fraternidade reconstrutora antoniana Jornal do Santuário Santo Antônio do Valongo - Agosto/Setembro de 2013 - Ano I - Edição nº 5
Agosto e setembro
Bíblia:
registro da vocação do povo de Deus PÁGINAS 6 e 7
Fotos Elaine
Vocações
Conheça os diversos chamados de Deus PÁGINAS 4 e 5
Crônica
São Francisco e o urubu PÁGINA 8
Assunção
Novena de Nossa Senhora PÁGINA 11
Rodrigues
Em agosto celebramos o mês vocacional e em setembro o mês da Bíblia, alicerces da caminhada do povo de Deus
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Agosto/Setembro de 2013
Palavra do
Reitor
Editorial
Vocação e o relato da caminhada
A palavra vocação vem do latim “vocare”, que significa “chamado”. Deus nos chama, antes de tudo, para a vocação da vida. Em seguida, cada um de nós é chamado para missões diferentes. Ao longo de alguns séculos, muita gente foi chamada por Deus para registrar a caminhada do seu povo e a ressurreição de Cristo, o que originou os 73 livros que compõem a Bíblia, escrita por muitas mãos, vencendo desafios e realizando sonhos. Passados mais de 2 mil anos, no nosso Valongo, a equipe que atualmente compõe o FRA, por exemplo, este ano foi chamada por Deus para reativar o informativo e transformá-lo em jornal. E assim o fez. Não é fácil fazer um jornal. Muitas mãos também escrevem o FRA, vencendo desafios para realizar o sonho de levar estas informações a você, que acompanha nosso jornal. Esta edição bimestral de 12 páginas contou diretamente com textos de 19 pessoas, fotos de mais 3 pessoas, mais 1 diagramador e tantas outras que participam indiretamente. São sacerdotes, leigos, religiosos, profissionais, pessoas de diferentes origens, mas que, assim como aqueles que escreveram a Bíblia, atenderam o chamado para relatar um pedacinho da caminhada do povo de Deus.
Boas lembranças Após termos acompanhado a agradável viagem do Papa Francisco ao nosso País para a Jornada Mundial da Juventude ( JMJ), ficamos com um gostinho de quero mais. O sonho de uma Igreja mais presente na vida do povo. A tarefa que me foi incumbida se refere ao Documento de Estudo da CNBB: “Comunidade de Comunidades: uma nova Paróquia”. O texto trata da renovação das paróquias e dioceses. Não haverá mudanças nas paróquias se as dioceses não o fizerem. Depois da visita do Papa, parece que clareou bastante o que Francisco deseja para a Igreja de Cristo. Uma Igreja acolhedora, fraterna, alegre, pobre e simples. Penso que a renovação das paróquias passe por esse processo proposto por Francisco. Analisando o documento com os leigos da Paróquia da Assunção, vimos que os textos oficiais geralmente são de difícil compreensão para a maioria. Outra preocupação foi de que não seja mais um documento sem efeito prático. Isso exige uma profunda conversão, tanto do Clero como também dos leigos. Por isso, desejamos que o trabalho traga vigor na evangelização das paróquias como comunidade de comunidades. Que a CNBB tenha êxito nesta empreitada. Abraços! Frei André Becker
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tempo de fé
Agosto e setembro Para muitos, o mês de agosto é de azar, especialmente se o dia 13 cai na sexta-feira. Mas a verdade não é esta. Não passa de semelhança de som: agosto - desgosto. Eu diria agosto – bom gosto! Celebramos, neste mês, diversos acontecimentos marcantes. Tem o Dia dos Pais. Que bom quando, na família, o pai é bom, justo e fiel. Já no dia 4, é Dia do Padre, e comemoramos o Santo Cura D’ars. Era pároco em Ars, na França. Quando santo, chamado São João Maria Vianney. Durante sua vida, conseguiu transformar sua comunidade numa verdadeira família de fé e caridade. O povo que tem um bom padre também é um povo abençoado. Agosto é o mês vocacional. Peçamos a Deus que envie operários para a messe, pois os operários são poucos e a messe é grande. De 11 a 18 tivemos a Semana da Família para conscientizar todos sobre a sua importância na vida de cada um. O Documento dos Bispos: “Diretrizes gerais da ação pastoral da Igreja no Brasil” assinala como desta-
Expediente
que a Pastoral da Família. “A Evangelização do matrimônio e da família é missão de toda Igreja, em que todos os fiéis devem cooperar segundo as próprias condições e vocações... As Igrejas domésticas têm um lugar e uma tarefa insubstituível no anúncio e vivência do Evangelho”. No mês de agosto celebramos também as festas da Assunção de Maria e Festa de Santa Clara, Transfiguração do Senhor e Morte de São João Batista. E, claro, dia 22, dia de Nossa Senhora Rainha; celebrei com meus pais irmãos e amigos fiéis, missa de ação de graças por mais um ano de vida. Muito obrigado pelo convite à vida! Muito obrigado, Senhor, por minha vocação. Já em setembro é mês da alegria, mês da primavera. E, nós, comunidades cristãs, queremos debruçar um pouco mais na Carta Magna do nosso Deus. Em toda celebração, oração e reflexão usamos a Bíblia, resumo de toda força do amor de Deus em diálogo com os homens, manifestando-se como pai e libertador.
Muita gente lê a Bíblia como um livro histórico, muito bonito. Outros tentam, de sua maneira, trazer para sua vida os seus interesses. Esquecemos que Deus tem dois livros: o livro de nossa vida, das coisas, do mundo, dos acontecimentos; e a Bíblia, conjunto de muitos livros que contam histórias de muitas pessoas, em muitos lugares e em épocas diferentes. A Bíblia nos foi dada para entendermos melhor o livro da vida. É como um manual de orientações para gente fortalecer, montar, consertar e lutar por uma vida melhor para todos. A Bíblia é motor da comunidade, pois nasceu de um empenho comunitário. Ela brotou da caminhada de um povo oprimido que, comunitariamente, buscava a libertação, com apoio no Deus da vida. Vamos tirar a poeira da nossa Bíblia e ler para interpretar a vida. Bíblia e vida são como marido e mulher: devem sempre andar juntos e se entenderem. Frei Rozântimo Antunes Costa
O jornal do FRA é uma publicação do Santuário Santo Antônio do Valongo Reitor e Pároco: Frei André Becker/ OFM Vigário: Frei Rozântimo Costa Realização: Pastoral da Comunicação do Santuário Santo Antônio do Valongo Jornalistas responsáveis: Fernanda Felix e Eduardo Caetano Diagramação: Diego Silva Rubido (13) 9123-1806 Tiragem: 3.000 exemplares Impressão: Grafinorte S.A (43) 3420-7777 Santuário Santo Antônio do Valongo Largo Marquês de Monte Alegre, 13 Valongo – Santos (SP) Telefone: 3219-1481 e-mail: ssavalongo@uol.com.br Horários da secretaria: Segunda-feira: Santuário fechado De terça a sábado, das 8 às 19 horas Horários de missa: Terça-feira: 12, 15 e 19 horas (com distribuição do pão de Santo Antônio) Quarta-feira: 19h30 (Missa de louvor) Domingo: 8 e 19 horas Última quinta-feira de cada mês: Missa de Santo Antônio de Santana Galvão, às 10 e 15 horas 1ª sexta-feira de cada mês: 19 horas Missa do Sagrado Coração de Jesus: 19 horas Paróquia Nossa Senhora da Assunção Praça São Bento, s/n Morro São Bento – Santos (SP) CEP: 11082-310 – Telefone: 3235-1277 e-mail: paroquiadaassuno@yahoo.com.br Horários da secretaria: De terça a sábado, das 14 às 19 horas Horários de missa: Missa de louvor: 1ª segunda-feira do mês – 20 horas Terça-feira, quinta-feira e sábado – 19 horas Domingo – 8h30 e 19 horas Missa Sagrado Coração de Jesus 1ª Sexta-feira do mês Missa de Santo Antônio de Santana Galvão - toda última quinta-feira do mês, às 19 horas
Missa no Mosteiro de São Bento (Museu de Arte Sacra de Santos) Domingo: 11h30
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Dia da Consciência Nacional
Semana da Família
Povo na rua: Reprodução
Sintomas da paternidade
D
grito de alerta!
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políticos no Brasil agem como se fossem imperadores, sem respeito às necessidades do povo, e têm trabalhado muito pouco em benefício do povo que o elegeu. O povo na rua apresenta um momento de superação importante para o País. É preciso que cada um relembre de suas responsabilidades como cidadão. Responsabilidades de também ser um cuidador do Brasil. É preciso relembrar que não há salvadores da Pátria (nem no Executivo, nem no Legislativo, nem no Judiciário!). Unidos em grupos, ocupados em vigiar, denunciar e fazer a construção de um novo País, pode ser a solução para o Brasil do presente e do futuro. Este é o caminho para reaprendermos a CUIDAR uns dos outros e do Brasil. Este é o caminho para protegermos o que Deus criou. Mãos à obra! Francisco Emílio Surian
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ânsia de comer algo diferente em horários malucos. Fui crescendo nesse misto de alegria e medo. Por fim, completei as semanas e tive parto doloroso, ansioso, tudo era uma tempestade na madrugada. Nasci entre lágrimas, agonia, falta de ar... No fim, o sol brilhou, claro e reluzente, olhos azuis, choro apertado, sensação diferente. Mas houve um momento em que tive a certeza de ser pai, quando, em meio ao choro, eu falei: “Oi, Clara!” E o choro cessou. No Dia dos Pais, agradeci àqueles que me transformaram em alguém melhor: minha esposa Juliana e meus filhos, Clara e Antônio Marinho. Obrigado! Maicon Marinho
curiosidade
Morte de Santo Antônio Você já reparou como é composto o presbitério de nosso Santuário? Então sabe que nele há passagens da vida de Santo Antônio retratadas em azulejos. Você observou que na cena alusiva a sua morte, embora ocorrida no século XVI, há um frade contemporâneo do século XX? Por quê? Ora, é simples! Ele é o único que, nessa época, já usava óculos, mas é claro que isso foi simplesmente uma especial
homenagem realizada pelo pintor português Benedito da Silva Junior, autor das cenas retratadas, ao diretor e restaurador deste então Convento, o Frei Vicente Borgard, em 1938. Claudia Gonzaga e Cleide Augusto
Fotos Elaine Rodrigues
epois de muito tem- sociais no início de julho, po em silêncio, o parece resumir o momento Brasil volta às ruas. social e político que vivemos Muitas pessoas reagem com no Brasil e pode nos condudesespero: fechar portas e zir a uma profunda reflexão: assistir à novela. Triste sina. “Muitos de nós, incluindo ‘Povo marcado, povo feliz’. O também eu, estamos desocostumeiro assossegamento rientados, deixamos de esdo brasileiro tem gerado pra- tar atentos ao mundo em gas que destroem o País, cor- que vivemos, não cuidamos, roem a Nação. É preciso cor- não protegemos o que Deus tar o mal pela raiz, criou para todos, e eliminar a praga e também deixamos zelar para que não É o caminho de ser capazes de mais proliferem. nos protegermos para CUIDAR O povo na rua uns aos outros. E do Brasil não é uma praga quando esta desourbana. Pelo conrientação assume trário, apresentouas dimensões do -se como uma tentativa es- mundo, chega-se à tragédia pontânea para eliminar as como a que assistimos” (Papa pragas que se estabelecem Francisco). no Brasil. O silêncio das Estar atento ao Brasil e massas, reprimidas desde o aprender a cuidar uns dos Golpe Militar, permitiu que outros pode ser um dos prias estruturas de poder fossem meiros resultados do moocupadas por pessoas que es- vimento que ocupa as ruas. queceram do povo, abando- Para isso, é preciso lembrar nando o País às migalhas. que este é um País rico, com Uma frase do Papa Fran- um povo empobrecido e cisco, que circulou nas redes abandonado. Boa parte dos
Quando ouvi um “estou” ecoando dos lábios de minha mulher, foi aí que descobri que minha vida começara. Tudo ficou turvo, perdeu o sentido e para onde seguir? O desespero por não haver nada concreto me deixou desesperado! O que fazer? Fechei-me nos pensamentos de tentar entender o que é ser pai, mas não é algo que se compreende, mas se sente. Foram nove meses tentando compreender o que acontecia. Duas vidas necessitavam de meu amor e, principalmente, atenção. O amor me alimentava, o receio matava minha sede. A força de vontade era minha náusea. O praticar tarefas era a minha
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Mês vocacional
iço rv se ao a vin di ão aç st fe ni Ma : o çã ca Vo tal o d r sace relig
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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dedica o mês de agosto às vocações, e ele é então considerado o “mês vocacional”
endo a Igreja uma comunidade entre os batizados, ou seja, os “filhos de Deus”, deve haver unidade entre seus membros e cada um realiza a missão, a partir do carisma recebido, dos serviços e ministérios exercidos, estabelecidos em:
S
diáconos; c) Consagração das Religiosas/Associações Religiosas: vida em comunidade com profissão de votos; d) Leigos e leigas consagrados: vivem no mundo em família, mas também professam votos.
- Vida Consagrada: a) Religiosos e religiosas: professam votos, vivem em comunidade, de acordo com o carisma e a espiritualidade de seu fundador ou fundadora; b) Ministério sacerdotal: bispos, presbíteros e
Todos estes estão no mundo com o firme propósito de viver a vocação recebida no batismo, de acordo com a Palavra de Deus. E o jornal FRA parabeniza aqueles que consagram sua vida ao Senhor, expressando testemunhos de vocação:
catequista
o
leig
Seguir a vocação é escolher um caminho para atender ao chamado de Deus
Vocação leiga O termo “leigo” significa, para a Igreja, “aqueles que foram batizados”, mas que não receberam nenhum ministério ordenado, que é constituído exclusivamente por aqueles que pertencem as chamadas “ordens sacras” (bispos, padres, religiosos, religiosas e diáconos). Assim sendo, o Concílio Vaticano II (1962/1965) resgatou o papel dos leigos no testemunho da vivência do Evangelho. O testemunho se irradia com a presença dos leigos diante das necessidades, manifestadas por aqueles que buscam o alívio de seus males. Enquanto leigos, devemos nos tornar a imagem do próprio Cristo, refletida no espelho que, em nós, os olhos de nosso próximo enxerguem. A Igreja, reconhecendo o valor da atuação leiga, estabeleceu, em 1991, o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas, comemorado em 20 de novembro. Claudia Gonzaga e Cleide Augusto
Claudia Gonzaga e Cleide Augusto
Vocação Sacerdotal O sacerdócio é vocação. E, “para O sapato só sempre”! O salmo diz que com a benvai atingir sua ção de Melquisedeque, que era rei e vocação, quando sacerdote de Salém. É uma vocação fizer tudo que que nasce na comunidade, despertatinha que fazer: servir, servir e da em um coração sensível, em uma servir... e não pessoa normal, consciente do que é servir mais a vida. Chamamos de vocação porque não é um serviço que depende de um salário, mas apenas de alguém que se doa integralmente aos outros; principalmente aos que mais precisam, seguindo o exemplo de Jesus, que veio aos marginalizados. Sendo assim, o sacerdócio é um chamado na vida real para o homem servir aos seus irmãos, guiado pelo Espírito divino. Ser vocacionado ao sacerdócio é, pois, querer fazer a vontade divina. O sapato tem a vocação de calçar o pé conforÉ deixar a própria vontade, desejo, vaidade, egoísmo. É superar o que mais tavelmente, de proteger e suportar durante um trazemos de primitivo em nós. é servir uma bom tempo os percalços por onde passa: seja vontade que não é nossa e que se confronta por terra, lama, asfalto. Seja calor, frio, chuva; com o pensamento lógico. Às vezes, provo- suportando pé chato, com chulé, rachado. O sapato só vai atingir sua vocação, quando cando confusões ao que se apresenta como candidato, que passa por formação, acompa- tiver passado pelos meios: gasto, a sola furada, nhamento e, mesmo assim, a vocação sacer- sem brilho; ou seja, quando fizer tudo que tidotal vai ser compreendida na vida vivida, no nha que fazer: servir, servir e servir... e não sercompleto envolvimento, sem negar a realida- vir mais. Aí sim, vão dizer: foi um bom sapato. de circundante. Comparo a vocação sacerdotal ao sapato. Padre Valfran Santos (Paróquia São João Batista)
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Vocação religiosa “Vocação é o chamado à Santidade. É o chamado a ser filho de Deus!”. Minha vocação teve origem na família, desde a infância, e foi nela que, meu pai me aconselhou: “seja responsável por si mesma”. Cresci valorizando os ensinamentos da catequese. Pensava constituir família e, aos 18 anos, eu me tornei funcionária pública municipal de Currais Novos (RN), onde nasci. Um fato marcante, que despertaria minha vocação religiosa, aconteceu quando tinha 23 anos e tive contato com as missões franciscanas (Frei Aquino) e senti o desejo que precisava mudar, encontrar uma resposta para o que sentia, pois não compreendia, mas hoje sei que era o chamado. Passados 13 anos, conheci a Toca de Assis e perguntei a mim mesma: “Que queres de mim Senhor?”. Continuei minha busca, mas a Toca de Assis foi mesmo a escolhida. A Toca tem casa em Natal (RN) e foi lá que tive a resposta e aceitei seguir a vocação, pois esta veio direto do coração de Deus para o meu coração. Assim, iniciei a vida religiosa com um ano de experiência pastoral, atuando nas pastorais carcerária e hospitalar, mas seguia, com minhas atividades junto à família e ao
trabalho. Somente após esse período, avisei meus pais que seguiria a vida religiosa, afastei-me do trabalho. Depois, em 2004, pedi exoneração e dei início à vida religiosa passando dois anos como vocacionada externa, aspirantado, postulantado (dois anos), noviciado (dois anos), consagração, profissão dos votos: castidade, pobreza e obediência. Junto com minhas irmãs, desenvolvo trabalhos na Pastoral de Rua, evangelização, depoimentos, testemunhos para jovens nas paróquias. Quanto à vida religiosa, diariamente participamos da missa, adoração ao Santíssimo, leitura da Palavra, formação humana e espiritual e ainda oração pelos sacerdotes. Somos gratas a todos aqueles que nos auxiliam. Deixo, especialmente aos jovens, o seguinte lembrete: “Não tenham medo de seguir a Cristo, pois ‘Ele’ continua chamando a todos para a vida sacerdotal, religiosa e matrimonial, de onde saem todas as santas vocações”. E digo ainda que vale a pena escutar o chamado, mas também dar uma resposta pois, nela se encontra a felicidade, a alegria de ser esposa de Cristo. Irmã Maria Regina (Toca de Assis)
Maria da Conceição Santos Lima
É preciso deixar o coração arder pelo caminho ao escutar a voz do Mestre que nos ensina e nos envia. É preciso anunciar que Ele está vivo e que o sepulcro está vazio porque a vida venceu a morte. É reconhecer a força do Ressuscitado no partir e repartir o Pão. O nosso sim se torna fortaleza ao aceitar o envio. E a certeza de que ser catequista é um chamado de Deus não é algo pessoal, mas obra divina, graça, e que você é especial, melhor dizendo: todo catequista é especial para Deus. Essa vocação foi gestada no coração do Pai, para que pudesse chegar aos corações dos filhos e filhas com a mensagem da VIDA: JESUS CRISTO. Não somos só transmissores de ideias, conhecimentos, doutrinas, pois nossa experiência está no ENCONTRO PESSOAL com a pessoa de Jesus Cristo. Essa experiência é comunicada pelo SER, SABER E SABER FAZER em comunidade. O ser e o saber do catequista se sustentam na espiritualidade da gratuidade, da entrega, da certeza de que o SENHOR está presente. E a recompensa é o abraço da gratidão de muitas pessoas, vidas agradecidas pela sua presença na educação da fé. Agradeço a Deus, que um dia me chamou a viver com a alegria a vocação de discípula missionária, na vida da minha comunidade, hoje e sempre. E a você meu irmão e minha irmã, muitas bênçãos na sua caminhada de ser catequista. Valdelice dos Santos Silva
Dia do Padre/São João Vianney
Momentos de reflexão O mês de agosto é dedicado às vocações e nele lembramos com carinho especial das vocações sacerdotal, pais, religiosos e religiosas, leigos e leigas, catequistas. Em todas as vocações, pessoas são chamadas a exercer sua missão dando o melhor de si para o bem do outro. Santa Clara, em seu testamento, nos diz: “Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente da generosidade do Pai de toda misericórdia e pelos quais temos que agradecer ao Pai de Cristo, está a nossa vocação, que quanto maior e mais perfeita, mais a Ele é devida”. Foi Deus quem nos deu a nossa vocação para realizemos uma missão muito especial. E para realizá-la de maneira concreta, precisamos redescobrir o Deus que habita dentro de cada um e colocar vida no que fazemos. Pensemos firmemente como, certamente, pensou Santa Clara: Deus está em mim. Nada temo. Sigamos em frente realizando a nossa missão.
Vocação: catequista
Santa Clara: “Deus está em mim. Nada temo”
Conhecido por Cura D’Ars, nasceu em Dardilly (França), em 1786, sendo sua família constituída por camponeses. De origem humilde, voltava sua atenção aos menos favorecidos, mas também não se esquecia daqueles que não compreendiam o valor da fé. Ordenado sacerdote em 1815, dedicou-se a evangelização, chegando à cidade de Ars, em fevereiro de 1818, com o título de vigário, capelão, sendo responsável por uma capela semi-abandonada. Admirador de São Francisco de Assis, era inscrito na Ordem Terceira Franciscana e tinha no santo seu modelo de vida. Assim, transformou a pequena Ars, que antes, movida pelo pecado, orgulhava-se de suas tavernas e hospedarias (prostituição), numa terra na qual seu exemplo de bondade, generosidade e principalmente na
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humildade fez florescer o ideal cristão. Sua vivência da fé tornou o vigário capelão João Maria Vianney em Cura D’Ars, de acordo com hierarquia religiosa de sua época. Canonizado pelo Papa Pio XI em 1925, foi em 1929 declarado pelo sumo pontífice padroeiro de todos os párocos do mundo. Sua memória é celebrada em 4 de agosto. Claudia Gonzaga e Cleide Augusto
Setembro
Bíblia: busca de Deus A
Igreja dedica o mês de setembro à Bíblia, pois, sendo agosto o mês vocacional, nele acontece o despertar das vocações, leigas ou religiosas. Já em setembro, a Bíblia nos revela o “caminho” para a vivência da vocação. Mas sabemos realmente seguir tal caminho? Conhecemos sua origem? E ainda, de que maneira, podemos, de fato, chegar a Ela, trazê-la para nossa vida?
As respostas a esses questionamentos estão no primeiro livro que Deus escreveu para nós; ou seja: A Natureza – Criada por Deus, a natureza contém tudo aquilo que nos envolve e, por meio dela, Ele nos transmite a sua mensagem de “AMOR e de JUSTIÇA!”. Assim, a Bíblia foi sendo escrita por diversas civilizações e ao longo da história, a partir de 1.250 A.C. (Antes de Cristo), e concluída 100 anos
Bíblia, biblioteca do Povo de Deus!
Observando a ilustração, verificamos que a caminhada do povo de Deus se constitui nos 73 livros bíblicos. Portanto; o Antigo Testamento é o botão e o Novo Testamento é a flor que dele se originou, ou seja, um se explica no outro.
após o nascimento de Jesus, em 100 D.C. (Depois de Cristo). Mas, afinal, de que maneira a Bíblia é constituída? Seu conteúdo é chamado Testamento, palavra derivada do grego que significa “pacto ou aliança” e, nela, há dois períodos, de acordo com o nascimento de Cristo, conhecidos como: Antigo e Novo Testamento. O Antigo abrange o período A.C. e o Novo denota o período após a vinda de Cristo (D.C.).
Os cinco violões Em uma sala, havia cinco violões. Em certo momento, a porta se abriu e o afinador entrou. Ele pegou um dos violões e começou a afinar uma das cordas e o violão começou a gritar de dor. Um dos violões, porém não entendia o porquê do afinador estar fazendo isso, não ligava para a dor e os gritos do violão; até que, quando ele começou a tocar em todas as cordas, o afinador produziu um som bonito, o qual percebeu que o violão estava afinado. Em seguida, foi para o segundo violão e havia na sala um violão que estava com tanto medo e não entendia o que se passava, que se escondeu até debaixo de uma cadeira. Após afinar os quatro violões e não vendo o que estava escondido, saiu. O
Bíblia e a realidade atual A Bíblia hoje: A Bíblia foi escrita para nos ajudar a melhor compreender o verdadeiro sentido da vida, mas frente aos inúmeros problemas expressos em nossa atual realidade, será que ela ainda exerce papel destacável enquanto estímulo para as transformações que se fazem necessárias? Outro questionamento possível seria: qual o valor dado à Palavra de Deus enquanto espelho de nós mesmos, enquanto propagadora da fé, da esperança, do perdão, da con-
fiança no “Senhor da Vida”? Não temos uma real resposta, uma receita que seja capaz de elencar “fórmulas mágicas” que propiciem a solução das dificuldades de cada um de nós. Porém, o primeiro passo para aviar tal receita estaria contido nas palavras de Santo Agostinho, que nos diz: “A Bíblia, o segundo livro de Deus, foi escrita para nos ajudar a ‘decifrar o mundo’, para nos ‘devolver o olhar da fé’, e para transformar toda realidade numa grande revelação
de Deus.”. Assim sendo, todo aquele que lê, que estuda a Bíblia, mas não volve o olhar para a realidade social de seus irmãos, não observando suas necessidades físicas, emocionais ou sociais, não a compreende pois esta é a luz para a busca de um novo tempo, no qual a verdadeira fraternidade se faça presente, na caminhada rumo à edificação do Reino de Deus para todos nós. Entre a coragem e o medo, há uma grande distância.
quinto violão ficou satisfeito, pois não passaria pela dor. Os músicos da banda chegaram para pegar os violões e perceberam que estavam afinados; quando o último músico pegou o violão que ficara escondido percebera que estava com um som horrível, jogou-o de lado e saiu da sala. O violão disse: Por que eu fiquei aqui sozinho? Por que não querem me usar? Enfim, ele sentiu-se um rejeitado e ficou depressivo. *MORAL: Não faça como o violão, não se afaste de Jesus nas provações. Deixe o Senhor agir em você da maneira como Ele julgar melhor, através da dor, Ele está fazendo-te uma nova pessoa. (PARÁBOLA) Claudia Gonzaga e Cleide Augusto
São Jerônimo vive D.C. Era possuidor d ra literária e bíblica, c a serviço de Deus, na do do Papa Dâmaso, q preparar a primeira g Bíblia grega e hebraica mada Vulgata, concluí A edição de São Je ainda o texto bíblico ofi lica Romana, que o rec da Igreja (um dos fun católico) e ainda douto as mulheres que o ajud destacam-se: Paula, Eus Viveu seus últimos cidade de Belém, em damento ao estudo da
Bíblia: a maior obra literária de todos os tempos Elaine Rodrigues
Já que em setembro celebramos o mês da Bíblia, resgato aqui uma matéria que escrevi para um site cultural ainda recém-formado, há quase dez anos, na qual tive a oportunidade de entrevistar o falecido e saudoso padre Waldemar Valle Martins. Além de me dar uma aula sobre o tema, ele chegou a me emprestar livros para a elaboração deste texto. Por uma questão de (falta de) espaço, precisei cortar alguns parágrafos, mas não podia perder a oportunidade de dividir esta matéria com a minha comunidade: Durante milênios, a linguagem da Bíblia desperta fé e curiosidade em cristãos e não cristãos de todo planeta, por narrar a caminhada do povo de Deus e por ser a mais bela reunião de estilos literários. A Palavra de Deus não foi escrita por Ele (lógico!). Muitas mãos redigiram a Bíblia, inspiradas pelo Pai, com o intuito de registrar o monoteísmo e seu contexto histórico. A primeira divisão é feita entre Antigo e Novo Testamento. O primeiro narra a origem do mundo e a aliança de Deus com seu povo. Já o segundo, o início do cristianismo. Cada um é subdividido em pequenos livretos, escritos por autores diversos, em diferentes séculos. O papel utilizado à época, o papiro, não possibilitava a paginação porque uma folha era colada à outra. Cada livro era uma espécie de rolo, por isso era tão curto. Os diversos livros têm os mais diferentes objetivos, como formar comunidades, denunciar a exploração
eu entre 342 e 420 de uma vasta cultucolocou seu talento época do pontificaque o encarregou de grande tradução da a para o latim – chaída em 384. erônimo, a Vulgata, é ficial da Igreja Catóconhece como Padre ndadores do dogma or da Igreja. Dentre daram nesse trabalho, stáquia e Crisóstoma. s 35 anos de vida na constante aprofuna Sagrada Escritura.
Sua festa é celebrada em 30 de setembro (mês que comemoramos a Bíblia). O seu nome civil era Eusébio Sofrónio. Foi um padre e apologista cristão (defensor da fé cristã). É padroeiro dos bibliotecários,tradutores e patrono das secretárias, que também têm seu dia em 30 de setembro. A Vulgata foi publicada cerca de 400 D.C., poucos anos depois de Teodósio I ter feito do cristianismo a religião oficial do Império Romano (391). É reconhecido pela Igreja Católica como santo e Doutor da Igreja, e como santo pela Igreja Ortodoxa Oriental, onde é conhecido como São Jerônimo de Estridônio ou Abençoado Jerônimo.
Eduardo Caetano
Elaine Rodrigues
Fotos Reprodução
Quem foi São Jerônimo?
do Império Romano ou apresentar a pessoa de Jesus Cristo. Para o padre Waldemar Valle Martins, que foi fundador da Universidade Católica de Santos, não se devia fazer uma interpretação ao pé da letra dos livros bíblicos. “Cada época oferece uma linguagem, pela qual nos manifestamos. A Bíblia trabalha com metáforas e ideologias. Na criação do mundo, Deus não contou até três e tudo surgiu num piscar de olhos. Nem pegou seu martelinho e foi esculpindo passo a passo”, disse à época. O sacerdote esclarecia que o mundo tende a um desenvolvimento natural. “Temos evoluído desde a biosfera até o surgimento do homem, da evolução do homem à semelhança de Cristo. Ainda estamos neste processo. O homem exprime da língua o que admite ser divino. Moisés jamais falaria em células e átomos porque sequer sabia que isso existia”, disse padre Waldemar. Na ocasião, padre Waldemar recordou que a Bíblia é muito rica e diversa em seus mínimos conteúdos, o que torna sua leitura difícil. “É necessário estudo, envolvimento, dedicação. Sem contar as traduções pelas quais passou. Foi escrita em hebraico e aramaico. Depois, os judeus a traduziram em grego. No século IV, São Jerônimo a traduziu para o latim e, alguns séculos depois, foi traduzida pelas línguas neolatinas”, finalizou.
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André Soares
7 de setembro
O Grito dos Excluídos na visão do Projeto Educafro
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Grito dos Excluídos é conhecido como uma manifestação, reconhecido como um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos sociais e entidades que os defendem, buscam mudanças. É um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, denunciando as condições de crescente exclusão social da sociedade brasileira. A sociedade tem “fome e sede de justiça”, Mateus 5:6. Eis que surge o Grito dos Excluídos, uma reação popular que fortaleceu os mo-
vimentos sociais. É com esta gigantesca energia de busca a saciar a “fome e a sede justiça social”, que o povo da Educafro (Educação, Cultura e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes), que é vítima da exclusão em vários setores da vida social e econômica no Brasil, se movimenta. O nosso projeto consiste em desenvolvermos um trabalho focado na educação e no ingresso dos pobres, afrodescendentes e indígenas nas universidades brasileiras. Convocamos a sociedade a refletir sobre as Ações Afirmativas, sendo uma nova forma de se trabalhar por políti-
cas públicas, principalmente na questão da educação. Compreendemos a importância das cotas enquanto medida paliativa, tendo como objetivo a reparação da injustiça histórica, lembrando que se faz necessário políticas públicas cada vez mais amplas. Portanto, entendemos que a construção do novo cidadão está na desconstrução da postura individualista, a qual alimenta o perfil indiferente ao mundo que o cerca. Decidimos concentrar nossa reflexão neste foco e esperamos ter compartilhado com todos um pouco daquilo que acreditamos ser a missão dos
seguidores de Cristo, Zumbi, Dandara e Martin Luther King, que se articulam no espaço chamado de Educafro. Paz e bem! Ana Cristina Silva Coordenadora do Projeto Educafro Núcleo Valongo
Pela educação, o projeto Educafro busca o ingresso na universidade dos excluídos social e a formação de novos cidadãos
Crônica
Embora aquela igreja do Centro Histórico de Santos tenha o nome de Santo Antônio do Valongo, quem está na frente para nos recepcionar é a imagem de São Francisco, já que Santo Antônio era seu fiel seguidor. São Francisco fica lá como guardião do templo, por 24 horas, tomando chuva e sol, passando frio e calor. Ele fica lá impassível e absolutamente nada o faz abandonar o seu posto. Diante daquele São Francisco acontece de tudo um pouco. As pessoas oferecem flores a ele, sentam para tirar foto, conversar, e, de vez em quando, até pratinho de doce deixam aos seus pés. Um dia desses, uma cena diferente chamou a atenção de todo mundo que passava por ali. Um urubu estava lá,
E ninguém melhor que São Francisco para ouvir os lamentos de um urubu, um bicho tão rejeitado, que vive no lixo e está cercado de preconceitos
Maria Glória Dias
O urubu de São Francisco
pousado no capuz do nosso amigo Francisco. Estava parado, perdido em seus pen-
samentos, parecia mesmo que estava ali para se sentir protegido pelo padroeiro dos
animais... E ninguém melhor que São Francisco para ouvir os lamentos de um urubu, um bicho tão rejeitado, que vive no lixo e está cercado de preconceitos. Quase ninguém gosta de um urubu, todo mundo quer que ele fique bem longe do nosso convívio, então nada melhor que Francisco, o Santo de Assis, para acolhê-lo. E assim ficaram os dois, por um bom tempo, trocando ideia um com o outro, talvez o urubu contando a ele sobre seus desencantos da vida e a necessidade que ele tem de ser amado, de ser menos discriminado pelas pessoas que sempre o veem como sinal de mau agouro ou que só o colocam como personagem em histórias de bruxas. É possível que São Francisco tenha respondido a ele que não importa quantos o amam,
mas sim quem o ama e que naquele local a grande ave negra tinha o seu lugar garantido, pois o amor do santo era incondicional e suficiente para abranger as criaturas do universo. Então chegou a hora do urubu levantar voo. Foi ganhar o mundo com suas asas da liberdade. Dessa vez, foi um voo leve, sem o peso da tristeza, na certeza de que no jardim daquela igreja havia encontrado um grande e eterno amigo. E que o santo dos pobres estaria ali todas as vezes que ele precisasse do carinho de alguém. E, de repente, aquele urubu, que chegou lá triste e pensativo, foi embora feliz e se sentindo um privilegiado por ter conhecido um amigo tão especial como São Francisco de Assis. Maria Glória Dias
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17 de setembro
Estação das flores
Chagas de São Francisco: misto de amor e dor (OFS) Valongo, refletindo sobre a impressão das chagas de São Francisco, buscava-se um bom exemplo para melhor entender o significado desse acontecimento na vida do santo. E a melhor comparação encontrada foi a de dar à luz: dor e alegria muito intensos, e que não terminam após o parto. É para a vida toda. O amor de mãe é imenso, incondicional, mas é apenas dedicado aos filhos. O amor de Jesus é para toda a humanidade. E São Francisco pode experimentar esse amor intenso de Jesus e assim suportar a grande dor da impressão das chagas. Sua graça foi alcançada. Ana Maria Rodrigues Lima André
S
ão Francisco recebeu as cinco chagas de Cristo em seu corpo: nas mãos, nos pés, no coração. Esse acontecimento é celebrado por toda a família franciscana no dia 17 de setembro. Na grande aventura da vida terrena, São Francisco ousou fazer esta oração: “Ó Senhor, meu Jesus Cristo, duas graças eu te peço que me faças, antes de eu morrer: a primeira é que eu sinta na alma e no corpo, tanto quanto for possível, aquelas dores que tu, doce Jesus, suportastes na hora de sua Paixão. A segunda, é que eu sinta no meu coração, tanto quanto for possível, aquele excessivo amor, do qual tu, Filho de Deus, estavas inflamado, para voluntariamente suportar tal Paixão por nós pecadores”. Certa vez, num encontro da Ordem Franciscana Secular
11 de agosto
Santa Clara
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uitas pessoas gostariam de ter ido ao Rio de Janeiro para ver a chegada do Papa Francisco, ouvir suas palavras, sentir a energia provocada pela multidão lá presente, mas pelos mais variados motivos não puderam participar desse momento tão importante para os católicos. Mas, por meio da televisão, puderam seguir os passos do Papa Francisco em solo brasileiro, ver e ouvir tudo como se lá estivessem. É tecnologia, mas parece milagre.
Imagem que representa o momento em que São Francisco recebe as chagas, na Capela da OFS Valongo
Padroeira da televisão
Santa Clara foi apresentada como padroeira da televisão porque, numa noite de Natal, em Assis, estando ela doente deitada em sua cama no convento, ouviu, como se
estivesse presente, os cantos piedosos executados na celebração da igreja de São Francisco, e viu o presépio do Menino Deus. Para Santa Clara foi um milagre.
“Por isso é conveniente que Clara, que se destaca em brilho pelo louvor da integridade e traz tanta luz para tão grandes trevas, presida e ajude esta arte para que, através deste luminoso instrumento, tornem-se mais claras a verdade e a virtude, em que é bom que se fundamente a vida dos cidadãos.” (Carta Apostólica de 1958, em que o Papa Pio XII declara Santa Clara patrona celeste da televisão)
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Ana Maria Rodrigues Lima
Primavera: vida que renasce
Primavera é vida que renasce; é estação do amor, do desabrochar das flores, do acasalamento entre os animais. É Deus sorrindo para o mundo. Tomás de Celano, biógrafo de São Francisco, assim escreveu sobre o santo: “Que alegria ele sentia diante das flores, vendo sua beleza e sentindo seu perfume! Passava imediatamente a pensar na beleza daquela flor que brotou da raiz de Jessé, no tempo esplendoroso da primavera (aqui se referindo a Jesus). Quando encontrava muitas flores juntas, pregava para elas e as convidava a louvar o Senhor como se fossem racionais”. É bem verdade que, neste mundo moderno onde o concreto predomina nas cidades, fica cada vez mais difícil identificar as estações. Só percebemos o frio e o calor. Temos que ficar atentos aos sinais, nos pequenos jardins das casas, nos grandes jardins da praia, nas floreiras possíveis nos aparta-
A primavera nos convida a louvar como São Francisco fazia
mentos, na árvore quase esquecida na rua. Não podemos passar distraídos pela vida. A estação da primavera nos convida a rezar e louvar como São Francisco fazia, mas nos convida também a refletir sobre os rumos que estamos dando ao mundo natural. Oração, reflexão e ação devem caminhar de mãos dadas. Ana Maria Rodrigues Lima
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Jufra
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ecentemente, realizamos um encontro vocacional com jovens da comunidade do Embaré. Após o encontro, na volta para casa, no banco de trás do carro, uma menina falava com entusiasmo sobre a JMJ, mesmo não tendo ido para o Rio de Janeiro. Falou da sua experiência pessoal e contou que voltou para a Igreja por causa do Papa Francisco. Essa história não aconteceu longe de nós, e acredito que diversas pessoas estão tendo a oportunidade de vivenciar uma história parecida. Um Papa jovem, alegre, que traz perspectivas entusiasmantes para a Igreja. Todas as outras religiões têm olhado com bons olhos esse jeito do Papa Francisco. Sua humildade, seu jeito acolhedor, sua mensagem direta ao coração daqueles que tem buscado na Igreja um caminho para serem melhores cristãos, deixa para os jovens um legado muito grande e produtivo. Aqueles jovens que encontravam desafios em suas comunidades, por diversos motivos, podem ver e viver com a esperança de uma abertura para acolhê-los porque não são eles
Jurfra
Papa Francisco e o fruto da Jornada para os jovens
A Jufra participou da Jornada Mundial da Juventude
que pedem isso, é o próprio Papa. Nesse sentido, voltamos com uma missão: “Ide e evangelizai, não tenham medo de ir contra as correntes do mundo”. Essa experiência é, aos poucos, percebida nas comunidades. E o Valongo pode contar com a Juventude Franciscana para experi-
mentar esse jeito jovem de ser Igreja. “ESSA É A JUVENTUDE PAPA”. Nos apresentamos ao Papa em milhões e queremos nos apresentar com o mesmo entusiasmo bem aí, perto de você! Leonardo Augusto Lima Fagundes Silva
notas Missa da Juventude A partir de 29 de setembro, a Jufra Valongo promoverá a “Missa da Juventude com Café Vocacional”, uma oportunidade perfeita para reunir e refletir com os jovens. O evento acontecerá a cada três meses, sempre no quinto domingo, na missa das 8 horas no Santuário Santuário Antônio do Valongo.
Encontro Vocacional Jufra Valongo e OFS Embaré No dia 10 de agosto, a Jufra Valongo realizou, junto a OFS do Embaré, um “Encontro Vocacional” que reuniu também jovens da juventude paroquial, acólitos e catequistas do Embaré. O objetivo do encontro foi apresentar aos participantes o Carisma Franciscano vivido na Jufra e OFS, plantando a “sementinha de Francisco” nos jovens da comunidade.
Encontro Regional da Jufra Acontecerá nos dias 18, 19 e 20 de outubro o EnCORJUFRA - 40 anos, encontro que reunirá aproximadamente 100 jovens de JUFRAs, vindos de diversas cidades do Estado de São Paulo. Pelo fato da JUFRA Valongo ser a primeira Fraternidade do Estado, o evento será especial e acontecerá em Santos entre as fraternidades do Embaré e Valongo. Saiba mais, participe e ajude! Informações com Juliana pelo telefone (13) 8118-0359
Espaço Saúde
Tratamento da Coluna O que é quiropraxia? É o tratamento e a prevenção do sistema neuro-músculo-esquelético Quais são os sintomas? Os mais comuns são formigamento, com ou sem dor, na coluna. Geralmente com irradiação para os membros. Também podem ocorrer diminuição da sensibilidade ou fraqueza muscular, formando uma hérnia de disco. A terapia de inversão foi usada para aliviar as dores das costas já no ano 400 A.C. O diagnóstico mais frequente é a hérnia de disco, cujo surgimento é muito comum a partir dos 40 anos. Estudos apontam que, depois dos 45 anos de vida, iniciam-se o processo degenerativo no último disco das regiões lombar e cervical, que pode levar a sintomas como dor, que pode ser localizada na coluna ou irradiada para perna ou braço, associada à dormência, formigamento e até perda de força. O que a inversão pode fazer por você? Com base na experiência de milhares de pessoas pelo mundo que utilizam regularmente, encontramos os seguintes resultados: alívio de dores na coluna, estimulação da circulação sanguínea e do sistema linfático, correção postural, fortalecimento dos músculos e dos ligamentos, melhora da flexibilidade e de todas as capacidades físicas, oxigenação cerebral e rejuvenescimento.
Oswaldo S. Andrade (quiroprata) Rua São Sebastião, 255 – Santos Telefone: 3296-2575/ 9777-3121 e-mail: osal21@bol.com.br
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ção Paróquia da Assun
Fotos Elaine Rodrigues
novena
Festa da Assunção de Nossa Senhora
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ntre os dias 08 e 16 de agosto, a Paróquia Nossa Senhora da Assunção celebrou a novena em honra da Assunção de Maria. Foram dias de reavivamento da fé, uma vez que o tema da festa foi: “Maria, Mãe e Modelo da Igreja, no Ano da Fé” e o lema “A Fé é a Vitória que vence o mundo”. E, cada dia, a presença de Maria revigorou e incentivou a cada um a dar continuidade ao projeto de edificação do Reino de Deus. No dia 17, foi celebrada missa em louvor a Maria, a qual foi trans-
mitida pela TV Santa Cecília. Mas, a grande festa aconteceu no domingo, dia 18 de agosto. Logo pela manhã, a já tradicional procissão de motociclistas homenageou a padroeira. Na missa celebrada por Frei André, Maria foi coroada pelas crianças
Ao anoitecer, na hora da Ave Maria, às 18 horas, Maria, Senhora da Assunção, caminhou junto com seus filhos em procissão. Preces e cânticos ecoaram e atraiam aqueles que, ao longo do percurso, uniam-se à Maria com acenos ou se juntavam à Nossa Senhora, que estava rodeada de anjinhos, sim-
Preces e cânticos ecoaram e atraiam aqueles que, ao longo do percurso no morro, uniam-se a Maria com acenos ou se juntavam
bolizados pelas crianças que, alegremente, caminhavam com Ela. A procissão, animada por Frei Rozântimo, seguiu até o Largo de São Bento, local onde fica a Escola Estadual Octávio dos Santos, na qual foi celebrada, pelo nosso pároco Frei André e animada por Frei Rozântimo, a missa na qual Maria foi coroada pelas crianças. Cleide Augusto e Claudia Gonzaga
Pastoral da Juventude
Missão Jovem 2013 marca evangelização no Morro São Bento Realizada durante o período de pré-Jornada Mundial da Juventude ( JMJ) e com o intuito de estimular a acolhida cristã com o próximo, a Pastoral da Juventude de Santos realizou, entre os dias 14 e 21 de julho, a Missão Jovem 2013, no Morro São Bento, tendo a Paróquia Nossa Senhora da Assunção como sua referência. Tivemos a abertura da Missão Jovem com a presença do nosso pastor, o bispo diocesano Dom Jacyr Francisco Braido, e do reitor do Santuário Santo Antônio do Valongo e pároco da Igreja Nossa Senhora da Assunção, Frei André Becker. Também houve um momento de celebração com Frei Rozântimo. O amadurecimento da fé dos jovens missionários aconteceu devido as experiências partilhadas durante toda a semana com os moradores do Morro São Bento, tanto em momentos de evangelização durante as manhãs e tardes, quanto em atividades culturais durante a noite.
A abertura da Missão Jovem contou com a presença do bispo Dom Jacyr Francisco Braido, e do Frei André Becker
O sinal de Cristo se concretizou em um gesto solidário para toda a comunidade, com a instalação de uma biblioteca infanto-juvenil na paróquia. Jean Carlos - Missionário da JMJ
A juventude se fez presente evangelizando pelos morros
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Divulgação
Aconteceu! 1. Ação do Coração
Fotos Elaine Rodrigues
Em 2 de agosto, um evento movimentou nossa Região, a “2ª Ação do Coração”. Nosso Santuário se fez presente, por meio da confecção e arrecadação de corações carregados de “doces sentimentos”. Frei André e Frei Rozântimo representaram a comunidade no ato solene junto a autoridades e representantes de outras religiões. Com certeza, a união sempre vale a pena!
4. Festa da Padroeira de Santos 2. Missa dos Pais
Dia 11 de agosto, o Frei Rozântimo celebrou uma emocionante missa pelo Dia dos Pais no Memorial Necrópole Ecumênica, que sempre acolhe a todos em datas marcantes como esta e propicia à comunidade do Valongo um espaço para a evangelização.
O Santuário do Valongo, na pessoa do Frei Rozântimo, foi responsável pela animação da missa de Nossa Senhora do Monte Serrat (padroeira de Santos), celebrada pelo bispo diocesano Dom Jacyr Francisco Braido, na Passarela do Samba, no último dia 25. A data foi especial porque, pela primeira vez, após descer o Morro Monte Serrat, a imagem da padroeira foi levada em carreata até a Zona Noroeste, em homenagem ao aniversário de 37 anos daquela região da Cidade. O evento contou com a presença do prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, sacerdotes e mais de 3.500 fiéis.
3. Aniversário Frei Rozântimo
Muita fé e alegria marcaram a festa de aniversário do Frei Rozântimo, realizada no último dia 22 de agosto. Após missa celebrada com a presença de sua família e do Frei Roger Brunorio, a comunidade participou de uma animada festa beneficente para a reativação de projetos do Santuário no Cadillac Vintage Bar.
seja benfeitor do Ao Santuário de Santo Antônio do Valongo Desejo colaborar com as pastorais e obras de evangelização, tornando-me benfeitor, doando mensalmente uma quantia, de, no mínimo (R$ 5,00), através da ficha bancária do FRA.
Claudia Gonzaga, Cleide Augusto e Roseilene Rocha
Nome: Nasc.: / / Endereço: Bairro: Cidade: CEP: Telefone: ( ) Cel: ( ) e-mail: Em todas as missas rezadas neste Santuário, você será lembrado!