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AGENDA C U LT U R A L
Setembro Outubro 2013
Escolhas e Percepções Antoni Muntadas, através de sua instalação artística – Atenção: percepção requer participação, lança ao público o questionamento a respeito da forma como nos relacionamos, seja com a própria obra de arte em questão, ou com outras obras de Arte e de Cultura. A partir deste questionamento, refletimos sobre como gostaríamos que os leitores se relacionassem com a programação cultural que apresentamos nesta agenda. Será que estamos contribuindo para que nossos espectadores se transformem em participantes? A proposição de diferentes ações conseguirá criar espaços para a experiência artística? Ou, ainda, o turbilhão de estímulos, sensações e movimentos criados não se perdem em um universo sem sentido? A proposta é que estas experiências artísticas e culturais não façam com que os participantes se confundam com a multiplicidade de proposições. Gostaríamos que tal multiplicidade os conduzissem a um outro espaço, isto é, a um espaço em que faça sentido a participação de cada um, possibilitando a criação de novas conexões e a abertura de um possível novo horizonte.
Claudia Boettcher Diretora do Departamento de Difusão Cultural
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foto de Lina Hasselof
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PROJETOS ESPECIAIS
S al õ es I ntegrados Anualmente, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o intuito de incentivar a produção acadêmica nas áreas do ensino, da pesquisa e da extensão, promove diversos salões cujo propósito é a troca de saberes entre as mais diversas áreas do conhecimento e suas atividades específicas, bem como a exposição do que está sendo produzido no âmbito universitário para a comunidade. Dos dias 21 a 25 de outubro, serão realizados diversos salões na UFRGS, e durante esta semana, ocorrerão várias atividades culturais. Tais atividades têm o propósito de integrar, tanto os salões entre si, quanto a comunidade em geral com as produções acadêmicas e científicas de estudantes, docentes e técnicos da Universidade. Os Salões Integrados constituirão este momento de compartilhamento da vida acadêmica, este espaço de divulgação de ciência, arte, tecnologia, conhecimento e cultura. Contamos com a participação de todos e todas nos Salões Integrados e na programação cultural:
Grupos artísticos da UFRGS abrem os Salões 2013 No dia 21 de outubro, os grupos do Coral, da Orquestra Popular, do Tchê e do Ballet, todos pertencentes à UFRGS, se apresentarão no Salão de Atos da universidade, às 18 horas, compondo parte da programação cultural dos Salões Integrados. Estas iniciativas são projetos de extensão da universidade e tem como princípio a plena integração entre o ensino e a pesquisa, com abertura para a comunidade e totalmente gratuitos. As atividades procuram desenvolver e aprimorar suas práticas de dança, canto e execução musical através de aulas e apresentações, tanto na Universidade quanto fora, integrando-se à cena cultural da cidade e do país. A Orquestra Popular da UFRGS tem o formato de big band e atua profissionalmente desde 2010 e conta com arranjos muito sofisticados, exigindo solistas e improvisadores em todos os naipes. O Ballet da UFRGS e o Grupo Tchê UFRGS fazem da dança sua forma de expressão, seja na valorização do patrimônio histórico-cultural rio-grandense, seja no fomento à experimentação desta linguagem. Já o Coral da UFRGS possui a experiência de um dos corais universitários mais antigos e importantes do país, que agregam as mais variadas faixas etárias e profissões. Data: 21 de Outubro – 18h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110
Salões Integrados
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O carro, Eduardo Vieira da Cunha
Lançamento do catálogo da exposição Percurso do Artista, com Eduardo Vieira da Cunha Eduardo Vieira da Cunha, em seu texto de abertura da exposição Percurso do Artista, escreve: “Marc Augé nos ensina que ‘falar de itinerário é falar de saída, de permanência e de volta, inclusive é preciso entender que houve muitas saídas, que a permanência também foi uma viagem, e que o retorno nunca foi definitivo”. Assim como a obra de Eduardo, o percurso da exposição conduziu o espectador a uma viagem: ao entrarmos na Sala Fahrion, fomos convidados a realizar passeios pelas memórias ou pelos projetos no futuro. São viagens no mesmo lugar, de retorno na maioria das vezes não determinado. As obras deixaram, em cada indivíduo, um pingo de tinta na memória, uma pequena lembrança, uma sensação, que para sempre serão guardadas, das obras que ali ficaram.
O encontro desses percursos se completa agora na publicação do catálogo da exposição: uma nova viagem pelo universo de cor e encantamento a que remetem as obras de Eduardo Vieira da Cunha. Juliana Mota, coordenadora do projeto Percurso do Artista
Data: 22 de Outubro – 17h Local: Salão Nobre – Gabinete do Reitor Av. Paulo Gama, 110 – 6º andar
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PROJETOS ESPECIAIS
Encerramento Salões Integrados Papas da Língua Para o encerramento dos Salões, no dia 24 de outubro, às 19h30min, a UFRGS traz um grupo de longa e consolidada carreira musical para o Salão de Atos: escalamos o time do Papas da Língua para celebrar as vivências acadêmicas das exposições dos trabalhos das mais diversas áreas que produzem conhecimento na universidade. Vencedores de diversos prêmios, como o Troféu Açorianos, entre outros, eles iniciaram a sua carreira em 1993. Nesses 20 anos de banda, já cruzaram o atlântico para se apresentar em países como França e Portugal, bem como em países hermanos, como Argentina e Uruguai, lotando a maioria de suas apresentações, seja pelo carisma de seus integrantes, seja pela qualidade e empatia musical das suas composições musicais.
na Rua, um clássico da música brasileira, e as inéditas Fall in Love e Olhos Verdes. Também não poderiam faltar os hits do Papas da Língua como Eu Sei, Blusinha Branca, Lua Cheia, Ela Vai Passar, Disco Rock, Oba Oba , Viajar, Vem Pra Cá e muito mais. Um show dançante, para namorar, para se divertir.
O show do Papas da Língua faz um passeio pela carreira da banda. No palco, o público pode conferir as músicas do novo CD/DVD, Bloco na Rua, com as novas versões de sucessos como Pingos de Amor, Eu Quero É Botar o Meu Bloco
Data: 24 de Outubro – 19h30
No palco Serginho Moah, voz, violão e guitarra, Léo Henkin, guitarra, Zé Natálio, baixo, Fernando Pezão, bateria e participação especial do Cau Netto nos teclados. Com diversos hits radiofônicos, em diversos países, o show do Papas da Língua empolga do inicio ao fim com músicas que não saem da ponta da língua do público.
Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 Retirada de senhas no Departamento de Difusão Cultural a partir do dia 21 de outubro, mediante apresentação do cartão da UFRGS. Papas da Língua
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AARRTTEESS VVI ISSUUAAI ISS
Ver/Habitar
Ver / habitar Uma casa no campo, na cidade, um apartamento num prédio, um quarto de hotel e tantos outros ambientes; os espaços do morar fazem arte de nossa vivência diária e impregnam nossas memórias. Vê-los por fora ou por dentro, em planos ou perspectivas, como um transeunte ou um morador, são posições alternadas diariamente. Pensando nisso, propomos a exposição Ver / habitar que apresenta um diálogo entre obras de Letícia Lampert e Tula Anagnostopoulos. Conhecidos de vista de Letícia Lampert é composto por fotografias de salas de estar com suas janelas emoldurando as janelas em frente, a sequência de imagens tem como áudio as falas dos moradores com depoimentos sobre suas impressões a cerca de seus conhecidos de janela. A instalação audiovisual traz uma reflexão sobre o compartilhamento de experiências provocado pela proximidade presente na urbanística atual e algumas de suas implicações – atenção, constrangimento, voyeurismo, entre outras – que constituem a vizinhança do habitar nas grandes cidades. A videoinstalação de Tula Anagnostopoulos – Lar, primavera, 2013 – apresenta um lugar particular, a casa da vó, que é reelaborado a partir de um arquivo de vídeos captados no decorrer dos últimos oito anos. A edição faz a convergência de tempos diversos,
constituindo uma narrativa como memória afetiva do habitar. Uma visão sobre um espaço único, mas que não seria possível em uma só mirada, a intimidade do cotidiano familiar, como os laços afetivos vividos na mesma casa expõem a densidade da passagem do tempo vivido. Os trabalhos realizados durante o mestrado em Poéticas Visuais, junto ao Programa de PósGraduação em Artes Visuais/UFRGS (2011-2013), são expressões parciais dos estudos de ambas artistas. Expostos em conjunto, na Sala João Fahrion, trazem à tona diferentes formas de perceber, estranhar e impregnar-se pelos modos de ver e habitar a cidade. Elaine Tedesco, Curadora
Abertura: 23 de setembro Horário: 19 horas Visitação: de 24 de setembro a 25 de outubro Horário: das 14h às 18h Local: Sala João Fahrion
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música
U N I M Ú S I C A 2 013 | S É R I E L U S A M É R I C A , C A N Ç Õ E S
Angelo Primon – Olhar o mar Músico, compositor e produtor, o porto-alegrense Angelo Primon tem se destacado como um dos mais importantes instrumentistas de sua geração. Em uma carreira de mais duas décadas, atuou ao lado de inúmeros artistas do Brasil e do Uruguai, tendo recebido o Prêmio Açorianos de Melhor Instrumentista em 2006 e 2008. Guitarrista e violonista autodidata, Primon pesquisa já há alguns anos as sonoridades de outros instrumentos de cordas, como viola de dez cordas, viola de cocho, o oud árabe e o sitar indiano. No espetáculo Olhar o mar, o artista parte da poesia e das canções folclóricas dos Açores para apresentar um diálogo entre o passado e o presente. Fazendo uso de instrumentação camerística, em arranjos para violas de dez cordas em distintas afinações, o músico dividirá o palco com Matheus Kléber (piano e acordeom), Rodrigo Alquati (violoncelo) e Regina Machado, Débora Dreyer e Eduardo Alves nos vocais. Para traduzir em música a esperança das pessoas que um dia atravessaram o mar trazendo para cá os seus costumes, Primon trará para esta apresentação especial do Unimúsica, a obra de poetas e compositores açorianos e portugueses como Antero de Quental (1842-1891), Álamo de Oliveira (1945), Zeca Medeiros, Luís Gil Bettencourt e Fernando Reis Júnior. Composições do próprio Angelo Primon e canções consagradas nas interpretações de Dulce Pontes e Madredeus
também fazem parte do repertório. As escolhas musicais do concerto serão comentadas por Angelo Primon no dia 04 de setembro, em encontro que terá a participação do professor do Departamento e PPG de História na UFRGS, Fábio Kühn. Doutor em História Social pela UFF, Kühn falará sobre a colonização açoriana no Brasil e no Rio Grande do Sul. Ligia Petrucci, coordenadora do Unimúsica
ENCONTRO COM O ARTISTA Data: 04 de setembro – quarta-feira – 20h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br, a partir de 26 de agosto CONCERTO Data: 05 de setembro – quinta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS
A retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 02 de setembro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br Angelo Primon
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Carminho
Carminho – Alma O fado esteve desde sempre presente na vida da cantora Carminho. Sua familiaridade com o gênero tem aqui um sentido literal, pois teve início ainda na infância, através da discoteca da família e das tertúlias fadistas promovidas pelos pais. Adolescente, já cantava na tradicional Taverna do Embuçado, em Lisboa. Assim, talvez não seja propriamente uma surpresa o enorme sucesso de seu álbum de estreia: reconhecido com o Disco de Platina em Portugal, Fado (2009) foi também apontado como Melhor Álbum de 2011 pela revista britânica Songlines. Nos últimos anos, Carminho tem se apresentado em teatros de todo o mundo e chega a Porto Alegre trazendo o repertório de Alma, seu segundo CD. Lançado em 2012, o novo disco reúne, além de um conjunto de obras inéditas, canções pouco lembradas de outras grandes intérpretes do fado, como Amália Rodrigues, Dina do Carmo e Fernanda Maria, e composições de Chico Buarque e Vinicius de Moraes. Ligia Petrucci, coordenadora
CONCERTO Data: 23 de outubro – quarta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS A retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 21 de outubro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www. difusaocultural.ufrgs.br
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MÚSICA
NÚCLEO DA CANÇÃO Escuta – o som do compositor Em setembro, o Núcleo da Canção recebe o projeto Escuta – o som do compositor, um coletivo de compositores de música popular criado em Porto Alegre em 2012 e que hoje conta com a participação de mais de trinta cancionistas da nova geração.
Como eles próprios fazem questão de esclarecer, o Escuta – o som do compositor não é um sindicato ou uma associação. É um coletivo de individualidades, um coletivo artístico e criativo que não busca uma unidade estética ou ideológica entre seus participantes, mas procura estabelecer as conexões, os pontos de contato dessa geração e fortalecer o interesse do público pela nova cena autoral.
Guto Leite, poeta, compositor e estudioso de Canção Popular na UFRGS, mediará a conversa com os compositores do Escuta, que serão
convidados a falar sobre os formatos dos shows, as colaborações, trocas e parcerias que surgiram a partir dos primeiros encontros e os principais êxitos e desafios do projeto.
O Núcleo da Canção é uma promoção da PróReitoria de Extensão da UFRGS / Departamento de Difusão Cultural e tem a coordenação dos professores Luís Augusto Fischer e Luciano Zanatta. Ligia Petrucci, coordenadora
ESCUTA – O SOM DO COMPOSITOR Data: 23 de setembro – segunda-feira – 19h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br
ESCUTA – o som do compositor
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Xaxados e Perdidos, com Simone Rasslan Volta à programação do Núcleo de Estudos da Canção a audição comentada do álbum Xaxados e Perdidos, com Simone Rasslan. Inicialmente planejado para o dia 24 de junho, o encontro, transferido para outubro em virtude das manifestações políticas que aconteceram no país, vem com um acréscimo de prestígio: no dia 25 de junho Xaxados e Perdidos foi o grande vencedor do Prêmio Açorianos de Música 2013. O trabalho de Simone Rasslan, Álvaro Rosa Costa e Beto Chedid foi premiado nas categorias Disco do Ano, Arranjador, Intérprete e Disco de MPB. Lançado em 2012, Xaxados e Perdidos é, em parte, resultado do espetáculo homônimo que a compositora, cantora e educadora musical estreou em maio de 2009, na Sala Álvaro Moreyra, e reúne, além de composições próprias, canções como “Baião de Quatro Toques”, de Zé Miguel Wisnik e Luiz Tatit; “Cuitelinho”, clássico caipira recolhido por Paulo Vanzolini; “Água e Vinho”, parceria de Geraldo Carneiro e Egberto Gismonti, que elogiou vivamente o disco. A partir da audição de Xaxados e Perdidos, Simone, Álvaro e Beto conversarão sobre a criação do espetáculo e sobre os processos de seleção do repertório e de gravação. A mediação é de Luciano Zanatta. Em atuação desde 2008, o Núcleo de Estudos da Canção da UFRGS foi idealizado com o objetivo de ampliar o espaço reservado à troca de conhecimentos sobre canção popular brasileira de forma transdisciplinar. Seus encontros reúnem estudantes e professores de várias especialidades, estudiosos da canção, cancionistas, ouvintes e interessados. Ligia Petrucci, coordenadora do Unimúsica
AUDIÇÃO COMENTADA DO ÁLBUM XAXADOS E PERDIDOS, COM SIMONE RASSLAN Data: 14 de outubro – segunda-feira – 19h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br
Xaxados e Perdidos
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MÚSICA
projeto interlúdio 2 013 Duo Violão Brasil O violão brasileiro possui pouco mais de 100 anos de história. Ao longo dessa trajetória, reuniu a maior diversidade de ritmos, modos, escalas e harmonias do mundo, o que permite compará-lo como a “Amazônia” dos instrumentos musicais. Desde nomes fundamentais como João Pernambuco e Quincas Laranjeira, passando por músicos de reconhecimento mundial, como Villa-Lobos e Gnattali, Bruno Kiefer, Guarnieri e Mignone, todo músico brasileiro tem curiosidade pelo violão. O violão brasileiro de hoje nunca teve tantos compositores, tantas origens. Nessa mistura musical constam ingredientes como: água de coco cearense, arroz de cuxa do Maranhão, carreteiro gaúcho, feijoada mineira. Brincadeiras de roda e cantigas de festa, resgatadas tal como fez Mario de Andrade e Villa-Lobos, aliadas a um delicado pensamento polifônico e a harmonia desconcertante do Jazz e Bossa, são compiladas pelos compositores apresentados pelo Duo Violão Brasil. Marlos Nobre, Sergio Assad e Marco Pereira, compositores de inegável peso no cenário internacional, buscam na
nossa música de raiz o seu material de trabalho. O resultado é uma rememória cultural e experiencial da música mais diversa do mundo, sob uma roupagem ainda mais elaborada. O Duo Violão Brasil se concentra em pesquisar a música brasileira, além de experimentar composições próprias a partir de improvisações. Atualmente o trabalho tem orientação do professor e fagotista Adolfo Almeida Jr. (UFRGS/OSPA). Compõem o Duo os músicos Pedro Cadore Winter, professor do Programa de Extensão em Música do Instituto de Artes da UFRGS, e, Lucas Ferreira Piccoli, professor particular, aluno do bacharelado de violão na UFRGS, na disciplina de Daniel Wolff. Juliana Mota, coordenadora
DUO VIOLÃO BRASIL Data: 27 de setembro – sexta-feira – 12h e 30min Local: Sala II do Salão de Atos – Av. Paulo Gama, 110 Duo Violao Brasil
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Barlavento
Barlavento O Barlavento foi formado em 2005, a partir da reunião de saxofonistas com o objetivo de realizar pratica instrumental e pesquisa de repertório para quarteto. Desta união de experiências, interesses e competências, desenvolveu-se um grupo de instrumentistas e pesquisadores que, constantemente, estão em busca de novas possibilidades de repertório e arranjos, e também de sonoridades e parcerias musicais. Barlavento significa a direção de onde sopra o vento, o vento que infla as velas. Levado por este sopro, o quarteto busca aprimorar sua execução e interpretação, mantendo constante o cuidado com afinação, timbre e sonoridade. O Barlavento Quarteto de Saxofones tem uma forte influência da música latina e, embora privilegie a música brasileira, apresenta uma proposta estética que mescla ritmos brasileiros, portenhos e caribenhos ao jazz. A importância da matriz rítmica africana no repertório do grupo motivou, em 2008, a busca por parceiros musicais e experimentações, com uso de percussão somada aos sopros. Seus integrantes mantêm
uma forte ligação com a educação musical e com a formação de público. Utilizando a tradicional formação de quarteto de saxofones (soprano, alto, tenor e barítono), o grupo pretende levar a um público cada vez mais amplo músicas de diversos períodos e estilos, apresentadas na forma de arranjos diferenciados. Entre as obras executadas pelo Barlavento destacam-se arranjos de composições de Hermeto Paschoal, Pixinguinha, Zequinha de Abreu, Tom Jobim, Ary Barroso, Astor Piazzolla, Carlos Gardel, Jorge Cardoso, George Gershwin, Henry Mancini, Duke Ellington e outros. Juliana Mota, coordenadora
BARLAVENTO Data: 18 de outubro – sexta-feira – 12h e 30min Local: Sala II do Salão de Atos – Av. Paulo Gama, 110
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MÚSICA
VA L E D O Z E E T R I N TA O Projeto Vale Doze e Trinta se propõe não somente a levar atrações culturais à praça central do Campus do Vale, mas a contribuir com a cena cultural, fomentando mais um palco, mais um espaço de circulação e aglutinação para as trocas que ocorrem entre a produção e a fruição das várias linguagens
artísticas. É desde 2009 que o Vale Doze e Trinta lança editais anualmente, a fim de compartilhar este espaço com as iniciativas culturais que estão em intensa intersecção com a universidade e a comunidade. Juliana Mota, coordenadora
Lucas Victorino Com o EP Rascunhos recém lançado virtualmente e disponível no iTunes, Lucas Victorino sobe ao palco da praça central para apresentar algumas de suas canções, além de novas composições. Com uma formação de voz, violão, bateria e harmônica, o estilo folk vai dar o tom da sonoridade de Lucas, acompanhado do músico e produtor Guilherme Geyer, formado na Los Angeles Music Academy. Com influências dos anos 60 e 70 e das produções mais contemporâneas, Lucas traz o ritmo do blues, do country e do bluegrass com letras em português, equilibrando suas composições no melhor estilo da canção popular brasileira. No espetáculo, as músicas apresentadas irão tecer um universo intimista, focando na organicidade dos instrumentos que criaram a produção deste álbum.
LUCAS VITORINO Data: 10 de setembro – terça-feira – 12h e 30min Local: Campus do Vale / UFRGS
Lucas Vitorino
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Arthur de Faria & Seu Conjunto
Música pra Bater Pezinho Sentado Em outubro, o projeto Vale Doze e Trinta apresenta a banda Arthur de Faria & Seu Conjunto. Música pra Bater Pezinho Sentado mistura os repertórios do quarto e do quinto discos e shows da banda: “Música pra Bater Pezinho” e “Música pra Ouvir Sentado”. Reúne os temas com mais pegada de ambos os discos, revezando entre a música instrumental e as canções. É, ao mesmo tempo, um show pop e universalmente brasileiro, sem perder o foco da banda, que é uma música de fronteiras. Fronteira entre o erudito, o popular e o jazz. Fronteira entre o Brasil, o Uruguai e a Argentina. O repertório, basicamente composto por Arthur, tem desde uma milonga instrumental com ares de Black Sabbath até cruzas de milonga com ska e sonoridades
dos Bálcãs. No meio disso, tudo: xotes que ecoam climas quase dub, momentos de sentar a lenha em tangos com guitarras pesadas e muita alegria de estar ali, tocando, no palco. Afinal, é música pra bater pezinho, com ouvido atento, cabeça ativa e um sorriso na cara. Juliana Mota, coordenadora
ARTHUR DE FARIA & SEU CONJUNTO Data: 15 de outubro – terça-feira – 12h e 30min Local: Praça Central do Campus do Vale
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cinema
SETEMBRO Heróis no cinema: entre deuses e monstros Em setembro, a Sala Redenção – Cinema Universitário conta com a curadoria especial de Marcelo Pizarro Noronha, pós-doutor em antropologia social e vice-líder do grupo de pesquisa Jornalismo Esportivo (FABICO/UFRGS). A temática escolhida por ele é a dos heróis no cinema. Segue a seguir o texto de apresentação de Noronha. Tânia Cardoso de Cardoso, curadora da Sala Redenção Os heróis representam um imaginário que nos convida a explorar os nossos limites, inclusive morais. A discussão sobre este curioso universo sugere um debate no campo da ética, uma vez que os heróis, uma espécie de deuses modernos, representam uma ambígua concepção de “bem”, a qual permanentemente está sendo desafiada por tensões e movimentos sociais. Com tanto ou mais sucesso no Brasil do que no “País do Sol Nascente”, National Kid (1960) inaugurou
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uma tradição de seriados japoneses em que o herói se origina a partir de uma simbiose entre humanos e seres de outras galáxias, de modo a proteger a Terra de monstros criados muitas vezes pelo próprio Homem. Superman (1948), que também não é um terráqueo, humaniza-se através de um disfarce de jornalista, ficando sujeito a paixões e a conflitos emocionais – além da kriptonita. O Besouro Verde (1940), assim como o Homem de Aço, divide-se entre as tarefas de uma empresa jornalística e as de defensor da lei. Com a ajuda de Kato, especialista em artes marciais, ele se parece com um detetive, desvelando máfias. O Homem-Morcego aparece aqui em duas versões: Batman (1943) e Batman, o homem morcego(1966). Inteligente e espirituosa, essa personagem é apresentada em ambas as produções tendo como parceiro Robin, o menino prodígio. Por vezes engraçados, estes filmes contribuíram, em especial o realizado nos anos sessenta, com novos padrões estéticos. Em Flash Gordon no planeta Mongo (1936) e em Fantomas, o guerreiro da justiça (1966) quem está
em perigo é o planeta Terra e, por conseguinte, toda a humanidade. Tiros de raio laser e golpes de bastão prateado compõem o universo dessas personagens. Mandrake, o mágico (1939) vale-se do ilusionismo e da intuição para combater os vilões que desejam dominar o mundo com o uso de uma invenção roubada de um cientista. Numa outra perspectiva, Tarzan, o homem macaco (1932) e O Fantasma (1943) retratam o conflito entre o mundo dito civilizado e o selvagem, assumindo tais heróis a complexa missão de transitar entre esses universos. Em A volta do Zorro (1937), há um tom investigativo, sendo esse cavaleiro alguém que busca desmascarar um contexto de corrupção. Polêmico, o Capitão América (1944) é bastante criticado por conta de uma suposta conotação ideológica – o seu uniforme se parece com a bandeira norte-americana. Seria ele um representante estadunidense? Protetores transitam por Sin City: a cidade do pecado (2005), filme que tem uma rica diversidade de histórias que dialogam entre si, ligadas por detalhes e por fortes – e eventuais – cores que parecem exóticas
num ambiente acinzentado. Por fim, temos as figuras do vingador e do justiceiro, que transitam entre complexos contextos políticos e profundos problemas pessoais. Darkman, vingança sem rosto (1990) e V de Vingança (2006), representam bem este gênero. Chama a atenção o fato de que recentemente muitos dos manifestantes que tomaram as ruas do Brasil para protestarem contra a falta de ética na política usaram a máscara do “V”. De acordo com Morris*, “toda máscara deixa uma impressão na pessoa que a usa. E qualquer máscara pode se tornar mais real do que imaginamos”. Eis aqui uma demonstração da importância simbólica dos heróis (ou anti-heróis) na sociedade (2005, p.250). *MORRIS, Tom. O que há por trás da máscara? O segredo das identidades secretas. In: Superheróis e a filosofia: verdade, justiça e o caminho socrático. São Paulo: Madras, 2005 (p. 237-250). Marcelo Pizarro Noronha, curador Sin City: a cidade do pecado
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CINEMA
SETEMBRO Heróis no cinema: entre deuses e monstros
A volta do Zorro 02 de setembro – 2ª feira – 16h 27 de setembro – 6ª feira – 19h (Zorro rides again, EUA, 1937, 126 min), dir. John English e William Witney. A Estrada de ferro que liga a Península de Yucatan à Califórnia está sendo construída para o benefício do México. Nos últimos tempos ela anda sob o constante ataque e controle de uma gangue de malfeitores que querem forçar a sua venda. É neste contexto que Dom Manuel Vega, um dos sócios da ferrovia, pede ajuda ao sobrinho James Vega, bisneto do primeiro herói Zorro, para que ele combata os bandidos e retome o controle da ferrovia.
BATMAN 02 de setembro – 2ª feira – 19h 03 de setembro – 3ª feira – 16h (Batman, EUA, 1943, 128 min) dir. Lambert Hillyer Batman é a série que deu início à odisseia do herói nas telas do cinema. Junto com seu parceiro Robin, o homem morcego protege Gothan City dos planos malignos de vilões.
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BATMAN, o homem morcego
CAPITÃO AMERICA
03 de setembro – 3ª feira – 19h 05 de setembro – 5ª feira – 16h (Batman the movie, EUA, 1966, 105 min), dir. Leslie H. Martinson Em Gotham City, Charada (Frank Gorshin), Pinguim (Burgess Meredith), Coringa (Cesar Romero) e Mulher-Gato (Lee Meriweather) roubam uma invenção secreta e planejam usá-la de forma maléfica. Além disso, planejam também destruir o Homem-Morcego e o Menino-Prodígio.
06 de setembro – 6ª feira – 19h 09 de setembro – 2ª feira – 16h (Captain America, EUA, 1944, 120 min), dir.Elmer Clifton e John English O super-herói Capitão América (Dick Purcell) luta contra as forças do mal, comandadas por seu arqui-inimigo, o Escaravelho, que envenena seus inimigos e rouba um aparelho secreto capaz de desmaterializar até prédios inteiros usando apenas ondas sonoras.
BESOURO VERDE
Darkman, vingança seM rosto
05 de setembro – 2ª feira – 19h 06 de setembro – 3ª feira – 16h (The Green Hornet, EUA, 1940, 103 min), dir.Ford Beebe e Ray Taylor Confrontado com o aumento da criminalidade, o intrépido editor de jornal BrittReid (Gordon Jones) torna-se o combatente do crime conhecido como o Besouro Verde. Vestindo um disfarce, o Besouro e o seu ajudante coreano Kato (Keye Luke) irão buscar justiça e combater uma horda infame de malfeitores que ameaça sua cidade.
09 de setembro – 2ª feira – 19h 10 de setembro – 3ª feira – 16h (Darkman, EUA, 1990, 95 min), dir. Sam Raimi Peyton Westlake (Liam Neeson) é um brilhante cientista que descobre uma forma de produzir pele humana de forma artificial, o que pode revolucionar a medicina. Porém, o produto dura apenas 100 minutos exposto à luz antes de se desintegrar. Sua namorada Julie (Frances McDormand) é uma advogada criminal que está na cola de um grupo de mafiosos. Ela deixa na casa dele uma pasta com documentos importantes que incriminam os
bandidos. Certa noite, o laboratório é atacado e destruído por um incêndio que deixa o cientista desfigurado, quase morto. No hospital, ele recebe um tratamento experimental que o salva, deixando-o insensível à dor e com uma força incrível. Agora, Peyton usa a tecnologia que desenvolveu para criar diversos rostos diferentes e buscar vingança contra aqueles que roubaram sua identidade.
Fantomas, o guerreiro da justiça 12 de setembro – 5ªfeira – 16h (ÔgonBatto, Japão, 1966, 73 min), dir.HajimeSatô O jovem Akira descobre que o planeta Icarus está em rota de colisão com a Terra, mas antes que possa relatar a notícia é sequestrado por agentes do governo, que o levam à instalação secreta do Dr. Yamatone nos Alpes japoneses. Durante a procura de um diamante especial necessário para criar uma arma que pudesse destruir Icarus, Akira e Yamatone são levados a uma terra estranha, onde encontram Fantomas, um guerreiro que desperta de um profundo sono e os ajuda a enfrentar este desafio.
destinado ao bem, o poderoso aparelho torna-se uma perigosa arma nas mãos de um gênio de mau, conhecido como o Vespa. Mandrake e seu companheiro Lothar (Al Kikume) combatem o vilão.
FLASH gordon 12 de setembro – 5ª feira – 19h 13 de setembro – 6ª feira – 16h (Flash Gordon: space soldiers, EUA, 1936, 107 min), dir. Frederick Stephani e Ray Taylor Um planeta distante saiu de sua órbita e está entrando em rota de colisão com a Terra. Enquanto isso o Dr. Hans Zarkov trabalha incansavelmente para finalizar seu projeto de um foguete espacial. Quando uma chuva de meteoros destrói sua espaçonave, Flash Gordon e DaleArden aterrissam perto da nave de Zarkov, que os convida a juntarem-se a ele em sua jornada para salvar a Terra. O trio parte então para o ameaçador planeta Mongo.
Mandrake, o mágico 13 de setembro – 6ª feira – 19h 16 de setembro – 2ª feira – 16h (Mandrake the magician, EUA, 1939, 128 min), dir. Sam Nelson Mandrake (Warren Hull) é um detetive de punhos extremamente rápidos. Nosso herói está se apresentando em um cruzeiro quando encontra o professor Hudson (Forbes Murray), que está desenvolvendo um novo engenho que utiliza a energia das ondas de rádio. Apesar de ser
National Kid contra os incas venusianos 16 de setembro – 2ª feira – 19h 17 de setembro – 3ª feira – 16h (National Kid, Japão, 1960, 104 min), dir.NagayoshiAkasaka Oriundo da galáxia de Andromeda, National Kid arrisca a sua vida para salvar a Terra de invasores. Perito em artes marciais, o herói utiliza também duas pistolas para livrar o planeta dos perigos.
O Fantasma 17 de setembro – 3ª feira – 19h 19 de setembro – 5ª feira – 16h (The Phantom, EUA, 1943, 107 min), dir. B. Reeves Eason Professor Davidson e a sua filha Diana vão à África procurar pela Cidade Perdida de Zeloz, onde, segundo a lenda, está escondido um grande tesouro. Mas esta busca é impedida por um charlatão que deseja ter o tesouro só para si. Mais tarde a busca passa a ser dificultada
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CINEMA pelo Dr. Bremmer, um criminoso internacional que planeja destruir a paz com as tribos nativas de Zoloz e construir uma base aérea secreta. Com a ajuda de Capeto, seu cão fiel, Fantasma subjuga os seus inimigos e promove a paz na floresta.
Sin City: a cidade do pecado
19 de setembro – 5ª feira – 19h 30 de setembro – 2ª feira – 16h (Sin City, EUA, 2005, 124 min), dir. Frank Miller, Robert Rodriguez e Quentin Tarantino Adaptação de três histórias de Frank Miller para as telas. Em uma fictícia Sin City, onde policiais são corruptos e as ruas se tornam arenas da morte, conheça a história de Marv (Mickey Rourke), um homem bastante melancólico que quer vingar a morte da única mulher que realmente amou na vida. Sua história se entrelaça com a de Hartigan (Bruce Willis), um policial que foi acusado de um crime que não cometeu, e a de Dwight (Clive Owen), um homem que vive para proteger Gail (Rosario Dawson) do maligno policial Jackie Boy.
Superman 23 de setembro – 2ª feira – 19h 24 de setembro – 3ª feira – 16h (Superman, EUA, 1948, 113 min), dir. Spencer Bennet e Thomas Carr
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Superman (Kirk Alyn) é enviado para a Terra por seus pais, pouco antes de seu planeta natal Kripton explodir e é criado como Clark Kent por um casal de pequenos fazendeiros. Após seus pais adotivos morrerem, o Homem de Aço vai para Metrópolis sob o disfarce dos óculos de Kent e se junta ao pessoal do Planeta Diário, incluindo a bela Louis Lane (Noel Neill), a fim de estar perto das notícias. Quando a emergência o exige, ele assume sua verdadeira identidade de Superman. Sua grande missão será impedir o plano nefasto de uma vilã que se autodenomina Mulher Aranha (Carol Forman).
Tarzan, o homem macaco 24 de setembro – 3ª feira – 19h 26 de setembro – 5ª feira – 16h (Tarzan the apeman, EUA, 1932, 99 min), dir. W. S. Van Dyke O ex-noivo de Jane (Maureen O’Sullivan) volta à selva da África e com o auxílio de um contrabandista de marfim tenta matar Tarzan (Johnny Weissmuller).
V de vingança 26 de setembro – 5ª feira – 19h 27 de setembro – 6ª feira – 16h (V for vendeta, EUA, 2006, 132 min), De James McTeique
Hugo Weaving interpreta V – um audacioso, carismático defensor da liberdade disposto a se vingar daqueles que desfiguraram seu rosto. Natalie Portman estrela no papel de Evey, uma garota trabalhadora que precisa determinar se o seu herói se tornou a grande ameaça àquilo tudo que ele mesmo defende. E Stephen Rea vive um detetive que encara uma desesperada jornada na tentativa de capturar V antes que ele inicie uma revolução.
CINEMA
B1 – Tenório em Pequim
Sessões acessíveis na Sala Redenção – Cinema Universitário As Sessões Acessíveis na Sala Redenção, com exibição de filmes nacionais com recursos de acessibilidade, acontecem duas vezes mês: na primeira quarta-feira serão apresentados filmes com audiodescrição e na segunda quarta-feira é a vez do cinema legendado. A audiodescrição é a narração de todas as imagens do filme, possibilitando que pessoas com deficiência visual tenham acesso ao que aparece na tela, como a aparência dos personagens, cenários e figurinos, ações e trejeitos. As legendas permitem que surdos e pessoas com deficiência auditiva acompanhem os diálogos, com indicações sobre a trilha sonora e qualquer som relevante, como o toque do telefone ou o tilintar de chaves. O objetivo é reunir espectadores, profissionais e demais interessados nas questões de acessibilidade em encontros voltados para a difusão e a discussão desses recursos, além de investir em construção de público para eventos acessíveis. As exibições são seguidas de um bate-papo com a participação dos presentes. O projeto prevê encontros mensais durante o ano de
2013. As Sessões Acessíveis são uma promoção conjunta da Sala Redenção – Cinema Universitário e do Núcleo Interdisciplinar Pró-Acessibilidade Cultural em parceria com a Mil Palavras Acessibilidade Cultural.
B1 – Tenório em Pequim 04 de setembro – 4ª feira – 19h – com AD 11 de setembro – 4ª feira – 19h – com legenda (Brasil, 2010, 99 min) dir. Felipe Braga e Eduardo Hunter Moura O que faz um campeão? Perseverança, sacrifício e disciplina somam-se na jornada de Tenório, judoca profissional classificado como B1 – cego total. Isolamento e solidão são alguns dos desafios enfrentados por este brasileiro espetacular em um projeto inédito, a conquista de uma quarta medalha de ouro em Paraolimpíadas. Filmado no Brasil, França e China, o documentário B1 – Tenório em Pequim mergulha na sensibilidade de um personagem explosivo e tocante, e narra por um ponto de vista que nada tem de deficiente a preparação para este grande combate, numa emocionante viagem cinematográfica.
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CINEMA
A morte comanda o cangaço
Projeto Cinemas em Rede
Pela primeira vez no Brasil, salas de cinema não comerciais exibem filmes e curtas por meio da internet de alta capacidade. Quatro cidades participam do projeto Cinemas em Rede, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP): São Paulo – Cinemateca Brasileira, CINUSP e Escola de Comunicações e Artes (ECA); Salvador – Sala de Arte Cinema da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Porto Alegre – Sala Redenção – Cinema Universitário (UFRGS); e em Recife, na Fundação Joaquim Nabuco. Uma das possibilidades do projeto é compartilhar conteúdos, mostras e ciclos em tempo real, entre estes pontos de cinema. Em agosto tivemos a primeira sessão, com curtas-metragens que foram compartilhados pelos pontos, sendo uma programação coletiva. No mês de setembro, teremos a oportunidade de participar da Mostra 300 anos de Cinema, que acontece na Cinemateca Brasileira. Uma das sessões da mostra será compartilhada pelos Cinemas em Rede, oferecendo ao público das quatro cidades a possibilidade de assistir a um dos filmes programados. Exibir em tempo real uma das sessões da mostra é apenas uma das possibilidades do Projeto Cinemas em Rede. Várias outras possibilidades de interação e compartilhamento estão sendo pensadas para breve. O Projeto Cinemas em Rede – uma parceria entre os Ministérios da Cultura
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(MinC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
300 anos de Cinema 300 anos de cinema reúne momentos da história da sétima arte para compor novas constelações cinematográficas: cinema antigo / moderno / clássico / de vanguarda / sonoro / falado / calado / mudo / gritado / vociferado / pulsante / vivo e em transformação constante na sua relação com as artes, com o teatro, o circo, a música e as artes plásticas. Da lanterna mágica ao cinema digital, do teatro à performance, do circo à vanguarda. Obras fundamentais da história do cinema, restauradas e preservadas pela Cinemateca Brasileira. Na sessão compartilhada pelo projeto Cinemas em Rede, será exibido o premiado A Morte Comanda o Cangaço, realizado em 1960 e restaurado digitalmente pela Cinemateca Brasileira em 2012. A exibição será realizada na Sala BNDES/Cinemateca, em 10 de setembro, às 19 horas em conjunto com os demais participantes da rede Cipê: ECA/USP (São Paulo), Fundação Joaquim Nabuco (Recife), UFBA (Salvador) e Sala Redenção Cinema - Universitário (UFRGS - Porto Alegre).
A morte comanda o cangaço (Brasil, 1960, 108 min) dir. Carlos Coimbra Raimundo Vieira (Ruschel) é um pequeno fazendeiro que tem sua casa queimada e sua mãe morta por um grupo de cangaceiros, liderados pelo Capitão Silvério (Milton Ribeiro), após o prejudicado ter se negado a pagar por “proteção”. Raimundo, no entanto, consegue sair vivo do ataque e deseja pôr fim à violência que os arruaceiros impõem no nordeste, e então monta o seu próprio bando, só de homens cansados da exploração pelos cangaceiros. O filme recebeu vários prêmios, entre eles, Prêmio Saci, 1960, SP: Melhor Filme; de Melhor Produtor para Marcelo de Miranda Torres; Melhor Ator, para Alberto Ruschel,; Melhor Roteiro para Carlos Coimbra; Melhor Fotografia para Tony Rabatoni; Melhor Diálogo para Francisco Pereira da Silva; Prêmio Especial para Fotografia Colorida para Oswaldo Cruz Kemeny. 10 de setembro – 3ª feira – 19h
Ficha técnica: Argumento: Walter Guimarães Motta Roteiro: Carlos Coimbra Diálogos: Francisco Pereira da Silva Direção: Carlos Coimbra Assistência de direção: Milton Amaral Continuidade: Marlene França Coreografia: Conjunto Nordestino; Venancio&Corumba Fotografia: Direção de fotografia: Tony Rabatoni, Câmera: George Pfister, Assistência de câmera: Carlos Guglielmi e Oswaldo de Oliveira Técnico de cor: Oswaldo Cruz Kemeny Chefe eletricista: Sergio Warnowsky, Eletricista: Edgard Ferreira, Maquinista: Hermes Fernandes Montagem Edição: Carlos Coimbra, Direção de arte: Cenografia: Apollo Monteiro, Contra-regra/acessórios de cenografia: Fernando Marques,;, Ary Silva, Maquiagem: Gilberto Marques, Música Direção musical: Enrico Simonetti, Dados adicionais de música Partitura musical: Enrico Simonetti, Regente Maestro: Enrico Simonetti, A morte comanda o cangaço
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CINEMA
PARCEIROS DA SALA REDENçÃO Cinema e Patrimônio Cultural O Patrimônio Histórico da UFRGS amplia sua atuação junto à comunidade interna e externa, divulgando o Patrimônio Cultural da Universidade e a importância de preservá-lo. Acreditamos que a mostra irá proporcionar um debate e uma reflexão importante acerca do Patrimônio Histórico e Cultural das cidades. Para tanto, propomos aos participantes um debate utilizando uma rica e peculiar fonte de informação que tão bem narra e ilustra o percurso humano, adicionado ao plano de fundo com belíssimos quadros retratando o patrimônio histórico de cada cidade mostrada. Coordenação: Noemia Fatima Rodrigues e Kátia Rosane Rocha Born
Porto Alegre – meu canto no mundo 04 de setembro – 4ª feira – 16h (Brasil, 2007, 74min) dir. Cícero Aragon e Jaime Lerner. Misturando reconstituições de época e depoimentos de gaúchos de destaque, o filme traça a história da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Comentadores: Lisete Dias, professora do Departamento de Ciências da Informação da Faculdade de Comunicação da UFRGS, e Zilá Bernd, professora do programa de Pós-Graduação do Instituto de Letras da UFRGS e da Unilassalle.
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Bem-Vindo a São Paulo 11 de setembro – 4ª feira – 16h (Brasil, 2004, 100min) dir. Amos Gitai, Andrea Vecchiato, Caetano Veloso, Hanna Elias, Jim McBride, Leon Cakoff, Maria de Medeiros, Mika Kaurismäki, Ming-liangTsai, Phillip Noyce, Renata de Almeida, Wolfgang Becker e Yoshishige Yoshida. A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo convidou vários cineastas internacionais para iniciar o projeto de um longa-metragem com distintas visões sobre a cidade, relevando a importância do olhar estrangeiro com foco nas peculiaridades da nossa metrópole, a terceira maior cidade do mundo. O resultado é o longa-metragem que levou três anos sendo produzido. BemVindo A São Paulo é narrado por Caetano Veloso, que também participa de um dois segmentos do filme com a sua canção Sampa. Comentadora: Maria Cristina Dias, professora da Faculdade de Arquitetura da UFRGS
Meia-Noite em Paris 18 de setembro – 4ª feira – 16h (Midnight in Paris, EUA, 2011, 94min) dir. Woody Allen
Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir para Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido. Comentador: Diego Speggiorin Devincenzi, mestre em História pela UFRGS.
História da Arte e Cinema: Heterotopias O ciclo é composto de filmes que permitem explorar temas da história da arte a partir da tela do cinema. A escolha dos filmes é orientada pelo propósito de discutir, após sua exibição, e a cada sessão, temas da história das artes visuais a partir da maneira como o cinema se associa a eles, explorando pontos de vista e variações interpretativas, modos de ser e de fazer compreensões sobre a arte. Coordenação: Luís Edegar Costa
CINEMA
A Caverna dos sonhos esquecidos 18 de setembro – 4ª feira – 19h (Cave of forgotten dreams, França, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, 2010, 90min) dir. Werner Herzog. Durante seis dias foi permitido ao diretor Werner Herzog filmar a Caverna de Chauvet, localizada na França. O resultado é o documentário A caverna dos sonhos esquecidos, lançado em 2010, que nos aproxima das mais antigas pinturas rupestres já descobertas e de seus mistérios. Qual o significado dessas imagens e de que modo elas podem nos ajudar a entender a relação entre seus autores e o mundo que habitavam? Questões que desafiam os historiadores da arte, renovadas por perguntas como as formuladas por Herzog sobre as motivações que estariam na origem dessas figuras, sobre o que sonharam nossos ancestrais através delas. Comentador: David Ceccon, bacharelando em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS, e Francine Kloeckner, bacharelanda em História da Arte e bolsista do acervo artístico do Instituto de Artes da UFRGS.
Clio e Eros no escurinho do cinema: ménage à trois entre história, cinema e sexualidade Ciclo que aborda a temática do amor e da sexualidade explorada com diferentes enfoques. Amor e sexo, muito além das funções
meramente reprodutivas da espécie, estão na determinação das organizações sociais ao longo do processo histórico da humanidade, e suas leituras se perdem no tempo. Artefatos préhistóricos, relatos de viajantes, textos arcaicos, mitologias e religiões constituídas, sistemas filosóficos tiveram no amor e no sexo não apenas referências, mas seus próprios fundamentos. Esta temática, presente em todas as culturas, transmitidos de geração após geração de diferentes formas, foi explorado e amplificado a partir do século XX pelo meio cinematográfico. Curso de extensão com quatorze sessões nas tardes de sábado a partir das 15h30min. Na sequência serão feitas mesas redondas com dois debatedores. Coordenação: Cesar Guazzelli
Romeu e Julieta 14 de setembro – sábado – 15h30 (Romeo and Juliet, Itália/GrãBretanha, 1968, 135min), dir. Franco Zeffirelli. O diretor Franco Zefirelli arrebatou o mundo do cinema quando escolheu dois jovens desconhecidos para viver o amor impossível de Romeu e Julieta. Foi porém uma jogada de mestre, que resultou em um dos mais populares filmes de todos os tempos, aclamado mundialmente e que recebeu quatro indicações para o Oscar®. O clássico romance de Shakespeare é representado aqui com um visual surpreendente,
trazendo nova vitalidade e imaginação a mais duradoura história de amor já escrita. Comentadores: Joana Bosak de Figueiredo (História da Arte – UFRGS) e Carla Brandalise (História – UFRGS).
Kama Sutra um Conto de Amor 21 de setembro – sábado – 15h30 (Kama Sutra a Tale of Love, Índia, 1996, 117min) dir. Mira Nair. Maya (IndiraVarma) é ajudante de Tara (Sarita Chaudhary), princesa indiana. Maya foi criada com ela na corte, e embora convivessem como irmãs, sempre foi muito humilhada por ela. Para se vingar, Maya seduz o noivo de Tara, o Rajá Singh (Naveen Andrews), na noite do casamento dela. O irmão de Tara, apaixonado por Maya, descobre tudo e a expulsa da corte. Ela parte sem destino certo, mas no caminho encontra JaiKumar (Ramon Tikaram), escultor do reino governado pelo Rajá Singh. Comentadores: Kátia Maria Paim Pozzer (História – ULBRA) e Natalia Pietra Mendes (História – UFRGS)
Lolita 28 de setembro – sábado – 15h30 (Lolita, EUA/Grã-Bretanha, 1962, 152 min) dir. Stanley Kubrick
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CINEMA Erudito professor universitário britânico vai trabalhar nos Estados Unidos e lá fica tão obcecado por uma ninfeta de 14 anos que casa sua mãe, para estar próximo dela. Porém, quando a esposa morre atropelada ele acredita ser o momento adequado para seduzir a enteada, mas algo acontece que pode prejudicar seus planos. Comentadores: Márcia Ivana Lima e Silva (Letras – UFRGS) e Rafael Hansen Quinsani (Doutorado em História – UFRGS)
Sessão UNITI
CineDHebate emDireitos Humanos
Sessão Universidade Pública, Tô Dentro!
O objetivo maior do CineDHebate é propiciar uma reflexão crítica e fomentar debates abertos à comunidade universitária e à comunidade em geral sobre múltiplos temas em direitos humanos, em um diálogo com a linguagem e a mídia cinematográfica. A aproximação entre cinema e direitos humanos é uma importante forma de educação e promoção de uma cultura de direitos humanos, o que tem se demonstrado em cada debate público realizado nos ciclos anteriores do CineDHebate, desde 2008, todos de grande enriquecimento cultural. Coordenação: Giancarla Brunetto e curadoria de Nykolas Friedrich Von Peters Correia
O programa de extensão Universidade Pública, Tô Dentro! visa realizar atividades com estudantes, equipes diretivas, professores de Escolas de Ensino Médio da Rede Pública de Educação Básica e estudantes universitários, nas próprias escolas e na Universidade, abordando a política das Ações Afirmativas – reserva de vagas (cotas) e permanência. O filme escolhido para o debate aborda questões como o preconceito no mundo social, mais precisamente o racismo, seja este oculto ou dissimulado.
O QUARTETO 23 de setembro – 2ªfeira – 14h (Quartet, Reino Unido, 2012, 98 min) dir. Dustin Hoffman Amigos idosos, músicos aposentados convivem em uma casa de repouso com diversas personalidades. Relembram os tempos de sucesso e continuam treinando seus dotes musicais. Anualmente a casa realiza um concerto para arrecadar fundos e manter a instituição funcionando. Mas, com a chegada de mais um integrante, ex-esposa de um interno, a harmonia da casa é quebrada. Enquanto os organizadores veem sua presença como oportunidade para refazer o famoso quarteto, ela recusa-se a cantar. As amizades e os amores de antigamente são questionados na tentativa de convencê-la. Comentadora: Liliane Froëming, professora do Instituto de Psicologia da UFRGS
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Crash – No Limite Harakiri 25 de setembro – 4ª feira – 19h (Seppuku, Japão, 1962, 133min) dir. Masaki Kobayashi. Por meio de flashbacks, o filme narra a trágica história de um samurai forçado a vender sua espada real para sustentar sua esposa doente e seu filho. É incitado à vingança quando descobre que seu genro cometeu harakiri - forma honrosa para um samurai cometer suicídio - com uma espada de bambu também por falta de dinheiro. Comentadores: Nilo Piana de Castro, professor do Colégio de Aplicação UFRGS, e José Carlos Sturza de Moraes, especialista EDH/UFRGS e Coordenador da Escola de Conselhos/RS.
25 de setembro – 4ª feira – 16h (Crash, EUA, 2005, 112min) dir. Paul Haggis Crash - No Limite mostra uma visão agressiva e perturbadora das complexidades que envolvem as questões raciais na América contemporânea. Ao mergulhar de cabeça nas confusões ideológicas nascidas no pós 11 de Setembro, este drama urbano desenha as inconstantes interseções entre personagens pertencentes a diferentes etnias, que lutam para superar seus medos enquanto suas vidas se cruzam. Comentador: Cleoson Roberto da Silva, estudante de Ciência Sociais e coordenador do programa Universidade Pública, Tô Dentro!
Renascentes na Sala Redenção A banda Renascentes, em parceria com o Núcleo de cinema da PUCRS, promove um evento em que música e cinema se entrelaçam, formando uma simbiose perfeita na tela e no palco. O projeto consiste em unir na mesma noite a exibição de três curtas-metragens, intercalados com a apresentação de 12 canções da banda. Curta-metragens:
(Un cuento chino Argentina, 2011, 93min), dir. SebastiánBorensztein Roberto (Ricardo Darín) é um veterano da Guerra das Malvinas, que vive há quase vinte anos recluso em sua casa, sem contato com o mundo. Porém, o hiato com a sociedade é interrompido quando um estranho evento acontece: a chegada do chinês Jun (Ignacio Huang), que está em Buenos Aires à procura de um parente perdido.
Com dificuldade de aceitar a realidade da morte e arrependido por seu passado, Rémy tenta encontrar a paz em seus últimos momentos de vida. Seu filho ausente, Sébastien, está lá para tentar confortá-lo; sua ex-mulher, ex-amantes e velhos amigos também o acompanham nesse momento definitivo da vida. O filme reúne os mesmos personagens de O Declínio do Império Americano, do mesmo diretor.
Quando os meus olhos embaçam (Brasil, 8 min, 2012) dir. Giordano Toldo Malu acorda de um sonho. Ana está distante.
O pai do homem (Brasil, 8min, 2012) dir. Giordano Toldo Em uma casa, três gerações se encontram.
O Processo (Brasil, 2013, 8 minutos). Processo de gravação do cd da banda.
Cinema no ILEA As exibições acontecem no auditório do Instituto Latino-americano de Estudos Avançados, no Campus do Vale.
Adeus, Lênin 10 de setembro – 3ª feira – 18h (Good Bye, Lenin - Alemanha, 2003, 118 min) dir. Wolfgang Becker Alemanha oriental, 1989: um jovem protesta contra o regime governamental. Sua mãe o vê sendo preso por policiais, sofre um ataque cardíaco e entra em coma. Alguns meses depois, a Alemanha está unida e ela desperta. Já que não pode ter emoções fortes, o filho tenta de todas as maneiras esconder dela o acontecido, evitando o contato com o mundo capitalista.
Trainspotting – sem Limites 24 de setembro – 3ª feira – 18h (Trainspotting - Inglaterra, 1996, 96 min), dir. Danny Boyle Trainspotting é o polêmico cultmovie que marcou a geração dos anos 90. Baseado no livro de Irvine Welsh, o roteiro mostra a trajetória de Renton, um dos muitos jovens drogados do submundo de Edimburgo. Junto com seus amigos, vive loucamente até o dia em que decide abandonar o vício. Será que ele consegue escolher a vida?
As Invasões Bárbaras Um Conto Chinês 03 de setembro – 3ª feira – 18h
17 de setembro – 3ª feira – 18h (Les invasions barbares - Canadá, 2003, 94 min), dir. Denys Arcand
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CINEMA
OUTUBRO Cinema argentino contemporâneo Nos últimos anos o cinema argentino vem passando por um processo de maturação que o torna capaz de aventurar-se em novas formas e gêneros – que até agora tinham sido pouco explorados – e a habitá-los com desenvoltura de quem já tem experiência. Assim, consegue realizar uma reflexão mais inventiva e original de uma sociedade que sempre foi apaixonada pela ficção, por contar histórias e pela contemplação documentada de si mesma. Nesta seleção de filmes trazemos o percurso de alguns destes novos olhares. Alguns cineastas – sobretudo jovens cineastas – com propostas ousadas; outros, originais; ou alguns que, mesmo sensíveis aos cânones clássicos da narrativa visual, buscam frescor nas escolhas estéticas e técnicas. Fazem parte desta seleção longas, curtas-metragens e
documentários de diferentes níveis de produção. Alguns deles foram premiados internacionalmente e, outros, pertencem ao mundo independente dos artistas emergentes que produzem com recursos limitados. Os últimos são representantes de um fenômeno da produção em massa que se consolida na Argentina. Durante todo o mês de outubro, a Sala Redenção – Cinema universitário apresenta uma seleção de filmes, muitos deles – na sua grande maioria – ainda não lançados no Brasil. Um momento especial para a Sala Redenção, e mais especial ainda para seu público.
Tânia Cardoso de Cardoso, Victoria Irisarri e Andrés Testagrossa, curadores.
El hombre de al lado
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OUTUBRO Cinema argentino contemporâneo
Vaquero
Chapadmalal 01 de outubro – 3ª feira – 16h 25 de outubro – 6ª feira – 19h (Argentina, 2009, 75 min) dir. Alejandro Montiel Ao longo de onze dias e com um pequeno grupo de colaboradores, Alejandro Montiel registrou um grupo de aposentados de férias no Complexo Turístico Chapadmalal, um antigo balneário da Argentina. Chapadmalal é um microcosmo de histórias de vida de idosos de todo o país. O filme coloca a ênfase na experiência e no amor a partir da perspectiva de octogenários. Com sensibilidade e frescura, Chapadmalal cria um espaço para ouvir os sábios da tribo.
+ Tres (Argentina, 2012, 26 min) dir. Andres Testagrossa Tres conta a história de amor de Camila, Pedro e Lautaro. Crônicas de cores, estados e silêncios. Como um ampliador sobre o que estes três personagens vivem, independentemente de porquês e especificações. Três foi filmado inteiramente no IMPA Fábrica Cultural da Cidade de Buenos Aires, onde sets especiais foram criados para gerar uma atmosfera de conto, uma atmosfera teatral, em que cada elemento e cada cor tem um significado especial.
01 de outubro – 3ª feira – 19h 02 de outubro – 4ª feira – 16h (Argentina, 2011, 87 min) dir. Juan Minujín Julián Lamar é um ator que vem tendo dificuldade em conseguir bons papéis. Sentindo-se sempre prejudicado de alguma forma e desiludido com o jogo de interesses da profissão, Julián é como um estranho em seu próprio meio. Quando fica sabendo que um famoso diretor norte-americano decidiu filmar um western na Argentina, ele fica obcecado em conseguir um teste porque se convence de que esse papel seria sua chance derradeira de se dar bem na carreira.
maneiras de relacionar-se com a comida que retrata. Fatias de vida. Uma festa para os olhos e um despertar para os outros sentidos. Testemunhando uma paixão dos argentinos e como eles se relacionam em torno dela. Porque comer pizza requer uma cara especial, uma atitude especial, cozinhá-la é ter uma sabedoria única e juntar-se para comê-la é um ritual de celebração. Nem o tango, nem o futebol, ou a carne. Picsa, um documentário.
+ Awhenaj dir. Alejandro Gallo Bermúdez Rosalio sabe que é um dia que marcará sua vida. Seus amigos, o tatu ausente (awhenaj), o campo e os momentos que permanecem.
+ Lo que haría (Argentina, 2011, 17 min) dir. Natural Arpajou Ela está sozinha em casa com o coração partido e faria qualquer coisa para curar-se.
Picsa, un documental 03 de outubro – 5ª feira – 16h 17 de outubro – 5ª feira – 16h (La notte, Itália, 1961, 122 min.) Pizza. Pisa. Zapi. Pipsa. Pixa. Mistura e soma de ingredientes. Apetitosa, quente, colorida, provocante e sedutora. Um documentário que conecta diferentes
Canción de Amor 03 de outubro – 5ª feira – 19h 04 de outubro – 6ª feira – 16h 31 de outubro – 5ª feira – 19h (Argentina, 2012, 58 min) dir. Karin Idelson A música está no ar da cidade, e Canción de Amor captura as músicas dos lugares que estão tão naturalizadas que dificilmente prestamos atenção, mas também, e especialmente, nos lugares mais escondidos e incomuns. Corais numerosas que interpretam a Queen, cantores de restaurantes, imitadores de Elvis, o rádio que é ouvido a partir do banco de trás de um táxi, a música funcional de um shopping center ou hotéis, e muitas outras
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CINEMA que são registradas com virtuosismo indisfarçável, desfilam neste documentário.
uma relação ou quando deve terminar?
+ 9 vacunas + Ni una sola palabra de amor (Argentina, 2012, 7 min) dir. Javier Fernando Rodríguez (El Niño Rodríguez) A fita de uma secretária eletrônica nos desloca para a incrível história de Enrique e María Teresa: uma mulher que espera receber um telefonema de um homem que nunca responde. Uma mensagem atrás da outra ficaram gravadas na espera de um a alô ou, talvez, uma palavra de amor.
(Argentina, 2012, 16 min) dir. Iair Said Verão em Buenos Aires. Diego é mordido por um cão. Melina por um gato. Vacinação anti-rábica requer nove vacinas.
Topos
Vivan las antípodas
El Amor (primera parte) 04 de outubro – 6ª feira – 19h 07 de outubro – 2ª feira – 16h 31 de outubro – 5ª feira – 16h (Argentina, 2005, 110 min) dir. Santiago Mitre, Alejandro Fadel, Martín Mauregui, Juan Schnitman. A história de um jovem casal, do começo ao fim, desde a euforia da paixão para os obscuros últimos dias, observada com zelo analítico e investigativo. Como e por que duas pessoas se apaixonam? Quando começam a ser um casal? Que mecanismos imprevisíveis são gerados para que comecem a morar juntos? Em que momento exato as coisas, imperceptíveis, começam a marcar o fim? Quando acaba
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Tomás acorda seis centímetros mais baixinho. E no dia seguinte, quatro centímetros mais baixinho ainda. Vai diminuir até desaparecer?
07 de outubro – 2ª feira – 19h 08 de outubro – 3ª feira – 16h 29 de outubro – 3ª feira – 16h (Argentina, 2011, 26 min) dir. Victor Kossakovsky “Viajando em uma região remota da Argentina, cheguei a uma pequena cidade com apenas três casas na beira de um penhasco e um pequeno rio que atravessa o cânion distante. Sob a luz da noite, este parecia ser um dos mais belos e serenos lugares da Terra. A imagem de um homem em pé sobre uma ponte pescando com uma linha de 25, 30 metros, fez com que eu me perguntasse: E se a linha fosse estendida muito mais longe, através do centro da Terra, o que você encontra do outro lado do mundo? Liga Xangai, um dos lugares mais poderosos, explosivos, e barulhentos do planeta. Foi assim que nasceu a idéia para este filme.
+ Altibajos de un petiso (Argentina, 2012, 13 min) dir. Fernando Milsztajn
09 de outubro – 4ªfeira – 16h 30 de outubro – 4ªfeira – 19h (Argentina, 2012, 101 min) dir. Emiliano Romero Topo, filho do líder da resistência, tem o fetiche de espiar o que passa em cima do instituto de dança. Graças a conspirações do pai, com a chegada de um novo aluno, Amadeo, ele planeja um seqüestro para tomar seu lugar.
+ No me ama (Argentina, 2009, 16 min) dir. Martín Piroyansky Um casal que está prestes a fazer três anos de namoro viaja ao longo da costa do Uruguai. Durante a viagem, só ouvimos um monólogo interior daquele que em sua neurose, começa a acreditar que ela não o ama.
El ojo deltiburón 10 de outubro – 5ª feira – 16h 24 de outubro – 5ª feira – 16h (Argentina, 2012, 91 min) dir. Alejo Hoijman
Maicol e Bryan são dois vizinhos e amigos inseparáveis em Greytown, Nicarágua, uma vila na foz de um rio que deságua no Caribe. Isolado do resto do país por uma densa selva e longe das cidades e de outros vilarejos, Bryan e Maicol passam seus dias caçando e brincando na chuva, no rio ou na praia. Mas a idade dos jogos chegará ao fim em breve.
Tierra de los padres 10 de outubro – 5ª feira – 19h 11 de outubro – 6ª feira – 16h (Argentina, 2011, 100 min) dir. Nicolás Prividera Este filme mostra o confronto entre duas versões da história Argentina: os vencedores e os vencidos. E o faz através de um espaço simbólico: o Cemitério da Recoleta, onde se encontram juntos no passado quem lutaram em lados opostos. Esse confronto recorrente (ainda presente) é destacado através da leitura dos epitáfios nas sepulturas, o que leva a uma espécie de “diálogo dos mortos”, que aponta a história.
+ Ana y Mateo (Argentina, 2009, 17 min) dir. Natural Arpajou Ana tem sete anos e Mateo quatro: são irmãos e filhos de uma mãe solteira que faz tudo que pode para criá-los da melhor maneira possível. Mas em uma noite onde tem que sair para o trabalho, e depois de uma conversa telefônica intensa com o pai das crianças, que se recusa a ir ao cuidado, não tem outra alternativa escolha que deixá-los sozinhos em casa.
Medianeras 11 de outubro - 6ª feira – 19h 14 de outubro – 2ª feira – 16h 30 de outubro – 4ª feira – 16h (Argentina, 2011, 95 min) dir. Gustavo Taretto Martin é um fóbico em recuperação. Aos poucos, começa a sair do confinamento do seu estúdio e seu vício ao mundo virtual. No edifício em frente a Martin mora Mariana, uma menina recém separada, que está tão confundida como o apartamento no qual se refugia. Como podem encontrar-se em uma cidade populosa e caótica como Buenos Aires? A resposta está nas medianeiras, a mesma coisa que os separa é a mesma coisa que os une.
que está aberta. Originado pelos bolivianos no início dos anos noventa, a feira cresceu e hoje o município de Lomas de Zamora se acercou aos feirantes com o fim de organizar, regular e obter ganhos. A organização da feira, o comissionamento, a chegada de compradores, a fabricação dos produtos, tudo tem proporções gigantescas. D’Angiolillo registra várias partes dessa operação, traça um breve histórico do lugar (mais uma história de decadência Argentina) e mostra os movimentos de multidões. Com grandes poderes de observação e menor resistência ao filme, o diretor realiza uma incrível viagem em uma área da sociedade argentina que muda rapidamente.
Ostende
Hacerme feriante 14 de outubro – 6ª feira – 19h 15 de outubro – 2ª feira – 16h (Argentina, 2010, 94 min) dir. Julián D’Angiolillo La Salada é uma feira de roupa informal e outros produtos, localizada no distrito de Lomas de Zamora, não muito longe da cidade de Buenos Aires. E é um fator econômico poderoso: movimenta dezenas de milhões de dólares por mês, mais de cinco mil pessoas trabalham lá e muitos mais vão comprar sempre
15 de outubro – 3ª feira – 19h 16 de outubro – 4ª feira – 16h (Argentina, 2011, 85 min) dir. Laura Citarella Graças a um concurso de rádio, uma menina recebe quatro dias de férias em Ostende, na província de Buenos Aires, em um grande hotel. Não é temporada de férias e ela chega sozinha para o lugar. O namorado dela se unirá alguns dias mais tarde. Na praia tem sol, mas muito vento, e um bar não muito sofisticado com um garçom que conversa o tempo todo. Neste ambiente, sem obrigações, sem grandes atrações, além da proximidade de uma praia ventosa e um mar não muito tentador, a menina
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CINEMA
começa a prestar, talvez de forma excessiva, talvez de forma insuficiente, a atenção em certas atitudes estranhas de um homem velho acompanhado por duas mulheres jovens.
Estrellas 17 de outubro – 5ª feira – 19h 18 de outubro – 6ª feira – 16h (Argentina, 2007, 64 min) dir. Federico León, Marcos Martínez O povo da Villa 21, bairro de Buenos Aires, decidiu tirar proveito de sua situação lamentável: por que contratar atores para o papel de pobres quando podem contratar um verdadeiro pobre? E, assim, liderados por Julio Arrieta, criam uma fábrica de filmes independentes que oferecem personagens para a caracterização do filme (alcoólatras, viciados em drogas, criminosos), decoradores capazes de construir uma casa em três minutos. Villa 21 é convertido dessa forma em um set de filmagem que até mesmo Alan Parker vem para uma visita de locais para seu filme Evita.
Pompeya 18 de outubro – 6ª feira – 19h 21 de outubro – 2ª feira – 16h
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(Argentina, 2010, 100 min) dir. Tamae Garateguy Um escritor experiente, seu aprendiz e um cineasta começam a imaginar um filme de gângster na periferia de Buenos Aires hoje. Em reuniões posteriores, torna-se claro que a sofisticação intelectual do primeiro – que prefere mais Borges e a tragédia grega do que o sangue, suor e balas – não tem lugar no roteiro final. Em paralelo, aparece o filme imaginado: um policial violento, com personagens com nomes exóticos (como Dylan, o herói do submundo que está no meio de uma guerra entre mafiosos russos e coreanos), situado em um bairro de Pompéia mítico e cosmopolita
El hombre de al lado 22 de outubro – 3ªfeira – 19h 23 de outubro – 4ªfeira – 16h 29 de outubro – 3ªfeira – 19h (Argentina, 2009, 101 min) dir. Mariano Cohn, Gastón Duprat O filme narra um conflito entre vizinhos que parece interminável. Uma simples parede divisória pode dividir dois mundos, duas maneiras de vestir-se, comer e viver. De um lado, Leonardo (Rafael Spregelburd), designer refinado e de prestígio que vive em uma casa projetada por Le Corbusier. Do outro, Victor (Daniel Aráoz), um vendedor de carros usados, vulgar, rústico e irresistível. Victor decide fazer uma janela para ter mais luz, e é aí que reside o problema: um está consciente da existência do outro.
BalnearioS 21 de outubro - 2ª feira – 19h 22 de outubro – 3ª feira – 16h (Argentina, 2002, 80 min) dir. Mariano Llinás Extravagante e alegre conjunto de costumes e histórias das praias da Argentina. Cidades submersas, salva-vidas, hotéis do início do século, sirenes, waffle, balneários municipais, animais marinhos e castelos de areia se encontram em um ensaio variado e desconcertante.
La inocencia de la araña 24 de outubro – 5ªfeira – 19h 25 de outubro – 6ªfeira – 16h (Argentina, 2011, 95 min) dir. Sebastián Caulier Até que ponto podem chegar duas meninas de doze anos apaixonadas por seu professor? Qual é a linha entre o divertido e o perigoso? O que separa a fantasia de infância de um plano sinistro? Por que ninguém percebeu o que acontecia em essa escola tranqüila de província?
Sessões Acessíveis na Sala Redenção
PARCEIROS DA SALA REDENçÃO
CineDHebate em Direitos Humanos
História da Arte e Cinema Heterotopias
Antes que o mundo acabe
Asas do Desejo
02 de outubro – 4ªfeira – 19h – com AD 09 de outubro – 4ªfeira – 19h– com legenda (Brasil, 2009, 100 min) dir. Ana Luiza Azevedo Daniel é um adolescente crescendo em seu pequeno mundo com problemas que lhe parecem insolúveis: como lidar com uma namorada que não sabe o que quer, como ajudar um amigo que está sendo acusado de roubo e como sair da pequena cidade onde vive. Tudo começa a mudar quando ele recebe uma carta do pai que ele nunca conheceu. Em meio a todas essas questões, ele será chamado a realizar suas primeiras escolhas adultas e descobrir que o mundo é muito maior do que ele pensa.
23 de outubro – 4ªfeira – 19h (Midnight in Paris, EUA, 2011, 94min) dir. Woody Allen Na Berlim pós-guerra, dois anjos perambulam pela cidade. Invisíveis aos mortais, eles lêem seus pensamentos e tentam confortar a solidão e a depressão das almas que encontram. Entretanto, um dos anjos, ao se apaixonar por uma trapezista, deseja se tornar um humano para experimentar as alegrias de cada dia. Comentadores: Jaime José Zitkoski, professor da Faqculdade de Educação da UFRGS; Janete Brizola, especialista EDH/ UFRGS e AICAS; Aline Silveira, bacharelanda em Filosofia.
A Ronda da Noite 16 de outubro – 4ªfeira – 19h (Nightwatching, Canadá, França, Alemanha, Polónia, Holanda, Reino Unido, 2007, 142min) dir. Peter Greenaway. O filme de Peter Greenaway se desenvolve em torno da criação do tão célebre quanto polêmico quadro Ronda da Noite (ou Ronda Noturna), pintado por Rembrandt em 1642. O tema desse quadro era o retrato de uma companhia de arcabuzeiros da cidade de Amsterdam, pertencente ao gênero pictórico “retratos de grupos”. Tal gênero distingue a pintura holandesa do século XVII e previa uma série de regras básicas a serem obedecidas. Não por Rembrandt. Em seu filme, Greenaway propõe uma trama pela qual alinhava o controverso caráter demarcatório desse quadro na vida e na carreira desse pintor, associada à relação que ele mantinha com sociedade que o financiava. Comentários: Rafael Machado Costa, bacharelando em História da Arte pelo Instituto de Artes da UFRGS, escritor de literatura fantástica, pesquisador sobre História em Quadrinhos e sobre a política clássica e medieval japonesa.
Clio e Eros no escurinho do cinema: Ménage à trois entre história, cinema e sexualidade
Clamor do Sexo 05 de outubro – sábado – 15h30min (Splendor in the Grass, EUA,
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CINEMA
1961, 124min) dir. Elia Kazan A história é ambientada no final dos anos 20, quando o casal de jovens Bud (Warren Beatty) e Deani (Natalie Wood) jamais poderiam ter deixado aflorar o desejo simples e sexual antes do casamento. Perseguidos pela sociedade moralista e repressiva da época. Warren e Natalie Wood esbanjam beleza, inocência e sensualidade nesta obra prima de Elia Kazan sobre moralismo e repressão. Comentadores: Arthur Lima de Avila (História – UFRGS) e Rafael Belló Klein (Mestrado em História – PUCRS)
Drácula de Bram Stoker 19 de outubro – sábado – 15h30min (Bram Stoker’s Dracula, EUA/ Grã-Bretanha/Romênia, 1992, 130min) dir. Francis Ford Coppola. No século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto. Assim, perambula através dos séculos como um morto-vivo e, ao contratar um advogado, descobre que a noiva deste é a reencarnação da sua amada. Comentadores: Nikelen Acosta Witter (História – UNIFRA) e Cesar Augusto Barcellos Guazzelli (História – UFRGS)
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O Império dos Sentidos 26 de outubro – sábado – 15h30min (Ai no Korida, Japão/França, 1976, 95 min) dir. Nagisa Oshima. Proibido em sua primeira exibição no Festival de Nova York de 1976, essa obra-prima do erotismo é baseada em um dos mais famosos escândalos do Japão. Conta a história de uma ex-prostituta que acaba se envolvendo em um obsessivo caso de amor com o mestre da casa onde trabalha como doméstica. Aquilo que começou como uma diversão casual atinge níveis em que a paixão não encontra mais seus limites. Comentadores: Amadeu de Oliveira Weinmann (Psicologia – UFRGS) e Luiz Dario Teixeira Ribeiro (História – UFRGS).
Dia Internacional da Animação
Dia Internacional Da Animação 2013 O Dia Internacional da Animação 2013 será comemorado em Porto Alegre com uma sessão, simultânea e gratuita, de curtas-metragens de desenho animado nacionais e internacionais. No dia 28 de outubro, às 16h, haverá a exibição da mostra de animação infantil e às 19h30 a Mostra Oficial, ambas na Sala Redenção – Cinema Universitário. A parceria cultural com a Sala Redenção – Cinema Universitário visa integrar não somente o público universitário e os habitués dessa tradicional sala de cinema, como também aproximar famílias e o público infantil no dia da mostra.
MOSTRA INFANTIL 28 de outubro – 2ªfeira – 16h
MOSTRA OFICIAL 28 de outubro – 2ªfeira – 19h30
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TE ATRO
T eatro P es q uisa E E x tensão Quando eu tinha... Através da técnica contact improvisation, os atores transpõem para a cena, por meio de seus corpos, relatos do público constituídos por histórias, memórias e lembranças, construindo assim um espaço no qual as pessoas são convidadas a realizar reflexões sobre a morte, a vida e a sua memória.
QUANDO EU TINHA Data: 04,11,18,25 de setembro – 12h30min e 19h30min Local: Sala Alziro Azevedo – Av. Salgado Filho, 340
O contato improvisação é uma técnica de movimento criada na década de 1970 por um grupo de coreógrafos e bailarinos norteamericanos, ligados à dança moderna, linguagem ainda emergente na época. A técnica consiste num trabalho em dupla, ou em grupo, em que o peso e contra-peso são os elementos chaves para o movimento acontecer, de forma improvisada, mas consciente, na relação entre corpos. O contatoimprovisação trabalha a queda e a sustentação física, de forma consciente, trazendo para o corpo um conhecimento próprio sobre seus limites. Direção e atuação de André Macedo e Marcia Berselli e orientação de Laura Backes Visite o blog do Grupo no endereço http://www.duoemcontato.blogspot.com.br
Quando eu tinha
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To be or not to Beckett
To be or not to Beckett Uma mulher, atormentada por seus fantasmas, inventa sua vida e seus passatempos a partir do vazio e do nada. Enquanto a personagem brinca com o tempo, desenrolam-se situações inusitadas que movimentam sua solidão. Este monólogo, livremente inspirado na obra de Samuel Beckett, transita entre as imagens e as falas de várias peças do dramaturgo irlandês. Texto, direção e atuação de Carolina Diemer e orientação de Mirna Spritzer
TO BE OR NOT TO BECKETT Data: 02, 09, 16, 23, 30 de outubro – 12h30min e 19h30min Local: Sala Alziro Azevedo – Av. Salgado Filho, 340
Beckett (1906-1989) é amplamente considerado como um dos escritores mais influentes do século XX. Para alguns críticos, ele é um dos últimos modernistas; para outros, um dos primeiros pósmodernistas. Ele é considerado um dos autores fundamentais do “teatro do absurdo. Suas obras mais conhecidas são Esperando Godot, Dias felizes e Fim de partida.
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REFLEXÃO
C onfer ê ncias U F R G S Nas bordas do humano: lutas pelo reconhecimento e capturas identitárias Qual o sentido produzido pelo fato de ser reconhecido como integrante desse duplo empírico-transcendental que a modernidade construiu em torno da figura do humano? O que legitima e deslegitima alguém, como sujeito de direitos? Como a cultura modela o que chamamos de natureza na produção do que somos? No interior desse campo de tensão permanente entre natureza e cultura, é possível existir sem que um pertencimento a categorias identitárias definidas a partir de construções sociais naturalizadas de sexo, sexualidade e gênero seja reconhecido como legítimo e coerente? A identidade é um elemento necessário para que o Estado reconheça a igualdade de direitos? Como compreender a interseccionalidade sexo-sexualidade-gênero-raçaclasse na definição das hierarquias do humano e na efetividade do reconhecimento social? Essas questões configuram os vetores centrais da forma local e situada do diagrama da subjetivação no Brasil contemporâneo. As bordas do humano
são fruto da expulsão de todas as possibilidades de existência que passaram por processos de deslegitimação social, resultando na produção de formas abjetas, não humanas ou menos humanas. As lutas contemporâneas pelo reconhecimento da diversidade como integrante da ‘natureza’ humana têm sido marcadas por estratégias identitárias normalizantes que reafirmam hierarquias. Não se trata de apontar para utopias pós-norma, mas identificando os riscos do presente, indicar a necessidade da legitimação de valores universais que não dependam de categorias identitárias, sempre limitadas e excludentes, para afirmar o direito a existir. Henrique Caetano Nardi
CONFERÊNCIA COM HENRIQUE CAETANO NARDI Data: 11 de setembro – quarta-feira – 19h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Conferências UFRGS
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Conferência com Marcelo Meller Alievi
O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo, fato que é motivo de muito orgulho, mas também de grande preocupação, já que a lista de espécies ameaçadas de extinção não para de crescer. A demanda crescente por melhores índices econômicos e industriais tem atropelado as medidas de proteção ambiental, favorecendo a destruição e a fragmentação de habitats pelo avanço horizontal da agricultura, exploração de madeira, construção de rodovias, exploração de combustíveis fósseis, entre outros. Todas as medidas que buscam minimizar o impacto do “desenvolvimento econômico” sobre a fauna e a flora são importantes e fundamentais, mas muitas vezes insuficientes ou inócuas. A educação ambiental é a principal saída, através da formação de novas gerações conscientes e comprometidas com a necessidade de mudança desta realidade, principalmente com o despertar conservacionista e do consumo consciente. Marcelo MellerAlievi
CONFERÊNCIA COM MARCELO MELLER ALIEVI Data: 09 de outubro – quarta-feira – 19h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS)
Conferências UFRGS
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REFLEXÃO
FRONTEIR A S DO PENSAMENTO
O espaço acadêmico propicia, de forma privilegiada, a fruição e a construção do conhecimento, sempre com o intuito de qualificar discussões e esclarecer questões pertinentes ao nosso cotidiano, que dizem respeito às necessidades ambientais, tecnológicas e culturais do ser humano. Aumentar a abrangência do acesso a este bem é um compromisso, não somente com aqueles que já participam do meio acadêmico, bem como, e principalmente, com a comunidade, pois é ela quem sofre diretamente os impactos políticos das decisões científicas. Com este espírito, o Departamento de Difusão Cultural, através da Pró-Reitoria de Extensão e em parceria com o Fronteiras do Pensamento, vem promovendo diversas ações que ampliam o público deste evento, democratizando a produção de conhecimento. Os encontros acadêmicos com os historiadores, filósofos e pensadores convidados, e a comunidade em geral, coletivizam os saberes e trazem novos olhares que contribuem para o debate universitário.
Leymah Gbowee Prêmio Nobel da Paz, a ativista liberiana foi encarregada de organizar o movimento que ajudou a colocar fim à Segunda Guerra Civil da Libéria em 2003. Seu trabalho com crianças que foram meninos-soldados e também como mãe de seis filhos a faz afirmar que as mudanças sociais devem ser realizadas pelas mães. Hoje, é diretora da Women Peace and Security Network – WIPSEN-Africa.Em 2011, Gbowee foi uma das três personalidades vencedoras do Nobel da Paz junto com sua compatriota Ellen JohnsonSirleaf, primeira mulher a liderar a Libéria, e a iemenita TawakelKarman, pela sua luta em nome dos direitos das mulheres. Sua autobiografia Mightybeourpowers ainda não tem data de lançamento no Brasil.
CONFERÊNCIA COM LEYMAH GBOWEE Data: 09 de setembro – segunda-feira – 19h30min Local: Salão de Atos da UFRGS
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José Ramos-Horta
Perry Anderson
Prêmio Nobel da Paz - Prêmio Nobel da Paz, o jurista timorense foi, também, agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade por seus esforços para impedir a opressão do seu povo. Em 2006, quando era considerado o provável sucessor de Kofi Annan como secretário-geral das Nações Unidas, Ramos-Horta desistiu de disputar o cargo para tornar-se primeiro-ministro do TimorLeste e, um ano depois, presidente da República – segundo político eleito para o cargo após a independência da Indonésia. Sua formação agrega a Academia de Direito Internacional de Haia, onde estudou Direito Internacional Público, e também o Instituto Internacional de Direitos Humanos, onde permanece com forte atuação.
Historiador e ensaísta político britânico, professor de História e Sociologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Anderson é um dos mais comentados historiadores na atualidade. Foi editor da New LeftReview, publicação londrina com foco na crítica cultural e na economia global, da qual ainda participa como membro do conselho editorial. Durante o período em que atuou como editor na NLR, a revista influenciou fortemente o meio acadêmico europeu, sobretudo nas décadas de 1960 e 1970, tecendo comparações e criticas às principais correntes da tradição marxista ocidental. Dentre suas obras constam Espectro – da direita à esquerda no mundo das ideias, As origens da pósmodernidade e Afinidades seletivas.
CONFERÊNCIA COM José Ramos-Horta
CONFERÊNCIA COM Perry Anderson
Data: 30 de setembro – segunda-feira – 19h30min
Data: 14 de outubro – segunda-feira – 19h30min
Local: Salão de Atos da UFRGS
Local: Salão de Atos da UFRGS
Público Fronteiras do Pensamento 2012
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artes visuais
UNIFOTO Uma noite no Museu A fotografia é responsável por estarmos aqui! No espaço de um Museu voltamos nossos olhares para um acervo constituído de pequenos objetos e muitas histórias. Com desejo de produzir fotograficamente através do lighting painting nos lançamos na tarefa de retratar alguns doadores, convidados especiais que assumiram o papel da própria memória, e foram responsáveis por restituir a energia dos espaços montados no acervo. Pequenos objetos que escondem grandes histórias. O encontro entre eles, doadores e doações, foi como um encontro entre velhos amigos. O lighting painting nos levou a pensar na própria origem da palavra fotografia, a escrita com luz.
Esculpir as imagens utilizando lanternas teve inspiração em mestres como Gjon Mili e nos possibilitou criar um conjunto de fotografias que iluminam as histórias contidas nelas. Myra Gonçalves e Liliane Giordano, curadoras
Data: 03 de setembro a 18 de outubro Hora: De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria
Myra Gonçalves
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!
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Carlos Alexandre Netto Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Rui Vicente Oppermann
Difunda essa cultura de forma consciente
LEIA E PASSE ADIANTE
Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunna Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher Equipe do DDC Carla Bello – Coordenadora de Projetos Especiais Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Juliana Mota – Coordenadora e curadora do Projeto Vale Doze e Trinta Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Tânia Cardoso de Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Bolsistas Julia Zortea Maurício Lobo Milene Guilhermano Naiane Weber Projeto gráfico Katia Prates Diagramação Natalia Lassance Crédito imagens Capa (p. 1 e 44) - Sem título, Light painting, 2011, de Myra Gonçalves; p. 3 - foto de Lina Hasselof; p. 4 da esquerda para a direita - a. “Tchê”, foto de Maciel Goelzer; b. Orquestra da UFRGS, foto de Marielen Baldissera c. Ballet da UFRGS, foto de Marielen Baldissera; d. Coral da UFRGS, foto de Maciel Goelzer; p. 5 - “O Carro“ - obra de Eduardo Vieira da Cunha; p. 6 - “Papas da Língua”, foto de Edson Gandolfi; p. 7 à esquerda - “Depois do almoco de domingo” de Tula Anagnostopoulos; p. 7 à direita - Sem Título, foto de Letícia Lampert; p. 8 - Angelo Primon, Foto Camila Mazzini; p. 9 - “Caminhos”, de Isabel Pinto; p. 10 - “ESCUTA– o som do compositor”, foto Roberta Sant’anna; p. 11 - “Xaxados e Perdidos”, divulgação, foto de Tiago Coelho; p. 12 - “Duo Violao Brasil”, foto divulgação; p. 13 - “Barlavento”, foto de João Pedro da Rocha Santos; p. 14 - Lucas Victorino, foto de Carine Wallauer; p. 15 - “Arthur de Faria & Seu Conjunto”, foto Nicole Mariani”; p. 16 e 17 - cena do filme “Sin City: a cidade do pecado” (2005); p. 21 - cena do filme “B1 - Tenório em Pequim” (2009); p. 22 - cena do filme “A morte comanda o cangaço” (1961); p. 23 - cartaz do filme “A morte comanda o cangaço” (1961); p. 28 - cena do filme “El Hombre de Al Lado” (2009); p. 35 - “Dia Internacional da Animação”, imagem de Marielen Baldissera; p. 36 - “Quando eu Tinha”, foto divulgação; p. 37 - “To be or not to Beckett”, foto divulgação; p. 38 e 39 - Conferências UFRGS, Acervo do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS; p. 40 e 41 - Conferências UFRGS, Acervo do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS; p. 42 - Obra de Myra Gonçalves. Apoio
Programação sujeita a alterações. Sala Redenção - Cinema Universitário 43
Departamento de Difusão Cultural Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.difusaocultural.ufrgs.br
Sem título, Light painting, 2011 / Myra Gonçalves
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