Vítor Proença
José Torres Couto
Pedro Goucha
Teresa Noronha e Castro
Ana Penas
José Alberto Guerreiro
Manuel Cruz
José Francisco Silva
Ana Loureiro
Alberto Fernandes
Os candidatos às câmaras de Alcácer do Sal, Odemira e Movimento Independente por Mértola apresentam-se págs. 6, 7 e 8
SEXTA-FEIRA, 13 SETEMBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1638 (II Série) | Preço: € 0,90
Colocações da primeira fase aquém do esperado. Licenciatura em Engenharia do Ambiente ainda sem pretendentes
IPBeja não conseguiu alunos para 68 por cento das vagas em concurso JOSÉ FERROLHO
pág. 12
Menos 26 camas no Hospital de Beja até janeiro pág. 10
Quando o Mediterrâneo banha Castro Verde pág. 30
À espera do turismo em Messejana págs. 4/5
Rodrigo Leão: Há um Óscar que paira sobre o Alentejo Rodrigo Leão, o músico que “inventou” os Sétima Legião e os Madredeus, passou o ano a compor para cinema. As bandas sonoras de dois dos grandes sucessos cinematográficos do momento são suas: “Gaiola Dourada” e “O Mordomo”. Mas é com este último filme que Leão pode chegar ao primeiro Óscar português. Com músicas imaginadas na sua casa/ /estúdio em Avis. pág. 13 PUB
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Editorial Cândido
Vice-versa José Gaspar, vogal do Conselho de Administração do Hospital de Beja, acusou o médico Munhoz Frade de ter mantido, no início da passada semana, “dois doentes oncológicos durante 24 horas” no Serviço de Observações (SO) daquela unidade hospitalar, quando os devia ter transferido para o serviço de medicina. in “Público”, 10 de setembro de 2013
Paulo Barriga
Não é verdade. Os tempos de internamento em SO desses dois doentes foram 19 horas e 33 minutos e 11 horas e 32 minutos, após o que foram tratados no meu serviço.
S
im, sou um otimista! E depois? Acho, sinceramente que Beja, toda esta região, está condenada ao sucesso. Por muito que, de fora, a queiram combater, não há volta a dar-lhe. É verdade que nunca houve um governo da nação, um sequer, antes e depois de Abril, que tivesse para connosco uma atitude verdadeiramente solidária. Persistente. Construtiva. Que nos fizesse rumar ao desenvolvimento e ao enriquecimento. É verdade. Somos poucos. Apenas temos voz grossa para cantar. Geramos poucos votos. Poucos deputados. Nenhuma influência. No entanto, a espaços, quando o abandono da região se tornou de tal forma evidente e indisfarçável, alguns governantes, de forma caridosa ou paternalista ou eleitoralista, cometeram erros. Bons erros. O primeiro foi quando quiseram transformar o paraíso na terra, Sines, num eldorado petrolífero. Conseguiram. Não há volta a dar-lhe. Mais tarde, lembraram-se que havia no Guadiana um paredão com um nome malcriado. Barraram o curso do rio ao pé da aldeia do Alqueva e, ainda hoje, arrependidos, tesos e pesarosos, estão obrigados a abrir veias de água por toda a região. Custa-lhes muito, nós sabemos, mas o desenvolvimento agrícola do Alentejo é já hoje uma realidade. E mais será quando as terras boas começarem a ser regadas. Não há volta a dar-lhe. Por fim, num daqueles ataques de incontinência, levantaram um terminal aeroportuário numa antiga base aérea militar. Que belo e tremendo erro. É certo que, por estes dias, pouca carga ali sobe e desce e raros passageiros o frequentam. Mas está feito. Está lá. Não há volta a dar-lhe. Está, como Beja, como toda esta região, condenado ao sucesso. São três erros irreparáveis que, mais cedo do que tarde, conduzirão a novos erros. Nomeadamente ao erro da eletrificação da linha ferroviária e ao erro da requalificação dos dois principais eixos rodoviários da região. Mas se estamos condenados ao sucesso, qual é então o nosso problema? Que maleita nos derruba? E nos encabisbaixa? É simples: termos de conviver com os erros dos outros. E não sermos geradores das nossas próprias vontades. Falta-nos autoestima, atrevimento, otimismo, união. Tudo coisas não elegíveis pelos fundos comunitários. É por isso os atuais eleitos e aqueles que eleitos forem daqui a 15 dias, tenham a patine política que tiverem, têm de cantar em rancho. Todos juntos. A uma só voz. E não à desgarrada, ao balcão das suas próprias tabernas, como costuma acontecer. Caso contrário, não há volta a dar-lhe.
Munhoz Frade, in blogue “Praça da República em Beja”, 10 setembro 2013
Fotonotícia
O descanso do guerreiro. A foto é impressionante. É daquelas que não vale apenas por mil, vale por todas as palavras do mundo. Após o combate às chamas nos incêndios que, durante agosto, dizimaram boa parte da floresta do norte e centro do País, um dos bombeiros do Grupo de Reforço para Incêndios Florestais do Distrito de Beja, o subchefe Sota, dos Voluntários de Cuba, exausto, descansa como pode. Enquanto uma criança vê na sua presença a segurança que, nos últimos dias, não sentira na sua aldeia. Há gestos mais valiosos que o mais valioso dos tesouros. PB Foto de António Gomes, comandante dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo
Voz do povo Quanto vai gastar em material escolar?
Inquérito de José Serrano
Isaura Ferreira, 35 anos, vendedora
Célia Cisneiro, 39 anos, vendedora
Joaquina Estanque, 46 anos, bancária
Carmen Revez, 38 anos, empresária
Já fiz despesas perto dos 100 euros. Ontem gastei 75 euros em livros. E ainda não os comprei todos. Está tudo muito caro. O material escolar tem vindo a aumentar de preço, de ano para ano. Para muitas famílias é muito complicado gerir tantas despesas. Deveria existir um reaproveitamento dos manuais. Que passassem de um ano para o outro e servissem assim a vários miúdos.
Já gastei. Cerca de 300 euros. Em material para o 8.º ano. É uma quantia muito alta. É óbvio que pagamos excessivamente. Por alguma razão contribuímos com os nossos impostos. Há comparticipação do Estado em despesas de educação para os escalões mais baixos. Mas esta devia ser mais abrangente. E os manuais escolares deviam ter uma maior longevidade.
Cerca de 500 euros. Tenho duas filhas. Com a que está no 9.º ano já gastei cerca de 400 euros. Para a mais nova, que está no 4.º ano, a despesa é substancialmente menor. Quantas mais disciplinas há, maiores são os gastos. Considero que são valores extraordinariamente excessivos. Que conseguem transtornar o orçamento mensal da maior parte das famílias.
Gastei até agora 215 euros. Repartidos por duas filhas. Uma no 6.º ano e a outra na segunda classe. E de certeza que virá ainda mais uma ou outra despesa. Para a situação atual considero que são valores muito altos. Corta-se constantemente nos ordenados. Mas os preços dos manuais não acompanharam essa descida. Nunca tive de fazer contas. Agora tenho de as fazer ao fim do mês.
Rede social
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 5 SERPA ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVOU MOÇÃO DE LOUVOR A BOMBEIROS
SEXTA-FEIRA, DIA 6 VILA NOVA DE MILFONTES FUNCIONÁRIO DE BANCO ASSALTADO Um funcionário da Caixa de Crédito Agrícola foi assaltado por três pessoas, com recurso a gás pimenta, em Vila Nova de Milfontes. O bancário funciona, segundo o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, José Rosa, como “uma extensão” do banco, fazendo a “recolha de dinheiro” junto de clientes, que assim não têm de se deslocar ao balcão da instituição. O roubo aconteceu quando o funcionário bancário saía das instalações do parque de campismo situado no interior de Vila Nova de Milfontes. “Dois indivíduos encapuzados” saíram de uma viatura, enquanto um homem ficou ao volante, dirigiram-se ao funcionário, atiraram-lhe gás pimenta para o rosto, deixando-o “atordoado”, e roubaram-lhe uma mala, que, de acordo com o oficial da GNR, continha “cerca de 10 mil euros”. No entanto, fonte ligada às investigações avançou à Lusa que a mala roubada teria cerca de 20 mil euros.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 9 CASTRO VERDE MENINO DE OITO MORREU DEPOIS DE SER ENCONTRADO NUM CARRO Um menino de oito anos morreu em Castro Verde, Beja, após ter sido encontrado inanimado, por um familiar, dentro de um automóvel da família, disseram à agência Lusa fontes da GNR e dos bombeiros. Segundo a fonte da GNR, a criança tinha chegado à sua residência, em Castro Verde, cerca das 13 e 30 horas, após uma viagem de automóvel com os familiares, “tendo todos saído do carro”. A mesma fonte adiantou que cerca das 17 horas os familiares deram por falta da criança, que foi depois encontrada inanimada dentro do veículo. De acordo com a fonte da força de segurança, o rapaz foi transportado para o Serviço de Urgência Básica (SUB) de Castro Verde, onde veio a morrer. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja indicou que o alerta foi recebido às 17 e 6 horas. A mesma fonte indicou ainda que foram mobilizadas para o socorro à criança, uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Beja, uma viatura Suporte Imediato de Vida (SIV), de Castro Verde, e uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Castro Verde.
QUARTA-FEIRA, DIA 11 MONTES VELHOS PROJETO “RESTOLHO” NUM CAMPO DE CEBOLA O projeto “Restolho, uma segunda colheita para que nada se perca”, que pretende combater o desperdício alimentar, esteve em Montes Velhos, no concelho de Aljustrel. O local escolhido foi um campo de cebola, onde uma equipa de voluntários da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) recolheu o alimento. O projeto resulta de uma parceria entre a Cooperativa Agrícola Agromais, a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome e a Entrajuda.
3 perguntas a ADPM
Roxo Summer Fest ao som de vários DJ
Associação de Defesa do Património de Mértola
Foram muitos os que se descolocaram no fim de semana passado à barragem do Roxo, ali junto a Ervidel, no concelho de Aljustrel. Tudo para dançar ao som de vários DJ no Roxo Summer Fest. Para o ano há mais.
Em que consiste a 1.ª Semana Aberta do Mel do Alentejo?
Consiste na implementação de um conjunto de atividades dirigidas ao público em geral, no intuito da sensibilização para o consumo de mel, sobretudo como ato de prazer, contrariando a tendência de o mesmo ser consumido para combater a doença. Por outro lado, o cruzar esta atividade com as questões artísticas parece-nos uma via mais eficaz para chegar às pessoas e divulgar a mensagem. Também importa alertar para o desaparecimento das abelhas e salientar as implicações deste fenómeno para o território em particular. Assim estão previstos espetáculos de dança, peças de teatro, sessões de esclarecimento, tertúlias, workshops, jantar de lua cheia, descida de canoa, concurso de mel, entre outras atividades.
Final Concelhia dos Jogos Associativos em Mértola Houve festa em Mértola e desta vez para assinalar a Final Concelhia dos Jogos Associativos. O jogo da malha esteve em grande destaque e juntou diversos participantes. Depois do campeonato houve, claro, almoço-convívio.
É uma iniciativa descentralizada. Houve essa necessidade? Quais são os objetivos da iniciativa?
Sim, é necessário que a mensagem chegue ao maior número de pessoas, e que a promoção do mel do Alentejo seja a mais abrangente possível, por isso foram identificados locais de excelência da produção de mel do Alentejo. O objetivo é incentivar ao consumo de mel do Alentejo.
Eduardo Madeira no Pax Julia “Comédia Gourmet” de e com Eduardo Madeira. Foi o espetáculo que esteve em destaque no Pax Julia Teatro Municipal de Beja. Muitas risadas, duas horas intensas que animaram o público.
Qual o papel que este produto regional desempenha na economia?
Sendo o Alentejo particularmente rico em flora melífera mediterrânica, o mel aqui produzido é de extraordinária qualidade, sendo por isso um produto com uma representatividade expressiva na região, que pode ser encarado como um complemento da atividade agrícola, mas nos últimos anos, e para uma parte dos apicultores, a apicultura por si só constitui a base de receitas da exploração. Ainda mais com a diferenciação deste produto ao nível da certificação, nomeadamente para a agricultura biológica. A produção é totalmente escoada todos os anos, quer para o mercado nacional, quer para exportação. A ADPM, ao abrigo de uma estratégia de valorização dos recursos silvestres, tem estado a desenvolver um forte trabalho em prol da fileira do mel do Alentejo, onde tem cabimento esta semana que estamos a organizar, e sobretudo ao nível da procura de mercados diferenciadores, nichos de mercado, nomeadamente a nível internacional, no intuito de valorização do recurso além-fronteiras, indo de encontro às necessidades dos apicultores no que concerne à comercialização do produto a um valor superior ao atualmente praticado. Para o efeito estamos também a preparar uma visita à Apimodia, o maior certame de mel a nível mundial. Bruna Soares
Infantes reabriram O espaço “Os Infantes” voltou a reabrir. Depois das obras, das pinturas, das remodelações, as portas voltaram a abrir-se ao público. A festa, essa, continuou noite dentro, com os habituais da casa e forasteiros. JOSÉ BAGUINHO
A Assembleia Municipal de Serpa aprovou uma moção de louvor pela coragem e pelo altruísmo dos bombeiros portugueses que combateram os vários incêndios que deflagraram este verão no País e acorreram a auxiliar as populações em perigo. “Pior” do que a perda de bens e a destruição de património florestal, “foi a morte de seis bombeiros, que no seu esforço abnegado não conseguiram libertar-se da imprevisibilidade e da fúria das labaredas”, lê-se na moção, na qual são também lembradas as “dezenas de bombeiros” que ficaram feridos no combate às chamas. Na moção, apresentada pelos eleitos do PS e aprovada por unanimidade, a Assembleia Municipal de Serpa expressa solidariedade e envia condolências às famílias e amigos dos que perderam a vida no combate às chamas e na defesa das populações.
Alentejo na Festa do “Avante!” O pavilhão do Alentejo voltou a marcar presença em mais uma edição da Festa do “Avante!”. Por lá, deu-se a conhecer a gastronomia, o cante, o artesanato, entre outros, da região.
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Messejana
Localidade reinventou-se depois do encerramento da Forma, em 1987
Vila histórica faz fé no turismo
A
manhã já vai a meio e nada melhor do que a praça 1.º de Julho para observar o pulsar da vida messejanense. Ao largo, que lembra com orgulho a data do foral manuelino, outorgado à vila há 501 anos (1 de julho de 1512), acorrem as mulheres que vão aviar-se para o almoço, os homens reformados que matam o tempo à sombra, as gentes que vão à junta de freguesia tratar das burocracias ou as crianças que frequentam o Centro de Atividades de Tempos Livres. Todos os caminhos ali vão dar, numa azáfama que é pouco comum se considerarmos a típica pequena aldeia baixo alentejana, despovoada e envelhecida. Mas Messejana é diferente. É hoje a segunda vila do concelho de Aljustrel e já foi sede de concelho e cabeça da comarca de Campo de Ourique. As pessoas sabem-no e orgulham-se de um passado que o património edificado não deixa esquecer: o pelourinho, as casas solarengas, as quatro igrejas, duas delas bem no centro, a matriz e a da Misericórdia. Mas Messejana é também uma terra de resistência e de criatividade, que foi posta à prova muito anos antes de se sonhar sequer na grave “crise” que agora vivemos. Funcionou ali em tempos uma unidade de produção de mobiliário em azinho, a Forma, que chegou a empregar quase uma centena de pessoas. Em 1987, o principal ganha-pão da vila fechou portas e começou aí um declínio populacional que ainda hoje não cessou. Os então 1500 habitantes viram-se reduzidos para os atuais 892. “A juventude que existia, e que poderia dar origem a novas famílias, foi embora. A malta dos 40 já somos poucos para dar renovação à população”, nota Ercília Diogo, presidente da junta de freguesia e funcionária da Esdime, a hoje Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste que, de algum modo, veio atenuar este cenário. “Depois do fecho da Forma, surgiu aqui um projeto experimental de formação para o desenvolvimento de microrregiões rurais, e neste contexto a Esdime aparece como instituição mãe de uma série projetos profissionais que surgiram”, recorda, lembrando a “lufada de ar fresco” que tal significou para a terra, em termos de “captação de investimento, formação e parcerias com entidades estrangeiras”. Grande emblema da rede de parcerias da Esdime é o Serviço Voluntário Europeu, através do qual “desde 1997, temos sido visitados por jovens de várias regiões da Europa, pessoas que trazem uma dinâmica muito engraçada à nossa terra”, sublinha a autarca. Mas fora as fornadas de voluntários – chegarão em breve mais dois, da Turquia e de Espanha – Messejana também regista bastantes visitas, só por conta da sua imponência histórica. “Passam por aqui, até mesmo estrangeiros, olham, tiram fotografias, admiram a nossa praça, os nossos monumentos e ficam a gostar muito disto”, regista Arnaldo Pereira, antigo carpinteiro de construção civil já reformado. É por isso que, numa terra em que faltam sobretudo “empresas
Em Messejana não se diz “vamos à vila”, diz-se “vamos a Aljustrel”, a lembrar uma certa afinidade entre a atual sede de concelho e aquela que já foi a cabeça da vasta comarca de Campo de Ourique. O passado já lá foi, mas ficou o património edificado, entre o pelourinho manuelino, as casas senhoriais e as quatro igrejas que restaram do total de 11 que chegou a ter. E se não lhe faltam as visitas, mercê de uma boa localização e do dinamismo associativo, o que falta mesmo, pode dizer-se, é apostar seriamente no turismo enquanto fonte de riqueza e emprego. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
e postos de trabalho”, Arnaldo faz fé no turismo como forma de dar “um pequeno impulso” à economia local. “É uma terra histórica e há aqui potencialidades por explorar. Era bom que isso acontecesse”, deseja, antes de voltar à conversa com os amigos. Na ladeira que sobe até à igreja matriz, fica a casa de Palmira Bartolomeu, de portas escancaradas para que se lhe vejam as flores bem cuidadas. Antiga operária de uma fábrica de lãs que ali também deu trabalho, Palmira reformou-se “cedo”, assim que a unidade fechou, mas teve a sorte de não ver partir os filhos quando “os trabalhos começaram a ser poucos e as pessoas deram em abalar para o estrangeiro”, incluindo a própria irmã e família, que estão hoje na Suíça. “Ficou cá tudo comigo”, alegra-se. A filha tem uma padaria e o filho uma “loja que vende tudo”. Estão ambos estabelecidos na vila e é disso, justamente, que a terra precisa como de pão para a boca. “Faltava trabalho para o pessoal não abalar, porque hoje não há patrões. E quanto desgosto têm as pessoas de abalar… Aqui são todos muito amigos da sua terra”, informa Palmira, lembrando o regresso em massa dos ausentes por altura das festas tradicionais, que culminam no 15 de agosto, Dia de Santa Maria: “Há um grande baile na praça e há tourada. São umas grandes festas. E os messejanenses, estejam onde estiverem, só se não puderem mesmo é que não vêm”. No centro da vila, há outra casa de portas abertas, mas esta conta a história da vila e regista a memória de como ali se vivia antes da eletricidade, da televisão e da água canalizada. Ildeberta Mendes, de 72 anos, é a guardiã do Museu Enográfico de Messejana, cargo que exerce voluntariamente e “por muito amor a isto”, confessa. Um espaço que pode considerar-se a sala de visitas da terra mas que, de algum modo, é também a segunda casa de Ildeberta, tais são os cuidados que lhe dedica – limpando o pó, varrendo e caiando, quando é preciso, as 12 divisões onde se reproduzem uma antiga venda, uma sala de aula, várias dependências das casas típicas alentejanas, das mais modestas às mais abastadas, ou se expõem objetos como os cântaros de Francisco Bartolomeu, o último aguadeiro de Messejana. E ainda se encarrega das visitas guiadas, que são muitas e sobretudo no verão. “Passam por aqui pessoas do Porto, de Braga, de Lisboa, de Santa Maria da Feira, de Évora, e também estrangeiros, e eu explico às pessoas o que elas não sabem, porque têm outros usos e costumes ”, diz, enquanto aponta curiosidades e sempre na companhia de “Pincel”, um cãozinho já com alguma idade que gosta de cumprir horário no museu, apesar de ter morada noutro sítio.“Não é meu mas gosta de estar aqui e é muito sossegado, as pessoas gostam dele”, comenta, complacente. Para a terra, como é bom de ver, Ildeberta só tem um desejo. “Que o museu levasse um arranjo melhor. Está muito degradado, há muitas goteiras, e só não está todo caído porque eu estou aqui”, alerta.
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
JOSÉ SERRANO
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Ercília Diogo Presidente da Junta de Freguesia de Messejana
Como tem sido a evolução populacional de Messejana ao longo da última década?
O Brasil em Messejana São vários os motivos patrimoniais de visita a Messejana. Mas a menina dos olhos da vila é, sem dúvida, a igreja de Nossa Senhora da Assunção (século XVIII), edificada nas imediações da localidade, e um exemplar do barroco brasileiro que é único no panorama arquitetónico português. Foi esta, aliás, uma das pistas que ajudaram o historiador de arte José António Falcão quando investigava o percurso do alentejano Martim Soares Moreno, fundador do estado brasileiro do Ceará. No seu trabalho de levantamento dos arquivos locais, na busca de elementos para esclarecer a existência de monumentos de “torna-viagem”, realizados em Portugal por artistas do Brasil, como este de Messejana, o diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese (DPHA) de Beja pôs-se no encalce de Martins Soares Moreno. E o estudo rendeu-lhe no ano passado a Medalha Barão de Studart, a mais alta distinção científica e cultural do Ceará.
Estamos a perder população. Aliás, desde 1987, porque nós tínhamos aqui uma empresa de mobiliário de azinho, a Forma, que chegou a ter cerca de 80 trabalhadores. Com o fecho dessa empresa, a população declinou bastante. Em 1987, tínhamos 1500 habitantes; hoje temos 892. Muita gente emigrou, especialmente para a Inglaterra e França, e muitos procuraram outras regiões do País, como o Algarve, que é a nossa zona de eleição. Mas, nos últimos três anos, sinto alguma estabilidade na população. Penso que a reanimação da mina de Aljustrel e também a mina de Neves-Corvo têm e prendido mais um bocado a juventude. Messejana já foi sede de concelho, abarcando sete freguesias. De que forma é que esse passado se reflete na vila hoje?
O concelho de Aljustrel tem duas vilas e uma delas é Messejana. Nós não dizemos “vamos à vila”, dizemos “vamos a Aljustrel”. Somos um bocado bairristas, gostamos muito da nossa terra. Messejana é uma terra muito bonita, com um património muito rico, e uma história muito forte. Recentemente, pegámos na visita do rei D. Sebastião a Messejana e temos feito a recriação histórica desse acontecimento ao longo dos últimos três anos, por altura do 15 de agosto, que são as nossas festas tradicionais e a altura em que os messejanenses se reúnem. Vêm os que estão no estrangeiro há muitos anos e é um encontro de amigos e de família. Esta riqueza patrimonial tem reflexos no turismo?
Sim, porque estamos aqui perto do IC1 e o nó da autoestrada também não está longe. Vem aqui muita gente e temos aqui uma agência para o desenvolvimento local, a Esdime, que promove muitos intercâmbios com o estrangeiro. No âmbito dos programas comunitários, temos tido aqui muitas visitas de grupos organizados a nível europeu. E essas pessoas muitas vezes voltam para visitar Messejana. Por isso, penso que nos falta dinamizar um pouco mais esta componente do património. É um grande potencial que nós temos. Em termos empresariais, pode dizer-se também que há uma dinâmica que a diferencia?
Associativismo: da área social ao desporto Além de ser a sede da Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local do Alentejo Sudoeste, cuja área de intervenção se estende também aos concelhos de Castro Verde, Almodôvar, Ourique, Ferreira do Alentejo e Odemira, Messejana tem a funcionar outras associações, da área social à desportiva. Nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia e a Associação Engenho e Arte, as duas instituições particulares de solidariedade social existentes, e também o Grupo Desportivo de Messejana, a associação desportiva mais antiga, de 1946, e o Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana (NARM), de onde já saíram campeões nacionais.
Há uma área que não está desenvolvida neste momento mas que tem potencialidades. Trata-se da zona industrial. Temos alguns terrenos vendidos, poucos, mas a questão do financiamento está aqui a entravar um bocado. Sei que há pessoas que gostavam de investir mais mas não têm o capital necessário. Temos também uma empresa de agroturismo – Aguentinha do Campo – muito apostada no turismo equestre, que tem trazido sobretudo pessoas do norte da Europa. Em suma, temos algum dinamismo empresarial, que precisa de mais ânimo. As pessoas andam um bocado amedrontadas pelo facto de a comunicação social estar sempre a bombardeá-las com “a crise”, e o investimento está um pouco parado. Qual a necessidade mais urgente da terra?
Voltando ao turismo, há que apostar no nosso património. Temos casas únicas, que precisam de ser valorizadas. Casas senhoriais cujos proprietários foram embora, deixando ao abandono o seu património no Alentejo. Tenho feito o levantamento de algumas casas e comunicado à câmara municipal e penso que as medidas neste âmbito deveriam ser um pouco mais rígidas. As pessoas não podem abalar, deixando a quem cá fica problemas imensos. O património diz respeito a todos.
Alcácer do Sal É neste concelho à beira do Sado que se aguarda uma das mais tenazes disputas eleitorais. O PS, pela mão de Pedro Paredes, esteve ao leme da autarquia nos últimos dois mandatos. Mas o afastamento do atual presidente, que chegou a anunciar uma candidatura independente, criou um indisfarçável desconforto nas hostes socialistas. Fratura que poderá ser aproveitada pela candidatura de Vítor Proença, atual presidente de Santiago do Cacém e que foi visado pelas impugnações do BE, que se propõe reconquistar a autarquia para a CDU.
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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1 - Em que áreas deve o próximo executivo de Alcácer do Sal apostar forte? 2 - De que forma a não inclusão de Pedro Paredes na lista do PS pode influenciar a eleição? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?
Autárquicas Alcácer do Sal Vítor Proença
José Torres Couto
Pedro Goucha
Teresa Noronha e Castro
Candidato da CDU
Candidato do PS
Candidato do PSD
Candidata do CDS-PP
Gestor empresarial nas áreas de marketing e comunicação, 56 anos. É presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém desde 2002.
Natural do Porto, 66 anos, consultor de comunicação e gestão estratégica. Comendador da Ordem do Mérito. Secretário-geral da UGT entre 1978 e 1995.
Natural de Alcácer do Sal, 43 anos, empresário. Presidente da concelhia de Alcácer do Sal do PSD e diretor da Associação de Comerciantes.
Natural de Lisboa, 51 anos, licenciada em engenharia Química. Professora, diretora do Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal. Membro da Mesa do Congresso do CDS-PP.
Devolver a autoestima à população
“Via verde” para o emprego
Uma terra vocacionada para o turismo
Combater a desertificação e o envelhecimento
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Defendemos uma visão de futuro para Alcácer do Sal, um concelho com vida e que devolva a autoestima à população. Defendemos uma nova dimensão turística afirmando Alcácer do Sal como um destino de excelência. Defendemos uma nova atitude sobre a economia e as oportunidades de emprego, um município próativo na captação de investimentos, valorizando a criação de marcas: arroz, pinhão, doces, batata doce; os agricultores, os empresários e o comércio local. Vamos valorizar a riqueza do rio Sado e de todo o património natural e histórico das freguesias. Queremos uma nova via para o quotidiano das pessoas, reavaliando o projeto “Ruas” e ao mesmo tempo ressuscitando as tradições do concelho, os valores artísticos da história local e apostando no movimento associativo, na cultura e no desporto, nos idosos e na juventude; abriremos também um novo capítulo nas relações com as populações, instalando um diálogo de verdade, de proximidade e lutando pela fixação de serviços públicos. Inscrevemos a reabilitação urbana dos núcleos históricos de Alcácer do Sal e de Torrão como projetos indispensáveis pela qualidade de vida das pessoas.
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Não comentamos escolhas das outras forças políticas. Acima de qualquer pessoa ou força partidária devem estar sempre os interesses do município. Respeitamos os outros partidos e os seus candidatos, mas não devemos centrar o debate num político quando falamos das questões fundamentais que dizem respeito ao futuro de Alcácer do Sal.
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Alcácer do Sal necessita de uma mudança para avançar de novo. Um bom resultado eleitoral passará sempre pela vitória da CDU e por uma participação massiva da população nestas eleições, que têm uma importância histórica para Alcácer do Sal.
Em Alcácer do Sal, uma câmara por mim liderada, tudo apostará na criação de emprego, atraindo investidores nacionais e internacionais, que criem empresas geradoras de empregos seguros e duráveis, que evitem a fuga dos jovens, e ofereçam postos de trabalho aos muitos desempregados locais. Para isso há que criar um quadro de incentivos e facilidades, agilizando a apreciação e licenciamento de projetos, através da implementação de uma “via verde” para a sua criteriosa mas rápida seleção e aprovação. Comigo quem criar empresas e empregos em Alcácer será tratado como um amigo do concelho. A coesão social e o turismo constituirão também prioridades do mandato.
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Pedro Paredes, atual autarca, não apresentou a sua candidatura nos órgãos estatutários do partido, existentes, e convocados para o efeito. As estruturas nacional, distrital e local formularam-me o convite que aceitei, consciente que pelo meu passado, experiência política e de vida, pelos conhecimentos nacionais e internacionais de que disponho, e pelo meu currículo ímpar, disponho de todas as condições para, – continuando o muito trabalho feito por Pedro Paredes e pela sua equipa – fazer “Renascer Alcácer”, projetando-a no País e estrangeiro, e melhorando a qualidade de vida da sua população.
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Só a vitória me move.
Alcácer do Sal é um concelho que pode ser um polo estratégico ao nível do turismo, pois está a 20 minutos de Comporta, a 30 minutos de Troia e de Setúbal, não esquecendo que estamos a 45 minutos do aeroporto de Lisboa. Este é um setor que é imperativo impulsionar, pois pode trazer investimento e criação de emprego para o concelho. As forças políticas que geriram a autarquia durante os últimos 39 anos nunca tiveram estratégia nem visão para fazer de Alcácer do Sal uma terra vocacionada para o turismo, de modo a podermos ter um desenvolvimento económico que permita melhorar as condições de vida da população. A candidatura do PSD em Alcácer do Sal defende que o turismo e a captação de investimento nesta área são dois dos principais objetivos, assim como atrair investimento privado e revitalizar o comércio para que este concelho possa fixar a sua população, especialmente a mais jovem.
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O atual presidente da câmara municipal, Pedro Paredes, foi eleito pelo PS nos últimos oito anos. Foram dois mandatos perdidos no que se refere ao desenvolvimento do concelho. Não houve uma estratégia efetiva para o desenvolvimento de Alcácer do Sal, sem nenhuns benefícios para a população. Foram oito anos a gerir o orçamento, sem ideias, sem inovação. As obras efetuadas nestes últimos anos, apesar de muito benéficas a nível ambiental e a nível de mobilidade, careceram de planeamento, o planeamento inexistente arrasou com o nosso comércio e restauração, deixando essas áreas devastadas.
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O PSD vai apresentar propostas concretas. Sem demagogias. Sem promessas que não possa cumprir. Queremos apostar no melhor que Alcácer tem. Nas suas gentes, no seu território. Acima de tudo acreditamos no nosso projeto, terá uma boa aceitação por parte da população. No dia 29 de setembro serão os alcacerenses a definir qual a terra que querem ter.
Essencialmente no combate à desertificação e ao envelhecimento da população. É necessário dar voz aos munícipes para pudermos chegar aos seus problemas e tentar resolvê-los. Requalificar a zona industrial, promover a economia local e tentar apoiar a fixação de casais jovens nas freguesias, com um incentivo de aluguer de casas na baixa da cidade, fomentando o mercado de arrendamento com a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) nas habitações arrendadas. Aumentar a segurança e a vigilância.
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Provoca sem dúvida uma fracturação no partido socialista o que poderá levar a mudança total de executivo.
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Sem dúvida que era ter lugar para uma vereação, mas será extremamente difícil. Portanto já será bom eleger um deputado na Assembleia Municipal numa terra tradicionalmente CDU com dois mandatos PS.
O “Diário do Alentejo” errou Na sua última edição impressa, a 6 de setembro, o “Diário do Alentejo” deu a conhecer os candidatos às autarquias de Ourique e Mértola. Na ocasião, lamentavelmente, acabámos por não incluir a candidatura de Alberto Fernandes, candidato do MIM – Movimento Independente “Unidos Por Mértola”. A direção do jornal, que contactou pessoalmente Alberto Fernandes e lhe dirigiu um pedido formal de desculpas, assume a inteira responsabilidade pela omissão, que foi motivada pelo
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cruzamento erróneo de diferentes fontes de informação. Nesta mesma página publicamos hoje a entrevista com o candidato, tentando reparar, na medida do possível, o erro anteriormente cometido. Ao candidato Alberto Fernandes, que foi de extrema delicadeza e compreensão, e a toda a sua equipa endereçamos um novo pedido de desculpas. Que é extensível a todos os candidatos por Mértola, aos eleitores daquele concelho e aos leitores do “Diário do Alentejo” em geral. Paulo Barriga
1 - Que avaliação faz do desempenho do atual executivo? 2 - Em que áreas é importante e urgente investir em Mértola? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?
Mértola
Ana Penas
Alberto Fernandes
Candidata do BE
Candidato do MIM – Movimento Independente “Unidos Por Mértola”
Natural de Alcácer do Sal, 54 anos, antropóloga. É professora e militante do Bloco de Esquerda em Alcácer do Sal.
Natural de Mértola, 38 anos, oficial dos Registos e Notariado. Exerce funções na Conservatória dos Registos Civil e Predial de Mértola.
Não respondeu às questões colocadas pelo “DA”
Muita festa mas pouca alegria
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na Penas foi repetidamente contactada pelo “Diário do Alentejo”, durante mais de um mês, no sentido de colaborar na ronda de entrevistas com todos os candidatos a presidente de câmara do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Nomeadamente através do coordenador autárquico nacional do Bloco de Esquerda, Alberto Matos. Até à hora do fecho desta edição as respostas não nos chegaram.
É certamente o pior desempenho executivo dos últimos anos da câmara, onde se nota falta de liderança e um enorme vazio de soluções para os graves problemas que atingem o concelho. Há uma enorme aproximação do aparelho do PS-Mértola com o funcionamento da câmara, registando-se que um líder (esgotado) de uma concelhia parece “mandar” mais que o próprio presidente. Nos últimos anos, o concelho teve muita “festa”, mas pouca alegria, não apresentando soluções para quem quis e quer ficar por cá.
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Leia o noticiário completo sobre as próximas eleições Autárquicas em www. diariodoalentejo.pt e na nossa página no Facebook
As pessoas, sempre, em primeiro lugar. Temos implantada uma mentalidade pequena, onde, por se receber menos dinheiro do poder central, tem de se fazer menos, quando o que se deveria pensar e fazer era precisamente o contrário: o que é que o concelho de Mértola pode fazer para criar mais riqueza e crescer, ajudando com este tipo de atitude um país em graves dificuldades? Temos um projeto virado para o crescimento que passa por, efetivamente, desassorear o rio Guadiana, e não fazer como os até então autarcas do concelho, que têm sempre isso no programa eleitoral e nunca o fizeram. Também no rio, juntamente com os poucos pescadores que ainda restam, criar uma nova forma de pesca que poderá eventualmente passar pela aquacultura. Há ainda a agricultura, vinicultura, apicultura, produção animal e caça, onde temos alguns contatos já feitos no sentido de, trabalhando em conjunto, conseguir aumentar a produção e sair de Mértola já com o “produto final”, devidamente embalado e certificado, conseguindo com isso que o grosso do valor da produção do concelho ficasse aqui, gerando mais riqueza e mais postos de trabalho. Por outro lado, nunca poderá ser descurada a área social pois, graças às políticas dos últimos anos, temos um concelho bastante envelhecido e com pessoas cada vez mais necessitadas de ajuda.
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Reforçar os eleitos da assembleia municipal e de freguesia e eleger, pelo menos, um vereador na câmara.
Carta Constitucional de Beja
Seguro visitou a região
O presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente (PS), propôs criar, caso seja reeleito para um segundo mandato, a Carta Constitucional de Beja para “aumentar e intensificar” a participação dos cidadãos na gestão do município. O documento para Beja, que vai seguir o modelo da carta constitucional que o constitucionalista Vital Moreira elaborou para Coimbra, irá “definir, claramente, os direitos e os deveres dos munícipes e dos órgãos municipais”, indicou o autarca. A carta irá também definir “um conjunto de regras, normas e instrumentos de participação ativa de cidadania” para “reforçar a intervenção das populações na gestão municipal e o que se pretende que seja uma democracia representativa, participativa e mais direta”, acrescentou.
António José Seguro, secretário-geral do Partido Socialista (PS), visitou na terça-feira, 10, o distrito. Segundo informação disponibilizada, o líder dos socialistas esteve, pelas 12 e 30 horas, no lar de Amareleja. No concelho de Moura participou ainda, pelas 13 e 20 horas, num almoço de apoio à candidatura de Canudo Sena, seguindo depois para Beja, onde visitou a delegação da Cruz Vermelha. António José Seguro também marcou presença em Vidigueira, nomeadamente na Cooperativa Agrícola e Adega Cooperativa de Vidigueira, para participar numa prova de vinhos. A visita à região, no âmbito da iniciativa “Novo Rumo para Portugal”, terminou em Alvito, onde, para além de contactar com a população, se associou à sessão de apoio à candidatura de Ana Raquel Soudo.
CDU acusa PS de ocultar dívida Vereador sem confiança política Segundo os vereadores da CDU na Câmara de Beja, Pulido Valente, presidente da autarquia, “continua a não querer fornecer dados sobre endividamento da câmara”. A CDU, em comunicado, diz que Pulido Valente informou que “todas as informações solicitadas no período antes da ordem do dia passarão a ser fornecidas oportunamente”. Os vereadores da CDU dizem que, de acordo com a lei, “esta informação deveria ter sido disponibilizada aos vereadores da CDU no dia 6 de setembro, 10 dias após ter sido solicitada”. Para os eleitos da CDU, “Pulido Valente e a maioria PS, tendo ao longo do mandato falseado de forma recorrente dados sobre o endividamento da câmara, procuram, agora, que um conjunto de dados objetivos que confirmam essa prática não venham a público antes das eleições autárquicas”.
Moleiro e Barriga juntos A candidatura do Movimento Beja Capital está a realizar a apresentação pública das listas de candidatos à assembleia de freguesia e câmara municipal e anunciou que, na passada quarta-feira, juntou Agostinho Moleiro e José Barriga, anterior e atual mandatários na freguesia de Nossa Senhora das Neves.
Rocha quer linha ferroviária O candidato da CDU à Câmara de Beja, João Rocha, defendeu a construção de uma ligação ferroviária que ligue Sines àquela cidade, seguindo depois para Évora e Badajoz (Espanha), para potenciar o aeroporto. João Rocha assumiu que, caso seja eleito, vai “lutar” para que “se construa a ligação ferroviária”. A criação desta linha de transporte de mercadorias é uma das propostas que constam do compromisso eleitoral que a CDU apresentou na terça-feira, em Beja, para as autárquicas do próximo dia 29.
O presidente da Comissão Política Concelhia de Almodôvar do Partido Socialista (PS), José Germano Silvestre, anunciou que solicitou à Comissão Federativa de Jurisdição da Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista a “instauração de procedimento disciplinar ao militante João Manuel Luz Saleiro, ex-candidato cabeça de lista pelo PS à câmara municipal, atual vereador eleito, sem pelouro, e ex-presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista em Almodôvar, por violação grave dos estatutos do Partido Socialista”. O presidente da Comissão Concelhia de Almodôvar do PS explica que “o atual vereador à Câmara Municipal de Almodôvar, eleito nas listas do PS, se apresenta agora como integrante na lista da candidatura do movimento Independentes por Almodôvar”, e sugere que “apresente de imediato a demissão do cargo que agora ocupa”.
Candidatos do PSD a Serpa A candidatura do PPD/PSD “Decidir o Futuro”, encabeçada por José Madeira, apresentou na quinta-feira passada, pelas 18 e 30 horas, os candidatos aos órgãos autárquicos do concelho de Serpa. A sessão teve lugar no pavilhão multiusos e contou com a presença de Matos Rosa, secretário-geral do PSD.
CDU de Moura nas ruas A Coordenadora Concelhia de Moura da CDU garante que “intensificou a campanha de informação e esclarecimento das populações do concelho, tendo em vista as eleições autárquicas do final deste mês”. Segundo a CDU, “desde o final da semana passada e ao longo dos próximos dias, dezenas de candidatos e outros ativistas da CDU estão a contactar diretamente os cidadãos”.
Odemira Até 1977, a Câmara de Odemira foi governada por executivos emanados de coligações ligadas ao PCP. Mas, desde então, primeiro com António Camilo e, mais recentemente com José Alberto Guerreiro, o PS tomou os destinos do maior concelho do País. O atual presidente da autarquia recandidata-se a uma eleição onde a CDU, com os argumentos do empresário Manuel Cruz, se propõe reconquistar a edilidade. O PSD/CDS-PP vai a votos com o objetivo de conquistar um mandato na Câmara e o BE na Assembleia Municipal.
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1 - Quais os grandes desafios que se apresentam ao futuro executivo de Odemira? 2 - Em que áreas é necessário intervir com urgência no maior concelho do País? 3 - O que será um bom resultado eleitoral para a sua candidatura?
Odemira
José Alberto Guerreiro
Manuel Cruz
José Francisco Silva
Ana Loureiro
Candidato do PS
Candidato da CDU
Candidato do PSD/CDS-PP
Candidata do BE
Natural de Santa Clara-a-Velha, Odemira, 49 anos, licenciado em Informática de Gestão e em Engenharia Civil. É presidente da Câmara Municipal de Odemira.
Natural de São Luís, Odemira, 59 anos, empresário. Sócio-gerente e administrador de várias empresas. Vice-presidente da Fundação Odemira.
Natural de Odemira, 46 anos, agricultor. Presidente da Associação de Beneficiários do Mira e vice-presidente da Cooperativa Agrícola do Monte do Alto.
Engenheira Informática, 59 anos. Professora na Escola Secundária de Odemira.
Fazer mais com menos recursos
Um concelho melhor e mais acolhedor
Fazer a diferença pela positiva
Deixar para trás a megalomania
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Transformar Odemira num melhor e mais acolhedor território, procurando ativamente o investimento, potenciando as condições existentes de atratividade, as excelentes condições para a hortofloricultura, agricultura e pecuária biológicas, turismo sustentável, energias alternativas e pequena e média industria, atividades geradoras de emprego e riqueza ao território.
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Apostar nas pessoas! No futuro próximo e sem prejuízo da continuação do reforço de algumas infraestruturas e equipamentos essenciais, considero três vetores fundamentais de atuação: A valorização do capital humano, a dinamização do crescimento económico sustentável que se traduza na criação de emprego e a continuação da aposta no capital social. Porém, o maior desafio será fazer cada vez mais com menos recursos, gerindo com responsabilidade, rigor e transparência, continuando a estimular a participação cívica, a modernização dos serviços e o reforço do trabalho em rede que promova novas dinâmicas sociais e a melhoria da qualidade de vida. No atual quadro financeiro do País há que ser realista e aproveitar ao máximo os atuais e os próximos fundos da União Europeia, ora aí está outro grande desafio!
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Desde logo continuar a lutar contra a atual política governamental de encerramento de serviços públicos, mas também, como sempre o foi, e em especial neste momento particularmente difícil da nossa história, rever as fortes restrições sobre o território impostas por lei, permitindo atrair investimento gerador de emprego, muito em especial o jovem, e continuar a exigir a urgente melhoria do acesso aos cuidados de saúde, com reforço de médicos de família e o apoio condigno no transporte de doentes, que o Estado tem vindo a cortar!
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Naturalmente será ganhar em todos os órgãos autárquicos. Mesmo num quadro muito exigente como o que vivemos, estou convicto que a maioria dos eleitores odemirenses sabe que não estamos em tempos de aventuras ou de regressos ao passado! Com a nossa vitória, ganharão todos os odemirenses.
Emprego - As medidas de atração de investimento, deverão ser acompanhadas por uma política de formação profissional, para que a mão-de-obra necessária aos novos investimentos tenha origem no território, contribuindo para a redução do desemprego local, para o regresso dos filhos do concelho e para a redução do recurso a mãode-obra estrangeira; Educação - Um ensino de qualidade que forme os jovens desde o pré-escolar até ao nível universitário, que forme adultos e jovens nas suas aspirações profissionais e que apresente soluções de aprendizagem ao longo da vida para todos; Saúde - Uma política direcionada para a atração de médicos e técnicos de saúde, através de incentivos de apoio a sua fixação; Desertificação - Combate ao isolamento, sobretudo dos idosos, através de iniciativas de proximidade, utilizando os meios existentes no território e colocando-os ao serviço da população, contribuindo para elevar a autoestima e promover a sua qualidade de vida. Segurança - Um acompanhamento e reforço dos meios de segurança que permitam viver em tranquilidade. Cidadania Diminuir o valor do IMI e o IMT para ajudar na economia das famílias e atrair mais residentes. Abrir as portas da câmara municipal para um verdadeiro serviço público.
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A vitória do nosso projeto que é a vitória da população do concelho de Odemira.
Os odemirenses precisam acima de tudo de ações locais focalizadas, que possam fazer a diferença pela positiva. As atitudes pró-ativas na resolução dos problemas dos seus habitantes, por parte de um executivo camarário que me proponho liderar, com soluções fundamentais para ultrapassar estes tempos complicados, sem desrespeitar as normas vigentes. Chegamos ao momento de investir nos odemirenses, ajudando os que realmente precisam e criando mecanismos de recuperação social. Temos que combater no nosso concelho o flagelo do desemprego, com apoios às empresas locais e aquelas que se queiram cá instalar. Pretendo apoiar as famílias com poucos rendimentos, bem como aquelas que foram “apanhadas” nesta tormenta do desemprego e que hoje sentem dificuldades enormes em fazer face aos seus compromissos diários.
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A necessária para que se possa por em prática todas as ações sugerias na proposta eleitoral.
No estado atual da nação, qualquer executivo enfrenta só por si um grande desafio, ou seja, como diz o povo “não se fazem omeletas sem ovos”. Eu diria mais: É mesmo um grande desafio! Como tal será necessário para começar que a gestão financeira seja profundamente alterada e que se façam pequenas obras que sirvam os reais interesses das populações e que se deixe para trás a megalomania das grandes obras que para além de gastarem muito dinheiro são de interesse público questionável. A participação dos munícipes no orçamento deve ser alargada e as populações devem ser escutadas, em todas as questões que lhes digam diretamente respeito. O concelho de Odemira apresenta um outro grande desafio que é o de controlar a especulação imobiliária, agrícola e piscatória no litoral, bem como a forma como este está a crescer, sendo por outro lado necessário combater a desertificação e o isolamento das populações do interior. Há que preservar o ambiente contribuindo para o desenvolvimento sustentável do concelho, promovendo o património cultural e natural e dinamizando o crescimento de setores como a agricultura, as pescas e o turismo.
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Urge intervir em áreas como a educação, a saúde, a habitação, no alargamento do saneamento básico e do abastecimento de água, no apoio às famílias isoladas, dar resposta em tempo útil à emergência social, no transporte escolar, um passe anual e não apenas durante os períodos letivos, para os alunos na escolaridade obrigatória, nas acessibilidades dentro e fora das localidades e na criação e manutenção de postos de trabalho.
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A nossa candidatura para além da câmara e da assembleia municipal, apresenta listas às assembleias de freguesia de Longueira – Almograve, São Salvador e Santa Maria, São Teotónio e Vila Nova de Milfontes. Quanto maior for a representação do Bloco nos diferentes órgãos autárquicos, melhor e eleger um vereador é, como é evidente, um dos nossos objetivos. Queremos uma maioria de esquerda pluripartidária.
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A 15 de setembro celebra-se o Dia Mundial da Democracia. O atual sistema garante a plena liberdade democrática e o exercício da cidadania ao nível dos órgãos autárquicos?
Bisca Lambida
Modelo de regime esgotado Democracia virtual João Espinho
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em me parecia que a democracia não se estava a celebrar todos os dias, como devia, havendo necessidade de criar essa figura do “Dia Mundial” para que os mais distraídos se recordem que, não sendo perfeito, ainda é o melhor dos regimes. Apesar de todos os atropelos a que é sujeita a todo o momento, atropelos esses feitos em nome da própria democracia, apesar da sua constante desfiguração, não me imagino a viver noutro regime que não em democracia. Portugal atravessa uma grave crise, não só económica e financeira, mas também de valores democráticos e arrisco dizer que este modelo de regime se esgotou, havendo necessidade de procurar, dentro do quadro democrático, um novo sistema que torne efetiva a participação dos cidadãos nas decisões que lhes dizem diretamente respeito, não perdendo de vista a necessidade de os decisores primarem pela tolerância e respeito pela liberdade de cada um. A democracia representativa, que o poder autárquico diz defender e praticar, necessita urgentemente de se revigorar, criando novas ferramentas que possibilitem uma intervenção mais ativa dos munícipes na vida das suas urbes. Também vai sendo tempo que se reformule o papel das assembleias municipais, dando-lhes mais poderes e instrumentos de fiscalização, devendo as mesmas abandonar o seu comportamento de câmaras de eco das direções partidárias, onde se discutem, até altas horas, dezenas de moções que em nada contribuem para a qualidade de vida dos munícipes. O atual sistema está enfermo. Carece de tratamento urgente feito por “agentes” dedicados e “descontaminados.
PUB
João Machado
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este país sui generis, em que as leis são moldadas a favor dos grandes interesses económicos, onde as pessoas contam muito pouco, onde a justiça anda lentamente, o exercício da democracia é algo de virtual. O atual sistema não garante minimamente a liberdade democrática e o exercício da cidadania a todos os níveis. No poder local ainda temos um pequeno vislumbre de proximidade com as pessoas mas o Estado e o poder em geral continuam muito distanciados das pessoas e dos seus problemas. Exige-se uma mudança de protagonistas e essencialmente de políticas que se traduzam no bem-estar das pessoas e não só no cumprimento de objetivos orçamentais menos claros com finalidades extremamente dúbias. Seria importante perceber qual vai ser a participação das pessoas na política e qual a forma como estas vão encarar as eleições autárquicas. Se se irão manifestar contra as políticas atuais do Governo em exercício ou se irão continuar, cada vez mais, alheadas traduzindo-se isso num aumento da taxa de abstenção. Será curioso observar essa mesma tendência tendo presente que as autárquicas são eleições especiais em que muitas vezes se vota nas pessoas e não nos partidos políticos. Trata-se da política do concelho e da forma de a desempenhar com mais proximidade
nos próximos quatro anos. Depois de debelada mais esta vertente da lei de limitação de mandatos, agora estamos no domínio da política e da especulação pura e esperemos que os eleitores não se deixem enganar e que votem em consciência. Vamos ver o que o futuro nos reserva.
É possível fazer melhor Sérgio Fernandes
A
democracia é um exercício diário cujo sucesso será tanto maior quanto maior for a nossa capacidade de exercermos os nossos direitos e assumirmos as nossas responsabilidades. As avaliações negativas que por vezes são feitas sobre o nosso sistema político, no sentido de estar indelevelmente prejudicada a representatividade e pluralidade dos cidadãos, não nos pode sugestionar para algo inelutável, antes nos deve convocar a contrariar o alheamento e resignação. Imperioso mostra-se neste momento que o sistema político reflita sobre as razões que alimentam esse alheamento e afastamento dos cidadãos com a consequente diminuição do grau de participação. Ainda assim, às eleições autárquicas do próximo dia 29 de setembro concorrem largas dezenas de milhares de cidadãos às câmaras e assembleias municipais, às assembleias de freguesia, por este país fora, a grande maioria longe dos holofotes mediáticos que
invariavelmente incidem sobre os grandes centros urbanos. Largas dezenas de milhares de cidadãos que acreditam que é possível fazer diferente, que acreditam que é possível fazer melhor na defesa dos interesses das suas comunidades, expressão de um fantástico exercício de cidadania, uma prova clara da vitalidade da nossa democracia. Ainda que óbvia, impõe-se a citação de Churchill: “A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos”!
O poder assenta no povo Luís Miguel Ricardo
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or democracia entende-se um regime de Governo cujo poder assenta no povo, que contempla a liberdade e a igualdade de direitos e deveres entre os cidadãos. A celebração de um Dia Mundial significa, para os países que com ela convivem, o reconhecimento da sua importância para a evolução da humanidade. Contudo, para as nações que vivem sob a alçada de regimes antagónicos aos princípios da democracia, a comemoração soa a ironia ocidental. Em Portugal vive-se e convive-se harmoniosamente com a democracia, e a prova está nos constantes “chumbos” do Tribunal Constitucional (garante da Constituição e da democracia) às propostas descabidas e antidemocráticas do atual Governo de Portugal. Ao nível dos órgãos autárquicos estão reunidas as condições para o pleno exercício da cidadania, embora nunca como nesta fase pré-eleitoral existisse tanta confusão e incerteza em redor dumas eleições. E tudo graças a uma lei cujo conteúdo previa a restrição dos direitos dos cidadãos. Uma lei ambígua na leitura e na interpretação. Tarde, mas ainda a tempo, o Tribunal Constitucional pronunciou-se e garantiu a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos. Em Beja, os candidatos do PS e CDU foram aceites pelo tribunal, depois foram recusados pelo mesmo tribunal em função de um “alerta” do BE, e finalmente foram readmitidos pelo Tribunal Constitucional. A decisão sobre a aprovação ou reprovação dos candidatos, sobre a limitação ou não limitação de mandatos está agora no seio dos cidadãos, no coração da democracia.
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Atual
Conferência José Gaspar e Emília Duro apresentaram posição da Ulsba
Ulsba “investiga” médico Munhoz Frade
Menos 26 camas no Hospital de Beja O conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Uslba) apresentou, na segunda-feira, 9, em conferência de imprensa, esclarecimentos no que respeita ao tratamento, internamento e encaminhamento dos doentes oncológicos. Foi dada ainda a conhecer a reorganização que está em marcha no que diz respeito à redução de camas. Ocasião onde Munhoz Frade, o médico que levantou a questão da falta de condições em Oncologia, ficou a saber que ia ser “alvo de investigação”. Texto Bruna Soares*
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mília Duro, diretora clínica da Ulsba, que gere o Hospital de Beja, começou por informar que “não houve alteração dos cuidados clínicos prestados aos doentes oncológicos”. O que se passou, segundo a diretora clínica, “é decorrente de uma orientação do Ministério da Saúde”. “Com base na nossa análise, no nosso movimento assistencial, na nossa carteira de serviços, na nossa demora média, na nossa taxa de ocupação, tentamos reorganizar os serviços de modo a que possamos continuar a oferecer uma capacidade de resposta aos doentes oncológicos”, adiantou. E garantiu: “É um serviço capaz, eficiente, com qualidade de resposta do tratamento dos doentes oncológicos aos vários níveis. Temos capacidade na nossa instituição para internamento destes doentes. Estes doentes terão sempre capacidade de internamento
nos vários serviços e de acordo com as várias patologias. Não está, portanto, posta em causa, em situação alguma, a capacidade de resposta assistencial aos doentes oncológicos”. Emília Duro frisou também que “toda esta reorganização contou com o envolvimento dos profissionais, que participaram nesta distribuição de camas para atendimento aos doentes oncológicos”. Recorde-se que existiam no Hospital de Beja, antes da aplicação do processo de redução e reorganização, 229 camas para internamento. Segundo Emília Duro, a partir do dia 1 de janeiro, vão passar a existir “203”. Acontece que, ainda de acordo com a diretora clínica, “12 serão apenas reduzidas teoricamente”, uma vez que, “na prática, não vão desaparecer fisicamente e passarão a ser afetas aos serviços de cirurgia de ambulatório”. Acontece que do total das camas
a reduzir, 26, 14 já foram encerradas. Em agosto passado foram retiradas oito de Oncologia, duas de Oftalmologia, duas de Obstetrícia, uma de Otorrinolaringologia e uma de Ginecologia. “Esta redução teve como pressupostos a questão da taxa de ocupação, a demora média e o movimento assistencial. Tudo foi discutido, previamente, com os diretores de serviço”. Emília Duro referiu ainda que, após esta reorganização, o Hospital de Beja vai manter “mais ou menos o rácio atual de 1,7 a 1,8 camas por mil habitantes”. A guerra da Oncologia No fim da con-
ferência de imprensa, a Ulsba refutou as críticas do médico Munhoz Frade, que tinha denunciado a falta de condições no Hospital de Beja no tratamento de doentes oncológicos. “Foi um facto criado. Houve dois doentes do foro oncológico que entraram pela urgência do hospital e que foram internados, pelo médico em questão, artificiosamente no serviço SO [Sala de Observação], onde estiveram 24 horas, quando havia 10 camas vagas no serviço de Medicina”, disse José Gaspar, vogal da administração da Ulsba. Ato, este, que está a ser, segundo informação disponibilizada, “alvo de investigação”.
O clínico em causa refutou as acusações através das redes sociais dizendo que “os tempos de internamento em SO desses dois doentes foram de 19 horas e 33 minutos, e 11 horas e 32 minutos, após o que foram tratados” no serviço onde trabalha. Numa caixa de comentários do site da Rádio Pax, onde também se noticiava esta questão, um outro comentário, assinado com o nome de Munhoz Frade, reconhecia em “defesa da sua honorabilidade profissional” que o quadro clínico dos doentes “implicava a necessidade de internamento hospitalar”, mas “na ausência de qualquer determinação escrita oficial (Nota de Serviço) indicando o procedimento alternativo a ser seguido para internar doentes que até recentemente eram admitidos em camas atribuídas à responsabilidade direta da Oncologia, esses doentes não foram admitidos para o Serviço de Medicina 1, a que pertenço, por critério que me tinha sido transmitido pelo Diretor do Serviço”. Na segunda-feira, dia 9, através do blogue “Praça da República”, a presidente do conselho de administração da Ulsba, Margarida da Silveira, antes da conferência de imprensa realizada no Hospital de Beja, à qual não compareceu, defendia a “ redução de camas nos serviços de internamento”
anunciada, argumentando que esta “reforma hospitalar é uma obrigatoriedade nacional definida pelo Ministério da Saúde”. No mesmo texto, a presidente da administração da Ulsba refere que “o número de camas de um hospital, que era um critério utilizado há 40, 30/25 anos como referência para caracterizar um Hospital, hoje não é considerado pelos entendidos sérios (da esquerda/direita) como o critério base para se aferir da atividade assistencial de um Hospital, isto porque ao longo dos últimos anos (decorrente dos enormes avanços da medicina e das melhores práticas clínicas) têm vindo a ser implementadas outras práticas clínicas que potenciam o tratamento dos doentes em ambulatório e/ou em internamentos de curta duração”. Segundo dados da Pordata, em 2010, o rácio de cama por cada mil habitantes, em Portugal, era de 3,35, bastante menos do que a média da União Europeia (5, 3) e do que da Alemanha (5,3), país que apresenta o maior número de camas por mil habitantes. O Censos 2011 revela que o distrito de Beja, sem Odemira, regista 126 602 habitantes e 203 camas hospitalares, o que dá um rácio de apenas 1,6 por cada mil habitantes, menos de metade da média nacional. *com Aníbal Fernandes
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Telefone: 284 323 104
José António Falcão no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
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osé António Falcão, conservador-chefe de museus e diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, foi nomeado pelos seus pares membro correspondente internacional do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Fundado em 1894 e com sede na rua Benjamin Constant, em pleno centro da capital paulista, este organismo é uma das mais antigas e mais prestigiadas instituições de estudos históricos e geográficos do Brasil, consagrando-se especialmente à pesquisa da cidade de São Paulo e do seu estado. Dele faz parte uma
Novo centro escolar em Boavista dos Pinheiros O novo Centro Escolar de Boavista dos Pinheiros, no concelho de Odemira, abre hoje portas a cerca de 100 alunos. O investimento rondou os 935 mil euros. A abertura da escola será assinalada por uma visita às novas instalações, agendada para as 11 horas. O novo Centro Escolar de Boavista dos Pinheiros foi construído de raiz em terreno municipal e é composto por dois módulos, um núcleo central e o bloco de salas. O recinto escolar incluiu também um campo de jogos e um parque infantil.
100 hectares de citrinos no concelho de Aljustrel A Câmara Municipal de Aljustrel anunciou que “aprovou o projeto que marca o arranque da plantação de 100 hectares de citrinos situados na herdade da Pedra Alva, na freguesia de São João de Negrilhos”. Para a autarquia, “o projeto agrícola é mais um importante investimento a localizar-se no concelho de Aljustrel, que se junta a outros, como o maior amendoal da Europa, com cerca de 350 hectares, gerido pela empresa LLopis Portugal, também na freguesia de São João de Negrilhos”. A Câmara Municipal de Aljustrel considera ainda que “estes são investimentos fundamentais para o Alentejo e para o País, que só no concelho de Aljustrel significam a passagem de uma área irrigável de cinco mil hectares para mais de 20 mil hectares e um investimento de mais de 70 milhões de euros, fruto da ampliação da rede secundária de Alqueva”.
Festival do Achigã em Santa Clara O achigã vai ser o mote para um festival repleto de petiscos, cultura, música e muita animação junto à barragem de Santa Clara, concelho de Odemira, nos dias 14 e 15. A iniciativa é promovida pela Associação Cultural e Recreativa “Os Amigos de Santa Clara” e conta com os apoios da Câmara Municipal de Odemira e juntas de freguesia de Santa Clara-a-Velha e de Saboia. O objetivo é divulgar a região de Santa Clara-a-Velha, a sua gastronomia, artesanato e etnografia. Na gastronomia, o achigã será o rei e senhor: todos os restaurantes presentes servirão achigã, nas mais variadas formas. Exposição de artesanato, atuação de grupos etnográficos, animação infantil e bailes compõem o programa do festival.
Santiago inaugurou Centro de Apoio às Empresas O Centro de Apoio às Empresas de Santiago do Cacém foi inaugurado na segunda-feira para incentivar e apoiar a criação, o desenvolvimento e o crescimento sustentado de ideias de negócio inovadoras e de empresas recém-criadas. Segundo a Câmara de Santiago do Cacém, o centro presta apoio às empresas através da “promoção de ações de capacitação, da disponibilização de espaços equipados, de serviços e de uma rede de parceiros orientados para a criação de valor”.
Aljustrel vai ter parque de lazer propício à prática desportiva A Câmara de Aljustrel vai criar um parque de lazer propício à prática desportiva onde atualmente existem dois prédios que a autarquia adquiriu à Santa Casa da Misericórdia. Os dois prédios, onde estão edificados o jardim 25 de Abril e um lar de terceira idade, abrangem uma área de nove mil metros quadrados que vai ser requalificada e apetrechada com o “Parque da Vila de Aljustrel”.
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escola de investigadores nacionais e estrangeiros, entre os quais oito cientistas portugueses. José António Falcão, autor de vasta bibliografia sobre a arte portuguesa e europeia, tem-se debruçado sobre os laços históricos que unem o Alentejo ao Brasil, estudando, nomeadamente, um dos mais famosos bandeirantes – exploradores que penetraram nos sertões à frente de expedições, as bandeiras: António Raposo Tavares, natural de São Miguel do Pinheiro (Mértola), em 1598, que morreu na então vila de São Paulo, em 1659, após ter delimitado as fronteiras do atual território brasileiro.
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Luís Clemente em final de concurso internacional
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Espetáculo solidário hoje no Pax Julia Realiza-se hoje, sexta-feira, no Pax Julia Teatro Municipal de Beja, o espetáculo solidário “É Tempo de Atuar”, que conta com a participação de diversos artistas. A organização encontra-se a cargo do programa Tempo para
O maestro alentejano Luís Clemente é um dos 15 eleitos para a final do Concurso Internacional de Direção de Orquestra Sinfónica do Mar Negro (Constanta, Roménia), nos próximos dias 16 a 21. O concurso, um dos mais prestigiantes organizados na Europa, organizado pela Opera Nacional de Constanta (Roménia), é uma referência a nível internacional e teve mais de 400 candidaturas. Licenciado e mestre em Direção de Orquestra, Luis Clemente é atualmente doutorando em Direção de Orquestra Sinfónica na Universidade de Aveiro.
Dar, da Associação Coração Delta, em estreita colaboração com a Câmara Municipal de Beja. A iniciativa tem por objetivo angariar fundos para a entrega de 50 telefones de teleassistência a idosos isolados do concelho de Beja. Rui Nabeiro, comendador, estará em Beja para entregar
simbolicamente um telefone de teleassistência à Cáritas Diocesa de Beja, representando a entrega dos 50 telefones de teleassistência que serão entregues a idosos do concelho de Beja, no decorrer do espetáculo solidário “É Tempo de Atuar”.
Perto de 68 por cento das vagas ficaram desertas na primeira fase
IPBeja apenas com 156 alunos para 489 vagas abertas Das 489 vagas abertas pelo Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) apenas 156 foram preenchidas na primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. Apesar de somente 32 por cento da oferta formativa ter sido ocupada, Vito Carioca, presidente do IPBeja, diz que não está “pessimista” e que, na segunda vaga de candidatura, que decorre até ao próximo dia 20, “os números serão repostos”.
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o presente ano letivo, o IPBeja fechou os cursos de Engenharia Civil e Saúde Ambiental. O que reduziu o contingente geral de vagas de 550 para 489. Mesmo PUB
assim, em termos percentuais, a procura de novos alunos por esta instituição de ensino baixou de 40 para 32 por cento. Vito carioca acredita que esta é uma situação “pouco satisfatória”, mas que se “repete um pouco por todo o País”. Esta situação, prossegue, “tem a ver com variáveis externas, que todos conhecemos, uma vez que o IPBeja fez um bom trabalho de divulgação dos cursos”. Nesta primeira fase de acesso, apenas uma licenciatura, Engenharia do Ambiente, ficou com os horários desertos. Em contrapartida, o curso de Enfermagem foi o único que viu todos os lugares ocupados. O outro curso da Escola Superior de Saúde, Terapia Ocupacional, recebeu oito novos alunos em 30 possíveis. A
Escola Superior Agrária de Beja, onde é lecionado o curso de Engenharia do Ambiente, foi a que teve menos pretendentes. Apenas 8 das 81 vagas disponibilizadas em três diferentes licenciaturas foram ocupadas: cinco em Agronomia e três em Ciência e Tecnologia dos Alimentos. Já na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Estig) ficaram desertos 158 lugares. A licenciatura à distância em Solicitadoria teve três pretendentes em 20, Gestão de Empresas em regime pós-laboral três em 24, Engenharia Informática quatro em 50, Gestão de Empresas 11 em 38, e Turismo 14 em 36 vagas. Na Escola Superior de Educação, a licenciatura em Desporto continua a ser a
mais concorrida (16 em 29). Artes Plásticas e Multimédia foi procurada por 15 alunos em 30 possíveis, Serviço Social 15 em 41, Educação e Comunicação Multimédia 9 em 30, e Educação Básica 10 em 20 vagas disponibilizadas a concurso. De salientar que o Ministério da Educação e Ciência, em junho último, propôs o fecho dos cursos superiores com uma média inferior a 10 alunos de primeira inscrição, nos dois últimos anos letivos. Vito Carioca, que não se mostrou disponível para falar da situação financeira que a falta de alunos pode gerar, adiantou que o IPBeja está a “estudar a implementação de novas ofertas formativas, nomeadamente ao nível da especialização inteligente”. PB
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Entrevista No espaço de poucas semanas os portugueses descobriram que Rodrigo Leão era compositor de filmes. De filmes de sucesso, como “A Gaiola Dourada” e “O Mordomo”. Na Europa e nos Estados Unidos da América. Mas a vida do fundador dos Sétima Legião e Madredeus há muito que dava um filme. Há cerca de três décadas compôs a sua primeira banda sonora para um filme de Manuel Mozos e, há meia dúzia de anos atrás, o ambiente sonoro da série “Portugal, Retrato de uma Sociedade”, de António Barreto, teve a sua assinatura. No entanto, Hollywood é Hollywood e a hipótese de um músico português subir ao palco do Kodak Theatre, em Los Angeles, para receber um Óscar, está em aberto. Mesmo que o músico se recuse a pensar nisso. Para ele a vida continua, já em novembro, num cinema mais perto de si. No caso, nos coliseus de Lisboa e Porto, onde irá apresentar o seu último CD, “Bandas Sonoras”. Texto Aníbal Fernandes Foto José Ferrolho
Sucessos cinematográficos do momento têm música de Rodrigo Leão
“Não vale a pena perder tempo a pensar no Óscar”
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odrigo Leão acha que a sua música tem pouco de americano e, talvez por isso, se recuse a pensar na possibilidade de ganhar um Óscar pela participação em “O Mordomo”, de Lee Daniels, um filme que só no primeiro fim de semana de exibição nos Estados Unidos faturou mais de 25 milhões de dólares. No entanto, se tal vier a acontecer, saiba que parte daquelas melodias nasceram inspiradas pelas oliveiras e pelo céu alentejano que rodeiam a casa do músico, em Avis. Toda a gente fala da participação de Rodrigo Leão em “O Mordomo” e na “Gaiola Dourada”, mas a sua ligação ao cinema já vem de longe…
Começou em 1989, num filme do Manuel Mozos, “Um Passo, Outro Passo e Depois…”. Foi o primeiro contacto que eu tive com o cinema. Coincidiu com o começar a compor com a ajuda do computador e sintetizador e quando me apercebi que podia gravar primeiro um piano, depois um violoncelo, sobrepondo pistas. Foi um salto muito grande em relação à forma como compunha, só com a guitarra ou o piano. Ao longo destes quase 30 anos, sempre manifestei a minha vontade em fazer música para filmes, mas existiram poucos convites. Fiz a música para o documentário do António Barreto, “Portugal, Um retrato Social”, mas, no total, devo ter feito apenas meia dúzia de coisas. A verdade é que este ano já vou no quarto filme. O primeiro foi “O Frágil Som do Meu Motor”, do Leonardo António, o segundo “A Gaiola Dourada”, do Ruben Alves, e seguiu-se “O Mordomo”, de Lee Daniels. Neste momento estou a trabalhar a música para um
filme angolano, “Rainha Ginga, Rainha de Angola”, do Sérgio Graciano. Calhou durante um ano estar a trabalhar, essencialmente, música para filmes. Existe uma grande diferença entre compor para cinema ou para um disco?
Quando estamos a tentar fazer música para um filme, normalmente temos a imagem à nossa frente. Há um primeiro momento em que prestamos atenção à imagem, ao ator, à voz do ator. Há uma série de coisas de que é impossível fugir. Torna-se, por isso, um pouco diferente. Numa segunda fase, as formas de compor acabam por se aproximar. Trata-se de procurar um daqueles momentos que possam dar origem a alguma coisa especial, com o processo de descoberta de uma harmonia e gravarmos um violoncelo, uma viola ou uma flauta… Quais são as suas rotinas e quais os locais onde compõe?
Neste momento, acabo por compor mais no Alentejo e em Lisboa. No fundo, o que eu uso para compor é muito portátil. Basta um computador e um pequeno teclado que eu possa transportar, nomeadamente para os hotéis durante as digressões, para, se surgir alguma ideia, a poder gravar. Às vezes, vou a conduzir, tenho uma ideia e gravo-a para o telemóvel. É importante termos esses meios. É evidente que em Lisboa tenho um sintetizador maior, mas aqui, no Alentejo, tenho um piano acústico… Os orçamentos nos filmes em Hollywood são, regra geral, muito mais generosos do que nas produções europeias. Que importância
é que isso teve no resultado final das bandas sonoras?
Já estão anunciados dois coliseus para o mês de novembro. O que é que se irá seguir?
O meu cachet foi semelhante num caso e noutro. Mas a verdade é que havia um orçamento para a parte musical, no filme americano, bastante maior que no filme luso-francês. Isso deu-nos a oportunidade de gravar uma orquestra em Londres, num grande estúdio, com grandes músicos, e com um arranjador com grande experiência de cinema, Steve Bartek, com quem gostei muito de trabalhar. Nesse sentido as coisas foram ligeiramente diferentes. O facto de um dos filmes ter orquestra e o outro não pode fazer uma grande diferença, mas estou contente com o resultado dos dois.
Os próximos concertos que estão agendados para novembro, dia 23, no Coliseu de Lisboa, e 24, no Coliseu do Porto, terão duas partes distintas. Uma primeira parte onde iremos tocar muitos dos temas que eu compus ao longo deste ano para estes filmes - e por isso resolvemos chamar ao espetáculo “Bandas Sonoras”-, mas com uma formação alargada, com um quarteto de cordas e um trio de sopros, para além dos músicos que costumam tocar comigo, o que nos dá a possibilidade de fazer arranjos diferentes. Depois, na segunda parte, teremos um convidado especial, o cantor australiano Scott Matthew, com quem temos trabalhado nestes últimos dois anos e com quem estamos a pensar fazer um disco. É provável, até lá, conseguirmos ter mais dois ou três inéditos prontos.
Já se fala na hipótese de Rodrigo Leão ser um dos nomeados para os Óscares. Como é que encara essa possibilidade?
Não penso na hipótese de ser candidato ao Óscar. Há tantos filmes nos Estados Unidos e tantos músicos com mais experiência que não acho que valha a pena estar a perder tempo a pensar nisso. Quero seguir o meu caminho, continuar a fazer música. Neste momento, como já disse, estou a trabalhar no novo filme do Sérgio Graciano. É evidente que se tiver mais convites será bom, mas parece-me que a minha música pode ter mais a ver com o cinema europeu do que com o americano. Fiz a música para este filme com um prazer muito grande. É um filme com grandes atores e sendo, sobretudo, uma história muito americana, acaba por ser também muito universal, já que trata da relação de um pai com um filho e, nesse sentido, acho que a minha música encaixou bem no filme.
Scott Matthew participou nos seus dois últimos trabalhos. Como é que foi descobrir esta voz ao outro lado do mundo?
Foi aqui, no Alentejo, há dois anos, quando andava a preparar a “Montanha Mágica”. Andava a tentar encontrar vozes masculinas e, no meio de muitas que amigos me enviaram, descobrimos a voz do Scott Matthew. Foi logo uma paixão. Achei que encaixava bem na música que estava a fazer. Nesta última compilação, “Songs”, fizemos outro tema juntos. Esta relação está a ser saudável e já resultou numa nova canção que se chama “Enemies”, que ainda não está gravada mas que já tocámos ao vivo numa das poucas vezes que o Scott pôde vir a Portugal.
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É hora de os alentejanos recuperarem o Alentejo que lhes pertence, libertando-se das dependências para que possam decidir livremente o seu futuro, para que nele possam viver e voltar a viver e não sejam obrigados a sair daqui por falta de opções de vida. Luís Assis, “Diário do Sul”, 10 de setembro de 2013
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É nestas ocasiões que se revelam os podres das redes sociais. Esta semana, numa lamentável e trágica ocorrência, faleceu em Castro Verde uma criança de oito anos. Ao contrário de outros órgãos de comunicação, o “DA” deu a notícia de forma prudente e reservada. Mas no nosso FACEBOOK não se fizeram esperar os comentários rasteiros, supostamente “justiceiros”, em relação aos pais enlutados. Juntando dor à dor alheia. Lastimável. PB
Opinião
Dinossauros unidos, jamais serão vencidos! José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local
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ão o Tribunal Constitucional, mas sim a irresponsabilidade e incoerência dos muitos parlamentares que votaram favoravelmente a lei em apreço, ratificaram a consolidação duma nova profissão em Portugal – presidente de câmara. A união de dinossauros, à direita e à esquerda, cientes das suas forças na sociedade, economia e política, venceram quem ousou pôr em causa os seus eternos e influentes poderes. Agora, vamos ver como as pessoas, o eleitorado, se comportará ao exercerem o seu direito ao voto. Optarão maioritariamente por elegerem as dezenas de dinossauros, validando a nova profissão, ou preferirão ter presidentes locais. A ver vamos. Como defensor e praticante, onde a possa exercer, da renovação das lideranças em instituições públicas e nas organizações da dita sociedade civil, considero que é só mais uma batalha que terá que ser vencida. “Quando o povo assim quiser.”
Tempo de renovação e de esperança Manuel António do Rosário Padre
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m tempos de crise, como os que vivemos, torna-se ainda mais necessário construir consensos alargados em ordem ao futuro e ao bem comum, ter a coragem de denunciar os erros e a humildade de reconhecer o bem que os outros fazem, mesmo que sejam nossos adversários ou até nossos inimigos. Não “entende” esta linguagem quem se move nas águas turvas do carreirismo, do oportunismo, onde o “vale tudo” acaba por se impor e reinar, desvirtuando, invertendo, descaracterizando, confundindo verdade com opiniões e certezas. Se a objetividade deixa de contar como critério fundante, passam a impor-se tão só a subjetividade e/ou os interesses de grupo mais ou menos velados. Isto aplica-se a diferentes âmbitos da sociedade, desde a política à igreja. Muitos cidadãos desiludidos com os partidos políticos, ou se desinteressam e não votam, alheando-se e recusando ser cúmplices daquilo que consideram ser um cancro, ou então, procuram formas alternativas de fazer política sem qualquer filiação ou conotação. É desejável que, por aquilo que está em causa, surjam verdadeiros líderes que tenham como prioridades o bem das pessoas, nomeadamente das mais frágeis, e o verdadeiro desenvolvimento. Aqui fica um apelo dirigido aos “homens e mulheres de boa vontade” (Papa João XXIII) e aos jovens. Quanto à igreja, muitos se afastaram e deixaram de
acreditar face aos escândalos protagonizados por pessoas que, pregando princípios e valores, viviam nas antípodas, como os fariseus. Os últimos Papas têm, contudo, sido vigorosos nas suas intervenções, apelando ao discernimento, à denúncia profética, e à renovação. O Papa Francisco tem sido exemplar e os efeitos da sua pessoa, das suas palavras e das decisões já tomadas, tornaram-no uma referência a nível internacional e muitos, por todo o Mundo, começaram a regressar, cheios de esperança. Que os seus apelos cheguem a toda a igreja e a todos na igreja, onde há tanto ainda para fazer!
Febre de Espanha João Mário Caldeira Professor aposentado
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ão há veraneante das praias algarvias do sotavento que não seja acometido de uma irreprimível vontade de ir a Espanha logo que põe os pés em terra. É quase uma obsessão quando chega, mortinho por férias. Entre as povoações do país vizinho mais visitadas, ganha primazia Ayamonte por ser a que está mais perto e pela facilidade de acesso através da ponte sobre o Guadiana. A velha travessia de barco entre Vila Real de St.º António e aquela cidade espanhola caiu em desuso face à predominância do automóvel, meio mais rápido e expedito evitando as contingências da travessia por barco. Entretanto, na memória dos mais velhos emerge como num velho postal ilustrado essa antiga viagem entre os dois lados do rio sujeita a horários na ida e na volta e vigiada pelas polícias dos dois países que exigiam a identificação dos passageiros e faziam o controle dos produtos transportados. Eram tempos em que as fronteiras entre Portugal e Espanha estavam guardadas a sete chaves não passando pela cabeça de ninguém o livre trânsito de passageiros e mercadorias. Os velhos ferry que asseguravam a ligação entre as duas povoações ribeirinhas partiam carregados de pessoas e de carros cortando vagarosamente as águas do Guadiana com as suas carcaças meio enferrujadas e os seus bancos de madeira denunciando o peso da idade. Nada se modificava no sistema ano após ano. Sempre as mesmas instalações, os mesmos barcos e serviços, igual burocracia e a habitual prepotência dos funcionários. Os da alfândega, os da polícia, os mestres dos barcos e pessoal de apoio mantinham a eterna cara impassível, respondendo com mau modo à mais leve interpelação dos utentes. Na insistência, saía um resmungo ou pouco mais do que isso. Eram tempos em que ficava mal ser solícito, em especial nas bandas do sul. Os empregados julgavam estar a fazer um favor, não a prestar um serviço, pecha que, em certos casos, ainda persiste no País. Entretanto entre gaivotas e cheiro aos esgotos que vazavam no rio, lá se chegava a Espanha sob o olhar mais ou menos atento, e também pouco simpático, da Guarda Civil, sempre presente na passadeira logo que o barco acostava. Apesar da época difícil que se vivia, a paixão de pisar solo espanhol não era muito diferente da de hoje, podendo até dizer-se que era maior dado o câmbio favorável entre o escudo e a peseta que incentivava ao consumo no país vizinho. Hoje com a paridade do euro e sem grande diferença
nos preços de um e de outro lado, os portugueses sentem a viagem mais como uma “ida ao estrangeiro”, um passeio especial, do que uma forma de comprar barato. O clima próprio que lá se vive parece ser agora o grande atrativo dos veraneantes deste canto do Algarve. Ainda que a integração europeia e a globalização em geral tenham ido atenuando diferenças, há ainda um “viver espanhol” que persiste, mesmo em zonas de fronteira onde essas diferenças tendem a esbater-se. A febre de Espanha de que padecem os banhistas do sotavento pode agora ter essa motivação, que é tanto mais premente quanto mais longe residam de “nuestros hermanos” só os podendo visitar uma vez por outra, muitos só quando descem para férias. O comércio de Ayamonte, atento ao fluxo da onda portuguesa adaptou-se ao seu apetite, não só no habitual sentido da palavra. As lojas de roupa regurgitam novidades “veraniegas”, a bijuteria anuncia-se com “salero”, os cremes e produtos para a praia acenam nas prateleiras prometendo as peles de sonho das mulheres andaluzas, os escaparates das esplanadas fustigam os transeuntes com uma lista inumerável de tapas, em geral de “pescado”, onde as gambas, os chocos e o atum têm lugar à parte, mas também, e todavia, “el jamon”. Tudo se passa em ruas cortadas ao trânsito por onde circulam os bandos de portugueses cumprindo o dever sagrado de ir a Espanha, entrando e saindo das lojas, revendo-se nas montras, enxameando nas esplanadas, quase abafando o dialeto dos naturais que praticamente só se ouve nos locais de atendimento. Ayamonte, mais por interesse do que outra coisa, escancara-lhes as portas, ávida do dinheiro suado do lado de cá, farta de saber que a avalanche só perdura até setembro. Há que aproveitar a maré enquanto é tempo. Saturado da jornada, o grande exército lusitano regressa aos carros já com a tarde adiantada. Sem pressa de chegar. A pátria não foge. O saco de gambas cozidas, comprada num grande armazém onde converge a malta só porque todos vão, vem acondicionado ao lado do condutor entre os pés do pendura, como um prolongamento da Espanha que se deixa sem mágoa mas com alguma melancolia. A degustação do marisco faz-se à chegada, no local de origem, a “caña” São Miguel trocada pela Sagres, as bandeiras dos dois países cruzandoNão há veraneante -se sobre a mesa, a Espanha das praias com o marisco, Portugal com algarvias a bebida. Trocada a fatiota da viagem pelos calções e sapatas do sotavento havaianas da praia, vá de gamque não seja bas e cerveja. Já com a noite a acometido cair sobre o mar tecem-se os de uma irreprimível comentários habituais sobre a vontade de ir jornada, sempre pouco abonaa Espanha logo tórios para os vizinhos do lado de lá. Coisa que vem do antigaque põe os pés mente, hoje um pouco dor de em terra.É quase cotovelo. uma obsessão E nt re t a nto, Gu ad i a na quando chega, abaixo, correm as mágoas dos mortinho por férias. que não puderam ir a Espanha, na maioria de alentejanos que são mestres em fabricar saudades. Adeus Ayamonte, até para o ano! – dirão os que, lambendo os dedos, acabam de comer as gambas compradas na outra margem.
A novela em torno das contas da CÂMARA DE BEJA continua. Assim como prossegue a guerra sem quartel entre o executivo socialista e a oposição comunista. Desta vez, os eleitos da CDU não abandonaram a sessão da câmara. Mas voltaram a protestar vivamente contra a não divulgação do valor da dívida autárquica. Em tempo de eleições, e para evitar equívocos, era bom que esses números viessem a público. PB
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Durante o fim de semana, Castro Verde recebe mais uma edição do festival PLANÍCIE MEDITERRÂNICA. É o encontro cultural que fecha o verão, na nossa região, e é um dos mais interessantes e antigos programas que por cá acontecem. Para quem nunca se assomou a Castro por esta altura do ano, aqui está uma boa sugestão para temperar os dias insonsos da pré-campanha eleitoral. PB
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Em tempos de crise, não há como não nos escandalizarmos. Há, por todo o lado, verdadeiros motivos para tal. A diferença relevante está entre o escândalo verdadeiro que sentimos por ser humanos, e a manutenção e prolongamento artificial de um estado de excitação permanente a que eu chamaria o escandalismo. Rui Tavares, “Público”, 9 de setembro de 2013-09-10
Comissão Europeia procura “Capital da Inovação”
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Comissão Europeia acaba de lançar um primeiro concurso destinado a selecionar a Capital Europeia da Inovação, ou iCapital. O prémio destina-se a recompensar a cidade que está a construir o melhor «ecossistema de inovação», ligando cidadãos, organizações públicas, universidades e empresas. As cidades serão avaliadas tendo em conta as suas iniciativas e realizações até à data, mas também as ideias que venham a ter para incentivar a capacidade de inovação. As candidaturas devem demonstrar que têm uma estratégia global que seja inovadora (em termos de conceitos, processos e instrumentos), inspiradora (destinada a atrair talentos, financiamento, investimento e ainda a participação e o empenhamento dos cidadãos), integrada – demonstrando ligações com os objetivos da estratégia Europa 2020, nomeadamente um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo à escala da Europa e interativa através da constituição de uma comunidade da inovação intra e interurbana. O concurso está aberto às cidades de qualquer Estado-Membro da UE ou país associado ao programa-quadro de investigação da União. O prémio recompensa cidades com mais de 100 000 habitantes e que desenvolvem iniciativas desde, pelo menos, 1 de janeiro de 2010. Nos países em que nenhuma cidade tenha mais de 100 000 habitantes, pode candidatar-se o centro urbano de maiores dimensões. A cidade vencedora será escolhida na primavera de 2014 e receberá um prémio de 500 000 euros destinado à promoção dos seus esforços. O prazo para entrega de candidaturas é 3 de dezembro de 2013. As cidades candidatas podem encontrar todas as informações sobre o concurso em http://ec.europa. eu/research/innovation-union/index_ en.cfm?section=icapital. As perguntas relativas às candidaturas podem também ser enviadas para: rtd-i-capital@ ec.europa.eu.
Representação em Portugal da Comissão Europeia
Cartas ao diretor reivindicar esta cidade (ou vila) alentejana Manuel Júlia Vinagre de forma discreta e a “fúria” despropositada da Espanha no que toca às exigências António sobre o Rochedo. O que estas notícias vêm aparente- Há anos que eu não ía à Bolota, na Terrugem, Casadinho mente abrir caminho é à convicção de que não porque não tivesse saudades, mas por Madrid não parece disposta a ouvir opi- graves problemas de saúde que me imposParrinha niões e razões que não sejam os seus, a fa- sibilitaram de fazer muitas coisas, durante Maria Antónia Goes Alvito
Manuel Dias Horta Beja
Para os amigos era o pássaro. Tinha 53 anos, era um moço jovial, alegre, tê-lo à mesa era um prazer, pois dali só vinha solidariedade. Quis separa-se da vida. Vida triste-vida mistério. Não temeu a morte. E tu morte que és tão forte não foste capaz de recolher a mão, a quem, se calhar, ia cometer um erro. Para tantos, como eu, fica a saudade, porque o resto contigo morreu.
zer respeitar os tratados que lhe convêm, e que pouco lhe importam as consequências que tudo isso lhe poderá trazer. Este posicionamento pode abrir o caminho a numerosas crises e tensões, que não creio que venham a beneficiar minimamente ninguém, muito menos o povo espanhol. Resta ver qual vai ser a reação em Portugal. Continuar com a cabeça mergulhada na areia?
Padre Fatela Luciano Raimundo Beja
Selvagens Augusto António Amado Almada
O estado espanhol parece estar a iniciar um ciclo de reivindicações cujo aspeto contraditório não pode escapar a qualquer observador atento. Na verdade, após Gibraltar, Madrid contesta a interpretação que Lisboa faz da soberania das águas que rodeiam as Ilhas Selvagens. Fá-lo... ao abrigo do direito internacional. Não pretendo discutir se a Espanha tem ou não razão. O que é espantoso nesta atitude é o facto de Espanha usar várias e opostas interpretações do mesmo direito internacional. Madrid parece não se dar conta de que está a “brincar” com coisas muito sérias e a despoletar indignações e a mexer num vespeiro. Os dirigentes espanhóis não se dão conta que, ao reivindicarem Gibraltar com base nas teses anticolonialistas das Nações Unidas, terão de aceitar a validade das reivindicações de Marrocos sobre Ceuta e Melilla. Madrid parece não ter consciência de que agitar regras do direito internacional (tenha ou não razão) em relação à Zona Económica Exclusiva das águas das Selvagens a faz cair numa abissal contradição, já que, em relação a Olivença, mantém uma situação de claro não cumprimento das determinações de 1814/15 e 1817, tomadas em Congressos Europeus onde esteve presente e de que foi signatária. Alguns articulistas e comentadores, a propósito ainda e apenas dos recentes acontecimentos em Gibraltar, optaram por não referir Olivença, ou por destacar o contraste entre a posição “cautelosa e prudente” da diplomacia portuguesa ao
Foi com muita tristeza que li a notícia do falecimento do meu amigo padre Fatela no “Diário do Alentejo” do dia 15/3/2013. A última vez que tive o imenso prazer de abraçar e falar com o padre Fatela, que já estava muito debilitado, foi perto da Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja. O padre Fatela era meu grande amigo do meu primo Augusto Santiago e do padre Manuel Vaz Leal, que eram, como eu, naturais da Beira Baixa. O meu primo Santiago deixou a vida de padre para poder casar e depois foi exercer a profissão de juiz em Castelo Branco. O padre leal muito meu amigo, que ainda estava ligado à minha família era o capelão das minas da Panasqueira. Algumas vezes veio pregar à Sé de Beja. O padre Fatela foi diretor da Casa Pia, na rua com o mesmo nome, que cedeu, cujo edifício se encontra abandonado. O padre fatela era uma pessoa muito dinâmica e ativa. Criou entre os alunos da Casa Pia, uma banda de música e uma orquestra infantil, que a levou a atuar no Palácio de Belém, para ser ouvida pelo presidente da república almirante Américo Tomaz, que muito apreciou a sua atuação. Esta orquestra, algumas vezes ali cantou. Na Casa Pia também existia uma escola primária que era lecionada pelos professores Delgado e Tadeu. Também foi diretor da Casa da Cultura onde deixou boa “obra”, sendo ali muito considerado e estimado. O padre Fatela fez muitos favores a pessoas que lhe solicitavam e nunca se recusou a aceitar os pedidos que lhe eram feitos. Nos seus últimos dias de vida viveu numa extrema pobreza e foi esquecido por algumas pessoas. Deus lhe dê a paz à sua alma.
uns anos. Mas fui esta semana. Está tal como dantes – uma sala acolhedora de restaurante bom, as toalhas e os guardanapos grandes, de boa qualidade e impecavelmente passados a ferro, as empregadas bem vestidas e simpáticas, de sempre. Claro que perguntei logo pela Júlia. – A Senhora morreu há uns meses. Não queria acreditar. Eu sabia que ela estava doente, mas morrer a grande dama da cozinha alentejana e eu não saber? Eu não ter dado por nada? Admito que os filhos não tenham querido publicitar a morte da mãe, mas a Júlia Vinagre era muito mais que mãe. Não se faz uma homenagem a uma gastrónoma de exceção, inventora de uma nova cozinha alentejana? De um novo conceito de restaurante? De um requinte simples, mas que ensinou tanto a tanta gente. Conheci a existência da Bolota num jantar em Lisboa. Ao meu lado estava o Brito Aranha, então dono do restaurante Avis e a conversa, obviamente, caiu na comida. - No Alentejo há um restaurante excecional, disse-me ele. Não me lembro do nome da terra, mas é uma aldeia ao pé de Elvas. A dona chama-se Júlia Vinagre e vale a pena você conhecê-la. E fui lá, à tal aldeia ao pé de Elvas. É preciso ter coragem para abrir um restaurante num lugarejo, ainda que junto à estrada internacional Lisboa/Madrid. Hoje deixou de ser passagem porque a auto-estrada, ainda que passe ao lado, afastou muitos viajantes. Ainda hoje, 20 anos depois, continuo a fazer na minha casa os prato que comi na Bolota – bifinhos com ameixas e vinho de Borba, salada de frutos secos, gratinado de espinafres com gambas. Outros houve que modifiquei imitando a apresentação – o cozido de grãos (que ali se serve num tarro) com as carnes cortadas em bocadinhos, os legumes e o grão dentro do caldo e o pão à parte. Quando abri o meu turismo rural apliquei muito do que aprendi com a Júlia Vinagre. Se nas nossas casas usamos paninhos bordados no cesto do pão, porque é que no restaurante usariamos guardanapos de papel? A Júlia era chefe? Acho que não. A Júlia era uma grande senhora que entrava na cozinha para modificar os pratos da cozinha tradicional alentejana, para os apresentar melhor, para os tornar ainda mais apetitosos. Bem haja minha querida amiga! Obrigada pelo legado que nos deixou. A Júlia Vinagre ficará sempre no meu coração.
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Muitos professores, “efetivos”, ficaram com horário zero. As últimas instruções governamentais foram de uma invulgar insensibilidade, ao imporem listagens de funcionários excedentes, como se faz a uma mercadoria qualquer, mais ou menos descartável e com prazo de validade arbitrariamente definido”
Carta
Que escola para Portugal? José Velez Beja
Disse Camilo Castelo Branco: “o silêncio é uma confissão”. Pois quero quebrar o silêncio e recuso-me a confessar a minha resignação ao sombrio caminho a que querem levar a escola. Acreditava Fernando Pessoa que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Eu também! Tem de valer a pena lutar pelo que é justo e pela nossa integridade, com alma grande. Não foi Camões que orgulhosamente eroclamou que fomos nós portugueses que “demos novos mundos ao mundo”? Que escola para Portugal? Cortes radicais na despesa, dispensa massiva de professores e outros funcionários, concentração de alunos e uma gestão vincadamente centralizada, de difícil liderança e impossível proximidade. Seguramente, estamos a andar para trás! É toda uma política de brutal restrição orçamental e de austeridade excessiva, a qual, PUB
sem o devido estudo dos impactos e danos colaterais e implementada de forma meramente economicista, pode trazer resultados devastadores. Juntar escolas e alunos do pré-escolar ao 12.º ano, numa só “escola”, é inédito no mundo desenvolvido; pela amplitude de idades, dispersão de estabelecimentos, variação de projetos e ciclos abrangidos, agora com turmas com 30 alunos. Uma mistura confusa, uma caldeirada sem conhecermos bem os ingredientes. No concelho de Beja, ao arrepio de todos os pareceres dos órgãos municipais, foram unilateralmente impostos dois MA, desequilibrados em dimensão, em população, em características e em oferta. O MA1 com mais de 3 000 alunos, incluindo uma Escola Secundária e dois agrupamentos, envolvendo a escola de referência de ensino articulado, um TEIP e uma unidade de multideficiência; ainda com diversas turmas de ensino específico, CEF e PIEF; estende-se por três edifícios sede, dois centros escolares com 1.º ciclo e jardim de infância e sete escolas rurais. O MA2, de menor complexidade, mas com cerca de 2 000 alunos, formado pela outra Escola Secundária e outro
agrupamento, também com uma unidade de multideficiência e algumas turmas CEF; funciona em dois edifícios sede, um centro escolar do 1.º ciclo com jardim de infância e quatro escolas rurais. É obra! O MA1, bem maior e mais complexo, é gerido, tal como o MA2, por uma Comissão Administrativa Provisória de cinco elementos, três do secundário e apenas dois dos agrupamentos já existentes… Os alunos vindos dos agrupamentos são cerca de 70 por cento do total… Como será possível uma gestão, quanto mais liderança, de proximidade, eficaz e eficiente, num universo tão complexo, com realidades tão diversas e miúdos dos três aos 18 anos, ou mais? Tudo implementado no 3.º período, próximo das provas e exames finais. Quem assumirá as responsabilidades de tantos riscos e disparates? Muitos professores, “efetivos”, ficaram com horário zero. As últimas instruções governamentais foram de uma invulgar insensibilidade, ao imporem listagens de funcionários excedentes, como se faz a uma mercadoria qualquer, mais ou menos descartável e com prazo de validade arbitrariamente definido,
em agosto, vésperas do início do ano escolar e nos locais por excelência onde não pode haver medo nem desespero, onde o saber, a motivação, a aprendizagem e a luta por um futuro melhor têm de ser prioritários. Milhares de funcionários das escolas poderão ter o trabalho em risco e o futuro incerto. Há ainda os Q.Z.P, outro pessoal contratado, AEC … Ironicamente, há bem pouco tempo, eram unânimes as queixas das direções sobre a falta de pessoal auxiliar. Câmaras e juntas de freguesia fizeram esforços enormes para minimizarem estas dificuldades e agora pedem-se listas de descartáveis, perdão, excedentes. Haja algum decoro, falamos de pessoas, trata-se do futuro dos nossos filhos, dos nossos netos, do nosso País, do pilar básico e fundamental da sociedade, a escola! Socialmente dramático! Quais serão os custos nos nossos alunos? Que impacto terão os danos colaterais provocados por esta política? Poderemos regredir ao tempo da reforma educativa do professor Veiga Simão, há mais de 40 anos. Poderemos deitar a perder tudo o que foi conseguido desde então. Que dirá o outro grande reformador do nosso Sistema
Educativo Moderno, professor Roberto Carneiro? Quanto custará ao País o descrédito educativo, a crise social, a falta de qualidade e mesmo de segurança nas escolas? Quantos milhares de milhões de euros custarão aos portugueses, de investimento, de sacrifícios, de desespero, de desmotivação e de empobrecimento mental de professores, funcionários, pais e, acima de todos, dos nossos jovens? Que legado deixaremos às gerações futuras? Pior que sermos um país pobre, corremos o risco de nos tornarmos num pobre país. Basta, é preciso parar! É crucial haver humildade e razoabilidade. Peça-se ajuda a quem, pela competência, pela experiência e pelo bom senso, sabe e pode fazer mais e melhor! Escutemos aqueles que pelas ideias e pelas provas dadas querem dar o seu contributo válido e construtivo! É fundamental mantermos a nossa verticalidade, a nossa dignidade. Mesmo para com os nossos credores e sobretudo para com eles, pois, ironia das ironias, alguns deles são dos maiores culpados pelo estado económico e social a que chegámos…Corajosos, como Sofhia de Mello Breyner, sabiamente afirmou,
ILUSTRAÇÃO SUSA MONTEIRO
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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“corajoso é combater o que está à nossa frente e no poder, e só o que é corajoso é divertido”. É angustiante a forma ligeira, irresponsável, como o País está a desperdiçar e, mais grave, a perder os seus melhores ativos. Falo de gente, dos mais aptos, dos mais jovens e dos mais qualificados. Como é possível falar-se tanto na necessidade de investimentos e deixar-se abalar, todo um investimento de décadas na formação e na educação, porventura nos nossos recursos mais importantes que são, repito, as pessoas. Estamos a exportar gratuitamente os “recursos“ mais valiosos e, seguramente, os mais apetecidos para aqueles que têm a consciência do seu inestimável valor no desenvolvimento e na construção dum futuro mais próspero. Lutemos por um ensino com qualidade de e para todos, por uma escola digna e justa. Juntemos as mãos pelos nossos miúdos, pela sua educação, pela sua formação, pelo seu e pelo nosso futuro. “O fraco rei, faz fraca a forte gente”, anteviu Camões. A fraca política educativa, fará fracos os fortes estudantes, antevejo eu.
Copa Alentejo 2013 não se realiza
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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A II Copa Alentejo, torneio de futebol infantil entre clubes alentejanos, cuja cerimónia de abertura esteve prevista para o próximo fim de semana na cidade de Beja, não se realizará. A competição dirigia-se aos escalões de petizes, traquinas, benjamins e infantis, estreou-se em 2012 com enorme sucesso e uma organização resultante de uma parceria entre a empresa de comunicação Imagem4, o Desportivo de
Desporto
Beja, Lusitano de Évora e Grupo Desportivo Afeiteira, de Vendas Novas, em cujas cidades se disputaram as diversas etapas da prova. Este ano, o Desportivo de Beja continuava na parceria organizativa e a abertura esteve marcada para o dia de amanhã no Complexo Desportivo Fernando Mamede, mas durante esta semana a Imagem 4 decidiu cancelar a prova devido ao reduzido número de equipas inscritas.
Piense ganhou em Beja O Torneio de Futebol organizado pelo CCD do Bairro da Conceição, que além da equipa local participaram também o Piense e o Aljustrelense, terminou com a vitória da equipa de Pias. Resultados: Piense-Bairro da Conceição, 1-0. Bairro da Conceição-Aljustrelense, 0-1; Piense-Aljustrelense, 0-0 (4-1 gp).
Futebol juvenil Infantis – Série A – 1.ª jornada (26/10) Guadiana-Despertar A Operário-Bairro da Conceição Ferreirense-Sporting Cuba N.Sporting Beja-Desportivo Beja Infantis – Série B – 1.ª jornada (26/10) Piense-Serpa Santo Aleixo-Moura Aldenovense-Amarelejense Despertar B-Vasco Gama Infantis – Série C – 1.ª jornada (26/10) Aljustrelense-Ourique São Marcos-Almodôvar Milfontes-Renascente Castrense-Odemirense Iniciados – Série A – 1.ª jornada (1/12) Alvito-Moura Ferreirense-Bairro da Conceição Aldenovense-Despertar Folga: Serpa
Nacional de Seniores O guardião Marco Hortense vê a bola entrar na sua baliza empurrada por Joni Ramos
O Almodôvar volta ao seu terreno para receber o Cova da Piedade
O Moura ainda não perdeu Vem por aí a terceira jornada do Campeonato Nacional de Seniores e com ela dois jogos de superior dificuldade para as duas equipas que disputam a prova em representação da AF Beja. Texto e foto Firmino Paixão
O
Moura joga no terreno do União de Montemor, formação que nas duas jornadas anteriores teve um percurso semelhante aos mourenses, uma vitória em casa e um empate em terreno alheio. O reduto do União é tradicionalmente di-
fícil, mas, em passado recente, o Moura já lá ganhou, como também perdeu no seu campo com este mesmo adversário. Será um jogo de prognóstico difícil, em que a maior percentagem de favoritismo é dos locais, pelo que a conquista de um ponto já seria um bom resultado para a turma comandada por Joaquim Mendes. O Almodôvar, sem qualquer ponto conquistado nas duas primeiras rondas deste campeonato, vem de duas derrotas e recebe a formação do Cova da Piedade, equipa que, na última época, também emergiu dos regionais ao vencer o Campeonato Distrital da AF Setúbal. Os piedenses vêm de um expressivo triunfo em casa, mas com a
equipa do Barreirense, e ocupam o segundo lugar da tabela, atrás e com menos dois pontos que o Quarteirense, única formação só com vitórias. Será uma partida difícil para a equipa almodovarense. Do fim de semana passado vem essa vitória clara do Moura sobre o Almodôvar (3-0), com golos de Joni Ramos, Mamadu e Ventosa, numa partida em que os avançados da equipa local se revelaram muito perdulários e o guardião Marco Hortense fez uma exibição de grande nível, fatores que evitaram que o Almodôvar saísse de Moura goleado. São duas equipas com andamento diferente, mas a prova ainda agora começou.
Distritais dos escalões formação já têm calendário definido
Juniores sem competição
O
cancelamento do Campeonato Distrital de Juniores é uma das novidades da temporada futebolística ao nível dos escalões de formação da Associação de Futebol de Beja. No entanto, essa lacuna acaba por ser compensada por um substancial aumento de equipas no escalão de juvenis, que passa dos oito clubes da época passada para 15 (duas séries). Nos iniciados haverá apenas mais uma equipa
(14), menos uma, e em infantis mantém-se as mesmas 24 equipas. A AF Beja procura ainda um modelo organizativo para as provas de benjamins, pelo que ainda não houve qualquer sorteio. A ideia principal é a de trocar a componente competitiva ao nível desta faixa etária, por um modelo que configure maior convívio entre os jovens. O campeonato de juniores teve a pré-inscrição de seis equipas, o mínimo exigível para
que o campeão suba ao patamar nacional. Posteriormente o Odemirense retirou a sua inscrição, inviabilizando a organização da prova. Os restantes inscritos optaram por inscrever equipas B (Moura, Castrense e Vasco da Gama) no campeonato da segunda divisão, o Sporting de Cuba avançou para a prova de juvenis e o Aldenovense, que completava o lote de pré-inscritos, acabou por reforçar a sua equipa de seniores.
Iniciados – Série B – 1.ª jornada (1/12) Almodôvar-Castrense Desportivo Beja-Guadiana Aljustrelense-Milfontes Folga: Operário Rio Moinhos Juvenis – Série A – 1.ª jornada (1/12) Despertar-Serpa Sporting Cuba-Santo Aleixo Amarelejense-Desportivo Beja Moura-Alvito Juvenis – Série B – 1.ª jornada (1/12) Milfontes-Aljustrelense Bairro da Conceição-Odemirense Castrense-Almodôvar Folga: Ourique Taça Melo Garrido Iniciados – Série A – 1.ª jornada (13/10) Alvito-Moura Ferreirense-Bairro da Conceição Aldenovense-Despertar Folga: Serpa Taça Melo Garrido Iniciados – Série B – 1.ª jornada (13/10) Almodôvar-Castrense Desportivo Beja-Guadiana Aljustrelense-Milfontes Folga: Operário Rio Moinhos Taça Armando Nascimento Juvenis – Série A – 1.ª jornada (13/10) Despertar-Serpa Sporting Cuba-Santo Aleixo Amarelejense-Desportivo Beja Moura-Alvito Taça Armando Nascimento Juvenis – Série B – 1.ª jornada (13/10) Milfontes-Aljustrelense Bairro da Conceição-Odemirense Castrense-Almodôvar Folga: Ourique
Nacional de Juniores: Despertar em 5.º lugar
Foram positivos os resultados das duas equipas do distrito de Beja que disputam esta competição nacional. O Odemirense foi a Faro vencer o São Luís, em Faro (1/9) e o Despertar empatou em Albufeira com o Imortal (1-1). O Despertar é o quarto da tabela, liderada pelo Farense e o Odemirense é o quinto, ambos com quatro pontos. Próxima jornada (15/9): Odemirense-Imortal e Despertar-V.Setúbal (11 horas).
2.ª Eliminatória da Taça de Portugal Já é conhecido o calendário da segunda ronda da Taça de Portugal, etapa em que participam 96 clubes, entre eles, todos os que disputam a 2.º Liga Profissional de Futebol. A Associação de Futebol de Beja mantém em prova três
representantes, Aljustrelense e Castrense e Piense. Todos eles jogarão em casa. O Aljustrelense recebe o Igreja Nova, o Castrense joga com o Camacha e o Piense tem como adversário o Cernache (Coimbra). Mas estão em prova mais seis clubes alentejanos que também já ficaram a conhecer
O Despertar foi derrotado em Olhão (0-3) em jogo relativo à 2.ª jornada do Nacional da 2.ª Divisão de Juniores. Foi a primeira derrota sofrida pelo treinador João Mansinhos desde que orienta a equipa bejense. O Despertar ocupa o 5.º lugar, com três pontos, menos três que o líder Olhanense, e amanhã joga em casa com o Farense (17 horas).
19 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
Nacional de Iniciados: resultados positivos
os seus adversários. Os jogos realizam-se em 22 de setembro e o quadro completo é o seguinte: Maria da Fonte-Grandolense, Ribeirão-Juventude; Alba-U.Montemor; Mafra-Oriolenses; Gafetense-Sousense; Piense-Cernache; Castrense-Camacha; Aljustrelense-Igreja Nova.
300 Cicloturistas animaram e coloriram o tradicional passeio de Beringel
A tradição de fazer bem Na época ainda não se falava muito em BTT, essa contagiante modalidade para a qual a Associação de Cicloturismo de Beringel também já se deixou arrastar. Texto e foto Firmino Paixão
F
oi na onda … e hoje, já teve que acrescentar o BTT à sua designação oficial. Mas desde há 22 anos que a praça Dr. Carlos Moreira, em Beringel, ganha, ciclicamente, um inusitado colorido. No último domingo cumpriu-se a tradição. Realizou-se o 22.º Passeio de Cicloturismo, um evento lúdico desportivo que reuniu cerca de três
centenas de bicicletas, organizado por meia dúzia de carolas ancorados a bons patrocinadores, razão de tamanha assiduidade. A manhã estava fresca, soprava uma brisa convidativa e o exercício de decifrar, nas camisolas coloridas, a origem de cada concorrente, atenuou a espera da longa fila que ainda confirmava a sua inscrição. Muitos vieram de longe, Almada, Cova da Piedade, Arraiolos, Loulé, Vila Real de Santo António, outros da periferia, mas todos comungando no espírito de rolar no imenso pelotão antes de se deterem diante das iguarias que a organização lhes proporcionou ao almoço. Um pouco depois da hora aprazada, a
Direção da Associação de Atletismo de Beja vai concluir o mandato
A confiança reforçada A Direção manteve o quórum e está, legitimamente, em funções, mas após a demissão de três dirigentes, o presidente da Assembleia-Geral da Associação de Atletismo de Beja, António Casaca, consultou os clubes. Texto Firmino Paixão
N
a reunião magna compareceram apenas sete dos 15 clubes filiados, foi reiterada a confiança ao executivo, agora presidido por Amélia Vaz, e cooptados três novos elementos para ocuparem as vagas. António Casaca explicou: “A minha decisão de pedir o parecer dos clubes foi, exatamente, baseada na ideia de que os clubes são
a base da associação, por isso, era importante que se pronunciassem sobre a manutenção em funções da atual direção”. Comentando o diminuto número de clubes, Casaca lembrou que “foi pouco, mas os históricos estiveram presentes e isso foi importante e determinante, porque para além da filiação em si, o peso dos históricos na vida da associação é muito importante”. Quanto às decisões saídas da reunião, revelou que “ficou decidida a continuidade dos atuais dirigentes por mais uma época, que é o ano que falta para se completar o atual mandato, cinco votos a favor, um voto contra e uma abstenção”. O dirigente anunciou ainda a entrada de três novos elementos para colmatar as demissões”.
coluna fez-se ao asfalto, precedida por um carro de som que espalhava animadas músicas pimba, alertando as gentes de outras vilas e aldeias para a passagem do evento. Assim foi em Mombeja, depois em Ervidel, mais tarde em Ferreira do Alentejo e também em Peroguarda. No regresso ao ponto de partida, os PUB
cicloturistas pedalaram pela alameda do Aeroporto de Beja, porque um dos desígnios destes eventos é mostrarmos o que por cá temos a todos os que nos visitam. Nós, que ficámos na berma da estrada, saltounos a corrente pela falta de disponibilidade dos dirigentes que nos dessem a conhecer melhor a coletividade beringelense.
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Torneios
Carlos Martins teve problemas mecânicos em Serpa
O triunfo não teve aquele sabor... O Mitsubishi Lancer Evo de Ricardo Teodósio/José Teixeira dominou o Rali Flor do Alentejo Cidade de Serpa 2013, quarta prova do Campeonato Regional de Ralis Sul (VHS). Texto e foto Firmino Paixão
“
A
prova correu-nos bem, no sábado tivemos um dia difícil, com um problema no diferencial, mas conseguimos chegar até aqui, ganhámos a
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Superespecial e todos os outros troços” revelou Ricardo Teodósio, lamentando a avaria mecânica no carro do atual líder do campeonato, o piloto serpense Carlos Martins, relegado para o 4.º lugar. “Infelizmente o Carlos teve um problema com o carro, mas as corridas têm dessas coisas, hoje ganha um, amanhã ganha outro, e hoje calhou-me a mim ser o vencedor”, disse o piloto algarvio. Preocupado com um acidente com elementos do seu grupo de assistentes, que ocorreu em Santa Iria momentos antes de a prova
terminar, Teodósio sustentou: “Pensamos sempre em andar o mais rápido possível, eu gosto de ganhar, mas assim a vitória não tem muito sabor, se o Carlos tivesse terminado a prova em condições, o resultado seria muito renhido entre nós os dois, e se eu ganhasse o sabor da vitória seria bem melhor”. Com duas provas por disputar até final do campeonato, Carlos Martins manteve a liderança e Teodósio chegou ao terceiro lugar, separados por 24 pontos e com Márcio Marreiros (2.º em Serpa) pelo meio e sublinha: “É muito difícil nós conseguirmos ser campeões regionais, teríamos que vencer o Rali do Algarve e o Rali de Ourique e o Carlos Martins não fazer melhor que quarto, e isso é muito difícil, não estou a ver esse cenário. Mas nunca se sabe, a vindima é até ao lavar dos cestos”, concluiu. O Rali Flor do Alentejo/Cidade de Serpa, organizado pela Sociedade Artística Reguenguense, abriu com o espetáculo de uma superespecial noturna na cidade de Serpa e quatro troços em terra batida desenhados entre A-do-Pinto, Vale dos Mortos e Santa Iria, com um total de 102,38 quilómetros (45,62 cronometrados). Dos 22 concorrentes admitidos à partida, sete ficaram pelo caminho, com avarias mecânicas. As próximas provas do campeonato serão o Rali do Algarve (8 e 9/outubro) e o Rali de Ourique (7 e 8/dezembro). Classificação final: 1.º Ricardo Teodósio/José
Teixeira (Mitsubishi), 35,56.87’; 2.º Márcio Marreiros/Rui Serra (Mitsubishi), a 1,17.55’: 3.º João Correia/Ricardo Barreto (Mitsubishi), a 1,27.68; 4.º Carlos Martins/Fernando Miguel (Mitsubishi), a 2,06.22; 5.º José Merceano/ /Francisco Pereira (Mitsubishi), 2,21.01; 6.º João Martins/Xavier Chaves (Mitsubishi), a 2,38.64, 7.º António Lampreia/António Morais (Ford Escort), a 3,26.01. 8.º José Dimas/Emanuel Faria (Subaru), a 3,45.77. 9.º Nuno Venâncio/André Barras (BMW 325), a 4,32.59. 10.º Marco Ferreira/Edgar Gonçalves (Citroen Saxo), a 4,43.90. Provas Especiais Cronometradas (PEC): Serpa
(2,1 km) 1.º Ricardo Teodósio, 2,17.02’. PEC 2 (Vale dos Mortos, 12,31 km): 1.º Ricardo Teodósio, 12,03.15’. PEC 3 (Santa Iria, 6,6 km); 1.º Ricardo Teodósio, 4,47.19’. PEC 4 (Vale dos Mortos); 1.º Ricardo Teodósio, 12,06.63’. PEC 5 (Santa Iria); 1.º Ricardo Teodósio, 4,42.84’.
José Saúde
Com as hostes já compostas e as armadas alinhadas, sendo no entanto do meu conhecimento que existem frotas que tentam ainda reajustar peças básicas nas suas esquadras, eis que os filiados da AF Beja já preparam com apego a época futebolística que se aproxima. No pretérito fim de semana proliferaram os torneios de preparação, assim como as apresentações oficiais dos novos plantéis, que levaram os conjuntos primodivisionários bejenses, quase no seu todo, a enveredarem por uma plena atividade. Sublinhe-se que dois dos emblemas sul alentejanos, Atlético Aldenovense e Vasco da Gama de Vidigueira, foram de abalada até ao Alto Alentejo, Oriola, enquanto por cá o BNS Conceição, no seu reduto, disputou um triangular com o Piense e o Aljustrelense, o Cabeça Gorda, em casa, reuniu os emblemas do FC Serpa, Desportivo de Beja e Portel e, em Mértola, o Guadiana, o Rosairense e o Castrense mediram forças. Por outro lado, o Milfontes fez a sua apresentação num jogo onde o Aljezur foi o adversário e o Odemirense recebeu o Silves. Não comento, como é óbvio, a temática dos vencedores, todos o foram, ou o conteúdo textual dos prélios, enalteço sim o teor competitivo que exatamente referencio. O importante é trazer ao conhecimento público o fascínio da entrega patenteada pelos clubes numa fase em que começa a delinear-se o espírito competitivo e os treinadores tirarem ilações do grupo. Os dados recolhidos dão, simultaneamente, razões abastadas àqueles que desinteressadamente vão manifestando a sua disponibilidade a um associativismo desportivo que arvora a sua terra num palanque superior. A minha opinião é que os grémios deverão ser um todo e a classe dirigente sobejamente ovacionada. Honremos, pois, a atitude dos bravos diretores que se mantém firmes nos seus postos e, por ora, os torneios que mexem com o povo da bola já sequioso de emoções.
institucional diversos
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Diário do Alentejo n.º 1638 de 13/09/2013 Única Publicação
Rita Magalhães Notária CERTIFICO: Para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação, lavrada em quatro de Setembro de dois mil e treze, de folhas trinta e um a folhas trinta e três do Livro de Notas número Duzentos e três-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal, em Almada: EUGÉNIA MARIA RAPOSO VENÂNCIO CUNHA, natural da freguesia de S. Salvador, concelho de Beja, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com José Mesquita Cunha, residente na Rua D. José de Alarcão, n.º 1, r/c direito, Pragal, Almada, intitulou-se dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio Rústico, denominado As Assarias, na freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, com a área de vinte e seis mil metros quadrados, destinado a cultura arvense e olival, confrontando de Norte com Estrada Nacional número trezentos e noventa e um, Sul com Bárbara Teresa Lúcia – Cabeça de Casal da Herança de, Nascente com Domingos Fialho Freitas e Poente com José Manuel Serominheiro Lampreia – Cabeça de Casal da Herança de; inscrito na matriz rústica em nome do primeiro ante-possuidor, Manuel João Venâncio, sob o artigo 285 da Secção A, da freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja. Que a Conservatória do Registo Predial de Beja certificou, em vinte e nove de Agosto de dois mil e treze, através da requisição número cento e oitenta e três, do mesmo dia, que feitas as buscas em nome das pessoas indicadas na requisição número sete mil seiscentos e noventa e nove de vinte e oito de Agosto de dois mil e treze da Primeira Conservatória do Registo Predial de Almada, com referência ao prédio identificado, nenhum foi encontrado em igual situação, composição e confrontações. Declarou a justificante que entrou na posse deste prédio rústico por doação verbal que seu pai (já falecido), Manuel João Venâncio, no estado de viúvo, residente que fora na Rua D. João de Castro, n° 5. 2.º Esq. Damaia, Amadora, lhe fizera a ela, ora justificante, por conta da quota disponível e com dispensa de colação, no princípio do ano de mil novecentos e noventa e um. Que, seu pai, Manuel João Venâncio, no estado de viúvo de sua mãe, Maria Luísa Cuco Raposo, havia entrado na posse deste prédio rústico por tradição, face ao pagamento integral do preço que acordou, com a segunda ante possuidora (já falecida), Clara Maria Montes Palma Martins, solteira maior, residente que fora em Cabeça Gorda, em data que não sabe precisar dado o tempo já decorrido. Que não se lembra se foi realizada a escritura de doação e, apesar das buscas realizadas nos Cartórios Notariais mais próximos, não conseguiu obter documento com validade formal que lhe permitisse o estabelecimento do trato sucessivo no registo predial. Que, desde a indicada data, vem possuindo este prédio rústico, cultivando-o e colhendo os seus frutos, de forma ostensiva e à vista de toda a gente, usufruindo ainda de todas as suas utilidades, tendo adquirido e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhe permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justifica a aquisição do direito de propriedade do dito Prédio Rústico, por usucapião, por não possuir documento com validade formal que lhe permita efectuar o registo para estabelecimento do trato sucessivo na competente Conservatória do Registo Predial. É certificado que fiz extrair e está conforme o original. Almada, aos quatro de Setembro de dois mil e treze. A Notária Rita Magalhães
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22 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Especialista
Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
dos Médicos
pela Ordem e Ministério da Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE
Fisioterapia
▼
7800-073 BEJA
Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional
JOSÉ BELARMINO, LDA.
Psicologia Clínica
Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
Drª M. Carmo Gonçalves
DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
Tratamentos
Rua Manuel António de Brito
Classes para Incontinência
Clinipax
Urinária
Rua Zeca Afonso,
Reeducação do Pavimento
nº 6-1º B – BEJA
Clínica dentária
Psiquiatria
Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care,
Psiquiatra no Hospital de Beja
Multicare, Allianze,
Consultas às 6ªs feiras
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341
a partir das 8:30 horas na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29
R. 25 de Abril, 11
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras
284328023 BEJA
▼
VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA Medicina dentária
▼
Médico Dentista
UROLOGISTA Hospital de Beja
Consultas em Beja
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023 BEJA
Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Otorrinolaringologia
DR. J. S. GALHOZ
DR. MAURO FREITAS VALE
FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO DENTISTA
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Prótese/Ortodontia Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
▼
Luís Payne Pereira
AURÉLIO SILVA Doenças de Rins e Vias Urinárias
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/Implantologia Aparelhos fixos e removíveis
Marcações pelo tel.
cave esq. – 7800 BEJA
Urologia
Cirurgia Maxilo-facial
▼
PARADELA OLIVEIRA
Seguros/Acidentes
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
▼
Dr. José Loff
meio aquático
▼
7800- 544 - BEJA
(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)
Classes de Mobilidade
Hidroterapia/Classes no
Estomatologista (OM) Ortodontia
nº 4 1ºFte
das 14 horas Tel. 284322503
de Fisioterapia
Reabilitação
DR. JAIME LENCASTRE
e.mail:
Marcações a partir
Pós Mastectomia
EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
TERESA ESTANISLAU CORREIA
clinidermatecorreia@ gmail.com
Pélvico CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas
▼
Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Drª Elsa Silvestre
Dermatologia
MÉDICA DERMATOLOGISTA
▼
GASPAR CANO
Dr. Carlos Machado
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155
Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisiatria
284323028 Rua António Sardinha,
Rua Tenente Valadim, 44
Clínica Geral
Consultas segundas, quartas, quintas e sextas
DR. A. FIGUEIREDO
MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232
▼
LUZ
Marcações pelo telef. 284325059
▼
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
Ginecologia/Obstetrícia
FAUSTO BARATA
Obesidade
Médico oftalmologista
Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
a partir das 15 horas
Vários Acordos
RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
JOÃO HROTKO
Consultas de 2ª a 6ª
às 3ªs e 4ªs feiras,
Técnica de Prótese Dentária
▼
- Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS
▼
CONSULTAS
Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
Cardiologia
Oftalmologia
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Ouvidos,Nariz, Garganta
DR. ÁLVARO SABINO Otorrinolaringologista Ouvidos,Nariz, Garganta
Exames da audição
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas
Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
Tel. 284324690 Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA
saúde
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções:
ULSBA (SNS)
ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – Medicina Tradicional Chinesa/ Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
23 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
necrologia diversos
24 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
Vidigueira AGRADECIMENTO
Vila de Frades AGRADECIMENTO
Mariana Francisca Caeiro
Angelina Das Dores Vidinha Nifrário
Nasceu 28.12.1930 Faleceu 09.09.2013
Nasceu 01.04.1935 Faleceu 10.09.2013
Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.
Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
MISSA DO 2.º ANO
Lídia Silvina Dias Guerreiro
Francisco António Carocinho
Suas filhas, netos, genros e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 02/09/2013, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Seus filhos, genro, noras e netos, participam que no próximo dia 20, sexta-feira, será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido, na igreja do Salvador, em Beja, pelas 19 horas.
AGRADECIMENTO E MISSA
AGRADECIMENTO E MISSA
Esposa, filhos, noras e netos de MANUEL GUERRA MACHADO, agradecem reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhar o funeral do seu familiar, bem como a todas as pessoas que demonstraram o seu carinho e amizade. Participam que será celebrada uma missa em sua homenagem no dia 14 de Setembro, sábado, pelas 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo antecipadamente a todas as pessoas que se dignarem assistir a esta celebração.
Eliseu Abrantes Cardoso
AGRADECIMENTO E MISSA
Maria Amália das Dores Almeida Gonçalves Madeira 1º Mês de Eterna Saudade
Sua filha, marido e genro vêm por este meio agradecer a todos os que pessoalmente ou por outro modo, lhes manifestaram a sua solidariedade e pesar. Os seus agradecimentos à equipa dos Cuidados Paliativos, em especial à Draª Cristina Galvão, pelo excelente acompanhamento. Aproveitam para participar que no próximo dia 16 de Setembro de 2013, segunda-feira, será celebrada missa do 1º mês, pelas 18.30 horas, na Igreja do Carmo em Beja, pelo seu eterno descanso.
Sua esposa, filha e genro agradecem a todos os que manifestaram a sua solidariedade e pesar. UM MUITO OBRIGADO por todo o apoio e carinho. Agradecem ainda a todos os profissionais de saúde que dele cuidaram, por todo o profissionalismo e ajuda. Participam que no próximo dia 21 de Setembro será celebrada missa do 1.º mês, pelas 18 e 30 horas, na Igreja da Sé de Beja, pelo seu eterno descanso.
institucional
25 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
Diário do Alentejo n.º 1638 de 13/09/2013 Única Publicação
MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR CÂMARA MUNICIPAL
PROCEDIMENTO CONCURSAL
OFERTA CONTRATAÇÃO DE DOCENTES PARA DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NA ÁREA DE ENSINO DE INGLÊS 1. Para efeitos no disposto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro, faz-se público que, por meu despacho datado de 03 de setembro de 2013, encontra-se aberto, nos 3 dias seguintes à data da divulgação da presente oferta no sítio da Internet deste Município em www.cm-almodovar.pt, procedimento concursal para recrutamento de 1 técnico habilitado para a realização das atividades de enriquecimento curricular (AEC), para o ano letivo 2013/2014, no âmbito do Programa das Atividades de Enriquecimento Curricular aprovado pelo Despacho n.º 9265-B/2013, de 15 de julho, na modalidade de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo, a tempo parcial. 2. O contrato de trabalho rege-se pelo disposto na Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro e no RCTFP, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, com as especificidades previstas no Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro. 3. Número de horários disponíveis:
4. Pressuposto da contratação: O presente processo de seleção destina-se à execução de tarefa ocasional ou a serviço determinado precisamente definido e não duradouro, ao abrigo do disposto na alínea f), do n.º 1, do artigo 93º do Regime, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, na sua atual redação. 5. Local de trabalho: as funções serão exercidas nos Estabelecimentos de Educação e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Almodôvar. 6. Duração dos contratos: o período de duração do contrato é o compreendido entre 16 de setembro de 2013 e 30 de junho de 2014. 7. Caracterização dos postos de trabalho: Os candidatos deverão lecionar Inglês aos quatro anos de escolaridade do 1º Ciclo do Ensino Básico, nos termos do Programa das Atividades de Enriquecimento Curricular, no âmbito do Despacho n.º 9265-B/2013, de 15 de julho. 8. Requisitos gerais de admissão: a.Ter nacionalidade portuguesa, quando não dispensada pela Constituição, convenção internacional ou lei especial; b. Ter 18 anos de idade completos; c. Não estar inibido do exercício de funções públicas ou interdito para o exercício daquelas que se propõe desempenhar; d. Possuir a robustez física e o perfil psíquico indispensáveis ao exercício das funções; e. Ter cumprido as leis de vacinação obrigatória. 9. Nível habilitacional exigido e área de formação académica ou profissional: Os candidatos deverão ser titulares de Licenciatura que confi ra habilitação profissional ou própria adequada para a docência da disciplina de Inglês no ensino básico. 10. Critérios de seleção: A seleção e ordenação dos candidatos serão efetuadas pela aplicação sucessiva dos seguintes critérios: a. Classificação Profissional; b. Tempo de serviço na docência como professor na área de atividade a que se candidata, convertido em dias até 30 de junho de 2013; c. Ações de formação e aperfeiçoamento profissional diretamente relacionadas com a área a que se candidata (horas de formação). 11. Formalização das candidaturas: As candidaturas deverão ser formalizadas nos termos do artigo 7º do Decreto-Lei n.º 201/2009, de 3 de setembro, mediante o preenchimento obrigatório do formulário eletrónico, disponível no site www.dgrhe. min-edu.pt nos 3 dias seguintes à data da divulgação da presente oferta no sítio da Internet deste Município em www.cm-almodovar.pt. 11.1. Simultaneamente, os candidatos deverão entregar a documentação comprovativa, abaixo discriminada, no Serviço de Recursos Humanos da Câmara, em suporte de papel, pessoalmente ou através de correio, para o endereço postal (Câmara Municipal de Almodôvar, Rua Serpa Pinto, 10 – 7700-081 Almodôvar), até à data limite:
- Curriculum Vitae detalhado, datado e assinado; - Fotocópias do Cartão de Cidadão ou do Bilhete de Identidade, número de contribuinte fiscal (NIF) e NISS; - Certificado de habilitações literárias na área a que se candidatam; - Comprovativo do tempo de serviço na lecionação das atividades de enriquecimento curricular; - Comprovativos das ações de formação profissional relacionadas com a área a que se candidata, com indicação das respetivas horas de formação. 12. Listas de Ordenação e aceitação da colocação: será elaborada uma lista de ordenação contendo os candidatos que cumpram os requisitos e perfil exigidos, sendo notificados os candidatos selecionados, os quais deverão aceitar a colocação, por via, eletrónica, nos 2 dias úteis seguintes ao da comunicação da colocação. Na ausência da aceitação da colocação pelo candidato dentro do referido prazo, procede-se de imediato, à comunicação da colocação ao candidato que se encontre posicionado imediatamente a seguir, que deverá aceitar a colocação, por via eletrónica, também no decurso de 2 dias úteis seguintes ao da comunicação. 13. Após a colocação dos trabalhadores ser-lhes-ão concedidos 10 dias úteis para apresentação dos documentos previstos no artigo 9º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro. 14. A não apresentação dos documentos a que se referem os números anteriores, ou a apresentação de documentos inadequados, falsos ou inválidos que não comprovem as declarações prestadas no âmbito do processo de seleção, ou as condições necessárias para a constituição da relação jurídica de emprego público, determina a exclusão, ou dada sem efeito a aceitação da colocação pelo trabalhador, consoante o caso, comunicando-se, neste último caso, ao candidato que se encontre imediatamente posicionado na lista de ordenação, a sua colocação. 15. Critérios em caso de igualdade de graduação: 1. Candidato com maior tempo de serviço no Projeto AEC, em dias, na área em que se candidata (indicar o tempo de serviço em dias); 2. Candidato com maior número de horas de formação relacionadas com a área/ domínio a que se candidata (considerar o número inteiro para efeitos de horas de formação, arredondado por excesso ou por defeito até às unidades, consoante a situação. Para os certificados que contenham a duração da formação em dias, devem ser consideradas 7 horas de formação por cada dia); 3. Candidato com maior idade (indicar a idade à data da candidatura). 16. Composição do júri Presidente –Telma Sofia Guerreiro Mestre Domingos, Técnica Superior. Vogais efetivos – Paula Cristina Soares Parruca Espírito Santo e Helena Camacho Gonçalves Guerreiro, Técnicas Superiores. Vogais suplentes – Clara Isabel Missa Gonçalves e Cristina Isabel Balbina Bota Libânio, Técnicas Superiores. O primeiro vogal efetivo substituirá o presidente do Júri nas suas faltas e impedimentos. 18. Publicidade: no sítio da Internet do Município, em jornal de expansão Nacional e Regional, nos termos do n.º 5 do artigo 6º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro. 19. Quota de emprego para candidatos com deficiência – para cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 29/2001, de 03 de fevereiro, os candidatos com grau de incapacidade ou deficiência igual ou superior a 60% têm preferência em igualdade de classificação, a qual prevalece sobre qualquer outra preferência legal. 20. Em cumprimento da alínea H) do artigo 9º da Constituição, a Administração Pública, enquanto entidade empregadora, promove ativamente uma política de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão profissional, providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação. 21. Prazo de validade: O presente procedimento concursal é válido para os postos de trabalho em referência e para os efeitos do disposto no n.º 3 do art.º 7º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro – reserva de recrutamento até ao final do respetivo ano escolar. Município de Almodôvar, 03 de setembro de 2013 O Presidente da Câmara, António José Messias do Rosário Sebastião
institucional diversos
26 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
Diário do Alentejo n.º 1638 de 13/09/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1638 de 13/09/2013 Única Publicação
CONFRARIA DOS ENÓFILOS DO ALENTEJO
MUNICÍPIO DE CASTRO VERDE CÂMARA MUNICIPAL
AVISO
EDITAL N.º 97/2013
Comunica-se a todos os produtores de vinho REGIONAL ALENTEJANO ou DOC ALENTEJO, com existências mínimas de 2.500 litros de vinho por cada tipo e marca, que estão abertas até ao dia 27 de Setembro de 2013, as inscrições para o I Concurso “Melhores Vinhos do Alentejo” 2013. Os interessados podem pedir informações através de: Tel. 266 748 870 Fax: 266 748 889 e-mail – geral@confrariaenofilosalentejo.com Saudações Enófilas
CONCURSO PÚBLICO PARA ARRENDAMENTO (FINS NÃO HABITACIONAIS) DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL DA CAFETARIA DO CENTRO COORDENADORDE TRANSPORTES, SITO NA RUA DA SEARA NOVA, EM CASTRO VERDE
O Juíz Francisco Mata
Diário do Alentejo n.º 1638 de 13/09/2013 Única Publicação
Cartório Notarial Mariana Raquel
JUSTIFICAÇÃO Cartório Notarial de Beja, Rua Conde da Boavista, n°20 Notária: Lic Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima Certifico narrativamente, efeito de publicação que, neste cartório e no do livro de notas para escrituras diversas número 100-A, de folhas 105 a folhas 107, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual, Joaquim Cavaco Palma, NIF 126409315, solteiro, maior, natural da freguesia e concelho de Mértola, onde reside no Lugar de Corte da Velha, se declara com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor do seguinte imóvel: Prédio urbano, destinado a cavalariça, com superfície coberta de quarenta e oito metros quadrados, sito em Corte da Velha, freguesia e concelho de Mértola, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1397; Que o referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número quatro mil duzentos e trinta e cinco de vinte e nove de maio de dois mil e treze (anteriormente oito mil quinhentos e oitenta e seis, a folhas vinte e oito verso do livro B vinte e quatro); Mais certifico, que o identificado prédio veio à posse do justificante, Joaquim Cavaco Palma, por doação verbal que seus pais, Assunção Maria Cavaco e João Francisco Palma, ambos já falecidos, casados na comunhão geral e residentes que foram em Corte da Velha, Mértola, lhe fizeram no ano de mil novecentos e oitenta e nove, em dia e mês que ignora, sem que no entanto ficasse a dispor de título formal que lhe permita o respetivo registo na competente Conservatória, sendo porém certo que tem sempre exercido no prédio os poderes de facto correspondentes ao direito de propriedade, sem interrupção, fruindo como donos as utilidades possíveis à vista de todos e sem discussão nem oposição de ninguém. Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja, quinze de julho de dois mil e treze. A notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
RECRUTAMENTO DE COMERCIAIS (M/F) PARA ENTRADA IMEDIATA Em full ou part/time, para o setor energético e para trabalhar em cada um dos concelhos do distrito de Beja. Requerem-se pessoas dinâmicas, com motivação, capacidade de argumentação e boa apresentação. Oferecem-se comissões atrativas e formação inicial e contínua. Dá-se preferência a quem tenha experiência de vendas e resida ou trabalhe no concelho a que se candidata. Os interessados deverão enviar Curriculum Vitae para: beja.electricidade@gmail.com
Francisco José Caldeira Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde: No uso da competência que lhe confere a alínea h) do n.º 2 do art. 68.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, torna público que se encontra aberto concurso público para arrendamento do estabelecimento comercial da cafetaria do centro coordenador de transportes públicos, sito na Rua da Seara Nova, em Castro Verde. 1. Candidaturas: As propostas deverão ser entregues até às 16:00 horas do dia 26 de setembro de 2013, na Secção Financeira e Património ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de receção. 2. Processo de concurso: O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser requeridos na Secção Financeira e Património, durante as horas normais de expediente: das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30 h, ou na página da Internet do município: www. cm-castroverde.pt 3. Documentos que devem acompanhar a proposta: Os que vêm referidos no art. 6.º do Programa de Concurso. 4. Base do concurso: O valor base da renda mensal do concurso é de 350 € (Trezentos e Cinquenta Euros), de retribuição mínima mensal. 5. Adjudicação: O critério para a adjudicação será feito segundo o valor mais alto. 6. Prazo pelo qual é celebrado o contrato de arrendamento: dois anos a contar da data de celebração do concurso, podendo renovar-se por períodos sucessivos de um ano. 7. Outras condições: As demais condições de adjudicação do arrendamento da exploração do estabelecimento comercial constam no caderno de encargos do concurso. Município de Castro Verde, 9 de setembro de 2013. O Presidente, Francisco José Caldeira Duarte, Arq
Diário do Alentejo n.º 1638 de 13/09/2013 Única Publicação
CASA DO BENFICA EM BEJA Abertura de procedimento para concessão de exploração do Restaurante/Cervejaria na Sede da Associação na Rua Francisco Alexandre Lobo nº 1, em Beja Serve o presente para comunicar aos concorrentes a anulação do procedimento anterior, de acordo com a deliberação da reunião de Direcção de dia 09/09/2013 e a abertura de um novo procedimento, com negociação prévia, para exploração do Restaurante/Cervejaria, situado na Rua Francisco Alexandre Lobo, nº 1. As propostas a enviar pelos interessados deverão conter os seguintes pontos: 1. Valor mínimo de renda: 600€; 2. Equipamento para o funcionamento do espaço; 3. Experiência comprovada de pelo menos dois anos no ramo; 4. Iniciativas e dinamização da Casa; 5. Pagamento mínimo de 80% das despesas com Eletricidade, Água, TV por cabo e Internet; 6. Declaração de compromisso relativamente ao cumprimento das disposições com o projecto de uniformização das casas do Benfica. A minuta do contrato a celebrar é parte integrante deste procedimento, estando disponível a todos os interessados. A data limite para apresentação de propostas é o dia 20/09/2013. Beja, 13/09/2013 A Direcção
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ORAÇÃO INFALÍVEL Ao Divino Espírito Santo, ao Menino Jesus e à Sua Santíssima Mãe e a Santo António. Oh! Jesus que disseste: pede e receberás, procura e acharás, bate e a porta se abrirá. Por intermédio de Maria Vossa Mãe Santíssima eu bato, procuro e Vos rogo que a minha prece seja atendida – Menciona-se o pedido. Oh! Jesus que disseste: tudo o que pedires ao Pai, em meu nome, ele atenderá, com Maria Vossa Santa Mãe, humildemente rogo ao Pai em Vosso Nome que a minha prece seja ouvida. Jesus que disseste o Céu e a Terra passarão, mas a minha palavra não passará. Com Mãe Vossa Mãe Bendita, eu confio que a minha oração seja ouvida. Rezar 3 Avés Marias e 1 Salvé Rainha durante 9 dias. Publicar a oração assim que receber as graças. A.P.
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A Adega&Gourmet reuniu na Adega da Herdade da Comporta mais de 80 ilustres convidados para apresentação oficial do site criado por três jovens empreendedores que apostam na comercialização do que de melhor existe em Portugal nas áreas vinícola, produtos alimentares e gourmet. O sucesso desta apresentação permitiu aos representantes das melhores marcas do mercado degustar alguns dos produtos que estarão à venda no site www.adegagourmet. Sob o tema Grandes Marcas, Com os Melhores Descontos, o clube de referência na área
dos vinhos e produtos gourmet apresentou o conceito inovador que dá primazia ao que de melhor se faz no País, promovendo produtos tradicionais do setor vinícola, produtos alimentares e gourmet. A adega&Gourmet pretende ser um espaço de referência on line, onde os consumidores poderão adquirir produtos regionais bastante conhecidos e outros que terão a oportunidade de conhecer, devido a parcerias com vários produtores de norte a sul do País, entre os quais casas de referência do setor vinícola, assim como de produtos alimentares.
Empresas
Evento Vinhos do Alentejo em Lisboa 2013
Surgiu no ano 1984 84 4 a pri r meeiirra feiraa de de vvia iatu ia urraas usad das as eem m Bejaa d do o ggrru up po Caameir irin inha ha e, desdee een de ntã tão, o, repetee-s -se com allgu gu ma freq eq quê uên nccia n ia.. See outr ou tror oraa a id or deeiia su urg rgiu co om mo umaa in um i ov ovaç açção ã o no sseeto t r auto autom móveel,l, mó atua at atua ualm lmen lm ente en tee a me mesm sm ma func fu ncio nc iona io na,, em na m gran gr ande an de parr tee, c mo u co uma ma medi me dida di da de comb comb bat a e à crisse.
Pelo quinto ano consecutivo a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) realiza em Lisboa um evento de promoção de Vinhos do Alentejo dirigido aos consumidores. Desta vez o palco é um dos mais nobres espaços lisboetas, o Centro Cultural de Belém (CCB). Durante os dias 18 e 19, estarão em prova cerca de três centenas de vinhos alentejanos, com destaque para últimos lançamentos disponíveis no mercado e para as grandes referências da região. Provas temáticas orientadas por especialistas de renome, um ambiente sofisticado, muita animação e música ao vivo em concerto com os Azeitonas, completam um evento que promete surpreender.
Cáritas Diocesana de Beja promove campanha
Grupo Cameirinha prepara-se para novos investimentos
Cameirinha promove feira de viaturas usadas Foi na passada semana que o parque de estacionamento da Ovibeja, em Beja, foi palco para mais uma iniciativa do grupo Cameirinha. Realizou-se a feira de viaturas usadas acompanhada de algumas atividades, que Leonel Cameirinha, mentor desta iniciativa, descreve como “produtiva”. Publireportagem Sandra Sanches
S
e em 1984, ano em que o grupo Cameirinha promoveu a primeira feira de viaturas usadas, se descreveu a mesma como um “sucesso brutal”, atualmente a situação parece não se assemelhar ao passado. O empresário, que recorda a primeira feira de viaturas que celebrou, refere ter colocado na mesma cerca de 130 viaturas em exposição, das quais 80 foram efetivamente objeto de venda. Uma iniciativa outrora promovida com o objetivo da venda direta de automóveis, hoje assenta num conceito diferente, sendo a mesma uma medida estratégica de combate à crise. Segundo nos revela, atualmente, a mesma é realizada quando o setor regista maior quebra de vendas, acabando por ser uma forma de dar visibilidade às empresas que gere.
27 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
Adega &Gourmet lança site de descontos
Uma feira diferente, que se destacou entre as demais realizadas, nomeadamente com algumas atividades: Rally Paper, Gincana infantil de bicicletas, Insufláveis, entre outros. Foram estas as surpresas que o empresário preparou para os visitantes. Futuramente o caminho passará por este tipo de iniciativas, proporcionando ao público momentos diferentes, para além da exposição de viaturas. O empresário, que sucedeu ao seu pai no ramo automóvel, gere atualmente quatro empresas e uma é dedicada a máquinas agrícolas. São marcas Hyundai, Kia, Honda, Mercedes e Mitsubishi que coloca à venda todos os dias nas suas instalações. Questionado quanto ao ramo automóvel atravessar, de um modo geral, dias menos propícios, o empresário refere: “ Pode parecer um paradoxo, mas nós estamos a crescer muito em termos de vendas”. Certo é que muitos operadores reduziram, nos últimos tempos, por diversas razões, mas para estas empresas que Leonel Cameirinha gere atualmente a crise parece apenas passar ao lado. É notória a quebra de vendas de viaturas novas. No entanto, o inverso acontece na venda de viaturas usadas. Atualmente com 49 funcionários afetos ao serviço, a
tendência é para subir este número, sendo que até ao final do ano o empresário adianta ter planos de expansão no setor. Se no ano transato a média de viaturas vendidas atingiu as 450 viaturas, prevê-se no final do ano uma média de 500 viaturas, números estes que atestam bem a evolução da empresa em tempos de crise. Leonel Cameirinha sempre que possível, e de forma a combater as oscilações existentes no mercado, aposta no contato direto com o seu cliente, sendo o serviço pós-venda regra imprescindível para o lema destas empresas. Para além das viaturas que tem em venda, permanentemente são disponibilizados outros serviços, tais como assistência, venda de peças, manutenção e serviços rápidos como pneus, mudanças de óleo e serviços de oficina multi-marcas. O empresário diz não sentir-se ameaçado com a oferta existente na cidade e garante trazer “as mais recentes inovações do mercado automóvel para a cidade”. O futuro parece promissor, contando o empresário até ao final do ano implementar, em Évora, uma ou duas marcas. E adianta: “Já temos instalações para operacionalizar uma delas”, restando agora o término das negociações.
Após ter recebido vários pedidos de apoio, a Cáritas Diocesana de Beja tem em curso uma campanha de recolha de material escolar e roupa de crianças, apelando assim à dádiva de mochilas, cadernos, estojos, lápis, canetas, borrachas, réguas e roupa de criança com alguma brevidade, pois as aulas estão quase a começar. De acordo com a Cáritas, “a ajuda de todos é fundamental no percurso escolar das crianças”.
Aeroporto de Beja e exportação de vinhos O impacto do Aeroporto de Beja no aumento da exportação no setor vitivinícola é um dos temas da agenda da Vinípax. A cerca de um mês do arranque das Experiências a Sul – Vinhos, Sabores e Sensações do Sul, a Câmara de Beja revela uma das temáticas em debate. A Câmara desafiou a ANA – Aeroportos para, em parceria com a CVRA – Comissão Vitivinícola da Região do Alentejo a preparar um seminário sendo que “promover a carga aérea enquanto parte integrante da cadeia logística, descrevendo as suas especificidades e vantagens no acesso a determinados mercados” é o objetivo deste seminário.
Câmara de Vidigueira entrega comparticipações de medicamentos a idosos A Câmara Municipal de Vidigueira vai entregar a partir de hoje comparticipações financeiras do município na compra de medicamentos a idosos do concelho com baixos rendimentos e encargos pesados com despesas de saúde. Hoje, sexta feira, serão entregues as comparticipações a beneficiários do Pedrogão do Alentejo e Marmelar, seguindo-se Selmes e Alcaria da Serra no dia 16 e Vidigueira e Vila de Fades no dia 17.
Arrancou “Setembro Cultural” em Odemira
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Arrancou no dia 5, e prolonga-se até ao final do mês, o festival “Setembro Cultural” em Odemira, numa iniciativa do município de Odemira, com um programa repleto de música, teatro, artes plásticas, cinema, literatura, fotografia, a par da comemoração do feriado municipal e das tradicionais celebrações religiosas. O evento “Setembro Cultural” tem como objetivo celebrar a cultura do concelho, o seu património e tradição e adicionar-lhe diferentes manifestações culturais.
Letras A arquitetura da felicidade
Boa vida Comer Esparguete com alho, tomate, rúcula, queijo fresco e tomilho Ingredientes para 4 pessoas: 400 gr. esparguete; 4 dentes de alho; 1dl azeite virgem extra; q.b. sal; q.b. pimenta preta; 100 gr. rúcula; 100 gr. tomate; 2 queijos frescos com 150 gr. cada; 1 ramo de tomilho. Confeção: Num tacho coloque água temperada com sal. Quando começar a ferver coza o esparguete (escorra e reserve). Numa frigideira, coloque azeite e o alho laminado. Quando estes ficarem louros, coloque o esparguete e salteie. Tempere com um pouco de pimenta preta e envolva a rúcula, os tomates cortados aos gomos e o queijo cortado aos cubos. Retifique o tempero. Sirva de imediato polvilhado com o tomilho. Bom apetite… Nota: Pode utilizar outro tipo de massa. Convém que o esparguete fique “al dente”. Pode utilizar outra erva aromática em vez do tomilho.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia
A
Exposição Portugal/Roménia é para a semana
É
inaugurada na próxima terça-feira, dia 17, a Exposição Filatélica Nacional Bilateral Portugal/Bulgária. A exposição terá lugar no Palácio do Barrocal, na rua Serpa Pinto na cidade de Évora e encerrará domingo, dia 22. Em simultâneo com esta exposição realizar-se-á uma outra de caracter (categoria) inter-regional, sendo que esta só aberta a filatelistas portugueses. Na exposição nacional participam quarenta e oito coleções, das quais doze, são de filatelistas da Bulgária. Esta quase meia centena de coleções está dividida pelas seguintes classes filatélicas: Filatelia Tradicional oito coleções; História Postal, sete; Inteiros Postais, duas; Filatelia Temática, sete e Literatura Filatélica, dezassete. “Fora de Competição” estão sete coleções das quais três são de Filatelia Tradicional e uma de cada uma das classes, História Postal, Inteiros Postais, Filatelia Temática e Aerofilatelia. Na exposição inter-regional estão inscritas 42 participações, sendo sete de Filatelia Tradicional, duas de História Postal, uma de Inteiros Postais, duas de Filatelia Temática, de Aerofilatelia e de Maximafilia, 16 da classe Juventude e 10 da classe Um Quadro. Repare-se que a classe Literatura Filatélica é a mais representada; são 17 as publicações em concurso; cinco são búlgaras. O “Diário do Alentejo” é a única publicação não filatélica, pois todas as outras tratam unicamente de assuntos filatélicos. Os correios emitiram para esta ocasião três carimbos especiais e um Inteiro Postal (bilhete- postal dos correios). Os carimbos mostram-nos o Brasão da cidade de Évora, o Brasão da Bulgária e a Fonte da praça do Giraldo e serão usados nos dias 17, 19 e 21, no posto de correio que estará em funcionamento no local da exposição. O bilhete-
postal é verdadeiramente alentejano; o selo mostra-nos o busto (até à região clavicular) de uma ceifeira com o seu típico chapéu e lenço na cabeça e, à esquerda, ocupando cerca de 40 por cento da superfície total do postal, o Grupo Coral de Cantares Regionais de Portel junto a um trecho das muralhas da cidade. Refira-se que a emissão deste postal destina-se, também, a apoiar a candidatura do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade. O dia da inauguração é dedicado à cidade de Évora, o dia 19 à Bulgária e o dia 20 a Portugal. O dia 18 é dedicado ao expositor, o dia 21 aos correios e o dia do encerramento à entidade organizadora da exposição, a Confraria Timbrológica Meridional. O jantar de palmarés terá lugar na Casa do Vale Hotel, em Évora. É durante este jantar, de fraterno convívio filatélico, que se faz a entrega das medalhas e diplomas às participações que as conquistaram. Note-se que nas exposições filatélicas de competição nacionais, as coleções são avaliadas até 100 pontos e há oito variedades de medalhas que são atribuídas consoante a classificação obtida. A 60 pontos corresponde medalha de Bronze; a 65 já corresponde medalha de Bronze Prateado, seguindo-se depois, com este mesmo intervalo na pontuação, medalha de Prata módulo pequeno, Prata módulo grande, Prata Dourada módulo pequeno, Prata Dourada módulo grande, Ouro pequeno e Ouro grande. Para além destes prémios, ainda há vários outros, um para a melhor coleção de cada uma das classes e, o maior e o mais cobiçado de todos, o Grande Prémio da exposição, que é atribuído à coleção que obteve maior pontuação. Geada de Sousa
arquitetura é ou não algo demasiado importante para entregar nas mãos e no discernimento dos arquitetos? Alain de Botton, que já escreveu sobre Proust com uma simplicidade de que só um autor realmente dotado é capaz e que retirou a filosofia das prateleiras dos especialistas, propõe que a felicidade não é algo que se entregue à régua e esquadro de um qualquer criador. O autor suíço começa precisamente por abordar os prazeres domésticos de uma casa suburbana londrina, cheia de memórias, antes de abordar a má experiência da família francesa que encomendou a Vila Saboye a Le Courbusier. O seu sonho da arquitetura modernista tornou-se um pesadelo, com as infiltrações que chegaram a provocar uma grave doença do filho. Botton evoca, com um poder de observação arguto que serve as suas provocações filosóficas, a obra de vários arquitetos de renome, o seu papel na criação de uma ideia de ordem social através da arquitetura e mesmo o modo como esta foi usada politicamente para definir um modo de vida assente em ideologias. Por exemplo, repudia claramente a residência do embaixador em Washington, que, não obstante ter sido construída em 1995, é uma adaptação demasiado óbvia de uma obra de arquitetura emblemática do nacional-socialismo assinada por Albert Speer. Na verdade, o que interessa a Botton nesta sua reflexão sobre a arquitetura é reter o que nela emociona quem a vive. A arquitetura da felicidade não deve ser definida em função do design, da consideração de formas em abstrato, da tecnologia e funcionalismo mas deve preocupar-se com busca da simplicidade e da harmonia, que é o que formalmente também preocupa Botton quando escreve. Maria do Carmo Piçarra
A arquitetura da felicidade Alain de Botton Dom Quixote 320 págs. 16,90 euros
Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com
Virgem
Características dos nativos de (24 de agosto a 23 de setembro) Inteligentes, modestos, práticos e trabalhadores, os nativos nascidos sob este signo têm encanto, dignidade e capacidade de observação e são hábeis na resolução de problemas alheios. Perfecionistas e conservadores, podem ser excessivamente críticos e duros, lidando mal com a incerteza.
Previsões – Semana de 13 a 19 de setembro
Toiros Sebastião Valente e a touradas em Beringel
O
professor Sebastião Valente atualmente aposentado, nasceu em Beringel em 24 de março de 1943. Aficionado ao toiro e ao cavalo é frequente ver-se nas bancadas, tanto das praças portuguesas como da vizinha Espanha a assistir ao seu espetáculo favorito, tendo até mesmo já colaborado em programas de crónica taurina. Esta sua afición vem desde os seus tempos de menino em que não perdia uma das touradas à “vara larga” que se realizavam na sua terra. E é precisamente sobre esse tema que vai desfiar aqui um pouco das suas memórias. Constituía momento de verdadeiro alvoroço, por ocasião das tradicionais festas em honra de Nossa Senhora da Conceição padroeira local e, depois de um dia de fervoroso ambiente de devoção à sua veneranda imagem e que culminava com a tradicional procissão pelas ruas da vila, vinha a espera do gado em que o povo perdia a noite de domingo para segunda a percorrer os campos vizinhos na tentativa de localizar os animais que enquadrados por campinos e cabrestos percorreriam ao alvorecer algumas ruas da povoação a caminho da praça. Destreza, arrojo, muita valentia e sobretudo muita afición a um espetáculo que felizmente ainda continua muito enraizado nas tradições culturais das nossas gentes. De entre estas noites, recorda uma das últimas entradas em que os toiros pertencentes à ganadaria Lampreia de Montes Velhos, conduzidos a pé por um campino da casa e auxiliado pelo Joaquim António Mendes, corriam a rua do Norte acima, a caminho da praça instalada num quintalão cedido pela Exm.ª Senhora D. Maria José Galvão, quando por uma bocada que ainda não estava tapada escaparam-se e regressaram ao campo. Os dois ginetes auxiliados pelo povo conseguiram, após porfiados esforços, trazer de volta à praça três dos quatro bravos animais. Mas um, mais teimoso, recusou-se sistematicamente a voltar à arena. Aí, o povo persistente e destemido conseguiu pegá-lo em pleno campo e colocá-lo em peso em cima da camioneta do Sanito Galvão e traze-lo de seguida para junto dos seus companheiros. Gente destemida, esta destes tempos... Relembra ainda a proeza, quase surreal, protagoniza pelo António da Rosa, nessa altura maioral da casa Fiúza, que em pleno dia, a pé e perante a estupefação de alguns transeuntes meteu quatro touros no quintalão do senhor Ernesto Fialho usando apenas um bordão e a sua voz. Lembra ainda o “toureio à meia volta” protagonizado pelo António Patola, pelo Bernardino, pelo Lita e o Lobo de Trigaches autênticos especialistas nesta arte. Pela sua mente também desfilou a agilidade de José Maria Urbano “ El Lagartixa” que com os seus saltos à vara, os mortais por cima do touro, os seus quiebros a corpo limpo e com os bem desenhados passes de capote fazia as delícias de quantos a eles assistiam. O Gastão também ali vinha e era um bom seguidor do Mestre Lagartixa. Todos estes homens foram autênticos percursores dos atuais recortadores. Exibiam-se por gosto e devoção à festa. Por Beringel passaram alguns nomes bejenses que um dia sonharam envergar o “traje de luces” mas pelas dificuldades da época e as vicissitudes que o percurso impunha nunca o conseguiram, como foram Manuel Durão, Manuel Moisão, o Pelado etc. Ficou-lhes certamente na memória a ilusão do momento e o eco dos aplausos que ali escutaram.
Em Beringel deu os primeiros passos na arte de pegar toiros, aquele que viria a ser um dos melhores forcados do seu tempo, o João Caixinha e até o seu próprio filho ali pegou, além de tantos outros que começaria a tornar-se um pouco fastidioso toda a sua enumeração mas recorda o José Luís Zambujeira, também ele um beringelense. Finalmente recorda alguns dos locais mais emblemáticos que serviram de arena às denominadas “Touradas à Vara Larga” ou à “Moda Alentejana” como então eram conhecidas: o Quintalão da Senhora D. Maria José Galvão, o Abeganito do senhor Felício Mira e o do senhor Ernesto Fialho hoje pertença do Senhor José Ribeiro e, em tempos mais remotos, a praça Dr. Miguel Bombarda com a anexa travessa do Touril. Relembrando a festa seria imperdoável esquecer o toiro, o seu mais precioso elemento, que com a sua bravura e nobreza empresta a esta toda a emoção e beleza que ela encerra. Assim, entre todos eles, destaca três que ainda hoje perduram na memória dos aficionados mais antigos: O “Taranta”, o “222” e o “Caraça”. Destacaram-se entre os demais pela bravura e pelo número corridas feitas nas chamadas praças de aldeia. Por Beringel passaram nestes tempos exemplares de várias ganadarias de nomeada tais como Branco Núncio, José Batista Crujo, António Lampreia e D. Luís Passanha entre outras. A terminar esta viagem por alguns pontos do passado taurino de Beringel recorda um poema do seu amigo António Manuel Faustino que retrata com uma fidelidade impressionante o que eram as touradas dessa época relembrando algumas figuras típicas da altura e que com o seu caráter sério-cómico se faziam notar. “Beringel dos tempo idos” Beringel terra toureira Já não tens feira Mas tens graça e valentia Como outrora a fidalguia. Vem setembro e a tua festa Há corrida, cheira a touros Beringel é praça cheia Entra a banda é um delírio A praça inteira dá vivas Ao vargas e ao Cacheira Com destemor pela morte Saí Elisio à meia volta E coloca o touro em sorte A seguir mestre Palhinha A sua calva reluz Dá verónicas e chicuelinas Como um toureiro andaluz Chico rui cita de longe Com arte e gabarito O touro vira a cabeça O Chico faz-lhe um manguito Toca o clarim para a pega Soam no ar escaramuças Pego eu, pega lá tu Mano João dá meia praça Com valentia e raça Da família dos Papuças João não fica na cara A sorte não é consumada Grita a multidão irada Papuça não vales nada…
g Carneiro – (21/3 - 20/4) Esta semana influenciará aspetos essenciais da sua comunicação, conseguindo exteriorizar facilmente ideias e sentimentos. Contudo, ao expressarse sem rodeios, poderá provocar algumas reações temperamentais. Mais sociável, estabeleça um diálogo realista, mas harmonioso. Uma amizade antiga afirma-se, discreta e fiável.
h Touro – (21/4 – 21/5) Mantenha-se ao leme do seu destino. Com força, coragem e determinação, conseguirá enfrentar as contrariedades que poderão surgir durante esta semana. Ao alargar o seu círculo social, aventurando-se por novos espaços, descobrirá fontes de inspiração e criatividade para um projeto auspicioso que poderá dar os primeiros passos. Quando necessitar, peça apoio a alguém em quem confia plenamente.
i Gémeos – (21/5 – 21/6) Prepare-se para responder a desafios a níveis profissional e social. Tem a possibilidade de integrar um novo projeto com maior responsabilidade e autonomia. Procure rodear-se de gente inspirada e motivada. Socialmente, poderá viver momentos de grande loucura e diversão, contudo não corra riscos e manetnha-se em equilíbrio. Em família não tire conclusões precipitadas.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Trabalho árdua e inspiração serão a chave para conquistar reconhecimento e admiração. Conseguirá energia para seguir em frente com ânimo e fazer as melhores escolhas. Introduza alguma ousadia na aparência e mantenha o ritmo sem esmorecer. Poderá contar com o apoio dos amigos para ultrapassar uma situação complexa e duvidosa.
k Leão – (23/7 – 23/8) Porque ultimamente se ocupa mais com questões de caráter prático,depara-se agora com alguma dificuldade em criar um ambiente mais romântico e tirar o melhor partido dos seus amores. Organize-se de forma a dedicar algum tempo a si próprio, desenvolvendo atividades que o descontraiam, para recuperar o equilibrio interior. Os amigos serão determinantes.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Apesar de sentir necessidade de estar só, não descure a companhia romântica que terá de saber gerir e apreciar sem se sentir sufocado. No aspeto profissional, não descure a sua meticulosidade e métodos para se organizar. Mesmo em novos ambientes de trabalho, preste muita atenção e conheça em detalhe tudo o que o rodeia, para não correr riscos.
a Balança – (24/9 – 23/10) Uma proposta intrigante desafiará conceitos antigos levando-o a considerar novas oportunidades. Com o tempo e através das experiências recentes, evoluirá para outros estádios no seu percurso de vida onde encarará os relacionamentos numa perspetiva diferente. Depois de uma fase de contenções, deixe-se levar e celebre em grande estilo.
b Escorpião – (24/10 – 22/11) Não descure a sua apresentação por motivo algum. É uma mais-valia a todos os níveis. Profissionalmente, porque falharam consigo, tem todo o poder para exigir que cumpram os compromissos tomados. O tempo de agir é agora! Aposte em novas formas de conviver e fazer amigos. Quebre a rotina e tente círculos sociais diferentes. Bom momento para harmonizar as suas energias.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Um projeto em comum não resistirá uma vida inteira, mas poderá durar alguns meses. Assegure-se de que se associa à pessoa certa e não permita que conflitos pessoais ou ciúmes se interponham pelo caminho. Na sua vida amorosa, as influências deste momento anunciam ondas de paixão que lhe trarão motivação e alegria. Não receie e tire todo o partido que conseguir desta nova situação.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Uma mudança inesperada, pela chegada de alguém, não significará necessariamente uma má notícia. Terá de fazer o seu trabalho de adaptação. Terá de rever a sua conceção de companheiro ideal para aceitar um compromisso que trará benefícios incomensuráveis. Tem nas suas mãos a possibilidade de acabar com o ambiente de tensão e harmonizarse com os que mais preza.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Autoconfiança é imprescindível para aproveitar um aspeto favorável este mês: equilibrar e melhorar as finanças. Graças ao trabalho árduo, conseguiu fazer a sua escalada do sucesso, que possibilitará mudanças. Ignore comentários ou posturas de cobiça em seu redor. Aproveite para viajar e melhorar o relacionamento amoroso.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Seja diplomático com os outros sem esquecer as suas ambições pessoais. Ao exceder-se neste aspeto, corre o risco de perder o seu lugar. Apesar de ter conseguido progressos significativos face a um acordo, conte ainda com alguns obstáculos inesperados. O comportamento de alguém amigo será arrasador, o suficiente para deixar de ter qualquer sentimento por essa pessoa.
Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Diário do Alentejo 13 setembro 2013
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Amanhã, sábado, no Musibéria, pelas 18 horas, são apresentados os trabalhos de cinco dos sete jovens criadores em residência. Serão, assim, dados a conhecer ao público os CD “Ararur”, “Pé de Vento”, “Violetas Arenas” e o romance A Sombra da Culpa, bem como o livro infantil Ah…a música. Estes projetos foram desenvolvidos em residência artística, no Musibéria, entre janeiro e julho.
Musibéria, em Serpa, apresenta trabalhos de jovens criativos
Fim de semana
em exposição em Vidigueira A exposição de História “Afeganistão” do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço fotografia “Afeganistão”, do fotógrafo João Silva, está patente ao público Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, atéaté ao4dia de outubro, no Centro de Novas Tecnologias de que decorrerá de 4maio estruturada em oitoMultifacetado sessões, sempre às sextas-feiras, é miVidigueira. A exposição pode ser apreciada nos dias úteis das 10 às 13 horas nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional e das 14A eprimeira 30 às 18sessão, e 30 horas, aose sábados 10 às 12o etema 30 horas das 14 do Baixo Alentejo. pelase21 30 horas,das abordará “Dos ecampos 17 horas, precisa a Câmara de Vidigueira. de algodão aàsNova Orleães”.
Feira de Setembro anima Moura
Sete Sóis Sete Luas em Odemira
M Moura continua a celebrar a Feira de Setembro. O ccertame, que mostra o que de melhor o concelho de Moura tem para oferecer, instalou-se no Parque d Municipal de Feiras e Exposições, ontem, quintaM ffeira, dia 12, e vai prolongar-se até domingo, dia 15. A tradicional Feira de Setembro foi-se adaptando aao longo dos tempos e, neste momento, integra a XXXIII Feira do Artesanato, a IV Mostra de Aromas X e Sabores e a Oficina de Corte e Costura. O programa ccontempla ainda o V Fórum da Escola Nacional de Caça, Pesca e Biodiversidade. Hoje, sexta-feira, d destacam-se vários workshops, danças ibéricas, um d cconcerto e vários momentos de animação musical. À noite estão agendados dois espetáculos com Dúvida n Pública e Sonido Andaluz. Há ainda uma corrida de ttoiros. Amanhã, sábado, o dia é dedicado à cooperação ttransfronteiriça e o programa é vasto, destacando-se, eentre outras atividades, o concurso de méis. Há aainda cantes à desgarrada e espetáculos musicais. No domingo, último dia do certame, a animação volta ao d rrecinto e há uma mostra e prova de doçaria, para além de vários momentos musicais e outras atividades. d
O Festival Sete Sóis Sete Luas volta a Odemira com os sons e as artes plásticas do mediterrânico e do mundo lusófono. Serão quatro propostas culturais, com entradas livres, inseridas na programação do evento “Setembro Cultural”. Desde ontem, quinta-feira, e até ao final do mês, Odemira recebe a exposição de Massimo Bertolini (Toscana, Itália), numa homenagem a José Saramago. Hoje, sextafeira, pelas 21 e 30 horas, o Cineteatro Camacho Costa recebe “Mythos do 7Sóis” (Mediterrâneo). Amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, o grupo La Mal Coiffée (França), composto por cinco mulheres, apresenta no Cineteatro Camacho Costa uma original viagem, cheia de sensualidade e energia, pela música popular occitana, do sul da França. No domingo, dia 15, pelas 21 e 30 horas, será a vez da 7sóis Med.Arab Orkestra subir ao palco.
Concertos, gastronomia, teatro, bailes, exposições
Planície Mediterrânica em Castro Verde
O
espetáculo original “Mythos do 7Sóis” marcou o arranque do 21.º Festival Planície Mediterrânica, que começou ontem, quinta-feira, e vai prolongar-se até domingo, em Castro Verde. Recorde-se que a vila integra a rede do Festival Sete Sóis Sete Luas, que envolve 31 cidades de 11 países do Mediterrâneo e do mundo lusófono. O Festival Planície Mediterrânica, promovido pela autarquia em parceria com as associações Sete Sóis Sete Luas e PédeXumbo, celebra a tradição e a identidade mediterrânicas de Castro Verde, através das artes, dos sabores e da maneira de ser e estar do Alentejo e de intercâmbios com outras culturas do Mediterrâneo. Além de concertos, o festival, que dispõe de um café, um bar, um restaurante e uma esplanada mediterrânicos e uma Feira de Velharias e Produtos da Terra, inclui bailes, teatro, oficinas, exposições, residências artísticas e várias animações musicais e de rua. Segundo a Câmara de Castro Verde, numa altura em que o cante alentejano, a “expressão maior” da cultura do Alentejo, aguarda a decisão da Unesco sobre a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade, as polifonias do Mediterrâneo vão estar em “destaque” no Festival Planície Mediterrânica. No festival vão ouvir-se polifonias do sul de França, no concerto do quinteto polifónico feminino La Mal Coiffeé, e do Alentejo, através de atuações de grupos corais alentejanos e do concerto do projeto Moda Impura. O quinteto La Mal Coiffeé atua hoje, sexta-feira, às 21 e 30 horas, e Moda Impura, o novo projeto de Janita Salomé e Vitorino e do Grupo de Cantadores do Redondo, para revitalizar o cante alentejano, irá fechar o festival, no domingo, às 19 horas, no Anfiteatro Municipal de Castro Verde. Os concertos de Caravana Trab, na sexta-feira, da 7Sóis Med.Arab Orkestra e de Zlabya, no sábado, e de Parapente 700, no domingo, na Tenda do Largo do Padrão, são outras ofertas da “banda sonora” do festival.
Aquilo é um animal que parece que come foguetes ao pequenoalmoço… rápido até mais não. É muito mais fácil atingir um coelho de andarilho ou que esteja numa maca no corredor do hospital veterinário…” Já os coelhos andam muito deprimidos, como nos contou Gastão Noé, coelho e nadador-salvador: “Esta doença tem sido uma desgraça… É uma dor que me
arrepanha as orelhas, e depois são umas pontadas no lombo que me deixam na última… Eu já nem tenho as habituais 3642 relações sexuais diárias… Agora só tenho 2500, ou 2510, se tomar Viagra. Vida de coelho não é fácil, sabe. Nem todos temos contactos e conhecimentos que nos permitam chegar a Bugs Bunny, primeiro-ministro ou mesmo a coelhinha da Playboy.”
31 Diário do Alentejo 13 setembro 2013
Caçadores não estão muito preocupados com doenças dos coelhos pois é mais fácil atingir um coelho que use andarilho Começou mais uma época de caça, e, apesar do alarme provocado pela doença dos coelhos, os caçadores não podiam estar mais satisfeitos com esta enfermidade, como nos explica Benito Mira Desalinhada: “Foi a melhor coisa que nos aconteceu!
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Pulido Valente pretende criar uma carta constitucional para o concelho: Beja promete declarar a independência de Portugal e anexar Cuba! Trata-se de mais uma proposta eleitoral: Pulido Valente manifestou a intenção de criar uma carta constitucional para Beja, com o objetivo de aproximar os cidadãos da gestão da autarquia. Todavia, uma investigação conjunta “Não confirmo, nem desminto”/Tribunal Constitucional/Empadas do Luiz da Rocha descobriu que as intenções de Pulido Valente são outras: Beja declarará a independência de Portugal, avançará para a anexação do concelho de Cuba e apresentará uma OPA hostil sobre a barragem do Alqueva. De facto, os sonhos imperialistas do candidato do PS à Câmara de Beja são bem evidentes no rascunho da futura Constituição da República Popular de Beja, à qual conseguimos aceder, e que reproduzimos em seguida, graças à extrema coragem e ousadia do nosso correspondente em Vila Azedo:
Especial Autárquicas 2013: Mais Beja A “Não confirmo, nem desminto”, ao contrário desses totós das televisões, continua a fazer o acompanhamento que interessa das eleições autárquicas. Esta semana, analisamos a candidatura Mais Beja, uma coligação do PSD com
o CDS/PP. Ao que apurámos, o nome da candidatura surgiu da fórmula matemática: menos desempregos + menos António Sebastião = Mais Beja (para quem não percebe muito de matemática, esta última frase tem uma
piada do caraças. Ok, só um bocadinho…). Hoje, apresentamos a todos os nossos leitores o primeiro cartaz desta candidatura a revelar desejo de distanciamento dos partidos do Governo.
Nº 1638 (II Série) | 13 setembro 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Mais noite menos dia Em setembro a terra come o sol mais cedo com os dentes dos restolhos. O azul do céu morre de fadiga e leva com ele o cantar dos grilos e as talhadas de melancia. O calor começa a cair no abismo do tempo e as mangas das camisas caem até aos punhos. As vinhas chamam pelos homens para que as provem, as arranquem e as esmaguem docemente e as paredes viradas ao sol arrefecem e matam o hábito cálido das osgas. Setembro é uma ponte para outros recomeços. Setembro é belo porque simultaneamente é um fim e um princípio. Congrega em si uma oposição. É ao mesmo tempo morte por exaustão do sol e
dos frutos e também ventre da noite e das sementes. Ainda tempo de gaspachos, mas já de caldo verde. Ainda tempo de cerveja, mas já de vinho. Ainda tempo de sardinhas asadas, mas já de jantares de grão. Ainda tempo de calções, mas já de casacos de malha. Ainda tempo de gelados, mas já de torradas. Ainda tempo de verão, mas já de outono. E depois virá o dia em que se parte o espelho da claridade e as manhãs acordam com nuvens nos olhos e a luz entra cega pelas janelas e as primeiras águas caem dos olhos das manhãs como lágrimas de saudade das lareiras e do frio. Setembro aí está. Mais noite menos dia. Vítor Encarnação
quadro de honra
Para hoje, prevê-se céu pouco nublado e uma temperatura máxima de 33 graus. Amanhã, o tempo estará mais fresco (26 graus de máxima), registando-se períodos de céu muito nublado. Domingo será dia de céu limpo e a temperatura sobe para os 29 graus.
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Feira Agropecuária em Vale do Poço
PAULO CALDEIRA
António Nabo, natural de Montemor-o-Novo, 49 anos É licenciado em Gestão de Empresas, desempenhado funções profissionais na área financeira, mas nas horas vagas troca os números pelas letras e dedica-se ao jornalismo. Começou como redator da “Folha de Montemor”, em 1989, tendo assumido a direção da publicação mensal em abril de 2003. É autor de textos em várias publicações e sobre os mais diversos temas, entre eles “Da Revolução ao PREC” (revista “Memória Alentejana”) e “Montemor-o-Novo, uma cidade sem fronteiras” (revista “Mãos”).
Prémio Gazeta de Imprensa Regional 2012
“Sem jornais não pode haver uma democracia a sério”
O
“Folha de Montemor”, jornal do centro alentejano que conta já com 24 anos existência, foi recentemente distinguido com o Prémio Gazeta de Imprensa Regional, pelo Clube de Jornalistas. Uma surpresa e um orgulho para esta publicação de pequenas dimensões, assente no trabalho voluntário e inspirada pelo lema “um bom jornal é uma sociedade a falar com ela própria”. Ficou surpreendido com a distinção ou, de algum modo, é uma conquista “trabalhada”?
Como é lógico, ficámos surpreendidos porque a “Folha” é uma publicação muito pequena, que funciona de forma muito frágil. Quando pensámos em concorrer sabíamos que não seria fácil conquistá-lo, uma vez que existem no País publicações de imprensa regional com tiragens muito maiores e com estruturas bem mais fortes. Contudo, a “Folha” já tem 24 anos de existência e tem um grupo que sabe o que faz e, principalmente, sabe o que quer. A base principal da nossa redação é composta por pessoas que já têm uma experiência considerável. Por isso, nós tínhamos consciência de que o trabalho que PUB
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realizamos tem alguma qualidade, tanto ao nível dos textos de reportagem, como ao nível das opiniões e da fotografia. É uma publicação que tem uma base forte de trabalho voluntário. Como se consegue esse feito nos dias que correm?
O trabalho de imprensa regional em Montemor-o-Novo sempre teve esta característica. Quando pensámos em formar um novo jornal, em 1989, sempre o concebemos dessa forma, porque seria praticamente impossível criar uma estrutura profissional para suportar a publicação, face ao fraco poder económico do concelho. Mas isso nunca foi um problema e sempre conseguimos manter um corpo redatorial com um nível de qualidade aceitável. Confesso que nem sempre é fácil ter pessoas a escrever, mas com uma boa dose de motivação vamos conseguindo. É claro que a atribuição do Prémio Gazeta é mais um fator para que outras pessoas possam integrar a redação. O vosso lema tem sido “um bom jornal é uma sociedade a falar com ela própria”.
Este nosso lema vem do jornalista e escritor Arthur Miller que assim respondeu, nos anos 60, ao ser questionado sobre o que seria um bom jornal. Quando cheguei à direção da “Folha” achei que deveria servir de inspiração ao nosso trabalho. Na prática, consiste em trazer pessoas para a capa do jornal, fazer entrevistas e pequenas reportagens que mostrem o que se passa, ouvir o contraditório, e dar voz a quem quer exprimir uma opinião no jornal. Quais são os grandes desafios que se colocam hoje à imprensa regional?
A imprensa regional tem um desafio enorme pela frente devido às fracas condições económicas em que o País vive. E esta situação é ainda mais gritante no interior. Por isso, fazer hoje jornalismo no interior é cada vez mais difícil, pelo que cabe a cada publicação ser o mais criativa possível para encontrar a forma de ir vivendo, mas a situação não está fácil. Contudo, entendo que sem jornais não pode haver uma democracia a sério, por isso o papel da imprensa regional terá sempre que se manter, de uma ou de outra forma. Carla Ferreira
Espetáculos musicais, exposição e comércio de animais e máquinas agrícolas, gastronomia, produtos regionais, animação, bailes e atividades desportivas vão animar a 11.ª Feira Agropecuária Transfronteiriça de Vale do Poço, que começa hoje, sexta-feira. A feira, promovida pelos municípios de Serpa e Mértola, vai decorrer até domingo nas ruas de Vale do Poço e juntar produtores e populações locais e visitantes em atividades que relacionam a vivência da Serra de Serpa e de Mértola e a comarca espanhola do Andévalo, na província de Huelva, na Andaluzia. O certame visa promover as potencialidades daquele território transfronteiriço luso-espanhol, “valorizando-o” nas áreas agrícola, silvícola, florestal, de produção animal, ambiental, social e cultural, explica a Câmara de Serpa.
“Verão Total” hoje em Beja Beja recebe, hoje, sexta-feira, dia 13, a partir das 10 horas e até às 18 horas, o programa da RTP 1 “Verão Total”. O programa será transmitido em direto a partir das muralhas do Castelo de Beja. Serenella Andrade e Jorge Gabriel apresentam o programa, onde estará em destaque o património e as potencialidades e oportunidades de desenvolvimento do concelho. Também estarão em destaque os vinhos e os azeites dos produtores concelhios, sem esquecer os doces conventuais, os chocolates e artesanato local, entre outros. Haverá ainda espaço para apontamentos musicais com dois grupos do concelho e da região – Os Bubedanas e Cantigas do Baú. Além destes artistas locais, a RTP convidou para este programa que encerra esta temporada do programa “Verão Total”, os artistas Quim Barreiros, Mónica Sintra, Fernando Correia Marques, Melão, Sérgio Rossi, Luís Filipe Reis, Tayti, Ricardo e Henrique, Dário, Leandro, Susana e Adriana Lua.
Tertúlia no Vovó Joaquina em Beja Acontece amanhã, sábado, dia 14, pelas 18 horas, no restaurante Vovó Joaquina, em Beja, a tertúlia “Inovação na prática: melhores empresas, mais empregos”. A organização encontra-se a cargo da Associação Alentejo de Excelência e Associação Jovem Habilitar Alentejo.