Digital Carp Magazine #02

Page 1

DCM # 02 DEZEMBRO 2013

Entrevista Hugo Janeiro

Mundial Pesca à Carpa 2013 Internacional Jesus Cruz Nevado e Óscar Borrego (Espanha) Borgeat Julien (Suíça) Simon Cardy (África do Sul) Mais... Carpistas Portugueses pelo Mundo!

Especial

Frabrico de Boiles, Pedro Simon Pimon

Produtos Capturas Técnicas, Truques e Dicas


Pesca�team CaRP www.pescateamcarp.com

HORÁRIO: SEGUNDA A SÁBADO 10 ÀS 13.30 / 14.30 ÀS 21 HORAS

as nossas marcas

FORMAS DE PAGAMENTO : Transferência Bancária; Contra Reembolso

PORTES GRATUITOS compras superiores a 75 euros

02

Morada da loja: Quinta do Grilo Lote A C/V Esquerda A - 3500-602 Viseu - Portugal

compras superiores a 175 euros


Editorial No mundo da música, quando um grupo lança o seu segundo disco, é considerada a prova de fogo! É com ele que se confirma a direção tomada, e onde se conseguem os apoios que poderão transformar o grupo num caso sucesso, ou simplesmente em mais um entre muitos.

O campeonato do mundo de Carp Fishing realizou-se há bem pouco tempo, como tal, ter os campeões na capa da DCM #02 parece-nos mais que justo, especialmente porque estes campeões nos enchem de orgulho, pois são portugueses! A eles os nossos parabéns, e o nosso obrigado.

Felizmente, na DCM não temos que responder perante editores, ou pressões da parte dos patrocinadores. A única referência que temos em mente, são os nossos leitores, que são a razão pela qual existimos.

Só vejo mais um motivo para esticar um pouco mais este editorial, e tem a ver com a iniciação no Carp Fishing de novos pescadores. Cabe-nos a nós, pescadores nesta modalidade com alguns anos e experiência, ajudar quem entra de novo, ou tenta entrar! É preciso muito cuidado neste campo, pois um novo recruta para esta nossa batalha da pesca sem morte, pode trazer consigo episódios recentes de pescarias onde o peixe foi morto. Devemos então criticá-los por isso ou condená-los? Claro que não! Temos por obrigação, alertar e sensibilizar estes novos pescadores para as vantagens de devolver o peixe à água, fazer deles tão bons quanto nós somos, devolver o peixe como nós devolvemos, não deixar o lixo nos pesqueiros, como nós não deixamos! Hoje! Porque um dia, praticamente todos nós já estivemos no papel deles, e alguém nos ajudou!

Quando lançamos a primeira edição, não conseguíamos prever quando poderíamos fazer uma segunda. É claro que não era por falta de vontade, mas não sabíamos se iriamos ter conteúdo, nem para quando. Na realidade, sobrou material da primeira edição, assim como nasceram novas ideias, como o caso do passatempo que aparece pela primeira vez nesta segunda edição. Ainda assim, não vamos prometer que a terceira edição será lançada com o mesmo espaço de tempo que houve entre estas, apesar de haver material que já foi deslocado para a DCM #03, que teremos todo o prazer em partilhar convosco. As contribuições que temos tido não só nos facilitam a vida, como nos dão muito prazer, pois demonstra que as pessoas se deixaram motivar pela partilha das suas aventuras ou simples opiniões. A prova disso mesmo são os repetentes que temos nesta edição.

Boa leitura, Marcamos encontro à beira da água! A equipa DCM 03


QHVWD HQWUHYLVWDGR DQHLUR QRVVR Bastaria esta DTXL R +XJR dois dĂ­gitosâ€?! XH QÂĽR ÇŠJXUD atingir esta capturas com PD SHUJXQWD T nas trezentas topo! NĂŁo ĂŠ fĂĄcil 1D UHVSRVWD D X e: “Estou quase s a falar de um pescador de sĂŁo assim tantas nem tĂŁo edição, disse-m estamo s nĂŁo parte perceber que Carpas grande Carpista, grande resposta para paĂ­s onde as l a carreira deste . Qual ĂŠ o segredo para lmente num marca, especia r, tornando ainda mais especia Santos Ricardo data, fĂĄceis de apanha do amigo de longa JĂĄ vĂŁo saber a seguir‌. na companhia capturas? dela passada e tĂŁo maravilhosas conseguir tantas

Entrevista

Equipa DCM: - Rui Peixoto - Paulo Gomes - AntĂłnio Lopes - Diogo Durais - Nuno Lima - Orlando Loureiro

Participam nesta edição: - Hugo Janeiro - Borgeat Julien - Jesus Cruz Nevado - LuĂ­s Francisco - JosĂŠ Rodrigues - AndrĂŠ Garcia - To-ZĂŠ - JosĂŠ e JoĂŁo Chambel - Renato Almeida - Rui Lucas da Silva - LuĂ­s Miguel Ă‚ngelo - Simon Cardy - Ă“scar Borrego - Gary Currin - Paulo Santos - Pedro Simon - entre outros...

Janeiro Nome: Hugo Idade: 29 AgrĂłnomo 3URÇŠVVÂĽR Eng.Âş l, 23,5Kg Espanha PB: 22,2kg Portuga

para muito grande ter sido um peixe apesar de nĂŁo fosse o recorde do mundo. se mim foi como te deu? que mais prazer me desse mais que DCM: E a captura “umaâ€? captura GR SDUD HJ: NĂŁo tenho YÂŁULDV GH HQRUPH VLJQLĘ?FD VSHFLDO ¢ SUD]HU 7HQKR ROKHU XPD FDGD XPD IRL H PLP ‹ GLIÂŻFLO HVF sua maneira. e tĂŁo conseguir tantas segredo para DCM: Qual ĂŠ o er, pois capturas? maravilhosas pergunta difĂ­cil de respond R H HJ: Essa ĂŠ uma VHJUHGR ‹ DSHQDV GHGLFDŠ¼ PXLWR H QÂĽR KÂŁ QHQKXP DŠ¼R GH SHVFD REVHUYDU PXLWDV KRUDV HPGD VLWXDŠ¼R YLYLGD DSUHQGHU FRP FD preferĂŞncia por de iscos, tens DCM: Em termos s onde Boilies? Sementes ou Uma vez que nas barragen com HJ: Sementes. ĂŠ possĂ­vel seleccionar o peixe come o nĂŁo 12kg de pesco mais usado (uma carpa o tipo de isco de 30kg). iste o Carp Fishing? do Monte barragem mesmo que uma DCM: Como descobr Carp Fishing na HPDQD GH SHVFD H V" &RVWXPDV HJ: Descobri o GRV ,VFRV $UWLÇŠFLD PDLV XP Ę?P GH Vprova do campeo '&0 4XH DFKDV 1RYR ,D SDUD a , havia uma WRUQHL FUHLR TXH PH usar? quando lĂĄ chegueiCarp Fishing. Fiquei pasmado che de VÂĽR PDJQÂŻĘ?FRV Este isco garante +- 3DUD PLP nato nacional aquele equipamento. Quandoperce tipo de iscos. HV VHP PH SUHR procura de dependente deste olhar para todo horas na net ĂĄ dia esta modali HVFDU HP FRQGLŠ¡ U VH GR PH TXH HVWRX D S ODJRVWLP HVWÂŁ D DOLPHQWD guei a casa passei e desde esse te, pesca de DPLJR R ĂŠ muito importan e FXSDU VH ber este tipo te da minha vida. e essa garantia pesca meu isco ou nĂŁoem sĂ­tios onde me coloco Ă sessĂŁo, dade ĂŠ parte integran a Fishing ĂŠ lmente Carp o durante ti principa tocar nas canas Uso SEMPRE! sozinho ou para nĂŁo volto a DCM: Pescas dias. ade de equipa? esta dure cinco Carp Fishing, que o mesmo conheci uma modalid modali momento que nos iscos ou HJ: A partir do o Ricardo, praticamos esta de Dips ou Aditivos esta ĂŠ uma modali R DCM: És adeptonatural possĂ­vel? juntamente com mim H Para juntos. HĘ?FLHQWH ‹ ÂľEYL preferes o mais WR GD VLWXDŠ¼R GH SHVFD 'HSHQG dade sempre LSD VH WRUQD PDLV em equipa tudo da altura mas +- 'HSHQGH PXLĂĄguas estou Ă pesca e atĂŠ natural GDGH TXH HP HTX U praticar sozinho QLĘ?FDGR SDUWLOKD em que tipo denormalmente uso o mais que se pode FLO H WHP PDLV VLJ do ano, mas VH WRUQD PDLV IÂŁ conquistas. possĂ­vel. as alegrias, as ens? Leves s fazer as engodag ? costuma questĂŁo Como em ĂĄgua DCM: depende da captura com onde pesco. As ou pesadas? Ou do tipo de ĂĄguasĂŁo opostas no lembras da primeira HJ: Depende muito pesco DCM: Ainda te esque s onde mais os que nĂŁo se duas barragen esta tĂŠcnica? e sim, hĂĄ moment HJ: Claro que um deles. A alegria foi enorme cem e este foi

Carp Fishing? 10 te tempo praticas DCM: Hå quanto Fishing hå aproximadamen HJ: Pratico Carp anos. ste com que s antes? Começa DCM: Jå pescava 5 ir à pesca aos idade? . Comecei por pescava grande coisa jå HJ: Sim que não pescava conta de anos, mas Ê óbvio cedo que o vício tomou achigã, e bem Desde inglesa , (risos)! pescava à francesa mim. De início i o Carp Fishing. atÊ que descobr mundo da pesca? que introduziu no cedo DCM: Quem te o meu irmão, desde muito corpo. e HJ: O meu pai pesca me foi implantado no o meu com o bichinho da tambÊm a pescar Mais tarde comecei Santos. Ricardo melhor amigo,

As Estaçþes do Ano

Julien Borgeat Team Aquabaits

mos uma evolução tempo que constata Quer seja ao nĂ­vel JĂĄ hĂĄ muito Ă carpa. FRQIXQGLdomĂ­nio da pesca constante no RUDU D Ę?P GH VH a nĂ­vel R SDUDP GH PHOK natural, quer seja GRV LVFRV TXH QÂĽ mais com a comida Tudo isto se tornou GRV rem o mais possĂ­vel tĂŠcnicas de pesca. U D ĹĄVDEHGRULDŢ de material ou FRQWRUQD GH R LQWXLWR VRĘ?VWLFDGR FRP e mais velhos. peixes maiores entos para tentar Qdos meus conhecim Vou utilizar alguns DYH QD SHVFD DR ORQJR GDV GLIHUH ÂŁ SWXUDV RQWRV FK H[SOLFDU YÂŁULRV S UHQGLGR ERDV FD JXDV TXH DQR TXH PH WÂŹP WHV HVWDŠ¡HV GR JXDV IUDQFHVDV ÂŁ EDVWD RV GH SHVFD HP ÂŁ LPSUHVVLRQDQWH VÂĽR DQRV VHJXLG YDULHGDGH SLVFÂŻFROD para darmos de caras SRVVXHP XPD tros alguns quilĂłme povoadas por deslocarmo-nos canal ou um rio, um lago, praticaum ĂŠ de todas elas, com as ĂĄguas de peixes. Em cada massa dezenas de espĂŠcies encontrar carpas, onde vamos e cada lugar mente certo que a da natureza i uma maravilh de ĂĄgua constitu GH PDJLD WHP R VHX ĹĄTXŢ HQWH YDVWD HP IUDQFHVD ÂŤ UHODWLYDPcrescer rapida$ IDXQD SLVFÂŻFROD aos peixes o que permite natural comida

a a PaixĂŁo

A todas estas pessoas que tornaram possĂ­vel a realização deste projeto e a todos os que contribuĂ­ram de alguma forma, seja no envio de perguntas, imagens, comentĂĄrios ou um simples “gostoâ€? na pĂĄgina do Facebook, um grande obrigado da nossa parte, pois tudo isto nos motiva e dĂĄ força para continuar.

https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine 04

ado pesca em que o nosso convid ao sĂŁo raras as vezes disposto a pescar na Suíça, nĂŁo ção. Sempre Apesar de morar na contem muita admira vez nos ajuda as, pelas quais te, que tanta ĂĄguas frances ao meio ambien -se sempre atento limite, mantĂŠm captura. boa uma de cretização R DQGH SHL[H RX QÂĽ HQWUH WLUDU XP JU pela qual, a maioH UHVWDa principal razĂŁo FDOL]DŠ¼R GR SHL[ percorrem mente. Esta ĂŠ $SÂľV XPD ERD OR DV ]RQDV GH res internacionais U RQGH VÂĽR para pescar ria dos pescado de quilĂłmetros QRV WHQWDU SHUFHEH alimentação. Regra geral milhares e milhares zonas de repouso e as uma da outra. nĂŁo distam muito nestas ĂĄguas. VHJXas duas zonas VLQÂľQLPR GH ÂŤ XPD ORV REVWÂŁFX proIRUPDV GH DERUGDU ano. 8PD ]RQD GH r peixes nas suas do ([LVWHP YÂŁULDV É costume encontra e as estaçþes comida o rança. mediant arranjar irĂŁo tentar massa de ĂĄgua a França ĂŠ um de local ximidades, estes do ei anteriormente possĂ­vel Como mencion este motivo que perto mais Carpistas, ĂŠ por HVWH ça. paraĂ­so para os WHPSR VREUH repouso/seguran SDUWH GR PHX SDVVR JUDQGH ÂŁ WÂŤFQLFDV TXH GDV HVWD LQÂŁYHO + Ţ LQWHUP a ÂŁJXD HP IXQŠ¼R ĹĄWHUUHQR GH MRJR e por vezes $ WHPSHUDWXUD GD a minha atenção RV GH VLQÂľQLP atraem toda VÂĽR ano çþes do D LPDJLQDŠ¼R deve entrar REVHUYDŠ¼R H regime parâmetro que que tem um peixe um sucesso. O primeiro ĂŠ a localização do peixe ĂŠ A carpa TXH FRPH GH conta UR R TXH VLJQLĘ?FD em linha de PSRUW¤QFLD GD DOLPHQWDU RPQÂŻYR quando mais LPR HP D L que nada Š¼R (VW dizer de mos REVHUYD NĂŁo serve tudo. Costuma tĂŞm a ter um nossa pesca. a tendĂŞncia localização na do mundo senĂŁo Ă s variaçþes velhas sĂŁo, maior os melhores iscos . Esta ĂŠ uma o. É muito tolerante engodar com regime carnĂ­vor a conseguimos o peixe se encontra razĂŁo pela qual P DEVROXWR $ pescarmos onde de temperatura, H VH GHYH UHWHU H D GLIHUHQŠD UHJUD GH RXUR TX SRU YH]HV ID]HU LPDJLQDŠ¼R SRGH

Uma das belas

capturas de verĂŁo!

ĂŠ enorme, uma destas capturas O prazer de realizar cara de felicidade. estampado na e pode ver-se

Onde nos lev

1R 'RXUR HODV SHUWR HTXLOLEUDGR foi visĂ­vel pela FRP DEHUWXUD H D Quando a lombadaR TXH VHULD SHL[H ĂŠ um pouco de nĂŁo brincam. ĂŠ vĂ­cio, ĂŠ paixĂŁo, P s. X QR DU D VHQVDŠ¼ O Carp Fishing WLĘ?FD TXH DSÂľV X ĂĄguas nacionai SULPHLUD YH] Ę?FR 6Âľ DVVLP VH MXV pessoal em calor, tivesse deciORXFXUD WDPEÂŤP QĘ?UPDŠ¼R para bater record , um dia de muito numa viagem de GH FKHJRX HVVD FR o dia de trabalho 0LQXWRV PDLV WDU o carro e arrancad TXH KDYHULD GH VHVVÂĽR IRVVH dido carregar ID]HU XPD VHVVÂĽR SDUD TXH D KRUD H PHLD SDUD 7XGR VH DOLQKDYD de 24h. e vel. de OKDV um crescent durar menos realmente memorĂĄ QV SYD V H DUUXPHL DV WUD no carro era sono Cada minuto UR HVWDYD LPSH'HFLGL SUHSDUDU X o saco cama. O com TXH R SHVTXHL -me R ÂźOWLPDV 6DELD H DV TXH DQVLHGDG para a noite. Recostei HVVH PDLV DWLYLGDGH 'HY HQJRGDGR 6DELD as. NĂŁo havia nada XH KRXY FDYHOPHQWH DSDUHFHX VHP T sido produtiv pela 1h00. PHLR ŠD HVWDYD DOWD sessĂľes lĂĄ tinham ter adormecido XP ELS LVRODGR $FRUGR D IDOWDU $ FRQĘ?DQ TXH PH SXGHVVH SHVTXHLUR QÂĽR KDYLD WHPSR 'H UHSHQWH canas, mas tudo TXH e para ver as &KHJDGR DR OL[R SDVVDUD QD ODQŠDGDV DVVLP enevoado, estico-m FDQDV IRUDP $VVXPL TXH DOJXP seria acondiVVH HVWDU SHUGHU H DV HVWDYD VHUHQR HP DOHUWD QÂĽR IR O resto do material P PLQXWRV prontas. estavam VHU R DYLVR GH X OLQKD )LTXHL XQV DV OL SHUWR H DTXLOR SHQVDPHQWR cionado depois. SHL[H D FRPHU D L PLQXWRV D ROKDU SDUD e. LWH H HQTXDQWR R &RP R FDLU GD QR XH 2 VLOÂŹQFLR H R de atividad DUUDQTXH $JXHQWH parado, nada R SULPHLUR DUUDQT SRU GRLV ELSV HVWDYD QR MDQWDU GRUPLGR SRXFRV canas mas nada...rio LQWHUURPSLGRV H RUPHFL 'HYR WHU QWH DUUDQTXH TX FUHSÂźVFXOR IRUDP EUXWDO PH DFRUGRX (QFRVWHL PH H DG VH VHJXLX R YDOH XP DUUDQTXH XQV vez. Peixe WÂŻPLGRV DR TXH PLQXWRV TXDQGR SRU FDXVD GR VRQR GHPRUHL o na pela primeira HQWR HUD R adrenali a SHQVDP fez disparar /HQWR TXH HVWDYD as canas. Quando lĂĄ cheguei H VDŠ¼R QD FDQD 2 R QR 'RXUR SRG FUDYDGR ERD VHQ segundos a chegar XP SHL[H IHUUDG facilitar. Carreto ÂľEYLR TXHP WHP podia a caminho. NĂŁo ter um record

Um dos belos

Queremos que esta seja uma revista feita por vĂłs e para vĂłs. Sem o vosso apoio nĂŁo nos serĂĄ possĂ­vel ganhar esta luta comum pela divulgação de informação e uniĂŁo entre Carpistas. Enviem sugestĂľes, fotos, comentĂĄrios, dicas, artigos grandes ou pequenos‌ tudo aquilo que gostariam de ver publicado nesta vossa revista para: digitalcarpmagazine@gmail.com.

s o que costuma ? mĂŁe no carreto, DCM: Na linha do, Nylon ou Fluoro Carbono distância delas sĂŁo engo colocar? Entrança do local de pesca e da SRLV . Tudo engodagens. Numa super pesadas HJ: Depende muitoJHUDOPHQWH XWLOL]R Ę‘XRUR s. Em que respeita a leves e na outra normalmente nos GH SHVFD PDV em ĂĄguas muito cristalina dagens muito da ĂŠpoca, WUDQŠDGR as engodagens. costumo pescar VFD H[WUD ORQJD SUHĘ?UR HQ depende tambĂŠm aligeiro sempre DOJXP FDVR GH SH meses mais frios nessa linha? mais usas? m que vez montagem que de vantage a tipo o Qual DCM: DCM: Qual D ) (Fluoro Carbono UDQGH YDQWDJHP GR Ę‘XRUR ÂŤ D VX HJ: Sempre Inline. baixas ou pensas que +- 3DUD PLP D Juma vez que pesco em questĂŁo de gosto invisibilidade, e ĂĄguas muito cristalinas. DCM: É uma que as outras? lmente profundidades funciona melhor funciona melhor, principa ¢ FUDYD ou combinaHJ: Penso que WDŠ¼R GHEDL[R GH ÂŁJXD H s? RĂ­gidos, Soft TXH FRP DCM: E nos estralho GHYLGR ¢ DSUHVHQ PLP PDLV HĘ?FLHQWH GR dos? JHP TXH ÂŤ SDUD Rig! montagem. HJ: Adoro o Combi outros tipos de vantaagrada a te 13 pĂŠs, qual que mais usas canas de ĂŠpoca do ano Ă s de 12? DCM: Eu sei que DCM: Qual a canas em relação nĂŁo muito falarmos de qual eu pratico, gem que vĂŞs nestas pescar? todo o ano. Se de pesca que exemplares, r vantagem, ĂŠ HJ: Para o tipo HJ: Gosto de pescar , nĂŁo tem qualque para tirar os maiores longe da margem a melhor ĂŠpoca SUHĘ?UR D SULPDYHUD VHP GÂźYLGD TXH

exemplares do

UIÂŻFLH 6Âľ TXDQGR QGDYDP QD VXSH . LPSRU UHVSHLWR $ poderia haver mais capturas fundo VXĘ?FLHQWH SDUD ULPHLURV UDLRV voltassem ao LGR OHYDU OLQKD K MÂŁ FRP RV S o rio U VH SHL[H WLQKD FRQVHJX $VVLP IRL 3HODV ĂĄgua. Olhei para $FDERX SRU VROWD SRGH ouvia saltos na HPEUXOKDU WXGR GR SHUGHU XP SHL[H DOL ĂĄgua a ferver de luz, nĂŁo se bolhinhas. Parecia )LTXHL DERUUHFL RPHQWR GH JOÂľULD RX GH RXWUD KDYH e vi imensas FDU SHUGHU XP P H GH XPD IRUPD de FR RV FDUUHWRV H PXLWR EHP VLJQLĘ? EUDQGD $FKHL TX nĂŁo tardava. Mal tive tempo V ÂĽR &HUUHL XP SRX 'HYHPR L D DWHQŠ Estava 5HGREUH ria de me levantar o arranca uma das canas. RV D SHQVDU QDTXLOR PRV FRPHWH Ę?TXHL XQV PRPHQW 'HX PXLWD OXWD terminar o raciocĂ­ni HV GRV HUURV TXH RX IHUUHL R SHL[H YH] DPHDŠRX 'RLV ELSV VHPSUH WLUDU OLŠ¡ DOHUWD H QÂĽR WDUG XPD WHPSR SDUD SHQVDU 4XDQGR R UR PDLV TXH leads 1ÂĽR WLYH PXLWR R HUUR FUX]RX R SHVTXHL vezes. O uso de back H QFLR 1ÂĽR UHSHWL QR IHFKDU V V GH VLOÂŹ vĂĄrias SURQWD D VHJXLGR cruzar linhas SHL[H 6Âľ Ę?FRX X MÂŁ WLQKD D PÂĽR R SHUGHU DTXHOH DUUDQTXH FRPHŠR Batalhou um pouco mas acabou X 0DV DFDERX Q VDOYRX PH GH YH] TXH OÂŁ HQWUR e a esticar a linha. no tapete. FDPDURHLUR QD l uma por ceder. Mais tapete ainda assim. FDQVDU HFLD GHV QGR UHFHEL D H DFKHL TXH PHU R UD DV K TXD 5HQRYHL RV LVFRV OWR GD FDSWXUD QÂĽ )DOWDYD SRXFR SD O grande responsĂĄvel pela GHSRLV GR WXPX amigo. tĂŁo rĂĄpido. XP SRXFR $Ę?QDO YDOLRVDV HQJRGD chamada de um nenhuma cana QRV HVTXHLUR H SHODV haveria de arrancar K QÂĽR KRXYH QHP VLQDO PDQXWHQŠ¼R GR S de GH 'XUDQWH FHUFD na ĂĄgua, alguns e mais saltos alarmes. Saltos

Douro.

O novo recorde

foi muito boa, entĂŁo, para mim com a dos locais onde A sessĂŁo começou na escala, tendo acabado em Portugal, muito Espelhadas ĂŠ a subir Talvez como aĂ­ de Carpas pois foi sempre de Mirror. pesco, o nĂşmero o meu atual PB um trofĂŠu normalmente captura que ĂŠ que este seja o , isto faz com , assim como muito reduzido e felicitado. tambĂŠm algumas assim o O Val apanhou sessĂŁo calma mas mesmo muito procurad No geral foi uma anos fazer sempre Dave. Ăşltimos hĂĄ nestes Tenho tentado de Outubro. Como memorĂĄvel. longa no inĂ­cio o Dave teve -feira, na primeira quando uma sessĂŁo mais foi segunda a, uma engraçad calha a , uma das podia tirar A parte mais um feriado que i ao “Bossâ€? se ento da natureza peixe ao mĂŞs, pergunte dia. a um chamam a levar o eu desse bendito ou segunda do que ir atender sido antes ira tendo , sexta-fe quinta-feira e suas canas arrancou i o plano em tapete! ção dada coloque heiro Val e HPÂľULD GRV GRLV Com a autoriza compan FDU VHPSUH QD P logo a seguir a com o meu para um o (VWH SHL[H YDL Ę? andamento, falei irĂ­amos mais para norte, peixe capturad nosso que das vĂŞm sendo um membro do concordamos pois foi o primeiro monas espelha anos. Ele tinha de notĂ­cia de que trĂŞs sĂ­tio onde algumas sabermos a triste pescador, havia falecido depois Ăşltimos dois ou iria ter apanhadas nestes eira e metade de sexta, mas clube e famoso contra o cancro. de trabalhar quinta-f uma luta intensa essa possibilidade. tivesse que boa comida, boa comigo logo boa nota, entre PELcheio atĂŠ ao teto Para acabar numa ERD FRPSDQKLD Ę?FRX FR o dia, com o carro D XP YHUVD H chegou D SDUD LU Assim Š¼R FHUW EHELGD ERD FRQ repetir a sessĂŁo! mas WLQKD D LQIRUPD o ano irĂ­amos Ę?] PH ¢ HVWUDGD que tem produzido bom peixe, nado que para %DLWV . ro LÂĽR KLD WR GD UHJ FRPSDQ certo pesquei HP DJUDGHFHU ¢ P UHFRQKHFLPHQ espanto vejo um 4XHUR WDPEÂŤP PLP XP GRV Ę?HOG WHVWHU DQWHV Ę?] DLQGD X e com grande a GH o meu Cheguei ao destino maior, as placas da matrĂ­cul TXH GHFLGLX ID]HU no, e com os quais apanhei surpresa de distâncarro lĂĄ parado, a, milhares de quilĂłmetros territĂłrio america de pesca eram de Oklahomo Dave, dono da maior casa novo recorde. eu ser GR 7LR 6DP dos EUA, e que jĂĄ cia! SĂł podia P DEUDŠR GD WHUUD a, de Carp Fishing $WÂŤ ¢ SUÂľ[LPD H X Era uma maravilh com material de 12 anos! conheço hĂĄ maispara a primeira noite. Ă‚ngelo ira, mas hia Miguel sexta-fe na LuĂ­s tinha compan LUD era ir embora A ideia dele DU DWÂŤ VHJXQGD IH H R 9DO LULDPRV Ę?F VDEHQGR TXH HX DPEÂŤP HOH GHFLGLX Ę?FDU W

O Dave, com

uma linda captura!

pessoal de Carpa

Espelhada!


Editorial ................................................................................................. 3 Sumário/Índice .................................................................................... 4 Noticias ................................................................................................. 6 Douro, Em Busca dos Dois Dígitos ................................................ 10 Perguntas e Respostas .................................................................... 14 Análise ................................................................................................ 20 Nacional Pesca à Carpa 2013 ........................................................ 22 Entrevista: Hugo Janeiro ................................................................. 24 Foto Alterada ..................................................................................... 30 Pesca nos Santos .............................................................................. 32 Rio Tormes ......................................................................................... 40 O Percurso de um Carpista ............................................................. 46 Análise: Leadcore vs Fluoro Carbono ........................................... 54 Federação Portuguesa Pesca Desportiva; • Mensagem do Presidente ..................................................... 56 • Mundial Pesca à Carpa 2013 ................................................ 58 • Nacional Pesca à Carpa 2014 ............................................... 62 Novidades Produtos ......................................................................... 64 Pimon Baits Evolución ..................................................................... 66 1º Encontro Carpistas Alentejanos .............................................. 74 Chasing the Dream Pt2: Visitas de Outono ................................ 78 Análise: Trakker Big Snooze Plus .................................................. 84 TT&D: Cozer Sementes .................................................................... 85 As Estações do Ano .......................................................................... 86 Pescar em Pequenos Lagos ............................................................ 94 TT&D: Montagens ............................................................................. 98 Onde nos Leva a Paixão ................................................................ 102 Navegação: Sondas ........................................................................ 106 Análise: MK2 Carp Porter ............................................................. 110 Searching for Mirrors .................................................................... 112 Suiss Carp Hunters ......................................................................... 116 TT&D: Pesos Traseiros ................................................................... 121 Paixão sem Limites ........................................................................ 122 Capturas ........................................................................................... 128 Momentos Insólitos ....................................................................... 130 Saudades da Rússia ....................................................................... 132 Cuidados de Saúde ........................................................................ 136 Tabelas Lunares .............................................................................. 137 Iktus Catch Report .......................................................................... 138 TT&D: Comida ................................................................................. 140 Iktus: Do Outro Lado do Lago ...................................................... 142 Informação Fábricas ..................................................................... 148 05


Convívio Casa Guilhermino Tal como anunciado na edição #01 da DCM, a Casa Guilhermino realizou nos passados dias 26 e 27 de Outubro um workshop sobre Carp Fishing na Albufeira do Bonito, no Entroncamento. Soubemos que houve muitos e bons momentos de confraternização, com muitas participações, onde nem as capturas faltaram. A marca SYNERGY aproveitou para apresentar também a sua gama de produtos para esta modalidade.

Recorde nos Estados Unidos da América O Carpista Raphael Biagini bateu o recorde oficial com a técnica de Carp Fishing (Captura e Solta) neste país. Recorde-se que esta cultura ainda não está muito enraizada, pelo que muitas das capturas são mortas. O acontecimento deu-se a 11 de Novembro, no estado de Nova Jersey, e segundo o próprio, num pequeno rio. A Carpa era Comum, media 98cm e pesou 24,7kg!

06


CC Moores Logotype Pantone 432 + Pantone 215

AEquinox new dawn thenew newboilie boilie from CC Moore Equinox the from CC Moore

O Taking novo Equinox eleva and sabortaste e atração um novo attraction to aanew levelnível

New Equinox Boilies Scan here to find out more.

www.ccmoore.com Check out our information packed blog Get Hooked @v 07


World Carp Classic A 15ª edição do World Carp Classic, realizou-se há pouco mais de um mês. Pela primeira vez, uma equipa totalmente feminina, venceu o evento. O feito coube às Carpistas Bianca Venema e Lizette Beunders da Holanda, que pescaram pela marca Dynamite.

Entretanto já foram revelados alguns pormenores da edição #16, sendo já possível inclusive fazer o registo para o evento. A data foi marcada para 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2014. Há algumas alterações, as quais vos damos a conhecer; • Os barcos serão verificados na manhã do primeiro dia, não podendo ser montados depois. • O modo de registo é fixo, se apenas se registarem dois pescadores numa equipa, não pode entrar outro. Há a possibilidade de registar logo os três de início. • O evento será restrito a 140 lugares, com áreas não pescadas nos últimos dois anos. Apenas 90 lugares se encontram disponíveis, os restantes já foram ocupados por reservas de patrocinadores e qualificadores. A Dynamite vai ser o principal patrocinador. http://www.worldcarpclassic.com/

Mundial Carp Fishing 2014 Apesar das críticas feitas por alguns patrocinadores, o Mundial de Carp Fishing vai voltar à Roménia em 2014, dois anos depois. A grande alteração, se vier a ter efeito, será o uso do mesmo isco por todas as seleções.

Nova revista digital, CarpMag A nova revista digital, lançada no país vizinho, vem substituir as já conhecidas CWR e Carpmania. Está disponível para Tabletes e Telemóveis, através de aplicação própria. Mais informações em: http://soro-team.blogspot.pt/2013/11/nueva-revista-carpmag.html

08


Recorde de Siluro Albino Um pescador Inglês levou ao tapete um Siluro Albino com 206lb, (93,44kg) apanhado na vizinha Espanha, mais concretamente no Rio Ebro. Julga-se que este é o record mundial de Siluro Albino, que superou em apenas 12lb (5,44kg) o anterior recorde desta espécie. Por sinal, também capturada nas mesmas águas o ano passado.

WebCarp Um site que merece a nossa visita, onde se podem encontrar artigos, truques, dicas e muito mais. É dirigido por pessoas exemplares, sempre dispostas a dar o seu contributo para a divulgação do Carp Fishing, assim como para ajudar com qualquer dúvida ou questão. http://www.webcarp.es/

Prova de pesca á carpa na Albufeira da Cristalina – Fronteira De 22 a 24 de Novembro realizou-se uma prova organizada pela seleção nacional de pesca à carpa em Fronteira. Desta vez o local escolhido foi a Albufeira da Cristalina, localizada a montante da famosa Albufeira da Ribeira de Vide. A prova serviu como um primeiro teste a este local, até agora usado exclusivamente para a pesca à boia e achigãs. É mais uma albufeira concessionada ao Clube de Pesca Fronteirense, um local com excelentes condições para provas de pesca à carpa, pode comportar até 15 duplas bem instaladas e com bons acessos durante todo o ano. A prova contou com a participação de 11 equipas, entre federados e não federados. Começou apadrinhada por mau tempo, chuva, vento forte e frio do quadrante nordeste e terminou abençoada com uma manhã de domingo fantástica, com um sol radiante! As capturas não abundaram, como seria de esperar, num local nunca antes pescado com a técnica de pesca à carpa. No final, todos estavam satisfeitos com as excelentes condições que este local tem para a prática desta modalidade, prometendo para o próximo ano mais um teste, com melhores condições a nível meteorológico, que foram uma das grandes condicionantes a uma melhor prestação coletiva neste evento.

09


Em Busca dos Dois Dígitos Fazer um relato, ainda que pequeno, sobre uma aventura no Douro sem mencionar o fascínio que esta água provoca em mim, seria quase uma ofensa! Tanto que esta água já me ensinou e tanto que ainda tem para ensinar! Bastante tempo depois da última sessão, que tinha acontecido também no Douro mas a uma distância de 100km, resolvemos, eu e o Paulo, fazer nova investida nesta água. Objetivo: Conseguir uma captura com dois dígitos! Esperava sinceramente que fosse o Paulo a conseguir atingir o feito. Não é que eu não goste de capturar grandes carpas, que já o fiz ali mais de uma dezena de vezes, mas pelo meu companheiro, que apesar das várias capturas ali realizadas, a sorte nunca o tinha bafejado com uma deste peso. Não fosse este o objetivo e esta sessão teria sido realizada noutro lado, pois a minha vontade de explorar novos locais é imensa. Ainda com a incerteza de quanto tempo eu teria disponível para a sessão, começamos a preparar tudo com uma semana de antecedência. Como o pesqueiro tinha bastante erva, no domingo anterior passamos a manhã a tratar da sua limpeza. Além da erva que arrancamos ou cortamos, aparamos também as árvores em volta. Quando acabamos a nossa vontade era esticar as linhas... Como o Jesus Cruz Nevado nos tem vindo escrever nas edições da DCM, realmente o barco é essencial na prática do Carp Fishing, não só em todos os pontos que ele já focou, como também na limpeza do pesqueiro. Antes de sairmos neste dia, deixamos no pesqueiro 20kg de sementes. A engodagem foi feita todos os dias, a partir do primeiro dia começou também a levar uns quilos de boilies. Nada de especial, foi mais uma mistura entre vários sabores. No fundo seria uma limpeza a todos os fundos de balde ou restos de sacos. Desde Equinox da CCMoore até caseiros de vários tipos, restos

10

de Dynamite ou Decathlon. Para iscar a conversa seria outra, Spicy Tuna e Banoffee, estes da Mainline. Os Spicy já provaram a sua qualidade ali, inclusive o meu recorde nacional foi conseguido com um destes iscos. Os Banoffee revelaram-se muito bons em termos de resistência à corrente e atritos, saindo em perfeitas condições, mesmo depois de várias horas dentro de água. . Só na quinta-feira à noite é que tive a confirmaçao que poderia folgar no sábado, permitindo fazer a sessão de sexta à tarde até domingo. Ainda assim na sexta-feira fui obrigado a trabalhar até tarde, mas logo que possível arranquei para o pesqueiro. O Paulo já lá estava havia várias horas, contudo ainda sem arranques. As canas do Paulo foram reposicionadas para eu poder colocar as minhas e pouco tempo depois de chegar estava a pescar. Andava com saudades, não ia à pesca havia um mês. A noite estava fria, pelo que resolvemos recolher aos abrigos. Não fosse o Big Snooze e teria passado frio. Rapidamente adormeci, e já perto do amanhecer o coração começou a bater mais rápido, o Delkim estava a gritar! Foi um instante entre sair da Bedchair e ferrar o peixe, que nos primeiros segundos me pareceu um Barbo. Quando parou com as cabeçadas e começou a puxar normalmente, percebi que era uma Carpa, e talvez a que nos tinha ali levado, embora estivesse na cana errada. Depois de uma boa luta, conseguimos metê-la no camaroeiro. Fiquei por uns instantes a tentar pesá-la com os olhos, pareceu-me que não atingiria os dois dígitos, e a balança


Uma das montagens usadas na sessão, o novo Equinox da CC Moore, que em breve estará disponível nas lojas.

A única captura da sessão, que por muito pouco não chegou aos dois dígitos!

11


O Loureiro a preparar um Snowman, com a ajuda dos suportes para balde, da Cygnet, que foram testados na sessão.

lá.

Ao manusear a carpa e na devolução pude constatar o quanto gelada estava a água, ainda assim tínhamos esperança de fazer mais algumas capturas. Passamos grande parte do dia a testar alguns produtos gentilmente cedidos pela loja Pesca Team Carp, para a edição #02 da DCM, sem sinal das nossas amigas. As esperanças caíam para a noite, que não estava tão fria como a anterior. Resolvemos ir descansar cedo, caso houvesse movimentação iriamos estar mais frescos. Mas a manhã chegou sem um único bip.

12

Restou-nos arrumar o material nas calmas e pensar o que poderia ter corrido mal. Como por vezes não há explicação também não matamos muito a cabeça com o assunto. Apesar de ter havido apenas uma captura, a sessão tinha sido bastante agradável, como tal nada havia a lamentar. Com certeza que em breve voltaremos para outra sessão, e nela se consiga atingir o objetivo... Orlando Loureiro Paulo Gomes

O Paulo a “provar” o Vinho do Porto, enquanto esperava por um arranque!


Não será talvez esta a melhor altura para tentar bater recordes, ainda assim não é impossível, pelo que enquanto o Paulo não conseguir bater os dois dígitos no Douro, iremos tentando uma e outra vez. Já apanhamos ali tanta grade, que uma a mais ou a menos não faz grande diferença. 13


Pergunta & Respostas #02 Tal como na primeira edição, demos a voz aos nossos leitores, para que exponham as suas dúvidas, para que vejam esclarecidos alguns pontos onde por vezes sentem mais dificuldade. Estamos cientes que muitos terão opiniões diferentes do que aqui se responde, mas relembramos que as respostas não são mais do que experiências passadas por estes pescadores, que em certa altura ou situação, provaram ser a melhor escolha. Poderá haver várias formas, todas corretas, de lidar com determinada situação, e é por isso que temos 3 respostas à mesma pergunta, para que os nossos leitores tenham mais do que uma opinião sobre a sua questão.

14

DANIEL MARQUES

CARLOS FALCÃO

DIOGO DURAIS

NELSON COUTINHO


PAULO SANTOS

Daniel Marques

GARY CURRIN

P: Qual a melhor engodagem para o inverno, dispersa ou localizada? E em que quantidade?

HUGO JANEIRO

1

Paulo Santos R: Na minha opinião a melhor engodagem é a localizada. Se é utilizada como o melhor método em qualquer altura do ano, no inverno ainda tem mais impacto. Devemos lembrar-nos que no inverno a atividade das nossas amigas é muito reduzida, o seu apetite é muito pouco ou nenhum, muitas das vezes o fator curiosidade é o mais determinante na obtenção de uma captura de inverno, pelo que uma simples porção de comida é o suficiente para atrair a nossa presa. A captura de inverno é muito mais saborosa, por vários fatores. Além de ser difícil, estamos sempre na espectativa que possa ser um bom exemplar, pois é nessa altura do ano que as boas capturas surgem, tal como na primavera. Uma boa engodagem de inverno é como se diz na gíria Portuguesa: " Curto e Grosso!" Quero dizer com isto que para uma sessão de inverno por vezes meia dúzia de boilies junto das montagens, ou uns PVA no anzol com um bom mix aditivado pode fazer a diferença. Cuidado com certos tipos de PVA que no inverno não se dissolvem na água. São fabricados nas duas opções, uns para inverno e outros para verão. Em caso de dúvida, o melhor será ao chegar junto da água, fazer um PVA e testá-lo. Como temos todos os fatores reais ali, não corremos o risco de experimentar em casa com um resultado por exemplo, e ter outro quando chegamos ao pesqueiro.

Gary Currin R: Esta é uma pergunta geral. Isto quer dizer que a pergunta gera mais perguntas do que respostas. Há, como sempre, muitas variáveis. Por isso vou começar por responder sobre o inverno. Em Portugal, o inverno é muito suave, e normalmente apenas dois meses são realmente frios. Enquanto Inglês, só acho frio quando a temperatura esta a 5º ou menos. O tempo tem que estar estável uns dias para que faça efeito na temperatura da água, e só então nestas condições eu repenso a estratégia e mudo a forma como pesco ou engodo. Mas também depende do local, profundidade ou tamanho da massa de água. Rio, lago ou barragem, há uma grande diferença na estratégia de engodagem, dependendo de qual é a água em questão. Quanto maior o tamanho da massa de água, mais difícil se torna localizar o peixe, como tal, deve aplicar-se uma politica de engodagem sustentada. Não significa isto que tem que ser com grandes quantidades. Num pequeno lago, torna-se mais fácil, é só fazer o trabalho de casa, estudar os registos de capturas e tudo se torna mais fácil. No Inverno, profundidade da água e localização do peixe, é o principal fator para fazer uma captura ou não. Quando o tempo está frio algumas semanas, por norma uso pouca engodagem. Provavelmente apenas um saco pva, ou um ou dois spods em cada montagem. Mesmo se for uma grande água, não mudo muito, talvez sementes mais pequenas ou Pellets menos oleosas. Em caso de pré-engodagem, diria entre 5 a 10kg de sementes, 1kg de boilies e Pellets. Metade do que usaria nos meses mais quentes. Se a massa de água for muito pequena, provavelmente não faço pré-engodagem. Pesco sim com pouca comida, e sempre perto da montagem. É importante no inverno engodar muito próximo da montagem, o peixe tem tendência a mover-se pouco, pelo que não adianta espalhar muito a engodagem. Nesta estação, uma embarcação poderá ser de extrema importância. Encontrar o peixe é essencial, pois nesta altura é mais difícil que venha ate nós.

15


Hugo Janeiro R: Como todos sabem, as carpas, ao serem animais de sangue frio (Pecilotérmicos) têm uma atividade metabólica muito menor nos meses em que a água está mais fria. Consequentemente a carpa alimenta-se menos nesta fase do ano. Sou da opinião que nos meses mais frios devemos procurar concentrar a nossa engodagem e não abusar nas quantidades. Contudo, pode variar consoante a população de peixes da água em questão. Águas super povoadas por vezes permitem-nos fazer uma engodagem algo mais pesada e mais dispersa obtendo bons resultados.

Carlos Falcão

P: Qual a melhor época do ano para obter recordes?

Gary Currin R: Um recorde pode ser capturado em qualquer época do ano, e sejamos realistas, é o que leva na ideia todo o Carpista quando vai para uma sessão, embora haja uma época do ano em que os peixes estão mais pesados, pois carregam os ovos, pelo fim da primavera, princípio do verão. Por exemplo um peixe de 6kg pode aumentar 1kg ou mais. Nesta altura o peixe precisa de especial atenção, ser tratado com muito cuidado, e evitar os sacos de retenção. No fim do outono também é uma boa altura para se bater um recorde, pois o peixe passou um longo verão a comer, assim como os primeiros meses de menos calor, preparando-se assim o período de inverno, onde irá encontrar menos comida natural. Mas como disse no início, um recorde pode ser apanhado em qualquer altura, basta ir à pesca!

Hugo Janeiro R: Sou da opinião que durante todo o ano se podem bater recordes, basta para isso estarmos à pesca. Geralmente toda a gente defende que na Primavera, devido ao grande aumento de peso das fêmeas provocado pelas ovas, facilita que obtenhamos capturas mais pesadas, contudo há outras fases do ano em que as carpas aumentam muito o peso e podem ser boas épocas para bater recordes, falo do Outono. Os meus recordes em Espanha e Portugal foram capturados em Outubro, o que demonstra que não só na Primavera se batem recordes.

Paulo Santos R: A melhor época de recordes na minha opinião é entre Novembro e Abril. Quando se aproxima o período de inverno, as nossas amigas vão começar a comer com abundância para acumular gorduras. Estas irão ser usadas para se reforçarem não só para o inverno mas também para quando chega a época da desova, estarem preparadas para o frenesim que todos conhecemos. As carpas no outono/inverno são comparadas com os ursos, o que fazem é comer e encher-se de gorduras para passar o período de hibernação, pelo que pode ser uma boa altura para bater recordes. Se tivermos a sorte de na desova apanhar uma carpa fêmea cheia de ovas, o record pode subir mais que o esperado e ficarmos muito surpreendidos pela positiva.

Diogo Durais

P: Em pesca de rio, é melhor pré-engodar ou fazê-lo só no próprio dia?

Hugo Janeiro R: Tudo depende da zona do rio onde se vá pescar. Se for uma zona com corrente eu prefiro engodar no próprio dia pois a pré engodagem que se possa fazer pode ser arrastada até alguma zona onde se acumule. Isso pode fazer com que o peixe considere como local de alimentação o ponto em que se acumula o nosso engodo. Se for uma zona com corrente fraca ou nula será deveras vantajoso pré-engodar. Na maioria dos locais a pré-engodagem pode ser a chave do sucesso, sempre e quando a fazemos corretamente.

16


Gary Currin R: Na minha opinião, pescar em rio requer maior pré-engodagem do que em barragens. Eu penso que em rios, especialmente rios largos, o peixe tem tendências nómadas, ou seja, move-se muito mais em busca de comida. Penso também que se nessa busca, o peixe encontrar um sítio com comida, irá voltar e visitar o mesmo local novamente. Portanto, engodar um local específico regularmente, fará toda a diferença para se ter sucesso nos rios, especialmente em grandes rios, como o Douro, por exemplo. Em caso de pequenos rios, o peixe mantém-se mais por perto da mesma zona, seja protegido em obstáculos ou entre pequenas barragens, (caso as haja) pelo que a pré-engodagem não fará tanto sentido, talvez aqui engodasse só no próprio dia. Embora pré-engodar, na maior parte das circunstâncias seja sempre uma vantagem, especialmente se for feita no local certo. Porque para mim, o principal em qualquer água é a localização.

Paulo Santos R: A pesca de rio não é o meu forte, e foi dos locais em que mais investidas fiz, mas pela experiência obtida ao longo dos anos, o meu ponto de vista é de que uma pré engodagem feita ao longo dos tempos, a probabilidade de obter capturas aumenta consideravelmente.Embora os locais de passagem de uma carpa no rio possam ser infindáveis, elas acabam por ter sempre uma rota mais ou menos definida, e se souberem os frequentes locais onde existe alimento, de certeza vão passar por lá mais vezes. De qualquer forma, depende do tipo de alimento que colocamos na água, se elas passarem, comerem, fizerem uma boa digestão, de certeza que voltarão para comer mais. Aconselho nestes casos as pré-engodagens serem feitas com sementes cozidas, não necessariamente com grandes quantidades, junto com as sementes, devemos colocar boilies de boa qualidade. Isto fará muita diferença na obtenção de boas capturas.

Nelson Coutinho

P: É possível fazer uma sondagem eficaz de um pesqueiro sem recurso a aparelhos eletrónicos? Como?

Hugo Janeiro R: Na minha opinião é possível, desde que tenhamos um barco e muito, mesmo muito tempo para investir em conhecer o fundo da nossa zona de pesca. Para saber a profundidade, basta utilizar um fio com um peso na ponta e medir. Podemos também recorrer à cana. Com uma chumbada bem pesada, consegue-se sentir que tipo de fundo temos, se tem lodo ou não, se é de gravilha, apenas terra, etc. Para saber se tem obstáculos (paus, pedras) podemos utilizar a própria chumbada que nos permite sentir muita coisa e até um anzol e fazê-lo percorrer o fundo em busca desses obstáculos. Para quem não tem barco também é possível fazer esta sondagem, apesar de ser mais difícil e menos precisa pois torna-se mais difícil saber que tipo de fundo tem, lançando uma chumbada desde fora. O impacto desta no fundo vai ser atenuado pela quantidade de metros de linha que temos dentro de água e não se vai sentir na perfeição. É fácil medir a profundidade recorrendo a uma bóia atada na ponta do fio da cana, com uma chumbada solta por trás. Depois de esticar bem o fio assegurando que a boia está no fundo, vamos soltando e medindo o fio até que a esta apareça à superfície. A sondagem de obstáculos faz-se bem com a recolha da chumbada que lançámos. A informação obtida é fiável mas sem dúvida que será necessário despender muitas horas para poder ficar a conhecer o pesqueiro na perfeição.

Gary Currin R: Não só é possível como eu acredito que seja essencial para qualquer Carpista aprender a desenhar uma imagem mental do fundo do pesqueiro. Em qualquer altura pode ser preciso fazê-lo, mesmo tendo um aparelho eletrónico, basta acabar a bateria, por exemplo. E depois nem todas as pessoas têm dinheiro para tal equipamento. A maneira mais fácil de o fazer, é passar uma chumbada em toda a área que pretendemos pescar. Começa por se contar quantos segundos a chumbada demora a bater no fundo, dando logo uma ideia da profundidade (iremos falar sobre uma técnica mais completa sobre saber a profundidade mais à frente). Será preciso manter a linha esticada, para se sentir a chumbada a bater no fundo. Com a cana com a ponta ligeiramente levantada, (caso haja muita pedra no fundo, ou se a chumbada for muito leve, pode saltar muito, nesse caso a ponta da cana deve colocar-se na horizontal) vamos recuperando a linha lentamente, sentindo todas vibrações da chumbada para a ponta da cana, dando-nos uma ideia se temos um fundo de erva, gravilha, argila ou lodo. Ou seja, puxa-se lentamente a cana como se fosse a recuperar peixe, depois volta-se a cana de novo na direção da água, só então recuperando a linha que ficou solta, quando esta voltar a estar esticada, repete-se toda a operação.

17


No caso de se ter gravilha no fundo, a ponteira irá dar pequenos saltos repetidamente, se for lodo, a mesma ira vergar, o quanto, vai depender de quanto a chumbada se enterrar no lodo, de seguida irá soltar suavemente. Com erva é semelhante, mas de forma menos constante, vai depender da quantidade de erva, se for muita pode até arranca-la e não voltar a endireitar até puxarmos tudo para fora. Com este método simples, podemos ter uma ideia clara do fundo que podemos pescar. Recomendo para melhores resultados, o uso de uma cana de ponteira macia e linha o mais rígida possível, sendo o ideal o fio entrançado. Recomendo também que a chumbada não seja amarrada diretamente à linha mãe, mas sim a uma ponta de fio que permita perder-se em caso de encontrar obstáculos maiores, não correndo assim o risco de perder várias dezenas de metros de fio, se o tivermos que cortar na ponta da cana. Com a ajuda de uma bóia de marcação, teremos então possibilidade de saber todos os detalhes sobre o local onde pretendemos colocar os nossos iscos. Basicamente, é atar uma bóia à ponta da linha, passando o fio por uma chumbada, que com uma argola permite que a primeira se mova livremente. Com todo o conjunto no fundo e a linha esticada, é só libertar linha do carreto até a bóia chegar ao cimo da água. Muitas canas próprias para o efeito já trazem de fábrica uma marca, que pode ser por exemplo de 50cm, tendo isto em atenção, é só contar o fio que sai do carreto, e sabemos com exatidão a que profundidade vai ficar a nossa montagem caso seja colocada naquele local. Se a cana não tiver marca, podemos fazê-la nós, com um elástico, por exemplo. Se tivermos à mão papel e caneta, conforme vamos medindo os vários pontos com a bóia, podemos ir anotando. Com todo este conjunto, pode fazer-se tudo igual em relação à leitura do fundo, apenas se recomenda fazê-lo primeiro sem a bóia, porque em caso de haver muitos obstáculos podemos perdê-la. Sabendo que não há obstáculos de maior, podemos então colocar todo o conjunto a funcionar. A partir de um barco não precisamos de bóia, basta a chumbada. Para sabermos a profundidade é só deixar cair a chumbada e recolher a linha à mão. Para saber o tipo de fundo, podemos bater com a mesma, e/ou arrasta-la para um lado ou outro, funcionando da mesma forma que se estivermos na margem. São processos demorados, especialmente se não tivermos prática, mas se não o fizermos nunca a teremos, e é de extrema importância que tenhamos a certeza onde está colocada a nossa montagem, pois se estiver em local inacessível ao peixe, por melhor que seja o isco, não nos irá dar captura alguma.

Paulo Santos R: Existem variadas formas de fazer uma sondagem num pesqueiro sem recursos a aparelhos eletrónicos, mas isso requer alguma sabedoria por parte do Carpista, ter de fazer uma leitura precisa dos fundos, obstáculos, profundidades, tipos de solo, etc. 1 - Cana e bóia de marcação Podemos fazer uma leitura da profundidade do local de pesca. 2 - Cana e chumbada Somente com cana e chumbada, (convém ser fio entrançado pois como não tem dilatação, transmite melhor a leitura do fundo) lançando a cana e recolhendo de forma lateral com movimentos lentos conseguimos obter o estado do solo e possíveis prisões, tais como lenha ou pedras, ou se é arenoso ou lodoso. 3 - Cana de marcação e um fio de algodão Com uma cana com chumbada e um fio de algodão atado da chumbada, ao correr da linha madre atar por exemplo 80 cm de um fio branco de algodão. Lançamos a cana, esperamos uns segundos largos que a chumbada fique espetada no lodo, depois recolhe-se lentamente a cana e analisa-se até onde a chumbada fica espetada no lodo, pois o mesmo vai ficar agarrado à linha de algodão. 4 - Barco insuflável ou rígido Para este tipo de medições sem aparelhos eletrónicos este é o melhor método. Dentro de um barco com uma ou várias varas agarradas entre si, conseguimos obter profundidades ou ver o tipo de solo, assim como obstáculos. Outra forma é em águas mais claras, com um cone daqueles das estradas das obras na parte inferior ou mais larga colar com cola resistente á agua um vidro. Na parte mais fina cortar um pouco para termos melhor visibilidade. Dentro do barco se for colocado a parte do vidro dentro de água e olhar-mos pela parte mais estreita temos uma boa visibilidade do fundo e solo do local de pesca pretendido.

18


Pergunta premiada Esta é uma das secções da revista que consideramos muito importante, pois com as dúvidas de uns, virão as respostas que poderão ajudar muitos, por isso o nosso muito obrigado aqueles que nos enviaram as perguntas, Nelson, Daniel, Diogo e Carlos. Para pergunta vencedora escolhemos a do Nelson Coutinho. Não porque as outras não o mereçam, mas porque esta será, no nosso entender, a que melhores respostas veio trazer, especialmente para quem se esta a iniciar no mundo do Carp Fishing. Como premio irá receber uma mesa Carp Porter, oferecida pela loja www.pescateamcarp.com

19


Taska - Quick Link Swivel & Sleeves Dez destorcedores com engate rápido para a montagem, cinco sleeves castanhas e cinco verdes, são o conteúdo destas saquetas da Taska. O conjunto é muito prático para usar com montagens Inline ou Lead Clip. O formato da Sleeve, bem comprida, ajuda a afastar o anzol da chumbada, o que é muito importante, pois assim evita que se possa enroscar nesta, ornando assim a montagem inutilizada. Os destorcedores são acabados em preto mate e muito resistentes. As Sleeves são de cor ligeiramente translúcida e macias, apenas exigindo uma agulha muito fina para se passar a montagem pelo interior.

Cygnet – Spod Bucket Adaptors Excelente produto para quem engoda com Bait Rocket, pois permite que o balde se adapte a qualquer altura ou inclinação com a ajuda de três Banksticks. Não é preciso levar dois baldes para sobrepor e correr o risco de tombar tudo, ou ainda de ter que dobrar as costas para encher o Rocket. Inclusive a cadência e direção da engodagem torna-se muito mais certa. Estes adaptadores são super resistentes e adaptam-se a qualquer balde, mas como se tem que ter o trabalho de os fixar, embora seja feito muito facilmente, convém escolher um balde com alguma resistência para não termos que andar sempre a mudá-los.

Taska – Stripper ‘n’ Cutting Tool Esta ferramenta é um belo “dois em um”. Com um bonito design e muito ergonómica, é facílima de manusear. O Stripper funciona muito bem, descascando os fios revestidos facilmente. O cortador, situado na parte de trás, é de tal forma afiado que basta passar suavemente o fio para o cortar. Um bom pormenor de segurança, é impossível tocar com os dedos no cortador, pelo que pode guardar-se em qualquer lado, mesmo que seja no bolso. Imprescindível na caixa de ferramentas de qualquer Carpista.

20


Taska – Pva Breakdown Kit Sem dúvida que o Pva é de grande ajuda no Carp Fishing, especialmente se quisermos fazer uma pesca com engodagem localizada. Mas esta é apenas uma das muitas vantagens que poderemos encontrar neste produto. Por exemplo é um excelente anti enredos, além de deixar uma boa porção de comida junto ao nosso isco. No meu caso prefiro as redes, mas há coisas que só conseguiremos mesmo fazer com os sacos de Pva, como por exemplo colocar líquidos dentro, garantindo que vai ficar junto do nosso isco. Neste Kit da Taska temos 25 sacos de Pva 65mmx140mm, um funil e uma anilha que permite apertar este, para melhor se introduzir no saco. O primeiro grande pormenor, é que os sacos Pva vêm protegidos dentro de um saco em plástico, que fecha hermeticamente, impedindo a água de entrar e os destruir, mesmo em caso de apanharem chuva. A cor vermelha dos acessórios permite uma boa visibilidade sobre eles, impedindo que se percam no meio das ervas. Uma vez que a própria fábrica aconselha fechar os sacos depois de cheios com um fio Pva, nota-se que falharam neste pormenor pois não vem incluído no kit. De qualquer forma já sabem, ao comprar uma coisa, obrigatoriamente têm que comprar outra, tornando assim o conjunto mais completo. Se apenas colocarem a montagem dentro do saco, não se podem esquecer em furar este várias vezes com a agulha, para perder rapidamente o ar. Apesar da água fria em que foram testados, desfizeram-se rapidamente, o que nos leva a crer que no verão podem desfazer-se rápido demais. Ainda assim, se for o caso pode adicionar-se líquidos, tornando mais lento o processo.

Trakker – Tip Protectors Estas proteções são extremamente úteis, especialmente para quem transporta as canas em sacos individuais. O material é resistente e de uma cor muito suave. No seu interior tem um tubo rígido, praticamente indestrutível no normal de pesca. Mesmo em caso de ficar entalado entre a porta do carro ao fechar, este protetor irá proteger a ponta da cana. O cordão permite que se ajuste a qualquer cana e prende o protetor por baixo da argola, impedindo-o de saltar fora. É um produto muito bom, mas deveria vir acompanhado de uma banda de velcro para apertar a cana na outra extremidade. Como tal aconselha-se que se compre também um pouco deste material, tornando assim este conjunto perfeito. Cada embalagem traz duas unidades.

21


,

Fernando Lopes "Brazão" e Casimiro Milheiras, os campeões nacionais de 2013.

Terminou no dia 20 Outubro o Campeonato Nacional de Pesca à Carpa, sendo a última prova realizada na Barragem de Odivelas, em Ferreira do Alentejo. Este ano, o nacional contou com as habituais três provas, com a novidade de duas dessas provas serem de 48 horas. Apenas uma prova teve a duração de 72 horas. As duas primeiras provas foram realizadas na Barragem de Montargil, em Ponte Sor, local que mais tarde acolheu o mundial de pesca à carpa,

22

onde a nossa seleção aproveitou, e muito bem, estas provas do nacional para treinar e aperfeiçoar as técnicas e táticas. No final, a dupla Casimiro Milheiras e Fernando Lopes sagraram-se Campeões Nacionais de Pesca á Carpa 2013. 1ª Prova, 8 a 10 Junho – Barragem de Montargil 2ª Prova, 24 a 27 Julho – Barragem de Montargil 3ª Prova, 18 a 20 Outubro – Barragem de Odivelas


1.º PROVA MONTARGIL

2.º PROVA MONTARGIL

3.º PROVA ODIVELAS

Casimiro Milheiras/Fernando Lopes *

1

3

4

8

Hugo Marmelo/Carlos Cardoso *

3

1

5

9

Rui Alves/Nuno Alves

2

4

3

9

António Maria/Sílvio Penedo

7

2

2

11

Carlos Nunes/António Francisco

4

5

6

15

Emídio Bucho/Válter Silva

8

7

1

16

Antero Varela/José Ferreira

6

6

7

19

António Nunes/António Bazuga

5

8

9

22

Carlos Silva/António Silva

9

10

8

27

177,550 Kg

141,550 Kg

CLASS. FINAL Campeão Nacional

DUPLA

Capturas

PTS.

166,700 Kg

485,800 Kg

* Equipas apuradas de forma direta para o Mundial de Pesca á Carpa em 2014 na Roménia. Da restante comitiva farão parte mais 1 dupla para compor a equipa nacional e outra dupla suplente.

23


Entrevista Nome: Hugo Janeiro Idade: 29 Profissão: Eng.º Agrónomo PB: 22,2kg Portugal, 23,5Kg Espanha DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing? HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10 anos. DCM: Já pescavas antes? Começaste com que idade? HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5 anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa (risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã, até que descobri o Carp Fishing. DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca? HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que o bichinho da pesca me foi implantado no corpo. Mais tarde comecei também a pescar com o meu melhor amigo, Ricardo Santos. DCM: Como descobriste o Carp Fishing? HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte Novo. Ia para mais um fim-de-semana de pesca e quando lá cheguei, havia uma prova do campeonato nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a olhar para todo aquele equipamento. Quando cheguei a casa passei horas na net á procura de perceber este tipo de pesca e desde esse dia esta modalidade é parte integrante da minha vida. DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é uma modalidade de equipa? HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing, juntamente com o Ricardo, praticamos esta modalidade sempre juntos. Para mim esta é uma modalidade que em equipa se torna mais eficiente. É óbvio que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo se torna mais fácil e tem mais significado partilhar as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com esta técnica? HJ: Claro que sim, há momentos que não se esquecem e este foi um deles. A alegria foi enorme e

24

apesar de não ter sido um peixe muito grande para mim foi como se fosse o recorde do mundo. DCM: E a captura que mais prazer te deu? HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais prazer. Tenho várias de enorme significado para mim. É difícil escolher uma, cada uma foi especial à sua maneira. DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas? HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há nenhum segredo! É apenas dedicação e muitas horas em ação de pesca, observar muito e aprender com cada situação vivida. DCM: Em termos de iscos, tens preferência por Sementes ou Boilies? HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde mais pesco não é possível seleccionar o peixe com o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o mesmo que uma de 30kg). DCM: Que achas dos Iscos Artificias? Costumas usar? HJ: Para mim são magníficos, creio que me tornei dependente deste tipo de iscos. Este isco garanteme que estou a pescar em condições, sem me preocupar se o amigo lagostim está a alimentar-se do meu isco ou não e essa garantia é muito importante, principalmente em sítios onde me coloco à pesca e não volto a tocar nas canas durante a sessão, mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE! DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou preferes o mais natural possível? HJ: Depende muito da situação de pesca. Depende em que tipo de águas estou à pesca e até da altura do ano, mas normalmente uso o mais natural possível. DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves ou pesadas? Ou depende da água em questão? HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As duas barragens onde mais pesco são opostas no


Na resposta a uma pergunta que não figura aqui, o Hugo Janeiro, nosso entrevistado nesta edição, disse-me: “Estou quase nas trezentas capturas com dois dígitos”! Bastaria esta resposta para perceber que estamos a falar de um pescador de topo! Não é fácil atingir esta marca, especialmente num país onde as Carpas grandes não são assim tantas nem tão fáceis de apanhar, tornando ainda mais especial a carreira deste Carpista, grande parte dela passada na companhia do amigo de longa data, Ricardo Santos. Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas? Já vão saber a seguir….

que respeita a engodagens. Numa delas são engodagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo depende também da época, normalmente nos meses mais frios aligeiro sempre as engodagens. DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas? HJ: Sempre Inline. DCM: É uma questão de gosto ou pensas que funciona melhor que as outras? HJ: Penso que funciona melhor, principalmente devido à apresentação debaixo de água e à cravagem, que é para mim mais eficiente do que com outros tipos de montagem. DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar? HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual a melhor época para tirar os maiores exemplares, sem dúvida que prefiro a primavera.

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono? HJ: Depende muito do local de pesca e da distância de pesca mas geralmente utilizo fluoro pois costumo pescar em águas muito cristalinas. Em algum caso de pesca extra longa prefiro entrançado. DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha? (Fluoro Carbono) HJ: Para mim a grande vantagem do fluoro é a sua invisibilidade, uma vez que pesco em baixas profundidades e águas muito cristalinas. DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combinados? HJ: Adoro o Combi Rig! DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vantagem que vês nestas canas em relação às de 12? HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito longe da margem, não tem qualquer vantagem, é

25


longe da margem, não tem qualquer vantagem, é apenas uma questão de gosto. DCM: Também sei que usas carretos com Drag Frontal em vez de Bait Runner. Há inclusive muita gente a faze-lo! Qual o motivo para usares este sistema? HJ: Desde muito pequeno que me habituei a este tipo de carretos e não quero outros. Cheguei a ter carretos com bait runner no início quando comecei no Carp Fishing mas a maior parte das vezes nem me lembrava que o tinham e nem o usava. DCM: Tu e o Ricardo Santos descobriram o único lago do país exclusivo da modalidade até à data, Alfarófia. Podes contar-nos como foi? HJ: No ano de 2007 comecei a trabalhar com o filho do Sr. João Claudino (dono do Lago) e foi então que surgiu a conversa de que na Alfarófia havia carpas enormes. A seguir falei com o Sr. João e ele me contou toda a história de Alfarófia, que já todos sabemos mas podemos recordar na página do lago www.lagodaalfarofia.com, onde me contou que um pescador Inglês tinha conseguido uma captura com mais de 23kg. Despertou em mim muita curiosidade e uma enorme vontade de descobrir o real potencial do Lago. DCM: Já conhecias o Lago? HJ: Sim, eu cresci a pouco mais de 1km do Lago da Alfarófia e desde muito pequeno que lá pescava, pouco depois de ter sido terminada a obra, mas nessa altura era tão novo que não tinha a menor ideia do potencial que ali se acabara de criar. DCM: Qual foi o passo seguinte depois de saberes que havia exemplares enormes no lago? HJ: Após várias sessões de pesca que serviram essencialmente para conhecer melhor o fundo do lago, conseguimos a primeira captura, que recordo perfeitamente, era uma linda carpa de 12kg. A partir deste dia foi um sonho, cada sessão de pesca capturávamos sempre grandes carpas entre os 10 e os 22,180kg. Em poucos meses obtivemos exemplares que fazem sonhar qualquer Carpista e isso levou-nos a falar com o Sr. João para que ele fizesse do lago um coto de pesca, tal como existem em

26

França e Inglaterra e dessa forma permitir que todo o Carpista interessado pudesse disfrutar desde lugar magnífico. A partir daí, com o contributo de toda a equipa Passioncarp em conjunto com os donos, nasceu o Lago da Alfarófia para o mundo do Carp Fishing. Um lugar único e com um lote de carpas de porte muito grande que fazem as delícias de todos os pescadores que o visitam. É único na Península Ibérica e nós Portugueses deveríamos dar-lhe o devido valor pelo que representa. É sem dúvida o lago que transformou a minha vida como Carpista e me incutiu o vício por carpas grandes. Tenho muitas e boas alegrias vividas no Lago da Alfarófia e certamente mais estarão para vir. DCM: Como vês o panorama nacional em relação ao Carp Fishing? HJ: No que respeita à filosofia do Carp Fishing, vejo com bons olhos. Cada vez há mais praticantes e, sendo cada vez mais, teremos maior força na tentativa de sensibilizar os outros pescadores a preservar e respeitar o meio ambiente e tudo o que o rodeia. Ainda sou dos que acredita que daqui a 30 anos a pesca sem morte será praticada pela maioria de pescadores no nosso país. No que respeita à qualidade dos nossos pescadores, creio que na pesca de Competição os resultados falam por si próprios, estamos na Elite da modalidade. Aproveito a oportunidade da entrevista para felicitar todos os membros da Seleção Nacional de Carp Fishing pela Vitória no Mundial. Se quisermos falar da pesca a grandes exemplares penso que temos o conhecimento para estar à altura de qualquer outro país, apenas nos faltam massas de água com as mesmas condições que em França, Inglaterra ou Espanha, entre outros. DCM: Comparando com os países mais próximos, achas que estamos ao mesmo nível? HJ: Como disse anteriormente, em termos de conhecimentos creio que estamos ao mesmo nível. A prova está nos Portugueses que pescam com frequência em águas espanholas ou francesas, não somos em nada inferiores aos colegas desse país. DCM: Por fim, acredito que devas ter muitas situações engraçadas passadas a beira da água,


27


queres presentear-nos com algum em especial? HJ: De tantas horas passadas à beira da água, há muitas histórias que poderia contar, mas para ser breve vou apenas contar uma das mais especiais.

Engodamos e começamos a montar as canas. Com todo o material pronto, chega a hora de lançar as canas à água e é aqui que ocorre uma situação que não esquecerei jamais;

Estava com o Ricardo à pesca em Sierra Brava, pela primeira vez. Chegamos à barragem e tínhamos 6 amigos já em ação de pesca. Sem conhecer a barragem colocamo-nos onde nos indicaram. Ali ficamos durante dois dias e nem sinal das nossas amigas Carpas. Os colegas ao lado estavam todos na mesma situação. Então foi decidido por todos eles que deveríamos mudar de zona porque ali não havia forma de tirar nem uma carpa. Estavam decididos a mudar para a Moheda. Nisto o Ricardo decidiu-se a dar um passeio para observar um pouco melhor a paisagem antes de nos mudarmos enquanto eu já estava a arrumar o material. Passando uma colina, chegou a um pequeno braço onde viu saltar duas carpas enormes em menos de um minuto. Apressado veio contar-me o que tinha visto. Contámos aos restantes colegas mas ninguém acreditou que apenas 100m mais abaixo, por detrás daquela colina, as coisas pudessem mudar por isso ninguém quis abandonar a ideia de mudar para a zona já antes escolhida, Moheda, onde segundo as notícias que nos tinham chegado, havia alguma atividade.

Lancei a primeira cana e ainda com ela na mão, sem ter tempo de a colocar no Rod Pod, senti um enorme puxão, quase que me saltava da mão. Fiquei estupefacto, era impossível que já tivesse picado uma carpa. Hesitei, fiquei atrapalhado e demorei algum tempo a reagir, quando finalmente o fiz, comecei a recuperar fio mas carpa tinha nadado na minha direção, acabando por se enrolar num obstáculo e partir o fio. A partir daí foi um festival, as picadas sucediam-se com carpas de 10 a 18kg. Tiramos um total de 24 carpas, todas elas de grande porte.

Eu, conhecendo tão bem o Ricardo nem hesitei em mudar-me para o local descoberto por ele. Arrumamos tudo e ao chegar ao local as carpas não paravam de saltar. E eram todas enormes. Sem perder tempo escolhemos dois locais para engodar. 28

Quando já estávamos a arrumar, pois tínhamos mesmo de voltar para casa, apareceram dois pescadores. Vinham perguntar como estava a correr a sessão porque a eles estava a correr muito mal. Apenas tinham capturado uma carpa de 14kg, que, para sorte deles, se enrolou numa das suas montagens pois trazia uns 15m de fio shimano….Com um anzol Korda nº6…. Uma chumbada da Korda…um Boilie de banana...Resumindo, tudo aquilo que eu estava a usar…era a carpa que me tinha fugido no dia anterior. O meu azar foi a sorte daqueles dois pescadores. A maior sorte foi mesmo para a carpa que assim ficou livre do incómodo anzol. Muito obrigado Hugo. Desejamos-te muita sorte e bons momentos à beira da água!


29


Foto Alterada Eu Sou...

A foto abaixo foi alterada de modo a criar alguma dificuldade na identificação da pessoa. A foto é conhecida, tendo já sido divulgada na Internet. É de um pescador português, assim como o local onde foi realizada a captura, é também território nacional. Em jogo está um premio de 50 Carpas, a descontar em compras na loja Pesca Team Carp. As regras para concorrer são as seguintes; • Cada pessoa só pode dar uma resposta. • A resposta terá que ser enviada para o email da revista: digitalcarpmagazine@gmail.com com título alusivo ao passatempo. • Quando recebermos uma resposta certa, o jogo estará terminado, sendo dada essa indicação na página do Facebook: https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine • Caso cheguem duas ou mais respostas certas ao mesmo tempo, o premio será dividido pelas mesmas. • O texto do email vencedor será copiado para a página do Facebook da DCM, onde se poderá comprovar a hora de chegada. • No final do jogo, a foto original será apresentada e explicada a alteração. Caso a foto não seja identificada em cinco dias, a mesma foto irá ser apresentada no Facebook da DCM, com um grau de dificuldade inferior. A hora para essa apresentação será anunciada pelo menos com 24h de antecedência. Se ainda assim não houver vencedores, a cada cinco dias diminuiremos o grau de dificuldade, sempre com o mesmo aviso prévio.

www.pescateamcarp.com 30


Pesca Team Carp Produtos

HI VISUAL POP-UPS

FOX ARMAMESH

MILK ´N’NUT CRUSH

Gama de Pop Ups altamente flutuantes disponíveis em 8 sabores e cores. Devido ao seu poder de atracão e cores altamente visíveis, torna-se um isco funcional durante todo ano mas em especial nos meses frios de inverno.

Tecido resistente hexagonal, muito

Mix muito atraente com base em mistura selecionada de produtos de noz tigrada com um aroma doce e cremoso, que estimula o alimento da carpa. Complementos: noz esmagada, amendoim, leite, lactose e proteína de soro de leite. Esta combinação cria uma nuvem branca na água e um manto de partículas, algo bastante atrativo para a carpa. Fácil de usar em malhas pva, este mix torna-se fatal quando combinado com boilies Live System.

similar ao PVA, mas feito de nylon que não se dissolve na água. Disponível em 7 metros nos diâmetros 14mm e 22mm com variância em tecidos finos e fortes

Disponíveis em 10mm, 15mm ou Dumbell

Esta

malha

permite

criar

iscos

totalmente únicas, como pão, carne,

Bright Yellow - Pineapple Juice Bright Pink - Fruit-Tella Bright Orange - Tutti Frutti Bright Red - Plum Bright White - Milky Toffee Bright Green - Indian Spice Bright Red - Banofee Bright Pink - Clockwork Orange

queijo, gambas e iscos difíceis de iscar como o cânhamo. Além de todas estas características é um elemento indispensável quando os lagostins são uma ameaça a nosso isco.

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&product_id=130&search=milk+nut http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_62_75

HELLRAISER BOOSTER LIQUIDS Líquidos Super concentrados, fabricados para intensificar a gama de Hellraiser Pop Ups CC Moore . Contem a mesma combinação de atrativos encontrados nos Pop-Ups; Secret Obsession , Silent Assassin ,Critical Edge ,Fatal Attraction ,Dark Addiction ,Optical lllusion ,Crucial Decption.

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=190

SONIK XTR SK3 Versão melhorada do modelo original, estas canas distinguem-se por um fabrico mais cuidado, com um excelente acabamento e um desempenho ainda melhor. Com uma ação rápida, suave e uma precisão excecional para longas distancias. Porta carretos Sonik de 18mm, compatível com todo o tipo de Big Pits. Passadores SIC para um melhor desempenho e robustez. Canas com uma excelente reputação dentro do mercado do Carp Fishing, com uma excelente promoção de três canas pelo preço de duas.

PROLOGIC SKY POD

NGT CARP CRADLE

O novo Sky Pod da Prologic está disponível com hastes de 3 ou 4 canas com uma performance compacta e estável. Os apoios da frente ajustáveis desde 100cm a 180cm assim como os apoios traseiros desde 30cm a 50cm. O esqueleto principal é composto por duas barras paralelas de alumínio reguláveis de 70cm a 128cm. Estas características oferecem aos pescadores várias formas de se adaptarem às diferentes condições de pesca.

Material impermeável PVC macio. Muito suave. Um tapete de espuma destacável na parte inferior para uma excelente proteção do peixe. Dois painéis de malha na parte de cima. Tamanho: 88x55x21

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_66_79

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=130_179&product_id=547

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=151_152&product_id=420

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=164_171

31


32


Quantas vezes já fomos ao mesmo pesqueiro, fizemos tudo exatamente da mesma forma e os resultados foram completamente diferentes? Umas vezes até poderemos ter explicação, mas outras ficamos sem saber o que pensar. Da França chega-nos o relato de um grande pescador, português, que pesca há vários anos pela marca Pelzer, e que nos conta precisamente uma dessas experiências!

33


Para uma sessão nas férias dos Santos, tinha previsto duas saídas; uma de 20 a 24, outra de 27 a 31 de outubro. Para estas duas sessões, comecei por preparar dois pesqueiros, um com sementes, onde iria colocar milho, tiger nuts, cânhamo e trigo, para o outro pesqueiro utilizaria apenas boilies. Comecei a preparação dos pesqueiros com um mês de antecedência, de três em três dias ia engodar com 2kg de boilies e 10kg de partículas, cada tipo de isco para um pesqueiro, como mencionado atrás. Pescando há muitos anos para a marca PELZER BAITS, é sempre sem surpresa e com toda a minha confiança que utilizo os iscos desta marca. Para estas sessões usaria os Vanilla-Peach.

Primeira sessão

Chegando ao local, preparei e coloquei as montagens nos locais pré-definidos, uma cana com uma pop-up no posto que preparei com boilies, uma cana com 2 grãos de milhos no posto engodado com as sementes e duas outras canas perto da margem, logo a minha frente numa língua de terra. Na primeira noite tive um arranque pelas 22h no pesqueiro da engodagem de sementes. O peixe ferrou na montagem equilibrada com as duas sementes de milho falsas cor-de-rosa, sobre um tapete de partículas. Uma bonita Carpa Espelho de 11kg.

A Cindy, com o prémio da luta por ela ganha!

34

Depois disso, a noite e a manhã foram calmas mas por volta do meio-dia, outro dos meus alarmes começou a gritar, peguei rapida-mente na cana para conseguir uma ferragem firme, depois para o combate, meti-me rapidamente no barco com a minha mulher Cindy, passados uns minutos, entreguei-lhe a cana para a sua primeira luta. Foi com uma grande alegria para os dois que ela conseguiu trazer uma linda Carpa de 12kgs para o camaroeiro. Depois disso, o resto do dia passou calmamente. Voltei a lançar as canas antes da noite chegar apesar das fortes rajadas de vento. Nos boilies que tirava da água, via-se que havia movimento de Lagostins, pois eles vinham bastante arranhados pelas pinças destes bichinhos. No dia seguinte, fui premiado com dois arranques perto do nascer do sol. O primeira por volta das 6h30 numa das canas da margem que me trouxe uma Carpa Comum de 12kgs. O segundo passou-se trinta minutos depois, no pesqueiro preparado com os boilies, mas obrigou-me a subir no barco para o combate, que foi recompensado com mais uma magnífica Comum de 19.800kgs. Ao por do sol, à terceira noite, um novo arranque na cana dos boilies. Este peixe logo me pareceu muito forte, saltei logo para o Zodiac para ir a luta, pois a montagem estava a 300 metros da minha margem! Durante o tempo que lutei para trazer o peixe, apercebi-me que as ondas e as impressionantes rajadas de vento me


Um lote de capturas impressionante!

35


Os mais pequenos nunca conseguem resistir a tão bela sensação!

faziam derivar. Perante esta situação, decidi amarrar o Zodiac a um pino que está num alto, no meio do lago. Agora com mais segurança, pude então concentrar-me em tentar trazer o peixe até mim. Este demonstrou uma força descomunal e incansável, que me deu forte luta durante largas dezenas de minutos! Depois do peixe entrar no camaroeiro, fiz um sinal «tudo ok» com o dedo à Cindy que tinha ficado na margem, com um pouco de receio por causa do vento forte. Esta Carpa Comum fez subir a agulha da balança até os 15.600kg. O dia e a noite foram calmos e foi na manhã do último dia de pesca que tive uma nova aventura. Depois de uma luta muito difícil, consegui capturar e fotografar uma lindíssima Carpa Espelho de 19.200kgs, um grande e belo monstro! Sem dúvida estávamos mais do que felizes com esta sessão. Era quinta-feira e decidimos preparar os pesqueiros para a próxima sessão, que estava prevista a partir do domingo seguinte, novamente para quatro noites.

Segunda Sessão

No domingo 27 de outubro, tal como previsto, voltei para o lago. O vento estava mais calmo, mas a temperatura da água baixou de 19 para 16 graus, o que

36

não era nada de bom, uma queda de temperatura assim tão repentina poderia mudar o comportamento das peixes. Embora tenha tentado tudo e procurado outros locais para colocar as montagens, só apenas na noite de quarta para quinta que consegui ter um arranque. Na verdade, durante o dia de quarta vi por duas vezes saltos numa pequena enseada, depois de uma vista de olhos com o barco, encontrei um alto-fundo com 1.30 m de água, coloquei alguns boilies espalhados e um pouco de sementes. Às 23h, o meu alarme da esquerda começou a tocar, ferrei firmemente e passado alguns minutos coloquei no tapete de recepção uma bonita Carpa Espelho com 17.200kg. Com esta captura dei por encerrada a segunda sessão. Todos os peixes foram apanhados com montagens Combi-link Shark Skin 35lbs e com Anzois Player Hook Classics da gama PELZER BAITS. Durante esta sessão que se mostrou bastante dura, tive que me adaptar e modificar a minha pesca e a forma de apresentação das montagens, mas sobre essas modificações e escolhas por vezes difíceis, pois são feitas em momentos de pressão, falaremos num próximo artigo.

http://www.pelzerbaits.eu/News.html


Uma bela Espelhada que visitaram o José.

A Pelzer é sinónimo de confiança, com soluções para todas as ocasiões.

37


Mirror Lake & Mirror Image

Dois lindos lagos, apenas separados por uma estreita estrada. O verde da floresta envolve toda a paisagem, mal permitindo ver as águas acastanhadas destes lagos que escondem pequenos monstros! No Mirror há Carpas Comuns, Grass, Espelho, Koi e Couro. Varias com peso acima das 50lb, uma com mais de 60lb! Tem muitos Siluros, sendo o record do lago desconhecido, apenas se sabe que esgota uma balança de 100lb! Há também um pequeno Esturjão, que como se torna peixe único no Mirror, faz as delícias dos pescadores cada vez que é capturado. No Mirror Image há centenas de Carpas, que transformam esta água Francesa numa Runs Water! Todos os pescadores conseguem numa semana várias dezenas de capturas! Junto com as centenas de carpas de peso médio, nada também uma menina maior, com mais de 50lb! À vossa espera estão o Jon e a Heather, que farão tudo para que passem uma semana maravilhosa!

La Forge de Bessous, Le Chalard, 87500, France. Tel: 00 33 555 099 151 Mobile: 0033 6073 99989 Email: info@mirrorlakefrance.com http://www.mirrorlakefrance.com/ 38


availible in 12mm, 14mm & 10mm x 14mm dumbells

CrItICal eDge

CruCIal DeCeptIon

Dark aDDICtIon

optICal IllusIon

seCret obsessIon

CC Moores Logotype Pantone 432 + Pantone 215

fatal attraCtIon

These ultra-high attraction, high visibility hookbaits are extremely buoyant and have a unique, spongy physical structure which enables them to release powerful food signals and appetite stimulants far more easily than hardened/air-dried pop ups. Renowned fish stimulating products such as N-Butyric Acid, Betaine and our outstanding powdered palatants have also been added to the mix to create a ‘new generation’ pop up which will get you a bite when standard hi-viz pop ups would fail. Innovation not duplication.......... www.ccmoore.com

sIlent assassIn

www.ccmoore.com Get Hooked @ 39


Depois de muito ouvir falar do Rio Tormes e das suas carpas, principalmente através do amigo Nuno Cabral, juntei-me com mais três amigos para agendarmos uma sessão. O fim-de-semana escolhido foi de 13 a 15 de Setembro. A primeira “luta” foi a licença, mas depois de 3 ou 4 telefonemas para Espanha lá conseguimos, e agora, depois de todas as voltas que demos e sabendo como se faz, até é bem fácil de tratar. Licenças na bagagem, Boilies (muitos) carregados, mantimentos, e lá nos fizemos à estrada para a nossa primeira aventura na terra de “nuestros hermanos”. Duas horas de viagem, sempre autoestrada até Florida de Liebana e eis que chegamos ao pesqueiro previamente escolhido, muito graças ao “amigo” Google Maps. Todos com quem tinha falado anteriormente sobre aquela região me diziam para engodar bem e muito, apenas boilies, e assim fizemos. A escolha dos Boilies recaiu nos Squid brancos da Starbaits, tanto para engodar como para iscar, um boilie e um milho pop up. A primeira captura não tardou, apanhando todos desprevenidos, ainda nem os alarmes estavam ligados, uma bela luta e lá saiu a

Apesar de haver algumas Carpas Comuns, as Espelhadas são a maioria das capturas, algumas delas lindíssimas! 40


O Rio Tormes tem sido nos últimos anos palco de visita de muitos pescadores portugueses. A pouca distância da fronteira, a grande quantidade de peixe que nada nas suas águas, a própria beleza desse mesmo peixe, que muitas vezes demonstra um apetite voraz, chegando a atacar os nossos iscos loucamente, reflexo da pouca comida existente para tão densa população. É sem dúvida um rio que gostaríamos de ter por cá, mas não sendo possível, vamos nós até lá!

primeira carpa, uma bela Carpa Espelho. Até à hora do almoço já todos tínhamos tirado alguns exemplares, mas nenhum acima de 5kg. Ao início da tarde decidi mudar de estratégia, usando um termo muito característico: “depois de desgradar vamos inventar”. Iscar com outros boilies e num sítio onde nem sequer tinha engodado, tentando de alguma forma capturar peixes maiores. Isquei duas boas de Squid and Octopus (Dynamite) e um milho pop up verde. Por volta das 15 horas um dos meus alarmes começa a tocar muito timidamente, pensei que seria peixe pequeno que não conseguia comer os dois boilies, minutos depois arranca violentamente, ferro o peixe e sinto logo um peso maior do que estava habituado, pensei: será que é desta que vou tirar um peixe digno de registo? E assim foi, a minha mudança de estratégia tinha compensado, uma bela carpa espelho de 8kg, o meu novo record pessoal. No primeiro dia os quatro tínhamos capturado mais de 30 carpas. O segundo e terceiro dia não foram muito diferentes, muitas capturas para todos e muita emoção, peixe atrás de peixe, com pesos

41


desde os 4,5kg até aos 7,5kg, dava para tudo.

teremos que voltar mais cedo ou mais tarde.

De salientar que apenas tivemos resultados com boilies de peixe; Squid, Squid and Octopus, Spyci Salmon e Japanese Squid. Ainda experimentámos Live System, que têm dado ótimos resultados em todos os sítios onde tenho pescado, mas apenas um toque e nenhum arranque. Definitivamente montagem para o Tormes é Squid mais milho pop-up.

Resumindo foi um fim-de-semana brutal, com 109 capturas, mais umas 20 perdidas, que poderiam ter aumentado em muito os números, belos exemplares e alguns records. Excelente companhia, bom tempo e muita, muita atividade.

A meio da tarde de domingo começou a tarefa, que nenhum de nós gosta, de arrumar todo o material e desmontar o “acampamento”, já com o sentimento que

42

De negativo só mesmo a quantidade de lixo que encontrámos no pesqueiro. Afinal, infelizmente não é só nas margens dos nossos rios e barragens que alguns pescadores fazem questão de deixar lixo.


43


Honrar Viseu Fundado em 18 de janeiro de 2002, o Viseu 2001, outrora Viseu Futsal 2001, tem procurado tornar-se numa das maiores referências desportivas do distrito de Viseu, quer pelo número de jovens atletas que atualmente movimenta nas suas várias modalidades, mas também pelo seu modelo de gestão, já por diversas vezes reconhecido e valorizado por entidades externas e de elevada credibilidade. Enquanto instituição sem fins lucrativos o Viseu 2001 tem sabido adaptar-se aos tempos de crise em que vivemos. Acreditamos que crescer e massificar o clube, de forma sustentada, será a melhor estratégia para ultrapassar os momentos difíceis que o país vive. Nos últimos 2 anos, onde alguns viram dificuldades, o Viseu 2001 entendeu que poderiam ser oportunidades e rapidamente passou de 80 para mais de 300 atletas. Paralelamente deixou de ser um clube uni desportivo (futsal) tornando-se num dos clubes mais ecléticos do Distrito, hoje com 6 modalidades desportivas (futsal, futebol, rugby, ciclismo/btt, ténis e pesca desportiva), em alguns casos com projetos únicos em todo o distrito. A secção mais recente do nosso clube é a de Pesca Desportiva, apresentada pelo responsável, Renato Almeida, na nossa segunda Gala realizada no passado dia 30 de Novembro. Foi criada com o intuito de participação nos campeonatos Nacionais de duas vertentes da pesca: Pesca à Carpa e a Pesca de Margem ao Achigã. No Campeonato Nacional de Pesca à Carpa, vão participar 3 equipas do Viseu 2001, que tudo farão para HONRAR os nossos princípios e valores de modo a poderem também contribuir para maior visibilidade da modalidade. Temos também como objectivo organizar alguns encontros de Carpistas (de norte a sul do País), para darmos a conhecer à comunidade esta (ainda pouco) conhecida modalidade da pesca bem como a realização de workshops. Contamos com a colaboração de todos os visienses (carpistas, sócios, simpatizantes) para podermos crescer como clube mas também para que a secção de Pesca Desportiva consiga atingir os seus objetivos e crescer sustentadamente.

44

Nesta nova etapa não poderíamos deixar de agradecer à PescaTeamCarp, pois desde o primeiro dia se mostrou disponível para ajudar, sendo neste momento o "major sponsor" desta secção e um parceiro que será sem dúvida alguma uma maisvalia para este projecto. Nos próximos anos pretendemos continuar vocacionados para a formação desportiva, de forma eclética, dos jovens viseenses, procurando abraçar novos projetos e novas modalidades, continuando a fazer crescer um clube jovem com uma família enorme. Nós acreditamos que Viseu merece e continuaremos a trabalhar para que muitos mais acreditem, como nós, na certeza que o Viseu 2001 continuará a HONRAR VISEU, a melhor cidade para viver. http://www.viseu2001.com/ https://www.facebook.com/pages/Viseu-2001Honrar-Viseu/312800082099095


Novos Produtos Gardner Large Scales Pouch

Point Doctor Gardner

Bolsa almofadada produzida a partir de material impermeável durável, projectada especificamente para grandes balanças. Todas as costuras duplas com fecho durável. Comprimento = 32cm, Largura = 23 centímetros. Cor: Verde azeitona escura.

Point Doctor Gardner excelente ferramenta para manter os nosso anzóis bem afiados e prontos para a acção de pesca!Point Doctor Gardner remove suavemente uma fina camada do acabamento revestidos do anzol arpartir da sua superfície , ajudando a melhorar e reforçar o ponto de ferragem

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=107_149&product_id=606

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=102_166&product_id=607

Fox Black Label Slik Bobinas

Fox Rapide PVA™

O Hanger Black Label Fox Slik Bobinas são o último

O incrível novo Fox Rapide Pva vai mudar a maneira como os pescadores de peixe com sólidos PVA para sempre .A beleza da ferramenta Rapide é que não só é usado para encher o seu saco de PVA sólido, mas ele é, então, usado também para amarrá-lo o que significa que você não precisa de mexer com fita adesiva sobre PVA e segurar a bolsa entre os joelhos - tudo muito complicado e muito demorado ! Com o auxílio da Fox Rapide Pva tudo o que você precisa fazer agora é carregar o saco , torcer a ferramenta, lamber a parte superior do PVA e furar o saco fechado , trazendo a seção umedecida de volta para o saco.

pendulo nascido das consultorias Fox. Eles são equipados com um "clip line" que mantém a linha e move-se com ele para lhe dar uma indicação sensível ao toque visual. É apropriado para a pesca de longa distância, como curta, bem como linha de pesca esticado ou relaxado. O comprimento da corrente é projetado para caber todos os modelos do mercado sensor. O Slik Bobinas Hanger é compatível com todos os acessórios para Fox indicador Black Label.

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=123_183

://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=85_182

45


Ă“scar Borrego

46


Óscar Borrego, apesar de não o ser, considera-se Salamantino ou “Charro” como são vulgarmente conhecidos os habitantes de Salamanca. Para os portugueses, esta cidade espanhola tem sido palco de muitas visitas, tudo por causa de um rio que tantas alegrias tem dado aos amantes do Carp Fishing. Vamos recuar no tempo alguns anos, para tentar perceber todo o percurso de um Carpista!

Salamanca é uma bonita cidade banhada pelo Rio Tormes, famoso pelos seus salmões e pelas trutas fário, sendo a captura destas cada vez menos frequente. É também um rio conhecido por ter sido um dos melhores destinos para a prática do Carp Fishing durante anos a fio, apesar de nos dias de hoje o ser cada vez menos. Pesco desde os meus dez anos, que coincide com o momento em que vim viver para aqui. Pesco de tudo e com todo o tipo de técnicas. O meu pai não me queria comprar a minha primeira cana, lembro-me que na altura me disse: “Em dois dias cansas-te e depressa a cana aparece ali a um canto”. Passaram 27 anos e todavia não me cansei. Pelo contrário, cada vez gosto mais. Apresentações feitas e visto que a DCM me deu a liberdade de escolher o tema do artigo, tive a ideia de fazer um artigo que visasse o meu início enquanto Carpista até aos dias de hoje, fazendo uma reflexão sobre esse percurso, a forma de pescar, os locais, o equipamento, etc. Penso que em certa parte muitos de vós se irão rever em mim. Apesar de por norma não ter, de uma forma geral, grande memória, por incrível que pareça isso não acontece com a pesca, e como tal, recordo-me de tudo, mesmo depois destes anos todos. Aqueles primeiros boilies de Scopex, todas as canas iscadas com estes iscos e no primeiro dia nem uma picada. Foi um pouco dececionante, mas numa barragem cheia de peixe pequeno e onde toda a gente pescava com milho era normal. Mas não houve problema… rapidamente adotei outra tática, optei por pescar no rio. Um par de horas no rio e nada. Isto não funciona, pensei eu (engraçado que hoje em dia passo uma semana à espera de apenas uma picada). Acabado de pensar e pica a primeira, nada de piiiiis, sem alarmes, sem praticamente nada além das canas normais pescando ao fundo com “cabelo”. Saldo final 5 capturas, e uma grande felicidade na volta para casa. Passados poucos dias tive a sorte de cravar um “carpon” (carpa grande), desde logo o maior que havia visto até aí. Hoje estimo que teria à volta de 12kg, pois ao tentar metê-la no meu mini camaroeiro ela simplesmente não entrava e escapou. O arranque seguinte partiu tudo. Arrumei e vim embora. Aproveito para fazer um pequeno aparte relativamente ao material, pois fiquei tão aborrecido que a partir daí decidi fazer as coisas bem. 47


Decidi comprar um camaroeiro e a minha primeira cana, que acabou no fundo do rio no dia da sua estreia, pois literalmente saiu a voar, leva tempo uma pessoa habituar-se ao bait runner (risos). Por sorte consegui recuperá-la. Em seguida comprei um tapete de recepção e um saco de pellets. Tive camaroeiro e tapete de recepção antes de ter canas, alarmes, rod pod e sinto orgulho nisso. Hoje em dia temos inúmeras lojas, sejam elas físicas ou online, pelo que podemos conseguir praticamente qualquer produto a um preço razoável, mas na época não havia onde comprar e o material em segunda mão escasseava. Foi no primeiro dia que fui pescar com o meu rod pod, um Amiaud Carpo (que sempre me acompanha) e alarmes que conheci aquele que durante anos foi o meu companheiro de pesca, meu amigo e um bom mestre, Zlatko Tudja, um alemão que pescava em Salamanca. Começamos juntos a pescar no Tormes onde a pesca era simples, muito simples. Deitavas um pouco de pellets e as picadas sucediam-se. Por esta altura era muito raro ver alguém fazer Carp Fishing no rio. O ano de 2007 acabou por se revelar um ano Uma bela captura do Rio Ebro.

48

incrível a nível de número de peixes e tamanhos das capturas. Em 2008 foi o “Boom” do rio Tormes. Pescar ali entrou na moda e aquilo que era um rio solitário depressa passou a ser um local de peregrinação de pescadores em busca das suas abundantes “Royal” ou das preciosas “Full scalled”. Cada vez mais entusiasmo e mais pescadores, para os mesmos peixes e para as mesmas zonas do rio e pouco a pouco o rio começou a ressentir-se e a média relativamente a número de peixes e tamanhos foi diminuindo. Tive a oportunidade de conhecer muitos pescadores que elegiam o Tormes para fazer as suas sessões e ao mesmo tempo de fazer bons amigos. O ano de 2009 foi especial. Já com um número considerável de Carpistas decidimos fundar uma associação de Carp Fishing, a Westcarp, (http://westcarp.es.tl/) através da qual conseguimos criar uma zona do rio concessio-nada onde a pesca sem morte é obrigatória, “Escenario Desportivo El Canto”. Este foi o ano em que tivemos também oportunidade de assistir e participar no primeiro Campeonato de Espanha de Carp Fishing e apesar de termos capturas notou-se muito a falta de experiência


49


neste tipo de prova. Foram anos bonitos com muitas horas junto à água. Depois começaram as “saídas”, sobretudo ao Ebro, Sierra Brava, Alfarófia, sessões de dois, três ou quatro dias, que recordo com muito carinho pois é sempre emocionante descobrir novas águas, umas vezes com êxito e outras sem ele, logicamente. Daqui por quatro dias estarei a caminho de França para pescar. Será a minha quarta viagem em dois anos, uma semana inteira de pesca em busca das grandes carpas. Apesar de nem tudo ser tamanho, não podemos pescar carpas de 20kg onde elas não existem. Na minha primeira viagem ao Iktus estava convencido que passaria essa barreira e não foi bem assim. Curiosamente acabou por acontecer numa sessão de 24 horas a poucos Quilómetros de casa, com uma carpa de quase 20,5kg, o que foi para mim, uma enorme surpresa. Há uns anos atrás adquiri umas canas mais “brandas” para ter lutas mais equilibradas e divertidas, no ano passado comprei umas canas de 10 pés e 3 lbs e posso dizer-vos que ao longo do ano uso os 3 jogos de canas que tenho, em função do local, tamanho dos peixes e forma de pescar. O lançamento sempre foi um dos meus pontos mais fracos, apesar de me esforçar ao longo dos anos por melhorá-lo, quer através da técnica, quer indo à

Uma das grandes capturas do Óscar!

50

procura da cana mais apropriada, carretos “long cast”, fio mais fino, etc. No entanto, agora que penso nisso reparo que nas últimas três sessões que realizei não cheguei a lançar uma cana sequer graças ao “bait boat” ou ao barco com motor elétrico. A verdade é que o barco é um instrumento fundamental para este tipo de pesca desde colocar a montagem, vir direito à margem, desfrutar de uma luta fantástica a partir do barco, até à engodagem ou mesmo para libertar carpas cujo fio ficou preso em árvores, o que já me aconteceu em duas ocasiões. Aproveito para recordar uma sessão que tive com Zlatko em Sierra Brava, na altura em que começava a ser conhecida mas a pesca ainda não estava massificada, onde capturavam muitos peixes e grandes, mas também onde muitos ficavam presos nas “famosas” azinheiras. Recordo que havia muita atividade entre estas, saltos e subitamente o meu companheiro entra no carro e prepara-se para mudar de posto. Lembro-me que lhe disse: “Estás louco, o peixe está aqui e tu queres ir para um sítio onde nem há árvores nem peixe.” A sua resposta foi: “ prefiro um peixe fora de água que vinte perdidos nas azinheiras”. Fiquei simplesmente sem argumentos e tenho consciência que nem toda a gente entende esta forma de pensar. Continuo a pescar no rio, de outra maneira, em novos locais, mas sempre disfrutando de tudo o que ele me proporciona. Em 2011 saquei a minha maior


Carpa no Tormes, com 16.4kg, mas nem sequer é a carpa mais querida para mim. Há um peixe que o pesquei em três ocasiões, 2009, 2010 e 2012 e espero continuar a pescá-la pois isso sim, é especial. Já conheceu dois camaroeiros, dois tapetes de recepção e duas canas diferentes. “Por ti o faço para que estejas bem e continues a alegrar as minhas sessões com picadas!”

Por vezes, pergunto-me quantos quilos de boilies, sementes e demais atirei à água em todos estes anos. Quantos quilómetros percorri, quantas noites fora de casa, quanto dinheiro investido, quantos peixes perdidos… É-me indiferente, o que importa é pescar!

Fully Scaled Mirror, uma captura com uma beleza extraordinária!

51


Um lote de capturas deveras impressionante

52


Oscar, Zlakto e uma bela Comum

53


Análise

Leadcore vs Fluoro Carbono Neste comparativo vamos analisar dois tipos de fios que podemos usar nas nossas montagens: o Leadcore e o Fluoro Carbono. Para este frente a frente, escolhemos um Leadcore 0.60 e um Fluoro Carbono 0.80. Depois de realizadas ambas as montagens, foram colocadas na água para tentarmos perceber as vantagens e desvantagens de cada. Afundamento Vantagem para o Leadcore, afunda completamente enquanto o Fluoro Carbono necessita de ter algum peso posterior à montagem para manter a linha totalmente colada ao fundo, algo que o primeiro faz na perfeição. Camuflagem Vantagem para o Fluoro Carbono. Mesmo com um diâmetro bastante maior, consegue “desaparecer” quase por completo.

Nesta imagem pode ver-se a diferença entre os dois artigos analisádos-

54

Resistência Vantagem para o Fluoro Carbono. As 80Lb anunciadas pelo fabricante estão bem presentes numa linha muito forte e praticamente inquebrável. Sendo um 0.80, a resistência à abrasão em fundos com obstáculos leva certamente vantagem sobre o Leadcore. Compra Aqui teremos que considerar um empate, o Fluoro Carbono está disponível em bobines de 30 metros, enquanto o Leadcore se pode comprar normalmente em bobines de 25 metros, havendo nos dois casos bobines mais pequenas. Quanto ao preço, os valores são também muito aproximados. Resumindo, estamos perante dois tipos de fios bastantes distintos. O Leadcore é aquele que mais adeptos reúne, mas o Fluoro Carbono tem vindo a ser usado por alguns Carpistas com resultados bastante positivos.


Cabe a cada um de nós escolher o que mais lhe convém. Pessoalmente, utilizo ambos os fios nas minhas montagens, optando pelo Fluoro Carbono em locais mais difíceis, águas menos profundas e fundos macios. O Leadcore, prefiro usar em zonas mais profundas onde fica perfeitamente camuflado e em fundos duros ou irregulares, onde as características deste fio se adaptam melhor.

Montagem com Fluoro Carbono 0.80

1. Cortar 80 cm de linha 2. Fazer um nó simples de 2 laçadas para fixar o Quick Link e colocar a chumbada 3. Anexar os acessórios à montagem 4. Fixar o Crimp deixando uma distância máxima de 2cm 5. Unir o Fluoro Carbono ao Shockleader

55


O Presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, o Sr. Jorge Almeirim, dá-nos o prazer de enviar nesta edição uma mensagem à seleção de Pesca à Carpa, que este ano voltou a colocar Portugal no lugar cimeiro do pódio na ultima edição do Mundial de pesca à Carpa!

Mensagem à Seleção Nacional – 2013 Falar da Seleção Nacional de Pesca à Carpa, que se sagrou Campeã do Mundo no passado mês de Setembro na Barragem de Montargil, é extremamente difícil, pois não tivemos lá uma Seleção Nacional, mas sim uma família. O espirito de união e de entreajuda que evidenciaram, foi muito para além daquilo que é normal assistir-se quer nesta, quer nas outras disciplinas. Os que pescaram, cumpriram muito bem o seu papel, sob a batuta do selecionador, tudo fazendo e cumprindo com as indicações que lhes iam sendo transmitidas. Os suplentes, um dos quais acabou por entrar, em face da doença que acometeu de um dos titulares, foram incansáveis quer no plano desportivo, na procura e transmissão de informações para transmitir à equipa técnica e aos seus colegas, quer no plano organizativo do mundial, para o qual ainda conseguiram disponibilizar algum tempo e “cabeça”. A equipa técnica composta pelo selecionador e pelo manager, para além de todo o enorme trabalho a nível desportivo, com os resultados bem conhecidos, foram uma peça fundamental na organização, pois foram eles a ponte entre o secretariado e os fiscais que estavam no terreno. Como se tudo isto não bastasse, toda a logística prévia à realização da prova, nomeadamente a marcação dos pesqueiros foi efetuada por

56

esta família, que mostrou que quando há boa vontade e liderança com uma linha de rumo bem traçada, fruto dos vários anos que o selecionador nacional leva no cargo, as coisas acontecem e os resultados aparecem. Esta famíliafoi um exemplo para todas as nossas seleções nacionais. Saindo agora um pouco do tema, mas não podia deixar passar em claro a oportunidade de deixar também aqui o nosso público agradecimento aqueles que durante os quatro dias da competição foram os fiscais da prova. Também eles foram enormes e prestaram um grande serviço à disciplina, à Federação e ao País. Os dias e noites quase sem dormir, o frio, a chuva, os muitos quilómetros calcorreados, fizeram destes bravos, verdadeiros artífices do sucesso organizativo que conseguimos alcançar. A todos, seleção e fiscais, o nosso grande bem hajam por tudo o que fizeram e pela excelente imagem de Portugal que deixaram a quem nos visitou. Jorge Almeirim Presidente FPPD


;OL 6+@::,@ ??? YHUNL PUJS\KLZ! O 6+@::,@ ??? )HZL 4P_ O TT -YVaLU )VPSPLZ O TT :OLSM 3PML )VPSPLZ O 7LSSL[Z O :[PJR 4P_ O .S\NNLK )VPSPL /VVRIHP[Z O (PYIHSS 7VW <WZ O *VYR )HSS 7VW <WZ O >HM[LYZ O /HYK /VVRIHP[Z O 7HZ[L O 3PX\PK (KKP[P]L O )HP[ +PW HUK T\JO TVYL >(5; 469,&

^^^ JJTVVYL JVT

ODYSSEY

XXX

As Carpas nas mais difíceis caem sob os ODYSSEY XXX! Porquê? The hardestmais carpdifíceis, in the hardest waters falláguas, to ODYSSEY XXX. Why? Because it is literally packed with 100% natural which can’t be overdosed... so we put naturais, more in...que loads more, make Porque estes boiliesattractors são literalmente embalados com atrativos 100% nunca irão to saturar ODYSSEY XXX irresistible to carp. So if you’re looking to achievebater the um impossible hardest as carpas. Quanto mais se usa, mais irresistível se torna! Se procuras recorde,onouthe apenas of the hard waters, or just to catch more,usa make it ODYSSEY XXX look back. apanhar peixe na mais dura das águas, ODYSSEY XXX, nunca teand irás never arrepender!

57


Sem querermos estar a repetir as palavras de todos quantos já deram os parabéns à Seleção Nacional de Pesca à Carpa, não podemos de deixar de parabenizar uma equipa que fez tudo o que estava ao seu alcance para obter o prémio máximo, acabando por ver recompensado todo o esforço, trazendo para Portugal mais um título de campeões do mundo. Este mundial aconteceu na Barragem de Montargil, de 25 a 28 de Setembro, onde já haviam sido realizadas duas provas do campeonato nacional e um match internacional, de modo a que as seleções se pudessem preparar para o mundial. Estiveram presentes vinte seleções, divididas por três sectores. Juntando suplentes, treinadores, familiares, os presentes chegaram quase às duas centenas, o que envolveu uma enorme logística. Neste campo estamos também de parabéns. A meteorologia não foi a mais favorável, registando-se muita chuva e vento, ainda assim o mundial decorreu com boa disposição por parte dos participantes.

18ª Gala do Desporto A Seleção Nacional de Pesca à Carpa esteve presente na 18ª Gala do Desporto, organizada pela Confederação do Desporto de Portugal, um evento que premeia aqueles que ao longo do ano se distinguiram nas várias modalidades, nomeadamente os

58

campeões do mundo ou da europa das várias modalidades federadas nas entidades oficiais. A nossa seleção foi publicamente reco nhecida e homenageada pelo excelente resultado alcançado no mundial de pesca à Carpa em Montargil.


Países Inscritos no Mundial África do Sul Áustria Bélgica Bosnia Herzegovina Cazaquistão Croácia Eslovénia Espanha França Holanda Hungria Itália Inglaterra Lituânia Macedónia Roménia Rússia Sérvia Ucrãnia Portugal

Estatísticas

No quadro que se segue podemos ver o acumulado de cada país, e no final a soma total de todas as capturas válidas.

Pais

Soma Capturas

AFRICA DO SUL AUSTRIA BÉLGICA BÓSNIA CASAQUISTÃO CROÁCIA ESLOVÉNIA ESPANHA FRANÇA HOLANDA HUNGRIA INGLATERRA ITALIA LITUÂNIA MACEDÓNIA PORTUGAL ROMÉNIA RÚSSIA SÉRVIA UCRÂNIA

6,931 6,852 20,409 11,041 39,79 65,641 17,422 8,242 20,753 13,935 24,134 18,186 24,689 18,195 24,892 68,089 59,405 5,688 53,66 19,458

SOMA TOTAL

527,412

Classificação Final 1º Lugar Portugal – 11 Pontos 2º Lugar Croácia – 18 Pontos 3º Lugar Casaquistão – 18 Pontos Capturas por sector Sector A – 331.367 Kgs Sector B – 176.644 Kgs Sector C – 19.401 Kgs 281 Capturas válidas com uma média de 1.877kg

Portugal tem ainda o melhor registo em termos de capturas válidas. Todas as estatísticas da prova indicam que realmente a nossa seleção foi a melhor em termos individuais e coletivos. Somos campeões do mundo por mérito próprio, fruto do empenho e do conhecimento sobre o local. Sendo um local bastante técnico, soubemos aproveitar as vantagens que tínhamos e dessa forma o resultado foi a vitória. Mais uma vez toda a equipa DCM dá os parabéns á nossa seleção nacional de pesca á carpa e aos campeões do mundo individuais Hugo Marmelo e Carlos Cardoso

59


Relato dos campeões Alguns dias antes de o campeonato começar, a seleção juntou-se para planear a pesca e trocar ideias de provas já feitas nesta barragem. Hugo Marmelo e Carlos Cardoso

O sorteio de sectores foi realizado no dia 24, e aqui começaram a definir-se estratégias. No dia 25 o capitão José Evangelista foi ao sorteio de pesqueiros, o qual iria ditar o local de cada equipa. Os pesqueiros ficaram designados da seguinte forma; A06 - Carlos Cardoso / Hugo Marmelo B19 - Casimiro Milheiras / Fernando Lopes C12 - Rui Alves / Nuno Alves. Referente ao nosso pesqueiro, como vem sendo habitual, sondámos exaustivamente até aos 140m de distância. Aos 100, encontramos uma árvore, acabando por ser este o local onde decidimos pescar, fazendo deste o pesqueiro principal. Mais perto da margem, à distância de 60m, preparamos o pesqueiro secundário.

Carlos Cardoso

A nossa engodagem foi feita à base de boilies de Scopex, Banana e Milho, o que resultou pois as capturas sucederam-se. Fomos tentando aproveitar o mais possível. Durante o decorrer da prova fomos discutindo o primeiro lugar de sector com a seleção da Roménia, apenas conseguindo a vitória nas últimas horas. Só quando se iniciou a ultima pesagem, nós tivemos conhecimento que poderíamos ser campeões individuais e que seríamos também por seleção.

Hugo Marmelo

Quando tivemos a confirmaçao destes dados, cumprimos a tradição, dando um banho ao nosso capitão na água da barragem! Carlos Cardoso Hugo Marmelo

60

Hugo Marmelo, Nuno Florial e Carlos Cardoso


Esta reportagem é abordada numa perspectiva, do nosso Seleccionador e Capitão José Evangelista e do nosso Manager e segundo capitão Gonçalo Teodósio, da nossa selecção, que se uniram e em conjunto com a federação portuguesa de pesca desportiva têm vindo a desenvolver um trabalho único até aos dias de hoje, em prol da pesca à carpa de competição.

Gonçalo Teodósio

Manager da Seleção Nacional de Pesca à Carpa Neste décimo quarto campeonato do mundo de pesca à carpa, com a presença de 20 nações, começamos por salientar a presença da seleção romena que tinha alcançado o titulo mundial em sua casa no ano passado, bem como toda a comitiva sul-africana, da qual todos os carpistas conhecem o poderio. É bom fazer referência que este mundial começou a ser desenhado logo após o final da última prova do nacional de 2012, junto com o nosso presidente, delineando onde seria e como o nacional de 2013 nos poderia ser útil, fazendo todo o sentido as provas do nacional serem no local onde se iria disputar o mundial. Era preciso tomar decisões e depois de muito pensarmos, fizemos referência ao presidente de que iriamos colocar de lado a nossa vertente prática ao deixar de fazer o nacional, para que fosse possível um trabalho técnico mais aprofundado sobre os nossos atletas. Desta forma acompanhamos todas as provas do nacional percebendo assim como a pesca evoluía, bem como os pescadores se adaptavam às grandes alterações que o lago estava sofrer, em termos da pesca na sua vertente técnica. Contudo este trabalho permitiu-nos obter o que nos faltava saber a respeito da pesca em si, como por exemplo horas de engodar, bem como horas de iscos a utilizar e até um conhecimento profundo dos atletas que estavam seleccionados, para mais tarde nos ajudar na decisão de quem iria pescar e de quem iria ficar como suplente, e aqui gostaríamos de fazer um reparo, actualmente na nossa selecção e desde que estamos à frente das carpas de competição, aos nossos suplentes, apesar da designação, têm vindo a ser-lhes atribuídas algumas tarefas, que à primeira vista podem parecer que nada acrescentam à seleção, mas que na realidade ajuda à sua preparação. Nos anos anteriores, os atletas caíam na selecção sem um trabalho preparativo e quase em branco, hoje isso não acontece porque a forma como utilizamos os suplentes, faz com que num futuro próximo estejam aptos para nos darem garantias de serem titulares. Após todas estas circunstâncias, faltava ainda pôr o mundial de pé e a funcionar, de salientar que no que diz respeito a meios humanos e financeiros, a coisa não estava fácil, mas com algum esforço o objetivo foi conseguido. De referir que a nossa federação fez um esforço tremendo para que o nosso estágio fosse de maior duração, e aqui conseguimos juntar o útil ao agradável, a federação deu-nos essa oportunidade e nós (selecção) através do enriquecimento do espírito de grupo aliado ao trabalho técnico, acabamos por fazer todas as marcações dos 60 pesqueiros, bem como as sondagens de todos eles, o que nos permitiu ganhar algum tempo no início da prova e onde reside da nossa parte grande segredo de termos sido campões do mundo.

durante a tarde do primeiro dia conseguissemos construir o pesqueiro principal à distância que ninguém estaria à espera. De forma natural as coisa foram surgindo, o trabalho de casa estava feito, seria só esperar que as carpas colaborassem, sabendo o que comem, a que horas comem e quando mudam de alimentação, não seria complicado! Mas como tudo na vida tem contrariedades, esta não foi exceção, no sector C, com a dupla Rui e Nuno Alves, as carpas com medida não colaboraram e noutro sector, o B, com a extraordinária equipa Casimiro Milheiros e Fernando Brazão, extremamente bem colocados numa frente em que o campeão do mundo normalmente sai ali perto, as carpas levaram muito tempo a aproximar-se e nunca se fixaram no pesqueiro. No sector A, a dupla Hugo Marmelo e Carlos Cardoso, foi desde o início construindo aquilo que se viria a confirmar no final, o caminho para a vitória. De referir que uma equipa da Roménia no sector A esteve a bater-se taco a taco com a nossa dupla em disputa do título individual. Como foi abordado acima, a nossa equipa suplente, “Pratas e Carlitos” esteve presente com os atletas do sector B e C e foram os nossos olhos quando não podíamos estar presentes, observando os nossos atletas e os nosso adversários. Podemos mesmo dizer que, em alguns casos durante a prova, que tinhamos o mundial monitorizado através deste método. Não poderia deixar passar esta oportunidade sem dizer que apesar do nosso título deste ano, gostaríamos de fazer referência a dois pontos que na nossa opinião têm vindo a fazer falta, gostaríamos de chamar a atenção para que não temos nenhum tipo de apoio sem ser o da federação e aqui aproveito para dizer que estamos abertos a propostas de patrocínios para a nossa seleção. O outro ponto que para nós é ainda mais importante, é termos mais pessoas a praticar Carp Fishing de competição. Por razões que no passado se verificaram e que denegriram o pessoal das carpas, queria dizer -vos que esse passado é isso mesmo, PASSADO. Venham ver a competição e confirmem que muita coisa mudou! Tragam mais Carpistas de competição, isso vai trazer mais apoios e visibilidade à comunidade carpista portuguesa!

No início da prova tínhamos 19 nações de olhos postos no nosso trabalho de entrada, de forma simples sondamos, para retirar alguma dúvida que ainda restasse. Com o tempo ganho no início, conseguimos ganhar a dianteira na prova, começamos por engodar o pesqueiro secundário, que fez com que grande parte dos países fossem fazer grandes maciços de engodagem em zonas não próprias e desta forma pudemos despistar os nossos maiores adversários, para que Goncalo Teodosio e Jose Evangelista 61


Campeonato Nacional de Pesca à Carpa – 2014 Ao longo dos últimos anos, o Campeonato Nacional de pesca à carpa tem vindo a perder participantes, o que muito nos tem preocupado. Dois dos problemas que julgámos ter identificado em 2012 seriam os custos elevados e a necessidade de utilização de dias de férias, uma vez que as provas começavam à quinta-feira. Com estes dados em mãos, para o ano de 2013, optou-se por diminuir a duração de duas das provas, de 72 para 48 horas, ficando apenas uma com a duração de 72 horas. Infelizmente esta medida não resultou como se pretendia na captação de novos praticantes e foi mesmo alvo de crítica por parte de alguns dos habituais participantes, o que não quer dizer que a opinião dos eventuais interessados em participar seja semelhante, que alegam que querem é pescar e quanto mais horas melhor. Outro dos problemas que julgamos ter identificado, é o de que tradicionalmente todas as provas deste campeonato tem vindo a ser disputadas na zona sul, o que torna este campeonato mais caro, logo menos atrativo, para os muitos adeptos da disciplina na zona norte. Perante todas estas variáveis, para a próxima época desportiva de 2014, optou-se pela criação de duas zonas, norte e sul, com duas provas cada com a duração de apenas 48 horas cada. Desta forma, pretendemos levar a pesca ao pescador (aproximá-la da sua residência), uma vez que já se provou que não temos conseguido trazer o pescador aos habituais locais de pesca. Destas duas eliminatórias, serão apurados pelo método equitativo em função do número de participantes em cada zona, aqueles que irão disputar a final, em duas provas de 72 horas cada, uma disputada a norte e outra a sul. Parece-nos ser uma reformulação bastante positiva para todos, exceto eventualmente para a tesouraria da Federação, já

62

que irá acarretar maiores custos, os quais contamos serem cobertos pelo maior número de participantes. Contamos assim tentar agradar a “gregos e a troianos” pois parece-nos que esta solução equilibra os menores custos de participação (quer com deslocações quer com iscos e engodos) e um menor dispêndio de tempo para quem se queira iniciar e participar eventualmente só na primeira fase, ou que não se apure para a final, com a vontade de pescar sempre mais, daqueles mais experientes e eventualmente com maior disponibilidade de tempo e/ou dinheiro. O facto de as provas da final terem 72 horas, é desportivamente relevante, pois será daqui que sairá a seleção nacional da disciplina, que irá disputar o Campeonato do Mundo, o qual tem essa duração. Para além dos dois locais a norte que obviamente são novidades no nosso circuito de provas, introduzimos na zona sul um novo local, a Barragem do Cego, que noutras provas já lá realizadas demonstrou um enorme potencial, com um muito elevado número de capturas. Não sabemos se estas medidas irão resultar, mas a nossa pró-atividade revela que estamos atentos e que buscamos soluções. Esperamos pois ter um maior numero de participantes e deixamos aqui o nosso convite a todos os carpistas para se juntarem a nós e a ombrearem lado a lado com os campeões do mundo em titulo, que com toda a certeza, não se coibirão de ajudar os “novatos”, pois a sua mentalidade é de união e sabem bem que para a disciplina ter futuro, é necessário dar-lhe a verdadeira pujança que merece e para a qual tem bastante e suficiente potencial. Jorge Almeirim Presidente FPPD


Calendário Nacional de Pesca à Carpa 2014 Em 2014 o Campeonato Nacional de Pesca à Carpa sofre alterações, pelo que as provas irão ser realizadas nas seguintes datas e locais;

Destas provas, com duração de 48h cada, serão apuradas as equipas que irão disputar a final, a realizar em 2 mãos de 72 horas cada.

23 a 25 de Maio Zona Norte - Barragem de Mira Zona Sul – Barragem do Cego (Fronteira)

11 a 14 de Setembro 1ª Mão – Barragem do Cego (Fronteira)

20 a 22 de Junho Zona Norte – Barragem da Aguieira Zona Sul – Barragem de Montargil

6 a 9 de Novembro 2ª Mão – Barragem de Mira

63


Breves - Produtos CC Moore Liquid Robin Red CCMoore – A CC Moore lançou um novo liquido, de nome CC Moore Liquid Robin Red, que pode ser usado como aditivo a qualquer isco, Pellets, boilies, spod mix ou qualquer outro. Como sempre esta marca nos habituou, temos certeza que trará muitas alegrias aos Carpistas. http://www.ccmoore.com/liquid-robin-red-p-2014.html

Chub Vantage All-Weather Suit A Chub lançou um novo fato para qualquer condição meteorológica que o pescador possa encontrar. Apresenta um material durável, com excelente impermeabilidade à água, mas ao mesmo tempo respirável, prometendo conforto em qualquer situação. Não foram esquecidos os pormenores mais importantes, como o ajuste da gola, os do fundo das calças, para impedir que o frio entre. Frio que este fato promete manter afastado. Vem ainda com um casaco polar interior, que pode ser usado apenas para reter o frio, em caso de não haver chuva. Mais detalhes em: http://www.chubfishing.com/engb/products/clothing/clothing/vantage-all-weather-suit/

Delkim Não é bem uma novidade, mas depois de inúmeros contactos a pedir informações sobre alarmes, chegamos à conclusão que muitos pescadores ficam com dúvidas na hora da decisão. Quando nos perguntam qual a melhor opção, a resposta só pode ser Delkim. No link apresentado abaixo podem ver uma brochura eletrónica sobre os seus produtos. Alguma dúvida, não hesitem em contactar-nos. http://www.delkim.co.uk/virtual-brochure.php

64


Fox FX Super Deluxe Recliner Chair A Fox lançou uma nova cadeira, que na realidade mais parece um sofá! Quatro pernas ajustáveis com pés de base larga para permitir segurança em terreno mole, descanso de braços para conforto extra, reclinável ao ponto de permitir uma boa soneca em posição horizontal, assento e costas fabricados em material ultra confortável e para remate em perfeição do conjunto, uma grossa almofada, que vai permitir a recuperação da energia gasta nos momentos de mais movimentação.

Gardner Square Camo Buckets Nós preferimos de longe os baldes de formato quadrado ou retangular, tudo por causa da arrumação, que se torna mais pratica. A Gardner lançou recentemente este produto em três tamanhos, 5, 10 e 17 litros. São acabados em camuflado, aro da pega em metal com peça plástica no lugar da mãozeira e uma pequena patilha plástica para ajudar à abertura da tampa.

TF Gear Micro Pod Apesar dos Banksticks serem muito mais práticos de transportar e montar, há situações em que não podemos abrir mão de um Rod Pod. A pensar em quem não quer gastar umas centenas de euros numa peça que provavelmente só vai usar não tendo alternativa, a TF Gear lançou um Rod Pod a um preço muito baixo. Suporta até três canas, é ajustável em altura e comprimento, e vem acabado em verde-escuro mate. Inclui também bolsa de transporte.

Enterprise ET72 Zig Beetles A meio do ano a Enterprise lançou uma serie de iscos de plástico, dedicados ao Zig Fishing. Não é uma técnica muito usada entre nós, mas tem dado muitos resultados a quem os usa. Podem ver a melhor forma de aplicação, além de um vídeo com o mestre Frank Warwick em: http://enterprisetackle.co.uk/et72-zig-beetles

65


Fazer boilies é fácil. Fazer bons boilies também é fácil, assim como fazer boilies baratos. O grande segredo é fazer bons boilies, com alta qualidade e o menor custo possível. Para que isto aconteça, é preciso ir aprendendo com o tempo e dedicação. Fizemos o convite a uma pessoa que tem muitos resultados para mostrar, habituada a fazer boas capturas com os próprios iscos, para nos contar um pouco desses truques e experiência, que logo foi aceite. Habituado a escrever vários artigos para revistas do género, entre elas a WebCarp, é claro e concreto, podendo assim os interessados facilmente seguir os seus passos e realizar um dos grandes desejos do Carpista, capturar um recorde com um isco artesanal, feito na sua própria cozinha (ou garagem)!

Neste primeiro artigo vou apresentar-vos passo a passo como elaboro uma receita desde o início no meu computador com o programa Boilie Creator, criado por mim, até ao momento em que coloco o boilie no “cabelo”, esperando ansiosamente por uma picada das nossas amigas. Como elemento principal e inovador, neste artigo vou apresentar-vos um cozedor de boilies a vapor à pressão. Encontrei por acaso um vaporizador à pressão industrial em aço inoxidável e logo vi nele características para o poder usar nos meus boilies. Reformei-o colocando-lhe quatro patas, duas asas e adaptei-o, de forma a que pudesse levar cestos no seu interior. Tem uma capacidade de cozer aproximadamente 5kg de boilies de cada vez, sendo este processo extremamente rápido, o que é o ideal para fabricar grandes quantidades. Como muita gente que me conhece sabe, estou sempre à procura de um processo que seja rápido (cada vez dispomos de menos tempo) e que ao mesmo tempo mantenha todas as propriedades dos nossos iscos. Não só no processo de cozedura mas também no de armazenamento, pelo que irei

66

também dar-vos a conhecer o meu método atual que consiste na conservação a vácuo. Os processos de cozedura a vapor à pressão e embalagem em vácuo, têm duas vantagens fundamentais: por um lado manter intactas as propriedades durante o processo de cozedura e por outro a rapidez de processos tanto de cozedura como de secagem e armazenamento. Paralelamente descobri que se o tempo de cozedura for superior ao necessário, os iscos vão endurecendo cada vez mais, sem perder propriedades em demasia, o que pode constituir uma vantagem para nós na luta que por vezes mantemos com os nossos “inimigos” lagostins. A conservação a vácuo permite-nos ter os boilies sempre frescos durante vários meses sem problemas. O que acabo de vos descrever é o processo atual de elaboração dos iscos “Pimonbaits”. A primeira coias a fazer é elaborar a receita com o Boilie Creator, podem descarregá-lo gratuitamente em: https://dl.dropboxusercontent.com/u/597927 33/BOILIES%20CREATOR%20by%20PIMON.rar


Vou apresentar-vos uma receita que me tem dado muito bons resultados, é económica e ao mesmo tempo tem tudo o que as carpas necessitam. Somente a uso quando desejo engodar em

grandes quantidades e por norma deixo-a ”neutra”, ou seja, não lhe coloco nenhum tipo de aroma.

Como podem observar na imagem do programa Boilie Creator, aparece a receita usada, bem como os valores nutricionais da mesma que são muito similares aos ideais. Para isso devemos sempre confiar em ingredientes de primeiríssima qualidade, e as marcas de topo do mercado oferecem-nos uma ampla gama de escolha para que o possamos conseguir. Nesta ocasião utilizei produtos da mais alta qualidade da marca CC Moore, uma marca muito experimentada e de reconhecido prestígio em iscos para a prática do Carp Fishing.

farinha de krill e robin red. A farinha de peixe prédigerida está considerada, como sendo a melhor fonte de proteínas em alimentação para peixes, devido ao seu alto teor de proteínas de alta qualidade, aminoácidos essenciais e o seu alto nível de digestibilidade. A farinha de krill está nutricionalmente bem equilibrada com um alto teor de proteínas e um excelente perfil de aminoácidos. O Robin Red é um provado e potente atraente e estimulador que deixa loucas as nossas amigas.

Partindo da teoria do HNV e com todos os produtos que temos no mercado à nossa disposição, seremos capazes de elaborar uma receita de boilies caseiros completamente equilibrados, muito digestivos e com um custo relativamente baixo para a quantidade de boilies que podemos produzir. São três os componentes principais desta receita: a farinha de peixe pré-digerida,

O passo seguinte é preparar todos os ingredientes. Pesamos e preparamos o mix de farinhas e de seguida podemos preparar a parte líquida. A parte líquida dos meus boilies é muito simples, já que todos os líquidos são introduzidos nas bolsas onde armazeno os boilies no final do processo. Agora é só preparar a massa até a deixar no ponto ótimo de consistência. De seguida, preparar 67


as salsichas com a ajuda de uma pistola e enrolar as mesmas numa mesa para boilies. Ao mesmo tempo que realizamos esta tarefa colocamos o cozedor a vapor ao lume com a quantidade certa de água. Colocamos os boilies nos cestos, quando a água estiver a Foto 6 ferver, introduzimos os cestos dentro do cozedor e fechamos. Gosto bastante de usar fogo bem forte, pois além de agilizar o processo, torna-o mais homogéneo sem que a temperatura e a pressão diminuam dentro do cozedor. Começo a contar o tempo no exato momento em que tapo o cozedor e só passados sete minutos o torno a abrir para retirar os boilies. O processo é constituído por três fases: o primeiro é até começar a sair o vapor , o segundo é a cozedura a vapor propriamente dita e a terceira fase é quando retiro o cozedor do lume e deixo que perca a pressão antes de o abrir. Dependendo do mix, o tempo do processo inteiro deve durar entre 5 e 7 minutos no máximo. Uma vez aberto, retiro os Pimonbaits e coloco-os diretamen-

68

te na secagem. O resultado é perfeito, mantêm a forma, não aumentam o tamanho e o ponto de cozedura é ótimo. Agora começa o processo de secagem que é tremendamente rápido, independentemente da altura do ano. Esta receita em concreto, secou unicamente três horas e está pronta para o processo de aromatização. Na mesma bolsa onde vão ser embalados coloco os aromas e todos os complementos líquidos que quero. Introduzo a quantidade certa de boilies e mexo o saco até todos os boilies ficarem empapados em líquido. Agito o saco de hora a hora até os boilies absorverem todo o líquido presente no saco. Dependendo da quantidade de líquidos que colocarmos no saco este é o processo mais longo. Faço-o assim por três motivos fundamentais, o primeiro e principal é que assim os boilies ficaram com todos os aromas desde a sua superfície até ao centro, estando deste modo sempre atraentes, à medida que o boilie se desfaz na água. O segundo é porque a minha máquina de


vácuo não admite líquidos e o terceiro é o facto de, se por ventura ficar líquido no saco depois de se proceder ao vácuo, irá ser exatamente por aí que aparece o bolor antes do tempo. A fase final e definitiva é o processo de embalagem a vácuo. É tão simples como pegar no saco, colocá-lo na máquina e realizar o processo de vácuo, conseguindo assim boilies frescos durante meses. Algo muito importante e que podemos fazer com muita facilidade é com o mesmo boilie que criámos para engodar, converte-lo num “hookbait” para o nosso anzol com um gesto muito simples, sempre usando produtos de qualidade garantida que não farão os peixes desconfiar de nada. Neste caso decidi colocar 15ml de cada um dos seguintes alimentos líquidos da CC Moore: Minamino, Fish Protein Concentrate (concentrado de proteína de peixe) e Pure Salmon Oil (óleo de salmão). Todos eles conferem um extra de atracão pura ao serem substâncias altamente solúveis e ricas em aminoácidos, algo que fará com que os nossos hookbaits sejam irresistíveis para os peixes. Além do mais, para lhe dar um toque distinto adicionei 5ml de Ultra Squid Essence para potenciar ainda mais a atracão de forma a obtermos as tão desejadas capturas. O resultado salta à vista e posso assegurar-vos

69


que o processo que aqui descrevi oferece vantagens notáveis na elaboração dos nossos iscos. Contudo, tenho consciência que não é fácil ter um cozedor das dimensões do meu, e sobretudo um espaço adequado como um laboratório tão grande. Com estes novos métodos constatei um aumento considerável da qualidade, tanto no processo como no próprio boilie. Espero ter ajudado e que o possam vir a por em prática. Boa pesca, amigos. Pedro Simón Serrano “pimon” https://www.facebook.com/pedrosimon.pimon.3.

70


Nem os Barbos resistem aos ingredientes usados (acima). Uma bela Comum que n達o resistiu ao aroma dos caseiros!

71


Por vezes estamos tão absortos na nossa pesca que nem nos apercebemos dos perigos que nos rodeiam. O alerta que vos deixo a seguir é sobre a trovoada e os seus perigos. A história foi passada na primeira pessoa.

Trovoada Num final de tarde de setembro e já praticamente no fim de uma sessão na Barragem do Vilar, apercebo-me de uma forte trovoada que vinha na minha direção. Uma vez que teria que ir embora daí a pouco tempo, decidi começar a arrumar mais cedo para tentar fugir à chuva. Tal não foi possível pois esta aproximou-se rapidamente e começou a cair em grossas gotas.

Um exemplo do que pode acontecer em dia de trovoada

Neste momento tinha acabado de levantar uma cana, olhei para ver pode poderia guardá-la e vi um ferro com duas argolas dos que usam alguns pescadores, costumava usar essa espécie de bankstick para mudar as montagens, ficando assim a cana na vertical, não correndo o risco de se partir ou riscar. Não pensei duas vezes, coloquei lá a cana e recolhi para o abrigo. Mal me sentei apercebi-me da asneira que tinha feito! A cana de carbono na posição vertical e metida dentro de um ferro que por sua vez estava cravado no chão! Tinha acabado de criar um pararaios! Ainda o raciocínio não estava completo quando um barulho ensurdecedor e uma luz fortíssima me deixaram completamente atordoado! Quando finalmente consegui raciocinar só pensava: foi um raio! Sim, tinha sido um raio, e tinha caído a uns escassos metros! A cana confirmava a minha estupefação, das suas duas partes apenas a primeira lá estava! A ponteira tinha literalmente desaparecido! Nada restava a não ser uma pequeníssima bola de fogo, que rapidamente se apagou. Nem sinal das argolas com uma mistura de cerâmica e metal! As únicas marcas que restavam na parte inferior que ficou foram umas pequenas lascas junto ao fundo, por onde foi feita a descarga. Tudo o que era cartões magnéticos que tinha no bolso deixou de funcionar, e eu confesso que não ganhei para o susto! A partir desse dia trato a trovoada com muito respeito, pois aquela podia ter sido a minha última sessão de pesca! Se o mau tempo vos surpreender à beira da água, afastem-se das canas e de todo o material que possa atrair os raios, pois pode a sorte nesse dia estar a olhar para outro lado.

Orlando Loureiro 72

O estado em que ficou a cana do relato.


www.facebook.com/carpzone.baits 73


1º Encontro de

Carpistas Alentejanos O José Serra na devolução da primeira captura do convívio

Ricardo Reis com um belo exemplar de Fronteira

74


Nos dias 08, 09 e 10 de Novembro, realizou-se na Ribeira de Vide, junto à vila de Fronteira, o 1º Encontro de Carpistas Alentejanos. Foi um excelente convívio, onde não faltou boa comida, boa bebida, muito boa disposição e galhofa. Até o peixe ajudou à festa!

Pelo título do evento pode pensar-se que foi apenas um encontro para Carpistas Alentejanos, mas na realidade não só juntou Carpistas Portugueses de Norte a Sul, como ainda esteve presente um Carpista “nuestro hermano”, da vizinha Espanha. A ideia deste convívio surgiu em conversas de fórum, em que vários membros consideraram que se devia passar do virtual para o real, e que seria uma boa oportunidade para trocarem ideias, conviver e fazer o que tanto gostamos num local magnífico como a Albufeira de Ribeira de Vide. Resumindo a ideia... Pescar, rir, brincar, conviver, fazer novos amigos, trocar ideias sobre a nossa pesca e o nosso fórum, e acima de tudo deixarmos para trás o stress das ocupações do dia-a-dia! Mas vamos ao evento em si. Alguns Carpistas chegaram cedo na sextafeira, outros foram chegando durante o dia e alguns, já era noite dentro, mas todos com uma boa disposição, que não esmoreceu nem com a temperatura da noite fria Alentejana! Para ajudar a aquecer, foi feita ainda uma bela fogueira, que serviu para fazer um chazinho quentinho perto das duas horas da madrugada, soube que nem ginjas!

Na manhã de sábado teve início a competição “a sério”! Escrevo a sério entre aspas pois isto entre Carpistas e ainda mais num convívio que era acima de tudo de amigos, não se escondiam segredos, e a alegria do pesqueiro vizinho por uma captura era partilhada por todos! Na segunda captura do convívio, a dupla Ricardo Bruno e Daniel Marques colocaram-se na liderança da classificação com uma captura com 5,06 kg, peso este que foi o maior até ao final do evento. Mas as capturas foram muitas e ainda mais as alegrias, como por exemplo, o casal participante António e Carla Pereira, que cada vez que eu ia efetuar uma pesagem para os lados do pesqueiro deles, os via ou com uma cana a arrancar ou com um peixe no tapete, ou ainda como o sorriso de dois irmãos, Gary e Steven Campos, que deixava transparecer a felicidade que o Carp Fishing nos dá quando acontece a captura de um bonito par de Carpas! Pela noite dentro houve um jantar convívio no pesqueiro do Clube de Pesca Fronteirense, onde se bebeu comeu bem, e como por tradição desta altura do ano, se assaram castanhas e se provou a água pé do amigo Joaquim. Bela pinga! Foi deste modo que chegámos a domingo e o final estava perto. Tristes por isso, mas ao

75


Os irmãos Gary e Steven Campos com um belo par de capturas

A vista sobre o Pesqueiro nº2 76

Ricardo Bruno, que fez equipa com o Daniel Marques, os vencedores do convívio


Na primeira noite do convívio, da esquerda para a direita: José Serra, Jorge Figueira, Paulo Costa, Joaquim Sardinha, Daniel Marques e António Pereira

mesmo tempo contentes por sabermos que era desejo de todos voltarmos a um novo convívio na mais breve das oportunidades. Ao meio dia deu-se por finalizada a “competição”, ficando a classificação organizada da seguinte forma: 1º Ricardo Bruno/Daniel Marques 2º António Pereira/Carla Teixeira 3º Gary Campos/Steven Campos 4º Alexandre Marques 5º Clube de Pesca Fronteirense II 6º Clube de Pesca Fronteirense I 7º António Pires/José Serra 8º Jorge Figueira/Joaquim Sardinha 9º Paulo Costa/João Costa 10º Ricardo Reis/José Santiago Seguiu-se uma entrega de pequenas lembranças simbólicas, pois neste fim-de-semana não houve vencidos, apenas vencedores entre todos os participantes que ganharam novas amizades. Uns dias

A entrega de lembranças foi bastante animada

fantásticos num local fantástico. Paradisíaco, como me disse o Santiago. Considero ainda que houve um grande vencedor neste convívio, que foi a nossa modalidade! É disto que vive o Carp Fishing, de dias passados entre amigos à beira da água, mesmo até quando não é procurado um record. Bons momentos e boas recordações, isto é o verdadeiro espirito do Carp Fishing, que provou estar bem vivo entre nós! Queria agradecer a todos os participantes, aos que de uma forma ou de outra contribuíram para o êxito do encontro, e ainda um enorme bem-haja ao Clube de Pesca Fronteirense, pelo dinamismo, ajuda e espírito Carpista com que nos receberam, e ainda por nos darem a oportunidade de pescar num verdadeiro paraíso Alentejano. Fica no ar um até já à beira da água... Tó-Zé 77


Se bem se lembram, o André Garcia persegue um sonho, o de capturar a Clarice! Na sua opinião o o rigoroso inverno que se avizinha. Será que foi desta vez que o nosso amigo conseguiu tirar-lhe

Visita de Outono a

Home Farm Chasing the Dream Pt2 O outono é a época mais recompensadora no calendário do Carp Fishing. Depois de um verão a saborear os raios de sol e a percorrer as águas de norte a sul, a carpa está agora à espera da primeira geada que lhe dá o sinal para se alimentar melhor, de forma a ganhar peso para passar os próximos meses. É um jogo de fio de navalha entre sobrevivência e a morte. Com a temperatura da água a baixar, a carpa deixa de se alimentar com frequência. Com a água a atingir temperaturas de 14ºC o seu sistema digestivo começa a ser mais vagaroso para realizar a sua tarefa. Engodos à base de farinhas de peixe e óleos devem ser evitados, dando preferência a engodos à base de sementes e produtos lácteos. Tendo tudo isto sido tomado em consideração, investi em alguns brinquedos, um termómetro que pode acoplar à cana da bóia de marcação e ser lançado. Podemos assim ler a temperatura da água a várias profundidades. Claro que isso implica lançar e voltar a lançar deixando a água como uma máquina de lavar, mas de momento não estou preocupado pois não estou a pescar. Estou somente a estudar a água e possíveis correntes no lago. O segundo brinquedo é um FISH FINDER (sonda). O meu interesse não é encontrar o peixe,

78

que isso é um bónus, mas sim em conhecer os contornos do tapete e saber se aí encontro erva, argila, lodo ou gravilha. Também irá confirmar a profundidade que foi dada pela boia de marcação. Isto tem sido o trabalho dos passados 4 meses. Dá-me uma ideia de profundidades, temperaturas e correntes. Tudo conjugado, tenho a certeza do que posso vir a esperar mesmo sabendo que não há qualquer certeza de ter Clarice no tapete. Home Farm não é conhecido pela sua consistência no que se refere a engodo e bolas. Por exemplo, carpas de 5kg a 10kg vão a qualquer sabor e marca, carpas de 10kg a 14kg gostam mais de Nash e CCMore, as maiores (que são poucas) gostam mais de DT Baits e outras bolas que não têm nome e não se encontram à venda nas lojas. Este é o motivo que coloca tudo como se fosse uma lotaria. Comecei a formular a engodagem, pensando se não seria melhor ir a loja e comprar tudo? Poderia gastar £200 e ficava resolvido, é seguro e sei que funciona, mas… De tempos a tempos temos que mudar as coisas. Talvez esteja a querer ter mais problemas que proveito mas porque não, decidi fazer as


o outono pode ser a melhor altura para o fazer, quando ela se anda a empanturrar de comida para e a tão desejada fotografia? Leiam e descubram…

Apesar das últimas sessões terem sido em branco, as grandes Carpas nadam em Home Farm, e está é a prova!

André Garcia

79


Com ajuda é muito mais fácil 

minhas bolas, dips e farinhas. Com base em farinhas leves e produtos lácteos para promover uma digestão mais fácil, desenvolvi 3 receitas das quais espero o mesmo resultado; Capturar as maiores do lago! Com a primeira parte terminada passei à prática e iniciou a segunda fase… Vamos começar com as bolas, como o tempo está ameno, escolhi uma farinha de noz trigada misturada com uma base de farinha de pássaro 50/50 da Quest Baits, para aroma escolhi ‘’sweet plum’’ e acido butírico. Uma variante da Nutrabaits ‘’pinnaple and butyric acid’’. Para 4 kgs 2,200kg farinha noz trigada 300gr leite em pó 1,300kg 50/50 bird food quest baits 100gr semolina 100gr farinha Maizena 15 Ovos 15ml sweet plum 10ml intense sweetner 20gotas de ácido butírico 10ml de sangue purificado (liquido) (fígado em pó pré digerido será o mesmo) 4gr de cor vermelha 2gr de cor amarela Com tudo bem misturado escolhi o tamanho dos boilies, 16mm. Sendo deste diâmetro ficaria 80

com mais bolas com a mesma massa do que se fizesse um diâmetro maior, o que para este lago não é preciso. Poderia inclusive engodar uma área maior e fazer a carpa comer despreocupada. Como sempre, estas bolas são cozidas a vapor e ficam a secar 2 dias antes de serem utilizadas. Com o mesmo aroma, umas quantas pop ups de cor amarela. A ideia era usá-las numa sessão de quatro dias e três noites, que teria início a 27 de outubro. Isto é típico, 4 meses de trabalho e o tempo volta tudo de pernas para o ar! Ventos de 150km/h e chuvas torrenciais, que por norma são sinónimo de cheias. Tudo isto ocorreu no dia que eu tinha estipulado para iniciar a sessão. O que fazer, fico em casa ou arrisco uma sessão nestas condições? No domingo falei com uns amigos que estavam à pesca em vários lagos e pelo menos 3 tendas foram para o lixo e muitas ficaram danificadas. Canas perdidas e outros materiais estragados. Por agora seria melhor ficar em casa… Segunda-feira, carro carregado com todo o material do dia anterior, uma última olhada nos ventos, temperaturas e pressão. Não estava mau, 14ºC de dia 6ºC de noite mas tinha 1010bars. Cheguei com um sol muito especial, um vento de NE. Depois de várias voltas ao lago e


sem qualquer sinal de carpas decidi ficar na parte mais longínqua do lago. Um pesqueiro à profundidade de 6,60m mas como estava a favor do vento estava certo que as Carpas estariam por lá.

termómetro para a parte mais funda e marcou 13ºC a meia água, esperava um pouco mais, a metro e meio do cimo estavam 15ºC. Com estas temperaturas e vento é certo que as carpas estariam algo letárgicas.

Montagens na água, duas na parte mais funda e uma na margem, a uns 2,60m de profundidade. Todas as canas com o aroma ‘’Sweet Plum’’, sendo que as duas primeiras tinham montagem Chod rig. A da margem levou 1kg de boilies em 10m2 e um normal blow back em mugga continental 6. Ficariam assim por 24hrs.

Decidi por um zig com bolha de ar, (uma bóia transparente) este sistema corre numa chumbada e posso regular a profundidade sem voltar a lançar. E como poderia fazer um zig de 4m? Lancei e em 2horas fiz o zig subir de 27ft a 6ft. Mudei a cor e sabor várias vezes e nada, nem um toque. Voltei a passar o fish finder e nada, nem sinal delas. Como era isto possível? Estava a ficar sem ideias, já coçava a cabeça.

11h da manha, dia 29 Outubro. Depois de uma noite sem ação mas com vários toques na linha, decidi tirar todas as canas e dar uma volta em busca de sinais de actividade. Depois de uma volta ao lago que demorou cerca de uma hora, decidi ver se elas estariam no fundo ou em águas menos profundas. Com o fish finder encontrei-as no topo, percebendo logo o motivo, a água estava a 16ºC. Decidi colocar um pouco mais de boilies nas canas só daí a duas horas, a ideia era deixar a água sem linhas e deixá-las comer com confiança. Depois de mais um passeio de 2 horas à volta do lago e sem encontrar nada voltei ao pesqueiro. Não havia carpas ao cimo da água, não saltavam e não existia qualquer sinal de actividade. Parecia que tinham ido passar férias a outro lado. Não estava à espera disso com aquele tempo e temperaturas. Lancei o

Às 1630horas o sol estava baixo e seria escuro em menos de 1 hora, decidi voltar a colocar as duas canas na parte mais funda, a outra voltava para a margem. Lancei mais 1kg de boilies nas duas canas ao longe e uma mão cheia na margem. Nesta cana da margem mudei para Pellets de halibute, duas rolhas de 20mm num anzol nr 4. Se houvesse um siluro na vizinhança podia ser que saísse. Talvez fosse esse o motivo por que não havia sinal das Carpas. Não tinha nada a perder pois a grade começava a vislumbrar-se. 20horas, eram horas de ir dormir um pouco, a temperatura do ar estava a 5ºC. Esperava que melhorasse durante a noite. Eram 2horas da manhã, decidi mudar as 81


duas canas mais fundas para halibute também, a noite estava limpa e reparei que havia um pouco de geada no chão. Talvez isso explicasse algumas coisas, mas as minhas dúvidas continuavam, no fundo, continuava a coçar a cabeça. Fiquei acordado até as 3:30horas, mas não vi nada nem ouvi nada ao longe muito menos ao perto. Coloquei o alarme para as 5:50horas da manhã para ver se elas estavam a comer de madrugada. Depois de um par de horas de sono, fui dar uma volta para ver se elas estavam por lá. Como ainda não havia muita luz e não conseguia distinguir muito bem a água, decidi pôr a cafeteira a trabalhar. Sentei-me cá fora e esperei pelas bolhas no topo, sinal que elas estariam a comer o que lhes dei. Não precisei esperar muito, aí estavam elas. Lancei o fish finder só para ter a certeza. Mas tenho um pequeno problema. Elas não andavam por perto dos meus anzóis. Saquei as canas fora e voltei a lançar. Uma mesmo no sítio onde elas estavam e outra na ligeiramente afastada. Pela hora de almoço tinha tido um toque na linha e muito pouco mais que isso… Mais uma vez tirei as canas e deixei-as na margem para deixar a água descansar. Seriam as linhas na água que as deixavam desconfiadas? Descansei a água por 2horas mas o jantar é importante também e depois de repor energias

82

atirei com mais uns quantos boilies, isto sem problemas pois a noite estava clara e a luz da lua iluminava como se fosse de dia. Fiquei ao lado das canas pronto a pegar nelas assim que ouvisse uns bips. A temperatura estava a baixar e chegou aos 3ºC, a água no cimo estava a 10ºC e eram apenas 20horas. Se a temperatura baixasse muito mais forçaria a carpa a descer, o que para mim era bom sinal. Pelas 7horas da manhã, e depois de uma noite sem qualquer sinal, tirei as canas por umas horas. Às 10horas voltei a colocá-las de novo na água. Depois de três horas sem sinal das meninas, decidi terminar a sessão. Poderia ter ficado até ao dia seguinte de manhã, mas o tempo iria mudar e precisava estar em casa antes das 9h da manhã ou teria que arrumar tudo debaixo de chuva e isso não é muito do meu agrado. Embora tenha ficado em branco, dá sempre para aprender alguma coisa, pelo que a próxima sessão será mais proveitosa, pelo menos, assim espero. Como pretendo colocar o Bivvy a arranjar, esta não acontecerá antes do meio de Novembro.


Um belo cenário...

Novas visitas ao lago Estive no lago ontem à noite, 15 novembro. Vim visitar os parentes Simon e Albert, eles chegaram na segunda-feira e vão no sábado de manhã cedo. Ainda não apanharam nada. Depois de dois dedos de conversa e dois cafés ficamos todos a coçar a cabeça. Isto não está fácil! É sábado 16 de Novembro e estou de volta ao lago. A visita vai ser rápida pois tenho que voltar a casa cedo, antes do almoço de amanhã. A água subiu mais de um metro desde a última semana que cá estive! Desta vez fiquei na beira onde saiu a Beatrice, estou a pouco mais de metro e meio de profundidade na berma e quatro metros na parte mais funda. A meio da tarde o dono veio a fazer a ronda. Uma conversa e está tudo claro agora!

Como o lago serve de reservatório para a rega das árvores de fruto ele está constantemente a tirar água, logo esta está a ser constantemente renovada por água proveniente de um furo. ÁGUA NOVA, elas não mexem em águas novas. Acabou por me dizer que já fazia isto havia mais de 7 semanas! Bom, vamos ver o que dá, não vou ter ilusões... Um chod a 100mt e dois blow back, um no muro e outro na margem, deixá-los lá até me ir embora. Duas mãos de boilies em cada cana e esperar pelo melhor…. Uma noite sem movimento. Um toque na linha e mais nada. Voltarei em breve…. 83


Análise Trakker Big Snooze Plus JRC Clam Shell Sleeping Bag Carryall Uma das coisas mais importantes nas sessões de Carp Fishing é o conforto. Ir umas horas à pesca à boia ou passar uma manhã sentado numa pedra à pesca aos barbos, não é bem a mesma coisa que estar dois ou três dias numa sessão de Carp Fishing. Muitas destas sessões são ainda marcadas pela ausência de capturas, pelo que se exige algum conforto, para não se correr o risco de desistência da sessão. Se de dia é fácil resolver o problema do frio com alguma movimentação, de noite torna-se mais complicado. É precisamente nas horas mais frias que precisamos de mais conforto e um bom saco cama faz toda a diferença. Se não houver limitação de euros podemos ir ao topo de gama de qualquer marca e temos o problema resolvido, mas se pudermos ter bom material a um custo inferior, tanto melhor. O saco cama Big Snooze Plus da Trakker pode comprar-se a um preço bastante acessível, e com uma qualidade muito elevada. O seu tamanho permite que uma pessoa de elevada estatura e de boa estrutura fique bastante confortável dentro dele. O exterior é feito de um material muito macio e respirável, além de um toque quente. Os fechos, um de cada lado, são de abertura rápida e têm uma pequena proteção pelo interior, que impede que se aperte o tecido interior. Têm ainda um velcro cada, que impede o saco de abrir de um lado, permitindo que se abra apenas do lado que se pretende sair. Um cordão permite ainda ajustar a abertura da parte

84

superior, caso seja necessário. Na parte exterior tem ainda um bolso onde se pode guardar um telemóvel, central dos alarmes ou as chaves do carro por exemplo. No interior, da mesma cor verde que o exterior, encontramos um tecido polar de um conforto maravilhoso. A parte da cabeceira é ligeiramente mais espessa que o restante, ainda assim não evita que se use uma almofada. Para fixar o saco cama à Bedchair, temos nas duas extremidades uma espécie de bolsa de Canguru com elástico, que permite que depois de encaixado o saco, este fique bem preso. Para permitir todos os movimentos interiores sem o saco sair do sítio temos ainda ajuda de uma cinta com fecho de aperto rápido, que passa a meio da Bedchair, tornando assim todo o conjunto como um só. O saco que o acompanha é feito num material muito fino, apesar de resistente, mas o ideal será mesmo a aquisição de um saco Clam Shell Sleeping Bag Carryall, da JRC. Além do seu enorme espaço interior, que permite guardar uma almofada e o saco cama, é completamente impermeável. É possível ainda guardar um casaco ou alguma peça de roupa, tal é o seu tamanho. Tal como o saco cama, é feito em cor verde, possui duas cintas de aperto e duas pegas, tornando-o extremamente fácil de transportar. O fundo exterior é revestido a borracha, pelo que se pode colocar no chão sem problema de manchar o tecido verde.


Cozer Sementes

Técnicas,Truques & Dicas

Apesar de ser um processo que muitos con-

o limite da absorção, estando prontas a cozer.

sideram elementar, lembro que todos nós, pes-

Convém ir verificando o nível da água, e

cadores com mais ou menos experiência, um

mantê-las sempre cobertas.

dia perguntámos, ou alguém nos disse como se deveriam cozer as sementes. Como tal, tendo a

Meia hora numa panela (eu uso de pressão)

perfeita noção que alguns dos nosso leitores se

e voltam para o balde com a água da cozedura.

estão a iniciar nestas lides, resolvi escrever um

Se esta não chegar acrescentar até ficarem

pequeno texto onde descrevo a forma como

cobertas. Nesta altura aproveito para colocar 1

preparo as minhas sementes.

kg de açúcar amarelo por cada balde de 25 litros. Após arrefecerem fecho o balde, de

Compro um saco de 25 kg de mistura para pombos, que se pode encontrar em qualquer

preferência hermeticamente, para poderem fermentar o máximo possível.

loja de rações para animais. Custa cerca de 15 € e contém uma boa variedade de sementes, tais como milho, trigo, fava, ervilha, etc.

Fazer uso das sementes após este processo tem a ver com a disponibilidade e necessidade de cada um, eu deixo as minhas a fermentar

Divido o saco por 3 baldes de 25 litros e cubro as sementes com água, elas irão

entre 15 dias a um mês se tiver urgência, ou então deixo-as ficar até precisar delas.

absorve-la e começar a inchar. Por norma deixo-as três ou quatro dias de molho, mas

Paulo Gomes

bastam 24h para podermos dizer que atingiram

85


As Estações do Ano

Julien Borgeat Team Aquabaits

Já há muito tempo que constatamos uma evolução constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível dos iscos que não param de melhorar, a fim de se confundirem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais sofisticado com o intuito de contornar a “sabedoria” dos peixes maiores e mais velhos. Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar explicar vários pontos-chave na pesca, ao longo das diferentes estações do ano, que me têm rendido boas capturas. Já são anos seguidos de pesca em águas francesas, águas que possuem uma variedade piscícola impressionante, basta deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é praticamente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar tem o seu “quê” de magia. A fauna piscícola francesa é relativamente vasta em comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-

86


Apesar de morar na Suíça, não são raras as vezes que o nosso convidado pesca em águas francesas, pelas quais tem muita admiração. Sempre disposto a pescar ao limite, mantém-se sempre atento ao meio ambiente, que tanta vez nos ajuda na concretização de uma boa captura.

mente. Esta é a principal razão pela qual, a maioria dos pescadores internacionais percorrem milhares e milhares de quilómetros para pescar nestas águas. Existem várias formas de abordar uma massa de água mediante as estações do ano. Como mencionei anteriormente a França é um paraíso para os Carpistas, é por este motivo que passo grande parte do meu tempo sobre este “terreno de jogo” interminável. Há técnicas que atraem toda a minha atenção e por vezes a observação e a imaginação, são sinónimos de sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar em linha de conta é a localização do peixe (observação). Estimo em 80% a importância da localização na nossa pesca. Não serve de nada engodar com os melhores iscos do mundo senão pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma regra de ouro que se deve reter em absoluto! A imaginação pode por vezes fazer a diferença

entre tirar um grande peixe ou não! Após uma boa localização do peixe, restanos tentar perceber onde são as zonas de repouso e as zonas de alimentação. Regra geral as duas zonas não distam muito uma da outra. Uma zona de obstáculos, é sinónimo de segurança. É costume encontrar peixes nas suas proximidades, estes irão tentar arranjar comida o mais perto possível do local de repouso/segurança. A temperatura da água em função das estações do ano A carpa é um peixe que tem um regime alimentar omnívoro o que significa que come de tudo. Costumamos dizer que quando mais velhas são, maior a tendência têm a ter um regime carnívoro. É muito tolerante às variações de temperatura, razão pela qual a conseguimos

Uma das belas capturas de verão! 87


encontrar em tantos países. Ainda assim esta desempenha um papel muito importante na atividade do peixe, dependendo da estação do ano em que nos encontramos. Nunca esquecer que a carpa é um peixe de sangue frio, e que o intervalo de adaptação é enorme, indo dos 0 aos 30ºC, pelo que se adapta em praticamente todo o lado. É ainda possível que estes peixes aguentem choques térmicos devido a mudanças repentinas da temperatura.

Inverno O Inverno chega, a paisagem muda e tudo gela. Entramos numa época em que a temperatura diminui consideravelmente a atividade do peixe. Por norma pensa-se que a carpa cessa a sua atividade durante o período invernal mas não é bem assim pois a carpa durante este período continua a alimentar-se. Em consequência a água fria desacelera a digestão e a carpa não sentirá necessidade de se alimentar em abundância. Irá então procurar alimento particularmente rico em proteína e matéria gorda como forma de lutar contra o frio. Esta é uma época que pode tornar difícil a pesca e é por esta razão que devemos ter um pouco de bom senso antes de colocar as linhas na água. Cada recanto de uma massa de água possui propriedades diferentes. Iremos acabar por compreender que este é o período mais difícil para a pesca. O conhecimento e experiência do local de pesca será essencial para o sucesso. Em primeiro lugar temos que observar a massa de água na esperança de ver sinais de atividade, saltos por exemplo, ou bolhas na água. Esta é a forma mais lógica. Se o lago não apresentar nenhum sinal de atividade, podemos observar a movimentação dos patos, pois também eles vão em busca das zonas mais quentes. São muitas vezes as zonas expostas do lado sul que são as mais vivas. As partes menos profundas são as mais expostas ao sol e aquecem mais rapidamente que as partes mais profundas, devemos portanto, incidir sobre estas áreas antes de mais. Não são raros os casos em que se depara com variações de vários graus em poucos metros de distância, há que usar o termómetro e a sonda. Não exagerar muito nas engodagens invernais. Basta uma dezena de boillies cortados ou partidos espalhados na zona da montagem.

Primavera O sol está mais presente. A natureza começa a acordar suavemente. O som dos pássaros é ouvido de novo, lá vem a primavera. As senhoras carpas começam a surgir vindas dos seus esconderijos invernais e a temperatura sobe acima dos 10ºC. A atividade alimentar retorna gradualmente, por forma, a preencher as lacunas de alimentos sentida no Inverno. Por

88


Uma prova de que no inverno se podem capturar grandes Carpas!

sua vez a vida aquática começa a desenvolver-se primeiramente nas zonas menos profundas onde a água aquece mais depressa e permite o desenvolvimento de zooplâncton, fitoplâncton, vers de vases etc. Uma prospeção nas zonas ensolaradas é vivamente aconse-lhada. Ainda mais evidente é, se fizermos incidir a nossa área de exploração em zonas de ervas, com obstáculos, juncos, onde por norma os peixes são avistados. Evitar engodagens pesadas no início desta época, pois os peixes ainda estão um pouco tímidos. O ideal será mantê-los interessados na nossa engodagem e montagem sem os empanturrar. A primavera é um período chave para a carpa porque ela sente necessidade de se reproduzir. Assim sendo, logo que a temperatura atinja os 18º C, a carpa começa a ocupar as áreas da desova. Uma fêmea põe 100 000 ovos por cada kg do seu próprio peso. Uma vez reunidos os requisitos, o namoro pode finalmente começar. É preciso que as condições climáticas mudem para que a carpa pare a desova completamente. Um vento de norte, por exemplo, é o suficiente para quebrar o ciclo de reprodução/incubação, fazendo com que as condições deixem de ser favoráveis ao desenvolvimento do embrião. Cada peixe capturado durante a desova merece ser tratado com o máximo de respeito pois são milhões de indivíduos que estão dentro dos ventres inflados da Senhora Carpa.

Verão O Verão é uma época que por vezes se torna difícil para a pesca da carpa. O forte calor faz com que a água atinja temperaturas elevadas, o teor de oxigénio diminui, o que força as carpas a diminuir a sua atividade, diminuindo o consumo de oxigénio. Durante os meses de verão, é primordial confiar nas condições meteorológicas para que a pesca seja bem-sucedida, por exemplo, um vento muito forte que bate numa margem

89


90

do lago. Neste caso não devem hesitar em depositar aqui uma montagem, porque o “turbilhão” que vai criar permite que haja uma mistura das diversas camadas de água. Isto faz com que o oxigénio presente nas camadas inferiores “recarregue” as camadas superiores (mais pobres em oxigénio) em relativamente pouco tempo. Em certos lagos o vento é um fator indispensável às boas condições de pesca.

baixa, desempenha um papel importante no comportamento do peixe. Baseado na minha experiência noto que as variações de pressão brutais são uma muito boa influência para a pesca, podemos dizer que desencadeiam um frenesim alimentar nos peixes. Na possibilidade de trovoada, devemos sair de casa sempre com muita prudência, as canas são em carbono, tornando-as um excelente condutor de eletricidade, pondo em risco a nossa vida.

Também a chuva é um ótimo meio para fazer disparar a atividade nas carpas. Nesta estação temos períodos de tempo muito quentes e por vezes, ao mesmo tempo trovoadas e períodos mais agrestes. Os peixes são diretamente afetados por estas condições, apenas uma tempestade pode voltar a oxigenar as águas num curto espaço de tempo. Constatamos que se a pressão atmosférica

Outono

O Outono é um período muito promissor! As folhas das árvores começam a cair e a natureza parece uma mesa recheada de cores extravagantes. É simplesmente uma estação mágica para a carpa, quer ao nível da sua beleza quer ao nível de resultados de capturas.


Durante este período a carpa alimenta-se com o intuito de suprir as suas necessidades fisiológicas. Os fatores ambientais alertam a carpa para a chegada do Inverno e é por esta razão que a sua atividade alimentar acelera consideravelmente. Nesta estação os peixes estão predispostos a percorrer grandes distâncias em busca de comida. Por estes fatores, há quem considere esta a melhor estação do ano para capturar grandes exemplares.

com a noz tigrada e as mangas ou redes protetoras de isco!

Não há que ter medo, podemos pescar a qualquer profundidade pois a água encontra-se praticamente à mesma temperatura. A comida está por todo o lado, temos que ousar pescar a maiores profundidades e utilizar iscos da nossa maior confiança. Por outro lado temos que ter bastante atenção aos lagostins, a atividade destes pode ser um fator desencorajador mas há formas de contornar isso,

A pesca não é uma ciência exata, procurem formar a vossa própria opinião, a melhor forma de evoluir é passar tempo à beira da água .

Não esquecer que tudo isto se repete temporada após temporada, ano após ano, estação após estação! Espero que esta leitura vos possa ser útil e vos ajude a capturar um recorde!

91


92


Apesar de ser preciso grande coragem para ir à pesca com este cenário, a verdade é que qualquer Carpista adoraria fazer parte dele!

93


A viver à vários anos em França, nunca perdeu o bichinho da pesca. Sempre que possível lá vai por as linhas de molho, seja em grandes ou pequenos lagos. Muitas vezes faz-se acompanhar pelos filhos, que já têm uma grande paixão pelo Carp Fishing. O mais certo será virem aí mais dois excelentes Carpistas! Neste artigo, deixa-nos uma reflexão sobre como pescar em pequenos lagos, ou charcas, como lhe costuma chamar! Um pouco por todo lado há lagos pequenos com um potencial enorme, vou aqui tentar explicar o que se deve fazer e sobretudo o que se deve evitar para se conseguir molhar o tapete... Aqui na minha zona há vários lagos com pouco mais de 1 hectar de água, poças com muita pressão de pesca, muitas delas são locais magníficos onde associações e grupos de Pescadores se reúnem ao fim de semana para uma pescaria às trutas, largadas uns dias antes para o efeito. Nestes lagos há carpas como vocês podem imaginar. Não são carpas de um peso superior mas podem ser de uma beleza extraordinária. Para uma boa sessão de pesca nestes locais é preciso conhecer bem o local, e sobretudo como são pequenas

94

Luis Francisco


Uma visita de um Gato ĂŠ sempre bem-vinda!

95


massas de água, pescar de forma muito discreta, tornando o uso de backleads obrigatório, sem grandes engodagens, de preferência ao spot, e claro, evitar o ruído ao máximo! Convém observar o lago para percebermos o porquê de ter arranques num local e não ter noutro, saber a profundidade e a natureza do fundo, pelo que, uma boa sondagem inicial é importantíssima. Muitos destes locais ao fim de semana estão cheios de Pescadores (Carpistas e outros) o que dificulta muito a pesca, pois há muito barulho e linhas na água. Quando acontece, o melhor a fazer é procurar outro local.

96

Eu pesco sempre ao spot, normalmente com Boilies de qualidade média ou noz tigrada. Os iscos não precisam de ser de topo, um Boilie num saco solúvel com Pellets é suficiente, pois como são massas de água pequenas, o peixe acaba por passar várias vezes pelo nosso isco, o que mais cedo ou mais tarde, nos dará a possibilidade de ferrar um deles! É costume também observar o vento uns dias antes, para poder prever seu o impacto na sessão de pesca, e para escolher o sítio onde colocar as canas. É assim que por norma faço a abordagem em charcas ou pequenos lagos.


Apesar de serem pequenos lagos, albergam Grandes Carpas!

Um belo exemplo, que certamente irรก dar dois excelentes Carpistas!

97


Técnicas, Truques & Dicas MONTAGENS António Lopes

Há pescadores que se acostumam a um tipo de montagem, e qualquer que seja a situação de pesca, é a que usam. Isso pode ser um grande erro, pois uma montagem perfeita numa sessão/local não significa que funcione noutra. Nesta edição da DCM #02, analisamos quatro diferentes montagens e avaliamos cada uma delas. Qual o tipo de pesca a que melhor se adapta cada uma, assim como as suas vantagens e desvantagens, além dos materiais necessários para a sua conceção.

Inline Leadcore 1 Destorcedor rápido Chumbada Perfurada Ao fazer a laçada do Leadcore, colocar a argola do destorcedor rápido dentro da mesma, apertar com a ajuda do tensor. De seguida basta colocar a chumbada contra o destorcedor de modo a que este fique no interior da chumbada. Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a linha corre pela chumbada ficando a carpa liberta da chumbada.

98


Helicóptero Leadcore - 2 Pérolas - 1 Crimp - 1 Heli Sleeve - 1 Destorcedor - 1 Quick Link - Chumbada formato “bomba” Fazer a laçada no Leadcore com a ajuda da agulha, colocar o Quick Link no Leadcore, apertar com a ajuda do tensor. De seguida colocar o Heli Sleeve, 1 pérola, o destorcedor rápido, o crimp, e a outra pérola. De seguida apertar o Crimp, deixando uma espaço entre cada pérola que não deve ser superior a 2cm. Puxar a pérola para dentro do crimp. Segurança: Em caso de quebra da linha madre, a pressão exercida pela Carpa no anzol, faz passar a perola pelo Crimp e dessa forma libertar-se da chumbada e de toda a montagem.

99


Safety Clip Leadcore - 1 Destorcedor - 1 Safety Clip - Chumbada com Argola Tal com na Inline, colocar o destorcedor dentro da laçada do Leadcore e apertar com a ajuda do tensor. De seguida puxar o Safety Clip e puxar o destorcedor para dentro deste. Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a carpa pode libertar-se da chumbada de duas formas, ou a chumbada sai do Safety Clip, ou este e a chumbada podem sair do Leadcore, uma vez que este apenas está preso ao destorcedor. Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a linha corre pela chumbada ficando a carpa liberta da chumbada.

Teste de Ferragem Para testar a eficácia das nossas montagens, ensinaram-me um pequeno truque que todos podem experimentar: com a montagem terminada, coloquem o bico do anzol na ponta do dedo indicador. Vão levantando o dedo até sentirem o anzol a picar. Nas 4 montagens apresentadas, façam o teste e confirmem a mais eficaz na ferragem. 100


Running Rig Leadcore - 1 Safety Sleeve - 1 Run Rig - 1 Quick link - 1 Destorcedor com argola nº 12 Depois da laçada feita com o destorcedor dentro, colocar a Safety Sleeve, montar o Run Ring com o Quick Link e unir as peças. O destorcedor nº 12 entra no conjunto que formamos mas não deve de forma alguma exercer pressão no interior do Safety Sleeve, só assim esta é uma montagem Running Rig, ou seja, todo o conjunto está livre e a carpa não irá sentir qualquer resistência quando pegar no nosso isco. Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a carpa liberta-se muito facilmente de toda a montagem.

Análise de Montagens No gráfico a seguir vemos quais as melhores e piores caracterís-ticas de cada montagem. Avaliamos com pontuação de 1 a 4, sendo que; 1 - Fraco / 2 - Razoável / 3 - Bom / 4 - Muito bom • Helicóptero: Revelou-se a montagem que mais pontos conseguiu, tendo apenas sido penalizada na conceção, pois é uma montagem que requer muitos acessórios e que requer especial atenção. Se não for bem-feita pode ser prejudicial para as nossas capturas. • Inline: De longe a montagem mais eficaz na ferragem e de mais fácil conceção. • Safety Clip: Esta é a montagem todo terreno, adaptável em quase todas as situações de pesca. • Running Rig – Talvez a montagem menos popular entre nós, mas uma das melhores para pescas extremamente difíceis. É uma montagem em que o peso da própria montagem não é sentido pela carpa, ou seja, o chumbo não é determinante para ferrar e todo o conjunto está “livre”. Bastante útil em locais muito pressionados, onde as carpas mal sentem o peso da chumbada largam logo o nosso isco. Mais uma nota sobre as montagens: só há dois fatores que levam a termos um “Bip”. Toque na linha, ou deslocação da chumbada. Isto tem que estar sempre presente na nossa mente durante as nossas sessões. Eu costumo dizer que faço tudo para não ter “bips”. Eu tento sempre que a mecânica da montagem esteja de tal forma eficaz que quando a carpa suga e repele o Boilie (momento que se dá a ferragem)

o anzol crave na boca da carpa, evitando dessa forma os tais “bips” sem captura. Analisando as montagens, podemos concluir que para que o alarme dê sinal, terá que haver um deslocamento da chumbada, deslocamento esse que só pode ocorrer por puxão de um peixe (em águas paradas). É isto que temos que ter em mente, e realizar as nossas montagens, juntamente com empates que favoreçam este aspeto.

0

2

4

3

Helicopetro

2

Safety Clip 1

6

8

4

4

In-Line

Running

Montagens de Pesca á Carpa

1

1

Capacidade Ferrar

1

Anti-Enleio

14

4

2

16

1

4

3

2

12

4

3

2

10

3

3

2

Distância

Pop Up

Concepção

101


Onde nos leva a Paixão O Carp Fishing é vício, é paixão, é um pouco de loucura também. Só assim se justifica que após um dia de trabalho, um dia de muito calor, tivesse decidido carregar o carro e arrancado numa viagem de hora e meia para fazer uma sessão que haveria de durar menos de 24h. Cada minuto no carro era um crescente de ansiedade. Sabia que o pesqueiro estava impecavelmente engodado. Sabia que as últimas sessões lá tinham sido produtivas. Não havia nada que me pudesse faltar. A confiança estava alta. Chegado ao pesqueiro não havia tempo a perder e as canas foram lançadas assim que estavam prontas. O resto do material seria acondicionado depois. Com o cair da noite, e enquanto o pensamento estava no jantar, o primeiro arranque. O silêncio e o crepúsculo foram interrompidos por dois bips tímidos, ao que se seguiu o valente arranque que fez disparar a adrenalina pela primeira vez. Peixe cravado, boa sensação na cana. O pensamento era o óbvio, quem tem um peixe ferrado no Douro pode ter um record a caminho. Não podia facilitar. Carreto

102

Um dos belos exemplares do Douro.

com abertura e aperto equilibrado. No Douro elas não brincam. Quando a lombada foi visível pela primeira vez ficou no ar a sensação que seria peixe para bater record pessoal em águas nacionais. Minutos mais tarde chegou essa confirmação. Tudo se alinhava para que a sessão fosse realmente memorável. Decidi preparar uns pva's, e arrumei as tralhas para a noite. Recostei-me com o saco cama. O sono apareceu sem que houvesse mais atividade. Devo ter adormecido pela 1h00. De repente um bip isolado. Acordo meio enevoado, estico-me para ver as canas, mas tudo estava sereno. Assumi que algum lixo passara na linha. Fiquei uns minutos em alerta não fosse estar peixe a comer ali perto e aquilo ser o aviso de um arranque. Aguentei 10 minutos a olhar para as canas mas nada...rio parado, nada de atividade. Encostei-me e adormeci. Devo ter dormido poucos minutos quando um arranque brutal me acordou. Lento que estava por causa do sono demorei uns segundos a chegar as canas. Quando lá cheguei o


O prazer de realizar uma destas capturas é enorme, e pode ver-se estampado na cara de felicidade.

peixe tinha conseguido levar linha suficiente para embrulhar tudo. Acabou por soltar-se. Fiquei aborrecido, perder um peixe ali pode muito bem significar perder um momento de glória. Redobrei a atenção. Cerrei um pouco os carretos e fiquei uns momentos a pensar naquilo. Devemos sempre tirar lições dos erros que cometemos. Não tive muito tempo para pensar. Dois bips seguidos de silêncio. Não repeti o erro. Quando o arranque começou já tinha a mão pronta a fechar-se e a esticar a linha. Batalhou um pouco mas acabou por ceder. Mais uma no tapete. Renovei os iscos e achei que merecia descansar um pouco. Afinal depois do tumulto da captura não haveria de arrancar nenhuma cana tão rápido. Durante cerca de 2h não houve nem sinal nos alarmes. Saltos e mais saltos na água, alguns de

impor respeito. Andavam na superfície. Só quando voltassem ao fundo poderia haver mais capturas. Assim foi. Pelas 6h00, já com os primeiros raios de luz, não se ouvia saltos na água. Olhei para o rio e vi imensas bolhinhas. Parecia água a ferver branda. Achei que de uma forma ou de outra haveria de me levantar não tardava. Mal tive tempo de terminar o raciocínio arranca uma das canas. Estava alerta e não tardou ferrei o peixe. Deu muita luta, cruzou o pesqueiro mais que uma vez, ameaçou cruzar linhas várias vezes. O uso de back leads salvou-me de perder aquele peixe. Só ficou no camaroeiro na 4ª vez que lá entrou. Mas acabou no tapete ainda assim. Faltava pouco para as 12h00 quando recebi a chamada de um amigo. O grande responsável pela manutenção do pesqueiro e pelas valiosas engoda-

103


gens realizadas. Relatei os eventos da noite e ele disse-me que me mantivesse atento pois haveria de ter um arranque em breve, dada a hora. Não tive tempo de lhe responder, deixei-o a falar sozinho e fui obrigado a correr para as canas. Estou certo que ele compreendeu. Uma luta diferente. Apesar do forte arranque era um peixe que não dava grande luta, à excepção de uma ocasionais “cabeçadas”. Quase podia apostar que era um barbo. Teria ganho a aposta. Depois de almoço o calor começou verdadeiramente a apertar. Tive que procurar sombra. Saboreei mais uma das maravilhas desta pesca…as sestas. Fui acordado por novo telefonema. Desta vez um amigo que não é pescador. No entanto o resultado foi o mesmo. Ficou a falar sozinho. A este amigo tive que ligar depois a prestar explicações. Quando cheguei perto das canas tive a sensação que os espetos estavam quase a ser arrancados do chão. A linha corria com fúria. A cana estava totalmente dobrada para a esquerda. Se tenho demorado mais uns segundos a cravar o peixe e a soltar um pouco a bobine, este relato não tinha um final positivo.A força que se sentia era brutal. Foi com muita calma e paciência que finalmente a consegui aproximar de mim. A batalha foi toda feita com o peixe bem fundo na água. Apenas quando se cansou e consegui finalmente trazê-la para a superfície, percebi o animal que era. Finalmente no camaroeiro pude olhar com calma para ela. Naquele momento percebi que tinha conseguido atingir o objectivo máximo da sessão, o objectivo que perseguia há algum tempo…a marca dos dois dígitos em águas nacionais. O tempo passou e mais nada aconteceu. A meio da tarde o calor era insuportável e a viagem estava ganha. Decidi arrumar e fazer a surpresa de aparecer em casa mais cedo. Afinal, a paixão da pesca não pode interferir com as restantes partes da nossa vida. Só assim se pode gozar em pleno a paz que é estar à pesca. Diogo Durais

104

O sacrifício d


da longa viagem foi largamente compensado.

105


Na segunda parte da série de artigos “Tudo sobre navegação”, temos uma análise sobre as sondas, que tantas vezes se tornam numa das mais importantes peças da nossa bagagem. Quantas montagens já terão ficado colocadas em locais completamente inacessíveis para as Carpas, ou os iscos apresentados de tal forma que seria impossível realizar uma captura?

Para continuar o artigo anterior sobre navegação, vou, neste artigo, abordar aquilo que para mim é o epicentro da navegação relativamente à pesca e mais concretamente ao Carp Fishing, as sondas. Para mim ter um barco e não ter uma sonda não faz sentido. São duas coisas que devem estar ligadas, já que uma boa sonda, nos abre um mundo novo nas nossas sessões de pesca. É muito melhor ver do que imaginar! Todos sabemos as vantagens de ter uma sonda, sabemos as virtudes e os benefícios para podermos chegar ao sucesso, pois ajudam-nos a ver além da superfície da água. A sonda gera uma imagem do que temos por baixo de nós seja para nos avisar da

106

presença de obstáculos, peixes ou diferentes tipos de fundo: areia, pedras, algas, vegetação submersa, troncos, etc. A pesca com auxílio de uma embarcação é um tema digno de uma publicação muito extensa, pelo que vou tentar sintetizar, expondo a minha opinião baseada em experiência própria, mostrando alguns dos modelos existentes e os que utilizo. Eu, assim como muita gente, experimentei uma panóplia quase infindável de marcas de sondas, dos mais variados preços e a conclusão a que cheguei foi a de optar por aquela que considero a melhor do mercado, seja pela sua qualidade seja pela facilidade de assistência, visto que, tenciono apostar em produtos que tenham distribuição no meu país, Espanha (em Portugal também estão disponíveis).


Assim sendo, optei pela marca Humminbird. Há modelos para todos os gostos, modalidades e carteiras. A tecnologia em eco sondas é impressionante, capaz de deixar qualquer um de boca aberta. Sistemas de sondagem com GPS, capazes inclusivamente de nos fornecer uma imagem do fundo, foram alguns dos sistemas tecnologicamente mais avançados que experimentei. Alguns dos meus amigos que pela primeira vez me acompanharam no barco, alucinaram, dizendo: “Impressionante! Até as chumbadas se vêm!” Dentro da ampla gama de sondas da marca Humminbird vou dar mais ênfase aquelas que considero mais apropriadas para a nossa modalidade, seja pela sua funcionalidade ou por um preço adaptado a nós próprios, pois existem sondas que possuem funções que jamais seriam utilizadas no Carp Fishing como é o caso da função plotter a título de exemplo. Um sistema fantástico, apesar de, nem o seu formato nem o seu custo se adaptar às nossas necessidades, é o sistema de sondagem 360 Imaging, uma autêntica loucura pois faz uma leitura do fundo a 360º capturando o mais ínfimo detalhe à volta da nossa embarcação. Outro grande sistema é o Side Imaging (SI), que consiste num sistema de sondagem de varrimento lateral, que nos mostra imagens eco gráficas do fundo de ambos os lados do barco, dando-nos uma noção muito real, através de sombras, que nos revelam o volume e o tamanho real das estruturas submersas.

Penso que existem duas grandes gamas que podem encaixar melhor naquilo que é a pesca à carpa na atualidade, que são os sistemas Piranha e as séries com DI. As Piranha são sondas muito económicas que podem ser a cores ou monocromáticas e que oferecem leituras convencionais em 2D, têm identificador de peixes Fish ID, GPS, Dual Bean, etc. Este último tipo de leitura (Dual Bean) consiste no nosso transdutor que está encarregue de enviar as ondas, fazê-lo em duas fases digamos assim, uma mais concentrada (20º) com intenção de obtermos maior profundidade e outro mais amplo (60º) para nos dar mais informação sobre o que temos por baixo de nós mas com um perímetro mais alargado, o que facilita a deteção dos peixes. Na minha opinião este é o tipo de sonda ideal para começar a conhecer o fundo. Logicamente podemos aumentar um pouco a complexidade e optar por uma sonda mais técnica de nova geração DI (Down Imaging). É fantástico podermos ver no ecrã tudo aquilo que se vai passando no fundo, que nos é transmitido através de ondas sonoras por baixo do nosso barco. Eu neste momento estou a utilizar dois modelos, o 176i da gama Piranha com o qual faço leituras monocromáticas 2D, deteto peixes e marco hot spots com o seu GPS, e a 596DI que é uma maravilha da tecnologia com Down Imaging. Podemos ir alternando este tipo de leitura ou inclusivamente partilhá-lo com o sistema de leitura Humminbird ® SwitchFire, a última tecnologia em leituras 2D e que nos fornece um total controlo de

107


todos os dados fornecidos pelo nosso equipamento e tem a possibilidade de agregar mais detalhes e definições como a temperatura entre outros. Como podem ver é muito amplo o número de possibilidades no que diz respeito à sondagem, sendo por isso muito complicado comprimi-lo num único artigo. Espero contudo, ter-vos ajudado a ficar com uma ideia relativa aos vários sistemas e como os podemos adequar ao Carp Fishing. Penso que se fizermos a analogia entre a pesca e a caça, podemos dizer que sem uma sonda, a busca aos nossos troféus deixa-nos completamente às cegas. Conseguem imaginar um caçador vendado a atirar à sua caça? Jesus Cruz Nevado http://www.carpfactory.com/ http://www.passioncarp.es/

108


Nesta imagem podem ver-se as diferenรงas entre os sistemas de leitura SwitchFire (esquerda) e Down Imaging (direita)

109


Análise Mk2 Carp Porter

http://www.carp-porter.com/

Apesar de ser de uma grande ajuda durante todo o ano, poderá ser no inverno que se pode aproveitar todo o potencial de um carrinho de transporte. Levar o material para um pesqueiro onde o carro não pode ir por causa da lama provocada pela chuva torna-se tarefa fácil para um brinquedo destes. Há no mercado dezenas de opções, umas com mais qualidade, outras com menos, algumas com preços exorbitantes e outras com preços até bastante acessíveis. O modelo Mk2 da Carp Porter não é o mais barato, mas está na gama baixa de preço, com uma excelente qualidade. Possui uma estrutura resistente e as guardas laterais e frontal são ajustáveis, o que permite carregar o material de dois pescadores ao mesmo tempo, para uma breve sessão, ou o de um pescador para uma longa sessão. Vem com um Y traseiro para suporte das canas e um saco de grandes dimensões, altamente resistente que se encaixa na grade inferior, servindo para guardar alguns itens mais difíceis de prender, como garrafas por exemplo. Este saco é feito de material impermeável, o que permite passar por cima de erva molhada sem estragar o que vai no seu interior. 110

A estrutura vem numa cor verde mate muito "carpy" e é completamente desmontável, o que permite uma fácil arrumação. A parte que ocupa mais espaço é mesmo a roda, que vem com pneu e câmara. Pode adquirir-se como extra uma roda anti furo, mas o rolar em obstáculos torna-se menos suave. As versões mais caras vêm com elásticos de fixação ao contrário desta versão que não traz, ainda assim estes podem ser adquiridos por um par de euros em qualquer casa de bricolagem. A falta de engates próprios para os elásticos neste modelo são de forma alguma sinônimo de falta de segurança, pois estes podem ser encaixados em qualquer tubo da estrutura. De fábrica vem também uma quantidade de parafusos extra, para substituir os que eventualmente se podem perder.


Novos Produtos Trakker NXG PVA POUCH

High Impact Mainline Boilies

Uma bolsa de mão projectado para armazenar PVA e elementos inferiores, tais como tesouras, agulhas, chumbadas, fios e muito mais. * Material muito resistente em poliester * 10 bolsos internos *alça de neopreno * Medidas 25 x 15 x 16 cm

High Impact Mainline boilies Shelf-Life oferece aos carpistas um isco da mais alta qualidade, seleccionado através de ingredientes de alta qualidade , este boilie torna-se uma excelência e uma fonte completa de alimento para as carpas Disponível em: I.B. essencial / Aromatic Fish/ Banoffee / Spicy Crab

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=107_108_146&product_id=608

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_61_70

Syrup Mainline Os Syrup Mainline são projectados para trazer o peixe a área engodada e induzi-los a comer. Ele é mais denso do que a água, para que fique no fundo perto da sua isca libertando uma nuvem para a superfície .Eles contêm aminoácidos e açúcares naturais que têm provado ser estimulantes de apetite. Projectado para aumentar a atractividade de partículas ou pellets e para ser usado como aditivo groundbait.

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_66_83

Prologic Saco de retenção XL camuflado Saco de retenção de cor camuflado , com bóia de marcação de medida 120cm X 80cm

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=130_167&product_id=609

111


Talvez como aí em Portugal, muito dos locais onde normalmente pesco, o número de Carpas Espelhadas é muito reduzido, isto faz com que este seja um troféu muito procurado e felicitado. Tenho tentado nestes últimos anos fazer sempre uma sessão mais longa no início de Outubro. Como há um feriado que calha a uma segunda-feira, na primeira ou segunda do mês, perguntei ao “Boss” se podia tirar quinta-feira e sexta-feira antes desse bendito dia. Com a autorização dada coloquei o plano em andamento, falei com o meu companheiro Val e concordamos que iríamos mais para norte, para um sítio onde algumas monas espelhadas vêm sendo apanhadas nestes últimos dois ou três anos. Ele tinha de trabalhar quinta-feira e metade de sexta, mas iria ter comigo logo que tivesse essa possibilidade. Assim chegou o dia, com o carro cheio até ao teto fiz-me à estrada, tinha a informação certa para ir a um certo pesqueiro que tem produzido bom peixe, mas antes fiz ainda um reconhecimento da região. Cheguei ao destino e com grande espanto vejo um carro lá parado, surpresa maior, as placas da matrícula eram de Oklahoma, milhares de quilómetros de distância! Só podia ser o Dave, dono da maior casa de pesca com material de Carp Fishing dos EUA, e que eu conheço há mais de 12 anos! Era uma maravilha, já tinha companhia para a primeira noite. A ideia dele era ir embora na sexta-feira, mas sabendo que eu e o Val iriamos ficar até segunda-feira, ele decidiu ficar também.

112

A sessão começou então, para mim foi muito boa, pois foi sempre a subir na escala, tendo acabado com a captura que é o meu atual PB de Mirror. O Val apanhou também algumas, assim como o Dave. No geral foi uma sessão calma mas mesmo assim memorável. A parte mais engraçada, foi quando o Dave teve que ir atender a um chamamento da natureza, uma das suas canas arrancou, tendo sido eu a levar o peixe ao tapete! Este peixe vai ficar sempre na memória dos dois, pois foi o primeiro peixe capturado logo a seguir a sabermos a triste notícia de que um membro do nosso clube e famoso pescador, havia falecido depois de uma luta intensa contra o cancro. Para acabar numa boa nota, entre boa comida, boa bebida, boa conversa e boa companhia, ficou combinado que para o ano iríamos repetir a sessão! Quero também agradecer à companhia K-1 Baits que decidiu fazer de mim um dos "field tester" em território americano, e com os quais apanhei o meu novo recorde. Até à próxima e um abraço da terra do Tio Sam. Luís Miguel Ângelo


O novo recorde pessoal de Carpa Espelhada!

O Dave, com uma linda captura!

113


Capturas, comida Nenhum destes ingredientes fa

114


e boa disposição! altou para abrilhantar a sessão!

115


Pescaria em Franca ,

O grupo Suiss Carp Hunters, composto por Portugueses e Suíços, deslocou-se mais uma vez ao lago Millo T19, em Friesen, França, para uma pescaria. O Marshal, Christian e Sasha, viajaram mais cedo e como é normal escolheram para eles os melhores postos. Como é óbvio, à nossa chegada houve sempre a habitual discussão saudável em torno de quem ocupa os melhores pesqueiros. Não importa, as nossas amigas andam por ali e vão acabar por entrar no nosso pesqueiro. O Samuel e eu preparamos o nosso material, montamos as tendas e abrigos, tentamos ser o mais rápidos possível, pois já estávamos em desvantagem por termos chegado mais tarde. Fiz a engodagem com boilies brancos de scopex e pimenta preta no pesqueiro da direita, e doces no da esquerda. O Samuel usou apenas boilies doces na sua engodagem. Enquanto isto, o Marshal tem a sua primeira captura, uma carpa de 7kg! Depois de anoitecer, pelas 20h tenho o primeiro arranque, uma belíssima carpa couro com 5,4kg. Saiu na cana da direita, no boilie de scopex e pimenta! Fico logo eufórico e começo a picar os suíços, “agora que saiu a primeira já não paro”, o Christian responde “a ver vamos…”. Estamos numa verdadeira competição saudável entre amigos Carpistas com muito bom ambiente entre ambos e muita diversão à mistura. O meu parceiro Samuel tem um arranque, logo a seguir também uma das minhas canas arranca, e ficamos os dois com as canas ao alto a lutar e a curtir as investidas das nossas amigas Carpas com os suíços a olhar para nós! Como já era tarde, pouco depois fomos dormir. A meio da noite, o Samuel tem novo arranque, pergunto

116

se precisa de ajuda, diz que não…pouco tempo depois, já tem a carpa no tapete. É então que um insólito acontece…enquanto o Samuel prepara a cana para lançar de novo, um alce ruge atras dele, provocando-lhe um grande susto “que é isto Lucas?”, respondi a rir-me muito “é um alce, Samuel, fica tranquilo”… Após esse episódio, tivemos um resto de noite tranquila… Ao amanhecer, O Marshal tem um arranque e pela primeira vez em dois anos que ali pescamos, vem uma carpa Koi cor de laranja ferrada! Linda! O Sasha, que apenas nos acompanha e produz as fotos das sessões, está com o camaroeiro a tentar ajudar o Marshal, enquanto nós estamos radiantes por ver aquela carpa fora do normal a ser pescada pelo nosso colega! A carpa entra no camaroeiro, e nesse instante acaba por libertar-se do anzol, consegue escapar e com muita pena nossa e do Marshal não veio ao tapete! O Marshal, que até é um tipo cuidadoso com o material, lança a cana ao chão de tão frustrado que está e até perde a noção do que é o Carp Fishing e discute com o pobre Sasha, nada demais, pois foi frustração que durou pouco tempo! Eu e o meu colega rimo-nos da situação, pois o suíço já estava a cantar de galo, como se diz no nosso país! Este foi um dos melhores fins-de-semana que passamos, foi diversão total, com muitas capturas, nós com cerca de 15 e os nossos colegas com 12. Tudo carpas entre os 4 e os 7kg. Um dia destes voltamos lá! Rui Lucas da Silva


117


O Christian conseguiu o recorde de menor p

A boa disposi constante nes

118


peso! 

ição é uma ste grupo!

119


www.questbaits.com

120


Técnicas, Truques & Dicas Pesos Traseiros Uma coisa imprescindível nos dias de hoje na pesca são os pesos traseiros, muito conhecidos como Back leads. São de extrema importância na hora de camuflar a linha, colando-a ao fundo, mas não menos importantes na hora de sacar um peixe, quando usados à ponta das outras canas permite que se trabalhe o peixe mesmo a nossa frente sem tocar nos outros fios. Estas não são as únicas utilidades destes pequenos pesos, podem servir também para desviar uma linha de um pequeno obstáculo ou para evitar a corrente de um rio. No seu bom funcionamento, terão que se soltar quando a luta com o peixe começar, originando a perda do material. Isto traz-nos dois problemas, a poluição das águas e a despesa. Numa Runs Water podem perder-se 50 Back leads numa sessão de 24h, o que financeiramente é insuportável, além de ser altamente poluente, como mencionamos atrás. Então qual será a solução para não abdicar das vantagens que nos trazem estas maravilhas, mas sem os problemas que representam estes chumbos? Optar por produtos naturais, com uma pequena ajuda da ciência. Com 2 euros podem fazer-se umas largas centenas de pesos traseiros, que nem sequer são poluentes! A versão que costumo usar, é composta por duas secções, uma recuperável, a outra perde-se no seu bom funcionamento. Na parte recuperável temos um pequeno clip da Solar, uma borracha de proteção e um elástico, comprado numa papelaria. Este material só se perde em caso de rompimento da linha. A segunda secção de material, que se perde a cada arranque ou cada vez que se muda a cana, é uma pedra. E neste caso só temos que nos preocupar se estivermos a pescar numa zona onde as pedras sejam escassas, o que dificilmente acontece. Existe ainda uma versão mais barata, na qual se substitui o clip da Solar por um simples clip de papéis, todo o restante mantém-se. Este sistema é tao simples que as imagens são o suficiente para explicar toda a conceção. 121


João e José Chambel

Neste artigo podemos confirmar um exemplo de força de vontade, que ultrapassa qualquer limitação que à partida parece anular qualquer tentativa de praticar uma pesca tão exigente como o Carp Fishing. Pai e filho já pescaram em várias massas de água, mas sem dúvida têm uma paixão pela Barragem do Gagos, água onde já fizeram excelentes capturas, inclusive o recorde pessoal do João! 122


O recorde pessoal do João, uma bonita Espelhada!

A minha experiência no Carp Fishing ainda é recente, cerca de 3 a 4 anos. Eu e o meu pai costumávamos pescar em barragens públicas, por exemplo na barragem de Montargil e no Maranhão, sendo a nossa melhor captura, uma carpa de 2,5Kg. Desde que ouvimos falar na barragem dos Gagos, e que tinha peixes grandes, que ficámos com vontade de a visitar. Na primeira visita, apanhei uma carpa com 10,300Kg! Esta foi sem dúvida uma grande surpresa, e as visitas têm vindo a suceder-se desde então! Já fizemos por lá boas capturas, mas o “record” ainda me pertence com 12,600Kg. Apesar de várias capturas com bastante mais peso, ultimamente temos apanhado muitas Carpas entre 5 a 7Kg. Claro que por vezes também nos calha a famosa “grade”, mas isso faz parte deste nosso vício, e não nos desmotiva em nada, apenas ficamos a aguardar com ansiedade a próxima sessão! Como a Barragem dos Gagos é uma concessão desportiva, costumamos comprar a licença no café Canto Negro ou na loja O Anzol. Como já devem ter percebido eu tenho mobilidade reduzida, pelo que conto com uma Scooter para me poder deslocar. Gostava de fazer mais na pesca, mas certas coisas não me são permitidas, embora possa contar sempre com a ajuda do meu pai! Um bom Carpista deve sempre devolver a carpa nas melhores condições possíveis à água, e nunca deixo que a minha limitação na mobilidade interfira nessa campo, pois o que sempre fazemos é colocar a Carpa no tapete de recepção, pesá-la, tirar fotos, tratá-la se necessário e devolvê-la. Tratando-a com respeito ela virá um dia mais tarde agradecer! Os iscos que temos usado são Boilies de vários sabores, Pop-Ups e por vezes milho. Ultimamente temos experimentado milho artificial e Tiger Nuts. Até um dia destes à beira da água! 123


124


Pai e filho partilham grandes momentos, desde a capturas até à devolução!

125


Pesca Team Carp Promoções

A Pesca Team Carp em parceria com a Digital Carp Magazine , oferece aos leitores desta um desconto de 7.5% nos produtos abaixo mencionados. Para isto basta efectuar a sua compra em www.pescateamcarp.com e subscrever no seu pedido o código promocional (CP) de cada produto.

Boilies Mainline Essential IB 20mm CP: #PTC1

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=60_61_70&product_id=253

Kit Agulha Prologic CP: #PCT3

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=100_125&product_id=376

Bolsa para Carretos KKarp CP: #PCT5

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&product_id=605&search=kkarp

126

Fio Gardner GT80+ Diâmetros 0.30/0.35/0.40 CP: #PTC2

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=93_94&product_id=167

Boilies Finkeld Squid Specials 15mm CP: #PCT4

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=60_61_71&product_id=398

Bolsa para Carretos e Bobines Byrom CP: #PCT6

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=107_108_145&product_id=479


CONFIANÇA ÁGUA COLD WATE REM C ONF ID EFRIA! NC E Nor th e r n Speci a ls R a ng e

pop-up s 12 , 14 m m

wafter s 10 x 1 4m m

enh a nce r

boos te r

w hit e fl uoro re d fl uo ro yello w fl uo ro pi nk

www.ccmoore.com

127


128


129


Por vezes estamos tão concentrados na pesca que nem reparamos no que nos rodeia! Outras vezes ficamos chateados com determinada situação, mas que analisada de fora, irá de certeza dar umas boas gargalhadas, mesmo aos protagonistas! Enviem os vossos momentos insólitos para o email

digitalcarpmagazine@gmail.com

Lembram-se daquela estranha captura do Rui Lucas e dos amigos na DCM #01? Este é o momento em que entra no camaroeiro!

130

O Bruno diz que estava ali uma Carpa… Nós temos algumas dúvidas!


Diz o Cláudio Soares que foi amor a primeira vista!

O que estaria o Diogo a fazer? Seria trabalho ou lazer? Não conseguimos perceber muito bem…

Depois de várias horas à procura de inspiração para a legenda desta foto, resolvi desistir….

Parece que o Nuno só consegue ver carpas grandes assim, com óculos do género!

O nosso amigo Size, companheiro de tantas pescarias no Douro, escolheu o tapete como cama! Mas teve azar, pouco tempo depois uma Carpa ocupou o lugar dele!

Técnica Sniper no Carp Fishing! Infelizmente não podemos revelar a identidade! É segredo!

131


Simon Cardy Sul-africano, Diplomata na Embaixada da Africa do Sul em Moscovo, passou algum tempo até que conseguisse compreender como as coisas precisavam ser feitas, para que dessem resultados. Mas estes vieram, e são de nos deixar de boca aberta. O seguinte relato serve também para nos lembrar a sorte que temos, pois podemos pescar todo o ano, ao contrário do que acontece pelas geladas terras da Rússia.

132


Bónus! Bónus!...gritava o gerente do clube de pesca ao mesmo tempo que corria atrás de mim e acenava com um saco de plástico a abarrotar. Não pode ser nada de bom, pensei, enquanto calculava rapidamente a distância que me separava do meu carro e deitava um rápido e preocupado olhar de soslaio para aquele saco de plástico (e para o homem que o segurava) que avançava rápida e ameaçadoramente na minha direção. Não me ia conseguir safar... Será que a minha ilustre carreira de pesca na Rússia ia acabar ali mesmo, ainda antes de ter começado? Ter-me-iam visto a devolver sub-repticiamente o peixe vivo ao lago? A minha imunidade diplomática proteger-me-ia do gerente agitado? Não me parecia, sobretudo agora que ele começava a agitar os braços no ar e a falar ainda mais alto, na esperança de que, à força de levantar a voz, fossem desvendados a este estrangeiro estúpido os mistérios da língua russa. Foi então que me lembrei do que me tinha ensinado a minha professora de russo...não a perceber a língua russa, claro, o que teria dado jeito... Mas sim o facto de os russos serem na verdade pessoas muito hospitaleiras, apesar de nunca sorrirem e parecerem sempre zangados por alguma coisa. Acontece que este homem simplesmente tinha tido pena de mim por pensar que eu não tinha pescado nada para levar para casa e estava meramente a tentar doar-me um saco cheio de carpas ali pescadas! Após várias horas no trânsito, cheguei a casa a sentir-me culpado e a interrogar-me onde iria enterrar aqueles desgraçados peixes mortos. Imaginem a minha surpresa quando abri a quentíssima mala do carro e descobri que as carpas ainda estavam vivas no saco de plástico! Ok, não estavam propriamente a sorrir e pareciam chateadas com alguma coisa, mas nada que uma meia hora na banheira debaixo do chuveiro não curasse, seguida de uma breve volta de carro pela calada da noite para as libertar clandestinamente num lago de um parque do centro da cidade. Cheguei à conclusão que estas carpas russas são resistentes, o que não admira, tendo em conta que o seu habitat congela durante pelo menos 7 meses do ano. É nesses 7 meses ou mais que os pescadores desta parte do mundo apanham uma doença que os americanos chamam “cabin fever”, pois ficam fartos de estar fechados em casa à espera da próxima estação da pesca. Os russos têm um antídoto: levam o equipamento da pesca, fazem um orifício no gelo, sentam-se e esperam durante horas, sem luvas, mesmo com temperaturas abaixo de 20 graus negativos, que uma criaturazinha de 1 grama morda o anzol, enquanto vão bebendo umas garrafas de vodka.

133


Estranhamente, este antídoto para a doença da “cabin fever” não tem efeito nos estrangeiros, ao contrário da vodka ingerida. Quando se é estrangeiro na Rússia, chegada a Primavera fazem-se erros básicos: quando se deduz que, apenas por já estar uma temperatura exterior de 30 graus, o peixe deveria finalmente estar a emergir da sua hibernação. Claro que os russos sabem que a água continua gelada, uma vez que ainda na semana anterior estavam 10 graus negativos e, como verdadeiros cientistas, conhecem as temperaturas exatas que ativarão a alimentação em cada espécie de peixe. Por isso, após algumas horas infrutíferas a afogar iscos, “tiger nuts” e outros engodos exóticos de que nenhuma carpa russa que se preze alguma vez ouviu falar, o pescador estrangeiro junta-se aos restantes apostando na pesca de percas e outras criaturas semelhantes com mais dentes do que inteligência. Tendo descoberto demasiado tarde que na Rússia não existe tal coisa como a “Primavera” e que a água está sempre ou gelada ou quente, decidi-me pela pesca no Verão, mas cheguei à conclusão que também tem os seus quês. O principal problema é que tudo aquilo que não se teve oportunidade de fazer nos 7 meses anteriores (tal como receber visitas do estrangeiro ou ir de férias para Portugal para recarregar as baterias depois dos meses anteriores na Rússia) só se pode realizar exatamente nesses mesmos dois meses. E se efetivamente se consegue arranjar tempo para ir à pesca, os outros onze milhões de moscovitas terão também provavelmente tido a mesma ideia, pelo que se passa o dia a desviarmo-nos das linhas e dos engodos atirados em todas as direções pelos pescadores que pescam do outro lado do lago e dos que pescam nas áreas à nossa esquerda, que aliás eram designadas para nadar e não para a pesca. Contem pagar até 100 Euros por dia por tal privilégio, num lago ultracomercial mas bem organizado e com boa manutenção, ou, em alternativa, não pescar senão garrafas de vodka num lago público que não cobre entrada.

134

O único consolo é que naqueles lagos pagos pode ter-se a certeza de se conseguir efetivamente pescar algo... a menos que se faça algo realmente estúpido como usar boilies como isco. Semana a semana os stocks de peixe nestes lagos são repostos com espécimes vindos de viveiros especiais e as condições da água são constantemente vigiadas e controladas. O desafio é conseguir passar por entre os milhares de peixes minúsculos esfomeados e estabelecer contacto com algo que valha a pena ser pescado com equipamento moderno de pesca de carpas. Levei algum tempo a habituar-me a ver a quantidade de peixe minúsculo que os russos conseguem pescar com a sua estranha variedade de equipamento de pesca e iscos. Usam sinos no cimo das canas de pesca e de 5 em 5 segundos ouvem-se os sinos a tocar, uma pequena carpa finda a sua existência, enquanto os meus alarmes tecnológicos de ponta se mantêm silenciosos. Da primeira vez que eu presenciei essa frenética atividade, fartava-me de olhar em volta, a ver onde andavam as cabras a pastar com campainhas ao pescoço, já a imaginar-me com o Tomás e o Renato no sopé da Serra da Estrela... Quando já estava quase a desistir de tentar pescar na Rússia, depois de quase quatro anos de frustração, descobri que desde alguns anos para cá, há uma estacão muito especial e rara chamada “Outono”. Trata-se da altura mágica em que as árvores se revestem de laranja, vermelho e amarelo e as carpas pequenas não mordem o isco (ou será que os sinos já dobraram por elas?). Descobri que, afinal, há alguns residentes muito especiais nestes lagos russos...carpas de tamanho decente, peixe-gato aparecem do nada e esturjões beluga gigantes chapinham na água à nossa volta. É em alturas como esta que iscos naturais como minhocas e camarões vos podem enganchar a um comboio rápido que acelera o ritmo cardíaco. Portanto, ao arrumar o meu equipamento de pesca pela última vez, já sinto aquilo que os portugueses chamariam “saudades” da Rússia, a terra pouco sorridente do Outono dourado...


135


Em 2012, no Carp Adventure promovido pela Apcf na Barragem da Marateca, logo no primeiro dia, um dos participantes cortou-se num pé com um vidro, limitando os seus movimentos em toda a sessão. Tendo em mente que por vezes passamos vários dias afastados da civilização, voltamos a convidar o Dr. Diogo Durais, que nos voltar a dar alguns concelhos, que nos podem ajudar em qualquer momento menos afortunado das nossas sessões.

Cuidados com a saúde Quantas vezes já estiveram à pesca e se cortaram? Ou porque a navalha cortou mais do que devia, ou porque distraído pisou um vidro, um ferro ou pedaço de madeira? A primeira coisa a pensar é se a ferida necessita ser suturada. Se a ferida atravessar todas as camadas da pele, ou for grande e/ou muito irregular, muito provavelmente vai ser necessário receber pontos. O melhor a fazer é dirigir-se ao hospital ou centro de saúde mais próximo. Se ficar com dúvidas sobre a necessidade de receber pontos, procure ajuda médica. Mais vale prevenir que remediar. Se tem um corte ou ferida que não necessita de receber pontos, precisa de qualquer forma de saber como proceder. Primeiro passo - lavar muito bem a ferida, com água limpa ou soro (se tiver). Certifique-se que não ficam resíduos como vidro, terra, areia ou outra sujidade no interior da ferida. Se há resíduos que não consegue remover, procure ajuda médica. A ferida está a sangrar? Se for o caso, com a ajuda de uma compressa esterilizada, pressione firmemente a lesão por cerca de 20 minutos. Se conseguir colocar a zona lesada acima do nível do coração, a hemorragia diminui. Se ao fim de 20 minutos de pressão a hemorragia não cedeu, procure ajuda médica. Desinfete bem a ferida. Uma boa opção é a solução de 136

iodopovidona (habitualmente conhecida por Betadine). Cubra bem o corte com uma compressa esterilizada, e segure com uma ligadura ou adesivo. Se o corte for pequeno, um pequeno penso será perfeito. Deve ter o cuidado de manter o penso limpo e seco e vigiar a ferida. Se aparecerem sinais de infeção procurar ajuda médica. Como posso suspeitar que a minha ferida está infetada? Os sinais de infeção de feridas são rubor (especto avermelhado), edema (inchaço), calor local, dor aumentada na ferida e no seu redor, drenagem de pus (algumas vezes com cheiro), e eventualmente febre. Se é este o seu caso não adie mais a ida ao médico. A maior parte das feridas cura em cerca de 7 a 10 dias. Com o tempo e o processo de cicatrização a ferida desenvolve uma crosta. Essa crosta é uma proteção da ferida, não a remova nem a arranque, porque aumenta o risco de infetar. Nota importante: tem a vacina do tétano em dia? A vacina do tétano é dada nos centros de saúde como parte do plano nacional de vacinação. As crianças recebem esta vacina pela última vez por volta dos 10-13 anos. Se não recebeu vacina do tétano nos últimos 10 anos procure o seu médico de família para que possa atualizá-la. Diogo Durais


TABELAS LUNARES Apesar de nem sempre haver capturas em boas luas, nem as grades serem garantidas nas supostamente fracas, não custa nada dar uma vista de olhos para planear uma pescaria. Nós por aqui é o que fazemos!

Dezembro 2013

Janeiro 2014

-

Informaçao retirada do site: http://www.portalpesca.com/tablassolunares.asp 137


www.iktus-carpe.com

138


Outubro 19 a 26 Esta foi uma excelente semana no Iktus. Bons pescadores como habitual, e muitos peixes grandes! Rob Watts da empresa Carp Alley, apanhou uma gigante com 24kg! O seu irmão gémeo Rob Boom, conseguiu várias capturas a rondar os 18kg. Tudo isto no pesqueiro 2. Nos pesqueiros 14 e 15 saíram varias Carpas, sendo a maior captura, uma massiva Mirror de 24,20Kg. O pesqueiro 3 recebeu a visita do boss da MCF Tackle, Dennis McFetrich, que além de uma Mirror de 25kg, ainda bateu o record de Esturjão Russo, com 29,50Kg. Este é o maior Esturjão desta espécie com registo em França. No pesqueiro 6, estiveram pescadores Espanhóis, que além de uma Grass de 16kg e várias outras capturas, elevaram o recorde do lago de Esturjão Branco, 1,92m com o massivo peso de 57Kg!

Outubro/Novembro 26 a 2 Tim Paisley, da Angling Publications, apanhou 13 Carpas em 6 noites, no posto 9. A maior com 18kg. Um pescador Francês, no pesqueiro 4, foi contemplado com uma bela Mirror de 22,70Kg, entre outras. Steve Briggs, bicampeão mundial, apanhou um incrível lote de peixes, incluído Carpas de 19,50, 23, 24 e 24,50Kg. Adorou a sessão, de tal forma que deixou marcada uma nova data para 2014. O pesqueiro Vip, não deixou créditos por mãos alheias, deu capturas de vários tamanhos, destacando-se um Esturjão de 25kg, varias grandes Carpas e um Siluro de 35Kg. Foram duas semanas de grandes capturas, com dois novos recordes em Esturjão.

Novembro 2a9 Com menos pescadores que na semana anterior, ainda assim excelentes capturas. No pesqueiro Vip, dois pescadores Franceses realizaram 37 capturas, com varias carpas entre 15 e 20kg, chegando duas a passar esta marca. Capturaram ainda o novo recorde do lago em Esturjão Branco, agora com 57,5Kg. Nos outros pesqueiros houve muitas capturas também, com várias Carpas a rondar os 20kg, e uma Grass de 16kg. Apenas o pesqueiro 6 esteve muito difícil. No início do mês fechámos o lago Iktus Esturjão, e começamos o repovoamento em todos os lagos. Mais de cinco toneladas de grandes Carpas chegarão durante as próximas seis semanas. 2014 Será fantástico! Jeremy Fournier 139


Massa com Grão e Bacalhau Apesar de ninguém ter feito qualquer comentário em relação à receita partilhada na passada edição, estou crente que muitos terão gostado. Como tal, vou deixar-vos outra das minhas receitas habituais nas sessões de pesca; massa com grão e bacalhau. Toda a preparação inicial é feita da mesma forma, mas para quem não leu a receita anterior, (pode sempre faze-lo a qualquer momento, bastando para isso fazer o download da DCM #01) passo a explicar, tendo em conta que as quantidades apresentadas serão para duas pessoas. Num tacho #20, de preferência com fundo duplo, coloca-se um pouco de cebola picada, junta-se azeite, de modo a que fique a banhar abundantemente a cebola e deixa-se ferver. Quando a cebola estiver bem loira, junta-se um dente de alho picado, como este rapidamente atinge o ponto da cebola, convém ter água à mão para juntar, no máximo dois dedos. Em todo este processo é preciso mexer todo o conteúdo, para não agarrar. Nesta fase leva praticamente todos os temperos, um caldo Knorr, uma folha de loureiro, polpa de tomate q.b. e piri piri a gosto. Calvé é o melhor, apenas dando à comida o sabor natural do picante. Podem também juntar-se duas colheres de grão-debico esmagado, para dar mais consistência ao molho. Sal para já não se adiciona, pois o bacalhau pode ter o suficiente.

140

Enquanto a água ferve, prepara-se o b costumo usar o que vem em covetes, apen sentação mais prática. Se a sessão for de um lhe o sal em excesso em casa, em sessõ fazê-lo no local, por uma questão de con parto o bacalhau em pedaços à mão, sem demorado, mas tempo é o que não falta.

Pode juntar-se o grão e o bacalhau ao m tudo dependa da pré-cozedura do primeiro o da Compal, uma lata das pequenas por p para três pessoas. Quando o bacalhau ap meio cozido, devem provar-se todos os ingr como esta de sal, ajustar se necessário.

Depois disto é só juntar massa cortada, como normalmente é conhecida esta mass no ponto e servir. Ter sempre em atenção q desligar o fogo esta vai ficar a cozer, pelo um pouco antes, ou colocar-se uma pontin travar a fervedura.

A acompanhar tudo isto um branco fres um bom tinto Alentejano, o importante é e Bom apetite! Orlando Loureiro


bacalhau. Por norma nas por ter uma aprem ou dois dias, retiroões maiores costumo nservação. Por norma m faca, é um processo

mesmo tempo, embora o. Uso habitualmente pessoa, ou duas latas presentar um aspeto redientes e confirmar

ou macarrão riscado, sa, esperar que esteja que mesmo depois de que se deve desligar nha de água fria para

squinho do Douro ou estar à beira da água!

141


Nuno Lima Como o próprio título indica, vou passar-vos a visão de uma semana passada no pesqueiro 6 do Iktus, uma semana também já retratada pelo nosso amigo Orlando Loureiro no primeiro número da revista! Com algumas semanas passadas em leituras e visionamentos de vídeos sobre o posto 6 e sobre o próprio lago, eis que o tão esperado dia surge, uma viagem longa nos espera depois de um belo repasto por Vilar Formoso. Chegados ao pesqueiro, um enorme salto de um esturjão deu-nos as boas vindas ao Lago, o que nos fez esboçar um sorriso de orelha a orelha. Sabíamos que não ia ser uma semana fácil, pois o Jeremy informou-nos que na semana anterior tinham havido 43 capturas no nosso pesqueiro, inclusive tinha sido batido o record do esturjão transmontano com 53kg. Já com o material todo montado, chegou a altura de rever alguns papéis e dicas dadas por alguns pescadores entre os quais Ruben Carp, Mário Fustero, Gongi e Jesus Cruz, que passaram ali algumas sessões, chegando mesmo a obter recordes. Sabia que este era um pesqueiro difícil, chamam-lhe o pesqueiro “dá tudo ou não dá nada”! Em conjunto com o Luís, sondamos o pesqueiro em busca de diferentes spots, com diferentes profundidades, alguns até com um grau de dificuldade para se pescar, mas onde sabíamos que poderiam estar os monstros deste lago. Com as montagens já feitas em casa, estava na hora de as iscarmos e de as pôr na água, pois é lá que elas pescam. Utilizamos dois iscos da CCMoore, live System e Odyssey XXX. Nos Snowman optamos pelos Hellraisers. Todas as montagens foram postas de barco com o maior cuidado e precisão, fazendo uma engodagem à base de pellets e uns boilies partidos. Relativamente às duas primeiras noites apenas nos podemos congratular pelo excelente convívio com o pesqueiro VIP, pela recepção dada pelos responsáveis do lago e claro pelas capturas do amigo Loureiro. (UPS, esqueci-me de mencionar as belas das minis logo pela manhã, acompanhadas de um bom petisco) Costuma-se dizer que a persistência dá resultado, terceira noite, mesmo spots, mesmas disposições e mesmos iscos, e por volta da 00:30 tínhamos a primeira captura nas minhas canas, carpa comum 12,5kg que não

142


Com prometido na primeira edição, e de forma a completar o relato sobre uma semana onde nem tudo foi fácil, pois as horas de inatividade foram incontáveis, as tentativas de alterar o rumo do que parecia inevitável (a grade) e a captura de um dos maiores peixes do Iktus, vamos deixar-vos a versão contada pela primeira pessoa, do que se passou do outro lado do lago…

Momento de descanso antes da viagem de regresso.

143


O belo Esturj達o de 49kg!

144


resistiu a uma bola densa de Live System. Acordamos pelas 8horas da manhã, depois de uma conversa com o Luís, decidimos retirar as canas e aceitar o convite dos nossos vizinhos para um almoço de requinte no pesqueiro VIP. Já de barriga cheia e devido a experiência de ambos os “ velhotes” do pesqueiro VIP e sendo o trabalho de equipa uma vantagem na pesca, foram dar-nos uma ajuda a sondar o pesqueiro e alteramos alguns pormenores importantes dos nossos spots delineados desde início. Alteramos alguns sítios e continuamos apostar em outros que tínhamos desde início, apostamos em engodagens com milho, bolas partidas e pellets do próprio lago de 5mm e 8mm. A nível dos iscos e montagens, decidi apostar tudo em montagens Snowman, com um boilie Live System 18mm e um pop up Hellraiser Silent Assassin 14mm. Durante a tarde ainda foram capturadas algumas Bremas, às quais decidi batizar de “Brumas”! Uma sopinha pela noite e a Bedchair chamava-me, ainda com a barriga inchada do belo do almoço. Na verdade esperava não dormir nessa noite. Eram 8h da manha e estava eu meio ensonado a jogar um poker no telemóvel, eis que um bbbbiiiiiiiipp interminável num alarme das minhas canas, salto da Bedchair e prontamente cravo o peixe. Para minha surpresa olho em direcção a minha marcação desta cana, e vejo um salto enorme de um esturjão mesmo por cima do meu marcador, o que fez ate surgir alguns mini H-Block k tinha perdido por ali, prontamente chamo o Luís e eis que uma enorme luta surge desde a margem. Eu recolhia uns bons metros de fio mas o peixe levava-me o dobro do fio fazendo a ponteira da cana embater violentamente na água. Sendo o meu pesqueiro muito profundo, a 3 metros da margem tínhamos outros tantos de profundidade, tornou-se uma luta ainda mais

difícil mas algo inesquecível, e passados 45 minutos a ver apenas uma sombra dentro de água, o tão esperado “ monstro” deu as primeiras golfadas com a cabeça de fora. Com a preciosa ajuda do Luís, prontamente metemos o esturjão no Trakker Sanctuary Xl Retention Sling que mede 1,32m de comprimento, ficando ainda dois palmos para cada lado de esturjão! Como não o queríamos tirar da água pois existem muitos cuidados a ter com esta espécie, colocamos ainda um tapete de recepção por baixo. Incrédulo com o tamanho e beleza deste esturjão, e ainda sem sentir os braços, decidimos chamar os nossos amigos do pesqueiro Vip, pois a pesagem não estava a ser fácil e ambos não o conseguíamos segurar. Passados uns minutos surge o Loureiro que tal como nós, não queria acreditar no tamanho daquele exemplar, que ao fim de pesado, marcando 49kg na balança, vários abraços, beijinhos, fotos e um “ Come On “, voltou calmamente para as águas do Iktus. Com mais duas noites ainda, as capturas ficaram por ali. Exceção para o Luís, como que para a viagem ser melhor e mais completa, o nosso amigo bateu o seu recorde tirando um linda Carpa com 14kg. E assim se passou uma semana fantástica, num lago que espero voltar a pisar. Foram dias de convívio e de pesca dos quais me orgulho de recordar e nos quais aprendi com o amigo Orlando Loureiro e Pedro Ramos, um dupla cheia de experiência aos quais podemos chamar de Professores De salientar ainda a recepção feitas pelos responsáveis do lago e a sua disponibilidade, assim como o convívio com os nossos vizinhos espanhóis, Dani Pinillos, Gonzalo Gil e Jesus Cruz Nevado.

145


O novo recorde do LuĂ­s Silva, uma bela Carpa Espelho de 14kg|

146


Uma bela Comum que n達o resistiu aos iscos do Nuno Lima.

147


Fábricas Por vezes usamos um determinado produto pensando que estamos a usar o melhor do mercado, apenas porque não temos conhecimento de outros do mesmo género, ou usamos um produto caro, quando poderá haver no mercado um outro similar em qualidade mas com um custo inferior. Outras vezes somos obrigados a adaptar um produto quando no mer-

cado já existe o perfeito! Nas páginas seguintes vamos apresentar algumas das fábricas mais conhecidas do mercado, com link direto e uma breve descrição de alguns produtos comercializados (seria impossível nomear todos pois algumas destas fabricas possuem um catalogo enormíssimo).

http://www.acecarp.com/ Praticamente todo o material de Terminal * Camaroeiros * Indicadores Eletrónicos http://www.aquaproducts.co.uk/ Bagagem * Tendas * Abrigos * Roupa http://www.atomictackle.co.uk/ Praticamente todo o material de Terminal * Chumbadas * Roupa http://www.avidcarp.com/endtackle.php Tendas * Bedchairs * Terminal * Cuidados Carpa * Roupa * Bagagem http://www.bait-tech.com/ Iscos * Aditivos * Atratores http://www.berkley-fishing.com/ Linhas http://www.bigcarp.com/ Iscos * Acessórios * Terminal http://www.caperlan.com/en Quase todo o tipo de material http://www.carp-porter.com/ Transporte de equipamento http://www.ccmoore.com/ Iscos * Partículas * Farinhas http://www.century.gb.com/ Canas http://www.centuryneville.co.uk/ Bank Sticks * Inox 148


http://www.chubfishing.com/en-gb/home/ Canas * Tendas * Cadeiras * Bagagem * Roupa http://www.cygnettackle.co.uk/ Rod Pods * Buzzer Bars * Bank Sticks http://www.daiwa.com/ Canas * Carretos * Bedchairs * Bagagem http://www.delkim.co.uk/ Alarmes http://www.diem-angling.com/ Roupa https://www.dnabaits.com/shop/ Iscos * Pellets * Aditivos http://www.dtbait.com/ Iscos * Aditivos http://www.dynamitebaits.com/ Iscos * Pellets * Farinhas * Atrativos * Aditivos Entreprise Tackle - http://enterprisetackle.co.uk/ Iscos Artificiais http://www.esp-carpgear.com/ Terminal * Bagagem * Canas * Ferramentas http://www.essentialbaits.co.uk/ Iscos * Aditivos http://www.finkelde.com/ Iscos * Dips * Farinhas http://www.foxint.com/ Canas * Tendas * Bagagem * Terminal http://www.frankwarwickbaits.com/ Iscos * Atrativos http://www.freespiritfishing.com/ Canas * Camaroeiros * Bagagem http://gardnertackle.co.uk/ Terminal * Linhas * Bagagem * Ferramentas http://fly.greysfishing.com/en-gb/home/ Canas * Roupa 149


http://www.tackleguru.com/ Terminal * Roupa http://www.jagproducts.co.uk/ Bank Sticks * Rod Pods * Buzz Bars http://www.jrc-fishing.co.uk/ Bagagem * Tendas * Bedchairs * Canas http://www.korda.co.uk/ Terminal * Chumbadas * Ferramentas http://www.korum.co.uk/ Bagagem * Acessórios * Roupa http://www.kryston.com/ Linhas * Pvas * Produtos especiais http://www.mainline-baits.com/ Boilies * Pellets – Pop Ups * Farinhas * Aditivos * Atrativos www.marukyu.co.uk Boilies * Aditivos * Farinhas http://www.matrixinnovations.co.uk/ Bank Stiks * Buzz Bars * Ferramentas http://www.mistralbaits.co.uk/ Iscos * Pop Ups * Farinhas www.mpetackle.com Buzz Bars * Bank Sticks http://www.nashtackle.co.uk/ Alarmes * Tendas * Acessórios * Terminal * Ferramentas http://nbricestainless.co.uk/ Buzz Bars * Bank Sticks * Aço e Carbono http://www.nutrabaits.net/welcome.php Farinhas * Iscos * Aditivos * Atrativos http://www.pallatrax.co.uk/ Pedras a substituir Chumbadas * Terminal http://www.pelzerbaits.eu/News.html Canas * Linhas * Iscos * Aditivos * Farinhas * Terminal http://www.premierbaits.net/ Boilies 150


http://www.prologicfishing.com/ Roupa * Alarmes * Tendas * Terminal http://www.qualitybaits.co.uk/ Boilies * Pellets http://www.questbaits.com/ Boilies * Farinhas * Aditivos http://www.richworth.com/ Boilies * Farinhas * Aditivos http://www.rigmarole.co.uk/ Terminal * Chumbadas http://fish.shimano-eu.com/publish/content/global_fish/en/nl/index.html Carretos * Canas * Bagagem * Roupa http://www.solartackle.co.uk/ Iscos * Ferramentas * Buzz Bars * Bank Sticks * A莽o e Carbono http://www.soniksports.com/ Canas * Bagagem * Roupa http://www.starbaits.com/ Boilies * Pop Ups * Aditivos * Farinhas * Terminal * Canas * Barcos www.stickybaits.com Iscos * Atrativos http://www.taskacarp.com/ Terminal * Bank Sticks http://www.totalfishinggear.co.uk/ Alarmes * Tendas * Bank Sticks * Roupa http://www.thinkinganglers.co.uk/ Terminal * Roupa * Bagagem www.trakkerproducts.co.uk Tendas * Sacos Cama * Cadeiras * Bagagem www.ultimauk.com/carp/ Linhas http://www.ultimate-direct.co.uk/ Tendas * Cadeiras * Alarmes * Bagagem http://www.wychwood-carp.co.uk/homePage.aspx Tendas * Canas* Bagagem * Acess贸rios 151


digitalcarpmagazine@gmail.com https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.