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SEXTA-FEIRA, 15 NOVEMBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1647 (II Série) | Preço: € 0,90
Reorganização do ensino superior apela à fusão entre instituições da mesma região
Institutos politécnicos com cursos “profissionalizantes” já em 2014/2015 JOSÉ FERROLHO
JOSÉ SERRANO
pág. 8
Estas “internetes” não são para velhos? Daniela e João: Os novos rumos da arte de barbear págs. 16/17
Saúde em Beja abre guerra entre PSD e PS pág. 7
Tráfico de seres humanos em Serpa pág. 9
Os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística não enganam: o Alentejo é a região do País onde as famílias têm menos computadores em casa e acesso à Internet. O “Diário do Alentejo” quis perceber esta realidade e foi até à aldeia de Albernoa onde recolheu histórias fantásticas de amor e ódio a essa coisa mirabulante chamada “internetes”. págs. 4/5
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ERT quer certificar destino Alentejo pág. 10
Seleção de Beja na fase final da Taça das Regiões pág. 18
Vice-versa
Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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Editorial
“A última ação da empresa, de abate de sete mil azinheiras e sobreiros e 4 500 oliveiras, que serviam de apoio a projetos de introdução de águias-pesqueiras, é mais um caso evidente da tendência para o desprezo manifestado frente à legislação ambiental e aos compromissos assumidos pela EDIA após a avaliação de impacte ambiental”.
Reorganizar
Liga para a Proteção da Natureza (LPN), em comunicado
Paulo Barriga
E
les andam aí. Melhor, eles continuam aí. Sabe-se ao que andam e sabe-se que continuam. Mas raramente se sabe quando vão mostrar os dentes. E quando se dá por eles, geralmente, é demasiado tarde. Governo e governados usam dois termos diferentes para os ataques predadores do primeiro sobre os segundos: reorganização e cortes. Para quem governa, reorganiza-se. Para quem é governado, corta-se. Reorganizar é coisa fina. Cortar é coisa grossa. A reorganização advém da retórica. O corte doi de facto no lombo. Reorganizar. Na verdade, esta palavra até fica mal a quem nos governa. Porque reorganizar significa, mais coisa menos coisa, organizar de novo, progredir, inventar melhoramentos. Proposições que não assistem propriamente aos nossos governantes de hoje. Aos governantes do corte. Quando falam, por exemplo, em reorganização do parque escolar, o que querem mesmo dizer é fechar escolas no interior do País. Quando fizeram a reorganização do território, o que de facto lhes ocorreu foi somente riscar freguesias do mapa e em seguida riscarão os concelhos. Quando se preparam para reorganizar o sistema de saúde, mais não querem do que reduzir camas nos hospitais da periferia ou oferecê-los, os hospitais, à caridade das misericórdias. Quando se propõem reorganizar a segurança interna, querem mesmo é acabar com quartéis e esquadras da polícia e da guarda. O mesmo acontecerá com os pequenos tribunais de comarca, na reorganização do mapa judiciário. Ou com as repartições de finanças de proximidade, na reorganização do sistema tributário. A palavra reorganização, cada vez que é inscrita nos diplomas deste Governo, é uma verdadeira bomba atómica para quem teima em viver fora dos grandes centros urbanos. Pelo que a notícia desta semana que dá conta da reorganização do ensino superior em Portugal é qualquer coisa de temível. A machadinha do carrasco pende agora e também sobre o pescoço do Instituto Politécnico de Beja. E quando o verdugo deixa cair a lâmina, já o sabemos, é mesmo para cortar. Que é a palavra de que o Governo não gosta e por isso inventou a outra que tal: reorganizar. Eles continuam aí.
“Por não caber na sua competência, a EDIA não promoveu nenhum concurso nem nunca assinou qualquer contrato com entidades autorizando o corte das referidas árvores. EDIA faz parte do projeto de reintrodução da águia-pesqueira e foram inclusivamente as equipas de monitorização e vigilância ambiental da EDIA que alertaram as entidades competentes sobre as eventuais afetações dos cortes de árvore sobre os valores ambientais existentes na albufeira de Alqueva”. Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, em comunicado
Fotonotícia “Pelos nossos meninos” Todos à porta da escola “pelos nossos meninos”. Foi este o nome que os pais dos alunos da Escola de Santiago Maior escolheram para as ações de protesto que realizaram em Beja. Continuam a faltar professores e terapeutas para alunos com necessidades educativas especiais. Desde o início do ano letivo que não foram colocados e os pais, de protesto em protesto, reivindicam uma escola pública para todos. Alertam ainda para a falta de pessoal não docente, que as turmas são maiores do que o permitido e que as refeições servidas na escola têm de ser de qualidade e em quantidade suficiente. Uniram-se, enviaram cartas, solicitaram reuniões, para que os oiçam uma e outra vez, quantas vezes forem necessárias, garantem, e na segunda-feira, num ato derradeiro, encerraram esta mesma escola a cadeado. Não vieram respostas e na quarta-feira voltaram a sair à rua. Pelos seus meninos.BS Foto de José Ferrolho
Voz do povo O que pensa da falta de apoio a alunos com Necessidades Educativas Especiais?
Mariana Chorão 63 anos, doméstica
Maria Vitória 62 anos, professora aposentada
Cada vez há mais injustiças neste mundo. Os mais necessitados têm vindo, continuadamente, a perder ajudas. As famílias são cada vez mais exploradas. Sozinhas, não lhes podem valer convenientemente. E as crianças com NEE deixam de ter auxílios fundamentais. Devia ser dever do Estado olhar por estes casos. Ter responsabilidade. Mas eles são surdos. Não ouvem ninguém.
É muito mal feito. Estas crianças necessitam de um apoio especializado e individualizado. Inseridos num sistema de ensino, sem qualquer tipo de apoio específico, ficaram de certa forma, perdidos. Os objetivos na evolução educativa destes alunos podem ficar comprometidos. E esse desenvolvimento é um direito que lhes assiste. Estas crianças não podem ser discriminadas.
Ana Sebastião 44 anos, técnica de marketing (desempregada)
O Governo continua a apresentar medidas cada vez mais injustas. As crianças com deficiência precisam da ajuda especializada dos terapeutas. Que não lhes pode ser retirada. Se isso acontecer pode ser desastroso. Porque têm necessidades que precisam ser acompanhadas diariamente. Não há sensibilidade alguma em relação a estes problemas. Com crianças. Que são o futuro.
Inquérito de José Serrano
Maria Góis 53 anos, doméstica
As crianças, qualquer criança, devem ter por parte da sociedade uma atenção especial. Retirar apoios àquelas que mais precisam, com necessidades especiais, é quase desumano. As famílias sentem-se cada vez mais sozinhas, desesperadas. Não se consegue fazer face a estes problemas isoladamente. Aos políticos, não lhes passa pela cabeça as carências com que as pessoas vivem.
Rede social
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 7 LISBOA PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO MANIFESTARAM-SE Docentes do primeiro ciclo do ensino básico manifestaram-se, em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, contra o aumento do seu horário letivo, num protesto convocado pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof). Docentes da região participaram no protesto. Segundo a maior organização sindical de professores, afeta à Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), o Ministério da Educação deixou de financiar uma hora semanal das atividades de enriquecimento curricular e, a pretexto da reorganização do primeiro ciclo do ensino básico, levou as escolas a aumentarem a carga letiva semanal dos docentes.
SEXTA-FEIRA, DIA 8 BEJA PSP APREENDE COBRE FURTADO A PSP anunciou que apreendeu 200 quilogramas de cobre furtado e levantou dois autos de contraordenação, durante uma operação de combate ao furto de metais não preciosos na cidade de Beja. Num comunicado enviado, a PSP precisa que a operação esteve a cargo de várias valências policiais do Comando Distrital de Beja.
SÁBADO, DIA 9 MÉRTOLA ENCONTRO DE ASSOCIAÇÕES CULTURAIS E RECREATIVAS A Câmara de Mértola promoveu o 6.º Encontro de Associações Culturais e Recreativas do concelho, que decorreu na localidade de Tacões, na freguesia de São João dos Caldeireiros. Segundo a Câmara de Mértola, o encontro realizou-se no âmbito da política municipal de descentralização territorial das atividades culturais e desportivas e de aproximação e participação das instituições locais na preparação do plano de atividades e orçamento da autarquia para 2014 nas áreas da cultura e do desporto.
DOMINGO, DIA 10 FERREIRA DIA EUROPEU DO ENOTURISMO Um “enojantar sob as estrelas” e um passeio, para dar a conhecer pontos de interesse do património cultural de Ferreira do Alentejo, marcaram as comemorações no concelho do Dia Europeu do Enoturismo. Realizou-se ainda um passeio na segunda-feira para dar a conhecer uma oficina de trabalhos em ferro forjado, um fumeiro tradicional alentejano e uma herdade, incluindo um almoço de degustação de uvas num restaurante. As comemorações foram promovidas pela Câmara de Ferreira do Alentejo em parceria com uma empresa de animação e o recém-criado Grupo de Trabalho de Turismo, constituído pelas unidades de alojamento e restauração do concelho.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 11 SANTIAGO 300 PESSOAS PARTICIPARAM EM MAGUSTO Mais de 300 pessoas, das instituições de reformados do concelho de Santiago do Cacém, participaram no almoço-convívio e magusto tradicional de São Martinho. A iniciativa foi promovida pela autarquia e o objetivo foi “proporcionar momentos culturais, de convívio e de partilha à comunidade sénior”. O pavilhão de feiras e exposições encheu-se de participantes e, após o almoço, a tarde foi animada com uma passagem de modelos de aventais alusivos ao São Martinho. Não faltaram as castanhas assadas e a água-pé.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 11 BEJA ANA PAULA FIGUEIRA APRESENTOU NOVO LIVRO Sem óculos cor-de-rosa, um livro infantil para todos os públicos, da autoria da professora do Instituto Politécnico de Beja Ana Paula Figueira, foi apresentado em Beja. O lançamento do novo livro da professora, ilustrado por Susa Monteiro, decorreu na Santa Casa da Misericórdia de Beja. O livro foi apresentado pelo presidente da Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, e pelo investigador do Instituto de História Contemporânea e professor do ensino secundário Constantino Piçarra.
3 perguntas a “Fora da Gaveta” Grupo criado por jovens criativos em Castro Verde
Como surgiu o grupo “Fora da Gaveta” em Castro Verde? Foi criado por jovens criativos. Sentiram a necessidade de fazer algo?
O grupo “Fora da Gaveta” surgiu em Castro Verde, e de uma necessidade de sair para “fora da gaveta”, tal como o nome do grupo indica, pondo em prática as nossas ideias, designadamente em diversas áreas artísticas. Tudo isto começou com a nossa participação num festival de cinema e multimédia que se realiza em Castro Verde, organizado pela escola secundária local. Nesse mesmo concurso par ticipámos com a cur tametragem “O Pedido”, tendo este trabalho ganho o Prémio Aplauso. Este prémio deu-nos motivação para nos lançarmos neste projeto.
Polícias entregaram memorando na Câmara de Beja Os polícias de segurança pública entregaram na Câmara Municipal de Beja, e em outras autarquias, um memorado contra a austeridade na área da segurança interna, nomeadamente no Orçamento do Estado para 2014. O mesmo também seguiu para a Assembleia da República.
José Duarte no 1.º Festival de Jazz de Beja Beja está a receber o seu 1.º Festival de Jazz e o “pontapé de saída” aconteceu na terça-feira, com uma conferência.“(Con)Vivências” foi o tema em debate e teve como preletor José Duarte, crítico e divulgador de jazz em Portugal.
Quais são os objetivos deste grupo? Qual a missão principal deste projeto?
A nossa missão principal é entreter e, posteriormente, num momento de interação com vários jovens, levá-los ao mundo das artes, aliando, assim, a experiência de “fazer” com a experiência de “perceber” a arte, envolvendo-os no processo, fazendo, deste modo, com que estes se interessem e, de alguma forma, encarem o dia-a-dia com mais criatividade. Temos também como objetivo entreter o público em geral com as nossas produções. Já frisaram que a vossa missão é entreter. Como pretendem concretizar este objetivo? Há ideias?
Este projeto, como o próprio nome indica, pretende colocar em prática as ideias que todos nós temos dentro da gaveta e retirá-las para “fora da gaveta”, tornando-se, deste modo, uma forma de expressão artística e, ao mesmo tempo, entretenimento e forma de passar conhecimento ao público em geral, nomeadamente através das nossas produções, sejam elas teatro, cinema ou ilustração. Até hoje já fizemos três curtas-metragens, designadamente “O Pedido”, “O Pôr-do-Sol” e “A Sandes”.
“Café Improv” improvisou gargalhadas O Teatro Municipal Pax Julia foi o palco de “Café Improv”. Teatro à la carte. O único espetáculo do País com música e desenho de improviso a acompanhar a representação dos atores. Duarte Grilo, Fábio Sousa, Nuno Barbosa e Pedro Giestas arrancaram gargalhadas.
Capitães da Areia celebraram São Martinho em Mértola O fim de semana foi de São Martinho e, para além das castanhas assadas e da água-pé, servidas à população pela autarquia, no salão dos antigos bombeiros, também não faltou a música. O Cineteatro Marques Duque recebeu o concerto de Capitães da Areia.
“Music Night” encheu pavilhão em Aljustrel Bruna Soares
Uma “Music Night” no pavilhão do Parque de Feiras e Exposições de Aljustrel. O ritmo do kizomba provocou uma verdadeira enchente e quem lucrou foi o clube de futebol da terra, o Mineiro Aljustrelense. Irmãos Verdades, Ruben Baião e Duo MM foram os protagonistas.
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Tema de capa
Em Albernoa, os computadores são odiados, mas também amados
As “internetes”, esse mundo paralelo Pouco mais de metade das famílias alentejanas têm computador em casa e
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estida de preto, do chapéu às meias, Mónica Pratas sobe vigorosamente o Jardim Central na direção da junta da freguesia, contrastando com a placidez dos seus conterrâneos homens, que a meio da manhã já ganham raízes nos bancos de fronte da Associação Os Amigos de Albernoa. A pergunta apanha de surpresa a viúva: “Já alguma vez usou um computador?”. Solícita, a septuagenária confessa que não sabe ler e que não pode ajudar-nos. Mas não parece ter vontade de arredar pé e paga para ver. “Não, nunca usei um computador; eu cá digo que isso é muito mau”, dispara. É que, mesmo sem fazer uso das novas tecnologias da informação, Mónica consegue ter uma ideia do que se trata. Basta olhar para os que lhe são mais próximos e perceber que não deve ser coisa boa. “Os moços levam muito tempo agarrados a isso, tanto os pais como os filhos. Vou à casa dos meus netos e eles lá estão naquilo mas eu não me sento a ver”, comenta, como se quisesse desviar do olhar alguma coisa maléfica. Na aldeia, também já se passaram “muitas situações desagradáveis” graças a essas coisas que dão pelo nome de Internet e Facebook e que, no entender da antiga trabalhadora rural, “servem para as pessoas porem lá a vida toda e, às vezes, para se ofenderem”. Pelo menos, é o que se comenta nos cafés, salvaguarda Mónica, que parece ter uma certa alergia a ecrãs. “Televisão pouco vejo, tenho dias que não a abro”, admite, confessando-se adepta, isso sim, das aulas de ginástica e das caminhadas com o “enfermeiro João”. Ar livre, movimento, conversas cara a cara – é disso que gosta. Até para tratar das questões práticas que muitos dos mais novos já resolvem fazendo uso do teclado: “Vou ali ao posto dos Correios, na junta, recebo a reforma, pago a luz, a água”. Na ladeira, outras duas mulheres vestidas de preto caminham em passo rápido, apesar do peso dos baldes, dos sacos, fazendo adivinhar um dia de lida. São 11 da manhã e já Catarina Brito, antiga comerciante de 73 anos, resmunga que está atrasada para fazer o almoço. Mas acede, sorridente, a cinco minutos de conversa, confessando que “nunca” mexeu num computador simplesmente porque não quis: “Graças a Deus, podia ter comprado um, mas não o fiz e com esta idade já não vale a pena”. O que sabe sobre esse universo paralelo da Internet, e que é quase nada, é através dos filhos e netos, mas pelo que já viu parece-lhe uma “coisa útil”. “Sei que eles usam muito, põem lá coisas e vão à procura de outras que querem ver e saber. Sei que para eles é útil. E também já ouvi falar no email… Mandam-se as mensagens e as outras pessoas rapidamente recebem, em qualquer lugar do mundo, isso eu sei”,
acesso à Internet. Os dados são deste ano e resultam de um inquérito aplicado pelo Instituto Nacional de Estatística, que coloca o Alentejo aquém do todo nacional e em grande contraste face a Lisboa, a região que apresenta as proporções mais elevadas de utilizadores de tecnologias da informação e da comunicação. O “Diário do Alentejo” escolheu uma aldeia ao acaso do mapa do concelho de Beja e foi conhecer as vidas por detrás dos números. Indagar o que sabem e o que pensam os albernoenses sobre a Internet e os seus mistérios. E o que encontrou foram sentimentos extremos: ou se ama ou se odeia. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
exemplifica. “E o Facebook?”, perguntamos. As amigas rompem em risos. É, pelo que se vê, assunto que está na ordem do dia. “Isso agora é moderno, todos têm. É para saberem da vida uns dos outros”, comenta Catarina, sem duvidar. E Maria Emília Franco, três anos mais velha e antiga emigrante em França, desvenda o motivo das risotas. Parece que também ela, que é contra a Internet, que “se mandasse acabava” com tal coisa, foi apanhada naquela que continua a ser a maior rede social do mundo. “Fui fotografada… eu mais ela… andamos já metidas nisso”, comenta, envergonhada, mas sem se importar muito com a exposição, fruto, afinal, de uma partida amistosa da “malta nova que gosta de brincar com os velhos”. Mas o que leva Maria Emília Franco a sustentar uma posição tão firme contra “as internetes”, como lhe chama? Para a ex-emigrante, a resposta parece tão óbvia que quase nem merece desenvolvimentos. “Não ouve, não vê o que se passa?”, pergunta, indignada. “As internetes deram cabo da vida das pessoas, porque agora falam com outras que às vezes nem conhecem e vão fazer coisas que não devem fazer. O resultado é o que às vezes a gente vê na televisão”, sentencia, lacónica, como que a sugerir “para bom entendedor…”. Se a conversa se tornou global, com tudo o que de bom e de mau isso significa, o velho comércio ambulante é que parece não ter passado de moda, pelo menos em Albernoa. Por esta altura, já a carrinha de Amândio dos Santos está estacionada junto à frontaria da junta de freguesia, a exibir na caixa aberta um leque colorido de frutas e legumes frescos. A vizinhança vai-se aglomerando para se aviar para o almoço e o assunto dos “computadores” pega como fogo em pasto seco. O vendedor, que há mais de 30 anos tem banca no mercado de Santo Amaro, em Beja, nunca mexeu num computador, mas construiu sobre a Internet um imaginário que está algures entre o mágico e a ficção científica. “Sabe-se o que se passa amanhã e depois, não é? Imagino que é uma coisa que vai captar certas coisas que há, e que até pode captar a meteorologia. Parece que é um aparelho belíssimo”, avança, elogiando as vantagens que tal “coisa” parece ter na vida dos mais novos, filhos e netos incluídos. “Para eles, é uma ferramenta do dia-a-dia. Dá mais descanso às pessoas; têm ali tudo gravado, já não se esquecem, vão lá ver… Antigamente, fixava-se tudo na ideia mas as coisas eram muito menos, o stress era menos”. Amândio não desconhece tudo, sabe muito bem como se chama o periférico que faz movimentar o cursor no ecrã de um computador, mas não resiste a uma brincadeira. “Rato? Fui criado com eles, são meus irmãos. Pen? Há uma palavra quase igual mas eu não digo”, ri-se, a
Metade das famílias alentejanas acedem à net
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bom rir, enquanto a mulher o olha de esguelha, desaprovadora. Palavras como “chat”, “skype”, “pen”, “Farmville”, “gosto” e “adicionar”, entre outras desse mundo etéreo que é a net, são, no entanto, presença diária no vocabulário das amigas Teresa Varela e Idalina Raposo. São amigas de Albernoa, no mundo real, e também no Facebook, e as suas vidas claramente dividem-se entre um aC e um dC: “antes” e “depois” dos computadores. Enquanto escolhe, a dedo, as hortaliças que há de levar para casa, Teresa Varela, com 62 anos, conta que entrou pela primeira vez em contacto com as novas tecnologias da informação quando, há cinco anos, se inscreveu no programa Novas Oportunidades para concluir o nono ano de escolaridade. “Na altura, eles forneciam computadores a um preço mais barato e eu comprei um”, lembra, sublinhando que foi assim que realizou as suas tarefas escolares mas que, rapidamente, concluído o 12.º ano, a “utilidade” académica chegou ao fim, para dar lugar a outra, igualmente importante em seu entender. “Falo com as minhas amigas, jogo, empato lá muito tempo… Vou ver os jornais todos os dias e estou em contacto com os meus familiares, através do chat do Facebook. É útil, faz-me companhia, entretém-me, passo ali o tempo…”, confessa, convidando-nos a ver as suas colheitas no Farmville, uma horta virtual que vai gerindo a partir da sua sala, forrada de fotografias de família. Idalina Raposo, visita assídua em casa de Teresa, aproveita uma brecha para entrar na sua própria conta do Facebook. Não se distrai com jogos, diz que depois de tantos anos a “cavar de enxada”, já teve a sua conta de “quintas”. Mas em publicações é rainha. “Ainda ontem fui ao comício que houve em Lisboa pelos 100 anos do Álvaro Cunhal, e já aqui publiquei os vídeos”, aponta, abrindo os álbuns onde guarda as fotografias de almoços de convívio, viagens e caminhadas com o marido que, sem qualquer interesse pelo assunto, também tem uma conta aberta. Por ela. Idalina é uma força da natureza e a expressão que ela própria usa, “fazemos a festa: deitamos os foguetes e apanhamos as canas”, define-a bem. Conhecer pessoas é com ela. Mesmo que nunca as tenha visto cara a cara: “Tenho um compadre que está na Austrália, também tenho boas amigas na Suíça, e, no ano passado, conheci pessoalmente, na Feira de Castro, uma ‘amiga’ que vive em Faro. Adorei conhecê-la”. O que não lhe agradou muito foi ter encontrado no Facebook do marido uma tal de Idalina Raposo, viúva brasileira, “com o meu PUB
corpo, o meu casaco, mas uma cara que não era a minha”, e que fazia uma proposta de casamento ao seu mais-que-tudo. Uma brincadeira, por certo, não se sabe de quem, mas que Idalina resolveu “eliminando aquela pessoa”. “É belíssima a Internet”, clama aos quatro ventos, e já a prescreveu, como se de um remédio se tratasse, a viúvas deprimidas. “É uma distração. Em dias em que não há luz, já não sei o que é que hei de fazer. É um dia estragado”. Atraído pelo alarido, António Fernandes,
marido de Teresa, aparece na sala e fixa o ecrã com o interesse de um vegetariano diante de um prato de presa ibérica. “Não me distrai. Para mim é ler o jornal, ver a televisão e mais nada. A minha senhora que diga: nunca lhe mexi, nem tão pouco aí no rato”, justifica-se. E as amigas confirmam, condescendentes, enquanto se passeiam pelas cronologias, revivendo momentos bem passados, comentários e polémicas políticas. Uma “colheita” das últimas Autárquicas.
egundo os resultados de um inquérito recente, levado a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Alentejo é a região do País onde se verificam as percentagens mais reduzidas de utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC). Pouco mais de metade das famílias alentejanas têm computador em casa (56 por cento), acesso à Internet (52 por cento) e ligação através de banda larga (51, 3 por cento). Números que colocam este território a sensivelmente 10 pontos percentuais do todo nacional, tendo-se verificado que, em 2013, 67 por cento das famílias portuguesas têm acesso a computador em casa e 62 por cento dispõem de ligação à Internet por banda larga. Globalmente, e concretamente no que diz respeito às pessoas com idades entre os 16 e os 74 anos, verifica-se que 64 por cento usam computador, 62 acedem à Internet e 15 por cento efetuam encomendas on line. Neste item, também o Alentejo é a região que regista menor frequência de utilizadores de TIC: computador (58, 1 por cento); Internet (56, 1 por cento); comércio eletrónico (14 por cento). Contrastando com Lisboa, a região que apresenta as proporções mais elevadas de utilizadores de computador (76, 4 por cento), de Internet (75 por cento) e de comércio eletrónico (18, 4 por cento). O Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias foi aplicado entre maio e junho últimos, e percorreu 10 128 alojamentos de residência principal, a que correspondem 7057 agregados domésticos “com pelo menos uma pessoa com idade entre os 16 e os 74 anos e igual número de pessoas nesse âmbito etário”. CF
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João Ramos preocupado com TDT
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No âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2014, o deputado do PCP eleito por Beja, João Ramos, confrontou o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, responsável pela política de comunicações, com a “escandalosa situação provocada pela migração do sinal televisivo para o sistema de Televisão Digital Terreste”. Realçando que “diversas populações do distrito de Beja denunciaram o problema, quer através de petições entregues na Assembleia da República, quer noutras instâncias”. O PCP diz que “da parte do Governo nem uma palavra sobre a situação”.
Alentejo com mais fundos do QREN Mais de 90 por cento dos fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) vão em 2014 para as regiões “mais pobres” do Norte, Centro, Alentejo e Açores, anunciou o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, no parlamento. O ministro falava na comissão conjunta de Orçamento, Finanças e Administração Pública, Economia e Obras Públicas, Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local e Ética, a Cidadania e a Comunicação. E afirmou que os fundos do QREN serão, nos próximos anos, o “essencial daquilo que este ou qualquer governo disporá para apoiar o investimento e a atividade económica em geral”.
Mário Simões afirma que os partidos tradicionais faliram
PSD de Beja recebeu seis propostas de expulsão O conselho de jurisdição distrital do PSD está a averiguar seis militantes de Beja e Ourique que participaram ativamente em listas de outros partidos, embora não as tenham integrado. Há quem exija a desfiliação imediata dos envolvidos, tal como aconteceu com os 26 militantes de Almodôvar. Já o líder distrital do PSD apelo ao “bom-senso”. No País existem cerca de 500 militantes laranja a um passo da porta de saída. Texto Paulo Barriga Foto José Ferrolho
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inda antes das eleições de setembro, o conselho de jurisdição distrital de Beja do PSD decidiu desfiliar 26 militantes da concelhia de Almodôvar. Foi a “reação óbvia” que a estrutura distrital do partido teve ao aparecimento de um movimento independente repleto de militantes sociais-democratas, entre eles o até então presidente da câmara, António Sebastião. “Uma situação decorrente dos estatutos do PSD”, recorda o líder distrital Mário Simões que revela ainda a existência de “meia-dúzia de casos que estão a ser averiguados, em Beja e Ourique, de militantes que não concorreram em listas adversárias, mas que se envolveram abertamente na campanha eleitoral”. A estrutura nacional do PSD quer evitar a todo o custo o “desmembramento do partido” e a implementação de “uma caça às bruxas”. No entanto, as eleições para as autarquias locais abriram feridas insanáveis nas fileiras laranja. Até ao momento, o conselho de jurisdição nacional do PSD já recebeu perto de meio
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milhar de queixas que propõem a expulsão de militantes envolvidos em campanhas adversárias. No distrito de Beja, até ao momento, deram entrada no conselho de jurisdição distrital seis pedidos de expulsão: três na concelhia de Ourique e outros três na concelhia de Beja. Na concelhia de Beja, que no passado dia 30 de otubro teve a sua primeira reunião eleitoral, o ambiente é de cortar à faca. Diferentes participantes neste conclave revelaram ao “Diário do Alentejo” que o “ambiente foi muito crispado” e que a palavra mais escutada ao longo dos trabalhos foi “traição”. O PSD, após uma “campanha animadora”, acabou por obter o pior resultado de sempre para a Câmara Municipal de Beja. Isto em virtude de “campanhas internas organizadas” que apelaram ao voto no PS e, mais avulsamente, na CDU. Mário Simões reconhece e assume o descalabro eleitoral em Beja e no distrito. Segundo o atual deputado social-democrata, “a análise aos resultados eleitorais tem de ser crítica. Os resultados que obtivemos não correspondem minimamente aos que desejávamos”. No entanto, acrescenta o dirigente distrital do PSD, “as coisas já estão a correr bem dentro do partido e a estrutura está motivada”. Simões, todavia, não deixa de apontar o dedo aos decidentes de setembro: “Espero que o eleitorado do PSD tenha aprendido a lição. O voto útil em Beja não beneficia o partido, nem o concelho. Hoje poderíamos ter um vereador eleito que serviria para equilibrar as contas do executivo”. Mesmo reconhecendo que existiram “fugas de voto” organizadas do PSD para o PS (e também para a CDU), Mário Simões acredita
Espero que o eleitorado do PSD tenha aprendido a lição. O voto útil em Beja não beneficia o partido, nem o concelho [...] os partidos, todos eles, tal como estão organizados, faliram. Estão esgotados. Mário Simões
que “poderão não existir mais expulsões na estrutura distrital”: “Espero que o conselho de jurisdição distrital não vá atrás da emoção e possa interpretar as queixas existentes à luz da razão e dos estatutos”. É que os seis casos ainda pendentes nada têm a ver com com as 26 desfiliações coercivas que aconteceram em Almodôvar, onde todos os intervenientes integraram listas adversárias ao PSD. Para estes casos, o estatuto do partido é claro: “Cessa a inscrição no partido dos militantes que se apresentem em qualquer ato eleitoral nacional, regional ou local, na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de de candidatura adversária da que foi apresentada pelo PPD/PSD”. Nas queixas apresentadas em Beja e Ourique, as “personalidades envolvidas tomaram posições divergentes, mas não concorreram contra o partido”, revela Mário Simões. Para o presidente da distrital de Beja do PSD, “os processos de averiguação que agora decorrem terão de considerar não apenas os factos atuais, mas também o tempo de militância, o envolvimento da pessoa com o partido, o empenho partidário, as batalhas políticas em que antes tenha participado...”. É que, prossegue Simões, “os partidos, todos eles, tal como estão organizados, faliram. Estão esgotados. Se os partidos quiserem tornar a conquistar a sociedade têm de encontrar novas formas de participação”. Uma delas, sugere Simões, passa pela integração nos partidos de meros “simpatizantes”, com total liberdade de ação. E assim, diz, evitavam-se situações como a presente.
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A Agência de Desenvolvimento Rural do Alentejo (Adral), no âmbito do projeto Rota dos Recursos Silvestres, organizou ontem, quinta-feira, 14, em Almodôvar, uma experiência para ver de perto como se cozinha com recursos silvestres. O livecooking exclusivo, confecionado pelo chefe alentejano António Nobre, mostrou passo a passo como se confecionam pratos recorrendo a estes produtos da região.
Mediadores ciganos de Beja e Faro em encontro Teve lugar nas instalações do núcleo distrital de Faro da EAPN Portugal o I Encontro Interdistrital de Mediadores Ciganos e Interlocutores da Comunidades Ciganas. O evento foi promovido pelos núcleos distritais de Faro e de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza em parceria com os associados e colaboradores desta área. Neste encontro participaram a maioria dos mediadores ciganos dos distritos de Faro e Beja. O evento teve como tema principal as preocupações das comunidades ciganas no atual contexto socioeconómico e a definição de propostas de trabalho em conjunto para 2014.
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo
Distrital do PSD acusa PS de ter “memória curta” As declarações de Óscar Gaspar, ex-secretrário de Estado da Saúde do governo de José Sócrates, na última edição do “Diário do Alentejo”, acerca da administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), revelam, para a distrital de Beja do PSD, “uma vergonhosa insensatez” e passível de causar “pânico injustificável junto da população” utente dos serviços de saúde na região.
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ex-governante, que considerou “preocupante” o funcionamento da administração da Ulsba, lembrou que o PS, através do deputado Pita Ameixa, questionou a não substituição da médica que integrava aquele órgão, o que, para além de levantar uma “questão jurídica”, levanta, “principalmente”, uma “questão de saúde pública”. No comunicado da distrital de Beja, o PSD acusa os socialistas de dois pesos e duas medidas, ao “esquecerem-se” que, em dezembro de 2010, durante o governo Sócrates, se viveu uma situação idêntica com o falecimento do então presidente do conselho de administração da Ulsba “que era simultaneamente diretor clínico
dos cuidados de saúde primários”, não tendo sido “substituído até ao final do mandato, em 25 de janeiro de 2012”. Os social-democratas acrescentam que esta situação, “pelos vistos, terá constituído uma dupla questão de saúde pública, pois [o conselho de administração] esteve em funções durante 14 meses, sem diretor clínico dos cuidados de saúde primários e sem presidente do conselho de administração e, assim, serão ainda nulos
todos os atos” que o conselho de administração praticou durante esse 14 meses. O PSD alega em favor da situação atual que, ao contrário do que aconteceu em 2010, a administração da Ulsba “conta com a assessoria de uma médica assistente graduada, do seu mapa de pessoal hospitalar, para a área dos cuidados hospitalares, a quem o conselho de administração, no uso dos seus poderes, delegou todas as competências da área de direção clínica hospitalar”. Para o PSD de Beja, “a falta de argumentos sérios e, sobretudo, a inconsciência da não assunção das culpas no cartório pelo estado a que o País chegou”, a juntar à falta de “capacidade de influência” do PS de Beja junto do ex-governo socialista, é que “permitiu que, durante 12 anos, a região fosse perdendo, migalha após migalha, o pouco que nos sobrava perante o sossego dos meninos do coro que diziam representar os seus interesses na Assembleia da República”, e que agora os faz “desesperar face ao trabalho sério e árduo de quem ousa reparar, em todos os setores, os seus desmandos do passado”, lê-se no comunicado. AF
Trabalhadores dos impostos reuniram-se
Protesto pode ameaçar perdão fiscal
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ea lizou-se em Beja mais um conselho distrital do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos. O fecho de serviços, a exclusividade, a redução de salários, as carreiras, entre outros, foram os assuntos em discussão. Mas, segundo a direção distrital de Beja, “as novidades não são muitas”, mantendo-se, assim, “as dúvidas e as incertezas”. Os trabalhadores dos impostos, contudo, vão avançar para uma ação de luta prolongada, informou o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), que se prevê que coincida com a última semana do “perdão fiscal” que está em curso até ao dia 20 de dezembro para
quem tem dívidas à Segurança Social e ao Fisco, e que permite, a quem regularizar as dívidas, ficar isento de juros e custas administrativas e ver as coimas reduzidas. Esta ação de luta pode passar por uma greve “para que tenha o impacto necessário”, avançou ao “Diário do Alentejo”, Rui Teixeira, presidente da direção distrital de Beja do STI. “Existem vários motivos para se partir para esta ação de luta que ainda está a ser analisada e preparada com os devidos cuidados. Ainda não há certezas de nada. É preciso preparar este protesto convenientemente e daí ainda não haver muita informação relativamente
ao assunto, até porque o congresso do sindicato apenas se realizará no início de dezembro, onde esta ação de luta será, certamente, discutida e anunciada em pormenor”, afirmou Rui Teixeira. “Não fazer nada seria dar uma carta branca a quem decide, alguma coisa temos de fazer. Está nas nossas mãos lutar ou não, pelo nosso futuro”, recorda o presidente da direção distrital de Beja. No conselho distrital do STI, em Beja, para além dos delegados e membros da distrital, participaram diversos trabalhadores e sócios. Participou ainda o vice-presidente da direção nacional.
07 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Adral promoveu recursos silvestres
IPBeja com bolsas de mérito social
Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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Estudantes do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) podem candidatar-se até hoje, sexta-feira, dia 15, a bolsas de mérito social, que visam complementar os tradicionais apoios sociais diretos e indiretos. As bolsas de mérito social, materializadas num pagamento mensal processado através de uma instituição bancária, irão permitir responder “a problemas que não encontram resposta nos tradicionais meios de apoio social”, explica o IPBeja. Segundo o IPBeja, as bolsas visam combater o abandono e promover o sucesso escolar, contribuir para o desenvolvimento de competências dos estudantes e facilitar as integrações social e académica e no mercado de trabalho dos alunos.
Jovens do Alentejo podem candidatar-se a programa de empreendedorismo Encerram hoje, sextafeira, dia 15, as candidaturas ao programa “Passaporte para o empreendedorismo”, uma iniciativa do Iapmei que visa incentivar jovens com formação universitária a desenvolver as suas ideias para projetos empresariais. Para usufruírem do “Passaporte para
o empreendedorismo”, os jovens empreendedores devem residir ou ter obtido o seu grau académico em qualquer estabelecimento de ensino superior das regiões Alentejo, Centro ou Norte, considerando que, no âmbito do projeto empresarial a apresentar, a respetiva atividade será desenvolvida numa destas regiões. O objetivo, segundo o Iapmei, “é dar-lhes condições para poderem
Necessidades educativas especiais
Politécnicos poderão ficar com cursos profissionalizantes de “ciclo curto”
Santiago Maior fechada a cadeado
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ais de alunos fecharam, na segunda-feira, a cadeado as portas da Escola Básica de Santiago Maior, em Beja, em protesto contra vários problemas no estabelecimento de ensino, como a falta de professores e terapeutas para apoiar alunos com necessidades educativas especiais. Na quarta-feira voltaram a realizar uma concentração junto aos portões da escola. O protesto, na segunda-feira, foi promovido pela Associação de Pais e Encarregados de Educação dos alunos do estabelecimento de ensino e impediu que os alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico comparecessem às primeiras aulas da manhã. A intenção da associação, segundo informação disponibilizada, era manter a escola fechada até às 9 e 30 horas, mas, após a intervenção da PSP, a escola foi reaberta, quando o relógio marcava 8 e 40 horas e depois de serem cerrados os cadeados. Susana Ramalho, da associação, frisou que o “objetivo foi mostrar o descontentamento dos pais dos alunos, nomeadamente no que diz respeito a vários problemas que existem na escola”. “A violação do rácio de pessoal docente e não docente para apoio a alunos com necessidades educativas especiais é o que mais preocupa os encarregados de educação”, explicou. Os pais reivindicam a colocação de professores de educação especial e de técnicos especializados, PUB
nomeadamente em fisioterapia, terapia da fala e psicomotricidade, de modo a que seja dada resposta às necessidades diagnosticadas no Agrupamento de Escolas n.º1 de Beja. Os pais frisaram ainda que “as crianças com necessidades educativas especiais, mesmo em sala, têm estado praticamente abandonadas”, defendendo que “existem professores sobrecarregados e turmas demasiado numerosas e os professores colocados para o ensino especial são insuficientes”. O tamanho das turmas também foi contestado, bem como o número de assistentes operacionais e a qualidade e quantidade de refeições servidas no refeitório da escola. Na quarta-feira, dia 13, os pais e alunos voltaram a concentrar-se à porta do estabelecimento de ensino. “Pelos nossos meninos” foi o nome escolhido para a ação, que pretendeu reivindicar mais uma vez “a colocação de mais professores e terapeutas para as crianças com necessidades educativas especiais, a colocação de mais auxiliares que garantam a segurança na escola e a garantia de refeições de qualidade e em quantidade suficiente”. Os pais reivindicam “uma escola pública, de qualidade e onde os meninos sejam felizes”. Até às 9 e 30 horas os pais permaneceram no exterior da escola, acompanhados das crianças.
trabalhar e explorar ideias de negócio que possam transformar-se em projetos empresariais viáveis e ajustados ao mercado”. Para além da bolsa, os jovens contam ainda, no “Passaporte para o empreendedorismo”, com o acesso privilegiado a uma rede nacional de mentores, que lhes pode assegurar aconselhamento na fase de desenvolvimento da ideia de negócio.
Governo avança com reorganização do ensino superior O Governo pretende reorganizar o sistema de ensino superior já no próximo ano letivo. Numa carta enviada às instituições do setor, o ministério propõe que as universidades e os institutos politécnicos se pronunciem até dezembro sobre a possibilidade do estabelecimento de consórcios e fusões regionais. As direções dos politécnicos de Beja e Portalegre e a reitoria da Universidade de Évora reuniram-se ontem, 14, com o secretário de Estado do Ensino Superior. Texto Paulo Barriga
À
hora do fecho desta edição do “DA” ainda não eram conhecidos os resultados da reunião entre os dois institutos politécnicos do Alentejo e a Universidade de Évora com o secretário de Estado José Ferreira Gomes. Mas não será de estranhar que o assunto mais escaldante do encontro tenha sido a proposta governamental de avançar no ano letivo de 2014/2015 com o denominado “ciclo
curto” (dois anos) na oferta formativa do ensino superior. O secretário de Estado do Ensino Superior anunciou esta semana na Assembleia da República que o Governo pretende oferecer aos alunos “ciclos curtos, muito semelhantes aos cursos de especialização tecnológica”. Ferreira Gomes explicou aos deputados que estes cursos estão “próximos da profissionalização e das necessidades do tecido económico e social” português. A ideia, afirmou, é que Portugal atinja a média europeia de 40 por cento de jovens diplomados entre os 30 e os 34 anos. É neste ponto que os politécnicos não descartam o receio de que a anunciada reorganização do ensino superior recaia sobre si. Fonte do IPBeja esclareceu ao “Diário do Alentejo” que “a reforma que o ministério quer fazer ao nível da oferta formativa superior não pode colocar em causa o bom desempenho dos politécnicos, nem desvirtuar a sua função educativa e social”. Os cursos agora propostos são “uma espécie de meio
caminho entre o ensino profissional e o superior, não sendo uma coisa nem a outra”. Já quanto à possibilidade do incremento de “consórcios e fusões” entre diferentes estabelecimentos de ensino, o IPBeja é o primeiro a reconhecer a necessidade da racionalização da oferta formativa e da cooperação científica. Na carta enderaçada às instituições de serviço superior, o Governo defende a criação “urgente” de órgãos regionais de coordenação entre instituições, com base nas Numenclaturas de Unidades Territoriais (NUT II). O que implicará o entendimento entre todas as entidades de ensino superior do Alentejo e Lezíria do Tejo. No entanto, e “numa perspetiva de racionalização da oferta formativa e de cooperação institucional”, o IPBeja pretende mesmo alargar ao Algarve e à região espanhola de Huelva o debate sobre a reorganização do ensino superior. Uma medida que, de alguma forma, já acontece há decadas de forma unilateral entre as diferentes instituições.
A Câmara Municipal de Ourique anunciou que o município, pelo segundo semestre consecutivo, continua a liderar “a liga intermunicipal da reciclagem promovida pela Resialentejo”, que agrega oito municípios. No concelho de Ourique, informa a autarquia, “foram selecionadas e recolhidas 31,7 toneladas de vidro, papel, embalagens”, destacando-se, de acordo com a câmara municipal, “a sensibilidade e o empenho da comunidade local para a utilização dos ecopontos”. Para a autarquia, “esta distinção é, para além do reconhecimento do envolvimento de todos, uma responsabilidade e um estímulo para melhorar a prestação comunitária no aumento progressivo da recolha selecionada de resíduos”.
Mértola apoia famílias com dificuldades A Câmara Municipal de Mértola aprovou o regulamento de apoio a famílias em situação de fragilidade económica, com o objetivo de criar um instrumento de apoio às necessidades mensais das famílias mais desfavorecidas do concelho, de modo a garantir que as mesmas procurem o
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há mais de dois anos, os seus membros serem recenseados numa das freguesias, estarem inscritas no Centro de Saúde de Mértola, ter rendimento per capita igual ou inferior a 40 por cento do salário mínimo nacional e não ter dívidas ao município ou penalizações impostas pelo incumprimento de acordos de inserção.
Empresa do Alqueva acusada de ter abatido sete mil azinheiras e sobreiros
Operação da PJ, em Serpa, na apanha da azeitona
EDIA repudia acusações da LPN
Três suspeitos detidos por tráfico de seres humanos
EDIA repudia as acusações da Liga para a Proteção da Natureza (LPN), que acusa a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva de ter abatido sete mil azinheiras e sobreiros e 4 500 oliveiras secas. A EDIA alerta que “por não caber na sua competência, não promoveu qualquer concurso nem nunca assinou qualquer contrato com entidades autorizando o corte das referidas árvores”. E recorda que “a EDIA faz parte do projeto de PUB
equilíbrio económico e financeiro. Os apoios previstos no regulamento, segundo a autarquia, “têm carater temporário, por um período de três meses, que poderá ser renovado até seis meses, e traduzem-se em comparticipações financeiras nos consumos de água e eletricidade”. Para beneficiar deste apoio as famílias têm que residir no concelho
reintrodução da águia-pesqueira, o qual acompanha desde 2011” e que “foram inclusivamente as equipas de monitorização e vigilância ambiental da EDIA que alertaram as entidades competentes sobre as eventuais afetações dos cortes de árvore sobre os valores ambientais existentes na albufeira de Alqueva”. A EDIA diz ainda que, contrariamente ao referido no comunicado da LPN, “aquando da preparação do território a inundar pela
albufeira de Alqueva, onde esteve incluída a desmatação e desarborização desta área, tudo foi realizado segundo um rigoroso plano de trabalhos, cumprindo toda a legislação ambiental e diretivas europeias em vigor”. A EDIA, por fim, realça ainda que, até à data, “não tem registo de nenhuma tentativa de contacto da LPN para clarificação desta situação”. A EDIA pondera avançar com uma ação judicial contra a LPN por difamação.
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09 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Ourique é líder da reciclagem pelo segundo semestre consecutivo
Polícia Judiciária (PJ) anunciou, na terça-feira, que deteve, no concelho de Serpa, três homens por suspeita da prática de um crime de tráfico de seres humanos para apanha de azeitona no Alentejo. Os detidos terão contratado no país de origem e transportado para Portugal trabalhadores estrangeiros, os quais alojaram em condições precárias e retendo-lhes os documentos de identificação como garantia de pagamento das despesas de transporte
e estadia, explica a PJ. Na sequência de uma queixa formulada por um grupo de estrangeiros que tinha sido contratado para a apanha da azeitona no Alentejo, a diretoria do Sul da PJ, em colaboração com a GNR, efetuou diligências de investigação que levaram à detenção dos três homens, na zona de Serpa. Segundo a PJ, os detidos, com idades entre os 22 e os 33 anos, vão ser presentes a tribunal para interrogatório e aplicação de eventuais medidas de coação.
Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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Saboia e Vila Nova de Milfontes
Projetos desportivos ganham OP de Odemira
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s propostas vencedoras do Orçamento Participativo de Odemira no ano 2013 foram a “Requalificação do Campo de Futebol de Saboia” e “Pavilhão para todos” (em Vila Nova de Milfontes), ambas para a melhoria de equipamentos desportivos existentes. A Câmara de Odemira anunciou que se compromete a integrar no Orçamento Municipal de 2014 as duas propostas vencedoras, no valor global de 390 mil euros. Em primeiro lugar, com 327 votos, ficou a proposta número sete, “Requalificação do Campo de Futebol de Saboia”, na sede de freguesia com o mesmo nome no interior sul do concelho, e que prevê a colocação de piso sintético e vedação no campo, com um custo estimado de 200 mil euros, candidatada por Garcia António Rodrigues. Em segundo lugar, com 272 votos, ficou a proposta número nove, designada “Pavilhão para Todos”, num investimento estimado de 190 mil euros, apresentada por Pedro Alexandre Martins Mendes Rosa.
O projeto visa a ampliação do pavilhão e melhorias nas zonas envolventes do Pavilhão Municipal “Raul Vicente”, em Vila Nova de Milfontes, incluindo a implementação de uma unidade de microgeração fotovoltaica, construção de novos espaços e a criação de um skate park. O Orçamento Participativo de Odemira registou em 2013 um total de 1804 votos, dos quais 1536 foram presenciais e 268 via Internet. Foram apresentadas 17 propostas, das quais foram admitidas 11 para projetos de investimento de interesse coletivo, que foram colocadas a votação durante o mês de outubro. De acordo com as Normas do OP de Odemira, a autarquia compromete-se a integrar no Orçamento Municipal do ano seguinte as mais votadas, até ao montante máximo de 500 mil euros. Para autarquia, os resultados desta terceira edição do Orçamento Participativo de Odemira provam que a população do concelho de Odemira quer participar de uma forma ativa nas decisões de investimentos públicos para o concelho.
Estradas requalificadas em Ourique e Serpa A Estradas de Portugal (EP) está a requalificar um troço do Itinerário Complementar 1, em Ourique, e outro da Estrada Nacional 260, em Serpa, num investimento de 1,1 milhões de euros. As empreitadas, no âmbito do Plano de Recuperação dum Inverno Rigoroso (PRIR), deverão terminar até ao final deste ano e têm como objetivo a melhoria das condições de segurança e conforto das estradas. PUB
Processo deverá estar concluído em 2020
ERT quer certificar destino Alentejo A Turismo do Alentejo quer transformar a região num dos primeiros destinos turísticos certificados do mundo, através de um projeto que vai dar os primeiros passos no próximo ano para atingir a certificação até 2020.
“N
ão existe, neste momento, qualquer destino turístico certificado. Há destinos que têm restaurantes ou outras valências certificados, mas nós queremos certificar o destino Alentejo no global”, assumiu à Lusa o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT), António Ceia da Silva. A certificação e internacionalização do Alentejo enquanto destino turístico é uma das “grandes apostas” da ERT para concretizar até 2020, constando o arranque do processo do plano de atividades para 2014. “No próximo ano, vamos
criar os programas de certificação transversais e setoriais e produzir os referenciais generalistas que, depois, se possam adaptar a cada uma das áreas que queremos ver certificadas”, revelou. Ceia da Silva falava à Lusa à margem de uma reunião com agentes do setor, realizada em Grândola, para apresentar o Plano de Atividades para 2014 da Turismo do Alentejo e recolher contributos dos parceiros. Segundo Ceia da Silva, a certificação é incontornável para afirmar o Alentejo como um destino turístico de qualidade. “Perante um turista cada vez mais exigente, culto e informado, que vai querer ter destinos com ‘selo de qualidade’, com certificação, o Alentejo tem este grande objetivo”, o qual vai exigir “um grande esforço” nos próximos anos, frisou. O presidente da ERT referiu que a ideia é “certificar toda
a cadeia de valor” na área turística, o que envolve “a restauração, o alojamento, os locais de interesse turístico ou a animação turística”. “Queremos também, no próximo ano, sensibilizar os agentes de ensino e formação, porque este é um processo que tem que envolver universidades, o Turismo de Portugal e autoridades a nível regional, para que possamos qualificar o destino até 2020”, afirmou. Com este envolvimento mais alargado, a Turismo do Alentejo quer garantir que, por exemplo, “caso um museu precise de algumas obras para poder ser certificado, possa ter apoio no âmbito do próximo quadro comunitário”. O Plano de Atividades para 2014 tem ainda outros três eixos de atuação, nomeadamente reforçar a identidade, trabalhar os produtos turísticos e promover a inovação no Alentejo e no Ribatejo.
Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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Registados cada vez mais visitantes
Alentejo dá cartas no enoturismo
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Alentejo já “dá cartas” no setor do enoturismo, registando cada vez mais visitantes e adegas apostadas nesta vertente, mas a região tem “em carteira”, para o próximo ano, várias iniciativas para melhor aproveitar este potencial. A criação de roteiros enogastronómicos, nos quais o enoturismo vai merecer destaque, é um dos novos produtos em preparação, promovido pela Agência Regional de Turismo do Alentejo, que os prevê lançar “em junho do próximo ano”. “Vão da produção ao prato, para as pessoas poderem ver como se produzem os vinhos, mas também como se confecionam enchidos, queijos e outros produtos tradicionais”, explicou à Lusa António Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo. Inseridos no projeto “Alentejo Bom Gosto”,
estes roteiros vão ser comercializados por operadores turísticos, permitindo “reforçar o enoturismo e a visita às adegas”. Em conjunto com a agência de promoção externa, a Turismo do Alentejo tem “fechada” outra novidade para 2014, que consiste na venda do território, com base no produto gastronomia e vinhos, no mercado inglês. A presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Dora Simões, também conhece bem o potencial da região para o enoturismo, mas reconheceu que nem todos os produtores o aproveitam da mesma forma. “Nem todas as empresas têm o mesmo estádio de desenvolvimento, mas há já um número significativo delas que investiu de modo sério neste negócio para receber os turistas e, assim, fidelizálos aos seus vinhos”, disse.
Exportações de vinho para a China aumentaram 170%
Francisco Mata. A produção de vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC) e Regional Alentejano atingiu 89,2 milhões de litros em 2012, segundo dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), podendo, segundo os responsáveis, a produção chegar este ano aos 98 milhões de litros. A Ateve prevê um acréscimo na produção de vinho na ordem dos 10 por cento, comparativamente a 2012.
A China já representa o quarto mercado externo para os vinhos do Alentejo, fora da União Europeia, com as exportações a aumentarem 170 por cento nos últimos cinco anos, segundo dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). “O mercado chinês tem tido um crescimento constante para os vinhos do Alentejo, embora ainda se trate de uma base pequena de exportação”, realçou à Lusa Dora Simões, presidente da CVRA. Aludindo a dados estatísticos dos últimos cinco anos, entre 2007 e 2012, Dora Simões explicou que as exportações para a China “representaram 170 por cento de crescimento”, o que demonstra o potencial deste mercado e a aposta por parte das empresas vitivinícolas. No ano passado, de acordo com a CVRA, as exportações para o mercado chinês representaram 7,05 por cento do total das vendas de vinhos do Alentejo (DOC Alentejo e Vinho Regional Alentejano) para fora da União Europeia.
Produção de vinho no Alentejo deve aumentar 10% A produção de vinho no Alentejo deve registar este ano um aumento de cerca de 10 por cento em relação a 2012 e a qualidade é seguramente muito boa. “As uvas entraram nas adegas com uma qualidade extraordinária e esperamos uma excelente colheita este ano,” adiantou o secretário executivo da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (Ateva),
Cogumelos desvendados em Moura O Centro Local de Aprendizagem (CLA) da Universidade Aberta (UAb) de Reguengos de Monsaraz e a Escola Nacional de Caça, Pesca e Biodiversidade promovem a iniciativa “À descoberta de cogumelos no concelho de Moura”, que se realiza no próximo dia 23, com início às 9 e 30 horas. A iniciativa tem o intuito de dar a conhecer a importância ecológica dos cogumelos, fornecer conhecimentos acerca da diversidade micológica e possibilitar aos participantes aprender ou melhorar os seus conhecimentos no método de descobrir alguns cogumelos comestíveis na natureza e, sobretudo, a evitar os não comestíveis. Apresenta como destinatários, segundo a organização, “interessados pelo tema micologia e por passeios pedestres, estudantes, professores, agentes de desenvolvimento local e outros interessados na temática”. O evento alia a descoberta de cogumelos em contacto direto com a natureza e a possibilidade de degustar cogumelos, estando as inscrições abertas até ao dia 20 deste mês.
Executivo anunciou investimento de 20 milhões de euros
Unidade agroindustrial no ramo farmacêutico em Beja
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Câmara Municipal de Beja anunciou que celebrou um protocolo com a empresa Macfarlan, da Escócia, que visa a construção, em Beja, de uma unidade agroindustrial no ramo farmacêutico. Um investimento de cerca de 20 milhões de euros. A unidade será construída num terreno junto ao aeródromo de Beja e aqui, segundo informação disponibilizada, “será feita a extração dos alcaloides opiáceos da papoila branca, que serão utilizados para fins farmacêuticos”. Manuel Oliveira, vereador da autarquia, afirPUB
mou que “se trata da instalação de uma indústria de ponta”. Investimento, este, que, de acordo com o executivo, “irá criar 30 postos de trabalho diretos e muitos mais indiretos”. A autarquia ficou ainda com o compromisso de fazer chegar à futura unidade a rede de água e saneamento, que será garantido pela EMAS, num investimento estimado em 300 mil euros. Os vereadores do PS já manifestaram, entretanto, o seu agrado, a congratularemse com a garantia do investimento em Beja.
12 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Estes diversos falares do Alentejo são uma riqueza incomensurável que importa preservar. Num mundo em que a mudança está cada vez mais presente e em que a identidade cultural de cada povo está ameaçada, torna-se um imperativo o regresso às origens para melhor as compreender e, assim, fortalecer os seus laços culturais. Vítor Barros
Livros
Todas as palavras do Alentejo num só dicionário
“A fala é o espelho da alma humana” Há vários anos a esta parte que Vítor Barros e Lourivaldo Guerreiro andam a colecionar as “palaDe entre os termos que compõem este Dicionário de Falares do Alentejo, qual o que escolheria para resumir a presente obra?
vras caras” às diferentes maneiras de falar do Alentejo. E agora, pelas mãos da Âncora Editora,
fortalecer os seus laços culturais.
deram à estampa uma versão “muito aumentada” do Dicionário de Falares do Alentejo. Uma obra
Os falares do Alentejo conseguiram sobreviver à globalização cultural e linguística?
“Lavoura enfiada”, pois este trabalho é o meio-termo entre um pequeno e um grande dicionário, que está à espera de uma lavoura miúda.
em contraciclo com o processo de globalização cultural, que visa preservar o património lin-
Como está organizado, quais as fontes, que abrangência tem e como surgiu a ideia para desenvolver este trabalho?
Barros, cuja entrevista agora publicamos, é transmontano, professor do secundário, com es-
O dicionário está organizado nos moldes de um dicionário tradicional, sem preocupações etimológicas. No final das definições encontra-se a sigla correspondente ao nome do autor da fonte bibliográfica consultada e/ou o local de origem do(s) nosso(s) informador(es). A indicação da localidade ou localidades destes não significa que a palavra não seja de uso corrente noutros lugares do Alentejo ou até comum à região.Trata-se de um dicionário de falares e não do falar, pois há no Alentejo diversos falares. A opção por “falares” e não por “dialetos” não foi aleatória. Na esteira de Paiva Boléo, entendemos o falar como uma variedade regional da língua norma, sem o grau de coerência do dialeto, coincidente em termos relativos com a área administrativa. As palavras aqui recolhidas resultaram de um duplo método de pesquisa: bibliográfica, em dicionários e obras da especialidade, deixando clara a referência ao autor e à obra, e pesquisa de campo, colhendo diretamente da boca dos seus falantes. A obra abrange todo o Alentejo, englobando os três distritos. Este trabalho é a continuação da viagem já anteriormente realizada pelo falar transmontano, viagem essa para a qual convidámos o Lourivaldo Guerreiro, um alentejano do concelho de Almodôvar, que assim nos acompanhou com os seus conhecimentos e saber. Ainda é possível identificar uma “língua” falada no Alentejo?
guístico regional, “pois são as partes que enriquecem o todo nacional”. Lourivaldo Guerreiro, colaborador de longa data do “Diário do Alentejo”, é natural de Gomes Aires, Almodôvar. Vítor tudos em Direito e em Línguas e Literaturas Modernas. A ideia para este livro surgiu no caldeirão cultural da diáspora alentejana que é a Baixa da Banheira. Texto Paulo Barriga
Como disse acima, no Alentejo há diversos falares, desde o falar meridional (alto alentejano, baixo alentejano, variedades de Almodôvar e de Mértola) e o falar de Portalegre, mais próximo do falar de Castelo Branco. Todas estas variedades estão ainda vivas, apesar de o acesso
generalizado das pessoas aos meios de comunicação audiovisuais ter ampliado o poder de uniformização da língua padrão. Que riqueza esconde esta maneira de falar do Alentejo?
Estes diversos falares do Alentejo
são uma riqueza incomensurável que importa preservar. Num mundo em que a mudança está cada vez mais presente e em que a identidade cultural de cada povo está ameaçada, torna-se um imperativo o regresso às origens para melhor as compreender e, assim,
A língua não é uma realidade estática [...] os falares alentejanos resistirão à tentativa de globalização linguística empreendida pelos meios de comunicação da capital.
A língua não é uma realidade estática. Evidentemente que haverá vocábulos e expressões que irão desaparecer da linguagem do quotidiano, nomeadamente as decorrentes das técnicas agrícolas tradicionais. E outras surgirão para responder às novas necessidades. Mas isto não nos deve preocupar, pois faz parte da vida das comunidades. No essencial, assim o julgamos, os falares alentejanos resistirão à tentativa de globalização linguística empreendida pelos meios de comunicação da capital. É importante preservar e defender estes falares?
É importante a preservação deste património linguístico, pois são as partes que enriquecem o todo nacional. Pela nossa parte, contribuímos para a fixação de algum vocabulário. Cabe ao poder local e à sociedade civil privilegiar e incentivar o uso deste léxico, porque com o esforço de todos os que têm vontade, capacidade e saber é possível afirmar uma “individualidade coletiva”. Merece ser ensinado aos mais jovens, que devem orgulhar-se da sua fala própria. É correto afirmar que se conhece melhor um povo e a sua cultura através da forma como ele fala?
Tenho a certeza de que assim é. A fala é, quando autêntica, um espelho da alma humana. Este trabalho está encerrado ou ainda tencionam aumentá-lo, nomeadamente incluindo notas etimológicas?
Este trabalho exigiu muito esforço e dedicação. Foi um trabalho de quem tem fome de palavras e um grande respeito por elas. Andar ao rabisco numa seara é um trabalho que nunca tem fim, visto que há sempre mais uma espiga para apanhar.
13 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Lá está ela a repetir pela milionésima vez a história deste homem que pelos vistos era tio avô da avó e que agora, sabe-se lá por que carga de água, ficou subitamente tão importante para as pessoas que insistem em telefonar-lhe. E está a dizer que ainda não tinha pensado nisso, pois, nós sabemos bem como os seus neurónios andam atrofiados desde o primeiro telefonema”.
Gabriela Ruivo Trindade foi a primeira excritora a ser distinguida
História de família alentejana vence Prémio Leya 2013 Nasceu em Lisboa, mas escreve com o “olhar da criança” que era quando passava férias
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á dias assim. Recebe-se um telefonema e a vida dá uma volta de 180 graus. Deve ter sido o que se passou com Gabriela Ruivo Trindade quando soube, ao telefone, pela voz de Manuel Alegre que tinha vencido o Prémio Leya 2013, no valor de 100 mil euros. Nas horas e dias que se seguiram a autora, muito solicitada pela comunicação social, manifestou a sua incredulidade e confessou estar a “viver um sonho”. Num texto publicado no “JL”, e transcrito no seu blogue “Far Far Away” (papuinlondon.blogspot. com), Gabriela – ou os seus sapatos… – retrata de forma exemplar a situação: “Lá está ela a repetir pela milionésima vez a história deste homem que pelos vistos era tio avô da avó e que agora, sabe-se lá por que carga de água, ficou subitamente tão importante para as pessoas que insistem em telefonar-lhe. E está a dizer que ainda não tinha pensado nisso, pois, nós sabemos bem como os seus neurónios andam atrofiados desde o primeiro telefonema. Ainda não tinha pensado no facto de ser a primeira mulher a receber o prémio. Isto somos nós a traduzir, que é para ver se vocês conseguem fazer algum sentido do que se passa, que como já dissemos as palavras para nós não têm qualquer significado, são hieróglifos egípcios. Mas somos mestres em metáforas, lá isso somos. Isto de albergar os pés de alguém dá-nos subtilezas inusitadas”. De facto, Gabriela foi a primeira mulher a ser distinguida com o Prémio Leya, mas já fez saber que “embirra com essa coisa do feminino e masculino”. Para ela a escrita, e a literatura, “não têm género”. Ao “Diário do Alentejo”, Gabriela Ruivo Trindade admitiu que o facto de ter saído de Portugal possa ter potenciado o seu lado de escritora. “Pode dizer-se que sim, no sentido de que, quando cheguei a Inglaterra, senti algo que já não sentia há algum tempo: vontade de escrever. Foi isso que me levou a recomeçar a escrever, coisa que já não fazia há alguns anos. Mas se não tivesse saído
na terra da família, em Estremoz. A mesma família que lhe deu o mote para o romance de estreia que, recentemente, venceu o Prémio Leya 2013. Gabriela Ruivo Trindade, 43 anos, psicóloga clínica, mãe de dois jovens adolescentes, desempregada, a viver em Londres quase há uma década, saiu do anonimato com Uma outra voz. Uma voz que se ouve agora na literatura, mas que já se pressentia nos blogues que mantinha e onde escrevia textos literários, poesia, psicologia ou sobre a sua experiência com a maternidade. Texto Aníbal Fernandes
de Portugal, acredito que outra situação qualquer teria despertado de qualquer maneira o meu desejo de escrever”, respondeu. O livro só sairá lá mais para a primavera, mas já se sabe que a obra, que inclui algumas fotografias, “relata a história de uma família, atravessando várias gerações, e tem como centro a cidade de Estremoz e a sua história, nomeadamente a figura de João Francisco
Carreço Simões (1862-1954) que era tio avô da avó materna da autora. No entanto, ao contrário do que já se escreveu por aí, a partida deste personagem para África não é o tema central da obra, sendo a emigração um assunto apenas “aflorado”. O “Diário do Alentejo” sugeriu um paralelismo entre Uma outra voz e O teu rosto será o último, de João Ricardo Pedro, vencedor do Prémio Leya em 2011, também
ele desempregado à altura. No entanto, Gabriela recusa a comparação: “Li o livro do João Ricardo Pedro já há um tempo. O que recordo é uma história de uma família que também atravessa gerações, mas penso que essa é a única coisa que se poderá dizer que tem em comum com a minha história. De qualquer forma, é um tema tão recorrente na literatura que não me parece correto dizer de dois livros
Gabriela foi a primeira mulher a ser distinguida com o Prémio Leya, mas já fez saber que “embirra com essa coisa do feminino e masculino”. Para ela a escrita, e a literatura, “não têm género”.
que contêm uma história familiar em várias gerações que sejam aparentados de alguma forma. Quanto ao facto de eu estar desempregada e de o João Ricardo Pedro também o estar na altura em que escreveu o livro, só pode mesmo ser uma simples coincidência”. O futuro a Deus pertence, mas Gabriela já pensa num novo livro por enquanto em “estado embrionário”. “Ainda não sei o que vai sair dali”, diz-nos. O que certamente já se está a ressentir da sua nova situação é a sua atividade “blogueira”. O já citado “Far Far Away” é o único que vai mantendo, “embora a um ritmo bastante mais lento”. No entanto, aconselha-se uma visita ao sítio onde se pode encontrar, como diz a autora, “tudo e mais alguma coisa”. O mais recente post é uma nota de leitura de Que importa a fúria do mar, um romance de Ana Margarida Carvalho, um dos autores nacionais que a pedido do “DA” Gabriela Ruivo Trindade apontou como referência. José Gomes Ferreira e Alice Vieira, na infância; Eça, Saramago Manuel da Fonseca, mais tarde; ou mais recentemente, José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, João Tordo e Patrícia Reis são os outros escritores citados. Juntamente com Ana Margarida Carvalho, Gabriela aponta ainda David Machado e João Ricardo Pedro como “nomes promissores”. O “Diário do Alentejo” ainda descobriu outro blogue da autora (outro-lado-da-lua.blogspot.com). Com apenas um texto publicado, nem por isso deixa de ser de visita obrigatória para quem quiser saber mais sobre a vencedora do Prémio Leya deste ano. A história da “Vaca Leitora” é deliciosa, e um destes dias, pedimos à Gabriela Ruivo Trindade para nos deixar partilhá-la com os nossos leitores mais novos. Até porque, como ela diz, “Dez anos passam num ápice. Um ano passa a correr. Um dia é o tempo do sol. E cada segundo, uma eternidade”.
Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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A estratégia do governo é clara, sobreviver até ao final de junho de 2014 para poder proclamar a “libertação” de Portugal. Pouco importa que a austeridade continue a ser imposta ao nosso País ou que nos venhamos a encontrar no final do primeiro semestre de 2014 pior do que estávamos no início do programa de assistência financeira em Junho de 2011. O único objectivo é sobreviver até essa data e poderem anunciar a saída da troika como uma grande vitória nacional. Pedro Nuno santos, “I”, 13 de novembro de 2013
Opinião
Educação e cidadania
Maria Sebastião Cofundadora do grupo “Mulheres e Cidadania”
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nquanto a maioria dos países europeus investe cada vez mais na elevação das qualificações médias dos seus cidadãos, Portugal acentua a desvantagem nesse aspeto. Estamos longe de atingir os quarenta por cento de cidadãos licenciados, previstos para 2020. Como disse António Vicente (Presidente da Direção do SNESup), “o ensino superior é um investimento e não um custo”. O número de licenciados em Portugal, comparativamente com outros países, indica que estamos longe de ser um “país de doutores” como alguns, pejorativamente, o apelidam. Por outro lado, numa altura em que o mundo discute uma nova noção (universal) de democracia, o conceito de democracia representativa começa a ser questionado. Cada vez mais o conceito de democracia participativa ganha terreno e surge como alternativa. Para que a população se envolva cada vez mais nos problemas que lhe dizem diretamente respeito é importante a sua qualificação. Investir na educação é crucial para a robustez de uma “opinião pública fiscalizadora do regular funcionamento da democracia”. A redução do financiamento público da educação cria desigualdades em termos de qualificação/formação escolar que por sua vez produzem desigualdades sociais. A par desse desinvestimento em termos de políticas educativas, a redução do número de alunos por abandono devido à incapacidade financeira das famílias para custear propinas e outras despesas escolares são indicadores de como o desinvestimento em educação/formação pode vir a acentuar ainda mais as assimetrias sociais. É sabido o papel preponderante da qualificação dos cidadãos para o reforço da coesão social e do desenvolvimento económico. Há indicadores diretamente relacionados com a educação (taxa de desemprego, contração da rede escolar, redução do número de alunos no ensino superior e taxa de abandono do mesmo, entre outros…) que sugerem a sua importância no desenvolvimento de um país. Efetivamente, a sustentabilidade só se concretiza com o equilíbrio entre o “económico” e o “social”, considerando o bem comum. Para além destas, outras questões, igualmente pertinentes e atuais, foram abordadas durante o segundo jantar tertúlia do grupo “Mulheres e Cidadania”. Nomeadamente a ausência e/ou desuso de um conjunto de valores morais e cívicos norteantes da vida em sociedade, os quais são indicadores da cultura e do modo de estar e ser de um povo. Estamos perante aquilo que alguns designam de “crise de valores” e “ falta de cidadania”. Essa “ausência de regras” é já notória em grande parte dos nossos alunos. Há quem considere premente o ensino da cidadania na escola. Não como componente extracurricular mas como parte integrante dos currículos escolares. Hoje, em pleno século XXI, o conceito de cidadania parece-nos muito mais abrangente/globalizante e visa, fundamentalmente, desenvolver nos cidadãos as competências e os conhecimentos necessários à convivência e vida em sociedade. Mas porquê ensinar a cidadania? E o que ensinar? Estas e outras questões levar-nos-iam para outros campos, outras problemáticas. Por ora importa salientar que muitos autores consideram que “a cidadania tem de ser vivida”, embora outros considerem que “pode ser ensinada” já que “ensinar e educar não é algo separado da vida e da experiência”. Se a qualificação da população constitui
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Aproxima-se o Natal e começam a aparecer boas NOTÍCIAS LITERÁRIAS sobre o Alentejo ou de autores alentejanos. Esta semana, a nossa colaboradora Ana Paula Figueira lançou o livro Sem óculos cor de rosa (com ilustrações de Susa Monteiro). Amanhã, outro cúmplice do “DA”, Luís Miguel Ricardo, deita cá para fora Stories do Alentejo. E neste jornal ainda há o Dicionário de Falares do Alentejo e o Prémio Leya 2013. PB
O PS afirma que reduziu a dívida da Câmara em 11 milhões de euros, ficando esta em 22,8 milhões de euros. A CDU assegura que a dívida atual é de 27 milhões de euros, uma diferença de mais de quatro milhões de euros! Perante esta guerra, com troca de insultos, só vejo uma solução, para bem da democracia, dos partidos e da Câmara de Beja: contratar uma entidade externa para autenticar o valor da dívida da câmara municipal. Só assim, o povo bejense saberá quem fala a verdade. E nesta história, de números e contas, só um dos partidos pode estar a dizer a verdade. http://maisbeja.blogs.sapo.pt, 8 de novembro de 2013
um fator condicionante do desenvolvimento de um país, a participação política e social dos cidadãos deve constituir a ferramenta fundamental à construção da cidadania. Foi em torno destas questões que decorreu, no dia dezassete de outubro, no Monte da Diabrória, o já citado jantar tertuliano. Entusiasmo, espírito de entreajuda e vontade de agir foram notas constantes no decurso daquele evento e que em muito contribuíram para a partilha de experiências e ideias a qual culminou com o planeamento da primeira ação cívica, neste momento em fase de pré-projeto, a qual se reveste de grande importância em termos sociais, pois trará mais dinamismo à participação pública e terá repercussões a nível individual e coletivo. Trata-se de um projeto solidário cujo objetivo principal é ajudar estudantes do ensino superior em situação de carência financeira. A ideia, já partilhada noutras cidades/países, embora não sendo inédita, agradou ao grupo e foi desde o primeiro instante acarinhada por todas as participantes. Este será o primeiro projeto de cidadania global solidária a desenvolver pelo grupo. Contamos com a ajuda de todos os envolvidos para o sucesso do mesmo.
proporcional à capacidade de agir sobre as consequências. Seja como for, o processo político das iniciativas públicas está identificado: orientado para a otimização dos costumes ou para as necessidades, impostas, pelas emergências, ou supostas, para a reeleição. Depois, trabalhando numa previsão dos efeitos e riscos, chegar-se-á à prescrição normativa, que se faz acompanhar por uma exigência democrática: a explicação para a sua aplicação. Depois, a cessação. Poderá valorizar a iniciativa, se por si estiver determinada a cessar-se. Se considerarmos que o poder é temporário, mesmo que fite a eternidade de ser lembrado, as iniciativas políticas também o são. Estabelecer como terminam aumenta a possibilidade de novas políticas. Ou então, pelo contrário, serão facilitadas as políticas alternativas. Se o mandato não for um tempo, sendo uma atribuição para fazer, será um espaço delimitado de construção, com o destino de ser escrutinado, e que permitirá uma melhor autoavaliação antes das eleições seguintes.
O poder nas mãos
Liberdade religiosa: obstáculos e expectativas
Jaime da Silva Lopes Investigador em Ciência Política
Manuel António Guerreiro do Rosário Padre
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epois das eleições, as iniciativas do curto prazo podem afetar o mandato, e as de longo prazo podem fazer adiar as emergências. Há, portanto, o dilema entre a necessidade e a vontade. Esta equação da popularidade, que atravessa todos os assuntos, depende do nível de interesse público, sacrificando os interesses a um entendimento e a uma influência geral para a construção de uma política institucional. O eleito traz, com o poder novo, um leque de expetativas quando entra na instituição: confronta a sua realidade com a que está instituída. Nunca são iguais. Mesmo nos mandatos de continuidade, perde-se o que ficou para trás, e libertam-se, ou esquecem o que queriam ter pela frente, e floresce um labirinto de incertezas. Pela janela, ainda ouvem os que perderam o poder, destituídos, ou insuficientes para a exigência popular. Os que não conseguiram substituir as estruturas enraizadas em dogmas, e sucumbiram à preparação ideológica de outros partidos, porque se detiveram numa errância de modos ou não esclareceram a sua própria lógica de poder. Um outro poder, o perdido e achado, traz consigo um dever de correspondência com o eleitorado. Mas os poderes nunca são iguais. Pela frente, sobretudo, têm a exigência dos governados. E o objetivo de satisfazer a população e reconquistar o próximo voto popular. Para este efeito, sobre as políticas públicas, desenham valores que possam contribuir para a afirmação da autoridade institucional. Desta forma, será afastada a tentação do prestígio pessoal e do populismo. Poderão seguir um modelo expansivo, com amplitude para a comunidade, sujeito aos efeitos, que depende muito da decisão voluntária e da interação popular com as instituições. Ou um modelo intensivo, com ações determinadas, produtoras de motivação, mas também de anticorpos, onde a legitimidade do comando é inversamente
liberdade é um valor que, infelizmente, depara com dificuldades para se afirmar nas nossas sociedades. É claro que, onde falta a liberdade, não há espaço para uma verdadeira liberdade religiosa. É sobre este valor que gostaria de escrever algumas linhas. Em alguns países, os atentados são evidentes, grosseiros até, e a sua denúncia, por isso, mais clara, embora nem sempre mais fácil, porque as ameaças e a morte são bandeira sempre içada. Esta é a situação vivida nas ditaduras, sejam elas políticas, tecnocráticas, ou religiosas. A privação da liberdade convém a quem governa, para que não se ponha em causa o status quo. O mundo, desde os anos 80, tem vindo a assistir a mudanças tão radicais, que transformaram significativamente a sua face. Persistem, contudo, situações em que a mudança se aguarda, é desejável e decerto acontecerá, porque a sede de liberdade é mais forte que a censura e os grilhões. Sugiro a leitura dos relatórios anuais da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Noutros países, os resquícios de intolerância são mais sub-reptícios e obedecem a planos bem arquitetados, por quem tem agendas definidas, com objetivos previamente delineados. Os seus sinais persistem em alguns países ocidentais, nos quais um totalitarismo, mascarado muitas vezes de democracia, convive mal com a liberdade e com a liberdade religiosa em particular. A tentação de a reduzir à esfera da consciência pessoal, sem quaisquer manifestações exteriores, nem símbolos visíveis, é realidade crua em alguns países. E tudo isto em nome da defesa dos que pensam de forma diferente ou não acreditam. É claro que os cristãos, tal como todas as outras pessoas, têm o direito de não se calarem, de se manifestarem e de não abdicarem de dar o seu contributo específico na edificação da Polis, pois, como lembrava o Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes “nada do que é humano deverá ser indiferente aos discípulos de Cristo”.(n.º1)
O Governo tenciona reorganizar o ENSINO SUPERIOR português. Sempre que o Governo reorganiza, teme-se o pior. Neste caso para o IPBeja, que tanta massa crítica tem dado à cidade e à região. Para já, o que se sabe é que poderão existir consórcios e fusões entre instituições da mesma região. Mas a invenção do chamado “ciclo curto” de ensino (dois anos) pode colocar toda a carga da “reorganização” na canga dos politécnicos. A ver vamos. PB
Cartas ao diretor Voz da Planície Justino Engana Beja
Há 50 anos
Colombo, Gengis Khan, Ma Man-Tung e Estaline
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destaque da edição de 15 de novembro de 1963 do “Diário do Alentejo” ia para a palestra proferida na véspera no Clube Bejense pelo engenheiro Seisdedos Espinho. O principal artigo da primeira página descrevia a sessão em que, perante “numerosa e interessada assistência”, o orador, como “técnico e filho de Beja”, abordara variados problemas da cidade – desde a aspiração de uma piscina pública até ao projeto da estação rodoviária, passando pelo “notável incremento” que o “aeródromo militar” em construção iria trazer. O palestrante tinha sido, anos atrás, chefe da repartição de obras da Câmara Municipal de Beja e, depois, professor da Escola Industrial e Comercial. O jornal finalizava a reportagem da palestra com um apontamento algo sexista, próprio desse tempo: “Terminada a sua dissertação, o sr. eng.º António Seisdedos Espinho foi muito aplaudido e cumprimentado pela assistência, entre a qual se contavam, como nota sempre curiosa e assinalável, algumas senhoras.” A mesma edição do vespertino bejense publicava um “recorte” – a transcrição de um artigo de outra publicação – intitulada “Historiadores russos desmentem um jornal de Pequim que atribui aos chineses a descoberta da América”. A informação tinha origem em Moscovo, uma raridade num jornal visado pela Censura fascista, e a transcrição era algo confusa: “Moscovo – A América descoberta pelos chineses e Gengis Khan grande civilizador são, entre outras, segundo a revista soviética ‘Assuntos de História’, as afirmações que há quatro ou cinco anos vêm fazendo os historiadores chineses ‘dogmáticos, anti-marxistas, abertamente nacionalistas e racistas’. Assim, escreve a revista: o jornal de Pequim ‘Beitsin Vambao’ afirmava em Setembro de 1961, sob a assinatura de Ma Man-Tung, que há 1400 anos, ou seja, 10 séculos antes de Cristóvão Colombo, o monge budista chinês Huei Cheng descobriu a América. É desta data, acrescentava o jornal, que datam os ‘estreitos laços’ da China com os povos da América. Outro exemplo do ‘desvio’ dos historiadores chineses, declara a revista soviética, é a idealização do conquistador mongol Gengis Khan, idealização que recorda a de Ivan, o Terrível, no tempo de Estaline. ‘Assuntos de História’ cita nomeadamente a este respeito ter Gengis Khan aberto os olhos de povos prisioneiros para um mundo mais vasto. A revista soviética acrescenta que estão quase completamente interrompidos contactos entre historiadores chineses e soviéticos e é assim que desde 1960 nem um só historiador soviético pode ir em missão científica à China Popular.” Carlos Lopes Pereira
Não ouso, em nome da Rádio Voz da Planície, evocar o direito de resposta, figura legal que ambos prezamos e respeitamos, mas certamente criada a pensar em dirimir assuntos mais importantes do que este que me leva a escrever-te. Tão pouco te peço, caso acedas à publicação desta minha nota, que a mesma tenha chamada de primeira página, já que o assunto, em minha opinião, não é merecedor de tal distinção, e este humilde escriba não terá certamente o brilho e a clarividência do ilustre dr. José Barriga, personalidade a quem é dirigida esta nota. Dispenso igualmente a publicação de fotografia minha, já que esta dificilmente rivalizaria com a esfinge altiva do ilustre clínico. Esta minha missiva, como já percebeste, tem a ver com a carta enviada e publicada na última edição do “DA” pelo dr. José Barriga. Não é o facto do dr. Barriga anunciar, na referida carta, que se constituiu como vigilante e guardião da “coisa” pública para os próximos quatros anos. Missão para a qual lhe desejo sorte melhor daquela que alcançou como “vaticinador” de resultados eleitorais. A minha missiva prende-se com a preocupação do José Barriga sobre eventuais “apoios”, por sinal proibidos por lei, que a autarquia de Beja poderá vir a atribuir à Rádio Voz da Planície, instituição a cuja direção pertenço. Não sei se o José Barriga sabe os montantes que o anterior executivo municipal, dirigido pelo seu amigo Jorge Pulido Valente, investiu nas rádios e jornais regionais. Eu não sei. Mas admito que possa ser interessante conhecer esses números. O único número que conheço é o de 187,20 euros (cento e oitenta e sete euros e vinte cêntimos), montante total que ao longo dos últimos quatro anos foi investido pela Câmara de Beja em publicidade na Rádio Voz da Planície. Diria que o montante aqui investido resultou de uma legítima opção política do executivo municipal, que pelos vistos não terá sido a melhor, a fazer fé na notoriedade que o executivo socialista e as suas ações vieram a alcançar. Mas isso são opiniões e contas de outro rosário. Quanto à preocupação do dr. Barriga, espero que o atual executivo municipal tenha do investimento em publicidade e promoção das atividades municipais, nos meios locais, uma visão, diria, diferente do anterior. Mas isso também serão contas de outro rosário. Quanto ao resto não devemos preocupar-nos. O dr. José Barriga “vai andar por aí”.
E os votos do povo, Senhor! Manuel Aires Beja
Quando se perde há sempre uma esfarrapada desculpa porque a bola saiu ao lado ou bateu na trave, ou o árbitro foi caseiro, só viu para um lado e fechou os olhos para as faltas do adversário, não marcou o “penalty”, nem o livre direto dentro da grande área, validou o golo resultante de um clamoroso “off side”, enfim, foi um autêntico vendido e portanto deste modo ninguém consegue ganhar nem que seja a feijões. Estas narrativas pós desafio são sempre manifestadas por maus perdedores, que não têm “fair play” e muito menos aceitam a superioridade alheia mesmo que defrontem os mais inteligentes, os mais aptos, os mais honestos, os mais sabedores, aqueles que se esforçam e trabalham para obter os melhores resultados em todas as disputas em que participam, sejam elas profissionais, académicas, políticas, voluntariado, desportivas ou sociais. Um observador completamente independente, imparcial e não alinhado que há vários anos está afastado da sua cidade de Beja, mas que nunca mudou a sua residência e vota sempre no Liceu, na freguesia de São João Batista, fica surpreendido quando se alega que as eleições autárquicas de 2013 tiveram um resultado negativo para o Partido Socialista devido ao IPBeja, presidido por um ex-colega da Faculdade de Letras de Lisboa, o dr. Vito Carioca, pessoa bem formada, por um ex-governador civil, ex-presidente do Nerbe, ex-empresário, pelo presidente distrital do PSD, pelo comportamento do presidente da ACOS, tudo pessoas e grupos que sempre remaram contra o Partido Comunista, pelo menos ideologicamente, direi até que estão nos antípodas. Santo Deus, o que derrotou o PS nas autárquicas de 2013, em toda a linha no concelho de Beja, foram os votos dos munícipes de todos os credos políticos que acharam que o
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Mais uma semana de aulas e mais um par de manifestações à porta das ESCOLAS DE BEJA. Desta feita, pais e alunos manifestaram o seu desagrado pela falta de terapeutas no acampanhamento dos alunos com necessidades especias da Escola de Santiago Maior. A história repete-se, semana após semana, e estamos a chegar ao fim do primeiro período letivo com alunos de primeira e de segunda nas escolas ditas públicas. PB
executivo da CMB, presidido por Pulido Valente, foi um autêntico desastre e o seu principal suicida. Tais reflexões que li só têm lugar dentro dos próprios partidos a que se pertence, sendo um valioso contributo para corrigir erros, alterar posições, modificar comportamentos, definir estratégias e sobretudo procurar na autocrítica um método correto e científico de evitar cometer grossas asneiras que em tudo na vida têm graves consequências e quando se trata de política muito dificilmente se recupera se nos quatro anos de um novo mandato os vencedores tiverem o saber e humildade de honrar a confiança dos eleitores. Foi por isso que o PS perdeu, não sabendo lidar com os votos do PSD, que sem eles, nunca o PS teria governado a Câmara Municipal de Beja, por um dia, quanto mais de 2009 a 2013. Mas, o grande “aliado” da CDU foi, na realidade, o Miguel Relvas que com a sua estúpida Lei das Autarquias deu de mão beijada as quatro freguesias urbanas da cidade de Beja ao PCP, quando invariavelmente com a lei anterior, antes da extinção ou agrupamentos, só ganharia(?) Santiago Maior e S. Salvador. Atribuir a entidades ou personalidades os resultados eleitorais não passa de uma falácia, porque os votos estão na mão do povo e só ele é soberano quer quando acerta, quer quando por vezes se engana e até mesmo quando é enganado.
A chave para o sucesso Manuel José Felício Vargas Aljustrel
Dando sequência ao meu último artigo “O ensinamento de Malala”, onde a mesma não evidenciava dúvida alguma de que a chave do sucesso para mudar o mundo está na “educação”, permitam-me partilhar o meu conhecimento e experiência pessoal sobre a referida temática. Assim, falar sobre a educação não é fácil, devido à sua complexidade, mas para que a sua aplicabilidade seja frutífera, terá que passar por uma educação e mudança. Educar é preparar as novas gerações para enfrentarem novos desafios: investigando, estimulando o desenvolvimento do pensamento rigoroso, crítico e criativo, flexibilizando as mentes, incrementando a capacidade de pensamento/ação. A questão fundamental do ensino é saber integrar os conhecimentos, as habilidades as disposições pessoais e, inclusivamente, a arte. No entanto, todas estas alterações terão que passar como é óbvio ao nível da comunidade escolar, onde a estratégia prioritária reside no desenvolvimento de modalidades de formação “centrada na escola” dando relevância à socialização profissional. Atualmente o professor adquire as suas competências no contacto com os seus alunos e todo o meio envolvente, pois como sabemos, a “sabedoria” não garante “competências”. A maior dificuldade intrínseca à escola é essencialmente lidar com uma diversidade de alunos (escola inclusiva) e, portanto, urge, providenciar recursos, professores de apoio, a tempo inteiro em contexto sala de aula, no sentido de todos aprenderem (diferenciação pedagógica). Em relação à construção da autonomia das escolas nos planos cultural, pedagógico, administrativo e financeiro, merece grande contestação em termos práticos, nomeadamente ao nível destes dois últimos. O poder central restringe inconscientemente a colocação de professores, bem como as verbas, alegando para tal procedimento a crise económica que se instalou em Portugal, pretendendo uma escola de elite em detrimento da escola pública, tendo unicamente uma visão meramente economicista. Em minha opinião, tudo o que possamos fazer em prol dos jovens nunca é demais, pois são eles os homens do amanhã, embora o futuro dos mesmos possa ficar hipotecado, se não se agir de uma forma célere. Será tão difícil o Governo perceber que a base do desenvolvimento/progresso de qualquer sociedade reside essencialmente na educação? Sinceramente, como a grande maioria dos portugueses, continuo sem compreender a postura dos nossos governantes, face ao assunto em questão, independentemente da conjuntura financeira atual. Pensarão eles que é inconstitucional haver uma escola para todos? E onde está a igualdade de oportunidades de que fala a Constituição? Afinal, parece-me que há uma contradição: entre a teoria e a prática.
15 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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16 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Daniela manteve intacta a decoração da barbearia centenária, fundada a 1 de novembro de 1904: as duas cadeiras giratórias antigas, imponentes; as paredes espelhadas; o letreiro com a data da fundação da casa; o cabide para chapéus e casacos; as vitrinas características; a pilha de revistas de humor “Só rir”, de conteúdos “apimentados”.
Reportagem
Daniela Canhoto e João Silva cortam cabelo e barba à “moda antiga”
Os novos barbeiros Num contexto em que as barbearias tradicionais estão a cair em desuso, por variadíssi-
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ideia inicial era abrir “um salão de cabeleireiro misto”, apesar de não apreciar serviços como “madeixas ou brushing”. A sua paixão é o corte. Poder inovar, criar, “modificar a aparência do cliente”. Há cerca de meio ano, quando surgiu a possibilidade de arrendar uma barbearia centenária, em plenas portas de Mértola, junto à renovada “meia-laranja”, Daniela Canhoto não pensou duas vezes. O facto de ser uma casa “bem localizada, com tradição, com uma boa carteira de clientes”, também pesou na decisão da jovem de 22 anos, natural da Mina da Orada, freguesia de Pias. Contrariando a tendência de encerramento das barbearias tradicionais, Daniela atreveu-se a enveredar por uma profissão que, para além de ter cada vez menos seguidores, ainda é considerada como sendo do domínio exclusivo dos homens. As primeiras reações foram de estranheza, de curiosidade. O próprio proprietário do espaço, mestre barbeiro Joaquim Correia, da firma Correia e Pinto, que durante largos anos geriu a barbearia, “ficou na dúvida”. Nos primeiros tempos “as pessoas ficavam à porta a olhar, muitas queriam entrar só para ver como é que eu trabalhava”, conta
mas razões – o surgimento de novos salões com novas técnicas e tendências que atraem mais clientes, a tecnologia e a modernização dos aparelhos de barbear que permitem fazer a barba em casa, o esvaziamento populacional das aldeias –, há ainda quem teime em preservar a tradição. Daniela Canhoto instalou-se, há cinco meses, numa barbearia centenária, localizada nas portas de Mértola, em Beja. João Silva arrancou em agosto último com o projeto “Barbeiro da vila”, uma barbearia ambulante que percorre atualmente 15 aldeias dos concelhos de Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo e Vidigueira. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho
Daniela. Volvidos cinco meses, ainda “há muita gente que recolhe o passo quando vê que é uma mulher que está na barbearia” e “quem vá até ao fundo da rua ou ao café Luiz da Rocha obter informações e depois volte”. Mas ao contrário do que esperava, “os clientes idosos” foram os que melhor a receberam: “Pensava que os senhores idosos iam retrair-se um bocado por ser uma rapariga a cortar cabelos, porque estão habituados, há anos, a cortarem com homens, mas não. Os de 40, 45 anos, é que chegam à porta, olham e vão embora”. Apesar disso, há muitos clientes que se mantiveram fiéis à casa: “Tenho muitos clientes, de Beja, Neves,
Serpa, de vários sítios, uns que já vinham e outros novos”. “O fascínio pela tesoura” vem dos tempos de miúda. Daniela Canhoto não consegue explicar porquê. Aos 18 anos ingressou numa escola profissional em Évora, onde “tirou as cinco carteiras: ajudante, praticante, oficial, meio-oficial de barbeiro e oficial de barbeiro”. Concluído o curso, que teve a duração de dois anos e meio, rumou a Lisboa, onde trabalhou durante seis meses em barbeiros nos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama. Seguiu-se uma curtíssima experiência em França, num cabeleireiro unissexo. As saudades da família eram demasiadas e acabou
por regressar ao Alentejo. Daniela manteve intacta a decoração da barbearia centenária, fundada a 1 de novembro de 1904: as duas cadeiras giratórias antigas, imponentes; as paredes espelhadas; o letreiro com a data da fundação da casa; o cabide para chapéus e casacos; as vitrinas características; a pilha de revistas de humor “Só rir”, de conteúdos “apimentados”. Os cortes de cabelo também são feitos à moda antiga, à tesoura, e a barba com navalha. E só assim é que faz sentido, uma vez que a ideia é perpetuar a tradição, diz a jovem. Mas manusear uma navalha de barba não é tarefa fácil, adverte: “Tem que se ter mesmo jeitinho”.
No decorrer do curso, salienta, “era uma das poucas que não tinha medo da faca”. “Foi uma boa aposta, porque gosto daquilo que faço, que é cortar – quando estou com uma tesoura nas mãos sinto-me leve – e porque também é uma casa já feita. Para além disso não tem nada a ver com Lisboa, aqui as pessoas são simples, podemos falar com elas e em Lisboa não gostam de falar, são mais carrancudas, nem conseguimos ter um diálogo”, adianta Daniela Canhoto, cujos objetivos, a médio/longo prazo, passam por tirar uma formação em “corte radical”, para “fazer umas cristas ou um símbolo do Benfica”, e abrir um segundo espaço numa outra localidade, que, por agora, prefere manter em segredo. “Este é um negócio com futuro e já não há muitos barbeiros”, conclui. “90 por cento das aldeias não têm barbeiro” Poucos minutos passam das
três da tarde. João Silva estaciona a sua barbearia ambulante no local habitual, junto ao café “Toca dos Caçadores”, em Trigaches, uma das 15 aldeias que integram o seu itinerário. À espera tem já um cliente. A caminho vem outro, avisa alguém. O barbeiro nascido há 48 anos em Faro do Alentejo, Cuba, ajeita a cadeira giratória e instala a pequena televisão
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que serve a também pequena sala de espera, onde não faltam os jornais do dia – “Tiro sempre a televisão para não andar aos solavancos durante as viagens”, justifica. O primeiro cliente da tarde sobe os pequenos degraus da carrinha comercial e instala-se. “Hoje é corte”, diz. João Silva, que aprendeu a arte com o pai, um barbeiro “à antiga”, hábil no manuseamento da navalha de barba, arrancou com a barbearia ambulante em agosto último, após “quase toda uma vida” a trabalhar numa empresa ligada à transformação de mármore, instalada na zona do Barreiro e propriedade do sogro. Há cerca de uma década, quando “começaram a surgir os primeiros problemas com a construção civil”, o sogro decidiu encerrar a fábrica e João optou por regressar ao Alentejo, de onde tinha saído aos quatro anos de idade, com os pais, rumo à região de Palmela. Quando chegou a Beja, onde vive há oito anos, ainda procurou “qualquer coisa” no seu ramo de atividade, “mas, como a construção estava muito má”, optou por outras alternativas e “então surgiu esta hipótese”, já que “tinha algum conhecimento na área”: “A ideia da barbearia ambulante surgiu porque quando regressei ao Alentejo comecei a cortar o cabelo aos antigos fregueses do meu pai, numa casinha que ele tem em Faro do Alentejo, e vi que uma casa dessas, numa aldeia, não conseguia sustentar uma família. Mas se conseguisse abrir quatro barbearias em quatro aldeias se calhar já era possível e depois lembrei-me que seria melhor arranjar um salão móvel”, explica. Depois de um longo trabalho de pesquisa efetuado em várias aldeias da região, chegou à conclusão que havia espaço para o seu projeto, uma vez que “90 por cento das aldeias não têm barbeiro”. Entretanto, incentivado pelo pai e por Bento Gemas, um amigo da família já falecido, à data dono de uma rede de cabeleiros em Lisboa, acabou por ir “fazer uma reciclagem” na capital, PUB
com o “mestre Sérgio”. Mas não se pense que a criação da barbearia ambulante foi um processo fácil, salienta: “A grande luta foi não haver legislação. Acabei por ir à Câmara de Beja e em conjunto fomos encontrando os caminhos para chegar aqui”. A carrinha, que dispõe de todas as “condições” de que necessita – lavatório, espelho, cadeira giratória, armários, zona de espera, bengaleiro, wc e depósitos para água limpa e água suja – foi transformada por uma empresa do Seixal. Na aquisição da viatura e sua transformação, gastou cerca de 45 mil euros. E a recetividade, até ao momento, tem sido “excelente”. “As
pessoas ficam muito gratas pela minha ideia porque sentem necessidade deste serviço, principalmente as mais idosas, as que têm dificuldade em se deslocarem. Tenho sido muito bem aceite, muito bem recebido”, diz. Para além disso, o facto de cortar o cabelo e a barba “à antiga” agrada aos clientes mais idosos, que “não se sentem à vontade nos cabeleireiros”. “Não é dizer mal dos cabeleireiros, mas só os barbeiros é que finalizam o trabalho acertando a nuca com a navalha. E neste ramo é pela nuca que vemos se o cabelo está bem cortado ou não, a assinatura do mestre está na nuca”, esclarece João Silva, adiantando que “antigamente a mestria dos
barbeiros via-se pela navalha, não tanto pela tesoura, que era uma coisa mais secundária, sendo que quem usava bem uma navalha “é que era mestre, porque tinha, em primeiro lugar, de saber afiá-la e isso não era para qualquer um”. Apesar de ter avançado para o projeto por uma questão de “necessidade”, o barbeiro revela que aprecia “bastante” o facto de a atividade “permitir conhecer e falar com muitas pessoas, de fazer amigos com muita facilidade”. As barbearias são espaços de convívio, e a sua não é exceção. “Os clientes mais idosos gostam muito de contar histórias de quando eram miúdos, de quando eram novos, de vez em quando cantam umas modas
daquelas antigas, e quando se proporciona eu toco também umas modas com a viola que me acompanha sempre, e isso é muito gratificante, tanto para eles como para mim. Às vezes vão até às lágrimas porque recordam momentos que passaram. E há também quem faça confidências”, conta. O projeto “Barbeiro da vila” tem igualmente uma componente social, que considera de extrema importância. João Silva estabeleceu já parcerias com algumas juntas de freguesia, no sentido de oferecer cortes de cabelo e barba às famílias mais carenciadas. E os preços low cost praticados – cinco euros o corte e três a barba – também foram estipulados a pensar nos principais clientes: “reformados, normalmente com rendimentos mais baixos”. O barbeiro disponibiliza ainda o serviço ao domicílio, cobrando uma taxa extra de dois euros. A barbearia ambulante percorre atualmente 15 aldeias dos concelhos de Beja, Ferreira do Alentejo, Cuba e Vidigueira, onde já tem um número significativo de clientes fixos. Mas o objetivo é ir expandindo o negócio, diz o barbeiro, que se prepara para “ franchisar a ideia”, tendo já encetado alguns contactos com o Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. “O próximo alvo será Évora, sem dúvida. Poderá ser feito no âmbito do franchising ou então irei eu desbravar terreno para aquela zona, que talvez ainda seja mais rentável que esta”, revela, adiantando que o balanço do projeto, em termos financeiros, “está dentro” das suas previsões: “Não está a dar o lucro brutal que eu gostaria, mas se considerarmos que é uma atividade que tem apenas três meses, acho que não conseguiria ter uma amortização do capital tão rápida se fosse uma casa fixa. Daqui por seis meses talvez já consiga fazer um balanço mais real das coisas, mas no aspeto financeiro a batalha está mais ou menos ganha. Em termos humanos é [um balanço] extraordinário”.
Moura recebe o Lagos
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O Campeonato Nacional de Seniores regressa no próximo domingo, com a disputa da 9.ª jornada, uma ronda que leva a formação do Almodôvar ao terreno do Louletano, enquanto o Mora jogará em casa com o Esperança de Lagos.
Inatel – 4.ª jornada Grupo A – 4.ª Jornada Salvadense-Quintos, 3-0 Barrancos-Trindade, 3-2 Louredense-Serpense, 3-1 Brinches-Pen.Gordo, 0-5 Líder: Pen.Gordo 12 pts. Próxima Jornada (16/11) Trindade-Salvadense Quintos-Louredense Pen.Gordo-Barrancos Serpense-Brinches Grupo B – 4.ª Jornada Vale Figueira-Cuba, 0-0 S.Vitória-Figueirense, 0-1 Faro Alentejo-Alvorada, 4-2 Vale Oca-Albernoense, 2-0 Líder: Vale da Oca, 10 pts Próxima Jornada (16/11) Mombeja-S.Vitória Figueirense-Vale da Oca Albernoa-Faro Alentejo Alvorada-Vale Figueira
Desporto
Grupo C – 4.ª Jornada S.Clara Nova-Bemposta, 3-3 Sete-Almodovarense, 3-0 Sanjoanense-Serrano, 1-7 Santaclarense-Alcariense, 2-1 Líder: Serrano, 12 pts Próxima Jornada (16/11) Alcariense-S.Clara Nova Serrano-Santaclarense Almodovarense-Sanjoanense Bemposta-Sete Grupo D – 4.ª Jornada Cercalense-Soneguense, 4-1 Relíquias-Luzianes, 0-3 Santa Luzia-Amoreiras, 0-1 Pereirense-Cavaleiro, 1-1 Líder: Amoreiras, 9 pts Próxima Jornada (16/11) Amoreiras-Cercalense Cavaleiro-Santa Luzia Longueira-Relíquias Luzianes-Pereirense
Futebol juvenil Triunfo Seleção da A.F.Beja qualificou-se para a fase final da Taça das Regiões.
Fase final da Taça das Regiões entre 3 e 5 de janeiro de 2014
A seleção do nosso orgulho Os triunfos sobre Castelo Branco e Portalegre e o empate com o Algarve apuraram a seleção de Beja para a fase final da Taça das Regiões. O conjunto alentejano junta-se agora às equipas de Braga, Leiria e Setúbal. Texto e foto Firmino Paixão
“E
stes miúdos são o nosso orgulho”, afirmou Arlindo Morais, treinador da Seleção da A.F.Beja, logo que se concluiu a terceira e última partida que o conjunto sul alentejano disputou, frente à sua homóloga do Algarve, que era a grande favorita ao triunfo neste grupo. Para trás tinham ficado a vitória sobre Castelo Branco e o tirunfo sobre Portalegre, pelo que o empate com os algarvios coroou a boa campanha que a equipa assinou neste compromisso. O treinador insistiu, contudo, “como eu disse no início da competição, isto é uma obra que se deve aos nossos treinadores, aos nossos dirigentes e porque não, também, ao trabalho da comunicação social, que tem aqui um papel importante pela forma como nos acarinha e vem ao nosso encontro”. Sublinhando o mérito e a justiça deste apuramento para a fase final da Taça das Regiões, Arlindo Morais salientou que “é um orgulho termos aqui este miúdos, juntos a outros atletas que já passaram por outras divisões, que tiveram uma ótima formação dos nossos treinadores locais e que vêm espelhado, mais uma vez, o nosso trabalho, a nossa forma de estar, o nosso empe-
nho e, sublinho, este trabalho não é do Arlindo Morais, é de um universo muito extenso de pessoas que estão no futebol distrital”. Olhando já para a fase final, ainda com palco desconhecido, mas, provavelmente, equidistante dos quatro finalistas, Morais disse que “o nível de exigência será mais elevado, mas daremos um passinho de cada vez, com os pés bem assentes na terra, tentaremos, mais uma vez, de elevar o nome de Beja e do Alentejo, que é o que nós mais gostamos”. Certo é que a inesperada qualificação da seleção provocará mais uma paragem no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, concorda Arlindo Morais, também diretor técnico regional. “Com esta presença na fase final, teremos mesmo que voltar a interromper o campeonato e prolongálo para além do previsto”, assegurou. A Federação Portuguesa de Futebol, promotora do evento no nosso País (a Taça das Regiões é uma organização da UEFA), esteve representada pelo antigo internacional Emílio Peixe, que integra o Departamento Técnico da FPF, revelando, no final: “Gostei muito da qualidade que todas as equipas apresentaram e, sobretudo, o comportamento de todas as equipas. Ficámos satisfeitos, foi um bom torneio”, lembrando ainda que “o propósito da competição é dar uma oportunidade aos jogadores amadores, alguns deles já em fase final da sua carreira, para poderem vivenciar aquilo que é o seio de uma seleção, neste caso distrital, tentando experimentar, ao longo de três dias, o que é estagiar em grupo e defrontar outras seleções, e senti que o ambiente entre as equipas e a interação entre
todos os elementos foi muito positiva e, seguramente, que todos eles levam boas recordações”. Questionado sobre a probabilidade de alguns jovens atletas que integraram as equipas poderem aspirar a uma hipotética chamada a uma seleção nacional, Peixe respondeu que “isso não depende do Departamento Técnico, depende, sobretudo, daquilo que cada um dos jogadores pensa e tem como ambição para a sua carreira. Todos eles demonstraram qualidade, mas sabemos que para ser profissional, não basta, apenas, talento, precisam de outros atributos, como o espírito de sacrifício, e não sabemos até que ponto a maioria dele estará disposta a esses sacrifícios. Mas qualidade existe e, se eles apostarem no seu trabalho no dia a dia, creio que podem atingir outros patamares”. Ouvir o prognóstico deste ex-internacional sobre a qualificação de Portugal para o Mundial 2014 no Brasil, era uma questão óbvia, a que Emílio Peixe respondeu com absoluta confiança. “Acredito plenamente na qualidade dos nossos jogadores, na qualidade dos nossos técnicos, liderados pelo Paulo Bento e estarei a torcer por fora, com toda a força e com todo o ânimo, porque acredito que Portugal tem mais valor, tem qualidade e estará presente no Campeonato do Mundo”, concluiu. Resultados da Zona 3 (Beja) Algarve-Portalegre,
0-0; Castelo Branco-Beja, 0-2; Algarve-Castelo Branco, 1-0; Portalegre-Beja, 0-1; PortalegreCastelo Branco, 1-0; Algarve-Beja, 1-1. Classificação final: 1.ª AF Beja. 2.ª AF Algarve. 3.ª AF Portalegre. 4.ª AF Castelo Branco.
TAÇA ARMANDO NASCIMENTO Juvenis – 5.ª jornada Série A: Desp.Beja-Serpa, 3-1 Moura-Despertar, 0-6 Amarelejense-Cuba, 5-2 Alvito-Santo Aleixo, 2-1 Líder: 1º Despertar, 15 pts. Série B: Almodôvar-Aljustrel, 1-2 Ourique-Milfontes, 1-1 Castrense-B.ºConceição, 8-0 Líder: Castrense, 15 pts. TAÇA MELO GARRIDO Iniciados – 5.ª jornada Série A: Despertar-Moura, 0-8 Serpa-Alvito, 1-0 Aldenovense-Ferreirense, 2-0 Líder: Moura, 15 pts. Série B: Milfontes-Castrense, 6-0 Aljustrel-Desp.Beja, 3-2 Líder: Milfontes, 9 pts. DISTRITAL DE INFANTIS 3.ª jornada Série A: Ferreirense-Despertar, 2-4 Operário-Guadiana, 1-8 Desp.Beja-Sp.Cuba, 1-7 Líder: Despertar, 9 pts. Série B: Aldenovense-Serpa, 9-3 Santo Aleixo-Piense, 6-1 Despertar B-Moura, 4-2 Vasco Gama-Amareleja, 3-5 Líder: Despertar B, 9 pts. Série C Milfontes-Ourique, 10-1 São Marcos-Aljustrel, 1-6 Castrense-Almodôvar, 2-4 Odemirense-Renascente, 4-2 Líder: Almodôvar, 9 pts.
O Despertar e o Saboia são os dois finalistas da Taça de Honra da 2.ª Divisão Distrital, cuja 1.ª fase se concluiu amanhã. Resultados da 6.ª Jornada: Série A – Despertar-São Domingos, 2-1; Moura B-Negrilhos, 10-0; Amarelejense-Desp.Beja, 3-1; Beringelense-Vasco Gama B, 2-1. Próxima Jornada: Vasco Gama B-Despertar; São Domingos-Moura B; Negrilhos-Amarelejense; Desp.Beja-Beringelense. Série B: Sanluizense-Renascente, 0-6; Messejanense-A. Fernandes, 2-2. Próxima Jornada: Fernandes-Sanluizense e Renascente-Naverredondense.
21.º Crosse dos Cavaleiros O Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira realiza no próximo domingo o 21.º Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago (Corta Mato de Abertura da Associação de Atletismo de Beja) e o 7.º Percurso Pedestre dos Cavaleiros. A prova é aberta a atletas populares e federados e o seu início está marcado para as 9 e 25 horas.
A.F.Beja com derbies Já com o calendário normalizado, após a realização do jogo em atraso entre o Sporting de Cuba e o Piense (1/1), o distrital de Beja regressa no domingo com derbies em Castro Verde e Vila Nova de São Bento. Jogos da 7.ª Jornada: Aljustrelense-Odemirense; Aldenovense-Serpa; Guadiana-Milfontes; Castrense-São Marcos; Bairro da Conceição-Sporting Cuba; Cabeça Gorda Piense; Rosairense-Vasco da Gama.
A “V Escalada de São Gens-Serpa/Terra Forte” abriu a época competitiva
O Graciano deu música... Celso Graciano (Beja Atlético Clube) e Ana Catarina Dias (Núcleo Desportivo de Odemira) venceram as provas de seniores masculinos e femininos, mas o mais rápido no circuito foi o veterano Carlos Calado. Texto e foto Firmino Paixão
A
quinta edição da Escalada de São Gens, patrocinada pelo Município de Serpa, abriu oficialmente a temporada da Associação de Atletismo de Beja, com uma participação de 11 clubes e 130 atletas, nos vários escalões, estreando um novo circuito, mais duro, mas com elevado potencial competitivo e panorâmico. O conhecido atleta veterano Carlos Calado, este ano a correr com a camisola dos açorianos da Ilha Azul, foi o mais rápido nas duas voltas ao circuito de 3000 metros (24.24’), mas, não havendo classificação absoluta, acabou por vencer, apenas, o escalão de veteranos A. Na prova de seniores masculinos, onde se apresentavam como favoritos os atletas João Cruz, Mussa Djau e Celso Graciano (todos do BAC), foi Graciano quem se destacou dos seus colegas de equipa para vencer a escalada. No setor feminino, e perante o quadro de atletas que assinaram o ponto, o triunfo de Ana Catarina Dias era um dado previamente conhecido e assim se confirmou. Mas no final a atleta odemirense revelou que “foi excelente começar a época com uma vitória na nossa região, sobretudo porque foi uma prova difícil e mais exigente do que no ano passado, mas este novo percurso é um bocado complicado, é irregular, tem muitos buracos e a descida para a meta é muito difícil”. Ana Catarina Dias anunciou os objetivos
Hoje apito eu...
da temporada. “Este ano tenho como objetivos 3000 m obstáculos a nível nacional, vou trabalhar para isso, o clube está a trabalhar bem, este ano temos mais atletas e acarinham-nos muito e, seguramente, no próximo domingo, vencer o Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago será muito difícil, aparecem muitas atletas com valor, será uma prova difícil de vencer, mas irei trabalhar para isso, porque é uma prova do meu concelho”. Celso Graciano, músico que no último verão animou o centro histórico de Beja, também se queixou do grau de exigência do circuito, mas disse: “Este ano estou a treinar com objetivos bem definidos, estou a treinar bem e isso viu-se aqui nesta prova em que me senti muito bem e felizmente ganhei. Estou feliz, não estava à espera de fazer uma prova destas, sobretudo pelos atletas que tinha ao meu lado”. Os campeonatos nacionais, os campeonatos do Alentejo e os nacionais de Sub/23, em Pista, são metas do atleta, que promete: “Vou lutar para que não tenha que abandonar o atletismo nem a música mas, se não conseguir, o atletismo será a minha prioridade”. Isabel Estevens, vereadora do município de Serpa com o pelouro do desporto, reiterou a conhecida vocação da autarquia para o apoio a estes eventos dizendo: “É por esse caminho que nós vamos”. E explicou: “Estar neste espaço a ouvir todas estas vozes de tantos jovens e a visualizar a participação da juventude na questão desportiva e não só, quando falamos na juventude não podemos esquecer que todos os outros começaram um dia jovens e hoje estão aqui ainda com essa participação aguerrida e constante. A Câmara Municipal de Serpa continua a
Serpa Escalada de São Gens abriu o calendário oficial da Associação de Atletismo de Beja
querer, desafiando aquilo que são os maus momentos, apoiar o desporto e a apostar naquilo que nos move, que é a melhoria da qualidade de vida”. A autarca reconhece, contudo, a lacuna da não existência, pelo menos na sede de concelho (o Piense é filiado na Associação regional, mas está sem atividade), de um clube dedicado à modalidade e sublinha: “Exatamente por isso é que também este apoio à Associação de Atletismo de Beja tem sido, ultimamente, constante e insistente, para tentarmos que a nossa gente jovem, os nossos clubes, possam pensar nisso. O Atletismo é a modalidade que nos falta aqui, temos jovens, inclusivamente, uma que foi hoje aqui medalhada no 1.º lugar que é de Serpa (Ana Braga, Iniciada do B.º Conceição), sabemos que o Desporto Escolar consegue cativar muitos jovens, mas depois falta a sua participação numa secção de atletismo aqui em Serpa”, concluiu. O novo circuito onde a prova se realizou tem potencial competitivo e ambiental, carece de uma marcação mais rigorosa, que evite enganos dos atletas (que o diga Daniel Coelho, de Portel, injustamente relegado para o 4.º lugar) e de um plano de meta longe do final de um troço de acentuada inclinação.
Os vencedores Benjamins A: Beatriz Pardal (BAC) e Hugo Filhó (BAC); Benjamins B: Sara Góis (Portel) e Luís Santos (Castrense); Infantis: Ana Morais (BNSC) e José Margato (NSMoura); Iniciados: Ana Braga (BNSC) e Filipe Vieira (BAC); Juvenis: Hilário Serra (BNSC) e Cristina Reis (CNAlvito); Absolutos Femininos: Ana Catarina Dias (NDCOdemira); Veteranos A: Carlos Calado (Ilha Azul); Veteranos B: José Rocha (NARM); Veteranos C: Marcolino Batista (JDNeves). Jun/Sen.Masculinos: 1.º Celso Graciano (BAC), 2.º Mussa Djau (BAC); 3.º João Cruz (BAC).
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Taça de Honra: Finalistas encontrados
Pedro Crujo
N
unca o ancestral provérbio de que “filho de peixe sabe nadar” terá sido tão apropriado. O bejense Pedro Crujo, 28 anos, profissional de “segurança contra incêndios”, é uma das grandes promessas da arbitragem regional. No seu currículo tem um percurso de 17 anos como jogador de futebol. Formado no Desportivo de Beja, iniciou depois um périplo pelo Cuba, Cabeça Gorda, Salvadense, Aldenovense, Serpa e voltou ao Desportivo de Beja. Filho do antigo árbitro João Crujo e sobrinho do, também ex-árbitro, José Crujo, não é difícil adivinhar que a arbitragem estava na ementa diária deste jovem, que após o termo da carreira de jogador começou a dirigir jogos do Inatel. Com o estímulo de amigos e o grande apoio do pai e do tio, decidiu apetrechar-se com o Curso de Árbitro da A.F.Beja. Alimenta o sonho, legítimo e merecido, acrescentamos nós, de “chegar aos quadros nacionais” e refere “tenho a ambição de fazer sempre melhor no jogo seguinte, do que no jogo anterior”, pautando o seu comportamento em campo pelo desígnio de “dignificar não só a arbitragem como o futebol em geral”. A estreia na 3.ª Divisão nacional, como assistente, é a melhor recordação desta ainda curta carreira de três anos como árbitro oficial. Aconteceu num jogo entre o Esperança de Lagos e o Lusitano de Vila Real, e o momento foi-lhe proporcionado pelo José Dinis Gorjão, a quem agradece ter-lhe oferecido essa primeira experiência. Não tem ainda jogos que considere negativos, mas reconhece, com invulgar honestidade: “Apitei alguns jogos em que estive menos bem e é por isso que treino semanalmente para melhorar o meu desempenho”. “Como qualquer árbitro e como qualquer agente desportivo, em cada jogo, cometo erros”, confessou, mas “assumo sempre os meus erros, somos humanos, mas tento sempre analisar a frio cada situação de jogo e identificar onde estive menos bem ou errei, para poder melhorar no jogo seguinte”. O seu olhar sobre a arbitragem bejense coincide, naturalmente, com a unanimidade das opiniões que esta rubrica já formatou. “Está bem e recomenda-se! No nosso distrito existe muita qualidade, temos árbitros que, com muito trabalho e alguma sorte, poderão chegar longe”.
Hóquei em patins Nacional da 3.ª Divisão começa
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3.ª Divisão Nacional (1.ª jornada): CP Beja-Castrense, 4-4; Boliqueime-H.Santiago, 3-4; Odivelas-Vasco Gama Sines, 3-7. Próxima Jornada (17/11): H.Santiago-Odivelas; Vasco Gama Sines-Parede; Amadora-CP Beja; Castrense-Cascais.
Curso de Árbitros de Andebol A Associação de Andebol de Beja vai realizar um Curso de Árbitros Estagiários de Nível 1, cujas condições de admissão são possuir a idade mínima de 16 anos e a escolaridade mínima obrigatória aos maiores de 18 anos. As inscrições estão abertas até dia 30.
Basquetebol Beja Basket recebe Amigos de Grândola
O Beja Basket Clube e o Clube de Amigos do Basquetebol-CAB Grândola jogam no domingo, pelas 17 horas, no Pavilhão João Serra Magalhães, em Beja, a partida referente à 3.ª Jornada do I Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Masculina.
Nacionais de Andebol 3.ª Divisão Seniores (3.ª jornada): Costa d’Oiro-Zona Azul, 25-27; AC Sines-CCP Serpa, 25-19; Próxima jornada (16/11): Olhanenses-Sines; Zona Azul-Lagoa; CCP Serpa-Costa d’Oiro. Juvenis Masculinos 1.ª Divisão (11.ª jornada): CCP Serpa-Sporting, 35-31. Próxima jornada (16/11): Belenenses-CCP Serpa.
Beja Colóquio debateu a integração dos jovens em ambiente desportivo
Equipas Miúdos do CP Beja e do Sporting conviveram ao longo do encontro
Hoquistas Realidades diferentes com a juventude em pano de fundo
Pontuação Os resultados foram secundarizados ao longo do convívio
Jovens hoquistas do CP Beja e do Sporting conviveram na cidade de Beja
Imparáveis e Leões... O convívio desportivo e o conhecimento das respetivas vivências foram a tónica de uma invulgar iniciativa promovida pelo Clube de Patinagem de Beja, trazendo a Beja uma embaixada do Sporting Clube de Portugal. Texto e fotos Firmino Paixão
S
ão tantas as assimetrias entre as duas realidades e tão diversos os fatores que as condicionam, que este encontro/ convívio entre o Clube de Patinagem de Beja e o Sporting Clube de Portugal, ao nível dos setores de formação da modalidade de hóquei em patins, só poderia estar condenado ao sucesso. E se partíssemos do pressuposto que os Leões vinham massacrar os Imparáveis (alcunha do CP Beja) ou que os Imparáveis iriam domesticar o Leão, nada mais errado, porque a jornada terminou com uma frutuosa e recíproca troca de experiências reconhe-
cida por ambas as partes. Foi por isso que Nuno Pinto, coordenador técnico do Sporting, referiu: “Foi um dia positivo, achei muito interessante a ideia de ter sido feito um colóquio em que falámos um pouco de hóquei em patins, porque as oportunidades para o fazer não são muitas, e depois a competição entre os miúdos também correu bem, eles divertiram-se, foi o mais importante, as vitórias e as derrotas não contavam”. O dirigente sportinguista assumiu: “Partilhámos conhecimentos sobre realidades distintas, conhecemos uma realidade diferente e tentámos ajudar em algumas coisas, mas também aprendemos com os ensinamentos das pessoas cá do Alentejo, por isso, espero que se mantenha esta parceria e que, eventualmente, da próxima vez seja em nossa casa, porque serão muito bem recebidos”. Na hora do relatório final, o presidente do CP Beja também estava satisfeito, comentando que “não é todos os dias que se
consegue trazer um clube destes à nossa cidade, foi importante para todos, mas serve essencialmente de motivação às próprias crianças e aos pais, especialmente o colóquio que desenvolvemos de manhã, foi muito interessante e até o foi, também, para os pais dos atletas do Sporting”. E prosseguiu Vítor Luzia: “A segunda parte do encontro, essencialmente, dedicado ao miúdos, com os jogos entre as várias categorias, foi muito importante para que os nossos miúdos não se habituem só a ganhar, têm que saber que existe o perder, que há atletas melhores do que eles e que a vida se faz de vitórias e de derrotas. Saíram motivados, jogaram todos, uns jogaram melhor, outros menos bem, mas jogaram todos para ganharem motivação e para continuarem no clube que é isso afinal que pretendemos”. Luzia reconheceu que “houve uma aprendizagem para ambas as partes”: “Eles têm outras condições, outras metodologias de
treino, por isso os nossos treinadores também aprenderam hoje um bocadinho, eles também viram a nossa realidade e até acho que ficaram surpreendidos com a qualidade que as nossas equipas demonstraram”. O dirigente bejense anunciou que a ação se repetirá “sempre que consigamos encontrar parceiros desta qualidade, porque é bom para a modalidade, para a motivação dos nossos atletas”. E lembrou: “Tudo o que foi feito neste clube anteriormente foi muito bem feito, talvez não se tivesse aberto muito o clube à comunidade local e à própria autarquia, a população em geral não sabe o número de atletas que o clube tem, mas, tendo em conta as dificuldades a realidade económica que temos, vamos sobrevivendo, na certeza de que precisamos muito dos pais dos atletas, precisamos de ter toda a gente connosco a ajudar, porque o dinheiro é pouco e só assim é que será possível termos sucesso”.
Torneio das regiões José Saúde
A Federação Portuguesa de Futebol realizou nos dias 8, 9 e 10 de novembro, as fases zonais do Torneio das Regiões de Futebol Sénior Masculino, cabendo a AF Beja a organização do grupo da zona sul. Neste contexto, estiveram presentes na velha Pax Júlia as seleções de Portalegre, Castelo Branco, Algarve e a anfitriã. Com duas vitórias e um empate, este alcançado no derradeiro jogo contra a congénere algarvia, os bejenses lograram justamente ficar no primeiro lugar do grupo. Assistimos ao vivo ao desafio final, Beja-Algarve, e deparamo-nos com uma excelente jogatana, onde as equipas se bateram de igual para igual e os recortes individuais convergiram para uma enorme preciosidade. Numa análise profícua ao conteúdo futebolístico regional bejense, ficámos com a consciência de que há jovens jogadores como uma magnífica margem de progressão e que ao lado de atletas já altamente classificados, poderão dar cartas num plano superior. Arlindo Morais, selecionador bejense, tem, em minha opinião, um primoroso lote de atletas oriundos de clubes que atualmente dogmatizam os lugares cimeiros da primeira divisão distrital, sendo que o seu conteúdo global é obra que se admite refinada. Longe vão os tempos em que a seleção de Beja sénior conjeturava-se como uma formação que somava desaires constantes, sendo a luta dos onzes em campo desigual entre os jogadores que pisavam palcos completamente diferentes no futebol nacional, fenómeno esse que surge por ora diluído numa trivial desforra num jogo marcado sob o signo da igualdade. Oportuno será trazer também à estampa que o futebol de antigamente era jogado em terra batida e Beja disponibilizou aos atletas dois excelentes campos sintéticos, Bairro Nossa Senhora da Conceição e Complexo Desportivo Fernando Mamede, que deram um maior ênfase a um memorável acontecimento de futebol por estas bandas alentejanas.
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
CERTIFICADO
CENTRO DE PARALISIA CEREBRAL DE BEJA
CONVOCATÓRIA Nos termos da lei e dos Estatutos, convoca-se a Assembleia Geral Ordinária do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, para o próximo dia 28-11-2013, pelas 17h00, na sede do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, na Rua Cidade de S. Paulo, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e Aprovação da Conta de Exploração Previsional e Orçamento de Investimentos e Desinvestimentos e Plano de Acção para 2014. 2. Apresentação/informação sobre o plano estratégico da Instituição. Se às 17h00 não estiver presente a maioria dos sócios a Assembleia Geral fica desde já convocada para as 18h00 do mesmo dia 28-11-2013, e no mesmo local, funcionando e deliberando com os sócios presentes conforme estabelecido nos Estatutos. Beja 11 de Novembro de 2013. A Presidente da Assembleia Geral Ana Rosa Soeiro Fernandez da Silva Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA
AVISO N° 37/2013 António José Guerreiro Cachoupo, Vereador da Câmara Municipal de Mértola, em regime de permanência, no uso da competência que me é atribuída pelo Despacho de Delegação e Subdelegação de Competências n° 161/2013, de 16 de Outubro, torna público que, se encontra aberto concurso para renovação e primeira atribuição de bolsas de estudo para o ensino superior, conforme o respetivo regulamento municipal, aprovado pelo órgão deliberativo em sessão de 24 de setembro de 2010. 1. Data e entidade que determinou a abertura do Concurso: - Câmara Municipal de Mértola, em 6 de novembro de 2013; 2. Número total de bolsas de estudo: - 30 (Trinta); 2.1. Número de bolsas para renovação: - 26 (Vinte e seis); 2.2. Número de bolsas para primeira atribuição: - 4 (Quatro); 3. Benefícios da bolsa: 200,00 € (duzentos euros), por mês, durante 10 (dez) meses; 4. Prazo, local e endereço para entrega das Candidaturas: - De 18 de novembro a 6 de dezembro de 2013, na Divisão de Educação, Cultura e Ação Social da Câmara Municipal de Mértola, Rua Prof. Batista da Graça, n° 1, 7750-360 Mértola; 5. Documentos a entregar na candidatura: 5.1. Requerimento, segundo impresso a fornecer pela Câmara; 5.2. Fotocópias dos bilhetes de identidade, dos car-
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Notária de Ourique Maria Vitória Amaro Certifico, para fins de publicação, que no dia cinco de Novembro do ano dois mil e treze, no Cartório Notarial em Ourique, a folhas trinta e seis e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Cinquenta e Cinco-D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual Mariana Rosa Cordeiro Aniceto, casada com Orlando José, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Alcaria Ruiva, concelho de Mértola, residente na Rua da Fábrica, n°138, Bairro das Faceiras, freguesia de São Domingos de Rana, concelho de Cascais, a qual outorga na qualidade de cabeça de casal das heranças de: João Cordeiro Mateus, que também usava e era conhecido por João Francisco Mateus e mulher Francisca Mariana Rosa, residentes que foram na Rua Infante D. Henrique, Vivenda João Mateus, Bairro Além das Vinhas, São Domingos de Rana, Cascais. Que as heranças dos referidos, João Cordeiro Mateus, com o N.I.F. 703 014 889 e mulher Francisca Mariana Rosa, são donas e legítimas possuidoras, com exclusão de outrem dos seguintes prédios situados em Monte Viegas, freguesia de Alcaria Ruiva, concelho de Mértola: a)- Rústico denominado Courela do Monte/Poente, com a área de onze mil quinhentos e vinte e quatro metros quadrados, composto de cultura arvense e olival, confrontando do norte com Francisco Manuel Vargas, do nascente com Claudino António Caetano, do sul com Mariana da Silva Dias Palma e outros e do poente com Ana Maria Pereira Lampreia, inscrito na matriz como parte do artigo 17 da Seção F2, por não ter ainda inscrição própria, mas mostrando-se requerida a competente discriminação matricial, da qual constitui cento e vinte/trezentos avos, fração esta que está inscrita na matriz em nome de João Cordeiro Mateus (cabeça de casal da herança de), tendo sido destacado da descrição mil e seis/Alcaria Ruiva, bem como da referida inscrição matricial; e b)-Urbano constituído por três quartos, cozinha, corredor, marquise, casa de banho e quintal, com a superfície coberta de cinquenta e dois vírgula zero cinco metros quadrados e descoberta de trinta e três vírgula sessenta e três metros quadrados, inscrito sob o artigo 1879 (anteriormente 440), que foi inscrito na matriz no ano de mil novecentos e trinta e sete, em nome de João Cordeiro Mateus (cabeça de casal da herança de) descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número quatro mil setecentos e dezassete, a folhas cinquenta e oito do Livro B-Catorze. O primeiro prédio veio à posse de João Francisco Mateus ou João Cordeiro Mateus e mulher por compra que fizeram a Francisco José Beleza e mulher Maria José, residentes em Corte João Cinza, da freguesia de Alcaria Ruiva, por escritura lavrada em vinte e oito de Novembro de mil novecentos e quarenta e seis a folhas vinte e seis e seguintes do Livro de Notas para Escrituras Diversas número sessenta e quatro, do Cartório Notarial de Mértola. Que este primeiro prédio foi constituído no verão de mil novecentos e quarenta e seis por divisão e adjudicação, não titulada, que aqueles Francisco José Beleza e mulher Maria José, fizeram com os demais interessados, do original prédio, ficando devidamente demarcado com marcos, por ato não titulado, assim tem sido explorado com sementeiras de trigo e cevada. O segundo prédio veio à posse da filha Francisca Mariana Rosa por partilha, não titulada, que no verão de mil novecentos e quarenta e oito, fizeram com os demais interessados dos bens das heranças dos pais, o extinto casal de José Cláudio ou José Francisco Rosa e mulher Mariana Maria, também conhecida por Mariana Rosa ou Maria Rosa. Este identificado prédio pertenceu a José Cláudio e mulher Maria Rosa e foi adquirido por Elisiário Francisco Afonso em dezoito de Maio de mil novecentos e quarenta e dois por arrematação feita à Fazenda Nacional por dívida, contraída por José Cláudio e mulher. Por escritura lavrada no dia doze de Abril de mil novecentos e quarenta e sete, a folhas dezoito verso, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Oitenta e Nove do Cartório Notarial de Mértola, o citado Elisiário Francisco Afonso, vendeu à Mariana Maria, o prédio que havia adquirido à Fazenda Nacional, o qual se encontrava inscrito na matriz sob o artigo 440, atualmente sob o artigo 1879. Quanto ao prédio rústico, as heranças e seguidamente os seus herdeiros, estão na sua posse, ininterruptamente, desde vinte e oito de Novembro de mil novecentos e quarenta e seis, sem oposição de quem quer que seja, tendo o João Francisco Mateus ou João Cordeiro Mateus, plantado o olival que se encontra no prédio, continuando os seus herdeiros a semeá-lo, tratando do olival e colhendo as azeitonas ao longo dos anos, bem como realizando outras benfeitorias. Que, quanto ao segundo prédio, os autores das heranças, João Cordeiro Mateus e mulher, habitaram no prédio até à altura em que foram trabalhar para a zona de S. Domingos de Rana, onde fixaram residência no Bairro Além das Vinhas, em meados de mil novecentos e sessenta e três, mas vinham com frequência ao Monte Viegas, onde tinham a citada morada de casas e, após o seu falecimento, os seus herdeiros, em especial a filha Mariana Rosa Cordeiro Aniceto, ora cabeça de casal, continuando igualmente a deslocar-se ao Monte Viegas, habitando na citada morada de casas, nas quais fizeram benfeitorias. Que, quanto a este prédio, está descrito na citada Conservatória sob o número quatro mil setecentos e dezassete, a folhas cinquenta e oito, do Livro B-Catorze e ainda inscrito de aquisição a favor da Fazenda Nacional, sendo que foi adquirido por Elisiário Francisco Afonso, o qual, por sua vez, o vendeu a Mariana Maria ou Mariana Rosa, por escritura pública. A posse exercida sobre os identificados prédios, foi sempre em nome dos autores das heranças, os citados João Cordeiro Mateus e mulher Francisca Mariana Rosa e dos seus herdeiros, antepossuidores e, após a sua morte, pelos seus herdeiros. É assim, tal posse pacífica, continua, pública e de boa fé, quanto ao primeiro prédio durante mais de sessenta e sete anos e quanto ao segundo prédio durante mais de sessenta e cinco anos, facultando, assim, a aquisição dos citados prédios por usucapião, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Foi dado cumprimento ao disposto no artigo 99° do Código do Notariado conjugado com o artigo 117°-G, n°2 e 6 do C.R.P. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vem justificá-los nos termos legais. Está conforme o original Cartório Notarial em Ourique, da Notária, Maria Vitória Amaro, aos cinco de Novembro de 2013. A Notária, Maria Vitória Amaro
21 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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Dr. SidĂłnio de Souza â&#x20AC;&#x201C; Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabĂĄgica â&#x20AC;&#x201C; H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel â&#x20AC;&#x201C; Reumatologia â&#x20AC;&#x201C; Medicina Desportiva â&#x20AC;&#x201C; Instituto PortuguĂŞs de Reumatologia de Lisboa Dr.ÂŞ VerĂłnica TĂşbal â&#x20AC;&#x201C; Nutricionismo â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Dr.ÂŞ Sandra Martins â&#x20AC;&#x201C; Terapia da Fala â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Dr. Francisco Barrocas â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica/Terapia Familiar â&#x20AC;&#x201C; Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. RogĂŠrio Guerreiro â&#x20AC;&#x201C; Medicina preventiva â&#x20AC;&#x201C;Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano â&#x20AC;&#x201C; ClĂnica Geral/ Medicina Familiar Dr.ÂŞ NĂdia Amorim â&#x20AC;&#x201C; Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. SĂŠrgio Barroso â&#x20AC;&#x201C; Especialista em Oncologia â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja DrÂŞ Margarida Loureiro â&#x20AC;&#x201C; Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade â&#x20AC;&#x201C; Instituto PortuguĂŞs de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia â&#x20AC;&#x201C; Urologia â&#x20AC;&#x201C; Rins e Vias UrinĂĄrias â&#x20AC;&#x201C; H. Beja Dr. Daniel Barrocas â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Ă&#x2030;vora Dr.ÂŞ LucĂlia Bravo â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.JĂşlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde â&#x20AC;&#x201C; Medicina Interna, doenças de estĂ´mago, fĂgado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ÂŞ Ana Cristina Duarte â&#x20AC;&#x201C; Pneumologia/Alergologia RespiratĂłria/Apneia do Sono Dr.ÂŞ Isabel Santos â&#x20AC;&#x201C; Psiquiatria de Infância e AdolescĂŞncia/ Terapeuta familiar â&#x20AC;&#x201C; Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ÂŞ Paula Rodrigues â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr.ÂŞ LuĂsa Guerreiro â&#x20AC;&#x201C; Ginecologia/ObstetrĂcia Dr. LuĂs Mestre â&#x20AC;&#x201C; Senologia (doenças da mama) â&#x20AC;&#x201C; Hospital da Cuf â&#x20AC;&#x201C; Infante Santo Dr. Jorge AraĂşjo â&#x20AC;&#x201C; EcograďŹ as ObstĂŠtricas Dr.ÂŞ Ana MontalvĂŁo â&#x20AC;&#x201C; Hematologia ClĂnica /Doenças do Sangue â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr.ÂŞ Ana Cristina Charraz â&#x20AC;&#x201C; Psicologia ClĂnica â&#x20AC;&#x201C; Hospital de Beja Dr. Diogo Matos â&#x20AC;&#x201C; Dermatologia â&#x20AC;&#x201C; Hospital Garcia da Orta. Dr.ÂŞ Madalena Espinho â&#x20AC;&#x201C; Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ÂŞ Ana Margarida Soares â&#x20AC;&#x201C; Terapia da Fala Dr.Âş Ricardo Lopes â&#x20AC;&#x201C; Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ÂŞ Joana Leal â&#x20AC;&#x201C; MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria JosĂŠ Espanhol â&#x20AC;&#x201C; Enfermeira especialista em saĂşde materna/Cuidados de enfermagem na clĂnica e ao domicĂlio/Preparação prĂŠ e pĂłs parto/amamentação e cuidados ao recĂŠm-nascido/Imagem corporal da mĂŁe â&#x20AC;&#x201C; H. de Beja Marcaçþes diĂĄrias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nÂş 6, 1Âş B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
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necrologia diversos
24 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Selmes AGRADECIMENTO
Beja AGRADECIMENTO
José António Oliveira Marques
Francisco Luís Magalhães Lança
Nasceu a 06.02.1952 Faleceu a 08.11.2013
Nasceu a 04.10.1943 Faleceu a 06.11.2013
Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.
“O verdadeiro Deus é para nós um Deus de actos salvadores E a Jeová O Soberano Senhor Pertencem As saídas da morte”
Salmo 68:20
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 | Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Francisco Luís Magalhães Lança Esposa, filhos e noras cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 06/11/2013, e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. Expressam também o seu especial reconhecimento ao dr. Pedro Costa, enfermeiros e auxiliares do Serviço de Oncologia do Hospital de Dia de Beja, bem como à dra. Cristina Galvão e sua equipa dos Cuidados Paliativos do Hospital de Beja, pelo carinho, dedicação, apoio, disponibilidade e ajuda prestados durante a sua doença e internamento.
Vale De Vargo / Baleizão MISSA
Domingos Rodrigues Pica Faleceu a 13/11/2002
Gertrudes Pereira Pica Faleceu a 11/03/2005
Sua filha, filhos, nora e netos participam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 17 de novembro, domingo, na igreja de Nossa Senhora das Graças, em Baleizão. Agradecem desde já a todos os que se dignarem a assistir.
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institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
CASA DO POVO DE SANTANA DA SERRA
CASA DO POVO DE SANTANA DA SERRA
CONVOCATÓRIA
CONVOCATÓRIA
Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro, Presidente da Mesa da Assembleia — Geral da Casa do Povo de Santana da Serra, ao abrigo do disposto na alínea a) do artigo 34°e n° 1 do artigo 31º dos Estatutos, convoca para o dia 27 de Novembro (Quarta-Feira), pelas 20 Horas a realizar na sede da Casa do Povo, sita à Rua do Poço Novo, em Santana da Serra, uma reunião da Assembleia-Geral extraordinária com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: Ponto Único Alteração dos Estatutos da Casa do Povo de Santana da Serra. Se no dia e à hora designados nesta convocatória não estiver presente a maioria dos sócios, terá a mesma lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de sócios presentes, nos termos do n°1 do artigo 33° dos Estatutos. Santana da Serra, 11 de Novembro de 2013. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro
Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Casa do Povo de Santana da Serra, ao abrigo do disposto na alínea a) do artigo 34°e n° 1 do artigo 31º dos Estatutos, convoca para o dia 27 de Novembro (Quarta-Feira), pelas 18 Horas a realizar na sede da Casa do Povo, sita à Rua do Poço Novo, em Santana da Serra, uma reunião da Assembleia-Geral ordinária com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: Primeiro Ponto: Período de antes da ordem do dia. Segundo Ponto: Apreciação e votação do Plano Atividades e Orçamento para o ano 2014 bem como do parecer do Conselho Fiscal. Terceiro Ponto: Inscrição na Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. Se no dia e à hora designados nesta convocatória não estiver presente a maioria dos sócios, terá a mesma lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de sócios presentes, nos termos do n°1 do artigo 33° dos Estatutos. Nota: Os documentos a apreciar respeitantes ao segundo ponto da ordem de trabalhos poderão ser consultados na sede da Instituição a partir de 25-11-2013. Santana da Serra, 11 de Novembro de 2013. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro
Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
Notária de Ourique Maria Vitória Amaro
CERTIFICADO
Certifico, para fins de publicação, que no dia onze de Novembro do ano dois mil e treze, no Cartório Notarial em Ourique, a folhas quarenta e duas e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Cinquenta e Cinco - D, se encontra exarada urna escritura de Justificação, na qual Avelino Isabel da Encarnação, casado com Susete da Encarnação Jacinto, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Santa Cruz, concelho de Almodôvar, residente no Monte do Pereiro, freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar N.I.F. 112 858 155, se declara dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico denominado “Covão/ Norte”, sito no Covão, freguesia de Santa Cruz, concelho de Almodôvar, com a área de trinta mil trezentos e setenta e um metros quadrados, composto de cultura arvense e sobreiros, confrontando do norte com José Guerreiro Sequeira Viegas, do nascente com Filomena da Palma Guerreiro Fernandes e Maria Silvina da Encarnação, do sul com Maria Silvina da Encarnação e do poente com Filomena da Palma Guerreiro Fernandes, inscrito na matriz como parte dos artigos 91, 92 e 93 da secção Y, com a área global de trinta mil trezentos e setenta e um metros quadrados, dos quais constitui quatro/ quinze avos, em nome do outorgante, tendo sido destacado da descrição mil trezentos e trinta e oito – Santa Cruz, proveniente do descrito sob o número duzentos e vinte do Livro B- Primeiro, omisso na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar, conforme verifiquei por certidão negativa a que atribui o valor de quinhentos euros. Aquele identificado prédio foi constituído no verão de mil novecentos e cinquenta, em dia e mês que não pode precisar, por divisão e adjudicação não tituladas, realizadas entre os comproprietários do original prédio denominado “Covão”, Virgínia Rodrigues e marido Manuel Rodrigues Catarina, Esperança Rodrigues ou Esperança Rodrigues da Palma, solteira e Manuel António Guerreiro e mulher Maria Luísa da Palma, das quais resultaram vários quinhões devidamente demarcados com marcos que estão assinalados no terreno. Que, após essa divisão, cada um dos interessados tomou posse dos seus quinhões, procedendo à sua cultura, semeando trigo e cevada e extraindo a cortiça na altura própria, sem oposição de quem quer que fosse designadamente de cada um dos então comproprietários. Que, José Jacinto, viúvo, residente que foi no Monte da Corte Pinheiro, freguesia de Santa Cruz, concelho de Almodôvar, adquiriu por compra aos referidos Manuel Rodrigues Catarina e mulher Virgínia Rodrigues, em Setembro de mil novecentos e sessenta e quatro, bem como a Esperança Rodrigues da Palma, em Outubro de mil novecentos e sessenta e sete, os quinhões que a estes haviam sido adjudicados na citada divisão e adjudicação não titulada. Que, em virtude da citada divisão e adjudicação não ter sido titulada, nas escrituras de compra figuraram partes indivisas, embora aquele José Jacinto tenha adquirido desde logo os quinhões que se encontravam devidamente demarcados, assim tomando posse deles e procedendo à sua cultura tal como anteriormente, extraindo mesmo a respetiva cortiça existente nesses quinhões. No dia vinte e oito de Janeiro de mil novecentos e noventa e oito por escritura lavrada de folhas quarenta e oito e seguintes do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Cento e Trinta e Quatro - A, do Cartório Notarial de Almodôvar, procedeu-se à partilha dos bens do referido José Jacinto tendo sido adjudicado ao primeiro outorgante quatro/quinze avos da propriedade do Covão e não os prédios distintos de que o José Jacinto era possuidor. No entanto, o referido Avelino Isabel da Encarnação, ora justificante, tomou desde logo posse do identificado prédio que correspondia e corresponde à fração de quatro/quinze avos, fração que se encontra inscrita na matriz em nome do justificante. Que, o outorgante, Avelino Isabel da Encarnação, continua a explorar o prédio tal como os anteriores possuidores, efetuando benfeitorias, plantando sobreiros, laranjeiras e oliveiras, procedendo previamente à limpeza do mato. Que, à antiga propriedade do Covão foram atribuídas várias inscrições matriciais, por motivos que o requerente completamente ignora, quando na verdade, o José Jacinto esteve na posse de dois quinhões ou prédios completamente distintos, pertencendo um ao Avelino Isabel da Encarnação e um outro à sua irmã Maria Silvina da Encarnação. Que a posse exercida sobre o identificado prédio foi sempre em nome próprio desde o dia vinte e oito de Janeiro de mil novecentos e noventa e oito, tendo sido adquirido pelo transmitente, José Jacinto, em Setembro de mil novecentos e sessenta e quatro, sendo a posse contínua, não havendo, assim, interrupção. Ora, não possuindo título para efetuar o registo a seu favor do imóvel adquirido, pela citada partilha e sendo tal posse pacífica, contínua e de boa fé, durante há mais de quarenta e nove anos, pretende recorrer a uma escritura de justificação com base na figura de usucapião, direito que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vem justificá-lo nos termos legais. Foi dado cumprimento ao que se dispõe no artigo 117°-G, n° 2 e 6, do C.R.P. conjugado com o artigo 99° do Código do Notariado. Está conforme o original. Cartório Notarial em Ourique, a cargo da Notária Maria Vitória Amaro, aos onze de Novembro de 2013. A Notária Maria Vitória Amaro
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25 Diário do Alentejo 15 novembro 2013 Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
CENTRO SOCIAL CULTURAL E RECREATIVO DO BAIRRO DA ESPERANÇA
CONVOCATÓRIA Em conformidade com o Artº 29 alinea b) dos Estatutos que regem o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, convoco a Assembleia Geral, para uma reunião a realizar no dia 27 de Novembro de 2013 (Quarta-feira), nas instalações do Centro Comunitário, pelas 18:30 horas, com a seguinte: Ordem de Trabalhos Ponto um: Apresentação e aprovação do orçamento previsional para o ano de 2014. Ponto dois: Apresentação e aprovação do plano de atividades para o ano 2014. Nota: Em face do Artº 31º Nº 1, não estando na hora marcada o número legal de sócios, a Assembleia funcionará uma hora após com qualquer número de sócios presentes. Beja, 7 de Novembro de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António João Rodeia Machado
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Diário do Alentejo n.º 1647 de 15/11/2013 Única Publicação
CCAM DE ALJUSTREL E ALMODÔVAR, CRL.
CONVOCATÓRIA Conforme o disposto no art.º 24º dos Estatutos desta Caixa, convoco a sua Assembleia Geral, para a reunião a realizar no dia 17/12/2013, pelas 15 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel, junto às piscinas Municipais, em Aljustrel, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º Apreciação e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o Exercício de 2014; 2º Deliberação sobre a politica de remuneração dos Órgãos Sociais para 2014; 3º Outros assuntos de interesse associativo. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos sócios, a Assembleia reunirá, uma hora depois, com qualquer número de sócios presentes.
Aljustrel, 12 de Novembro de 2013
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. Francisco José Faleiro Baltazar Romano Colaço
Esporão premiado por práticas de produção agrícola sustentável
Diário do Alentejo 15 novembro 2013
26
Empresas
O Esporão foi o vencedor da categoria “Agricultura, Mar e Turismo” nos Green Project Awards 2013. A distinção premiou o Esporão pelas suas práticas de produção agrícola sustentável, entre as quais a transição do modo de produção integrada para a produção biológica. Para a organização dos Green Project Awards, a “experiência da herdade do Esporão contribuiu também para o desenvolvimento do plano de sustentabilidade para a vitivinicultura do Alentejo”. Para além do primeiro prémio, o Esporão foi também distinguido com uma menção honrosa na categoria “gestão eficiente de recursos”, pelas boas práticas a nível de redução de consumo de água, energia e resíduos.
Lidl oferece formação remunerada O Lidl acaba de abrir candidaturas para uma formação pioneira em Portugal na área do comércio e da distribuição, com duração de três anos e meio e experiência internacional para maiores de 18 anos, com o 12.º ano de escolaridade. Para quem quiser repensar o seu percurso de formação, o Lidl Campus 2013 é uma excelente alternativa, com a grande vantagem de oferecer uma experiência internacional numa das maiores cadeias de distribuição da Europa. As candidaturas, que devem ser feitas através do site www.lidl.pt ,estão abertas até 15 de dezembro e destinam-se a todos os jovens maiores de 18 anos com o ensino secundário concluído.
Pão Vidigueira abriu em Beja As Portas de Mértola, na cidade de Beja, contam com um novo espaço: Pão Vidigueira, que começou por oferecer pão cozido em forno de lenha, mas que, em apenas um mês, passou a disponibilizar produtos variados como popias, biscoitos, bolos da massa do pão, escarapiadas, pão de sésamo, pão de cereais, azeites, vinhos, enchidos, mel, aguardente de uva de mesa (LPS) e doces, em compota ou a avulso, como os docinhos de amêndoa e os pirolitos feitos de açúcar em ponto. Segundo Irene Diogo e António Palma, a aposta passa por comercializar apenas “produtos com origem exclusivamente de Vidigueira”, para que o cliente “possa regressar, em memória, aos sabores do passado, com produtos que ainda hoje se fabricam nos mesmos moldes”. E porque nem só de produtos vive o espaço, no hall são disponilizados flyeres com informação atualizada sobre a cidade do vinho, numa espécie de pequeno posto de turismo.
Reefan R fan é um fa uma eem uma mp prresa cco om 20 om 20 ano nos os dee exp ex peerriiên iên ênci ênci cae prres p esente en nte te em 35 35 paí aíse sess espa es spa palha llh had ado oss peella Eu E rop pa. pa Com m Co maais is de 2 50 500 00 loja lo ojaas, s, ap prres eseen nta ta-s -se co com m um u ma vvaast sta ex exp expe peerriiêên nciaa no n o fraanchi nchi nc hisi sing sing ng de perrffum pe umar umar aria ia d ia dee alta allta gaama e cos osmé méti tica ti ca natu na tu uraal n no o mer ercaad do o.
Alternativas de alta qualidade têm procura constante
Perfumaria low cost é iniciativa de sucesso Abriu em Beja, no passado dia 9, e propõem ser uma perfumaria de fragrâncias low cost. Vende uma vasta gama de produtos genéricos a valores mais baixos. O conteúdo é similar aos originais, apenas a embalagem é diferente. Publireportagem Sandra Sanches
A
pós o êxito da implementação da marca em Espanha, com 150 lojas em pleno funcionamento em apenas dois anos, a Refan chega a Portugal consciente das particularidades do mercado português. Na cidade de Beja, o projeto surge pelas mãos de Helena Couraça e Rui Pepe. A inauguração na passada semana superou as expetativas dos proprietários, que se mostram satisfeitos com a adesão da população ao novo espaço. Numa altura de crise, é uma forma mais económica para quem quer manter-se fiel às fragrâncias que mais gosta, normalmente mais caras. Helena Couraça refere que uma das razões que os levou a optarem pela Refan “foi, sem dúvida, os certificados de qualidade que a marca oferece”. São perfumes e uma
vasta gama de cosmética, que vão da linha de rosto à linha de corpo, com materiais naturais e patenteados pela própria marca. As prateleiras da lojas ostentam, entre outros produtos, esponjas peeling com sabonetes e esfoliantes em simultâneo, géis, sais de banho, cremes de corpo, esfoliantes, cremes de rosto, cremes de mãos, body mistes e, claro, perfumes. Para além da marca disponibilizar preços low cost, Helena Couraça, consciente da atual conjuntura económica que o País atravessa, e particularmente do poder de compra da cidade de Beja, ainda ajustou os valores de forma “a dar para todos”. Com o lema “pague o perfume e não a marca”, os valores dos perfumes vendidos a granel vão dos 7,95 aos 19,95 euros. De tamanhos diferentes (30, 50 e 100 mililitros), sempre que o cliente opte por levar a mesma fragrância poderá recarregar o seu frasco por um valor ainda mais baixo. Até os sabonetes feitos à mão, e totalmente artesanais de glicerina, com diferentes aromas e designs, não são exceção. Vendidos a granel, não ultrapassam os 2,45 euros (100 gramas). Em barra ou à grama há para todos os gostos e necessidades.
De momento são 125 as fragrâncias que ocupam lugar no espaço, mas a empresária garante que para breve aguarda-se a chegada de mais alguns. Questionada quanto à durabilidade dos perfumes low cost, comparativamente aos de marca, Helena Couraça esclarece que os mesmos são uma alternativa aos “ditos perfumes originais”, adiantando que o “laboratório Refan utiliza matérias-primas diferentes para chegar ao mesmo aroma”, o que na realidade, para a empresária, não se torna uma imitação. Os truques para a durabilidade destes perfumes parecem assentar em vários aspetos e Helena Couraça adianta alguns: “Manter a pele hidratada é um fator fundamental para que um perfume permaneça mais tempo, assim como colocar o mesmo a cerca de 30 centímetros e optar por regiões como os pulsos, a zona da nuca e atrás das orelhas”. A praticar um horário alargado até às 19 horas, incluindo sábados, os responsáveis convidam toda a população a visitar o espaço e a levarem consigo o cartão que na décima segunda compra oferece um perfume de 50 mililitros, à escolha.
Herdade das Servas lança três tintos reserva A herdade das Servas acaba de lançar três novidades, três tintos reserva. Os monovarietais “Herdade das Servas Reserva Alfrocheiro tinto 2010 e o Herdade das Servas Reserva Petit Verdot tinto 2010” e a nova colheita do seu Syrah/Touriga Nacional, agora como Herdade das Servas Reserva. As novas propostas estão disponíveis em elegantes caixas de três garrafas da mesma referência, ou uma de cada, por um preço de 50 euros, sendo o valor de cada garrafa 16,67 euros.
ANDC dispõe de um novo modelo de financiamento A ANDC – Associação Nacional de Direito ao Crédito passará a dispor de um novo modelo de financiamento, o Microinvest, programa gerido pelo Insituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Este modelo será utilizado em paralelo com o seu modelo tradicional já existente, o Microcrédito ANDC. Um empréstimo destinado ao desenvolvimento de pequenos negócios, que promove a criação de auto-emprego para desempregados involuntários inscritos no centro de emprego, desempregados voluntários inscritos no centro de emprego há mais de nove meses, jovens à procura de primeiro emprego e trabalhadores independentes com rendimento médio mensal inferior ao salário mínimo no último ano.
iniciativa destina-se ao público infanto-juvenil, a partir dos seis anos, e decorrerá entre as 10 e as 12 horas. A entrada é livre.
27 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
“Mãos Amanhã, sábado, 16, tem lugar na Biblioteca Municipal na Massa” Abade Correia da Serra, em Serpa, uma oficina de em Serpa expressão plástica, intitulada “Mãos na massa”. A
Pais
Um toque de magia na hora de comer pode ser o suficiente para os pequenitos sentirem prazer nas refeições. Sabemos que nem sempre é fácil com o corre-corre que é a vida, mas temos de pensar que estes anos passam num instante...
A páginas tantas... Para meninos e meninas um pouco mais crescidos, a OQO editora lança Jack e a Morte, que se trata de uma versão do conto tradicional britânico A morte presa numa casca de noz”. O esforço de Jack por se desfazer da Morte ocupa maior parte da narrativa mas, em contraste com outros contos em que a morte se apresenta como um castigo ou um final fatal para personagens negativas, aqui aparecerá como algo inerente à existência, o que lhe confere um caráter sereno e tranquilo. Tim Bowley apresenta a morte não como inimiga da vida, mas antes como a outra cara da mesma moeda: uma não existiria sem a outra. As ilustrações são de Natalie Pudalov, que dá às imagens um lado poético, mas também dramático. “Flores que crescem, murcham e morrem, num ciclo de vida que parece familiar: sementes que se dispersam no ar e voam vigorosamente deixando um rasto da vida que esmorece.” Imagens carregadas de metáforas como é o caso da morte da mãe de Jack em que a Morte lhe coloca uma máscara com um sorriso simbolizando uma morte descansada. Para atenuar a dor e a saudade, Natalie adiciona um cão que será o fiel companheiro de Jack.
Dica da semana Esta semana não mostramos uma ilustração do livro, mas desafiamos-te a explorar o mundo de Nata-
À solta
Este à solta já podes ser tu a fazer sozinho e como vês não são precisos brinquedos caros para que a diversão seja garantida.
lie Pudalov. Nascida na Rússia em 1980 foi viver para Israel ainda pequenina. Termina os seus estudos na Alemanha. E em 2010 recebe o prémio da maior Feira de Ilustração, Bolonha. Procura-a em http://www.nataliepudalov.com/
À solta Agora já não há desculpas para os teus bonecos dormirem no chão. Fácil e com o aproveitamento de uma caixa de cartão vais conseguir uma cama fantástica. Claro, vais precisar da ajuda de um adulto. Força!
28 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Letras
A tempestade da guerra
O
Boa vida Comer Costeletas de borrego de cebolada Ingredientes para 4 pessoas: 1,2 kg. de costeletas de borrego, 400 g r. cebola às rodelas, 4 dentes de alhos picados, 1 folha de louro, q.b. de vinagre de vinho branco, 2 dl. de vinho branco, q.b. sal grosso, q.b. pimenta branca moída.
Confecção: Tempere as costeletas com sal e pimenta. Frite em azeite quente. Retire as costeletas e na gordura junte a cebola, o alho e o louro. Deixe cozinhar lentamente. Logo que a cebola esteja alourada, adicione o vinho branco. Perfume com o vinagre. Junte as costeletas e deixe apurar um pouco. Rectifique os temperos a seu gosto. Acompanhe com batata frita e salada Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Jazz Carlos Mendes Quarteto “Estórias (Oito, Por Quatro)”
T
ambém no jazz a cidade do Porto sempre tem dado cartas. Ainda assim, subsistem nomes que não são suficientemente conhecidos fora da esfera portuense, com claro prejuízo para os amadores de jazz do resto do País. Um exemplo é Carlos Mendes, nascido em 1964 na cidade da Praia, em Cabo Verde. Radicado em Portugal desde 1982, licenciou-se na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (Esmae) do Porto, em 2006. No final do ano passado, Mendes lançou, pela editora Numérica, “Estórias (Oito, por Quatro)”, oito peças interpretadas pelo seu quarteto, que se completa com o pianista Paulo Barros, o contrabaixista Miguel Ângelo e o baterista Mário Costa. Barros é um nome seguro e de reconhecida valia, que com o seu pianismo ágil marca de forma vincada a sonoridade global do disco. Se o trabalho do baterista é conhecido Carlos Mendes Quarteto – sobretudo por via “Estórias (Oito, por Quatro)” da sua participação Carlos Mendes (guitarras), Paulo Barros (piano), Miguel no grupo de Hugo Ângelo (contrabaixo) e Carvalhais, com Mário Costa (bateria). dois excelentes disEditora: Numérica cos na Clean Feed, já Ano: 2012 o contrabaixista dá-se aqui a conhecer a um nível muito interessante. Este disco reúne composições originais de Mendes (quatro) e Barros (três), a que se junta um conhecido standard. As composições – assumidamente fundadas na tradição do jazz e amadurecidas antes da gravação – constroem-se sobre articulações entre guitarra e piano, que adquirem formas diversas, suportadas por uma secção rítmica que se revela competente e eficaz. A função abre com o balanço vigoroso de “Mitom”, da autoria do pianista, com o guitarrista a assumir o controlo das operações e a rubricar um solo inspirado. “Ostinato”, de atmosfera relaxada, mostra o contrabaixista na sua melhor intervenção. Mais nervosa, “Broken” atesta os acesos diálogos entre guitarrista e pianista. A “Balada”, plena de melodia, não engana, com Mendes a demandar um registo mais acústico. Mas o centro gravitacional do disco é a conseguida leitura de “Alone Together”, tema clássico de Arthur Schwartz e Howard Dietz (de “Flying Colors”, musical estreado na Broadway em 1932), com toda a formação a exibir bons níveis de interação. Não sendo, de todo, uma pedrada no charco, “Estórias (Oito, por Quatro)” encerra méritos suficientes para justificar audição. António Branco
prestigiado historiador britânico Andrew Roberts abre esta nova história da Segunda Guerra Mundial com dados objetivos: mais de 50 milhões de pessoas mortas nos 2174 dias em que durou a guerra. Seis pessoas mortas por minutos em seis longos anos. O que é que esta história traz de novo? É que o ensaio final da mesma - “Porque perdeu o Eixo a guerra?” - questiona um desfecho que poderia ter sido outro. Ao longo dos capítulos anteriores, Roberts questiona, com recurso a grande enumeração de dados e sobretudo através de análises compreensivas muito consistentes, uma série de teses que se foram impondo e deixaram de ser questionadas. Desde logo a de que Hitler é o único responsável pela política de extermínio posta em prática durante o avanço do exército alemão. O historiador sustenta que os oficiais alemães estavam compenetrados na prossecução de uma guerra de aniquilação e não no combate convencional. A tese de que Hitler orquestou todo o horror impôs-se, procura mostrar Andrews, durante o Julgamento de Nuremberga em que os generais nazis se defenderam com esse álibi. Andrews procura ainda demonstrar que a Alemanha pretendia começar a guerra mais tarde do que efetivamente começou, quando estivesse melhor equipada militarmente, nomeadamente no que se refere a submarinos e caças e que, se tal tivesse sucedido, teria feito toda a diferença. Prossegue com a análise de erros estratégicos, a começar pela invasão da União Soviética, pondo fim ao pacto de não agressão firmado por Estaline e Hitler e abrindo duas frentes de guerra mas sobretudo sugere que o recurso a outra estratégia militar poderia ter ainda assim resultado numa vitória na frente soviética. Andrews procura ainda demonstrar como, entre outros erros, a declaração de guerra aos EUA e a perseguição aos judeus comprometeu o plano continental colonial alemão para evidenciar, porém, que, durante a maior parte da guerra, a Alemanha se manteve vitoriosa e poderia, efetivamente, ter ganho a guerra. Maria do Carmo Piçarra
Andrew Roberts Texto Editora 808 pág.s 34,90 euros
Toiros Forcados de Cascais, o balanço de 2013
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Grupo de Forcados Amadores de Cascais, onde marcou presença em 22 corridas de toiros por todo o País e pegou pela primeira vez na sua história na Ilha Terceira, nos Açores. Fardaram-se 28 forcados, o mais novo com 17 anos e o mais velho com 37, rondando os 25 anos a média de idades do grupo. Nas 22 corridas realizadas pelo grupo de forcados, comandado por Joel Zambujeira, pegaram-se 59 toiros, realizando-se 86 tentativas, perfazendo uma média de 1,45 por cento tentativa/ toiro. Paulo Loução foi o forcado mais utilizado para pegar de caras, tendo batido as palmas a nove toiros. O balanço apresentado é bastante positivo, pois foram dos grupos com mais corridas realizadas em 2013, marcando presença em praças desde o Algarve (Albufeira) até ao Minho (Urrós), com passagens por praças importantes como Beja, Nazaré ou Montijo, sendo que a digressão pelos Açores foi um dos pontos altos da temporada. Joel Zambujeira afirma ainda, que pelo invés, as lesões de forcados são sempre os marcos negativos da temporada, e infelizmente em 2013 o forcado Pedro Baião sofreu uma lesão complicada, ao cortar dois tendões da mão, na corrida realizada a 9 de agosto em Beja. Outro marco que assinala como o mais negativo da temporada, embora não fosse diretamente relacionado com o seu grupo, veio a abalar todos os forcados, e que foi a morte do cabo dos amadores de Montemor, José Maria Cortes, assassinado em Alcácer do Sal. Vítor Morais Besugo
Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com
ESCORPIÃO
Características dos nativos , nascidos entre 24 de outubro a 22 de novembro : Regidos por Marte e Plutão, símbolos de poder, os nativos de Escorpião têm uma personalidade forte e magnética. São dotados de uma apurada sensibilidade e de um alto grau de misticismo. Sendo de um signo de Água, encaram a vida com profundidade e sentem com muita intensidade emocional.
Previsões para a semana de 16 a 22 de novembro
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Filatelia Requiem por um grande clube
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udo indica que o Centro Cultural e Desportivo (CCD) do Hospital José Joaquim Fernandes, clube dos trabalhadores do hospital de Beja, está vivendo os seus últimos dias. Se o problema não se solucionar a muito curto prazo, a direção do CCD vai convocar os seus associados para, em conjunto, analisarem e definirem o seu futuro que, tudo leva a crer, será a extinção. O CCD foi fundado em 18 de novembro de 1978, completando dentro de dias o seu 35.º aniversário. Para o assinalar vai realizar, de 18 a 22 deste mês, uma exposição de filatelia, que ficará assinalada com a emissão de um selo (personalizado), a repicagem de um bilhete-postal, e um carimbo especial. O CCD do hospital teve ao longo da sua vida vários núcleos em atividade: nomeadamente de artesanato, bilhar, cartas, colecionismo, dança, escola de música (instrumental), futebol de 11 e de 6, pesca, teatro, ténis de mesa e tiro ao alvo, tendo sido muito diversificada a sua oferta lúdico-cultural, não só aos trabalhadores do hospital, mas também a toda a população da cidade. No que ao Núcleo de Colecionismo (NC) diz respeito, a sua atividade foi bastante regular. A sua primeira atividade exposicional foi dedicada ao filumenismo e foi inaugurada em 3 de outubro de 1981. De então para cá, o NC realizou muitas dezenas de exposições dos mais variados artigos de colecionismo: selos, literatura filatélica, moedas, postais ilustrados, autocolantes, livros, calendários, relógios, porta-chaves, cartazes e artistas do cinema e da canção, lotarias, cintas de charuto, etiquetas de fruta, marcas de café e de chá, bonecas, produtos ligados à atividade tauromáquica, etc... De toda esta atividade exposicional destaca-se a filatelia. Nesta área, realizou mais de 70 exposições. Como o incentivo à filatelia juvenil era uma das suas prioridades, o NC do CCD saiu das suas instalações e levou a filatelia à escola, realizando exposições nas escolas secundárias, de Diogo Gouveia e de D. Manuel I, Escola C + S de Santiago Maior, Escola C + S de Santa Maria e nas escolas primárias do Bairro da Apariça e na nº 4, na rua Infante D. Henrique. Também visitou outras localidades do distrito, Castro Verde, Cuba, Odemira, Salvada, Serpa, Vidigueira e Vila Ruiva. Para quase todas estas exposições, os Correios emitiram um carimbo especial.
Das dezenas de motivos que os ilustraram, destacamos: ermida de Santo André, castelo, janela manuelina da rua dos Mercadores, Convento de Nossa Senhora da Conceição de Beja, grade da janela de Mariana Alcoforado, pilastra do Museu Visigótico, jardim Gago Coutinho e Sacadura Cabral, Bombeiros Voluntários de Beja, o rei poeta Al-Mu´ Tamide, rainha D. Leonor, D. Fernando I Duque de Beja, D. Beatriz 1.ª Duquesa de Beja, soror Mariana Alcoforado, Mário Beirão, abade Correia da Serra, Manuel da Fonseca e o 1.º voo comercial de Beja para São Filipe (Cabo Verde). E, como não poderia deixar de ser, também o sobreiro, a planície alentejana e as alfaias agrícolas (arado e ceifeira debulhadora) foram representadas. Os descobrimentos portugueses também foram tema de exposições e carimbos. Assim, foram filatelizados o Tratado de Tordesilhas, a caravela e a cruz dos descobrimentos, o rei D. Manuel I, D. Vasco da Gama e Cristóvão Colombo. Este último foi perpetuado num carimbo que foi usado numa exposição realizada em Vila Ruiva, terra (provável) do seu nascimento, em 1 de dezembro de 1989. Não se esgotam aqui os motivos dos carimbos; muitos outros houve. O NC promoveu a realização de várias conferências filatélicas, que trouxeram até nós os mais reputados investigadores filatélicos do País. Promoveu também a realização em Beja, do II Congresso Nacional de Filatelia Juvenil e de dois congressos da Federação Portuguesa de Filatelia (FPF). Pelo seu trabalho na divulgação da filatelia, em 2004, a FPF atribuiu-lhe a sua Medalha de Serviços Inestimáveis. Inserto no catálogo, pode ler-se que “em 35 anos de vida são muitos os que chegam e os que partem. Destes últimos, deixaram o nosso convívio três filatelistas que muito contribuíram para o prestígio do CCD. Foram eles o eng.º José Guerreiro de Brito e seu filho eng.º José Manuel Correia de Brito e o médico ortopedista desta casa, o dr. José da Costa Lemos. Estes filatelistas representaram, com muita dignidade, o nosso CCD em muitas exposições de filatelia no País e no estrangeiro, conquistando classificações de relevo, levando bem longe o nome do CCD e o hospital a que pertencia”. Invulgar destino o deste clube, que muito enriqueceu a vida cultural da cidade e que morre praticamente no dia em que festeja o seu aniversário. Geada de Sousa
Carneiro – (21/3 – 20/4) De súbito, uma erupção de energia. Andará tresnoitado, mas vivaz. O maior problema estará em saber como canalizar tanto ner vo. Por querer fazer tudo ao mesmo tempo, arriscar-se-á a derrapagens e imper feições. Aconteça o que acontecer, evoluirá num contexto favorável.No amor, mani fes t ará igualmen te dinamismo e empenho.
h Touro – (21/4 – 21/5) Dará nas vistas… Será indiscutível. Mas a imagem pública não corresponderá aos seus estados de alma. Por dentro, o nativo Touro parecerá uma chaleira a ferver: terá comoções súbitas, rasgos de impaciência, dúvidas interiores. Não rumine tanto! Quanto à saúde, ganhará outra energia e, com alguma disciplina, conseguirá perder os quilos do seu descontentamento.
i Gémeos – (22/5 – 21/6) Os fios de um súbito devaneio irão trazer-lhe algum desassossego. Não se aflija! Lembre-se de que o seu coração esteve muito tempo blindado e que perdeu contacto com o prazer da conquista e da sedução. Em questões profissionais, a sua estatura moral e perspicácia serão recompensadas. No campo financeiro, terá de plantar paciência e adiar os consumos supérfluos.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Preveem-se alguns dias melancólicos e insatisfeitos mas aproveite os momentos românticos que Vénus teimosamente lhe oferecerá ao longo do mês. Esteja atento: um bom negócio poderá nascer, em breve. Saúde: desta vez o seu temperamento ativo não dará tréguas à gulodice e o seu corpo ganhará em elegância.
k Leão – (23/7 – 23/8) Momento romântico. Será bafejado com atitudes ternas e inflamadas. Mas desta vez, o embevecimento será recíproco e não faltarão interesses partilhados e projetos comuns. Profissionalmente, tudo entrará nos eixos: renovará as suas ambições, dará pernas aos seus projetos, controlará o seu ritmo de trabalho. Saúde: puxará demasiado pelo corpo e andará ávido de sono.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Por esta altura, os nativos do primeiro e segundo decanatos desatarão as dúvidas, esquecerão as mágoas e chegarão mesmo a irradiar felicidade. Os outros andarão mais enraivecidos do que serenos, mesmo que não tenham razões para isso. Profissionalmente, o planeta do ar dissipar-lhe-á os medos e afinará ambição.
a Balança – (24/9 – 23/10) Acenderá um braseiro com pedaços do seu passado. A destruição não será rápida porque alguns serão difíceis de queimar. De qualquer forma, terá força suficiente para apagar definitivamente os mais dolorosos. No trabalho, tudo lhe parecerá simples e ligeiro. Finanças: gastará num abrir e fechar de olhos. Saúde razoável.
b Escorpião – (24/10 – 22/11) Existe em si uma fonte de possibilidades. Só você é que não a vê. Nesta altura, reconhecerá os primeiros indícios de mudança quando uns olhos mais brilhantes se cruzaram com os seus. Que mais quer? Sucesso profissional? Não será imediato mas estará mais perto de si. Saúde: deixe-se de mezinhas e recorra ao seu médico.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Aparentemente, a sua vida afetiva parecerá um exemplo de serenidade. No entanto, estará mais próximo da tempestade do que da bonança. Uma pequena revolução interior poderá estalar a todo o momento. Questão de condições e oportunidade. Para evitar um naufrágio, controle as suas fúrias. Profissionalmente, andará mais agressivo do que nunca.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Momento propício à reflexão. Terá a sensação de que, renovado, revigorado e liberto, irá entrar numa nova época da sua vida. Profissionalmente, andará menos obcecado; mesmo frente ao mar, não deixará de cozinhar novos e aliciantes projetos. Saúde: período de indolência inerente a uma salutar tranquilidade interior.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Conseguirá manter uma razoável intimidade. Amará com alguma doçura, sem energia, em meias-tintas. Sem dúvida que escolheu um parceiro fácil e confortável. Pelo menos com ele você não terá medos porque sem querer estará numa zona erótica protegida. Profissionalmente, terá de enfrentar alguns problemas mas não se preocupe. Saúde: a sua robustez fará inveja a muita gente.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Dois Peixes coexistirão em si. Um nadará nas águas mansas da rotina, sem fazer ondas e a respirar felicidade por todas as guelras. O outro procurará novos e atraentes territórios e desencadeará uma corrente fria de ciúmes. Profissionalmente, enfrentará rivalidades. Se alguém continuar a fazer-lhe sombra e a embaciar as ambicionadas vistas é sinal que está a caminho do êxito. Saúde: dores musculares provocadas pelo stresse. Dedique-se à preguiça.
Diário do Alentejo 15 novembro 2013
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Beja assinala aniversário de Jorge Vieira
A Câmara Municipal de Beja assinala amanhã, sábado, pelas 17 horas, o aniversário do escultor Jorge Vieira. A comemoração, como não poderia deixar de ser, acontecerá no Museu Jorge Vieira/Casa das Artes. Neste dia será dado a conhecer a maqueta do monumento “ao antifascista de Aljustrel”. Será ainda apresentada a remodelação da exposição permanente do museu. Jorge Vieira, um nome incontornável da escultura portuguesa no século XX, será assim recordado.
DR
Fim de semana
História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, emFesta Aljustrel, curso livre de iniciação à história OdoCineteatro jazz “Jazz de a Z”. A ação, dao Animação em Barrancos de ABarrancos reque decorrerá atéamanhã, 4 de maiosábado, estruturada sessões,Segundo sempre àsa sextas-feiras, é micebe a Festaemdaoito Animação. câmara municipal, nistrada por“aAntónio Branco, dinamizador Clubeede Jazz doe Conservatório Regional iniciativa dirige-se a crianças,dojovens adultos” contemplará cinema de do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos animação. “Cartoon D´or” estará em destaque, a partir das 16 horas. A ende algodão atrada NovaéOrleães”. gratuita, informa o município.
“Ailleurs” patente no Fórum de Castro Verde O Fórum Municipal de Castro Verde tem patente ao público a exposição de pintura e fotografia “Ailleurs”, da autoria de Helena Lousinha. A organização encontra-se a cargo da Câmara Municipal de Castro Verde e da Galeria Municipal de Beja – Escudeiros. A mostra poderá ser apreciada até ao dia 20 de dezembro.
Stories do Alentejo apresentado na biblioteca de Beja Amanhã, sábado, pelas 16 e 30 horas, na Biblioteca Municipal de Beja, é apresentado o livro Stories do Alentejo. Para além das presenças do coordenador do projeto, Luís Miguel Ricardo, e dos autores, Antónia Luísa Silva, Dora Gago, Fernando Évora, Joaninha Duarte, José Teles Lacerda, Manuela Pina, Maria Ana Ameixa, Maria Morais, Miguel Brito de Oliveira, Miguel Morais e Vítor Encarnação, a sessão conta com a participação da revelação da música jazz alentejana, Marta D´Almeida. Stories do Alentejo é um projeto editorial, inserido na valência de “Literatura de viagens”, que tem como principais objetivos a preservação e promoção do Alentejo em várias vertentes, nomeadamente belezas naturais e arquitetónicas; tradições; gastronomia; e canto e falares, através da magia do conto contado por contadores alentejanos de reconhecido mérito e com um profundo conhecimento da região. Mas também humor, amor, paixão, romance, amizade, traição, crime, mistério e aventura. O livro apresenta 13 contos que se estendem por esse Alentejo, desde as montanhas agrestes às planícies tranquilas, desde o litoral efusivo ao interior recatado. Os locais mais emblemáticos referidos nos contos estão identificados por coordenadas de GPS.
Pax Julia Teatro Municipal acolhe 1.º Festival de Jazz
Dianne Reeves dá concerto único em Beja
A
cantora norte-americana Dianne Reeves, depois do seu último concerto no CCB, em Lisboa, regressa a Portugal para um concerto único, e sobe hoje, sexta-feira, a partir das 21 e 30 horas, ao palco do Pax Julia Teatro Municipal, em Beja. Reeves, quatro vezes vencedora de Grammy’s, já gravou e tocou com a Lincoln Center Jazz Orchestra, entre outros. Este é um dos concertos que marca o 1.º Festival de Jazz de Beja, que arrancou na terça-feira passada. Amanhã, sábado, a fechar, é a vez do pianista e compositor Mário Laginha subir ao palco do festival, também pelas 21 e 30 horas. O
músico conta com uma carreira de mais de duas décadas. Com uma sólida formação clássica, Mário Laginha tem escrito para formações diversas. Compõe também para cinema e teatro. Antes subiram ao palco António Pinho Vargas, o primeiro concerto do festival, seguindo-se a actuação de J.C.Project, na quinta-feira. O festival, organizado pela Câmara Municipal de Beja, que decorre até amanhã, sábado, incluiu, para além dos concertos, uma ação de formação, uma conferência e dois workshops dedicados ao jazz.
31 Diário do Alentejo 15 novembro 2013
Alegado abate ilegal de eucaliptos junto à praia da Tapada Grande foi ordenado pelo Governo: Portas quer transformar árvores em papel para fotocopiar guião para a reforma do Estado. Nova carta de José Barriga ao “Diário do Alentejo” atribui a culpa pela derrota rota do PS nas autárquicas em Beja a Rui Patrício. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Depois de Birdwatching, Alentejo aposta no empregowatching O Birdwatching está a atrair cada vez mais turistas à nossa região, ajudando a fazer crescer o turismo. Mas, segundo consta, as autoridades locais desejam apostar noutras formas de atração turística, como nos confidenciou um responsável por cenas ligadas a essa área: “Isto do birdwatching é muito giro até ao momento em que um melro de bico amarelo nos caga em cima. Nós queremos apostar em coisas mais exóticas, como o empregowatching, uma raridade nos dias que correm… Ou então em algo ainda mais extraordinário, o empregosemcunhawatching! Enfim, muitos acharão que se trata de algo do domínio do fantástico, que é mais provável encontrar o abominável homem das neves, um grifo ou o Trio Odemira, mas nós acreditamos que isto tem pernas para andar!”. O aeroporto de Beja também demonstrou interesse em aposstá a desenvolver tar nesta área e já está pos de turismo em atividades novos tipos ainda mais raras, como o aviõeswatching, o clusteraeronáuticowatching ou o hospedeirasboazonaswatching!
Ministério da Defesa recruta em Beja durante campanha de promoção de brinquedos de superfície comercial: “São assassinos natos!” No passado fim de semana, uma conhecida superfície comercial da cidade de Beja (não podemos dizer o nome, apenas podemos indicar que começa com C, acaba em E, e no meio tem as letras ONTINENT) organizou uma promoção em que dava um desconto de 50 por cento em todos os brinquedos. O Ministério da Defesa, tendo conhecimento dos acontecimentos que marcaram os anos anteriores, decidiu enviar um general com 40 anos de experiência no terreno para efetuar o processo de recrutamento para as Forças Armadas. Foi um general consternado que nos contou o que viu: “Já passei por muito, mas esse fim de semana em Beja foi demais… São assassinos natos! Máquinas de matar! Chegaram às 9 em ponto, com os cartões de desconto em riste, usando camuflagens tão ardilosas como camisolas da Hello Kitty, enfeites de carnaval ou blusas cor-de-rosa para passar desapercebidos no corredor dos peluches da Popota. Os brinquedos não duraram mais de meia hora! É como se tivesse visto toda a Segunda Guerra Mundial recriada em 30 minutos com Barriguitas e Tartarugas Ninja. Em tantos anos de serviço ainda não tinha descoberto que era possível matar com O Meu Pequeno Pónei. Vi pessoas capazes de meter os meus homens nos Comandos a chorar com mais intensidade do que uma criança que acabou de ver a mãe do Bambi a morrer! Nem sei o que vou dizer ao ministro… Ao pé disto, o Afeganistão é mais tranquilo do que um passeio de idosos no Guadiana!”. Também Gertrudes Gormiti, uma das sobreviventes a esta fatalidade, nos relatou alguns do acontecimentos mais marcantes: “Fiz o que tinha de ser feito. Comprei 12 caixas de Dinofroz, quatro packs de bonecos do Jake e os Piratas e tive de degolar os Power Rangers… Mãe que é mãe, é assim. Lá por uma pessoa violar a convenção de Genebra 149 vezes numa manhã só para comprar brinquedos para o meu Rafael, não quer dizer que seja uma criminosa. Agora se não se importa tenho de ir fritar sonhos de abóbora”.
Governo saúda descoberta de planeta por parte de astrofísico de Serpa e convida os portugueses a emigrarem para lá Trat Trata-se da maior descoberta realizada por um alentejano desde que Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia e que o Tó Vasc Gula descobriu a Valentina Torres nas festas de Quintos. Um astrofísico de Serpa, Pedro Figueira, integrou a equipa responsável pela descoberta do Kepler – 78b, um planeta muito parecido com a Terra, mas queijadas de requeijão. Aliás, o seu feito foi de tal modo grande sem que que, segundo segu fontes próximas do projeto, o planeta corre o sério risco de vir a ser chamado de Lebrinha, estando ainda sujeito a aprovação o padroeiro: Nossa Senhora de Guadalupe ou Nosso Senome do futuro fu nhor Nicolau Breyner. O Governo português já saudou o cientista alenexortou os portugueses a visitarem o novo planeta, e quem tejano, e exo sabe ficarem ppor lá: “É um motivo de grande orgulho para Portugal! representa um conjunto de novas oportunidaEste novo planeta pl des, com a vantagem de não se ter de aturar o governo angolano. É altura de sairmos das nossas zonas de conforto e irmos a esse planeta ver se precisam de alguém para trabalhar balha com a enxada ou dar aulas de zumba fitness, ou mesmo mesm se necessitam de um ministro dos negócios estrangeiros trange com óculos”, declarou Pedro Passos Coelho.
Inquérito Inquérito: Tem acompanhado a luta pela liderança do BES?
LUCAS TONECAS, 30 ANOS Funcionário do BES e pessoa com a comédia nas veias Tenho acompanhado e temos de ser positivos e ver o lado divertido da coisa... Eu tento sempre alegrar os meus colegas com piadas do quilate de um Guilherme Leite ou mesmo de um Badaró. Quer ouvir umas? Por exemplo, este poema que fiz: “Oh Ricardo Salgado, quanto do teu sal, são lágrimas do buraco orçamental!” Ou esta, que também está muito boa: “Sabe qual foi o almoço na cantina do BES? Frango Ricciardi com farinheira!” Hein!? Estou imparável, pá!
FELISMINA D’ONOFRE, 72 ANOS Colunista social e irmã da dona Inércia Uma vergonha! Ao que aquela família chegou, meu Deus! Nem umas nódoas negras? Nem uns filhos para servir de arma de arremesso!? Onde é que estão uma Bárbara e um Carrilho quando precisamos deles? Como é que podemos trabalhar assim? Como é que podemos viver uma vida sem as condições mínimas para sermos sanguessugas e vivermos das desgraças dos outros?
CRISTIANO RONALDO, 28 ANOS Jogador de futebol com dinheiro para comprar o BES Eu penso que está tudo tranquilo. Penso que é preciso ter calma e dar tempo, penso que, ao tempo. A única coisa que posso dizer é que o meu empresário, penso que, já está a tratar do assunto. Afinal, o que é que esse BES já fez contra a comichão e a oleosidade? Mas o importante não é isso. Agora, é concentrar nos jogos contra a Suécia. Desde que parti uma unha a montar uma estante Billy, só penso que quero vingança daquela gente.
Nº 1647 (II Série) | 15 novembro 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Escrever Escrever é uma forma gramatical de explicar o confronto com a nossa existência. Quem escreve documenta sensações, derruba silêncios e acende a sua voz nos olhos dos outros. As línguas fizeram muitas palavras para que assim não nos perdêssemos. E quando parece que nos vamos perder, quando parece que já não há palavras que nos consigam significar, eis que, na imensa quantidade dos vocábulos encontramos aqueles que nos permitem dizer na plenitude. As palavras são como peças desordenadas de um puzzle inquieto que se carrega dentro do peito. São ideias confusas, coisas partidas, verbos que só por si não servem para nada, sujeitos solitários,
adjetivos inqualificáveis, predicados que não se afirmam de sujeito nenhum. E o escritor pega nesse puzzle desordenado e compõe a vida. Compõe-na como se tocasse uma música sem som. Palavra após palavra. Incansáveis formigas de tinta em linha reta, de parágrafo em parágrafo, à procura de um ponto final que as descanse. Palavras ligadas umas às outras pela fome de querer dizer, um carreiro de palavras carregando significados em cima do lombo da sua própria fragilidade. Escrever é uma rede de palavras urdida pelos escritores para apanhar a vida e não a deixar fugir por entre os buracos do tempo. Vítor Encarnação
quadro de honra
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Hoje, sexta-feira, dia 15, o sol deverá brilhar em toda a região, com a temperatura a oscilar entre os nove e os 18 graus. Amanhã, sábado, prevê-se céu limpo e no domingo também não são esperadas nuvens.
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Festival Dansul em Beja
Luís Miguel Ricardo, 40 anos, natural de Ferreira do Alentejo Luís Miguel Ricardo é natural de Ferreira do Alentejo e é licenciado em Filosofia da Cultura, pós-graduado em Ciências Criminais e mestre em Ciências da Educação. Atualmente é editor literário e cronista/ /colaborador na imprensa escrita e falada. Tem várias obras publicadas é o coordenador do projeto editorial (livro) que aqui se apresenta: Stories do Alentejo.
Stories do Alentejo reúne 13 contos
Viagem ao sabor da escrita criativa
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m livro de viagens, em formato de conto de ficção sobre o Alentejo, que mostra as suas diversas potencialidades e que junta vários autores alentejanos. Treze contos, onde predominam saberes, tradições e locais. O desafio? “Viajarmos pelo Alentejo ao sabor da escrita criativa”. Como surgiu Stories do Alentejo?
Em 2010, parte desta equipa trabalhou afincadamente num outro projeto sobre a região designado “Heróis à moda do Alentejo” (que dominou os principais tops de vendas nacionais), e durante esse processo tomou-se conhecimento das potencialidades que a região tem em termos de produção literária. Desde essa altura que a ideia de criação de um livro de viagens, em formato de conto de ficção sobre o Alentejo, ficou a amadurecer. Em 2011 começou-se a reforçar a equipa com autores alentejanos de reconhecida qualidade literária e com profunda paixão pela região, e o projeto começou a ganhar forma. É escrito a várias mãos, por diversos contadores e com um vasto conhecimento sobre a região. Só poderia ser assim?
Para se conseguir um trabalho que se pretende de excelência sobre a região e o seu património natural e cultural teria de ser construído por uma equipa também PUB
ela de excelência, com profundos conhecedores do Alentejo e, simultaneamente, com o domínio da escrita criativa. É um guia de saberes, tradições e locais do Alentejo?
Os 13 contos que compõem a obra têm em comum o facto de irem para além de simples contos ficcionais de aventura, humor, amor, paixões, traições, etc. Em todos eles predomina essa característica de guia de saberes, tradições e locais do Alentejo. Por exemplo, enquanto duas personagens se apaixonam e vivem as agruras de um amor proibido pelas famílias, assente nas rivalidades entre as capitais do Alto e Baixo Alentejo, ao leitor é disponibilizado um roteiro turístico e cultural pelas cidades de Évora e Beja, com as personagens a fazerem de cicerones, levando-o a conhecer o “Mercado de Boca”, o “Placard”, a torre de menagem mais alta da Península Ibérica, etc.. Noutras histórias dá-se a conhecer a feira do Pau Roxo, em Castro Verde; o maior cais palafítico da Europa, na aldeia da Carrasqueira; O “Buraco da Adiça”, na serra da Adiça; as mezinhas à base de plantas autóctones; e por aí adiante, num desfile quase infinito de ponto de interesse. Este projeto editorial insere-se na valência de “Literatura de Viagens”. É ainda
um meio de promoção desta região?
Os principais objetivos do projeto são preservar e promover o Alentejo em várias valências: belezas naturais e arquitetónicas, tradições, gastronomia, canto e falares. O conto de ficção surge como um veículo privilegiado de fazer passar a mensagem, de a levar a uma multiplicidade de públicos. O desafio é viajarmos pelo Alentejo ao sabor da escrita criativa, das tramas engendradas por autores experimentados, ora rindo, ora pensando, ora descobrindo as riquezas que habitam a sul. Foi fácil contar/relatar o Alentejo? Cabe tudo num livro ou seguir-se-á outro?
Foi fácil contar o Alentejo, porque foi contado por alentejanos profundamente enraizados à região. Contudo, não cabe num livro. O Alentejo é enorme e os pontos de interesse são em quantidades quase infinitas. Vamos atrás de um aspeto e encontramos três ou quatro. E se procurarmos um desses três ou quatro vamos encontrar outros tantos. Mas esse é o fascínio deste tipo de trabalho. Percebermos e partilharmos essa riqueza cultural gigante que povoa as terras além do Tejo, mas percebermos também que o trabalho fica sempre incompleto, que fica disponível para uma continuidade. Bruna Soares
O Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, vai ser palco, entre os dias 21 e 28 deste mês, de três espetáculos do 1.º Festival Dansul, a decorrer em três concelhos do Alentejo, para integrar a dança contemporânea na programação cultural da região. A programação do festival em Beja arranca no dia 21 com o espetáculo “O Avesso”, de Marina Nabais, a partir das 21 e 30 horas. Seguem-se três sessões do espetáculo “A Cabra Bailarina”, de Sofia Silva, uma no dia 26, às 14 e 30 horas, e duas no dia seguinte, às 10 e 30 e às 14 e 30 horas, e uma sessão do espetáculo “Não Dançarás como Antes”, da Companhia Dansul, às 21 e 30 horas. Além dos espetáculos, a programação em Beja inclui ações complementares, como oficinas, ensaios abertos, introduções nas escolas, conversas com os artistas e várias celebrações. O festival, organizado pela Companhia Dansul, está a decorrer este mês e inclui a apresentação de sessões de três espetáculos de dança em Mértola, Castro Verde e Beja.
Vin&Cultura regressa a Ervidel e já tem programa A Vin&Cultura volta a Ervidel, concelho de Aljustrel, nos dias 23 e 24. As adegas da aldeia abrem as suas portas para dar a provar o vinho novo e o largo da Liberdade, também conhecido como largo da feira, é o palco do evento. Vários produtores, artesãos e vendedores de produtos locais vão marcar presença no evento e a doçaria, a gastronomia, o artesanato, entre muitos outros produtos de qualidade, vão estar em destaque. Os visitantes da Vin&Cultura podem ainda efetuar diversas visitas guiadas, nomeadamente a um lagar, e participar na rota das adegas. A adega central, no salão de festas, também oferece diversos petiscos e muitos momentos de animação. A feira, centrada na temática da vinha e do vinho, é promovida pela Câmara de Aljustrel com o apoio da Junta de Freguesia de Ervidel, produtores e movimento associativo. Este ano, pela segunda vez consecutiva, o programa da TVI “Somos Portugal” volta a marcar presença na Vin&cultura, em Ervidel, transmitindo o evento em direto para todo o mundo.