Agenda Cultural Julho Agosto

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AGENDA C U LT U R A L

Julho Agosto 2013


J U L H O E A G O S T O D E 2 013 Eu me cuido muito para que nenhum dos meus pensamentos me domine e para que nenhum deles me possa tirar a liberdade de ir ao encontro de tudo o que a imaginação me possa trazer no futuro. Witold Lutoslawski, compositor polonês (1913-94).

Imaginação, expectativa, inspiração, descobertas são alguns dos elementos que compõem esta agenda para receber os calouros 2013/2. Através dos textos de três, agora já veteranos 2013/1, dos cursos de Letras, Engenharia Ambiental e Relações Internacionais, temos registradas para serem compartilhadas com todos as expectativas e principalmente o que imaginaram significar “estar na UFRGS.”

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O Departamento de Difusão Cultural, setor responsável pela política cultural da UFRGS, tem como proposta oferecer, a cada mês, múltiplas possibilidades de convívio com a arte. Por meio desta agenda, possibilitamos a você criar um roteiro de circulação entre os diferentes campi, tendo como linha norteadora a arte. A diversidade de ações que apresentamos é uma aposta na possibilidade de deslocamento de percurso em nossa Universidade. A proposta é mostrar a todos que existem outros caminhos a serem trilhados e um deles é o caminho dos espaços culturais da UFRGS. Nas suas descobertas nesta cidade-universidade, nossa proposta é que você escolha a arte como possível itinerário e, como as opções são muitas, seguem algumas dicas:


A Sala Redenção – Cinema Universitário volta com sua programação, após seis meses, com as readequações e pequenos reparos de segurança. Ela espera por você com o ciclo de filmes do diretor italiano Federico Fellini, o sonhador, mágico e grande contador de histórias. Você pode também ouvir seus colegas no Campus do Vale nas primeiras segundas e terças do mês com o Vale Doze e Trinta, ou vir ao Salão de Atos para participar do Unimúsica, escutando um pouco da música do mundo e, quando estiver pela Reitoria, aproveitar para visitar as exposições do Unifoto no Saguão da Reitoria, que sempre tem o olhar de um fotógrafo artista para nos surpreender. Subindo as escadas da Reitoria, no segundo andar, a Sala João Fahrion espera por você com exposições de Artistas da UFRGS.

Bem, as opções são muitas e citei apenas algumas delas. Seria interessante ler atentamente a agenda, ela foi feita para ser lida, manuseada e principalmente passada de mão em mão. Programese e tente participar. A programação foi criada para ser vivida por cada um e é nesta fusão arte-público que alcançaremos o seu significado maior, o de que ela permeie sua trajetória com imaginação e que a arte sirva de fonte de inspiração para sua formação.

Claudia Boettcher, diretora do Departamento de Difusão Cultural

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ENSAIO

RECEPÇÃO AOS CALOUROS

Acho que estar na UFRGS, e ser caloura, é um primeiro passo nessa coisa de “crescer”. Ano passado, eu tinha aula de segunda a sexta, das 7h40min da manhã até a 1h da tarde, com um intervalo de vinte minutos, às 10h10min. Agora, sou eu que faço meus próprios horários: escolhi ter aulas à tarde três vezes por semana para poder ter o privilégio de acordar às 9h da manhã nas segundas-feiras. Eu já ia de ônibus para a escola, mas podia sair de casa vinte minutos antes de a aula começar. Hoje, se eu quero chegar no Vale a tempo da chamada (sim, tem chamada: essa história de que a gente entra e sai a hora que quiser não é bem assim), às 10h30min, tenho que estar na parada no máximo até as 9h50min. Meus professores do colégio me davam todo o material necessário, e ai de mim se eu esquecesse a pasta em casa. Na UFRGS, tenho que ir até o xerox buscar meu material (e, se eu for realmente uma boa aluna, ele não bastará: procurarei mais informação nas bibliografias opcionais); se os textos acabarem ficando em casa, o problema é meu e de mais ninguém. Um salgado do bar do Monteiro Lobato (onde eu cursei o Ensino Fundamental e o Médio) custava três reais, e isso era só o lanche: se eu tivesse alguma oficina por lá à tarde e precisasse almoçar por perto, ia ao shopping Iguatemi ou ao China in Box da Anita. No Vale, estou cercada por mato (não que eu não goste do mato – eu adoro –, mas não tenho para onde ir), o que tudo bem, porque o meu almoço no RU custa só um real e trinta centavos – onde mais eu ia querer almoçar? Minha turma do colégio era pequena e unida – um contraste absurdo em relação aos meus 130 colegas, dos quais devo conhecer em torno de 60. No Monteiro Lobato, eu era a Maria da 302. Na UFRGS, eu sou a 232160. O que eu estou tentando dizer é que estar na UFRGS é como estar em um novo universo, o qual nós mesmos temos que desvendar. Há milhares de cadeiras, milhares de palestras, milhares de eventos e milhares de oportunidades para serem descobertas. Estudar em uma universidade pública é conviver com todo o tipo de pessoas, de tudo que é tipo de lugar, com todo tipo de pensamento – e o irônico é que muitas delas têm os mesmos interesses e gostos que você. É engraçado: eu estava conversando com uma excolega e ela, que era conhecida por ter a mania de fazer a capa dos próprios cadernos e outras coisas

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à mão (e agora está no design), veio me dizer que todos os colegas dela fazem a capa dos próprios cadernos e outras coisas à mão. Enfim. Eu podia me alongar mais sobre as possibilidades oferecidas pelas UFRGS, sobre os louvores e os defeitos, mas eu mal sei achar um livro na biblioteca (ainda), então acho que não seria uma boa ideia. O importante é responder à pergunta: acho que estar na UFRGS é viver em uma realidade divida com, sei lá, quarenta mil pessoas, em que o que está em jogo não é mais as obrigações sociais ou os costumes, e sim o interesse em todos os tipos de aprendizado. Maria Petrucci aluna do 2º semestre Letras UFRGS

Ufa! Que alívio! Após um longo e cansativo 2012, fiz as provas no início de 2013 e tive a felicidade de ser aprovado! Agora estou na UFRGS! :) A mudança, a princípio, não pareceu tão grande: convivia com estudantes jovens e é com jovens estudantes que convivo hoje. Ah, mas faço questão de me apoiar na sabedoria popular, agora, para ressaltar que, pelo menos eventualmente, as aparências enganam. A minha rotina mudou, tornando-se mais dinâmica; os meus colegas mudaram, e fiz vários novos amigos; e, também, mudaram os processos de ensino/aprendizagem e aquisição do conhecimento. Todavia, separadas, essas coisas pouco importam... Entrar em uma Universidade como a UFRGS – retomando a etimologia da palavra – é, sem dúvida, conhecer todo um novo universo de possibilidades. A situação é análoga à Física Quântica e suas infintas possibilidades; contudo, na Universidade, o futuro nunca colapsa em um ponto, em uma possibilidade. Tudo acontece simultaneamente e o tempo todo. São (muitas) pessoas novas com as quais tomar contato – funcionários, colegas, mestrandos, doutorandos, professores... – e essa interação com o novo, com o diferente é o que mais pode contribuir com a formação que realmente é importante na vida das pessoas: a formação pessoal. Alexandre Panta Teitelbaum aluno do 2º semestre Relações Internacionais


ENSAIO

RECEPÇÃO AOS CALOUROS

A minha vontade, como a de sete milhões de estudantes que estão concluindo ou já concluíram o Ensino Médio (inscritos no ENEM 2013), de entrar numa boa universidade se realizou. A boa faculdade foi, para mim, a UFRGS, classificada e ranqueada pelo INEP como a “melhor da América Latina”. Foi necessário muito esforço e dedicação para conseguir chegar ao meu objetivo como estudante, e todo o empenho foi recompensado com o ingresso na turma da Engenharia Ambiental 2013 da UFRGS. Depois, passei a experimentar uma parte daquela expectativa criada sobre como será “estar na universidade”. Estudar o que parece que gosto, aulas em prédios de diversos campi, trabalhos, saídas de campo, professores muito diferentes e novos colegas vindos de muitos lugares – recém chegando a Porto Alegre, então – e, portanto, com ideias e características diferentes das que era acostumado a conviver, para mim, é algo novo. A experiência de sair da zona de conforto vivenciada durante todo o Ensino Médio é cada vez mais intensa. Aulas no Campus do Vale pela manhã, e no Central pela tarde, com curtos intervalos para almoçar no RU, e jogar truco, ou ir para

o Central e voltar para o Vale numa mesma manhã, ao invés de passar todas dentro de uma mesma sala exemplificam essa mudança. Um novo ciclo de amizades, conhecendo pessoas diferentes, mas com pensamentos parecidos, nos instigam a ir a lugares diferentes e acabar vendo a cidade também de um novo ponto de vista. Enfim, a universidade provoca um “amadurecimento” de seus alunos. Lorenço Boettcher aluno do 2º semestre Engenharia Ambiental

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ENSAIO

Apanhador Só / Roberta Sant’anna

Apanhador Só na Recepção aos Calouros! Em agosto, o Vale Doze e Trinta recepciona calouros e veteranos com uma programação especial: o Apanhador Só realiza show no Campus do Vale para dar as boas-vindas e apresentar o novo trabalho do quarteto, Antes Que Tu Conte Outra. Para o grupo, o caminho da evolução só pode ser seguido ao superar os obstáculos olhando para os lados. Tudo é complemento na jornada da banda que fincou os pés no cenário independente em 2006, com o EP Embrulho Pra Levar, e garantiu posição nas listas de melhores discos de 2010 com o elogiado álbum Apanhador Só. De lá para cá, o grupo se reinventou e arriscou ao lançar Acústico-Sucateiro (2011), que traz canções conhecidas do disco homônimo e o single “Na Ponta dos Pés” com arranjos elaborados a partir de instrumentos lo-fi (gaiola, ralador de queijo, walkietalkie, sacos plásticos, sinetas e muitos outros) e técnicas de circuit-bending. Além de explorar um formato inovador em AcústicoSucateiro, o Apanhador Só passou a realizar intervenções em lugares públicos das várias cidades que visitou em turnê, com apresentações em praças, parques, estações de metrô, galerias e pequenos

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teatros históricos, numa eficiente estratégia de ocupação e revalorização de espaços urbanos. A experiência nas ruas foi crucial para que a banda testasse novas sonoridades para pôr na praça o vinil Paraquedas, em 2012. Neste ano, o quarteto disponibilizou seu mais recente trabalho Antes Que Tu Conte Outra para download gratuito no site apanhadorso.com. Sucessor do debute Apanhador Só (2010), álbum que colocou o grupo gaúcho na linha de frente da nova música brasileira, Antes Que Tu Conte Outra tem 12 canções produzidas por Zé Nigro (parceiro musical de Curumin), Gustavo Lenza (engenheiro de som de Céu e Lucas Santtana, entre outros artistas), Diego Poloni e os apanhadores Alexandre Kumpinski (voz e guitarra), Felipe Zancanaro (guitarra e percussão-sucata), Fernão Agra (baixo e teclados) e André Zinelli (bateria).

APANHADOR SÓ Data: 06 de agosto, terça-feira Horário: 12h30min Local: Campus do Vale UFRGS Av. Bento Gonçalves, 9.500


CINEMA

MOSTR A FEDERICO FELLINI

Em julho, a Sala Redenção – Cinema Universitário retoma sua programação, trazendo boas novidades. Para abrir a programação, exibiremos a Mostra Federico Fellini, com 19 filmes do cultuado diretor italiano. Fellini, que nasceu em janeiro de 1920, foi um grande contador de histórias. Como realizador rejeitou desde muito cedo o cinéma verité em favor daquilo que ele chamava de cinema-falsidade. Em seu trabalho, tudo e nada é autobiográfico. Para ele, as memórias da vida real e as fantasias dos filmes são claramente intercomunicáveis. Aos nove anos já fazia espetáculos com marionetes feitos à mão. Foi cartunista, escritor de crônicas e textos publicitários, trabalhou como jornalista, entrevistando atores e diretores. Trabalhou com Roberto Rossellini em Roma, cidade aberta (1945) e em vários outros projetos deste diretor. Inicia seu trabalho como realizador em 1950, junto a Alberto Lattuana, em Mulheres e Luzes (1950), que narra a história de uma grupo de artistas vaudeville. Realiza e co-escreve, a convite do produtor Luigi Rovero, Abismo de um sonho (1952), filme estruturado em três atos que gira em torno de um

casal provinciano recém-casado, em lua de mel em Roma. Nestes dois filmes o equilíbrio perturbador entre fantasia e realidade, entre ilusão e desilusão já se faz presente. Os boas-vidas (1953) trata de um grupo de boêmios, que leva uma vida vazia em uma pequena cidade. Encontramos em tal filme, imagens que serão recorrentes em filmes futuros, como a praça deserta, o mar e as grandes multidões. Este é seu primeiro filme de projeção internacional, premiado no Festival de Veneza. Nos anos 1950, três filmes marcariam a carreira de Fellini: A Estrada da vida (1954), A trapaça (1955) e Noites de cabíria (1957) – muitas vezes citados como a tríade da redenção. Há uma forte presença de simbolismos católicos ao longo dos filmes e, por esse fato, muito críticos atribuem a importância da “trindade” nos personagens centrais: a mente, o corpo e a alma. A estrada da vida foi um grande sucesso de público, ganhando o Leão de Prata do Festival de Veneza e o primeiro Oscar de melhor filme estrangeiro, entre vários outros prêmios. Se os filmes de “redenção” de Fellini refletiam ainda uma dívida do realizar com o neorre-

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CINEMA

MOSTR A FEDERICO FELLINI

alismo, na próxima década os seus filmes tornam-se cada vez mais pessoais no tema e mais extravagantes no estilo. Em A doce vida (1960), Fellini explora a necessidade coletiva que a cidade tem de um processo de regeneração. É nesse momento que Marcelo Mastroianni torna-se o alter ego cinematográfico de Fellini, estabelecendo uma relação semelhante a que François Truffaut desenvolveria com Jean-Pierre Léaud. Com um grande êxito de bilheteira o realizador pode montar sua própria companhia de produção, a Federiz. A doce vida é premiado em Cannes e o realizador se torna o primeiro estrangeiro a ser nomeado para a categoria de melhor diretor no Oscar. Felllini 8 ½, (1963) seu próximo filme, nasce de uma crise interna do diretor e o longa trata justamente da vida de um realizador que já não sabe que filme quer fazer. 8 ½, se tornaria uma ode de Fellini ao cinema assim como O desprezo, de Jean- Luc Godard e A noite americana, de François Truffaut. Julieta dos espíritos (1965) será realizado depois do sucesso do último filme, em homenagem à sua mulher. Este filme é visto como o companheiro feminino de Felllini 8 ½, já que a personagem feminina também passa por uma crise que a obriga a confrontar seus medos. Como em A doce vida, o filme foi estruturado como uma série de sequências visuais fantásticas, e não como uma narrativa tradicional. Satyricon de Fellini (1969), filmado entre os anos de 1968-69, reflete o espírito de liberdade da época. Considerado uma “extravagância surrealista”, no Satyricon de Fellini tudo vale. Como em A doce vida, o filme também é uma crítica à sociedade romana da época. Com Os palhaços (1970), o realizador monta um “mosaico afetuoso” sobre a vida no circo, dividido em três seções. O filme trata aparentemente de um documentário sobre uma equipe de filmagens que faz um documentário. Como em Felllini 8 ½, entretanto, nunca vemos o “filme dentro do filme”. Até os anos 1970, muito dos filmes de Fellini refletiram sobre seu fascínio sobre Roma, cenário da maior parte deles. Em Roma de Fellini (1972), o diretor conjuga, como sempre, dados biográficos com elementos de documentário para tratar de suas impressões sobre a cidade. Este longa é um “tributo-colagem” à cidade de Roma e de como ela é vista pelos turistas, pelos recém- chegados, pelos que nela habitam e, sobretudo, pela equipe de filmagem. Ao mesmo tempo é uma viagem pelo mundo do imaginário e uma declaração de amor à cidade.

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Em Armarcord (1973) o realizador explora várias histórias que traz na memória de sua juventude e é considerado o seu último grande sucesso comercial. Foi escolhido para abrir o Festival de Cannes de 1973 e ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Após a realização de um filme sobre as memórias de sua infância, o diretor dirige seu foco para uma das figuras mais famosas da Itália. O Casanova de Federico Fellini (1976) é uma versão muito pessoal do diretor a respeito do amante latino, originário do século das Luzes. Tal visão, no entanto, não agradou o público e muito menos a crítica. Seu próximo filme será Ensaio de orquestra (1979), uma curta parábola sobre uma orquestra anárquica, filmado em apenas 15 dias, usando apenas um único cenário, e considerado o menos felliniano de todos os filmes realizados pelo diretor. A cidade das mulheres (1980) marca o retorno de Fellini a temas que lhe são bem familiares, como o voyerismo, o sexo, a fantasia e o mundo dos sonhos – e mais uma vez Mastroianni aparece como seu alter ego. Nos anos 1980, depois de ter realizado vários filmes sobre a indústria cinematográfica, ele volta sua atenção para a grande ópera no E la nave va (1985). O longa, que traz um retrato da alta sociedade (no convés) e dos trabalhadores que estão no porão a sustentar o navio é um verdadeiro microcosmo da sociedade. Com seu filme seguinte, Ginger e Fred (1986), ele apresenta uma crítica irônica sobre o mundo da televisão, com seus programas de variedades repletos de anúncios, e sobre o poder magnético das celebridades. Em 1987, realiza Entrevista, prestando um tributo à sua fábrica de sonhos pessoal que completava 50 anos: a Cinettà. Realizaria ainda, A voz da lua (1988), que não está presente nesta mostra. Federico Fellini morreu no dia 31 de outubro de 1991. No mês de julho a Sala redenção – Cinema Universitário dedica a sua programação ao grande realizador italiano, aquele que soube melhor do que ninguém contar histórias sobre os grandes e pequenos, sobre as celebridades e os anônimos, sempre com sonho, magia e humor. * Texto escrito a partir do livro: WIEGAND, Chris. Federico Felinni: mestre-de-cerimónias de sonhos 1920-1993. Los Angeles, Itália: Taschen, 2003. Tânia Cardoso de Cardoso, curadora da Sala Redenção- Cinema Universitário


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CINEMA

OS BOAS-VIDAS

MULHERES E LUZES 01 de julho – 2ª feira – 16h 05 de julho – 6ª feira – 16h (Luci del varietà, Itália, 1950, 93 min.) Dir. Federico Fellini Mulheres e Luzes marca a estreia na direção de Federico Fellini, em parceria com o cineasta neorrealista Alberto Lattuada (Sem Piedade). A história gira em torno de uma trupe de saltimbancos, que percorre a Itália no início dos anos 50, liderada pelo carismático Checco (Peppino De Filippo, de Os Boas-Vidas). Certo dia, Liliana, uma bela jovem do interior, começa a fazer de tudo para entrar na companhia, provocando ciúmes em Melina (Giulietta Masina, de Noites de Cabíria) e discórdia no resto do grupo.

ABISMO DE UM SONHO

02 de julho – 3ª feira – 19h 03 de julho – 4ª feira – 16h (I Vitelloni, Itália, 1953, 109 min.) Dir. Federico Fellini Numa pequena cidade da Itália, cinco jovens amigos são típicos vitelloni (inúteis): vivem uma vida boêmia repleta de bebidas e mulheres. Sem perspectivas, cada um deles encontra um modo de escapar da monotonia da vida provinciana.

A ESTRADA DA VIDA 05 de julho – 6ª feira – 19h 08 de julho – 1ª feira – 16h (La Strada, Itália, 1954, 100 min.) Dir. Federico Fellini Giulietta Masina vive a ingênua Gelsomina, vendida por sua miserável mãe para Zampanò (Anthony Quinn), um artista que se apresenta arrebentando correntes. Gelsomina passa a ajudar Zampanò em suas exibições.

NOITES DE CABÍRIA

01 de julho – 2ª feira – 19h 02 de julho – 3ª feira – 16h (Lo sceicco bianco, Itália, 1952, 90 min.) Dir. Federico Fellini

08 de julho – 2ª feira – 19h 10 de julho – 3ª feira – 16h (Le Notti Di Cabiria, Itália, 1957, 117 min.) Dir. Federico Fellini

Recém-casados, Ivan (Leopoldo Trieste) e Wanda (Brunella Bovo) viajam a Roma para passar a lua-de-mel. Enquanto Ivan conhece a cidade com alguns parentes, Wanda sai em busca de seu maior sonho – conhecer o Sheik Branco (Alberto Sordi, de Os Boas-vidas), herói de sua fotonovela favorita.

Prostituta vivendo nos arredores de Roma tenta acreditar na boa fé das pessoas, mas acaba sempre levando a pior. Clássico em estilo neorrealista com roteiro a oito mãos incluindo Fellini e um jovem Pasolini, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro. Giulietta Masina interpreta Cabíria, uma prostituta que ganha a vida nas ruas de Roma em meados dos anos 50.

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A DOCE VIDA 09 de julho – 3ª feira – 19h 10 de julho – 4ª feira – 16h (La Dolce Vita, Itália, 1960, 173 min.) Dir. Federico Fellini O jornalista Marcello (Marcello Mastroianni) vive entre as celebridades, ricos e fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, freqüenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida.

A TRAPAÇA 11 de julho – 5ª feira – 16h 12 de julho – 6ª feira – 16h (Il bidone, Itália, 1955, 104 min.) Dir. Federico Fellini Augusto, Picasso e Roberto (interpretados por Broderick Crawford, Richard Basehart e Franco Fabrizi) interpretam um trio de trapaceiros que aplica golpes em gente simples. Picasso quer levar uma vida honesta; Roberto quer uma vida de prazeres. Augusto, já envelhecendo, começa a repensar suas trapaças quando encontra sua filha, que precisa de dinheiro para completar os estudos.


CINEMA

SATYRICON 8 E MEIO 12 de julho – 6ª feira – 19h 15 de julho – 2ª feira – 16h (8½, Itália, 1963, 145 min.) Dir. Federico Fellini Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Fellini 8 ½ conta a história de Guido (Marcello Mastroianni), um cineasta em crise de inspiração, que não consegue encontrar a ideia para seu próximo filme. Durante uma temporada de férias, é assombrado por sonhos e recordações de passagens marcantes de sua vida.

JULIETA DOS ESPÍRITOS 15 de julho – 2ª feira – 19h 16 de julho – 3ª feira – 16h (Giulieta degli spiriti, Itália, 1965, 148 min.) Dir. Federico Fellini Julieta dos espíritos foi o primeiro filme em cores do mestre Federico Fellini, que o dedicou à sua esposa, a inesquecível Giulietta Masina (Noites de Cabíria). Ela vive uma mulher que, ao descobrir a traição do marido, começa a ser acometida por visões, dando início a uma jornada de autodescoberta em que os sonhos se misturam à realidade.

ROMA DE FELLINI

16 de julho – 3ª feira – 19h 17 de julho – 4ª feira – 16h (Fellini Satyricon, Itália, 1969, 128 min.) Dir. Federico Fellini

19 de julho – 6ª feira – 19h 22 de julho – 2ª feira – 16h (Roma, Itália, 1972, 128 min.) Dir. Federico Fellini

Esta é a livre adaptação de Fellini da famosa peça de Petronius, que faz uma crônica da vida na Roma antiga. Encolpio (Potter) e seu amigo Ascilto (Keller) disputam o afeto do jovem Gitone (Max Born). Quando Encolpio é rejeitado, ele começa uma jornada na qual encontra todos os tipos de pessoas e de acontecimentos, entre eles uma orgia e um desfile de prostitutas na Roma antiga.

Um passeio pela capital italiana ao encontro de sua arquitetura, de sua personalidade, de seus moradores e seus hábitos, de seus mistérios subterrâneos, de sua vida noturna trepidante. Tudo sob o olhar cínico e peculiar do famoso diretor, que mistura passagens autobiográficas com cenas do cotidiano da Roma.

OS PALHAÇOS

22 de julho – 2ª feira – 19h 23 de julho – 3ª feira – 16h (Amarcord, Itália, 1973, 125 min.) Dir. Federico Fellini

AMARCORD 18 de julho – 5ª feira – 16h 19 de julho – 6ª feira – 16h (I Clowns, Itália, 1970, 90 min.) Dir. Federico Fellini Federico Fellini revisita o universo circense e produz um documentário inesquecível sobre a figura mais importante do espetáculo: o palhaço. O próprio Fellini acompanha a equipe de filmagem, como fez na sua obra-prima, Roma. Entrecortado com números repletos de palhaços em ação, o filme resgata um pouco da história do circo ao mesmo tempo em que comprova sua decadência, com depoimentos de palhaços famosos no passado, mas esquecidos nos dias atuais.

Amarcord é uma história fascinante e dramática, às vezes humorística, sobre a vida de um homem que em pleno ano 2000, descobre que todo o mundo a sua volta parece estranho. Despreparado e surpreso, ele sai numa busca febril por algumas coisas que o faça retornar a realidade, antes que seja tragado pela loucura. E, assim, envolve-se em inúmeras situações do cotidiano, levando-nos a pensar na própria vida que levamos.

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CINEMA

O CASANOVA DE FEDERICO FELLINI 23 de julho – 3ª feira – 19h 24 de julho – 4ª feira – 16h (Il Casanova di Federico Fellini, Itália, 1976, 169 min.) Dir. Federico Fellini Donald Sutherland interpreta o lendário sedutor do século 18, Casanova, um dos maiores amantes do século 18. Libertino, o conquistador gostava de demonstrar suas façanhas na arte de seduzir as mulheres.

ENSAIO DE ORQUESTRA 26 de julho – 6ª feira – 19h 29 de julho – 2ª feira – 16h (Prova d’orchestra, Itália, 1979, 70 min.) Dir. Federico Fellini Numa capela romana, agora um oratório, músicos chegam para um ensaio. Eles são avisados que estão sendo gravados por uma rede de TV. Então, o maestro alemão chega, impondo ordem aos gritos. Durante um breve intervalo, o maestro concede uma entrevista aos jornalistas. Quando volta, encontra sua orquestra em estado de revolta.

GINGER E FRED 30 de julho – 3ª feira – 19h 31 de julho – 4ª feira – 16h (Ginger & Fred, Itália, 1986, 125 min.) Dir. Federico Fellini Um programa de televisão reúne os veteranos dançarinos Amelia (Giulietta Masina) e Pippo (Marcello Mostroianni) para apresentarem um número musical, em que imitam a imortal dupla Fred Astaire e Ginger Rogers.

CIDADE DAS MULHERES 25 de julho – 5ª feira – 16h 26 de julho – 6ª feira – 16h (La cittá delle donne, Itália, 1980, 138 min.) Dir. Federico Fellini Durante uma viagem de trem, Snàporaz (Marcello Mastroianni) é seduzido por uma bela mulher. Seguindo-a, ele acaba vivendo uma fantasia, metade sonho, metade pesadelo; na cidade das mulheres, por ser o único homem, é ao mesmo tempo reverenciado e julgado.

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E LA NAVE VA 29 de julho – 2ª feira – 19h 30 de julho – 3ª feira – 16h (E la nave va, Itália, 1985, 128 min.) Dir. Federico Fellini Julho de 1914. Glória N, um luxuoso navio, deixa a Itália, levando as cinzas de uma célebre cantora lírica para sua terra natal, a ilha de Erimo. Cantores, músicos, amigos, nobres e um jornalista acompanham o funeral. A normalidade dos primeiros dias de viagem é interrompida quando o capitão tem de socorrer refugiados da recém-declarada Primeira Guerra.

ENTREVISTA 31 de julho – 4ª feira – 19h (Intervista, Itália, 1987, 107 min.) Dir. Federico Fellini Em Entrevista, Fellini faz uma irreverente e nostálgica incursão através dos vários personagens criados por ele ao longo de sua carreira. Ao mesmo tempo, o filme é uma viagem que marca a desolação pelo futuro do cinema diante da concorrência impiedosa da televisão.


SESSÕES ACESSÍVEIS NA SAL A REDENÇÃO C I N E M A U N I V E R S I TÁ R I O Em julho têm início as Sessões Acessíveis na Sala Redenção, com exibição de filmes nacionais com recursos de acessibilidade. São duas sessões por mês: na primeira quarta-feira serão apresentados filmes com audiodescrição e na segunda quarta-feira é a vez do cinema legendado. A audiodescrição é a narração de todas as imagens do filme, possibilitando que pessoas com deficiência visual tenham acesso ao que aparece na tela, como a aparência dos personagens, cenários e figurinos, ações e trejeitos. As legendas permitem que surdos e pessoas com deficiência auditiva acompanhem os diálogos, com indicações sobre a trilha sonora e qualquer som relevante, como o toque do telefone ou o tilintar de chaves. O objetivo é reunir espectadores, profissionais e demais interessados nas questões de acessibilidade em encontros voltados para a difusão e a discussão desses recursos, além de investir em construção de público para eventos acessíveis. As exibições são seguidas de um bate-papo com a participação dos presentes. O projeto prevê encontros mensais durante o ano de 2013. As Sessões Acessíveis são uma promoção conjunta da Sala Redenção – Cinema Universitário e do Núcleo Interdisciplinar Pró-Acessibilidade Cultural em parceria com a Mil Palavras Acessibilidade Cultural.

TROPICÁLIA 03 de julho – 4ª feira – 19h (com AD) 10 de julho – 4ª feira – 19h (com legenda) (Tropicália, Brasil, 2012, 88 min.) Dir. Marcelo Machado Um dos maiores movimentos culturais do Brasil ganha vida nesse documentário. Numa época em que a liberdade de expressão perdia força, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee, entre outros, misturam tradições populares às novidades internacionais criando o Tropicalismo, que abalou as estruturas da música popular brasileira influenciando várias gerações. Com depoimentos reveladores, raras imagens de arquivo e embalado pelas canções do período, Tropicália nos dá um panorama definitivo de um dos mais fascinantes movimentos culturais do Brasil.

MENOS QUE NADA 07 de agosto – 4ª feira – 19h (com AD) 14 de agosto – 4ª feira – 19h (com legenda) (Brasil, 2012, 105 min.) Dir. Carlos Gerbase A trama de Menos que nada gira em torno do tratamento de um doente mental internado há dez anos num hospital psiquiátrico, onde foi esquecido pela família, pelos amigos e pela sociedade. Esta temática, de alcance universal, proporciona uma reflexão sobre a doença mental, que permanece como uma espécie de continente inexplorado e quase desconhecido, embora atinja parcela significativa da população brasileira. 13


CINEMA

PA R C E I R O S DA SAL A REDENÇÃO

Mostra Cinema pela Verdade Criada com o objetivo de promover exibições de filmes seguidas de debates sobre o período da ditadura civil-militar na América Latina, a mostra, que está em sua segunda edição, acontecerá simultaneamente em universidades dos 27 Estados do Brasil entre os meses de maio e agosto. Realizado pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com o Ministério da Justiça, o projeto foi contemplado pelo edital “Marcas da Memória”, da Comissão de Anistia, que visa à promoção de eventos e projetos com foco neste período marcante da história brasileira. Em Porto Alegre a mostra será realizada em parceria com a Sala Redenção – Cinema Universitário. Em 2013, foram selecionados para exibição dois documentários sobre a ditadura no Brasil e dois filmes de ficção sobre o período da ditadura na Argentina e no Chile. Entre as produções brasileiras estão Eu Me Lembro, de Luiz Fernando Lobo, e Marighella, de Isa Grinspum Ferraz. Já a ficção Infância Clandestina, de Benjamín Ávila, é uma co-produção Brasil-Argentina, e No, de Pablo Larraín, faz um recorte sobre a ditadura chilena.

IMAGEM CINEMA PELA VERDADE AQUI

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NO 04 de julho – 5ª feira – 19h (No, Chile, França, EUA, 2012, 110 min.) Dir. Pablo Larraín Depois de quinze anos de uma ditadura militar, o povo é chamado para votar, através de um plebiscito nacional, pela permanência ou não do General Augusto Pinochet fica no poder. René trabalha em uma equipe que cria filmes e materiais promocionais na esperança de fazer o povo votar no “não”, para que Pinochet não continue no poder por mais oito anos. Enquanto isso, seu chefe está trabalhando na campanha do “sim”. Concorreu ao Oscar 213 na categoria melhor filme estrangeiro. Debate com Aragon Érico Dasso Jr, professor da Escola de Administração da UFRGS.


CINEMA

MARIGHELLA INFÂNCIA CLANDESTINA 11 de julho – 5ª feira – 19h (Infancia Clandestina, Argentina, Espanha, França, 2011, 112 min.) Dir. Bejamín Avila Argentina, 1979. Juan (Teo Gutiérrez Romero) leva uma vida clandestina da mesma forma que seu pai (César Troncoso), sua mãe (Natalia Oreiro) e seu tio Beto (Ernesto Alterio). Fora do berço familiar ele é conhecido por outro nome, Ernesto, e precisa manter as aparências pelo bem da família, que luta contra a ditadura militar que governa o país. Tudo corre bem, até ele se apaixonar por Maria, uma colega de escola. Sonhando com voos mais altos ao seu lado, ele passa por cima das rígidas regras familiares para poder ficar mais tempo com ela. Representante argentino no Oscar 2013, na categoria de melhor filme estrangeiro. Recebeu excelentes críticas nos festivais de Cannes, Havana, Toronto e San Sebastián, e venceu a premiação da Academia Argentina, conquistando dez troféus – incluindo o de melhor filme e direção. Ganhou o prêmio de melhor produção no Festival de Guadalajara.

18 de julho – 5ª feira – 19h (Brasil, 2012, 100 min.) Dir. Isa Grinspum Ferraz O filme procura humanizar essa personagem histórica ao representá-lo a partir da memória afetiva familiar. Isa, sobrinha de Carlos Marighella, sublinha a vida heroica de Marighella, que se tornou comunista nos anos 1930, num momento em que isso significava “doar a vida por uma causa”. Marighella é comparado a Che Guevara e, segundo Antonio Cândido, ele identifica o revolucionário baiano como um “santo do socialismo, um santo ateu, um santo sem Deus”. Ganhador do Prêmio de melhor longa-metragem da Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul em 2012. Debate com Laurence Wurding Gonçalves, professor de história contemporânea.

EU ME LEMBRO 25 de julho – 5ª feira – 19h (Brasil, 2012, 96 min.) Dir. Luiz Fernando Lobo Eu me lembro é um documentário, com direção de Luiz Fernando Lobo, que se engaja no propósito de reescrever a história dos anos de chumbo no Brasil a partir de depoimentos dos derrotados pelo golfe de 64/68. Dando voz aos perseguidos políticos pela ditadura golpista, o filme traz para o debate o tema do direito à memória, à verdade e à justiça. O documentário acompanhou cinco anos das Caravanas da Anistia. Foi exibido no Festival Internacional do Rio de Janeiro em 2012. Debate com Jair Krischke, presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos.

Debate com Fernanda Melchionn, presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmera de Vereadores de Porto Alegre.

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CINEMA

PA R C E I R O S DA SAL A REDENÇÃO

História da Arte e Cinema: Heterotopias O ciclo é composto de filmes que permitem explorar temas da história da arte a partir da tela do cinema. A escolha dos filmes é orientada pelo propósito de discutir, após sua exibição, e a cada sessão, temas da história das artes visuais a partir da maneira como o cinema se associa a eles, explorando pontos de vista e variações interpretativas, modos de ser e de fazer compreensões sobre a arte. Coordenação de Luís Edegar Costa.

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SEDE DE VIVER

FRENCH CANCAN

17 de julho – 4ª feira – 19h (Lust for life, 1956, 122 min.) Dir. Vincente Minelli

21 de agosto – 4ª feira – 19h (French Cancan, 1954, 102 min.) Dir. Jean Renoir

O diretor Vincente Minnelli levou para as telas do cinema a vida de Vincent Van Gogh, segundo o romance de Irving Stone. Nesse filme, telas do pintor holandês são exibidas com a intensidade que outros filmes dedicados à vida desse artista não alcançaram. Talvez só haja comparação com o que Akira Kurosawa fez em Sonhos. Entre os filmes sobre a vida desse artista ainda é o de Minelli o que melhor permite tratarmos o que foi a arte para Van Gogh.

Inspirado na vida do criador do Moulin Rouge, Jean Renoir, filho do pintor Pierre-Auguste Renoir, desenvolve em French Cancan um tema recorrente em seus filmes, o espetáculo. Para isso restaura, no que seria a sua forma inicial, a célebre dança francesa que dá nome ao filme. Além disso, em French Cancan destaca-se o modo como a pintura impressionista é evocada, em particular no uso da cor. É o que faz dele um marco inovador no cinema.

Comentador: Luís Edegar Costa, professor de História e Teoria da Arte do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes – UFRGS.

Comentador: Luís Edegar Costa, professor de História da Arte do Instituto de Artes da UFRGS..


CINEMA

PA R C E I R O S DA SAL A REDENÇÃO

CineDHebate Direitos Humanos

O objetivo maior do CineDHebate é propiciar uma reflexão crítica e fomentar debates abertos à comunidade universitária e à comunidade em geral sobre múltiplos temas em direitos humanos, em um diálogo com a linguagem e a mídia cinematográfica. A aproximação entre cinema e direitos humanos é uma importante forma de educação e promoção de uma cultura de direitos humanos. Coordenação de Giancarla Brunetto e curadoria de Nykolas Friedrich Von Peters Correia.

A VIDA DOS OUTROS

ANTES DA CHUVA

24 de julho – 4ª feira – 19h (Das Leben der Anderen, Alemanha, 2006, 137 min.) Dir. Florian Hanckel Von Donnersmarck

28 de agosto – 4ª feira – 19h (Before the rain, 1994, 113min.) Dir. Micho Manchevski

Georg Dreyman (Sebastian Koch) é o maior dramaturgo da Alemanha Oriental, considerado o modelo perfeito de cidadão para o país, já que não contesta o governo nem seu regime político. Apesar disto o ministro Bruno Hempf (Thomas Thieme) acha por bem acompanhar seus passos, para descobrir se Dreyman tem algo a esconder. Comentadores: Carlos Cesar D’Elia, procurador do Estado e coordenador do Núcleo DH da Associação dos Procuradores/PGE/RS) e Cilon Freitas da Silva, da Brigada Militar/RS.

Tendo como pano de fundo a complicada situação política da Macedônia, três histórias misturam-se, criando um perfil da Europa moderna. O primeiro é um conto moral, com um padre que esconde um adolescente rebelde. O segundo mostra a situação extrema de pobreza e do caos da Macedônia, quando um fotógrafo exilado trabalha na guerra. A última retrata o local onde a vida vale muito menos que os ideais impregnados na cultura há tempos. Comentadores: Giancarla Brunetto (Liga DH/UFRGS) Christian Perrone (UFRGS).

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CINEMA

CINEMA BR A SILEIRO NA ESTR ADA Em agosto, a Sala Redenção – Cinema Universitário conta com mais uma curadoria especial. Fernanda Boff, realizadora audiovisual, e Regina Azevedo, jornalista – ambas especialistas em Cinema pela Unisinos – montam uma mostra composta de road movies brasileiros. No texto que segue, elas apresentam um possível recorte sobre o tema.

“Quando nasceram os filmes de estrada? Em Homero, no desejo de Ulysses retornar à casa? Nos primeiros documentários de cineastas-viajantes como Robert Flaherty? Na influência dos fotógrafos humanistas que, como Cartier-Bresson, cruzaram fronteiras para entender como viviam os outros, aqueles que não faziam parte de sua própria cultura?” (SALLES, W. “Cinema, aspirinas e urubus une forma e geografia”. Folha de S. Paulo. São Paulo, 27 nov. 2005. Ilustrada, p. E6.)

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A mostra Cinema Brasileiro na Estrada conta com uma seleção de filmes e documentários nacionais que se passam na estrada e que podem ser chamados de road movies. O gênero road movie vem de uma tradição da cinematografia norte-americana, surgido como desdobramento do gênero western, ligado à conquista do oeste. A expansão dos limites territoriais ocorrida durante a primeira metade do século XIX consagrou a estrada como um espaço de transformação e liberdade no imaginário norte-americano. Os road movies são uma das representações contemporâneas do nosso espírito aventureiro em busca de novas fronteiras. Pegar a estrada, seja em uma caminhonete ou até mesmo em uma bicicleta, é a versão mais viável ao homem comum dessa jornada em busca de sua identidade. Partir sem destino ou rumo ao desconhecido por rodovias que atravessam lugares insólitos é uma aventura que normalmente leva os protagonistas a algum tipo de transformação. Os filmes de estrada tratam de viagens nas quais os protagonistas, mais do que em busca de um destino, buscam encontrar sua identi-


dade por meio de descobertas pessoais, rompendo fronteiras e vivenciando novas experiências. Na maioria das vezes, o filme não é regido por uma única situação-problema, como é convencional, mas por várias que surgem e são resolvidas conforme a história transcorre. A viagem, assim, é muito mais importante do que o destino e, em geral, coloca os protagonistas em contato com pessoas e situações fora do comum. O filme de abertura da mostra é o emblemático Bye Bye Brazil (1980) de Cacá Diegues, que narra as viagens da “Caravana Rolidei”, grupo de artistas que se apresenta de forma itinerante e que revelam um Brasil muito diferente daquele retratado com o advento da televisão. Na mesma linha, seguem filmes contestatórios como Iracema, uma Transa Amazônica (1976), que foi proibido durante anos no país por retratar a real situação da Amazônia em uma época desenvolvimentista. Em Terra estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas, vemos a história de Paco, um jovem que vive em um país assolado pela crise em plena era Collor. A viagem

do personagem, que parte para a terra natal da mãe que acaba de falecer, é conduzida por uma aventura marcada pela ganância e falta de perspectiva. Melhores condições de vida e o sonho da vida na metrópole carioca fazem parte de filmes como Cinema, aspirinas e urubus (2004) de Marcelo Gomes, que trata de encontros inusitados. O alemão Johan percorre o norte do Brasil vendendo medicamentos, e encontra Ranulpho, que sonha em ir ao Rio de Janeiro para buscar uma melhor condição econômica. Desse encontro de universos tão diferentes, surge uma amizade e os dois seguem juntos a viagem. A metrópole carioca também é o destino sonhado dos protagonistas do filme O caminho das nuvens (2003). Um casal e cinco filhos pequenos percorrem 3.200 quilômetros, da Paraíba até o Rio de Janeiro. O filme, baseado em uma história verídica, discute os limites entre sonho e realidade, em um país de contraste social, mas de miséria generalizada. A mostra terá um espaço dedicado aos road movies gaúchos. Em O mentiroso (1988), filme de comédia que satiriza o gênero, um grupo de amigos pega a estrada

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CINEMA

e após uma discussão com um vigilante rodoviário, essa viagem se transforma em uma odisséia sem retorno. A Última Estrada da Praia (2011) nos apresenta uma viagem ao litoral gaúcho feito por três amigos que vivem um triângulo amoroso e convivem com os medos de um rapaz que eles acabaram de conhecer e que não fala. Os documentários também ganham destaque na mostra. Descaminhos (2009) é um road movie sobre os trilhos de trem. São 8 mil quilômetros percorrendo comunidades que existem em torno de uma estrada férrea, mostrando a transformação de lugares pela presença ou desaparecimento do trem. Já em Caroneiros (2006) são 18 mil quilômetros percorridos dentro de dois fuscas dando carona pela América do Sul. Em Uma longa viagem (2012), o documentário e a encenação se misturam para recriar a história de Heitor, irmão da diretora do filme Lucia Murat, um rapaz mandado para o exterior pela família para evitar que se envolvesse na luta armada durante a ditadura. A proposta de Cinema brasileiro na estrada, mais do que dar uma pequena amostra da riqueza da filmografia nacional, é oferecer uma possibilidade de leitura do road movies, um gênero ainda pouco estudado dentro do cinema brasileiro

Fernanda Boff e Regina Azevedo, curadoras

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TERRA ESTRANGEIRA BYE BYE BRAZIL 01 de agosto – 5ª feira – 16h 08 de agosto – 4ª feira – 19h (Brasil, 1980, 115 min.) Dir. Cacá Diegues Considerada uma das maiores produções dos anos 70, o filme narra a história de um grupo de artistas mambembe que cruzam a Amazônia num caminhão chamado Caravana Rolidei. De cidade em cidade a Caravana Rolidei faz suas apresentações descobrindo um novo Brasil que está surgindo com a chegada da televisão. + SEM CRÉDITOS NO FINAL (Brasil, 2010, 7min15seg) dir. Eduardo Dall’Agnol (PUCRS) Os lugares, as situações e as memórias daqueles que viveram a história dos cinemas de rua de Porto Alegre, pelos olhos e relatos de um casal de idosos entre as ruínas dos antigos cinemas.

01 de agosto – 5ª feira – 19h 02 de agosto – 6ª feira – 16h (Brasil, 1996, 100 min.) Dir. Walter Salles e Daniela Thomaz Após a morte da mãe e sem perspectivas de vida no Brasil em plena Era Collor, Paco decide viajar para Portugal, a terra natal da sua mãe. Paco aceita levar uma misteriosa encomenda em troca da passagem. Terra Estrangeira é uma visão anárquica de um país subdesenvolvido em plena crise econômica, um país que vive uma utopia social. + NA LATA (Brasil, 2012, 13min34seg) dir. Daniel Camargo e Gabriela Martins (PUCRS) Bruno é um jovem de 16 anos, cujos pais são divorciados, pois seu pai se assume gay. Certo dia sua mãe sai para viajar e Bruno deve passar uma semana com seu pai e seu marido. Apesar das dificuldades e da falta de intimidade, a relação entre os três se fortalece por um problema tipicamente familiar: o primeiro amor de Bruno.


CINEMA

O MENTIROSO

CINEMA, ASPIRINAS E URUBUS

TAPETE VERMELHO

02 de agosto – 6ª feira – 19h 05 de agosto – 2ª feira – 16h 15 de agosto – 5ª feira – 16h (Brasil, 1988, 101 min.) Dir. Werner Schünemann

05 de agosto – 2ª feira – 19h 06 de agosto – 3ª feira – 16h 27 de agosto – 3ª feira – 19h (Brasil, 2004, 90 min.) Dir. Marcelo Gomes

06 de agosto – 3ª feira – 19h 07 de agosto – 4ª feira – 16h 22 de agosto – 5ª feira – 16h (Brasil, 2006, 102 min.) Dir. Luiz Alberto Pereira

Jonas, Ana, Wilson e Kátia caem na estrada, até que uma discussão entre Jonas e um vigilante rodoviário transforma a pequena viagem numa odisséia sem retorno. Uma comédia de estrada que satiriza os road movies.

Em 1942, no meio do sertão nordestino, dois homens vindos de mundos diferentes se encontram. Um deles é o alemão de nome Johann, que sai do Rio de Janeiro e dirige rumo ao Nordeste do Brasil num caminhão carregado de frascos de Aspirina® e filmes com propagandas do produto. Ranulpho, morador de uma pequena vila, faz o percurso inverso, ou seja, está indo buscar uma vida melhor no promissor e industrializado sudeste do país. Embora tão diferentes, a dupla parte em uma viagem em que cada um encontra o seu destino.

Tapete vermelho é uma singela homenagem a Mazzaropi. Quinzinho mora no interior com sua família e faz uma promessa de levar seu filho até a cidade grande para assistir a um filme do artista no cinema. Determinado a cumprir a promessa, Quinzinho carrega o filho de cidade em cidade em busca de um cinema que possa exibir o filme.

+ COMO SER UM GRANDE ESCRI-

TOR (Brasil, 2010, 4min48seg) dir. Guilherme Petry (UFRGS) Mergulho na sujeira mental de um quarto escuro de alguém que apenas deseja não ser um grande nada. + A PROPOSTA (Brasil, 2012, 6min10seg) dir. Sedenir Medeiros Junior (PUCRS) Um homem tem uma importante missão e para executá-la precisará da ajuda de seus amigos.

+ A ENTREVISTA (Brasil, 2012, 11min11seg) dir. Giordano Tronco (PUCRS)

+ O CÃO (Brasil, 2010, 9min40seg) dir. Abel Roland e Emiliano Cunha (PUCRS) Um cão late, um casal discute, uma família se desentende, irmãos ensaiam, amigos jogam futebol. O delicado exercício de conviver.

Pacheco, um homem pacato à procura de um trabalho, está prestes a se meter na entrevista de emprego mais bizarra de sua vida.

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CINEMA

O CAMINHO DAS NUVENS 08 de agosto – 5ª feira – 19h 09 de agosto – 6ª feira – 16h 28 de agosto – 4ª feira – 16h (Brasil, 2003, 85 min.) Dir. Vicente Amorin O caminho das nuvens é a história de um casal e cinco filhos que partem de bicicleta da Paraíba até o Rio de Janeiro. Romão, o pai, está em busca de um sonho: um salário que lhe pague 1000 reais. São 3.200 quilômetros enfrentando a fome, a sede, o calor e a violência em busca de uma vida melhor.

com a falta de água. Onde é mais fácil acessar a Internet do que usar a descarga doméstica. Um meteorologista de uma rede de TV retorna a sua cidade natal, motivado pelo brutal assassinato de seu pai. Ali, depara-se com elementos que compõem a geografia humana da região (índios, políticos conservadores, líderes espirituais) e com suas memórias familiares.

Cássio vira fotógrafo por um dia, após atender ao telefone de um rapaz adormecido, convidado para fazer um trabalho. Ele começa a perambular, conhecendo pessoas com fortes opiniões sobre a imagem.

Documentário sobre a vida de Rocco.

CARONEIROS 12 de agosto – 2ª feira – 19h 13 de agosto – 3ª feira – 16h (Brasil, 2005, 100 min.) Dir. Lírio Ferreira

09 de agosto – 6ª feira – 19h 12 de agosto – 2ª feira – 16h 29 de agosto – 5ª feira – 16h (Brasil, 2005, 100 min.) Dir. Lírio Ferreira Árido Movie mostra o universo contemporâneo de um sertão onde o excesso de informação convive

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+ LESÃO TRAINANDO & O FILHO-

TE DE CACHORRO SELVAGEM (Brasil, 2010, 15min) dir. Tiago Rezende (Unisinos) Dois jovens se metem em uma grande enrascada.

+ UM CONTO À DERIVA (Brasil, 2011, 15min35seg) dir. Germano de Oliveira (Unisinos)

+ ROCCO (Brasil, 2010, 15min47seg) dir. Filipe Matzembacher (PUCRS)

ÁRIDO MOVIE

na discussão desses temas para a preservação da identidade latino-americana.

18 mil quilômetros em dois fuscas dando carona pela América do Sul. Dentro dos carros brasileiros, argentinos, chilenos, paraguaios e uruguaios expõem seus pontos de vista sobre o intercâmbio cultural que existe, ou não, entre os países, as rixas e os preconceitos, o domínio norte-americano e nossa educação. Caroneiros é um projeto independente que acredita

CENTRAL DO BRASIL 14 de agosto – 4ª feira – 16h 29 de agosto – 5ª feira – 19h (Brasil, 1998, 113 min.) Dir. Walter Salles Dora (Fernanda Montenegro) escreve cartas para analfabetos na Central do Brasil. Nos relatos que ela ouve e transcreve, surge um Brasil desconhecido e fascinante. Uma das clientes de Dora é Ana, que vem escrever uma carta com seu filho, Josué (Vinícius de Oliveira), um garoto de nove anos, que sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Por circunstâncias do destino, Dora e Vinícius partem em uma viagem ao coração do Brasil, que irá transformar os personagens para sempre. + RUA DA LIBERDADE (Brasil, 2010, 5min40seg) dir. Leandro Dias Engelke (PUCRS) A vida nas ruas como representação de uma liberdade utópica.


CINEMA

A ÚLTIMA ESTRADA DA PRAIA 15 de agosto – 5ª feira – 19h 16 de agosto – 6ª feira – 16h (Brasil, 2011, 93 min.) Dir. Fabiano de Souza Leo, Norberto e Paula são muito mais que amigos. No início de uma viagem para o litoral, conhecem um estranho que não fala. Os quatro partem em uma viagem em que o sabor do percurso é vivenciado sem pressa. Enquanto o amigo silencioso se defronta com seus temores, Leo, Norberto e Paula mergulham nas fronteiras de um relacionamento triangular. Nas areias intermináveis das praias gaúchas, eles descobrem que é impossível ser alegre o tempo inteiro.

Descaminhos é um road movie sobre trilhos que parte de Minas Gerais, atravessa quatro estados, 55 cidades e 8 mil quilômetros de linhas férreas. Entre paisagens naturais e urbanas, o documentário propõe uma viagem antropológica pelas cidades e pela vida das comunidades à margem de ferrovias. Um registro do passado, por meio de memórias e uma observação do espaço contemporâneo a partir do cotidiano e da transformação de lugares provocada pela presença ou desaparecimento do trem. + O PERTENCENTE (Brasil, 2009, 5min) dir. Gabriel Faccini (Unisinos) Documentário curta-metragem.

+ MARCELO E ALICE (Brasil, 2012, 14min12seg) dir. Elissa Brito (Unisinos) Casal que mantém relacionamento via internet ao se encontrar se depara com um problema de comunicação: seus olhos se intimidam, mas seus reflexos se cruzam.

DESCAMINHOS 16 de agosto – 6ª feira – 19h 19 de agosto – 2ª feira – 16h (Brasil, 2009, 75 min.) Dir. Marília Rocha, Luiz Felipe Fernandes, Alexandre Baxter

UMA LONGA VIAGEM 19 de agosto – 2ª feira – 19h 20 de agosto – 3ª feira – 16h (Brasil, 2012, 97 min.) Dir. Lucia Murat O longa mistura documentário e encenação para recriar as viagens que o irmão da cineasta, Heitor, fez entre 1969 e 1978, quando foi enviado ao exterior pela família para evitar que se envolvesse com a luta armada contra a ditadura. O filme é construído a partir das cartas que Heitor enviou a família durante esses nove anos, contrapostas a depoimentos do personagem real

e a comentários da cineasta sobre sua vivência da época. + FLORESTA NEGRA (Brasil, 2009, 15min52seg) dir. Anderson Meinen (Unisinos) Certo dia, uma moça, ao confeitar sua torta, encontra uma chave.

IRACEMA – UMA TRANSA AMAZÔNICA 20 de agosto – 3ª feira – 19h 21 de agosto – 4ª feira – 16h (Brasil, 1976, 91 min.) Dir. Jorge Bodansky e Orlando Senna Em 1974, em plena ditadura, surge o filme que faz um contraponto à propaganda oficial da época sobre a Amazônia, revelando as queimadas, o trabalho escravo e a prostituição infantil através da história da menina ribeirinha Iracema. Proibido durante seis anos no Brasil, recebeu inúmeros prêmios em festivais internacionais e, em 1980, quando liberado, foi o grande vencedor do Festival de Brasília. + O MATADOR DE BAGÉ (Brasil, 2012, 15min) dir. Felipe Lesbick (Unisinos) Matador profissional. 15 anos consecutivos como o número um de Porto Alegre. Até a chegada de Assunção.

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CINEMA

O PALHAÇO

HOTEL ATLÂNTICO

22 de agosto – 5ª feira – 19h 23 de agosto – 6ª feira – 19h 30 de agosto – 6ª feira – 16h (Brasil, 2011, 88 min.) Dir. Selton Mello

23 de agosto – 6ª feira – 19h 26 de agosto – 2ª feira – 16h (Brasil, 2009, 107 min.) Dir. Suzana Amaral

Benjamim (Selton Mello) trabalha no Circo Esperança junto com seu pai Valdemar (Paulo José). Juntos, eles formam a dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue e fazem a alegria da plateia. Mas a vida anda sem graça para Benjamin, que passa por uma crise existencial e assim, volta e meia, pensa em abandonar Lola (Giselle Mota), a mulher que cospe fogo, os irmãos Lorotta (Álamo Facó e Hossen Minussi), Dona Zaira (Teuda Bara) e o resto dos amigos da trupe. Seu pai e amigos lamentam o que está acontecendo com o companheiro, mas entendem que ele precisa encontrar seu caminho por conta própria.

+ DEPOIS DA PELE (Brasil, 2010, 14min10seg) dir. Márcio Reolon e Samuel Telles (PUCRS) A intimidade é desnudada em diálogos pós-sexo.

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Um ator desempregado parte da cidade, sem bagagem ou planos, em direção ao interior do país. Durante sua jornada, se depara com situações absurdas, contraditórias e inesperadas. O filme é baseado no livro de João Gilberto Noll, Hotel Atlântico.

+ ALICE NA CAMA (Brasil, 2012, 6min38seg) dir. Fernando Bassani (PUCRS) Em manhã de sábado, Alice decide recomeçar.

ESTRADA PARA YTHACA 26 de agosto – 2ª feira – 19h 27 de agosto – 3ª feira – 16h 30 de agosto – 6ª feira – 19h (Brasil, 2010, 70 min.) Dir. Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes, Ricardo Pretti

Quatro amigos em luto, interpretados pelos próprios diretores do filme, partem em uma viagem depois de uma noite de bebedeira. Como forma de se restabelecerem, os quatro partem para Ythaca, terra natal do amigo falecido, em uma jornada de amizade, silêncio e descobertas.

+ QUEM É ROGÉRIO CARLOS? (Brasil, 2009, 14min2seg) dir. Rogério Carlos (Unisinos) Quem é Rogério Carlos? narra história de Adelino, Fã fanático de Rogério Carlos, que não aceita que as pessoas acreditem que o rei da música brasileira é Amado Batista.


CINEMA

1° Mostra Universitária de Curtas – MOUC Sala Redenção – Cinema Universitário vai exibir em agosto os filmes selecionados pela primeira Mostra Universitária de Curtas – MOUC. O projeto da mostra foi criado pela estudante de Publicidade e Propaganda da UFRGS, Juliana Balhego, em parceria com a Sala Redenção, para abrir um espaço para a divulgação de curtas-metragens.

São 17 curtas-metragens, selecionadas entre mais de 40 trabalhos inscritos, que vão proporcionar ao público da Sala Redenção e aos demais estudantes uma mostra do que é feito no universo das universidades. Durante todo o mês de agosto, os curtas serão exibidos no início de cada sessão da mostra Cinema brasileiro na estrada.

A MOUC tem como objetivo integrar estudantes produtores de audiovisual e interessados em cinema. A ideia partiu da vivência pessoal de quem cursa Comunicação e tem que produzir pequenos curtas para as disciplinas da universidade. Para isso, a Mostra selecionou apenas produções que foram feitas como exercício ou atividade prática durante alguma disciplina, trabalhos normalmente realizados em grupo e exibidos apenas em sala de aula e na internet. A meta é estimular a produção audiovisual e levar essas obras para a tela do cinema, para que o trabalho dos estudantes possa chegar até um público maior.

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MÚSICA

U N I M Ú S I C A 2 013 SÉRIE LUSAMÉRICA, CANÇÕES

Susana Travassos e Chico Saraiva – Tejo-Tietê O projeto Tejo-Tietê, da cantora Susana Travassos e do compositor e violonista Chico Saraiva, teve início em 2008, durante uma viagem do artista por terras portuguesas. Desde então foi tomando forma até desembocar no registro e lançamento do disco que chega a Porto Alegre através da série lusamérica, canções do Unimúsica. Com produção musical de Paulo Bellinati, Tejo-Tietê reúne canções originais de Chico Saraiva em parceria com Luiz Tatit, Clóvis Beznos, Brisa Marques e Tiago Torres da Silva, além de obras-primas do cancioneiro português e brasileiro. Na confluência de dois rios tão distantes, um encontro entre Portugal e Brasil pela voz de Susana e o violão de Chico Saraiva.

Susana Travassos e Chico Saraiva / Pablo Saborido

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ENCONTRO COM OS ARTISTAS Data: 03 de julho, quarta-feira Horário: 20h Local: Sala II do Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br, a partir de 24 de junho

CONCERTO Data: 04 de julho, quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 A retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 01 de julho, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br


MÚSICA

U N I M Ú S I C A 2 013 SÉRIE LUSAMÉRICA, CANÇÕES

Jussara Silveira – a Trilogia da Lusofonia Apaixonada pela língua portuguesa, Jussara Silveira sai pelo mundo em busca de canções. Brasil, Angola e Portugal se encontram na voz desta grande intérprete, conhecida por explorar as particularidades de cada sílaba, as possibilidades de cada fonema. Neste show elaborado a convite do Unimúsica, o repertório de três discos produzidos em pouco mais de um ano conduz a plateia numa viagem por diferentes culturas quem têm o português como língua mãe. Ame ou se mande, Flor bailarina e Água Lusa. Os dois primeiros, produzidos por Sacha Amback e Marcelo Costa. O terceiro, gravado em Lisboa, tem músicas de Thiago Torres da Silva e produção do guitarrista português Pedro Joia. No palco, Jussara terá a companhia do baterista Sacha Amback e do pianista Marcelo Costa.

ENCONTRO COM A ARTISTA Data: 31 de julho, quarta-feira Horário: 20h Local: Fahrion 2º andar da Reitoria Av. Paulo Gama, 110 Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br, a partir de 22 de julho

CONCERTO Data: 01 de agosto, quinta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 A retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso a partir de 29 de julho, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br

Jussara Silveira / Marcos Issa

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MÚSICA

NÚCLEO DA CANÇÃO

Luciana Prass comenta o livro Maçambiques, Quicumbis e Ensaios de Promessa: musicalidades quilombolas do sul do Brasil A violonista, pesquisadora e professora do Departamento de Música da UFRGS discute as práticas musicais afro-gaúchas a partir de seu livro Maçambiques, Quicumbis e Ensaios de Promessa: musicalidades quilombolas do sul do Brasil. Fruto de pesquisa etnomusicológica desenvolvida entre 2006 e 2009 em três comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul, o livro é uma versão modificada da tese de doutorado da autora, defendida em 2009 no Programa de Pós-Graduação em Música da UFRGS, sob orientação de Maria Elizabeth Lucas. Por meio do convívio etnográfico com chefes, dançantes, tamboreiros e demais integrantes de práticas musicais as mais diversas, a autora procurou problematizar o lugar da música na agenda identitária contemporânea desses grupos que lutam por terem seus direitos reconhecidos. Tradições performáticas existentes no Rio Grande do Sul desde muito tempo, Maçambiques, Quicumbis e Ensaios de Promessa são apresentados como sotaques de Congadas como aquelas que existem em outras regiões do Brasil: rituais afrocatólicos de devoção a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito, incluindo ou não a coroação do Rei de Congo e da Rainha Ginga, realizados por africanos e afro-descendentes. Articulando dados construídos em campo com documentos históricos, folclóricos e antropológicos foi possível encontrar indícios de uma rede de Congadas no Estado, existente desde o século XIX, e resistindo, em algumas regiões, até os dias de hoje, sendo o Maçambique de Osório um dos marcos mais visíveis dessa rede. Graças ao acesso – por meio do Laboratório de Etnomusicologia da UFRJ – a gravações e fotografias históricas realizadas pelos folcloristas Ênio de Freitas e Castro e Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, em meados do século XX, esse trabalho pôde investir nos aspectos dialógicos suscitados pela “devolução” desses documentos aos maçambiqueiros contemporâneos, instaurando uma via de mão-dupla entre pesquisados e pesquisadora, em direção ao desvelamento de questões identitárias profundas, envolvendo autoria,

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valorização e justiça acerca do patrimônio imaterial do grupo. Por fim, nesse processo foi possível perceber o fio que liga as práticas performáticas dessas comunidades quilombolas à terra, ao território e às lutas contemporâneas pelo reconhecimento de seus direitos. Maçambiques, Quicumbis e Ensaios de Promessa adquire relevância porque contribui, simultaneamente, à salvaguarda da memória de tradições de afro-descendentes do Rio Grande do Sul e ao resgate da história dos estudos de folclore no país. Artigos e versões de Maçambiques, Quicumbis e Ensaios de Promessa receberam o Prêmio Territórios Quilombolas (2008); Menção Honrosa do Concurso Silvio Romero (2009) e Prêmio Funarte de Produção Critica em Música (2012). Maiores informações em http://macambiquesquicumbisensaiosdepromessa.wordpress.com/

MAÇAMBIQUES, QUICUMBIS E ENSAIOS DE PROMESSA, COM LUCIANA PRASS Data: 19 de agosto, segunda-feira Horário: 19h Local: João Fahrion – 2º andar da Reitoria Av. Paulo Gama, 110 Inscrições: pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br


Fotografia por Mary Rowell OsoĚ rio - acervo do Lab Etnomusicologia UFRJ

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MÚSICA

INTERLÚDIO

Um tempo para Chopin Em julho, o projeto Interlúdio apresenta um recital dedicado especialmente a Frédérick Chopin. Os pianistas Maria Eduarda Vieira e Celso Barrufi dividem o palco do Salão de Atos para apresentar obras do compositor polonês. A primeira parte do recital será apresentada por Maria Eduarda, natural de Recife. Maria Eduarda realizou seus estudos no Conservatório Pernambucano de Música, entre 2004 e 2009, onde participou das classes dos professores Joana D’arc Florêncio e Fernando Müller. Em 2009, realizou estudos em Paris com a professora Elena Gantchikova (Russia/França). Desde 2011, a pianista cursa o Bacharelado em Piano na UFRGS, sob orientação da professora Cristina Capparelli Gerling. Entre os prêmios que recebeu, o destaque vai para o Josefina Aguiar – Revelação, no VIII Torneio de Piano do Conservatório Pernambucano de Música, e o segundo lugar na nona edição do mesmo torneio em 2007. Em 2012, participou do 3º Festival Internacional Música no Pampa (Bagé-RS), tendo aulas com os professores Ney Fialkow (UFRGS) e Guigla Katsarava (Russia/França). Celso Barrufi é natural de Osório (RS). De 2007 a 2009, estudou no curso de extensão em instrumentos musicais da UFRGS, sob orientação de Josias Matschulat. Em 2010, entrou para o curso de bacharelado na mesma instituição, sob orientação da professora Cristina Capparelli. Celso participou de masterclasses com diversos pianistas e professores, como Catarina Domenici (UFRGS), Amy Lin (Taiwan/França), Arunesh Nadgir (Índia/EUA), entre outros. No II Festival Internacional Música no Pampa em Bagé (RS), de aulas com Ney Fialkow (UFRGS) e Guigla Katsarava (Russia/França). Em janeiro 2013, foi um dos pianistas selecionados para o Festival Sesc de Musica de Pelotas. Celso conquistou em 2009 a terceira colocação no 7º Concurso Nacional de Piano Profª Edna BassettiHabith, e, em 2011, o prêmio de melhor intérprete de música brasileira no 30º Concurso Latino Americano Rosa Mística, ambos realizados em Curitiba-PR.

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RECITAL CHOPIN, COM MARIA EDUARDA VIEIRA E CELSO BARRUFI Data: 26 de julho, sexta-feira Horário: 12h30min Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110


MÚSICA

INTERLÚDIO

Anonymmi Quattuor O quarteto vocal Anonymmi Quattuor, formado em 2009, em Porto Alegre, é um grupo dedicado à pesquisa e interpretação da música histórica, especializado no repertório vocal da Renascença. Contava inicialmente com uma formação inteiramente masculina, tornando-se um grupo misto a partir de 2010. Com a formação original, o Anonymmi Quattuor abriu o Congresso de História Medieval, na UFRGS, interpretando obras do Libre Vermell de Montserrat, datado de 1399, com canções do final da Idade Média. O grupo realizou também concerto de posse da presidência da Federação Espírita do Rio Grande do Sul (FERGS), interpretando obras vocais renascentistas de Orlando di Lasso, Giovanni da Palestrina, Tomás L. de Victoria, entre outros. No mesmo ano apresentou-se na Capela Concórdia da IELB, em Porto Alegre, executando um programa educativo. Em 2010, já com a formação mista, realizou concerto dedicado aos compositores expoentes da Renascença, no Teatro de Arena, em Porto Alegre.

A programação cultural do Instituto de Artes da UFRGS em 2011 iniciou com a presença do Anonymmi Quattuor no Sarau do IA, no Auditório Tasso Corrêa, com repertório sacro da renascença (Hans Leo Hassler, Josquin Despréz, Palestrina e Victoria). Compõem o Anonymmi Quattuor os músicos Ursula Collischon (soprano), Letícia Grützmann (contralto), Lucas Alves (tenor) e Francis Padilha (barítono).

ANONYMMI QUATTUOR Data: 30 de agosto, sexta-feira Horário: 12h30min Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110

Anonymmi Quattuor / Helene Biehl

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VA L E D O Z E E T R I N TA

É pra curtir o Vale! Na cidade-universidade, o ano recomeça sempre duas vezes. A cada semestre, novos rostos, sonhos e expectativas chegam para desvendar a intensidade da UFRGS. Isso mesmo, intensa, porque a sala de aula é apenas a mais conhecida, entre as suas milhares possibilidades. Por isso te convidamos a descobrir uma outra UFRGS, a das múltiplas ações culturais, e a participar dos espaços que a universidade criou para que os alunos apresentem suas outras habilidades. O Vale Doze e Trinta, projeto do Departamento de Difusão Cultural, tem exatamente essa proposta. O Vale – como é conhecido – é o espaço criado para estimular a convivência artística e cultural no

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Campus Vale, com apresentações de artistas da comunidade da UFRGS e de profissionais que ativam culturalmente a capital. Circo, teatro, dança e shows musicais são as atrações que podem ser apreciadas no Vale em 2013. Reeditado em 2009, o Vale Doze e Trinta apresenta espetáculos duas vezes ao mês, sempre às 12h e 30min. Aproveita o intervalo, te agenda para prestigiar seus colegas e vem curtir o Vale!

Juliana Mota coordenadora do projeto Vale Doze e Trinta


VA L E D O Z E E T R I N TA

Grupos selecionados pelo edital Vale Doze e Trinta Música Arthur de Faria & Seu Conjunto Lucas Victorino Irish Fellas Roney Dominato e Bluemuss Grilos “Houserocking Music” Dança Grupo de Danças Gregas MeRaki

Teatro Grupo de teatro Pindaibanos – A serpentina e meu amigo Nelson

Vale Doze e Trinta / Maciel Goelzer

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MÚSICA

S O M N O S A L Ã O 2 013

Desenvolvido pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Som no Salão está em sua terceira edição e tem o objetivo de promover a acessibilidade e firmar uma ação cultural para o Salão de Atos da UFRGS, de acordo com a política cultural da Universidade. Por meio de um edital, foram selecionados 05 projetos musicais para apresentações gratuitas no Salão de Atos da UFRGS, com toda a estrutura de palco, incluindo sonorização e iluminação, um material audiovisual do espetáculo, produzido em parceria com a UFRGS TV, além de assessoria do show. A abertura do projeto aconteceu no dia 19 de junho, com Show da Funkalister – lançando o CD Vol. 3 e discotecagem do pessoal da VooDoo.

Terminal 470 O segundo show que integra a programação dos selecionados no Projeto Som no Salão 2013 acontecerá no dia 24 de julho, com apresentação do Grupo Terminal 470. O Grupo Terminal 470 traz esse nome pelo fato de seus integrantes se conhecerem no bairro Bom

Jesus em Porto Alegre, cujo terminal de ônibus é o número 470. Formado por J. Fidélix (cantor e MC), Duplo M (MC) e KBÉ (MC), o trio faz um Hip Hop bem musical com rimas, frases e refrãos, cantados com um conteúdo poético urbano e social, variando em ritmos e estilos, que vai do R&B ao Reggae, do Rap ao Rock. Neste ano, o grupo está em fase de divulgação do seu CD Combatentes, que conta com grandes participações e parcerias, o que dá um toque especial ao disco, premiado em 2012 como melhor disco de Rap da capital gaúcha pelo Prêmio Lança de Ouro. Conheça as músicas do grupo Terminal 470 em: http://www.myspace.com/estadoterminal470

TERMINAL 470 Data: 24 de julho, quarta-feira Horário: 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Todos os shows tem entrada franca com entrega de 1kg de alimento não perecível, no dia da apresentação.

Terminal 470 / Divulgação

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TE ATRO

O Quarto Rosa / divugação

T E AT R O , P E S Q U I S A E E X TENSÃO O quarto rosa Um casal de amantes se encontra em um quarto totalmente decorado em tons de rosa. Após um jogo de sedução, o namoro é interrompido pela chegada de um terceiro personagem, outro homem, que será afetado pelo ambiente sufocante do quarto. Tennessee Williams cultivou a escritura da peça em um ato no período no início de sua celebridade, entre o fim dos anos 30 e meados da década de 40 (O quarto rosa data de 1943). As peças em um ato serviram sempre, no trabalho do dramaturgo, como uma espécie de laboratório de experimentações estilísticas, e foi a partir de recursos de expressão previamente empregados nelas que ele extraiu elementos que seriam utilizados posteriormente em peças de maior duração. A direção do espetáculo é de Gabriela Boccardi, sob orientação de Inês Marocco (a partir da disciplina Composição Cênica), e conta com a atuação de Luiz Alves, Manoela Wolff e Rodolfo Leme.

O QUARTO ROSA Data: 07, 14, 21 e 28 de agosto Horário: 12h30min e 19h30min Local: Sala Alziro Azevedo Av. Salgado filho, 340

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ARTES VISUAIS

UNIFOTO

Harcourt, escultor de Luz

Uma noite no museu

O Departamento de Difusão Cultural, em parceria com a Aliança Francesa, trouxeram a Porto Alegre fotos inconfundíveis e de uma iluminação única de personalidades do mundo da cultura, das ciências e do esporte, além da vida pública. No saguão da Reitoria você pode se deparar com Brigitte Bardot, Salvador Dalí, Charles Aznavour, Alain Delon, Catherine Deneuve, Jeanne Moreau, Edith Piaf, Jacques Chirac, além dos brasileiros Paulo Coelho, Glória Pires, Gustavo Kuerten e o cacique Raoni, alguns dos personagens imortalizados pelas lentes do estúdio.

As fotógrafas Myra Gonçalves e Liliane Giordano trabalharam juntas no projeto chamado Uma noite no Museu, com o objetivo de promover a valorização das histórias contidas nos acervos de museus. Para alcançar tal objetivo escolheram fotografar tanto peças de acervo, como alguns “personagens” importantes na construção da memória representada pelos objetos do museu, os doadores dos objetos. O museu escolhido desta vez foi o Museu Municipal de Caxias do Sul.

HARCOURTS, ESCULTOR DE LUZ Data: 20 de junho a 21 de julho Visitação: 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria UFRGS Av. Paulo Gama, 110

Legenda título / fonte

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Para o ensaio fotográfico, optaram por fazer lighting painting, antiga técnica fotográfica que utiliza luzes diversas com intenção de “pintar” imagens para a câmera.

UMA NOITE NO MUSEU Data: 29 de julho a 16 de setembro Visitação: 8h às 18h Local: Saguão da Reitoria UFRGS Av. Paulo Gama, 110


ARTES VISUAIS

Fotografia por Hélio Fervenza

V I D E O I N S TA L A Ç Ã O A ponte de Pedra Vídeo instalação - Maria Ivone dos Santos O Departamento de Difusão Cultural abre mais um espaço para as artes. Agora, em seu calendário anual, a vídeo instalação fará parte da programação. É intrínseca a relação entre arte e tecnologia. A simbiose entre os campos, se é que é possível discernir suas fronteiras, acontece na atualização não somente dos meios pelos quais é possível produzir bens simbólicos, mas, também, como dos usos possíveis desses meios. Que relações são possíveis estabelecer entre a arte e o seu suporte? No mundo contemporâneo são uma variedade de dispositivos e a criação de novos aplicativos de manipulação de imagens, somadas às novas tecnologias de comunicação, com suas fórmulas de compartilhamento, que propagam a estética e a linguagem das mais variadas formas de lidar sensivelmente com o mundo. No mês de agosto, para abrir esta nova área de atuação do Departamento, convidamos a artista e professora do Instituto de Artes da UFRGS Maria Ivone dos Santos para apresentar a vídeo instalação a “ponte de pedra”. Tal instalação tem sido objeto

de inúmeras representações que integram a iconografia da cidade de Porto Alegre, desde a sua construção em 1849, quando substituiu a antiga ponte de madeira que atravessava o riachinho. Pinturas, fotografias e inúmeros relatos reportam um modo de vida ribeirinho hoje desaparecido. O desvio do leito do Dilúvio, ocorrido entre os anos de 1940 e 1960, deixou a ponte isolada e sem função. Foi tombada como patrimônio em 1979, mas parte de suas fundações e de seus arcos romanos ficaram para sempre soterrados. Os aterros ali realizados viriam a alterar de forma radical a morfologia dessa área. A instalação se propõe a elaborar uma narrativa que instigue e revele um outro olhar sobre a cidade. Esta obra integra a pesquisa “As extensões da memória: a experiência artística e outros espaços”.

A PONTE DE PEDRA Vídeo instalação de Maria Ivone dos Santos Visitação: 29 de julho a 06 de setembro Horário: das 14h às 18h Local: Sala Fahrion UFRGS Av. Paulo Gama, 110 - 2º andar

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REFLEXÃO

C O N F E R Ê N C I A S U F R G S 2 013

A justiça na cidade: o que isto significa? Abordamos a questão da cidade justa, ou o direito à justiça na cidade, como parte da sustentabilidade urbano-ambiental-planetária. A busca pela cidade justa começa com as injustiças socioambientais associadas à rápida urbanização: violência, insegurança, exploração e a pobreza que caracterizam a vida urbana para muitos. As lutas pelo espaço e no espaço são materializadas para superação do acesso desigual aos bens culturais sociais políticos e econômicos. Tais lutas se complexificam quando se entrelaçam com as categorias de raça classe e gênero. Esta é uma reflexão que se agrega à questão das cidades sustentáveis: de onde provêm os meios para dar materialidade à justiça urbana? A busca pela cidade justa é um esforço para realizar o potencial humano da beleza, alegria, prazer, paz, amor, riqueza, saúde e espiritualidade. Entendida como atividade pensante, criativa que produz uma esfera

Projeto “Você me dá sua palavra?”, de Elida Tessler / revistaluminus.com

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espiritual objetiva que possibilitaria a superação das violências, inseguranças, explorações e a pobreza.

Livia Piccinini

CONFERÊNCIA COM LIVIA PICCININI Data: 10 de julho Horário: 19h Local: Sala João Fahrion Av. Paulo gama, 110


REFLEXÃO

C O N F E R Ê N C I A S U F R G S 2 013

Grafar o buraco: o lápis, a areia, a lâmina. Grafar o buraco é o título de uma proposição artística concebida com a participação de Donaldo Schüler em 2012, sendo apresentada como parte de um projeto mais amplo que desenvolvo desde 1993: Falas inacabadas. Este será o ponto de partida da palestra que pretende tecer algumas reflexões sobre os nossos diferentes modos de ver o mundo, assumindo o elo entre as artes visuais e a literatura. De que forma nós criamos as lentes que permitem ampliar o panorama de nossas experiências cotidianas sem deixar de manter o foco no que está mais próximo de nós? Como se dá o convívio entre o ato de escrever e ver ao mesmo tempo? Noções como singularidade e fragmentação estão presentes em uma abordagem onde o procedimento da escrita inclui a inevitável queda da palavra, a sua frágil sustentação e a ativação de seus suportes mais diversos em nosso cotidiano. No caso, a fina espessura de uma lâmina de laboratório de análises clínicas recebe a inscrição

de um texto que não se define como prosa, poema ou ensaio filosófico, e sim como o próprio exercício de atravessamento das fronteiras entre uma e outra linguagem. Em pequenos blocos autônomos, o jato de areia sobre o vidro inscreve haicais, sinais gráficos ou palavras isoladas em transparência absoluta, indicando que a noção de buraco é fundamental para a história do pensamento e para o movimento das ideias no contexto contemporâneo. Elida Tessler

CONFERÊNCIA COM ELIDA TESSLER Data: 14 de agosto Horário: 19h Local: Sala João Fahrion Av. Paulo gama, 110

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REFLEXÃO

FRONTEIR A S DO PENSAMENTO

Kwame Anthony Appiah

Peter Singer

Teórico cultural ganês, eleito um dos principais pensadores globais pela revista Foreign Policy em 2010. Seus livros mais recentes abordam problemas filosóficos como raça, racismo, identidade e moral. Na casa de meu pai, obra que colocou Appiah na vanguarda dos estudos africanos contemporâneos, tem início e fim em sua biografia, desde a infância em Asante até o funeral de seu pai em Gana. As experiências pessoais servem de moldura para uma variedade de ensaios sobre a religião africana tradicional, o Nobel de Literatura de Wole Soyinka e os problemas da África pós-colonial. Dentre suas publicações está O código de honra.

Filósofo australiano, professor na Universidade de Princeton, Nova Jersey, na área de ética prática, trata as questões sob uma perspectiva utilitarista. Eleito o “Humanista do Ano” pelo Conselho de Sociedades Humanistas Australiano em 2004, Singer é considerado um dos maiores filósofos contemporâneos. Sua obra Libertação animal foi de importante influência formativa no movimento homônimo de defesa dos animais, que argumenta contra o especismo: a discriminação de certos seres baseada apenas no fato de estes pertencerem a uma dada espécie. Para o pesquisador, todos os seres que são capazes de sofrer devem ter seus interesses considerados de forma igualitária. Autor, também, de Quanto custa uma vida? e Um só Mundo.

CONFERÊNCIA COM KWAME ANTHONY APPIAH

CONFERÊNCIA COM PETER SINGER

Data: 12 de agosto Horário: 19h30 Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo gama, 110

Data: 26 de agosto Horário: 19h30 Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo gama, 110

Kwame Anthony Appiah / Greg Martin

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Peter Singer / Denise Applewhite


FE STIVAL

I I F E S T I VA L M A R É D E A R T E

Ações Artístico-Culturais

Festival de Bandas

As ações artísticas propostas para o Maré de Arte pretendem reproduzir a palavra inspiradora do festival, palavra-conceito da língua zulu, ubuntu que traduzida significa “sou quem sou por aquilo que todos somos”. Para compor o Festival, escolhemos ações artístico-culturais que, de alguma forma, dialogam com o significado desta palavra-conceito. Queremos que os costumes, sotaques e comportamentos remetam os participantes não apenas para o seu universo, mas para um espaço de trocas entre universos diferentes.

Você tem banda? Toca algum instrumento? Quer mostrar seu talento? O Festival de Bandas Maré de Arte é uma grande oportunidade para aqueles que respiram música no dia-a-dia e querem divulgar seu trabalho ou apenas se divertir e curtir um som nos palcos montados pela UFRGS. Através de um edital, quatro bandas do litoral norte do RS serão escolhidas e tocarão no dia 19 de agosto em Tramandaí com outros quatro grupos de Porto Alegre. Inscreva-se! As quatro bandas selecionadas terão a oportunidade de: - Tocar no Festival Maré de Arte em Tramandaí;

Encontro de Coros

- Receber acompanhamento profissional para os shows;

Pequeno poema livre

- Adquirir experiência na área musical;

Vozes que cantam o mar. Trazem de perto e dos mais distantes rincões. Tons que misturam serenidade e fúria. Mar, cujo poder e mistério já foram lembrados nas obras camonianas. Ora exaltado em verso e composição. Que enredam o ofício e o destino do povo do litoral. Tal como a maré, misturam arte, cultura e vida. O mar e o povo do mar são festejados através do canto e da dança. Reunião de vozes e expressões que desenham cenas do quotidiano do pescador. A partida, a embarcação e os riscos do mar são temas diários. A prece pela volta. Neste caso, música e dança são artes que emprestam a riqueza do folclore, da religiosidade e cultura locais, para oferecer, em cena, uma leitura particular e pontual da história e do presente. Em Maré de Arte, a arte popular é manifestada de distintas formas. Misturadas, incorporam e ressaltam frações do saber dos povos. Porque navegar é preciso. Paulo A. Souza Presidente Coral UFRGS

ENCONTRO DE COROS - CORAL DA UFRGS, CORAL DE TRAMANDAÍ, CORAL DE SANTA MARIA Data: 17 de agosto Horário: 17h Local: Centro de Eventos de Tramandaí

- Apresentar-se na UFRGS em 2014.

O Festival de Bandas Maré de Arte, que integra a programação cultural do II Festival Maré de Arte, é uma realização da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em parceria com a Prefeitura Municipal de Tramandaí. Como todo festival de música, seu objetivo é fomentar a cena musical, promovendo uma vitrine para as bandas e a cena musical do litoral norte. Por meio de um edital público, o festival irá selecionar 04 bandas de alunos da rede de ensino, proporcionando não só uma experiência no campo da produção cultural como a oportunidade de participar da programação do Maré de Arte, apresentando-se no palco da UFRGS no Centro de Eventos Municipal em Tramandaí, no dia 19, das 14h às 18h. O edital é aberto a todos os estilos musicais. As inscrições ficam abertas do dia 15 de abril a 03 de junho e serão feitas exclusivamente pela internet. A documentação deve ser enviada pelo e-mail difusaocultural@ufrgs.br. Traga ou monte sua banda e inscreva-se!

FESTIVAL DE BANDAS Data: 19 de agosto Horário: 14h Local: Centro de Eventos de Tramandaí Retirada de Senhas: quiosque centro Tramandaí

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FE STIVAL

Barbatuques / Inae Coutinho

Barbatuques Palmas, estalos, batidas no peito, sapateados, vácuos de boca. Esses sons ordinários, que não costumam ser associados ao universo da música, são a matéria-prima para a produção de ritmos e melodias pelo Barbatuques. O grupo de percussão corporal foi fundado, em 1996, pelo músico Fernando Barba, fascinado pelas possibilidades de produção sonora do seu próprio corpo desde a infância. A brincadeira de criança virou pesquisa, e ele desenvolveu uma linguagem própria de expressão sonora corporal que chamaram de barbatuque (batuque de corpo do Barba). O Barbatuques é formado por amigos que o acompanham nessa investigação sonora e, fora do palco, dá ênfase ao trabalho pedagógico. Para o Barbatuques toda pessoa tem um corpo sonoro e um imaginário musical próprio. A expressão do som através do corpo humano é talvez a forma mais antiga de fazer música e se comunicar em diferentes culturas. Essa música corporal revela os sotaques, costumes, códigos de comportamento e tradições de cada povo, em cada parte do mundo.

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Corpo do Som traz este universo com um repertório com composições próprias, improvisações, interações com a plateia e adaptações de ritmos e cantos tanto brasileiros como de outras partes do mundo. Até um diálogo com a música eletrônica que pode ser reproduzida pelo corpo. O show envolve a linguagem cênica e visual em projeções de imagens e movimentações coreográficas, tendo como eixo central a música corporal. Uma animada orquestra rítmica de percussão e cantos que resulta numa aquarela de sons orgânicos. A duração é de 1 hora, tem classificação livre e todos os 15 integrantes participam.

BARBATUQUES Data: 18 de agosto Horário: 18h Local: Centro de Eventos de Tramandaí Retirada de Senhas: quiosque centro Tramandaí


FE STIVAL

I I F E S T I VA L M A R É D E A R T E

Dia do folclore brasileiro Apresentação de Luiz Carlos Borges Abertura Grupo Tchê – Danças Tradicionais Gaúchas da UFRGS

O Congresso Nacional Brasileiro oficializou em 1965 que todo dia 22 de agosto será destinado à comemoração do folclore brasileiro, criando assim o Dia do Folclore Nacional. Tal criação foi uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro. O dia 22 de agosto é importante, também, por possibilitar a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração. Para marcar a data no Festival Maré de Arte, teremos a apresentação de Luís Carlos Borges, músico instrumentista, compositor e interprete gaúcho, considerado um dos principais nomes da música regional do Rio Grande do Sul, e pela crítica especializada da Argentina, como credenciado e capacitado musicalmente para a verdadeira integração dos países do MERCOSUL, devido sua intimidade com os ritmos sul-americanos.Em 2012, Luis Carlos Borges foi homenageado, no Prêmio Açorianos de Música, pelos 50 anos de sua carreira. Para o Festival Maré de Arte, o espetáculo contará com a formação de QUARTETO, contando com os músicos: Yuri Menezes (violão), Rodrigo Maia (contrabaixo) e Marco Michelon (bateria). No repertório estão canções consagradas, assim como novas composições. O Grupo de Danças Tradicionais Gaúchas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Grupo Tchê – ligado às tradições de um povo culturalmente reconhecido e caracterizado por seus valores, sua tradição, sua história, seu civismo e acentuado regionalismo visa preservar, promover e transmitir as Danças Tradicionais Gaúchas.

ta as danças representativas dos países Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile e Sul do Brasil, procurando através de pesquisa sobre suas raízes manter a autenticidade e a originalidade marcantes nas expressões dançantes dos povos.

DIA DO FOLCLORE BRASILEIRO Data: 22 de agosto Horário: 18h Local: Centro de Eventos de Tramandaí

Curso de Gestão Cultural Formação de Gestores para o Plano Nacional de Cultura O curso ministrado por Rosimeri Carvalho da Silva, professora da Escola de Administração da UFRGS, discutirá as políticas do Ministério da Cultura a partir de 2003, com foco no Sistema Nacional de Cultura e, especialmente, nos planos de cultura. Será apresentada a metodologia para a construção dos planos municipais.

CURSO DE GESTÃO CULTURAL Data: 20 e 21 de agosto Horário: 09h às 12h 14h às 17h Local: Centro de Eventos de Tramandaí

Por meio do espetáculo de dança “O sul da América do Sul” o grupo Tchê inicia um movimento de irradiação da cultura da América Latina, contando os entrelaçamentos das raízes sócio-histórico-culturais das danças gaúchas e dos países circunvizinhos no sul da América Latina. Composto por 30 bailarinos o grupo Tchê apresen-

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P O N T O S C U LT U R A I S

MUSEU

SALÃO DE ATOS

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Desde 1984, seu acervo foto-documental representa a trajetória histórica da Universidade e da cidade de Porto Alegre. Recebe e produz exposições temporárias, estabelecendo mediações entre a produção técnica, científica e cultural e os seus freqüentadores. O Museu faz parte do conjunto de prédios tombados como Patrimônio Histórico da Universidade.

O Salão de Atos acompanha toda a nossa vida na universidade. Espetáculos, aulas magnas, congressos, seminários, e formaturas. Desde sua inauguração tem a sua história inscrita na vida cultural porto-alegrense: um ponto de encontro no caminho entre o Bom Fim e a Cidade Baixa.

RÁDIO SALA REDENÇÃO

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Dentre as universidades brasileiras, a UFRGS é uma das poucas que possui uma sala de cinema em funcionamento. Apresenta ciclos temáticos, que combinam reflexão e debate com cinema e cultura. É um espaço de interação das diferentes áreas do conhecimento, desafiando o gosto estético do público e promovendo o enriquecimento cultural.

SALÃO DE FESTAS

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Ainda está na memória de muitos “ufrguianos” os Bailes da Reitoria no Salão de Festas. Mas hoje ele abriga exposições, seminários e os Salões de Ensino, Extensão e Pesquisa. Assim como a Sala Fahrion, o Salão de Festas é tombado como patrimônio histórico da Universidade.

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SALA FAHRION

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João Fahrion foi um pintor, ilustrador e desenhista porto-alegrense. A sala que recebe seu nome também abriga afrescos de sua autoria, e recebe exposições temporárias de professores-artistas. Além de sua função expositiva, se constituiu numa sala versátil pela diversidade de atividades que nela acontecem: é sala de recital, durante o Projeto Interlúdio; vira espaço de debates durante as Conferências UFRGS. A Sala Fahrion é tombada como patrimônio histórico da universidade.

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Sintonizada pela AM 1080kHz é pioneira das emissoras universitárias no país. Também foi uma das primeiras a ter a programação ao vivo pela internet em 1998. Na Rádio podemos ouvir sobre a produção intelectual da Universidade, músicas clássicas, regionais e programas de jornalismo cultural.

PINACOTECA

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A Pinacoteca Barão de Santo Ângelo é um órgão auxiliar do Instituto de Artes, responsável pela conservação, restauração, ampliação e divulgação do patrimônio artístico e documental do Instituto. A Pinacoteca produz e apoia exposições e eventos ligados ao ensino, pesquisa e extensão na área das Artes Visuais.

OBSERVATÓRIO

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O Observatório também faz parte do conjunto de prédios históricos da UFRGS. Na sua cúpula está instalada a “Luneta Equatorial de Gautier”, trazida de Paris em 1908. Através dela, ainda hoje é possível observar o céu de Porto Alegre. Localizado no Campus Central, o Observatório chama a atenção pelos detalhes da fachada e pelos afrescos de seu interior.

SALA QORPO SANTO

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Inaugurada em 1987 com o espetáculo ‘’Artaud’’ de Rubens Corrêa, a Sala Qorpo Santo tem 163 lugares e destina-se principalmente às atividades acadêmicas e artísticas do Departamento de Arte Dramática do Instituto de Artes da UFRGS. A sala abriga as temporadas gratuitas do Projeto Teatro, Pesquisa e Extensão e as apresentações dos trabalhos das Mostras de Teatro do DAD-IA/ UFRGS.


Planetário

PLANETÁRIO

AUDITORIUM TASSO CORRÊA

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Poesia, música e ficção mesclam-se às séries especiais, apresentações ao vivo e produção de programas radiofônicos. O Planetário é um órgão de complementação de ensino e divulgação da astronomia, nesses 25 anos ofereceu e continua a oferecer programas científicos e culturais à comunidade universitária do Rio Grande do Sul.

O Auditorium Tasso Corrêa (ATC), vinculado ao Instituto de Artes, é um laboratório de experiências acústicas ligadas às disciplinas e aos projetos do Departamento de Música da UFRGS, tendo como finalidade primordial apresentar para a comunidade acadêmica e não-acadêmica a produção musical da universidade. Tem localização privilegiada, no centro de Porto Alegre, sendo um dos locais preferidos do público apreciador da música erudita da cidade e do Estado.

SALA DOS SONS

SALA ALZIRO AZEVEDO

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Desde do mês de outubro de 2011 a Universidade tem um novo espaço cultural criado para a música eletroacústica. Mensalmente na Sala dos Sons, no segundo andar da Reitoria, apresenta ao público obras de compositores do Instituto de Artes e convidados. A Música Eletroacústica é a modalidade de composição realizada em estúdio, ou com o auxílio da tecnologia, e que se alinha dentro da linguagem da música contemporânea. A música eletroacústica, originada por técnicas provindas da música concreta e eletrônica, propõe novas estratégias composicionais, estruturais e estéticas que diferem das encontradas na composição da música instrumental. O ouvinte que comparece a um concerto de música eletroacústica necessita de um novo critério de percepção diferente daquele acostumado com escalas, relações harmônicas, altura e padrões rítmicos constantes.

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Muito charmosa esta sala abriga até setenta pessoas e para assistir aos espetáculos teatrais basta chegar um pouquinho antes e retirar uma senha. O projeto Teatro Pesquisa e Extensão, carinhosamente chamado TPE, às quartas-feiras, é encontro marcado dos que querem assistir o que está em cartaz na Universidade.

PRAÇA DO CAMPUS DO VALE

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A praça central do Campus do Vale é transformada em palco para receber grupos musicais compostos por acadêmicos da UFRGS. Nos dias de Vale Doze e Trinta, no intervalo do almoço, a música toma conta, atraindo os passantes e os acolhendo para um momento de descontração. Além disso, os artistas que ali se apresentam nos dão a chance de conhecer o seu trabalho.

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LOCALIZAÇÃO

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INSTITUTO DE QUÍMICA

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CAMPUS CENTRAL A – Sala Qorpo Santo B – Sala Redenção – Cinema Universitário C – Salão de Festas D – Sala Fahrion E – Salão de Atos Entradas Principais Entradas Secundárias

ENDEREÇOS Sala Qorpo Santo / Sala Redenção – Cinema Universitário – Av. Eng. Luiz Englert, s/n°, Centro Histórico Salão de Festas / Sala Fahrion – Av. Paulo Gama, 110, 2° andar da Reitoria – Campus Central Salão de Atos – Av. Paulo Gama, 110

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CAMPUS DO VALE A – Parada de ônibus B – Praça Campus do Vale Caminho da parada até a Praça do Campus

INFORMAÇÕES GERAIS DEPARTAMENTO DE DIFUSÃO CULTURAL Endereço: Av. Paulo Gama, 110 – Mezanino do Salão de Atos – Campus Central Fone: (51) 3308 3933 ou (51) 3308 3034 E-mail: difusaocultural@ufrgs.br Website: www.difusaocultural.ufrgs.br Entrada e inscrição em eventos: agendamento pelo site ou no local Horário de Funcionamento: das 8h às 18h, aberto ao meio-dia


Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Carlos Alexandre Netto Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Rui Vicente Oppermann

LEIA E PASSE ADIANTE

Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunha Diretora do Departamento de Difusão Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher

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Difunda essa cultura de forma consciente

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Equipe do DDC Carla Bello – Coordenadora de Projetos Especiais Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Juliana Mota – Coordenadora e curadora do Projeto Vale Doze e Trinta Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica Tânia Cardoso – Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário Bolsistas Júlia Cabral Júlia Zortéa Maciel Goelzer Naiane Weber Vieira Projeto gráfico Katia Prates Revisão Tânia Cardoso Diagramação Andréa de Castro Moreira Impressão Gráfica da UFRGS

Programação sujeita a alterações. Sala Redenção – Cinema Universitário

Apoio

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pró-Reitoria de Extensão Departamento de Difusão Cultural Mezanino do Salão de Atos UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Porto Alegre – RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.difusaocultural.ufrgs.br

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