Revista Comuna 39

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Produção: Comunidade da Graça Sede Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra Pastor Responsável: Wagner Fernandes Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739 Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori Redação: Elisabete Mazi Projeto Gráfico e Diagramação: Salsa Comunicação www.salsacomunicacao.com.br Contato Publicitário: Gabriela R. Bedore Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

COMUNA E VOCÊ Concordo com o pr. Carlos Bezerra Jr. (Fé cega, faca amolada – edição 38). Fiquei bastante entristecida com as declarações feitas nas últimas semanas de cunho racista. Creio que precisamos orar pelas pessoas e ajudá-las sendo amorosos. Essa é a verdadeira marca de um cristão, não a crítica e o julgamento, que só aumentam as feridas e traumas já existentes na alma dessas pessoas. Sarah Pereira – Comunidade da Graça Sede – São Paulo/SP Quero parabenizar o excelente conteúdo da edição de abril da revista Comuna. Eu pego esta revista na recepção do meu condomínio mensalmente. Algum morador deixa uns exemplares lá, para divulgá-la. Nunca leio tudo. Mas, desta vez, comecei pelo editorial e não pulei nenhum artigo até o final. Fiquei tão impactado, que apanhei mais quatro exemplares para distribuir a alguns conhecidos meus. Muito interessante a sequência dos artigos, a integração dos assun-

Interessados em anúnciar na próxima edição: midia@comuna.com.br 11 3588 0575

Olá! tos e todos nos chamando a atenção para o livro de Atos, onde os cristãos se reuniam de casa em casa. Esta edição foi para mim muito didática, esclarecedora, motivadora e me empolgou a ser um discipulador. Antonio Carlos Medeiros – 1ª Igreja Presbiteriana Independente – Londrina/PR Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião! revista@comuna.com.br

EDITORIAL Há muitos desafios que a igreja precisa abraçar nos dias de hoje. Mas o maior deles, seguramente, é a revisão do seu modus operandi – a maneira como a igreja deve atuar para o bem das famílias e da sociedade; e isso, no plano interno e externo.

Carlos Alberto de Quadros Bezerra Fundador e Presidente da Comunidade da Graça

Sem uma mudança de paradigma, isso será praticamente impossível. A igreja não pode mais se dar ao luxo de funcionar em torno de uma, duas ou três pessoas no topo de uma pirâmide hierárquica. Cada membro da igreja deve ser visto na perspectiva bíblica de UM MINISTRO. O conceito é antigo: Cada membro, um ministro! Mas, como históricamente, perdemos tanta coisa pelo meio do caminho, dá tempo de recuperar mais essa.

Comunidade da Graça Sede Rua Eponina, 390 - V. Carrão - (11) 2090-1800 Para saber o endereço de outras igrejas acesse: www.comuna.com.br/endereco-das-igrejas

“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação.” 2 Coríntios 5.18 Wagner Fernandes


24 CAPA: CADA MEMBRO, UM MINISTRO 12 ELES ANDARAM COM JESUS: OS MORÁVIOS

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14 COLÉGIO DA COMUNIDAE: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL 16 FAMÍLIA: O CUIDADO DOS PAIS COM A INTERNET

VISÃO: PROFETAS PARA ESTA NAÇÃO

18 SONHOSPOSSÍVEIS MATERNIDADE BENDITA!

08 DEUS AGINDO: DA MORTE PARA A VIDA

20 ESPECIAL HOMENS DE RUA 32 COMUNIDADE CG EM BRAGANÇA PAULISTA/SP

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35 LOUVOR & ADORAÇÃO CONHECER A DEUS 36 SAÚDE ELIAS E A DEPRESSÃO

PONTO DE VISTA: SEGUIDOR DA LEI OU SEGUIDOR DE JESUS?

38 IGREJA FAMÍLIA A VELHA E A NOVA CRUZ

22 CÉLULA: 10 ERROS QUE UM DIRIGENTE DE CÉLULA NÃO PODE COMETER

40 TEXTO E CONTEXTO A FORMAÇÃO DE LÍDERES NO TRILHO DE TREINAMENTO 42 ACONTECEU


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PROFETAS PARA ESTA NAÇÃO CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA, PR.

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ara que esta nação seja sarada do pecado e da corrupção, miséria, fome, drogas, injustiças sociais, criminalidade etc., o Senhor precisa de profetas, pois eles são os instrumentos funda¬mentais de Deus para chamar o povo ao arrependimento. “Embora o Senhor tenha enviado a vocês os seus ser¬vos, os profetas, dia após dia, vocês não os ouviram nem lhes deram atenção quando disseram: ‘Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras’...” (Jr 25.4-5); “Endureceram o coração e não ouviram a Lei e as palavras que o Senhor dos Exércitos tinha falado, pelo seu Espírito, por meio dos antigos profetas. Por isso o Senhor dos Exércitos irou-se muito.” (Zc 7.12). Profeta, no grego, significa proclamador e, no hebraico, aquele que

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tes¬temunha ou testifica, e o seu ministério, o seu verdadeiro ofício, fica bem claro em Ezequiel 33.7-9: “Filho do homem, eu fiz de você uma sentinela para a nação de Israel; por isso, ouça a minha palavra e advirta-os em meu nome. Quando eu disser ao ímpio que é certo que ele morrerá, e você não falar para dissuadi-lo de seus caminhos, aquele ímpio morrerá por sua iniquida¬de, mas eu considerarei você responsável pela morte dele. Entretanto, se você de fato advertir o ímpio para que se desvie dos seus caminhos e ele não se desviar, ele morrerá por sua iniquidade, e você estará livre da sua responsabilidade”. Profetizar, portanto, significa proclamar ao homem o seu pecado e a salvação plena que Deus lhe preparou em Cristo, chamando-o ao arrependimento. Porque o espírito de toda verdadeira profecia é dar testemunho de Jesus (Ap 19.10).

O pecado é a causa de todos os problemas desta nação. E ele está presente não só na vida dos incrédulos, mas também na vida de muitos evangélicos que ainda não experimentaram a verdadeira regeneração. Há falta de profetas nesta nação: nos púlpitos, templos, Congresso, empresas, tribunais, escolas, meios de comunicação de massa, lares etc. A maioria dos chamados crentes está muito comprometida com seus projetos pessoais, com sua estrutura denominacional, conivente com as mazelas do próprio meio evangélico em que vive; omissa, alienada, apática com toda a miséria moral e espiritual que escraviza a nação, a qual, por isso, vai sendo devorada, exaurida e devastada por Satanás e por seus demônios que usam homens corruptos em todos os setores da vida social, econômica, política e religiosa. Temos de entender que a nossa omissão em condenar o pecado em todos os níveis da vida desta nação, deixando também de anunciar a plena salvação que há em Cristo, irá trazer sobre este país o juízo, do qual não será poupado o chamado povo de Deus acomodado ao pecado.


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Prioritariamente, profetizar não é predizer o futuro, nem trazer visões ou revelações para pessoas em particu¬lar. Profetizar é proclamar aos homens, no poder do Espírito, a Palavra de Deus:

de amor, coragem, ousadia e poder, chamem este país ao arrependimento, denunciando, sem medo ou respeito humano, toda manifestação do pecado e anunciando a plena libertação que há em Cristo Jesus.

“Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como você; porei minhas pala¬vras na sua boca...” (Dt 18.18);

A motivação básica para tudo isso é o amor: a Deus e ao pecador, que é o objeto máximo do próprio amor de Deus. Por isso, o verdadeiro profeta é, antes de tudo, um adorador, que vive em comunhão com Deus, ouvindo Sua Palavra e anelando por ver Sua vontade, justiça e reino se estabelecerem em toda a Terra. Mas porque o verdadeiro profeta sente o mesmo que Deus sente pelo pecador, desejando apaixonadamente a sua salvação, ele, além de ser um adorador, é também um intercessor a favor dos homens.

“Agora ponho em sua boca as minhas palavras.” (Jr 1.9). A maioria dos profetas nas Escrituras foi perseguida, e muitos foram mortos. Isso porque o profeta não tem compromisso a não ser com Deus e sua Palavra. Ele tem zelo pela glória de Deus e sente a mesma abominação que o Senhor sente pelo pecado, por isso põe o dedo na ferida moral de cada um, tornando-se uma figura perigo¬sa e indesejável para aqueles que lucram com o pecado: as elites religiosas, econômicas, políticas e o mundo do crime organizado (Am 8.1-12). “Bem-aventurados serão vocês quando, por mi¬nha causa, os insultarem, os per¬seguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.” (Mt 5.11-12). “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados!” (Mt 23.37). Então, para livrar esta nação onde nascemos e pela qual somos responsáveis diante de Deus, o Senhor preci¬sa de jovens, homens e mulheres regenerados, livres do pecado, santos e cheios do Espírito Santo, que, cheios

Assim, o verdadeiro profeta, depois de adorar ao Senhor, ouvir Sua Palavra e interceder pelos homens, sai do altar cheio do Espírito de amor e poder para proclamar aos homens acerca “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8), chamando-os ao arrependimento. Não há maior profecia do que esta: “O tempo é chegado (…). O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Mc 1.15).

“Mas, quanto a mim, graças ao poder do Espírito do Senhor, estou cheio de força e de justiça, para declarar a Jacó a sua transgressão, e a Israel o seu pecado” (Mq 3.8); “Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia.” (1Co 14.1); “Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão...” (At 2.17-18). Assim, regenerados e cheios do Espírito Santo, entendendo que a vontade do Senhor é que todos sejamos Seus profetas no lugar onde Ele nos colocou (lar, emprego, escola, ministério etc.), sem medo de perder posições, salários, empregos ou até a própria vida, seremos os instrumentos que Deus precisa para sarar esta nação (2Cr 7.14).

Extraído do livro ‘Apascentai o Rebanho’, de Carlos Alberto de Quadros Bezerra, editora Fôlego

Estamos dispostos a ser os profetas que o Senhor precisa para condenar o pecado, chamando os homens para o arrependimento, para o novo nascimento genuíno e para o seu reino? Para isso é necessário que: 1. Experimentemos primeiro em nossa própria vida a plena libertação do pecado e do amor ao mundo; ninguém poderá condenar o pecado se viver na sua prática (1Jo 3.6-10); 2. Sejamos cheios do Espírito Santo:

Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

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DA MORTE PARA A VIDA SUELY BEZERRA, PRA.

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a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 2, encontramos uma linda história sobre uma mulher que, mesmo com muitas lutas e dificuldades, não desistiu dos seus sonhos e das promessas de Deus para sua vida. Seu nome era Joquebede, que significa “o Senhor é glória”.

família. E esperava um futuro melhor, mesmo em meio às circunstâncias tão cruéis em que vivia. Ela sabia que, se cresse, Deus poderia fazer! Porque, mesmo quando as coisas parecem piorar, Deus continua no controle de tudo para nos dar a vitória.

Ela nasceu quando sua nação, Israel, estava já escravizada por 300 anos no antigo Egito. Portanto, ela era escrava, de uma família de escravos. Por causa disso, Joquebede tinha tudo para ser amarga, triste, deprimida e sem esperança. Mas ela não era assim!

Joquebede casou-se e teve filhos. Seu sonho estava começando a se concretizar. Porém, por esse tempo, o Faraó (rei do Egito), vendo o crescimento numérico do povo de Israel, temeu pela segurança do seu governo. Assim, ordenou por um decreto que matassem todos os recém-nascidos homens dos hebreus, jogando-os no rio Nilo.

Apesar da escravidão, Joquebede tinha fé em Deus e amor no seu coração. Ela quis casar-se, ter filhos, enfim, ter uma

Quando tudo isso aconteceu, Joquebede estava novamente grávida. Muitos poderiam ter dito a ela para abortar.

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Assim como hoje, muitos podem estar nos dizendo para abortar nosso futuro, casamento, filhos, sonhos, projetos, trabalho, estudo etc. Não ouça pessoas derrotistas. Quem está derrotado só fala de fracassos. Deus sempre tem um plano e um propósito na nossa vida que ainda não conhecemos plenamente, mas que Ele quer e vai completá-lo (Filipenses 1.6). Joquebede não abortou. E quando a criança nasceu, era um menino e, por isso, ela o escondeu por três meses. Talvez, pensava ela, ele fosse o libertador que seu povo tanto esperava. Ela resistiu, tentou, perseverou e acreditou, pois a pior derrota é desistir sem tentar. Durante este tempo, Joquebede orava a Deus e pedia a Ele uma estratégia para salvar seu filho. Ela cria que só Deus poderia ajudá-la. E, mesmo correndo riscos, ela confiou em Deus o destino de seu filho. Quando não pôde mais escondê-lo, ela o colocou em um cesto e o soltou no rio Nilo.


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Ela ainda acreditava que Deus podia transformar a situação.

a Joquebede, Ele te diz: Eu vou te ajudar. Vou te dar a vitória!

Nenhuma pedra ou animal das águas do Nilo destruiu aquele cesto. O diabo não pode tocar naqueles cuja vida está amparada por Deus. A filha de Faraó, indo ao rio para banhar-se, achou aquele cesto e, movida por íntima compaixão, salvou a criança. Além disso, por intermédio e sugestão de Miriã, filha de Joquebede que havia acompanhado o cesto para ver onde ele ia parar, a filha do Faraó mandou chamar a própria mãe do menino para criá-lo e ainda lhe pagou pelo serviço prestado à criança! Isto se chama soberania de Deus; uma ação divina inimaginável!

O que toda mãe precisa saber: seus filhos foram dados a você com um propósito! Eles são e serão homens e mulheres de Deus para abençoarem este mundo. Por isso, crie seus filhos para o Senhor. Mãe, você foi ordenada por Deus para o sacerdócio da criação de filhos e ninguém pode impedir você de cumprir este chamado.

Aquele rio era um rio de morte, mas da morte veio a vida! Milhares de bebês judeus foram jogados no rio e morreram naquele ano. Mas uma mãe se opôs a isso. O amor pelo seu filho mais a confiança em Deus levou Joquebede à vitória. Ela criou seu filho para cumprir o propósito de Deus e, tempos mais tarde, Moisés finalmente se transformou no grande libertador dos hebreus. O único homem da sua idade.

ORAÇÃO

Isso tudo só aconteceu por causa de uma grande mulher que nunca desistiu do seu sonho nem se esqueceu das promessas de Deus em Sua Palavra. Talvez você, minha amiga leitora, esteja passando um momento cheio de lutas e dificuldades. Ou, quem sabe, esteja encontrando tantos obstáculos para realizar um sonho ou um projeto, que tem pensado em desistir. Não faça isso. Acredite, resista, aguente firme! Se não der de um jeito, pode dar de outro. Por isso, tente um pouco mais até que Deus opere o milagre que Ele tem para você. Assim como Deus fez

Como está o crescimento e o desenvolvimento de seus filhos? O que você pode fazer para abençoá-los ainda mais? Quero compartilhar aqui, três passos práticos para a criação de nossos filhos:

Não veremos o progresso de nossos filhos sem oração. É preciso investir tempo em oração por eles e interceder especificamente por cada um, individualmente. Deus está pronto para abençoar nossos filhos. Basta que nós nos derramemos em oração diante de Deus em súplica por eles. E, depois, ensine também seus filhos sobre o valor da oração.

LEITURA DA BÍBLIA

não temos o direito de maltratar nossos filhos. Nosso amor pelos filhos deve nos levar a tratá-los com paciência e dedicação. É estabelecer limites, mas sem agredi-los. E quando eles errarem, ensiná-los no erro. Assim, nesse mês em que se comemora o Dia das Mães, quero desejar a todas elas as bênçãos de Deus que contribuem na construção de um futuro de paz e prosperidade na vida de seus filhos. Amo vocês. Deus abençoe a todas as mães.

NÃO OUÇA PESSOAS DERROTISTAS. QUEM ESTÁ DERROTADO SÓ FALA DE FRACASSOS. DEUS SEMPRE TEM UM PLANO E UM PROPÓSITO NA NOSSA VIDA QUE AINDA NÃO CONHECEMOS PLENAMENTE MAS QUE ELE QUER E VAI COMPLETÁ-LO ESTOU CONVENCIDO DE QUE AQUELE QUE COMEÇOU BOA OBRA EM VOCÊS, VAI COMPLETÁ-LA ATÉ O DIA DE CRISTO JESUS. FILIPENSES 1:6

A leitura da Palavra de Deus é essencial para o crescimento e ensino dos filhos. Faça isso junto com eles, estimulando-os pelo seu exemplo. Utilize também outros livros de apoio como devocionais, apostilas etc. Extraia da Bíblia os princípios práticos de um caráter cristão. Ajude-os a entender a importância de praticar o que a Bíblia ensina.

AMÁ-LOS DE TODO CORAÇÃO Que nosso amor pelos filhos seja o reflexo do amor de Deus por eles. Nós

Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

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SEGUIDOR DA LEI OU SEGUIDOR DE JESUS? CARLOS BEZERRA JR., PR.

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les planejavam mais uma ‘pegadinha’ para Jesus. Buscavam um jeito de constrangê-lo, sempre armando uma maneira de fazê-lo se contradizer e ‘descumprir a Lei Sagrada’.

O Mestre está pregando a uma multidão, quando os ‘religiosos defensores da Lei de Moisés’ se aproximam. Uma mulher desesperada e chorando é atirada por eles aos pés de Jesus. ‘E agora, Rabi? O que devemos fazer com ela, que foi pega em adultério?’, os tais homens perguntavam em tom desafiador. Eles sabiam que a Lei Mosaica dizia que, se alguém fosse flagrado em adultério, a pena deveria ser o apedrejamento. (Engraçado que só a mulher é trazida para ser julgada. Onde estava o seu companheiro? Bom, deixa pra lá… Machismo é coisa antiga! rs...).

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Eles não tinham dúvidas sobre a Lei, mas queriam fazer com que Jesus, aquele Rabi que pregava o Evangelho da Graça, ou descumprisse a Lei e fosse julgado por isso, ou fosse participante daquela decisão de pena de morte daquela mulher, em nome da defesa da moral e dos bons costumes, dos quais eram zelosos defensores. Jesus os havia confrontado várias vezes com suas interpretações “heréticas” da Lei, o que o fazia ter mais e mais seguidores a cada dia, ávidos por uma palavra de amor, de esperança, de cura, de misericórdia e de libertação dos pesados fardos das leis religiosas impostas pelos fariseus. Eles agora tinham sua tão esperada chance de desmascarar aquele Rabi que tantas vezes os havia constrangido com

Seu amor, suas leituras bíblicas cheias de Graça e Sua postura confrontadora diante da hipocrisia religiosa daqueles dias. O grupo chega levantando poeira, dedos em riste, invocando textos sagrados, acusando, cobrando, apontando o pecado daquela mulher e com as mãos cheias de pedras, juntadas ali mesmo, no chão empoeirado da Palestina. A mulher é jogada aos pés de Jesus diante dos olhares de todos. Humilhada, apavorada e chorando, ela é exposta diante dos que ali estavam. ‘Pecadora!’, grita alguém. ‘Apedreja’, grita outro. A soberba espiritual e a justiça própria estão à flor da pele dos doutores da Lei ‘defensores da tradição’. ‘Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés


especial

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capa comunidade louvor e adorção saúde igreja família texto e contexto aconteceu Silêncio novamente. O silêncio invadiu aquele ambiente de ameaças, acusação e prepotência ‘em nome de Deus’. Em nome de um deus que mata, e que faz com que seus seguidores se transformem em juízes arrogantes e assassinos – ali estavam aqueles homens. Naquele chão empoeirado da Palestina, em frente ao templo, em meio ao silêncio, enquanto o Mestre Jesus rabiscava e escrevia no chão com seu dedo, a presença de Deus tomou conta daquele lugar. Jesus se levanta, olha nos olhos deles e pacientemente diz: “se algum de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar a pedra nela” (João 8:7).

nos ordena a apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?’ (João 8:3-6).

Então, se inclinou novamente ao lado dela e seguiu rabiscando.

Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo

Incrível que Seu silêncio, Seus desenhos e Sua presença amorosa expressam a Deus de forma muito mais contundente que todo o ódio, pregações condenatórias e “zelo religioso” dos doutores da Lei.

Jesus, calado, carregando sobre si todo o ódio que havia no ar, se inclina ao lado da mulher. Ele a olha nos olhos. Ele vê suas lágrimas, enxerga sua vergonha e se compadece dela. O Mestre permanece ao seu lado, sem dar uma única palavra, e lentamente começa a desenhar, rabiscar coisas incompreensíveis. O silêncio é geral, só se ouve os gemidos da mulher em seu choro recolhido. Minutos se passam e a impaciência toma conta dos que aguardavam a condenação. ‘E aí, o que fazer com ela?’, indagam. Jesus permanece imóvel, olha para a multidão em busca de uma única pessoa com um coração misericordioso a se manifestar. Nada. Ninguém.

Ele se agacha novamente e permanece ao lado dela, rabiscando no chão. Constrangidos, um a um, começando pelos mais velhos, vão soltando as pedras e se retirando do local. Jesus se levanta, e ajuda a mulher a levantar-se. A sós com ela, olhando-a nos olhos, pergunta sobre os acusadores: “Onde estão eles? Ninguém a condenou?”, “Ninguém, Senhor”, diz ela. “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado.”, completa o mestre (João 8:7-11). Moral da história: o que nos livra de pecar é a misericórdia e não o julga-

mento. Não há lei religiosa que se sobreponha ao amor. Temos diante de nós a escolha diária de sermos os “zelosos religiosos”, os “certos”, ou de sermos como Jesus. Eu escolhi segui-lo. Escolhi ser seu discípulo, seguir os passos do Rabi da Galileia. E quero fazê-lo todos os dias, em todos os lugares, com todas as pessoas a quem encontrar. E você?

NÃO HÁ LEI RELIGIOSA QUE SE SOBREPONHA AO AMOR. TEMOS DIANTE DE NÓS A ESCOLHA DIÁRIA DE SERMOS OS “ZELOSOS RELIGIOSOS”, OS “CERTOS”, OU DE SERMOS COMO JESUS. EU ESCOLHI SEGUI-LO.

CARLOS BEZERRA JR. pastor, médico, deputado estadual, líder de seu partido na Assembleia Legislativa e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos – SP. Casado com Patrícia Bezerra e pai da Giovanna e da Giulianna. A vida de seguidor de Jesus tem muitos desafios e compromissos, mas reserva muito mais amor, boas risadas, mais leveza e graça do que a de seguidor da lei, garante.

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OS MORÁVIOS

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PAULO ALEXANDRE SARTORI

ATÉ AOS CONFINS DA TERRA

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s habitantes da antiga Morávia (hoje, uma parte da República Tcheca), mesmo não sendo numerosos, ficaram conhecidos no século XVIII em toda a Europa e outras partes do mundo por sua piedade, comunhão com Deus e espírito missionário. Nesse tempo, o pensamento racionalista havia invadido escolas e igrejas, levando muitos a experimentarem uma frieza espiritual. A história desse povo mudou quando, em 1722, fugindo de uma terrível perseguição, os cristãos morávios se refugiaram na Alemanha, numa fazenda do conde Nikolaus Ludwig Von Zinzendorf. Em 1727, cinco anos depois, durante um culto, eles tiveram uma experiência tal com o Espírito Santo que marcou o começo de um período de renovação espiritual. Nos meses seguintes, um espírito de oração tomou conta da pequena comunidade evangélica. No dia 27 de agosto daquele ano, 24 homens e 24 mulheres se comprometeram a orar uma hora por dia de forma sequencial, de modo que sempre houvesse alguém orando por missões. Outras pessoas se juntaram a esse grupo inicial e essa vigília de oração prosseguiu sem interrupção, vinte e quatro horas por dia, durante mais de 100 anos! Sob os efeitos da oração e espiritualmente influenciados e fortalecidos pelo poder do Espírito Santo, os morávios passaram, algum tempo depois, a desempenhar um importante papel no campo das missões. Durante esse tempo, o zelo evangelístico cresceu de tal maneira que em vinte cinco anos eles enviaram mais missionários que todas as igrejas protestantes juntas. Levaram a mensagem de Cristo às Ilhas Virgens, Groenlândia, América do Norte (Estados Unidos e Canadá), Lapônia, América do Sul (notadamente no Suriname), Jamaica, África do Sul, Austrália, Tibete, Índias Orientais, entre outros lugares longínquos. Quatro princípios básicos podem ser destacados das missões morávias: •

A igreja existe para expandir o reino de Deus em toda a terra.

Cada membro deve ser treinado e preparado para participar deste propósito glorioso.

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“CONQUISTAR PARA O CORDEIRO A RECOMPENSA DO SEU SACRIFÍCIO” LEMA DOS MORÁVIOS •

A experiência íntima e pessoal do amor de Cristo é o poder que capacita para este fim.

A oração é o segredo, a fonte, o centro e a cobertura de tudo isto.

Nesses primeiros 100 anos de atividade, os morávios haviam enviado mais de 200 missionários e plantado mais de 40 centros de missões ao redor do mundo. Em todo tempo, os morávios encontraram incentivo no texto de Isaías 53. De fato, dessa profecia eles tiraram o impulso e a fonte de toda sua obra missionária. Com seu apego às Escrituras e consagração a Deus, os irmãos morávios exercem uma forte influência espiritual até os dias de hoje. Leia “História das Missões Moravianas” de Florencio Moreira de Ataídes, editora Aleluia Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.


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Fotos: Holga

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Atividade com o Maternal

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL ALESSANDRA BEZERRA CALDAS, PRA.

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ivemos em uma época onde é necessário estar no mercado de trabalho.

Hoje, o número de mulheres neste mercado cresce consideravelmente. Isso porque, ao longo dos anos, houve uma grande queda nas condições socioeconômicas das famílias, impossibilitando que apenas o homem estivesse no trabalho, e reforçando a participação da mulher como coparticipante desta renda familiar. Podemos perceber então que, entre os anos 1960 e 1990, o número de mu-

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lheres ocupando vagas profissionais triplicou de 18 para 57 milhões. Com esta realidade diante de nós, o que fazer com os filhos desta geração que não têm os pais “dentro de casa”? Existem famílias que contam com a ajuda de parentes próximos para cuidar dos filhos, enquanto os pais saem para trabalhar. Algumas optam por contratar uma babá. Outras, apenas escolhem uma “escola menor”, perto do trabalho ou de casa, para poderem ficar atentos aos filhos pequenos.

A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL NÃO EXISTE PARA SUBSTITUIR UMA BABÁ OU PARA APENAS TOMAR CONTA DA CRIANÇA ENQUANTO OS PAIS TRABALHAM. A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL VAI MUITO ALÉM DISSO... Com base nessa realidade, surge a primeira escola na vida da criança. Com ela, surgem os novos desafios, novas descobertas, novos fatos, convívio com os outros, novas regras e limites


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Área Externa - Para trabalhos de Psicomotricidade

agora impostos com maior veemência. Enfim, surge uma nova fase na vida desta família: nasce a escola de Educação Infantil. A escolha desta nova escola é uma decisão exclusiva dos pais, de acordo com seus valores, princípios e expectativas. Nessa fase (crianças de 0 a 5 anos), os pais precisam observar se há segurança nas instalações (prédio adaptado de acordo com as normas exigidas), na equipe que cuidará do seu filho (se é formada e treinada adequadamente), na limpeza e em aspectos gerais, observando também se o ambiente é claro, arejado, amplo e se os equipamentos usados proporcionarão uma interação entre o lúdico e o pedagógico. Nessa faixa etária, precisamos valorizar o “brincar”, considerando que através desse processo é que haverá aprendizagem. A Educação Infantil se resume em estar com os outros. Aprender a ser e a conviver. É a fase do como: como faço, como pego no lápis, como escovo os dentes e lavo minhas mãos, como brinco, como me relaciono, ou seja – como sou e como devo ser. Nessa etapa, também trabalhamos para a formação da identidade da

criança. É claro que tudo isso se dá através do “brincar”. Segundo o Dr. Brian Sutton Smith, autoridade em desenvolvimento infantil do Departamento de Educação da Universidade da Pensilvânia (EUA), os brinquedos são tão importantes no brincar quanto os livros no estudar, pois dão oportunidade à criança de dominar e, em seguida, controlar alguns aspectos de seu meio ambiente, e mesmo criar outros mundos imaginários. É através dos brinquedos que a criança vivenciará situações e experiências inovadoras. Ela se familiarizará com as tecnologias futuras, aprenderá também a compartilhar seus brinquedos com os outros, onde talvez alguns problemas surgirão e então aprenderão a resolvê-los, sabendo que essa experiência lhes servirá para o resto de suas vidas. Nesse período, a criança é guiada por diferentes estágios de aprendizagem. Ela desenvolve aptidão para lidar com o brinquedo, para mais tarde aplicar nele sua imaginação. Essas etapas são imitativas e depois construtivas. “Não ter frequentado a Educação Infantil é característica da maioria dos alunos do Ensino Fundamental, que

Direção e Coordenação - Cintia Izar

tem rendimentos muito críticos no aprendizado, o que aponta a Educação Infantil como fator determinante para o sucesso escolar nos anos posteriores.” Informativo MEC – (Ministério da Educação e Cultura), outubro de 2004. Portanto, a Educação Infantil é a base de toda a formação da criança. E por isso, ela é uma das prioridades do Colégio da Comunidade, que neste ano inaugurou uma unidade específica para essa fase. Nosso papel é sermos canal de crescimento físico, intelectual, emocional, agregando os princípios bíblicos ao conteúdo pedagógico. O desafio é grande, mas muito prazeroso.

Alessandra Bezerra Caldas é pastora, pedagoga, casada com o Dr. Anderson Caldas e mãe de quatro filhos. Já atua na área educacional há 20 anos e fez parte da implantação do Colégio da Comunidade, onde hoje é diretora.

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O CUIDADO DOS PAIS COM A INTERNET MARTA CRISTINA FERREIRA

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sse assunto é sério. Aliás, como tudo que se relaciona aos nossos filhos. Principalmente porque a internet veio para ficar. Segundo dados do IBOPE, nos últimos seis meses, o número de internautas de 2 a 11 anos de idade cresceu 15%. O valor é mais que o dobro do aumento registrado em toda a internet domiciliar no Brasil, que foi de 7% no mesmo período.

contato com um computador e, claro, com a internet. Esse é um mundo fascinante para eles, cheio de experiências inéditas, brincadeiras, informações, amizades... Mas, infelizmente, há RISCOS. É claro que você já pensou nisso. Essa é a principal preocupação atual dos pais e educadores em função das dezenas de notícias que mostram os perigos da internet. E o grande vilão é a PORNOGRAFIA.

De acordo com uma pesquisa feita em sete países, as crianças brasileiras são as que entram mais cedo em redes sociais – com a idade média de nove anos. Um estudo feito pela empresa de segurança Trend Micro, aponta também que os pais brasileiros são os menos rígidos: cerca de seis em cada dez filhos dos entrevistados podem ter perfis nesse tipo de site.

De acordo com a Safernet, ONG brasileira criada para ajudar no combate a crimes cibernéticos, as denúncias sobre pornografia infantil na internet lideram as ocorrências. Somente no mês de abril deste ano foram mais de 2.700 denúncias.

O acesso ao mundo virtual é irreversível! Cedo ou tarde, os filhos terão

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O que fazer para que seu filho não caia nesse tipo de armadilha? Conversar, acompanhar, supervisionar e conversar de novo. Em Deuteronômio 8.7 a orientação bíblica é clara: “É preciso que você converse sobre essas leis (os

mandamentos de Deus) quando estiver em casa, quando estiver andando por algum caminho, na hora de dormir e logo ao despertar”. As crianças precisam ser ensinadas e confrontadas pela Palavra de Deus, de maneira intencional e em todas as situações da vida. Resumindo, os filhos precisam ser discípulos dos pais! Ouvi recentemente que o problema das redes sociais, e de outras tecnologias, é que elas criam oportunidades que antes não existiam. Com mais possibilidades, as pessoas pecam mais. Ora, se essa lógica estiver certa, os antigos não pecavam então. Mas isso não é verdade. A verdade é que o recurso tecnológico em si é bom, o problema é o uso que se faz dele! Como as crianças não têm discernimento e maturidade para reconhecer o perigo, cabe a nós, pais conscientes, a missão de orientar e supervisionar


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nossos filhos. A questão é simples: os mesmos princípios, valores e ética cristã que você ensina para o seu filho no dia a dia, ou seja, na “vida real”, valem na realidade virtual! A educação é uma só. Não se pode xingar pessoalmente, não se pode xingar em chats de bate papo também. Lembramos aqui o clássico texto de Provérbios 22.6 na versão esclarecedora da Bíblia A Mensagem: “Mostre a direção da vida para seus filhos – e mesmo quando forem velhos, eles não se perderão”. Portanto, para poder ensinar seus filhos, ou mostrar a direção da vida, você primeiro precisa aprender. Se você for uma pessoa que sabe lidar com esse universo online de maneira adequada e eficiente, com certeza terá as habilidades necessárias para ensinar as futuras gerações, ou melhor, vai inspirá-las a desejar aprender com você! O exemplo é a melhor forma de ensinar. Então responda: Quanto do seu tempo é gasto na internet? Quanto desse tempo você realmente precisaria despender nesse uso? Se você fizesse um gráfico para avaliar a utilização do seu tempo diário, qual fatia seria a maior?

COMO ACOMPANHAR OS “CLIQUES” DE SEU FILHO •

Para crianças menores, de quatro e cinco anos, os especialistas são unânimes: só deixe seu filho usar a web quando você estiver junto. Afinal, “acidentes” acontecem: vai que um spam nada desejável aparece bem na frente do seu filho!

Limite o tempo que o seu filho passa no computador, celular ou tablets. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o tempo máximo por dia em frente às telas é de duas horas.

Navegação, só em horários estabelecidos, tanto para que ela aconteça quando você estiver por perto como para evitar o abuso de tempo. O mesmo vale para você. Se você é aficionado e passa horas online, não poderá impor limites aos filhos.

Não deixe que a estadia no mundo virtual atrapalhe a rotina da criança: não dá para comer com o iPad na frente, ou não querer ir tomar banho porque prefere jogar!

O computador também não deve ficar no quarto. Apesar de se dizerem preocupados com o conteúdo acessado pelos filhos, 57% dos pais brasileiros deixam os filhos entre oito e 14 anos terem um PC no quarto, de acordo com levantamento do canal infantil Nickelodeon.

Se seu filho usa redes de relacionamento, como Facebook, instrua-o a não postar fotos e informações confidenciais, como endereços, telefones e locais que frequenta. O ideal é verificar também o “estilo” das fotos que são postadas!

Não se pode combater o que não se conhece. Se você tem alguma resistência – ou preguiça – de navegar na internet, enfrente já. Frequente as comunidades de que seus filhos participam e aprenda os recursos do seu computador para poder checar o que anda sendo feito nele.

Converse com seu filho sobre o que ele faz na web, pergunte quem são os amigos do grupo de mensagens instantâneas. Faça disso um hábito.

Se ele contar a você algum episódio incomum, ouça sem alarde ou broncas. Não o amedronte. Escute e aproveite a chance para conversar com calma.

Para ajudá-los, há os “programas de controle parental”, que podem bloquear o acesso a sites e limitar o tempo de uso da internet, até permitir o monitoramento online à distância do que seu filho está fazendo no computador. Informe-se sobre isso!

“Nessa vida tudo tem sua hora; há um tempo certo pra tudo!” Eclesiastes 3.1 (A Mensagem). Veja a advertência do apóstolo Paulo: “Prestem atenção na sua maneira de viver. Não vivam mais como os ignorantes, mas como os sábios. Os dias são maus; por isso aproveitem bem o tempo que vocês têm.” Efésios 5.15-16 (NVI).

Marta Cristina Ferreira é psicóloga, casada com o pr. José Tadeu, é mãe de dois filhos e atua no Ministério com Casais na igreja Sede,

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MATERNIDADE BENDITA! PATRÍCIA BEZERRA

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aqui a alguns dias, iremos comemorar o Dia das Mães. É uma invenção de Deus. Na verdade, uma reinvenção! No dia citado pelo versículo acima, Deus reinventou a maternidade, pois até então, ela seria só um modo pelo qual a humanidade se multiplicaria e tomaria o mundo, cuidaria de tudo. Mas a partir do dia em questão, a maternidade tornou-se a grande esperança da Humanidade. Deus poderia, naquele momento, decidir pela destruição de tudo, porque o homem tinha rompido com Ele. Mas, naquele dia, para espanto de todos, o que Deus fez, foi reinventar a maternidade, dizendo que da descendência da mulher viria o Salvador deste mundo, seria fruto do seu ventre - uma mãe cujo filho seria o nosso Redentor! Do

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POREI INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER, ENTRE A TUA DESCENDÊNCIA E O SEU DESCENDENTE. ESTE LHE FERIRÁS A CABEÇA E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR. (GN 3:15)

ventre de uma mulher, que só Deus conhecia, nasceria Aquele que nos livraria da Lei do Pecado e da Morte para sempre. Quando a gente celebra o Dia das Mães, a gente comemora a reinvenção da maternidade. Comemoramos a escolha do Pai por colocar, na mulher, toda a esperança da Humanidade. Contrariando toda a impressão e lógica do texto de punição, Deus traz a mulher para o centro do palco e diz “de você nascerá o Salvador”. Deus continua contando com as mulheres desde esse evento. Mulheres que se tornaram parceiras dEle na História. Mulheres que O amaram e confiaram nEle a ponto de entregar seus próprios filhos. Mulheres que se entregaram a Ele para gerar Seus heróis,

para cuidar daqueles em cuja vida Ele tinha um propósito, a quem Ele tinha escolhido para fazer Sua vontade. Foi assim, por exemplo, quando a mãe de Moisés teve a coragem de enfrentar a Faraó. Quando Israel começou a ser oprimido pelos filisteus, que queriam devorar aquela nação. O Senhor contou com uma mulher que nem nome teve: a esposa de Manoá. Um anjo disse a ela: Deus precisa de você, Ele precisa que você dê à luz uma criança, um homem que Ele vai dotar de poderes extraordinários – como um super herói nos dias de hoje - para libertar o Seu povo. E assim nasceu Sansão. Nasceu de uma mulher que não teve medo dos filisteus, nem toda opressão que eles impunham! E sobre Rebeca? Quando olhamos para ela, que instruiu seu filho Jacó,


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muitas vezes nos perguntamos: era mesmo preciso ter falado a ele que se passasse por seu irmão mais velho para receber a bênção de seu pai? Mas, por vezes, a gente se esquece de que Rebeca fez aquilo porque não se esqueceu do que Deus tinha dito: que o primogênito era o mais novo, e não o mais velho; que Deus tinha um pacto com aquele que nasceria em segundo lugar; que aquele que deveria ser abençoado por Isaque era Jacó e não Esaú. Isaque se esqueceu disso. Mas Rebeca não. É interessante como uma mãe não se esquece do que Deus diz a respeito de seus filhos, das promessas que Ele faz a respeito deles. Então, no Dia das Mães, o que se comemora é muito maior. Comemoramos um novo pacto, celebramos um Deus que, num mundo onde só o homem mandava (sociedade patriarcal), fez aliança com as mulheres, contou com as mulheres, dirigiu-se às mulheres, procurou-as, teve nelas algumas de Suas maiores guerreiras, Suas principais companheiras, Suas principais

aliadas. Foi assim com a mãe de Sansão, com Ana, e, claro, foi assim com Maria, de quem nasceu o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. O Cordeiro de Deus era filho de uma jovem adolescente, a quem Deus também chamou para ser sua parceira. Deus continua fazendo parceria comigo e com você, mãe, mulher. Sim, pois toda mulher, mesmo que não possa ter filhos, é uma mãe por excelência. A mulher possui dentro dela a vocação para a maternidade. Por essa razão, Ele continua nos pedindo que entreguemos nossos ventres, o fruto neles gerado. Ele pede que cuidemos dos Seus futuros profetas, que sejamos a expressão do amor do Pai por eles, e, assim os levemos a amá-lo como o amamos. Ninguém melhor para comunicar o amor do que uma mãe! Dia das Mães pra nós, então, vai muito além de um evento comercial. Quando celebramos esse dia, nós estamos celebrando o fato de que Deus fez das mulheres Suas parceiras especiais, e todas as vezes que nós observamos uma mulher que carrega nos seus braços seus filhos, sejam eles naturais ou do seu coração, nós sabemos que o mesmo Deus continua em aliança conosco, acreditando e investindo todo o Seu amor em nós. Então, nesse dia, que se tornou muito mais cheio de significado, depois de perceber toda a manifestação de amor, graça e misericórdia por parte do nosso Deus, eu gostaria que ficasse muito claro e patente para você, mãe, o enorme privilégio e honra que tem como parceira de Deus. Foi isso o que Ele disse lá em Gênesis, capítulo três, virando-se para a mulher execrada pelo marido que colocara sobre ela, toda a responsabilidade pelo

que tinha acontecido no Éden, sem perceber ainda que o início de uma história de dor e sofrimento se avizinhava em consequência daquele ato. Naquele momento, aquele ser que parecia ser o mais humilhado e rejeitado de todos, sobre quem estava o maior de todos os pesos, ouviu de Deus: “Eu estou fazendo uma aliança com você. A sua descendência esmagará a cabeça da serpente”. E ali Deus a colocou de novo no palco e todas as luzes se voltaram para ela. Esse mesmo Deus também trouxe você para ser parceira dEle. Ele comissionou e honrou você com esse chamamento... As luzes estão acesas e o cenário preparado. Ele pede para que você entre em cena mulher! Faça o que Ele chamou você para fazer antes da fundação do mundo... E depois? Ora, receba os aplausos do seu Pai – em pé! Precisa de mais alguma coisa nessa vida? Feliz parceria com Deus, feliz Dia das Mães!

PATRÍCIA BEZERRA, psicóloga e vereadora de São Paulo. Única nova mulher eleita para a Câmara Municipal de São Paulo. Autora do projeto de lei que institui o parto sem dor em São Paulo. Casada com Carlos Bezerra Jr. Parceira de Deus, que deu a ela a alegria de ser mãe de duas adolescentes incríveis – Giovanna e Giulianna. Tem outras ideias sobre esse assunto? Escreva para vereadora@patriciabezerra.com.br. Até!

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HOMENS DE RUA REDAÇÃO

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O QUE A IGREJA PODE FAZER A RESPEITO? ATÉ QUANDO FICAREMOS À MARGEM DESSA DURA REALIDADE?

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Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP, recenseou quase 15.000 indivíduos em situação de rua em São Paulo. A pesquisa indicou que 80% deles são homens. Perguntados sobre os motivos que os levaram à rua, 42% foram por brigas familiares, 26% por consumo de álcool ou drogas e 32% por desemprego, finanças ou problemas com a justiça. Muitos deles perderam, ou não têm documentos, dependem de doações de alimentos, têm dificuldades com higiene pessoal e vivem expostos a situações de violência física e sexual. Diante desse quadro, o que podemos fazer para ajudar? Como a Igreja pode devolver a dignidade e a cidadania a estes homens? O evangelho salva o homem todo: espírito, alma e corpo, regenerando-o para uma vida mais elevada. Pensando assim, o pastor Carlos Alberto sonha com um projeto que acolha e transforme esses moradores de rua.

1. TRIAGEM: Identificar o morador de rua que deseja mudança. Nessa etapa, apresenta-se o projeto de Deus para a salvação, transformação do homem e nova identidade em Cristo. É a fase dos cuidados pessoais básicos e levantamento das informações sobre a pessoa. Os que passam por essa etapa são encaminhados para o Centro de Recuperação.

2. CENTRO DE RECUPERAÇÃO: Nessa etapa, eles têm atividades ocupacionais e cooperam para a manutenção do próprio local. Colhem o que plantam. Um acompanhamento espiritual aprofunda e alicerça uma experiência com Cristo. Eles devem contar com um serviço médico e odontológico. Ao final desse processo, começa a fase de reintegração social e familiar

Em março passado, o nosso pastor enviou o Marcelo Bezerra e o Celso Barnabé até a Missão Vida em Anápolis/GO, para conhecerem o trabalho do pastor Wildo Gomes dos Anjos. Eles puderam acompanhar Dar auxílio e assistência até que cada ex-interno encontre homens em estado de mendicância que são transforum trabalho e condições para retomar a vida normal. mados pelo evangelho e por uma ação social de recuperação e reintegração na sociedade. Hoje, na Missão Vida, muitos voluntários, funcionários e até pastores O plano da Comunidade da Graça é aproveitar o Vale da Graça I, em Igaratá, para sediar o projeto. O pastor Carlos Alberto são antigos moradores de rua. conta com a nossa oração e participação neste tipo de ação A partir dessa visita, verificou-se a necessidade de de- transformadora. O desafio é grande, mas como diz o nosso senvolver 3 etapas para a implantação desse projeto pastor, “quando Deus nos dá uma visão, dá também a provisão e as pessoas de coração envolvido”. aqui em São Paulo:

3. CENTRO DE REINTEGRAÇÃO:

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a famĂ­lia texto e contexto aconteceu

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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família sonhospossíveis Pensar que a Célula seja apenas um encontro semanal. Um encontro por semana é muito pouco e não produz um resultado consistente na vida das pessoas. O dirigente precisa promover visitas, encontros, passeios ou festas que saiam da rotina da Célula. Os membros do grupo precisam estar envolvidos num relacionamento profundo e diário uns com os outros. Há várias formas de se provocar isso.

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Na reunião da Célula, o dirigente é quem prega. O dirigente não é um pregador, mas sim um facilitador da comunicação entre os membros. Todos precisam falar. A beleza do grupo menor está nisso. É necessário que o dirigente esteja sensível ao Espírito Santo para estimular os que são tímidos e, às vezes, “segurar” aqueles que são extrovertidos e tendem a tirar o foco do tema proposto. A arte de fazer perguntas é indispensável ao bom dirigente de Célula, pois facilita o desenrolar da comunicação e estimula o pensamento e compreensão da palavra compartilhada. Jesus fazia perguntas aos seus discípulos ao invés de dar todas as respostas.

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10 ERROS QUE UM DIRIGENTE DE CÉLULA NÃO PODE COMETER AGNALDO FERNANDES, PR.

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maior necessidade e, ao mesmo tempo, honra de qualquer pessoa, é a de ser Igreja, de encontrar seu espaço e funcionalidade como membro do corpo liderado pelo seu dono – o “cabeça” – Jesus Cristo. Apesar de cada integrante da igreja ter funções particulares e dons específicos, há um comando comum que parte do Senhor para todos os membros deste corpo, que se expressa através de uma ordem clara e objetiva: Ir e fazer discípulos. Creio que a melhor maneira de obedecer a essa ordem é através das Células. O Espírito Santo quer impactar, convencer e alterar o destino de famílias por meio dos grupos nos lares. Mas para isso acontecer, Jesus precisa encontrar na terra um dirigente de

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Célula fiel, ensinável e disponível. Alguém apto para ser aprovado e usado na vida da igreja. A grande bênção é que Deus está a nosso favor. Ele é o maior interessado no êxito de uma Célula. É extremamente importante, então, que um dirigente esteja na plena consciência de atitudes que podem atrapalhar ou impedir o sucesso de uma Célula, considerando que o Espírito Santo, que não falha, é quem confere o crescimento. O grande ministério de um dirigente de Célula não é o de fazer acontecer, mas sim o de não atrapalhar o que o Espírito Santo quer fazer. Por isso, vale lembrar dez erros que um dirigente de Célula não pode cometer (é claro que existem outros, mas vou me concentrar nesses):

O Espírito Santo controla tudo e o dirigente não precisa preparar a reunião. O dirigente deve planejar e preparar o ambiente para que o Espírito Santo se mova nas quatro fases da reunião da Célula, denominadas de 4 Es:

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Encontro (nós para nós). Conhecido também como quebra-gelo, momento em que os membros se descontraem e é exposta a introdução do tema a ser abordado.


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Exaltação (nós para Deus). Adoração a Deus com música e clamor para que o Espírito Santo tome conta do encontro. Edificação (Deus para nós). A Palavra de Deus é compartilhada de forma clara, objetiva, envolvente e aplicável na vida de cada um. Evangelismo (nós para o mundo). Mediante o tema discutido, o grupo designa ações para alcançar os perdidos e ora por aqueles que pretendem alcançar. Se o trabalho tem que ser bem feito, então o dirigente é quem tem que fazê-lo. O dirigente precisa delegar tarefas aos membros para o encontro semanal (ex.: escolha do louvor da Exaltação, orações, quebra-gelo, decoração de festa) e para os demais dias (ex.: visita, telefonema, carta, discipulado). Todos os membros precisam sentir-se úteis no corpo para crescerem saudáveis.

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seu supervisor, antes de colocá-las em prática. Deus se revela a cada um, não é preciso ministrar o boletim. Deus ordena que sua Igreja seja unânime, viva sob uma mesma visão, onde todos concordem uns com os outros no pensar, falar e agir. Ministrar o boletim atrai a presença de Deus à Célula e espanta espíritos de divisão e rebelião do meio do grupo e da igreja. O dirigente que utiliza o boletim, ou delega para alguém do grupo ministrar, está dando um sinal claro de sintonia com a igreja e submissão em amor ao pastor principal.

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Célula grande significa Célula saudável. Célula grande precisa se multiplicar. Num grupo grande os membros se escondem e, automaticamente, seus problemas e pecados não são expostos e tratados. O dirigente não pode se acomodar com essa situação. Se uma Célula cresce e não se multiplica, adoece. Ela perderá pessoas até se extinguir, caso nada seja feito.

O boletim é completo e o dirigente só precisa lê-lo. O dirigente tem que estar transbordando do assunto do boletim. Leitura sem interpretação e sem revelação é cansativa e ineficiente. Além disso, cada Célula vive uma realidade diferente. Às vezes, por exemplo, há um problema comum instalado no grupo. O dirigente pode adaptar, de maneira sábia e amorosa, o assunto do boletim àquela situação específica. Por exemplo, se o boletim trata sobre finanças, o dirigente de uma Célula de adolescentes precisa de graça para ministrar esse assunto sem ignorar a realidade de vida do grupo. O ponto 7 revela um extremo, este ponto revela outro. A intimidade com o Espírito Santo confere equilíbrio à vida do dirigente.

A Célula é responsabilidade do dirigente, então ele decide tudo sozinho. Só há um dono da Célula: Jesus Cristo. O Senhor não abençoa aqueles que não se submetem a uma cadeia de autoridade. Cobertura espiritual é uma bênção e o dirigente precisa compartilhar todas as decisões da Célula com o

O dirigente deve investir de igual modo em cada membro da Célula. Sim, mas não sempre, apenas até que ele descubra um auxiliar em potencial. Após descobri-lo, ele continua cuidando dos membros, mas investe mais tempo no discipulado e formação do(s) auxiliar(es), a fim de que se tornem bons dirigentes. Je-

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sus cuidava de doze, era mais próximo de três e mais íntimo de um. Muitos pensam que a grande missão de um dirigente é multiplicar a Célula, mas não é. A grande missão de um dirigente é gerar outro dirigente, e então Deus envia o crescimento para uma multiplicação natural. Além do discipulado, com utilização do trilho de treinamento e das tarefas delegadas, o treinamento de um auxiliar deve acontecer no seguinte processo: 1. O dirigente faz e o auxiliar observa; 2. O dirigente faz e o auxiliar ajuda; 3. O auxiliar faz e o dirigente ajuda; 4. O auxiliar faz e o dirigente observa. A oração é mais um item importante na vida do dirigente. A oração tem que ocupar o primeiro lugar na lista de prioridades do dirigente. Toda estratégia, treinamento e tudo o que um dirigente fizer para Deus, sem dependência na oração, será perda de tempo. O dirigente precisa orar antes de tudo. Precisa sair do plano da intenção de orar, para uma vida significativa de oração diária. Dando o exemplo de uma vida de oração, os auxiliares e demais membros da Célula irão pelo mesmo caminho. Todos colherão os resultados maravilhosos e sobrenaturais decorrentes da dependência absoluta e irrestrita a Deus.

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Aguinaldo Fernandes é pastor na Comunidade da Graça em Ermelino Matarazzo, membro do Conselho de Supervisores, é representante comercial, é casado com a pra. Lisabete e pai de 3 filhos maio 2013 | comuna | 23


Fotos: JĂŠssica Goes

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CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

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EM ATOS DOS APÓSTOLOS ENCONTRAMOS O QUADRO DA IGREJA COMO UMA COMUNIDADE DE PESSOAS UNIDAS PELA EXPERIÊNCIA DE ARREPENDIMENTO E FÉ

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o Novo Testamento destacam-se, entre outras, três expressões que mostram o caráter e a natureza da Igreja:

A primeira é a Igreja como templo. A ideia principal é o conjunto de filhos de Deus numa localidade constitu¬indo o lugar da morada de Deus (1Co 3.16). É onde Deus é adorado e os redimidos se reúnem para aproximar-se dEle (Mt 18.20). Neste contexto, tomam consciência do Seu glorioso ser, invocando Seu nome em intercessão e agradecimentos. Os membros são sacerdotes, intercessores, amigos de Deus e amigos dos homens. Sem esta visão, a tendência é a perda da dinâmica espiritual e a mornidão (Ez 22.30; Is 59.15-16). A segunda é a Igreja como corpo (Ef 1.22-¬23; 4.15; Cl 1.18; 1Co 12; Rm 12). Os ministérios e serviços são realizados por seus membros. Cristo é o Cabeça, e os cristãos são membros do Seu Corpo, preparados para continuar a mesma obra e ministério, servindo e ensinando a outros. A terceira é a Igreja como povo (At 5.14; 18.10; Rm 9.2526; Tt 2.14; 1Pe 2:9; Ap 18:4). Não são figuras, como templo e corpo, mas homens e mulheres vivendo na carne, habitando em casas, convivendo com a família, trabalhando e se desenvolvendo com os outros numa relação de compromisso. É um estilo de vida diário em que os irmãos vivem sem¬pre experimentando a vontade de Deus, em casa, no tra¬balho ou na comunhão diária com os outros irmãos. A maior ênfase está mais no aspecto prático do que no místico, pois dentro do conceito de povo destacam-se as normas criacionais de Deus, e não somente os aspectos da re-

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denção (por exemplo, o casamento é criacional; pre¬gar e expulsar demônios são atividades derivadas da re¬denção). Esclarecemos que, se a Igreja não for um bom templo e corpo de serviço, não poderá ser um bom povo. Se os filhos de Deus na Terra não viverem entre si como verdadeiros irmãos – como um povo –, sua expressão de templo e corpo será muito débil. Essas duas expressões devem estar arraigadas dentro do marco da Igreja como povo, confundindo-se então as três expressões numa só coisa (Rm 12).

O PROPÓSITO DE POVO Este propósito vem desde o Éden, pois se Adão não tivesse pecado, Deus teria seu povo mediante a multipli¬cação da raça humana. Pela redenção através de Jesus, Deus alcançará seu glorioso propósito (Ap 1.1-4). Adão pecou e contaminou a raça humana, até que veio o juízo nos dias de Noé. Então, Deus chamou Abraão para começar a formar um povo para si mesmo. Porém, Israel também necessitou de severos castigos por sua apostasia e rebelião. Em meio a essa situação, o Espírito do Senhor revelou a Jeremias que Deus ia levantar um povo para si, profecia que nos conduz até a época da Igreja de Cristo Jesus (Jr 31.27-33; Hb 8.6-13).

AS IGREJAS QUE OS APÓSTOLOS LEVANTARAM Em Atos dos Apóstolos encontramos o quadro da Igreja como uma comunidade de pessoas unidas pela experiência de arrependimento e fé, vivendo diariamente em autêntica


comunhão, na qual predominava a relação de compromisso mútuo (At 2.41,47; 4.32; 13.21). Alegravam-se por estarem juntos e comiam juntos; ninguém dizia ser propriamente seu nada do que possuía. Vendiam propriedades para que nenhum dos irmãos sofresse necessidades, atendiam com especial cuidado a todas as viúvas. Eram caracterizadas por serem autênticas comunidades de compromisso. Chegavam a ser pequenas coletividades dentro da sociedade pagã (Fp 3.20).

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA COMO POVO •

Ênfase nas relações humanas entre os redimidos, maior, algumas vezes, do que com os familiares carnais (Mt 12.46-50). Estilo de vida diária baseado no amor, no serviço e no perdão (Hb 13.1; Gl 5.13; Ef 4.32). Envolve todas as áreas da vida humana (sem fazer distinção entre o natural e o espiritual, ou entre o temporal e o eterno): a família, o trabalho, os deveres sociais e civis, a saúde, a comida, os estudos, a igreja, os parentes etc.

Certas atividades cristãs, embora legítimas, não re¬presentam a Igreja como povo. Por exemplo: a Sociedade Bíblica é uma instituição útil para a Igreja, mas sua natureza não é de ser Igreja. Do mesmo modo uma organização evangelística: um orfanato, uma editora etc. Fora do âmbito cristão, consideramos os ciganos como uma expressão de tipo povo, como também os judeus ou outra coletividade baseada em laços sanguíneos e unida entre si por costumes, idioma, práticas, crenças etc. Em contraste, um grupo de músicos, de artistas, de esportistas, de políticos, ainda que tenham muito em comum, não constituem um povo, pois a totalidade de sua vida não está sujeita a compromisso.

OS ENSINAMENTOS NA IGREJA COMO POVO

O apóstolo Pedro assim descreve a Igreja (1Pe 2.9): •

Uma linhagem escolhida: refere-se à nossa des¬cendência comum (raça eleita).

Sacerdócio real: refere-se à elevada posição e ao privilégio que desfruta – o cristão verdadeiro reina em vida.

Uma nação santa: refere-se à autoridade que nos rege e às leis divinas a que nos sujeitamos.

Um povo: refere-se ao conjunto de pessoas que estão comprometidas nesta família de Deus, caracterizadas por seu comum estilo de vida.

QUEM DEVE ENSINAR

Se na Igreja como templo ensina-se a oração, a adoração e a intercessão, e na Igreja como corpo ensina-se que cada membro tem uma graça especial e que deve ministrar aos demais, diremos que na Igreja como povo o enfoque está no ensinar como viver, que é um dos propó¬sitos da salvação – o de nos redimir de nossa “maneira vazia de viver...” (1Pe 1.18).

Estamos, portanto, diante da realidade bíblica, do ca¬ráter e da natureza da Igreja de Jesus. Este corpo é vivo e santo. Manifesta-se como luz do mundo e sal da terra; como instrumento de saúde e vida para os povos, promo¬vendo justiça e santidade em meio a uma geração corrup¬ta e pervertida. Não devemos confundi-la com as organi¬zações eclesiásticas que comumente chamamos de Igreja.

O magistério oficial da Igreja (Ef 4.11-12)

Homens fiéis e idôneos (2Tm 2.2)

Os pais a seus filhos (Dt 6.5-9; Ef 6.4; Cl 3.20; 1Tm 3.4-5)

Eventualmente, todos ensinam (Hb 5.12; C1 3.16; Tt 2.3 Extraído do livro ‘Apascentai o Rebanho’, de Carlos Alberto de Quadros Bezerra, editora Fôlego

A Igreja de Jesus, muitas vezes, existe na clandestini¬dade, sendo perseguida e rejeitada. Ela é um organismo vivo a serviço da implantação do reino de Deus entre os homens e expressa seu caráter manifestando sua vida e refletindo a glória daquele que é a cabeça: Cristo.

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CADA MEMBRO, UM MINISTRO

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primeira vez que ouvi a expressão “CADA MEMBRO, UM MINISTRO” foi no ano de 1997, quando participava de um seminário realizado na cidade de Curitiba, no Paraná, ministrado pelo Dr. Ralph Neighbour, principal palestrante do evento.

Confesso que no momento em que ouvi a expressão “CADA MEMBRO, UM MINISTRO”, fiquei muito incrédulo quanto a essa verdade apresentada. Mas os anos foram se passando e, aos poucos, fui entendendo que este é um modelo bíblico; que está é a vontade de Deus, o Pai, para todos os Seus filhos; ou seja, cada um de nós que creu no Evangelho e entregou-se incondicionalmente a Cristo. Fui descobrindo, examinando a Bíblia nesta nova perspectiva, que o movimento de crescimento do cristianismo se deu através de pessoas comuns; de gente simples, sem muita instrução ou preparo acadêmico. Nomes estranhos e incomuns, de personagens que nunca tiveram grandes títulos, foram surgindo diante dos meus olhos. Nomes como: Epafrodito, Áquila e sua esposa Priscila, Epêneto, Maria (sem sobrenome), Andrônico, Júnias, Amplias, Urbano, Estáquis, Apeles, Herodião, Narciso, Trifena e Trifosa, Pérside e Olimpas, e outros. Assim prossegue a lista dos “anônimos”, conforme o reconhecimento que o grande apóstolo Paulo fazia para honrar todos aqueles que haviam sido seus companheiros de ministério, e portanto, grandes responsáveis na expansão e consolidação da missão que o Senhor lhe confiara. Este princípio, que enfatiza a importância e função que cada membro tem na igreja, foi se confirmando ainda mais, na medida em que nós, da Comunidade de Graça, fomos nos envolvendo mais profundamente na visão da Igreja do Novo Testamento, que considerava cada membro como um ministro, como um servo capaz de frutificar para Deus.

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OSMAR MISAEL DIAS, PR.

Lembro-me claramente de uma supervisão que fiz numa Célula que pertencia ao Distrito que eu sirvo. Naquela visita, fiquei chocado com a simplicidade e falta de recursos do líder do grupo. No meu olhar crítico e fundamentado em paradigmas, num modelo que eu mesmo havia construído na minha mente, um líder de Célula deveria reunir outras qualidades como: eloquência, capacidade dinâmica, alta capacidade intelectual, alto carisma, presença marcante, entre outras qualidades. No exato momento em que eu me limitava a acompanhar a maneira simples, e com certa dificuldade na leitura, fora a pouca eloquência daquele líder, disse a mim mesmo: “Eu nunca participaria de uma Célula com um líder como esse”. Ao final do encontro, enquanto conversava com os membros daquela Célula, ouvindo os depoimentos de cada um, fui tomando conhecimento de como aquele líder os servia, amava, socorria em momentos de lutas, muitas vezes atendendo-os até mesmo pelas madrugadas. Os membros daquela Célula também eram pessoas simples, com poucos recursos e pouca instrução, mas se sentiam supridos e amados por aquele líder. Naquele momento, o Espírito Santo de Deus me chamou a atenção me dizendo algo que ficaria para sempre marcado no meu coração: “Talvez você nunca participasse de uma Célula liderada por este homem, mas também não teria a mesma graça que ele tem para pastorear estas pessoas que estão ligadas a ele”. Envergonhado, aprendi imediatamente uma grande lição que as Escrituras nos ensinam há muito tempo: “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração.” 1 Samuel 16:7


Os anos foram se passando, eu fui amadurecendo, conferindo os princípios das Escrituras e permitindo que minha mente fosse renovada pelo poder da Palavra de Deus (Romanos 12.1-2). Aos poucos, fui descobrindo, por revelação do Espírito Santo de Deus, pois isso jamais partiria de mim mesmo, o que Ele quis dizer através do apóstolo Paulo: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.” Efésios 4:11-13 Em outras palavras, o papel dos líderes principais, mais maduros e experientes – apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres – é o de preparar, aperfeiçoar, treinar, capacitar, instruir os santos, os membros comuns da igreja para que eles mesmos façam a obra e edifiquem o corpo de Cristo, que é a Igreja. Para isso, precisamos ver as pessoas das nossas comunidades e das nossas Células como Cristo as vê. Precisamos enxergá-las não como são no presente, mas sim como serão no futuro. É preciso olhar com o mesmo olhar que Cristo dirigiu à mulher samaritana. Enquanto muitos a viam como uma mulher fútil e insaciável, Ele, o Mestre, podia vê-la como uma missionária. O Senhor também olhou para o endemoninhado de Gadara como um missionário, embora todos o vissem como uma ameaça àquela comunidade. Por isso, logo depois de libertá-lo de todos aqueles demônios, opressões, e vendo nele o desejo que

tinha de segui-lo, Jesus o impediu, dando-lhe uma outra missão não menos importante: “Quando Jesus estava entrando no barco, o homem que estivera endemoninhado suplicava-lhe que o deixasse ir com ele. Jesus não o permitiu, mas disse: ‘Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você’. Então, aquele homem se foi e começou a anunciar em Decápolis quanto Jesus tinha feito por ele. Todos ficavam admirados.” Marcos 5:18-20 Enfim, se não quisermos perder a grande colheita que o Senhor está enviando para os últimos dias, temos que romper com nossos paradigmas e estereótipos. Precisamos começar a ver cada membro de nossas Células, comunidades e igrejas, como ministros de Jesus. E então criarmos as estruturas necessárias para capacitá-los de modo que cumpram fielmente a missão que Cristo deixou. Você consegue imaginar uma cena mais linda do que essa, onde cada membro é um ministro?

ESTE PRINCÍPIO, QUE ENFATIZA A IMPORTÂNCIA E FUNÇÃO QUE CADA MEMBRO TEM NA IGREJA, FOI SE CONFIRMANDO AINDA MAIS, NA MEDIDA EM QUE NÓS, DA COMUNIDADE DE GRAÇA, FOMOS NOS ENVOLVENDO MAIS PROFUNDAMENTE NA VISÃO DA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO,

PRECISAMOS COMEÇAR A VER CADA MEMBRO DE NOSSAS CÉLULAS, COMUNIDADES E IGREJAS, COMO MINISTROS DE JESUS.

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A TAREFA DOS CAPACITADORES DO MINISTÉRIO QUÍNTUPLO QUAL É A TAREFA DOS CAPACITADORES DO MINISTÉRIO QUÍNTUPLO? De acordo com Efésios 4:11-13, Cristo Distribuiu os dons de apóstolo, profeta, evangelista e pastor-mestre para treinar os cristãos no serviço, hábil, para trabalhar no corpo de Cristo, a igreja, até que estejamos todos caminhando de forma sintonizada e harmoniosa uns com os outros, e sejamos eficientes e graciosos na resposta ao Filho de Deus, adultos totalmente maduros, totalmente desenvolvidos dentro e for a, totalmente vivificados em Cristo.” (Bíblia na versão A Mensagem). Esses cinco dons de Cristo ao seu corpo foram dados para a capacitação, não para a direção. O cabeça do corpo é Cristo! Os que estão maduros no corpo devem preparar os membros do corpo, não controlá-los. À medida que Cristo guia o seu corpo aos seus lugares de ministério, esses cinco ministros servos não estão acima dos membros, mas lhes dão apoio e os equipam. Uma unidade básica do corpo de Cristo é composta de um grupo pequeno que tem uma esfera especial de influência constituída de pessoas que os membros do grupo conhecem, bem como os limites geográficos e as habilidades e talentos que eles têm. Se eles forem desafiados pela equipe de capacitação a ouvir e responder ao desejo apaixonado de Jesus de penetrar essas esferas, ele os conduzirá às pessoas que experimentarão a sua presença e poder. Cada unidade básica do corpo de Cristo encontra o seu alvo quando Cristo a conduz. Um exemplo disso ocorreu quando os discípulos estavam gostando de batizar pessoas em Jerusalém (João 4:2). Cristo os intimou

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RALPH NEIGHBOUR JR.

a ir ao lugar ao qual pendia o coração do Pai – o desprezado território de Samaria. Se ele não os tivesse guiado para lá, eles nunca teriam escolhido ir por iniciativa própria.

Minha descoberta pessoal Há muitos anos, enquanto eu pastoreava “O Povo que se Importa” (nome informal de uma igreja em Houston/EUA), o Senhor me ensinou que a responsabilidade da equipe pastoral de uma igreja é equipar as unidades básicas do corpo de Cristo para o ministério, e não criar ministérios e então sair à procura de voluntários. Eu não sabia como isso aconteceria, mas decidi martelar essa verdade nos meus sermões. Durante muitas semanas, preguei sobre um tema: “Se vocês prestarem atenção, Jesus os guiará ao grupo de pessoas que ele quer alcançar por meio de vocês”. Finalmente, a esposa de um dos diáconos chamada Ana veio à minha sala no escritório da igreja e disse: “Pastor, tenho perguntado a Jesus quem na nossa região ele quer que a gente alcance, exatamente como o senhor nos desafiou. Temos dezenas de mulheres japonesas no nosso bairro que se sentem presas em casa. Os maridos delas as deixam em casa enquanto eles trabalham o dia todo e ainda muitas horas extras ou estão viajando a serviço como executivos. Essas mulheres não falam inglês, não entendem a nossa cultura, nossa maneira de cozinhar, nem


O CABEÇA DO CORPO É CRISTO! OS QUE ESTÃO MADUROS NO CORPO DEVEM PREPARAR OS MEMBROS DO CORPO, NÃO CONTROLÁ-LOS.

conhecem os nossos costumes. Elas estão totalmente esquecidas e terrivelmente solitárias!”. Ela continuou me mostrando os resultados da sua pesquisa. Ela queria usar o método de alfabetização Laubach para ensinar inglês como segunda língua. Ela até descobriu onde essas mulheres compravam a sua comida e recebeu permissão para colocar cartazes nas janelas dos mercados. Ela concluiu a sua apresentação dizendo: “Ralph, Deus já me deu até um nome para o ministério: HOPE: ‘Helping Others Practice English’ [= Esperança: Ajudando outros a praticar o inglês]”. Naquela época, tínhamos 20 unidades básicas do corpo de Cristo que ainda não tinham descoberto uma visão de evangelismo. Eu disse: “Ana, quando nos encontrarmos no domingo, quero que você fale à igreja. Diga a ela o que Cristo mostrou a você e convide qualquer mulher que quiser participar de um grupo HOPE a se ajuntar a você”. Ela o fez, e em torno de oito mulheres vieram à frente comoo voluntárias. Impusemos as mãos sobre elas e separamos o primeiro grupo HOPE. Elas formaram uma unidade básica do corpo criada por Deus e guiada por Cristo! Essas mulheres abriram suas casas e trabalharam com as mulheres japonesas que vieram em grande número para participar. Em seis meses, já havia várias unidades básicas HOPE e dezenas de mulheres japonesas que tiveram um encontro com o Rei e escolheram segui-lo. Vários maridos e filhos também foram acrescentados à nossa comunidade.

Os grupos HOPE continuaram por diversos anos. Tantas famílias aceitaram a Cristo que contratamos mais um casal jovem para pastorear essas famílias japonesas. Tanto marido quanto esposa eram filhos de missionários e haviam crescido no Japão. Foi um arranjo perfeito na hora certa. Isso foi só o começo! À medida que as unidades básicas do corpo de Cristo captaram a visão de seguir as orientações de Cristo, mais de uma dezena de grupos-alvo foram iniciados – todos resultantes de indivíduos e grupos que deram atenção à voz dele. Diversas unidades básicas do corpo se reuniram para estabelecer o alvo de um segmento da comunidade que precisava de um relacionamento com Cristo por meio dos dons, talentos e preferências dos membros.

Extraído do livro Unidades Básicas do Corpo de Cristo, de Ralph Neighbour Jr. Ministério Igreja em Células no Brasil

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COMUNIDADE DA GRAÇA EM BRAGANÇA PAULISTA/SP

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cidade de Bragança Paulista, com aproximadamente 150 mil habitantes, fica a 90 km da capital de São Paulo e é, atualmente, a sede de um importante polo econômico no estado. No século XVII, a conhecida região Bragantina exercia papel importante na história do Brasil, por intermédio de bravos conquistadores: os Bandeirantes. Tornou-se grande produtora de café, principal produto de exportação da época do Império. Com clima adequado e a fertilidade dos solos, inúmeras fazendas da região tornaram-se modelo, não somente pela produtividade, mas pelo requinte de suas edificações – verdadeiros palácios – reflexo do acúmulo do capital do café.

O NASCIMENTO DA COMUNIDADE DA GRAÇA EM BRAGANÇA PAULISTA

Fotos: Divulgação

visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família sonhospossíveis

Da casa, em pouco tempo, passaram a se reunir em um salão em cima de uma antiga padaria. Com o lugar lotado, mudaram para um salão de festas e daí, para o primeiro prédio que abrigou a igreja até o final de 1999, com aproximadamente 200 pessoas. Os primeiros discípulos enviados para servir no ministério pastoral da igreja local em Bragança Paulista foram o pastor Alencar Ribeiro e sua esposa Jacira, e o pastor Valter Sartori e sua esposa Deisi. Este último, dali a alguns anos, em 1996, iniciaria a Comunidade da Graça em Atibaia.

Em abril de 1990, a cidade de Bragança Paulista abrigou, pela primeira vez, um grupo familiar da Comunidade da Graça Sede. Nessa época, os Encontros de Paz no CPP – Centro do Professorado Paulista, promovia um forte impacto na igreja brasileira e despertava o interesse dos cristãos de todas as partes.

Em agosto de 1997, um casal de diáconos da igreja sede, Marcos Sérgio e Mírian Cristina, foi enviado pelo pastor Carlos Alberto para continuar o serviço pastoral na igreja local. Em Janeiro de 1998, Marcos e Mírian, com seus filhos Laís e Mateus, mudaram para Bragança Paulista, sendo efetivados na função pastoral da igreja local.

Foi assim que alguns jovens cristãos de Bragança Paulista conheceram, lá no CPP, os pastores Carlos Alberto e sua esposa Suely Bezerra, o pastor Adhemar de Campos e o diácono Alencar Ribeiro, que tinha uma propriedade na região. Assim, foi autorizado o início de um grupo para orar, cantar, evangelizar e aprender juntos a Palavra de Deus.

A partir daí, o casal de jovens pastores começaram a trabalhar mais efetivamente com um programa intencional de discipulado e com as Células. A multiplicação e o crescimento dos grupos e o efetivo trabalho de formação de novos líderes levou a igreja a inaugurar um novo prédio bem maior, em janeiro de 2000. Em julho de 2004, com a continuidade do crescimento, a igreja mudou para um prédio mais amplo, com uma área construída de 1000 m² e estacionamento para 100 carros, lugar que se encontra até hoje!

De maneira incansável, nossos pastores discipularam e fortaleceram o ministério que nascia com reuniões a cada 15 dias, às quartas-feiras, em uma casa muito próxima de onde hoje está instalada a sede da nossa Comunidade em Bragança Paulista.

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Recentemente, em 2006, a CG Bragança inaugurou a segunda unidade que, sob a liderança do casal de pastores Mauro


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Pastor Marcos, Mírian, e os filhos Mateus e Laís Culto de Celebração na Comunidade da Graça em Bragança Paulista

e Rosangela, está estabelecida na zona norte da cidade, um lugar de alto índice populacional. Atualmente, se reúnem aproximadamente 500 pessoas no culto principal aos domingos, nos dois endereços da Comunidade em Bragança Paulista. Também, de Bragança Paulista, nasceram as Comunidades da Graça nas cidades de Atibaia e Socorro, ambas através do processo de multiplicação das Células. Hoje, a Comunidade da Graça em Bragança Paulista, trabalhando firme no formato de igreja em Células, está colhendo resultados melhores e mais animadores em expectativas para os próximos anos. Nas duas unidades, há cinco supervisões acompanhando as Células, que possuem perfis variados: Células para famílias, casais, jovens, adolescentes, mulheres e mistas, e com reuniões em dias variados

da semana. É um estilo de vida cristã que está em processo de consolidação e saudável adaptação, modificando a natureza e o foco da igreja. Além do perfil natural de evangelização, pastoreio, formação de discípulos e atendimento espiritual, a igreja está articulada e desenvolve um importante trabalho nas ações sociais e políticas da cidade. Através da Fundação Comunidade da Graça, que atua desde 2007 na cidade, a presença e influência da igreja veem crescendo em Bragança Paulista, ganhando respeito e credibilidade dos cidadãos e do poder público municipal.

CUMPRINDO A VISÃO Os fatores positivos que sempre cooperaram para superar as crises e dificuldades naturais e outras espirituais, também permitindo o progresso da igreja, foram os fortes vínculos de aliança com a liderança nacional da Comunidade da Graça no Brasil, bem como entre os líderes da igreja local e seus

Equipe pastoral: Marcos Roberto, Marcos & Mírian, Sinval & Débora, Mauro & Rosangela, Antonio & Vanda, Talita & Tiago, Socorro & Bira

significativos relacionamentos de amor fraternal que viabilizaram o processo de formação de novos discípulos. Outro momento singular, que vem despertando um crescente interesse da igreja, são as reuniões de oração pela madrugada, que acontecem das 5h00 às 6h00, todos os dias úteis da primeira semana do mês e toda quarta-feira nas demais semanas. Os encontros ‘Vida Vitoriosa’ e ‘Bem Vindo à Família’ também estão marcando profundamente a vida dos novos convertidos que são acrescentados dia a dia pelo Senhor!

OS PLANOS PARA O FUTURO Os planos da Comunidade da Graça em Bragança Paulista, que hoje representa 0,33% da população total da cidade, é chegar, em cinco anos, num crescimento e multiplicação que leve a uma representatividade em torno de 5% da população. Para isto, a igreja está orando mais, planejando com diligência suas metas e estratégias, trabalhando na geração de novas lideranças, bem como focando no treinamento e capacitação destes novos talentos a serviço da igreja de Cristo. É com esta expectativa agradável de um crescimento e multiplicação naturais, que os pastores Marcos e Mírian,

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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família sonhospossíveis ajudados pelos pastores Mauro, Antonio, suas esposas e os supervisores de Células Rogério, Ray e Tiago, trabalham em conjunto com os atuais líderes de Células na implantação e desenvolvimento do projeto IDE para aqueles que estão chegando e se mostram comprometidos com a edificação do corpo de Cristo.

GD Principal

Além do forte compromisso de cuidar, edificar e multiplicar através da estrutura celular, a igreja vem trabalhando com oficinas de casais, noivos e namorados, jovens e adolescentes, mulheres intercesso-

ras, mulheres, homens, crianças e música. Todos na Comunidade da Graça em Bragança Paulista, num mesmo espírito e agradecidos ao Senhor, sonham em viver novas experiências como a igreja de Atos viveu, e acreditam que participarão, na região Bragantina e no Sul de Minas (lugar que também há alguns anos é alvo de oração), do privilégio em servir e levar a graça, a misericórdia e a salvação do Senhor aos que ainda haverão de ser salvos e acrescentados à Igreja nestes dias.

TESTEMUNHO É com muita alegria e gratidão a Deus que quero compartilhar com vocês a maneira como estou conhecendo a Jesus, Seu cuidado e Sua graça na minha vida. Vou contar de uma forma resumida como eu estava antes e como Deus tem tido misericórdia de mim. Eu trabalhava como motorista de ônibus quando, há seis anos, em um dia normal de trabalho, fui surpreendido por 4 rapazes que entraram no ônibus e mandaram todos saírem rápido porque iriam queimar tudo. Encostaram uma arma na minha cabeça, e eu não pude me defender e nem pegar a minha mochila com meus documentos. Tudo se queimou. Esse fato me causou um trauma enorme e passei a ter problemas psicológicos. Não conseguia mais trabalhar e nem mesmo dirigir meu próprio carro. Afastado do trabalho, com um desânimo grande, eu que já bebia um pouco, passei a beber muito mais. Meu café da manhã era um copo de cachaça. Bebia 2 litros por dia. Fiquei muito doente, é claro.

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Cheguei a um ponto que o médico me falou que eu tinha apenas 2 meses de vida e que meu fígado estava destruído. Não conseguia nem andar sozinho. Eu estava muito fraco. Minhas mãos, trêmulas, doíam demais sem parar. Passei a ouvir vozes dizendo para eu cortar os meus pulsos. Cheguei ao fundo do poço. Mas um dia as coisas mudaram... Foi quando encontrei a Jesus através da Comunidade da Graça aqui em Bragança. A igreja, as Células e as mulheres intercessoras começaram a interceder por mim e tudo começou a se transformar na minha vida.

Recebi um novo ânimo, um novo sentido de vida e essa família “Comunidade da Graça”, que agora se transformou em minha grande família. Antes eu tinha uma religião, mas agora eu tenho Jesus! Hoje sei e compreendi que o inimigo veio para matar, roubar e destruir, mas Jesus veio para dar vida e vida com abundância e é essa vida que eu estou experimentando. Só Deus pode fazer isso! Obrigado a todos pelas orações e pelo cuidado comigo. “A oração feita por um justo, pode muito em seus efeitos.” Tiago 5:16b João Batista Serpa

A primeira coisa que mudou foi que parei de ouvir aquelas vozes. Deus teve misericórdia de mim, foi abrindo meu caminho, me encaminhou para novos e bons médicos. Fiz novos exames que constataram que eu não tenho mais nada de grave no fígado. Jesus me curou! Deus também me livrou de tomar remédios errados que, por 3 vezes, me receitaram no início do tratamento. Família Serpa, Benedita, José, João, Jaqueline e Fabiano


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CONHECER A DEUS RONALDO BEZERRA, PR.

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uantos “deuses” são adorados na igreja? Essa pergunta parece estranha no contexto cristão. Mas, muitas vezes, isso acontece quando adoramos o conceito que temos de Deus e não a Deus. Explico: a ideia que criamos a respeito dele em nossa cabeça é a do “deus” que iremos adorar. Portanto, se temos uma ideia errada a respeito do Senhor, o “deus” que adoramos não será o Deus verdadeiro, mas apenas um conceito inexato que temos a respeito dele. É possível adorar um “deus” que não tem nada a ver com o Deus verdadeiro. Pode ser uma fabricação da religião, da cultura, uma ideia pessoal, uma tradição familiar, mas que não corresponde ao Deus da Bíblia. Então qual é a verdade que precisamos saber? Que tipo de Deus nós devemos adorar? Qual é a imagem que temos gravada na nossa mente e coração a respeito de Deus? Muitas pessoas têm dificuldade de lidar com Deus como Ele se revela nas Escrituras, por isso, precisamos ler a Bíblia entendendo que Jesus Cristo é o máximo da revelação que nós podemos ter a respeito de Deus. Para conhecermos a Deus, precisamos olhar para Jesus, pois fora de Cristo todas as ideias que temos de Deus podem ser falsas. Por isso, o autor de Hebreus declara: “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus 1.1-2 Toda a plenitude da divindade habitou em Jesus. Para não criarmos um “deus” falso precisamos nos relacionar com Jesus. Sem Ele sempre

teremos uma imagem distorcida a respeito de Deus. Filipe, que era um dos apóstolos, certa vez aproximou-se de Jesus e disse: “Senhor, nós queremos ver Deus o Pai, e isso vai nos bastar”. Mas Jesus respondeu: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” João 14.8-9 Cremos em um Deus único e digno de toda adoração. E apenas uma crescente intimidade com Cristo, através principalmente das Escrituras, é que nos levará a conhecer verdadeiramente o Pai. Este é o convite do profeta: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor...” Oséias 6.3 Deus abençoe!

Ronaldo Bezerra é pastor, músico, cantor, compositor e líder nacional do Ministério de Música da Comunidade da Graça. Seu ministério tem ultrapassado fronteiras, ministrando seminários e congressos em outros países como EUA, Inglaterra e Japão. É casado com Simone Bezerra e tem dois filhos, o Ronaldinho e a Sophia.

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ELIAS E A DEPRESSÃO JORGE LUIZ MANTOAN, MÉDICO

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uitas situações que abalam nossas emoções não constituem um quadro clínico de doença emocional. É simplesmente a reação do corpo ao momento que vivemos. São gritos de alerta que nos avisam que estamos no limite do estresse e que algo precisa ser feito. A Bíblia relata a história de um homem que viveu um longo período de tensão a ponto de apresentar sintomas de depressão e esgotamento. Em 1 Reis 17 a 19, vemos que a vida de Elias foi muito intensa. Deus o escolheu para uma tarefa árdua e desgastante – a de confrontar o rei Acabe e profetizar que, por causa de seu governo mau, haveria uma seca de três anos em Israel. O ônus desta profecia para Elias foi isolar-se no deserto vivendo da água de um ribeiro e da provisão de corvos que lhe traziam pão e carne. Pouco tempo depois, o rio secou e Deus o enviou para viver na dependência de uma viúva pobre que não tinha comida nem para si. Porém, milagrosamente, Deus multiplicava farinha e azeite para a sobrevivência deles. Passaram-se três anos e Deus determinou a Elias que novamente mostrasse a Acabe o seu pecado. O rei ficou furioso e Elias então desafiou os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, que viviam a serviço do rei. Os profetas clamaram e nada aconteceu. Elias orou e o fogo desceu do céu. O povo

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reconheceu que só o Deus de Elias era Senhor e, sob seu comando, todos aqueles falsos profetas foram mortos. E a chuva voltou a cair em Israel. Depois de todo esse sofrimento e luta, obviamente, tudo que Elias esperava era que o rei Acabe, e sua esposa Jezabel, se convertesse a Deus e reconduzisse o povo à verdadeira adoração. No entanto, Jezabel mandou matar Elias. O que você acha disso? Veja atentamente os sintomas que surgiram em Elias no capítulo 19, versos 4 a 8: •

“Elias foi ao deserto após caminhada de um dia” – Isolamento.

“Pediu a morte para si dizendo que não era melhor que seus pais” – Frustraçao com desejo de morte.

“Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro” – Apatia, desânimo.

Esses sintomas são suficientes para formar o diagnóstico de depressão. E é como eu digo sempre aos meus pacientes ou irmãos em aconselhamento: “Se eu tivesse passado por tudo isso que Elias passou, com certeza, estaria do mesmo jeito e sentindo as mesmas coisas!”. Tal desgaste emocional e físico é muito grande para qualquer ser humano. Mas, o grande aprendizado é que não foi utilizado nenhum antidepressivo nesse caso, mas a cura veio por meio de coisas simples que por vezes desprezamos: Comer e beber água adequadamente! Muitas pessoas, como Elias, focam no que devem fazer e não se alimentam. Resultado: começam a ter sintomas de tristeza e desânimo por desnutrição e desidratação. E, sem que haja depressão, já optam pelos antidepressivos. Dormir! Vivemos numa época de tanta agitação que a qualidade do sono é ruim. É necessário


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capa comunidade louvor e adorção saúde igreja família texto e contexto aconteceu uma “higiene” do sono com um tempo de relaxamento, pensamentos bons, oração e leitura da Bíblia. Muitos pacientes com depressão e ansiedade dormem com a TV ligada, assistindo programas violentos com gritaria e mortes... Com certeza, acordarão muito mal. Entender que existe um propósito divino para sua vida! Precisamos de alimento, sono, diversão e atividade física para sermos emocionalmente saudáveis. Mas, acima de tudo, temos uma missão de sermos colaboradores de Deus na implantação de Sua grande família nesta terra. Quando Elias quis dormir de novo, o anjo lhe disse: “– Levanta-te e come, porque o teu caminho será sobremodo longo”.

Faça uma avaliação, meu amigo. Como está sua vida? Como você está administrando suas prioridades? Coloque Deus, família, trabalho e ministério nos devidos lugares. Lembre-se que você não vai levar nada desta terra. Portanto, acumule tesouros nos céus e não aqui. E não despreze a humanidade que há em você, afinal, foi por amor à humanidade que Jesus morreu.

Jorge Luiz Mantoan é pastor na Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo e médico ginecologista. Casado com a pra. Edna e pai de 3 filhos.

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A VELHA E A NOVA CRUZ

A VELHA CRUZ É UM SÍMBOLO DA MORTE. ELA REPRESENTA O FIM REPENTINO E VIOLENTO DE UM SER HUMANO.

A. W. TOZER

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em fazer-se anunciar e quase despercebida, uma nova cruz introduziu-se nos círculos evangélicos dos tempos modernos. Ela se parece com a velha cruz, mas é diferente; as semelhanças são superficiais; as diferenças, fundamentais. Uma nova filosofia brotou desta nova cruz com respeito à vida cristã, e desta nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica – um novo tipo de reunião e uma nova espécie de pregação. Este novo evangelismo emprega a mesma linguagem que o velho, mas o seu conteúdo não é o mesmo e sua ênfase difere da anterior. A velha cruz não fazia aliança com o mundo. Para a carne orgulhosa de Adão, ela significava o fim da jorna-

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da, executando a sentença imposta pela lei do Sinai. A nova cruz não se opõe à raça humana; pelo contrário, é sua amiga íntima e, se compreendermos bem, considera-a uma fonte de divertimento e gozo inocente. Ela deixa Adão viver sem qualquer interferência. Sua motivação na vida não se modifica; ela continua vivendo para seu próprio prazer, só que agora se deleita em entoar coros e a assistir filmes religiosos em lugar de cantar canções obcenas e tomar bebidas fortes. A ênfase continua sendo o prazer, embora a diversão se situe agora num plano moral mais elevado, caso não o seja intelectualmente. A nova cruz encoraja uma abordagem evangelística nova e por completo diferente. O evangelista não exige a renúncia da velha vida antes que a nova possa ser recebida. Ele não prega

contrastes, mas semelhanças. Busca a chave para o interesse do público, mostrando que o cristianismo não faz exigências desagradáveis; mas, pelo contrário, oferece a mesma coisa que o mundo, somente num plano superior. O que quer que o mundo pecador esteja idolizando no momento é mostrado como sendo exatamente aquilo que o evangelho oferece, sendo que o produto religioso é melhor. A nova cruz não mata o pecador, mas dá-lhe nova direção. Ela o faz engrenar em um modo de vida mais limpo e agradável, resguardando o seu respeito próprio. Para o arrogante ela diz: “Venha e mostre-se arrogante a favor de Cristo”; e declara ao egoísta: “Venha e vanglorie-se no Senhor”. Para o que busca emoções, chama: “Venha e goze da emoção


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da fraternidade cristã”. A mensagem de Cristo é manipulada na direção da moda corrente, a fim de torná-la aceitável ao público. A filosofia por trás disto pode ser sincera, mas sua sinceridade não impede que seja falsa. É falsa por ser cega, interpretando erradamente todo o significado da cruz. A velha cruz é um símbolo da morte. Ela representa o fim repentino e violento de um ser humano. O homem, na época romana, que tomou a sua cruz e seguiu pela estrada já se despedira de seus amigos. Ele não mais voltaria. Estava indo para seu fim. A cruz não fazia acordos, não modificava nem poupava nada; ela acabava completamente com o homem, de uma vez por todas. Não tentava manter bons termos com sua vítima. Golpeava-a cruel e duramente e, quando terminava seu trabalho, o homem já não existia. A raça de Adão está sob sentença de morte. Não existe comutação de pena nem fuga. Deus não pode aprovar qualquer dos frutos do pecado, por

mais inocentes ou belos que pareçam aos olhos humanos. Deus resgata o indivíduo, liquidando-o e depois ressuscitando-o em novidade de vida. O evangelismo que traça paralelos amigáveis entre os caminhos de Deus e os do homem é falso em relação à Bíblia e cruel para a alma de seus ouvintes. A fé manifestada por Cristo não tem paralelo humano, ela divide o mundo. Ao nos aproximarmos de Cristo, não elevamos nossa vida a um plano mais alto; mas a deixamos na cruz. A semente de trigo deve cair no solo e morrer. Nós, os que pregamos o evangelho, não devemos julgar-nos agentes ou relações públicas enviados para estabelecer boa vontade entre Cristo e o mundo. Não devemos imaginar que fomos comissionados para tornar Cristo aceitável aos homens de negócio, à imprensa, ao mundo dos esportes ou à educação moderna. Não somos diplomatas, mas profetas; e nossa mensagem não é um acordo, mas um ultimato. Deus oferece vida, embora não se trate de um aperfeiçoamento da velha vida. A vida por Ele oferecida é um resultado da morte. Ela permanece sempre do outro lado da cruz. Quem quiser possuí-la, deve passar pelo castigo. É preciso que repudie a si mesmo e concorde com a justa sentença de Deus contra ele. O que isto significa para o indivíduo, o homem condenado quer encontrar vida em Cristo Jesus? Como esta teologia pode ser traduzida em termos de vida? É muito simples, ele deve arrepender-se e crer. Deve esquecer-se de seus pecados e depois esquecer-se de si mesmo. Ele não deve encobrir nada, defender nada, nem perdoar nada. Não deve procurar fazer acordos com Deus, mas inclinar a cabeça diante do golpe do desagrado

severo de Deus e reconhecer que merece a morte. Feito isto, ele deve contemplar com sincera confiança o Salvador ressurreto e receber dEle vida, novo nascimento, purificação e poder. A cruz, que terminou a vida terrena de Jesus, põe agora um fim no pecador; e o poder, que levantou Cristo dentre os mortos, agora o levanta para uma nova vida com Cristo. Para quem quer que deseje fazer objeções a este conceito ou considerá-lo apenas como um aspecto estreito e particular da verdade, quero afirmar que Deus colocou o seu selo de aprovação sobre esta mensagem desde os dias de Paulo até hoje. Quer declarado ou não nessas exatas palavras, este foi o conteúdo de toda pregação que trouxe vida e poder ao mundo através dos séculos. Os místicos, os reformadores, os revivalistas, colocaram aí a sua ênfase; e sinais, prodígios e poderosas operações do Espírito Santo deram testemunho da operação divina. Ousaremos nós, os herdeiros de tal legado de poder, manipular a verdade? Ousaremos nós com nossos lápis grossos apagar as linhas do desenho ou alterar o padrão que nos foi mostrado no Monte? Que Deus não permita! Vamos pregar a velha cruz e conhecermos o velho poder.

Este artigo apareceu pela primeira vez em 1946. Foi impresso em praticamente todos os países de língua inglesa no mundo e publicado em forma de folheto por vários editores. Ele aparece de vez em quando na imprensa religiosa.

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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família sonhospossíveis

A FORMAÇÃO DE LÍDERES NO TRILHO DE TREINAMENTO CARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.

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aremos continuidade, neste artigo, ao princípio da formação de líderes, que é tão fundamental para que a Igreja possa cumprir a sua missão de levar o Evangelho a todas as criaturas e fazer discípulos de todas as tribos, línguas, povos e nações, até os confins da terra. Para isto, como já vimos nos números anteriores desta publicação, é necessário que o dirigente de uma Célula, em primeiro lugar, apresente aos novos membros o desafio de seguirem a Cristo e se tornarem discípulos preparados para cuidar de vidas (edição de fevereiro). Imediatamente depois,

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precisa levá-los a uma verdadeira experiência de novo nascimento (edição de março). Agora, é chegado o momento de acompanhar bem de perto cada um deles nas três linhas mestras do nosso Trilho de Treinamento: o discipulado um a um, o ensino bíblico e o treinamento. O dirigente de Célula precisará acompanhar minuciosamente o futuro líder em cada uma destas linhas mestras, ao longo das três etapas do nosso modelo IDE (Integrar, Desenvolver e Enviar), através das quais o Trilho de Treinamento vai passando até culminar com o discípulo se tornando um novo líder de Célula.

Então, para fixar bem no entendimento do dirigente de Célula, a fim de que ele tenha muito sucesso na formação de líderes, lembremos que são três as linhas mestras do Trilho de Treinamento (discipulado um a um, ensino bíblico e treinamento), que devem percorrer as três etapas do modelo IDE (Integrar, Desenvolver e Enviar). Em cada uma destas etapas do processo de formação de líderes, se alteram as atividades que o líder precisa desenvolver no discipulado, no ensino bíblico e no treinamento do seu auxiliar, visando a sua melhor preparação possível. Em nosso artigo na revista anterior (edição de abril), registramos estas ati-


especial

células

capa comunidade louvor e adorção saúde igreja família texto e contexto aconteceu

vidades que o líder deve desenvolver com o seu discípulo na etapa da Integração, fundamentadas no modelo de Jesus de formação de líderes. Agora, veremos quais devem ser as suas atividades com o discípulo, na etapa do Desenvolver, em nosso Trilho de Treinamento. No discipulado um a um: nesta atividade se dará o discipulado de crescimento, intitulado “ensinando a viver em vitória”. Aqui, o líder vai ajudar o discípulo a praticar princípios básicos, aprendidos no ensino bíblico e ministrado nas áreas da vida humana que mais geram conflitos: os relacionamentos de afetividade mais íntima. Por isto, no ensino bíblico, o líder (ou alguém indicado por ele) deverá ministrar ao seu discípulo, usando os materiais de ensino aprovados pela nossa denominação, sobre: Namoro, Noivos, Relacionamento Conjugal, Filhos, Finanças, Mulheres, entre outros. Mais uma vez, percebemos também nesta etapa do Desenvolver, como as linhas mestras do discipulado um a um e do ensino bíblico acabam se juntando e se sobrepondo, pois o líder vai ao mesmo tempo ensinar e ajudar o discípulo a praticar estes princípios bíblicos, pois eles são absolutamente necessários para a formação do caráter do discípulo e para capacitá-lo a ter uma vida equilibrada, madura e vitoriosa nas áreas mais importantes da vida humana e onde as pessoas têm seus maiores problemas: sentimental, conjugal e financeira. Estas atividades, na etapa do Desenvolver, precisam ser muito bem realizadas, pois o seu discípulo, quando se tornar um novo dirigente de Célula, deverá ser modelo e referência

para os membros do seu grupo, a fim de que ele, no futuro, também seja muito bem sucedido na continuação deste processo da formação de novos líderes, que é a própria essência da vida da Igreja. Notemos também a beleza deste modelo bíblico na formação de líderes. Enquanto o discipulado inicial na etapa da Integração tinha como alvo principal levar o discípulo a ter um relacionamento de intimidade com o Senhor, agora, nesta etapa do Desenvolver, o discipulado visa levá-lo a ser vitorioso nos relacionamentos com o próximo, especialmente naqueles que envolvem sentimentos e emoções mais profundas, e que tantas marcas trazem para o ser humano, quando não são vividos nos princípios divinos. Vamos também nos lembrar de que, com tudo isto, estaremos trabalhando diretamente na internalização dos Valores da Visão na vida dos discípulos. No treinamento, a outra linha mestra do Trilho nesta etapa do Desenvolver, o líder já deverá dar pequenas tarefas para o discípulo fazer tanto na vida da Célula quanto no encontro semanal. Estas tarefas podem ser: fazer orações, fazer contato com membros ausentes, ler versículos, ajudar a realizar eventos etc. Está é a fase da assistência, quando o discipulador faz e o discípulo o ajuda. Todas estas atividades, no processo da formação de líderes no Trilho de Treinamento, precisam ser feitas com muita paixão e regadas com oração e jejum, para que o Supremo Moldador de vidas, que é o Espírito Santo, tenha a devida primazia no trabalho de preparar pessoas que sejam semelhantes a Jesus e que continuem Seu ministério de conduzir vidas ao Rei-

no de Deus. Para isto, vamos imitar o apóstolo Paulo, no seu superior desafio de formar líderes: “A quem anunciamos, admoestando a todo o homem e ensinando a todo o homem em toda sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo; e para isto também trabalho combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.” Colossenses 1:28 e 29 No próximo mês, se o Senhor nos permitir, concluiremos esta série, focalizando as atividades da formação de líderes na etapa do Enviar, do nosso Trilho de Treinamento.

O DIRIGENTE DE CÉLULA PRECISARÁ ACOMPANHAR MINUCIOSAMENTE O FUTURO LÍDER EM CADA UMA DESTAS LINHAS MESTRAS, AO LONGO DAS TRÊS ETAPAS DO NOSSO MODELO IDE (INTEGRAR, DESENVOLVER E ENVIAR)

Carlos Alberto Antunes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Diretor do Centro de Treinamento em Liderança, É casado com a pastora Vanda, e é pai de 5 filhos.

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VALEU A EXPERIÊNCIA NOS ESTADOS UNIDOS Depois de um ano de serviços e estudos nos Estados Unidos, junto ao pastor Marcelo de Souza, o pastor Ronaldo Bezerra, sua esposa Simone e seus filhos Ronaldinho e Sophia, estão de volta ao Brasil. Além do caminho expressivo que o Ronaldo percorre na música, com projeção nacional, ele vem também para cooperar no desenvolvimento da igreja Sede. Será uma bênção! Eles formam uma família muito abençoada, cujos corações estão abertos para Deus e as pessoas.

ENCONTRO DE SUPERVISORES NO VALE DA GRAÇA

Divulgação

No início de abril, o pastor Carlos Alberto e sua esposa Suely, reuniram no Vale da Graça, os principais líderes da Comunidade da Graça no Brasil. Nestes encontros, nosso pastor dá o direcionamento da igreja e combina, com os diretores executivos e supervisores regionais, quais as ações estratégicas para o futuro da igreja. O pastor Gilberto Dalmaso e a Silvia, chefe de cozinha do Vale, deram mais um show de cuidado com os nossos líderes.

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Esse evento abriu oficialmente as inscrições para o Encontrão Nacional de Jovens 2013, que acontecerá dos dias 05 a 07 de julho na Estância Árvore da Vida, em Sumaré/SP. Para mais informações, procure o líder de jovens ou adolescentes de sua Comunidade. Fotos: Divulgação

8º ENCONTRO NACIONAL DE LÍDERES DE JOVENS E ADOLESCENTES

De 19 a 21 de abril, o pastor Fernando Diniz, líder nacional do Ministério com Jovens da Comunidade da Graça, reuniu, como faz todo ano, cerca de 200 líderes de jovens e adolescentes da nossa igreja. O pastor Carlos Alberto esteve com eles falando do futuro e da esperança que tem na força e talento dessa nova geração.

Fotos: Divulgação

PRIMEIRO TORNEIO DE FUTEBOL NO VALE DA GRAÇA No dia 06 de abril, aconteceu o Primeiro Torneio de Futebol no Vale da Graça. Contando com a participação de quase 100 pessoas, entre adultos, jovens e adolescentes, o torneio foi um sucesso. A combinação de esporte + boa alimentação + comunhão + um lugar maravilhoso, só poderia ter dado nisso. Até já surgiu a ideia de fazer um torneio inter Comunidades. Parabéns aos campeões na foto!

FOTOS E COMENTÁRIOS DE QUEM ESTEVE LÁ

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A Alegria de servir... Discipulado como convivencia intencional... @cafofissim

Lideres que me acompanharam no oitavo encontro nacional de lideres. @leandromenezes_

Encontro lideres de Mag, coisa do Pai #milagre #magvilamariana #marcandoageracao @joaohenriquesanctos


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