DCM # 01 OUTUBRO 2013
Especial
Internacional
Miguel Ângelo (USA) Jesus Nevado (Espanha) André Garcia (Inglaterra) Daniel Ricart (Brasil) Entrevista
Pedro Ramos
Produtos
Capturas
Técnicas, Truques e Dicas
Pesca�team CaRP www.pescateamcarp.com
HORÁRIO: SEGUNDA A SÁBADO 10 ÀS 13.30 / 14.30 ÀS 21 HORAS
as nossas marcas
FORMAS DE PAGAMENTO : Transferência Bancária; Contra Reembolso
PORTES GRATUITOS compras superiores a 75 euros
02
Morada da loja: Quinta do Grilo Lote A C/V Esquerda A - 3500-602 Viseu - Portugal
compras superiores a 175 euros
03
ça
Grupo de edição:
Participam nesta edição:
- Rui Peixoto
- AndrĂŠ Garcia - Daniel Ricarte - Diogo Durais - Gary Currin - Hugo Janeiro - Jesus Cruz Nevado - Miguel Ă‚ngelo - Nuno Cabral - Nuno Siva - Pedro LeitĂŁo (Apcf) - Pedro Martins (Apcf) - Pedro Ramos - Rui Brito - entre outros...
- Paulo Gomes - AntĂłnio Lopes - Nuno Lima - Orlando Loureiro
A todas estas pessoas que tornaram possĂvel a realização deste projeto e a todos os que contribuĂram de alguma forma, seja no envio de perguntas, imagens, comentĂĄrios ou um simples “gostoâ€? na pĂĄgina do Facebook, um grande obrigado da nossa parte, pois tudo isto nos motiva e dĂĄ força para continuar.
Queremos que esta seja uma revista feita por vĂłs e para vĂłs. Sem o vosso apoio nĂŁo nos serĂĄ possĂvel ganhar esta luta comum pela divulgação de informação e uniĂŁo entre Carpistas. Enviem sugestĂľes, fotos, comentĂĄrios, dicas, artigos grandes ou pequenos‌ tudo aquilo que gostariam de ver publicado nesta vossa revista para: digitalcarpmagazine@gmail.com. https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine 04
Fran Aventura em
xo o num comple O Iktus estĂĄ inserido Maison de Lacs, desportivo chamad Pau. A sua beleza se situado em Laroin, dade de espĂŠcie a m natural, a diversi condiçþes ajudara as excelentes mais uma avenem partir uma decisĂŁo de de França. Foi tura em terras viagem ainda assim a Uŧ semana difĂcil, QÇŠUDP D VHJXL FRPSHQVRX &R
se trata de ir a azĂĄfama quando coisa que É sempre grandeO receio que falte alguma TXH HVWH SUHVHQWH &ODUR pescar uma semana. HVWÂŁ VHPSUH coisas que nunca irĂŁo ser Ę?FRX HP FDVD tambĂŠm faz levar se comece a preparar a mesmo receio da hora mais cedo que que Ă Ăşltima precisas... Por antes alguma coisa os sair 12 horas nĂŁo viagem, hĂĄ sempre planeam uma Por sorte acaba por falhar. que mais uma hora ou menos pelo do necessĂĄrio, a. fez grande diferenç Apcf de “Viagem inserida no projeto começou a ser Esta viagem, todos os anos, pesqueiro foi que se realiza Internacionalâ€? um ano antes, a reserva do incontĂĄveis preparada quase o, nos meses seguintes foram ver as novifeita em Setembrs a ver vĂdeos, ler reportagens,a fazer boas pudesse ajudar do dia que as horas passada tudo o que nos e da espera dades no site‌ mĂŞs a ansiedad capturas. No Ăşltimo nĂŁo chegava‌ 6D[R HVWH FDUUHJDGR QR PHX PDWHULDO i ao encontro do Ramos &RP WRGR R encontreijeep) lĂĄ arranque Pelo caminho carro parece um Guarda. o LuĂs na heiros de viagem, que estava Ă espera outros compan Viseu. me com os dois esperavam em me que Lima, Silva e o Nuno um misto de tristeza, que a sempre com a percorrid foi alcançav mais A A25 ĂŁo. A vista nĂŁoa camada de fumo que era revolta e indignaç tĂŁo tragicas de metros, tal que s centena incĂŞndio poucas ar... Fumo dos VWDV empestava o P DV QRVVDV Ę‘RUH PHQWH TXHLPDYD em que foi ainda alegre almoço em Vilar Depois de um restaurante Prado Verde estava , no territĂłrio nacional s viagem. A E-80 em Espanha am aos Formoso, lĂĄ seguimonossos imigrantes, que retornav ano. A maior dos quase todo o cheia de carros acolhem durante o para um Jeep e uma paĂses que os com admiraçã a admiração parte deles olhavaos de tralha atĂŠ ao teto, verdes! carrinha carregad tipo de malas, tudo sacos nosso deles era o WHQWHP GR DQR DJRVWR insu QHVWD DOWXUD 8P FRQVHOKR Ă meia tarde torna-se GHX VHPSUH de noite, o calor fazer a viagem OHYÂŁYDPRV WHPSR GH VREUD TambĂŠm ĂŠ io. SRUWÂŁYHO &RPR sempre que necessĂĄr carro. para parar e refrescar ĂĄgua Ă mĂŁo no conveniente levar antes de San para estação de serviço O jantar foi numa de tortilha e meia de presunto sandes Sebastian. Uma soube bem! que cada um... AtĂŠ km, e cento e poucos França foi curta,DVVLP WDR EHP LGHQWLĘ?A viagem em 2 ,NWXV QÂĽR HVWÂŁ $V JUDQGHV FKHJDPRV D 3DX VHU XP FRPSOH[R HQRUPH em GH tinham a inscrição la FDGR DSHVDU m a direção minĂşscu uma indicava que apenas mas placas Maison de Lacs, letras gordas,
que aguardar ocupado, tiveram 6 ainda estava Vip. vĂĄrias voltas atĂŠ um pouco no R pelo que demos surpreendeualusĂŁo ao Iktus, 4XDQGR Ę?QDOPHQWH YLPRV era lago principal A dimensĂŁo do parece na pĂĄgina da internet! R HQFRQWUDUPRV nas traseiras, ainda assim, ao os que lago, estĂĄvam atĂŠ chegarmos nos! É maior do de minutos, , canas uma questĂŁo todo o material l. a Descarregado selecionados, começou portĂŁo principa a iscos LQFRPRGDU as, XLVHPRV como o Iktus, preparad H QÂĽR T lago enorme te, pelo &RPR MÂŁ HUD WDUG V QR H[WHULRU GR sondagem. Num SHOR TXH Ę?FDPR H ainda mais importan a QLQJXÂŤP QR ODJR O &RPHŠDPRV b QD FRQYHUVD da sondagem torna-se colocar as canas, 5 começamos a $V PLQKDV SRUWÂĽR SULQFLSD conta das horas jĂĄ eram que quando HQWH QR Ę?P e HVWDYD SUDWLFDPFDQD GD HVTXHUGD D P quando demos mos um pouco nos carros WDUGH D vista idade, a volta manha! Dormita entramos e demos uma PRQWDJHQV Ę?FDUDP dia a 4m de profund nĂŁo ĂŠ pequeno alto quando se fez , que por sinal num pequeno o 6m... de de olhos ao lago ... Voltamos a sair, tomar caĂa para mais SHVTXHLUR FRPSUDV DĘ?QDO assim tĂŁo pequeno FRX QD GLYLVÂĽR GR H ID]HU DV IRJÂĽR 3RGÂŻDD FDQD DOPRŠR R PHLR Ę? U ÂźOWLPR $ FDQD G SHTXHQR FR PLFUR RQGDV DOWRV H EDL[RV 3R XPD WÂŻQKDPRV IULJRUÂŻĘ? refeiçþes! QXPD ]RQD GH D FXUWD GLVW¤QFLD MXQWR D das mos bem tratar GD GLUHLWD Ę?FRX caĂda na margem, bem Ă maneira feitas a pequena ĂĄrvore de pescar, obstĂĄculos, carreto , que podem ser mĂŁo Depois das compras GH PHWURV QR &DUUHIRXU engodagem Ă que eu gosto HQWHQDV cana forma a permitir XPDV HVFDVVDV Fnos apresentar, receber algumas trancado e de mesmo a Ăşnica DPRV Esta viria a ser noite... fomos tratar de DGRV GDV UHJUDV MÂŁ DV VDEÂŻ pela margem. na primeira acompanhados LQVWUXŠ¡HV LQIRUP a ter uma captura e em breve fomos WR FKHJRX R distante do de antemĂŁo) mais (QWUHWDQ cana a &HU\O SHOR 23:45 XPD WURFD GH Por volta das DR SHVTXHLUR entendido como GH (VSDQKD que logo foi Vip. O SHVVRDO GD &&0RRUH em direção ao Ramos dĂĄ sinal, fomos lĂĄ ro e o pesquei cumprimentos connosco e como LuĂs, o Nuno foram
Pela cara de esforço
pode ver-se que
era um peixe
pesado!
Procolo
tamineral: APCF Mo o Futuro do Construir em Portugal Carp Fishing
extracção de A indústria de de Carp Fishing inertes e os lagos
–
u o sonho de a APCF alimento Durante anos ado para a privativo vocacion gerir um lago atĂŠ um dos seus Fishing. Esse foi prĂĄtica do Carp os. ApĂłs um prioritĂĄrios e ambicios e projectos mais s, contactos de pesquisa perĂodo longo de 2012, a APCF dia 31 de Julho H reuniĂľes, no SURWRFROR KLVWÂľULFR XP WH ramo FHOHEURX Ę?QDOPHQ te empresa do uma importan SA e com pioneiro com eral inertes, a Motamin da extracção de tes. Tal como freguesia envolven de juntas as
Cristina Jacques,
“syndicate lakesâ€? Inglaterra (nos acontece em o permite Ă APCF tivos), o protocol lagos coopera s acordadas dentro de clĂĄusula temos desenvolver, de eleição. SĂł o seu projecto a receptivimutuamente, r a abertura e de louvar e agradece recebido e aceite, o projecto foi do Eng.Âş dade com que eral, na pessoa quer pela Motamin pelas juntas de freguesia quer Oliveira, r Dr.ÂŞ Valdema nas pessoas da Vila de Punhe, de AlvarĂŁes e Moreira. AntĂłnio Sr. e Cristina Jacques
Valdemar Oliveira,
Nigel Cave, Pedro
LeitĂŁo
nçþes Balanço das interve projecto Lago realizadas no
fazer um de um ano, cumpre facto, o barros, cauliVolvido mais De inertes (como a os realizados. A extracção de -primas para balanço dos progress APCF mobilizou grandes fornece matĂŠrias cerâmica. Em da e nos, gravilha) de lado a sua “Projecto Lagoâ€? obras pĂşblicas sĂłcios a colocar gerado, por todo construção civil, esforços – levando para participar em sessĂľes actividade, tem – resultado dessa e profundidades paixĂŁo pelo pesca as, que envolveram as mais de dimensĂľes H o paĂs, lagoas UHTXDOLĘ?FDGDV periĂłdic VHU de trabalho SRGHULDP va mato atĂŠ plantar YDULÂŁYHLV TXH (desde limpar da pesca desporti variadas tarefas para a prĂĄtica s), alĂŠm dos encarao nĂvel aproveitadas montar vedaçþe s, atendendo vegetação ou SODQLĘ?FDŠ¼R e outros desportoe ao seu rico ecossistema. LFRV GH SHVTXLVD ferramentas. ĂĄgua JRV EXURFUÂŁW e e nas ilhas constante de de materiais GR na europa central selecção e compra UHTXDOLĘ?FDŠ¼R Carp Fishing, Saliente-se que dos lagos de R SURMHFWR GH VSRQ&RP HIHLWR britânicas, a maioriafamosos, tem esta origem. SURWRFROR H DV UH da Ę?UPD R mais de WHUUHQR ODJR TXH incluindo os , especialmente esta modalidade cada entidade em Portugal -, envolve GHVWLQR GDGR sabilidades de Infelizmente, projecto KHFLGD 2 do dora D GHVFRQ ,o coerente, UHTXDOLĘ?FDŠ¼R HU tem sido, ambientalmente APCF – a dinamiza as num todo nĂŁo vertentes integrad desportiva, trazendo ou sĂŁo aterraa estes locais vĂĄrias casos: dos parte o Ă pesca Em Portugal, melhor, na maior ambientais) nĂŁo se limitand am-se em lixeiras. oe s (em especial dos ou transform ao sinalizar este fenĂłmen vantagens inegĂĄvei contratantes e sobretudo partes a APCF foi pioneira SURMHWR GH UHTXDOLĘ?FDŠ¼R para todas as XP UD Ę?QDOPHQWH DR FRQFHEHU para a regiĂŁo. )LVKLQJ TXH DJR FHQWUDGR QR &DUS izar. se estĂĄ a material
Editorial .................................................................................................................. 3 Sumário / Índice .................................................................................................. 4 Notícias ................................................................................................................... 6 Teste CCMoore .................................................................................................... 8 Perguntas e Respostas ................................................................................. 12 Ermal ..................................................................................................................... 16 Analise ................................................................................................................. 17 Entrevista ............................................................................................................ 18 Competiçao ........................................................................................................ 24 Breves Material ................................................................................................ 28 Apcf ........................................................................................................................ 30 Rio Tormes .......................................................................................................... 34 Analise .................................................................................................................. 36 Aventura em França ....................................................................................... 44 Boilies Caseiros ................................................................................................ 56 Carp Fishing Brasil .......................................................................................... 58 Analise .................................................................................................................. 63 Lago Apcf ............................................................................................................. 64 Albufeira da Ribeira de Vide ...................................................................... 70 Rio Hudson ......................................................................................................... 74 Chasing the Dream ......................................................................................... 78 TT&D - Montagem para Ervas .................................................................... 81 Pesca com Barcos ............................................................................................ 82 Conselhos de Saúde ...................................................................................... 83 Capturas .............................................................................................................. 84 Momentos Insolitos ....................................................................................... 86 TT&D - Comida .................................................................................................. 88 Informaçao ......................................................................................................... 91 Iktus Catch Report .......................................................................................... 92 Informação Fabricas ...................................................................................... 94 05
06
07
08
09
havia inicialmente usado, incluíndo apenas alguns boilies LIVE SYSTEM que depois de algumas voltas com o Korda Krusha ajudaram a absorver algum líquido em excesso que permanecia na mix. Os resultados apareceram de imediato, duas pequenas comuns vieram ao tapete e provando-me, entre outras coisas, que as boilies LIVE SYSTEM estavam a ser consumidas, devido aos dejetos que expeliu. Até ao final do dia consegui ainda mais duas pequenas carpas, o que para mim era prova suficiente que tinha valido a pena a mudança, dado que apenas com aquela pequena quantidade de engodo, o peixe se mostrava mais propenso aos iscos do que com mais quantidade como se apresentava com os sacos, que neste caso eram o tamanho M dos Solidz da Korda. Para a noite apostei num Snowman D-Rig, utilizando para o efeito um boilie LIVE SYSTEM de 18mm com uma Pop Up HELLRAISER SILLENTE ASSASSIN de 14mm e em boa hora, tendo conseguido 2 estupendas carpas comuns que apresentavam cores magníficas para a época. Amanheceu o dia que continuava bastante cinzento tendo a chuva feito algumas aparições, ainda que suaves mas era hora de rumar a casa. De considerar sempre pequenas alterações e ajustes à medida que a sessão se vai desenrolando, essas alterações podem, por vezes, ser a chave entre o sucesso e o fracasso! Até breve…
10
11
12
13
da água, então meus amigos melhor não há. E sabendo também que as altas pressões normalmente se traduzem por uma atividade mais baixa. Eu pessoalmente encaro qualquer variação de pressão atmosférica como sendo favorável para a pesca, com clara vantagem para as baixas pressões, sendo as situações de pressão atmosférica estável as menos favoráveis. Há quem diga que quando a pressão atmosférica está alta ou a subir as carpas tendem a ficar em zonas mais profundas e quando a pressão atmosférica está baixa ou a descer tendem a estar em zonas menos profundas, sinceramente da minha experiência pessoal não consigo confirmar ou não nenhuma destas afirmações, mas de qualquer forma fica a informação. Não quero dizer com isto tudo e que fique bem claro, que vamos ter mais ou menos arranques numa ou noutra situação, mas sim ter mais ou menos probabilidades e como todos nós sabemos no Carp Fishing não há verdades absolutas nem muito menos matemáticas, existem sim é probabilidades de as coisas acontecerem a nosso favor e acabarmos com uma carpa de 20 quilos no tapete de recepção ou não, para tal só temos é que usar toda a informação possível ao nosso dispor para aumentar essas mesmas probabilidades e a pressão atmosférica é apenas mais um dado a acrescentar a essa mesma informação.
Carlos Falcão
P: Qual a influência do vento no Carp Fishing?
2
Pedro Ramos R: Há uma frase que se repete quando se trata da influência do vento no Carp Fishing, é dita pelos mais velhos, aparece mencionada em todo o lado e é tema de conversa entre Carpistas e que é, “as Carpas seguem o vento”, e que na maioria das vezes é verdade, as carpas têm uma tendência natural para seguir o vento, basta repararmos e creio que já aconteceu a quase todos nós, estarmos a pesca com o vento a soprar na direção oposta aquela em que nos encontramos e notarmos claramente que a atividade é muito baixa e de repente o vento muda e começa a vir na nossa direção, as carpas começam a entrar e a atividade aumenta. Claro que há exceções a esta regra e temos que as levar em linha de conta, que são: O tamanho da massa de água é de extrema importância, isto porque a máxima de as carpas seguirem o vento fazer todo o sentido numa barragem de grandes dimensões, perde toda a sua relevância quase por completo se tratar de uma barragem de pequenas dimensões. A existência ou não de refúgios naturais, quero com isto dizer que se temos árvores submersas ou ervas por exemplo, as carpas podem não querer trocar esses sítios só pelo simples facto de o vento estar noutra direção, eu que me lembre já tive pelo menos duas situações assim, em que todas as condições em termos de vento estavam contra mim mas o que é facto é que as carpas nunca saíram desses refúgios. A temperatura, ou seja, se temos vento no inverno, o mais provável é que as carpas se mantenham abrigadas nas costas do vento, ao inverso, se temos vento no verão é normal que se encontrem na frente do mesmo.
Gary Currin R: Se nós sentimos a necessidade de nos abrigar do vento por causa do frio, então provavelmente o peixe irá fazê-lo também. Com este pensamento na mente, não haverá nada pior do que pescar de frente para o vento no inverno. Assim, nos dias em que o vento é mais frio tento procurar lugares abrigados, ou simplesmente ficar às costas dele. No verão, se procuramos vento fresco, haverá boas possibilidades do peixe também o fazer, especialmente porque neste caso irá trazer oxigênio tão necessário para o seu bem-estar e agitar os sedimentos da água. Há um ditado Inglês sobre o vento e pesca; Wind from the West, fish bite the best. Wind from the East, fish bite the least. Wind from the North, do not go forth. Wind from the South blows bait in their mouth. Eu acredito nisto, por isso tento pescar no fim de um novo vento e nas costas de um velho!
Hugo Janeiro R: O vento, a meu ver, tem influência na medida que está diretamente relacionado com as diferenças de pressão. Pessoalmente, não gosto de pescar sem vento, prefiro vento moderado pois este normalmente traz-nos maior atividade do que vento nulo. Mas como já se sabe, na pesca, tudo depende de muitos fatores e certamente todos já vivemos a situação inversa.
Daniel Marques
P: Visto a localização ser uma peça fundamental no Carp Fishing, que zonas devemos procurar durante a sondagem? Declives, buracos, zonas mais altas? Areia, cascalho, outros …
14
3
Gary Currin R: Todas as opções da pergunta devem ser analisadas, depois a parte mais difícil é descobrir onde o peixe irá estar ou passar. Também depende de determinadas épocas do ano, meteorologia, local ou profundidade. Em lagos ou barragens tento sempre procurar algum tipo de recurso, mesmo que seja uma árvore submersa, ervas, rochas ou um leito velho de rio, mas apenas acima da linha de lodo. Tem que haver algum lugar onde os peixes se irão sentir seguros para comer, teremos que procurar sinais deles. No verão os peixes têm tendência a nadar em águas pouco profundas, entre 2-4 metros, ou até bem menos. No inverno vão nadar em águas um pouco mais profundas 4-12m. Mas, novamente, é tudo tentativa e erro. De qualquer forma convém obter o máximo de informações sobre o local onde se está a pescar, pelo que é conveniente fazer uma completa sondagem de toda a zona de pesca. Em Rios a coisa torna-se muito mais difícil, pois o rio é uma entidade em movimento orgânico e pode e provavelmente vai ser diferente a cada vez que vamos para um local, pelo que tento aplicar o mesmo conceito, sempre que possível.
Hugo Janeiro R: Esta é sem dúvida uma das grandes chaves do Carp Fishing quando queremos ter sucesso numa sessão. É um tema que nos poderia levar a escrever um testamento e não diríamos tudo o que há para dizer. A localização depende muito do tipo de barragem, rio ou lago em que estamos a pescar. Pelo que falo com outros Carpistas, há dois tipos de pensamento em relação à escolha do local de pesca, há aqueles que dizem que a Carpa come onde nós lhe colocarmos a comida e há os que defendem que somos nós que temos de colocar a comida onde a Carpa come. Pessoalmente, acredito que ambas as teorias têm sentido mas cada uma dedicada a um tipo de Carpa, a Carpa pequena e Carpa grande. Eu defendo que a Carpa pequena é muito mais voraz e procura incessantemente comida por toda a parte até que vai chegar ao nosso pesqueiro e triunfamos. A Carpa grande, com muita experiencia e desconfiada, dirige-se a comer a locais onde sabe que encontrará comida sem ter de gastar tanta energia como acontece com as Carpas pequenas. É aqui que entra a escolha do local de pesca, sem pensar em declive, buraco ou zona plana, há que observar onde é que as Carpas se movem e para tal temos duas ferramentas, a nossa visão (muitas horas de observação até conhecer onde gostam mais de "pastar" as nossas amigas) e a sonda. Muitas horas a sondar permitem-nos localizar as zonas preferidas pelas Carpas (estas sondagens são mais fiáveis quando vemos que há atividade e a Carpa se está a alimentar). Dependendo do local de pesca, pode ser mais proveitoso pescar em zonas de declive, planas, areias, cascalho, etc. Não há uma regra definida, cada caso é um caso, e só as experiências e sessões em cada um deles nos podem levar a escolher o local correto (com muitas grades pelo meio).
Jenny de Ree
P: Que tipo de estratégia se deve adotar num local nunca pescado antes e para uma curta sessão (um dia)?
4
Hugo Janeiro R: A minha estratégia para pescar em locais nunca antes pescados é a pesca concentrada (spot) e uma pesca fina, com anzóis pequenos, fluoro carbono e camuflando ao máximo todo o estralho. Escolher a profundidade que nos pareça mais adequada, tentar sondar o fundo para evitar lodo e depois colocar pouca comida, de forma concentrada junto á montagem. Com o decorrer da sessão de um dia pode ser que consigamos avaliar se há muito ou pouco peixe, onde salta mais o peixe e com isso alterar a estratégia para uma segunda sessão.
Gary Currin R: Fazer o máximo de pesquisa possível antes de chegar, se preferência falando com pescadores que pescam na zona. À chegada procurar sinais prováveis de atividade dos peixes. Eu costumo usar iscos simples e manter as coisas simples, e caso não tenha resultados, mudar de tática, de lugar, ou ambos. Eu gosto de experimentar, mover-me sem dificuldade e flexível em sessões curtas. Convém recolher o máximo de informações que possíveis para uma próxima vez, por exemplo, na semana passada fui a um novo local com o meu filho Daniel passar a tarde, ele queria pescar alguns peixes pequenos, Roach (Pardelhados-Alpes), Bleak (alburno), o que acabou por acontecer, mas eu sabia que havia Carpas por lá, então decidi colocar uma cana com o chamado “método”, não estava a ter sorte nenhuma até ter visto uma carpa a saltar duas vezes, rapidamente lancei a cana para o local onde tinha visto a carpa saltar, e quinze minutos depois, o meu filho Daniel deliciou-se, ao capturar uma comum com cerca de 4,5 quilos. Este foi um pequeno exemplo, que mostra, que por vezes ser flexível nas táticas usadas dá frutos, tendo naturalmente, que estar sempre concentrado e alerta para aproveitar qualquer oportunidade que apareça. 15
16
Análise a Produtos Eazy Stik - Korda Para a maior parte das pessoas, a parte estética, onde o conceito muda de um indivíduo para outro, tem um grande peso na hora da decisão de compra de um ou outro produto. Usei durante vários anos um Skorpion da Gardner, que além do elevado peso também não atira os boilies a grandes distâncias. Quando vi um amigo usar o Eazy Stik da Korda foi amor a primeira vista! Uma cor muito “carpy”, extremamente leve e atirava os boilies a uma grande distância sem grande esforço. Passei talvez dois anos a pescar maioritariamente a uma distância entre 15 a 20 metros, pelo que o tubo não me fez falta. Quando finalmente me decidi pela compra o meu amigo avisou-me para ter cuidado e não o deixar ao sol. Bem, como vocês sabem, por vezes a sombra no pesqueiro e fraca ou nula, ou ainda pior, move-se sem nos apercebermos. Foi num destes momentos de distração que me deparei com um Eazy Stik todo retorcido! Tentei minimizar o problema ao vapor, endireitou um pouco mas ficou com alguns calos. Quando o testei de novo verifiquei que perdeu em distância e tornou-se impossível acertar com precisão seja onde for, mesmo relativamente perto. Dois boilies "iguais" lançados com a "mesma" força podem partir em direções opostas. Se forem possuidores de um destes tubos ou pretenderem adquirir um já sabem, sempre longe do sol!
Sanctuary Retention XL - Trakker Acabadinho de sair da embalagem para usar na última sessão, este Saco de Pesagem e Retenção da Trakker causou logo boa impressão. Uma cor verde no tom certo, quatro grandes flutuadores e um tamanho considerável! Felizmente conseguiu fazer-se um bom teste, uma vez que nessa mesma sessão pesou várias carpas entre 15 a 20kg, duas delas Grass, que são super agressivas e muito compridas. Uma vez colocadas lá dentro, um fecho zip acaba o trabalho de segurança, fechando todo o conjunto. O fecho pode ser bloqueado para não abrir. Além das pegas centrais, tem ainda um par em cada ponta, mais curtas e que permitem pegar em mais peso e com mais segurança. Vem a acompanhar o conjunto uma corda equipada com um clip numa ponta e uma argola noutra, que permitem que permitem transformá-lo em um Saco de Retenção. A rede super espessa resiste tudo e mais alguma coisa, mas também agarra a goma viscosa do peixe e acaba por reter muita água. O único senão será mesmo a impossibilidade de dobrar a meio o conjunto para ficar mais curto, embora na viagem por norma teremos que levar coisas maiores como as canas ou o Camaroeiro.
Camaroeiro Horizon XT - Fox A primeira impressão que este Camaroeiro nos causou foi de ser uma peça extremamente delicada e bem acabada. O cabo é composto por duas secções em carbono amovíveis e que se podem combinar entre si numa ponteira fixa de 15cm, conseguindo assim vários comprimentos, conseguem cobrir todas as situações. A secção mais pequeno com 91cm e o ideal para levar no barco. A parte maior com 183cm serve situações de pesca normais. Com as duas peças montadas temos um comprimento de 2.9m mais toda a área da rede, sendo esta a solução ideal para uma água rasa, onde poderá ser preciso entrar nela para se capturar o peixe em segurança, pescar em cima de um paredão ou antes de um banco de ervas. Consegue-se com todo o sistema montado ganhar alguns metros, que podem fazer toda a diferença. É fabricado em duas versões, 42 e 46 polegadas, a rede é de cor verde escuro, tal como deve ser, e vem com saco. O teste do terreno alterou a primeira impressão, reforçou a sua beleza e retirou qualquer dúvida em relação a sua fiabilidade, revelando-se extremamente robusto. Não e uma peça extremamente barata mas que vale cada euro que custa.
17
18
19
massa de água que mais te agrada, Rios ou Lagos/Barragens? PR: Honestamente é-me indiferente desde que esteja a pescar. DCM: Quais as vantagens e desvantagens entre uma e outra água? PR: Não vou enumerar as vantagens e desvantagens de cada uma, mas apenas evidenciar duas grandes diferenças que existem entre as duas e que para mim são: Em primeiro lugar, as variáveis. Ou seja, numa barragem com o tempo conseguimos conhecer quase todas as variáveis como o vento, a temperatura da água, o nível da água, entre outras e a forma como condicionam a pesca. Conseguimos mesmo saber os circuitos que as carpas fazem e os locais que elas mais visitam. Nos rios as coisas complicam-se mais e estas variáveis multiplicam-se, o que pode fazer com que levemos anos a entender o porquê das coisas e no extremo a que nunca as entendamos de forma nenhuma. Em segundo lugar, os arranques e a luta que temos que travar após ferrar uma carpa. Sem dúvida nenhuma uma carpa de rio luta com outra determinação e é fácil entender porquê, basta olharmos para a dimensão da barbatana caudal. DCM: Nos rios há o problema de fixar uma engodagem! Como costumas proceder neste caso? PR: Tento pescar em zonas mais próximas da margem e de preferência que tenham algum tipo de elevação a juzante que sirva de protecção contra as correntes e consequentemente acumule a engodagem, usar boilies partidos tambem ajuda muito. DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar? PR: Final do Inverno e início da primavera.
20
DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono? PR: Fluoro carbono quando não tenho que lançar acima dos 60 metros ou levo a montagem de barco ou baitboat, caso nenhuma destas situações se verifique uso Nylon 0,35mm. DCM: Qual a vantagem que vez no Fluoro Carbono? PR: Ser praticamente invisível, ter um nível de elasticidade inferior ao nylon e afundar como um tijolo. DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combinados? PR: Uso na maioria das vezes entrançado revestido. DCM: Alguma razão em especial? PR: Gosto da apresentação com que a montagem fica. Basicamente trata-se de uma forma de combi rig mas sem usar materiais diferentes e sem a rigidez do fluorocarbono. O entrançado revestido tem a rigidez suficiente para ficar direito quando chega ao fundo sem contudo perder toda a capacidade de se moldar a esse mesmo fundo e se retirarmos 3 ou 4 cm do revestimento junto ao anzol temos toda a mobilidade do entrançado simples. DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vantagem que vês nestas canas em relação às de 12? PR: Para mim pessoalmente penso que se consegue acrescentar uns metros ao lançamento. DCM: Recomendarias para qualquer pescador ou só para quem tiver uma estatura mais elevada? PR: Acho que é uma questão pessoal e de nos sentirmos confortáveis com as canas que temos. DCM: Bem, eu pessoalmente já experimentei e não me senti muito bem, não sei se foi pela média
estatura ou por uma questão de falta de hábito! PR: Ou jeito (risos). Julgo que provavelmente tenha sido falta de hábito. DCM: Também sei que usas carretos com Drag Frontal em vez de Bait Runner. Há inclusive muita gente a faze-lo! Qual o motivo para usares este sistema? PR: Quando temos um arranque e levantamos a cana com a mão na bobine e temos uma ideia do tamanho da carpa que está do outro lado da linha, conseguimos regular de forma mais exacta até onde queremos levar o travão. DCM: Como vês o panorama nacional em relação ao Carp Fishing? PR: Com bons olhos. Nos últimos anos tem-se notado um aumento substancial de praticantes, tem havido tambem uma maior divulgação graças ao trabalho sobretudo da APCF, começamos a ter mais lojas e consequentemente mais oferta de iscos e material de carpfishing a preços mais acessiveis. Em termos de legislação a situação é um pouco mais sombria, mas resta-nos sempre ter esperança que um dia os políticos olhem para a nossa pesca e vejam nela tambem uma porta para ajudar a economia. DCM: Comparando com os países mais próximos, achas que estamos ao mesmo nível? PR: Se retirarmos a componente da legislação, penso que estamos no bom caminho. DCM: Achas que temos que fazer muito esforço para percorrer melhor esse caminho? PR: Caso a legislação fosse alterada, logicamente que a evolução do carpfishing seria explosiva e
quase me atrevo a dizer que em 5 ou 10 anos estariamos ao nível dos melhores. Enquanto esta não for alterada, cabe a cada um de nós praticantes desta modalidade fazer um esforço quase bíblico de promoção e divulgação. DCM: Sim, porque o nosso problema não passa só pela legislação, também precisa de haver uma mudança de mentalidades! Desde a pesca sem morte até a limpeza do lixo, é uma grande batalha! Embora neste campo penso que estamos a melhorar, já há muita gente a deixar o pesqueiro limpo. PR: Se a falta de legislação é um problema que pode levar mais ou menos tempo a resolver, consoante a vontade política assim o queira, a mudança de mentalidades leva seguramente muito tempo, gerações até. Estamos a seguir no bom caminho mas neste caso já não aponto para 5 ou 10 anos, mas sim seguramente para 20 ou 30 anos e julgo estar a ser optimista, até chegarmos a um nível aceitável. DCM: Por fim, acredito que devas ter muitas situações engraçadas passadas a beira da água, queres presentear-nos com alguma em especial? PR: Tenho várias, mas há uma que ultrapassa tudo e é uma boa lição de vida. Passou-se há uns anos atras em Sierra Brava – Espanha, fui à pesca com um amigo meu que por motivos de respeito não vou divulgar o nome. Como a legislação nesta barragem não permite a pesca noturna, todas as noites tirávamos as canas da água e dormiamos até ao amanhecer. Pois bem, estava eu a dormir, quando por volta das 4 da manha esse meu amigo me bate no vidro do carro de cana em punho toda dobrada como se fosse uma carpa de 30kg, a primeira coisa que me ocorreu foi que ele tivesse a dada altura decidido
21
lançar as canas, mas depois de acordar realmente reparo que ele não está virado para a água, mas sim para o monte atrás de nós. Sai do carro, pergunto-lhe o que demónios estava a fazer e ele responde-me que tinha qualquer coisa do outro lado da linha, ao que eu incrédulo lhe respondi para me passar a cana para as mãos. Pois bem assim que pego na cana dele noto que a linha está presa, puxo ligeiramente e…. meus amigos, tive o arranque mais violento que alguma vez tive na vida, seguramente 50 metros de linha em 2 ou 3 segundos. Logicamente quanto mais puxávamos mais linha saia do carreto, até que decidimos cortar a linha no momento em que a bobine estava quase a chegar a meio. Tratava-se de uma raposa nova que se prendera na montagem que ficou num dip no chão, o que não seria grave se esta montagem não tivesse ficado presa a linha do carreto e a cana. Moral da historia, deixar montagens em dips sim, mas de preferência fechados e sem estarem presos à linha da nossa cana. DCM: Foi uma sorte ele ter-se apercebido antes que fosse tarde demais! Muito obrigado Pedro, marcamos encontro à beira da água!
22
23
24
25
não é valorizado o maior exemplar. Essa valorização podemos fazer nas nossas sessões fora da competição, com os nossos amigos, com os nossos
convívios, algo que de facto nos proporciona grandes momentos de descontração e lazer, aliados a umas boas capturas se possível.
Análise de uma prova No gráfico podemos analisar como decorreu uma prova, neste caso o encontro Internacional de Pesca à Carpa, que se realizou na Albufeira de Montargil. Em competição, mais importante que saber quem são as duplas, é perceber o que se passou na prova. Pelo gráfico exposto, podemos facilmente perceber que houve um pico de capturas nos pesqueiros 4, 5 e 6. Pode ter a ver com os pesqueiros, com a maneira como estas 3 equipas trabalharam,
Peso Total
47,65
PESO TOTAL
por algum motivo houve mais capturas e o peixe entrou melhor aqui. Normalmente, em competição, os pesqueiros das pontas são os que podem influenciar mais os resultados, mas neste caso isso não se verificou, aliás, nas 2 provas do nacional deste ano, as vitórias não foram obtidas em pesqueiros de ponta, coincidência ou não… 1º Lugar - Roménia - pesqueiro 5 2º Lugar - Portugal - pesqueiro 4 3º Lugar – França - pesqueiro 6
31,35 24,3 15,45
9,6
2,15 4,25
1,6
3,75 3,55
7
7,2
12,35
17,7
14,8 3,35
3,3
0
0
50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0
LISTA DE PAISES ORDENAOS POR PESQUEIROS, MARCADOS DA ESQUERDA PARA A DIREITA. Soma
Como podemos participar em competições de pesca à Carpa? É muito fácil, basta ir a um clube de pesca que esteja filiado na FPPD, fazer a inscrição no clube e de seguida pedir a inscrição da FPPD. A inscrição/filiação na FPPD, tem um custo anual aÊrondarÊosÊ30�.ÊH�ÊclubesÊqueÊsuportamÊesseÊvalor,Êem outros são os atletas que o pagam. Essa filiação anual dá direito a participar em tudo que sejam provas da FPPD, sendo que cada modalidade tem um preço de inscrição. Ou seja, há uma inscrição/filiação e nos anos seguintes, renovação na FPPD, mais o custo de inscrição para cada modalidade que tenhamos direito a participar. No caso específico do Nacional de pesca à Carpa, a inscrição anual no presenteÊanoÊfoiÊdeÊ115�ÊporÊdupla,ÊparaÊasÊ3Êprovas.ÊSobreÊaÊconstitui��oÊdeÊduplas,Ên�oÊ�Ê necessário que estejam os 2 atletas filiados no mesmo clube. Pode cada um ter o seu clube e serem de zonas geográficas completamente distintas. 26
Já que se fala em competição e campeonatos do mundo, vou explicar como é apurada a
Como podemos participar em competições de pesca à Carpa? É muito fácil, basta ir a um clube de pesca que esteja filiado na FPPD, fazer a inscrição no clube e de seguida pedir a inscrição da FPPD. A inscrição/filiação na FPPD, tem um custo anual a rondar os 30€. Há clubes que suportam esse valor, em outros são os atletas que o pagam. Essa filiação anual dá direito a participar em tudo que sejam provas da FPPD, sendo que cada modalidade tem um preço de inscrição, ou seja, há uma inscrição/filiação e nos anos seguintes, renovação na FPPD, mais o custo de inscrição para cada modalidade que tenhamos direito a participar. No caso específico do Nacional de pesca à Carpa, a inscrição anual no presente ano foi de 115€ por dupla, para as 3 provas. Sobre a constituição de duplas, não é necessário que estejam os 2 atletas filiados no mesmo clube. Pode cada um ter o seu clube e serem de zonas geográficas completamente distintas. Já que se fala em competição e campeonatos do mundo, vou explicar como é apurada a seleção nacional de pesca à Carpa. Este é um tema controverso, e tem recebido muitas críticas, a maior parte delas por desconhecimento do regulamento. Podemos ou não concordar com ele, mas é o que temos, e é por aí que nos devemos guiar. O regulamento é bem claro quanto à composição da seleção nacional de pesca à carpa: Da SELEÇÃO fazem parte as duas primeiras duplas classificadas do Campeonato Nacional de Carpas do ano anterior, mais duas que são escolhidas pelo Selecionador e só por este, de entre os seguintes pescadores: a) A dupla Campeã do Mundo do ano anterior (caso exista) b) As duplas com o estatuto de Alta Competição c) As duplas com o estatuto de Percurso de Alta Competição d) As duplas que se mantiveram na 1ª Divisão no Campeonato do ano anterior. Este regulamento pode ser consultado no site da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva: http://www.fppd.pt/Uploads/file/Regulamentos http://www.fppd.pt/Uploads/file/Regulamentos%20 %20FPPD/Atuais/REGULAMENTO%20DE%20SEL FPPD/Atuais/REGULAMENTO%20DE%20SELEC%C3 EC%C3%87%C3%95ES%20NACIONAIS%20-%2 %87%C3%95ES%20NACIONAIS%20-%20rev%2 0rev%202013.pdf 02013.pdf Espero que os leitores da DIGITAL CARP MAGAZINE tenham ficado com uma ideia do que é a pesca à Carpa de competição. Alguma dúvida teremos todo o gosto em esclarecer. António Lopes 27
http://www.ccmoore.com/bait-blog/ um excelente blog.
http://www.dynamitebaits.com/news/2013/09/60-falls-to-new-bait
http://www.foxint.com/new-releases.php?catalogue=1
http://www.nutrabaits.net/news.php?number=81 28
www.facebook.com/carpzone.baits 29
A Apcf foi criada em 2007 por meia dúzia de Carpistas amigos. Desde então e com uma vontade de ferro, tem dado provas de que é possível mudar o panorama do Carp Fishing a nível nacional, não só lutando pela alteração da lei das pescas como organizando encontros/convívios entre sócios e amigos, além de vários workshops, como o que foi feito na Albufeira das Andorinhas com algumas dezenas de crianças. Hoje com largas dezenas de sócios, a luta não está mais fácil, mas as várias vitórias já conseguidas apontam para um futuro ainda mais risonho para todos nós amantes desta modalidade.
A Associação Portuguesa de Carp Fishing faz, neste ano de 2013 seis anos de existência. Vivemos esta fase de uma associação jovem que continua a crescer. Este ano, aumentamos significativamente o número de associados e estamos bastante felizes por esse facto. Aproveito por agradecer a todos os que têm, com o seu empenho, a troco de nada, trabalhado em prol desta associação. A APCF nestes últimos anos tem trabalhado incansavelmente para divulgar a modalidade que todos nós amamos, tendo sempre contribuído em todos os meios de divulgação que estão ao nosso alcance para dar a conhecer esta fantástica modalidade e dar uma ótima imagem desta pesca desportiva. Gostaríamos de crescer mais e chegar mais longe, porque somos pessoas ambiciosas quer na nossa vida de associação, quer na pesca que adoramos procurando sempre pescar a maior carpa! A verdade é que, como na nossa pesca, é necessário procurar, investir e investir e trabalhar e trabalhar para conseguir aquele recorde com que sonhamos…
30
o associativismo também é o reflexo dessa procura, investimento e trabalho, quase sempre desvalorizado pelos outros que nos vêm do lado de fora! Realmente devo dizer que não foi tarefa fácil para esta associação com apenas seis anos estarmos neste momento envolvidos em vários grandes projetos, e tal só possível com o empenho dos nossos associados. Como já disse a nossa ambição é fazer sempre mais e melhor mas para isso é necessário a colaboração de todos, mesmo dos mais reticentes e críticos do nosso trabalho. Numa altura em que se “prega” há longos anos a alteração da velhinha lei das águas interiores é importante unirmo-nos. A Associação Portuguesa de Carp Fishing como o nome indica é uma associação nacional que embora tenha nascido no norte num grupo de amigos, neste momento conta com dois núcleos: Centro e Sul; que muito tem crescido neste último ano e nos tem enchido de alegria. Desejamos que estes núcleos consigam juntar os seus associados locais e que possam desenvolver atividades e divul-
31
gar a nossa modalidade. Se possível melhorar também as condições para a prática do Carp Fishing. Neste último ano a APCF encontrou o seu local para aplicar os conhecimentos dos seus associados na criação de um lago que em breve terá condições para a prática da nossa modalidade. Este é sem dúvida o projeto mais ambicioso desde a nossa criação e para o qual será necessário o empenho dos seus sócios e dos futuros associados! Todas as mãos são úteis! Nesta breve apresentação (porque seis anos de trabalho sem dúvida que dariam muito para escrever) gostaria de referir outra marca da qual nos orgulhamos, que é o nosso acarinhado evento anual e uma marca nacional no nosso mundo do Carp Fishing: o “Carp Adventure”, que além de ser uma competição reconhecida, preza por ser um momento fantástico de convívio entre os seus associados e amigos. Este evento nacional, o Carp Adventure, tem visitado vários locais em Portugal e é certo que dificilmente esgotarão as possibilidades porque Portugal está cheio de barragens, rios e lagos onde existem algumas condições para a prática do Carp Fishing. É também o nosso objetivo melhorar estas condições! Temos tido excelentes relações com a Câmara Municipal de Vieira do Minho, e neste ano de 2013 e exemplo disso, foi-nos concedido um espaço que será a nossa sede Nacional, que dista escassos
32
metros da magnífica Barragem do Ermal. Neste ano de 2013 que terminamos mais um mandato quero em nome pessoal agradecer às pessoas (amigos) que constituem a direção, 5 pessoas fantásticas que comigo trabalharam nestes últimos dois anos. Agradecer aos responsáveis pelos núcleos de trabalho que se empenharam e que conseguiram desenvolver todas as atividades, com a ajuda dos nossos sócios.
Sei que este texto não é apelativo para os praticantes do Carp Fishing e amantes desta pesca, mas se mesmo assim sentirem um pouco de vontade de trabalhar e lutar por melhores condições em Portugal para a prática desta modalidade, temos a porta aberta para todos! Gostaria de terminar dizendo que poderíamos ter feito muito mais... Mas a verdade é que não nos envergonhamos de nada destes últimos 6 anos e sentimos que temos conseguido alcançar mais do que pensávamos. Caso se queiram juntar a nós, podem preencher o seguinte formulário: goo.gl/eLGbNZ APCF – Pesque e Solte… Sempre! O Presidente, Pedro Leitão
https://www.facebook.com/associacao.portuguesa.carp.ďŹ shing http://www.apcf.pt
33
34
35
36
37
• Tapdole Multi Bead Artigo muito versátil, permite várias utilizações. Embalagens de 10 unidades. Cor igual à da restante gama.
• T e C
• Kwik Change Drop Off Inline Um dos melhores novos artigos por embalagem e tamanho 7 mate. Permite fazer uma mo Drop Off perfeita.
• Double Ring Swivel Destorcedor muito usado em montagens Drop Off. Super resistentes e de cor negra mate. 8 Unidades por embalagem. Tamanho 7.
38
• Extending Boilie Props Três tamanhos em cada embalagem. Muito úteis. Cor semitransparente.
• Heavy Duty O Ring Não servem para fazer montagens tipo Antieject derivado ao seu tamanho. São destinadas a montagens Chod Rig e Helicóptero. Poderão ter ainda outras finalidades. Embalagem de 15 unidades, acabadas em cor negra mate.
• Hooklink Sinkers Em tudo semelhantes aos Mainline Sinkers, estes serão para usar na ajuda à camuflagem da linha da montagem.
Swivel s. 8 Unidades 7. Cor negra ontagem em
• 12 Kwik Change O Ring Embalagens de 10 unidades e acabamento negro mate.
39
• Buffer Sleeves Direcionadas para as montagens Chod e Heli, poderão no entanto servir outras. 6 Unidades por embalagem e cor Trans Khaki.
• Marker Elastic Não pode faltar um produto deste género na caixa de um carpista. Vem apresentado na cor Vermelha, bastante visível, mesmo com pouca visibilidade. Embalagem semelhante à usada no coretex, com 20m de um produto que tem uma fácil utilização.
• Inline Drop Off Lead Kit Pescar em alguns lugares mais apertados faz com que seja imperativo soltar a chumbada depois da ferrada, para tornar a luta com a Carpa Menos complicada. Vem em embalagens de 5 unidades. O conjunto são 5 Borrachas e 5 Inserts. Acabado na cor Trans Khaki.
40
Numa altura produto apre da mesma fo Green e Brow
• Tungsten Beads Podem trabalhar diretamente na linha ou em conjunto com os Sinkers. O seu tamanho de 5mm permite uma excelente liberdade de movimentos à montagem Chod, por exemplo. 15 Unidades por embalagem e cor escura, mate.
• Tungsten Chod Bead Kit Kit completo para colocar a montagem Chod Rig. Vem em embalagens de 6 kits.
• Submerge a em que se começa a banir o Leadcore um pouco por todo o lado, este esenta uma alternativa, com a mesma resistência a abrasão, a laçada é feita orma e afunda rapidamente. Vem em bobines de 10m. Cores disponíveis, wn (verde e castanho) e tem dois tipos de resistência, 30 ou 45lb.
• Shrink Tube Apesar de haver no mercado já alguns tipos de Aligner prontos a utilizar, acreditamos que Manga Termo Retrátil nunca ira desaparecer do mercado, pois é um produto com muitas aplicações. No anzol, não só permite fazer o alinhamento da linha que pretendemos como nos deixa fazer ajustes, por vezes tao importantes que marcam a diferença. Cor Trans Khaki como acabamento e dois tamanhos a disposição, XS 1.4 – 0.6 e S 1.8 – 0.7. Cada embalagem traz 10 unidades.
41
• Camo Leadcore Apesar de já na própria gama haver alternativas, ainda assim a Fox retocou o seu Leadcore, apresentando-o agora em duas cores de camuflagem, Light Camo e Dark Camo. Apresentam quebra de cor, em vez de uma cor contínua, como o anterior. Fabricam em bobines com 7 ou 25m.
• Armadillo Substitui diretamente o a A finalidade também Snag/Shock Leader. Com que os novos Hooklinks o opções de resistência, 30 20m.
• Camotex Stiff Em apresentação de cores e bobine ig tem diferente a propriedade que o nom aconselha que não sejam feitos nós com porado pois como é tao rígido pode part timento). • Camotex Soft O fio tem revestimento plástico, mas é tao macio que parece entrançado natural. Tem o sistema de cor denominado como “Break Camouflage Pattern”, não apresentando uma cor contínua mas sim com variações, o que lhe confere uma excelente camuflagem. Vem em 15, 20 ou 25lb de resistência e nas normais bobines de 20m.
42
anterior com o mesmo nome. é a mesma, servir como a mesma cor de acabamento ou Leadcore, apresenta duas 0 ou 45lb. Cada bobine tem
• Reflex Camo Substitui diretamente o antigo Reflex Braid. As cores são Dark Camo (tons de castanho) e Light Camo (tons de verde). A resistência do fio que vem em bobines de 20m vai de 15 a 35lb, tendo ainda uma resistência intermedia de 25lb. É um fio super macio, excelente para combinar com Fluoro Carbono na montagem de um Combi Rig, ou então para usar com sacos de Pva, que evitam que se enrede no lançamento, deixando depois a montagem muito bem apresentada. O fio afunda sem precisar de massa de tungsténio.
• Coretex Matt Para muitos o melhor Hookling do mercado, o antigo Coretex era limitado em resistência, com a nova gama, que engloba 15, 20, 25 e 35lb, essa lacuna foi resolvida. Melhorado em relação ao anterior também pelo novo revestimento exterior, que agora é mate, ao contrário do anterior que brilhava um pouco. Vem em bobines de 20m transparentes, embora a cor do aro que a envolve rapidamente identifica a cor do material, que deixa a escolha entre Gravelly Brown e Weedy Green.
gual ao Camotex Soft, me indica, rígido. A Fox m o revestimento incortir-se (apenas o reves-
43
Aventura em França É sempre grande a azáfama quando se trata de ir pescar uma semana. O receio que falte alguma coisa que ficou em casa está sempre presente. Claro que este mesmo receio também faz levar coisas que nunca irão ser precisas... Por mais cedo que se comece a preparar a viagem, há sempre alguma coisa que à última da hora acaba por falhar. Por sorte planeamos sair 12 horas antes do necessário, pelo que mais uma hora ou menos uma não fez grande diferença. Esta viagem, inserida no projeto Apcf de “Viagem Internacional” que se realiza todos os anos, começou a ser preparada quase um ano antes, a reserva do pesqueiro foi feita em Setembro, nos meses seguintes foram incontáveis as horas passadas a ver vídeos, ler reportagens, ver as novidades no site… tudo o que nos pudesse ajudar a fazer boas capturas. No último mês a ansiedade da espera do dia que não chegava… Com todo o meu material carregado no Saxo (este carro parece um jeep) lá arranquei ao encontro do Ramos que estava à espera na Guarda. Pelo caminho encontreime com os dois outros companheiros de viagem, o Luís Silva e o Nuno Lima, que me esperavam em Viseu. A A25 foi percorrida sempre com um misto de tristeza, revolta e indignação. A vista não alcançava mais que poucas centenas de metros, tal era a camada de fumo que empestava o ar... Fumo dos incêndios que tão tragicamente queimavam as nossas florestas. Depois de um alegre almoço que foi ainda em território nacional, no restaurante Prado Verde em Vilar Formoso, lá seguimos viagem. A E-80 em Espanha estava cheia de carros dos nossos imigrantes, que retornavam aos países que os acolhem durante quase todo o ano. A maior parte deles olhava com admiração para um Jeep e uma carrinha carregados de tralha até ao teto, a admiração deles era o nosso tipo de malas, tudo sacos verdes! Um conselho nesta altura do ano (agosto), tentem fazer a viagem de noite, o calor à meia tarde torna-se insuportável. Como levávamos tempo de sobra, sempre deu para parar e refrescar sempre que necessário. Também é conveniente levar água à mão no carro. O jantar foi numa estação de serviço antes de San Sebastian. Uma sandes de tortilha e meia de presunto para cada um... Até que soube bem! A viagem em França foi curta, cento e poucos km, e chegamos a Pau. O Iktus não está assim tao bem identificado, apesar de ser um complexo enorme. As grandes placas que indicavam a direção tinham a inscrição em letras gordas, Maison de Lacs, mas apenas uma minúscula
44
O Iktus está inserido num complexo desportivo chamado Maison de Lacs, situado em Laroin, Pau. A sua beleza natural, a diversidade de espécies e as excelentes condições ajudaram a decisão de partir em mais uma aventura em terras de França. Foi uma semana difícil, ainda assim a viagem compensou! Confiram a seguir…
alusão ao Iktus, pelo que demos várias voltas até o encontrarmos. Quando finalmente vimos o lago, estávamos nas traseiras, ainda assim, era uma questão de minutos, até chegarmos ao portão principal. Como já era tarde, não quisemos incomodar ninguém no lago, pelo que ficamos no exterior do portão principal. Começamos na conversa e quando demos conta das horas já eram 5 da manha! Dormitamos um pouco nos carros e quando se fez dia entramos e demos uma vista de olhos ao lago pequeno, que por sinal não é assim tão pequeno... Voltamos a sair, tomar o pequeno-almoço e fazer as compras, afinal tínhamos frigorífico, micro ondas, fogão... Podíamos bem tratar das refeições! Depois das compras, que podem ser feitas a umas escassas centenas de metros no Carrefour, fomos tratar de nos apresentar, receber algumas instruções, informados das regras (já as sabíamos de antemão) e em breve fomos acompanhados ao pesqueiro pelo Ceryl. Entretanto chegou o pessoal da CCMoore de Espanha, uma troca de cumprimentos e lá fomos em direção ao Vip. O Luís, o Nuno foram connosco e como o pesqueiro
6 ainda estava ocupado, tiveram que aguardar um pouco no Vip. A dimensão do lago principal surpreendeunos! É maior do que parece na página da internet! Descarregado todo o material, canas preparadas, iscos selecionados, começou a sondagem. Num lago enorme como o Iktus, a sondagem torna-se ainda mais importante, pelo que quando começamos a colocar as canas, a tarde estava praticamente no fim. As minhas montagens ficaram, a cana da esquerda a 55m num pequeno alto a 4m de profundidade, a volta caía para mais de 6m... A cana do meio ficou na divisão do pesqueiro 7, numa zona de altos e baixos. Por último a cana da direita, ficou a curta distância, junto a uma pequena árvore caída na margem, bem à maneira que eu gosto de pescar, obstáculos, carreto trancado e de forma a permitir engodagem à mão pela margem. Esta viria a ser mesmo a única cana a ter uma captura na primeira noite... Por volta das 23:45 a cana mais distante do Ramos dá sinal, que logo foi entendido como
Pela cara de esforço pode ver-se que era um peixe pesado!
45
peixe preso no anzol Long Shank da Fox que é habito estar na ponta do estralho! Uma vez que também estava perto dos obstáculos, mal a sentiu presa logo a puxou para trás. Pela forma como a trabalhou alguns minutos pareceu-me um peixe muito pesado, talvez um Siluro... Ainda assim ele insistiu que pela forma de puxar era uma carpa! Estava eu de camaroeiro na mão quando a minha cana da direita começa a abanar e o Delkim a gritar aflito, (a sensibilidade estava ao máximo) tive que largar o camaroeiro rapidamente, pois era a cana que tinha o carreto trancado, não podia dar-lhe linha! O Fluoro Carbono tem vantagens e desvantagens, e a maior desvantagem tem a ver com a maior vantagem, que é colar-se ao fundo! É muito bom pra manter a linha discreta, mas quando há ervas ou pedras também se entranha no meio delas. Como sabia de antemão que era um local onde não podia facilitar estava a usar uma montagem Drop Off, o que acabou por facilitar a luta, a carpa acabou por levantar e consegui colocá-la no tapete. Pesou uns modestos 9,8kg, mas era uma bonita Mirror e para primeira até não era nada mal!
Entretanto o Ramos tinha entrado no barco e andava perto de onde a carpa ferrou... Mau sinal pensei eu, tinha ficado presa... Infelizmente acertei! Depois de uma longa tentativa para a soltar, acabou por se prender num fio que outro pescador tinha perdido, quando por fim conseguiu retirar a montagem o Long Shank estava aberto... No dia seguinte, quando voltamos lá com a sonda percebemos que havia uma árvore morta entre o local da montagem e o Rod Pod... Tinha-nos escapado no dia anterior! Com todas as montagens de novo na água voltámos às Bedchairs, bem precisávamos de descanso depois da viagem, noite anterior mal dormida e um dia de canseira. Infelizmente foi até ao nascer o sol, que entrava diretamente pela porta da tenda. Em compensação tínhamos a tarde toda à sombra, que no fundo é coisa que não falta naquele pesqueiro. Com o decorrer das horas fomo-nos apercebendo que havia alguma movimentação de peixe, especialmente perto do meio-dia. Tínhamos deixado as monta-
Record pessoal em Grass Carp, deu uma luta fantástica!
46
A maior Carpa da sessão, uns impressionantes 19kg.
gens intocáveis desde a meia-noite, era provável que já não estivessem 100% operacionais, pelo que era imperativo mudá-las. Como de costume, e sempre insatisfeitos por natureza, começamos também a procurar novos possíveis locais. O Ramos retirou a montagem que tinha tido o arranque e colocou-a mais à direita, junto a um local que parecia muito bom. Eu acabei por retirar a cana do meio e colocá-la à esquerda, a quase 6m de profundidade. Apesar dos Siluros me atraírem pouco, um dos grandes desejos desta viagem era capturar um Esturjão, pelo que esta era a intenção ao colocar a cana neste local. O isco foi Odyssey XXX com um Pop Up de Ananás/Banana. A do meio ficou com Odyssey e um Pop Up Cell branco e a que tinha dado a captura ficou com o mesmo isco, um Boilie simples de Live System, isco que se viria a ser o que mais capturas proporcionou! De realçar as condições do Iktus, que é muito mais que um lago para pesca, tem uma pista em toda à volta em terra batida onde há sempre gente a correr, andar a cavalo, passear ou andar de bicicleta, além de vários Chalés onde é possível acomodar uma família, do género parque de campismo, bastantes árvores e um restaurante para os mais preguiçosos que não querem fazer a comida. Para os mesmo muito preguiçosos há ainda a possibilidade da comida ser entregue no pesqueiro! É possível tomar banho num dos dois Chalés destinados aos pescadores, onde rapidamente se
47
chega na bicicleta disponível no Vip. Nos outros pesqueiros também é possível alugar, e que transforma as largas centenas de metros que separam alguns pesqueiros da zona de convívio e conforto numa rápida viagem. Mediante aluguer de um pequeno dispositivo, foi possível ter internet no pesqueiro, o que permitiu ir ficando em contacto com o resto do mundo... O que as vezes nem é assim tao bom, mas… A hora de almoço serviu para fazer um dos costumeiros pratos de arroz de feijão com carne grelhada. Serviu também para combinar uma feijoada para o dia seguinte, segunda-feira, para os quatro, eu, o Ramos, o Nuno e o Luís. Depois das canas colocadas, jantamos cedo e recolhemos às tendas ainda com alguma claridade. Entretanto tinha começado a chover. Antes de ir para a tenda ainda espalhei uns Boilies com o Eazy Stik nos sítios das montagens da esquerda e do meio. No caso da cana da direita, uma vez que era perto da margem, contornei as árvores ao lado do estacionamento do jeep (o Vip e o único pesqueiro onde é permitido ter o carro, ainda assim, apenas permitem que se saia uma vez com ele, a partir daí tem que ficar no parque junto do restaurante) e fui colocar uns quantos Boillies partidos e Pellets no local da montagem. Foi uma boa opção, pois às 22:15h o Delkim azul começou a cantar. Pela forma como a carpa se comportava disse ao Ramos que devia andar a volta de 14 a 15kg. Não me enganei muito, pesou 15,4kg, mais uma vez era uma Mirror. Tratamento da pequena ferradela do Kaptor 6, fotos da praxe, pesagem e água. Pouco depois voltava a montagem para o mesmo sítio e eu para a Bedchair. 22:50h e novo arranque, na mesma cana dos anteriores. Como havia muitos obstáculos,
48
rapidamente recuei com a cana e retirei-a da zona perigosa, de repente duas cabeçadas, como daria um barbo, mas um barbo grande!... A profundidade da água junto à margem onde me encontrava era bastante reduzida, tinha mesmo que entrar na água para poder colocar as carpas dentro do camaroeiro sem estas arrastarem na areia. O problema numa situação destas, e que ao perceberem que estão a ficar sem água, as carpas lutam ainda com mais forca. Foi o caso desta, que arrancou várias vezes quando já estava perto do camaroeiro. Da forma como o fazia e com as cabeçadas que dava, levou-me a desconfiar que não era Mirror como as outras, e não era mesmo, era sim uma Grass de 16,3kg! Quem já teve o prazer de ferrar uma menina destas, consegue imaginar o que passamos para a pesar e fotografar! De manhã tivemos a agradável visita do Gonzalo Gil, um pescador Espanhol, que quando viu a faixa da Apcf nos disse que conhecia a associação e tinha ideia do que representava em Portugal. Durante esta visita desapareceram uma garrafa de Porto e uma de Favaios! Entretanto o Nuno e o Luís já se tinham juntado a nós. Como o Gonzalo já esteve varias vezes no Vip e no 6, deu-nos alguns conselhos, alguns deles pareceram-nos interessantes... Ele e os colegas ainda não tinham feito qualquer captura. O lago estava a produzir pouco peixe, o que queria dizer que o facto de não estar a sair peixe nas nossas outras canas não significava que algo estava mal, era aguardar para ver... Ao meio dia comecei a preparar a feijoada bem picante como o pessoal gosta! A tarde foi passada quase toda com o Luís e o Nuno, a maior
49
parte do tempo a sondar o pesqueiro deles, não estavam satisfeitos com os locais das montagens, pelo que andámos a procura de alternativas. Pessoalmente gostei muito da margem esquerda do Luís... O Nuno iria tentar uma cana bem encostada à margem direita, a conselho do Gonzalo! Durante a sondagem aconteceu um dos momentos mais emocionantes da viagem, mesmo junto do barco, como que a acompanhar-nos, uma carpa começou a saltar deixando-nos sem qualquer reação. Deveria rondar entre os 8 a 10kg e tinha uma linda cor dourada, além de que parecia muito feliz! Foram mais de uma dezena de saltos, que também a nós nos deixou muito felizes! As 21:30h novo arranque na cana do costume. Uma bela luta e uma carpa muito bonita, uma pequena Mirror com 7,3kg que não resistiu ao doce aroma dos Live System! As expectativas eram altas para esta noite, mas saíram defraudadas. Vimos chegar a manhã sem novos arranques. O silêncio tinha sido uma constante em todo o lago! Por volta das 8h o Ramos decide mudar a cana que tinha mais à esquerda, junto da árvore submersa, um 50
punhado de Equinox partidos, e talvez meio kg de Pellets. No cabelo um Equinox com um Silent Assassin, o que dá um aspeto muito atrativo. A montagem foi colada pelo Bait Boat e decidimos não mexer nas outras montagens. Estava eu a tratar de uns apontamentos chega o nuno, após poucos minutos de conversa ouvimos um bip num dos Delkim, cheguei a pensar que era uma Brema, um pouco mais cedo a mesma cana tinha tirado uma, quando novo bip me fez levantar e ir até à cana, foi quando reparei que o fio estava a levantar! Rapidamente e com um forte puxão ferrei o peixe! Rapidamente percebi duas coisas, lutava muito e não era uma carpa, Siluro ou Esturjão? Nunca tinha tirado nenhuma das duas espécies, pelo que fiquei a pensar que se fosse um Esturjão teria arrancado mais rápido, portanto previa que viesse lá um gato! O peixe quase puxava para onde queria, restando-me apenas a possibilidade de o manter sobe pressão. Quando estava já bem perto do camaroeiro dissiparam-se todas as dúvidas, um grande salto fora de água mostrou-nos um belo Esturjão negro! Viria a repetir várias vezes o salto, que nos deixou maravilhados! Como são peixes muito delicados, não é aconselhável o uso de camaroeiro, pelo que a ajuda do Nuno foi preciosa, com o saco de pesagem
conseguimos segura-lo, desferra-lo, fotografar e fazê-lo marcar na Reuben Heaton 39lb, aproximadamente 17,7kg. O isco tinha sido um dos novos Equinox! Como o peixe não era muito ou não andava a comer, decidi que uma das canas iria ficar num sítio de dia e de noite em outro, pelo que aproveitei e reposicionei todas as canas nos devidos lugares. A seguir fui tomar banho... Sabe sempre que é uma maravilha... De caminho passei no pesqueiro 15, onde estava um casal Francês dentro do barco a lutar com uma captura, infelizmente perderam-na, talvez porque a montagem não estava nas mais perfeitas condições, eram dois Boillies de 24mm e com apenas 2 ou 3mm entre estes e o anzol, o que não liberta grande espaço para este trabalhar, e que pode ter sido a causa da ferragem deficiente... Na volta passei pelos pesqueiros do pessoal de Espanha, eram 3 pesqueiros, no primeiro eles andavam no barco a colocar montagens, no segundo estava o pessoal da CCMoore Team Espanha, apenas com duas bremas capturadas, por sinal com Equinox, no terceiro e último pesqueiro, do Gonzalo, este não estava. Voltei ao nosso pesqueiro, e aproveitei para relaxar um bocado...
Todo o dia e praticamente toda a noite foram calmos, como tinha delineado estratégias diferentes para dia e para noite, à meia manhã trocava duas das canas para os pesqueiros mais fundos, de noite, uma ficava num desses pesqueiros, outra para um pesqueiro do género do que estava a produzir peixe, à margem com baixa profundidade. Por volta das 5:00h da manha, novo arranque na cana do costume, uma breve luta e deu para perceber que seria pequena, ainda assim seria bem-vinda. Uma ida ao tapete confirmou 7,3kg de Mirror, contudo era a carpa mais bonita que tinha saído! Durante a manhã, na visita diária ao wc, passei pelo pesqueiro 15 do casal Francês onde se tinha ouvido movimentação durante a noite, tinham capturado dois Esturjões, um de 17 e outro de 21kg. Nos pesqueiros do pessoal de Espanha, apenas o Gonzalo tinha capturado uma carpa de 18kg. Continuava a sair pouco peixe... O dia passou sem novidades, como a estratégia estava delineada comecei uma árdua tarefa que andei a adiar vários dias, não por falta de vontade mas por falta de tempo, a leitura de "Inferno", que tal como todos os outros livros de Dan Brown, agarrou-me de tal forma 51
que até me acabava por abstrair da verdadeira razão porque estava ali. Já tarde na noite o sono acabou por chegar, mas não estive a dormir muito tempo, as 2:50 uns bips seguido de um grito estridente no Delkim fizeramme voar para a cana da esquerda, era a madrugada de Quinta-feira, a cana que estava a pescar a mais profundidade e ainda não tinha dado sinal de vida, pelo que o arranque agoirava algo de bom! Uma batalha demorada, com um peixe que puxava para onde queria, a única coisa que eu podia fazer era contrariar a direção que ela tomava, ainda assim só a abrandava... Não sei quanto tempo demorou, mas quando a consegui colocar no camaroeiro já me doíam os braços. Era uma impressionante carpa de 19kg! Muito bonita e sem dúvida muito forte, pois eu estava tao cansado quanto ela! Voltei a colocar a montagem no sítio, fiquei sem sono, pelo que me entretive a preparar a engodagem para a mudança de canas da manha seguinte, o que acabou por acontecer por volta das 10h da manha. Estava com a primeira cana reposicionada, que ouvi um assobio vindo do pesqueiro 6, havia movimentação mas a distância não dava para perceber o que era, com o uso dos binóculos consegui ver que eles estavam a fazer sinal para irmos la... Peguei na bicicleta, rapidamente lá cheguei, estavam os dois dentro de água com um peixe dentro do saco de pesagem. Dentro é como quem diz, o saco até era grande, mas dois palmos de peixe estavam de fora! Quando abriram o saco fiquei maravilhado, um enorme Esturjão Trasmontanus! Ía esgotando a balança que pesa até 50kg, parou nos 49kg! ENORME e LINDO! Tiramos dezenas de fotos, todas elas de cortar a respiração! Mais tarde, quando mostramos as fotos ao Laurent, este disse-nos que apenas havia dois Trasmontanus no lago, um de 53kg, o record do lago em Esturjão, e este de 49kg! Impressionante! Parabéns rapazes! Entre o livro e a moleza que me deu, guardei a ida ao banho para depois de almoço. Gastava mais ou menos uma hora desde a saída até voltar, e voltei à hora certa! O nuno estava no nosso pesqueiro, disseram-me que havia muito movimento de carpas pequenas a saltar numa das minhas zonas de engodagem, alguns segundos depois um dos Delkim começa a apitar e a ouvir-se o característico barulho do carreto a dar fio! Uma bela luta, uma carpa pequena mas muito forte e bonita. Reposicionei todas as canas às 16h, iriam ficar por pouco tempo, mais tarde iriam ser colocadas nos respetivos sítios para a noite. Aproveitei e engodei também os sítios que não estava a utilizar, eram cinco que engodava todos os dias, mas penas utilizava três de cada vez.
52
A noite passou sem grandes novidades, o Ramos ferrou uma Carpa pequena, eu tirando os bips provocados pelos ratos que passavam pelos fios, não tive movimento nos meus alarmes. O dia seria semelhante para mim, talvez as carpas soubessem que tinha um livro para acabar de ler e não me quisessem incomodar! Sensivelmente a meio da tarde, a cana que o Ramos tinha colocado onde eu tinha tirado os primeiros quatro peixes deu um abanão tremendo e o carreto começou a dar fio. A princípio parecia pequena e fácil de controlar, mas mal se acercou da água pouco profunda, um grande arranque me fez recordar a carpa Grass que tinha tirado no mesmo sítio uns dias antes... Novo arranque e depois outro confirmaram as suspeitas. Veio ao tapete uma enorme Grass, gêmea até no peso da anterior captura, uns impressionantes 16,3kg. Algumas horas depois o luís finalmente conseguia bater o seu record pessoal, uma bonita carpa de 14kg, mais que merecida pelo trabalho e dedicação que ele teve durante toda a semana. A última noite chegou, com ela chegou também o fim do livro, parecia que tínhamos chegado ontem... Para esta noite decidi deixar a cana que tinha tirado o maior exemplar no mesmo sítio, com um Snowman, a segunda cana no local onde não havia dado qualquer toque durante a semana, mas que estava bastante engodado, a única alteração foi o isco, uma pequena Tiger com um grão de milho Pop Up de aroma Scopex, uma montagem que já me deu incontáveis capturas, inclusive no difícil Rio Douro. A terceira cana iria ficar com um simples Boilie, no pesqueiro que foi engodado vários dias sem pescar, o pesqueiro destinado aos novos Equinox. Todos os dias confirmava a engodagem, tudo limpo! Para não alterar nada, e para ter a certeza que ficava tudo o mais discreto possível, coloquei a montagem de barco, com um simples Boilie para dar o aspeto de ali estar apenas mais um da engodagem, nem sequer coloquei mais nenhum perto do iscado, apenas os espalhei aleatoriamente. Para ter a certeza que a montagem caía perfeita tinha colocado um borracha comprida no Kwik Link, e um pedaço de espuma no anzol, para que caísse suavemente e o mais longe possível da chumbada. Numa semana onde saiu pouco peixe por todo o lago, e apesar do nosso ser o pesqueiro com mais capturas registadas, queríamos que tudo estivesse perfeito, mais uma captura ou duas iria transformar uma boa sessão numa excelente pescaria... Restava esperar... De vez em quando ouvia-se um salto… O sono que teimava em não aparecer acabou por chegar já tarde na madrugada, mas pouco tempo estive a dormir pois o lindo som do Delkim da cana da esquerda voltou a acordar-me, logo corri à cana e
começou a luta com uma menina que teimava em negar uma visita ao tapete. Era uma bonita Mirror, que parece ser a espécie em maior quantidade presente no lago, que veio alegrar a minha noite. Esta seria mesmo a minha última captura. O Ramos ainda ferrou uma mas acabaria por se soltar sem se deixar mostrar. A manhã chegou rapidamente, era preciso arrumar tudo o melhor possível para que viesse bem acomodado. As canas foram a última coisa a arrumar, mas não deram mais sinal de vida. Pelos lados do pesqueiro 6 a noite também tinha sido calma, apenas com a visita de um Veado! Como as versões deste estranho encontro noturno divergiam entre o Luís e o Nuno, ficamos sem ter a certeza se o Veado esteve mesmo lá ou foi o Luís que sonhou! Tudo empacotado, fomos tomar um banho para fazer a viagem o mais confortável possível e despedimo-nos do pessoal do Iktus, que foi sempre muito prestável e simpático. Encontramos o pessoal de Espanha também à saída e desejámos boa viagem mutuamente. Soubemos ainda que em outubro vão fazer um
super repovoamento nos lagos, incluindo o pequeno lago onde ainda só há Achigãs, vai passar a ter além destes uma grande quantidade de carpas. Pelos vistos a ideia é fazer daquele lago uma Runs Water. Todos nós vínhamos satisfeitos. Apesar de não ter saído muito peixe, tínhamos conseguido boas capturas e passado uns dias de descanso e galhofa. O Iktus é um lago com excelentes espécimes, Siluros, Esturjões de várias espécies e boas Carpas. Há ainda Lúcios com fartura para quem gostar de pesca em movimento. A semana foi uma das mais pobres do ano em relação a capturas, havendo mesmo alguns pescadores que não conseguiram levar sequer um peixe ao tapete, por esse motivo nós vínhamos bastante satisfeitos, pois de uma forma ou outra todos tínhamos batido um record ou capturado algum peixe em especial. Ficou também a vontade de voltar lá com melhores condições! Mais uma vez a viagem de regresso foi feita com bastante calor, mas as repetidas paragens nas estações de serviço foram-nos mantendo frescos e acordados. Orlando Loureiro
Com a visita deste pessoal desapareceram uma garrafa de Porto e outra de Favaios! Não conseguimos descobrir qual deles foi o responsável!
53
A CCMoore enviou-nos para testar a nova gama de Boillies que vai sair em 2014, uns Boillies alaranjados, com aroma de especiarias e frutados, de nome Equinox, retirei uma das canas que estava com Odyssey, escolhi novo pesqueiro, do género do que estava a produzir peixe, e foi feita engodagem com estes Boillies partidos, Pellets e sementes de canário misturadas com Tigers moídas que tínhamos preparado previamente. A iscagem foi feita com um Boilie normal de 18mm e um Pop Up Hellraizer de 15mm.
Uma das visitas noturnas que tanto prazer deu!
54
Recorde pessoal, muito suado e merecido!
Uma parte dos Stock de iscos enviados pela CCMoore! “Feijoada” Pela imagem percebe-se o quanto estava picante!
“Do Outro lado do Lago” “Na próxima edição iremos ficar com a visão “Do outro lado do lago!” As dificuldades de uma semana em que o peixe mal entrou no
pesqueiro, a batalha com um dos maiores peixes do lago, as visitas ao pesqueiro da frente… não percam… “ 55
56
57
58
59
No segundo dia da pescaria eu estava exausto, e contei com a ajuda dos amigos Eduardo Alves e o Sr. Luís, praticantes da pesca desportiva à Carpa Cabeçuda, uma prática que exige muita técnica e conhecimento para localizar a altura em que elas se alimentam e o que estão a comer neste dia, pois mudam de hábitos constantemente sendo praticamente impossível estabelecer um padrão. Às vezes apanham-se várias num dia com uma ou mais combinações de sabores e nenhuma em outro dia usando precisamente as mesmas técnicas e iscos, testando assim a experiência do pescador para novas combinações. O local escolhido foi o PESQUEIRO FEROZ localizado na cidade de Santana do Parnaíba, interior de São Paulo bem próximo à Capital, com uma ótima infra-estrutura proporciona ao pescador e sua família ótimos momentos de lazer e conforto.
primeiros raios de lua começaram novas capturas de exemplares que fizeram o meu coração disparar novamente. Houve momentos em que dois alarmes acionavam ao mesmo tempo, até mesmo um Bagre Africano que foi muito pescado aqui no brasil e está meio extinto resolveu aparecer! Gostaria de agradecer ao Sr. Lucas Osato e ao Sr. António Renato pela confiança em mim depositada e aos patrocinadores Chicletão do Mancha e Massas Cordeiros, e é claro também a equipa da revista DIGITAL CARP MAGAZINE. Espero ter mostrado boas fotos, provando que é possível a prática de Carp Fishing aqui no Brasil! “Boilie Mamao “ O Bolete da marca Chicletão do Mancha com aroma de milho que deu a primeira captura!
“Boilies Sanduiche” Uma excelente combinação entre milho e coco!
Munidos de bons equipamentos e bons iscos fizemos uma excelente pescaria, capturando belos exemplares de vários tamanhos. Ao anoitecer voltei a u sar a técnica para pescar as Carpas ao fundo. Não demorou muito, aos
“feroz – Eduardo alves – cabeçuda” Eduardo Alves com uma grande Carpa Cabeçuda! 60
“feroz – Eduardo alves – cabeçuda” Eduardo Alves com uma grande Carpa Cabeçuda!
“Feroz – Bagre Africano” Um dos peixes mais raros do Pesqueiro Feroz!
“Feroz – Mirror” - Uma visitante noturna para o Daniel.
“Feroz - Esq Luis Drt Eduardo Alves” Luis e Eduardo com uma dupla!
61
www.questbaits.com
62
63
Procolo
APCF Motamineral: Construir o Futuro do Carp Fishing em Portugal
Durante anos a APCF alimentou o sonho de gerir um lago privativo vocacionado para a prática do Carp Fishing. Esse foi até um dos seus projectos mais prioritários e ambiciosos. Após um período longo de pesquisas, contactos e reuniões, no dia 31 de Julho de 2012, a APCF celebrou, finalmente, um protocolo histórico e pioneiro com uma importante empresa do ramo da extracção de inertes, a Motamineral SA e com as juntas de freguesia envolventes. Tal como
acontece em Inglaterra (nos “syndicate lakes” – lagos cooperativos), o protocolo permite à APCF desenvolver, dentro de cláusulas acordadas mutuamente, o seu projecto de eleição. Só temos de louvar e agradecer a abertura e a receptividade com que o projecto foi recebido e aceite, quer pela Motamineral, na pessoa do Eng.º Valdemar Oliveira, quer pelas juntas de freguesia de Alvarães e Vila de Punhe, nas pessoas da Dr.ª Cristina Jacques e Sr. António Moreira.
Cristina Jacques, Valdemar Oliveira, Nigel Cave, Pedro Leitão 64
A indústria de extracção de inertes e os lagos de Carp Fishing A extracção de inertes (como barros, caulinos, gravilha) fornece matérias-primas para a construção civil, obras públicas e cerâmica. Em resultado dessa actividade, tem gerado, por todo o país, lagoas de dimensões e profundidades variáveis que poderiam ser requalificadas e aproveitadas para a prática da pesca desportiva e outros desportos, atendendo ao nível constante de água e ao seu rico ecossistema. Saliente-se que na europa central e nas ilhas britânicas, a maioria dos lagos de Carp Fishing, incluindo os mais famosos, tem esta origem. Infelizmente, em Portugal esta modalidade de requalificação era desconhecida. O destino dado a estes locais não tem sido, ambientalmente, o melhor, na maior parte dos casos: ou são aterrados ou transformam-se em lixeiras. Em Portugal, a APCF foi pioneira ao sinalizar este fenómeno e ao conceber um projeto de requalificação centrado no Carp Fishing que agora, finalmente, se está a materializar.
Balanço das intervenções realizadas no projecto Lago Volvido mais de um ano, cumpre fazer um balanço dos progressos realizados. De facto, o “Projecto Lago” da APCF mobilizou grandes esforços – levando sócios a colocar de lado a sua paixão pelo pesca – para participar em sessões de trabalho periódicas, que envolveram as mais variadas tarefas (desde limpar mato até plantar vegetação ou montar vedações), além dos encargos burocráticos, de pesquisa, planificação, selecção e compra de materiais e ferramentas. Com efeito, o projecto de requalificação do terreno/lago que firma o protocolo e as responsabilidades de cada entidade, especialmente da APCF – a dinamizadora do projecto -, envolve várias vertentes integradas num todo coerente, não se limitando à pesca desportiva, trazendo vantagens inegáveis (em especial ambientais) para todas as partes contratantes e sobretudo para a região.
65
Saliente-se, por outro lado, que a criação e a correta gestão de um lago de Carp Fishing exigem grande especialização técnica e profissional. Felizmente, a APCF além de ter desenvolvido, ao longo dos anos, apuradas pesquisas na área conta com sócios com formações e experiência profissional adequadas ao projecto em desenvolvimento. Além disso, consultou vários especialistas, incluindo biólogos da Universidade do Minho, como o Doutor Ronaldo Gomes Sousa. De facto, para criar um lago propício à nossa modalidade não basta efectuar um povoamento de Carpas (caso elas não existam) e começar de imediato a pescar, sem mais cuidados ou preocupações. Atendendo aos problemas diversos que afetam as nossas águas públicas, haverá poucos lugares no nosso país em que baste fazer isso. Se é facílimo obter ou encontrar um lago onde se podem pescar umas Carpas, mais difícil é criar um local onde as Carpas possam atingir o seu potencial máximo de crescimento. A natureza pode gerá-lo devido a uma confluência feliz de factores como a biomassa, disponibilidade de alimentação, nível e qualidade de água, predação, etc. Todavia, em Portugal, os casos são excepcionais e têm sido reportados na imprensa, nos fóruns e redes sociais. Geralmente, as nossas águas apresentam um excesso populacional de Carpas, as quais, em virtude disso, nunca podem crescer muito. Se adicionarmos a estes factores a pesca com morte dos escassos grandes exemplares (um pouco por todo o país) e a ausência de condições legais e infra-instruturais o panorama ainda se torna mais desolador para a prática do Carp Fishing.
Criação de lagos privados: uma via de futuro para o Carp Fishing português Mudar a situação através de um lago privado envolve dificuldades e obstáculos embora seja, quanto a nós, uma das soluções de futuro para o desenvolvimento do Carp Fishing em Portugal visto que apresenta diversas vantagens, que nunca é demais sublinhar: a possibilidade de controlar a pesca, controlar e gerir os factores piscícolas e aquícolas, proteger os peixes, as margens, etc.
66
Quanto às dificuldades técnicas, damos um exemplo óbvio. Efectuar, legalmente, um repovoamento de Carpas de boa estirpe (que só se vendem no estrangeiro, em Portugal, infelizmente, não há pisciculturas de Carpas) não é um processo simples e banal, ao contrário do que acontece lá fora. Devido a constrangimentos legais (lei das exóticas) que nos parecem excessivos e injustificados, é, burocraticamente, um processo complexo e demorado. Sobretudo para quem, como a APCF, faz questão de fazer tudo de modo transparente e legal, com o permanente acompanhamento das autoridades, neste caso o I.C.N.F., o que foi mesmo reconhecido e elogiado por este instituto. Neste e em outros campos, as dificuldades abundam mas jamais baixámos os braços. Além destes e de outros trâmites burocráticos/administrativos, é necessário lidar com aspectos ambientais, paisagísticos, desportivos e piscícolas que devem ser equacionados de uma forma integrada e harmoniosa. Resumidamente, as áreas de intervenção que nos cabem (nos casos indicados, com a ajuda preciosa da empresa proprietária do terreno) são as seguintes: - Correcção de margens, (com o auxílio da Motamineral), construção de pesqueiros e remoção de obstáculos submersos; - Edificação de vedação e portão. - Limpeza de matos, lixos e detritos; - Reflorestação, plantação de arbustos e plantas, requalificação paisagística e de habitats; - Requalificação piscícola; - Burocracia, processos administrativos, autorizações legais, gestão financeira; - Relações públicas; gestão e regulamentação da pesca; Em cada uma destas áreas, graças à ajuda da empresa proprietária, dos nossos sócios e do grupo de trabalho responsável, o projecto tem avançado a
passos largos. Deixamos aqui uma notícia abreviada dos avanços entretanto alcançados.
Margens e pesqueiros Um dos factores a considerar num lago de Carp Fishing é a disposição, consistência, amplidão, carácter plano, confortável e seguro dos pesqueiros. Inicialmente, apesar de possuir uma bela lagoa dotada de águas límpidas e boas profundidades, o terreno era demasiado acidentado e pantanoso para garantir as condições pretendidas. Se não fosse a ajuda preciosa dos funcionários e máquinas da Motamineral – a quem estamos muito agradecidos - não teria sido possível avançar tão depressa na correcção e terraplanagem das margens. Este trabalho ainda não está completamente concluído mas tem avançado depressa. Assim, criaram-se condições propícias à construção de um bom número de pesqueiros amplos, espaçosos, seguros e planos. Oportunamente, para garantir ainda mais conforto e segurança aos Carpistas, construiremos plataformas de madeira, gravilha e/ou aparas de madeira.
Vedação e Portão Tratando-se, de acordo com o licenciamento já aprovado pelo I.C.N.F., e sinalizado no terreno, de um lago privado em regime de pesca reservada (à A.P.C.F.), a protecção do lago, dos seus presentes e futuros habitantes, sem esquecer a sua limpeza, constitui algo de prioritário; algo que não se consegue garantir, infelizmente, em águas públicas o que nos entristece muito, quer enquanto Carpistas, quer enquanto cidadãos. A salvaguarda da segurança das pessoas incautas em relação a eventuais acidentes nas suas águas, que em algumas zonas são profundas, também não foi esquecida. Por isso, algumas das sessões de trabalho mais intensas foram dedicadas à implantação da vedação e do portão (da responsabilidade da APCF), também com a ajuda da Motamineral.
Limpeza de matos, lixos e detritos O terreno em causa não era dos mais maltratados quanto a deposição de lixos, em comparação com alguns casos vergonhosos que conhecemos, mas houve que fazer alguma limpeza para tornar o local adequado ao nosso desporto e mais aprazível para o olhar. Várias sessões de trabalho foram ocupadas com esta tarefa penosa mas necessária que ainda não está terminada.
67
as suas futuras habitantes. Além disso, providenciou para que os seus lagos pululassem de alimentação natural propícia às Carpas. A APCF tem seguido, no fundamental, este exemplo e tem-se dedicado a plantar diversas espécies de vegetação marginal e terrestre no lago, tendo tido o cuidado de seleccionar espécies autóctones. Outro dos efeitos desejados com esta intervenção é a protecção das margens dos efeitos da erosão, em particular da chuva.
Requalificação piscícola;
Reflorestação, requalificação paisagística e de habitats; Este é um dos aspectos mais importantes do protocolo. Não apenas por razões estéticas, paisagísticas e ambientais ou porque abrange as responsabilidades da APCF. Na verdade, afeta (in)diretamente o ecossistema e bem-estar dos peixes mas também o prazer dos pescadores. O célebre Carpista Kevin Nash – que dá nome a uma das marcas mais consagradas de material de Carp Fishing - quando construiu de raiz os seus lagos privados não esqueceu este aspeto. Num relato publicado em revistas da especialidade (ver, por exemplo, Carpe Magazine, nº 194, Junho-Julho 2013, pp. 76-79) narra que muito antes de colocar as Carpas nos lagos, dedicou longos meses a plantar um número astronómico de árvores, arbustos e vegetação marginal de forma a criar as condições ideais, em termos de abrigos, fontes de alimentação, habitats, e não só, para 68
Esta parte, integralmente a cargo da APCF, e encarada com todo o rigor e profissionalismo, é uma das mais técnicas e dispendiosas, mas também uma das mais apaixonantes. Na verdade, criar e gerir uma água de grandes Carpas envolve o controlo e, por vezes, a correcção de parâmetros da água, do solo e do ecossistema envolvente, dando uma ajuda à natureza quando necessário. Num certo sentido, é como criar um grande jardim, procurando a sua máxima fertilidade e sustentabilidade. Infelizmente, em Portugal, estas questões não são do conhecimento geral mas devem ser enfrentadas para garantir boas condições de saúde e crescimento aos peixes, seja qual for a sua espécie/modalidade. Dois dos parâmetros mais relevantes, entre muitos outros, são o ph e o oxigénio dissolvido na água. Temos-lhes dedicado grande atenção, em particular ao ph do lago, pois afectam directamente o metabolismo da Carpa e o seu crescimento e indirectamente a sobrevivência e saúde dos organismos que servem de base a toda uma cadeia alimentar que sustenta as Carpas. Damos apenas um exemplo: se o ph for inferior a um determinado valor há certos organismos aquáticos que não conseguem sobreviver,
mas a sua existência é fundamental para a alimentação e crescimento ótimos das Carpas. Este não é o único exemplo. Felizmente, existem processos e técnicas, usados há muito com sucesso (como aplicação de calcário agrícola ou cal hidratada na água), que nos permitem corrigir estes problemas sem contraindicações, tornando o ecossistema mais rico e produtivo, especialmente para as Carpas que têm grandes necessidades alimentares. Em piscicultura e gestão de lagos, há um saber teórico e sobretudo prático acumulado, por cientistas, técnicos e profissionais que não podia ser ignorado e que, para quem o quiser encontrar, é bastante acessível hoje em dia. Da mesma forma, a densidade do futuro povoamento (cuja aprovação aguardamos pacientemente) também deve ser adequada às dimensões do lago, sob pena de gerar desequilíbrios que poriam em risco a sustentabilidade do ecossistema e a qualidade da pesca. De forma simples: uma massa de água com excesso de Carpas em proporção com a sua área não é boa para o Carp Fishing visto que, com base numa lei há séculos conhecida, quanto mais Carpas existirem menos alimentação haverá para cada uma. Mas a gestão deste projecto não se cinge a estes factores no terreno. Geri-lo é autenticamente como dirigir uma grande empresa, só que neste caso temos que contar com o trabalho voluntário dos sócios. Assim sendo, além dos factores a controlar e melhorar no terreno há muitas outras tarefas, não menos complexas e árduas, que são também vitais e cabem nos dois últimos pontos assinalados, como a burocracia (que não tem sido pouca), as relações públicas, a gestão orçamental e financeira do projecto, a sua planificação técnica, a condução do trabalho de equipa. Como acontece a nível do nosso país, temos de tentar fazer muito com poucos recursos, o que com grande esforço, criatividade e “amor à camisola” tem sido conseguido. No entanto, temos ainda um longo caminho a percorrer até podermos contar com um lago de Carp Fishing ao nível dos melhores padrões europeus. Por isso, toda a ajuda que pudermos receber por parte dos sócios da APCF é preciosa! Agradecemos, calorosamente, a todas as entidades e pessoas que têm feito este projecto fantástico avançar a passos largos, ajudando-nos a construir um futuro melhor para o Carp Fishing e para o ambiente em Portugal! Pedro Martins
Informamos os nossos leitores que este artigo foi-nos enviado diretamente pelo autor, assim como o fez para outras revistas da especialidade. Devido a diferentes datas de edição poderá não ser um artigo novo para o leitor, contudo de forma alguma se trata de plágio a outras publicações. DCM
69
Caros amigos, é com enorme satisfação que vos vou falar de uma das nossas melhores albufeiras no que diz respeito à prática de Carp Fishing.
efeito, com todas as condições para a natural evolução e preservação do meio ambiente.
A Barragem foi concessionada em 2008 pelo Clube de Pesca Fronteirense com os grandes objetivos de promover a prática da pesca desportiva e preservar o meio ambiente. Houve no entanto uma remodelação no que diz respeito à pesca, a introdução de um novo conceito de pesca designado de pesca e solta.
Depois de tudo devidamente organizado, como caminhos, zona demarcada para o efeito e tudo devidamente limpo, foi a vez de começarem a aparecer pescadores! Vindos de todo o país criou-se uma grande família, que continua a aumentar, e que esperamos nunca pare de crescer! Sabemos que temos um grande percurso a percorrer, no entanto este clube luta diariamente com aplicação das regras para que todos os que nos visitam não saiam dececionados, pelo contrário, que voltem e tragam mais pescadores a Fronteira!
Sendo difícil essa tarefa de educar os pescadores, foi importante a criação de novos pesqueiros para o
Tem sido gratificante, pois o número de pescadores aumentou e graças aos eventos que têm sido organiza-
Situada no Alto Alentejo junto à Vila de Fronteira e a poucos km da Capital de distrito (Portalegre), temos a Barragem de Ribeira de Vide.
Começa mais um dia!
Barragem de Ribeira de Vide
70
Rui Brito
Venham a Fronteira, teremos todo o gosto em partilhar convosco a dos nesta albufeira, o Convívio da Loja O Anzol da localidade, onde são passados os permissos para a pesca na albufeira, Convívio da A.P.P.C, o Carp Events, pela A.P.C.F. foi realizado mais um Carp Adventure, a Federação Portuguesa de Pesca Desportiva realizou também uma prova na Modalidade de Carp Fishing. Entre estes, vários outros encontros de grupos que se deslocam inúmeras vezes algumas centenas de km para simplesmente desfrutarem desta magnífica barragem.
maravilhosa paisagem, os nossos ideais e projetos para o futuro, pois pretendemos seguir o caminho de preservar
o
meio
ambiente
a
natureza e todo o meio envolvente, claro sempre a pensar no futuro do Carp Fishing.
Graças ao Carp Fishing, modalidade que defende a captura e solta, esta barragem tem marcado a diferença. Muitas têm sido as capturas acima dos 7kg, sendo o maior lote entre os 4kg e 9kg, havendo várias capturas muito acima dos 10Kg.
O Carp Fishing a tocar o coração dos mais novos!
Em plena batalha!... 71
Os participantes do convĂvio realizado pela Apcf, Carp Adventure 2013.
Outro ponto de vista de uma barragem maravilhosa!
Vista parcial da Albufeira. 72
Capturada em Julho ultimo, a uns escassos 30m da margem.
Uma bela comum a rondar os 10kg!
O maior exemplar capturado no Convívio da loja O Anzol de Fronteira. Da esquerda para a direita: João Meira, João Barroso e o Team Anzol, Rui Brito e Fernando Sequeira.
73
74
75
É sempre um
um Carpista nu
revista. Quand
pista é portugu em questão é
do tamanho d
Unidos da Amé
gulho é ainda m
76
m orgulho ver
uma capa de
do esse Car-
uês e a revista de um país
dos Estados
érica, esse or-
maior!
77
78
79
80
81
82
Como normalmente as sessões de Carp Fishing duram mais do que um dia, nada como se ir prevenido para as eventualidades que possam surgir. A pensar no bem-estar dos pescadores, convidámos o Dr. Diogo Durais para nos dar alguns conselhos.
Cuidados com a saúde Canas, carretos, iscos, montagens, e muito mais material. Quando se prepara uma sessão não se esquece nenhum destes elementos. Há porém objetos essenciais que muitas vezes esquecem. Quantas vezes já foi preciso um kit de primeiros socorros e não havia?
água. • Laxante: útil em sessões de vários dias. Usado também com ponderação. • Protetor solar: essencial usar. Aplicar meia hora antes da exposição solar.
em dose individual.
• Repelente de insetos: O benefício é óbvio. Há insetos cuja picada é bastante incómoda, e há mesmo quem faça grandes reacções alérgicas. O efeito dura cerca de 3 horas dependendo da concentração do produto.
• Antisséptico tópico: o nosso muito conhecido Betadine®. Atenção: não usar o mesmo que se usa para desinfetar as feridas no peixe.
• Fita adesiva; Ligaduras; Tesoura; Compressas esterilizadas (para limpar feridas e fazer pensos); pensos rápidos esterilizados; Termómetro; Pinça.
O que deve conter um kit de primeiros socorros? • Soro fisiológico: para lavar feridas, para lavar olhos. Idealmente
• Analgésico: o Paracetamol é o mais conhecido. • Anti-inflamatório: Ibuprofeno é o mais conhecido • Antiácido: para aliviar sintomas de acidez, de um almoço mais exigente. • Antidiarreico: usado com cautela. A diarreia é uma medida de defesa do nosso corpo, para expulsar algum agente que está a agredir o intestino. A medida mais importante a ter é ingerir bastante
Não esquecer levar a medicação que cada pessoa toma habitualmente, e acondicioná-la de forma a proteger do calor e da humidade. Essencial mesmo é prevenir. E em caso de dúvida ou dificuldade não hesitar, e recorrer aos serviços de saúde mais próximos. Diogo Durais 83
digitalcarpmagazine@gmail.com
84
85
digitalcarpmagazine@gmail.com
86
87
88
89
Técnicas Truques & Dicas Marcadores de Linha
Sentir o Fundo
Apesar de já haver no mercado Sticks próprios para o efeito, pode fazer-se um destes conjuntos a um baixo preço. Numa loja de pesca podem comprar-se dois espetos em alumínio, que se encontram a 4 ou 5 euros cada, depois é só cortar a parte de cima para que fiquem lisos. Em qualquer loja de ferragens se podem comprar 5m de fio fino e resistente. Fica ainda mais económico se conseguirem comprar um metro de tubo de inox numa loja de canalizações, cortado ao meio em meia esquadria fica pronto a utilizar.
Quando se visita uma massa de água pela primeira vez é muito importante a sondagem do leito. Num outro artigo iremos falar disso mais em pormenor, o que se visa aqui e partindo do pressuposto que a profundidade é a desejada, é saber qual o tipo de fundo em que a nossa montagem vai ficar depositada. Imaginemos estar num pesqueiro com algumas dezenas de metros quadrados praticamente todo em lodo, mas em algum ponto há um spot de gravilha, nem sempre se conseguirá acertar com o sítio, mas para ter a certeza que a montagem ficou no local desejado, neste caso na parte rija, basta que momentos antes de a chumbada bater na água se abrande com o dedo indicador a linha de modo a que fique esticada. Depois da montagem entrar na água convém travar a linha por completo e com a ponta da cana ligeiramente levantada para que esta fique a puxar pela linha, irá sentir-se então a chumbada a bater no fundo. Além do "tump" que se sente, também a ponta da cana o irá refletir com um libertar de pressão repentina. Se não se sentiu nada então e porque a montagem aterrou em algo que absorveu a pancada, lodo ou erva, e o mais provável é ter ficado inutilizada.
O facto de mencionar alumínio ou inox tem a ver com a visibilidade que estes materiais nos permitem, especialmente de noite. Aconselhamos um fio com 5m por duas razões, primeiro porque é mais fácil contar de 5 em 5, segundo porque esta distância nos permite desenrolar e enrolar o fio sem sair do mesmo local. Para o fio sair sem enrolar deve ser enrolado nos Sticks em forma de 8.
A cor prateada torna-os mais visíveis. O fio tem 5m de comprimento. Além da fácil contagem de voltas e respetiva soma, é uma distância confortável estando colocado entre os dois “sticks”.
Engodagem com Sementes Para se fazer uma engodagem não é necessário gastar um rio de dinheiro. Situação mais complicada quando se trata de manter um pesqueiro ativo todo o ano. No caso de uma engodagem prolongada, também a quantidade pode ser mais moderada, pois feita regularmente o peixe acaba por se habituar a passar pelo pesqueiro. Usar sementes na engodagem irá deixar o valor final da mesma mais baixo. Um kg de sementes para pombos custa em seco à volta de 60 cêntimos, depois de demolhadas e cozidas vão pesar quase dois kg. Facilmente se encontram numa casa de rações para animais. Ao juntar Boilies à engodagem podemos também usar um pequeno truque, em vez de usar inteiros podem cortar-se em dois (ou mais), ficamos assim com o dobro dos pedaços de Boilies na água. Com esta técnica para uma engodagem regular, um kg destes pode dar para 4 ou 5 vezes. Podem juntar-se às sementes sal e/ou açúcar, especialmente o primeiro não sai muito dispendioso pela pouca quantidade necessária para fazer efeito. Se deixarem as sementes de molho duas ou três semanas, estas irão cozer mais rapidamente, poupando assim um pouco de gás.
O aspeto das sementes prontas a usar.
90
Esta técnica de abrandar a linha vai fazer também com que esta fique em linha reta com a cana, em vez de perder alguns metros em curva, reduzindo o tempo entre a ferragem da carpa e o sinal no alarme. Muitas vezes meia dúzia de segundos podem fazer diferença entre colocar um peixe no tapete ou perde-lo. E outras tantas vezes, vinte centímetros ao lado lo local desejado podem deixar uma montagem inutilizada.
TABELAS SOLUNARES Apesar de nem todos os pescadores fazerem a consulta das tabelas lunares para planear uma pescaria, a DCM decidiu partilhar a informação. Pode ajudar a uns, não irá certamente prejudicar outros.
Outubro
Novembro
-
Informaçao retirada do site: http://www.portalpesca.com/tablassolunares.asp 91
www.iktus-carpe.com
92
Agosto Depois de um mês de Julho muito quente (o mais quente desde 1928) e muito difícil em termos de capturas por causa das altas temperaturas, a pesca tornou-se bastante mais fácil em Agosto. Bateram-se vários recordes neste mês, Grass Carp passou para 27.6Kg capturada no pesqueiro 15 e no pesqueiro 6 saiu o recorde de Esturjão, 53Kg. Houve ainda outros recordes este ano, em Maio foram batidos os de Mirror, que ficou em 33,4Kg no pesqueiro 5 e de Esturjão Negro que o pesqueiro 13 elevou para 33kg. Julho foi o mês que trouxe um Siluro ao pesqueiro 10 do qual não se consegui saber o peso certo, sabe-se apenas que media 2.34m e esgotou uma balança de 200lb (90.72kg) Quanto ao lago “Iktus Esturjão”, nos pesqueiros 19 e 20, o pescador Mário Fustero apanhou 20 Carpas e 47 Esturjões numa semana em Agosto, o maior com 46Kg. Pescadores Franceses no pesqueiro 17 apanharam na mesma semana 65 peixes pescando apenas de noite.
Novas regras e preços para 2014 • Os pesqueiros 5, 6, 8, 9, 16, 20 e 23 têm que ser alugados pelo mínimo de dois pescadores. • Metade do depósito não será recuperável caso não seja cancelada a reserva com mais de dois meses de antecedência. • É proibido pescar de um pesqueiro para outro, mesmo que este esteja desocupado. • Leadcore completamente banido. • Apenas serão permitidas três boias de marcação por pesqueiro (Iktus Carp) • Carpistas apenas poderão capturar peixe nesta modalidade, Spinning é expressamente proibido. Preços/Datas IKTUS CARP Abre de 1 Janeiro até 31 de Dezembro. Os preços serão os mesmo que os praticados em 201309-20
Uma das melhores sessões pertenceu a 5 pescadores Belgas, que estivera, 8, 9 e 10 durante 12 dias em Agosto, conseguindo um peso total de 1800kg de peixe! Os números são astronómicos, 200 arranques, 160 capturas com 10 carpas acima de 20kg!
IKTUS STURGEON Abre de 15 de Março até 10 de Maio apenas nos pesqueiros 20, 21 e 22. Nestes pesqueiros será ainda obrigatório o uso de Back Leads. Os iscos não poderão ser de tamanho inferior a 20mm (apenas nestes meses).
Na semana anterior saíram varias carpas acima de 20Kg, tendo os pesqueiros 1, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 15 registado peixe acima deste valor. A maior tinha 24kg.
De 10 de Maio todos os pesqueiros estarão abertos ate 25 de Outubro.
O pesqueiro Vip está praticamente todo reservado par 2014, além de outros pesqueiros, pelo que se a ideia é marcar uma visita ao Iktus para o ano, convém fazê-lo o mais breve possível!
Preços para pescadores com três canas; 20€ Por dia (mais 4€ quarta cana) 29€ Por 24h (mais 6€ quarta cana) 179€ Por semana (mais 36€ quarta cana)
Setembro As duas primeiras semanas de Setembro foram muito boas em relação a capturas. Como sempre o “Iktus Esturjão” esteve fantástico, conseguindo-se mesmo um novo recorde de Carpa Comum, que está agora em 16.5kg. Recordes batidos também com um Atlantic Sturgeon de 9kg e Carpa Koi de 13kg. Houve noites completamente loucas, quarenta arranques para dois pescadores em 48h, conseguindo levar trinta peixes ao tapete. O “Iktus Carp” também esteve ao rubro, quatro carpas entre os 19.7 e os 26Kg no pesqueiro 3. No pesqueiro 9, na primeira noite capturam 3 grandes Carpas, 18.2kg, 20kg e 21kg. Jeremy Fournier
93
Fábricas Por vezes usamos um determinado produto pensando que estamos a usar o melhor do mercado, apenas porque não temos conhecimento de outros do mesmo género, ou usamos um produto caro, quando poderá haver no mercado um outro similar em qualidade mas com um custo inferior. Outras vezes somos obrigados a adaptar um produto quando no mer-
cado já existe o perfeito! Nas páginas seguintes vamos apresentar algumas das fábricas mais conhecidas do mercado, com link direto e uma breve descrição de alguns produtos comercializados (seria impossível nomear todos pois algumas destas fabricas possuem um catalogo enormíssimo).
http://www.acecarp.com/ Praticamente todo o material de Terminal * Camaroeiros * Indicadores Eletrónicos http://www.aquaproducts.co.uk/ Bagagem * Tendas * Abrigos * Roupa http://www.atomictackle.co.uk/ Praticamente todo o material de Terminal * Chumbadas * Roupa http://www.avidcarp.com/endtackle.php Tendas * Bedchairs * Terminal * Cuidados Carpa * Roupa * Bagagem http://www.bait-tech.com/ Iscos * Aditivos * Atratores http://www.berkley-fishing.com/ Linhas http://www.bigcarp.com/ Iscos * Acessórios * Terminal http://www.caperlan.com/en Quase todo o tipo de material http://www.carp-porter.com/ Transporte de equipamento http://www.ccmoore.com/ Iscos * Partículas * Farinhas http://www.century.gb.com/ Canas http://www.centuryneville.co.uk/ Bank Sticks * Inox 94
http://www.chubfishing.com/en-gb/home/ Canas * Tendas * Cadeiras * Bagagem * Roupa http://www.cygnettackle.co.uk/ Rod Pods * Buzzer Bars * Bank Sticks http://www.daiwa.com/ Canas * Carretos * Bedchairs * Bagagem http://www.delkim.co.uk/ Alarmes http://www.diem-angling.com/ Roupa https://www.dnabaits.com/shop/ Iscos * Pellets * Aditivos http://www.dtbait.com/ Iscos * Aditivos http://www.dynamitebaits.com/ Iscos * Pellets * Farinhas * Atrativos * Aditivos Entreprise Tackle - http://enterprisetackle.co.uk/ Iscos Artificiais http://www.esp-carpgear.com/ Terminal * Bagagem * Canas * Ferramentas http://www.essentialbaits.co.uk/ Iscos * Aditivos http://www.finkelde.com/ Iscos * Dips * Farinhas http://www.foxint.com/ Canas * Tendas * Bagagem * Terminal http://www.frankwarwickbaits.com/ Iscos * Atrativos http://www.freespiritfishing.com/ Canas * Camaroeiros * Bagagem http://gardnertackle.co.uk/ Terminal * Linhas * Bagagem * Ferramentas http://fly.greysfishing.com/en-gb/home/ Canas * Roupa 95
http://www.tackleguru.com/ Terminal * Roupa http://www.jagproducts.co.uk/ Bank Sticks * Rod Pods * Buzz Bars http://www.jrc-fishing.co.uk/ Bagagem * Tendas * Bedchairs * Canas http://www.korda.co.uk/ Terminal * Chumbadas * Ferramentas http://www.korum.co.uk/ Bagagem * Acessórios * Roupa http://www.kryston.com/ Linhas * Pvas * Produtos especiais http://www.mainline-baits.com/ Boilies * Pellets – Pop Ups * Farinhas * Aditivos * Atrativos www.marukyu.co.uk Boilies * Aditivos * Farinhas http://www.matrixinnovations.co.uk/ Bank Stiks * Buzz Bars * Ferramentas http://www.mistralbaits.co.uk/ Iscos * Pop Ups * Farinhas www.mpetackle.com Buzz Bars * Bank Sticks http://www.nashtackle.co.uk/ Alarmes * Tendas * Acessórios * Terminal * Ferramentas http://nbricestainless.co.uk/ Buzz Bars * Bank Sticks * Aço e Carbono http://www.nutrabaits.net/welcome.php Farinhas * Iscos * Aditivos * Atrativos http://www.pallatrax.co.uk/ Pedras a substituir Chumbadas * Terminal http://www.pelzerbaits.eu/News.html Canas * Linhas * Iscos * Aditivos * Farinhas * Terminal http://www.premierbaits.net/ Boilies 96
http://www.prologicfishing.com/ Roupa * Alarmes * Tendas * Terminal http://www.qualitybaits.co.uk/ Boilies * Pellets http://www.questbaits.com/ Boilies * Farinhas * Aditivos http://www.richworth.com/ Boilies * Farinhas * Aditivos http://www.rigmarole.co.uk/ Terminal * Chumbadas http://fish.shimano-eu.com/publish/content/global_fish/en/nl/index.html Carretos * Canas * Bagagem * Roupa http://www.solartackle.co.uk/ Iscos * Ferramentas * Buzz Bars * Bank Sticks * A莽o e Carbono http://www.soniksports.com/ Canas * Bagagem * Roupa http://www.starbaits.com/ Boilies * Pop Ups * Aditivos * Farinhas * Terminal * Canas * Barcos www.stickybaits.com Iscos * Atrativos http://www.taskacarp.com/ Terminal * Bank Sticks http://www.totalfishinggear.co.uk/ Alarmes * Tendas * Bank Sticks * Roupa http://www.thinkinganglers.co.uk/ Terminal * Roupa * Bagagem www.trakkerproducts.co.uk Tendas * Sacos Cama * Cadeiras * Bagagem www.ultimauk.com/carp/ Linhas http://www.ultimate-direct.co.uk/ Tendas * Cadeiras * Alarmes * Bagagem http://www.wychwood-carp.co.uk/homePage.aspx Tendas * Canas* Bagagem * Acess贸rios 97
digitalcarpmagazine@gmail.com https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine