Revista Comuna 34

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Produção: Comunidade da Graça Sede Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra Pastor Responsável: Wagner Fernandes Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739 Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori Redação: Elisabete Mazi Projeto Gráfico e Editoração: André Rinaldi Direção de arte: Diego Boaventura Assistente de arte: Thaís Fernandes Contato Publicitário: Gabriela Rosaneli Tiragem: 15.000 exemplares

COMUNA E VOCÊ Tenho acompanhado as edições da revista Comuna há mais de um ano e quero parabenizá-los pela excelência alcançada como veículo de comunicação, disseminando a ética bíblica, bem como os valores do cristianismo. Esta revista faz diferença. Sinto-me honrado como membro da nossa igreja e gosto de distribuí-la do porteiro do meu prédio ao executivo da empresa onde trabalho. A matéria de capa da edição de número 32 tem em seu propósito resgatar valores de cidadania, mas também semeia um grande desafio para todos nós cristãos: influenciar pessoas no campo da política. E, como aprendemos com Jesus Cristo, não há melhor maneira de influenciar a não ser dando o exemplo. Mais uma vez, meus parabéns a toda a equipe!

Olá! A revista Comuna está cada vez mais edificante. Na edição 32, a matéria com a pastora Suely Bezerra sobre o valor da intercessão foi muito abençoadora.

Luzeny Viana – Comunidade da Graça do Jardim São João em Guarulhos/SP

João Pádua Comunidade da Graça Sede/SP

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião! revista@comuna.com.br

Editorial Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos. Interessados em anúnciar na próxima edição: midia@comuna.com.br 11 3588 0575

O Natal é a maior festa do mundo! O nascimento de Jesus é um marco no tempo e na história da humanidade. Um divisor – o antes e o depois de Cristo. Fora o aspecto estético que enfeita as grandes cidades do mundo com luzes de todas as cores, a beleza do Natal está mesmo no seu significado maior: CRISTO ENTRE NÓS! De onde se conclui que o Natal é Deus nos presenteando. Para combinar com a ação de Deus, talvez essa festa ganhasse um sentido melhor se, como forma da nossa gratidão, nos preocupássemos mais em dar do que receber, e pensássemos mais naquilo que podemos oferecer a Deus e ao próximo desfavorecido. Será que estamos longe disso?

Carlos Alberto de Quadros Bezerra Fundador e Presidente da Comunidade da Graça

Boa leitura! Wagner Fernandes


Capa A maior festa do mundo

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Índice

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Visão - A igreja que prevalece

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Ponto de vista Decretos de Natal

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Fundação Comunidade da Graça A sua doação pode mudar uma vida

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Sonhospossíveis Um (bom) pedido de Natal

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Saúde As alterações da gestação

Deus Agindo - Intimidade com Deus

Eles andaram com Jesus Ary Velloso

Especial A grande festa

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Finanças Prosperidade na unidade do Corpo de Cristo

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Comunidade Comunidade da Graça em Londrina

Liderança O poder da pergunta

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Igreja Família A igreja como família

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Texto e contexto O Milagre do Natal

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Aconteceu


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A igreja que prevalece CARLOS ALBERTO BEZERRA, PR.

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uero introduzir esse texto destacando a experiência do reavivamento nos Estados Unidos em 1850. Aconteceu em Nova Iorque, no centro da cidade, quando um simples membro da igreja começou um encontro de oração ao meio dia. Logo o santuário ficou lotado, com reuniões marcadas por quebrantamento e grande fervor. Essas reuniões atraíram muitos desempregados que, por não haver associações de proteção aos trabalhadores, seguro desemprego e outras coisas assim, se voltaram para Deus

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em busca de ajuda. Outras igrejas mais, naquela época, tiveram que estabelecer cultos de oração devido aos pedidos das pessoas, porque elas não tinham a quem recorrer. Igualmente, nos dias de hoje, principalmente depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, muitos estão se voltando para a oração. Nunca o povo americano buscou tanto as igrejas como agora, após as terríveis fatalidades que se abateram sobre aquela nação. E quando essa crise alcançar o mundo todo – e isso já começou – muitos também em nosso país desejarão experimentar essa dependência de Deus através da oração. Nesses dias maus que estão por vir, muitos fugirão dos falsos pregadores e das igrejas que enfatizam o evangelho do “fique à vontade” – aquele que prega a simples adesão a uma religião para que todos os problemas se resolvam automaticamente e que, nos últimos tempos, tem despertado o interesse de tanta gente. Os cristãos

brasileiros, tenho certeza, vão deixar de buscar esses movimentos do “entretenimento gospel” (sem crítica aos que fazem isso) e da chamada TV cristã, que de cristã não tem nada, e vão passar a exigir de fato, um evangelho sólido. As pessoas sairão para ouvir pastores piedosos e a verdadeira Palavra de Deus, porque estão cansadas de bazófia e conversa fiada. O grito deste povo será: “Quem vai pregar uma palavra profética que transforme a nossa vida, verdades que precisamos ouvir e que podem mudar o nosso coração?”. Muitos afirmam que estamos vivendo um grande avivamento no Brasil. E eu questiono se isso, de fato, tem acontecido. O que tenho visto são igrejas cheias de pessoas famintas, sendo alimentadas com palha. Os templos estão cheios de pessoas vazias. Quando dizem que o avivamento brasileiro é um espetáculo, com prédios lotados e vários cultos num mesmo dia, eu me pergunto: – Que tipo de transformação real este evangelho tem produzido na vida das pessoas, das famílias, dos

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MUITOS AFIRMAM QUE ESTAMOS VIVENDO UM GRANDE AVIVAMENTO NO BRASIL. E EU QUESTIONO SE ISSO, DE FATO, TEM ACONTECIDO. O QUE TENHO VISTO SÃO IGREJAS CHEIAS DE PESSOAS FAMINTAS, SENDO ALIMENTADAS COM PALHA. OS TEMPLOS ESTÃO CHEIOS DE PESSOAS VAZIAS. homens públicos e da sociedade como um todo? Estamos vivendo um avivamento ou apenas uma “avivação”? Há muito barulho, promessas vazias e regras para conquistar prosperidade que, ao invés de transformar as pessoas, só geram confusão. Eu creio sim num grande avivamento. Nossa nação há de prová-lo! Mas não será nada parecido com isso que estamos vendo. Hoje, a moda é ser rico, receber mais honra e ter os melhores títulos. Há grupos em litígio para saber quem vai ordenar o maior grupo dos famosos “apóstolos”. Vemos competição e barganha que trazem desordem para dentro da igreja. Isso tem feito mal a todos. Precisamos de um avivamento que cause impacto nessa sociedade. Já chegamos ao máximo de promiscuidade e avareza, de indiferença e erotização em todos os meios de comunicação possíveis. Quando esse avivamento chegar, ninguém vai ficar rindo ou fazendo ruídos animalescos. Nesses dias

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de terríveis ajustes na Igreja, o Senhor convocará Seu povo ao arrependimento. E o evangelho anunciado será o da justiça e santidade. Precisamos de um avivamento que tenha compromisso com a pregação da verdade, do evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê – o único instrumento transformador do homem. Esse evangelho é que precisa ser anunciado para que haja avivamento – a mensagem que transforma malditos pecadores em santos de Deus. A resposta a qualquer abandono da fé, crise ou caos, será sempre uma renovada revelação do Cristo ressuscitado, daquele que venceu o poder da morte e nos deu a Sua vitória. Jesus identificou o Espírito Santo como Aquele que ensina todas as coisas e lembra as Suas palavras aos homens (João 14:26). Ele é o Espírito da Verdade, que guia as pessoas na verdade de Deus (João 16:13). O Espírito Santo não sustenta o testemunho de qualquer evangelho ou de manifestações carnais. O verdadeiro evangelho fala de abandono do pecado e da obra regeneradora de Cristo na cruz em nosso favor. Fomos crucificados juntamente com Cristo e ressuscitados juntamente com Ele para vivermos em novidade de vida. Este é o evangelho da cruz, que produz mais do que apenas transformações aparentes e estéticas. Hoje, muitos pastores e evangelistas estão corrompidos por ambições pessoais. Acham que podem invocar o Espírito Santo a qualquer momento a fim de promover curas e milagres, mas não estão prontos para enfrentar os dias de trevas que estão por vir sobre toda a terra. O avivamento que precisamos não acontecerá através de shows de ostentação, ou ensinos sobre

texto e contexto aconteceu prosperidade. Virá através de um grupo de pastores e leigos que frequentaram a escola de Jesus, aprendendo Seus caminhos. Homens e mulheres que levam a Palavra de Deus a sério. Quero desafiar você a desejar e experimentar essa verdade. Ela é poderosa para fazer de mim e de você um ministro do evangelho. Deus quer nos levantar e multiplicar esta semente através de nossa vida. Ele deseja constituir uma igreja que alcance a nação e o mundo. Uma igreja capaz de fazer a nossa geração lembrar que ainda existe um povo que ama o perdido e que tem o compromisso de vê-lo transformado em filho de Deus. Não quero apenas uma igreja que cresça e se multiplique, mas que principalmente faça discípulos parecidos com Jesus e que produzam obras de justiça. Você está sendo convocado para escrever a história da igreja nesses dias. O Espírito Santo vai usar você. Ele tem o compromisso de operar através da sua vida, e expandir o Seu reino. Você é o corpo de Cristo neste mundo. Deus está purificando a Sua Igreja, uma Igreja que prevalece contra esse mundo mau. Com quantos Ele pode contar?

Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

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Intimidade com Deus

SUELY BEZERRA, PRA.

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omunhão é um bom sinônimo para a palavra intimidade. Estar em comunhão é ter uma associação íntima com alguém, é ter uma afinidade com a pessoa com a qual estamos nos relacionando, é ter uma comunicação que alimenta e fortalece a amizade, formando um laço de alma. Isso deve acontecer assim no nosso casamento e nos nossos relacionamentos fraternais, por exemplo. Mas hoje eu quero falar neste artigo sobre a nossa intimidade com Deus. A comunhão com Deus é a base de tudo em nossa vida. Deus deseja que tenhamos uma intimidade perfeita com Ele. Desde a criação, no Jardim do Éden, Ele

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manifestou o grande desejo de ter comunhão com o ser humano. Vejamos o que diz a Bíblia: “E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim.” Genesis 3:8 O Senhor estava passeando pelo jardim, como fazia todos os dias, para encontrar Adão e Eva. Mas, dessa vez em questão, eles se afastaram de Deus. Por que eles agiram assim? Por causa do pecado. A íntima comunhão com Deus havia sido quebrada em função da desobediência daquele primeiro casal.

Hoje, Deus nos convida a sermos mais íntimos dEle. Ele não é um Deus distante e carrancudo, que se preocupa somente em julgar, condenar ou castigar, como muitos dizem. Ele é um Deus apaixonado por relacionamentos. Ele quer se relacionar conosco, estar presente em todos os momentos. Como podemos intensificar nossa intimidade com Deus? Somente através de Jesus. Ele veio restabelecer a comunhão do homem com Deus. Ninguém pode ir ao Pai senão por meio de Jesus. Ele é o caminho da nossa volta para Deus (João 14:6). Sem essa intimidade com Deus, restaurada em Jesus, nossa fé não é verdadeira aos Seus olhos. Em Marcos 4

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é relatada mais uma história de Jesus com Seus discípulos. No versículo 40, Jesus questiona: “Como é que não tendes fé?” Os discípulos andavam com Ele há tanto tempo, mas ainda não sabiam quem Ele era realmente. Como poderiam crer em alguém que não conheciam intimamente?

lharam para enriquecer os egípcios. Tiveram seus filhos mortos por ordem de Faraó. Mesmo assim, libertos do Egito pela mão forte de Deus, rapidamente se esqueceram de tudo o que passaram.

Por não ter intimidade com Deus, nossa motivação pode estar errada. Podemos ver isso no exemplo mostrado nas Escrituras na história de Moisés e o povo de Israel. Moisés foi criado pelo homem mais rico e importante do seu tempo, o Faraó do Egito. Tinha à sua disposição as melhores comidas, roupas e a melhor educação. Mas quando Moisés teve um encontro real com Deus, ao ver a sarça ardente e o Senhor falando com ele, não titubeou e deixou tudo para trás. Sua meta agora era cumprir a missão que o Senhor Deus lhe havia dado. Não sentiu saudades do seu passado em nenhum momento.

Por que este contraste tão grande? Moisés teve um encontro transformador e definitivo com Deus. Ele O conheceu realmente. Já o povo, quando recebeu o mesmo convite, se distanciou de Deus, assim como a Bíblia descreve em Êxodo 20:8-21. Recomendo que leiam esta passagem. Moisés queria ter intimidade com Deus. O povo queria só a promessa e a provisão do Senhor.

Diferente de Moisés, o povo de Israel que sofrera tanto na mão dos egípcios como escravo, mesmo depois da libertação, tinha frequentes saudades do Egito e da vida velha. Eles haviam sido abusados e humilhados. Traba-

“Deixa-nos escolher um líder e retornar ao Egito.” Números 14:4

texto e contexto aconteceu mais sabia. Em Tiago 2:23 lemos que Abraão foi amigo de Deus. Ele o temia. Nunca se esqueça de que a falta de temor leva ao pecado, à desobediência, à dureza de coração e ao afastamento de Deus. O pecado nos afasta de termos uma intimidade com o Senhor. Faça desse temor o seu tesouro. Jesus está agora batendo na porta do seu coração, querendo entrar e ter comunhão com você. Você está disposto a abrir esta porta? “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Apocalipse 3:20

“A intimidade do Senhor é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a sua aliança.” Salmo 25:14. Compartilhamos nossos segredos com quem temos intimidade. Temer ao Senhor é obedecê-lo, mesmo sem compreender seus desígnios ou não ver nenhum benefício aparente. Obedecermos mesmo quando não entendemos. Abraão era assim. E Deus compartilhou coisas com ele que ninguém

Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

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Decretos de Natal

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CARLOS BEZERRA JR., PR.

á textos que a gente lê com vontade de tê-los escrito. Esse, que transcrevo aqui, é um quase-poema antigo que gosto demais. Aliás, não sei bem porque, mas esses dias que antecedem o Natal me trazem um gosto especial pelo que é antigo: músicas, fotos, textos, passagens bíblicas já conhecidas... Acho que é para convocar a saudade e trazer para dentro da gente a cena que aconteceu longe, há muitos anos, como diz Rubem Alves. Ao longo de todo esse ano, escrevi vários textos para a Revista Comuna. Dessa vez, no entanto, prefiro o silêncio da reflexão: Natal nada tem a ver com banquetes ostensivos. Tem a ver com a meditação da ceia em família, com aquilo que é dito só por gestos, por

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olhares. Por tudo isso, preferi, ao invés de escrever, compartilhar com você esse texto de um intelectual que admiro, o Frei Betto. Ofereço-o como um presente que o dinheiro não compra. É preciso entrar no clima. É preciso preparar o coração. Celebre como pede a ocasião: a Salvação do mundo nasceu indefesa numa manjedoura.


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Fica decretado que, neste Natal, em vez de dar presentes, nos faremos presentes junto aos famintos, carentes e excluídos... abriremos corações e portas à chegada salvífica do Menino Jesus. Fica decretado que as crianças, em vez de brinquedos e bolas, pedirão bênçãos e graças, abrindo seus corações para destinar aos pobres todo o supérfluo que entulha armários e gavetas. A sobra de um é a necessidade de outro, e quem reparte bens partilha Deus. Fica decretado que, pelo menos um dia, desligaremos toda a parafernália eletrônica, inclusive o telefone e, recolhidos à solidão, faremos uma viagem ao interior de nosso espírito, lá onde habita Aquele que, distinto de nós, funda a nossa verdadeira identidade. Entregues à meditação, fecharemos os olhos para ver melhor. Fica decretado que, despidas de pudores, as famílias farão ao menos um momento de oração, lerão um texto bíblico, agradecendo ao Pai de Amor o dom da vida, as alegrias do ano que finda, e até dores que exacerbam a emoção sem que se possa entender com a razão. Finita, a vida é um rio que sabe ter o mar como destino, mas jamais quantas curvas, cachoeiras e pedras haverá de encontrar em seu percurso. Fica decretado que arrancaremos a espada das mãos de Herodes e nenhuma criança será mais condenada ao trabalho precoce, violentada, surrada ou humilhada. Todas terão direito à ternura e à alegria, à saúde e à escola, ao pão e à paz, ao sonho e à beleza. Fica decretado que, nos locais de trabalho, as festas de fim de ano terão o dobro de seu custo convertido em cestas básicas a famílias carentes. E será considerado grave pecado abrir uma bebida de valor superior ao salário mensal do empregado que a serve. Fica decretado que toda dieta se reverterá em benefício do prato vazio de quem tem fome, e que ninguém dará ao outro um presente embrulhado em bajulação ou escusas intenções. O tempo gasto em fazer laços seja muito inferior ao dedicado a dar abraços. Fica decretado que as mesas de Natal estarão cobertas de afeto e, dispostos a renascer com o Menino, trataremos de sepultar iras e invejas, amarguras e ambições desmedidas, para que o nosso coração seja acolhedor como a manjedoura de Belém. Fica decretado que não buscaremos o nosso próprio interesse, mas o da maioria, sobretudo dos que, à semelhança de José e Maria, foram excluídos da cidade e, como uma família sem-terra, obrigados a ocupar um pasto, onde brilhou a esperança.

Frei Betto,

escritor, autor de 53 livros publicados no Brasil e no exterior.

Carlos Bezerra jr.,é pastor, médico, deputado estadual e líder do PSDB na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Casado com Patrícia Bezerra há 18 anos e pai da Giovanna e da Giulianna. Ama o Natal e faz de tudo pra não entrar na correria que acomete um tanto de gente nessa época. Aliás, aproveita para dar esse conselho: não corra, não se apresse, não assuma compromissos demais. Que você não perca em ‘amigos secretos’ e confraternizações o tempo necessário para agradecer a Jesus pelo amor que O moveu a vir ao mundo, e para expressar esse mesmo amor aos seus próximos.

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Ary Velloso UM VISIONÁRIO, MESTRE E MENTOR

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PAULO ALEXANDRE SARTORI

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ry Velloso da Silva, filho de um militar, nasceu em Congonhas do Campo, Minas Gerais, no dia 16 de março de 1935, mas foi criado em Belo Horizonte. Mais tarde, ele mudou-se para São Paulo a fim de estudar, formando-se em Letras na PUC. Convertido aos 18 anos, fez mestrado em Teologia nos Estados Unidos e ao voltar ao Brasil, em 1968, já era pastor. No ano seguinte, em Bauru, conheceu Carolina, uma pianista norte-americana que tinha vindo a São Paulo para se apresentar. Ela retornou ao seu país, mas os dois ficaram noivos por telefone. Em 1970, Ary viajou para a Califórnia para casar-se na igreja dela. Após oficializarem a união, o casal veio viver no Brasil. Ary se identificava com as pessoas ao seu redor e isso abria portas para que ele exercesse seu dom de evangelismo com paixão. No final dos anos 70, o pastor Ary Velloso e sua esposa começaram uma igreja na sala de sua casa no bairro de Santo Amaro em São Paulo. O casal já tinha em vista a formação de uma igreja que se preocupasse em alcançar a classe média e média alta, sem jamais negligenciar o pobre e o necessitado. Logo, o número de frequentadores pulou dos 5 iniciais para 15. Quando chegaram a 500 membros, as reuniões passaram a acontecer no salão de um hotel. Os anos de preciosas experiências foram delineando o líder que gostava de futebol e sonhava com uma igreja versátil, cujo salão de cultos pudesse virar uma quadra de esporte para que os jovens aproveitassem o espaço e ficassem em um ambiente sadio. Seu sonho foi realizado, quando inaugurou a Igreja Batista do Morumbi, na zona sul da cidade. Valorizando o discipulado no “um a um” e os relacionamentos através dos grupos pequenos na igreja, Ary também foi um mentor de outros pastores. Os muitos dos discípulos que deixou estão hoje na liderança da igreja evangélica brasileira. Durante anos ele foi missionário da Sepal. Plantou igrejas em

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“O IMPORTANTE NÃO É COMO COMEÇAMOS, MAS COMO VAMOS TERMINAR.” ARY VELLOSO Campinas, Vinhedo, São Bernardo do Campo, Florianópolis e Granja Viana. Em 2004, saiu do Morumbi para iniciar mais uma igreja em Londrina, no Paraná. As características marcantes de sua vida, segundo sua esposa, podiam ser agrupadas em 4 Cs: “caráter, crença, compromisso e causa”. Ele vivia o que pregava e era apaixonado por Jesus e pela Bíblia. Ary Velloso se submeteu a um transplante de coração no ano de 1998 e viveu até 25 de abril de 2012, quando faleceu, aos 77 anos de idade.

Leia “Fala, batuta” organizado por Josué Campanhã, Editora Hagnos

Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.

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A sua doação pode mudar uma vida REDAÇÃO FCG

A SUA AJUDA PODE INFLUENCIAR UMA VIDA. A FCG SABE O QUANTO ISSO TRANSFORMA.

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odos os anos, nas rodoviárias e aeroportos de São Paulo, chegam milhares de pessoas buscando uma vida melhor, uma oportunidade, uma carreira promissora, uma nova chance. Com essas expectativas e desafios, Adalberto Luiz Sucupira D’Oliveira chegou a São Paulo há 13 anos. “Sai do Rio de Janeiro porque minha área profissional estava muito complicada. Não foi uma decisão fácil! Lembro que estava orando bastante. Minha esposa queria vir para São Paulo, porque ela é paulista, mas as minhas raízes estavam no Rio. A sensação que eu tinha era que Deus havia se calado. Um belo dia, um amigo me disse que Deus procura homens decididos. Foi o que eu fiz, e decidi mudar para São Paulo”, contou Adalberto.

O que o Adalberto e sua esposa não esperavam, era passar por dificuldades financeiras em São Paulo. A adaptação numa nova cidade impõe prejuízos que geralmente fogem ao controle. Alguns acabam se perdendo em meio às novas exigências e têm seus sonhos e famílias destruídos. Esse não foi o destino da família do Adalberto. Em meio às dificuldades, a ajuda veio através da Fundação Comunidade da Graça. “Quando chegamos a São Paulo, pedimos ao Senhor que nos preparasse uma igreja e Ele nos colocou na Comunidade da Graça Sede. Através da igreja, conhecemos a Fundação CG, de onde recebemos cestas básicas numa época muito crítica. Não tínhamos absolutamente nada na despensa para passar o mês”, comentou Adalberto.

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nha mulher e meus filhos não tinham nem aquilo para fazer uma refeição. Esse período foi muito difícil para mim como homem. Mas foi nesse tempo que Deus trabalhou na minha vida e caráter, dando prova do Seu amor por mim.

Quando chegamos a São Paulo, o trabalho não era bem o que eu pensava e passamos oito meses de deserto... Deserto mesmo! Minha esposa, meus filhos e eu viemos para a CG Sede e rapidamente começamos a participar de uma Célula. Um dia, saindo de casa para procurar emprego, fui olhar a despensa e vi que não tinha absolutamente NADA. Eu tinha sempre o dinheiro da passagem e R$1,00 para o meu almoço, reduzido a um suco. Nesse dia, fui distribuir currículos na Avenida Paulista e parei em uma padaria para tomar um suco de laranja. Quando o garçom me atendeu, comecei a chorar, porque lembrei que mi-

Depois de muita fé, fibra e fidelidade a Deus, Ele abriu as portas para abençoar a vida da minha família. Atualmente temos um Buffet infantil na Vila Carrão, inaugurado em dezembro de 2011. Eu trabalho na área administrativa do espaço e minha esposa é chefe de cozinha. Ela cuida de todos os detalhes dos eventos e assim um completa o outro. Eu sou testemunha do benefício dessa prática de

Adalberto com sua esposa Viviane e seus filhos João Victor e Jonatas.

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CONHEÇA MAIS ESSA HISTÓRIA, POR ELE MESMO:

A FCG me abençoou muito. Vi cumprir-se em mim o texto de Mateus 25.36 “Quando estive nu, me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.” Sem nenhum mérito pessoal, Deus, por sua graça, também me deu uma esposa fantástica. Uma mulher comprometida com a família, que não ficou reclamando durante a crise, mas me ajudou a pensar e encontrar muitas soluções para a crise.

ajudar e ser ajudado. Isso é graça de Deus, é favor imerecido.

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Adalberto Luiz Sucupira D’Oliveira, 42 anos, técnico em radiodiagnóstico e sua esposa Viviane, formada em gastronomia.

Mesmo acontecendo isso comigo e com a minha família, lembro-me que nunca reclamava. Pelo contrário, sempre agradecia. A única coisa que eu pedia era para o Senhor abrir minha mente. Queria entender aquele momento que estava enfrentando. Nesse mesmo dia que orei ao Senhor, cheguei em casa e encontrei minha mulher sorrindo. Ela estava com uma cesta básica nas mãos. Os irmãos da Célula a tinham enviado através do Projeto Primícias da FCG. Aquilo era tudo o que eu precisava para passar o mês. Fiquei muito feliz. Meu orgulho foi tratado e aprendi a receber com alegria a dádiva dos irmãos.

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Parte da cesta básica cedida pela Fundação Comunidade da Graça através do projeto Primícias.

Para ser um colaborador nos projetos da FCG, envie um email para fcg@fcg.org.br Para saber mais sobre a atuação da entidade na Educação e Capacitação Profissional e também na Assistência e Promoção Social é só acessar o site: www.fcg.org.br

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Prosperidade na unidade do Corpo de Cristo AGUINALDO FERNANDES, PR.

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stamos fechando esta série de mensagens, onde a cada mês compartilhei com você, amigo leitor, princípios da Palavra de Deus para a sua vida financeira. Tudo o que foi dito aqui não segue nenhuma fórmula mágica para o enriquecimento ou para o pagamento milagroso das dívidas. O que ensinamos foi o conselho de Deus para você ser próspero. E, vale a pena repetir mais uma vez, prosperidade não é o mesmo que riqueza. Prosperidade é o resultado da paz com Deus que se dá através da obra perfeita de Cristo na cruz quando nos justificou. Nem todos os avanços financeiros que uma pessoa pode ter significam prosperidade. Uma coisa é enriquecer financeiramente. Outra coisa é ser próspero. Prosperidade é ter bons resultados em tudo o que você faz, em todos os aspectos de sua vida. Existem pessoas que estão enriquecendo a cada dia e, mesmo assim, estão chegando cada vez mais próximas da miséria. E há indivíduos que são pobres, mas estão enriquecendo aos poucos com o que tem recebido de Deus.

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A prosperidade que vem do Senhor é a abundância não só no aspecto financeiro. Ela é vivida também, e principalmente, no espírito e na alma. Por outro lado, é impossível tornar-se participante do reino de Deus, provar de Suas bênçãos espirituais, emocionais e físicas, e seguir na mais completa miséria financeira e material.

Hoje, todas as pessoas que creem em Jesus, quer sejam judeus ou gentios, são igualmente herdeiras e membros do mesmo corpo. Logo, todas as promessas da Bíblia se destinam a cada um de nós que fomos regenerados em Cristo. Não somos vários tijolos abandonados. Mas fomos colocados juntos, formando o edifício de Cristo, que é o Seu corpo.

Nas mensagens anteriores, mostramos várias promessas de Deus para os Seus filhos. Promessas de paz e prosperidade em todos os sentidos. Promessas, em sua maioria, que estão escritas no Antigo Testamento. Por isso, quero deixar claro o porquê dessas promessas antigas ainda terem impacto na vida dos cristãos hoje.

Você pode estar se perguntando agora: “Sim, pastor, mas o que isso tem a ver com a prosperidade?”. Nós só podemos receber o que o Senhor prometeu em Sua Palavra. E mais, só se estivermos ligados ao corpo de Cristo. Em Efésios 2 Paulo diz que

O apóstolo Paulo ficou conhecido na história, entre outras coisas, como sendo o apóstolo dos gentios. Quem eram os gentios? Todos os que não nasceram diretamente do povo de Israel. Em Efésios 3:6, Paulo explica que agora “os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do Evangelho”.

“Cristo é o cabeça da Igreja, e Deus o cabeça de Cristo”. É a cabeça que decide, planeja e conduz o corpo que simplesmente expressa a vontade dela. Para que Deus possa manifestar Seu poder, Suas bênçãos e Sua prosperidade através de nós, temos que estar ligados ao cabeça da Igreja, que é Cristo. No capítulo 3 de Efésios, Paulo ora

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em uma terrível miséria, seja no aspecto financeiro, familiar, profissional, ou qualquer outro. Elas estão desconectadas do corpo. A irrigação do sangue, enviado pela Cabeça, não chega até ela. Vivendo sozinha, desunida do restante do corpo, uma pessoa começa a necrosar e morrer. Ela já abandonou seu lugar como membro do Corpo de Cristo, desistiu de viver em dependência, de ter um mentor a quem prestar contas. Faz o que quer e decide tudo do seu jeito. Não precisa mais de conselhos.

te ligado ao Cabeça, ou seja, Cristo. Quando isso acontece, Seus mandamentos e princípios não representam peso algum aos fiéis. Se você está ligado a Ele, pode receber a vida que vem dEle, juntamente com todos os outros membros do Corpo. E o resultado será maravilhoso. Poderemos testificar a este mundo a verdadeira prosperidade que vem de Deus. Tudo o que você fizer, será bem sucedido, pois aqueles que colocam o reino de Deus em primeiro lugar,

Mas não é assim que funciona na família de Deus! Isso está claro no Salmo 133:1

“todas as demais coisas serão acrescentadas”. Mateus 6:33

“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”.

para que nós, Igreja, possamos receber esta revelação. E, por conta dessa revelação, experimentamos o poder do Espírito Santo. A Igreja é o recipiente onde Deus vai manifestar o Seu poder. Somente através da Igreja, Deus manifesta a Sua grandeza.

Assim como Deus era a nuvem que guiava Seu povo no deserto, hoje Ele é quem orienta o Corpo, Sua Igreja, por meio de Jesus e de cada membro que crê. Quando ligados, recebemos todas as bênçãos do cabeça que é Cristo.

Nós precisamos compreender o propósito pelo qual nos tornamos Igreja. Precisamos entender esta cumplicidade e unidade que há entre os membros do Corpo de Cristo. E quando isso acontece, experimentamos o poder do Todo Poderoso que começa a agir em nós.

Um membro não pode crescer sozinho. O corpo cresce à medida que todos os seus membros crescem juntos. Quando Jesus voltar, Ele virá buscar Seu corpo completo, não somente alguns membros. Mas para isso temos que viver em unidade.

Isso explica a existência de muitas pessoas que se dizem crentes, mas vivem

Então, a raiz para a verdadeira prosperidade é fazer parte e estar intimamen-

Aguinaldo Fernandes é pastor na Comunidade da Graça em Ermelino Matarazzo, membro do Conselho de Supervisores, é representante comercial e casado com a pra. Lisabete.

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A grande festa NÁDIA VENTURA, PRA.

Nessa hora, vem à mente os sonhos da juventude, o que já se realizou e o que ainda está por vir. Alguns se sentem amuados porque a qualidade e a quantidade de presentes diminuem a cada ano que passa. Será que essa festa perdeu todo o seu sentido? Por que devemos celebrar o Natal?

NATAL: É A MAIOR ALEGRIA QUE UM SER HUMANO PODE ENCONTRAR “E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.” Mateus 2:10-11

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a medida em que se aproximam as festas de final de ano, começa a crescer dentro das pessoas um sentimento estranho, o qual muitos por aí chamam de “espírito do natal”. Na realidade, trata-se de um misto de emoções que, de uma hora para outra, invade a alma do ser humano. É como se cada um parasse para um balanço de vida. Olha-se para dentro de si e avaliam-se perdas e lucros existenciais. De repente, uma sensação de nostalgia toma conta e entristece.

“E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Lucas 2:10-11 A desgraça do pecado é imensa, mas a alegria pela salvação em Jesus é incomparavelmente maior. Sentimos certo alívio ao superar um fracasso. Mas quando nos achegamos a Jesus, nos livramos de toda a culpa e das nuvens escuras da desesperança que pairam sobre nossa vida. Quando recebemos a Jesus, os raios do amor divino nos alcançam, trazendo alegrias maiores que qualquer sofrimento ou frustração. Jesus é a luz no fim do túnel, a libertação da escravidão do pecado e a única garantia de futuro. Encontrar Jesus é como alguém que andou errante e finalmente achou o caminho de volta para casa. E isso é motivo de intensa alegria, da maior alegria!

NATAL: É A MAIOR AÇÃO DE BUSCA E SALVAÇÃO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” Mateus 1:21 A maior catástrofe da humanidade foi sua queda provocada pelo pecado. Uma queda tão terrível que não havia outra possibilidade de salvação a não ser por meio de Jesus Cristo. Deus, o Criador, tornou-se homem em Jesus e morreu por nós. Ele deu Seu sangue e Sua vida para termos o perdão. A grandeza dessa salvação manifesta a enormidade de nossa culpa e a grandiosidade do amor de Deus. Quem não consegue, ou não quer crer nessa verdade, é semelhante a alguém que se acidentou por sua própria culpa, mas não aceita ajuda de ninguém e permanece preso às ferragens do carro.

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expressões da inquietação que há no coração humano. Levantar a bandeira da paz e fazer marchas ou passeatas será inútil. O grande pintor Michelangelo já dizia: “Não é a pintura nem a escultura que saciam a alma sedenta”. Todo o empenho em edificar e construir a paz não trará ao mundo essa tão esperada dádiva. Somente Jesus poderá dirigir nossos passos pelo caminho da paz. Agostinho, um dos pais da Igreja, formulou de maneira muito adequada essa busca: “Nosso coração fica inquieto até encontrar a paz em Ti, Senhor!”.

NATAL: É A MAIOR ESPERANÇA QUE ALGUÉM PODE TER “Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo.” Lucas 2:30-32

NATAL: É A MAIOR PAZ QUE PODEMOS USUFRUIR “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor.” Lucas 2:14-15 “Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz.” Efésios 2:14-16 Como o mundo clama por paz! Os grandes e poderosos estão empenhados por ela. Mas, enquanto cada um, pessoalmente, não tiver paz dentro de si, o mundo continuará agitado. Trevas e sombras de morte caracterizam os nossos dias. Todas as guerras, revoltas, conflitos familiares e interpessoais são

Quando conhecemos a Jesus, nossos olhos são abertos. Sua Palavra nos proporciona tesouros espirituais inimagináveis que Ele conquistou para nós em sua ressurreição: vida eterna junto de Deus, o Pai; felicidade perene; harmonia duradoura longe do pecado; o fim do medo, da angústia, do estresse, das dúvidas e inquietações. Quem deixa Jesus guiar sua vida vê as coisas desta terra de um ângulo diferente, iluminado por Deus. Jesus é o Salvador de todos que O aceitam. Através dEle, a escuridão da alma se transforma em luz e esperança.

texto e contexto aconteceu O Natal é a festa dos presentes. Gostamos de dar e recebê-los. Mas todo presente precisa ser aceito. Ficamos decepcionados quando alguém rejeita o que entregamos com carinho. Não há bem material ou qualquer outra coisa que possa ser minimamente comparado ao que Jesus nos dá. Ele veio do céu para nos presentear com a vida eterna. Você aceita esse presente? Ou prefere as coisas terrenas e efêmeras? Se você aceitar Jesus como seu Salvador, Ele transformará toda a sua vida! Não há presente maior. O Natal pode começar a fazer sentido para você. Jesus quer se tornar a maior festa da sua vida. “Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. (...) mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” João 4:10 e 14

A DESGRAÇA DO PECADO É IMENSA, MAS A ALEGRIA PELA SALVAÇÃO EM JESUS É INCOMPARAVELMENTE MAIOR.

NATAL: JESUS O MAIOR PRESENTE QUE ALGUÉM PODE RECEBER “Graças a Deus por seu dom indescritível!” 2 Coríntios 9:15 “... mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23

Nádia Ventura é pastora da Comunidade da Graça Sede, casada com o pastor Valmir Ventura.

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Um (bom) pedido de Natal

Foto extraída do filme “Os intocáveis”

PATRÍCIA BEZERRA

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ia desses consegui um tempo para ir ao cinema. Vi ‘Intocáveis’, uma sensível narrativa sobre uma amizade improvável entre pessoas que tinham quase nada em comum. O longa conta a história de um homem rico, daqueles aristocratas, sabe? De gosto refinado etc. Ele fica paraplégico, vítima de um acidente, e contrata um jovem recém-saído da prisão, morador do subúrbio de Paris, para ser seu cuidador. Das diferenças enormes entre um e outro surgem boas risadas, grandes aprendizados e muita compreensão. Com o perdão do trocadilho, o filme é para lá de tocante.

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Quando sentei para escrever esse texto sobre o Natal, me peguei, quase sem querer, lembrando desse filme. Pensei no tipo de amor que pode levar duas pessoas a ignorar o que as diferencia em nome do que as une. E me lembrei do gesto de enorme amor que envolve a chegada do Salvador a este mundo. Se é preciso amar demais para abrir mão de algumas coisas pelo outro, que dirá para abandonar tudo o que se tem? No entanto, para deixar a condição de Deus (Fp 2.5) e transformar-se em homem, para salvar todo aquele que estava perdido (Lc 19.10), é preciso um amor infinitamente maior.

Não sei quanto a você, mas comigo é quase a mesma sensação todo ano, sempre que vejo as primeiras luzinhas de Natal pelas ruas: ‘Mas já, como passou rápido?’, quase duvido. Mas é assim mesmo, não é? A vida da gente parece que vai acelerando ao longo do ano, e o volume de compromissos que temos nos últimos meses por pouco não impede que a gente perceba que dezembro já chegou... Felizmente, as transformações produzidas pelo nascimento de Jesus estão muito além desses enfeites e não são restritas a alguns dias, antes, podem nos acompanhar o ano todo – que bom!

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Não é a mesa farta, não são os presentes embaixo da árvore, não são as pequenas lâmpadas de que falei ou o dinheiro extra – quando há – na conta bancária, e gasto, na maioria das vezes, às pressas com a gente mesmo ou no máximo com nossa família, em coisas que nada têm a ver com a simplicidade do estábulo e da manjedoura. Natal é tempo de celebrar o amor. Não o ‘amor livre’, como sugeria a ideologia hippie dos anos 1960. Mas o amor que muda o nosso íntimo, que faz da igreja uma família que abre suas portas e seus braços àqueles acostumados a não ter lugar na mesa da ceia. O amor que precisa ser conjugado para que a gente viva a máxima do Evangelho – ‘ama ao teu Deus de todo o teu coração e ao teu próximo como a ti mesmo’ (Lc 10.27).

Foi Jesus quem tornou possível o amor que partilha com quem nada pode oferecer em troca, o amor que enxerga aqueles que a maioria decidiu ignorar, que dá honra ao humilhado, que dá esperança ao desesperado, que leva consolo aos lares aflitos, que inclui o marginalizado, que alcança o “intocável”, que diz ‘não’ ao egoísmo e revoluciona a ordem natural: fazendo dos últimos os primeiros (Mt 20.16). O filme de que lembrei não toca canções de Natal, não tem Papai Noel ou coisas assim. Mas fala de compreensão, aceitação, tolerância e inclusão. Fala, sobretudo, de amor. E, ao fazer isso, lembra o Natal. Aponta para o fato de que o sentido dessa grande festa, para a qual são convidados ricos e pobres – embora, nela, esses últimos tenham os seus merecidos privilégios – precisa ser sempre relembrado. É esse amor que celebramos no Natal.

Amar não é dar coisas. Amar é se doar. Mais que nos dar algo, Jesus se doou por mim e por você. Que neste Natal, ao invés de presentes, o seu pedido ao Pai seja por viver esse amor. E que Ele faça com que você o pratique e expresse tão intensamente a ponto de não deixá-lo para trás pouco depois do dia 25 e nem esquecê-lo em laços,

texto e contexto aconteceu pacotes e taças vazias. Mas que siga expressando-o em abraços, sorrisos e gestos ao longo de todo o próximo ano. Feliz Natal!

JESUS SE DOOU POR MIM E POR VOCÊ. QUE NESTE NATAL, AO INVÉS DE PRESENTES, O SEU PEDIDO AO PAI SEJA POR VIVER ESSE AMOR.

Patrícia Bezerra, psicóloga, vereadora eleita de São Paulo. É casada há 18 anos com Carlos Bezerra Jr. e mãe das adolescentes Giovanna e Giulianna. Sua oração neste Natal é para que, a cada dia do próximo ano, possa expressar o amor praticado pelo Menino Jesus, trabalhando para dar voz a quem não a tem na cidade de São Paulo.

Fiz um vídeo para agradecer a você pelas orações, pelas palavras de incentivo e por me dar a chance de representá-lo(a) na Câmara Municipal. Assista em patriciabezerra.com.br/ obrigado

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Ferramentas de liderança O poder da pergunta MARCO FABOSSI

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capacidade de fazer as melhores perguntas é um dos principais fatores que distinguem os líderes bem-sucedidos dos demais, porque sem perguntas não há respostas e, sem isso, nada novo se cria. São as perguntas que abrem as portas para o diálogo e para novas descobertas. Elas são um convite à criatividade e à inovação, constroem possibilidades e são delas que se originam as principais mudanças e inovações. Grande parte das conquistas e descobertas que nos trouxeram à era do conhecimento só foi possível porque existiram e existem líderes que não se conformam com respostas como “Porque sim”, “Não é possível mudar isso”, “Assim está bom” ou “Todo mundo sempre fez desse jeito”. Jesus usava perguntas simples, porém poderosas, para conduzir as pessoas a um nível diferente de raciocínio e reflexão: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mt 16:26). “Qual destes três você acha que foi o próximo do

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homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” (Lc 10:36). “Mas vós, quem dizeis que eu sou”? (Mc 8:29). Mesmo conhecendo a força das perguntas, poucos líderes dedicam tempo e energia em formulá-las. Um dos motivos é que nossa cultura está mais interessada na “resposta certa” do que em tentar descobrir a “pergunta certa”. Também damos mais importância à memorização de boas respostas do que à procura de novas possibilidades, limitando nossa criatividade. É importante ressaltar que boas perguntas não significam perguntas complexas. A complexidade deve estar na reflexão, e não na pergunta, como já vimos no exemplo de Jesus. Alguns dizem que é preciso matar um leão por dia, outros dizem que mais difícil que matar um leão por dia, é cuidar dos macaquinhos que ficam pulando em nossos ombros. Mas o fato é que o líder não pode dedicar a maior parte de seu tempo produtivo apenas para solucionar problemas. É preciso fomentar o pensamento cria-

tivo dentro da equipe e da organização, incentivando as pessoas, tanto a expressarem suas próprias inquietações, como a estarem abertas e dispostas a receber questionamentos que possam encorajar o pensamento criativo e melhorar a produtividade. Um líder comprometido com o desenvolvimento de seus liderados sabe que perguntar é muito mais importante que responder, pois se fizermos a pergunta certa, as pessoas precisarão aprender a resposta e colocarão sua energia e foco na essência do problema e não em questões superficiais. Afinal, de que vale uma excelente resposta se a pergunta é inadequada? Portanto, uma vez que compreendemos a importância das perguntas, é preciso elaborá-las bem de maneira a conquistar os melhores resultados. Uma pergunta poderosa ou certa é aquela dirigida às pessoas certas e, de preferência, feita no momento certo. E a melhor maneira de aprender isso é fazendo perguntas, ou seja, praticando.

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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE PERGUNTAS PODEROSAS E REFLEXIVAS • • • • • • • • •

Geram curiosidade nos ouvintes; Estimulam conversas reflexivas; Despertam e provocam o pensamento; Incentivam a criatividade; Criam novas possibilidades; Geram energia na equipe; Questionam o óbvio; Levam pessoas a pensar “fora da caixa”; Evocam novas perguntas.

MAIS PODEROSA A elaboração de uma boa pergunta passa pela escolha de palavras que a tornem mais poderosa, conforme a figura a seguir:

MENOS PODEROSA Quanto mais perto do topo da pirâmide estão as palavras que usamos para elaborar nossas perguntas, maiores serão as possibilidades de que sejam robustas e poderosas, observe: Você está satisfeito com a nossa relação profissional? Quando foi que estivemos mais satisfeitos com nossa relação profissional? Por que será que nossa relação profissional tem tido tantos altos e baixos? O que mais lhe deixa satisfeito em nossa relação profissional? Como podemos agir para que nossa relação profissional seja mais satisfatória? Veja que, conforme avançamos, partindo de uma simples pergunta “sim/ não” e seguindo em direção ao topo da pirâmide, somos capazes de elaborar perguntas que tendem a estimular um pensamento mais reflexivo e estabelecer um nível mais profundo

Como O quê Por quê Quem, Quando, Onde Perguntas Sim/Não

de conversa. Contudo, esta é apenas uma regra básica. Obviamente, também o conteúdo e objetivo da pergunta devem ser capazes de abrir espaço para criatividade e ideias que mudem paradigmas e questionem o óbvio. Existem muitas outras peculiaridades relacionadas à elaboração e aplicação de perguntas poderosas, porém, como já mencionei, a melhor maneira de aprender é praticando. Antes das reuniões, separe alguns minutos para construir boas perguntas. Outra boa possibilidade de exercício é elaborar perguntas sobre projetos e tarefas que estão sob a responsabilidade de seus liderados e então chamá-los para uma conversa baseada nessas perguntas. Certamente, muitas delas ficarão sem resposta durante a primeira conversa, mas ficarão vários questionamentos sobre os quais precisarão

texto e contexto aconteceu pensar e buscar respostas, e então, a partir da segunda discussão você perceberá que várias novas ideias, possibilidades e sugestões surgirão. Você se surpreenderá com o poder da pergunta, porque ao permitir que outras pessoas participem das discussões, estará naturalmente aumentando a probabilidade de resolução de problemas, incentivando o pensamento criativo, gerando sentimento de orgulho e realização nas pessoas e transmitindo a mensagem de que elas são importantes para você, para a equipe e para a organização. Não existe evolução sem mudança, não existe mudança sem novas respostas, e não existem novas respostas sem perguntas poderosas. Portanto, desenvolva o hábito de perguntar!

JESUS USAVA PERGUNTAS SIMPLES, PORÉM PODEROSAS, PARA CONDUZIR AS PESSOAS A UM NÍVEL DIFERENTE DE RACIOCÍNIO E REFLEXÃO: “POIS QUE APROVEITA AO HOMEM GANHAR O MUNDO INTEIRO, SE PERDER A SUA ALMA?” (MT 16:26).

Marco Fabossi é membro na Comunidade da Graça Sede, conferencista, coach, escritor e consultor com foco em Liderança e Coaching. Veja mais em www.marcofabossi.com.br

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uem não gosta de ganhar presentes e sentar-se numa mesa farta com toda a família? Geralmente, as melhores, ou as piores lembranças da infância, dependendo do caso, estão relacionadas com as festividades natalinas.

No meu caso, nunca mais me esqueci do dia que meu pai trouxe uma árvore enorme para decorarmos na sala. Bolas coloridas, papais noéis, pinos, estrelas, pisca-pisca e uma infinidade de acessórios indicavam que o mês mais marcante do ano estava chegando. Mais do que isso, indicavam também que o Papai Noel estava chegando, vindo num trenó com presentes aos meninos e meninas de bom comportamento e obediência. As noites de 24 para 25 de dezembro pareciam eternizar-se. Os pais apelavam para que fôssemos dormir antes da meia noite, pois só assim o “velhinho” deixaria os presentes no pé da árvore. Acordar aceso e se deparar com os pacotes coloridos era uma sensação inebriante. Boas lembranças à parte... isso tudo não foi criando em nós uma discrepância em relação ao verdadeiro Natal? Não faria mais sentido abrirmos mão de receber alguma coisa nessa época do ano? Não faria mais sentido assumirmos o compromisso de dar? O Natal não foi Deus nos dando o Presente Maior? Nas três matérias seguintes, há uma tentativa de provocar o nosso pensamento e trocar o verbo receber por dar. Pode não fazer sentido para muitos, mas para outros... seria o Natal de verdade.

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REDAÇÃO

Ter ou ser? Eis a questão! Há pessoas que se preocupam apenas com o que têm e não com o que podem fazer pelo próximo.

“E

u quero, eu preciso, eu tenho que ter”. Ouvimos isso constantemente de pessoas que querem apenas receber, mas não se importam em dar, oferecer e compartilhar. Elas estão sempre requerendo ajuda para suas necessidades, sem a mínima disposição de ajudar os outros. Por que será que gostamos tanto de receber? A palavra receber significa: passar a estar em poder de (um objeto qualquer); aceitar em pagamento; admitir; acolher. Já a palavra dar significa: transferir a posse se algo, gratuitamente, para outrem; oferecer; fazer doação de; atribuir. Difícil fazer isso, certo? Difícil transferir a posse de algo seu para alguém gratuitamente. Mas Deus fez muito mais por nós: Ele doou, transferiu, passou a posse do Seu próprio Filho por nós. Precisamos aprender a abrir mão, ajudar as pessoas, doar o que temos de melhor e

não apenas dar aquilo que já não tem mais utilidade para nós. Há um conceito errado de que só quem tem muito pode doar. O avarento não é apenas a pessoa que tem muito e não dá. Você pode ser avarento tendo pouco também. Todos nós somos capazes de doar algo a alguém. Se você não doa tendo pouco, não irá doar quando tiver muito. É assim que funciona na prática! O brasileiro é considerado um dos povos que menos doa recursos filantrópicos no mundo. Em pesquisa realizada no ano passado, não chega a 30% o número de brasileiros que costumam doar dinheiro todos os anos para a caridade, e apenas 17% costumam doar roupas e cestas de alimentos. Existem diversos motivos que encorajam as pessoas a doarem: obrigação moral de ajudar; satisfação pessoal em ajudar os outros; livrar-se da culpa de não

ajudar; manter ou melhorar status social, prestígio, respeito, admiração; resposta à pressão do meio social; dar evidência do seu sucesso e de sua capacidade de doar; para acabar com o medo de ir para o inferno; para ganhar reconhecimento; benefícios fiscais etc. Mas existe um motivo principal que o Senhor nos deixou que é amar ao próximo como a si mesmo. O desafio é fazer ao outro aquilo que gostaria que fizessem a mim, ou seja, o melhor. Ajudar não é apenas dar dinheiro, alimentos e roupas; você pode ajudar doando o seu tempo, atenção e cuidado a alguém. É mais uma questão de “ser” do que de “fazer”. Em outras palavras, revela uma concepção nem individualista e nem coletivista, mas de comunhão. A essência da pessoa é ser, é compartilhar. Porém, nem todo tipo de doação leva à “cultura do dar”. Existe um dar que é contaminado pela vontade de poder. É


carregado pelo desejo de dominação, quando não, de verdadeira opressão sobre indivíduos e povos. É um dar apenas aparente, que busca satisfação e gratificação através do próprio gesto. Trata-se de uma atitude vaidosa, repleta de vanglória, expressão do egoísmo e do culto à própria personalidade. Em tais condições, quem recebe se sente humilhado e ofendido. Precisamos parar de querer apenas ter e nos preocupar em ser. Se todos vivessem o ensino da Bíblia sobre esse assunto, os grandes problemas do mundo não existiriam. Jesus mesmo disse: “Dai e vos será dado...” (Lucas 6.38). Se todos doassem, todos teriam mais e não haveria necessidades. Onde estamos errando, já que essa cultura do receber não muda? Atualmente vivemos numa sociedade de consumo, absolutamente controlada pela cultura de massa e pela economia de mercado. O capitalismo determina nosso modo de vida, submetendo-nos à ditadura da moda, ao assédio massivo de campanhas de marketing, da cultura do descartável. Por esses e outros motivos, trabalhamos para

comprar, consumir, ter, conquistar; cultivando uma imagem não verdadeira do nosso eu. Não trabalhamos apenas para atender nossas necessidades básicas, trabalhamos para comprar. E se temos que ter o iPhone 5 ou o Ipad mini, que são os mais modernos, logicamente não temos dinheiro para ajudar a quem mal tem o que comer. E se temos que trabalhar muito para conquistar esses produtos que nos dão esse status, logicamente não nos sobrará tempo para investir em ações voluntárias. Viramos escravos do ter. Mal nos resta tempo para viver e desfrutar do que realmente é prazeroso e duradouro, como as relações humanas e fraternas. Quando a pessoa começa a entender que status não vale nada, que isso é passageiro, que o importante é quem você é e não o que você possui, ela começa e ter tempo para olhar para o lado e ver a necessidade do seu próximo. A melhoria das condições de vida das pessoas em situação de pobreza é responsabilidade de todos. Não tem como você não se sentir realizado ao doar um pouco do

seu tempo para visitar um asilo ou um orfanato. Essas ações trazem grande realização pessoal. No fim, o que vale é quem você é e o que faz para ajudar as pessoas. Não tem preço ver uma família feliz porque ganhou uma cesta básica. Não tem preço ver o sorriso de uma criança carente ao ganhar um brinquedo. Não tem preço ouvir histórias de idosos, felizes simplesmente por que alguém foi visitá-los. O que é valor para você? Quem não vive para servir, não serve para viver. Jesus ensinou e praticou este princípio o tempo todo. “Tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mateus 20.28

AJUDAR NÃO É APENAS DAR DINHEIRO, ALIMENTOS E ROUPAS; VOCÊ PODE AJUDAR DOANDO O SEU TEMPO, ATENÇÃO E CUIDADO A ALGUÉM. É MAIS UMA QUESTÃO DE “SER” DO QUE DE “FAZER”. EM OUTRAS PALAVRAS, REVELA UMA CONCEPÇÃO NEM INDIVIDUALISTA E NEM COLETIVISTA, MAS DE COMUNHÃO.


PAULO ALEXANDRE SARTORI

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palavra ética vem do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética, portanto, é um conjunto de valores morais e princípios que regem a conduta humana na sociedade. Ela serve para que haja equilíbrio e bom funcionamento social, a fim de que ninguém saia prejudicado. A ética cristã, por sua vez, é construída com base nos valores encontrados na Bíblia, principalmente a partir da vida de Jesus nos evangelhos, entre os quais, Lucas se destaca pela grande preocupação social, sempre atento aos pobres, humildes e marginalizados. Ele anuncia um estilo de vida onde a justiça produz partilha e solidariedade, possibilitando a todos o acesso a uma vida digna. Logo no início do livro de Lucas, João Batista anuncia a salvação através do arrependimento e do juízo de Deus aos impenitentes.

Diante disso, as multidões perguntaram o que deveriam fazer. E João respondeu: “Quem tem duas túnicas reparta-as com quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo”. Alguns publicanos também vieram para serem batizados. Eles perguntaram: “Mestre, o que devemos fazer?” Ele respondeu: “Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado”. Então alguns soldados lhe perguntaram: “E nós, o que devemos fazer?” Ele respondeu: “Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário”. Lucas 3.11-14 João pregava uma conversão que exigia uma verdadeira ruptura com a sociedade desigual. Ele ensinava a justiça e ainda incitava o povo a ultrapassá-la. Suas palavras eram tão claras que até uma criança podia entendê-las: quem tem duas roupas, dê uma

A JUSTIÇA DE DEUS É SIMPLES. ELA SE TRADUZ EM FAZER AO OUTRO AQUILO QUE VOCÊ GOSTARIA QUE FOSSE FEITO A VOCÊ 28 | comuna | dezembro 2012

para quem não tem; quem tem alimentos, reparta com quem não tem. Enfim, cada um deveria partilhar os bens de primeira necessidade com os pobres. Além disso, as relações sociais deveriam ser marcadas por uma estrita honestidade, sem explorar, prejudicar ou tirar proveito de ninguém em benefício próprio. Cada um deveria viver de maneira simples e condizente com seus recursos. A exortação de João, de forte cunho social, condenava, pois, todo egoísmo cego, toda ambição desmedida, toda corrupção passiva ou ativa, todo consumismo inconsequente. Não são essas as características da sociedade atual? E, talvez, não será que esses comportamentos ainda exercem influência sobre nós? A justiça de Deus é simples. Ela se traduz em fazer ao outro aquilo que você gostaria que fosse feito a você (Lucas 6.31). Quem gosta de não ter o que vestir ou o que comer?


Quem gosta de ser enganado ou roubado? A mesma misericórdia que reclamamos em benefício próprio deve ser ofertada ao nosso semelhante (Lucas 6.36). Essa é a justiça de Deus. Mas não foi só João Batista que falou a respeito da ética que o novo convertido deve praticar. Jesus também. Seu ensino foi profundo. Ainda no começo do Seu ministério, ao entrar em uma sinagoga e ler uma passagem do profeta Isaías, Ele disse que aquela palavra se cumpria nele: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor.” Lucas 4:18-19 Mais adiante, Jesus chama os pobres de bem aventurados, pois eles têm lugar no reino de Deus. Mas como os pobres podem ser felizes? Nesse reino onde agora eles vivem, por causa da justiça que ali é praticada, os que têm fome são satisfeitos, e os que choram encontram motivo de riso (Lucas 6.20-21). Mas sobre os ricos desse mundo, que são indiferentes com os menos favorecidos, pesa uma terrível expectativa (Lucas 6.24-25).

Quando os discípulos de João Batista vieram perguntar a Jesus se Ele era o Messias que havia de vir, Ele respondeu curando e libertando muitos doentes e oprimidos. Depois mandou anunciar a João que “as boas novas estavam sendo pregadas aos pobres” (Lucas 7.22). Na parábola do Bom Samaritano, Jesus enfatizou que para herdar a vida eterna era necessário amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. E esse amor fraterno se expressa em atos de misericórdia e serviço para com os desvalidos, desamparados e desprotegidos (Lucas 10-25-37). Jesus reprovou a avareza, a ganância e a mesquinhez de homens que apenas desejam acumular para si mesmos dinheiro e riquezas, sem se importar com os carentes e desafortunados. A esses, o Mestre os chamou de loucos, tolos e insensatos (Lucas 12.1321). Na sequência, Jesus diz que não precisamos viver ansiosos e preocupados, correndo apenas para suprir nossas próprias necessidades, mas devemos buscar o reino de Deus em primeiro lugar. E isso significa praticar a justiça desse reino aqui na Terra, para um dia usufruir de toda sua plenitude no Céu. Por isso Ele mandou que déssemos esmolas e fôssemos desprendidos dos bens materiais (Lucas 12.33).

E por fim, Cristo lembrou-nos que não há valor algum em fazer o bem somente a quem nos faz bem – essa prática é comum entre os pecadores (Lucas 6.32-35). O verdadeiro cristão aprende a fazer o bem a quem não tem como retribuir, a doar sem esperar retorno, a amar incondicionalmente sem ambicionar recompensa (Lucas 14.12-14). Essa é, portanto, a ética cristã que devemos expressar em nossas atitudes. O pastor Paulo Capelletti da Missão SAL, que trabalha com a população em situação de exclusão nos centros urbanos, diz que “Onde existe o Evangelho não pode existir pessoas abastadas e pessoas famintas. Jesus propõe uma partilha: de bens, de tempo, de amor, de vida”. Visite asilos, orfanatos, hospitais e presídios. São grandes oportunidades para expressar amor. Envolva-se com os ministérios da sua igreja, visite os novos convertidos, doe roupas e alimentos, ofereça-se como voluntário nos projetos sociais do seu bairro e exerça misericórdia. Cuide para que sua vida seja exemplo de honestidade, integridade e justiça. Pois “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” Miquéias 6.8

JESUS REPROVOU A AVAREZA, A GANÂNCIA E A MESQUINHEZ DE HOMENS QUE APENAS DESEJAM ACUMULAR PARA SI MESMOS dezembro 2012 | comuna | 29


WAGNER FERNANDES, PR

“H

onre ao Senhor com tudo que você possui: Dê a Ele o primeiro e o melhor. Seu celeiro se encherá até não dar mais.” Provérbios 3:9 e 10

A palavra primícia significa os primeiros frutos da terra; os primeiros animais que nascem de um rebanho; as primeiras produções do espírito; os primeiros sentimentos; as primeiras causas; os primeiros efeitos, começos, prelúdios. O conceito de primícias nasceu no coração de Deus como lei perfeita – a Lei das Primícias. O Criador sempre quis ser, por direito, o Primeiro na vida de todo o ser humano. A primeira oferta de primícia a Deus, na Bíblia, foi oferecida por Abel: “Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta.” Gênesis 4:4

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Jacó falou de seu filho Ruben como sendo as primícias do seu vigor (Gênesis 49:3). Moisés falou das primícias dos frutos da terra que deveriam ser trazidas à casa de Deus (Êxodo 23:19); das primícias da colheita do trigo (Êxodo 34:22); dos pães (Levítico 23:17); das uvas (Números 13:20); da farinha (Números 15:20); do azeite, do vinho e do trigo (Números 18:12); do cereal novo (Números 28:26); de todos os frutos recolhidos da terra (Deuteronômio 26:2) etc. Alguém poderia objetar que primícia é um conceito do Velho Testamento. De fato é; mas o princípio nela embutido é o da honra a Deus. Quando estudamos sobre honra na Bíblia, descobrimos que ela vai de Gênesis até o Apocalipse. Deus é digno de honra e não há como contestar isso. O livro de Provérbios, tido como o livro da sabedoria, trás ainda mais luz ao tema: “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias

de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” Provérbios 3:9 e 10. Eugene Peterson, na versão da Bíblia A Mensagem, que abre esse artigo, traduz o termo primícias usando a expressão dê a Ele o primeiro e o melhor. Sem nos esquecermos, é claro, da promessa de abundância na vida daquele que crer e praticar o mandamento. Jesus ampliou o conceito de primícias quando disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33 e “Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem aos mandamentos mais importantes da Lei, que são: o de serem


justos com os outros, o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente essas coisas que vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras.” Mateus 23:23 (NTLH). “Deus não instituiu as ofertas porque precise delas, mas para provar nosso coração numa das áreas onde demonstramos grande apego. Com a lei das primícias não é diferente. Deus não precisa dos primeiros frutos, nós é que precisamos dEle em primeiro lugar em nossas vidas, e este é um excelente exercício para manter nosso coração consciente disto”, nos ensina Luciano Subirá.

O Amor agindo A igreja Comunidade da Graça vem reforçando a ideia dos domingos como sendo o dia de Primícias, por tratar-se do primeiro dia da semana. A palavra domingo é originária do latim dies Dominicus, que significa Dia do Senhor. O primeiro e o melhor dia da semana para nos dedicarmos a Deus. Estamos aproveitando o primeiro domingo de cada mês para consagrar as primícias dos nossos alimentos em favor dos mais necessitados. Temos estimulado cada família a separar a primeira e a melhor parte de sua despensa para compormos cestas básicas. Cada membro da igreja pode trazer alguns ou todos os itens definidos para essa cesta. Os que possuem mais recursos podem trazer o maior número de cestas que puder. Os primeiros resultados já têm sido maravilhosos. Não é dando que se recebe? A Bíblia diz isso em Lucas 6:38 “Deem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.” (NTLH). O melhor de tudo é descobrir que – em Sua infinita sabedoria e lei perfeita – Deus está nos ensinando a dar, a ofertar para Ele e para o próximo. Não seria essa a forma mais objetiva de estendermos o Natal para o ano todo?

Itens de nossa cesta basica: 5 kg de arroz 3 kg de feijão 2 pcts de macarrão 3 kg de açúcar 1 kg de café 1 pct de farinha de trigo 1 pct de farinha de mandioca 1 pct de leite em pó 1 pct de fubá 1 pct de biscoito doce ou salgado 1 kg de sal 1 pct de achocolatado 3 lts de óleo 1 pct de molho de tomate 1 lt de sardinha

VOCÊ PODE FAZER SUA DOAÇÃO DE ALIMENTOS EM QUALQUER UMA DE NOSSAS IGREJAS.

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Deus agindo

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Comunidade da Graça em Londrina

eles andaram com Jesus

UM BREVE HISTÓRICO

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Passados quase dois anos trabalhando na cidade, os pastores Carlos Alberto e Suely, mais uma vez movidos pelo espírito empreendedor e missionário, entenderam que era hora de retornar a São Paulo a fim de expandir ainda mais o ministério que haviam iniciado poucos anos antes ali, e que no período de sua residência em Londrina fora desenvolvido com o sempre precioso

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auxílio de uma equipe que, na sua maioria, o acompanha até hoje. Depois do retorno a São Paulo, eles confiaram a liderança da Comunidade em Londrina aos pastores Noé e Suely Antunes, que permaneceram 5 anos à frente do trabalho. Por sua vez, eles foram sucedidos pelos pastores Ludovico e Solange Mota, que lideraram por 6 anos. E depois pelos pastores Valmir e Nádia Ventura, que cuidaram do rebanho por 3 anos. Diante da necessidade do retorno dos pastores Valmir e Nádia a São Paulo, foram chamados os pastores Renato e Cristiane Fogaça, que na ocasião eram os líderes da Comunidade da Graça de Rolândia/PR, que já era um fruto do ministério em Londrina. Eles receberam o desafio não só de pastorear essa Comunidade, mas também de implantar a visão celular, que já estava fer-

vendo no coração do pastor Carlos Alberto. Os pastores Renato e Cristiane Fogaça aceitaram de pronto, assumindo no dia 10 de janeiro de 1999 a liderança da CG Londrina, trabalhando na realização dos cultos e desenvolvimento dos ministérios, e preparando líderes capazes de implantar a visão, o que com a graça do Senhor tem demonstrado seus resultados. Divulgação

niciada há 29 anos, a Comunidade da Graça em Londrina é fruto dos corações pioneiros e missionários dos pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra que, juntamente com todos os seus filhos, deixaram a cidade de São Paulo e se mudaram para a jovem e pujante Londrina, no norte do Paraná, a fim de plantar a Comunidade da Graça nesta cidade. Com graça e amor, características sempre tão marcantes na vida e no ministério desses nossos pastores, eles iniciaram no ano de 1983 a primeira Célula, em sua própria casa. Isso logo evoluiu para os Encontros de Paz no Teatro Filadélfia. O grupo rapidamente cresceu e então se tornou a terceira igreja de tantas outras que surgiriam depois para formarem hoje as quase uma centena de Comunidades da Graça no Brasil e no exterior.

Liderança de células da Comunidade da Graça de Londrina

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igreja família

texto e contexto aconteceu

Culto de celebração aos domingos na Comunidade da Graça em Londrina/Paraná

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Pastor Renato e sua esposa Cristiane Fogaça, e suas filhas Mariana, Virginia, Giovanna e Maria Victoria

UMA IGREJA FAMÍLIA Com muito trabalho e dedicação, a Comunidade cresceu neste último período de um modo muito especial, não só em número de membros, que hoje passam de 1.500, como também, e o mais importante, na implantação da visão. Hoje, a Comunidade da Graça em Londrina possui 126 Células, prosseguindo firme no desafio não só de ganhar vidas, mas de integrar cada uma delas na família de Deus. Vivendo em um ambiente de amor, cuidado e de relacionamentos saudáveis e significativos, as pessoas e suas famílias vão se firmando cada dia mais na Comunidade e no Corpo de Cristo. “Mas todos os que O receberam, ou seja, creram em Seu nome, Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.” João 11:12

VIVENDO O AMOR DE CRISTO Cada membro da Comunidade aprende desde cedo que o amor de Cristo se manifesta pelo ser-

viço. Portanto, de um modo ou de outro, todos são engajados no propósito do serviço mútuo. Utilizando-se da rede criada através das Células, a Comunidade tem atuado em diversas áreas, a fim de atender integralmente cada família que chega à nossa Família. Os próprios líderes e os membros das Células se tornaram responsáveis por muitas outras atividades que envolvem não só o treinamento e formação de novos líderes, mas também no desenvolvimento dos Ministérios de suporte que atuam de modo organizado e estruturado buscando a excelência em cada área. Crianças, Adolescentes, Jovens, Homens e Mulheres sendo instruídos, cuidados e treinados a fim de fortalecer cada dia mais a Comunidade da Graça, ampliando sua ação e influência na cidade. Além desses ministérios, a Comunidade conta ainda com um trabalho de Ação Social que tem, ao longo dos anos, buscado suprir as carências e necessidades materiais não só dos membros, mas também de outras pessoas e famílias que procuram seu auxí-

lio. Outra forma de Ação Social é o apoio material e espiritual às duas clínicas de recuperação para dependentes químicos, o que originou o trabalho chamado “Dependentes de Cristo”, que visa atender pessoas em tratamento e seus familiares. No bairro denominado São Jorge, temos uma série de ações que vão, desde aulas de instrumentos musicais (realizadas em uma escola do bairro), assistência social, encontros das Células, até a preparação de líderes. E muito em breve, com a graça do Senhor, será plantada uma nova Comunidade da Graça em Londrina. “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.” João 15:9

ALCANÇANDO O PRÓXIMO Café, chá evangelístico, churrasco ‘fogo de chão’ (que reúne mais de mil pessoas em cada um); Encontrão de Jovens e Adolescentes, Dia do Amigo, o Comuna Bike (que promove passeios ciclísticos evangelísticos), Dia da Amiga (que reúne centenas de

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mulheres uma vez por mês, com objetivo evangelístico) e outras tantas atividades, abrem as portas e o coração da Comunidade para receber novos amigos que logo se tornam membros da Família. Muitas dessas atividades são organizadas pelo Ministério da Cozinha que se transformou em um verdadeiro Buffet, servindo com excelência a cada evento. Essas atividades ainda são acompanhadas por um Ministério de Integração que conta com pessoas capacitadas, com a finalidade de monitorar cada visitante que passa pelos cultos, eventos e reuniões, encaminhando-o e cooperando para que seja integrado em uma Célula. “Ide pregai o Evangelho a toda criatura.” Marcos 16:15

FORMANDO DISCÍPULOS Sejam no discipulado um a um, no ambiente de grupos menores, seminários, treinamentos, encontros ou no CTL, as pessoas que vão chegando logo são inseridas no Trilho de Treinamento, denominado “IDE”, e na visão da Comunidade de fazer de cada membro um discípulo de Jesus, ensinando os valores e princípios do reino de Deus e levando-o a praticar os mandamentos de Cristo. Além do já

citado CTL – Centro de Treinamento em Liderança, que já formou algumas centenas de membros, muitos deles atuando nas Células, a Comunidade da Graça em Londrina também realiza, a cada dois meses, o encontro Vida Vitoriosa, pelo qual já passaram praticamente todos os membros da Igreja. Através de uma equipe de mais de 30 pessoas, esses encontros têm sido o ambiente para a realização de muitos milagres como curas, restauração de vidas e de relacionamentos conjugais, renovação espiritual e batismos com o Espírito Santo. “Portanto Ide fazei discípulos de todas as Nações.” Mateus 28:19

CRESCENDO E MULTIPLICANDO A Comunidade em Londrina vai crescendo e multiplicando-se, avançando e plantando também outras congregações, como Curitiba, que foi iniciada há alguns anos sob a supervisão do pastor Renato Fogaça. O mesmo ocorreu com Maringá, que foi iniciada através de uma Célula e hoje é uma Comunidade consolidada naquela cidade. E a mais recente Comunidade que vai nascendo no bairro São Jorge (em Londrina). Com uma estrutura de liderança firme, os pastores titula-

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Pr. Airton Lucius e Vanessa Malachias, Pr. Eduardo e Monalise Rafael, Pr. Alex e Graciele Rispoli, estão em pé, Pr. Celso e Marli Elvira e Pr. Renato e Cristiane Fogaça sentados.

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res Renato e Cristiane Fogaça contam com o precioso trabalho dos pastores auxiliares Lúcius e Vanessa, Eduardo e Monalise, Celso e Marly, Alex e Gracielle, na formação de discípulos que hoje representam a grande força motriz no exercício da visão. Pastores de área, supervisores, dirigentes, auxiliares e membros comprometidos das Células, também não medem esforços para cumprir o chamado que um dia receberam do Senhor e dos nossos pastores, de continuar a obra de Cris-

Testemunho

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Meu nome é Everton Aurélio Fernandes, tenho 34 anos, sou casado há 10 anos com uma mulher maravilhosa chamada Kassia. Desse relacionamento nasceram dois lindos filhos que são um presente de Deus na nossa vida, a Laura e o Emannuel. Mas nem sempre foi tudo essa maravilha. Aos 16 anos de idade entrei por curiosidade e má companhia no mundo terrível das drogas. Comecei com maconha e me viciei rapidamente. Numa questão de meses já não conseguia realizar nada se não estivesse sob o efeito devastador da droga. Aos 22 anos, além do uso diário da maconha, tive experiências com crack, cocaína, lança perfume e outros tipos de drogas. Mas Deus colocou a Kassia em meu caminho. Começamos a namorar e tudo parecia estar bem. Eu trabalhava e tinha planos de nos casarmos, mas também trazia comigo esse vício incontrolável que me consumia dia após dia. Por não conhecer Jesus e nem os parâmetros de um namoro santo, engravidei a Kassia. Então nos casamos e tivemos nossa primeira filha. Algum tempo depois nasceu nosso segundo filho. A


to sobre esta terra, que, mesmo depois de quase trinta anos da estada dos pastores Carlos Alberto e Suely em Londrina, mantém de uma forma muito forte a marca do amor, da honra e do compromisso com Deus e Sua causa. Por tudo isso, nós só podemos agradecer a Deus e a todo o ministério da Comunidade da Graça, além de continuar na certeza que “isso é só o começo”!

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Finalizando, os pastores Renato e Cristiane Fogaça destacam a honra e o privilégio de serem discipulados e amados pelos pastores Carlos Alberto e Suely, e de fazerem parte da Associação Comunidade da Graça, onde, além de companheiros de ministério, os pastores são verdadeiros amigos. Isso faz da Comunidade da Graça o melhor lugar do mundo para servir ao Senhor!

Everton e sua esposa Kassia Fernandes, e seus filhos.

Kassia acabou descobrindo que eu era usuário de drogas, mas acreditava que eu fumava somente maconha. Porém, além das drogas, aumentei o consumo de bebida alcoólica também. Tudo isso, em poucos anos, levou meu casamento à falência. Devido aos efeitos das drogas e do álcool, consegui matar o amor que havia entre nós, pois me tornei agressivo, descontrolado e um homem de atitudes carnais e diabólicas. Caí numa vida egoísta e promíscua, e provei todo tipo de miséria na minha vida.

Então, o médico solicitou alguns exames específicos para confirmar ou não a doença. A caminho do laboratório, tive minha primeira experiência com Jesus selando a seguinte promessa: Se realmente Ele era tão Poderoso e me desse uma segunda chance com o resultado negativo dos exames, dessa vez eu faria as coisas direito e abandonaria o uso de drogas. Algumas horas depois recebi o exame e tive uma grande surpresa. O resultado era negativo. Eu não tinha nada!

Mas Deus, em sua infinita misericórdia, tinha outros planos. No auge de uma crise familiar, comecei a ter uma alergia acompanhada de coceira e vermelhidão por todo o corpo. Fiz um exame e foi constatado que eu estava com um elemento alterado em meu sangue e que minha medula tinha parado de funcionar. Em outras palavras, eu tinha grandes possibilidades de estar com leucemia (um tipo de câncer no sangue). Naquele momento parece que o mundo desabou e, mesmo sem conhecer Jesus, pedi a Ele uma segunda chance. Só conseguia pensar em meus filhos, na minha esposa e em todo mal que eu tinha causado a eles. Eu queria me reconciliar e pedir perdão.

O Senhor tinha acabado de responder a minha oração. Procurei uma lata de lixo e joguei fora tudo o que eu tinha de drogas e pensei: “Quero levar uma vida diferente agora”. Mas o diabo, sabendo que estava me perdendo, atacou meu casamento e acabei me separando. Como eu tinha decidido não usar mais drogas, comecei a consumir muita bebida alcoólica para fugir dessa realidade. As pessoas sem Deus me aconselhavam de uma forma errada, dizendo que eu era jovem, que podia me casar novamente e que a separação era uma coisa “normal”. Mas o Senhor levantou um casal de cristãos para nos ajudar. Até hoje eles são muito importantes para nós. Enquanto ele me discipulava, sua

esposa discipulava a Kassia. Eles nos convidaram para participar de uma Célula, onde fomos tão bem recebidos que ficamos impactados. Logo depois das primeiras reuniões, tive uma experiência verdadeira com Jesus. Algo que jamais vou esquecer. Ele me mostrou o que eu estava fazendo de errado e que, se eu quisesse ter minha família de volta, tinha que entregar meu coração verdadeiramente a Ele. Ao mesmo tempo, o Senhor vinha tratando o coração da minha esposa através das “amigas de oração” e, ao ouvir um testemunho semelhante à nossa situação, ela foi abençoada e liberou perdão sobre minha vida. Hoje, faz dois anos que estamos felizes nos caminhos do Senhor. Fomos restaurados e libertos. Temos orgulho de participar da Comunidade da Graça em Londrina. Servimos no ministério de cooperadores, frequentamos toda semana os cultos e nos fortalecemos na Célula. Tudo isso para a honra e glória desse grande Deus que nos alcançou e teve misericórdia das nossas vidas. Um forte abraço, Everton e Kassia Fernandes

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As alterações da gestação JORGE E LARISSA MANTOAN, MÉDICOS

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gravidez sempre traz consigo muitas mudanças, algumas normais e outras nem tanto. As normais são determinadas pela adaptação do corpo feminino para dar suporte ao feto. É por isso que, durante a gestação, o corpo da mulher entra num sistema de sobrecarga e há um aumento aproximado de dois litros no volume de sangue corporal. Afinal, haja nutrientes e oxigênio para sustentar o pequeno faminto! O lado positivo é que esse suporte faz o bebê crescer e se desenvolver nesse curto espaço de nove meses. Porém, o corpo materno paga o preço quando boa parte desse volume

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sai dos capilares para os tecidos e membros inferiores e geram aqueles famosos pés de batata que nós, médicos, chamamos de edema. O útero não gravídico é semelhante a uma delicada pêra que, durante a gestação, vai se conformando a uma grande melancia chutadora de costelas. Simples, não? Nem tanto! O estômago é deslocado para cima e favorece refluxo e muita azia – e você que pensava que era o cabelo do nenê responsável pela queimação do estômago! A melhor forma de contornar isso é comer fracionado, em menor quantidade. Quanto mais natural, melhor. Evite farináceos – pães, bolachas e massas – que fermentam muito.

E a pobre bexiga urinária com três quilos em cima dela? Não cabe nada de xixi e toda hora é um tal de ir ao banheiro para tão pouco. Mas é muito importante não reter urina, porque já dizia minha avó que “em água parada cresce bichinho”. É óbvio que isso vai tirar um pouco o sono da gestante, mas logo nasce e passa, e ela terá bastante tempo para dormir ao lado do seu pequeno... Ops! Doce ilusão. Ainda tem mais. Os intestinos também são deslocados para as laterais do abdômem que, somado ao efeito da progesterona (hormônio da gravidez), o deixa muito lento, provocando obstipação na gestante, daí a importância de uma

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alimentação rica em fibras (verdura, legumes e frutas) e tomar água. Nós dissemos água, e não refrigerante! Refrigerante tem muito sódio e aumenta o inchaço e as estrias. E por fim, o peso aumentará muito. Dois litros de sangue, a placenta, o feto, o líquido amniótico que está dentro do útero e o edema geram, no mínimo, nove quilos a mais. O que passar disso é da grávida. Exatamente isso! Cuidado com aquelas pessoas que gentilmente lhe oferecem bombons dizendo: que grávida linda! Pois é, elas serão as mesmas a lhe dizer após o parto: Que criança linda!!! (e eu?! Pensará você...). Enfim, bons hábitos alimentares são fundamentais para atravessar essa fase da maneira mais saudável e se adequar bem às mudanças inevitáveis. E mais: os abu-

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sos predispõem a algumas circunstâncias graves que discutiremos futuramente. Pronto, paramos por aqui esperando que tanta informação não as assuste, mas sim as capacite a levar uma gravidez tranquila e consciente desse período tão lindo e fascinante. Amamos vocês, barrigudinhas.

BONS HÁBITOS ALIMENTARES SÃO FUNDAMENTAIS PARA ATRAVESSAR ESSA FASE DA MANEIRA MAIS SAUDÁVEL E SE ADEQUAR BEM ÀS MUDANÇAS INEVITÁVEIS.

Jorge Luiz Mantoan é pastor na Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo e médico ginecologista. Larissa Mantoan, sua filha, é médica residente de ginecologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de SP

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A igreja como família

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JOSÉ DINIZ MENDONÇA, PR.

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ortanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus. Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se santuário no Senhor. Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.” Efésios 2:19-22 A família sempre ocupou o lugar central no coração de Deus. É na família que firmamos nossa identidade e desenvolvemos a capacidade de nos relacionar uns com os outros. É o ambiente em que vínculos de amor se fortalecem através do respeito e do serviço mútuo. A Escritura Sagrada nos dá muitos exemplos do quanto Deus valoriza a família. É o caso de Noé, que teve sua vida e a de sua família poupada do dilúvio que destruiu a terra (Gênesis 7:1). Deus nomeou Abraão como o patriarca

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de todas as famílias da terra (Gênesis 12:3). O próprio Senhor Jesus cresceu em uma família formada por pais e irmãos (João 2:12). Assim como acontece na família, a igreja é o ajuntamento daqueles que creem, adoram e servem ao Senhor. Deus enxerga a igreja como uma família. No livro de Gênesis 1:26-28, Deus dá início ao seu propósito eterno: o de estabelecer uma morada, formada por uma família muito grande, com muitos filhos semelhantes a Jesus (Romanos 8:29). Por que é tão importante para Deus que a igreja viva como família?

A FAMÍLIA É A EXPRESSÃO DO AMOR DE DEUS “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se santuário no Senhor.” Efésios 2:20-21 A igreja que vive esse contexto de família reconhece Jesus como o centro, a

pedra principal e o líder; e assim se desenvolve de forma saudável, adorando a Deus. Na antiga aliança, a família não poderia cumprir com o projeto de Deus, visto que fora corrompida pelo pecado, perdendo a comunhão com o Criador e sendo condenada à morte. Porém, “Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou o seu filho Jesus Cristo, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16 Por meio de Jesus, o pecado foi aniquilado e recebemos um novo coração, repleto de amor. Deus restaura a capacidade do homem para viver em família. Uma família que agora vive no poder do Espírito Santo e que expressa o amor e a justiça de Deus aqui na terra.

A FAMÍLIA FOI GERADA PARA O CRESCIMENTO “Sejam férteis e multipliquem-se. Encham e subjuguem a terra.” Gênesis 1:28

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Ao pensarmos em família, não imaginamos um núcleo pequeno, escasso, mas em algo que se expande e tende ao crescimento. Uma família jamais para de crescer. Para que a igreja se multiplique de forma saudável é necessário que suas sementes sejam saudáveis. Sementes do amor ágape, da obediência à Palavra, do evangelismo e da edificação mútua precisam se desenvolver bem, a fim de que essa família cresça com muitos filhos semelhantes a Jesus. Uma igreja saudável que se multiplique em número, em qualidade e atenda o que Deus deseja para o seu povo.

Satanás. Ele veio para matar, roubar e destruir (João 10:10). No livro de Timóteo 3:1-5, Deus descreve todos os perigos que podem ameaçar a vida em família:

A FAMÍLIA SE FORTALECE PELA UNIDADE

A FAMÍLIA GARANTE UMA SOCIEDADE SAUDÁVEL

“Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.” Atos 2:44 Os primeiros cristãos se reuniam com alegria para repartir o pão, estimularem-se às boas obras e adorar a Cristo. Esse modelo de igreja-família, que vive em unidade e amor é perfeitamente possível em Jesus. Quanto mais conhecemos uns aos outros, mais nos amamos. A unidade na família facilita o perdão e a renúncia. Por outro lado, uma família formada por interesses egoístas e tomada pelo isolamento de seus membros, tende ao fracasso. O único interessado em ver a igreja, que é a família de Deus, destruída é

“Sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais...”. Quem está conectado à família de Deus, desenvolve bem o seu chamado de estabelecer o reino de Deus na terra.

Quer uma sociedade saudável? Forme famílias saudáveis! É na família que tudo começa: o respeito entre cônjuges e entre pais e filhos. São inúmeros os benefícios que a igreja como família pode proporcionar entre os irmãos na fé. É na igreja família que o marido recebe o ensino de como amar sua esposa, e de como os filhos devem obedecer a seus pais. Uma pesquisa realizada por Alexander Ross, do instituto de ciências psicológicas, investigou por 36 anos o grau de felicidade das mulheres americanas. Ele concluiu que as que frequentam regularmente a igreja são mais imunes aos sintomas depressivos e são mais felizes. Álcool, fumo

texto e contexto aconteceu e outros vícios são desestimulados, o que traz incalculáveis benefícios para o convívio social. Através das células que se reúnem nas casas, em qualquer dia da semana, no melhor horário, em qualquer rua e de todos os bairros, a sociedade já começa a usufruir positivamente do impacto que a igreja proporciona na vida das pessoas. Que cada um de nós, como igreja-família, tome posse, dia após dia, da grande comissão que o Pai designou a nós: a de sermos essa igreja que vive o amor de Cristo, alcança o próximo e forma discípulos para a Glória de Deus. Que Deus te abençoe!

José Diniz Mendonça é pastor da Comunidade da Graça em Guarulhos, membro do Conselho de Supervisores, Casado com a pra. Zuleide, pai de 4 filhos, Fernando, Samuel, Fabiana e Simone, e avô de 7 netos.

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O Milagre do Natal CARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.

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eus se tornou homem para nos salvar, fazendo surgir na terra uma pessoa absolutamente singular e especial – Jesus, que possuía em Seu corpo duas naturezas: a humana e a divina. Esse foi o grande milagre do Natal. Assim nos declara a Bíblia: “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1.1 e 14 Dessa forma, Jesus era verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Embora, no tempo em que viveu aqui na terra, Ele tenha manifestado mais nitidamente a Sua natureza humana para os objetivos de Sua missão, Sua natureza divina permanecia nEle, majestosa e santa, como às vezes deixava

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transparecer, assim como foi no Monte da Transfiguração:

do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.” Lucas 1:35

“Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou consigo a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar. Enquanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago.” Lucas 9:28-29

Para ser o nosso Salvador, Jesus tinha que ser plenamente humano para entender, conhecer e participar (lá na cruz) das limitações, sofrimentos, dores, humilhações, misérias e até da morte, que vieram sobre a humanidade por causa do pecado.

Jesus era plenamente humano, mas sem pecado, pois fora gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, como o anjo havia anunciado. Um anjo também falou aos pastores nas campinas de Belém que naquela noite maravilhosa estava nascendo o Messias tão esperado (Cristo), e proclamaram ainda que Cristo era o Senhor (Jeová, o próprio Deus)!

“Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.” Hebreus 2:14-15

“O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre você, e o poder

Mas, em todo o tempo, Sua natureza divina estava presente em Seu corpo,

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texto e contexto aconteceu

e no Seu interior, presenciando e sendo tocada por aquelas experiências tão humanas de Jesus. Por isto, mostrando sua eternidade como Deus, Ele disse aos judeus: “Respondeu Jesus: Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!” João 8:58 A existência de uma pessoa, Jesus, com Um Natal muito feliz para você e toda a sua família! A existência de uma pessoa, Jesus, com duas naturezas é um mistério que a nossa mente limitada e imperfeita só pode aceitar pela fé no que a Bíblia relata. Por isso, somente quase 500 anos depois de Cristo, foi que a Igreja chegou a uma declaração perfeitamente bíblica, teologicamente irretocável, sobre a pessoa de Cristo, aceita plenamente por todos os ramos do cristianismo, católicos, protestantes e ortodoxos. Isto aconteceu no concílio de Calcedônia, perto da atual Istambul (Turquia) no ano de 451 d.C., pondo fim a várias controvérsias anteriores sobre a pessoa de Cristo: “Fiéis aos Santos Pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade; verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação (...).”

Assim, neste Natal, ao meditarmos nestes fatos tão sublimes que mostram quão grande é o amor de Deus por nós, celebremos e anunciemos com muita alegria a pessoa maravilhosa e bendita de Jesus, que uniu em Si mesmo estas duas naturezas para realizar por nós uma salvação tão poderosa (Lucas 1.67-75). Discorrendo sobre este fato tão glorioso, um eminente teólogo evangélico contemporâneo, Wayne Grunden, faz estas afirmações: “(...) Trata-se, de longe, do milagre mais maravilhoso de toda a Bíblia – muito mais maravilhoso que a ressurreição e até que a criação do universo. O fato de o Filho de Deus, infinito, onipresente e eterno tonar-se homem e unir-se para sempre a uma natureza humana, de modo que o Deus infinito se tornasse uma só pessoa com o homem finito, permanecerá pela eternidade como o mais profundo milagre e o mais profundo mistério de todo o universo.” (Teologia Sistemática, pg. 465). Um Natal muito feliz para você e toda a sua família!

Carlos Alberto Antunes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Diretor do Centro de Treinamento de Líderes, É casado com a pastora Vanda, e é pai de 5 filhos.

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Nosso pastor levou os conferencistas a uma reflexão com a seguinte pergunta: “Quem é Jesus para nós?”. A chamada teve por objetivo colocar Jesus no centro de nossa vida.

Ele também falou do amor como base para a vida da igreja. Reforçou a importância dos chamados mandamentos recíprocos. Quem ama o seu irmão de maneira prática, permanece na luz como diz 1 João 2:9-11. A conferência também teve a participação dos pastores Aluízio Silva, Sandro Oliveira, Rebecca Huber, Sabá Liberal, entre outros.

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O pr. Abe Huber, da Igreja da Paz, convidou o pastor Carlos Alberto Bezerra para ser um dos palestrantes principais dessa conferência.

“Jesus não é o que Ele faz ou fez por mim. Esse pensamento é orgulhoso. A resposta, à luz das Escrituras é: ‘Cristo é minha vida’!”, compartilhou o pastor Carlos Alberto.

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E

ntre os dias 23 e 28 de outubro, aconteceu a Conferência da Visão do MDA na Igreja da Paz, em Santarém/PA. O tema da conferência foi “Amor: o segredo da revolução”.

A Comunidade da Graça na Conferência em Santarém


aconteceu

Dia do Pastor na Sede

A

Alberto e Suely, em nome de toda a família Comunidade da Graça, lembrando a importância que eles têm não só na história da igreja local, mas do impacto da vida deles na igreja brasileira, com reflexos em vários países do mundo.

Antônio Carlos falou sobre a importância do chamado e da vocação ministerial.

O pastor Carlos Alberto fez questão de homenagear cada um dos pastores que o auxiliam no projeto de consolidação da igreja família.

Comunidade Sede comemorou o Dia do Pastor no último domingo de novembro. O pastor Carlos Alberto convidou o Reverendo Antônio Carlos Costa, da Igreja Presbiteriana da Barra da Tijuca para pregar no culto especial.

Os pastores Antunes e Vanda homenagearam os pastores Carlos

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Criativo Comuna

aconteceu

Acampamento de filhos de pastores

“Se você sabe quem é, sabe para onde vai”. Várias outras frases ficaram marcadas: “Vocês são continuadores na obra de implantação do reino de Deus nessa terra”. “Eu conto com vocês”. “Quero ver vocês sonhando comigo”.

Muitas ideias foram levantadas no Acampamento e outros encontros já foram marcados. O próximo passo será ter um meio de comunicação mais efetivo entre todos os filhos de pastores visando a troca de ideias e ajuda uns aos outros.

“O encontro me marcou. Ter o pastor mais perto de nós foi determinante.” Samuel – CG Registro

Criativo Comuna

“Meu grande desafio é cuidar bem de vocês”, comentou o pastor Carlos Alberto. Ele ministrou sobre identidade e destino.

Todos saíram com a sensação de que têm nas mãos a grande responsabilidade de cuidar bem do legado que Deus deu ao pastor. Esse encontro foi histórico na vida da Comunidade da Graça. O pastor Osmar também esteve no acampamento, fortalecendo essa geração. “A chave está nas mãos de vocês!” disse ele. Leia alguns depoimentos:

“Ou abraçamos totalmente ou deixamos tudo.” Juliana – CG Sede

Criativo Comuna

N

os dias 02 a 04 de novembro, no Vale da Graça em Porto Feliz, foi realizado o segundo acampamento de filhos de pastores – Next Generation. Cerca de 100 participantes puderam ouvir os pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra sobre o início da Comunidade, o começo do ministério deles e suas expectativas para com a herança que Deus tem dado.

“Não sou inútil e sem preparo. Estou aqui em treinamento. Eu me senti amado e valorizado com o convite do pastor.” Davi – CG Sorocaba

FOTOS E COMENTÁRIOS DE QUEM ESTEVE LÁ Recebendo mais um pouco com @osmarmisael.

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@thiagosb88

[next generation] #surpresas #feriado #acampamento #expectativa @fernandestha

Compartilhar, apreciar, transformar, melhorar, demonstrar felicidade, sonhos, amigos @emazi


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