Agenda Cultural Maio Junho

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AGENDA C U LT U R A L

Maio Junho 2013


M A I O E J U N H O D E 2 013

“Cultura é a regra; arte, a exceção” partindo da reflexão de Teixeira Coelho no livro A Cultura e seu contrário*, o Departamento de Difusão Cultural se propõe a tratar de forma diferenciada as obras de cultura e as obras de arte.

A obra de cultura é uma obra coletiva; no processo, o nós é mais determinante que o eu: não quer dizer que nela a participação do indivíduo como indivíduo seja inexistente ou desimportante, mas a obra de cultura não resulta dele, não cabe ao indivíduo e não cabe no indivíduo. A obra de arte é determinada em última instância por um individuo; o conjunto final de uma obra de arte [...] pode trazer a marca de vários indivíduos ou, bem mais raro, de um coletivo [...] mas na obra de arte, o determinante é um indivíduo.

Partindo destas definições, as ações da Difusão Cultural deste ano são definidas com o foco nas obras de arte. O artístico, aliado ao estético, se fundirá com as obras de cultura, respeitando-se as diferentes temporalidades, e os diferentes modos de inserção dos indivíduos. Pretendemos possibilitar a convivência entre estes dois conceitos sem que um anule o outro, o que conta é o indivíduo em si e no coletivo que o envolve. A proposta de convívio entre as obras deve-se ao lugar em que esta proposta está inserida, um lugar de ensino, em uma universidade, e este lugar de ensino tem como principio a formação do capital cultural de sua comunidade. Não pretendemos anular ou transformar, simplesmente disponibilizar a ponta de um fio, o fio das descobertas das artes, em que uma trama possa ser construída, formando o tecido cultural-artístico. Esperamos que nesta agenda, composta por uma gama imensa de ações artística-culturais, seja possível a cada um encontrar o seu fio das descobertas.

Claudia Boettcher Diretora do Departamento de Difusão Cultural COELHO, Teixeira. A Cultura e seu Contrário: Cultura, Arte e Política Pós-2001. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural, 2008.

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Gravura FIM 1974 (etiquetas auto-adesivas metalizadas sobrepapel 47,8x 66 cm), de Waltércio Caldas / divulgação

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MÚSICA

U N I M Ú S I C A 2 013

Série lusamérica, canções Entre setembro de 2012 e junho de 2013, Brasil e Portugal, em iniciativa conjunta, celebram a cultura luso-brasileira em uma série de atividades programadas nos ciclos Ano de Portugal no Brasil e Ano do Brasil em Portugal. Inspirado neste panorama, o projeto Unimúsica escolheu como tema para a série 2013 o rico cancioneiro da língua portuguesa, incorporando pela primeira vez em sua programação a produção musical de artistas portugueses. Uma parte do tanto que o Brasil tem ainda a conhecer sobre os seus parceiros de idioma estará ao nosso alcance em forma de canção. Ao longo do ano, a palavra entoada em português em diferentes dicções soará no palco do Salão de Atos – são fados e sambas, sembas e mornas que vêm do passado e do futuro para encontrar aqui um lugar. Assim, de maio a novembro, o Unimúsica receberá músicos reconhecidos internacionalmente como Teresa Salgueiro, Maria João e Mário Laginha; o duo luso-brasileiro de Susana Travassos e Chico Saraiva; a cantora brasileira Jussara Silveira e seu repertório de fados e canções angolanas; o gaúcho Ângelo Primon, que há anos vem se dedicando à pesquisa da música ibérica e, encerrando a série, em outubro e novembro, duas revelações do fado contemporâneo: os jovens Carminho e António Zambujo, que apresentam pela primeira vez em Porto Alegre os concertos que vêm realizando em teatros de todo o mundo.

Lígia Petrucci, coordenadora e curadora

Teresa Salgueiro / Isabel Pinto

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Teresa Salgueiro – O Mistério Referência incontornável da música portuguesa contemporânea, a cantora Teresa Salgueiro abre a série lusamérica, canções trazendo a Porto Alegre o repertório de seu mais recente espetáculo, O Mistério, resultado de álbum de mesmo nome. Depois de vinte e cinco anos dedicados à música, a artista lança pela primeira vez um trabalho de composições – letras e músicas – criado por ela. Conhecida pelo timbre e alcance de sua voz, Teresa ganhou o mundo ao lado do importante grupo português Madredeus. Como artista independente, entre diferentes projetos, gravou, como voz solista, o disco orquestral Silence Night and Dreams, do compositor polaco Zbigniew Preisner. Assinou também Matriz, um trabalho de pesquisa de canções de diferentes épocas e regiões de seu país. O projeto seguinte, Voltarei à minha terra, teve como tema a música portuguesa do século 20. O repertório deste Mistério, que será apresentado no Unimúsica, foi especialmente pensado para ser reproduzido ao vivo, recriando em cena a atmosfera do Convento da Arrábida, onde foi feito o registro.

TERESA SALGUEIRO: ENCONTRO COM A ARTISTA Data: 08 de maio, quarta-feira Horário: 20h Local: Sala II do Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br, a partir de 29 de abril

TERESA SALGUEIRO: O MISTÉRIO Data: 09 de maio, quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 06 de maio, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

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MÚSICA

U N I M Ú S I C A 2 013

Maria João e Mário Laginha – Iridescente Consagrados em Portugal e no mundo, a cantora Maria João e o pianista Mário Laginha são reconhecidos por toda parte pela sintonia e cumplicidade que caracterizam o seu trabalho em duo. Em quase duas décadas de atuação, juntos, eles já fizeram centenas de concertos e gravaram mais de dez discos. Iridescente é o mais novo álbum da dupla, fruto de uma encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian para um ciclo de Músicas do Mundo. Concebido para uma formação inusual de voz, piano, acordeom, harpa e percussão, nele Maria João assina todas as letras e o tema que dá nome ao disco, enquanto Mário Laginha é responsável pelos demais temas e arranjos. É justamente o repertório de Iridescente que os artistas portugueses apresentam no palco do Unimúsica. Mais uma vez o público de Porto Alegre poderá conferir o entrosamento do duo, um entrosamento aprimorado através do tempo, que transborda em criatividade a cada novo concerto.

MARIA JOÃO E MÁRIO LAGINHA: ENCONTRO COM OS ARTISTAS Data: 05 de junho, quarta-feira Horário: 20h Local: Sala II do Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br, a partir de 27 de maio

MARIA JOÃO E MÁRIO LAGINHA: IRIDESCENTE Data: 06 de junho, quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 03 de junho, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural. ufrgs.br

Legenda título / fonte

Maria João e Mário Laginha / Carlos Ramos

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Felipe Azevedo / Diego Sapienza

NÚCLEO DA CANÇÃO Tamburilando canções, com Felipe Azevedo O compositor, violonista e doutorando em Literatura na UFRGS – estudos da canção, Felipe Azevedo é o segundo artista convidado da série de audições comentadas do Núcleo da Canção em 2013.

Em clima de conversa informal e descontraída, sem perder o foco reflexivo, o artista apresentará Tamburilando Canções – Violão com Voz, projeto multimídia que agrega Livro, CD e hotsite interativo. Fruto do prêmio Funarte – Bolsa de Estímulo à Criação Artística de 2008, o material foi elaborado durante quatro anos, com lançamento do CD e hotsite em 2011 e do livro em 2012.

Neste encontro do Núcleo que contará com a mediação do poeta, compositor e também doutorando em Literatura Guto Leite, poderemos ouvir em detalhes as composições do CD Tamburilando Canções – Violão com Voz, incluindo outras do CD anterior de Felipe Azevedo, Percussìvé ou a prece do louva-a-deus (2007). Em outubro de 2012, Azevedo recebeu o prêmio

voto popular Cl’hips em tradicional Festival de Clips realizado em L’Hospitalet de Llobregat, município da Província de Barcelona, pelo clip de sua canção “Balagulá, xibimba” que também consta neste novo trabalho. Em junho de 2013, o Tamburilando Canções – Violão com Voz receberá Menção Especial do Prêmio Açorianos de Música na categoria MPB, além de estar incluído na pré-seleção do Prêmio da Música Brasileira, a mais conceituada premiação da área.

Em atuação desde 2008, o Núcleo de Estudos da Canção da UFRGS foi idealizado com a ambição de ampliar o espaço reservado à troca de conhecimentos sobre canção popular brasileira de forma transdisciplinar. Seus encontros reúnem estudantes e professores de várias especialidades, estudiosos da canção, cancionistas, ouvintes e interessados.

TAMBURILANDO CANÇÕES, COM FELIPE AZEVEDO Data: 27 de maio, segunda-feira Horário: 19h Local: Sala João Fahrion – 2º andar da Reitoria Av. Paulo Gama, 110 Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

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MÚSICA

NÚCLEO DA CANÇÃO

Audição comentada do álbum Xaxados e Perdidos, com Simone Rasslan, Álvaro RosaCosta e Beto Chedid O Show Xaxados e Perdidos só foi possível porque foi e é fruto de um tempo de maturação pelo qual passei, que compreende toda uma trajetória de produção musical. Nessa história se encontra o grupo Quebra Cabeça, o trabalho da Adriana Marques e o Bando Barato pra Cachorro, o grupo Cuidado que Mancha na sua produção para crianças e adultos, a composição para teatro envolvendo parceiros como Álvaro RosaCosta, Gustavo Finkler, Marcelo Delacroix e Mateus Mapa, a criação do show “O Mar vai virar Sertão” que não sobreviveu por muito tempo e do espetáculo musical Radio Esmeralda em parceria com Adriana Marques e Hique Gomez que acabou ficando em cartaz durante 9 anos. Acontece num momento muito especial em que necessitava fazer algo “meu”. Isso fazia todo sentido, era uma necessidade que pulava em mim. Precisava falar da minha construção musical ao longo da vida. Minhas audições e vivencias de todos os tempos. Vinha de 9 ininterruptos anos de Radio Esmeralda, com uma baita bagagem. Precisava dar vazão a tudo isso. Precisava de algo novo. Estreou em maio de 2009 na Sala Álvaro Moreyra. Nesse mesmo ano, em julho, Adriana morreu e com esse acontecimento o show Radio Esmeralda sai do ar. Como parceiros procurei músicos com os quais tivesse afinidade musical e liberdade de trabalho: Álvaro RosaCosta e Beto Chedid. Ambos foram “xaxados” da vida no teatro. Encontrei o Álvaro na peça: Os crimes da rua do Arvoredo, dirigida por Camilo de Lélis. Fiquei impressionada com sua musicalidade, com sua afinação e sua produção no palco. O Beto, conheci no processo da peça Arca de Noé, direção do Zé Adão Barbosa, e fiquei impressionada com seu violão seresteiro, com baixos desenhados. Passados dois anos da sua estreia, decidi com o incentivo do Álvaro, propor pela segunda vez o projeto de CD ao Fumproarte. O disco ficou pronto em agosto de 2012 trazendo

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um mix do repertório do show de 2009 com músicas autorais e outras canções de autores gaúchos. É desse CD de música brasileira que vamos nos ocupar nessa conversa, partindo do pressuposto do não preconceito e da não fronteira dentro do próprio país. Como escrevi na justificativa para o Fumproarte: “Julgamos que cada vez mais é necessário que artistas se interessem pela produção da nossa terra, sem distinção de estado ou sotaque. Para fazer música brasileira basta cantar o Brasil.”

Simone Rasslan Compositora, Educadora Musical

AUDIÇÃO COMENTADA DO ÁLBUM XAXADOS E PERDIDOS Data: 24 de junho, segunda-feira Horário: 19h Local: João Fahrion – 2º andar da Reitoria Av. Paulo Gama, 110 Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br


Xaxados e Perdidos / divulgação

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Celso Loureiro Chaves / divulgação

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MÚSICA

L ANÇAMENTO DE CD

Balada para o avião que deixa um rastro de fumaça no céu / Estética do Frio II, de Celso Loureiro Chaves O Departamento de Difusão Cultural da UFRGS realizará o concerto de lançamento do primeiro CD de composições autorais para orquestra de câmara do compositor e professor do Departamento de Música do Instituto de Artes da UFRGS Celso Loureiro Chaves. O concerto contará com a participação da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, com a regência de Antonio-Carlos Borges Cunha e dos solistas Elimar Blazina - clarinete e da pianista brasileira Luciane Cardassi, que vem do Canadá para recriar sua performance registrada no CD a partir de um concerto ao vivo realizado em outubro do ano passado no Theatro São Pedro.

O CD produzido pelo Pós-Graduação em Música, pertencendo à série Musica em Performance, inclui duas obras: Balada para o avião que deixa um rastro de fuma no céu e Estética do Frio II. O compositor revela que a Balada foi dedicada ao seu mestre Armando Albuquerque, compositor brasileiro e professor de composição do Instituto de Artes nos anos 1970: “A Balada está impregnada do nosso convívio e dos nossos diálogos um pouco desorganizados, mas que sempre terminavam por revelar algo que eu ainda não sabia”. A peça tem pouco mais de dez minutos de duração e envolve três violas, contrabaixo, harpa, piano, percussão e uma flauta que surge de repente de algum lugar fora do palco. O título que, diz o compositor, “era criticado pelo romancista Cyro Martins por ser muito longo” é uma imagem do outono de 1980, quando a peça foi composta: “naqueles meses de céu muito azul, eram muitos os aviões a deixar rastros sobre a minha cabeça. Sei bem que os aviões não deixam rastros de fumaça no céu, mas sim rastros de vapor condensado. Mas resolvi ficar com a imagem infantil da fumaça no céu, inocente e algo poética”.

ro Chaves, “há um fio único que perpassa os três movimentos interligados – é o fio da melancolia, da revolta controlada, do caos que tão logo se instala, logo se extingue. São três narrativas. O que contam? Três histórias deixadas incompletas. Nelas e no seu encadeamento, está a atmosfera de Se um viajante numa noite de inverno, o livro de Italo Calvino”. Estética do Frio II é um pequeno concerto para piano e cordas, com o aparecimento, também de surpresa, de um clarinete fora de cena, utilizando o efeito de múltiplas fontes de som ao vivo explorado também na Balada. No lançamento do CD, o clarinetista será Elimar Blazina, tocando ao vivo o que está registrado por ele no CD. Durante a Estética do Frio II é possível ouvir citações de músicas de vários compositores, entre os quais Vitor Ramil, Luiz Melodia, Francis Hime e Hector Berlioz.

A Orquestra de Câmara Theatro São Pedro participa do concerto de lançamento de Balada para o avião que deixa um rastro de fumaça no céu / Estética do Frio II com regência de Antonio-Carlos Borges Cunha. O CD foi gravado nos ensaios e no concerto ao vivo de outubro de 2012 e o que estará no palco é uma recriação fiel daqueles momentos de celebração da música de Celso Loureiro Chaves.

LANÇAMENTO DE CD BALADA PARA O AVIÃO QUE DEIXA UM RASTRO DE FUMAÇA NO CÉU / ESTÉTICA DO FRIO II, DE CELSO LOUREIRO CHAVES Data: 10 de maio, sexta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

A Estética do Frio II, para piano, clarinete e cordas, é uma sequência de três histórias interligadas e foi composta em 2005. As três histórias desaguam umas nas outras, conduzidas pela pianista a partir das memórias do compositor. Para Celso Lourei-

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MÚSICA

S O M N O S A L Ã O 2 013

O edital do Projeto Som no Salão, proposto pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo Salão de Atos da UFRGS, encerrou suas inscrições no dia 29 de abril. Neste ano, a terceira edição do projeto superou os anos anteriores, com mais de 90 inscrições de manifestações artístico-musicais autorais buscando a oportunidade de se apresentar no palco do Salão de Atos, com toda estrutura de sonorização e iluminação além da gravação de material audiovisual em parceria com a UFRGS TV. A Comissão Organizadora pretende divulgar os cinco selecionados até o dia 10 de maio. A abertura do projeto será no dia 19 de junho, quarta-feira, às 20h, com entrada franca. Acompanhe a programação nos sites www.ufrgs. br/salaodeatos e difusaocultural.ufrgs.br e no perfil facebook.com/somnosalao.

Som no Salão 2012 / Marielen Baldissera

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MÚSICA

divulgação / Marielen Baldissera

V F E S T I VA L D E V I O L Ã O D A UFRGS

Entre os dias 8 e 14 de junho alguns dos maiores expoentes do violão latino-americano se reúnem na quinta edição do Festival de Violão da UFRGS. O evento, já tradicional na agenda do violão brasileiro, contará com artistas nacionais de relevo, como Yamandú Costa e Paulo Martelli, além de convidados do Uruguai (Eduardo Fernandez, Mauro Marasco, Daniel Morgade), Argentina (Juan Falú, Carlos Groisman, Eduardo Castañera), Chile (Luis Orlandini) e Costa Rica (Mario Ulloa). Coordenado pelo professor Daniel Wolff, o Festival contará também com a presença dos docentes do setor de violão da UFRGS. A programação contará com concertos, oficinas, palestras, masterclasses e mesas redondas, que serão realizadas em diversos espaços da Universidade, como o Salão de Atos e a Sala Fahrion (Campus Central) e Auditorium Tasso Corrêa (Instituto de Artes).

O V Festival de Violão da UFRGS é uma parceria entre o Departamento de Música/Instituto de Artes e o Departamento de Difusão Cultural/PROREXT, e conta com o patrocínio do programa IBERMÚSICAS.

www.ibermusicas.org

CONCERTOS DE ABERTURA DO V FESTIVAL DO VIOLÃO DA UFRGS: YAMANDÚ COSTA Data: 08 de junho, sábado Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

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MÚSICA

INTERLÚDIO

O tempo não para? Recital de Piano com Felipe de Souza A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade. Friedrich Nietzsche, na obra Assim Falava Zaratustra

Numa época em que se lamenta insistentemente a falta de tempo, usufruir de um momento de pausa pode ser considerado um artigo de luxo. A dificuldade em parar, escutar e olhar se coloca, muitas vezes, de forma definitiva e causa angústia. Dentre seus múltiplos papéis, a arte tem a capacidade de provocar fissuras, rupturas no pensamento através das reflexões que provoca. Usufruir a arte abre novas possibilidades, entre elas a de proporcionar o tempo da contemplação, do olhar, da escuta. De forma singela, o projeto Interlúdio tem essa pretensão. Em sua quarta temporada, o Interlúdio propõe um momento de pausa e de escuta. Sempre realizados ao meio-dia e trinta, os recitais de destacados alunos da UFRGS proporcionam uma relação diferente com o tempo e o espaço, ao transportar o público a diferentes períodos da história, compositores e movimentos da música de câmara. Bem-vindos ao Interlúdio!

No primeiro recital com os músicos selecionados no edital 2013, o Interlúdio apresenta o pianista Felipe de Souza. Felipe é formado em Piano e Matérias Teóricas pelo Conservatório de Tatuí em 2011, na classe da professora Cristiane Bloes. O pianista tem uma larga participação em concursos, dentre os quais se destaca o Concurso Nacional de Piano Maestro Rodrigo Tavares em 2006, obtendo o 2º lugar, e, em 2007, o 1º lugar. No currículo do músico, há uma série de participações em masterclasses, entre elas com Diana Kacso, Eduardo Monteiro, Renato Figueiredo e Solungga Fang-Tzu Liu e outros. Sua estréia internacional aconteceu em recital na Hungria, em 2008. Em 2012, Felipe realizou o solo com a Orquestra Jovem do Conservatório de Tatuí. Atualmente, cursa Bacharelado em Piano na UFRGS, sob orientação da professora Catarina Domenici.

RECITAL DE PIANO COM FELIPE DE SOUZA Data: 17 de maio, sexta-feira Horário: 12h30min Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Entrada Franca

Juliana Mota coordenadora do Interlúdio

O duo Diego Ferreira e Julio Herrlein apresenta um encontro de sax e guitarra no Interlúdio Em junho, os músicos Julio Herrlein e Diego Ferreira apresentam um encontro de guitarra e saxofone no Interlúdio. Julio tem 20 anos de carreira como guitarrista, compositor e arranjador. Atualmente, curso mestrado na UFRGS em composição, sob a orientação do professor Antônio Carlos Borges-Cunha. Aos 22 anos, o músico foi indicado ao Prêmio Açorianos como melhor instrumentista de cordas

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MÚSICA

INTERLÚDIO

PROJETO ITINER ÂNCIA C U LT U R A L N O C L Í N I C A S

pela sua atuação em seu primeiro CD, Julio Herrlein Quarteto, gravado com Kiko Freitas, Michel Dorfman e Ricardo Baumgarten. Em 2006, no Rio de Janeiro, Julio conquistou o primeiro lugar no VIII Concurso Nacional de Composição - IBEU (Instituto Brasil-Estados Unidos), com sua composição “Suíte Maestros Brasileiros”, composta e arranjada por Julio para a formação de Banda de Sopros (Big Band). Na área da publicidade, compôs, arranjou e produziu cerca de 1300 peças musicais, com veiculação nacional e internacional, muitas delas premiadas. Julio atuou também em variadas formações (duo, trio e quarteto), dividindo o palco com vários músicos importantes no cenário brasileiro e internacional.

O Departamento de Difusão Cultural da UFRGS, em parceria com a Fundação Médica e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, apresenta o projeto Itinerância Cultural. A iniciativa tem como objetivo levar ações culturais a diferentes espaços da universidade e da cidade, sensibilizando o público através da música. Ao longo de 2013, o projeto receberá músicos de destaque no cenário cultural, que realizarão concertos no anfiteatro e hall do Hospital de Clínicas.

Diego Ferreira iniciou seus estudos no saxofone aos 12 anos. No ano de 2006, cursou teoria e percepção no conservatório Pablo Komlós (Ospa). Em 2008 ingressou no curso de Música – Bacharelado em Saxofone – da UFRGS, sob orientação do professor Amauri Iablonovski. Diego participou de diversos festivais de música pelo país, obtendo premiações em vários deles, como o prêmio de “melhor instrumentista” na 25ª Moenda da Canção 2011 (RS). Entre 2009 e 2010, ministrou aulas de saxofone do Curso de Extensão em Música da UFRGS. Diego participou como convidado no disco instrumental “O Encontro”, do baixista Ricardo Baumgarten.

DUO DIEGO FERREIRA E JULIO HERRLEIN Data: 28 de junho, sexta-feira Horário: 12h30min Local: Sala João Fahrion - 2º andar da reitoria Av. Paulo Gama, 110 Entrada Franca

No dia 24 de maio, será a vez do duo de violões com os músicos Rafael Iravedra e Jose Luis Gallo Arias. Mestrandos estrangeiros do Instituto de Artes da UFRGS, Rafael (Argentina) e Jose Luis (Colômbia) apresentarão um repertório de músicas latinoamericanas para violão clássico.

Em junho, Yamandu Costa, um dos maiores talentos do violão brasileiro, realiza concerto no Anfiteatro Carlos César de Albuquerque. Com uma série de premiações em sua carreira, Yamandu apresentará neste evento sua paixão e talento, que já são suas marcas registradas.

DUO DE VIOLÕES, COM RAFAEL IRAVEDRA E JOSE LUIS ARIAS Data: 24 de junho, sexta-feira Horário: 19h30min Local: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque Rua Ramiro Barcelos, 2350,– Hospital de Clínicas de Porto Alegre Entrada Franca

CONCERTO COM YAMANDU COSTA Data: 07 de junho, sexta-feira Horário: 19h30min Local: Anfiteatro Carlos César de Albuquerque Rua Ramiro Barcelos, 2350,– Hospital de Clínicas de Porto Alegre Entrada Franca Os ingressos estarão disponíveis na recepção da Fundação Médica - Rua Ramiro Barcelos, 2350/sala 177 – Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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MÚSICA

VA L E D O Z E E T R I N TA

Bluegrass: música norte-americana de raiz compõe o vale doze e trinta Encaminhando-se para o quinto ano de existência, o disco de estreia do grupo foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música 2010 como melhor disco do ano na categoria blues/jazz. O Conjunto Bluegrass Porto-Alegrense (CBPA) é referência no cenário regional por sua proposta de trabalho bastante peculiar: uma forma de música norte-americana de raiz – influenciada pela cultura de imigrantes escoceses, irlandeses e afro-americanos – em que utilizam um único microfone, revezando o instrumento ou voz principal à frente do grupo. Exatamente como era realizado em 1940, durante a formatação desse estilo musical. Além disso, as aparições do CBPA acontecem principalmente nas ruas – em tradicionais feiras de antiguidades e no centro da cidade – e costumam ter um tanto de oficina, já que o grupo compartilha o conhecimento da história da música bluegrass com o público.

Conjunto Bluegrass Porto-Alegrense / divulgação

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Heine Wentz (violino e voz), Marcio Petracco (bandolim e voz), Ricardo Sabadini (violão e voz) e José Baronio (contrabaixo e voz) estudam a forma mais pura dessa espécie de música e a levam às pessoas na forma de canções, instrumentais e temas a cappela.

CONJUNTO BLUEGRASS PORTO-ALEGRENSE Data: 18 de junho, terça-feira Horário: 12h30min Local: Praça central – Campus do Vale UFRGS Av. Bento Gonçalves, 9.500 Entrada Franca Em caso de chuva, o show será transferido para o dia 19 de junho, no mesmo horário.


Laboratório da Dança / Heitor Marini

Laboratório da Dança estreia as apresentações de dança no Campus do Vale

Idealizado pela bailarina e coreógrafa Isabel Willadino, a Escola Laboratório da Dança nasceu em 2001 como forma de concretizar um desejo de abrir espaço para que artistas pudessem fomentar sua arte e dar vida às suas criações, e tem sua sede localizada na Cidade Baixa em Porto Alegre.

Para a apresentação no Campus do Vale, a companhia de dança apresenta um pot-pourri de danças que envolve diversos estilos como o street dance, o ballet clássico, a dança contemporânea, o jazz dance, a dança de salão e o sapateado americano.

A companhia do Laboratório da Dança (ativa desde 2003) já estreou oito espetáculos inéditos. Dentre eles, espetáculos infantis, de sapateado americano, de dança contemporânea, entre outros. Destacam-se os trabalhos Lendas da Ilha (2002), que contou com a participação de Oswaldo Montenegro; Quadrilogia (2005) em parceria com Ângelo Primon e Mulheres falam sobre homens que dançam (2008), sob direção de Isabel Willadino. Este espetáculo recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Bailarino ao bailarino Mariano Neto. Em 2012, o Laboratório da Dança, que já conta com mais de 500 premiações dentro e fora do estado, recebeu o prêmio Açorianos de Sapateado Americano na figura dos bailarinos Leonardo Dias e Gabriela Santos, os quais são presença confirmada no Vale Doze e Trinta.

LABORATÓRIO DA DANÇA Data: 21 de maio, terça-feira Horário: 12h30min Local: Praça central – Campus do Vale UFRGS Av. Bento Gonçalves, 9.500 Entrada Franca Em caso de chuva, o show será transferido para o dia 22 de maio, no mesmo horário.

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MÚSICA

VA L E D O Z E E T R I N TA

Abordagem de temas que marcaram o século XX através do teatro e dança contemporânea O grupo MEME nasceu de uma oficina de montagem ministrada pelo coreógrafo e bailarino Paulo Guimarães, no projeto Movimentos Incessantes – Porto Alegre Cidade Que Dança, realizado em 2004. Desde então tem desenvolvido intensas atividades, incluindo a abertura do MEME Centro Experimental do Movimento, que se firmou como um espaço em que a dança convida outras linguagens artísticas promovendo o intercâmbio, a experimentação e o diálogo de processos híbridos de criacão artística. Em seu repertório, o grupo montou os seguintes espetáculos: Acessos (2004), Bu! Um olhar adulto sobre a criança que há em nós (2004); Despidas por seus celibatários (2006); Teresinhas (2008) e o espetáculo de rua Nós que Aqui Estamos (2012). Em 2005, o grupo MEME recebeu Prêmio Condança de melhor projeto de pesquisa para “Anjos 40”. Em 2007, recebeu o Prêmio Açorianos de Artes Visuais- destaque em Mídias Tecnológicas com a

vídeo-performance “Porões A-Paralelos”. Em 2006, Despidas por seus celibatários recebeu duas indicações ao mesmo prêmio, e oito indicações ao Prêmio Quero-Quero SATED-RS. Com “Teresinhas”, em 2008, obteve sucesso de público e crítica, e a canção “Linha”, de Tiago Rinaldi, que integra a trilha sonora do espetáculo, foi aclamada no 11º Festival de Música de Porto Alegre, com o primeiro lugar além do destaque de melhor letra. Para o projeto Vale Doze e Trinta, o MEME oferece a performance “Nós que aqui estamos”, composto pelo elenco Fernanda Stein, Gabriela Rutkoski, Nury Salazar, Paulo Guimarães, Pascal Berten e Sônia Guasque, com o músico Tiago Rinaldi, sob direção e coreografia de Paulo Guimarães. A performance urbana é livremente inspirada no filme-documentário “Nós que aqui estamos, por vós esperamos”, de Marcelo Massagão, que trata de temas que marcaram o século XX, tais como a sociedade e suas guer-

MEME / divulgação

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Teatro Geográfico / divulgação

ras, as mudanças na comunicação com o avanços tecnológicos e científicos, a revolução industrial, a conseqüente alienação dos homens que passam a ser “máquinas” e a modificação do papel social da mulher. Este trabalho, que utiliza a linguagem do teatro e da dança contemporânea, teve a sua estreia no Fórum Social Mundial, em janeiro de 2012.

MEME | CENTRO EXPERIMENTAL DO MOVIMENTO Data: 28 de maio, terça-feira Horário: 12h30min Local: Praça central – Campus do Vale UFRGS Av. Bento Gonçalves, 9.500 Entrada Franca Em caso de chuva, o show será transferido para o dia 29 de maio, no mesmo horário.

Intervenções cênicas criam dramaturgia nos espaços do Vale

O Teatro Geográfico foi criado em 2010 e se concentra em investigar a criação de dramaturgias do espaço a partir da apropriação do mesmo: a intervenção cênica ocupa fisicamente o local, ao mesmo tempo em que a história do lugar é absorvida e ressignificada através da construção da dramaturgia. A primeira montagem do grupo foi O MAPA, que participou do 18º Festival Internacional Porto Alegre Em Cena, e esteve em cartaz no prédio do Departamento de Artes Cênicas da UFRGS, nos casarões do Teatro Escola de Porto Alegre, no Instituto dos Arquitetos do RS, e no Centro Cenotécnico do RS. A peça foi indicada ao Prêmio Açorianos de Teatro 2011 em nove categorias. Em 2012, o grupo fez parte da Gestação Cultural Usina das Artes – Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre e, em 2013, passou a integrar o projeto Vila Flores. O Teatro Geográfico também já participou da 8ª Bienal do Mercosul (2011), da programação 24 Horas de Cultura da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre (2012) e do 5º Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre (2013) com o espetáculo geocoreografia: cidade não vista, em parceria com o

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MÚSICA

VA L E D O Z E E T R I N TA

coreógrafo Diego Mac. Desde 2012, o Teatro Geográfico explora novas possibilidades de apreensão do espaço com as performances chamadas Atentados Geográficos, que funcionam como laboratório de experimentação para a nova montagem do grupo, 21:12 Que venha a tempestade, com estreia prevista para o final deste ano. A performance do Teatro Geográfico consistirá numa fusão dos chamados Atentados Geográficos; A mulher de vermelho; o homem de chapéu; noivas e noivos; Batman; A caixa; Boneco azul; Você não é saudável; Que venha a tempestade; Sonhos e Foguetes espaciais. Todos estes personagens, figuras, estímulos, frases e motes, que antes não se relacionavam, agora farão parte da mesma história e universo nesta apresentação especial para o projeto Vale Doze Trinta.

TEATRO GEOGRÁFICO Data: 11 de junho, terça-feira Horário: 12h30min Local: Praça central – Campus do Vale UFRGS Av. Bento Gonçalves, 9.500 Entrada Franca Em caso de chuva, o show será transferido para o dia 12 de junho, no mesmo horário.

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DANÇA

GRUPO TCHÊ

Em 01 de Junho de 2013, o Grupo de Danças Tradicionais Gaúchas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – TCHÊ/UFRGS completa sete anos de sua criação. O projeto de extensão da UFRGS, ligado às tradições de um povo culturalmente reconhecido e caracterizado por seus valores, suas raízes, sua história, seu civismo e acentuado regionalismo, propaga uma cultura enriquecedora do patrimônio histórico-cultural do Brasil visando preservar, promover e transmitir as Danças Tradicionais Gaúchas. Através do espetáculo de dança O sul da América do sul o grupo Tchê/UFRGS inicia um movimento de irradiação da cultura da América Latina contando os entrelaçamentos das raízes sócio-histórico-culturais das danças gaúchas e dos países circunvizinhos no sul da América Latina. Composto por 30 bailarinos o grupo Tchê/UFRGS apresenta, em espetáculo, as danças representativas dos países Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile e Sul do Brasil, procurando através de pesquisa manter

a autenticidade e a originalidade marcantes nas expressões dançantes dos povos. Este espetáculo traz à cena um patrimônio imaterial artístico de significativa importância para reconhecermos a construção da nossa história através das manifestações da cultura corporal, utilizando-se do resgate da própria cultura de um povo na afirmação de sua identidade. Coordenado pela professora Malu Oliveira este projeto esta fundamentado na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

ESPETÁCULO GRUPO TCHÊ Data: 01 de junho, sábado Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 O espetáculo é com entrada franca, mediante doação de roupas para a campanha do agasalho.

Grupo Tchê / Robson Ferreira

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TE ATRO

Andróginos / Divulgação

T E AT R O P E S Q U I S A E E X TENSÃO Em 2013, o projeto TPE – Teatro pesquisa e Extensão – completa 11 anos de existência, com apresentações à comunidade de espetáculos teatrais produzidos no Departamento de Arte Dramática (DAD). A ideia de criação do TPE surgiu em 2003 a partir de uma vontade dos alunos de graduação em mostrar seus trabalhos e de revitalizar a sala Alziro Azevedo, tornando-a um espaço para a prática do exercício regular de produção e divulgação desses espetáculos. A iniciativa contou com o apoio do Departamento de Difusão Cultural (DDC) da UFRGS, a partir de conversas entre a produtora cultural Lígia Petrucci e a professora Inês Alcaraz Marocco, que atualmente coordena o projeto junto com Cristiane Werlang. Neste ano, sete espetáculos estarão em cartaz na Mostra TPE, todos em exibição na sala Alziro Azevedo, agora restaurada e em plenas condições para utilização por parte dos artistas e espectadores. Nos meses de maio e junho teremos, como sempre, dois espetáculos: Andróginos, com direção de de Isandra Fermiano, e Os altruístas, direção de Ander Belotto. A Mostra Anual Universitária Teatro, Pesquisa e Extensão (TPE) é uma realização da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Artes e Departamento de Arte Dramática, com apoio do Departamento de Difusão Cultural da Pró-Reitoria de Extensão, Pró-Reitoria de Pesquisa e Fundação Luiz Englert.

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Andróginos Mesmo em uma época de reorganização de padrões, cruzar a linha entre o que é considerado feminino e masculino é uma escolha pelo risco. É entrar em uma zona de variantes comportamentais não determinadas pelo seu sexo biológico, desequilibrando as ordens binárias: pênis-homem, vagina-mulher, masculino-feminino. Andróginos é um espetáculo que investiga a ruptura desses padrões dicotômicos, atravessando as fronteiras femininas e masculinas. Entre reflexões teóricas e experiências vividas, o grupo cria uma colcha de retalhos a partir de sua percepção sobre o que é, ou como se dá, a reorganização de gêneros na contemporaneidade. O espetáculo – originado na disciplina de Estágio de direção II – tem a direção de Isandria Fermiano, com a orientação de Patrícia Fagundes e Laura Backes e conta com a atuação de Carolina Diemer, Karine Paz e Vinicius Mello.

ANDRÓGINOS Data: 08, 15, 22 e 29 de maio Horário: 12h30min e 19h30min Local: Sala Alziro Azevedo Av. Salgado Filho, 340


TE ATRO

T E AT R O P E S Q U I S A E E X TENSÃO

Os Altruístas Sidney, a SuperStar, acorda em seu luxuoso apartamento depois de ter sofrido uma tentativa de assassinato. Ela julga que o corpo sob os lençóis é de Ethan, seu namorado. Após um longo e desesperado desabafo lhe desfere três tiros à queima roupa. Esta mulher em fúria começa uma busca desesperada por ajuda e recorre a seu irmão, Ronald, que está em casa completamente apaixonado por Lance, um michê que conheceu na noite anterior. Em outro apartamento estão Ethan e Cibyl que, após passarem a noite juntos, discutem o que levar para uma manifestação, apesar de não saberem bem contra o que irão protestar. O norte-americano Nicky Silver (1960) é um dos principais dramaturgos contemporâneos. Sua obra já foi caracterizada como uma poesia quase perversa sobre as banalidades sociais. O espetáculo – originado na disciplina Atelier de composição e atuação cênica i – tem a direção de Ander Belotto,

com com a orientação de Patrícia Fagundes e Gina Tocchetto e conta com a atuação de Natália Xis, Diego Acauan, Kevin Brezolin, Luiza Sansone e Diogo Verardi.

OS ALTRUÍSTAS Data: 5, 12, 19, 26 de junho Horário: 12h30min e 19h30min Local: Sala Alziro Azevedo, Av. Salgado Filho, 340

Os Altruístas / Divulgação

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ARTES VISUAIS

UNIFOTO

Recortes – Açores e Brasil: uma troca de experiências Inspirado no projeto Unimusica que tem como tema o cancioneiro da musica portuguesa o Unifoto deste mês apresenta registro fotográfico da arquitetura açoriana. Em julho de 2004 uma comitiva de professores, técnicos e discentes, coordenada pela professora Anna Busko, da Faculdade de Arquitetura da UFRGS participou de uma missão de estudos para registro da arquitetura açoriana da Ilha Terceira, na cidade de Angra do Heroísmo. O material que apresentamos fez parte da Exposição Açores e Brasil: uma troca de experiências realizada no Museu da UFRGS no ano de 2005.

Vista noturna da cidade de Angra / André Irala Simão

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RECORTES – AÇORES E BRASIL: UMA TROCA DE EXPERIÊNCIAS Data: de 09 de maio a 14 de junho Horário: das 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110


ARTES VISUAIS

UNIFOTO

Harcourts, escultor de luz Na quinta-feira, 20 de junho de 2013, a partir das 19h, no térreo do Saguão da Reitoria da UFRGS, ocorrerá a abertura da mostra fotográfica itinerante Harcourt, escultor de Luz. Esta exposição, trazida pela primeira vez no país pela Aliança Francesa no Brasil, retrata em fotos inconfundíveis e de uma iluminação única personalidades do mundo da cultura, das ciências e do esporte, além da vida pública. Brigitte Bardot, Salvador Dalí, Charles Aznavour, Alain Delon, Catherine Deneuve, Jeanne Moreau, Edith Piaf, Jacques Chirac, são alguns dos personagens imortalizados pelas lentes do estúdio, além dos brasileiros Paulo Coelho, Glória Pires, Gustavo Kuerten e o cacique Raoni. Na capital gaúcha, esta mostra é uma realização da Aliança Francesa de Porto Alegre e do Departamento de Difusão Cultura da UFRGS e recebe o apoio do Ministério da Cultura e o patrocínio exclusivo da Timac Agro Brasil.

HARCOURTS, ESCULTOR DE LUZ Data: de 20 de junho a 26 de julho Horário: das 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

Brigitte Bardot / Estúdio Harcourt

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ARTES VISUAIS

P E R C U R S O D O A R T I S TA

Lançamento do catálogo do artista Eduardo Vieira da Cunha Eduardo Vieira da Cunha, em seu texto de abertura da exposição Percurso do Artista, escreveu que: “Marc Augé nos ensina que ‘falar de itinerário é falar de saída, de permanência e de volta, inclusive é preciso entender que houve muitas saídas, que a permanência também foi uma viagem, e que o retorno nunca foi definitivo”. O projeto Percurso do Artista propõe duas possíveis leituras: a mais evidente refere-se à trajetória do artista em sua carreira, contada através das obras, dos recortes, das lembranças. Em um segundo plano, a mostra também reflete um caminho percorrido ao longo do tempo em que esteve aberta à apreciação do público, este tempo de permanência da ação cultural. Ao longo de semanas, são encontros com o artista, contatos mais próximos do público com a obra, visitação de alunos, conferências e debates. Assim como inspira a obra de Eduardo, este outro percurso, o da exposição, pode ser interpretado como uma viagem que conduz o espectador, ao entrar na Sala Fahrion, a se ver no passado e/ou no presente, a realizar passeios pelas memórias ou pelos projetos no futuro. São viagens no mesmo lugar, de retorno não definido, afinal, ao sair da exposição, o indivíduo não sai o mesmo. As obras deixam, em cada um, um pingo de tinta na memória, uma pe-

quena lembrança, uma sensação, que para sempre serão guardadas, das obras que ali ficaram. O encontro desses dois percursos se completa na publicação do catálogo da exposição. Enquanto registro da obra, da trajetória do artista e da sua exposição, o catálogo torna estes percursos perenes. Em junho, será lançado o catálogo da exposição de Eduardo Vieira da Cunha. Com textos de Luis Augusto Fischer, Lucia Serrano Pereira, Tania Galli e memórias do próprio artista, o livro traz a reprodução das obras expostas na Sala Fahrion, criadas especialmente para o projeto, assim como uma cronologia da carreira de Eduardo.

VISITAÇÃO EXPOSIÇÃO Data: até 31 de maio Horário: de segunda à sexta, das 10h às 18h Local: Sala João Fahrion - 2º andar Reitoria Av. Paulo Gama, 110

LANÇAMENTO DO CATÁLOGO DO ARTISTA EDUARDO VIEIRA DA CUNHA Data: 25 de junho, terça-feira Horário: 17h Informações: no site www.difusaocultural.ufrgs.br montagem da exposição / Marielen Baldissera

Legenda título / fonte

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REFLEXÃO

CONFERÊNCIA S UFRGS 2 013

Entre a Lente e o Lápis: as mediações possíveis

Ficção: uma imagem para o mundo

Os modos de ver o mundo, as orientações morais e valorativas, os comportamentos sociais são frutos de uma herança cultural. Terry Eagleton* sintetiza muito bem quanto escreve que dentre os termos mais complexos está o termo “cultura”. Talvez a honra de o ser mais ainda esteja reservada ao seu oposto, a “natureza”. O dilema que acompanha esta reflexão está posto: como conciliar a unidade biológica e a imensa diversidade cultural da espécie humana.

Na contemporaneidade, qual papel é reservado à ficção? Ainda é possível narrar uma história? A configuração de um mundo crível auxilia ouvintes e leitores na construção de uma visão da realidade. Interessa pensar, então, o narrador que articula diversas vivências em uma narrativa. De que modo consegue fazê-lo? De que modo sua consciência interfere na história narrada? Quanto ao leitor, ele é convidado a entrar em um mundo articulado, o mundo da ficção. Consegue o leitor captar a voz do livro? Abrir-se para escutar e para correr o risco de se ver vulnerável? Cabe ainda pensar a ficção como representação da realidade? Que imagem de mundo a obra passa?

Esta é a natureza da cultura: fazemos parte de uma mesma grande família humana, mas dela nos diferenciamos pelo nosso modo de vida. Compreender a diversidade é tarefa que exige o que chamarei de “tempo de acolhimento”, pois são muitas as possibilidades dos encontros embora as lentes usadas estejam desencontradas. Uma terrível ameaça à diversidade é a subordinação simbólica que afeta grande parte das culturas e reforça a preeminência de uma cultura globalizante. Vivemos tempos em que a existência – esta cria da modernidade – está sendo questionada, complexificada. Par i passu a um individualismo crescente observamos a busca por anterioridades e por pertencimentos. A fragilidade do humano escancarada nas múltiplas subjetivações não pode legitimar as hierarquias culturais, os etnocentrismos e o relativismo absoluto. Nas palavras de Néstor Canclini*, o século XX foi o século da ascensão e fracasso das revoluções contra a desigualdade. Mas foi também o século do reconhecimento da diversidade. Avançamos na aceitação da pluralidade étnica, das orientações de gênero e sexualidades e também na possibilidade de uma pessoa ter mais de uma nacionalidade. Estes movimentos, contudo, não são suficientes para tornar o mundo mais habitável. Nossos objetos de análise também migraram de uma diversidade como riqueza a uma interculturalidade como desordem. Talvez o espaço de sentido cultural esteja nos “entretantos” da continuidade e da ruptura das tradições. As Conferências UFRGS, na sua edição 2013, serão um espaço em que debateremos a função social da academia de fazer a mediação simbólica entre a não-ciência e a ciência. Entre a Lente e o Lápis. Sinara Robin coordenadora

Antônio Marcos Vieira Sanseverino

FICÇÃO: UMA IMAGEM DO MUNDO Data: 08 de maio, quarta-feira Horário: 19h Local: Sala João Fahrion - 2º andar da reitoria Av. Paulo Gama, 110

Ensaio sobre a representação histórica George Steiner, um sobrevivente do holocausto, escreveu que “o mundo de Auschwitz reside fora do discurso assim como reside fora da razão. Eu consagrei toda minha obra a essa questão: como racionalizar a Shoah? Como se pode tocar Schubert à noite, ler Rilke pela manhã e torturar ao meio-dia?”. Qual é a tarefa do historiador diante dos acontecimentos-limite, dos traumas? Como analisar criticamente a testemunha dos acontecimentos-limite? Discutir essas questões é o objetivo desta palestra. Temístocles Cesar

ENSAIO SOBRE A REPRESENTAÇÃO HISTÓRICA Data: 12 de junho, quarta-feira Horário: 19h Local: Sala João Fahrion - 2º andar da reitoria Av. Paulo Gama, 110

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REFLEXÃO

FRONTEIR A S DO PENSAMENTO

O palco do Fronteiras Basta acompanhar as notícias que correm nos veículos de comunicação para chegarmos à conclusão de que vivemos numa sociedade ameaçada pelo analfabetismo, pela degradação ambiental e pelos fundamentalismos ideológicos e religiosos – problemas que geram exclusão social e crescem a partir do fenômeno da globalização.

– como os encontros para professores e estudantes de pós-graduação com pensadores como Jostein Gaarder e Tzvetan Todorov e o já tradicional projeto Fronteiras Educação, reconhecido por impactar diretamente mais de 20 mil estudantes da rede pública de ensino de Porto Alegre em três anos de realização.

A humanidade ainda não conseguiu encontrar respostas para conciliar o proguesso material e o equilíbrio social e natural. Daí a urgência de pensar e construir um ambiente adequado para a convivência de todos – e essa construção cabe, e muito, à educação. Neste cenário, a universidade faz-se o espaço apropriado para pensar e fornecer o acesso ao conhecimento que auxilie na promoção de uma ética global e cultural.

Este protocolo deve auxiliar ainda mais na democratização do acesso ao conhecimento e na criação de condições que contribuam para o desenvolvimento local e regional. Os produtos culturais resultantes do Fronteiras do Pensamento serão utilizados pela UFRGS para distribuição as sua bibliotecas, centros acadêmicos e à comunidade. Além disso, os encontros promovidos para a comunidade acadêmica com alguns destes intelectuais serão chamados de Encontros Acadêmicos, e vão figurar entre os mais de 1.600 eventos de extensão universitária promovidos pela PROREXT.

É por ser uma universidade com tal vocação, que acompanha as grandes correntes do pensamento e pretende ser um fórum de debates vindos de qualquer parte do globo, que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por meio de sua Pró-Reitoria de Extensão e do Departamento de Difusão Cultural, formalizou um protocolo de cooperação com a Telos Cultural, idealizadora e produtora do Fronteiras do Pensamento, projeto cultural múltiplo que já trouxe mais de 130 convidados de renome internacional dos cinco continentes a Porto Alegre em seus sete anos existência. O protocolo visa à realização de ações de interesse comum, abrangendo assessoria técnica, bem como propostas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de assegurar a expansão quantitativa e qualitativa das atividades culturais. Entre as ações pretendidas estão o desenvolvimento de programas de formação continuada para professores, técnicos, dirigentes, especialistas e comunidade em geral; a construção de uma agenda de extensão voltada aos interesses da educação básica e do ensino superior e a interação do conhecimento acadêmico com as redes de ensino e a comunidade universitária por meio de conferências, materiais didáticos e diferentes produtos culturais. Tais ações, que se tornarão uma constante na agenda da universidade, já vinham sendo realizadas

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Para 2013, além da realização da sétima edição do curso de altos estudos Fronteiras do Pensamento com dez conferências realizadas de maio a novembro e dos quatro encontros do Fronteiras Educação no segundo semestre, ambos realizados no Salão de Atos da UFRGS para um público de 1.300 pessoas. Assim como já estão agendados dois Encontros Acadêmicos, o primeiro com o filósofo ganês Kwame Anthony Appiah e o segundo com o filósofo australiano Peter Singer, este reunindo os diversos comitês de Ética das universidades parceiras. Desta forma, a UFRGS firma mais uma vez sua missão de difundir o saber assumindo uma posição protagonista na preocupação e ação para o bem comum. Como locus privilegiado de pesquisa e instituição centenária de reconhecimento nacional e internacional, reforça seu comprometimento com o futuro e com a consciência crítica, buscando a qualificação do seu corpo docente e priorizando sua inserção nacional e internacional disposta a promover a solidariedade – tendo em vista que ideias fazem diferença na organização de esforços para o um desenvolvimento mais justo, compassivo e de real progresso humano.


REFLEXÃO

FRONTEIR A S DO PENSAMENTO

K AREN AMSTRONG

MANUEL CA STELL S

Escritora britânica, agraciada com o Freedom of Worship Award, do Instituto Roosevelt, e, também, com o TED Prize, do qual resultou a Charter for Compassion, iniciativa focada em promover a compreensão e a paz. Aos dezessete anos, Armstrong se tornou noviça na ordem religiosa Society of the Holy Child Jesus, e, ao assumir os votos de freira, passou a chamar-se Irmã Martha. Decepcionada com a vida religiosa, quatro anos depois, abandonou o convento. Com uma trajetória pautada pelo rigor acadêmico e as marcantes experiências de vida, a escritora é tocada simultaneamente pelo chamado da fé e pela lucidez da ciência, e aborda, em quase todos os seus livros, a crescente dicotomia entre religião e filosofia, numa tentativa de reconstituir historicamente os fragmentos dispersos dos nomes de Deus. Dentre suas publicações estão Uma história de Deus, A grande transformação e A escada espiral.

Sociólogo espanhol, agraciado com o Holberg International Memorial Prize 2012. Suas pesquisas abrangem os mais diversos campos, da política econômica às sociologias urbana e da cultura. Professor nas áreas de sociologia, comunicação e planejamento urbano e regional em renomadas instituições, Castells investiga, há mais de duas décadas, os efeitos da informação sobre a economia, a cultura e a sociedade em geral. Sua obra virou referência obrigatória na discussão das transformações sociais do final do século XX, tendo conquistado dezenas de doutorado honoris causa, a Medalha Erasmos pela Academia Europeia e o Prêmio Kevin Lynch de Design Urbano pelo MIT, dentre tantos outros. Em A sociedade em rede, primeiro volume da trilogia baseada em pesquisas sobre a era digital, analisa a dinâmica social e econômica na era da informação, buscando compreender as transformações que as novas tecnologias estão produzindo em nossas vidas. É também autor de O poder da identidade e A galáxia da internet.

KAREN ARMSTRONG Data: 06 de maio, segunda-feira Horário: 19h30min Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

M A R I N A S I LVA

MANUEL CASTELLS Data: 10 de junho, segunda-feira Horário: 19h30min Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

Debate especial com Fernando Gabeira “O Brasil e a questão ambiental”. Historiadora e pedagoga brasileira, considerada uma das principais líderes socioambientais do planeta. Companheira de Chico Mendes na luta em defesa da floresta amazônica, Marina Silva ganhou reconhecimento internacional através da sua defesa da ética, da valorização dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável. Agraciada com o Champions of the Earth pela ONU e a Medalha Duque de Edimburgo pela rede WWF, foi também homenageada na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, por seus esforços em promover a paz mundial. Atuou como senadora pelo estado do Acre durante 16 anos e, também, como ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008. Em 2010, concorreu à Presidência da República pelo Partido Verde – PV, tornando-se a candidata mais votada da história internacional da legenda.

MARINA SILVA Data: 27 de maio, segunda-feira Horário: 19h30min Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

ANTÓNIO DAMÁSIO Médico e neurocientista português, vencedor do Prêmio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica e Técnica. Suas pesquisas focam na busca de respostas para questões filosóficas com base no conhecimento do cérebro. Damásio é professor de neurociências e diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade na Universidade do Sul da Califórnia, e suas descobertas na área da neurobiologia da mente e do comportamento, com ênfase na emoção, tomada de decisões, memória, comunicação e criatividade, fizeram dele um líder com reconhecimento internacional no campo das neurociências. Seu trabalho tem grande influência sobre o entendimento atual dos sistemas neurais, envolvendo memória, linguagem e consciência. Autor de O erro de Descartes e O sentimento de si, dentre muitos outros.

ANTÓNIO DAMÁSIO Data: 24 de junho, segunda-feira Horário: 19h30min Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

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CINEMA

CINEMA NO ILE A O ILEA – Instituto Latino-americano de Estudos Avançados oferece à comunidade da UFRGS uma programação mensal de cinema. As exibições ocorrerem sempre nas terças-feiras, às 17h, no auditório do ILEA.

LARANJA MECÂNICA 14 de maio – 3ª feira – 17h (A Clockwork Orange, GBR/USA, 1971, 136 min.) Dir. Stanley Kubrick

MAIO

O alucinado Alex (Malcolm McDowell) tem sua própria forma de se divertir, sempre à custa da tragédia dos outros. Sua transformação de punk sem moral a cidadão exemplar doutrinado, e sua volta ao estado rebelde, compõem a chocante visão do futuro que Stanley Kubrick elaborou a partir do livro de Anthony Burgess. As imagens inesquecíveis, a música arrebatadora e a linguagem fascinante utilizada por Alex e sua gangue foram moldadas por Kubrick neste conto sobre os caminhos da moralidade.

O GAROTO DA BICICLETA 28 de maio – 3ª feira – 17h (Le gamin au vélo, BEL/FRA/ITA, 2011, 87 min.) Dir. Jean-Pierre Dardenne / Luc Dardenne Cyril, quase 12 anos, um único plano: encontrar o pai que o deixou temporariamente em um orfanato. Por acaso ele conhece Samantha, dona de um salão de beleza, que aceita ficar com ele nos finais de semana. Cyril não consegue ver o amor que Samantha sente por ele, um amor de que ele precisa desesperadamente para apaziguar sua raiva. JUNHO

O SEGREDO DOS SEUS OLHOS 07 de maio – 3ª feira – 17h (El secreto de sus ojos , ARG/ESP, 2009, 127 min.) Dir. Juan Jose Campanella Após trabalhar a vida toda num Tribunal Penal, Benjamín se aposenta. Seu tempo livre lhe permite escrever um romance baseado num acontecimento que vivera anos antes. Em 1974, fora encarregado de investigar um violento assassinato. Ao escavar velhos traumas, Benjamín confronta o intenso romance que teve com sua antiga chefe, assim como decisões e equívocos passados. Com o tempo, as memórias terminam por transformar novamente sua vida.

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O PALHAÇO 21 de maio – 3ª feira – 17h (BRA, 2011, 90 min.) Dir. Selton Mello Benjamim (Selton Mello) e Valdemar (Paulo José) formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Benjamim é um palhaço sem identidade, CPF e comprovante de residência. Ele vive pelas estradas na companhia da divertida trupe do Circo Esperança. Mas Benjamim acha que perdeu a graça e parte em uma aventura atrás de um sonho.

BLADE RUNNER 04 de junho – 3ª feira – 17h (Blade Runner, USA, 1982, 116 min.) Dir. Ridley Scott Em 2019, uma corporação desenvolve uma tecnologia para criar clones humanos, os replicantes, que são utilizados como escravos em outros planetas. Quando um grupo de replicantes se rebela na Terra, o ex-policial Deckard é convocado para caçá-los e exterminá-los.


BICHO DE SETE CABEÇAS

GRAN TORINO

11 de junho – 3ª feira – 17h (BRA, 2001, 74 min.) Dir. Laís Bodanzky

18 de junho – 3ª feira – 17h (Gran Torino, USA/DEU, 2008, 116 min.) Dir. Clint Eastwood

Neto é um jovem de classe média baixa, que leva uma vida comum até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um cigarro de maconha em seu bolso. O fato é a gota d’água que deflagra a tragédia na família. Neto é um adolescente em busca de emoções e liberdade, com pequenas rebeldias incompreendidas pelo pai, como pichar muros e usar brincos. A falta de entendimento leva ao emudecimento na relação dentro de casa, e o medo de perder o controle sobre o filho vira o amor do avesso. No manicômio, Neto conhece uma realidade absurda e desumana, onde os internos são devorados por um sistema corrupto e cruel.

O funcionário aposentado da indústria automotiva Walt Kowalski (Clint Eastwood) é um veterano da Guerra da Coréia. Ele preenche seus dias fazendo consertos em casa e tomando cerveja, além de visitar mensalmente o barbeiro. Inflexível e com determinação inabalável, vive num mundo em transformação e se vê forçado pelos vizinhos imigrantes - que acabam de se mudar, vindos do Laos - a confrontar seus próprios preconceitos.

EINSTEIN REVELADO: O HOMEM POR TRÁS DO GÊNIO 25 de junho – 3ª feira – 17h (Einstein revealed, USA, 1996, 54 min.) Dir. Andrew Sachs Documentário da rede PBS, baseado em documentos históricos e arquivos pessoais, que apresenta a vida e as ideias de Albert Einstein.

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CARTOLA

A UFRGS SOBRE RODA S

I passeio ciclístico da Universidade Cada dia mais as bicicletas tomam conta das ruas em todas as partes do mundo. Diferentes grupos de pessoas deixam seus carros na garagem e optam pelas duas rodas como meio de transporte para o trabalho, faculdade e, ainda, para as horas de lazer. Pedalar, além de ser uma ótima maneira de se conhecer melhor a cidade, promove também uma vida muito mais saudável. A Divisão de Esportes da UFRGS – órgão vinculado à PRAE (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) em parceria com a PROREXT através do Departamento de Difusão Cultural – propõe um passeio ciclístico intitulado A UFRGS sobre rodas. Tal atividade tem como objetivo promover a integração entre a comunidade acadêmica e a comunidade de Porto Alegre, além de estimular a prática saudável de exercícios físicos. Com a saída prevista junto à Rádio da Universidade, percorrerá pontos e ruas tradicionais de Porto Alegre, entre elas a Av. Ipiranga, culminando nas dependências da ESEF/ UFRGS. Na oportunidade deverá ser realizada uma homenagem póstuma ao professor Antonio Carlos Srinnghini Guimaraes, ex-pró-reitor da PROREXT, professor da Escola Superior de Educação Física da UFRGS, triatleta e ciclista tragicamente morto em outubro de 2005.

A UFRGS SOBRE RODAS Data: 26 de maio, domingo Horário: 10h Local: UFRGS (Rádio da Universidade)/Cidade Baixa/Santana/ESEF-UFRGS Modalidade: livre Inscrições até o dia 23/05/2013: Secretaria da PRAE - Rua Paulo Gama nº 110 - Prédio 12105 - Ex. Prédio da Filosofia - Anexo III da Reitoria. Porto Alegre, RS ou pelo email sae@sae.ufrgs.br e fones (51) 3308 3240 ou (51) 3308-5757.

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LOCALIZAÇÃO

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INSTITUTO DE QUÍMICA

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CAMPUS CENTRAL A – Sala Qorpo Santo B – Sala Redenção – Cinema Universitário C – Salão de Festas D – Sala Fahrion E – Salão de Atos Entradas Principais Entradas Secundárias

ENDEREÇOS Sala Qorpo Santo / Sala Redenção – Cinema Universitário – Av. Eng. Luiz Englert, s/n°, Centro Histórico Salão de Festas / Sala Fahrion – Av. Paulo Gama, 110, 2° andar da Reitoria – Campus Central Salão de Atos – Av. Paulo Gama, 110

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CAMPUS DO VALE A – Parada de ônibus B – Praça Campus do Vale Caminho da parada até a Praça do Campus

INFORMAÇÕES GERAIS DEPARTAMENTO DE DIFUSÃO CULTURAL Endereço: Av. Paulo Gama, 110 – Mezanino do Salão de Atos – Campus Central Fone: (51) 3308 3933 ou (51) 3308 3034 E-mail: difusaocultural@ufrgs.br Website: www.difusaocultural.ufrgs.br Entrada e inscrição em eventos: agendamento pelo site ou no local Horário de Funcionamento: das 8h às 18h, aberto ao meio-dia


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Carlos Alexandre Netto Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Rui Vicente Oppermann

LEIA E PASSE ADIANTE

Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunha Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher

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Equipe do DDC Carla Bello – Coordenadora de Projetos Especiais Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Juliana Mota – Coordenadora e curadora do Projeto Vale Doze e Trinta Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Sinara Robin – Coordenadora do Projeto Reflexão Tânia Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Bolsistas Fabiana Saikoski Júlia Cabral Júlia Zortéa Maciel Goelzer Naiane Weber Vieira Projeto gráfico Katia Prates Revisão Tânia Cardoso Diagramação Andréa de Castro Moreira Crédito imagens p. XX – título/fonte (as imagens que não tem legenda ficam aqui, como as maiores do cinema) ; Programação sujeita a alterações. Sala Redenção – Cinema Universitário Impressão Gráfica da Ufrgs

Apoio

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pró-Reitoria de Extensão Departamento de Difusão Cultural Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.difusaocultural.ufrgs.br

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