Este VALE
Tomé Pires
Noel Farinho
José Madeira
Guida Ascensão
Ana Raquel Soudo
João Português
Vasco de Almeida
Os candidatos às câmaras de Serpa e Cuba apresentam-se págs. 6/7
€1,20 Veja como na página 25
na Postos BP Beja
SEXTA-FEIRA, 2 AGOSTO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1632 (II Série) | Preço: € 0,90
Portugal e Espanha com estratégia concertada, em Bruxelas, para a recuperação de “sistema único”
Montado de azinho é metade do que existia em 1985 JOSÉ FERROLHO
pág. 11
Palma: O “condado” que luta pela escola primária págs. 4/5
Americanos trazem bambu para o Alqueva pág. 10
CTT “modernizam-se” com bicicletas pág. 12
Vítor Madeira lidera arbitragem pág. 19
Os contos do Clube dos Poetas Vivos pág. 30
Ao fim de 25 anos, o povoado da Idade do Ferro de Mesas do Castelinho, perto de Santa Clara-a-Nova, Almodôvar, está à beira de se tornar “visitável”. Até ao final do ano deverá estar concluído o projeto de musealização deste sítio arqueológico que contempla um percurso pelo terreno e um centro interpretativo que ficará situado no museu de Santa Clara. Um final feliz para esta longa história. págs. 16/17
Mesas do Castelinho: O renascer de uma cidade
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
02
Editorial Vírus Paulo Barriga
Vice-versa 2014 será um ano decisivo para deixar sair a troika, o que só será possível porque foram implementadas, entretanto, medidas pelo atual governo que permitiram a sustentabilidade das contas portuguesas. Mário Simões, PSD
Derrubar este governo será um imperativo para o PCP, porque só dessa maneira poderão mudar as políticas que têm levado ao empobrecimento da população. João Ramos, PCP
Este governo agora remodelado vai continuar a apostar, tal como até aqui, na austeridade e o PS não será, tal como até à data, partido de protesto, mas sim aquele que apresenta uma alternativa para o País. Luís Pita Ameixa, PS
P
ara acompanhar uma nova imagem de marca, a Câmara de Beja lançou um vídeo promocional sobre a cidade e o concelho. Já muitas outras autarquias e instituições o fizeram antes. Ainda agora, Câmara de Odemira e a Junta de Freguesia de Cabeça Gorda deram a conhecer filmes onde relevam as potencialidades do seu território. Não importa aqui debater a eficácia, o preço, a qualidade ou a oportunidade destes videoclipes. Interessa é perceber que abandonámos em definitivo a chamada “galáxia Gutemberg”, a era da escrita e da tipografia. Para entrarmos no insondável “cosmos de São Tomé”, que são as redes sociais: ver para crer. Não é que, a nível sociológico, esta passagem da escrita à imagem, da forma como está a ocorrer, transporte grandes alterações. Ler e ver continuam a ser atos humanamente solitários. Já em termos psicológicos e afetivos, o homem que vê está muitíssimo mais arredado do sonho, da imaginação, da autocriação do que o homem que lê. Quem vê está mais informado, mais pobremente informado, mais globalmente formatado. As novas tecnologias da informação alteraram por completo a nossa maneira de ver o mundo e de o entender. Hoje, como nunca antes, faz todo o sentido recuperar uma das maiores profecias do pensador canadiano Marshall McLuhan: “O meio é a mensagem”. De facto, qualquer inovação que aconteça ao nível dos meios de difusão da mensagem é sempre muito mais relevante do que qualquer alteração ou intoxicação ao nível da própria mensagem. As mensagens que recebemos no Facebook, que vemos no YouTube ou que escutamos no MySpace, imediatas, fracionadas, velozes, essas mensagens têm a validade de um instante e um interesse residual muito próximo de zero. O que é valioso, objetivamente, é estarmos no Facebook, no YouTube, no MySpace ou em qualquer outra rede onde as pessoas e as mensagens se entrecruzam. Que são, afinal, os únicos locais onde os contágios virais são recebidos com agrado e ovação e sem recorrer a mesinhas. De resto, estamos cada vez mais sozinhos no meio da multidão.
A 3.ª sessão da XII Legislaturs perspetivada pelos deputados eleitos por Beja, in Rádio Voz da Planície
Fotonotícia
Subindo lá vai. Há sempre uma perspetiva diferente da torre de menagem do castelo de Beja. Esta, que agora publicamos, é uma espreitadela única e invulgar. Para a conseguir, é necessário atravessar uma “porta secreta” que existe por detrás do altar da capela do hospital velho. Uma passagem que dá para um torreão escondido, de onde se avista boa parte das antigas judiaria e mouraria da cidade medieval. E, claro, bem defronte da objetiva, o imponente colosso de pedra que os bejenses costumam dizer que não podem perder de vista. Esta fotonotícia é muito foto e pouco notícia. É apenas mais um olhar, apenas mais um, sobre a torre que mete inveja às águas reais. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo Agosto é para si um mês especial?
Inquérito de José Serrano
Filomena Guerreiro 45 anos, professora
Susana Carocinho 22 anos, estudante
Maria João 14 anos, estudante
Margarida Branco 42 anos, professora
Agosto é-me particularmente querido, pois é o meu mês de descanso. Significa dias descontraídos, de sol, de férias. Seja junto ao mar, de que tanto gosto, ou no campo. Mas sempre em boa companhia e com a família ao pé de mim. Nesta altura aproveito para mudar de ares e de região. É um mês de liberdade, em que o relógio não vai comigo. Fica cá, em casa.
É um mês especial. Para estar com os amigos, com a família. Tenho primos que estão a viver no estrangeiro. Foram trabalhar para França. Por lá casaram e constituíram família. Todos os anos vêm a Portugal passar o agosto. E é nesta altura que todos nos encontramos. No almoço dos primos. Desta vez o convívio vai ser aqui em Beja. Somos muitos. Este ano vamos 65 primos.
É um mês muito bem vindo. Mas não vivo ansiosa à sua espera. Cada um tem o seu tempo, e temos que os saber estimar a todos. Mas agosto é especial. É mais descontraído e com mais liberdade. Pelos dias de sol e praia que nos traz, as preocupações afastam-se para longe. Nesta altura do ano sentimo-nos mais livres.
É o meu período de descanso. Após um ano de trabalho, sabem tão bem umas merecidas férias. Fugir do calor de Beja e estar com os meus filhos junto ao mar alentejano ou algarvio, refresca-me a alma. Em agosto sinto-me diferente. Pela tranquilidade que me dá. Agosto é desde sempre um mês de boas lembranças. E já agora, que este me traga a colocação numa escola próxima.
Rede social
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 25 SANTIAGO DO CACÉM AUTARQUIA ATRIBUI À RUA DA FEIRA O NOME DE LUÍS SANTOS SILVA A Câmara Municipal de Santiago do Cacém atribuiu o topónimo “Luís Santos Silva – Economista, Exemplo de Vida Solidária 1982-2005”, à antiga rua da Feira. A cerimónia, que homenageou o jovem economista falecido em 2005 na Feira do Monte, decorreu junto ao Auditório Municipal António Chainho e contou com a presença de familiares, amigos e população em geral. Uma homenagem emotiva onde foi enaltecida a figura solidária de Luís Santos Silva e a sua vida ativa na comunidade cristã de Santiago do Cacém.
VIDIGUEIRA PJ DETÉM PROFESSOR POR ALEGADO ABUSO SEXUAL DE MENOR Um professor de 43 anos, que leciona no Agrupamento de Escolas de Cuba, foi detido pela Polícia Judiciária por suspeita de abuso sexual de um menor, que foi seu aluno. O detido foi, há alguns anos, professor da vítima, atualmente com 14 anos, não havendo grau de parentesco entre ambos, segundo a Lusa. A situação foi sinalizada pela mãe, na sequência do comportamento estranho do filho, tendo alertado as autoridades. Os factos, segundo o comunicado da Diretoria do Sul da PJ, “ocorreram numa localidade do Baixo Alentejo, desde data indeterminada, mas que se situa entre 2008 e 2009”. “O arguido mantinha contactos sexuais e correspondência de cariz sexual com um menor atualmente com 14 anos”, refere a PJ, sem adiantar mais pormenores. O detido foi constituído arguido e aguarda julgamento com termo de identidade e residência.
LISBOA FREGUESIA DE ERVIDEL NA COMISSÃO DE ECONOMIA E OBRAS PÚBLICAS O executivo da Junta de Freguesia de Ervidel reuniu-se com a Comissão de Economia e Obras Públicas, numa audiência em que transmitiu as preocupações e exigências da população e entregou cópia dos abaixo-assinados e das moções aprovadas nos vários órgãos autárquicos em defesa da estação dos CTT daquela freguesia. Manuel Nobre, presidente da Junta de Freguesia de Ervidel, citado pela rádio Voz da Planície, disse que a comissão parlamentar ouviu, tomou notas e comprometeu-se a levar este assunto a outras instâncias no sentido de serem encontradas soluções que não prejudiquem as populações. Até lá, a população não vai desistir de reivindicar a reabertura da estação dos CTT na freguesia, adiantou o autarca.
SÁBADO, DIA 27 ALMODÔVAR CÂMARA INAUGURA MERCADO MUNICIPAL APÓS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO A Câmara Municipal de Almodôvar inaugurou o “novo” mercado municipal da vila, que nos últimos meses sofreu profundas obras de requalificação. Segundo o presidente da autarquia, António Sebastião, este era um equipamento “há muito reivindicado pela população”. Esta obra foi financiada em exclusivo pela edilidade e envolveu perto de 600 mil euros. Segundo o município, o mercado “tornou-se num elemento âncora de promoção e implementação do comércio tradicional e dos pequenos produtores no centro da vila”, uma vez que é o “centralizador e aglutinador” do pequeno comércio local.
DOMINGO, DIA 28 PORTO ERT PROMOVE PARQUES DO ALENTEJO NO ESTÁDIO DO DRAGÃO A Turismo do Alentejo (ERT) realizou uma ação promocional dos Parques Temáticos e Pólos de Animação Turística do Alentejo no Estádio do Dragão. A iniciativa – agendada para o dia em que o Futebol Clube do Porto apresentou o plantel aos seus adeptos – contemplou a distribuição de informação sobre os parques, assim como a oferta de uma caderneta de cromos às crianças pelo Gilberto, a mascote deste projeto que tem como público-alvo as crianças e respetivas famílias e que visa atrair mais visitantes aos parques e, consequentemente, contribuir para o crescimento turístico e a afirmação do destino Alentejo.
3 perguntas a José Horta Cabo dos Forcados Amadores de Cuba
Como surgiu o diferendo entre os Forcados de Cuba e a Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF)?
O Grupo de Forcados Amadores de Cuba nasceu no final de temporada de 2006 e logo em 2007 integrámos a ANGF, como grupo pré-associado, com a finalidade de o grupo ser avaliado por um júri nomeado pela própria ANGF, de forma a confirmar que o grupo de Cuba cumpria todas as regras e pré-requisitos estipulados por esta associação, para que passasse a sócio efetivo. Entretanto, a meio da temporada de 2010, e sem qualquer aviso prévio, é pedido, numa assembleia geral da ANGF, para que os grupos associados votassem a favor ou contra a entrada dos forcados de Cuba para a associação, tendo os grupos votado contra a nossa entrada, mudando as regras do jogo, numa altura em que cumpríamos tudo o que nos era solicitado. Assim, e não compreendendo a situação, colocámos de imediato uma providência cautelar para anular esta decisão; como foi chumbada avançámos para um processo nos tribunais contra a decisão da ANGF, processo esse que está concluído faltando apenas conhecer a sentença. O que levou os grupos associados a votarem contra a vossa entrada?
O grupo de Cuba tinha, em 2009, realizado 23 corridas, e tinha acima de tudo criado aficìon nas suas gentes, com a população a mostrar carinho por nós e a acompanhar-nos para muitas corridas. A própria Câmara Municipal de Cuba fez um esforço financeiro e adquiriu uma praça de toiros para dar resposta às intenções da população. E quando assim é, um grupo novo, de uma vila do interior, aparece e começa a impor-se, por vezes incomoda os mais prestigiados, então havia de colocar um travão à nossa ascensão. De que forma esta decisão da ANGF mudou o vosso percurso?
Deixámos de ter corridas, pois os grupos associados estão proibidos de pegar com o grupo de Cuba, os empresários não nos podem contratar, caso contrário serão vetados pela ANGF, e assim os nossos seguidores perderam o entusiasmo, deixámos de ter sócios, e só não acabámos porque o grupo é constituído na sua grande maioria por rapaziada da Cuba, que com o seu bairrismo não desistem e querem continuar a ser forcados de Cuba. Embora este ano só tenhamos uma corrida, que será durante a nossa feira, havemos com toda a certeza de continuar a pegar toiros. Vítor Morais Besugo
O mundo inteiro em Sines Como sempre, acabou em festa e multidão mais uma edição do Festival Músicas do Mundo. 15 anos, celebrados com 43 espetáculos pelos vários palcos de Sines. Como este, junto à praia Vasco da Gama, que regressou à avenida, depois de obras de requalificação.
Jovens de Ervidel refrescam-se em festa Ervidel encerrou a sua VI Semana da Juventude com uma refrescante e divertida festa da espuma, ao ritmo do DJ Holly, no espaço exterior do Centro Cultural. Um pacote de iniciativas que passou também pelo desporto, artes marciais, insufláveis e pinturas faciais.
Loja Social de Beja alarga valências Começou a funcionar, esta semana, um banco de ajudas técnicas na Loja Social “Entre(e)Ajude”, com equipamentos para pessoas sem autonomia física. O espaço, no Mercado Municipal, resulta da aplicação de 50 por cento da verba angariada no primeiro ano de implementação da loja.
Dançar a vida em Serpa Aprender a ondular ventre, com sensualidade. Eis a proposta da bailarina italiana Alessandra Centonze, umas das muitas formadoras que estiveram por Serpa no II Festival Internacional de Danza Duende. Que terminou no sábado, encerrando também mais um Festival Noites na Nora.
Cante na feira anual de Vila Nova de São Bento Com o fim de julho, chegou a Vila Nova de São Bento mais uma aguardada feira anual. Tasquinhas, artesanato e expositores de produtos regionais deram animação à terra, a par das variadíssimas atuações musicais. Como esta, do Rancho Coral e Etnográfico.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
03
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
04
Palma
Aldeia pertenceu ao condado de Palma
População luta contra fecho da EB1
A
possibilidade de a escola do 1.º ciclo poder vir a encerrar já no próximo ano letivo é o assunto que domina, por estes dias, as conversas na pequena aldeia de Palma, localizada a 15 quilómetros da cidade de Alcácer do Sal e outrora pertença da herdade com o mesmo nome (ver caixas). A Câmara Municipal de Alcácer do Sal já comunicou à Direção Geral de Estabelecimentos Escolares que se opõe, argumentando que o eventual encerramento “isolaria os alunos do ensino pré-escolar que ali permaneceriam, sendo também prejudicial para a população que perderia aquele elemento de dinamização”, para além de que a transferência das crianças para a sede de concelho “não apresenta benefícios pedagógicos, nem a autarquia dispõe de circuito para efetuar o transporte, já que tal implica recolher crianças em Palma, mas também em Monte Novo e Quinta do Ouvidor”. Licínio Marcolino, de 48 anos, proprietário do único minimercado existente na aldeia, situado a escassos metros da escola, não tem dúvidas de que o encerramento terá implicações “no movimento da aldeia”. “Se fecharam a escola, a aldeia fica praticamente morta”, afirma, realçando que, à semelhança de tantas outras, a pequena localidade tem vindo a “perder população” ao longo dos anos, apesar de “muitos casais novos” optarem por “ficar a viver” em Palma, dada a “sua boa localização”. “No início praticamente só havia casas antigas, agora há muitas casas novas. A malta nova, em vez de sair, fica. Trabalha em Setúbal e Alcácer do Sal e tem casa aqui”, esclarece. O filho de Cláudia Santos, de sete anos, é um dos meninos que, a concretizar-se o encerramento, passará a frequentar o primeiro ciclo em Alcácer do Sal. “Ninguém quer que a escola feche”, assegura a empregada de balcão na estação de serviço de Alcácer do Sal, de 33 anos. “Temos poucas crianças [a escola tem
A aldeia de Palma, no concelho de Alcácer do Sal, luta por estes dias contra o possível encerramento da escola do 1.º ciclo no próximo ano letivo. A concretizar-se a medida do Ministério da Educação, as crianças passarão a frequentar a escola EB1 Pedro Nunes, na sede de concelho, que fica a 15 quilómetros. A Câmara de Alcácer diz que o eventual encerramento “isolaria os alunos do ensino pré-escolar” que permaneceriam na escola e que a poulação sairia prejudicada porque perderia “aquele elemento de dinamização”. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano
atualmente nove crianças no 1.º ciclo e seis no ensino pré-escolar] mas ainda temos o suficiente para a manter aberta. Era muito bom para as crianças se não fechasse, acho que ainda são muito pequeninas para apanharem o autocarro e irem para Alcácer, que fica a 15 quilómetros”, justifica, adiantando que está a circular pela aldeia “um abaixo-assinado” contra a medida do Governo. Se a escola encerrar, diz por sua vez Lurdes Figueira, de 37 anos, operadora de posto na área de serviço de Alcácer do Sal e mãe de um menino que transitou para o 2.º ciclo, Palma ficará “com mais um edifício fechado”, a juntar à antiga fábrica de descasque, que atualmente só labora na época da ceifa do arroz, e à sede do Grupo Desportivo e Recreativo de Palma, encerrada temporariamente desde fevereiro último, na sequência de um assalto, com recurso a explosão, à caixa multibanco instalada no edifício. “É mais um edifício que fica ali, e ficamos sem as crianças, que dão algum movimento, porque também fazem as festas de Natal, fazem teatro, em conjunto com o centro de dia. E nove crianças do 1.º ciclo com mais seis do pré-escolar é um número suficiente”, afirma,
salientando que na localidade “de Casebres, por exemplo, que tem o mesmo número de crianças [de Palma], e não tem ensino pré-escolar, a escola vai manter-se”. “Temos todos os meios para as crianças estarem aqui a estudar. E como temos crianças que vêm do Monte Novo de Palma e da Quinta do Ouvidor, se tiverem que ir para Alcácer do Sal terá que se dar tempo ao autocarro para ir buscá-las ao Monte Novo de Palma e à Quinta do Ouvidor, sendo que esse trajeto levará, mais ou menos, uma hora, uma hora e um quatro. As crianças sairão daqui cedo e chegarão tarde”, reforça. A Sociedade Agrícola da Herdade da Palma (ver caixas), em tempos proprietária da antiga fábrica de descasque de arroz, foi uma das maiores explorações agrícolas do País, “com vastos campos semeados de arroz e trigo”. Atualmente a herdade está dividida em várias explorações, pertença dos herdeiros de Posser de Andrade, que arrendam grande parte, “maioritariamente a habitantes da aldeia”. João Gadelha, 57 anos, orizicultor, é um desses rendeiros. Há 15 anos que produz arroz, depois de se ter dedicado “durante algum tempo à criação de gado”, também
em terrenos da herdade de Palma. “Produzo arroz em terrenos que pertencem à Sociedade Agrícola de Pinheirinhos e Fangarifau. Há aqui várias sociedades, que pertenceram à herdade [de Palma], da família Posser de Andrade, até fazerem a divisão pelos herdeiros. Isto agora está tudo diferente. Mas antes de pagarmos aos herdeiros, pagávamos ao Estado, que esteve a gerir isto durante muito tempo”. João Gadelha tem atualmente “32 hectares de arroz”, quase o triplo da área com que se iniciou. E não tem mais porque “neste momento os terrenos estão todos ocupados”, apesar de o número de rendeiros ter vindo a diminuir, diz. “Há pessoas que já desistiram, porque o arroz está a ser pouco rentável, mas a área [total] de produção de arroz mantém-se, porque há rendeiros que vão aumento a sua área”, esclarece, adiantando que o arroz que produz, após a colheita, “é transportado para o secador” da antiga fábrica de descasque de Palma, “que pertence atualmente à empresa Valente Marques”, situada em Oliveira de Azeméis. “Aqui já só fazem a secagem, depois transportam o arroz, em casca, para Oliveira de Azeméis. Mas em tempos fazia-se aqui a descasca do arroz e o seu embalamento, que era vendido para o mercado com a marca Palma. Depois, devido à antiguidade das máquinas, se calhar acharam que não era muito rentável e isso acabou e a fábrica foi vendida”. A fábrica, que chegou a empregar “muita gente”, diz o orizicultor, já só labora na época da ceifa do arroz, ocupando, durante esse período, pouquíssimas pessoas. A própria produção de arroz – que se inicia em março e termina em setembro, outubro – “também não dá emprego a muita gente, uma vez que os rendeiros tentam fazer os trabalhos o mais possível sozinhos e com as máquinas” de que dispõem, salienta. “O que ocupa aí mais gente são os serviços e agora a cortiça. Sem ser isso não há aqui muito trabalho para as pessoas”, conclui.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
05
Arlindo Passos Presidente da Junta de Freguesia de Alcácer do Sal/ Santa Maria do Castelo
Existe a possibilidade de a Escola Básica do 1.º Ciclo de Palma poder vir a encerrar no próximo ano letivo. Que repercussões poderão advir desse encerramento?
Significa que há crianças que têm que percorrer mais de 30 quilómetros, metade deles em caminhos de terra batida e de areia, para poderem frequentar a escola em Alcácer do Sal e num meio totalmente desconhecido e adverso. Atualmente há pais que trabalham fora e ficam mais descansados porque se acontecer alguma coisa aos filhos há sempre um familiar por perto para os proteger. Se contarmos os auxiliares que atualmente existem na EB1 Pedro Nunes, qual é o pai que fica descansado com um filho de seis, sete anos a mais de 30 quilómetros? Se tanto apregoam contra a desertificação é com medidas de encerramento de escolas rurais que o combatemos? Que medidas foram já tomadas para evitar o fecho?
A origem da aldeia…
… e do palácio
A mais antiga referência documental à aldeia de Palma remonta, de acordo com António Carvalho, arqueólogo do Gabinete de Arqueologia, Museus e Património do município de Alcácer do Sal, “ao ano de 1250, ou seja, o povoado é referido 33 anos após a conquista definitiva de Alcácer do Sal aos muçulmanos, efetuada em 1217”. Desde 1250 até ao século XVI “são poucos os elementos documentais que possuímos, assim como é nula a documentação arqueológica conhecida”, diz. Durante todo esse tempo (séculos XIII, XIV e XV) “Palma era um território que pertencia à Ordem de Santiago (com sede em Alcácer). Os mestres da ordem (…) decidiam a quem deveriam destinar a comenda de Palma, assim como definir o regime anual de pagamento à ordem. Vários foram os donatários desta comenda, pelo que devemos assumir que existiria algures na atual aldeia (e na base do atual palácio) uma edificação mais nobre aonde residiria o donatário da comenda quando se dirigia a ela a fim de inspecionar o andamento da exploração fundiária”. A população local “seria constituída na sua maioria por mouros forros, provenientes de Alcácer e do espaço rural envolvente. É esta população moura, a que se vai juntar ao longo dos séculos alguns camponeses cristãos, que está na origem da atual população de Palma”. No século XVI “a Ordem de Santiago entra na casa real portuguesa, no reinado de D. João III, que se torna perpétuo administrador, após autorização papal”, facto que “vai abrir um novo capítulo na história da aldeia de Palma. Numa ação unilateral, à revelia do papa, D. João III vai ceder a título perpétuo a comenda de Palma a dom Pedro Mascarenhas”. Pela primeira vez, “um vasto território da Ordem de Santiago sai definitivamente da sua alçada e ingressa no património de privados”, diz o arqueólogo.
O atual palácio, “com apontamentos de gosto renascentista, vai ser erguido por dom Pedro Mascarenhas no século XVI”, continua António Carvalho, adiantando que o palácio “sofre ruina após o terramoto de 1755”, sendo que “o atual aspeto advém das obras efetuadas após esse cataclismo natural”. Desde sempre foi local escolhido pela casa real “para descansar ou ver caçar. O rei D. José no século XVIII tinha aí cavalariças e o último rei a fazer uso de Palma como estância de caça foi D. Carlos”, salienta. A Herdade de Palma “tem por origem o arrendamento da propriedade de Palma (Condado de Palma), em 1868, feito por José Maria dos Santos e sua mulher, Maria Cândida Ferreira Borges São Romão, e comprada definitivamente ao 8.º conde de Sabugal (D. Luís Assis de Mascarenhas), em 1896. Sucessivamente aumentada com a compra de propriedades limítrofes, a herdade conservou-se inteira até aos anos 1960”. Em 1913 morre José Maria dos Santos, “único proprietário da herdade, desde a morte de sua mulher em 1878. Por seu testamento, a herdade é deixada em partes iguais a Maria Cândida São Romão Posser de Andrade e seu marido José Maria Posser de Andrade. Por morte desta, em 1921, e do marido, em 1938, ficaram únicos proprietários João São Romão Posser de Andrade, António São Romão Posser de Andrade e José São Romão Posser de Andrade, cada um com um terço”. Em 1943, é constituída uma sociedade por quotas, a Sociedade Agrícola da Herdade de Palma, que se mantém até ao ano de 1959, altura em que se transforma em sociedade anónima”. A maior parte das habitações da aldeia foi vendida aos seus moradores pelos proprietários da herdade. Em 1999, o município de Alcácer “celebrou um protocolo para escritura de doação com a Sociedade Agrícola da Herdade de Palma, em que foi transmitida uma área global de cerca de 20 hectares”, tendo-se constituído um loteamento municipal. Os espaços públicos existentes e a sua manutenção são da responsabilidade da câmara.
Oficialmente ainda não tive conhecimento de nada. O que posso afirmar é que desde o início do mandato que andamos a advertir a câmara municipal que este problema é para estarmos atentos e por isso reivindicamos obras na EB1 Palma há muito tempo. Quando a câmara afirma que não faz obras na escola, porque mais ano menos ano esta vai fechar, quais são as medidas que se poderão tomar? Não nos podemos esquecer que em todo o concelho só já existem duas escolas rurais e se as medidas a tomar forem as mesmas das outras então, infelizmente, já sabemos o que irá acontecer. A junta de freguesia tem uma cor política diferente da da câmara, mas em situações como esta deveríamos estar unidos e lutar pelo mesmo objetivo e esquecermos as divergências políticas. Pela nossa parte estamos disponíveis para lutar contra o encerramento da escola de Palma sem ser através da substituição da competência do poder central. Quais são os principais problemas da aldeia?
Por incrível que pareça Palma é das poucas aldeias do concelho que melhores infraestruturas tem, construídas no último mandato da CDU (2001/2005), mas é a única aldeia do concelho sem limpeza urbana, por isso a limpeza urbana é dos grandes problemas de Palma. Outro problema que muito afeta a população é o caminho entre Fangarifau e Palma, pois nos mandatos da CDU foi construída a estrada que liga Casebres a Fangarifau e esta era a segunda fase, porque esta obra iria beneficiar muito a população, agricultores e empresários e talvez ajudasse a resolver também o problema das escolas rurais. Apesar de Palma ter boas infraestruturas e lotes de habitação, os jovens não se fixam porque não existem transportes coincidentes com os horários de trabalho para fora de Palma.
Serpa Até esta altura vão a jogo quatro forças políticas. Mas é muito provável que o CDS-PP, que chegou a anunciar Valter Rodrigues como candidato, também possa entrar na corrida eleitoral. Uma eleição que ficará, certamente, marcada pela saída de João Rocha da autarquia, ao fim de 33 anos. Facto que está a gerar grande expectativa em relação ao desfecho eleitoral, num concelho que sempre “pertenceu” ao PCP ou às suas coligações políticas.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
06
1 - Quais os grandes desafios que se apresentam ao concelho de Serpa no próximo mandato? 2 - Até que ponto a saída de João Rocha pode influenciar o resultado eleitoral? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?
AutárquicasSerpa Tomé Pires
Noel Farinho
José Madeira
Guida Ascensão
Candidato da CDU
Candidato do PS
Candidato do PSD
Candidata do BE
Natural de Pias, 36 anos, engenheiro técnico civil. Vereador da Câmara de Serpa desde 2009 e presidente desde novembro de 2012.
Natural de Brinches, 44 anos, licenciado em Sociologia. Assessor do Serviço de Emprego de Moura. É vereador do PS desde 2005.
Natural de Moura, 54 anos, licenciado em Matemática. É empresário agrícola e administrador da Caixa Agrícola do Guadiana Interior.
Nasceu em França, 43 anos, licenciada em Psicologia. É psicóloga no Centro de Saúde de Serpa.
Fazer mais com menos condições
Fixar população jovem é “uma emergência”
Objetivo: eleger um ou dois vereadores
Endividamento passou os 120 por cento
1
1
1
1
O principal desafio é o de continuar a potenciar todos os nossos recursos para o desenvolvimento sustentável do concelho de Serpa. Refiro o caso da agricultura, onde o avanço do sistema de regadio de Alqueva aumenta o potencial agrícola do concelho, fomentando novas culturas e dando um novo impulso a esta atividade, tornando assim o concelho mais atrativo para a instalação de indústrias agroalimentares, visto que temos três equipamentos que as podem receber. Estou a falar da zona industrial de Serpa e das zonas de atividades económicas de Pias e Vila Nova de São Bento. Por outro lado, na área cultural, pretendemos manter a oferta atual e apostar ainda mais na salvaguarda do património e na criação e produção cultural, através de projetos como a Casa do Cante e o Musibéria. Refiro ainda uma maior rentabilização da rede de equipamentos existente, de forma a dar uma melhor resposta às questões sociais e ao forte e dinâmico movimento associativo… e, sobretudo, temos as pessoas, porque é para as pessoas que o nosso trabalho se dirige. Mas o grande desafio, sem qualquer dúvida, é fazer mais com cada vez menos condições…
2
João Rocha, pelo importante trabalho realizado nos anos em que foi presidente da câmara, deixou claramente uma marca indelével. Mas estamos a falar sobretudo de um trabalho de equipa e a nossa candidatura é uma candidatura de continuidade, baseada num sólido conhecimento das realidades do concelho e das suas efetivas necessidades. Logo, pretendemos continuar a desenvolver o projeto autárquico da CDU e estamos convictos de que o iremos fazer.
3
Um bom resultado para a candidatura CDU a Serpa é reforçar a votação em todos os órgãos autárquicos. Para isso temos uma equipa coesa e empenhada em trabalhar no futuro do concelho, com projetos e com propostas concretas e realistas.
O próximo mandato é vital para o futuro do concelho de Serpa. O concelho tem uma herança histórica que o distingue de outros – uma marca forte muito ligada ao queijo com o mesmo nome. Acresce constatar a existência de um património riquíssimo, excelentes condições para a agricultura e agroindústria, uma rede expressiva de equipamentos sociais e uma localização geográfica particular, pela existência de uma fronteira. Ainda assim, os indicadores demográficos e económicos demonstram que temos problemas muito preocupantes: a população está muito envelhecida e este processo tem sido acompanhado de uma “sangria humana” que conduziu à perda de 50 por cento da população nas últimas quatro décadas. Por outro lado, numa altura de oportunidades deixadas pelo Alqueva, continuamos a ter um número bruto de desempregados que é dos maiores no distrito de Beja, pelo que a maioria dos jovens de Serpa tem de procurar trabalho noutros concelhos. Por estas razões, captar investimentos e empresas e criar emprego, fixar população, é uma emergência, infelizmente esquecida ao longo de décadas pela gestão comunista. Este duríssimo esforço tem forçosamente de ser acompanhado de um rigor orçamental férreo, face aos graves constrangimentos financeiros do município, visíveis na conta de gerência referente ao ano de 2012.
2
Estamos a falar de uma liderança com mais de 30 anos que criou uma “teia de poder e de influência” muito pessoalizada. Em Serpa, o “partido” e o João Rocha confundem-se… Sem ele o PCP/CDU fica claramente mais fraco e sem orientação. Em contrapartida, o PS tem-se reforçado com a adesão de cidadãos independentes de vários quadrantes. Neste quadro temos boas hipóteses de ganhar as eleições.
3
É tempo de mudar! Não obstante ser um desafio difícil, acreditamos na vitória nas próximas eleições autárquicas.
Verificando-se ao longo dos últimos anos e décadas uma diminuição da população residente, principalmente jovens, penso que o maior desafio será tentar inverter esta situação criando condições para novas estruturas empresariais ligadas ao setor agrícola e agro-industrial que possam fixar os jovens, tanto aqueles que terminam a formação profissional ao nível do 12.º ano, como os que se formam a nível superior. A ação social será outro dos grandes desafios, pois com as dificuldades atuais das famílias é preciso acompanhar com grande sentido de oportunidade as necessidades reais para poder responder com rapidez através de apoios efetivos em conjunto com as instituições que se encontram já no terreno, como os centros de dia, a misericórdia e outras IPSS, para poder minorar as dificuldades.
2
Este é um facto que pode ter bastante influência, pois sabemos que João Rocha conseguia angariar votos e apoios muito para além da CDU, mesmo alguns simpatizantes de outras forças políticas. Por isso tudo está em aberto, até mesmo a CDU perder a maioria absoluta já que se apresenta com um novo candidato.
3
Um excelente resultado seria a vitória na câmara municipal. No entanto, analisando os resultados dos atos eleitorais autárquicos no concelho nos últimos 30 anos, poderei considerar como bom resultado a eleição de um ou dois vereadores, bem como o aumento do número de deputados municipais.
O próximo mandato exigirá mudanças profundas: na forma de exercício do poder, com maior descentralização e aprofundamento da democracia participativa; na área do desenvolvimento económico e social, que apresenta graves lacunas; e na gestão financeira do município, cuja capacidade de endividamento ultrapassou os 120 por cento. E esta dívida não é apenas à banca, afeta seriamente a economia local. Num contexto de sufoco financeiro, as prioridades têm de ser bem definidas. Em vez de grandes projetos de fachada, apostamos na escala local, no apoio à transformação e comercialização de produções tradicionais de excelência, na melhoria das estradas e caminhos rurais. O município deve ser um facilitador da criação de emprego sustentado e um catalisador de respostas solidárias à emergência social que atinge tantas famílias.
2
Abre-se um novo ciclo político, ao fim de 33 anos de poder absoluto. Há um desejo de mudança e uma sensação de alívio, até entre apoiantes da CDU. A maioria da população do concelho de Serpa é de esquerda e repudia as políticas dos três partidos que têm desgovernado o país. O PS, amarrado ao memorando da troika, não representa uma alternativa fiável em Serpa.
3
Além da Câmara e da Assembleia Municipal, para a qual fui eleita em 2009, apresentamos listas em todas as assembleias de freguesia. Uma votação mais expressiva e a eleição para diversos órgãos estão ao nosso alcance. A eleição de um vereador do Bloco de Esquerda significará o fim da maioria absoluta em Serpa e uma mudança partilhada à esquerda.
07 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
Cuba Impedido de se candidatar pela lei que limita os mandatos, Francisco Orelha, ao fim de quatro eleições consecutivas, cede o topo das listas do PS à presidente da concelhia do PS, Ana Raquel Soudo. Nas últimas Autárquicas, os socialistas conquistaram a câmara por pouco mais de 60 votos. O que deixa em aberto uma forte disputa eleitoral num concelho que, até 1997, foi liderado pelo PCP. A grande incógnita é saber se João Português, o eterno “opositor” de Francisco Orelha, consegue destronar o PS. 1 - O que é urgente fazer para desenvolver o concelho de Cuba? 2 - A saída de Francisco Orelha pode influenciar o resultado das eleições? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?
Cuba Moedas na apresentação de Vasco Almeida em Cuba
Ana Raquel Soudo
João Português
Vasco Morais de Almeida
Candidato do PS
Candidato da CDU
Candidato do PSD
Natural de Cuba, 42 anos, técnica superior de reeducação. Presidente da comissão política concelhia do PS de Cuba.
Natural de Cuba, 41 anos, licenciado em Serviço Social. É empresário e presidente dos Bombeiros Voluntários de Cuba.
Natural de Moura, 42 anos, engenheiro agrónomo.Trabalha na Resialentejo e gere uma empresa familiar de azeites.
Prioridade à economia e às questões sociais
O desenvolvimento não Futuro com todos, passa pelas “obras avulso” entre todos e para todos
1
1
O concelho de Cuba, estrategicamente bem localizado no interior do Baixo Alentejo, encontra-se dotado das infraestruturas necessárias para o bem-estar e qualidade de vida do seu povo. O desenvolvimento económico e social é sem dúvida uma das prioridades. O Parque Empresarial Quinta da Graciosa, uma infraestrutura de fomento e investimento público e privado, permitirá potenciar a atividade económica já existente, bem como criar condições para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, e ainda procurar criar emprego. Aliado a esta infraestrutura temos os projetos regionais estruturantes: aeroporto internacional de Beja; Alqueva, com o seu plano de rega que veio potenciar, dinamizar e modernizar o nosso concelho no plano agrícola. Na área social, procuraremos construir uma rede de ação articulada que permita apoiar de forma mais eficaz vários setores da população e minimizar as atuais adversidades. Outra prioridade será criar dinâmicas e apostar na promoção do nosso concelho a nível local, regional, nacional e até internacional, assente na preservação da nossa história e património local.
2
A saída do atual presidente decorre de um processo natural. Não vejo porque a sua saída poderá influenciar o resultado das eleições. Todavia, Francisco Orelha é um homem a quem o concelho de Cuba muito deve. O presidente que mudou o concelho para muito melhor, que fez obra, que colocou Cuba no caminho do desenvolvimento e do progresso. Será sempre uma referência.
3
Porque acredito nas pessoas, porque sabem eleger, espero: a vitória por maioria absoluta para o Partido Socialista. Ganhar em todos os órgãos autárquicos: nas quatro assembleias de freguesia, assembleia municipal e câmara municipal.
O mais urgente, neste momento, é existir uma mudança de política. O desenvolvimento de um concelho não pode ser pensado e executado com “obras avulso” tem que existir um planeamento e uma estratégia, por parte da autarquia, que fomente o empreendedorismo e a criação de emprego através da junção de sinergias com associações, empresas e os vários agentes do concelho para que seja possível a captação de investimento. É fundamental dinamizar os equipamentos existentes, como por exemplo, o parque empresarial e efetuar uma aposta clara no turismo e na divulgação dos produtos locais. A questão das acessibilidades e das vias rodoviárias é outro dos grandes fatores de preocupação, nomeadamente os caminhos municipais que servem as freguesias rurais que estão muitos degradados e sobre os quais vamos dedicar uma atenção especial. Por outro lado, com as alterações impostas ao Poder Local, fruto das medidas do memorando da troika aceite pelo PS, PSD e CDS, que tiveram evidentes efeitos negativos na economia local e nas condições de vida das populações, a nossa principal prioridade será o combate à exclusão social, situação a que, infelizmente, muitas das famílias do nosso concelho estão hoje sujeitas, pelo que o próximo orçamento camarário deverá ser reforçado para reestruturar os serviços socias e proporcionar uma resposta mais abrangente e eficaz nesta área.
2
Não. Quem conhece a realidade atual do concelho e o sentimento da população sabe que a sua influência é cada vez menor, por isso a sua saída é, neste caso, irrelevante.
3
Um bom resultado será, naturalmente, ganhar as eleições em todos os órgãos a que nos candidatamos, ou seja, à câmara e assembleia municipal e em todas as freguesias do concelho.
1
Uma excelente questão, considerando que o lema “Cuba Agora!” subentende que será agora que o concelho necessita de se aproximar mais do distrito e das grandes decisões nacionais. Em termos genéricos, urge captar a participação da população em atos deliberativos, nas decisões, nas políticas locais e regionais de crescimento económico e social, que permitam ao concelho criar condições permanentes de desenvolvimento sustentável em áreas críticas de grande potencialidade e que carecem da dinâmica e inovação que as suas gentes podem introduzir numa política autárquica mais próxima e mais participativa, exemplificado na agricultura (fileiras produtivas locais), no turismo de roteiros e nas sinergias de desenvolvimento distrital, de representação ativa na Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo.
2
Num concelho com os problemas que decorrem da conjuntura socioeconómica negativa em que vivemos, a cooperação participativa de todos os stakeholders públicos e não públicos, dos agentes políticos, económicos e da população, é determinante para um objetivo comum: o desenvolvimento regional do concelho e do distrito, numa lógica despersonalizada. Por isso, acredito que só o coletivo pode influenciar o resultado das eleições.
3
Um bom resultado será, naturalmente, poder estar ao lado dos cubenses no dia 29 de setembro e garantir-lhes que o futuro se inicia agora, com todos, entre todos e para todos, sem exceção.
Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro, está hoje em Cuba, pelas 18 horas, na apresentação de Vasco Almeida, o candidato da coligação PSD/CDS-PP àquele concelho. A sessão pública terá lugar no auditório da Biblioteca Municipal e contará também com a presença do deputado centrista Artur Rego. Vasco Almeida tem 42 anos e é engenheiro agrónomo.
Sede do CDS-PP em Sines alvo de vandalismo A sede do CDS-PP em Sines, partido que em setembro concorre sozinho àquele município, foi alvo de ações de vandalismo, segundo informa Paulo Freitas. De acordo com o presidente do CDS-PP de Sines, “nunca, em tantos anos, houve problemas desta natureza e estranhamos que este tipo de ataque coincida com o período de pré-campanha eleitoral em curso”. O CDS-PP apresentou queixa contra desconhecidos na Guarda Nacional Republicana e vai encaminhar o caso para a Comissão Nacional de Eleições.
Ana Loureiro pelo BE em Odemira A deputada eleita pelo Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Odemira no atual mandato, Ana Loureiro, é a cabeça de lista daquela força política à autarquia odemirense nas eleições de setembro. Pedro Gonçalves, que atualmente é líder da bancada do BE na Assembleia de Freguesia de Colos, é o primeiro nome da lista à assembleia municipal.
Tribunal de Moura recebe listas da CDU A CDU entregou na segunda-feira, 29 de julho, no Tribunal de Moura, as listas dos candidatos às próximas eleições locais. Em nota enviada às redações, a CDU refere que é a única força política que concorre a todos os órgãos autárquicos municipais e de freguesia do concelho de Moura. Apresenta um total 150 candidatos – 14 à Câmara Municipal; 42 à Assembleia Municipal; 26 à União das Freguesias de Moura (Santo Agostinho e São João Baptista) e Santo Amador; 18 à União das Freguesias de Safara e Santo Aleixo da Restauração; 18 à Assembleia de Freguesia de Amareleja; 16 à Assembleia de Freguesia de Póvoa de S. Miguel; e 16 à Assembleia de Freguesia de Sobral da Adiça. A entrega do dossiê eleitoral no Tribunal de Moura, de acordo com a legislação, foi feita pela mandatária concelhia da CDU, a jurista Ana Maria Farinho, acompanhada pelos primeiros candidatos das sete listas.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
08
Coligação PSD/CDS-PP inaugura sede em Beja
A Coligação PSD/CDS-PP inaugurou na segunda-feira a sua sede de campanha em Beja, numa sessão pública onde foram apresentados os diferentes candidatos aos órgãos autárquicos de Beja. Uma candidatura que é liderada por João Pedro Caeiro e que conta ainda com Mário Caimoto, Hélia Fonseca, Fausto Barata e António João Oliveira.
João Paulo Ramôa é o mandatário da coligação. José António Falcão encima a lista à assembleia municipal. Para as freguesias, o PSD/CDS-PP faz avançar Ana Rosa Soeiro (União de Freguesias de Santiago Maior e São João Batista), Fernanda Caimoto (União de Freguesias de Salvador e Santa Maria da Feira) e Rui Barros (Beringel).
Pedro do Carmo já tem sede em Ourique Pedro do Carmo, líder distrital do Partido Socialista e recandidato à Câmara Municipal de Ourique, inaugurou a sua sede de candidatura na última quarta-feira. Na ocasião foram apresentados todos os candidatos socialistas aos diferentes órgãos autárquicos daquele concelho. Nesta eleição, Pedro do Carmo vai medir argumentos com António Colaço, da CDU, e com Sérgio Marçal, pela coligação PSD/CDS-PP.
Beja
Almodôvar
Castro Verde
Alcácer do Sal
CDU apresentou-se às freguesias rurais
Bloco defende recuperação urbana
Saúde e ação social na agenda do PS
Vítor Proença é o primeiro a entregar listas no tribunal
A
Coordenadora Concelhia de Beja da CDU promoveu durante a última semana diversas sessões de apresentação das listas de candidatos às freguesias rurais de Beja: Nossa Senhora das Neves, Santa Clara do Louredo, Beringel, União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja, União de Freguesias de Salvada e Quintos e Cabeça Gorda. Nestas sessões, para além dos respetivos candidatos, estiveram presentes o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Beja, o primeiro candidato da CDU à Assembleia Municipal de Beja e o mandatário concelhio da candidatura comunista. PUB
O
candidato do Bloco de Esquerda à autarquia de A lmodôvar, Constantino Piçarra, apresentou um programa de recuperação urbana para aquele concelho. Este programa passa pela inventariação de todas as habitações devolutas e degradadas, pela recuperação destas habitações e pela sua colocação no mercado de arrendamento a preços controlados, aplicando a taxa máxima de IMI. Com esta proposta, o BE pretende aumentar a oferta de habitações para renda e reativar a atividade das pequenas empresas de construção civil do concelho.
“A
ção Social e Saúde” foi o tema do terceiro fórum proposto pela candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Castro Verde. O encontro decorreu na última terça-feira e contou com as presenças do médico pediatra Agostinho Moleiro, antigo governador civil do distrito e mandatário da campanha do PS em Beja, António José Paulino, presidente do lar Jacinto Faleiro, José Guerra, presidente da Segurança Social de Beja no governo de José Sócrates, e do próprio candidato à autarquia de Castro Verde, António José Brito.
A
CDU entregou na manhã de terça-feira, no Tribunal de Alcácer do Sal, as listas de candidatos às eleições autárquicas naquele município. Segundo comunicado chegado à nossa redação, o candidato Vítor Proença sublinha que “a seriedade e a capacidade de organização da estrutura permitiu antecipar, por larga margem, o limite legal de entrega das listas. A CDU colocase assim na dianteira e torna-se a primeira força política a entregar a documentação oficial com os nomes dos candidatos”. As listas da CDU em Alcácer do Sal têm um total de 143 candidatos; destes 56 são mulheres e 79 são independentes.
Bisca Lambida
A “varinha mágica”
Falar é fácil
Duques e cenas tristes
João Espinho
João Machado
Sérgio Fernandes
R
ecordo-me de, em 2005, Sócrates ter prometido, na apresentação do programa eleitoral do seu partido, a criação de 150 mil empregos até 2009, ao mesmo tempo que garantia ir proceder à redução de 75 mil funcionários públicos. Passados estes anos, percebe-se a dimensão do embuste, o que não evitou que outros, com promessas idênticas, tenham continuado a mentir e a criar falsas expectativas. Sendo o desemprego um f lagelo, é natural que, em campanhas eleitorais, os candidatos a qualquer coisa andem por aí a prometer emprego para quase toda a gente, não especificando se a varinha mágica vem do céu ou de algum mecenas de mãos largas. O interessante no caso de Sócrates foi a quantificação da promessa. Ele não prometeu mil, nem 15 mil, mas sim (e aqui entram as artes mágicas) 150 mil empregos. É (seria) obra! Desconhece-se com que engenharia chegou Sócrates a número tão expressivo. Sabiam-se das relações privilegiadas entre Sócrates e uma grande fatia do mundo empresarial português. Mas tantos empregos? É óbvio que não foram criados os tais 150 mil lugares e a fasquia não deverá sequer ter ultrapassado um terço do prometido. O mais curioso é que a ideia de quantificar as promessas fez escola e tivemos alguns candidatos a autarcas que desejavam (prometiam) algumas centenas de postos de trabalho para os seus concelhos, não se sabe bem se facilitando a vida à fixação de empresas – outra promessa repetida até deres mágicos desà exaustão, se usando poderes conhecidos. Desconfio de quem, durante as er mais emprego e campanhas, vem prometer ação de mais posnos vem iludir com a criação ue, afinal, não nãão tos de trabalho. Sabe-se que, ra se combapassam de promessas. Para cessárias poter o desemprego são necessárias ma delas é a derosas ferramentas e uma ue muitos auvontade política. Coisa que es) não têm. tarcas (e outros governantes)
C
om o aproximar das eleições Autárquicas muito programas eleitorais refletem ideias variadas acerca de apoios à criação de emprego e de medidas que possam traduzir maiores certezas em termos de empregabilidade. Este conceito, apesar de ser muito falado pelos autarcas, pouca ou quase nenhuma expressão tem em termos práticos, pois as promessas das campanhas eleitorais dificilmente se concretizam. Face às dificuldades existentes nos dias de hoje nas autarquias, é estranho pensar que se possam desenvolver práticas de empregabilidade se as próprias câmaras municipais estão a ser confrontadas com reduções de pessoal. O cenário económico e financeiro não é o mais favorável e as câmaras têm pouca margem de manobra para alterar o estado atual, contudo podem tentar abrir caminhos para que as empresas consigam ter mais condições para aplicar as suas estratégias se a derrama não for exagerada ou mesmo fomentando uma redução acentuada da sua participação no IRS das famílias que reverte a favor dos municípios. Falar é fácil. Prometer torna-se mais fácil ainda. O difícil é executar políticas que se traduzam numa redução do desemprego e que criem condições para as famílias. O tempo atual é de ataque cerrado a quem trabalha, quando devia serorientado para dar mais condições às pessoas. Sem pessoas e sem poder de compra não existe economia.
N
aturalmente o emprego não se cria por decreto governamental, tampouco por postura municipal. Sendo certo que as autarquias não têm um papel direto na criação de emprego, a sua atitude é determinante para garantir a dinamização do tecido económico do concelho, nomeadamente através da promoção de condições para o investimento privado. E se a difícil situação do País impõe fortes constrangimentos orçamentais às autarquias, limitando em grande medida a sua capacidade para a criação de incentivos financeiros, nomeadamente através da redução de taxas e outros, a verdade é que existem diferentes áreas de intervenção que se encontram na sua esfera de competências. A redução da burocracia camarária é indiscutivelmente uma dessas matérias. A garantia de um processo de decisão assente em regras tão mais claras quanto mais simples constitui hoje uma importante vantagem competitiva, necessariamente ponderada por qualquer investidor. Garantir a total transparência na relação com os cidadãos e com os agentes económicos são dois vetores chave de um novo paradigma de gestão autárquica cuja adoção se impõe urgente. No fundo, e como aqui já referi, impõe-se que as autarquias sejam um fator de promoção do investimento e não um obstáculo à sua concretização, como tantas vezes acontece ao procurarem substituir-se aos agentes económicos, nalguns casos, mesmo, fazendo-lhes concorrência. No atual quadro de grande adversidade,
09 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
O pilar fundamental da esmagadora maioria dos programas eleitorais autárquicos tem a ver com a criação de emprego. O que pode uma autarquia, nos tempos que correm, verdadeiramente fazer para combater este flagelo social?
quando o jogo parece resumido a duques e cenas tristes, é preciso pontuar e com esse objetivo jogo a dama de espadas.
Asilos empregadores Luís Miguel Ricardo
A
o longo dos tempos, e sobretudo em concelhos mais desfavorecidos, as câmaras têm-se revelado uma espécie de asilos empregadores das regiões. O Alentejo, com o seu parco tecido empresarial e industrial, é uma dessas zonas onde a omnipresença autárquica representa uma possibilidade de fuga ao desemprego, quer através da criação efetiva de postos de trabalho (poucos), quer com a absorção de pessoas através dos programas do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, de que são exemplos os estágios profissionais e os programas ocupacionais (muitos). Em suma, as câmaras, dentro das suas possibilidades, têm ministrado analgésicos ao flagelo do desemprego. Contudo, a situação exige um antibiótico, mas esse antibiótico não pode ser da responsabilidade das autarquias. E se algum programa eleitoral chamar a si esse protagonismo absoluto e direto, será marketing da candidatura. A crise atual é de dimensão mundial, com a agravante de em Portugal a mesma ser gerida por um governo desnorteado e sem competências comprovadas para o efeito. Perante este cenário, a intervenção direta das autarquias é parca. Contudo, indiretamente pode contribuir para o reverter da situação, criando condições favoráveis a novos investimento na região (nacionais e internacio internacionais), promovendo as poexis tencialidades já existentes e servindo de veículo faaci cilitador/descodif facilitador/descodificador de informação útil s aos cidadãos. Em suma, incentivar o empreededorismo singu singular e coletivo e dessa forma contriibu b ir para o combate ao flagelo social contribuir do desemprego.
“Os Verdes” contra a privatização da água
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
10
Atual Loja Social de Beja cresce no Mercado Municipal A Câmara Municipal de Beja inaugurou na última terça-feira o terceiro espaço da Loja Social de Beja, no edifício do Mercado Municipal, este dedicado às ajudas técnicas. O Banco de Ajudas Técnicas “Entre(e) Ajude” pretende dar resposta a indivíduos que, por motivos de perda de autonomia física, temporária ou permanente, necessitam da utilização de ajudas técnicas, tendo em vista a melhoria dos cuidados com consequente repercussão na qualidade de vida. Podem beneficiar de ajudas técnicas indivíduos que possuam incapacidade ou deficiência temporária ou permanente, por motivos de doença ou acidente. Este é um projeto da autarquia em parceria com a Rede Social do Concelho de Beja e a Fundação São Barnabé.
EDIA repara estrada entre Ervidel e Montes Velhos A EDIA garantiu esta semana ao presidente da Câmara Municipal de Aljustrel que, durante o mês de agosto, serão iniciadas as obras de reparação da Estrada Municipal 527, que liga Ervidel a Montes Velhos, via que sofreu grande desgaste na sequência da muita circulação de pesados proveniente das obras de instalação da rede secundária de Alqueva. O presidente da autarquia aproveitou a reunião que manteve com a direção da EDIA para reclamar ainda a realização de obras de reparação nas estradas nacionais danificadas pela circulação de tráfego pesado com a mesma origem, inclusive no troço de ligação à barragem do Roxo. Entretanto, a EDIA já deu início à construção de raiz de cerca de 12 quilómetros de caminhos em betuminosos no concelho de Aljustrel, para dar apoio à rede secundária de rega. PUB
Heloísa Apolónia, deputada do Partido Ecologista “Os Verdes”, esteve em Beja na passada quarta-feira, nas Portas de Mértola, ao abrigo da campanha nacional “contra a privatização das águas”. Esta campanha, que foi lançada pelo PEV a 22 de março, Dia Mundial da Água, pretende alertar para os perigos da privatização da água que o Governo tem vindo a promover através de profundas alterações à legislação e também através da já anunciada reestruturação do grupo Águas de Portugal.“Os Verdes” têm levado esta campanha a vários concelhos do País, promovendo ainda a assinatura de um postal, por parte dos cidadãos, que, no final, será simbolicamente entregue ao primeiro-ministro.
Empresa de capitais americanos quer investir em 1 200 hectares
Alqueva vai regar bambu A empresa BGF (Bamboo Green Fuel) Europe, ligada à indústria de transformação de bambu em biomassa, com sede em Madrid, mas de capitais maioritariamente americanos, está interessada em investir na região, em cerca de 1 200 hectares.
A
BGF Europe pretende instalar uma “unidade de transformação” e produzir “um milhão de toneladas por ano em matéria-prima”, destinada na sua totalidade “para a exportação”, sendo que presentemente “80 por cento do produto tem venda assegurada”. Em declarações ao “Diário do Alentejo”, o deputado do PSD eleito por Beja, responsável pelo primeiro contacto estabelecido entre a BGF, a ACOS – Associação de Agricultores do Sul e a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), adiantou que os responsáveis pela empresa têm como “localização privilegiada a área de influência de Alqueva” e “pretendem estar o mais próximo possível de uma linha de caminho-de-ferro, que permita o escoamento do produto”. “O objetivo neste momento é poderem avançar no Alentejo com 1 000, 1 200 hectares de plantação. Eles estão interessados em adquirir cerca de 300 hectares, sendo que para os restantes gostariam de estabelecer parcerias com agricultores que se queiram associar”, acrescenta Mário Simões, esclarecendo que a empresa fornecerá “gratuitamente as sementes, o adubo para cultivo, o know-how e, no primeiro ano, um apoio a investimento”. Ainda de acordo com o deputado, “neste momento a BGF já dispõe de
um comprador inglês para o norte da Europa, que lhes garante a compra de 80 por cento do que se vier a produzir nestes 1 200 hectares”. Após um primeiro contacto, “os responsáveis pela BGF, ACOS e EDIA estão a trocar um conjunto de informação mais de ordem técnica com vista a poderem agendar para o final de agosto uma nova visita a Beja já com outros dados que lhes permita avaliar melhor o interesse que existe”, refere Mário Simões, adiantando que “a ACOS e a EDIA irão estabelecer contactos com os agricultores no sentido de lhes facultar alguma informação, disponibilizada pela BGF”, sobre a produção desta espécie de bambu, “nomeadamente qual o rendimento por hectare neste tipo de plantação, um dado que é determinante para a decisão do agricultor”. “Tanto a ACOS como a EDIA terão um papel fundamental no desenvolvimento deste projeto pelo conhecimento que têm da região e dos agricultores”, diz o deputado, que considera “que este tipo de investimentos são fundamentais para a economia da região, não só pelo volume de investimento inerente mas também pela empregabilidade que gera e o reforço do setor exportador”. No final da semana passada, também por iniciativa do deputado, teve lugar uma reunião entre uma “empresa estrangeira ligada à construção de componentes aeronáuticos em fibra de carbono” e o presidente da Câmara de Cuba, Francisco Orelha. “Sobre isso não posso adiantar muito, apenas posso dizer que a empresa vai produzir para a Embraer Portugal [com uma unidade em Évora], e por isso está
interessada em localizar-se num perímetro relativamente próximo”, diz o deputado, realçando que “houve um convite por parte da Câmara de Évora para o parque industrial [da cidade], mas os preços são elevados, pelo que tentei convencê-los a virem para o distrito de Beja, e penso que o parque empresarial de Cuba, com valores que serão bastante mais simpáticos e mais apelativos para o investimento em questão, que é um investimento significativo, teria as condições para aquilo que eles pretendem”. De acordo com Mário Simões, a reunião decorreu “de forma bastante interessante, tendo ficado alinhavados outros contactos posteriores”. Escola profissional da ACOS com despacho favorável Mário Simões disse
no início da semana, em declarações à Rádio Voz da Planície, que a Escola Profissional Mariano Feio, promovida pela ACOS, “mereceu despacho favorável quanto à sua formalização”. A candidatura, entregue ao anterior executivo governamental, “foi reavaliada nesta legislatura pela Direção Regional de Educação e pela Agência Nacional para a Qualificação para decisão final”. A Escola Profissional Professor Mariano Feio, em homenagem ao professor universitário que dedicou grande parte da sua vida ao Alentejo, tem como objetivos “complementar a formação já existente na região e responder aos novos desafios”. A oferta formativa proposta “tem em conta não só as carências de formação existentes, como a satisfação de necessidades de recursos humanos qualificados a nível local, regional e nacional”.
Unidade da vila alentejana serve de exemplo
São Tomé “copia” compostagem de Castro PROMOÇÕES ATÉ MENOS 40% Telefone: 284 323 104
A
Un id ade Mu n ic ipa l de Compostagem de Castro Verde recebeu, no passado dia 4 de julho, a visita de técnicos da cidade de São Tomé (São Tomé e Príncipe) e da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (Uccla), com a finalidade da partilha de informação e conhecimentos sobre este processo de valorização de resíduos orgânicos. A Uccla é integrada, entre outros, por técnicos da Câmara Municipal de Lisboa e
tem como objetivo a descentralização e a participação comunitária na gestão de resíduos sólidos urbanos, através da implementação de um sistema de recolha na cidade de São Tomé (na Câmara Distrital de Água Grande), para cerca de 70 mil habitantes. Este projeto tem um financiamento de 75 por cento da União Europeia e 10 por cento do Estado português, e conta com o apoio técnico da empresa Ecogestus. Em fe-
vereiro de 2012, o responsável desta empresa, sediada na Figueira da Foz, visitou a Unidade Municipal de Compostagem de Castro Verde onde, após a recolha de vários dados e considerando o êxito alcançado por este projeto, optou por proceder à construção de uma réplica desta Unidade na cidade de São Tomé, que já iniciou a sua atividade, prevendo-se que em setembro de 2013 esteja pronto o primeiro composto.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
11
Empreendedorismo para as crianças de Castro
Portugal perdeu metade da floresta de azinho em 25 anos
União ibérica pelo montado Nos últimos 25 anos Portugal perdeu cerca de metade do montado de azinho. No entanto, não se deve olhar para este facto como uma tragédia. Existe conhecimento científico e soluções técnicas que podem ser postos ao serviço da sua recuperação. O Livro Verde dos Montados, divulgado no dia 25 na Universidade de Évora, é um desses instrumentos. Texto Aníbal Fernandes* Foto José Ferrolho
O
Livro Verde dos Montados, promovido pelo Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (Icaam), em conjunto com o Instituto Politécnico de Santarém, as universidades Técnica de Lisboa, de Coimbra e Vila Real, e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (Iniav), surgiu de “um repto lançado por investigadores espanhóis” e sistematiza “o estado do conhecimento sobre o montado, as ameaças e o que pode ser acautelado para uma gestão mais sustentável do sistema”, explicou à agência Lusa Teresa Pinto Correia, investigadora do Icaam, que coordenou o trabalho de 70 técnicos das várias instituições. O objetivo é, em parceria com o Livro Verde das Dehesas, já produzido em Espanha, contribuir para um maior reconhecimento destes sistemas agrossilvo-
PUB
pastoris da Europa mediterrânica e auxiliar o desenho das políticas nacionais e europeias. Nesse sentido, os países ibéricos devem, em conjunto, defender em Bruxelas a atribuição de verbas para a proteção, manutenção e recuperação deste “sistema único”. Nuno Ribeiro, um dos investigadores do Icaam que participou no estudo, disse ao “Diário do Alentejo” que, apesar da quebra verificada no último quarto de século no montado de azinho, não se deve olhar para a questão como “uma tragédia”, já que “existe conhecimento científico e soluções técnicas” que permitem sair desta situação de uma forma fácil. O problema é que os “processos de reflorestação decorrem à velocidade da floresta, ao longo de dezenas de anos”, prazos pouco compatíveis com as rentabilidades exigidas pelos proprietários. Os surtos de peste suína, e a consequente perda de valor dos territórios onde o porco preto se alimentava da bolota, vieram criar as condições para que cerca de metade dos 670 mil hectares que existiam em 1985 fossem substituídos por outras culturas, principalmente vinha e olival, atividades agrícolas de retorno financeiro mais imediato. No entanto, o investigador garante que “com algumas leis de proteção ao azinho”, nos últimos anos tem-se assistido “a uma inversão”, que será visível “lá mais para a frente”.
A isto ajuda o facto de se ter descoberto outro tipo de utilizações para a bolota, não só na área alimentar, inclusive para os humanos, mas também para a indústria de cosmética, o que veio acrescentar valor a este tipo de territórios. No que respeita ao montado de sobro, ele “tem-se mantido praticamente inalterado”, havendo apenas a registar “uma diminuição da densidade” de árvores por hectare, disse Nuno Ribeiro. O Livro Verde dos Montados vem chamar a atenção para a necessidade de Portugal adotar medidas integradas de gestão do montado para que o sitema possa ser preservado. “Se apenas se tiverem medidas parciais e políticas setoriais para cada uma das componentes do montado [florestal, pecuária, silvestre, etc.], não se preserva o sistema”, avisa Teresa Pinto Correia. A investigadora defendeu que o montado deve ter uma “categoria específica” em termos estatísticos e de classificação dos sistemas agrícolas e florestais do País, e que “não existe atualmente”. “É a questão de diferenciar o montado como sistema único e que tem uma posição que deveria ser considerada como tal e isso deveria ser a base para uma política que fosse integrada e pensasse na sua sustentabilidade”, realçou Teresa Pinto Correia à Lusa. * Com Lusa
A Câmara Municipal de Castro Verde está a dinamizar sessões de empreendedorismo para as crianças nos ateliês de tempos livres. O projeto “De pequenino se torce o pepino” visa fomentar a apropriação social e cultura empreendedora nos primeiros níveis de ensino, através da criação de ambientes de aprendizagem motivadores que promovam o espírito de iniciativa, a capacidade de gerar e aplicar ideias e uma maior criatividade e autoconfiança.
Nascer em Almodôvar vale mil euros A Câmara Municipal de Almodôvar, preocupada com a diminuição da natalidade, aumentou o valor do subsídio que atribui a cada criança que nasce naquele concelho. Assim, o primeiro filho de cada casal recebe 1000 euros, o segundo 1 250 euros e o terceiro e seguintes 1 750 euros. Esta campanha vigora desde 2008 e, nestes últimos cinco anos, a edilidade almodovarense já atribuiu mais de 250 mil euros no âmbito do apoio à natalidade.
Em busca de jovens nadadores salvadores Até ao próximo dia 8 de agosto encontram-se abertas as inscrições para o Programa Nadador Salvador Júnior, promovido pela Resgate – Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano, que irá decorrer em Vila Nova de Milfontes, entre os dias 2 e 8 de setembro. Esta iniciativa destina-se a crianças e jovens, dos 7 aos 17 anos, e tem como objetivo transmitir conhecimentos e práticas, de forma dinâmica, sobre a prevenção e salvamento aquático.
PUB
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
12
Todos os nomes de Beja no castelo
“Beja Identidade & Memória, V séculos do Registo Civil em Beja” é o título da exposição documental que está patente até 31 de agosto na casa do governador, no castelo da cidade. A exposição pretende dar a conhecer a documentação do Fundo Paroquial e do Fundo da Administração do Concelho, na tentativa de preservar e valorizar a memória e a identidade das populações, mostrando igualmente a evolução dos registos de identificação ao longo de cerca de 500 anos no distrito de Beja. Na sessão de abertura desta mostra, foi assinada a revisão do Protocolo de Depósito Documental do Arquivo Histórico Municipal de Beja, entre a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e a Câmara Municipal de Beja.
Museu Municipal de Aljustrel de portas abertas O Museu Municipal de Aljustrel tem patente ao público uma exposição itinerante intitulada “Marcas de Território - Testemunhos do Património do Baixo Alentejo”, da Rede de Museus do Distrito de Beja. Esta exposição serve para divulgar a riqueza do património do Baixo Alentejo, onde estão representados 12 concelhos do distrito. Estão ainda incluídos nesta mostra materiais históricos, arqueológicos e etnográficos do Museu Regional de Beja, abrangendo um extenso período cronológico, desde há 3500 anos até ao século XX. A presente exposição, patente ao público até ao próximo dia 25 de agosto, é uma pequena mostra do que os museus representantes dos diversos municípios têm para oferecer.
CTT “equipam” carteiros de Beja com sete veículos ecológicos
Correios regressam ao tempo da bicicleta Na semana em que o Governo anunciou a intenção de privatizar os CTT – Correios de Portugal, o gabinete de imprensa da empresa informa que, no distrito de Beja, vão introduzir “sete bicicletas eletricamente assistidas, tornando assim possível que igual número de carteiros passe a fazer a distribuição diária de correio usando este meio de transporte ecológico”.
O
s CTT, uma empresa pública lucrativa que o Governo pretende privatizar, vai investir cerca de 14 mil euros na aquisição de sete bicicletas elétricas, prosseguindo, assim, “uma política mais amiga do ambiente”, e que contribui para “permitir colocar os CTT como sexto operador postal do mundo com melhor desempenho carbónico”. As bicicletas, produzidas em Águeda, pela Órbita, propositadamente para os CTT, irão reforçar a frota de 39 veículos que operam no distrito e que, diariamente, percorrem 4,7 mil quilómetros para entregar cerca de 50 mil objetos postais. Os Correios de Portugal detêm uma rede de 95 lojas a funcionar na região, sendo que apenas 16 são estabelecimentos próprios e as restantes são postos explorados por “parceiros”. Em média, cada concelho dispõe ainda de 19, 3 marcos e pontos de recolha de correio diário, num total de 271, e uma dúzia de centros de Distribuição Postal e Apoio à Distribuição. Uma das maiores empresas do País emprega no distrito de Beja pouco mais de 100 trabalhadores (114), sendo que 66 são carteiros.
Bicicletas elétricas A produção dos velocípedes é nacional
Destes, todos os dias, sete irão percorrer cerca de 1 400 quilómetros. “Quase uma volta a Portugal em bicicleta”, informa o gabinete de imprensa dos CTT, o que irá permitir uma “poupança de 50 toneladas de CO2 por ano, bem como um aumento da eficiência na distribuição de correio e no conforto e segurança dos carteiros”, concluiu o comunicado da empresa. Na nota de imprensa pode ler-se que os CTT – Correios de Portugal “são o operador postal universal em Portugal, operando também em Espanha e em Moçambique. Desenvolvem atividades de correio, incluindo o Serviço Postal Universal, de correio expresso, de serviços financeiros (incluindo uma oferta competitiva de produtos de
poupança) e de soluções empresariais, área em que integram de modo personalizado o correio físico com soluções eletrónicas e digitais. Com raízes no ano de 1520, os CTT têm o exclusivo da emissão de selos em Portugal e uma plataforma única de distribuição com proximidade e conhecimento profundo da população e de todo o território”. “O Grupo CTT emprega 13 167 pessoas em todo o mundo, das quais 12 624 em Portugal, país onde opera uma rede de 2 478 lojas, das quais 624 próprias, a que se juntam mais de 4 000 agentes payshop. Em 2012 os CTT obtiveram rendimentos operacionais de 711,7 milhões de euros e um resultado líquido de 38,6 milhões de euros”. AF
Amendoeira da Serra
“On Moving” termina hoje
A
Associação de Defesa do Património de Mértola está a promover desde o passado dia 28 o Curso de Formação Internacional “On Moving”. Uma ação que reúne no concelho de Mértola cerca de 21 jovens e dirigentes de associações juvenis, oriundos de Portugal, Egipto, Malta, Turquia,
Arménia e Ucrânia. O objetivo do encontro passa por promover o desporto e a atividade desportiva enquanto fatores de desenvolvimento pessoal e social junto dos jovens. Esta atividade pretende criar um espaço informal de aprendizagem, na qual os participantes possam partilhar as suas
experiências de trabalho, reforçar competências e articular, em rede, estratégias de intervenção que permitam a conceção de projetos futuros. “On Moving” – Participation, Inclusion and Citizenship Physical Activities Training” é um projeto internacional, que teve início em maio de 2013.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
JOSÉ SERRANO
13
Intercâmbio luso-espanhol
Jovens em Moura debatem cultura ibérica Praias de Odemira recebem programa Ciência viva no verão
Quando a ciência vai a banhos As praias de Almograve, Carvalhal, Vila Nova de Milfontes, Furnas e Zambujeira do Mar e o farol do Cabo Sardão recebem, até 15 de setembro, dezenas de atividades gratuitas ao abrigo do programa Ciência viva no verão. Uma iniciativa da Agência Nacional para a Cultura Cientifica e Tecnológica, em parceria com a câmara local.
A
ação “A biodiversidade da zona entre marés com as suas formas e fórmulas matemáticas” estará em Vila Nova de Milfontes na segunda-feira, 5, e, no dia seguinte, na praia das Furnas, sempre a partir das 9 horas. Na “Biotenda” que será instalada nestas praias haverá atividades de biomatemática, química, observação de seres vivos nas lupas, análises físico-químicas da água, amostragem e análise de sedimentos e ações lúdicas. Isto, para além de saídas de campo que permitirão aos participantes observar a biodiversidade e realizar contagens, medições de abundância, densidade e determinar os fatores abióticos. “A matemática por trás da geologia no litoral Sudoeste de Portugal” vai acontecer nos próximos dias 5, 7 e 12 (praia de Almograve), 4 e 15 (praia da Zambujeira do
Mar) e 18 (praia das Furnas), sempre a partir das 9 e 30 horas. As praias atlânticas do sudoeste de Portugal constituem um magnífico exemplo para compreender a geologia. Duas excursões diárias (11 e 16 horas) permitem descobrir que as rochas da praia escondem uma história inesperada. “Charcos temporários e cágados” é o tema da ação que decorrerá no dia 16, pelas 15 e 30 horas, sendo o ponto de encontro no Zmar – Eco Camping Resort. Nesta saída de campo pretende-se dar a conhecer a riqueza e a importância dos charcos e lagoas temporárias, com observação e identificação da diversidade de fauna existente neste habitat, nomeadamente anfíbios, répteis e invertebrados. Nos dias 10,11, 17 e 18, às 18 horas, haverá visitas ao farol do Cabo Sardão, para acompanhar o momento de acender o farol e descobrir a história e os mistérios do seu funcionamento. Nos próximos dias 3 e 17 e a 14 de setembro, pelas 9 horas, haverá visitas ao moinho de vento de Odemira. O ponto de encontro será no largo Gomes Freire, em São Teotónio. O desafio passa por perceber o funcionamento de um moinho de vento tradicional, pela voz e experiência de um moleiro.
Companhia leva à cena “Médico à força”
Teatro ao Largo anima litoral
A
companhia Teatro ao Largo, em parceria com o município de Odemira, continua a levar, durante os meses de verão, a comédia “Médico à força”, de Molière, a diversas localidades do concelho. Durante este mês os locais a serem visitados pelo Teatro ao Largo serão Zambujeira do Mar (dia 4, no largo da Igreja), Vila Nova de Milfontes (dia 5, largo da Igreja), Almograve (dia 8, largo da Igreja), Longueira (dia 13, centro sociocultural), São Teotónio (dia 18, largo
do Quintalão) e Cavaleiro (dia 19, centro sociocultural). “Médico à força”, a conhecida comédia de Molière, conta a história de um irado e astuto lenhador que é forçado a fingir-se médico pelos criados de um vizinho rico. Os espetáculos terão início às 22 horas, com entradas livres. Esta divertida comédia levada a cena pelo Teatro ao Largo, tem encenação e música original de Steve Johnston e conta no elenco Ricardo Loscar, Nuno Nogueira, Inês Patrício e Steve Johnston.
“C
ultura jovem em construção” é a designação do intercâmbio internacional de jovens, promovido pela Câmara Municipal de Moura entre 6 e 15 de setembro, no qual estarão envolvidos 44 participantes, 22 de Portugal e 22 de Espanha. O intercâmbio tem como objetivo debater várias áreas da cultura ibérica como música, dança, teatro, pintura, escultura e fotografia. As atividades vão decorrer em diversos locais da cidade, de acordo com as temáticas, nomeadamente no jardim das Oliveiras, no Cineteatro Caridade, no
PUB
jardim da Porta Nova e no castelo. No decorrer do intercâmbio realiza-se o 2.º Fórum Moura Mais Jovem e será preparada uma exposição que estará patente ao público na Feira de Setembro. As inscrições para o intercâmbio estão abertas até ao próximo dia 16 e devem ser efetuadas no departamento sociocultural da Câmara de Moura. As entidades promotoras do evento são a Câmara Municipal de Moura e o Instituto de Enseñanza y Bachillerato, de Ávila. Esta iniciativa é financiada pelo programa comunitário Juventude em Ação.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
14
O Alentejo precisa urgentemente de uma reforma autárquica para que se inverta a desertificação humana a que vimos assistindo, calma e placidamente, ao longo destes cerca de 30 anos. Luís Assis, “Diário do Sul”, 30 de junho de 2013
Opinião
Os direitos políticos Jaime da Silva Lopes Investigador em Ciência Política
O verão é a estação amiga da História. É por estes dias que as escavações arqueológicas avançam um pouco por todo o território. É por estes dias que ficamos a saber um pouco mais sobre nós mesmos. Debaixo do sol escaldante, os ARQUEÓLOGOS passam as “férias” a trazer à superfície pedaços do passado. Seja na alcáçova de Mértola, nas Mesas do Castelinho, Almodôvar, ou no Outeiro do Circo, perto de Beja. PB
Quem mente de forma oficial aos representantes do povo não pode exercer funções oficiais em representação desse povo. Há muito que esta relação está apreendida e o resultado lógico e coerente desse entendimento seria a decorrente demissão de Maria Luís, exigida pelos partidos da oposição. Pedro Tadeu, “Diário de Notícias”, 30 de julho de 2013
publicamente o tempo das respostas. Até porque se duvida que o ato eleitoral seja mais um momento de respostas ao político, e ao seu interesse pessoal, que um momento de decisão para o povo, e para o seu interesse geral.
N O
um ato eleitoral, o candidato procura a correspondência do eleitorado. Devido aos abandonos ideológicos, e aos meios de ligação que possibilitam a transferência de gostos e desígnios, mas também o abuso de proximidade, cada vez menos o eleitorado é o que é. Este conceito, o da atomização, leva-nos à perdição institucional. Com desvantagens para as teorias sobre a democracia avançada (da ideia da expressão contínua aos processos sem termo de democratização). A democratização exige uma fricção e uma impulsão permanente sobre as instituições, tendo em vista a sua produção de efeitos que correspondam às necessidades da população. Por conseguinte, defende-se a prioridade das políticas para os campos de expressão do cidadão: com mecanismos que favoreçam a voz cidadã, mas também a capacidade de persuasão dos grupos. Ou seja, a mutação institucional oferece-nos uma regra de adaptação ao povo. Assim, o político tem o objetivo de tentar construir um eleitorado sobre o que se retém do senso comum – atravessando-o de possibilidades e extremidades, para dar sentido ao senso político. Por vezes, sobre as necessidades gerais, alimentam o conflito de compreensão. Por um lado, afastando-nos dos consensos nocivos. Mas também contrariando os entendimentos Podemos públicos, que fundamentam os pensar que o novos ângulos da soberania. que nos atrasa Contorno aqui a relevante na otimização questão da economia nos processos de desenvolvimento podemocrática lítico (que tenciono aprofuné esquecermos dar num artigo próximo), e da que, para lá dos sua interferência na produção direitos de eleger dos direitos, para observar que e ser eleito, no desenho institucional, que de avaliar e ser tende a esboçar-se em modo perpétuo, os direitos políticos avaliado, do povo tornam-se nucleares. há o direito Podemos pensar que o que de perceber. nos atrasa na otimização dePor exemplo, mocrática é esquecermos que, o de perceber para lá dos direitos de eleger e o senso político. ser eleito, de avaliar e ser avaliado, há o direito de perceber. Por exemplo, o de perceber o senso político. Obrigando o ator político a clarificar e a ser clarificado. Exigindo uma legendagem nítida sobre os factos. Reclamando momentos translúcidos para o poder (per se já um objeto dúbio). O que condena, à partida, o político que não trabalha as consequências e, sobretudo, o que não anuncia o que irá fazer com os efeitos das suas iniciativas. Mas que, também, evita o outro político que concorre, por ambição e no desconhecimento, sem ter construído um eleitorado, e que se apoia nos escombros de uma massa de descontentes, sem ter trabalhado as iniciativas. O direito político de perceber pode exigir que se antecipe
Ã
Sinais
Luís Covas Lima Bancário
sentimento que nos aproxima e, ao mesmo tempo, nos distancia do mundo e da sociedade em que vivemos é resultante das dificuldades e da panaceia de uma Europa que tarda em afirmar-se. Falo do projeto europeu no qual embarcámos e que teve como princípio criador a livre circulação de pessoas e bens. Mais tarde a união monetária foi uma realidade. Acreditámos num desafio que se dizia solidário. Como em tudo na vida, onde há grandes e pequenos, a solidariedade nem sempre se confirma. A teia montada à nossa volta tirou-nos a soberania política, económica e financeira. Em cascata, o nosso país, a nossa região, a nossa terra, reclamam por quem os defenda e lhes dê sinais. A desordem do mundo é ditada por ciclos antagónicos que se compensam invariavelmente ao longo do tempo. É assim mesmo. Uns estão bem, outros estão mal, tudo se inverte, qual compensação ou inversão de interesses e valores. A paridade da Numa época de austeridade moeda influenciou excessiva com desemprego galopante, sem crescimento ecode sobremaneira nómico e com problemas soas nossas vidas. ciais gravíssimos, começam a Em 1998, a taxa ouvir-se vozes de reputadas e de conversão distintas personalidades que estabelecida alertam para a possibilidade de saída da moeda única, o euro. fixou o valor de 1 Quem diria, o euro, moeuro em 200,482 eda única, um dos tais ciclos escudos. Não de oportunidades, em tempos era possível, mas favorável e desejado para o reidealmente tinha- lançamento da saúde e vigor -nos dado jeito que do nosso país. Passada mais 1 euro equivalesse de uma década, equaciona-se a 100 escudos. Não agora uma segunda linha de retendo sido assim, é flexão, que se pretende discreta, forma a preparar uma sae foi uma realidade de ída airosa. Mais vale ser o país que o custo de a propor a renúncia ao projeto, vida duplicou. do que ser corrido sem qualquer pré-aviso. Independentemente do novo figurino que nos anunciam, muitos defendem que valeu a pena a integração na moeda única, apesar de um paradigma que por vezes nos fez pensar, e só isso, pertencermos à elite, em detrimento de um país periférico e orgulhosamente só. A paridade da moeda influenciou de sobremaneira as nossas vidas. Em 1998, a taxa de conversão estabelecida fixou o valor de 1 euro em 200,482 escudos. Não era possível, mas idealmente tinha-nos dado jeito que 1 euro equivalesse a 100 escudos. Não tendo sido assim, é e foi uma realidade que o custo de vida duplicou. Após a adoção da moeda
única, e a título de exemplo, pudemos constatar que ao nível dos bens de consumo, transacionáveis e não só, qualquer produto ou serviço que custasse 100 escudos, passou a custar 1 euro, ou seja, 200 escudos e não se ouviu na altura qualquer reclamação. De país periférico à globalização, uns passos demasiadamente largos face aos passos curtos de um país que se encontra à deriva. Falou-se em compromisso de salvação nacional. Do entendimento entre as principais forças políticas não rezará a história. Um cenário de continuidade foi a opção. Alteraram-se alguns figurantes, reforçou-se o papel de outros e deseja-se agora um final feliz, mas sinais… nem vê-los.
Interminavelmente Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
C
onheci-o há 28 anos! Sempre admirei a sua força, o seu pragmatismo e o seu espírito lutador comprovados, aliás, ao longo de toda a sua vida. Tive oportunidade de assistir, de perto, a algumas das suas lutas e confirmar muitas das suas convicções. Diria até que, nos últimos anos, a minha relação com ele tornou-se especial: gostava de lhe confiar os meus encontros, e também os meus desencontros, e ouvir atentamente a sua opinião. Há cerca de dois anos e meio, a doença atravessou-se no seu caminho. Encarou-a como sempre fez com tudo: com coragem e postura. Não queria assustar os outros. Com elevação. Lutou, combateu, pelejou, resistiu. Mas o terrível mal entendeu não lhe dar tréguas. E dia a dia foi arrebatando-lhe a vida. Está a arrebatar-lhe a vida. Tenho a certeza que ele sabia, soube, sabe, que o vazio, o nada, é uma certeza. E que não há retorno. Mas ele não cede docilmente. Guerreia até querer e poder. Como sempre fez! Escrevi este pequeno texto no dia 19 de Julho. Pretendia que fosse o início da minha próxima crónica, uma forma - a minha forma particular - de querer ajudar, na luta pela vida, alguém que me é próximo. Sei que habitualmente são feitas homenagens públicas às pessoas quando morrem, realçando as suas qualidades e virtudes. Mas eu queria homenageá-lo ainda vivo, ao meu jeito, dizendo-lhe apenas – ou melhor, reiterando-lhe, porque ele já o sabia – que é com orgulho que assino com o sobrenome que o seu filho herdou. Lamentavelmente, não consegui concluir o meu propósito: no dia seguinte, logo pela manhã, recebemos a notícia do seu falecimento. Malgrado o desfortúnio, e sem querer cair em banalidades, vulgares e corriqueiras, entendi finalizar o texto que havia começado: vivemos uma altura difícil onde muita coisa parece estar a perder o sentido; onde gente embusteira, velhaca e vil, de propósitos aparentemente “irrevogáveis”, ganha visibilidade e poder; onde é cada vez mais raro encontrar pessoas para quem a palavra e a honra façam sentido e que não tenham medo de escolher os caminhos mais espinhosos desde que sejam aqueles que lhes são ditados pelas suas convicções. Esta característica, incomum, confere a estas pessoas uma deliciosa unicidade: para espíritos mais inquietos são uma fonte inesgotável de inspiração e de aprendizagem. Também por isso, apesar de desaparecerem fisicamente do nosso convívio, fica, e ficará sempre, a sua obra e o seu exemplo. Interminavelmente. É o caso do meu sogro, Manuel Joaquim Figueira. À sua memória. Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico.
A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE GRUPOS DE FORCADOS, de forma perfeitamente inaceitável, decidiu excluir das suas fileiras o Grupo de Forcados Amadores de Cuba. Uma decisão que inviabiliza a atuação deste agrupamento nas corridas oficiais. Uma resolução arbitrária que põe de parte o grupo que, talvez, mobilize mais gente em torno da festa brava. É certo que os tempos são de vacas magras, mas isso não justifica tudo. PB
Ä
O Alentejo, desde 1985, perdeu mais de metade da sua floresta endógena. A Universidade de Évora publicou um estudo onde revela que o montado está a recrudescer cerca de três mil hectares anualmente. As doenças que assolam estas árvores são conhecidas e dizimadoras. Mas não justificam esta perfeita devastação do MONTADO. O Estado tem de tomar medidas urgentes nesta matéria. PB
15 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
Ä
Nesta terra parece que nada suja ninguém, e todos conseguem recuperar de qualquer coisa que lhes aconteça. Sócrates comenta na televisão, Macário regressa à câmara ao nascer do sol, Isaltino é candidato à Assembleia de Oeiras a partir da prisão, só falta mesmo Vale e Azevedo voltar à presidência do Benfica. João Miguel Tavares, “Público”, 30 de julho de 2013
190 milhões de europeus têm o Cartão Europeu de Seguro de Doença
D
ois em cada cinco europeus têm o Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD). No total mais de 190 milhões de europeus são portadores deste cartão que lhes permite obter cuidados de saúde de emergência sempre que viajam no interior da União Europeia, na Suíça, no Liechtenstein, na Noruega e na Islândia. O cartão permite que uma pessoa tenha o direito a receber tratamento de emergência no sistema de saúde público do país de acolhimento nas mesmas condições e ao mesmo custo que os nacionais desse país. O cartão é emitido gratuitamente pelo sistema nacional de saúde do país de origem. O CESD não pode ser utilizado para cobrir cuidados de saúde programados noutro país. Os hospitais públicos são obrigados a reconhecer o CESD. Na grande maioria dos casos, os doentes recebem os cuidados de saúde necessários e são reembolsados sem quaisquer problemas. No caso de o cartão não ser aceite, os doentes devem contactar a autoridade sanitária competente do país onde se encontram. Em caso de recusa continuada, os doentes devem solicitar o apoio das autoridades sanitárias do seu país de origem. Se, ainda assim, persistirem os problemas, os doentes devem contactar a Comissão Europeia. Pode descarregar para o seu telemóvel a aplicação do cartão. Está disponível em http://ec.europa. eu/social/main.jsp?catId=559&langId=pt Tratamentos fora do país O Cartão Europeu de Seguro de Doença não abrange situações em que a pessoa se desloca a outro país por não haver possibilidade de tratamento em Portugal. Nestes casos deve solicitar o formulário E112 no Centro Distrital de Segurança Social da sua área de residência e apresentar um atestado do seu médico de família. Lista negra de companhias aéreas A Comissão Europeia atualizou pela vigésima primeira vez a lista de companhias aéreas objeto de proibições ou restrições de operação na União Europeia, mais conhecida por “lista da UE relativa ao nível de segurança aérea”. Pode consultar a lista aqui: http://ec.europa.eu/transport/modes/air/ safety/air-ban/index_pt.htm Representação em Portugal da Comissão Europeia
Cartas ao diretor O meu país Manuel Dias Horta Beja
Perguntaram-me pelo meu país e eu disse que o meu país era pequeno e pobre, mas, que já fora rico e nobre. Disse que já foi de soldados e marinheiros, de guerras perdidas e vencidas. De poetas e escritores cujas obras correram o mundo inteiro. Quiseram saber mais coisas do meu país e eu respondi que no meu país não há dinheiro, ninguém o levou, ninguém o gastou. Nem os que estavam nem os que estão, ninguém dá a mão ao erro. Interrogado de como estariam a resolver este mistério, retorqui que, apenas, conhecia o espetáculo ridículo e deprimente que estes senhores proporcionavam no Parlamento. No meu país o poeta cantou “que o fraco rei faz fraca a forte gente”. No meu país, pobre e pequeno de miséria e fome, os políticos e os partidos levam o tempo a olhar para o umbigo deles. Adoram campanhas eleitorais e respetivos arraiais. Falam do que não sabem e prometem o que não devem. Então concluímos que a grande crise do meu país é de valores, sejam ou não doutores. O meu país, que futuro?
Do sonho à realidade Miguel Esteves Barriga Beja
Trabalhei durante vários anos de forma dedicada e apaixonada para a maior empresa nacional. Cresci e aprendi muito, posso dizer que trabalhei com os melhores, para os melhores, pelos melhores. Ao longo dos anos, a ingenuidade do primeiro trabalho fez-me acreditar que este era o melhor trabalho do mundo. Mas como diz a música do nosso Zambujo “ Se é tão tão e tem tem tem, tem que ter algum defeito”… Aquela que apregoa ser a maior empregadora da cidade [a PT] é apenas e só a maior responsável pelo trabalho precário da nossa região, onde as pessoas, que são o seu motor, apenas são vistas como números sendo parte integrante de modelos e fórmulas que desincentivam qualquer um. Ingratidão e falta de reconhecimento profissional, números e mais números, neste caso menos números, ou seja, se as pessoas são os números, logo temos menos pessoas… Esta novela dos últimos tempos até
faz lembrar o “Big Brother”, com a célebre música do “vais de vela, vais de vela”, mas nesta empresa não é o público que decide e por norma quem se lixa é o mexilhão, o tal que vestiu a camisola durante anos e que agora já não serve, ou até pode servir mas apenas para as entradas... E neste verão infelizmente muito mexilhão tem dado à costa, vindo de marés dominadas por tubarões. Esta situação deixa-me profundamente triste pois tive o privilégio de produzir muito mexilhão de qualidade, dos melhores do País, que poderiam estar nas melhores marisqueiras nacionais, mas que por motivos que jamais irei compreender deram à costa. Esta é a realidade de um sonho que tive e que no fundo ainda tenho. Este poderia ser o melhor trabalho do mundo, desde que os tubarões respeitassem minimamente os mexilhões.
Avenida Padre Joaquim Fatela Manuel Aires Beja
Este é o terceiro apontamento que escrevo neste prestigiado jornal, onde publico artigos desde o ano de 1969, há portanto 44 anos, o que entre outras coisas revela que todos os cidadãos bejenses me conhecem, que não minto e que desde sempre faço denúncias pedagógicas com o objetivo de mostrar uma cidadania responsável no sentido do bem comum. Portanto, não venho evocar o direito de resposta, uma vez que a ninguém tenho de responder a não ser à minha consciência e muito menos a pessoas que se escondem atrás dos inocentes, que suponho bem-intencionados, mas que correm o risco de ficar presos nas malhas dos verdadeiros artistas que não dão a cara, nem os nomes, mas que de modo algum podem apagar os factos da destruição da obra e do património que pertence à Casa do Estudante e que têm de prestar contas da delapidação. Já vieram dizer que a Casa do Estudante só tem a casa sede em Beja, na rua de Moçambique, e a casa de Sines que servia para os alunos gozarem as férias de verão naquelas praias da costa alentejana. Perderam a Quinta da Saúde, na periferia da cidade de Beja, e a casa de Lisboa por incompetência gestionária e negócios arriscados que contribuíram para a destruição da obra. O usufruto da Quinta da Saúde e da casa do Príncipe Real, em Lisboa, deixou de fazer sentido aos proprietários para manterem a concessão, quer o Ministério da Agricultura, quer
a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que nunca roeram a corda de cedência sem custos e até negociavam uma plena doação, caso a Casa do Estudante mantivesse e prosseguisse os seus objetivos estatutários. Pior que tudo foi a alienação da quinta de Évora, vendida por 30 dinheiros, os mesmos que Judas vendeu Jesus. Mas é preciso que se saiba a quem foi vendida. Por quanto? E o que fizeram ao dinheiro? Visto que os ecos que nos chegam dos trabalhadores despedidos é que não receberam um único mísero cêntimo. Têm a palavra o Tribunal de Trabalho e será bom que sejam os tribunais a fazer justiça que se impõe devendo cada um assumir as suas responsabilidades. Hoje, como sempre, quero homenagear o sacerdote, que, foi abandonado à sua sorte num asilo de velhos e que se fosse vivo, completaria 86 anos em 22 de julho de 2013, sendo portanto oportuno que a Câmara Municipal de Beja desse o nome do padre Joaquim Fatela a uma avenida da cidade de Beja, para que a sua memória seja perpetuada e, quem sabe, se a sua obra da Casa do Estudante renascerá das cinzas. Os desígnios de Deus são insondáveis e quando as pessoas pensam que com base num conjunto de oito ou nove pessoas estão salvaguardados por uma dita “associação”, cuja assembleia geral são as mesmas personalidades dos três corpos do elenco diretivo, então pergunta-se onde está o quórum para alienar património? São estas instituições pouco ou nada controladas mesmo com estatuto de IPSS, mas as fundações têm um regime muito pior, daí que quando as coisas dão para o torto uma trupe mesmo sem aspas, segundo o dicionário da quarta edição da Porto Editora, “interjeição. Iniciativa de pancada”. Oxalá não se chegue a tanto. Haja paz!
A igreja de Garvão está abandonada Diamantino António Funcheira
Foi ainda em tempo do padre António Pereira, que mandou restaurar a igreja de Garvão, sendo da sua responsabilidade o pagamento da obra. Passaram-se mais de uma dúzia de anos desde que o padre Pereira daqui abalou. Até esta altura as portas da igreja nunca mais se abriram para celebrar missa. Foi tão elevado o custo das obras da igreja, que ficou tão bonita e encontra-se, agora, abandonada. Não é assim que Deus quer que se faça aos cidadãos.
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
16
Memória
Urbanismo Uma organização “pouco conhecida”, que se estrutura em três vias, é o que ficará à vista do visitante
Povoado da Idade do Ferro foi destruído na década de 80
Mesas do Castelinho vai finalmente ter percurso de visita 25 anos passados e, finalmente, a dupla de arqueólogos Amílcar Guerra e Carlos Fabião
C
hegados a Santa Clara-a-Nova, no concelho de Almodôvar, não é difícil perceber onde se encontra o exlíbris da terra. Além da sinalética e de um restaurante chamado Mesas do Castelinho, também não há habitante que não saiba o que é e como se lá chega. Na verdade, é logo aqui, seguindo por um caminho de terra batida. À primeira vista a herdade parece um sítio fantasma. O silêncio é quase total e, não fossem alguns carros estacionados junto a uma casa de pedra abandonada, diríamos que não anda por ali vivalma. Um taxista espera pacientemente, à sombra, na sua viatura e logo depois avista-se um casal de turistas japoneses a subir o serro. Estão visivelmente contentes, partilham fotos acabadas de registar com o motorista, que lhes responde em francês. Ao que parece, terão passado pelo Museu da Escrita do Sudoeste, na sede de concelho, e seguido, sem hesitar, mais esta sugestão de visita. Desde o arranque das escavações, em 1988, que foi sempre objetivo da equipa do projeto, liderada pelos arqueológos Carlos Fabião e Amílcar Guerra, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, além da investigação científica,
pode dizer que está a um passo de tornar realidade o objetivo último do seu trabalho científico: tornar o povoado de Mesas do Castelinho, cuja ocupação remonta à II Idade do Ferro, num sítio visitável ao público. O projeto de musealização compõem-se de um percurso de visita, no terreno, que deverá estar pronto até ao final do ano, e de um centro interpretativo, que ficará instalado num núcleo museológico já existente na aldeia vizinha de Santa Clara-a-Nova. Num colaboração “exemplar”, entre Estado, autarquias, universidade e população local. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
também a valorização do sítio e a criação de condições para acolhimento de visitantes. Passaram-se 25 anos e muitos dos jovens estudantes de Arqueologia – e foram à volta de 300 – que por ali passaram, no âmbito do componente prática do curso, são hoje já profissionais experientes. Mas só nos próximos meses é que, finalmente, se concretizará o velho plano de tornar o sítio visitável. Um processo atribulado ou “diversificado” como eufemisticamente lhe chama Amílcar Guerra. O povoado, que terá sido fundado na chamada II Idade do Ferro (século V a.C.), é composto por duas plataformas bem
identificáveis na paisagem, e delimitado por taludes que ocultam as antigas fortificações. A área total é de aproximadamente 3, 5 hectares. Porque começou por ser um povoado fortificado, as muralhas funcionaram como muro de retenção de sedimentos, dando origem a uma paisagem artificial, que contrasta com o perfil ondulado dos serros circundantes. Às plataformas, inferior e superior, da herdade do Castelinho, o povo deu o nome de “mesas”: a de cima e a de baixo. E assim ficou conhecido o sítio: Mesas do Castelinho. É na “mesa de baixo” que vamos encontrar a equipa de
escavações reunida. Arqueólogos, estudantes, e operários locais da construção civil sentam-se à sombra para uma merenda a meio da manhã. E a dupla Fabião e Guerra aproveita a pausa para contar uma história que começa, ironicamente, com uma destruição. Na transição do ano de 1986 para 1987, um homem adquire uma vasta área de terreno na zona, parte da qual de interesse arqueológico reconhecido, e começa a revolvê-lo com um bulldozer, supostamente em busca de algo específico e precioso. A devastadora busca chega aos ouvidos da estação pública de televisão, então a única a emitir, e é
preparada uma extensa reportagem que se transmite em horário nobre, num noticiário noturno de domingo. “Apesar de identificado o seu interesse arqueológico, este era uma daqueles sítios que ficaria aqui para o futuro. Não estava ameaçado por nada e não estava previsto que viesse a ser objeto de intervenção”, lembra Carlos Fabião. Mas a destruição fez dele “um sítio de romaria” e logo depois a obra foi embargada, tendo o Estado adquirido o terreno e procedido à sua classificação. Dado este passo, como forma de evitar uma perda irreparável, “colocava-se a questão ‘então e agora?’, muito até por pressão da câmara local”, recorda o investigador que, logo depois e a par do colega Amílcar Guerra, foi contactado pelo então Instituto Português do Património Cultural (IPPC) para assumir a componente científica do projeto. Sendo que ficou claro, desde a primeira hora, que o projeto seria muito mais do que uma investigação científica tout court: Para resumir os 25 anos seguintes ao nível do financiamento do projeto, pode dizer-se que têm sido a Câmara Municipal de Almodôvar e a Junta de Freguesia de Santa Clara-a-Nova os suportes mais regulares. Da parte da
Entre o mundo rural local e o mundo urbano mediterrâneo
P Casas A utilização de segundos pisos é considerada uma “originalidade” para a época
tutela estatal, o apoio tem-se revelado mais instável. Em 2002, o sítio de Mesas do Castelinho chegou a ser englobado no Plano Operacional para a Cultura, num projeto que previa a preparação do local para acolher visitantes, com respetiva sinalética, e a existência de um centro interpretativo em Santa Clara-a-Nova, a construir de raiz. Estabeleceram-se, entre a câmara local e o Ippar, um conjunto de protocolos para o efeito, mas os planos saíram gorados com a tomada de posse do novo Governo, em 2005, “de uma forma, para nós, até um bocado dramática”, confessa Amílcar Guerra, que se mostra satisfeito com a solução agora encontrada e “compatível com
aquilo que tinha sido projetado desde o início, com a vantagem de comprometer agora, mais do que nunca, todas as entidades: organismos do Estado, câmara, universidade, entidades e pessoas da própria aldeia de Santa Clara”, numa colaboração “não sei se totalmente original mas, pelo menos, com aspetos exemplares”. Segundo Samuel Melro, arqueólogo da Direção Regional de Cultura do Alentejo, à qual o sítio está afeto, e um dos que conheceu o sítio enquanto estudante, confirma que, até ao final deste ano, estará concluído um percurso de visitas no terreno, com a necessária sinalética para que quem chegue, especialista ou não, entenda
autónoma e livremente o que ali se mostra. O local não ficará vedado, nem terá horário, porque se acredita que “as pessoas da aldeia, com a relação de identidade e pertença que já estabeleceram com o sítio, serão os seus melhores guardiões”. Quanto ao centro interpretativo, prevê-se que venha a ocupar algumas salas do já existente Museu Etnográfico Manuel Vicente Guerreiro, em Santa Clara-a-Nova, “com peças expostas e uma explicação mais desenvolvida do local”. “Será a fase seguinte ao percurso de visita, para o qual têm sido feitas este ano uma série de campanhas de consolidação e de restauro de estruturas”, concretiza o arqueólogo.
Mão de obra local É uma opção da equipa, preocupada também com a componente social e económica do seu trabalho
ara a arqueologia portuguesa, o grande contributo de que se reveste o sítio de Mesas do Castelinho reside na amplitude da investigação que foi possível fazer num povoado que começa na Idade do Ferro e que continua, depois, “com uma presença muito extensiva do mundo romano da primeira fase, da fase de conquista”. Foram feitas escavações em povoados similares, na região, mas não tão extensas e, além disso, o próprio sítio, “pela sua dimensão, é um caso muito significativo”, considera Amílcar Guerra. Por tudo isto, é possível dizer-se que se trata de um “sítio de primeira importância” considerando a sua primeira fase de ocupação, ou seja, “a partir do século V a.C. e até ao mundo romano republicano, antes do império”. O que, sendo o momento de “maior monumentalidade”, continua o arqueólogo, é precisamente o que será tido em conta na valorização do sítio. No terreno, o que ficará à vista é uma “organização urbanística pouco conhecida” que se estrutura em três vias. “Aqui vemos uma rua já muito bem definida e depois outras duas mais ou menos paralelas”, aponta Amílcar Guerra, considerando que a possibilidade de “ver, em concreto, aqui as modalidades de construção, as técnicas utilizadas, a utilização de segundos pisos em determinadas casas, numa fase tão precoce” já é algo de “relativamente original”. Quanto aos materiais encontrados, a equipa destaca globalmente a “abundância cerâmica” e, em particular, “o contributo romano na fase de presença inicial”, de onde derivam peças menos fáceis de encontrar. Entre os exemplares que podem ser apresentados como emblemas do sítio encontram-se duas figuras em terracota “contrastantes” mas também “complementares”: uma cabeça humana representada só nos seus traços essenciais, marca de uma tradição muito local; e uma figura feminina, mais elaborada, que representa uma tradição de escultura do mundo mediterrânico, itálico em concreto. “Um mundo local mais simplificado, mais elementar, por um lado, e, por outro, o mundo urbano e desenvolvido do Mediterrâneo são o que aparece nestas representações que podem ser tomadas como referências”, resume o arqueólogo. Numa terra sem particular potencial agrícola nem riqueza mineira que se conheça, só uma hipótese parece fazer sentido para explicar as razões da implantação do povoado. A que diz respeito “ao controle de uma das travessias tradicionais da serra do Caldeirão, que fazia a comunicação entre esta zona do Alentejo e o litoral algarvio”, avança Carlos Fabião, acrescentando que “aparentemente, é a explicação mais consistente, não só para os momentos de apogeu, como também para os de declínio”. Isto porque, sempre que aparece enquadrado numa estrutura de poder forte, como é o caso da província romana da Lusitânia, na fase imperial, o povoado vê a sua importância decair. “Os poderes fortes retiram importância a quem controla uma passagem e é este ‘jogo’ de poder que justifica os altos e baixos do povoado”. CF
17 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
Numa terra sem particular potencial agrícola nem riqueza mineira que se conheça, só uma hipótese parece fazer sentido para explicar as razões da implantação do povoado. A que diz respeito “ao controle de uma das travessias tradicionais da serra do Caldeirão, que fazia a comunicação entre esta zona do Alentejo e o litoral algarvio”, avança o arqueólogo Carlos Fabião.
Almodôvar apresentou plantel 2013/14
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
18
O Clube Desportivo de Almodôvar, campeão distrital da época passada e estreante no Campeonato Nacional de Seniores, apresentou o seu plantel aos associados, em jogo particular diante do Esperança de Lagos, que venceu por 3-2. No próximo dia 10 a formação de Almodôvar retribui a visita dos lacobrigenses.
Desporto
Desportivo de Beja quer competir na 2.ª Divisão
O Clube Desportivo de Beja fez a sua inscrição na AF Beja para competir nas provas destinadas aos escalões de Futebol de 7 (traquinas, petizes, benjamins e infantis), iniciados, juvenis e 2.ª divisão, ficando, no entanto, em aberto a confirmação da sua participação nas respetivas provas.
Torneio Cidade de Moura O Clube de Futebol Benfica venceu a edição 2013 do Torneio Cidade de Moura, competição que serviu para apresentação do plantel aos adeptos do Moura Atlético Clube e que contou também com a presença do Grupo Sportivo de Loures. Os resultados foram: Futebol Benfica-Loures, 1-0; Moura-Futebol Benfica, 0-0; Moura-Loures, 2-2.
PLANTEL 2013/2014 Guarda-redes Igor Landim David Cabral Defesas: Mamadi Mamadu (ex-Torreense) Danilson Kata Bruno Silva (ex-Lagos) Bruno Gomes Hugo Ventosa (ex-Torreense). Médios Michael Habib Tó Miguel Ibraime André Tonom Filipe Infante Avançados: Joni (ex-Reguengos) Fábio Marques Dieng Ricardo Granadeiro (ex-Aldenovense) Boiças (ex-Lagos) Wigor (ex-Reguengos) Treinador Joaquim Mendes Moura Atlético Clube O objetivo prioritário é manter o clube na 2.ª divisão
Moura Atlético Clube apresentou-se aos sócios com o plantel reforçado
Consolidar o estatuto de 2.ª divisão O plantel do Moura Atlético Clube para a época 2013/2014 foi apresentado aos adeptos e associados. Manter a equipa na 2.ª divisão é o objetivo prioritário dos responsáveis do clube. Texto e foto Firmino Paixão
A
proxima-se uma nova época desportiva e a oficina mourense prepara intensamente a equipa para os desafios que se adivinham. Uma nova temporada significa também um novo espírito de conquista. Um plantel reforçado e capaz de, pelo menos, igualar o sucesso da campanha anterior, em que a equipa conseguiu a promoção da 3.ª Divisão ao Campeonato Nacional de Seniores. O treinador Joaquim Mendes, líder do grupo, assegura: “Temos de fazer melhor, quando mudamos alguma coisa, ou quando reforçamos uma equipa para entrar em competição, temos, necessariamente, de melhorar o seu desempenho”. O técnico diz ainda: “Queremos estar
mais fortes e temos a consciência que estamos, mas temos de preparar bem esta equipa para podermos estar ao nosso melhor nível a partir do dia 25 de agosto”, adiantando que tem a certeza que aquilo que introduziram no plantel, “com a manutenção de 70 por cento de jogadores do ano passado, tornou a equipa mais forte”. Joaquim Mendes referiu que as contratações foram asseguradas “em sintonia com a estrutura de futebol do clube, sempre em acordo entre as duas partes, porque é fundamental acautelar as questões orçamentais para não existirem desvios. Por isso, essas questões são tratadas com rigor, porque a gestão financeira tem de ser feita rigorosamente ao milímetro, embora conjugando vários aspetos, desde a qualidade desportiva às qualidades humanas dos atletas”. Quanto aos objetivos para a época desportiva, Mendes referiu: “A estrutura do futebol, em sintonia comigo, traçou objetivos bem claros, que são a estabilidade do clube na 2.ª divisão e, domingo a domingo, darmos o melhor do
nosso contributo mas, acima de tudo, cimentar este clube na divisão onde estamos inseridos”. O Campeonato Nacional de Seniores é uma estreia, mas os adversários são bem conhecidos: “O Louletano não é desconhecido, o Quarteirense também não, o Ferreiras, mesmo fazendo a sua estreia não será um desconhecido. O Lagos e até o próprio Almodôvar, temos que estar identificados com a valia de uma equipa que atingiu a promoção também na divisão onde estava. Depois, também o União de Montemor, o Barreirense, o Cova da Piedade, são históricos do futebol português, o Pinhalnovense é uma equipa habituada a jogar na 2.ª Divisão Nacional”, portanto, continuou o treinador do Moura: “Ninguém é desconhecido, vamos disputar uma prova que sofreu alterações que, no meu entender, teriam que ser feitas, será um campeonato completamente identificado com o que nos foi proposto e sabemos de antemão aquilo que temos que desenvolver durante a época”. A par do campeonato também a Taça de Portugal está nas ambições do clube
mourense. O técnico considera a este troféu “uma festa do futebol”: “Havendo capacidade e um bocadinho de felicidade, mesmo sabendo que a Taça não será para o Moura Atlético Clube nem para um clube da sua dimensão, o que podemos fazer para chegarmos o mais longe possível é darmos tudo o que pudermos, quer pela visibilidade, quer pelo aspeto financeiro, mas também competitivo porque queremos estar sempre a um nível superior”. Aos mourenses, Joaquim Mendes pede, “acima de tudo, que estejam com o clube”: “O trabalho está a ser desenvolvido e todos nós daremos o máximo que nos for possível para correspondermos às expectativas da massa associativa”. Orçamento equilibrado Hélder Mamede, presidente do Moura Atlético Clube, também explicou que o que pediram ao técnico e aos jogadores “foi a manutenção neste escalão, que ganhem jogo a jogo, dignificando sempre a camisola do clube”. O dirigente reforçou a ideia de que querem fazer melhor do que na última vez
que passaram pela 2.ª divisão: “Tivemos o azar de descer, por isso agora tentaremos assegurar a manutenção, porque a ideia é estabilizarmos o clube neste patamar”. Mamede antecipou também algumas expectativas que alimenta quanto a prováveis alterações ao quadro competitivo dizendo: “Em breve podem existir alterações, comenta-se que a 2.ª liga vai ter duas séries, e eu antevejo que a 2.ª divisão passe de novo a ter três séries e regresse a 3.ª divisão”. O plantel está fechado, anunciou o dirigente, salvaguardando qualquer eventualidade com lesões que impeçam o contributo de algum atleta, sublinhando que o orçamento é moderado e mais baixo do que na última época em que estiveram neste escalão. Uma última palavra de Hélder Mamede, neste início de temporada, vai para os associados do clube: “Que nos apoiem e deixem de nos criticar tanto, porque sem menosprezarmos o trabalho de outras direções que cá estiveram, o clube tem uma boa organização e infraestruturas de grande qualidade”.
A praia de Melides, no litoral alentejano, recebe entre hoje, sexta-feira, e domingo, 4, mais uma edição do Festival do Ar, evento que inclui demonstrações de atividades desportivas radicais como kitesurf, base jump, parapente, surf, skate, slide, balão de ar quente e aviões acrobáticos.
Faleceu Marcelino Lança Vítima de doença prolongada, faleceu no passado fim de semana, em Beja, com 79 anos de idade, Marcelino Montez Lança, antiga glória do Clube Desportivo de Beja e mítico “capitão” das equipas que na década de 1960 mais projetaram o clube no quadro do futebol nacional. O “Diário do Alentejo” apresenta sentidas condolências à família.
A assembleia geral da AF Beja elegeu um novo conselho de arbitragem
Um ciclo de diálogo e rigor O empresário Vítor Madeira, 43 anos, é o novo líder do Conselho Regional de Arbitragem (CA) da Associação de Futebol de Beja (AFB). Texto e foto Firmino Paixão
D
epois de uma passagem efémera pelos órgãos sociais da AF Beja, Vítor Madeira, 43 anos, regressou a convite do presidente José Luís Ramalho, e sufragado em assembleia geral, para dirigir o conselho de arbitragem. Transparência, isenção e rigor, a par de uma gestão profissional dos recursos, são as linhas orientadoras do novo executivo, que promete formar, qualificar e dialogar com as estruturas representativas dos árbitros. Madeira foi antigo jogador do Boa Hora e do Belenenses, tem o Ccurso de treinador UEFA B e foi adjunto de Francisco Agatão, em Cuba. A motivação para assumir este cargo foi o seu gosto pelo futebol?
O meu gosto pelo futebol e por sentir que, gostando eu de futebol, e sendo uma pessoa como as outras, que veem jogos de futebol e muitas vezes sentem que os árbitros não fazem o melhor que podiam ter feito, sempre achei que quando pudesse ter alguma intervenção neste processo daria o meu contributo. Mas tem uma vida empresarial preenchida?
Pensei muito nisso. Ou temos tempo e dedicamo-nos, ou não temos e não aceitamos. Rodeei-me de pessoas em quem posso delegar, temos uma equipa homogénea que me dá garantias do que vamos fazer. Teremos um departamento jurídico e outro, que julgo inovador, o departamento de apoio e estratégia financeira, e eu serei o elo de ligação entre a direção da AF Beja, o CA e toda a família da arbitragem. Os outros conselheiros foram escolhas suas?
Foram escolhas minhas, a lista é sempre definida pelo presidente. Vou ter uma ação muito interventiva no processo das nomeações. O presidente não pode estar fora desse processo. As nomeações são um processo muito importante e não
Vítor Madeira O novo presidente do conselho de arbitragem de Beja
podem ser o reflexo de quem as faz, mas a realidade do que se passa no terreno. Serão escolhidos os melhores árbitros para os melhores jogos?
A questão é saber quem são os melhores árbitros. Uma pontuação elevada define um lugar de topo, mas se analisarmos alguns fatores subjacentes a um determinado jogo, o árbitro com melhor pontuação pode não ser o árbitro que tem estrutura emocional para esse jogo. O que é melhor tecnicamente poder ser bom para um certo jogo, mas um com classificação inferior pode ser o juiz ideal para um dérbi, onde é preciso alguém com estrutura emocional muito forte. Os árbitros do distrito já lhe deram algum sinal?
Não senti nada e nem penso que seja um fator negativo ou positivo, mas acho que me ajuda, porque todos eles saem do mesmo ponto de partida. Serão analisados com o mesmo olhar e devem sentir que estão a ser observados. Se alguém estiver empenhado e não sentir que está a ser avaliado, até pode perder a motivação. Mas é preciso existir justiça na análise das pessoas. Que novidades incluiu na sua candidatura?
Não existem novidades que possam
ser consideradas de rutura. Não sei se haverá muito para mudar, nunca evoquei o passado, aprendi sempre a respeitar o passado, porque se não fizermos isso não vamos longe. Consideramos que é necessário formar e qualificar muito. O CA vai fazer um trabalho com muita isenção, muita imparcialidade e transparência. Os núcleos de árbitros serão parceiros do CA?
Os núcleos farão parte da minha maneira de estar na arbitragem. Fala-se muito em concertação, e os núcleos serão parte interventiva neste processo, é lá que os árbitros se juntam e falam dos seus problemas. E se eles têm problemas eu quero saber quais são, por isso teremos que falar com os núcleos. O aparecimento de uma única lista expressa o sentimento de um lugar pouco apetecível?
Não. Será o sentimento que é um lugar que será muito apetecível, mas pode não haver coragem para o assumir. Quem julga que tem capacidade para fazer alguma coisa é que tem que se chegar à frente. A minha vida é nesta região, e eu tenho que dar à arbitragem o retorno daquilo que ela me tem dado como empresário. Acredita na bondade dos erros dos árbitros?
Há um mês atrás, como adepto, seria difícil responder a essa questão. Hoje, já penso a arbitragem de outra forma. Lidero um órgão que me torna responsável por aquilo que serão os erros dos árbitros no terreno, serei criticado por isso, somos seres humanos, temos emoções, e ninguém me diga que um árbitro entra em campo e desliga todo o seu sistema emocional. E apoia incondicionalmente os árbitros?
Apoio os árbitros, mas incondicionalmente… Repare, se alguma coisa me fizer ter a certeza que, em algum momento, houve falta de isenção, não posso apoiar incondicionalmente uma coisa com a qual não estou de acordo. Mas, de uma forma geral, claro que os árbitros podem contar comigo incondicionalmente. Está confiante no sucesso desta magistratura?
Estou confiante. Não existem democracias sólidas sem uma boa justiça. Provavelmente será um dos problemas do nosso país e, na arbitragem, se não houver uma justiça séria as coisas não vão funcionar com sucesso. Com as mensagens que vou deixar a todos os intervenientes, acredito que aquilo que se passará no terreno será um processo transparente, onde se aplicarão as regras técnicas e nada mais.
O velho capitão José Saúde
Morreu o velho capitão! É a lei da vida. O cosmos terrestre, no seu irrefutável movimento giratório, não é, declaradamente, uma contemplativa verdade para o singular comum dos mortais. A malfadada morte, sempre inaceitável, é uma irreversível precisão que mais tarde ou mais cedo tocará a cada um de nós. Seremos um dia fúnebres passageiros da tal viagem sem regresso. Chamava-se Marcelino José Montez Lança, um cidadão que nasceu em Beja no dia 18 de agosto de 1933. O Marcelino foi um dos supremos futebolistas de uma família que herdou a arte de fazer vibrar multidões. O seu pai foi um dos pioneiros do jogo da bola na velha Pax Julia e o seu tio, Mário Montez, figura de proa que brilhou ao serviço do Vitória de Setúbal. O velho capitão alcançou, indiscutivelmente, o expoente máximo no futebol bejense. Jogador elegante e finalizador aprumado, era dos seus pés que saíam magistrais jogadas e tiros certeiros para uma baliza que, para ele, não apresentava mistérios. O Desportivo de Beja apresentou-se como o inegável emblema que o Marcelino sempre honrou. No ano de 1950, o então craque de Beja, ainda puto, foi assediado pelo Benfica, treinado por Ted Smith, e já com o cachet alinhavado o seu pai não autorizou a transferência para Lisboa, alegando que o rapaz fazia-lhe falta atrás do balcão do famoso café Cortiço, uma bíblia que outrora se afirmou como um ícone aprazível para uma profícua recolha de assuntos desportivos. Em 1955, o valoroso jogador do Desportivo esteve ao serviço da seleção militar onde proliferavam jogadores de craveira nacional e internacional, sendo os casos de Hernâni, Germano, Costa Pereira, Vital, Faia, Pereira da Silva, entre outros. Agora, o capitão finou-se. Familiares, antigos companheiros, homens do desporto, amigos e população em geral, acompanharam-no à sua última morada. Descanse em paz, velho capitão!
19 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
Festival do Ar em Melides
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
20
Campeonato Nacional de Juniores
O Despertar Sporting Clube, campeão distrital em título na categoria de juniores, recebe no dia 31 a formação do Pinhalnovense, em jogo a contar para a jornada inaugural do Nacional da 2ª Divisão de Juniores. O Redondense, a outra equipa alentejana na prova, jogará em casa com o Beira Mar de Almada.
Taça de Portugal (1.ª eliminatória)
As equipas sul alentejanas que, no próximo dia 1 de setembro, vão disputar a 1.ª eliminatória da Taça de Portugal, já conhecem os adversários. Os jogos são os seguintes: Sousense-Moura; Almodôvar-Ninense; Vila Cortez Mondego-Castrense e Aljustrelense-Casa Pia. O Piense ficou isento.
Campeonato Nacional de Seniores O Moura Atlético Clube e o Desportivo de Almodôvar já conhecem os adversários com quem vão competir no Campeonato Nacional de Seniores. A primeira jornada realiza-se no dia 25 deste mês, com a deslocação do Moura ao terreno do Barreirense, enquanto o Almodôvar jogará no seu reduto com o Ferreiras.
Eusébio Rosa Correr e sofrer na espuma das ondas da faixa atlântica alentejana
Maratona Mais de 400 atletas partiram para esta aventura pelas areias douradas do litoral
Vencedor Rosa corta a meta da Ultra Maratona Melides/Troia, que ganhou pela sexta vez
Patrícia Serafim Atleta do SU Caparica venceu o escalão feminino
Eusébio Rosa e Patrícia Serafim venceram a Ultra Maratona Atlântica 2013
O “pantera” das areias douradas Mais de 400 atletas participaram na Ultra Maratona Atlântica 2013, entre Melides e Troia. Mais do que uma aventura de 43 quilómetros à beira mar, a prova é um verdadeiro desafio à superação da capacidade física. Texto e fotos Firmino Paixão
“A
maré estava a encher e a prova foi extremamente penosa”. Ideia comungada pelos atletas Eusébio Rosa, 44 anos, e Patrícia Serafim, 30, ambos do Sport União Caparica, vencedores da Ultra Maratona Atlântica Melides/Troia 2013, organizada pelo município de Grândola e apadrinhada pelo antigo campeão olímpico Carlos Lopes. Eusébio Rosa, vencedor absoluto da corrida pela sexta vez,
quarto triunfo consecutivo, não conseguiu, por isso, baixar o seu próprio recorde de 2.46.30h, obtido em 2012, ficando com um registo de 3.04.49h, que é a quinta melhor marca das nove edições da prova. O maratonista revelou que “o vento soprava de costas, o que não nos prejudicou, no entanto, a maré deixou-nos pouco espaço para correr, mas estou muito feliz, foi uma vitória muito importante, estou a fazer a história desta prova, com seis vitórias, quatro consecutivas, e tenho o recorde horário, é muito importante”. Eusébio prometeu voltar em 2014, só não se sabe se é para continuar no lugar mais alto do pódio: “É uma incógnita, mas enquanto as forças me permitirem tentarei”. A vencedora do esca lão
feminino, Patrícia Seraf im, quarta classificada na edição anterior, lembrou: “Hoje vinha com o objetivo de ganhar, senti-me bem. No ano passado, com a maré mais vazia, apanhámos muito terreno plano, mas este ano a prova foi extremamente dura, quando partimos já a maré estava a encher”. Dois campeões acarinhados por Carlos Lopes, que acompanhou integralmente a prova e, no final, concordou: “Isto é para grandes campeões, correr 43 quilómetros em areia só é possível para pessoas com grande caráter, determinação e grandes princípios e, acima de tudo, com uma grande autoestima”. O vencedor da maratona olímpica de Los Angeles/84 comentou: “O espírito de aventura que toda esta gente interioriza é simplesmente extraordinário, esta
prova, felizmente, é única na Europa, e a superação de cada um destes atletas é um estímulo que revela grande caráter. É extraordinário e é preciso ter coragem para enfrentar um desafio desta natureza”. Carlos Lopes concluiu com uma palavra para a organização da autarquia da Vila Morena, dizendo: “Uma prova destas não é fácil, tem um cariz muito especial e cada vez as pessoas aderem em maior quantidade. A organização só tem de estar de parabéns porque tem mostrado ao mundo com se organiza uma prova com um perfil completamente diferente de todas as outras e isso demonstra bem que, havendo vontade e determinação, é possível mostrar as maravilhas que existem em Portugal e de que este concelho é um excelente exemplo”.
Classificações ABSOLUTOS MASCULINOS: 1.º Eusébio Rosa (SU Caparica), 3.04.49h. 2.º Mário Casaca (Olímpico Oeiras), 3.26.23. 3.º Igor Timbalari (Areias S. João), 3.26.45. 4.º Bruno Paixão (AC Portalegre), 3.27.24 5.º Miguel Martins (AC Vermoil), 3.27.34. ABSOLUTOS FEMININOS: 1.º Patrícia Serafim (SU Caparica), 4.04.54h. 2.º Amélia Costa (Alto Moinho), 4.08.47. 3.º Cristina Ponte (Offtel Runners), 4.15.45. 4.º Chantal Xervelle (Casal Figueiras), 4.22.56. 5.º Sara de Brito (CA Barreira), 4.24.39. EQUIPAS: 1.º Clube de Atletismo da Barreira. 2.º Esc.Sec.Monte Caparica. 3.º Jobra. 4.º A.C.Portalegre. 5.º CA Amigos Parque da Paz.
institucional diversos
21 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
Diário do Alentejo n.º 1632 de 02/08/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1632 de 02/08/2013 Única Publicação
Miguel & Miguel, Lda. Leilões Judiciais e Particulares, Lda.
CARTÓRIO NOTARIAL DE SERPA
NIF: 504 069 225 Av. Independência das Colonias, n.º 19 cave traseiras, 2900-407 Setúbal Fax: 265 239 161 * Email: miguel_miguel.lda@live.com.pt
EXTRACTO
Venda de prédios urbanos e rústico VENDA JUDICIAL: 5 prédios urbanos sito em Almodôvar 4 prédios rústicos sito em Almodôvar Apresentação de proposta para a totalidade dos bens (Executado: “Herman Jan Maria Clement de Rooster e outros” Proc.n.º 18/09.8TBADV - Tribunal Judicial de Almodôvar – Secção Única) Por indicação da Exma Sr.ª Dr.ª Agente de Execução Maria José Palma Santos, vamos proceder à venda, mediante apresentação de proposta para a totalidade dos bens, dirigida á empresa acima identificada, conforme se indicam: Verba n.º 1 - Prédio urbano destinado a habitação sito em Monte do Pilarte, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar, composto por 1 compartimento, despensa, dois palheiros e 2 arramadas, com a área de 81m2. Verba n.º 2 - Prédio urbano destina a armazém e actividade industrial sito em Monte do Pilarte, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar, composto por 1 compartimento com a área de 36m2 Verba n.º 3 - Prédio urbano destinado a habitação sito em Monte do Pilarte, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar, composto por 3 compartimentos, cozinha, celeireiro, corredor e palheiro com a área coberta de 80m2 Verba n.º 4 - Prédio urbano destinado a habitação sito em Monte do Pilarte, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar composto por 3 compartimentos, cozinha, despensa e corredor com a área de 65m2 Verba n.º 5 - Prédio urbano destinado a armazéns e actividade industrial sito em Monte do Pilarte, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar composto de 2 compartimentos (arramada e palheiro) e casa-de-banho com a área de 36m2 Verba n.º 6 - Prédio rústico sito em Courela do Meio, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar, composto por montado de azinho, cultura arvense, solo subjacente de cultura arvense e azevinho, com a área de 7,1750ha Verba nº 7 - Prédio rústico sito em Courela do Cerro dos Mariolas, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar, composto por cultura arvense, sobreiros e oliveiras, com a área de 8,3750ha Verba n.º 8 - Prédio rústico sito em Horta Velha, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar, composto por cultura arvense, oliveiras e cultura arvense de regadio com a área de 0,3750ha Verba n.º 9 - Prédio rústico sito em Courela do Meio, freguesia de Almodôvar, concelho de Almodôvar, composto por montado de azinho, cultura arvense, solo subjacente de cultura arvense e azinho, com a área de 8,1000 ha Os referidos bens poderão ser mostrados aos interessados a seu pedido a efectuar por contacto telefónico para o nº 967 608 227 (Sr. José Jesus Joaquim). Nota: Informa-se que no ano de 2010 o executado solicitou à C.M. Almodôvar Informação Prévia Simples referente a obras de edificação nos prédios acima identificados. Em resposta à pretensão apresentada a C.M. Almodôvar emitiu um parecer viável à construção de empreendimentos turísticos nos referidos prédios que deverá obedecer ao Regulamento do PDM de Almodôvar.
Certifico para efeitos de publicação que, no dia 17 de Julho de 2013, iniciada a folhas 47 do livro de notas número 36 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual MARCOS VALENTE MIRA, NIF 149.386.770, e mulher MARIANA VAZ MORAIS VALENTE MIRA, NIF 149.386.788, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa, residentes na Rua de Sevilha, lugar de A-do-Pinto, freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano de rés-do-chão e quintal, destinado a habitação, com a superfície coberta de trezentos e quarenta e dois metros quadrados, e descoberta de quatro mil e oitenta e três metros quadrados, sito na Estrada Nacional 260, no lugar de A-do-Pinto, freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa, que confronta do norte, do sul, do nascente, e do poente com herdeiros de António Cortez de Lobão, inscrito na matriz sob o artigo 2043, com o valor patrimonial actual de €46.910,00, a que atribuem igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa. Que o identificado imóvel veio à sua posse por o haverem construído no terreno com a mesma área de quatro mil quatrocentos e vinte e cinco metros quadrados, que adquiriram por permuta verbal efectuada em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e setenta seis, a António Cortez de Lobão, casado com Josefina Vaz da Silva Cortez de Lobão, no regime da separação de bens, já falecido, residente que foi em Serpa, não tendo, todavia, sido celebrada a respectiva escritura. Que, porém, desde aquele ano de mil novecentos e setenta e seis e sem interrupção, os justificantes entraram na posse do referido imóvel, habitando-o e usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respectivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificam a aquisição do aludido imóvel por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, dezassete de Julho de dois mil e treze.
VENDE-SE BEJA Espaço para pequeno comércio ou escritório, bem situado (rua Dr. Brito Camacho, 15-17), bom preço. Casa para comércio na travessa do Cêpo, n.º 15, r/c e 1.º andar. Contactar tm. 966390656
ALUGA-SE Apartamento T1 em Vila Real de Santo António. Todo equipado/mobilado. Agosto/ Setembro. Semanas/Quinzenas. Contactar tms. 967155844/ 963438626
SERPA Vende-se olival, vedado com água – 4,5 hectares. Contactar
A Notária, Joana Raquel Prior Neto
tm. 968130158
Diário do Alentejo n.º 1632 de 02/08/2013 Única Publicação
MUNICÍPIO DE ODEMIRA
AVISO Abertura do Período de Discussão Pública do Plano de Pormenor da Área Urbana de Génese Ilegal do Brejinho em Zambujeira do Mar Torna-se público, para os efeitos dispostos no n.º 3 do art.º 77º do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22 de setembro, na atual redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de fevereiro, que por deliberação tomada em reunião ordinária da Câmara Municipal de Odemira em 18 de julho de 2013, se procede à abertura do período de discussão pública da proposta de Plano de Pormenor da Área Urbana de Génese Ilegal do Brejinho em Zambujeira do Mar. A discussão pública encontra-se aberta por um período de 22 dias úteis, contados a partir do 5º dia posterior ao da publicação do presente aviso do Diário da República, na 2ª Série. A proposta de Plano de Pormenor, os pareceres emitidos no âmbito do acompanhamento, a ata da conferência de serviços, o relatório de ponderação do período adicional de concertação, o protocolo celebrado com Administração Conjunta da AUGI do Brejinho encontram-se disponíveis para consulta, pelos interessados, no Balcão Único do Município de Odemira, na Junta de Freguesia da Zambujeira do Mar, todos os dias úteis durante as horas normais de expediente e, no sítio da internet www.cm-odemira.pt. Durante o período de discussão pública todos os interessados poderão apresentar reclamações, observações ou sugestões formuladas por escrito, podendo ser entregues em mão, por correio para o Municipio de Odemira, Praça da República, 7630-139 Odemira, ou por correio eletrónico para planeamento@cm-odemira.pt. 22 de julho de 2013. O Presidente da Câmara, Eng. José Alberto Candeias Guerreiro
VENDE-SE Na freguesia de São Martinho das Amoreiras, concelho de Odemira. Sendo o r/ch zona comercial e o 1º. andar zona habitacional. Situada no cruzamento das vias para Santana da SerraSantaClara/Monchique-Odemira-Ourique.
COMERCIAL
Contactar Tm. 934179789
Precisa-se de comercial M/F
ALUGA-SE ESPAÇO COMERCIAL
para a venda de sacos plásticos e papel personalizados.
Zona central de Vidigueira, para qualquer ramos mas equipada com algum equipamento para talho
Contatos: 256899370 geral@jbrandao.eu
e/ou supermercado. Toda renovada, boa área disponível. Contactar tm. 924199046
VENDE-SE Camião em bom estado, marca Mercedes Benz, 153 000km, equipado com tesoura tribasculante, travão eléctrico e conjunto de taipais duplos. Contactar tm. 919379873
ALUGA-SE ALGARVE FÉRIAS Apartamento T1 em Albufeira/Montechoro. À semana ou quinzena. Barato. Contactar tm. 960385473
saúde
22 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
Análises Clínicas
▼
Medicina dentária
▼
Psicologia
Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista
Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
Cardiologia
▼
RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE
Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA
FERNANDA FAUSTINO
FAUSTO BARATA
ALI IBRAHIM
JOÃO HROTKO
Obesidade
Fisioterapia
LUZ Médico
Especialista pela Ordem dos Médicos
Especialista
Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
dos Médicos
pela Ordem e Ministério da Saúde
(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE
Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155
Marcações pelo telef. 284325059
▼
MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44
Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisioterapia
▼
7800-073 BEJA Clínica Geral
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
Psicologia Educacional
JOSÉ BELARMINO, LDA.
Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica
Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
Drª M. Carmo Gonçalves
DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
Tratamentos
CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Rua Manuel António de Brito
Classes para Incontinência
Clinipax
Urinária
Rua Zeca Afonso,
Reeducação do Pavimento
nº 6-1º B – BEJA
Urologia
Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care,
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341
Marcações pelo tel.
de Beja
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo
Consultas às 6ªs feiras
Rua Cidade S. Paulo, 29
a partir das 8:30 horas na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29
R. 25 de Abril, 11
Marcações pelo tel.
cave esq. – 7800 BEJA
284328023 BEJA Cirurgia Maxilo-facial
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia
DR. MAURO FREITAS VALE
CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras
Prótese/Ortodontia
Marcações pelo telef. 284328023 BEJA
Clínica Dentária
▼
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Otorrinolaringologia ▼
Urologia
▼
DR. J. S. GALHOZ HEMATOLOGIA CLÍNICA Doenças do Sangue
ANA MONTALVÃO
FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Assistente Hospitalar Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313
▼
Clínica do Jardim
284323028
Hematologia
▼
Dr. José Loff
Medicina dentária
MÉDICO DENTISTA
Consultas segundas,
UROLOGISTA
Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
Psiquiatra no Hospital
Multicare, Allianze,
Estomatologia
quartas, quintas e sextas
▼
PARADELA OLIVEIRA
Seguros/Acidentes
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
▼
AURÉLIO SILVA Psiquiatria
7800- 544 - BEJA
(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)
Classes de Mobilidade
meio aquático
▼
nº 4 1ºFte
das 14 horas Tel. 284322503
de Fisioterapia
Hidroterapia/Classes no
Estomatologista (OM) Ortodontia
e.mail:
Marcações a partir
Pós Mastectomia
DR. JAIME LENCASTRE
TERESA ESTANISLAU CORREIA
clinidermatecorreia@ gmail.com
Reabilitação
EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
▼
Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja
GASPAR CANO
Drª Ana Teresa Gaspar
Dermatologia
MÉDICA DERMATOLOGISTA
▼
Fisiatria Dr. Carlos Machado
▼
DR. A. FIGUEIREDO
Médico oftalmologista
Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
a partir das 15 horas
Vários Acordos
Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
Rua António Sardinha,
▼
Consultas de 2ª a 6ª
às 3ªs e 4ªs feiras,
Técnica de Prótese Dentária
Ginecologia/Obstetrícia
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
Oftalmologia
CONSULTAS
Pélvico
Cardiologistas
25r/c dtº Beja
▼
HELIODORO SANGUESSUGA
Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
Neurologia
▼
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
▼
saúde
Dra. Heloísa Alves Proença - Ortodontia/Aparelhos Médica Dentista / Directora Clínica Mestrado pela Universidade Krems - Áustria Investigadora Cientifica na Kanagawa Dental School,Japão
Dr. Ricardo Gomes - Ortodontia - Médico Dentista Dra. Vanda Marcelino - Endodontia/Medicina Dentária Geral - Médica Dentista
Dra. Carla Iwata - Endodontia/Medicina Dentária Geral Médica Dentista
Dra. Rita Macedo - Odontopediatria/Crianças Médica Dentista
Dr. João Rua - Oclusão/ATM/Dores de Cabeça/ Reabilitação Oral Médico Dentista - Prof. de Reabilitação Oral no I.S.C.S.E.M
Dr. Pedro Franco - Estética Dentária/Prótese Fixa Médico Dentista
Dr. João Veiga - Implantes/Cirurgia Oral Médico Dentista / Prof. de Cirurgia Oral no I.S.C.S.S
Dr.ª Catarina Silva - Medicina Dentária Geral - Médica Dentista Dr.ª Ana Tadeu – Medicina Dentária Geral -
Médica Dentista
Delmira Regra - Higiene Dentária/Prevenção - Higienista Oral Pedro Silva e Fernando Pereira - Prótese Dentária Removível Técnicos de Prótese Dentária
www.novaclinica.pt
Rua Manuel António Brito n.º n.º6-1.ºFRT. º6-1.ºFRT. 7800-522 780 Beja
Telefone: 284 328 100
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr.ª Joana Leal – Medicina Tradicional Chinesa/ Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Convenções:
ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
23 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
24 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
necrologia AGRADECIMENTO
Beja MISSA
Cidália dos Anjos Torpes Roque
Artur Francisco
04/07/2013 – 04/08/2013 1.º Mês de Eterna Saudade
10.º Ano de Eterna Saudade
Esposo, filhos e restante fa-
Seus filhos, netos, nora e
mília recordam com sauda-
genro participam a todas
de o 1º. mês de ausência. A
as pessoas de suas rela-
família agradece a todas as
ções e amizade que será
pessoas que a acompanharam à sua última morada.
celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 05/08/2013, segunda-feira, às 18 e 30
MISSA
horas, na igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.
AGRADECIMENTO
Manuel Cesário Rosa Páscoa (Ex-Director das Finanças de Beja)
A família vem por este meio comunicar que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no 2.º aniversário do seu falecimento, dia
Maria Joana Guerreiro Alexandre Faleceu a 03/07/2013
09/08/2013, sexta-feira, às
BEJA PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Maria Isabel Galrito Pereira de Lacerda Fernandes Marido, filhos, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 13/07/2013 e manifestam publicamente o seu agradecimento a todas as pessoas que se associaram a este momento doloroso ou que manifestaram o seu pesar. Expressam também o seu profundo reconhecimento ao Secretariado Bancário do Sul e Ilhas, por todo o apoio prestado.
18 e 30 horas, na igreja do
Sua filha, genro, netos e
Carmo, em Beja, e agradece
sobrinhos, agradecem a
antecipadamente a todas as
todos os vizinhos e amigos
pessoas que nela compare-
que participaram neste tão
cerem.
piedoso acto.
institucional diversos OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) z TESTAGENS z SERVIÇO DE TORNO z SOLDADURAS EM ALUMÍNIO
Especialista de problemas de amor
Diário do Alentejo n.º 1632 de 02/08/2013 Única Publicação
DR. CÂMARA
Sito na Rua Dr. Coelho de Carvalho, número Um B, em Faro A cargo da Notária CRISTINA MARIA DA CUNHA SILVA GOMES
Astrólogo Curandeiro
z
Encamisar blocos orçamentos com ou sem material PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA
CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516
Espiritualista e Cientista
&
O mais importante da Astrologia é obter resultados bons, rápidos e garantidos a 100%. Dotado de poderes, ajuda a resolver problemas difíceis ou graves em 7 dias, como: Amor, Insucesso, Depressão, Negócios, Injustiças, Casamento, Impotência Sexual, Maus Olhados, Doenças Espirituais, Sorte nas Candidaturas, Desporto, Exames e Protecção contra perigos como acidentes em todas as circunstâncias, aproxima e afasta pessoas amadas, com rapidez total. Se quer prender uma vida nova e pôr fim a tudo o que o preocupa, não perca tempo, contacte o Dr. Câmara e ele tratará do seu problema com eficácia e honestidade.
FACILIDADE DE PAGAMENTO
♥
Consultas à distância e pessoalmente TODOS OS DIAS DAS 8 ÀS 21 HORAS Tel. 284105675 Tm. 968729608 / 933311859 Rua Escritor Julião Quintinha, nº 42 – A – 1º BEJA – ALENTEJO
ALUGA-SE CASA T2 Vidigueira Renovada recentemente, cozinha equipada com fogão, frigorífico, esquentador, exaustor. 2 quartos, sala, cozinha espaçosa, wc, marquise e quintal. Zona central. Contactar tm. 918462305
ALUGO Casa de férias, com 3 quartos, Algarve, Manta Rota. Semana ou quinzena. A partir de 350 euros.
COMPRO Todo o tipo de sucata, ferro, alumínio, latão, inox, materiais eléctricos, baterias, etc.. Desloco-me. Contactar
Contactar tm. 967040763
tm. 912965482
Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros
descontos atÉ
6 cÊnt.
1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado
SERPA Vende-se loja, 40
no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-
por litro
tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos
desconto em combustÍvel
com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma
atÉ 31 de agosto
25 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
m2, em centro comercial, loja n.º 2.
em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7.
Contactar tms. 939458038
Válido até 31 de julho de 2013.
ou 938356566
ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):
País: 28,62 €
Estrangeiro: 30,32 €
Assinatura Semestral (26 edições):
País: 19,08 €
Estrangeiro: 20,21 €
Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________ Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________
*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário*
CARTÓRIO NOTARIAL DE FARO
Nos termos do art° 100, do n° 1 do Código do Notariado na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei 207/95 de 14 de Agosto, faço saber que no dia vinte e seis de Julho de dois mil e treze, de folhas cento e vinte e cinco a folhas cento e vinte e sete verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Cento e Sessenta e Seis-G, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação na qual: MARIA MADALENA FERREIRA LIMA BÁIA MARQUES ROSA, natural da freguesia de Beja (Salvador), concelho de Beja e marido, MANUEL PAULINO MARQUES ROSA, natural da freguesia de Corte do Pinto, concelho de Mértola, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Escritor Ferreira de Castro, n° 14, 3º Dt°, Beja, contribuintes fiscais números 121827860 e 154619604. MARIA MARGARIDA FERREIRA LIMA BÁIA CERDEIRA DE MORAIS, natural da dita freguesia de Beja (Salvador) e marido, PAULO GIL MESSIAS PALMEIRA E CERDEIRA DE MORAIS, natural da freguesia de Santa Maria Maior, concelho de Viana do Castelo, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes em Casa Branca das Pedras de Cima, Caixa Postal 211-G, 8800-101 Luz, Tavira, contribuintes números 178239836 e 155087622: DECLARAM que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, composto por rés do chão, destinado a habitação, sito na Rua de Beja, freguesia de Salvada, concelho de Beja, com a área coberta de cento e quarenta e quatro metros quadrados, com logradouro de trezentos e dezasseis metros quadrados, com um logradouro com trezentos e dezasseis metros quadrados, tendo a área total de quatrocentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte, com António Maria Báia, sul com António Soeiro Bruxo, do nascente com Rua de Beja e do poente com Horta de Augusto Guerreiro Lampreia, inscrito na respetiva matriz em nome de José Báia, já falecido, sob o artigo 476, com o valor patrimonial tributável de 955,00€, a que atribuem igual valor, NÃO descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja. Que o referido prédio foi doado por aquele José Báia e mulher Joaquina Rosa, casados sob o regime da comunhão geral e residentes que foram em Monte Fernando Espanha, Quintos, Beja, a José Manuel Leal Báia e Maria de Fátima Engrossa Ferreira Lima (pais das justificantes), em data que não sabem precisar do ano de mil novecentos e sessenta e cinco, a qual nunca foi reduzida a escritura pública. Que a referida Maria de Fátima Engrossa Ferreira Lima, que também usava Maria de Fátima Engrossa Ferreira Lima Báia, faleceu sem testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, em dezoito de Janeiro de mil novecentos e noventa e cinco, na freguesia de Beja (Santiago Maior), concelho de Beja, residente que foi na Rua Dr. Jaime António Palma Mira, n° 32, 1º, Beja (São Salvador), Beja, tendo deixado como herdeiros, seu marido, José Manuel Leal Báia, viúvo e suas filhas, Maria Madalena Ferreira Lima Báia Marques Rosa e Maria Margarida Ferreira Lima Báia Cerdeira de Morais, as ora justificantes; e Que o referido José Manuel Leal Báia, faleceu, sem testamento ou qualquer outra disposição de última vontade, em dezoito de Novembro de dois mil e seis, na dita freguesia de Beja (Santiago Maior), no estado de viúvo da referida Maria de Fátima Engrossa Ferreira Lima, residente que foi na Rua Alexandre Herculano, n° 3, Beja, tendo deixado como herdeiras, suas filhas Maria Madalena Ferreira Lima Báia Marques Rosa e Maria Margarida Ferreira Lima Báia Cerdeira de Morais, as ora justificantes, já habilitadas pela escritura lavrada nesta data, a folhas cento e vinte e três, deste Livro de Notas. Que, desde aquela data (mil novecentos e sessenta e cinco), com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, os falecidos, José Manuel Leal Báia e mulher, referida Maria de Fátima Engrossa Ferreira Lima, até à data da sua morte e posteriormente as ora justificantes desde a morte de seus pais até à data atual, sempre têm vindo a usufruir do mencionado prédio como coisa própria, autónoma e exclusiva, dele retirando as utilidades normais de que é susceptível sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, suportando os encargos fiscais e da sua administração, praticando os poderes de facto inerentes ao direito de propriedade plena, na convicção de serem eles, com exclusão de outrem, os donos do mesmo. Que a referida posse foi exercida à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, sem qualquer espécie de violência e ininterruptamente. Que deste modo, eles justificantes estão há mais de vinte anos na posse do referido prédio, que adquiriram por usucapião, o direito de propriedade plena sobre o mesmo, mas dadas as características da referida causa de aquisição, estão impedidos de a comprovar pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Faro, aos vinte e seis de Julho de dois mil e treze. No uso dos poderes conferidos pela Notária, Cristina Maria da Cunha Silva Gomes, conforme autorização publicada em 31/01/2013, e nos termos do artigo 8°, do Decreto-Lei n° 26/2004, de 4 de Fevereiro. Josabete Zacarias Sousa Graça Silvestre
FÉRIAS ALBUFEIRA
ARRENDA-SE OU VENDE-SE
Apartamento T1 com piscina e parqueamento, totalmente mobilado e com climatização. B o a l o c a l i z a ç ã o. Aluga-se à semana ou quinzena, mês de agosto.
Apar tamentos no
Contactar tm. 966341735
Contactar
Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:
AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
c e n t ro d a c i d a d e de Beja (Portas de Mértola), para escritórios/consultórios, salão de cabeleireiro ou estética, etc.. tm. 966393485
Herdade do Sobroso candidata ao prémio Welcome to Portugal 2013
A herdade do Sobroso, situada no concelho da Vidigueira, é para já o único representante do distrito de Beja nas candidaturas ao prémio Welcome to Portugal 2013, promovido pelo subcomité LIDE Turismo e Gastronomia, do LIDE Portugal – Grupo de Líderes Empresariais. O galardão, que pretende distinguir projetos e iniciativas que promovam o Destino Portugal, será entregue no dia 5 de outubro, no âmbito do II Fórum Empresarial do Algarve,
promovido pelo LIDE Portugal, que este ano se realiza durante os dias 4, 5 e 6 de outubro em Vilamoura, sendo que as candidaturas ao prémio decorrem até ao dia 2 de setembro. O prémio Welcome to Portugal tem como objetivo distinguir iniciativas de caráter cultural, desportivo e gastronómico que permitam posicionar Portugal e a gastronomia portuguesa na primeira linha das opções dos turistas e consumidores estrangeiros.
Empresas
DR
DR
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
26
Prop Pr op o pri ried edad adee do con once celh ce elh ho de Bej de ejaa co com m 73 730 0 hecta hect he cttaarres es, qu quee se ded dica icca ao ttu urismo o, ao o ccul ullti ulti t vo o da vin inha h , da o ha oliliiveeirra e à pecu pe c árria. iaa. Os vin inho hoss de ho reco reco re onhec nh hecciid da qu ual alid id dad adee alii pr al prod oduz od uzid uz id dos os val a er eram a a am atri at rib ri buiç buiç bu ição ão, ão o, no n s úl ú ti timo timo m s a oss, de an de vvár á io ár i s pr prém ém mio ioss naci na c on ci onai aiss e in ai nteern rnac aaccio on naais à he herd rdade ade do ad dos Grou Grou Gr ous. s.
Descontos no Hotel do Lago Aberto recentemente, o Hotel do Lago, em Montargil, está a promover uma campanha de verão que prevê descontos até 50 por cento e oferta de vários serviços adicionais. A campanha, que comtempla 25 por cento de desconto em alojamento com pequenoalmoço buffet e 50 por cento de desconto no suplemento de meia pensão, disponibiliza ainda acesso gratuito ao circuito termal do SPA, à piscina interior e ao ginásio. Válida até dia 31deste mês, a campanha pretende cativar as famílias portuguesas para usufruírem nas suas férias de verão de uma estadia num complexo de excelência.
Aplicação MEO Sudoeste para festivaleiros
Um local de contemplação, descanso e diversão
Herdade dos Grous comemora 14 anos Localizada no concelho de Beja, em Albernoa, a herdade dos Grous tem como “missão fundamental” a produção de grandes vinhos. A imagem de marca desta empresa passa por fornecer produtos de elevada qualidade, conservando sempre as suas características regionais alentejanas. A herdade dos Grous comemora no próximo dia 17 o seu 14.º aniversário. Publireportagem Sandra Sanches
U
m espaço aparentemente infinito no qual é possível descobrir a paz e a tranquilidade é o cartão-de-visita desta propriedade. A herdade dos Grous, que não vive apenas da produção de vinhos, disponibiliza, paralelamente, ao cliente, alojamento, diversas atividades e um restaurante que garante a gastronomia típica da região. A herdade dos Grous, cujo projeto cresceu de forma gradual, conta atualmente com um core business centrado em grupos de alemães que sazonalmente a visitam. Tem uma área de 90 hectares reservada à produção de vinho e a diferentes propostas de lazer e diversão.
As portas da herdade dos Grous estão abertas à população em geral. O espaço é fantástico, acolhedor e excelente para proporcionar as melhores emoções, atividades lúdicas ou eventos de variada ordem. Tiro ao arco, canoagem, passeios a cavalo acompanhados de instrutor, ténis, pesca, jardim de cordas, passeios de bicicletas e passeios pedestres são algumas das atividades proporcionadoras. No que toca à parte de team building, conta com algumas atividades como é o caso dos passeios de charrete e dos voos em balão de ar quente. E porque atividades não faltam, amanhã, sábado, a herdade convida-o a partilhar uma noite de sabores e saberes regionais, envolvida numa atmosfera inebriante de fado. No mês de setembro também haverá lugar para dias de vindima. Estão previstas visitas à adega, provas de vinho e pisa de uva. Para Aurélio Picareta, diretor residencial da herdade dos Grous, a ideia é criar uma dinâmica de aproximação entre o cliente e a herdade. E, por isso mesmo, os responsáveis pela herdade dos Grous resolveram assinalar, pela primeira, o aniversário daquele complexo turístico e agrícola. E é já no próximo dia 17 que o 14.º aniversário da
herdade será um dia de portas abertas à comunidade, marcado pelo convívio, por um barbecue noturno, música, passeios pela adega, passeios de charrete pela herdade e para as crianças e momentos de diversão no jardim. O objetivo central da comemoração é dar a conhecer o espaço ao público em geral. No restaurante Adega, mais conhecido por herdade dos Grous, também é possível desfrutar dos melhores pratos regionais do Alentejo com ingredientes provenientes, na sua grande maioria, da própria produção: carnes, legumes e ervas aromáticas. Os preços variam entre os 10 e os 25 euros por pessoa e marcam, sem dúvida, a diferença pela qualidade de um serviço 100 por cento regional, sendo que “o objetivo é justificar os 20 ou 30 quilómetros que o cliente dos arredores faz até nós”, afirma o diretor residencial. Porque não é novidade que o setor turístico está a atravessar quebras significativas em termos de procura, o posicionamento da herdade dos Grous face a esta conjuntura parece não ser muito abalado. Com um público garantido, a herdade tem uma taxa de ocupação que ronda os 100 por cento.
Contribuindo para a criação de sinergias sempre crescentes entre a tecnologia e a música, o MEO acaba de lançar a aplicação MEO Sudoeste, vocacionada para os festivaleiros que pretendam entrar com antecedência no espírito do maior festival de verão do País. Reconhecida pela indústria internacional dos festivais como app de referência em 2012, esta aplicação ultrapassou fronteiras e serviu de base à versão que o MEO agora disponibiliza mais sofisticada, com live streaming e uma mão cheia de novas funcionalidades.
Empresa investe 1,5 milhões num pomar em Mora Uma empresa que se dedica à produção, conservação e comercialização de frutas frescas está a investir 1,5 milhões de euros num pomar situado na herdade da Barroca, perto de Mora, revela o presidente do município. O pomar da empresa Granfer é constituído por 80 hectares de pêssegos, nectarinas e ameixas. Para além da plantação, a empresa prevê a construção de um armazém e de câmaras frigoríficas. O projeto, que emprega 10 pessoas, espera que dentro de dois anos sejam necessárias 50 pessoas ou mais para acompanhar certos momentos da produção. A Granfer, com 26 anos de existência, tem a sua sede em Óbidos e o seu principal produto é a pera rocha. Por ano produz em média 20 mil toneladas e exporta cerca de 70 por cento da sua produção para países como Brasil, Inglaterra, Alemanha, França e Polónia.
Para a malta mais velha está quase aí a 1.ª Edição do Festival Sons ao La(r)go. Os Blind Zero e Anonimato são os cabeça de cartaz, que decorre na barragem do Enxoé, nos próximos dias 9 e 10. No primeiro dia as portas abrem às 18 horas. No sábado, logo a partir das 10 horas, os festivaleiros podem contar com atividades e desportos como a canoagem e tiro com arco. Mais informações em http://www.cm-serpa.pt
A páginas tantas...
Pais Na praia ou na piscina não se esqueça que é importante manter uma alimentação saudável. É verdade que o apetite é menor, mas muita água e pequenos lanches são indispensáveis.
À solta
Os animais estavam zangados, de William Wondriska, foi editado pela Orfeu Mini, mas foi originalmente publicado em 1970. Em plena selva os animais, além de entediados, resolveram embirrar uns com os outros. O leão, zangado, vira-se para a tartaruga e diz-lhe que ela é muito lenta; a tartaruga, zangada, encara o elefante e diz-lhe que ele é muito grande; o elefante, zangado, diz à formiga que ela é muito pequena. E assim sucessivamente até todos os animais estarem tão zangados que se prevê mesmo uma grande zaragata. Mas nesse momento desce do céu uma pomba sorridente… Com simplicidade e humor subtil, William Wondriska desenha-nos o aborrecimento de um dia quente na selva, em que não há nada para fazer, relembrando a miúdos e graúdos o valor da tolerância. Os mais crescidos sabem bem do que falamos, o tédio de um dia pode pôr-nos com um “humor de cão”, por isso toca a arranjar maneiras de contrariar esse estado de espírito. Vê um pouco deste filme em https://vimeo. com/45510872
Biografia William Wondriska é um escritor e ilustrador americano, nascido em 1931 no estado de IIlinois. Dedicou quase toda a sua carreira à publicidade, no entanto, tem escrito 11 livros para crianças. Em 1961 funda a empresa Wondriska Associates e tem como um dos seus clientes a Walt Disney.
Fita adesiva e muita imaginação para construíres uma verdadeira pista para brincares com os teus carros. Diverte-te em grande. Um segundo à solta para as meninas que achem que a primeira sugestão é só para razpazes.
Dica da semana Na maioria das vezes temos escolhido para a Dica o autor ou ilustrador do livro que destacamos, mas a verdade é que nestas nossas viagens pela mundo da Internet temos descoberto trabalhos de artistas mais ou menos desconhecidos, no entanto, fabulosos. Já tínhamos trazido o trabalho desta artista russa, mas desde essa altura que seguimos o seu blogue e não podíamos deixar de mostrar-te o que anda a fazer. Divertido, original, é uma lufada de ar fresco. Já agora aproveita e explora o blogue pois vais encontrar dicas para outros artistas. http://zilasaule.livejournal.com/
27 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
1.ª edição do Festival Sons ao La(r)go, em Serpa
Ler na Lagoa de Santo André
Diário do Alentejo 2 agosto 2013
28
Aliar a leitura ao lazer e às férias é o principal objetivo da Câmara Municipal de Santiago do Cacém que, até ao próximo dia 19, faz deslocar técnicos da biblioteca municipal para o areal da Lagoa de Santo André. Os veraneantes podem assim ter acesso gratuito a livros, jornais e revistas. Esta iniciativa contempla também jogos e ateliês em torno do livro e da leitura, destinados às crianças. O espaço da biblioteca de praia funciona de segunda a sexta-feira entre as 10 e as 13 horas e as 15 e as 18 horas.
Boa vida Comer
Letras O amante bilingue
Salada de frango com caril, arroz e vegetais
J
Ingredientes para 4 pessoas: 4 peitos de frango; q. b. de pó de caril; 4 dentes de alho; q.b. de azeite; q.b. de sal fino; 100 gr. de cebola roxa; 100 gr. de alho francês; 100 gr. de alface; 320 gr. de arroz branco cozido; 1 molho de manjericão. Confeção: Corte em tiras os peitos de frango e tempere com sal e caril. Numa frigideira com um pouco de azeite salteie as tiras de frango e reserve. Numa outra frigideira aqueça o azeite e coloque cebola e alhos picados, alho francês e alface cortados fininhos e salteie. Coloque tudo numa frigideira só e envolva com o arroz já cozido e o manjericão picado. Retifique o tempero e sirva quente ou frio. Bom apetite… NOTA: se não encontrar manjericão pode utilizar uma erva aromática a seu gosto. Pode utilizar outros vegetais como cenoura, couve, brócolos, espargos frescos…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Toiros Luís da Cruz: 25 anos de alternativa de cavaleiro tauromáquico
L
uís Manuel Palma Santos Cruz nasceu em Beja a 23 de abril de 1965 e reside na freguesia de Cabeça Gorda. Luís da Cruz tirou a alternativa de cavaleiro tauromáquico a 10 de agosto de 1988 na praça de Toiros José Varela Crujo, em Beja, tendo sido seu padrinho João Moura e testemunha Joaquim Bastinhas. Os toiros lidados nessa tarde pertenciam à ganadaria de Cabral Ascensão. No período de 1992 a 1997 a sua carreira esteve virada para Espanha. Em 1998 deixou de tourear para se dedicar à agricultura e à preparação de cavalos de toureio. Recentemente adquiriu com José Luís Zambujeira e Tito Semedo uma praça de toiros desmontável para aluguer de forma a levar as corridas de toiros ao interior do País. Luís da Cruz voltou a tourear a 14 de agosto de 2009, numa corrida em sua homenagem, que se realizou em Cabeça Gorda, e da qual figuraram Joaquim Bastinhas, Tito Semedo, Bastinhas Jr. e os praticantes Joana Andrade e Tomás Pinto, onde foram lidados toiros de Condessa de Sobral,
No período de 1992 a 1997 a sua carreira esteve virada para Espanha. Em 1998 deixou de tourear para se dedicar à agricultura e à preparação de cavalos de toureio.
mostrando o cavaleiro da terra que continua em forma. Assim, seria um orgulho para todos nós, aficionados bejenses, voltar a ver tourear Luís da Cruz no ano em que comemora 25 anos de alternativa. Vítor Morais Besugo
uan Faneca Roca, mais conhecido como Juan Marsé, autor catalão com uma carreira literária premiadíssima (prémios Juan Rulfo, Quijote e Cervantes), sabe muito bem sobre o que escreve quando, neste romance, aborda a natureza esquizofrénica da sua Barcelona. É a língua (entre o catalão e o castelhano) mas também a cultura que, neste O amante bilingue é traduzida através da descrição de uma personalidade estilhaçada, que vai sendo tomada por outra, toda encenada, toda produção e sedução. Enganar o espelho, é possível? E enganar a mulher que se perdeu e ainda se ama? Juan Marés (um jogo de letras e é Marsé) é enganado e logo abandonado pela mulher. Não supera a perda e o amor fá-lo esquecer a sua inadaptação ao meio social da mulher, rica. Marés sobrevive tocando tango nas ruas. Uma bomba fálo perder as feições e é essa circunstância que o anima a deixar-se tomar por uma fantasia, a de voltar a seduzir a mulher, adotando, para tal, a identidade e biografia do amigo de infância, Faneca. À medida que a personalidade que compõe vai tomando conta de Juan é Marés quem se eclipsa como corolário de um processo de autodestruição. Marsé, o autor, reconheceu que este romance visa representar, de facto, uma esquizofrenia linguística e cultural barcelonesa já existente mesmo antes do franquismo. A impossibilidade de hibridez é um elemento destruidor na vivência catalã – em que há que escolher um lado – segundo o autor. Essa situação é tão mais grave quanto Barcelona foi, desde a Guerra Civil, um local de destino para muitos espanhóis que fugiram da pobreza, a sul, e que apenas falavam castelhano. Que a simplicidade da escrita que Marsé busca não iluda a complexidade da realidade que tão bem conhece e contém, como sempre nas suas obras, elementos biográficos. Maria do Carmo Piçarra
Juan Marsé D. Quixote 208 págs. 15,90 euros
29 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
PUB
Filatelia Ébora 2013 é já em setembro
F
altam pouco mais de dois meses para a inauguração da XXIII Exposição Filatélica Nacional Ébora 2013, que terá lugar na cidade de Évora, de 17 a 22 setembro. Em simultâneo com esta exposição decorrerá, na mesma data e local, uma outra também de competição, mas de caracter interregional. O cenário escolhido para albergar as duas exposições, as maiores deste ano em Portugal, é o Palácio do Barrocal, na rua Serpa Pinto. Para além dos filatelistas portugueses, também podem participar na exposição nacional os filatelistas búlgaros, pois a Federação Portuguesa de Filatelia (FPF) convidou a sua congénere da Bulgária para tal efeito. A esta distância temporal ainda não é possível fazer um balanço fidedigno do número de quadros (faces) expositores que irão estar ocupados, mas, com toda a probalidade, esse número deverá ser superior a duas centenas e meia. A FPF nomeou para o corpo de jurados os filatelistas Júlio Maia, António Cristóvão e João Soeiro. A Federação de Filatelia Búlgara nomeou o seu perito filatélico Boncho Bonev. A organização pediu aos serviços de filatelia dos Correios a emissão de três carimbos comemorativos que serão usados nos dias 17, 19 e 21. O carimbo do dia 17 reproduz o brasão de Évora; o do dia 19 o brasão da Bulgária e, o do dia 21, a fonte e as arcadas da praça do Giraldo, em Évora. Durante o período da exposição, os Correios procederão também à emissão de um inteiro postal, alusivo ao evento, mas focando a iniciativa de promover o cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade. O jantar de palmarés está previsto para o sábado, dia 21. O clube organizador é a Confraria
Timbrológica Armando Álvaro Bóino de Azevedo, agremiação já com vastos pergaminhos nestas lides exposicionais, pois já são várias as exposições nacionais que este clube organizou. A confraria nasceu, oficialmente, no dia 27 de outubro de 1989 e foram seus sócios fundadores os filatelistas Aníbal Queiroga, Rui Mendes, João Soeiro, António Cristóvão, Lucílio Caeiro, José Damásio Ribeiro, Rogério Pereira, Francisco Condeço, Bárbara Pinto, Câmara Soares, Arnaldo Tatá Súcia, Álvaro Velez, Hernâni Matos, António Borralho, Victor Ramos Pereira, Correia de Brito, Joaquim Lobo, Barata das Neves e Castanheira da Silveira. Foram vários os associados que contribuíram de forma decisiva para a sua fundação, porém, deve destacar-se o papel fundamental que Aníbal Queiroga teve neste processo. Este distinto e íntegro Homem e filatelista faleceu em 18 de novembro de 2000. Escassos dias após o seu passamento, o executivo da Câmara Municipal de Évora atribuiu o seu nome a um dos arruamento da cidade. Desde a sua fundação, a confraria edita o boletim “O Timbre – a voz da Filatelia Meridional” e, em assembleia geral realizada em 30 de março de 1996, instituiu o prémio “O Carteiro Honorário”, com que se propunha distinguir, anualmente, “uma personalidade que se tenha distinguido de forma assinalável na sua esfera de atividade”. O primeiro diploma de “Carteiro Honorário” foi atribuído ao confrade Hernâni Matos. As ilustrações mostram-nos o logotipo da exposição, o projeto para a medalha a atribuir aos filatelistas e o bloco “Évora – Património Mundial” (Afinsa, 1842), emitido por ocasião da exposição Lubrapex 88. Geada de Sousa
30 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
“Memória do Alentejo” no Centro Cultural de Alvito
É inaugurada amanhã, sábado, no Centro Cultural de Alvito, uma exposição de fotografia de Francisco Borba. A mostra integra-se, de acordo com o autor, num projeto que iniciou há vários anos e a que chamou “Memória do Alentejo”. “Tem duas partes distintas. Uma, mais recente, é o resultado das minhas deambulações pelo montado de sobro, tão nosso e único no mundo, e pelos olivais antigos, cheios de verdadeiros monumentos (…). Pelo caminho fotografei algumas pessoas, com quem me fui encontrando neste percurso. Assim, numa segunda parte, mostro, pela primeira vez, alguns dos meus amigos alentejanos”, explica Francisco Borba.
DR
Fim de semana
Noitesdo dejazz Rua Cheia em Serpa No âmbitoArranca das Noites de Rua Cheia, uma História no espaço Oficinas hoje, sexta-feira, noiniciativa espaço da Câmara de Serpa, com o apoio das juntas de freguesia, Pias, Brinches e Vale do reOficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”.Poço A ação, cebem hoje, às 22 horas, os grupos Devaneios Filarmónicos, Amigos da Pinguinha e Raízes que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mido Sul, O programa para do amanhã em A-do-Pinto nistrada porrespetivamente. António Branco, dinamizador Clubecontempla de Jazz doespetáculos Conservatório Regional (Grupo Musical Cruzeiro), Vila Nova de São Bento (Diana Soares) e Vila Verde decampos Ficalho do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos (Circo de Feras – Tributo aos Xutos). No domingo, Ficalho receberá o grupo Al-Margem. de algodão a Nova Orleães”.
Estórias têm como cenário paisagens de São Teotónio e Zambujeira
Clube dos Poetas Vivos apresenta Contos do Caneco As Portas de Mértola, em Beja, recebem amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, a Orquestra do Algarve para um concerto ao ar livre com reportório dedicado à música de filmes. Dirigido por Pedro Neves, maestro titular, a Orquestra do Algarve irá interpretar obras de autores como Bernstein, Offenbach, Richard Rodgers, James Horner e Freddie Mercury, recordando filmes como “Os Sete Magníficos”, “Can-Can”, “Música no Coração”, “Titanic” e “Papillon”, entre outros. O concerto, de entrada livre, é patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos e tem o apoio da Câmara Municipal de Beja.
“Entre cante e piano” no Pax Julia O espetáculo “Entre cante e piano”, com Amílcar Vasques-Dias, Joaquim Soares e Pedro Calado, sobe ao palco do Pax Julia Teatro Municipal hoje à noite, sexta-feira. “Entre cante e piano”, com início agendado para as 22 horas, é uma proposta “invulgar no âmbito da música de câmara contemporânea”, apresentando a interpretação de modas do cancioneiro tradicional alentejano, pelas vozes de Joaquim Soares e Pedro Calado, cantadores do Grupo Cantares de Évora, ao som do piano de Amílcar Vasques-Dias, adianta o Pax Julia. A “relativa simplicidade da estrutura melódico-harmónica das modas – que contrasta com a enorme riqueza e diversidade de sentimentos subjacentes nos textos poéticos também impregnados de profunda espiritualidade – exige dos dois intérpretes uma delicada capacidade de invenção-improviso na ornamentação da palavra-melodia, talvez a essência da arte do cante alentejano na procura da emoção. O piano, não tendo propriamente a função de instrumento acompanhador, sendo antes um ninho-berço de harmonias, timbres e de gestos-ornamentos, enlaça o devir das duas vozes no caminho da expressividade”, conclui.
Apoema de Calheiros expõe “Cortiça – da terra ao céu” A fotógrafa Apoema de Calheiros apresenta, até ao dia 22, na Biblioteca Municipal de Odemira, a exposição “Cortiça – da terra ao céu”. Neste trabalho, o grande motivo de inspiração “foi a cortiça, usada no fabrico de rolhas ou em componentes para as indústrias da moda, automóvel, aeronáutica e construção, entre muitas outras”. A mostra reúne um conjunto de 30 fotografias sobre o descortiçamento, sendo que a maior parte das imagens foi registada na freguesia de São Martinho das Amoreiras, no interior do concelho de Odemira. A artista nasceu no Brasil, em 1976. A viver atualmente em Portugal, Apoema frequentou os cursos profissionais de fotografia do Instituto Português da Fotografia e da Escola Técnica de Imagem e Comunicação do Algarve.
C
ontos do Caneco, uma coletânea de contos que “têm lugar nas paisagens de São Teotónio e Zambujeira do Mar”, da autoria de Fernando Évora, João Pedro Duarte, José Teles Lacerda, Luís Miguel Ricardo e Vítor Encarnação, vai ser apresentado amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, junto à igreja de Zambujeira do Mar. Trata-se de uma iniciativa concebida e promovida pelo Clube dos Poetas Vivos, da Admira – Associação para o Desenvolvimento da Região do Mira, que reuniu os referidos escritores – “cuja vida e obra estão, de algum modo, ligadas ao Alentejo” –, numa tertúlia com leitores em maio último. A edição do livro vem na sequência desse encontro. No domingo, 4, pelas 18 horas, haverá nova sessão de apresentação, desta vez na Pastelaria Parreirinha, em São Teotónio. No conto que abre o livro, intitulado “Férias quase imperfeitas”, Luís Miguel Ricardo conta as férias de dois adolescentes em Zambujeira do Mar. A ação “decorre num grande suspense em que quando se pensa que o azar já foi o suficiente, o destino os surpreende uma vez mais”. Uma revelação da mãe “no leito de morte
leva a que Rocha, um lisboeta instalado na vida, venha a terras da Zambujeira e São Teotónio à procura do pai”. Uma “aventura inesperada, contada ao jeito de thriller e com o humor característico de João Pedro Duarte”, é o conto que se segue, intitulado “Boa viagem”. “Terno tesouro” é uma aventura de piratas nos Alteirinhos, “narrada em forma de lenda”. José Teles Lacerda é o autor da estória, “contada muito ao seu estilo numa linguagem rica e apurada”. No quarto conto – “Paris existe?”, de Fernando Évora – “cruzam-se duas histórias de São Teotónio: a de um roubo e homicídio nos anos cinquenta, num meio marcadamente rural (estória com características de policial) e a de um chefe de cozinha que regressa à terra no final da vida, para acertar contas com as suas origens”. O livro encerra “com o estilo poético de Vítor Encarnação”, que narra “A Excursão” “desde o interior do Alentejo até à Zambujeira, com o fito de ver o mar, sonho de Maria de Fátima e de seu filho”. Já o pai “faz-se acompanhar do garrafão. Termina-se com o olhar no infinito”. DR
Orquestra do Algarve em concerto com reportório dedicado à música de filmes
31 Diário do Alentejo 2 agosto 2013
Hotel em Évora revestido a cortiça: cientistas americanos tentam descobrir onde se foi desencantar uma rolha suficientemente grande para cobrir o edifício. Papa Francisco afirmou: “Quem sou eu para criticar os gays?”. Gays respondem dizendo: “Nós também não criticamos ninguém, mas preferíamos o papa que usava sapatos Prada vermelhos”. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Plantação de bambu no Alqueva abre a porta à imigração de pandas! A empresa Bamboo Green Fuel pretende investir no Baixo Alentejo, na indústria de transformação do bambu em biomassa, aproveitando o regadio do Alqueva e alguns terrenos na nossa região para o efeito. Todavia, ao que apurámos, há apenas algumas questões a condicionar este negócio, nomeadamente a chegada de milhares de pandas e lémures grisalhos do bambu em busca de uma vida melhor. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) está entre as autoridades que alertaram o Governo para os perigos desta iniciativa: “As pessoas pensam que os pandas são animais fofos e que não fazem mal a uma mosca, mas a verdade é que noutros países com plantações de bambu estes animais só criaram problemas… Um pouco por todo o lado viam-se os pandas a pedir esmola nos semáforos, a organizar corridas ilegais de preguiças e a criar redes de prostituição de ursos polares. Além disso, já estão a tentar dominar órgãos de comunicação social do nosso país, como a ‘Casa Cláudia’ e o Canal Panda… E os lémures grisalhos do bambu ainda são piores, com as técnicas de extorsão, os roubos de cobre ou as máfias organizadas… Se encontrar um grupo de lémures vestidos como o Rui Santos n’ ‘O Dia Seguinte’, contacte imediatamente as forças de segurança”, explicou fonte do SEF.
Depois do Templo de Diana em Beja, Google Maps recomenda visita ao Corcovado no Altinho, em Serpa A nova versão do Google Maps apresenta novidades de relevo: para além do novo grafismo, esta ferramenta informática sugere agora monumentos ou locais de interesse a visitar nas diversas regiões visualizadas. Foi assim que o responsável pela parte cultural da nossa página no Alentejo descobriu que deveria visitar o Templo de Diana… em Beja! E, ao que parece, este não terá sido o único equívoco do Google Maps no que se refere a locais de interesse na nossa região, já que o mesmo programa aconselha uma visita ao Corcovado no Altinho, em Serpa, aos supertubos na praia de Quintos, ao Guggenheim em Santa Vitória, ao Louvre em São Brissos e ao deserto do Sahara em Sines. Mas existem ainda mais novidades: uma investigação “Não confirmo, nem desminto”/Pousadas de Portugal/revista “Autarca Mais Atrevido” descobriu que o Google Maps decidiu disponibolizar também uma versão exclusiva para as Autárquicas do mês de setembro no distrito de Beja, com funcionalidades específicas para os diversos candidatos, como “O melhor caminho para chegar à praça da República”, destinado aos candidatos de Beja; “Como chegar a Barrancos algures nesta vida”, para os candidatos à autarquia barranquenha; e “Onde é que fica Alcácer do Sal?”, destinado a Torres Couto.
Inquérito As hortas urbanas de Beja já têm instalações sanitárias. O que acha desta inovação?
CRISTINA ESPÍRITO SANTO Pessoa coisinha Eu cá acho super bem que as hortas já tenham instalações desse tipo… Se há coisas de que os pobrezinhos precisam é de locais onde possam fazer cocó, e assim… Nós, as pessoas ricas, não temos esse problema, pois não fazemos cocó, nós defecamos, que é muito mais chique e limpo. O nosso cocó nem sequer cheira mal, ao contrário do dos pobrezinhos… Fofuchos!
Bebé Cristas: agricultores alentejanos oferecem brinquedo Reforma Agrária da Playmobil Nasceu, na semana passada, Maria da Luz, filha de Assunção Cristas, a primeira na linha de sucessão ao trono do Ministério da Agricultura. Segundo consta, vários colegas de governo foram os primeiros a dar presentes à recém-nascida: Pedro Lomba, por exemplo, ofereceu-lhe um briefing da Fisher Price; Paulo Portas presenteou-a com um submarino e uma fotocopiadora da Mattel; e Passos Coelho deu-lhe um peluche do Miguel Relvas que fala – se carregarem na mão do boneco ele diz as frases “O José Edurado dos Santos é meu amigo” e “A RTP vai ser privatizada até ao final do ano”. Mas, os agricultores alentejanos também se quiseram associar a este acontecimento, pelo que ofereceram o novíssimo brinquedo da Playmobil, uma representação da Reforma Agrária. A “Não confirmo, nem desminto” teve acesso ao presente e, não só assegura o seu realismo, como revela a descrição que vinha na caixa: “Acreditas na apropriação coletiva dos meios de produção e detestas latifundiários? Gostavas de distribuir os lucros pelos teus camaradas, mesmo não percebendo muito de gestão? Então pega na tua enxada e vamos abrir umas cabeças fascistas!”.
GUSTAVO HORTELÃO, 46 ANOS Agricultor de vão de escada e assinante do “Borda d’Água” Acho muito bem! É uma coisa necessária, já que passamos aqui tanto tempo… Pessoalmente, é uma mais-valia, até porque não saí de ao pé das minhas “meninas” enquanto não começaram a crescer. Experimente passar quatro meses sem ir à casa de banho até que as favas e os morangos brotem! Mais um bocadinho e eu começava a fertilizar os terrenos… Assim, o meu único passatempo por aqui foi colecionar infeções urinárias!...
CRISTINA ESPÍRITO SANTO Forma de vida unicelular Desculpe lá interromper o seu inquérito pobrezinho, mas visitei a horta e acho que há coisas que podiam ser alteradas para tornar este espaço mais ricaço friendly, tipo, se há casas de banho, bem que podiam fazer um SPA ou uma casa de chá… E em vez de plantarem coisas sem interesse, como cenouras ou rábanos – mas quem come isso? –, deviam plantar sapatos Manolo Blahnik ou malas Gucci. Mas isso sou eu, que tenho olho pró negócio, ‘tá a ver…
Nº 1632 (II Série) | 2 agosto 2013
9 771646 923008
01632
PUB
FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) Aníbal Fernandes (CP9429) | Fotografia José Ferrolho (CP4480), José Serrano (CP4400) | DA TV José Gonçalo Farinho | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Desporto Firmino Paixão | Colunistas Ana Maria Batista, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Maria do Carmo Piçarra, Ricardo Cataluna, Rute Reimão, Vítor Encarnação, Vítor Moraes Besugo Bisca Lambida Luís Miguel Ricardo, João Espinho, João Machado, Sérgio Fernandes Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Domitília Soares, Filipe Nunes, Francisco Marques, Jaime da Silva Lopes, João Mário Caldeira, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP
nada mais havendo a acrescentar... Praia O sol sobe lentamente os degraus azuis do céu e as gaivotas voam com as coordenadas dos ventos escritas nas asas. Há um silêncio estampado no ar porque as cigarras ainda dormem agarradas ao silêncio das alfarrobas. Com as redes ao lado como lençóis usados, os barcos de pesca descansam da noite dura. As famílias acordam e as mães, quase sempre as mães, vão à procura de pão, de almoço e já de jantar. Depois as famílias saem de casa e correm como rios de chinelos e desaguam na foz das férias. E a praia fica cheia de conversas, bronzeadores, calções de banho, raquetes, nortadas, jornais, bolas, baldes, pás, gritos e vendedores de tudo. Os chapéus - de- sol
são girassóis de pano espetados na areia. Os barcos são tratores de lavrar água. Os vendedores das bolas de Berlim são anjos com creme nas mãos. A areia é uma cama onde as pessoas se deitam umas com as outras. As ondas vão e vêm como harmónios de espuma. Os biquínis são uma maneira cada vez mais pequena de a pele comer o sol. E as pessoas levam o hálito castanho do sol para as esplanadas, para os restaurantes. Parecem sóis a brilhar na vida durante quinze dias. A maré cheia é a água a ser empurrada para terra pelos peixes e a maré vazia é quando os peixes têm sede e reclamam a água de volta. Vítor Encarnação
quadro de honra
www.diariodoalentejo.pt
Vai ser mais fresco este fim de semana, mas com o sol sempre a brilhar. Hoje, sexta-feira, a temperatura desce até aos 28 graus, subindo até aos 33 no domingo. No litoral, o valor máximo será de apenas 28 graus.
¶ ¶ ¶¶
Tatuagens e vinho na festa do metal
Alice Ruivo, 58 anos, natural de Mina de São Domingos Logo em 1989, publica o seu primeiro e único livro de poemas, Vaguear no Pensamento, e só 12 anos mais tarde o romance O Amargo e Doce Sabor da Vida, agora reeditado. Considera que escrever se tornou para si “uma dependência”, porque foi através da escrita que encontrou “sossego sempre que sopros grosseiros de desordem” invadiam a sua vida. Publicou também os romances Matilde Carlota e Juliana, Jacinta, Risos e Lágrimas e recentemente, em 2011, No Dorso do Vento.
Escritora assume a sua herança alentejana
“Puxei um fio e nasceram vidas inteiras”
O
Amargo e Doce Sabor da Vida, romance agora reeditado, não é a história pessoal de Alice Ruivo em livro, mas antes o retrato da terra, Mina de São Domingos, que a viu nascer, crescer e “encheu de frescura” parte da sua adolescência. Um livro de “personagens fortes e inteligentes” cuja história pode falar de uma ou de todas as mulheres. É recente a reedição de O Amargo e Doce Sabor da Vida, que publicou em 2001. Entre ficção e realidade, o que há ali do “Alentejo profundo” das suas origens que, segundo diz, sempre está presente na sua escrita?
Sou uma mulher de fortes raízes alentejanas. Tenho como moldura o Alentejo profundo, as imensas planícies, onde o sol queima e o verde teima, as casas brancas, a serenidade, a quietude e os cantares ondulantes como searas ao vento. Estes ingredientes acabariam por moldar a minha vida em sentimentos de serena reflexão, reflexão que não se aplica, todavia, ao meu processo criativo. O Amargo e Doce Sabor da Vida não tem por base uma vida em PUB
particular, podendo ser a vida de qualquer mulher que com a presente história se identifique. Muitas vezes as histórias não são nossas, são “roubadas” mas, ao passarem pelo nosso filtro, assumem a nossa forma. Reconheço, todavia, estar aqui retratada, na íntegra, a terra que me viu nascer, crescer e encheu de frescura parte da minha adolescência. Depois deambulo entre a ficção e a realidade sob várias formas: barroca, fragmentada, singela, rebuscada, mas havendo sempre algo que perturba, provoca, intriga e fascina. Quanto às personagens, são todas reais e tornaram-se cada vez mais úteis para mim, como inteligência, como cérebro, como olho. São personagens fortes, inteligentes e espertas… e este é um dos milagres da escrita: as nossas personagens são sempre mais espertas, mais fortes que nós. Digamos que estas personagens são flores verdadeiras no meu jardim imaginário. “O meu coração começou a ditar-me histórias muito antes de saber escrevê-las” diz uma frase sua. É uma escritora instintiva mais do que racional?
Sou muito instintiva. Escrevo muito por
O festival de “música pesada” Pax Julia Metal Fest, cuja terceira edição está programada para o dia 9 de novembro, na Casa da Cultura de Beja, está a oferecer tatuagens e vinhos regionais a quem comprar ingressos por antecipação. A organização do festival informou que estabeleceu parcerias com a empresa Antraste-Tatto e as lojas Sabores do Alentejo e Sabores de Serpa, que oferecerão tatuagens e vinhos aos festivaleiros que adquirirem as suas entradas até 31 de outubro. A presente edição do Pax Julia Metal Fest é encabeçada pela banda portuguesa Dawnrider e pelos madrilenos Oker. No alinhamento estão ainda os portuenses Head:Stoned e os bejenses Lvnae Lvmen. A abrir o programa estarão os Cruz de Ferro, a única banda do cartaz que se atreverá a mostrar heavy metal cantado em português.
instinto e pouco por reflexão. Há livros que se escrevem com alegria e livros que se escrevem com raiva. Eu já escrevi os dois e, fruto dessa irracionalidade, criei personagens que ficaram minhas amigas, outras nem por isso. Escancarei as suas vidas no papel. Falei das suas frustrações quotidianas, dos seus amores e desamores, das suas alegrias e tristezas numa realidade de aparências em que a cumplicidade pode ser corrompida pela fragilidade emocional. Puxei um fio e nasceram vidas inteiras. Confrontei-me com situações em que tive dificuldade em perceber onde estavam elas (personagens) e eu (autora). Ainda assim, amei-as todas.
Obra de Vieira da Silva em Santiago
E que histórias lhe sussurra o coração?
Grândola recorda José Afonso
Não sussurra histórias, mas uma espécie de palavras mágicas que depois me orientam e conduzem até encontrar um fio condutor suficientemente sólido para formar o tronco da história, materializando as ideias que tive, porque no imaginário das pessoas há universos que só a escrita revela. Para mim a vida é um pouco como o café: aquele sabor meio amargo, meio doce, mas delicioso… . Carla Ferreira
Inaugurada no final da semana passada, continua patente ao público, até 21 de setembro, no Museu Municipal de Santiago do Cacém, a exposição “Obra gravada”, de Vieira da Silva, promovida pela câmara municipal local e pela Fundação Arpad Szenes. De acordo com a organização, “foram selecionadas um total de 33 gravuras (de um universo de 286), quer pela sua representatividade técnica – abrangem desde o buril à água-tinta, serigrafia e litografia – quer pela sua data de produção, que vai dos anos 1960 a 1991, ou seja, todo o período de maturidade da artista; e ainda pela sua diversidade temática e plástica, de representações mais abstratas a representações figurativas”.
“Como se Fora seu Filho” é o nome da iniciativa que assinala a data de nascimento do autor de “Grândola Vila Morena” e que está agendada para o presente fim de semana, dias 2 e 3 de agosto. Ao abrigo desta iniciativa, o Cineteatro Grandolense recebe hoje um concerto com Manuel Freire e amanhã, pelas 22 horas, no jardim 1.º de Maio, toca a Banda do Andarilho. O evento é promovido pela Associação José Afonso e pela Câmara Municipal de Grândola. As entradas são livres.