BERCEUSE, ESTRUTURA CORPORAL . DIG

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Até o dia enfim fim de longa jornada em que ela fala consigo mesma e com quem mais já é tempo de parar

JÁ É TEMPO DE PARAR parando de vagar por todos os lugares largo olhar em toda parte em cima embaixo atrás de um outro outro semelhante um outro ser migrante um pouco parecido com ela perdido igual a ela por aqui e por ali em todas as partes olhar atento em cima embaixo à caça de um outro

Partitura corporal

até o dia enfim fim de longa jornada em que ela fala para si e para quem mais É tempo de parar

É TEMPO DE PARAR parando de vagar de um lado a outro toda atenta em todas as partes no alto embaixo nos rastros de um outro de um' outra viv' alma perdida igual a ela aqui e ali atenta igual a ela em todas as partes no alto embaixo nas pegadas de um outro de um outo igual a ela perdido igual a ela por aqui e por ali

até o dia enfim fim de uma longa jornada em que ela diz para sí e para quem mais já é tempo dela parar É TEMPO DELA PARAR

Juntos: eco de "É tempo dela Parar" & fim de movimento de CB &

THE PULP FICTIONPROJECT
TEATROMILTONBACCARELLI2011 BERCEUSE Pollyanna Monteiro comoM

M de novo

(T)

V & movimento de cadeira reiniciam

Se bem que enfim fim de longa jornada ela tenha voltado para casa para casa enfim voltou dizendo para si e para quem mais é tempo de parar

É TEMPO DE PARAR

De vagar e um lado a outro tempo de voltar sentar-se junto à sua janela tranquila junto à sua janela que dá para as outras janelas

se bem que enfim fim de longa jornada ela tenha voltado para casa para assentar-se à sua janela tenha levantado venezianas e se assentou tranquila junto à sua janela única janela dando para outras janelas

toda atenta a todos os lugares em cima embaixo à procura de um outro de um outro igual a ela um pouco igual a ela um'outra viv'alma outr'alma viva ao menos uma que tenha voltado para casa quando ela que tenha enfim voltado para casa igual a ela ao fim de uma longa jornada dizendo para si mesma e para quem mais já é tempo dela parar tempo de voltar sentar-se junto à sua janela tranquila junto à sua janela que dá para as outras janelas

se bem que enfim fim de uma longa jornada ela voltou enfim para casa para sentar-se à sua janela levantou persianas e se assentou tranquila junto à sua janela única janela que dá para outras janelas toda atenta em todos os lugares em cima embaixo à procura de um outro de um outro em sua janela de um outro igual a ela um pouco igual a ela de uma outra viv'alma de ao menos uma outra viv'alma que tenha voltado para casa igual a ela ao fim de uma longa jornada dizendo para si e para quem mais

já é tempo dela parar

JÁ É TEMPO DELA PARAR de vagar por aqui e por ali já é hora dela voltar para casa de assentar-se junto à sua janela única janela dando para outras janelas para as outras únicas janelas toda atenta em todas as partes em baixo em cima à busca de um outro de um outro igual a ela um pouco parecido com ela de uma outra alma viva

JÁ É TEMPO DE PARAR

de andar aqui e ali já é hora dela voltar para casa de assentar-se junto à sua janela tranquila junto à sua janela única janela que dá para outras janelas para as outras únicas janelas toda atenta a toda parte em cima embaixo à busca de um outro de um outro igual a ela parecido um pouco com ela uma outra alma viva outra alma viva ao menos uma

Juntos : eco de 'alma viva" & fim de movimento de CB ligeira queda de iluminação

•(T) LONGO -

até o dia enfim fim de longa jornada sentada junto a sua janela única janela

dando para as outras janelas para as outras únicas j anelas

todas de venezianas fechadas nem uma só aberta aberta apenas a sua

até o dia enfim final de longa jornada sentada à sua janela tranquila junto à sua janela toda atenta a todas as partes em cima embaixo à busca de uma outra de uma outra veneziana aberta de ao menos uma veneziana aberta

apenas isso nem precisa um rosto por trás dos vidros olhos famintos como os seus para ver serem vistos não uma veneziana aberta como a sua parecida com a sua apenas uma e lá ou outro ser lá em algum lugar por trás dos vidros uma outra alma viva basta uma outra alma viva

até o dia enfim final de longa jornada sentada à sua janela tranquila junto à sua janela toda atenta a todas as partes em cima embaixo à busca de uma outra de uma outra veneziana aberta ao menos uma veneziana aberta

apenas isso nem precisa um rosto por trás dos vidros olhos famintos como os seus para ver serem vistos não uma veneziana aberta como a sua

parecida com a sua apenas uma e lá ou outro ser lá em algum lugar por trás dos vidros uma outra alma viva basta uma outra alma viva

até o dia enfim fim de longa jornada em que ela se diz falando consigo e com quem mais é tempo de parar

É TEMPO DE PARAR

sentada junto à sua janela única janela dando para as outras janelas para as outras únicas janelas toda atenta a tudo no alto em baixo é tempo dela parar

É TEMPO DELA PARAR

Juntos: “ é tempo ela parar “ & fim de movimento de CB & ligeira queda da iluminação (T) LONGO de novo (T)

V e movimento de CB juntos.

se bem que enfim fim da longa jornada ela tenha descido tenha enfim descido a escadaria íngreme fechado as venezianas e descido lá embaixo assentando em sua velha cadeira de balanço a mesma de sua mãe a mesma em que sua mãe assentada ao longo dos anos toda vestida de preto vestida de seu mais belo vestido preto

ia se balançando se balançando até o seu fim tresloucada - se diziaum pouco tresloucada mas inofensiva morta num dia NÃO morta numa noite final de uma longa jornada em sua cadeira de balanço vestida com seu mais belo vestido negro cabeça pendida em seu blanço de berço ninando-a sempre

se bem que enfim ao final de longa jornada ela tenha descido desceu enfim a escadaria íngreme fechou as venezianas e desceu até lá embaixo para sentar na velha cadeira

braços enfim e se balançou de olhos fechados se fechando ela a tanto tempo

tão atenta olhar faminto em todas as partes em cima embaixo daqui para ali em sua janela só para ver ser vista

até o dia enfim fim de longa jornada em que disse para si mesma e para quem mais já é tempo de parar e fechou as venezianas

PARAR tempo de descer a escadaria íngreme até lá embaixo fosse ela ou outra uma outra alma viva que fosse só dela se bem que enfim fim de longa jornada ela desceu a íngreme escadaria fechou venezianas e desceu assentou-se na velha cadeira e se balançou se balançou dizendo para si mesma não isso nunca mais na cadeira de balanço braços enfim para ela que dizia ...

“com pedrinhas com pedrinhas de brilhante para o meu.... para o meu am.....”

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