Agenda Cultural DDC Setembro e Outubro

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AGENDA C U LT U R A L

Setembro Outubro 2016


música

Foto Divulgação

VIII FESTIVAL DO VIOLÃO O já tradicional Festival de Violão da UFRGS chega à sua oitava edição. Entre 23 e 28 de setembro de 2016 Porto Alegre voltará a ser a capital sul-americana do violão, com este festival que já se consagrou como um dos maiores eventos violonísticos do continente. Todos sabemos que o país atravessa um momento economicamente delicado. A situação tornou-se ainda mais crítica em 2016, com o agravamento da crise política. Em situações como esta, as manifestações artísticas estão entre as primeiras a ser suprimidas. “Como dedicar-se a atividades supérfluas”, diz-se — como se a arte fosse algo meramente supérfluo e sem importância — “em um momento destes?”. Contudo, mesmo com todas as adversidades, a UFRGS não tem medido esforços em seguir oferecendo à comunidade uma variada gama de atividades culturais, como é o caso do Festival de Violão. A universidade está plenamente ciente de seu papel como agente fomentador da cultura, bem como da importância de sua atuação nesta área para o benefício da população. É com grande satisfação, portanto, que trazemos a Porto Alegre, mais uma vez, alguns dos maiores expoentes do instrumento. Do exterior, teremos o multipremiado violonista chileno Carlos Pérez, o mexicano Alan Juárez Balderas em sua primeira visita ao Brasil e a franco-brasileira Elodie Bouny. Fabio Zanon, um dos maiores nomes do violão brasileiro, professor da Royal Academy of Music de Londres, retorna ao festival para apresentar-se

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como solista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, estreando na cidade o Concertino do compositor polonês Alexandre Tansman. Grandes nomes do violão popular participarão do festival, como Ulisses Rocha (ex-integrante do célebre grupo D’alma), o Quarteto Maogani (do qual participa o gaúcho Maurício Marques) e o também gaúcho Daniel Sá, com um convidado muito especial: Renato Borghetti. Teremos também a presença do renomado professor Edson Lopes e comunicações de pesquisa dos professores Márcio de Souza e Thiago Colombo, ambos da UFPEL. Participam também os professores de violão da UFRGS, com seus convidados, e o Coral da UFRGS. O VIII Festival de Violão da UFRGS prestará homenagem ao grande violonista, compositor e pedagogo uruguaio Abel Carlevaro (1916-2001), no ano em que celebramos o centenário do seu nascimento. O evento é realizado conjuntamente pelo Departamento de Difusão Cultural/PROREXT e pelo Programa de Extensão do Departamento de Música/Instituto de Artes, uma parceria de sucesso consolidada ao longo dos últimos cinco anos. Desejo a todos um ótimo festival.

Daniel Wolff Coordenador do VIII Festival de Violão da UFRGS


música PROGRAMAÇÃO DOS CONCERTOS Sexta, 23 de setembro 20h – Concerto de Abertura – Professores da UFRGS Daniel Wolff, Flávia Domingues Alves, Damas do Violão e Paulo Inda [Auditorium Tasso Correa] Sábado, 24 de setembro 20h – Concerto Ulisses Rocha, Daniel Sá e Renato Borghetti [Salão de Atos] Domingo, 25 de setembro 20h – Concerto Edson Lopes e Elodie Bouny [Auditorium Tasso Correa] Segunda, 26 de setembro 20h – Concerto Alan Juarez Balderas e Carlos Pérez [Auditorium Tasso Correa] Terça, 27 de setembro 20h30 – Concerto com Ospa e Fabio Zanon [Salão de Atos] Quarta, 28 de setembro 20h – Concerto de Encerramento – Quarteto Maogani [Salão de Atos]

VIII FESTIVAL DO VIOLÃO

Data: de 23 a 28 de setembro Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110) e Auditorium Tasso Correa (Rua Sr. dos Passos, 248) Mais informações: festivaldeviolaoufrgs@gmail.com facebook.com/FestivalViolaoUfrgs Foto Divulgação

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música

uni m ú sica 3 5 anos so b re a palavra futuro SETEMBRO Marlui Miranda - Fala de Bicho, Fala de Gente

A cantora, compositora e arranjadora Marlui Miranda é reconhecida como a mais importante intérprete e pesquisadora da música indígena do Brasil. Em Fala de Bicho, Fala de Gente, ela recria cantos da tradição do povo Juruna, adaptados para uma linguagem musical instrumental contemporânea. Os Juruna entendem que há uma passagem sutil por onde a fala humana se transforma em fala animal, tendo uma percepção da humanidade na animalidade e vice-versa. Ao lado do contrabaixista Rodolfo Stroeter, do violonista Paulo Bellinati, do percussionista Caíto Marcondes e do baterista Ricardo Mosca, Marlui traz à tona a fala, seja ela humana ou animal.

ENTREVISTA ABERTA MARLUI MIRANDA E Laura Backes

Data: 07 de setembro – quarta-feira Horário: 20h Local: Sala II do Salão de Atos da UFRGS (Paulo Gama, 110)

CONCERTO

MARLUI MIRANDA | FALA DE BICHO, FALA DE GENTE Data: 08 de setembro – quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS (Paulo Gama, 110)

Retirada de senhas através da troca de um livro em bom estado por ingresso a partir de 5 de setembro (segunda-feira), das 9h às 20h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS.

Foto Divulgação

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Foto Divulgação

OUTUBRO Carina Levitan + Gisele de Santi + Gutcha Ramil + Vanessa Longoni - Sobre a palavra futuro Ao longo de seus 35 anos, não foram raras as vezes em que o Unimúsica apostou na força dos encontros proporcionados pela música em concertos encomendados. Foi assim em 1982, quando Nei Lisboa e banda apresentaram-se acompanhados por orquestra de cordas e sopros para marcar a 50ª edição do projeto. Ou em 1995, quando, a convite do Unimúsica, Toneco da Costa, Daniel Sá, James Liberato e Frank Solari se uniram para homenagear Tom Jobim no espetáculo Maestro soberano. Na linhagem das encomendas, há também os shows de gravação ao vivo dos CD’s Unimúsica 150 e Violões brasileiros. Desde 2004, com as séries temáticas, as encomendas se intensificaram, chegando mesmo a caracterizar todo o conjunto da programação, como nas temporadas de 2007 (nas palavras das canções) e 2014 (série compositores: a cidade e a música, concebida para os 80 anos da UFRGS). Neste ano, o desafio está com as artistas Carina Levitan, Gisele de Santi, Gutcha Ramil e Vanessa Longoni. Juntas, elas nos dirão sobre a palavra futuro, combinando canções, poesia, performances sonoras e artes visuais.

ENTREVISTA ABERTA CARINA LEVITAN, GISELE DE SANTI, GUTCHA RAMIL, VANESSA LONGONI E ANA LAURA FREITAS Data: 05 de outubro – quarta-feira Horário: 20h Local: Sala II do Salão de Atos da UFRGS (Paulo Gama, 110)

CONCERTO

CARINA LEVITAN + GISELE DE SANTI + GUTCHA RAMIL + VANESSA LONGONI SOBRE A PALAVRA FUTURO Data: 06 de outubro – quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS

Retirada de senhas através da troca de um livro em bom estado por ingresso a partir de 03 de outubro (segunda-feira), das 9h às 20h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS.

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música

SOM NO SALÃO Quinteto Canjerana Criado em 2012, o Quinteto Canjerana tem o propósito de compor e executar temas instrumentais de cunho nativista gaúcho, aliadas a arranjos inovadores trazidos da música contemporânea, batizada pelo grupo como Música Gaúcha Contemporânea.

Desenvolvido e coordenado pela administração do Salão de Atos, o Som no Salão tem o objetivo de promover o acesso e firmar uma ação cultural para este espaço, de acordo com a política cultural da Universidade.

Os temas autorais propõem uma sonoridade gaúcha mesclada com música de câmara, permeados com espaços para improvisação e diálogo entre os instrumentistas, que apresentam suas fortes referências da música nativista, recriando a estética gaucha e sul americana com muita brasilidade.

Nos dias dos espetáculos, os artistas contemplados terão seu show gravado pela UFRGS TV, parceira do projeto.

No dia 14 de setembro, o grupo se apresentará no Projeto Som no Salão com “Promessa”, primeiro álbum autoral do grupo, formado por Fernando Graciola (violão), Maurício Horn (acordeon), Maurício “Lito” Malaggi (bateria), Tiago Ferrari Daiello (contrabaixo acústico) e Zoca Jungs (guitarra e viola).

Sobre o Projeto Há seis edições, o Som no Salão tem possibilitado a aproximação de novas manifestações artísticas musicas com o público de Porto Alegre, a partir de espetáculos que tem como um de seus pilares a formação de plateia, uma vez que os projetos selecionados apresentam uma diversidade de estilos musicais. São trabalhos cuja originalidade, singularidade e qualidade possibilitam uma experiência sonora para além do entretenimento.

José Francisco Machado e Lívia Biasotto, Coordenadores do Som no Salão

Som no Salão | Quinteto Canjerana

Data: 14 de setembro, quarta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

Entrada Franca. Serão aceitas doações de 1kg de alimento nos dias da apresentação. Acompanhe a programação completa nos sites www.ufrgs.br/salaodeatose e no perfil facebook.com/somnosalao. Mais informações: salaodeatos@ufrgs.br ou (51) 3308 3058 Foto: Divulgação

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música

Foto Divulgação

VALE VALE!

Chama Violeta

Depois de um longo inverno a primavera chega e com ela a promessa de dias com mais luz. E calor. Agora, mais que nunca, temos muitos motivos para celebrar a convivência e dar um passo a mais rumo a utopia [necessária] de um estar-junto-solidário. Muito fizemos para superar as dificuldades em viver na diversidade, contudo muito há que ser feito. Os vínculos que construímos expõem fragilidades, mas fundamentalmente são o que temos de mais sólido. Conviver na cidade, nos movimentos sociais e culturais através dos ritmos latino-americanos e brasileiros foi o que nos contaram/cantaram, no Palco Grego, os grupos que se apresentaram.

O grupo que nasceu em 2010, em Porto Alegre. Com um som original, profundo e transmutador, mistura ritmos e sensações em uma levada genuinamente brasileira, mesclada a influências de todos os cantos do mundo – um pouco do samba, do maracatu, do soul e de ritmos africanos, produzindo assim uma sonoridade bem percussiva em todas as suas composições. Composto por Chirú dos Santos (vocal e violão), Rafael Pavão (percussão e voz), Titeu Moraes (guitarra), Paulo Liska (baixo) e Duda Cunha (bateria), o grupo traz em suas músicas imagéticas e transcendentais, a preocupação com a vida, com o homem e com a terra, tecendo então uma musicalidade que não se encaixa em um único gênero musical e desconhece seus limites.

Então...Vale um encontro feliz! Vale chegar agarradinho! Vale chegar sozinho! Vale chegar devagarinho! Vale entrar na Ressonância! Vale muito dançar junto! Vale cantar junto! O Vale Vale! é assim. Um convite para reter o tempo e disfrutar de boa companhia. Um convite para nos dar este tempo e se encontrar ao ar livre compartilhando as boas energias do lugar. E para continuarmos esta longa e necessária conversa em outubro temos Chama Violeta que já se apresentou com muita gente bacana e “mergulhou de cabeça” na produção de seu disco.

Chama Violeta

Data: 18 de outubro Horário: 12h30min Local: Palco Grego (atrás do RU3) Campus do Vale

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EXTENSÃO

Vale Vale! Edição especial Salão UFRGS 2016

Vamos Entrar Na Ressonância

Anualmente, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o intuito de incentivar a produção acadêmica nas áreas do ensino, da pesquisa e da extensão, promove diversos salões cujo propósito é a troca de saberes entre as mais diversas áreas do conhecimento e suas atividades específicas, bem como a exposição do que está sendo produzido no âmbito universitário para a comunidade. Dos dias 12 a 16 de setembro, serão realizados diversos salões na UFRGS, e durante esta semana, ocorrerão várias atividades culturais.

...usando o próprio corpo como laboratório.

Tais atividades têm o propósito de integrar, tanto os salões entre si, quanto a comunidade em geral com as produções acadêmicas e científicas de estudantes, docentes e técnicos da Universidade. Os Salões Integrados constituirão este momento de compartilhamento da vida acadêmica, este espaço de divulgação de ciência, arte, tecnologia, conhecimento e cultura. Contamos com a participação de todos e todas no Salão UFRGS 2016 e na programação cultural.

Foto: Rafael Derois

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Física, Música, Movimento, Tecnologia, Ensino e um pouco de História são algumas das ferramentas que utilizamos neste projeto para reforçar o convite a experimentar Ciência em “primeira pessoa”. Uma vez que Muitos dos fenômenos ondulatórios da física clássica podem ser percebidos de forma direta através de nossos corpos. Podemos aprender Física com Música e Dança assim como aprender Música e Dança com Física. Esta compreensão norteia o projeto e inspira experimentações pedagógicas de ensino de ciências. Nosso grupo do Centro de Tecnologia Acadêmica da UFRGS e parceiros convidados vão propor ao público, a partir de canções, movimento, tecnologia e aventuras sonoras diversas, algumas formas de sentir a ciência. O projeto tem apoio CNPq, do Instituto de Física e as oficinas são construídas com a parceria do DDC.


EXTENSÃO

Batalha do Vale | Foto Coletivo de Fotografia Callejera

Batalha do Vale

Grupo de Alunos do Curso de Música Popular do IA

Batalhas de MCs; B-boys; Grafiteiros e apresentações de Breakdance compõe a Batalha do Vale! Projeto que tem por objetivo uma aproximação da comunidade acadêmica com as manifestações culturais do Hip Hop presentes em várias comunidades de Porto Alegre. Situada como intervenção artística na cidade, as Batalhas compõe um amplo leque de manifestações culturais no meio urbano de Porto Alegre.

O grupo caracteriza-se por seu cunho pedagógico centrado na prática musical coletiva. O trabalho nasceu a partir das experiências musicais vivenciadas na disciplina de Prática Musical Coletiva do Bacharelado em Música Popular da UFRGS e tem como principal objetivo, revisitar temas consagrados da música popular brasileira e propor novas leituras. Para esta apresentação teremos obras de Hermeto Pascoal, Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Alceu Valença e Moacir Santos.

A “Batalha do Mercado” , a “Batalha do Quintana” são exemplos significativos das redes que tal manifestação cultural na cidade. O desejo é de uma maior visualização e uma sensibilização da comunidade acadêmica deste campo cultura. Fotografias: Coletivo de Fotografia Callejera – Batalha do Mercado 2014 Mediação Cultural: Jose Luis Abalos Junior (Mestrando em Antropologia Social/PPGAS/UFRGS).

Gruppo formado pelos Músicos: André Garbini (bateria), Bruno Bonelli (voz e percussão), Cleomenes Silva Jr (sax soprano), Gaspar Caon (piano), Max Garcia (violão), Raimundo Rajobac (percussão) e Ruan Faller (baixo)

Oficina de Canções Afrobrasileiras Samba, coco, maracatu e mais.... Traz teu instrumento e vem compartilhar – numa vivência coletiva – de alguns “toques” da música afro-brasileira.

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EXTENSÃO

Studio P cria “Escada de Cor” no Campus do Vale da UFRGS O Studio P Atelier Aberto de Pintura é um grupo de pesquisa e extensão em pintura, composto por 22 jovens artistas e surgiu da ideia de um grupo menor, que dele participa desde sua origem. Trata-se de um projeto que veio da demanda de alguns alunos que realizam pesquisa e partilham de interesses em comum, como àquelas relativas à representação na pintura contemporânea. Além de desenvolver suas pesquisas individuais, faz parte do interesse do grupo propor e participar de ações coletivas na cidade. Durante o Salão UFRGS, o Studio P se prepara para realizar um projeto de revitalização das escadarias de acesso ao Campus do Vale e do Instituto de Letras. Participarão desse evento: Ana Krebs, André Castilhos, Andressa P. Lawisch, Anna Jonko, Antônio Vasques, Artur V. Schenatto, Carla Meyer, Eduardo Monteiro, Eduardo Thomazoni, Eduardo Tursky, Emmanuel Rambo dos Santos, Gustavo Assarian, Gustavo Walbrohel Marques, Karenn Liège Borges, Marilice Corona, Marcelo Bordignon, Natasha U. Kulczynski, Regina Krumholz, Rodrigo M. Aguiar e Santiago Pooter. Marilice Corona Coordenadora Studio P. 10

Escada de Cor

Data: 10 a 16 de setembro Local: Escadarias de acesso ao Campus do Vale e ao Instituto de Letras Horário: das 9h às 17h


EXTENSÃO

PROGRAMAÇÃO CULTURAL SALÕES 2016 Escada de Cor

Ballet da UFRGS e Grupo Tchê

Data: 10 a 16 de setembro Local: Escadarias de acesso ao Campus do Vale e ao Instituto de Letras Horário: das 9h às 17h

Data: 15 de setembro Local: Solarium do Instituto de Letras Horário: às 12h

Abertura dos Salões com o Coral da UFRGS

Edição Especial do ValeVale! Local: Palco Grego Data: 14 de setembro

Data: 12 de setembro Local: Solarium do Instituto de Letras

Brincantes do Paralaelo 30

Data:13 de setembro Local: Solarium do Instituto de Letras Horário: às 12h

Batalha do Vale

Oficina: Canções Afrobrasileiras Horário: às 12h30 Oficina: Vamos Entrar em Ressonância Horário: às 15h00 Oficina: Grupo de Alunos de Música Popular do IA Horário: às 17h30min

Data:13 de setembro Local: Solarium do Instituto de Letras Horário: 17h

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música

Festival da Canção Francesa 2016 O Festival da Canção Francesa, que começou no Rio Grande do Sul e adquiriu dimensão nacional, chega a sua 9ª edição em 2016. A etapa gaúcha do concurso acontece no dia 16 de outubro, às 18h, no Salão de Atos da UFRGS. O evento, que se tornou referência em música contemporânea francesa, é aberto a cantores amadores e profissionais. As inscrições são gratuitas e ficam abertas até o dia 6 de setembro. O concurso terá três etapas: de 29 de agosto a 12 de setembro, selelção dos candidatos; a partir de 13 de setembro, divulgação dos selecionados no site da Aliança Francesa; em outubro, a apresentação nas etapas regionais e, em novembro, na etapa nacional. O Festival procura revelar novos talentos e divulgar as diversas facetas da canção francesa, valorizando a sua diversidade. Afinal, o idioma francês é falado em 56 países. De acordo com o regulamento, os participantes não precisam ser proficientes em francês. O importante é caprichar na interpretação e na pronúncia da letra da música escolhida, que precisa constar na lista de 40 canções da edição de 2016 ou pertencer a um compositor que também esteja nela. Interpretações de artistas contemporâneos, como a banda Coeur de Pirate, o cantor Mika e a cantora Zaz dividirão o palco com clássicos, como Edith Piaf, Serge Gainsbourg, Charles Aznavour e Jeanne Moreau.

No ano passado, o grande vencedor da etapa de Porto Alegre foi o musicista gaúcho Daniel Debiagi, que interpretou a clássica La Bohème, de Charles Aznavour. Neste ano, o vencedor da etapa de Porto Alegre ganhará uma viagem a Paris, além da participação na final nacional, em novembro de 2016. A ficha de inscrição deverá ser entregue na sede da Aliança Francesa de Porto Alegre (Rua Dr. Timóteo, 752 – Moinhos de Vento – POA) ou enviado para festival@afpoa.com.br.

FESTIVAL DA CANÇÃO FRANCESA

Data: 16 de outubro Horário: às 18h Local: Salão de Atos da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110).

Mais informações podem ser acessadas na página da escola no Facebook ou no site www.afpoa.com.br/.

Foto Divulgação

a aliança francesa de porto alegre apresenta

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festival canção

francesa


música

Foto Divulgação

II Simpósio de Estética e Filosofia da Música “Música, Filosofia e Bildung” - SEFiM/UFRGS Que é isto, a música? Que significa discutir sobre música como problema de formação (Bildung) e qual a produtividade do recurso à tradição filosófica nesse contexto? Estes nos parecem ser questionamentos centrais que tornam claros os objetivos do II Simpósio de Estética e Filosofia da Música – Música, Filosofia e Bildung. Postas assim essas preocupações nos vinculam ao ideal de experiência hermenêutica, na qual o pensar a partir da linguagem supera a mera experiência do pensar vinculada à dialética do conceito. Em outra direção o que se põe, a partir de nossas pretensões reconhece na experiência hermenêutica o caminho produtivo para a atualização e reposição de questões fundamentais que tomam a formação humana como dimensão nuclear, explorando um caminho de abertura à diversidade de experiências musicais presentes no mundo contemporâneo. O Simpósio de Estética e Filosofia da Música teve sua primeira edição em 2013. Dando sequência às preocupações e estudos que motivam os envolvidos com o evento, apresentamos agora a edição 2016. Trata-se de um evento organizado pelo Departamento de Música do Instituto de Artes da UFRGS e nesta edição conta com colaboração do Grupo Interinstitucional de Pesquisa Racionalidade e Formação. O evento tem como objetivo reunir pesquisadores, profissionais em geral e estudantes

da graduação e pós-graduação da área da Música, Educação e Filosofia, bem como outras áreas que elevam a música e a arte em geral como problema fundamental da formação humana, para discutir e interpretar problemas estéticos, filosóficos, históricos e formativos. Ganha destaque nessa edição, a perspectiva interdisciplinar que perpassa o evento a partir da interlocução entre Música, Filosofia e Bildung o que se faz produtivo a partir de um esforço hermenêutico de diálogo com a tradição e a reposição de questões fundamentais que perpassam experiências musicais, estéticas e formativas na contemporaneidade. A riqueza desse debate poderá ser encontrada na multiplicidade de perspectivas presentes nas conferências principais e comunicações de trabalhos apresentados no evento. As quais de forma diversa nos colocam no caminho de um tratamento sério e adequado tanto em relação ao que permanece, como ao que se apresenta como novo nas áreas envolvidas.

Programação completa Inscrições na página do evento até a data do evento: ufrgs.br/musicaefilosofia O II SEFiM/UFRGS é promovido pelo Departamento de Música do Instituto de Música e conta com o apoio do DDC, PROREXT e PROPESQ.

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a r te s v i s u a i s

Detalhe de obra do artista Yeddo Titze*

Reflexão Os olhares de críticos e curadores sobre as coleções universitárias Como sequencia natural da publicação do Catálogo Geral da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo 19102015, propomos um evento, para o dia 27 de setembro próximo, que tem como tema as coleções universitárias. Após a concretização do inventário da coleção da PBSA entendemos que é chegada à hora de discutirmos o seu papel e sua atuação na comunidade universitária. Nossa proposição é a de que esses assuntos sejam tratados com uma perspectiva ampla e generosa, extrapolando as questões patrimoniais e administrativas e centrando o foco na questão da finalidade e do papel das coleções universitárias na formação superior na área das Humanidades. Entendemos que o assunto extrapola o simples registro de uma discussão sobre coleções universitárias e seus papéis, visto que, no artigo 207, da constituição brasileira, esta registrada que “as universidades (...) obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Podemos complementar essa premissa ao afirmarmos que enquanto “processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade” (Fórum de Pró-Reitores das Universidades Públicas Brasileiras, 2000/2001:5). Entendemos que esta atividade, que

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chamamos de extensão universitária, é a razão de ser da Pró-Reitoria de Extensão e do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS, promotores desse evento. Associamos a estas duas instâncias nossas preocupações enquanto professores, pois em tempos de incerteza e instabilidade é necessário, mais do que nunca, afirma nossas posições e nossas estratégias de trabalho. Entendemos que nossas preocupações com o ensino da história da arte e seus desdobramentos na pesquisa e na extensão ficam potencializadas frente ao futuro que se descortina. Face á inevitável orientação da universidade de formar mais técnicos e menos profissionais humanistas, entendemos que a discussão é, mais do que necessária, urgente. Nesse contexto o papel dos cursos de humanidades, mormente aqueles voltados para as atividades culturais, ficam fragilizados e a mercê de interesses meramente empresariais. Por esta razão é necessário deixá-los solidamente ancorados na sua realidade mesma de formações de caráter humanístico e ressaltar a sua fundamental importância na construção das nacionalidades. Conforme escreveu Alain Bonnet em seu instigante ensaio (Rennes: Presses Universitaires, 2010), se o jovem estudante não é servido hoje, devido ao caráter liberal e amplo do sistema de educação, pelos valores e ideais pré-definidos e canonizados da cultura humanística, ele é, entretanto, posto


a r te s v i s u a i s frente a um universo de possibilidades cabendo-lhe escolher que escolas, tendência, linha de pensamento mais lhe convém. A liberdade esta ao seu serviço. Mas que liberdade é essa? O que temos, na Universidade, a oferecer aos estudantes dos cursos de humanidades? O que cabe aos professores e demais agentes universitários? Acreditamos que é fundamental disponibilizar o conhecimento das leis que regem o nosso universo e, principalmente, dos objetos que estão no centro de seus estudos: as obras de arte e seus desdobramentos correlatos (documentos, estudos, etc.). Assim é que as obras de arte, que fazem as coleções universitárias, assumem um papel preponderante nesse momento. Porque as obras? Contra a livre interpretação das obras a partir de suas imagens, propomos, na medida do possível, o contato direto com elas. Não simplesmente pela defesa da sua aura, mas por quê, ainda conforme Bonnet, com a obra sob seus olhos o estudante terá não somente a idéia que presidiu sua concepção, mas também a materialidade de sua fatura e o tratamento do toque que revela a personalidade do artista. São esses os valores concretos que criam os artistas, junto com aqueles valores morais da paciência, do gosto pelo trabalho e ainda os valores estilísticos e os que representam toda a preocupação do momento histórico.

Para essa, e outras discussões, convidamos, sete especialistas vinculados ao ensino superior das áreas de história da arte e de museus para que se manifeste sobre assuntos como a importância das coleções de artes das universidades no contexto da formação dos historiadores da arte e dos artistas; sobre a importância das iniciativas de preservação dos patrimônios artísticos universitários visando sua permanência (das obras e de seus autores); sobre a importância das coleções do ponto de vista das instâncias que as formaram, ou seja, salões, prêmios, concursos, etc.; sobre a importância do colecionismo institucional, principalmente das universidades, considerando que são coleções que tem perfis característicos vinculados a realidade e a vivência das próprias instâncias formativas. São temas amplos e generosos e que, certamente, repercutirão positivamente junto aos estudantes e profissionais das áreas de Humanidades, num momento no qual discutir o papel e apontar estratégias para o futuro das universidades torna-se uma urgência. Paulo Gomes Insituto de Artes UFRGS

SEMINÁRIO

Os olhares de críticos e curadores sobre as coleções universitárias, atividade paralela ANPAP, com Angélica de Morães, Icleia Cattani, Jacques Leenhardt, Sonia Gomes Pereira, Tadeu Chiarelli e Teixeira Coelho. Data: 27 de setembro, terça-feira. Horário: 13:00 às 18:00 Local: Salão de Festas da UFRGS (Av. Paulo Gama 2º andar da Reitoria ) Inscrições: difusaocultural.ufrgs.br/agendamento

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a r te s v i s u a i s

Etnografias compartilhadas: narrativas visuais e sonoras do viver urbano em Porto Alegre Exposição coletiva que traz os resultados dos nove grupos compostos durante a realização da disciplina Antropologia Visual, oferecida para a graduação do Curso de Ciências Sociais durante o primeiro semestre de 2016 e ministrada por Cornelia Eckert (IFCH/UFRGS).

Alegre, a mostra sintetiza e divulga o processo de trocas e aprendizagens desenvolvido durante a disciplina, que teve o uso dos recursos audiovisuais na pesquisa social como principal fio condutor e a cidade de Porto Alegre e seus interlocutores como personagens de diferentes narrativas.

Envolvendo alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores associados do Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL/PPGAS/IFCH/UFRGS) e do Banco de Imagens e Efeitos Visuais (BIEV/PPGAS/ IFCH/UFRGS), além dos próprios habitantes de Porto

A mostra tem apoio do Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

Feira de hip-hop: o conhecimento como quinto elemento A Feira de Hip-Hop na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, é um evento mensal que reúne pessoas e organizações vinculadas a movimentos sociais da periferia. O objetivo é, pela apropriação de um espaço histórico para a cultura negra da cidade, divulgar o trabalho dos artistas locais através de seus quatro elementos fundamentais: Dança, DJ, MC e Grafite. Um quinto elemento, o Conhecimento, integra os anteriores no contexto da arte e da cultura assim como na economia e na política.

Crônicas da Alfândega - Paisagens sonoras e visuais na Praça da Alfândega A expografia Crônicas da Alfândega convida o público a sentar no banco da praça e escutar os sons da natureza, das folhas, dos carrinhos de compras e dos balanços que se misturam às narrativas e trajetórias das pessoas que fazem parte da Praça da Alfândega. O espaço, os personagens e seus ritmos foram se apresentando e se formando na caminhada etnográfica mostrando suas paisagens sonoras e visuais através da pluralidade de histórias, vivências, emoções e memórias que ela proporciona.

Autoria: Javier Edison Llanes Calixto, José Thiago Lemes Ruhee, Larissa Signor Alvares, Nara Marcia Tavares Rech e Patrick Dias Gomes. Orientação de Manoel Rocha.

Trajetos e Trajetórias na Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro Por meio da variedade de trajetos e trajetórias que são apresentadas algumas das identidades dos agentes e sua respectiva conexão com a horta comunitária, expondo o projeto através das suas faces e facetas captadas através do processo de etnografia com recursos audiovisuais. Matheus Cervo, Sara Menezes, Thainan Piuco e Julia Bauer. Orientação de Cornelia Eckert e Fabrício Barreto.

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Autoria: Adriana Cunha, Ana Paula Barros, Daniela Becker, Jonathan Rocha e Maitê Medeiros Passos. Orientação de Roberta Simon

Artista de Sinaleira: narrativas visuais de uma performance e vida malabarista no ambiente “cruzado” da rua. Malabarista pode ser tanto aquele que realiza malabares quanto aquele que “malabariza” a vida, ou, neste caso em particular, as duas coisas em um único ser. Nada mais urbano do que as ruas, nada mais humano do que um corpo que a transmuta, transformando-a no que virá a ser um espetáculo. Daviana Maite Suárez Ferreira, Felipe da Silva Rodrigues, Roberta Deroma e Robson, o malabarista. Orientação de Camila Braz da Silva.


a r te s v i s u a i s

Batalhas de MC’s em Porto Alegre: uma narrativa fotoetnográfica O contexto das intervenções artísticas urbanas em Porto Alegre tem como uma das suas referência a rede de “Batalhas de MCs” que acontece em uma pluralidade de locais da cidade. Este trabalho contém uma narrativa fotoetnográfcia sobre esta intervenção artística proposta por jovens associados a uma cultura Hip Hop através do trabalho do Coletivo de Fotografia Callejera de Porto Alegre. Autoria: Francisco Abrahao Gonzaga, Gilmar Santos da Rosa, Simone Portela de Azambuja, Ellen Arruda Tabarkiewicz. Orientação de José Luis Abalos Junior. Imagens: Coletivo de Fotografia Callejera de Porto Alegre.

Arte de quem fica e arte de quem passa: uma narrativa sobre ofícios, cores e trajetórias na Praça da Alfândega A expografia busca revelar detalhes das trajetórias de personagens que fazem da arte seu ofício na Praça da Alfândega, para, através de um mergulho em seu cotidiano, interpretar as múltiplas temporalidades que influem na ambiência pública. Autoria: Alexandre Mendes, Carolina Kneipp, Júlia Menin, Solana Irene Loch Zandonai. Orientação de Yuri Schönardie Rapkiewicz. Pomar do Dilúvio A contradição é relação definidora das grandes cidades. O esgoto que passa e a fruta que cresce; o olhar andante no celular e o saber da enxada de todo dia; o crack na ponte e um pomar no mesmo ponto. Este trabalho apresenta uma “cidade invisível” em Porto Alegre: um Pomar no Arroio Dilúvio. Autoria: Tiago Barradas Morés. Orientação de Cornelia Eckert.

Pistas e “picos”: Antropologia Visual e Skate em Porto Alegre Em busca da manobra perfeita, os skatistas na região metropolitana de Porto Alegre, vivenciam a cidade de maneira particular. No encontro de uma tríade corpo-obstáculo, testam os limites de sua habilidade física repetindo movimentos executados na constante iminência de um choque, da queda e do trauma. Surge assim, uma verdadeira “estética do desgaste” paralela a elementos como linguagem, gestos, códigos e vestuário. Autoria: Ânderson Fragozo, Carmem Guardiola e Maurem Fronza da Silva. Orientação de Guillermo Gómez.

Lambendo a Cidade Os cartazes em forma de lambe resignificam as ruínas da cidade, denunciam o ritmo intenso dos acontecimentos, tocam os corações e mentes dos transeuntes e podem até mesmo refletir as batalhas políticas e ideológicas por espaço e poder dos ocupantes da cidade. Lambendo a cidade provoca o espectador a pensar a sua relação com o urbano e o convida a agir através desta ferramenta, o lambe-lambe. Autoria: Gabriela Thomaz, Natalia Seeger, Vinicius Riskalla, Ricardo Colar e Ricardo Racic. Orientação de Rumi Kubo.

Visitação: De 23 de agosto a 15 de setembro Horário: De segunda a sexta, das 08h às 18h Local: Saguão da Reitoria da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110)

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UNIFOTO A Sombra da Imagem

A sombra sempre anuncia algo: desde Dante, na primeira sombra vista no Purgatório, que é aquela que anuncia que há também uma primeira luz. Sombra, como um instrumento de conhecimento, pode ser tanto o anúncio de um problema, como a imagem sombria das radiografias que anunciam uma doença, ou uma ausência do corpo, e a profundidade fecunda da intimidade que traz a cura. Enfim, um problema que se apresenta, e que pode ter nele mesmo o enigma da solução. Em tempos difíceis, estas sombras podem ser também um instrumento de manipulação. Lembremos o domínio dos mais fracos pela sombra do poder, aproveitando-se de momentos de escuridão. Os séculos XVIII e XIX são séculos sombrios, como o foram os anos da Idade Média, marcados pelo pessimismo, pelo medo, pela perversidade, pela doença e pelo poder de dominação através do medo, do assombramento. Embora escondida, transformada, manipulada, a sombra é também matéria-prima, como a luz, que inscreve as formas. Se fotografar consiste em gravar com a luz, esta mesma luz não é disposta, desenhada, sobreposta, como acontece na pintura. Ela é transformada em sombras, depois de passar por uma série de processos físicos e químicos. Uma transubstanciação, que acontece a partir das sombras da câmera obscura. Revelar uma imagem correspondia então em passar por esta alquimia regida pela sombra e pela luz. O velho negativo fotográfico, como imagem invertida, é carregado de sombras. Ver uma imagem em negativo significa jogar com a duplicidade do dentro/fora da câmara: interior obscuro/exterior claro. Mas haveria então uma distância entre a imagem negativa e positiva? Podemos passar então à poiética da obra de arte, das sombras no momento da instauração da imagem, da sua fragilidade, do fracasso, do erro, e da luta e da fusão constantes entre a dimensão privada do artista, suas sombras, seus sofrimentos, e a dimensão do público, da transferência, quando a obra realmente acontece. A pós-modernidade tem por característica rever o passado, citá-lo e trazer de volta este poder das sombras, certos momentos de angústia que apesar de sombrios que não deixaram de ter o papel da anunciar, com seus fantasmas, a presença de algo

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novo. Pensemos assim em uma dimensão positiva das sombras; seu papel antecipador, de ser uma espécie de proteção e mesmo de intimidade necessária para qualquer um, especialmente para os artistas, ao abrigo de seu atelier, trabalhando seus sentimentos pessoais e de sua vida privada. A imagem inversa sempre foi guardada, escondida. Na sombra dos velhos arquivos. Nas gavetas, longe da luz, Talvez para diferencia-la da imagem em positivo, final e luminosa. Este mistério das sombras confere à fotografia uma força simbólica: a da melancolia das imagens. Uma reflexão sobre os tempos atuais é pertinente nessa ampla metáfora da escuridão, sobre o lado oculto, à procura daquilo que não se vê tão claramente. Esta exposição é uma pequena tentativa de fazer-nos interrogar sobre aquilo que nos espanta e nos assusta, aquilo que é da marca do desconhecido e ameaçador, à procura do entendimento e do esclarecimento. O papel da Universidade não seria este, de interpelar-nos sobre o lado oculto, à procura de respostas diante do desafio da noite, da cegueira, trazendo as coisas da escuridão para a luz? A exposição A imagem e suas sombras reúne alguns artistas ligados à Universidade, que aceitaram o desafio de tratar deste tema de perspectiva complexa que é a sombra, e da passagem dos corpos, do reflexo e das sombras à reflexão. Eduardo Vieira da Cunha Curador

Visitação: De 21 de setembro a 20 de outubro Horário: De segunda a sexta, das 08h às 18h Local: Saguão da Reitoria da UFRGS | (Av. Paulo Gama, 110)

Foto Eduardo Vieira da Cunha


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Nostalgia da Luz

Em Cartaz: Documentários

Sala Redenção – Cinema Universitário, em parceria com Sesc/RS, apresenta quatro documentários, de diferentes partes do mundo, realizados entre 2010 e 2015. Últimas Conversas (2015), derradeiro longa de Eduardo Coutinho abre a programação. Neste último filme, o diretor se debruça sobre o universo de jovens entre 16 3 18 anos do Ensino Médio de escolas públicas do Rio de janeiro. Em função da trágica morte do realizador, o filme acabou sendo finalizado por dois de seus grandes colaboradores: João Moreira Salles e Jordana Berg. Também presente na programação, o média-metragem Jornada ao Oeste (2014), direção de Tsai Ming-liang, é mais um capítulo de uma série que o diretor realiza desde 2012, apresentando a performance de um monge tailandês que caminha pelas ruas de cidades movimentadas. Neste filme a cidade escolhida e Marseille, na França. Uma performance art sobre o encontro e o movimento de duas culturas com velocidades diferentes. Dois outros importantes documentários estão presentes na programação.

nos brinda com a possibilidade de conhecer a caverna de Chauvet, descoberta em 1994 no sul da França, que esconde no seu interior um verdadeiro tesouro arqueológico quase intocado. Poucos pesquisadores têm permissão para visitar a caverna, algo que Herzog e sua equipe conseguiram. Impossível ficar indiferente à beleza dos desenhos e formas geológicas de mundo à parte e de um ambiente praticamente intocável por milhares de anos. Uma pena não ser possível a versão em 3D que, nesse caso, se justifica pela sensação dada ao espectador de participar ativamente da visita à caverna. Nostalgia da luz fecha a programação. Neste filme, o realizador Patrício Gusman, importante diretor de vários documentários sobre a situação política do Chile (entre eles a trilogia A Batalha do Chile), vai até o deserto de Atacama para de lá desenterrar mais uma parte da história escondida da ditadura de Pinochet.

A caverna dos Sonhos esquecidos (2010) do realizador alemão Werner Herzog, e Nostalgia da Luz (2010) do diretor chileno Patrício Guzmán. O filme de Werzog

Tânia Cardoso de Cardoso Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário

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CI N E MA PARCEIROS DA SALA REDENÇÃO

SETEMBRO Em Cartaz: Documentários

A Caverna dos Sonhos Esquecidos

Últimas Conversas 01 de setembro- quinta-feira - 16h 06 de setembro- terça-feira - 19h 08 de setembro- quinta-feira – 16h 13 de setembro- terça-feira - 19h

Brasil, 2015, 87 min Dir. Eduardo Coutinho Entrevistas com estudantes do ensino médio público do Rio de Janeiro, com perguntas sobre suas vidas e expectativas para o futuro.

05 de setembro- segunda-feira – 19h 06 de setembro- terça-feira – 16h 12 de setembro- segunda-feira – 19h 13 de setembro- terça-feira – 16h

Cave of Forgotten Dreams, Canadá/Estados Unidos/França/Alemanha/Reino Unido, 2010, 90 min) Dir. Werner Herzog Filmagens do interior da caverna Chauvet, no sul da França, onde, em 1994, foram encontrados centenas de desenhos rupestres, datados de cerca de trinta mil anos atrás. Após a sessão do dia 05 de Setembro, segunda-feira, às 19h, debate com Luis Edegar, professor de História da Arte do Instituto de Artes da UFRGS.

Mostra Tela Indígena Xapiri Brasil, 2012, 54min Dir. Bruce Albert, Gisela Motta, Laymert dos Santos, Leandro Lima e Stella Senra 14 de setembro - quarta-feira -19h Encontro de dois xamãs na aldeia Watoriki, no Amazonas, a fim de tornar visível e sensível o modo pelo qual os xamãs incorporam os espíritos e a transformação dos seus corpos neste contato. Após a sessão, debate com Sérgio Baptista da Silva, antropólogo e professor da UFRGS, e Augusto Canani, realizador que já ganhou mais de 40 prêmios e está realizando um filme roteirizado em conjunto com o escritor indígena Papá Guarani.

CineDhebate: Direitos Humanos O Homem das Novidades The Cameraman Estados Unidos 1928, 69 min

Dir. Edward Sedgwick, Buster Keaton

28 de setembro- quarta-feira – 19h Um fotógrafo de retratos que se apaixona por uma mulher que trabalha como secretária na MGM e decide arrumar um emprego na companhia para impressioná-la, mesmo sem experiência alguma.

Nostalgia da Luz 02 de setembro- sexta-feira – 19h 05 de setembro- segunda-feira – 16h 09 de setembro- sexta-feira – 19h 12 de setembro- segunda-feira – 16h

Nostalgia de la Luz, França/Chile/ Alemanha/Espanha/Estados Unidos, 2010, 90 min Dir. Patricio Guzmán No deserto do Atacama, astrônomos de todo mundo observam as estrelas enquanto mulheres procuram seus parentes, desaparecidos na ditadura chilena.

Jornada ao Oeste 01 de setembro- quinta-feira – 19h 02 de setembro- sexta-feira – 16h 08 de setembro- quinta-feira – 19h 09 de setembro- sexta-feira – 16h

Xi You, França/Taiwan, 2014, 56 min Dir. Ming-liang Tsai Um monge vestido de vermelho caminha lentamente pelas ruas e praças de uma cidade.

OUTUBRO Mostra Tela Indígena Corumbiara Brasil, 2009, 117 min Dir. Vincent Carelli 26 de outubro- quarta-feira – 19h A busca por evidências e versões dadas pelos índios de um massacre ocorrido na Gleba Corumbiara, em Rondônia, em 1985. Após a sessão, debate com José Otávio Catafesto, etnoarqueólogo, pesquisador e professor da UFRGS; e Denise Fagundes Jardim, professora de antropologia social da UFRGS.

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Ópera na Tela

Sala Redenção – Cinema Universitário, em parceria com Sesc/RS, apresenta a mostra Opera na Tela. Tal mostra é totalmente dedicada ao gênero da ópera, com exibição de temporadas europeias recentes, realizada em templos da ópera, tornando acessível a atualidade lírica mundial ao público brasileiro. E, ao mesmo tempo, incentiva a democratização dessa linguagem tão especial de encenação e música por meio de ferramentas digitais de projeção. Como ressalta Christian Boudier, diretor do Festival, a ópera em si não é elitista, o acesso a ela, por questões geográficas, financeiras, por exemplo, é que a torna exclusiva a certas plateias. Segundo ele, o gênero, na sua concepção inicial, dirigia-se

a uma ampla audiência como espetáculo visual e lúdico. Diz ainda que a ópera é uma arte total: música, canto, dança e teatro, e que poderia, uma vez que estamos no Brasil, ser relacionada ao carnaval, pela sua grandiosidade de cenários; ou, também, com as telenovelas, pelas suas histórias trágicas de amor. Para Boudier, o Opera na Tela pretende dialogar com todos os públicos: os entusiastas, que vão adorar a programação espetacular do festival e as condições perfeitas de projeção, e os numerosos curiosos que nunca tiveram uma oportunidade de mergulhar neste universo artístico mágico.

Tânia Cardoso de Cardoso Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário

O Barbeiro de Sevilha

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SETEMBRO Ópera na Tela

Os Capuleto e os Montéquio 16 de setembro- sexta-feira – 16h 23 de setembro- sexta-feira – 19h 26 de setembro- segunda-feira – 16h

Aida 14 de setembro- quarta-feira – 16h 22 de setembro- quinta-feira – 16h 30 de setembro- sexta-feira – 19h

Teatro Alla Scala de Milão, Compositor: Giuseppe Verdi, Mastro: Zubin Mehta, Direção: Peter Stein, 150 min Radamés reprime a revolta da Etiópia e é premiado com a mão de Amnéris, filha do Faraó. Mas ele e Aída, escrava etíope, se amam. Aída consegue para o pai Amonasro, rei etíope prisioneiro, os planos militares. Amnéris descobre e, enciumada, revela a suposta traição. Radamés é condenado à morte e Aida escolhe morrer com seu amor.

O Barbeiro de Sevilha 15 de setembro- quinta-feira – 16h 22 de setembro- quinta-feira – 19h 23 de setembro- sexta-feira – 16h

Ópera Nacional de Paris, Compositor: Gioacchino Rossini, Maestro: Carlo Montanaro, DIreção: Damiano Michieletto, 155 min O Conde Almaviva corteja Rosina com a ajuda de Fígaro, barbeiro e factótum de Sevilha. Dr. Bartolo quer a fortuna de sua “protegida” e a vigia. O barbeiro inventa diversos estratagemas para aproximar os dois. Mas Fígaro consegue reunir o casal e frustrar os planos do Dr. Bartolo.

Teatro La Fenice de Veneza, Compositor: Vincenzo Bellini, Maestro: Omer Meir Wellber, Direção: Arnaud Bernard, 155 min Romeo quer selar a paz casando-se com Julieta. Mas Capellio, seu pai, quer vingar seu filho. Por apoiar a guerra, o aliado Tebaldo, se casará com Julieta. Uma poção faz Julieta parecer morta. Romeo duela com Tebaldo, mas uma música anuncia o funeral da amada. Romeo toma o veneno. Julieta acorda, vê seu amado agonizando e se envenena também. Os dois morrem abraçados.

A Noiva do Czar 19 de setembro- segunda-feira – 16h 27 de setembro- terça-feira – 19h 28 de setembro- quarta-feira – 16h

Ópera Estatal de Berlim, Compositor: Nikolaï RimskiKorsakov, Maestro: Daniel Barenboïm, Direção: Dmitri Tcherniakov, 152 min Gryaznoy, um nobre do Czar, quer casar-se com Marfa, filha de Vasily Sobakin, de Novgrod, já prometida a Ivan Likov, um jovem nobre. Gryaznoy pede uma poção do amor à sua amante, Lyubasha, que lhe entrega uma droga que fará com que sua rival perca a beleza.

O Rapto no Harém 19 de setembro- segunda-feira – 19h 29 de setembro- quinta-feira – 16h 30 de setembro- sexta-feira – 16h

A Flauta Mágica 16 de setembro- sexta-feira – 19h 26 de setembro- segunda-feira – 19h 27 de setembro- terça-feira – 16h

Festival de Baden Baden, Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart, Maestro: Sir Simon Rattle, Direção: Robert Carsen, 150 min Tamino é convencido pela Rainha da Noite que Pamina, sua filha, foi sequestrada por Sarastro. Mas que ele e Papageno, o caçador de passarinhos, devem salvar sua filha. Sinos de prata e uma flauta mágica os protegerão. A jornada revelará a sabedoria de Sarastro, a força e a fragilidade de cada personagem, derrotando, ao final, os que se uniram apenas pelo poder.

Ópera Nacional de Paris, Compositor: Wolfgang Amadeus Mozart, Diretor Musical: Philippe Joran, Direção: Zabou Breitman, 181 min Belmonte procura a esposa Konstanze e a criada Blonde, aprisionadas pelo Paxá. Com a ajuda de Pedrillo, Belmonte se passa por arquiteto para entrar no palácio guardado por Osmin, mas são capturados ao tentarem raptar Konstanze do serralho. Tudo termina com os casais navegando para longe. Um grande desgosto para Osmin.

Traviata e nós 21 de setembro- quarta-feira – 16h 29 de setembro- quinta-feira – 19h

Traviata et Nous, França, 2012, 112 min Dir. Philippe Béziat Natalie Dessay preparase para encenar Violeta neste documentário sobre a montagem da obra-prima de Verdi no Festival Aix-enProvence na França. 23


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Cinemas em Rede A Sala Redenção – Cinema Universitário convida para a exibição de Urutau (2015), do diretor Bernardo Cancella Nabuco. O filme é um projeto autoral e independente, que levou mais de dois anos para ser executado, sem qualquer apoio ou patrocínio. Todos os recursos investidos foram do próprio diretor. Também não conta com nenhuma empresa produtora ou distribuidora. Utilizando poucos atores e uma única locação, Urutau emprega uma estética minimalista para trazer à tona a discussão acerca da pedofilia, analisando a relação entre o abusador e a vítima, bem como a complexidade do comportamento humano em situações extremas. Participou de vários festivais, dentre eles o 7th New York Independent Film Festival e a 8ª Muestra de Cine Iberoamericano de Nicaragua. Cinemas em Rede é um projeto inovador de compartilhamento e difusão de conteúdos audiovisuais, pela internet de alta capacidade, via CiPê, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e PesquisaRNP em parceria com os Ministérios da Cultura (MinC) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 12 Instituições participam do Projeto: Cinemateca Brasileira (SP), a UFRGS (Sala Redenção - Cinema Universitário); USP (CINUSP e Escola de Comunicação e Artes-ECA); UFBA (Saladearte Cinema da UFBA); a Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ, em Recife; a UFG (Cinema da UFG); a UFES (Cine Metrópolis); a UFSCAR (CineUFSCar); a UFPB (Cinema da UFPB); a UFPel (Cinema UFPel); a UFOP (Cine Vila Rica) e a UFF (Cinema da UFF).

Mais Cinema A realização do projeto Mais Cinema é um sonho antigo. Realizar ciclos temáticos e garantir a intensidade da experiência do cinema, em toda sua plenitude. A exibição na sala escura reunindo estudantes e professores para compartilhar a magia e diversidade do cinema é um desafio que há muito se coloca para o Programa de Alfabetização Audiovisual, como um alargamento da experiência do Festival Escolar de Cinema, ação já consolidada no calendário da Sala Redenção, na UFRGS. A realização torna-se possível ao conjunto de esforços da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, do Minc e da Prefeitura de Porto Alegre que, ao garantirem condições para a realização deste projeto, reafirmam sua crença no cinema e na educação e no seu potencial de delicadeza e humanidade imprescindíveis para a construção de uma sociedade mais justa. Esta sim, uma utopia que se torna a cada dia mais necessária e urgente. Bia Barcellos, Programadora do Circuito Mais Cinema.

Urutau Brasil, 2015, 71 min Dir. Bernardo Cancella Nabuco 15 de setembro- quinta-feira – 19h Mãe Só Há Uma

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SETEMBRO Mais Cinema Cinema e Direitos Humanos

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Brasil, 2013, 14 min Dir. Larissa Lewandoski Fazendo um paralelo com os participantes do programa espacial, que ficaram conhecidos como “afronautas”, na Zâmbia de 1964, o documentário aborda viventes do trecho de uma determinada rua de Porto Alegre.

Brasil, 2000, 22 min Dir. Ângela Pires e Liliana Sulzbach Um garoto cego especula sobre as cores das coisas e manifesta uma predileção pela cor branca, síntese de tudo o que para ele é inatingível.

Se essa Lua Fosse Minha

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Amanda & Monick

Mãe Só Há Uma 14 de setembro- quarta-feira – 14h

Brasil, 2016, 82 min Dir. Anna Muylaert Após denúncia anônima, um adolescente descobre que foi roubado na maternidade e é obrigado a trocar de família.

Últimas Conversas 21 de setembro- quarta-feira – 14h

Brasil, 2015, 87 min Dir. Eduardo Coutinho Entrevistas com estudantes do ensino médio público do Rio de Janeiro, com perguntas sobre suas vidas e expectativas para o futuro.

Programa de Curtas 28 de setembro- quarta-feira – 14h

O Pacote Brasil, 2013, 18 min Dir. Rafael Aidar Um adolescente, após ingressar em uma nova escola, se apaixona por um garoto da sua classe e a relação dos dois é posta em prova no momento que este garoto relata que é HIV positivo.

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Eu Não Quero Voltar Sozinho

Brasil, 2010, 17 min Dir. Daniel Ribeiro Um jovem cego se apaixona por um garoto novo no colégio e tem que lidar com esse sentimento e com os ciúmes de uma amiga.

Brasil, 2008, 18 min Dir. André da Costa Pinto Documentário sobre a vida de travestis do Cariri Paraibano e a possibilidade de quebra de preconceitos perante a sociedade.

O Branco

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Quando a Casa é a Rua

Brasil, 2012, 35 min Dir. Thereza Jessouron Depoimentos e imagens cotidianas de jovens que cresceram nas ruas da Cidade do México e do Rio de Janeiro.

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O Teto Sobre Nós

Brasil, 2015, 22 min Dir. Bruno Carboni Ocupantes de um prédio abandonado recebem a notícia que podem ser despejados a qualquer momento. Enquanto uma mulher tenta lidar com a notícia, ela se depara com um misterioso homem deitado em sua cama

Cinema e Cidades Programa de Curtas 15 de setembro- quinta-feira – 14h

Sinfonia da Necrópole 22 de setembro- quinta-feira – 14h

Brasil, 2014, 85 min Dir. Juliana Rojas Um aprendiz de coveiro se apaixona por uma funcionária do serviço funerário que inicia um levantamento sobre túmulos abandonados.

Outros

Brasil, 2000, 14 min Dir. Gustavo Spolidoro Numa das mais tradicionais avenidas da capital gaúcha, pessoas se encontram, discutindo as suas (e as nossas) vidas.

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Cidade Fantasma

Brasil, 1999, 8 min Dir. Lisandro Santos Jovem assalariado encontra garota no verão em Porto Alegre

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Os Irmãos Mai

Brasil, 2013, 19 min Dir. Thaís Fujinaga Dois irmãos saem pela cidade em busca de um presente para sua avó e, quanto mais caminham, mais longe parecem de seu objetivo.

BRANCO SAI, PRETO FICA 29 de setembro - quinta-feira - 14h

Brasil, 2014, 93 min Dir. Adirley Queirós Dois homens ficam marcados para sempre em uma batida policial em um baile de black music na periferia de Brasília e um terceiro homem vem do futuro para investigar o acontecido.

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O Sonho de Wadjda

Em cartaz: Cinema pelo Mundo - III Edição Em outubro, a Sala Redenção – Cinema Universitário, em parceria com Sesc/RS, apresenta na seção Em Cartaz a terceira edição de Cinema Pelo Mundo. Serão exibidos nove filmes, de diferentes estilos, escolas e nacionalidades, realizados entre os anos 2010 e 2014. Abre a programação Pais e filhos (2013), do realizador japonês Hikorazu Koreeda, vencedor do prêmio do júri do Festival de Cannes de 2013 e prêmio pelo público de melhor filme estrangeiro no Festival Internacional de São Paulo, no mesmo ano. O longa aborda e questiona a importância dos laços sanguíneos ao narrar a história de duas crianças trocadas na maternidade, filhas de casais de diferentes classes sociais. Koreeda é especialista em retratar sobre o universo infantil e familiar no Japão e realizou também, entre outros filmes, Ninguém pode saber (2004) e O que eu mais desejo (2011). O Sonho de Wadjda (2012), da realizadora Haifaa Al-Mansour, é um filme especial. Especial por ser realizado por uma cineasta da Arábia Saudita, país em que os direitos das mulheres não são reconhecidos (e são até mesmo ignorados) e que mulher alguma poderia estar à frente de uma equipe de filmagem. A diretora chegou a declarar que, em filmagens externas, muitas vezes foi preciso se esconder pois não podia aparecer, muito menos dizendo aos homens no set de filmagem o que deveriam fazer. A obra narra uma história simples, mas pungente: uma menina não aceita e se recusa a aceitar que as mulheres em seu país não podem andar de bicicleta. Longe de ser um filme panfletá-

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rio, a abordagem é simples, delicada. Vale lembrar que é o primeiro longa realizado por uma mulher na Arábia Saudita – ao menos que se tem notícias. Em 1966, John Lennon estava na Espanha para gravar Oh, que delícia de Guerra!, de Richard Lester, quando um professor resolve viajar e ir até o local da filmagens para conhecer o Beatle. Eis o argumento que deu origem ao filme do espanhol David Trueba, Viver é fácil de olhos fechados (2013). Um road movie divertido, muito bem-realizado, que conquista quem o assiste. No longa de Trueba um professor de espanhol, em plena ditadura Franco, viaja pelas estradas da Espanha e no percurso encontra dois jovens para quem oferece carona. Ao longo do percurso, os três se tornam próximos ao mesmo tempo em que essa proximidade faz com que eles conheçam também melhor o país que habitam. O filme arrematou sete prêmios Goya em 2013. Melhor filme, melhor diretor, melhor ator principal, atriz revelação, roteiro original, música original e melhor figurino. Duas observações: o título do longa remete a um verso da música Strawberry Fields Forever; e, entre várias lições do professor, interpretado pelo excelente Javier Cámara, fiquemos com uma: “sempre precisamos gritar HELP!”. Do diretor Fernando Eimbcke exiberemos Club Sandwich (2013). Como Larry Clark, o realizador mexicano se debruça sobre o universo adolescente, jovem. Ao contrário, entretanto, dos jovens problemáticos, transgressores, quase marginais presentes nos filmes de Clark, os jovens nos filmes de Eimbcke são personagens em transformações


CI N E MA mais internas do que externas. O ruído, o movimento (ou a falta deles) encenam movimentos que vêm de dentro. Há poucas palavras, vários silêncios em suas tramas. O olhar da câmera recai sobre um personagem tímido que se despede da adolescência e do colo da mãe. O movimento de câmera tenta acompanhar, captar os movimentos internos do personagem, sua timidez, suas dúvidas, silêncios e hesitações. A beleza do filme reside justamente nessa tentativa de captura, sobretudo na impossibilidade de revelar o universo intenso do personagem. Mais corpo, mais movimento, poucas palavras. O título do primeiro longa do médico Thomas Lilti, Hipócrates (2014), é uma referência explícita ao grego considerado “o pai da medicina”. O filme é composto por várias pequenas tramas, todas elas vividas no hospital que o personagem Benjamin (caçula, em francês), médico recém-formado, vai trabalhar, e no qual seu pai é um médico renomado. Eutanásia, ética profissional e preconceito racial são alguns dos temas abordados pelo realizador francês. Monte Hellman é um veterano realizador estadunidense e um crítico feroz ao cinema de Hollywood. Outsider, foi um dos descobridores de Quentin Tarantino ao produzir Cães de Aluguel (1992), definidor na carreira deste. Caminho para o Nada (2010), seu primeiro longa realizado após 21 anos (dirigiu também Iguana - a fera do mar, de 1988 e A vingança de um Pistoleiro, de 1966), é experimental, metalinguístico; um filme dentro de um filme, com várias citações e referências cinematográficas, cheio de camadas e delírios. Caminho para o Nada é um filme sobre ficção, sobre imagem, sobre cinema, sobretudo e sobre tudo. Um filme ácido, crítico, principalmente ao atual cinema feito em Hollywood. Uma curiosidade: em 2010, quando Tarantino presidiu o júri do Festival de Veneza, criou um segundo Leão de Ouro especial pelo conjunto da obra, quando Hellman participava pela primeira vez do Festival. Era uma vez em Nova York (2013), de James Gray, já no título remete a um grande épico de Sérgio Leone, Era uma vez na América (1984). Não apenas no título, mas na temática (de imigrantes que chegam à América) e na estética do filme (reconstrução da cidade de Nova York no início do século XX). No caso de Gray, no entanto, o foco está na vida de uma protagonista, uma imigrante polonesa que chega a Nova York na década de 1920. A cidade – por meio de um triângulo amoroso – mostra-se como a cidade dos sonhos e das oportunidades, mas também da exploração e da violência. Gray realizou Amantes (2008) e Os Donos da Noite (2007), ambos também com a participação de Joaquin Phoenix. Nos seus filmes, o foco está nas relações íntimas, familiares e bem pessoais. Em Era uma vez em Nova York o cineasta segue nesta linha. A partir de uma grande saga, da imigração e da construção de Nova York, o foco está nos laços

amorosos e íntimos, todos eles distorcidos pelas experiências pessoais de cada uma das personagens. La Sapienza (2014) é o primeiro filme de Eugène Green lançado no Brasil. Um realizador estadunidense que transita por várias formas artísticas e que, em seus filmes, as mistura, oferecendo-nos uma narrativa caleidoscópica. A trama central gira em torno de um casal em viagem pela Itália a fim de estudar dois renomados arquitetos barrocos, Gian Lorenzo Bernini e Francesco Borromini. Neste percurso, encontram dois jovens irmãos, que se encantam pelo conhecimento do casal. A partir deste fio condutor, nascem também outras questões, como a interação e as transformações por meio das trocas entre gerações. Nem um pouco naturalista ou realista, os diálogos são propositalmente artificiais e autoconscientes da trama, da farsa, da ficção e da fábula; o espectador é lembrado o tempo todo de que aquilo que vê é mera ilusão, sonho, fantasia, tudo isso misturado a uma aula sobre arquitetura barroca, sobre cinema – e pensamos aqui tanto em Cópia Fiel (2010), de Abbas Kiarostami, como em Nostalgia (1983), de Andrei Tarkovsky. Somado a essas questões, o filme também mostra, de forma prática, a importância que o conhecimento artístico – seja ele qual for – tem para as diferentes gerações. Para fechar a programação de outubro, uma grande homenagem nossa ao diretor francês Alain Resnais, que partiu em 2014, mesmo ano em que lançou seu último filme, aos 91 anos de idade, Amar, beber e cantar (2014). Baseado na peça Life of Riley (2010), de Alan Ayckbourn, o longa narra a história da montagem de uma peça teatral amadora entre amigos que, como não poderia deixar de ser em um filme de Resnais, representam a si mesmos, mostrando a dualidade entre vida e arte, realidade e encenação; o ensaio da peça e a notícia da doença de um dos amigos que dela participa é o mote para o jogo dramático presente no filme do início ao fim. Amigos que encenam e representam, sem deixar de ser o que são, o papel que cada um ocupa na vida do outro, revelando amizade, frustração e traições. Mais uma vez, o realismo é colocado em xeque de diferentes formas, seja pela farsa evidente ou pela ideia de que a máscara da representação também pode cair, revelando algo que está além da mera aparência. No longa, também, o tempo é um personagem importante, senão o principal. Por meio de vários elementos cênicos, vemos a troca das estações e as mudanças na vida dos personagens. Uma bela homenagem do realizador do cine-teatro às duas paixões de sua vida. Faz também um brinde ao tempo, à vida e sobretudo à despedida desta.

Tânia Cardoso de Cardoso Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário 27


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12º Dia Internacional da Animação Em sua 15ª edição no mundo e 12ª edição na capital gaúcha, o Dia Internacional da Animação é celebrado no Brasil e em mais de 30 países com uma sessão, simultânea e gratuita, de curtas-metragens de desenho animado nacionais e internacionais. No dia 28 de outubro, às 19h30, haverá exibições em mais de 200 cidades do país, a realização do evento é da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA). Este é o maior evento simultâneo do gênero no país, que tem como principal objetivo difundir o cinema de animação, atraindo novos públicos e proporcionando aos espectadores o acesso a essa arte cinematográfica, institucionalizando esta data, como referência histórica da animação mundial no calendário de eventos culturais do Brasil. Em Porto Alegre o DIA será uma produção da Besouro Filmes. Desde 2012, a Sala Redenção é parceira e sedia a programação do Dia Internacional da Animação em Porto Alegre no dia 28 de outubro. Neste dia, além da exibição das Mostras Nacionais e Internacionais 2016, teremos a exibição da Mostra Infantil.

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12º Dia Internacional da Animação Data: 28 de outubro Local: Sala Redenção - Cinema Universitário Mostra Infantil Horário: 14h Mostra Oficial dos curtas-metragens de animação nacionais e internacionais Horário: 19h30min


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OUTUBRO Em cartaz: Cinema pelo Mundo

Pais e Filhos

Club Sandwich 05 de outubro- quarta-feira – 19h 06 de outubro- quinta-feira – 16h 20 de outubro- quinta-feira – 16h 21 de outubro- sexta-feira – 19h

Club Sandwich, México/França, 2013, 82 min Dir. Fernando Eimbcke Uma mãe solteira e seu filho adolescente, do qual tem uma relação muito próxima, estão viajando quando ele encontra uma garota de sua idade e se apaixona.

03 de outubro- segunda-feira – 16h 14 de outubro- sexta-feira – 19h 17 de outubro- segunda-feira – 16h 20 de outubro- quinta-feira – 19h

Soshite Chichi ni Naru, Japão, 2013, 121 min Dir. Hikorazu Koreeda Um pai descobre que seu filho biológico foi trocado na maternidade com o garoto que ele está criando e precisa escolher entre os dois filhos.

O Sonho de Wadjda 03 de outubro- segunda-feira – 19h 04 de outubro- terça-feira – 16h 17 de outubro- segunda-feira – 19h 18 de outubro- terça-feira – 16h 24 de outubro- segunda-feira - 16h

Wadjda, Arábia Saudita/ Alemanha, 2012, 98 min Dir. Haifaa Al-Mansour Uma garota entra em uma competição de recitar o Corão na sua escola a fim de conseguir dinheiro o suficiente para comprar uma bicicleta

Viver é Fácil com os Olhos Fechados 04 de outubro- terça-feira – 19h 05 de outubro- quarta-feira – 16h 18 de outubro- terça-feira – 19h 19 de outubro- quarta-feira – 16h

Vivir es fácil com los ojos Cerrados, Espanha, 2013, 108 min Dir. David Trueba Um professor espanhol dirige para Almeria a fim de conhecer John Lennon e no caminho ajuda duas pessoas que fugiram de casa.

La Sapienza 10 de outubro- segunda-feira – 19h 11 de outubro- terça-feira – 16h 27 de outubro- quinta-feira – 16h 31 de outubro- segunda-feira – 19h

La Sapienza, França/Itália, 2014, 101 min Dir. Eugène Green No auge de sua carreira, um arquiteto vai para a Itália conhecer o local de nascimento de Francesco Borromini, arquiteto famoso do século 17.

Era uma vez em Nova York

Hipócrates 06 de outubro- quinta-feira – 19h 07 de outubro- sexta-feira – 16h 21 de outubro- sexta-feira – 16h 24 de outubro- segunda-feira – 19h 25 de outubro- terça-feira – 16h

Hippocrate, França, 2014, 102 min Dir. Thomas Lilti Um médico recém formado começa a trabalhar como residente no mesmo hospital em que seu pai trabalha e precisa confrontar seus medos e limites.

11 de outubro- terça-feira – 19h 13 de outubro- quinta-feira – 16h 27 de outubro- quinta-feira – 19h 28 de outubro- sexta-feira – 16h

The Immigrant, Estados Unidos, 2013, 120 min Dir. James Gray Duas irmãs polonesas vão para Nova Iorque a fim de obter uma vida melhor. Chegando lá, uma fica doente e a outra, para ajudala, acaba se prostituindo.

Caminho para o Nada 07 de outubro- sexta-feira – 19h 10 de outubro- segunda-feira – 16h 25 de outubro- terça-feira – 19h 26 de outubro- quarta-feira – 16h

Road to Nowhere, Estados Unidos, 2010, 121min Dir. Monte Hellman Realizando um filme sobre um crime real, um diretor contrata uma atriz desconhecida que se parece muito com uma mulher da história.

Amar, Beber e Cantar 13 de outubro- quinta-feira – 19h 14 de outubro- sexta-feira – 16h 28 de outubro- sexta-feira – 19h 31 de outubro- segunda-feira – 16h

Aimer, Boire et Chanter, França, 2014, 108 min Dir. Alain Resnais Durante os ensaios de uma peça, os membros de uma companhia de teatro descobrem que um amigo próximo está com uma doença terminal e tem poucos meses de vida.

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Foto Divulgação

Ivan A Sala Redenção – Cinema Universitário, em parceria com o Grupo de Assessoria a Imigrantes e a Refugiados (GAIRE) do Serviço de Assessoria Jurídica e Universitária (SAJU) da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apresenta o filme Iván (2011) , do diretor Guto Pazko. A obra versa sobre um ucraniano sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que foi retirado à força de seu país pelos nazistas em 1942 para que realizasse trabalhos forçados na Alemanha e, após isso, fugiu para o Brasil e não pode mais encontrar seus familiares. A proteção aos refugiados é uma preocupação da comunidade internacional desde o final da II Guerra Mundial, pois esta culminou com o deslocamento de 40 milhões de pessoas dentro do continente europeu. Em 1951 é assinada a Convenção de Genebra, primeiro documento que definiu este status de proteção jurídica. O Brasil é signatário da Convenção desde a década de 1960 e a partir da década de 1990, com a aprovação e implementação de sua legislação própria sobre o tema, tem atuado de maneira organizada no reconhecimento dos deslocados forçados motivados por conflitos. O filme contribui com o cinema brasileiro e com o tema dos refugiados ao aprofundar uma relação delicada entre quem tem que se deslocar por razões externas e o seu local de nascimento: a saudade dos familiares e da terra natal. Assim, levar este debate para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul é fundamental em tempos que o ódio e as guerras têm se multiplicado. Aline Passuelo de Oliveira, membro do Grupo de Assessoria a Imigrantes e Refugiados do SAJU-UFRGS. 30

Iván Brasil, 2011, 109 min Dir. Guto Pasko 21 de setembro- quarta-feira – 19h A história real de um refugiado da 2ª Guerra Mundial que deixou a Ucrânia e toda a sua família para trás quando foi levado pelos nazistas para os campos de trabalho forçado na Alemanha. Ele nunca mais conseguiu retornar à sua terra, e acabou reconstruindo sua vida no Brasil. Após a sessão, debate com Alexei Conde Indursky, mestre em psicanálise e psicopatologia pela Universidade Paris 7; Aline Passuelo de Oliveira, doutoranda e mestra em sociologia pela UFRGS, professora da Universidade de Caxias do Sul e membro do GAIRE; e Bruno Palombini Gastal, graduando em Relações Internacionais pela UFRGS e secretário de cultura do Centro Estudantil das Relações Internacionais – UFRGS.


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En Quête de Sens A exibição do filme En quête de sens é organizada pela aluna de engenharia ambiental Eléonore Pierrat do IPH e da Escola de Engenharia da UFRGS. A temática ambiental não é mais um assunto periférico, considerado só como preocupação de países ricos e desenvolvidos, mas sim, uma questão de todos. Hoje, ela é muito representada no cinema na forma de documentários, muitas vezes considerados “alarmistas”. Vários exemplos de obras de qualidade indubitável focam em problemas pontuais, por exemplo: o efeito estufa; o desmatamento de florestas, e; o acumulo de resíduos oriundos cidades e industries, sem explicitar o caráter sistémico desses fenômenos. A proposta de filme é justamente salientar as conexões entre as crises existencial, social, econômica, e ambiental, mostrando a relação que os seres humanos desenvolveram entre si e com a natureza. O filme En quête de sens (“Buscando Sentido”) aborda essas questões com a através da ótica ingênua do personagem principal: um recém formado que, depois trabalhar um tempo na área de finanças internacional em Wall Street, forma uma consciência ambiental e começa uma viagem em busca de um entendimento maior. Ao longo do caminho, ele encontrará pessoas singulares que oferecem abordagens diferentes as várias perguntas que ele faz sobre a marcha do mundo. Essas são questões que todos podem se perguntar, sem necessitar uma consciença politica e ambiental forte. Nesse sentido o filme busca incentivar o conhecimento pessoal, e desencadear questionamento acerca da gênese da crise ambiental, das noções de progresso, e da modernidade.

Éléonore Pierrat conduzirá a conversa acerca dos temas abordados no filme após a exibição. Ela cursou Engenharia na Escola de Engenharia francesa Centrale na cidade de Lyon. Ela estudou durante dois anos vários ramos da engenharia como: mecanica, computação, ou automação, bem como recebeu bases de economia, sociologia das organizações e ética. Seguiu eletivas em humanas sobre desenvolvimento sustentavel e publicou um artigo sobre o perfil sociologico dos agricultores praticando agricultura familiar na França. Iniciou em 2015 a dupla diplomação em engenharia ambiental na UFRGS.

En Quête de Sens En Quête de Sens, França, 2015, 87 min Dir. Nathanaël Coste e Marc de la Ménardière

19 de outubro- quarta-feira – 19h Um recém formado, após trabalhar no setor financeiro de Wall Street, adquire consciência ambiental e começa uma viagem em busca de um entendimento maior.

Foto Divulgação

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PrOJETOs EsPEciais

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PrOJETOs EsPEciais

IV UFRGS Criança

A UFRGS abre seus espaços pelo quarto ano consecutivo para a comunidade universitária trazer seus pequenos. Com o propósito de agregar esforços nas iniciativas de retomada do “ato de brincar”, a Universidade monta um grande parque de ações esportivas e culturais no Campus Olimpico da UFRGS. A ação intitulada UFRGS Criança tem como público alvo crianças de até 12 anos, filhos de integrantes da Comunidade Universitária da UFRGS, tanto para servidores (docentes e técnico-administrativos) como para alunos. As atividades serão compostas por jogos, brincadeiras, roda de leituras e a produção de um grande pic nic coletivo, traga seu filho e venha comemorar na UFRGS.

UFRGS CRIANÇA

Data: 08 de outubro Local: ESEFID (R. Felizardo, 750 - Jardim Botânico) Horário: 9h - 15h

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Difunda essa cultura de forma consciente LEIA E pASSE

Reitor Carlos Alexandre Netto Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Rui Vicente Oppermann Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunha Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher

Seja amigo do DDC no facebook FACEbOOk.COm/DDC.UFRGS e visite nosso site DIFUSAOCULTURAL.UFRGS.bR

Equipe do DDC Carla Bello – Coordenadora de Projetos Especiais Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Rafael Derois – Coordenador do Projeto Unifoto Sinara Robin – Coordenadora e curadora do Projeto Vale Vale! e do Projeto Reflexão Tânia Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Bolsistas Bruna Anele Amanda Gomes Guilherme Bragança Mariana Pereira Pedroso Maria Galant Renan Sander

Parcerias:

Projeto gráfico Katia Prates

Foto da capa Renan Sander

Diagramação Bruna Petry Anele

Página 11 *Esta obra faz parte do acervo do Instituto de Artes da UFRGS e está na exposição “Pinacoteca Barão de Santo Ângelo nos 80 anos da UFRGS – Módulo I”, localizada no antigo Salão de Festas, no 2º andar do prédio da Reitoria.


livros | unimúsica Ao invés da tradicional troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso, O Unimúsica 35 anos elegeu o livro como forma de participação nos concertos da série sobre a palavra futuro. Assim, cada ingresso deverá ser trocado por um livro em bom estado de conservação. Romances, contos, poesia, livros infantis, infantojuvenis, serão todos muito bem-vindos. Uma parceria entre o DDC e o Instituto de Letras da UFRGS possibilitará que seu exemplar encontre um novo leitor em bibliotecas de bairro, associações de moradores, escolas públicas e cursinhos populares.


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pró-Reitoria de Extensão Departamento de Difusão Cultural Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.difusaocultural.ufrgs.br

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