Agenda Cultural DDC - Julho e Agosto/2019

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AGENDA C U LT U R A L

Julho Agosto 2019


MĂšSICA

Identidade Visual: Larissa Ely

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U N I M Ú S I C A 2 019 Série cidade presente – a cidade que se vê, cidade que se escuta Cidades se constroem e se transformam não apenas na materialidade visível das edificações e dos traçados urbanos, mas também (e, talvez, sobretudo) nos modos de sociabilidade, nas diferentes práticas de interação entre grupos, pessoas, personagens. Seus pequenos rituais, suas festas, suas celebrações, sejam cotidianas ou extraordinárias, são marcas que revelam certos modos de vida. A cidade – obra coletiva de milhares de individualidades, perene e efêmera – é, a um só tempo, um lugar e a ação que nele e para ele se realiza. A série cidade presente – a cidade que se vê, a cidade que se escuta do Unimúsica 2019 foi pensada para Porto Alegre. Ou melhor, foi pensada por Porto Alegre: em seu interesse, em sua defesa. A programação, que marca também os 85 anos da UFRGS, teve como ponto de partida as múltiplas cenas e distintas geografias da música. Ao todo, serão oito concertos inéditos, concebidos conjuntamente – em uma espécie de “curadoria transversal” – pela grande equipe de diretoras e diretores, curadoras e curadores que aqui atuam. De um certo modo, o que veremos e escutaremos no palco do Salão de Atos é a própria cidade, com suas zonas de convergência e divergência, suas sobreposições de tempos, suas visibilidades e invisibilidades, suas tensões e cintilações. É trabalho, é força da vontade e é também promessa. Lígia Petrucci

Curadoria: Ana Laura Colombo de Freitas Andressa Ferreira Juarez Fonseca Lígia Petrucci Roger Lerina

Identidade Visual: Larissa Ely

PROGRAMAÇÃO RITMOS UNEM MUNDOS | 06 de junho Direção e curadoria do concerto: Biba Meira e Negra Jaque POR ENTRE OS SONS | 04 de julho Direção e curadoria do concerto: Pedro Figueiredo e Ras Vicente NOTAS PARA PORTO ALEGRE: SONS, MEMÓRIA E RESISTÊNCIA | 05 de julho Direção e curadoria do concerto: Ana Fridman e Catarina Domenici TOCANDO ALTO | 01 de agosto Direção e curadoria do concerto: Leo Henkin e Luciano Leães FLUXOS: MUSICALIDADES EM TRÂNSITO | 05 de setembro Direção e curadoria do concerto: Gutcha Ramil e Hique Gomez PAGO REVISITADO | 03 de outubro Direção e curadoria do concerto: Clarissa Ferreira e Texo Cabral COM SOTAQUE DO SUL | 07 de novembro Direção e curadoria do concerto: Antonio Villeroy e Paola Kirst SAMBA E CHORO PEDEM PASSAGEM | 12 de dezembro Direção e curadoria do concerto: Mathias Pinto e Pâmela Amaro

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MÚSICA

U N I M Ú S I C A 2 019 JULHO

Por entre os sons – direção e curadoria de Pedrinho Figueiredo e Ras Vicente É um tanto óbvio constatar que, em nossa cidade, vivemos imersos em um mar de sons, principalmente, nesses tempos modernos, com a utilização solitária de milhares de máquinas, quase uma por habitante. Mas, simultaneamente, acontece uma enorme quantidade de sons que permeiam essa urbanidade e conseguem transformar a concretude em leveza, o ruído em música, a aspereza em sentimento. E é essa flor, que brota do asfalto, que trazemos para o palco do espetáculo “Por entre os sons”. Buscamos os registros impregnados de histórias, momentos de arte, músicas que deixaram marcas no concreto, nas paredes, nos parques, nas árvores, nas pessoas. A música instrumental, abstendo-se da comunicação direta através das palavras, está livre para expressar através das formas mais originais os sentimentos

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de seus compositores e intérpretes e, ao mesmo tempo, deixa livre quem escuta para recebê-la com a melhor moldura que lhe ocorrer, despertando sensações, acordando memórias, tecendo significados particulares, enquanto vibra o ar para todos que estão por entre os sons. Pedrinho Figueiredo e Ras Vicente

Elenco: Cláudio Sander (sax) Everson Vargas (baixo) Fernando Petry (baixo) Frank Solari (guitarra) Giovanni Berti (percussão) Jorginho do Trompete (trompete)


Identidade Visual: Vinícius Strack

Júlio Rizzo (trombone) Lucas Fê (bateria) Luiz Mauro Filho (piano) Marcelo Corsetti (guitarra) Marquinhos Fê (bateria) Michel Dorfman (piano) Paulinho Goulart (acordeom) Paulo Dorfman (piano) Pedrinho Figueiredo (sax, flauta) Pedro Moser (guitarra) Pedro Tagliani (guitarra e violão) Ras Vicente (piano) Renato Borghetti (gaita-ponto) Ronaldo Pereira (sax)

UNIMÚSICA – POR ENTRE OS SONS | DIREÇÃO E CURADORIA DE PEDRINHO FIGUEIREDO E RAS VICENTE Data: 04 de julho (quinta-feira), às 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 01 de julho, das 9h às 18h, no Centro Cultural da UFRGS ou no dia 03, das 9h às 17h, no ILEA (Campus do Vale).

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MÚSICA JULHO

Notas para Porto Alegre: sons, memória e resistência – direção e curadoria de Ana Fridman e Catarina Domenici Na música de concerto as notas são a memória de um som que já existiu na imaginação de alguém. Nesta música as notas são quase sempre o começo de tudo. O começo de uma ideia, de um motivo melódico, de um motivo para a peça existir, como cartas que escrevemos endereçadas a um outro que nos compreenda e nos responda. O som das notas vem sempre coberto de sensibilidades, memórias e conversas, transformando a música em falas de muitas pessoas, tal qual um rio de som que deságua por notas até chegar aos ouvidos do espectador. Os caminhos entre o som e o papel tecem um discurso polifônico, um encontro das águas, um Guaíba. Para quem acaba de chegar nesta cidade, um grande rio. Para quem já a conhece, uma cidade em movimento, um rio quase mar. Lançamo-nos então ao mar de um porto. Porto que é referência, ao mesmo tempo partida e chegada. Mas jamais ancoramos no mesmo porto do qual partimos. A jornada nos transforma. A busca por uma resposta nos transmuta ao demandar aquilo que é a essência da humanidade: a capacidade

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de ver/ouvir o outro. Assim nos redescobrimos e nos reinventamos como artistas e seres humanos. Assim resistimos ao automatismo e ao esquecimento. Assim não estamos sós. Nossas notas para Porto Alegre são nossa visão da cidade para quem escuta a cidade: queremos que as notas brotem, queremos lutar por elas, lutar pela música. “Aquela música”, como chamava Armando Albuquerque, que passa ao largo da indústria milionária do entretenimento é o nosso Porto, o nosso território da memória. Ela que se faz nova a cada encontro com o presente, que resgata a vida de bustos e retratos inanimados, que se projeta em direção a um futuro incerto. Com ela nos lançamos ao mar. Milhares de mensagens na garrafa em busca de um Porto que nos veja, ouça e acolha. Em nossas notas fazemos do nosso instrumento nossa voz de força, de alento e de esperança. Nossas notas cantam, tocam, lutam, choram, olham a cidade, fazem sons diversos para mostrar o que todos nós queremos: que a arte fique, mesmo que brote de um único gesto, uma única


nota, uma semente. Resistimos no nosso lugar de semeadura - o Instituto de Artes - grande canteiro de todas as músicas, lugar de memória e de futuro. Nossa cidade que hoje nos toca, aqui tocamos de volta pelo nosso futuro, que desejamos pulsante, diverso, cheio de vida. Que seja então toda nossa, a cidade e a arte em nossas notas de hoje para Porto Alegre! Ana Fridman e Catarina Domenici Elenco: Ana Fridman (piano) Camilo da Rosa Simões (violino) Catarina Domenici (piano) Cintia de los Santos (voz) Coral Porto Alegre (voz) Cristina Capparelli (piano) Daniel Wolff (violão) Dirce Knijnik (piano) Felipe Castelani (eletrônicos)

James Correa (eletrônicos e violão) Leonardo Winter (flauta) Thiago Colombo (violão) Participação Especial: Andressa Ferreira (percussão)

UNIMÚSICA – NOTAS PARA PORTO ALEGRE: SONS, MEMÓRIA E RESISTÊNCIA | DIREÇÃO E CURADORIA DE ANA FRIDMAN E CATARINA DOMENICI Data: 05 de julho (sexta-feira), às 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 01 de julho, das 9h às 18h, no Centro Cultural da UFRGS ou no dia 03, das 9h às 17h, no ILEA (Campus do Vale).

Identidade Visual: Vinícius Strack

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MÚSICA

AGOSTO

Tocando Alto – direção e curadoria de Leo Henkin e Luciano Leães Um mergulho por uma longa e ventosa estrada, onde ecoam lamentos e sussurros, gritos e rebeldias, revoluções e amores. Uma estrada que aponta para o infinito, e por onde passam passageiros e nuvens, desejos e chuva, sonhos e sol; e por onde sopram ventos eternos que vem de todos os mares e lugares, levantando poeiras e rolando as pedras. Um mergulho numa estrada cheia de caminhos e labirintos, que se ergue em meio à cidade, e que é de mato e de atalhos, ou de barro ou de asfalto; onde habitam os loucos e os que não, e onde as almas se encantam e os males se espanta; onde as

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almas cantam e tocam alto outras almas e outros corpos, numa dança interminável, numa história de esperanças, cronópios e famas, do povo de um lugar. Leo Henkin e Luciano Leães


Identidade Visual: Vinícius Strack

Elenco: Bibiana Petek (voz/guitarra) Carlinhos Carneiro (voz) Diego Días (piano/acordeon) Erick Endres (guitarra) Izmália (voz) Leo Henkin (violão) Luciano Albo (baixo) Luciano Leães (piano/hammond) Nando Peters (guitarra) Naddo Pontes (voz) Rodrigo Fischmann (violão/voz) Solon Fishbone (guitarra)

UNIMÚSICA – TOCANDO ALTO | DIREÇÃO E CURADORIA LEO HENKIN E LUCIANO LEÃES Data: 01 de agosto (quinta-feira), às 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 29 de julho, das 9h às 18h, no Centro Cultural da UFRGS ou no dia 31, das 9h às 17h, no ILEA (Campus do Vale).

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MÚSICA

S E X TA D E G R A U

O Centro Cultural é um espaço ainda novo, em constante construção e reinvenção. Dar vida a este lugar é um desafio que requer um olhar criterioso e criativo, buscando trazer diferentes movimentos para dentro deste local. Parte deste processo envolve também atentar para as particularidades do espaço; o prédio, construído em 1924 e recém-revitalizado, possui uma grande importância arquitetônica, compondo os cenários imagéticos que ficam na memória de todos que vêm a este bairro.

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Construir uma programação que faça jus a este lugar requer uma boa dose de experimentação. Com isso em mente, nasceu, fruto de uma parceria entre o Departamento de Difusão Cultural e o Instituto de Artes, o Sexta Degrau. Explorando a escadaria do Centro Cultural - espaço pouco evidenciado, posto que se localiza nos “fundos” do prédio -, o objetivo do projeto é construir um ambiente de convivência através da arte e da cultura, promovendo espetáculos musicais e outras ações que dialoguem com a proposta.


Partindo desta premissa, procuramos montar uma programação pautada por alguns elementos norteadores, como a valorização da cena independente, experimentação, construção coletiva e compartilhamento. O projeto vai ter uma frequência de duas a três vezes ao mês, sempre nas sextas-feiras; a programação irá apresentar espetáculos de música e outras ações e projetos artístico-culturais. Confira e venha construir este projeto conosco!

PROGRAMAÇÃO: 05/07: Pônei Xamânico 09/08: Galáxia 23/08: Posada

SEXTA DEGRAU Horário: sextas, às 18h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

Identidade Visual: Larissa Ely

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MÚSICA

NÚCLEO DA CANÇÃO JULHO

Audição comentada com Carlos Badia As tramas entre a canção popular brasileira e a composição instrumental abrangem múltiplas intersecções e conexões. Na música popular brasileira, esse é um tema que carece de maior pesquisa e investigação, tanto sobre as relações entre os dois caminhos de composição, quanto sobre os compositores que criam e produzem com igual desenvoltura em uma e em outra via. Carlos Badia é um destes casos de artistas que transitam com naturalidade entre a música instrumental e as canções. Se em seu disco de estreia ZEROS, um álbum duplo que se dividia claramente entre um disco somente de canções e outro somente de instrumentais, no seu mais recente trabalho a divisão deixa de existir, com ambas formas de criação intercaladas em um único artefato. Para Badia, compor é uma espécie de artesanato de peças únicas. A composição é também a amálgama de caminhos e soluções criativas, em que são utilizados uma série de apoios e recursos que auxiliam

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o artista a dar forma e consistência em direção a um resultado final. Quando uma composição pode indicar ser uma canção ou uma criação somente com melodia instrumental? Como se dá esta coexistência criativa para um músico? Em que sentido os processos criativos possibilitam uma composição instrumental virar canção e vice-versa? Que crítica genética se pode pensar a respeito destas duas vias de composição? Como isso tudo se relaciona com carreira artística e mercado de trabalho? Compositor, violonista, escritor, ativador cultural e livre-pensador, Badia vai apresentar sua vivência e filosofia neste universo das canções e da música instrumental.

NÚCLEO DE ESTUDOS DA CANÇÃO | AUDIÇÃO COMENTADA COM CARLOS BADIA Data: 24 de julho, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333


Fotografia: Joel Reichert

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AGOSTO

Audição comentada com Três Marias Três Marias é um projeto idealizado por mulheres musicistas, de diversas origens e trajetórias, que se encontram no universo da música popular através da vivência e da troca com mestras e mestres parceir@s. O trabalho se constitui como um movimento de reencontro consigo mesmas, mas também de resistência, de fortalecimento e valorização de saberes populares e do protagonismo feminino. No percurso, o grupo já passou por várias formações, tornando-se um ponto de encontro de mulheres negras, indígenas e brancas. “Juntas lutamos, por meio da arte, para uma educação anti-racista, anti-homofóbica e anti-machista”.

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O projeto Três Marias inicialmente idealizado por Andressa Ferreira, Gutcha Ramil e Kika Brandão, nasce na estrada, entre passadas de chapéu nas ruas de Sagarana, Cavalcante, Galícia e no metrô do Rio de Janeiro, passando por festivais e salas de teatros internacionais com a Cia Mamulengo Presepada (DF) e o mestre Chico Simões. Durante os cinco anos do grupo, diferentes mulheres e homens participaram cantando, tocando e dançando com as Três Marias: a rapper Thabata Lorena, as percussionistas Addia Furtado, Nãnan Matos, Andaraí, Aline Silveira, às dançarinas Rita Lendê, Camila Camargo, Mestra Iara Deodoro e o grupo Afro-sul Odomodê, o percussionista John Conceição, o mestre Tião Carvalho (MA), dentre outr@s.


Entrada Franca

Fotografia: Divulgação

Atualmente radicado em Porto Alegre, o grupo é composto por cinco colaboradoras – Andressa Ferreira, Gutcha Ramil, Pâmela Amaro, Tamiris Duarte e Thayan Martins e prepara seu primeiro álbum. Não se cala reúne composições inéditas das integrantes, em sua maioria de Andressa Ferreira, Pâmela Amaro e Gutcha Ramil, e parcerias com o Mestre Tião Carvalho (MA/SP), Mamau de Castro (RS) e Adiel Luna (PE), além de composições da Mestra Martinha do Coco (PE/DF) e do Mestre Paraquedas (RS). Ritmos como forró, bumba meu boi, jongo, coco, ijexá e samba são expressos por meio da percussão, vozes e cordas. O CD apresenta também músicas tradicionais do povo Yorubá (Nigéria) e do povo Wê (Costa do Marfim).

NÚCLEO DE ESTUDOS DA CANÇÃO | AUDIÇÃO COMENTADA COM TRÊS MARIAS Data: 22 de agosto, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333 Entrada Franca

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ARTES DA CENA

PROJETO CENA S MÍNIMA S JULHO

Impulso – Roberta Alfaya Quando fui convidada para participar deste projeto, não existiu a opção não aceitar. Sou uma Artista de Circo, que acredita no Circo como uma ideia e não como forma. Então grata e inspirada pela oportunidade de ocupar um espaço raro, uma sala dentro de uma universidade, com liberdade total para manifestar minha arte, aceitei. Um desafio imenso para mim, acostumada com a “balbúrdia” das ruas, dos picadeiros e das plateias sedentas da arte do insólito, eu que pensava que me adaptar a espaços era meu carro-chefe…

relação com uma plateia tão próxima. O tempo do prazo de uma entrega é proporcional ao que ele te dá de impulso rumo ao fazer, resolver, se levantar em direção a algo em que tu acreditas. Não fosse o tempo, estaria presa em minha própria noção de liberdade. Sem a noção do tempo, a liberdade é só uma enorme gaiola, e entre o tempo de dentro e o tempo de fora, teu corpo com o tempo, teu templo, vai exigir coerência. Te convido a te apaixonar pelo tempo. Roberta Alfaya

Então em uma crise a respeito, me dei conta que o que tem me intrigado na vida é o tempo. Pensei no tempo, no tempo que tinha, no tempo que tinha que ter, no tempo de cada ato, e no tempo das músicas, que me dariam o tempo de estabelecer

Fotografia: Verônica Becker

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VIDA/TEMPO (Viviane Mosé) Quem tem olhos pra ver o tempo Soprando sulcos na pele Soprando sulcos na pele Soprando sulcos? O tempo andou riscando meu rosto Com uma navalha fina Sem raiva nem rancor. O tempo riscou meu rosto com calma Eu parei de lutar contra o tempo ando exercendo instantes acho que ganhei presença. Acho que a vida anda passando a mão em mim. A vida anda passando a mão em mim. Acho que a vida anda passando. A vida anda passando. Acho que a vida anda. A vida anda em mim. Acho que há vida em mim. A vida em mim anda passando. Acho que a vida anda passando a mão em mim. E por falar em sexo

Quem anda me comendo é o tempo Na verdade faz tempo Mas eu escondia Porque ele me pegava à força E por trás. Um dia resolvi encará-lo de frente E disse: Tempo, Se você tem que me comer Que seja com o meu consentimento E me olhando nos olhos Acho que ganhei o tempo De lá pra cá Ele tem sido bom comigo Dizem que ando até remoçando.

CENAS MÍNIMAS | IMPULSO COM ROBERTA ALFAYA Data: 15 e 16 de julho, às 19h Ingresso: Doação espontânea diretamente aos artistas Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

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ARTES DA CENA

AGOSTO

obs.cenas: uma aventura teatral no universo da obscenidade – Arlete Cunha e Marco Fronchetti “Eu não vou escrever mais nada, a não ser grandes e, espero, adoráveis bandalheiras.” Um escritor em crise tentando criar uma obra pornográfica. Uma escritora refletindo sobre a velhice e a solidão. O ato de escrever como possibilidade de jogar com os limites da linguagem. A constatação que a lucidez sobre a vida constitui a verdadeira obscenidade. Utilizando a prosa de Hilda Hilst, os atores Arlete Cunha e Marco Fronchetti propõem uma viagem pelo texto erótico e transgressor dessa escritora, sempre preocupada com a comoção humana diante do incomensurável. “Todos os meus personagens têm o hábito de pensar. Mesmo quando decidi escrever literatura pornográfica, meus personagens viviam com a

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cabeça cheia de pensamentos. Eles pensam sem parar. Até no meio do sexo, decidem sempre fazer perguntas supercomplicadas.” Aos sessenta anos de idade, com mais de vinte livros publicados de poesia, ficção e teatro, considerada pelo crítico Leo Gilson Ribeiro “o maior escritor vivo em língua portuguesa”, Hilda Hilst decide publicar suas estórias pornográficas, como forma de ampliar seu público, pois consideravam sua obra hermética, e de alcançar reconhecimento para o seu trabalho. Mas ela não apenas transgride o texto erótico, na sua recusa em reproduzir qualquer convenção corrente, como perverte as leis literárias da pornografia, criando uma prosa em que todos os gêneros se degeneram, num contato inesperado entre opostos, associando o exercício do conhecimento à atividade sexual.


Fotografia: Verônica Becker

Entre 1990 e 1992, publica os três livros em prosa e o livro de poemas que compõem a sua “tetralogia obscena”: O Caderno Rosa de Lori Lamby (1990), Contos d’Escárnio / Textos Grotescos (1990), Cartas de um Sedutor (1991) e Bufólicas (1992). Porém, o tema do erótico e da obscenidade é bem anterior na sua produção, pensado sempre como o orgânico, as pulsões do desejo, o corpo, a carne, as dores e os prazeres. “Ninguém chegou a uma conclusão sobre o que é pornografia. Me pergunto se seria o ultraje ao espírito do homem, seria uma coisa assim? Talvez o obsceno profundo, que seria um enfoque completamente diferente, seja aquele em que a lucidez do personagem é tão grande que a coisa fica obscena.” Hilda Hilst

Ficha Técnica: Textos: Hilda Hilst Criação, roteiro e atuação: Arlete Cunha e Marco Fronchetti Iluminação: Acosta Figurinos: Rosangela Cortinhas Duração do espetáculo: 55 minutos

CENAS MÍNIMAS | OBS.CENAS: UMA AVENTURA TEATRAL NO UNIVERSO DA OBSCENIDADE COM ARLETE CUNHA E MARCO FRONCHETTI Data: 19 e 20 de agosto, às 19h Ingresso: Doação espontânea diretamente aos artistas Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

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ARTES VISUAIS

E X P O S I Ç Ã O I D I O M A - I M A G E M N A G R AV U R A D E M A G L I A N I A exposição Idioma-imagem na gravura de Magliani tem lugar na galeria Maria Lucia Cattani, curadoria de Maristela Salvatori e Julio Castro e apresenta gravuras da artista Maria Lídia Magliani. Conforme a curadora Maristela salienta, Magliani (Maria Lídia dos Santos Magliani, Pelotas, 1946 – Rio de Janeiro, 2012), deixou um vasto e rico legado artístico afirmado em uma linguagem visceral. Reconhecendo-se essencialmente pintora, Magliani transitou com liberdade por diferentes meios, produziu intensamente, recusou rotulações e limitações, tornando-se uma artista de referência para toda uma geração. Sua obra gráfica, quase um grito, ora em nuances taciturnas ou em dramáticos contrastes de preto e branco, apresenta manchas e grafismos em representações de rostos e corpos dilacerados, amarrados, sufocados, martirizados, cabeças transformadas em serrotes, plantas, vasos, guardachuvas, entre outros. Em depoimento de 2017, o artista Mário Röhnelt (Pelotas, 1950 – Porto Alegre, 2018), comenta de sua admiração por Magliani, que conhecera por 1970, e pontua que a arte da Magliani era, sem dúvida alguma, uma obra de resistência social a gritar alto “as coisas não estão bem”. Alguns anos mais tarde, Magliani negaria que sua pintura estivesse a serviço do protesto. Não importa. Eu entendi esta negativa dela, não como traição a algum discurso rebelde, mas como um esforço para que sua pintura fosse vista como linguagem expressiva, uma sucessão de gestos fortes e contorcidos que configuravam personagens atormentados. Creio que ela gostaria que assim fosse descrito o seu trabalho. Como que almejando falar de uma condição humana que extrapola a mesquinhez do dia-a-dia . Que sua obra fosse uma declaração universal (e o é, certamente). Röhnelt ainda comenta que, para ele e Milton Kurtz, Magliani tinha “chegado lá”. Mas reconhece que isto era um engano, que ela “continuava heroica e firme enfrentando a precariedade da sua vida e de um

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sistema cultural com capacidade bastante limitada para reconhecer seus artistas.”. Mesmo sabendo que Magliani não concordaria com o uso do termo “heroica”, ele declara: “Me perdoa Magliani querida, de onde estiver, mas poxa, é que tu enfrentastes [sic] muita coisa: ser mulher, negra e artista plástica. Tenho que reconhecer em ti o talento, mas também a força heroica”.

EXPOSIÇÃO IDIOMA-IMAGEM NA GRAVURA DE MAGLIANI Data: de 25 de abril a 31 de julho de 2019 Horário: de segunda a sexta, das 08h às 18h Local: Saguão da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

MAGLIANI, Maria Lídia Sem Título, 1980 Da Série O Círculo do Suicida Gravura em linóleo


CONFR ARIA DA ILUSTR AÇÃO

A Confraria da ilustração, como o próprio nome diz, é uma reunião de pessoas, “confrades”, em torno da ilustração no seu sentido mais amplo. A cada mês um convidado ou convidada abordará a ilustração feita para crianças, jovens ou adultos. Segmentos da ilustração serão contemplados em abordagens diversas, tais como: livros de literatura infantil, juvenil e adulta, livros ilustrados, livros de imagem, livros de artista, livros científicos, histórias em quadrinhos, fanzines. Até mesmo a ilustração fora do suporte tradicional, o livro, será tema da confraria. Profissionais e público de diferentes áreas poderão usufruir dos encontros: estudantes de arte, de letras, contadores de histórias, designers, artistas visuais, escritores, professores, editores, entre outros. Não é necessário fazer inscrição. A atividade é aberta e gratuita e indicada para o público jovem e adulto. A Confraria da Ilustração funciona desde 2018 e tem a coordenação da professora Laura Castilhos (Curso de Artes Visuais, Instituto de Artes da UFRGS).

Confira as próximos edições: 26/09 | Aline Daka 17/10 | Alexandre Copês 21/11 | Laura Castilhos

QUE LÍNGUA É MINHA PÁTRIA? ESCREVER, ILUSTRAR, CONTAR! | CELSO SISTO Data: 27 de julho, das 18h30 às 20h30 Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PÁGINA COMO SUPORTE | PAULO SILVEIRA Data: 15 de agosto, das 18h30 às 20h30 Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

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ARTES VISUAIS

GR AFITE DE GIZ Foi realizado um painel com giz de quadro negro pelo grupo Semilleros. Simultaneamente a professora e artista visual Jéssica Becker propôs uma Performance na qual narrava o texto de Robert Filliou (1926-1987, Grupo Fluxus). Ao final da ação, o público ali reunido foi convidado a interferir com seus desenhos, no painel de Giz, no sentido de fazer valer aquilo que o Grupo Fluxus acreditava: combater a distância entre o artista e o não-artista. Desde novembro de 2018, o grupo Semilleros se reúne no Instituto de Artes da UFRGS, sob a organização da Professora Jéssica Becker, a fim de estudar, debater e desenvolver proposições dentro do campo da arte de ação. É aberto ao trânsito de participantes-alunos do IA. Nesta proposta participaram os alunos Mônica Rosa, Nico Andrade, Anna Thereza Hanel e Vitor Segatto. “O Grupo Fluxus configurou-se como uma comunidade informal de músicos, artistas plásticos e poetas radicalmente contrários ao status quo da arte. Não obstante ainda hoje atraia detratores, a alternativa anticulto que o movimento revelou nos inícios da década de 1960 foi altamente contagiante, recebendo, em sua trajetória, consciente ou inconscientemente, o acatamento de múltiplos artistas espalhados pelo mundo. O debate sobre

Fotografia: Verônica Becker

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suas idéias não cessou quarenta anos depois e seqüências fluxistas são admitidas na arte mais atual. (...) uma arte feita de simplicidade, antiintelectual, que desfizesse a distância entre artista e não-artista, uma arte em estrita conexão com a normalidade da vida e segundo princípios coletivos e finalidades visceralmente sociais.” (ZANINI, Walter. A Atualidade de Fluxus. Revista ARS, São Paulo, vol.2, no.3, 2004). “Fluxus não foi um momento na história ou um movimento artístico. É um modo de fazer coisas [...], uma forma de viver e morrer.”(Dick Higgins IN HENDRICKS, Jon (Org). O que é Fluxus? O que não é? O porquê. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2002. Professora: Jéssica Becker Alunos do Curso de Artes Visuais do Instituto de Artes/DAV: Mônica Rosa, Nico Andrade, Anna Thereza Hanel e Vitor Segatto

A HISTÓRIA SUSSURRADA DA ARTE | GRAFITE DE GIZ Data: 12 de junho à 29 de julho Horário: A partir das 09h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333


B IE N A L S U R Ecos de Memórias Póstumas Os céus de Porto Alegre e o mar de Florianópolis foram os disparadores iniciais da proposta de Denise Gadelha, constituindo uma paisagem fictícia baseada nos sólidos fundamentos do real. A representação fidedigna e a construção de algo novo, construído deliberadamente, foram amalgamadas em duas fotomontagens iniciais intituladas “Reverso” (2002) e “Espaço Permeável” (2003), constituídas respectivamente por numerosas fotografias analógicas pequenas. No entanto, ao integrar a realidade em que estamos imersos, aparecem os avatares; Foi assim que o mosaico inicial da artista foi vítima de um vazamento de água que afetou de forma permanente e irreversível a condição da obra em 2016. Longe de optar por sua destruição, esse acidente veio a integrar a proposta da artista, dando conta do lugar dos imponderáveis e do imprevisível em nossa contemporaneidade e dando origem a outra “coisa nova” como uma tradução visual e material das vicissitudes as quais nosso habitat e seus habitantes estão sujeitos. “Ecos de memórias póstumas” é um projeto processual de longa duração que terá como sede os

diferentes espaços – tanto abertos como fechados - da UFRGS (Porto Alegre, Brasil), e integra um dos eixos curatoriais que surgiram dessa segunda convocatória aberta e internacional da BIENALSUR. Abordagem de fluxos constantes, esta fotoinstalação em permanente expansão e de múltiplas possibilidades dá conta, através de sua materialidade peculiar, da passagem do tempo e da adaptação quase resistente às mudanças. Ao mesmo tempo, a giro conceitual do trabalho de experimentação ambiental propõe - de forma falante - refletir sobre as mutações e limitações que são impostas no transcorrer do nosso tempo. Marina Aguerre, Curadora da Bienalsur

ECOS DE MEMÓRIAS PÓSTUMAS | BIENALSUR Data: A partir de julho de 2019 Horário: A partir das 09h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

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ARTES VISUAIS

O B R A S E M D E S TA Q U E “Obras em Destaque” está localizado no saguão da Reitoria da UFRGS e é parte de uma parceria entre o Acervo Artístico da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, o Instituto de Artes da UFRGS (IA) e o Departamento de Difusão Cultural (DDC). A proposta é reunir exposições, de caráter temporário, destacando obras e artistas e, a partir desse espaço, possibilitar uma maior visibilidade ou, então uma redescoberta, de peças artísticas por estudantes, pesquisadores ou apreciadores de artes visuais.

Coronas Referência na história da arte no Rio Grande do Sul, o “Clã dos Coronas”, como a família é conhecida, exibe cinco obras de arte no espaço “Obras em Destaque”, localizado no Saguão da Reitoria da UFRGS. Jesus Corona chegou em Porto Alegre para trabalhar no início do século XX. Uma das cinco obras expostas é o desenho do projeto arquitetônico desenvolvido pelo artista para a Catedral Metropolitana da cidade. Seu filho, Fernando Corona (Santander, Espanha, 1895 — Porto Alegre, 1979), seguiu a carreira de arquiteto e escultor do pai e fundou, em 1938, o curso de escultura no antigo Instituto Livre de Belas Artes, atual instituto de Artes. O Instituo também foi o lugar em que Luís Fernando Corona (Porto Alegre, 1923 – Porto Alegre, 1977), neto de Jesus Corona, consolidou-se na carreira artística tal qual o avô e o pai. O trabalho de Marilice Corona (Porto Alegre, 1964), deu continuidade à trajetória artística da família e também compõe parte da exposição, com uma gravura de metal de 2007. Marilice é pintora e professora do Departamento de Artes Visuais.

Rossini Perez | Gravandor No mês de abril de 2018 recebemos a oferta de doação de gravuras de Rossini Perez. Mais do que uma surpresa, uma alegria, visto que não tínhamos nenhuma obra desse imenso gravador na nossa coleção. Resultado do contato estabelecido com o artista por meio da generosa intermediação de Mônica Xexéo, diretora do Museu Nacional de Belas Artes (RJ), nossa coleção conta agora com quatro obras escolhidas e doadas do artista, imagens de referência na sua trajetória artística. Rossini Quintas Perez (Macaíba, RN, 1931) iniciou sua carreira nos anos 1950 produzindo trabalhos em linóleo. A partir dos anos 1960 dedica-se a gravura em metal e, posteriormente, a serigrafia. As obras aqui expostas apresentam duas temáticas recorrentes: os morros e as favelas cariocas dos anos 1950 e as formas orgânicas dos anos 1970. Professor de referência nacional e internacional, ele orientou artistas e ministrou aulas no Rio de Janeiro e em Brasília, na Bolívia, no Peru, em Lisboa e em Dacar (Senegal). Sua obra é caracterizada pelo rigor formal e pelo domínio técnico, colocando-o no elevado patamar dos grandes gravadores brasileiros de todos os tempos. PEREZ, Rossini Alfinete

CORONA, Luiz Fernando Prova do concurso de Perspectiva e Sombra, 1958

EXPOSIÇÃO CORONAS Visitação: até 31 de julho de 2019 Horário: de segunda a sexta, das 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

EXPOSIÇÃO ROSSINI PEREZ – GRAVADOR Visitação: 06 de agosto a 11 de outubro Horário: de segunda a sexta, das 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

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NO ME CALL A S A Mostra fotográfica No me Callas foi um dos o projetos contemplados pelo 1 Edital de ocupação do Centro Cultural e é uma exposição elaborada a partir do espetáculo de dança flamenca No me Callas, que retrata o empoderamento feminino através da dança a partir do trabalho desenvolvido pela professora, coreógrafa e bailarina Ana Medeiros com suas alunas na arte do flamenco, o fotógrafo Fábio Zambom estabeleceu um olhar especialmente voltado para a libertação e transformação feminina no contato com os elementos da dança. Em parceria com as pesquisadoras Cíntia Marques e Lisete Arnizaut, reuniram fragmentos de dança, arte visual e identidades femininas em um só trabalho. A exposição acontecerá nos meses de agosto e setembro, envolvendo, além da visitação, apresentações artísticas e atividades interativas

voltadas ao público em geral. O conjunto de atividades oferecidas durante a Mostra pretende instigar cada visitante a refletir sobre “o que não quer calar” em si. A realização é uma parceria entre os artistas participantes e o Núcleo de Exposição do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS

EXPOSIÇÃO NO ME CALLAS Inauguração: 20 de agosto Visitação: 21 de agosto a 11 de outubro Horário: de segunda a sexta, das 8h às 21h e sábado, das 9h às 17h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

Fotografia: Fábio Zambom

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ARTES VISUAIS

DIÁLOGOS COMPLE XOS O lugar de fala de cada um é sempre um meio. Um meio de suas vivências, agudos, vazios e reflexões. A proposta dessa exposição é trazer esse lugar de experiência de cada um dos artistas para conversar com os espectadores, um convite para quem estiver disposto a se relacionar com cada obra e se permitir ser atravessado por essas falas. Esses diálogos não serão fáceis e estão propondo tensão e desconforto, mas também acreditando que é dessa angústia que floresce o movimento. Mais que imagens, as fotografias expostas falam das inquietações dos artistas, que tiveram que encarar seus medos, demônios e vazios para estabelecer essa conversa com vocês. A construção é árdua e espinhosa, mas todos nós saímos fortalecidos desse grande debate. Essa é uma exposição para troca, conexões, conflitos, cruzamentos e muito autoconhecimento. Vamos conversar?

Fotografia: Livramento, de Joana Thais

Danny Bittencourt Curadora da exposição A mente criadora da Escola de Fotografia Artística de Porto Alegre – um projeto que revelou e treinou diversos fotógrafos ao longo dos últimos anos –, visando expandir a noção de fotografia e estabelecer reflexões e diálogos com outros campos das artes, faz a curadoria da exposição Diálogos Complexos, um dos projetos contemplados pelo 1º Edital de ocupação do Centro Cultural. A experiente fotógrafa Danny Bittencourt organizou o trabalho de dez exalunos para a mostra que será exposta no Centro Cultural da UFRGS de 19 de junho a 14 de agosto, com sua abertura oficial marcada para um dia antes, em 18 de junho, às 19h. A realização é uma parceria entre os artistas participantes e o Núcleo de Exposição do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS. Artistas Atmanand | Cândida de Matos | Caroline Lima | Clara Pozzobon | Cristiano Guimaraes | Gui Schneider | Joana Thais | Juliana Rizzieri | Lucas Saccon | Shunyata Fiorenza

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Fotografia: Geokinesis, de Lucas Saccon

EXPOSIÇÃO DIÁLOGOS COMPLEXOS Visitação: até 14 de agosto de 2019 Horário: de segunda a sexta, das 9h às 21h e sábado, das 9h às 17h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333


W IL L I A M BL A K E - O M AT R IM Ô NI O D E C É U & INF E R N O O gravurista, poeta e pintor inglês William Blake (17571827) é um dos nomes mais referenciados na cultura pop atual. Presente nos filmes protagonizados por Hannibal Lecter, em séries de TV como Bates Motel e The Mentalist, nos quadrinhos de Alan Moore e na música de Jim Morrison, Bruce Dickinson, U2 e Radiohead, a obra de William Blake ganha agora uma exposição que ficará aberta ao público de Porto Alegre por dois meses na Sala João Fahrion na Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma ação conjunta do Centro de Artes e Letras da UFSM e do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS e da editora AVEC, que lançará a graphic novel homônima, “O Matrimônio de Céu & Inferno”, quadrinhos que tem roteiro de Enéias Tavares e arte de Fred Rubim.

A exposição contará com mais de trinta painéis que tanto recriam um dos livros mais icônicos de Blake como informam sobre sua vida, obra e recepção na cultura pop dos séculos XX e XXI, além de contar com gravuras e placas recriadas pelo acadêmico da Universidade de York, Michael Phillips e textos da escritora Cláudia Lemes, do pesquisador e escritor Octavio Aragão e do tradutor e especialista português Manuel Portela. A exposição abre nos dias 9 e 10 de maio com um evento especial que discutirá a produção e a pesquisa de quadrinhos no Brasil e com o lançamento da graphic novel.

WILLIAM BLAKE - O MATRIMÔNIO DE CÉU & INFERNO | CURADORIA DE ENÉIAS TAVARES, ARTE E DESIGN DE FRED RUBIM Data: de 10 de maio à 10 de julho de 2019 Horário: de segunda a sexta, das 08h às 18h Local: Sala João Fahrion - Reitoria UFRGS Av. Paulo Gama, 110

Fotografia: Divulgação

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LITER ATUR A

Flying Books (2012) do artista Christian Boltanski (imagem externa e interna). Fotografias: Universidad Nacional de Tres de Febrero/Divulgação.

N A R R AT I VA S C U R TA S O curso “Narrativas Curtas” é uma atividade, em parceria com o Centro Cultural da UFRGS, voltada ao estudo e produção de textos ficcionais dentro de três grandes grupos: conto, crônica e roteiro. Os encontros convidarão os e as participantes a ler, pensar e debater sobre obras nacionais e internacionais, características dessas obras em questão, participar de palestras com autores do gênero e ainda a criar os seus próprios textos autorais ao longo do curso. Para tanto, serão trabalhados textos de contistas e cronistas como, por exemplo: Caio Fernando Abreu, Jorge Luis Borges, Chimamanda Adichie, Conceição Evaristo, Edgar Allan Poe, Natalia Borges Polesso, Clarice Lispector, Nelson Rodrigues e Luís Fernando Veríssimo. Além disso, há ainda o trabalho com o gênero roteiro, pensado aqui não só como um texto ficcional, mas como forma de trabalhar questões pertinentes à adaptação de narrativas e à intertextualidade entre o mundo audiovisual e o texto escrito.

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A ideia surge para atender a uma demanda e preencher uma lacuna presente na Universidade, apresentando uma nova forma de trabalhar com textos literários. Ao inverter a cena comum, transformando leitores em autores, pretende-se desenvolver as capacidades discursivas e o processo de criação de cada participante, sempre levando em consideração os gêneros trabalhados, suas características específicas e os papéis desempenhados por autores e leitores nesse percurso.

NARRATIVAS CURTAS Data: 05 de maio a 18 de agosto de 2019 Horário: sextas, das 14h às 17h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333


POÉTICA S URBANA S E ARTIVISMO A produção artística em diálogo indissociável com o ativismo no século XXI (por isso o termo “artivismo”), partindo da noção de espaço público, compreendido em sua territorialidade urbana, cultural e social. O objetivo é enfocar a produção artística contextualizada com a cidade. A poética da metrópole em que a cidade é matéria prima, conjunto de circunstâncias nas quais se insere um fato e que estão em situação de interação. Enfocam-se assim criações baseadas em circunstâncias urbanas contemporâneas e que compõe textos (tecidos) distintos na atualidade. Oficinas abertas para 20 participantes, a participação se dará mediante inscrição no site na oficina de interesse e após será realizado um sorteio e divulgado no site e enviado um e-mail aos participantes sorteados. Curadoria Richard Serraria

PROGRAMAÇÃO 08/07 e 09/07 - Leandro Anton Leandro é fotógrafo, geógrafo e educador popular no Quilombo do Sopapo. Ministrará a oficina que envolve o viés fotográfico e poesia imagética a partir de câmeras pinhole e sua experiência com projetos Imagens Faladas, Mais Tambor Menos Motor (cartões postais poéticos para disco/livro de Richard Serraria e Sensibilização do Olhar, projeto de fotografia e rap com jovens da FASE).

Fotografia: Anna Ortega

19/08 - Lorena Sanchez Lorena é atriz e educadora popular, percussionista e coordenadora do grupo de percussão feminina Ialodê Idunn no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo. Ministrará a oficina a partir de pesquisa literária com orientação da Professora Liliam Ramos (Letras UFRGS; Literatura Hispano Americana). Desenvolvendo técnicas de leitura de livro, leitura em roda, contação de histórias em público, uso de objetos em cena, formas de imposição de voz e adequação a diferentes faixas etárias. Criação de roteiro para contação de história e apresentação final dos oficinandos. 26/08 - Josiane França Mulher com deficiência visual há 11 anos adquirida por uma meningite, Josiane França é mãe de um casal. Integrante da Coordenação executiva do movimento brasileiro de mulheres cegas e com baixa visão. Arte em diferentes dimensões junto a pessoas com deficiência. A ausência da visão e o aguçamento dos sentidos. Olhos vendados e percepção sonora na paisagem ao redor.

POÉTICAS URBANAS E ARTIVISMO Data: maio a outubro de 2019 Horário: segunda, das 14h às 18h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

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IDEIAS

C U LT U R A : P A R A U M A P O L Í T I C A C U LT U R A L D A U F R G S

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul mantém, historicamente, a tradição de ser uma das mais importantes difusoras de cultura, cujos projetos pioneiros em diferentes linhas de atuação, formaram – e continuam formando – públicos diversos. O compromisso de manter e renovar essa tradição, implica uma reflexão constante sobre a noção de política cultural e um contínuo aperfeiçoamento teórico e prático de suas técnicas e estratégias de gestão. “Tenho direito de participar da vida cultural que é minha e tenho direito a participar da vida cultural que é diferente da minha, da vida cultural do outro, da outra vida cultural...” Com essa reflexão, Teixeira Coelho adverte sobre a importância que uma pluralidade de manifestações culturais assume na formação pessoal de cada um. Considerando que a cultura é um espaço cambiante, sujeito a encontros, mas também a conflitos, fazse necessário que a UFRGS, como uma instituição pública de ensino, estabeleça formalmente diretrizes que orientem as suas linhas de atuação e proponha seus próprios parâmetros de avaliação. Assim, a partir da ideia de que essa política cultural só terá legitimidade e potência se for elaborada de forma participativa, propomos uma série de conferências, a serem realizadas durante o ano letivo, com professores da universidade diretamente comprometidos com questões culturais relacionadas à inclusão, à interculturalidade e diversidade, à sustentabilidade, à ocupação de espaços, aos desafios contemporâneos, em suma.

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Os temas abordados nas conferências servirão de base para a confecção de um documento, que norteará, por sua vez, a elaboração do Plano de Cultura da UFRGS. Confira as próximos edições: 11/09 - Marcelo Goldani 13/11 - Jane Tutikian

JENIFFER ALVES CUTY | CONFERÊNCIAS UFRGS Data: 10 de julho de 2019 Horário: quarta-feira, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

PATRÍCIA FAGUNDES | CONFERÊNCIAS UFRGS Data: 14 de agosto de 2019 Horário: quarta-feira, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

CELSO LOUREIRO CHAVES | CONFERÊNCIAS UFRGS Data: 28 de agosto de 2019 Horário: quarta-feira, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333


H I S T Ó R I A D A F I L O S O F I A E A Q U E S TÃ O D A I N T E R P R E TA Ç Ã O O Centro Cultural da UFRGS, em conjunto com o Instituto de Artes e Faculdade de Educação, recebem Ernildo Stein para o curso História da Filosofia e a Questão da Interpretação. O curso abre um ciclo de debates que culminará na relação Arte e Filosofia. Tem como objetivo pensar diversos modos como a História da Filosofia evoluiu em direção do conhecimento e da linguagem no horizonte do paradigma hermenêutico. Entre os diversos modos de pensar na História da Filosofia, se desenvolveu aquele que dá preferência à História, Linguagem, Arte e Interpretação. Não se deixa de lado o aspecto epistemológico, mas se procura perguntar mais pelo modo como se desenvolve a Historicidade do pensamento. Há uma experiência histórica da Filosofia que tem mais amplitude que sua simples comparação com as ciências em geral. No século 20 foi tomando então forma o que podemos chamar de Paradigma Hermenêutico.

Organização: Raimundo Rajobac, Marília Stein e Luiz Carlos Bombassaro.

IV ENCONTRO: A QUESTÃO DA LINGUAGEM E A DUPLA ESTRUTURA - ESCOLAS E CORRENTES FILOSÓFICAS. O CONHECIMENTO E A VERDADE | HISTÓRIA DA FILOSOFIA E A QUESTÃO DA INTERPRETAÇÃO Data: 02 de julho de 2019 Horário: terça-feira, às 16h30 Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

Fotografia: Ronai Rocha

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MODOS DE FA ZER, CRIAR E VIVER

SEN T ID O S D O PÃ O Farinha, água e fogo; algumas vezes, fermento. É o que basta para fazermos um dos alimentos mais antigos e populares do planeta: o pão. Há registros de que o consumo do pão iniciou na pré-história. Ao longo do tempo, diferentes culturas foram desenvolvendo receitas a partir de misturas, de alquimias próprias. Há receitas que tem tradições milenares e que são repetidas até hoje. O pão revela saberes e gestos ancestrais e que se relacionam diretamente ao nosso modo de estar no mundo e aos cultivos que desenvolvemos, às plantas que selecionamos e aos gestos que repetimos, mantemos ou modificamos ao longo da nossa caminhada como civilização humana. Fazer um pão de modo artesanal é uma prática lenta que nos faz voltar à concretude da mão, em tempos digitais. O toque na massa que se molda às mãos ao mesmo tempo em que é modelada, promove uma sensação

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tátil de contato com algo vivo, em transformação. A magia da panificação se relaciona a como a massa é sovada, ao tempo em que ela descansa (e à paciência da espera). Os processos são lentos: amassar, escutar a massa descansar, crescer, perceber a mistura inventar suas próprias formas, deixar que o calor asse e core o pão. E depois, desfrutar do seu aroma, do perfume do pão fresco saindo do forno. Sentir seu peso, partir o pão. Admirá-lo. E saboreá-lo. São essas vivências que o Centro Cultural irá proporcionar na programação de x encontros ao longo de 2019, por meio do projeto Os sentidos do Pão. Teremos, a cada mês, dois encontros com convidados de diferentes áreas do saber que irão nos ensinar a fazer pão a partir de receitas e de ingredientes aos quais estão habituados. São convidados que tem relações de amor muito diversas com esse fazer. A cada encontro, além de fazer o pão, vamos comêlo, degustá-lo coletivamente, estando juntos. O trigo,


Fotografia: Verônica Becker

o milho, o centeio, a araruta, a mandioca, os azeites, as leveduras, o uso de insumos preferencialmente orgânicos e as histórias de cada encontro, irão nos nutrir. Sinta-se convidado a participar e a se alimentar dos sentidos com os quais o pão é feito!

Confira as próximos edições: 17/09 | Pão e Música 22/10 | Pão e Poesia 19/11 | Pão e Cidade

PÃO E CIRCO

PROGRAMAÇÃO 16/07 | P ão e Circo - Patrícia Sacchet - Cia Ondina - Vado Vergara Nodari e Lara Rocho - Circo Híbrido - Vanessa Bonaldo e João Grandão - Planet Circus 20/08 | P ão e Espiritualidade - André Monge - Krisnha Daudt - Abayomi Paixão

Data: 16 de julho de 2019 Horário: terças, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

PÃO E ESPIRITUALIDADE Data: 20 de agosto de 2019 Horário: terças, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

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CCIINNEEM MAA

SAL A REDENÇÃO C I N E M A U N I V E R S I TÁ R I O JULHO

Mostra William Blake Como que construindo um percurso a partir da exposição Matrimônio do Céu e Inferno, realizada na Sala Fahrion desta universidade entre maio e junho, a Sala Redenção, em parceria com o curador da exposição Eneias Tavares, apresenta a mostra Simetrias fantásticas - William Blake na cultura pop, contendo quatro filmes americanos que se utilizaram, de uma forma ou outra, da obra do poeta e gravurista inglês, cujas temáticas reverberam na cultura popular até hoje. Construir um novo olhar a partir dessa lente nos trás novas maneiras de interpretar o conteúdo e mensagem que esses filmes trazem. Um exemplo é uma citação - intencionalmente incorreta - de Blake presente em Blade Runner, que faz referência à vingança de Orc, aprisionado a uma montanha e, ao ser libertado com ajuda de um deus, se rebela contra o mundo. A história deste personagem de

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Blake reverbera na narrativa dos replicantes no filme de Ridley Scott, trazendo novas formas de analisar suas trajetórias e motivações. O poema The Tyger, por sua vez, traz um paralelo muito interessante com a obra seminal de Alan Moore: Watchmen, representada aqui por sua versão cinematográfica dirigida por Zack Snyder. As duas obras trabalham em uma forma de simetria interna e entre si; um exemplo disso é a relação entre criador e objeto criado: Blake, em The Tyger, trata da escassa distinção entre deus e a sua criação; em Watchmen, um dos personagens, Rorschach, não se reconhece ao retirarem a sua máscara, metamorfoseando sua identidade com a de sua persona pública como super-herói. Dragão Vermelho, além de ser o nome do livro de Thomas Harris e do filme de Brett Ratner, também


Ilha do Medo, direção de Martin Scorsese.

é o mote de uma série de aquarelas de Blake, cujo objeto principal, o dragão vermelho, remete a uma forma de libertação da moral cristã. No livro e filme homônimos, o antagonista, um assassino em série, é obcecado por esses quadros de Blake, tendo um deles tatuado em suas costas. No Matrimônio do Céu e do Inferno, Blake constrói um significado diferente do tradicional para o inferno: ao invés de um local de punição, é um local para desenvolvimento espiritual, sentimentos nãoreprimidos e energia criativa; é fundamental para a visão de mundo de Blake a ideia de contrários se complementando, a busca por esse equilíbrio transgressor. Podemos construir nisso um paralelo com o modo que lidamos com a nossa psiquê e o conceito de ‘loucura’. Já em Ilha do Medo, realidade e alucinações se misturam em uma trama labiríntica que trai as nossas expectativas sobre o modo que

experienciamos esses conceitos. Não é por acaso que trechos do poema de Blake estão nas paredes da sala de um dos médicos residentes do manicômio judicial em que se passa a trama. A obra de William Blake é multidisciplinar e simbolicamente muito rica, explorando conceitos filosóficos transgressores em obras fantásticas, construindo uma cosmogonia complexa e vasta. Sua influência, porém, se estende a muito mais que seus poemas, pinturas e gravuras, posto que fora incorporado por muitos artistas que se utilizaram de sua mitologia, seus conceitos e seus textos para construir e enriquecer suas próprias criações. Esta mostra é apenas uma pequena parcela da extensão da influência de Blake na nossa sociedade e cultura. Vitor Marques Cunha Bolsista do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS e curador da mostra

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CINEMA

ILHA DO MEDO

BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDROIDES 01 de julho | 2ª feira | 16h 05 de julho | 6ª feira | 19h 08 de julho | 2ª feira | 16h (Dir. Ridley Scott | Estados Unidos | Ficção Cientifica | 1982 | 117min) No século 21, uma corporação desenvolve clones humanos para serem usados como escravos em colônias fora da Terra, identificados como replicantes. Em 2019, um expolicial é acionado para caçar um grupo fugitivo vivendo disfarçado em Los Angeles.

WATCHMEN 03 de julho | 4ª feira | 16h 08 de julho | 2ª feira | 19h 09 de julho | 3ª feira | 16h (Dir. Zack Snyder | Estados Unidos | Ação | 2009 | 163min) Um de seus antigos colegas é assassinado, e o vigilante mascarado Rorschach decide investigar um plano para matar e desacreditar todos os super-heróis do passado e do presente. À medida que ele se reconecta com sua antiga legião de combate ao crime, Rorschach vislumbra uma ampla e perturbadora conspiração que está ligada ao passado deles e a catastróficas consequências para o futuro.

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DRAGÃO VERMELHO 03 de julho | 4ª feira | 19h 04 de julho | 5ª feira | 16h 09 de julho | 3ª feira | 19h (Dir. Brett Ratner | Estados Unidos | Horror | 2002 | 124min) O ex-agente do FBI Will Graham é um investigador que deixou a agência após quase perder a sua vida na tentativa de capturar o esquivo Dr. Hannibal Lecter. Depois de uma série de assassinatos particularmente macabros, Graham logo percebe que a melhor maneira de capturar o criminoso, conhecido como a Fada do Dente, é encontrar uma maneira de entrar na mente do assassino.

04 de julho | 5ª feira | 19h 05 de julho | 6ª feira | 16h 10 de julho | 4ª feira | 16h (Dir. Martin Scorsese | Estados Unidos | Suspense | 2010 | 138min) Na década de 50, a fuga de uma assassina leva o detetive Teddy Daniels e seu parceiro a investigarem o seu desaparecimento de um quarto trancado em um hospital psiquiátrico. Lá, uma rebelião se inicia e o agente terá que enfrentar seus próprios medos.


Fátima, direção de Philippe Faucon.

Mostra Cinema pelo Mundo A Sala Redenção - Cinema Universitário, em parceria com o Sesc/RS, apresenta, em julho, mais uma edição da mostra Cinema Pelo Mundo. O objetivo dessa mostra é apresentar produções cinematográficas recentes que não tiveram muita circulação comercial na cidade. Nesta edição, exibiremos filmes dos diretores Zach Clark, Bujar Alimani, Olivier Peyon e Philippe Faucon. As quatro obras exibidas compõem um mosaico sobre diferentes relações familiares tensionadas por questões políticas e de convivência.

Outro tema é explorado em O Filho Uruguaio: a maternidade. No filme, uma mulher viaja da França ao Uruguai para reencontrar seu filho, que foi sequestrado pelo pai durante o divórcio dos dois. Esperando algo totalmente diferente, descobre que seu filho está muito mais bem-adaptado do que imaginava, a cuidados da tia e da avó. A reaproximação é pautada também pela relação que as três personagens principais - a tia e avó maternas que cuidam da criança e a mãe, que tem suas expectativas frustradas por esse cuidado.

O primeiro filme a ser exibido é Irmã, do americano Zach Clark, que também edita o filme. É uma comédia delicada que versa sobre diferentes temas. Temos, por exemplo, uma narrativa sobre relações e conflitos familiares na volta da protagonista para a casa de sua família após passar alguns anos em um convento e reencontrando seus pais e seu passado. Junto a isso, encontra-se o tema das intersecções entre o pessoal e o político: a consequência da guerra dos Estados Unidos contra o Iraque na face desfigurada por uma queimadura do irmão da protagonista, o tornando recluso.

Fátima, de Philippe Faucon, por outro lado, também explora a maternidade em um contexto de diferenças culturais: a personagem homônima, uma marroquina que trabalha como empregada doméstica na França e tem dificuldades em assimilar a língua e a cultura local. Suas filhas, por outro lado, cresceram no novo país e se adaptaram muito melhor lá, e a criticam por sua dificuldade. Após um acidente, a protagonista começa a escrever uma espécie de diário para contar às suas filhas a sua vivência; como que uma afirmação de suas origens frente à pressão pela sua assimilação na língua e cultura francesas, o escreve em árabe. A obra mostra a temática da diferença geracional entre imigrantes em uma narrativa tocante e com um compromisso com a realidade.

Em Anistia, de Bujar Alimani, as relações familiares são pautadas por outra intersecção entre o pessoal e o político: os dois personagens principais na trama tem seus cônjuges presos, modificando de maneiras diferentes os seus casamentos. Ao se encontrarem na fila para visitarem seus companheiros, acabam se conhecendo e colocando um no outro a esperança de uma vida diferente da que vivem. O desenvolvimento dessa relação, porém, é novamente afetada por questões políticas, na forma de uma anistia concedida ao marido da protagonista, impactando novamente as relações existentes na obra.

Esses quatro filmes, juntos, constroem uma narrativa sensível sobre questões familiares, e trazem questões sociais, políticas e geracionais a fim de complexificar a maneira com que vemos essa instituição e como cada um interage com esses desafios. Vitor Cunha, Bolsista do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS

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CINEMA

IRMÃ

ANISTIA

O FILHO URUGUAIO

15 de julho | 2ª feira | 16h 26 de julho | 6ª feira | 19h 29 de julho | 2ª feira | 16h (Dir. Zach Clark | Estados Unidos | Comédia | 2016 | 91min) Após um trauma envolvendo a sua mãe, a jovem Colleen decidiu abandonar o lar e se tornar freira, cortando totalmente o contato com a família. Um dia, recebe um e-mail anunciando que seu irmão está em casa após voltar da guerra do Iraque, com sequelas no corpo. Ela decide que é hora de visitar novamente a família e resgatar seu passado, quando era metaleira, gótica, num lar liberal e excessivo.

17 de julho | 4ª feira | 16h 29 de julho | 2ª feira | 19h 30 de julho | 3ª feira | 16h (Dir. Bujar Alimani | Albania | Drama | 2011 | 93min) O governo da Albânia recém publicou uma lei permitindo aos prisioneiros casados de encontrarem suas companheiras em visita íntima uma vez por mês. Elsa vai então na data precisa a Tirana, para reencontrar seu marido preso por conta de alugueis não pagos. Sheptim também vai encontrar a esposa, presa por falsidade ideológica. Uma história de abandono começa então entre esses dois solitários.

22 de julho | 2ª feira | 16h 25 de julho | 5ª feira | 19h 30 de julho | 3ª feira | 19h 31 de julho | 4ª feira | 16h (Dir. Olivier Peyon | Uruguai | Drama | 2017 | 96min) Uma mulher francesa embarca numa viagem para Montevidéu, Uruguai, em busca de seu filho, que lhe foi tirado anos atrás.

FATIMA 16 de julho | 3ª feira | 16h 22 de julho | 2ª feira | 19h 26 de julho | 6ª feira | 16h 31 de julho | 4ª feira | 19h (Dir. Philippe Faucon | França | Drama | 2015 | 79min) Fatima vive com suas duas filhas Souad e Nesrine, elas são a sua motivação e orgulho, mas também fonte de preocupação. Para garantir às meninas o melhor futuro possível, Fatima trabalha de modo irregular como doméstica. Um dia, ela se acidenta. Enquanto está fora do trabalho, ela começa a escrever textos em árabe para as filhas, dizendo-as tudo o que ela nunca foi capaz de expressar em francês.

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Faces de um Conflito, direção de André Auler.

Faces de um Conflito Em julho, a Sala Redenção - Cinema Universitário irá apresentar, em duas sessões, o filme Faces de um Conflito, um documentário que mostra a experiência do fotojornalista Alexandro Auler durante o mês que esteve em Kobane, cidade na fronteira da Síria com a Turquia. O documentário vai além de apenas uma fotografia do conflito na região. A proposta é revelar também como foi a chegada na cidade junto com jornalistas de outras partes do mundo e como vive aquele povo que se considera curdo em meio a toda destruição. O filme ainda mostra homens e mulheres civis que se tornaram soldados e arriscam suas vidas lutando contra o Estado Islâmico; o ritual dos funerais e a celebração do Newroz (o Ano Novo Curdo). Tudo isso pela visão de um fotógrafo brasileiro.

O documentário conta também com depoimentos do videomaker iraniano Soran Qurbani e entrevistas de soldadas que rejeitaram as imposições culturais machistas e lutam pelo seu território na mesma posição dos homens. É uma história de resistência e esperança. Alexandro Auler, André Auler e Xavi Cortès, equipe do filme

FACES DE UM CONFLITO 01 de julho | 2ª feira | 19h 02 de julho | 3ª feira | 16h (Dir. André Auler | Brasil | 2016 | 40 min) Documentário que mostra a experiência do fotojornalista Alexandro Auler durante o mês que esteve em Kobane, cidade na fronteira da Síria com a Turquia.

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CINEMA

Azul e não tão Rosa, direção de Miguel Ferrari.

PARCEIROS DA SAL A REDENÇÃO

Mostra RECAM Encontro Especializado de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul (RECAM) foi criada em dezembro de 2003 e é um órgão consultivo do MERCOSUL no tema cinematográfico e audiovisual, formado pelas mais altas autoridades governamentais nacionais no assunto. Entre os seus objetivos, busca-se aprofundar o desenvolvimento do Audiovisual dos Países participantes, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, garantindo o direito do telespectador a uma pluralidade de opções que incluem especialmente expressões culturais e audiovisuais do Mercosul.

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disso, o rock nacional começava a nascer. O filme mostra como a música, o esporte e a política se encontraram para mudar o rumo da história do país.

AZUL E NÃO TÃO ROSA DEMOCRACIA EM PRETO E BRANCO 11 de julho | 5ª feira | 16h 12 de julho | 6ª feira | 19h (Dir. Pedro Asberg | Brasil | 2014 | Documentário | 82min) Durante o ano de 1982 a ditadura militar completava 18 anos. A música popular brasileira sobrevivia de metáforas, devido a grande opressão e censura, e o clube de futebol Corinthians passava por um período interno turbulento. No meio

11 de julho | 5ª feira | 19h 12 de julho | 6ª feira | 16h (Dir. Miguel Ferrari | Venezuela | Drama | 2012 | 112min) Diego decide formalizar seu relacionamento com Fabrizio indo morar com ele, mas inesperadamente, ele é forçado a cuidar de seu filho Armando, um jovem adolescente que mora na Espanha e não o vê há anos.


Cinedebate Sigma O coletivo Sigma Cinema exibe o média-metragem Negritudes Brasileiras, idealizado por Nátaly Neri, uma das maiores YouTubers negras do Brasil, na Sala Redenção, em Porto Alegre. Após a exibição da obra, a Sigma promove um debate com integrantes de coletivos ativistas, que tratarão sobre “descobrirse negro” no contexto brasileiro, sob diferentes perspectivas. Cristina Centeno e Helena Meireles, integrantes do coletivo de professoras negras Quilombelas e Cleverton Borges, do grupo MilTons, que propõe discussões acerca da masculinidade negra, estarão presentes no debate. Jeferson Brum, membrofundador da Sigma, será o mediador da atividade.

NEGRITUDES BRASILEIRAS 15 de julho | 2ª feira | 19h (Dir. Nátaly Neri | Brasil | Documentário | 2018 | 58min) O filme, em formato documentário procura explicar, por meio de especialistas e de vivências, a descoberta da identidade negra no Brasil, e o é que ser negro em um país como o Brasil. Além disso, o documentário possibilita um debate sobre questões como a afetividade da mulher negra e outros temas sensíveis sobre a negritude.

Negritudes Brasileiras, direção de Nátaly Neri.

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CINEMA

Sessão ACCIRS

Espaços (Sub)traídos

Sioma - O Papel da Fotografia

O filme encerra o ciclo dedicado a olhares diversificados sobre o cinema. O programa de exibições de filmes com debate, iniciado em 2018, é um dos eventos em comemoração aos 10 anos da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. As sessões comentadas com periodicidade bimestral e itinerância no circuito exibidor tem curadoria do associado da Accirs, crítico e programador de cinema, Leonardo Bomfim. Lançado em 1960, Peeping Tom é um filme de terror de fundo psicológico e bastante inspirado pelos filmes voyeuristas de Alfred Hitchcock. Desde o início, o espectador é colocado no ponto de vista do cinegrafista e acompanha a ação através das lentes da câmera da qual ele nunca se afasta. Lançado no início dos anos 60, Peeping Tom precisou esperar mais de uma década para ser valorizado, nos anos 70 foi redescoberto e considerado, por realizadores e críticos como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Peter Bogdanovich, um dos grandes filmes de terror do cinema.

O Grupo de Pesquisa Identidade e Território (GPIT-UFRGS) e sala Redenção- Cinema Universitário apresentam a mostra Espaços (Sub) traídos. As inquietações urbanas que permeiam as pesquisas dos diversos integrantes do grupo dialogam com filmes produzidos pela cena audiovisual brasileira.

(Dir. Eneida Serrano, Karine Emerich | Brasil | Documentário | 2014 | 15min) Rememorando vivências a partir de seus próprios retratos, pessoas fotografadas por Sioma Breitman (1903-1980) revelam que a fotografia é memória e emoção. O trabalho de Sioma, feito em Porto Alegre, em meados do século XX, confirma que a fotografia transcende o tempo e nos aproxima. +

A TORTURA DO MEDO 16 de julho | 3ª feira | 19h (Dir. Michael Powell | Reino Unido | Ficção | 1960 | 101min) O protagonista é um estranho e recluso rapaz que não larga sua câmera para nada. Submetido na infância a experimentos do pai cientista, Mark Lewis (Karlheinz Böhm) se transformou num psicopata que mata mulheres e filma as suas expressões de terror pouco antes de serem assassinadas. Após a sessão, debate com Bia Zasso e Carlos Thomaz Albornoz.

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A ideia surge com intuito de fomentar o diálogo entre o público em geral e o meio acadêmico sobre a função da imagem cinematográfica como imagem poética. Tal imagem pode possibilitar uma outra visão de mundo, aquela que constrói a diversidade do espaço contemporâneo a partir da subtração, realçando o menos, o esquecido, o invisível. As narrativas audiovisuais que integram a mostra Espaços (Sub) traídos pautam outras ordens que operam na produção do espaço. Serão dez sessões entre abril e dezembro de 2019, sempre às quartas-feiras. Entre os longa-metragens confirmados, estão Chega de FiuFiu (Amanda Kamanchek, 2018, 73min), Ainda Orangotangos (Gustavo Spolidoro, 2008, 81min), Cio da Terra (Cacá Nazario, 2010, 42min), Antes que o mundo acabe (Ana Luiza Azevedo, 2010, 100min), Rifle (Davi Pretto, 2017, 98min), Hotel Cambridge (Eliane Caffé, 2017, 99min) entre outros. Todos os encontros propõem conversas após as exibições com debatedores convidados e o público presente.

SIOMA - O PAPEL DA FOTOGRAFIA + ANTES QUE O MUNDO ACABE 17 de julho | 4ª feira | 19h

Antes que o Mundo Acabe (Dir. Ana Luiza Azevedo | Brasil | Drama | 2009 | 100min) Daniel é um adolescente crescendo em seu pequeno mundo, assolado pelas dificuldades da adolescência, as primeiras escolhas adultas e responsabilidades. Tudo começa a mudar quando ele recebe uma carta do pai que ele nunca conheceu.


5ª MOUC - Mostra Universitária de Curtas A Mostra de Curtas Universitários - MOUC, criada em 2013 pela, então estudante de publicidade e propaganda (Fabico/UFRGS), Juh Balhego, sempre teve o objetivo integrar estudantes produtores audiovisuais e interessados em cinema. Hoje, em sua 5ª edição, a MOUC continua a cumprir sua principal meta: estimular a produção audiovisual fomentando a produção independente de novos nomes. Com incentivo ganho pela Secretaria do Estado da Cultura através do Programa Pró-Cultura do Governo do Estado, a 5ª MOUC também passa cumprir seu papel social junto aos alunos de escolas da periferia de Porto Alegre, levando-os para dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul para participarem da programação da Mostra, que terá, além de exibição de curtas, palestras sobre às diversa áreas do audiovisual.

Nádia (designer) e Gabriela Seixas (coordenadora de comunicação). Para a seleção dos filmes contamos com a curadoria de Cleverton Borges, Freddy Paz, Livia Pasqual, Luiz Santana, Thais Fernandes e Ulisses da Motta.

A equipe deste ano é formada por Juh Balhego (coordenadora geral) Alex Racor (produção de vídeos), Dina Prates (Contabilidade), Freddy Paz (coordenação de produção),

Dir. Beatriz Cascardi | SP

Com incentivo ganho pela Secretaria de Com tema “Você vira protagonista”, a 5ª MOUC estará na programação da Sala Redenção da UFRGS e acontecerá nos dias 18 e 19 de julho. Às palestras ocorreram na parte da manhã e tarde, à noite (19h) os filmes selecionados serão exibidos.

CURTAS SELECIONADOS

MEGG – A MARGEM QUE MIGRA PARA O CENTRO

Dir. Larissa Nepomuceno Eduardo Sanches | PR

e

MUSA PAGÃ

Dir. Fillipe Rodrigues | PA

NOSSA TERRA

Dir. Samuel Moreira | SC

NÚMERO UM

Dir. Marcela Akaoui | SP

PELE DE MONSTRO

Dir. Barbara Maria | MG

PRIMAVERA DE FERNANDA

Dir. Débora Zanatta e Estevan de la Fuente | PR

QUE SOM TEM A DISTÂNCIA?

Dir. Marcela Schild | RS

UM ESTRANHO NO ESCURO

Dir. Matheus Albano | RJ

8 PATAS

Dir. Fabrício Rabachim, Gabriel Barbosa e Pietro Nicolodi | SP

CARTUCHOS DE SUPER NINTENDO EM ANÉIS DE SATURNO

Dir. Leon Reis | CE

DAMA DE BARRO

HOJE SOU FELICIDADE

Dir. João Luís/ Tiago Aguiar | PE

LIS

Dir. Isabella Pannain | MG

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CINEMA

Mostra RAM de Vídeos Etnográficos De 23 a 25 de julho 2019, o Cinema da UFRGS recebe a Mostra Audiovisual (Filmes e Sons) da XIII Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM). Consiste no mais importante congresso de antropologia que reúne os/as pesquisadores/as antropólogos/ as da América do Sul sediado no campus centro da UFRGS em Porto Alegre. Já em sua XIII edição, o tema deste congresso é Antropologias do Sul, buscando fortalecer as práticas e saberes de pesquisa produzidos nesta perspectiva geopolítica. Os filmes e sons foram selecionados por uma comissão científica composta por antropólogos/as cineastas de diversos centros de pesquisa no Brasil e no exterior. A Mostra é organizada pelo Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL) da UFRGS sediada no Cinema da UFRGS. Os filmes e sons selecionados resultam de pesquisas antropológicas com base em estudos de campo etnográfico e de exercícios experimentais de cursos de formação em estudos sociais desenvolvidos no Brasil e no exterior. Os temas predominantes consistem em estudos sobre memória coletiva, o tempo social, as cidades, as territorialidades, os

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corpos, a construção da identidade social, as expressões artísticas, as práticas de trabalho, a educação, as tradições, estudos de etnicidades, religiões, transnacionalização, estudos de gênero, formas de sociabilidades e musicalidades. Esta atividade é aberta não somente aos congressistas, mas a toda comunidade da UFRGS. A mostra de filmes ocorre de 23 a 25 de julho, terça, quarta e quinta feira com sessões pela manhã das 9h às 11h e pela tarde, das 14h às 18h, e a mostra de sons terá lugar no dia 23 de julho na sessão da noite, às 19h.

MOSTRA I

MOSTRA II 23 de julho | 3ª feira | 14h a 18h

Abayomi (Dir. Edlaine de Campos Gomes | Brasil | 2017 | 33 min) +

Absolvição Imprópria (Dir. Érica Quinaglia Silva | Brasil | 2018 | 26 min) +

Corpos Instáveis (Dir. Marisol Marini | Brasil | 2018 | 42 min) +

Epidemia de Cores

(Dir. Mário Eugênio Saretta | Brasil | 2016 | 70 min)

MOSTRA III

23 de julho | 3ª feira | 9h a 11h

24 de julho | 4ª feira | 09h a 11h

A Poeira do Tempo: figuras e lendas da fundação da terra gaúcha

Angola Poa: Mestre Churrasco

(Dir. Ana Luiza Carvalho da Rocha | Brasil | 2015 | 49 min) +.

Nhande Ywy - Nosso Território (Dir. Ana Lúcia Ferraz | Brasil | 2018 | 32 min) +

O Som Dos Sinos (Dir. Marcia Mansur e Marina Thomé | Brasil | 2016 | 70 min)

(Dir. Marco Antonio Saretta Poglia, Magnólia Dobrovolski | Brasil | 2014 | 38 min) +

Andar no ar: a nossa experiência de circo social inclusivo (Dir. Caetano Galione | Uruguai | 2019 | 13 min) +

A história da Antropologia na Universidade Federal de Santa Catarina


(Dir. Adriana Eidt, Miriam Pillar Grossi, Raquel Mombelli, Suzana Morelo Vergara Martins Costa | Brasil | 2017 | 27 min) +

“Sobre lidas, estudos e escolhas” - A trajetória profissional de dois Trabalhadores Negros no Vale do Sinos (Dir. Lohran Costa Fagundes | Brasil | 2019 | 14 min) +

Conexões: etnografia visual de experiências ecosóficas em pesquisa-intervenção

+

Candomblé sur Seine (Dir. Daniela Antoniassi | França | 2017 | 14 min) +

Desejos em Paisagens Serranas (Dir. Claudia Ribeiro | Brasil | 2018 | 78 min) +

(Dir. Paulo Mendel e Vitor Grunvald | Brasil | 2019 | 26 min)

(Dir. Pablo Mardones e Miguel Ángel Ibarra | Chile | 2018 | 52 min) +

Os Castros Vêm Tocar: Fé e festa para São Benedito em Almeirim (Dir. Luciana Gonçalves de Carvalho | Brasil | 2019 | 35 min) +

K’NDELA - Corpos sem fronteiras (Dir. Isabel Araya, Lissien Salazar, Pablo Mardones. | Chile | 2018 | 61 min)

MOSTRA X 25 de julho | 5ª feira | 09h a 11h

Domingo

Pascual Toro, flauteiro

(Dir. Dragoss Ouédraogo | Brasil | 2017 | 18 min)

Lakitas en Tarapacá y Pascua de los Negros de La Tirana

A Utopia do Corpo Indisciplinado

(Dir. Cinthia Creatini da Rocha e Kátia Klock | Brasil | 2015 | 14 min) +

(Dir. Robson Constante e Ana Luiza Carvalho da Rocha | Brasil | 2016 | 05 min)

24 de julho | 4ª feira | 14h a 18h

(Dir. Julieta Pestarino | Argentina, Equador | 2018 | 08 min) +

De Mitos a Bichos

(Dir. María Eugenia Domínguez | Paraguai | 2019 | 21 min) +

MOSTRA IX

O que Seus Olhos não Veem

(Dir. Michel de Paula Soares | Brasil | 2018 | 10 min) +

(Dir. Jane M. Mazzarino | Brasil | 2019 | 09 min) +

Crônica audiovisual: Jovens alunos e suas capas de revistas

| 2019 | 17 min) +

Tambores do Rosário: a festa de Nossa Senhora do Rosário

MOSTRA XI 25 de julho | 5ª feira | 14h a 18h

Uso inteligente da cidade (Dir. Bender Arruda | Espanha | 2014 | 04 min) +

Passagens de “NiUnaMenos” - Da solidão à massa (Dir. Silvia Citro, Salvador Batalla | Argentina | 2018 | 19 min) +

Matica, à Espera de Trabalho (Dir. Germano Lopes Ângelo e Olendina de Carvalho Cavalcante | Brasil | 2018 | 03 min) +

Na Quinta com Kelly (Dir. Otavio Raposo | Portugal | 2019 | 27 min) +

O Rei Não Se Enforcou

Saakhelu Kiwe Kame, Oferta à Mãe Terra

(Dir. Maria da Conceição Cardoso da Silva | Brasil | 2018 | 30 min) +

(Dir. Mateo Leguizamón Russi | Colombia | 2018 | 25 min)

A Vida é Sempre um Mistério (Dir. Calvin Da Cas Furtado | Brasil

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CINEMA

Coco Antes de Chanel, direção de Anne Fontaine.

Inovação nas Telas O Zenit - Parque Científico e Tecnológico da UFRGS foi criado em 2012 surge com o intuito de fomentar o sistema de pesquisa, inovação e empreendedorismo da universidade através de novas ideias que transformem o setor produtivo e levem produtos e serviços inovadores à sociedade. Com o objetivo de sensibilizar o público sobre temas tão importantes, propõe-se o projeto Inovação nas Telas, com a exibição de um filme aclamado pela crítica, seguido de um debate com um especialista no tema.

COCO ANTES DE CHANEL 24 de julho | 4ª feira | 19h (Dir. Anne Fontaine | França | Drama | 2009 | 105min) Coco Chanel era uma jovem humilde com talento para costura e trabalhava como cantora em um bar. Sua vida muda quando ela se torna amante e conselheira de modas de um rico herdeiro. Cansada dos chapéus floreados, dos espartilhos apertados e metros de fita que definem a moda feminina, Coco usa as roupas de seu amante como ponto de partida para criar uma elegante e sofisticada linha feminina que a leva para o topo da costura parisiense. Após a sessão haverá um debate com integrantes do projeto e convidados.

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Clube de Cinema

CineDHebate Direitos Humanos 2019

O HOMEM COM UMA CÂMERA

CHINATOWN

02 de julho | 3ª feira | 19h (Dir. Dziga Vertov | Rússia | Documentário | 1929 | 68min) Um homem passeia por cidades da União Soviética com sua câmera no ombro, documentando a agitada vida urbana e as inovações do mundo moderno.

10 de julho | 4ª feira | 19h (Dir. Roman Polanski | Estados Unidos | Crime, Noir | 1974 | 130min) O detetive particular Jake Gittes é contratado por uma ricaça para investigar o marido, no que parece ser mais um caso de infidelidade conjugal. Porém Gittes acaba se envolvendo em uma intriga bem mais complicada e violenta que ele imaginava. Após a sessão, haverá um debate com integrantes do projeto e convidados.

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CINEMA AGOSTO

Cinema pela América Latina Em agosto, a Sala Redenção apresenta a mostra Cinema pela América Latina. Em parceria com o Sesc/ RS, programamos quatro filmes latino-americanas recentes a fim de mostrar um pequeno panorama do que está sendo produzido em nosso continente nos últimos anos. Exibiremos dois filmes nacionais (um em co-produção com Portugal), um argentino e um cubano, que discorrem sobre temas importantes para a formação e cultura da América Latina. O primeiro filme que apresentaremos é o argentino O Cidadão Ilustre, da dupla Mariano Cohn e Gastón Duprat, nomes conhecidos dentro do cinema do país. Dentre suas temáticas, o filme contrasta o provincianismo típico dessas pequenas cidades latinoamericanas com o escritor, retirado disso para uma vivência absolutamente cosmopolita na Europa. Na sequência, temos Guerra do Paraguay, de Luis Rosemberg Filho. Um filme complexo, em que amarras temporais são desconstruídas a fim de construir uma narrativa universalizada sobre a guerra e seus efeitos. Um soldado da Guerra do Paraguai em sua jornada de volta para casa encontra um soldado machucado, provavelmente paraguaio, representando algo como o espírito dos derrotados, e um grupo de atrizes, irmãs que perdem a mãe. Todos esses encontros servem para elucidar um ponto de vista humanista e antimilitar do diretor, que utiliza deste cenário para criticar a violência que, segundo ele, “virou porta de entrada da sociedade, dos partidos, religiões, da política e da vida miserável que vive sendo vendida como saída”.

Em Últimos dias em Havana, vemos um retrato fiel e sincero do povo cubano. Através de um mosaico variado de personagens, o diretor apresenta Cuba como ela é, com uma textura tão envolvente que faz com que o espectador inevitavelmente seja tragado para tal realidade. E o faz apresentando a história de dois amigos, tão antagônicos quanto dependentes: Miguel, que trabalha em um restaurante e sonha com a chance de migrar para os Estados Unidos a fim de alcançar uma maior qualidade de vida; e Diego, que vive acamado devido ao estágio avançado da AIDS e, apesar disso, é espirituoso e sedutor. Além desses dois personagens, o filme mostra uma gama de coadjuvantes, construindo, assim, uma pluralidade de ideias e visões que sintetiza o seu povo. Por fim, voltamos ao cenário brasileiro em Joaquim, de Marcelo Gomes. Nele, vemos a desmistificação de Tiradentes em uma obra dedicada à crueza e ao naturalismo. O filme foca na história do herói da Inconfidência Mineira antes de ser um revolucionário, na sua trajetória como militar, dentista e minerador. Com essa narrativa, busca construir uma nova visão sobre os nossos mitos fundadores, muito mais pautados pela violência do que pelo que chamamos de heroísmo. Vitor Cunha, Bolsista do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS

Últimos Dias em Havana, direção de Fernando Pérez.

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ÚLTIMOS DIAS EM HAVANA

O CIDADÃO ILUSTRE

JOAQUIM

01 de agosto | 5ª feira | 16h 20 de agosto | 3ª feira | 19h 22 de agosto | 5ª feira | 16h (Dir. Gastón Duprat, Mariano Cohn | Argentina | Drama | 2016 | 118min) Daniel Mantovani é um escritor argentino mundialmente conhecido. Embora seus romances se caracterizem por retratar a vida na pequena cidade onde ele nasceu, Salas, ele não fez questão de manter laços com as pessoas dali. Um dia o escritor recebe o convite para receber a condecoração de cidadão ilustre da cidade. Porém, a volta ao seu país, faz com que o protagonista rememore as semelhanças e diferenças irreconciliáveis com as pessoas da sua cidade natal.

19 de agosto | 2ª feira | 16h 22 de agosto | 5ª feira | 19h (Dir. Marcelo Gomes | Brasil | Drama | 2017 | 97min) A história do que levou Joaquim José da Silva Xavier, um dentista comum de Minas Gerais, a se tornar Tiradentes, transformando-se em um importante herói e mártir nacional que veio a liderar o levante popular conhecido como a Inconfidência Mineira.

02 de agosto | 6ª feira | 19h 19 de agosto | 2ª feira | 19h 20 de agosto | 3ª feira | 16h (Dir. Fernando Pérez | Cuba | Drama | 2016 | 92min) Miguel vive em Havana, Cuba, e passa seus dias sonhando em conseguir seu visto e ir para Nova York. Ele vive com outro homem, Diego, portador de HIV. A relação dos dois amigos é totalmente abalada quando o visto de Miguel é liberado.

GUERRA DO PARAGUAY 01 de agosto | 5ª feira | 19h 02 de agosto | 6ª feira | 16h (Dir. Luiz Rosemberg Filho | Brasil | Drama | 2016 | 80min) Acontece um encontro inusitado entre um soldado vindo da Guerra do Paraguay e uma trupe de teatro dos dias de hoje. Guerra e arte se misturam.

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CINEMA

Aconteceu em Woodstock, direção de Ang Lee.

Mostra Woodstock Ainda impulsionada pela efervescência contestatória de 1968, a juventude estadunidense materializou vários dos ideais de sua época no icônico Festival de Woodstock entre 15 e 18 de agosto de 1969, reunindo inúmeros músicos e bandas de rock. Projetado como um evento para cerca de 200 mil pessoas, teve seu o propósito comercial subvertido pelas mais de 500 mil pessoas que compareceram ao evento e, em sua maioria, não pagaram os ingressos. Os três dias de paz e música numa fazenda nos arrabaldes da pequena cidade de Bethel, no Estado de Nova Iorque, foram registrados nas câmeras da equipe de Michael Wadleigh, originando o documentário premiado com Oscar da categoria em 1970. Além do prêmio da crítica, o filme obteve um significado de “evento em si” ao ser exibido e celebrado em grande parte do mundo pela juventude nos cinemas, como o próprio festival. A história de uma das pessoas envolvidas diretamente com a produção do Festival de Woodstock é contada por Ang Lee em Aconteceu em Woodstock. Com várias referências ao celebre documentário, o diretor

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personaliza a experiência através do som e imagem de forma muito prazerosa, revelando alguns dos contratempos administrativos por trás do evento. De fora do badalado Woodstock, os Rolling Stones resolveram encerrar sua turnê nos EUA, com um concerto gratuito em Altamont Speedway, na Califórnia. Com o comparecimento de mais 300 mil pessoas o show foi marcado não somente por sua música, mas por descontrole e violência. Os diretores Albert e David Maysles e Charlotte Zwerin registraram o final da excursão dos Stones, inclusive os trágicos momentos em Altamont que culminaram com um assassinato. Quatro meses depois do maior festival, até então realizado, já nem tudo era paz e amor. Para comemorar os cinquenta anos de Woodstock a Sala Redenção convida o público para um travelling do sonho hippie de Woodstock ao pesadelo da Altamont em 1969. Nilo André Pina de Castro


ACONTECEU EM WOODSTOCK

GIMME SHELTER 12 de agosto | 2ª feira | 16h 13 de agosto | 3ª feira | 19h 16 de agosto | 6ª feira | 16h (Dir. Albert Maysles, Charlotte Zwerin, David Maysles | Estados Unidos | Documentário | 1970 | 90min) Após o sucesso absoluto do festival de Woodstock, a banda Rolling Stones decidiu, poucos meses depois, repetir o êxito em um novo show gratuito de rock para o público. O show, porém, tornou-se inesquecível não tanto pela paz e amor de seu antecessor, mas sim pelas brigas e a tragédia que se seguiu.

WOODSTOCK - 3 DIAS DE PAZ, AMOR E MÚSICA 12 de agosto | 2ª feira | 18h 14 de agosto | 4ª feira | 14h (Dir. Michael Wadleigh | Estados Unidos | Documentário | 1970 | 225min) Em 1969, quase 500.000 pessoas se reuniram em uma fazenda em Bethel, Nova York, para três dias de paz e música. Esta versão do diretor documenta o festival de música da montagem à limpeza, com imagens icônicas de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Joan Baez, Crosby, Stills and Nash e muito mais.

13 de agosto | 3ª feira | 16h 15 de agosto | 5ª feira | 16h 16 de agosto | 6ª feira | 19h (Dir. Ang Lee | Estados Unidos | Comédia | 2009 | 120min) No verão de 1969, no estado de Nova York, Elliot divide seu tempo entre Greenwich Village e o motel de seus pais nas montanhas, que está falindo. Quando organizadores do festival de Woodstock planejam o histórico evento musical de uma geração, Elliot se envolve e oferece o motel e terrenos na cidade para a organização do evento, mas sem imaginar a proporção gigantesca que o festival iria tomar.

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CINEMA

John Rabe, direção de Florian Gallenberger.

Mostra Antecedentes da Segunda Guerra Mundial Findada a guerra para acabar com todas as outras guerras em 1918, o cenário mundial não era nada promissor. A ameaça do comunismo no Leste, com a Rússia revolucionária lançava no mundo um novo contexto, onde antes existiam rivalidades interimperialistas, então eram projetadas profundas rivalidades ideológicas tangidas pela luta de classes. Na Itália sob o mito da vitória mutilada foi formado o movimento fascista que tinha como discurso a contraposição ao capitalismo do Ocidente, assim como, formaria uma barreira para deter o comunismo do Leste. Os passos seguintes trouxeram um aprofundamento dos nacionalismos xenófobos, do irracionalismo com apelo emocional, do exemplo de culto aos líderes em celebrações personalistas na suposição de sua infalibilidade, assim como, políticas baseadas no unipartidarismo. A Crise do capitalismo em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque e a grande depressão que se seguiu, serviu como catalisador para os problemas europeus e mundiais, levando a uma crescente militarização das sociedades. A crença na salvação da nação por meio da luta e da guerra, impondo a ‘ordem’, a ‘disciplina’ e o ‘respeito à autoridade’ para todo o conjunto da sociedade foi espelhado em diversos países.

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Entre outras consequências da depressão econômica mundial em 1933, na Alemanha, o modelo melhor acabado de fascismo chegou ao poder com Adolf Hitler. O nazismo alemão agregou ainda uma questão mítica e um racismo pseudocientífico para justificar seus ideais festejados pelos conservadores. Na Ásia, o Japão continuava sua expansão desde o final do século XIX, precipitando os conflitos na China já em 1931, iniciando uma guerra que se intensificou em larga escala em 1937 com o massacre de Nanquim e que prosseguiu até 1945. Na Europa, coube à Espanha ser o palco ou a antessala da Segunda Guerra Mundial através de sua tristemente célebre guerra civil entre 1936 e 1939, campo de experiências militares de fascistas, nazistas e soviéticos e fortes embates ideológicos entre direitas e esquerdas. Em tempos sombrios de avanço obscurantista, conservadorismo estéril e antecipando sua mostra dos Oitenta Anos da Segunda Guerra Mundial (setembro) a Sala Redenção programa quatro filmes para uma rápida panorâmica nos antecedentes do maior conflito bélico da história. Nilo André Piana de Castro


JOHN RABE

HITLER: A ASCENSÃO DO MAL

LIBERTÁRIAS

26 de agosto | 2ª feira | 19h 27 de agosto | 3ª feira | 16h (Dir. Christian Duguay | Canadá | Drama | 2003 | 179min) Perfilando a vida de Adolf Hitler, quando criança e sua ascensão, nas fileiras do Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores, antes da Segunda Guerra Mundial, até tornar-se um dos piores ditadores da História recente.

29 de agosto | 5ª feira | 19h 30 de agosto | 6ª feira | 16h (Dir. Vicente Aranda | Espanha | Drama | 1996 | 125min) Nos primeiros dias da Guerra Civil Espanhola uma jovem freira que foge do convento, conhece casualmente um grupo de militantes anarquista da organização feminista do movimento libertário espanhol chamado “Mujeres Libres”. Ela as acompanhará e viverá os rigores da guerra e da revolução social espanhola de 1936.

28 de agosto | 4ª feira | 16h 30 de agosto | 6ª feira | 19h (Dir. Florian Gallenberger | Alemanha | Drama | 2009 | 135min) Nanquim, 1937, o diretor da Siemens John Rabe e sua esposa fazem os preparativos para retornar a Berlim. Durante uma festa de despedida em sua honra, a cidade é bombardeada por aviões das forças japonesas. Rabe abre os portões da companhia e salva vários civis em pânico. A partir daí começa a jornada.

TEMPO DE MATAR 27 de agosto | 3ª feira | 19h 29 de agosto | 5ª feira | 17h (Dir. Giuliano Montaldo | Itália | Drama | 1989 | 110min) 1936. O exército italiano está prestes a invadir o território da Etiópia. Em meio ao pesado conflito, um tenente italiano começa a sentir uma dor de dente. Com o objetivo de se dirigir até o hospital militar mais próximo de seu posicionamento, o tenente Enrico Silvestri (Nicolas Cage) começa uma jornada que trará à tona todos os horrores e brutalidades dos tempos de guerra.

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CINEMA PARCEIROS DA SAL A REDENÇÃO

Clube de Cinema Em 13 de Abril de 1948, o crítico de cinema Paulo Fontoura Gastal, reunido com jornalistas, cinéfilos e intelectuais de Porto Alegre, fundou o Clube de Cinema de Porto Alegre, dedicado à expansão da cinefilia na cidade, no estado e no país. Desde então e até hoje nosso Clube é ativo e persistente em promover mostras e festivais ao longo de sua história, sem esquecer de uma boa conversa após cada sessão sobre o filme recém visto.

O HOMEM DAS NOVIDADES 06 de agosto | 3ª feira | 19h (Dir. Edward Sedgwick, Buster Keaton | Estados Unidos | Comédia | 1928 | 69min) Decidido a conquistar Sally, uma secretária de um estúdio de cinema, o fotógrafo Luke aceita o emprego de cameraman. Sem experiência alguma, Luke irá cumprir sua nova função da forma mais atrapalhada possível.

O Clube de Cinema recebeu da ACCIRS, Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, o prêmio Luiz César Cozzatti – Destaque Gaúcho de 2018, destinado à valorização da produção audiovisual e a cultura do RS. Convidamos a cinefilia brasileira para juntar-se a nós nesta longa e divertida aventura que o CINEMA proporciona. Diretoria do Clube de Cinema de Porto Alegre O Homem das Novidades, direção de Edward Sedgwick e Buster Keaton.

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Sessão Incluir Como forma de aproximar a sétima arte do público com necessidades especiais, a Sala Redenção em parceria com o Sesc-RS, irá exibir uma sessão especial com acessibilidade. O filme exibido contará com audiodescrição, libras e legendas, que possibilitará a experiência cinematográfica para pessoas com deficiência visual ou auditiva. A sessão será aberta ao público.

Mostra RECAM

O QUARTO DE LÉO ANOS DE RUA 23 de agosto | 6ª feira | 16h (Dir. Alejandra Grinschpun | Argentina | Documentário | 2012 | 74min) Quatro crianças viviam nas ruas de Buenos Aires em 1999.Como seria o futuro delas? Filmado há mais de dez anos, este filme explora três momentos da vida dessas crianças que viveram suas vidas como um jogo.

26 de agosto | 2ª feira | 16h (Dir. Henrique Buchichio | Uruguai | Drama | 2010 | 95min) Leo se reúne com Caro, ex-colega de escola primária. Essa reunião casual afetará os conflitos um do outro, sem que nenhum deles saiba o que isso realmente acontece com o outro.

FATIMA 29 de agosto | 5ª feira | 14h (Dir. Philippe Faucon | França | Drama | 2015 | 79min) Fatima vive com suas duas filhas Souad e Nesrine, elas são a sua motivação e orgulho, mas também fonte de preocupação. Para garantir às meninas o melhor futuro possível, Fatima trabalha de modo irregular como doméstica. Um dia, ela se acidenta. Enquanto está fora do trabalho, ela começa a escrever textos em árabe para as filhas, dizendo-as tudo o que ela nunca foi capaz de expressar em francês.

HÁ ALGUÉM ALI 23 de agosto | 6ª feira | 19h (Dir. Eduardo Viloria Daboín | Venezuela | Documentário | 2014 | 84 min) Elena é uma menina de nove anos com autismo. Gioconda e Eduardo, seus pais, angustiados com o futuro de sua filha e em busca de respostas, empreendem uma emocionante exploração do universo do autismo, a começar pelas filmagens de crianças autistas feitas nos anos 70.

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CINEMA

Mostra Cinema Equatoriano

Cinemas em Rede

Nos dias 05 a 09 de agosto, a Sala Redenção irá integrar as Semanas Internacionais 2019, organizadas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Em uma parceria com o Consulado do Equador, teremos uma semana inteira exibindo apenas filmes produzidos e filmados no Equador, como forma de destacas as semelhanças e proximidades entre os povos brasileiros e equatorianos.

15 de agosto | 5ª feira | 19h

As sessões ocorrerão nos horários das 16h e 19h, a programação estará disponível no site da Difusão Cultural.

CineDHebate Direitos Humanos 2019

O Cinemas em Rede é uma iniciativa da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o Ministério da Cidadania e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que pretende contribuir para a criação de um circuito de exibição audiovisual nas Universidades e Instituições federais de todo Brasil. No Rio Grande do Sul, as sessões são em parceria com a Sala Redenção – Cinema Universitário. O filme escolhido será divulgado nas redes sociais e no site da Difusão Cultural.

Sessão UNAPI

Mostra Inovação nas Telas

UM SENHOR ESTAGIÁRIO 21 de agosto | 4ª feira | 19h (Dir. Nancy Meyers | Estados Unidos | Comédia | 2015 | 121min) Ben Whittaker é um viúvo com 70 anos que descobriu que a aposentadoria não é tudo aquilo de bom que as pessoas falam. Aproveitando uma oportunidade de voltar à ativa, ele se torna estagiário sênior de um site de moda, fundado e dirigido por Jules Ostin, com quem cria uma forte amizade. Após a sessão haverá um debate com integrantes do projeto e convidados.

ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE 14 de agosto | 4ª feira | 19h (Dir. Kenneth Branagh | Estados Unidos | Crime | 2017 | 114min) Ocorre um assassinato em um luxuoso trem. O famoso detetive Hercule Poirot, que também estava a bordo, precisa correr contra o tempo para resolver o caso.

EU NÃO SOU SEU NEGRO 21 de agosto | 4ª feira | 14h (Dir. Raoul Peck | Estados Unidos, França, Bélgica | Documentário | 2017 | 94min) O escritor James Baldwin escreveu uma carta para o seu agente sobre o seu mais recente projeto: terminar o livro Remember This House, que relata a vida e morte de alguns dos amigos do escritor, como Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Junior. Com sua morte, em 1987, o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck. Essa sessão é uma parceria com o SESC/RS.

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Espaços (Sub)traídos AS MINAS DO RAP + SLAM - VOZ DE LEVANTE 28 de agosto | 4ª feira | 19h

Paris, representando a nova vertente negra e feminista que tem se firmado pela virulência de seu verbo politizado. Após a sessão haverá um debate com a equipe organizadora e convidados.

As Minas do Rap (Dir. Juliana Vicente | Brasil| Documentário | 2015 | 14 min) No Brasil, as mulheres tardaram a entrar no cenário do rap, e até hoje são raros os grupos ou artistas individuais que alcançaram destaque em suas carreiras. O documentário entrevista mulheres ligadas ao hip hop, abordando o histórico feminino dentro do movimento e dando voz a artistas como Negra Li, MC Gra e Karol Conka. +

Slam - Voz de levante (Dir. Tatiana Lohman, Roberta Estrela D’Alva | Brasil | Documentário | 2017 | 81min) Em Chicago, NY, Paris, Rio e São Paulo, a mesma cena com diferentes faces: os poetry slams, batalhas poéticas performáticas, se firmam como encontros que instigam a criatividade e o convívio entre diferentes e surgem diante da onda política conservadora mundial como ágoras do livre pensamento e expressão. No Brasil, a poeta Luz Ribeiro vence o campeonato nacional e vai para a Copa do Mundo de Poetry Slam, em

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CALENDÁRIO

JULHO E AGOSTO MÚSICA 04/07 | 5ª feira | 20h | Salão de Atos: Unimúsica - Por Entre Sons (pg. 4) 05/07 | 6ª feira | 20h | Salão de Atos: Unimúsica - Notas para Porto Alegre: Sons, Memória e Resistência (pg. 6) 05/07 | 6ª feira | 18h | Centro Cultural da UFRGS: Sexta Degrau: Pônei Xamânico (pg. 10) 24/07 | 4ª feira | 19h | Centro Cultural da UFRGS: Núcleo da Canção - Audição comentada com Carlos Badia (pg. 12) 01/08 | 5ª feira | 20h | Salão de Atos: Unimúsica - Tocando Alto (pg. 8) 09/08 | 6ª feira | 18h | Centro Cultural da UFRGS: Sexta Degrau: Galáxia (pg. 10) 22/08 | 5ª feira | 19h | Centro Cultural da UFRGS: Núcleo da Canção - Audição comentada com Três Marias (pg. 13) 23/08 | 6ª feira | 18h | Centro Cultural da UFRGS: Sexta Degrau: Posada (pg. 10) ARTES DA CENA 15/07 | 2ª feira | 19h | Centro Cultural da UFRGS: Cenas Mínimas: Impulso (pg. 14) 16/07 | 3ª feira | 19h | Centro Cultural da UFRGS: Cenas Mínimas: Impulso (pg. 14) 19/08 | 2ª feira | 19h | Centro Cultural da UFRGS: Cenas Mínimas: obs.cenas (pg. 16) 20/08 | 3ª feira | 19h | Centro Cultural da UFRGS: Cenas Mínimas: obs.cenas (pg. 16) ARTES VISUAIS 25/04 a 31/07 | Saguão da Reitoria da UFRGS: Exposição Idioma-Imagem na Gravura de Magliani (pg. 18) 10/05 a 10/07 | Sala Fahrion na Reitoria da UFRGS: Exposição William Blake - O Matrimônio de Céu & Inferno, (pg. 18) 12/05 a 29/07 | Centro Cultural da UFRGS: Projeto Grafite de Giz: A História Sussurrada da Arte (pg. 20) A partir de julho | Centro Cultural da UFRGS: Bielnalsur: Ecos de Memórias Póstumas (pg. 21) Até 31 de julho | Saguão da Reitoria da UFRGS: Obras em Destaque: Coronas (pg. 22) 27/07 | Sábado | 18h30 | Centro Cultural: Confraria da Ilustração: Que Língua é Minha Pátria? (pg. 19) 06/08 a 11/10 | Saguão da Reitoria da UFRGS: Obras em Destaque: Rossini Perez - Gravador (pg. 22) 15/08| 5ª feira | 18h30 | Centro Cultural: Confraria da Ilustração: Considerações Sobre a Página como Suporte (pg. 19) 21/08 a 11/10 | Centro Cultural da UFRGS: Exposição No me Callas (pg. 23) Até 14/08 | Centro Cultural da UFRGS: Exposição Diálogos Complexo (pg. 24) LITER ATUR A 05/05 a 18/08 | Centro Cultural da UFRGS: Curso Narrativas Curtas (pg. 26) 08 e 09/07 | Centro Cultural da UFRGS: Oficina Poéticas Urbanas e Artivismo: Leandro Anton (pg. 27) 19/07 | Centro Cultural da UFRGS: Oficina Poéticas Urbanas e Artivismo: Lorena Sanchez (pg. 27) 26/08 | Centro Cultural da UFRGS: Oficina Poéticas Urbanas e Artivismo: Josiane França (pg. 27) IDEIAS 21/05 a 02/07 | Centro Cultural da UFRGS: Curso História da Filosofia e a Questão da Interpretação (pg. 29) 10/07 | Centro Cultural da UFRGS: Conferências UFRGS 2019: Jeniffer Alves Cuty (pg. 28) 14/08 | Centro Cultural da UFRGS: Conferências UFRGS 2019: Patrícia Fagundes (pg. 28) 28/08 | Centro Cultural da UFRGS: Conferências UFRGS 2019: Celso Loureiro Chaves (pg. 28) IDEIAS 16/07 | Centro Cultural da UFRGS: Oficina Sentidos do Pão: Pão e Circo (pg. 31) 20/08 | Centro Cultural da UFRGS: Oficina Sentidos do Pão: Pão e Espiritualidade (pg. 31)

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CINEMA 01/07 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Blade Runner - O Caçador de Androides (pg. 32) 01/07 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Faces de um Conflito (pg. 39) 02/07 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Faces de um Conflito (pg. 39) 02/07 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Clube do Cinema: O Homem com uma Câmera (pg. 45) 03/07 | 4ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Watchmen (pg. 32) 03/07 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Dragão Vermelho (pg. 32) 04/07 | 5ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Dragão Vermelho (pg. 32) 04/07 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Ilha do Medo (pg. 32) 05/07 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Ilha do Medo (pg. 32) 05/07 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Blade Runner - O Caçador de Androides (pg. 32) 08/07 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Blade Runner - O Caçador de Androides (pg. 32) 08/07 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Watchmen (pg. 32) 09/07 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Watchmen (pg. 32) 09/07 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Dragão Vermelho (pg. 32) 10/07 | 4ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra William Blake: Ilha do Medo (pg. 32) 10/07 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: CineDHebate Direitos Humanos 2019: Chinatown (pg. 45) 11/07 | 5ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra RECAM: Democracia em Preto e Branco (pg. 37) 11/07 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra RECAM: Azul e não tão Rosa (pg. 37) 12/07 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra RECAM: Azul e não tão Rosa (pg. 37) 12/07 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra RECAM: Democracia em Preto e Branco (pg. 37) 15/07 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Irmã (pg. 35) 15/07 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Cinedebate Sigma: Negritudes Brasileiras (pg. 38) 16/07 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Fatima (pg. 35) 16/07 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Sessão ACCIRS: A Tortura do Medo (pg. 39) 17/07 | 4ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Anistia (pg. 35) 17/07 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Espaços (Sub)traídos: Sioma - O Papel da Fotografia + Antes que o Mundo Acabe (pg. 40) 17/07 | 4ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Anistia (pg. 35) 18/07 | 5ª feira | Dia todo | Sala Redenção: 5ª MOUC - Mostra Universitárias de Curtas (pg. 41) 19/07 | 6ª feira | Dia todo | Sala Redenção: 5ª MOUC - Mostra Universitárias de Curtas (pg. 41) 22/07 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: O Filho Uruguaio (pg. 35) 22/07 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Fatima (pg. 35) 23/07 | 3ª feira | 09h a 11h | Sala Redenção: Mostra RAM de Vídeos Etnográficos: Mostra I (pg. 42) 23/07 | 3ª feira | 14h a 18h | Sala Redenção: Mostra RAM de Vídeos Etnográficos: Mostra II (pg. 42) 24/07 | 4ª feira | 09h a 11h | Sala Redenção: Mostra RAM de Vídeos Etnográficos: Mostra III (pg. 42) 24/07 | 4ª feira | 14h a 18h | Sala Redenção: Mostra RAM de Vídeos Etnográficos: Mostra IX (pg. 42) 24/07 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Inovação nas Telas: Coco Antes de Chanel (pg. 44) 25/07 | 5ª feira | 09h a 11h | Sala Redenção: Mostra RAM de Vídeos Etnográficos: Mostra X (pg. 42) 25/07 | 5ª feira | 14h a 18h | Sala Redenção: Mostra RAM de Vídeos Etnográficos: Mostra XI (pg. 42) 25/07 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: O Filho Uruguaio (pg. 35) 26/07 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Fatima (pg. 35) 26/07 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Irmã (pg. 35) 29/07 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Irmã (pg. 35) 29/07 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Anistia (pg. 35) 30/07 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Anistia (pg. 35) 30/07 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: O Filho Uruguaio (pg. 35) 31/07 | 4ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: O Filho Uruguaio (pg. 35) 31/07 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema pelo Mundo: Fatima (pg. 35)

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CALENDÁRIO

CINEMA 01/08 | 5ª feira | 16h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: O Cidadão Ilustre (pg. 46) 01/08 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: Guerra do Paraguay (pg. 46) 02/08 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: Guerra do Paraguay (pg. 46) 02/08 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: Últimos Dias em Havana (pg. 46) 05/08 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 05/08 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 06/08 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 06/08 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Clube de Cinema: O Homem das Novidades (pg. 53) 07/08 | 4ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 07/08 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 08/08 | 5ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 08/08 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 09/08 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 09/08 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Cinema Equatoriano (pg. 54) 12/08 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Gimme Shelter (pg. 48) 12/08 | 2ª feira | 18h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Woodstock - 3 Dias de Paz, Amor e Música (pg. 48) 13/08 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Aconteceu em Woodstock (pg. 48) 13/08 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Gimme Shelter (pg. 48) 14/08 | 4ª feira | 14h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Woodstock - 3 Dias de Paz, Amor e Música (pg. 48) 14/08 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: CineDHebate Direitos Humanos 2019: Assassinato no Expresso Oriente (pg. 54) 15/08 | 5ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Aconteceu em Woodstock (pg. 48) 15/08 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Cinemas em Rede (pg. 54) 16/08 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Gimme Shelter (pg. 48) 16/08 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Woodstock: Aconteceu em Woodstock (pg. 48) 19/08 | 2ª feira | 16h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: Joaquim (pg. 46) 19/08 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: Últimos Dias em Havana (pg. 46) 20/08 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: Últimos Dias em Havana (pg. 46) 20/08 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: O Cidadão Ilustre (pg. 46) 21/08 | 4ª feira | 14h | Sala Redenção: Sessão UNAPI: Eu não sou seu Negro (pg. 54) 21/08 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Inovação nas Telas: Um Senhor Estagiário (pg. 54) 22/08 | 5ª feira | 16h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: O Cidadão Ilustre (pg. 46) 22/08 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Cinema pela América Latina: Joaquim (pg. 46) 23/08 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra RECAM: Anos de Rua (pg. 51) 23/08 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra RECAM: Há Alguém Ali (pg. 51) 26/08 | 2ª-feira | 16h | Sala Redenção: Mostra RECAM: O Quarto de Léo (pg. 51) 26/08 | 2ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: Hitler - A Ascensão do Mal (pg. 50) 27/08 | 3ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: Hitler - A Ascensão do Mal (pg. 50) 27/08 | 3ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: Tempo de Matar (pg. 50) 28/08 | 4ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: John Rabe (pg. 50) 28/08 | 4ª feira | 19h | Sala Redenção: Espaços (Sub)traídos: As Minas do Rap + Slam - A Voz de Levante (pg. 55) 29/08 | 5ª feira | 14h | Sala Redenção: Sessão Incluir: Fatima (pg. 52) 29/08 | 5ª feira | 17h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: Tempo de Matar (pg. 50) 29/08 | 5ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: Libertárias (pg. 50) 30/08 | 6ª feira | 16h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: Libertárias (pg. 50) 30/08 | 6ª feira | 19h | Sala Redenção: Mostra Antecedentes da 2ª Guerra Mundial: John Rabe (pg. 50)

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P ON TO S CULT UR A I S L O C A L I Z E-S E AT R AV É S D A A R T E E D A C U LT U R A

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Rui Vicente Oppermann

Difunda essa cultura de forma consciente

Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Jane Fraga Tutikian

LEIA E PASSE ADIANTE

Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunha

Programação sujeita a alterações.

Diretora do Departamento de Difusão Cultural e Centro Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher Equipe do DDC e Centro Cultural Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Guilherme Staszak Baldez – Administrador do Centro Cultural João Vitor Cassela Novoa – Coordenador de Comunicação Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica e Coordenadora de Programação do Centro Cultural Rafael Derois – Coordenador de Projetos Expográficos Vladimir Ferreira dos Santos – Gerente de Espaço Físico Rochele Porto – Coordenadora do Núcleo Educacional/Mediação Luana Silva – Gestora Administrativa Bolsistas Ana Carolina Vieira Ellen Kambara Gabriela Bernarde Joyce Rocha Karol Venturela Marcelo Freire Matheus Laux Melissa Chassavoimaister Nívia Souza Verônica Becker Victor Souza Vinicius Ludwig Vitor Cunha Parceria institucional:

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Projeto gráfico Katia Prates Diagramação Matheus Laux

www.ufrgs.br/centrocultural /centroculturalUFRGS @centroculturalUFRGS Centro Cultural da UFRGS

/salaredencao


V ibr aciones Sonor as encontro teatral: a voz ĂŠ um movimento do corpo

4 a 10 de agosto de 2019 Centro Cultural da UFRGS

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pr처-Reitoria de Extens찾o Departamento de Difus찾o Cultural Rua Eng. Luiz Englert, 333 - Porto Alegre-RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.ufrgs.br/difusaocultural @ difusaoculturalufrgs issuu.com/difusaoddc/stacks ufrgs_difusao ddc.ufrgs Departamento de Difus찾o Cultural UFRGS

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