extinção das freguesias de Casével e de Castro Verde e a sua agregação numa só.
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Fanzine bejense distinguido pelos Troféus Central Comics, no Porto
Vídeo promocional
“Venham + 5” é a publicação independente de BD da década
Cabeça Gorda “convida”
Não é do ano, é dos últimos 10. O fanzine “Venham+5” foi um dos “heróis da década” distinguidos no último fim de semana, no âmbito da 11.ª edição dos Troféus Central Comics. Um galardão que reconhece o impulso que a publicação bejense tem dado à BD nacional, nomeadamente com a publicação da mais extensa edição coletiva da história da nona arte em Portugal.
O
fanzine de banda desenhada “Venham + 5”, publicado pela Bedeteca de Beja, ganhou no passado fim de semana o troféu para Melhor Publicação Independente da Década, atribuído pelos Troféus Central Comics (TCC), no Porto. O troféu distingue a publicação bejense “pelo impulso que tem dado à banda desenhada no nosso país, ao publicar dezenas de autores desconhecidos em início de percurso, entre nomes consagrados, portugueses e estrangeiros”. E salienta ainda o facto inédito de ter sido o “Venham + 5” a realizar “a mais extensa edição coletiva da história da banda desenhada nacional”, mais concretamente o seu n.º 5, de
2008, que totalizou 224 páginas. Uma distinção que, refere Paulo Monteiro, diretor da Bedeteca de Beja e autor de BD premiado, “cabe a todos os autores que têm passado pelas páginas do fanzine, e em particular aos autores de Beja e do Coletivo Toupeira, afinal o ‘núcleo duro’ da publicação”. O “Venham + 5” arrecadou, até à
“
A
data, uma dezena de prémios nacionais e várias nomeações, o que faz dele “a publicação mais premiada de sempre na história da banda desenhada portuguesa”, conclui, orgulhoso, Paulo Monteiro. No sítio eletrónico dos TCC, pode ler-se que “chegado à comunidade em 2005, o fanzine ‘Venham +5’, da Bedeteca de Beja, coordenado pelo diretor Paulo Monteiro, é dos vencedores mais frequentes no TCC e recebe o troféu de Melhor Publicação Independente da Década por ser a mais conseguida antologia de BD em memória recente”. O autor do texto, Hugo Jesus, refere ainda que “embora haja outros merecedores, nenhum candidato iguala o ‘Venham +5’ em distinções, qualidade de edição e optação de conteúdo, ou mesmo em projeção, realizando tiragens de volume e com distribuição que abrange a maioria do País (e arredores)”. Também, conclui, “nas ecléticas páginas desta antologia já passaram centenas de autores, tanto nacionais como doutros cantos do mundo, e continuam a ser ali apresentados ilustres desconhecidos que vêm reforçar as trincheiras portuguesas da BD”.
Cabeça Gorda convida” é o título de um vídeo promocional divulgado na segunda-feira pela junta de freguesia local e desenvolvido no último mês de maio em parceria com várias entidades da terra. A saber: Clube Recreativo e Desportivo da Cabeça Gorda (Ferrobico), secção de BTT do Ferrobico, Grupo Coral da Cabeça Gorda, Paróquia da Cabeça Gorda, Grupo Demónios sobre Rodas e grupo 234 de Beja da AEP. O filme coloca em destaque o facto de Cabeça Gorda, situada a apenas 12 quilómetros da capital de distrito, ser “uma das freguesias mais jovens do concelho de Beja”, distinguindo-se também “pelo seu dinamismo e por soluções que têm promovido localmente novas políticas de desenvolvimento que valorizam os recursos locais e a diversificação das atividades rurais”. Em nota de imprensa, o presidente da junta de freguesia, Álvaro Nobre, explica que, neste contexto, o turismo surge como “um setor chave para a reabilitação económica do território”, assente em recursos como a cultura, o artesanato, a gastronomia, o alojamento, o património material e imaterial. “Desfrute de um local que convida à comunhão com a natureza, na nossa mata de 320 hectares, maioritariamente de montado, e conheça os nossos percursos pedestres, passeios equestres, birdwatching, observação de veados, passeios de BTT e de mota, e muito mais... Na sua visita à Cabeça Gorda, encontrará uma nova realidade rural, mas onde as tradições e as pessoas são parte integrante do que irá experienciar”, é o apelo que é feito através das imagens.
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Projeto ST-E5G de portas abertas em São Teotónio
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Estão de portas abertas desde segunda-feira, 15, e até domingo, 21, os 110 projetos financiados e acompanhados pelo Programa Escolhas, entre eles o projeto ST-E5G, de São Teotónio, Odemira, promovido pela cooperativa Taipa. O intuito é que se dê a conhecer o trabalho que se está a “desenvolver em contextos mais vulneráveis, com crianças e jovens e
Mértola promove ocupação para jovens e desempregados A Câmara de Mértola promove dois programas de ocupação destinados a jovens e desempregados de longa duração, com o objetivo de “integrar os jovens do concelho em contexto laboral e de permitir o acesso dos mais velhos ao mercado de trabalho”.
seus familiares, tendo em vista o reforço da igualdade de oportunidades e a coesão social”. Um filme, uma sessão de esclarecimento, uma aula de quizomba e um desfile de moda preencheram a programação até ao momento, seguindo-se, para encerrar, no domingo, o jogo Kit Sem Fronteiras e uma mostra de dança tradicional búlgara e de dança oriental.
O primeiro tem como destinatários desempregados à procura do primeiro emprego ou pessoas no desemprego há mais de seis meses, com idades entre os 18 e 30 anos e residentes no concelho há mais de dois anos. Os jovens selecionados irão desempenhar funções em diversas áreas do município, sempre supervisionados
por um orientador. Por seu turno, o programa para desempregados de longa duração destina-se a desempregados inscritos no centro de emprego há mais de 12 meses, residentes no concelho de Mértola, há mais de dois anos, e com idades entre os 31 e 65 anos. O prazo de inscrições termina hoje, sexta-feira.
23.ª edição começa hoje em São Teotónio, Odemira
Mónica Ferraz, Os Azeitonas e Emanuel são os cabeças de cartaz desta feira que se propõe ser uma montra do concelho de Odemira ao longo de três dias e que este ano escolhe como temática central a “Água”.
JOSÉ FERROLHO
Pecuária, turismo e animação são pontos fortes de mais uma Faceco
A
bre hoje as portas em São Teotónio, a 23.ª edição da Faceco – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, certame que se prolonga até domingo, 21, sob o signo da “Água” e mais uma vez com o propósito de “promover o tecido económico e cultural, proporcionando o desenvolvimento local e regional e divulgando e aumentado a notoriedade das atividades económicas do concelho”. “O setor pecuário e o turismo e um intenso programa de animação serão os pontos fortes” da programação, adianta a Câmara Municipal de Odemira, que promove o evento em parceria com a Junta de Freguesia de São Teotónio e o patrocínio da Cerveja Sagres. Em declarações ao “Diário do Alentejo”, o presidente da autarquia, José Alberto Guerreiro, admite ter “boas expetativas” em relação a esta 23.ª edição, atendendo a que o recinto está “composto, ou seja, repleto de expositores, numa época em que se coloca essa questão a muitas feiras do género”. O autarca revela também que houve “até uma procura acrescida por parte dos expositores, sobretudo do setor do turismo” e confessa já ficar satisfeito “se ultrapassarmos os 25 mil visitantes”, volume de público em que se tem estabilizado
São Teotónio A Faceco dá a ouvir Mónica Ferraz, Os Azeitonas e Emanuel
a feira. “Muita gente está por cá, forasteiros e pessoas à procura de uma oportunidade de negócio e de uma mudança de vida por estes ares do litoral”, acredita José Alberto Guerreiro, não esquecendo o forte pendor agrícola da feira, hoje considerada “uma referência nacional” no que à raça bovina limousine diz respeito. Em matéria de música, o desfile inicia-se com Mónica Ferraz (hoje, sexta-feira), prossegue com Os Azeitonas (amanhã, sábado) e termina com Emanuel (domingo). Para ajudar à festa, na tarde de domingo, entre as 14 e as 20 horas, vai ser transmitido em direto do recinto o programa da SIC “Portugal em Festa”. Até lá, pode contar-se com teatro, música tradicional, dança, animação de rua e desporto, para além das atividades dedicadas aos mais novos.
Outro isco de visitantes é o artesanato, que, como em anos anteriores, tem direito a pavilhão próprio, reunindo dezenas de artífices de todo o concelho trabalhando ao vivo. Empresas e produtos locais também estarão disponíveis em espaço próprio, num total global de cerca de 200 expositores. No Pavilhão das Empresas vai ser dado especial destaque ao setor turístico e à campanha “Melhores Praias de Portugal”, enquanto que no Pavilhão dos Produtos Locais o visitante, desvenda a organização, “pode encontrar os melhores sabores de Odemira: queijo, mel, enchidos, compotas e muitos petiscos”. Resta, nesta montra do concelho, o Pavilhão das Políticas Sociais e Educativas, onde serão divulgados as estratégias e os projetos municipais neste setor, com a participação das diversas instituições
particulares de solidariedade social. E ainda os novos projetos empresariais, sendo um deles a Sul Contact, um diretório informático de empresas e serviços do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. O projeto, explica a autarquia, “está em preparação e terá na Faceco um ponto de partida para o negócio”, sendo que, neste novo portal “poderão anunciar os seus serviços e contactos as empresas dos vários setores, dos concelhos de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo”. A presença do setor pecuário será novamente “bastante forte”, ou não fosse ele também uma imagem de marca da feira. Realiza-se, neste âmbito, o 15.º Concurso Nacional da Raça Bovina Limousine, o 10.º Concurso Regional da Raça Bovina Holstein Frísia e o 18.º Concurso Regional da Cabra Charnequeira. Será também promovido o 14.º Concurso de Mel. Enquadrando-se no tema “Água”, ao qual se dedica o certame, de modo a assinalar o Ano Internacional das Nações Unidas para a Cooperação pela Água, a 23.ª Faceco oferece ainda dois colóquios amanhã, sábado. “Águas santas: usos medicinais das águas no mundo rural”, que pretende lançar a discussão sobre os fundamentos das crenças relacionadas com as águas santas, assim como apontar os modos de preservação e divulgação deste património natural e cultural, decorre a partir das 11 e 30 horas; por seu turno, a partir das 15 horas, será lançado à discussão o tema “A água como fator estratégico para a sustentabilidade regional”. CF
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Diário do Alentejo n.º 1630 de 19/07/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA
AVISO
Tomé Alexandre Martins Pires, Presidente da Câmara Municipal de Serpa, torna público nos termos e para os efeitos do n.º 3 e 4 do artigo 77.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 181/2009, de 7 de agosto, que em cumprimento da deliberação, por unanimidade, do órgão executivo tomada na reunião realizada no dia 26 de junho de 2013, foi determinado proceder à abertura do período de discussão pública da proposta do Plano de Pormenor de Salvaguarda do Núcleo Histórico da cidade de Serpa. O período de discussão pública é de 22 dias úteis, decorridos que sejam 5 dias úteis, a contar da data de publicação do presente Aviso na 2.ª série do Diário da República. A proposta do Plano de Pormenor de Salvaguarda do Núcleo Histórico da cidade de Serpa, é acompanhado da ata da conferência de serviços e dos resultados de concertação, encontra-se disponível para consulta nas instalações da Câmara Municipal (Sector de Atendimento ao Público), sita na Praça da República, todos os dias úteis, durante o horário normal de expediente (09h às 16h30) e no sítio da Internet da Câmara Municipal de Serpa. As reclamações, observações ou sugestões a apresentar deverão ser formuladas por escrito, podendo estas ser enviadas por carta registada com aviso de receção para a Praça da República, 7830-389 Serpa, ou aí entregues pessoalmente, bem como remetidas através do email geral@cm-serpa.pt. Para conhecimento geral se publicita o presente aviso no Diário da República bem como no seguinte sítio de Internet: http://www.cm-serpa.pt e nos locais públicos do costume. Serpa, 4 de julho de 2013. O Presidente da Câmara, Tomé Alexandre Martins Pires
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Alcácer do Sal
Tamikrest Música tuaregue do Mali no palco do castelo de Sines no próximo dia 27
Em Sines, até ao próximo dia 27
No primeiro fim de semana daquele que já é um dos mais importantes festivais internacionais no campo da world music, destacam-se nomes como os dos franceses Lo’Jo, melhor grupo dos prémios Songlines 2013 e em estreia em solo sineense, do português JP Simões ou do brasileiro Hermeto Pascoal, um entre os muitos “regressos” desta edição comemorativa. 15 anos, celebrados com 43 espetáculos.
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rrancou ontem, no castelo de Sines, mais uma edição do Festival Músicas do Mundo, evento que celebra este ano o seu 15.º aniversário com “o maior programa de música da sua história”, feito de “regressos” e também de “estreias” em solo sineense. Ao todo, e até ao próximo dia 27, desfilarão pelos palcos desta cidade do litoral alentejano 43 espetáculos, renovando-se o habitual convite “para ver ao vivo os melhores artistas do mundo e para ouvir a música que exprime a diversidade da voz humana”. No lote dos “regressos”, a organização, a cargo da Câmara Municipal de Sines, chama a atenção para nomes como os do brasileiro Hermeto Pascoal (amanhã, sábado), da maliana Rokia Traoré (dia 25), do nigeriano Femi Kuti (dia 27), do argelino Rachid Taha e do indiano Trilok Gurtu (ambos a 26). Regressam também ao FMM, e com discos novos, os bósnios Dubioza Kolektiv (hoje, sexta-feira), o norte-americano Barbez (hoje) e a cantora natural da ilha de Reunião Nathalie Natiembé (dia 24).
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Festival Músicas do Mundo celebra 15 anos em grande
Hermeto Pascoal O músico experimentalista brasileiro regressa amanhã a Sines
Em matéria de estreias, os programadores chamam a atenção para bandas como Lo’Jo, melhor grupo dos prémios Songlines 2013 (hoje), o príncipe do qawwali Asif Ali Khan (dia 25), os tuaregues Tamikrest (dia 27), a big band japonesa Shibusa Shirazu Orchestra (dia 26), a rapper norte-americana Akua Naru (dia 27), o congolês Baloji (hoje), os chineses Dawanggang e os músicos globais Skip & Die (ambos a 27). Numa edição que acolhe cinco concertos do Mali, território que tem vivido dias difíceis, por conta de conflitos bélicos e religiosos, e que dá ao país anfitrião, Portugal, o destaque de 11 espetáculos (Batida, Orquestra Locomotiva, Carlos Bica, Celina da Piedade, Custódio Castelo, Gaiteiros de Lisboa, JP Simões, MU e O Carro de Fogo de Sei Miguel, entre outros), verificam-se
também algumas alterações em termos de organização e logística. No primeiro fim de semana, os espetáculos terão lugar apenas no castelo, com um concerto à tarde e quatro concertos à noite; na segunda e terçafeira (22 e 23) haverá dois concertos diários no auditório do Centro de Artes de Sines; e, entre quarta-feira, 24, e sábado, 27, haverá seis concertos diários, dois no palco junto à praia Vasco da Gama, que regressa à avenida, depois de obras de requalificação, e quatro no Castelo. Outra novidade desta edição é a redução do preço dos bilhetes diários para os concertos noturnos no Castelo, que passam de 15 para 10 euros, “uma redução de 33 por cento em relação a 2012, justificada pela situação económica que o País atravessa”, revela a organização. CF
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Descoberto esqueleto com oito mil anos
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m esqueleto com oito mil anos, do que aparenta ser uma mulher jovem, foi identificado na passada semana por uma equipa das universidades de Cantábria, Espanha, e de Lisboa, no sítio arqueológico de Poças de São Bento, no concelho de Alcácer do Sal. A ossada “encontra-se num extraordinário estado de conservação e em posição ritual, abrindo um vasto leque de possibilidades de investigação sobre os comportamentos funerários e forma de vida humana no Mesolítico”, divulga a autarquia local. Trata-se do “achado mais significativo da campanha deste ano do projeto Sado-Meso”, dirigido por Pablo Arias, da Universidade de Cantábria, e Mariana Diniz, da Universidade de Lisboa, que tem como principal objetivo “o estudo das últimas comunidades de caçadores-recolectores e dos processos de implantação dos primeiros grupos agro-pastoris, no baixo Vale do Sado (concheiros do Sado)”. Recorde-se que o grupo ficou célebre, no ano passado, por ter descoberto aquela que será a mais antiga sepultura de um cão em Portugal. O esqueleto agora encontrado será submetido a um conjunto de processos de investigação, como a datação por Carbono 14 e as análises de ADN, para que sejam reunidas informações sobre a vida daqueles povoados humanos. Para já, adianta o município de Alcácer do Sal, “é possível verificar que se encontra deitado de costas, com as pernas fortemente fletidas para a frente e os braços pousados sobre o peito, o que indicia um rito funerário muito específico”. O sítio arqueológico de Poças de São Bento foi escavado pela primeira vez no final dos anos 50, por Manuel Heleno, fundador do Instituto Nacional de Arqueologia e, posteriormente, nos anos 80, por uma equipa sueca. O projeto Sado-Meso fez a sua primeira campanha em 2010.
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O Hospital da Misericórdia de Beja, o HOSPITAL VELHO, é um dos edifícios mais notáveis e importantes para a compreensão da história da cidade. Fundado em 1490 por D. Manuel, duque de Beja, este equipamento recebeu ao longo dos tempos, principalmente na segunda metade do século XX, diferentes utilizações até ao seu quase completo abandono. Pelo que a sua recuperação é uma ótima notícia. PB
Opinião
Incêndios Filipe Nunes Arqueólogo
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hegada a época dos incêndios florestais, volto a esse recorrente tema de verão para demarcar-me da linguagem oficial que se revestem as habituais discussões e notícias, pretendendo argumentar como essa abordagem é reveladora não apenas das causas do problema, como um obstáculo às possíveis soluções. Em como os incêndios se tratam afinal das chamas vivas de um contínuo processo de degradação tanto a nível social como ambiental e, como tal, da nossa desagregação coletiva com o território. A abordagem ao tema dos fogos é toda ela expressa numa linguagem e pressupostos técnicos e militares. A resposta oficial, quanto maior é o problema ano após ano, assenta cada vez mais em como articular a cadeia e as hierarquias de comando, na sua maior parte resultando numa mera disputa de galardões, competições que se alargam na altura de equipar lucrativamente a industria de combate de fogos, como acontece com os meios aéreos privados. A ânsia do controle e da gestão técnica surge como a atitude imediata e resposta para todo o tipo de problemas. Alimenta-se a si mesma para lá das épocas de fogos, com relatórios e planos de gestão e ordenamento, assentes na primazia e no crer de que a máquina e a organização tecnocrata e a indústria de raiz técnico militar são a panaceia da questão. Essa abordagem reflete nada mais do que uma sociedade que deposita o seu futuro e a solução dos seus problemas, cada vez mais na especialização privada e lucrativa das funções em contraponto com as práticas e responsabilidades coletivas. Esse credo cego no especialista e no perito, ameaça secundarizar no que toca ao combate aos incêndios o próprio papel especializado que é o dos bombeiros, os quais ainda que imersos dessa mesma lógica militar, não nascem e se sustêm pela mesma, mas antes pela prática coletiva do voluntariado. E as dificuldades que as corporações voluntárias hoje se deparam passam precisamente pelo desvalorizar dessa sua condição primordial na sua própria cadeia hierárquica, como pelo desvalorizar desse ato voluntário e anónimo numa sociedade que prefere delegar em vez de participar. No calor das chamas, como o Caldeirão se recorda há um ano atrás, que evidência mais cruel não tiveram as pessoas ao perceberem que lhes cabia a elas maiores conhecimentos dos terrenos para essa tarefa de combate, que bombeiros reféns do comandos inertes da dita proteção civil. Quantas lições mais haverá para perceber que a defesa e salvaguarda passa por uma implicação de todos, quer antes, como no próprio combate ao fogo, e que é nesse sentido que a prática coletiva do bombeiro voluntário deve ser conduzida e não no seu distanciamento especializado ou na sua uniformização a mais uma “força da ordem”. Obviamente o facto da abordagem ao tema se centrar nos meios e na operacionalidade técnica, apenas acontece hoje porque o cenário onde esses atores surgem deixou de ter qualquer importância. Todo esse cenário, esse interior que arde anualmente, foi a reboque do desenvolvimento moderno abandonado. Depois das gentes que se foram, as terras e a floresta deixaram de ser vividas para serem apenas serem rentabilizadas no lucro da celulose, para ajudar a pagar o apartamento da cidade, ou rentabilizando um turismo rural em torno do que já não é rural. E para quem restou nos montes e nas serras, ou para quem a eles escolheu viver, o seu dia a dia tornou-se cada
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Há 15 anos a esta parte que Sines, por esta altura do ano, se transforma na capital nacional dos sons étnicos e alternativos. Desde ontem que os acordes se fazem escutar no castelo de Sines, festa que durará até ao próximo fim de semana com 43 diferentes espetáculos. Mas um dos momentos altos do FESTIVAL MÚSICAS DO MUNDO está reservado para amanhã, sábado, com a atuação do experimentalista brasileiro Hermeto Pascoal. PB
Os partidos convocados por cavaco Silva, os partidos que se intitulam a si próprios “partidos do arco da governação”, são, na verdade, os partidos do sistema que nos levou até aqui, à beira da perdição. Pedro Tadeu, “Diário de Notícias”, 16 de julho de 2013
vez mais isolado, tendo-se perdido o sentido de vizinhança e de auto-organização que fazia frente aos fogos, antes e depois de estes acontecerem. Uma vez mais, crentes no protecionismo vindo de fora e não o que é gerado de dentro. Por isso caminhámos para uma desagregação coletiva com o território, tomado como um recurso meramente económico e não como um lugar para se viver amplamente, pelo que o carpir da desgraça do fogo privilegia as perdas do proprietário e não do território. Este, que será afinal a nossa mais rica identidade e a nossa comunhão com a natureza, não passa de pasto para incêndios. E com eles arderemos todos, se não invertermos definitivamente essa nossa forma de estar. Até lá continuaremos a enumerar e a reclamar mais meios de combate, ouvir especialistas e a apontar culpados entre todos, menos entre nós mesmos.
Recandidaturas Jaime da Silva Lopes Investigador em Ciência Política
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ntre os efeitos esperados pela produção democrática direta – como os resultados eleitorais – conto a recandidatura. Porque, afinal, a democracia, para lá do voto, é uma contínua expressão. A recandidatura pode ser considerada no âmbito da prestação de contas do político, como sublinha R. Hogan. Neste sentido, pressupõe um passado. O que se fez, ou o que se quis fazer. Mas, muitas vezes, o que não se fez é mais decisivo para a entrada no futuro político das sociedades. A coleção de atos da conta pessoal, partidária e social, é então escrutinada. Desde logo, pressupõe a limitação do universo eleitoral, já segmentado e repartido. Consente, ainda, o conhecimento da resposta anterior que o eleitorado deu ao candidato, o que nos faz acreditar que a recandidatura dá-nos a valiosa informação em que todos sabemos onde estávamos. No limite, é conservadora. Todavia, não esquecemos que, quase sempre, a candidatura é uma proposta partidária. Lamentavelmente, pode traduzir-se numa imposição do diretório do partido, ou no reconhecimento da incapacidade de gerar candidaturas novas. É certo que o escrutínio traz uma avaliação. Para o poder, é avaliado o que está. Para a oposição, o que podia estar. Mas, no caso das recandidaturas, o político, ou onde está o poder, sobressai. Se está próximo do povo, e dos problemas emergentes, retira-lhe as tentativas de ideologização. Ou seja, minimiza a que seria uma vantagem da consistência de propostas ao longo do tempo, numa exposição sistemática e tendencialmente ideológica. As propostas de outras ideias sobre os problemas tendem a ficar na sombra da proximidade. Assim, a prevalência de alguns interesses específicos, seja no poder ou na oposição, sobre o interesse geral, como observou Bryan Caplan, prejudicando a prestação de contas, reforça a sua tese do eleitorado mal informado, segundo a análise recente de Bischoff e Siemers. A preparação do eleitorado é então uma exigência democrática. Não se trata da politização da sociedade, mas sobretudo do conhecimento da sociedade civil sobre os políticos. Aqui, o interesse específico transforma-se em interesse geral. Só um saber partilhado pelo senso comum descodifica o verbo curto. A informação limitada, que faria supor uma economia do argumentário, revela-se como um custo para a democracia.
Porque o recandidato tem os seus temas, o modelo de atração do eleitorado condiciona a opinião pública para o reposicionamento do interesse geral. Portanto, na teoria da democracia como expressão contínua, a sistematização dos rostos das políticas tende a encurtar a opinião.
Madiba – liberdade, justiça e democracia Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia
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maioria dos homens e mulheres nasceram para abraçar a sua família. Muitos conseguem liderar a sua aldeia, a sua cidade e, alguns, até agregar à sua volta um país inteiro. Muito poucos têm a capacidade de envolver toda a humanidade num abraço – Nelson Mandela entra nesta última categoria excecional de ser humano. Madiba, como é carinhosamente conhecido entre os seus, pode até já nem estar vivo quando esta crónica for publicada, mas o seu legado é intemporal. Conheceu quase todo o espectro da condição humana - nasceu pobre, em 1918, numa tribo sul-africana, e acaba os seus dias como uma referência global. Na infância e juventude, apesar da sua condição económica, teve a oportunidade de estudar e com a instrução chegou, espontaneamente, a consciência social e a vontade de combater as iniquidades que se viviam na sociedade sul-africana de então, nomeadamente a abismal desigualdade entre brancos e negros, que mais tarde viria a ganhar o nome oficial de apartheid. Tornou-se ativista dos direitos humanos - lutou como advogado, defendendo centenas de clientes negros; combateu nas ruas, ao lado de manifestantes, e também no palco da política, juntando-se ao partido ANC - African National Congress. Preso várias vezes, acaba por ser condenado por traição a uma pena de prisão perpétua que o manteve enclausurado na famigerada cela 466/64, da prisão de Robben Island, durante 27 anos. É libertado a 11 de fevereiro de 1990, sendo eleito Presidente da África do Sul no ano seguinte, num momento histórico que marcou o fim do segregacionismo racial na África do Sul; a refundação deste país com nova Constituição, reconhecida pela comunidade branca; e uma nova liderança, pela primeira vez assumida por um negro. Assentou sempre o seu pensamento e a sua ação em valores humanistas e universais. O mundo reconhece a sua dimensão global em 1993, ano em que recebe o Prémio Nobel da Paz. Termina o seu mandato com Presidente da África do Sul em 1999 e, desde então, devotou a sua vida à luta pelos direitos humanos em todo o mundo. A 18 de julho, data do seu nascimento, celebra-se o Dia Internacional Nelson Mandela - Pela liberdade, justiça e democracia. Aproveitemos esse dia para recordar as palavas de Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, da sua origem ou da sua religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as pessoas também podem aprender a amar.” Aprender com o exemplo de Mandela pode não ser suficiente para, como ele, alcançarmos a excecional capacidade de abraçar toda a humanidade, mas certamente que observar os seus exemplos nos ajudará, pelo menos, a valorizar um pouco mais o mundo em que vivemos.
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Cartas ao diretor Que caminhos para a cultura oficial
Há 50 anos
Francisco Grilo Batista Vila Verde de Ficalho
A guerra colonial escondida
Crítica musical
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Uma noite nas Terras sem Sombra
a década de Sessenta do século XX, a Censura salazarista procurava que a imprensa ignorasse ou abordasse o menos possível a realidade da guerra colonial. Depois de, em 1961, os patriotas do MPLA terem desencadeado em Angola a luta independentista, em 1963 foi a vez de o PAIGC lançar na Guiné as acções armadas contra a dominação colonialista. A ditadura enfrentava então a guerra em duas frentes e, em breve, também a Frelimo iria começar o combate emancipador em Moçambique. Nos jornais da província, como o “Diário do Alentejo”, as notícias sobre a guerra do Ultramar – onde, a par das atrocidades sobre os povos indígenas, morriam e ficavam estropiados cada vez mais jovens metropolitanos – eram escassas, lacónicas e obviamente censuradas. A edição de 18 de julho de 1963, por exemplo, dava conta da “Situação da Guiné analisada pelo Sr. ministro da Defesa”: “Em entrevista concedida ao ‘Diário Popular’, o sr. general Gomes d’Araújo, ministro da Defesa Nacional, revela que grupos de terroristas, bem armados, penetraram em território nacional numa zona correspondendo a 15% da superfície total da Guiné Portuguesa e que o número de baixas militares é de 27.” A revelação era grave: o próprio ministro reconhecia, desmentindo a propaganda oficial, que poucos meses depois de Amílcar Cabral ter iniciado a guerra de libertação, uma parte significativa do território escapava ao controlo das autoridades coloniais. Dois dias depois, o ministro da Defesa foi desautorizado. Uma “nota oficiosa” do Secretariado-Geral da Defesa Nacional “esclarecia” a situação na Guiné, dizendo que “em 85 por cento daquela província a vida é inteiramente normal”. Nos restantes 15 por cento “processaram-se, nos últimos meses, infiltrações de terroristas, vindos da República da Guiné e que actuam na clandestinidade, infiltrações essas que não se devem classificar de invasão.” Outras notícias sobre a situação ultramarina careciam de “interpretação” dos leitores mais atentos. Por exemplo, esta, brevíssima, da mesma semana, intitulada “Os portugueses do Senegal não serão inquietados: O presidente do Senegal, Léopold Senghor, declarou em Paris que os portugueses residentes no Senegal não serão inquietados, com excepção do pessoal diplomático”. A explicação: naqueles dias, o Senegal, país vizinho da Guiné que apoiava vagamente o PAIGC, tinha cortado as relações consulares com Portugal. Outro tipo de informação “codificada” sobre a guerra colonial dizia respeito ao envio de tropas para África. Por exemplo: “Novo embarque de tropas para o Ultramar – Com destino às províncias ultramarinas partiu, num navio da Marinha Mercante, mais um contingente de tropas. O embarque fez-se no cais da Rocha do Conde de Óbidos.” Assim se ocultava ao povo a última guerra perdida do Império português. Carlos Lopes Pereira
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noite está a adensar-se e gente chega, agrupa-se no adro e entra na igreja. Vem de vários pontos do Alentejo, também de Lisboa ou outros locais e até de Espanha. A música vai reunir todas estas pessoas e em breve – são quase nove e meia – a igreja fica cheia. Ainda paira nos olhares a planície que circunda toda a vila de Castro Verde quando a luz das lâmpadas e dos focos despertam um outro espaço – o da basílica de Nossa Senhora da Conceição. É uma visão do Barroco. O altar-mor é sumptuoso, uma forte presença dourada pletórica de imagens, reentrâncias e sombras: fauna e flora que inclui anjos, esplendores e faustos vegetais. Nas paredes da nave os azulejos remetem-nos para uma história engrandecida por lendas que narra a milagrosa derrota de cinco reis mouros por um outro, cristão, que fundou o país onde vivemos. Também a vida, paixão e milagres de Santiago, peregrino e mata-mouros, ali estão, em imagens. Como vem sendo habitual, o público beneficia de uma erudita explicação sobre os aspetos históricos e artísticos de todo este envolvimento, prestada pelo dr. José António Falcão. Além de local de culto e oração, uma igreja é também um lugar onde descrentes e crentes, fiéis ou não, podem beneficiar de um tempo de recolhimento. Orar, meditar, contemplar, mas também ouvir música, têm algo em comum: mobilizam o pensamento, a sensibilidade e a imaginação para estados – chamemos-lhes de alma, e não é descabido falar de alma quando se fala de igrejas – que a cultura a que pertencemos valoriza porque lhe foi evidente que tais estados permitem expandir os sentidos da existência. Durante perto de duas horas preencheu-nos a música de Ligeti, de Haydn e de Schonberg. As sonatas de Hydn inspiradas pelas sete últimas palavras – as sete últimas frases – de Cristo na cruz celebram a dor que o suplício e a proximidade da morte despertam, mas, também, a esperança de uma ressurreição que só um Deus pode assegurar. O quarteto Casals atualizou este drama com magnífico desempenho. O De Profundis de Schonberg, interpretado pelo coro Terras sem Sombra, encheu de sonoridades vindas das zonas mais profundas e adormecidas da alma todas as dimensões da igreja. Já não é o canto de um Deus que promete, mas o desassossego do homem que o procura que, agora, se faz música e palavras declamadas. Mas permita-se a quem escreve que exalte a que foi a primeira das peças interpretadas pelo já referido coro: Lux Aeterna, de Ligeti. Como estou a escrever em tom entusiástico, e, para mais, a partir de uma experiência localizada num templo, atrevo-me a dizer: foi o céu que se abriu. Não um céu “celestial”, todo luz e glória, convencional. Mas um céu sem limite, cósmico, possivelmente eterno, onde a nossa vida só tem cabimento se puder expandir-se infinitamente. Assim escutei, imaginei e desejei. Sobre estes autores e estas peças poderá o leitor melómano encontrar informações históricas e técnicas aprofundadas no texto do musicólogo Afonso Miranda, inserido no bem elaborado volume que apresenta o programa do Festival Terras sem Sombra de 2013. Foi este um serão musical que ocorreu a 22 de junho. Excelente como os demais concertos a que a organização do Festival Terras sem Sombra nos tem habituado de alguns anos a esta parte. Poderia recordar outros, mas limitam-me as compreensíveis exigências de espaço inerentes à elaboração do nosso jornal. Penso voltar ao assunto. O festival de este ano está ainda a decorrer. É, seguramente, das grandes realizações culturais que têm tido lugar no Alentejo e no País. António Paizana
A exigência do leitor melómano acerca dos aspetos mais técnicos será satisfeita pela consulta do texto do musicólogo Afonso Miranda, inserido no volume “Terras sem Sombra”, que é uma documentada e bem elaborada apresentação do festival de música sacra do baixo Alentejo de 2013.
Os governos são eleitos pelo povo que bem ou mal os elegem para manterem e desenvolverem uma sociedade verdadeiramente democrática e participativa tal como reza a Constituição da República Portuguesa. Como já alguém referiu, e bem, Portugal não é um País pobre em recursos, mas tem sido gerido e governado pela pior das espécies humanas que foram dadas à luz de há quase 40 anos a esta parte. A verdadeira cultura popular que instrui, ensina e educa está a ser exercida por determinadas organizações praticamente à margem do Estado. Manietadas pela falta de recursos, raramente chegam às aldeias ou vilas. Com fome e desemprego só pode haver lugar para a revolta e o protesto, é para aí que se devem virar todos os eventos culturais; desse modo essa gente tão importante na vida dos povos deve chegar às aldeias e vilas deste País através do esclarecimento e da informação juntos das populações locais, que em parte significativa vivem angustiadas, confusas e mesmo atrofiadas pela propaganda dos órgãos da comunicação social que noite e dia lhe entram em casa, ignorando por completo quais as causas reais e verdadeiras da tragédia que lhe atiraram para cima. Sei que não será um trabalho fácil, mas se não houver organizações partidárias ou outras verdadeiramente democráticas que tenham capacidade para realizar este trabalho junto das massas que não se deslocam às grandes manifestações ou a outros eventos onde podiam ser informadas e esclarecidas, pode-se correr o risco de, em futuras eleições, votarem a dar as maiorias aos partidos do chamado arco do poder. A política hoje, tal como noutros tempos, está a tornar-se numa autêntica coutada privada só para os ricos e poderosos, o povo é afastado de tudo menos da fome e do desemprego, por isso está a rebentar pelas costuras e a ser violentado pelos cortes e congelamentos nos salários e reformas, mas eles, os homo sapiem, estão cada vez mais bem encavalitados nos cifrões, foi para isso que estudaram e se formaram. É preciso, custe o que custar, afastar as massas da luta pela defesa dos seus interesses e por tudo aquilo a que têm direito, então surgem à luz do dia os vampiros a vender a cultura do medo, da confusão, da mentira até à exaustão – o que seria de Portugal e dos portugueses se saíssemos da EU? O que seria de Portugal e dos portugueses sem a troika, de cá e de lá. O que seria de Portugal e dos portugueses sem um Presidente Cavaco, que se sente na necessidade de recorrer aos préstimos divinos, para agradecer o êxito da sétima avaliação da troika, etc.. Com efeito, e como facilmente se verifica por estas aldeias e vilas, é que, em resultado da propaganda dos governos e seus derivados, há uma parte bastante significativa do povo que está apática, indiferente, indecisa e até corroendo-se em velhos preconceitos, que meteu a cabeça na areia, ou fica alegremente em casa de braços cruzados à espera de algum milagre que nos traga ainda mais fome e desemprego, ou que alguém por si só resolva os problemas que nos dizem respeito a todos. A cultura do conhecimento, da informação deve passar agora – se não for já demasiado tarde – para os palcos das aldeias, das vilas esquecidas ou abandonadas.
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Uma das primeiras medidas do Governo que irrevogavelmente está em funções em Portugal foi interromper as obras nas duas estradas estruturantes do Baixo Alentejo: o IP2 e o IP8. Fizeram-no com a promessa de retomar os trabalhos, embora de forma minimalista. Até hoje prevalece a mentira, evidencia-se o isolamento da região e acentua-se a fama que já lhes dá nome: estradas da morte. PB
Cerca de 1 300 visitantes em três meses
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Entre os meses de abril e junho, o Hospital da Misericórdia de Beja recebeu “1 279 visitantes, de várias nacionalidades”. “A capela e o edifício do hospital constam em alguns roteiros turísticos e também temos a vantagem de estarmos junto ao castelo. Geralmente os turistas que vêm a Beja visitam o castelo e muitas vezes passam por aqui”, diz José Manuel Coelho. Na década de 90 o edifício do Hospital da Misericórdia albergou ainda, no seu primeiro andar, o polo de Beja da Universidade Moderna e, no rés-do-chão, o Instituto Superior de Serviço Social. Atualmente o primeiro piso está arrendado à Escola Profissional Bento Jesus Caraça.
Memória Considerado “um dos melhores exemplares da arquitetura gótico-manuelina civil”, o edifício do Hospital da Misericórdia de Beja, localizado em pleno centro histórico, tem vindo a ser alvo de profundas obras de reabilitação. Um projeto da Santa Casa que pretende salvaguardar e valorizar o edifício classificado como monumento nacional desde 1989 e dar-lhe “uma nova vida”, reabrindo-o ao público. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho
Igreja de Nossa Senhora da Piedade Projeto de reabilitação está orçado em 200 mil euros
Santa Casa da Misericórdia cria novas valências e reabre edifício ao exterior
A “nova vida” do “hospital velho”
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erca de uma dúzia de pequenos bisturis com cabo em marfim, um aparelho de raio x, uns fórceps, diverso material oftalmológico, uma caixa de donativos em madeira com a inscrição “Hospital civil” e uma máquina de escrever Remington são alguns dos muitos objetos que podem ser apreciados no museu do Hospital Grande de Nossa
Senhora da Piedade, mais conhecido por Hospital da Misericórdia de Beja ou “hospital velho”. No total são cerca de 400 objetos já inventariados, entre material hospitalar, de farmácia e religioso, que pretendem contar parte da história do hospital, cujas origens remontam “à segunda metade do século XV, mais propriamente a 1469, ano em
que D. Fernando, duque de Beja, determinou a constituição de uma casa para doentes e peregrinos, conhecida, ao que tudo indica, como hospital da Trindade”, refere a Direçãogeral do Património Cultural. Após a sua morte, “os trabalhos foram interrompidos e só muito perto do final do século o projeto seria retomado pelo seu filho, D. Manuel”. Essa segunda
Museu do Hospital No total são cerca de 400 objetos, entre material hospitalar, de farmácia e religioso
“vaga construtiva ocorreu a partir de 1490 e prolongou-se pelas primeiras décadas do século XVI, sendo a instituição dotada de um regimento em 1511”, documento “em que se estabelece o regulamento interno”, assim como “os deveres dos diferentes trabalhadores”. A criação do museu do hospital, que integra ainda a antiga farmácia
– botica – e que está instalado em duas salas que formavam a antiga capela de São Marcos, é um dos vários projetos da direção da Santa Casa da Misericórdia de Beja, que, em 2010, deu início à reabilitação do edifício quatrocentista, classificado como monumento nacional desde 1989. “Nós fizemos a candidatura ao QREN – Quadro de referência
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Enfermaria gótico-manuelina Misericórdia quer dar “nova vocação cultural” ao espaço
Estratégico Nacional para reabilitar o edifício que estava a entrar em colapso. A ideia era salvaguardar, prevenir os riscos e valorizar o monumento”, também com o objetivo de “reabrir o edifício ao público”, explica José Coelho, assessor da direção, realçando que o hospital, na posse da Misericórdia desde 1554, é um dos edifícios “civis quatrocentistas mais importantes do País, considerado um dos melhores exemplares da arquitetura gótico-manuelina civil”. Leonel Borrela, no seu artigo “Hospital de Nossa Senhora da Piedade – a igreja”, publicado em 1987 na “Arquivo de Beja” (volume IV), considera que “o grande valor e interesse do Hospital da Piedade está em ser uma obra do final do século XV, genuinamente de transição do estilo gótico para o manuelino, a marcar a situação da arquitetura regional, cuja evolução parece ter ocorrido nesta cidade”. No mesmo documento, o historiador realça que o Hospital Grande “obra memorável que o terceiro duque de Beja, D. Manuel I, mandou erguer a partir de 1490, não se tratou de mais uma vulgar construção hospitalar, mas sim de rara obra pioneira da profunda reforma da assistência quatrocentista, reação contra a dispersão de esforços, deficiente assistência e administração”. Pela leitura do tombo do hospital, continua Leonel Borrela, sabe-se “que foram anexados nesta cidade, para a grande obra do Hospital da Piedade, dois pequenos hospitais, o dos Palmeiros que ainda funcionava, e o de São Brás, já então desativado, ambos no arrabalde, fora das Portas de Mértola”, constatando-se ainda, através “das cartas, regimentos, alvarás e outros escritos, dirigidos uns a Antão de Oliveira, homem de confiança do rei na organização do hospital e seu primeiro provedor, e a Rui Pires, vedor das obras de um
dormitório para os pobres, e outros ainda ao desembargador dr. Álvaro Fernandes, que elaborou o tombo dos bens do hospital, a preocupação constante que D. Manuel tinha em preveni-lo de tudo o que fosse necessário ao seu melhor funcionamento”. Hospital da Misericórdia encerrou em abril de 1970 Embora esteja aberto ao
público há pouco mais de um ano, o pequeno espaço museológico “ainda não está concluído”: “Falta, por exemplo, identificar todos os equipamentos inventariados e acompanhá-los de uma explicação técnica”, refere José Coelho, acrescentando que “muita coisa” se foi perdendo ao longo dos anos, nomeadamente “no período de transição do Hospital da Misericórdia, que teve início em janeiro de 1970, para o novo hospital [José Joaquim Fernandes]”, e em que foram transferidos 110 doentes. O hospital encerrou definitivamente em abril desse mesmo ano, reabrindo como hospital de apoio em 1973, com capacidade para 40 utentes, mantendo-se com essa função até 1987/88. Entre 1975 e 1981 também serviu como espaço de acolhimento para “retornados e refugiados das ex-colónias portuguesas”. “Desses períodos a Misericórdia não tem registos. E algum espólio também se perdeu nessa altura. Foi um período muito confuso, perdeu-se muita documentação”, revela o assessor. O projeto de reabilitação do hospital, cuja primeira fase, orçada em 377 mil euros e que corresponde “à reabilitação da cobertura e caiação das empenas”, já está concluída, contempla ainda o aproveitamento da antiga enfermaria “gótica-manuelina, de duas naves e única no País” para “a realização de eventos culturais”; a revitalização dos logradouros; o retorno do arquivo documental da Misericórdia,
atualmente entregue ao Arquivo Distrital de Beja “por falta de condições”; a criação de um pequeno albergue para peregrinos do Caminho de Santiago; e novas valências de âmbito social, nomeadamente uma sala de convívio “especialmente destinada à população idosa do centro histórico da cidade”, “uma população extremamente envelhecida e que não tem muitos equipamentos de apoio”, justifica José Coelho. Tendo em vista o livre acesso da comunidade e visitantes ao edifício quatrocentista, assim como “gerar algumas receitas”, a Santa Casa da Misericórdia tem vindo ainda a promover, desde o ano passado, campos de férias para crianças com idades compreendidas entre os seis e os 10 anos e espera abrir, até ao final do verão, um “espaço de acolhimento ao visitante”, que disponibilizará “alguma informação sobre o Alentejo”, assim “como alguns produtos locais, como artesanato ou mel”. Em funcionamento está já uma nova cafetaria e um pequeno refeitório (pago), destinado essencialmente aos funcionários, mas que também é frequentado, “diariamente, por um grupo de cinco, seis pessoas, principalmente homens idosos, que têm alguma carências ou vivem sozinhos”. O funcionamento destes “novos equipamentos” será assegurado “por pessoas que têm dificuldade em inserir-se no mercado de trabalho”, salienta o assessor, estando a Santa Casa a “estabelecer um conjunto de parceiras com algumas entidades como o Centro de Paralisia de Beja, a Cercibeja – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas e o Instituto da Droga e da Toxicodependência”. Reabilitação da igreja orçada em 200 mil euros A segunda fase do projeto
Óculo Uma das peças “mais preciosas do estilo gótico”
A criação do museu do hospital (...) é um dos vários projetos da direção da Santa Casa da Misericórdia de Beja, que, em 2010, deu início à reabilitação do edifício quatrocentista, classificado como monumento nacional desde 1989. de reabilitação, ainda a decorrer, está orçada em “cerca de 140 mil euros”, esclarece o responsável, adiantando que outro dos projetos da direção, mas cuja concretização está depende da aprovação de uma candidatura a fundos comunitários, uma vez que “envolve um investimento de 200 mil euros”, é a musealização da Igreja de Nossa Senhora da Piedade, aberta ao público, “de forma organizada e com horário fixo”, desde março último, através de um protocolo estabelecido com a associação Portas do Território. Situada na fachada nordeste do hospital, a igreja, que, segundo Leonel Borrela, “corresponde à parte mais antiga do hospital”, está “revestida a talha dourada”, proveniente, em meados do século XIX, do “Convento de São Francisco, atual pousada”, explica José Coelho. A reabilitação da igreja prevê “o levantamento fotográfico e
gráfico exaustivo de todo o interior do edifício; inventariação, identificação, localização e numeração de todos os elementos em talha existentes; limpeza de toda a superfície; estabilização estrutural de todo o conjunto; consolidação e fixação do ouro; e consolidação de todos os elementos com madeira”. A intervenção permitirá ainda colocar a descoberto a capela-mor dedicada a Nossa Senhora da Piedade, “totalmente pintada a óleo”, e que se encontra “por detrás do altar do Sagrado Coração de Maria, isto é, defronte da entrada primitiva [da capela]”, adianta Leonel Borrela no artigo “Hospital de Nossa Senhora da Piedade – a igreja”. “O colorido [da capela] é bastante rico e variado com predominância dos azuis, vermelhos, amarelos, negros e dourados. Os motivos ornamentais baseiam-se essencialmente nas folhas de acanto e nos seus caprichosos enrolamentos, ou laçarias, centrando medalhões com referências figurativas ao martírio de Cristo – lá estão a coluna, as canas, o martelo, a turquês, o cavalo marinho, dando-nos assim, como o resto das folhagens, a perfeita ilusão de volume”, escreve o historiador. “Este conjunto tem de ‘arejar’ para sobreviver. Tem que ser visto por ser belo. O projeto está feito, não temos é financiamento”, refere José Coelho. Com a reabilitação da igreja será ainda possível “criar um percurso pelo interior da muralha” e “mostrar ao público” as “peças mais preciosas do estilo gótico ainda existentes no edifício”, no entender de Leonel Borrela: um nicho, “possivelmente a ‘caixa do sacrário, do antigo altar”, e um óculo, por onde “se coava a luz solar ao interior da nave”, e que “pode até ser uma reminiscência do tal hospital fundado em 1469 pelo infante D.Fernando, pai do rei D. Manuel”.
Sagrado Coração de Maria Altar “esconde” capela-mor primitiva “totalmente pintada a óleo”
IV Open do Achigã no Roxo a 25 de agosto
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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O Clube Bejense dos Amadores de Pesca Desportiva marcou para o próximo dia 25 de agosto, na barragem do Roxo, a realização do IV Open do Achigã de Margem, competição individual em que são premiados os 10 melhores pescadores.
Despertar regressa ao Futebol Sénior O Despertar Sporting Clube, de Beja, vai regressar ao futebol sénior na próxima temporada, apresentando uma equipa para competir no próximo Campeonato Distrital da 2.ª Divisão e que será orientada pelo técnico Carlos Guerreiro.
Desporto
Avelino Piçarra, padeiro e atleta, é um verdadeiro corredor de fundo
Os quilómetros que Piçarra amassou... Correr por gosto não cansa e, aos 63 anos de idade, Avelino Piçarra, empresário de panificação na aldeia de Santa Vitória, ainda corre que se farta e sua a camisola do Beja Atlético Clube. Texto e fotos Firmino Paixão
A
s luzes da moradia térrea com o número 12 da rua da Praça, na aldeia de Santa Vitória, acendem-se às cinco da manhã. Nessa altura começa o bulício para preparação da fornada do dia. Fernanda é a primeira a erguerse, pertencem-lhe as tarefas de preparação da amassadura. São as suas q moldam os quilos q mãos hábeis que de massa que dispõe em filas paralelas, a fintar nos regos desenhados nos panais brancos, antes de entrarem no forno de lenha. Avelino tem outras tarefas, mas duas horas depois o forno está quente e capaz de começar a receber o saboroso pão de fabrico artesanal e a doçaria regional, que esta família produz com o saber de muitos anos e o carinho de quem alimenta desejos alheios. Não interessa se comeu o pão que o diabo amassou, mas Avelino é um dos seis filhos que o casal José e Ermelinda trouxeram ao mundo, cada um seguiu a sua vida e Avelino confessa que
subiu “a corda a pulso, com muito trabalho, muito sacrifício”. Fez um pouco de tudo. Antes de ser padeiro “andei pelo Algarve, como pintor da construção civil” e terá sido por essas bandas que coloriu o futuro, mas foi também do Sul que importou o negócio da panificação, com tradições na família da esposa Fernanda. O filho, Avelino como o pai, muito pontualmente, dá uma mãozinha. O “pão do Piçarra” é uma marca conhecida no mercado, comercializada de porta em porta e no ambulante com a ajuda do irmão José António porque, diz Avelino, “antes distribuía pelos espaços comerciais, mas tinha muitas devoluções e deixei-me disso, agora tenho os meus
clientes certos”. Conhecida é também a figura figu do fundista do Beja Atlético Club Clube, esguio, de cabelo raro e bigode ccor de farinha, afável e bem disposto disposto, senhor de uma grande popularid popularidade e presença muito saudada nas pprovas em que empresta o seu ccorpo
ao dorsal, e são muitas, por esse Alentejo fora e outras paragens inimagináveis. Marca o seu ritmo, miudinho mas determinado. O prémio que persegue, invariavelmente, é chegar ao fim de cada prova. “Comecei a praticar atletismo no Pax Julia, fundado pelo Casaca, depois fui para a Juventude Desportiva das Neves e daí para o atual clube”, explica. Avelino Piçarra foi dirigente do Desportivo de Beja, à época presidido por Branco Malveiro e, com os seus quatro filhos, Avelino, Sandra, Dulce e Margarida, decidiu criar uma secção da modalidade. O projeto foi bem sucedido, mas pouco duradouro e quando os filhos foram abandonando a modalidade, o pai deu-lhe fôlego e continuidade. Nascido em Beja, no mês da liberdade do início da década de Cinquenta, tem Santa Vitória como terra adotiva, freguesia onde já “tentei dinamizar a modalidade, mas era muito difícil, não há recursos e eu não posso andar com o meu carro para todo o lado com os atletas”. “Cozer uma fornada de pão é tão doloroso como correr uma prova de 10 quilómetros”, reconhece o atleta/ padeiro. “O calor à boca do forno exige o mesmo espírito de sacrifício que uma longa corrida no asfalto”, mas “ambas são gratificantes, fazem-nos sentir bem”, realça Avelino. Treina duas vezes por semana, mas assume que “agora tenho
andado um pouco desleixado. Com a idade que tenho não posso ter ambições de chegar mais longe no atletismo, isto é muito cansativo, é uma vida dura e os dois treinos semanais dão-me para ir participando numas corridas”. Ocupa a semana com as tarefas na padaria e, graceja, “ao fim de semana vou à lenha e nos intervalos vou correr umas provas, a última foi em Santa Margarida da Serra”. A sua experiência de vida permite autodesignar-se como “um corredor de fundo, tanto na vida profissional como no desporto”. Na hora de prever a sua longevidade desportiva, o atleta do Beja Atlético Clube diz que “vou continuar até que as pernas o permitam, quando elas começarem a ficar demasiado pesadas terei que acabar com isto”. Se o negócio corre de feição? “Não tem dúvida, mas durante o verão o movimento baixa um pouco; além do pão também faço pãezinhos com linguiça, bolos de requeijão da massa do pão, tenho alguma procura porque já sou muito conhecido, há 30 anos que ando nesta vida da panificação”. O atletismo também é uma paixão antiga: “há 20 anos que abracei isto, tudo por causa dos meus filhos, que foram sempre bons atletas e agora já tenho nove netos, é uma alegria muito grande, mas também o cabo dos trabalhos”. E um exemplo de jovialidade!
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A Associação de Futebol de Beja realizará, em 30 de julho, uma assembleia-geral extraordinária para a eleição intercalar do Conselho de Arbitragem. A anterior equipa, liderada por José Rosa Soeiro, apresentou recentemente a demissão. O empresário Vítor Madeira, 43 anos, ex-dirigente da AFBeja, encabeça a única lista a sufragar.
Diário do Alentejo 19 julho 2013
Eleições intercalares na arbitragem bejense
BTT ao luar de verão A Associação 100 Trilhos, de Castro Verde, realiza esta noite a terceira edição do Passeio Noturno em BTT “Lua de verão”. O evento tem como objetivos a promoção da prática do BTT associada à descoberta noturna dos campos do concelho de Castro Verde. O percurso tem a extensão de 30 quilómetros, a participação é gratuita e a concentração dos participantes ocorre junto ao Parque Infantil de Castro Verde.
Plantel de Futebol de Praia Nuno Pinoia; José Luís Brito, Rui Guerreiro, Rodrigo Camacho, Bruno Coreia, José Pinto, Henrique Martins, Marco Mata. Treinador: Fernando Carvalho. Resultados 1.ª jornada V.Setúbal-Milfontes, 7-1; Alfarim-Sesimbra, 10-11. 2.ª jornada Milfontes-Alfarim, 2-10; Sesimbra-V.Setúbal, 5-3. 3.ª jornada (20/7) Sesimbra-Milfontes; Alfarim-V.Setúbal. Classificação 1.º Sesimbra, seis pontos 2.º Alfarim, três 3.º V.Setúbal, três 4.º Milfontes, zero
Futebol de praia Equipa do Milfontes, que disputa o Campeonato Nacional de Futebol de Praia, em Sesimbra
Milfontes conclui amanhã a participação no Nacional de Futebol de Praia
Estamos a fazer história... O Clube Desportivo Praia de Milfontes está, pela primeira vez, a participar no Campeonato Nacional de Futebol de Praia. Um desafio que permite promover o clube e o concelho de Odemira. Texto e foto Firmino Paixão
A
praia do Ouro, em Sesimbra, recebe amanhã a última jornada da 1.ª fase do Nacional de Futebol de Praia, competição onde o Milfontes se estreou este ano. António Frieza, vice-presidente do clube, acredita que os resultados negativos não têm impedido a concretização dos objetivos traçados – ganhar competências na modalidade, promover o clube, a terra e o concelho. Na tarde de amanhã (17 e 30 horas) o Milfontes defronta a equipa do Sesimbra, anfitriã desta etapa competitiva. A participação no Nacional de Futebol de Praia foi um desafio bem aceite pelo Milfontes?
Foi um novo desafio para o qual fomos muito impulsionados pela Associação de Futebol de Beja e pela Câmara Municipal de Odemira. Acabámos por abraçar este projeto e viemos experimentar competir nesta edição do Campeonato Nacional de Futebol de Praia. Faz todo o sentido que um clube do litoral que se chama Praia de Milfontes aqui esteja?
Na verdade faz todo o sentido que estejamos neste campeonato. E queríamos levar uma etapa do campeonato nacional para Milfontes, não conseguimos porque não nos candidatámos a tempo, só seria possível se fossemos à segunda fase do campeonato, mas esperamos ter uma etapa da prova no próximo ano. Que objetivos trouxeram para esta competição?
Viemos para ganhar experiência, é sempre uma novidade, e depois para promovermos a nossa terra e o nosso concelho, queremos levar o nome de Milfontes o mais longe possível. Os resultados obtidos, provavelmente, não traduzem isso, mas o importante é que nós estamos em Sesimbra, na praia do Ouro, equipados com o símbolo das “Melhores Praias de Portugal”. A equipa tem alguns atletas do Futebol de 11 que competiram no campeonato da AFBeja?
O campeonato veio numa altura muito complicada para constituirmos uma equipa. Na nossa zona os nossos negócios são quase todos sazonais, temos que aproveitar o verão e a maior parte dos atletas está a trabalhar. Não conseguimos ter mais gente disponível. Não conseguimos treinar, ainda fizemos em Milfontes quatro torneios de promoção, mas pouco mais do que isso. No futebol de praia é tudo novo para nós, não temos experiência na modalidade, vamos ver como isto
vai até ao fim porque na próxima jornada teremos mais gente disponível. Os torneios de promoção foram bem -sucedidos?
Sim, correram bem. Foi uma parceria do Clube Desportivo Praia de Milfontes com a Associação de Futebol de Beja e a Federação Portuguesa de Futebol e a Câmara Municipal de Odemira. Tivemos em prova cerca de 400 atletas ao longo dos quatro fins de semana em que decorreram os torneios, pensamos que foi algo de muito positivo na promoção da modalidade. No campeonato nacional dificilmente atingirão a segunda fase, mas esse também seria um objetivo imediato?
Os objetivos prioritários da nossa presença neste campeonato passam apenas pela participação da equipa, a promoção do clube, da nossa terra e do nosso concelho, aprender e crescer nesta modalidade. Em nenhum momento nos passou pela cabeça que seria possível algo diferente. Pensamos que esta atividade será para continuar, queremos manter a equipa, estou certo que no próximo ano cá estaremos de novo. O clube está com uma dinâmica e um crescimento muito interessantes, quer na formação, quer na diversidade de projetos que abraça …
Penso que sim. Este ano vamos fazer história
porque vamos ter equipas de petizes, traquinas, benjamins, infantis, iniciados e juvenis, e seniores, como é lógico. Nunca o clube tinha conseguido inscrever equipas em todos estes escalões etários para participar nas provas da Associação de Futebol de Beja. E contamos que, dentro de duas épocas, seja possível fechar este leque com uma equipa de juniores, esse é o nosso grande objetivo. Os seniores lutarão mais uma vez pelo título, como tem acontecido nas últimas temporadas?
Lutarmos pelo título, não direi. Vamos tentar fazer sempre melhor, mais e melhor, é isso que queremos e é para aí que dirigimos o nosso esforço, mas, seguramente, daremos continuidade às boas campanhas que temos feito. Temos dignificado o nome do clube e da terra e é isso que queremos continuar a fazer. Os sócios e adeptos do clube reveem-se nesse esforço?
Sim, apoiam-nos muito. Os tempos estão difíceis e os apoios também não podem ser abundantes, mas a nossa massa associativa é extraordinária, temos uma grande claque, bons sócios, bons adeptos, continuamos a ter a massa associativa mais presente do distrito de Beja nos jogos da equipa, dados que podem ser comprovados pela associação de que somos a equipa em casa com mais adeptos. Isso já é uma grande vitória.
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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X Raid BTT Trilhos de Baco em Vidigueira
Realiza-se no próximo dia 18 de agosto a décima edição do Raid BTT “Trilhos de Baco”, competição organizada pelos Bombeiros Voluntários de Vidigueira em parceria com a Associação Trilhos de Baco. O raid terá percursos com a extensão de 25, 40 e 70 quilómetros e as inscrições estarão abertas até ao próximo dia 14 de agosto.
Catarina Bicho José Saúde
Braz fora do Atletismo regional Joaquim Braz, eleito presidente da Associação de Atletismo de Beja em setembro de 2012 para um mandato de dois anos, demitiu-se por divergências com o coletivo e na sequência da instauração de um processo disciplinar à atleta Isabel Braz, do Beja Atlético Clube, por comportamento incorreto perante o diretor técnico regional. Amélia Vaz, vice-presidente, assumiu interinamente a presidência.
A alteração de linhas de voo tornou a campanha columbófila mais justa
A competição ficou equilibrada A campanha desportiva da columbofilia distrital foi bem sucedida e terminou com a afirmação de novos campeões e a confirmação dos valores históricos desta modalidade. Texto e foto Firmino Paixão
A
ntónio Félix Ninhos, presidente da Associação Columbófila do Distrito de Beja, mantém a convicção de que a deslocação das linhas de voo para Sul tornou a competição mais justa e permitiu que emergissem novos valores na columbofilia distrital. O dirigente assegura que a próxima campanha terá idêntico figurino, com ligeiras alterações na solta de Montelano, onde nesta época se verificou uma invulgar perda de aves. A temporada foi bem-sucedida?
Foi uma época normal em termos globais, no início houve perdas significativas de aves, provavelmente devido à prova de Montelano. O primeiro mês foi muito chuvoso, o clima não ajudou e nesse período perderam-se, principalmente, pombos novos. Mas em relação ao meio fundo e fundo correu tudo dentro da normalidade, com um índice de perdas normal. Surgiram novos campeões e confirmaram-se os históricos …
Houve algumas alterações, e dou como exemplo o António Reis, que concorre em Serpa, nos últimos 10 anos, e que ficou sempre abaixo dos primeiros 10, e este ano foi campeão. É relevante como é que, alterando a linha de voo, um columbófilo fica em primeiro no geral de meio fundo e segundo no geral de meio fundo Norte. Outro exemplo, o Armando Alves, de Ferreira do Alentejo, no ano passado foi o 77.º em velocidade e este ano foi o 9.º. Está a sublinhar as virtudes da alteração das linhas de voo para Sul?
E foram muitas. A alteração da linha de voo fez com que os pombos das sociedades mais longínquas voassem menos e os pombos das sociedades mais próximas passassem a voar um bocadinho mais. Houve claramente um equilíbrio
Columbofilia António Félix Ninhos, presidente da Associação Columbófila do Distrito de Beja
de distâncias. Outra coisa que fizemos foi melhorar as condições de transporte dos pombos, isolando os camiões. As recolhas foram feitas mais tarde, os pombos não têm sofrido nada e até filmámos as soltas. A competição ficou mais justa?
Muito mais justa. Em termos de distâncias podemos comparar, mas há sempre divergências, houve alguma contestação no início porque há muita gente que não foi a favor da linha e, como tal, agravam sempre as situações: se perderem 10 pombos, dizem que perderam 20. Mas na análise que fizemos na associação, achámos que esta alteração foi muito positiva, até porque durante os transbordos nunca deixámos pombos à espera a altas temperaturas dentro dos camiões. O calendário, aprovado para duas campanhas, vai manter-se?
O calendário está aprovado com ligeira alteração na prova de Montelano, cujo local de solta será deslocado um pouco mais para o Norte, ficando um pouco na linha dos meios fundos. Faremos duas provas de fundo em conjunto com Évora e Portalegre e teremos mais um grande fundo, facultativo,
desde Soses, perto de Barcelona. Os constrangimentos financeiros afastaram columbófilos da competição?
A crise faz com que as pessoas tenham que cortar em alguma coisa e os pombos dão muitas despesas, pelo que será natural um certo abrandamento também na columbofilia. Mas é assim em todas as modalidades. Temos notado um grande decréscimo na última década, não me pergunte porquê, mas deve ser por motivos financeiros e são mais os que desistem do que os que surgem de novo a praticar a modalidade. Quais as novidades que vamos ter na próxima campanha?
Esperamos que corra da melhor forma. Pela nossa parte está tudo preparado, a nossa organização está a funcionar e aqui cabe uma palavra de reconhecimento ao vice-presidente desportivo Rogério Ricardo, que é incansável no desempenho das suas competências. O que mudaria na columbofilia do distrito de Beja para que a modalidade tivesse um assinalável crescimento?
Face à situação do País, não estou a ver medidas práticas para
que isso aconteça. Seria importante que os columbófilos tivessem uma situação financeira mais desafogada para que existisse esse estímulo. As autarquias também têm dificuldades, não podem ajudar muito mais, mas é fundamental que se criem condições nas coletividades para que possam atrair mais pessoas para a modalidade. A associação tem património e é autossuficiente?
Temos o suficiente para a gestão corrente e estamos a pensar seriamente em comprar um novo trator, porque um dos três que temos está muito usado. As campanhas vão dando para a manutenção, temos falta de um espaço para recolha dos carros, mas a prioridade é o trator. Sente-se bem no papel de líder da columbofilia distrital?
Não tenho qualquer problema. É uma área que conheço bem. Estou um pouco longe de Beja, mas desloco-me sempre que necessário. Fui convidado por ter sido um dos impulsionadores deste novo calendário para que a competição se tornasse mais justa. Quem não quiser ver isso é porque não lhe convém.
Assumem os peritos da patinagem artística que este acessório que integra o mundo dos patins sempre se ajustou a clãs familiares que jamais renegaram a sua evidente entrega a uma causa que, a espaços, nos contempla com excelentes resultados. Cativa-me as cândidas ações que famílias próximas dos patinadores embutem nos jovens atletas, cuja execução na arte de patinar resvala para êxitos reconhecidos. Reconheço que a vertente da patinagem artística tem assumido ao longo do tempo características próprias. Lembro, literalmente, o encanto sincronizado debitado pelos atletas em bailados endeusados onde o traje dos patinadores dá brilho a um espetáculo de ritmo musical intenso que, associado à diversidade das cores deslizantes no palco do acontecimento, conduz o público a um êxtase supremo. A minha homenagem de hoje é para uma jovem atleta do Clube de Patinagem Artística de Cuba que dá pelo nome de Catarina Bicho. Rezam os cardápios do seu historial que Catarina cedo evidenciou engenho e arte para uma disciplina à qual se deu de alma e coração. A sua generosidade foi sempre imensa. Ainda muito jovem Catarina Bicho começou a vincar a sua espontaneidade, quer em treinos quer em provas onde participa, que a conduz a sucessos quiçá inimagináveis. Assim sendo, os títulos regionais averbados foram caindo em catadupa. Este ano nos nacionais de juvenis, realizados em Cuba, Catarina conquistou a medalha de bronze, deixando claro que a subida ao pódio foi a cereja sobre o bolo da sua real tenacidade. Uma consagração que deixa antever um futuro risonho para a jovem patinadora oriunda da vila de Cuba. Impõem-se, também, enaltecer o trabalho de bastidores num clube onde Ana Bicho, mãe de Catarina, se assume como uma incansável dirigente e que muito trabalha em prol do desenvolvimento de uma modalidade que se dimensiona no tempo de forma clara e inequívoca. Parabéns, Catarina!
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1630 de 19/07/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1630 de 19/07/2013 Única Publicação
21 Diário do Alentejo 19 julho 2013
Especialista de problemas de amor Astrólogo Curandeiro
DR. CÂMARA
TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA
Espiritualista e Cientista
1.º Juízo
ANÚNCIO
CÂMARA MUNICIPAL DE VIDIGUEIRA SUBUNIDADE ORGÂNICA DE GESTÃO E PLANEAMENTO URBANÍSTICO
AVISO N.º 2/ 2013 Manuel Luís da Rosa Narra, Presidente da Câmara Municipal de Vidigueira, torna público que, nos termos do disposto no artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro, a Câmara Municipal, em reunião ordinária pública de 3 de julho de 2013, deliberou por unanimidade proceder à abertura do período de discussão pública da 1.ª ALTERAÇÃO AO PLANO DE URBANIZAÇÃO DE VIDIGUEIRA. O período de discussão pública decorrerá pelo prazo de 22 dias, contados a partir do quinto dia após a publicação do presente Aviso na 2.ª Série do Diário da República. Os elementos que compõem o Plano, bem como a ata da conferência de serviços e pareceres apensos, estão disponíveis para consulta na Subunidade Orgânica de Gestão e Planeamento Urbanístico, sita na rua da Malheira, s/n, em Vidigueira. Para conhecimento geral se publica este e outros de igual teor que se afixam nos lugares de estilo. E eu, Francisco José Caipirra Covas, Chefe da Divisão de Administração Municipal, o subscrevo. Paços do Município de Vidigueira, 4 de julho de 2013. O Presidente da Câmara Municipal, Manuel Luís da Rosa Narra
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Processo: 671/13.8TBBJA Interdição/Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: José Martinho Reis N/Referência: 2660355 Data: 09-07-2013 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/ Inabilitação em que é requerido José Martinho Reis, com residência em Rua Dr. Brito Camacho, 39- Ferreira do Alentejo e actualmente internado no Hospital José Joaquim Fernandes, Beja, 7800-000 Beja, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Passei o presente para ser afixado.
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saúde
22 Diário do Alentejo 19 julho 2013
Análises Clínicas
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Medicina dentária
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Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)
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(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
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DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
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Especialista pela Ordem dos Médicos
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Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
dos Médicos
pela Ordem e Ministério da Saúde
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das 14 horas Tel. 284322503
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nº 4 1ºFte
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VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
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Psiquiatra no Hospital
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saúde
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Dr. Ricardo Gomes - Ortodontia - Médico Dentista Dra. Vanda Marcelino - Endodontia/Medicina Dentária Geral - Médica Dentista
Dra. Carla Iwata - Endodontia/Medicina Dentária Geral Médica Dentista
Dra. Rita Macedo - Odontopediatria/Crianças Médica Dentista
Dr. João Rua - Oclusão/ATM/Dores de Cabeça/ Reabilitação Oral Médico Dentista - Prof. de Reabilitação Oral no I.S.C.S.E.M
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Telefone: 284 328 100
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr.ª Joana Leal – Medicina Tradicional Chinesa/ Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Convenções:
ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
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23 Diário do Alentejo 19 julho 2013
necrologia diversos
24 Diário do Alentejo 19 julho 2013
PÓVOA DE CAMBAS / OLEIROS
ENTRADAS / BEJA
BEJA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA CANDEIAS CECÍLIA DOS SANTOS, de 73 anos, natural de Entradas - Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ISABEL GALRITO PEREIRA DE LACERDA FERNANDES, de 68 anos, natural de Salvador - Beja, casada com o Exmo. Sr. António Miguel Fialho Santa Maria Fernandes. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 14, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
DOS PRAZÊRES PEREIRA (ALZIRA), de 82 anos, natural de Janeiro de Cima Fundão, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Capela de São Marcos em Castelo Branco, para o cemitério de Vilar Barroco - Oleiros.
CASCAIS / BEJA
Baleizão
Manuel Diogo
CARTÓRIO NOTARIAL EM CASCAIS
ERVIDEL
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ BERNARDINO QUINTA QUEIMADA LAMPREIA, de 75 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Antónia da Conceição Bravo Lampreia. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da Igreja de Santo António do Estoril, Cascais, para o cemitério de Beja.
NOTÁRIO: JOAQUIM MANUEL VITAL RUIVO
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIANA CAIXINHA PIAÇAB, de 79 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 17, da Casa Mortuária de Ervidel, para o cemitério local.
MISSA
Carlos Manuel Hilário Dias Gonçalves Aleixo
5.º Ano de Eterna Saudade
11.º Ano de Eterna Saudade
Filha, neta e genro recordam com muita saudade o quinto ano de ausência do seu ente querido, falecido em 19 de julho de 2008.
Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 20/07/2013, sábado, pelas 18 e 30 horas, na igreja do Carmo, em Beja.
MISSA DO 30º DIA
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
João Noémio Rosa Bico
Maria da Silva Rocha
1.º Mês de Eterna Saudade Esposa, filha e genro participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada mis-
AGRADECIMENTO
sa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia
A família de Maria dos Anjos Gonçalves
23/07/2013, terça-feira, às 18 e 30 horas, na igreja da
Mar tins Belo, conster nada pela perda da sua ente querida, agradece a todos aqueles que os acompanharam nesta hora tão difícil.
Diário do Alentejo n.º 1630 de 19/07/2013 Única Publicação
Sé, em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.
Sobrinhas, restante família e amigos cumprem o dolo-
Joaquim Manuel Vital Ruivo, notário, CERTIFICA NARRATIVAMENTE, que no dia dezasseis de Julho de dois mil e treze, a folhas seis do livro de notas para escrituras diversas, número QUATROA, deste Cartório foi outorgada uma escritura de justificação do seguinte teor: Palmira Rosa Ganhão Narra, NIF 152 758 020, natural da freguesia de Selmes, concelho da Vidigueira, residente na Zona de Expansão, Lote 94, Alvalade Sado, Santiago do Cacém; Maria das Relíquias Clérigo Narra Marques, NIF 152 276 750, natural da freguesia e concelho de Portel, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com António Manuel Carraça Marques, residente na Rua Antero de Quental, Lote 2269 – 1°, Quinta do Conde 1, Quinta do Conde, Sesimbra, e, Fátima da Conceição Clérigo Narra Marques, NIF 138 086 621, natural da freguesia de Santana, concelho de Portel, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com António José César Balhanas, residente na Avenida Portugal, número 62 – 3° Esquerdo Carnaxide, Oeiras, declararam que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: Prédio Urbano, sito em Selmes, na Rua dos Balcões, composto de três compartimentos e quintal, com a área total de cento e cinco metros quadrados, confrontando a norte Cláudio José Sardinha, sul Maria do Patrocínio, nascente Carlos Ganhão e poente Rua dos Balcões, na freguesia de Selmes, concelho da Vidigueira, descrito na Conservatória do Registo Predial da Vidigueira sob o número 1505, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 574, da referida freguesia e concelho, com o valor patrimonial total de € 6.610,00 – que é o atribuído. Prédio Urbano sito em Selmes, na Rua 25 de Abril, no concelho da Vidigueira, composto de seis compartimentos e quintal, com a área total de duzentos e sessenta e seis metros quadrados, confrontando norte Cláudio José Raminhos, Sul Rua Dr. Oliveira Salazar, nascente Manuel José Ganhão, Poente Manuel Joaquim Ramos, na freguesia de Selmes, concelho da Vidigueira, descrito na Conservatória de Registo Predial da Vidigueira sob o número 122, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 588, da referida freguesia e concelho, com o valor patrimonial total de € 9.260,00 – que é o atribuído. Metade Indivisa de Prédio Rústico sito em Selmes, composto de cultura arvense e oliveiras, com a área total de três mil setecentos e cinquenta metros quadrados, denominado “Rado de El-Rei”, na freguesia de Selmes, concelho da Vidigueira, que confronta a Norte com Estrada; a Sul com Francelina Gertrudes Baixinho; a Nascente com Joaquim Cristo Patrocínio e a Poente com José dos Santos Casadinho Lula, descrito na Conservatória do Registo Predial da Vidigueira sob o número 544, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 256, Secção A, da referida freguesia e concelho, com o valor patrimonial total de €41,36 e atribuído de mil euros. Que, dadas as circunstâncias da indicada posse, atrás enunciadas, eles outorgantes adquiriram aqueles imóveis por USUCAPIÃO, título esse que não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais, impossibilitando-os, assim e por natureza, de verem reconhecido o seu direito de propriedade perfeita. Está de conformidade com o original. O Notário Lic. Joaquim Manuel Vital Ruivo
roso dever de participar o falecimento ocorrido a 21 de junho de 2013 e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas
DECLARAÇÃO Eu, Mariana Carolina Andrade Pegas, declaro que não me responsabilizo por
as pessoas que acompa-
dívidas contraídas ou vindas a contrair
nharam a sua ente querida
pelo meu ex-marido José Francisco
à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar.
Doutor Abrantes, a partir do dia 3 de Maio de 2008.
Empresas
Paço dos Henriques em Viana do Alentejo vai ser recuperado
Sush shi hi é um praato de culiliná nári ria japo one n sa s que u po poss ssui u orige geem gem numa ma aant n ig ga téécn cnicca d dee cons co nser erva v ção çãão da car arne ne de peeiixe ixe eem m ar arro roz avin av inag in agra ag raado do. TTeem em ce cerc rc a d dee 200 an 20 anos anos os e iini niicia n cial ci alm meen en ntte era ven era er vend ve ndiid do em em b bar arrraaccaas ar as como co mo comidaa de de ruaa, u um ma e pé es péci péci cie ie dee fas faasst fo foo od d.
Palco de grandes acontecimentos históricos, ocupado em plena Revolução de Abril, o Paço dos Henriques, em Viana do Alentejo, vai agora ser um espaço dedicado à cultura. Não havendo recursos para o reabilitar, o imóvel entrou num processo de degradação e só a partir de 2009 é que a Câmara Municipal de Viana do Alentejo decidiu pôr mãos à obra, tendo assinado um contrato de cedência do imóvel com o Estado por um período de 20 anos, renovável. Esta situação permite agora ao município promover uma candidatura a fundos comunitários com vista à sua recuperação. “Um pequeno auditório, um espaço para exposições, ali ficará também instalado o posto de turismo, uma biblioteca e um núcleo museológico”, refere João Pereira, vereador na Câmara de Viana do Alentejo, adiantando que “será um espaço dimensionado não só para a cultura local, mas também um espaço interpretativo para quem nos visitar”.
Um conceito diferente, aliado à cultura ocidental
Sushizzaria abriu em Castro Verde Sushizzaria é o mais recente espaço na vila de Castro Verde. Inaugurado no passado mês de junho, assenta num conceito inovador que alia a arte do sushi à especialidade das pizzas. Publireportagem Sandra Sanches
Q
uem procura um ambiente diferente, descontraído e inovador, irá certamente encontrá-lo na Sushizzaria, um espaço inaugurado recentemente em Castro Verde. E não necessita de ser o verdadeiro amante de sushi ou de outra especialidade idêntica, basta querer experimentar algo diferente. José Canário, proprietário do espaço, diz que, apesar da base do projeto assentar no conceito de sushi, o espaço convida o cliente a degustar mais do que isso. A opção pizza criou-se precisamente a pensar naqueles que não apreciam sushi. Por outro lado, e porque gostos não se discutem, até há clientes que gostam de acompanhar o sushi com algo mais, podendo complementar a refeição com uma pizza.
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A celebrar 40 anos, a herdade do Esporão decidiu renovar os rótulos da gama Monte Velho tinto e branco. “Uma imagem ainda mais cuidada e em linha com o restante portefólio da herdade do Esporão, destacando a origem alentejana e as castas predominantes que o compõem”. Esta nova imagem também reflete uma preocupação ambiental. Os componentes utilizados passaram a ser mais amigos do ambiente, com a utilização de garrafas de 420 gramas e caixas de cartão cru, impressas apenas a uma cor.
Diário do Alentejo 19 julho 2013
Monte Velho apresenta nova imagem com colheita 2012
Desengane-se quem pensa que o sushi assenta apenas em peixe cru. Na verdade, até pode ser feito com carne. O verdadeiro sushi é definido como arroz avinagrado com uma cobertura ou recheio de peixe, marisco, vegetais ou ovos crus, cozinhados ou marinados; o que muda na verdade são as formas diferentes que o mesmo assume, nomeadamente nigiri – fatias de peixe cru ou outro ingrediente sobre bolinhos de arroz; maki – arroz e vários ingredientes como peixe e vegetais fritos, por exemplo, num rolo de algas; temaki – algas em forma de cone com arroz, peixe cru ou outro ingrediente no seu interior; e oshi zushi – arroz, fatias de peixe ou outros ingredientes prensados numa caixa de maneira a que o mesmo adquira uma forma quadrada. Muito mais que simples fatias de peixe cru é o sashimi, servido com molho de soja, wasabi, daikane e, por vezes, algas frescas, ou mesmo frutos frescos. Os acompanhamentos, para além de escolhidos pelas suas cores e sabores, são essencialmente colocados pelas suas qualidades digestivas.
A cozinha de fusão é uma outra modalidade em que o resultado da união das cozinhas ocidentais e asiáticas se combinam. É particularmente apreciada por quem gosta de combinações exóticas e inovadoras, acabando o peixe por ser marinado, braseado ou até passado pela fritura de forma a conferir ao cliente esta mesma fusão de cozinhas. Uma experiência que o empresário pensou em levar para Castro Verde uma vez por mês, parece agora, dada a recetividade dos clientes, estar para ficar. Para além da dedicação do sushiman às peças que elabora que, por si só, já são convidativas, os preços praticados também parecem não ficar atrás. Desde peças individuais a menus, o empresário pensou em tudo, sendo que uma refeição poderá mesmo não ultrapassar os sete euros. De portas abertas a toda a comunidade, o cliente tipo da Sushizzaria é, sem dúvida, o típico casal jovem que aprecia a especialidade, no entanto, já se perdeu a conta aos emigrantes que passaram pelo espaço.
Novo conceito de loja Bricomarché chega a Santo André O Bricomarché, insígnia do grupo Os Mosqueteiros, acaba de implementar o novo conceito de loja em Vila Nova de Santo André, presenteando assim os clientes com um espaço diferente e melhorado. Com uma área total de 1 700 metros quadrados e uma equipa de 15 colaboradores, a loja integra assim o novo conceito e a nova estrutura desta insígnia assente nos cinco universos habituais, em que se destacam áreas como jardim e monocultura, pintura, renovação de cozinha e casa de banho, ferramentas elétricas e eletricidade.
Centro de Estudos e Apoio Psicopedagógico de Serpa disponibiliza apoio psicológico O Centro de Estudos e Apoio Psicopedagógico de Serpa (Ceaps) está neste momento a disponibilizar apoio psicológico para desempregados e pessoas com baixos rendimentos, disponibilizando um programa de consultas com a duração de quatro meses e que inclui 50 sessões. Para desempregados o valor a pagar é de 48 euros mensais; para pessoas com baixos rendimentos é de 80 euros mensais. Para solicitar mais informação, os interessados deverão ligar para 963291763 ou contactar através do mail centro.aprenderacrescer@ gmail.com.
Diário do Alentejo 19 julho 2013
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Livros na Lagoade Santo André
À solta Talvez nunca tenhas pensado, mas podes fazer desenhos fantásticos com lápis de cera e um secador de cabelo. É verdade, são os materiais necessários além de uma folha de cartão. O ar quente expelido pelo secador não só derrete a cera como a espalha pela folha. Agora é só combinares as cores que mais gostas.
Pais Não são só as crianças que gostam. Nada mais fácil de fazer que adicionar fruta, iogurte, levar ao congelador e temos uns deliciosos gelados. Para os fãs de gelados de água a solução é fazer sumo de fruta e congelar.
Praia é brincadeira, mas também há momentos em que apetece ficar calminho na toalha com um bom livro e é o que vai acontecer de 29 de julho a 16 de agosto na Lagoa de Santo André. Vai haver leituras, histórias e jogos tradicionais. Não percas! Consulta o programa em http://www.cm-santiagocacem.pt
A páginas tantas... A Paleta de Letras lançou recentemente Obax do autor brasileiro André Neves. Obax significa flor em somali e é o nome da protagonista da nossa história, uma menina africana, que, para além de brincar com os animais selvagens, adora inventar histórias. Sim, por entre girafas e outros animais selvagens, o seu passatempo é contar histórias, muitas delas difíceis de acreditar. Este livro conta já com o prémio Jabuti para melhor livro infantil de 2011 e este ano, numa lista de 30 melhores livros infantis, três desses títulos são de André Neves. Aproveita, segue este link e assiste a um pouco desta viagem http://vimeo. com/68147600
Dica da semana Uma das boas coisas que a "dica" te traz é dar-te a conhecer um pouco mais além dos autores, ilustradores e artistas que por aqui passam. O seu trabalho não se resume aos livros publicados, aos textos escritos ou aos quadros pintados. Muitos alimentam blogues mais ou menos pessoais, também eles com dicas para outros artistas. Convidamos-te a mergulhar no “confabulando imagens” de André Neves e como o próprio autor diz é um espaço onde "confabulo imagens. Algumas ficam na imaginação, outras saem para os livros. Nem sei quantos. Sou pura imagem. Risco e rabisco. Só sei ser assim." http://confabulandoimagens.blogspot.pt
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Gastronomia
Todas as gastronomias do o Alentejo em livro
Ao contrário da cozinha, onde muitas mãos a mexer no mesmo tacho não dá bom resultado, foi necessário o trabalho empenhado de muita gente para que a Carta Gastronómica do Alentejo fosse concluída, cumprindo, assim, um dos antigos objetivos da Confraria Gastronómica do Alentejo. Na passada semana, a Entidade Regional do Alentejo (ERT) apresentou, com pompa e circunstância, a obra que guarda e protege uma parte do património cultural do Alentejo. Aquela parte que nos distingue pelo palato e que traz com ela sabores e saberes imemoráveis.
ANTÓNIO ALMODÔVAR (NI)/ARQUIVO “DA”
Carta de bem-fazer e melhor comer
Texto Aníbal Fernandes
S
ão mais de um milhar, as receitas recolhidas ao longo de anos e que, a partir de agora, passam a estar disponíveis, quer para todos os restaurantes do Alentejo, quer para o público em geral, na Internet. O propósito há muito que estava inscrito nos planos de atividade da Confraria Gastronómica do Alentejo. Em boa hora a ERT juntou-se à ideia no âmbito do projeto “Alentejo Bom Gosto”. A colaboração das câmaras municipais, bem como das associações de desenvolvimento local (Terras Dentro, Esdime, Litoral Alentejano, Alto Alentejo e Rota do Guadiana), foi fundamental para se chegar junto das pessoas que eram, cada qual por si, guardiãs destas pequenas parcelas da identidade alentejana. Do total das 250 freguesias da região, as equipas de recolha visitaram 204, conversando com milhares de petisqueiros, e registando inúmeras gravações das receitas e respetivos pratos. Como se lê no texto de introdução da Carta Gastronómica do Alentejo, as equipas de campo encontraram “uma população envelhecida”. A soma das idades dos entrevistados é de 62 581 anos, sendo a idade média de 63. A esmagadora maioria são mulheres (91 por cento). A mais idosa tem 96 anos e a mais jovem 22. No que se refere ao nível de escolaridade, 12 por cento são analfabetos, e
apenas dois por cento têm formação superior. Metade (51 por cento) não passa do 1.º ciclo. Joaquim Pessoa Lopes é membro fundador da confraria e um dos coordenadores da obra agora editada. Ao “Diário do Alentejo” ressalta a “grande diversidade” da cozinha alentejana e as suas “especificidades” sub-regionais. “Há pratos iguais com nomes diferentes, e outros que, apesar do mesmo nome, não têm nada a ver uns com os outros”, afirma o gastrónomo bejense que vê na carta uma tentativa para se “evitar que se percam as receitas tradicionais” e preservar a “cozinha simples” do Alentejo, num tempo em que os chefes “gostam de complicar”. Para além das receitas, o livro conta com a colaboração de vários especialistas que contextualizam o tema do ponto de vista histórico, sociológico e antropológico, ou ainda sob uma perspetiva técnico-científica. Romanos e árabes Inês Ornellas
e Castro e Fernando Mello fazem notar o facto do início do Império Romano (27 a.C) coincidir com o da Era Cristã e “quanto ambas, apesar de distantes do nosso tempo, criaram estéticas de vida que, sendo diferentes,
permanecem sensíveis nos nossos dias. A mesa é fortemente influenciada desde há dois milénios pelas duas, ora enquanto celebração sacramental, portanto salvífica, ora como lugar de partilha e reunião. Sagrado e profano vivendo lado a lado, sem beliscaduras nem concorrência”, escrevem. O azeite, o vinho e o pão são o resultado do “trabalhar a terra, viver a terra, melhorar a terra”, transformando a agricultura num dos “grandes pilares da cultura romana”. Já Cláudio Torres debruça-se sobre a “Memória dos sabores do Mediterrâneo”, e contribui para, nas palavras da confraria “entender porque somos atlânticos por posição e mediterrânicos por cultura”. O d i re tor d o C a mp o Arqueológico de Mértola confirma que “a alimentação era dominada por uma enorme variedade hortícola, assente na fava, grão-de-bico, tremoço, ervilha, chícharo, a que se foram acrescentando outras espécies introduzidas a partir do século X, como o arroz, o trigo duro, o espinafre, a beringela e a alcachofra”. O porco preto, segundo Tirapico Nunes é, nos dias que correm o ícone da gastronomia
A alimentação era dominada por uma enorme variedade hortícola, assente na fava, grão-de-bico, tremoço, ervilha, chícharo, a que se foram acrescentando outras espécies como o arroz, o trigo duro, o espinafre, a beringela e a alcachofra”
alentejana e, “a par dos alhos, da massa de pimentão, dos coentros ou dos cominhos, a maior referência comum de todo o nosso património gastronómico”. Mas Cláudio Torres lembra que, apesar de hoje monopolizar os menus de muitos restaurantes alentejanos, o suíno foi-nos “imposto pela
Inquisição”, já que “era o carneiro que predominava na culinária alentejana. Sobretudo através dos ensopados, cozidos e guisados de todos os géneros, a carne de carneiro e borrego não só dominou os gostos e sabores no Alentejo e em todo o Mediterrâneo, como ainda hoje é o manjar mais apreciado e desejado nas festas e aniversários, nos casamentos e batizados, nas romarias e encontros festivos. Os tradicionais ensopados de borrego bem apurados e apaladados com a hortelã e outras ervas aromáticas são a marca inimitável de saberes passados que, de geração em geração, atingiram o máximo requinte”. Outros especialistas referem diferentes maneiras de olhar para a culinária de hoje em dia. Ana Soeiro reflete sobre “uma gastronomia ligada à terra” e aos produtos do Alentejo que lhe dão substância. João Cotta Dias propõe a aplicação do conceito de “qualidade total” na gastronomia da região “para perpetuar os seus ancestrais sabores e aromas e permitir o crescimento e a expansão de bens alimentares tradicionais” de forma a criar “as desejáveis condições de bem estar social e económico” na região e no País. Galopim de Carvalho congratula-se com “o muito que felizmente ainda existe”, alerta para o que está “em vias de extinção” e lamenta o que já só perdura na memória de alguns. Maria Antónia Goes escreve sobre a “Comida dos pobres” e Antónia Fialho Conde remete-nos para a tradição conventual nos hábitos alimentares alentejanos, sem esquecer a doçaria popular. Saramago e Almodôvar E como de memória se trata, a Carta Gastronómica do Alentejo não se esquece de dois dos maiores divulgadores da comida alentejana. Alfredo Saramago, doutor em História da Alimentação e gastrónomo, falecido em 2008 e autor, entre outros, de Para Uma História da Alimentação no Alentejo; e António Almodôvar (Ni), recentemente falecido, historiador, natural de Beja, autor da coluna gastronómica do “Diário do Alentejo”, reunida no livro Memórias da Culinária Alentejana.
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EDIA lança concurso de fotografia em torno da água
A EDIA lançou na quarta-feira, 17, o II Concurso de Fotografia, subordinado ao tema “Água, Sustentabilidade e Alterações Climáticas” e inserido nas comemorações do Ano Internacional de Cooperação pela Água. A iniciativa pretende “alertar para a importância do recurso água como suporte para a vida e pilar de diferentes ecossistemas e de diferentes atividades humanas”, sendo que “as alterações climáticas poderão acentuar os problemas associados aos recursos hídricos, com
Boa vida Comer Codornizes com amêijoas no tacho Ingredientes para 4 pessoas: 4 perdizes; 4 dentes de alho; 2 cebolas médias; 1 folha de louro; 1 molho pequeno de salsa; 4 dl. de vinho branco; 1 dl. de aguardente velha; 500 gr. de amêijoas; q.b. de sal; q.b. de piripiri; q.b. de batata frita; q.b.de salada a seu gosto. Confeção: Depois das perdizes arranjadas e limpas, corte cada uma em quatro partes, lave-as muito bem e tempere com sal e pimenta. Leve um tacho ao lume com cebola picada, alho picado, louro e azeite. Coloque dentro as perdizes e vá cozinhando devagar. Adicione a aguardente e deixe ferver por dois minutos. Refresque com o vinho branco e deixe evaporar o álcool. Cubra-as com água quente e junte um pouco de piripiri. Deixe cozinhar. Quando estiverem cozidas, junte as amêijoas e tape o tacho com a tampa. Passados três a quatro minutos, ou quando as amêijoas estiverem abertas, polvilhe com salsa picada. Retifique os temperos e bom apetite… Acompanhe com batata frita e salada a seu gosto. NOTA: não deixe cozinhar demasiado as amêijoas para não ficarem secas. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Jazz Lama + Chris Speed “Lamaçal”
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síndrome do segundo disco é um problema que, sabemo-lo, afeta muitos projetos. Criadas expetativas na estreia, as mesmas, tantas vezes, não conhecem continuidade, ditando os abismos do olvido. O inverso acontece, porém, com o trio – baseado em Roterdão – formado pelos portugueses Susana Santos Silva e Gonçalo Almeida e pelo canadiano Greg Smith, que, aliando-se ao experiente saxofonista e clarinetista norte-americano Chris Speed, não só confirma como amplia neste segundo registo as virtudes expostas na estreia, há dois anos, com o excelente “Oneiros”. “Lamaçal” concretiza uma parceria que se revela muito conseguida e com a qual, de facto, a formação expande consideravelmente o espetro de soluções disponíveis, dando notáveis passos em frente. Gravado ao vivo na 10.ª edição do Portalegre Jazz Fest, em 2012, o novo disco volta a revelar movimentações de miscigenação entre elementos de vários domínios das múChris Speed (saxofone sicas criativas – apostando tenor e clarinete), Susana Santos Silva como elemento essencial (trompete e fliscorne), das suas construções sonoGonçalo Almeida ras – numa criteriosa utili(contrabaixo, efeitos zação de loops e efeitos elee loops) e Greg Smith trónicos, que se fundem (bateria e eletrónicas). Editora: Clean Feed de forma natural e inteliAno: 2013 gente com os instrumentos acústicos. Apesar de Gonçalo Almeida se assumir como principal compositor, todos os restantes músicos também assinam peças concetualmente dominadas pelo imaginário ligado ao mar e a bizarras criaturas que nele habitam (a exceção será o festivo “Pair of Dice”, original de Speed). “Overture for A Wandering Fish” (da autoria da trompetista) abre em tom solene, escutando-se ruminações vindas das profundezas, seja via sopros ou contrabaixo processado. A peça que dá título ao disco exibe vivos diálogos entre o trompete e o clarinete (depois saxofone tenor), assentes na efervescência controlada da secção rítmica. Introduzida por sons que evocam os emitidos pelos cetáceos (linguagem estruturada que o Homem praticamente desconhece), a bela melodia de “Moby Dick” revisita a personagem central do revolucionário romance de Herman Melville, com Almeida desenvolvendo graciosas figuras e Smith laborando com minúcia. “Cachalote”, de Smith, é introduzida por este, seguindo-se uma altiva intervenção de Speed em tenor, que desemboca em vigorosos uníssonos com o trompete. O tom enérgico desvanece-se e tudo termina serenamente. “Anémona” constrói-se em torno de um belo ostinato de contrabaixo e a melodia hipnotizante de “Manta” transporta o ouvinte para a tranquilidade silenciosa dos fundos abissais. Uma excelente proposta que reforça o superlativo interesse deste projeto. Nota: António Branco volta a este espaço em setembro. António Branco
impactes ambientais, financeiros e sociais que merecem reflexão”, explica a empresa. O concurso, cuja inscrição é gratuita, está aberto a todos os interessados maiores de 18 anos. O prazo limite para a entrega dos trabalhos é o próximo dia 30 de setembro, de acordo com o regulamento disponível em www.edia.pt. A divulgação dos resultados está prevista para dia 21 de outubro, com a inauguração da exposição dos melhores trabalhos nas instalações da EDIA, em Beja.
Letras Que importa a fúria do mar
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inalista da edição deste ano do Prémio Leya, é o romance de estreia de Ana Margarida de Carvalho, jornalista, entre outras notas biográficas que só confirmam uma sensibilidade muito particular. Pode ter-se gosto pelas palavras mas não ter intimidade com elas. Nem ter uma inteligência das palavras. Ana Margarida de Carvalho tem isso, que não é pouco, um sentido de observação apurado, ironia, e um gosto pelo desfiar a história. Um enredo é só um pretexto. Que não é tratado de modo menor, atente-se. Bem pelo contrário. O enredo é a essência. É nele que a autora projeta uma postura ética e política (no sentido clássico), em que se entretece também um pouco da sua circunstância, da sua história pessoal – é neta e filha (de Mário de Carvalho) de homens que foram presos e torturados pelo regime salazarista. Especifique-se: Joaquim, o herói a quem não importa a fúria do mar, é um dos revoltados da Marinha Grande. Não é um herói coletivo, porém. Não é um herói que se arvora líder de uma revolução. A sua é uma revolução da matéria comum à daqueles que apenas aspiram viver “levantados do chão”, como homens íntegros, senhores do seu coração e da sua alma. Não é um intelectual, Joaquim. Eugénia, uma jornalista consagrada e com uma vida esvaziada, é perturbada pelo desafio que os silêncios – e os olhos verdes – de Joaquim lhe impõem. É, depois, tomada pela história dele e por um amor que a transcende. É pelo olhar dela que encontramos o olhar de Joaquim e por ele é que nos enlevamos. Mas que importa a história maior? É através dos detalhes, ao ritmo da desfiada, que este conto nos vai tomando. É um romance que nos toma pela subtileza. Maria do Carmo Piçarra
Ana Margarida de Carvalho Teorema 15,90 euros 240 págs.
Toiros Ganadaria Brito Paes
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a década de cinquenta o lavrador e cavaleiro tauromáquico bejense António da Luz Brito Paes adquiriu um lote de vacas de casta portuguesa a António Teixeira e a Paulino da Cunha e Silva, essencialmente para treinar, embora tenha lidado corridas em Beja, Abiul e Nazaré. Como não gostou do resultado acabou por eliminar todo o efetivo. Mais tarde, em 1960, é então fundada a ganadaria “Dr. Brito Paes”, com divisa amarela e branca e sediada na Herdade do Monte Velho, em Odemira, com a compra de sessenta vacas de Filipe Malta, de procedência de Soler. Para semental foi então adquirido um toiro do dr. António Silva lidado por José Simões em Coruche. Este toiro foi considerado o pai da ganadaria ao deixar mais de trezentos descendentes. A estreia em praça ocorreu em Beja, dois anos depois, a 10 de agosto de 1962, pois o ganadeiro conseguiu ir comprar alguns dos bezerros, filhos dessas vacas que tinham sido vendidos pelo eng. Filipe Malta a um negociante de gado. Mais tarde, em 1975, foram introduzidos sementais de Cabral Ascensão e posteriormente de Oliveira Irmãos e Simão Malta. Em 2000 com a morte do dr. António Brito Paes a ganadaria passou a denominar-se dr. Brito Paes, Herdeiros e é então ampliada com vacas de Cabral Ascensão. Ao longo dos anos foram muitas as ganadarias a escolher toiros de Brito Paes para sementais, como António Lampreia, Cochicho, João Ramalho, Francisco Luís Caldeira, Luís Rocha, Jorge de Carvalho, Rego Botelho e Ezequiel Rodrigues. Dos seus triunfos destacam-se três corridas TV seguidas a conquistar o troféu de bravura. Conquistou ainda este trofeu em praças como Cascais, Santarém por duas vezes, Abiul, Cabeço de Vide e Campo Pequeno. Em 1995 foi considerada pela imprensa espanhola como a ganadaria triunfadora das feiras de Málaga e Mérida. No passado sábado, 13 de julho, em Vila Nova de Milfontes, a ganadaria conquistou um dos seus maiores triunfos, ao lidar uma corrida em que cinco dos seis toiros lidados foram considerados “bravos” e com três deles a obterem o prémio do regresso ao campo para a nova vida de “semental”. Vítor Morais Besugo
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Filatelia “Croatia in the EU – A Meeting of Friends” – Grande Prémio Internacional para Portugal ambos investigadores do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20). Sobre estas duas interessantes obras, de que já aqui demos detalhada notícia, podem ler-se mais informações em: http:// sfaac-filatelia.blogspot.pt/2013/07/medalhas-de-prata-grande-para-obras.html. A “Croatia 2013” decorreu na Galeria “Klovićevi dvori”, em Zagreb, de 26 a 30 de junho. Foi comissário nacional o filatelista João Soeiro. Folha do primeiro selo português em leilão
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Grande Prémio Internacional da exposição “Croatia 2013” foi conquistado pela coleção portuguesa “D. Luís I – Emissões Estampadas e de Provisório”, de João Violante. Esta coleção obteve 94 pontos, o que corresponde a medalha de ouro, módulo grande. As restantes 10 participações obtiveram sete medalhas de ouro, duas de prata, módulo grande, e uma delas (classe Literatura) foi retirada de competição. As restantes medalhas de ouro distinguiram: “German Aerophilately 1888-1938”, de Graham Cosh, coleção que foi uma das candidatas ao GPW, tendo sido vencida na terceira votação por um voto de diferença; “Império Colonial Português – Correio ordinário”, com 89 de pontos, de Pedro Vaz Pereira; “Inteiros postais ceres” (86 pontos), de Rui Mendes; “Sou o rei da caça” (88 pontos) e prémio de classe, de Eduardo Sousa; “O encanto das Flores” (88 pontos) e prémio especial, de Ana Rita Passos; “O presépio” (85 pontos) e prémio especial, de Susana Pereira; e “A pomba mensageira” (85 pontos), de Gonçalo Lima. As duas medalhas de prata, módulo grande, foram atribuídas a duas participações da classe Literatura, ambas de associados da Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra (Sfaac). São elas “História e Filatelia I” e “História e Filatelia II. Portugal e a Europa: uma história contada através dos selos portugueses”, de Isabel Maria Freitas Valente e João Rui Pita,
O lote número 915 do 59.º leilão filatélico P. Dias, que se realiza amanhã, consta de uma folha completa do selo de 25 réis de D. Maria II, emitido em 1 de julho de 1853. O lote é apresentado com a seguinte descrição: “1853, D. Maria II – folha completa de 24 selos do 25 réis azul-escuro, (n.º2 do catálogo Afinsa), C. II Carimbo de barras ‘13’ que corresponde a Azeitão, preto. Apenas são conhecidas quatro folhas completas (incluindo esta). Alguns pequenos defeitos, principalmente nas margens, não retiram a raridade desta peça de exposição e de referência da filatelia portuguesa no mundo”. Vai a leilão pelo preço base de 10 mil euros. Muitos são os lotes que despertarão a cobiça dos filatelistas, mas não podemos deixar de chamar a atenção para os números 1 020, 949, 950, 952, 954 e 1 019 (selos clássicos de Portugal) e números 522 (Moçambique), 583 (Macau) e 1 678 (Timor). O catálogo pode ser consultado em http://www.leiloespdia.pt.
Viagem presidencial às Ilhas Selvagens A visita, de afirmação de soberania, que o Presidente da República, professor doutor Aníbal Cavaco Silva fez ontem às Ilhas Selvagens, foi motivo de emissão de um inteiro-postal e de um carimbo comemorativo. Geada de Sousa
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Arte digital na Galeria Margarida de Araújo
DR
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O Atelier Galeria Margarida de Araújo, em Serpa, tem patente ao público, até ao dia 2 de agosto, a Art Sur-Faces (Faces/Superfícies da Arte), uma mostra de arte digital que integra o Festival Fonlad/ /Ass. IC Zero/Projeto Videolab. A mostra, uma coprodução com a Associação Sulcena, conta com a curadoria de José Vieira e a participação de cerca de duas dezenas de artistas e pode ser vista de quarta-feira a sábado, das 14 às 20 horas, e de quinta-feira a sábado, das 21 às 23 horas.
Música e magia animam Noites de Santa Maria O Terreirinho
DR
Fim de semana
das Peças, em Beja, acolhe hoje, sexta-feira, a partir das 21 horas, no âmbito da iniciativa Noites de Santa Maria, um concerto pelo Duo de Concertinas (António Gabriel e Januário Horta), momentos de magia com Nathanael e karaoke com Fernando Almeida. A organização está a cargo da Junta de freguesia de Santa Maria da Feira.
Igreja dos Remédios, em Castro Verde
Rogério Charraz, Luciano Cuviello e A Presença das Formigas nas Noites na Nora
Rota do Fresco ao Luar em Vila Nova da Baronia
No âmbito do 14.º Festival Noites na Nora, da companhia de teatro Baal 17, Serpa será placo, este fim de semana, de três espetáculos musicais, sempre com início pelas 22 e 30 horas. Hoje, sexta-feira, sobe ao palco Rogério Charraz, que se tornou, “ao primeiro disco, numa das certezas do panorama da música portuguesa”. O compositor terá como convidado especial Ricardo Carriço, que, “prestes a comemorar 25 anos de carreira como ator, se lança na aventura de cantar”. Amanhã, sábado, será a vez de Luciano Cuviello. Licenciado em Composição Musical, o argentino é fundador do projeto de investigação académico artístico “Violetas Arenas”, “cujas obras resultam de contemplações de cinco elementos conceptuais: Essência – Conceito Sistémico – Expansão e Contração – Tao – Transcendência do Ser. O resultado é uma música original com estruturas rítmicas – harmónicas complexas e melodias que acompanham textos relacionados com os elementos citados”. Cuviello (voz e piano) estará acompanhado por António Silva (guitarra) e Martin Rodriguez (baixo). Para domingo está agendado um concerto pelo grupo A Presença das Formigas que apresentará temas inéditos que integrarão o seu segundo disco, a editar no final do ano. O disco foi concebido e gravado em Serpa, no Centro Musibéria, ao abrigo do programa de Jovens Criadores. A Presença das Formigas “continua a criar música inspirada no universo tradicional português, explorando formas de expandir os seus limites”. Integram A Presença das Formigas, André Cardoso (guitarras), Manuel Maio (bandolim, violino e voz), Miguel Cardoso (baixo e voz), Nuno Silva (acordeão), Rui Lúcio (bateria) e Sara Vidal (voz). Terão como convidado António Silva.
Vila Nova da Baronia, no concelho de Alvito, recebe hoje à noite, a partir das 21 horas, a iniciativa Rota do Fresco ao Luar. A igreja da Misericórdia é o ponto de partida. “Para além de visitarem património que, à noite, está naturalmente fechado e de conseguirem entrar noutro que, tanto de noite como de dia, teima em não deixar os curiosos espreitarem”, a Rota do Fresco ao Luar “vai levar os habitantes a descobrir ou redescobrir o seu património”. A rota, gratuita, integra a programação de mais uma edição da ExpoBaronia, que decorre até domingo e que propõe ainda a atuação da banda Daddy Jack Band (hoje), baile com a banda MDR (amanhã) e um espetáculo com Romana (domingo).
Lendias d´Éncantar dizem “adeus, até setembro” A festa do “Adeus, até setembro” é a proposta da companhia Lendias d´Éncantar para este fim de semana, no espaço Os Infantes. Hoje, sexta-feira, pelas 22 e 30 horas, haverá um concerto com as bandas bejenses October Station e Chá de Empilhadora. Amanhã, sábado, pelas 20 horas, no rés-do-chão, terá lugar um “jantar cubano”, e, duas horas depois, música com os Dj Rui Eugénio e Tó Ramela.
Espaço Oficinas mostra instalação de Vítor Caos
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O espaço Oficinas, em Aljustrel, inaugura hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, a instalação “As portas mortas” de Vítor Caos. Vitor Manuel d´Assunção Gonçalves nasceu em Angola, há 46 anos, e vive atualmente em Beja. Na instalação que apresenta no espaço Oficinas, o artista, que adotou o nome Vítor Caos, “transmite, através da madeira, do ferro, do papel e das tintas toda a realidade física dos materiais, dando especial destaque às portas”. A instalação pode ser vista até ao dia 7 de setembro.
Alunos do conservatório apresentam “Músicas com história”
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Grupo de Interpretação Musical Histórica do Conservatório Regional do Baixo Alentejo apresenta amanhã, sábado, na igreja dos Remédios, em Castro Verde, a sua última apresentação do presente ano letivo. O concerto terá início pelas 21 e 30 horas. Constituído por alunos do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, o Grupo de Interpretação Musical Histórica, em atividade desde 2010, nasceu “como complemento didático à antiga cadeira de História da Música”. Sob a direção do professor António João César, o grupo “ensaia de forma integrada nas aulas de História da Cultura e das Artes, desenvolvendo, deste modo, uma abordagem inovadora no ensino da referida cadeira”, explica o Conservatório Regional. A constituição do grupo tem como objetivos principais “proporcionar aos alunos um contexto de ensino-aprendizagem estimulante, criando pontes entre a teoria e a prática musical, bem como desenvolver junto dos seus membros e das comunidades envolventes o gosto pela fruição artística e pela reflexão sobre o papel da música nos seus múltiplos contextos históricos e sociais”. Desde a sua criação em 2010, o Grupo de Interpretação Musical Histórica “preparou e apresentou dois concertos comentados, sobre História da Música Medieval e Renascentista, apresentado em Castro Verde (2011), e sobre História da Música Barroca, apresentado em Castro Verde e Beja (2012)”. Ainda no ano passado o grupo apresentou-se na Biblioteca José Saramago em Beja, com um show case. Já este ano o grupo apresentou um concerto de História de Música Barroca, na igreja de Vale de Vargo, em Serpa, e um concerto comentado multitemático abrangendo várias épocas da História da Música, em igrejas de Odemira, Almodôvar, Moura, Vila Nova da Baronia e Beja.
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Praia de Quintos encerrada por água estar contaminada com banhistas. Programa da SIC “Portugal em Festa” irá emitir, durante toda a tarde do próximo domingo, a partir de Odemira: proteção civil já aumentou o nível de alerta para vermelho.
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Exclusivo Não confirmo, nem desminto
PS relata negociações com partidos do Governo no seu site. PS local faz o mesmo e nós mostramos um excerto! do A propósito da “Salvação Nacional”, o Parti es izaçõ atual site seu no o entad Socialista tem apres que dos parti os com es ciaçõ periódicas sobre as nego coapoiam o Governo. O PS local não quis ficar atrás e desnem rmo, confi meçou a fazer o mesmo. A Não mominto esteve atenta à Internet e relata aqui os local. PS mentos mais emocionantes do dia a dia do mos 09:12 – Ligou o José Lello a perguntar se podía io. corre pelo eijão requ de adas mandar umas queij fica dia, um que do mais tes Quando não vê o Sócra deprimido e enche-se de doces… LOL!! Lambão…
Vem aí a Salvação Nacional! CP explica que comboio que fez a ligação entre Casa Branca e Beja, sem ar condicionado e com janelas fechadas, é uma “carruagem-sauna” Na semana transata foi notícia o facto de a ligação ferroviária entre Casa Branca e Beja ter sido efetuada num comboio sem ar condicionado e com as janelas fechadas. Respondendo à indignação de diversos utentes que sobreviveram a esta experiência, e de outros que já recuperam da insolação, a CP veio agora explicar o sucedido: “Trata-se de um novo conceito que queremos introduzir, o de ‘carruagem-sauna’ – achámos que o Alentejo seria a zona ideal para o experimentar! Reconhecemos que as coisas não correram bem, mas é preciso ver o lado positivo da coisa… Teria sido pior se os conceitos de ‘carruagem-grelhador’ ou ‘carruagem solário’ tivessem ido para a frente!”. Todavia, a Não confirmo, nem desminto sabe que esta não será a única experiência da empresa pública de caminhos de ferros. Revisor da companhia, pago em garrafões de seis litros de água e leques, revelou-nos também que a CP pretende que as bilheteiras da estação de Beja passem a funcionar com o fuso horário de Jacarta e que a capital do Baixo Alentejo seja a primeira cidade a receber o Carlos Moedas Express.
Alcácer do Sal: Sepultura de mulher e cão com 8 000 mil anos revela que a senhora ainda espera que o animal faça as necessidades “Porra, Piloto, vê lá se te despachas que a novela ‘Pinturas de Dor na Caverna do Amor» está quase a começar!’ Segundo os especialistas, terá sido esta a última frase de Maria Eulália, mulher (re)encontrada numa sepultura de Alcácer do Sal, cerca de 8 000 mil anos após o seu falecimento. Os arqueólogos responsáveis pela descoberta, que exultaram com o achado, já afirmaram que este poderá ser um dos vestígios arqueológicos com maior valor na Península Ibérica e quiçá nas Berlengas, uma vez que o esqueleto está muito bem preservado, como também nos confirmou a própria Maria Eulália: “É normal que esteja bem conservada… Só comia peixe, fruta e, de vez em quando, uns conguitos, pois sou um bocadinho gulosa! Gostava que me vissem quando era nova: tinha menos rugas de expressão que o Paulo Portas, e mais dentes do que um membro de uma claque de futebol. Até fui miss t-shirt molhada Canhestros 8025 AC! Os e os mamutes ficavam malucos comigo!”. Segundo consta, quando foi (re)encontrada, Maria teria um saco no Minipreço e estaria ainda à espera que o Piloto ultrapassasse os seus problemas com a prisão de ventre. O seu primeiro pedido terá sido uma mini fresquinha e que não lhe contassem o final do Game of Thrones.
10:01 – O António Saleiro está a ligar. Como é que Fingimos que não ouvimos?
é?
a 11:30 – O PS anuncia que tudo fará para que de Fábrica de Morfina seja implantada no concelho lve envo que B plano um s temo Beja. Se não resultar mos uma pastelaria com queques de haxixe. (Pode es! alegr os ficam os, não dormir, mas, pelo men kkkkkkkkk) 11:55 – Já marchava uma pizza... é 12:33 – O Saleiro a ligar outra vez? Irra, que chato!… 14:31 – Vou beber uma água com gás. Pizza de chovas nunca mais… 15:33 – Porra, pá! Quem é que desgravou o grama do Sócrates na RTP?
an-
pro-
es 15:49 – Acabo de receber um email do Mário Simõ pese quinz para isto res que acaba assim: “Se envia soas tornas-te membro do Governo.” po16:00 – O PS vem, por este meio, convidar a praça da pulação para assistir à “inauguração” raida República, à “inauguração” da estátua da . nha D. Leonor e à “inauguração” da rua das Lojas s. fado de o tácul espe um terá Cada inauguração (Aproveitem pessoal… Enquanto for ano de eleições, isto é sempre a abrir…) 16:42 – O Saleiro está a ligar. Outra vez. Vou aten ntra enco der: “O número que marcou, não se atribuído…”. ! 16:45 – Bem, vou à minha vida, que está na hora de hora em m ligue , coisa Querem mais alguma expediente…
Nº 1630 (II Série) | 19 julho 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Cão Quando nos morre um cão, cala-se qualquer coisa dentro da nossa alma canina. Quem gosta de cães, quem faz do cão um companheiro, um amigo, um familiar, percebe-me. Percebe o desgosto de termos perdido uma vida que nos contentou com dois olhos fiéis. Chegar a casa, uma festa na cabeça, uma côdea de pão apanhada no ar, umas cócegas na barriga, e eles completa e ingenuamente felizes oferecendo-nos ternura e uma pata. E nós, nesse pequeno enlace de mãos no pelo, nessas ridículas palavras que inventámos para eles entenderem o nosso amor, a esquecermo-nos da angústia do trabalho, do desnorte da vida, da crueza do dia. Quem gosta
de cães sabe que eles pressentem os humores da nossa existência. Quem gosta de cães sabe que quando vamos passear com eles temos seis patas e um faro mais apurado e não nos importamos que eles deitem pelo e se babem e nos vão acordar de manhã e nos lambam e sejam gulosos e rebolem na terra e ladrem a meio da noite e tenham ciúmes das visitas e queiram dormir connosco e vomitem no carro e saltem para os sofás e risquem os móveis e nos empurrem o jornal à procura da nossa mão. Quem não gosta de cães não sabe que um cão é um filho de outra maneira. Por isso, os cães nunca deviam morrer antes dos donos. Adeus Guga. Vítor Encarnação
quadro de honra Nasceu no Porto, onde concluiu a licenciatura em Arquitetura. Desde 2007 que reside em Castro Verde, onde faz trabalhos na sua área de formação. Dedica-se também à arte pública, ao design, à fotografia e ao artesanato. Em 2010 criou a marca oficina arquitecturas®, projeto transdisciplinar de produção criativa. No final de 2012, em coautoria com Gabriela Passos, criou a marca ponto de malha®, onde trata da produção, design, imagem de marca e fotos de produto.
Autora de peça de arte pública
A perpetuação da existência da freguesia de Casével
H
Representa um manifesto relativamente à já decidida extinção/agregação da freguesia de Casével, reafirmando a sua identidade territorial e corporalizando, de forma manifesta e perdurável, a perpetuação da sua existência no dia-a-dia das suas gentes e na memória coletiva das gerações vindouras.
“Casével: Um território, Uma história, uma identidade” foi concebida em coautoria. Em que se inspiraram?
A peça é composta por um elemento em betão – fundador e identificador de intenções –, e por um conjunto de lâminas férreas que lhe asseguram a continuidade da volumetria, desmaterializando-a, porém, gradualmente, tornando-a permeável ao olhar do observador que pode assim ver além dela, não perdendo de vista a paisagem do território que referencia.
Este foi um projeto desenvolvido a quatro mãos, com o Pedro Silva, um colega e amigo arquiteto do Porto, uma colaboração que já se tem repetido outras vezes. Não podendo deixar de referir e evocar a importância do trabalho de quem executou e construiu a obra, materializando eficazmente a nossa ideia. Na forma e ritmo, a proposta inspirou-se no perfil de uma seara ondulante, referência imagética aos campos sem fim da planície ondulante que envolve Casével. O que representa a peça de arte pública? PUB
Quais os elementos que constituem a peça?
Como gostaria que as pessoas a definissem/sentissem?
Como algo que pertence ao sítio, como um bastião da sua estima e orgulho pela terra e pela sua história milenar e, simultaneamente, como estandarte da sua
Hoje, sexta-feira, são esperados 32 graus centígrados de temperatura máxima. O céu deverá apresentar-se limpo. Amanhã, sábado, o sol brilhará em toda a região e no domingo não são esperadas nuvens.
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Noites em Santiago animam Entradas
Helena Passos, natural do Porto
elena Passos, em coautoria com Pedro Silva, deu forma à escultura que representa a tomada de posição contra a já decidida extinção/ /agregação da freguesia de Casével. O objetivo? “Perpetuar a sua existência no dia a dia das suas gentes e na memória coletiva das gerações vindouras”. Helena Passos, que trocou o Porto pela planície do Campo Branco.
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tristeza e indignação pela abolição da freguesia. Gostaríamos, acima de tudo, que as pessoas se identifiquem e se sintam reconhecidas na nossa intervenção. Quais os projetos que se seguem em oficina arquitecturas®?
A oficina arquitecturas® é um projeto transdisciplinar de produção artística no âmbito da arquitetura e mais além, do arquitetar, produzindo trabalhos em diversas áreas como a arte pública, as instalações temporárias, o design, a fotografia de produto e o artesanato (projeto manualidades). Recentemente iniciámos um projeto educativo, que está a dar os primeiros passos, composto por diferentes oficinas, essencialmente direcionadas ao público em idade escolar e às suas famílias, em torno do tema “Brincar à Arquitetura”. Paralelamente, temos alguns projetos em mãos, para dar continuidade e concluir até setembro, como um trabalho de ilustração, um arranjo interior e a maquetagem de uma publicação, bem como um outro elemento de arte pública e a produção das agendas 2013. Bruna Soares
Entre os próximos dias 26 e 28, a avenida de Nossa Senhora da Esperança, em Entradas, volta a receber mais uma edição das Noites em Santiago, tradicionalmente um espaço de encontro de todos os entradenses e de centenas de visitantes. Durante três dias, Entradas recebe um conjunto diverso de propostas culturais, entre exposições, música, animação de rua, tourada, artesanato, celebrações religiosas, bailes e ainda as comemorações do aniversário do Núcleo da Oralidade do Museu da Ruralidade e do polo da biblioteca. Na noite de abertura, a 26, depois da XIV Corrida de Touros da Rádio Castrense, sobem ao palco os bejenses Anonimato, banda que fez história na região e no País e que agora volta a reunir-se para o 20.º aniversário do lançamento do seu disco de estreia. Segue-se, a 27, o músico popular Quim Barreiros, famoso pelas suas letras de duplo sentido e, para encerrar, a atuação do grupo Banza, intérprete de muitas das modas que compõem o cancioneiro popular alentejano. As Noites em Santiago são uma organização da Junta de Freguesia de Entradas, em parceria com a Câmara Municipal de Castro Verde, e com a colaboração do associativismo local.
Rota Vicentina é associação e já chega ao Algarve O projeto Rota Vicentina constituiu-se como associação, reunindo agora, além dos promotores iniciais – Associação Casas Brancas, Associação Almargem, câmaras municipais, juntas de freguesia e entidades regionais de turismo do Algarve e Alentejo – cerca de uma centena de empresários do setor do turismo de toda a região, entre os concelhos de Santiago do Cacém e de Vila do Bispo. A agora Rota Vicentina – Associação para a Promoção do Turismo de Natureza na Costa Alentejana e Vicentina fez também saber que “já estão oficialmente completos os 350 quilómetros” do percurso, com os trilhos algarvios já “completamente sinalizados” e prontos a calcorrear a partir de setembro, passado o calor e as enchentes de visitantes.