AGENDA C U LT U R A L Setembro Outubro 2018
Neste mês, os visitantes do prédio da Reitoria serão recebidos por diferentes movimentos da arte e da cultura. No térreo, o espaço que tradicionalmente foi utilizado pela segurança, já teve diferentes usos, tendo sido o local das telefonistas em um nem tão distante tempo. As pessoas ao ligarem eram direcionadas para os locais de interesse, sendo dirigidas aos seus destinos; depois, a segurança, também desempenhando um papel de orientação, direcionava o público que chegava à Reitoria. Agora este espaço se transformará em uma galeria, que se abre para apresentar diferentes obras que têm o olhar feminino como uma possíovel orientação. Mas esta orientação não será para o local específico e sim para as sensibilidades, estímulos e leituras que a arte exposta desencadeará. E, não esquecendo a vocação de orientação, levando a todos a novos percursos. A todos, portanto, um bom percurso pelos diferentes caminhos que a arte e a cultura possibilitam. A agenda como um mapa, o mapa dos acontecimentos dos próximos dois meses. É possível se perder para se localizar através das artes visuais, da música, do cinema, do teatro e de tantos outros que venham a criar.
Claudia Boettcher Diretora do Departamento de Difusão Cultural
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CATTANI, Maria Lúcia (Garibaldi, RS, 1958 – Porto Alegre, RS, 2015) Sem título, 1997 Guache sobre papel, 62 × 122 cm Acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo
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m múússiica ca
U N IMÚ S I C A 2 018 S É R I E T É M PA N O A M É R I C A Depois do ciclo lusamérica, canções, de 2013, em que se dedicou ao rico cancioneiro da língua portuguesa, mesclando em sua programação artistas lusitanos e brasileiros, o Projeto Unimúsica volta-se, neste ano, para a produção musical latinoamericana. Através da série témpano américa, o Unimúsica 2018 recebe em seu palco, em iniciativa inédita, músicos de países como Uruguai, Peru, Argentina, Venezuela, Colômbia, Chile, além do Brasil. A curadoria compartilhada com Benjamim Taubkin, Demétrio Xavier e Leonardo Croatto permitiu que destacássemos desse amplo horizonte, desse témpano – palavra que, no idioma espanhol, designa iceberg – uma pequena parte. Fica o convite: que a superfície imensa e oculta possa ir se desvelando aos poucos com os cantos, ritmos e instrumentos trazidos por esses jovens artistas – todos, a seu modo, inovadores, mas também comprometidos com a herança continental.
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Assim, para enriquecer ainda mais o contato com essas diferentes paisagens – sonoras, humanas, geográficas –, reconhecidos fotógrafos e fotógrafas de Porto Alegre comporão, ao longo da temporada, a cenografia do Unimúsica com imagens produzidas por eles e elas em viagens aos países-tema da série. Entre as fotos e as músicas não há correspondências prévias ou literais, mas umas e outras atuam em conjunto para nos transportar, para nos levar longe – ou longes, como diria Vitor Ramil.
Lígia Petrucci Coordenação e curadoria Projeto Unimúsica
Luiz Carlos Felizardo | Uruguai
Tuanne Eggers | Peru
Flávio Dutra | Argentina
Lilian Maus | Colômbia
Luiz Eduardo Achutti | Brasil
Theo Tajes | Chile 5
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SETEMBRO Sebastián Macchi Trío + Carlos Aguirre solo O trio é formado por Sebastián Macchi (piano e voz) Carlos Aguirre (baixo) e Gonzalo Diaz (bateria). Os músicos desenvolvem desde 2015 um projeto que nasce de seu vínculo de amizade e, juntos, buscam um som próprio, equilibrando delicadamente a palavra cantada, o instrumental e a improvisação. Suas canções revelam uma profunda ligação com a paisagem e a cultura ribeirinha de sua região, a província argentina de Entre Ríos. Mas os temas são atravessados pelas marcas da vida contemporânea e tratados com uma grande liberdade estética e de linguagem. Sebastián Macchi atuou em vários projetos musicais, entre os quais o trio Luz de Agua – ao lado de Fernando Silva e Claudio Bolzani, com quem lançou os discos Poemas de Juan L. Ortiz: canciones (2005) e Otras canciones (2015) – e o duo de pianos com Lucas Nikotian (2013). Participou de gravações de Carlos Aguirre, Coqui Ortiz, Silvia Iriondo, Cecília Pahl, Nico Ibarburu, Mario Gusso, Luis Barbiero e Barro. Entre 2007 e 2010, Macchi viveu no Rio de Janeiro, onde teve inúmeras experiências musicais. Em 2016, lançou o álbum Piano solito, com temas originais e também arranjos para piano de diferentes gêneros do folclore argentino. Parceiro de Macchí no trio, o experiente pianista, compositor e arranjador Carlos Aguirre terá, neste concerto, um momento solo para apresentar
ao público do Unimúsica suas criações, nas quais se fundem, com originalidade, a maestria técnica de sua formação clássica e sonoridades jazzísticas e latino-americanas.
UNIMÚSICA – SEBASTIÁN MACCHI TRÍO + CARLOS AGUIRRE AUDIÇÃO COMENTADA Data: 12 de setembro – quarta-feira Horário: 20h Local: Sala Fahrion (2º andar da Reitoria) Av. Paulo Gama, 110. CONCERTO Data: 13 de setembro – quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110. Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 10 de setembro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos ou no dia 10, das 9h às 17h, no ILEA (Campus do Vale) Foto - Pablo Merlo
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Foto - Josuar Ochoa
OUTUBRO El Tuyero Ilustrado El Tuyero Ilustrado é um duo de joropo venezolano integrado por Edward Ramírez (cuatro) e Rafa Pino (voz e maracas). O joropo é um gênero fundamental da música tradicional da Venezuela e da Colômbia. O duo interpreta canções próprias e releituras, sustentando uma coloração urbana e contemporânea desse ritmo. As letras nos levam por temas como o amor, o humor, a crítica social, a história popular e a vida diária do cidadão comum. Edward e Rafa trazem uma proposta rica, com uma poderosa carga de identidade do norte sul-americano, mostrando a beleza do joropo, um ritmo que também convida a dançar. Sua última produção discográfica foi indicada ao Grammy Latino como Melhor Álbum Folclórico. Sempre em busca de novas possibilidades em termos de composição e arranjos, Edward Ramírez se firmou como um dos cuatristas mais versáteis e criativos de sua geração. Com mais de 30 álbuns gravados, sua atuação como compositor, produtor e instrumentista tem contribuído para mudar a maneira como os jovens veem a música tradicional de seu país. Rafa Pino é considerado uma das vozes mais promissoras da nova geração de cantautores venezuelanos, transitando, em seus diferentes projetos, entre a tradição, a salsa, o rock, o pop, o hip hop e o reggae. Rafa também produziu música para cinema, teatro e dança, em colaboração com artistas e cineastas como Miguel Issa, Belén Orsini, Oswaldo Maccio, Atahualpa Lichy, Valeria Bolívar, Adriana Cols.
UNIMÚSICA – EL TUYERO ILUSTRADO AUDIÇÃO COMENTADA Data: 03 de outubro – quarta-feira Horário: 20h Local: Sala II do Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110. CONCERTO Data: 04 de outubro – quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110. Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 1º de outubro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos ou no dia 1º, das 9h às 17h, no ILEA (Campus do Vale).
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SOM NO SALÃO Em 2018, o Som no Salão chega a sua 8ª edição com 101 inscritos no edital. Até o fechamento desta agenda, a comissão do projeto estava em processo de audição e avaliação, levando em consideração a qualidade e originalidade das músicas autorais e propostas de espetáculo. Coordenado pela administração do Salão de Atos, o projeto abre espaço e disponibiliza o palco com todas as condições técnicas necessárias para realização dos shows. É significativo participar do Som no Salão, experiência que se manifesta nos depoimentos do Marcelo Camara e Paola Kirst, artistas que se apresentaram na última edição.
“Para uma banda formada por alguns ‘rapazes latino-americanos, sem parentes importantes e vindos do interior’ tocar no Salão de Atos da UFRGS soa como um objetivo cuja realização é improvável. Se somarmos a isso toda uma estrutura de som e luz digna dos grandes espetáculos musicais, a captação do evento em sistema full hd por seis câmeras, a divulgação, …, chegamos ao status de impossível. Mas o projeto Som no Salão Surgiu no nosso caminho para derrubar as (im)probabilidades e transformar sonho em realidade. O Conjunto Musical La Digna Rabia concorreu por três vezes antes de ser contemplado no edital de seleção da 7ª Edição, em 2017. Foi um período no qual pudemos amadurecer nossa proposta de forma a deixá-la à altura do palco que iria nos receber. E esse é mais um dos méritos do projeto Som no Salão: a liberdade e o apoio que recebemos de toda a equipe. Assim, foi possível transformar o Salão de Atos em Salão de Baile, com o público invadindo o palco logo nas primeiras músicas e não arredando o pé antes do último acorde. E, sim, o ápice dessa celebração foi termos trazido a esse palco a Bateria da Escola de Samba Estado Maior da Restinga, estabelecendo essa ponte entre a Restinga e o centro da cidade, entre a arte popular e o espaço
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nobre que se abre para essas diferentes propostas. Dá vontade de participar de novo a cada ano. Longa vida ao Som no Salão!” (Marcelo Camara, integrante do Conjunto Musical La Digna Rabia – Som no Salão novembro 2017)
“O Som no Salão sem dúvida foi um grande impulsionador para a minha carreira. Pude apresentar um espetáculo gratuito num dos palcos mais importantes da capital. O Salão de Atos ficou bem cheio e para mim isso foi uma grande surpresa. Era inverno e fazia muito frio, mesmo assim as pessoas se deslocaram para assistir a mim, ao Kiai Grupo (banda que me acompanham). Além disso tudo tive a oportunidade de convidar outros músicos para contribuir com o show, como Andrei Corrêa, Edu Martins e Jéssica Berdet. Luz e som perfeitos, palco enorme, camarim e uma super acolhida do pessoal que organiza o evento. Participar deste projeto que prioriza o trabalho autoral e incentiva a produção de artistas mulheres que estão no início de sua carreira foi de extrema importância. Graças ao Som no Salão pude alcançar novos públicos, ter um material em vídeo e áudio de altíssima qualidade (show na íntegra no YouTube)“. (Paola Kirst – Som no Salão julho de 2017)
A PROGRAMAÇÃO 2018 INICIARÁ EM OUTUBRO, SEMPRE ÀS QUARTAS-FEIRAS, ÀS 20H ENTRADA FRANCA Datas: 24 de outubro, 07 de novembro, 14 de novembro e 05 de dezembro. Acompanhe a divulgação dos selecionados em www.ufrgs.br/somnosalao ou facebook.com/ somnosalao
artes v i sua i s
A cer v o It i nerante do N I C A
Segundo Andar recebe Acervo Itinerante do NICA A comunidade universitária ganha, neste mês, mais uma atração no segundo andar da Reitoria: as obras do Acervo Itinerante do NICA – Núcleo de Instauração da Cerâmica Artística agora poderão ser experienciadas juntas, anteriormente expostas em cada um dos andares do prédio. Este reduto das artes ressignifica o prédio da administração central da Universidade, e agora recebe mais esta bela adição às suas paredes.
Complementando esta ação, em comemoração aos Salões UFRGS, o NICA irá instalar no Campus do Vale o projeto Prensauto, um painel cerâmico desenvolvido a partir da prensagem de objetos autobiográficos em placas de argila coordenado pelo artista e professor Carusto Camargo.
O local é historicamente um dos espaços mais emblemáticos da cultura na Universidade: era palco dos findos Bailes da Reitoria, foi se reinventando para sediar projetos como o Unimúsica e, hoje em dia, mantém em seu espaço exposições diversas. O Acervo é composto de uma série de Objetos Cerâmicos independentes acondicionados em redomas de vidro lacradas e posicionadas sobre suportes de madeira que são instalados diretamente nas paredes internas da UFRGS. Cada artista convidado a participar do projeto instalou uma ou mais cerâmicas no interior de uma redoma, que apresenta base quadrada de 14 cm de lado e altura de 33 cm, sendo ambas as medidas internas ao vidro.
Acervo Itinerante NICA Data: A partir do dia 28 de agosto – terça-feira Horário: das 8h às 18h Local: 2o Andar da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110. Foto - Maciel Goelzer
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O bras e m R eser va – A cer v o A rtíst i co da P i nacoteca B arão de S anto  ngelo
A Reitoria e o acervo artístico da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo
Resultado da profícua colaboração entre a Reitoria da UFRGS, através do Departamento de Difusão Cultural, e Pinacoteca Barão de Santo Ângelo – Setor de Acervo Artístico, as coleções da Universidade recebem um novo impulso em novos espaços de amostragem. Dando sequência às atividades iniciadas em 2014, com a mostra Pinacoteca Barão de Santo Ângelo nos 80 Anos da UFRGS – Módulo I, seguidas do lançamento do Catálogo Geral da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo – 1910-2014 (2015), da exposição Pinacoteca Barão de Santo Ângelo nos 80 Anos da UFRGS – Módulo II (2016), do seminário Olhares de críticos e curadores sobre as coleções universitárias (2016), e, finalmente, da exposição O silêncio, o tempo e a voz – Mulheres artistas nos acervos da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo e Museu Universitário (2018), abrimos agora a nova exibição do acervo no espaço nobre do Salão de Festas da Reitoria – Obras em Reserva – Acervo Artístico da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo – exposição que consolida o espaço de permanência do Acervo Artístico. Muitas são as obrigações e demandas do Setor de Acervo Artístico, assim como também numerosos são os problemas que afetam o seu dia a dia. Talvez o mais grave seja a falta de um espaço de visibilidade para as coleções, para atender a missão fundadora da coleção, assim como atender as obrigações diárias, mormente àquelas vinculadas ao seu papel de coleção universitária. As duas reservas técnicas e uma sala de armazenagem (no Instituto de Artes e no ICBS) não comportam mais o crescimento da coleção. Os problemas advindos das numerosas obras em depósito não só colocam em risco a integridade física da coleção como também dificultam, quando não impedem, a sua acessibilidade aos pesquisadores
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e estudantes. As mostras nos espaços da Reitoria não só possibilitarão a visibilidade da coleção como também aliviarão – com a mostra permanente – as reservas técnicas de pintura e escultura, permitindo assim o trabalho de atendimento das demandas de estudos e pesquisas. A exposição Obras em Reserva – Acervo Artístico da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo apresenta, em grandes painéis, uma quarentena de pinturas e esculturas, parte dela de grandes formatos. A organização em quatro grandes grupos, como os gêneros natureza-morta, paisagem e nu e um conjunto de obras abstratas, propondo a troca de informações entre os grupos, a partir de uma perspectiva ampla e não excludente. É um recorte de generosa amplidão temporal – obras desde os anos 1920 até a atualidade – e formal, pois expomos pinturas acadêmicas, pré-modernistas, modernistas e contemporâneas. Atendemos assim à ambição de compartilhar tesouros pouco vistos e também à necessidade de liberar espaços nas reservas. Podemos dizer com segurança que a intenção primeira foi a de expor obras pouco ou ainda não vistas, propondo uma perspectiva que não segue nenhum princípio rigoroso de mostras fundadas em aportes temáticos, conceituais ou filosóficos. Como diz seu título, é uma mostra de acervo e, para isso, escolhemos as formas mais elementares de organização, convidando nosso público a elaborar as leituras e as trocas entre as diversas formas de representação do mundo. Não é nossa intenção propor ou alterar os cânones museológicos, mas abrir para uma história generosa da arte, plural e diversa ao mostrar as diferentes histórias artísticas armazenadas na nossa coleção. Temos plena consciência dos limites e das ambições
CASTRO, Geraldo Freire de (Rio de Janeiro, RJ, 1914 – Rio de Janeiro, RJ, 1992) Marinha, 1953 Óleo sobre tela, 130 × 230 cm
do nosso acervo e, respeitando esses limites, procuramos partilhar a responsabilidade de posicionamento dentro do mundo multifacetado em que vivemos, não polemizando, mas abrindo a possibilidade de diálogos e discussões. Temos consciência de que toda exposição é uma narrativa, mesmo se esta se apresenta de modo muito próximo ao de uma reserva técnica visitável. Se aqui há uma narrativa, essa é complementar àquela dominante da arte moderna brasileira do século XX, incluindo artistas que, não obedecendo às regras modernistas, nem por isso deixam de participar da formação do nosso campo artístico: são manifestações de alinhamentos extemporâneos, primando pela excelência formal e pela fidelidade às representações realistas. Paralelo a essas obras temos outras que refletem outras posturas, visíveis nas abstrações e em algumas das representações contemporâneas de nus, paisagens e naturezas-mortas. Em um espaço especialmente projetado, a exposição reflete criticamente sobre o papel das instituições de arte, apresentando uma história do
colecionismo local e sua imensa contribuição para a formação do nosso campo das artes plásticas e visuais. Complementaremos essa exibição do acervo com outras mostras que ocorrerão no espaço central. Deste modo, o Salão de Festas incorpora de modo efetivo o acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo acolhendo, no mesmo espaço, outros eventos e acontecimentos da agenda da Reitoria. Queremos com isso exibir e compartilhar parte do legado do Acervo Artístico da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo para a construção da rica e intricada cultura e história da arte contemporânea no Brasil. Paulo Gomes Coordenador da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo
Obras em Reserva – Acervo Artístico da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo Abertura: 27 de agosto – segunda-feira Visitação: de 28 de agosto de 2018 a 29 de março de 2019 Horário: das 9h às 17h Local: Salão de Festas da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110.
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U n i foto
Beleza que mata: a dualidade de um patógeno mortal Sob o microscópio, os atributos celulares de microrganismos causadores de doenças revelam uma beleza espetacular. A utilização de diferentes técnicas de microscopia permite a compreensão da dinâmica celular além do limite da visão. A presença de padrões geométricos funcionais em comunidades de microrganismos demonstra como eles percebem e exploram seu entorno, comunicam-se e remodelam-se. Atos cooperativos que vão desde uma pequena ajuda até o auto sacrifício ocorrem nas diferentes formas de vida dos microrganismos ao ser humano. As imagens capturadas de fungos do Laboratório de Fungos de Importância Médica e Biotecnológica do Centro de Biotecnologia (LabFIMB – CBiot) oferecem uma apreciação científica e artística dos fungos Foto - Divulgação
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Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, agentes etiológicos da criptococose, uma doença com letalidade superior a 180.000 casos por ano e distribuição mundial. A exposição chama a atenção para a necessidade de pesquisas sobre criptococose e dá um vislumbre da beleza microscópica que é literalmente mortal.
Exposição Beleza que mata: a dualidade de um patógeno mortal Abertura: 27 de setembro – quinta-feira| 18h30min Visitação: de 28 de setembro a 09 de novembro Horário: das 10h às 18h Local: Sala Fahrion - 2o Andar da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110.
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Foto - Divulgação
Tat i portela no salão ufrgs | 2 018 Famosa nacionalmente por seu trabalho com a banda de reggae gaúcha Chimarruts, a vocalista Tati Portella apresenta seu repertório no Salão UFRGS. Desde 2016 dando ênfase à carreira solo, a cantora traz ao Palco Grego do Campus do Vale novas músicas como Samba a Seis, Blues Calado e Devoção, ao lado de sua banda constituída somente de mulheres, com um repertório vasto, englobando desde o samba ao soul.
Concerto de tati portela Data: 15 de outubro Horário: 17h Local: Palco Grego - Campus Vale da UFRGS Av. Bento Gonçalves, 9.500. Entrada franca
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CINEMA
SAL A REDENÇÃO C I N E M A U N IV E R S I TÁ R I O SETEMBRO
Cidade, cotidiano e poesia
Estamos tão mergulhados em nossas rotinas que pouco reparamos o quanto nosso cotidiano e nossa cidade estão imersos em poesia. Para pensar um pouco sobre o tema, Sala Redenção – Cinema Universitário e Sesc/RS, juntos, trazem quatro filmes apaixonantes e provocadores de uma certa epifania de celebração do instante vivido. Um dos pontos a destacar é o quanto esses filmes propõem uma relação de contemplação com a vida e estabelecem uma desconstrução do nosso olhar frente a um cotidiano em que a velocidade engole nossas percepções e esmorece nossa capacidade crítica e sensível do mundo. Paterson (2017), com direção de Jim Jarmusch, abre a mostra. Um filme sutil, delicado, de poucas palavras, mas que no seu conjunto imprime uma poética a ser desvelada. Todo ele gira em torno do personagem que leva o nome da cidade na qual habita. Paterson escreve poemas. Será da relação que ele estabelece com a cidade e com sua vida cotidiana – esposa, cão, trabalho e amigos – que nasce uma certa poética da cidade que leva o seu nome. Uma poética do banal. Do mínimo. Do essencial. Paterson é um filme-haikai. Sabor da Vida (2015) tem roteiro e direção da realizadora japonesa Naomi Kawase. No longa, três pessoas de gerações diferentes se aproximam em função de uma receita de dorakis (doce japonês recheado com pasta de feijão azuki) em uma pequena loja: o dono, uma senhora que pede emprego, e uma estudante cliente da loja. O que os aproxima, no entanto, é aquilo que eles têm em comum: uma vida solitária e os desafios da geração de cada um. A trama é simples, mas pelo olhar sensível de uma realizadora como Kawase e pela fotografia de Akiyama Shigeki, cada elemento presente no filme – sejam os personagens, a cidade ou até mesmo as sementes do feijão – é repleto de poesia.
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Da realizadora francesa Mia Hansen-Love exibiremos O Que Está Por Vir (2016), longa que recebeu o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes. Novamente pessoas de diferentes gerações passam por crises, mudanças e redescobertas típicas do momento em que vivem e da cidade em que habitam. Sobretudo para a personagem central: uma professora de filosofia de 55 anos que acaba de se separar e, ainda, enfrenta uma turbulenta crise na universidade na qual dá aulas. Ao contrário do que se poderia esperar, o que assistimos é uma personagem reinventando a vida a partir dos conflitos, colocando em xeque a ideia de que pessoas precisam ter um casamento seguro, filhos e uma carreira somente de conquistas para não serem consideradas derrotadas. O roteiro e a direção de Mia Hansen-Love, somados à atuação de Isabelle Hupert flanando por Paris fazem com que o espectador acompanhe e sinta como a personagem, isto é, que rupturas, separações e partidas fazem parte de um processo natural da vida. Columbus (2017) é o filme de estreia na direção do norte-americano de origem sul-coreana Kogonada. Como nas três outras obras que compõem a mostra, Columbus também é um filme em que a cidade e a sua poética são personagens importantes. O que seria dos personagens sem a relação que cada um tem com a cidade que habita? Após o encontro inesperado entre dois personagens centrais, os dois vagueiam pela cidade, no caso, Columbus, no estado de Indiana. É no contato poético com a arquitetura da cidade que os personagens refletem e questionam suas escolhas e trajetórias de vida.
Tânia Cardoso de Cardoso, Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário.
PATERSON
O QUE ESTÁ POR VIR
03 de Setembro | 2a-feira | 16h 06 de Setembro | 5a-feira | 19h 10 de Setembro | 2a-feira | 16h 14 de Setembro | 6a-feira | 16h (EUA | Ficção | 2017 | 118 min | Legendado) Dir. Jim Jarmusch Além de dar nome à cidade em que se passa a história, Paterson é também o nome do protagonista. Ele vive com a namorada e com o cachorro. Ela é uma jovem que parece não saber muito bem o que quer da vida, embora tenha pretensões artísticas. Dirigido por Jim Jarmusch, de Estranhos no Paraíso e Flores Partidas, o longa é uma obra sobre rotina e melancolia.
06 de Setembro | 5a-feira | 16h 13 de Setembro | 5a-feira | 16h 17 de Setembro | 2a-feira | 19h 21 de Setembro | 6a-feira | 16h (França, Alemanha | Ficção | 2016 | 102min | Legendado) Dir. Mia Hansen-Love Nathalie era uma mãe de família com dois filhos e professora de filosofia realizada, até que toda a sua vida começa a ruir.
COLUMBUS
O SABOR DA VIDA 03 de Setembro | 2a-feira | 19h 04 de Setembro | 3a-feira | 16h 10 de Setembro | 2a-feira | 19h 11 de Setembro | 3a-feira | 16h (Japão, França, Alemanha | Ficção | 2015 | 113 min | Legendado) Dir. Naomi Kawase Sentaro administra uma pequena padaria que serve dorayakis — panquecas recheadas com pasta de feijão azuki. Quando Tokue, uma velha senhora, se oferece para ajudá-lo na cozinha, ele aceita com relutância.
05 de Setembro | 4a-feira | 16h 14 de Setembro | 6a-feira | 19h 17 de Setembro | 2a-feira | 16h 21 de Setembro | 6a-feira | 16h (EUA | Ficção | 2017 | 104min | Legendado) Dir. Kogonada Jin, um coreano que já antes vivera nos EUA, encontra-se na cidade de Columbus (Indiana, EUA) para acompanhar o pai - um importante arquiteto -, que se encontra gravemente doente. No hospital conhece Casey, uma jovem local que, para cuidar da mãe, decidiu não perseguir os seus sonhos. Estreado no Festival de Cinema de Sundance (EUA), um filme dramático que marca a estreia na realização do norte-americano de origem sul-coreana Kogonada.
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CINEMA
Persona, direção de Ingmar Bergman.
O Lobo à espreita Entre os dias 24 e 28 de setembro, a Sala Redenção – Cinema Universitário – em parceria com Sesc/ RS – traz novamente, a pedido do público, a mostra Ingmar Bergman: o Lobo à espreita, em homenagem aos 100 anos do realizador sueco. Bergman é um dos grandes cineastas que surgiram após a II Guerra Mundial, e um dos maiores cineastas de todos os tempos. Sua obra é extensa, com mais de cinquenta filmes, roteiros e, ainda, trabalhos para a televisão e peças para o teatro. Aliás, para compreender a obra do diretor é importante destacar a influência da tradição teatral sueca, nórdica, e nomes como de Henrik Ibsen, Soren Kierkegard e August Strindberg nos dão pistas para pensar a obra do realizador. Seus filmes exploram as angústias existenciais do homem moderno, por meio de narrativas densas e complexas utilizando ao máximo as possibilidades da linguagem cinematográfica. Bergman trabalha de forma única com temáticas densas e delicadas, de forte carga existencial, tais como: a solidão, a morte e, ainda, o erotismo e a religião. Todos esses temas explorados muitas vezes de forma violenta e beirando ao absurdo. Uma das características marcantes de seus filmes é o uso do flashback, como também a interação dos personagens com a câmera, em
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possível diálogo com o espectador. Aliás, Bergman é um dos realizadores que mais soube filmar rostos e expressões de pura angústia. O diretor foi premiado diversas vezes nos Festivais de Berlim e Cannes. O reconhecimento internacional aconteceu com O sétimo Selo (1957), que ganhou o prêmio do júri do Festival de Cannes em 1957. Bergman foi um dos fundadores da Academia Europeia de Cinema, foi indicado ao Oscar nove vezes, vencendo como melhor filme estrangeiro três vezes. Ingmar Bergman morreu no dia 30 de julho de 2007, aos 89 anos. Uma coincidência: nesse mesmo dia morria também o realizador italiano Michelangelo Antonioni. Na mostra serão exibidos nove filmes do realizador, em cópia digital de extrema qualidade: O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Persona (1966), Vergonha (1968), A Hora do Lobo (1968), Face a Face (1976), Sonata de Outono (1978) e Fanny e Alexander (1982). Desta vez, exibiremos apenas uma sessão por filme e, no dia 26 de setembro, às 19h, na sessão de A Hora do Lobo, teremos a presença luxuosa de Marco Fialho, assessor em Cinema do Sesc Nacional. Tânia Cardoso de Cardoso, Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário.
O SÉTIMO SELO 24 de setembro | 2a-feira | 16h (Suécia | Ficção | 1957 | 96min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e, enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.
MORANGOS SILVESTRES 24 de Setembro | 2a-feira | 19h (Suécia | Ficção | 1957 | 91min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman A caminho de uma cerimônia de premiação numa universidade, um médico é assediado por situações e personagens que o conduzem a um mergulho em sua vida pregressa.
FACE A FACE 25 de Setembro | 3a-feira | 19h (Suécia | Ficção | 1957 | 91min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman A Dra. Jenny Isaksson é uma psiquiatra que apesar de seu sucesso profissional começa a sofrer uma forte depressão. Ela está à beira de uma crise nervosa, assombrada por imagens perturbadoras de seu passado.
PERSONA
SONATA DE OUTONO
25 de Setembro | 3a-feira | 16h 28 de Setembro | 6a-feira | 19h (Suécia | Ficção | 1966 | 85min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman Uma atriz teatral de sucesso sofre uma crise emocional e para de falar. Uma enfermeira é designada a cuidar dela em uma casa reclusa, perto da praia, onde as duas permanecem sozinhas. Para quebrar o silêncio, a enfermeira começa a falar incessantemente, narrando diversos episódios relevantes de sua vida, mas quando descobre que a atriz usa seus depoimentos como fonte de análise, a cumplicidade entre as duas se transforma em embate.
27 de Setembro | 5a-feira | 16h (Suécia | Ficção | 1968 | 99min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman Uma pianista visita a filha, no interior da Noruega. Enquanto a mãe é uma artista de renome internacional, a filha é tímida e deprimida. Esse encontro tenso, marcado por lembranças do passado, revela uma relação repleta de rancor, ressentimentos e cobranças.
VERGONHA 26 de Setembro | 4a-feira | 16h (Suécia | Ficção | 1968 | 104min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman Para fugir da guerra, um casal de violinistas vive isolado numa ilha. Essa existência idílica acaba quando a casa deles é invadida por um grupo de soldados. Agora, eles terão de se defrontar com as misérias, a destruição e os horrores da guerra. Bergman reflete sobre os profundos efeitos da guerra no ser humano.
A HORA DO LOBO 26 de Setembro | 4a-feira | 19h (Suécia | Ficção | 1967 | 90min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman O pintor Johan e sua esposa grávida, Alma, retiram-se para uma ilha isolada. Johan é consumido por demônios do passado e por constantes alucinações. Alma tenta ajudá-lo a manter a sanidade e controlar sua obra. Mas durante a escuridão, entre a noite e o amanhecer, os medos de Johan podem se concretizar. Após a sessão, debate com Marcos Fialho, acessor em cinema do SESC Nacional.
NA PRESENÇA DE UM PALHAÇO 27 de Setembro | 5a-feira | 19h (Suécia | Ficção | 1997 | 118min | Legendado Dir. Ingmar Bergman Outubro de 1925. O engenheiro Carl Åkerblom, fervoroso admirador do compositor Franz Schubert, é internado em um hospital psiquiátrico em Uppsala. De seu quarto, ele alimenta o revolucionário projeto de inventar o cinema falado. Com a ajuda do professor “louco” Osvald Vogler, o diretor Åkerblom improvisa uma história de amor contando os últimos dias de Schubert.
FANNY E ALEXANDER 28 de Setembro | 6a-feira | 16h (Suécia | Ficção | 1982 | 188min | Legendado) Dir. Ingmar Bergman Suécia, início do século XX. Fanny e Alexander, duas crianças de uma família burguesa, têm suas vidas alteradas radicalmente quando o pai morre e, pouco tempo depois, a mãe se casa com o bispo da cidade, um homem rigoroso e cruel.
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CINEMA P a r c e i ro s d a S a l a R e d e n ç ã o
Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul A Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) comemora 10 anos em 2018 e lança a Sessão ACCIRS, ciclo de exibições comentadas com periodicidade bimestral e itinerância no circuito exibidor do Estado. O projeto inicia em setembro com uma seleção de filmes que estabelecem diversos olhares sobre o cinema, propondo uma reflexão sobre a linguagem nestes tempos de constantes mudanças nas relações entre a produção e o consumo de imagens. O filme de abertura é O Espelho, segundo longa-metragem de Jafar Panahi, é um dos mais emblemáticos do cinema iraniano dos anos 1990. A exibição será na Sala Redenção, no dia 04 de setembro, às 19h, com comentários da crítica Ivonete Pinto e mediação do programador da sessão, Leonardo Bomfim. Sobre o filme: Uma menina espera pela mãe em frente à escola. As colegas vão embora. A mãe não chega. A menina impacienta-se e resolve ir para casa sozinha, aventurando-se pelas ruas próximas. Chega até mesmo a pegar um ônibus e, durante a viagem, fica observando as pessoas à sua volta. A partir de seu universo infantil, ela começa a desvendar o complexo mundo dos adultos, vivenciando encontros inesperados e descobertas inusitadas. E a narrativa do filme passa a caminhar sobre uma fina linha que separa a ficção da realidade. Dirigido por Jafar Panahi após seu aclamado filme de estreia, O Balão Branco, O Espelho radicaliza uma das marcas
do cinema iraniano dos anos 1990: o desconcertante uso da metalinguagem na busca de uma compreensão mais profunda a respeito da relação entre a arte e o mundo. Vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno (1997). Sobre o diretor: Jafar Panahi nasceu em Minaeh, no Irã, em 1960, e estudou direção de cinema e TV em Teerã. Foi assistente de direção de Abbas Kiarostami em Através das Oliveiras e recebeu o prêmio Caméra d’Or para novos diretores no Festival de Cannes por O Balão Branco (1995). Dirigiu O Espelho (1997); O Círculo (2000), Leão de Ouro em Veneza; Ouro Carmim (2002), prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard em Cannes; e Fora do Jogo (2006, 30ª Mostra), vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim. Em 2010, foi condenado a seis anos de prisão e proibido de filmar ou sair do Irã por 20 anos. No mesmo ano, realizou Isto Não é um Filme, exibido na 35ª Mostra. Pardé recebeu o Urso de Prata de melhor roteiro no Festival de Berlim. Seus mais recentes filmes, Taxi Teerã e Se rokh, estrearam e acabaram premiados em Berlim e Cannes, respectivamente.
O ESPELHO 04 de Setembro | 3a-feira | 19h (Irã | 1997 | 95 min) Dir. Jafar Panah O Espelho, direção de Jafar Panah.
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Incluir - Núcleo de Inclusão e Acessibilidade O CIPAS – Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde, vinculado ao Instituto de Psicologia da UFRGS, em parceria com o Incluir – Núcleo de Inclusão e Acessibilidade também da UFRGS, promovem na Sala Redenção um debate sobre o O Cérebro de Hugo. O filme é uma produção francesa, em forma de documentário ficcionado, que apresenta a trajetória desde a infância até a idade adulta de Hugo, um jovem com Síndrome de Asperger, e depoimentos de pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo, pais e profissionais que atuam na área. Trazer este tema para o debate, no momento em que a Universidade implanta a reserva de vagas para pessoas com deficiência, em seu Programa de Ações Afirmativas, conforme dispõe a legislação, procura dar visibilidade a uma temática ainda com muitos desconhecimentos de diversas ordens. Essas lacunas se refletem na vida acadêmica e nas condições de permanência destes sujeitos, principalmente em relação aos aspectos pedagógicos e sociais envolvidos. Conversar sobre aquilo que não se conhece pode reverberar, de forma esclarecedora, em uma das principais barreiras que as pessoas com deficiência encontram no seu dia a dia: as barreiras atitudinais. Convidamos a todos para assistir ao filme e após participar do debate na Sala Redenção, que contará com a participação de profissionais que atuam na área e outros convidados.
A imagem mostra um rapaz de óculos, cabelos lisos castanho-claros, vestindo terno social preto e camisa branca de colarinho. Está sentado à frente de um piano de cauda, com a tampa superior aberta, onde se pode observar a estrutura interna do instrumento. O rapaz olha para o lado como se observasse a plateia.
O CÉREBRO DE HUGO 12 de Setembro | 4a-feira | 16h (França | 2012 | 100 min) Dir. Sophie Révil Hugo tem 22 anos e sofre de síndroma de Asperger ou “autismo altamente funcional”. Excepcionalmente inteligente e dotado de uma memória impressionante, no entanto, vive trancado no seu quarto, prisioneiro das graves limitações emocionais e sociais que o afetam.
O Brincar e a Infância A infância é o delicado período no qual, com auxílio de adultos, a criança constrói a si mesma e também a forma como concebe o mundo que a rodeia. Qual seria o papel de um brincar livre, rotineiro, desapressado e espontâneo, no florescimento disso tudo? A partir de diferentes perspectivas, essa mostra exibirá documentários que irão oportunizar diálogos e importantes reflexões a respeito da maneira como nós adultos podemos influenciar positivamente o universo infantil, quando oferecemos à criança tempo e espaço para que seu espírito lúdico potencialize seu desenvolvimento. A mostra, com curadoria da Ludoteca Pulo do Gato. No dia 13 de setembro, o documentário escolhido é Ser e Vir a Ser (2002), de Clara Bellar. Fechando a mostra, dia 11 de outubro, véspera do dia das crianças, será exibido Criança: a Alma do Negócio (2008), de Estela Renner.
SER E VIR A SER 13 de Setembro | 5a-feira | 19h (França | Documentário | 2014 | 99min | Legendado) Dir. Clara Bellar O filme explora o conceito e, finalmente, a opção de não escolarização dos filhos a confiança de deixá-los descobrir livremente o que realmente lhes motiva A cineasta viaja entre os EUA, Alemanha (onde é ilegal não ir à escola), França e Reino Unido para conhecer famílias que estão vivenciando ou tenham vivenciado esta experiência. Após a sessão, debate com Guilherme Schröder, mestre em Filosofia pela Faculdade de Educação da UFRGS.
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CINEMA
Sessão Especial
CineDhebate Direitos Humanos 2018
podem transformar nossa compreensão do que significa ser saudável.
INTERPRETAÇÃO CULTURAL DO SABOR: ALEX ATALA
MATHEUS SCHMIDT – UM CASO DE AMOR PELO BRASIL 05 de Setembro | 4a-feira | 19h (Brasil | 2017 | 78 min) Dir. Márcia Schmidt, Rogério Brasil Ferrari Narra 60 anos da história do Brasil através das vivências do político Matheus Schmidt (1926-2010), um dos protagonistas na luta pela democracia ao lado de Leonel Brizola. Pelo caminho, ele enfrentou duas prisões, um exílio, resistiu a um duro embate com a ditadura militar, denunciou prisões e desrespeitos aos direitos humanos, foi para a rua defender estudantes e trabalhadores nos confrontos com a polícia.
NADA DE NOVO NO FRONT 12 de Setembro | 4°-Feira | 19h (Guerra, Drama | EUA | 1930 | 136 min | Legendado) Dir. Lewis Milestone Um grupo de jovens alemães é convencido por um professor a se alistar no exército durante a Primeira Guerra Mundial.
Cine AGRURB 18 de Setembro | 3a-feira | 16h
Sequência de curtas 1
O ESPANTALHO
Após a sessão, debate com Nilo Pina Castro, professor de história do Colégio Aplicação e com Marcia Schmidt e Rogério Ferrari, diretora e co-diretor do filme.
Sessão Clube de Cinema O PODER DA ALIMENTAÇÃO O SHOW DE TRUMAN - O SHOW DA VIDA 11 de Setembro | 3a-feira | 19h (EUA | 1998 |103min | Drama | Legendado) Dir. Peter Weir Truman Burbank é um pacato vendedor de seguros que leva uma vida simples com sua esposa Meryl Burbank. Porém, algumas coisas ao seu redor fazem com que ele passe a estranhar sua cidade, seus supostos amigos e até sua mulher.
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(Brasil | 2012 | 20 min) Prod. TED Campos do Jordão/ SP Alex Atala fala sobre a interpretação cultural do sabor. Ele defende que a aceitação de um aroma varia de acordo com a sociedade e a época. E, de peixe cru a formigas, qualquer coisa que você não compreende na cozinha, provavelmente seria facilmente entendida se apresentada na sua primeira infância. Isso porque o principal elo entre a natureza e a cultura passa pela cozinha.
(Brasil | Curta documentário| 2017 | 9 min | Português/Leg.) Dir. Philos TV “O alimento pode ser um poderoso remédio ou um tremendo veneno”. Açúcar vicia? Afinal, ovo faz bem ou mal? Você sabia que muito do que você consome é ultraprocessado? A alimentação é muito mais do que receita para boa forma. Faça uma reflexão com Ana Branco, Bela Gil, Bruno Negrão, Cynthia Howlett, Gabriela Chaves e Jorge Jamili, e descubra que nossas escolhas
(EUA | Animação | 2013 | 3 min | Legendado) Dir. Brandon Oldenburg, Limbert Fabian Curta sobre nossa vida acelerada num mundo em que os valores de uma alimentação saudável se perdem a cada dia. Comemos mais e mais produtos industrializados, e o que é natural é considerado “ultrapassado”. Pensando sobre a forma como nos alimentamos e nos rumos da indústria alimentícia, a rede mexicano A Chipotle lançou uma animação em curta-metragem para refletirmos sobre esse tema.
TRAZENDO A FLORESTA PRA DENTRO DA ROÇA (Brasil | Documentário | 2017 | 25 min | Português/Leg) Dir: Ana Carolina Dionísio e Gustavo Türck “Plantar, manejar, consorciar, integrar. Praticar uma agricultura sustentável com a floresta. Combinar produção de alimentos com conservação ambiental. Recuperar áreas degradadas através da agroecologia. Essas são algumas das práticas e princípios dos Sistemas AgroFlorestais Agroecológicos(SAFAs). Neste audiovisual, conheceremos algumas experiências em SAFAs da Região Sul do Brasil e seus atores: agricultoras e agricultores que os cultivam, pesquisadores e pesquisadoras que buscam melhorá-los, técnicos e técnicas que os assessoram.
19 de Setembro | 4a-feira | 16h
REPENSAR O CONSUMO
Sequência de curtas 2
(Brasil | 2010 | 15 min | Port/Leg.) Dir. TEDX Sudeste André Trigueiro fala sobre a necessidade de repensar o consumo e criar uma cultura de consumo consciente.
Conexões Audiovisuais NASCENTES TAMBÉM MORREM (Brasil | Documentário | 2016 | 15 Min | Port/Leg.) Prod. Digi2 Filmes “O alimento pode ser um poderoso remédio ou um tremendo veneno”. As nascentes de água mineral no Brasil estão secando e a maioria das que restam está contaminada. Precisamos agir rápido e a favor da natureza, pois a água é um bem natural e de todos. Só depende de nós.
19 de Setembro | 4°-feira | 19h
REAL E O IMÁGINARIO (Brasil |Curta de Ficção | 2003 | 8min | Português) Dir. Byron O’Neill Paciente acorda dentro de um curta-metragem e sua enfermeira insiste para que ela aceite mais café. +
HOMEM ARROZ BRASIL ORGÂNICO 18 de Setembro | 3 -feira | 19h (Documentário | 2013 | 58 min | Port/Leg.) Dir. Kátia Klock e Lícia Brancher Histórias de pessoas que têm na produção orgânica uma forte convicção de vida. O roteiro percorre os biomas brasileiros, apresentando a diversidade de ecossistemas, paisagens e culturas. Da pecuária no Pantanal à produção em larga escala em São Paulo; das frutas tropicais na Caatinga ao extrativismo na Floresta Amazônica; de empresas a agricultores familiares e cooperativas da região Sul. a
CINTURÃO VERDE DE PORTO ALEGRE: TERRITÓRIO EM DISPUTA (Brasil | Documentário | 2014 | 28 min | Port/Leg) Dir. Tiago Rodrigues e Jefferson Pinheiro A cidade está em disputa. De um lado, construtoras e imobiliárias que enxergam Porto Alegre como uma mercadoria, e querem transformar todos os espaços em lucro. De outro, mulheres e homens que veem a cidade como um lugar para se viver, onde se possa acolher dignamente todas as pessoas, tenham dinheiro ou não.
(Brasil | Curta de Ficção | 2011 | 17min | Portugês) Dir. Fabrício Koltermann Numa panela, esquentar o óleo, acrescentar o arroz. Mexer só até que os grãos fiquem soltos. Juntar água fervente. Colocar o sal a gosto (prove para ver se está bom de sal). Não mexa mais. Quando começar a ferver, tampar a panela e abaixar o fogo. Esperar secar bem e está pronto para servir. +
ALÉTHEIA (Brasil | Curta de Ficção | 2016 Dir. Camila Daronch Em busca de sua boneca perdida, Sophia adentra um mundo paralelo cheio de questionamentos e reflexões.
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CINEMA
Afronte, direção Bruno Victor e Marcus Azevedo.
OUTUBRO
Mostra CineResistências: vivências TLGBQ+
Entre os dias 01 e 05 de outubro, a Sala Redenção - Cinema Universitário – em parceria com o Sesc/ RS – apresenta a I Mostra CineResistências, visando promover um espaço para o debate de questões que atravessam o cotidiano de grupos socialmente marginalizados. A intenção dessa mostra é estabelecer uma postura de resistência em relação às invisibilizações estratégicas de vozes que denunciam as violências cotidianas que lhes são direcionadas; de vozes que não se conformam com padrões normativos impostos socialmente. Uma das preocupações na seleção dos filmes para compor essa mostra é dar visibilidade para trabalhos voltados para os grupos mais fragilizados dentro dos próprios movimentos de minorias. Assim, propomos colocar em evidência vivências de travestis, transexuais, negras e negros que precisam ser ouvidas a partir de suas experiências específicas, considerando seus enfrentamentos e
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lutas diárias. Desse modo, por meio desse espaço, desejamos potencializar essas vidas, criar conexões, fazer proliferar as linhas de resistências coletivas a partir da diferença. Em sua primeira edição, entre longas e curtas, a mostra conta com dez filmes: Afronte (Marcus Azevedo, Bruno Victor, 2017), Antes o tempo Não Acabava (Sérgio Andrade, Fábio Baldo, 2017), Estamos Todos Aqui (Chico Santos e RafaelMellim, 2017), Meu Corpo é Político (Alice Riff, 2017), Meu Nome é Jacque (Angela Zoé, 2016), Primavera (Fábio Ramalho, 2017), Primavera de Fernanda (Débora Zanatta, Estevan de laFuente, 2016); Sobrevivências (Leonidas Taschetto e Gabriel Celestino, 2018), Uma Mulher Fantástica (Sebastián Lelio, 2017) e Vaca Profana (René guerra, 2017).
Douglas Ostruca Curador da mostra
01 de Outubro | 2a-feira | 16h
SOBREVIVÊNCIAS
05 de Outubro | 6 -feira | 19h
(Dir. Leonidas Taschetto e Gabriel Celestino | 2018 | 53 min) 14 pessoas contam suas histórias de vida, todas elas atravessadas por preconceitos de gênero e sexualidade. (Sobre)Vivências é um documentário intimista que busca ampliar as vozes de pessoas LGBT’s através do cinema, contribuindo para a construção de novas ideias frente a forte estigmatização que esta população possui na sociedade. Os relatos cotidianos são intencionalmente explorados com o objetivo de tornar a experiência única e pessoal para cada um que assiste.
a
VACA PROFANA (Dir. René Guerra | 2017 | 15 min) Nádia é uma travesti que quer ser mãe. Ela será mãe. Ela é mãe. +
MEU NOME É JACQUE (Dir. Angela Zoé | 2016 | 72 min) A história de vida de Jacqueline Rocha Côrtes, uma mulher transexual brasileira, que vive com Aids há mais de 20 anos. Militante pela causa, Jacque tem a vida marcada por lutas e conquistas, chegando a trabalhar como representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas. Atualmente, é casada e mãe de dois filhos, mora em uma pequena cidade e leva uma vida voltada para a maternidade, família e espiritualidade.
02 de Outubro | 3a-feira | 16h 04 de Outubro | 5a-feira | 19h
AFRONTE (Dir. Bruno Victor, Marcus Azevedo | 2017 | 16min) Ficção e documentário se cruzam para mostrar o processo de transformação e empoderamento de Victor Hugo, um jovem negro e gay, morador da periferia do Distrito Federal. Seu relato se mistura aos depoimentos de outros jovens, cujas histórias revelam diferentes formas de resistência, encontradas em discursos de valorização do negro gay. +
02 de Outubro | 3a-feira |19h 04 de Outubro | 5a-feira |16h
PRIMAVERA (Dir. Fabio Ramalho | 2017 | 24 min) “Querido, obrigado por cuidar da casa. Tem vinho na geladeira. Se Raja ficar inquieto, é só dar um biscoitinho.” +
ANTES O TEMPO NÃO ACABAVA 03 de Outubro | 4a-feira | 16h 03 de Outubro | 4a-feira | 19h
(Dir. Fábio Baldo, Sérgio Andrade | 2016 | 85 min) Anderson é um jovem indígena que entra em choque com as tradições de sua tribo. Ele acaba deixando a comunidade em que mora e segue para o centro de Manaus.
01 de Outubro | 2a-feira | 19h 05 de Outubro | 6a-feira | 16h
ESTAMOS TODOS AQUI (Dir. Chico Santos, Rafael Mellim | 2017 | 22 min) Rosa nunca foi Lucas. Expulsa de casa, ela precisa de um novo lar. Enquanto busca um lugar no mangue para construir seu barraco, o projeto de expansão da zona portuária avança em direção aos moradores da Favela. +
MEU CORPO É POLÍTICO (Dir. Alice Riff | 2017 | 72 min) O cotidiano de quatro militantes TLGB que vivem na periferia de São Paulo. A partir da intimidade e do contexto social dos personagens, o documentário levanta questões contemporâneas sobre a população trans e suas disputas políticas.
PRIMAVERA DE FERNANDA (Dir. Débora Zanatta, Estevan de la Fuente | 2016 | 19 min) Uma mudança de estação na vida de Fernanda. +
UMA MULHER FANTÁSTICA (Dir. Sebastián Lelio | 2017 | 104 min) Marina (Daniela Vega) é uma garçonete transexual que passa boa parte dos seus dias buscando seu sustento. Seu verdadeiro sonho é ser uma cantora de sucesso e, para isso, canta durante a noite em diversos clubes de sua cidade.
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CINEMA
Numa Escola de Havana, direção Ernesto Daranas.
Cinema Pelo Mundo Em outubro, Sala Redenção – Cinema Universitário, em parceria com Sesc/RS, traz mais uma edição do já clássico Cinema Pelo Mundo. Na programação, cinco filmes de diferentes estilos e nacionalidades. Do diretor e roteirista Masakasu Sugita temos o longa de estreia Desejo de Minha Alma (2014). Sua trama se desenrola em torno de um casal de irmãos que perde os pais em um terremoto no Japão. Deixados sob a custódia dos tios e do avô, cabe a eles enfrentar a dor do luto pela morte dos pais. O Japão é um país acostumado com tremores e terremotos, e facilmente reconstrói as estruturas das cidades atingidas. No longa, no entanto, o enfoque está nos tremores da existência – a dor da perda e a saudade, por exemplo – que são muito mais resistentes à reconstrução. Ganhador de menção especial do Júri no Festival de Berlim de 2014.
Eu não Sou Seu Negro (2016), com direção do ativista haitiano Raoul Peck, é baseada no manuscrito Remember This House, de James Baldwin, que trata das relações étnicas durante a luta pelos direitos civis do movimento negro nos Estados Unidos a partir da morte dos principais líderes do movimento: Medgar Evers, Malcoln-X, e Martin Luther King. A força do documentário reside na forma como ele intercala os dias atuais com momentos do passado de luta. Traz à tona também a forma como os negros eram representados na mídia e nos filmes de Hollywood, demonstrando como o racismo velado é uma arma pra lá de perversa. O filme de Peck nos diz aquilo que muitos negam e que é preciso ser denunciado sempre: o racismo existe e está presente em todas as esferas. E precisamos ter consciência dele para poder combatê-lo.
Futuro Perfeito (2016), dirigido pela realizadora alemã radicada na Argentina, Nele Wohlatz, fala sobre a vida de uma chinesa, Xiaobin, que chega à Argentina e tem como desafio o aprendizado da língua local. Somos apresentados a uma cidade fria, cinzenta, com poucas cores, que parece de uma certa forma rejeitar sua nova habitante. Aliás, durante todo o filme, a personagem – inclusive troca de nome e passa a se chamar Beatriz –, que enfrenta dificuldade para inserir a cidade na sua vida e para aprender a língua nativa/local. No início, vemos a personagem, sempre de muito perto, pontuando o autocentramento e a dificuldade de comunicação com as pessoas que conhece. Conforme ela vai dominando e aprendendo o novo idioma, novos personagens surgem, e até mesmo a cidade parece ter mais vida. Por mais que o longa seja ficcional, vários elementos de construção da narrativa são comuns ao gênero documentário. Inclusive o elenco, com exceção de Xiaobin-Beatriz, é quase todo de não-atores.
Numa Escola em Havana (2014), segundo longa do realizador cubano Ernesto Daranas, em colaboração com um grupo de alunos da Faculdad de Cine Del Instituto Superior de Arte (ISA) de Havana, foi indicado por Cuba para o Oscar de melhor filme estrangeiro e para o prêmio Goya. A trama gira em torno de um menino à beira da delinquência, e a única referência maior é a da experiente professora de sua escola. Poderia ser um filme clichê, mas na mão de um realizador atento e sensível tornase um filme político e de denúncia. Para fechar a programação, exibiremos David Lynch: a Vida de um Artista, direção de Jon Nguyen, Olivia Neergaard-Holm, Rick Barnes. O filme traz o próprio Lynch narrando suas memórias e construindo sua trajetória. Para quem cultua a obra do realizador, esta é uma excelente oportunidade de compreender um pouco mais de sua relação com as artes plásticas e co o cinema, como também sobre sua vida.
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Tânia Cardoso de Cardoso, Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário.
O DESEJO DE MINHA ALMA
EU NÃO SOU SEU SEU NEGRO
15 de Outubro | 2a-feira | 16h 18 de Outubro | 5a-feira | 16h 22 de Outubro | 2a-feira | 19h 26 de Outubro | 6a-feira | 19h (Japão | Drama | 2014 | 85min | Legendado) Dir. Masakazu Sugita Um forte terremoto atingiu o Japão, destruindo mais do que apenas casas. Os mortos são enterrados e os sobreviventes são deixados entre as ruínas. Após o desastre, Haruna e seu irmão Shota vão morar com seus tios. Apesar dos tios serem amorosos e cuidarem bem das crianças, elas estão longe da felicidade.
17 de Outubro | 4a-feira | 16h 25 de Outubro | 5a-feira | 16h 29 de Outubro | 2a-feira | 16h 30 de Outubro | 3a-feira | 19h (Eua, FR, BE, CH | Documentário | 2016 | 93min | Legendado) Dir. Raoul Peck O escritor James Baldwin escreveu uma carta para o seu agente sobre o seu mais recente projeto: terminar o livro Remember This House, que relata a vida e morte de alguns dos amigos do escritor, como Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Junior. Com sua morte, em 1987, o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck.
FUTURO PERFEITO
NUMA ESCOLA DE HAVANA
15 de Outubro | 2 -feira | 19h 16 de Outubro | 3a-feira | 16h 23 de Outubro | 3a-feira | 16h 24 de Outubro | 4a-feira | 16h (Argentina |Drama | 2016 | 65min | legendado) Dir. Nele Wohlatz Xiaobin, uma jovem chinesa de 17 anos, está perdida em um mundo novo. Após se mudar para a Argentina sem falar nenhuma palavra em espanhol, ela busca um rumo.
19 de Outubro | 6a-feira | 16h 23 de Outubro | 3a-feira | 19h 25 de Outubro | 5a-feira | 16h 30 de Outubro | 3a-feira | 16h (Cuba | Drama | 2014 | 108min | Legendado) Dir. Ernesto Daranas Chala é um garoto de 11 anos com uma vida familiar difícil e um comportamento problemático na escola. Quando sua professora Carmela, a única pessoa que Chala respeita, tem que se ausentar por motivos de saúde, sua substituta o transfere para um internato.
a
DAVID LYNCH: A VIDA DE UM ARTISTA 22 de Outubro | 2a-feira | 16h 26 de Outubro | 6a-feira | 16h 29 de Outubro | 2a-feira | 19h 31 de Outubro | 4a-feira | 16h (Eua, DK | Documentário | 2017 | 93min | Legendado) Dir. Jon Nguyen, Olivia NeergaardHolm, Rick Barnes Em uma íntima jornada, o documentário narra sobre os anos que formaram a vida do cineasta David Lynch. Desde sua criação idílica em uma pequena cidade até as ruas escuras da Filadélfia, acompanhamos Lynch à medida que ele traça os eventos principais para a sua formação, assim como para o seu estilo cinematográfico enigmático.
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CINEMA P a r c e i ro s d a S a l a R e d e n ç ã o
Cine Caramelo É com muita alegria que chegamos à quinta edição do Cine Caramelo - Festival infanto-juvenil de cinema de Porto Alegre. Desde que nasceu, a proposta do festival é proporcionar momentos lúdicos para crianças e adultos, através da exibição de filmes e atividades paralelas, além de proporcionar um espaço privilegiado de reflexão sobre importantes temas da infância. Nesta edição, que acontece na Semana da Criança, a diversão está garantida para todas as idades com a exibição de adaptações para o cinema de desenhos animados memoráveis da TV, entre os quais algumas das criações do Estúdio Hanna-Barbera, como os clássicos: Os Smurfs, Os Flinstones e Os Jetsons. Oriundos dos gibis e das tirinhas de jornais, teremos também filmes com personagens que fazem
sucesso há muitas gerações, como Snoopy, Charlie Brown; e a Turma da Mônica, além de narrativas cinematográficas recentes criadas para brinquedos marcantes como, o Lego e as bonecas Troll. Para refletir sobre a infância, teremos a sessão comentada de Peanuts – o Filme, com Charlie Brown e seus amigos, personagens criados por Charles Schulz nos anos 1950 que mudaram a história dos quadrinhos, com abordagens de caráter psicológico e até mesmo filosófico. Neste dia, teremos a presença da psicóloga, psicanalista e arte terapeuta Rute Rodrigues, que conversará com o público após a sessão sobre as questões trazidas pelo filme. Uma semana de diversão e reflexão para pais e filhos, educadores e cinéfilos Andreia Vigo Curadora e Diretora do Cine Caramelo Trolls, direção Mike Mitchell e Walt Dohrn.
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de ação e, para resolver o impasse, eles pedem ao Franjinha que crie uma sessão de filmes projetados de histórias em quadrinhos, usando seu liquidificador gigante.
Bergens são as criaturas mais infelizes do mundo, uma vez que não sabem cantar ou dançar - que engole um Troll, o que o fez sentir a felicidade pela primeira vez na vida.
UMA AVENTURA LEGO 08 de Outubro | 2a-feira | 16h (EUA | 2014 | 100 min | Dublado) Dir. Chris Miller e Phil Lord Emmet é um Lego comum, até o dia em que é confundido com o Master Builder, o grande criador deste mundo de brinquedo. Cabe a ele a tarefa de derrotar um perigoso vilão que pretende colar todas as peças. Mas, sem poderes, ele precisará da ajuda de alguns heróis de verdade, como o Batman e o Super-Homem.
OS FLINTSTONES - O FILME 08 de Outubro | 2a-feira | 19h (EUA |1994 | 91 min | Dublado) Dir. Brian Levant Fred e Wilma se deslumbram quando Fred é promovido à vice-presidente da Pedregulho e Cia. Como eles não sabem que a promoção é uma trapaça, o casal de amigos Barney e Betty faz de tudo para alertá-los. Esta adaptação live-action da série de televisão conta com grande elenco e participações especiais de Kyle MacLachlan como vice-presidente executivo da companhia de Fred e Elizabeth Taylor, em seu último filme, como a mãe de Wilma.
TURMA DA MÔNICA EM CINEGIBI 5 – LUZ, CÂMERA, AÇÃO! 09 de Outubro | 3a-feira | 16h (Brasil | 2010 | 71 min | Dublado) Dir. Maurício de Sousa Quinto filme da série Cinegibi. Cascão e Cebolinha estão discutindo qual seria o melhor filme
SNOOPY E CHARLIE BROWN – PEANUTS, O FILME 09 de Outubro | 3a-feira | 19h (EUA | 2015 | 90 min | Legendado) Dir. Steve Martino Próximo das férias de inverno, a vida de Charlie Brown e sua turma sofre uma mudança com a chegada na cidade de uma garotinha de cabelo vermelho. Brown logo se encanta pela jovem e tenta lutar contra sua timidez e sua baixa autoestima para falar com ela. Ao mesmo tempo, Snoopy encontra uma máquina de escrever e começa a imaginar uma história pra lá de fantasiosa e heróica. Após a exibição, sessão comentada com Rute Rodrigues Formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), é psicóloga, psicanalista e arteterapeuta, terapeuta de famílias e ludoterapeuta. Atua em atendimento clínico, em atelier terapêutico e projetos sociais.
TROLLS 10 de Outubro | 3a-Feira | 16h (EUA | 2016 | 92 min | Dublado) Dir. Mike Mitchell e Walt Dohrn O filme conta a história dos Trolls, as criaturas mais felizes do mundo, que vivem na chamada “Árvore Troll”, cantando e dançando. Até que um dia, a árvore Troll é encontrada por um Bergen - os
OS JETSONS - O FILME 10 de Outubro | 3a-Feira | 19h (82min | animação | EUA | 1990 | Dublado) Dir. William Hanna e Joseph Barbera Quando George Jetson é promovido, ele se muda com toda família para um asteroide distante, cheio de surpresas e novos amigos. No local, a família descobre que os Grungies, habitantes do asteroide, já sabem como usar a tecnologia para causar danos à ecologia.
OS SMURFS E A VILA PERDIDA 11 de Outubro | 5a-feira | 16h (EUA | 2016 | 90 min | Dublado) Dir. Kelly Asbury Smurfette não está contente: ela começa a perceber que todos os homens do vilarejo dos Smurfs têm uma função precisa na comunidade, menos ela. Indignada, ela parte em busca de novas descobertas, e conhece uma Floresta Encantada, com diversas criaturas mágicas. Enquanto isso, o vilão Gargamel segue os seus passos.
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CINEMA
Sessão Clube de Cinema A 13 de Abril de 1948, o crítico de cinema Paulo Fontoura Gastal, reunido com jornalistas, cinéfilos e intelectuais de Porto Alegre, fundou o Clube de Cinema de Porto Alegre, dedicado à expansão da cinefilia na cidade, no estado e no país. Desde então e até hoje nosso Clube é ativo e persistente em promover mostras e festivais ao longo de sua história, sem esquecer de uma boa conversa após cada sessão sobre o filme recém visto. Convidamos a cinefilia brasileira para juntar-se a nós nesta longa e divertida aventura que o CINEMA proporciona.
Conexões Audiovisuais Dia internacional pela erradicação da pobreza
lideranças sociais e políticas em seus territórios.
Produzido de forma inteiramente independente pela Primeiro Corte Produções, Conexões Audiovisuais integra o projeto multidisciplinar Cirandas Audiovisuais. Realizado em parceria com realizadores e entes locais, pretende promover pontos de encontro e discussão independentes para difundir o cinema, a televisão e outras mídias.
FOME DE QUÊ?
17 de Outubro | 4a-feira | 19h
Sequência de curtas
Diretoria do Clube de Cinema de Porto Alegre
(Brasil | 2008 | 13min | Português) Dir. Luiz Alberto Cassol Adaptado do conto Cheiro de Terra, de Elufa Rafo. RS. Sinopse: A sociedade acredita que eles nasceram nas ruas. Zé é um deles. Ninguém sabe de sua vida. Todos vão e vêm e ninguém o vê. Ele tem passado. Tem fome. Fome de quê?
Cinemas em Rede 18 de Outubro | 5a-feira | 19h Confira programação no site www. ufrgs.br/difusaocultural/.
Sessão Especial
10 CENTAVOS
ED WOOD 16 de Outubro| 3a-feira | 19h (EUA |1994 | 127min | Drama | Legendado) Dir. Tim Burton Devido aos hábitos excêntricos e filmes estranhos, o diretor Ed Wood não é bem-vindo em Hollywood. No entanto, com a ajuda do ator Bela Lugosi, uma exatriz famosa, um elenco dedicado e um grupo de desajustados que acreditam na visão de Ed, o cineasta acredita ser capaz de transformar seus sonhos em realidade.
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(Brasil | Ficção | 2016 | 19min | Português) Dir. Cesar Fernando Um dia na vida de um garoto que mora no subúrbio ferroviário de Salvador e trabalha como guardador de carros no centro histórico.
AS SEMENTES (Brasil | Documentário | 30min | Português) Dir. Beto Novaes Inspirado no livro Mulheres e Agroecologia: transformando o campo, as florestas e as pessoas, de Emma Siliprandi, o documentário é um mergulho nas trajetórias de vida de quatro agricultoras que participam ativamente dos movimentos agroecológicos no Brasil e que se tornaram referências e/ou
MENINA DE BARRO 31 de Outubro | 4a-Feira | 19h (Brasil | Ficção | 2017 | 115min) Dir. Vinicius Machado Conta a história da jovem Diana, uma garota habilidosa e especial. Na aurora de seus 12 anos já carrega uma bagagem de conhecimento e talento que se mostra difícil de lidar: ela traz a estigmatizada e dadivosa marca de ser superdotada. Enquanto busca “combater” o bullying em sua escola, Diana precisará enfrentar seus problemas de família, seu coração, e uma fúria típica daqueles que não se contentam com a apatia alheia.
teatro Mo s tr a T e a tro , P e s q u i s a e E x te n s ã o
15 Anos do Projeto TPE Em 2018 a Mostra Teatro, Pesquisa e Extensão, do Departamento de Arte Dramática, comemora 15 anos de existência. Comemorar vem do latim commemorare, ou seja, celebrar, festejar, recordar, relembrar. É tempo de celebrar e de recordar, tempo de festejar e trazer à memória as muitas histórias que fizeram este projeto ser um orgulho para um dos melhores cursos de teatro do Brasil. O projeto TPE, nestes 15 anos, procurou selecionar os espetáculos com os mais diferentes temas, gêneros e estilos ajudando a dar visibilidade às inúmeras produções realizadas pelos alunos, acompanhando o que há de mais atual no campo das artes cênicas. Neste ano já se apresentaram na Mostra os espetáculos “Sebastian”, com direção de Saulo Almeida e orientação do Professor Chico Machado; o espetáculo de rua “Achados e Perdidos”, com direção de Alexandre Borin Antunes e orientação da Professora Ana Cecília Reckziegel; “2Fudid*s”, com direção de Ralph Duccini e orientação das Professoras Ana Cecília Reckziegel e Camila Bauer. Em agosto, a programação segue com “Bunker”, dirigido por Eduardo dos Santos e orientação da Professora Inês Marocco. Alguns espetáculos escolhidos permitem a reflexão acerca das questões de gênero e sexualidade e/ ou englobam o trabalho de artistas transgêneros na programação; outros enfatizam a tecnologia como parceira de cena e/ou exploram as novas dramaturgias. As dramaturgias contemporâneas, aliás, são o foco dos dois próximos espetáculos. Em setembro apresenta-se a peça “Ninguém falou que seria fácil”, do dramaturgo brasileiro Felipe Rocha. O espetáculo, construído através da direção coletiva, aborda as relações familiares atuais e tem no elenco Ana Caroline de David, Bruna Ávila, Gabriela Chaves, Isadora Fraga, Silvana Rodrigues, Thaini Menegazzo e Ricardo Zigomático. Já em outubro, apresenta-se o espetáculo “Desterro”, com direção do Coletivo Nômade de Teatro e Pesquisa Cênica, grupo criado dentro do Departamento de Arte Dramática. No elenco estão Gabriel Fontoura, Jardel Rocha, Pâmela Bratz, Roger Santos, Pedro Bertoldi e Thiago Silva; estes dois últimos atores também assinam a dramaturgia, baseada em fontes ficcionais
e documentos acerca das ditaduras civil-militares na América Latina. O teatro experimental feito por alunos que estão em processo de pesquisa e formação é o principal motivo de celebração destes 15 anos. Neste ano, comemorar a existência do teatro e do fazer teatral é fortificar caminhos, traçados com tanta dificuldade no período em que vivemos. Nos apoiam nesta jornada as Pró-Reitorias de Pesquisa e de Extensão, bem como o Instituto de Artes que abriga o Departamento de Arte Dramática. Como coloca o professor Flávio Mainieri “o TPE cumpre o papel de tornar público o que é feito dentro da universidade” (pg. 24, Revista TPE 10 anos, 2012). Os 15 anos de Mostra TPE é o reflexo de toda a sua história, de seus alunos, professores e técnicos colaboradores, que acreditam sempre no potencial do teatro como meio de encontros, trocas e difusão de experiências. Celebremos a esperança, a reverberação e sobrevivência do teatro! Vida longa à Arte! Bons espetáculos a todos!
setembro NINGUÉM FALOU QUE SERIA FÁCIL Dir. Felipe Rocha O espetáculo, construído através da direção coletiva, aborda as relações familiares atuais. Data: Quartas-feiras de Setembro (05 a 26/09, às 12h30min e às 19h30min) Local: Sala Qorpo Santo Av. Luis Englert, s/n – Ao lado da Sala Redenção.
outubro DESTERRO Dir. Coletivo Nômade de Teatro e Pesquisa Cênica Dramaturgia baseada em fontes ficcionais e documentos acerca das ditaduras civil-militares na América Latina. Data: Quartas-feiras de Outubro (03 a 31/09, às 12h30min e às 19h30min) Local: Sala Qorpo Santo Av. Luis Englert, s/n – Ao lado da Sala Redenção.
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Rui Vicente Oppermann
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Difunda essa cultura de forma consciente
Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Jane Fraga Tutikian
LEIA E PASSE ADIANTE
Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunha Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher Equipe do DDC Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário João Vitor Novoa - Coordenador de Projetos Especiais Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Rafael Derois – Coordenador do Projeto Unifoto Tânia Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Bolsistas Heloísa Marshall Kevin Nicolai Matheus Laux Renan Sander Verônica Becker Vitor Cunha Projeto gráfico Katia Prates Programação sujeita a alterações.
Parceria institucional
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Revisão João Vitor Novoa e Tânia Cardoso de Cardoso Diagramação Rafael Derois Imagem de capa e contracapa Reprodução de obra de Ubiratã Braga - Sem título, 2013. Óleo e acrílica sobre tela, 140 × 240 cm. Acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo.
Lançamento da Galeria de Arte do
Saguão da Reitoria Térreo da Reitoria da UFRGS 30 de outubro – terça-feira 18h30min
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pró-Reitoria de Extensão Departamento de Difusão Cultural Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.ufrgs.br/difusaocultural @ difusaoculturalufrgs issuu.com/difusaoddc/stacks ufrgs_difusao ddc.ufrgs Departamento de Difusão Cultural UFRGS
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