BOLETIM INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS VICENTE DE CARVALHO - GUARUJÁ - JULHO / AGOSTO DE 2019 - ANO XVIII - Nº 109
Editorial Ser um bom cidadão teria que ser a primeira vocação do ser humano. Exemplar na reivindicação de seus direitos, mas também na boa execução dos seus deveres. Se não consegue se dedicar ao próximo no mesmo nível do que a nossa homenageada na coluna do “Herói Anônimo”, a Irmã Bete, ao menos vale tentar exercitar sempre o perdão, a solidariedade, o patriotismo - no sentido de cidadania - e a participação positiva dentro da comunidade em que vive. Nós, cristãos católicos, nos alimentamos da Palavra e do convívio em nossos núcleos paroquiais, mas precisamos ajudar a manter a saúde de todo esse complexo paroquial. Para isso nossa contribuição de dizimista é primordial. No fundo, esse é o nosso DNA. Nossa Carteira de Identidade foi feita à imagem e semelhança do nosso Pai. O que nos falta? Boa leitura. Miguel Rubido
18 de setembro
Dia do
Perdão
A carteira de identidade de Jesus
N
um cartório moderno Jesus seria certamente registrado como “Jesus de Nazaré”. É um nome que diz muito pouco daquilo que gostaríamos de saber. Mas, consultando o Novo Testamento e o testemunho dos primeiros cristãos, ficamos sabendo coisas interessantes. Por exemplo, que o nosso Deus é um só, mas que há nÊle três Pessoas divinas, iguais e distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; que Jesus é o Filho; que o Filho é, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem; que veio ao mundo como Messias; morreu na cruz para nos salvar; ressuscitou, foi glorificado por Deus Pai e virá de novo para julgar os vivos e os mortos. Por muito tempo, os discípulos de Jesus viveram e morreram dando testemunho dessas verdades básicas. Mas, com o passar dos anos, diversas pessoas de boa cultura humana começaram a se fazer perguntas deste tipo: Como é possível que exista um só Deus e que, ao mesmo tempo, haja nÊle três pessoas iguais e distintas? Em
Perdoar não é fazer de conta que eu não fui ofendido/a, não é negar que o outro, me feriu, porém, reconhecer que eu fui ferido/a, que a dor doeu profundamente, mas assim mesmo eu tenho capacidade de perdoar. Uma ofensa realizada não pode ser desfeita, mas o efeito que provocou na vítima pode ser eliminado através do perdão. O não perdoar faz a pessoa querer se
particular, como é possível que o Pai seja deus e o seu Filho seja deus também, sem que haja dois deuses? Como é possível, enfim, que Jesus, sendo um só ser, seja ao mesmo tempo verdadeiro deus e verdadeiro homem? O bom senso nos levaria a pensar que Ele ou é verdadeiro deus ou é verdadeiro homem, mas não as duas coisas ao mesmo tempo. – Devemos recordar aqui, que, entre
as pessoas que se faziam esse tipo de perguntas, algumas só queriam melhorar seu legítimo conhecimento de Deus, enquanto outras eram levadas a fazê-lo sob o influxo de doutrinas pagãs. Aqui está a origem das heresias. Algumas delas, querendo salvar o princípio de que Deus é um só, acabaram negando a divindade do Filho. “Esse, que o povo chama de ‘Filho de
Deus’ não é deus de verdade; ele é um simples homem, mas dotado de qualidades excepcionais, devido às quais é chamado impropriamente de deus”. Outras seguiram o caminho oposto: negaram pura e simplesmente a existência tanto do filho como do Espírito Santo. Eles não são se não modos diferentes em que o único deus se manifestou em momentos díspares. Quanto às pessoas que tinham dificuldade em admitir que Jesus é ao mesmo tempo deus e homem, elas se dividiram em três grupos. Um concluiu que Jesus não é deus; outro que Jesus não é homem; outro que há dois Jesus: um deus e um homem. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, definiu uma vez por todas nos primeiros concílios ecumênicos, especialmente no de Nicéia (no ano de 325) e de Constantinopla (381), a doutrina autêntica sobre o pai e o filho e sobre a verdadeira identidade de Jesus. Um resumo desta doutrina se encontra no Creio Nicenoconstantinopolitano, que nós rezamos nas missas dos domingos: “Creio em um só Deus, pai todo poderoso... Creio em um só Senhor Jesus Cristo, filho unigênito de Deus, nascido do pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai”. – Eis aqui o verdadeiro RG de Jesus Cristo. Pe. Rovílio Guizardi, CS
passar por vítima: foi ela que sofreu, ela que foi humilhada, ela que ainda hoje sofre as consequências da ofensa. Só o perdão é capaz de trazer de volta ao indivíduo o bem-estar, a alegria, a saúde e, sobretudo, o grande feito de fazer passar a dor, porque a pessoa escolheu recusar-se a conservá-la e a trazer de volta ao seu coração a paz. Dra. Ely Barreto
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