Edição N.º 1642

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D. Duarte Pio está em Beja para a Festa Azul

Entrevista págs. 16/17

J. Paulo Martins andou a provar os vinhos alentejanos

pág. 12

Artur Ribeiro O Alentejo na última novela da TVI

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SEXTA-FEIRA, 11 OUTUBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1642 (II Série) | Preço: € 0,90

Projeto-piloto do Ministério da Educação alivia o peso da mochila e reduz custos das famílias

Alunos das escolas de Cuba trocam manuais escolares por tablets Ainda há heróis Histórias dos bombeiros do distrito de Beja que combateram no inferno dos fogos de verão

Numa das temporadas de fogos florestais mais devastadora e mortífera das últimas décadas, 266 bombeiros do distrito de Beja rumaram ao centro e norte do País para auxiliar os seus camaradas, num combate desigual cujo trágico resultado se cifrou em oito mortes e 120 mil hectares de matos e florestas consumidos pelas chamas de 17 mil incêndios. Afinal, ainda há heróis. págs. 4 a 7 PUB

JOSÉ FERROLHO

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Diário do Alentejo 11 outubro 2013

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Editorial Azul

Vice-versa “Nunca concordámos com este novo horário, sempre nos opusemos a esta lei, porque não aumenta a rentabilidade e não motiva as pessoas, contudo não a podemos ignorar e tivemos de a aplicar”. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja

Paulo Barriga

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República está doente. Está doente e está velha. E como está velha e doente fazemos com ela o que fazemos com os nossos velhos, mesmo quando não estão doentes: abandonamo-los num qualquer lar de vão de escada. Foi o que fizemos à República: enfiámos-lhe umas pantufas de lã, cobrimo-la com um roupão turco, deitámo-la ao lado de uma arrastadeira de lata e auxiliámo-la com um andarilho de quatro amparas. O português enquanto novo não gosta de envelhecer e desdenha das coisas velhas, principalmente quando as coisas velhas são pessoas. Embora a República Portuguesa, no essencial, sejam as pessoas de Portugal, inclusivamente o português enquanto novo. Contraditório? Confuso? Absurdo? Sim, e talvez nem por isso! É natural que o português enquanto novo fique aborrecido com e fraternalmente preocupado quando um presidente da república velho faz içar o estandarte nacional de pernas para o ar. É aceitável que o português enquanto novo e viçoso e produtivo queira trabalhar afincadamente no 5 de Outubro. Até é compreensível que, enquanto novo e viril, o português não ache jeito às mamocas da moça que há cento e tal anos escolheram para ilustrar a revolução republicana. Mas será espetável que o português enquanto novo reconheça na velha monarquia o remédio para as doenças próprias à idade da República? D. Duarte Pio acha que sim! Acha que a monarquia apenas não é viável porque a doente República está pejada de “ignorância” e de “preconceito”. Em entrevista ao “Diário do Alentejo”, esta semana, afirma mesmo que a velha República é a causa, ela própria, da crise “económica e moral” que atravessamos. E que, ao invés das monarquias atuais, a República Portuguesa, nomeadamente a sua Constituição, convive mal com a democracia. O que não deixa de ser revelador. O herdeiro da Casa de Bragança estima que em Portugal existam perto de 10 mil partidários da monarquia. Uma fartura que muito bem poderia ser conferida num republicano, embora democrático, plesbicito. Mas não há memória que a causa monárquica alguma vez tenha colocado a hipótese de referendar o regime. Porque certamente reconhece que o português enquanto novo costuma depreciar as coisas velhas, principalmente quando as coisas velhas são pessoas. Ainda que o sangue que lhes possa correr nas veias seja da cor da festa que por estes dias acontece no castelo de Beja. Azul.

“O STAL interpôs uma providência cautelar contra a Câmara de Beja por forma a suspender a entrada em vigor destes horários. O STAL fará tudo em defesa das 35 horas semanais”. (Em comunicado de imprensa do STAL). Vasco Santana, membro da direção do STAL

Fotonotícia

A eterna crise dos ciganos Foi o título que a jornalista Bruna Soares ofereceu a uma reportagem sobre os mediadores ciganos no distrito de Beja. Artigo que o “Diário do Alentejo” publicou em novembro de 2012 e que agora foi distinguido com o prémio de jornalismo “Direitos Humanos & Integração”, na categoria de imprensa regional e local. Bruna Soares, aliás, foi ainda nomeada pelo Gabinete para os Meios de Comunicação Social e pela Comissão Nacional da Unesco com a reportagem “Parar é morrer”. Foram também vencedores deste prémio o jornalista Paulo Moura, com a reportagem “A revolução virá do campo”, publicada no jornal “Público”, na categoria imprensa escrita; Maria Augusta Casaca, na categoria de rádio, com a reportagem “Vidas de Solidão”, transmitida na TSF; e o trabalho conjunto de Cândida Pinto, Jorge Pelicano, João Nuno Assunção, Marco Carrasqueira e Inês Rueff, na categoria meios audiovisuais, denominado “Vítor: o fecho da fábrica”, apresentada na SIC. O “Diário do Alentejo” foi o primeiro órgão de informação regional a ser distinguido. O que muito nos anima e enche de orgulho. PB Foto de José Ferrolho

Voz do povo Concorda com o novo horário da função pública? (de 35 para 40 horas semanais)

Inquérito de JS

Aníbal Fernandes 67 anos, bancário aposentado

Lucinda Isidro 56 anos, empregada de balcão

Rui Chaves 54 anos, bancário

Maria José Sequeira 48 anos, assistente operacional

Não. Não posso concordar com uma medida que põe em causa direitos adquiridos. Depois do 25 de Abril, ao longo de 39 anos. Por regra, sou contra o que possa vir a dificultar a vida de quem trabalha. A riqueza do País não terá um valor acrescido por se trabalhar mais uma hora por dia. É mais uma medida prepotente deste governo autoritário. Como muitas outras que tem criado.

Concordo com a aproximação ao horário dos trabalhadores privados. Que sempre trabalharam mais horas. A função pública tem sido beneficiada em muitos aspetos. Nos horários laborais, nas pontes junto a alguns feriados, nos ordenados. Por outro lado, pode ser que diminua o tempo de espera e as filas nas repartições públicas. Neste aspeto poderá ser uma medida útil.

Não sei onde assenta o argumento, que este horário trará em 2014 um acréscimo de 700 milhões de euros. Mais uma hora diária em que os serviços públicos estão abertos, corresponde também a mais despesas gerais. De luz, ar condicionado, etc. E ficamos em contraciclo em relação ao resto da Europa. Onde o que existe é precisamente a tentativa da diminuição da carga horária.

Não concordo. Estão a retirar-nos direitos que fomos conquistando ao longo deste tempo de democracia. Não é correto termos que trabalhar mais horas recebendo o mesmo vencimento mensal. Ou mesmo mais reduzido. E este descontentamento que as pessoas trazem não sei se resolverá alguma coisa. Aguardo com esperança a decisão do Tribunal Constitucional.


Rede social DR

Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 3 BEJA PSP DETÉM SUSPEITO DE VOLTAR À PRISÃO COM DROGA PARA TRÁFICO

SEXTA-FEIRA, DIA 4 BEJA ACT IDENTIFICA 23 TRABALHADORES CLANDESTINOS EM VINDIMAS A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) anunciou ter identificado 23 trabalhadores clandestinos, um dos quais menor de idade, em vindimas de duas explorações agrícolas no Baixo Alentejo. Todos os trabalhadores e os dois empregadores são de nacionalidade romena, embora pertençam a empresas unipessoais de responsabilidade limitada e registadas em Portugal, refere a ACT. Os trabalhadores clandestinos foram identificados durante ações inspetivas para prevenção de trabalho não declarado e dissimulado e tráfico de seres humanos que a ACT realizou nos passados dias 17 e 19 de setembro, em parceria com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e outras entidades públicas.

SÁBADO, DIA 5 SANTIAGO DETIDO POR TRÁFICO DE DROGA A GNR de Alvalade do Sado, concelho de Santiago do Cacém, deteve um indivíduo por suspeita de tráfico de droga, na noite de sábado, no decorrer de uma fiscalização rodoviária, na Estrada Nacional 261. Durante a fiscalização ao veículo, os militares detetaram 144 doses de haxixe na posse do suspeito, que foram apreendidas. O indivíduo ficou notificado para comparecer em tribunal.

TERÇA-FEIRA, DIA 8 BEJA CÂMARA LANÇA NOVO SERVIÇO ON LINE A Câmara de Beja anunciou que dispõe de um novo serviço on line que permite aos cidadãos pedirem, através da Internet, qualquer tipo de informação ou prestação de serviço em todas as áreas do município, como pedidos de licenças. O serviço de requerimentos on line permite evitar deslocações dos cidadãos à Câmara de Beja, permitindo-lhes “estabelecer um contacto direto” com o município e resolver assuntos através da Internet e “à distância de um simples clique”, explica a autarquia. Segundo o município, o serviço, que ainda não abarca 11 requerimentos, os quais serão disponibilizados em breve, é “mais uma medida de proximidade ao munícipe”, no âmbito da modernização administrativa da Câmara de Beja.

A Casa Escritor Fialho de Almeida localiza-se no centro da vila, no gaveto formado pela rua João Vaz e rua da Parreira. O edifício, construído há mais de um século como habitação de proprietários rurais, veio a tornar-se a residência de Fialho de Almeida durante os últimos anos da sua vida. A casa mantém intactas as suas principais características arquitetónicas e compõe-se de um rés-do-chão, sótão, um amplo pátio interior e anexos. Existe ainda uma fração integrada neste imóvel que se encontrava habitada até 2011, altura em que foi possível à autarquia proceder ao realojamento da família noutra habitação do município. O inquestionável valor patrimonial do imóvel levou a que desde 2002 a Câmara de Cuba encetasse negociações visando a sua aquisição e classificação enquanto imóvel de interesse público, situações que se concretizaram em 2008 e 2003. O desenvolvimento deste projeto promovido pela câmara tem contado com a colaboração de parceiros cuja ação foi determinante na sua definição, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (projeto arquitetónico da autoria do arquiteto Sousa Macedo) e a Direção Regional da Cultura. O investimento total previsto será de um milhão de euros. Quais são os seus principais objetivos?

O projeto que o município pretende desenvolver na referida habitação visa a sua reutilização em total respeito pela sua autenticidade, de forma a resgatar a sua valia histórica, arquitetónica, artística e patrimonial, recuperando igualmente a sua vertente de fruição pública e o desenvolvimento de atividades culturais que se pretendem abertas à sociedade, devolvendo-se, desta forma, a casa ao concelho, aos cidadãos e ao mundo. O principal objetivo é a criação de um centro vivo, interpretativo e participado da cultura alentejana, que assume um conjunto de valências de funcionamento de extrema importância: zonas de exposição e acervo do escritor; Centro Manuel de Castro e Pátio das Polifonias (espaço multifuncional destinado a encontros de indivíduos, comunidades e grupos, de forma a fomentar a disponibilidade mental para o improviso, o cante a vozes e a décima, através da participação ativa de atores locais e do mundo); posto de informação turística, cafetaria e loja; zona de exposições temporárias; e uma residência artística.

André Sardet e Tiago Bettencourt, “embaixadores do Alentejo”, animaram as noites do evento Experiências a Sul, em Beja. Muita música e, sobretudo, muita festa. Mais de 80 ações agendadas para todos os gostos. DR

Foi apresentada recentemente, em Cuba, a Casa Fialho de Almeida. Em que consiste este projeto e quem são os seus promotores?

André Sardet e Tiago Bettencourt em Experiências a Sul

Festival do grão com encontro de motorizadas Em Vila Azedo, no concelho de Beja, o rei foi o grão, ou não tivesse em sua honra um festival. Acontece que durante a iniciativa também decorreu um passeio de motorizadas antigas e, antes do petisco, houve um desfile. DR

Trinta e sete jovens, dos 16 aos 30 anos, residentes no concelho de Mértola, partiram numa “viagem cultural”, promovida pelo município, para “descobrir” a capital britânica, Londres. Segundo a Câmara de Mértola, durante a viagem, os jovens, acompanhados por quatro monitores e um representante da autarquia, vão descobrir Londres, através de um roteiro que inclui visitas “aos monumentos e museus mais emblemáticos” da capital do Reino Unido.

Vereadora na Câmara Municipal de Cuba

Festival taurino a favor da Cercibeja A praça de touros Varela Crujo, em Beja, foi palco do IV Festival Taurino a favor da Cercibeja – Cooperativa e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Beja. A tradição voltou a cumprir-se e quem beneficiou foram os utentes da instituição. DR

MÉRTOLA JOVENS EM “VIAGEM CULTURAL” PARA “DESCOBRIR” LONDRES

3 perguntas a Teresa Calado

Almoço juntou 750 reformados, pensionistas e idosos em Mértola Todos à mesa no 17.º Encontro de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Mértola. Ao todo 750 participantes e a festa foi grande, com direito a baile e ações de informação, entre outras atividades. DR

A PSP deteve um homem por suspeita de se preparar para voltar à prisão de Beja, após licença precária, com 520 doses de haxixe e 19 de heroína, alegadamente destinadas ao tráfico no estabelecimento. O recluso, de 33 anos e que está a cumprir pena no Estabelecimento Prisional de Beja por tráfico de droga, foi detido na quarta-feira, 2. Segundo a PSP, o homem foi detido “por suspeita de se preparar para regressar ao Estabelecimento Prisional de Beja, após licença precária, na posse de produto estupefaciente suficiente para a prática de tráfico no interior” da prisão. Durante a ação policial, a PSP apreendeu as doses de haxixe e de heroína que estavam na posse do homem.

A quem de destinará a residência artística?

Destinada à reinvenção da paisagem cultural alentejana, proporcionando um programa criativo de atividades e de formação, esta valência visa, assim, apoiar e incentivar o desenvolvimento das artes (escrita, pintura, música, teatro e cinema, entre outras), servindo de residência temporária para artistas nacionais e estrangeiros. As condições de funcionamento serão norteadas a partir das normas regulamentares a definir pela autarquia. NP

Cercisiago no Guinness Book of Records Uma mega aula de body balance juntou perto de 600 pessoas, o que levou a Cercisiago a assegurar um lugar no Guinness Book of Records. Miúdos e graúdos, durante 30 minutos, a queimar calorias e a assegurar o recorde.

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é o total de operacionais dos corpos de bombeiros do distrito de Beja que integraram o Grupo de Reforço para Incêndios Florestais que, entre 22 de agosto e 5 de setembro, combateu os grandes incêndios em Castelo Branco, Guarda e Viseu.

Tema de capa

Bombeiros do distrito de Beja aclamados no centro e norte do País

O regresso dos heróis

A

história repete-se ano após ano. Verão após verão. Enquanto o País desagua a banhos no litoral, o interior transforma-se num inferno de chamas. Até ao final de setembro, quando terminou a época crítica do combate aos incêndios f lorestais, a que os bombeiros chamam “fase Charlie”, registaram-se perto de 17 mil ocorrências. Fogos que deixaram em cinzas mais de 120 mil hectares de matos e florestas, que tiraram a vida a oito bombeiros e que levaram à exaustão os milhares de soldados da paz que obstinadamente teimam em dar a vida por um pedaço de território que vem assinalado no mapa como sendo Portugal. A boa notícia, se é que há boas notícias para dar na questão dos fogos, é que o distrito de Beja foi dos que registou uma menor área ardida durante o verão de 2013. Segundo os dados provisórios de incêndios, compilados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, “apenas” arderam na região 580 hectares, resultado de 50 ocorrências assinaladas até ao final de setembro. Umas

Numa das temporadas de fogos florestais mais devastadora e mortífera das últimas décadas, 266 bombeiros do distrito de Beja rumaram ao centro e norte do País para auxiliar os seus camaradas. Num combate desigual cujo trágico resultado se cifrou em oito mortes e 120 mil hectares de matos e florestas consumidos pelas chamas de 17 mil incêndios. Quando o resto falha, o que nos vale é que ainda vão sobrando alguns heróis. Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

verdadeiras férias para os bombeiros da região, dirá quem se ficar pela fria análise dos números. E se lhe escapar o facto de 266 operacionais do Alentejo terem passado os mais escaldantes dias deste verão nas matas do centro do País. “As pessoas f icava m admiradas quando viam passar viaturas de Beja,

Cuba, Alvito… Não sabiam que havia bombeiros do Alentejo para as ajudar”, recorda António Guerreiro, adjunto do comando do corpo de bombeiros de Beja. António Guerreiro é apenas um de entre os 47 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Beja que integraram o Grupo de Reforço para Incêndios

Florestais (GRIF). Uma equipa que, entre 22 de agosto e 5 de setembro, permaneceu nos “teatros de operações” de Castelo Branco, Guarda e Viseu, nomeadamente no fatídico incêndio da serra do Caramulo. Domingos Vareta tem 35 anos feitos a 4 de setembro, em pleno fogaréu do Caramulo. “No cimo da serra, onde existia um campo de futebol que servia de apoio aos helicópteros de combate, ficámos cercados pelo fogo”, relembra o bombeiro, “é nessas alturas que nos sentimos pequenos e impotentes. Quando o fogo vem na nossa direção a lavrar sobre árvores com 30 metros de altura, a sensação é arrepiante. Naquelas ocasiões, o que nos pode valer é o espírito de grupo e a coesão. Foi o que aconteceu”. No início de setembro, a fábrica das águas do Caramulo chegou a estar cercada pelas chamas. Um inferno difícil de “reproduzir em palavras”. Ivan Jacob, de apenas 22 anos, esteve nesse duro combate: “quando o fogo passou a estrada, ficámos rodeados. Ardia tudo à nossa volta. É uma situação muito marcante”.


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Bombeiro de terceira classe, voluntário há quatro anos em Beja, Ivan não se esquece das “pessoas a abandonarem as suas casas, a fugirem das aldeias e nós a irmos na direção contrária. As pessoas diziam-nos para não avançarmos, que não voltávamos de lá. Isso mexe muito com a parte psicológica, para mais quando ali já tinham falecido camaradas nossos”. Jovem, por igual, é o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Beja. Pedro Baraona tem 41 anos, é comandante há 13 e voluntário há 27. “A minha família está ligada aos bombeiros desde a sua fundação, há 124 anos”, realça. Baraona, juntamente com o comandante de Castro Verde, coordenou o GRIF durante quatro dias. Apesar de não ter acompanhado o pico do incêndio do Caramulo, esteve no concelho de Mangualde e viveu de perto o drama da perda de vidas de camaradas seus. “Não concordo em absoluto quando dizem que os bombeiros não têm formação”, assegura: “esta é uma atividade de risco e dizer que os bombeiros não estão preparados é o mesmo que culpar um soldado abatido em combate. Os bombeiros têm formação, não podemos é confundir formação com experiência. Um bombeiro de 18 anos não terá experiência, ela adquire-se nas ocorrências, levando de um lado, levando do outro…”. João Godinho não tem 18 anos, tem 20. Esteve nove dias no centro e norte do País em diferentes missões levadas a cabo pelos bombeiros do distrito de Beja. E, se não a tinha ainda, ganhou experiência no inferno do verão. “A imagem mais marcante que guardo foi quando ficámos rodeados pelo fogo enquanto estávamos a proteger um aviário. Havia animais a morrer e pessoas em risco, felizmente não houve vítimas”. Mas a experiência não advém apenas do confronto com as chamas, surge principalmente no contacto com as populações e com a salvaguarda dos seus bens. E essa lição, João Godinho já a aprendeu: “deixámos lá em cima uma boa imagem, fomos muito bem recebidos e as pessoas estavam sempre a oferecer-nos comida, água, alojamento…”. Há uma fotografia que se tornou viral na Internet e que substitui todas as palavras que se possam escrever sobre a passagem dos bombeiros alentejanos pelo centro do País. É a imagem do subchefe Sota, dos Bombeiros Voluntário de Cuba, que descansa no chão de uma aldeia com uma criança a seu lado. Aliás, os relatos de camaradagem entre os bombeiros, e das populações para com eles, são inúmeros. Manuel Entradas, que tem funções de motorista nos Bombeiros Voluntários de Beja, não esquece tão cedo o susto que o seu grupo apanhou na defesa do parque de campismo de Vila de Carvalho, Covilhã, em plena serra da Estrela. Mas não esquece, sobretudo, o apoio popular

❝ João Godinho

Tenho 20 anos, sou bombeiro desde 2008. A minha missão mais difícil aconteceu este ano, no combate aos grandes incêndios do Norte. Estive lá nove dias. A imagem mais marcante que tenho foi quando ficámos rodeados pelo fogo, enquanto estávamos a proteger um aviário. Tínhamos populações em risco, felizmente não morreu nenhum popular, e animais a morrer… Fomos muito bem recebidos pelos populares. Deixámos uma boa imagem a nível nacional.

António Guerreiro Tenho 47 anos, sou adjunto de comando do corpo de bombeiros de Beja. Há 28 anos que sou bombeiro. Gosto de ajudar as pessoas, as populações. Este ano estive na serra da Estrela, na Covilhã. Foi muito difícil. Não conhecíamos os terrenos. Antes de chegarmos ao local do incêndio já tínhamos feito 300 quilómetros… Depois havia o vento. Em meia hora, o vento corria os pontos cardeais todos. Se não tivéssemos atenção de que lado ele soprava podia ser bastante perigoso. Havia muito combustível, árvores muito altas, muito calor… Sabia que existia algum perigo, se cometesse algum erro… Tinha pessoas para comandar… Sabia que tinha de trazer de volta os 30 elementos que levava para a frente. Os bombeiros do Alentejo deixaram a melhor imagem possível. Tudo o que nos foi pedido, fizemos: ajudámos as populações, às vezes quando já pensavam que lhe iam arder os bens. As pessoas nem sabiam que havia bombeiros de Beja a combater incêndios naquela área. Ficavam bastante admiradas quando viam escrito nas viaturas, Beja, Cuba, Alvito…

Manuel Entradas Sou bombeiro voluntário de terceira classe, com funções de motorista. Fui escalado para fazer parte do GRIF do Alentejo. Não dormimos durante dois dias e duas noites. A experiência foi boa, no aspeto em que contribuiu para aprendermos alguma coisa sobre fogos de floresta, que é totalmente diferente dos fogos daqui do Alentejo. Em Vila de Carvalho o fogo virou-se direito às habitações, mas conseguimos dominá-lo e, posteriormente, evitámos que o fogo entrasse no parque de campismo, vinha com bastante força, o vento mudou de direção duas ou três vezes… Mas conseguimos e, enfim, tudo correu pelo melhor. Durante a noite regulámonos pelas chamas… aquilo são florestas muito densas, não há caminhos adequados, o nosso pessoal teve de andar às tantas da noite a cavar para segurarmos o fogo, e foi assim a nossa vida.


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que ali receberam. “As pessoas só não fizeram por nós o que não puderam”, reconhece o bombeiro. O GRIF do distrito de Beja, que a 29 de agosto foi reforçado por uma brigada de combate a incêndios florestais, mobilizou para os distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu 266 operacionais dos corpos de bombeiros do distrito de Beja, segundo informações fornecidas pelo major Vítor Cabrita, comandante distrital de Operações de Socorro e coordenador das missões de combate a incêndios e respetivos planos de rendição. O grupo de reforço e a brigada de combate a incêndios f lorestais, no seu conjunto, emprestaram aos grandes incêndios do verão três veículos de comando e comunicações, seis veículos de combate a incêndios f lorestais, três veículos de apoio a combate e uma ambulância de socorro. Um esforço em homens e meios que foi pedido aos bombeiros de Beja, Odemira, Moura, Alvito, Cuba, Ferreira do Alentejo, Ourique, Barrancos, Castro Verde, Vidigueira e Vila Nova de Milfontes. Homens e mulheres, boa parte voluntários, que aceitaram colocar a própria vida em risco para salvar o bem comum. “Os bombeiros”, reconhece Domingos Vareta, “aceitam esta missão porque gostam de ajudar o próximo e também por pura camaradagem”. Mas, por vezes, a boa vontade não é suficiente para responder aos desafios que se colocam aos soldados da paz, como agora aconteceu no Caramulo. É ainda Domingos Vareta que lamenta o facto de os bombeiros “terem sido descurados ao longo dos últimos anos, principalmente ao nível do material de proteção individual. Uma das coisas que mas senti foi a falta de um bom par de botas. As temperaturas andavam à volta dos 60, 70 graus… Ao nível do solo aquilo era mau… Ali, um bom par de botas fazia toda a diferença”. Um bom par de botas e não só. Calças, dólmens, capacetes. Um bombeiro bem equipado é aquele que se financia a si próprio. E que se precavê antes de entrar na viatura. Quando o segundo comandante Pedro Baraona recebeu ordem de marcha para conduzir os seus homens às serras da Estrela e do Caramulo, a primeira coisa que lhe ocorreu foi levar casacos para se protegerem do frio da noite. Mas o cenário no local era de tal forma dantesco que “quando saímos de lá estava mais temperatura no Caramulo do que em Beja, parece que o País estava invertido”. Foram momentos de verdadeira superação para os 266 bombeiros do distrito de Beja que auxiliaram as populações ameaçadas pelo fogo. Tanto mais que o seu conhecimento do território era nulo e a urgência das ocorrências exigia imediata prontidão. “Eram-nos dadas missões e seguíamos logo para o local”,

❝ Domingos Vareta

Tenho 35 anos, feitos no dia 4 de setembro no teatro de operações do Caramulo. Sou bombeiro voluntário há 14 anos. Estou nesta causa porque gosto de ajudar o próximo e pela camaradagem. Estive três dias no Caramulo. Uma vez ficámos cercados pelo fogo, valemo-nos da experiência e também de alguma calma. Felizmente conseguimos superar a situação e safámo-nos. É uma sensação… O ser humano sente-se pequeno perante aquela dimensão. Quando o fogo vem a lavrar, a sensação é arrepiante… Sentimo-nos impotentes. Ali vale é a calma e não dispersar, manter o espírito e a coesão de grupo e ficarmos todos unidos. Não vou aqui fazer grandes lamentações, mas acho que os bombeiros voluntários têm sido descurados ao longo destes anos, ao nível de viaturas, de equipamentos pessoais… Uma das coisas que senti mais falta foi de um bom par de botas, porque aquilo eram temperaturas à volta dos 60, 70 graus… A nível do solo era mau, e ali um bom par de botas fazia toda a diferença.

Pedro Baraona Sou segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Beja, tenho 41 anos. Sou bombeiro voluntário há 27 anos e comandante há 13. Vim para os bombeiros porque toda a minha família tem estado sempre ligada aos Bombeiros Voluntários de Beja, desde a sua fundação, há 124 anos. Estivemos no centro do País cerca de duas semanas, com rendições, com muito esforço nosso, muito empenhamento, mas o resultado foi positivo até porque tivemos sempre um bom feedback, tanto da população, como da própria estrutura. O pessoal teve situações muito complicadas de defender aldeias, a fábrica do Caramulo, defender o parque de campismo da Covilhã… Fizemos um bom trabalho, não tivemos baixas, isso é o mais importante. A nossa é uma atividade de risco. Não concordo em absoluto quando dizem que os bombeiros não têm formação. Um bombeiro de 18 anos pode não ter experiência, mas tem formação. A experiência adquire-se nas ocorrências, levando de um lado, levando do outro…

Ivan Jacob Tenho 22 anos, sou bombeiro voluntário desde 2009. Fui por três vezes aos incêndios do Norte… A primeira vez fui selecionado. O segundo comandante perguntou-me se queria ir, eu disponibilizei-me e disse que sim. Da experiência que tive lá quis ir mais duas vezes. Aquilo é outra realidade, comparado com os nossos fogos. O que mais me marcou foi, nas aldeias, as pessoas a fugirem de lá e nós a irmos em sentido contrário. As pessoas a dizerem-nos que não voltávamos de lá, para termos cuidado. Isso mexe com a parte psicológica e foi bastante marcante. E saber que já tinham falecido vários camaradas nossos, tínhamos de estar sempre com cuidado, por causa dos ventos que estavam sempre a mudar. Senti a minha vida em perigo por duas vezes. Principalmente ao pé da fábrica do Caramulo, quando o fogo passou a estrada e estávamos rodeados a ver tudo a arder à nossa volta. Foi muito marcante. Fomos lá dados como uns heróis. As pessoas abraçadas à gente, a chorar, a agradecer…


Comentário Vamos tentar acabar com a maldição dos fogos! Mário Salsa Coronel aposentado

revive António Guerreiro, “não tínhamos nenhum guia, não conhecíamos o terreno, tínhamos é que resolver as situações e defender as pessoas e os seus bens. As missões eram difíceis, mas tinham de ser feitas e tudo foi resolvido”. Até porque o “habitat natural” destes combatentes nada tem a ver com as serranias do maciço central. Pedro Baraona relembra as dificuldades inerentes ao terreno, a orografia muito acentuada, a falta de caminhos de fuga, os ventos que mudavam de quadrante a cada instante, a densidade das florestas: “O nosso concelho é praticamente plano. Excetuando as zonas junto ao rio Guadiana, não é nada do outro mundo. Mas, ali, tudo se complica”. E, por vezes, há apenas um instante para reagir. Esta foi a mais lutuosa campanha de incêndios dos últimos anos. Oito bombeiros perderam a vida nas serras do centro de Portugal. Muitos operacionais, como Domingos Vareta, apontam o dedo aos governantes pela situação calamitosa do país florestal. Isto apesar de o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo d’Ávila, ter garantido, após as mortes no Caramulo, que não se conformava “com a rotina com que as populações e os bombeiros se deparam todos os verões” e que era “necessário repensar a forma de olhar para a prevenção”. Mas quem não se conformou, de facto, com o silêncio das altas figuras do Estado em relação à perda de vidas no combate aos fogos foram os bombeiros. Nomeadamente com a falta de tomada de posição pública por parte do Presidente da República. A conta do Facebook da presidência recebeu, num só dia, mais de três mil comentários lamentando esse facto. Isto apesar de, mais tarde, uma fonte de Belém ter garantido que Cavaco Silva terá contactado pessoalmente os comandantes das corporações e as famílias dos bombeiros que morreram este ano em missão. E é em sua memória que os bombeiros do Alentejo dedicaram também a sua coragem e empenho. Ivan Jacob não se cansa de repetir que o espírito dos bombeiros “está na união e na camaradagem. E é nestas alturas que a camaradagem se vê. A camaradagem e a reação das pessoas. São de Beja, perguntavam, o que estão aqui a fazer? Fomos lá tratados como heróis. Corremos riscos, conseguimos superá-los… Safámo-nos”. PUB

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m março deste ano, escrevi o artigo “A maldição dos fogos, sina dum povo escravizado que aceita complacentemente a escravidão”. Estava-se então a preparar a adjudicação dos meios aéreos, de certo modo atrasada por ações de disputa de empresas concorrentes. Nesse artigo, que teve larga difusão jornalística para os nossos emigrantes, e que em Portugal teve apenas publicação num único quinzenário regionalista, fazia-se a antevisão do que iria acontecer, do que está realmente a acontecer, como segue: “Não é necessário consultar um cartomante, um bruxo, um astrólogo, um mago da adivinhação para ficar a saber como se irá desenvolver a tragédia dos fogos em 2013. Assim como estímulos iguais geram respostas iguais, também procedimentos iguais geram resultados iguais. Nos dias de maior calor e de vento mais forte e mais favorável à ação incendiária, as furtivas e débeis chispas incendiárias aparecem, misteriosamente, nos locais mais inacessíveis, mais remotos, mais astuciosamente destrutivos, mais distantes das vistas, de dia ou de noite, que, usufruindo da fácil queimada dum mato ressequido pelo calor e dum vento de feição, transformar-se-ão em indomáveis incêndios. Mobilizam-se, então, centenas de bombeiros e dezenas de viaturas e, se as condições de voo o permitirem, aparecem igualmente os costumeiros meios aéreos, a última e mais forte esperança da extinção dos fogos. Mas a desgraça já está imparável: já há centenas, milhares de hectares de f loresta a serem impiedosamente consumidos pelas altaneiras chamas que os seus baldes de água não conseguem apagar; já há terreno agrícola destruído; já há pessoas mais empobrecidas, e bem assim o País; já há gado morto e, frequentemente, camponeses e até bombeiros (em 1906 foram cinco); já há mega quantidades de energia calorífica totalmente desperdiçadas; já há quantidades de oxigénio consumidas nas chamas, e que a morte da floresta dificulta refazer; já há quantidades incomensuráveis de cinza que irão afetar os lenções freáticos. Já há toneladas de água, imprescindível às culturas, despejadas nos fogos ou na sua evitação. E, em regra, o fogo só se extingue quando, depois de arder tudo, nada mais há para arder.

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assim que tem vindo a acontecer, é assim que garantidamente acontecerá no ano em curso, e é assim que acontecerá no futuro, só parando quando o País não tiver mais nada para queimar.” Há pelo menos duas maneiras de tratar a questão: uma, a utilizada até agora, é a de seguir a rotina, resignar-se ao ritual, deixar que as coisas aconteçam no fatalismo aceite, refugiar-se no laxismo e ter o cuidado de fazer sentir que se está

solidário na dor e no infortúnio dos que ficaram de luto, perderam culturas, animais e arvoredo e ficaram mais pobres; outra é a de não aceitar o fatalismo, ter a determinação de querer quebrar o sortilégio e buscar a solução mais conveniente com o mesmo empenhamento que um telemóvel procura, de confronto em confronto, o destino que lhe é designado. Como se sabe, para que haja fogo, são necessários três elementos essenciais, só três: combustível, chispa incendiária a ação comburente, o oxigénio. Basta que se elimine um deles, um só, para que o fogo seja impossível. No caso, não é possível eliminar o oxigénio, já que os fogos acontecem a céu aberto; será difícil eliminar a chispa incendiária, dada a degradação social a que foram estimulados alguns cidadãos, porque tempos houve em que os fogos eram muito raros, embora já houvesse fósforos, mais f loresta e muito menos meios para os combater. Resta-nos, assim, o combustível que é, fundamentalmente, o matagal que se cria na f loresta e na terra abandonada. Para o eliminar, o processo que parece mais simples é o do arroteio. Para tanto, seria necessário ferramentas adequadas e mão de obra simples, possivelmente adquirida entre os subsidiados, que deixariam de o ser pelo tempo da desmatação, e que teriam um salário melhorado relativamente ao subsídio. As vantagens seriam imensas: para os que viessem a trabalhar na tarefa, não deixariam de sentir o orgulho humano de adquirir o seu sustento à custa do seu trabalho, deixando de se sentir parasitas sociais, e de sentir que o seu esforço era um passo firme para retirar a nação da “morrinha” em que se encontra; para o desemprego, que não deixaria de descer, e por um baixo custo (diferença entre o salário e o improdutivo subsídio); para a produção de riqueza, derivada do aproveitamento do mato que seria transformado em energia, de grande interesse nacional, ou noutro bem.

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em dúvida que este novo modelo, que poderia envolver o Estado e proprietários, traria custos, mas muito menores que aqueles que hoje existem, e que em 2012 foram, para o Estado, da ordem dos 74 milhões de euros (mais 10,3 por cento que em 2011), verba totalmente falsa por não adicionar as culturas, os animais mortos, as pessoas mortas ou fortemente incapacitadas, a f loresta incinerada, a água estragada, a poluição de lençóis freáticos, as viaturas de bombeiros e outras incendiadas. Tenho por quase certo que o modelo apresentado não será o melhor dos que provavelmente existirão, e que eu e o povo que comigo é ardentemente aguardamos, podendo, na comparação com esses, não ser sequer bom, ou ser mesmo mau, mas é seguramente excelente, se bem trabalhado, comparado com o modelo em uso, que desperdiça, lança fora, queima milhões, sem que, para além do folclore das naves a despejar bochechos de água em indomáveis chamas, consente na dantesca situação de que, anualmente, Portugal se reduza a devastadoras e apavorantes cinzas. É um modelo esbanjador de meios financeiros, que ano após ano mais não faz que espalhar a dor, os lamentos, a tristeza, o luto, as lágrimas e mais miséria no infelicitado povo. No fundo, o que importa é parar com a penosa, arriscada e totalmente falha de sucesso tarefa de apagar fogos, e tudo fazer por evitá-los! Como diz o povo, é sempre melhor prevenir que remediar!

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Camilo Lourenço esclarece dúvidas sobre gestão de finanças pessoais

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Camilo Lourenço, jornalista de economia, e António Godinho, consultor financeiro e responsável pela marca Exchange, participam no próximo dia 17, pelas 18 horas, na Biblioteca Municipal de Beja, num seminário destinado a abordar alguns dos temas mais atuais no âmbito das finanças pessoais. Arrendamento, impostos e segurança de depósitos serão os principais assuntos em debate. O evento é promovido pelo Movimento Nacional de Poupança Intermarché, Bricomarché e Roady, juntamente com a consultora financeira Exchange. A entrada no seminário “Cor do Dinheiro” é gratuita, não necessitando de inscrição prévia.

Proteção Civil de Aljustrel promove exercício de cidadania “A terra treme” O Serviço Municipal de Proteção Civil de Aljustrel promove hoje, sexta-feira, pelas 11 e 10 horas, no âmbito da estratégia internacional para a redução de catástrofes, um exercício público de cidadania intitulado “A terra treme”, cujo principal objetivo “passa por treinar, individual e coletivamente, os três gestos de proteção, ou seja, baixar-se, proteger-se e aguardar”, esclarece a câmara municipal. Após a ação de sensibilização, sob a forma de exercício, pretende-se “divulgar procedimentos de prevenção, autoproteção e mitigação face ao risco sísmico, até porque é inquestionável que a terra treme”, adianta a autarquia, acrescentando que “em regiões de risco sísmico sabe-se dessa inevitabilidade, apenas não se sabe quando, nem como”.

Autarcas acusam Governo de “matar” interior

Sábado desportivo em Mértola

Doze dos atuais 14 serviços de Finanças do distrito de Beja em risco de fechar

A Câmara Municipal de Mértola promove amanhã, sábado, no Parque Desportivo e de Lazer Municipal da Vila-Museu, mais um sábado desportivo. Este sábado é dedicado aos jogos tradicionais, decorrendo as atividades entre as 14 e as 19 horas.

Geraldos e Casével com atividade física As localidades de Geraldos e Casével, no concelho de Castro Verde, já têm minicircuitos de manutenção para prática de atividade física ao ar livre e utilização terapêutica por parte das populações.

Aleitamento materno em Ferreira A equipa de enfermagem da Unidade de Cuidados na Comunidade – Cuidar Ferreira na Proximidade de Ferreira do Alentejo/Centro de Saúde, em parceria com a Câmara de Ferreira do Alentejo, promove amanhã, sábado, no auditório municipal da vila, o 3.º Encontro sobre Aleitamento Materno.

Desenvolvimento local em Ourique A Câmara de Ourique, em parceria com a Esdime, Junta de Freguesia de Ourique e Universidade do Algarve, deu início este mês a um projeto de desenvolvimento local, “sustentado na visão, na experiência e no conhecimento de jovens estagiários de várias áreas, com o objetivo de valorizar as potencialidades locais”.

Festa dos reformados e pensionistas de Beja A Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Beja promove amanhã, sábado, no jardim público, uma festa convívio destinada aos seus associados, familiares e amigos.

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utarcas do PS e da CDU de Beja acusaram na segunda-feira, 7, o Governo de estar a “abandonar” e “matar” o interior, repudiando o eventual fecho de serviços de Finanças, o que irá “prejudicar ainda mais” quem vive neste distrito. “O interior está completamente ao abandono”, porque “cada vez mais há um Estado a convidar os habitantes a não pensarem na sua vida no interior do País”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Aljustrel, Nelson Brito (PS). Para o presidente da Câmara de Castro Verde, Francisco Duarte (CDU), o “sistemático” fecho de serviços públicos “corresponde a uma vontade clara de matar o interior do País e não de redução das despesas e de equilíbrio das finanças públicas”. Os dois autarcas reagiam ao mapa publicado na segunda-feira pelo jornal “Diário de Notícias” sobre a eventual reorganização dos serviços de Finanças, com base em cruzamento

de dados, nomeadamente de um estudo do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos. Segundo o estudo, poderão fechar metade das atuais repartições de Finanças, ou seja, 154 serviços, sobretudo no interior do País. No caso do distrito de Beja, segundo o estudo, poderão fechar entre 10 a 12 dos atuais 14 serviços de Finanças, adiantou à Lusa o presidente da distrital de Beja do sindicato, Rui Teixeira. Na “pior das hipóteses”, irão fechar 12 serviços e ficar abertos só os de Beja e Odemira, e, na “melhor das hipóteses”, fecharão 10 e ficarão abertos aqueles dois e os de Moura e Castro Verde, precisou, frisando tratar-se de uma previsão do sindicato e não de informação oficial do Governo. Os autarcas de Castro Verde e Aljustrel repudiaram o fecho dos serviços de Finanças nos concelhos e consideraram “inaceitável” que os habitantes tenham de se deslocar a outros concelhos para tratarem de assuntos fiscais. Segundo os

autarcas, os concelhos de Castro Verde e de Aljustrel, sobretudo devido à indústria mineira, têm repercussões “muito fortes” em termos fiscais e, por isso, “não há justificação” para o encerramento dos respetivos serviços de Finanças. “Extinção atrás de extinção de serviços públicos não é uma política correta e contraria a coragem das pessoas que querem viver no interior”, frisou Nelson Brito, defendendo que as pessoas que irão ficar sem um serviço local de finanças deveriam “gozar de alguma discriminação positiva em termos de pagamento de impostos”. O fecho de serviços de Finanças vai prejudicar “ainda mais quem vive no interior do País” e “não venham dizer que a Internet resolve tudo, porque não é verdade, sobretudo em regiões do interior, como o Alentejo, onde há muitos estratos da população sem acesso à Internet e que não está familiarizada com as novas tecnologias”, frisou Francisco Duarte.

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STAL e CDU contra aumento do horário semanal

Câmara de Beja aplicou 40 horas

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Telefone: 284 323 104

novo horário das 40 horas semanais e oito horas diárias já foi aplicado na Câmara Municipal de Beja. O executivo garante que “não poderia ignorar a lei”, mesmo “não concordando com ela”. O STAL, por sua vez, garante “ter interposto uma providência cautelar” e os vereadores da CDU “lamentam e acham estranho que tal não tenha sido suficiente para suspender a aplicação da legislação”. A Câmara Municipal de Beja aplicou, no princípio do mês, o novo horário de trabalho, que passou a ser de oito horas diárias e 40 horas semanais. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja, em declarações ao “Diário do Alentejo”, disse que o executivo “agiu de acordo com o que a nova lei impõe”. “Nunca concordámos com este novo horário, sempre nos

opusemos a esta lei, porque não aumenta a rentabilidade e não motiva as pessoas, contudo não a podemos ignorar e tivemos de a aplicar”. A Direção Regional de Beja do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), em comunicado de imprensa, por sua vez, informou que “interpôs uma providência cautelar contra a Câmara de Beja por forma a suspender a entrada em vigor destes horários”. Jorge Pulido Valente, contudo, garante que “oficialmente a Câmara de Beja ainda não foi informada”. “Continuamos a não ter conhecimento desta providência cautelar”, frisou o autarca. “Como julgamos que o espaço de tempo para a implementação desta lei é muito reduzido, apelámos, já anteriormente, em circular enviada a todos os presidentes de câmara e presidentes das

juntas de freguesia, para não aplicarem esta lei de forma apressada”, argumenta ainda o STAL, garantindo que “tudo fará em defesa das 35 horas semanais”. Os vereadores da CDU na Câmara de Beja, também em nota de imprensa, informaram que “propuseram, na reunião realizada a 2 de outubro, a suspensão da aplicação do novo horário de trabalho”. E dizem que “tendo esta medida sido objeto de apresentação de uma providência cautelar, todos os municípios do distrito, à exceção de Beja, suspenderam a aplicação da referida legislação até haver uma decisão sobre esta iniciativa do STAL”. Os vereadores da CDU “lamentam e acham estranho a não suspensão da aplicação da legislação, tal como fizeram todos os outros municípios do distrito, beneficiando dessa forma os trabalhadores”. BS


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Batalhão Caçadores 236 Guiné assinala 50.º aniversário do desembarque em Lisboa

Realiza-se no próximo dia 26, no BejaParque Hotel, um almoço convívio que visa assinalar o 50.º aniversário do desembarque em Lisboa do Batalhão Caçadores 236 Guiné. Os interessados deverão contactar Hercílio Mimoso (93325515), José Guerreiro (963019010) ou Mário Costa (964231506).

Cooperativa Autonomia e Descoberta representada em curso internacional de fotografia A cooperativa Autonomia e Descoberta, CRL, está representada, através de um formando de Beja, no curso internacional “Click! Creative Learning através de imagens e camera conhecimento”, que

Nova edição da revista “Vipasca” já está à venda A Câmara de Aljustrel acaba de publicar mais um número da revista “Vipasca – Arqueologia e História”. Editada desde 1992, a referida revista promove a divulgação de trabalhos de investigação nas áreas da Arqueologia, História e Antropologia que incidam sobre a região do sudoeste peninsular. Este quarto número da 2.ª série aborda, entre outros, os temas “Primeiras evidências de mineração do cobre em Aljustrel. Um cadinho calcolítico proveniente do castelo”, de Juan Aurelio Pérez Macías, Artur Martins e Omar Romero de la Osa Fernandez; “O povoado do Bronze Final do Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel, Beja). Resultados das campanhas de 2008 e 2009”, de Miguel Serra e Eduardo Porfírio; “ O quotidiano numa aldeia mineira romana: o caso de Vipasca”, de José d’Encarnação; “Manuel de Brito Camacho: Alguns aspetos sobre o seu carácter e outros elementos biográficos da sua incontornável figura republicana”, de Orlando da Rocha Pinto; “Republicanos e operários, em Aljustrel”, de Inês Fonseca; e “Quadro legal da área da Arqueologia e dos museus. Como se relacionam?”, de Manuela de Deus. A revista “Vipasca” pode ser adquirida no Museu Municipal ou no Posto de Turismo de Aljustrel.

Câmara de Odemira promove desporto na terceira idade A Câmara de Odemira divulgou que estão abertas as inscrições para a nova época do programa Viver Ativo, um projeto de promoção da prática desportiva na terceira idade, da responsabilidade da autarquia e que já envolve cerca de 300 idosos. O programa Viver Ativo será desenvolvido este ano em 10 localidades do concelho: Colos, Odemira, Pereiras-Gare, Relíquias, Saboia, São Luís, São Teotónio, Vale de Santiago, Vila Nova de Milfontes e Zambujeira do Mar. A iniciativa é destinada a todas as pessoas com mais de 65 anos, sendo as atividades gratuitas. Entre as várias atividades, são realizados exercícios gímnicos adaptados, passeios a pé e jogos tradicionais, entre outras ações pontuais, como a participação nas Brisas do Atlântico ou na Corrida da Saúde. PUB

decorre até ao próximo dia 18 em Cagliari (Sardenha, Itália). Um curso de formação em fotografia e trabalho de jovens, organizado pela Associazione Interculturale NUR e financiado por uma subvenção do programa Juventude em Ação da Comissão Europeia, e que conta com a participação de 26 jovens de 11 países da Europa.

Resultados do projeto RefinOlea, conduzido pelo Cebal

Bagaço de azeitona revela efeitos antitumorais

Além do cardo, há outro recurso endógeno com potencialidades antitumorais, segundo revelou um estudo levado a cabo por investigadores do Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (Cebal). Trata-se do bagaço de azeitona, resíduo que resulta da extração do azeite e no qual foi encontrado um composto capaz de potenciar o efeitos da quimioterapia em células humanas do cancro da mama. Texto Carla Ferreira

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lém de ser responsável por um aumento no rendimento final da produção do bioetanol, através de novos procedimentos, o bagaço de azeitona apresenta também um composto fenólico capaz de maximizar os efeitos da quimioterapia em células humanas do cancro da mama. Eis os principais resultados obtidos no âmbito do projeto RefinOlea – Valorização Integrada de Resíduos e Subprodutos da Extração do Azeite, levado a cabo, entre 2009 e início do presente ano, pela parceria Centro de Biotecnologia Agrícola e

Agroalimentar do Alentejo (Cebal) e União de Cooperativas Agrícolas do Sul (Ucasul), com financiamento no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). No que respeita às potencialidades do bagaço de azeitona para a produção de bioetanol, o Cebal, informa Fátima Duarte, investigadora principal e coordenadora do estudo, “centrou a sua atividade no desenvolvimento de estratégias otimizadas para uma maior produção”. Otimização que foi conseguida através, nomeadamente, da “acoplação inovadora de um processo de membranas, permitindo a remoção de inibidores do processo fermentativo”, o que levou a um aumento de “cerca de 30 por cento no rendimento final de produção do bioetanol”. Neste momento, tais resultados são “pertença” da Ucasul, que tem a funcionar uma unidade à escala piloto, produzida no âmbito do projeto, para a produção do bioetanol. Em simultâneo, a equipa estudou igualmente o potencial deste resíduo quanto aos seus compostos bioativos. E neste processo, quando se iniciou a avaliação da fração fenólica do bagaço de azeitona extratado (resíduo resultante da extração do óleo de bagaço), deparou-se com um “resultado muito interessante”.

“Este resíduo era riquíssimo num composto fenólico denominado hidroxitirosol, já descrito na literatura como tendo uma elevada atividade biológica”, lembra Fátima Duarte, acrescentando que, quando se decidiu avaliar em detalhe a sua atividade biológica “verificámos que extratos derivados deste resíduo de bagaço de azeitona extratado apresentavam uma atividade antioxidante muito apreciável, e detetámos que células humanas de cancro da mama, quando incubadas com estes extratos, cresciam muito menos, começando a morrer”. Recorde-se que o subtipo de cancro da mama estudado, apesar de apresentar uma “incidência relativamente baixa”, tem uma taxa de mortalidade associada “elevadíssima, devido à falta de terapêuticas eficazes”. Pelo que, conclui Fátima Duarte, “é de extrema importância o desenvolvimento/descoberta de novas estratégias terapêuticas que contribuam para um aumento da sobrevida destas pacientes”. Com base nestes resultados, o próximo passo foi analisar o potencial destes extratos em inibir o crescimento tumoral, em comparação com um composto químico (5-fluoracil) muito utilizado em protocolos de tratamento em quimioterapia. E o que se verificou foi que “células humanas de cancro da mama incubadas com o medicamento quimioterápico (5-fluoracil) mais o extrato de bagaço de azeitona proliferam menos, morrendo mais, do que células só incubadas com o referido medicamento”. O que, concretiza a investigadora, vem mostrar “que a presença do extrato de bagaço de azeitona, rico em hidroxitirosol, poderá potenciar o efeito terapêutico do 5-fluoracil”. No global do projeto RefinOlea estiveram envolvidos 12 investigadores, quatro dos quais apenas dedicados à componente dos compostos bioativos e à investigação da atividade antitumoral. De momento, resume a cientista, este é um resultado que “está a merecer todo o nosso empenho, no sentido de compreendermos a nível molecular quais os mecanismos que se encontram ativados e como podemos potenciar ainda mais o seu efeito antitumoral”.


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Quarenta e quatro alunos de duas turmas no sétimo ano do Agrupamento de Escolas de Cuba trocaram os tradicionais livros em papel por manuais em formato eletrónico, num projeto-piloto concebido e desenvolvido pela Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares – Direção de Serviços da Região Alentejo. O projeto visa, entre outros objetivos, proporcionar aos alunos uma maior e melhor aprendizagem, reduzir os custos dos encarregados de educação com os manuais escolares e melhorar a interação professor/aluno. Texto Nélia Pedrosa Foto José Ferrolho

Projeto-piloto arrancou no Agrupamento de Escolas de Cuba

Tablets substituem manuais em papel

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liviar o peso da mochila e ter os livros “ali todos à mão” são para já, a pouco mais de três semanas do início do ano letivo, as principais vantagem apontadas por Matilde Carapuça à introdução de manuais escolares em formato eletrónico (disponibilizados através do tablet) em duas turmas do sétimo ano do Agrupamento de Escolas de Cuba, em substituição dos livros em papel. “E já não temos que matar mais árvores”, apressa-se a acrescentar a jovem de 12 anos, que acredita ainda que em termos de aprendizagem a utilização de tablets nas aulas poderá “melhorar os resultados finais dos alunos”, porque “toda a gente gosta das tecnologias e assim pode ser que alguns tenham mais vontade de aprender”, diz. Já à Maria Caracinha, também de 12 anos, não restam quaisquer dúvidas de que os manuais em formato eletrónico “vão ajudar a ter melhores notas”: “Como é uma coisa tecnológica ajuda-nos a estarmos mais atentos, é mais motivador do que o livro”, assegura. Matilde e Maria integram, em conjunto com 42 colegas e cerca de 15 docentes, o projeto-piloto “Manuais escolares eletrónicos”, que arrancou no início do ano letivo em Cuba, tendo sido concebido e desenvolvido pela Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares – Direção de Serviços da Região Alentejo com vista “à desmaterialização dos manuais escolares”. Os tablets, que dispõem de todos os conteúdos educativos em versão off line, podendo ser acedidos em qualquer lugar sem necessidade de acesso à Internet, foram cedidos aos alunos e professores por um PUB

período experimental de três anos. Os alunos que fiquem retidos num ano perderão o direito ao dispositivo. “Este projeto nasceu da iniciativa dos técnicos da Direção de Serviços da Região Alentejo há mais ou menos dois anos. Tomei conhecimento disso quando o projeto estava quase alinhavado e manifestei interesse em desenvolvê-lo aqui na escola”, explica o diretor do agrupamento, Germano Bagão, adiantando que acredita que houve um “conjunto de fatores” que acabaram por “levar à escolha” do estabelecimento que gere: “O facto de ser diretor da escola há 21 anos, e vou continuar nos próximos quatro anos, e também o conhecimento que eles têm do trabalho que temos vindo a desenvolver aqui ao longo dos anos e dos vários projetos em que nos temos envolvido e, portanto, fazem uma avaliação positiva desse trabalho”. Para além do Agrupamento de Escolas de Cuba, foi selecionada a Escola Secundária de Vila Viçosa, que terá o projeto implementado numa turma de ensino profissional. “Há muitos anos que eu e uma equipa vasta que me acompanha nestas andanças das novas tecnologias acreditamos na sua introdução no ensino, que podem ser mais uma ferramenta para os professores desenvolverem a sua atividade pedagógica, e, ao longo dos anos, temos feito sempre um grande investimento ao nível das novas tecnologias, temos estado sempre na linha da frente”, refere ainda o diretor, acrescentando que a parceria com a Porto Editora, que cede os acessos à plataforma onde estão alojados os livros, “à partida dá uma garantia quase certa do sucesso deste projeto”. O projeto-piloto conta ainda, entre

outras, com as participações da Fujitsu, que cedeu os tablets, da Universidade Católica, que vai ser responsável pelo acompanhamento pedagógico e avaliação permanente do projeto, e da empresa Promethean, que está a desenvolver, entre outros, “um software de gestão e de controlo para os tablets”, para evitar utilizações indevidas, salienta o diretor. O único custo imputado aos encarregados de educação, e que está a ser definido pela Direção de Serviços da Região Alentejo, é o pagamento de um seguro para “cobrir avarias ou extravios” de dispositivos, mas que terá “um valor residual”, um valor muito inferior àquele que os pais teriam de despender com a aquisição dos manuais em papel, diz Germano Bagão. “O balanço é, até ao momento, positivo”, continua o responsável, apesar de considerar que “dificilmente se conseguirá generalizar este projeto a nível nacional ou mesmo a nível local, aqui na escola de Cuba, por causa dos custos”: “Vamos ver a dinâmica que isto irá ter, está tudo dependente também da avaliação”, conclui. Transição “feita com relativa calma” Para

Rosário Alves, diretora de turma das duas turmas do sétimo ano, docente de matemática e coordenadora do projeto, a principal vantagem para os professores, decorrente da introdução dos manuais eletrónicos, é a possibilidade de terem acesso a “uma diversidade de materiais, de recursos” para “oferecer e aprofundar com os alunos”, podendo adequar, mais facilmente, as matérias às necessidades de cada um. “Isso, em termos de aulas, é o ideal. Nós devemos adequar as matérias aos alunos, e este projeto vai

permitir isso, mas não já, porque agora estamos na fase de adaptação ao manual digital, que é diferente, quer se queira quer não. Mas o nosso objetivo é termos uma base de dados para os alunos, constituída por fichas, materiais, recursos, facultados por meio digital, para estudarem ou fazerem na aula, o que permite também poupar em papel”, diz a docente. Até ao momento, adianta a coordenadora, a adaptação dos 44 alunos aos novos manuais “está a correr relativamente bem, dentro das expetativas que nós tínhamos, com algumas confusões próprias da idade, mas nada de especial”. Rosário Alves salienta que o objetivo é que a transição “seja feita com relativa calma, de forma progressiva”, para evitar “grandes choques”, uma vez que os alunos “iniciaram um novo ciclo de escolaridade, com professores novos”, sendo que “alguns vieram mesmo de outros estabelecimentos de ensino”. Como “todos os projetos pioneiros há sempre o seu risco, nós nunca sabemos o que é que poderá acontecer, mas acho que o projeto-piloto trouxe muitas coisas boas, a começar pela diminuição do peso das mochilas”, considera, por sua vez, Teresa Ferreira, mãe de Francisco, 12 anos, outro dos alunos abrangidos pelo projeto. A assistente operacional na biblioteca da escola de Cuba aponta ainda como vantagens o facto de “as novas tecnologias” poderem servir de “incentivo ao estudo” e de a introdução dos livros eletrónicos reduzir os custos dos encarregados de educação com os manuais escolares. “As desvantagens são a Internet, os jogos, o Facebook, mas aí o controlo também tem de ser feito pelos pais”, defende.


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Vinhos do Alentejo, Tejo e Setúbal vencem concurso Vinipax

Um vinho branco do Alentejo, um tinto do Tejo e um fortificado de Setúbal foram os grandes vencedores do concurso de vinhos da edição deste ano da feira Vinipax, realizada no fim de semana, em Beja. O Pato Frio Antão Vaz Grande Escolha branco 2012, do Alentejo, o Maximo’s Touriga Nacional Agricultura Biológica tinto 2009, do Tejo, e o Adega de Palmela Moscatel de Setúbal Superior 2005, de Setúbal, foram os vencedores. Do total de 60 vinhos, 30 brancos, 25 tintos e cinco fortificados, o júri do concurso elegeu ainda os “Top 10” dos vinhos brancos e tintos e o “Top 3” dos fortificados, todos liderados por vinhos de Setúbal. A sexta ViniPax, integrada no certame Experiências a Sul, decorreu entre sexta-feira e domingo, em Beja, e os vinhos em competição no concurso foram avaliados e os vencedores escolhidos por uma comitiva de 15 jornalistas estrangeiros.

Vidigueira Cidade do Vinho 2013 na reta final Vidigueira Cidade do Vinho 2013 entrou na reta final. No fim de semana passado participou na Vinipax com um espaço próprio de divulgação dos vinhos do concelho e, entre hoje e domingo, patrocina a Festa Azul, no castelo de Beja. No dia 10 de novembro, terão lugar as comemorações do Dia Internacional do Enoturismo, e a fechar o ano, entre 8 e 10 de dezembro, realiza-se a Vitifrades, o Congresso Nacional dos Vinhos Históricos, evento que encerrará oficialmente a Vidigueira Cidade do Vinho.

João Paulo Martins, autor do guia “Vinhos de Portugal 2014”

“O perfil dos vinhos alentejanos mudou nas últimas duas décadas” A fileira do vinho tem um grande peso na economia da região Alentejo. Quase metade dos consumidores portugueses prefere os vinhos aqui produzidos e assiste-se, neste momento, a uma forte aposta na internacionalização, com resultados visíveis nos mercados angolano, brasileiro e chinês, só para citar os mais importantes. João Paulo Martins, jornalista especialista na temática vitivinícola e que acompanha há décadas a produção nacional, acaba de lançar a 20.ª edição do guia Vinhos de Portugal 2014. Com a Cidade do Vinho 2013, a chegar ao fim em Vidigueira, e na semana em que se realizou a VI Vinipax, em Beja, o “Diário do Alentejo” falou com o autor sobre os vinhos portugueses e sobre a evolução da indústria no Alentejo.

não sei bem quando, o consumidor, em vez de comprar Lafite, compre Barca Velha ou outro vinho português de qualidade… Ou seja, isso nem depende tanto assim dos produtores e dos enólogos…

É um trabalho de marketing, divulgação e promoção que tem de ser feito e demora tempo. Como diz a dona de um célebre château de Bordéus, o que custa são os primeiros 200 anos.

Texto Aníbal Fernandes

No negócio dos vinhos “o que custa são os primeiros 200 anos”, mas o Alentejo está no bom caminho sendo apontado como exemplo para outras regiões produtoras. Quem o afirma é João Paulo Martins, jornalista especializado na área e autor do mais respeitado guia de vinhos nacional. Testemunha privilegiada da evolução dos vinhos alentejanos, não tem dúvidas em afirmar que os perfis dos néctares da região são, agora, completamente diferentes do que eram quando chegou aos escaparates a primeira edição do Vinhos de Portugal, há 20 anos atrás. Depois de duas décadas a provar vinhos para o guia, a tarefa é-lhe hoje mais fácil ou mais difícil?

Hoje é mais fácil fazer porque a qualidade dos vinhos baratos é agora bastante aceitável. Já não custa tanto provar como quando comecei, em que havia vinhos de péssima qualidade, muito desequilibrados e que deixavam a boca em muito mau estado. Mas, por outro lado, é mais difícil porque demora mais tempo. Para este livro comecei no início de junho e só parei a meio de agosto, com provas todos os dias. Depreendo que houve uma melhoria significativa dos vinhos portugueses. E como é que se portam se os compararmos com vinhos de outros países? Os

franceses, por exemplo…

Alguns dos grandes vinhos franceses são famosos porque têm mais visibilidade do que os nossos. São conhecidos há mais tempo, portanto isso tem um peso na escolha dos consumidores disponíveis para comprar coisas mais caras e que, nessa altura, preferem os nomes que são mais sonantes. É a mesma razão pela qual uma pessoa quando vai comprar uma caneta se tiver dinheiro compra Montblanc em vez de comprar uma marca qualquer mesmo que escreva bem. Podemos sempre comparar os vinhos. Até os podemos comparar em prova cega e os nossos ficarem à frente, mas isso não atrasa nem adianta. No fundo, quando chega a hora da verdade, o consumidor que tem dinheiro prefere comprar Château Lafite a comprar um vinho português. A solução é procurar promover melhor os nossos vinhos, para que, um dia,

E Portugal, onde já se vai fazendo algo nesse sentido, quantos anos leva desse trabalho?

Se eu comparar os vinhos que tenho neste livro com os vinhos que saíram no primeiro, há 20 anos atrás, dá vontade de rir. As marcas são, praticamente, todas novas. Há uns clássicos que se mantêm, como Barca Velha, alguns bairradas e vinhos verdes, mas 95 por cento das referências não existia. Portanto, estamos no começo, com muito caminho pela frente… A proliferação de marcas de pequenos produtores é uma mais-valia, ou é inibidor da qualidade dos vinhos?

Da qualidade não é inibidor, mas não ajuda à visibilidade junto do público consumidor. Por exemplo, no Douro haverá muitos pequenos produtores de uvas para vinho do Porto que depois com as uvas que sobram fazem vinho. As uvas são boas, o vinho é bom. Só que não têm distribuidor, não têm quantidade para estar n nas grandes superfícies, nem nas garrafeiras. Eu E tenho as notas de alguns desses vinhos no meu livro, mas o consumidor, em alguns casos, c terá muita dificuldade em encontrá-los se não for à própria quinta. Nesse aspeto o Alentejo A tem vantagem sobre o Douro. Os projetos p são normalmente de maior dimensão e, portanto, têm mais níveis de vinhos dentro do portfólio, para as grandes superfícies, para a restauração, para as garrafeiras… Já que fala do Alentejo, Ale como é que os vinhos evoluído nestas duas décadas? da região têm evo

Quando comecei, comecei o grosso dos vinhos alentejanos era asse assegurado pelas adegas cooperativas. Pr Produtores/engarrafadores havia pouc poucos. Uma das mãos chega para enum enumerar os vinhos que existiam. Eram pouquíssimos. Esse panoram rama mudou radicalmente de lá pa cá. As adegas, agora, têm para m muito menos importância em te termos de visibilidade e pres sença junto do consumidor e a apareceram muitos produtore res/engarrafadores, empresas

de grande dimensão, com milhões de litros produzidos. Muitos dos antigos fornecedores de uvas para as cooperativas transformaram-se em engarrafadores. Isso em termos de exploração. E no que se refere à qualidade e tipo de vinhos?

Em termos das castas aconteceu a mesma coisa. Ninguém plantava sirha ou alicante bouchet, ninguém sabia o que era a touriga nacional ou petit verdot, nada disso existia. Usavam-se trincadeira, aragonês, periquita que, entretanto, foram desaparecendo e o próprio perfil dos vinhos é substancialmente diferente. Na sua opinião o que justifica a visibilidade que os vinhos alentejanos têm no mercado nacional?

O Alentejo é a região com mais preferência em termos de consumo. Passa dos 50 por cento. Tem a ver com a relação preço/qualidade, pela facilidade de prova dos vinhos, já que são acessíveis logo em novos, são macios, são elegantes, são estruturados e isso, de facto, é atraente e tem uma boa ligação com a gastronomia. Houve, de certa forma, um bom trabalho promocional do Alentejo junto dos consumidores que deu resultados. Fala-se muito do Douro, mas o Douro está em quarto lugar na lista de preferências dos consumidores. Que importância é que atribui a eventos como, por exemplo, a Vinipax, na sedimentação da marca Alentejo?

As regiões têm que se mexer para se promover. Os produtores têm de se entender uns com os outros para acertarem jornadas conjuntas em termos de exportação e esse trabalho que o Alentejo tem vindo a fazer, com os resultados que tem alcançado, é a demonstração de que outras regiões, se tiverem os mesmos cuidados, poderão esperar os mesmos resultados. Está também a decorrer a Cidade do Vinho 2013, em Vidigueira…

Não vi em pormenor o programa, mas não duvido que seja importante, até porque a Vidigueira tem uma tradição vinícola enorme. Sempre foi a terra de onde saíam os melhores brancos do Alentejo, e hoje, em certa medida, continua a ser, portanto, faz todo o sentido. E o vinho da talha, é um fator distintivo?

É um método que está espalhado um pouco por todo o Alentejo, mas a Vidigueira tem focado um bocadinho esse aspeto. Eu acho que o interesse é mais etnográfico do que outro. Faz sentido preservar, mais como curiosidade do que por outra coisa qualquer.


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Diário do Alentejo 11 outubro 2013

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O grande problema é que o legado que deixou já não permite grandes alternativas a Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, que de economia e finanças públicas pouco ou nada sabem além da produção de sound bites pontuais, ora otimistas ora catastrofistas. E assim sendo vamos confrontar-nos com uma fase ainda mais complicada e sem expectativas de uma verdadeira retoma. Eduardo Oliveira Silva, “I”, 9 de outubro de 2013

Opinião

Os piropos do Bloco Bruno Ferreira Humorista

O

Bloco de Esquerda habituou o País a trazer para a discussão pública as chamadas “questões fraturantes”. Temas como o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por casais homossexuais, a despenalização das drogas leves, a clonagem, a eutanásia ou os piropos. Exatamente. Os piropos. O Bloco acredita que podem ser uma manifestação sexista. Sem querer alongar-me sobre a ética piropal (e reconheço que existem excessos mas que, por serem realmente “excessivos”, transvasam os contornos do piropo inscrevendo-se na lógica da ação policial – e não estou a falar dos que ouvem Passos Coelho e Cavaco), a verdade é que, acredite-se ou não, eu próprio já fui alvo de um piropo. É certo que já foi há muitos anos, mas não deixou de ficar assinalado na minha caderneta de factos memoráveis. À saída de uma praia algarvia, com a pele lambida pelo sol e o corpo polvilhado de sal, uma miúda – ainda por cima gira – ao cruzar-se comigo disse para a amiga, mas num volume que se destinava aos meus ouvidos: “Que gato! E eu que não trouxe a mota para apitar”. Independentemente da sua mais do que provável deficiência ocular, ela lançou-me um piropo e eu, apesar de ter ficado petrificado, fiquei todo contente. Ou seja, esta questão fraturante de “assédio verbal”, como lhe chama o BE, a mim, pouco habituado a ser alvo de piropices, fez-me ganhar aquele dia. E depois ainda há a questão do sexismo. O sexismo é a discriminação baseada em critérios sexuais, que defende a superioridade de um sexo, geralmente o sexo masculino, sobre o outro. O que me leva a perguntar se o piropo que eu recebi foi sexista. Foi, caro leitor? Parece-me que de fraturante este tema tem apenas uma possibilidade. A possibilidade do namorado do alvo do piropo ouvir o próprio do piropo e depois, inflamado pelo brio de macho latino (esse sim, tantas vezes sexista e quase sempre impune), fraturar os queixos do emissor piropeiro. De resto, não vislumbro mais possibilidades de fraturas. Até se compreenderia esta perseguição piropesca se o Bloco estivesse preocupado com piropos provocatórios face à sua área de atuação ideológica, como “És boa como o milho transgénico!”, ou “Oh estrela do Bloco, queres cometa?”, mas não. No âmbito do Fórum Socialismo 2013, organizado no Liceu Camões, o BE constituiu uma mesa redonda sobre o piropo. O tema escolhido foi “Engole o teu piropo”. O que é uma espécie de recauchutagem do provérbio “Pela boca morre o peixe”, sendo que a metáfora é quase a mesma: o peixe morre porque ao abrir a boca para comer o isco fica preso no anzol, e o lançador de piropos pode ir preso por abrir a boca para lançar o isco. Segundo a militante Adriana Lopera, presente no fórum, os piropos resultam de “um estranho que está a falar de nós, da nossa estrutura física, e nós não pedimos opinião. Isso é agressão verbal”. Ora desta afirmação há várias conclusões a tirar: A primeira refere-se à aplicação de “agressão verbal” a todas as afirmações não precedidas de pedidos de opinião. Por exemplo, durante uma viagem de elevador, se resolver quebrar o gelo e dizer a uma das pessoas com quem compartilha a cabina que o calor nunca mais passa, isso é uma agressão verbal. Porquê? Porque ninguém lhe pediu a opinião. A segunda conclusão diz respeito a estranhos que falam da nossa estrutura física. Imagine o leitor que uma senhora consideravelmente obesa resolve experimentar uma cadeira que não serve o seu peso, numa loja de mobiliário. O funcionário pede-lhe para não se sentar naquela cadeira porque, em poucos minutos, a cadeira e a senhora vão estatelar-se no chão. Cá está uma nova agressão verbal. Porquê? Porque o funcionário da loja falou da estrutura física da senhora sem a conhecer de lado nenhum. A lógica bloquista criminaliza sem dó nem piedade aquele

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No Agrupamento de ESCOLAS DE CUBA há 44 alunos do sétimo ano que trocaram os manuais em papel por tablets. Trata-se de um projeto-piloto da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares que visa proporcionar uma melhor aprendizagem, diminuir os custos com os livros da escola e melhorar a interação entre professores e alunos. Uma medida que faz todo o sentido, num tempo em que a Escola parece ter perdido o sentido. PB

É necessário uma nova corrente de pensamento pedagógico, para o ensino, que venha dar uma nova visão, e dimensão humana e cultural, à juventude portuguesa, que se está a afastar dos valores e costumes tradicionais portugueses, pretendendo afirmar-se europeia, sem contudo saber de história e ignorando, por isso, que “os países europeus, o que têm é interesses permanentes e não amigos permanentes”. Mário Bacelar Begonha, “Diário de Notícias”, 9 de outubro de 2013

anúncio antigo em que um rapaz vê uma bela moça na rua, e lhe oferece um ramo de flores. Lembram-se? “E se de repente um desconhecido lhe oferecer flores? Isso é… impulse”. Só que desta vez o impulse do criativo do filme encaixa-se no perfil de agressor verbal. O moço não conhece a miúda de lado nenhum e oferece-lhe flores, demonstrando claramente a existência de uma tensão sexual. Violência psicológica, diria Adriana Lopera. Ainda de acordo com Lopera, o piropo não se confunde com toponímia: “se é sobre o nosso corpo, não é onde fica a rua Morais Soares”, argumenta. Ora, como todos sabemos, uma das maiores fontes emissoras de piropos são os empregados da construção civil, vulgo, homens das obras. Partindo do princípio que um desses operários, de cima do andaime, ao chegar ao fim do seu turno, tem de apanhar o autocarro na Morais Soares, mas não sabe onde fica a rua, quando vê uma jovem a calcorrear o passeio mesmo em baixo de si, grita: “Olhe, menina!” Resultado? Dupla agressão verbal. O homem não conhece a jovem e falou com ela e, pior, referiu-se-lhe à estrutura física, tratando-a por “menina” (porque ela aparenta um corpo jovem). O esperado é que o homem continuasse com algo como: És como um helicóptero: gira e boa!; Ó joia, anda aqui ao ourives!; Tantas curvas e eu sem travões!, e por aí fora. Mas e se da boca do homem sair um “Por obséquio sabe dizer-me onde fica a paragem do 206, na Morais Soares?” Isso é… impulse. Talvez seja melhor os membros do Bloco de Esquerda afastarem-se dos andaimes, ou arriscam-se a levar com um Bloco de Cimento. É uma agressão, por certo. Mas definitivamente não é verbal.

responsabilidade para a influência da paisagem, da solidão e do clima (à imagem das teorias de Teixeira de Pascoaes na obra A arte de ser português) na modelação da personalidade do alentejano. E que era desse perfil tranquilo e solitário que nasciam as melhores anedotas, as anedotas de alentejanos contadas por alentejanos, acentuando a grande virtude do alentejano, que é o facto de saber rir das suas próprias piadas. No final foram-me pedidas algumas anedotas e o contacto de alguém da região que tivesse uma íntima ligação ao tema. Ocorreu-me o nome do humorista e contador de histórias mais mediático do Alentejo – Jorge Serafim. O resultado da investigação está publicado. As explicações de um autor alentejano sobre a origem das anedotas da sua região, da sua cultura, foram desconsideradas. Um dos alentejanos que mais se notabiliza a nível nacional a contar o Alentejo nem chegou a ser abordado. O trilho estava traçado e o destino definido – era preciso alimentar o mito do alentejano calão, o mito do alentejano ignorante, o mito do alentejano rude, o mito do alentejano comunista, o mito do alentejano anedótico. Enfim, uma liorna criada por libéus sem mistério, que de cultura alentejana lombrigam um poucochinho menos que uma migalhinha. E não vale a pena passarmo-nos da boneca por mode este tilongo, porque nêncios, pampandeus, ruazes, tabaréus, panhanhas e tejelinas existem aos cagulos por esses farjais afora. Saúde, da boa!

Tenho um sonho Manuel António Guerreiro do Rosário Padre

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“Alentejanos calões” Luís Miguel Ricardo Editor literário

lentejanos calões vs louras burras” é o título de uma reportagem publicada recentemente na revista “Sábado” (n.º 488, de 5 a 11 de setembro de 2013), da autoria do jornalista Pedro Jorge Castro. Trauteando as duas colunas de texto alusivo aos “alentejanos calões” deparamo-nos com vários argumentos para justificar o cognome, assim como para explicar a origem das anedotas sobre o Alentejo e seus habitantes. Uma das hipóteses avançada tem teor político e chega através do depoimento de um professor de filosofia de uma universidade americana. Segundo este autor (Onésimo Teotónio Almeida), o Alentejo e os alentejanos tornaram-se motivo de pagode nacional como o resultado de uma conspiração contra o comunismo, dominante na região no pós-25 de Abril. Outra explicação é-nos dada a conhecer por Isabel Ermida, da Universidade do Minho, parafraseada pelo autor da reportagem: “ (…) os alentejanos são o alvo das anedotas por estarem em minoria em termos numéricos e também representarem uma zona geográfica periférica, rural e carenciada, em termos económicos e culturais, o que ajuda a explicar a aparente inferioridade dos habitantes da região (…)” Que tal? Já se riram muito? É que a temática da reportagem é o humor. O outro lado da história. Há cerca de um mês atrás, o autor da reportagem entrou em contacto comigo, enquanto coordenador do projeto literário “Heróis à moda do Alentejo”, para colaborar neste trabalho. Na primeira abordagem referiu-se à obra (Heróis à moda do Alentejo) como um livro de anedotas. Um mau começo, pois trata-se de um livro de contos alentejanos, com algum humor, mas cujo objetivo principal é a preservação dos falares e da cultura alentejana. Justificou-se com o facto de ainda não ter tido contacto com o texto, o que para alguém que pretende investigar o assunto e interpelar o autor é pouco abonatório. Depois interpelou-me sobre a origem das anedotas dos alentejanos. Sem a existência de dados concretos, fui atribuindo a

alvez esta frase pronunciada em português signifique pouco, mas, se a escrevermos em inglês, e à frente colocarmos o nome de Luther King, tudo muda de figura. O seu sentido tornar-se-á, decerto, claro para muitos. Tenho muitos sonhos, mas há um que gostaria de partilhar com os nossos leitores. Como pessoa e como cristão sou um firme defensor da paz e desejo profundamente que a guerra, em todas as suas manifestações, seja banida deste mundo em que vivemos. Poder-me-ão dizer que sou idealista ou até irrealista, mas talvez não seja o único. Acredito no ser humano, na força da verdade e do crer, e estou, por isso, firmemente convencido de que está nas nossas mãos mudar até aquilo que poderia parecer inexorável. Creio que muitos conflitos entre estados, povos, instituições, cidadãos, famílias, deveriam apostar primeiramente no diálogo exaustivo, sincero, humilde e construtivo, fazendo prevalecer a força da razão e da paz sobre a “lógica” das armas e da violência. Estaríamos assim em condições de lançar as bases de uma nova civilização. Apetece-me, pois, citar aquele tão belo texto de S. Francisco de Assis, sempre atual: Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz. Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. Onde houver Discórdia, que eu leve a União. Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! Para que isto seja possível, e eu acredito que é, necessitamos de semear estes mesmos valores e princípios nas novas gerações, para que vão germinando, mas também os deveríamos lançar, para frutificarem, em todas as pessoas, porque nunca é tarde para mudar, para se renovar e se tornar uma pessoa diferente e melhor. Tenho um sonho, como diz o Antigo Testamento: “das espadas farão relhas de arado e das lanças forjarão foices” (Cf. Isaías, 2, 4).


Isto apenas não é anedota porque anedótico já é o próprio país em que vivemos. O Governo, na sua saga de austeridade, prepara-se para anunciar, imagine-se, o fecho de centenas de serviços de FINANÇAS no interior do País. No distrito de Beja, dos 14 postos existentes, o mais certo é que apenas dois sobrevivam: Beja e Odemira. Trata-se, inaceitavelmente, de mais um avanço sobre o Alentejo do rolo compressor de Lisboa. PB

Se não existisse, este governo tereia de ser inventado. Só este governo conseguiria ser apanhado a pedir desculpas a generais angolanos enquanto rouba velhinhas em Portugal. Nem nos filmes. Rui Tavares, “Público”, 9 de outubro de 2013

Cartas ao diretor As coisas são Uma o que são decisão irracional Já gastaram o nosso dinheirinho, já terminaram as arruadas, as moçoilas belas, e desumana Manuel Dias Horta Beja

belas, foram dispensadas, foram tomar banho para outras águas, as saias curtas e vermelhas mais as blusas brancas da cor da alegria foram guardadas num velho baú, bandeiras, papelinhos, tarjas e outdoors ficaram depositadas num armazém emprestado. Os indiferenciados ainda não conhecem o destino, os moços de recados e mandados estão, agora, parados e os candidatos principais iniciaram um período de reflexão. As coisas são o que são: ganham uns perdem outros. Os derrotados de hoje serão os vencedores de amanhã, Lapalisse dá-me razão. Nada me custa responder à questão “e por que foi assim a votação?” – Votou o Povo, o Povo tem sempre razão. E, agora, então!…

Comboios em Beja Luciano Raimundo Beja

A cidade de Beja era servida por bons comboios rápidos que circulavam entre Barreiro e Vila Real de Santo António e a estação de Beja tinha sempre muitos passageiros. A circulação de comboios e automotoras era muito bem orientada pelos inspetores senhores Manuel dos Santos, Manuel Candeias, Manuel Entrudo e Manuel de Azevedo Pereira (já falecidos). Não é só a cidade de Évora que merece bons comboios e linha eletrificada, a cidade de Beja também merece estes benefícios. Estou a lembrar-me que quando se realizava a famosa feira anual de São Lourenço havia comboios especiais para transportar gado. Carregavam-se na estação de Beja cerca de 200 vagons (com gado, que a maior parte se destinava ao norte do País e também à Estremadura e Ribatejo. Também não posso esquecer as belíssimas automotoras suecas que circulavam entre Beja e Moura, cujo ramal, ingloriamente, deixou de estar ao serviço. As estações deste ramal de Moura encontram-se abandonadas. Também informo que o gado que era carregado na estação de Beja era comprado por muitos negociantes que só se deslocavam a Beja na altura da feira.

Munhoz Frade Beja

A decisão de encerrar camas do Hospital de Beja surpreendeu utentes e profissionais dessa unidade do Serviço Nacional de Saúde. Assumida publicamente pela administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) no passado dia 9 de setembro, nunca foi satisfatoriamente explicada. As dúvidas sobre esse encerramento nasceram primeiramente da opacidade que envolveu o processo de decisão. Ainda hoje se desconhece a paternidade do “projeto”. Desconhece-se também que objetivos tal medida visa obter. A essas dúvidas seguiu-se a estupefação geral. A maioria dos profissionais que ali trabalha ficou perplexa, sem compreender que razões determinaram tal decisão. Por seu lado, os utentes assistiram ao fatídico desaparecimento, em pleno agosto, de um conjunto de camas entre as quais aquelas que no Hospital tinham tido importante função para a prestação de cuidados de saúde adequados em situações de doença oncológica avançada. Qualifico de adequados os cuidados até então prestados nesse setor da ala do hospital agora encerrada, tendo em conta nele ter sido assegurada uma imprescindível condição de humanização: o acompanhamento familiar. Várias instâncias representativas da população manifestaram-se, transmitindo à administração da Ulsba a respetiva e justa preocupação. A essas manifestações da comunidade a que deve servir, a administração tem-se mostrado insensível. As expectativas de que a existência de um Conselho consultivo pudesse garantir mecanismos de exercício da cidadania até agora não têm sido realizadas. Fica assim a população do Baixo Alentejo confrontada com uma gravosa perda no que respeita à acessibilidade de cuidados de saúde de qualidade. É pois inquestionável a legitimidade de recurso, por parte dos utentes, à utilização de formas de luta visando a garantia do seu Direito à Saúde. Não é de todo aceitável a irreversibilidade dessa medida, irracional e desumana.

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Quem o pode ajudar a recrutar trabalhadores no estrangeiro?

Diário do Alentejo 11 outubro 2013

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ecidiu recrutar na Europa e precisa de mais informações? A Eures, rede europeia de emprego que opera em todos os estados membros da União Europeia, assim como na Islândia, Listenstaine, Noruega e Suiça, pode ajudar. No portal de mobilidade profissional Eures pode encontrar informações sobre candidatos a emprego em 32 países e aceder aos pormenores das condições de recrutamento em toda a Europa. As pessoas que vivem e trabalham em dois países diferentes representam a forma mais comum de mobilidade de trabalhadores. A rede Eures também está presente em regiões transfronteiriças em toda a Europa. O portal Eures está presente nas principais redes sociais e possui a sua aplicação para smartphone. A rede Eures tem mais de 900 conselheiros em 32 países que trabalham com os serviços públicos de emprego nacionais com vista a disponibilizar informações sobre mobilidade aos empregadores. Estes conselheiros podem ajudá-lo a colmatar as suas necessidades através de potenciais candidatos e orientá-lo durante o processo de recrutamento. Pode contactá-los por telefone ou email. Os empregadores podem assim facilmente: criar uma conta para poder procurar e guardar perfis de candidatos pertinentes, publicar uma oferta através do serviço público de emprego do seu país ou do conselheiro Eures local que estará visível aos candidatos a emprego em 32 países, receber alertas quando forem publicados perfis que correspondam com a oferta, procurar informações sobre recrutamento em países em toda a Europa. Pode ainda procurar Jornadas Europeias de Emprego e outros eventos de recrutamento na sua região, contactar outros empregadores e trocar informações relativas à procura de candidatos. Os conselheiros Eures podem visitar as suas instalações para ter uma ideia mais aproximada dos candidatos que procura, pô-lo em contacto com outros conselheiros Eures em toda a Europa, recomendar candidatos com base na sua oferta de emprego e no perfil da sua empresa, ajudá-lo a publicar uma oferta de emprego e informá-lo sobre feiras de emprego. Se pedir a um trabalhador que passe a viver no seu país, tem um certo grau de responsabilidade perante essa pessoa. Se o trabalhador falar a língua do seu país, isso vai ajudá-lo a integrar-se no novo ambiente. Deve ter ainda em conta questões práticas como saber se a segurança social e o seguro de saúde do trabalhador são transferíveis entre países e se ele necessita de uma autorização de trabalho. Todas as informações em https:// ec.europa.eu/eures/ Representação em Portugal da Comissão Europeia

Poemário O Pedro é o lobo Ramiro Morais

O pastor Pedro corria monte abaixo Aos quatro ventos gritando por socorro, Pedia, por favor, algum despacho. – Se ninguém ajudar eu sei que morro. – Acudam minhas ovelhas, que a morte No monte vem sob a forma de lobo. Berrava pela sua pouca sorte Tentando que o povo caia no logro. O bom povo da aldeia acorria Enganado pela maldade infantil, Salvar pastor Pedro da penúria E trazer os animais p’ró redil. Depois surgiam as gargalhadas Do pirralho, a bandeiras desbragadas Gozando a aflição das pessoas. Mais tarde aprenderia das boas. E tendo mentira a história, nada na história é mentira: Existe deveras morte e quem dela tire prazer, Existe deveras roubo chamado d’empobrecer, PEDRO PASSOS É O LOBO e você sem perceber.

Cegueira Francisco S. Palma

Como possível é conhecer-te Sem conhecer o teu corpo Lembrar-me de ti como se fosses de leite Sem borbulhares, mas a acariciares meu corpo. Corpo teu, esbelto e desejado Todo ele mergulhado em meu rosto Se não fosse teu corpo sagrado Jamais meu peito encostaria a teu rosto. Mas que rosto bafejado em estruturas Marcado como se fosse torneado Tanta beleza, tanta loucura Só teu corpo transforma, minha cegueira em ternura. Quando se ama, olhos que vêm-se fecham Quando fechados, utilizam armas de cegueira. Uma mão contorna teus seios carregados Outra desliza por teu corpo, como grão desliza na eira.


16 Diário do Alentejo 11 outubro 2013

Em vez de olharem para as atuais monarquias na Europa e no mundo, as pessoas imaginam um regresso ao século XIX ou mesmo à Idade Média”.

Entrevista

Há cerca de 10 mil partidários da monarquia em Portugal, revela D. Duarte

“Ignorância e preconceito” prejudicam causa real É o regime republicano,

monárquico, como alternativa?

Há muitas pessoas que têm dificuldade em encarar as alternativas políticas de modo lógico e lúcido, porque vivem agarradas a preconceitos, tradições familiares e informações erradas que receberam na escola quanto ao que seria uma monarquia atual. Em vez de olharem para as atuais monarquias na Europa e no mundo, imaginam um regresso ao século XIX ou mesmo à Idade Média. A ignorância e o preconceito são o grande obstáculo para muitas pessoas perceberem que uma das principais causas da nossa situação económica e moral deriva do próprio sistema republicano onde os chefes de Estado fazem parte da chamada “classe política” e, por isso, dificilmente serão aceites como “árbitros imparciais”.

ele próprio, “uma das principais causas” da crise “económica e moral” que Portugal atravessa, isto porque os chefes de Estado emanam da classe política e, como tal, “dificilmente serão aceites como árbitros imparciais”. A crença é de D. Duarte Pio de Bragança, o

Mesmo no contexto de uma democracia moderna, continua a defender a linhagem, ao invés da eleição?

homem que estaria hoje sentado no trono português, caso o regime cujo 103.º aniversário se celebrou há dias não tivesse vingado. Um rei sem coroa que ouvimos em entrevista a pretexto da sua visita a Beja, para apadrinhar mais uma Festa Azul, a decorrer ainda entre hoje e amanhã, sábado, no castelo da cidade, com organização a cargo da Real Associação do Baixo Alentejo. Texto Carla Ferreira

Mais de um século depois da implantação da República, que lugar ocupa a causa monárquica no nosso país?

Atualmente o movimento monárquico que eu reconheço é constituído pela Causa Real representada pelas reais associações em todas as províncias ou distritos e junto de algumas comunidades portuguesas no estrangeiro. Conta com cerca de 10 mil associados de todas as origens sociais e económicas e com opiniões políticas muito diversificadas, nomeadamente a nível partidário. Segundo as sondagens de opinião, nos últimos anos a percentagem de portugueses que prefeririam ter um rei a um presidente da república como chefe de Estado variam entre 29 por cento e 40 por cento. Quem são e que objetivos perseguem os seus defensores, concretamente no Baixo Alentejo, onde nos encontramos?

Como disse, os partidários do rei como chefe de Estado têm opiniões políticas diversas. A Real Associação do Baixo Alentejo tem trabalhado para o esclarecimento desta opção política mas também na defesa da identidade cultural e do conhecimento da história do Alentejo. Também se tem envolvido em iniciativas concretas de apoio a algumas obras de assistência social e caritativas. Visita Beja, novamente a pretexto da Festa Azul, organizada pela Real Associação do Baixo Alentejo. Como acolhe esta iniciativa?

É uma excelente ocasião para reencontrar os monárquicos e simpatizantes da região, e de rever esta tão bela e tão simpática cidade. Em tempos de grande desencanto com a classe política republicana, parece-lhe que há condições para um aumento de adeptos de um regime

A república portuguesa demorou vários anos a realizar essa transição [da ditadura para a democracia] e, no processo, destruiu boa parte da nossa economia, provocou centenas de milhares de mortos e gravíssimas destruições económicas nas então províncias ultramarinas.

As monarquias contemporâneas consideram que têm governos republicanos e chefia de Estado real, ou seja, o poder político deriva da eleição e o chefe de Estado é independente dos poderes económicos e políticos. No entanto, tanto os povos quanto os parlamentos têm o poder de recusar o rei, por referendo, ou alterar a Constituição e estabelecer uma chefia de Estado republicana. Só em repúblicas pouco democráticas, como a nossa, a Constituição impede que o povo escolha o seu futuro… A casa real espanhola tem estado, como nunca, sob a mira dos seus súbditos, que pela primeira vez estão a questionar-se quanto a aspetos da vida pessoal e financeira dos seus membros, até agora inatacáveis. Como vê a perda de popularidade desta monarquia “irmã”?

É, obviamente, preocupante a situação espanhola, porque o rei não conseguiu controlar as atividades do seu genro e parece que os seus assessores financeiros também terão cometido falhas quanto à sua situação fiscal. Não acredito que o rei tivesse acompanhado pessoalmente estes assuntos. Parece óbvio, no entanto, que os independentistas catalães e bascos


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Bilac e Zambujo dão música à Festa Azul

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rrancou ontem, simbolicamente no castelo de Beja, mais uma edição da Festa Azul, organizada pela Real Associação do Baixo Alentejo e com o apoio do Instituto Politécnico de Beja. O evento, que propõe para hoje, sexta-feira, a Noite Azul (festa com dress code azul) e um espetáculo com Olavo Bilac, tem também um pendor de solidariedade social ao fazer reverter parte das receitas obtidas a favor da Caritas e dos alunos carenciados do IPBeja. Amanhã, sábado, o encontro encerra com um concerto pelo fadista bejense António Zambujo. CF

preferem uma república para facilitar os seus objetivos políticos. Acredito que a juventude e popularidade dos príncipes Filipe e Letícia possam reverter esta situação perante a opinião pública. No entanto, os espanhóis não se esquecem que o rei dedicou a sua vida a Espanha, evitando graves conflitos internos, além de dar prestígio internacional ao país. Graças à monarquia, a transição da ditadura para a democracia realizou-se em poucos meses, sem perturbações políticas e económicas. Até que ponto foi essa transição em Portugal prejudicada pela ausência de um rei?

A república portuguesa demorou vários anos a realizar essa transição e, no processo, destruiu boa parte da nossa economia, provocou centenas de milhares de mortos e gravíssimas destruições económicas nas então províncias ultramarinas,

cujos povos sofreram guerras civis durante anos para além da ocupação de Timor cujo povo sofreu um genocídio. Isto foi o fruto da terceira revolução republicana em Portugal, a de 1974, de longe a mais mortífera e destruidora da nossa história. Desde a guerra civil que opôs os liberais democratas (e o seu exército de mercenários ingleses) ao governo tradicionalista e conservador da época, que o povo português não vivia uma alteração tão radical. No Alentejo a vitória liberal teve como consequência imediata a extinção das ordens religiosas, o confisco das suas propriedades, e a sua transformação em latifúndios, que frequentemente passaram a propriedade de capitalistas lisboetas… A obra cultural e social dos mosteiros e conventos extintos ainda não é devidamente reconhecida, assim como as consequências da sua destruição.

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Odemirense derrotado em Olhão

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O Nacional de Iniciados atingiu a 5.ª jornada, ronda em que o Odemirense perdeu em Olhão (0/3) e o Despertar conseguiu surpreendente vitória em casa do Farense (1/4). Lidera o Setúbal (13 pontos), o Despertar é o quinto (10) e o Odemirense é o nono (cinco). No domingo o Odemirense recebe o Farense e o Despertar joga em Vila Real de Santo António.

Desporto

Luís Carrega O avançado falhou, perto do intervalo, o golo do empate que podia ter mudado o rumo do jogo

Taça AF Setúbal

Estrela de Santo André-Alfarim, 1-1; Arrentela-Vasco da Gama Sines, 2-1; Grandolense-Olímpico Montijo, 3-1; Paio Pires-União de Santiago, 0-4. Próxima jornada (13/10): Vasco da Gama Sines-Amora; União Santiago-Beira Mar Almada; Alfarim-Grandolense.

O Despertar venceu em Albufeira A equipa de juniores do Despertar foi ao terreno do Imortal de Albufeira ganhar por duas bolas a uma, em jogo referente à 6.ª jornada do Nacional de Juniores da 2.ª Divisão. O emblema bejense subiu ao sétimo posto da tabela, com sete pontos, menos nove que o líder Olhanense e, amanhã, vai jogar no recinto do Redondense.

Dérbi O Serpa lutou mas o Vasco da Gama teve a supremacia do jogo e vantagem no marcador

Castrense e Aljustrelense reencontram-se na tarde do próximo domingo

Um primeiro teste aos candidatos O Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, recebe, na tarde do próximo domingo, esse primeiro grande dérbi da temporada, entre o Castrense e o Aljustrelense, dois já assumidos candidatos ao título. Texto e fotos Firmino Paixão

S

eguramente que é uma partida importante, face à valia e às aspirações dos dois conjuntos, mas não decisiva, tendo em conta o momento do

campeonato em que acontece, à terceira jornada. A prova será longa, existem outros favoritos por revelar e muitos pontos ainda em disputa. Mas é, certamente, um dos grandes jogos da jornada. O outro acontecerá em Vidigueira, com a presença do Milfontes e a oportunidade para o Vasco da Gama confirmar o futebol de grande qualidade que tem vindo a exibir com bom sucesso. Em Mértola juntam-se duas equipas que ainda não pontuaram, Guadiana e Aldenovense, e o Odemirense vem a Beja para visitar o

Bairro da Conceição. O Serpa dá um salto até Cabeça Gorda, tentando limpar a imagem da derrota caseira do último domingo e o Sporting de Cuba viajará para o 1.º de Maio, em Pias. Na ronda anterior sobressai o grande volume de golos marcados, 32, 14 deles assinados pelo Castrense e pelo Aljustrelense, duas das quatro equipas que venceram nas duas jornadas. Rosairense e Vasco da Gama são as restantes. E cabe aqui um sublinhado para a formação da Vidigueira, que se apresentou

em Serpa, reduto tradicionalmente difícil para os visitantes, com um futebol muito apoiado, agressivo e eficaz, argumentos convertidos no triunfo que foram capazes de construir. O Odemirense e o Milfontes também golearam os seus adversários e contribuíram ambos com nove golos para o total da jornada, onde se inclui também uma vitória bem folgada do Rosairense no reduto do Guadiana. O resultado mais magro, valendo os mesmos três pontos, foi a vitória tangencial do São Marcos sobre o Cuba.

Almodôvar perdeu e recuperou um ponto no período de compensação

Despertar goleou em Moura na abertura oficial da 2.ª Divisão Distrital

O domínio da armada algarvia

Uma espécie de ensaio geral

Cinco jornadas já decorridas desde o início do Campeonato Nacional de Seniores bastam para sublinhar o domínio das formações do Quarteirense e do Ferreiras.

O

Moura regressa no próximo domingo ao seu terreno para receber o Pinhalnovense, quarto da pauta, com mais três pontos que os alentejanos. O Almodôvar, lanterna vermelha, viaja para o reduto do Barreirense, oitavo classificado com mais três pontos que os almodovarenses. Mas foi um ponto muito sofrido, este que o Almodôvar ganhou no último

domingo, com dois golos marcados no período de compensação. Primeiro o do Esperança de Lagos, abanando a convicção dos locais de que, pelo menos, um ponto ficaria em casa, depois lá veio o tento do empate almodovarense a confirmar essa reconquista. No Estádio da Nora não reside apenas o campeão distrital do Algarve, em título, mora também uma formação que foi capaz de impor ao Moura a segunda derrota no campeonato, deixando-o já a sete pontos do topo da tabela. Ali ao lado, em Quarteira, o líder da prova também se sobrepôs ao União de Montemor, confirmando a valia dessa dupla de equipas do Algarve central. FP

Começou oficialmente a época para as equipas do segundo escalão distrital com a disputa da jornada inaugural da Taça de Honra.

U

ma competição com duas séries, uma delas “a coxear”, e com duas equipas fora de jogo em cada jornada, primeiro pelo número impar de clubes, depois, pela desistência de um dos que se apresentaram a sorteio. Os resultados da ronda de abertura foram os seguintes – Série A: Moura B-Despertar, 0-4; Amarelejense-São Domingos, 4-0; Beringelense-Negrilhos, 3-1; Desportivo Beja-Vasco da Gama B, 1-1. Classificação: 1.º

Despertar, Amarelejense e Beringelense, três pontos. 4.º Vasco da Gama B e Desportivo de Beja, um. 6.º Negrilhos, São Domingos e Moura B, zero. Próxima jornada (12/10): Despertar-Amarelejense; Vasco da Gama B-Moura B; São Domingos-Beringelense; Negrilhos-Desportivo de Beja. Série B: Messejanense-Saboia; 0-1; Naverredondense-Aldeia Fernandes, 1-2. Folgaram: Sanluizense e Renascente. Classificação: 1.º Aldeia de Fernandes e Saboia, três pontos. 3.º Sanluizense, Renascente, Naverredondense e Messejanense, zero. Próxima jornada (12/10): Saboia-Sanluizense; Aldeia de FernandesRenascente. Folgam: Naverredondense e Messejanense. FP


A Associação Oncológica do Alentejo organiza no próximo domingo, na cidade de Beja, uma caminhada pela de prevenção do cancro digestivo. A ação tem início às 9 horas, no Parque da Cidade, e o percurso terá uma extensão de cinco quilómetros.

Boxeur alentejano em destaque

Hóquei em Patins 2.ª Divisão O Hóquei Clube de Grândola desloca-se amanhã ao Entroncamento para defrontar a formação do Biblioteca, em jogo a contar para a segunda ronda do Nacional da 2.ª Divisão. Na jornada inaugural os grandolenses foram derrotados pelo H.Sintra (5/1).

O atleta António Viana, boxeur do Núcleo de Boxe de Vidigueira, vai disputar no próximo dia 19, em Albufeira, a final do campeonato regional de iniciados na categoria de 69 kg. O atleta de Vidigueira está à distância de um triunfo nesta final para poder disputar o campeonato nacional que tem início em novembro.

Torneio hóquei em patins em Castro Verde O Futebol Clube Castrense organiza este fim de semana o VI Torneio de Hóquei em Patins de Castro Verde, competição que contará com a presença da Académica da Amadora, GD Cascais, CP Beja e, naturalmente, da equipa anfitriã. Os jogos realizam-se amanhã, sábado, a partir das 17 horas e, no domingo, às 10 horas.

Sorteio do campeonato distrital época 2013/14 realiza-se hoje

Inatel prepara temporada O Campeonato Distrital de Futebol do Inatel arranca nos próximos dias 19 e 20, com 35 emblemas em competição. Relativamente à época anterior, a prova perdeu 14 equipas: quatro delas filiaram-se na Associação de Futebol de Beja e as restantes 10 ficaram sem atividade. Texto e foto Firmino Paixão

M

as o quadro foi reforçado com a inscrição de dois novos centros/clubes, o Barrancos e Vale Figueira (terceira equipa do distrito de Setúbal). O concelho de Odemira continua a ser o mais representado, com nove equipas entre as 31 do distrito, seguido do concelho de Beja com oito. Com duas equipas estão os concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Cuba, Mértola e Serpa. Com re pre s ent aç ão ú n ic a f ig uram Barrancos, Castro Verde, Ferreira do Alentejo e Ourique. Os concelhos de Alvito, Moura e Vidigueira não terão qualquer emblema a competir nesta

Saboia Campeão distrital do Inatel em 2012/13 não disputa o campeonato desta época

prova. Aos 31 clubes do distrito de Beja juntam-se o Soneguense e o Cercalense, oriundos de Santiago do Cacém, o estreante Vale Figueira, do concelho de Grândola e, fora dos limites geográficos do Alentejo, o Serrano (distrito de Faro) que já na época anterior alinhou nesta prova. As formações do Beringelense, Fernandes, Naverredondense e Saboia filiaram-se na Associação de Futebol

de Beja e, sem atividade, ficaram as equipas do Campo Redondo, Colense, Milfontes, Boavista de Pinheiros, Ficalho, Pedrógão, Messejanense, São Matias, Neves e Jungeiros. O sorteio para esta primeira fase do campeonato realiza-se hoje, sexta-feira, pelas 19 horas, na fundação Inatel, na cidade de Beja. As equipas inscritas são as seguintes: Albernoense, A lcariense, A lmodovarense,

A lvorada, A morei ras Ga re, Barrancos, Bemposta, Brinches, Cavaleiro, Cercalense, Cuba, Faro do Alentejo, Figueirense, Longueira, Louredense, Luzianes Ga re, Ma lavado, Mombeja, Penedo G ordo, Perei rense, Quintos, Relíquias, Salvadense, Sanjoanense, Santa Clara-a-Nova, Serpense, Serrano, Sete, Soneguense, Trindade, Vale de Oca e Vale Figueirense. Por hora a prova tomará desig nação de Ca mpeonato Distrital do Inatel, podendo, eventualmente, e com o decorrer da época, retomar a variantes de Taça Fundação e Taça Agência de Beja, à semelhança de edições anteriores. Cabe aqui recordar que o Saboia foi o último vencedor da Taça Fundação Inatel, título equivalente a campeão distrital, e que a Taça Agência de Beja foi ganha pelo Cercalense, curiosamente uma formação do distrito de Setúbal. Certo é que, dentro em pouco, estarão de regresso a emoções desportivas no mundo rural, o futebol no seu estado mais puro e despretensioso.

Grândola, Santiago do Cacém e Sines recebem 200 atletas de 22 países

Mundiais de Ori-BTT no litoral Os concelhos de Grândola, Santiago do Cacém e Sines recebem este fim de semana as provas da Taça do Mundo de Orientação em BTT (Ori-BTT) e os Mundiais de Veteranos, nas especialidades de sprint, média e longa distância e estafetas.

A

competição é organizada pela Internacional Orienteering Federation e pela Federação Portuguesa de Orientação, com o apoio dos três municípios do litoral alentejano. Serão mais de duas centenas de atletas em representação de 22 países: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estónia, Eslováquia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Hungria, Itália Japão, Lituânia, Polónia,

Portugal Portugal, República Checa Checa, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia. A vila de Grândola recebeu, na tarde de ontem, quintafeira, a cerimónia protocolar de abertura deste evento desportivo mundial em que o nosso país está representado por meia

centena de atletas, oito o na Taça do Mundo e 42 no Mundial de Veteranos. A serra de Grândola, llocal de excelência ppara a prát ica desta dest moda litica d a d e , a c o l he hoj a primeira hoje etap etapa competitiva com a retitiva, alizaçã alização da prova distân de distância média, par a Taça do pontuável para Mundo e para o M Mundial de Veteranos Amanhã será o conVeteranos. celho de Sines (Casoto) a receber a etapa de longa distância e, no domingo, último dia de competição, Santiago do Cacém será o cenário para a etapa de estafeta mista e a disputa dos títulos mundiais de veteranos na

especialidade de sprint. A seleção lusa, que é a representação mais numerosa, terá nas suas fileiras a atleta Susana Lopes, meda l ha de bronze (sprint) nos últimos mundiais da Hungria, e o veterano Carlos Simões, sobre quem recai, também, algum favoritismo. Mas entre os grandes especialistas mundiais de Ori-BTT presentes neste triângulo competitivo alentejano contam-se alguns campeões do mundo, em título, como Killian Lomas e Charlote Cocks (britânicos), Dietmar Dorf ler e Herbert Lackner (austríacos), Jena Lalevée (França) e, no setor feminino, a húngara Verónica Cseb, a australiana Carolyn Jackson e a dinamarquesa Birgit Hausner. FP

Zona Azul José Saúde

Jerónimo Duro, Manuel Serrano, Joaquim Alves dos Santos, António Vitória, Joaquim Cavaco, Francisco Fresco, João Mimoso, José Carlos Augusto, António Costa e José Manuel foram os rostos que deram corpo à fundação da Associação Cultural e Recreativa Zona Azul (Acrza) no dia 9 de outubro de 1975. Nascia uma nova coletividade em Beja e que cedo se dimensionou no tempo, cristalizando atletas em diversas disciplinas desportivas. Conheço bem a sua realidade. A sua envolvência. Aliás, a empatia registada na área da gestão dos meios é, e será sempre, intocável, opino. Insiste-se, e com razão, em enaltecer a Acrza como uma coletividade onde predomina a conceção de como se gere um clube em toda a linha. Com um património de certo modo valioso, construído por mestres de uma escola de dirigentes que fizeram história no conturbado mundo de ilustres mentores, o clube das Alcaçarias, como ousa ouvir-se na velha Pax Julia, embora eu próprio jamais compartilhasse essa profecia, ostenta no seu emblema, que é da cidade, uma bandeira que reflete um trabalho intenso ao longo de cada época desportiva. O número de atletas teima em progredir de ano para ano. Aplaudo, com justiça. Fonte fidedigna garantiu--nos que a Zona Azul depara-se atualmente com cerca de 600 atletas em atividade, distribuídos entre federados e não federados. Muita gente para uma cidade onde a componente física é por vezes relegada para um plano secundário. Todavia, a Acrza assume a sua condição de agremiação eclética. No passado dia 9, quarta--feira, nas comemorações da Gala do 38.º Aniversário, 14 atletas das diversas modalidades foram alvo de uma homenagem face ao estatuto de internacionais alcançado ao longo das suas carreiras. Uma honra para os atletas, para a Zona Azul, para a região e, naturalmente, para Beja. Bem-haja a vossa luta quotidiana e parabéns pelos sucessos acumulados!

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Caminhada conta o cancro digestivo


2.ª Gala de Aniversário da Zona Azul

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A Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, de Beja, assinalou o seu 38.º aniversário com a realização de uma gala em que homenageou todos os seus atletas internacionais. O evento decorreu na passada quarta-feira no Pax Julia Teatro Municipal.

Os Independentes ganharam ao Baronia Em partida relativa à 2.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão de futsal, os Independentes de Sines foram ao Pavilhão de Alvito vencer o Desportivo da Baronia por 7/3. Na ronda marcada para amanhã, o Baronia joga no recinto do Leceia (Oeiras) e os sineenses recebem o Piedense, atual líder da série.

CCP Serpa assegura oferecer as melhores condições aos seus atletas

Uma aposta na qualidade Fundado em 27 de março de 1975, o Centro de Cultura Popular de Serpa (CCP) tem no andebol a sua prática desportiva mais relevante e a equipa de juvenis, a disputar o Nacional da 1.ª Divisão, é o seu maior expoente. Texto e foto Firmino Paixão

O

clube assume um papel de destaque no quadro associativo de um concelho onde a diversidade e a qualidade desportiva marcam a diferença, não só ao nível dos praticantes mas também dos equipamentos. O CCP Serpa é, atualmente, um dos dois polos onde subsiste a prática do andebol ao nível do distrito de Beja e o seu escalão de topo é a equipa de juvenis que disputa o Nacional da 1.ª Divisão. Carlos Amarelinho, presidente do clube, abre aqui as portas desse grande universo de formação desportiva na Margem Esquerda do Guadiana. Os juvenis regressaram aos melhores palcos do andebol nacional?

Sim, na época passada garantimos a manutenção e devo realçar que foi a primeira vez que os nossos juvenis estiveram a este nível. Os iniciados já tinham estado seis anos na 1.ª Divisão, por isso foi simbólico que os juvenis ganhassem o direito desportivo de fazer uma segunda época nesta divisão. E as perspetivas são as mesmas, a manutenção na 1.ª Divisão. A equipa é constituída por atletas formados no clube?

Sãos todos miúdos da nossa formação. E são todos de Serpa, não temos ninguém das freguesias, esse é um projeto que nós vamos abraçar dentro em breve, iremos às escolas fazer captação. Já temos dois treinadores preparados para encetar esse projeto, que é essencial, senão corremos o risco de, dentro de dois ou três anos, termos apenas uma pequena elite no andebol, e isso não pode acontecer. O andebol tem que se manter ao nível do futebol em termos de praticantes. São duas modalidades que rivalizam quanto ao número de praticantes, mas no distrito de Beja nem por isso?

Aqui em Serpa estamos um nível acima, porque jogamos em patamares diferentes, o desPUB

Juvenis Equipa do CCP Serpa que disputa o Nacional de Andebol da 1.ª Divisão

porto também é diferente, mas esta fornada que tem saído do CCP nos últimos anos tem contribuído para o engrandecimento do desporto distrital. Temos esse objetivo e pensamos que o andebol tem uma palavra a dizer nesta região. Lamentamos a ausência do Vasco da Gama de Vidigueira, que fazia bastante falta neste quadro competitivo, teríamos maior representatividade, mas os que cá estão é que contam, somos nós e a Zona Azul, é a estes dois clubes que podem agradecer a manutenção do andebol neste distrito. O CCP ocupa um lugar de referência no associativismo local…

Em termos coletivos continuamos a ser o grande clube do concelho a jogar a este nível, com equipas de topo do andebol nacional. Atualmente, no Baixo Alentejo, só temos dois clubes a praticar, a Zona Azul e o CCP Serpa. Sublinho aqui os pergaminhos da Zona Azul, clube que tem mais ou menos a mesma idade que o nosso, mas é de enaltecer o esforço que estes dois clubes fazem para manter o andebol vivo nesta região. Vamos continuar o nosso percurso, queremos manter esta equipa na

1.ª Divisão, manter os seniores na terceira e dinamizar o trabalho com os nossos infantis e iniciados. A realidade do clube não se esgota na equipa de juvenis?

Temos todos os escalões exceto os juniores. Não é fácil manter uma equipa de juniores e no sul do País há muito poucas. Os seniores estão na 3.ª Divisão Nacional, os iniciados vão começar o campeonato nacional no final deste mês, temos os infantis e depois os minis e os bambis, para além, naturalmente, dos juvenis. Temos feito um esforço grande no sentido de oferecermos boas condições aos atletas, e neste campo não se trata de ter uma perspetiva, nós temos a certeza que damos as melhores condições aos nossos atletas, porque é através desse patamar de qualidade que conseguimos manter jogadores para competirmos nos quatro escalões. E é assim que se vão manter?

A realidade atual é essa, se para o ano o conseguiremos, não sabemos. A população está a envelhecer e o número de jovens é cada vez menor. Serpa

tem um leque muito amplo e diversificado de modalidades. Serpa é uma terra fértil em modalidades desportivas. O andebol é o segundo desporto deste concelho, mas a nossa projeção é maior, porque jogamos em divisões nacionais e para motivarmos os nossos atletas temos que “puxar a brasa à nossa sardinha”, dizemos-lhes que vão jogar num patamar nacional, sem desprimor para as outras modalidades, mas a realidade é essa. Que apoios tem o CCP Serpa para a sua atividade?

Somos um clube pequeno com uma gestão financeira saudável. Temos os apoios institucionais, da câmara e das juntas de freguesia, mas o da câmara é o mais significativo, e também do comércio local, a par de algumas iniciativas que temos ao longo do ano. Somos quase autossuficientes em termos de transportes e temos independência para podermos dar aos nossos atletas tudo o que eles merecem. Somos um clube com alguma especificidade em relação a outros, temos esta perspetiva do desporto e é assim que nos queremos manter.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1642 de 11/10/2013 Única Publicação

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Diário do Alentejo n.º 1642 de 11/10/2013 Única Publicação

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CONVOCATÓRIA Nos termos do Artigo Trigésimo dos Estatutos do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, convocam-se todos os Sócios para uma Assembleia - Geral a realizar no próximo dia 20 de novembro de 2013, pelas 20 horas, na sede da Instituição com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e Votação da Conta de Exploração Previsional e Orçamento de Investimentos e Desinvestimentos para o Ano de 2014; 2. Outros Assuntos. Se à hora marcada não estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de presentes. Beja, 07 de outubro de 2013. O Presidente da Assembleia Geral João da Silva Martins Diário do Alentejo n.º 1642 de 11/10/2013 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLA Conservador em substituição: Alexandre José da Silva Santos

CERTIDÃO NARRATIVA (Conforme Art.° 100 do Código do Notariado) Alexandre José da Silva Santos, Conservador em substituição do Cartório Notarial de Mértola, certifica, Que, para efeitos de publicação foi lavrada em onze de junho do ano de dois mil e treze neste Cartório Notarial e exarada a partir de folhas oitenta e três e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número trinta-D, uma Escritura de Justificação Notarial, na qual MARIA EUGÉNIA DA GRAÇA GODINHO RAMOS, N.l.F.146.665.589 e marido AULANIO JOSÉ GEMA RAMOS, NIF 118,347,578 casados segundo o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Faro (Sé), concelho de Faro e ela da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, residentes habitualmente à Rua D. Jerónimo Osório, número 6, 2.° esquerdo, Faro, portadores ela do bilhete de identidade número 4611977 emitido em 27-12-2002 pelos Serviços de Identificação Civil de Lisboa e ele do cartão de cidadão número 01124149 7zz8 válido até 12-112017 emitido pela República Portuguesa declararam: Que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do prédio rústico, situado aos Montes Altos, freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, composto de cultura arvense, com a área de quinhentos e vinte e cinco metros quadrados, a confinar do Norte com Manuel Francisco Medeiros do Sul, com António Manuel Cartaxo Horta nascente com Manuel Bravo Lima e poente com área social, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 19 da Secção H com o valor patrimonial e atribuído correspondente à parte rústica de 0,76€. Que, o prédio não se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Mértola. Que, o referido prédio veio à posse dos ora justificantes corria o ano de mil novecentos e noventa e dois, em dia e mês que não sabem precisar, por doação verbal que lhes foi feita por Maria Gomes, viúva, residente que foi em Montes Altos, freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, que por sua vez o havia adquirido por partilhas das heranças de seu avô Vitoriano Rosa Lourenço, viúvo, também residente que foi em Montes Altos, freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, atualmente já falecidos. Que, porém desde o ano de mil novecentos e noventa e dois, os justificantes entraram na posse e fruição do referido prédio, usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas e suportando os respectivos encargos, contribuições e impostos e com ânimo de quem exercita direito próprio, ignorando lesar direito alheio, à vista e com conhecimento de todos, sendo reconhecidos como seus donos. Que, sempre permaneceram, beneficiaram e melhoraram o prédio, pagando as respectivas contribuições e impostos tendo-o portanto adquirido, e, sem qualquer interrupção mantido a sua posse ostensivamente sem a oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse própria, pública, porque à vista de todos e sem a menor oposição de quem quer que seja, pacífica, porque exercida sem violência, continua, porque mantida ao longo de todos estes anos e de boa-fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que se verificam todos os requisitos legais para a aquisição do referido prédio invocando para tanto a usucapião. Que, dado o modo de aquisição, sem documento algum que titule suficientemente o seu direito e lhes permitam para efeitos de registo predial, fazer prova do seu direito de propriedade do aludido prédio justificam a aquisição do mesmo no presente acto por usucapião. É extracto certificado da escritura e vai conforme o original, declarando que, da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Mértola, onze de junho de dois mil e treze. O Conservador, em substituição Alexandre José da Silva Santos

AVISO 5/2013 AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA DE FUNCIONAMENTO Nº 01/2013 REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO DE APOIO SOCIAL 1.Identificação do estabelecimento Denominação do estabelecimento: Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção Localização do estabelecimento: Recinto da Feira Rua da Sardoa C. Postal: 7670-132 Garvão Localidade: Garvão Distrito: Beja Concelho: Ourique Freguesia: Garvão Telefone 286555285 Fax 286555285 E-mail associação.futuro@gmail.com 2. Identificação da entidade gestora Nome completo: Futuro de Garvão – Associação de Solidariedade Social Morada: Largo D. Afonso – Edifício 2B C. Postal; 7670-125 Garvão Localidade: Garvão 3. Actividade exercida no estabelecimento Centro de Dia 4. Lotação máxima O estabelecimento pode abranger o número máximo de 12 (doze) utentes. 5. Condições a satisfazer (Não aplicável a Instituições Particulares de Solidariedade Social ou equiparadas ou outras instituições sem fins lucrativos a abranger por acordo de cooperação) 6. Emissão e Prazo de Validade Documento válido de 2013/09/25 a 2014/03/24 (Cento e oitenta dias, renovável até à celebração do acordo. 2013/09/25.

Em conformidade com as disposições legais e os estatutos da coletividade, informa-se todos os sócios que está aberto concurso para concessão da exploração do bar da coletividade. As propostas deverão ser apresentadas em carta fechada e dirigida ao presidente da direção. Os custos de exploração com as instalações, nomeadamente, despesas mensais de água, eletricidade, gás e limpeza do espaço serão da responsabilidade do explorador do bar. Os critérios de adjudicação serão definidos pela direção, tendo por base os parâmetros definidos nos estatutos. À direção reserva-se o direito de não proceder à adjudicação, caso considere que nenhuma das propostas reúne as condições adequadas. Salvada, 16 de Setembro de 2013. Pelo Presidente da Direção José António P. Cruz

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AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA DE FUNCIONAMENTO Nº 02/2013

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REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO DE APOIO SOCIAL

ALUGA-SE ESPAÇO COMERCIAL

1.Identificação do estabelecimento Denominação do estabelecimento: Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção Localização do estabelecimento: Recinto da Feira Rua da Sardoa C. Postal: 7670-132 Garvão Localidade: Garvão Distrito: Beja Concelho: Ourique Freguesia: Garvão Telefone 286555285 Fax 286555285 E-mail associação.futuro@gmail.com 2. Identificação da entidade gestora Nome completo: Futuro de Garvão – Associação de Solidariedade Social Morada: Largo D. Afonso – Edifício 2B C. Postal; 7670-125 Garvão Localidade: Garvão 3. Actividade exercida no estabelecimento Serviço de Apoio Domiciliário 4. Lotação máxima O estabelecimento pode abranger o número máximo de 15 (quinze) utentes. 5. Condições a satisfazer (Não aplicável a Instituições Particulares de Solidariedade Social ou equiparadas ou outras instituições sem fins lucrativos a abranger por acordo de cooperação) 6. Emissão e Prazo de Validade Documento válido de 2013/09/26 a 2014/03/25 (Cento e oitenta dias, renovável até à celebração do acordo. 2013/09/26. Assinatura ilegível

Zona central de Vidigueira, para qualquer ramo mas equipada com algum equipamento para talho e/ou supermercado. Toda renovada, boa área disponível. Contactar tm. 924199046

OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) TESTAGENS z SERVIÇO DE TORNO z SOLDADURAS EM ALUMÍNIO z z

Encamisar blocos orçamentos com ou sem material PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516


saúde

22 Diário do Alentejo 11 outubro 2013

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Fisioterapia

Centro de Fisioterapia S. João Batista Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

FERNANDA FAUSTINO Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOSÉ BELARMINO, LDA.

das 14 horas Tel. 284322503

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Clinipax

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Marcações pelo tel.

Marcações a partir

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Rua Zeca Afonso,

R. 25 de Abril, 11

nº 6-1º B – BEJA

cave esq. – 7800 BEJA

25r/c dtº Beja

Neurologia

e Ministério da Saúde Generalista

Consultas de 2ª a 6ª

CONSULTAS DE OBESIDADE

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Dermatologia

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

TERESA ESTANISLAU CORREIA MÉDICA DERMATOLOGISTA Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja

7800- 544 - BEJA

Clínica dentária

HELIODORO SANGUESSUGA

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/Implantologia Aparelhos fixos e removíveis

MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232

7800-073 BEJA ▼

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo

Cirurgia Maxilo-facial

Rua Cidade S. Paulo, 29

Dr. José Loff

Marcações pelo telef. 284328023 BEJA

VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA Medicina dentária

Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja

Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Otorrinolaringologia Estomatologia

Doenças de Rins e Vias Urinárias

Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

pela Ordem

(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)

284323028 Rua António Sardinha,

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

dos Médicos

Rua Manuel António de Brito

UROLOGISTA Hospital de Beja

CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras

Especialista

nº 4 1ºFte

AURÉLIO SILVA

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

Médico

Especialista pela Ordem dos Médicos

e.mail:

Urologia

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

LUZ

clinidermatecorreia@ gmail.com

Rua Tenente Valadim, 44 ▼

DR. A. FIGUEIREDO

Médico oftalmologista

Fisioterapia

Fax 284326341

a partir das 15 horas

Estomatologista (OM) Ortodontia

JOÃO HROTKO

Obesidade

Marcações pelo 284322446;

CONSULTASàs 3ªs e 4ªs feiras,

DR. JAIME LENCASTRE

Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Consultas segundas, quartas, quintas e sextas

GASPAR CANO

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Clínica Geral

Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no meio aquático

Oftalmologia

FRANCISCO FINO CORREIA

DR. J. S. GALHOZ

MÉDICO DENTISTA

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS

Ouvidos,Nariz, Garganta

DR. ÁLVARO SABINO Otorrinolaringologista Ouvidos,Nariz, Garganta

Prótese/Ortodontia

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas

Exames da audição

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas

Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Tel. 284324690 Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA

DR. MAURO FREITAS VALE

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA


saúde

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/ Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

23 Diário do Alentejo 11 outubro 2013

medicina geral e familiar Dr. Luís Capela

endocrinologia|diabetes| obesidade Dr.ª Luisa Raimundo

urologia

ࠜ࠽ࡄ࠷࠲࠯࠲࠳߯

(disfunção erétil / doença prostática / incontinência urinária)

Dr. Luis Calado

ginecologia|obstetrícia|colposcopia Dr.ª Ana Ladeira

otorrinolaringologia

(vertigens / oncologia da cabeça e pescoço)

Dr.ª Dulce Rocha Nunes

psiquiatria e saúde mental Dr. Daniel Barrocas

Diversos Acordos

psicologia clínica

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO Neurocirurgia

DANIEL MAYMONE Neurocirurgião – Cirurgia da Coluna Vertebral Hérnia Discal / alterações degenerativas (artrósicas): canal estreito e/ou dos canais de conjugação / listesis; tumores benignos intraraquidianos (meningiomas, neurinomas, etc) Técnicas c/ microscopia, s/ ou c/ instrumentação, técnicas mínima/ invasivas; Técnicas percutâneas (agulha) para tratamento de: - hérnia discal (quando indicado) = nucleólise c/ radiofrequência ou ozonoterapia (tratamento paliativo); - dor facetária (artrósica) – desenervação das facetas c/ radiofrequência; - Vertebroplastia / cifoplastia – tratamento de fracturas osteoporóticas, angiomas vertebrais, etc; Cirurgia do síndrome do canal/túnel cárpico (exequível, c/ anestesia local, na CLINIBEJA, em Beja).

CONSULTAS (e pequena-cirurgia) NO ALENTEJO:

ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções:

ULSBA (SNS)

ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387

Dr.ª Maria João Póvoas

psicologia educacional Dr.ª Silvia Reis

terapia da fala Dr.ª Vera Baião

podologia

(hiperqueratoses / pé diabético / micoses / onicocriptoses)

Dr. Joaquim Godinho

cirurgia vascular

. Dr.ª Helena Manso

neurocirurgia

ࠜ࠽ࡄ࠷࠲࠯࠲࠳߯

Dr. Daniel Maymone

pneumologia| consulta do sono Dr.ª Eulália Semedo

medicina dentária

Dr. Jaime Capela (implantologia) Dr.ª Ana Rita Barros (ortodonƟa) Dr. António Lopes

prótese dentária

Téc. Ana João Godinho

cirurgia maxilo-facial Dr. Luís Loureiro

pediatria do desenvolvimento Dr.ª Ana Sofia Branco

psicomotricidade|apoio pedagógico Dr.ª Helena Louro

BEJA: CLINIBEJA Unidade Médica e Cirúrgica R. António Sardinha, 23 – tel: 284 321 517; tlm: 961 341 105 Mail: clinibeja@gmail.com > Acordos c/ Seguradoras e Sub-Sistemas LOCAL DOS ACTOS CIRÚRGICOS (e Consultas): HOSPITAL DA ORDEM TERCEIRA – em Lisboa (ao Chiado) 213 230 300/213 230 398 > Acordos c/ Seguradoras e Sub-Sistemas

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA.

exames audiológicos|próteses auditivas Audiograma|Timpanograma

Gerência de Fernanda Faustino Acordos:

cessação tabágica

SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Manutenção de todas as marcas

Tratamento SoŌ-laser Facilitas Rua António Sar Rua António Sardinha, 23 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517 | Móvel: 961 341 105 | Fax: 284 327 331 tel: 284 321 517 | tlm: 961 341 331 www.clinibeja.com clinibeja@gmail.com| www.clinibeja.com dinha 23, 7800-447 Beja|clinibeja@gmail.com


necrologia

24 Diário do Alentejo 11 outubro 2013

AGRADECIMENTO E MISSA DE 30.º DIA

1.º Mês de Eterna Saudade

Filhas, genros e netos d e M A R I A A N TÓ N I A GUERREIRO DA SILVA SEMEDO cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 18/09/2013, e manifestam publicamente o seu agradecimento a todas as pessoas que demonstraram o seu carinho e amizade. Participam que será celebrada uma missa em sua homenagem no dia 18 de outubro, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé, em Beja, agradecendo antecipadamente a todos os que se dignarem assistir a esta celebração.

AGRADECIMENTO

Filhas, genros e netos de MARIA ANTÓNIA GUERREIRO DA SILVA SEMEDO manifestam, reconhecidos, o seu profundo agradecimento a toda a equipa do Serviço de Hemodiálise do Hospital de Beja, que sempre a acompanharam com muito profissionalismo e dedicação. Um agradecimento muito especial aos seus amigos/doentes da sala de tratamento do Serviço de Hemodiálise pela força, apoio e carinho transmitidos ao longo dos anos.

MISSA DO 11.º ANO

AGRADECIMENTO

Brízida Maria Galrito

Maria da Glória Domingos Campos e esposo vêm publicamente agradecer à Caritas Diocesana de Beja pela forma profissional e humana como sempre trataram a sua mãe e sogra, Efigénia Augusta Pascoal Domingos Costa, falecida no dia 02/10/2013. Ao longo de mais de 10 anos foram de uma atenção e dedicação extrema e exemplar pelo que agradecemos aos respetivos profissionais bem como à dra. Ana Soeiro. O nosso muito obrigado.

Seus filhos, genro, noras e netos participam que no dia 12 de outubro, sábado, será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida, na igreja do Salvador, em Beja, pelas 19 horas, agradecendo desde já a todas as pessoas que comparecerem ao ato religioso.

António Luís Teixeira 12 outubro 2013 1 Ano de Eterna Saudade

Associação Humanitária dos Dadores de Sangue de Beja

Dar SANGUE é dar VIDA

A morte é a curva da estrada, Morrer é só não ser visto. Se escuto, eu te oiço a passada, Existir como eu existo. F. Pessoa Com amor e saudade de sua mulher e filha. PN-AM


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1642 de 11/10/2013 Única Publicação

25 Diário do Alentejo 11 outubro 2013

COMPRO Todo o tipo de sucata, ferro, alumí-

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO Nº 01/2013 (Substitui o alvará n° 1/04 de 26/01/2004) REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL 1. Identificação do estabelecimento Denominação do estabelecimento: Casa de Repouso / Lar de 3.ª Idade do Rosário Localização do estabelecimento: Rua das Eiras, Cx. n.° 223 C. Postal: 7700 235 Rosário Localidade: Rosário Distrito: Beja Concelho: Almodôvar Freguesia: Rosário Telefone 286954214 Fax E-mail sergiodelgado©Iardorosario.pt 2. Identificação da entidade gestora Nome completo: Sérgio Delgado Unipessoal, Lda Morada: Rua das Eiras. Cx. Postal 223 C. Postal; 7700 - 235 Rosário Localidade: Rosário 3. Actividade exercida no estabelecimento Estrutura Residencial para Pessoas Idosas 4. Lotação máxima O estabelecimento pode abranger o número máximo de 22 (vinte e dois residentes, sendo um residente em utilização pontual de quarto de casal) utentes. 5. Emissão Data 2013/9/18 Assinatura ilegível

Diário do Alentejo n.º 1642 de 11/10/2013 Única Publicação

Maria Teresa Martins Revês Administradora Insolvência

RECEBEM-SE PROPOSTAS PARA O IMÓVEL Insolvência de “Nogser - Comércio de Carpintarias, Lda ”

TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE BEJA 1º Juízo - Proc. 726/13.9TBBJA

ATÉ AO PRÓXIMO DIA 31 de Outubro de 2013 Vai a administradora da insolvência acima indicada, receber propostas em carta fechada para a venda: Prédio urbano sito na Zona Industrial, Lotes 4 e 5 da freguesia e concelho de Vidigueira descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nr. 2265/20030603 e inscrito na matriz predial urbana sob o nr. 2946. Valor Mínimo: 125.000,00€ As propostas, deverão vir devidamente identificadas com nome, número de contribuinte, telefone, fax, morada e respectivo montante por extenso, a enviar, dentro de outro sobrescrito, por correio registado, para a Administradora da Insolvência “Nogser - Comércio de Carpintarias, Lda ” Estrada de Benfica, nº. 388 – Atelier – 1500 101 Lisboa, até ao dia acima indicado. A Administradora reserva o direito de não entregar caso o valor seja inferior ao valor mínimo acima indicado. O comprador, logo que notificado, entregará o montante correspondente a 30% em cheque emitido à ordem da “Massa Insolvente de Nogser - Comércio de Carpintarias, Lda ” sendo o restante, 70%, entregue no acto da escritura, que será outorgada no prazo de trinta dias. As propostas serão abertas no dia 04 de Novembro de 2013, pelas 9H, no escritório da administradora da insolvência sito na Estrada de Benfica, 388 Atelier, 1500 101 Lisboa. O imóvel será mostrado em dias a combinar previamente com a Administradora da Insolvência. Maria Teresa Martins Revês - Estrada de Benfica, 388 – Atelier - 1500-101 Lisboa - Tel./Fax – 217743622 – Telem. 919835889 Estrada de Benfica 388 Atelier 1500 101 Lisboa Tel/Fax:217743622 Telm:919835889 E-mail:teresareves_adm@hotmail.com

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Diário do Alentejo n.º 1642 de 11/10/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1642 de 11/10/2013 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL PRIVADO DE SINES A cargo da Notária Maria Leonor Domingues Garrett e Castro

FUTURO DE GARVÃO Associação de Solidariedade Social

Assembleia Geral Extraordinária EDITAL Ao abrigo do nº3, do Artigo 29º do Capítulo III, Secção II dos Estatutos da Futuro de Garvão – Associação de Solidariedade Social, convoco a Assembleia Geral Extraordinária, para reunir no próximo dia 28 de Outubro de 2013, na Sala de Reuniões, da Rua do Álamo, nº 10, em Garvão, pelas 20:30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: – Preparação do Ato Eleitoral para o triénio 2014/2016. Consideram-se em pleno gozo dos seus direitos, todos os sócios efectivos, de acordo com o nº 1 do Artigo 12º do capítulo II, dos Estatutos acima referidos. Se à hora designada não estiver presente o número suficiente de Sócios, a Assembleia realizar-se-á meia hora depois com qualquer número. Garvão, 03 de Outubro de 2013. A Secretária da Mesa da Assembleia Geral Maria Leonor Madeira da Silva

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que foi lavrada hoje neste Cartório Notarial, de folhas oitenta e três a folhas oitenta e seis do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Vinte-A” uma escritura de justificação na qual Maria Liliana Rosa Máia, divorciada, natural da freguesia de São Luís, concelho de Odemira, residente na Estrada da Costa do Norte, número 46, em Sines, e António Manuel de Campos Inácio, divorciado, natural da freguesia de S. Luís, concelho de Odemira, residente em Foros da Pereirinha, Galeado, Caixa Postal 1231, em Vila Nova de Milfontes, declararam ser donos e legítimos possuidores do seguinte bem, que adquiriram por usucapião: Prédio rústico, denominado “Herdade do Vale do Aguilhão” situado na freguesia de S. Luís, concelho de Odemira, composto de cultura arvense, com a área de mil cento e sessenta e cinco metros quadrados, a confrontar de Norte, Sul, e Poente com Herdade do Vale do Aguilhão, e Nascente com José Álvaro de Campos, inscrito na respectiva matriz cadastral rústica sob parte do artigo 36 da Secção DD. Mais declararam que este prédio constitui uma parcela de terreno a desanexar do prédio rústico denominado “Herdade do Vale do Aguilhão”, situado na freguesia de S. Luís, concelho de Odemira, actualmente pendente de rectificação do artigo 36 da Secção DD, o qual resultou da divisão do artigo 34 da Secção DD, o qual por sua vez resultou da divisão do artigo 32 da Secção DD, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número noventa e nove da referida freguesia, e que foi adquirida pelos justificantes em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos c oitenta, por compra meramente verbal feita a Francisco Maria de Brito Ramos e mulher Elvira Inocêncio Arsénio de Brito Ramos, casados sob o regime de comunhão geral de bens, a António Francisco de Brito Ramos e mulher Maria José Pacheco Pedro casados no regime de comunhão geral de bens, e a Maria Ana Lança Ramos, viúva, e Manuel Parreira Lança Ramos, solteiro, não tendo nunca sido celebrada a competente escritura de compra e venda. Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifica. Sines, 27 de Setembro de 2013. A Notária Maria Leonor Domingues Garrett e Castro


Diário do Alentejo 11 outubro 2013

26

Herdade do Esporão comemora 40 anos

Fundada por José Roquette, e agora liderada pelo seu filho João Roquette, a herdade do Esporão é hoje uma referência incontornável dos vinhos e azeites portugueses, contando com marcas emblemáticas como Esporão e Monte Velho. Presente em mais de 50 países, o Esporão promove a região do Alentejo, Douro e Portugal não apenas pelos produtos que oferece mas também pelos valores que o distinguem. Após a comemoração dos 40 anos, assinalados no passado mês, o Esporão mantém-se fiel ao que sempre foi, com a motivação de produzir os melhores produtos que a terra proporciona, de forma responsável e inspiradora.

Empresas

Olivais do Sul investe 22 milhões de euros A Olivais do Sul, empresa especializada em olivicultura e produção de azeite virgem extra, vai investir dois milhões de euros na ampliação do lagar, de modo a dar resposta às exigências dos mercados. A este valor juntam-se os 20 milhões de euros que a empresa investiu em 2005 na aquisição de olivais na região de Portel e Campo Maior e, em 2008, na construção do lagar. A Olivais do Sul acredita que o setor do azeite tem potencial para ir mais além, daí a sua aposta na exportação e venda de azeite embalado.

A rreece cettiivi vida vida dad dee ao no novvo essp paç aço, apeesar de de rece re ecent nte te e de de ser er algo lg go res reese servvaad do, o é até té à d dat ataa at po osi s ti tivo vo o, adia adiaanttam ad m os re r sp spon onsá s ve sá veiss q que uee, co ons nscciien ente tess de de que ue não ão ssee mu mudaam há hábito biito b tos os e ro oti tina n s dee um di d a pa para ra o out utro utro o, reeffeereem cont co onttin i nu uaar estee cam es este amin in nh ho o com “al algu guma perrseeve gu verraanç ver nça” a a” de for de or m maa a ter u uma m boa o afl flluêênc ncia ia. a.

Espaço disponibiliza refeições económicas, nutritivas e equilibradas

NutriPax abriu em Beja Um espaço diferente, formado por uma equipa de colegas – Nuno Mamede, Leonor Ferro, Paula Gonçalves e Regina Severino –, abriu no início deste mês no Centro Comercial do Lidador, em Beja. A pensar nos dias que correm e no acesso que a população tem a refeições cada vez mais pobres em nutrientes, a equipa não hesitou em disponibilizar um espaço – o NutriPax – com um conjunto de planos na área da alimentação que visa, essencialmente, satisfazer as necessidades nesta área. Publireportagem Sandra Sanches

O

novo espaço, que assenta num conceito diferente, não é, de forma alguma, um estabelecimento comercial. É sim um espaço privado, aberto de segunda a sexta-feira, entre as 12 e 30 e as 14 30 horas. O cliente é convidado a fazer a sua refeição mediante um pagamento que a equipa refere ser “a cota de utilização diária”. Não é necessário um vínculo com o espaço por grandes períodos de tempo, é necessário sim o pagamento diário de cotas por cada utilização. As refeições confecionadas a partir de produtos da Herbalife parecem dar resposta

às mais diversas situações. O utilizador do espaço, de forma a que possa encontrar produtos e uma alimentação que o ajude dentro das suas necessidades, é convidado desde logo a realizar uma avaliação corporal. É através de determinados valores, como a percentagem de massa gorda, a quantidade de massa magra e a percentagem de água no corpo, entre outros, que se determina o plano adequado ao cliente. A equipa, que é constituída na sua grande maioria por elementos com formação na área do desporto, recebe regularmente, por parte da Herbalife, ações de formação destinadas, entre outros aspetos, a melhorar o acompanhamento ao cliente. A recetividade ao novo espaço, apesar de recente e de ser algo reservado, é, até à data, positivo, adiantam os responsáveis que, conscientes de que não se mudam hábitos e rotinas de um dia para o outro, referem continuar este caminho com “alguma perseverança” de forma a ter uma boa afluência. A pensar nos valores de refeições praticados no mercado, e que muitas vezes não possuem os nutrientes mínimos necessários para a saúde, a NutriPax cobra por cada cota de utilização apenas quatro euros. O cliente que entra no espaço algo reticente parece sair surpreendido, acabando por voltar. E não se pense que

este é um ponto de venda de produtos Herbalife; o espaço pretende apenas dar a conhecer a importância dos suplementos alimentares. Não é necessário querer emagrecer ou engordar para utilizar o espaço. A ideia do NutriPax vai mais além, basta querer mudar a disposição e a concentração do dia a dia. Independentemente do objetivo de cada pessoa, oito dias apenas parecem ser suficientes para se notarem resultados. Mas porque o metabolismo do ser humano não é igual, também o período de retorno poderá não ser exatamente de oito dias; em alguns casos será menos, noutros mais, no entanto, a combinação com uma boa alimentação é a fórmula mais rápida para alcançar o sucesso pretendido. E porque a atividade física é imprescindível na área, o espaço também promoverá dias de atividade física ao ar livre que, segundo Nuno Mamede, “complementam uma percentagem no comportamento e no dever da alimentação”. A equipa apela a uma visita ao novo espaço e para que não se façam pré-julgamentos antes de se experimentar, acreditando que futuramente “todos nós deveremos estar consciencializados para a problemática de uma alimentação cada vez menos nutrida”.

EDIA lançou concurso de fotografia Trata-se de um concurso inserido nas comemorações do Ano Internacional de Cooperação pela Água, que pretende alertar para a importância deste recurso como suporte para a vida e pilar de diferentes ecossistemas e de diferentes atividades humanas, refere a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, em comunicado. A divulgação dos resultados está prevista para o dia 21 deste mês, com a inauguração da exposição dos melhores trabalhos nas instalações da EDIA, em Beja. O primeiro classificado receberá 500 euros, o segundo 300 euros e o terceiro 150 euros.

Construção do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo arranca este ano A construção do edifício principal do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA), em Évora, integrado na rede regional de transferência de tecnologia, deverá começar até final deste ano, revelou o presidente da infraestrutura, Manuel Cancela d’ Abreu. O PCTA é uma das vertentes do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT) que envolve 21 parceiros entre os quais a EU e os politécnicos de Beja e Portalegre, para além de empresas e outras instituições da região, sendo que a única obra que já arrancou no terreno foi a incubadora de empresas da Câmara Municipal de Évora. “Enquanto não temos as nossas próprias instalações, estamos a trabalhar na captação de empresas para a região que trazem ainda um volume relativamente baixo de emprego, mas que esperamos que se desenvolvam e que tragam bastante mais emprego”, referiu o responsável.


Dica da semana

Pais A pequenada já só fala no halloween, por

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A Biblioteca Municipal José Saramago de Odemira vai promover um workshop de hip hop no dia 26, pelas 15 horas, no âmbito do Sábado J. Se tens entre oito e 16 anos e gostas de dançar, e se tens vontade de experimentar diferentes formas de o fazer, não podes perder esta oportunidade. As inscrições são até ao dia 23.

Simão Bolivar, de origem brasileira, escolheu Portugal para viver e encantar, com a sua obra, pequenos e graúdos. “Simão feito à mão” é a assinatura deste autor em dezenas de peças feitas a partir de objetos que deixaram de ter uso como latas, cápsulas de café e até guarda-chuvas. Agora foi a vez de editar um livro que ajuda a fazer brinquedos a partir dos resíduos do dia-a-dia. http://www.simaofeitoamao.com

Diário do Alentejo 11 outubro 2013

Workshop de hip hop na Biblioteca de Odemira

À solta Doces ou travessuras? Com esta ideia fi-

camos com muitas dúvidas sobre qual escolher. Diverte-te.

isso, a partir desta semana, vais encontrar por aqui ideias assustadoras.

A páginas tantas... Na semana passada trouxemos para a tua página um outro livro da mesma editora e, por ser um projeto que está a mostrar garra, decidimos mostrar-te um novo livro também editado pela Patológico e que obedece aos mesmos critérios. Mais uma vez é o ilustrador o autor do livro. Sombras, de Marta Monteiro, mostra-nos um mundo de sombras, que têm vontade própria pois têm a tendência de revelar a personalidade dos seus donos. Um livro sem idade onde pequenos e crescidos podem explorar e olhar melhor por cima do ombro porque há sempre uma sombra à espreita.


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Letras Urbano Tavares Rodrigues: O livro aberto de uma vida ímpar. Diálogo com José Jorge Letria

Boa vida Comer Frango no forno com laranja

Toiros

Beja Brava: um êxito a repetir

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Ingredientes para 1 frango 1 frango médio, 6 dentes de alho, q.b. de sal grosso, 100 gr. de manteiga, 1 folha de louro, 1 laranja, q.b. de água, q.b. de puré de batata, 1 molho de agrião. Confeção: Compre um frango inteiro e não o parta. Depois do frango lavado por dentro e por fora esfregue-o com sal grosso e regue com o sumo de uma laranja. Deixe ficar assim, de um dia para o outro, no frigorífico. No outro dia faça uma mistura de manteiga, alho picado e louro picado. Barre o frango por dentro e por fora e leve a assar em forno médio. Vá acrescentando um pouco de água, durante a cozedura, para fazer o molho. Acompanhe com puré de batata e salada de agrião. E bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

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ecorreu durante o passado fim de semana a segunda edição da Beja Brava, inserida no vasto programa Experiências a Sul. O primeiro dia contou, na parte tauromáquica, com a apresentação dos jovens António e Francisco Núncio, com os forcados de Évora e Beja e a Academia de Toureio do Campo Pequeno, com Diogo Peseiro, Sérgio Nunes e Martinho Núncio e os bandarilheiros de turno João Boieiro, João José e Américo Manadas, frente a reses de António Madeira. Todos os pactuantes demonstraram pormenores de elevado interesse, deixando antever que a nova geração (bisnetos do Califa de Alcácer) aí está a despontar para levar por diante o nome grande da tauromaquia – Núncio. Forcadagem com raça e muita juventude, extensível também aos jovens do Campo Pequeno que mostram evolução e que a sua rodagem por Espanha lhe tem sido muito favorável. No interior do pavilhão, as exposições de várias atividades tauromáquicas a despertar o interesse dos aficionados, complementadas com um colóquio de balanço de temporada onde foram oradores Santos Andrade, Agostinho Borges e Miguel Matias. O moderador de serviço foi Nelson Lampreia. À noite, em ambiente tertuliano e bastante intimista, procedeu-se à entrega dos troféus do Forcado Amador, onde Vítor Besugo, Florindo Piteira, Nelson Lampreia, Pedro Batalha, António Santos, Rui Ventura e Jorge Sampaio têm desenvolvido um trabalho notável. Noite de fados com Edgar Baleizão na viola e vozes, guitarra por António Rui e os fadistas Alfredo Guaparrão e João Nobre.

No sábado, logo bem cedo no tentadeiro, assistiu-se ao treino dos forcados de Arronches e Cascais, com os seus “infantis” a mostrar que o grupo tem futura assegurado, e a demonstração da Escola de Toureio de Alter, onde os pupilos de “Parrita” mostraram evolução, e mais rodados os alunos da escola da Moita, orientados pelo mestre “Procuna”. Foi ainda lidada uma rês pelo cavaleiro Francisco Correia Lopes. Pela tarde realizou-se o Festival Taurino da Cercibeja, com um lucro para a instituição de cerca de 12 000 euros, e onde o jovem Joaquim Brito Paes se apresentou pela primeira vez em praça, local de muitas efemérides para esta família. No último dia realizou-se a prova morfológica de cavalos de toureio, com oito cavalos a concurso, e o treino dos grupos de forcados de São Manços, Moura e Póvoa de São Miguel, onde se pode assistir a pegas de costas, na cadeira, sortes de gaiola e casa da guarda. A tarde terminou com um bem disposto e animado colóquio, onde o maestro José Trincheira, Carlos Grave e João Patinhas contaram histórias por si vividas, com o professor Marco Gomes a moderar. Esta edição terminou com o Círculo Taurino do Alentejo a homenagear o maestro José Trincheira, e a entregar os seus troféus 2012 à ganadaria Brito Paes, à Cercibeja e à Camara Municipal de Beja, pelo contributo que têm dado à festa brava! Assim, depois do êxito desta edição da Beja Brava, só nos resta esperar, e fazer votos, para que em 2014, ou 2015, a sua terceira edição seja uma realidade. Vítor Morais Besugo

oi através da língua portuguesa, e no cenário sem par do Alentejo, que me procurei e me descobri e, muito jovem, ainda adolescente, nasci escritor [...]”. Assim abre o livro, que faz a inscrição de uma conversa entre dois homens, dois amigos, de espírito fino: Urbano Tavares Rodrigues e José Jorge Letria. Motivo: a vida de Urbano, claro. O levantamento do testemunho da vida do escritor, a quem Letria escreveu “uma carta de afeto”, que é também uma carta de memórias da vida urbana durante a ditadura, “do tempo em que os jornais falavam, apesar de não os deixarem falar”, partilhada com Assis Pacheco, Raul Rêgo e Artur Portela, “cronicando a magia de um quotidiano em que a única magia que havia era um novelo de afeto dentro das palavras?”. É o retrato da generosidade, paixão e entrega com que Urbano se fez grande. Nessa grandeza cabe, também, a amplitude do Alentejo e das memórias de infância, num monte perto de Moura, onde, entre brincadeiras com o irmão Miguel, ganhou também consciência das desigualdades sociais que para sempre determinaram as suas opções políticas. A conversa, de amigos, franca, é ilustrada pelas fotografias de família cedidas para o efeito pela filha de Urbano, Isabel Fraga. O livro, esse, abre “o fio da memória”, uma coleção conjunta, da Guerra&Paz com a SPA, que nas próximas edições convoca Eduardo Lourenço e Cruzeiro Seixas. Maria do Carmo Piçarra

Guerra&Paz 128 págs. 13,99 euros


Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com

Balança

Características dos nativos de (24 de setembro a 23 de outubro) “Regido por Vénus, o planeta do Amor, e Saturno, o Senhor do Destino, os nativos deste signo são sensíveis, delicados e dotados de um refinado sentido estético. O projeto da sua alma é a harmonia nas relações humanas. Na sua eterna busca pelo equilíbrio no mundo, oscila entre os extremos do seu interior”.

Previsões – Semana de 11 a 17 de outubro

Filatelia Arpca de Almada

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Secção Filatélica da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Almada (Arpca) vai realizar, de 19 a 27 deste mês, mais uma exposição de filatelia e de outros produtos de colecionismo. O certame insere-se nas comemorações dos 500 anos do foral de Almada, que lhe foi atribuído pelo rei D. Manuel I em 1513 e, simultaneamente, assinala a passagem do 40.º aniversário da elevação da vila de Almada a cidade (1973). A sua inauguração terá lugar às 16 horas do dia 19, seguindo-se uma oferta de lembranças aos expositores e convidados presentes. É também a esta hora que é inaugurado o posto de correio para aposição do carimbo comemorativo do evento. A secção filatélica também procedeu à emissão de um selo personalizado. O selo reproduz o frontispício do documento, já meio-milenar, assinado por D. Manuel I e a legenda Município de Almada, enquanto o carimbo nos mostra o monarca ladeado pelas legendas 500 Anos do Foral Manuelino/40 Anos de Cidade. Para aposição do selo e do carimbo a Arpca editou um sobrescrito ilustrado, que disponibilizará a todos os interessados. De filatelia estarão em exposição 28 coleções, uma das quais é da própria Arpca, seis de cinco dos seus associados e as restantes de filatelistas convidados. De destacar a forte representação da classe “juventude” que participa com oito coleções, de outros tantos jovens filatelistas e que ocupam 18 dos 85 quadros expositores. Na “saudação” aos visitantes, inserta no catálogo, há uma chamada de atenção para “um projeto de filatelia para invisuais, itinerante no Brasil, e intitulado ‘Os Selos e os Sentidos’, tendo como intenção integrar os invisuais no colecionismo filatélico” e incentivar os filatelistas a desenvolverem outras coleções nesta área. Este projeto é da responsabilidade PUB

de Sérgio Marques Silva (Brasil). Quanto aos outros produtos expostos, eles são muito variáveis; vejamo-los: “Aniversário da Mariazinha”, “Lisboa no princípio do século XX” e “Curiosidades sobre os descobrimentos”; “Postais de Fardas Militares”, “Filumenismo” e “Medalhística”; “Rótulos de garrafas”; “Notas de Países de Expressão Portuguesa”; “Tartarugas”; “Budas” e “Chávenas com Brasões”. A exposição decorre no centro da cidade, na Oficina da Cultura da Câmara Municipal de Almada, sita na avenida D. Nuno Álvares Pereira, n.º 14-M, e poderá ser visitada no sábado, das 16 às 22 horas. No domingo e restantes dias poderá ser visitada das 14 às 22 horas, porém, encerrará diariamente durante a hora do jantar, das 19 às 20 horas. Ao Luís Santos e restantes membros diretivos damos os parabéns por mais esta iniciativa em prol do colecionismo em geral e da filatelia em particular.

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Carneiro – (21/3 - 20/4) Nesta altura estará a sua criatividade em grande evidência. No aspeto profissional esteja atento às fidelidades, não permita que lhe arrebatem a inspiração e se apropriem das suas ideias. Não autorize intromissões nas suas decisões, concentre-se nos compromissos que tem e apoie quem esteve sempre do seu lado. Faça mudanças nos ambientes em que passa mais tempo.

Balança – (24/9 – 23/10) Sugestões delicadas poderão não bastar para colocar certas pessoas no devido lugar. Seja direto, sem qualquer tipo de rodeios, ao alertar para a necessidade de cada um assumir dignamente as suas responsabilidades. Os assuntos pessoais e os sonhos românticos constituem parte importante do seu espaço vital secreto. Não partilhe esta intimidade com quem não se sente confortável, mantenha este segredo consigo.

h Touro – (21/4 – 21/5) Profissionalmente assegure-se de que age no tempo certo e defina, sem contemplações, abertamente, e com transparência, as suas regras. Com os desenvolvimentos previstos para o aspeto afetivo, acabará por ficar sem tempo para os amigos, que terão dificuldade em compreender a situação. Tire todo o partido de um namoro intenso e não se deixe comover por falsas questões.

i Gémeos – (22/5 – 21/6) O ambiente familiar estará tranquilo e acolhedor. No aspeto afetivo, para aproveitar uma oportunidade de ouro que esta fase proporciona e em que pode apostar, desprenda-se de sentimentos negativos e empregue todas as diligências neste objetivo. Poderá apostar numa renovação pessoal. Procure ambientes animados e divertidos para se divertir.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Ao estabelecer parcerias de caráter profissional e financeiro ou ao assinar contratos, e antes de se comprometer, assegure-se das compatibilidades entre ambas as partes. Não descure tarefas e necessidades domésticas inadiáveis e não permita que os outros aspetos da sua vida bloqueiem ou adormeçam. Necessitará de mudar a sua atitude face aos relacionamentos afetivos.

CFP realiza mais uma exposição intersócios A

7.ª edição do Troféu Comendador Dias Ferreira, uma organização, anual, do Clube Filatélico de Portugal, vai ter lugar de 19 a 26 deste mês na Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Esta é uma exposição intersócios, em que todos os visitantes são chamados a pontuar, por ordem decrescente, as oito coleções de que mais gostam. Porém, para esta edição, o CFP também nomeou três jurados, que farão a avaliação, em termos filatélicos, das coleções. Todas as participações pertencem obrigatoriamente à classe “Um quadro”. O evento fica assinalado com a emissão de um selo personalizado e de um carimbo comemorativo que será usado no dia 26. Geada de Sousa

k Leão – (23/7 – 23/8) Verifique minuciosamente todos os documentos escritos com que se ocupa. Os riscos de mal-entendidos são grandes. Seja cuidadoso, reflita antes de se expressar e não tome nada como garantido. Para manter o ânimo e o ritmo, não desalente e aproveite a pressão. Uma transformação interior em curso trará tranquilidade. Desenvolva atividades que lhe deem autoconfiança.

l Virgem – (24/8 – 23/9) As influências desta fase auspiciam rendimentos profícuos no aspeto profissional. As dúvidas que tem sobre o seu relacionamento amoroso terão tendência a aprofundar-se e a comprometer seriamente a sua autoconfiança. Não incorra neste equívoco. Para ser bemsucedido empenhe-se em investir pensamentos e energia positivos em tudo o que fizer. Desenvolva a atividade social, não decline convites e celebre a vida.

b Escorpião – (24/10 – 22/11) Para conseguir gerir na perfeição o aumento de trabalho, não se deixe envolver pela pressão. Conseguirá melhores resultados, sem excesso de fadiga, se optar por começar cedo e prescindir de acabar mais tarde. Não se surpreenda se, nesta fase, alguns aspetos da sua vida amorosa começarem a melhorar enquanto que outros poderão estagnar. Alguma tensão surgirá perante decisões difíceis e tenderá para uma postura de evasão ou retiro, o que não será a melhor solução.

c Sagitário – (23/11 – 21/12) Enquanto à sua volta outros se mantêm em ritmo de grande pressão, embebidos de interesse, preferirá parar e repousar. Consequência de falta de motivação e interesse profissional. O lugar em que vive é constituído pelo seu espaço e pelos espaços que partilha com vizinhos, com quem deverá esforçar-se por estabelecer melhores relacionamentos. Está em fase de facilmente seduzir quem deseja.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Porque a sua carreira está em franco progresso, não espere que a conta bancária siga o mesmo ritmo. Este processo leva tempo, contenha-se nos gastos. Não se prenda a dúvidas ou hesitações quando se tratar da sua vida amorosa. Oportunidades tão preciosas como as que tem agora em mãos não aparecem frequentemente.

e Aquário – (21/1 – 19/2) O seu trabalho será apreciado e não lhe faltarão propostas de promoção. Inteligente e brilhante, saberá manejar os negócios e orientar os investimentos. Fisicamente, também não se enferrujará; voltará a frequentar o ginásio e adotará uma alimentação mais racional. E ao cultivar a beleza e a elegância, abrirá as portas do sucesso social.

f Peixes – (20/2 – 20/3) Enquanto à sua volta todos parecem em tempo de repouso, tem a agenda repleta de compromissos de grande responsabilidade. Mantenha-se na liderança, encare o desafio e assegure-se de que distribui tarefas de acordo com as capacidades de cada membro da equipa. Em termos pessoais, defenda a sua relação com sabedoria e sem conflitos de enredos intriguistas e malintencionados.

Diário do Alentejo 11 outubro 2013

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Artes expõe no Cineteatro de Serpa

“A Artes em Serpa” é o nome da exposição que vai ser inaugurada amanhã, sábado, pelas 16 horas, no cineteatro municipal da Cidade Branca, numa organização da Associação Cultural do Seixal (Artes), uma associação de artistas plásticos daquele concelho que acaba de comemorar o seu 24.º aniversário. A Artes “tem como sócios artistas reconhecidos no País e no estrangeiro, mas

Fim de semana Hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas

Rodrigo Leão no Pax Julia

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Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, recebe hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, o músico e compositor Rodrigo Leão, fundador dos Sétima Legião e dos Madredeus. A primeira parte do concerto será baseada no espetáculo de título genérico “Bandas sonoras”, em que Rodrigo Leão transporta para o palco “a magia particular do grande ecrã”. A segunda parte será dedicada ao seu repertório em português cantado por Celina da Piedade e Catarina Wallenstein. O músico tem reforçado, recentemente, a escrita de música para cinema, tendo assinado a banda sonora dos filmes “A Gaiola Dourada”, realizada pelo luso-descendente Rúben Alves, e um grande sucesso de bilheteiras, e “The Butler” (“O mordomo”), uma produção norte-americana com Forest Whitaker e Oprah Winfrey, ainda por estrear. Só este ano, Rodrigo Leão já contabiliza quatro diferentes trabalhos musicais para cinema. Entre a sua extensa obra a solo, destacam-se títulos como “Ave mundi liminar” (1993), “Alma mater” (2000), “Pasión” (2001), “Cinema” (2004), “A Mãe” (2009) e “A montanha mágica” (2011). “Songs” é o seu mais recente trabalho.

Artista plástico Carlos António expõe “Quietude” em Aljustrel

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A exposição “Quietude”, do artista plástico alentejano Carlos António, pode ser apreciada a partir de hoje, sexta-feira, e até 2 de novembro, nas Oficinas de Formação e Animação Cultural de Aljustrel. A inauguração da exposição está marcada para as 18 horas de hoje e inclui uma conversa com o artista e dinamizada por Rui Pereira da Galeria dos Escudeiros de Beja. Natural de Aljustrel, Carlos António, coordenador do Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel, está representado em Portugal e no estrangeiro e as suas obras estão em coleções particulares nos Estados Unidos, Bélgica, França, Inglaterra, Canadá e Austrália. Segundo a Câmara de Aljustrel, desde que expôs pela primeira vez, aos 26 anos, na sua terra natal, Carlos António, galardoado com vários prémios, tem vindo a dar a conhecer as suas obras em várias exposições individuais e coletivas.

também quem agora se iniciou nas artes plásticas, e uns e outros têm exposto”, através da iniciativa da referida associação, “em diversas galerias do País e não só”. A mostra promovida pela Artes, que organiza várias atividades ao longo do ano, nomeadamente o Prémio Artes (bienal) e encontros no seu espaço sede, poderá ser visitada até ao final do mês.

Alvito recebe concerto de flauta, órgão e cravo No âmbito da segunda edição da iniciativa Música nas Igrejas – Concertos de Órgão, que decorrerá até ao dia 7 de dezembro, a igreja Matriz de Alvito acolhe amanhã, sábado, pelas 21 horas, um concerto de flauta, órgão e cravo, interpretado por António Carrilho, Rafael Reis e Patrizia Giliberti. A iniciativa resulta da parceria entre a Direção Regional de Cultura do Alentejo e a Fundação Casa de Bragança e, no caso do concelho de Alvito, conta com a colaboração da câmara e da paróquia de Nossa Senhora da Assunção.

“Os sete pecados mortais” na Vale de Açor revive Casa das Artes Mário Elias tradicional feira de outono Inaugurada na quarta-feira, continua patente ao público, na Casa das Artes Mário Elias, em Mértola, a exposição “Os sete pecados mortais”, de Adriano Guerreiro. Este projeto tem como objetivo, segundo o artista, “explorar dois media – o desenho e fotografia – sob a égide do tema ‘Os sete pecados mortais’, sendo que o desenho explora as questões relacionadas com pecados descritos na obra literária A Divina Comédia de Dante Aliguieri; e a fotografia explora questões relacionadas com os sete pecados mortais na nossa contemporaneidade”. O projeto “pretende ser um exercício visual para o espectador, levando-o, simultaneamente, desta forma, ao inevitável exercício do pensamento crítico”. Adriano Guerreiro nasceu em 1983 e vive no concelho de Mértola. Trabalhou na área da arqueologia durante uma década. Em 2013 terminou a licenciatura em Artes Plásticas e Multimédia, no Instituto Politécnico de Beja. A exposição pode ser visitada até ao dia 29 deste mês.

A Junta de Freguesia de Alcaria Ruiva, no concelho de Mértola, em parceria com a Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), promove amanhã, sábado, mais uma feira tradicional em Vale de Açor de Cima. O programa reserva, entre outras propostas, um passeio de cicloturismo pelos caminhos da freguesia, um mercado de produtos locais, o lançamento do livro Moirais do Sul, animação musical com os grupos Beira Serra, Arraianos de Vila Verde de Ficalho e Os Amigos da Figueira, ateliês, exposições, degustações e baile com o duo Nuno e Soraia.

PédeXumbo e Musibéria apresentam ensaio sobre música e dança O Centro Musibéria, em Serpa, recebe hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, com entrada gratuita, o ensaio aberto da primeira residência artística para a nova criação da Companhia Clara Andermatt – “Fica no Singelo” –, organizada pela associação PédeXumbo, em parceria com o referido centro. O projeto, adiantam os promotores, “envolve um processo aprofundado de pesquisa sobre técnicas, materiais e funções associados aos bailes populares e ao folclore, bem como a reflexão crítica sobre alguns conceitos-chave como a cultura popular e a cultura de arte, o ritual e o convencional, o rural e o urbano, o tradicional e o contemporâneo”. “Todos os interessados e curiosos poderão descobrir o resultado de uma semana de trabalho, num encontro informal que junta a música e a dança, numa relação de proximidade com os processos artísticos inerentes à criação”, concluem.


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Passeio de automóveis antigos em Beja no passado fim de semana: participantes recordaram com saudade os tempos em que não era necessário vender um rim para comprar gasolina.

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Depois de levar idosos que nunca tinham visto o mar à praia, TVI pretende oferecer viagens a idosos que nunca viram uma repartição de Finanças A intenção do Governo de fechar diversas repartições deFinanças espalhadas pelo País está a preocupar sindicatos e autarcas, mas também está a ser vista, por alguns meios de comunicação, como uma oportunidade para atrair novas audiências. De facto, depois de inúmeras reportagens em que se levaram idosos que nunca tinham visto o mar à praia, a TVI prepara-se, agora, para produzir um programa em que os idosos serão levados em viagem pelo país para efetuar um batismo de entrada numa repartição de Finanças. A nossa página falou com a dona Etelvina Linguiça, residente em Selmes, que já se pré-inscreveu no programa: “Estou entusiasmada! Já fui a Fátima, ao Gerês, à Galiza, ao México, à Austrália, ao Canadá, ao Burkina Faso, a Singapura, à Gronelândia, à Bolívia e a Barrancos, mas nunca visitei essa tal de ‘repartição de Finanças’, e estou curiosa… Como é que é? Tem rotundas? Há algum LIDL ao pé? Nem posso com tanta excitação! Diz a lenda que quem saía de lá vinha sempre mais magro, especialmente na zona da carteira. É verdade? É que a mim davame jeito emagrecer, mas era mais ao nível da celulite nos tornozelos…”.

Rui Machete pede desculpa a Angola por não gostar da novela “Windeck” A polémica em torno do pedido de desculpas de Rui Machete a Angola parece não ter fim. Já não bastava o ministro dos Negócios Estrangeiros ter pedido desculpa às autoridades angolanas pelas investigações judiciais que decorrem em Portugal contra figuras do regime angolano, descobrimos agora que também terá pedido desculpas por não gostar da novela “Windeck”, uma produção angolana que passa na RTP1 à hora de almoço e que foi nomeada para um Emmy. A “Não confirmo, nem desminto” teve acesso a uma carta que comprova isso mesmo, e que poderá ler aqui em primeira mão, graças aos esforços do nosso correspondente em Malanje.

Ratazanas do posto da GNR de Serpa começam a pagar IMI no próximo ano A Associação de Profissionais da Guarda (APG/ /GNR) alertou recentemente as autoridades competentes para o estado de degradação em que se encontra o posto da GNR de Serpa. Todavia, não é o estado das instalações em si que mais preocupa a Guarda, mas sim a infestação de ratazanas que domina o local. “Aquilo está mais apinhado do que a praia da Mina de São Domingos em agosto”, explicou-nos o cabo Estricnina. “Já fizemos de tudo: veneno, queijo chulé, equipas de gatos da Al-Qaeda, música dos Santos e Pecadores, e as sacanas nem se mexeram… A última que as maganas fizeram foi com o Antunes – ele entrou no posto com um lança-chamas e quatro delas, cada uma com o porte atlético de um Marques Mendes, pegaram nele e atiraram-no porta fora como se fosse uma saca de batatas”. Segundo apurámos, as autoridades já estarão em negociações com as ratazanas com vista a obter uma solução para este conflito: fonte segura revelou-nos que o Governo exige que as ratazanas paguem o IMI daquele espaço, mas os animais, em troca do usufruto do local, pretendem apenas tratar da burocracia do posto e fazer operações STOP nas ruas da cidade de Serpa.

Melhores cidades do mundo para perder a carteira estão no Alentejo porque são poucos os que se lembram do aspeto de uma A “Reader’s Digest” realizou um estudo de honestidade a nível mundial que consistiu em colocar uma carteira no chão para contabilizar o número de pessoas que a devolvia. Helsínquia foi considerada a cidade mais honesta, com o maior número de devoluções, todavia, fonte da “Reader’s Digest” confidenciou-nos que os resultados do estudo terão sidoalteradosàúltimahora:“NoAlentejo,esteestudofoiumsucesso…Aspessoaspassavam e pensavam que era uma mala de uma pessoa muito pequenina e devolviam. Depoiséquenosapercebemosqueelesjánãoselembravamdoaspetodeumacarteira porque toda a gente anda sem dinheiro… Descobrimos até que as carteiras dos alentejanos estavam tão vazias que até faziam eco… E como era incómodo andar com um objeto que não se utilizava, deixaram de as usar. Veja lá que quando mostrámos uma notade50eurosaumtranseunteelepensouqueeramagianegra!”.


Nº 1642 (II Série) | 11 outubro 2013

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nada mais havendo a acrescentar... Vendedores de espelhos Cada ser humano é feito de forma e conteúdo. No que respeita à forma estamos conversados, pois cada um apruma-se como quer. Assim, interessa o conteúdo, essa coisa complexa e incorpórea. Estranhamente, talvez por não refletirem, há seres humanos que procuram o perfil do seu conteúdo no espelho da casa de banho. Espelho meu, espelho meu, há alguém mais capaz do que eu? E o vidro refletor, esse aldrabão, diz-lhes que não. São eles os mais capazes. São eles os mais aptos para mudar o mundo. Não precisam de ler a realidade, porque a realidade pouco lhes importa. Renegam os grandes livros, a História, a Filosofia e toda a

tragicomédia da existência humana. Basta arregimentar três ou quatro discípulos que os bajulem – de preferência com um quociente de inteligência baixo – e ei-los que aparecem como os novos e imaculados salvadores do mundo. Não trazem em si nada que se aproveite. Nem um percurso, nem uma experiência, nem um conhecimento, nem um projeto, muito menos, para desgraça de nós todos, a noção dos seus próprios limites. Apenas um espelho onde se miram julgando que veem os apóstolos da sua doutrina a aclamá-los e a conduzi-los em ombros ao pedestal da glória. Chegamvazios.Sãosimplesvendedoresdeespelhos.Vítor Encarnação

quadro de honra

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As previsões para hoje, sexta-feira, apontam para céu limpo, com uma temperatura máxima de 28ºC. Amanhã, sábado, o céu deverá apresentar-se com períodos de muito nublado e, no domingo, pouco nublado.

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Feira de Castro a 19 e 20 de outubro

Artur Ribeiro, 45 anos A sua praia é o cinema, onde começou a carreira como argumentista e realizador, de inúmeras obras, mas hoje é uma referência no guionismo para televisão nacional. Licenciado em Argumento pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, Artur Ribeiro frequentou ainda uma escola de representação em Los Angeles, onde encenou várias peças de teatro. Trabalhando entre Lisboa e Nova Iorque, deu um salto a Portugal para a apresentação da última novela da TVI, “Belmonte”, uma história que adaptou à sua realidade alentejana.

Novela da TVI em rodagem no Alentejo

Divulgação é mais-valia para a terra

O

concelho de Estremoz serve de cenário para o desenrolar da história de cinco irmãos, filhos adotivos do patriarca alentejano Emílio Belmonte. No original colombiano a trama era outra, mas Artur Ribeiro adaptou-a para aquilo que julga ser a realidade alentejana. Sendo este um projeto de novela adaptado, a história poderia desenrolar-se num outro qualquer lugar. Porquê a escolha do Alentejo para a situar em Portugal?

O Alentejo era, por excelência, a melhor região para adaptar o universo desta novela porque é uma história muito relacionada com a vivência da terra, enquadrada visualmente pelas planícies a perder de vista, cavalos, gado, vinhas, e, na minha adaptação, outros elementos do Alentejo que me interessavam explorar narrativamente, como é o caso das pedreiras de mármore por qual tenho um fascínio desde

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que há muitos, muitos anos, visitei uma. Já tinha escrito vários projetos que envolviam uma pedreira de mármore mas este foi o primeiro concretizado. Como é que um argumentista se prepara para escrever uma história que reflita, de alguma forma, a idiossincrasia dos naturais da região?

Vou buscar à minha experiência de vida e passagens pelo Alentejo, fui aos sítios e falei com pessoas e investiguei outros factos e assuntos pela Internet e outras publicações, mas, ao mesmo tempo, considero importante que, apesar de a telenovela poder ilustrar essas características da região, o importante é que a história seja universal e não seja apenas limitada ao cenário em que decorre. Esta não é a primeira vez que o Alentejo ser ve de cenário para uma telenovela. O que é que fica para as terras depois dos ato res e dos técnicos partirem? A

população local reage bem ao “circo” da produção?

Estou convicto que a reação é excelente e depois fica sempre uma divulgação e mais-valia para a região que é para ser lembrada como o cenário da novela. Tem alguma ligação pessoal ao Alentejo?

Sou um apreciador da região e dos seus produtos, mas não tenho família ou qualquer outra relação mais particular com o Alentejo. Mas uma das coisas que me inspira para ser autor é precisamente descobrir novos sítios ou novas pessoas através desta ligação ficcional com a realidade. O meu primeiro filme foi feito nos Açores, onde passei vários meses e, apesar de não ter lá voltado, passei a ter uma relação “pessoal” com a ilha de São Miguel. Depois desta novela considero que ficarei com outra relação pessoal com o Alentejo e Estremoz em particular. Aníbal Fernandes

A secular Feira de Castro está de regresso no fim de semana de 19 e 20. Durante dois dias a feira “mantém vivos alguns elos com o passado, como a venda de produtos do pequeno comércio e da indústria familiar, mantas de lã, queijos e frutos secos, artefactos da latoaria, quinquilharias e loiças de barro, alfaias agrícolas e mobiliário rústico”, apesar de, com o passar dos tempos, se ter moldado também “às exigências do presente e aos ditames da modernidade, tanto no comércio como na indústria do lazer e do divertimento”. Paralelamente será dinamizado um conjunto de iniciativas que têm como referência “valorizar a tradição e o património cultural da região” através da participação dos grupos corais em mais uma Planície a Cantar ou da viola campaniça no Encontro de Tocadores de Viola Campaniça e Cantadores de Despique e Baldão, entre outras.

Arruaça promove mercado de outono A Arruaça Associação Juvenil promove amanhã, sábado, entre as 8 e as 17 horas, no largo do Museu Regional de Beja, mais uma edição do mercado livre de outono. Roupa, calçado, livros, artesanato, decoração, CD e produtos biológicos são alguns dos artigos que estarão disponíveis para venda ou troca.

Disco de estreia de Cândido Cano O fadista e cantor do Grupo Coral de Baleizão Cândido Cano apresenta amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, na Sociedade Filarmónica 24 de Outubro, o seu disco de estreia “9 fados e 1 a capella”. O fadista nascido em Baleizão mostra um disco de 10 fados tradicionais, acompanhado por Rogério Mestre na guitarra portuguesa e por Carlos Franco na viola. Este trabalho contou com a produção de Paulo Ribeiro, que também assina a música do tema “Fado rossio” incluído no disco, a partir de um poema de Francisco Miguel e que foi gravado nos estúdios Oficina do Som, em Aljustrel. A apresentação contará com a presença dos fadistas convidados Sandra Reis, António Cláudio e Manuel Bartolomeu.


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