Agenda Julho/Agosto

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AGENDA C U LT U R A L Julho Agosto 2011


J U L H O E A G O S T O 2 011 Arte – movimento – reflexão Nossa agenda cultural está em sua terceira edição, e com ela inauguramos uma nova forma de diálogo com a comunidade. Fruto do trabalho realizado nos últimos anos, esta agenda cada vez mais se torna uma revista cultural, seja pela organização de informações, pela promoção de atividades ou de textos, seja pelos ensaios nela publicados. Esta proposta cultural tem, como bem define Francis Jeanson, o objetivo de criar condições para que as pessoas inventem seus próprios fins e se tornem, assim sujeitos da cultura. Criar condições para tal invenção é que nos fez abrir a Seção Ensaios, que busca incentivar as criações espontâneas em um espaço experimental. Nesta edição, Arthur de Faria fala de seu encontro com Santiago Vazquez com uma reflexão a respeito das trocas artísticas realizadas no Projeto Unimúsica, do encontro de linguagens, estilos e de experiências. Este espaço será mantido ao longo do ano em comemoração aos 30 anos do Projeto, e procurará demonstrar as inúmeras possibilidades que criou ao longo de sua história. Nas Artes Plásticas, Paola Zordan, com o ensaio OBRAS por onde se PASSA, escreve sobre o espaço que ocupam as obras de arte espalhadas pela Universidade. A experiência de publicar estes dois textos nos lançou para um novo desafio: o de convidar – até mesmo convocar – leitores (sujeitos da cultura) para que enviem ensaios que abordem questões relativas à arte e à cultura para que, de alguma forma, contribuam para que as pessoas inventem seus próprios fins. Para saber como participar, acesse o site www.difusao cultural.ufrgs.br. Claudia Boettcher Diretora

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Artistas NICA

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MÚSICA

UNIMÚSICA 30 ANOS TEMPOMÚSICAPENSAMENTO TRIO 3-63 uma homenagem a Moacir Santos Em julho, o Unimúsica homenageia o instrumentista, arranjador e compositor Moacir Santos (19262006). Primeiro maestro negro da Rádio Nacional, o artista pernambucano é considerado um dos maiores mestres da renovação harmônica da música popular brasileira. Sua obra, reconhecida pela Ordem do Mérito Cultural e pelo Prêmio Shell 2006, será interpretada pelo Trio 3-63. Formado em 2005 pela flautista Andrea Ernest, pelo pianista Paulo Braga e pelo percussionista Marcos Suzano, o Trio 3-63 contará nessa apresentação com as participações do multi-instrumentista e cantor Lui Coimbra e do cantor e percussionista Carlos Negreiros. No programa, clássicos de Moacir Santos, como Paraíso e Coisa nº1, e obras inéditas, entre elas The beautiful life, Love go down e Coisa nordestina, descobertas durante a pesquisa realizada por Andrea Ernest no acervo do compositor na Califórnia. Nos últimos dez anos, as composições de Moacir Santos são cada vez mais divulgadas no Brasil e no exterior a partir do Projeto Ouro Negro, que compilou seus hoje raros LPs: Coisas, lançado no Brasil nos anos 60, e Maestro, Saudade, Carnival of the Spirits e Opus 3 No.1, lançados nos Estados Unidos na década de 70.

ensaio aberto Data: 13 de julho – quarta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 Inscrições pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br a partir de 04 de julho

Espetáculo Data: 14 de julho – quinta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não-perecível por ingresso, a partir de 11 de julho, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

Trio 3-63/Cristina Granato

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Vitor Ramil/Marco Terranova

Vitor Ramil Vou fazer um show inspirado na apresentação que fiz na Culturgest, em Lisboa. Nessa ocasião, apresentei milongas e canções, privilegiando um repertório de que as composições do disco délibáb são emblemáticas em termos harmônicos e melódicos. délibáb representa uma síntese das minhas escolhas musicais. Ele tanto significa um ponto de chegada de uma trajetória como também um ponto de partida para as minhas próximas produções. O repertório, então, que será definido na véspera do show, irá priorizar composições que exemplifiquem um passado-presente e uma perspectiva futura. De certa maneira, será uma antecipação do espírito do meu próximo disco, que será um trabalho basicamente de violão e voz, com repertório meu já conhecido, para marcar o lançamento do songbook. O show terá principalmente canções de minha autoria, mas podem constar no roteiro canções de Barbosa Lessa, Radiohead e Dylan. Devo tocar algumas canções ao piano, o que não faço ao vivo há muitos anos. E não descarto a possibilidade de haver alguma participação especial.

espetáculo Data: 4 de agosto – quinta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não-perecível por ingresso, a partir de 1 de agosto, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

Vitor Ramil

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MÚSICA

UNIMÚSICA 30 ANOS TEMPOMÚSICAPENSAMENTO Publicado originalmente na revista digital Philia&Filia (Porto Alegre, vol. 01, n° 1, jan./jun. 2010), este texto de Arthur de Faria é o primeiro de outros que serão publicados neste espaço ao longo do ano. Músicos escrevendo sobre a música criada no Unimúsica – em algum momento de suas edições anteriores – é também uma forma de celebrar os trinta anos de criação do projeto.

Espetáculo de percussão de Santiago Vazquez – Unimúsica Eu já tou um homem um pouco velho e um tanto gasto. Nesta longa estrada da vida de músico (41 anos, ok, mas meu primeiro show foi aos 13, façam as contas) faz tempo que não tenho alguma experiência que seja ao mesmo tempo nova e epifânica. Fazia. Um mágico argentino (e, note-se, eu não escrevi “argentino mágico”) chamado Santiago Vazquez, que eu conhecia há tempos de alguma conversa e muitos discos e shows, operou o milagre. E na frente de uma Reitoria da UFRGS lotada, em pleno Unimúsica. Todo mundo viu! Milagre coletivo, compartido com meus cinco companheiros de jornada (Fábio Mentz, fagote, bânsuri, harmonium e latofone / Artur Elias, flauta e flauta-baixo / Luke Faro, bateria / Ricardo Arenhaldt, set de bateria+percussão / Diego Silveira, xilofone, panelas, riqq e bendir). Com um único ensaio-aula de 6 horas, na noite anterior, aprendemos 50 senhas que o Santiago desenvolveu ao longo de anos. Senhas de improvisação coletiva: gestos que sugeriam com alguma liberdade ou ditavam com absoluta minúcia o que cada músico deveria fazer a cada momento. Mais do que reger, o que o Santiago faz é compor música instantânea, com a colaboração criativa de cada um – e aí nem falar que se todo maestro tivesse aquela regência precisa e ritmicamente impecável as orquestra seriam entidades mais felizes, seguras e com melhores resultados musicais. Seu raciocínio funciona um pouco como o de um compositor de música erudita contemporânea que use o improviso

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como material musical, mas também como o de um artista pop/produtor de música eletrônica trancado num estúdio com um pro-tools. Ele escuta uma frase de fagote improvisada e faz o gesto de loop. Essa frase, a partir de então, fica sendo repetida, como se cortada e colada fosse num pro-tools (o programa de gravação e edição de áudio mais usado nos últimos anos). A partir dali, vai sugerindo diferentes aportes, dos diferentes instrumentistas, em cima daquilo. Brincando em cima daquilo. Ele elege, recorta, cola, inverte. Vai montando uma collage, um cadáver esquisito (http://es.wikipedia. org/wiki/Cad%C3%A1ver_exquisito) musical. E aí um dos tantos segredos dessa arte específica de improvisação que o Santiago desenvolve e tem sido adotada por vários grupos argentinos (alguns dirigidos por ele, como o La Bomba del Tiempo, o Colectivo Etereofônico ou o La Grande, outros formados por discípulos): nunca fica chato. Nunca fica chato para o público, como poderia ficar uma grande improvisação coletiva sem direção. E nunca fica chato pra quem toca, porque não há espaços para longas egotrips individuais. Afinal, todo mundo tem de estar absolutamente atento não só à regência como também ao que cada parceiro está propondo. Até porque há a senha “apoiar essa ideia” assim como a “contradizer essa ideia”. E aí tou eu, bem lindinho, fazendo um lírico solo de piano de brinquedo quando entra o Mentz – sob regência – completamente noutro tom, noutro mood, e eu tenho de seguir atento a ambos, regente e colega, impávido colosso. Ou então a senha é “comece à vontade, fazendo o que quiser” e o Luke puxa uma espetacular levada funk na bateria. E, como numa programação eletrônica, Santiago vai construindo em cima dessa batida todo um edifício sonoro tão delirante quanto um prédio do Gaudí. Bom. Quem estava lá, viu. A TVE gravou, vai passar um dia. Já a gente, o mínimo que poderia fazer era seguir com o grupo, modificados como músicos e pessoas como o fomos. Pois seguiremos. E o nome do grupo outro não poderia ser: “No Caminho de Santiago”. Arthur de Faria Músico


INTERLÚDIO Confraria do Sax apresenta Recital Didático

Solo de Piano Com Paulo Meireles

O grupo de saxofones Confraria do Sax, que representa o departamento de música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), oferece à comunidade, e em especial as instituições de ensino, o seu mais novo espetáculo, intitulado Recital Didático.

O pianista Paulo Meireles apresenta, em agosto, obras de Beethoven e Schumann no projeto Interlúdio. Paulo já recebeu importantes premiações em concursos como Villa-Lobos, Bauru-Atlanta Competition, Artlivre, entre outros. Paulo participou também dos principais festivais de música brasileiros e já realizou apresentações em renomadas salas de concerto.

A apresentação tem por objetivo o entretenimento com números musicais de grande relevância dentro do cenário musical atual, intercalando informações sobre a história do saxofone, em um contexto de fácil acesso para jovens e a comunidade em geral. Formado por Amauri Iablonovski, Marcos André Anschau, Rodrigo Siervo e Vinicius Neto, o Confraria do Sax foi criado dentro do curso de bacharelado em saxofone da UFRGS a partir do ano de 2000, e desde então se apresenta em eventos, universidades e cerimônias oficiais do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e em salas de espetáculos do nosso Estado.

Data: 29 de julho – sexta-feira – 12h e 30min Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110 Entrada franca

Em 2010, Paulo Meireles concluiu Bacharelado em Piano na Universidade de São Paulo, sob a orientação de Fernando Corvisier, atualmente cursa Mestrado em Práticas Interpretativas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul sob a orientação de Ney Fialkow.

Data: 26 de agosto – sexta-feira – 12h e 30min

Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110

Entrada franca Confraria do Sax/Divulgação

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MÚSICA

Fruet & Os Cozinheiros/Renata Massetti

SOM NO SAL ÃO Selecionados: Fruet & Os Cozinheiros, Rafael Ferrari, Caio Martinez, Capitão Rodrigo Buscando trazer novos projetos musicais gaúchos ao espaço mais tradicional de Porto Alegre, o palco do Salão de Atos da UFRGS, o Som no Salão selecionou através de edital quatro projetos musicais autorais de origem gaúcha. A diversidade da programação de cada sábado de apresentação será garantida pelos perfis dos artistas escolhidos, que transitam por diferentes estilos musicais. A abertura do projeto será em julho, com Fruet & Os Cozinheiros. A banda traz experimentações em som e imagem inspirada na música popular brasileira, no rock e jazz. São dissonâncias sutis, formas simples, temas reflexivos e cotidianos que estão presentes no universo experimental do grupo. Rafael Ferrari, com o espetáculo musical Bandolim Campeiro, irão se apresentar em setembro, trazendo músicas inspiradas na raiz latino-americana e comuns à cultura gaúcha/nativista, ao som do

bandolim. O instrumentista e compositor agrega as possibilidades harmônicas e melódicas, além do timbre não habitual a esta cultura musical. No terceiro mês, em outubro, Caio Martinez transcorre suave nas curvas do samba e faz zigue-zague entre valsa, samba-canção, maxixe, bossa, samba-de-breque, partido alto, marchinha e gafieira. Músico que se destaca como letrista e melodista traz ao Salão de Atos seu trabalho autoral de alma brasileira. Encerrando a edição 2011 do Som no Salão em novembro, a banda Capitão Rodrigo traz seu repertório de canções poéticas aliadas a instrumentos pouco ortodoxos como o berimbau e o acordeom, denominadas música de raiz pampeira a beira da matriz roqueira. O espetáculo é construído a partir da mistura do trovadorismo com as sonoridades campeiras e guitarras distorcidas. Caio Martinez/Lúcia Cavalli

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Rafael Ferrari

Fruet & Os Cozinheiros Data: 16 de julho – sábado – 20h

Rafael Ferrari - Bandolim Campeiro Data: 24 de setembro – sábado – 20h

Caio Martinez – Alma brasileira Data: 22 de outubro – sábado – 20h

Capitão Rodrigo Data: 19 de novembro – sábado – 20h

Local: Salão de Atos da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso, ano inicio de cada semana que antecede ao espetáculo , das 9h às 18h, na recepção do Salão de Atos da Reitoria da UFRGS ou pelo site www.ufrgs.br/salaodeatos. Capitão Rodrigo/Luiz Ávila

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MÚSICA

VA L E D O Z E E T R I N TA Na era do MySpace, Facebook, Twitter e outras mídias que nos conectam aos sons do mundo, pensar em abrir um espaço para que alunos da UFRGS apresentem suas experiências musicais pode parecer um pouco ultrapassado. O Vale Doze e Trinta, no entanto, há três anos oportuniza um espaço que se transformou em um movimento de convivência da comunidade universitária e de experimentação aos novos grupos musicais. Ao Departamento de Difusão Cultural interessa criar no espaço acadêmico possibilidades em que a arte desenhe um possível caminho para o encontro entre prazer, criatividade e experimentação.

A partir de agosto, o projeto entra em sua segunda fase. Os grupos musicais inscreveram-se no edital e até novembro quatro shows acontecem no Campus do Vale da UFRGS. As bandas selecionadas são Renascentes, Tribo Brasil, Revolução RS e Dekalc.

Data: De agosto a novembro – nas 2as terças-feiras de cada mês – 12h e 30min Local: Praça Central Campus do Vale da UFRGS – Av. Bento Gonçalves, 9.500 Entrada Franca

Dekalc

Revolução RS

www.myspace.com/dekalc

www.myspace.com/rvrs470

Formada em 2006, em Porto Alegre, a Dekalc vem espalhando pelos palcos do país sua música autoral, influenciada pelas clássicas vertentes do Rock. O vocal feminino é um dos pontos de destaque do grupo.

Criado em 1993, o grupo Revolução RS é formado por três MC’s e um DJ: PX, Sadol, Fabiana e DJ Péia.

Em 2011 a Dekalc deu início a uma pausa para dedicar-se integralmente às gravações do CD Versus, que conta com 11 faixas autorais inéditas em sua maioria, com previsão de lançamento para o final de Julho. A Dekalc é formada por Cesar Marcelo Caramês da Silva, Daniele Rodrigues, Fabrício Lopes, Ivan Alves Almeida, Lucas Gomes de Moura.

Mostrando irreverência na criação de seu repertório, o grupo não se limita a um estilo musical, mas se enriquece pesquisando sobre a música regional, rock, samba, reggae e MPB. Atua no sentido de informar, conscientizar e mobilizar os jovens para uma ampliação dos estudos, lazer e esportes, com informação e posição política mais ativa. No início desse ano, o grupo iniciou seu primeiro DVD, contendo vários shows e a história do grupo.

Renascentes

Tribo Brasil

www.myspace.com/renascentes

www.bandatribobrasil.com.br

Os Renascentes surgiram em meados de 2003 em Porto Alegre. Sob influência do rock e da literatura, os compositores da banda buscam aproximar suas letras com o universo literário de seus autores preferidos enquanto os arranjos musicais exploram melodias e vocais com um instrumental trabalhado e cheio de energia.

A banda Tribo Brasil foi criada em 2003 e tem como proposta a pesquisa e prática da música popular brasileira, de diversidade harmônica e rítmica, dos meios rurais ou urbanos. A pesquisa contempla canções da velha e da nova geração, apresentando variados ritmos como bossa nova, samba, funk, baião, milonga, samba rock, groove e outros ritmos.

Os Renascentes voltam ao Campus do Vale para apresentar seus singles Raiar e Poema Seco, assim como as outras canções que completam o repertório do primeiro disco. Fazem parte da formação atual da banda os músicos Alexandre Rocha, Átila Viana, Dionísio Monteiro e João Ortáccio.

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Atualmente, está na fase produção do CD Peixe que Já Não Há, com diversas músicas autorais, já incluídas no repertório, como Cheiro de Mato, Sereia Morena, Praça Garibaldi, Sorriso Banguela, Copélia, Quando Eu Crescer, Riacho Triste e outras.


Tribo Brasil/Divulgação

Revolução RS/Divulgação

Dekalc/Divulgação

Renascentes/Andrea Terra

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cinema

Cria Cuervos

JULHO A infância no cinema Em julho, a Sala Redenção – Cinema universitário conta com uma programação especial sobre a infância no cinema. Para compor tal programação, escolhemos produções cinematográficas de diferentes países e culturas que apresentam narrativas fílmicas sobre o universo infantil, sobre a criança e sobre a infância. Buscamos trazer filmes que, de certa forma, introduzam-nos em diferentes contextos históricos, políticos e culturais nos quais crianças de diversas idades sejam o ponto central das narrativas. Contemplamos na programação filmes que tentam de alguma forma nos desvelar a relação entre o mundo infantil e o adulto, seja na família ou na escola, no mundo privado ou no mundo público; filmes que falam da interação entre crianças, da alegria, da amizade, das disputas, da dor, da tristeza e da solidão que coexistem no universo infantil; filmes que nos falam sobre as situações de abandono e de violência em que muitas vezes elas se encontram. Por que a escolha deste tema – a infância no cinema – para compor nossa programação? Porque o cinema, como Larrosa, Teixeira e Lopez* ressaltam, “olha a infância e nos ensina a olhá-la”, ou ainda, “o cinema nos põe cara a cara com o comportamento

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da infância, com seu movimento com sua corporeidade, com sua gestualidade própria, que só pode ser conhecida a partir do exterior, que só pode ser vista, mas não compreendida” (2006, p. 13). Tais autores nos lembram o que André Bazin disse certa vez: A criança não pode ser conhecida senão pelo exterior. É o mais misterioso, o mais apaixonante e o mais perturbador dos fenômenos naturais. Como o novelista, que utiliza as palavras da tribo dos adultos, ou o pintor, condenado a fixar em uma síntese impossível esse puro comportamento, essa duração cambiante, poderiam pretender o que a câmera nos revela: o rosto enigmático da infância? Esse rosto que os enfrenta, que os olha e que os escapa [...] Somente o cinema poderia captá-lo e suas redes de luz e, pela primeira vez, colocar-nos cara a cara com a infância (p. 12). Durante todo o mês de julho, então, a Sala Redenção – Cinema Universitário programou filme de diferentes diretores, de escolas e estilos diversos que tratam da infância como tema; filmes que tratam justamente desse rosto enigmático que nos enfrenta, que nos olha e que nos escapa. * TEIXEIRA, Inês Assunção de castro; LARROSA, Jorge; LOPES, José de Sousa Miguel. A infância vai ao cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.


agosto Mostra Jean-Luc Godard A Sala Redenção – Cinema universitário, dando continuidade aos ciclos formadores, conta em agosto com uma Mostra inteiramente dedicada a Jean-Luc Godard. Nos anos 50, junto com François Truffaut, Jacques Rivette, Eric Rohmer, Claude Chabrol, Godard inicia seu trabalho crítico ao escrever para o Cahier du Cinéma. Um pouco mais tarde, na década de 60, com o mesmo grupo, já como diretor, participa ativamente do movimento da Nouvelle Vague, que valorizava a autoria no cinema, a concepção de direção, rompendo com várias regras cinematográficas. Nesta primeira fase, sua grande preocupação era desconstruir as fórmulas do cinema clássico, filmando com a câmera na mão, investindo na montagem descontínua e na quebra da narrativa linear. Nesse período, Godard já exige do espectador um papel bastante ativo, inclusive apresentado em seus filmes várias referências não apenas do cinema, mas também da literatura, da filosofia e das artes. Seu primeiro longa-metragem Acossado (1960) é seguido por filmes como Uma mulher é uma mulher (1961) Viver a vida (1962), O desprezo (1963), Banda à parte (1964) Alphaville (1965), A chinesa (1967) Weekend à francesa (1968), entre outros. Mais tarde, influenciado pelos acontecimentos de maio de 68, Godard investe

num cinema mais engajado politicamente e cada vez mais experimental, com filmes sem ordem narrativa, sem roteiro e até mesmo com a desconstrução da trilha sonora. A partir dos anos 70, Godard faz uma tentativa de reaproximação com o cinema mais narrativo, mas, de qualquer forma, os filmes desta época são provocativos e contra os padrões hegemônicos. Vários de seus filmes causaram polêmica, como Carmen de Godard (1983) e Je vous salue, Marie (1984), sendo que este último chegou a ser proibido no Brasil, por apresentar uma reinterpretação da vida da Virgem Maria. Nos anos 80, ele se engaja num projeto para TV, Histórias(s) do Cinema, considerado por Philipppe Dubois como a síntese do trabalho de Godard – em que explora, numa série de vídeos, escrita, montagem, pintura, fotografia, música, literatura. A partir da década de noventa, lança alguns filmes que trazem uma reflexão sobre o próprio trabalho. Desta fase temos Para sempre Mozart (1996) e Nossa música (2004). Em 2010, Godard surpreende público e crítica ao lançar, aos 80 anos, Film Socialisme, seu mais novo longa-metragem, que completa nossa programação. A Mostra conta ainda com três curtas, produzidos pelo diretor no início de sua carreira. Masculino, Feminino

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CINEMA

JULHO A infância no cinema Os Incompreendidos 01 de julho – 6ª feira – 16h 07 de julho – 5ª feira – 16h (Les quatre cents coups, França, 1959, 100min) Dir. François Truffaut Os Incompreendidos mostra o adolescente Doinel em Paris. Mal amado pelos pais, ele causa problemas na escola e comete pequenos atos de deliquência, em busca de atenção.

Os Meninos da Rua Paulo 01 de julho – 6ª feira – 19h 04 de julho – 2ª feira – 16h (A Pál-utcai fiúk, Hungria, 1969, 110min) Dir. Zoltan Fabri A história gira em torno de dois grupos de meninos das ruas de Budapeste que, em disputa pela “posse” de um terreno baldio, resolvem brincar de guerra, mas esta, mesmo simulada, e embora em proporções menores, tem o mesmo triste resultado de todas as guerras.

Na idade da inocência O Espelho 05 de julho – 3ª feira – 19h 06 de julho – 4ª feira – 16h (Zérkalo, Rússia, 1974, 110 min) Dir. Andrei Tarkovski O Espelho discute a complicada vida espiritual do homem contemporâneo, com suas buscas morais e estéticas. É o mais autobiográfico trabalho do célebre Andrei Tarkovski, aonde ele reflete suas memórias cheia de angústias, desgraças e alegrias no garoto Alexéi. O filme tem muitos interlaçamentos com sua vida real e suas relações familiares – o pai de Tarkovski, o poeta Arseni Tarkovski, tem seus poemas lidos por ele, e sua mãe aparece como ela mesma nas lembranças, sonhos e pesadelos de Alexei.

O Garoto Selvagem 04 de julho – 2ª feira – 19h 05 de julho – 3ª feira – 16h (L’enfant sauvage, França, 1970, 83min) Dir. François Truffaut Baseado no livro de Jean Itard, a história narra o drama de um garoto, no final do século XVIII, que supostamente nunca teve contato com a sociedade do mundo civilizado. Ele não anda como um bípede, não fala, não lê e nem escreve. O garoto é resgatado por volta de doze anos de idade, e passa a ser objeto de estudo de um professor ganancioso, a fim de provar seu conhecimento da condição humana. O filme é baseado em fatos reais.

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08 de julho – 6ª feira – 19h 11 de julho – 2ª feira – 16h (L’argent de poche, França, 1976, 102min) Dir. François Truffaut A transição entre infância e adolescência vista por dois meninos, Julien e Patrick. Este é um menino romântico, apaixonado pela mãe de seu colega Laurent e lhe envia flores. Ao mesmo tempo, cuida do pai que tem problemas físicos. O solitário Julien tem um lar conturbado, o que é refletido em seu comportamento. Uma professora dá à luz ao primeiro filho; uma mãe solteira tenta encontrar seu amor; outra mulher seduz um rapaz que começa a descobrir o sexo oposto; uma garota pobre guarda um terrível segredo; um garoto ensina os amigos a conquistar as garotas; um adolescente se apaixona por uma viúva. Na cidade, todos vão ao cinema.

Minha vida de Cachorro

Cria cuervos 07 de julho – 5ª feira – 19h 08 de julho – 6ª feira – 16h (Cria Cuervos, Espanha, 1976, 104min) Carlos Saura A história de uma família – suas paixões, esperanças, frustrações e desilusões – contada através de uma menina de nove anos, que pensa ter o poder de vida e de morte sobre seus parentes.

11 de julho – 2ª feira – 19h 12 de julho – 3ª feira – 16h (Mitt Liv Som Hund, Suécia, 1985, 101min) Dir. Lasse Hallstrom O menino Ingemar que, devido ao agravamento da saúde de sua mãe, é enviado para casa de parentes numa vila no interior da Suécia, nos anos 50. No início, Ingemar tem dificuldades de se adaptar à nova vida e superar as saudades da mãe e do irmão. Com o tempo, acaba por viver experiências que o marcarão pelo resto da vida.


Império do Sol 12 de julho – 3ª feira – 19h 13 de julho – 4ª feira – 16h (Empire of the Sun, EUA, 1987, 155min) O filme Império do Sol, de Steven Spielberg, é inspirado nas ações épicas de um pequeno garoto em uma grande guerra. Este garoto é Jim Graham, um jovem britânico, cujo espírito indomável voa alto e livre sob a dura repressão dos japoneses durante a II Guerra Mundial. Através de seus olhos nós vemos a fascinação e o horror da guerra. Baseado no memorável best seller de J.G. Ballard, esta é a primeira produção de Hollywood a conseguir filmar dentro da República da China e conquistou, em 1987, o prêmio da National Board of Review por Melhor Filme e Diretor, assim como uma indicação especial por Melhor Performance Infantil para Christian Bale, interpretando Jim.

Kolya 14 de julho – 5ª feira – 16h 21 de julho – 5ª feira – 16h (kolya, Tchecoslováquia, 1996, 108min) Dir Jan Sverak Por motivos políticos na República Tcheca, violinista é impedido de trabalhar. Um dia conhece uma jovem russa que precisa de marido tcheco para regularizar sua situação. Ele decide ajudar, mas a polícia desconfia. A mulher foge e deixa o filho Kolya com o músico.

Léolo Adeus meninos 14 de julho – 5ª feira – 19h 15 de julho – 6ª feira – 16h (Au revoir, les enfants, França, 1987, 103min) Dir. Louis Malle França, inverno de 1944, Julien Quentin (Gaspard Manesse) é um garoto de 12 anos que freqüenta o colégio St. Jean-de-la-Croix, que enfrenta grandes dificuldades devido à 2ª Guerra Mundial. Lá ele se torna o melhor amigo de Jean Bonnett (Raphael Fejto), introvertido colega de classe que Julien posteriormente descobre ser judeu. A tragédia chega à escola quando a Gestapo invade o local, prendendo Jean, outros dois alunos e ainda o padre responsável pelo colégio.

Paisagem na neblina 15 de julho – 6ª feira – 19h 18 de julho – 2ª feira – 16h (Topio Stin Omichli, Grécia, 1988, 133min) Dir. Theodoros Angelopoulos Dois irmãos ainda crianças partem em um trem para a Alemanha, onde supostamente vive o pai que nunca conheceram. Durante a viagem, eles enfrentam sérias dificuldades e são obrigados a amadurecer, abandonando precocemente a infância.

18 de julho – 2ª feira – 19h 19 de julho – 3ª feira – 16h (Léolo, França, 1992, 105min) Dir. Jean-Claude Lauzon Uma família assolada pela loucura. Um pai obcecado com a saúde dos intestinos da família, um irmão cujos exercícios de musculação mal conseguem esconder seu medo das pessoas, duas irmãs que passam cada vez mais tempo em uma enfermaria psiquiátrica, e um avô, o responsável pelo fracasso genético da família. Léolo, o personagem principal, é cada vez mais afundado nessa insanidade. Mas através da liberdade e da imaginação, consegue viver uma vida dentro de si mesmo.

O balão branco 19 de julho – 3ª feira – 19h 20 de julho – 4ª feira – 16h (El globo blanco, Irã, 1995, 88min) Dir. Jafar Panahi Na véspera do Ano Novo iraniano, a menina Razieh sonha em comprar um peixinho dourado. Depois de implorar muito, consegue convencer a mãe a lhe dar o dinheiro. Porém, acaba perdendo a quantia no percurso até a loja, e o que seria uma simples compra torna-se uma viagem repleta de obstáculos.

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CINEMA

Valentin Central do Brasil 21 de julho – 5ª feira – 19h 22 de julho – 6ª feira – 16h (Brasil, 1998, 112min) Dir. Walter Salles O filme conta a história de Dora, uma mulher que passa seus dias escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil. Uma de suas clientes é Ana, que vai escrever uma carta com seu filho Josué, um garoto de nove anos que sonha em encontrar o pai que nunca conheceu. Na saída da estação, Ana é atropelada e Josué fica abandonado. Mesmo a contragosto, Dora acaba acolhendo e menino e envolvendo-se com ele.

A língua das mariposas 22 de julho – 6ª feira – 19h 25 de julho – 2ª feira – 16h (La lengua de las mariposas, Espanha, 1999, 96min) Dir. Jose Luiz Cuerda O mundo do pequeno Moncho estava se transformando: começando na escola, vivia em tempo de fazer amigos e descobrir novas coisas, até o início da Guerra Civil Espanhola, quando ele reconhecerá a dura realidade de seu país. Rebeldes fascistas abrem fogo contra o regime republicano e o povo se divide. O pai e o professor do menino são republicanos, mas os rebeldes ganham força, virando a vida do garoto de pernas para o ar.

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25 de julho – 2ª feira – 19h 26 de julho – 3ª feira – 16h (Argentina, 2002, 83min) Dir. Alejandro Agresti 1960, Buenos Aires. Valentin (Rodrigo Noya) é um menino de nove anos que vive com sua avó. Sua mãe desapareceu quando tinha apenas três anos de idade e seu pai é um homem distante, incapaz de assumir responsabilidades. Valentin é uma criança solitária, em uma busca constante por amor e afeto.

A culpa é do Fidel 26 de julho – 3ª feira – 19h 27 de julho – 4ª feira – 16h (La faute à Fidel, França, 2006, 99min) Dir. Julie Gavras Anna de la Mesa tem 9 anos, mora em Paris e leva uma vida regrada e tranqüila, dividida entre a escola católica e o entorno familiar. O ano é 1970 e a prisão e morte do seu tio espanhol, um comunista convicto, balança a família. Ao voltar de uma viagem ao Chile, logo após a eleição de Salvador Allende, os pais de Anna estão diferentes e a vida familiar muda por completo: engajamento político, mudança para um apartamento menor, trocas constantes de babás, visitas inesperadas de amigos estranhos e barbudos. Assustada com essa nova realidade, Anna resiste à sua maneira. Aos poucos, porém, realiza uma nova compreensão do mundo.

O ano em que meus pais saíram de férias 27 de julho – 4ª feira – 19h 28 de julho – 5ª feira – 16h (Brasil, 2006, 104min) Dir. Cão Hamburger Em 1970, o Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior preocupação na vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura militar que impera no país: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente, ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma “estranha” e divertida comunidade – o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus e italianos entre outras culturas.

Stella 28 de julho – 5ª feira – 19h 29 de julho – 6ª feira – 16h e 19h (Stella, França, 2008, 102min) Dir. Sylvie Verheyde 1977. Stella, de 11 anos, vive com seus pais em um bar na periferia de Paris, onde atendem trabalhadores da região. Admitida em uma famosa escola parisiense, conhece Gladys, filha de um judeu intelectual. Por meio dessa amizade, é apresentada a um novo mundo, oposto a tudo que conhece. O filme trata de todas as novas experiências que irão mudar a vida de Stella para sempre.


Parceiros para Julho

Debate conflitos agrários

Cinedhebate em Direitos Humanos

Ciclo de Cinema, História e Educação: Vida é jogo, jogo é história! Esporte e civilização

Nas Terras do Bem-Virá

Rollerball – os gladiadores do futuro 02 de julho – sábado – 15h30min Debate com Cesar Augusto Barcellos Guazzelli e José Orestes Beck (Rollerball, EUA, 1975, 118min) de Norman Jewison Em uma sociedade do futuro na qual não há mais guerra e os países foram substituídos por corporações existe Rollerball, um violento jogo criado para aliviar as tensões e controlar a população, demostrando a futilidade do individualismo. É um jogo extremamente difícil, criado para não ter ídolos. No entanto, Jonathan E. (James Caan), o maior astro deste jogo, desafia as normas estabelecidas pelo poder e recusa a se aposentar. Então as regras do jogo são drasticamente mudadas, para destruí-lo ou matá-lo.

06 de julho – 4ª feira – 19h (Brasil, 2007, 110min) dir. Alexandre Rampazzo Um dos documentários mais completos para se entender a questão dos conflitos agrários no Brasil. Trabalhadores sem opção de sobrevivência em seus estados partem para a Amazônia, no Pará, para trabalhar nas fazendas, iludidos pelo sonho de se poder conseguir o sustento de suas famílias. Mas a realidade é outra, grande parte não volta mais, torna-se um contingente de trabalhadores escravos, inseridos em um ciclo vicioso de trabalho e dívida com seu patrão. Debate com William Assis e Cleyton Gerhardt

Ilha do medo 20 de julho– 4ª feira – 19h (Shutter Island, EUA, 2010, 138min) dir. Martin Scorsese 1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos.

A História vai ao cinema com Aplicação

A onda 13 de julho – 4ª feira – 19h (Die welle, Alemanha, 2008, 101min) dir. Dennis Gansel Um professor do ensino secundário encarrega os seus alunos de levarem a cabo uma experiência fora do comum, sobre como é viver num regime ditatorial. A experiência começa a atingir proporções inesperadas quando é formada uma unidade social com vida própria. 17


CINEMA

AGOSTO

O desprezo

Mostra Jean-Luc Godard

Acossado Todos os rapazes se chamam Patrick (Tous le garçons s’appellent Patrick, 1957, 19min) dir. Jean-Luc Godard Duas amigas conversam sobre um encontro que marcaram. As duas querem destacar as qualidades dos rapazes e descobrem que eles se parecem tanto que até o nome é o mesmo: Patrick. De repente, lá está ele: é o mesmo rapaz. E ele está acompanhado de uma terceira garota.

+ Charlotte e seu namorado (Charlotte et son Jules, 1958, 13min) dir. Jean-Luc Godard Charlotte retorna para visitar seu ex-namorado que logo começa um agressivo discurso reprovando-a pelo fim do namoro ao mesmo tempo que diz não poder viver sem ela. Tudo o que Charlotte pode fazer é esperar até chegar o momento certo para manifestar-se.

01 de agosto – 2ª feira – 19h 02 de agosto – 3ª feira – 16h 29 de agosto – 2ª feira – 19h (À bout de souffle, França, 1960, 86min) Após roubar um carro em Marselha, Michel Poiccard (Jean-Paul Belmondo) ruma para Paris. No caminho mata um policial, que tentou prendê-lo por excesso de velocidade, e em Paris persuade a relutante Patricia Franchisi (Jean Seberg), uma estudante americana com quem se envolveu, para escondê-lo até receber o dinheiro que lhe devem.

Uma Mulher é uma Mulher 02 de agosto – 3ª feira – 19h 03 de agosto – 4ª feira – 16h (Une femme est une femme, França, 1961, 85min) Uma dançarina de cabaré tenta convencer seu marido a engravidá-la, ao mesmo tempo que reflete sobre sua vida.

04 de agosto – 5ª feira – 19h 05 de agosto – 6ª feira – 16h (Le mépris, França, 1963, 99min) O Desprezo conta a história da crise de um casal em uma viagem à Itália que acaba mal. Camille (Brigitte Bardot) tem a impressão de que seu marido não lhe ama mais. Paul Javal, seu marido, é um roteirista que, para garantir o conforto da esposa e evitar o rompimento da relação, aceita escrever uma nova adaptação da obra grega A Odisséia para o cinema.

Tempo de Guerra 08 de agosto – 2ª feira – 19h 09 de agosto – 3ª feira – 16h (Les carabiniers, França, 1963, 77min) Durante a guerra, soldados de um país fictício recrutam fazendeiros para lutar pelo Rei, na promessa de fortuna e diversão garantidas. Dois homens são convencidos por suas mulheres a irem, e lutam por meses nas barbáries da guerra sem fim, retornando para casa cansados, desmoralizados e apenas com um pequena mala, onde dizem estar todas as belezas do mundo.

+ Uma história d’água (Histoire D’eau,1958, 11min) dir. François Truffaut e Jean-Luc Godard Uma jovem narra sua aventura de tentar ir a Paris depois de um tempestade que inundou vilas e estradas. Um rapaz lhe oferece carona e apesar das dificuldades no trajeto os dois não deixam de se divertir. 01 de agosto – 2ª feira – 16h 10 de agosto – 4ª feira – 16h 17 de agosto – 4ª feira – 16h 18

Viver a vida 04 de agosto – 5ª feira – 16h 30 de agosto – 3ª feira – 19h (Vivre sa vie, França, 1962, 85min) Um relato episódico da curta vida de uma jovem prostituta (Anna Karina).

Banda à part 09 de agosto – 3ª feira – 19h 11 de agosto – 5ª feira – 16h 30 de agosto – 3ª feira – 16h (Bande à parte, França, 1964, 95min) Dois rapazes tentam convencer uma garota a furtar quantia em dinheiro guardada no quarto de seu patrão, enquanto um deles vive com ela um pequeno romance.


Masculino, Feminino

Alphaville 11 de agosto – 5ª feira – 19h 12 de agosto – 6ª feira – 16h (Alphaville, França, 1965, 99min) Em uma mistura de ficção-científica com drama, conhecemos a história de Lemmy Caution (Eddie Constantine), um agente intergalático que deve matar o inventor do super-computador Alpha 60. Conhecemos através de sua jornada um mundo totalmente novo, onde pessoas são controladas por um cérebro eletrônico extremamente avançado.

15 de agosto – 2ª feira – 19h 16 de agosto – 3ª feira – 16h (Masculin/Feminin, França, 1966, 110min) Paul, militante contra a guerra do Vietnã, é namorado de Madeleine, uma cantora. Contratado por um instituto de pesquisa realiza diversas entrevistas. Ao visitar um estaleiro, ele escorrega de um andaime: suicídio ou acidente? Quanto à Madeleine, que está grávida, ela hesita se deve ou não ficar com a criança.

Carmen de Godard 19 de agosto – 6ª feira – 19h 22 de agosto – 2ª feira – 16h (Prénom Carmen, França, 1983, 85min) Carmen é membro de uma gangue terrorista que se apaixona por um jovem oficial da justiça que guarda o banco em que ela e seu grupo tentou assaltar para obter dinheiro para realizar um filme – na verdade, um outro golpe.

Weekend à francesa

O demônio das onze horas 12 de agosto – 6ª feira – 19h 15 de agosto – 2ª feira – 16h (Pierrot le fou, França, 1965, 110min) Ferdinand e Marianne, antigos amigos, se reencontram e passam a noite juntos. Marianne prefere chamá-lo de Pierrot. Quando amanhece, um cadáver é encontrado no apartamento e uma história meio sinistra sobre uns gangsters os obrigam a fugir.

16 de agosto – 3ª feira – 19h 18 de agosto – 5ª feira – 16h (Weekend, França, 1967, 105min) Uma fábula apocalíptica, desencantada e satírica, definida como uma nova viagem de Gulliver através do colapso da sociedade de consumo, representada num jovem casal de burgueses.

A chinesa 18 de agosto – 5ª feira – 19h 19 de agosto – 6ª feira – 16h (La chinoise, França, 1967, 96min) Paris, verão de 1967. Alguns tentavam aplicar os princípios que romperam com a burguesia da URSS e dos partidos comunistas ocidentais em nome de Mao Tse Tung. Imersos no pensamento de Mao e em literatura comunista, um grupo de estudantes franceses começa a questionar a sua posição no mundo e as possibilidades de o mudar, mesmo que isso signifique considerar o terrorismo como uma via possível.

Je vous salue, Marie 22 de agosto – 2ª feira – 19h 23 de agosto – 3ª feira – 16h (Je vous salue, Marie, França, 1985, 75min) Maria é uma jovem estudante que joga basquete e trabalha no posto de gasolina de seu pai; José é um jovem determinado que dirige um táxi pela cidade. Ao saber da gravidez de Maria, José a acusa de traição. Agora, o anjo Gabriel tenta convencer José para que ele aceite essa gravidez. Paralelamente a essa história, um professor em uma classe de ciências que estuda a origem da vida na Terra, tem um caso com uma de suas alunas.

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CINEMA

Parceiros da Sala Redenção para agosto Sessão SMED Pequenas flores vermelhas

Detetive 23 de agosto – 3ª feira – 19h 24 de agosto – 4ª feira – 16h (Détective, França, 1985, 95min) Dois detetives investigam um assassinato de dois anos atrás. Emile e Françoise Chenal estão pondo pressão sobre Jim Fox Warner, um agente de boxe, que lhes deve uma quantia enorme de dinheiro. Mas Jim também deve dinheiro à máfia, e parece que a luta de boxe com a qual ele está contando e que poderia socorrê-lo não será suficiente.

Para sempre Mozart 24 de agosto – 4ª feira – 19h 25 de agosto – 5ª feira – 16h (For ever Mozart, França, 1996, 80min) O tema principal envolve um diretor que planejou um filme, mas teve problemas com o elenco. Sendo assim, ele vai ajudar um primo a encenar uma peça de Musset, em Sarajevo. Ele foge quando os atores começam a se envolver com a guerra.

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Nossa música 25 de agosto – 5ª feira – 19h 26 de agosto – 6ª feira – 16h (Notre musique, França, 2004, 76min) Nossa música se divide em três partes, assim como na Divina Comédia de Dante: o inferno, com sete minutos de cenas de guerras, misturando imagens em branco e preto e coloridas, e música ao fundo; o purgatório, filmado na cidade de Sarajevo no pós-guerra, com uma hora de duração; e, o paraíso, em que uma personagem descansa em uma praia, guardada por mariners americanos, após passar pelo tormento do purgatório.

Filme Socialismo 26 de agosto – 6ª feira – 19h 29 de agosto – 2ª feira – 16h 31 de agosto – 4ª feira – 16h e 19h (Film Socialisme, Suíça, França, 2010, 101min) Num cruzeiro pelo mar Mediterrâneo, com personalidades como o filósofo francês Alain Badiou e a cantora americana Patti Smith a bordo, passageiros discutem sobre história, dinheiro e geometria. Longe dali, a família Martin, que mora num posto de gasolina, recebe a visita de uma jornalista e sua cinegrafista. As duas passam o dia à espera de uma entrevista com os pais, enquanto as crianças exigem deles explicações sobre liberdade, igualdade e fraternidade.

03 de agosto – 4ª feira – 19h (Kan shang qu hen mei, China, 2006, 80min) dir Zhang Yuan Qiang é um pequeno rebelde de 4 anos, com uns olhos luminosos e uma vontade precocemente indominável. Uma vez que os seus pais estão frequentemente ausentes, o pai de Qiang deixa-o num infantário residencial bem provido na Pequim pós-1949. Individualista feroz, Qiang tenta conformar-se com o modelo imposto pelos professores.

A História vai ao cinema com Aplicação A outra história americana 10 de agosto – 4ª feira – 19h Debate com Cesar Augusto Barcellos Guazzelli e José Orestes Beck (American History X, 1998, 119min) dir Tony Kaye Derek (Edward Norton) busca vazão para suas agruras tornando-se líder de uma gangue de racistas. A violência o leva a um assassinato, e ele preso pelo crime.

Cinedhebate em Direitos Humanos Festim diabólico 17 de agosto – 4ª feira – 19h (Rope, EUA, 1948, 80min) dir Alfred Hitchcock Brandon (John Dall) e Philip (Farley Granger) matam David Kentley (Dick Hogan), um colega da escola preparatória, apenas para terem a sensação de praticar um assassinato e provar que conseguem realizar o crime perfeito.


REFLEXÃO

FRONTEIR A S DO PENSAMENTo Ciclo de conferências LECH WALESSA

No seu quinto ano, o Fronteiras do Pensamento centra seus debates nas questões de cultura, mundo e pensamento, buscando oferecer as ferramentas intelectuais para cada um vencer seus desafios. “Serão temas de fronteira da cultura contemporânea”, explica o professor Donaldo Schüler, consultor acadêmico do Seminário. “Trazer para o debate importantes temas, dando aos alunos do curso uma visão para a próxima década, nas mais diferentes áreas”.

Político polonês e ativista dos direitos humanos, Prêmio Nobel da Paz em 1983. Nos anos de 1980, Walesa foi fundador do Sindicato Solidariedade, que ajudou a derrubar o regime comunista na Polônia, tornando-se o primeiro presidente do país no período pós-Guerra Fria. Também foi homenageado com o Prêmio de Direitos Humanos da União Europeia e a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil, além de dezenas de títulos honoris causa por renomadas universidades. Eleito como Homem do Ano pelos periódicos Time Magazine, The Financial Times e The Observer.

Data: 8 de agosto - segunda-feira – 19h30 Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

Luiz Felipe Pondé

LYGIA DA VEIGA PEREIRA

Filósofo e psicanalista brasileiro, Ph.D em Epistemologia pela Universidade de Tel Aviv (Israel).

Cientista brasileira, doutora em Ciências Biomédicas, considerada uma das mais renomadas geneticistas do mundo. Lygia fez parte do grupo que criou o primeiro camundongo transgênico do país, produzindo modelos para o estudo de doenças genéticas. Sua bem-sucedida pesquisa de extração e multiplicação de células-tronco, retiradas de embriões congelados, colocou o Brasil no seleto grupo de países que dominam essa tecnologia. Conhecida por sua didática ao tratar do tema, é autora dos livros Sequenciaram o genoma humano, e agora? e Clonagem: fatos e mitos. Atualmente, é professora associada e chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) da Universidade de São Paulo.

Colunista semanal da Folha de S.Paulo, Pondé é considerado um dos mais provocadores e interessantes pensadores brasileiros. Professor da Pontifícia Universidade de São Paulo e da Fundação Armando Alvares Penteado e autor de diversas obras como O homem insuficiente, Crítica e profecia, Conhecimento na Desgraça e Ensaios de filosofia da religião.

Data: 11 de julho – segunda-feira – 19h30 Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

Data: 22 de agosto - segunda-feira – 19h30 Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

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REFLEXÃO

C O N F E R Ê N C I A S U F R G S 2 011 Os debates, os palestrantes e o público: a interação necessária O ciclo de conferências debate a construção do novo modo de organização socioeconômica – a sociedade do conhecimento – e o papel da universidade em sua materialização e configuração. Após as três primeiras palestras, os debates realizados enriqueceram nossa visão sobre o tema, criando novas perspectivas quanto à sua realização. Embora o paradigma que se impõe na sociedade do conhecimento seja o próprio conhecimento, parece claro, como resultado destes debates, que o conhecimento contemporâneo possui, entre outras características, crescimento acelerado, maior complexidade e uma tendência à rápida obsolescência. Estes processos exigem mudanças drásticas na postura dos educadores e na visão institucional, adequando-os aos novos paradigmas impostos pela modernidade. Neste contexto, aquilo que é referido como “conhecimento” apresenta modernamente uma espécie de “vida própria”, no sentido de que seus conteúdos geram novos conteúdos; suas singularidades geram novas perspectivas e novas particularidades; seus campos de abrangência se ampliam sistematicamente, criando novos campos do saber – a partir de conhecimentos

primordiais – caracterizando, assim, de maneira similar à grande explosão que gerou o Universo, aquilo que educadores modernos denominam de explosão epistemológica e cognitiva do saber. A partir daí, novas questões começam a povoar nosso pensamento. Eis os desafios que se colocam, então, aos próximos palestrantes. O público presente criou expectativas a serem preenchidas com respeito aos próximos temas a serem debatidos: o conhecimento nos cenários do futuro, os desafios e as perspectivas na produção do conhecimento e a universidade entre fragmentos e identidades na pós-modernidade. O público presente, é preciso reafirmar, tornou-se elemento fundamental na concretização de ideias, conceitos e visões sobre o futuro da sociedade do conhecimento. Atingimos, assim, um novo patamar, em que os palestrantes e o público presente tornaram-se simbióticos, uma associação que resulta em um só organismo vivo e pensante, na busca incessante de desvendar os caminhos possíveis do saber no amanhã. César Augusto Zen Vasconcellos Curador do Projeto

Prédio do Instituto Parobé/Acervo

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O Conhecimento nos cenários do futuro

JULHO Palestrante: César Zen Vasconcellos

Ao longo da história, o conhecimento tem ocupado papel essencial na configuração e na dinâmica evolutiva dos distintos sistemas sociais. Nesta palestra focamos nosso olhar ao longo da história, identificando mudanças abruptas e descontínuas nas diferentes formas de organização social, passando pelo Renascimento, pela Era dos Descobrimentos, pela Era Industrial e pela Era do Conhecimento. Sabendo que não se pode pensar o futuro com olhar preso ao passado, propomos um exercício de construção de cenários sobre o futuro da universidade, do conhecimento e das organizações sociais.

Data: 13 de julho – quarta-feira – 19h

Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110, 2º andar. Inscrições: www.difusãocultural.ufrgs.br

Cesar Zen Vasconcelos

A Universidade entre os fragmentos e identidades na Pós-modernidade

O novo modo de produção do conhecimento: desafios e perspectivas

No centro da Markplatz de Göttingen existe uma fonte, a fonte Gänseliesel, que representa uma menina com gansos nos braços. É de praxe que os doutores formados na Universidade comemorem o grau subindo na fonte para colocar um ramo de flores e dar um beijo na menina. A celebração é justificada, pelo fato de que é bem dificultoso obter um doutorado em Göttingen.

As transformações atuais – econômicas, tecnológicas e socioculturais – são significativas e justificam a tese de que experimentamos uma nova revolução industrial. Expressões como nova economia, sociedade ou economia do conhecimento, sociedade ou economia da informação, ou sociedade informacional, tentam apreender a natureza desse processo. O que todas procuram destacar é a relevância do conhecimento como fonte principal para a criação de riqueza, em substituição ao capital físico e/ou aos recursos naturais determinantes para a organização da produção no século XX. Que implicações sociais decorrem dessas transformações, em especial no que se refere à produção do conhecimento e do papel da Universidade? A apresentação tentará responder a essa questão.

Nas nossas universidades as celebrações (e os trotes) são realizadas quando o aluno ingressa na Universidade, indicando que essa é a etapa mais difícil de ser superada na carreira acadêmica. Uma combinação maléfica de paternalismo e de teorias de ensino com forte influência de filosofias educativas pós-modernas leva, de fato, a certo relaxamento nas exigências que a aprendizagem requer. Isto pode ser observado também na pós-graduação, quando o paternalismo se une às exigências de resultados das agências financiadoras. Isto faz com que praticamente não haja mais reprovações em cursos de PG. É nosso objetivo analisar as mudanças na qualidade do ensino induzidas por esses fatores: doutrinas pós-modernas, paternalismo e necessidade de adaptação a padrões impostos pelas agências – e como essa mudança interfere em um projeto de desenvolvimento que requer cada vez mais o uso de tecnologias sofisticadas. José Roberto Iglesias

Sonia Guimarães

AGOSTO Palestrante: José Roberto Iglesias Data: 10 de agosto – quarta-feira – 19h Palestrante: Sonia K. Guimarães Data: 17 de agosto – quarta-feira – 19h

Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110, 2º andar. Inscrições: www.difusãocultural.ufrgs.br

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ARTES VISUAIS

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A rte pú b lica nos campi Obras por onde se passa Quem for ao sexto andar do prédio da reitoria para alguma atividade no Gabinete do Reitor, ao sair de um dos elevadores vai se deparar com uma estrutura de telas e fios de cobre chamada Vortex. Esse encontro com o inusitado só se tornou possível porque o professor Nico Rocha, no final de 2010, expôs seu percurso de artista na galeria João Fahrion, o professor-autor dessa escultura, também concebida como desenho, doou essa peça para a UFRGS. Ao ser espaço de vida, aberto a mudanças e atento ao patrimônio, podemos pensar a Universidade como uma mostra permanente. Seus terrenos e suas edificações funcionam como local para exposições artísticas e de outros produtos culturais que a Universidade engendra. Em 2006 o Departamento de Difusão Cultural, ao fazer uma amostragem da Arte nos espaços abertos, mapeou nove obras por todos os Campi,

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convidando a sua fruição. São esculturas e painéis que pertencem à paisagem de prédios e espaços específicos, alguns propondo marcos como a escultura de Mauro Fuke, pela comemoração aos setenta anos da UFRGS, na entrada do Salão de Atos da Reitoria. Hoje, cinco anos depois, novas obras não tão monumentais, na medida que ocupam interstícios como corredores, vidraças, saguões e espaços inesperados, vêm acrescentar a essa mostra produções contemporâneas que desestabilizam os cânones da própria arte pública, pois não têm classificações específicas, fazem-se em relação ao espaço que as comportam, dialogam com o ambiente e confundem o que antes se chamava indubitavelmente pintura, escultura, instalação, cerâmica. São intervenções potencialmente pedagógicas que nos levam a pensar o que é uma obra, quem é o autor, como esses espaços e superfí-

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cies, antes vazios, ocupam-se com as expressões de professores, de um artista convidado, de um grupo, de um núcleo de pesquisa. Coletivos artísticos, docentes, técnicos e discentes juntam forças para compor elementos que provocam o olhar, como na ação Tá ligado, em que as estruturas de orelhões são reutilizadas e pintadas por alunos e convidados para dispor materiais de divulgação. Coordenada pelo professor Rodrigo Núñez, essa ação precede o recente painel desenvolvido pelo Núcleo de Painéis e Murais do Centro Acadêmico Tasso Corrêa, pintado entre a Faculdade de Educação e o Bar do Antônio, também sob o incentivo e apoio do mesmo professor. Outro exemplo é Prensautos, painel de cerâmica criado pelo professor Carusto Camargo, localizado na marquise onde se liga o prédio das salas de espetáculo ao Anexo l: uma obra coletiva na qual cada

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um dos cento e tantos artistas imprimiu na placa de barro algo de valor autobiográfico. Produto do NICA (Núcleo de Instauração da Cerâmica Artística), mostra um trabalho interligado ao ensino, pois se fez com a participação dos alunos das Artes Visuais e outros participantes desse Núcleo. Pertencentes ao âmbito da extensão, esta e outras obras advém de pesquisas e, tal qual a “árvore” construída com placas de granito por Fuke, eternizam a interligação entre os ramos distintos que fazem viva nossa Universidade: pesquisa, ensino e extensão.

Paola Zordan

Visitação: www.difusaocultural.ufrgs.br

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ARTES VISUAIS

A rte pú b lica nos campi

Obras por onde se passa Mais informações sobre as obras públicas da UFRGS, como artista, nome da obra, ano e localização, você encontra nos mapas destas páginas. As fotos da página anterior possuem uma numeração e cores para ajudar você a situá-las nos campi.

Mauro Fuke Jardim Labirinto (2006)

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Umbelina Barreto e equipe Mural da ESEF (2004)

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Rodrigo Núñez e equipe Jardim da Fertilidade (2006)

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CAMPUs agronomia

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Rogério Pessoa Jardim Histórico (2006)

6 INSTITUTO DE QUÍMICA

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Núcleo de Instauração da Cerâmica Artística - NICA

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Núcleo de Instauração da Cerâmica Artística - NICA (2010)

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Nico Rocha Sem título (2002)

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Mauro Fuke 70 anos da UFRGS (2004)

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Carusto Camargo Vazocorpos (2003)

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Tânia Resmini Jardim da Cura (2006)

Nico Rocha Vortex (2010)

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Oficina de graffiti Pixel Show (2011)

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CAMPUS CENTRAL

CAMPUS CENTRO

Núcleo de Paineis e Murais Sem título (2011) Tina Felice Sem título (1996)

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Zorávia Bettiol, Klaus Klinger, Heloisa Bursati e Nestor del Pino Mural Global Que mundo é este? (2003)

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FACULDADE DE ARQUITETURA

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CAMPUS DA SAÚDE RUA R A M IR

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ARTES VISUAIS

P E R C U R S O D O A R T I S TA Pele e pedra – Os traços, os troços e os rastros Em memória ao meu avô fotógrafo Bortolo Achutti, Iberê, Xico Stockinger, e a tantos outros mestres que já se foram.

Entre pele e pedra, os rostos, os olhares e as pessoas me interessaram sempre mais do que fotografar portas, paredes ou pedras.

Nascer é existência pura, essência ainda não sabida. Alguns créditos na “bagagem” e um mapa em branco nas mãos. Ou seja, caminhos não sabidos, várias portas abertas para muitas possibilidades. A incerteza de caminhos retos ou de atalhos possíveis, quando atalhos são muitas vezes imponderáveis quanto ao risco.

Os mapas podem ter começo, mas não têm fim, pois não há tesouros no X do fim do mapa (do mundo), o tesouro é traçar o mapa, seja ele qual for. O mapa é o tesouro.

Viver apenas existe em movimento, sempre vivendo a incerteza sobre linhas aleatórias ou retas. Eis que o terreno se apresenta para a gente evoluir, caminhar. Os primeiros passos pertenceriam às linhas tortas, portanto, caminhos da descoberta, traçados incertos para um mapa recém-existente. Nascer é aprender a olhar, caminhar e olhar para escolher portas, não encontrar ou abrir portas. Portas que podem ser ilusão ou incerteza de caminhos retos ou de linhas precisas. Viver é caminhar, aprimorar o olhar, fazer escolhas e desafiar caminhos, e até bater portas. Viver pode ser caminho de fotografar e inventar portas. Fotografar é inventar caminhos não retos, porém não necessariamente aleatórios. Fotografar e viver pode significar abrir portas, desobedecer portas, desdenhar ou desafiar os atalhos. Fotografar é flanar para entortar caminhos retos, tornar aleatório o viver para renascer. Revelar é, era, trazer à luz, mostrar, arriscar, inventar, escrever, traçar. Inventar mapas para outros nascerem, viverem, fotografarem... Esta exposição dos meus 35 anos de fotografia revela o traçado, com ajuda da luz, do meu caminho, aleatório ou reto – pouco importa, ela é uma amostra do mapa que fiz da minha vida, para a minha vida. Os traços, dos troços – os meus rastros.

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Ofereço a vocês o mapa que não me levará, mas que me mantém renascendo, vivendo e fotografando. Em tempo: como forma de reconhecimento é necessário observar que, se por um lado, ao evoluirmos vamos alinhavando caminhos, por outro, sem cartógrafos os traçados se perdem no primeiro vento. Ou se quiserem, na primeira alternância de gerações.


A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob o comando da professora Sandra de Deus e pela direção de Claudia Boettcher – do Departamento de Difusão Cultural – e toda a sua equipe, deram-me esta chance de reforçar meus rascunhos todos. Uma homenagem e uma honra, e certamente um encorajamento para que eu prossiga fotografando sem preocupação de perder o passado. De coração, mesmo inesperado, acho que fiz por merecer, mas no mínimo é preciso registrar e agradecer a acolhida competente dos meus iguais – técnicos e docentes da UFRGS.

Artista: Luiz Eduardo Robinson Achutti Visitação: Até 12 de agosto (sexta-feira), de segunda a sexta-feira das 10h às 18h Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110, 2°andar

Encontro com artista Data: 03 de agosto, às 18h e 30min Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110, 2°andar Entrada franca

Obrigado, Achutti 2011

Oficina DE Processos Históricos de Fotografia Dentro da programação da exposição Percurso do Artista, será ministrada a oficina de Processos Históricos de Fotografia. O ministrante da oficina, Adalberto Porto Alegre, desenvolverá duas técnicas utilizadas por alguns dos precursores da fotografia no século XIX, possibilitando aos participantes conhecer, através da prática, um pouco da história da fotografia. Cada turma terá até 15 participantes e todo o material será fornecido. O curso prevê uma apresentação do histórico dos processos Marrom de Van Dyke e Cianotipia; preparo das emulsões; aplicação das emulsões em papel, tornando-os sensíveis à luz; produção de fotogramas; observação de alguns fenômenos óticos e reprodução de algumas fotografias de Luiz Eduardo Achutti, que não constam na exposição, cedidas pelo artista para esta oficina nesses processos. Cada participante receberá polígrafo com todos os conteúdos da oficina. Datas: 13 e 27 de julho, das 14:30 às 17:30 Ministrante: Adalberto Porto Alegre Público: Público em geral, a partir de 16 anos. Cada turma terá, no máx., 15 participantes Sem titulo/Luiz Eduardo Robinson Achutti

Materiais: serão fornecidos pelo curso Inscrições: gratuitas www.difusaocultural.ufrgs.br 29


TE ATRO

T eatro pes quisa e extensão Experimento Nelson 4 - OT/TO Dando seqüência à Temporada 2011 – segundo semestre, o Teatro Pesquisa e Extensão (TPE) apresenta o Experimento Nelson 4 – OT/TO. O espetáculo tem entrada franca e será apresentado no mês de agosto sempre às quartas-feiras, em dois horários – às 12h30 e às 19h30. Esta experimentação tem como ponto de partida o texto dramático Bonitinha, mas ordinária, de Nelson Rodrigues. O espetáculo mergulha na nefasta vida cotidiana de uma sociedade capitalista que crê no poderio econômico e em como quem o detém pode dar-se ao luxo de ditar uma nova ordem mundial. Nesta obra, Nelson nos conduz, através de diálogos melífluos, a um emaranhado de frases ácidas. Um jogo entre pessoas que foram fundo demais e de outras que ainda não caíram. Afinal de contas quem não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte. O TPE é uma mostra de teatro universitário resultante da união de esforços entre a Pró-Reitoria de Extensão, a Pró-Reitoria de Pesquisa e o Departamento de Arte Dramática – Instituto de Artes. O objetivo da atividade é propor o questionamento de temas, metodologias, processos e resultados de investigações a partir de espetáculos teatrais. Assim, durante seis meses, todas as quartas-feiras, grupos de alunos do curso de Arte Dramática da UFRGS se apresentam nas Salas Qorpo Santo e ou Alziro Azevedo. Data: Quartas-feiras de agosto – às 12:30 e às 19:30 Local: Sala Alziro Azevedo – Av. Salgado Filho, 340 Duração: 50 minutos Classificação: 14 anos Entrada franca

Experimento Nelson/Danuto Zagheto

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Teatro Pesquisa & Extensão abre as portas para as Escolas Nascido do interesse dos próprios alunos de teatro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2003, o Projeto Teatro, Pesquisa & Extensão – TPE tem como missão oportunizar ao público em geral, pouco frequentador do teatro, a experiência magnífica que este propõe. Os espetáculos escolhidos para formar a Mostra de Teatro do TPE são produzidos dentro do ambiente acadêmico, possibilitando assim que os alunos do Departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul também possam aprender através de uma temporada de apresentações. Todas as quartas-feiras, em dois horários, às 12h30 e às 19h30, o público acadêmico e em geral comparece, cada vez em maior quantidade. As escolas de Ensino Médio, Jovens e Adultos e Fundamental, além de Associações e Grupos Organizados de Pais e Mães marcam presença e lotam as sessões, obrigando a organização do evento a pensar em soluções para atender todos os espectadores. O Projeto, que iniciou com seis meses de espetáculos, agora tem sete meses; foi também acrescentado ao último espetáculo de cada mês, um debate sobre temas relevantes que a peça propõe. Várias inovações foram acrescentadas à Mostra TPE, mas algumas ainda estavam pendentes. Neste ano, o Projeto Teatro, Pesquisa & Extensão tem o prazer de anunciar sua expansão através do oferecimento de mais uma sessão aberta exclusivamente às escolas. Em virtude do crescimento e

sucesso da Mostra TPE, nesta 9ª Edição os alunos bolsistas e as coordenadoras do Projeto se aliam ao curso de Licenciatura em Teatro e conectados com o Departamento de Difusão Cultural da UFRGS buscam uma parceria com as escolas e as convidam a vivenciar a educação com o teatro. A proposta de oportunizar aos alunos do Ensino Fundamental e Médio um aprendizado através do teatro deixa claro que a educação se dá além do lápis e do papel, desenvolve-se mediada pelo lúdico. A partir do simbolismo expresso na linguagem teatral, compreende-se o mundo e nós mesmos a partir de um ponto de vista novo. A arte teatral proporciona uma vivência singular. É com orgulho que apresentamos o nascimento de uma nova sessão de teatro no TPE: Teatro, Pesquisa & Extensão às 15h, só para Escolas. Agendem-se. Bom espetáculo!

Data: Quartas-feiras – às 12h30 e às 19h30 (Público em geral) e às 15h (Escolas) Agendar com: 9962.5444 (Profª Inês Marocco) ou 91491417 (Profª Cris Werlang)

Local: Sala Alziro Azevedo – Rua Salgado Filho, 340 Entrada franca*

*Senhas uma hora de antecedência no local

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projeto especial EXPOINTER

34a edição da Expointer 2011 A Expointer é um evento anual que concentra as últimas novidades da moderna tecnologia agropecuária e agroindustrial. A Universidade Federal do Rio grande do Sul participa tradicionalmente da Feira, com seu próprio estande. Neste ano, o estande Institucional traz como desafio apresentar à comunidade gaúcha ações-temas que busquem difundir as inovações cientificas e tecnológicas priorizadas nas áreas agrárias, além de manter os espaços de integração com outras áreas do Parque e de difundir informações Institucionais.

A Faculdade de Veterinária é percussora das atividades dentro da área sanitária animal e há 34 anos a unidade participa tradicionalmente da Expointer. Outras Unidades, ao longo do tempo, integraram-se ao projeto institucional, projeto este que apresenta os trabalhos de ensino, pesquisa e extensão que realiza na área agropecuária. O desafio de produzir mais, com qualidade, sustentabilidade e responsabilidade social é o que alavanca as pesquisas da instituição. Pesquisas e projetos realizados em diferentes áreas podem ser conferidos pelos visitantes. Aguardamos você.

Data: 27 de agosto a 04 de setembro de 2011 Local: Parque de Exposições Assis Brasil – Esteio Ingressos: à venda na bilheteria do Parque Expointer/Sergio Matte

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CAMPUS CENTRAL A – Sala Qorpo Santo B – Sala Redenção – Cinema Universitário C – Salão de Festas D – Sala Fahrion E – Salão de Atos Entradas Principais Entradas Secundárias

endereços Sala Qorpo Santo / Sala Redenção – Cinema Universitário – Av. Eng. Luiz Englert, s/n°, Centro Histórico Salão de Festas / Sala Fahrion – Av. Paulo Gama, 110, 2° andar da Reitoria – Campus Central Salão de Atos – Av. Paulo Gama, 110

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CAMPUS do vale A – Parada de Ônibus B – Praça Campus do Vale Caminho da Parada até a Praça do Campus

informações gerais departamento de difusão cultural Endereço: Av. Paulo Gama, 110 – Mezanino do Salão de Atos – Campus Central Fone: (51) 3308 3933 ou (51) 3308 3034 E-mail: difusaocultural@ufrgs.br Website: www.difusaocultural.ufrgs.br Entrada e inscrição em eventos: agendamento pelo site ou no local Horário de Funcionamento: das 8h00 às 18h00, aberto ao meio dia

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Difunda essa cultura de forma consciente

Reitor Carlos Alexandre Netto

LEIA E PASSE ADIANTE

Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Rui Vicente Oppermann Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher Equipe do DDC Carla Bello – Coordenadora de Projetos Especiais Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Juliana Mota – Coordenadora e curadora do Projeto Vale Doze e Trinta Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Sinara Robin – Coordenadora do Projeto Reflexão Tânia Cardoso de Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Bolsistas Diego Carneiro Diogo Perin Fernando Rodrigues Grazielle Portella Renata Signoretti Talitha Raffo Giulia Barão Projeto gráfico Katia Prates Diagramação Diogo Perin Grazielle Portella Crédito imagens Capa (p. 1) - Núcleo de Paineis e Murais, foto do Acervo DDC; p. 3 - obras de artistas do Núcleo de Instauração da Cerâmica Artística; p. 4 - “Trio 3-63“, foto de Cristina Granato; p. 5 - “Vitor Ramil“ - foto de Marco Terranova; p. 7 - “Confraria do Sax“, foto divulgação; p. 9 - “Tribo Brasil“, foto divulgação - “Dekalc“, foto divulgação - “Revolução RS“, foto divulgação - “Renascentes“, foto Andrea Terra; p. 10 e 11 - “Fruet & Os Cozinheiros“, foto de Renata Masseti - “Rafael Ferrari“ - “Caio Martinez“, foto de Lúcia Cavalli - “Capitão Rodrigo“, foto de Luiz Ávila; p. 12 - cena do filme “Cria Cuervos” (1976); p. 13 - cena do filme “Masculino, Feminino” (1966); p. 22 - fachada do prédio do Instituto Parobé, foto de acervo: base digital SPH; p. 24 e 25 - mosaico arte pública nos campi - fotos 1 a 8 de René Cabrales, foto 9 de Luiz Eduardo Robinson Achutti, foto 10 de Nico Rocha, fotos 11 a 15 do Acervo DDC; p. 28 - foto de Luiz Eduardo Robinson Achutti; p. 30 “Experimento Nelson”, foto de Danuto Zagheto; p. 32 - “Expointer”, foto de Sergio Matte Programação sujeita a alterações.

Sala Redenção Cinema Universitário 34

Apoio


Itinerância 2011 Cultural MÚSICA CINEMA ARTES VISUAIS TEATRO REFLEXÃO

O Projeto Itinerância Cultural consiste na inserção de atividades artístico-culturais promovidas e produzidas pelo DDC, – cinema, música, teatro, arte e reflexão – no circuito das atividades acadêmicas nos Municípios Polos. atendidos pelo Programa de Planejamento e Gestão de Desenvolvimento Rural. Esta parceria já vem, há dois anos, realizando atividades artístico-culturais desenvolvidas pela comunidade universitária, em vários polos. O projeto que estamos lançando irá potencializar e ampliar o universo de abrangência na medida em que a itinerância dos projetos atuará fortalecendo as ideias de percurso, de coletivo e de laços sociais, tão necessários na promoção do desenvolvimento simbólico dos grupamentos sociais. Inscreva-se!

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Departamento de Difusão Cultural Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.difusaocultural.ufgrs.br

Núcleo de Paineis e Murais/IA

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