Edição N.º 1626

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31 Diário do Alentejo 21 junho 2013

Segundo cartaz afixado, o Beja Castelo Challenge (BTT Urbano) terá uma “seia”. Também está previsto um “lanxe” e um “piquenalmosso”.

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Depois de TV e rádio públicas da Grécia, Bruxelas exige encerramento do “Diário do Alentejo” – Geada de Sousa já se barricou na redação! A notícia caiu como uma bomba na região: depois da TV e rádio públicas da Grécia, Bruxelas decidiu atacar outros órgãos de comunicação social públicos, sendo que, desta vez, a “fava” calhou ao “Diário do Alentejo”. Ao que apurámos, o Governo português decidiu acatar as ordens da troika e irá desmantelar o jornal, preparando-se para o privatizar. Alguns interessados têm sondado o Governo e já lançaram algumas ofertas: segundo consta, a “Ana Mais Atrevida” quer que Paulo Barriga escreva editoriais e a coluna que ensina a tirar nódoas de maionese light; o autor desta página está na calha para escrever piadas do Nilton numa cave escura, a funcionar entre São Matias e Adis Abeba, onde será alimentado unicamente a água e milho; e a joia da coroa do “DA”, a página da necrologia, está quase a ser comprada pelos angolanos, num negócio que rondará os 450 biliões de kwanzas (50 euros). As forças vivas na região estão em polvorosa com esta intenção e a revolta tem crescido a olhos vistos: António José Seguro anunciou que até já tirou o casaco e que quando se passa da moleirinha é menino para dizer expressões fortes, como “Que chatice!” ou “Terceira via é a tua prima”; e Geada de Sousa está barricado, desde o início da manhã, na redação do jornal, de onde, segundo o próprio, só será retirado à força. Membros da Polícia de Intervenção adiantam que este estará vestido à Rambo e que promete aplicar os ensinamentos do seu livro 101 maneiras de matar com um selo e um frasco de cola Cisne a qualquer ser que se aproxime.

Escândalo alimentar: inspeção da ASAE descobre pão alentejano com vestígios de pão alentejano! Os escândalos alimentares sucedem-se. Depois do peixe caracol num preparado de bacalhau com natas, das almôndegas suecas do IKEA com vestígios de Volvos e do iogurte grego com resquícios de Demis Roussos, a ASAE encontrou o impensável: pão alentejano com vestígios de… pão alentejano. O investigador responsável por este achado não calou o seu espanto, como nos explicou enquanto segurava a sua kalashnikov e envergava o seu colete à prova de bala: “Um informador já nos tinha dado uma pista, mas nós nem queríamos acreditar... Um pão alentejano a saber a pão alentejano é algo do domínio da ficção científica! Ainda se soubesse a Panrico ou a esferovite, ainda deixava passar. Agora, proporcionar um produto de qualidade é que não se admite! Seria uma hecatombe social! Daqui a pouco as pessoas ainda vão exigir que o pão de meio quilo volte a ter 500 gr. e o pão de quilo deixe de pesar 800 gr. e passe a 850 ou 900! Era o que faltava! Assim sendo, invadimos uma padaria do concelho de Mértola onde estavam duas perigosas septuagenárias a trabalhar. Uma delas ainda me disse ‘Bom dia!’ num tom de voz ameaçador, mas eu imobilizei-a logo com choques elétricos… Não se pode dar confiança a estes meliantes, que é com falinhas mansas e côdeas estaladiças que levam a sua avante”, explicou.

“Na imagem Al-Mutamid já só tem 755 pessoas à sua frente”

Inquérito Concorda com a greve dos professores do passado dia 17 de junho?

JUSTINO PARALISAÇÃO, 18 ANOS Estudante que sonha tirar um doutoramento em caixa de hipermercado

IUC: Governo notificou Al-Mutamid para pagar imposto de selo relativo a cavalo branco que teve em 1075 Milhares de portugueses desesperam após terem sido notificados para pagar o IUC (Imposto único de Circulação) relativo a anos anteriores, e as repartições das finanças, um pouco por todo o País, andam apinhadas de gente que quer regularizar esta situação. Mas nada poderia preparar a nossa equipa de repórteres, que visitou a repartição das Finanças de Beja, para o que iria encontrar – o próprio Al-Mutamid, poeta do Al-Andalus. Ao que parece, “Mutami”, como pediu para ser chamado, também recebeu uma carta em casa para pagar o IUC referente a um cavalo branco que teve em… 1075. Foi um Al-Mutamid muito transtornado que falou connosco: “Não percebo esta neura do sr. Gaspar! IUC sobre um cavalo que já nem tenho? Porquê? Só porque se chamava Al-Varo? Tive-o durante uns seis meses e foi só chatices: andava sempre com os cascos desalinhados e quando comia hortelã da ribeira emitia mais gases nocivos para a atmosfera do que uma cimenteira. Até que um dia me fartei, fui ao stand, e troquei-o por dois camelos e um Citroen AX de dois lugares que ainda tenho hoje – aquilo é um relógio! Mas como sou uma pessoa de bem, vim aqui às finanças e ainda tenho 1 773 pessoas à minha frente. Quando é que cheguei à repartição? Quando é que o Carlos Lopes foi campeão olímpico? Então foi dois anos antes…”.

Eu até percebo os motivos da greve, mas acho uma beca mal os alunos serem prejudicados, men. Os professores andam chateados com o facto de poderem começar a trabalhar bué longe de casa e assim, porque se gasta bué em transportes. Dah! Nunca ouviram falar do passe interrail? Fica muito mais barato! Com 300 euros tirei esse passe e fui até à Hungria de onde trouxe boas recordações e chatos.

FILIPE ET PLURIBUS UNUM, 18 ANOS Estudante que sonha tirar uma pós-graduação de croupier Concordo com a greve, mas não na época de exames. Eu, por exemplo, fiquei privado de fazer o exame de latim… E isso criou um enorme transtorno, não só a mim, como aos meus seis colegas de latim a nível nacional. Ainda por cima o tempo está tão mau que nem podemos sair de casa e carpe diem. Agora já sei que vou ficar muito nervoso para o resto da época de exames, ou como diziam os romanos, vou ficar cum unum camadum de nervius…

MÁRIO NOGUEIRA, 55 ANOS Sindicalista e apreciador de ministros da Educação de fricassé Claro! A greve foi um êxito retumbante: cerca de 70 por cento dos alunos não fizeram exame, e cerca de 98 por cento dos alunos que não fizeram o exame foram para casa fazer coisas que a malta jovem gosta, nomeadamente ouvir uns Jáfumega ou jogar Mikado, que sempre é melhor do que fazer um teste patrocinado pelo senhor Crato – a pior coisa que aconteceu a Portugal! Um estudo encomendado pela Fenprof confirma-o: sempre que o ministro Crato sorri, um aluno carenciado perde a bolsa. Só não vê quem não quer!


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