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José e Solange Mata
Sines
Par da Capricho brilha na Europa em danças latinas
É o quarto concelho com melhor poder de compra
pág. 32
págs. 4/5
SEXTA-FEIRA, 22 NOVEMBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1648 (II Série) | Preço: € 0,90
Sindicato dos Médicos da Zona Sul pronuncia-se
Atos de gestão da Uslba são “nulos ou sem efeito” SUSA MONTEIRO
pág. 6
Saiba quantas pessoas trabalham na sua câmara pág. 7
Liceu de Beja lidera ranking das escolas pág. 8
Maior telescópio do mundo em Moura pág. 13
Beja Basket Clube na primeira divisão pág. 18
Forças de segurança envelhecidas PUB
Desde a tristemente lendária batalha dos “secos e molhados”, em 1989, que as forças de segurança não saíam à rua com tanta veemência. Elementos de todas as polícias e de todas as patentes exibiram ontem o seu descontentamento face às políticas do Governo. E estão sobretudo preocupados com um forte indicador de segurança pública: as polícias estão a envelhecer a olhos vistos. págs. 16/17
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Editorial EDIA Paulo Barriga
Vice-versa A Câmara Municipal de Almodôvar não está numa situação financeira invejável. Se devemos 6, 4 milhões de euros à banca a médio e longo prazo, pagando juros todos os dias, e se temos comprometidos cerca de quatro milhões de euros, em que o dinheiro terá de entrar na câmara depois das obras serem completadas para se pagar, temos de ter alguma preocupação”. António Bota, in “Correio Alentejo”
E
scrito assim, EDIA, não é somente o conjunto das letras iniciais da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva. Em termos de semântica é muito mais do que isso. EDIA é uma palavra por inteiro. Um acrónimo, como diriam os linguistas, para designar as coisas (todas as coisas) que têm a ver com o Alqueva. A EDIA fez por estes dias 18 anos. Uma jovem adulta ao pé da ideia de construir um grande lago para molhar as securas do Alentejo. Essa, a ideia, tem 45 anos. A história da barragem do Alqueva e, mais recentemente, a história da EDIA, é o decalque perfeito da história política portuguesa desde os últimos suspiros da ditadura. Ou melhor: a síntese da novela política portuguesa no último meio século. No ano em que uma cadeira traiu Salazar, 1968, o Governo vigente assinou com Espanha um convénio para a utilização comum dos rios, tendo Alqueva como pano de fundo. O vai-não--vai de Salazar, o intensificar das guerras africanas e a Revolução de 1974 adormeceram a ideia do grande lago alentejano. Na fervura do Verão Quente, em 1975, o Governo decidiu finalmente arregaçar as mangas da camisa. No ano seguinte, e por fim, jogou-se o primeiro betão para o Guadiana. Mas as contas mal medidas e o FMI pararam a obra em 1978. O que lá restou desses primeiros caboucos foi a ensecadeira onde um poeta escreveu “construam-me porra”. Um alerta que ecoou por 17 anos de governações falhadas, atentados, mais FMI, integração europeia... Até que em 1995, entre o último fôlego de Cavaco e as primeiras comichões de Guterres, se constituiu a EDIA e se avançou em definitivo para a construção do maior lago artificial da Europa Ocidental. Já lá vão 18 anos. Que é precisamente a idade que tem o esbanjamento e o clientelismo político em nome do Alqueva. Já se disse que a EDIA é uma palavra por inteiro para designar as coisas do Alqueva. Mas, até há bem pouco tempo, EDIA era, afinal, um sinónimo comum para tacho, cunhas e boa-vida. Aquela que foi, talvez, a única conquista para Beja nos últimos 50 anos foi também o palco privilegiado da política miudinha local, o maceirão da intriga partidária, o rio grande dos favores e das pagas e do amiguismo. Uma definição pouco lisonjeira para a palavra EDIA que, na administração de João Basto, foi limpando com sucesso, aos poucos, as nódoas semânticas do passado. Uma tarefa bem mais penosa do que levantar paredões ou estender tubos de rega pelos campos.
“Esta dívida à banca, perfeitamente controlada e consolidada, remunerada a juros de baixo valor, fica muito aquém do limite da capacidade de endividamento do município previsto na lei, sendo que os juros suportados representam o valor residual de 0, 5 por cento do orçamento da receita da câmara municipal. Por tudo isto, seria aconselhável que o atual presidente da câmara se informasse adequadamente antes de produzir afirmações que não correspondem à realidade dos factos”. Independentes por Almodôvar, em comunicado enviado
Fotonotícia
Arte Numa Perspetiva Diferente Foi na quarta-feira que inaugurou na galeria de arte da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), em Beja, a mostra composta por 22 quadros de pintura. Os artistas plásticos? Seis jovens portadores de paralisia cerebral que dão a conhecer as suas visões artísticas “descomprometidas do mundo e da vida”. “Arte Numa Perspetiva Diferente”, da responsabilidade do Centro de Paralisia Cerebral, em parceria com a EDIA, já vai na sua 12.ª edição. Acontece que este ano contou com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, na inauguração. Um reconhecimento mais do que merecido para estes jovens artistas plásticos que, ano após ano, brindam a cidade com o seu talento. BS Foto de José Ferrolho
Voz do povo Como viu o jogo que apurou Portugal para o mundial de futebol no Brasil em 2014?
Inquérito de José Serrano
Joaquim Silva 74 anos, aposentado
Filipe Fachadas 45 anos, militar
António Pereira 65 anos, pasteleiro
António Rodrigues 38 anos, guarda prisional
Foi um belo jogo de futebol. Com ambas as equipas empenhadas em dar o seu melhor. Vi-o com muita emoção. Embora eu estivesse duvidoso em relação à qualificação, Portugal demonstrou que é uma equipa digna de estar no mundial. Mostraram garra, dinamismo. Fizeram uma exibição fantástica. E lá estão. Por mérito próprio. Sinto-me feliz e orgulhoso por isso.
Com a emoção que estes jogos trazem. A todos os portugueses que gostam do seu país e vibram com a seleção. Sinto-me orgulhoso. Ainda assim, julgo que há jogadores que podiam empenhar-se um pouco mais nalguns jogos. Esta equipa tinha condições para ser apurada diretamente. Sem necessidade de ir ao play-off. É uma seleção irregular, assente no melhor jogador do mundo.
Vi aquele grande jogo com o meu primo. Que, tal como eu, é também um adepto fervoroso da seleção nacional. E gritámos a cada golo que fizemos. Todos jogaram bem. Mas o melhor jogador em campo, o grande herói, foi o Cristiano Ronaldo. Que para mim é também o melhor jogador do mundo. Se continuarmos a jogar assim, acredito ser possível irmos à final no mundial.
Sou um grande adepto da seleção nacional. E aquela vitória deixou-me muito contente. Primeiro porque conseguimos o apuramento. E depois porque o Ronaldo demonstrou inequivocamente que é o melhor jogador do mundo. Aquela fantástica exibição foi uma chapada de luva branca ao presidente da FIFA. A seleção é neste momento a única realidade positiva que o povo tem.
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Rede social
Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 16 MÉRTOLA MÊS DA MÚSICA COM QUATRO CONCERTOS NO CONCELHO
O renovado quartel dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo, que foi alvo de obras de ampliação e remodelação, num investimento de 400 mil euros, foi inaugurado no sábado. Segundo a Câmara de Ferreira do Alentejo, trata-se de “uma obra de extrema importância”, já que permitiu “melhorar” as condições e trabalho dos bombeiros do concelho, ao nível de comunicações, equipamentos, gabinete para a proteção civil e camaratas. As obras só foram possíveis graças a uma candidatura elaborada pelo Centro de Desenvolvimento Económico Câmara de Ferreira do Alentejo, que suportou parte (130 mil euros) dos custos da intervenção, refere o município.
DOMINGO, DIA 17 BEJA RECLUSO SUICIDA-SE NA PRISÃO Um recluso de 22 anos suicidou-se, no domingo, através de enforcamento, na sua cela no Estabelecimento Prisional de Beja, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja. A mesma fonte indicou que o alerta foi recebido às 14 e 56 horas e que no local estiveram três operacionais dos Bombeiros Voluntários de Beja e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Beja. Segundo fonte da polícia, a PSP de Beja esteve no local, mas a investigação do caso passou para a alçada da Polícia Judiciária (PJ).
ALVITO DETIDA QUANDO ROUBAVA IDOSO Uma mulher de 43 anos foi detida por um militar da GNR do posto de Alvito, pelas 19 horas de domingo, quando roubava um idoso na sua residência. Segundo a GNR, o militar, em período de férias e quando regressava a casa, ouviu gritos vindos de uma residência vizinha e tomou diligências no sentido de entrar em casa e socorrer a vítima, um idoso de 80 anos. “Deparou-se com uma mulher, referenciada em diversos furtos, e com o idoso manietado e agredido no rosto, pelo que deteve a suspeita enquanto alertava o posto da GNR para o sucedido”, refere a força de segurança. Por ordem judicial, a alegada agressora ficou detida até ser apresentada em tribunal.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 18 CASTRO VERDE IDENTIFICADOS 35 TRABALHADORES A VIVEREM EM “CONDIÇÕES PRECÁRIAS” A GNR e a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) identificaram 32 estrangeiros e três portugueses, que vivem em “condições precárias” e trabalham na apanha da azeitona em Castro Verde. Os trabalhadores foram identificados numa operação conjunta da GNR e da ACT para fiscalização das condições de trabalho de cidadãos estrangeiros e nacionais em trabalhos agrícolas, nomeadamente na apanha de azeitona, que decorreu na segunda-feira, no concelho de Castro Verde. As 35 pessoas identificadas foram notificadas para comprovarem as suas situações contratuais.
A cidade de Beja recebe amanhã, sábado, 23, um estágio de krav maga, promovido pela Federação Portuguesa de Krav Maga. Quais são os fundamentos deste sistema de defesa pessoal e o que é que se pretende com o estágio?
O krav maga é um sistema composto por duas áreas distintas, mas complementares: defesa pessoal e combate corpo-a-corpo. E baseia-se na simplicidade, rapidez e eficácia. As técnicas assentam nos movimentos naturais do corpo humano, desta forma torna-se extremamente eficiente, de tal modo que é considerado o sistema de defesa pessoal mais eficaz do mundo... No dia 23, Beja recebe a I etapa da “II Volta a Portugal em Krav Maga”, que é um evento promovido pela Federação Portuguesa de Krav Maga (FPKM), que visa dar a conhecer e desenvolver o krav maga e todos os benefícios físicos e mentais que a sua prática regular incute no cidadão comum, bem como “descentralizar” um pouco de Lisboa os estágios e mostrar por Portugal continental o trabalho que a federação faz. O tema deste ano é “Defesa contra ataque de bastão” e será ministrado pelo mestre Paulo Pereira, responsável máximo da Federação Portuguesa de Krav Maga. Quando e como é que surgiu o seu interesse pela modalidade?
Foi em 2008, quando resolvi frequentar umas formações da FPKM para forças de segurança… Foi então que conheci o mestre Paulo Pereira, IV Darga, pela Federação Europeia de Krav Maga – Richard Douieb, e o seu trabalho na federação. Gostei bastante do sistema, principalmente porque tem na sua “simplicidade” a sua maior virtude, e, de facto, é uma maisvalia para fazer face à realidade hostil e perigosa em que vivemos. Em 2010 frequentei o curso de instrutores, que terminei no ano passado. E após estes anos de praticante, concluo que “Só sei que nada sei…”.
Casa cheia no concerto de Dianne Reeves Dianne Reeves, aclamada cantora norte americana, esteve em Beja na passada sexta-feira. No 1.º Festival de Jazz da cidade. Acompanhada por um quarteto de músicos irrepreensíveis, esbanjou talento e simpatia por todos aqueles que encheram, naquela noite, o Pax Julia Teatro Municipal.
Beja recorda escultor Jorge Vieira O aniversário do escultor Jorge Vieira (1922-1998) foi assinalado no último fim de semana em Beja. A comemoração decorreu no Museu Jorge Vieira/Casa das Artes e incluiu as apresentações da maqueta do monumento “ao antifascista de Aljustrel” e da remodelação da exposição permanente do museu. DR
FERREIRA DO ALENTEJO INAUGURADO RENOVADO QUARTEL DOS BOMBEIROS
Instrutor de krav maga
Chefe Nobre cria receitas exclusivas com recursos silvestres A Adral, no âmbito da Rota dos Recursos Silvestres, desenvolveu uma parceria com o chefe António Nobre, para a confeção de receitas inéditas onde os recursos silvestres ocupam um papel de destaque. Mel, figos da Índia e poejo são alguns dos produtos que compõem a atual rota. MANUEL SOUSA
SÁBADO, DIA 16
3 perguntas a João Cuco
No âmbito do centenário do CI Coronel Sousa Tavares Os fadistas Carlos Filipe, Ana Tareco, Luís Saturnino, Ana Rato, Mafalda Vasques, Manuel Cano, Aníbal Fernandes e Narciso Gaitinha, acompanhados por Carlos Franco e Rogério Mestre, brilharam numa noite de fados a favor da “Buganvília”, promovida pelo centro infantil CS Tavares.
Ministra aulas de krav maga na Casa da Cultura de Beja desde outubro de 2012. Como tem sido a recetividade? Quem é que procura a modalidade e com que objetivos?
Atualmente temos aulas às terças e quintas-feiras, das 12 e 30 às 13 e 45 horas, e aos sábados, das 9 e 30 às 11 horas. A recetividade tem sido boa. Temos um grupo misto com cerca de 15 praticantes, entre os 20 e os 60 anos, nomeadamente professores, alunos, bancários, bombeiros, dos mais diversos quadrantes… As motivações são diversas: aprender a defender-se de vários tipos de agressão, aumentar a autoestima, melhorar a condição física, entre outras. Nélia Pedrosa
DR
Um concerto pelo Viola Campaniça Trio – Cante e Vozes marcou o arranque da edição deste ano da iniciativa “Mês da Música”, que vai decorrer até ao dia 21 de dezembro com quatro concertos no concelho de Mértola. O espetáculo de abertura da iniciativa, promovida pela Câmara de Mértola, teve lugar no cineteatro da aldeia de Mina de São Domingos. Segue-se, na vila de Mértola, o concerto da Orquestra Clássica do Sul, no dia 30 deste mês, no Cineteatro Marques Duque, e, em dezembro, os espetáculos de Espirituais em Concerto (dia 7) e St. Dominic’s Gospel Choir (dia 21), na igreja matriz.
O 100.º aniversário de Conceição de Brito Conceição de Brito, natural de Panoias, Ourique, comemorou no passado dia 13 o seu 100.º aniversário. O almoço de celebração, uma iniciativa da Junta de Freguesia de Panoias, teve lugar num restaurante da sua aldeia natal e contou com a participação de familiares e amigos.
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Tema de capa
Concelho do litoral alentejano acima do índice nacional
Onde para o poder de compra de Sines? Segundo as estatísticas oficiais Sines ocupava, em 2011, o quarto lugar na-
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epois de Lisboa, Oeiras e Porto, Sines, no litoral alentejano, surge como o quarto concelho português com maior poder de compra, segundo dados recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), embora referentes a 2011. Diz a crueza dos números, neste Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (EPCC 2011), que já vai na sua 10.ª edição, que os sineenses são dos que melhor vivem a nível nacional. Isto depois dos residentes no município da capital do País, que atinge um Indicador per Capita (IpC) de 216,9; dos vizinhos destes, de Oeiras, com 193,7; e dos munícipes da Invicta, com um poder de compra per capita de 161,7, bem aquém dos alfacinhas, mas muito acima do índice nacional (100). Sines atinge um IpC de 137, o que traduz, em média, o “poder de compra manifestado quotidianamente” naquele território, por cada pessoa. Nas ruas, nos cafés, no comércio tradicional ou no porto de pesca, os sineenses encaram estes números com surpresa, descrença ou, simplesmente, atribuindo-lhe um valor relativo, que merece muitos apartes, muitas explicações. Aceitar, sem dúvidas, o que parece ser uma boa notícia, é que ninguém é capaz de fazer. Isto porque a realidade desmente os resultados estatísticos em várias frentes. É o que diz, por exemplo, Celestino Figueiredo, 69 anos e uma figura bem conhecida do centro histórico da cidade. É um dos sócios da pastelaria Vela D’Ouro ou “Galegos”, como é mais conhecida, por se situar no largo que popularmente leva o mesmo nome, oficialmente largo do Castelo. Está de portas abertas há 43 anos e se há uma década se fazia fila para pedir os famosos “vasquinhos” ao balcão, hoje “está como se vê”, aponta para o balcão totalmente desimpedido a meio de uma manhã soalheira de sexta-feira. “Levámos uma baixa de mais de 50 por cento, não há dúvida”, desabafa, manifestando a sua surpresa e também o seu ceticismo: “Sines em quarto lugar ao nível do poder de compra? É muito estranho. Mal das outras terras quando esta é a quarta”. O comerciante reconhece, sim, que se praticam remunerações acima da média nas empresas instaladas na zona industrial adjacente ao porto de águas profundas, considerado, aliás, a principal porta de abastecimento energético do País. Mas esses trabalhadores, argumenta, mal se notam na zona alta da cidade: “A maior parte deles, aqueles que estão na refinaria da Petrogal e por aí fora, vêm de manhã
cional no ranking do poder de compra per capita. Depois de Lisboa, Oeiras e Porto. Uma análise numérica fria que, segundo os sineenses, não tem tradução nos seus bolsos e muito menos nos seus negócios. Se, por um lado, há toda uma indústria que floresce, associada ao porto de águas profundas, e que remunera acima da média, nem por isso o comércio tradicional, lá em cima, no centro histórico, definha menos do que em qualquer cidade do interior empobrecido. Poder de compra há, dizem. Mas onde é que ele anda? Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
e vão à noite, não vêm fazer as suas despesas cá acima à cidade. Vivem nos arredores; há até pessoas que vão e vêm de Setúbal todos os dias”. Cá fora, na esplanada agradavelmente composta, o estudo do INE não apanha todos de surpresa. Alguns já o leram e não discordam totalmente, mas têm as suas próprias interpretações. “Em certa medida, isso é real”, avança, cavalheiro, João Fragoso, antigo professor do ensino secundário que já leva 50 anos na cidade de Vasco da Gama. E, como se discursasse para os companheiros da tertúlia de habitués, vai enumerando, de memória, as empresas onde se ganha “acima da média”. “Temos a antiga Companhia Nacional Petroquímica, atual Repsol, que emprega centenas de pessoas; a refinaria da Petrogal, que ocupa também bastante gente; o Terminal 21, para carga e descarga dos contentores, a EDP… Depois, há ainda outras atividades mais ou menos bem pagas, como por exemplo a estiva”. O porto, lembra, é uma construção recente, de 1978, que veio transformar uma idílica “terra de pescadores”, onde se “vivia um pouco do turismo no verão”, na plataforma logística de âmbito internacional que é hoje. E é “tudo isto”, conclui, que coloca Sines nesta posição cimeira em termos de poder de compra, já que a pesca “praticamente deixou de ter o significado que tinha”. A questão que se coloca é “onde está esse poder de compra?”, lança João Fragoso para a mesa, como se arremessasse uma batata quente aos colegas da conversa matinal. E Vítor Caetano, ex-guia de turismo e diretor de marketing, que hoje divide os seus anos entre Sines e Lisboa, apanha-a com gosto. “Pelas razões que o professor mencionou, esses números estão explicados. O que não está explicado é o que está a acontecer no comércio de Sines. Se passarmos pelas ruas de Sines, vemos que o comércio está moribundo, só se vê ‘vende-se’, ´trespassa-se’, ‘aluga-se’”, responde. O que significa, aconselha a lógica, que não coincidem os locais onde os rendimentos são obtidos e gastos. Que, resumindo, Sines e o seu porto são mundos diferentes e, em certa medida, separados um do outro. “Muitos dos técnicos superiores que trabalham nessas indústrias ligadas ao petróleo, e têm salários altos, moram em Santo André, que já pertence a Santiago do Cacém, e até em Vila Nova de Milfontes. Não é que as pessoas não gostem de Sines, simplesmente não moram cá”, adianta Vítor Caetano, apontando uma explicação possível. A outra prende-se como uma opção de
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consumo. Ainda que Sines tenha já atraído quatro grandes superfícies comerciais, ferindo de morte as lojas do centro, confirmam os amigos, os consumidores parecem preferir sair e comprar fora. “Se for a um Fórum Almada ou coisa que o valha, é normal encontrar gente de Sines a fazer compras, o que no momento atual não é muito comum. Já pouca gente faz compras e muito menos sai de onde vive para isso”, opina João Fragoso. Mesmo ao lado da mítica “Galegos” instalou-se em 2007 a sede da agência de viagens Em Viagem, com filiais também em Santiago do Cacém, Porto, Barcelos, Tavira, e Évora. Mariana Ablum, de 35 anos, é uma das funcionárias e, desde o balcão, de onde observa através das vitrinas o movimento a conta-gotas nas ruas do centro, não pode deixar de concordar com o septuagenário João Fragoso. “Temos uma oferta com um pouco de tudo cá em Sines mas as pessoas querem sempre mais e acabam por ir gastar o dinheiro para os centros comerciais conhecidos, na zona de Lisboa”, diz. E não se mostra surpreendida com as estatísticas divulgadas pelo INE, já que sente na pele que “Sines é um sítio privilegiado no contexto do País”. “Sabemos, dado o tecido empresarial que aqui existe, que os ordenados são elevados e também que o custo de vida é alto; as casas são caras, os restaurantes também…”, descreve. Mas se é um facto que não enche os bolsos dos seus vizinhos comerciantes, não se pode dizer que não se note no negócio de que é colaboradora, e em todas as suas frentes: empresas, cliente particular e operador turístico. “Há poder de compra, e continua a haver poder de compra para as viagens de lazer. Talvez haja um pouquinho menos de procura mas, se comparados com outras agências, em outros sítios do País, que notam um decréscimo muito grande nas vendas, nós não nos podemos queixar”. Por estes dias frios, acrescenta, destaca-se o interesse pelos city breaks em território europeu e, para o fim de ano que se avizinha, os destinos mais procurados estão dentro das fronteiras portuguesas. “As pessoas viajam na mesma mas em vez de irem para mais longe, vão para mais perto com um orçamento mais reduzido”, conclui. Da mesma sorte não se pode gabar Joaquim Gonçalves, 57 anos e gerente da conhecida livraria A das Artes, há uma década instalada ao fundo da avenida principal da cidade. Ali “onde acabam os prédios PUB
Alentejo com poder de compra acima da média nacional
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m 2011, 36 dos 308 municípios portugueses apresentavam, relativamente ao indicador do poder de compra per capita (IpC), valores acima da média nacional, divulgou no passado dia 8 o Instituto Nacional de Estatística (INE). Resultados do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (EPCC 2011), relativos à sua décima edição, que colocam o município de Lisboa em primeiro lugar (216,8), com mais do dobro do índice nacional (100), logo seguido dos de Oeiras (193,7), Porto (161,7), e Sines (137), que aqui nos ocupa. Refira-se que a análise pretendeu “traduzir o poder de compra manifestado quotidianamente nestes espaços geográficos”, e que, além dos territórios metropolitanos de Lisboa e Porto, que de uma forma global apresentam os valores de IpC mais elevados, também os municípios correspondentes a algumas capitais de distrito detinham um poder de compra per capita superior à média nacional, com destaque para Faro, Coimbra, Aveiro e Évora, que alcança 112,5. Beja, com um valor entre os 100 e os 110, ainda consegue ficar acima da média nacional, assim como Portalegre, no norte alentejano.
e começam as vivendas”, construções que vieram substituir uma antiga fábrica de conservas de peixe. A cidade portuária vem mudando de configuração, de paradigma social e económico. E há quem lhe chame progresso mas o livreiro prefere chamar-lhe “desastre comercial”, pelo menos pela parte que lhe toca. Recentemente, instalou-se ali um grande grupo distribuidor e, no mesmo mês, setembro, “as vendas desceram mais de 50 por cento em relação ao mesmo período no ano passado”, lamenta. Ele, que teima em continuar a dar aos livros a dignidade que eles merecem, enquanto “alimento para a inteligência”, remando contra a maré do consumo indiferenciado – livros ou pacotes de arroz, tanto faz. É por isso que não encontra outra palavra para descrever este estudo do INE senão “falácia”. Repete-a por duas vezes. “As estatísticas poderão dizer que o concelho tem poder de compra, graças à quantidade de funcionários que existem nas grandes empresas, nas refinarias, na EDP, e que são, de um modo geral, pessoas que são pagas acima da média. Agora, isso não quer dizer que o concelho em si tenha esse poder de compra, porque grande parte desses funcionários, se habitam em Sines durante a semana, ao fim de semana saem porque não são de cá. E, por outro lado, não se nota – eu pelo menos aqui não noto – que façam as compras em Sines”, argumenta. E defende que uma forma mais fidedigna de aferir a capacidade financeira dos concelhos seria “cruzar os vencimentos com as performances das empresas, do comércio, dos serviços”. Lá em baixo, no porto de pesca, os pios histéricos das gaivotas multiplicam-se à vista de peixe, em contraste com as poucas falas dos homens que terminam a labuta antes da hora do almoço. Armando Pereira, ex-ferroviário de 66 anos, 40 dos quais a residir em Sines, arruma o material do pequeno barco que usa, “quando calha”, para se fazer ao mar e assim dar “uma ajuda” ao que recebe de reforma. “Se dizem que estamos em quarto lugar, para mim isso está tudo errado. Se for em 40.º lugar, já me parece mais correto”, critica. E, sem muitos desenvolvimentos, deixa cair para quem quiser apanhar: “Eu digo isto porque me falta na algibeira para comprar o que me faz falta. A minha realidade é a de 90 por cento das pessoas de Sines, e ainda há quem esteja pior do que eu. O porto de pesca que está aqui é só para os grandes. E ficamos por aqui”.
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Cronologia 11 SETEMBRO 2013 O deputado do PS, Luís Pita Ameixa, endereça, através do Parlamento, uma pergunta ao Ministério da Saúde sobre a “legalidade da composição do Conselho de Administração da ULS do Baixo Alentejo, e a regularidade das suas deliberações”.
Emília Duro Sindicato dos Médicos da Zona Sul condena nomeação da assessora do conselho de administração da Ulsba
Atual
Parecer demolidor do Sindicato dos Médicos da Zona Sul
Atos de gestão da Ulsba “nulos e sem efeito” A deliberação do Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), que nomeou Emília Duro para o cargo de “assessor para a área médica/direção clínica/área hospitalar” desta instituição e a consequente delegação de competências atribuídas na lei ao diretor clínico, “mostra-se nula e de nenhum efeito ou, no mínimo, anulável”. É o que resulta da leitura de um parecer elaborado pelo departamento jurídico do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), cujo resumo foi divulgado no site do mesmo sindicato, e ao qual o “Diário do Alentejo” teve acesso na íntegra. Texto Aníbal Fernandes
A
demissão de Emília Duro e a sua posterior nomeação como assessora do CA da Ulsba, em julho de 2012, foi objeto de um parecer do SMZS. Jorge Mata, responsável pelo departamento jurídico do sindicato, disse ao “Diário do Alentejo” que em direito “é sempre de admitir outra conclusão” a partir da apreciação dos factos. No entanto, o advogado mostra-se seguro que o cenário apreciado é de forma a “anular todos os atos de gestão” produzidos desde essa data. O parecer de sete páginas começa por referir que “a arquitetura da orgânica da Ulsba legalmente definida não comporta, em sede de direção clínica para a área hospitalar, o cargo de assessor para a área médica/direção clínica/área hospitalar”, e que as “atribuições de competências estão confiadas, nos termos dos estatutos de Ulsba, ao diretor clínico, o qual integra, por inerência, o conselho de administração”. O jurista defende ainda que “nunca o órgão gestor poderia delegar” num assessor as competências “próprias e exclusivas do diretor clínico”, acrescentando que “mesmo que a nomeação fosse legal – e não é – nunca as correspondentes funções, a serem remuneradas, PUB
poderiam ser exercidas em regime de acumulação”, concluindo que a deliberação “mostra-se nula e de nenhum efeito ou, no mínimo, anulável”. A 12 de julho de 2012, Margarida Silveira, presidente do CA da Ulsba, através de uma nota de serviço, que, “em virtude de ter sido vedada a possiblidade à exma. sra. dra. Emília Duro do exercício da atividade clínica em acumulação com o exercício do cargo de diretora clínica/área cuidados de saúde hospitalares, entendeu a mesma apresentar o seu pedido de renúncia até à publicação de uma nova legislação sobre as condições para o exercício das funções de direção clínica”. Na mesma nota de serviço, o CA informa o “coletivo institucional” da Ulsba de ter aceite o pedido de renúncia da dra. Emília Duro, e da sua nomeação como assessora, mantendo, “na mesma médica, os poderes de direção e/ ou tutela” dos serviços de internato médico, medicina física e reabilitação, anatomia patológica, farmacêuticos, serviço social, gabinete do utente, saúde ocupacional e nutrição e dietética, assinala o parecer. A citada nota dá conta ainda que “no âmbito da sua nomeação como
assessora para a área médica hospitalar, o CA deliberou delegar todas as competências estipuladas no artigo 9.º do anexo ao decreto-lei n.º 183/2008 de 4 de setembro”. Relatados os factos, o parecer debruça-se sobre a validade jurídica da deliberação do CA da Ulsba, nomeadamente a já citada nomeação de Emília Duro, a respetiva delegação de competências e a acumulação das funções de assessora com o exercício inerente à sua categoria de assistente graduada de cirurgia geral da carreira médica. O parecer defende que a nomeação de Emília Duro para o cargo de assessora “não tem qualquer suporte legal” e, como tal, o CA da Ulsba a deveria ter “mantido em exercício de gestão corrente, como diretora clínica da área hospitalar, até à nomeação” de um novo titular do cargo. Assim não tendo procedido “tal deliberação, com um conteúdo e objeto legalmente impossíveis, é nula e de nenhum efeito”. Em relação à delegação de competências, nomeadamente as que estão definidas nos estatutos da Ulsba, o parecer considera que o CA “não pode delegar competências que não detém”, uma vez que “tais competências não são do conselho de administração, mas dos membros médicos responsáveis pela direção clínica da instituição”. Também aqui a deliberação de 11 de julho de 2012 se manifesta “nula, ou de nenhum efeito”. Por último, a questão de acumulação de funções também merece um parecer negativo, uma vez que a assessoria prestada por Emília Duro “não pode ser acumulada com o exercício das funções (clínicas) inerentes à categoria de assistente graduado da carreira especial médica”.
17 SETEMBRO 2013 O “Diário do Alentejo” tenta saber junto do CA da Ulsba, qual a sua posição em relação à questão levantada pelo deputado Pita Ameixa. Nos dias 23 e 24, por falta de resposta, voltamos a insistir por email. 24 SETEMBRO 2013 Face à ausência de resposta por parte da Ulsba, o “Diário do Alentejo” endereça um pedido de esclarecimento ao Ministério da Saúde. 27 SETEMBRO 2013 O “Diário do Alentejo” publica notícia sobre o assunto. Neste trabalho, um especialista em direito administrativo, ouvido pelo jornal, considera que este caso “pode consubstanciar uma situação de nulidade por natureza, por ofender o conteúdo essencial dos atos administrativos”. 2 OUTUBRO 2013 A Ulsba, através da assessora de comunicação, informa o “DA” de que “não haverá qualquer esclarecimento sobre o assunto”. 23 OUTUBRO 2013 Após insistência junto do Gabinete de Comunicação do Ministério da Saúde (MS), e depois do fecho da edição de 1 de novembro, recebemos deste departamento do MS uma resposta “com origem na ARS Alentejo” à questão inicial. 8 NOVEMBRO 2013 O “DA” informa os leitores da posição do Ministério (via ARS) que, no essencial, considera que a questão levantada pelo deputado do PS “não tem qualquer substrato legal”, e anuncia a “substituição do elemento [do CA] em falta” para “oportunamente”. Na mesma edição, é publicada uma entrevista com Óscar Gaspar, ex-secretário de Estado da Saúde, do último Governo liderado por José Sócrates. O dirigente do PS considera que a situação do CA da Ulsba configura “uma questão de saúde pública”. 12 NOVEMBRO 2013 A Distrital do PSD de Beja, através de um comunicado divulgado pelo Gabinete de Imprensa, toma posição sobre o assunto, acusando o PS de ter “memória curta” e de “causar o pânico junto da população”. Os social-democratas recordam que, em 2010, durante 14 meses, o Governo Sócrates deixou que se vivesse a mesma situação na Ulsba, aquando do falecimento do então presidente do conselho de administração. 14 NOVEMBRO 2013 Um parecer do departamento jurídico do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, a que o “DA” teve acesso, considera que a decisão de nomear a dra. Emília Duro – após a sua demissão do CA – como “assessora para a área médica/direção clínica/área hospitalar” é “nula”, “ilegal e, por conseguinte, anulável”.
29,9
é o número de funcionários por cada mil habitantes no conjunto das câmaras do distrito de Beja. A média nacional de trabalhadores autárquicos por mil habitantes é de 17,5.
Há 3 531 funcionários camarários no distrito de Beja
Texto Paulo Barriga Infografia José Serrano
T
ermina a 30 de novembro o prazo do “programa de rescisões por mútuo acordo” lançado pelo Governo a 1 de julho. O Orçamento do Estado para 2014 contempla uma verba de 500 milhões de euros para pagar entre cinco e 15 mil rescisões amigáveis na função pública, nomeadamente entre os funcionários de baixas qualificações (assistentes técnicos e operacionais). Mas até à data, ao ní-
vel das estruturas centrais, apenas pouco mais de um milhar de trabalhadores aderiram ao programa. E nas autarquias o processo nem sequer vai no adro. Os autarcas nem querem falar em despedimentos por mútuo acordo. Reclamam que não podem haver regras globais para reduzir pessoal nas câmaras municipais e que é necessário avaliar caso a caso. No entanto, nos anos mais recentes, o número de funcionários camarários tem vindo a diminuir gradualmente. Segundo um levantamento do “Jornal de Negócios”, em setembro último, as autarquias do País tinham menos 15 mil pessoas face a 2010, totalizando 121 mil trabalhadores. Um número que tem tendência a baixar ainda mais, uma vez que a maioria das edilidades não tem capacidade financeira para “repor” os trabalhadores que se aposentam e porque a troika impõe uma redução anual de funcionários camarários na ordem dos dois por cento. O problema é que as autarquias não
têm liquidez para proceder ao pagamento das compensações pelas rescisões por mútuo acordo. E, assim, o esvaziamento das câmaras vai acontecendo de “forma natural”. No distrito de Beja, segundo o citado estudo do “Jornal de Negócios”, existem 3 531 funcionátrios camarários para uma população de cerca de 153 mil habitantes, o que dá uma média de 29,9 trabalhadores por cada mil habitantes, uma cifra acima da média nacional que é de 17,5 trabalhadores por mil habitantes. Nesta região do A lentejo, a Câmara Municipal de Beja é aquela que tem menos funcionários por cada mil habitantes, 498 para uma população de 35 730, ou seja 13,9 f uncionários por cada mil habitantes. E, no lado oposto, está Barrancos, com 94 trabalhadores autárquicos para 1 841 habitantes: 51,1 trabalhadores por cada mil habitantes. Trata-se de uma proporção perfeitamente natural face às necessidades básicas inerentes a cada concelho, como o quadro ao lado revela.
População
Funcionários
Funcionários / 1000 habitantes
Aljustrel
9 234
182
19,7
Almodôvar
7 471
219
29,3
Alvito
2 523
118
46,8
Barrancos
1 841
94
51,1
Beja 35 730
498
13,9
Castro Verde
7 232
207
28,6
Cuba
4 883
124
25,4
Ferreira
8 265
238
28,8
Mértola
7 289
276
37,9
Moura 15 186
347
22,8
Odemira 26 104
448
17,2
Ourique
5 387
215
39,9
Serpa 15 627
352
22,5
5 934
213
35,9
152 706 (Total)
3 531 (Total)
29,9 (Média)
Vidigueira
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Câmara Municipal de Beja
Vereadores do PS exigem intervenção
O
s vereadores do Partido Socialista exigem por parte da Câmara de Beja “tomadas de posição e ações concretas relativamente a assuntos graves para o futuro do município e da região”. Os socialistas afirmam, em comunicado de imprensa, que, “estranhamente, muita da postura reivindicativa anteriormente assumida pela CDU parece agora estar inexplicavelmente adormecida, numa altura em que a gravidade dos problemas que se afiguram eminentes aconselhava uma defesa ativa dos interesses da região em matérias tão importantes como educação, saúde e perda de serviços decentralizados”. Os vereadores do PS adiantam que “tem vindo a verificar-se um conjunto de situações graves que afetam
o município e as suas populações, contribuindo irreversivelmente para a despromoção da capital de distrito”, como é o caso da extinção da direção de Estradas de Beja: “O seu diretor foi colocado na sede da empresa em Almada e os serviços das Estradas de Portugal em Beja estão em risco de fechar, passando a gestão da rede viária para Évora, sem que da parte da autarquia haja qualquer reação”, referem, chamando ainda a atenção para o facto de “o processo de encerramento de camas” no hospital de Beja “continuar em ritmo acelerado”, sendo que, “também aqui”, o executivo CDU da Câmara de Beja “conforma-se com as explicações do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), sem encetar
qualquer atuação que contrarie o processo em curso”. Ainda de acordo com os socialistas, “os problemas agudizam-se nos megas-agrupamentos, a todos os níveis, muito especialmente no ensino especial, nas questões de segurança e nas condições de ensino, sem que o executivo em permanência intervenha ou tome qualquer posição pública”. E a concluir, referem que a reforma do ensino superior, que está em discussão até final de dezembro, “vai avançar em janeiro com a proposta de centralização em Évora, prevendo a coordenação da rede pela respetiva universidade e a despromoção ou encerramento de algumas das escolas do Instituto Politécnico de Beja”, e “do atual executivo maioritário nem uma palavra ou ação”.
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
Funcionários camarários no distrito de Beja por município
Beja é a câmara com menos trabalhadores por habitante
As câmaras municipais do distrito de Beja, no seu conjunto, dão trabalho a 3 531 pessoas. O que dá 29,9 funcionários por cada mil habitantes. Um número muito acima da média nacional que é de 17,5 trabalhadores por mil habitantes. Em proporção, o município de Beja é o menos empregador (13,9 funcionários por mil habitantes) e o de Barrancos o que mais emprega (51,1 trabalhadores por mil habitantes).
07
A Anafre – Associação Nacional de Freguesias de Beja realiza amanhã, sábado, pelas 14 e 30 horas, no auditório da Casa da Cultura de Beja, um encontro distrital de freguesias. A reunião “será aberta a todas as freguesias e seus eleitos, associadas ou não, com vista a sensibilizar para a adesão à Anafre, reforçar a importância do associativismo e para a dinamização para o congresso nacional a realizar nos dias 31 de janeiro, 1 e 2 de fevereiro de 2014, em Aveiro”, adianta o coordenador distrital de Beja da Anafre, Álvaro Nobre. Serão ainda “abordadas e partilhadas as preocupações das freguesias e seus eleitos, nomeadamente as reveladas pelas novas freguesias agregadas em união”.
FONTE: “JORNAL DE NEGÓCIOS”
Anafre de Beja promove encontro distrital de freguesias
JOSÉ SERRANO
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Diário do Alentejo 22 novembro 2013
08
Escolas de Beja no ranking de 2013
Diogo de Gouveia lidera secundárias do distrito No distrito de Beja, e no que ao ensino secundário diz respeito, só a escola Diogo de Gouveia, na capital, aparece acima dos 10 valores, e apenas ligeiramente, com uma média de 10,35, conquistando assim o 108.º lugar a nível nacional. Numa lista, refira-se, liderada esmagadoramente pelo ensino particular.
A
penas 156 escolas das 619 onde se realizaram exames nacionais conseguiram uma média igual ou superior a 10 valores, segundo dados divulgados recentemente pelo Ministério da Educação. Uma conclusão nada animadora a retirar do ranking das escolas respeitante a 2013, segundo o qual uma robusta maioria de estabelecimentos de ensino – 75 por cento, concretamente – se ficaram por uma média negativa. Quanto ao distrito de Beja, e no que ao ensino secundário diz respeito, só a escola Diogo de Gouveia, na cidade capital, aparece acima dos 10 valores, e apenas ligeiramente, com uma média de 10,35, para um total de 423 provas, alcançando assim o 108.º lugar a nível
nacional. No segundo e terceiro lugares distritais, mas já abaixo dos 10 valores, seguem-se as escolas Dr. Manuel Candeias Gonçalves, em Odemira (9,93), e a Secundária de Aljustrel (9,89), que ocupam assim, respetivamente, os 167.º e 175.º lugares na lista nacional. Um ranking liderado esmagadoramente pelo ensino particular, com a lisboeta Academia de Música de Santa Cecília à cabeça, a alcançar uma média de 14,32, e com a primeira escola pública, a Básica e Secundária Monte da Ola, em Viana do Castelo, a aparecer apenas no 10.º lugar nacional, com uma média de 12,96. Também com nota positiva (3,04), a Secundária Diogo de Gouveia torna a aparecer no primeiro lugar da lista distrital correspondente às provas do 9.º ano, logo seguida da D. Manuel I, também em Beja, e da Escola Básica Abade Correia da Serra, em Serpa, que quase chegaram à média positiva, ficando ambas pelos 2,7. No que respeita aos resultados do 6.º ano é o Externato António Sérgio, em Beringel, um estabelecimento privado, que lidera a hierarquia distrital,
com 3,1 de média e um 183.º lugar a nível nacional. O segundo e terceiro lugares mantêm-se no patamar positivo e pertencem, respetivamente, às escolas básicas Damião de Odemira, em Odemira (3,05), e de Santiago Maior, em Beja (3,01). Por fim, no ranking correspondente ao 4.º ano, destaca-se no primeiro posto a Escola Básica do 1.º Ciclo de Vales Mortos, no concelho de Serpa, com quatro valores de média e um honroso 15.º lugar na lista nacional. Ainda no patamar positivo, o segundo lugar vai para a Escola Básica de Santa Clara-a-Velha, em Odemira (3,5) e o terceiro para um estabelecimento privado da cidade de Beja, o Jardim Infantil Nossa Senhora da Conceição, com uma média de 3,45. Recorde-se que, nesta listagem, o Ministério da Educação não tem em conta o número de exames realizados, sendo que o número de alunos a frequentar um estabelecimento de ensino – das dezenas aos milhares – é um fator que, certamente, terá influência da média dos resultados nos exames. CF
Lailão de património público
Estado quer vender sete imóveis na região
N
a procura de receitas extraordinárias e no seguimento de recomendações da troika, o Estado prepara-se para nova “operação-relâmpago” de alienação de património público. A Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) vai levar a leilão, entre os dias 9 e 12 de dezembro, 76 imóveis avaliados em 5,5 milhões de euros. Sete deles no distrito de Beja. De entre os 76 imóveis que o Estado pretende alienar entre os dias 9 e 12 de dezembro, aquele que tem o valor
mais baixo de licitação, 5 900 euros, é uma antiga Casa de Cantoneiros em Barrancos. Mas no distrito de Beja existem outros seis prédios e apartamentos que vão a leilão, no valor global de 454 100 euros. Em Cuba, o Estado pretende encaixar para cima de 140 mil euros com a venda de um prédio com duas moradias, localizado no Rossio de São Vicente. Em Beja está à venda um T3 na rua Pablo Neruda (39 800 euros) e dois T4 na rua General Teófilo da Trindade (um por 72 300 e outro
por 64 600 euros). E em Ferreira do Alentejo podem ser adequiridos dois T3 situados na rua 5 de março (64 mil e 65 mil euros). Em apenas quatro dias vão estar à venda apartamentos, terrenos e prédios do Estado, na sua grande maioria na posse do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos de Justiça. Uma operação de alienação que está a ser anunciada no site da DGTF e que pode render 5,5 milhões de euros, montante que pode aumentar em função das licitações.
A comissão política de secção do PSD Odemira dá início no próximo domingo, 24, na freguesia de Santa Clara-a-Velha, aos roteiros mensais pelas 13 freguesias do concelho de Odemira, iniciativa que procura, “através de uma política de proximidade, ter um conhecimento real e pormenorizado da situação económica e social de cada freguesia, promovendo a interação do PSD/Odemira com os odemirenses e a procura de soluções para os problemas que afetam a população local”. O ponto de encontro do primeiro roteiro é em Pereiras-Gare, pelas 10 horas.
Câmara de Santiago do Cacém cede espaço para artesãos A Câmara de Santiago do Cacém estabeleceu um protocolo com a Associação de Artes e Ofícios do concelho (Artosc) para a cedência gratuita a esta entidade de um espaço no mercado municipal. O presidente da câmara, Álvaro Beijinha, considerou que “faz todo o sentido ter uma loja de artesanato local no município”, PUB
STAL contesta acusações dos vereadores socialistas O STAL – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, em resposta aos vereadores do PS na Câmara de Beja, que acusaram a estrutura regional de ter mentido ao afirmar, na véspera das Autárquicas, que o sindicato tinha interposto uma providência cautelar contra a autarquia “por aplicação da lei das 40 horas”, garante que interpôs “uma ação judicial”, que deu entrada “no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa no dia 26 de setembro”. O STAL refere, em nota de imprensa, que “a direção regional de Beja do STAL teve conhecimento da alteração dos horários de trabalho através da estrutura sindical local no dia 25 de setembro de 2013” e que “em nenhuma ocasião foi solicitado pelo anterior executivo da Câmara de Beja o parecer ou a opinião da estrutura sindical do STAL, a que as autarquias estão obrigadas por lei”. A estrutura adianta ainda que também se verificou “que a afixação dos horários de trabalho para conhecimento dos trabalhadores não cumpriu o prazo legal de sete dias no mínimo a que as autarquias estão obrigadas pela lei”. “Por tudo isto”, o STAL “sentiu-se na obrigação de interpor uma ação judicial designada de ‘Intimação para a Proteção de Direitos, Liberdades e Garantias’ dos trabalhadores que representa, que deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa no dia 26 de setembro”, intimação esta “que foi interposta contra mais 30 câmaras municipais e uma comunidade intermunicipal”, esclarece.
PCP e o encerramento de serviços de finanças em Beja No âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade, o deputado do PCP eleito por Beja questionou o Governo sobre “o encerramento de serviços locais de finanças no distrito de Beja” e “se a medida avançará em 2014”. João Ramos lembrou que o distrito de Beja “é o mais extenso do País, correspondendo a 10 por cento do território continental” e que o encerramento de 12 dos 14 serviços de finanças “é dramático para as populações do distrito”, tendo em conta que “há sedes de concelho como Barrancos, a 100 quilómetros de Beja, ou Almodôvar, a 60 quilómetros, freguesias, como algumas de Mértola, a 90 quilómetros, e um grupo grande de sedes de concelho a mais de 25 quilómetros”. “Para além de extenso, o distrito de Beja é bastante envelhecido e o acesso a novas tecnologias, que permitam transferir a relação com a administração fiscal para via eletrónica, não é generalizado”, referiu ainda o deputado, concluindo que “deixar o distrito com apenas dois serviços de finanças, é criar uma situação pior do que a que existia na Idade Média, quando os conventos e os senhorios tinham estruturas locais para recolher impostos”.
porque existe no concelho “artesanato muito valioso” e “muitos artesãos”, pelo que o protocolo com a Artosc contribui para o desenvolvimento económico local. A Artosc é uma associação nascida no ano passado, por iniciativa de “quatro pessoas que se juntaram para divulgar o artesanato e as coisas boas que se fazem” no concelho.
09 Diário do Alentejo 22 novembro 2013
PSD de Odemira inicia roteiros mensais pelas freguesias
“Missão Sorriso” seleciona três projetos da Ulsba e um da Cruz Vermelha
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
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A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) tem três projetos selecionados pela “Missão Sorriso”, na edição de 2013. O projeto “Envelhecimento Ativo – Clube da Saúde”, da responsabilidade da Unidade de Cuidados na Comunidade/ Centro de Saúde de Beja e Unidade de Saúde Pública; “Compreender a Diabetes”, do Serviço de Pediatria/ Consulta de Diabetes Juvenil; e “Aproxima-te”, da responsabilidade da
Reformados e pensionistas do distrito de Beja promovem ação de protesto A Farpibe/Murpi – Federação das Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos do Distrito de Beja promove na próxima terça-feira, dia 26, pelas 10 e 30 horas, nas Portas de Mértola, em Beja, uma ação de protesto, seguida de desfile em cordão humano até às instalações da Segurança Social, sob o lema “Não aos cortes nas pensões, há outras soluções!”. A Farpibe refere, em comunicado de imprensa, que as linhas gerais do
Liga dos Amigos do Hospital de Beja. Depois dos premiados “Lancheira Sorriso em Movimento”, em 2011, e “Baleizão – -Aldeia Amiga das Pessoas Idosas”, em 2012, a Ulsba quer “ter mais um projeto vencedor”. O projeto “web reside” do Centro Humanitário de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa também foi selecionado. Os projetos estão a votação no site do projeto Missão Sorriso Continente até ao dia 31 de dezembro.
Orçamento do Estado para 2014 “limitam-se a cortes nos salários, nas pensões de reforma, nos serviços de saúde, na educação, na justiça, de entre outros, de forma escandalosa e inconstitucional, enquanto não toca nos lucros e rendimentos dos seus amigos”. Perante “estas injustiças a Farpibe/Murpi recusa-se a aceitar passivamente esta política de terra queimada, de desastre nacional e de rapina” e “exige que este governo PSD/CDS seja demitido”, concluem.
Estradas de Portugal vai cobrar intervenção à concessionária
Obras nas estradas afetadas pela A26 A Estradas de Portugal iniciou intervenções para repor condições de segurança e minimizar impactos em estradas afetadas por obras suspensas da A26, cumprindo a sentença de um tribunal, mas os custos serão cobrados à subconcessionária da autoestrada.
E
m resposta a perguntas da Lusa, a Estradas de Portugal (EP) informou ontem que foi “obrigada” a avançar com as intervenções “por força” da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, o qual decidiu “não atribuir” efeito suspensivo à sua decisão no âmbito do recurso interposto pela empresa. No entanto, explicou, os custos da execução da sentença do tribunal “serão, naturalmente, alocados à SPER” – Sociedade Portuguesa de Exploração Rodoviária, a subconcessionária da subconcessão Baixo Alentejo, a qual integra a
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A26, que deveria ligar Sines a Beja. “Apesar de a responsabilidade não ser da EP”, as intervenções nas estradas nacionais 121 e 259, que foram afetadas por obras de construção da A26, as quais estão “paradas há mais de um ano por decisão unilateral da SPER”, estão a ser realizadas no âmbito do Contrato de Conservação Corrente do distrito de Beja e deverão terminar até meados de dezembro, indicou a empresa. As intervenções incluem tratamento de pavimento, correção e melhoria de sistemas de drenagem, remoção de terras e outros materiais das zonas de berma, colocação de barreiras de segurança, restabelecimento de serventias e limpeza de canais de rega, explicou a EP. Em julho deste ano, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja julgou totalmente procedente a providência cautelar interposta pela Câmara de Ferreira do Alentejo e condenou a EP,
os ministérios da Economia e do Ambiente e a SPER a adotarem medidas para minimizar impactos ambientais e eliminar riscos causados pelo abandono de obras da A26. O tribunal condenou ainda os ministros da Economia e do Ambiente e os presidentes da EP e da SPER a pagarem uma multa diária, no valor de nove por cento do salário mínimo nacional, até ao dia em que for feita prova de que as medidas foram adotadas. Os ministérios da Economia e do Ambiente recorreram da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja para o Tribunal Central Administrativo do Sul e aguardam decisão. A EP indicou que a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja lhe suscita “naturais preocupações”, já que, “ao arrepio” do contrato entre a empresa e a SPER e do regime legal
aplicável às Parcerias Público-Privadas, “transfere os riscos contratual e legalmente alocados a uma concessionária privada (SPER) para uma empresa pública (EP), ou seja, indiretamente para todos os contribuintes”. No entanto, referiu a EP, os custos e as consequências negativas para o processo de renegociação do contrato da subconcessão Baixo Alentejo e os outros processos de renegociação em curso “serão apurados e a EP não deixará de pedir, de acordo com a legislação aplicável, o seu ressarcimento aos responsáveis pela situação dilemática criada”. A EP lembrou que a suspensão das obras da A26 ocorreu em fase anterior à celebração do memorando de entendimento entre a empresa e a SPER para “tornar sustentável o modelo de remuneração do projeto” e o respetivo processo negocial ainda não está concluído.
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
JOSÉ SERRANO
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“Cidade do Vinho 2013” A Câmara de Vidigueira, a “Cidade do Vinho 2013”, vai estar presente em dois eventos este mês, uma feira na cidade espanhola de Valladolid e um congresso em Santarém, para divulgar os produtores de vinho do concelho. No âmbito da sua participação em certames nacionais e internacionais, com um espaço de divulgação dos produtores de vinho do concelho, a autarquia está presente na Feira Internacional de Turismo do Interior de Valladolid, que decorre até ao próximo domingo, 24.
Vidigueira promove recolha de alimentos
Investimento de 3,5 milhões de euros permite “maior competitividade”
Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito inaugura nova infraestrutura industrial A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito inaugura hoje, sexta-feira, pelas 17 horas, a sua nova infraestrutura industrial, numa cerimónia que deverá contar com a presença do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.
O
presidente da adega explica, em declarações ao “Diário do Alentejo”, que em 2009, “perante a necessidade/ oportunidade de investir/modernizar” as infraestruturas da adega, “tendo em vista uma maior competitividade junto dos mercados nacionais e internacionais, visto que a modernização constante é um dos requisitos imprescindíveis para a pretendida competitividade”, foi desenvolvida uma candidatura ao Proder, tendo-se apostado na modernização da adega “em quatro grandes vertentes”, num investimento total de cerca de 3,5 milhões de euros. A melhoria no setor de receção/vinificação das uvas, “que resultou no aumento do número de tegões de receção de uva e na instalação de um novo sistema de análise das uvas e de transferência de mosto”; o aumento e melhoria da capacidade de fermentação e armazenagem a granel; o aumento e melhoria das condições de engarrafamento, “resultado da construção de um novo armazém com cerca de 4 000 metros quadrados, no qual foi instalada uma nova linha de engarrafamento”; e o aumento da capacidade de armazenagem de produto acabado “para 9 342 000 litros no novo armazém”. “Em suma, ao permitir uma maior competitividade a
adega estará a contribuir para o seu princípio e objetivo basilar, remunerar de uma melhor forma os seus sócios, contribuindo para o bem-estar da comunidade”, adianta José Miguel d’ Almeida. No decorrer da inauguração, será ainda apresentado “o (re)branding das marcas comercias” da adega, que “pretende reforçar o eixo de comunicação da adega, a ligação a Vasco da Gama (em 1519, Vidigueira foi cedida a Vasco da Gama, tendo este sido condecorado conde da Vidigueira), tendo presente a forte vantagem competitiva que poderá representar um conceito tão global como o dos Descobrimentos, interligando-o às especificidades únicas da nossa região e das nossas castas”, esclarece. José Miguel d’ Almeida considera esta inauguração “de extremo interesse para a região”, pois “está a dotar os seus sócios de uma nova infraestrutura que contribuirá para o incremento da sua competitividade perante os mercados, nacional e internacional, aumentado a sua eficiência e eficácia nos processos”, diz. “Numa fase em que nunca se falou tanto da necessidade e pertinência de investimentos agrícolas, enquanto visão crucial para o desenvolvimento do nosso país, o desabrochar da nossa economia, o apostar cada vez mais em setores competitivos em que possamos fazer a diferença (como é o caso da cultura do vinho) é, para além de uma ação de ‘respeito’ para com os fundadores desta casa, uma necessidade para a população de hoje e de amanhã”, conclui. NP
A Câmara de Vidigueira, através do seu núcleo de voluntariado, vai promover nos dias 30 deste mês e 1 de dezembro uma campanha de recolha de alimentos destinados a pessoas carenciadas. Segundo a autarquia, os voluntários interessados em participar na campanha, no âmbito do Banco Alimentar Contra a Fome, podem inscrever-se no Serviço de Ação Social da câmara, nas juntas de freguesia e nas lojas aderentes de Vidigueira.
Apresentações da revisão do PDM de Aljustrel A Câmara de Aljustrel promove este mês oito sessões públicas para apresentar a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) a vários públicos, como população em geral e agentes económicos, de segurança, saúde e educação. As sessões visam “dar a conhecer as linhas gerais” da proposta de revisão do PDM, antes da fase de discussão pública, e “auxiliar na leitura da documentação, em especial das principais cartas”, como as de ordenamento, condicionantes e perímetros urbanos, explica a autarquia. Segundo a câmara, as primeiras duas sessões, uma destinada aos agentes económicos e outra à população em geral, vão decorrer no dia 26 na Biblioteca Municipal de Aljustrel. PUB
Segue-se, no dia 27, três sessões, uma destinada aos agentes de educação e ação social, na Biblioteca Municipal de Aljustrel, e duas abertas à população, uma no Centro de Convívio de Rio de Moinhos e a outra no Centro Multiatividades de Messejana. As três últimas sessões vão decorrer no dia 28, uma destinada à área de segurança, na Biblioteca Municipal de Aljustrel, e duas abertas à população, uma no Centro Cultural de Ervidel e outra no Centro Sociocultural de Montes Velhos.
Centro histórico de Moura cada vez mais florido A Câmara Municipal de Moura distribuiu, esta semana, pelos residentes e comerciantes da rua Conselheiro Augusto de Castro, uma das principais zonas comerciais de Moura, cerca de 200 vasos de chão e de parede, com flores (cravos do Brasil) e plantas aromáticas (alfazema, lavanda, tomilho). As flores foram colocadas a pedido dos moradores.
Odemira quer IVA a 13 por cento na restauração A Câmara de Odemira aprovou uma moção onde “manifesta a sua preocupação com a situação económica e social que se vive no setor da restauração” e apontam “como urgente” a reposição da taxa de IVA no setor da alimentação e bebidas nos 13 por cento.
Santa Maria Summer Fest 2014 já tem duas bandas confirmadas
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
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Rompeprop (Holanda) e Atentado são os primeiros nomes confirmados para a quinta edição do Santa Maria Summer Fest (SMSF), que decorrerá em Beja, entre 6 e 8 de junho do próximo ano. A organização desta quinta edição ficará a cargo da Associação Juvenil CulturMais, “criada propositadamente tendo em vista a continuidade do festival”, explicam os responsáveis. As quatro primeiras edições foram da responsabilidade da Junta de Freguesia de Santa Maria. A CulturMais tem como objetivos “a promoção e divulgação de eventos culturais, nomeadamente música, cinema, teatro, exposições, etc., (…) aos quais juntará uma vertente de apoio social a diversas instituições, sendo a sua área de intervenção predominantemente Beja, podendo, contudo, estender-se a outras zonas do distrito e até do País”.
Gala assinala centenário do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares O Centro Infantil Coronel Sousa Tavares leva a efeito no dia 6 de dezembro, no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, uma gala comemorativa do seu centenário. O evento, com início agendado para as 21 e 30 horas, reverterá a favor do centro de acolhimento temporário “A
buganvília” (acolhimento de crianças em situação de perigo e/ ou risco social), uma das seis respostas sociais do referido centro infantil bejense. Pelo palco do Pax Julia passarão os Virgem Suta, Banda Filarmónica da Capricho Bejense, Coro de Câmara de Beja, Bubedanas (cantares do Alentejo), grupos de sevilhanas da responsabilidade de Beatriz Almeida, os grupos de
música ligeira Improvisos do Sul e Trilho Secreto, o par de danças de salão José e Solange Mata (Sociedade Capricho Bejense) e a tuna académica. Por confirmar estão nomes como Mafalda Veiga, Rita Guerra e Jorge Serafim. A gala inclui ainda uma performance (imagem e representação) sobre a vida e obra do fundador da instituição, coronel João de Sousa Tavares.
Primeira produção tem estreia marcada para o dia 29, na Casa da Cultura de Beja
António Zambujo edita álbum ao vivo
Teatro Tribus apresenta “Nos Tempos de Gungunhana”
“N
o s Te m p o s d e Gungunhana” é o título da primeira produção do recém-criado projeto Teatro Tribus, que tem estreia marcada para o próximo dia 29, pelas 21 e 30 horas, na Casa da Cultura de Beja. A peça “é baseada na tradição oral dos contadores de histórias africanas e no livro Ualalapi, do escritor moçambicano Ungulani Ba ka Kkosa (obra que venceu o prémio da melhor ficção narrativa de Moçambique, em 1997)”, explicam os promotores. PUB
“Nos Tempos de Gungunhana”, “poderoso chefe tribal que foi capturado por Mouzinho de Albuquerque no final do século XIX e exibido na Europa como exemplo do poder colonialista português”, é, segundo os responsáveis, “um rosário de pequenas histórias desse tempo histórico. Narrativas (karinganas, como se diz em Moçambique) que se desfiam a partir de um conto tradicional que conta as peripécias de um guerreiro da tribo Tsonga, Umbangana Namani, que fora casado com uma
linda mulher da tribo Macua, chamada Malice. Não tiveram filhos... Mas tentaram muito”. Clemente Tsamba, “ator e artista moçambicano multifacetado, é o intérprete único e o criador deste rio de narrativas”. Nascido no bairro da Malhangalene, em Maputo, onde integrou vários projetos de teatro comunitário, antes de se formar nesta área pelo PAND – Artistas Unidos da Finlândia e pelo Teatro Agora, chegou a Portugal pela mão do Arte Pública – Artes Performativas de
Beja, depois de ter sido selecionado para integrar o projeto “Xtórias”, “peça de teatro que cruza contos das tribos macondes do norte de Moçambique com contos alentejanos”. Para além do teatro, Clemente Tsamba dedica-se à música e às artes plásticas. É cofundador das bandas Baboza e Tam Tam, projetos de música tradicional africana. Com direção de Filipa Figueiredo, “Nos Tempos de Gungunhana” tem desenho de luz da responsabilidade de Ivan Castro e grafismo de Susa Monteiro.
O primeiro álbum gravado ao vivo de António Zambujo foi editado esta semana, registando o espetáculo do artista bejense no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, em dezembro do ano passado. O CD é constituído por 19 temas, entre eles “Flagrante”, “Fado da Bela Vida”, “Guia”, “Barroco Tropical” e “A Casa Fechada”, com que abriu o concerto, um poema de João Monge. Neste concerto, Zambujo interpretou na música do “Fado Perseguição”, de Carlos da Maia, o conhecido tema de Vinicius de Moraes e Baden Powell, “Apelo”, fechando o álbum com “Despedida”, uma letra de António Calem na música da “Marcha do Marceneiro”, de Alfredo Marceneiro. Este não é o único tema tradicional que interpreta, um outro é a “Marcha do Correeiro”, de Alfredo dos Santos para o poema “Não me dou longe de ti”, de Monge. Neste espetáculo no Coliseu lisboeta, Zambujo acompanhou-se a si próprio à guitarra clássica e partilhou o palco com Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Jon Luz (cavaquinho e guitarra clássica), José Miguel Conde (clarinetes), e Ricardo Cruz (contrabaixo). Contou também com a participação de um grupo de cante alentejano que o acompanhou em alguns dos temas.
Igualdade de género em Mértola A Câmara de Mértola promove hoje, sexta-feira, a peça de teatro “Os brincos à Ronaldo e outras histórias” para sensibilizar a população para a igualdade de género, o tema central do espetáculo. Para chegar a todos os públicos, a peça vai ser apresentada, no Cineteatro Marques Duque, em Mértola, em duas sessões, a primeira às 15 e 15 horas, destinada à comunidade escolar, e a segunda às 21 e 30 horas, para a população em geral.
Duas escolas de Aljustrel e uma de Ferreira do Alentejo receberam na terça-feira, 19, compostores para começarem a fazer compostagem, através de um projeto que visa fomentar a compostagem e incentivar a criação de hortas biológicas em estabelecimentos escolares. Trata-se de um projeto da empresa intermunicipal Ambilital – Investimentos Ambientais no Alentejo e da Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente, a qual adquiriu 40 compostores
Câmara de Cuba distribui frutas e produtos agrícolas a crianças A Câmara de Cuba anunciou que vai distribuir gratuitamente frutas e produtos agrícolas às crianças do pré-escolar e das escolas do 1.º ciclo do ensino básico do concelho. A Câmara de Cuba explica, em comunicado,
e vai oferecer um a todas as escolas com cantina nos municípios que integram aquela associação, como são os casos de Aljustrel e Ferreira do Alentejo, entre muitos outros. Segundo as autarquias, no âmbito da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos, a decorrer até domingo, três compostores, cada um com capacidade para 325 litros, foram entregues na Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos e na Escola Secundária de Aljustrel e na EB2,3 José Gomes Ferreira de Ferreira do Alentejo.
que se candidatou ao Regime de Fruta Escolar para “a distribuição gratuita de frutas e produtos agrícolas às crianças das escolas do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Cuba”. “Considerando que o consumo destes alimentos deve ser incentivado desde tenra idade, no sentido de se incutirem,
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Escolas de Aljustrel e Ferreira do Alentejo recebem compostores
desde cedo, hábitos conducentes a uma alimentação equilibrada”, a autarquia alargou a distribuição gratuita de frutas e produtos agrícolas aos alunos do pré-escolar, “sendo os custos decorrentes deste alargamento suportados inteiramente pelo município”.
Projeto internacional vai ter base de ensaios na herdade da Contenda, em Moura
IPBeja e Lógica participam na criação do maior telescópio do mundo A herdade da Contenda, na freguesia de Santo Aleixo da Restauração, Moura, vai albergar “13 estações de agregados densos de antenas, com 13 metros de diâmetro cada uma”, que vão servir de base de ensaios ao projeto internacional SKA – Square Kilometer Array, considerado o “maior projeto de radioastronomia de sempre”, que será construído na África do Sul e na Austrália, numa primeira fase, para iniciar a operação em 2019. Depois dessa instalação, arrancará uma segunda fase que incluirá a construção “de mais um vasto grupo de antenas noutros países africanos e também na Nova Zelândia”. Texto Nélia Pedrosa Ilustração Susa Monteiro
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a estação de ensaios mourense, os investigadores portugueses irão testar todos os sistemas que lhes cabe desenvolver no âmbito do futuro telescópio e também os das equipas dos outros países. O consórcio nacional, que é liderado pelo Instituto de Telecomunicações em Aveiro (IT-Aveiro), tem a seu cargo “a criação de um sistema de transmissão de dados 100 vezes mais rápido do que aqueles que existem atualmente, como o da Internet”, e outro “capaz de alimentar a infraestrutura do SKA com energia 100 por cento verde”. O consórcio nacional integra ainda as universidades de Aveiro, Porto e Évora, o Instituto Politécnico de Beja e a empresa municiPUB
pal Lógica, de Moura, para além de parceiros industriais como Martifer Solar, Critical Software, Ative Space Technologies ou a PT Comunicações. “O SKA é um dos maiores projetos internacionais em ciência. Será o maior radiotelescópio do mundo, composto por vários milhares de antenas, numa extensão de cerca de 3 000 quilómetros, a ser instalado na savana da África do Sul e
no deserto australiano. O protótipo das antenas do SKA necessita de ser testado na Europa numa região de baixa interferência rádio e fortes níveis de exposição solar e temperatura”, explica ao “Diário do Alentejo” Nicolás Lori, responsável técnico da empresa municipal Lógica, entidade a que caberá “a supervisão do local de instalação desse protótipo, com o apoio da Câmara Municipal de Moura”.
O “SKA será tão sensível que poderia detetar um radar de aeroporto num planeta que esteja a 50 anos-luz”, continua o responsável, adiantando que o futuro telescópico irá estudar, entre outras questões científicas, “a matéria escura, a energia escura e a possibilidade de vida noutros planetas”. “A rede de contactos do IPBeja permitiu que a sua colaboração fosse reconhecida como
importante para os objetivos” do referido consórcio, referem, por sua vez, João Paulo Barros, pró-presidente para a Investigação e Conhecimento do IPBeja, e Nuno Sidónio Pereira, docente e investigador, acrescentando que “o consórcio apresentou em outubro passado à Fundação para a Ciência e a Tecnologia a candidatura de um projeto com vista ao estudo dos impactos ambientais decorrentes da construção do SKA”. Ainda de acordo com João Paulo Barros e Nuno Sidónio Pereira, “o projeto visa desenvolver atividades em áreas como a radioastronomia, a agricultura de precisão, o ambiente e a informática, contemplando a formação avançada, ao nível de doutoramentos e pós-doutoramentos”, sendo que o IPBeja “contribuirá para esta formação nas áreas ligadas à instalação de redes de sensores para a agricultura de precisão e no desenvolvimento de modelos computacionais para o estudo dos impactos, na terra e vegetação, decorrentes da instalação das antenas constituintes do SKA”. “Do ponto de vista do IPBeja, trata-se de mais um passo na concretização de uma estratégia bem definida e que aponta para o contínuo desenvolvimento na instituição de áreas de grande impacto societal como o ambiente, a agricultura de precisão e as tecnologias de informação e comunicação. A aposta do IPBeja em formação e investigação de elevada qualidade passa pela participação em redes nacionais e internacionais, de que este projeto é um exemplo concreto”, concluem.
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O maior telescópio do mundo vai ter a sua base de ensaios na herdade da Contenda, em Moura. As 13 estações de antenas que servirão de base ao Square Kilometre Array Telespcope, mais conhecido por SKA, começam a ser instaladas em meados de 2014. Mas já em janeiro têm início as obras para fornecer energia ao complexo. O projeto está orçado em 12 milhões de euros e envolve várias instituições científicas e universitárias, entre as quais o IPBeja. PB
Opinião
A minha comunidade Jorge Barnabé Empresário
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onheço bem a violência do silêncio. A vergonha. O medo. O segredo numa casa. Sei de cor como se constrói a precariedade nas vidas de milhares de cidadãos. Sei como demoram os dias na ansiedade de um milagre. Na expectativa de um acontecimento que nos vire a vida do avesso. Porque o avesso é bem melhor, certamente. Bem sei, como cada vez mais pessoas o sabem, o que custa fingir o que se perde. Também eu vivo o desencantamento, o engano sobre mim próprio. Sou um cidadão à beira da falência, sem que entenda como pode um cidadão falir e perder, para além de tudo, a dignidade e o respeito. Sou dos muitos, cada vez mais, que lentamente perdem tudo: casa, carros, créditos. Sou dos que vivem receando as notificações, que convivem com as palavras penhora e execução, como se fossem pão e água. Sou dos mais fracos, daqueles que o problema tritura em máquinas de juros. Já não sei se depois de tudo restará alguma coisa mais, se chegará a existir um fim. Tão pouco sei se havendo fim será possível recomeçar. Conheço as portas fechadas. Os olhares de soslaio. Os bulícios. A incompreensão. A acusação e o preconceito. E tudo isso é um impedimento ao reinício. É a insciência sobre a cidadania. É a decadência sobre a natureza humana. Sei bem o que custa a impotência aos que nos rodeiam. Os que prejudicamos e arrastamos para a dificuldade, sem intenção. Sem culpa deles. Sou dos que me arrependo. Dos que se penitenciam. Daqueles que não viram a cara, mesmo se a cara não servir para nada. Ainda assim, carrego comigo a responsabilidade que sei ser sempre e exclusivamente minha. Sei tanta coisa que gostaria de não saber e que desejaria que ninguém soubesse. E entre tanta amargura e siEste sou eu, na lêncio só não sei o que mais faminha comunidade. zer. Vivo, como milhares de A comunidade dos pessoas e de famílias, a penúria da solução, os limites dos esfor“desagregados”. ços, o cansaço. A dúvida cresEste sou eu num cente e demolidora. reduto de esperança Este sou eu, na minha comudemorada, que nidade. A comunidade dos “dese conforta nos sagregados”. Este sou eu num reduto de esperança demosorrisos que finjo rada, que se conforta nos sorripara que os outros sos que finjo para que os outros não desconfiem não desconfiem de mim, desta de mim, desta fragilidade de cidadão quase fragilidade de falido. Apenas finjo o sorriso! cidadão quase Porque a fragilidade é o fim! E falido. Apenas finjo quem vive assim apenas deseja renascer. Recomeçar tudo. Sem o sorriso! Porque a amargura dos dias. Sem esta a fragilidade é o provação. Nada se fará para fim! E quem vive desistir. assim apenas Mas não posso aceitar a desdeseja renascer. confiança. O fosso que secundariza cidadãos. A sobranceRecomeçar tudo. ria que ignora o respeito. Não Sem a amargura dos dias. Sem esta posso aceitar o despacho de indignidade! Nem mais silêncio! provação. Nada se Entre o silêncio, há um País fará para desistir. que esmorece, que se perde das
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O Instituto Nacional de Estatística tornou públicos os indicadores do poder de compra em Portugal. Estudo que dá conta que Sines está entre as quatro localidades portuguesas com melhor NÍVEL DE VIDA (Beja, Évora e Portalegre também estão acima da média). Dados bastante difíceis de digerir pelo comum dos habitantes e que têm sido contestados por diferentes autarcas e organismos locais. E principalmente pelas pessoas que não sentem na carteira o peso dos números. PB
O interior de Portugal está em crise há várias décadas. Não são apenas os dados demográficos que nos indicam. É a paisagem. São as estradas vazias de carros. São as ruas dos centros urbanos quase desertas. Escolas abandonadas. Rostos envelhecidos. A evolução tem sido assustadora. João Condinho Vargas, “Brados do Alentejo”, 14 de novembro de 2013
pessoas. E isso só acontece porque o preconceito dá razão a quem governa. Porque a resignação dá força a quem ignora. E neste Portugal, onde a minha comunidade parece não caber, não se geram soluções nem as pessoas têm lugar de esperança, infelizmente… Os artigos de Jorge Barnabé são publicados também em: www.alentejoemlinha.pt
Uma nova esquerda? Domitília Soares Investigadora
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o passado dia 16 de novembro, fui convidada a assistir ao lançamento de uma das primeiras pedras de um novo partido político de esquerda, que ocorreu numa zona de Lisboa, que para mim sempre foi um território de grandes referências da cultura portuguesa. Estamos a falar do Chiado. Neste cenário, em que o Tejo está presente (basta espreitá-lo em algumas ruas que vão desembocar a esta praça ou subir a alguns terraços desta zona) podemos revisitar as estátuas e evocar legados literários, poéticos, históricos e políticos relevantes de alguns dos mais importantes vultos da nossa cultura. Desde Camões, a Fernando Pessoa passando por Eça de Queirós, todos estes e muitos outros ilustres escritores e poetas desenvolveram reflexões profundas e pertinentes, umas com mágoa e ironia, outras com esperança e vontade firme de provocar uma mudança no “estado da nação” do seu tempo. Já no século XIX, o grupo denominado “Os Vencidos da Vida” constituído por mais de uma dezena de homens oriundos das elites intelectuais oitocentistas e de que fez parte Oliveira Martins, Francisco Manuel de Melo (conde de Ficalho), Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, e mais tarde Eça de Queirós que, tal como muitos outros centraram o seu pensamento e a sua escrita em torno dos graves problemas económicos, sociais e políticos que atravessavam o País. Não poderiam “Os Vencidos” imaginar ou sequer vislumbrar (infelizmente para todos nós) os tempos de hoje, em que a nação vive, a caminho do “estado mínimo”, ou seja, a caminho de um estado de pobreza e miséria deploráveis. O que fazer? Perguntamos todos nós, num grito de indignação e revolta. Numa sociedade em que os ideais de abril se transformaram em pesadelos, onde a maioria e o comum dos cidadãos nutrem sentimentos de desconfiança em relação ao sistema político, aos poderes públicos e em que os níveis de abstenção, em cada ato eleitoral, são cada vez mais elevados. Oscilamos agora entre sentimentos de medo, inquietação e descrença e a tentativa de construção, ainda que com recurso à utopia, de uma nova vida que tarda em chegar, com mais emprego, saúde e educação. Vamos permitir que vença o medo ou tentar criar, dentro de nós, uma nesga de esperança? Refletindo sobre esta última possibilidade, deixei para trás todos os meus afazeres e lá fui, no passado sábado à tarde, ao Teatro S. Luiz para ouvir o que Rui Tavares, eurodeputado português, dissidente do BE, tinha para nos dizer. Ouvi com interesse as suas palavras reveladoras da sua preocupação com o “estado” a que chegou este país. O nosso eurodeputado, em consonância com o seu discurso, apresentou uma “Declaração de Princípios” com vista à recolha de assinaturas para a criação de um novo partido, denominado “Livre”, em que o símbolo é uma papoila. (Disseram-me então que as papoilas estão associadas à ideia da esperança dos nossos soldados que, no final da 1.ª Guerra Mundial, as viram emergir por debaixo das camadas de neve que existiam nos campos de guerra). A “Declaração de Princípios”
deste novo partido político de esquerda apresenta os princípios orientadores da sua ação política e, segundo se afirma, são: o universalismo, a liberdade, a igualdade, a solidariedade, o socialismo, a ecologia e o europeísmo. Tudo isto nos obriga a parar para pensar… e as questões são muitas! Se é urgente reanimar a esperança e a confiança dos portugueses nas instituições políticas. Se é urgente reorganizar o Estado, é ainda mais urgente reorganizar os indivíduos em torno de uma ideia assente em princípios de liberdade, esperança, transparência, valores e sentimentos morais e religiosos que nos unam. Ora, aí está no terreno, (graças ao trabalho voluntário de muitos jovens e outros menos jovens) uma iniciativa que embora acolhida com agrado por uns e com desagrado por outros, nos parece muito corajosa… Só o futuro nos poderá revelar se esta nova força política de esquerda conseguirá captar e congregar à sua volta novas sinergias nos diversos domínios e segmentos que constituem a sociedade portuguesa. Na verdade, é urgente a criação de novas pontes de esperança, um maior aprofundamento da nossa participação democrática, para que as relações e os entendimentos a vários níveis e entre os diversos setores (público, associativo/cooperativo e privado) sejam capazes de promover não apenas um duro combate às injustiças económicas e sociais, mas promover uma cultura democrática mais justa, fraterna e solidária.
Despovoamento do interior – uma inevitabilidade ? José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local
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ários jornais, na base do Projeto Demospin, coordenado pela Universidade de Aveiro, noticiaram que o “interior do País terá menos um terço da população em 2040”. Ou seja, em 25 anos o interior, 80 por cento do território nacional, depois de em 50 anos ter perdido mais de metade da sua população, chegará a uma situação de população residual e envelhecida. Pensava eu que esta “previsão” fizesse tocar as sirenes de alarme junto de governantes e agentes políticos, económicos e sociais, com vista a, finalmente, estudar e tomar medidas e programas que impeçam que tal venha, de facto, a acontecer. Pura ilusão. Nem uma palavra ouvi ou li sobre este desastre em curso. Parece poder concluir-se que nada há a fazer perante esta inevitabilidade. Quando isto significa condenar três quartos do território a se transformar num deserto humano e físico e um quarto em metrópoles congestionadas de pessoas e graves problemas sociais e de ordenamento e ambientais, assobiar para o lado, constitui um crime de lesa pátria, em sentido concreto e real. Será desistir de Portugal como país, com cultura e identidade própria, gerada em oito séculos de história. Para mim, isto não só é inevitável, como o contrariar estas tendências, é um dos principais desafios para este século XXI, que pode e deve ser vencido. Será que, finalmente, poderes e agentes políticos, sociais e económicos acordam e concordam a tempo de travar esta destruição em curso? Que cada leitor aderente a este drama/ desafio, se faça ouvir, são os meus votos. Talvez um grito a uma só voz acorde os variados mandantes!
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É verdade que os homens dominam a história ou o mundo? Porquê? É verdade que não quiseram ou não puderam preservar as contribuições intelectuais das mulheres ou tê-las em conta? Porquê? E Deus, o que diz de tudo isto? Teresa Forcades, freira catalã autora do livro A Teologia Feminista na História, “Público”, 19 de novembro de 2013
Cartas ao diretor A pátria da sabedoria José A. Ramos Caparica
“Procure ser pessoa de valor em vez de procurar sucesso” Provérbio de Albert Einstein Sabe-se que o rei Salomão que viveu no século IX antes de Cristo foi um dos homens mais sábio de todos os tempos. Ele escreveu os livros Provérbio e Sabedoria, incluídos no texto da Bíblia. Não se referem a temas propriamente religiosos mas sim os que são específicos da existência humana. Por agora pensemos no que nos diz resumidamente o primeiro daqueles livros. Na verdade se fossem levados em prática seus preciosos conselhos, muita coisa certamente estaria melhor. Na próxima oportunidade trataremos sobre o segundo livro. Mas convido o leitor se tiver estes livros em casa, a ler ou relê-los novamente. Relembrará ou saberá mais sobre a existência humana na sua dimensão pessoal ou coletiva, a família e sociedade em geral e respetivos relacionamentos. O rei sábio começa descrevendo o uso dos provérbios para aprender a sabedoria e “o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade em todas as boas veredas”. “Para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso… mas os loucos (ou insensatos) desprezam a sabedoria e o ensino”. Como um pai amoroso, o sábio acrescenta: “Filho meu, ouve e ensina de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe, porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares para o teu pescoço; se os sedutores querem enganar-te não o consintas, se disserem acharemos bens preciosos, encheremos de despojos as nossas casas, lança a tua sorte entre nós teremos todos uma só bolsa; não te pinhas, filho, a caminho com eles, guarda os teus pés das suas veredas. Porque os pés deles correm para o mal e podem derramar sangue”. “Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição eterna. Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranquilo”. “Se clamares por inteligência e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria
como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temos do Senhor, acharás o conhecimento de Deus. Só ele dá a verdadeira sabedoria”. “Ela é reservada para o retos, sendo escudo para os que caminham sinceramente”. “Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma. O bom siso te guardará e a inteligência te conservará”. “E para te livrar da mulher adúltera que lisonjeia com palavras (para obter teu dinheiro)”. “Assim, andarás pelo caminho dos homens de bem e guardarás as veredas dos justos. Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela para sempre. Mas os perversos serão eliminados ou desarraigados dela”. Este livro tem outras advertências, exortações, ensinamentos muito úteis.
No início da minha atividade, numa altura de desânimo pelas dificuldades da minha profissão, pensei trocá-la por um emprego. Fui um dia falar com ele, disponibilizando-me para trabalhar nalguma das suas empresas. Recebeu-me bem, não disse que sim nem que não, mas nunca me chamou. O seu faro na avaliação de pessoas acertou: eu não tinha mesmo vocação para escravo (trabalhador por conta de outrém, em linguagem jurídica). E, bem ou mal, por cá ando desde então, como profissional livre (com as respetivas dores e delícias).
Comadre Ana Moirinha Manuel Dias Horta Beja
Cameirinha José Severino Gomes Beja
Desde há muito que admiro as qualidades de empreendedor do maior e mais conhecido empresário bejense, Leonel Cameirinha. Do ramo automóvel às máquinas agrícolas, passando pela hotelaria e mais recentemente, pela vinha e o azeite, o senhor tem mantido uma atividade empresarial de sucesso e com elevado grau de satisfação de funcionários e clientes. Simultaneamente, goza de um respeito e simpatia generalizada entre os bejenses e muitos outros, alentejanos ou ao, que com ele contactaram. Tenho a certeza de que entre os milhares de negócios que celebrou, muitos não correram bem. Com certeza houve litígios com trabalhadores e clientes. E o local mais comum da resolução de litígios é o tribunal. Acontece que, sendo eu advogado em Beja há quase três décadas, não me recordo de terem sido tornados públicos, e muito menos com processos judiciais, eventuais conflitos com este empresário ou empresas suas. Um feito admirável, tendo em conta uma atividade tão intensa e diversificada e que atravessou tempos históricos de grande tensão política e crises económicas diversas. Às qualidades empresariais e humanas aliou, desde sempre, um finíssimo bom senso, que é uma qualidade tão escassa nos nossos dias, para mal do nosso país e da nossa gente.
“A virgem de ontem é já hoje mãe: O leito azul e branco do noivado Ei-lo em bem pouco tempo, transformado Num berço onde existe mais alguém” (António Nobre) Mãe que no ventre trouxesse cria não escapava ao olhar atento de Ana Moirinha – a parteira da aldeia. Era a lua que lhe indicava o momento, mas era pela altura da fértil barriga que adivinhava se era menino ou menina. Tinha por direito adquirido ficar comadre de pais de moços ou moças da aldeia que nela nasciam e ela assistia. Era por assim dizer comadre de meia aldeia. Sempre vestida de preto o que não se percebia, pois ia participar num momento de alegria. Saia preta, xaile e lenço para a cabeça, da mesma cor, escondida debaixo de um dos braços a alcofa onde guardava a melhadura – contrapartida do seu trabalho e dedicação. Normalmente uma cozedura de grãos, um litro de azeite, carne salgada e dura para o feijão. Barata ficava a operação! Repetia o acontecido debaixo de uma azinheira, sem água para lavar e panos para limpar, batia suavemente à porta, dizia: “Deus seja louvado” e o sublime ato ia começar. Sabia da sua arte de tanto praticar. Pouco depois aquelas mãos de encantar punham cá fora um inocente ser a chorar e a outro caso se ia dedicar. Diz quem viu que na tarde de um dia de maio do ano de 1945, quando na pequena igreja da aldeia se rezavam as Ave Marias, Ana Moirinha e a magia das suas mãos fez ver a luz do dia a um António, a uma Maria e a um Manuel. O Manuel sou eu, que ainda cá ando cumprindo os desígnios de Deus.
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“Erasmus+”?
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“Erasmus+” é o novo programa da União Europeia para o ensino, formação, juventude e desporto para o período de 20142020. Substitui os programas vigentes da UE em todos os domínios da educação, nomeadamente o programa “Aprendizagem ao Longo da Vida” – Erasmus (ensino superior), Leonardo da Vinci (ensino profissional), Comenius (ensino básico e secundário), Grundtvig (educação de adultos), o programa “Juventude em Ação” e cinco programas de cooperação internacional (Erasmus Mundus, Tempus, Alfa e Edulink e o programa de cooperação com os países industrializados). Pela primeira vez, o “Erasmus+” irá também apoiar o desporto, especialmente ao nível do desporto não profissional. O programa aumenta consideravelmente o financiamento da UE (+ 40 por cento) destinado ao desenvolvimento de conhecimentos e competências. Visa reforçar não só o desenvolvimento pessoal e mas também as perspetivas de emprego. Que tipo de iniciativas irá o programa “Erasmus+” apoiar? O “Erasmus+” tem como propósito aumentar a qualidade e a pertinência das qualificações e competências. Dois terços do financiamento serão utilizados para a concessão de bolsas de estudo a mais de quatro milhões de pessoas, permitindo-lhes estudar, receber formação, trabalhar ou fazer voluntariado no estrangeiro no período de 2014-2020 (em comparação com 2,7 milhões atribuídos para 2007-2013). O período de estudos no estrangeiro pode variar entre alguns dias a um ano. O programa está aberto a estudantes, docentes, estagiários, voluntários, líderes de organizações juvenis e a pessoas que trabalham em organizações de desporto não profissionais. A comissão providenciará igualmente financiamento para parcerias entre instituições de ensino, organizações de juventude, empresas, autoridades locais e regionais e ONG, bem como para reformas destinadas a modernizar os sistemas de educação e formação e, ainda, a promover a inovação, o empreendedorismo e a empregabilidade. Haverá um maior apoio para plataformas de Tecnologias de Informação, tais como o e-twinning, para ligar as escolas e outros prestadores de ensino e formação, através da Internet. Quais as novidades do “Erasmus +?” O programa tem várias características novas: Um sistema de garantia de empréstimos para ajudar os estudantes do grau de mestrado a financiar o curso completo no estrangeiro e a adquirir as competências necessárias para postos de trabalho com uma utilização intensiva de conhecimentos. Alianças do conhecimento: parcerias em grande escala entre as instituições de ensino superior e as empresas para promover a criatividade, a inovação e o empreendedorismo, oferecendo novos currículos, novas oportunidades de aprendizagem e de qualificações. Alianças de competências setoriais: parcerias entre os prestadores de educação e de formação e empresas, a fim de promover a empregabilidade e reduzir as lacunas de competências através da criação de novos currículos específicos e de formas inovadoras de ensino profissional. Este programa integra programas atualmente separados e relacionados com a dimensão internacional do ensino superior, o que significa que a mobilidade no ensino superior entre a UE e os países terceiros será possível, bem como os projetos de reforço das capacidades com instituições de ensino superior de países terceiros. O que vai mudar para os estudantes no âmbito do programa “Erasmus+”? O acesso ao programa será aumentado de diversas formas. Por exemplo, o “Erasmus+” irá intensificar o apoio aos estudantes que pretendam melhorar as suas competências linguísticas antes de se deslocarem para a universidade em que decorrerá o seu Erasmus ou antes de entrarem em estágio. Além disso, o desenvolvimento de formas de aprendizagem flexíveis, tais como a aprendizagem à distância ou a tempo parcial, será incentivado através de uma melhor utilização das tecnologias da informação. As bolsas concedidas pelo “Erasmus+” serão mais fortemente centradas em necessidades específicas (como o custo de vida no país de destino) e proporcionarão um apoio reforçado aos estudantes provenientes de meios menos privilegiados, bem como às pessoas portadoras de deficiência ou provenientes das regiões ultraperiféricas. Os países podem complementar a bolsa da UE com bolsas financiados pelo seu próprio orçamento nacional ou regional. Graças à garantia de empréstimo, haverá também um maior apoio aos estudantes que pretendam frequentar um curso de mestrado completo num outro país europeu. A garantia beneficia, em especial, os estudantes provenientes de meios desfavorecidos que tenham sido impedidos, no passado, de estudar no estrangeiro, devido à falta de financiamento ou bolsas a nível nacional. Como abordará o programa “Erasmus+” o desemprego dos jovens? O “Erasmus+” contribuirá para combater o desemprego dos jovens, dando-lhes a oportunidade de melhorarem os as suas competências-chave, como a proficiência numa língua estrangeira, a comunicação, a adaptabilidade ou a possibilidade de aprender a viver e trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades e culturas. O programa irá facilitar uma melhor cooperação entre as universidades e os empregadores, com vista a garantir que os estudantes beneficiem de currículos que sejam relevantes para as competências de que necessitam no mundo do trabalho. Representação em Portugal da Comissão Europeia
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
Ainda estão bem gravadas na memória dos portugueses as imagens dos “secos e molhados”. Foi em 1989, mas parece que foi ontem que os polícias portugueses vieram em força para a rua e foram repelidos pelos seus próprios colegas. Hoje, como há 24 anos atrás, os polícias tornaram a sair à rua para reclamar contra a falta de condições na PSP e na GNR mas, sobretudo, para dizer que a polícia não é para velhos. PB
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
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Na rua
Forças de segurança contra Orçamento do Estado
Efetivos da PSP e da GNR envelhecidos PSP e GNR têm queixas em comum e os sindicatos e associações das forças de segurança realizaram ontem, quinta-feira, dia 21, uma manifestação nacional, contra os cortes previstos na proposta de Orçamento do Estado para 2014. Nenhum outro Governo conseguiu, por exemplo, juntar contra as suas propostas todos os sindicatos da PSP, oficiais incluídos. Uma “luta comum” contra a austeridade, garantem. Polícias e guardas estão preocupados com os cortes salariais, com tantas outras medidas, mas sobretudo com o envelhecimento e desmotivação dos efetivos. Texto Bruna Soares Ilustração Susa Monteiro
D
e um lado e de outro há queixas comuns e os homens que vestem fardas diferentes (GNR e PSP) preocupam-se com a idade de reforma e com a passagem à préaposentação (PSP) e à reserva (GNR), ambos alertando para o envelhecimento dos efetivos e para a desmotivação dos profissionais. Do lado da PSP estará o quadro de pessoal envelhecido? “O comando de Beja da PSP está extremamente envelhecido. Em vários departamentos, se calhar, há um ou dois com menos de 40 anos. E isto, se calhar, em 20 elementos é muito. Mas depois temos a esquadra sede que também está muito envelhecida”, afirma Francisco Passinhas, membro da direção nacional da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, num dia em que despiu a farda e se apresentou à civil. Francisco Passinhas tem 51 anos. Antes de entrar para a PSP esteve a trabalhar numa oficina, mas depois resolveu abraçar a carreira, por lhe estar no sangue e na tradição da família, uma vez que já o pai e o avô tinham pertencido às forças de segurança. “Ninguém me venha dizer que a sociedade quer polícias com 29 anos de PSP. Dizem-me a mim e a outros colegas que ainda somos muito novos e eu pergunto, a essas pessoas, se sabem o que é trabalhar de noite, por turnos, se sabem o que é trabalhar feriados, ter festas de anos dos filhos e não poder ir, entre tantas outras situações”, confessa, com os olhos arregalados. O orçamento, sempre o orçamento, segundo os polícias, “irá afetar a motivação
dos profissionais”, criando instabilidade nas instituições. “Durante dois ou três anos, no caso da PSP, não se integrou ninguém na polícia. Havia a ideia de que existiam polícias a mais. Este ano, porém, eram para ter entrado 300 novos polícias e isso não aconteceu, porque as condições económicas do País não o permitiram”, lembra Passinhas. Para rapidamente acrescentar: “Se fizerem um levantamento do desinvestimento que tem sido feito nas forças de segurança, aliado ao fator económico, vê-se que entramos numa espiral de descrença. Acontece que ainda há uma coisa que está, felizmente, nas forças de segurança. É que mesmo sem meios técnicos e humanos ainda há brio profissional. Ainda há aquela sensação bonita de querer servir e de ter o sentimento do dever cumprido”. O dia que ficou conhecido pelos “secos e molhados”, que aconteceu no Terreiro do Paço, em Lisboa, dividindo os profissionais da polícia, já lá vai. E este momento, afirmam, “é de tudo, menos de divisão”. “Vamos chegando a um determinado ponto que temos de equacionar. Temos ou não de motivar os polícias que temos? Temos ou não o direito e o dever de alertar que não queremos polícias velhos? Temos ou não o direito de dizermos que não queremos polícias desmotivados, que não queremos polícias descrentes. Temos ou não o direito de dizer que queremos polícias que querem trabalho e não têm?”, questiona o sindicalista. E as respostas, essas, espera que alguém um dia lhas possa dar, até porque a sociedade
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Se fizerem um levantamento do desinvestimento que tem sido feito nas forças de segurança, aliado ao fator económico, vê-se que entramos numa espiral de descrença. Acontece que ainda há uma coisa que está, felizmente, nas forças de segurança. É que mesmo sem meios técnicos e humanos ainda há brio profissional”. Francisco Passinhas
civil exige soluções e, sobretudo, segurança. “Quando as pessoas ligam para a polícia querem que venha alguém que lhes possa resolver o problema. Se forem coisas simples, coisas que se possam resolver com experiência, com bom senso, se calhar um polícia da minha idade até o resolve melhor, e bem, porque tem postura e experiência de vida. Acontece que se for uma intervenção mais musculada, onde se requeira mais força física e menos força mental, mesmo que eu queira, talvez não consiga, porque não me posso comparar com a rapaziada de 20 ou 30 anos, da idade dos meus filhos. E isto é outro fator de desmotivação, para mim e para tantos colegas”, explica Francisco Passinhas. Deveria, então, existir uma idade limite para deixar de ser polícia? “O ideal era a idade não contar, mas sim o número de anos de serviço efetivo. Não se criavam desigualdades e ninguém seria penalizado por vir mais novo para a polícia. Se vier um colega mais novo para a polícia quem ganha é a sociedade. É diferente chegarmos novos, que vimos com a máxima força física, mental e emocional, do que
chegarmos mais velhos”, alerta. As estruturas sindicais da PSP defendem, assim, uma polícia rejuvenescida, sustentando que os profissionais não podem chegar ao ponto de estarem desmotivados. Até porque lembram que há estudos que concluíram que os polícias “têm uma esperança média de vida 11 anos inferior à do cidadão comum”. As medidas deste orçamento, com o aumento da idade da pré-aposentação, a subida das contribuições, os cortes salariais, entre outras, vão fazer com que “os polícias fiquem a trabalhar de corpo, porque a alma já abalou há muito tempo”, diz Passinhas, acrescentando: “A desmotivação dos mais velhos também afeta os mais novos”, porque “não têm perspetivas de carreira, não perspetivam vir a ter reforma”. “A nível humano temos muita gente com mais de 50 anos aqui, que se não tivessem sido alteradas as regras já tinha ido embora. Nós já demos muito e é quase impossível darmos mais. Quanto mais velhos houver na polícia pior é o serviço prestado, não que não tenhamos brio, que não queiramos fazer, que não tenhamos conhecimentos técnicos, mas falta-nos a parte psicológica”. GNR: “A legislação tem-nos penalizado sempre”
Quando o Governo fez saber que tinha a intenção de aumentar a idade para entrar na reserva e diminuir o período de reserva, aumentou, segundo dados avançados, o número de militares da GNR que passaram a integrar este regime. Esta subida deu-se entre os anos de 2011 e 2012. Situação, esta, que é determinada por lei. Na GNR, dada a sua natureza militar, passam automaticamente à reserva todos os militares que tenham 55 anos ou 36 anos de serviço, estando nesta condição cinco anos. As últimas notícias, porém, dão conta do Governo pretender reduzir de cinco para dois anos o período da reserva e há até quem defenda que “podem ser chamados para o ativo, para funções de apoio, alguns dos militares que estão na reserva”. Recorde-se, contudo, que esta possibilidade está prevista no estatuto da GNR, mas que até agora não tem sido utilizada. “Isto pode acontecer”, alerta José Alho, presidente da Associação Socioprofissional Independente da Guarda (Aspig), também num dia em que despiu a farda e aceitou falar sobre o que atormenta os militares. O presidente da Associação Socioprofissional Independente da Guarda (Aspig) há 27 anos que está na Guarda Nacional Republicana. Tem 52 anos e não lhe faltariam,
assim, muitos anos para ir para a reserva. “Estou cá há muito tempo, a trabalhar muitas horas, a fazer muitas noites, a dar muito. É normal que todos nós, os que têm esta idade, estejam desgastados e é normal que as últimas notícias nos desmotivem, embora não nos façam perder o brio profissional, porque essa é a nossa escola”, diz. E rapidamente, só o tempo de repousar os óculos sobre a mesa, acrescenta: “A reforma, essa, seria aos 60 anos. Com as novas alterações estamos também a perder a compensação de passar à reserva na idade prevista, gosto de lhe chamar assim, visto que é a única instituição que não tem um limite máximo de horas. Se as chefias quiserem que nós façamos 24 horas num dia temos de as fazer. Tudo depende da boa vontade das chefias superiores e hierárquicas”, recorda o militar. Tardar a entrada na reserva na GNR significa, para muitos, “o envelhecimento da força de segurança”. E José Alho concorda. “Muitas profissões que fazem turnos, a partir dos 50 anos, deixam de os fazer, porque as noites rebentam muito. Isto acontece, por exemplo, com os enfermeiros e os médicos. Tentam fazer um horário fixo. Na GNR isto não acontece”, afirma José Alho. E acrescenta: “Tudo isto mexe com as pessoas, é inevitável”. E não tem problemas em elucidar as mazelas da profissão. “Problemas cardíacos, problemas psicológicos”, lembrando ainda: “Temos uma taxa de suicídio elevada na GNR e há estudos que provam que os guardas vivem menos tempo. Tudo isto tem de ser levado em conta”. A GNR, para José Alho, “está envelhecida”. “Muitos jovens foram canalizados para os serviços administrativos e burocráticos, porque muitas vezes são eles que percebem de computadores, em vez de serem canalizados para a atividade operacional, para a patrulha. E foram ficando aquelas pessoas mais ‘velhas’, não que sejam velhas, mas que já têm muitos anos de serviço e que a partir dos 45/50 anos poderiam ir prestando outros serviços administrativos e até acessórios”, diz. As associações temem que o efetivo da GNR com as novas aprovações previstas, nomeadamente com a redução do período na reserva, fique desgastado e condicionado para “ocorrer às diferentes situações que surgem diariamente”. E lembram: “Passa a ser possível ver homens de 55 anos a correr atrás de criminosos”. “Tenho de executar as mesmas provas de quando tinha 20 anos. Tenho de fazer o mesmo tiro, o mesmo serviço. Será que as pessoas têm as mesmas condições? Claro que não têm. As noites rebentam connosco, o número de horas rebentam connosco e a reserva era uma forma de compensar este desgaste imenso”, recorda José Alho. E acrescenta: “É por tudo isto que as pessoas estão velhas na atividade operacional”. A nível distrital, segundo José Alho, sobretudo nos postos, “nota-se muito o efetivo mais envelhecido”, sendo que nos “destacamentos também já se verifica”. E, neste sentido, não tem dúvidas: “A legislação tem-nos penalizado sempre”.
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I Trial Barrancos/ /Encinasola
Realiza-se no próximo dia 30 o I Trial Transfronteiriço de Barrancos, evento promovido pela Associação Desportiva O Mundo da Corrida, com o apoio do município de Barrancos e do ajuntamento de Encinasola (Espanha). A prova inicia-se às 10 horas e terá as variantes de ultra trial (50 quilómetros), trial curto (19 quilómetros) e caminhada (18 quilómetros). Estão inscritos cerca de 210 atletas.
Desporto
Saboia e Despertar finalistas da Taça de Honra da 2.ª Divisão
Venha de lá esse campeonato Concluída a primeira fase da Taça de Honra da 2.ª Divisão da AF Beja, Saboia e Despertar, enquanto vencedores das respetivas séries, rumam para a final da competição a realizar em meados de janeiro de 2014.
A
s vantagens não foram muito folgadas, quatro pontos para o Despertar e três para o Saboia, porque neste ensaio para o campeonato distrital algumas equipas deixaram boas indicações e a promessa de, com o ritmo competitivo já melhorado, puderem aquecer o campeonato, que só começará no próximo dia 30. Entretanto, no próximo fim de semana, algumas destas equipas ainda vão competir na Taça Distrito de Beja. Série A: Vasco Gama B-Despertar, 1-1; São Domingos-Moura, 2-1; NegrilhosAmarelejense, 1-4; Desp. Beja-Beringelense, 1-1. Classificação: 1.º Despertar, 19 pontos. 2.º Moura B, 15. 3.º Amarelejense, 13. 4.º São Domingos, 12. 5.º Vasco da Gama B, nove. 6.º Desportivo Beja, sete. 7.º Beringelense, seis. 8.º Negrilhos, zero. Série B: Aldeia Fernandes-Sanluizense, 1-1; Renascente-Naverredondense, 4-2. Classificação: 1.º Saboia, 15 pontos, 2.º Renascente, 12. 3.º Aldeia Fernandes, cinco. 4.º Messejanense e Sanluizense, três. 6.º Naverredondense, dois. FP
Inatel – 5.ª jornada Grupo A Trindade-Salvadense, 0-1 Quintos-Louredense, 0-0 Penedo Gordo-Barrancos, 10-0 Serpense-Brinches, 1-0 Líder: Penedo Gordo, 15 pontos Próxima jornada (23/11) Salvadense-Louredense Trindade-Penedo Gordo Brinches-Quintos Barrancos-Serpense Grupo B Mombeja-Santa Vitória, 0-2 Figueirense-Vale d’ Oca, 0-2 Albernoa-Faro do Alentejo, 4-0 Alvorada-Vale Figueira, 2-4 Líder: Vale d’ Oca, 13 pontos Próxima jornada (23/11) AC Cuba-Alvorada Vale d’ Oca-Mombeja Vale Figueira-Albernoense Faro Alentejo-Figueirense
Grupo C Alcariense-S.Clara Nova, 1-3 Serrano-Santaclarense, 1-2 Almodovarense-Sanjoanense, 1-1 Bemposta-Sete, 0-0 Líder: Santaclarense, 15 pontos Próxima jornada (23/11) S.Clara Nova-Sete Alcariense-Serrano Sanjoanense-Bemposta Santaclarense-Almodôvar Grupo D Amoreiras-Cercalense, 1-2 Cavaleiro-Santa Luzia, 5-0 Longueira-Relíquias, 2-4 Luzianes-Pereirense, 4-4 Líder: Cercalense, 10 pontos Próxima jornada (23/11) Soneguense-Amoreiras Pereirense-Longueira Cercalense-Cavaleiro Santa Luzia-Luzianes
Futebol juvenil Taça Armando Nascimento Juvenis – 6.ª jornada Série A Serpa-Santo Aleixo, 3-0 Despertar-Desp.Beja, 2-0 Sp.Cuba-Moura, 0-4 Amarelejense-Alvito, 5-5 Líder: 1.º Despertar, 18 pontos Próxima jornada (24/11) Alvito-Serpa Santo Aleixo-Despertar Desp.Beja-Sp.Cuba Moura-Amarelejense Série B Aljustrel-Odemirense, 3-5 Milfontes-Almodôvar, 3-1 Bairro da Conceição-Ourique, 5-2 Líder: Castrense, 15 pontos Próxima Jornada (24/11) Odemirense-Milfontes Almodôvar-Bairro da Conceição Ourique-Castrense Taça Melo Garrido Iniciados – 6ª jornada Série A Moura-Bairro da Conceição, 8-0 Alvito-Despertar, 1-2 Ferreirense-Serpa, 1-2 Líder: Moura, 18 pontos Próxima Jornada (24/11) Bairro da Conceição-Alvito Despertar-Ferreirense Serpa-Aldenovense Série B Castrense-Guadiana, 4-4 Almodôvar-Milfontes, 2-1 Líder: Milfontes, nove pontos Próxima jornada (24/11)
Guadiana-Almodôvar Milfontes-Desp.Beja Distrital de Infantis 4.ª jornada Série A Despertar A-NS Beja, 6-1 Guadiana-Ferreirense, 2-8 Operário-Desp.Beja, 0-5 Líder: Despertar, 12 pontos Próxima Jornada (23/11) Sp.Cuba-Despertar A NS Beja-Guadiana Ferreirense-Operário Série B Serpa-Despertar B, 0-3 Piense-Aldenovense, 3-7 Santo Aleixo-Vasco Gama, 6-0 Moura-Amarelejense, 5-1 Líder: Despertar B, 12 pontos Próxima Jornada (23/11) Amarelejense-Serpa Despertar B-Piense Aldenovense-Sto.Aleixo Vasco Gama-Moura Série C Ourique-Castrense, 2-8 Aljustrelense-Milfontes, 1-0 São Marcos-Odemirense, 1-3 Almodôvar-Milfontes, 4-1 Líder: Almodôvar, 12 pontos Próxima jornada (23/11) Renascente-Ourique Castrense-Aljustrelense Milfontes-São Marcos Odemirense-Almodôvar
Triunfo Hugo Felício (ao fundo no banco dos visitantes) teve estreia auspiciosa à frente do Cuba
Aljustrelense lidera com três pontos
Candeia que vai na frente... O líder não dá tréguas, goleia e volta a golear, sem olhar à camisola do adversário. Só tem vitórias, marca uma média de quatro golos por jogo, e tem um sofrido, imagine-se, no reduto do “lanterna vermelha”. Texto e foto Firmino Paixão
U
ma equipa com esta fibra só pode ser bem-sucedida, mas ainda é muito cedo para cantar vitória. Jogaram-se sete das 26 jornadas, ainda nem um terço do campeonato, e o Aljustrelense não está em prova sozinho. Vencer o Odemirense por 4-0 é obra, mas o adversário que lhe pisa os calcanhares é o Vasco da Gama, que também foi ao Rosário ganhar (e tem ganho noutros campos difíceis) com a facilidade que os 0-3 expressam. O Castrense venceu folgadamente (5-0) o dérbi com o vizinho São Marcos e o Milfontes ganhou em Mértola (3-4), num jogo que rendeu muitos golos. O Serpa foi a Vila Nova de São Bento golear o último classificado (0-5) e o Sporting de Cuba celebrou a estreia do técnico Hugo Felício com um triunfo (0-2) no Bairro da Conceição.
Cabeça Gorda e Piense empataram sem golos, no reduto dos primeiros. E assim vai o Distrital(ão), a caminho da sua primeira interrupção para dar entrada à Taça Distrito de Beja. O Aljustrelense, na frente, o Vasco da Gama a três pontos, Odemirense e Castrense a seis e o Milfontes a oito. O Serpa e o Cuba ameaçam entrar no primeiro quinteto, o Rosairense e o Cabeça Gorda andam lá perto e o resto, outro quinteto, já luta por um lugar ao sol. Classificação: 1.º Aljustrelense, 21 pontos. 2.º Vasco Gama, 18. 3.º Odemirense e Castrense, 15. 5.º Milfontes, 13. 6.º Serpa, 11. 7.º Sp. Cuba e Rosairense, 10. 9.º Cabeça Gorda, oito. 10.º São Marcos, Piense e Bairro da Conceição, cinco. 13.º Guadiana, três. 14.º Aldenovense, sero. A primeira eliminatória da Taça Distrito de Beja joga-se este fim de semana e os jogos são: Guadiana-Rosairense (amanhã); Castrense-Serpa; Milfontes-Messejanense; Saboia-Beringelense; Vasco Gama-Amarelejense; São Marcos-Bairro da Conceição; Piense-Aldeia Fernandes; Cabeça Gorda-Despertar e Desportivo Beja-Sporting Cuba.
O Moura já está no 2.º lugar mas o Almodôvar não cede a última posição
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Proibido perder pontos O Moura recebe no próximo domingo, 24, a formação do Barreirense, em jogo a contar para a 10.ª Jornada do Campeonato Nacional de Seniores, a mesma que levará o Desportivo de Almodôvar ao recinto do Ferreiras.
E
stá concluída a primeira volta do Campeonato Nacional de Seniores, com a formação do Ferreiras no primeiro lugar da tabela e o Moura na segunda posição, e são estes os dois lugares que dão acesso à segunda fase do campeonato. Mas ainda temos mais nove jornadas pela frente, a primeira das quais traz o Barreirense ao Estádio Municipal de Moura (recorde-se que o Moura empa-
tou 0-0 no Barreiro). A equipa barreirense ocupa o 7.º lugar com menos sete pontos que o Moura. Um grande jogo em perspetiva, mas só o triunfo interessa aos visitados. De resto, vêm de uma vitória folgada (3-1) sobre o Esperança de Lagos, também no seu terreno. O Almodôvar viaja para Ferreiras, para defrontar o líder da série H, com quem já havia perdido (1-2) no jogo da sua estreia neste patamar competitivo. Não será fácil, a equipa almodovarense só tem dois pontos, está no último lugar e os índices motivacionais andarão muito por baixo. Ainda no último fim de semana foram a Loulé perder por 4-0. Mas os jogos ganham-se, e perdem-se, em campo. Vamos esperar! FP
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A internacional aljustrelense Ana Capeta, jogadora que, na última época, representou a Casa do Benfica de Castro Verde, vinculou-se recentemente ao Clube Atlético Ouriense, de Vila Nova de Ourém, campeão nacional de futebol feminino em título e atual 2.º classificado do Campeonato Nacional de Seniores Femininos.
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
Ana Capeta assinou pelo Ouriense
Divulgar a modalidade, assinalar o início da época desportiva e fomentar o espírito do kayak polo em Beja são os grandes objetivos do torneio internacional que a Associação Pagaia Sul aqui promove anualmente. Texto Firmino Paixão Foto APS
Kayak polo Equipa da Associação Pagaia Sul, de Beja
IX Torneio Internacional de Kayak Polo tem como palco a piscina de Beja
Uma prova de prestígio nacional
A
IX edição disputa-se este fim de semana na Piscina Municipal de Beja, com início pelas 9 horas de sábado e prolonga-se ao longo do dia, concluindo-se no domingo cerca das 15 horas. Reconhecendo que o kayak polo é ainda uma modalidade pouco conhecida na região, Paulo Remechido, dirigente da Associação Pagaia Sul, considera que o facto de a prova se realizar há nove anos consecutivos, pressupõe que as metas são anualmente conseguidas e sublinhou: “O torneio já está consolidado ao nível nacional, é a prova de kayak polo
com o maior número de atletas e onde as principais equipas querem estar presentes”. O dirigente realça, contudo: “O que mais importa para nós é a satisfação com que eles saem daqui. É mais relevante o sorriso que eles levam estampado no rosto, do que o lugar que alcançaram na prova. É sempre bom perceber que o nosso trabalho está a ir pelo caminho correto”. Quanto ao painel de concorrentes, Paulo Remechido revelou: “Já temos 12 equipas inscritas, contamos com a presença das melhores formações nacionais e três equipas
vindas de Espanha”. Equipas que vêm de locais distantes como Arcos de Valdevez, Coimbra, Málaga ou Madrid. Apesar na discreta presença da modalidade no sul do Alentejo (tem pólos em Beja e Ferreira do Alentejo), o dirigente salienta: “O kayak polo, ao longo dos anos, tem contado com uma hegemonia do Clube de Canoagem de Setúbal, que são campeões nacionais há 20 anos consecutivos, no entanto, a Pagaia Sul é uma equipa em que conta com atletas mais experientes e com outros atletas que, apesar de serem jovens, têm um grande espírito
competitivo, são dedicados e talentosos”. Se a equipa de Beja conseguir ganhar jogos e obtiver bons resultados, a convocatória de atletas seus para as seleções nacionais será natural e óbvia, como tem acontecido nas últimas épocas, adianta ainda Paulo Remechido. Questionado sobre a necessidade de abrir a modalidade à comunidade bejense, o dirigente lembrou: “A Pagaia Sul precisa de uma reestruturação profunda, é um clube, em termos diretivos, muito pouco funcional, a maior parte das pessoas que compõe os corpos sociais não reside
em Beja, nem tem disponibilidade para exercer esses cargos”. Por outro lado, reconhece com evidente pragmatismo: “Apesar de termos recorrido a um empréstimo financeiro e termos uma isenção de pagamento de renda no Cais da Planície durante seis anos, ainda não foi possível adquirirmos material desportivo para a iniciação, o que impossibilita a entrada de novos praticantes, ou seja, a falta de quórum existente na Associação Pagaia Sul, aliada à falta de investimento em material desportivo, impossibilita a entrada de novos atletas”, concluiu o dirigente.
Clube Desportivo de Beja promoveu 1.º Encontro de Traquinas e Petizes
Um laboratório de craques? O Clube Desportivo de Beja organizou o 1.º Encontro de Escolinhas Petizes e Traquinas 2013, convívio que teve lugar no Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja.
Liga de Formação – Benjamins (4.ª jornada): Série A: Despertar A-Bairro da Conceição, 8-0; Cabeça Gorda-Ferreirense A, 0-10; Alvito-Desp.Beja A, 2-4. Líder: Ferreirense, 12 pontos. Próxima jornada (23/11: Desp.Beja A-Despertar A; Bairro da Conceição-Cabeça Gorda; Ferreirense A-Sp. Cuba.
Texto e foto Firmino Paixão
Série B: Ferreirense B-NS Beja, 1-0; Vasco Gama-Despertar B, 10-2; Desp.Beja B-Alvorada, 5-1. Líder: Desp.Beja B, 12 pontos. Próxima jornada (23/11): Alvorada-Ferreirense B; NS Beja-Vasco Gama; Despertar B-Desp.Beja B.
A
lém dos anfitriões participaram equipas do Futebol Clube de Serpa, Sporting Clube Ferreirense, Clube de Futebol Guadiana, Sporting Clube de Cuba e Alvorada Futebol Clube. Foi uma tarde diferente para muitas dezenas de miúdos que, sob enquadramento técnico e familiar, despertaram emoções e alimentaram o sonho de virem a tornar-se futebolistas de eleição. “É nesta idade que tudo começa”, afirmou Chico Faria, antigo jogador do Desportivo de Beja que mantém o seu vínculo ao clube como monitor das camadas de formação. “Realmente é uma alegria para os miúdos, dão aqui os primeiros passos e recebem as primeiras noções do que é o futebol, mas o mais importante é que se divirtam, que andem aqui felizes, isso é que importa”, adiantou.
Série C: Aldenovense-Moura A, 0-9 ; Amarelejense-Serpa, 2-5; Moura B-Piense, 1-1. Líder: Serpa, 12 pontos. Próxima jornada (23/11): Piense-Aldenovense; Moura A-Amarelejense; Serpa-Moura B. Série D: Castrense-Aljustrelense, 2-4.Líder: Almodôvar, seis pontos. Próxima jornada (23/11): Almodôvar-Ourique. Série E: Milfontes-Sanluizense, 21-0; Odemirense-Boavista, 5-1.Líder: Odemirense, nove pontos. Próxima jornada (23/11): Sanluizense-Odemirense; Boavista-Renascente.
Escolinhas Traquinas e petizes estão na “idade do sonho”, diz o treinador Chico Faria
O antigo atleta bejense lembrou também: “Começa aqui aquela grande ilusão de quererem ser um Cristiano Ronaldo, um Messi, é interessante que eles alimentem essa
ilusão, porque lhes dá ambição e alegria, mas temos aqui muita criança com valor, um dia, se calhar, podem ser grandes jogadores”. “Aqui não interessa o resultado, o
fundamental é que eles se divirtam e desfrutem deste convívio, não se pode criar em crianças desta idade a pressão dos resultados. Aqui todos são vencedores, e o Desportivo
de Beja está bem, está muito forte na formação e espero que continue assim porque estamos no bom caminho”, concluiu o brasileiro, que foi uma das antigas glórias do clube.
Voleibol
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Campeonato Nacional da 3.ª Divisão (2.ª jornada): Sport Operário Marinhense-Moura Volei Clube, 3-1 (25/21, 25/20, 20/25, 25/20); Próxima jornada (23/11): Moura Volei Clube-Grupo Desportivo Martingança (Pavilhão Municipal de Moura, 16 horas).
1.º GP Montanha Cabeça Gorda/Quintos/Salvada Disputa-se amanhã, sábado, no Perímetro Florestal da Cabeça Gorda, o 1.º Grande Prémio de Montanha, prova aberta a atletas populares e federados, integrada no Circuito de Corridas Populares, organizada pela AA Beja com o apoio da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda e do Agrupamento de Freguesias de Salvada e Quintos. As provas, que incluem uma caminhada, têm início às 15 horas.
Andebol
Nacional da 3.ª Divisão (4.ª jornada): Zona Azul-Lagoa, 30-21; CCP Serpa-Costa d’Oiro, 27-15. Líder: Zona Azul, 11 pontos. Próxima jornada (23/11): Náutico Guadiana-Zona Azul; Lagoa-CCP Serpa. Nacional 1.ª Divisão Juvenis Masculinos (12.ª jornada): Belenenses-CCP Serpa, 30-28. Próxima jornada (30/11): Mafra-CCP Serpa.
Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago O atleta Carlos Silva (GD Reboleira) venceu a XXI Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago, cumprindo a distância de 9 200 m com o tempo de 31.58’. João Cruz (Beja AC) foi o melhor alentejano e vencedor do corta-mato de abertura da AA Beja. No sector feminino triunfou a elvense Raquel Trabuco, com o registo de 20.32’ para os 5 500 m, à frente da odemirense Ana Catarina Dias, com 21.42’. Por equipas venceu o Clube Oriental de Pechão.
Beja Basket Clube disputa I Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
Uma forte aposta na formação O Beja Basket Clube está, nesta época, a disputar o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão. Com um plantel oriundo da sua base de formação e com as habituais dificuldades: a falta de apoios e poucos espaços para trabalhar. Texto e foto Firmino Paixão
N
ão! O Beja Basket Clube não foi promovido. O quadro competitivo nacional foi reestruturado em face das dificuldades conjunturais e a solução passou pela junção das equipas que competiam na antiga 1.ª e 2.ª divisões, criando o I Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Masculinos, em cuja zona sul B estão a competir os bejenses, a par de outras equipas alentejanas como os Javalis de Grândola, Salesianos de Évora e o Atlético de Reguengos. Luís Caramba, presidente do BBC e um dos atletas e técnicos mais carismáticos do basquetebol bejense, retrata aqui o atual momento do clube. A novidade desta época foi a reestruturação competitiva? A decisão estava anunciada há algum tempo. Um pouco devido à crise financeira, às muitas despesas que os clubes tinham, e foi decidido reagrupar as divisões para se diminuírem os encargos. É expectável que resulte uma melhoria na qualidade do basquetebol? O nível competitivo e a qualidade mantiveram-se iguais, porque se dividiram equipas. Se tivéssemos uma grande zona, julgo que a qualidade competitiva melhorava. Agora, as subdivisões mantiveram-se, em termos competitivos as equipas são ligeiramente melhores, mas não tanto como se esperava. A intenção desta junção foi mesmo encurtar custos financeiros. Na zona sul subsistem as equipas de épocas anteriores? No ano passado tínhamos seis equipas em competição, nesta época entrou o Olhanense que estava na 1.ª Divisão e os Javalis de Grândola entraram de novo.
União Equipa do Beja Basket Clube que disputa o Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
De resto são equipas que já competiam connosco. O Beja Basket Clube continua com a mesma dinâmica? Mantemos a mesma dinâmica em termos de seniores, mantendo este processo de renovação da equipa como temos vindo a fazer nos últimos três anos, um processo que estamos a completar, eu sou o jogador mais velho, os restantes têm todos menos de 23 anos. Mas em termos financeiros as coisas não estão fáceis, nem para nós, nem para os outros clubes, por isso a aposta fundamental é na formação. Estamos a construir equipas para o futuro e se houver oportunidade e se os jogadores tiverem gosto em continuarem connosco. Com metas desportivamente moderadas? Os nossos objetivos são sempre os mesmos. No momento que vivemos não podemos alimentar grandes expectativas, estamos numa zona interior, com os problemas que existem e os custos que temos que suportar, não podemos ter expectativas muito elevadas. O adversário mais próximo que temos está a 80 quilómetros, portanto, temos de fazer 160, torna-se muito difícil suportar custos tão elevados.
O plantel é todo ele oriundo da formação? Todos os jogadores que temos são da nossa formação, todos eles foram meus atletas nos escalões mais baixos, são jogadores que conheço bem, é muito mais fácil trabalhar assim, às vezes nem preciso de dizer nada porque eles adivinham o meu pensamento. Temos uma excelente interação.
no mini basket continuamos a sentir essas dificuldades.
Os elos construídos ao longo da formação são fundamentais para o sucesso do grupo? A grande mais-valia deste grupo é a nossa união, a nossa ligação sentimental, os laços de amizade entre todos. É um sentimento diferente das outras equipas, nota-se que a união da nossa equipa é muito diferente das outras, e só por isso nos superamos quando defrontamos grandes equipas, porque eles não possuem esta extraordinária motivação que nós temos enquanto grupo.
O espaço no pavilhão municip al é u m p r o ble m a recorrente? E este ano as coisas complicaramse ainda mais. Jogamos aqui hoje com os sub/18 que, pela primeira vez, pisaram este recinto, porque nunca treinam aqui, depois é óbvio que as coisas não funcionem, treinam no pavilhão com metade da dimensão deste e quando aqui chegam notam-se as dificuldades. Os seniores treinam aqui duas horas e meia durante a semana. O município de Beja tem feito um esforço muito grande para nos arranjar horários, mas tornase muito difícil, porque são quatro modalidades a treinar e jogar neste espaço, a patinagem artística, o hóquei em patins, nós e o futsal, é uma gestão muito difícil, tem que existir uma compreensão muito grande de todas as partes, senão alguém fica de fora, e nós já temos ficado.
O trabalho na formação continua a ser intenso? Temos poucos miúdos no mini basket, estamos a tentar recrutar mais, mas não tem sido fácil, porque já começámos a temporada muito tarde, e agora tornou-se difícil porque muitos já estavam noutras modalidades. Estamos com sub/14, sub/16 e sub/18, mas
E os apoios para a vossa atividade? O que nos move é o apoio dos pais e dos próprios atletas, que fazem um esforço enorme para que possamos manter esta atividade porque os apoios são de facto muito diminutos.
A queda José Saúde
Numa recente conversa com amigos, dissecámos eloquentes certezas vividas nos anos 60, século passado, sobre um emblema que foi outrora a insofismável bandeira da região: o Clube Desportivo de Beja (CDB). Falámos de jogadores que ainda hoje permanecem nas nossas memórias. Nomes sonantes do desportorei que passearam os seus dotes pelo futebol nacional. Beja, naquele tempo, assumia-se como uma montra de atletas que ambicionavam atingir o zénite no mundo futebolístico. O Desportivo era uma referência. No velhinho estádio, considerado um dos melhores pelados a sul, passearam-se craques que proporcionaram excelentes molduras humanas nas tardes domingueiras da velha Pax Julia. Recordámos notáveis que não ouso identificar individualmente, tendo eu a consciência perfeita que olvidar um nome dessas inolvidáveis estrelas seria complicado. Abordámos histórias hilariantes que nos encheram de prazer e nos remeteram para o recanto da saudade. O Desportivo era um clube sobejamente conhecido. Defender as suas cores era obra fina para os privilegiados. Tive, felizmente, essa sorte. As opções sobre as aquisições dos novos craques eram feitas com uma minuciosidade extrema. Poucos, a nível regional, ousavam admitir como hipótese envergar a sua camisola. A triagem era natural. Mas, com o evoluir dos tempos a sua idoneidade e grandeza foi-se diluindo. O público, que antes era incansável em aplaudir a equipa, foi paulatinamente divorciando-se. O CDB deixou de militar nos nacionais. Deu-se a irremediável queda para os regionais. A descida abrupta foi indissociável doutros fatores que mexeram com orgânica no seu todo. Olhamos para o Desportivo e observamos a sua atual militância no escalão secundário da AF Beja e concluímos: esta é a irreversível queda de um anjo que muitas alegrias deu a um povo que jamais se fez rogado no apoio à equipa do seu coração. Força Desportivo!
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1648 de 22/11/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1648 de 22/11/2013 Única Publicação
Notária Rita Magalhães CERTIFICO:
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE OURIQUE
CONVOCATÓRIA Nos termos do Cap. III art. 40, no 2 Alínea b) dos Estatutos desta Associação, convoco todos os sócios em pleno gozo dos seus direitos, para uma Assembleia Geral ordinária, a realizar no Auditório do Centro de Convívio da Câmara Municipal de Ourique, para o dia 06 de Dezembro de 2013 (Sexta-Feira), pelas 20 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Leitura, apreciação e aprovação da ata da Assembleia-geral de 15 de Abril de 2013. Apresentação, análise e aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2014. Outros assuntos do interesse da Associação. Se à hora marcada a Assembleia-geral não estiver composta pela maioria dos sócios, a mesma funcionará trinta (30) minutos depois com qualquer número, conforme art. 42 n° 1 dos estatutos, desde que não inferior a três associados efetivos, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos. Ourique, 07 de Novembro de 2013. O Presidente da Assembleia Geral José Manuel Ramos Mestre Diário do Alentejo n.º 1648 de 22/11/2013 Única Publicação
LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJA
CONVOCATÓRIA Nos termos do ponto 2 do art.° 28° dos Estatutos da Liga dos Amigos do Hospital de Beja, convocam-se todos os sócios para uma reunião da Assembleia Geral a realizar no dia 5 de dezembro de 2013, em primeira convocatória para as 15.30h, na sala de formação da ULSBA, na Rua António Sardinha n°15, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e Aprovação do Orçamento e Plano de Atividades para 2014; 2. Votação dos Órgãos Sociais para o Biénio 2014/2015. Se não estiverem presentes, à hora indicada, mais de metade dos sócios com direito a voto, a AssembleiaGeral realizar-se-á uma hora mais tarde, com os sócios presentes. Beja, 18 de novembro de 2013.
COOPERATIVA DE CONSUMO DE MARMELAR, CRL
CONVOCATÓRIA Nos termos do n°1 da artigo 21°, dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Cooperativa de Consumo de Marmelar, CRL, em sessão ordinária, no próximo dia 06 de Dezembro de 2013, pelas 20h30m, na sua sede, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciar e votar o orçamento e o plano de actividades para o exercício de 2014; 2.Outros assuntos do interesse da Cooperativa. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados, com direito a voto, a Assembleia reunirá 1 hora depois com qualquer número de associados. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Joaquim Negas Baetas
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Para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação, lavrada em dezoito de Novembro de dois mil e treze, de folhas quarenta e nove a folhas cinquenta e dois do Livro de Notas Duzentos e Cinco-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal, em Almada: a) LEONEL JOSÉ, natural de Relíquias, Odemira e mulher CARMINDA AUGUSTA INÁCIA JOSÉ, natural de Odemira (São Salvador), Odemira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua 1° de Maio, n° 4, Vale de Milhaços, Correios, Seixal e b) EUGÉNIA MARIA RODRIGUES DE ALMEIDA, viúva, natural de São Martinho das Amoreiras, Odemira, residente na Rua da Niza, n° 2, rés do chão direito, Alto do Moinho, Corroios, Seixal, intitularam-se donos e legítimos possuidores, em comum e partes iguais, com exclusão de outrem, do prédio urbano composto de casa de rés-do-chão para habitação com a área coberta de oitenta e cinco metros e sessenta decímetros quadrados, garagem com a área coberta de vinte e dois metros e oitenta e sete decímetros quadrados e quintal com a área descoberta de dois mil seiscentos e vinte metros e cinquenta e três decímetros quadrados, sito na Estrada Nacional ou Estrada Nacional de São Martinho, confrontando a norte e sul com Manuel Jacinto Guerreiro, nascente com Estrada Pública e poente com António da Silva Graça, na freguesia de São Martinho das Amoreiras, concelho de Odemira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 978), descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número mil e setenta e cinco de dez de Fevereiro de dois mil e quatro. Que o casal da alínea a) e Eugénia Maria Rodrigues de Almeida, então casada com Manuel António de Almeida sob o regime da comunhão de adquiridos (já falecido), entraram na posse do direito à sua propriedade deste prédio urbano na dita proporção de metade para cada um, por doação verbal, que lhes foi feita pela sua tia e irmã, respectivamente, titular Inscrita, Conceição Maria, solteira, maior, no final do ano de mil novecentos e noventa, reservando esta, para si, o usufruto vitalício; vindo esta a falecer, em quinze de Fevereiro de dois mil e dois, conforme certidão do assento de óbito n° 25/2002 da Conservatória do Registo Civil de Sesimbra. Que, vêm possuindo este prédio urbano, em comum e partes iguais, de forma ostensiva e à vista da toda a gente, em nome próprio, usufruindo ainda de todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, continua e de boa fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião. Requerem a notificação prévia; A- pessoal de: 1) ALZIRA MARIA CANDEIAS; 2) ANTÓNIO MARIA GUERREIRO RALHA e mulher ADELAIDE DE JESUS MARÇO GUERREIRO; 3) BENVINDA RODRIGUES CANDEIAS SILVA e marido FERNANDO NEVES DA SILVA; 4) CAMARINA MARIA RODRIGUES CANDEIAS DOMINGOS e marido OLIVIO CORDEIRO DOMINGOS; 5) CUSTÓDIA MARIA DAS CANDEIAS; 6) MANUEL FRANCISCO DA SILVA CANDEIAS, solteiro, maior, e NUNO MIGUEL DA SILVA CANDEIAS; 7) FLORENTINO MARIA CANDEIAS e mulher LUCÍLIA MARIA RAMOS DA SILVA CANDEIAS; 8) JOSÉ FRANCISCO RODRIGUES; 9) MARIA JOSÉ CANDEIAS; 10) MARIA JÚLIA PEREIRA. B) - Edital de 1) VÍTOR MANUEL DAS CANDEIAS e de 2) Herdeiros Incertos e desconhecidos de ARMINDA RODRIGUES; todos como titulares inscritos na Conservatória. Notificações que foram deferidas e que foram feitas por meio da carta registada com aviso de recepção, expedidas para as moradas indicadas; e a Notificação Edital foi certificada pela Conservatória do Registo Predial de Odemira e pela Junta de Freguesia de São Martinho das Amoreiras. É certificado que fiz extrair e está conforme o original. Almada, aos dezoito de novembro de dois mil e treze.
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Diário do Alentejo n.º 1648 de 22/11/2013 Única Publicação
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Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/ Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
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Médicos Radiologistas António Lopes / Aurora Alves Helena Martelo / Montes Palma Médica Neuroradiologista Alda Jacinto Médica Angiologista Helena Manso
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23 Diário do Alentejo 22 novembro 2013
necrologia
24 Diário do Alentejo 22 novembro 2013
Nossa Senhora das Neves MISSA
Bernardino José Caixinha da Mata 7.º Ano de eterna saudade
“Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada. Essa é a maior responsabilidade da nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso”. Sua família participa que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no próximo domingo, 24 de novembro, pelas 11 e 30 horas, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Neves, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Engrácia Adelina Nasceu a 05/03/1915 Faleceu a 13/11/2013
Filhos, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344 SERPA
ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):
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AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1648 de 22/11/2013 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO, SERVIÇOS E TURISMO DO DISTRITO DE BEJA
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL Em cumprimento do disposto no n.º1 do Art.17º dos Estatutos em vigor, convocam-se todos os Associados para uma reunião extraordinária da Assembleia Geral, a realizar no dia 29 de Novembro de 2013, pelas 17 horas, na sede da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, sita na Rua Luís de Camões n.º37, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Composição da Mesa da Assembleia Geral até ao fim do mandato; 2 – Revogação dos Complementos de Reforma; 3 – Análise, discussão e aprovação das contas do ano de 2012; 4 – Período de discussão de outros assuntos de interesse para a Associação. Se à hora marcada não estiverem presentes ou representados a maioria dos seus membros, a Assembleia Geral funcionará meia hora mais tarde, com qualquer que seja o número de membros presentes ou representados. As contas do ano de 2012 encontram-se à disposição na sede da Associação para qualquer Associado que as pretenda consultar. Beja, 20 de Novembro de 2013. O Secretário da Mesa da Assembleia-geral da ACSTDB Pedro Branco Franco
GNR/CTerBEJA PROCURA T2 ou T3 para Casa de Função em Almodôvar. Com cozinha equipada. Prazo de entrega de proposta até 16 de dezembro de 2013. Tel. 284310770
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25 Diário do Alentejo 22 novembro 2013
A COZINHA
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Casa Agrícola HMR lança novas colheitas da gama Quatro Caminhos
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
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A Casa Agrícola HMR, produtora da Vidigueira, acaba de lançar as novas colheitas da sua gama alta através do Quatro Caminhos Branco 2012, Quatro Caminhos Tinto 2011 e Quatro Caminhos Reserva Tinto 2011. Para António Nora, diretor de vinhos da herdade do Monte da Ribeira, “foram anos quase perfeitos em termos de condições de maturação da uva e da própria colheita, o que nos permite estar bastante confiantes nestes novos vinhos”. Da colheita Quatro Caminhos Branco 2012 foram produzidas 7 500 garrafas, seguindo-se o Quatro Caminhos Tinto 2011 com 24 mil garrafas e, finalmente, o Quatro Caminhos Reserva Tinto 2011 com nove mil garrafas. De referir que os vinhos são da assinatura dos enólogos Luís Duarte e Nuno Elias.
Empresas
Ervideira representa Alentejo na China Os vinhos da Ervideira foram escolhidos para representar o Alentejo numa prova de vinhos portugueses a decorrer na China, no Prowein China 2013, que se realiza em Shangai. A mostra é direcionada para profissionais do setor, como importadores, distribuidores, restaurantes e retalhistas e a Ervideira ilustrará o Alentejo através das suas marcas Conde d´Ervideira, Invisível, Vinha d´Ervideira, Lusitano, Terras d´Ervideira e S de Sol. De referir que a entrada da Ervideira no mercado chinês está a ser feita através de um distribuidor de Macau.
Vinhos alentejanos são os preferidos segundo a “Escolha da imprensa” Um grupo de 30 jornalistas e bloggers apreciaram e distinguiram o que de melhor se tem produzido em Portugal no decurso da feira Encontro com o Vinho e Sabores, realizada pela “Revista de Vinhos”, em Lisboa. De entre mais de 200 vinhos nacionais que estiveram à prova, os vinhos do Alentejo mereceram uma avaliação muito positiva por parte deste júri informal. Segundo os resultados, o Alentejo venceu tanto o “Grande Prémio na categoria de Vinhos Brancos”, com o vinho Reserva 2011 do Esporão, como o “Grande Prémio na categoria de Vinhos Tintos”, com o Regional Alentejo 2011 da Herdade da Malhadinha Nova.
A loja que se ocupa de soluções eletrónicas
“Q Quero uero ue ro sser er mag er agro ro cha halllleen nge ge” é um ma iin nic iciati iati ia tiva ivaa qu ue p prreetten e nd dee pro rop po o orc rcio rc i on naar ao aos pa parrttic icip paan nte tes treeiino tr os moni m on mo niito torriizaad do os e o orrrie ien ie nttaç ação ão alilim meent ntar tar ar. Dos 1 Do Dos 12 2p par arr ti ticciip paantes nteess, nt s, u um m deelles es par ar tic tici ti cipo p ou na sér na érie ie teelleevvissiva iva “P iv “Peesso P Peessaado o” da d SIC C.
Iniciativa visa promover a saúde e bem estar da população
Brutal Fitness promove “Quero ser magro ” Com sede em Beja, o ginásio Brutal Fitness mudou recentemente de instalações. Na origem esteve a vontade de Ricardo Xavier, proprietário do espaço, querer oferecer à população um conceito e condições de treino diferentes bem como um vasto leque de aulas que atá à data não era possível. Publireportagem Sandra Sanches
O
espaço que Ricardo Xavier gere desde 2008, que integra uma equipa de sete elementos incluindo estagiários, consegue oferecer atualmente entre 15 e 20 aulas por dia e treinos específicos orientados para cada cliente. De entre as várias modalidades, destacam-se quatro ambientes distintos: uma sala de peso livre dedicada exclusivamente à musculação, uma sala funcional (TRX, kettlebell, bem como exercícios realizados com o peso do próprio corpo), uma sala de cardio, um circuito de adaptação anatómica e uma sala de aulas que combina várias modalidades: zumba fitness, gap, fight training, mobilidade articular, jump training, indoor cycling, abs, combine training, aeróbica, power training, personal training
e localizada, entre outras. Porque a missão deste espaço é ajudar as pessoas a melhorar a sua qualidade de vida através da prática de exercício físico, a iniciativa “Quero ser magro challenge” é a mais recente novidade do espaço. Olhando à preocupação e necessidade em ajudar a população mais sedentária, o programa sem fins lucrativos ainda garante um prémio final para quem perder mais peso. O contemplado ganhará um ano de ginásio totalmente gratuito. A iniciativa semelhante ao programa televisivo “Peso Pesado”, da SIC, teve início no passado dia 5, com 12 participantes. Totalmente gratuita, ainda disponibiliza aos concorrentes aconselhamento nutricional assim como o respetivo plano alimentar, adianta o proprietário. Os resultados serão conhecidos no dia 29 de dezembro. Ricardo Xavier considera que não é fácil conciliar esta iniciativa com todo o trabalho desenvolvido no ginásio, como é o caso do trabalho de personal trainer, mas a motivação dos concorrentes leva, sem dúvida, à disponibilização de novas iniciativas, consideradas “de excelência”. Os vídeos dos treinos, que já atingiram
as seis mil visualizações e que estão disponíveis no canal Meo 718801 ou no facebook, são esclarecedores e as pesagens não deixam dúvidas quanto à evolução dos praticantes. Embora o prémio final seja atribuído apenas a um concorrente, para Ricardo Xavier a grande vitória “é todo este percurso e treino conseguido até à data”. E adianta: “O simples facto de muitos já conseguirem atar os cordões dos sapatos… já é uma grande vitória”. Tiago Vargas, um dos treinadores, completa as palavras de Ricardo Xavier referindo: “Não há palavras para descrever a satisfação que é treinar estas pessoas, pois, para além de ser uma aprendizagem, é contribuir para o seu bem-estar”. Alguns dos planos do Brutal Fitness para 2014, refere Ricardo Xavier, passarão pela reedição do programa “Quero ser magro challenge”, dado o impacto que o mesmo tem tido. Outras iniciativas para o próximo ano, adianta o responsável, estão ainda “no segredo dos deuses”. Até lá Ricardo Xavier apela a uma visita da população ao espaço, que poderá treinar sem qualquer tipo de compromisso ou fidelização.
Abriu no início do mês em Beja, na avenida da Liberdade, a LabTechno4u. Um laboratório tecnológico que se dedica a reparações eletrónicas de telefones, tablets, câmaras fotográficas, LCD e plasmas, portáteis e carregadores, entre outros, e que oferece também serviços informáticos como formatações, recuperação de dados, instalação e remoção de vírus e assistência às empresas. O espaço disponibiliza ainda a venda de alguns periféricos e computadores feitos por medida. Os proprietários Fernando e Filomena Silva, com mais de 20 anos de experiência, optaram pela implementação da loja em Beja porque, segundo referem, “a cidade já necessitava de um espaço assim”. Os orçamentos gratuitos aliados a preços praticados abaixo da média parecem ser uma mais-valia em tempos de crise, onde reciclar o usado é cada vez mais necessário ou não fosse o lema da empresa “se pensa que não tem reparação, contacte-nos!”.
Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo acolhe 15 novas empresas São 15 as novas empresas que se encontram a “incubar” no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA) em Évora. A infraestrutura, cujas instalações definitivas ainda nem estão em construção, “já tem 15 empresas num total de 45 postos de trabalho” refere João Mateus, diretor geral do PCTA. Mesmo sem instalações próprias, o PCTA, cuja candidatura a apoios comunitários foi aprovada no final de 2012, já está em marcha e a maioria das 15 empresas que acolhe pertence a duas áreas. Uma parte significativa está ligada à energia, nomeadamente ao setor fotovoltaico e à eficiência energética, seguindo-se as tecnologias de informação e comunicação. O objetivo é ajudar na criação, desenvolvimento e expansão de novas empresas atraindo investimento para a região.
Teve início na semana passada uma oficina que tem como objectivo valorizar a expressão plástica, bem como outras formas de expressão criativa. As aulas decorrem quinzenalmente, à quarta-feira, em cada biblioteca municipal e são dirigidas a crianças e jovens dos 10 aos 14 anos. Aproveita e inscreve-te na tua biblioteca. Consulta o site http://www.cm-santiagocacem.pt/ Atualidade/Paginas/programacaobibliotecas.aspx
27 Diário do Alentejo 22 novembro 2013
Oficina de Artes Plásticas em Santiago do Cacém
Pela tua mão O papagaio e a minhoca
A páginas tantas...
Pais
Uma ideia para os lanches na escola e outra para a época que se avizinha. Os pais mais ocupados podem usar a base da bolacha Maria e só fazer a decoração.
Mamã, da ilustradora argentina Mariana Ruiz Johnson, foi o vencedor do VI Prémio Compostela para álbuns ilustrados e a partir do próximo dia 29 a Kalandraka lança-o no mercado editorial. O amor é o conceito deste livro e a autora quis partilhar a sua experiência da maternidade a partir de um lado artístico e literário. Um livro rico em cores que vai beber muitas influências à cultura ornamental da arte popular latino-americana. Não só pelo uso das cores como o recurso a figuras de santos tradicionais reforçando o peso do lado materno. Há pouco tempo trouxemos para a tua página os fantoches de Paul Klee, mas ao vermos este livro apercebemo-nos de alguma influência da força expressiva e poética da obra de Klee. A figura humana surge neste livro como sendo uma espécie, tornando-se marcado pela constante presença de plantas e flores.
À solta
Nas próximas semanas vamos deixar-te aqui algumas ideias para criares o teu calendário de advento, assim vais poder começar o mês de dezembro em grande. Para este calendário vais precisar dos tubos do papel higiénico, cola, papéis e tesoura. Também podes optar por pintar os teus bonecos.
Dica da semana
À solta Uma
ótima ideia para decorares a tua árvore de Natal, claro, convém usar as lâmpadas que estão fundidas. Toca a pedir à família e aos amigos as que tiverem lá em casa.
Para conheceres um pouco mais da obra de Mariana Johnson fica aqui o link do seu blogue (http://marianarj.blogspot.pt/). Vais descobrir a riqueza da cor e do pormenor em cada desenho e podes ainda acompanhar o próximo projeto em que está envolvida.Procura-a em http://www. nataliepudalov.com/
Era uma vez um papagaio e uma minhoca. O papagaio era muito elegante e sabia voar, coisa que naquela altura era moda. A minhoca era muito feia e só sabia rastejar e, coitada, todos gozavam com ela. Certo dia, o papagaio foi a casa da minhoca entregar um convite: “Olá! Tu queres vir ao concurso ‘Rasteja bem e depressa’? É já amanhã, às 15 horas, perto do grande sobreiro. Não faltes! Assinado: Super Rastejante”. Mas, claro que isto era uma partida, pois era um concurso de voadores e o convite tinha sido escrito pelo papagaio. No dia do concurso lá foi a minhoca com esperança de ganhar. Colocou-se no local de partida, mas olhando ao seu redor, e quando começaram a contar “3, 2, 1”, a minhoca percebeu que tinha sido enganada, pois todos os concorrentes tinham asas e voavam. Ela, por breves instantes, entristeceu, porém quis provar ao papagaio que conseguia fazer o que quisesse. Assim, encheu-se de força e conseguiu voar, pois a sua força de vontade era tanta que subiu alto e ganhou a corrida. No final, a minhoca foi perguntar ao papagaio por que é que ele a tinha enganado e o papagaio muito envergonhado respondeu: - Porque eu queria ser ainda mais popular, desculpa! - Não faz mal. Vendo o lado positivo, agora já sei que consigo voar. E assim ficou tudo bem. A minhoca conseguiu ficar popular e o papagaio também, pois já o era e nunca mais mentiu. MORAL: “Não duvides das capacidades dos outros”. Matilde Salgado, 10 anos, 5.º C Texto produzido na aula de Português sob a docência de Maria Isabel Montes
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
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Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com
SAGITÁRIO
Características dos nativos , nascidos entre 23 de novembro a 21 de dezembro: Intelectuais, versáteis e otimistas, os sagitarianos têm sentido de humor e são aventureiros. Sacrificam-se pelos seus objetivos e apreciam a compreensão. Podem ser impacientes, superficiais e interesseiros. Detestam sentir-se aprisionados e não admitem ser traídos.
Boa vida Comer Migas doces de chocolate com pão alentejano Ingredientes para 4 pessoas: 120 gr. de chocolate negro 70 por cento de cacau; 200 gr. de miolo de pão alentejano aos cubos pequenos; 180 gr. de açúcar; 200 gr. de amoras (facultativo); 5 dl. de água; 1 dl. de aguardente de medronho; 6 gemas; 4 claras. Confeção: Parta o chocolate aos bocadinhos e reserve. Leve ao lume um tacho com a água e o açúcar. Quando estiver quente junte a aguardente, o pão e mexa com uma colher, mas com cuidado para não desfazer totalmente. Deixe ferver um pouco. Retire do lume e quando estiver morno junte as gemas, uma a uma, mexendo sempre e ao mesmo tempo envolva os bocadinhos de chocolate. Entretanto bata as claras em castelo e envolva no preparado. Coloque em taças individuais ou numa travessa e leve ao frigorífico pelo menos duas horas antes de servir. Acompanhe com amoras.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Previsões – Semana de 22 a 28 de novembro
Filatelia Vinte e duas emissões de selos este ano
O
s Correios puseram em circulação, este ano, 22 novas emissões de selos, das quais duas são de Etiquetas de Impressão de Franquia Automática (Eifas). Como é habitual nas emissões dos Correios, foram filatelizados vários aspetos da nossa história, da nossa cultura e do nosso património arquitetónico e artístico e ainda acontecimentos de projeção mundial. Foram filatelizados o Bicentenário do Nascimento de Giuseppe Verdi e de Richard Wagner; Sabores do Ar/Fogo (II grupo); Falcoaria; Ano Europeu dos Cidadãos – Eifas (distribuidoras Crouzet, Amiel, SMD, E-Post);Vultos da História e da Cultura; Festas Tradicionais Portuguesas (III grupo); Europa – Veículos Postais 2013; 500 Anos das relações Portugal/China; Apicultura-Madeira; Centenário das Missões Laicas em África; Ano Internacional da Estatística; Rotas das Catedrais (II Grupo); Ourivesaria Arcaica em Portugal; Festas Tradicionais Portuguesas (III grupo Autoadesivo); prémio Aga Khan para a Arquitetura; Missões Católicas em Africa; Cânone de Avicena – 1 000 Anos; Apicultura – Continente; Arte de Joana Vasconcelos; Apicultura – Açores; Natal; Onde te leva um selo? Correio Escolar (VIII grupo); Ordem Malta – 900 Anos; e Cruz Vermelha Internacional – 150 Anos de Ação Humanitária – Eifas (distribuidoras Crouzet, Amiel, SMD, E-Post). No que se refere a Bilhetes-postais, foram emitidos os 14 que apresentamos: 120 Anos do Museu Nacional de Arqueologia; Festas Tradicionais Portuguesas; 250 Anos da Torre dos Clérigos; 25 Anos da Universidade Aberta; 130 Anos do Instituto de Investigação Científica Tropical; Visita de Sua Excelência o Presidente da República Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva às Ilhas Selvagens; Foral da Ericeira – 500 Anos; Math 2013 – Matemática do Planeta Terra; 120 Anos da amarração do 1.º Cabo Submarino na ilha do Faial; 100 Anos – Escotismo para todos; 300 Anos do Nascimento de Luís António Verney; Misericórdia de Braga – 500 Anos; Ébora 2013 – XIII Exposição Filatélica Nacional Bilateral Portugal/Bulgária; Liga dos Combatentes – 90.º Aniversário – Fundada em 1923; II Conferência da Língua Portuguesa. No que respeita ao seu plano editorial, o Clube de Colecionadores do Correio editou oito livros com selos. Foram eles: Ourivesaria Arcaica em Portugal – O Brilho do Poder; Falcoaria – Arte Real; Animais do Jardim Zoológico; Sabores do ar e do fogo; O Fado; Portugal em Selos 2013; O meu álbum de selos 2013 e o Catálogo de livros CTT. Desde 1983 que os Correios procedem à emissão de livros temáticos que incluem no seu interior os selos das emissões com o mesmo nome do título do livro. Já são cerca de 160. O catálogo acabado de editar é um útil instrumento de trabalho pois apresenta a ficha técnica de todos os livros já editados. Amanhã há leilão O Núcleo Filatélico do Ateneu Comercial do Porto
realiza amanhã, sábado, o seu 58.º leilão filatélico. Dos 2 061 lotes em venda, há vários merecedores de atenção. Os candidatos a iniciar uma coleção da República Popular de Angola têm aqui uma boa oportunidade para adquirir as primeiras e mais raras séries deste país. Trata-se do lote n.º 1 951, é composto pelas várias emissões de selos novos de 1975 a 1993 e tem o preço base de 275 euros. A ilustração da filatelia mostra-nos o selo corporate (selo com tarja promocional) da emissão Natal, emitida em outubro passado. A tarja tem a legenda: “Ano da Fé/No respeito de todas as crenças”. Geada de Sousa
g
a
Carneiro – (21/3 - 20/4) Nesta altura terá vontade de fazer uma profunda análise ao status quo no seu percurso de vida. Este exame, que será mais de consciência, pode trazer indicadores relevantes para a definição do futuro emocional que será estruturado com novos parâmetros. Poderá tomar a iniciativa de mudar o cenário do seu quadro profissional.
Balança – (24/9 – 23/10) Mais criativo, dará uma nova dinâmica ao seu romance e será possível tornar realidade um velho sonho. Perspetivas inéditas neste âmbito trarão felicidade e harmonia. Terá facilidade em reatar antigas relações de amizade. Nova oportunidade profissional poderá ser pouco consistente, seja rigoroso na verificação das condições oferecidas.
h
b
Touro – (21/4 – 21/5) Neste momento entrará num árduo confronto interior, pela resistência às mudanças e receio de conviver com novas realidades. Tensão na relação amorosa. Profissionalmente, possibilidades de evolução em contexto de maior exigência, peça conselho credenciado ou faça uma especialização na sua área de atividade.
i Gémeos – (21/5 – 21/6) Um novo panorama na vida sentimental traz fortes possibilidades de romance e paixão. Apesar das frequentes inquietações sobre o centro da sua felicidade, deverá aproveitar esta oportunidade que o universo lhe traz. Procure fazer das fraquezas da sua personalidade pontos fortes e de referência para o desenvolvimento da atividade profissional
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Com necessidade de repousar, poderá fazer um retiro especial que trará resultados, sobretudo a nível familiar e profissional. No seio familiar contribua com presença e afeto nos gestos tradicionais. A nível profissional, a fase é de exigências coerentes com as suas capacidades. Reconhecimento social merecido. Mesmo de forma recatada procure abrir-se ao exterior, manifestando-se com sinceridade. Modere os gastos.
k Leão – (23/7 – 23/8) Invadido por preocupações de caráter afetivo, fará uma reflexão e tomará decisões determinantes. Prefira decidir com segurança e tranquilidade, sem comprometer os seus objetivos. A relação amorosa carece de empenho para evoluir, caso contrário não se aprofundará. Profissionalmente poderá beneficiar de uma promoção, com efeitos a médio e longo prazo.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Abrande o ritmo de trabalho em todas as áreas de atividade, sobretudo no exercício físico, para evitar problemas de saúde. Planeie e organize as suas contribuições profissionais, saber ouvir e aplicar o seu espírito analítico trarão benefícios no trabalho em equipa. Conjuntura favorável para viagens de curta distância.
Escorpião – (24/10 – 22/11) Com a capacidade intuitiva em alta, poderá evitar situações de constrangimento a nível profissional. Mantenha a discrição e faça as suas escolhas sem causar desconforto a ninguém. No amor necessita de confiar para descontrair e tirar partido da relação. A família poderá ser um foco de preocupação nesta fase. Faça um programa de investimentos a médio prazo.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Irá assistir a importantes alterações no seu meio envolvente, sem poder interferir nem controlar. Resistirá com esforço e dificuldade a este cenário. Assuma uma postura discreta sem intervenção imediata no processo. Com calma, aguarde melhor oportunidade para agir. No trabalho, esteja atento pois poderá enfrentar atitudes de grande desconfiança.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Por esta altura terá surpresas agradáveis que terão ainda mais sentido se forem partilhadas. Novas experiências de liberdade levam-no agora a uma intensa descoberta da sua autêntica expressão pessoal. Permita aos seus sentidos o apurar dos seus verdadeiros gostos para que possa realmente obter o prazer da vida.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Durante esta altura, o ritmo da sua vida abrandará significativamente, diminuindo a sua atividade social em favor da necessidade de mais repouso e reflexão profunda. Será tempo de refletir sobre o que gostaria de ver acontecer na próxima fase da sua vida. Confie na sua voz interior.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Nesta altura tranquilize-se e concentre todos os esforços no aspeto profissional, novas e importantes decisões se impõem. Defina com precisão toda a estratégia de um novo empreendimento. Uma viagem ao estrangeiro pode fazer parte do processo. Poderá conhecer alguém que, no futuro, se revelará determinante na sua vida afetiva. Faça um programa de desintoxicação alimentar.
29 Diário do Alentejo 22 novembro 2013
Letras A irmã
A
Toiros Com exceção feita à corrida da mudança de cabo, por ocasião da Ovibeja onde se fardaram antigos e atuais, fardaram-se no total 38 Forcados forcados com a jaqueta do grupo de Beja. O forcado mais novo do grupo agora code Beja: mandado por José Maria Charraz tem 16 anos mais velho 42, sendo que a média de idades o balanço de 2013 edoogrupo ronda os 23 anos.
O
Grupo de Forcados Amadores de Beja apresenta um balanço positivo da temporada agora concluída. Pegaram corridas sérias, corridas importantes, onde o grupo mostrou estar à altura da responsabilidade. Houve forcados que foram lançados, onde corresponderam e mostraram que estão na forcadagem para continuar a evoluir e a dar o seu contributo ao grupo de Beja. O grupo fundado por João Caixinha participou em 14 corridas: 13 foram em Portugal e uma, com honras de transmissão televisiva, em Espanha. Nessas 14 corridas, realizaram 51 tentativas para pegar 33 toiros, o que perfaz uma média de 1,5 tentativa/toiros. O forcado Ricardo Castilho foi o eleito mais vezes para pegar de caras, batendo as palmas a seis toiros. PUB
Pela positiva, o grupo destaca, entre vários momentos, a Corrida Ovibeja, onde ocorreu a mudança de cabo, tendo sido um momento incontornável na vida do grupo nesta temporada. Foi uma corrida onde se viveram emoções fortes, pegaram os seis toiros em solitário e mostraram uma enorme coesão e espírito de grupo. Ao invés, pela negativa, destacam a perda da sua querida madrinha, D. Maria de Fátima Brito Paes, que tanta falta lhes faz, e outra que, mesmo sendo uma situação exterior ao grupo, acabou por afetar logicamente a todos: foi, inequivocamente, o trágico acontecimento de Zé Maria Cortes. A ausência do Grupo de Beja da tradicional data de agosto em Beja é também, no seu ponto de vista, um momento negativo a destacar nesta temporada. Vítor Morais Besugo
Dom Quixote publica mais uma obra – e que obra – do escritor e jornalista húngaro Sándor Márai, sobre o qual já aqui escrevemos a propósito de As velas ardem até ao fim. Neste A irmã há duas histórias que se entretecem e dialogam sem que Márai se substitua ao leitor na formatação de ideias definitivas e fechadas quanto às relações entre ambas. A irmã inicia-se dias antes do Natal, em plena guerra mundial, num albergue de montanha que não cumpre as expectativas criadas pela publicidade da agência de viagens do narrador. Lá fora a chuva não deixa que a montanha se cubra de branco e inviabiliza os passeios. A falta de conforto dos quartos é apenas atenuada pela reunião dos hóspedes na sala, junto à lareira e ao rádio através do qual vão tendo notícias dos horrores que o mundo vive. O narrador – um escritor – hesita quanto a antecipar a partida. Um acontecimento, porém, e um reencontro, retêm-no. O reencontro é com um pianista afamado que se afastou dos palcos por motivos que não são públicos. O acontecimento é o suicídio de um casal cujos elementos só à vez vinham ao salão ouvir as notícias de rádio e do qual se sabe, por via da investigação policial, ser um casal de estranhos amantes. O facto prolonga o encontro entre o escritor e o músico mais que o primeiro tinha previsto e apesar de uma certa formalidade que se mantém sempre, é pretexto para várias conversas.
Sándor Márai Dom Quixote 15,90 euros 216 páginas
Nada faria supor ao narrador que voltaria a ter notícias de Z. o que vem a suceder seis meses mais tarde, quando recebe um manuscrito, prometido pelo pianista, em que este narra na primeira pessoa a história da enfermidade que o afastou dos palcos e o modo como foi uma voz feminina a determinar a sua sobrevivência ao dizer-lhe: “não quero que morra”. Os factos da narrativa pouco peso têm quando se trata, porém, de dar conta do poder da escrita de Márai, todo feito de atenção ao pormenor, à descrição quase objetiva dos elementos exteriores que rodeiam as personagens, mas sobretudo de uma qualidade particular: a de animar a imaginação no que aos estados de alma e às paixões do espírito diz respeito. Um dos livros do ano. Maria do Carmo Piçarra
Diário do Alentejo 22 novembro 2013
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São Barnabé recebe festival internacional de licores
A Associação de Defesa do Património de Mértola, a Câmara Municipal de Almodôvar e a Junta de Freguesia de São Barnabé promovem este fim de semana, dias 23 e 24, naquela freguesia do concelho de Almodôvar, a VII Feira do Cogumelo e do Medronho e o III Festival Internacional dos Licores e Aguardentes Tradicionais. Os eventos pretendem “mostrar e valorizar recursos
SUSA MONTEIRO
Fim de semana titulo titulo Sinal de que as nuvens Jorge Serafimamanhã, sábado,dizem. São inauguradas na Casa da Cultura não aparecem carregadas de Beja, as exposições “Direção Prohibida”, de Álvaro apresenta novo livro daquela cor que anuncia chuva
Barriga, e “Imagens Perdidas”, Pedro Barrocas. Os Depois do lançamento nacional dedo céu e vida da terra. Só as autores são dois fotógrafos bejenses, apaixonados pela na última terça-feira, na mulheres desta história, avó, sua região, que mostram nestas coleções de imagens “ Biblioteca Municipal de Beja, filha e neta, mantêm acesa a o contador de histórias Jorge esperança num novo tempo, Serafim apresenta amanhã, num novo céu. Encolhem sábado, pelas 15 horas, no resignações e tratam o dia a dia Centro Multifacetado de como um dia qualquer”. Vidigueira, o seu mais recente livro, que conta com ilustrações de José Francisco. A Minha Boca Parece um Deserto gira “em torno da escassez da água”: “Uma família, uma comunidade desespera quando o céu se mantém azul. Azul doente,
Susa Monteiro expõe desenhos na Casa da Cultura
“U
m T0 com vista para o esgoto”, uma exposição de desenho da autoria de Susa Monteiro, é inaugurada amanhã, sábado, na Casa da Cultura de Beja. A mostra é composta por cerca de 180 desenhos, inéditos, elaborados durante o último ano e meio. De acordo com a ilustradora que colabora regularmente com o “Diário do Alentejo”, são desenhos “livres, livres de esboços, de conceitos”, “sem um compromisso”, “sem qualquer propósito”, fruto unicamente das suas “referências inconscientes”. Susa Monteiro começou a dedicar-se à BD e à ilustração a partir de 2002. Tem publicado em fanzines, nacionais e estrangeiros, em álbuns coletivos e é autora da biografia em BD de Jorge Palma (editora Tugaland).
endógenos da região, em especial o cogumelo e o medronho”, assim como colocar “em evidência a tradição e grande valor dos licores e aguardentes artesanais”. Espetáculos musicais, venda e prova de produtos locais, provas de degustação, conferências, oficinas de cocktails, tasquinhas, danças do mundo e muita animação são algumas das propostas para os dois dias.
Vozes de Lata atuam no cineteatro de Mértola O Cineteatro Marques Duque, em Mértola, recebe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, um concerto dos Vozes de Lata. Este grupo apresenta “música portuguesa de raízes e sons essencialmente tradicionais”. Os Vozes de Lata são constituídos por Guilherme Madeira, na voz e guitarra, Ricardo Godinho, na flauta, Diogo Oliveira, na percussão, e Luís Pinto, no baixo, guitarra e direção musical. A entrada é gratuita.
Antetitulo Teatro Fórum de Moura
Projeto Filho da Mãe dá início aos Pequenos Concertos de Inverno
Titulo a 2 linhas
estreia “No Fio da Navalha”
Filho da Mãe, Diogo Ribeiro, O Teatro Fórum de Moura estreia Tango Paris, Couple Coffee e amanhã, sábado, pelas 21 e 30 Diogo Vida Trio vão atuar na horas, na cidade de Salúquia, a segunda temporada de Pequenos sua nova produção, intitulada “No Concertos de Inverno, que Fio da Navalha”, uma peça sobre arranca hoje, sexta-feira, e vai “esboços do nosso tempo em que decorrer até 14 de em a austeridade impera”. nova A aria domarço Céu Guerra encena e encarna “DonaAMaria, Castro Verde. Os cinco “é um texto meta-teatral, ou Louca”, umapequenos produção dapeça companhia teatral A Barraca, concertos com da temporada, um por seja, uma peça dentro Cunha, de outra que texto do dramaturgo brasileiro António mês, terão início pelas 21 e 30 peça”, que conta a história de sobe amanhã horas, no cineteatro municipal. uma companhia de teatro que O concerto de Filho da Mãe, está a ensaiar vários sketches que o projeto a solo do músico falam dos nossos dias e, a meio Rui Carvalho, é o primeiro do ensaio, encenador e atores são da temporada. A sua música interrompidos, porque “a senhoria define-se “por uma só deixou que o banco apanhasse o guitarra, que caminha teatro”, esclarece a companhia. entre um rock nervoso Com este “cenário catastrófico”, e um classicismo pouco os atores tentam “a todo o custo convencional”. De acordo acabar o ensaio”, enquanto o com a Câmara de Castro Verde, encenador vai ganhando tempo a entidade organizadora, esta para se retirarem cenários, é uma temporada de “cinco figurinos e adereços, e, “numa concertos de pequeno formato, luta contra o tempo”, o grupo vai grande qualidade e vários cedendo até o teatro fechar. A peça géneros musicais, em que público volta à cena, à mesma hora, no dia e músicos partilham o palco do seguinte, no mesmo local, e no cineteatro municipal”. dia 5 de dezembro no espaço Os Infantes, em Beja.
M
Museu de Sines expõe levantamento cultural coordenado pelo poeta Al Berto “Reencontrar: O Levantamento Cultural de Sines, 30 Anos Depois” é o nome da exposição que está patente ao público no Museu de Sines. Organizada em colaboração com o Centro Cultural Emmerico Nunes e o Arquivo Histórico Arnaldo Soledade, a mostra é constituída por um conjunto de objetos, entrevistas e fotografias, que foram reunidos, nos anos de 1982 e 1983, pelo poeta Al Berto e técnicos da Câmara de Sines. E que constituem uma verdadeira “cápsula do tempo” que “permite uma visão não só de Sines antes da instalação do complexo industrial, mas também do próprio ambiente cultural e das mudanças dramáticas que se estavam a operar no território desde inícios dos anos 70 e que suscitaram a urgência de realização do próprio levantamento”, adianta a autarquia. Para além de propor “reencontrar esse mundo ‘pré-industrial’ e o momento mais dramático do seu desmantelamento”, a exposição propõe “reencontrar a figura tutelar deste trabalho de recolha – o poeta Al Berto – numa faceta menos conhecida do grande público, mas que ajuda a compreender uma parte da sua produção poética”.
Trata-se de um exclusivo “Não confirmo, nem desminto”/Disney: Rato Mickey, que completou esta semana 85 anos, vive em Marmelar, concelho da Vidigueira, e é visitado frequentemente pela GNR, que o alerta para aos perigos dos contos do vigário do seu inimigo Pete Bafo de Onça. De facto, segundo o mesmo revelou ao nosso repórter em Alcaria da Serra, Mickey divorciou-se de Minnie e comprou uma casa térrea em Marmelar para final-
mente poder viver em paz junto do seu verdadeiro amor – Margarida. Contudo, nem tudo terá corrido bem para o apaixonado casal, uma vez que a companheira de Mickey terá desaparecido num misterioso acidente que envolveu uma emboscada e terminou numa travessa de arroz de pato. Desde então, Mickey nunca mais foi o mesmo, e tem vivido estes últimos dias a jogar dominó com o Popeye.
31 Diário do Alentejo 22 novembro 2013
Rato Mickey completou 85 anos e vive em Marmelar!
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Turismo do Alentejo contrata Van Damme para anúncio: o ator fará a espargata em cima de duas cegonhas que sobrevoam a barragem de Alqueva É verdade, caro leitor, a Turismo do Alentejo está a preparar mais uma campanha e desta vez decidiu contratar uma estrela dee filmes de ação, Jean-Claude Van Damme, para dar a cara pela mesma. sma. De facto, segundo apuven Seagal (está gordo!), de rámos, depois das recusas de Steven Schwarzenegger (está velho!) e de Charles Bronson (está morto!), a aposta recaiu sobre o ator belga que protagonizou recentemente um anúncio em que fazia a espargata o. Fonte entre dois camiões em movimento. da produtora que está a idealizar o anúncio já nos revelou que o objetivo é dar a conhecer o melhor da nossa região, o, pelo que Van Damme irá ser convidado a fazer a sua famosa espargata em cima de duas cegomnhas a sobrevoar o Alqueva, e também em cima do tempo de Diana,, no orto castelo de Marvão, entre o aeroporto ratos e o castelo de Beja e entre dois pratos de gaspacho com carapaus fritos!
Inquérito Acha que os “pensionistas fingem que são pobres” e que o “aumento do ordenado mínimo vai prejudicar a vida das pessoas”?
AFONSINO AZARADO, 65 ANOS Empreendedor na área do sem-abriguismo Quem é que disse isso? Foi o César das Neves? Acho que ele tem toda a razão. Eu cá é que me safei de boa! Nunca me meti em cartões de crédito, nem empréstimos à habitação, e hoje tenho uma vida saudável e equilibrada: vivo num T0 arejado debaixo da ponte entre Serpa e Paymogo, o meu aquecimento central é uma manta e todos os dias como verduras, como algas e ervas daninhas. Também tenho um rádio a pilhas que apanha estações espanholas, mas tenho vergonha dele… Sinto que vivo acima das minhas possibilidades.
LUDOVICO MÃOS LARGAS, 38 ANOS Orgulhoso possuidor de um sumptuoso ordenado mínimo
PSD de Beja indeciso entre expulsar Pita Ameixa acusa Governo de privar militantes ou aplicar castigo muito pior: o Alentejo da neve, em benefício mantê-los como militantes do PSD da serra da Estrela, por imposição da troika Ainda são sequelas das eleições Autárquicas: o conselho de jurisdição distrital do PSD recebeu seis propostas de expulsão relativas a militantes que terão concorrido em listas de outros partidos. Todavia, ao que apurámos, o PSD de Beja está ainda indeciso quanto ao destino a dar a estes militantes, uma vez que a vontade de vingança é muita. “O que fizeram foi inaceitável! De tal modo que ainda estamos a equacionar outros castigos mais duros… E o maior deles é mantê-los como militantes do PSD. Há lá maior castigo! Já viu o que custa defender o Governo, lidar com o Portas e aturar os briefings do Lomba, tudo ao mesmo tempo? Eu ando aqui com um camadão de nervos que nem consigo dormir… Nem sequer quando oiço o Luís Filipe Menezes a discursar!”, explicou-nos fonte do partido, que nos revelou igualmente que o partido prevê outras sanções que incluem a audição ininterrupta, durante duas semanas, do “Best Of” de Mendes Bota, a oferta da autobiografia de Santana Lopes (Na incubadora não se ouvem os violinos de Chopin) ou a tradução da última edição do Povo Livre para latim.
A imprensa portuguesa exultou de excitação e surpresa com a chegada da neve: “Nós nem queríamos acreditar! Nevar? Na serra da Estrela? Em novembro? Mas está tudo maluco ou quê? Como é óbvio tínhamos de mandar um repórter para perguntar coisas como ‘Está muito frio?’ ou ‘Alguma vez viu neve?’. As pessoas gostam muito disso e de ver carros a derrapar por não usarem correntes”, explicou-nos o diretor do canal televisivo de Algodôr. Mas a chegada do frio também teve consequências políticas, como ficou patente na chamada de atenção ao Governo, realizada pelo deputado Pita Ameixa, sobre a ausência de neve no distrito de Beja, e à qual tivemos acesso em primeira mão. “É um escândalo! Já não bastava fecharem camas do hospital, interromper a construção de estradas e levarem o António Zambujo daqui para fora, agora isto!… Se houvesse vontade política, haveria neve no Alentejo! Mais uma vez somos privados de praticar ski na serra da Adiça! Este governo não gosta do Alentejo, este governo não gosta do inverno, este governo não gosta de bonecos de neve!”, declarou o deputado no hemiciclo.
Pá, posso adiantar que um gajo recebe o ordenado mínimo e nem sabe o que há de fazer com tanto graveto… Ele é pão, ele é leite, ele é ovos, ele é tudo à grande! De vez em quando, um gajo até perde a cabeça e compra uma extravagância, tipo, uma lata de atum… É verdade que depois já não dá para comprar o passe, mas aquele atum, em cima do pão do mês passado, regado com sal e óleo 10w40 da Galp é de comer e chorar por mais!
JOÃO CÉSAR DAS NEVES, 56 ANOS Professor de economia É óbvio que é verdade! Só não vê quem não quer! Os reformados deviam ser muito mais regrados com o dinheiro que ganham. É vê-los por aí a gastar tudo com os netos, os filhos desempregados e medicamentos para a tensão arterial. Se não temos mão nesta gente esturram tudo em próteses dentárias e gomas! Qualquer dia exigem cuidados de saúde, não?!
Nº 1648 (II Série) | 22 novembro 2013
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Os vencedores do passatempo Vá de férias com o “Diário do Alentejo” são:
nada mais havendo a acrescentar... Tempo Há um tempo em que o tempo não anda. Os dias estão colados ao chão e o futuro é uma escada com degraus até ao infinito. E assim, amarrados à lentidão dos anos, vamos em vão puxando o tempo como cavalos selvagens. Queremos crescer, chegar antes, ter mais idade, se pudéssemos aparecíamos já lá mais à frente, feitos, maduros, preparados, independentes. Se fosse preciso queimávamos a adolescência, vendíamo-la ao diabo, trocávamo-la por uma carta de condução, uma noitada, uma voz de homem, um corpo de mulher. Há um tempo em que temos pressa que o tempo seja urgente e a idade adulta esteja iminente. Mas aí, nessa altura em que
José Luís Sesinando António Correia
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já não suportamos o bocejo das horas demoradas, ingenuamente ainda não sabemos que o devir é uma montanha que se sobe até um certo ponto e que depois há um planalto onde trabalhamos, casamos, fazemos filhos e engordamos e que depois quando o planalto acaba o terreno desce em vertigem. É um tempo em que o tempo não para. Os dias escorregam e o futuro é uma escada que se enterra no chão. E assim, atados à voragem dos anos, vamos em vão empurrando o tempo como cavalos domesticados. Se pudéssemos voltávamos atrás. Mas o tempo é um coração que só anda para a frente. Quer queiramos quer não. Vítor Encarnação
As previsões para hoje, sexta-feira, apontam para céu com períodos de muito nublado e uma temperatura máxima de 13º. Amanhã, sábado, o céu apresentar-se-á muito nublado, passando a limpo no domingo.
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quadro de honra José Mata, 49 anos, natural de Beja Solange Mata, 46 anos, natural de Angola Iniciaram as danças de salão na modalidade de latinas em 2005, na Sociedade Filarmónica Capricho Bejense com Bruno Branco, dançarino e professor nos Alunos de Apolo. Dois anos depois, a convite do mesmo, começaram a entrar em competições. Após três épocas de sucessos foram convidados pelo presidente da Federação Portuguesa de Dança Desportiva, Alberto Rodrigues, a entrar para a seleção nacional e representar Portugal nos campeonatos do Mundo e da Europa de Latinas.
José e Solange Mata sagraram-se vice-campeões em Paris
“Privamo-nos de algumas coisas”
O
par de dançarinos da Sociedade Capricho Bejense, José e Solange Mata, conquistaram o segundo lugar no Campeonato da Europa – Paris Open 2013. Este fim de semana estarão presentes no Campeonato do Mundo de Seniores 2, em Itália. A “prova mais dura e complicada de todas”, onde acreditam que conseguirão “um bom resultado”. Sagraram-se vice-campeões, entre 24 pares, no Campeonato da Europa – Paris Open 2013, competição realizada em França. Qual é a importância que atribuem a esse lugar?
A dança em Portugal é ainda criança quando comparada com países como Rússia, Itália ou Alemanha, onde esta modalidade é já antiga. A vontade de competir fora de Portugal surge ligada ao prazer de participar em provas duras, entrar numa pista cheia de adversários, PUB
confrontarmo-nos com pares internacionais e atingirmos o ponto máximo da nossa resistência física. Avaliarmos a nossa evolução na dança, como resultado do nosso trabalho, é outro dos motivos que nos faz andar neste meio e, claro, também está contemplada alguma dose de vaidade ao conseguirmos alcançar estes resultados. Começámos a dançar com quase 40 anos, o que é considerado neste mundo demasiado tarde e, por isso, apelidaram-nos de “sénior puros”. Confrontamos pares que dançam desde jovens, têm aulas com os melhores professores do mundo, e é precisamente isso que nos desafia. Coloca-se a questão: como é que nós, vindos das brenhas do Alentejo, com aulas com um jovem professor português, conseguimos marcar um lugar de destaque? Trabalhamos muito, privamo-nos de algumas coisas. A família e os amigos são outro grande apoio. O nosso
professor Bruno Branco foi quem mais acreditou em nós, aliás, em Portugal, foi o primeiro professor a apostar realmente nos pares sénior. A nossa participação em provas deste tipo surge com dois fios condutores: por um lado, temos a federação de dança desportiva que pode convocar-nos, sempre que assim o entenda, para representarmos o nosso país, uma vez que pertencemos à seleção nacional. Por outro, existe um calendário anual com todas as provas que se irão realizar nas diferentes partes do mundo e nós, mediante as nossas economias e disponibilidade, podemos inscrever-nos em provas WDSF que nos colocam num ranking mundial. Este fim de semana estarão presentes no Campeonato do Mundo de Seniores 2, em Itália. Quais são as vossas expetativas?
O Campeonato do Mundo é a prova mais
dura e complicada de todas. Tal como no mundo do futebol, também aqui, e a este nível, existem “esquemas” e interesses a salvaguardar por parte da entidade organizadora, patrocinadores, etc. É a federação que convoca, o que implica maior responsabilidade. Esse reconhecimento impõe-nos uma enorme pressão. Encaramos este desafio de peito aberto, treinamos diariamente sempre acompanhados do nosso professor. Acreditamos conseguir um bom resultado. Se tudo correr como planeado, ficar nos melhores 24 era um grande resultado. Irmos à final… era um sonho tornado realidade. Quais são os principais desafios que se colocam atualmente à modalidade e aos seus praticantes?
Conjugar o horário de trabalho e as tarefas inerentes à família com o tempo ideal de treino é complicado. Cada vez sentimos mais necessidade de aumentar a regularidade dos treinos, o que é difícil. Temos prescindido de algumas coisas que nos dão prazer… A falta de apoios é outro fator condicionante. Não queremos estar sempre a bater na mesma tecla mas esse fator é fundamental. Nem falamos de nós enquanto par e das muitas despesas que temos, mas da coletividade à qual pertencemos. A única coletividade cultural da cidade com teatro, dança, banda e cinema a (sobre)viver com uma corda no pescoço há demasiado tempo! Em relação ao apoio do público, só temos que agradecer. Não tínhamos noção de que a nossa dança chegasse a tanta gente. Nélia Pedrosa