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AGENDA C U LT U R A L
Novembro Dezembro 2013
Lugares para os quais a Universidade pode nos transportar Na agenda de março e abril, iniciamos o ano com o desejo de que as ações culturais criadas e promovidas por este Departamento levassem todos a sonharem livremente e a concretizarem estes sonhos, utilizando um possível fio, o fio das descobertas (das artes) até chegarmos a maior de todas as artes, à arte de viver. Hoje, ao escrever a apresentação de nossa última agenda cultural de 2013, lembrei-me desse nosso desejo ao pensar no quanto essa cidade universitária é dinâmica, pulsante e do quanto ela nos possibilita atuar neste lugar, o lugar do trabalho, e ou dentro do trabalho, com a prática das ações que lançamos ao longo de todo ano. Um grupo de profissionais de diferentes áreas da arte e da cultura e bolsistas de diferentes cursos (Jornalismo, Psicologia, Relações Públicas, História da Arte, Artes Visuais, Design e Contabilidade) criaram neste departamento um movimento de renovação no dia a dia da prática cultural. Esse encontro entre a experiência da equipe do DDC com o frescor destes jovens, iniciando sua vida profissional, tornou possível a criação de um outro lugar dentro do trabalho. A troca que surgiu desse encontro entre diferentes gerações nos remete a um fazer coletivo criando, com a participação ativa de cada um, movimentos que considero essenciais para a renovação deste lugar da arte e da cultura. Agradeço a toda equipe do Departamento de Difusão Cultural pela possibilidade da construção deste fio das descobertas: da arte, da cultura e do afeto.
Claudia Boettcher Diretora do Departamento de Difusão Cultural
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Vale Doze e Trinta
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música
U N I M Ú S I C A 2 013 | S É R I E L U S A M É R I C A , C A N Ç Õ E S
António Zambujo – Quinto Elogiado vivamente por Caetano Veloso no blog Obra em Progresso – “ouvir o CD do António Zambujo me prendeu à necessidade de ouvir de novo, de novo e de novo (...) é de arrepiar e fazer chorar”, escreveu o cancionista em 2008 –, Zambujo talvez seja hoje a grande voz masculina do fado. Nascido na cidade de Beja, no baixo Alentejo, o jovem fadista cresceu ouvindo o cante alentejano, gênero tradicional de sua região, que, ao lado da música brasileira e do jazz, é uma de suas mais importantes influências. António Zambujo tem cinco discos gravados e inúmeros prêmios no currículo. Guia, seu quarto CD, figura nas mais prestigiadas listas nacionais e internacionais dos melhores discos de 2010. De fato, o reconhecimento de Zambujo vai mesmo muito além de Portugal: Brasil, França, Espanha, Inglaterra, Canadá, Rússia, Croácia ou Azerbeijão são alguns dos países em que o artista se apresenta regularmente. Em Porto Alegre, António Zambujo apresentará o repertório de seu último álbum. No palco com ele estarão os músicos Ricardo Cruz no contrabaixo, Bernardo Couto na guitarra portuguesa, José Miguel no clarinete e João Moreira no trompete.
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No dia 06, o artista participa de encontro aberto ao público ao lado de Pedro Garcez, professor do Instituto de Letras da UFRGS, que se dedica à pesquisa de políticas linguísticas. A mediação é de Everton Cardoso. Ligia Petrucci, coordenadora do Unimúsica ENCONTRO COM O ARTISTA Data: 06 de novembro – quarta-feira – 20h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br, a partir de 29 de outubro CONCERTO Data: 07 de novembro – quinta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS A retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 04 de novembro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br
Uma voz inaugurando o mundo Quando o António Zambujo e o Ricardo Cruz me pediram para escrever alguma coisa sobre o seu novo disco aceitei logo. Não é difícil escrever sobre bons projetos. Um bom projeto é aquele que nos provoca, que nos faz pensar. Mais: que nos melhora o pensamento.
a ironia de algumas das letras que canta. Tudo isso reencontrei no disco seguinte, e, agora, neste Quinto: os temas que se escutam com o encantamento de quem redescobre a própria infância, a juventude, e até a velhice que, eventualmente, ainda nem chegou.
Além disso, os bons projetos, como este Quinto, transformam-nos a todos em prosélitos. Ouve-se este disco e a vontade que se tem é de sair pelo mundo dando-o a ouvir a outros.
Cantadas por Zambujo, todas as coisas ganham uma luz de princípio de mundo.
A primeira vez que ouvi falar em António Zambujo não foi em Portugal – foi em São Paulo, através de Marília Gabriela, uma das mais influentes jornalistas do Brasil. Estranhei o entusiasmo de Gabi. A seguir fui escutar o disco, era o Outro sentido, de 2007, e dei-lhe razão. Nunca escutara nada semelhante. Surpreendeu-me em primeiro lugar a voz de Zambujo, capaz, sem esforço, de iluminar cada palavra. Agradou-me, além disso, o saudável desrespeito pelas fronteiras. A facilidade com que mistura diferentes gêneros, do fado à bossa nova. Finalmente, seduziu-me o bom humor e
Porque o que mais me impressiona é a frescura (a alegria) com que, ao quinto álbum, António Zambujo continua a cantar. Está tudo dito no tema: “Algo Estranho Acontece”: a permanente inauguração de um universo que, não obstante a repetição, porque o tempo é circular, constantemente se renova. “Eu vivia tudo novamente”, canta Zambujo – e é isso que queremos, enquanto o escutamos. Viver tudo, novamente, e, de cada vez, viver tudo como se estivéssemos a estrear a vida. José Eduardo Agualusa, escritor angolano, autor de Nação crioula, O ano em que Zumbi tomou o Rio, O vendedor de passados, entre outros livros.
António Zambujo
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MÚSICA
vale d o z e e trinta Irish Fellas A antropofagia não deixa nada de fora, e a tradição irlandesa chega a Porto Alegre através do projeto IrishFellas. Formada em 2011, a banda foi experimentando a sonoridade de flautas irlandesas, bandolim, banjo e tinwhistle com violão folk e gaita gaúcha. Assim, os amigos Caetano Maschio Santos, Victor de Franceschi e Renato Müller, todos músicos com formação musical de longa data e muito qualificada, compõem o trio irlandês que já se apresentou no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. O projeto IrishFellas apresentará um repertório de música folclórica instrumental (algumas peças datadas do século 19 ou antes) quanto de musicas cantadas, conhecidas, em sua maioria, como irishdrinkingsongs, cuja sonoridade remete fortemente à paisagem do cotidiano dos irlandeses, seus costumes, hábitos e traços característicos. Data: 12 de novembro – terça-feira – 12h30 Local: Campus do Vale
Irish Fellas
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Coral da UFRGS
interlúdi o Coral O Coral da UFRGS encerra os recitais do Projeto Interlúdio 2013. Fundado em 1961 pelo maestro Pablo Komlós, o Coral atualmente está vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS, e seus ensaios são realizados no Instituto de Artes. Reconhecido como um dos mais antigos e mais importantes corais do país, tem como principal missão a realização de atividades musicais visando incentivar a arte coral no meio universitário e na comunidade em geral. Composto por cantores e cantoras amadores, caracteriza-se por sua heterogeneidade, percebida tanto na faixa etária de seus integrantes quanto em suas origens e profissões. O grupo é aberto à participação de alunos, professores e servidores da Universidade e de pessoas da comunidade em geral. Inicialmente concebido para a interpretação de obras sinfônicas, ganhou versatilidade, uma de suas maiores marcas, através da dedicação à música a cappella, a partir de 1969. Assim,
seu repertório passou a abranger peças de todas as épocas e estilos musicais, tais como o renascentista, barroco, contemporâneo, popular, folclore nacional e internacional, sempre almejando a elevação do nível artístico, com espírito sério e crítico. Atualmente o Coral da UFRGS é composto por 48 cantores e cantoras, tem Lucas Alves como maestro, Cíntia de Los Santos como preparadora vocal, e é administrado por uma equipe diretiva presidida por Paulo Alves de Souza, contando ainda com a colaboração de bolsistas da PróReitoria de Extensão.
Data: 29 de novembro de 2013 – sexta feira – 12h30 Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS)
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MÚSICA
s o m n o sal ã o Marcelo Birck e Banda Encerrando o Projeto Som no Salão 2013, o cantor, guitarrista e compositor Marcelo Birck traz ao palco do Salão de Atos as sonoridades do rock gaúcho. Ex-integrante da banda Graforréia Xilarmônica, atualmente o artista trabalha sob forte influência das artes visuais, combinando vários processos de composição em sua obra, ressaltando a complementaridade entre recursos como analógico / digital, partituras, bases gravadas, arranjo / improviso, e cenários criados com material dedescarte. O confronto com procedimentos de outras áreas criativas (artes visuais e filmes de animação)favorece a descoberta de soluções não-convencionais, com a investigação sonora a serviço da música pop e vice-versa. Nos shows, execuções ao vivo são combinadas com bases pré-gravadas e projeção de animações criadas pelo próprio Birck, pintadas diretamente na película super8 (dispensando câmera e revelação). O repertório inclui obras da carreira-solo, das bandas que participou (Graforréia Xilarmônica, Os Atonais e Aristóteles de Ananias Jr.), e músicas inéditas. A proposta é odeslocamento de referências cotidianas para contextos inusitados, gerando sonoridades que tanto podemser estranhas quanto familiares. Juan Acosta (baixo) e Gustavo Chaise(guitarra) completam o time.
SOM NO SALÃO - MARCELO BIRCK Data: 04 de dezembro – quarta-feira – 20h Local: Salão de Atos Ingresso: todos os shows tem entrada franca com entrega de 1kg de alimento, no dia da apresentação.
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Marcelo Brick
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MÚSICA
TRIZ
Triz, com André Mehmari, Chico Pinheiro e Sérgio Santos O grupo Triz, formado pelos músicos André Mehmari (piano), Chico Pinheiro (violão) e o cantor Sérgio Santos (voz e violão), realiza turnê nacional, patrocinada pelo programa Natura Musical. Em Porto Alegre a apresentação acontece no dia 05 de novembro, no Salão de Atos da FRGS. A música brasileira recente tem sido pródiga em revelar artistas de grande capacidade criativa nas últimas duas décadas. Três desses artistas de grande personalidade e reconhecimento resolveram se unir em torno de uma proposta artística ousada: fazer uma música que expressasse as três personalidades distintas e que fosse ao mesmo tempo calorosa e elaborada. O gosto pela criação, pelo caminho novo, pelo não usual, faz deste encontro algo tão precioso quanto original, privilegiando um repertório de parcerias entre si, músicas inéditas nas quais os seus olhares de instrumentistas e arranjadores moldam cada nova composição com a verve do trio – TRIZ. Sérgio Santos, consagrado compositor, violonista, e cantor, cuja excelência do trabalho levou o seu CD Áfrico a ser premiado como o melhor disco de 2002 (Prêmio Rival-Petrobras), e lhe rendeu uma indicação ao Grammy Latino em 2010; André Mehmari, compositor, arranjador, pianista, multi- instrumentista é um dos músicos mais completos e importantes da música que se
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faz hoje no Brasil, reconhecido como virtuose tanto na música popular quanto na erudita; Chico Pinheiro, violonista, compositor e arranjador, é um dos artistas mais expressivos da música brasileira contemporânea, celebrado no Brasil e exterior como excepcional instrumentista e compositor. A soma da relevância artística individual com a qualidade musical fazem deste projeto uma experiência única entre o clássico, o novo e o essencial. A turnê do Triz é um dos projetos selecionados pelo Edital Minas Gerais 2012, do Programa Natura Musical.
TRIZ, COM ANDRÉ MEHMARI, CHICO PINHEIRO E SÉRGIO SANTOS Data: 05 de novembro – terça-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia), na bilheteria do teatro. Retirada de ingressos com entrada franca para comunidade universitária no Departamento de Difusão Cultural.
NÚCLEO DE E STUDOS D A C A N Ç ÃO Canção por um Triz Há alguns bons anos venho me debatendo, batendo, lendo, cantando e fazendo canção brasileira. Tenho uma teoria íntima a respeito desta nossa forma tão querida de versar sobre a vida, que é mais ou menos assim: se a sinfonia é alemã, a ópera é italiana, a poesia é francesa, o romance é russo e os contos são americanos, a canção é brasileira. Digo isto sem medo de incorrer em falso testemunho. Junte-se a isso a nossa tradição lírica ibérica, com a sonoridade brasileira tupi, banta e ioruba e suas respectivas visões do mundo, e teremos uma língua de rica sonoridade, grande conteúdo reflexivo, equilíbrio entre vogais, consoantes, nasalidades e vocalizações diversas. Além disso, junte a tradição percussiva e dançante africana e toda imigração europeia, asiática, moura e do oriente médio, além do diálogo com outras culturas americanas, sejam do norte, Caribe, ou Conesul. Paremos por aqui, ainda sem citar a nossa própria tradição cancionista, tão rica, vasta e diversa. Muito já se escreveu sobre canção, embora ainda pareça muito pouco. Parece menos ainda quando nos deparamos com trabalhos como TRIZ, que André Mehmari, Chico Pinheiro e Sérgio Santos nos apresentam em parceria com o Departamento de Difusão Cultural da UFRGS – Núcleo de Estudos da Canção e com patrocínio da Natura Musical. Esse trio, na verdade, é a reunião de uma constelação de alguns dos maiores nomes da música brasileira da atualidade, em diferentes matizes: canção, música instrumental e música erudita – como se fosse possível fazer esta separação hoje em dia. E é disto que se trata este trabalho, de uma reunião de artistas de grande quilate, sem preocupação em algemar as criações neste ou naquele gênero. Em todo o disco, aparecem apenas duas canções com letra, curiosamente intituladas “Sim” e “Não”. E agora? É canção? É música instrumental? Sim ou Não? Aqui, sim, um debate que parece fadado ao fracasso. Isto porque se entendemos canção como uma peça musical feita com letra e música em palavras que contam uma história com início, meio e fim, nosso conceito de canção já era. E, por outro lado, se entendemos música
instrumental como uma derivação de “música pura”, aquela que prescinde da voz humana, por um triz deixa de ser música instrumental, pois TRIZ é pleno de vozes, vocais, vocalizações sem palavras. Aliás, melodias plenamente cantáveis, em extensão vocal confortável, plenamente adequadas para a voz humana – aliás como muitos temas “instrumentais”, do choro de Pixinguinha aos tangos do Piazzolla. Difícil dizer que não é canção, em minha modesta opinião. Mas são canções sem palavras. Canção de melodia e voz. Eis a inovação. Já tentaram letrar “Libertango” do Piazzolla? Convenhamos que seria um sacrilégio. O mesmo ocorre com as canções do TRIZ. Uma palavra mal posta pode complicar a intricada arquitetura que ali se apresenta, fechando em um significado determinado o que pede imprecisão poética e precisão musical. Por outro lado, a palavra bem posta abre diversos mundos. Tem uma pesquisadora, a Janete El Haouli, que chama isto de “voz-música”, ou seja, a voz que não se deixa aprisionar pelas palavras. Acho que é um bom ponto de partida para entender TRIZ. Como cancionistas que não aceitam as fronteiras cada vez mais falsas entre música erudita e música popular, entre canção e música instrumental, estamos aqui com um belo problema por resolver e contemplar. Aliás, não sei se é intencional por parte de André, Chico e Sérgio, mas curiosamente andei “googlando” por aí e vi que TRIZ também é a sigla de Teoria Rechenia Izobretatelskih Zadatchi, que em russo significa Teoria da Resolução de Problemas Inventivos. Que os problemas inventivos sigam apontando belos caminhos para a música brasileira, então. Leandro Maia, músico, compositor, professor de música na UFPEL AUDIÇÃO COMENTADA DO ÁLBUM TRIZ COM ANDRÉ MEHMARI, CHICO PINHEIRO E SÉRGIO SANTOS Data:04 de novembro – segunda-feira – 19h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br
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MÚSICA
NÚCLEO DE E STUDOS D A C A N Ç ÃO
Audição comentada com Nico Nicolaiewsky O músico e compositor Nico Nicolaiewsky encerra a série de audições comentadas do Núcleo da Canção em 2013. Nico começou sua carreira ao lado do Musical Saracura, que fez enorme sucesso no Rio Grande do Sul, na década de 80, com sua fusão de música regional e pop. Logo em seguida criou Tangos e Tragédias, junto com Hique Gomez. A comédia musical de clima de nonsense protagonizada pelo Maestro Plestkaya e pelo violinista Kraunus Sang continua em cartaz até hoje. Durante o período em que viveu no Rio de Janeiro, Nico compôs músicas para teatro e lançou seu primeiro CD solo, Nico Nicolaiewsky (1995). Ao retornar a Porto Alegre em 1999 o músico segue compondo para teatro e lança ainda os álbuns As sete caras da verdade (2003) e Onde está o amor? (2008). No encontro do Núcleo da Canção, que contará com a medição do professor Luís Augusto Fischer, Nico comentará faixas deste último disco e também algumas canções de seu primeiro CD. Em atuação desde 2008, o Núcleo de Estudos da Canção da UFRGS foi idealizado com a ambição de ampliar o espaço reservado à troca de conhecimentos sobre canção popular brasileira de forma transdisciplinar. Seus encontros reúnem estudantes e professores de várias especialidades, estudiosos da canção, cancionistas, ouvintes e interessados. AUDIÇÃO COMENTADA COM NICO NICOLAIEWSKY Data: 11 de novembro – segunda-feira – 19h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br
Nico Nicolaiewsky
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NÚCLEO DE E STUDOS D A C A N Ç ÃO Escuta – o som do compositor Em novembro, o Núcleo da Canção recebe o projeto Escuta – o som do compositor, um coletivo de compositores de música popular, criado em Porto Alegre em 2012, e que hoje conta com a participação de mais de trinta cancionistas da nova geração. Como eles próprios fazem questão de esclarecer, o Escuta – o som do compositor não é um sindicato ou uma associação. É um coletivo de individualidades, um coletivo artístico e criativo que não busca uma unidade estética ou ideológica entre seus participantes, mas procura estabelecer as conexões, os pontos de contato dessa geração e fortalecer o interesse do público pela nova cena autoral.
Guto Leite, poeta, compositor e estudioso de Canção Popular na UFRGS, mediará a conversa com os compositores do Escuta, que serão convidados a falar sobre os formatos dos shows, as colaborações, trocas e parcerias que surgiram a partir dos primeiros encontros e os principais êxitos e desafios do projeto. O Núcleo da Canção é uma promoção da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS/Departamento de Difusão Cultural e tem a coordenação dos professores Luís Augusto Fischer e Luciano Zanatta. ESCUTA – O SOM DO COMPOSITOR Data: 18 de novembro – segunda-feira – 19h Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 (2º andar da Reitoria da UFRGS) Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br Escuta – o som do compositor
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cinema
novEMBRO Mestres & Dragões – a era de ouro das artes marciais no cinema Em novembro, a Sala Redenção – Cinema Universitário conta com mais uma curadoria especial. Cesar Almeida, tradutor e editor da Argonautas Editora e organizador do livro Cemitério perdido dos filmes B: explotation, apresenta uma programação dedicada às artes marciais no cinema. A mostra Mestres e dragões é fruto de uma parceria entre a Sala Redenção – Cinema Universitário e a produtora cultural Cena UM. No texto que segue, Almeida apresenta um possível recorte sobre o tema. Tânia Cardoso de Cardoso, curadora da Sala Redenção No início da década de 1970, o universo do cinema foi tomado de assalto por uma onda de filmes vindos do oriente. Originais, dinâmicos e modernos, os Chopsocky, como eram chamados os filmes de Artes Marciais vindos de Hong Kong e Taiwan, tornaram-se uma febre mundial.
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A literatura Wuxia do século XIV foi a gênese de tudo. Wuxia, traduzido como “Herói Marcial”, é um gênero da ficção chinesa dedicado aos feitos e aventuras de artistas marciais, e tem entre seus maiores expoentes os livros A Margem da Água, de ShiNai’an, e Romance dos Três Reinos, de LuoGuanzhong. Obras dessa vertente estão presentes na cinematografia chinesa desde os seus primórdios. Porém, foi apenas no fim da década de 1960 que este filão começou a se popularizar ao redor do mundo. Com o sucesso local de produções do mítico estúdio Shaw Brothers como O grande mestre beberrão (1966) e O espadachim de um braço só (1967), o cinema de Hong Kong se desenvolveu e começou a ser exportado. Os filmes de kung fu propriamente ditos surgiram no ano de 1970, com o clássico A morte em minhas mãos. No mesmo período, outro estúdio lendário começou suas atividades, a Golden
Harvest. Depois dele, a cena de Hong Kong tomou um rumo diverso, possibilitando o surgimento de seu maior ídolo, Bruce Lee, na obra O dragão chinês (1971). O assassino de Shantung (1972) adicionou mais uma dose generosa de sangue a esse cenário já bastante brutal. No mesmo ano, 5 dedos de violência estourou entre as plateias americanas, transformando o cinema de Artes Marciais em uma das principais atrações nos circuitos de Drive-ins e salas de subúrbio. Outros filmes com Bruce Lee vieram para aumentar a popularidade do estilo: A fúria do dragão (1972) e Operação Dragão (1973), que foi uma coprodução entre ocidente e oriente. A faceta mais mitológica do gênero, característica marcante do início do ciclo, retornou em obras da estirpe de O mestre da guilhotina voadora (1976), A câmara 36 de Shaolin (1978), um dos filmes de kung fu mais populares de todos os tempos, e Os cinco venenos de Shaolin (1978).
O humor predominou nos últimos anos da década de 1970, após a ascensão do astro Jackie Chan. São protagonizados por ele O mestre invencível (1978) e O jovem mestre do kung fu (1980), filmes que contam com coreografias intricadas e um estilo de humor que remete ao cinema mudo. Depois de décadas de censura e perseguição, a China comunista voltou a produzir obras de Artes Marciais com O Templo de Shaolin (1982). Por fim, O lutador invencível (1984) marcou a fase final do estúdio Shaw Brothers, encerrando assim uma “Era de Ouro” que produziu lendas como os cineastas Chang Cheh, LauKar-leung e King Hu, além do ídolo imortal Bruce Lee, e que influencia até hoje cineastas do porte de Quentin Tarantino, John Woo, Ang Lee e Zhang Yimou. Cesar Almeida, curador
O Templo de Shaolin
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CINEMA
novembro Mestres & Dragões – a era de ouro das artes marciais no cinema
O grande mestre beberrão
01 de novembro – 6ª feira – 16h 06 de novembro – 4ª feira – 16h (Da zui xia, Hong Kong, 1966, 95 min), dir.King Hu O filho do governador da província é sequestrado por bandoleiros e a irmã dele, uma heroína conhecida como Andorinha Dourada, vai ao seu resgate. Filme que impulsionou a nova safra de wuxia e consagrou King Hu como o primeiro grande diretor do gênero. O sucesso também alçou ao estrelato a atriz ChengPei-pei, que viria a interpretar várias espadachins ao longo da década seguinte. Unindo elementos do cinema japonês com técnicas ocidentais e a estética da ópera chinesa, Hu criou um estilo memorável.
O espadachim de um braço só 01 de novembro – 6ª feira – 19h Após a sessão, debate com Cesar Almeida. 04 de novembro – 2ª feira – 16h (Dubeidao, Hong Kong, 1967, 111 min),dir. Chang Cheh
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Espadachim de origem humilde tem o braço direito decepado pela filha invejosa de seu mestre, por quem nutre grande lealdade e tem uma dívida de sangue. Ele então embarca em uma jornada de superação para derrotar os vilões que ameaçam o clã do mestre. De uma vez, surgem duas lendas: Chang Cheh, maior diretor do cinema de Artes Marciais, e Jimmy Wang Yu, primeiro grande astro do estilo. O sucesso gerou várias continuações e imitações, além de consolidar o cinema de Hong Kong.
A morte em minhas mãos 04 de novembro – 2ª feira – 19h 05 de novembro – 3ª feira – 16h (Longhu dou, Hong Kong, 1970, 90 min), dir. Jimmy Wang Yu Os alunos de uma escola de kung fu são massacrados por quadrilha de japoneses. Apenas um dos estudantes escapa, e ele passa por um treinamento árduo a fim enfrentar seus inimigos e fazer justiça. Estreia do ator Wang Yu como diretor. A morte em minhas mãos deu início a uma nova fase nos filmes de Artes Marciais, na qual os combates armados deram lugar aos confrontos punho a punho. Também é a primeira obra a usar o mote da rivalidade entre escolas, fórmula repetida à exaustão.
O dragão chinês 07 de novembro – 5ª feira – 16h 18 de novembro – 2ª feira – 16h (Tang shan da xiong, Hong Kong, 1971, 100 min),dir.Lo Wei Jovem interiorano e perito nas Artes Marciais viaja para a Tailândia onde vai trabalhar com os primos em uma fábrica de gelo usada como fachada por traficantes de drogas. Logo surge um conflito entre funcionários e traficantes. Primeiro filme protagonizado por Bruce Lee. Sucesso arrebatador devido ao carisma e a técnica revolucionária de Lee, que se transformou instantâneamente no maior astro do gênero. Um dos primeiros a deixar as tramas de época e ambientar a ação no tempo atual.
O assassino de Shantung 07 de novembro – 5ª feira – 19h 08 de novembro – 6ª feira – 16h (Ma Yong Zhen, Hong Kong, 1972, 124 min),dir. Chang Cheh e Pao Hsueh-lieh Jovem da província de Shantung chega a Xangai onde começa carreira meteórica no crime organizado. Drama violentíssimo ambientado nos anos 20. Cheh (em
parceria com Pao Hsueh-lieh), deixando um pouco de lado o clima épico do wuxia, apresenta uma obra com forte crítica social. O crime e a corrupção da China pré-revolucionária são o pano de fundo. A ambiguidade do protagonista, um dos poucos anti-heróis do gênero, é um dos destaques.
Melhor trabalho do diretor Lo Wei e talvez o melhor filme de Bruce Lee. Embora use a fórmula das escolas rivais como trama, a atmosfera trágica, o carisma de Lee e a condução competente de Wei fazem de A Fúria do Dragão um produto acima da média. Chen Zhen, personagem de Lee, criação do roteirista e romancista Ni Kuang inspirado em um lutador real da escola Jing Wu, tornou-se uma figura cultuada, aparecendo em diversos outros filmes.
5 dedos de violência 08 de novembro – 6ª feira – 19h 13 de novembro – 4ª feira – 16h (Tian xia di yi quan, Hong Kong, 1972, 104 min), dir.Jeong Chang-hwa Lutador busca vingar o assassinato de seu mestre participando de um torneio mortal. Produção que desencadeou a febre do kung fu nos EUA. 5 Dedos de Violência repete as fórmulas das escolas rivais e do campeonato de Artes Marciais, porém, as platéias americanas ainda não acostumadas com o estilo adoraram a novidade. Depois disso, filmes de kung fu com péssimas dublagens em inglês tornaram-se presença obrigatória nos drive-ins e cinemas de subúrbio.
A fúria do dragão 18 de novembro – 2ªfeira – 19h 19 de novembro – 3ªfeira – 16h (Jing wu men, Hong Kong, 1972, 108 min), dir. Lo Wei
O mestre da guilhotina voadora 21 de novembro – 5ª feira – 16h 28 de novembro – 5ª feira – 16h (Du bi quanwang da poxuedizi, Taiwan/Hong Kong, 1976, 93 min), dir. Jimmy Wang Yu Jimmy Wang Yu volta a interpretar o Boxeador de Um Braço Só, porém dessa vez ele não é o vingador, e sim, o alvo da vingança. Após matar os dois lamas tibetanos no primeiro filme, o Boxeador torna-se a presa do mestre deles, o antológico personagem que dá nome ao filme. Lutadores exóticos e toques de fantasia enriquecem a produção. As lutas espetaculares e a direção firme de Wang Yu ajudaram a fazer de O Mestre da Guilhotina Voadora um clássico obrigatório.
Operação Dragão 19 de novembro – 3ª feira – 19h 20 de novembro – 4ª feira – 16h (Enter the Dragon, EUA / Hong Kong, 1973, 102 min),dir. Robert Clouse Mestre do kung fu é convocado pelo serviço secreto britânico para se infiltrar em um campeonato organizado por suspeito de ser um chefão internacional do crime. A febre do kung fu nos EUA levou grandes estúdios a olhar para o oriente. Operação Dragão transformou-se no filme mais conhecido de Bruce Lee. A trama insere espionagem e um pouco do clima das histórias de Sax Rohmer no gênero. Lançou também a carreira de Jim Kelly, astro do Blaxploitation.
A câmara 36 de Shaolin 21 de novembro – 5ª feira – 19h 22 de novembro – 6ª feira – 16h (Shao Lin san shiliu fang, Hong Kong, 1978, 115 min), dir.Lau Kar-leung Jovem perseguido por autoridades corruptas torna-se monge no Templo de Shaolin e passa por intensos treinamentos. Obra prima de Lau Kar-leung que consagrou seu irmão adotivo Gordon Liu como astro. Um dos filmes mais amados do gênero. A partir daqui as coreografias começam a ficar cada vez mais elaboradas. Lau, espetacular coreógrafo, mostra-se um diretor de primeira linha e conduz uma história dramática de fortes contornos políticos.
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CINEMA Chan participou de produções que atraíram pouca atenção. Em O mestre invencível, a fusão de humor e ação funciona à perfeição. O estilo “kung fu bêbado” fez escola, assim como as impressionantes coreografias de Chan, cheias de malabarismos cômicos.
Os cinco venenos de Shaolin 22 de novembro – 6ª feira – 19h 25 de novembro – 2ª feira – 16h (Wu du, Hong Kong, 1978, 97 min),dir. Chang Cheh Mestre moribundo pede a seu discípulo que encontre cinco homens que receberam dele treinamentos inspirados em animais peçonhentos. Chang Cheh produziu um número imenso de histórias wuxia, mas também se mostrou um gênio para os filmes centrados em combates desarmados. Este é seu principal trabalho com o grupo VenomMob, cinco grandes artistas marciais que se revezavam entre papéis de heróis e vilões, além de compartilharem a criação das coreografias espetaculares.
O mestre invencível 25 de novembro – 2ª feira – 19h 26 de novembro – 3ª feira – 16h (Juikuen, Hong Kong, 1978, 111 min),dir. Yuen Woo-ping Jovem arruaceiro é enviado para treinar com o tio alcoólatra e sádico. Filme em que Jackie Chan encontrou sua personalidade própria, tornando-se assim um grande astro. Lançado por LoWei como substituto de Bruce Lee,
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O Templo de Shaolin 28 de novembro – 5ª feira – 19h 29 de novembro – 6ª feira – 16h (ShaoLin Si, China, 1982, 95 min),dir. Hsin-yanChang A trajetória de um aspirante a monge e seus conflitos com os problemas mundanos, afetados pela violência da China durante a transição da dinastia Ming para Manchu. O Templo De Shaolin foi a primeira produção de Hong Kong a ser filmada na China continental. Também foi a estreia de Jet Li no cinema, em uma trama um pouco mais historicamente correta que o habitual. O sucesso levou a um redescobrimento das Artes Marciais na China comunista, e gerou três continuações.
O jovem mestre do kung fu
26 de novembro – 3ª feira – 19h 27 de novembro – 4ª feira – 16h (Shidichuma, Hong Kong, 1980, 101 min),dir. Jackie Chan Confundido com o irmão, acusado de assassinato, jovem sai em busca do verdadeiro culpado. Seguindo o caminho de outros astros, Jackie Chan também enveredou para a direção. Seu segundo filme atuando na frente e atrás das câmeras, O Jovem mestre do kung fu, bateu recordes de bilheteria previamente estabelecidos por Bruce Lee. Desse modo, Chan conquistou o título de maior astro do cinema de Artes Marciais vivo, proeza que mantém até hoje.
O lutador invencível 29 de novembro – 6ª feira – 19h (Wu lang ba gua gun, Hong Kong, 1984, 98 min), dir. Lau Kar-leung Família de guerreiros é traída por seus generais e acaba massacrada. Considerado com a última obra prima da Shaw Brothers, O lutador invencível é o marco final da “Era de Ouro” do cinema de Artes Marciais. A produção conturbada, que teve de lidar com a morte de seu protagonista Alexander Fu Sheng no meio das gravações, não impediu o magnífico trabalho de LauKar-leung. Cenas de luta impressionantes e o ótimo roteiro (improvisado após a morte de Sheng) colocam essa obra no patamar dos grandes clássicos.
Sessões acessíveis na Sala Redenção – Cinema Universitário As Sessões Acessíveis na Sala Redenção, com exibição de filmes nacionais com recursos de acessibilidade, acontecem duas vezes mês: na primeira quarta-feira serão apresentados filmes com audiodescrição e na segunda quarta-feira é a vez do cinema legendado. A audiodescrição é a narração de todas as imagens do filme, possibilitando que pessoas com deficiência visual tenham acesso ao que aparece na tela, como a aparência dos personagens, cenários e figurinos, ações e trejeitos. As legendas permitem que surdos e pessoas com deficiência auditiva acompanhem os diálogos, com indicações sobre a trilha sonora e qualquer som relevante, como o toque do telefone ou o tilintar de chaves. O objetivo é reunir espectadores, profissionais e demais interessados nas questões de acessibilidade em encontros voltados
para a difusão e a discussão desses recursos, além de investir em construção de público para eventos acessíveis. As exibições são seguidas de um bate-papo com a participação dos presentes. O projeto prevê encontros mensais durante o ano de 2013. As Sessões Acessíveis são uma promoção conjunta da Sala Redenção – Cinema Universitário e do Núcleo Interdisciplinar Pró-Acessibilidade Cultural em parceria com a Mil Palavras Acessibilidade Cultural.
06 de novembro – 4ª feira
Graffiti dança (Brasil, 2013, 6min), dir. Rodrigo EBA! One man (Brasil, 2012- 4min), dir. Graciliano Camargo Dinoshop (Brasil, 2013, 3m 28seg), dir. Tainá Ribeiro Nepomuceno Un día de trabajo (Brasil, 2012 – 3min 12seg), dir. Francisco Rosatelli Phantasma (Brasil, 2012,10 min20seg), dir. Alessandro Corrêa – Os Invisíveis – na família
com AD
(Brasil, 2012, 2min 32seg), dir Humberto Avelar
13 de novembro – 4ª feira
O Cangaceiro (Brasil, 2012 – 5min 34seg), dir. Marcos Buccini
com legenda A Mostra Dia Internacional da Animação reúne dez curtasmetragens de animação, nas mais diversas técnicas. A programação inclui animações infantis e adultas, todas com censura livre:
Lala – água (Brasil, 2013 – 1min 30seg), dir. Jon e Thomate Quinto andar (Brasil, 2012 – 7min 40seg), dir. Marco Nick A Última Reunião Dançante (Brasil, 2012 – 12min) dir. Lisandro Santos A última reunião dançante
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CINEMA
parceiros da sala redenção Mostra Cinema e Espiritualidade na América Latina A Mostra Cinema e Espiritualidade na América Latina tem como objetivo unir o conhecimento acadêmico e a sétima arte a partir da exibição de ficções e documentários que registrem uma diversidade de fenômenos e experiências envolvendo a religiosidade em países latinoamericanos e que ofereçam diferentes modos de mirá-los e representá-los. Assim, a mostra procura oferecer ao público o contato com produções mais e menos recentes sobre a temática – algumas delas inéditas no Brasil – que permitam aprofundar o conhecimento sobre fenômenos religiosos que ocorrem na América Latina e também despertar sensações e reflexões no espectador.
La niña santa 11 de novembro – 2ª feira – 16h (La niña santa, Argentina, 2004, 106 min), dir. Lucrecia Martel. Amélia e Josefina têm 16 anos e moram na cidade de La Ciénaga, na Argentina. Josefina pertence a uma família conservadora, enquanto a mãe de Amélia, Helena, é divorciada e dirige um hotel. Certo dia, após um ensaio de coral, as duas garotas se reúnem na igreja local
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para conversar sobre fé, vocação e segredos sentimentais. Pouco depois Amélia conhece o doutor Jano, que participa de uma conferência médica no hotel de sua família. O encontro leva a jovem a descobrir sua verdadeira vocação: salvar os homens do pecado.
cafundó
santitos 12 de novembro – 3ª feira – 16h (Santitos, México, 1999, 81 min) dir. Alejandro Springall Ao ficar sabendo do desaparecimento de sua única filha, Esperanza (Dolores Heredia) lança-se em uma verdadeira odisséia, passando por Tijuana, até chegar a Los Angeles. Ela passa por diversos obstáculos, mas consegue vencê-los, pois tem muita fé e acredita muito nos santos de sua devoção: São Judas Tadeu e Santo Antônio. Para cumprir sua missão, entretanto, Esperanza precisa explorar a natureza do pecado e da absolvição, a dor da perda e a ressurreição do desejo.
11 de novembro – 2ª feira – 19h (Cafundó, Brasil, 2005, 102 min) dir. Clóvis Bueno e Paulo Betti Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, e é capaz de ver Deus. Uma visão em que se mistura a magia de suas raízes negras, com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem: O Preto Velho, João de Camargo.
antônio gil 12 de novembro – 3ª feira – 19h (Antonio Gil, Argentina, 2013, 95 min) dir. Lia Dankser Lia Dankser apresenta neste documentário um olhar sobre aquele que é um dos fenômenos devocionais mais importantes na Argentina atualmente: o culto a AntonioMamerto Gil Núñez, ou Gauchito Gil. A diretora trabalhou durante uma década no registro do que acontece em Mercedes, na província de Corrientes, em torno do santuário de Gauchito, e decidiu mostrar o processo por completo - sua maturação, o passar do tempo e as mudanças técnicas no próprio filme. Após a sessão, debate com Lia Dankser, cineasta e artista visual argentina; diretora de curtas e longas documentais.
Documentário que aborda as práticas de devoção popular no México a partir do culto à Santa Morte, que, pelo fervor de seus devotos, tem adquirido notável presença não apenas na região central do país, mas também nos contextos transfronteiriços com os Estado Unidos.
Joven y alocada 14 de novembro – 5ª feira – 16h (Joven y alocada, Chile, 2012, 96 min). dir.Marialy Rivas Daniela é uma jovem de 17 anos que teve uma rígida criação no seio de sua família evangélica. A rebeldia e a frustração, próprias de sua idade, a levam a viver uma vida pautada em aventuras sexuais, que são narradas em um blog. Uma dessas aventuras é descoberta e a menina é expulsa do colégio e proibida pela família de prestar o vestibular. Como castigo, sua mãe, impõe que a jovem trabalhe em uma emissora que produz programas gospel, onde ela conhece Thomas e Antônia. A relação com Thomas e Antônia, potencializará os questionamentos existenciais de Daniela, intensificando também as suas experiências individuais frente à vida.
+ Malverde: el mito santificado (Malverde, México, 2012, 39 min), dir. PávelValenzuelaArámburo Documentário que gira em torno da figura de Jesus Malverde, personagem que vem sendo considerado, há algumas décadas, no México, como o santo dos narcotraficantes. Mais além do personagem real ou imaginário, Jesus Malverde expressa uma dimensão coletiva que congrega medos, necessidades, frustrações e ódio. Após a sessão, debate com o professor Fernando Seffner e com a cineastae Liliana Sulzbach.
História da Arte e Cinema: heterotopias
Camille Claudel Santísima Muerte: niña blanca, niña bonita 14 de novembro – 5ª feira – 19h (Santísima Muerte, México, 2012, 85 min) dir.Pável Valenzuela Arámburo
20 de novembro – 4ª feira – 19h (Camille Claudel, França, 1988, 164 min) dir. Bruno Nuytten Determinada a ser escultora no universo da arte predominantemente masculino, Camille encontra apoio paterno e se associa a outras escultoras para alugar um ateliê e receber as orientações,
primeiro, do escultor Alfred Boucher, e logo depois de Rodin. Este vai se valer mais adiante do talento de Camille, contratando-a como assistente para o trabalho de uma encomenda que recebera do governo francês. Camille e Rodin tornam-se amantes e vivem uma relação conturbada por cerca de quinze anos. O filme de Nuytten, como uma redescoberta, ressalta o talento de Camille e deixa vê-lo sufocado pelo gênio de Rodin. Comentários: Ana Priscila Costa (bacharelanda em História da Arte pelo Instituto de Artes da UFRGS). Paola Fabres (Bacharel em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS; graduada em Design Gráfico pelo Centro Universitário Ritter dos Reis; especializada em Comunicação Visual pela Academia LeonettoCappielo).
CineDHebate em Direitos Humanos
Um estranho no ninho 27 de novembro – 4ª feira – 19h (One Flew Over the Cuckoo’s Nest, EUA, 1975, 133 min) dir. Milos Forman Randle Patrick McMurphy (Jack Nicholson), um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e vai para uma instituição para doentes mentais onde estimula
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os internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher). Mas ele não tem ideia do preço que irá pagar por desafiar uma clínica “especializada”. Comentários: Felipe Kirchner (subdefensor para Assuntos Jurídicos DPE/RS) Rogério Gottert Cardoso (Especialista EDH/UFRGS e Médico Psiquiatra IPF) Giovanni Rolla (mestrando Filosofia UFRGS)
Clio e Eros no escurinho do cinema: ménage à trois entre História, Cinema e Sexualidade
O porteiro da noite 09 de novembro – sábado – 15h30 (Il portiere di notte, Itália, 1974, 118 min), dir. Liliana Cavani Viena, 1957. A sobrevivente de um campo de concentração, Lucia Atherton (Charlotte Rampling), encontra, trabalhando como porteiro de um hotel, Maximilian Theo Aldorfer (DirkBogarde), um oficial nazista que foi seu torturador. O encontro faz retornar a relação sadomasoquista que tiveram. Comentários: Hélder VolmarGordim da Silveira (História – PUCRS) e Nilza Silva (Psicóloga)
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casablanca 16 de novembro – sábado – 15h30 (Casablanca, EUA, 1942, 102 min), dir. Michael Curtiz Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos fugitivos tentavam escapar dos nazistas por uma rota que passava pela cidade de Casablanca. O exilado americano Rick Blaine (Humphrey Bogart) encontrou refúgio na cidade, dirigindo uma das principais casas noturnas da região. Clandestinamente, tentando despistar o Capitão Renault (Claude Rains), ele ajuda refugiados, possibilitando que eles fujam para os Estados Unidos. Quando um casal pede sua ajuda para deixar o país, ele reencontra uma grande paixão do passado, a bela Ilsa (Ingrid Bergman). Este amor vai encontrar uma nova vida e eles vão lutar para fugir juntos. Comentários: FatimarleiLunardelli (Rádio Universidade – UFRGS) e Gerson Wasen Fraga (História – UFFS)
Contos proibidos do Marquês de Sade 23 de novembro – sábado – 15h30 (Quills, EUA, Reino Unido, Alemanha, 2000, 124 min), de Philip Kaufman Vivendo em um asilo ao término de sua vida, o Marquês de Sade (Geoffrey Rush) torna-se amigo do diretor do asilo em que reside, Abbe Coulmier (Joaquin Phoenix). Com ele o Marquês troca confidências a respeito da afeição de ambos para com a lavadeira do asilo, Madeleine (Kate Winslet). A amizade de ambos cresce cada vez mais, até que Napoleão Bonaparte envia ao asilo um conceituado médico (Michael Caine), no intuito de curar o Marquês de sua suposta loucura. Entretanto, a vinda do médico apenas faz com que o caráter rebelde do Marquês fique cada vez mais forte. Comentários: Guacira Lopes Louro (FACED – UFRGS) e Temístocles Cezar (História – UFRGS)
Sessão Projeto Cinemas em Rede
E Deus... criou a mulher 30 de novembro – sábado – 15h30 (Et Dieu... créa la femme, França, 1956, 95 min) dir. Roger Vadim Década de 50, Saint Tropez. Juliete Christiane Hardy (Brigitte Bardot) é uma jovem orfã com um comportamento bem liberal, que é marginalizada pela sociedade local. Ela é desejada por um milionário, Eric Carradine (CurdJürgens), mas se sente atraída por um homem da região, Antoine Tardieu (Georges Poujouly). Entretanto, ela acaba se casando com o irmão deste, Michel André Tardieu (Jean-Louis Trintignant). Comentários: DiorgeAlceno Konrad (História – UFSM) e Benito Bisso Schmidt (História – UFGRS)
Pela primeira vez no Brasil, salas de cinema não comerciais exibem filmes e curtas por meio da internet de alta capacidade. Quatro cidades participam do projeto Cinemas em Rede, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP): São Paulo – Cinemateca Brasileira, CINUSP e Escola de Comunicações e Artes (ECA); Salvador – Sala de Arte Cinema da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Porto Alegre – Sala Redenção – Cinema Universitário (UFRGS); e em Recife, na Fundação Joaquim Nabuco. Uma das possibilidades do projeto é compartilhar conteúdos, mostras e ciclos em tempo real, entre estes pontos de cinema. Em novembro, A Sala Redenção – Cinema Universitário compartilha a exibição do filme Menos que Nada, de Carlos Gerbase, com audiodescrição. Exibir em tempo real a programação entre os pontos é apenas uma das possibilidades do Projeto Cinemas em Rede. Várias outras possibilidades de interação e compartilhamento estão sendo pensadas para breve. O Projeto Cinemas em Rede – uma parceria entre os Ministérios da Cultura (MinC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A sessão do mês de novembro é em parceria com Mil Palavras Acessibilidade Cultural e com o Núcleo Interdisciplinar Pró-Acessibilidade Cultural da UFRGS.
Menos que nada 10 de novembro – 3ª feira – 19h (Brasil, 2012, 105min) dir. Carlos Gerbase A trama de Menos que Nada gira em torno do tratamento de um doente mental internado há dez anos num hospital psiquiátrico, onde foi esquecido pela família, pelos amigos e pela sociedade. Esta temática, de alcance universal, proporciona uma reflexão sobre a doença mental, que permanece como uma espécie de continente inexplorado e quase desconhecido, embora atinja parcela significativa da população brasileira.
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cinema
DEZEMBRO Mostra Dogma 95 Em dezembro a Sala Redenção – Cinema Universitário dedica sua programação ao Movimento Dogma 95, lançado pelos cineastas dinamarqueses Lars von Trier e Thomas Vintenberg – por meio de um manifesto –, que pode ser considerado como um dos acontecimentos cinematográficos mais importantes da década de 1990. Kristen Levring e Sören Krag-Jacobsen uniram-se ao grupo um pouco mais tarde. O Dogma 95 parte de uma rejeição a vertentes tanto do cinema clássico quanto do moderno e ousou não apenas por propor regras, mas por propor verdadeiros mandamentos para a realização cinematográfica, exigindo até mesmo “voto de castidade” dos cineastas. Entre as 10 regras (ou mandamentos) apresentadas no manifesto para obter o “certificado” Dogma 95: filmagens devem ser feitas em locais externos; o som não deve ser produzido separadamente da imagem ou viceversa; a câmera deve ser usada na mão; o filme deve ser em cores; são proibidos os truques fotográficos e filtros, o nome do diretor não deve constar nos créditos, entre outras.
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Segundo Maurício Filho*, o manifesto concentrase em discutir e criticar diferentes aspectos antagônicos do cinema contemporâneo, como o ideal ilusório do cinema clássico e a política dos autores da novelle vague do cinema moderno, pois dois cinemas criticados têm em comum, justamente, a origem burguesa. Por isso era necessário uma nova proposta que viesse a se sobrepor a estas duas: criar um cinema coletivo (negar a autoria) e criar uma estética voltada à verdade e ao real (negar os artifícios e a ilusão). Ao mesmo tempo ao negar tanto a estética clássica quanto as proposições do cinema moderno, a “nova” estética revelaria heranças dos cinemas criticados - e é justamente essa mistura que reside a originalidade do movimento dinamarquês. Em 1998, houve o lançamento de Festa de família de Thomas Vintenberg e Os idiotas de Lars Von Trier, materializando em filmes a provocação lançada no manifesto, o que causou grande polêmica. Na tela, imagens feitas em vídeo por meio de câmeras semi-amadoras, tremidas e granuladas, com uma montagem cheia de jump cuts. Tais filmes parecem ter algo de
amador com despojamento radical no trabalho cinematográfico. Os filmes do Dogma 95 pareciam apresentar outro horizonte para as produções de baixo orçamento, incentivando uma estética cinematográfica que não apostava no preciosismo técnico ou no tamanho da produção. Tal incentivo permitiu que filmes de baixo orçamento e em condições precárias em todo o mundo tivessem visibilidade no mercado cinematográfico, o que não era tão comum naquele momento. Outra questão importante, destacada por Filho, é que o manifesto Dogma 95, ao contrário dos manifestos artísticos modernos que o inspiraram não nega a estética anterior para lançar uma nova. Ao contrário, se vê obrigado a dar conta das duas experiências (moderna e clássica), condensando as tensões e os impasses no seu próprio discurso. Da mesma forma que negam o cinema de autor, realizam filmes autorais; propõem regras definitivas para negá-las na imprensa, ao mesmo tempo em que não há em seu cinema o abando delas; apontam a “revolução tecnológica” ao mesmo tempo em que a desconsideram. Para o grupo, qualquer realizador que seguisse as
regras presentes no manifesto, poderia enviar seu projeto aos cineastas e ter o certificado Dogma 95. Em 2013 completou-se 18 anos do lançamento do manifesto, que influenciaria toda uma nova geração de diretores. Em dezembro a Sala Redenção exibe 07 filmes. Festa de Família (1998) de Thomas Vintemberg; Os Idiotas, de Lars Von Trier (1998); Mifune (1999), de Søren Kragh-Jacobsen; O rei está vivo (2000),de Kristian Levring; Italiano para principiantes (2000) de Lone Scherfig; Julien Donkey-Boy (1999), de Harmony Korine, este último, apesar de ser de um cineasta estadunidense, recebeu o certificado Dogma 95. Exibiremos ainda Dançando no Escuro (2000), de Lars Von Trier, primeiro filme em que o cineasta quebra as regras do movimento. Tânia Cardoso de Cardoso, curadora da Sala Redenção * FILHO, H. Maurício. O dogma 95. In: BAPTISTA, Mauro; MASCARELLO, Fernando. (Org). Cinema mundial contemporâneo. Campinas: Papirus, 2008, pp.121-136. Festa de Família
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CINEMA
dezembro Mostra Dogma 95
Mifune Festa de Família 02 de dezembro – 2ª feira – 16h 05 de dezembro – 5ª feira – 16h 12 de dezembro – 5ª feira– 19h 13 de dezembro – 6ª feira – 16h (Festen, Suécia, Dinamarca, 1998, 105 min) dir. Thomas Vintemberg Familiares e amigos se reúnem para a comemoração do aniversário de 60 anos de Helge. À medida que as pessoas vão se acomodando, assuntos desagradáveis começam a surgir.
03 de dezembro – 3ª feira – 19h 04 de dezembro – 4ª feira – 16h 16 de dezembro – 2ª feira – 19h 17 de dezembro – 3ª feira – 16h (Mifunes Sidste Sang, Dinamarca, 1999, 98 min) dir. Søren Kragh-Jacobsen Um homem tem a sua luade-mel interrompida por um telefonema avisando da morte de seu pai, que vivia numa fazenda decadente acompanhado de outro filho. Ao chegar no local ele precisa cuidar do destino do irmão, que tem sérios problemas mentais, e retornar para a nova vida de casado. A solução encontrada foi a contratação de uma empregada. Porém, quem chega para o cargo é uma jovem ex-prostituta, linda e delicada, causadora de uma série de situações tragicômicas, que vão muito além do previsível.
Os Idiotas 02 de dezembro – 2ª feira – 19h 03 de dezembro – 3ª feira – 16h 13 de dezembro – 6ª feira – 19h 16 de dezembro – 2ª feira – 16h (Idioterne, Dinamarca, 1998, 117 min) dir. Lars Von Trier Grupo de amigos forma uma sociedade à parte, dedicada a explorar todos os aspectos da idiotice como valor de vida.
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O Rei Está Vivo 05 de dezembro – 5ª feira – 19h 06 de dezembro – 6ª feira – 16h 17 de dezembro – 3ª feira – 19h 18 de dezembro – 4ª feira – 16h (The King Is Alive, Dinamarca, 2000, 110 min) dir. Kristian Levring
Durante seis dias foi permitido Encalhados em meio ao calor do deserto africano, os onze passageiros de um ônibus se abrigam em meio às ruínas de uma cidade abandonada. À medida que o resgate se torna cada vez mais remoto surge entre eles a ideia de montar em pleno deserto a peça Rei Lear, de William Shakespeare, como forma de passar o tempo e atenuar as tensões crescentes.
Italiano Para
Principiantes 06 de dezembro – 6ª feira – 19h 09 de dezembro – 2ª feira – 16h 19 de dezembro – 5ª feira – 16h (Italiensk for begyndere, Dinamarca, 2000, 112 min) dir. Lone Scherfig No subúrbio de uma cidade dinamarquesa, um jovem pastor chega para trabalhar na igreja local e é persuadido por um assistente a frequentar aulas de italiano em um curso noturno. Não demora muito e o sacerdote torna-se o centro de um grupo de pessoas para quem o destino reservou golpes um tanto duros, e, aos poucos, cada uma delas vai tentando superar seus problemas, buscando a melhor solução.
CINEMA
ela sonha com o mundo dos musicais de Hollywood, enquanto uma doença faz com que perca a visão aos poucos. Para que seu filho não sofra o mesmo problema no futuro, ela faz de tudo para juntar dinheiro suficiente para operá-lo e livrá-lo da cegueira genética.
Julien Donkey-Boy 09 de dezembro – 2ª feira – 19h 10 de dezembro – 3ª feira – 16h 19 de dezembro – 5ª feira – 19h 20 de dezembro – 6ª feira – 16h (EUA, 1999, 97 min) dir. Harmony Korine Julien é um jovem esquizofrênico. Ele vive com seu excêntrico pai alemão, sua irmã grávida, seu irmão e sua avó num bairro suburbano de Nova Jersey. Enquanto seu pai dança ao som de Dock Boggs usando uma máscara de gás e seu irmão faz exercícios a fim de tornar-se lutador, Julien vaga pelas ruas ou fala consigo mesmo chamandose de “King Julien”.
Sessões acessíveis na Sala Redenção – Cinema Universitário
04 de dezembro – 4ª feira – com AD 11 de dezembro – 4ª feira – com legenda
Férias 23 de setembro – 2ªfeira – 14h (Férias, Brasil, 2013, 8 min) dir. Iuli Gerbase Em um futuro no qual a natureza não é mais acessível Al, pesquisador do surgimento, finalmente tira férias.
A cidade Dançando no Escuro 11 de dezembro – 4ª feira – 16h 12 de dezembro – 5ª feira – 16h 20 de dezembro – 6ª feira – 19h (Dancer in the Dark, Dinamarca, Alemanha, Holanda, EUA, Reino Unido, França, Suécia, Finlândia, Islândia, Noruega, 2000, 140 min) dir. Lars Von Trier Selma (Bjork), imigrante tcheca e mãe solteira, trabalha numa fábrica norte dos EUA e vive num trailer com seu filho Gene (Vladica Kostic), de 12 anos. Para sair um pouco da dura realidade,
(A cidade, Brasil, 2012, 25 min) dir. Liliana Sulzbach Distante de outros centros urbanos, Itapuã (RS) é uma comunidade com hábitos bem característicos. A localidade, que abrigou 1454 pessoas durante mais de 70 anos de existência, conta hoje com apenas 35 moradores, todos acima de 60 anos.
A mata é que mostra nossa comida (Brasil, 2010, 29 min) dir. Rafael Devos Francisco RóKág dos Santos, Erondina dos Santos Vergueiro, Iracema Nascimento e João Padilha apresentam os saberes e os fazeres da cultura Kaingang, em Porto Alegre, revelados nos momentos de produção e troca do artesanato produzido com cipó, cerâmica e sementes, nos morros e nas ruas da cidade. Caminhando pela mata, as imagens de tudo aquilo que alimenta a cultura Kaingang são reveladas.
Os seres da mata e sua vida como pessoas (Brasil, 2010, 27 min) dir. Rafael Devos “Essa câmera vai funcionar como um olho e o ouvido de todos que estão atrás dessa câmera; ela vai ser uma criança que vai estar escutando a fala dos meus avós”. Assim o jovem cacique VheráPoty apresenta as imagens dos “bichinhos” e as narrativas mito-poéticas dos velhos em torno dos modos de criar, fazer e viver a cultura guarani, expressos na confecção de colares, no trançado das cestarias e na produção de esculturas em madeira dos seres da mata: onças, pássaros e outros “parentes”. A programação de novembro conta com o apoio do Museu da UFRGS e da Secretaria Adjunta dos Povos Indígenas e Direitos Específicos/SAPIDE.
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CINEMA
parceiros da sala redenção
Clio e Eros no escurinho do cinema: ménage à trois entre História, Cinema e Sexualidade
História da Arte e Cinema
A pele que habito
Bonitinha, mas Ordinária ou Otto Lara Resende Um cão andaluz 18 de dezembro – 4ª feira – 19h (Unchienandalou, França, 1929, 16 min) dir. Luis Buñuel Com roteiro co-escrito por Salvador Dalí, Luis Buñuel estreou como diretor neste curta-metragem, o marco inicial do surrealismo no cinema. Com clara influência da psicanálise, Buñuel e Dalí exploram o inconsciente humano, numa seqüência de cenas oníricas, incluindo o célebre momento em que um homem, interpretado pelo próprio diretor, corta, com uma navalha, o olho de uma mulher. Comentários: Filipe Conde (fotógrafo e bacharelando em História da Arte pelo Instituto de Artes da UFRGS); Daiane Marcon (bacharelanda em História da Arte pelo Instituto de Artes da UFRGS e editora da Revista Aurora e do fanzineZinematógrafo; organizadora da sessão Autora da Sala P.F. Gastal).
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07 de dezembro – sábado – 15h30 (Brasil, 1981, 105 min) dir. Braz Chediak Edgar é um rapaz de Minas Gerais de origem bastante humilde, fato esse que o constrange. Procurado por Peixoto, genro do milionário Weneck, dono da firma onde trabalha, Edgar recebe a proposta de se casar com Maria Cecília, filha de Werneck, de 17 anos. Pelo dinheiro, Edgar aceita, mas tem dúvida por gostar de Ritinha, sua vizinha. Já com o casamento acertado, Edgar e Ritinha vão despedir-se num cemitério, onde ela conta o que faz para conseguir sustentar a mãe e as três irmãs. Comentários: Luis Augusto Fischer (Letras – UFRGS) e Céli Regina Jardim Pinto (História – UFRGS)
14 de dezembro – sábado – 15h30 (La piel que habito, Espanha, 2011, 120 min) dir. Pedro Almodóvar Richard Ledgard é um cirurgião plástico que após a morte da sua mulher num acidente de carro se interessa pela criação de uma pele com a qual poderia tê-la salvo. Doze anos depois, ele consegue cultivar esta pele em laboratório, aproveitando os avanços da ciência e atravessando campos proibidos como os da transgênese com seres humanos. No entanto, este não será o único delito que o cirurgião irá cometer.
A Pele que Habito
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O rapto da Europa
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artes v isuais
o ra p t o da eur o pa O projeto O Rapto da Europa, sob coordenação geral do José Quaresma, da Faculdade de BelasArtes da Universidade de Lisboa, inclui, além do Instituto de Artes da UFRGS, outras três escolas de Arte: Facultyof Visual Artsand Design atthe HKU, em Uthrecht/Holanda, Facultat de BellesArts de La Universitat de Barcelona, e AkademiaSztukPieknych, de Lodzi/Polônia. Em cada instituição um professor curador convidou os demais artistas para um desafio: realizar dez obras de gravura e ou instalações gráficas a partir do mito de origem da Europa para serem expostas simultaneamente nas cidades participantes do projeto.Ao término das exposições, as obras serão incorporadas ao Acervo Artístico Institucional de cada escola. No Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), os convidados para participar do projeto são: Maria Lucia Cattani, Jander Rama, Kárin Meneghetti, Flavya Mutran, Nara Amelia, Denis Nicola, Rafael Pagatini, Alice Porto e Ana Cândida Sommer Fontoura. Na obra taurus x virgo, de Maria Lucia Cattani, as constelações de taurus e de virgo flutuam suspensas entre mar e céu envoltas em traços gestuais – códigos herméticos –, que aparentam ser gravadas a fogo, reforçando sagrados scripts. Utilizando recursos variados, misturas atemporais,
Cattani se apropria da linguagem fotográfica, realizando impressões digitais, assim como resgata gestos atávicos – rabiscos feitos de forma aleatória – que são gravados a laser sobre o papel. Em algumas áreas, manualmente, raspa o papel expondo sua textura, procedimento que reitera a marca autoral, como uma espécie de assinatura. Para a exposição mesclamos o mito primordial do rapto de Europa seduzida por Zeus, sob forma de um touro, aos crescentes povoados surgidos ao longo da história europeia e às trajetórias de tantos imigrantes que buscaram refúgio na América, seguindo um ciclo de deslocamentos e fixação de novos núcleos urbanos, situação como a vivida por sua própria família. Origens VI, funde vestígios da história de tantos colonos que aportaram no novo mundo a imagens primevas, como símbolo de misturas e migrações. Maristela Salvatori, curadora
O RAPTO DA EUROPA Visitação: 04 a 09 de novembro Abertura: 08 de novembro às 17horas Local: Sala João Fharion – 2 andar – Reitoria da UFRGS
Seminário - O Rapto da Europa Claudio Moreno, professor de Mitologia e Literatura Grega; Francisco Marshall, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Paulina Nólibos, da Universidade Luterana do Brasil, comentarão o mito de Europa e suas representações, através de óticas diversas como as da Arqueologia, das Artes Visuais, da Dramaturgia, da Filosofia, da História, da Iconologia, da Literatura e demais ciências afins.
SEMINÁRIO O RAPTO DA EUROPA Data: 8 de novembro, sexta-feira – 15h30min Local: Sala Fahrion – 2º andar da Reitoria
A mediação será realizada por Maristela Salvatori, curadora da exposição.
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artes v isuais
uni f o t o O Projeto UNIFOTO encerra o ano com “chave de ouro”, instalando no Saguão da Reitoria a exposição fotográfica de César Bastos de Mattos Vieira. Arquiteto, fotógrafo e designer gráfico, o artista tem na fotografia uma paixão e busca explorar esta máquina maravilhosa e seus segredos ao esgotamento, fazendo da luz registrada uma forma de expressão de seu espírito. A curadoria é de Airton Cattani, que é autor de diversas peças gráficas premiadas, entre as quais o livro
40 microcontos experimentais, que recebeu o 1º lugar no Prêmio Açorianos de Literatura 2011 e 2º lugar no 54º Prêmio Jabuti de Literatura 2012, na categoria projeto gráfico. Para 2014, o UNIFOTO vai comemorar os 80 anos da UFRGS apresentando em suas várias edições, ao longo de todo o ano, os instantes capturados pela comunidade acadêmica na sua vivência na Universidade.
ArquiTexturas As texturas sempre fizeram parte da arquitetura, sobretudo por meio dos materiais utilizados na sua construção. Foi no do século XX, no entanto, que elementos de arquitetura passaram a ser empregados como a própria textura. A partir do Movimento Moderno, sobretudo, brises, esquadrias e outros elementos de fechamento ou revestimento – que até então eram considerados de maneira isolada e pontual – passaram a ser empregados em arranjos formais que conformavam a própria superfície vertical, confundindo-se com ela. Este tipo de arranjo, entretanto, não é uma exclusividade da arquitetura. Se observarmos a natureza, veremos que a repetição de seus elementos formando texturas é recorrente. Cabe a um olhar atento fazer esta correlação. É com este olhar atento que Cesar Bastos de Mattos Vieira observa as peculiaridades da arquitetura e da natureza e as registra em suas fotografias. E as faz com um duplo olhar privilegiado: o de arquiteto e fotógrafo, pondo em evidência o paralelo entre a natureza propriamente dita e a natureza modificada pela mão do homem. É seu olhar atento que nos incita a estabelecer este paralelo entre o arranjo das formas naturais e a apropriação de seus princípios de composição por parte dos arquitetos.
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As fotografias apresentadas, fruto da dupla experiência profissional de César, procuram despertar o olhar do observador para peculiaridades da arquitetura e da natureza que, até então, talvez não tenham sido percebidas de maneira tão explícita. E é isto que se espera de um arquiteto/fotógrafo: que sacuda nosso olhar banal e corriqueiro para as coisas do cotidiano e o faça perceber que o que está à nossa frente pode ser muito mais do que estamos vendo. Basta ter um olhar atento, que pode ser aprimorado pela observação de fotos como as de César. Airton Cattani, curador
ARQUITEXTURAS Data: 11 de dezembro de 2013 a 31 de janeiro de 2014 Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria
Arquitextiras
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artes v isuais
M o d o s de S er e E star n o M und o Deficiência, eficiência? A palavra arte não aparece aí. Quem delimita os limites? O que é um ser humano completo? É um ser perfeito como o proposto na idealização grega? Um ser produtivo como o estimulado pela sociedade do consumo? O que é ser eficiente e deficiente na Universidade? E o que a arte e um espaço museológico têm a ver com isto? Foi a partir destas indagações (e inquietações) que surgiu a proposta da exposição “Modos de Ser e Estar no Mundo”, na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do Instituto de Artes da UFRGS. Neste evento, artistas que trabalham com diferentes linguagens e conceitos propõem experiências que tocam aspectos emocionais, espirituais e intelectuais para enfatizar a riqueza, a diversidade, as limitações e os não limites que nos caracterizam como seres humanos. Carregando o desafio de ser instalada em um prédio antigo, que apresenta muitas dificuldades para os ajustes necessários de acessibilidade, a exposição objetiva também provocar reflexões sobre as possibilidades de adaptação deste espaço
Amálgamas
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ao acesso universal. Trata-se de um desafio tanto para os artistas que estão produzindo as obras especialmente para a ocasião quanto para a Universidade que trabalha para possibilitar a participação de todas as pessoas em nossos espaços. Em um esforço conjunto, Instituto de Artes, PróReitoria de Extensão, Departamento de Difusão Cultural e Programa Incluir da UFRGS desenvolvem um projeto piloto de exposição para que comecemos a tratar as questões da acessibilidade e das diversidades na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo com a seriedade e respeito que elas merecem. A acessibilidade possível, por ocasião da exposição será limitada, sem acesso a cadeirantes. Contaremos com intérprete de LIBRAS para surdos e mediadores especializados para pessoas com deficiência visual, desde que com agendamento prévio pelo email: iapin@ufrgs.br. Sinta-se convidado, com seu modo de ser e de estar no mundo, a participar desta iniciativa. Rodrigo Núñez, Patrícia Bohrer e Cláudia Zanatta, curadores
Artistas Participantes: Ana Bettini | Carusto Camargo|Cava| Chico Machado| Claudia Paim | Cláudia Sperb| Eduardo Vieira da Cunha| Eny Schuch| Evelise Anicet| Frantz| Gelson Radaelli| Leandro Selister|Lia Menna Barreto| Lucampana| Mariane Rotter| Marilice Corona| Marlies Ritter| Mauro Fuke| Paulo Gomes| Ricardo Frantz| Sílvia do Canto| Stella Valim| Umbelina Barreto| Coletivo NYB POA: Adriana Klausen, Bárbara Montelli, Camila Gottems, Daniele Zelanis, Fabiana Branchina, Hannah Beineke, Luana Mitto, Salete Melo, Sônia Braun, Taís Fanfa , Vania Lemos, Willian Ansolin |Grupo Iandé: Megumi Yuasa, Rosana de Oliveira e Sandra Lagua |Oficina Bordadeiras de São Pedro: Elair da Fontoura, Iara Regina Rodrigues, Maria Luzia Soares, Paula Flores, Tania Cappra, Temis Padilha, Valquiria Jaques |Oficina Contato com a Cerâmica: Adriana Virmond, Alzira Albano, Andrea Nunes, Astrid da Silva, Beatriz Leite, Benilda Armani, Diana Cavalcanti, Elisa Ziegler, Iara Hilial, Julieta Porto, Luís Antônio da Silva, Maia Menna Barreto, Mara Lucia Loureiro, Mariana Ikuta, Marta Bacelo, Nilda Gregoski, Noeda Brito, Renan Magnus
Abertura: 30 de Outubro de 2013 às 19h Visitação: 31 de Outubro a 28 de Novembro de 2013, das 10h às 18h, de segunda à sexta. Performance de Claudia Paim nos dias 13 e 18 de Novembro, às 10h, no local. Local: Pinacoteca Barão de Santo Ângelo - Instituto de Artes da UFRGS Rua Senhor dos Passos, 248 - 1º andar - Porto Alegre.
Meu ponto de vista - Série Banheiros
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dança
G R U PO T C HÊ
Em 07 de dezembro de 2013, o Grupo de Danças Tradicionais Gaúchas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – TCHÊ/UFRGS completa sete anos de sua criação. O projeto de extensão da UFRGS, ligado às tradições de um povo culturalmente reconhecido e caracterizado por seus valores, suas raízes, sua história, seu civismo e acentuado regionalismo, propaga uma cultura enriquecedora do patrimônio histórico-cultural do Brasil visando preservar, promover e transmitir as Danças Tradicionais Gaúchas.
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Através do espetáculo de dança O sul da América do sul o grupo Tchê/UFRGS inicia um movimento de irradiação da cultura da América Latina contando os entrelaçamentos das raízes sóciohistórico-culturais das danças gaúchas e dos países circunvizinhos no sul da América Latina. Composto por 50 bailarinos o grupo Tchê/ UFRGS apresenta, em espetáculo, as danças representativas dos países Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile e Sul do Brasil, procurando através de pesquisa manter a autenticidade e a originalidade marcantes nas expressões dançantes dos povos.
Este espetáculo traz à cena um patrimônio imaterial artístico de significativa importância para reconhecermos a construção da nossa história através das manifestações da cultura corporal, utilizando-se do resgate da própria cultura de um povo na afirmação de sua identidade. Coordenado pela professora Malu Oliveira este projeto esta fundamentado na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
ESPETÁCULO GRUPO TCHÊ Data: 07 de dezembro – sábado – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 O espetáculo é com entrada franca, mediante doação de brinquedos para distribuição em ação social no Natal.
Grupo Tchê
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UFRGS - Campus do Vale
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p r o j et o s es p eciais
C o ntem p o raneidade e desa f i o p ermanente : U F R G S 8 0 an o s
Em 2014 a Universidade Federal do Rio Grande do Sul completa 80 anos. Entre tantas ações projetadas, desenvolvidas ou simplesmente ocorridas ao longo desse tempo há algumas que carregam em si o significado da existência da universidade. A relação com a comunidade, que foi se fortalecendo na mesma medida em que os resultados acadêmicos e sociais eram produzidos. A integração de esforços, que mesmo antes da universidade já se mostravam notáveis, mas que graças a ela ganharam impulso e se fortaleceram. A promoção de uma vida cultural e política que enriqueciam a cidade e o Estado. Todas estas ações estão plenas de significados que representam o que de melhor há e foi feito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Elas também portam um aspecto que representa senão a primeira, uma das principais características da universidade: a contemporaneidade. Seja por conta da inovação tecnológica, da introdução de novas e modernas práticas, da criação e discussão de modelos de interferência e de explicação, ou a adoção de novos recursos e o aproveitamento dos
já existentes, a UFRGS sempre foi a referência da história da sociedade em que se inseriu, para o que havia e há de mais contemporâneo. Nosso desafio presente é, continuando essa história, manter a democratização, ampliando-a e atendendo as exigências de conectar o conhecimento acadêmico com os saberes comunitários. Em dezembro, iniciando o trajeto que nos conduzirá pelas comemorações do aniversário da universidade, a música, as artes visuais e cênicas nos acompanharão, pois nos colocam a possibilidade de perceber a questão da contemporaneidade como marca da universidade, explorando a história dos muitos artistas que por aqui passaram e passam.
CONCERTO OSPA Data: 26 de novembro – terça-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110) OSPA
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teatr o
T E AT R O P E S Q U I S A E E X T E N S ÃO V ao cubo O Teatro Pesquisa e Extensão encerra sua temporada 2013 com o espetáculo V ao cubo. Partindo do pressuposto de que só não são concebíveis as possibilidades cuja impraticabilidade é comprovada, todas as verdades são verdadeiras até que se prove o contrário. É fundamentado nesta premissa que os cientistas do Departamento da Verdade, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, convidam a todos para o seminário Verdade ao cubo – O que você V, o que você não V e além do que você V. Um seminário que irá revelar as Verdades encontradas no ano de residência, ou se preferirem, de espionagem, do Departamento da Verdade. A série de livros O Guia dos Mochileiros da Galáxia, de Douglas Adams, é uma das principais referências do espetáculo. Adams (1952-2001) foi um escritor e comediante britânico, famoso por ter escrito esquetes para a série televisiva Monty Python´s Flying Circus, e pela série de rádio, jogos e livros O Guia dos Mochileiros da Galáxia. Com direção de Natália Soldera, orientação de Marta Isaacson e texto de Douglas Adams, Erick Oliveira, Jéssica Lusia e Natália Soldera, o espetáculo faz parte da disciplina Estágio de Montagem II de Natália Soldera.
V AO CUBO Data: 06, 13, 20, 27 de novembro – 12h30min e 19h30min Local: Sala Alziro Azevedo – Av. Salgado Filho, 340
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Carlos Alexandre Netto
Difunda essa cultura de forma consciente
Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Rui Vicente Oppermann
LEIA E PASSE ADIANTE
Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunha Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher Equipe do DDC Carla Bello – Coordenadora de Projetos Especiais Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Tânia Cardoso de Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Sinara Robin – Coordenadora do ciclo de Conferências UFRGS Bolsistas Guilherme Accetta Jéssica Almeida Julia Zortéa Maciel Goelser Maurício Pflug Maurício Lobo Naiane Weber Ricardo Giacomoni Projeto gráfico Katia Prates Diagramação Natalia Lassance Crédito imagens Capa (p. 1 e 44) - arte de Frederico Stumpf Demin; p. 3 - foto de Marielen Baldissera; p. 4 - António Zambujo, foto Gonçalo F. Santos; p. 6 - Irish Fellas, foto de Marielen Baldissera; p. 7 - Coral da UFRGS, disponível em www.ufrgs.br/prorext/news/abertas-as-inscricoes-para-o-coral-da-ufrgs/; p. 8 - Marcelo Birck - disponível em www.marcelobirck.com; p. 10 - “TRIZ”, foto de Myriam Vilas Boas; p. 12 - Nico Nicolaiewsky, foto de Raul Krebs; p. 13 - “ESCUTA– o som do compositor”, foto Roberta Sant’anna; p. 14 e 15 - cena do filme “O Templo de Shaolin ” (1982); p. 19 - cena do filme “A última reunião dançante” (2012); p. 24 e 25 - cena do filme “Festa de Família” (1998); p. 29 - cena do filme “A pele que habito” (2011); p. 30 - “Rapto da Europa”, divulgação; p. 33 - “Arquitexturas”, de César Bastos de Mattos Vieira; p. 34 - “Amálgamas”, de Claudia Paim; p. 35 - “Meu ponto de vista”, Série Banheiros, de Mariane Rotter; p. 36 - Grupo Tchê, divulgação; p. 38 - campus do Vale da UFRGS, foto disponível em http://pt.wikipedia. org/wiki/Campus_do_Vale_da_Universidade_Federal_do_Rio_Grande_do_Sul; 39 - OSPA, foto Antonieta Pinheiro; p. 41 - “V ao Cubo”, fotos de divulgação; p. 43 - divulgação Bazar UFRGS Andréa Moreira. Apoio
Realização:
Programação sujeita a alterações. 42
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Departamento de Difusão Cultural Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.difusaocultural.ufrgs.br