Primavera 2002

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Diรกrio de Bordo

Primavera 2002


12 Amazônia

8 Energia Positiva

14 Campanhas publicitárias

editorial

10 Transgênicos

Greenpeace / B. Júnior

4 Rio + 10

15 Diálogo direto

Frank Guggenheim Diretor-executivo Greenpeace Brasil

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Greenpeace / B. Júnior Greenpeace / B. Júnior Greenpeace / B. Júnior

Um abraço,

Greenpeace / A. Kishimoto

Em primeiro lugar, gostaria de me apresentar. Sou Frank Guggenheim, o novo diretor-executivo do Greenpeace Brasil. Sou médico e matemático, e fui integrante do Conselho do Greenpeace Brasil durante um ano e meio, o que me fez aprofundar meus conhecimentos na temática ambiental e tomar contato com a missão e as propostas do Greenpeace. Saber que podemos fazer a diferença me motivou a mudar os rumos da minha carreira profissional e trabalhar pela natureza. Esse é um ano muito importante para o Greenpeace. Nosso aniversário de 10 anos marca importantes conquistas em prol do meio ambiente brasileiro. Nesta edição, conseguimos mais duas grandes vitórias: depois de uma intensa campanha, a Perdigão garantiu que não vai mais utilizar transgênicos em seus produtos; e a moratória do mogno foi prorrogada por mais seis meses. Por outro lado, também temos um grande desafio: o crescimento do Greenpeace no Brasil, o que possibilita ampliar nossa atuação e estreitar nossa relação com a sociedade como um todo. Por este motivo, a inclusão de novas campanhas é uma das principais metas para o próximo ano: isso fará com que o Greenpeace amplie sua presença nas discussões e decisões e consiga cada vez mais vitórias para a preservação do meio ambiente brasileiro. Além disso, estamos trabalhando para aumentar a exposição do Greenpeace na mídia e na sociedade brasileira em geral. Isso contribui muito para a difusão de informações sobre a temática ambiental e para que fiquemos mais fortes e alcancemos cada vez mais vitórias. O Greenpeace Brasil já conquistou seu espaço, seja no âmbito público, seja na esfera governamental. Agora é preciso reforçá-lo. Após a Rio+10 (veja mais informações na página 04), nosso trabalho tornou-se ainda mais importante, e, talvez, mais árduo. A preservação do meio ambiente é fundamental para a continuidade da existência humana na Terra e conscientizar governos, pessoas e empresas é uma de nossas tarefas. Somente quando o meio ambiente ocupar um papel de destaque na vida e na atitude de todos os cidadãos é que vamos conseguir transformar o mundo. Espero continuar contando com a sua ajuda. Juntos podemos fazer a diferença e transformar o Brasil em um país melhor para se viver.

Greenpeace / B. Júnior

Caro(a) Sócio(a),


Greenpeace comemora 10 anos defendendo o meio ambiente Apesar do frio, a festa, que também contou com uma apresentação do relatório anual de 2001, reuniu sócios, voluntários e funcionários num ambiente agradável e descontraído Durante a festa, os sócios presentes puderam conferir a apresentação do Relatório Anual de 2001, que você também já recebeu em sua casa. A versão digital do relatório também está disponível no site do Greenpeace – www.greenpeace.org.br/info O relatório é um resumo das atividades desenvolvidas por cada campanha durante o ano de 2001 e explica o destino dos fundos que você doou ao Greenpeace. Além disso, o relatório traz a evolução do número de sócios, as novas parcerias, os licenciamentos, a participação dos sócios e uma retrospectiva de cada campanha, contando as ações e todo o trabalho desenvolvido no ano passado. A transparência é um dos princípios da organização e o balanço é auditado pela empresa “Rovai, Guisado, Tesseroli & Associados” anualmente. Além do próprio relatório, você também pode acessar a apresentação explicativa sobre o mesmo, realizada por nosso diretor-executivo, Frank Guggenheim, na festa de 10 anos. A apresentação, assim como as fotos do evento, está disponível na área de sócios www.greenpeace.org.br/socios. Para acessar, utilize seu e-mail no campo “username” e seu número de sócio em “senha”. Veja também o vídeo com o resumo das atividades do Greenpeace durante 2001 e o histórico do chat realizado pelo Frank no dia 10 de setembro com os sócios que não puderam comparecer ao evento.

Greenpeace / B. Júnior

No último dia 07 de setembro, mais de 200 pessoas comemoraram juntas os 10 anos de Greenpeace no Brasil e assistiram à apresentação do relatório anual de 2001. Sócios de diversas cidades do Brasil compareceram ao evento: além de São Paulo, vieram pessoas de Santos, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte e outras cidades. O evento foi excelente. Durante toda a tarde, funcionários e voluntários do Greenpeace tiveram a oportunidade de conversar com muitos sócios presentes, que puderam também conhecer outros sócios pessoalmente, esclarecer dúvidas, discutir planos para o futuro da organização e muito mais. O evento foi realizado em um espaço muito agradável, no meio da natureza, que foi gentilmente cedido pela Biba, sócia e ativista do Greenpeace. No local, instalamos espaços para a campanha de Amazônia, Transgênicos e para o Atendimento aos Sócios, onde pudemos conversar individualmente com cada um. Além disso, tivemos muita diversão. A banda Pedra Branca realizou uma apresentação unindo sons brasileiros à cítara e ao didgeridoo – instrumento de sopro de origem australiana –, e o sócio Inácio Ferreira Dantas pintou animais nos rostos e nas mão das crianças - e de alguns adultos também. O coffee-break orgânico também foi muito apreciado por todos.

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Rio + 10

A

Dez anos de esperança Dez dias de frustração

Rio+10 foi, em geral, um fracasso com algumas migalhas de sucesso. No entanto, os resultados da Cúpula teriam sido ainda mais desastrosos não fosse pela participação da sociedade civil. A maior conferência internacional realizada na história da Organização das Nações Unidas (ONU), a Cúpula Mundial Sobre Desenvolvimento Sustentável, aconteceu em Joanesburgo, na África do Sul, entre os dias 26 de agosto e 04 de setembro e contou com a presença de representantes de mais de 190 países. Apesar dessa grandiosidade, a maioria das organizações não-governamentais (ONGs) que participou da conferência frustrou-se com os resultados, considerados muito inferiores ao que era necessário para salvar o meio ambiente e erradicar a pobreza. Dentre os poucos pontos positivos, o melhor deles foi a questão da responsabilidade corporativa. A necessidade de termos medidas internacionais para essa questão é evidente: hoje em dia, poucas são as empresas que atuam unicamente em seu país de origem. O fenômeno da globalização multiplicou o número de empresas multinacionais e transnacionais, o que amplia o foco de atuação e de problemas causados por essas empresas. O consenso dos países reunidos em Joanesburgo a respeito da criação de um instrumento internacional que assegure que as empresas tenham que fornecer informações sobre seus produtos e processos, respeitar o meio ambiente e os direitos humanos, descontaminar áreas poluídas e compensar vítimas – ou seja, punir empresas responsáveis por crimes ambientais – foi uma grande vitória. Em reunião com o Greenpeace no dia 04 de setembro, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse que considerava o acordo sobre responsabilidade corporativa um dos resultados mais positivos da Cúpula, e recebeu positivamente a sugestão de que a ONU organize uma reunião de alto nível para discutir o desenvolvimento deste instrumento de responsabilidade corporativa com governos, empresas e organizações nãogovernamentais (ONGs). No entanto, muito tempo da Cúpula foi gasto para defender e reafirmar coisas que já tinham sido acordadas durante a Rio-92. Foi o que aconteceu com o ‘Princípio da Precaução’ e o ‘Princípio da responsabilidade comum mas diferenciada’. No caso do ‘Princípio da Precaução’, a polêmica foi gerada pelo fato dele poder ser utilizado como barreira comercial. Então, o Princípio, que já havia sido discutido e acordado há dez anos no Rio, foi contestado, e depois reafirmado e mantido. Ou seja, perdeu-se tempo e não houve avanço. E ainda tivemos que comemorar o fato de não termos tido um retrocesso. E a impressão geral que a Rio+10 deixou para seus participantes é de que, daqui pra frente, será muito difícil discutir as questões sociais e ambientais sem que fatores

Princípio da precaução

O ‘Princípio da Precaução’ diz que, quando uma atividade apresenta a possibilidade de prejudicar a saúde humana e/ou o meio ambiente, uma postura cautelosa deve ser adotada antecipadamente – mesmo que a extensão total do possível dano ainda não tenha sido determinada cientificamente. O Princípio da Precaução também reconhece que pode ser impossível apresentar a prova científica desse dano até que seja tarde demais para evitá-lo ou revertê-lo. Veja mais em http://www.greenpeace.org.br/rio+10/ principioprecaucao.asp

Princípio da responsabilidade comum mas diferenciada

O ‘Princípio da responsabilidade comum mas diferenciada’ diz que a responsabilidade pelos danos ambientais causados até hoje é de todos, afinal, os danos atingem a todos. No entanto, a responsabilidade deve ser diferenciada, uma vez que alguns países – especialmente os industrializados há mais tempo – causaram maiores danos ao planeta. Por esse motivo, todos devem trabalhar pela recuperação do meio ambiente, mas alguns países devem trabalhar mais e mais rápido. comerciais e financeiros tomem precedência. No caso de Joanesburgo, a agenda ambiental deveria ter sido uma prioridade para os representantes presentes, mas não foi isso que aconteceu: a agenda comercial foi o destaque. “É por isso que nossa participação nas discussões da Organização Mundial do Comércio (OMC) será cada vez mais importante: só assim poderemos prevenir riscos e minimizar impactos no meio ambiente”, disse Marcelo Furtado, representante do Greenpeace em Joanesburgo.

A participação das ONGs

As ONGs foram fundamentais na Cúpula de Joanesburgo. O Greenpeace participou das três áreas da conferência: dentro da reunião oficial, para influenciar governos a tomar decisões em favor do meio ambiente. Fora da reunião, no fórum da sociedade civil, para dialogar com representantes da sociedade sobre como resolver o desafio ambiental que vivemos atualmente. E também participamos na feira que apresentava soluções, onde tínhamos um container movido à energia solar que contava com uma barbearia, loja de sucos e posto telefônico. Em especial, o trabalho do Greenpeace foi imprescindível para destacar a questão das fontes renováveis de (Continua na pág. 07)

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23.08.2002

04.09.2002

O arcebispo Desmond Tutu visitou o barco do Greenpeace, Esperanza, para dar sua benção à embarcação e à sua tripulação. “Obrigada pelo trabalho que vocês fazem pela paz e por um mundo livre de perigos nucleares; é maravilhoso e nós agradecemos a todos vocês”, disse Tutu.

No último dia da Rio+10, em Joanesburgo, ativistas do Greenpeace agiram para pedir “Energia Limpa Já!” em uma refinaria de petróleo de Durban. Cinco ativistas participaram do protesto e três deles escalaram a ponte de 30 metros e estenderam faixas com os dizeres “Energia Limpa Já!”.

Ganhador do Nobel da Paz visita o barco Esperanza

Greenpeace / D. Beltra

Ativistas escalam único reator nuclear da África

Ativistas do Greenpeace realizaram um protesto em Koeberg, a única usina nuclear da África. Eles escalaram os prédios até alcançarem o telhado e, de lá, estenderam uma faixa na qual liase “Perigo Nuclear Fora da África”. Doze participantes do protesto foram presos e dois infláveis do Greenpeace foram confiscados. Os ativistas foram julgados por invasão de propriedade privada e de área de segurança nacional e foram repatriados.

05.09.2002

No Cristo Redentor, Greenpeace protesta contra fracasso da Rio+10 Greenpeace / M. Pena

24.08.2002

Ativistas escalam dutos de refinaria de petróleo

Greenpeace / D. Beltra

Greenpeace / D. Beltra

Diário da Rio+10

Ativistas expuseram faixa com os dizeres: “RIO+10 = 2ª CHANCE?”, nos braços da estátua no Corcovado para questionar os governos presentes na Rio+10 sobre o rumo desastroso que deram para a conferência.

29.08.2002

Greenpeace / S. Morgan

40 ativistas isolaram um duto que despejava efluente tóxico a partir de uma unidade da Dow Química na África do Sul. A intenção era lembrar aos delegados e chefes de Estado reunidos em Joanesburgo que criminosos corporativos devem ser punidos. O protesto foi realizado conjuntamente com representantes locais dos grupos GroundWork, Corpwatch e com a Campanha Nacional pela Justiça em Bhopal. Ativistas também realizaram uma manifestação pacífica no portão da empresa Dow-Chloorkop, em Midrand, a 15km de Joanesburgo, na qual estenderam uma faixa com os dizeres “Dow: não repita Bhopal. Limpe a África agora!”.

05.09.2002 Joanesburguer: prato cheio para Bush Ativistas do Greenpeace realizaram protesto em frente à embaixada americana no México, para enfatizar a culpa do governo Bush no fracasso da Rio+10. No enorme cartaz verde, duas setas: uma dizia “Criminosos climáticos” e apontava para o prédio da embaixada; a outra dizia “Protocolo de Kyoto” e apontava para o sentido oposto. Próximo ao cartaz, um ativista vestido de George W. Bush devorava um sanduíche, apelidado de Joanesburguer, que simbolizava a Cúpula da Terra. Greenpeace / Osorio

A criminosa Dow: depois de Bhopal, é a vez da África

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Placar da Rio+10 O que o planeta precisava?

O que ficou resolvido? Energia e Clima

* Ratificação do Protocolo de Kyoto sobre mudanças climáticas * Compromissos com novos financiamentos públicos para as fontes renováveis de energia, a fim de garantir energia para os dois bilhões de pessoas que atualmente vivem sem eletricidade * Compromisso com a diminuição gradativa dos subsídios aos combustíveis fósseis e à indústria nuclear – atualmente estimados em US$ 250 bilhões anuais – dentro de 10 anos, com um plano de transição efetivo para auxiliar as economias dos países em desenvolvimento * Compromisso dos países industrializados com uma meta imediata de 20% dos empréstimos de seu setor de energia para fontes renováveis * Compromisso dos países industrializados com uma meta doméstica de 20% de energia vinda de fontes renováveis dentro de 10 anos

(+)

* Países que já ratificaram o Protocolo de Kyoto pediram que os demais países ratifiquem o acordo o quanto antes.

(-)

* A proposta brasileira, que traçava uma meta de 10% de energia vinda de fontes renováveis até 2010, não foi aprovada.

(-)

* O acordo não trouxe qualquer benefício ou esperança aos dois bilhões de pessoas que não têm acesso aos serviços de energia moderna, não delimita datas ou metas para a utilização de fontes renováveis de energia.

(-)

* O acordo não trata da redução dos subsídios maciços à indústria de combustíveis fósseis e apenas reitera acordos feitos nos últimos anos.

Biodiversidade e Florestas * Compromisso com a alocação dos recursos necessários para a conservação das florestas antigas e seu uso sustentável, dentro do plano de trabalho da Convenção de Diversidade Biológica das Florestas Antigas * Compromisso com a implementação imediata de medidas que acabem com a degradação e perda das florestas antigas e promovam sua conservação e utilização sustentável

(-) (+) (-)

* Governos não confirmaram seu comprometimento com o que acordaram há seis meses (na Convenção sobre Diversidade Biológica), sobre instrumentos para deter e reverter a perda de biodiverdade até 2010. * Governos atentaram para a necessidade imediata de solucionar o problema do comércio ilegal de produtos florestais e avançaram na questão da participação das comunidades locais no recebimento de benefícios. * O compromisso de deter e reverter a perda de recursos naturais até 2015 foi completamente removido do texto final do acordo, bem como qualquer referência ao Princípio da Precaução.

Transgênicos e Agricultura * Ratificação do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança e apoio ao Princípio da Precaução * Adoção de um novo instrumento internacional que previna o “patenteamento da vida” * Priorização de práticas agrícolas que respeitem os conhecimentos tradicionais e o meio ambiente, como a eco-agricultura, que, comprovadamente, aumenta os lucros. Grupos ligados ao desenvolvimento, como é o caso da Oxfam, concordam com o Greenpeace em dizer que a engenharia genética não é a solução para o problema da fome no mundo.

(+)

* Os países foram “convidados” a ratificar o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança.

(-)

* A questão do “patenteamento da vida” nem sequer foi discutida.

Responsabilidade Corporativa e Substâncias Tóxicas * Ratificação da Convenção de Estocolmo sobre poluentes orgânicos persistentes (POPs) * Ratificação e implementação da Convenção da Basiléia que proíbe o comércio de lixo tóxico * Garantia de responsabilidade corporativa para a produção e uso de substâncias tóxicas já existentes, e recuperação de locais contaminados, como Bhopal, Paulínia e Vila Carioca

(-) (-)

(+)

* O Princípio da Precaução não foi confirmado, continuou-se no mesmo patamar de comprometimento que tínhamos na ECO-92. * O texto contém metas insuficientes e ignora acordos posteriores à ECO-92 de diminuir, gradativamente, a presença de substâncias perigosas em acordos regionais. O prazo dado – 2020 – se refere à minimização dos efeitos dessas substâncias, ao contrário de pedir sua completa eliminação. * Grande avanço no sentido de criar um instrumento internacional capaz de garantir e promover a responsabilidade corporativa.

Comércio e Desenvolvimento * Consenso de que as regras comerciais internacionais devem estar subordinadas às regras ambientais internacionais, e não o contrário

(+) (-)

* Compromisso dos governos com a doação de um percentual de seu PIB para ajudas internacionais. Esta doação foi acordada durante a Cúpula da Terra realizada em 1992, no Rio de Janeiro

* Eliminação de texto que subordinaria a legislação ambiental internacional às regras e acordos da Organização Mundial do Comércio * Os textos aprovados não reconhecem os desafios colocados pela globalização, não reafirmam o Princípio da Precaução, não asseguram que os acordos ambientais multilaterais não sejam submetidos às regras comerciais e também não tornam as multinacionais responsáveis por suas atividades e seus respectivos resultados. * Reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso a saneamento até 2015. A meta é louvável, mas o texto não prevê como ela será atingida.

Oceanos * Compromisso da Assembléia Geral das Nações Unidas com a negociação de um acordo internacional para proteger a biodiversidade em alto mar * Compromisso com a prevenção da liberação de organismos geneticamente modificados nos oceanos, a fim de manter as águas do planeta livres de transgênicos 6

(+) (+) (-)

* Governos concordaram em pedir o fim dos subsídios que contribuem para a pesca ilegal e não regulada, ou que excedam a capacidade de pesca. * Pedido de criação de Áreas Marinhas de Proteção. * Os compromissos, antes obrigatórios, de restauração das áreas de pesca, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre as Leis do Mar (1982) foram reiterados, mas agora como “voluntários”. Serão implementados até 2015, “nos locais onde isso for possível”.


energia como o grande ícone desta reunião. “Sem energia, não há desenvolvimento. E sem energia renovável, não há desenvolvimento sustentável”, disse Furtado. Uma outra grande conquista para as ONGs foi a integração conseguida durante a Rio+10. A Cúpula permitiu que organizações globais, como o Greenpeace, e ONGs nacionais e regionais trocassem experiências e coordenassem articulações.

O futuro do planeta em suas mãos

A importância dos acordos de Joanesburgo

As Cúpulas da Terra, dentre elas a Rio+10, são reuniões onde são definidas as grandes diretrizes globais, e por isso são tão importantes; servem para fazer uma reavaliação do que deu certo e para traçar planos para o futuro, incluindo os três fatores necessários para um bom plano: datas, metas e recursos para implementação. E esse é um dos motivos pelos quais a Rio+10 provocou tanta frustração: nenhum item discutido em Joanesburgo conseguiu reunir esses três fatores. A declaração dos governos presentes, que é o produto concreto dessa reunião, nada mais é do que uma demonstração de vontade política, a qual pode – e deve – ser transformada em acordos específicos e legalmente vinculantes. Essa declaração funciona como a que foi produzida após a Rio 92: a questão das mudanças climáticas e do comércio de lixo tóxico, por exemplo, foi discutida durante a Cúpula do Rio e lá foram traçadas diretrizes. Depois, houve o Protocolo de Kyoto e a Convenção da Basiléia, que tratam desses assuntos de maneira mais profunda e específica.

Nosso futuro

Uma das prioridades pós-Joanesburgo será cobrar implementações de boas propostas em âmbito nacional e regional. Em primeiro lugar, devemos recorrer ao próprio governo brasileiro. O Brasil esteve presente como líder, fez discursos bonitos, apresentou propostas muito boas, e agora precisa implementar tudo isso internamente, ratificando os acordos internacionais já negociados e que, até hoje, não foram ratificados. Em segundo lugar, devemos cobrar os governos da América Latina, que apoiaram muitas propostas brasileiras e uniram-se com base na iniciativa latino-americana. No caso da proposta brasileira de energia, por exemplo, iremos cobrar que o governo implemente o que pregou durante a Cúpula e, mais do que isso, exclua as grandes hidroelétricas daquilo que considera como fontes renováveis de energia. Trabalharemos também para que o Brasil mantenha uma postura coerente: o governo não pode investir em Angra III e, ao mesmo tempo, patrocinar a proposta de energia renovável. Também temos que lembrar a questão da responsabilidade corporativa, que iremos cobrar vigorosamente. Agora que a semente – a criação de um instrumento internacional legal de responsabilidade corporativa – já foi plantada, é preciso que governos, organizações internacionais, ONGs e empresas trabalhem para colher os frutos dessa semente. Nos países que foram contra as boas propostas de Joanesburgo, como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, os países árabes, e, muitas vezes, o Japão, o trabalho será justamente de fazer com que estes governos adotem essas propostas. Mais do que isso, o Greenpeace trabalhará para avançar a agenda ambiental mesmo que esta tenha sido ignorada pela Cúpula de 2002.

O planeta está pedindo socorro: a Amazônia continua sendo desmatada, as mudanças climáticas são uma realidade em todos os cantos do globo, as taxas de extinção têm atingido níveis altíssimos, a água e o solo das regiões populosas estão contaminados com substâncias tóxicas, os alimentos transgênicos estão invadindo nossas mesas. Depois do fracasso da Rio+10 em definir um modelo claro e sustentável de desenvolvimento, o qual poderia guiar as ações de governos e empresas de todos os países, só você pode fazer estas mudanças acontecerem. Convide seus amigos para protegerem o meio ambiente ao lado do Greenpeace. Trabalhamos há mais de 10 anos no Brasil para acabar com a destruição de nosso meio ambiente e todas as nossas conquistas só foram possíveis com a união dos esforços de todos. Quanto mais formos, mais vitórias teremos! Ligue para 0300-7892510 ou acesse nossa página na Internet: www.greenpeace.org.br 7


energia positiva

A

s últimas descobertas científicas confirmam aquilo que muitos suspeitavam há tempos: as ameaças das mudanças climáticas são ainda piores do que imaginávamos. Os impactos do aquecimento global estão muito bem documentados e incluem ameaças econômicas e sociais, além dos perigos ambientais. A existência de países localizados em áreas baixas do Pacífico está ameaçada. Muitas espécies de mamíferos e pássaros correm o risco de ser extintos e ecossistemas inteiros, como é o caso dos mangues e recifes de corais, podem desaparecer. Essas alterações são causadas, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis. A indústria, a produção de energia e o transporte queimam quantidades gigantescas de petróleo, carvão mineral e gás natural, gerando anualmente bilhões de toneladas de gás carbônico (CO2) que são lançadas na atmosfera.

Greenpeace / W. Calderon

Depois da Cúpula de Joanesburgo, a utilização de fontes renováveis esta sendo cada vez mais discutida. A campanha global “Escolha energia positiva” procura levar energia limpa para o mundo inteiro.

Quais as causas das mudanças climáticas? A Terra é cercada por uma delicada camada de gases que filtram o calor do Sol e mantêm a vida no planeta. Esses gases ajudam a equilibrar as condições climáticas da Terra, como a temperatura e as chuvas. Esse fenômeno natural é chamado de efeito estufa. A atividade humana está intensificando o efeito estufa através da emissão de bilhões de toneladas a mais de CO2 e de outros gases estufa. Como resultado, a temperatura global está aumentando, o que desestabiliza todo o clima. O Greenpeace acredita que todas as companhias de energia do mundo deveriam substituir, gradativamente, a produção, utilização e investimento em combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia. Uma grande passo no sentido de reduzir as emissões de CO2 e outros gases responsáveis pelo efeito estufa é a ratificação do Protocolo de Kyoto. É essencial que os Estados Unidos, responsáveis por quase 40% das emissões mundiais de CO2 atualmente, comprometam-se a levar adiante ações e práticas internas que reduzam as emissões de gases estufa e tragam o país de volta ao processo de Kyoto. A atual posição dos Estados Unidos quanto a essa questão é apoiada e, muitas vezes, direcionada por empresas e indústrias norte-americanas, em especial por aquelas ligadas ao petróleo. No entanto, até mesmo as empresas têm reconhecido a necessidade urgente de olhar para esta questão com atenção redobrada. Uma declaração conjunta, feita durante a Rio+10, colocou o Greenpeace e o Conselho Mundial Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável do mesmo lado desta batalha: “apesar de nossas conhecidas diferenças, estamos bastante frustrados com a falta 8

de vontade políticas e de decisões governamentais para cumprir os compromissos feitos há dez anos no Rio, incluindo a Agenda 21. Considerando a gravidade dos riscos impostos pelas mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões dos gases estufa, estamos, neste momento, superando nossas diferenças em outros assuntos e pedindo que os governos sejam responsáveis e tracem um plano para acabar com as mudanças climáticas, tendo como base a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kyoto. Tanto o Greenpeace quanto o Conselho Empresarial acreditam que este primeiro passo é essencial”.

As demandas do Greenpeace • A ratificação do Protocolo de Kyoto. • A aceleração do processo de Kyoto. Após dar o primeiro passo, os governos precisam agora prosseguir, a fim de que os países industrializados reduzam suas emissões de gases do efeito estufa, o que significaria um corte de pelo menos 80% das emissões até 2050. • Uma maior compreensão com relação às fontes renováveis de energia e seu papel na substituição da energia proveniente de combustíveis fósseis.


Greenpeace / M. Pena

Greenpeace protesta contra indústria de petróleo

O Greenpeace não deixou que o Congresso Mundial de Petroléo, realizado no Rio de Janeiro, passasse sem protestos. No dia 05 de setembro, ativistas foram ao Riocentro para entregar o cadáver da Rio+10 aos participantes do Congresso, os principais culpados pelo fracasso da conferência da África do Sul. Um ativista que tinha o logo da Esso estampado em sua cartola representava a indústria do petróleo e comandava uma “marionete” do presidente norte-americano, George W. Bush, representada por outro ativista. Os dois enterravam simbolicamente a Cúpula de Joanesburgo; na lápide, a mensagem: “Aqui jaz a Rio+10”. Enquanto isso, outros manifestantes derramavam óleo sobre a placa do Congresso colocada na entrada do centro de convenções. Além disso, foram distribuídos panfletos para os participantes do Congresso, explicando sobre as fontes renováveis de energia e os danos causados pela indústria de combustíveis fósseis.

Energia limpa já! A campanha “Escolha Energia Positiva” do Greenpeace está promovendo um maior entendimento sobre as fontes renováveis de energia. Esta é a única saída para o perigoso ciclo das mudanças climáticas. Aumentar a confiança em combustíveis fósseis significa aumentar as emissões de CO2 e outros gases do efeito estufa, o que enfraquece qualquer esforço feito para proteger o clima da Terra. Saiba mais sobre as fontes renováveis de energia:

O poder do vento

O vento existente nos seis continentes do planeta é suficiente para suprir o consumo mundial de energia em mais de quatro vezes o nível atual de consumo. A energia eólica já é uma história de sucesso e gera eletricidade para milhões de pessoas, empregos para dezenas de milhares de seres humanos e bilhões de dólares de lucro. • Na China, a capacidade de geração de energia através do vento deve dobrar em 2002 • Desde o início dos anos 70, o governo dinamarquês apóia o desenvolvimento e a implementação de uma forte indústria de energia eólica, especialmente através de abatimentos em impostos e investimentos públicos. Na Dinamarca, existem mais pessoas trabalhando na indústria de energia eólica do que na pesca. • Na Mongólia, geradores portáteis de energia eólica são bastante usados por povos nômades em lâmpadas, rádios e outros aparelhos elétricos.

O poder do sol

A luz solar que ilumina a Terra a cada hora é suficiente para suprir as necessidades humanas por um ano inteiro. Há muitas maneiras de utilizar esta fonte de energia: • Coletores solares térmicos, que podem aquecer a água e o ar para casas e instalações industriais; ou energia solar fotovoltaica (PV), que gera eletricidade diretamente a partir da luz do sol. Simples, confiável, segura, e silenciosa, é uma eletricidade livre de qualquer poluição.

• Países em desenvolvimento instalaram mais de um milhão de sistemas domésticos de energia solar. • Existem aproximadamente 150 mil sistemas domésticos de energia solar no Quênia, mais de 100 mil na China, 60 mil na Indonésia e mais de 300 mil lanternas solares na Índia.

O poder da biomassa

Plantações podem ser cultivadas especificamente para a produção de combustíveis e a compostagem de material vegetal também pode ser usada para produzir gás metano, que, por sua vezes, pode ser utilizado como combustível. No entanto, cultivos geneticamente modificados não devem ser usados com essa finalidade, bem como não devem haver emissões tóxicas (provenientes, por exemplo, do uso de agrotóxicos) resultantes da queima desse tipo de combustível. Resíduos florestais e agrícolas também podem ser usados para produzir eletricidade e aquecer, sem causar o aumento dos níveis de CO2.

O poder das pequenas hidroelétricas

Os projetos de usinas hidroelétricas de pequena escala usam o fluxo natural das águas dos rios para gerar eletricidade. Unidades hidroelétricas familiares contam com pequenas turbinas que usam o fluxo da água para gerar eletricidade para casas. • Mais de 100 mil famílias no Vietnã usam pequenas turbinas de água para gerar eletricidade. • Mais de 45 mil pequenos projetos de pequenas hidroelétricas estão sendo usados na China, gerando energia para mais de 50 milhões de pessoas. 9


VITÓRIA

Greenpeace / M. Pena

Perdigão garante produtos sem transgênicos

No dia 01 de agosto, ativistas do Greenpeace bloquearam um dos portões da sede da Perdigão em São Paulo, no bairro do Jaguaré

D

epois de uma ampla campanha promovida pelo Greenpeace nos últimos três meses, a Perdigão finalmente se comprometeu publicamente a não utilizar qualquer transgênico em produtos processados e na alimentação de animais para corte. Em carta encaminhada ao Greenpeace no dia 12 de setembro, a empresa afirmou que os produtos fabricados a partir de 01 de dezembro de 2002, serão produzidos dentro dos novos mecanismos de controle, sem o risco de estarem contaminados por transgênicos. No início de agosto, o Greenpeace iniciou uma campanha pública contra a Perdigão, fazendo um protesto na sede da empresa em São Paulo e denunciando a contaminação de soja transgênica em três produtos da marca (Lanche Chester, Hamburguer de Frango e Almôndegas de Carne). Ao todo, o Greenpeace já testou seis produtos da Perdigão e, em todos 10

eles, o resultado foi positivo. A Mortadela Bolognella, testada em fevereiro deste ano, apresentou 12% de soja transgênica, que é o maior quantidade já encontrada em um teste encomendado pelo Greenpeace no Brasil. Graças ao grande envolvimento dos sócios e do público de modo geral, a Perdigão assumiu sua responsabilidade, reconhecendo que seus métodos de controle não eram suficientes. A empresa decidiu reavaliar suas regras de segurança e introduzir novos mecanismos de proteção. “O comprometimento da empresa em garantir ao consumidor produtos livres de transgênicos, que não ofereçam riscos à saúde e ao meio ambiente, é um exemplo que deve ser seguido por outras empresas”, afirmou Mariana Paoli, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace. Segundo ela, a organização continuará fazendo testes nos produtos da Perdigão e de


Greenpeace lança site voltado para mercado agrícola

Sócios em ação

outras empresas que constam do Guia do Consumidor, a fim de verificar o controle realizado pelas empresas. Embora o plantio, a comercialização e a importação de transgênicos estejam proibidos no Brasil e considerando a omissão do governo federal em realizar qualquer tipo de controle e fiscalização, apenas a compra de matéria prima nacional não garante a isenção de transgênicos. Somente as indústrias de alimento que adotam medidas de controle rigorosas podem garantir que não estão comprando e utilizando soja transgênica. A soja transgênica leva ao aumento do uso de agrotóxicos e pode causar a perda de biodiversidade. Além disso, ainda não existe um consenso dentro da comunidade científica de que os transgênicos sejam seguros para o consumo humano. Quando os produtos da Perdigão fabricados antes de 01 de dezembro de 2002 não estiverem mais disponíveis no mercado, eles passarão a constar da lista verde do “Guia do Consumidor - lista de produtos com e sem transgênicos”. O “Guia do Consumidor - Lista de produtos com e sem transgênicos” está disponível no site, através do endereço www.greenpeace.org.br/transgenicos/consumidores. As cartas, que documentam o comprometimento desta e de outras empresas da lista verde em garantir ao consumidor alimentos livres de transgênicos, também estão disponíveis em www.greenpeace.org.br/transgenicos/ consumidores/cartas.

Um dos principais objetivos da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace é alertar políticos, empresários, produtores, agricultores e a sociedade em geral, sobre as vantagens de manter o Brasil livre de transgênicos, tendo em vista as demandas do mercado externo e interno. Para isso, o Greenpeace trabalha para demonstrar, no cenário internacional, a atual situação política, legal e real do Brasil em relação aos transgênicos e como o país tem capacidade de suprir a demanda do mercado europeu e asiático por produtos agrícolas não transgênicos, em especial, a soja. No mês de junho, o Greenpeace lançou um relatório de mercado sobre transgênicos, chamado “As vantagens da soja e do milho não transgênicos para o mercado brasileiro”. Logo depois do lançamento do relatório, representantes do Greenpeace e empresários europeus fizeram uma viagem de negócios à Brasília e aos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para disponibilizar as informações do relatório, as experiências da viagem e as notícias desse setor ao público em geral, o Greenpeace Brasil lançou, no dia 20 de agosto, uma área no site voltada especificamente para o mercado agrícola. Lá você encontra o diário da viagem de negócios, o relatório de mercado e um quadro com as últimas notícias de agribusiness e transgênicos. Visite em www.greenpeace.org.br/transgênicos. Greenpeace / M. Pena

Muitos sócios têm participado ativamente da campanha contra transgênicos. Graças a eles, o “Guia do Consumidor - lista de produtos com e sem transgênicos” foi amplamente divulgado em São José do Rio Preto (SP), Ibiúna (SP), Ribeirão Preto (SP), São Paulo (SP), Botucatu (SP) e Porto Alegre (RS). Além disso, a campanha sobre a Perdigão também foi difundida em diversos supermercados de Santo André (SP), através da ajuda de um sócio. Essa participação é muito importante: através dela, muitas empresas sentem-se pressionadas a adotar medidas mais severas e realmente eficazes para evitar a contaminação de transgênicos em seus produtos. Quanto mais pessoas participarem, mais fácil será de conseguirmos, juntos, outras vitórias! Faça, você também, a sua parte: • Divulgue o “Guia do Consumidor - lista de produtos com e sem transgênicos” entre amigos, colegas e parentes; • Entre em contato com o serviço de atendimento ao consumidor das empresas da lista vermelha do Guia e exija que elas deixem de usar transgênicos em seus produtos. O endereço, telefone ou e-mail das empresas pode ser encontrado na embalagem dos produtos; • Fique atento: em breve teremos novas atividades no site de sócios: www.greenpeace.org.br/socios

No mesmo protesto, os ativistas também colaram adesivos nos caminhões de distribuição da empresa, com os dizeres: “CUIDADO, PODE CONTER TRANSGÊNICOS!” 11


Mais uma chance para o mogno e a amazônia

Greenpeace / R. Monk

Cerca de 4.200 pessoas participaram da ciberação, disponibilizada no site do Greenpeace Brasil, pedindo ao Ministério do Meio Ambiente a prorrogação da moratória de novos planos de exploração do mogno até a segunda quinzena de fevereiro de 2003. Mais uma vez, a sua voz, somada à de muitas outras pessoas, possibilitou uma nova vitória para o meio ambiente. Continue participando; o meio ambiente agradece!

“Com a extensão da moratória, o governo ganha tempo para fazer a lição de casa e definir uma nova legislação florestal para o manejo sustentável do mogno”, diz Paulo Adário, coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace. “Ressaltamos o temor de que o prazo de seis meses seja muito curto, mas reconhecemos que vontade política pode fazer uma grande diferença e que, durante este período, passos concretos possam ser dados”, conclui. Dentre esses passos, o Greenpeace sugere o fortalecimento do sistema de monitoramento e fiscalização, a atração de um novo tipo de empresário voltado para o manejo social e ambientalmente correto, a adoção de mecanismos de certificação independente e internacionalmente aceitos, tais como o FSC (Forest Stewardship Council), e a listagem do mogno no Anexo II da CITES (Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas). A Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Ameaçadas (CITES), feita para controlar o comércio de plantas e animais em extinção, é uma importante medida para restringir a exploração predatória e ilegal de mogno, uma das mais nobres e mais comercializadas espécies da floresta amazônica. A extração de mogno é altamente voltada para o mercado internacional, espe12

cialmente para os EUA, Europa e República Dominicana. Cerca de 70% de todo o mogno retirado da Amazônia é vendido no mercado externo, e os preços podem chegar a U$1.600 por metro cúbico. Atualmente, o mogno está listado no Apêndice III da CITES. No entanto, as medidas adicionais requeridas para que ele passe a constar do Apêndice II do tratado ajudariam a manter um controle mais estrito sobre sua extração e eliminariam parte da destruição causada por madeireiros ilegais. Além disso, proteger o mogno através de um controle mais severo ajudaria, por sua vez, a proteger outras espécies importantes na floresta amazônica. É exatamente a destruição do mogno, feita por consequência de seu alto preço nos mercados internacionais, que abre as portas para a exploração destrutiva nas florestas antigas. A listagem do mogno no Anexo II da CITES não impede o comércio, mas exige um atestado dado por autoridade científica, reconhecida pelo governo brasileiro, de que a exploração foi feita de forma a não colocar a espécie em risco. A proposta de adoção de mecanismos adicionais de proteção ao mogno foi apresentada pela Nicarágua e será votada na próxima reunião da CITES, em novembro, em Santiago do Chile.

Porto de Moz Uma terra sem lei que combina destruição e miséria

Porto de Moz é uma pequena cidade localizada no oeste do Pará, às margens do Rio Xingu. Ali, 22 mil habitantes, em sua maioria vivendo em áreas ribeirinhas, convivem com uma realidade que assola outras grandes Greenpeace / P. Adário

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Ministério do Meio Ambiente prorrogou, no início de agosto, a moratória de novos planos de exploração do mogno por mais seis meses. A decisão do ministro José Carlos Carvalho foi muito bem recebida pelo Greenpeace, mas ainda é preciso que o governo federal adote medidas para que a exploração criminosa da espécie seja definitivamente proibida na Amazônia.


ram-se providências urgentes das autoridades federais, já que das municipais só se pode esperar mais violência.

Prefeitura de São Paulo dá exemplo na preservação da Amazônia

A prefeitura de São Paulo inovou: durante o mês de agosto, foi assinado um decreto através do qual a prefeitura suspendeu o uso de mogno em todas as compras municipais. A decisão faz parte do Programa de Qualidade Ambiental criado pelo município e baseia-se nas restrições e proibições impostas à exploração, transporte e comercialização de mogno feitas pelo Governo Federal e pelo IBAMA. O Greenpeace acredita que a adoção das medidas anunciadas pela prefeitura deve servir de incentivo para que outros municípios adotem medidas semelhantes. São Paulo – atualmente a maior cidade brasileira e a quinta maior do mundo – é a primeira no Brasil a adotar medidas importantes no aspecto ambiental. Além disso, a decisão representa um passo significativo na conscientização dos consumidores de madeira. No entanto, não podemos esquecer que o problema da Amazônia diz respeito a todos nós. Enquanto os consumidores não agirem de maneira responsável, procurando por produtos com o selo de certificação do FSC, estarão contribuindo para a destruição da maior floresta tropical do planeta. O Greenpeace vê a certificação florestal pelo selo FSC (Forest Stewardship Council) como uma ferramenta necessário para mudar esta realidade, aliando a conservação dos remanescentes florestais com atividades econômicas ambientalmente sustentáveis. Greenpeace / A. Greig

regiões brasileiras: a destruição do meio ambiente e a miséria do povo. Foi nesse cenário que o Greenpeace deu seu apoio a um protesto de centenas de ribeirinhos que querem transformar essa triste realidade. Jornalistas e membros do Greenpeace sentiram na pele o que essas populações enfrentam no seu dia a dia. A beleza da maior floresta tropical do mundo contrasta com um cenário de violência permanente, envolvendo a atuação criminosa de madeireiros ilegais que destroem a floresta e ameaçam as populações ribeirinhas. Entre os dias 19 e 21 de setembro, cerca de 450 comunitários locais realizaram uma ação inédita no Brasil. Com a ajuda de mais de 40 barcos, eles bloquearam os 180 metros que separam as duas margens do Rio Jaraucu para impedir o transporte de madeira ilegal. A população local protestava contra a ausência de um programa de desenvolvimento sustentável e pedia a criação de uma reserva extrativista na região, chamada “Verde para Sempre”. No período em que o rio ficou interditado, duas balsas com um carregamento ilegal de pelo menos 200 toras de madeira de espécies variadas foram retidas pelos comunitários. O curioso e trágico é que as duas balsas pertenciam à empresa do Prefeito de Porto de Moz, Gerson Campos (PSDB). Uma delas, inclusive, era conduzida pelo irmão do prefeito. E foi exatamente esse senhor, André Campos, que, na madrugada do dia 21, tentou furar o bloqueio, mesmo após ter feito um acordo com os comunitários de que a balsa não seria movimentada até o dia seguinte. A balsa, que estava presa em uma das margens do rio, foi solta e atingiria diretamente cerca de 80 pessoas. A tragédia só não aconteceu porque barcos do Greenpeace foram de encontro à balsa, retardando o avanço e possibilitando que os pequenos barcos se desamarrassem e abandonassem suas posições. Em seguida, os comunitários invadiram e tomaram o controle da balsa. Na manhã do sábado, fiscais do IBAMA apreenderam toda a madeira ilegal. Mas outras ameaças ainda estavam por vir. Na tarde de sábado, a repórter da TV Record, Fernanda Fernandes, que fazia a cobertura do bloqueio, foi até o aeroporto de Porto de Moz para iniciar sua volta a São Paulo. Junto com ela, estavam a jornalista Kelem Cabral, do jornal Amazônia, de Belém (PA), o jornalista Reinaldo Canto, assessor de imprensa do Greenpeace Brasil e David Loogie, ativista do Greenpeace. Enquanto aguardavam o avião, mais de 50 pessoas chegaram em carros, motos e caminhonetes e os cercaram, fazendo ameaças. Todo o material gravado pela repórter da TV Record foi destruído pelos populares enfurecidos. Um dos incentivadores da reação popular era o prefeito de Porto de Moz, Gerson Campos. A massa, que já chegava a cerca de 300 pessoas, gritava e atirava rojões na direção dos jornalistas e membros do Greenpeace. Antes que o pior acontecesse, policiais militares impediram o provável linchamento e retiraram todos do local; eles foram escoltados até o porto da cidade e obrigados a fugir num barco a toda velocidade. Essa é, infelizmente, apenas uma das arbitrariedades cometidas por autoridades que, antes de ameaçar, deveriam zelar pela lei e pela segurança de todos. Agora espe-

Sócios em ação

• O Greenpeace irá lançar uma nova campanha para pressionar municípios a adotar medidas para estimular compras de madeira ambientalmente correta e proibir compras de mogno. Ajude o Greenpeace a escolher um nome para essa nova campanha. Entre na área especial de sócios (http://www.greenpeace.org.br/socios) e dê a sua sugestão até o dia 30 de novembro. • Não compre mogno e exija madeira com o selo FSC! • FIQUE ATENTO: a reunião da CITES (Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas) acontece em novembro, no Chile, e o Greenpeace vai acompanhar ao preparativos e o andamento dessa reunião. Visite o hotsite especial – http://www.greenpeace.org.br/cites –, confira as notícias e não deixe de participar da ciberação: exija que o governo brasileiro defenda a proposta de proteção do mogno escrevendo para o Ministro do Meio Ambiente. 13


Historinhas infantis

A

Chapeuzinho Vermelho, Patinho Feio e Pequena Sereia Você lembra o que eles têm em comum?

lém do final feliz, todas estas histórias que ouvíamos quando crianças se passam no meio da natureza, e, através delas, podemos imaginar a beleza dos bosques, florestas e matas e a imensidão e pureza das águas dos oceanos, mares e lagos. A maioria dos brasileiros escutou estas e muitas outras histórias durante a infância, e hoje muitos de nós conta essas mesmas histórias para filhos e netos. Naquela época, ninguém imaginaria que algum dia elas poderiam estar tão distantes da nossa realidade que seria quase impossível contá-las sem que muitas perguntas fossem feitas: o que é um bosque? Onde posso encontrar uma floresta? Elas realmente existiram? Nós podíamos entrar no mar? Por que os animais desapareceram? O lobo é um animal de verdade ou pura ficção? O Greenpeace trabalha há mais de trinta anos no mundo e há mais de dez no Brasil para que estas perguntas nunca sejam feitas. Afinal, como poderíamos respondê-las? A intenção desta nova campanha é mostrar para as pessoas o que pode acontecer com o meio ambiente dentro de alguns anos se nós não tomarmos hoje providências urgentes para acabar com a destruição do meio ambiente. Precisamos aumentar a consciência das pessoas, pois uma pequena contribuição de cada um de nós pode fazer a diferença; e juntos podemos fazer muito para preservar o meio ambiente para as futuras gerações. É possível mudar o final desta história. E você já faz parte desta mudança!

Sócios em ação • Veja e escute a campanha pela internet. Acesse: www.greenpeace.org.br/midia • Ajude a divulgar esta campanha: a agência Young & Rubicam desenvolveu, gratuitamente, as peças para rádios, revistas e jornais voluntariamente. Nós adaptamos as peças para internet (banners) também.Se você tem um site ou tem amigos que tenham sites, coloque nossos banners. Se você trabalha ou tem um jornal, rádio, revista ou conhece alguém que possa disponibilizar o espaço gratuitamente, entre em contato conosco.

Bhopal agradece Cerca de 900 pessoas participaram da ciberação em solidariedade às vítimas de Bhopal, disponibilizada no site do Greenpeace Brasil, e protestaram contra o descaso da Dow com relação a esse desastre. No mês de agosto, o Greenpeace localizou o presidente da Union Carbide na época do acidente, Warren Anderson, no estado de Nova Iorque (EUA), vivendo uma vida luxuosa, apesar do enorme desastre causado por sua empresa e do pedido de extradição feito pelo governo da Índia. 14

O Greenpeace e o governo indiano continuam pressionando o governo norte-americano a dedicar um maior empenho para que Anderson seja extraditado e a justiça finalmente chegue às vítimas do desastre. Faça a diferença: envie seu protesto ao presidente da Dow no Brasil e nos Estados Unidos através da ciberação disponível no site do Greenpeace (http://www.greenpeace.org.br/ bhopal). Se você já participou, convide seus amigos a visitarem o site e mandarem o protesto deles também!


O que é o diálogo direto? praças, ruas, praias, estações de metrô, shopping centers, cinemas e bares. Além de São Paulo, já realizamos algumas atividades em Porto Alegre, Salvador e Rio de Janeiro e a idéia é aumentar ainda mais o alcance do programa nos próximos anos.

Greenpeace / B. Júnior

Depoimento da Vanessa “Meu nome é Vanessa, faço parte da equipe do Diálogo Direto do Greenpeace desde junho de 2001. O Greenpeace me mostrou o quanto é importante unirmos forças para gerar uma conscientização sobre a preservação do meio ambiente; e o meu trabalho, entre muitas coisas, consiste em levar a informação sobre o desenvolvimento das campanhas para todos, em qualquer lugar. É um trabalho que exige dedicação e esforço porque estamos ali, frente a frente com as pessoas, para passarmos o nosso ideal. Nem sempre é fácil. Ainda existe uma grande falta de consciência por parte das pessoas sobre a importância dada ao meio ambiente. A cada adesão que conseguimos, aumentamos nossa força para lutarmos por um mundo melhor!!! Me sinto feliz por estar ajudando o Greenpeace a fazer o que ele sabe de melhor: lutar pela preservação do meio ambiente. Pretendo me formar em Direito, e hoje consigo enxergar que dentro de cada profissão, e de cada um de nós, podemos sempre fazer alguma coisa. Basta querermos. E o mais importante é que devemos acreditar!!!”

Transporte de plutônio A viagem dos dois navios carregados de óxido de plutônio (MOX), o Pacific Pintail e o Pacific Teal, finalmente chegou ao fim. As duas embarcações partiram do Japão, com destino à Inglaterra, no dia 04 de julho e seguiram a rota Pacífico - África do Sul, apesar dos inúmeros protestos. Esse vergonhoso carregamento não será facilmente esquecido pela BNFL e seus clientes japoneses: toda a trajetória dos navios foi acompanhada e testemunhada por todo o mundo, através dos protestos realizados. Esse é o trabalho do Greenpeace: fazer a diferença de maneira global, apontar quem são os criminosos ambientais e criar condições para que os governos discutam medidas para por um fim nesses perigosos transportes pelas águas do planeta.

Mar da Tasmânia

Ainda em julho, a Flotilha Anti-Nuclear e o Greenpeace protestaram em alto mar. Dois ativistas lançaram-se ao mar e tornaram público o descontentamento e a insegurança de milhares de pessoas.

Cidade do Cabo

Em agosto, as embarcações da BNFL novamente tentaram fugir dos protestos. Os ativistas a bordo do barco do Greenpeace, Esperanza, localizaram o Pintail e o Teal bem distante de sua rota original. Mas a mudança de rota não conseguiu calar a indignação do mundo quanto a esse transporte.

Mar da Irlanda

A viagem terminou com dois dias seguidos de protesto em setembro: mais de 10 barcos, incluindo o Rainbow Warrior, do Greenpeace, compuseram a Flotilha Anti-Nuclear, e formaram uma corrente simbólica para protestar contra esse perigoso e desnecessário transporte. Greenpeace / A. O’Connor

Austrália

No dia seguinte à partida dos navios da British Nuclear Fuels Ltd. (BNFL), ativistas protestaram na embaixada japonesa na Austrália, pedindo o fim dos carregamentos de plutônio.

Fotopress/D. Purcell

Greenpeace / Diálogo Direto

O

“Diálogo Direto” é uma equipe que, devidamente identificada, divulga o trabalho do Greenpeace em locais públicos, principalmente em São Paulo, desde 2000. Este programa é desenvolvido pelo Greenpeace em muitas cidades do mundo. Além de atuar diretamente na defesa do meio ambiente, o Greenpeace Brasil tem buscado, nesses dez anos, aprimorar a relação com o público. Visitamos diversos locais e, através de abordagens pessoais, conscientizamos o público sobre a questão ambiental, destacando a importância de nossas campanhas e unindo forças para mudar hoje a realidade de amanhã. Essa iniciativa visa a dar ao público a oportunidade de estar mais atualizado e consciente sobre os problemas do meio ambiente e a possibilidade de manifestar suas opiniões sobre o futuro da nossa vida no planeta. O público também tem a oportunidade de se unir ao Greenpeace na defesa da natureza: todos podem se associar diretamente com esta equipe. Dentre os locais que visitamos estão faculdades, parques, feiras em geral, eventos culturais da cidade, shows, empresas,

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Espaço do sócio Conheça... ... a Mariana!

Greenpeace / A. Kishimoto

Bacharel em Relações Internacionais pela PUC-SP, está no Greenpeace desde 1999. “Comecei como estagiária ainda no último ano da faculdade. Em 2000, passei a coordenar a campanha de Engenharia Genética. Como ativista, já participei de vários protestos realizados pelo Greenpeace, mas minha principal atividade é lutar contra os transgênicos dialogando com o governo, as indústrias e com outras organizações. A destruição do meio ambiente é um problema global sem fronteiras, pois as consequências desta destruição são refletidas em todas as partes do planeta. Por isso, o trabalho que o Greenpeace realiza em todo o mundo – denunciando o problema e apontando as soluções – é fundamental para a construção de um futuro sustentável para todos nós.”

Greenpeace / D. Beltra

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Se você não ligar, ela pode ficar sem a sua ajuda..... O seu cartão de crédito venceu? Você alterou a sua conta corrente? Trocou de número de telefone? Não recebe nossos e-mails informativos? Ligue para nós e atualize os seu dados pelo telefone (11) 3066-1151 (linha exclusiva de sócios). Você também pode enviar um e-mail para socios@greenpeace.org.br, entrar na área especial de sócios em www.greenpeace.org.br/sócios ou enviar um fax para (11) 3082-5500. Assim, continuamos em contato e podemos mantê-lo informado de nossas atividades.

Nome da seção

Sócios em Ação

Este foi o nome escolhido para a nova seção do Diário de Bordo, na qual você encontra, desde a última edição, maneiras de participar mais ativamente das nossas campanhas.

192 sócios participaram da votação através do site especial de sócios e por telefone.

Contribua para um futuro melhor para todos: participe sempre! Além das dicas disponíveis aqui na revista, você pode encontrar muitas maneiras de participar acessando a área “Sócios em Ação”, dentro do site dos sócios em www.greenpeace.org.br/socios. Esta é a maneira mais rápida de se manter informado sobre os últimos acontecimentos.

Fique informado

Desde agosto de 2001, nós podemos nos comunicar com você, sócio Greenpeace, via email, para fornecer informações sobre o andamento das campanhas, convites para eventos, dicas ecológicas e trabalho voluntário. Mais de 13 mil sócios já recebem esses emails e mais de 1.500 acessam a área especial do sócio na Internet. Para assinar a lista, envie o seu nome e email para socios@greenpeace.org.br, para atualizarmos nosso banco de dados. O objetivo é aumentar a comunicação entre os sócios e o Greenpeace, além de preservar as florestas, já que emails economizam papel...

Associação Civil Greenpeace - Conselho Diretor: Ana Toni - Presidente, Gisela Alencar, Hugo Rosa, Pedro Jacobi Diretor-Executivo: Frank Guggenheim - Diretora de Desenvolvimento: Flavia Revkolevsky - Diretora de Campanha: Traci Romine Diretor de comunicação: Reinaldo Canto - Diretora Financeira: Cristina Sega - Diretora de Engajamento Público: Claudia Focking Diário de Bordo: Primavera 2002 - Editor: Gabriela Vuolo - Arte: André Kishimoto, Eduardo Santaela Jornalista Responsável: Reinaldo Canto (Mtb 14.791) - Capa: Greenpeace / Márcio Pena - Projeto Gráfico: Idéia Digital - Gráfica: Ipsis Rua dos Pinheiros, 240 - cj 21/32 - Pinheiros - 05422-000 - São Paulo - SP - Tels.: (11) 3066-1155 - 0300 789-2510 - Fax: (11) 3082-5500 - www.greenpeace.org.br Este Diário de Bordo foi impresso em papel reciclado em processo livre de cloro. 16


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