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José Barriga B
carta na pág. 15
DR
Apo o dedo Aponta aos responsáveis pela derrota do PS
Ex-secretário de Estado da Saúde contra privatização de hospitais
Falta de médico na administração da Ulsba é caso de “saúde pública” FIGURA ARTÍSTICA DE DAVID AGUILAR
entrevista nas págs. 4/5 e noticiário nas págs. 6/7
Astrofísico de Serpa descobre novos mundos
Jovens dinamizam economia de Ourique Nove jovens licenciados em diferentes áreas estão a desenvolver, até setembro de 2014, projetos para valorizar os recursos endógenos e as atividades socioeconómicas de Ourique. A iniciativa leva o nome de “Ourique +” e é inspirada no Projeto Querença, implementado em 2011 no Algarve. págs. 12/13
Segundo o astrofísico Pedro Figueira, lá para 2016 saberemos se estamos ou não sozinhos no universo. Para já, o que este cientista de 30 anos, natural de Serpa, nos pode oferecer é a descoberta de um planeta extrassolar, escaldante, com composição, massa e densidade idênticas às da Terra: o Kepler – 78b. Um passo de gigante na busca de planetas em “zonas habitáveis”. pág. 8
Observar os pássaros promove o turismo Chama-se birdwatching e é uma prática com cada vez mais adeptos por esse mundo fora. Do litoral a Barrancos, passando por Castro Verde ou Beringel, são vários os locais da região para a prática do turismo ornitológico. E já há muita gente que os descobriu. págs. 16/17
JOSÉ SERRANO
SEXTA-FEIRA, 8 NOVEMBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1646 (II Série) | Preço: € 0,90
Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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Editorial Balsemão Paulo Barriga
Vice-versa “Os responsáveis distritais do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) mentiram para influenciar as eleições autárquicas ao afirmarem que tinham interposto uma providência cautelar contra a autarquia a propósito da lei das 40 horas de trabalho. Exige-se a abertura de inquérito para apurar responsabilidades”. Vereadores do PS, em comunicado enviado
F
rancisco Pinto Balsemão deu uma entrevista ao “Diário do Sul” onde fala dos 40 anos do “Expresso” e dos caminhos que a imprensa tem que desbravar nos tempos futuros. A coisa não está fácil, diz ele. E nós bem o sabemos. O futuro dos jornais passa pelas multiplataformas, acredita ele. E nós concordamos. O jornalismo de hoje é melhor do que o de ontem, sublinha ele. E nós temos as nossas dúvidas. A crise está a levar a perdas gravosas na publicidade, toca-lhe a ele. E também nos toca a nós. O jornalismo de proximidade é importantíssimo para a fixação das identidades regionais, teoriza ele. E nós disso fazemos prova. O jornalismo é importante para a desenvoltura da democracia e da liberdade de expressão e da pluralidade de opiniões, reconhece ele. E nós não tiramos nem pomos. O jornalismo deve ser profissional e deontologicamente irrepreensível, aconselha ele. E nós também. Mas que jornalismo é este tão auspicioso de que fala o patrão do maior grupo de comunicação do País, o Impresa, que nós temos dificuldade em encontrá-lo nas televisões, nas rádios, nos jornais, nas revistas do próprio? É o jornalismo da miragem, num País perdido no meio do deserto, sem uma pinga de água no cantil, à beira da desidratação e do consequente desfalecimento. O que Balsemão não disse e é importante dizer sobre o jornalismo é o seguinte: não se faz bom jornalismo com redações reduzidas ao mínimo, desprovidas de jornalistas seniores, animadas por estagiários a recibo verde e na dependência da direção comercial. E, para mal dos nossos pecados, é isto que hoje acontece nos 40 anos do “Expresso” e em toda e qualquer idade dos órgãos de comunicação social portugueses. Os jornalistas experimentados estão hoje, em geral, no desemprego ou a mendigar colaborações “à peça” e são uns chatos que as administrações não costumam gostar de aturar. São rigorosos no relacionamento com as fontes, criteriosos na redação, são opinativos na forma de lidar com os patrões, não gostam de almoçar com assessores de imprensa, nem fazem grande esforço para ter políticos, empresários ou advogados manhosos como amigos. Excluindo estes pequenos pormenores, só podemos concordar com Pinto Balsemão em metade daquilo que ele diz: “Hoje temos mais e melhor jornalismo”. Mais? Sim, pois claro! Melhor?
“Foi feita naquela altura uma intimação conjunta a 32 câmaras, que no distrito abrangeu as de Beja e Mértola. Vão continuar a ser interpostas providências cautelares, em todas as autarquias que decidirem passar para o horário das 40 horas, com o argumento de que o valor hora diminui. No caso de Beja isso também vai acontecer”. Vasco Santana, in “Voz da Planície”
Fotonotícia
Halloween Pois é. Se, nos dias de hoje, fizéssemos o inquérito que costuma vir aqui em baixo a crianças até aos 12 anos e se lhes perguntássemos qual a época do ano que mais as anima (o Natal não vale), as respostas não teriam muito que enganar: o Halloween. O dia das bruxas que os americanos inventaram para trocar doces por sustos e que, mesmo em cidades longe dos grandes centros, como Beja, tem tanta ou mais expressão do que aquela que, em tempos, tiveram as festas das Maias, as arruadas dos Reis ou o próprio Carnaval. Sinais dos tempos? Claro que sim! Sinais dos tempos em que as culturas locais, especialmente as fracamente defendidas, estão a ser deglotidas sem piedade pela cultura de massas. Pela cultura das massas. PB Foto de Nicola Di Nunzio
Voz do povo Comemora o São Martinho? (segunda-feira, 11 de novembro)
Joel Gillier 50 anos, comerciante
Margarida Aires 10 anos, estudante
Maria do Carmo 67 anos, reformada
Comemorei muitos anos. Fazia um fogo para assar as castanhas, e procurava, nas redondezas de onde vivia, um vinho novo para provar. É uma tradição interessante, que serve de pretexto para um convívio entre os amigos. Há já alguns anos que não o faço. A vida agora não nos permite a mesma facilidade de estarmos juntos.
Costumamos comemorar. Eu, os meus colegas e os professores. Na minha escola. Nesta altura oferecem-nos castanhas. Que são assadas lá num casão. Em panelas próprias. Depois são embrulhadas num cartuchinho de papel de jornal. Comemo-las enquanto damos um passeio pela vila. Que é Beringel.
Já comemorei, e se tiver oportunidade vou continuar a fazê-lo. Sou emigrante nos Estados Unidos e não venho cá muitas vezes. Não estou, por isso, familiarizada com o ambiente de Beja. Mas se encontrar duas ou três amigas do meu tempo de antigamente, eu vou para a farra. Beber uns copinhos e comer umas castanhas. No dia de São Martinho vai à adega e prova o vinho.
Inquérito de José Serrano
Raquel Banha 22 anos, estudante de enfermagem
Temos esse hábito. Reunimo-nos na casa dos meus avós para lanchar e estarmos em família. Fazemos castanhas assadas e cozidas, batata-doce assada, torradas com mel e doces com os frutos secos da época. Nozes e amêndoas. Quando tínhamos lareira assávamos as castanhas num tarro de barro. Agora é no forno. Com sal.
Rede social
Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 30 BEJA DETIDO SUSPEITO DE TRÁFICO DE DROGA O Comando Distrital de Beja da PSP deteve um indivíduo do sexo masculino, português e com 29 anos de idade, por suspeita de tráfico de produto estupefaciente. Da ação, desenvolvida no âmbito de uma operação de combate ao tráfico de estupefacientes na cidade de Beja, levada a cabo pela Esquadra de Investigação Criminal, resultou a apreensão de 170 doses de haxixe, 135 doses de liamba e 214 euros em notas e moedas do Banco Central Europeu. O detido foi presente a tribunal, no Tribunal Judicial de Beja.
QUINTA-FEIRA, DIA 31 BEJA HOMEM MORRE EM ACIDENTE DE TRABALHO Morreu um homem de 30 anos, vítima de acidente de trabalho, num monte perto de Beja, segundo informações do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS). De acordo com a mesma fonte, o acidente de trabalho terá ocorrido quando o homem, condutor de um camião, procedia a manobras para descarregar maquinaria. O acidente ocorreu no Monte do Mexão, na freguesia de Quintos, concelho de Beja, tendo o alerta sido dado às 17 e 11 horas. A ocorrência do acidente foi comunicada à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
SEGUNDA-FEIRA, DIA 4 BEJA PROGRAMA “RADIOGRAFIAS” ESTREIA-SE NA VOZ DA PLANÍCIE O programa “Radiografias” fez a sua emissão de estreia na rádio Voz da Planície, como parte integrante de um projeto homónimo promovido pela Rota do Guadiana, com a colaboração de outras duas associações de desenvolvimento local, a Esdime e a Terras Dentro. “Radiografias – Conhecer, Capacitar e Empreender no Baixo Alentejo” abraça o desafio de identificar as lacunas e as potencialidades do território, tendo em vista a meta de “envolver os atores locais e regionais, estimular parcerias e a cooperação interinstitucional e inter-regional” e “difundir conhecimento e boas práticas”.
QUARTA-FEIRA, DIA 6 BEJA E OURIQUE AÇÕES PARA PÔR O ALENTEJO A EXPORTAR MAIS O Núcleo Empresarial da Região de Beja (Nerbe/ Aebal) levou a cabo, em Beja e Ourique, os workshops “Alentejo 2015 Exportar +”. As ações inserem-se no projeto com a mesma denominação, desenvolvido pelo Nerbe/Aebal e pelos seus congéneres de Évora (NERE) e de Portalegre (Nerpor), que visa “aumentar o número de empresas exportadoras e o volume de negócios internacional da região Alentejo”. Com este projeto, o Nerbe pretende “elaborar um diagnóstico empresarial do potencial exportador do território e identificar quatro fileiras de negócio que serão trabalhadas”, tendo em vista a internacionalização.
QUINTA-FEIRA, DIA 7 BEJA INDEPENDENTES PROMOVEM TRIBUNA SOBRE SAÚDE O movimento independente Por Beja com Todos promoveu uma tribuna aberta sobre o tema “Que saúde queremos para Beja?”. O debate, que teve lugar na Biblioteca de Beja, teve como convidados os médicos João Lemos, especialista em Medicina Geral e Familiar, e Munhoz Frade, ex-diretor clínico do Hospital José Joaquim Fernandes, Beja. A tribuna aberta pretendeu, segundo o movimento, “criar um espaço de debate”, numa altura em que cresce a preocupação face a “algumas medidas que estão a ser tomadas e que poderão ter consequências graves nos serviços que são prestados à nossa população”.
3 perguntas a Teodorico Lopes
Comandante da Base Aérea n.º 11 de Beja (BA11)
Como encara a sua recente nomeação para o cargo de comandante da BA11?
Vida e pensamento de Álvaro Cunhal em Grândola Grândola inaugurou na sexta-feira, 1, uma exposição comemorativa do centenário do nascimento do líder histórico do PCP. Oportunidade única para as novas gerações conhecerem as várias dimensões que tornaram Cunhal inesquecível: humana, política, intelectual e artística.
Encaro-a com serenidade pois o comando de uma base aérea é um marco importantíssimo na carreira de um oficial piloto aviador, facto que me enche de orgulho e sentido de responsabilidade. Comandar tem tanto de aliciante como de difícil e o período atual requer uma gestão criteriosa e rigorosa dos diferentes recursos. Enquanto comandante e líder de todos os militares e civis desta unidade, trabalharemos com lealdade e abnegação, para cumprir de forma segura e eficaz a missão que nos está confiada. Em busca da Rota do Mármore em Trigaches Quais são as prioridades para este mandato?
A atividade da BA11 é um exercício de gestão operacional complexo mas estimulante onde à diversidade de aeronaves e missões acresce a variedade de meios e sistemas que é forçoso aprontar diariamente. A Força Aérea em geral, e esta unidade base em particular, vivem tempos de mudança e de adaptação a novas realidades, pelo que imperativos de otimização, modernização, racionalização, fazer mais e melhor com menos recursos, estão na ordem do dia. Quero contudo realçar que a minha principal prioridade serão as pessoas, pois acredito e defendo serem os valores e virtudes militares e a qualidade da relação entre as pessoas que determinam o sucesso da nossa instituição. Assim, procurarei ser justo e imparcial na administração da justiça, quer na vertente disciplinar, quer no reconhecimento daqueles que se destacam pelo seu exemplo, independentemente da atividade desenvolvida ou categoria a que pertençam.
Eis os aventureiros que se atreveram a este percurso de 12, 3 quilómetros, em busca da Rota do Mármore, na zona de Trigaches. Em mais uma edição dos Passeios na Natureza, que teve lugar no último sábado, com organização da Câmara de Beja.
IPBeja distinguido pelos Prémios Vida Rural O projeto distinguido, na categoria Investigação, foi desenvolvido no âmbito do doutoramento da aluna Ana Rita Prazeres, que estudou a produção de tomate “enriquecido nutricionalmente por reutilização de águas residuais tratadas provenientes de queijarias”.
Qual é a importância atual da BA11 no panorama nacional?
A BA11, pelo conjunto de missões atribuídas, com envolventes que vão das tarefas de carácter estritamente militar, em ambiente nacional e internacional, às de apoio público direto, até à plena integração na comunidade envolvente, constitui um excelente exemplo da relevância da Força Aérea no contexto estratégico da defesa nacional, da nossa política externa e do interesse público. No âmbito interno, a BA11 garante, com a Esquadra 103, a formação de pilotos para ingressar nas esquadras de caça e de instrução; com a Esquadra 552, a formação de pilotos de helicóptero destinados à Força Aérea e à Marinha; com a Esquadra 601, a vigilância e o patrulhamento do espaço interterritorial português, na salvaguarda do interesse nacional e no apoio a operações de fiscalização e neutralização de actividades ilícitas e ainda a ações de busca e salvamento a longa distância. No âmbito externo, têm igualmente vindo a ser cumpridas missões de grande relevo para a segurança coletiva, com a contínua participação da Esquadra 601 em operações NATO e da União Europeia. Pelas suas dimensões e características, a BA11 é um destino desejado para a realização de exercícios onde é habitual a presença de destacamentos de unidades aéreas e forças terrestres, quer nacionais quer estrangeiras. Realço ainda o excelente relacionamento com o Terminal Civil de Beja onde coexistimos em clima de cooperação e diálogo, em áreas adjacentes, procurando utilizar sinergias existentes. Nélia Pedrosa
Município de Ourique preocupado com o ambiente Já começaram a ser instalados, no Centro Escolar de Ourique, os painéis fotovoltaicos que vão permitir o funcionamento de um sistema de minigeração de produção de eletricidade. Objetivos: melhor ambiente, menos custos.
Filmes de animação na Festa do Cinema Francês A 14.ª Festa do Cinema Francês chegou ao fim e deixou em Beja boas recordações. Como a exibição de “Kirikou et la Sorciere”, um filme de animação sobre um menino que já falava quando ainda estava na barriga da mãe. Que, pelo que se vê, deixou hipnotizado este grupo de alunos.
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Chega-se ao paradoxo de hoje, em alguns sítios, ser mais barato o cidadão ir ao médico privado do que ir a umas urgências hospitalares. Isto é inaceitável e há aqui de facto este preconceito ideológico de retirar pessoas do público para passar as pessoas para o privado.
Tema de capa
Óscar Gaspar fala em “falta de transparência” na passagem de hospitais públicos para as misericórdias
Falta de um médico na administração da Ulsba é “uma questão de saúde pública” Óscar Gaspar, secretário de Estado da Saúde no governo de José Sócrates, afirma que a falta de um clínico na composição do conselho de administração da Ulsba é “uma questão de saúde pública”. O antigo governante socialista acusa mesmo esta administração de estar a funcionar em “condições irregulares” e que, se acontecer algum problema de saúde,, “alguém vai ter de se responsabilizar sabilizar muito seriamente”. Gaspar esteve em Beja esta segunda-feira numa conferência ncia sobre o Orçamento do Estado e aproveitou oveitou para sublinhar que o corte das verbas rbas na rúbrica da saúde são um “erro” e um “retrocesso civilizacional”. O dirigente socialista alista spacriticou ainda a “falta de transparência” nas políticas de saúdee do nte atual Governo, nomeadamente em no que diz respeito à passagem de hospitais públicos para a m esfera das misericórdias. Um processo enredado em “preconceito ideológico”, acusa. Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano PUB
O ministro da saúde foi o primeiro a ir ao Parlamento explicar os cortes no Orçamento do Estado para o setor...
E o debate trouxe logo uma novidade: O primeiro-ministro disse que por ele não havia entrega de hospitais a privados, quando no guião da reforma do Estado apresentado por Paulo Portas, está lá exatamente a entrega de hospitais a privados... Já lá iremos. Como encara este corte na saúde de quase quatro por cento em relação a 2013?
Encaro com estranheza e com preocupação. Estranheza, porque o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse variadas vezes ao longo dos últimos meses que não haveria mais cortes na saúde e, portanto, aquilo que estaríamos à espera era que não houvesse, de facto, mais cortes nesta área. Mesmo na carta que o primeiro-ministro enviou para Bruxelas, a 4 de maio, onde se compromete com mais uma série de cortes, o corte que qu lá está para a saúde não tem na nada a ver com este que está previsto previs no Orçamento do Estado. Então, o q que o preocupa neste orçamento para a saúde?
Todos os pportugueses compreenderão que q é exatamente em momentos de maior crise que são mais nnecessários os serviços públicos, públic a começar pela saúde. Mas Ma o que constatamos é que há uma degradação dos serviços públicos na área da saúde, a começar pelos centros de saúde, mas também pelos hospitais h e pelas unidades de cuidados continuad nuados. O que é um erro. O Governo G tem usado o cha chavão de que reformar não é cortar, mas toda a pr prática política vai exatam tamente ao contrário e o que notamos é que há cortes indiscriminad nados, nomeadamente onde eles não deveriam existir existir. Estamos muito preocupad ocupados, por exemplo, com as más notícias que surgem
sobre o racionamento de medicamentos e de dispositivos médicos sem nenhum tipo de justificação clínica, apenas com o objetivo de cortar despesa. Em que medida esses cortes podem afetar hospitais regionais, como é o caso do de Beja?
Aquilo que está a acontecer é um corte no funcionamento dos hospitais. Estamos muito preocupados. Um exemplo: o Governo falou da passagem de alguns hospitais que são públicos, que são do Serviço Nacional de Saúde (SNS), para as misericórdias. Mas a primeira imposição colocada vai no sentido de haver um corte de 25 por cento no orçamento destes hospitais. Isto é inaceitável, porque é um corte cego, sem ter outro objetivo que não a parte financeira. E em relação aos hospitais que ficam no SNS?
Em relação aos hospitais aquilo que nós sentimos ao falar com os administradores hospitalares e com os cidadãos em geral é que se até agora houve uma redução no acesso à saúde, a questão vai piorar. Quando falamos de uma redução de acesso falamos, por exemplo, no grande corte que houve em relação ao transporte de doentes para os hospitais. Todos conhecemos casos em que as pessoas deixam de ir às consultas externas, deixam mesmo de ir às urgências, porque não têm dinheiro para pagar o transporte. Isto é um retrocesso civilizacional. Fiquei
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muito surpreendido quando o primeiro-ministro, no debate do Orçamento do Estado, disse que, apesar dos cortes, iremos ter um aumento da produção. Como assim?
Não sei em que base é que o primeiro-ministro diz isto. Há uma redução das consultas de cuidados de saúde primários nos centros de saúde, há uma quebra enorme e muito preocupante, por exemplo, nos transplantes, há problemas com as colheitas de sangue, e, sistematicamente, em todos os inquéritos que se fazem à população, as pessoas dizem que estão hoje com mais dificuldade de aceder à saúde. Uma questão muito concreta: o memorando da troika diz que as taxas moderadoras deveriam ser ajustadas conforme a inf lação. E o que fez o Governo? Mais do que duplicou o valor das taxas moderadoras. Chega-se ao paradoxo de hoje, em alguns sítios, ser mais barato o cidadão ir ao médico privado do que ir a umas urgências hospitalares. Isto é inaceitável e há aqui de facto este preconceito ideológico de retirar pessoas do público para passar as pessoas para o privado. Voltando um pouco atrás: é também um “preconceito ideológico” esta questão da passagem de alguns hospitais para os privados, nomeadamente para as misericórdias, como é o caso do Hospital de São Paulo, em Serpa?
O Governo, nos últimos dois anos e meio, não se tem pautado por critérios de transparência. Isto é muito claro neste processo. Para haver um processo de transferência da propriedade do Estado para as misericórdias deve perceber-se exatamente o que é que está em causa. O hospital fica ou não no Serviço Nacional de Saúde, embora sendo propriedade privada? Nós achamos que deve ficar. O PUB
hospital mantém as mesmas valências, mantém as especialidades? O que é que acontece às pessoas, estejam elas com contrato individual de trabalho ou com contrato de função pública? Mantêm-se nessas circunstâncias ou passam para o contrato privado por estarem a trabalhar para o privado? Que tipo de contratualização é feito? É uma contratualização por baixo, ou seja, obrigando a reduzir a despesa do Estado, obrigando a uma redução de cuidados médicos? Ou os hospitais continuam a produzir de acordo com aquilo que é previsto? Estas são algumas questões que não foram ainda minimamente explicadas. Mas, em outubro, o Governo fez publicar legislação sobre o assunto...
O diploma que o Governo aprovou em agosto, e que saiu agora no passado mês de outubro, em nada esclarece. Ou seja, falta transparência, falta aqui um caderno de encargos para que nós todos, enquanto cidadãos e utentes beneficiários desses hospitais, saibamos com o que poderemos contar no futuro. Há bem pouco tempo, a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) anunciou o encerramento de 24 camas no Hospital de Beja. Que comentário lhe merece este tipo de cortes em equipamentos hospitalares fora dos grandes centros?
Permita-me enquadrar a questão. O Governo terá encomendado e terá em seu poder uma carta da reforma hospitalar. Desconhecemos o que diz esse documento, mas está na posse do ministro. Será sempre um erro considerar da mesma forma hospitais do Porto, de Lisboa ou de Coimbra e hospitais em Beja, Évora ou Portimão. Estamos a falar de realidades completamente distintas. As pessoas, em Beja, estão mais distantes de um
hospital central e, portanto, tem de ter mais cuidados de proximidade. O que acontece, no caso concreto do encerramento de camas, é que não vemos qualquer tipo de justificação em termos de critérios assistenciais ou de cuidados médicos. Portanto, só temos de fazer a crítica ao facto de se encerrarem camas por se encerrarem camas. Que comentário lhe merece o facto da Ulsba, contrariamente ao que a lei obriga, ter apenas um médico no seu conselho de administração? É caso para dizer que esta administração está ilegal?
A situação é preocupante e temnos levado a questionar o funcionamento da administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo. Como é sabido, há posições públicas do Partido Socialista e também formais do deputado Pita Ameixa nesse sentido. E as respostas que são conhecidas da parte da administração da Ulsba não são esclarecedoras nem conclusivas. Por algum motivo a lei das unidades locais de saúde implica que haja dois médicos no conselho de administração. Um médico deve ficar afeto à parte dos cuidados de saúde primários, outro médico deve acompanhar a parte hospitalar. Neste caso, não havendo esses dois médicos, eu considero que o conselho de administração está em condições irregulares. Os atos da administração são válidos ou são nulos?
Obviamente que essa questão jurídica se coloca. Mas a minha principal preocupação está na questão da prestação de cuidados de saúde. Os médicos que estão no conselho de administração não são vogais quaisquer, digamos assim, têm competências específicas de acompanhamento de coordenação dos clínicos em cada uma das áreas da Ulsba. Logo, por faltar um médico, obviamente, que há uma
O que acontece, no caso concreto do encerramento de camas, é que não vemos qualquer tipo de justificação em termos de critérios assistenciais ou de cuidados médicos. Neste caso, não havendo esses dois médicos, eu considero que o conselho de administração [da Ulsba] está em condições irregulares. Não estamos a falar de uma mera questão administrativa ou sequer jurídica, estamos a falar de uma questão de saúde pública.
parte da Ulsba que não está a ser devidamente acompanhada. O que levanta aqui uma questão de saúde pública, pelo facto de não haver os dois médicos previstos na lei. A Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS) diz que o conselho de administração não necessita que todos os cargos estejam preenchidos...
Não encontro nenhum motivo para o Governo não nomear as cinco pessoas para a Ulsba. A verdade é que o diploma das unidades locais de saúde diz que há um presidente e quatro vogais, entre os quais dois médicos e um enfermeiro. Não havendo os dois médicos, não consigo perceber como é que funciona com regularidade este conselho de administração. E isso pode levar ao que dizia o deputado Pita Ameixa? Todos os atos de gestão praticados desde que o conselho de administração está incompleto podem ser considerados nulos?
Não sou jurista e não queria por a questão no âmbito jurídico propriamente dito. Aquilo que é muito claro é que o conselho de administração está constituído de forma irregular e funciona de forma irregular. E não colhe de forma nenhuma aquela teoria da ARS, de que uma coisa são os titulares, outra coisa são as nomeações para os lugares. A questão que falta explicar é por que falta uma pessoa no conselho de administração, nomeadamente um clínico. É muito complicado falar destas matérias, mas se houver um problema de saúde numa área que neste momento não está a ser acompanhada por falta de diretor clínico no conselho de administração da Ulsba, alguém vai ter que se responsabilizar muito seriamente. Não estamos a falar de uma mera questão administrativa ou sequer jurídica, estamos a falar de uma questão de saúde pública.
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Não é admissível que com a quantidade de psiquiatras que há em Portugal, com a quantidade de psiquiatras que há em Lisboa, não haja dois psiquiatras que possam prestar serviço à população do Baixo Alentejo e tirar partido das boas infraestruturas que, neste momento, o Hospital de Beja tem”. Paulo Macedo, ministro da Saúde
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Ulsba sem resposta interna para utentes de cardiologia
Ministro promete psiquiatras para Beja Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2014, na Assembleia da República, o ministro da Saúde garantiu a colocação de psiquiatras em Beja, já em 2014. Durante o mesmo debate, questionado pelo deputado do PCP João Ramos, o secretário de Estado Adjunto respondeu que o Hospital de Beja continuará a prestar cuidados oncológicos, pondo de lado a hipótese de uma “centralização” em Évora deste tipo de tratamentos. Já em cardiologia a incapacidade do hospital é admitida pela administração. Texto Aníbal Fernandes e Paulo Barriga
Paulo Macedo e João Ramos Ministro e deputado estiverem frente a frente na AR
“N
de cardiologia e gastroentrelogia, mas ficou sem resposta.
ão é admissível que com a quantidade de psiquiatras que há em Portugal, com a quantidade de psiquiatras que há em Lisboa, não haja dois psiquiatras que possam prestar serviço à população do Baixo Alentejo e tirar partido das boas infraestruturas que, neste momento, o Hospital de Beja tem”. Foi desta forma que o ministro da Saúde Paulo Macedo respondeu à questão levantada por João Ramos, deputado do PCP, eleito por Beja, durante a discussão na especialidade do OE para 2014. Numa nota distribuída à imprensa, o PCP classifica de “curiosa” tal consideração vinda de “quem tem responsabilidades políticas na matéria há mais de dois anos”, mas salienta que o governante assumiu, como promessa, que “no ano de 2014 a solução será encontrada e serão colocados clínicos necessários à resolução do problema”. Quanto à eventual intenção de centralizar os tratamentos de oncologia em Évora, o secretário de Estado Adjunto afirmou que tal não irá acontecer e que o Hospital de Beja continuará a prestar esses cuidados. No entanto, algumas questões ficaram por responder, nomeadamente sobre a redução de camas que, no entender do deputado do PCP, podem pôr em causa “a idoneidade para formação dos internos” e dificultar a eventual fixação de especialistas médicos. João Ramos questionou ainda o ministro acerca de problemas nos serviços
Utente protesta na rádio Esta semana
ficou marcada por um protesto de um utente do serviço de cardiologia do Hospital José Joaquim Fernandes aos microfones da Rádio Voz da Planície. António Nascimento disse à estação bejense que em 2013 ainda não foi visto por qualquer especialista e que a consulta que estava marcada para agosto passado foi primeiro adiada para setembro, e depois para agosto do próximo ano. O utente mostra-se preocupado com a manifesta dificuldade em aceder aos cuidados de saúde e apela a uma tomada de posição das “forças vivas” da região sobre o estado da saúde. Já antes, o “Diário do Alentejo” tinha questionado a administração do hospital acerca de uma eventual “desqualificação” dos serviços de cardiologia e de AVC, no entanto, na resposta, a Ulsba, embora confirmando “uma reorganização dos serviços hospitalares” determinada pelo Ministério da Saúde, nega “qualquer tipo de desqualificação de qualquer serviço do hospital”. “Os pressupostos desta reorganização são a garantia de qualidade e a segurança de prestação dos cuidados de saúde aos utentes”, garante ainda o conselho de administração da Ulsba. Referindo-se, em concreto, à cardiologia, a administração garante “a manutenção da qualidade do seu desempenho e da capacidade assistencial”, dizendo que os doentes que necessitem
de exames nesta área, “e não sendo possível, em tempo útil, realizá-los em Beja”, a Ulsba garantirá que os mesmo “sejam prestados, mesmo que para tal se tenha que recorrer a serviços públicos ou privados fora do distrito” com o transporte a ser suportado pela instituição. Há doentes de cardiologia que neste momento estão a ser encaminhados para o Hospital do Espírito Santo, em Évora “Na verdade, à data presente, a Ulsba, EPE não consegue dar resposta internamente às necessidades de exames de cardiologia”, mas procura que, “sempre que possível, estes sejam realizados em entidades mais perto da residência dos doentes”, garante em comunicado. O “DA” questionou ainda o conselho de administração da Ulsba acerca de uma eventual redistribuição das camas agora destinadas a doentes vítimas de AVC, pelos serviços de neurologia, pneumologia e hematologia, mas não obtivemos qualquer esclarecimento sobre esse assunto. Governo recapitaliza hospitais Ainda durante a discussão do orçamento da saúde para 2014, foi anunciado pelo ministro Paulo Macedo uma recapitalização dos hospitais e um perdão dos juros das dívidas. Na última edição do “DA”, o conselho de administração da Ulsba deu conta que “brevemente” o Ministério da Saúde iria proceder a um pagamento para regularizar as dívidas, antecipando o anunciado pelo ministro.
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A propósito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala no próximo dia 14 de novembro, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), através do Grupo de Gestão Integrada da Diabetes, está a promover uma programação comemorativa que tem como lema “A Diabetes e a Arte”. Neste âmbito, encontra-se patente, na Biblioteca Municipal de Beja, até ao próximo dia 13, uma exposição de pintura e de outros trabalhos dos utentes diabéticos dos concelhos da área de influência da Ulsba. A mostra percorrerá depois todos os concelhos da área de influência da unidade local de saúde.
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Unidade Local de Saúde comemora Dia Mundial da Diabetes
Ulsba sem regulamento interno ARS defende legalidade na atual composição da administração
Continua a faltar um médico na administração da Ulsba
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Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo considera que “não tem qualquer substrato legal” a questão colocada ao ministro da Saúde pelo deputado Luís Pita Ameixa, no passado dia 11 de setembro, sobre a legalidade da composição do conselho de administração (CA) da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba). Na pergunta, o deputado do PS eleito por Beja alude ao facto de não haver na Ulsba um diretor clínico em exercício integrando o CA da instituição, tal como exige a lei. Segundo o artigo 6.º, n.º 2 e 3 do anexo, “os membros do conselho de administração são nomeados por despacho conjunto dos ministros das Finanças e da Saúde de entre individualidades de reconhecido mérito e perfil adequado, sendo, pelo menos, dois deles médicos, um da especialidade de medicina geral e familiar e outro de uma especialidade hospitalar, e um enfermeiro e aos médicos referidos no número anterior compete a direção clínica da ULS e ao enfermeiro a respetiva direção de enfermagem”.
No entanto, na resposta enviada ao “Diário do Alentejo”, a ARS do Alentejo diz que “sem prejuízo de oportunamente se concluir a nomeação do elemento em falta, o conselho de administração, para que exista e para que possa deliberar, não necessita que todos os cargos estejam preenchidos, tal como, para tomar decisões, não necessita que estejam todos os titulares dos cargos presentes nas reuniões”. A qualidade do quórum Não é esse o entendimento de Pita Ameixa que, na sua leitura, considera “o conceito de quórum dificultado” pelo facto de este “não depender apenas do número dos seus membros, mas também da qualidade” dos mesmos. Óscar Gaspar, ex-secretário de Estado da Saúde, vai um pouco mais longe e considera que a falta de um médico na administração da Ulsba é “uma questão de saúde pública” (ver entrevista nas páginas anteriores). Também João Ramos, deputado do PCP eleito por Beja, vê o assunto “com
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Telefone: 284 323 104
preocupação” se este cenário configurar “uma limitação à capacidade de atuação da unidade local” nos cuidados de saúde prestados à população. Leitura diferente tem a ARS do Alentejo que, “no caso em concreto”, defende que “o órgão só desrespeitaria as regras da sua composição se viesse a ser nomeado um quinto elemento sem que este fosse um médico de uma especialidade hospitalar”, reafirmando não “assistir qualquer fundamento de facto ou direito que sustente a opinião técnica que sobressai da questão levantada. O conselho de administração da Ulsba, EPE, respeita as regras da sua composição, não resultando daí qualquer motivo concreto para que se considere ilegal ou irregular uma decisão proferida pelo órgão executivo”. Já Pita Ameixa não tem tantas certezas em relação a este enquadramento jurídico, achando que “quem se considere prejudicado” por algum ato de gestão, poderá ter sustentação legal para “protestar na justiça”.
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inco anos depois da publicação do decreto-lei que instituiu a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, em setembro de 2008, esta entidade ainda não tem o regulamento interno que é exigido pelo art.º 19 da mesma lei. O atual conselho de administração revelou que o documento “foi enviado ao tempo para a Administração Regional de Saúde do Alentejo, IP, que o devolveu à Ulsba já em 2012, sem ter sido homologado, para apreciação e aperfeiçoamento já que, entretanto, tinha iniciado funções um novo conselho de administração”. Segundo o CA da Ulsba explicou ao “Diário do Alentejo”, “o atual órgão de gestão entendeu melhorar o texto inicial aproveitando para introduzir alterações decorrentes de modificações que tem vindo a levar a efeito na orgânica da Ulsba”, encontrando-se “em fase final de revisão”. Segundo o decreto-lei 183/2008, publicado a 4 de setembro, o regulamento interno deveria ser “elaborado e submetido a homologação do Ministério da Saúde no prazo de 120 dias a contar da data de sua entrada em vigor”, o que aconteceu a 1 de outubro desse mesmo ano.
FIGURA ARTÍSTICA DE DAVID AGUILAR
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Entre estrelas e planetas Com apenas 30 anos, o serpense Pedro Figueira tem no seu currículo uma licenciatura em Física, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e um doutoramento no Observatório de Genebra, Suíça, assim como outras descobertas além do Kepler78b. É, desde 2010, bolseiro de pós-doutoramento no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), e foi jáá como investigador do rutural CAUP que publicou, no ano passado, na revista “Astronomy & Astrophysics”, um artigo que confirma o modelo estrutural do sistema solar, com os planetas orbitando o Sol todos no mesmo plano.
Atual Astrofísico de Serpa na equipa internacional que descobriu o Kepler – 78b
Estaremos ou não sozinhos? Lá para 2016, talvez saibamos se, afinal, estamos ou não sozinhos no universo. O primeiro passo foi dado com a descoberta do Kepler – 78b, um planeta extrassolar escaldante mas com composição, massa e densidade idênticas às da Terra, em que participou o astrofísico português Pedro Figueira. Jovem, com apenas 30 anos, e alentejano, de Serpa. Uma investigação que prosseguirá com a busca de “planetas com massa semelhante à da Terra”, mas em órbitas que os colocam na chamada “zona habitável” de estrelas do tipo do Sol. Ou seja, onde poderá haver vida. Texto Carla Ferreira
É
natural de Serpa o único português que integra a equipa internacional de astrónomos que acaba de divulgar a descoberta do Kepler-78b, o primeiro exoplaneta com composição, massa e densidade idênticas às da Terra. Pedro Figueira, de 30 anos, é investigador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP). O estudo foi publicado no último dia 31, na revista “Nature”, e dá conta da existência de um planeta “quase gémeo da Terra”. “Este planeta é, para nós, o resultado de um trabalho constante e progressivo a nível de recolha e análise de dados. É o reconhecimento de um longo trabalho que conseguiu chegar ao público em geral, o que o torna ainda mais querido”, explicou o astrofísico alentejano em declarações ao “Diário do Alentejo”. Pedro Figueira adiantou também que, “apesar de existirem vários planetas com pequenas massas ou raio, este é o primeiro em que, sendo medidas as duas grandezas em simultâneo, se revela como tendo uma densidade semelhante à da Terra”, tratando-se, portanto, de “um passo firme na direção da descoberta de um planeta gémeo do nosso”. Para chegar às conclusões agora divulgadas, os investigadores combinaram os registos de observação do telescópio espacial Kepler (NASA) – cuja missão é a de detetar exoplanetas (planetas extrassolares) – com os do espectrógrafo Harps-N, instalado no telescópio Galileo, em La Palma, nas Canárias. “Os métodos de trabalho que foram usados foram o método das velocidades radiais e o método dos trânsitos. O primeiro permite medir a dimensão do planeta e o segundo a sua massa. A confirmação da natureza do planeta foi dada pelo método das velocidades radiais, pois foi através dele que, medindo a sua massa, se concluiu que não poderia ser nenhum outro objeto”, especificou Pedro Figueira. Entre o Kepler-78b e a Terra as semelhanças estabelecem-se ao nível da massa, raio e densidade. “Através da densidade (média) podemos inferir a composição do planeta e este planeta, por ser tão semelhante à Terra em
densidade, deve ter uma composição semelhante, e por tanto predominantemente rochosa. Os modelos de estrutura planetária mais recentes sugerem que pelo menos 40 por cento deste planeta deve ser constituído por rochas”, prossegue Pedro Figueira, notando que a “grande diferença” entre ambos está ao nível da órbita, “que coloca o pla neta muito perto da estrela”: “Tal faz com que uma órbita seja completada em pouco mais de oito horas e meia, quando no nosso planeta tal movimento de translação é feito em um ano”. Ao contrário da Terra, o Kepler-78b não parece ser, portanto, um planeta habitável, uma vez que a “proximidade da estrela torna a superfície demasiado quente [entre os 1800 e os 3300 graus] para que a água se mantenha no estado líquido”. A descoberta deste planeta esca ldante é, para já, um primeiro resultado de uma investigação que prosseguirá em torno dos planetas extrassolares e, em particular, dos que estão no interior da chamada “zona habitável da sua estrela”, ou seja, cuja temperatura à superfície permita que a água se mantenha no estado líquido, gerando as condições necessárias ao aparecimento de vida, tal como nós a conhecemos. No Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, onde Pedro Figueira é bolseiro de pós-doutoramento, desde 2010, integrando a equipa que estuda a origem e evolução de estrelas e planetas, trabalha-se de momento na construção do Espresso, um espectrógrafo que permitirá detetar planetas pelo método das velocidades radiais, determinando a sua massa. A grande vantagem deste instrumento relativamente aos que se conhecem, conclui o cientista, “é que foi otimizado para detetar planetas com massa semelhante à da Terra em órbitas que colocam os planetas na zona habitável de estrelas do tipo do Sol”. Os primeiros dados são aguardados lá para 2016. Aí saberemos se nós, terráqueos, estamos ou não afinal sozinhos.
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Pax Julia esgotado para receber Ana Moura
A fadista Ana Moura vai atuar, a 30 deste mês, em Beja, num concerto agendado para o Pax Julia Teatro M Municipal e que já se encontra esgotado, divulgou a câmara municipal. Segundo o município, os bilhetes para este espetáculo foram colocados à venda a 15 de outubro, mas “e apenas dois dias”. Todos os interessados “deverão ficar atentos à possibilidade de esgotaram “em desistência d das reservas a partir das 10 horas do dia 29 de novembro”, aconselhou a autarquia. Neste concer concerto, organizado pela câmara e cofinanciado por fundos comunitários e pela Rede ARTE SUL, a fadista vai apresentar o seu quinto álbum de originais, intitulado “Desfado”.
São Martinho em Mértola O antigo salão dos bombeiros, em Mértola, recebe, na próxima segunda-feira, 11, um magusto através do qual se pretende “manter a tradição de celebrar o São Martinho”. O convívio é promovido pela Câmara Municipal de Mértola, que oferece a castanha assada, ficando os restantes petiscos – caldo verde, chouriça assada e água-pé – a cargo do Centro de Apoio Social (CAS). A animação musical cabe ao grupo Terra Bela.
Abate ilegal de eucaliptos junto à praia da Tapada Grande O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (Sepna) da GNR, através do Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Almodôvar, concluiu pela ilegalidade do abate de eucaliptos e da abertura de acesso rodoviário levados a cabo, pela Câmara de Mértola, no início de outubro, na zona de proteção da albufeira da Tapada Grande, junto à Mina de São Domingos. A ocorrência foi então denunciada publicamente pelo coordenador do Centro de Estudos da Mina de São Domingos, Luís Baltasar, que acusou a autarquia de ter abatido ilegalmente “cerca de duas dezenas de eucaliptos” na referida praia fluvial. A Câmara de Mértola, por seu turno, defendeu-se argumentando ter “autoridade para abater árvores na zona, desde que seja necessário” e confirmando o abate de “quatro eucaliptos pequenos, porque estavam doentes”. Chamada ao local, o Núcleo de Proteção Ambiental da GNR, segundo se pode ler numa informação assinada pelo diretor do Sepna, Jorge da Silva Oliveira, verificou “efetivamente o corte de eucaliptos junto a uma linha de água, sem o devido licenciamento”, e elaborou “um auto de notícia por contraordenação”, remetido posteriormente à Agência Portuguesa do Ambiente – Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, “para instrução do processo e aplicação da respetiva coima”. A mesma equipa, como se dá conta noutra informação, respeitante à abertura de acesso viário na zona reservada da albufeira da Tapada Grande, verificou “efetivamente a abertura de novas vias de comunicação em área protegida”, tendo elaborado outro auto de notícia por contraordenação, por seu turno enviado para a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar e do Ordenamento do Território. Em declarações ao “Diário do Alentejo”, Luís Baltasar, do Centro de Estudos da Mina de São Domingos, considera que “independentemente da PUB
aplicação da coima, e do seu valor, que muito provavelmente será paga com o dinheiro dos contribuintes, ficou provada a ilegalidade” que, acrescenta, “deverá ter como consequência prática e imediata, para além dos danos com impacto direto na qualidade ambiental da albufeira, a perda da muito aclamada Bandeira Azul, a única atribuída a uma zona balnear interior em todo o Alentejo, com todos os impactos negativos para o turismo local e regional que tal pode significar”.
Aniversário do IPBeja O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) comemorou na terça-feira, 5, o seu 34.º aniversário, dando também, na mesma ocasião, “início solene ao ano letivo” de 2013/14. Vito Carioca, presidente do IPBeja, afirmou, na ocasião, que “o IPBeja quer todos empenhados no desenvolvimento do Alentejo”, até porque, “a todos cabe a responsabilidade de promover o desenvolvimento harmonioso do território”. Vito Carioca acredita ainda que “este é um dos momentos mais exigentes pelo qual o IPBeja passou, com impactos diretos em toda a comunidade académica” e garantiu que o IPBeja “está fortemente empenhado em encontrar soluções sociais que garantam um apoio acrescido”. Durante a ocasião foi ainda revelado que o IPBeja submeteu a acreditação dois novos cursos de licenciatura: Desenvolvimento e Empreendedorismo Social e Tecnologias Digitais Aplicadas.
Empresas de Ferreira com responsabilidade social Foi criado, em Ferreira do Alentejo, o Programa Local de Responsabilidade Social, que reúne diversas empresas do concelho. Com esta iniciativa, referem os responsáveis, pretende-se “criar novos mecanismos que garantam maior envolvimento do tecido
empresarial na promoção de práticas de responsabilidade social e de projetos de apoio à inclusão social dos públicos mais desfavorecidos”. O programa prevê “a concessão de financiamentos a projetos sociais, desenvolvidos por organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, legalmente constituídas e registadas, com atividade permanente no concelho de Ferreira do Alentejo”, sendo considerados prioritários os de pequena dimensão. O limite de financiamento por projeto é até 15 mil euros e as primeiras candidaturas foram já recebidas.
Costa Salema na EDIA O engenheiro agrónomo José Pedro da Costa Salema vai ser o novo presidente da EDIA, a empresa gestora do Alqueva, sucedendo a João Basto, que pediu a demissão por razões pessoais, revelou à Lusa fonte do Ministério da Agricultura. José Pedro da Costa Salema, de 40 anos, é licenciado em Engenharia Agronómica, pelo Instituto Superior de Agronomia, e mestre em Gestão de Empresas, pela Universidade Católica, possuindo “uma vasta experiência na área de consultoria e gestão de projetos agrícolas”, revelou o ministério.
Novo executivo de Almodôvar quer “reforçar apoios sociais” A Câmara de Almodôvar quer “reforçar os apoios sociais” que presta a carenciados, sobretudo através do Cartão Almodôvar Solidário, disse na segunda-feira, 4, à Lusa António Bota, que, nas últimas autárquicas, conquistou o município que o PS tinha perdido para o PSD há 12 anos”. Queremos que as pessoas com mais carências sociais vejam a câmara como uma entidade que as ajuda”, frisou, referindo que a autarquia vai passar a comparticipar a totalidade dos medicamentos comprados pelos titulares do cartão, aumentando a comparticipação de 45 para 100 por cento.
I Festival de Jazz de Beja arranca já na terça-feira A cantora norte-americana Dianne Reeves e os músicos portugueses António Pinho Vargas e Mário Laginha marcam o cartaz do primeiro Festival de Jazz de Beja, que arranca já na próxima terça-feira, dia 12, no Pax Julia Teatro Municipal, prologando-se até dia 16. Para além dos concertos, com início agendado para as 21 e 30 horas, o programa inclui workshops, conferências e palestras dedicadas ao jazz. A conferência “(Con)vivências”, com o crítico e divulgador de jazz em Portugal, José Duarte, dá início ao festival, na noite do dia 12. Segue-se, a 13, um concerto pelo músico e compositor António Pinho Vargas. A música do JC Project, com João Capinha (saxofone/ /flauta), Paulo Santo (vibrafone), Sérgio Rodrigues (contrabaixo) e Vasco Furtado (bateria), é a proposta para o dia 14, sendo que no dia seguinte subirá ao placo do Pax Julia a cantora norte-americana Dianne Reeves. O concerto de encerramento caberá ao pianista e compositor Mário Laginha, no dia 16. O programa reserva ainda a ação de formação “O jazz como facilitador de aprendizagem musicais globais”; uma palestra sobre jazz, a cargo de António Pinho Vargas; e workshops de ritmo e melodia/harmonia com os músicos da cantora Dianne Reeves e de piano com Mário Laginha.
Estrelas do chocolate vão estar em Grândola Inaugurada ontem, no parque de feiras e exposições local, a Feira de Chocolate de Grândola vai prolongar-se até domingo, 10, prometendo aos visitantes a possibilidade de apreciar a produção ao vivo de peças artísticas em chocolate, e de saborear licores, espetadas de frutas com chocolate, bombons, bolos, crepes, chocolates artesanais e muitas outras tentações doces.
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Ana Papa “Não existe uma oferta turística estruturada para quem visita o concelho”
Carla Bernardo “Em termos pessoais sairei [do estágio profissional] muito mais rica”
Iniciativa é inspirada no Projeto Querença, uma experiência-piloto lançada no Algarve
Jovens estagiários dinamizam economia do concelho de Ourique Nove jovens licenciados em áreas diversificadas irão desenvolver até se-
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desafio foi lançado à Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste pela Universidade do Algarve. Identificar um concelho, no âmbito do seu “território de intervenção”, onde fosse possível replicar o Projeto Querença, uma experiência-piloto lançada em 2011 com o objetivo de dinamizar o interior da região algarvia e apoiar a empregabilidade de jovens licenciados, “através da procura de soluções sustentáveis de dinamização dos recursos endógenos e a criação de oportunidades de emprego”. A escolha recaiu sobre Ourique. Pelas “características próprias do concelho, no que respeita às suas potencialidades e problemáticas existentes, próximas às trabalhadas em Querença”, explica Paula Monteiro, técnica da Esdime e responsável pela implementação do projeto Ourique +. E porque “a intervenção desenvolvida conjuntamente
tembro de 2014, no concelho de Ourique, “projetos sustentáveis, assentes numa abordagem integrada, que valoriza os recursos endógenos do concelho – património natural, edificado e cultural – e promova as atividades socioeconómicas e ambientais, contribuindo para uma dinâmica local empreendedora”. A iniciativa, denominada Ourique + e inspirada no Projeto Querença – uma experiência-piloto lançada em 2011 no Algarve –, é promovida pela Esdime e pela câmara municipal. Texto Nélia Pedrosa Fotos João Mestre
pelo município de Ourique e pela Esdime, no âmbito do Programa Contrato Local de Desenvolvimento Social, permitiu consolidar parcerias com entidades, associações e a própria comunidade local”, sendo que “foram
criadas condições e vontades para dar continuidade a alguns dos processos trabalhados – apoio associativo e a produtores locais, fomento do empreendedorismo local, introduzindo ainda outras componentes ligadas à
Equipa Estagiários têm formação em áreas diversificadas (engenharias zootécnica, do ambiente e alimentar, design, turismo, sociologia, gestão e jornalismo)
intervenção turística e à valorização de vários produtos locais, que fazem parte da própria estratégia definida pelo município no âmbito da Agenda 21 Local”, acrescenta. O projeto Ourique +, que também é promovido pela câmara e conta com o apoio da junta de freguesia, arrancou no início de outubro com nove estagiários de áreas diversificadas (engenharia zootécnica, engenharia do ambiente, engenharia alimentar, desenho e design, turismo, sociologia, gestão de empresas e jornalismo) que, durante um ano, até setembro de 2014, irão desenvolver no concelho de Ourique “projetos sustentáveis, assentes numa abordagem integrada, que valoriza os recursos endógenos do concelho – património natural, edificado e cultural – e promova as atividades socioeconómicas e ambientais, contribuindo para uma dinâmica local empreendedora”. Sete dos estagiários são oriundos do distrito de Beja, recrutados via Instituto de Emprego e Formação Profissional, e os outros dois são estrangeiros (um espanhol e outro turco), recrutados através do Serviço de Voluntariado Europeu. “Ourique tem uma estratégia bem montada relativamente ao porco de raça alentejana, mas tem também um conjunto de outras potencialidades, quer ao nível do seu património natural – é um concelho que tem serra e planície –, quer ao nível de produtos locais como o mel, o medronho, a panificação. Há aqui uma série de áreas que podem ser trabalhadas, para além de tudo o que diz respeito à oferta turística, e aí há todo um trabalho para fazer”, adianta Paula Monteiro, apontando como principais objetivos do projeto a criação de ofertas turísticas, que integrem as várias vertentes (património natural, edificado e cultural); a criação de um cabaz de produtos locais de Ourique e respetiva imagem (produtos, embalagens); apoiar a dinamização do mercado local; e prestar apoio técnico a associações locais. Existe “ainda a ideia”, em “função de todo o trabalho que venha a ser desenvolvido” até ao final do período de estágio, “poder equacionar a criação de uma estrutura, associativa ou empresarial, que, de alguma maneira, permita também que estes jovens possam criar o seu próprio posto de trabalho”, acrescenta. Neste primeiro mês de intervenção no terreno, para além “de todo o trabalho de
Ourique + dá continuidade à Agenda 21
O Marco Lobo “Ourique tem bastantes potencialidades”
perceção sobre o que é o desenvolvimento local e de apropriação da missão que foi definida, de um conjunto de documentação, nomeadamente a Agenda 21 Local, que serviu de base [ao projeto]”, a equipa tem vindo a “aprofundar o seu conhecimento sobre o território”, através da promoção de uma “série de visitas às freguesias do concelho e saídas de campo, mais concretas, para, por exemplo, identificar pontos turísticos”, esclarece a coordenadora. Os estagiários têm vindo igualmente “a conhecer alguns projetos de desenvolvimento”, promovidos pela Esdime, mas também por “outras entidades congéneres”. O balanço deste primeiro mês “é extremamente positivo”, garante Paula Monteiro: “A equipa, para além daquilo que era a missão inicial, já apresentou um conjunto de outras propostas que não estavam previstas e que estão agora a ser estudadas. Por questões que têm a ver com as condições estruturais do País acabámos por ter um conjunto de candidatos diferentes daqueles que estávamos à espera, ou seja, grande parte não é recém-licenciado. Estamos a falar de pessoas que já têm experiência de trabalho [que de momento estavam inscritas nos centros de emprego e que nunca tinham realizado um estágio profissional] e isso torna a equipa bastante mais rica e permite também enriquecer o trabalho”. O Ourique + difere do projeto-piloto da aldeia de Querença, no interior do concelho de Loulé, num outro aspeto: “Apesar de se pretender integrar os jovens o máximo possível”, os estagiários oriundos dos outros concelhos do distrito de Beja não passaram a residir em Ourique. “Houve aqui algumas adaptações que foram sendo feitas à medida da realidade. Não podíamos obrigar estes jovens a virem residir para aqui, alguns deles já têm a sua vida constituída”, justifica a responsável. A coordenadora considera ainda “bastante enriquecedor” para quem participa no projeto o facto de este permitir “que haja um envolvimento muito forte destes jovens na construção de todo o processo e das atividades que vão ser definidas ao longo do tempo”, ao contrário do que acontece com outros projetos, “que têm financiamento comunitário ou nacional”, mas “que são muito estruturados logo desde o início, com um conjunto de atividades e objetivos já bastante fechados”. “Ourique tem bastantes potencialidades” A estagiária Ana Papa, 37 anos, licenciada em PUB
Turismo, natural de Lisboa e a residir em Santana da Serra há três anos, considera o projeto “bastante interessente” pelo facto de juntar “nove pessoas de áreas completamente diferentes”, que se “podem complementar”, e de pretender “trazer mais desenvolvimento ao concelho”, que, em termos turísticos”, por exemplo, “neste momento não tem quase nada”. “Em Ourique não existe uma oferta turística estruturada para quem visita o concelho, e a ideia é exatamente fazermos isso, estruturar a oferta que existe, não só em termos do património edificado, dos alojamentos, mas também do património natural, e tentar criar uma oferta para que quem venha visitar Ourique não se sinta perdido”, esclarece a ex-guia turística e ex-colaboradora do departamento de publicidade do jornal “Diário Económico”, que chama ainda a atenção para a existência de duas barragens no concelho, com “bastante potencial”, – Santa Clara e Monte da Rocha –, “que, neste momento, não estão a ser aproveitadas em termos turísticos”.
A escolha recaiu sobre Ourique. Pelas “características próprias do concelho, no que respeita às suas potencialidades e problemáticas existentes, próximas às trabalhadas em Querença”. Para além das deslocações às freguesias e das saídas de campo, que visam aprofundar o conhecimento concelhio e elaborar diagnósticos, Ana Papa, que estava desempregada “há mais de ano e meio”, considera ainda de extrema importância estabelecer contacto com outros projetos, “com boas práticas”, “mesmo que não sejam do concelho”: “É importante vermos alguns exemplos, sabermos o que é que correu bem e o que é que correu mal, porque podemos ter uma grande ideia e depois não ser exequível ou não ser sustentável a longo prazo. E o nosso objetivo principal é que venha a ser sustentável, que não fique só no papel, mesmo que não seja feito por
nós, que seja feito por quem vier depois, ou até por nós individualmente, ou em coletivo, mais tarde, quem sabe”, diz. Depois de um ano e meio no desemprego, e de algumas experiências “em áreas bem distintas da sociologia”, a sua área de formação, a integração no projeto Ourique + surgiu na ocasião certa, afirma Carla Bernardo, 36 anos, natural de Saboia, Odemira. “Estava a terminar uma experiência como relações públicas em hotéis em Albufeira, então o estágio veio mesmo na hora h, e poder aliar isso à minha área de formação foi muito positivo”. Com larga experiência na área da formação profissional e num centro de novas oportunidades, Carla Bernardo espera sair do estágio profissional com algumas “ferramentas” que lhe possam ser úteis na criação, por exemplo, do meu próprio projeto, “que pode advir ou não do trabalho desenvolvido em Ourique”. Mas seguramente que, “em termos pessoais”, sairá “muito mais rica, pelo conhecimento de um outro território, das suas gentes, das suas potencialidades” e também pelo contacto “com colegas de diversas áreas”. Em termos de balanço deste primeiro mês, “só o facto de estar ocupada, de ter uma rotina” e de se “sentir útil já é muito importante”, realça, para além de poder aplicar os seus conhecimentos. “A sociologia é uma área transversal, assim como a gestão, a todas as outras, e creio que vai ter um papel muito importante do início ao fim do projeto”, conclui. Para Marco Lobo, 32 anos, recém-licenciado em Gestão de Empresas e com experiência na área da contabilidade, a possibilidade de desenvolver um projeto “inovador” no concelho que o viu nascer e, ao mesmo tempo, alargar “horizontes”, não “resumindo” a sua experiência “à contabilidade”, pareceu-lhe uma situação perfeita. “Este estágio, esta possibilidade, apareceu como a cereja em cima do bolo”, diz o jovem entre risos que, entre outras atividades previstas, irá “dar apoio no processo de legalização dos produtores locais e apoio técnico no sentido de eles se desenvolverem e virem a criar novos circuitos de comercialização”. “Será um pouco por aí, apesar de ainda estarmos numa fase de diagnóstico, de vermos quais as ideias que vamos implementar. Mas o que vemos, e o que falamos entre todos, é que Ourique tem bastantes potencialidades e que é preciso algum trabalho e é isso que estamos dispostos a fazer para desenvolver essas potencialidades e crescermos em conjunto”.
presidente da Câmara Municipal de Ourique, a outra entidade promotora do Ourique+, realça que os objetivos centrais do projeto assentam em conclusões da Agenda 21 Local, um trabalho realizado “com bastante sucesso” a que “era necessário dar continuidade”. O Ourique + permite “tornar viável, executar as orientações que saem da Agenda 21 Local, para continuarmos com o desenvolvimento sustentado do nosso concelho”, reforça Pedro do Carmo, destacando como bastante importante o facto de o projeto permitir “a fixação de jovens no interior”, que “é a nossa grande carência”. “Pretende-se que estes jovens encontrem uma solução para a sua vida pessoal e profissional no interior do País, nestes concelhos de baixa densidade, que vivem com todas as dificuldades, com todas as carências económicas, aplicando aquilo que sabem fazer, dando o seu contributo, o seu conhecimento universitário, profissional, a projetos que já existem no terreno, como pequenas hortas ou de transformação de produtos tradicionais, mas que não estão organizados, não têm rotulagem, em que não há possibilidade de os colocar no mercado, em que os produtores não têm conhecimentos de gestão para poderem equacionar e contabilizar os custos que têm com toda essa produção”, diz. Finda esta primeira edição do projeto Ourique + (existe a pretensão, à semelhança do Projeto Querença, de lhe dar continuidade), Pedro do Carmo espera “que tenha havido uma boa receção por parte dos principais produtores, que sintam a necessidade de recorrer a estes estagiários com conhecimento, e que alguns destes jovens se possam estabelecer por contra própria prestando esses serviços de apoio ou criando e explorando pequenas indústrias,” fixando-se assim no território. “Espero que se possa continuar com outros projetos para dar continuidade a estas traves mestras oriundas da Agenda 21 Local e que são a solução para o desenvolvimento do inteiro, que é apostar nas pequenas agroindústrias e no conhecimento adquirido ao longo dos séculos”. NP
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É sempre bom receber notícias destas: o IPBEJA foi distinguido pelos Prémios Vida Rural, na categoria de investigação, por um estudo de doutoramento da aluna Ana Rita Prazeres em torno da produção de tomate, através da reutilização de águas residuais provenientes de queijarias. Um belo contributo para a produção agrícola e para a preservação do ambiente. PB
O Poder Local Democrático é, simultaneamente, uma das maiores realizações da Constituição de 1976 e, pela prática que se foi instalando, uma das maiores frustrações para aqueles que anseiam por uma república vivida com rigor e consciência cívica. Jorge Miranda, “Público”, 4 de novembro de 2013
Opinião
Agarrados ao chão Filipe Nunes Arqueólogo
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oram 200 os despedimentos na mina de Neves-Corvo anunciados entre os trabalhadores da EPOS: o subempreiteiro desde sempre da empresa mineira Somincor/ Lunding Mining. Durante o mês de outubro o espectro do desemprego na EPOS juntou-se aos despedimentos que desde os finais do verão vinham igualmente a ocorrer na Hy-Tech Drilling, outra importante empresa a operar no couto mineiro de Castro Verde. O número deste despedimento coletivo na EPOS coincidia ironicamente com o número dos cerca de 200 trabalhadores que no final de janeiro deste ano na mina, sem pré-aviso de greve, assumiram a recusa de “descer à mina” contra os “cortes abusivos” nos seus salários. Ao invés, durante o mês de novembro, serão perto de 100 o número de que se fala em torno de novos empregos na Somincor. O feliz contraponto explica em boa medida o facto do despedimento das anteriores centenas não tenha feito ecoar pela vila o grito do mineiro em luta por entre as trovoadas de Santa Bárbara que anunciaram o outono. Mas mais do que esse posterior alivio, o facto de tal não ter sucedido, é sobretudo explicado pelo parêntesis da questão principal: quem é hoje mineiro? Esta questão remonta, na verdade, às próprias origens da mina, coincidente com a fundação da EPOS – Empresa Portuguesa de Obras Subterrâneas, S.A. – depois da Teixeira Duarte se ter associado à espanhola Obras Subterrâneas, para a construção do poço de extração de Neves-Corvo em 1981. O parêntesis da questão significa que nestes mais de 30 anos de mina, sempre houve de um lado os mineiros da Somincor e do outro lado a malta dos subempreiteiros, com a EPOS à cabeça. Nessa dualidade foi-se aprofundando um fosso entre os mineiros do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), e os muitos trabalhadores de vínculos precários e de passagem dos subempreiteiros. Apesar do STIM desde sempre ter reconhecido estes vínculos precários como um “flagelo”, a verdade é que as lutas dos primeiros não responderam em primeira instância a esse “flagelo”, isto é aos segundos. Esse separar de águas de longa data reflete-se no percurso de um sindicalismo, que reagiu sempre tardiamente à massa dos não afiliados, daqueles que a situação extrema levou a aceitar trabalhar pelo mínimo. Foi ficando evidente que o esforço e as lutas dispensadas para que todos aqueles a fazer trabalho de mineiros de forma permanente e encapotada, assumissem os devidos vínculos à empresa concessionária da mina e fossem justamente remunerados, era claramente menor ao esforço e resistências pelos direitos conquistados dos mineiros afiliados da Somincor. E claro, paralelamente, ao longo desse tempo foi ficando escandalosamente evidente (e “normal”) como os interesses governamentais nacionais e os interesses superiores da Lunding Mining, caminharam a passos largos para moldar e aplicar códigos laborais ajustados a contextos de crise, que respondem somente à manutenção dos grandes lucros da multinacional. Justificando o crescimento de Neves-Corvo pelo peso dos subempreiteiros na exploração mineira. Logo em 2010 depois das greves dos mineiros terem sido satisfeitas com a compensação do dia de Santa Bárbara e o subsídio do fundo da mina, tornou-se evidente a estratégia da mina nesse modelo assente em subempreiteiros com trabalhadores alheios a esses “ganhos” satisfatórios do sindicato. E, para logo em seguida, o código de trabalho entretanto imposto vir a aproximar, quem se achava antes a salvo, das condições cada vez piores que o pessoal dos subempreiteiros já há muito experimentava. Em 2012 já os protestos dos mineiros em greve se esfumavam- perante um clima de verdadeira chantagem da crise. Um contexto de crise que – oportunamente – dificilmente recolhe oposição à marcha da “laboração contínua” da mina (tão para trás ficara a luta de 1997…). O oásis de Neves-Corvo surge no roteiro dos salvadores da pátria.
A verdade deste Guião [para a Reforma do Estado], estranhamente elogiado pelo Presidente da República, é a de que o principal obstáculo ao futuro do País reside na continuação de um estilo de governar onde campeia o conceito medíocre, a opinião preguiçosa e a alergia ao estudo sério. Viriato Soromenho-Marque, “Diário de Notícias”, 5 de novembro de 2013
O anúncio de 130 milhões de euros, reiterado em repetidas visitas oficiais, deu conta efetivamente da aposta da Lunding Mining, com as novas frentes do Lombador e Semblana, em abrir (o que é sinónimo de esgotar) em poucos anos o que gerido daria para muitos mais. Foi nessa aposta que se deu o aumento às centenas dos precários na EPOS e outras empresas. Os despedimentos recentes não foram pois mais do que o resultado dessa estratégia e no livrar da “carne para canhão” que foi necessária à Lunding Mining para nestes últimos anos, aproveitando a alta dos metais, abrir desenfreadamente essas novas frentes. O resultado da lógica das subempreitadas para quem o trabalho deixou de ser feito de trabalhadores, para serem apelidados com ironia mórbida de colaboradores: “s. m., adj.: pessoa que trabalha com outra em iguais circunstâncias de iniciativa”. A sua dispensa não causou por isso espanto. O que não significa porém espanto nessa falta de solidariedade que radica nesse parênteses que separou à nascença, abaixo e acima da terra, trabalhadores, mineiros eles todos. Agarrados ao chão, sem força para se levantarem. Poderá para muitos ser esta uma preocupação menor, tal é a bolha em que vive Castro Verde, quando comparando o desemprego galopante na região e os cerca de 3000 trabalhadores na mina (dois terços dos quais nos subempreiteiros). Mas o horizonte dessa questão, passa pelo anuir com o males de uns, esquecendo esse dito adaptado que recordava como um dia vieram e levaram o teu vizinho que era da EPOS…e por aí adiante levaram, até que quando vieram para contigo mesmo já não havia mais ninguém para reclamar…No horizonte desta questão, dizia, está o anuir com o ganancioso desenvolvimento da lavra mineira sem controlo. No mínimo, no horizonte, está aquilo que é já hoje o maior receio de toda uma região, a relação de dependência na sobrevivência económica e social com mina, sem que se conheça qualquer plano b, c ou d.
Carlos Aleixo Luís Covas LimaBancário
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o passado 19 de outubro, tive o privilégio de recordar o menino e o homem que continua a fazer parte do leque restrito dos meus maiores amigos, apesar de já não se encontrar entre nós. Em boa hora, uns veteranos de Beja e Moura lembraram-se de evocar a memória do Carlos Aleixo, promovendo uma jornada desportiva em que se jogou hóquei em patins no Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, em Beja. A Associação de Patinagem do Alentejo fez-se representar na arbitragem pelo seu presidente, Nuno Palma Ferro. A família esteve presente e os amigos também. No ringue confraternizaram num espírito coletivo as velhas guardas das equipas de Beja (recordo o extinto Clube Desportivo de Beja nesta modalidade, recupero agora o orgulho com o Clube de Patinagem de Beja) e do Moura, equipas que o Carlos representou. Além das velhas guardas, jogou o Cárlinhos, infantil só de escalão, e sobrinho do Carlos. As características e as feições são iguais, a genialidade para a prática do hóquei a mesma. Espontâneos no drible, hábeis na desmarcação e decisivos no remate à baliza. O resultado, equilibrado por sinal, foi o que menos contou. Na retina e com pormenores de craque, ficaram os três golos que o Cárlinhos marcou. O 2.º golo é de antologia, com pormenores de fino recorte e que lhe auguram um futuro promissor nesta modalidade desportiva. As bancadas estavam compostas, a cumplicidade de todos com o momento foi sentida, e a emoção estava à flor da pele. O reconhecimento e o agradecimento a quem teve a coragem e a iniciativa de homenagear serão manifestamente poucos para tão grande e nobre ato. O Carlos que tão bem conheci foi um homem de mão cheia.
Desde a infância, passando pela adolescência e, enquanto adulto, sempre primou pela amizade com todos aqueles que o rodeavam. Homem de confiança da família, sempre defendeu e protegeu os seus. Nunca exigiu, sempre se entregou sem esperar e sem querer nada em troca. Profissionalmente foi gestor e agricultor. Lembro-me da firma Aleixo & Gonçalves, à qual a sua família, e especialmente os seus pais, tanto se dedicaram. O Carlos era impecável no trato, no contacto e na prospeção. Era, naturalmente, o sucessor. Lembro-me também das querelas da Cabeça Gorda, na altura em que a inovação era difícil, mas a gestão eficaz. Adorava viajar, conhecer novos mundos e partilhar experiências. O núcleo de amigos era vasto e a consideração que nutriam por ele não tinha limites nem fronteiras. Foi um homem do mundo. Revejo agora o tio no sobrinho, para minha alegria e satisfação. O Carlos no Cárlinhos. À família envio um beijo com dedicatória especial à senhora d.ª Nita, sua mãe que muito considero, e à irmã, advogada distinta e também minha amiga de sempre, dr.ª Lina Aleixo. Bem sei que as saudades são mais do que muitas. Ao Carlos, que não esqueço, que descanse em paz.
Estás tão bonita hoje Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia
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propósito da apresentação do mais recente livro da minha amiga Ana Paula Figueira, Sem óculos cor-derosa, que acontecerá no próximo dia 11 de novembro, dei por mim a pensar que na minha vida sempre existiram mulheres extraordinárias. Tive uma avó paterna, com belos cabelos loiros e meigos olhos azuis, que recordo com imensa saudade. Tenho uma avó materna, que é uma matriarca à antiga, com aquela força das mulheres do norte. Tenho a minha irmã, que adoro, e uma mãe com um coração do tamanho do mundo. Para as tias e primas não há palavras suficientes… Tenho ainda a sorte de ter uma mulher (tão bonita) que me dá o privilégio de partilhar com ela o dia a dia, e a nossa pequena Beatriz - a menina mais linda, meiga e inteligente que se possa imaginar. Sou, enfim, um homem feliz… entre mulheres! Mas há mais: além deste círculo familiar, sempre existiram amigas com caráter e aquela sensibilidade que a maioria dos homens não consegue alcançar, não esquecendo as colegas, inteligentes e talentosas que admiravelmente se desdobram na sua condição de mulheres, trabalhadoras e mães e que, apesar do corre-corre, continuam sempre graciosamente femininas – como conseguem? As mulheres são, afinal, qualquer coisa de tão extraordinário que nós, homens, geneticamente palermas (à exceção dos poetas), nunca conseguiremos decifrar completamente. Como poetizou José Luís Peixoto: estás tão bonita hoje. Quando digo que nasceram flores novas na terra do jardim, quero dizer que estás bonita… No dia 11 de novembro, pelas 18 e 30 horas, irei sentar-me no Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia de Beja para assistir ao lançamento de mais um livro da minha amiga Ana Paula Figueira. Desse momento farei uma homenagem a todas as mulheres, relembrando o poema: estás tão bonita hoje / os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. / estás dentro de algo que está dentro de todas as coisas, a minha voz nomeia-te para descrever a beleza. / os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. / de encontro ao silêncio, dentro do mundo, estás tão bonita é aquilo que quero dizer. E como não me apetece falar da Bárbara e do Carrilho… é só isto que quero dizer.
É natural de Serpa o único português que integra a equipa internacional de astrónomos que acaba de divulgar a descoberta do primeiro exoplaneta com composição, massa e densidade idênticas às da Terra. Chama-se PEDRO FIGUEIRA, o cientista, e Kepler-78b, o planeta gémeo. A notícia que dele, do cientista, agora aguardamos é a da descoberta de outro gémeo, mas habitável. PB
Há 50 anos O sacerdote guerrilheiro, Mark Twain e o tabaco
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o início da década de Sessenta, o “Diário do Alentejo”, então vespertino, publicava regularmente na primeira página “A graça da
tarde”. Na edição de 5 de novembro de 1963 lembrava uma afirmação atribuída a Mark Twain (1835-1910), jornalista e escritor norte-americano ainda hoje muito citado: “Perguntaram um dia a Mark Twain a que razões atribuía o facto de viver, com boa saúde, até os setenta anos. O grande humorista americano respondeu: – Atribuo a saúde que felizmente gozo a três razões que me parecem fundamentais para qualquer mortal. Ei-las: 1) Nunca fumei enquanto dormia. 2) Nunca deixei de fumar ao levantar. 3) Nunca fumei mais do que um cigarro de cada vez.” Nos dias seguintes, o jornal insistia nas graçolas sobre a idade, como esta: “Ele: – Não tenciono casar enquanto não passar dos trinta. Ela: – E eu não tenciono passar dos trinta enquanto não casar.” Ou então: “O médico escrevendo o diagnóstico de uma ‘carcaça’ muito pintada e presumida: – ‘Dores de cabeça, ataques biliosos, nevralgias na nuca…’. Que idade tem V. Ex.ª? – Eu?... Tenho 24 anos!... O médico, continuando a escrever: – ‘… perda absoluta de memória…”. Mas não havia só piadas nesse tempo de ditadura e guerra. Voltando à edição de 5 de novembro, o diário bejense abria com uma notícia sobre o “Carinhoso acolhimento à Companhia de Caçadores que ontem regressou de Angola a Beja”. Explicava que os soldados chegaram de comboio especial vindos de Lisboa, foram acolhidos pelas autoridades civis e militares e depois conduzidos em autocarros ao quartel do Regimento de Infantaria 3. Havia também uma outra informação interessante, intitulada “Um sacerdote, acusado de ter tomado parte no assalto ao quartel de Infantaria 3 de Beja, indicou como testemunha de defesa o sr. cardealpatriarca”. O texto era pouco maior do que o título: “ O rev. José da Costa Pio, prior da freguesia de Arroios, Lisboa, que está pronunciado como presumível implicado no assalto ao quartel do Regimento de Infantaria 3, de Beja, deu como testemunha de defesa o sr. D. Manuel Gonçalves Cerejeira, cardeal-patriarca de Lisboa. É seu defensor o também reverendo dr. José Teixeira.” Na “capa” dessa edição, ainda, uma entrevista a Abel Viana sobre o “fecho dos trabalhos de 1963 na NossaSenhoradaCola”eainformaçãodequeoRancho Coral da Casa do Povo de Santo Aleixo da Restauração ia “exibir-se na Radiotelevisão Portuguesa”. Carlos Lopes Pereira
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15 Nove jovens licenciados estão a desenvolver, até setembro de 2014, no concelho de Ourique, projetos sustentáveis para rentabilizar os recursos endógenos do concelho – património natural, edificado e cultural – e para promover as atividades socioeconómicas e ambientais. O projeto leva o nome de “OURIQUE +”, mas o que mais queremos é que tenham sucesso. PB
Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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Lamentável seria que o jornalismo regional, nas suas diversas modalidades, perdesse força, porque hoje, como no futuro, permanecerá insubstituível na informação de proximidade e no levantamento do debate dos problemas do pé da porta que são os primeiros em que o cidadão tropeça no dia-a-dia. Francisco Pinto Balsemão em entrevista ao “Diário do Sul”, 5 de novembro de 2013
Carta ao diretor Separar as águas José Barriga Beja
Como promotor do projeto Beja Capital há quatro anos, não posso deixar de assumir as responsabilidades da derrota eleitoral de 29/09/2013. Assumir a derrota é uma prova de respeito pela liberdade e pela democracia, atitude essa que outros não tiveram há quatro anos atrás. Naturalmente que nem tudo correu bem, no mandato anterior eu próprio fui crítico a algumas situações, assumindo publicamente a minha discórdia, sendo que fui muitas vezes mal interpretado por alguns que se aproveitaram desse facto. Vou referir sucintamente algumas das razões que considero importantes e que contribuíram para a derrota eleitoral. Pa ra começa r, um Pa r tido Comunista organizado e a investir tudo na recuperação da câmara, exercendo essa influência dentro da mesma e na Assembleia Municipal. Nunca olhando a meios para atingir os fins, e criando diariamente factos novos, sempre com o intuito de denegrir e desacreditar os eleitos socialistas, naturalmente com a ajuda da sua rádio oficial. Em segundo lugar, as dificuldades de relacionamento entre o executivo e algumas associações, das quais se destaca a ACOS, ou melhor, o seu presidente. Como todos conhecemos, quem interfere com os seus interesses pessoais transforma-se de amigo a inimigo, situação que se vem tornando normal não só no anterior mandato, como nos últimos mandatos da CDU. Só espero que, para o bem de Beja, as relações entre a ACOS e o atual executivo camarário sejam boas e duradouras. Outro exemplo é o relacionamento entre o executivo e o presidente do IPBeja. Muitas vezes as guerrilhas pessoais colocaram-se à frente dos verdadeiros interesses das instituições. Espero que a grande amizade entre os dois atuais presidentes sirva para defender e relançar a instituição, que é fundamental para a cidade. Ou será que vão tornar o IPBeja num polo da Universidade de Évora, ou mesmo deixa-lo sucumbir lentamente? Nesse caso, serão então acusados como os grandes coveiros do IPBeja. Para além de tudo isto, não quero deixar passar em claro a atitude do presidente da distrital do PSD que, de uma forma mais ou menos velada, incentivou o voto na CDU só com um único
interesse: derrotar a câmara socialista. Se essa é a sua única vitória, é muito pouco para um partido que se tarda a impor no distrito. Será com estratégias destas que o vão conseguir? Penso que este líder deve perguntar à grande maioria dos militantes se apoia a sua estratégia política. Sabemos que há sempre nas eleições locais quem defenda interesses pessoais, e dos quais destaco um entusiástico apoiante do atual executivo da CDU, o ex-governador civil, ex-presidente do Nerbe e ex-empresário. Quem sabe se não será um bom colaborador camarário na área da economia, sobretudo como interlocutor com novas empresas que se instalem na região? Como não podia deixar de referir, uma palavra ao Partido Socialista que, como já é hábito, a palavra de ordem é traição: os que estão fora do projeto votam contra. Por último, não posso deixar de mencionar o executivo camarário que nunca soube passar a mensagem, não conseguiu ultrapassar as barreiras criadas dentro da própria câmara pela oposição e sempre com grandes dificuldades em comunicar com as instituições e as associações. Em suma, não conseguiu fazer política na sua verdadeira dimensão. Embora não me mova qualquer razão de índole pessoal ou política e não pretenda ser oposição, pois não pertenço a qualquer força política, assumo uma posição de observador e fiscalizador da atividade do atual executivo, uma vez que a câmara vive de dinheiros públicos e, por muito que custe a alguns, sou um grande pagador de impostos e quero vê-los bem geridos. Prometo que nada vai ser como antes, vou estar atento e não vou permitir que utilizem os bens comuns em proveito próprio ou partidário. Naturalmente, estou
apreensivo, pois as regras e os executantes da CDU não mudaram muito, como exemplo têm a utilização dos autocarros do município em manifestações partidárias, que aconteceu após a tomada de posse do novo executivo. Manifesto a minha preocupação em relação à forma como vão ser administrados os apoios dados pelo executivo, sobretudo às rádios locais. Será que vão privilegiar a rádio Voz da Planície em relação a todos os outros meios de comunicação? Será que vão continuar a gastar dinheiro em festas e eventos como, por exemplo, no último mandato da CDU, no qual só as Festas da Cidade custaram 270 mil euros? Como é do conhecimento público e judicial, o último executivo da CDU realizou boa parte da campanha eleitoral, de todo o concelho e de outros concelhos da sua área política, utilizando as instalações e meios do município de Beja. Será que este procedimento voltará a ser seguido pelo atual executivo? Não poderia deixar de citar a atuação da Assembleia Municipal, sobretudo do seu presidente e porta-voz, visto que era uma voz tão ativa e defensora dos “interesses dos munícipes”. Será que vão manter a mesma atitude rígida e arrogante contra todas as propostas vindas do executivo? Ou mudam de estratégia, culpando a oposição na câmara ou o governo central por tudo o que de mal possa ocorrer? Também estou atento às relações entre o executivo e a ACOS, o IPBeja e o Museu Regional. Quero salientar que serei sempre uma voz bem alta contra aqueles que, por motivos exclusivamente políticos ou pessoais, exercem perseguição aos que não partilham dos mesmos ideais. Um agradecimento a todos os que estiveram envolvidos no projeto Beja Capital, sobretudo a todos aos eleitos que, mesmo não conseguindo passar a sua mensagem, fizeram um trabalho diferente e importante na organização de todos serviços municipais, que viviam uma situação de desorganização caótica. Uma equipa que conseguiu o controlo da dívida com uma gestão equilibrada, a diminuição de gastos excessivos, a execução de obras em algumas freguesias e na cidade que, apesar de alguns transtornos causados, foi uma obra fundamental e de necessidade, não uma obra de fachada. O meu obrigado em nome de todos os que reconhecem o vosso trabalho. Para finalizar, uma palavra ao atual executivo: para o bem de Beja, espero que desempenhem o vosso papel com dedicação e rigor e que continuem o que de bom foi feito nos últimos quatro anos.
16 Diário do Alentejo 8 novembro 2013
O Alentejo é uma zona privilegiada e existem variadas espécies cuja observação preferencial se faz aqui. Para além da zona do Campo Branco, entre outras, destaca-se a barragem do Pisão, as margens do Guadiana, a barragem dos Patos e a zona de Moura e Barrancos, nomeadamente na Herdade da Coitadinha”. Dinis Cortes
Reportagem
Birdwatching atrai turistas à região
O canto das aves O Alentejo tem condições excelentes para a prática do birdwatching e o
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céu pintou-se de tons cinza. A manhã acordou embrulhada e na estrada alcatroada e estreita, mas com alguns buracos, antiga estrada de Entradas, avistam-se placas indicativas para o Centro Ambiental do Vale Gonçalinho, propriedade da Liga para a Proteção da Natureza (LPN), em Castro Verde. Depois é uma estrada de terra batida que leva até ao monte, pintado de branco, imaculado como a cal que o reveste. Uma herdade no coração da planície, onde se tem vindo a implementar um programa que visa a conservação das aves estepárias na Zona de Proteção Especial (ZEP) de Castro Verde. Nada mais, nada menos, num território com cerca de 85 mil hectares. A área estepária mais representativa do País, com cerca de 60 mil hectares de pseudoestepe. É este o território conhecido como “Campo Branco”. Devido ao potencial único da avifauna da região de Castro Verde a observação de aves é cada vez mais uma realidade. E aqui também já chegou o fenómeno do birdwatching. Tanto que está a tornar-se num segmento de turismo de natureza específico e, para já, com excelentes resultados. À porta do monte está estacionada uma carrinha todo-o-terreno, devidamente identificada com as letras da LPN, e também apetrechada para a observação de aves. Lá dentro um telescópio e vários binóculos. Cátia Marques, da LPN, é a guia da visita. Pela estrada um milhafre pavoneia-se apoiado numa vedação. Um clique fotográfico, mas voa antes que a objetiva o capte. “São cada vez mais as pessoas que nos procuram para fazer turismo fotográfico de natureza. Há muita gente interessada em fotografar aves. Há quem queira só fotografar e há
turismo ornitológico ganha cada vez mais terreno e adeptos, vindos, sobretudo, do estrangeiro, mas também de Portugal. Do Campo Branco a Barrancos as aves cruzam os céus da planície e há quem passe horas e percorra grandes distâncias só para as poder observar, identificar ou fotografar. Uma visita ao canto das aves pelos campos da região. Texto Bruna Soares Fotos Dinis Cortes
quem se dedique à observação, à identificação”, avança Cátia Marques. Mas o birdwatching, embora esteja a crescer cada vez mais no País e, consequentemente na região, ainda não é um hobby tão expressivo como acontece em outros países. E não é, assim, de admirar que sejam mais os cidadãos estrangeiros que visitam a região para observar aves do que propriamente os portugueses. “Os visitantes são maioritariamente estrangeiros, sendo que a maioria são do Reino Unido e de países do norte da Europa, como a Alemanha e a Holanda”, explica Cátia Marques, enquanto avança com a carrinha pela estrada de terra batida. O orvalho salpica os campos. E o sol, esse, não sobressai entre as nuvens. Uma paragem para espreitar se alguma ave está por perto e pelos binóculos nada se avista. A carrinha segue viagem até que, quando menos se espera, duas abetardas sobrevoam a planície. Ou não fosse aqui que esta ave residente em Portugal tem o seu maior núcleo reprodutor no País. Novos disparos fotográficos para captar aquela que é a ave mais pesada da Europa e uma das maiores aves voadoras do Mundo. E
desta vez a objetiva alcançou-as. “Muitos visitantes procuram-nos para observar a abertada. É uma das aves, sem dúvida, mais procurada pelos birdwatchers”, avança Cátia Marques. Mas à planície também já chegaram os abibes, uma ave migradora invernante, que escolhe Portugal para passar o inverno, e não tarda muito até que se avistem. De topete negro e peito negro e partes inferiores brancas. “Esta é outra das aves que aqui se podem observar nesta altura”, explica a técnica da LPN. Mas qual é o perfil de um birdwatcher? “Normalmente são pessoas que têm muito tempo para observar. Há, no entanto, quem se dedique também só a esta atividade quando tem algum tempo livre, nomeadamente ao fim de semana ou durante as férias. Há também quem se dedique à fotografia de aves. Os observadores portugueses são, maioritariamente, jovens e têm interesse na área ou, inclusive, até formação. Relativamente aos observadores estrangeiros, têm idades compreendidas entre os 30 e os 70 anos. São, regra geral, pessoas com algum poder económico, que investem no seu próprio equipamento e
que viajam por diversos locais para observar”, avança Cátia Marques. Dinis Cortes, médico, dedica-se ao birdwatching e à fotografia de natureza. Reside em Beja desde a década de 80. “Desde miúdo que me habituei a sair para o campo, a dar passeios e a as aves sempre me fascinaram, prenderam-me desde o início”, explica. Foi também desde cedo que adquiriu binóculos, guias de identificação. Hoje, confessa, o material que tem é muito mais sofisticado. Tem telescópio, lentes e variado equipamento fotográfico. Sai para o campo sempre que pode, sempre que tem um tempo. Ao fim de semana. A meio da semana, sempre que consegue. Nas alturas de maior disponibilidade, todos os fins de tarde. Tantas vezes quantas possíveis. “É uma paixão”, confessa. A tal paixão que o acompanha desde criança. No Alentejo, garante, são muitos os sítios de excelência para observar e fotografar aves. “É uma zona privilegiada e existem variadas espécies cuja observação preferencial se faz no Alentejo”, diz. Para além da zona do Campo Branco, entre outras, destaca a barragem do Pisão, as margens do Guadiana, a barragem dos Patos e a zona de Moura e Barrancos, nomeadamente na Herdade da Coitadinha. Mas mais locais haveria a acrescentar, garante Dinis Cortes, que chegou a ser dirigente da Quercus a nível distrital. O médico, porém, recorda: “Temos também de fazer justiça ao ambiente urbano. Que, por vezes, é altamente acolhedor para diversas aves”. Recordando, por exemplo, as andorinhas que aqui nidificam. Num dia de passeio pela cidade podem chegar a ser identificadas
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“cerca de 20 espécies”. Em Beja, por exemplo, existem excelentes locais para a observação, nomeadamente o Jardim Público e o Parque da Cidade. Esta atividade de lazer, baseada na observação de aves no seu meio natural, tem também captado o interesse de operadores de turismo da região e não só, e são cada vez mais as atividades oferecidas no que a esta matéria diz respeito. Para Dinis Cortes, amante da atividade, “o Alentejo tem um elevado valor ornitológico”. E, neste sentido, “não é de estranhar que se aproveitem todas as suas potencialidades”. Há, no entanto, regras de ouro para quem pratica esta atividade. Os chamados princípios essenciais de conduta de um bom observador de aves. Destacando-se, entre outros aspetos, “não fazer barulho e não perturbar a paz dos locais, manter a distância das aves e observálas de binóculos e respeitar a sinalização das áreas protegidas”. Dinis Cortes já perdeu a conta às vezes que saiu para o campo, umas vezes para fotografar, outras vezes para identificar ou, simplesmente, só para observar. E recorda que é essencial “um vestuário adequado”. “Prático e discreto, que se confunda com a própria paisagem, consoante a estação do ano”. A carrinha da LPN segue caminho, sempre com o céu carregado de nuvens como companhia. Cátia Marques pega mais uma vez nos binóculos e, entre a pouca vegetação e confundidos com a cor do terreno, encontra-se um bando de sisões. “Que sorte”, exclama, entre um sorriso. O telescópio volta a sair da carrinha e todos os movimentos são feitos com o menor barulho possível. E lá estão eles no pousio. Já no sudeste alentejano, em Barrancos, numa propriedade de cerca de 1000 hectares, limitada a norte pelo rio Ardila e a sul pela ribeira de Múrtega, a Herdade da Coitadinha, no Parque de Natureza de Noudar, há também excelentes condições para a observação de aves, que se distribuem entre vários habitats, desde abertos a arbustivos, desde ripícolas a edificados, entre outros. A melhor época para a observação, segundo informação disponibilizada pela herdade, pertencente à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), acontece de outubro a junho, uma vez que os meses de verão são muito quentes e secos. A herdade é especificamente procurada por vários amantes do birdwatching e, sobretudo, na primavera. Por aqui, consoante a estação, podem avistar-se, entre outras espécies, abelharuco, pintassilgo, estorninho-preto, PUB
picanço-real, cotovia-montesina, melro-azul, andorinha-das-rochas, cegonha-branca, andorinhão, águia-de-asa-redonda, águia-cobreira, águia-real, águia-imperial, grifo, abutre-preto. Tanto que a EDIA publicará em breve um guia de bolso sobre as aves nidificantes do Parque de Natureza de Noudar, no seguimento de uma coleção já existente, cofinanciada por um programa no âmbito do projeto Iberlinx. O plano de gestão agro-silvo-pastoril do Parque de Natureza de Noudar baseia-se nos resultados do Programa de Monitorização de Biodiversidade, desenvolvido desde 2001, e que inclui vários grupos. A diversidade de avifauna do Parque de Natureza de Noudar ronda cerca de 200 espécies. Também em Beringel, no concelho de Beja, começam a dar-se os primeiros passos, de modo a potencializar o território da freguesia e tendo como alicerce o birdwatching. Arlindo Morais, presidente da Junta de Freguesia de Beringel, adianta que “existe a intenção de criar na freguesia um centro de interpretação ou de observação de aves”, aproveitando as potencialidades da barragem do Pisão e da Micro-Reserva Biológica de Colmeais. “Queremos através da observação de aves dinamizar a freguesia, atraindo para Beringel diversos visitantes e interessados na matéria, uma vez que começam a ser cada vez mais os praticantes desta atividade, que no estrangeiro já tem grande visibilidade e que no nosso país está a enraizar-se também. Um observador de aves desloca-se com frequência para observar novas espécies e aqui, na freguesia de Beringel, existe um bom número de espécies”, avança o autarca. A criação de roteiros está, assim, na calha. Roteiros, estes, que serão, depois, associados a outros produtos da terra, de modo a criar uma dinâmica em torno da observação de aves. O turismo de natureza é, deste modo, a grande aposta de Beringel que pretende ainda alargar esta temática às escolas, promovendo atividades de sensibilização e conservação. “É um processo que está a ser estudado com muito cuidado, mas que irá ser uma realidade, com certeza”, conclui Arlindo Morais. A carrinha da LPN está quase a chegar ao monte, pela viagem diversas aves atravessaram-se no seu caminho. Não foi dos melhores dias para a observação de aves, mas a visita despede-se com três abetardas lá ao longe e nos céus avista-se um milhafre-real a sobrevoar a pseudoestepe. Num voo inconfundível, sobre a paisagem aberta, quase sem vegetação.
Hóquei em patins
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O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão em Hóquei em Patins vai ter início este fim de semana com um cartaz que inclui o jogo entre o CP Beja e Castrense (domingo às 17 horas). O Hóquei de Santiago joga em Boliqueime e o Vasco da Gama de Sines desloca-se a Odivelas.
Desporto
Futebol juvenil TAÇA ARMANDO NASCIMENTO Juvenis – 4.ª jornada Série A: Serpa-Moura, 3-0. Despertar-Amareleja, 4-0. Sp.de Cuba-Alvito, 0-1. Sto Aleixo-Desp.Beja, 1-5. Líder: 1.º Despertar, 12 pts. Série B: Aljustrel-Ourique, 8-0. Milfontes-Castrense, 1-2. Odemirense-Almodôvar, 2-3. Líder: Castrense, 12 pts.
TAÇA MELO GARRIDO Iniciados – 4.ª jornada Série A: Moura-Serpa, 7-2. Alvito-Aldenovense, 2-3. BºConceição-Despertar, 0-1. Líder: Moura, 12 pts. Série B: Almodôvar-Aljustrel, 1-2. Guadiana-Milfontes, 1-2. Líder: Almodôvar, 6 pts.
DISTRITAL DE INFANTIS 2.ª jornada Série A: Despertar A-Operário, 25-1. Desp.Beja-Guadiana, 4-11. Sp.Cuba-NS Beja, 5-3. Líder: Despertar, 6 pts. Série B: Serpa-Sto.Aleixo, 2-2. Vasco Gama-Piense, 6-3. Moura-Aldenovense, 7-7. Amareleja-Despertar B, 0-3. Líder: Despertar B, 6 pts. Série C Ourique-São Marcos, 5-3.
Odemirense-Aljustrel, 5-4. Almodôvar-Milfontes, 7-0. Renascente-Castrense, 2-4. Líder: Almodôvar, 6 pts.
Distritalão O Cabeça Gorda foi ao Amado Aguilar surpreender o Sporting de Cuba
No domingo joga-se apenas a partida entre o Sporting de Cuba e o Piense
Aljustrelense invicto e goleador O Castrense, o Cabeça Gorda e o Vasco da Gama assinaram as três vitórias em casa alheia. São Marcos e Bairro da Conceição empataram-se um ao outro. Odemirense, Aljustrelense e Serpa ganharam em casa. Texto e fotos Firmino Paixão
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Vasco da Gama voltou a exibir-se ao seu melhor nível e trouxe de Pias os três pontos que o mantém no segundo lugar, lado a lado com o Odemirense,
que cumpriu os serviços mínimos em casa, frente ao Aldenovense, em dia de homenagem ao seu dedicado jogador “Périca”. O Milfontes recebeu o Castrense e apresentouse sem Rui Sousa, Filipe Lourenço e Bruno Candeias, suspensos preventivamente após o árbitro Luís Lameira ter lavrado o relatório do jogo no Bairro da Conceição. Com uma segunda parte de grande nível, a turma de Castro Verde deu a volta à desvantagem inicial e trouxe os três pontos do litoral. Estreia auspiciosa de Paulo Paixão no banco do Serpa, com um triunfo sobre
o Guadiana, deslocação frutuosa do Cabeça Gorda a Cuba, onde o, também jovem, treinador Celso Ramos conduziu a sua equipa ao triunfo. Em São Marcos da Ataboeira; um ponto para os locais, outro para o Bairro da Conceição, que até desperdiçou uma grande penalidade. Em Aljustrel, a receita do costume: outra goleada dos tricolores, batendo o Rosairense por cinco a zero. Os jogos da Taça das Regiões obrigam a uma interrupção no campeonato, que voltará no dia 17. No domingo joga-se a partida em atraso da 4.ª jornada, entre o Cuba e o Piense.
Resultados: Aljustrelense-Rosairense, 5-0; Odemirense-Aldenovense, 2-1; Serpa-Guadiana, 3-0; Milfontes-Castrense, 2-3; São Marcos-Bairro da Conceição, 0-0; Cuba-Cabeça Gorda, 0-1; Piense-Vasco da Gama, 1-3. Classificação: 1.º Aljustrelense, 18 pontos. 2.ºs Vasco da Gama e Odemirense, 15. 4.º Castrense, 12. 5.ºs Milfontes e Rosairense, 10. 7.º Serpa, 8. 8.º Cabeça Gorda, 7. 9.º Cuba, 6. 10.º São Marcos e Bairro Conceição, 5. 12.º Piense e Guadiana, 3. 13.º Aldenovense, 0.
Moura fez exibição de luxo em Quarteira e Almodôvar perdeu em casa
Despertar e Moura lutam pela liderança na Taça de Honra da 2.ª Divisão
Os bons ares da praia
O Saboia está na final
A excelente vitória do Moura no terreno do Quarteira foi a nota de maior destaque na oitava jornada do Campeonato Nacional de Seniores, numa ronda em que o União de Montemor veio a Almodôvar golear os locais.
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uito bem sucedida a deslocação do Moura ao recinto do Quarteirense, anterior líder da Série H, onde os alentejanos venceram categoricamente (3/0) e desalojaram a equipa de Quarteira da liderança, posição assumida pelo vizinho Ferreiras, que triunfou em Lagos e manteve a sua invencibilidade
na prova. O Moura não só subiu ao terceiro posto, como diminuiu a diferença de pontos para os dois primeiros classificados, ficando a um ponto do Quarteirense e a dois do Ferreiras. Em Almodôvar tivemos mais do mesmo. A equipa local foi goleada em casa, e depois de estar em vantagem no marcador ao longo da primeira parte, não resistiu ao poder ofensivo do União de Montemor que venceu por 4-1 e subiu ao quinto lugar da tabela, deixando os almodovarense cada vez mais sós no último lugar. Também aqui, a Taça das Regiões obriga a uma breve interrupção na prova, que regressa a 17 de novembro com o Moura a receber o Lagos e o Almodôvar no recinto do Louletano. FP
Faltam duas jornadas para cumprir o calendário desta Taça de Honra da 2.ª Divisão, competição que antecede o Campeonato Distrital, mas já reveladora da competitividade (ou da falta dela) que se espera na prova.
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ermanece a dúvida quanto ao vencedor da Série A e um dos finalistas da Taça. O Despertar lidera mas o Moura está à espera de um deslize dos bejenses, enquanto, na Série B, o Saboia acaba de se qualificar. A final da Taça de Honra reunirá os vencedores das duas séries e disputar-se-á no intervalo entre a 1.ª e a 2.ª voltas do respetivo cam-
peonato. Série A: Negrilhos--Despertar, 0-3; Desportivo Beja-Moura B, 0-4; B e r i n g e l e n s e -A m a r e l e j e n s e , 3 -5 ; Vasco da Gama B-São Domingos, 3-0. Classificação: 1.º Despertar, 15 pontos. 2.º Moura, 12. 3.º São Domingos, 9. 4.º Vasco gama B, 8. 5.º Amarelejense, 7. 6.º Desportivo Beja, 4. 7.º Beringelense, 3. 8.º Negrilhos, 0. Próxima Jornada (9/11): Série B: Aldeia Fernandes-Saboia 1-2; Renascente-Messejanense, 3-1; Naverredondense-Sanluizense, 0-0. Classificação: 1.º Saboia, 15 pontos. 2.º Renascente, 6. 3.º Aldeia Fernandes, 3. 4.ºs Sanluizense, Messejanense e Naverredondense, 2. FP
O Gabinete de Apoio à Juventude do município de Vidigueira organiza uma viagem ao Estádio da Luz, em Lisboa, para os jovens do concelho, entre os 18 e os 36 anos, assistirem ao jogo de apuramento para o Mundial 2014, entre as seleções nacionais de Portugal e Suécia, marcado para dia 15. As inscrições têm um custo de 10 euros, valor destinado ao Banco Local de Voluntariado de Apoio Social de Vidigueira.
Hoje apito eu...
Distrital de Futsal (5.ª jornada) Ourique-CB Castro Verde, 7-4; NS Moura-Desp.Beja, 6-2; Alcoforado-Leões, 15-2; Ferreirense-Alvito, 7-1; Vasco Gama-VNSão Bento, 3-1. Líder: Ferreirense, 13 pontos. Próxima Jornada (8/11): CB Castro Verde-Almodovarense; Desp.Beja-Ourique; Leões-NS Moura; Alvito-Alcoforado; VNSão Bento-Ferreirense; Luzerna-Vasco Gama.
Torneio das Regiões em Futebol Sénior (Zona 3) começa amanhã em Beja
Um tributo ao jogador amador As seleções distritais de futebol do Algarve, Beja, Castelo Branco e Portalegre, no escalão de seniores, disputam este fim de semana na cidade de Beja mais uma edição do Torneio das Regiões. Texto e fotos Firmino Paixão
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Torneio das Regiões em Futebol Sénior, que decorrerá este fim de semana em todo o País, terá a participação de 16 seleções das associações distritais e regionais de futebol, divididas em quatro zonas. A Zona 3, que terá como palco a cidade de Beja (Complexo Desportivo Fernando Mamede e Complexo Desportivo do Bairro da Conceição) é formada pelas seleções do Algarve, Beja, Castelo Branco e Portalegre. As equipas jogarão todas entre si, em jogos de 35 minutos e a primeira classificada apura-se para a etapa seguinte. Arlindo Morais, coordenador técnico da Associação de Futebol de Beja, disse ao nosso jornal que “o Torneio das Regiões é um programa da UEFA que está definido no seu calendário de eventos, e tem por finalidade homenagear o jogador amador. A Federação Portuguesa de Futebol associou-se a esta atividade e a Associação de Futebol de Beja também correspondeu, constituindo uma seleção do distrito”. Quanto às escolhas para a equipa bejense, revelou que “tentámos arranjar um lote de jovens atletas em que identificamos algum potencial, com outros atletas que já tiveram experiências em campeonatos nacionais ao longo de muitos anos, e que também vamos premiar com a chamada a esta seleção”. Em suma, “uma atitude de reconhecimento pelo percurso de todos estes atletas mais
experientes a quem juntamos essa nova onda de jogadores com valor e que, eventualmente, ainda poderão ter o profissionalismo no horizonte”. Relativamente aos objetivos, o treinador assumiu que “temos que ter ambição. Não quero ser pessimista, mas temos que ter sempre os pés bem assentes no chão, é assim como todas as nossas seleções, e recordo essencialmente o trabalho dos treinadores, dos clubes e dos seus dirigentes, que de facto são os grandes obreiros do futebol no nosso distrito e a quem temos que deixar uma palavra de apreço”. A Associação de Futebol de Beja está entre as que têm menos atletas filiados, mas Morais sublinha que “temos feito um esforço enorme em tentar chegar perto daquelas que são as associações de referência, mas sendo exigentes com os nossos atletas, também somos realistas. Na ótica desta estrutura associativa, o ganhar é colocado um pouco em segundo lugar, queremos sempre fazer o nosso melhor, sem nos preocuparmos muito com a classificação final, mas sim proporcionarmos a estes atletas um conjunto de valores e novas experiências que os possam colocar na montra do futebol”. O técnico elege o Algarve como o adversário mais difícil, recordando que “em todos os escalões em que participa, o Algarve apresenta sempre um grande potencial, tem mais atletas, mais equipas a
Árbitro internacional bejense
Jaime Vieira apita em Itália
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árbitro internacional bejense Jaime Vieira viajou para Itália onde amanhã dirige, na cidade de Lodi, o jogo entre as equipas do ASD Follonica Hockey e do Rollhockey Clube de Wolfurt, da Áustria, partida referente à primeira eliminatória da Taça CERS, em Hóquei em Patins. Momentos antes da partida, o juiz alentejano disse ao “Diário do Alentejo” que “espero que a viagem me corra bem, é um sítio onde já fui por duas ve-
zes”. Vieira sublinhou que “o Follonica era uma equipa da alta-roda do hóquei italiano que, infelizmente, a crise financeira atirou um pouco para baixo, mas está a tentar recuperar. É uma cidade onde se vive o hóquei com muita paixão e é sempre agradável apitar lá”. O árbitro bejense lembrou ainda que “atendendo a que estou tão longe dos centros de decisão, cada jogo que faço é sempre mais um e eu fico muito satisfeito por isso”.
disputar provas nacionais e algumas em patamares superiores. Isso permite que tenham outra excelência, outra competitividade”. E vaticina: “esperamos que o torneio seja bem disputado, que a organização seja bem sucedida e, naturalmente, se o tempo ajudar, que o público da cidade de Beja possa aderir e acarinhar bem este evento desportivo”. A Seleção de Beja Sandro Conceição e Cristiano Gonçalves (Milfontes); Rui Rosindo, Jorge Raposo, Tiago Floreano, Filipe Covas, Luís Tasquinhas e José Maria Navas (Vasco da Gama); João Valente e Paulo Maurício (Castrense); João Vilão (Serpa); Rui Alexandre, Nuno Alves e João Nabor (Aljustrelense); André Ribeiro, Alexandre Viana, Ruben Silva e Ricardo Rosa lino (Odemirense). Treinador: Arlindo Morais.
Programa: Sábado 9.Novº.13 10.00 horas (CD Fernando Mamede) - Algarve vs Portalegre 11.00 horas (CD Bairro da Conceição) - Castelo Branco vs Beja 16.30 horas (CD Bairro da Conceição) - Algarve vs Castelo Branco 17.30 horas (CD Fernando Mamede) - Portalegre vs Beja
Domingo 10.Novº.13 10.30 horas (CD Fernando Mamede) - Algarve vs Beja 11.30 horas (CD Bairro da Conceição) - Portalegre vs Castelo Branco
19 Diário do Alentejo 8 novembro 2013
Jovens de Vidigueira no apoio a Portugal
Luís Miguel Ralha
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obe hoje a esta tribuna mais um dos veteranos da arbitragem bejense. Luís Miguel Ralha nasceu na Salvada há 41 anos, é vendedor/distribuidor de tabacos e chegou à arbitragem há cerca de 18 anos. Ao que o próprio refere, sempre sentiu vocação e gosto para dirigir jogos de futebol; depois essa motivação cresceu e consolidou-se com os bons exemplos dos seus conterrâneos, Rosa Santos e Veiga Trigo, duas grandes figuras da arbitragem nacional, que sempre admirou e gostou de ver atuar. As 41 primaveras que já acumulou no seu percurso de vida já não lhe deixam lugar para grandes ambições, por isso, assume com natural pragmatismo que “percebo que não posso já ir mais além, mas sei que ainda posso contribuir para ajudar os mais jovens com a experiência que tenho acumulado e, por outro lado, ainda sinto muita vontade de cá andar”. A arbitragem é, seguramente, para todos os que nela se movimentam, um poço de recordações e Luís Ralha, entre tantas que diz guardar no seu álbum de memórias, recorta a sua participação num jogo internacional entre as seleções Sub/21 de Portugal e da Suíça, disputado em Beja. A não intencionalidade dos erros, pontualmente cometidos aqui ou além, é um lugar comum entre todos os juízes de futebol e o salvadense Luís Ralha não foge a essa regra: “não há ninguém que não erre, tanto na vida como no desporto, mas nunca com a intenção de prejudicar quem quer que seja, e quando acontecem, sou o primeiro a assumir esses erros”. O seu momento menos bom, recorda, foi um jogo entre o Odemirense e o Almodôvar “uma tarde em que as coisas não me estavam a sair bem, porque estava doente com problemas de audição que me perturbavam imenso, além de que os jogadores também não estavam a ajudar”. Como está a arbitragem Bejense? “Está no bom caminho”, diz Luís Miguel Ralha. “Temos muitos jovens com valor, é preciso que sejam humildes e que saibam ouvir os conselhos dos mais velhos”, conclui.
Encontro CP Beja/ Sporting
Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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O Clube de Patinagem de Beja (CPB) organiza amanhã uma jornada de convívio com a Secção de Hóquei em Patins do Sporting Cube de Portugal, que deslocará a Beja as suas equipas de bambis, benjamins, escolares e infantis, para competirem com as congéneres bejenses. O evento inclui o colóquio “Competição versus integração das crianças em ambiente desportivo”, a realizar na Casa da Cultura de Beja (11 horas), moderado por Hugo Lança Silva e com a participação de Sónia Calvário (Câmara de Beja), Vítor Luzia e António Castilho (CPB), Nuno Palma Ferro (Associação de Patinagem do Alentejo) e João Pires e Nuno Pinto, ambos do Sporting. Os jogos iniciam-se às 15 horas.
Basquetebol Realiza-se este fim de semana a 1.ª Jornada do I Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Masculina, competição em que militam as equipas alentejanas do Beja Basket Clube, do CAB Grândola, Atlético de Reguengos e Salesianos de Évora. O calendário é o seguinte: Imortal-Salesianos; CAB Grândola-Reguengos e Ferragudo-Beja Basket Clube.
V Escalada de São Gens A 5.ª edição da Escalada de São Gens/ Serpa Terra Forte realiza-se na tarde de amanhã, pelas 14 e 30 horas, com organização da Associação de Atletismo de Beja e apoio do município de Serpa. Trata-se de uma prova integrada no Circuito de Corridas Populares 2013/2014, aberta a atletas populares e federados de todos os escalões, com percursos entre os 300 metros e os seis quilómetros (escalada).
Exames e demonstrações 10.º Congresso de Ju Jitsu realizou-se em Beja
Beja recebeu o 10.º Congresso de Ju Jitsu e o Campeonato em Sistema Duo
Uma arte marcial milenar O 10.º Congresso de Ju Jitsu, evento organizado pela Federação de Ju Jitsu e Disciplinas Associadas de Portugal (Fjjda), realizou-se na cidade de Beja, com a presença de 70 atletas de várias academias do País. Texto e fotos Firmino Paixão
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programa do congresso, que decorreu na Escola de Santiago Maior, em Beja, incluiu a realização do 1.º e 2.º Dan, demonstrações técnicas e o Campeonato
Nacional do Sistema Duo, e comparecerem cerca de 70 atletas, oriundos de academias de norte a sul do País. Teófilo Fonseca, presidente da Fjjda, explicou que o ju jitsu “é uma arte marcial oriunda do Japão, uma disciplina tradicional de onde saiu o karaté e o judo que, neste momento, tem grande divulgação. Referiu que “nós trabalhamos o ju jitsu tradicional, que tem as três vertentes, a parte dos atemis que é a área do karaté, a segunda parte é a do aikido, projeções ou nage waza, e a terceira é a luta de chão que é de controlo ou katame waza”. A di-
ferença entre o ju jitsu tradicional e o brasileiro é que “o brasileiro trabalha somente no chão, no tradicional trabalhamos com as três vertentes, luta em pé, projeções e luta de chão”. Os objetivos do congresso, sublinhou o dirigente, “foram a realização dos exames, mas também as demonstrações de técnicas com o mestre Pedro Romana, que trouxe aqui ju jitsu brasileiro, e com o mestre Diogo Amado, na área do aikido. Nos nossos congressos tentamos apresentar sempre diferentes maneiras de trabalhar para podermos ir buscar aquilo que
nos interessa para evoluirmos”. O líder federativo adiantou que “em Beja já tivemos atletas que competiram em campeonato do mundo; neste momento não temos ninguém preparado para isso, porque eles saíram de Beja e foram para outros clubes, alguns eram estudantes e militares, que saíram desta região, mas agora a formar jovens, dois terços dos nossos 60 alunos são jovens, e temos um sistema de competição que é o Sistema Duo em que temos dois atletas com 50 anos a representarem o clube de Beja. Será o duo mais antigo do País”.
Castrense venceu Taça Alentejo em Hóquei em Patins com “golo de ouro”
Uma só Taça para tanto mérito O Futebol Clube Castrense venceu a Taça AP Alentejo em Hóquei em Patins, derrotando, na final, a formação do Clube de Patinagem de Beja, com um “golo de ouro” em tempo de prolongamento.
A
s quatro equipas seniores filiadas na Associação de Patinagem do Alentejo, Castrense, Boliqueime, Estremoz e CP Beja, foram protagonistas de uma interessante jornada competitiva para disputa da Taça Alentejo, evento que antecedeu o início do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. Castrense e CP Beja venceram as eliminatórias e disputaram a final, um jogo empolgante que a turma de Castro Verde conseguiu vencer na segunda metade do prolongamento de dez minutos. Mané Castilho, técnico dos bejenses, comentou que “há momentos do jogo em que a experiência e
Vitória Equipa do Castrense, que venceu a Taça AP Alentejo
tranquilidade fazem a diferença, tivemos várias oportunidades para matar o jogo e não o fizemos, sofremos o golo do empate a poucos segundos do fim”. Castilho elogiou a equipa: “a nossa atitude foi boa, as duas equipas bateram-se muito bem pelo resultado e estão ambas de parabéns. Esta taça
foi uma boa jornada, com jogos competitivos, ainda há muito para fazer, mas estamos cá para dar continuidade a esse trabalho”. Perspetivando o jogo de domingo para o campeonato, revelou: “estaremos aqui de novo para receber o Castrense, será um jogo equilibrado e decidir-se-á certamente pelos
detalhes, como aconteceu na Taça, vamos ver se conseguimos ser mais felizes nesse jogo”. Miguel Cavaco, capitão da equipa do Castrense, concordou que “qualquer das equipas podia vencer este jogo e ambas o mereciam, foi uma grande partida, por isso estamos todos de parabéns. Nós tivemos mais sorte e ganhámos, numa próxima oportunidade poderá ser ao contrário, mas o importante é que o público que aqui esteve tivesse saído satisfeito”. E recordou: “voltaremos aqui no domingo, por isso, este foi um bom treino para as duas equipas, mas gostaríamos também que aqui estivesse muito público e que nós lhe pudéssemos oferecer um bom espetáculo”. Resultados CP Beja-Boliqueime, 5-1; Castrense-Estremoz, 7-2; Estremoz-Boliqueime, 2-3; CP Beja-Castrense, 6-7. Classificação: 1.º Castrense. 2.º CP Beja. 3.º Boliqueime. 4.º Estremoz.FP
Futsal José Saúde
Gosto de uma modalidade que se propaga no tempo e que atinge na atualidade uma dimensão colossal: o futsal. Na minha memória existem resquícios de outros tempos em que o então denominado futebol de salão me preenchia de prazer. Gostava do jogo, era exímio na execução das suas regras e na entrega que o desafio propunha a jovens irreverentes. Com o evoluir das épocas constatou-se que essas regras sofreram profundas alterações. A sua prática desportiva continua porém a merecer honras de salão. Ou seja, os pavilhões polidesportivos, ou outros espaços similares, continuam imunes à rotina de um jogo que tende a expandir-se fiel aos princípios que lhe são adjacentes. E se em termos nacionais e internacionais o futsal se afirmou decisivamente no palco desportivo, ganhando novos adeptos e um enorme respeito pelos órgãos de comunicação social, é também respeitável que a nível regional a sua prática evoluiu de tal maneira que hoje as associações disputam campeonatos renhidos e com um número de equipas antes inimagináveis. Aliás, os participantes crescem substancialmente época após época. Olhamos para a presente realidade verificada na AF Beja e somos surpreendidos com 13 emblemas seniores que disputam o campeonato de 2013/14. Serei suspeito, ou talvez não, quando contemplo essa inequívoca verdade e certifico que a competição está ao rubro. Admito, também, o empenho evidenciado pelas coletividades que hoje detêm no futsal o emblema da sua agremiação, não obstante a sua configuração associativa. Reflito, simultaneamente, sobre a difusão do futsal bejense que debita uma enorme voluntariedade quer a nível de agentes desportivos envolvidos, e que são muitos, quer na sua evidente popularização. Reconheço no entanto que a modalidade do futsal na região ainda não atingiu o zénite. Todavia, jamais omitiremos que a sua ampliação é real e os seus mentores permanecem crentes num amanhã melhor.
institucional diversos Diário do Alentejo n.º1646 de 08/11/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º1646 de 08/11/2013 Única Publicação
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE OURIQUE
CARTÓRIO NOTARIAL
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA
ou tm. 964789366
Certifico, para efeitos de publicação que, no dia dezoito de Outubro de dois mil e treze, foi lavrada, neste Cartório, a folhas quarenta e cinco do livro trezentos e três – A, de escrituras diversas, deste Cartório, uma escritura de justificação, em que foram justificantes: a) Bárbara Grilo Reis, NIF 126001723, viúva, natural da freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, residente na Rua 1° Cabo António Guerreiro Correia, número 23, Alhos Vedros, Moita; b) Francisca Caeiro Navarro, que já sou Francisca Caeiro Navarro Gonçalves, NIF 168578263, divorciada, natural da freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, residente na Avenida Cidade de Londres, número 50, 5° direito, em Sintra; c) Luís António de Freitas Gonçalves, NIF 155305450, divorciado, natural da freguesia de Alcantara, concelho de Lisboa, residente na Rua Frei Bartolomeu dos Martires, TV porta 5, em Lisboa; d) Maria Caeiro Navarro, NIF 149013647, solteira, maior, natural da referida freguesia de Vila Verde de Ficalho, residente no Largo António Sérgio, número 8, 2° esquerdo, na Moita; e) António Domingos dos Reis Galamba, NIF 138009260, natural da referida freguesia de Vila Verde de Ficalho, casado com Maria Helena Franco Ornelas Galamba sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Praceta Carolina Beatriz Ângelo, lote 8, 2° direito, Alhos Vedros, Moita; f) Manuel Francisco dos Reis Galamba, NIF 123793360, viúvo, natural da referida freguesia de Vila Verde de Ficalho, residente na Rua Professor Egas Moniz, número 17, 1° direito, Alhos Vedros, Moita; g) Bárbara dos Reis Galamba Miranda que também usa Bárbara dos Reis Galamba, NIF 179626957, natural da referida freguesia de Vila Verde de Ficalho, casada com António da Conceição Miranda, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua do Moinho, número 62, Alhos Vedros, Moita; h) Catarina Caeiro Zagacho, NIF 139159975, e marido António Pimenta Garcias Lopes, NIF 161618324, ambos naturais da referida freguesia de Vila Verde de Ficalho, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Alves Redol, lote 150, na Moita; i) Maria Caeiro Zagacho Lopes, NIF 146553934, natural da referida freguesia de Vila Verde de Ficalho e marido João Pimenta Lopes, NIF 161618359, natural da mencionada freguesia de Vila Verde de Ficalho, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua Alves Redol, lote 150, na Moita; j) Maria Antónia Lopes Caeiro, NIF 121966259, viúva, natural da referida freguesia de Vila Verde de Ficalho, residente na Rua da Capinha Rota, número 19, Moura, conforme procuração, que arquivo. l) José Lopes Caeiro, NIF 159373301, e mulher Palmira Gouveia Gareias Caeiro, NIF 181760673, ambos naturais da freguesia de Vila Verde de Ficalho, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Praceta de São Jordão, número 1, em Évora. Que, nessa escritura, os justificantes declararam: Que são donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito e com exclusão de outrém, do prédio urbano, composto de edifício de rés-do-chão e quintal, para habitação, sito na Rua do Barranco, números 43, 45, 47, freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, inscrito na matriz sob o artigo 371, da referida freguesia, com o valor patrimonial tributário correspondente e total de 35.779,76 euros. Que, do referido imóvel, apenas se encontra descrito na Conservatória do Registo Civil, Predial, Comercial e Automóveis de Serpa sob o número mil duzentos e setenta e três, da freguesia de Vila Verde de Ficalho uma parte que corresponde à área total de cento e quarenta metros quadrados e inscrita na matriz sob o artigo 371, da freguesia de Vila Verde de Ficalho. Que, assim, ainda se encontra por descrever na mesma Conservatória o seguinte imóvel que vêm justificar pertencer-lhes: O prédio urbano, com área total de cento e noventa vírgula quarenta metros quadrados, sendo a área coberta de setenta e oito vírgula cinquenta e dois metros quadrados e com área descoberta de cento e onze vírgula oitenta e oito metros quadrados, sito na mesma Rua do Barranco, números 43, 45 e 47, freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, a confrontar do Norte com Francisca Alice Capa Valente, do Sul com os ora justificantes, do Nascente com Manuel Inácio Caeiro e do Poente com Amílcar Graça, que já faz parte do referido artigo 371, da referida freguesia, a que atribuem o valor de mil euros. Que, como já atrás se mencionou, os referidos Manuel Ascenção Leitão e mulher Maria Joaquina Caeiro, adquiriram este imóvel com a área total de cento e noventa vírgula quarenta metros quadrados, em mil novecentos e dezanove a quem hoje não sabem precisar, sem que no entanto ficassem a dispôr de título formal que lhes permitisse o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial mas, desde logo, entraram na posse e fruição do referido imóvel, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente, utilizando-o como sua habitação e logradouro, quer usufruindo como tal o imóvel, quer suportando os respectivos encargos. Que o imóvel ora justificado encontra-se fisicamente ligado ao descrito na Conservatória do Registo Civil, Predial, Comercial e Automóveis de Serpa sob o número mil duzentos e setenta e três, da freguesia de Vila Verde de Ficalho, ao qual deverá ser juridicamente anexado, pelo que, após a anexação, o imóvel passará a ter a seguinte composição: Prédio urbano, composto de rés-do-chão e quintal, para habitação, sito na Rua do Barranco, números 43, 45 e 47 na freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, com a superficie coberta de cento e sessenta e oito vírgula cinquenta e dois metros quadrados e quintal com a área de cento e sessenta e um vírgula oitenta e oito metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 371, da freguesia de Vila Verde de Ficalho, com o valor patrimonial tributário correspondente e total de 35.779,76 euros. Está conforme. Barreiro, em dezoito de Outubro de dois mil e treze. O Notário, Carlos Barradas
VENDE-SE MOBÍLIAS
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Nos termos do disposto nos n°s. 1 e 2 do art.° 40.° e n.° 3 do art.° 39.° do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, para os efeitos da alínea a) e c) do n.° 2 do art.° 39.° referido, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Irmandade da Santa Casa, para uma reunião a realizar no próximo dia 28 de Novembro de 2013 (quinta-feira), pelas 19:00H, no salão do Centro Comunitário para a 3.ª Idade, com a seguinte: Ordem de Trabalhos 1. Leitura e aprovação da ata da reunião ordinária realizada em 07/04/2013. 2. Apreciar, discutir e aprovar o Plano de Actividades e Orçamento de Exploração Previsional e Investimentos para o ano de 2014, assim como do Parecer do Conselho Fiscal. 3. Outros assuntos de interesse para a Instituição. Se no dia e à hora designados nesta convocatória não estiver presente mais de metade dos Irmãos com direito a voto, terá a mesma lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de presentes, nos termos do n°1 do art° 41° do Compromisso. Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, 11 de Novembro de 2013. A Secretária da Mesa da Assembleia Geral Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro Nota:Os documentos a apreciar, respeitantes ao ponto 3 da ordem de trabalhos poderão ser consultados na sede social da Instituição a partir de 26/11/2013, das 9:00 às 17:00 horas.
Diário do Alentejo n.º1646 de 08/11/2013 Única Publicação
NÚCLEO DE ALJUSTREL
CONVOCATÓRIA No uso dos poderes que me foram conferidos pela ata número treze, de sete de Agosto de 2013, do núcleo de Aljustrel da Associação “Pais-Em-Rede” e no respeito pelos Estatutos e Regulamento Interno da dita associação, convoco a Assembleia Local, para reunir no próximo dia 23 de Novembro, na Sala Polivalente das Piscinas de Ar Livre, em Aljustrel, entre as 15 e as 18 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Eleição da Coordenação Local do Núcleo “Pais-EmRede” de Aljustrel. Aljustrel, 22 de Outubro de 2013.
A Presidente da Assembleia Local, Paula Monteiro 1. As listas candidatas à Coordenação Local, são compostas por três a cinco membros e igual número de suplentes. 2. Cada lista candidata deve apresentar a sua candidatura, acompanhada do respetivo programa, até dez dias antes (14-11-2013) da data da realização da Assembleia Local, para a morada da sede nacional da Associação “Pais-Em-Rede”, Rua Aristides de Sousa Mendes, n.º 11 – 5.º Dt.º – 1600-412 LISBOA. 3. O mandato da Coordenação Local, tem a duração de três anos. 4. Toda a documentação necessária para consulta, deve ser solicitada pelos telefones 284603680, 937584044, através do e-mail: nucleoaljustrel@paisemrede.pt ou na sede provisória, na Av. 25 de Abril, 18 – 7600-011 ALJUSTREL.
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21 Diário do Alentejo 8 novembro 2013 Diário do Alentejo n.º 1646 de 08/11/2013 2.ª Publicação
Notário CARLOS BARRADAS
EXTRACTO
a combinar. Contactar tel. 284321105
Tribunal Judicial de Almodôvar Secção Única
ANÚNCIO Processo: 80/12.6GTBJA Processo Abreviado N/Referência: 346955 A Mma Juiz de Direito Dr(a). Oriana Barreiros dos Santos Queluz, do(a) Secção Única – Tribunal Judicial de Almodôvar: Faz saber que no Processo Abreviado, n.° 80/12.6GTBJA, pendente neste Tribunal contra o(a) arguido(a) Viorel Petrica Paul filho(a) de loan Paul e de Ana Paul natural de: Roménia; nacional de Roménia nascido em 2507-1977 estado civil: Divorciado, profissão: Agricultor - Culturas Agrícolas, Licença de condução - Be-27994, Bl estrangeiro - 228594 domicílio: Rua Duque de Cadaval, N° 15, Barrancos, 7230-016 Barrancos, por se encontrar acusado da prática do(s) crime(s): 1 crime(s) de Condução de veículo em estado de embriaguez, p.p. pelo art.° 292°, n° 1, do C. Penal, praticado em 19-08-2012; foi o(a) mesmo(a) declarado(a) contumaz, em 07-10-2013, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do(a) arguido(a) em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: - Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do(a) arguido(a), sem prejuízo da realização da atos urgentes: nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal; - Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo(a) arguido(a), após esta declaração; - Proibição de obter os seguintes documentos: passaporte, Bilhete de Identidade, Carta de condução, certidões ou registos junto das Conservatórias do Registo Civil, Predial, Comercial ou Automóvel, Notariado, Centro de Identificação Civil e Criminal, Direcção Geral de Viação, Governos Civis, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. Almodôvar, 11-10-2013. O/A Juiz de Direito, Dr(a). Oriana Barreiros dos Santos Queluz O/A Escrivão Adjunto Paula Brito
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saúde
22 Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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Medicina dentária
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Fisioterapia
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Centro de Fisioterapia S. João Batista Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves
Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
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(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
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RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
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Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA
Clínica Geral
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DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
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JOÃO HROTKO
LUZ Médico
Especialista pela Ordem dos Médicos
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dos Médicos
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FAUSTO BARATA
ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
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TERESA ESTANISLAU CORREIA Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja
Rua Zeca Afonso,
R. 25 de Abril, 11
nº 6-1º B – BEJA
cave esq. – 7800 BEJA
Neurologia
Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte
7800- 544 - BEJA
(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)
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Clínica dentária
HELIODORO SANGUESSUGA
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Dr. José Loff Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral /Implantologia Aparelhos fixos e removíveis Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190
MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232
7800-073 BEJA
Psiquiatria
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DR. CIRO OLIVEIRA Consultas às sextas-feiras, a partir das 15 horas
Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 BEJA Marcações pelo tel. 284312230
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Medicina dentária
AURÉLIO SILVA UROLOGISTA Hospital de Beja
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia
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e.mail:
Urologia
Doenças de Rins e Vias Urinárias
▼
Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo
Clínica do Jardim
CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras
Rua Cidade S. Paulo, 29
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
Marcações pelo telef. 284328023 BEJA
Consultas segundas, quartas, quintas e sextas
Dermatologia
clinidermatecorreia@ gmail.com
Rua Tenente Valadim, 44
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155
MÉDICA DERMATOLOGISTA
7800-475 BEJA Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
pela Ordem e Ministério da Saúde
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Fax 284326341
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Marcações pelo 284322446;
CONSULTASàs 3ªs e 4ªs feiras,
DR. JAIME LENCASTRE
Obesidade
Médico oftalmologista
Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
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Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no meio aquático
Oftalmologia
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Estomatologia
Cirurgia Maxilo-facial
DR. MAURO FREITAS VALE
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FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO DENTISTA
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Prótese/Ortodontia
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas
Otorrinolaringologia
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DR. J. S. GALHOZ
DR. ÁLVARO SABINO
Ouvidos,Nariz, Garganta
Otorrinolaringologista Ouvidos,Nariz, Garganta
Exames da audição
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas
Consultas a partir das 14 horas Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
Tel. 284324690 Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA
saĂşde
23 DiĂĄrio do Alentejo 8 novembro 2013
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Dr. SidĂłnio de Souza â&#x20AC;&#x201C; Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabĂĄgica â&#x20AC;&#x201C; H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel â&#x20AC;&#x201C; Reumatologia â&#x20AC;&#x201C; Medicina Desportiva â&#x20AC;&#x201C; Instituto PortuguĂŞs de Reumatologia de Lisboa Dr.ÂŞ VerĂłnica TĂşbal â&#x20AC;&#x201C; Nutricionismo â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Dr.ÂŞ Sandra Martins â&#x20AC;&#x201C; Terapia da Fala â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Dr. Francisco Barrocas â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica/Terapia Familiar â&#x20AC;&#x201C; Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. RogĂŠrio Guerreiro â&#x20AC;&#x201C; Medicina preventiva â&#x20AC;&#x201C;Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano â&#x20AC;&#x201C; ClĂnica Geral/ Medicina Familiar Dr.ÂŞ NĂdia Amorim â&#x20AC;&#x201C; Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. SĂŠrgio Barroso â&#x20AC;&#x201C; Especialista em Oncologia â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja DrÂŞ Margarida Loureiro â&#x20AC;&#x201C; Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade â&#x20AC;&#x201C; Instituto PortuguĂŞs de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia â&#x20AC;&#x201C; Urologia â&#x20AC;&#x201C; Rins e Vias UrinĂĄrias â&#x20AC;&#x201C; H. Beja Dr. Daniel Barrocas â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Ă&#x2030;vora Dr.ÂŞ LucĂlia Bravo â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.JĂşlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde â&#x20AC;&#x201C; Medicina Interna, doenças de estĂ´mago, fĂgado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ÂŞ Ana Cristina Duarte â&#x20AC;&#x201C; Pneumologia/Alergologia RespiratĂłria/Apneia do Sono Dr.ÂŞ Isabel Santos â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria de Infância e AdolescĂŞncia/ Terapeuta familiar â&#x20AC;&#x201C; Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ÂŞ Paula Rodrigues â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr.ÂŞ LuĂsa Guerreiro â&#x20AC;&#x201C; Ginecologia/ObstetrĂcia Dr. LuĂs Mestre â&#x20AC;&#x201C; Senologia (doenças da mama) â&#x20AC;&#x201C; Hospital da Cuf â&#x20AC;&#x201C; Infante Santo Dr. Jorge AraĂşjo â&#x20AC;&#x201C; EcograďŹ as ObstĂŠtricas Dr.ÂŞ Ana MontalvĂŁo â&#x20AC;&#x201C; Hematologia ClĂnica /Doenças do Sangue â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr.ÂŞ Ana Cristina Charraz â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr. Diogo Matos â&#x20AC;&#x201C; Dermatologia â&#x20AC;&#x201C; Hospital Garcia da Orta. Dr.ÂŞ Madalena Espinho â&#x20AC;&#x201C; Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ÂŞ Ana Margarida Soares â&#x20AC;&#x201C; Terapia da Fala Dr.Âş Ricardo Lopes â&#x20AC;&#x201C; Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ÂŞ Joana Leal â&#x20AC;&#x201C; MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria JosĂŠ Espanhol â&#x20AC;&#x201C; Enfermeira especialista em saĂşde materna/Cuidados de enfermagem na clĂnica e ao domicĂlio/Preparação prĂŠ e pĂłs parto/amamentação e cuidados ao recĂŠm-nascido/Imagem corporal da mĂŁe â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Marcaçþes diĂĄrias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nÂş 6, 1Âş B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
medicina geral e familiar Dr. LuĂs Capela
endocrinologia|diabetes| obesidade Dr.ÂŞ Luisa Raimundo
urologia
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(disfunção erÊtil / doença proståtica / incontinência urinåria)
Dr. Luis Calado
ginecologia|obstetrĂcia|colposcopia Dr.ÂŞ Ana Ladeira
otorrinolaringologia
(vertigens / oncologia da cabeça e pescoço)
Dr.ÂŞ Dulce Rocha Nunes
psiquiatria e saĂşde mental Dr. Daniel Barrocas
Diversos Acordos
psicologia clĂnica
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Dr.ÂŞ Maria JoĂŁo PĂłvoas
psicologia educacional Dr.ÂŞ Silvia Reis
terapia da fala Dr.ÂŞ Vera BaiĂŁo
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ECOGRAFIA â&#x20AC;&#x201C; Geral, EndocavitĂĄria, Osteoarticular, Ecodoppler TAC â&#x20AC;&#x201C; Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia MamĂĄria Ortopantomografia
ClĂnica MĂŠdico-DentĂĄria de S. FRANCISCO, LDA. GerĂŞncia de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
AntĂłnio Lopes â&#x20AC;&#x201C; Aurora Alves â&#x20AC;&#x201C; Helena Martelo â&#x20AC;&#x201C; Montes Palma â&#x20AC;&#x201C; Maria JoĂŁo Hrotko â&#x20AC;&#x201C; MĂŠdicos Radiologistas â&#x20AC;&#x201C;
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prĂłtese dentĂĄria
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cirurgia maxilo-facial Dr. LuĂs Loureiro
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ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE HorĂĄrio: de 2ÂŞ a 6ÂŞ feira, das 8 Ă s 19 horas e aos sĂĄbados, das 8 Ă s 13 horas Av. Fialho de Almeida, nÂş 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
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necrologia
24 Diário do Alentejo 8 novembro 2013
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Maria Leonor Teixeira de Sampaio Nolasco Nasceu em 18-01-1965 Faleceu em 01-11-2013
Pai, filho, irmãos, cunhado e sobrinhos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida. Na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de alguma forma expressaram o seu pesar.
MISSA
Cassilda Martins Marques Parente Seu filho comunica que será celebrada missa pelo seu eterno descanso, no 1º ano do seu falecimento, dia 09/11/2013, sábado, às 18 e 25 horas, na igreja do Carmo, em Beja, e agradece antecipadamente a todas as pessoas que nela compareçam.
ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):
País: 28,62 €
Estrangeiro: 30,32 €
Assinatura Semestral (26 edições):
País: 19,08 €
Estrangeiro: 20,21 €
Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________ Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________
*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:
AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
institucional diversos
Diário do Alentejo n.º1646 de 08/11/2013 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS DADORES DE SANGUE DE BEJA
ANÚNCIO Abertura de concurso Está aberto concurso para a exploração do bar da A.H.D.S. de Beja. As propostas serão apresentadas em mão, no dia 22 de Novembro às 21.00 horas na sede da Associação, procedendo de imediato à sua abertura pública. O impresso próprio pode ser levantado na sede da Associação na Rua Pablo Neruda, n.° 13, em Beja, dentro das horas de expediente. O Presidente da Direcção Bento Tecla Fava
Diário do Alentejo n.º1646 de 08/11/2013 Única Publicação
FUTURO DE GARVÃO – ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL
ASSEMBEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA Ao abrigo do nº3, do Artigo 29º do Capítulo III, Secção II dos Estatutos da Futuro de Garvão – Associação de Solidariedade Social, convoco a Assembleia Geral Extraordinária, para reunir no próximo dia 25 de Novembro de 2013, na Sala de Reuniões, da Rua do Álamo, nº 10, em Garvão, pelas 20:30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: – Ato Eleitoral para o triénio 2014/2016. Consideram-se em pleno gozo dos seus direitos, todos os sócios efectivos, de acordo com o nº 1 do Artigo 12º do capítulo II, dos Estatutos acima referidos. As listas para os Corpos Dirigentes deverão ser apresentadas até dia 11 de Novembro, pelas 17 horas na Sede da Associação ou por email (associação.futuro@gmail.com). Se à hora designada não estiver presente o número suficiente de Sócios, a Assembleia realizar-se-á meia hora depois com qualquer número. Garvão, 28 de Outubro de 2013 A Secretária da Mesa da Assembleia Geral Maria Leonor Madeira da Silva
25 Diário do Alentejo 8 novembro 2013
Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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Continente recebe espetáculo de música e dança da Popota
O Continente de Beja recebe hoje, sexta-feira, um espetáculo de música e dança da Popota, no âmbito da iniciativa Popota Tour que vai passar por 64 lojas de 18 capitais de distrito. Durante este mês, os fãs de todo o País vão assim poder ver de perto a pop star do momento e vibrar com o espetáculo que a mesma tem para oferecer. O espetáculo está agendado para as 17 horas, na loja Continente de Beja.
Empresas
McDonald´s cria duas novas receitas com Bolo do Caco e Queijo da Ilha
A McDonald´s Portugal lançou, na passada semana, dois novos “McLusitano” com sabores tradicionais da gastronomia portuguesa: Bolo do Caco e Queijo da Ilha, certificados com o selo “Portugal Sou Eu”. Desenvolvidas em exclusivo para o mercado nacional, estas receitas são apresentadas em parceria com a CAP – Confederação de Agricultores de Portugal. De referir que atualmente a marca trabalha com mais de 30 fornecedores nacionais que representam cerca de um terço das compras efetuadas pela McDonald´s Portugal.
Medalha de Ouro para Cartuxa Reserva Tinto 2010 O Cartuxa Reserva Tinto 2010, da Fundação Eugénio de Almeida, acaba de receber a Medalha de Ouro do I Concurso Melhores Vinhos do Alentejo 2013, uma iniciativa da Confraria dos Enófilos do Alentejo, associação criada em 1991 para promover a defesa, o prestígio, a valorização e a divulgação dos vinhos do Alentejo. O Cartuxa Reserva Tinto, produzido apenas em anos de colheita excecional, recebeu o prémio no evento Vinhos do Alentejo em Lisboa, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), no passado dia 18.
RP Cortiças e Sabores Regionais em expansão
Om meel Mo Mont n e do doss Bens Be n é obt ns btid ido attraavvéés de ccol om meeia iass p prróp priias as iin nse s ri rid daas em d em plleeno no Paarq P arq rque ue Nattu urral a do o Vallee do G Va Gu uad adia ian na na, onde on de prreedo de omina naa o rosm ro man anin inho in ho o. É a eesstaa flor fl orr rox oxaa que que as aabe beelh b lhas a as do M Mon onte on t dos os B Ben enss vão vã o re reti tiira rar o né n ct ctar a, ar utilililiz ut izad iz a o deep ad po ois is par ara ra prod pr oduz uzir irr o meell.
É no espaço RP Cortiças Sabores Regionais, em Beja (frente ao Pingo Doce), que se pode encontrar diversos artigos feitos à base de cortiça. O espaço, que é único na cidade, parece aproveitar as potencialidades que a cortiça tem vindo a oferecer nas diversas áreas. Rui Pacheco, proprietário e trabalhador do espaço desde março último, não hesitou em abrir portas ao negócio e disponibilizar tudo o que envolve material de cortiça, desde os acessórios até ao artesanato. A oferta também passa por produtos regionais, como vinhos, licores, mel, azeite, enchidos, compotas, bolos, chás, plantas condimentares secas, pão e bombons, além de bijuteria feita à mão em cortiça. O que começou por ser um espaço aberto à população é atualmente uma pequena empresa em expansão na cidade de Beja, uma vez que os artigos que a casa disponibiliza já se encontram expostos noutros lugares da cidade, nomeadamente no Beja Parque Hotel, no Hotel Francis e na Pousada de São Francisco.
Mercado chinês pede exclusividade do produto
Mel Monte dos Bens iniciou exportação para a China Sediado em Mértola, o Monte dos Bens exporta o seu mel para África do Sul, Cabo Verde e Moçambique. Há cinco anos atrás, ganhou também expressão em Inglaterra e no Canadá e recentemente começou a exportar para a China, mercado que pediu a exclusividade do produto. Publireportagem Sandra Sanches
A
picultores há cinco décadas, a família Marques continua a inovar na sua oferta e a ganhar notoriedade noutros continentes. Nuno Marques conta que a história do mel Monte dos Bens começa em 1945: “O meu avô tinha medo de abelhas e um dia, na Mina de São Domingos, um amigo que detinha muitos cortiços pediu-lhe ajuda. Ele lá arriscou e foi, e o resultado foi que veio cheio de picadelas… Como nesse tempo não se pagava em dinheiro, o amigo ofereceu-lhe dois cortiços com abelhas e desde aí nunca mais faltou mel em casa”. A família Marques, que faz parte da história do mel na região, mantendo em funcionamento a mais antiga casa produtora de mel em Mértola, de ano para ano tem vindo a aumentar o seu número de colmeias, contando esta empresa atualmente com uma vasta gama de produtos. Sem abandonar a matéria-prima base, gradualmente vai dando lugar a produtos inovadores, como o mel aromático com baunilha
e canela, o mel com frutos secos (pinhão, noz e amêndoa), o mel de rosmaninho, os rebuçados de mel com seis diferentes sabores (45 por cento de mel), os chupa-chupas de mel únicos em Portugal, os sabonetes de mel, o vinagre de mel e até mesmo os doces tradicionais, que aliam a experiência adquirida na produção de mel de qualidade às receitas tradicionais. Para além dos quatro postos de trabalho diretos criados, a família Marques trabalha ainda com apicultores do Alentejo a quem compra mel todos os anos, visto que a produção não é suficiente para dar resposta às encomendas. O mel Monte dos Bens, obtido através das colmeias em pleno Parque Natural do Vale do Guadiana, onde predomina o rosmaninho, começa com a recolha dos favos das colmeias, sendo posteriormente processado nas instalações que contam com as melhores condições técnicas e são devidamente certificadas. O mel, que é extraído a partir de junho e até ao mês de setembro, é depois colocado em depósitos, ficando a repousar cerca de três semanas, até estar pronto para o embalamento. No embalamento o mel é filtrado e decanta de novo, ficando pronto para o seu acondicionamento final. Porque a aposta não passa pelas grandes superfícies comerciais, “visto que estes querem produções em larga escala e a preços baixos, não valorizando a qualidade”, é o pequeno comércio e alguns supermercados que apostam na qualidade dos produtos locais e tradicionais
de Portugal. Face à situação, Nuno Marques refere que os “consumidores estão atentos e são exigentes”. Nos últimos anos, com o progressivo encerramento do pequeno comércio, parece que a situação se complicou. No entanto, porque o mel Monte dos Bens é reconhecido noutros países, recentemente a empresa começou a exportar para a China, tendo o cliente pedido exclusividade do produto. Motivo de orgulho para esta família, a exportação é encarada como uma boa aposta para o futuro que, sem dúvida, “vem dar uma lufada de ar fresco” pois, segundo nos adianta Nuno Marques, “estar dependente da especulação do mercado por parte de compradores que compram o mel por grosso e da grande distribuição, seria sem dúvida muito complicado”. Porque a satisfação do cliente é uma preocupação para esta família, a gama de produtos que disponibiliza vai ao encontro das preferências do cliente, a quem o Monte dos Bens oferece produtos que não “existem no nosso mercado”. Sem dúvida que os tempos não são os mais propícios e poucas serão as empresas que poderão dizer estar estáveis. No entanto, refere o produtor, “com a qualidade que temos é mais fácil combater estes tempos difíceis”, adiantando que “se no passado tivéssemos optado por caminhos mais fáceis, nomeadamente fazer marcas brancas, nesta altura era complicado sobreviver e dar atenção às exportações”.
Mais de nove mil pessoas provaram o vinho alentejano em Lisboa Mais de nove mil pessoas visitaram o evento Vinhos do Alentejo em Lisboa, o que representou um aumento de 15 por cento comparativamente à edição anterior. A quinta edição do evento, organizada pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) no Centro Cultural de Belém, contou com a presença de 75 produtores da região alentejana e mais de 400 vinhos. Dora Simões, presidente da CVRA, refere que “o sucesso deste ano faz-nos perceber que existe um maior número de pessoas a apreciar o vinho da região alentejana e isso entusiasma-nos a começar a trabalhar já na próxima edição”.
Esporão lança Quinta dos Murças Vintage 2011 No ano que promete ficar para a história do vinho do Porto, o Esporão soma-lhe mais um capítulo: o lançamento do seu primeiro vintage, produzido na Quinta dos Murças. Desde o início que os vinhos do Porto fazem parte da oferta de vinhos da Quinta dos Murças, dando continuidade à sua tradição e reputação de vinhos do Porto Tawny de grande qualidade. Este ano, que coincide com o 40º. aniversário do Esporão, é lançado o Quinta dos Murças Vintage 2011, o primeiro sob a égide do Esporão, que resulta da combinação única entre o clima, a geografia, a geologia, as vinhas velhas e a intervenção da equipa liderada pelo enólogo David Baverstock.
Pais
e porque as festividades prosseguem e num abrir e fechar de olhos estamos na época que tu mais gostas, o Natal, claro, fica aqui uma sugestão para um lanche simples, mas cheio de ternura.
A Biblioteca Municipal de Grândola apresenta amanhã, sábado, às 11 horas, uma sessão de Animação do Livro e da Leitura para Todos, uma adaptação do conto de La Fontaine “A Raposa e a Cegonha”. A dramatização e encenação do texto, assim como a construção de cenários e personagens, estão a cargo da Biblioteca Municipal de Grândola. A animação do livro e da leitura decorre uma vez por mês e tem entrada livre.
A páginas tantas...
Pela tua mão
“Era uma vez um rapaz que gostava muito de estrelas. À noite, ia para a janela observar as estrelas e sonhar que um dia teria uma só dele. Imaginava que seriam amigos e brincariam às escondidas. E decidiu partir em busca de uma estrela. Quando finalmente apareceu uma estrela no céu, trepou ao cimo de uma árvore, pediu ajuda a uma gaivota e saltou o mais alto que pôde. Mas nunca conseguia alcançá-la. Foi então que deu com uma estrela dourada e brilhante a flutuar… ” Escrito e ilustrado por um autor que já tínhamos trazido para a tua página , Oliver Jeffers.
A Euframiga e o Orfirmelo
À solta
podemos dizer que estes são mesmo fantoches de dedos. Segue o passo a passo e faz os teus animais.
27 Diário do Alentejo 8 novembro 2013
“A Raposa e a Cegonha”, na Biblioteca Municipal de Grândola
Era uma vez uma formiga que se chamava Euframiga. Vivia no formigueiro 1995, em Moçambique. A formiga, depois de um longo dia de trabalho, estava sentada no sofá a ver a sua teleformiga preferida “A aguarela formigueira”, de repente caiu-lhe um pingo em cima da cabeça. Jogou a pata à cabeça e sentiu um líquido viscoso e peganhento. Olhou para cima e viu uma língua muito comprida. Quase ia morrendo de susto! Valente como ela era, puxou a língua e ouviu, logo de seguida, um grito de dor. Foi então que percebeu que era o papa-formigas Orfirmelo que a tentava apanhar, porque estava cheio de fome. Saiu então do seu formigueiro e correu correu, mas o Orfirmelo ainda correu mais depressa e estava quase a agarrá-la quando... zapp... tropeçou e a sua língua ficou toda enrolada num tronco de árvore. Vendo a aflição do Orfirmelo, a Euframiga teve pena dele. Ajudou-o a libertar-se e ficaram os dois amigos.
Moral: Não devemos fazer mal a ninguém, pois o mal que se faz aos outros pode virar-se contra nós.
Carolina Costa, 10 anos, 5.º C Texto produzido na aula de Português sob a docência de Maria Isabel Montes.
Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com
ESCORPIÃO
Características dos nativos , nascidos entre 24 de outubro a 22 de novembro : Regidos por Marte e Plutão, símbolos de poder, os nativos de Escorpião têm uma personalidade forte e magnética. São dotados de uma apurada sensibilidade e de um alto grau de misticismo. Sendo de um signo de Água, encaram a vida com profundidade e sentem com muita intensidade emocional.
Boa vida Comer Arroz de grão com bacalhau e coentros Ingredientes para 4 pessoas: 400 gr. de arroz carolino, 1 cebola média, 4 dentes de alhos picados, 1 folha de louro, 4 tomates maduros e picados sem pele nem grainhas, 1 dl. de azeite, 80 0 g r. de baca l hau demolhado, 200 gr. de grão cozido, sal e pimenta q.b., coentros picados q.b.. Confeção: Num tacho faça um refogado com cebola picada, alhos picados, louro e azeite. Junte o tomate bem esmagado com a mão e deixe cozinhar lentamente. Adicione a água da cozedura do grão. Quando começar a ferver, junte o arroz e deixe cozer um pouco. De seguida junte o bacalhau cortado aos cubos e o grão. Adicione mais água e deixe cozinhar até o arroz ficar malandrinho. Retifique os temperos e, quase no final, junte uns coentros picados. Bom apetite!
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Previsões – Semana de 8 a 14 de novembro
Toiros Varela Crujo: Uma ganadaria de prestígio
g Carneiro – (21/3 - 20/4) Entrará num ponto de viragem, que deve deixar fluir tranquilamente. Os desafios para concretização das transformações surgem primeiro na sua relação amorosa que agora terá espaço para se desenvolver. Emoções fortes e profundas marcarão relacionamentos de longa data. O trabalho estará menos favorecido, com expectativas económicas comprometidas.
A
gricultor do Baixo Alentejo, mais concretamente de Beja, José Francisco da Cruz e Crujo desde muito novo mostrou uma grande afición pelos toiros e pelos cavalos. Nasceu no ano de 1931 e, por volta dos 12 anos, começa a tourear algumas vacas, tornando-se cavaleiro amador. Também ambicionou ser forcado, desejo esse realizado ao serviço dos amadores do Alentejo. Adquiriu algumas vacas e toiros, para treinar, e assim, dentro deste contexto, começou a surgir a criação de rezes bravas, de uma forma simples e sem responsabilidades. Foi o berço da ganadaria. Mais tarde, em 1956, nasceu o seu filho José Francisco Varela Crujo que viria a seguir as suas pegadas, tornando-se cavaleiro de alternativa. Assim, com o gosto de ambos pelos toiros, a ganadaria começou a ser levada mais a sério. Compraram uma ponta de vacas ao ganadeiro Cabral Ascenção em 1970 e registaram com o ferro português “Irmãos Varela Crujo”, uma vez que tinha mais dois filhos. Mais tarde, com o filho José Francisco a tourear muito em Espanha, adquiriu um ferro espanhol que registou com o nome “José Varela Crujo”, e inscrito na União de Criadores de Toiros de Lide espanhola, o que lhe permitia comprar também vacas no lado de lá da fronteira. Ficando assim com dois “ferros”, um português e outro espanhol. Em Espanha conhecem o grande taurino Manolo Marques, e com a sua ajuda adquirem vacas de “Albacerrada”, virada para o toureio equestre, visto o seu filho se encontrar no auge da carreira, toureando com as máximas figuras dos dois lados da fronteira. Em agosto de 1983 ocorre o trágico acidente no Campo Pequeno com o filho, no entanto, a ganadaria prossegue e o pai consegue arranjar forças para continuar o trabalho que tinha iniciado com o filho. Altera então o encaste e direciona a ganadaria para o toureio apeado com o apoio do seu amigo Manolo Marques, comprando vacas aos Irmãos S. Pedro, a Sotto de la Fuente e a Laurentino Carrascosa, tudo dentro do encaste Domecq, eliminando todas as anteriores. É dentro desta linha que consegue os maiores êxitos, fazendo história na tauromaquia portuguesa, quando em 2002 o seu toiro “Obelisco” foi indultado em Olmedo pelo matador Ortega Cano, sendo o primeiro toiro de uma ganadaria portuguesa a atingir tal troféu! No mesmo ano consegue outros importantes triunfos como aconteceu em “La Corunha”, com volta ao “ruedo” do maioral e dos toureiros. A partir desse momento a ganadaria para a ser mais conhecida em Espanha e bastante requisitada pelas figuras do momento. Lidou várias corridas apeadas no Campo Pequeno, a primeira em 2007, da qual saíram dois sementais, uma para Henrique Ponce, outra para Silva Herculano. Em 2012 volta a “indultar” outro toiro, desta vez em Marbella, de nome “Barboso” e lidado por Finito de Cordoba. Nos anos de 2009 e 2010 voltam a lidar em Lisboa, de onde saiu novo semental, agora para Laurentino Carrascosa. Atualmente em Espanha existem vários sementais desta ganadaria, dois deles na ganadaria “Sotto de la Fuente”. Em 2013 a ganadaria lidou oito corridas de toiros, um delas no Campo Pequeno, e voltou a fazer história em Espanha ao lidar o último novilho da carreira de Tomás Campuzano, que, pelo seu comportamento, deu volta ao “ruedo” sendo aplaudido no arraste. Com a morte de José Crujo em 2008, a ganadaria continua sem alterações, sob o comando dos seus filhos Joana e Francisco, sendo representada em Portugal por José Luis Zambujeira e em Espanha pelo antigo matador de toiros Tomás Campuzano. São campinos desta ganadaria António Rita e José Dias. Vítor Morais Besugo
h Touro – (21/4 – 21/5) Bom senso e sabedoria orientarão a maioria das suas atitudes. Com clareza de espírito e exigência, definirá novas regras para a vida a dois. Grande capacidade de trabalho e liderança em evidência. Assumirá com empenho todas as responsabilidades que lhe forem atribuídas. Na saúde, forte tendência para viroses. Harmonize a sua dimensão espiritual.
i Gémeos – (21/5 – 21/6) A harmonia e o equilíbrio interior desta fase serão fundamentais para gerir os acontecimentos. Com firmeza, defenda os valores tradicionais que confere à família. Uma relação há muito ameaçada e sem amor acabará por sucumbir. Profissionalmente, surgirão obstáculos que já previa e persistirão algum tempo. Procure dialogar com sinceridade.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Capaz de reconquistar esperança e equilibrar emoções, seja sincero nos sentimentos. Exteriorize empenho, compreensão e dedicação ao seu amor. Fase de evolução significativa a nível profissional, com aplicação de habilitações pessoais. Dificuldades em lidar com aspetos burocráticos. Faça exames médicos em geral com atenção ao sistema cardiovascular.
k Leão – (23/7 – 23/8) Por esta altura enfrentará dúvidas e desilusões, que poderão assumir contornos de algum sofrimento. Terá alguma dificuldade em lidar com a situação. Embora tenso, estará finalmente livre de uma longa relação equivocada. Mudança no ambiente de convívio aproximará pessoas descontraídas. De imediato surgirá possibilidade de um novo e promissor relacionamento
l Virgem – (24/8 – 23/9) Responsabilidade, firmeza e poder de decisão estarão em evidência no seu percurso, nesta altura. Com a conjuntura a favorecer o desenvolvimento profissional, concretizará as possibilidades de colocar em campo as suas capacidades intelectuais através do desafio que lhe será proposto. Estará reticente face a um compromisso amoroso para o futuro.
a Balança – (24/9 – 23/10) Apesar da grande confiança que sente face aos seus propósitos amorosos, poderá sofrer uma desilusão neste setor. A sua felicidade pode não coincidir com quem quer tanto e reformular a sua vida sentimental é um projeto de futuro. A família prestará apoio incondicional com demonstrações de afeto e carinho. Pode revelar cansaço e fadiga física.
b Escorpião – (24/10 – 22/11) Mudanças súbitas a nível profissional, acompanhadas de dificuldades no diálogo e comunicação, poderão afetar profundamente o seu estado de espírito. Contudo, a sua vida amorosa será compensadora passando por uma das melhores fases do ano. Receberá demonstrações de amor e de compromisso com a sua felicidade. Não descure o seu repouso.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Numa atitude mais ortodoxa do que é habitual em si, procurará seguir uma nova disciplina na definição dos seus objetivos. Adaptando-se aos convencionalismos, defina prioridades e peça apoio, sem receios. Não viva orgulhosamente só com as suas dificuldades. A recuperação será gradual. Para ter um amor só para si, esteja atento e não se deixe enganar
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) A obstinação com o perfecionismo profissional marcará lugar de destaque. Estará favorecido o trabalho em equipa. E a família entrará em fase de plena harmonia e alegria com boas notícias vindas dos mais jovens. Todas as decisões para a sua vida amorosa deverão ser remetidas para mais tarde quando terá condições para realizar o que pretende.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Uma maior definição no aspeto profissional marcará o seu percurso, neste momento. Empenhado nas suas novas funções, conquistará confiança à sua volta e conseguirá a estabilidade que necessita. Poderá concluir que os contornos da relação amorosa não estão em conformidade com o seu novo objetivo de vida e assumir a vontade de mudar.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Sentirá necessidade de clarificar os seus objetivos de vida diante deste novo ano. Deve tentar partilhar ideias e projetos com os seus amigos e colegas através de um saudável convívio. Cuidado com tudo o que envolva documentos contratuais. Faça uma alimentação variada e procure ambientes ao ar livre. Lembre-se de que no caminho que percorremos não recebemos a sabedoria, descobrimo-la depois de um percurso pessoal que ninguém pode fazer por nós ou poupar-nos a ele.
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Filatelia Bombeiros Voluntários Comandantes em mostra filatélica
A
Secção de Colecionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, vai realizar de 15 a 22 deste mês, uma mostra de filatelia de homenagem a todos os seus elementos, em especial àqueles que já comandaram aquela corporação humanitária. A exposição terá lugar no Quartel dos Bombeiros Voluntários, sito na Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, e poderá ser visitada nos seguintes horários: dia 15 das 16 às 18 e 30 horas; dias 16 e 17 das 14 às 18 e 30 horas e de 18 a 22 das 9 às 18 e 30 horas. Os correios vão emitir um carimbo especial que reproduz o boné do Comandante Luís Cardoso de Figueiredo, que exerceu o posto de Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António de 25 de janeiro de 1927 até 30 de setembro de 1975, altura em que, a seu pedido, passou a integrar o Quadro Honorário daquela corporação. O carimbo será usado no posto de correio que funcionará no dia 16, das 14 e 30 às 17 e 30 horas. Em exposição estarão as seguintes coleções: da Secção de Colecionismo dos Bombeiros de Vila Real de Santo António, Manifestações Filatélicas e Postais, Sedes e Viaturas dos Bombeiros. Francisco Matoso Galveias, responsável pela Secção de Colecionismo, expõe três coleções, duas de filatelia e uma de cartofilia: Homenagem ao Bombeiro; Bombeiros (Maximafilia e Cartofilia) e Voo pelo Mundo (Aerofilatelia): Albano Parra Santos participa com duas temáticas Natal e Bombeiros e uma mista de Blocos e Pagelas de Macau. Manuel Currito apresenta Uniformes Militares e, Sandra Maria Cabral Santos, O Algarve em pacotes de açúcar. Para o catálogo, Matoso Galveias produziu um texto biográfico e simultaneamente histórico sobre todos aqueles que já comandaram a corporação. Refere o autor que a documentação consultada não esclarece com a necessária clareza quem foi o primeiro comandante. Matoso Galveias pensa que Manuel Pereira Pessoa Aboim, funcionário PUB
aduaneiro, terá sido a primeira escolha para comandar o Corpo de Bombeiros. Acrescenta que, provavelmente, nunca terá chegado a ocupar o cargo em virtude de ter sido transferido para Tavira. Sucedeu-lhe Manuel de Souza Oliva, nomeado em a 28 de fevereiro de 1890, permanecendo no cargo até 15 de dezembro de 1896. Gervásio da Costa Estevens, que foi nomeado a 27 de dezembro de 1896, terá sido o terceiro comandante e exerceu o cargo até 15 de janeiro de 1898. Seguiu-se João António de Castro Barroso (31 de janeiro de 1898 a 15 de novembro de 1902). Já nomeados em pleno século XX, seguiram-se: Manuel Vitorino Pereira Garcia (15 de novembro de 1902 até outubro de 1908); Rodrigo Ferreira Aboim (15 de outubro de 1909 até 28 de agosto de 1926); Luís Cardoso de Figueiredo (25 de janeiro de 1927, a 30 de setembro de 1975). Após a Revolução de Abril, o comando foi ocupado por Jacinto Andrade de Figueiredo, Sérgio Filipe Marques Batista, Paulo Jorge Linares Simões, Francisco Eusébio Horta Serrano e Eduardo Bonança. Consultando o livro Bombeiros Portugueses na Filatelia Portuguesa, de Francisco Galveias, observa-se que a Secção de Colecionismo dos Bombeiros de Vila Real de Santo António é o clube filatélico que mais carimbos alusivos ao tema “Bombeiros” produziu; são já dezasseis, que retratam alguns aspetos do equipamento e da atividade destas associações humanitárias. Ilustrações: postal máximo que reproduz um painel de azulejos existente no local do certame, com Eifa (Crouzet) e carimbo de 17/12/2011. Exposição 35 anos do CCD De 18 a 22 deste mês, o Núcleo de colecionismo do CCD do hospital vai realizar uma mostra de filatelia. Será emitido um selo personalizado e um carimbo comemorativo. Geada de Sousa
Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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Diário do Alentejo 8 novembro 2013
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“Egito”, uma exposição de fotografias de Pedro Barros com textos de Álvaro Figueiredo, vai ser inaugurada amanhã, sábado, pelas 18 horas, na Sociedade Recreativa e Filarmónica 1.º de Janeiro, em Castro Verde, mantendo-se patente até ao próximo dia 15 de dezembro. De seguida, está previsto um jantar “com sabores do Médio Oriente”, para emprestar paladar e cheiro às imagens expostas.
Exposição “Egito” inaugurada na Sociedade 1.º de Janeiro
Fim de semana Dança contemporânea passa por Castro Verde
“I (don’t) belong here”, de Peter Michael Dietz, é o espetáculo que se apresenta entre hoje e amanhã, sábado, em Castro Verde, no âmbito do Festival Dansul – Dança para a Comunidade noo Sudeste Alentejano. A coreografia, que ue é uma reflexão sobre o valor do trabalho alho artístico, coloca em palco um homem só que, “sem dinheiro para contratar ontratar atores e bailarinos”, cria um espetáculo com a ajuda do público. Os espetadores, petadores, diz a sinopse, “sobem ao palcoo criando, com ações simples e diversas, cenas comuns de maior dimensão plástica lástica e interação, entretanto trabalhadas lhadas durante o ensaio aberto”, dinamizado amizado pelo coreógrafo. Durante a tarde rde de hoje, pelas 14 e 30 horas (escolas) las) e pelas 18 horas (comunidade), há dois momentos de contacto com o público no cineteatro municipal. Amanhã, hã, sábado, a coreografia sobe ao palco doo mesmo espaço, pelas 21 e 30 horas.
Pax Julia Metal Festt de regresso à Casa da Cultura O festival Pax Julia Metal Festt regressa para uma terceira edição que terá lugar amanhã, sábado, na Casa da Cultura de Beja. Numa noite (arranca às 21 horas), que promete ser “memorável”” e de “puro heavy metal”, atuam os Dawnrider, nrider, r coletivo de Lisboa, os madrilenos enos Oker, r os Head:Stoned, do Porto, e ainda inda os bejenses Lvnae Lvmen. As honras de abertura cabem aos Cruz de Ferro, banda de Torres Novas.. A marcar este terceiro Pax Juliaa Metal Fest, será inaugurada a exposição “Artistas do Metal”, de ilustrações para capas de discos de vinil, que ocupará a galeria de entrada da Casa da Cultura de Beja com trabalhos de Stephen Gorman (Metallica), Derek Riggs (Iron Maiden), Boris Vallejo (Ozzy Osbourne) e) ou Gottfried Helnwein (Scorpions), pions), entre muitos outros.
Magusto no espaço Os Infantes rtinho, Em fim de semana de São Martinho, sucedem-se os magustos. Em Beja, a festa está marcada para hoje à noite, a partir das 22 e 30 horas, no espaço Os Infantes, com banda sonora ra alentejana. Atuam o Grupo Coral oral de Baleizão e David Pereira & Amigos, migos, mpaniça. que junta o cante e a viola campaniça.
Décimas ao despique na Casa do Alentejo A poesia popular vai ser o tema de mais uma tarde cultural na Casa do Alentejo em Lisboa. Amanhã, sábado, pelas 15 e 30 horas, apresenta-se o livro Ó fala que foste fala – Décimas de Joaquim Espadinha, com as presenças da contadora de histórias e bibliotecária Cristina Taquelim e de Maria da Conceição Ruivo, a quem coube a organização e o prefácio. Haverá também leitura de décimas ao despique, animação musical a cargo do Grupo Coral de Alfundão, beberete e convívio.
“Café Improv” de visita a Beja
Teatro à la carte
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eja está convidada a assistir amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, no Teatro Municipal Pax Julia, ao “único espetáculo do País com música e desenho de improviso em palco a acompanhar a representação dos atores”. A produção, que dá pelo nome de “Café Improv”, tem no elenco Duarte Grilo, Fábio Sousa e Nuno Barbosa, atores, além do músico Pedro Pereira e do artista plástico Pedro Vercesi, e convida, nesta sua visita a Beja, também o ator Pedro Giestas. A receita é a seguinte: juntam-se histórias bem conhecidas do imaginário comum, acrescentam-se-lhe outras, “totalmente improváveis”, improvisa-se “no momento e nada se repete”, e tempera-se com muitas gargalhadas, “a principal banda sonora de toda a peça”. Tudo isto num espetáculo onde “não há impossíveis”, mas sim a garantia de que “todos os contos ainda não foram bem contados”.
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Astronomia: O último eclipse solar do ano teve lugar no passado domingo. Foram milhões, os alentejanos, que aguardaram ansiosamente pelo momento em que José Carlos Malato se colocou à frente do Sol.
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Inquérito
Assunção Cristas não quer mais do que dois administradores da EDIA por apartamento Trata-se de mais uma reportagem do nosso correspondente no cemitério de animais de Odivelas. Depois da intenção de limitar o número de cães por apartamento ter caído em saco roto, a ministra da Agricultura prepara agora uma medida semelhante que promete causar ainda mais polémica: a proibição de ter mais do que dois administradores da EDIA por apartamento! É, pois, numa altura em que a liderança da EDIA está quase a mudar de mãos, que o Ministério da Agricultura avança com esta medida, que considera ser obrigatória para proteger a saúde pública. “Reproduzem-se como coelhos! Uma pessoa quer ter mão neles e, quando dá por isso, são uma praga pior do que aqueles homens que metem as mãos nos bolsos para coçar os testículos discretamente!” explicou fonte do gabinete de Cristas. As associações de criadores de administradores da EDIA, contudo, já vieram a público repudiar esta medida, através da sua portavoz, Lucinda Caniche: “Uma vergonha! Esta medida só pode vir de alguém sem coração... Alguém que nunca viu a carinha de felicidade de um administrador da EDIA a brincar com um rolo de papel higiénico num anúncio publicitário! Ainda na semana passada a minha irmã teve uma ninhada de 15 administradores da EDIA e só conseguiu entregar dois para a adoção. Os outros tiveram de ser enviados para o estrangeiro senão iriam acabar como carne picada para hambúrgueres! Deixem os administradores da EDIA serem livres!... Correr pelos campos, rebolar no chão, pronunciar os nomes dos canais de rega do Alqueva de cor e salteado!”.
Inquérito: recebeu o inquérito do papa? Messejana à vista! MARIA MADALENA DE JESUS, 62 ANOS Apreciadora de Sumo Pontífice de Maracujá
Piratas somalis tomaram conta do barco do Capitão Iglo ao largo da praia de Messejana Nos últimos sete anos, piratas somalis ganharam 330 milhões de dólares através de pedidos de resgate, facto que levou a indústria dos raptos, muito frutífera na Somália (bem como a da poliomielite), começar a correr mundo, quer através de franchisings, quer através da emigração de piratas somalis qualificados sem oportunidades no seu país Natal e à procura de trabalho noutros paraísos terrestres… como Portugal. De facto, segundo apurámos, os primeiros piratas somalis já chegaram à nossa região e começaram a trabalhar de imediato: ao largo da praia de Messejana, raptaram o Capitão Iglo, roubaram seis toneladas de douradinhos de carpa e venderam as crianças que apareciam nos anúncios da marca, vestidas de marinheiros, para experiências científicas. A tensão tornou-se de tal modo palpável junto à marina daquela vila alentejana que gerou curiosidade, inclusive, em Hollywood, onde uma produtora anunciou que pretende fazer uma versão portuguesa do filme “Capitão Phillips”, com base nesta história, e até já terá escolhido os atores e compositores: Ruy de Carvalho será o Capitão Iglo, Pedro Granger interpretará o papel de douradinhos e a banda sonora ficará a cargo dos Irmãos Verdades. Entretanto, os piratas de Quintos, como gostam de ser chamados, já estarão a pensar em “projetos para o futuro”, os quais, diz-se, incluirão os raptos do Capitão Gancho e do Capitão Roby.
ria Mariana Alcofoantes teria afirmado, num clube literário, que prefe a filha que todos gosrado a Florbela Espanca. “A Mariana Alcoforado é pessoa em que podetariam de ter. Ajuizada, amiga do seu amigo, é a s hóstias… Agora a uma mos confiar se queremos um pão de rala ou iro, é paixão por este Florbela, ui, ganda maluca! Ela é idas ao cabeleire ar a pílula, é noitae por aquele, é idas ao Centro de Saúde para ir busc contrário da Mariana das no SClub… Sujeita a apanhar clamídia, ao ao o o temp pé da janela”, declante, um que só apanhava gripe por estar tant teme recen izou, agon prot FIFA, da te iden pres revoltado imediataJoseph Blatter, rou. Ao que parece, o Governo português ter-se-á dee ldo Rona a i Mess ria prefe que ou afirm afirmado que iria momento infeliz quando te contra esta afronta à literatura portuguesa e men um a va elha assem se que s uguê port pois fez uma imitação do jogador para defender Portugal da FIFA, desde via, não é a pri- até às últimas consequências Toda a. guet mala uma lir engo de is depo ira Olive Camilo fosse angolano. já que dias que o presidente da instituição não tipo, e dest s mica polé em lve envo se er Blatt meira vez que
Blatter diz que prefere a Mariana Alcoforado à Florbela Espanca porque esta “passava o tempo no cabeleireiro e só pensava em namorar!”
Já o tenho aqui comigo e confesso que estou um bocadinho desiludida. Até percebo aquelas perguntas sobre o divórcio e o casamento entre homossexuais, mas estava à espera de outras perguntas do papa Francisco, como: Porque é que o “70X7” não passa antes do Telejornal? O Carrilho arreou na Bárbara ou foi ela que caiu das escadas? A açorda à alentejana leva salsa ou coentros? Esta batina branca faz-me a anca larga? Enfim, aquilo que interessa…
MAXIMINO ISCARIOTES, 68 ANOS Pessoa revoltada Isto é mais uma deriva fascizóide da igreja contra a população mundial. O papa faz-se muito simpático, mas aquilo é tudo fogo de vista. Agora está muito preocupado com os homossexuais, mas esquece-se de outras minorias como os pernetas, os hermafroditas, os albinos, os pernetas hermafroditas, os pernetas hermafroditas albinos ou leitores da Margarida Rebelo Pinto. Posso ser franzino, mas ninguém engana o Maximino.
MOISÉS SACRISTÃO, 20 ANOS Autor do jogo do Facebook Catecismoville Recebi e como católico estou revoltado! Andar a perder tempo com isto dos homossexuais é um abuso… Toda a gente sabe que os homossexuais são responsáveis pelos grandes males da humanidade, como os tremores de terra, o vinagre balsâmico ou o aloé vera. Eu vi logo que isto de nomearem um argentino ia dar barraca! Afinal, tirando o Maradona, o Gardel, o Di Maria, o Borges, a Evita, o Gaitán, o Fangio, o Piazzolla, o Aimar, o Quino, o Messi, o Che Guevara, o Cortázar e o Enzo Pérez, o que é que a Argentina alguma vez fez pela humanidade?
Nº 1646 (II Série) | 8 novembro 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Filho Por causa do amor, um filho nasce sempre nove meses antes de nascer. Há logo uma emoção a formar-se ainda antes de qualquer carne, muito mais cedo do que qualquer osso. Na verdade ainda nada há que se veja através de uma ecografia. Só as palavras do pai e da mãe, cristalinas e contentes, o conseguem mostrar. E depois a barriga cresce e arredonda porque ela é a casca que protege a vida que há de ser. O pai percorre a ideia do filho com as mãos abertas. Tenta inventar o corpo por debaixo da pele da mãe, tenta descobrir os contornos dos seus genes. Dentro da mãe há um escultor de gente, esculpindo lentamente um pequeníssimo corpo. Dia após dia, semana após semana, lua após
lua, mês após mês. Do nada fazendo pele e carne e ossos e cabelo e unhas, desenhando lábios e narizes, pintando olhos. E por último, quando tudo estiver feito, enche-lhe o peito do primeiro choro. E quando o filho nasce – por causa do amor pela segunda vez – o pai e a mãe querem perceber se o escultor de gente não se esqueceu de nada e o trouxe perfeito a este mundo. Um filho quando nasce é todo o futuro. Nunca se deve ter pressa que ele cresça, pois aquele corte do cordão umbilical é pura ilusão. A palavra pai é tão pequena como a palavra mãe, mas a palavra mãe é muito maior. Vítor Encarnação
quadro de honra Jorge Machado, 33 anos, natural de Vila Nova da Baronia Despertou para a música, bem cedo, pela mão do pai, que tocava em bandas de baile e lhe deu a ouvir grandes nomes do rock dos anos 70 e 80, como Creedence Clearwater Revival e Fischer Z. Também ele haveria de animar salões e bares, ao longo de mais de 15 anos, o que lhe deu a rodagem e a segurança necessárias para o trabalho a solo “Influências”. Um disco agora apresentado ao público em Viana do Alentejo, onde reside com a companheira, Ana Lúcia Carrilho, também uma colaboradora imprescindível.
“Influências” foi lançado a 19 de outubro, em Viana do Alentejo
Um álbum que fala de amor
J
orge Machado é admirador de Rui Veloso, Beatles e Guns ‘n’ Roses, pelo que é inevitável encontrá-los no seu álbum de estreia, a que deu o nome, justamente, de “Influências”. Ao todo, são 11 temas, quase todos escritos e compostos por si, e atravessados pelo tema do amor, que considera “o sentimento mais forte e bonito do mundo”. Um trabalho que usa também a música como um despertar de consciência: para a escravatura infantil no Gana e para os doentes de esclerose múltipla. Fala do álbum “Influências” como a realização de um sonho antigo. Que percurso o trouxe até aqui?
A música entrou na minha vida muito cedo. O meu pai fez parte de bandas de baile, no tempo em que se tocava Santana, Creedence Clearwater Revival e Fischer Z, e acabou por me influenciar a ouvir boa música. Eu iniciei-me nos bailes com 15 anos, terminei essa fase há cerca de dois, e pelo meio participei em vários projetos, desde a música alentejana, com o grupo Alencanto, do qual fiz parte, a bandas de bar, sendo a mais conhecida os Sparkling Dash. Até que finalmente decidi trazer à luz do dia o “Influências”. PUB
Quais são as suas “influências” e de que forma se encontram refletidas neste primeiro CD?
Quem me conhece, sabe que sou uma pessoa com um gosto musical muito próprio. Rui Veloso é e será sempre o meu ídolo português, e, a nível internacional, os Beatles e os Guns ‘n’ Roses, sem dúvida. Este álbum acaba por ter um pouco da sonoridade do Rui Veloso, mas não foi de todo propositado. É simplesmente a forma como sinto a música neste momento. Na primeira apresentação pública, há dias, no Cineteatro Vienense, fez-se acompanhar de Filipe Máximo, dos Ortigões Legacy, e de Olavo Bilac, vocalista dos Santos e Pecadores. Porquê estas escolhas?
O Filipe Máximo é um amigo de sempre, desde o tempo de escola onde as guitarras ocupavam mais um banco do autocarro e nos acompanhavam para todo o lado. Por isso mesmo não fazia qualquer sentido eu apresentar o meu primeiro disco sem a participação dele. O Olavo Bilac acaba por ser também uma referência da música portuguesa, e em conversa com o seu agente surgiu a hipótese de poder contar com o seu talento no lançamento do “Influências”.
Obviamente que nada disto seria possível sem todo o apoio que o município de Viana do Alentejo me deu, e toda a organização da minha esposa Ana Lúcia Carrilho. A todos o meu muito obrigado. São 11 temas, escritos e compostos por si. Há um fio condutor entre eles ou são fruto de experiências e inspirações diversas?
São realmente 11 temas escritos e compostos por mim, excetuando três: “Alma do mundo”, “Quem me dera” e “Sem aviso”. Nestes temas, a letra foi escrita em conjunto com a Ana Lúcia Carrilho. Digamos que este álbum fala maioritariamente no amor, que considero ser o sentimento mais forte e bonito do mundo; depois tenho dois temas que são inspirados em duas causas distintas. “Os olhos do Lago Volta”, que fala e tenta fazer um alerta sobre a escravatura infantil que existe no Gana em torno do Lago Volta; e o “Sem aviso”, que é uma espécie de homenagem a todas as pessoas que tentam viver, da melhor forma possível, com uma doença que dá pelo nome de esclerose múltipla. Por isso penso que este álbum acaba por ter as mais diversas inspirações. Carla Ferreira
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Muito nublado é como se apresentará hoje o céu, num dia em que a temperatura máxima atingirá os 19 graus. Amanhã, apesar do céu descoberto, os termómetros descem até aos 17 graus, e, no domingo, até aos 16.
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O “universo do vinho” para explorar em Vidigueira “Explore o universo do vinho” é o desafio que a Câmara de Vidigueira, em parceria com a Associação Vitifrades, lança a autóctones e visitantes no âmbito das comemorações do Dia Europeu do Enoturismo, entre amanhã, sábado, e domingo. Entre as atividades previstas, destaca-se um workshop de iniciação à prova de vinhos, na Sociedade Recreativa Vilafradense; as “Conversas à Roda do Vinho”, a partir das 15 horas de domingo, na vila romana de São Cucufate; e também no domingo, pelas 17 horas, a comemoração do São Martinho, com prova de vinho novo e petiscos, na adega da Vitifrades.
“A Grande Idade” debatida em São Teotónio A delegação do Alentejo da Associação Amigos da Grande Idade vai promover em São Teotónio, Odemira, no próximo dia 18, a conferência regional “A Grande Idade”, sobre o tema do envelhecimento. O evento, a decorrer a partir das 14 horas, no auditório da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, conta com o apoio do município local , e terá a participação do médico Daniel Serrão. Serão também apresentados a Unidade Móvel de Saúde do Centro de Saúde de Odemira, o projeto “A Vida Vale”, e o estudo de opinião “Domicílio/Lar - que tipo de residência o idoso prefere?”.
Biblioteca da SPA recebe nome de Urbano Tavares Rodrigues Urbano Tavares Rodrigues, escritor de origens alentejanas falecido em agosto último, vai dar o nome à biblioteca da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), conforme decisão unânime da direção da cooperativa, que pretende assim homenagear “um dos nomes mais importantes da cultura portuguesa do último meio século”. Urbano foi “membro destacado da SPA, à qual ofereceu um tríptico pictórico com a sua imagem”, lembra a direção, informando que, recentemente, a viúva e o filho do escritor ofereceram à SPA a máquina de escrever que Urbano utilizou durante décadas.