Editorial
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Graças - Vicente de Carvalho, Guarujá - Janeiro / Fevereiro de 2016 - Ano XIV - nº 88
Tudo importa,
Pessoal, os temas deste bimestre estão devidamente entrelaçados, relacionados entre si e absolutamente pertinentes, um para o outro. A ecumênica Campanha da Fraternidade-2016 convoca-nos a olhar pela saúde do nosso planeta/lar. Isso precisa ser a nossa maior meta para o ano novo. A Quaresma nos incita à reflexão, por exemplo, sobre a intolerância religiosa. O católico não é melhor do que ninguém e a misericórdia é a palavra de ordem que precisamos ter em mente para viver em paz. Boa leitura. Miguel Rubido
Fotos Reprodução
Campanha da Fraternidade
A fonte do direito brotando e a água da justiça correndo abundante na nossa Casa Comum
E
m fevereiro, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) faz o lançamento da Campanha da Fraternidade 2016 que terá como tema: “Casa Comum, nossa responsabilidade” e lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. A campanha é ecumênica e o Objetivo Geral da Campanha é: “Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”. Em 2015, a Encíclica do Papa Francisco “Laudato Sí”, sobre o cuidado da Casa Comum nos alerta sobre a necessidade urgente da superação desse modelo de desenvolvimento que está baseado no consumo e na ganância. E o olhar para essa causa e esse desejo de melhores condições de vida para todos os brasileiros, por parte da Igreja, é motivado por realidades de comunidades carentes e sem infraestrutura, situação esta que não é diferente no âmbito de nossa Paróquia, motivo pelo qual, todos deverão participar efetivamente dos encontros que serão realizados em nossas comunidades e que nos trarão maiores informações sobre a Campanha deste ano.
desde que haja amor “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22,21b) Lembrando, querido irmão e querida irmã, que o mais importante é: amar, amar e amar, e o resto é resto! Caríssimo, inspirando-se na frase bíblica acima, vos apresento a seguir algumas pistas as quais julgo serem boas para iniciar o ano:
1. Estar em comunhão com Deus, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 2. Reconciliado consigo mesmo, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 3. Reconciliado com o próximo, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 4. Reconciliado com a família, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 5. Reconciliado com a comunidade, mas o mais importante é: Amar,
Amar e Amar! 6. Reconciliado com a natureza, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 7. Dar o devido descanso para o corpo – mente – espírito, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 8. Alimentar o nosso ser: humano, psíquico, espiritual com a oração, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 9. Praticar obras de MISERICÓRDIA, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 10. Visitar: doentes, parentes, amigos, de modo especial pessoas que não vê há algum tempo, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 11. Cuidar da saúde, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 12. Trace novos objetivos, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 13. Reavaliar o modo que vive, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 14. Creia que nada é impossível, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar! 15. Consagre o seu Dízimo, mas o mais importante é: Amar, Amar e Amar!
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De mãos dadas
O nosso pároco, Pe. Rovilio, celebra mais um ano de existência em 19 de fevereiro. A paróquia lhe deseja muita saúde para prosseguir na caminhada.
Grupo Vocare
Em 16 de janeiro, às 19h30, na Comunidade São José, ocorreu a celebração da missa dos jovens, reunindo os grupos da Paróquia para agradecer todas as coisas boas recebidas. A ação concreta foi a doação de alimentos para os Vicentinos da comunidade.
Confissões
As inscrições para a catequese na Matriz acontecem nos dias 30 de janeiro, 6 e 13 de fevereiro na sala da catequese do Salão Paroquial. É necessário que a criança tenha nove anos ou vá completá-los até 30 de junho. Em 18 de fevereiro, no mesmo salão, às 19h30 a reunião com os pais do 1º ano da catequese. Em 4 de março, às 19h30, ocorrerá a reunião com os pais do 2º ano. O início da catequese está previsto para 27 de fevereiro.
Festa da padroeira
A festa de N.Sra das Graças, em 29 de novembro, começou com a procissão matutina das crianças, pelas cercanias da igreja. A procissão marcada para as 17h não ocorreu por causa da chuva. Mas a missa festiva teve muita participação. Miguel Rubido
Juventude Renovada
Os jovens do grupo Juventude Renovada realizaram o 5º Luau no dia 23 de janeiro, na praia da Enseada (Tortuga). O tema foi “Acolhidos pelo abraço do pai da Misericórdia”.
Falecimento
Fotos Divulgação
As confissões para a preparação da Páscoa acontecem em 7 de março, na Matriz, às 19h30. Vamos participar.
Catequese
Maria Guedes
Parabéns!
Notícias e vida
Entre 1972 a 1976 o Pe. Alexandre Gramola esteve à frente da nossa Paróquia. Neste mês de janeiro partiu para o descanso eterno. Assim como tantos outros que passaram por aqui. Somos gratos pelo seu dedicado trabalho.
Feliz aniversário! Grupo de Jovens
O Grupo Girassol comemora o seu segundo ano de atividades em 28 de fevereiro. Parabéns aos jovens pela dedicação e perseverança.
De mãos dadas Boletim Informativo Bimestral da Paróquia Nossa Senhora das Graças Rua Padre Anchieta, 107 Vicente de Carvalho - Guarujá - SP CEP 11450-170 Telefone: (13) 3352.1218 e-mail: de.maos.dadas@uol.com.br Produção: Equipe Pastoral da Comunicação Jornalista Responsável: Luis Miguel Rubido Projeto Gráfico e Diagramação: Diego Rubido Impressão: Diário do Litoral - Tel. 3226.2051 Tiragem: 5.000 exemplares
Calendário Fixo Expediente da Secretaria: das 8h às 12h; das 14 às 18h (todos os dias, exceto às quartas e domingos) Missas dominicais: 7h, 9h e 19h30 Missas semanais: 19h30 (Às quartas-feiras não há missa na Matriz) Quartas-feiras: Grupo de Oração às 19h30 Batizados para bebês até 7 anos de idade: 1º e 3º sábado de cada mês Curso de Noivos: 20 e 21 de fevereiro, às 19h30
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Com muitas frutas, água de coco e gente animada, a Paróquia realizou o primeiro Baile do Havaí no Salão Paroquial. Parece lugar comum elogiar eventos em nosso meio, mas qualquer um percebia o esmero, o cuidado e o amor com que tudo foi preparado. Desde a decoração, que superou as expectativas, ao pessoal da preparação, infraestrutura e colaboradores que fizeram as doações. Com a alegria e animação dos convidados a festa só podia ter sido o sucesso que foi. Isso comprova que quando há união, empenho e fé as coisas acontecem. Parabéns! São esses trabalhos em equipe que nos fazem crescer.
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Em março a pastoral do Surdo completa 10 anos de atividades em nossa paróquia. Parabéns a toda equipe pela dedicação.
Baile do Havaí
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Pastoral do Surdo
Miguel Rubido
expediente
Sentimentos Esparsos em versos
Em 8 de janeiro o Pe. Luiz Batistel comemorou o 44º aniversário de Ordenação Sacerdotal. A comunidade o parabeniza e projeta muita luz na sua vida.
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De mãos dadas
Assembléia Paroquial
HERÓI ANÔNIMO iver apaixonadamente tem sido a atitude natural da Lucia, e o resultado está gravado, a ferro e a fogo, no coração, na alma e na sua biografia. De uma família humilde e numerosa (11 irmãos), mas com os pés fincados na vivência cristã e na fé em Deus, Lucia Galdino Ramos (filha dos saudosos Galdino e dona Olívia) cresceu física, espiritual e intelectualmente, rodeada de sonhos e desafios. “Nasci em Guarujá e, bebê, já andava na Matriz, pois vivíamos em Vicente de Carvalho e minha mãe era do Apostolado da Oração. A família toda frequentava”, relembra. O curso de Jardim da Infância ela fez na Matriz. Lucia recorda que já aos cinco anos era fascinada pela dança, mas o balé não estava nas prioridades da família. “Aos 15 anos assisti a uma apresentação de balé da minha prima e chorei de emoção. A dança e o teatro sempre me atraíram, embora eu sempre tenha sido muito tímida”, comenta. No ano seguinte, ingressando no comércio, já podia pagar um curso, mas os serviços de casa, as atividades da Paróquia e o estudo noturno, não permitiam. Terminado o Colegial, estudou jazz e balé moderno no Sesc, depois numa academia de balé, de onde não saiu mais. Os conhecimentos de teatro e sonoplastia, que aprendeu no Municipal de Santos, entre outros cursos, aplicou na catequese, elaborando encenações com os atores mirins e orientando danças litúrgicas. E também frequentava os grupos de jovens da Matriz, seguindo exemplo
Miguel Rubido
V
Lucia Galdino
A
reunião obedeceu o método VER-JULGAR E AGIR. No final de agosto após as reflexões das 5 urgências mais a conversão pastoral, fizemos uma radiografia da paróquia, e escolhemos três urgências para elaborar o plano de Pastoral trienal; isto foi o “VER”. Em 13 de dezembro de 2015 fizemos o segundo passo usando o “JULGAR”, que foi fundamentado em duas partes: Luzes e Sombras. Sendo as luzes aquilo que nos alegra e motiva, e as sombras aquilo que nos preocupa e que precisamos melhorar.
dos irmãos, como o Laércio Galdino que, como o pai, foi homenageado aqui. A comunicação por sinais, Língua Brasileira de Sinais (libras) sempre foi objeto de curiosidade para Lucia, até por conta de uma infecção nos dois ouvidos quando criança. Fez o curso e ajudou a criar a Pastoral do Surdo, onde afirma ter aprendido muito evangelizando em Libras. Já trabalhando como escrevente no fórum, cuidou dos pais enquanto viveram. Sente falta dos dois, mas do pai ela guarda as lembranças mais divertidas, desde a infância. “Era muito brincalhão e inventava mil histórias cômicas”, recorda. É por amor que Lucia não pensa em deixar de interagir e trabalhar na Igreja promovendo o ser humano. Foram muitos os cursos a que se submeteu para isso. A Paróquia se orgulha em tê-la em seu meio. Miguel Rubido
LUZES (Considerou-se o que foi bom, na caminhada da comunidade, e deve ser mantido): a) Houve unidade do pessoal; b) A Liturgia tem sido mais preparada; c) A Semana Missionária d) Comunidades receberam visitas de outras comunidades, e) Pastoral da Criança; f) Participação dos seminaristas em algumas Comunidades; g) Na Matriz, a Liturgia, o Casamento Comunitário, o batismo de adultos e a volta da reunião mensal; h) O Cerco de Jericó (foi visto como um momento de revigoramento espiritual), e a Pastoral da Juventude; i) Algumas comunidades - realização de confraternizações e a participação de ministros e cantores de outras comunidades; j) Visita dos Seminaristas; comunidades que não realizavam missas,
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SOMBRAS (Itens para os quais gostaríamos de ter dado a nota máxima) a) algumas comunidades estão tendo dificuldade em liderar os jovens, necessitando assim, alguém da Comunidade para acompanhá-los. Pouca participação/compromisso de lideranças na comunidade. Falta de interesse no trabalho comunitário. Pessoas que dizem que vão fazer algo na Comunidade e não o fazem nem avisam (falta de comunicação). Não adianta falar muito do Ano da Misericórdia e não nos esforçarmos para ser misericordiosos. Presença do padre, ao menos uma vez por ano, na reunião da Comunidade. A Pastoral se compromete e não participa. Há pais que “desovam” os filhos na Cate-
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quese e não participam da vida da Comunidade e nem da Catequese. Falta espaço para que o outro seja ouvido, isto é, não se permite que outro fique à vontade para expor suas ideias. Falta de diálogo com os outros padres. Os padres deveriam ter uma linguagem única. Há atraso dos padres nas comunidades. Problemas de comunicação. Na secretaria desconhecem quem é ou quem executará determinada tarefa. Dízimo por exemplo. Após termos visto e julgado nossa caminhada, resta-nos, como igreja, elaborar o Projeto Pastoral para o triênio de 2016-2018. Embasados nos dados colhidos na base, no dia 13 de março de 2016, concluiremos nosso trabalho com o “AGIR”, isto é, as propostas para melhorar na caminhada pastoral. Pe. José Renato Vendrusculo
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De mãos dadas
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA Não dá para tolerar!
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nfelizmente, temos presenciado nos meios de comunicação casos de intolerância em todo canto, decorrentes de divergências que levam, por vezes, a tragédias ou grandes conflitos. Segundo o dicionário, intolerância significa - característica do que é intolerante ou repugnância, ausência de tolerância ou falta de compreensão. Assim, a intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Falta de bom senso e de respeito mínimo à diversidade são fatores que criam e fortalecem as situações de intolerância religiosa. Não somente o uso de violências ou ataque diretos caracterizam tal intolerância, mas também as atitudes de
não acolher, excluir, tratar indiferente, desrespeitar ou insultar rituais próprios são formas de desrespeito religioso; uma vez que a liberdade de expressão e de culto é assegurada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal, que em seu art. 5º, inciso VI, preceitua que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. Somos sim todos livres e, (constitucionalmente) dignos de nossas próprias escolhas. O Papa Francisco afirmou: “(...) a liberdade de expressão não dá direito
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sendo que nosso gesto concreto será, transformar o compromisso material e espiritual em ajuda aos que precisam. Exemplo: com o dinheiro que deixei de gastar vou comprar alimento para quem precisa. Por outro lado enfrentarei aquilo que me impedia de ser feliz: vou tentar ouvir mais, amar mais, ajudar o próximo. O papa Francisco nos ensina em cada mensagem, e também nas suas atitudes do cotidiano, o sentido da partilha e da misericórdia. Ele nos ensina sorrindo, que, através dos pequenos atos do cotidiano, podemos realizar obras importantes. Em relação à Semana Santa, temos o jejum, mas tenhamos cuidado, pois não adiante deixar de comer carne vermelha e outras coisas, para se fartar com outras comidas. É preciso jejuar material e espiritualmente. O evangelista Mateus ensina que jejum não significa demonstrar sofrimento, mas sim, alegria pela coragem e compromisso de mudança. “Quando vocês jejuarem, não fiquem de rosto triste, perfumem a cabeça e lavem o rosto, que os homens não vejam que você está jejuando, mas somente o Pai, que está escondido; e seu Pai que vê o escondido recompensará você”. Durante a quaresma teremos
O
o compromisso da mudança, pois teremos uma nova vida com o Cristo. O Jejum terá o sentido de vida nova, porque temos um objetivo. Cristo carregou a Cruz para salvar a humanidade, nós devemos carregar a nossa com alegria para chegar à ressurreição. No ano da misericórdia Jesus carrega com amor aquele que sofre, nos ensinando a fazer o mesmo. Teremos uma Feliz Páscoa, vivendo a partilha e o amor da misericórdia.
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Por uma quaresma produtiva
tempo da Quaresma nos convida a uma nova vida, a refletir sobre a existência humana despertando para alguns questionamentos: Como será minha vida? Como ajudar o próximo? Qual é meu verdadeiro compromisso de cristão? Vivo minha religião na Igreja e também na minha família? Concluímos que precisamos mudar de comportamento e sentimos a necessidade de purificar o corpo e a alma para mudar interna e externamente. Nasce o desejo de ser melhor, viver com mais alegria, ajudar o irmão que sofre, não se preocupar com coisas pequenas, colocando em prática a misericórdia. Refletindo mais, podemos elencar dois tipos de compromisso: O material, que consiste em deixar de comprar algo somente por prazer, ou deixar de consumir coisas que gostaríamos (doces, chocolates, churrasco, massas, refrigerante, etc.), e o espiritual, que consiste em deixar de ter pensamentos negativos, derrotistas, de vingança, ódio ou deixar de prejudicar um irmão, ou de ser omisso diante do sofrimento do próximo. Ao término de quarenta dias faremos uma avaliação do compromisso assumido perante Deus e a Igreja,
de insultar a fé do próximo. Acredito que tanto a liberdade religiosa quanto a de expressão são direitos humanos fundamentais.” Que tenhamos consciência disso a cada agir em nosso dia a dia, que o novo ou o diferente no campo dogmático sejam para nós exercícios de aprendizagem e respeito. O próprio Jesus nos pede em seu principal mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Esse amor deve ser regado com fraternidade e principalmente com respeito; independente de dogma ou crença; pois o que não dá para tolerar é, justamente, a Intolerância religiosa.
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Papa Francisco abre a porta do Ano Santo sobre a Misericórdia, o qual cobrirá o período de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. O Papa vem resgatando o conceito bíblico e evangélico da misericórdia. Lucas é o evangelista da misericórdia. Confirma-o uma das páginas mais belas de toda a Sagrada Escritura: a parábola do filho pródigo. Com razão muitos preferem a expressão “parábola do Pai misericordioso” (Lc 15,11-32). Ao pecador que retorna a casa, o Pai oferece um banquete, uma grande festa! O mesmo Lucas transmite uma outra pérola quando, no alto da cruz, Jesus intercede por aqueles que o acabam de crucificar: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo” (Lc 23,34). Não menos luminosa é a promessa ao chamado “bom ladrão”, um dos crucificados com Ele. Ao pedido “lembra-te de mim quando estiveres no teu Reino”, Jesus responde: “Eu lhe garanto: hoje mesmo você estará comigo no paraíso” (Lc 23,43). Diante da injustiça que condena um inocente, a vigança de Deus é o perdão! Em Lucas (e não só), a palavra e o olhar de Jesus traduzem uma misericórdia sem limites. Infinita e gratuita, oferecida ao pecador antes mesmo de seu arrependimento, como sublinha o apóstolo Paulo: “Deus demonstrou seu amor para conosco porque Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores” (Rm 5,8). São passagens do Evangelho de Lucas que nos reportam ao seu relato sobre o início do ministério público do profeta itinerante de Nazaré. Trata-se do que a edição Pastoral da Bíblia (Ed. Paulus), denomina “o programa da atividade de Jesus”. Diz o evangelista que “Jesus foi à cidade de Nazaré, onde se havia criado. Conforme o seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: ‘O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para comunicar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor’” (Lc 4, 16-19). Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs