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Jorge Rosa
Miguel Bento
Herlander Mira
Pedro do Carmo
Sérgio Marçal
António Colaço
Os candidatos às câmaras de Mértola e Ourique apresentam-se págs. 6/7
SEXTA-FEIRA, 6 SETEMBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1637 (II Série) | Preço: € 0,90
CDU e PS despendem mais de um milhão e 600 mil euros. Movimento SIM, de Sines, é o mais gastador: 102 mil euros
Candidaturas do Baixo Alentejo gastam acima dos dois milhões de euros JOSÉ FERROLHO
pág. 10
Médico denuncia falta de condições no serviço de Oncologia de Beja pág. 11
Doença dos coelhos está a ensombrar a abertura da caça
Beja recebe Congresso das Regiões Europeias Emergentes pág. 12
Fernando Colaço: Designer de Castro cria aplicação para a ONU
pág. 13
Comporta: a praia onde os ricos brincam aos pobres
Cristina Espírito Santo, em polémicas declarações ao jornal “Expresso”, recolocou a praia da Comporta na ordem do dia. A empresária referiu então que “ali vive-se em estado mais puro. É como brincar aos pobrezinhos”. O “DA” foi espreitar a praia onde os ricos brincam aos pobrezinhos. E descobriu uma aldeia onde a pesca e a cultura do arroz continuam a marcar o dia a dia dos seus habitantes. págs. 4/5 PUB
pág. 32
Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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Editorial Coração
Vice-versa Os vereadores da CDU abandonaram (quarta-feira, 4) a reunião da Câmara Municipal de Beja (CMB), justificando a ação com o facto de não lhes terem sido facultados documentos e informações sobre “um depósito a prazo e a listagem das dívidas a fornecedores. Miguel Ramalho considera que a CMB tem vindo a fazer afirmações “completamente falsas” e que os slogans do PS “escondem um conjunto de mentiras”. In Rádio Pax
Paulo Barriga
A
s cidades e as vilas e as aldeias do interior estão a morrer. Todas elas. Estão a morrer porque as pessoas estão a morrer. E, tal como as pessoas quando morrem, as cidades e as vilas e as aldeias morrem porque lhes para o coração. Sendo que o coração das cidades, das vilas e das aldeias do interior é o seu “centro histórico”. O seu largo. O seu espaço de sociabilização, de comunhão, de união. Uma cidade, uma vila, uma aldeia sem largo é uma entidade incompleta. Defeituosa. Moribunda. Os edifícios com história, os museus, os espaços de culto religioso, os equipamentos culturais são fundamentais para o bom funcionamento do coração das cidades, das vilas e das aldeias. Mas o mais importante remédio contra as doenças cardíacas dos lugares reside exatamente nas pessoas. Um centro urbano com pessoas residentes é uma espécie de bypass coronário para a boa oxigenação das cidades, das vilas e das aldeias. Mas será que as necessidades humanas de hoje são compatíveis com os desenhos urbanísticos de então? Como se convence um jovem facebookiano das cinturas periféricas a viver em habitações apertadas, sem local para estacionar o carro e com o contentor do lixo a mais de 50 metros da porta de casa? Não é fácil, por certo. Mas é por aqui. Não basta estender lajedos no chão do coração e dos ventrículos dos sítios. Não basta iluminá-los com candeeiros bizarros. Não basta alindá-los. São necessárias verdadeiras políticas integradas de regeneração urbana, paisagística, habitacional e cultural. O centro das cidades, das vilas e das aldeias tem de tornar a ser bom para viver e para conviver. Tem de tornar a ser de todos e para todos. Tem de tornar a ser o centro do mundo, como diria Manuel da Fonseca. O exemplo mais chocante de enfermidade cardíaca das cidades é a praça da República de Beja. A intervenção do programa Polis foi ali uma verdadeira catástrofe estética e funcional. Os edifícios estão maioritariamente abandonados, desabitados, tristes. O comércio tradicional esticou o pernil. A animação é praticamente inexistente. As esplanadas estão desertas. As tentativas de realojamento falharam. E quando tudo falha em torno do coração, é o próprio coração que falha. Mais tarde ou já agora, quando as únicas enchentes na praça da República se formam à porta das Finanças ou do Centro de Emprego. Não são sinais, são sintomas deste tempo.
Jorge Pulido Valente lamentou a situação e disse que os vereadores “não tinham qualquer razão” para tomarem esta decisão. De acordo com o presidente da Câmara de Beja foram fornecidos os documentos que “estavam disponíveis”. Os restantes, por precisarem da validação da vereadora Cristina Valadas, que se encontra de férias, não foram entregues, justifica o autarca que acusa os vereadores da CDU de tentaram “criar um facto político para explorar na campanha eleitoral”. In Rádio Pax
Fotonotícia Moura a arder. O Moura Atlético Clube saiu da Taça de Portugal, no passado fim de semana, depois de uma derrota injusta frente ao Sousense. Teve azar ao jogo, outras sortes lhe assistirão, por certo. Mas a deslocação do Moura a Gondomar fica para a história não pelo resultado desportivo, mas pelo insólito do próprio acontecimento desportivo. Apesar de a partida ter decorrido durante a tarde, o árbitro teve de interrompê-la durante 25 minutos por motivos de falta de visibilidade. É que, durante todo o desafio, as matas que cercam o estádio 1.º de Dezembro não pararam de arder. As chamas chegaram mesmo até às redes do complexo desportivo, como a foto documenta. O resultado deste jogo não conta para nada. O que este jogo ilustra, de forma inquietante, é a triste história de um País em labaredas. PB Foto de Pedro Gonçalves
Voz do povo O que pensa do encerramento do serviço de Oncologia do Hospital de Beja?
Inquérito de Gonçalo Farinho
Maria Rita, reformada
Assunção Cansado, reformada
Pedro Rosário, designer
Maria Ramos, reformada
Não concordo. Então se as pessoas não podem fazer os tratamentos aqui, vão fazer onde? A Évora? As pessoas têm dinheiro para isso? Estes cortes são todos para reduzir despesas, mas nesta área não faz sentido. Em primeiro lugar, a saúde.
Não consigo imaginar como é que as pessoas que não têm posses para se deslocarem a outras cidades se vão tratar. É uma situação muito difícil. Não nos podemos esquecer de que Beja é a capital do Baixo Alentejo e, como tal, estes serviços não podem encerrar.
Desconhecia essa situação. É uma medida grave que mostra aquilo que o Governo tem feito pelas populações, principalmente no interior do País. Muitos dos serviços de várias áreas que tínhamos em Beja estão a ir para fora. Parece-me que estamos a ser “convidados” a ir viver para Lisboa.
Não sabia dessa medida. Acho muito mal. Na área da saúde não deviam encerrar serviços, nem fazer tantos cortes, e, no caso da Oncologia, muito menos. Eles é que sabem, mas eu não acho bem. Vão acabar por encerrar tudo.
Semana passada
Rede social
QUINTA-FEIRA, DIA 29 BEJA CHUVADAS FAZEM 10 INUNDAÇÕES NO DISTRITO Uma dezena de inundações em vias públicas e habitações foi o resultado das fortes chuvadas que se registaram no distrito de Beja, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros. Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, ocorreram inundações nos concelhos de Almodôvar (quatro), Barrancos (quatro) e Mértola (duas), que provocaram apenas “danos materiais, mas pouco significativos”. Fonte da GNR adiantou também que a chuva provocou o corte temporário de algumas estradas no distrito.
BEJA CÂMARA BAIXA TAXAS DE IMI A COBRAR EM 2013 A Câmara de Beja decidiu baixar as taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a cobrar em 2013 devido à “atual situação das famílias e empresas” e para “tornar o concelho cada vez mais atrativo para os cidadãos”. Através das alterações tributárias, aprovadas na última reunião de câmara, a taxa do IMI aplicada aos imóveis avaliados nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI) desce de 0,4 por cento para 0,38 por cento e para os não avaliados de 0,6 por cento para 0,57 por cento. A Câmara de Beja refere que no próximo ano voltará a analisar a situação “no sentido de uma diminuição ainda maior” das taxas e “logo que se tenha uma ideia mais clara do impacto” das reduções decididas para 2013.
BEJA PSP FAZ DUAS DETENÇÕES NO ÂMBITO DE OPERAÇÕES STOP O Comando Distrital de Beja da PSP fez duas detenções no âmbito de duas operações Stop realizadas na cidade de Beja, visando sobretudo a condução sob o efeito do álcool. Nomeadamente de dois indivíduos do sexo masculino: um com 56 anos de idade, que conduzia com uma taxa de alcoolémia de 1,28 g/l; outro, de 47, por desobediência, ou seja, por ter recusado realizar o testo de álcool. As referidas operações envolveram 24 elementos policiais.
SINES REPSOL APOIA 13 COLETIVIDADES DO CONCELHO A Câmara Municipal de Sines, a empresa Repsol Polímeros e 13 coletividades do concelho, de natureza desportiva, cultural e social, assinaram protocolos de colaboração relativos a 2013, que garantem apoios num valor global de 40 mil euros. Na ato, o presidente da autarquia, Manuel Coelho, manifestou o seu reconhecimento à Repsol, pela atitude de apoiar as coletividades, e disse esperar que, em próximos anos, o montante possa aumentar, tendo em conta o que representam estas coletividades no seu trabalho em prol do desenvolvimento de Sines. José Font, diretor geral da Repsol Polímeros em Sines, mostrou-se esperançado de que em anos futuros o montante dos apoios possa aumentar, pois isso quererá dizer que os resultados da empresa melhoraram.
TERÇA-FEIRA, DIA 3 CASTRO VERDE NOVA ETA DE MONTE DA ROCHA INICIA-SE ESTE MÊS A empresa Águas Públicas do Alentejo, na qual a Câmara de Castro Verde tem participação através da Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública, promoveu o ato público de assinatura do contrato de empreitada de conceção e construção da Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Monte da Rocha, obra que terá início ainda este mês, prevendo-se a entrada em funcionamento em outubro de 2014. A intervenção tem como finalidade “a duplicação da capacidade de tratamento atualmente existente e a melhoria do respetivo processo de tratamento”, implicando a reabilitação da linha de tratamento existente e a construção de uma nova. A nova infraestrutura, que representa um investimento de aproximadamente 3, 5 milhões de euros, beneficiará cerca de 17 mil habitantes dos concelhos de Castro Verde, Ourique, Almodôvar e Odemira. E visa garantir, concretiza o município de Castro Verde, “a qualidade, a continuidade e a eficiência dos serviços de abastecimento de água em ‘alta’, numa região com necessidades especiais, nomeadamente problemas de escassez de recursos hídricos, dispersão populacional e sensibilidade ambiental”.
3 perguntas a Madalena Palma
Responsável pelo Banco Alimentar Contra a Fome de Beja
Rui Veloso deu música em Cuba Rui Veloso subiu ao palco da Feira Anual de Cuba, no fim de semana passado, e à sua frente encontrou uma multidão, que o acompanhou em várias músicas, ora acertando, ora desafinando.
Em que consiste o projeto Restolho – Uma segunda colheita para que nada se perca?
No fim do mês de julho, o Banco Alimentar (BA) Contra a Fome de Beja foi contactado pela empresa Agromais no sentido de nos propor uma ação conjunta, que consistiria na recolha e distribuição do que é usual designar por rabisco, ou seja, o que, por motivos vários, não é colhido, ou sendo colhido não é enviado para os mercados. A Agromais proporcionaria o acesso aos campos e pomares explorados por si, ou por parceiros, na região do Baixo Alentejo e o armazém e o BA trataria dos voluntários para a apanha, do embalamento e da organização da distribuição. Este foi um projeto que nos entusiasmou desde a primeira hora. Proporcionar aos nossos utentes o acesso a produtos hortícolas frescos e fruta era um desejo antigo. Acrescia a ideia, tão bem vinda ao BA, de evitar o desperdício.
Feira do Monte em Santiago do Cacém A tradicional Feira do Monte, em Santiago do Cacém, voltou a realizar-se e foram muitos os que acorreram ao certame, em busca da melhor gastronomia, da melhor música, da melhor dança.
Quem são a instituições envolvidas?
Começámos por contactar algumas das instituições apoiadas, de modo a poder percecionar qual seria a sua recetividade. E esta foi a melhor – mostraram-se disponíveis e interessadas em integrar o projeto. Angariaram voluntários entre os seus beneficiários, o que, do nosso ponto de vista, constitui um dos pontos fortes deste projeto: envolver as pessoas na busca de soluções para os seus próprios problemas e contribuir para a sua valorização enquanto indivíduos ativos e participantes. Demos início ao projeto há duas semanas. Temos, para já, a participação de voluntários oriundos do Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, das casas do povo de Nossa Senhora das Neves, Baleizão e Penedo Gordo, da Santa Casa da Misericórdia de Beja, e da Associação de Pessoas Especiais de Aljustrel. Seguir-se-ão outros, consoante nos for chegando da AgroMais indicações concretas acerca das datas da apanha e localização dos campos.
Inaugurado espaço sénior em Porto Covo Os seniores de Porto Covo têm ao seu dispor um novo espaço, que ocupou parte das instalações do edifício centenário da escola básica. Uma nova utilização, ao serviço dos seniores, da população.
Ilha dos Sons ao ritmo de Richie Campbell Foi muita a festa em Mina de São Domingos, no concelho de Mértola. O primeiro festival levou centenas ao recinto e Richie Campbell arrastou uma multidão de fãs. Reggae made in Portugal na Ilha dos Sons.
Qual é o balanço destas duas semanas no terreno?
Bastante positivo. Em duas semanas, foram apanhados 2 480 quilos de tomate! Durante o mês de setembro contamos também com a ajuda de seis beneficiários do Rendimento Social de Inserção, selecionados pela Segurança Social, que achamos ser outra mais-valia deste projeto. Foi acordado também que “todos apanham para todos”, ou seja, as quantidades recolhidas serão repartidas pelas instituições apoiadas pelo BA de Beja e outros bancos limítrofes, a partir do armazém disponibilizado pela Agromais. A distribuição será feita em conformidade com as quantidades apanhadas. Carla Ferreira
Sines em Jazz Foi a 7.ª edição do festival Sines em Jazz, no Centro de Ar tes. Por lá passaram os melhores do jazz. A banda Coreto foi uma das que atuou e que encantou locais e forasteiros.
Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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Comporta
Terra agrícola, piscatória e turística
Do anonimato à ribalta Comporta está na moda, dizem os habitantes, por tantos turistas que chegam diariamente. Os campos de arrozal continuam a ser o ganha-pão de muitos, mas há outras culturas a surgir e a terra, plantada à beira do
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inheiros abeiram-se à estrada. Uma reta a perder de vista. Carvalhal e depois, finalmente, Comporta. Na estrada um ou outro restaurante, com gente nas esplanadas. Campos de arroz, a cultura mais enraizada na freguesia. O ganha-pão de muitos. E turistas, tantos. “A Comporta mudou 1000 por cento. Quando nasci não havia aqui uma pedra. Era só areia, barracas de junco e de madeira. Foi a mudança total”, afirma Albano Oliveira, sentado no seu quintal, depois do almoço e abrigado do sol. Vive em Comporta há 70 anos, nado e criado. É do tempo em que não podia dizer que era de Comporta, porque ninguém sabia onde ficava. “Quando fui à tropa perguntavam-me de onde eu era. Dizia Comporta e ninguém sabia onde ficava. Tinha de dizer que era de Setúbal, agora não há quem não fale e venha a esta terra”, conta, entre sorrisos. “Muitos, muitos turistas. E gente com poder de compra. Não vejo passar aqui carros como o meu, passam em brutas máquinas”, completa. Maria Fernanda, outra habitante de Comporta, não tem dúvidas: “Esta terra está na moda. Houve gente que encontrou aqui um bom cantinho e tem vindo. Antes vivia-se muito mais da agricultura, agora vive-se muito também do turismo”.
Sado e da costa oceânica ainda é, essencialmente agrícola, mas também piscatória. E turística, claro. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho
O custo de vida, porém, segundo os habitantes, aumentou. “Isto hoje é bom é para os ricos. Só há um supermercado e não tem concorrência, logo os preços são o que são, muito elevados. Depois há restaurantes, uns muito mais em conta do que outros, porque há aí caros também”, afirma Maria Fernanda. “Há pouco tempo houve aí um espetáculo musical e foi uma loucura. As ruas estavam cheias de gente, havia carros por todo o lado, um movimento sem fim”, remata Albano Oliveira. Em direção à praia seguem carros e uma vez lá chegados encontram dois parques, sendo que um é pago. Há quem deixe o carro cá muito atrás, por falta de melhor lugar para estacionar, e se faça à estrada, de guarda-sol ao ombro e toalha em punho. Para os habitantes de Comporta, “a praia é uma relíquia, bem preservada”. “Para mim a praia pouco ou nada mudou. Fizeram lá uma passadeira em madeira e tem dois restaurantes. Mas continuo a dizer que a praia
continua como era, está igual. Tem areia limpinha, branquinha e água boa”, conta Albano Oliveira. E, embora com o mar aqui à porta e o Sado como cenário, os habitantes dizem que “já houve mais pescadores”. Pescadores há, sim, em grande número em Carrasqueira, que fica a escassos quilómetros e que pertence à freguesia de Comporta. “Aquilo tem um caís palafítico lindo, digno de se ver”, rematam. “As gentes aqui dedicam-se mais à agricultura. O arroz é o forte, mas há muitas outras culturas, como os pimentos, os morangos, a vinha, o milho e até relva, embora agora esteja a findar”, avança Maria Fernanda, enquanto troca umas palavras sobre o assunto com a sua vizinha, que, entretanto, se recolhe para retomar as tarefas do lar. Os habitantes garantem que Comporta está “bem servida” e enunciam as mais-valias. Banco, junta de freguesia, posto médico, lojas, cafés, restaurantes.
“Comporta tem cada vez mais turismo e isso acaba por ser benéfico. As pessoas já preferem isto ao Algarve. É mais tranquilo e tem uma bonita paisagem e a praia é boa”, explica, por sua vez, Maria Manuela, outra das habitantes de Comporta. E acrescenta: “O turismo é que tem desenvolvido à terra. Há gente a alugar casa, mas ainda não há grandes empreendimentos, embora estejam previstos. Esta terra tem melhorado, está mais desenvolvida. Não tinha ruas alcatroadas, não tinha nada e o progresso tem chegado por causa dos turistas. Há muita gente de fora que tem comprado cá casa”. Junto à sociedade recreativa sentam-se vários homens abrigados pela copa larga de uma árvore. Mas a maioria das pessoas que se encontram são de fora. “Gostam disto. Caiu em graça e depois há uns que chegam e gostam e dizem a outros, fazem propaganda e Comporta cada vez parece que tem mais gente”, diz um dos homens. A terra está ligada à história da maior propriedade nacional (herdade da Comporta) detida por privados – o Grupo Espírito Santo. “São os donos da propriedade, está em zona turística. A minha própria casa foi comprada aos Espírito Santo”, explica Albano. E conclui: “Têm um grande plano de desenvolvimento previsto. A Comporta já mudou e ainda vai mudar mais”.
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Maria José Martins Presidente da Junta de Freguesia de Comporta
Comporta mudou muito nos últimos anos?
Sem dúvida. Estou na junta de freguesia há 24 anos e nessa altura Comporta não tinha infraestruturas, apenas terra solta e algumas estradas de terra batida. O que faz tanta gente vir para aqui, nomeadamente turistas?
Património, atividades, geografia Ocupa uma área de 154,8 quilómetros quadrados junto à costa oceânica e ao estuário do rio Sado. As principais atividades económicas da freguesia são a pesca, a agricultura, a indústria de preparação de arroz, hotelaria, panificação, comércio, serralharia civil, construção civil, marcenaria e carpintaria. O turismo tem vindo a ganhar peso, com novos investimentos na área. Como património, a Comporta tem a igreja matriz e a capela de São Pedro e recomendam-se como locais a visitar a margem do Sado, o parque de merendas, a Fonte da Abóbada, a zona do campo de aviação, o porto palafítico da Carrasqueira e os açudes de Murta e Vale de Coelheiros.
As boas condições que Comporta oferece, mas sobretudo a praia de excelência, o campo, a paisagem. A beleza natural da freguesia. Considera que Comporta está na “moda”?
Não diria que está na moda. Diria antes que esta foi uma freguesia que foi evoluindo, ganhando mais condições e que soube adaptar-se. A praia é magnífica, tal como muitas que existem aqui por perto, e as pessoas encontram em Comporta excelentes condições para passarem as suas férias. Existem mais projetos previstos?
Sim, a herdade da Comporta tem vários projetos em carteira e aprovados e que serão, certamente, implementados. Como é a relação da junta de freguesia com a herdade da Comporta?
Temos uma boa relação, muito aceitável. Reunimo-nos e discutimos as vezes que forem necessárias. Fazemos as nossas propostas e escutamos as que têm em mente. Aceitamos o que achamos que é benéfico para a freguesia e para a população. É, portanto, uma relação normal. O turismo é que poderá manter os jovens na freguesia?
Herdade da Comporta A herdade da Comporta, como pode ler-se na sua página eletrónica, “tem como missão criar um destino de alta qualidade e economicamente atrativo, num local fortemente diferenciado por fatores ambientais, históricos e culturais”. A herdade frisa ainda que “as virtudes naturais da região já apontam para um desenvolvimento turístico de grande qualidade. No entanto, este projeto visa também reabilitar e valorizar o património natural, fomentar a atividade comercial e envolver a comunidade local, através da educação, formação e incentivo à criação de atividades económicas”.
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Os projetos turísticos que estão previstos, sem dúvida, podem dar emprego a muita gente e ajudar a fixar a população. Esta também é uma terra agrícola e é preciso manter e dinamizar esta atividade na freguesia, bem como a atividade piscatória, que está mais enraizada em Carrasqueira. Porque é tudo isto que faz da Comporta o que ela é, até para a dinamização do turismo. Que desejaria que melhorasse em Comporta?
Que melhorássemos o atendimento e os serviços, tanto prestados a residentes como a turistas, no que diz respeito, por exemplo, aos serviços médicos. Que melhorasse o serviço a nível de transportes coletivos. Que a Comporta conseguisse manter a sua população e que, se possível, atraísse ainda mais gente.
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Mértola A grande notícia, para já, é a não apresentação a votos do movimento de cidadãos independentes que, nas eleições de 2009, recolheu o agrado de cerca de 6,5 por cento do eleitorado e que ficou muito perto de conseguir um mandato no executivo municipal. Votos que serão disputados milimetricamente pelo atual presidente da autarquia, o socialista Jorge Rosa, e pelo candidato comunista, Miguel Bento, que ambiciona reconquistar a autarquia para a CDU. O PSD vai em coligação com o CDS-PP com Herlander Mira como cabeça de lista. 1 - Que avaliação faz do desempenho do atual executivo? 2 - Em que áreas é importante e urgente investir em Mértola? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?
Autárquicas Mértola
Candidatura do PS em Beja
O movimento socialista Beja Capital está a dar continuidade à apresentação das listas de candidatos aos vários órgãos autárquicos do concelho. Na segunda-feira, 2, foram dadas a conhecer as listas concorrentes à Assembleia Municipal de Beja, União de Freguesias de Salvador e Santa Maria da Feira e União de Freguesias de Santiago Maior e São João Batista.
CDU em São Matias Os candidatos da CDU à Junta de Freguesia de São Matias, no concelho de Beja, apresentaram-se na sexta-feira, dia 30, aos eleitores numa sessão de distribuição de documentos porta-a-porta. Os candidatos da CDU à Câmara de Beja visitaram também a Semana Cultural da Salvada, na mesma noite (sábado) em que o palco da praça 5 de Outubro recebeu Luís Represas em concerto.
Carreira Marques cultural A iniciativa “CDU Com Vida” promoveu na terça-feira, 3, mais um serão cultural, denominado “Uma noite à volta dos livros”. A sessão, que decorreu no largo de São João, teve como convidado central o mandatário concelhio da candidatura da CDU em Beja, José Manuel Carreira Marques, poeta e antigo presidente do município bejense.
António Capucho em Almodôvar A candidatura Independentes por Almodôvar, liderada por João António Palma, informa que foi com “enorme satisfação” que recebeu “a manifestação pública de apoio de António Capucho a esta equipa”. Recorde-se que António Capucho foi um dos fundadores do PSD, partido pelo qual foi eleito, em 2001, para o cargo de presidente da Câmara Municipal de Cascais.
BE apoia vítimas de violência A candidatura do BE ao município de Almodôvar, liderada por Constantino Piçarra, compromete-se, caso ganhe as eleições, a “criar no âmbito municipal, num prazo de 90 dias, um gabinete de apoio à vítima de violência doméstica”.
PS nas freguesias de Aljustrel A candidatura do PS à União das Freguesias de Aljustrel e Rio de Moinhos apresentou, no último dia 29, a sua lista de candidatos na aldeia do Carregueiro. A lista, encabeçada por Pedro Formoso, foi no dia seguinte apresentada em Corte Vicente Anes.
Jorge Rosa
Miguel Bento
Herlander Mira
Candidato do PS
Candidato da CDU
Candidato do PSD/CDS-PP
Natural de Corte da Velha, Mértola, 42 anos, licenciado em Gestão Bancária. É presidente da Câmara Municipal de Mértola desde setembro de 2008.
Natural de Alcaria Ruiva, Mértola, mestre em Serviço Social e doutorando em Políticas Sociais Municipais. É professor no Instituto Politécnico de Beja.
Natural de Beja, 42 anos, professor de Matemática e de Ciências. Atualmente é chefe de equipa multidisciplinar no Alentejo da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares.
“Tratamos pelo nome todos os munícipes”
Total esgotamento de ideias
Há muito por fazer num concelho rural
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Perante o trabalho desenvolvido, transversal a todas as áreas, reconhecido por residentes e por visitantes, por toda a dedicação e empenho, que permitiu cumprir cerca de 85 por cento do programa eleitoral, e por isso recebemos vários reconhecimentos públicos, só posso classificar como excelente. Mértola é hoje um concelho muito melhor, modernizado, onde se nota uma clara evolução. Os reconhecimentos a este trabalho chegam-nos dos nossos munícipes, de naturais que residem fora, até de emigrantes, que valorizam bastante a nossa ação, em prol de Mértola e dos mertolenses. Nós temos uma clara vantagem, que é conhecer todos os cantos deste enorme concelho, e tratamos pelo nome todos os munícipes. Como residimos cá sentimos no dia a dia os problemas e temos bastante mais sensibilidade para os resolver, e também por essa razão tudo corre melhor.
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Há uma grande necessidade de investir no saneamento básico, em novas redes de água e esgotos. A anterior gestão descurou esta área, e apenas a partir de 2002 este atraso se recuperou, mas precisamos de mais algum tempo para concluir. Necessitamos duma nova zona industrial, de construir um centro educativo, de beneficiar a ponte de Oeiras, de criar uma zona para Parque de Exposições e Feiras. Nas acessibilidades temos intenção de trabalhar no próximo mandato, e continuar a fazer arruamentos nalgumas localidades. Queremos explorar mais a Mina de S. Domingos e a sua história, criar mais valor utilizando o nosso passado árabe, e também cativar mais público e investimento para o nosso rio Guadiana. E muitas mais ambições.
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Ganhar com maioria absoluta. Queremos vencer em todas as freguesias, na assembleia com maioria, e na câmara duplicar a diferença de há quatro anos.
O último mandato do PS na câmara está a ser marcado por um total esgotamento de ideias e incapacidade para desenvolver uma estratégia de desenvolvimento. Os últimos Censos são a “prova dos nove” quanto ao falhanço do PS, pois enquanto entre 1991 e 2001, e no que respeita à população presente, o concelho perdeu 799 pessoas, desde que o PS chegou ao poder, isto é, entre 2001 e 2011, essa perda subiu para quase o dobro, cifrando-se em 1519 pessoas. Isto é devastador, e enquanto isso, o que diz o ainda presidente da câmara? Diz que “Mértola está no rumo certo”.
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Na última década a maior parte das câmaras mudou a sua lógica de intervenção. Para além das suas funções clássicas, passaram a funcionar como dinamizadores dos seus territórios. Em Mértola infelizmente isso não aconteceu. Por isso a CDU tem um programa assente em duas linhas: uma primeira, que certamente dará resultados a médio e longo prazo, assente numa estratégia de especialização do território, e uma segunda, de resultados a curto prazo, a partir de um programa de desenvolvimento, organizado em quatro grandes eixos, todos eles com estes objetivos: fixar população, atrair investimento, ajudar e criar riqueza e postos de trabalho. Os eixos/medidas são: “Medida Casa”, para desenvolvimento do setor da construção civil; “Mértola Prá-Frente”, de incentivo à criação de postos de trabalho por parte das empresas existentes; “Investe Jovem”, de apoio aos jovens que queiram criar postos de trabalho, e a medida “Câmara Amiga”, na área da proteção social. Vamos depois apoiar fortemente a criação de um lar de idosos na margem direita, e investir ainda na área do campismo e caravanismo no sentido de captar mais pessoas e riqueza para o concelho.
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Um bom resultado é ganhar.
Posso começar por dizer o que é do senso comum, que só o facto de ser um executivo socialista já nos deixa sobejas reservas. Sendo mais factual e com os dados de que disponho a avaliação que faço é de que muito está ainda por fazer num concelho muito rural, muito disperso, sem uma cobertura de rede social à altura, com pouca aposta no empreendedorismo e com parco apoio ao setor agrícola, mesmo face às contingências de solo que não são efetivamente bons. O concelho de Mértola tem um potencial enorme para ser explorado nomeadamente na pecuária, no montado, na vinha, na apicultura, na atividade cinegética, entre outros. Reconhecendo alguma aposta no turismo e no desporto náutico, falta a ligação à estratégia cultural que deveria ser mais intensa no apoio ao Campo Arqueológico sabendo valorizar a importância, não só para Mértola mas para o Baixo Alentejo, do espólio pessoal do arqueólogo Cláudio Torres e do professor José Mattoso.
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Para além do que referi atrás e tendo em conta a minha área de formação profissional que desempenho como professor, não posso deixar de referir que a educação é um pilar fundamental de desenvolvimento sustentável de cada comunidade. Neste particular, saliento que em relação à rede escolar deve haver um maior equilíbrio da oferta formativa e de funcionalidade da organização escolar.
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O melhor resultado foi o surgimento desta candidatura que me honro e orgulho de liderar e que espero seja o motor de um projeto que afirme o PSD como força alternativa para o futuro.
07 Diário do Alentejo 6 setembro 2013
Ourique O peso excessivo da dívida financeira da autarquia permanece no centro do debate político em Ourique. Para o atual executivo, liderado pelo socialista Pedro do Carmo, trata-se de um fardo herdado do passado que continua a tolher os movimentos da edilidade. Já os seus opositores, Sérgio Marçal (PSD/CDS-PP) e António Colaço (CDU), garantem que a dívida aos bancos e aos fornecedores não justifica tudo. Adivinha-se uma campanha animada, num concelho que já foi gerido pelas três forças em concurso. 1 - A dívida de Ourique continuará a ser o maior entrave ao desenvolvimento do concelho? 2 - Que medidas prioritárias são necessárias colocar em prática em Ourique? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?
Ourique CDU já tem sede em Santiago A candidatura da CDU aos órgãos autárquicos de Santiago do Cacém inaugurou, na quarta-feira, 4, a sua sede de campanha, situada no antigo “Café do Periquito” (largo 25 de Abril, em Santiago do Cacém). Na sessão estiveram presentes os cabeças de lista à câmara municipal, Álvaro Beijinha, e à assembleia municipal, Paula Lopes.
Pedro do Carmo
Sérgio Marçal
António Colaço
Candidato do PS
Candidato do PSD/CDS-PP
Candidato da CDU
Natural de Ourique, 42 anos, licenciado em Direito. É presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS e da Câmara Municipal de Ourique.
Natural da República do Congo, 48 anos, bancário. É subgerente da Caixa Geral de Depósitos em Castro Verde
Natural de Ourique, 60 anos, licenciado em Engenharia. Iniciou a sua atividade política em 1971 na então CDE. Foi eleito para vários órgãos do poder local democrático.
Vencer os constrangimentos da dívida
Gestão pouco efetiva da dívida
A dívida não é a única culpada
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Enquanto não estiver resolvida num valor aceitável e comportável com a capacidade financeira da autarquia continuará a ser o maior entrave! Por várias razões que convém explicar: primeiro, porque sobrecarrega a tesouraria e a disponibilidade financeira da autarquia na sua gestão diária – continuamos a suportar encargos de acordos de pagamento com a banca e fornecedores; segundo, porque nos impede de recorrer ao financiamento bancário, estando o município numa categoria de sobreendividamento; e por fim, porque estes constrangimentos originam a nossa incapacidade em assegurar algumas oportunidades de financiamentos comunitários importantes para projetar infraestruturas e projetos que resolvam problemas de competitividade e de geração de emprego e de criação de riqueza. A nossa determinação em vencer os constrangimentos da dívida é maior que a própria dívida e acredito que no decurso do próximo mandato sejamos capazes de a reduzir até ao valor aceitável para a autarquia.
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É importante dar continuidade às medidas de coesão social e económica que temos desenvolvido em benefício de todo o território. No panorama regional, o nosso concelho estava muito atrasado, sem infraestruturas básicas de apoio às populações, como o abastecimento de água que já está em curso, as eletrificações no meio rural que estão a ser executadas e que garantem dignidade às populações, acessos à leitura e ao conhecimento, a criação de apoios sociais para defesa de uma população com dificuldades a vários níveis e um forte investimento na educação e na qualificação que hoje é reconhecido nacionalmente.
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Não é assim que interpreto estas eleições. Não estou neste ato eleitoral para ganhar por ganhar, a minha preocupação é servir Ourique e dar-lhe mais força, com o apoio e a confiança dos meus conterrâneos. O importante é seguir em frente e não regressar à dúvida, à inação e ao descrédito.
Não. Na realidade, a dívida preocupante não é a adquirida em contrato programa, mas sim nas sucessivas recuperações financeiras, o Prede ou mais recentemente, e a confirmar-se o PAEL, o que denota uma gestão pouco efetiva. O município continua a vivenciar uma situação financeira preocupante, de desequilíbrio financeiro. O Programa de Apoio à Economia Local é uma opção com inúmeras desvantagens, que obriga a subir as taxas municipais, sobrecarregando e agravando fortemente a qualidade de vida dos ouriquenses. Num momento em que urge captar investimentos e fomentar o empreendedorismo, deparamo-nos com opções que podem colocar em causa o desenvolvimento económico e social do concelho e de o tornar cada vez menos atrativo para a fixação de pessoas e empresas. A questão do endividamento impõe a necessidade de uma gestão estratégica e rigorosa no município, dando prioridade às suas reais necessidades, gerir para criar sustentabilidade, dinamizar a economia local, acrescentando mais-valias, promovendo bem-estar e qualidade de vida, e gerir com o intuito de promover condições efetivas para fixação e desenvolvimento de atividade económica.
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Os indicadores económico-sociais demonstram que temos problemas demasiado preocupantes no concelho, a população está muito envelhecida, temos assistido ao longo dos anos a uma diminuição abrupta da população residente, principalmente jovens, a taxa de desemprego é das mais elevadas no distrito de Beja. É urgente e prioritário criar empregos, captar investimentos, incentivar o empreendedorismo, acreditar no nosso tecido empresarial, no nosso comércio, nos nossos serviços.
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Acreditamos que estão reunidas todas as condições para a nossa candidatura obter um resultado eleitoral ganhador, mas, o mais importante, é enaltecer que todos somos parte integrante e constituímos a nossa terra, independentemente das “camisolas” que vestimos. Todos somos Ourique, todos somos válidos e juntos podemos ter mais futuro, podemos ter mais Ourique.
Qualquer dívida de grande dimensão constitui sempre um constrangimento ao normal funcionamento de uma autarquia, como é sabido, podendo ser, em certos casos, fortemente inibidor do seu desenvolvimento. Em todo o caso não podemos, em boa verdade, culpabilizar apenas a dívida pelo atraso da nossa autarquia em termos de desenvolvimento. Sabemos que a mesma é consequência das opções tomadas no passado e, atendendo ao que acabei de expor, fomos conduzidos a uma situação financeira que não facilita a condução normal dos destinos da autarquia, que impõe um rigor e disciplina orçamental, exigindo um estudo sobre o montante real da dívida e a procura da melhor solução para honrar os compromissos assumidos, bem como opções apropriadas quanto a investimentos prioritários.
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É importante envolver a população, o movimento associativo, associações privadas de solidariedade social, reformados e os trabalhadores da autarquia, bem como o comércio local, empresários agrícolas e industriais e outros escutando as suas propostas, os seus anseios, as suas dificuldades para que, em conjunto, as possamos resolver numa gestão de proximidade. O melhoramento de todas as estradas camarárias e caminhos rurais terão prioridade absoluta, tal como o terão o tratamento de todos os espaços verdes e a criação de outros nas populações do concelho. Será igualmente dada a maior prioridade à melhoria das condições de abastecimento de água, energia elétrica e saneamento básico às populações do concelho.
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Afirmamos que esta candidatura não é uma candidatura contra ninguém. Queremos ajudar na resolução dos problemas com que o município se debate. Ourique necessita da voz da CDU e só com um reforço da votação na CDU, que permita a eleição dos nossos candidatos, poderemos ter intervenção nos centros decisores das autarquias de Ourique, nomeadamente câmara municipal e assembleia municipal e juntas e assembleias de freguesia do concelho.
“Perplexidade” em Vidigueira A coligação Juntos pela Vidigueira encara com “surpresa” e “perplexidade” o facto de a CDU “não manifestar disponibilidade para debater com as outras candidaturas o presente e o futuro do concelho”, divulgou a distrital de Beja do PSD. A coligação lembra que apresentou, quer ao PS quer à CDU, um convite para a realização de “debates esclarecedores em todas as localidades do concelho” e considera que “o afastamento da CDU em relação ao esclarecimento das populações penaliza o diálogo democrático e impede o saudável confronto de ideias”.
Maduro apoia PSD de Odemira A candidatura do PSD/CDS-PP aos órgãos autárquicos do concelho de Odemira, encabeçada por José Francisco Silva à câmara municipal e por José Ribeiro e Castro à assembleia municipal, inaugurou na quarta-feira, dia 4, a sua sede de campanha, ocasião em que também apresentou as listas de candidatos. A sessão previa contar com a presença do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Luís Miguel Poiares Maduro.
“Trunfos eleitorais” em Castro A candidatura do PS em Castro Verde, liderada por António José Brito, acusou o executivo da CDU da câmara local de ter “planeado” intervenções, como repavimentação de ruas e eletrificação de montes, “para a véspera das eleições, tentando usá-las como trunfos eleitorais”.
Brito cria comissão de apoio O médico pediatra Agostinho Moleiro, o eurodeputado Luís Capoulas Santos, o escritor Napoleão Mira ou o mineiro Filipe Romão são alguns dos 15 cidadãos que integram a comissão de apoio entretanto criada pela candidatura do PS no concelho de Castro Verde. Em nota de imprensa, o projeto político liderado por António José Brito refere que a referida comissão se constituiu como resposta “ao número crescente de apoiantes, numa forte manifestação da vontade de mudança da sociedade civil do nosso concelho”.
“Na questão das impugnações, em que surgem diferentes sentenças para situações exatamente iguais, quem é que mais sai a perder: o poder legislativo ou o judicial?”
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Bisca Lambida
Inaptidão para legislar
Mais um imbróglio
João Espinho
João Machado
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á o escrevi e reafirmo: o poder legislativo fez uma lei que cada um interpretou à sua boa maneira e, não reconhecendo o erro, revogando essa lei, deixou nas mãos dos tribunais a solução de um problema que não deveria ter entrado na esfera judicial. Se é verdade que há juízes que à segunda-feira dizem “sim senhor, é elegível” para três dias depois decretarem que, afinal, a coisa não é bem assim e o que era elegível à segunda, já não o pode ser à quinta-feira, sendo as decisões de tal forma díspares de tribunal para tribunal, o que dá uma péssima imagem do poder judicial, na realidade quem mais fica com o pior “retrato” nesta fotografia de grupo, são os senhores e senhoras que se sentam na Assembleia da República que, assim, dão uma prova da sua inaptidão para fazer leis. Se os deputados fossem sujeitos a avaliação de desempenho como a maior parte daqueles que pertencem à Administração Pública, seguramente que a “rapaziada” que fez a lei em apreço estaria agora a preparar-se para integrar ações formativas e, quiçá, passar para uma espécie de mobilidade especial, com vencimentos reduzidos e sujeita a uma posterior avaliação, tendo seguramente como destino o chamado “olho da rua” por manifesta incompetência. Mas os deputados são avaliados de quatro em quatro anos e nunca, mas nunca, são responsabilizados pelas asneiras e disparates que ditam em forma de lei. Por isso, e não ilibando essa super classee composta por juízes, parece-me que é o po-der legislativo quem mais sai a perder doo imbróglio que ele próprio criou.
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questão das impugnações tem-se revestido de um caracter normal na sociedade portuguesa, onde as leis se aplicam de forma diferente, em função das interpretações dos
juízes. Neste caso especifico, a Assembleia da República, deveria ter clarificado a lei de limitação de mandatos, mas não o fez. A questão que se coloca é exatamente essa: Por que não o fez? Uma lei que é tão clara e tão pequena, que apenas tem dois artigos, como pode criar tanta e tamanha confusão? Não entendo mesmo. Neste País de brandos costumes onde as pessoas deveriam ter na justiça o seu maior garante, isso não se verifica. Se o mais comum dos cidadãos quiser recorrer à justiça, paga enormidades em taxas o que torna todo o processo muito difícil e nem sempre os advogados oficiosos que são nomeados defendem as pessoas com a mesma “vontade” que têm em processos onde são remunerados. Como é óbvio há exceções que confirmam esta regra mas o que passa, nos dias de hoje, é que a justiça se encontra vedada a quem tem mais dinheiro ou possibilidades para despender tempo e muitos euros para salvaguardar os seus direitos. A resolução deste problema da lei de limitação de mandatos é mais um imbróglio entre tantos outros que existem na sociedade e na justiça atual. Pessoalmente gostaria de viver num país com uma cultura democrática diferente e
onde as pessoas contassem como tal. Em Portugal isso não sucede, infelizmente. Neste caso, perdemos todos.
Atitude irresponsável Sérgio Fernandes
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econhecendo que possa causar estranheza, a existência de decisões divergentes por parte de diferentes Tribunais de Comarca, autónomos e independentes, deve ser vista com total normalidade no quadro do nosso sistema jurídico. No entanto, não é líquido que as decisões que vêm sendo tornadas públicas versem sobre a mesma matéria de facto, que os argumentos aduzidos pelas partes sejam semelhantes ou sequer tenham por base atos processuais equivalentes. Recordo que nos últimos meses os tribunais foram chamados a pronunciarem-se sobre providências cautelares, pedidos de impugnação, reclamações, recursos e até essa singular figura do “alerta” fruto da criatividade dos bloquistas bejenses. As regras jurídicas do processo eleitoral autárquico são claras e encontram-se definidas na Lei Orgânica 1/2001. Em nenhum momento cabe aos tribunais a iniciativa de chamar a si, em abstrato, a interpretação da lei de limitação de mandatos. Apenas, findo o prazo de apresentação das listas, o que aconteceu no passado dia 5 de agosto, os Tribunais de Comarca podiam apreciar a elegibilidade dos candidatos, tendo por
base, entre outros aspetos, aquela que consideram ser a adequada interpretação da célebre lei de limitação de mandatos. E cabe agora ao Tribunal Constitucional apreciar os recursos das decisões proferidas pelos Tribunais de Comarca que, em última instância, apresentará a interpretação da lei de todas as polémicas. Em suma, os tribunais têm vindo a fazer o que lhes compete, no tempo próprio. O mesmo não se pode dizer do poder legislativo que teve ao longo de todo este processo uma atitude, no mínimo, irresponsável. Na convicção de que não há como pontuar nesta vaza, jogo o duque de copas.
Todos saem a perder Luís Miguel Ricardo
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ortugal, como país democrático e politicamente civilizado, rege-se pelo princípio da separação de poderes. O poder legislativo (cria os projetos de lei), executivo (aprova ou veta os projetos de lei) e o judicial (aplica a lei à sociedade) são independentes. O que está a suceder nesta fase de pré-campanha com a lei da limitação de mandatos demonstra exatamente essa autonomia dos poderes. O legislativo criou a lei, o judicial interpretou-a e aplicou-a. Até aqui tudo certo, não fora o facto de, para uma mesma lei existirem leituras díspares e aplicações distintas para cenários similares. Em termos de coerência interpretativa, o poder judicial sai a perder, pois revela ambiguidades na leitura e uso da lei, promovendo o sentimento de injustiça entre candidatos e eleitores. No que diz respeito ao conteúdo formal da lei, o poder legislativo também não sai ileso da situação, pois se o texto que confere conteúdo à lei fosse absolutamente claro, não deixava espaço para a dualidade de leituras, nem para as decisões antagónicas em situações iguais. Em suma, e quando em causa está a igualdade de oportunidades entre os semelhantes, qualquer instância que faça perigar esses primados fundamentais da sociedade civilizada, não pode sair bonito no retrato. O poder legislativo e o judicial, responsáveis diretos pelo caos político em que atolaram o País a menos de um mês das eleições, saem ambos a perder credibilidade para os portugueses e, provavelmente, a serem responsáveis pelo aumento da abstenção nas autárquicas 2013.
Diรกrio do Alentejo 6 setembro 2013
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Fragmentos da vida do autarca Manuel Camacho
O candidato da CDU à Câmara de Aljustrel lançou na última quarta-feira, num hotel da cidade de Beja, o livro Fragmentos da Vida de um Autarca. Segundo o autor, trata-se de uma obra onde reúne as vivências de mais de duas décadas enquanto eleito nas autarquias de Beja e Aljustrel, sua terra natal.
Leia o noticiário completo sobre as próximas eleições Autárquicas em www.diariodoalentejo.pt e na nossa página no Facebook João Pedro Caeiro quer reativar mercado do gado O candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Beja, João Pedro Caeiro, defendeu a reativação do mercado de gado na cidade para satisfazer uma necessidade do “elevado número de produtores pecuários” da região. “A proposta é reativar o mercado de gado em Beja, onde, desde meados dos anos 90 [do século XX], não há nenhum” mercado de ovinos, caprinos e bovinos, explicou João Pedro Caeiro. O mercado de gado “mais próximo” funciona em Montemor-o-Novo (Évora) e “só comercializa bovinos”, frisou. PUB
Campanha eleitoral Só em Beja as quatro candidaturas vão gastar 148 773 euros
CDU e o PS investem perto de um milhão e 670 mil euros na campanha eleitoral
Partidos gastam mais de dois milhões de euros em propaganda Os partidos políticos, coligações partidárias e movimentos de cidadãos que se apresentam às eleições de 29 de setembro vão gastar mais de dois milhões de euros na campanha eleitoral. Isto apenas nos 18 concelhos do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Segundo os depósitos orçamentais feitos no Tribunal Constitucional, a CDU é a força que mais investe na região (872 560 euros) e o movimento de cidadãos independentes Sines Interessa Mais é o que tem a campanha mais cara: 102 mil euros.
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pesar de serem apenas cinco em toda a região (Beja, Almodôvar, Sines e dois em Grândola), os movimentos exteriores aos partidos preveem despender perto de 260 mil euros. Entre estes, a candidatura mais frugal é a do movi-
mento Por Beja Com Todos (6 800 euros). A CDU vai gastar em Beja 65 mil euros, o PS pouco mais de 60 104 e a coligação PSD/CDS-PP 16 869 euros. O que perfaz um total de 148 773 euros. Uma verba muito próxima daquela que será gasta em Moura, onde apenas concorrem três forças políticas: CDU (70 000 euros), PS (61 191 euros) e PSD/CDS-PP (8 539 euros). E aquém do montante que os partidos vão investir em Odemira: PS (69 259 euros), CDU (67 500 euros), PSD/CDS-PP (15 129 euros) e BE (4 513 euros). Os concelhos do litoral são, aliás, os mais gastadores. No total, em Alcácer do Sal os partidos declararam gastos eleitorais na ordem dos 141 696 euros; em Grândola 291 853 euros; em Santiago do Cacém 142 268 e Sines 227 256. Esta eleição sai mais económica aos contribuintes nos concelhos de
Alvito, Vidigueira e Cuba. Em termos gerais, a CDU declarou no Tribunal Constitucional gastos de 872 560 euros e o PS, que é a outra força política que concorre em todos os concelhos, 797 828 euros. Salvaguarde-se, no entanto, que as verbas próprias dos comunistas superam em muito as dos socialistas. Ainda assim, a parte de leão destes orçamentos deriva de subvenção estatal. Quanto ao PSD e ao CDS (isolados ou em coligação) declararam gastos de 192 148 euros, o BE 24 822 euros e os movimentos de cidadãos independentes, em conjunto, 260 211 euros. Um somatório global que ronda 2 147 571 euros. De acordo com os orçamentos previsionais, os maiores gastos dos partidos são em comícios e espetáculos, cartazes e outra propaganda visual e na elaboração das próprias campanhas. Paulo Barriga
Atual
O coletivo A Terra Mexe, que reúne “artistas, artesãos e afins de Castro Verde”, vai criar a instalação “A Terra Mexe no Livro do Ano”, que ocupará as fachadas da rua D. Afonso I durante o festival Planície Mediterrânica – XXI Festival Sete Sóis Sete Luas, a decorrer nesta vila entre os próximos dias 12 e 15. O Livro do Ano, obra do escritor e ilustrador Afonso Cruz, serve de inspiração a esta intervenção artística, cuja abertura oficial está agendada para o próximo dia 13, a partir das 18 horas, na presença do autor.
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Livro de Afonso Cruz inspira instalação em Castro
Alunos de Ourique apoiados pelo projeto “Bebida Solidária” O município de Ourique e a Caritas Diocesana de Beja promoveram, pelo segundo ano consecutivo, no âmbito do projeto “Bebida Solidária”, da SIC Esperança e água Vitalis, uma candidatura de apoio na aquisição de materiais escolares para alunos dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico em situação de carência económica. Como resultado da candidatura foram selecionados apoios a 38 crianças e jovens do concelho, no valor total de 3 313 em material escolar (valores individuais entre os 55 e os 180 euros), e que serão agora entregues a cada agregado, mediante a apresentação de faturas de aquisição de material escolar em nome do aluno.
Conselho de Administração da Ulsba indignado com “tão grave denúncia”
Médico diz “não estarem reunidas condições necessárias” em Oncologia “Não estão garantidas as condições necessárias ao adequado tratamento de doentes oncológicos” no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja. Quem o afirma é Munhoz Frade, assistente hospitalar graduado de Medicina Interna no seu blogue pessoal. O Conselho de Administração da Ulsba revela “indignação perante tão grave denúncia”, que garante “não corresponder à verdade”.
para os próximos dias uma reunião deste órgão, e porque, na próxima segunda-feira, o conselho executivo da Cimbal vai debater várias questões ligadas à saúde no distrito de Beja.
Texto Aníbal Fernandes
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osé Jorge Munhoz Frade, “perante a inexistência, na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), do respetivo órgão técnico dirigente de topo hierárquico – Direção Clínica”, e por “imperativo deontológico”, denunciou na sua página pessoal do Facebook, na passada terça-feira, “não estarem garantidas no Hospital de Beja as condições necessárias ao adequado tratamento de doentes oncológicos, designadamente quando o seu internamento em serviço específico é imprescindível”. Confrontado pelo “Diário do Alentejo” com esta acusação, o conselho de administração da Ulsba “manifestou a sua indignação perante tão grave denúncia realizada por um médico, por não corresponder à verdade”. A administração da Ulsba acrescenta que neste momento “estão reunidas as condições técnicas e humanas necessárias ao adequado tratamento dos doentes
Ulsba Administração desmente o médico Munhoz Frade
oncológicos”, esclarecendo ainda que “sempre que a situação clínica determine a necessidade de um internamento” tal acontecerá “nos serviços de internamento do Hospital José Joaquim Fernandes, de acordo com as suas patologias”. Sabendo o “Diário do Alentejo” que houve uma real diminuição das camas no serviço de Oncologia, este último esclarecimento pode querer significar que, em caso de necessidade, os doentes com patologias oncológicas poderão
ser internados em outros serviços do Hospital de Beja. No entanto, fontes contatadas pelo “DA” garantem que, à data do fecho desta edição, os serviços ainda não tinham sido informados de que seria esse o procedimento a observar. José Maria Pós-de-Mina, representante da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) no conselho consultivo do Hospital de Beja, não se quis pronunciar sobre o assunto visto estar marcada PUB
Segurança Social aprova acordo com Lar de Santa Bárbara de Padrões
distribuídas por mais dois lares: Jacinto Faleiro, Castro Verde, da Fundação Joaquim António Franco e seus Pais, em Casével.
A Associação Seara de Abril viu deferido o pedido de acordo de cooperação com a Segurança Social, com vista ao apoio ao funcionamento de cinco camas do Lar da Terceira Idade de Santa Bárbara de Padrões, concelho de Castro Verde, divulgou o município local. O acordo, a formalizar em breve entre as duas entidades, vem “contribuir de forma efetiva para o funcionamento daquela estrutura residencial para pessoas idosas”, adianta a autarquia, responsável pela construção do equipamento. Com a abertura do Lar de Santa Bárbara, com capacidade para 46 camas, sujeito à aprovação da Segurança Social e decorrente da assinatura do respetivo acordo de cooperação, o concelho de Castro Verde fica provido com um total de 163 camas,
Galeria Aberta alarga prazo de entrega das obras concorrentes O município de Beja decidiu alargar, até ao próximo dia 20, o prazo de entrega das obras candidatas à 18.ª Galeria Aberta, tendo definido também, como data inaugural, o dia 19 de outubro. A alteração de datas deve-se à coincidência no tempo com o período de campanha eleitoral para as Autárquicas, considerando-se que tal “simultaneidade poderá contribuir, de algum modo, para a dispersão de potenciais interessados numa associação favorável a mais um acontecimento cultural relevante pelas artes, na cidade”.
Semedo questiona ministro Na sequência da notícia dada em primeira mão pelo “Diário do Alentejo” sobre a eliminação do blogue de Munhoz Frade na Intranet do Hospital de Beja, João Semedo, coordenador do Bloco de Esquerda, questionou esta semana o ministro da Saúde. O deputado do BE lembra que “ao longo de anos este blogue funcionou como um importante espaço de partilha de informação além de contribuir para a transparência e para o debate interno entre os profissionais”, o que, no seu entender, “configura uma boa prática, que deve ser mantida e não liminarmente silenciada”, diz. Perante estes considerandos, João Semedo pretende saber se o Governo é conhecedor desta situação que “incindido sobre um único blogue apresenta contornos censórios”, e quais as medidas que irá tomar para “garantir a reposição dos blogues na Intranet da Ulsba”. Recorde-se que José Jorge Munhoz Frade foi diretor clínico do Hospital de Beja entre dezembro de 1996 e janeiro de 2000, tem vindo a tomar posição pública e a alertar a população para as consequências do fecho de camas, publicamente assumido pelo ministro da Saúde, nos hospitais públicos.
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Câmara de Beja apoia intervenção dos bombeiros do distrito
O município de Beja informa que tem prestado apoio às corporações de bombeiros do distrito no combate aos incêndios florestais, com o transporte em autocarros dos que integraram o grupo de reforço. O Grupo de Reforço para Incêndios Florestais (GRIF), composto por 30 operacionais, contou ainda com quatro veículos de combate a incêndios, dois veículos tanque tático,
Ecopista e requalificação da estação do Carregueiro em análise O município de Aljustrel reuniu-se na quinta-feira, 29, com responsáveis da Refer – Património com o objetivo de “garantir a possibilidade da criação de uma ecopista ligando Aljustrel ao Carregueiro, com uma extensão de oito quilómetros, num traçado coincidente com a atual linha ferroviária”,
uma ambulância de socorro e dois veículos de comando. Além de Beja, adianta a autarquia, “também as câmaras municipais de Alvito, Aljustrel e Vidigueira têm apoiado as corporações de bombeiros do distrito de Beja, que têm participado ativamente desde o dia 22 de agosto no combate aos incêndios florestais no norte e centro do País”, nas serras da Estrela e do Caramulo.
informa a autarquia. Na ocasião, foi analisada igualmente a possibilidade da requalificação e manutenção da estação de comboios do Carregueiro, projeto que, adianta o município, permitiria “devolver dignidade a uma infraestrutura que teve uma grande importância na dinâmica socioeconómica da região e que possui um enorme valor histórico e patrimonial”.
Hemorrágica atinge população juvenil
Doença dos coelhos ameaça época de caça Teve início, no passado dia 1, a época de caça ao coelho, mas pelos relatos ouvidos terão sido poucos os caçadores que conseguiram abater uma peça saudável. A doença hemorrágica é a responsável por um ano que se adivinha “problemático” para esta atividade. Texto Aníbal Fernandes
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ano passado, dadas as circunstâncias, “até não correu mal, mas este adivinha-se muito problemático” para a caça ao coelho-bravo, diz-nos Mário Rosa, caçador e armeiro, em Beja. A culpa é da doença hemorrágica viral que, ao PUB
contrário do que vinha a acontecer, este inverno, atingiu os juvenis da espécie, tendo reduzido a população desta espécie a menos de metade. Como consequência, várias zonas de caça turística nem sequer vão abrir, tentando, deste modo, preservar o que existe. Outras, nomeadamente nas zonas de caça associativa, tentaram abrir, “mas apenas para fazer prospeção”. Segundo Mário Rosa, têm-se feito esforços para debelar o mal, nomeadamente “através de vacinação”, mas os resultados têm sido poucos. O panorama não é, pois, otimista num setor com bastante potencial de exportação em termos turísticos. A sustentabilidade económica da maioria das zonas turísticas está ameaçada e nas zonas associativas a desistência de sócios
– também empurrados pela crise -, é uma realidade que não deixa antever um futuro risonho. O Instituto da Conservação e Natureza e das Florestas, citado pelo “JN”, reconhece que o problema está generalizado a todo o território nacional, mas diz que para atuar é preciso “um maior conhecimento da doença, antes de se tomar qualquer medida”. O presidente da Fencaça, Jacinto Amaro, acusa o Estado de, perante este cenário, nada fazer, o que pode por em causa a sustentabilidade da atividade cinegética. Mário Rosa lembra que o caçador é “por natureza um protetor das espécies”, mas sem coelhos, que é, de longe, a caça mais popular, correr-se o risco do equilíbrio ficar desregulado, uma vez
que os predadores (caça-rabos, raposas, águias), à falta desta espécie de roedores, vira-se para outras, pondo em causa, por exemplo, as perdizes, cuja época de caça só abrirá em outubro. No último ano foram tiradas cerca de 130 mil licenças de caça, confirmando a perda de uma dezena de milhar de caçadores a cada ano que passa. O presidente da Federação Portuguesa de Caça, citado pelo mesmo jornal, quer que o Governo olhe o setor e acusa-o de encaixar cerca de 10 milhões de euros por ano com atividade cinegética e com as taxas das zonas cinegéticas e “não devolver um tostão ao setor”. Caso contrário, e se nada mudar, o setor ameaça não pagar as respetivas taxas no próximo ano.
Trinta jovens, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, oriundos de Polónia, Espanha, Itália, Bulgária, Eslovénia e Portugal, estão alojados na Pousada da Juventude de Beja, até ao dia 8. A iniciativa insere-se no Programa Juventude em Ação e o projeto “Come Closer” tem como objetivo promover a cidadania e coesão europeia, através de uma metodologia de debate, visitas de estudo, reuniões com forças vivas da região, entre outros. A organização encontra-se a cargo da Cooperativa Autonomia e Descoberta, entidade sem fins lucrativos.
InAlentejo apoia 25 projetos de microempresas Vinte cinco projetos de investimento de microempresas do Alentejo, num valor global de 388 mil euros, vão ser apoiados por fundos comunitários, através do programa InAlentejo, permitindo criar 37 postos de trabalho, foi anunciado. A Comissão
de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo explicou que os incentivos para estes novos projetos totalizam 194 mil euros, com um prémio à criação de postos de trabalho na ordem dos 339 mil euros. Os projetos já foram aprovados pela Autoridade de Gestão do programa comunitário
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Jovens de várias nacionalidades em Beja
regional InAlentejo, no âmbito do Sistema de Incentivos às Microempresas do Interior, com apoios provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder). Segundo a CCDR, estes investimentos vão permitir às microempresas selecionadas criarem 37 novos postos de trabalho.
Debatidas oportunidade de investimento
Beja palco de Congresso das Regiões Europeias Emergentes Beja é a cidade anfitriã do Congresso das Regiões Europeias Emergentes. A iniciativa realiza-se pela primeira vez na região e tem um programa vasto, que decorre entre os dias 11 a 13. São esperados diversos intressados na matéria.
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eja acolhe, entre os dias 11 e 13, o Congresso das Regiões Europeias Emergentes, que se destina a distinguir os melhores exemplos de políticas integradas que levaram regiões e municípios a surgir num contexto de competição global. Durante o congresso vão ser debatidos
vários temas sob o ponto de vista das oportunidades de investimento e, entre eles, destaque para a aronáutica e aviação, agricultura e agroindustrias, turismo e ruralidade, energia e bioenergia, sustentabilidade e qualidade de vida. Temas, estes, que serão discutidos tendo por base a apresentação de casos de estudo. Haverá ainda espaço para mesas redondas, fóruns de ideias, networking e visitas a locais de elevado potencial. Destaque para o aeroporto de Beja, Alqueva e Porto de Sines. Segundo a organização, que se encontra a cargo de IrRadiare, Science for Evolution, em parceria com várias entidades da região que
Crianças no Centro de Arqueologia
Arqueosemana em Ourique
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ecorre até hoje, sexta-feira, 6, em Ourique, a Arqueosemana, inciativa organizada pelo Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão. A Arqueosemana dirige-se às crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico que frequentam o ATL, com o intuito de estimular a criatividade e o prazer de descobrir novos saberes. São muitas as atividades que têm preenchido a semana e hoje, sexta-feira, não é exceção. O dia é dedicado à leitura de mapas e plantas e são tema de análise as coordenadas, escalas, bem com a organização do espaço público e do espaço privado. Por fim, são dadas noções de
perspetiva e projeção e as crianças completam o dia com a construção de maquetas. Mas, durante a semana, os dias da Arqueosemana foram preenchidos com um passeio a uma urbanização moderna da vila, sob a orientação de Luís Pinheiro da Silva, engenheiro, com o intuito de dar um entendimento dos elementos funcionais à organização urbana. Antes estiveram em análise a arquitetura e o planeamento. Houve, entre outras atividades, desenho em cartão e um passeio a uma zona histórica da vila, que contou com a participação de Rodolfo Machado, arquiteto.
Alqueva
Centro de Interpretação reabre
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Centro de Interpretação de Alqueva (CIAL) reabriu ao público com um espaço renovado, após um período em que esteve encerrado para obras. Localizado junto à barragem de Alqueva, o CIAL tem como objetivo dar a conhecer “toda a informação relevante do projeto de Alqueva aos milhares de visitantes que acorrem anualmente à zona da barragem, dispondo ainda de um programa de visitas organizadas, mediante marcação prévia”, informa a EDIA. O centro, que tem por
base o azul e o branco, dispõe de três áreas distintas: um espaço de exposição e multimédia, um auditório com capacidade para 50 lugares e uma zona de estar onde se podem consultar as várias publicações da EDIA. Existe também uma área de interpretação da primeira ação de compensação de impactes ambientais promovida pela EDIA em 1995, nomeadamente a construção de uma galeria para morcegos, recriada em rocha natural, bem como uma zona de receção e informação.
organizam a conferência de Beja, “este ano o congresso visita uma região europeia emergente”, considerando que “Beja lidera uma região onde o crescimento é mais elevado face à média europeia, com níveis de investimento elevados e onde os empregos atraem profissionais de outros setores e regiões”. Considera ainda a organização do congresso que “esta estratégia equilibrada origina um caso de estudo notável entre as regiões europeias emergentes”. São esperados diversos especialistas na matéria, bem como investidores, estudiosos, entidades regionais, empreendedores e PUB
profissionais de diversas áreas. O programa inicia-se na quarta-feira, dia 11, e os registos dos participantes encontramse previstos para as 14 horas, seguindo-se uma sessão técnica, reuniões e um jantar. Na quinta-feira, dia 12, destaque para a sessão de abertura, para uma sessão plenária e para várias mesas redondas, onde serão debatidos diversos temas. Depois estão agendadas reuniões, uma visita de campo e um jantar, acompanhado de momento musical. O último dia, sexta-feira, 13, ficará marcado pela apresentação de resultados e relatórios, por sessões plenárias e por uma visita de campo.
Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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“Os bombeiros têm de ser tratados e pagos como heróis públicos. Já que arriscam as vidas para salvar as nossas, têm de viver melhor do que nós e com constante reconhecimento. Mete nojo a nossa psicopática indiferença: elas e eles são melhores do que nós”. Miguel Esteves Cardoso, “Público”, dia 4 de setembro de 2013
Opinião
Quanto pode a corrupção?
Em defesa da silly season
Beja Santos Jurista
Bruno Ferreira Humorista
O E
s livrinhos da Fundação Francisco Manuel dos Santos ajudam a conhecer melhor os fenómenos socioculturais do nosso tempo, muitos deles são contributos muito válidos para identificar e sugerir a resolução dos problemas nacionais. É o caso do ensaio Corrupção, de Luís de Sousa, consultor internacional em medidas de controlo da corrupção e do financiamento político. O autor recorda que estamos permanentemente a ser bombardeados com mais e novos casos de corrupção envolvendo atores de vária índole (ministros, empresários, detentores de altos cargos públicos…), de recursos (desde avultadas somas em contas bancárias offshore a malas de dinheiro, prendas e ofertas, incluindo de sexo) e de trocas (desde compras de decisões a tráficos de influência de toda a ordem). O ensaio propõe-se responder a questões como: o que é a corrupção? Como se estrutura e processa, que tipos de corrupção são vistos com tolerância e que tipos são considerados danosos para o funcionamento das instituições? Quais as causas que explicam a prevalência da corrupção numa determinada sociedade ou contexto histórico? Como se tem desenvolvido o combate à corrupção em Portugal? Segundo o autor, entende-se por corrupção o abuso de funções por parte de eleitos, funcionários públicos ou agentes privados, mediante promessa ou aceitação de vantagem patrimonial ou não patrimonial indevida, para si ou para terceiros, para prática de qualquer ato ou omissão contrários aos deveres, com o objetivo de transferir rendimentos e bens de natureza decisória, pública ou privada, para um determinado indivíduo ou grupos de indivíduos ligados por quaisquer laços de interesse comum. E que tipos de corrupção existem em Portugal, questiona Luís de Sousa. Recorda o caráter opaco da corrupção e a insensibilidade da opinião pública para o problema, o que leva a que uma grande parte das infrações cometidas nunca seja detetada ou denunciada à justiça. Distingue a corrupção esporádica (corrupção direta, não premeditada e não prolongada no tempo, caso do suborno oferecido por um condutor intercetado em excesso de velocidade a um agente da Brigada de Trânsito), da corrupção estrutural (é o caso da “arte do desenrascanço”, própria de um espírito de sobrevivência individual, manifesta-se nas redes informais de convívio em que os cidadãos desenvolvem contactos para puxar os cordelinhos a seu favor ou a favor de um parente ou amigo), da corrupção sistémica (sobretudo ligado ao financiamento político dos partidos e candidatos, em que os recursos são obtidos através de uma série de trocas que envolvem decisões, prerrogativas ou mercados públicos, ao nível do poder central ou autárquico, etc.), da corrupção de “colarinho branco” (recurso a sacos azuis, contas bancárias em offshores, lavagem de dinheiro, criação de centros de estudo e/ou associações fictícias para falsa faturação…). Os entorses ao controlo e correção da corrupção são de diferente porte, desde a imagem popular do mau desempenho da justiça ao seu comprovado desempenho ineficiente devido a, por exemplo, excessiva burocratização da investigação criminal, ao desprestígio dos tribunais de primeira instância, à falta de sistematização da informação e excessiva dependência da denúncia.
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Os BOMBEIROS de Portugal são verdadeiros heróis. Todas as homenagens e apoios que lhes prestemos e ofereçamos são poucos. Estes homens e estas mulheres que zelam e dão a vida pelo País, sem pedir nada em troca, merecem o nosso maior respeito e consideração. Estas palavras vão para os bombeiros do Alentejo que nestes dias tem combatido as chamas nos infernos de fogo que lavram no norte de Portugal. PB
pronto, cá estamos novamente envoltos nela. A tão injustamente mal tratada silly season, que todos os anos pelas férias grandes nos embala no aprazível ócio do dolce farniente estival. A silly season é a época do ano em que, por excelência, não acontece nada. Para o parlamento, os tribunais, e os políticos mostram as banhas e vão a banhos. Contudo, este ano, acho muito injusto chamar silly, ou em português pateta, à silly season. Acho até que esta season tem muito menos de silly do que a – por oposição – smart season, que decorre durante o resto do ano. Basta ver como terminou o mês de julho, o último da suposta smart season: O ministro das Finanças demite-se, precipitando uma crise económica, dois dias depois o garante da coligação, Paulo Portas, amuado com a escolha da nova ministra das Finanças, anuncia a sua saída do Governo, alegadamente irreversível, precipitando uma crise política, o que leva o Chefe de Estado a deliberar um entendimento entre PSD, CDS e PS, e que se assim não fosse se antecipariam as Legislativas para daí a um ano sendo que, dias depois, Cavaco ruma à Madeira onde faz uma corrida contra João Jardim para ver quem chega primeiro às Ilhas Selvagens, a qual perdeu Alberto João, – Cavaco terá escolhido as Selvagens para visitar como metáfora para o estado da política nacional -, e logo a seguir o Presidente anilha um par de cagarras e voa para o continente onde assiste a António José Seguro dizer que não havia compromisso possível, o que leva Cavaco a dizer que então ficaria tudo na mesma, e que o Governo se remodelasse. A remodelação confirma Portas, que afinal fica, uma ministra das Finanças envolta em polémica, dizendo que não recebeu informações sobre os contratos swap por parte de Teixeira dos Santos que diz que isso é mentira – e parece que a única razão plausível para a sua escolha é que pelo seu ar podia ser filha de Angela Merkel, o que pode suscitar a afeição da chanceler –, confirma, ainda, por poucos dias, um secretário de Estado do Tesouro que tentou vender swaps ao governo de Sócrates, mas que diz que parece que não se lembra, e traz um novo ministro dos Negócios Estrangeiros, ex-presidente do conselho superior da Sociedade Lusa de Negócios, e que vendeu ações da SLN ao BPN com ganhos de 150 por cento, um pouco acima do que conseguiu Cavaco com o mesmo negócio, o que ajudou a alargar o buraco do BPN, consequentemente o buraco do País, alargando também a crise, a dívida, e a corrupção, buracos esses que Passos, Portas e companhia só conseguem fazer crescer com as suas políticas e com os seus políticos. E foi assim que terminou as smart season. Agora, envoltos na silly season, resta-nos o prazer de ir comprar um gelado, o direito de gozar um par de dias de férias mais do que merecidas, a simplicidade de percorrer os passeios-dostristes pelas marinas e marginais desse país a fora, o deleite de ler um livro, ir ao cinema ou jantar fora. Então e é esta a época pateta? Ou não será esta, antes, uma época porreira, fixe, curtida, de calmaria, de conversas e gargalhadas entre umas cervejas na esplanada? O pior é que nem a ajuizada silly season consegue ficar a salvo da tola smart season. Basta assistir a um telejornal em agosto para sermos interrompidos nos nossos temas preferidos da época, como quais as melhores praias alentejanas, ou onde comer o melhor marisco, por uma qualquer notícia sobre swaps, que mais parece o nome de um gelado do MacDonalds, mas que mais não é do que uma troca de risco no mercado cambial coberta por uma deliciosa cobertura de perdas financeiras. Quando é que acaba a silly season, para recomeçar a sad
season? Basta sintonizar o canal Parlamento e ler o recado escrito no ecrã: “A emissão será retomada no início de setembro em data a anunciar”. Se esta é a época pateta, aposto que a larga maioria dos portugueses gosta de ser pateta. Mas atenção: uma coisa é a malta gostar de ser pateta. Outra, completamente diferente, é gostar que nos façam de patetas. Como dizia o padre António Vaz Pinto: “Já agora… vale a pena pensar nisso.”
A política na cultura da cidade Jaime da Silva Lopes Investigador em Ciência Política
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o capítulo da construção política da cidade, entre as ligações institucionais e as relações de proximidade, já observámos, num artigo anterior, que pode ser dada relevância à atração de visitantes. O político tem nas suas mãos a opção de subsidiar a manifestação cultural das suas gentes: através dos tradicionais apoios materiais, logísticos e financeiros; na produção de liberdade cultural; ou no patrocínio direto do acontecimento. Na amplidão das identidades, como pilares fundamentais do localismo, sabemos que os tradicionais apoios, muitas vezes, face à limitada economia dos orçamentos, são o meio político de impressão no povo. Por isso, fica exposta a dificuldade de alargamento das margens de liberdade e iniciativa cultural das pessoas, sem o devido enquadramento, no sentido de se retirar a decisão do poder para se permitir a vontade da população. E a criação e recriação institucional à volta da cultura das suas terras. Não esquecemos também a necessidade do político em mostrar que repõe a justiça, com uma intervenção que assume a forma de integração entre pertenças culturais, recuperando as ideias de agressão das maiorias a certas culturas minoritárias. De facto, são muitos os que pensam que é difícil haver capacidade cultural nas economias fracas, a tal ponto que lamentam que não seja possível, ao nível do chão, produzir politicamente para a liberdade cultural dos outros. Assim, reparamos que há uma presença excessiva das decisões políticas sobre as práticas criativas e recreativas. E uma direção ou controlo sobre o evento cultural, assente na legimitidade de atuação devido à fraqueza económica. Ou seja, o patrocínio direto e a presença iluminada dos mentores nos eventos são uma facilidade da conjuntura para a promoção política. Contudo, a cidade para o visitante é um vetor que contribui para a economia local, não esquecendo o que nos diz Peter Eisinger. Produz internamente a necessidade de atração. Mas também importa a variedade crítica e o mosaico de génios e artistas que constituem um padrão de liberdade. Podemos assistir, sobre a predominância das elites locais na realização da vida pública, ao reforço da mobilização e participação cidadã e do republicanismo liberal. Este retira capacidade de controlo ao político, defendendo a não dominação, e privilegia a diversidade pela liberdade assente na não interferência. É um sentido que contraria a insistência nos dogmas, retirando-se da oferta e encontrando-se no acesso cultural. O que devolve a ideia do político que nos leva à realização dos outros como uma contribuição da comunidade. Desta forma, limita a tendência para a correção e estímulo sobre as preferências. Noutra forma, procura a convergência entre o político e a população, que Liesbet van Zoonen admite, em linha com o socrático gestor público – aquele que constrói a cidade como uma revelação e descoberta da realidade das vontades.
Falta política a esta CAMPANHA ELEITORAL. Faltam ideias, falta fulgor, falta entusiasmo. A menos de um mês para as Autárquicas, o ambiente político permanece tão pachorrento e plácido como as calmas do verão. Quem quiser ter uma palavra a dizer a 29 de setembro tem que arregaçar as mangas. E os eleitores agradecem, pois gostariam de conhecer as propostas dos candidatos e escolher em plena consciência. PB
Há 50 anos “O Alentejo está nas vascas de uma agonia catastrófica”
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eclamando “A industrialização” do Alentejo, opinava José Moedas, na sua coluna “Imagens ao Acaso”, publicada na primeira página da edição de 6 de setembro de 1963 do “Diário do Alentejo”: “Parece que a grande maioria – e essa é que conta – o reconhece: o Alentejo foi terra que já deu... trigo; deve abolir-se, por anacrónica e altamente perniciosa à economia, a monocultura do cereal em referência; urge reajustar a terra transtagana ao momento que passa; é, em suma, necessário industrializar a província que goza fama de ‘celeiro de Portugal’, estimulando a iniciativa particular e concedendo facilidades de vária ordem ‘aos que queiram responder à chamada’. Sim, a grande maioria reconhece a gravidade da situação e a premência em encetar diligências no sentido de acudir ao Alentejo, elevando o nível económico-social dos seus rurais (a emigração é um sonho doloroso mas, a pouco e pouco, tentador) e do pequeno e médio lavrador. Todos o reconhecem, todos o dizem à mesa do café, entre a ‘bica’ e o copo de água, todos o proclamam nos inquéritos e depoimentos. Entretanto, a iniciativa particular não dá passo que se veja, não se atreve a agitar ideias, a lançar-se no campo das realizações. ‘Havemos de fazer...’ ah, este terrível ‘havemos de fazer, que amolece tanta iniciativa! Onde encontramos, senhores, os que podendo, ‘queiram responder à chamada’?! Lembrai-vos que este nosso Alentejo está nas vascas de uma agonia catastrófica!”. (Um comentário: com pequenas alterações, é evidente que o artigo de José Moedas continua atual nos nossos dias!). Na mesma coluna, o jornalista bejense saudava o democrata António Sérgio, a propósito dos seus 80 anos: “Celebrou no passado dia 3 o seu 80.º aniversário o grande escritor, político, sociólogo, pedagogo e ensaísta António Sérgio, que nasceu em Damão (Índia). O autor das ‘Cartas ao Terceiro Homem’ tem levado ‘toda a sua vida a ensinar aos seus compatriotas um novo sistema de educação, que os habilite a bem praticar a democracia e que os prepare para o trabalho da democracia social, preconizando um sistema económico da planificação pela federação das cooperativas de consumo’. Verdadeiro mestre da causa cooperativista em Portugal, António Sérgio e a sua obra merecem-nos a mais profunda veneração.” Carlos Lopes Pereira
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Ao certo, ninguém sabe o que se passa no HOSPITAL DE BEJA quanto à redução de camas e quanto à alegada supressão de valências. São conhecidas as intensões do Ministério da Saúde em reduzir despesas a todo o custo. Há denúncias de médicos influentes que apontam nesse sentido. Numa região já de si tão carenciada e envelhecida era de bom-tom que esclarecessem o que se passa. PB
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“A guerrilha encontra-se também na nova tentativa de pôr os trabalhadores do privado contra os funcionários públicos, comparando situações diferentes na essência. Aos juízes do Tribunal Constitucional (TC) aconselha-se bom senso, embora se saiba que o TC agiu após as dúvidas manifestadas pelo Presidente da República. E, no fim de semana, voltou a ouvir-se a crítica aos que falam da ‘espiral recessiva’. A guerrilha é, pois, geral”. Vasco Matos Trigo, “I”, 4 de setembro de 2013
Cartas ao diretor em fazer-se ouvir, sabem que desde 2008 Portugal surgiu naquela localidade um grupo cultural pró cultura portuguesa (que se nega perdeu a a tomar posição sobre a questão diplomática), que, entre outras coisas, devoldignidade? veu os antigos nomes portugueses a 74 Carlos Luna Estremoz
Quem, nestes últimos dias, consultou a imprensa portuguesa ou ouviu a comunicação portuguesa em geral, ficou decerto muito confuso e algo estupefacto com o que se passou. De facto, perante a agudização do conflito entre a Espanha e a Grã-Bretanha em torno da Questão de Gibraltar, as mais inesperadas omissões verificaram-se em diversos artigos de opinião. Houve responsáveis de jornais que criticaram a Espanha, pelo facto de se esquecer que ao levantar a questão do “Rochedo” entrava em contradição em relação a Ceuta (e Melilla). Houve jornais que publicaram extensas cronologias do conflito de Gibraltar, desde 1704. Comparações houve-as, também, com a questão das Malvinas (Argentina e Grã-Bretanha). Tive o cuidado de verificar, em vários sites, os comentários a estas notícias. Centenas ou mesmo milhares deles referiam a necessidade de se falar da Questão de Olivença. De uma forma ou de outra, alguns opinadores respeitáveis e conhecidos referiram, aqui e além Olivença. Um ou outro de forma séria. Outros tentando fazer humor. Houve um que afirmou saber que a questão não estava resolvida, mas que só um reduzido grupo de portugueses se interessavam por isso. Bem, pelo menos este sabe que, para o Estado português, é ilegal a administração espanhola da cidade referida.... Todos estes intelectuais não repararam na “multidão” de comentários nos mais diversos sites. Os que se referiram a isso, mais não fizeram do que refletir o que era pensado por muitos. Não foi por acaso que o referiram, mas sim porque tal anda nas bocas e pensamentos de muita gente. E estes mesmos intelectuais, opinadores, defensores do politicamente correto, não se dão conta de que são eles mesmos que, ao desprezarem esta comparação óbvia, este ressentimento mais ou menos difuso que paira na cabeça de muitas pessoas, são eles mesmo que, repito, ajudam a silenciar este sentimento. E alguns órgãos de comunicação, claro, pois não referem o teor dos inúmeros comentários que não podem deixar de observar!!! Alguns destes conceituados cronistas, ou “fazedores” de opinião, apesar da dificuldade que o tema “Olivença” tem
ruas e praças... após pressão sobre a autarquia local. Falo da Associação Além Guadiana, que em março esteve presente, durante uma hora, num programa de televisão. Embora a notícia desta recente “movimentação” não esteja a ter facilidade em ser divulgada, muitas figuras de destaque da nossa intelectualidade foram informadas pessoalmente. Ninguém quer envolver estes oliventinos nas polémicas de soberania, mas não se pode dizer que a “portugalidade” de Olivença só interessa, atualmente, a meia dúzia de “iluminados”. Parece haver, isso sim, quem esteja interessado em que tal continue a ser a opinião mais ou menos “oficial”. Há quem diga que Portugal está a perder a dignidade. Infelizmente, estes factos parecem apontar nesse sentido!!!!
São Sebastião dos Carros Emanuel Augusto dos Santos São Sebastião dos Carros
A reportagem corresponde, no geral, à realidade existente na freguesia de São Sebastião dos Carros, mas tem algumas imprecisões ou falhas, porventura por falta de investigação jornalística mais profunda. Por exemplo, a história do nome “Carros” que se junta ao nome do padroeiro para dar o nome à freguesia, não pode ser devido aos dois irmãos abegões – o sr. Francisco António e o sr. Zé – que eu conheci, pois antes de eles nascerem já a aldeia assim se chamava. Outro ponto que não corresponde à designação popular são as chamadas termas da Papa Leite. Trata-se apenas de uma fonte, conhecida na região por Água Santa, que fica na ribeira de Carreiras, já na zona de fronteira com a freguesia de São João dos Caldeireiros. A distância da Água Santa à Papa Leite não é inferior à distância desta a São Sebastião. A banheira e a fonte já existiam quando eu nasci. O chamado vestiário – um casinhoto sem porta onde as andorinhas fazem ninho – é que foi obra mais recente da junta de freguesia (justiça seja feita ao atual presidente, sr. Jorge: a obra é recente mas anterior ao seu mandato). De forma pouco pensada, também na altura foi alterada a estrutura antiga da fonte, retirandolhe a cobertura e fazendo uma espécie de
gargalo de poço, o que manifestamente prejudicou a funcionalidade da mesma, pois quando a ribeira enche a fonte fica entulhada. Finalmente, talvez tivesse valido a pena ter feito uma nota de reportagem com uma pequena história a respeito do povoado Papa Leitinho, que, apesar de já não ser habitado em permanência, não foi abandonado. Se os animais falassem, teríamos disso um testemunho vivo: há 10 anos que permanece lá uma gata, os mesmos anos que passaram depois da morte da sua dona! É um caso de rara fidelidade e apego afetivo de um animal doméstico ao sítio onde viveu com o seu último dono. São histórias assim mesmo que vão adensando o mistério da vida naquele Alentejo profundo.
Manuel Figueira António Manuel Pereira Chícharo Beja
No dia 20 de julho último faleceu Manuel Joaquim Figueira, vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Beja. Homem de causas e convicções, durante mais de 50 anos conciliou a sua vida profissional com serviços de voluntariado em diversas instituições na promoção de melhor qualidade de vida das populações desta cidade e desta região. É com enorme orgulho que a Santa Casa da Misericórdia de Beja contou com o seu voluntarismo e com a sua preciosa colaboração por mais de 35 anos. Os contributos que deu em prol da consumação da missão desta instituição de serviço público e social foram de tal ordem que lhe valeu o reconhecimento público da União das Misericórdias Portuguesas, em 2011, quando foi condecorado com a medalha de Mérito e Distinção entregue, em Arganil, por Sua Excelência o Senhor Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva. Para além da honra que essa condecoração nos mereceu, queremos destacar e enaltecer, particularmente, o seu envolvimento no projeto de conceção, criação e prossecução do Centro Infantil em que foi o principal mentor. Independentemente do papel funcional e organizativo que desempenhava neste centro, mantinha com aquele espaço uma relação de genuíno afeto, o que o levava a visitá-lo todos os dias e a interagir com aqueles que o habitam. Infelizmente, a Santa Casa da Misericórdia de Beja perdeu um amigo. Queremos, pois, prestar uma singela homenagem a este homem que também a cidade de Beja perdeu e agradecer-lhe publicamente o muito que nos concedeu. Bem hajas, Manuel Figueira e até sempre.
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O direito à vossa confiança ganhei-o perdendo empregos, demitido da Faculdade de Letras onde ensinava com entrega total à minha função docente, proibido mais tarde até de dar aulas no Colégio Moderno. O direito à vossa confiança ganhei-o no sofrimento, ganhei-o rejeitando o caminho das facilidades, que me teriam permitido ser neste país o que eu quisesse ser, para ser apenas aquilo que entendo dever ser um homem como os outros” Urbano Tavares Rodrigues
Memória
Palavras de Urbano Pedro Santos Maia
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ão falarei do Urbano pessoa de quem muitos disseram que a sua vida e trato rimavam com o seu nome, e de que também fui testemunha direta num encontro internacional realizado há uns anos em Serpa e em Moura, sua terra natal, ou nos corredores da Faculdade de Letras de Lisboa nos idos de Oitenta do século passado. Não falarei do Urbano escritor sobre o qual Manuel Gusmão apresentou uma síntese elucidativa por ocasião dos 50 anos da carreira literária do autor. Na verdade, não vou falar do Urbano Tavares Rodrigues; vou antes mostrar e dar a ler algumas das palavras que nos deixou e ouvir de novo a sua bela voz. De cidadão. De homem político. De comunista. De lutador e resistente. Palavras que não podem deixar de ressoar como acutilantes
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nestes tempos sombrios de injustiça, de opressão e de instilação do medo. Palavras aqui expostas em três momentos que surpreendemos numa sequência cronológica. 1. Num discurso proferido numa sessão de esclarecimento realizada em Moura, em 21 de outubro de 1969, na qualidade de candidato a deputado pela CDE de Beja: “O direito à vossa confiança ganhei-o perdendo empregos, demitido da Faculdade de Letras onde ensinava com entrega total à minha função docente, proibido mais tarde até de dar aulas no Colégio Moderno. O direito à vossa confiança ganhei-o no sofrimento, ganhei-o rejeitando o caminho das facilidades, que me teriam permitido ser neste país o que eu quisesse ser, para ser apenas aquilo que entendo dever ser um homem como os outros, no meio do povo, de mãos dadas convosco, hoje na amargura, amanhã na alegria do triunfo; na festa maravilhosa da nossa libertação coletiva, suando agora o sangue das derrotas, que não são verdadeiras derrotas enquanto não nos dermos por vencidos (e quem se dá aqui por vencido?). Ganhei o direito de estar convosco e de clamar: Esta terra é nossa! Queremos a nossa liberdade! Queremos o pleno emprego! Queremos sindicatos autênticos! Queremos o direito à greve! Queremos participar na gestão das fábricas, ou das propriedades, onde trabalhar. Estamos fartos de ser servos num mundo onde
se diz que acabou a escravatura!” Pois, para o Urbano, “é sempre tempo de transformar o mundo. É SEMPRE possível, quando a fortaleza de ânimo existe e a consciência do nosso destino livre o impõe é sempre possível abater a opressão, ainda quando tal pareça fora do alcance das nossas forças.”(1) 2. Em colaboração com Luís Filipe Lindley Cintra, num texto apresentado ao importante 3.º Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro, em abril de 1973, intitulado “Universidades Novas e Escolas para a Promoção Cultural das Massas Trabalhadoras”, e que começa assim: “A cultura não deve ser pertença de uma classe detentora do saber e que o reserva para si, como meio de sobrevivência do seu poder”. Inspirando-se no legado de Bento de Jesus Caraça e no exemplo da Revolução Cubana de 1959 com as suas “Faculdades Operárias e Camponesas”, continua: “É preciso por um lado unir estreitamente, unificar cultura e liberdade, por outro não perder de vista que qualquer tentativa de elevação do nível cultural que não esteja integrada numa transformação da própria estrutura social em que se produz pode estar condenada desde a origem a um malogro.” E mais adiante: “O espírito elitista, conservador, hierárquico do ensino a todos os níveis precisa de ser abolido.” Para concluir: “Só com a participação maciça e ativa das camadas trabalhadoras na
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JOSÉ FERROLHO
batalha da educação se pode vencer a luta pela instauração de uma verdadeira democracia.”(2) 3. Não muito tempo depois do 25 de Abril, já com o processo contrarrevolucionário em curso, Urbano escrevia um texto sobre a sua estimada Rosa Luxemburgo, o qual lhe permite num mesmo passo fazer um balanço e uma prospetiva: “A catástrofe geral estamos a avistá-la e mesmo ao pé da porta. É certo que hoje sabemos (e nisso temos já também a nossa parcela de experiência) que o socialismo é difícil, mas vale a pena lutar por ele e edificá-lo. Com os olhos bem abertos. Com a lucidez que nos vem das lições do passado próximo, mas também com a água clara do sonho.” Para Urbano, o que contém de mais belo “o ideário socialista”? Resposta: “a realização integral da liberdade e da dignidade humanas.”(3) Por tudo isto (e por muito mais) não constitui retórica vazia mas são antes palavras inteiramente justas as que Manuel Gusmão emprega para concluir o texto aludido de início, tendo como mote o Alentejo comum: “Esta pequena pátria leva-nos a não abandonar a exigência de justiça, a não recalcar a esperança, a não desistir da fraternidade. Porque o Alentejo é daquelas paisagens sociais, humanas e afetivas que nos obrigam a escolher o campo, a ‘margem’ onde estamos e estaremos. Aqui compreendemos melhor que a
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liberdade e a dignidade de cada um de nós são amputadas pela mutilação da liberdade e da dignidade dos outros, e em particular daqueles que longamente têm sido explorados e oprimidos, humilhados e ofendidos. Aqui percebemos melhor o que significa a expressão ‘uma terra sem amos’. Ela é uma promessa de que não desistiremos, e um horizonte a que podemos chamar utopia, quando nos querem impor o que chamam o fim das utopias ou o fim da história. Mas verdadeiramente, não é uma utopia, porque é uma das possibilidades abertas na história das sociedades humanas”. (4) Uma porta estreita, mas que o Urbano tem ajudado a manter aberta para além dos limites que nos são impostos. Até sempre, camarada! Sesimbra, 16 de agosto de 2013 (1) In Urbano Tavares Rodrigues — Cidadão e Escritor, Moura, Câmara Municipal de Moura, 2005, p. 24-5. (2) In O Gosto de Ler (ensaios), Porto, Ed. Nova Crítica, [s.d.], p. 205-6, 209 e 212. (3) “Perfil de Rosa Luxemburgo”, in O Gosto de Ler (ensaios), Porto, Ed. Nova Crítica, [s.d.], p. 232-3. (4) “Saudação a Urbano Tavares Rodrigues”, in Urbano Tavares Rodrigues — Cidadão e Escritor, Moura, Câmara Municipal de Moura, 2005, p. 14.
Torneio de Futebol em Oriola
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Aldenovense e Vasco da Gama de Vidigueira são as duas equipas do distrito de Beja que se juntam, durante o dia de amanhã, ao São Bartolomeu do Outeiro e aos Oriolenses para disputa do Torneio de Futebol de Oriola 2013.
Torneio do Bairro da Conceição
Desporto
O Centro de Cultura e Recreio do Bairro da Conceição promove, na tarde de amanhã, o Torneio Triangular de Futebol com jogos de 45 minutos e a presença do Aljustrelense e do Piense. O quadro de jogos é o seguinte: B.º Conceição-Piense (16 horas); B.º ConceiçãoAljustrelense (17 horas) e Aljustrelense-Piense (18 horas ).
Geração Radical promove maratona A “Geração Radical”, grupo de BTT da Casa do Povo de Penedo Gordo, organiza no próximo domingo a VIII Maratona de BTT Geração Radical, prova desenhada com percursos de 30 (Passeio Familiar) e 60 quilómetros (andamento livre). As inscrições encerraram com cerca de 200 participantes.
Piense, Aljustrelense e Castrense na 2.ª Eliminatória da Taça de Portugal
O Fab(io)uloso guardião As equipas do Moura e do Almodôvar foram eliminadas da Taça de Portugal. Aljustrelense e Castrense qualificaram-se para a segunda ronda, juntando-se ao Piense que esteve isento desta etapa preliminar. Texto e foto Firmino Paixão
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etade das equipas sul alentejanas já ficou pelo caminho nesta primeira fase da Taça de Portugal. Realce para o brilhante triunfo do Castrense no Estádio Municipal da Guarda, ante o Vila Cortez do Mondego, equipa da sua igualha, mas que a turma de Mário Tomé conseguiu superar com a clareza que os dois golos de diferença demonstram (2/4). No Estádio Municipal de Aljustrel, onde o Mineiro Aljustrelense também assegurou a passagem à eliminatória seguinte, o herói da tarde foi o guarda-redes local Fábio Reis, defendendo quatro grandes penalidades que permitiram o triunfo, após uma igualdade a dois golos no final do prolongamento. O adversário foi o Casa Pia, de escalão superior, reduzido a 10 unidades logo no primeiro minuto por expulsão do central Nelson. Antes do prolongamento ainda perdeu mais um jogador mas discutiu a eliminatória até às grandes penalidades, altura em que o guardião mineiro mostrou a sua competência para os defender e carregou com a equipa para a segunda etapa da prova, onde se junta ao Castrense e ao Piense, que esteve dispensado desta eliminatória. O Moura não foi feliz na sua deslocação a Gondomar, encontrando um Sousense do mesmo nível competitivo, e perdeu pela diferença mínima num jogo disputado em condições difíceis e interrompido durantecerca de 25 minutos para se dissiparem os
Mineiro João Nabor, um dos reforços do Aljustrelense, antecipa-se ao adversário
fumos vindos de incêndios na proximidade. O Desportivo de Almodôvar jogou em casa com o Ninense, turma oriunda de Famalicão, e aguentou galhardamente uma igualdade a zero levando o jogo para prolongamento, momento em que os visitantes marcaram e garantiram a qualificação. Das restantes equipas a lenteja-
nas sobreviveu apenas o Gafetense (AF Portalegre) com um triunfo tangencial (21) sobre o Vianense, uma vez que O Elvas e o Atlético de Reguengos não se qualificaram. Às 42 equipas apuradas (três alentejanas) juntam-se as formações isentas desta fase onde se incluem o Piense, Grandolense, União de Montemor,
Oriolenses e Juventude de Évora. A próxima eliminatória disputa-se no dia 22 de setembro. Resultados: Sousense-Moura, 2-1; O Elvas-Barreirense, 1-2 (ap); Almodôvar-Ninense, 0-1 (ap); Vila Cortez-Castrense, 2-4; Aljustrelense-Casa Pia, 2-2 (3-1 gp); ReguengosVarzim, 0-1; Gafetense-Vianense, 2-1.
Almodôvar e Moura regressam ao Campeonato Nacional de Seniores
Um reencontro histórico A segunda jornada do Campeonato Nacional de Seniores disputa-se no próximo domingo, ronda em que o estádio do Moura Atlético Clube receberá a partida entre a formação local e o Desportivo de Almodôvar. Texto Firmino Paixão
C
umpridos os compromissos da Taça de Portugal reata-se o Campeonato Nacional de Seniores, numa jornada marcada pelo encontro, algo histórico, en-
tre as equipas do Moura e do Almodôvar. Histórico na medida em que se trata do primeiro jogo entre as duas equipas num campeonato nacional e, outro tanto, porque se perderá no tempo, se é que alguma vez se encontraram, a última partida disputada entre estes dois emblemas ao nível de seniores. Por aquilo que, teoricamente, vale cada um dos conjuntos, o Moura é francamente favorito à conquista dos três pontos. Tem maior traquejo em campeonatos nacionais, um plantel com recursos de
qualidade, joga em casa e vem de um precioso empate no Barreiro. O Almodôvar está a fazer a sua estreia nestas andanças, recrutou o plantel no universo do futebol distrital, atuará num palco que lhe é estranho e, na ronda inicial, perdeu no seu campo com o Ferreiras. Mas, só por isso, o jogo ainda não está ganho pelo Moura. O futebol é um jogo ilógico, são 11 jogadores de cada lado, e o técnico almodovarense, David Guerreiro, já revelou que a sua equipa jogará em qualquer campo procurando sempre a vitória. Joaquim
Mendes, técnico do Moura, também havia dito que tem que se reconhecer o valor de uma equipa com o percurso recente do Almodôvar. Mas a jornada não se esgota com esta partida; o União de Montemor, um dos líderes da prova e terceira equipa alentejana na prova, joga em Ferreiras. O quadro completo de jogos, que se iniciam às 17 horas, é o seguinte: Louletano-Pinhalnovense; Ferreiras-União Montemor; Moura-Almodôvar; Cova Piedade-Barreirense; Quarteirense-Lagos.
Realiza-se no próximo dia 15, pelas 9 horas, a 2.ª Maratona de BTT “Entre Vinhas e Olivais”, prova organizada pelo Núcleo de BTT da “Juventude Baleizoeira”. A competição terá percursos de 20 quilómetros (guiado), 45 e 70 quilómetros (andamento livre). As inscrições encerram no próximo dia 10 e são limitadas a 250 concorrentes.
1.ª Divisão 1.ª Jornada (28/9) Castrense-Guadiana B.º Conceição-Aldenovense Cabeça Gorda-Aljustrelense Vasco da Gama-Odemirense Piense-Serpa Sporting Cuba-Milfontes Rosairense-São Marcos.
1.º Duatlo BTT em Odemira
Nacional de Iniciados – Série G (1.ª Jornada): Odemirense-Lagos, 1-1; Despertar-São Luís, 10-0; Farense-Imortal, 4-0; Olhanense-V.Setúbal, 1-3; Lusitano VRSA-Louletano, 3-3. Classificação: 1.º Despertar, 3 pontos. 2.º V.Setúbal, 3. 3.º Odemirense, 1. Próxima Jornada (8/9): São Luís-Odemirense; Imortal-Despertar.
2.ª Divisão – Série E 1.ª jornada
Taça de Honra 2.ª Divisão Série A
At. Reguengos-Esp. Lagos ..............................................................0-0 Juventude Évora-Aljustrelense ......................................................1-1 Lagoa-CF Vasco da Gama ................................................................2-1 Monte Trigo-Sesimbra ..................................................................... 2-3 Castrense-Lusitano VRSA ................................................................1-2 U. Montemor-Moura .........................................................................2-1
1.ª Jornada (5/10) Moura B-Despertar Amarelejense-São Domingos Beringelense-Negrilhos Desportivo Beja-Vasco Gama B
Beira-Mar Almada Portimonense Olhanense Despertar SC Barreirense Louletano Imortal DC Pinhalnovense Redondense Farense
Taça Honra 2.ª Divisão Série B 1.ª Jornada (5/10) Messejanense-Saboia Sanluizense-Castrense B Naverredondense-A.Fernandes Folga o Renascente
2.ª Divisão Série A 1.ª Jornada (30/11) Moura B-Despertar Amarelejense-São Domingos Beringelense-Negrilhos Desportivo Beja-Vasco Gama B
2.ª Divisão Série B 1.ª Jornada (30/11) Messejanense-Saboia Sanluizense-Castrense B Naverredondense-A.Fernandes Folga Renascente
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4-1 4-1 3-1 2-0 2-2 2-2 1-3 0-2 1-4 1-4
3 3 3 3 1 1 0 0 0 0
Despertar Juniores começaram o campeonato nacional com uma vitória
Despertar venceu Pinhalnovense (2-0) e defronta amanhã o Olhanense
Taça Distrito de Beja 1.ª Eliminatória (24/11) Castrense-Serpa Milfontes-Messejanense Saboia-Beringelense Vasco Gama-Amarelejense São Marcos-B.º Conceição Piense-Aldeia Fernandes Cabeça Gorda-Despertar Guadiana-Rosairense Desportivo Beja-Sporting Cuba
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O atleta individual Daniel Trindade foi o vencedor absoluto do 1.º Duatlo BTT de Odemira, na prova pontuável para o Circuito Regional Sul (5000 m corrida+19300 m BTT+2500 m corrida) com o registo de 1.17.41h. A prova aberta (2500 m corrida+9700 m BTT+1000 m corrida) foi ganha por Miguel Guedelha, atleta juvenil do GDR Manique de Cima, que gastou 40,51 metros na sua prova.
Diário do Alentejo 6 setembro 2013
Maratona de BTT em Baleizão
Início prometedor Os Juniores do Despertar Sporting Clube, tidos como uma das melhores fornadas da formação do emblema bejense, começaram o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão com uma vitória em casa sobre o Pinhalnovense. Texto e foto Firmino Paixão
O
treinador da formação bejense, João Mansinhos, concordou que foi uma boa estreia no campeonato nacional e adiantou que “numa prova tão competitiva como é esta, foi muito bom começarmos com uma vitória. Foi excelente, não terá sido um jogo muito bem conseguido mas defendemos muito bem e concretizámos as oportu-
nidades que tivemos para fazer golo”. Quanto aos objetivos da equipa, única representante da AFBeja em prova (na época passada o Moura foi despromovido), passam pela continuidade da equipa neste nível competitivo. “O objetivo é a manutenção neste patamar nacional, não podemos exigir mais porque não nos passa pela cabeça competir com as equipas do Algarve nem com outro tipo de equipas que têm estruturas mais fortes e uma base de recrutamento muito mais alargada do que nós”, confessou João Mansinhos. Mansinhos reconheceu também o valor do plantel: “Acredito que estes jogadores sejam a melhor fornada da formação do Despertar, mas falta-lhes
melhorar os índices competitivos, não basta apenas terem qualidade, terão que ter também competição a sério, que é coisa que até agora não tiveram”. E reitera a confiança no grupo: “Acredito neles, é uma equipa com muito valor, começámos bem, mas tivemos uma préépoca terrível, com muita gente de férias e ainda nos faltam dois jogadores. Mas acho que estes miúdos têm muito valor”. Antevendo a partida de amanhã, relativa à 2.ª jornada, sublinhou que “jogamos no terreno do Olhanense, uma equipa que desceu da 1.ª Divisão; naturalmente que vamos jogar para ganhar, mas com a consciência de que será um adversário muito difícil”.
Distritais de seniores da AFBeja disputados por 29 clubes
Equipas “B” são novidade O Campeonato Distrital da 1.ª Divisão abre as competições oficiais da Associação de Futebol de Beja, numa temporada marcada pelo regresso do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão e pela formação de três equipas “B”. Texto Firmino Paixão
O
dérbi da margem esquerda, entre o Piense e o Serpa, será, porventura, um dos jogos mais apetecíveis da jornada inaugural do “Distritalão” 2013/14, prova que conta com as três equipas despromovidas da 3.ª Divisão Nacional, Aljustrelense,
Castrense e Vasco da Gama. Outra das novidades da prova será a estreia absoluta, neste escalão, dos três treinadores António Leitão no Guadiana, Rui Guerreiro no Milfontes, Paulo Paixão no Aldenovense, e, provavelmente, de João Candeias como sucessor de Nuno Costa no Rosairense. Pelo naipe de concorrentes antevê-se um campeonato muito competitivo. No regresso da 2.ª Divisão Distrital insere-se a novidade das equipas “B” do Castrense, Moura e Vasco da Gama. Este escalão estava devidamente regulamentado e perante a impossibilidade de organizar o distrital de juniores (após a desistência do Odemirense restavam
Distritalão regressa a 28
apenas cinco equipas para o disputar), estes clubes optaram por competir no segundo escalão. A Taça de Honra da 2.ª Divisão disputa-se a uma só volta e antecede o campeonato distrital, com início marcado para 5 de outubro e 30 de novembro, respetivamente. Na Taça Distrito de Beja participam 25 clubes, os ausentes são o Sanluizense e as três equipas “B”. Ficaram isentos da 1.ª eliminatória as equipas do Odemirense, Negrilhos, Renascente, Aljustrelense, Naverredondense, Aldenovense e São Domingos, e o jogo de cartaz desta primeira ronda é, inev itavelmente, o Castrense-Serpa.
Torneio de Futebol em Mértola
Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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Realiza-se no próximo domingo, em Mértola, o 4.º Torneio de Futebol Firmino Cruz, organização do Clube de Futebol Guadiana que conta com a presença das equipas do Futebol Clube Castrense e da Associação Desportiva Rosairense. O calendário de jogos é o seguinte: Castrense-Rosairense (17 horas); GuadianaCastrense (18 horas); Guadiana-Rosairense (19 horas).
Andebol em Serpa O Centro de Cultura Popular de Serpa inicia, no próximo dia 21, às 16 horas, a sua participação no Campeonato Nacional de Juvenis Masculinos 1.ª Divisão, em andebol, e na primeira ronda joga em casa com o Passos Manuel. As restantes equipas desta 1.ª Fase/Zona 4 são: Sporting, Benfica, Belenenses, Lagoa, Ginásio do Sul, Vela Tavira, Mafra e Torrense.
O União de Santiago do Cacém procura regressar ao futebol nacional
Um patamar digno da sua história Fundado há quase 75 anos, o União Sport Clube, de Santiago do Cacém, procura inverter o ciclo descendente que iniciou no final da época 2004/2005 com a queda nos regionais da AFSetúbal. Texto e foto Firmino Paixão
A
pós seis épocas consecutivas a disputar o campeonato distrital da 1.ª Divisão, no ano de 2011 caiu mesmo no segundo escalão do futebol setubalense. Na última temporada deu sinais de recuperação e conseguiu o título da 2.ª Divisão Distrital e a subida ao escalão principal. João Barbosa Direito, técnico que chegou há dois anos ao clube, revelou que “o União de Santiago iniciou um processo de recuperação com alguma dinâmica e organização, com uma nova direção que fez um trabalho de base a partir da 2.ª Divisão Distrital da AFSetúbal, e temos uma equipa coesa, humilde e trabalhadora”. Mas houve necessidade de fazer essa “travessia no deserto”?
Não conheci bem esse trajeto, porque nos três anos anteriores estive no Vasco da Gama de Sines. Entretanto, nesse processo de reorganização do União fui convidado para treinador e esta será a minha segunda época no clube. Mas existem sinais de o clube ter ultrapassado as dificuldades?
Penso que sim, tem uma direção muito dinâmica. Nos tempos que correm para se pôr um clube a funcionar isso é uma vantagem. É preciso dar alguma dinâmica e alguma responsabilidade também aos jogadores e aos treinadores, de modo a estarem na mesma sintonia da direção. O clube é um histórico nesta região e merece estar noutro lugar. Estamos a fazer tudo com tranquilidade, sabemos que se adivinha este ano um campeonato muito difícil, porque desceram muitas equipas dos nacionais, mas nós estaremos lá com vontade de sermos fortes e de nos posicionarmos num lugar cimeiro. Se tivermos ambição para sermos os primeiros será mais fácil fugirmos do fim ou do meio da tabela.
João Direito Treinador do União Sport Clube de Santiago do Cacém E os objetivos, mais concretamente?
Olhe, eu vou ser muito sincero. Quando me convidam para treinar um clube, proponho sempre como meta o primeiro lugar. E porquê? Porque o primeiro lugar obriga toda a organização, jogadores, treinadores e diretores a entrarem em cada jogo para ganhar. Será mais fácil jogar para ganhar, sem medo de perder, do que estar a jogar para cumprir calendário. Se uma direção trabalha arduamente para dar boas condições à equipa, então nós também temos que corresponder. E depois é a competição, e o que é a competição? São equipas em confronto num calendário vasto em que no final se vê quem é o melhor. Se formos os melhores é porque conseguimos os objetivos, se não formos é porque
Plantel 2013/2014: Guarda Redes: Paulo Freitas, Carlos Pereira e João Carradinha (ex-Alcacerense); Defesas: Luís Varela, Ruca, Luís Carradinha, Jorginho, Cadu (ex-Vasco da Gama), Hélder Baixinho, Sampaio (ex-Vasco da Gama), Daniel e Tito; Médios: João Guedes, Bruno, Daniel Direito, Paulinho, Vítor Reis (ex-Vasco da Gama) e Diogo Filipe (ex-Vasco da Gama). Avançados: João Batista, Idi (ex-Vasco da Gama), Caixeirinho, Aldenir, Bernardo Rosa (ex-Alcacerense) e Fábio Mateus.
houve alguém melhor do que nós e só temos que respeitar. Como caracteriza o plantel que tem à disposição?
Este ano a equipa mantém quase todos os jogadores que estiveram connosco na 2.ª Distrital, com alguns atletas que vieram comigo do Vasco da Gama. Houve cinco juniores que subiram a seniores e ficaram no clube, e é por aí que temos que começar, mas também fomos a Alcácer do Sal buscar alguns reforços com alguma qualidade. Será com este misto de juventude e alguma veterania que, ao longo do tempo, iremos passando a experiência aos mais novos, para depois podermos cimentar uma organização interna forte, que nos dê mais segurança e coesão para o futuro. E com as excelentes condições de trabalho que o Miróbriga oferece…
As condições de trabalho são cada vez melhores, prepara-se a implantação de um sintético sobre o pelado que é alternativa ao relvado natural, e essa opção irá dar-nos melhores condições. Temos um bom relvado, muito bem tratado, um bom ginásio, um posto médico que nos dá uma boa assistência e é com essa capacidade que, se calhar, vamos conseguir os objetivos. Vamos fazer tudo por isso.
Tradicionalmente o campeonato é muito competitivo?
Sem menosprezar a qualidade de alguns campeonatos distritais, o de Setúbal, pela sua proximidade de Lisboa, tem equipas muito fortes. Este ano como desceram, pelo menos, quatro equipas dos nacionais, será uma prova muito competitiva, com um lote de históricos que farão tudo para chegar ao primeiro lugar. É difícil, já fiz três campeonatos destes pelo Vasco da Gama, conseguindo boas classificações e vencemos uma edição da Taça, e quero repetir estes êxitos com o União para que o clube se posicione num patamar condigno com a sua história. Os adeptos estão em sintonia com o clube?
Andaram muito afastados, estavam um pouco desanimados. Quando a equipa desceu aos regionais, houve ali dois ou três anos em que se afastaram bastante. Mas é a equipa que tem que puxar os adeptos para poderem participar nos seus êxitos; se não for uma equipa bem-sucedida, ou não andar próximo do êxito, eles afastam-se. No ano passado, como fomos campeões, conseguimos reaproximar o público e os adeptos do União. Este ano faremos tudo para que isso se mantenha, com bom futebol e vitórias, oferecendo aquele espetáculo que as pessoas gostam de ver.
Despertar José Saúde
Leva-me o encanto da saudade a caminhar por atalhos apertados, esmiuçando, quando oportuno, a atual realidade das coletividades que nem sempre foram haréns de intensos prazeres. Numa busca profícua a verdades deixadas por saudosos homens que fizeram história no prodígio desportivo regional de Beja, Melo Garrido é um exemplo inquestionável. Detenho-me com a emancipação de uma agremiação que bateu forte na minha carreira futebolística desde os primeiros pontapés na bola: o Despertar. Os seus princípios não foram fáceis. O velhinho “rasga” nasceu de uma fusão entre o Libertário e o Infantil, grupos formados por rapazes dos 13 aos 15 anos. Consta que os miúdos, já operários, reuniam-se, à noite, sob a luz ténue de um candeeiro público a petróleo existente junto à estalagem da Bárbara Meneses, lá para as bandas onde hoje se localiza a avenida Fialho de Almeida, em Beja. Tratando-se de gente oriunda maioritariamente da plebe, no seio das suas animadas conversas decidiram formar uma coletividade cujo nome foi Despertar. Um nome que significava exaltar a sua presença social. Mas faltava o resto para completar o pomposo desígnio. Os miúdos, uns adeptos do Sporting outros do Benfica, dividiram-se, acabando por prevalecer a opinião da maioria, sendo que no dia 24 de junho de 1920 fundou-se o Despertar Sporting Clube. Um clube com histórias ancestrais. Um emblema que sempre honrou uma mística singular. A formação de jovens atletas é um dado adquirido e a sua filosofia eclética reconhecida. O Despertar dimensionou-se física e estruturalmente. As suas infraestruturas cresceram desalmadamente no tempo. Dirigentes que outrora muito trabalharam em prol de objetivos coletivos. A obra está feita. Reconhecida. Resta enaltecer o espírito daqueles que no silêncio foram paulatinamente tornando o sonho realidade. Os seus nomes serão, literalmente, recordados num clube do qual guardo excelentes recordações.
institucional diversos
Diário do Alentejo n.º 1637 de 06/09/2013 Única Publicação
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21 Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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22 Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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23 Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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24 Diário do Alentejo 6 setembro 2013
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institucional Diário do Alentejo n.º 1637 de 6/09/2013 Única Publicação
25 Diário do Alentejo 6 setembro 2013 Diário do Alentejo n.º 1637 de 06/09/2013 Única Publicação
CARTÓRIO PRIVADO DE ODEMIRA A cargo da Notária Ana Paula Lopes António Vasques CERTIFICO, para fins de publicação que foi lavrada neste Cartório Notarial, no dia de hoje, de folhas oitenta e sete a folhas noventa e duas verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Cento e Oitenta e Sete - E”, escritura de justificação, na qual: Maria de Fátima Vilhena Catarino, divorciada, residente na Praceta Maria Alexandrina Pires Chaves Bergar, número 2, 7º esquerdo, Faro, contribuinte fiscal número 175 097 232; Manuel Maria Jacinto e mulher Guilhermina Maria Modesto das Neves, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua de Relíquias, São Luís, Odemira, contribuintes fiscais números 121 955 320 e 128 349 921; António Jorge Inácio e mulher Maria Amália da Silva Inácio, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Infante D. Henrique, número 21, contribuintes fiscais números 138 899 240 e 114 984 964, Marília Custódia de Matos Inácio Parreira e marido Amândio Silva Parreira casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua José Maria Filipe, número 25, São Luís, Odemira, contribuintes fiscais números 142 032 808 e 142 032 751, Fernanda Maria Guerreiro, viúva, residente na Rua 8 de Março, São Luís, Odemira, contribuinte fiscal número 114 979 375, Henrique Manuel Guerreiro de Oliveira e mulher Maria das Neves Jacinto de Oliveira, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, residentes em Rua de Relíquias, número 22, São Luís, Odemira quando em Portugal, contribuintes fiscais números 131 300 172 e 141 009 764, António Pacheco de Oliveira e mulher Adília Maria Guerreiro Oliveira, casados sob o regime de comunhão geral de bens, residentes na Rua José Maria Filipe, número 20, São Luís, Odemira, contribuintes fiscais números 162 568 100 e 122 064 160, Manuel Joaquim Messias Inácio e mulher Célia Maria Pereira Botelho Messias, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, residentes no Largo da Liberdade, número 8, Santa Luzia, Tavira, contribuintes fiscais números 171 595 394 e 171 595 416, declararam que são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio Misto, denominado “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemira; com a área de nove mil e quinhentos metros quadrados, composto de vinha, oliveiras, sobreiros e casa de rés-do-chão, para habitação, com a área coberta de sessenta e nove vírgula dez metros quadrados, inscrito na respectiva matriz cadastral rústica sob o artigo 84 da Secção L e na matriz predial urbana sob o artigo 292, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número mil duzentos e oitenta e quatro da dita freguesia, onde se mostra registada a aquisição a seu favor, em comum e sem determinação de parte ou direito, conforme inscrição Ap. um de vinte e oito de Junho de mil novecentos e setenta e seis e ainda de Fernando Catarino Vilhena, solteiro, maior; Maria Amélia Vilhena Catarino Brito, casada sob o regime de comunhão de adquiridos com Alberto dos Santos Brito; Maria Fernanda Vilhena Catarino Pimenta, casada sob o regime de comunhão de adquiridos com Paulo Jorge Rodrigues Pimenta e Maria Inácia Vilhena Catarino, viúva; Que em dia e mês que não podem precisar, mas que terá sido em meados de mil novecentos e setenta e oito, os herdeiros de Maria Ascenção a saber: 1) Manuel Francisco ou Manuel Francisco Ascenção, casado no regime de separação de bens com Luisa Maria Guerreiro; 2) Francisco Catarino, casado sob o regime de comunhão geral de bens com Maria José Monteiro; 3) António Catarino, casado sob o regime de comunhão geral de bens com Maria Inácia Catarino; 4) Fernanda de Ascenção, casada sob o regime de comunhão geral de bens com Josué Lourenço; 5) Clarisse de Ascenção da Costa Campos, casado sob o regime de comunhão geral de bens com António Leandro; 6) Maria José de Campos, casada sob o regime de comunhão geral de bens com José Inácio da Silva e 7) Idálio da Costa Catarino, casado sob o regime de comunhão geral de bens com Maria de Jesus Pacheco de Almeida, procederam verbalmente à partilha dos bens deixados por óbito daquela, fraccionando aquele prédio nos SETE seguintes novos prédios distintos e autónomos: PRÉDIO A - Prédio Misto, denominado “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemira; com a área de dois mil cento e sessenta metros quadrados, composto de vinha, oliveiras e sobreiros e casa de rés-do-chão, para habitação, com a área coberta de sessenta e nove vírgula dez metros quadrados; a confrontar de Norte com Manuel Joaquim Messias Inácio e Marília Custódio de Matos Inácio Parreira, Sul com caminho, Nascente com “Corte Pinheiro” e a Poente com António Pacheco de Oliveira, inscrito na matriz rústica sob parte do artigo 84 da Secção L e na matriz urbana sob o artigo 292, então adjudicado a Manuel Francisco ou Manuel Francisco de Ascenção, hoje pertencente a MARIA DE FÁTIMA VILHENA CATARINO, por haver comprado aos herdeiros daquele o quinhão hereditário que a este pertencia na referida herança de Maria Ascenção; PRÉDIO B - Prédio rústico, denominado “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemira, com a área de mil cento e trinta e quatro metros quadrados, composto de vinha, oliveiras e sobreiros; a confrontar a Norte com Caminho, Sul com António Pacheco de Oliveira, Nascente com Manuel Joaquim Messias Inácio e Poente com António Jorge Inácio; inscrito na matriz sob parte do artigo 84 da Secção L, então adjudicado a Francisco Catarino e mulher, hoje pertencente a MANUEL MARIA JACINTO e mulher, por haverem comprado aos herdeiros daqueles o quinhão hereditário que a estes pertencia na mesma herança; PRÉDIO C - Prédio rústico, “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemira, com a área de oitocentos e setenta metros quadrados, composto de vinha, oliveiras e sobreiros; a confrontar a Norte com caminho, Sul com António Pacheco de Oliveira e Fernanda Maria Guerreiro, Nascente com Manuel Maria Jacinto e a Poente com Fernanda Maria Guerreiro, inscrito na matriz sob parte do artigo 84 da Secção L, então adjudicado a António Catarino, hoje pertencente a ANTÓNIO JORGE INÁCIO e mulher, por lhes ter ficado a pertencer na partilha verbal por óbito daquele, efectuada com os demais herdeiros, em dia e mês que não podem precisar mas que terá sido por volta do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, não tendo nunca sido celebrada a competente escritura pública de partilha; PRÉDIO D - Prédio rústico, denominado “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemira, com a área de mil quinhentos e trinta metros quadrados, composto de vinha, oliveiras e sobreiros; a confrontar a Norte com caminho, Sul com Maria de Fátima Vilhena Catarino, Nascente com “Corte Pinheiro” e a Poente com Manuel Joaquim Messias Inácio, inscrito na matriz sob parte do artigo 84 da Secção L, então adjudicado a Fernanda de Ascenção e marido, hoje pertencente a MARÍLIA MATOS PEREIRA e marido, por haverem comprado àqueles o quinhão hereditário que lhes pertencia na herança acima referida; PRÉDIO E - Prédio rústico, denominado “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemiracom a área de mil duzentos e seis metros quadrados, composto de vinha, oliveiras e sobreiros; a confrontar a Norte, Sul e Poente com caminho e a Nascente com António Jorge Inácio e António Pacheco de Oliveira, inscrito na matriz sob parte do artigo 84 da Secção L, então adjudicado a Clarisse de Ascenção da Costa Campos e marido, hoje pertencente a FERNANDA MARIA GUERREIRO e HENRIQUE MANUEL GUERREIRO DE OLIVEIRA, em comum e sem determinação de parte ou direito, por aquela e seu falecido marido o haverem comprado à referida Clarisse e marido, o quinhão hereditário que lhes pertencia na herança já referida; PRÉDIO F - Prédio rústico, denominado “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemira, com a área de mil quinhentos e setenta metros quadrados, composto de vinha, oliveiras e sobreiros; a confrontar a Norte com António Jorge Inácio e Manuel Maria Jacinto, Sul com caminho, Nascente com Maria de Fátima Vilhena e a Poente com Fernanda Maria Guerreiro, inscrito na matriz sob parte do artigo 84 da Secção L, então adjudicado a Maria José de Campos e marido, hoje pertencente a ANTÓNIO PACHECO DE OLIVEIRA e mulher, por haverem comprado àqueles o quinhão hereditário que lhes pertencia na herança acima referida; PRÉDIO G - Prédio rústico, denominado “Corte Pinheiro”, situado na freguesia de São Luís, concelho de Odemira, com a área de mil e trinta metros quadrados, composto de vinha, oliveiras e sobreiros, a confrontar a Norte com caminho, Sul com Maria de Fátima Vilhena e António Pacheco de Oliveira, Nascente com Marília Custódio de Matos Inácio Parreira e a Poente com Manuel Maria Jacinto, inscrito na matriz sob parte do artigo 84 da Secção L, então adjudicado a Idálio da Costa Catarino e mulher, hoje pertencente a MANUEL JOAQUIM MESSIAS INÁCIO e mulher, por haverem comprado àqueles o quinhão hereditário que lhes pertencia na herança acima referida; Que os justificantes, não possuem qualquer título para efectuar o registo a seu favor na competente Conservatória, dos prédios acima referidos, embora desde mil novecentos e setenta e oito, aqueles a quem ficaram a pertencer, passassem a detê-los, como prédios distintos e autónomos, respeitando rigorosamente as suas estremas, demarcações e divisórias, com tal exclusividade e independência, como se de coisa sua se tratasse e na convicção de exercerem um direito próprio, encarregando-se da sua administração, designadamente, vedandoos, tratando e amanhando as terras, procedendo à sua limpeza, conservação e colheita dos frutos das várias árvores existentes em cada um deles, utilizando as respectivas pastagens, deles retirando todo o proveito, sendo que no que respeita à respectiva parte urbana, a ora primeira outorgante, tivesse procedido às reparações que se mostraram necessárias, aí manter os seus pertences, tudo isto contínua e ininterruptamente, desde há cerca de trinta e cinco anos, à vista, com o conhecimento e reconhecimento de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, até à presente data. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade dos citados prédios por usucapião, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifica. Odemira, 19 de Agosto de 2013. A Notária Ana Paula Lopes António Vasques
CÂMARA MUNICIPAL DE ALJUSTREL
EDITAL ABERTURA DO PERÍODO DE DISCUSSÃO PÚBLICA DO PLANO DE INTERVENÇÃO EM ESPAÇO RURAL DA HERDADE DE VALE DE COELHEIROS NELSON DOMINGOS DE BRITO, Presidente da Câmara Municipal de Aljustrel: Faz saber, para efeitos do n.º 3 do artigo 77.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, com a redação republicada em anexo ao Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro e as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º181/2009, de 7 de agosto, que a Câmara Municipal de Aljustrel deliberou em 21 de agosto de 2013 proceder à abertura de um período de 22 dias para discussão pública do Plano de Intervenção em Espaço Rural da Herdade de Vale de Coelheiros. O período de discussão pública terá início no 5.º dia contado a partir da publicação deste aviso no Diário da República. Durante o referido período, a proposta de plano, a fundamentação da não sujeição do mesmo a avaliação ambiental estratégica, respetivos pareceres emitidos e a ata da conferência de serviços, estarão disponíveis para consulta dos interessados na secretaria da Divisão Técnica da Câmara Municipal, sita na Av. 1º de Maio, todos os dias úteis durante as horas normais de expediente e no sítio da internet: www.mun-aljustrel.pt. As reclamações, observações ou sugestões a apresentar deverão ser formuladas por escrito, podendo estas ser enviadas por carta registada com aviso de receção para a Av. 1º de maio, 7600-010 Aljustrel, ou aí entregues pessoalmente, bem como remetidas através do email div-tecnica@mun-aljustrel.pt. Para conhecimento geral se publicita o presente que vai ser afixado nos Paços do Concelho, publicado num jornal de âmbito regional e no sítio da internet supracitado. Aljustrel, 22 de agosto de 2013. O Presidente da Câmara Nelson Brito
Diário do Alentejo n.º 1637 de 06/09/2013 Única Publicação RUI MURTA - SAI, Unipessoal, Lda Av. 5 de Outubro, 19-1º Dtº. 2900-311 Setúbal Telef: 265548844; Fax: 265548841 E.mail: ruigmurta@mail.telepac.pt
INSOLVÊNCIA de COOPCASTRENSE – Cooperativa Popular Castrense, Scrl Venda de bens móveis e imóveis – Proposta em carta fechada, até 2013/09/12 (Proc. 234/12.5TBORQ, Tribunal Judicial de Ourique) Por determinação do Administrador da Insolvência (A.I) e com o parecer favorável da Comissão de Credores, são postos em venda os seguintes bens, por preço acima do indicado, livres de ónus ou encargos: Verba 1: fracções autónomas A, B e CB (1) do prédio urbano sito na Rua Alexandre Herculano, com entradas pelos nº 11 e nº13, Castro Verde, destinado a comércio e serviços, inscrito na matriz predial urbana da respectiva freguesia sob o artigo 4113 e descrito na CRP de Castro Verde com o nº 1051, constituída por R/C (1.253 m2) e 1º andar (159 m2): € 259.000,00; Verba 2: fracção autónoma A/D (2) do prédio urbano sito na Rua Alexandre Herculano, com entradas pelos nº 11 e nº13, Castro Verde, destinado a comércio e serviços, inscrito na matriz predial urbana da respectiva freguesia sob o artigo 4113 e descrito na CRP de Castro Verde com o nº 1051, constituída por R/C com a área de 430 m2: € 160.000,00. Verba 3: Todos os bens móveis que constituíam o recheio do estabelecimento (Equipamento básico de loja e armazém: expositores, balcões frigoríficos, frigoríficos, arcas frigoríficas , caixas registadoras, bancadas, mesas e cadeiras de snack-bar, máquina de lavar louça, pórtico de segurança, balcões-vitrine, estantes-vitrine, balanças electrónicas, máquina de picar carne, máquina de assar frangos, fiambreira, serra fita de cortar ossos, quadros eléctricos, computadores, POS, impressoras, carros de transporte, grupos geradores de ar frio e equipamento e mobiliário diverso; Equipamento de Transporte: 2 automóveis ligeiros de mercadorias de matrícula 26-27-SR e 84-79-PG, de marca Mercedes e Renault, respectivamente; Equipamento Administrativo: Mesas e cadeiras, armários, estantes, computadores, impressoras, aparelhos de ar condicionado, termo ventiladores, painel solar e diverso equipamento de escritório, higiene, decoração e limpeza): € 34.000,00 Poderão ser apresentadas propostas individualizadas, por verba. Contudo, prefere-se proposta global se o seu valor for igual ao do somatório das melhores propostas individuais. O anúncio público da adjudicação, por preços acima dos fixados, será efectuado em 2013/09/13, pelas 11 horas, no escritório do A.I, na presença de todos os interessados. Uma vez avisados deverá(ão) o(s) vencedor(es) pagar no prazo de 24 horas, mediante contrato de promessa de compra e venda suportado por cheque bancário ou visado à ordem da massa insolvente o equivalente a 20% (imóveis) ou 100% (móveis) do preço de adjudicação, acrescido de IVA à taxa de 23% no caso dos bens móveis (excepto viaturas de mercadorias). A escritura pública de venda efectuar-se-à no prazo de 60 dias e logo que estejam cumpridos os requisitos processuais e legais da insolvência relativos à alienação de bens apreendidos para a massa insolvente. Para tal efeito o Administrador da Insolvência avisará o promitente-comprador com a antecedência mínima de 15 dias. Em caso de desistência imputável ao promitente-comprador este perderá o direito aos valores já pagos. Na impossibilidade de poder cumprir o contrato de promessa de compra e venda a massa insolvente devolverá, em singelo, todos os valores recebidos. As propostas deverão ser dirigidas ao Administrador da Insolvência, para a morada supra indicada, por carta ou por email, identificando o processo, devendo mostrar-se recepcionadas, até 2013/09/12. Os bens poderão ser mostrados mediante marcação prévia a efectuar com o A.I. (1) Existe certidão municipal de aprovação em 2013/04/10 da constituição de propriedade horizontal atribuindo-se a esta fracção a entrada pelo nº 13; (2) Existe certidão municipal de aprovação em 2013/04/10 da constituição de propriedade horizontal atribuindo-se a esta fracção a entrada pelo nº 11. Setúbal, 2013/08/22. O Administrador da Insolvência (Rui Murta)
institucional
26 Diário do Alentejo 6 setembro 2013 Diário do Alentejo n.º 1637 de 06/09/2013 Única Publicação
MUNICÍPIO DE ALJUSTREL CÂMARA MUNICIPAL AVISO Para efeitos do disposto no n.º5 do artigo 6º do Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro, conjugado com a Lei n.º12-A/2008, de 27 de Fevereiro, torna-se público que, por deliberação tomada em reunião de Câmara de 04/09/2013 a ratificar na próxima sessão da Assembleia Municipal, se encontra aberto, pelo prazo de 3 dias úteis, procedimento concursal comum para constituição de relação jurídica de emprego público por tempo determinado – contrato a termo resolutivo certo, a tempo parcial, ao abrigo do disposto no Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro, para os seguintes postos de trabalho: - 1 Professor de Inglês, com horário de trabalho de 8 horas semanais e remuneração mensal de 384 €; - 1 Professor de Inglês, com horário de trabalho de 6 horas semanais e remuneração mensal de 288 €. 1 - Data da divulgação da oferta de trabalho: a presente oferta de trabalho decorrerá nos dias 9, 10 e 11 de setembro, e será publicitada na página da Internet da Câmara Municipal de Aljustrel em www.mun-aljustrel.pt. 2 - Caracterização dos Postos de Trabalho e Local de trabalho: Ensino de Inglês nas escolas básicas do 1º ciclo do concelho de Aljustrel, no âmbito das atividades de enriquecimento curricular. 3 - Requisitos de admissão: habilitação profissional ou própria para a docência da disciplina de inglês no ensino básico. 4 - Duração dos contratos: os presentes contratos terão início após a conclusão do presente procedimento concursal e até ao termo do ano escolar 2013/2014. 5 - Critérios e procedimentos de selecção: avaliação curricular. 6 - Formalização das candidaturas: as candidaturas deverão ser formalizadas até ao termo do prazo acima fixado, mediante preenchimento do formulário electrónico, disponível na página electrónica da Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação, em www.dgrhe.min-edu.pt. 7 - É constituída reserva de recrutamento até ao final do ano letivo 2013/2014, nos termos do disposto no n.º3 do artigo 7º do Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro. Aljustrel, 4 de setembro de 2013, A Vereadora, M.ª da Conceição Parreira
Diário do Alentejo n.º 1637 de 06/09/2013 Única Publicação
MUNICÍPIO DE CUBA CÂMARA MUNICIPAL
AVISO
Atividades de Enriquecimento Curricular destinada ao 1.º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de Escolas de Cuba Para os devidos e legais efeitos torna-se público que, por despacho do Presidente da Câmara datado de 03 de setembro de 2013, encontram-se a decorrer vários processos de seleção para recrutamento de professores no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular, no 1.º Ciclo do ensino básico no Agrupamento de Escolas de Cuba, ao abrigo do Dec.-Lei n.º 212/2009, de 03 de setembro, conjugado com o regime de contrato de trabalho em funções públicas, aprovado pela lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, art.s 93, al) f) e art. 142º. As seguintes ofertas de trabalho estão disponibilizadas, no sítio da internet da Câmara Municipal de Cuba, entre os dias 16 e 18 de setembro de 2013: Concurso a) - Recrutamento de dois professores para o ensino da atividade física e desportiva – dois horários de 12 horas semanais de exercício de funções (período letivo - 10 h e período não letivo – 2h); - Remuneração mensal ilíquida: 362.40 €; Concurso b) – Recrutamento de seis professores para o ensino da atividade lúdico-expressivas: - um horário de 11 horas semanais de exercício de funções (período letivo - 9 h e período não letivo – 2h); – Remuneração base mensal ilíquida: 332.20 €; - dois horários de 8 horas semanais de exercício de funções (período letivo - 6 h e período não letivo – 2h); – Remuneração base mensal ilíquida: 241.60 €; - três horários de 7 horas semanais de exercício de funções (período letivo - 5 h e período não letivo – 2h); – Remuneração base mensal ilíquida: 211.40 €; (A remuneração mensal dos lugares a concurso é a correspondente ao vencimento base do índice 126, da carreira de educadores e professores dos ensinos básico e secundário, para licenciados com habilitação profissional ou própria para a docência e, pelo índice 89, para os restantes casos, ambos de acordo com as horas semanais de exercício de funções). 2- Conteúdo Funcional – Tarefas inerentes ao ensino das atividades postas a concurso, no 1.º Ciclo do Ensino Básico. 3- Local de trabalho – Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Cuba. 4 – Critérios de seleção: a) Habilitação académica ou profissional de base adequada à área de atividade a lecionar; b) Continuidade pedagógica – ter lecionado no ano letivo 2012/2013 no Agrupamento de Escolas de Cuba, nas atividades de enriquecimento curricular; c) Tempo de serviço (em dias), em atividades de enriquecimento curricular, no Agrupamento de Escolas de Cuba até 31/08/2013; d) Tempo de serviço (em dias), em atividades de enriquecimento curricular, até 31/08/2013; 5 – Formalização das candidaturas: As candidaturas deverão ser formalizadas na aplicação informática concebida pela Direção Geral da Administração Escolar (DGAE), cujo acesso é efetuado através do sítio da internet do Município de Cuba – www.cm-cuba.pt , durante o prazo acima fixado. 6 – Listas de Ordenação e aceitação da colocação: será elaborada e disponibilizada na plataforma SIGHRE, uma lista de ordenação contendo os candidatos que cumpram os requisitos e perfil exigidos, sendo notificados os candidatos classificados nos 1.ºs lugares de acordo com as vagas a preencher, os quais devem comunicar a aceitação dos lugares, por via eletrónica, nos 2 dias úteis seguintes ao da comunicação. Paços do Município de Cuba, 04 de setembro de 2013. O Presidente da Câmara Francisco António Orelha
Diário do Alentejo n.º 1637 de 06/08/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA EDITAL N.° 98/2013 ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DE OCUPAÇÃO MUNICIPAL DE DESEMPREGADOS (AS) DE LONGA DURAÇÃO JORGE PAULO COLAÇO ROSA, Presidente da Câmara Municipal de Mértola TORNA PÚBLICO, que a Câmara Municipal de Mértola em sua reunião ordinária de 07 de agosto de 2013, aprovou as alterações ao Regulamento de Ocupação Municipal de Desempregados (as) de Longa duração, que a seguir se indicam, sujeitas a ratificação na próxima sessão da Assembleia Municipal: “Art° 1.º O Preâmbulo, o art° 2º, 3º,8º,11º,12º,17º e 21º do Regulamento de Ocupação Municipal de desempregados (as) de Longa Duração passam a ter a seguinte redação: Preâmbulo O Município de Mértola pretende criar um Programa de Ocupação Municipal Temporária de Desempregados (as) de Longa Duração residentes no concelho de Mértola, que visa promover a sua ocupação em situações de desemprego. É de salientar que o Concelho de Mértola é muito extenso, envelhecido e pobre no que concerne ao tecido empresarial. Nesse sentido, a autarquia tenta colmatar essas necessidades, criando oportunidades de ocupação ainda que a curto prazo, mas com o intuito de valorizar a autoestima dos (as) cidadãos (ãs) e ao mesmo tempo contribuir para uma melhoria a nível financeiro e uma oportunidade de trabalho na sua área de residência. Atendendo ao disposto nos artigos 13.°, n.º 1, alíneas d), e), f), g), h) e j), 19.º,20.º, 21.º, 22.º e 23.º da Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, e artigo 64.º, n.º 4, alínea c), da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, a Assembleia Municipal de Mértola, sob proposta da Câmara Municipal de Mértola, em sua sessão ordinária realizada em 28 de junho de 2013 aprova o seguinte regulamento: Art° 2° (……..) 1 – O Programa de Ocupação Municipal Temporária de Desempregados(as) de Longa Duração, promovido pela Câmara Municipal de Mértola, destina-se a cidadãos(ãs) residentes no Concelho de Mértola, há mais de 2 anos, com idades compreendidas entre os 31 e os 65 anos, que se encontrem desempregados. 2 – ………………………………………………………………………………. Artº 3º (……..) Considera-se desempregado(a) de longa duração para efeitos de aplicação deste programa os (as) trabalhadores (as) desempregados (as) há mais de 6 meses, e inscritos(as) nos centros de emprego à data de inscrição no presente programa. Artigo 8.º (……..) 1 – A colocação dos (as) desempregados(as) no Programa tem uma duração de seis meses, podendo ser interrompida, temporária ou definitivamente, por razões devidamente justificadas. 2 – ………………………………………………………………………………. 3 – ………………………………………………………………………………. Artigo 11.º (……..) 1 – ………………………………………………………………………………. a)…………………………………………………………………………………… b) …………………………………………………………………………………. c) ………………………………………………………………………………….. Adequação da formação académica ou experiência profissional à área de ocupação a que se candidata; d) ………………………………………………………………………………….. 2 – ………………………………………………………………………………. Artigo 12° (……..) Após a seleção dos (as) candidatos (as) ao Programa, a Câmara Municipal comunica a cada selecionado(a) o local onde foi colocado(a), a duração e período de ocupação, o horário a cumprir, as atividades que lhe serão atribuídas e o (a) orientador (a) responsável pelo acompanhamento do cidadão(ã), devendo este(a) manifestar, até cinco dias antes do início estipulado para desenvolvimento das atividades, o seu Interesse em concretizá-las. Artigo 17.º (……..) 1 – ………………………………………………………………………………. a)…………………………………………………………………………………… b) …………………………………………………………………………………. c) …………………………………………………………… d) ………………………………………………………….. e) ………………………………………………………….. 2 – O incumprimento de qualquer dos deveres referidos no artigo anterior determina a exclusão do Programa e o não pagamento da bolsa no mês a que respeita. Artigo 21.º (……..) O presente Regulamento entra em vigor no dia seguinte à sua publicação. Art° 2.º Produção de efeitos As alterações ao presente regulamento reportam os seus efeitos à data da entrada em vigor do mesmo.” Para constar e devidos efeitos se publica este e outros de igual teor que vão ser fixados nos lugares de estilo. Mértola, 19 de agosto de 2013 O Presidente da Câmara Municipal Jorge Paulo Colaço Rosa
Para melhorar a separação mecânica dos resíduos e transformar a matéria orgânica em composto através de um tratamento biológico, evitando que seja depositada em aterro, vai ser construída em Beja uma central de tratamento mecânico e biológico de resíduos sólidos urbanos. Esta unidade integra-se num projeto global candidato a fundos comunitários, através do Programa Operacional de Valorização do Território, que garante a comparticipação de 50 por cento da verba usada. Além da Resialentejo, as
outras entidades envolvidas no projeto global, que inclui a construção de outra central, em Évora, são a Gesamb – Gestão Ambiental e de Resíduos e a Associação de Municípios do Alentejo Central. A unidade de Beja, que vai ser construída no parque ambiental da Resialentejo e que deverá ficar concluída em 2014, tem um valor global de sete milhões de euros, metade dos quais são comparticipados, prevendo-se com este processo que o depósito em aterro seja reduzido em mais de 50 por cento.
Empresas
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Beja vai ter central inovadora de tratamento de resíduos
LPN recebe prémio por luta contra a desertificação
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Os projetos de combate à desertificação desenvolvidos em Castro Verde levaram a Liga para a Proteção da Natureza (LPN) a conquistar o prémio “Dryland Champions”. Atribuída em junho pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a distinção deve-se à atividade da LPN “em prol da biodiversidade, do combate à desertificação e da promoção da agricultura sustentável”, nomeadamente no concelho de Castro Verde.
Museus de Moura com nova página na Internet Já está on line a nova página de Internet dos museus do concelho de Moura, aos quais se pode aceder pelo sítio da autarquia local ou pelo endereço www. museusdemoura.pt. A criação do novo sítio, apoiado por fundos comunitários, pretende reconhecer a importância dos museus locais marcados pela “diversidade temática”, revela a Câmara de Moura.
Instituto de beleza Cristal Azul, em Beja, continua a crescer
Em tempos de crise, ainda há empresas de sucesso O instituto de beleza e cabeleireiro Cristal Azul, uma empresa conhecida por muitos há cerca de 16 anos, agora sediada junto à Segurança Social em Beja, oferece um novo espaço e disponibiliza novos serviços com recurso às novas tecnologias. O objetivo é sem dúvida dar resposta a algumas necessidades e exigências sentidas no mercado. Publireportagem Sandra Sanches
N
uma altura fortemente marcada pela crise, Célia Palma e a mãe, Custódia Palma, proprietárias do instituto, são da opinião que a implementação do mesmo num novo espaço “foi a melhor coisa que nos aconteceu”, refere a primeira, adiantando que o mesmo não seria possível sem o apoio incansável do marido. Célia Palma conta que todos os dias recebe “novos clientes”, para além dos já existentes e que o trabalho passa agora por continuar neste caminho e crescer gradualmente. Para além dos serviços de cabeleireiro que disponibiliza (extensões, alisamentos), dá ainda resposta a uma série de serviços na área da estética, tais como tratamentos de corpo e de rosto, depilações convencionais e por luz pulsada, tratamentos com máquinas,
aparatologias, unhas de gel e gelinho, sendo que neste último se destaca a mais recente inovação – o gelinho biológico. Se antes os clientes tratavam os cabelos e unhas todas as semanas, hoje nota-se que o fazem cada vez menos, sendo que tal trabalho só acontece quinzenalmente ou mensalmente. O espaço, que deixa transparecer um visual moderno, não é de forma alguma, segundo as proprietárias, “um negócio para enriquecer”, mas “para nos mantermos num posicionamento estável”. A fórmula para alcançar o sucesso parece assentar numa equipa coesa e na oferta de produtos e serviços de qualidade. Para Célia Palma, formada em esteticismo e cosmetologia, uma empresa de sucesso significa precisamente, face a esta conjuntura económica, “cumprir com as nossas obrigações”, nomeadamente “pagar ao Estado, fornecedores e sobrar algum para nós”. “Isto sim é, sem dúvida, uma empresa de sucesso”, refere, adiantando que no momento conta com cinco funcionárias afetas ao serviço. Para combater as oscilações do mercado, a empresária, sempre que pode, promove descontos, faz protocolos com empresas, disponibiliza cartões de fidelidade e utiliza bastantes vezes a página do Facebook, algo que considera uma mais-valia nos dias de
hoje, chegando assim até mais pessoas. Não é novidade que a cidade de Beja está de alguma forma saturada de salões de cabeleireiro e de estética, mas para Célia Palma esta realidade não é de forma alguma uma ameaça. “Encaro, sim, como ameaça, as pessoas que trabalham em casa nesta área”, considera a empresária, que se “revolta” com esses lucros que jamais conseguirá obter no seu estabelecimento, dados os encargos a que é sujeita, bem como as inspeções periódicas e a subida do IVA. Há 10 anos que não aumenta os preços. “Já suportei duas subidas de IVA”, lamenta, adiantando que sobre os mesmos ainda faz promoções. Um trabalho a que não pode faltar criatividade, dinamismo e, sobretudo, disponibilidade para estar atualizada face às novas tendências. Célia diz “não faltar às formações que são imprescindíveis para o efeito”. Questionada quanto ao facto de os negócios deste ramo estarem em alta, a proprietária diz que vê o mesmo como uma necessidade que as pessoas têm “de se tratar; uma espécie de terapia”. Quanto ao futuro, a empresária adianta que tem sonhos e “coisas que ainda gostaria de concretizar”, mas como tudo leva o seu tempo, prefere para já concentrar-se em trabalhar muito.
Abriu em Beja a Probiker A Probiker é o mais recente espaço inaugurado em Beja, uma loja que coloca à disposição do cliente bicicletas, artigos de ciclismo e alimentação, procedendo também a trabalhos de oficina independentemente das marcas que vende – Focus, Coluer, MMR e Eleven. Luís Grilo, proprietário do espaço e cuja anterior atividade profissional estava ligada ao ramo de negócio, diz que a vontade de abrir uma loja desta natureza já era muito grande, isto aliado a uma lacuna existente em Beja, nesta área e a preços bastantes acessíveis. Para além da oferta da bicicleta de estrada, a ProBiker também tem à disposição a bicicleta citadina, tão procurada para um passeio urbano mais descontraído.
Herdade do Esporão Vindimas 2013 Sendo a época das vindimas, um acontecimento cultural que se mantém até aos dias de hoje, a herdade do Esporão convida todos a descobrir, através da experiência, os segredos da vindima, num dia para aprender uma nova capacidade ou descobrir novos talentos através das atividades especiais com o tema vindimar, que reúnem tradições e saberes populares muito apreciados. Descendo a uma profundidade de 30 metros, também será feita uma visita às caves e adega, terminando com a prova de dois excelentes vinhos. Para finalizar um apelativo almoço enogastronómico, elaborado pelo chef Miguel Vaz.
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Vidigueira oferece manuais escolares
À semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores, a Câmara Municipal de Vidigueira vai proceder à oferta dos manuais escolares a todos os alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico do concelho. As entregas decorrerão hoje, dia 6, nas piscinas municipais; dia 10, em Selmes e Alcaria da Serra; dia 11, em Vila de Frades; e dia 12, em Pedrógão e Marmelar.
Pais Hoje deixamos várias sugestões para tornar a comida dos mais pequenos uma grande diversão. Uma refeição completa com sabor de contos tradicionais.
A páginas tantas...
À solta
Uma ideia para aproveitares os paus de gelado. Para marcares os teus livros ou ofereceres a alguém especial.
Dica da semana A dica desta semana dá-te a conhecer o blog e site de Mr. Printable, um projeto e um espaço que os autores gostam de dizer que é para crianças inteligentes e felizes. Cheio de inspirações, tanto para os mais pequenos aprenderem como para os mais crescidos descobrirem e criarem. Dos muitos projetos escolhemos este por ser fácil e como os dias de praia estão a acabar é uma forma de lembrarmos as férias. www.blog.mrprintables.com
Contos como pulgas são microcontos, pequenos contos, mini contos como pulgas, claro. Das palavras de Beatriz Osés (Prémio Lazarillo de criação literária 2006) e das ilustrações de Miguel Ángel Díez, a Kalandraka edita mais um livro onde os adultos também são bem-vindos. Apesar de na contracapa deste livro estar escrito que “cada estrela esconde os sonhos de milhares de meninos”, a verdade, e ainda bem, é que autores e editores tratam as crianças como leitores. Trata-se de um livro sobre animais em situações diversas, por vezes divertidas, noutras disparatadas e até mesmo surrealistas. Uma girafa que chorava, um patinho de borracha que se inquietava e “galos coloridos” entre um “baloiço”, “puzzles” e um “curso de origami”. Como diz Benito Estrella , os “contos-pulga” devem ser lidos num lugar e num tempo à parte, sem relógios, nem companhias, nem horários, nem ecrãs controladores, nem atividades didáticas, nem notas, nem deveres….”
Filatelia A invasão de Goa, Damão e Diu (VI) O Correio – violação da Convenção de Genebra
Boa vida Comer Bifes de atum com cebolada de pimentão-doce Ingredientes para 4 pessoas: 800 g de bife de atum fresco; 2 cebolas; 4 dentes de alho; 1 folha de louro; 2 dl de vinho branco; q.b. de pimentão doce; 1 dl de azeite; q.b. de pimenta branca; q.b. de vinagre de vinho branco; q.b. de sal; q.b. de batata cozida e salada para acompanhar. Confeção: Tempere os bifes de atum com sal e pimenta. Reserve no frigorífico por umas horas. Numa frigideira coloque azeite, cebola às rodelas, alhos laminados e a folha de louro. Quando a cebola estiver dourada, adicione o vinho branco, o pimentão-doce e um pouco de sal. Deixe ferver para evaporar o álcool e junte os bifes de atum. (se necessário, acrescente um pouco de água). Deixe cozinhar de ambos os lados e borrife com um pouco de vinagre. Retifique o tempero e polvilhe com salsa picada. Acompanhe com batata cozida e salada Bom apetite…
Letras Até ao fim do mundo
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em um formato fácil, epistolar, e é servido por uma escrita espirituosa, dotada de sentido de observação apurado e divertida, realmente divertida. A autora é conhecida sobretudo como guionista de televisão – começou na famosa Beverly Hills 90210 – mas este segundo romance consagra-a como escritora. Com ele foi finalista do Women’s Prize for fiction 2013 e publicações como o “The New York Times” e a “Times” consideraram Até ao fim do mundo o melhor do ano. A história? Bernardette Fox mudou-se para Seattle com o marido quando a sua promissora carreira como arquiteta sofreu um revés e a dele foi impulsionada pelo convite para entrar para a família Microsoft. Bernardette comprou uma casa demasiado grande e demasiado arruinada e nunca chegou a fazer dela um lar para Bee, a sua única filha. Passou anos a processar o mau tempo, os maus encontros, a lógica dos cruzamentos da cidade e até as dificuldades de estacionamento. E deixou-se levar pelas reações negativas – da vizinha, sobretudo – contra o mistério em seu torno – em Seattle ninguém sabe que ganhou um cobiçado prémio de arquitetura. Na net não há referências a si, como se nunca tivesse existido. Bee é a melhor aluna da sua escola e negociou com os pais um prémio, uma ida ao Polo Sul (ou antes, tão a sul quanto possível). O medo da viagem é a catarse de que Bernardette precisou, tanto tempo, para despertar para a vida e voltar a fazer “pequenos milagres”. O mais ardiloso do romance, creio, é a composição do retrato de Bernardette como arquiteta. De resto, o leitor é tomado pelo ritmo e pela espirituosidade da troca de cartas e emails que compõem o livro. Maria do Carmo Piçarra
Nota: Não deixe cozinhar demasiado os bifes de atum para não ficarem secos. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Até ao fim do mundo Maria Sempre Teorema 22,90 euros 360 páginas
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a bibliografia que temos vindo a citar, toda ela da autoria de ex-militares aprisionados, são várias as referências à receção (principalmente) e à expedição de correio. Licínio Moreira, of icial do Departamento de Intendência (DI) no Altinho e que, no dia 19, ao ver o desenvolvimento do conflito se retirou, com outros militares, para a messe dos oficiais e sargentos, na cidade de Goa, local onde foi aprisionado e onde esteve mais de uma semana, registou no seu diário várias entradas sobre o correio, tanto aqui na messe, como posteriormente no campo de detenção, para onde entretanto foi transferido. Numa crítica que faz à forma como alguns oficiais portugueses ocupam o seu tempo, pois limitam-se a gastar apenas os fundilhos dos seus calções ou das suas calças nas cadeiras, conversando todo o dia (…) ele, Licínio Moreira, como oficial do DI tem bastante que fazer, para olhar pelos interesses pessoais dos elementos do DI seus subordinados, pois diz ele que hoje (era dia de Natal e ainda estava prisioneiro na messe) “ocupei o tempo a recolher os donativos da Cruz Vermelha de Goa (tabaco, fósforos, pentes e sabão) e a distribuí-los, a receber e entregar na caixa de correio improvisada a correspondência e a tomar conta de alguns objetos imprescindíveis para a prevista marcha até Pondá, quarta-feira, dia 27” (1). Já em Pondá registou este oficial: “Só é permitido enviar uma carta por semana, através do campo, mas sempre se pode, através das visitas expedilas pelo correio normal. Acrescenta que, na correspondência que passaremos a emitir tem de constar no remetente a designação que os indianos deram a este campo de prisioneiros. ‘Alpha Detenu’s Camp Of Pondá’”. Acrescenta: “O comando indiano só permite que se expeça uma carta por semana e por cada prisioneiro, para diminuir os trabalhos do serviço de censura. E os selos só poderão ser vendidos nos dias em que o correio sai do campo. A venda de selos estava a cargo de um sargento português (2)”. Sobre o correio, Licínio Moreira registou várias outras entradas no seu diário. Numa delas (21 de janeiro), informa que no dia 18 chegaram ao Alpha Detenu’s Camp três sacos de correio e que têm vindo a ser distribuídos todos
os dias a conta-gotas, porque o efetivo de tradutores é reduzido e, por isso, a sua entrega aos destinatários torna-se morosa (3). Um outro militar, o então capitão Alexandre de Morais, no seu diário registou que foi no dia 10 de janeiro que chegou ao campo de Navelim a primeira carta vinda de Portugal e que o feliz contemplado foi o alferes Júdice da Costa (4). Os Irmãos Barreiros confirmam esta data (5). Este mesmo autor, em nota do início de fevereiro, regista que “o correio era por nós recebido com relativa facilidade, embora por vezes com atrasos relacionados com a prévia censura que era feita pelo comando indiano e, que era permitido o envio de telegramas (6)”. António Correia Lima, oficial médico e diretor da equipa cirúrgica do Hospital de Ribandar, internado no campo de Alparqueiros, refere ter recebido através do capelão (que gozava de alguma autonomia) e, dissimulado no interior da sua ração de pão, uma carta de sua esposa, proveniente da metrópole e que havia sido enviada para a residência de amigos goeses. A entrada no seu diário tem a data do dia 28 de janeiro (7). A carta foi expedida antes da invasão. Este oficial foi um dos 11 protagonistas da tentativa de fuga no navio mineraleiro e foi ele que forneceu os dois comprimidos de Vesparax com que se fez adormecer uma sentinela colocada em ponto-chave do trajeto de fuga (8). Ilustração: carta expedida por um sargento enfermeiro do hospital do campo de Pondá, com a rubrica do censor, a vermelho, na frente do sobrescrito e sem o carimbo “Internees Mail Free Postage/ Goa (Índia)”.
1) MOREIRA, Licínio – De Goa a Lisboa – Diário de um prisioneiro de guerra, pág.45 2) Ibidem, 54/55 3) Ibidem, pág. 62 4) A Queda da Índia Portuguesa (pág. 285) 5) BARREIROS, Eduardo; BARREIROS Luís – História do Serviço Postal Militar. Lisboa, 2004 6) Ibidem, pág. 302 7) O Fim dos Séculos, Goa, Damão, Diu (pág.402) 8) Ibidem, pág.362
Geada de Sousa
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As tapeçarias de Portalegre vistas por António Cunha
O fotógrafo bejense António Cunha tem em exposição até 25 de outubro, na Galeria Municipal de Artes de Abrantes, um conjunto de fotografias sobre a manufatura das tapeçarias de Portalegre. Trata-se de um amplo trabalho de recolha visual onde se reproduzem, não apenas os belos exemplares dos tapetes, como também os momentos da sua manufatura. António Cunha é um dos mais prestigiados fotógrafos nacionais, com reportagens fotográficas realizadas nas sete partidas do mundo, dezenas de exposições individuais e mais de uma dezena de livros publicados.
Fim de semana
História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.
18 artistas de cinco países
Passeio de canoa pelas azenhas do Guadiana
A vida de Francisco Orelha em livro
A Câmara Municipal de Beja e a Naturaventura prepararam para amanhã, 7, uma descida de canoa no rio Guadiana, entre o Moinho dos Doutores (Baleizão) e a ponte de Serpa. A concentração está prevista para as 8 e 30 horas, junto à piscina coberta de Beja. E o passeio custa 15 euros por pessoa.
Traços de uma Vida é o título do livro autobiográfico de Francisco Orelha, atual presidente da Câmara Municipal de Cuba, que amanhã, pelas 18 horas, é apresentado no Centro Cultural daquela vila alentejana. A apresentação será dirigida pela professora Florinda Almeida, numa iniciativa que conta com as atuações do grupo A Moda Mãe e de Nelson Laranjo.
Romaria de Nossa Senhora da Cola As cercanias da ermida de Nossa Senhora da Cola, Ourique, recebem este fim de semana mais uma das mais tradicionais e concorridas romarias do Alentejo. A romaria, que funciona também como mercado livre e ponto de encontro, abre amanhã às 14 horas. Depois do jantar há bailarico com Tozé Prata e Dina Teresa e também com a atuação do duo Lucas e Matheus. No domingo, 8, que é feriado municipal, a alvorada é dada às 9 da manhã. Às 11 há missa solene, ao meio dia procissão com a participação do Grupo Coral de Ourique e da Filarmónica Lira Cercalense e, depois das 14 horas, há matiné musical com Ricardo Laranjinha.
Roxo Summer Fest A barragem do Roxo, Aljustrel, é palco do festival de verão Roxo Summer Fest, entre hoje e domingo. Esta iniciativa conta com a atução dos DJ Ride, Dobro Soundsystem, Silvério, Xoices e Bruno Lopez (hoje, a partir das 22 horas) e Kura, Nox, Peter Lewis e Kussondulola Soundsystem (amanhã, a partir das 22 horas). Para além da música haverá ainda canoagem, paintball, passeios pedestres, tiro ao arco, ponte de cordas, atividades radicais, aquáticas, entre outras animações. O Roxo Summer Fest é uma iniciativa integrada no programa municipal “Aljustrel Jovem” e encerra as festividades de verão naquele concelho.
Exposição internacional sobre o montado em Almada
A
floresta autóctone do sul da Península Ibérica, o montado de sobreiros e azinheiras, serviu de inspiração para 18 artistas plásticos, de cinco diferentes nacionalidades. O resultado deste trabalho de pesquisa e intervenção artística estará patente a partir de amanhã, 7, pelas 16 horas, na Oficina da Cultura de Almada (junto à estação de metro de São João Batista). Sob o título genérico “O sobreiro no contexto da paisagem milenar humanizada”, esta exposição internacional de artes plásticas sobre o montado reúne 48 obras de arte, entre pinturas e esculturas, e pode ser visitada até 22 de setembro. Participam nesta mostra, que tem curadoria do artista plástico alentejano Manuel Casa Branca, Clara Báez Merino (Espanha), Felícia Trales (Roménia), Glória Morán Mayo (Espanha),Manuel Mata Gil (Espanha), Marco Fidalgo (Portugal), Rob Miller (Grã-Bretanha) e Ward Janssen (Holanda), para além do próprio curador. A este núcleo de criadores, “que se preocupam com a valorização do espaço paisagístico e patrimonial do montado no contexto ibérico”, juntam-se alguns participantes do plein air que tem decorrido na herdade do Gavião, no concelho ribatejano da Chamusca.
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Organização das universidades de verão do PS e PSD no Alentejo abre caminho à realização de viagens de finalistas à praia de Quintos Falhas da TDT no Baixo-Alentejo: Governo já anunciou tratar-se de uma medida para aumentar a natalidade entre a população mais jovem
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
“Não confirmo, nem desminto” celebra 100 edições – Lorenzo Carvalho organiza festa e paga 100 mil euros para convidar Mariana Alcoforado e Linda Reis É verdade, prezado leitor: a “Não confirmo, nem desminto” atinge, no dia de hoje, 100 edições. Um pouco por todo o mundo, e também em Alcaria da Serra, as celebrações deste feito multiplicam-se, como pode visualizar na imagem. De facto, todos querem festejar esta proeza, começando pelos nossos correspondentes: Gustavo Chimichanga, enviado a Quito, no Equador, afirmou que já a celebrou ao “evitar ser assaltado e contrair mais do que uma hepatite”; Kalanji Malanji, correspondente na África Subsariana, admitiu que irá festejar a “tentar comer alguma coisa”; e Lorenzo Carvalho, correspondente em Marmelar, milionário excêntrico e grande fã da nossa página, anunciou que, para a festejar, irá organizar, este fim de semana, uma festa de anos em nossa homenagem, convidando Pamela Anderson, Monica Belucci, Carmen Electra, Mariana Alcoforado, Linda Reis e Hermenegilda Buçenta, vendedora de alho francês no mercado 25 de Abril. Também Paulo Barriga enviou um melão de Figueira dos Cavaleiros ao autor desta página. Com ele, um cartão com a mensagem: “Parabéns, rapaz! A tua página está cada vez melhor. Parece que o Bordad’água e os Parodiantes de Lisboa tiveram um filho”. Até o próprio Governo já veio felicitar o “DA”: Passos Coelho escreveu na sua página do Facebook: “Já alguém se lembrou de perguntar aos 900 mil desempregados de que lhes valeu a ‘Não confirmo, nem desminto’ até hoje?”. É verdade, podemos não ajudar os desempregados, mas, segundo apurámos, o Executivo, em particular o ministro da Defesa, admite participar num possível ataque militar à Síria com as piadas mais secas publicadas nesta página.
“Não confirmo, nem desminto” apresenta os piropos aprovados e licenciados pelo Bloco de Esquerda! Algumas militantes do Bloco de Esquerda anunciaram a intenção de proibir os piropos na via pública por acharem que os mesmos podem ser considerados assédio sexual. Nas redes sociais, as reações negativas não se fizeram esperar, e levaram o partido a admitir a proibição dos piropos pesados e a legalização do piropo leve. Nessa medida, foi criado um grupo composto por feministas do Bloco, trolhas pigmeus e empreiteiros hermafroditas, para escolher os piropos adequados para a via pública. A “Não confirmo, nem desminto” teve acesso a essa lista e apresenta-os aqui num exclusivo interplanetário:
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Vê-se que gostas de música, deixas-me tocar nos teus djambés?
Especial Autárquicas 2013 – Por Beja com Todos No acompanhamento das campanhas eleitorais costumam analisar-se as propostas e debater política. Aqui, na “Não confirmo, nem desminto”, consideramos isso um erro e, por isso, prometemos uma abordagem diferente. Iremos acompanhar, até ao próximo dia 29, as candidaturas à Câmara de Beja, em particular os comunicados, panfletos, propostas e políticas que foram postos de lado e que, na maior parte dos casos, são muito mais interessantes do que aqueles que acabam por ver a luz do dia. E começamos esta semana com o rascunho do primeiro comunicado do movimento de cidadãos “Por Beja Com Todos”, comprometendo-nos a fazer o mesmo com as outras candidaturas.
Gostas de agricultura biológica, ãh? Se te mostrar a minha Fazenda deixas-me meter a foice na seara alheia? Deves ter a cozinha num fanico. Contigo deve ser sempre a partir a Louçã toda. Também és do Bloco? Queres vir à minha casa? Tenho aqui uma causa que podes fraturar sempre que quiseres. Por ti só comia tofu e seitan até ter anemia!
Nº 1637 (II Série) | 6 setembro 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Os nomes das ruas Muitas das ruas onde moramos têm nome de gente. Salvo algumas exceções concedidas a alguns vivos, por norma as placas indicam nomes de pessoas que já não estão entre nós. É como se a lápide fugisse do esquecimento do cemitério e se erguesse até ao alto de uma parede para clamar que estas ou aquelas pessoas têm o direito de ir além da morte. Mas muitas vezes escrevemos aqueles nomes vezes sem conta e não sabemos quem foram. Por que razão foram elevados a um outro patamar da existência comunitária? Que contributos deram para que os seus conterrâneos tenham decidido inscrever aquele nome na pedra dos tempos? Quem eram,
como eram? Por onde andaram? O que fizeram? Foi pacífica a escolha? Quem decidiu? Que critérios estiveram subjacentes à escolha? Porquê este e não outro? Quando foi a tomada de decisão? Que circunstâncias políticas e sociais existiam na altura? Mais do que o sítio onde moramos, o nome da nossa rua é o nome do sítio onde somos, uma espécie de ninho de alcatrão ou calçada. O nome da nossa rua não pode ser apenas uma morada escrita num envelope. Tem de ser uma memória agarrada às entranhas de uma parede para não esquecermos de onde viemos. Observe bem porque o nome da sua rua é feito de carne e osso. Vítor Encarnação
quadro de honra Fernando Colaço, natural de Castro Verde, 35 anos Tudo começou quando os pais lhe ofereceram um ZX Spectrum e mais tarde um computador. Antes, quando não tinha a tecnologia à mão, programava previamente no papel, e mal tinha oportunidade testava essas ideias no primeiro computador que encontrasse. Estudou em Castro Verde, depois em Beja e aos 19 anos criou a primeira empresa. Esteve no Exército como contratado e saiu. Foi para fora do País e nunca mais abandonou a viagem. É autodidata.
Criou aplicação para a ONU
Autodidata pelo mundo
F
oi o designer programador da “SanctionsApp”, uma aplicação lançada pela ONU. Criou, entre tantas outras, uma aplicação para o casamento real britânico. Garante que, até agora, “tem sido um desafio interessante”. Foi o designer e programador da “SanctionsApp”, uma aplicação para telemóveis e tablets, lançada no final do mês de junho pela ONU…
Fui contactado para desenvolver esta “app” há mais de um ano. Como na maior parte dos casos, o cliente encontrou-me por referência de outros clientes ou contactos de trabalho. A fase inicial do projeto arrancou nessa altura. Há poucos meses voltei a ser contactado e arrancou a primeira fase, que já foi lançada. Agora, com mais disponibilidade, estou a terminar a segunda fase, com algumas atualizações e desenvolvimento de conteúdos visuais e interativos, pois o conteúdo principal da aplicação é informativo mas denso. Haverá ainda uma terceira fase para uma versão on line do conteúdo e ferramentas disponíveis na aplicação. Contudo, esta não foi a sua primeira “app”… PUB
Antes das “apps” (para dispositivos móveis) desenvolvia principalmente aplicações para a Internet e projetos de campanhas publicitárias. A primeira “app” foi um pequeno jogo que fiz na Suíça com um primo meu (David Almeida). Nasceu o jogo “Martha the seagull”. Num processo semelhante, numas férias curtas em Castro Verde com a colaboração de uma grande amiga designer gráfica (Cláudia Alegre) criámos uma aplicação que mistura fotografia com arte generativa: Pixeroid. De volta à Suíça, através de uma agência de publicidade, fui contactado para criar uma aplicação para o casamento real britânico: The Royal Wedding Album. Criei também algumas aplicações empresariais de uso interno para outros clientes, como a Fórmula 1, entre outros. Como começou o seu percurso nesta área?
Começou tudo com algumas brincadeiras e jogos em que as personagens (ou vítimas) eram ou professores ou alguns colegas, o que acabou por ser parte do processo criativo e mais tarde evoluiu inevitavelmente para projetos mais sérios. Embora não tenha optado por nenhum curso universitário, acabei por ser autodidata e continuar sempre a estudar e querer aprender mais, incluindo ainda
hoje. Não me arrependo, pois nesta carreira não nos podemos encostar a um canudo, principalmente fora do País onde a dedicação e experiência (ou a vontade de a obter) prevalecem (e as cunhas não funcionam) e certificados não garantem absolutamente nada, ao contrário de arregaçar as mangas e demonstrar resultados. O que o levou a este percurso?
Decidi deixar o País, porque não gosto de me conformar e encostar ao “é o que temos”, tentei poupar algum dinheiro, fiz as malas há mais de 10 anos e não me arrependo. Fui parar à Suíça. Ao fim de seis anos a trabalhar em publicidade e no ramo financeiro resolvi lançar-me como independente. Ao fim de pouco mais de um ano e depois de chegar à conclusão que já raramente estava em Genebra devido a projetos de clientes, conferências e o workshop, que entretanto criei, decidi algo mais drástico: tornar-me completamente nómada. Em menos de um mês comecei o que foi a minha vida nos últimos quase quatro anos: mudar de país e cidade de quatro em quatro meses. Mantenho a intenção de ficar pela Ásia. Estou neste momento em Pequim e ocasionalmente em Hong Kong. Curiosamente, aqui, sinto-me em casa. Bruna Soares
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As temperaturas vão sofrer uma ligeira diminuição no fim de semana, oscilando entre os valores mínimo de 16 e máximo de 30 graus. Para hoje, preveem-se períodos de céu muito nublado, situação que evolui para céu limpo no domingo.
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Odemira celebra Dia do Município no domingo A vila de Odemira vai ser palco da II Cerimónia do Dia do Município, agendada para domingo, dia 8, uma iniciativa que tem como objetivo “enaltecer e assinalar esta data junto de toda a população do concelho”. Com início pelas 9 e 30 horas, no jardim Sousa Prado, a cerimónia contempla a atuação do grupo Ensemble de Percussão Marimbus, uma intervenção do presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, e a entrega de diplomas de mérito a 30 entidades e/ou individualidades que se destacaram em diversas áreas de atividade, a nível municipal, regional e nacional.
Cruz Vermelha de Beja com 38 novos membros ativos Decorre no domingo, 8, na sede do Centro Humanitário de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa (rua da Casa Pia), a cerimónia de juramento de compromisso de 38 novos membros ativos, dos concelhos de Beja e Aljustrel, sendo que 18 se destinam à área de emergência e 20 a diversas áreas de voluntariado. A sessão, com início pelas 9 e 30 horas, contempla igualmente a inauguração do Espaço Humanitário Global, que pretende constituir-se como “área de apoio social a nível regional”.
ADPM inaugura Semana Aberta do Mel do Alentejo Vai decorrer, pela primeira vez, com organização a cargo da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), a Semana Aberta do Mel do Alentejo, iniciativa que se propõe animar, entre os próximos dias 16 e 22, as localidades de Mértola, Serpa, Almodôvar, Évora, Montemor-o-Novo e Nisa. Do programa fazem parte peças de teatro, espetáculos de dança, workshops de degustação, sessões de esclarecimento, concursos, tratamentos para o corpo, pacotes turísticos e até uma descida noturna de canoa pelo rio Guadiana. A organização destaca o dia de sábado, 21, para o qual está agendado o 1.º Encontro de Apicultores do Alentejo, contemplando um conjunto de atividades direcionadas aos profissionais do setor apícola, e também aberto a toda a população.