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Pela valorização da
CULTURA GASTRONÓMICA
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Cada vez mais é imperativo valorizar a gastronomia e os vinhos, como produtos turísticos que promovem o desenvolvimento, e isso passa por uma consciencialização colectiva do valor de todo este rico património cultural de Portugal. Afigura-se, assim, urgente que as questões ligadas aos produtos locais, saberes, tradições e cultura gastronómica sejam integradas, de alguma forma, nas matérias de estudo das escolas, fazendo mesmo a ligação entre o que se come nas escolas e os produtos locais, tal como se deve apoiar e incentivar os estudos sobre a história da gastronomia e as investigações sobre tradições gastronómicas.
São pequenos passos que, a médio e longo prazo, terão repercussões positivas na valorização dos restaurantes e da
nação de Origem Protegida, Indicação Geográfica Protegida, Indicação Geográfica de Bebida Espirituosa) das regiões de convergência (Norte, Centro e Alentejo), que permita uma catalogação rigorosa dos mesmos, das suas características distintivas e do conjunto de elementos de reconhecido valor acrescentado.
Todos estes produtos - a ‘matériaprima’ da gastronomia portuguesa – são um vasto e riquíssimo património imaterial que resulta da identidade singular de cada um dos espaços territoriais nacionais.
gastronomia portuguesa. Muito se tem feito e a realidade de hoje é já bastante diferente de há uma ou duas décadas atrás. Mas há ainda muito mais a fazer. É preciso coordenação, união de esforços, reconhecimento da importância destas questões e vontade de fazer.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP) tem vindo a realizar acções de valorização da gastronomia portuguesa, sendo que uma delas é o Programa de Valorização & Promoção Internacional da Gastronomia Portuguesa e dos seus Produtos Endógenos, apresentado no âmbito do Compete 2020. Nesse sentido, está já a ser efetuado um processo intensivo de recolha e sistematização de informação referente aos produtos alimentares e agroalimentares certificados (Denomi
O programa prevê ainda o levantamento deste património, mais concretamente do receituário tradicional português (aperitivos, entradas, petiscos, sopas, pratos de peixe, pratos de carne, sobremesas, outros), com o objectivo de poder ser reinterpretado, com a incorporação de informação técnica diferenciada (valor nutricional dos alimentos, identificação de alérgenos, sugestões diversas, entre outros).
Paralelamente, propõe-se produzir conteúdos textuais, fotográficos, audiovisuais e multimédia distintivos e criativos desse receituário tradicional. Na mesma linha estratégica, a ARESPH constituiu a rede de restaurantes portugueses no mundo e já certificou alguns.