Agenda Setembro/Outubro

Page 1

UnimĂşsica 2010/Andrew Sykes

1

AGENDA C U LT U R A L Setembro Outubro 2011


S E T E M B R O E O U T U B R O 2 011

Há 15 anos, um grande amigo, José Pedro Boesioi, disse-me que nossa missão como Gestores Culturais era levar a arte ao maior número de pessoas: “é um direito que eles têm e um dever que nós temos”. Hoje, ao ler sobre os direitos culturais e uma série de questões que surgem em torno da temática, lembro dele e compreendo completamente o dever que temos. Nos últimos meses tivemos a oportunidade de vivenciar duas experiências musicais que merecem ser ouvidas pela humanidade. Uma delas foi a apresentação do Confraria do Sax, um projeto de extensão coordenado pelo músico Amaury Iablonovski, que se apresentou no Interlúdioii. Se não fosse um projeto de extensão poderia a belíssima música deste grupo ficar apenas no âmbito da sala de aula. No entanto, a preocupação de Amaury é a de fazer com que ela circule para que seja conhecida pelo maior numero de pessoas possíveis. A segunda foi a do show de Vitor Ramil , musico gaúcho que se apresentou no Unimúsicaiii, tocando milongas para um Salão de Atos lotado e silencioso. Outra experiência que deve ser destacada e a Mostra Jean-Luc Godard, que ocorreu na Sala Redenção – Cinema Universitário. A Sala dedicou um mês inteiro ao cineasta, trazendo em sua programação vários de seus filmes – inclusive o seu último, Film socialisme – lançado em 2010 – com um público bastante expressivo em todas as sessões. Estas experiências culturais e artísticas me respondem, de certa forma, uma das questões com as quais me deparo frequentemente: quem preenche o direito cultural? Trazer música de qualidade ou mostras que resgatem a memória do cinema são apenas dois exemplos de ações que acredito fazer parte do papel que as Universidades – no nosso caso a UFRGS – ocupam na formação cultural de sua comunidade. E aqui retomo as palavras de Boesio, ao falar sobre a missão dos gestores culturais. Talvez a nossa missão seja a de fazer com que o dever dos gestores culturais e o direito da população se realizem a um só tempo, isto é, no tempo das vivências artísticas. Claudia Boettcher Diretora i Maestro da Orquestra Unisinos falecido em 2001 Projeto que acontece ao meio dia e trinta na última sexta feira do mês iii Projeto Unimúsica 30 anos

ii

2


Acossado

3


MĂšSICA

Egberto Gismonti/Ziga Koritnik

UNIMĂšSICA 30 ANOS TEMPOMĂšSICAPENSAMENTO

#

$

%

!

&

"

'

Egberto Gismonti trata a mĂşsica com a devoção de quem lida com algo sagrado. A seriedade em seu trabalho ĂŠ a implicação primeira dessa postura. Quando se interessou pelo folclore e pelas raĂ­zes da mĂşsica brasileira, por exemplo, embrenhou-se na pesquisa e foi viver com os Ă­ndios yawaiapiti, do Alto Xingu. VestĂ­gios dessa experiĂŞncia foram apresentados ao pĂşblico do UnimĂşsica em 2004, quando Gismonti participou da sĂŠrie piano e voz, ao lado de Marlui Miranda, que compartilhava com ele o empenho do tempo na investigação da mĂşsica indĂ­gena. O rigor que envolve a relação de Gismonti com a mĂşsica se reflete tambĂŠm no cuidado minucioso com todos os aspectos tĂŠcnicos que cercam tanto suas gravaçþes quanto suas apresentaçþes ao vivo. No âmbito de suas peças ou arranjos orquestrais, a atenção recai sobre o grupo interlocutor. Suas composiçþes exigem do conjunto de instrumentistas uma sonoridade especĂ­fica, que preserve elementos rĂ­tmicos de gĂŞneros prĂłprios da tradição brasileira – como maracatu, frevo, baiĂŁo –, com os quais nem sempre esse tipo de formação estĂĄ acostumado. Neste espetĂĄculo, sua obra encon-

4

tra a Orquestra de Câmara do Theatro SĂŁo Pedro, sob a batuta do maestro AntĂ´nio Borges-Cunha, jĂĄ bastante versada no trânsito entre as tradiçþes ditas erudita e popular, e hĂĄbil para acompanhar o piano de Egberto Gismonti e nos transportar para o mundo mĂĄgico ao qual a sua mĂşsica conduz. Gismonti nasceu na cidade de Carmo, interior do Rio de Janeiro. Iniciou sua formação musical ao piano, ainda na infância. Depois de quinze anos de estudo, foi a Paris para ter aulas de orquestração e anĂĄlise musical com Nadia Boulanger e aprofundar-se na obra de SchĂśnberg e Webern com Jean BarraquĂŠ. De volta ao Brasil, expandiu seu interesse musical e descobriu o choro, passando a dedicar-se ao aprendizado da tĂŠcnica do violĂŁo, primeiro de seis, depois de oito cordas, e a perscrutar novas sonoridades. Desde entĂŁo, Gismonti concilia em seu trabalho a tradição musical europeia de concerto e a mĂşsica popular brasileira, em um movimento no qual a distinção entre “sĂŠrioâ€? e “popularâ€? perde qualquer sentido. Sua obra encontrou especial aceitação na Europa, onde tambĂŠm ganhou o territĂłrio ideal para seus registros, a gravadora alemĂŁ ECM.


Antônio Borges-Cunha/Sílvio Telles

A Orquestra de Câmara Theatro São Pedro foi criada em 1985 e, desde então, tem construído uma trajetória alicerçada em valores como a originalidade, a ousadia e a inovação. Sua programação de concertos busca conciliar o repertório histórico com as múltiplas tendências da música atual, incluindo encomendas e estreias de obras. A superação das fronteiras entre a música de concerto e a música popular é outra característica de sua atuação. Nomes como Adriana Calcanhotto, Wagner Tiso, Ivan Lins, Joyce, Guinga e Zé Miguel Wisnik já dividiram o palco com a OCTSP, ao mesmo tempo em que obras de Koellreutter, Pierre Boulez, John Cage e Arnold Schoenberg também constam em seu repertório.

de Câmara do Theatro São Pedro. Em 2010 recebeu o Prêmio Funarte de Composição com a peça Maxakali, para orquestra sinfônica. Como regente, tem trabalhado para a atualização permanente do repertório e a renovação do interesse do público pela música orquestral.

O compositor e regente Antônio Borges-Cunha iniciou sua carreira como acordeonista na Rádio Esmeralda, de Vacaria-RS, e foi fundador do conjunto de baile Os Caudilhos. É bacharel em Composição pela UFRGS, mestre pelo New England Conservatory e doutor pela Universidade da Califórnia. Hoje é professor do Departamento de Música e do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRGS. Atua ainda como regente titular da Orquestra de Câmara Fundarte e diretor artístico da Orquestra

CONCERTO

ENSAIO ABERTO Data: 31 de agosto – quarta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 Inscrições pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br a partir de 22 de agosto

Data: 01 de setembro – quinta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não-perecível por ingresso, a partir de 29 de agosto, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br 5


MÚSICA

UNIMÚSICA 30 ANOS TEMPOMÚSICAPENSAMENTO

(

)

*

+

,

-

.

+

/

0

1

/

-

*

+

O espetáculo inédito proposto no mês de outubro parte de uma ideia certa vez expressada por Hermeto Pascoal: a de que duas pessoas fazendo música são suficientes, sim, para a configuração de um grupo musical. Em Duos brasileiros, o grupo de dois se multiplica, e sobem ao palco três talentosos duos, proporcionando ao público momento raro da música

2

3

.

,

1

0

4

.

5

*

6

.

7

/

1

8

*

7

.

0

5

*

9

.

:

:

/

*

-

.

;

contemporânea brasileira. São eles Ná Ozzetti e André Mehmari (voz e piano), Monica Salmaso e Teco Cardoso (voz e sopros) e Izabel Padovani e Ronaldo Saggiorato (voz e baixo). Em comum a todos, um entrosamento aprimorado através do tempo, que os torna cada vez mais duo: uma unidade musical diferente, em que a voz é também instrumento.

*

Após uma década vivendo na Áustria, foi o prestigiado Prêmio Visa de Música Brasileira que trouxe Izabel Padovani de volta para o Brasil, em 2005. No ano seguinte, a cantora lançou o disco Desassossego, pré-selecionado para o Prêmio Tim de Música Brasileira de 2007 e indicado ao Grammy Latino na categoria Álbum de Jazz. Já o trabalho Tonsbass&voice (2005), em parceria com o baixista Ronaldo Saggiorato, rendeu aos dois a indicação para o Prêmio da Crítica Schalplattenkritik na Alemanha. Seu mais recente trabalho, o CD Mosaico (2009), foi pensado sob o tema dos compositores contemporâneos. Izabel já esteve no Unimúsica em 2007, quando preparou um espetáculo com canções de Braguinha para a série as palavras das canções.

Considerado pela crítica um virtuose do baixo elétrico de seis cordas, o instrumentista, compositor e arranjador Ronaldo Saggiorato fez inúmeras turnês e gravações com nomes como Renato Borghetti, Vitor Ramil, Joe Zawinul, Alegre Corrêa, Elias Meiri, entre outros. O músico é arranjador e diretor musical dos mais recentes trabalhos de Izabel Padovani, com quem trabalha desde 2000, e integrante e compositor do grupo instrumental Dr. Cipó, que tem cinco CDs gravados e se apresenta em festivais e espetáculos no Brasil e no exterior. Como compositor, lançou o CD Pé de Vento (2002), com o baterista Endrigo Bettega, e ainda em 2011 finaliza o álbum Ares.

Izabel e Saggiorato/Carlos Kipnis

6 6


Mônica e Teco/Dani Gurgel <

=

>

?

@

A

B

A

C

D

A

E

F

G

H

G

@

F

I

A

J

K

F

E

F

Mônica Salmaso tem seis CDs gravados ao lado de importantes instrumentistas brasileiros. Seu primeiro álbum, Afro-sambas (1995), um duo de voz e violão arranjado e produzido pelo violonista Paulo Bellinati, contém todos os afro-sambas compostos por Baden Powell e Vinícius de Moraes. Em 1999, lançou Voadeira, com a participação de Marcos Suzano, Benjamim Taubkin, Nailor Proveta e Toninho Ferragutti, entre outros. No mesmo ano, a artista venceu o segundo prêmio Visa MPB – Edição Vocal e o aclamado prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte. O álbum Noites de gala, samba na rua (2007) faz um passeio pelo repertório de Chico Buarque, com a participação do grupo instrumental Pau Brasil em todas as faixas. Alma lírica brasileira, projeto surgido após temporada de shows ao lado de Teco Cardoso e Nelson Ayres, acaba de ser lançado pela Biscoito Fino. Monica já participou do projeto Unimúsica ao lado de Benjamim Taubkin, na série piano e voz.

O saxofonista e flautista Teco Cardoso tem se destacado como um dos mais importantes solistas da música instrumental brasileira. É integrante, desde 1988, do grupo instrumental Pau Brasil, conhecido pela qualidade e pioneirismo na absorção e expressão da linguagem musical brasileira. Em seu currículo, estão parcerias com Edu Lobo, Dory Caymmi, Joyce, Hermeto Paschoal, Moacir Santos, além de importantes grupos instrumentais, como Grupo Um, PeAntePé e Ouro Negro. Nos anos 90, viveu em Los Angeles, onde trabalhou com Guilherme Vergueiro, Oscar Castro Neves, Leni Andrade, Ivan Lins, Toots Thielemans e Walter Booker. Seu primeiro CD solo, Meu Brasil, venceu o Prêmio Sharp/98 na categoria Revelação Instrumental. Ao lado da flautista Léa Freire, gravou os CDs Quinteto (1999) e Vento em madeira (2010). Compôs e gravou, junto com Caíto Marcondes, a trilha sonora do filme O cineasta da selva, sendo indicado para o Prêmio Sharp/99.

7


MÚSICA

Ná e André L

M

N

O

O

P

Q

Q

R

P

S

T

U

V

W

X

P

Y

Z

[

V

R

A cantora e compositora Ná Ozzetti iniciou sua carreira musical no final dos anos 70 ao lado do grupo Rumo, com o qual se apresentou inúmeras vezes e gravou seis discos. Sua carreira alterna projetos solo e com outros artistas, incluindo composições próprias em parceria com Zé Miguel Wisnik, Itamar Assumpção, Luiz Tatit, Dante Ozzetti e Alice Ruiz, entre outros. Em 1995, pelo lançamento do CD Ná, a cantora recebeu dois Prêmios Sharp. Em 2000, recebeu o prêmio de melhor intérprete no Festival da Música Brasileira, da Rede Globo de Televisão. O espetáculo criado ao lado de André Mehmari para a série piano e voz do Unimúsica 2004 deu origem ao aclamado álbum de mesmo nome, lançado no ano seguinte. A bem-sucedida parceria também gerou uma série de apresentações e a gravação de um DVD. Seu recente CD Balangandãs (2009) recebeu o Prêmio Bravo! Prime/2009 como melhor CD de música popular. Em 2011, Ná lança o CD Meu quintal. André Mehmari é pianista, arranjador, compositor e multi-instrumentista. Apontado como um dos mais notáveis músicos jovens da cena brasileira e premiado tanto na área erudita quanto popular, teve composições e arranjos tocados por importantes grupos orquestrais e de câmara brasileiros, entre eles OSESP, OSB e Quinteto Villa-Lobos. Em sua discografia solo, que já reúne oito CDs, merecem destaque Lachrimae (2004), de composições próprias e recriações de clássicos da música popular, e o elogiado Piano e voz (2005), com a cantora Ná

8

Ozzetti. O CD Miramari (2009), com Gabriele Mirabassi, foi recebido como um dos melhores discos do ano. Em 2010, assinou contrato com o principal selo italiano comtemporâneo, EGEA, para o qual irá gravar cinco discos nos próximos anos. O recente GismontiPascoal, em parceria com o bandolinista Hamilton de Holanda, é uma homenagem a Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal.

ENSAIO ABERTO Data: 05 de outubro – quarta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 Inscrições pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br a partir de 26 de setembro

ESPETÚCULO Data: 06 de outubro – quinta-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110 A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não-perecível por ingresso, a partir de 03 de outubro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br


UNIMÚSICA 30 ANOS TEMPOMÚSICAPENSAMENTO

\

]

^

_

`

a

b

`

c

No release do CD Piano e Voz (2005), de Ná Ozzetti e André Mehmari o compositor e então articulista da Folha de S. Paulo Arthur Nestrovski refere-se a Ná como a cantora total e a André como o pianista dos pianistas. Do trabalho de ambos, resultado do encontro promovido pelo Projeto Unimúsica, na série piano e voz, diz simplesmente que o disco é de uma “beleza arrasadora e direta”. Leia, aqui, o testemunho da artista sobre a experiência.

Em 2004 tive o prazer de participar do Unimúsica com André Mehmari, cujo tema daquele ano era Piano e Voz. Ao chegarmos em Porto Alegre para a nossa apresentação, tudo se mostrou incrivelmente perfeito. O teatro da UFRGS, o piano, a qualidade da programação, o envolvimento da platéia, e uma figura pra lá de adorável que acabáramos de conhecer, a Lígia Petrucci, responsável pela série toda de apresentações musicais, criando a cada ano um novo e original tema a ser apresentado mensalmente em diferentes formações. Pura invenção, proporcionando encontros musicais inusitados e oferecendo ao público que lota a grande sala, espetáculos exclusivos. O nosso Piano e Voz nasceu aqui. Foi preparado exclusivamente para a ocasião. E foi uma experiência tão marcante que acabamos levando o trabalho adiante, lançamos CD, DVD e realizamos uma série de apresentações pelo Brasil afora por mais alguns bons anos. E o batizamos de Piano e Voz, como a série do Unimúsica. Projetos como este nos enchem de orgulho e nos estimulam, a músicos e público. O nosso grande carinho, admiração e agradecimento a todos os que fazem o Unimúsica acontecer. Ná Ozzetti

9


MÚSICA

NÚCLEO DA CANÇÃO

d

e

f

g

h

i

j

k

j

l

m

n

o

p

f

p

k

j

l

q

e

l

r

m

s

o

j

t

m

u

u

g

n

v

m

s

O compositor, músico e escritor Humberto Gessinger participa da próxima audição comentada promovida pelo Núcleo da Canção. Para este encontro, o líder da banda Engenheiros do Hawaii (atualmente em parceria com Duca Leindecker, no projeto Pouca Vogal), trará músicas de diferentes fases da sua trajetória artística. Segundo Gessinger, a carreira de um músico é divida entre o “tempinho” (a duração de um acorde, de um compasso) e o “tempão” (os discos, as turnês). Seu interesse cada vez maior em refletir sobre a influência do tempo na criação é justamente o mote para a escuta das canções escolhidas. Apesar de se considerar principalmente compositor, Humberto Gessinger é um multi-instrumentista autodidata. Depois de vários anos à frente da banda Engenheiros do Hawaii, que lhe renderam oito Discos de Ouro, um Disco de Platina e três DVDs de Ouro, Gessinger deu início, em 2008, ao projeto Pouca Vogal, ao lado de Duca Leindecker. Além da música, Humberto Gessinger dedica-se também à literatura: seu segundo livro, Pra ser sincero – 123 variações sobre um mesmo tema (2009), reúne autobiografia, 123 letras comentadas e um ensaio de Luís Augusto Fischer. O mais recente, Mapas do acaso – 45 variações sobre um mesmo tema (2011), traz novas memórias e reflexões, além de outro conjunto de letras comentadas.

Data: 26 de setembro – segunda-feira – 19h Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110, 2º andar. Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br

Humberto Gessinger/PG Florence

10 10


MÚSICA ELETROACÚSTICA

w

x

y

z

{

z

|

y

}

~

y

y

y

x

A partir do mês de outubro a Universidade estará inaugurando um novo espaço cultural, criado para a música eletroacústica. Mensalmente no segundo andar da reitoria apresentaremos ao público obras de compositores do Instituto de Artes e de convidados, sempre nas terças-feiras do mês às 12h30. A Música Eletroacústica é a modalidade de composição realizada em estúdio ou com o auxílio da tecnologia – e se alinha dentro da linguagem da música contemporânea. Esta modalidade musical, originada por técnicas provindas da música concreta e eletrônica, propõe novas estratégias composicionais, estruturais e estéticas que diferem das encontradas na composição da música instrumental. O ouvinte que comparece a um concerto de música eletroacústica necessita de um novo critério de percepção, diferente daquele acostumado com escalas, relações harmônicas, altura e padrões rítmicos constantes.

em estúdio para posterior reprodução por meio de alto-falantes. O termo serve para diferenciar este novo tipo de música das que utilizam performance, como a música instrumental eletrônica, música eletroacústica mista e live-electronics. Sua origem provém do século VI a.C. Nessa época o filósofo Pitágoras ensinava seus alunos por meio de uma tela divisória para que estes focassem a atenção apenas na mensagem transmitida pela voz. Em 1955, o escritor Jerôme Peignot usou o termo “acusmático” para designar um som que é ouvido, mas cuja fonte esteja escondida.

Em eco à primeira aparição do termo no Traité des Objets Musicaux (1966) de Pierre Schaeffer, o compositor francês François Bayle, sucessor de Schaeffer na direção do GRM (Groupe de Recherches Musicales de Paris), empregou o termo “música acusmática” em 1974 para designar um tipo de música eletroacústica que só pode ser concebida

O crescente interesse dos compositores diante das novas tecnologias e das possibilidades quase que infinitas da elaboração sonora em estúdio tornaram a música eletroacústica um gênero autônomo e uma das principais áreas de atividade e de pesquisa da música contemporânea. A orquestra de alto-falantes da UFRGS foi criada em 2003 com o objetivo de proporcionar um sistema de projeção sonora multicanal de alta-fidelidade a ser utilizado para apresentação de composições eletroacústicas. Os concertos de difusão sonora objetivam divulgar as obras realizadas por compositores do Instituto de Artes da UFRGS que decidiram ousar, apresentando um tipo de música que só pode ser criada e ouvida na sua plenitude por meio do computador.

Data: 04 de outubro – terça-feira – 12h30

Data: 18 de outubro – terça-feira – 12h30

Local: Segundo andar da Reitoria

Local: Segundo andar da Reitoria

Sonhos e Fantasia – Fredico Richter

Pipoca Espacial – Maria Eduarda Mendes Martins

Resonance – Eloy Fritsch

Blue om Breath - Alberto Tusi

Tiergarten – Eduardo Reck Miranda

PVC – Gilberto Ribeiro Jr.

Anaphore Symphoceanique – Jorge Antunes

Trensurb – Daniel Moreira

11


MÚSICA

VA L E D O Z E E T R I N TA

O Revolução RS identificou-se com o hip-hop, na sua forma de pensar e se expressar. Inicialmente os músicos curtiam black music, soul, assim como movimentos de rua, como o skate, graffiti, break e o rap. Por volta de 1993 surge no bairro Bom Jesus (Zona Leste de Porto Alegre), o grupo Revolução RS, como forma de protesto à desigualdade e o descaso à exclusão da comunidade da periferia. A formação atual é de três MC´s e um DJ. São eles: PX, Sadol, Fabiana e DJ Péia. A principal influência do grupo é o rap nacional dos Racionais MC´s, Gog, Thayde e DJ Hum. Mostrando irreverência na criação de seu repertório, o grupo não se limita a um estilo musical na elaboração e suas músicas, mas se enriquece pesquisando sobre a música regional, rock, samba, reggae e MPB. O grupo atua no sentido de informar, conscientizar e mobilizar os jovens para uma ampliação dos estudos, lazer e esportes, com informação e posição política mais ativa. Em suas composições, o grupo assumiu uma postura de denúncia, informação e atitude frente aos problemas sociais.

Data: 13 de setembro – terça-feira – 12h30 Local: Praça Central Campus do Vale da UFRGS – Av. Bento Gonçalves, 9.500 Entrada Franca Observação: Em caso de chuva, o show será transferido para o dia 14/09

¡

¢

£

Formada em 2006, em Porto Alegre, a Dekalc vem espalhando pelos palcos do país sua música autoral, influenciada pelas clássicas vertentes do Rock. O vocal feminino é um dos pontos de destaque do grupo. Um EP com seis faixas inéditas, intitulado “Uma Nova História”, foi lançado em abril de 2007. Após o lançamento, o grupo deu início realizou shows pelo país. Entre 2009 e 2010, a banda passou por uma reformulação e gravou alguns singles com sua nova formação. Em 2011 a Dekalc deu início a uma pausa para dedicar-se integralmente às gravações do CD Versus, que conta com 11 faixas autorais inéditas

12

No final do ano de 2003 o Revolução RS lançou, em parceria com o selo Adversus, seu primeiro EP, um cd com 5 faixas, sendo que uma é a faixa multimídia do videoclipe Russso. No início deste ano, o grupo iniciou seu novo projeto que será seu primeiro DVD, contendo vários shows e a história do grupo durante todos esses anos de atuação no hip-hop gaúcho e brasileiro.

em sua maioria, com previsão de lançamento para o final de Julho. A Dekalc é formada por Cesar Marcelo Caramês da Silva, Daniele Rodrigues, Fabrício Lopes, Ivan Alves Almeida, Lucas Gomes de Moura.

Data: 04 de outubro – terça-feira – 12h30 Local: Praça Central Campus do Vale da UFRGS – Av. Bento Gonçalves, 9.500 Entrada Franca Observação: Em caso de chuva, o show será transferido para o dia 05/10


Revolução RS/Divulgação

Dekalc/Divulgação

C U LT U R A D O Z E E T R I N TA N A VIR ADA DO MILÊNIO

¤

¥

¦

§

¨

©

¨

ª

«

¥

¬

¥

©

¨

­

®

¯

¦

¯

©

ª

¯

°

±

«

¯

Trabalhei na programação de música popular do projeto Cultura Doze e Trinta, do departamento de difusão cultural em 1999 e 2000. Faziam parte comigo deste projeto uma equipe de artistas, todos com pouco mais de 20 anos, ainda estudantes de graduação da UFRGS de diferentes cursos - música, artes cênicas, jornalismo, psicologia: na programação mensal de música popular deste projeto estava também Mozart Moreira, estudante de música e funcionário da universidade; o encarregado pela música de linguagem erudita era o recém formado em composição Yanto Laitano; da área de cinema, o estudante de jornalismo Julio Costa; da dança, a bailarina Thais Pethzold, e a responsável pela programação teatral do projeto era a aluna de artes cênicas Joana Isabel. Coordenando estes seis programadores, o graduado em história Jatair Martins Costa, importante articulador cultural daquela época na universidade e formalmente vinculado ao departamento de difusão cultural. Tratava-se de um projeto coletivo, concebido e articulado por alunos em conjunto com a coordenação da difusão cultural. Tenho ótimas lembranças dos encontros que tínhamos para montar a programação de cada mês: na área da música popular, grupos como Motivos Óbvios, Bataclã FC, Cinemascope, Nonsense, TWP, naquele já distante 1999, quando os interessados entregavam fitas K7, VHS, releases em folhas de

ofício, mandavam mensagens via MOBI para acertarem detalhes dos shows. Tínhamos uma parceria com uma boa empresa de som para os projetos de música popular, o que garantia tranquilidade para nós e qualidade para o público. Outro destaque muito positivo deste periodo de vigência do Cultura Doze e Trinta era o aproveitamento de diversos espaços da universidade no horário de almoço, como os pátios da Fabico, do Campus Central (em frente ao bar da FACED), a ESEF, o anfiteatro grego e o pátio em frente ao bar do Antônio, no Campus do Vale. Além disso, algumas apresentações (dança e música erudita prinicipalmente) ocorriam nas dependências do Hospital de Clínicas, sem falar na sala Redenção e na sala Qorpo Santo, sedes fixas das programações de cinema e teatro. A universidade cada vez mais precisa se vincular com a comunidade extra-acadêmica, para que o resultado das ações e reflexões que se dão no âmbito do ensino superior afete diretamente o dia-a-dia de todos os que estão de alguma maneira próximos a ela. Historicamente, as atividades culturais oferecidas pela UFRGS exerceram este papel e espero que permaneçam sempre com esta função de integração entre comunidade acadêmica e comunidade em geral. Mateus Mapa

13


MÚSICA

Caio Martinez/Lúcia Cavalli

Rafael Ferrari

SOM NO SAL ÃO

²

³

´

³

µ

·

µ

¸

¸

³

¸

¹

º

»

³

¼

½

¾

¹

¿

À

³

¿

Á

µ

¹

¸

¾

Com o trabalho Bandolim Campeiro, Rafael Ferrari inaugura um novo momento na sua carreira, por se tratar de seu primeiro trabalho solo como instrumentista e compositor. O que este show traz de interessante às platéias, à crítica e àqueles que o apóiam é o fato de ser o primeiro e, até o momento único, trabalho com este perfil: traduzir a tradição cultural do Rio Grande através de um instrumento “estrangeiro” a esta cultura mas, que, brasileiro por natureza, une fronteiras e derruba rótulos, tendo como objetivo principal exaltar as belezas destes dois personagens grandiosos de uma terra chamada Brasil.

RAFAEL FERRARI - BANDOLIM CAMPEIRO Data: 24 de setembro – sábado – 20h

CAIO MARTINEZ – ALMA BRASILEIRA Data: 22 de outubro – sábado – 20h

Local: Salão de Atos da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Entrada franca

À

³

¹

¾

Â

³

¸

Ã

¹

¼

µ

Ä

Como letrista e melodista, Caio Martinez manifesta influências de múltiplos gêneros e estilos, com excelência e sensibilidade que acusam uma veia poética e um rigor estético musical já reconhecido por diversos músicos, compositores e críticos culturais. Neste ano, Caio prepara em seu estúdio o primeiro disco chamado Coisas Nossas. Um trabalho independente e inteiramente autoral que transcorre suave nas curvas do samba e faz zigue-zague entre valsa, samba-canção, maxixe, bossa, samba-de-breque, partido alto, machinha e gafieira. Um passeio que transcorre em várias direções, mas apontando sempre para sua alma brasileira de maneira viva, atual e interessante. 14

Observações: A retirada de senhas pode ser realizada através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso, no início de cada semana que antecede ao espetáculo , das 9h às 18h, na recepção do Salão de Atos da Reitoria da UFRGS ou no dia da apresentação. O estacionamento estará disponível com acesso pela Av.Sarmento Leite, ao lado da Rádio da Universidade, custo de R$10,00. Mais informações: www.ufrgs.br/salaodeatos ou 3308-3058


INTERLÚDIO

Å

Æ

Ç

È

É

Ê

Ë

Ì

Í

Î

Ê

É

È

É

Ï

Î

Ð

É

Ë

É

Ñ

Ò

É

Ó

Ô

Ï

Ì

Ò

É

Ó

Ç

Õ

Ì

Ç

Ö

Ð

É

Ê

Ó

Î

Ó

Ç

×

Æ

Í

O Duo Cantilena apresenta-se no projeto Interlúdio no mês de setembro. O duo foi formado em 2009 pela soprano Cynthia Barcelos e o violonista Thiago Kreutz e tem feito apresentações pelo estado em cidades como São Leopoldo, Porto Alegre, Dom Pedrito e Flores da Cunha. Buscam realizar um repertório de diversos períodos da historia da musica, tanto originais para a formação quanto transcrições.

A Camerata Acadêmica do Rio Grande do Sul, orquestra formada por alunos do Departamento de Música do Instituto de Artes da UFRGS, participa da edição de outubro do projeto Interlúdio. Sob a regência de Cosmas Grieneisen, o recital terá a participação dos solistas Carlos Sell e Danilo Campos (violinos). A orquestra apresentará obras de Bach, Grieg, Alexandre Levy e Alberto Nepomuceno. Mais informações no blog camerataacademica.blogspot.com.

Data: 23 de setembro – sexta-feira – 12h30

Data: 21 de outubro – sexta-feira – 12h30

Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110

Local: Sala João Fahrion – Av. Paulo Gama, 110

Entrada franca

Entrada franca

Duo Cantilena/Divulgação

15 15


CINEMA

SETEMBRO

Ø

Ù

Ú

Û

Ü

Ý

Þ

ß

à

Ü

á

Ü

Û

Ü

â

Þ

ß

ã

ä

å

Ü

á

A Revolução Cubana, em 1959, entusiasmou as esquerdas na América Latina. Na ilha vizinha aos Estados Unidos, os guerrilheiros demonstraram que era possível chegar ao poder empunhando armas. A teoria do foco guerrilheiro varreu como um furacão as estruturas dos partidos que ambicionavam a conquista do poder, até o momento baseados na construção de um partido operário de modelo bolchevique. Para os EUA era inadmissível uma repetição de um movimento popular tomando o poder em outro país sob sua influência no continente. Seguiram-se os golpes, contra as esperanças revolucionárias, entre outros no Brasil, no Chile, na Argentina, no Uruguai e em El Salvador. O cenário foi marcado pelo confronto antes que a definitiva noite se espalhasse em Latino América. Embora hoje só se ouça falar da resistência aos regimes, em outros tempos não foram todas as vozes, com o que viram ou viveram, que puderam se manifestar ou mesmo perceber o que lhes era imposto. Isso só pôde ser discutido e evidenciado mais tarde.

Os matizes deste contexto nas Américas do Sul e Central podem ser acompanhados quadro a quadro nas sequencias dos 15 filmes, produzidos entre 1972 e 2009, selecionados para o mês de setembro na Sala Redenção – Cinema Universitário. A mostra retoma a dinâmica entre percepções da realidade e suas representações construídas a posteriori. Ao mesmo tempo em que narra uma determinada versão da história, o cinema apresenta pontos de vista diferenciados pelas formas de contar um mesmo momento histórico sob planos variados. Os elementos culturais são leituras ricas para quem busca entender a realidade e os reflexos entre golpes e revoluções que resultaram tanto em estruturas políticas quanto sociais que calaram fundo duas das três Américas nos últimos 60 anos. A programação do mês de setembro da Sala Redenção buscar projetar um pouco de luz em a respeito deste período da história. Curadoria: Tânia Cardoso de Cardoso e Nilo Piana de Castro

Che

16


Corações loucos

æ

ç

è

é

ê

ë

ì

í

ë

è

î

ï

ð

ñ

ò

é

ð

é

ó

ô

é

õ

í

ë

è

ð

ö

í

é

ð

ð

÷

ô

Sexo, mentiras e sociedade. Sexo, verdade e transgressão. O cinema é muitas coisas, mas uma de suas vertentes mais interessantes é aquela que sacode os conceitos que temos em relação ao sexo – o que é permitido e o que não é? O que se pensa e o que se sente? Como homens e mulheres bailam a dança do desejo? Quantos sentimentos existem entre amor e amizade? Independente de eventuais desfechos trágicos, os filmes escolhidos para a mostra trazem consigo a afirmação de que a satisfação de desejo carrega antes de mais nada uma pulsão de vida, uma

afirmação do ser em busca da plenitude. Nestes filmes transgressores, amantes apaixonados mostram que muitas vezes é o corpo que carrega a alma para a transcendência. Na última semana de setembro, a Sala Redenção – Cinema Universitário, em parceria com a Okna Produções e Rainer Cine, apresenta Cinema francês: desejo e transgressão, exibindo filmes que dialogam com o longa A última estrada da praia (2010), dirigido por Fabiano de Souza. A nossa intenção é “esquentar as turbinas” para a exibição do filme nas primeiras semanas de outubro.

17


CINEMA

SETEMBRO ø

ù

ú

û

ü

ý

þ

ÿ

ü

ü

û

ü

þ

ÿ

ü

O SONHO NÃO ACABOU

CHE 01 de setembro – 5ª feira – 16h 21 de setembro – 4ª feira – 16h (Che: part one, Espanha, 2008, 131 min.) Dir. Steven Soderbergh 26 de novembro de 1956. Fidel Castro (Demián Bichir) viaja do México para Cuba com oito rebeldes, entre eles Ernesto Che Guevara (Benicio Del Toro) e seu irmão Raul (Rodrigo Santoro). Guevara era um médico argentino, que tinha por objetivo ajudar Castro a derrubar o governo de Fulgêncio Batista. Ao chegar ele logo se integra à guerrilha, participando da luta armada mas também cuidando dos doentes. Aos poucos ele ganha o respeito de seus companheiros, torna-se um dos líderes da revolução que está por vir.

ESTADO DE SITIO 01 de setembro – 5ª feira – 19h 02 de setembro – 6ª feira – 16h (État de siège, França, 1972, 120 min) Dir. Costa Gavras Em ousada operação, um grupo de guerrilheiros sequestra diplomata brasileiro e um cidadão americano de nome Philip Michael Santore, funcionário de uma agência americana. Ato contínuo, passam a exigir a libertação de militantes presos. Deste momento em diante o filme é narrado em flashback relatando suas atividades, a grande repercussão internacional e a articulação dos meios de repreensão ao movimento.

18

2 de setembro – 6ª feira – 19h 5 de setembro – 2ª feira – 16h (Brasil, 1981, 99 min) Dir. Sérgio Rezende O filme rodado no início dos anos 80 retrata a geração que viveu intensamente os anos 70, tendo como pano de fundo o cotidiano de jovens de Brasília, envolvidos com teatro e o sub-

A HISTÓRIA OFICIAL 06 de setembro – 3ª feira – 19h 08 de setembro – 5ª feira – 16h (La historia oficial, Argentina, 1985, 113 min) Dir. Luis Puenzo Buenos Aires. Professora de história desconfia que a menina que adotou seja filha de desaparecida política vítima de repressão militar.

mundo das drogas.

SOB FOGO CERRADO ELES NÃO USAM BLACK-TIE 05 de setembro – 2ª feira – 19h 06 de setembro – 3ª feira – 16h (Brasil, 1981, 134 min) Dir. Leon Hirszman Debruça-se sobre os conflitos, contradições e anseios da classe trabalhadora no final dos anos 1970, na crise final da ditadura militar. O filme situa, em polos antagônicos, a esperança na ação coletiva e a aposta nas saídas individuais, como alternativa de vida para os trabalhadores.

8 de setembro – 5ª feira – 19h (Under fire, EUA, 1986, 128 min) Dir. Roger Spottiswoode Russell Price é um atirado fotógrafo de reportagens que se vê em um dilema entre seu amor pela repórter Claire Stryder e sua amizade pelo marido dela, Alex Grazier. Ele também é torturado pelas incertezas de que caminho seguir quando lhe pedem que tome partido, ao invés de apenas tirar fotos, na guerra entre o governo da Nicarágua e os rebeldes sandinistas.


SALVADOR – O MARTÍRIO DE UM POVO 9 de setembro – 6ª feira – 16h (Salvador, EUA, 1986, 123 min) Dir. Oliver Stone No cenário da guerra civil de El Salvador jornalista fracassado tenta recuperar seu prestígio fazendo uma cobertura apurada. Ele documenta então as várias tragédias da guerra: a morte de um repórter fotográfico, o assassinato de religiosos e a invasão de cidades.

A CASA DOS ESPÍRITOS 12 de setembro – 2ª feira – 19h 13 de setembro – 3ª feira – 16h (The house of the spirits, Alemanha, 1993, 145 min) Dir. Billie August Três gerações de amores e desilusões da família Trueba. Esteban pede a mão de Rosa, que morre misteriosamente. Já rico, casa-se com a irmã caçula de sua amada. Nos anos 60, sua filha Blanca nutre amor perigoso pelo sindicalista Pedro. Baseado no best-seller de Isabel Allende.

O QUE É ISSO COMPANHEIRO? 14 de setembro – 4ª feira – 19h 15 de setembro – 5ª feira – 16h (Brasil, 1997, 105 min) Dir. Bruno Barreto Nos idos de 69, jovens estudantes que entraram para a clandestinidade durante o regime militar empreendem ousado golpe: o seqüestro do embaixador americano no Brasil. A tensão monta enquanto eles esperam a resposta do Governo às suas exigências. Baseado em fatos reais narrados no livro de Fernando Gabeira.

FELIZ ANO VELHO 09 de setembro – 6ª feira – 19h 12 de setembro – 2ª feira – 16h (Brasil, 1987, 105 min) Dir. Roberto Gervitz Ao mergulhar em lago raso, universitário torna-se tetraplégico. Da cadeira de rodas só resta recordar os marcantes acontecimentos que viveu na adolescência.

LAMARCA 13 de setembro – 3ª feira – 19h 14 de setembro – 4ª feira – 16h (Brasil, 1994, 129min) Dir. Sergio Rezende Crônica dos últimos anos na vida do capitão do exército Carlos Lamarca (Paulo Betti) que, nos anos da ditadura desertou das forças armadas e passou a fazer oposição, tornando-se um dos mais destacados líderes da luta armada.

KAMTCHATKA 15 de setembro – 5ª feira – 19h 16 de setembro – 6ª feira – 16h (Kamtchatka, Argentina, 2002, 105 min) Dir. Marcelo Piñeyro Harry tem 10 anos e tem uma vida normal para qualquer criança de sua idade na década de 70. Porém, quando seus pais começam a ser perseguidos pela ditadura argentina ele e sua família são obrigados a largar todos os seus bens e fugir para uma fazenda.

19


CINEMA

ZUZU ANGEL

CIDADĂƒO BOILESEN

16 de setembro – 6ª feira – 19h 19 de setembro – 2ª feira – 16h (Brasil, 2006, 103 min) Dir. SÊrgio Rezende Brasil, anos 60. A ditadura militar faz o país mergulhar em um dos momentos mais negros da sua história. Alheia a tudo isso, Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma estilista de moda, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. Paralelamente, seu filho Stuart (Daniel de Oliveira) ingressa na luta armada que combatia as arbitrariedades dos militares, atÊ ser capturado e morto pela ditadura. A partir desse ponto, Zuzu Angel inicia uma årdua batalha contra o sistema, colocando a sua própria vida em risco.

22 de setembro – 5ÂŞ feira – 19h 23 de setembro – 6ÂŞ feira – 16h (Brasil, 2009, 92 min) Dir. Chaim Litewski O documentĂĄrio revela as ligaçþes de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do famoso grupo Ultra, da Ultragaz, com a ditadura militar, ajudando no financiamento da repressĂŁo violenta e tambĂŠm a sua participação na criação da temĂ­vel Oban – Operação Bandeirante, espĂŠcie de pedra fundamental do Doi-Codi.

OS AMANTES 26 de setembro – 2ÂŞ feira – 19h (Les amants, França, 1958, 90 min.) Dir. Louis Malle Entediada com o marido e com o amante, uma mulher de meia-idade se vĂŞ tentada a fugir com um jovem que lhe dĂĄ uma carona quando seu carro quebra na estrada.

CHE 2: A GUERRILHA 19 de setembro – 2ÂŞ feira – 19h 22 de setembro – 5ÂŞ feira – 16h (Che: part two, Espanha, 2008, 133 min.) Dir. Steven Soderbergh ApĂłs a Revolução Cubana, Che estĂĄ no auge de sua fama e poder. EntĂŁo ele desapareceu, ressurgindo incĂłgnito na BolĂ­via, onde organiza um pequeno grupo de camaradas cubanos e recrutas bolivianos para começar a grande revolução latino-americana. A histĂłria da campanha boliviana de Che ĂŠ um conto de tenacidade, sacrifĂ­cio, idealismo e de arte de guerrilha que no final das contas acabou por falhar, resultando na morte de Che.

20

UMA MULHER PARA DOIS

O SEGREDO DOS SEUS OLHOS 23 de setembro – 6ª feira – 19h (El secreto de sus ojos, Argentina, 2009, 124 min) Dir. Juan Jose Campanella Após trabalhar a vida toda num tribunal penal, Benjamín Espósito se aposenta. Seu tempo livre permite a ele realizar um sonho longamente postergado: escrever um romance baseado num acontecimento que vivera anos antes. O resultado Ê surpreendente.

27 de setembro – 3ÂŞ feira – 19h (Jules et Jim, França, 1962, 105 min.) Dir. François Truffaut Na Paris do inĂ­cio do sĂŠculo 20, os amigos Jules e Jim se apaixonam pela mesma mulher, Catherine. Ela, porĂŠm, ama Jules, com quem se casa. Depois da Primeira Guerra Mundial, quando o trio se reencontra na Alemanha, Catherine se apaixona por Jim. O filme mostra como esse triângulo de amor e amizade evolui ao longo dos anos.


PARCEIROS DA SALA REDENĂ‡ĂƒO

CORAÇÕES LOUCOS

LADY CHATTERLEY

28 de setembro – 4ÂŞ feira – 19h (Les valseuses, França, 1974, 116 min.) Dir. Bertrand Blier Sem se importar com qualquer convenção estabelecida pela sociedade, dois jovens passam o tempo perambulando pela cidade, molestando mulheres e praticando assaltos, entre outros crimes.

30 de setembro – 6ÂŞ feira – 19h (França, 2006, 168 min.) Dir. Pascale Ferran Dir. Serge Gainsbourg 1921. Constance vive numa propriedade rural com o marido, Clifford Chatterley, tenente condenado a uma cadeira de rodas por causa da 1ÂŞ Guerra Mundial. Ela amarga uma vida monĂłtona, presa Ă obrigação com o casamento. Um dia, durante um passeio na floresta, conhece Parkin, o guarda-caça da propriedade. A atração entre os dois desperta nela um desejo nunca antes experimentado.

CRIANÇA, A ALMA DO NEGĂ“CIO 13 de setembro – 3ÂŞ feira – 9h (Brasil, 2008, 49min) dir. Estela Renner Debate com Ekaterine Karageorgiadis Este documentĂĄrio reflete sobre estas questĂľes e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negĂłcio para a publicidade. A indĂşstria descobriu que ĂŠ mais fĂĄcil convencer uma criança do que um adulto, entĂŁo, as crianças sĂŁo bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas.

PAIXĂƒO SELVAGEM 29 de setembro – 5ÂŞ feira – 19h (Je t’aime moi non plus, França, 1976, 89 min.) Dir. Serge Gainsbourg Johnny ĂŠ uma garçonete que trabalha numa lanchonete de beira de estrada. SolitĂĄria e carente, ela se envolve com o caminhoneiro Krassky, apesar dos alertas de seu chefe quanto Ă homossexualidade do rapaz. O fato ĂŠ que, talvez pela aparĂŞncia masculina de Johnny, Krassky tambĂŠm se interessa pela garçonete, provocando um curto circuito no relacionamento dele com outro homem.

!

"

!

#

12 HOMENS E UMA SENTENÇA 21 de setembro – 4ÂŞ feira – 19h (12 Angry Men, EUA, 1957, 96 min.) Dir. Sidney Lumet Doze jurados devem decidir se um homem ĂŠ culpado ou nĂŁo de um assassinato, sob pena de morte. Onze tĂŞm plena certeza que ele ĂŠ culpado, enquanto um nĂŁo acredita em sua inocĂŞncia, mas tambĂŠm nĂŁo o acha culpado. Essa posição quebra a unidade necessĂĄria e com isso o debate se instaura entre os 12 jurados.

21


CINEMA

Pulp Fiction

OUTUBRO

$

%

&

'

(

)

*

+

,

-

'

.

-

/

)

(

)

-

'

.

-

%

Em outubro, a Sala Redenção – Cinema Universitário dedica sua programação a Quentin Tarantino. Tarantino iniciou sua carreira escrevendo roteiros, sendo que os dois primeiros vendido foram o de Amor à Queima Roupa (1993) e o de Assassinos por Natureza (1994). Conhecido por seu domínio enciclopédico de filmes, por apresentar uma sofisticada mise-en-scène ou, ainda, por ser um cineasta com um grande dominio sobre os diálogos de seus filmes, Tarantino tem como herança o cinema clássico ao mesmo tempo que valoriza os conceitos de estilo, direção e de autoria dos cineastas da nouvelle vague francesa. Sua paixão por filmes de ação de Hong Kong, de faroeste, de terror italianos e de cinema britânico, faz-se presente em seus trabalhos. Aliás, seus filmes dialogam, fazem referência a outros filmes ou gêneros não apenas no estilo, mas também nas histórias e nos diálogos. Cães de Aluguel (1992), primeiro filme dirigido pelo cineasta, definiu o dos que se seguiram a esse. Seu segundo filme Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994) revolucionou a indústria de filmes independentes e ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1994. Estes dois filmes apresentam um roteiro complexo, com personagens verborrágicos, apresentando histórias dividida em atos com muitas referências pop – características que se tornarão marca do estilo de Tarantino. Com Pulp Fiction o cineasta ganhou ainda o Oscar de Melhor Roteiro

22

Original, além da indicação na categoria de Melhor Filme. Seu filme seguinte, Jackie Brown (1997), faz uma homenagem ao gênero blaxploitation, com adaptação de um romance de Elmore Leonard. Segue-se a este Kill Bill (2003) 1 e Kill Bill 2 (2004), filmado com a influência dos filmes chineses de artes marciais, que traz como tema a vingança. Em 2007, Tarantino lança À prova de morte – em parceria com Robert Rodirguez e outros três cineastas –, que evoca filmes de terrror exibidos em programas duplos nos EUA até os anos 70. Em seu último filme, Bastardos Inglórios (2009), considerdo seu filme mais perfeito e mais bem-dirigido, atrave-se a tratar da Segunda Guerra Mundial de forma original e arriscada, já que aborda a questão do holocausto e do nazismo, gerando algumas críticas quanto à leveza e ao humor ambivalente de tal filme. Para Mauro Baptista*, “o cinema de Tarantino recusa a lição de vida do melodrama, cara ao cinema americano. Sua ideia de moral se funda em pequenos códigos que valorizam a lealdade, a amizade, a palavra para cumprir acordos (p. 139). Durante toda a segunda quinzena do mês de outubro, o público da Sala Redenção poderá assistir aos filmes escritos e dirigidos por este cultuado cineasta.

* BAPTISTA, Mauro. O cinema de Quentin Tarantino. São Paulo: Papirus, 2010.


0

1

2

3

4

5

4

1

6

6

3

3

7

8

9

:

4

1

Partir, experienciar, errar. O abandono da cidade, do cotidiano ou do país de origem como gesto definidor de uma forma de estar no mundo. Respirar em movimento, buscar momentos únicos, viver histórias que definem o ser, a sociedade e a relação entre essas instâncias. Um país ou um coração em xeque, a alma em chamas, o comportamento despido dos valores morais. Amizades efêmeras e eternas. Se road movies são imagens em movimento impregnadas de rebeldia, os filmes escolhidos para esta mostra revelam diferentes possibilidades de dizer não à vida estabelecida. Neles, muitas vezes é o próprio cinema que aparece como ponto

principal da rota. Afinal, cinema e estrada são irmãos sanguíneos que lutam na busca de um outro olhar. Nas duas primeiras semanas de outubro, a Sala Redenção – Cinema Universitário, em parceria com a Okna Produções e a Rainer Cine, apresenta Estradas e Errâncias, exibindo filmes que são inspiradores do longa A última estrada da praia (2010), de Fabiano de Souza. A Sala Redenção apresentará o longa em três sessões, participando de seu lançamento na cidade de Porto Alegre. No dia 03 de outubro teremos a abertura da Mostra, com a exibição de A última estrada da praia. Logo após a sessão, debate com Fabiano de Souza.

A última estrada da praia

23


CINEMA

OUTUBRO ;

<

=

>

?

@

?

<

A

A

>

>

B

C

D

E

?

<

A ÚLTIMA ESTRADA DA PRAIA 03 de outubro – 2ª feira – 19h 06 de outubro – 5ª feira – 19h 14 de outubro – 6ª feira – 19h (Brasil, 2010, 93 min.) Direção: Fabiano de Souza Roteiro: Vicente Moreno e Fabiano de Souza Produção: Aletéia Selonk, Gilson Vargas, Milton do Prado Leo, Norberto e Paula são amigos íntimos. No início de uma viagem para o litoral, eles conhecem um estranho que não fala. Enquanto o novo amigo silencioso se defronta com seus temores, os três mergulham nas fronteiras de um relacionamento triangular. Nas areias intermináveis das praias gaúchas, eles descobrem que “é impossível ser alegre o tempo inteiro”.

DAUNBAILÓ 05 de outubro – 4ª feira – 19h (Down by law, Alemanha/EUA, 1986, 107 min.) Dir. Jim Jarmusch O filme é sobre dois sujeitos que, ao caírem numa armação da polícia, vão dividir uma cela juntos na prisão.

GAROTOS DE PROGRAMA

NO DECURSO DO TEMPO 04 de outubro – 3ª feira – 19h (Im lauf der zeit, Alemanha, 1975, 175 min. ) Dir. Wim Wenders Um técnico de projetores de cinema viaja pela Alemanha visitando cinemas desativados quando encontra um homem recém-separado. Eles ficam amigos e resolvem viajar juntos.

24

07 de outubro – 6ª feira – 19h (My own private Idaho, EUA, 1991, 102 min.) Dir. Gus Van Sant Um jovem marginal perambula numa típica auto-estrada norte-americana sem um objetivo fixo, representando os dilemas da juventude de sua época, a marginalidade, além da idéia de um constante movimento e busca.

E SUA MAMÃE TAMBÉM 10 de outubro – 2ª feira – 19h (Y tu mamá también, EUA/ México, 2001, 105 min.) Dir. Afonso Cuarón Distantes de suas namoradas, que estão viajando juntas pela Europa, os amigos Tenoch e Julio, ambos com 17 anos, decidem aproveitar o tempo sozinhos. Em uma festa, conhecem a esposa do primo de Tenoch, Luisa, e a convidam para uma viagem até a fictícia praia de Boca Del Cielo, já pensando em transar com ela, que é mais velha. Luisa não aceita o convite, mas quando descobre que está sendo traída, decide ir com eles.

TERRA ESTRANGEIRA 11 de outubro – 3ª feira – 19h (Brasil, 1996, 100 min.) dir. Walter Salles Brasil, 1990. O plano Collor é anunciado. Sem perspectiva em um país tomado pelo caos, Paco, um jovem de 20 anos de idade, opta pelo exílio após a morte da mãe. Parte para Portugal, aceitando uma encomenda suspeita para pagar a viagem.


OUTUBRO F

G

H

I

J

K

L

M

N

O

I

P

O

Q

K

J

K

O

I

P

O

G

CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS 13 de outubro – 5ª feira – 19h (Brasil, 2005, 90 min.) Dir. Marcelo Gomes Em 1942, no meio do sertão nordestino, dois homens vindos de mundos diferentes se encontram. Um deles é Johann, alemão fugido da 2ª Guerra Mundial, que dirige um caminhão e vende aspirinas pelo interior do país. O outro é Ranulpho, um homem simples que sempre viveu no sertão e que, após ganhar uma carona de Johann, passa a trabalhar para ele como ajudante. Viajando de povoado em povoado, a dupla exibe filmes promocionais sobre o remédio “milagroso” para pessoas que jamais tiveram a oportunidade de ir ao cinema.

JACKIE BROWN

CÃES DE ALUGUEL 17 de outubro – 2ª feira – 16h 19 de outubro – 4ª feira – 16h 26 de outubro – 4ª feira – 19h (Reservoir dogs, EUA, 1992, 99min) dir. Quentin Tarantino Joe Cabot é um experiente criminoso que reúne seis bandidos para um ousado roubo à joalheria, mas estes seis homens não sabem nada um sobre os outros e cada um utiliza uma cor como codinome. Porém, durante o assalto algo sai errado. Em um clima de acusações mútuas a situação fica cada vez mais insustentável.

18 de outubro – 3ª feira – 19h 20 de outubro – 5ª feira – 16h (Jackie Brown, EUA, 1997, 154min) dir. Quentin Tarantino Comissária de bordo (Pam Grier) trafica dinheiro para os Estados Unidos a mando de um vendedor de armas. Quando dois policiais oferecem um acordo para que ela entregue o bandido, a mulher decide dar a volta em todos os envolvidos, com um olho na liberdade e outro numa mala cheia de dinheiro.

KILL BILL: VOL. 1

PULP FICTION - TEMPO DE VIOLÊNCIA 17 de outubro – 2ª feira – 19h 18 de outubro – 3ª feira – 16h 27 de outubro – 5ª feira – 16h (Pulp Fiction, EUA, 1994, 154min) Dois assassinos profissionais devem fazer cobrança para um gângster; um deles forçado a sair com a garota do chefe, temendo passar dos limites; enquanto isso, boxeador se mete em apuros por ganhar luta que deveria perder.

20 de outubro – 5ª feira – 19h 21 de outubro – 6ª feira – 16h 27 de outubro – 5ª feira – 19h (EUA, 2003, 110min) dir. Quentin Tarantino A Noiva (Uma Thurman) é uma perigosa assassina, que trabalha em um grupo liderado por Bill (David Carradine) e que é composto principalmente por mulheres. Ela está prestes a se casar com Bill, mas no dia de seu casamento seu noivo e companheiras de trabalho se voltam contra ela, quase a matando. Ela fica 5 anos em coma, até despertar com um único desejo: vingança.

25


CINEMA

PARCEIROS DA SALA REDENÇÃO

KILL BILL: VOL. 2

BASTARDOS INGLÓRIOS

21 de outubro – 6ª feira – 19h 24 de outubro – 2ª feira – 16h 31 de outubro – 2ª feira – 16h (EUA, 2004, 134min) dir. Quentin Tarantino Após ser traída por Bill (David Carradine) e seu antigo grupo, uma mulher (Uma Thurman) fica à beira da morte por 4 anos. Após despertar do coma ela parte em busca de vingança, indo atrás de cada um dos seus antigos companheiros para matá-los.

25 de outubro – 3ª feira – 19h 26 de outubro – 4ª feira – 16h 31 de outubro – 2ª feira – 19h (Inglourious basterds, EUA, 2009, 153min) dir. Quentin Tarantino 2ª Guerra Mundial. A França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz), o que faz com que fuja para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e dona de um cinema local, enquanto planeja um meio de se vingar.

À PROVA DE MORTE 21 de outubro – 6ª feira – 19h 24 de outubro – 2ª feira – 16h 31 de outubro – 2ª feira – 16h (Death proof, EUA, 2007, 113min) dir. Quentin Tarantino Ao cair da noite, Jungle Julia (Sydney Tamiia Poitier), a DJ mais sexy de Austin, pode enfim se divertir com as suas duas melhores amigas. As três garotas saem noite adentro, atraindo a atenção de todos os freqüentadores masculinos dos bares e boates do Texas.

26

R

S

T

U

V

W

U

X

Y

Z

U

U

[

\

S

]

U

S

Z

^

_

`

a

[

Y

T

^

_

BUDRUS 19 de outubro – 4ª feira – 19h (Budrus, Israel/EUA, 2010, 70 min.) Dir. Julia Bacha Budrus é um vilarejo localizado na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, onde em 2003 foi realizado um protesto não-violento. A causa foi o anúncio da construção de um muro pelos israelenses, o qual destruiria oliveiras históricas e economicamente importantes para a comunidade. Ayed Morrar e sua filha estavam à frente do movimento, que conseguiu unir facções palestinas rivais, como o Fatah e o Hamas, e ainda judeus progressistas.


A Ăşltima estrada da praia

27


ARTES VISUAIS

Do livro Aurora, Editora Projeto/Cristina Biazetto

ILUS T R AÇ ÃO: A R T E DE N A RR A R

b

c

d

e

f

g

h

i

e

O Instituto de Artes da UFRGS, através da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, realiza um ciclo de atividades que visa reconhecer a ilustração como uma linguagem visual contemporânea de extrema importância. Fazendo parte do 5º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, o propósito das atividades é valorizar e promover a obra de ilustradores, sejam eles consagrados ou novos, e destacar a ilustração como um campo de atuação importante dentro da academia. A principal atividade é a exposição Ilustração: arte de narrar, sob a curadoria de Laura Castilhos, Rodrigo Núñez e Patrícia Bohrer. Tem como tema a ilustração ligada à narrativa e reúne artistas oriundos do Rio Grande do Sul ou que aqui fixaram sua produção. A exposição envolverá cerca de 40 artistas ilustradores, incluindo o grupo NIQ (Núcleo de Ilustração e Quadrinhos do Instituto de Artes) e um núcleo histórico do acervo do Instituto de Artes. Alguns dos artistas cujas obras foram selecionadas para a exposição são: Ana Terra, André Neves, Cristina Biazetto, Celso Sisto, Edgar Vasques, Eduardo Oliveira, Eduardo Vieira da Cunha, Fábio Zimbres, Guazzelli, Hermes Bernardi Jr, Jaca, Laura Castilhos, Luís Fernando Veríssimo, Mara Caruso, Marília Pirillo, Moa, Nara Amélia Melo, Paula Mastroberti,

28

Pedro Alice, Pilar Prado, Rodrigo Núñez, Vit Nuñez, Tatiana Sperhacke e Teresa Poester. Além da exposição Ilustração: arte de narrar, a Pinacoteca do IA/UFRGS realizará seminário nos dias 4 e 5 de outubro, das 14h às 17hs, que discutirá a presença da ilustração no contexto acadêmico do Instituto de Artes da UFRGS, o campo de atuação profissional dos ilustradores, a narrativa visual e textual. Participarão do seminário os professores Paulo Gomes, Paula Ramos, Rodrigo Nuñez e Laura Castilhos, além dos convidados, Annete Baldi (sócia-fundadora da Editora Projeto e presidente do Clube de Editores do RS) e Christina Dias (escritora). Também integram o ciclo de atividades dedicadas à ilustração oficinas que serão ministradas durante a Semana Acadêmica do IA. As oficinas de curta duração terão como temas: ilustração infanto-juvenil; meios e suportes; a narrativa das imagens e livro de artista. Ilustração: arte de narrar, é uma mostra concebida pela Pinacoteca Barão de Santo Angelo e que conta com a parceria do Departamento de Difusão Cultural, ao integrar as programações culturais do 5º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária.


ILUSTRAÇÃO: ARTE DE NARRAR Abertura: 21 de setembro, quarta-feira, das 19h às 20h30 Visitação: até 11 de novembro, das 10h às 18h, de segunda à sexta Local: Pinacoteca Barão de Santo Ângelo – Instituto de Artes da UFRGS - Rua Senhor dos Passos, 248 – 1º andar Informações: 3308-4302 ou iapin@ufrgs.br Chapeuzinhos Coloridos/Marília Pirilo

29 29


REFLEXÃO

C O N F E R Ê N C I A S U F R G S 2 011 j

k

l

m

n

o

p

q

r

m

p

s

t

u

r

s

É com satisfação que oferecemos à comunidade universitária e à sociedade mais uma edição do Conferências UFRGS 2011. Este é um momento em que a Universidade se reúne para debater temas contemporâneos que nos ampliam a compreensão sobre a Universidade e sobre as exigências da sociedade moderno-contemporânea. A universidade é o lugar da cultura e do conhecimento por excelência e o tema desta edição é fundamental para essa compreensão. Denominada O Futuro da Universidade na Sociedade do Conhe-

cimento, terá como palestrantes os ilustres Manoel André da Rocha e Antonio David Cattani, que certamente desafiarão os participantes a uma profunda reflexão sobre a temática abordada. O Projeto Conferências UFRGS 2011, além de integrar o calendário oficial de eventos da Universidade, é um momento de encontro e de troca de idéias de uma forma descontraída e instigante. Rui Vicente Oppermann, Vice-Reitor

Prédio do ICBS/Acervo

30 30


v

w

x

y

z

w

{

|

}

~

x

w

w

|

x

}

|

{

|

x

A Autonomia, ainda que relativa, foi explicitamente concedida às universidades por um decreto de 1931, na linha do espírito modernizador da incipiente Era Vargas. Embora continuasse sendo repetida na legislação ordinária, quer em leis gerais de diretrizes e bases da educação nacional, quer em leis especiais sobre o ensino superior, a autonomia universitária, como princípio de organização das universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica, somente foi constitucionalizada, pela vez primeira, com a edição da Constituição Federal de 1988, no seu art. 207 e § 2º. Passados mais de 20 da edição da Constituição Federal de 1988, é preciso verificar se esse enobrecimento normativo conseguiu acarretar alguma transformação conceitual relativa às instituições universitárias, bem como alguma melhoria efetiva na prática de gestão do ensino superior. Mais, importa identificar criticamente os cerceamentos a que está submetida sua autonomia, no emaranhado das normas administrativas quanto a recursos humanos a contratações, quanto a recursos financeiros e orçamento, e quanto a responsabilidade fiscal e prestação de contas, apenas para exemplificar. Obtido, por essa verificação, o diagnóstico da atual situação das universidades e institutos afins, cabe então perguntar pelos caminhos de emancipação institucional a serem buscados e trilhados, nomeadamente alternativas estruturais e de inserção no conjunto da administração pública e de seus processos de coordenação e subordinação. O conjunto desses caminhos constitui o mapa da Reforma da Universidade no Brasil, necessariamente desenhado a partir do eixo da autonomia universitária. Como material de cotejo e suporte para a formulação de alternativas, será utilizado o projeto de lei sobre a organização institucional do ensino universitário, encaminhado pelo anterior Governo e ora tramitando no Congresso Nacional. Manoel André da Rocha

z

w

}

{

|

x

z

~

z

{

|

}

{

|

~

|

A dinâmica capitalista impulsiona a acumulação e a concentração de riqueza ampliando as desigualdades socioeconômicas. A obsessão produtivista e consumista parecem imposições inexoráveis de um sistema inumano. O sistema econômico dominante é, porém, uma construção social e como tal, pode ser inteiramente mudado. A mercantilização da vida, o consumismo desenfreado e a ganância predatória não são inevitáveis. Outra economia é possível, uma economia humana fundamentada em práticas alternativas e nos princípios e valores civilizatórios que orientam a busca pelo bem comum. Antônio David Cattani

A REFORMA UNIVERSITÁRIA E SUAS IMPLICAÇÔES Palestrante: Manoel André da Rocha Data: 14 de setembro – quarta-feira – 19h Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110, 2º andar. Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br

POR UMA ECONOMIA HUMANA Palestrante: Antônio David Cattani Data: 19 de outubro – quarta-feira – 19h Local: Sala Fahrion – Prédio da Reitoria da UFRGS Av. Paulo Gama, 110, 2º andar. Inscrições: www.difusaocultural.ufrgs.br

31


REFLEXÃO

FRONTEIR A S DO PENSAMENTO

O Fronteiras do Pensamento nasceu em Porto Alegre, no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o objetivo de debater o presente, possibilitando ao grande público o encontro com cientistas, artistas, pensadores e intelectuais da atualidade. Em novembro de 2006, o historiador americano Paul Kennedy foi o primeiro palestrante do seminário internacional a se apresentar no palco do Salão de Atos que, desde então, é cenário para todas as conferências do evento. Donaldo Schüler, consultor acadêmico do Fronteiras do Pensamento, salienta que um evento desse porte não poderia acontecer em outro local. “A UFRGS é a universidade mais importante do Estado e não há lugar melhor e mais representativo para receber um dos eventos mais importantes da área cultural do Brasil”, sentencia Schüler, um entusiasta do Fronteiras do Pensamento. O formato do projeto – curso de altos estudos válido como extensão universitária – faz com que os passaportes sejam vendidos e se esgotem com

32

bastante antecedência. Os alunos da UFRGS que não têm acesso às conferências, podem acompanhar e participar dos desdobramentos do projeto. “Com o sucesso alcançado no decorrer dos anos, o Fronteiras do Pensamento deixou de ser apenas um seminário e estendeu seu conteúdo para outros formatos, com a intenção de abranger diferentes públicos, promovendo o debate contínuo”, explica Schüler. Os produtos culturais do Fronteiras do Pensamento foram criados para o evento não terminar em algumas conferências. A ideia é que os livros, os filmes, os programas de televisão, os materiais paradidáticos e o módulo educacional do projeto – Diálogos com Professores e Diálogos com a Geração Z – circulem pelas cidades, nas salas de aula, na imprensa, nos cafés e no silêncio do que escrevemos e pensamos. Além disso, pode-se acompanhar o Fronteiras do Pensamento através do Facebook, do Twitter e do canal de vídeo no YouTube. Nave – Design e Assessoria de Comunicação


Abertura Fronteiras do Pensamento Porto Alegre 2011/Clléber Passus

FRONTEIR A S DA EDUCAÇÃO

GARRY KASPAROV Grande mestre de xadrez russo, considerado o maior enxadrista de todos os tempos, aos 22 anos de idade tornou-se o mais novo Campeão Mundial de Xadrez.

Data: 05 de setembro – segunda-feira – 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

SYLVIA EARLE Oceanógrafa norte-americana exploradora da National Geographic Society, reconhecida mundialmente por suas centenas de expedições marítimas.

Data: 26 de setembro – segunda-feira – 19h30 Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

¡

¢

£

¤

¡

¥

¦

§

Fronteiras Educação é o módulo educacional do projeto, o qual se divide em duas iniciativas complementares: Diálogos com a Geração Z e Diálogos com Professores. Diálogos com a Geração Z pretende ser um espaço de diálogo com esta geração e seus professores, trata-se de um bate-papo sobre alguns temas-chave para a compreensão do mundo contemporâneo. Em 2011, serão realizados quatro grandes encontros, para 1.300 alunos com idades entre 11 e 17 anos, com linguagem e recursos apropriados à idade e visão de mundo do público em questão. A apresentação destes encontros, no Salão de Atos da UFRGS, com duração de duas horas, ficará a cargo do escritor Fabrício Carpinejar, acompanhado por professores especialistas nas temáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e da equipe do Fronteiras. O módulo educacional apresenta como seu consultor e revisor acadêmico Professor Francisco Marshall, historiador e arqueólogo, professor do Departamento de História IFCH-UFRGS. Inscreva gratuitamente sua escola no Diálogos com a Geração Z, projeto que inicia na terça-feira, dia 23 de agosto, às 9h, no Salão de Atos da UFRGS. 33


TE ATRO

T E AT RO PE S QUI S A E E X T EN S ÃO

¨

©

ª

«

¬

­

«

®

¯

°

±

°

²

³

´

©

°

µ

·

Dando sequência à temporada 2001 do Projeto Teatro Pesquisa e Extensão (TPE), PT Saudações e (E)Terno sobem ao palco da Sala Alziro Azevedo. Os espetáculos têm entrada franca e serão apresentados respectivamente durante os meses de setembro e outubro, sempre às quartas-feiras, em dois horários - às 12h30min e às 19h30min. Texto de Carlos Carvalho, um dos mais importantes dramaturgos gaúchos, PT Saudações conta a história de Dona Corina Assumpção e de Marquinhos. No dia de seu aniversário, Dona Corina, confinada em sua própria solidão, recebe um telegrama. Para o carteiro é apenas a última entrega de um dia exaustivo, para ela, a chance de romper com as grades do vazio que lhe aprisiona. Eles são aproximados e definitivamente afastados pelo desencontro das intenções de cada um. Trata-se de um mal-entendido que toma proporções de uma grande bola de neve. O humor patético em que se desenvolve a cena é conduzido pela comunicação falha. A distância dos objetivos das personagens não permite que um compreenda realmente ao outro, até que a situação torna-se insustentável. A

composição dramática tem direção de Gyan Celah e orientação de Irion Nolasco. No elenco estão Camil Rosa e Gyan Celah. Por sua vez, (E)Terno coloca o público, por meio do teatro e da dança, em um espaço repleto de imagens e sensações relacionadas aos sentimentos de espera e solidão, com o objetivo de instigá-lo a vivenciar todas as angústias, decepções e incertezas de uma mulher que aguarda notícias do marido que viajou. O que havia acontecido exatamente? Nada. Naquela noite de chuva e frio, uma criança que brincava havia acendido o fogo. Naquela noite de poças e lembranças, uma simples brisa passa... Tefa Polidoro, que compõe o elenco do espetáculo, é responsável, ao lado da orientadora Luciane Olendzki, pelo roteiro e pela dramaturgia. A direção é de Márcio Ramos. O TPE é uma mostra de teatro universitário aberta ao público promovida pelo Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes, Departamento de Difusão Cultural-PROREXT e Pró-Reitoria de Pesquisa e que tem como intuito questionar temas, metodologias, processos e resultados de investigações.

PT Saudações/Leandro Lefa

34


(E)terno/Tatyele Monteiro

PT SAUDAÇÕES

(E)TERNO

Data: Quartas-feiras de setembro – às 12h30 e às 19h30

Data: Quartas-feiras de outubro – às 12h30 e às 19h30

Local: Sala Alziro Azevedo – Av. Salgado Filho, 340

Local: Sala Alziro Azevedo – Av. Salgado Filho, 340

Duração: 75 minutos

Duração: 45 minutos

Classificação: 14 anos

Classificação: 14 anos

35


REFLEXÃO

II JORNADA INTERDISCIPLINAR SOBRE O ENSINO DA HISTÓRIA E P R E S E R VA Ç Ã O D A M E M Ó R I A D O H O L O C A U S T O ¸

¹

º

»

¼

½

¾

¿

À

Á

»

¿

Á

Â

Ã

Ä

¸

¼

Å

¿

¾

»

Æ

¿

Ç

¿

¿

È

É

Ä

¿

Ê

¹

¾

¿

¾

¼

A Organização Judaica Internacional de Direitos Humanos B´nai B´rith (Filhos da Aliança) através de sua filiada no Brasil, em parceria com a UFRGS e as Secretarias de Educação do Estado e do Município, oferecerá aos professores destas Instituições de Ensino, uma Jornada, no sábado, 22 de outubro de 2011, no Salão de Festas da UFRGS. O objetivo é levar aos participantes o conhecimento de uma história quase inacreditável de horror e crueldade, a Shoah, promovida pelo nazismo, desde o início da década de 1930 e até 1945, quando findou a II Guerra Mundial. E porque nos preocuparmos com um genocídio que ocorreu há mais de 60 anos? Nossa resposta é simples para quem valoriza os Direitos Humanos, a Democracia, o respeito às minorias, enfim para quem quer lutar pela dignidade de todo ser humano. Lições da Shoah: um legado para a humanidade é o tema escolhido para esta edição. Os professores participantes, através dessa história, terão mais instrumentos para trabalharem com seus alunos, nas várias áreas do conhecimento, a importância dos valores fundamentais da Humanidade e a vigília para que jamais estes valores sejam usurpados do homem. Analisando o que aconteceu, poderemos atuar sempre e assim evitar que os problemas sociais e econômicos de um povo voltem a provocar um retorno a políticas de discriminação, de racismo, de desrespeito ao semelhante, produto de ódio, incompreensão e intolerância, característicos do nazismo e causadores da morte de 50 milhões de seres humanos. As Jornadas vêm acontecendo já há alguns anos em São Paulo e, mais recentemente, em Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília, e registram um grande e crescente número de professores, o que comprova o interesse que despertam e seu definitivo sucesso. Sua Coordenadora Geral é Maria Luiza Tucci Carneiro, professora da Universidade de São Paulo (USP), uma educadora apaixonada pelo tema de Direitos Humanos. Na Jornada teremos teatro, palestras de Professores que vêm de São Paulo e Rio de Janeiro, de um Psicanalista, de um Delegado especializado em

36

Neonazismo no Estado, um testemunho de Sobreviventes do Holocausto, uma apresentação de três professores sobre um curso realizado em Jerusalém e um Conjunto Musical. Matilde Gus B’nai B’rith RS

LIÇÕES DA SHOAH: UM LEGADO PARA A HUMANIDADE Data: 22 de outubro – sábado – das 8h30 às 17h30 Local: Salão de Festas da UFRGS

O LEGADO DOS SOBREVIVENTES Testemunho dos Sobreviventes e Justos Bernard Kats, Curtis Stanton, Max Schanzer, e Johannes Melis Holocausto e suas consequências David Zimerman A Experiência no Yad Vashem, em Jerusalém Cláudia Garcia, Cristina Cunha Mello, Manoel José Ávila da Silva Dramatização sobre o tema da Shoah – Holocausto Mirna Spritzer (UFRGS/POA) Lançamento do Concurso de Monografia

A HISTÓRIA COMO LEGADO Holocausto, Nazismo e Antissemitismo: mutações e Legados para o século XXI Maria Luiza Tucci Carneiro (ArqShoah/LEER-USP) A arte como instrumento de memória Sílvia Lerner (Universidade Veiga de Almeida/RJ) Neonazismo na atualidade brasileira Paulo César Jardim (Delegado/POA) Apresentação do Conjunto Musical LeChaim


Sala Qorpo Santo / Sala Redenção – Cinema Universitário – Av. Eng. Luiz Englert, s/n°, Centro Histórico

Salão de Festas / Sala Fahrion – Av. Paulo Gama, 110, 2° andar da Reitoria – Campus Central

INSTITUTO DE QUÍMICA

?? yy yy ??

ENDEREÇOS

INFORMAÇÕES GERAIS DEPARTAMENTO DE DIFUSÃO CULTURAL

Entradas Principais Entradas Secundárias

A – Parada de Ônibus B – Praça Campus do Vale

Caminho da Parada até a Praça do Campus A – Sala Qorpo Santo B – Sala Redenção – Cinema Universitário C – Salão de Festas D – Sala Fahrion E – Salão de Atos

RU

????? ????? ?????

??

C

D

??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ??????????? yyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????? yyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy ???????????????? yyyyyyyyyyyyyyyy yyyyyyyyyyyyyyyy ????????????????

????? ?? ?

B

CAMPUS DO VALE CAMPUS CENTRAL

B T

?? ??? ????? yyyyy ??? ????? ??? yyyyy ???? yyyy yyyyyyyyy ????? ???? A

Endereço: Av. Paulo Gama, 110 – Mezanino do Salão de Atos – Campus Central Fone: (51) 3308 3933 ou (51) 3308 3034 E-mail: difusaocultural@ufrgs.br Website: www.difusaocultural.ufrgs.br Entrada e inscrição em eventos: agendamento pelo site ou no local Horário de Funcionamento: das 8h às 18h, aberto ao meio – dia

Salão de Atos – Av. Paulo Gama, 110

ITE

LE

O

NT

ME

AS AR

RU

A .P AV

E

MA

GA O L AU

RU

R U A EN G . LU IZ EN G LE R

LOCALIZAÇÃO

37


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Ë

Reitor Carlos Alexandre Netto

Ð

Ì

Ò

Í

Î

Í

Ï

Ø

Ð

×

Ù

Ñ

Ò

Ñ

Ó

Ô

Ó

Ø

Ñ

Ï

Ô

Ó

Î

Ô

Õ

Ì

Ò

Ö

Î

Ï

×

Ö

Ñ

Ò

LEIA E PASSE ADIANTE

Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Rui Vicente Oppermann Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher Equipe do DDC Carla Bello – Coordenadora de Projetos Especiais Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Juliana Mota – Coordenadora e curadora do Projeto Vale Doze e Trinta Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Sinara Robin – Coordenadora do Projeto Reflexão Tânia Cardoso de Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Bolsistas Bruna Schuch Diego Carneiro Diogo Perin Fernando Rodrigues Giulia Barão José Silvio Camargo Renata Signoretti Projeto gráfico Katia Prates Diagramação Diogo Perin Crédito imagens Capa (p. 1) - Unimúsica 2010, foto de Andrew Sykes; p. 3 - cena do filme “Acossado” (1960); p. 4 - “Egberto Gismonti“, foto de Ziga Koritnik; p. 5 - “Antônio Borges-Cunha“ - foto de Sílvio Telles; p. 6 - “Izabel e Saggiorato“, foto de Carlos Kipnis; p. 7 - “Mônica e Teco”, foto de Dani Gurgel; p. 8 - “Ná e André“, foto divulgação; p. 10 - “Humberto Gessinger“, foto de PG Florence; p. 13 - “Revolução RS“ e “Dekalc”, foto divulgação; p. 14 - “Caio Martinez”, foto de Lúcia Cavalli; “Rafael Ferrari”, foto divulgação; p. 15 - “Duo Cantilena”, foto divulgação; p. 16 - cena do filme “Che” (2008); p. 17 - cena do filme “Corações loucos” (1974); p. 22 - cena do filme “Pulp Fiction” (1994); p. 23 - cena do filme “A última estrada da praia” (2010); p. 28 - do livro “Aurora”, Editora Projeto, ilustração de Cristina Biazetto; p. 29 - “Chapeuzinhos Coloridos”, ilustração de Marília Pirilo; p. 30 - fachada do prédio do ICBS, foto de acervo; p. 32 e 33 - abertura Fronteiras do Pensamento Porto Alegre 2011, foto de Clléber Passus; p. 34 - “(E)terno”, foto de Tatyele Monteiro; p. 35 - “PT Saudações”, foto de Leandro Lefa. Programação sujeita a alterações.

Sala Redenção Cinema Universitário 38

Apoio


Entre os dias 8 e 11 de novembro, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, sediará, em Porto Alegre, a 5° edição do CBEU - Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Com a temática “As Fronteiras da Extensão”, o Congresso tem como objetivo proporcionar a troca de experiências, além da reflexão e do debate acerca da extensão universitária no país. A programação do 5° CBEU contará com Conferências, Mesas Redondas, Minicursos, Oficinas, Mostra de Extensão e Atividades Culturais. Serão apresentados trabalhos nas modalidades de Comunicação Oral e Tertúlia, permeando as oito áreas temáticas da Extensão, sendo elas a Comunicação, a Cultura, os Direitos Humanos e a Justiça, a Educação, o Meio ambiente, a Saúde, a Tecnologia e a Produção e o Trabalho. Dentro da programação cultural, atividades de Teatro, Dança, Música, Cinema e Artes Plásticas estão entre as principais atrações. Elas trazem um pouco do que é produzido culturalmente na Universidade, tanto na graduação quanto nos cursos de extensão. Para as divulgações de Teatro, além de uma apresentação do Grupo Tholl, o projeto TPE - Teatro Pesquisa e Extensão - estará em cartaz com a peça “Faustina”, inspirada na obra do escritor português Gonçalo de Tavares.

Já nas programações de dança, o Grupo de Danças Tradicionais Gaúchas TCHE – UFRGS e o Grupo Brincantes do Paralelo Trinta e o Ballet da UFRGS farão apresentações nos espaços alternativos criados para o evento. O 5° CBEU ainda contará com o projeto “Perdidos no Espaço”. Buscando pensar novas formas de se pensar a escultura, o programa foi criado para discutir a produção artística e as relações da arte com os espaços públicos e privados. Formado por artistas, pesquisadores e professores, a presença dos convidados visa integrar ainda mais esse grupo, ampliando o debate sobre a inserção da arte dos espaços universitários e a interdisciplinaridade. Através de uma visita guiada teatralizada, o projeto Patrimônio e Teatro apresenta o acervo arquitetônico da UFRGS. Por meio da dramaturgia, a história das diferentes edificações da Universidade serão contextualizadas em seus momentos históricos, retratando o período pelos quais elas passaram. As atividades culturais disponíveis no 5° CBEU retratarão os diferentes universos das universidades brasileiras, e não somente do local aonde este ano será sediado. Promovendo uma integração e um intercâmbio de culturas, cada espaço poderá trazer a sua singularidade para dentro do debate acadêmico e para o conhecimento da comunidade em geral.

39


Departamento de Difusão Cultural Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.difusaocultural.ufrgs.br

40


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.