10 minute read

Chocolate

Next Article
Hambúrguer

Hambúrguer

chocolate histórias e sabores

— por A na C lara M oreno —

Advertisement

C onheça um o u c o m a i s s o b r e e s s a i g u a r i a c h e i a d e

sabor que traz felicidade e benefícios à saúde '

Os apreciadores dessa paixão não podem deixar de comemorar o Dia Mundial do Chocolate, celebrado no dia 7 de julho, data marcada pela introdução do cacau na Europa. Considerado o mais venerado doce do mundo, tem sua origem na América Latina. Segundo vestígios, a descoberta dessa iguaria data de 1500 a. C. com a sociedade Olmeca, antiga civilização do atual México, que iniciou o cultivo do cacaueiro, cuja semente é a matéria-prima para o chocolate. Entretanto, acredita-se que os primeiros chocólatras da história foram os astecas. Segundo sua lenda, Quetzalcoatl, deus da Lua, roubou uma árvore de cacau para presentear seus amigos homens com uma delícia dos deuses. Como resultado, surge uma bebida escura feita com sementes fermentadas batizada de tchocolath (tchocol, de amargo, e ath, de água), com sabor amargo e apimentado. Anos mais tarde, os colonizadores espanhóis levaram a novidade para Europa, onde adicionaram à mistura baunilha e canela, servido-a quente. Posteriormente, a invenção ganhou açúcar e leite, e se popularizou pelo

mundo. Décadas depois, surge nos Estados Unidos as primeiras barras semelhantes às atuais. No Brasil, o registro da primeira plantação de cacau é de 1746, no estado da Bahia. Logo, a região de Ilhéus tornou- -se o principal polo do país, que ficou conhecida pelos coronéis do cacau, fato que inspirou grandes obras do escritor Jorge Amado. Atualmente, o país consome cerca de 310 mil toneladas de chocolate por ano, cerca de 1,8 quilo por habitante.

D elícia em construção

Após serem colhidas, as sementes do cacau passam por um processo de secagem para eliminação de líquidos por oito dias. Em seguida, vão para as fábricas onde acontece a torrefação, na qual são aquecidas para eliminar

Plantação de Cacau

a umidade restante, o que realça o aroma peculiar do cacau. Então, as sementes resfriadas seguem para o triturador, responsável por retirar a casca e logo passam pela moagem. Devido ao alto teor de gordura da fruta, superior a 50%, o produto final da moagem não é um pó, mas uma massa pastosa e aromática. Depois, a pasta é submetida a um processo de prensagem que separa o ingrediente em dois produtos: manteiga de cacau e sólido ou licor de cacau. A primeira dá origem ao Chocolate Branco. Enquanto a segunda, é o ingrediente base para produção de diversos tipos de chocolate.

Di ferentes sabores

A felicidade em forma de doce passou por várias adaptações para agradar aos mais diversificados paladares. Por exemplo, a mais recente, lançada pela empresa belga- -suíça Barry Callebaut, o chamado Chocolate Ruby, naturalmente rosa. Esse chocolate é produzido com grãos de cacau especiais que possuem tonalidade rosa claro natural. Seu sabor é diferente dos demais tipos de chocolate, pois é suave e lembra frutos silvestres. Outra variedade criada pela Callebaut é o Chocolate Gold, produzido com uma mistura de chocolate e caramelo, o que lhe garante um realce no sabor adocicado. Por sua vez, a Nestlé, recentemente,

chocolate u d i m crem s de

Ingredientes: • 1 xícara (chá) de açúcar • 1/3 de xícara (chá) de água • 1 lata de leite condensado • 4 ovos • 1 xícara (chá) de leite • 200 g de requeijão cremoso • 3 colheres (sopa) de chocolate em pó • Fatias de laranja para decorar

Modo de preparo: Em uma panela, em fogo baixo, cozinhe o açúcar dissolvido na água até formar um caramelo dourado. Coloque em uma forma de buraco no meio de 20 cm de diâmetro e reserve. Bata no liquidificador o leite condensado, os ovos, o leite, o requeijão e o chocolate até homogeneizar. Despeje na forma caramelada e leve ao forno médio, preaquecido, em banho - -maria, por cerca de 45 minutos, coberto com papel-alumínio. Dei xe esfriar e leve à geladeira por 4 horas. Desenforme e decore com fatias de laranja. Sirva.

harmonizou os clássicos sabores de Chocolate ao Leite e Chocolate Meio Amargo para criar o Chocolate Blend. Os tradicionais sabores Chocolate Amargo e Chocolate ao Leite são os mais vendidos e apreciados em todo mundo. O Dark Chocolate ou Chocolate Amargo possui uma composição sim

ples de apenas dois ingredientes: licor de cacau e açúcar. A concentração de cacau presente nas barras comerciais varia entre 30% (meio amargo) a 80% (extremamente amargo). Por sua vez, o Chocolate ao Leite apresenta traços mais doces e suaves, combinação do licor de cacau com açúcar e leite. Já o leve, agradável e delicado Chocolate Branco não possui licor de cacau em sua composição o que fica evidente com sua cor mais clara e sabor menos acentuado. Os ingredientes utilizados são: manteiga de cacau, leite, baunilha e lecitina. Ao lado dessas delícias açucaradas, está o Chocolate Diet que não traz açúcar em sua composição. Durante sua produção, são utilizadas apenas a massa de cacau e a manteiga de O chocolate passou por várias adaptações cacau, sendo que substâncias como sorbitol, sacarina e vanilina são introduzidas na substituição do açúcar. recomendada para um consumo saudáNo Brasil, é produzido também o vel, pois é rico em antioxidantes e flavoChocolate Orgânico, com um processo noides, o que ajuda a reduzir a oxidação totalmente natural, livre de agrotóde LDL (colesterol ruim), evitando a xicos ou fertilizantes químicos, que coagulação das plaquetas e promovenrealça todos os sabores. do a redução da pressão arterial e da obstrução dos vasos sanguíneos. O chocolate também pode ser um

Para agradar aos mais diversificados paladares aliado durante a gravidez, pois ajuda a prevenir a pré-eclâmpsia (hipertensão). A pesquisa da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, revela que mulheres que saboreiam essa delícia ao menos cinco vezes por semana, estão 40% menos propensas a desenvolver o problema graças ao composto teobromina, encontrado principalmente nas variedades amargas e meio amargas. Os amantes da beleza precisam conhecer esse novo aliado da indústria cosmética. Os produtos que contêm o cacau na composição possuem alto poder hidratante, combatendo os radicais livres e evitando a oxidação das células. D o sabor à saúde o sono, apetite, ritmo cardíaco e Para os atletas, cientistas da Univerfunções intelectuais; o consumo sidade do Texas, nos Estados Unidos, Além de promover a sensação de moderado de chocolate provoca concluíram que leite com chocolate é bem-estar e liberar serotonina, couma série de benefícios. a melhor bebida para se recuperar da nhecida como hormônio da felicidade, Estudos recentes mostram que o atividade física por conter quantidade responsável por regular o humor, Chocolate Amargo é a opção mais adequada de carboidratos e proteínas.

A

Celebre o vinho rosé!

L eveza dos brancos ' estrutura dos tintos e cor singular

Eles são frescos, leves e harmonizam com diversos pratos. Se você nunca experimentou um vinho rosé, saiba que ele pode te surpreender. Versáteis, podem ser servidos em qualquer ocasião e clima. Sua popularidade já é tão grande que ele ganhou até uma data de celebração. Toda última sexta-feira de junho é comemorado o Dia Internacional do Vinho Rosé. Neste ano, a data cai no dia 26 de junho. Que tal aproveitar e celebrar com um bom rosé? Aqui no Brasil, o consumo de vinhos rosé vem aumentando nos últimos anos. Uma pesquisa realizada pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho revela que o país está entre os 20 que mais consomem vinhos. Aqui, o consumo de vinhos rosés importados quase triplicou nos últimos cinco anos. De 2014 até 2018, o volume dos rosados importados saltou de cerca de um milhão de litros para mais de cinco milhões de litros. Um aumento de 278%; sendo 40% somente em 2018, de acordo com dados da Ideal Consulting. Segundo informações do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), os rosés importados já estão com 4,7% do mercado total de vinhos no Brasil. Os rosés reúnem as características dos brancos, como leveza, frescor e toque frutado, e também, a estrutu-

ra e uma delicada adstringência dos tintos. O sommelier da Cave Noble BigLar, Luiz Roberto C. Lima, explica que Provence é a mais antiga região produtora de vinhos da França e a mais especializada região do mundo na elaboração de vinhos rosés. “Os vinhos rosés são os vinhos da primavera e verão na sua essência provençal. A Appellation d'origine Contrôllé (AOC), Côtes de Provence na França é famosa e mais lembrada região produtora de vinhos rosés do mundo. Com seus rosés pálidos, comumente chamados de cor de casca de cebola, as principais castas plantadas e utilizadas na fabricação são: Grenache, Syrah, Mourvèdre e Cinsault”, explica o sommelier. Já no Vale do Loire, os vinhos rosés têm tonalidades mais marcantes. A uva principal é a Grolleau, podendo ser usada também a Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e a Gamay. Na Califórnia, a principal casta usada na fabricação de vinhos rosé é a Zinfandel, e os vinhos rosés dela são comumente chamados de White Zinfandel. Na Argentina, faz-se muito vinho rosé com as castas Malbec, Syrah e Pinot Noir. No Chile, Cabernet Sauvignon, Carmenère, Syrah e Pinot Noir são as preferidas. Aqui no Brasil, as castas mais usadas são a Merlot, a Pinot Noir, a Cabernet Franc. “Alguns rótulos de rosés brasileiros podem ser destacados, como o Guaspari Rosé de Syrah, o Fausto Rosé de Merlot, o espumante Chandon Rosé Brut, uma maravilha do Philippe Mével, e o Villa Francioni Rosé, um blend espetacular, criação do respeitado enólogo Orgalindo Bettú.” Versáteis, não são vinhos complicados de se harmonizar. Podem ser tomados como aperitivo, sem acompanhamento, mas combinam muito bem com saladas, queijos de massa mole, canapés, caponata de berinjela, massas com molhos brancos ou tomate, frutos do mar, tartar cremoso de salmão etc. “Os vinhos rosés, por serem leves e frutados, e possuidores de taninos muitíssimos suaves, devem ser servidos sempre resfriados a temperaturas que variam de 6°C a 8°C, para os mais leves e doces, e de 8 °C a 12 °C,

degustar PARA

1 - Domaine de Tamary Côtes de Provence AOC 2 - Mimi Côtes de Provence AOC 3 - Les Hauts Plateaux IGP 4 - Domaine Fontareche Rosé IGP 5 - Domaine de Pontfrac Rosé IGP 6 - Vidal Fleury Côtes du Rhône Rosé

para os mais encorpados e secos”, explica o sommelier.

Produção do vi nh o rosé

O vinho rosé é feito a partir de uvas tintas, cujas cascas permanecem em contato com o sumo após a prensagem por apenas algumas horas. Suas cores variam do rosa-salmão ao rosa-cereja. Existem, basicamente, três técnicas para que a cor da casca da uva seja transferida ao vinho. E atenção, para elaboração de vinhos é proibido utilizar corantes ou aromatizantes. A técnica de maceração curta é a mais comum. Consiste em deixar o mosto em contato com a casca da uva tinta por um curto período de horas, até que o enólogo decida a tonalidade de rosé desejada. Imediatamente, as cascas são retiradas do contato com o mosto. O corte é outro método utilizado na produção dos rosés. Aqui, os vinhos brancos e tintos já vinificados entram em cena. Eles são cuidadosamente misturados para dar origem às colorações rosés. A última técnica é chamada de sangria. Nesta alternativa, durante a elaboração dos tintos, uma parte do suco é retirado do tanque de fermentação, ou “sangrado”, sendo transferido para outro, resultando, assim, em um vinho rosé.

1 2 3

This article is from: