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Produção: Comunidade da Graça Sede Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra Pastor Responsável: Wagner Fernandes Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739
COMUNA E VOCÊ Olá! Gostaria de agradecer (e reconhecer) a toda equipe pela excelência da revista Comuna. Sejam pelas matérias, pela qualidade gráfica ou ainda pela qualidade espiritual do conteúdo. Sinto como se tivesse recebido um presente a cada edição. Um abraço a todos.
Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori
Eduardo Santana – Comunidade da Graça Sede – São Paulo/SP
Redação: Elisabete Mazi Projeto Gráfico e Diagramação: Salsa Comunicação www.salsacomunicacao.com.br Contato Publicitário: Gabriela R. Bedore Tiragem: 15.000 exemplares
Graça e paz! Sou um grande admirador da revista Comuna, sempre com matérias pertinentes e assuntos relevantes. Que Deus continue usando a vida de vocês para a continuidade desse trabalho lindo e de extrema excelência. Abraço demorado!
Olá!
Felipe Fernandes – Comunidade da Graça em Ermelino Matarazzo – São Paulo/SP Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos. Interessados em anúnciar na próxima edição: midia@comuna.com.br 11 3588 0575
Carlos Alberto de Quadros Bezerra Fundador e Presidente da Comunidade da Graça
Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião! revista@comuna.com.br
EDITORIAL A base do cristianismo está no atendimento ao chamado de Jesus e na reprodução de Suas obras aqui na terra. As implicações desse chamado vão muito além de temas como prosperidade, saúde ou solução de problemas. O chamado de Jesus continua o mesmo e com a mesma intensidade. Ele nos chama para um caminho difícil de renúncia e mudança de valores e prioridades. O mesmo caminho que Ele percorreu. O mesmo caminho de vitória. A voz de Jesus continua ecoando nos nossos dias. É fácil ouvi-lo fazendo o mesmo convite de sempre: SEGUE-ME. Qual é a sua resposta?
Comunidade da Graça Sede Rua Eponina, 390 - V. Carrão - (11) 2090-1800 Para saber o endereço de outras igrejas acesse: www.comuna.com.br/endereco-das-igrejas
Aqueles que O atenderam mudaram vidas, mudaram a história. Agora é a nossa vez! Wagner Fernandes
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O CHAMADO
CAPA: O CHAMADO 12 ELES ANDARAM COM JESUS: HUDSON TAYLOR
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14 COLÉGIO DA COMUNIDAE: O PAPEL DOS PAIS NO DESENVOLVIMENTO DOS FILHOS! 16 FAMÍLIA: 9 REGRAS PARA UMA BOA BRIGA CONJUGAL
VISÃO: O CRESCIMENTO DA IGREJA
18 ESPECIAL: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL COMUNIDADE DA GRAÇA 2013
08 DEUS AGINDO: MÃES VENCEDORAS
20 LOUVOR & ADORAÇÃO A ADORAÇÃO NO BRASIL 32 COMUNIDADE: COMUNIDADE DA GRAÇA EM GOVERNADOR VALADARES
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35 SONHOSPOSSÍVEIS DA BOCA PRA FORA 36 SAÚDE A QUÍMICA DA ANSIEDADE E DO MEDO
PONTO DE VISTA: SOZINHOS NA MULTIDÃO
38 IGREJA-FAMÍLIA PERDAS IRREPARÁVEIS NA FAMÍLIA
22 CÉLULA: A CÉLULA NA VIDA DA IGREJA
40 TEXTO E CONTEXTO: E COMO PREGARÃO SE NÃO FOREM ENVIADOS? 42 ACONTECEU
visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família especial
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louvor e a
O CRESCIMENTO DA IGREJA CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA, PR.
“E
u (Jesus) lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não poderão vencê-la.” Mateus 16.18
O crescimento da Igreja é uma obra exclusiva do Senhor Jesus Cristo, através do Espírito Santo, o qual vivifica a Palavra de Deus nos homens e usa os ministérios por Ele estabelecidos para esta finalidade. “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo
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de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” Efésios 4.11-16
MINISTÉRIO DE IMPLANTAÇÃO E EXPANSÃO DE UMA IGREJA “Eles (Paulo e Barnabé) pregaram as boas novas naquela cidade e fizeram muitos discípulos...” Atos 14.21 Numa localidade qualquer (cidade, bairro, país etc.), para que uma igreja local seja estabelecida de maneira correta, produzindo a primeira fase do seu crescimento, é necessário o ministério do apóstolo ou evangelista (Atos 21.8 e 8.4-12; 13.1-4 e 21-28). Quando esses ministérios não estão presentes no momento da implantação de uma igreja local, seu crescimento inicial será mais lento e haverá menor
adorção
células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu disponibilidade de vidas para as etapas seguintes.
FORMAÇÃO DE UMA LIDERANÇA LOCAL Depois da primeira fase de implantação e crescimento, é absolutamente prioritária a formação de uma liderança local para o desenvolvimento correto e sadio da nova igreja. Este trabalho é mais característico do ministério do apóstolo ou pastor e é algo a ser feito em longo prazo. Envolve renúncia, sofrimento, relacionamentos, amizades, lágrimas, dores de parto, muito investimento em vidas (Atos 20.25-31). É o verdadeiro discipulado. Como o que Paulo fez a Timóteo. “... seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.” 1 Timóteo 4.12 Só assim serão formados homens que ajudarão de maneira eficaz no pastoreio e multiplicação do rebanho: liderando ministérios locais específicos (música, crianças, adolescentes, jovens, casais etc.) e grupos familiares (as Células). Serão os futuros diáconos e presbíteros locais.
MULTIPLICAÇÃO DO REBANHO Esta é a fase do crescimento autossustentado, que não depende mais de ministérios extralocais. Para isso, é fundamental o ministério do mestre, pois a verdade já bem conhecida é que ovelhas bem alimentadas se reproduzem naturalmente (Atos 2.41-42; 11.19-21 e 25-26). O ensino deverá ser contínuo e sistemático desde os princípios elementares até o alimento sólido (Hebreus 5.12 a 6.2). Além do ministério do mestre, as lideranças locais também
auxiliarão no ensino através dos ministérios específicos e das Células. “Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé.” Atos 6.7 Para que estas ovelhas evangelizadas, pastoreadas e ensinadas se multipliquem com entendimento, não se pode prescindir do ministério do profeta, que tem a capacidade de lhes transmitir a visão e os propósitos mais elevados e sublimes do Senhor para suas vidas, Igreja e reino (Atos 13.1 e 15.30-35).
INTERCESSÃO CONTÍNUA Pregar o Evangelho é uma operação de guerra: de um reino (de Deus) – que tem a Igreja como seu principal instrumento – contra outro reino (do diabo). “Eu o livrarei do seu próprio povo e dos gentios, aos quais eu o envio para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os quais são santificados pela fé em mim.” Atos 26.17-18
novas e perfeitas estratégias do Espírito Santo para um constante crescimento da Igreja (Atos 13.1-4).
Depois da primeira fase de implantação e crescimento, é absolutamente prioritária a formação de uma liderança local para o desenvolvimento correto e sadio da nova igreja. Este trabalho é mais característico do ministério do apóstolo ou pastor e é algo a ser feito em longo prazo.
Extraído do livro ‘Apascentai o Rebanho’, de Carlos Alberto de Quadros Bezerra, editora Fôlego
Por isso é necessário que líderes e rebanho se dediquem também com muita diligência ao ministério da oração e da intercessão (Efésios 6.13-20). A intercessão contínua visará à salvação dos pecadores, ao ministério da palavra, ao surgimento de novos obreiros e ministérios locais, a um crescente revestimento de poder do Espírito Santo etc. (Atos 4.23-31). Desta profunda e constante comunhão com o Senhor serão reveladas
Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.
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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família especial
MÃES VENCEDORAS
Muitas vezes, sem perceber, abrimos a porta do nosso lar para influências que não procedem de Deus
SUELY BEZERRA, PRA.
“E
ntão, chamou a Geazi e disse: Chama a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se ela ao profeta, este lhe disse: Toma o teu filho.” 2 Reis 4.36
A Bíblia nos oferece vários bons exemplos de mães. Mulheres que enfrentaram lutas e provações, mas que nunca desistiram, até alcançar a vitória. Uma dessas histórias que me chama muito a atenção é a que conta a experiência da mulher sunamita. O registro está no livro de 2 Reis, capítulo 4, dos versículos 8 ao 37. Trata-se do relato de uma mulher que, em meio a mais terrível dor – a morte do filho –, demonstrou tranquilidade e fé em Deus. A Bíblia sequer menciona o seu nome, apenas chama-a de
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sunamita, uma referência à cidade de Suném, onde ela morava. Suném quer dizer “lugar de repouso”.
lar. Por isso, temos que estar atentos quanto a tudo que colocamos dentro das nossas casas.
Essa sunamita era uma pessoa dócil, cordial e uma mulher de relacionamentos. Ela sabia acolher e cuidar das pessoas. Tanto que, quando viu o profeta Eliseu passar em sua cidade, quis preparar um quarto em sua casa para acolhê-lo sempre que passasse por ali. Ela tinha um discernimento espiritual de que ele era um homem de Deus. Sua casa estava aberta para Deus.
Agradecido pela hospitalidade da sunamita, o profeta quis falar com o rei em favor dela. A sunamita respondeu:
Muitas vezes, sem perceber, abrimos a porta do nosso lar para outras coisas, pessoas ou influências que não procedem de Deus. Por outro lado, a Bíblia também diz que podemos hospedar anjos, ou seja, pessoas enviadas por Deus para abençoar o nosso
“Eu habito no meio de meu povo” (versículo 13), ou seja, “sou feliz neste lugar, não necessito de mais nada, me agrada o convívio com o meu povo”. Não há nada de errado em desejar coisas melhores para a nossa família. Isso é bom. Mas, um dos segredos para a felicidade é vivermos satisfeitos e agradecidos com o que já possuímos. Eliseu soube através de seu discípulo, Geazi, que a sunamita, casada com um homem já idoso, não tinha filhos. O
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profeta previu que, dali a um ano, ela estaria com seu próprio filho nos braços. Embora aquela mulher não esperasse mais ter filhos, nem havia pedido isso, a promessa de Deus, na boca de Eliseu, se cumpriu. Depois de um ano, quando Eliseu voltou à casa da sunamita, ela havia mesmo dado à luz um filho. Imagine os sonhos e projetos daquela mãe! Imagine as expectativas do seu coração para o futuro daquele menino, e que envolvia o cuidado com a criação, alimentação, educação, vestuário etc. E o menino cresceu. Um dia, esta criança foi ao campo para ver seu pai. Ao encontrá-lo, o menino começou a sentir fortes dores de cabeça e foi levado de volta à sua mãe. A mãe o amparou, mas ele faleceu no colo dela. Alguns estudiosos dizem que o menino foi vítima de uma insolação, acompanhando o pai no campo, na época da colheita.
O QUE AQUELA MÃE FEZ?
O QUE DEVEMOS FAZER?
A atitude daquela mãe é surpreendente. Após a morte do seu filho, ela não murmurou, não se desesperou, nem blasfemou contra Deus. Ela depositou o corpo do seu filho na cama do profeta, no mesmo quarto onde ele se hospedava. Reuniu os empregados, preparou suas jumentas e foi imediatamente encontrar o profeta no monte Carmelo, que significa “presença de Deus”. Ela sabia que a resposta só viria de Deus. Seu marido estranhou, perguntando: “Vais ao profeta?”. Ele nem imaginava o alcance da fé de sua esposa.
Quantas mães passam hoje por lutas e dificuldades dentro de sua casa! Quantas mães passam noites em claro, chorando, esperando pela volta de um filho, envolvido com coisas erradas nas ruas. Outras, estão lutando pela saúde de um filho enfermo. Muitas estão cansadas, aflitas e quase perdendo as forças.
Muitas vezes, quando nossos filhos enfrentam dificuldades, procuramos ajuda em todos, menos com Deus. Não buscamos a Palavra de Deus e nem Suas promessas. Duvidamos que a resposta de Deus chegue a tempo. Mas não importa o que seus filhos estejam passando. Deus tem uma aliança com a sua casa. Ele não vai falhar. Ele não vai ignorar o seu clamor. Vendo a sunamita de longe, o profeta pediu a Geazi que fosse ao seu encontro. O moço lhe perguntou: “Como vai a sua família?” Ela respondeu: “Vai tudo bem!”. Era com o homem de Deus que ela queria falar. E, chegando ao profeta, em prantos, expôs a sua angústia. A lição que aprendemos é que toda situação de nossa casa, por pior que seja, deve ser levada a Deus, com fé e entrega total. A atitude de fé da sunamita liberou a bênção de Deus sobre sua vida. O profeta foi até sua casa, orou ao Senhor, e o menino ressuscitou. Então o profeta disse à sunamita: “Toma o teu filho”. Deus é fiel. Aleluia!
Mas, a Palavra de Deus é uma só: “Não perca a esperança. Não se desespere. O Senhor ainda não terminou a obra no seu lar”. E assim será conosco, se tão somente buscarmos primeiro a Deus e nEle colocarmos a nossa confiança. O Senhor nos dará a vitória em todas as nossas crises familiares. Por isso, não pare de orar, abençoar e interceder pelos seus filhos. Profetize um futuro de paz para a vida deles, pois eles são sementes benditas de Deus. A nossa responsabilidade como mães é grande. Mas, assim como o Senhor cuidou e atendeu o desejo da sunamita, Ele cuidará de nós e nos socorrerá no tempo da aflição. Ele prometeu. Ele fará.
Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional
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ponto de vista
SOZINHOS NA MULTIDテグ CARLOS BEZERRA JR., PR. 10 | comuna | junho 2013
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á uma nova experiência comum aos homens e mulheres de hoje. Já foi tratada por estudiosos, sociólogos, filósofos etc., mas dá impressão de estar se tornando mais grave. Ao contrário do que sugerem os avanços tecnológicos, parece que, quanto maior o número de amigos no Facebook, menor seu total na vida real; quanto mais numerosos os seguidores no Twitter, menos pessoas a nos acompanhar na vida. E por aí vamos, entre “curtidas” e “cutucadas”. É o isolamento – por paradoxal que pareça! Esse sentimento de solidão, em meio a um mundo extremamente conectado, em que experiências como vida em comunidade e intimidade parecem completamente fora de alcance. Dê uma olhada nas fotos publicadas nas redes sociais. Não é difícil ver como todos querem passar uma imagem de inteligência, beleza, sucesso, diversão, felicidade etc. Vida normal? Cotidiano? Esqueça. Todo mundo só parece viver dias incríveis. A sensação que tenho ao olhar para isso tudo é a de que a maioria de nós usa essa glamourização da vida para esconder a angústia da perda dos vínculos e o desejo não satisfeito de proximidade. Nunca se teve tanta conectividade e tão pouca intimidade. Como já escreveu Karl Marx sobre o início desse nosso tempo, “tudo o que é sólido desmancha no ar”. E é assim mesmo que as coisas parecem ser. Nada é absoluto, tudo é relativo. As pessoas parecem sempre estar prestes a mudar de emprego, de carreira, de cidade, de marido, de esposa, de fé! Relações de amizade? A maioria utilitária, superficial e comercial. Não é essa a lógica da cidade? A regra do nosso tempo? “Agora é hora de resolver os meus interesses. E ponto.” Uma hora dessas a gente arruma tempo para amigos e amizades de verdade...
Em uma sociedade em que a gente é a avaliado pela reputação, pela produtividade e pelo que temos, amor incondicional, acolhimento e intimidade são vivências em desuso. Todos nós, sem exceção, ansiamos por uma experiência que só a vida em comunidade pode nos dar. Basta lembrar o plano do Pai para os homens. Uma relação de amor, partilha, cumplicidade, troca e transparência é impossível de ser alcançada sob a lógica perversa da performance pessoal, da perfeição ou da super espiritualidade impessoal. Nessa busca por aceitação a todo custo, não mostramos quem realmente somos. O medo de ser desprezado é enorme. Porém, sem ser autênticos e verdadeiros, jamais nos encontraremos. Só nos conectamos com gente de verdade com relações de verdade. E a comunidade é o lugar para isso: onde a gente descobre um jeito de viver no qual o que vale não é o que se ganha, mas o que a gente compartilha. Enquanto todo mundo corre sozinho para conquistar, a gente caminha junto para partilhar.
invés de esperar que nossa solidão seja curada, nos transformar em resposta à oração do outro e curarmos aqueles que estão em sofrimento? De uma coisa estou certo: enquanto vivermos uma vida de amor para com os outros, nunca estaremos sós. Cristo estará entre nós. E não há nada mais especial nessa vida do que experimentar a presença dEle dessa forma, manifestada em nossos relacionamentos. A resposta à solidão é a amizade espiritual que a gente experimenta na vida em comunidade. Afinal, como definiu o poeta inglês John Donne, nenhum homem é uma ilha.
Quanto maior o número de amigos no Facebook, menor seu total na vida real; quanto mais numerosos os seguidores no Twitter, menos pessoas a nos acompanhar na vida.
A resposta a esse mundo de solidão é o amor, a generosidade, a presença e a intimidade – que são a essência da comunidade de discípulos de Jesus. Viver como discípulos de Jesus implica reconhecer as próprias limitações e vulnerabilidades. Em se abrir aos riscos de amar e ser amado – tal como sou. Como podemos ser presentes na vida daqueles que nos rodeiam? Como abandonamos a corrida frenética pelo sucesso e abraçamos uma vida de serviço e compaixão uns pelos outros? Como nos tornamos sinais vivos da presença do Reino onde há mais solidão? Responder a essas perguntas não é fácil. Mas, que tal se nós começássemos deixando de esperar que as pessoas nos abençoem e passando a abençoá-las com presença, generosidade, intimidade e serviço? Que tal, ao
CARLOS BEZERRA JR. é pastor, médico, deputado estadual e líder do PSDB na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. É casado com Patrícia Bezerra e pai da Giovanna e da Giulianna. Sempre que pode, desacelera, escolhe o simples... Tenta ser parecido com o Mestre: prefere as pessoas aos lugares. junho 2013 | comuna | 11
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HUDSON TAYLOR PAULO ALEXANDRE SARTORI
CHAMADO PARA LEVAR O AMOR DE DEUS À CHINA
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ames Hudson Taylor nasceu na Inglaterra em 21 de maio de 1832. Apesar de sua família ser metodista, ele se afastou da fé durante a adolescência. Mas, com 17 anos, Hudson entregou sua vida a Cristo. Neste mesmo ano, sentiu o chamado para ser missionário na China. Logo começou a aprender o Mandarim a fim de evangelizar os chineses em sua própria língua.
Ele começou distribuindo folhetos evangelísticos nas vilas ao redor de Xangai. Hudson também adotou os costumes do lugar, vestindo-se igual a eles, deixando seu cabelo crescer e fazendo uma trança. Isso conquistou o respeito dos chineses. Em 1858, Hudson se casou com Maria Dyer, uma filha de missionários que trabalhava numa escola para meninas. Um ano depois, ele assumiu a direção da Missão Hospitalar em Ningpo, onde muitos doentes se converteram a Jesus. Depois de sete anos, Hudson regressou à Inglaterra por motivos de saúde, mas seu coração estava ligado à China. Todos os dias ele orava, pedindo que Deus enviasse pessoas dispostas a evangelizar os chineses. Ele aproveitou esse tempo para concluir uma tradução do Novo Testamento para um dialeto chinês. Com a necessidade de ter uma organização que apoiasse os missionários, Taylor fundou a “Missão para o Interior da China”. Em 1866, Hudson e Maria, seus 4 filhos e 24 novos missionários estavam embarcando em direção à China. Porém, em um período de três anos, Hudson sofreu a perda de três filhos e de sua esposa. Mesmo assim, ele não desistiu do seu chamado. Em 1871, Taylor voltou à Inglaterra. Por muitos anos ele viajou por outros países recrutando missionários. Em 1888, fez mais uma viagem à China. O trabalho da Missão havia se espa-
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Hudson também foi estudar medicina e teologia, que o prepararam para os desafios que iria enfrentar. Em 1853, com apenas 21 anos, ele partiu para a China de navio. Após seis longos meses de viagem cheia de perigos, ele chegou finalmente em Xangai. Ao juntar-se com outros missionários, Hudson notou a grande deficiência da evangelização no interior do país. Então ele decidiu trabalhar nessa região da China.
“A GRANDE COMISSÃO NÃO É UMA OPÇÃO A SER CONSIDERADA, É UM MANDAMENTO A SER OBEDECIDO.” HUDSON TAYLOR lhado por todo o interior do país, como era seu desejo. Além de fundar 125 escolas, ele foi responsável pelo envio de mais de 800 missionários ao país que resultou na conversão de 18.000 pessoas. Em 1905, com 73 anos, Hudson Taylor fez sua última viagem à China. No dia 3 de junho desse mesmo ano, ele morreu no país que tanto amou e serviu.
Assista o DVD “Hudson Taylor, missionário na China” da COMEV distribuidora Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.
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O PAPEL DOS PAIS NO DESENVOLVIMENTO DOS FILHOS! ALESSANDRA BEZERRA CALDAS, PRA.
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que ocorre muito, hoje em dia, é uma grande dificuldade em tratar com as famílias. As mães estão inseguras, sem direção e com medo de colocar limites. E os pais são pouco participativos no processo de desenvolvimento dos filhos. Com isso, eles delegam à escola toda a responsabilidade de educar as crianças. Neste ano, em nossa “Festa das Mães”, resolvemos fazer uma comemoração
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diferente, onde a mãe participasse de sua própria homenagem. Pedimos às mães que trouxessem brinquedos para que brincassem com seu(s) filho(s) em sala. Mãe e filho juntos! Porém, o que pudemos ver foi a dificuldade de algumas mães em brincar. Não sabiam brincar, muitas não estavam entendendo o porquê, e algumas deram o brinquedo aos filhos e foram conversar com outras mães. Ficou claro que o brincar não é uma prática dentro de casa.
Através do brincar é que desenvolvemos os relacionamentos com nossos filhos. Mas o que se apresenta é uma porção de desculpas como: ‘Não tenho tempo! Estou cansada! Tenho outras coisas mais importantes!’ E a oportunidade de conhecer os filhos fica a cada dia mais distante do ideal. Enquanto os filhos são pequenos, nós construímos grandes vínculos através das brincadeiras. Passando essa fase infantil, os interesses mudam. Os ado-
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células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu lescentes querem os amigos e os mais velhos passeiam com a turma. Essa é uma fase onde eles precisam a cada instante de monitoramento e amizade. Nós como pais precisamos ser, antes de tudo, verdadeiros amigos dos filhos. Não podemos perder este vínculo nunca. Tudo que foi cultivado nessas duas fases acima mencionadas (infância e adolescência), começará a dar frutos na entrada da fase adulta. Uma fase onde eles se aproximam, e agora com outros interesses, para falar do futuro das decisões e até mesmo das grandes escolhas. Esta relação entre pais e filhos, REPITO, deve ser construída na infância. Uma relação de amizade, amor, confiança e acima de tudo verdade. “Fale com sabedoria, ensine e corrija com amor.” Provérbios 31.26 (BV). Com base nisso, há três pontos importantes que precisamos desenvolver como pais:
1 - “FALE COM SABEDORIA...” Nossa boca tem que ser manancial de bênçãos, fonte de vida, de ânimo e que promova nosso filho. O que vemos com muita frequência são pais e mães agindo com grosseria. Isso marca profundamente a identidade dos filhos, reforçando atitudes negativas. Marcas estas que eles levarão para a vida toda.
2 - “ENSINE...” No livro de Deuteronômios 6.7 está escrito: “Ensine com persistência a seus filhos. Converse sobre ela (a Bíblia, a Palavra de Deus) quando estiver sentado em casa, quando estiver
andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.” A Bíblia nos diz que devemos, em todo tempo, ensinar a Palavra, os princípios e os valores de Deus. ENSINE TODO O TEMPO. A melhor forma de ensinar é através do exemplo. O que a criança vê, ela reproduz. Tudo o que ela aprende agora, jamais esquecerá. Provérbios 22.6 diz: “Ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pais, não percam tempo, ensinem as verdades aos seus filhos, pois estas determinarão quem eles serão no futuro. Ensinar é nosso maior papel!
3 - “CORRIJA COM AMOR.” Não acredito em uma correção que destrói, machuca, constrange, envergonha e traz marcas destrutivas para sempre na vida e no emocional da criança. Acredito em uma correção com amor, correção que constrói, que leva a criança a pensar no erro e assumir a consequência (mesmo que seja doída).
nossa responsabilidade devemos sempre nos perguntar: Como estou fazendo? Como estou cuidando? E como irei apresentá-los diante de Deus? Que Deus nos capacite a cumprir estas verdades em nossa casa!
Não acredito em uma correção que destrói, machuca, constrange, envergonha e traz marcas destrutivas para sempre na vida e no emocional da criança. Acredito em uma correção com amor, correção que constrói, que leva a criança a pensar no erro e assumir a consequência (mesmo que seja doída).
Corrigir é mostrar o “correto”. Como posso mostrar o “correto” agindo errado?! Correção é, acima de tudo, amor e coerência.
CONCLUSÃO Como pais que somos, temos que ter em mente que nossa casa está em constante CONSTRUÇÃO. Para isso precisamos de persistência, determinação e amor. Em todo tempo somos pais. Fomos escolhidos por Deus para cuidar de dádivas que Ele nos deu. E por causa da
Alessandra Bezerra Caldas é pastora, pedagoga, casada com o Dr. Anderson Caldas e mãe de quatro filhos. Já atua na área educacional há 20 anos e fez parte da implantação do Colégio da Comunidade, onde hoje é diretora.
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REGRAS PARA UMA BOA BRIGA CONJUGAL ESTEVAM FERNANDES, PR.
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título parece estranho, mas dá luz a uma maneira nova e saudável de enxergar os conflitos no casamento. Todo casamento tem divergências e exige uma administração eficiente desses conflitos. Não existe casamento sem brigas. As brigas têm o seu lado positivo e são pedagógicas. Considerando que todo casal briga, então por que não “brigar direito”? Não é melhor enfrentar a realidade e aprender com ela, do que negá-la e viver na hipocrisia ou de fachada? Precisamos evoluir para o conceito de uma boa briga; ou seja, enfrentar a desavença com um firme propósito de reconciliação e acerto.
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NOVE REGRAS PARA UMA BOA BRIGA CONJUGAL:
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BRIGUEM! NÃO TENHAM MEDO DE ENCARAR OS CONFLITOS
Não adianta colocar venda nos olhos, algodão nos ouvidos, nem lixo debaixo do tapete. Casamento tem conflitos e isso implica em constantes ajustes. Não devemos fugir dos problemas ou escondê-los na gaveta da alma; um dia essa gaveta será aberta. Negar o problema nunca é o melhor caminho. Só há um caminho: encarar o conflito; olhá-lo de frente e trabalhar no sentido de superá-lo.
2
A
BRIGUEM! MAS SEJAM JUSTOS
Briguem por uma boa causa comum; por algo que valha a pena. Há casais que brigam exclusivamente para ferir por ferir. Deixam marcas profundas um no outro. A briga deve acontecer por uma causa justa. Há situações muito pequenas no conflito conjugal que nem sempre justificam uma briga. O casal precisa estar atento a isso e dizer: “não vale a pena brigarmos por isso”. Mas há situações em que ambos precisam afirmar: “vamos brigar por isso, mas sem cometer injustiça um com o outro; não vamos nos ferir, mas resolver a crise”. Bri-
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células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu guem para chegar a um consenso, para resolver o impasse.
3
A
BRIGUEM! MAS POR UM TEMA DE CADA VEZ
Nunca saiam do tema antes que acabe a discussão. O importante é os dois lembrarem-se de que estão brigando por uma situação X e não pretendem sair dela. Para cada briga, deve haver um tema específico. Muitas vezes um casal começa a discutir um assunto sério e pontual, mas fogem para coisas antigas que ainda estão guardadas no coração. Isso precisa ser evitado. É melhor que o casal se concentre num tema para a discussão: “Hoje o assunto é finanças. Hoje o assunto é vida sexual. Hoje o assunto são os nossos filhos”. O foco, ou a briga por uma única situação, tende a gerar um resultado positivo e paz no casamento.
4
A
BRIGUEM! MAS NÃO POR COISAS DO PASSADO.
O casamento não é um museu para ser visitado de vez em quando. Cada problema tem seu tempo e sua história. O que passou, passou! Por que ressuscitar o passado numa discussão? As duas principais causas de pessoas ficarem presas ao passado são imaturidade ou culpa mal resolvida. Situações do passado precisam ser revolvidas em outro fórum. Limitar a briga ao assunto presente conduz o casal a um processo de ajuste maravilhoso.
5
A
BRIGUEM! MAS COM DOÇURA.
“Querida... estou triste com tal situação, mas estou feliz porque podemos resolvê-la” – não é melhor assim? O casal não deve se descontrolar, nem se insultar mutuamente. Todo casal precisa tomar cuidado com as palavras que são usadas na briga e
evitar termos como imbecil, estúpido, desgraçado, ignorante, tapado etc. Um casal não deve jamais se desrespeitar. Parece impossível, mas não é: uma briga pode ser conduzida com doçura e cuidado. Geralmente isso acontece quando ambos têm a maturidade de fazer uma distinção entre a pessoa, que é amada, e a situação, que é o próprio conflito. A pessoa precisa ser amada e a situação de conflito, resolvida. Com doçura e delicadeza fica bem mais fácil de resolver o problema.
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BRIGUEM! MAS DE MÃOS DADAS.
Parece insano, mas quando o casal toma a mão um do outro, mesmo durante uma discussão, estão fechando portas e possibilidades para qualquer tipo de agressão. Dependendo do nível de desgaste, um dos cônjuges pode ser tentado a agredir o outro. As mãos dadas ajudam cada cônjuge a não esquecer que está brigando com a pessoa que mais ama. A briga faz parte do relacionamento conjugal. A briga precisa ser encarada e resolvida.
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a discussão para outras pessoas só piora a situação e impede qualquer possibilidade de acerto. Expressões como “Vou falar com o pastor”; “Bem que mamãe me dizia”; “Vamos perguntar às crianças quem tem razão”; “Vamos ligar para a sua irmã” etc., precisam ser evitadas. Os conflitos de um casal precisam ser resolvidos em casa. Por que expor o seu cônjuge sem que tenham chegado a uma solução?
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BRIGUEM! MAS FAÇAM AS PAZES.
Não vale a pena viver separados. Cada dia perdido sem amor, cada noite perdida sem companhia é um tempo que não volta jamais. A Bíblia manda termos paz com todos. Bom mesmo é viver em paz e amor, conservando perto de nós a pessoa que mais amamos.
BRIGUEM! MAS TERMINEM A BRIGA
Cada cônjuge tem o dever e a responsabilidade de garantir o fim da briga. Um casal nunca deve sair do ringue (ou do quarto) enquanto a briga não tiver acabado. Nunca digam: “com você não se pode conversar”, ou “amanhã a gente continua”. A Bíblia é muito clara quando recomenda: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4.26b).
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BRIGUEM! MAS NÃO ENVOLVAM OUTRAS PESSOAS
Na hora da briga, o casal deve restringir o assunto a eles mesmos. Estender
Estevam Fernandes é pastor da Primeira Igreja Batista de João Pessoa/PB e tem sido usado por Deus especialmente na área de família, liderança e patologias da alma.
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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL COMUNIDADE DA GRAÇA 2013 REDAÇÃO
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proximadamente setecentos pastores e líderes, de diversas partes do Brasil e exterior, reuniram-se nos dias 21 a 25 de maio, em Porto Seguro, Bahia, para mais uma Conferencia Internacional da Comunidade da Graça. Os pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra recepcionaram a todos com o amor e a alegria de sempre. Foram dias memoráveis. Os líderes da Comunidade da Graça puderam ouvir desafios que reafirmaram os valores
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centrais da igreja relacionados com o amor a Deus, uns aos outros e os planos de uma igreja acolhedora que transforme seus membros em discípulos multiplicadores de vidas. O pastor Carlos Alberto apresentou cada um dos preletores, falando da importância que eles têm na história da Comunidade (Ralph Neigbour Jr, Paulo Mazoni, Antonio Carlos Costa, Carlos Bezerra Junior, Sandro Oliveira, Marcelo Souza, Manoel Oliveira, Evaldo Duque Estrada, Carlos Alberto Antunes e Aguinaldo Fernandes). Nosso pas-
Amplia o lugar da tua tenda, e estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as tuas cordas, e fixa bem as tuas estacas. Isaías 54:2 tor fez ainda uma menção honrosa ao querido irmão e pastor Robert Lay, de Curitiba, intérprete do pastor Ralph e líder do Ministério Igreja em Células no Brasil, com ênfase na visão CADA MEMBRO UM MINISTRO, CADA CASA UMA IGREJA. Os pastores Adhemar de Campos, Ronaldo Bezerra, a querida Raquel Novaes e o Gustavo Xavier cuidaram da adoração através da música. O tema da conferência foi O ANO DA EXPANSÃO.
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DISCÍPULOS QUE FAZEM OUTROS DISCÍPULOS RALPH NEIGHBOUR JR.
Nossos agradecimentos à Diretoria Executiva da Comunidade da Graça, formada pelos pastores Osmar Misael Dias, Cezar Rosanelli, Wagner Fernandes, Valmir Ventura e Renato Fogaça. Ao pastor Horácio Perim que recomendou e fez a reserva da rede Tonziro. Agradecimento especial ao pastor Cezar Rosanelli que coordenou toda a Conferência, mobilizando a maravilhosa equipe que deu todo o suporte ao evento – Gustavo Rosanelli, Osvaldo Branduliz Jr, Diego Boaventura, Priscila Fernandes, Elizabete Mazzi, Lucas Regonha, Tatiani Ferreira, Enrico Guerrero, João Henrique, Márcio da MR, Gilberto Dalmaso, Enéas Oliveira, Ednei Buck, Fabiana Lima, Cesar Stagno, Tiago Matos, Elisangela Mazzi, Cauê Guimarães, Julio Renteiro, além do apoio da equipe da rede Tonziro, coordenada pelo Wild Broad.
Como resolver o problema dos líderes de células que estavam enfrentando esgotamento físico (burnout) por tentar discipular e cuidar de todos os membros de sua célula? I João 2:1214 chamou minha atenção: Filhinhos, eu lhes escrevo porque os seus pecados foram perdoados, graças ao nome de Jesus. Pais, eu lhes escrevo porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevo porque venceram o Maligno. Filhinhos, eu lhes escrevi porque vocês conhecem o Pai. Pais, eu lhes escrevi porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno. Aqui estava o segredo: eu descobri como é que discípulos podem fazer outros discípulos. Os filhinhos sabem que têm um papai e que os seus pecados foram perdoados, mas eles não sabem como vencer o maligno. Quem melhor pode discipular os filhinhos são os jovens, que podem dizer: “Sabe, eu enfrentei este mesmo problema há algum tempo atrás, e eu quero compartilhar com você o que eu aprendi sobre como repreender o maligno.” Entretanto, os jovens são fortes, mas ainda não geraram um filhinho. Quem pode melhor ajudar estes jovens a levar outros à Cristo do que um pai?
Assim temos: os filhinhos são discipulados pelos jovens, que por sua vez são discipulados pelos pais. O pai é quem supervisiona o discipulado dos filhinhos e dos jovens! “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles”. Eu me lembro quando expliquei isso para 56 líderes de célula em Singapura. Eu perguntei se eles poderiam identificar facilmente estes três grupos de pessoas em suas células. E eles prontamente os identificaram! Eu sugeri então que eles formassem estes grupos de três pessoas em suas células, e foi o que eles fizeram. Imediatamente começamos a perceber que o discipulado de uma outra pessoa usando esta estratégia acabou com o problema dos líderes de células cansados e esgotados. Também descobrimos que isto acelerou a maturidade dos jovens e dos pais, porque eles assumiram a responsabilidade de discipular uma outra pessoa. O mais importante de tudo isso foi que os “pais” desenvolvidos com esta estratégia começaram a produzir muitos líderes de células, e foi isto que sustentou o crescimento da nossa igreja. Usando esta fórmula simples, nós crescemos de 600 para 7.000 pessoas em 5 anos. Vale a pena tentar, certamente você vai gostar! junho 2013 | comuna | 19
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A ADORAÇÃO NO BRASIL ADHEMAR DE CAMPOS, PR.
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ostaria de refletir um pouco sobre o momento atual da igreja brasileira. O objetivo é achar um caminho que nos leve à plena sintonia com o coração de Deus e que nos conduza no compromisso e coerência bíblica. A adoração através da música tem sido um tema bastante divulgado e trabalhado nos últimos anos. Porém, pergunto: Será que todos os que tratam sobre esse tema têm o entendimento correto e a prática adequada na aplicação do mesmo? O “boom” atual de adoração tem contribuído com os propósitos de Deus para a igreja? É necessário a criação de tantas escolas, cursos e seminários de adoração?
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A igreja, como um todo, está entendendo e respondendo ao mover de adoração? Os líderes estão de acordo quanto à visão e prática da adoração? Nossa visão e prática têm fortalecido o nosso testemunho perante a sociedade, fazendo aumentar o número de convertidos em nossas igrejas? Nossa adoração reflete nossa unidade como família de Deus? Estamos abertos ao diálogo, à reflexão e aos ajustes enquanto líderes? Qual dos três é mais importante: a igreja, o culto ou a música?
Acredito que obteremos respostas para essas questões na medida em que buscarmos entender adoração do ponto de vista divino. Para isso, precisamos conhecer a visão do propósito eterno de Deus e viver em obediência aos Seus princípios.
I
A VISÃO DO REINO
João Batista, o precursor de Jesus, apareceu no deserto da Judéia pregando o arrependimento e anunciando o reino dos céus (Mateus 3.1). Jesus iniciou seu ministério público na Galileia, pregando o evangelho, anunciando o reino de Deus e chamando todos ao arrependimento (Marcos 1.15). Pedro, em Jerusalém, por ocasião da festa do Pentecostes, após o Espírito ter sido derramado, anunciou o senhorio de Cristo e exortou os judeus a se arrependerem e se converterem (Atos 2.37-38). Jesus,
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células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu após Sua ressurreição, instruiu seus discípulos a pregarem o arrependimento e a remissão de pecados (Lucas 24.47). O que se nota nesses textos é uma perfeita sintonia entre Jesus, João e os discípulos quanto ao evangelho e a visão do reino. Era um projeto perfeito, infalível, poderoso, convincente, indestrutível. Prova disso, é o fato de um número pequeno de homens liderados pelo Senhor, sem grandes recursos, revolucionarem o mundo e levarem milhares de pessoas, nas situações mais inusitadas, a uma conversão a Cristo. A visão do reino estava clara para aqueles homens e a motivação correta gerou, como resultado, encontros transformadores com Jesus.
II
A VISÃO DO CORPO
A igreja é o corpo de Cristo aqui na terra. De acordo com Mateus 16.18, um dos objetivos da morte do Senhor na cruz foi o de resgatar homens e edificar a Sua igreja, cuja missão, dentre outras, é subjugar o inferno em demonstração à multiforme sabedoria de Deus, segundo Seu eterno propósito (Efésios 3.10-11). O Senhor Jesus conferiu poder e autoridade ilimitados à igreja para o estabelecimento do Seu governo na terra. Foi para isso que Ele estabeleceu apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, visando o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério e edificação do corpo (Efésios 4.11-12). A igreja, corpo de Cristo, é um grande projeto para comunicar a vida de Deus e produzir uma influência saudável na sociedade, como se viu naquela igreja que nasceu em Jerusalém por ocasião do Pentecostes. A mensagem poderosa era o evangelho do reino, a autoridade espiritual inquestionável, a atmosfera
celestial, os milagres incontestáveis, a comunhão coerente, responsável, altruísta e edificante dos santos. Se adotarmos esses princípios e práticas, certamente obteremos os mesmos resultados em nossa vida, lar, comunidade, cidade e país (2 Crônicas 7.14).
III
A VISÃO DO MUNDO
Deus teve uma visão clara da necessidade do homem decaído por causa do pecado. Essa visão O levou a amar o mundo e enviar Seu Filho para salvação de todos que cressem. Como filhos de Deus, somos levados a amar o mundo, a nos apresentarmos perante o Senhor e sermos enviados por Ele para anunciarmos o evangelho que resgata, regenera e transforma o pecador num filho de Deus que adora o Pai em espírito e em verdade. É impossível ser um adorador e não sentir a miséria desse mundo perdido e não chorar a morte das sete pessoas que morrem no Brasil a cada minuto sem salvação; não chorar pelos quarenta milhões de desviados das nossas igrejas; e tantos outros tristes dados estatísticos que precisamos considerar séria e urgentemente.
IV
Precisamos conhecer a visão do propósito eterno de Deus e viver em obediência aos Seus princípios.
Se todos nós, como igreja, nos ocuparmos diariamente em cumprir essa tríplice missão, com certeza nossa sociedade será transformada. Se vivermos dessa maneira no presente, estaremos garantindo um futuro abençoado que beneficiará a todos. Queridos pastores, líderes, ministros de louvor e adoradores: Não tenho a pretensão de dar resposta a todas as perguntas que formulei acima. Muitas delas são subjetivas. Porém, apelo para que deixemos de lado nossas questões, visões pessoais e ministeriais e unamo-nos em torno do Senhor, da Sua visão e dos Seus propósitos, olhando para Jesus que deixou-nos o exemplo para que sigamos suas pisadas. Estou certo que essa é a vontade do Pai e que Ele nos salvou para esse fim (Efésios 1.12; 2 Coríntios 5.14-15; 1 Coríntios 10.31).
A VISÃO DO FUTURO
A visão do futuro está condicionada à visão que temos do presente como igreja. É indispensável conhecermos, à luz das Escrituras, qual é a nossa missão. a) A primeira missão da igreja é adorar (Atos 2.1-4). b) Em segundo lugar, a missão da igreja é evangelizar (Atos 2.14; 36-38). c) E a terceira missão é cuidar de pessoas, ensinar e discipular (Atos 2.42-45).
Adhemar de Campos é músico, compositor e pastor na Igreja Comunidade da Graça – SEDE. É casado com Aurora, e tem três filhos.
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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família especial
A CÉLULA NA VIDA DA IGREJA ROBERTO PEREIRA MONTEIRO, PR.
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gresso de uma igreja de programas, eu não consigo entender como sobrevivi. Talvez, para alguns, isso soe negativamente – a não valorização de minha parte para com a instituição onde “aceitei” Jesus. Jamais seria ingrato com a instituição que me acolheu durante muitos anos e com as pessoas que ali conheci. Quando digo que não consigo entender como sobrevivi, estou falando que descobri que o ser igreja é muito mais do que muitos pensam ou vivem. Cada um de nós é a igreja, cada um de nós é o corpo vivo e a criação sobrenatural de Deus. Quando esse corpo vivo se reúne aos domingos, nas grandes celebrações, é bom, gostoso, mas não é a plenitude nem o extraordinário do reunir. Eu diria que tudo isso, plenitude, extraordinário, mara-
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vilhoso, sobrenatural, só acontecerá quando esse corpo vivo se reunir em pequenos grupos, em Células. Nosso conceito de extraordinário e maravilhoso, muitas vezes, está embasado em manifestações emocionais e barulhentas, grandes concentrações de gente, pulos daqui e dali. Tudo isso tem sua razão de ser, afinal de contas, Jesus também reunia multidões. Porém, os princípios e valores foram estabelecidos e firmados pelo Mestre na vida do seu pequeno grupo, da sua pequena Célula, os discípulos. Ao nos reunirmos em pequenos grupos, nos lares, ou em outros lugares pré-determinados, experimentamos o amor de Deus, expresso através de Cristo vivendo na vida de cada pessoa que ali se encontra. Um amor que produz cuidado, compaixão e que nos
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Ao nos reunirmos em pequenos grupos, experimentamos o amor de Deus, expresso através de Cristo vivendo na vida de cada pessoa que ali se encontra. leva a cooperar para o crescimento e amadurecimento do próximo. Diferente de “aceitar” Jesus, através da Célula você tem a possibilidade de ser um seguidor de Jesus, imitando o Seu estilo de vida e encontrando um propósito maior de existência. A vida vivida na Célula é a vida vivida em comunidade com os irmãos de fé. Não se trata de uma possibilidade para os cristãos, mas sim de algo a ser praticado e experimentado. Significa que cada um deve cuidar não somente de si mesmo, mas também dos outros, conforme Filipenses 2.4: “Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros”. A compreensão desse estilo de vida muda
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células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu tudo sobre a nossa prática atual da vida da igreja. Em João 17.11, Jesus orou ao Pai dizendo: “Pai santo, protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um”. Como pode ser isso? O pedido que Jesus faz ao Pai é algo que deveria despertar em nós um sentimento de êxtase. Ser um, assim como Deus e Jesus são um? Uau! Isso é tremendo! Ser um, assim como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não temos como mensurar isso, mas este é o pedido de Jesus ao Pai. Não seremos um, vivendo isolados. Não seremos um, sendo uma igreja de programas. Não seremos um, pensando apenas em nós mesmos. Seremos um, vivendo numa Célula. Assim como Deus fez por nós, dando o Seu melhor, Jesus, daremos o nosso melhor às pessoas. Assim como Jesus se entregou por nós, demonstrando amor, compaixão e serviço, também nos entregaremos, demonstrando uns aos outros um viver genuinamente cristão. Assim como o Espírito Santo nos ajuda, consola e aconselha, devemos também viver para expressar essas mesmas atitudes para com o próximo. “O mundo não pode recebê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele vive em vocês e estará em vocês.” João 14.17 O viver em Célula nos possibilita viver esse poder, o poder da unidade. O livro ‘Unidades Básicas do Corpo de Cristo’ do Dr. Ralph W. Neighbour Jr., no capítulo 14, fala que há mais, muito mais para vivermos e experimentarmos! Quando a nova comunidade, liderada por Pedro e João, se instalou, os sinais, prodígios e maravi-
lhas voltaram a acontecer. A Célula é o lugar do milagre; é o lugar da cura; é o lugar onde prodígios e maravilhas acontecem, se estivermos dispostos a compartilhar nossas vidas. As pessoas estão fartas de belos discursos. O que elas querem é ver Cristo em nós. Assim como o aleijado que estava na porta do templo, ouvindo belos discursos, vivendo de esmolas, sem uma perspectiva de vida, sem um futuro, muitos nos nossos dias, à nossa volta, podem experimentar o milagre em suas vidas através do nosso viver em comunidade, da nossa vida nas Células. Os aleijados, coxos, doentes e perdidos do nosso mundo precisam ver Deus em ação em nós. A humanidade fraca, impotente e desesperada está necessitada do poder transformador e curador desfrutado por aqueles que depositam toda a confiança em Cristo. E nós, como comunidade, precisamos estender a nossa mão em ministério amoroso para oferecer alívio e expressar o nosso amor e interesse. Mas precisamos fazê-lo em nome de Jesus Cristo. Precisamos inspirar fé somente naquele que pode curar e salvar. Célula é vida, Célula sou eu, é você. É isso que precisamos ser para experimentar a plenitude de Deus. Chega de sermos consumidores. Transformemo-nos, pelo poder da cruz e do Espírito Santo, em seguidores de Jesus. Isso sim fará toda a diferença.
Roberto Pereira Monteiro é pastor na Comunidade da Graça de Foz do Iguaçu/PR. É casado com a pastora Luciana e pai do Rodrigo e Felipe.
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O CHAMADO O testemunho do apóstolo Paulo em Atos 20:24, a respeito de seu próprio chamado, representa o mais legítimo anseio do coração de todos os cristãos do mundo. Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. Atos 20:24
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ão há nenhuma conexão entre o chamado de Jesus e o tipo de chamado que muitos líderes cristãos fazem na atualidade.
No chamado de Jesus, vê-se claramente a verdade e as implicações de uma jornada na contramão do mundo – uma autêntica contracultura. O chamado dos líderes religiosos propõe o continuísmo, a possibilidade de seguir a Cristo na mesma onda do mundo, sem uma mudança de mente e coração, além de estimular uma busca frenética pela felicidade e prosperidade a todo custo. Uma simples leitura dos quatro evangelhos será suficiente para o mesmo divisor de águas: Jesus nos chama para perder agora (abandonar coisas que julgávamos tão essenciais na vida), a fim de ganhar depois (a vida na eternidade com Cristo e com todos os fiéis que seguiram pelo mesmo caminho). Do outro lado, líderes ambiciosos, convidam o povo para ganhar agora (ganhar mais dinheiro e correr atrás de bênçãos, quando a Bíblia afirma que a bênção é que corre atrás dos cristãos, conforme Deuteronômio 28.1-2), e perder depois (passar a eternidade sem Cristo por causa de uma vida religiosa comprometida com o pecado – Mateus 7.2128). Se considerássemos ainda as cartas do apóstolo Paulo, Tiago, Pedro e João, a diferença entre as duas propostas ganharia uma dimensão infinita. Seria como tentar misturar a água ao óleo. Não há como protelar nossa decisão. Qual dos chamados pretendemos atender? “Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma? Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.” Marcos 8.34 a 38
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VERDADES QUE IDENTIFICAM NOSSO CHAMADO MINISTERIAL CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA, PR
1. CONVICÇÃO DO CHAMADO “Ouvi-me, terras do mar, e vós, povos de longe, escutai! O SENHOR me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome...” Isaías 49.1
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Todo cristão precisa ter, antes de tudo, uma forte convicção do seu chamado, da sua identidade e do futuro de paz que o Senhor promete. O nosso futuro está determinado pela consciência e firme convicção que temos da nossa nova identidade em Cristo (“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” 2 Coríntios 5.17). Deus nos chamou desde o nosso nascimento. Quando cremos nisso, surge uma convicção inabalável do nosso chamado. Todo obreiro tem que ter essa convicção de chamado e a consciência de quem é agora em Cristo. “A mim me veio, pois, a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações. Então, lhe disse eu: ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança. Mas o SENHOR me disse: Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.” Jeremias 1.4-8
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Antes de nascer, Deus já havia constituído Jeremias como um profeta às nações. Como o Soberano Deus não faz acepção de pessoas (Romanos 2.11), o mesmo vale para cada um de nós. “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” 2 Timóteo 4.6-8. Há pressões contingenciais relacionadas ao chamado. Mas, o que vai determinar o nosso futuro é a convicção de quem somos para Deus. Somos profetas entre as nações, escolhidos desde o ventre da nossa mãe. O apóstolo Paulo disse ainda que fomos chamados antes da fundação do mundo (Efésios 1.3-6).
2. AUTORIDADE NA PALAVRA “... fez a minha boca como uma espada aguda...” Isaías 49.2 Nosso chamado está fundamentado na Palavra de Deus. Quando a Palavra dEle está no nosso coração, nossa boca se torna como uma espada (Hebreus 4.12). “Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo. Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” 1 Coríntios 1.17-18 “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.” 1 Coríntios 2.2-5 “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” Romanos 1.16 “Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” 1 Coríntios 15.1-4 Todos estes textos revelam que a autoridade espiritual só se ganha à medida que pregamos o evangelho genuíno, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. O evangelho que deve ser pregado é o da nossa inclusão na morte e ressurreição com Cristo; do arrependimento e da nova vida.
3. PROTEÇÃO DIVINA “... na sombra da sua mão me escondeu...” Isaías 49.2 Todos quantos pregarem este evangelho com convicção e autoridade, serão protegidos pelo Senhor. Ele promete isso a todos os chamados. “Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos.” Salmo 91.10-11 “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” Colossenses 3.3
4. GUERREIRO FORTE “... fez-me como uma flecha polida...” Isaías 49.2 Os chamados por Deus são todos aqueles que têm uma direção, um projeto e que não têm duplo ânimo, ou seja, ora estão no monte, ora estão no vale. Mas são aqueles que se mantêm como guerreiros, constantes e determinados na sua missão (1 Coríntios 15.58). Todo guerreiro tem direção e projeto.
5. CONVICÇÃO DA SUA MISSÃO “... também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra.” Isaías 49.6 O Senhor nos chamou a todos e deu-nos uma missão, de sermos luz para as nações. Somos proclamadores da salvação a toda as extremidades da terra. Jesus reafirmou esse plano maravilhoso de Deus que inclui a nossa missão – Ide e fazei discípulos de todas as nações! (Mateus 28.19-20). junho 2013 | comuna | 27
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OS TRÊS DESAFIOS DE DEUS PARA ABRAÃO HORÁCIO PERIM, PR
“Então o Senhor disse a Abrão: Sai da tua terra, do meio dos teus parentes e da casa de teu pai, e vá para a terra que eu te mostrarei.” Gn. 12:1. O texto acima dá início à história da vida de um homem conhecido como o pai da fé. O triplo desafio de Deus para Abrão era romper com as três esferas de relacionamento mais fortes de um homem:
1. Sair da sua Terra; 2. Sair da sua Parentela; 3. Sair da casa de seu Pai Uma das maiores provas da fé de Abrão seria trocar tudo o que tinha – terra, cultura e família – por algo que não via, mas que seria mostrado por Deus no decorrer da caminhada. O chamado de Deus, ainda hoje, impõe níveis de desafio e renúncia para aqueles que querem abraçá-lo. “Sai da tua terra”. Trata-se de um chamado a renunciar a própria pátria. O homem que era reconhecido por ser de Ur dos caldeus precisaria abrir mão deste título, desarraigar-se e considerar-se peregrino na terra, enquanto Deus provia uma terra melhor. “Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo. Pela fé peregrinou na terra prometida como se estivesse em terra
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estranha; viveu em tendas, bem como Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa”. Hb. 11:8 e 9. “Sai da tua parentela”. Requer renúncia do próprio povo, de seus parentes e de sua história. Abrão era desafiado a deixar a cultura caldéia do politeísmo* para receber de Deus uma parentela especial. “Pela fé Abraão — e também a própria Sara, apesar de estéril e avançada em idade — recebeu poder para gerar um filho, porque considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa. Assim, daquele homem já sem vitalidade originaram-se descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e tão incontáveis como a areia da praia do mar.” Hb. 11: 11 e 12. *Politeísmo, do grego: polis, muitos, consiste na crença em mais de uma divindade, cada uma considerada individual e independente, governando sobre diversas áreas, objetos, instituições, elementos naturais e mesmo relações humanas. “Sai da casa de teu pai”. Certamente, é a renúncia mais difícil para qualquer um que é chamado por Deus. Quando o Senhor nos chama e nós entendemos a importância e valor da salvação, logo somos tomados de um forte desejo de anunciar a Cristo aos nossos familiares, mas Abrão foi chamado para abandonar até o mais forte vínculo familiar que tinha.
Quando iniciamos a caminhada com Cristo, a partir do novo nascimento, somos constrangidos a deixar tudo e peregrinar em terra estranha. Abandonamos a cultura terrena para vivermos a cultura e os valores do Reino de Deus; deixamos nossos pais, como prova de que precisamos receber libertação de todos os vínculos que porventura nos impedem de sermos levados aonde o Senhor quiser. A Jerusalém celestial nos espera, e mesmo que não a vejamos, Jesus há de nos guiar durante a caminhada. “Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus.” Hb. 11:10. Porém, existe uma terrível armadilha que nos espreita em todo o tempo: o desejo de termos alguém, ou alguma coisa que nos faça estar ligados às nossas origens. “Assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.” Gn. 12:4. Abrão creu no chamado, fez o que Deus tinha ordenado, mas não conseguiu deixar a casa de seu pai para trás. Às vezes nos convertemos a Cristo, mas ainda carregamos conosco experiências e hábitos do passado. Trazemos vícios de Ur que não agradam ao Senhor e sobre os quais Ele diz: “Deixe para trás, eu tenho algo melhor para ti”. Mas o Deus da Bíblia é Pai. Ele é amor e cuida de seus filhos, disciplinando-os quando necessário, para que haja perfeita libertação e comunhão com Ele. Gênesis 13 nos mostra como Deus começa a tirar de Abrão aquilo que ele não conseguiu deixar para trás. A misericórdia de Deus é infinita e Ele age na vida de Abrão para capacitá-lo a cumprir integralmente sua vocação. Uma briga com os servos de Ló levou Abrão a entender que não poderia herdar as
bênçãos de Deus enquanto não deixasse tudo para trás:“... Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda.” Gn. 13:9. O chamado incluía coisas ainda maiores: “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.” Gn. 12:2. Posteriormente, Deus reforça a promessa de um filho. No entanto, onze anos se passaram desde o chamado até o filho não vinha (Gn. 15:4). Aos 86 anos, uma tentativa humana frustrada provou que Abrão precisaria ter paciência para esperar o agir de Deus. O filho Ismael, que teve com a escrava Agar, conseiderado filho da carne, trouxe muitos aborrecimentos a Abrão. Quando o Senhor nos promete algo, devemos esperar e confiar. Quando tentamos ajudar a Deus, nos decepcionamos e geramos algo fora do Seu propósito perfeito. “E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.” Gn. 16:4. Abrão fraquejou também ao mentir para o rei do Egito sobre Sarai, sua esposa, por medo de ser morto: “Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti”. Gn. 12:13. Deus apareceu novamente a Abrão quando ele tinha 99 anos e Ismael, 13 anos: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei muitíssimo, (...) serás o pai de muitas nações; E não se chamará mais
Abrão, mas Abraão; porque por pai de muitas nações te tenho posto; de ti farei nações, e reis sairão de ti”. Gn. 17:1 a 6. “Eu sou o Deus Todo-Poderoso” . A Torá neste ponto traz o nome El Shaddai, no lugar de Elohin, ou Adonai, ou El Elyon. Temos a primeira citação de Deus como o Todo-Poderoso - não por acaso. Ele se mostra a Abrão como o Deus que pode tudo, até mesmo dar o filho esperado, tornar uma mulher estéril em mãe de nações e dar livramento dos inimigos. “Anda em minha presença e sê perfeito”. Abrão estava andando em dois caminhos. Cria em Deus, mas tentou ter um filho do seu próprio jeito. Obedeceu o chamado, mas trouxe seu sobrinho Ló junto com ele. Foi para o Egito, mas mentiu para o Faraó. Desta vez Deus estava dizendo: “Chega! Ande na minha presença e seja perfeito. Não minta, não duvide, deixe tudo para trás, creia e confie. Ande comigo Abrão, deixe de cometer erros pelo esforço de querer fazer o que só Eu posso fazer.” “Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele“. Abrão caiu por terra e “morreu” naquele dia. Vinte e quatro anos depois do chamado, ele entendia que era preciso morrer para si e viver para Deus. Caiu o Abrão temeroso e sem descendentes, e levantou-se o Abraão pai de multidões, pai da fé! Deus está dizendo: “Eu tenho uma nova vida para você Abrão. Hoje, nasce um novo homem. Vou mudar sua história”. Deus apagou o passado daquele homem, pois era necessário não apenas crer, mas confiar. Muitos de nós cremos que Deus existe, mas não temos fé em que o Senhor recompensa os que Nele esperam. Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que Ele existe e recompensa aqueles que o buscam.” Hb. 11:6.
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Logo em seguida Abraão, teve seu filho da promessa: Isaque. “E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque seu filho.” Gn. 21:5. Quando Deus viu a mudança de vida em Abraão, deu-lhe o que havia prometido. Jesus não cumprirá suas promessas em nossa vida enquanto não nascermos de novo e abandonarmos o pecado que tanto nos condena para a eternidade sem Deus, como nos impede de ter comunhão e relacionamento com Ele. Enquanto duvidarmos ou tentarmos agir conforme nossa maneira de pensar, o Senhor não completará a obra que começou em nós. Abrão sempre tinha o seu “jeitinho” de fazer as coisas. Para tristeza do nosso Pai, há muitos crentes que O conhecem só de ouvir falar; não andam com Ele pela fé e nem confiam em Sua Palavra. Assim, perdem a oportunidade de viver o chamado e nunca experimentam a totalidade do poder de Deus.
Abraão provou que era um novo homem ao demonstrar inteira confiança quando Deus lhe pede o seu filho amado, o filho da promessa, em sacrifício: “Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar”. Hebreus 11, 17 e 18. Ao nascermos de novo, Deus nos capacita a enfrentar todas as adversidades concernentes ao Seu chamado para nós! Tão somente vigiemos para não cair na tentação de trazer algo da velha vida para a nova; ou de querer ajudar a Deus como se Ele fosse incapaz. Deus é Soberano, o Todo-Poderoso; Andemos, portanto, em Sua presença e com certeza, Aquele que em nós começou a boa obra, há de aperfeiçoá-la até a volta de Cristo Jesus (Filipenses 1:6). Lembremo-nos das palavras de Jesus:
AS TRÊS DIMENSÕES DO CHAMADO DE JESUS CELSO MIZIARA, PR
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.” Mateus 10:37. “Se alguém vem a Mim, e não dá mais preferência a Mim do que ao pai, à mãe, à mulher, aos filhos, aos irmãos, às irmãs, e até mesmo à sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:26. “E todos os que tiverem deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida eterna.” Mateus 19:29. É necessário refletir: temos colocado nossa vida à disposição de Deus para que, caso Ele queira, sejamos enviados para onde Ele determinar, ainda que precisemos abrir mão de tudo? Sabemos que, humanamente falando, ninguém é capaz disto, porém, “Fiel é aquele que chama, o qual também o fará!” I Ts. 5:24.
Recebi o convite de falar sobre O Chamado de Jesus com muita alegria e temor, pela responsabilidade e importância do assunto. Atender ao chamado de Jesus deve ser a base da vida cristã. Mas para atender um chamado, antes, se faz necessário entendê-lo. Neste aspecto, sinto que a Igreja tem confundido muitas vezes o chamado com comissionamento. A missão é parte importante do chamado, mas não é sinônimo de sua totalidade.
CHAMADO PARA A SANTIDADE
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Quando se fala em chamado de Jesus, normalmente cita-se o “Ide e Fazei Discípulos”. 30 | comuna | junho 2013
Entretanto, antes de “ir e fazer” discípulos, devemos “ser” discípulo. A eficácia está em reproduzirmos “o que somos” e não apenas “o que falamos”. “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação com que fostes chamados” Efésios 4:1 Fomos chamados para sermos santos, parecidos com Jesus no caráter, estilo de vida e missão. Se formos parecidos com Ele, então faremos as mesmas obras que Ele fez. (“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” João 14:12). Escrevendo ao povo da cidade de Éfeso, o apóstolo Paulo nos revela, sob a inspiração do Espírito Santo, a obra maravilhosa do Pai e do Filho Jesus e suas implicações quanto ao chamado à santidade: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” Efésios 1: 3 a 5. Que obra maravilhosa! Fomos escolhidos ante da fundação do mundo e destinados à condição de irmãos do Santo Jesus.
CHAMADO PARA A UNIDADE Olhando ainda para a carta aos cristãos de Éfeso, Paulo fala mais sobre o modo digno do chamado: “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por pre-
servar a unidade do Espírito no vínculo da paz – há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação – há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” Efésios 4: 2 a 6. O chamado de Jesus não é para uma carreira solo ou algo individual e pessoal. Também não é somente para um grupo isolado. Nem para uma só denominação. Precisamos fazer uma reflexão sobre a forma como temos atendido a este aspecto do chamado. E é óbvio que esta primeira pessoa do plural (sermos) não se trata somente da Comunidade da Graça, mas sim de todos aqueles que professam verdadeiramente a fé em Jesus Cristo. Seremos muito eficazes se reproduzirmos “o que somos”. Mas, se tivermos divisões em nossos corações, atitudes incorretas, poderemos reproduzir pessoas que nunca poderão cooperar com a unidade da Igreja, deixando de cumprir este importante e fundamental aspecto do chamado: sermos um corpo unido, uma família. “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” Efésios 2: 19 e 20.
CHAMADO PARA A FRUTIFICAÇÃO
Esta foi a consequência do “ser e viver como família” relatada no livro de Atos dos Apóstolos, como um grande exemplo de uma Igreja saudável que reproduz eficientemente, cumprindo o seu chamado. O fato da reprodução ou frutificação do rebanho ser natural para uma Igreja saudável, não significa que ela deva ficar parada e esperar resultados exclusivos da vida em santidade e unidade. O chamado para a frutificação exige mais. Ele aponta para uma Igreja atuante, com iniciativa e atitude correta. A igreja do IDE E FAZEI. Finalmente, eu resumiria que o chamado de Jesus tem três aspectos principais que precisam ser bem lembrados: Chamado para sermos santos (parecidos com Ele) Chamado para vivermos em família, em unidade e amor. Chamado para fazer discípulos, com iniciativa e atitude. Por isso amo a Visão que Deus deu para a Comunidade da Graça: “Uma Igreja Família, Vivendo o Amor de Cristo, Alcançando o Próximo e Formando Discípulos”. E isto é para toda a Igreja na terra, não somente para a Comunidade da Graça. Os fundamentos da visão são bíblicos e valem para todos os cristãos. Então que sejamos zelosos em praticar e disseminar esta maravilhosa Visão! Amo vocês! Amo a Igreja! Amo o Chamado de Jesus!
Uma vez que vivemos desta forma digna do evangelho, o aspecto do chamado relativo à reprodução se tornará muito mais natural, leve e eficaz. Só assim poderemos experimentar tempos de abundante frutificação. “Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que íam sendo salvos” Atos 2: 47. junho 2013 | comuna | 31
COMUNIDADE DA GRAÇA EM GOVERNADOR VALADARES
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Divulgação
visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família especial
m casal de jovens sedentos pela Palavra de Deus viaja em busca de conhecer mais de Deus e maravilhados, desejam para si, tudo que atestaram na vida do Pastor Carlos Alberto Bezerra e da Comunidade da Graça. Assim, há 24 anos surgiu a igreja em Valadares.
Sede pela Palavra de Deus. Sede que impulsionou um jovem casal, Horácio e Áurea Perim, em Julho de 1987, junto com Ilka e Marcelo, a sair da sua casa, na cidade mineira de Governador Valadares para viajar até São Paulo em busca do final de uma mensagem que ouviram numa fita k7. Tratava-se de uma ministração do Pastor Carlos Alberto de Quadros Bezerra, preletor de um Congresso realizado em Recife. “A fita acabou e a mensagem não. Estávamos muito impactados pela simplicidade, transparência e clareza expositiva das Escrituras. Precisávamos ouvir a mensagem até o final”, conta Horácio. Mas como encontrar aquele pastor? Naquele mesma época, o grupo que sempre se reunia para estudar a bíblia e para outras atividades, ouviu um disco LP intitulado “Mil Razões”, que constava ser da Comunidade da Graça e que tinha o endereço e telefone na contracapa. Foi quando o Horácio Perim decidiu ir até aquele endereço para ver e ouvir tudo aquilo de perto. Afinal, outro questionamento havia surgido, “por que o termo comunidade para designar uma igreja?”. Será que eles viviam mesmo em comunidade, moravam todos no mesmo lugar, faziam tudo juntos? Essas dúvidas inquietaram o jovem Horácio. Ele nem poderia imaginar que um dia se tornaria um pastor da Comunidade da Graça. Decidido, chamou os demais para viajarem com ele e sua esposa Áurea. Ao chegarem na Comunidade da Graça Sede, em Vila Carrão, descobriram que o Pastor Carlos Alberto não se encontrava por lá. O grupo foi recebido de forma muito amorosa e prestativa por um dos pastores que auxiliavam o pastor Carlos Alberto. Em sua sala, aquele pastor ouviu o grupo e falou sobre o momento que a Comunidade vivia com a revelação da Palavra da Cruz; uma experiência inédita para igreja. “Foi o suficiente para eu entender que ali havia um povo vivendo os princípios da Palavra de Deus do mesmo jeito que eu gostaria de viver”, declarou Horácio.
ATESTANDO A VERDADE Em fevereiro de 1988, quando o Horácio ainda estava ligado à sua antiga denominação, o Pastor Carlos Alberto Antunes, sua esposa Wanda e todos os filhos estiveram em Governador Valadares para uma
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visita. Ele que veio como pregador oficial de um congresso que aconteceu durante o feriado de Carnaval. Na hora da despedida, o Horácio perguntou ao Pastor Antunes: “Você vive o que você prega?” Ele, sabiamente, respondeu ao jovem: “Vem e vê”. Assim ele fez. Dois meses depois, muito desafiado, Horácio chamou sua esposa Áurea e juntos retornaram a São Paulo. Ficaram hospedados três dias em uma casa, mais três dias em outra e, por fim, mais quatro dias na casa dos pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra. Ali, encontraram muito mais do que buscavam na primeira viagem. Encontraram pessoas comprometidas com o Evangelho, pessoas que viviam o que pregavam como o novo nascimento, o despojar da natureza carnal, a crucificação definitiva do velho homem. “Eu não conhecia nada igual até então. Eles abriram as portas da sua casa, sem nunca terem nos visto, para que pudéssemos experimentar o dia a dia juntos. Era como se fossemos espiões que estavam ali para atestar se era mesmo verdade tudo o que o Pastor Antunes havia dito e ministrado”. Maravilhado, Horácio Perim, a partir de maio do mesmo ano, passou a viajar todos os meses para São Paulo com o objetivo de ficar mais perto da-
louvor e a
adorção
células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu
Pastores Horácio e Áurea Perim
Culto de Celebração na Comunidade da Graça em Governador Valadares/MG
quelas pessoas e aprender mais sobre a libertação da natureza pecaminosa e a vitória sobre o pecado, além de aprender sobre como viver em uma igreja família, que vive o amor de Cristo, alcança o próximo e forma discípulos. “Na vida cotidiana do Pastor Carlos Alberto, encontrei coerência com as Escrituras Sagradas. Queria a minha vida e o meu casamento como o dele. Um homem amoroso, misericordioso, extremamente desapegado dos bens materiais, generoso a ponto de constranger com o amor, que reparte seus recursos com aqueles que tinham necessidade”, revelou. Além disso, Horácio colheu vários testemunhos a respeito da vida do pastor enquanto o aguardava entre um compromisso e outro em que o acompanhou. “Vigiei” o funcionamento da casa, que naquela época (1988) era muito cheia, pois ali habitavam, sete filhos, sendo 3 naturais e 4 adotivos, um sobrinho, um outro irmão, e claro, a Zéti. Vivenciavam problemas comuns a qualquer outro lar como provações, lutas, situações de enfermidade e mesmo assim, com graça e sabedoria, a casa era mantida em ordem, completou Horácio.
Entre Setembro e Dezembro de 1988, já desligados da antiga denominação a que estavam vinculados, Horário reunia um grupo na garagem da casa de sua mãe, Conceição Perim. Em janeiro de 1989 pediram o apoio da Comunidade da Graça Sede para abrir uma igreja em Governador Valadares. Em março/abril do mesmo ano, iniciaram as atividades como Comunidade da Graça à Rua Sá Carvalho 105. Nesse período, o grupo que se reunia era formado por Horácio e Áurea Perim, Moisés Dutra, Ilka Ferreira, Edmilson e Cristina Marcarini, Rodrigo Baía, Jorge dos Santos e Clério Teixeira Júnior. Aos poucos, Deus foi acrescentando mais irmãos. Desde então, o Pastor Carlos Alberto Bezerra disse ao Horácio para pastorear a igreja em Valadares sob a Supervisão e discipulado dos pastores Antunes e Wanda até a chegada do pastor que a igreja Sede enviaria. “Até hoje estou aguardando. Isso já faz vinte e quatro anos”, comenta o pastor Horácio em risos. Ele, que presenciou e foi fortemente impactado pela fé, esperança e dependência do Senhor que na vida dos pastores Carlos Alberto e Suely, diz : “Hoje, através do discipulado que recebemos de nossos pastores e amigos Beto e Suely, temos aprendido a viver a vida conjugal de
forma equilibrada e harmoniosa, como ter nosso lar andando segundo os princípios da Palavra de Deus, o exercício do ministério de forma criteriosa e santa para servir melhor aos irmãos e a sociedade, uma vida profissional como base para um testemunho de lisura, honestidade e integridade moral, e o mais importante, é que, imitando nossos pastores, podemos andar como Jesus andou na terra”.
A IGREJA HOJE A igreja em Valadares, alinhada com a visão de Deus para o pastor Carlos Alberto, é uma igreja em células. Atualmente são 33 células e 397 pessoas participantes nas mesmas. Temos desde o Ministério com as Crianças até o Ministério com Casais. Na área social desenvolvemos parceria com a Fundação Comunidade da Graça de São Paulo e outras Instituições em nossa cidade. Há mais de 15 anos produzimos e veiculamos o programa televisivo “Falando de Vida”, em rede local com a finalidade de alcançar o não cristão e anunciar o amor de Deus pelos homens. No ano de 2006 compramos nosso terreno para a sede própria e em Julho de 2009, depois de ter concluído todo o pagamento do mesmo, iniciamos nossa construção com projeto de 2.300 m2 de obra. Em Julho de 2012, ape-
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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família especial sar de não estar ainda todo concluído, mudamos para a nossa sede própria. Com as novas instalações, pudemos começar de forma mais confortável e eficiente a implantar as oficinas para o I.D.E. – Integrar, Desenvolver, Enviar. Modelo que representa uma estratégia para alcançar pessoas não cristãs, formar discípulos semelhantes a Jesus e preparar líderes, desenvolvido em três etapas. A primeira etapa “Integrar” se concretiza com o nascer de novo e a integração da pessoa na vida da igreja local, aprendendo os primeiros passos da caminhada cristã. A etapa seguinte, “Desenvolver”, nada mais é que viver a vida cristã na prática, andando uns com os outros, a vida de comunhão que leva a edificação, edificando a vida pessoal e a família. A terceira e última etapa é “Enviar”, quando as pessoas são treina-
TESTEMUNHO Nossa primeira célula foi assim:
das para exercer o ministério na igreja como dirigentes de células, supervisores, supervisores de área, e pastores.
O FUTURO Nosso plano é colocar foco nas células e começar a multiplicação de igrejas através do envio de células. Já em 2013/2014 de acordo com a licença que pleiteamos, daremos inicio à nossa Rádio Comunitária, e também a transmissão de nossas reuniões online via Internet, para isso estamos repaginando
nosso Site (www.comunidadevaladares.com.br ou www.cgvaladares.com. br). Pretendemos também terminar o prédio até o fim de 2014, e no tempo mais breve comprar um novo terreno para a construção do nosso Acampamento. Nosso desafio maior ao longo destes anos tem sido o de sermos uma igreja local conhecida como um grupo de pessoas que existe para amar e servir as pessoas como Jesus fez! Afinal, nós somos Uma Igreja Família, Vivendo o Amor de Cristo, Alcançando o Próximo e Formando Discípulos!!!
Lideres da Comunidade da Graça em Governador Valadares
meu nome como alvo de oração e jejuaram alguns meses. Logo depois, minha esposa me chamou para participar de uma reunião com esse grupo; claro, coloquei algumas condições tais como: “se demorar, vou embora”, “se esse pessoal for chato, eu não volto”. Ela aceitou todas as condições e fomos para a nossa primeira reunião.
liares como um homem que teme e serve ao Senhor. Meus pais se converteram, “tenho amigos, família, muitos irmãos” e um pastor que Deus tem usado para abençoar não somente minha casa, como também muitos lares da nossa cidade. Hoje, posso dizer com convicção que eu e minha casa servimos ao SENHOR.
Minha esposa aceitou de imediato, até mesmo porque a anfitriã era muito amiga dela. Porém, havia um grande problema: eu não tinha amigos e, para piorar, não gostava de crente. Foi exatamente isso que minha esposa disse para a amiga: que até iria me convidar, porém, seria impossível que eu participasse de uma reunião com crentes.
Lembro-me perfeitamente daquele primeiro encontro de célula– nesse dia, eu perdi a noção do tempo e, após a reunião, fui muito bem acolhido, tivemos algumas horas de muita comunhão. A célula começava às vinte horas e saímos da reunião as vinte e três e trinta! Isso já era um milagre, pois eu nunca ficaria tantas horas com pessoas que não eram do meu convívio.
Nelson e Rose. Comunidade da Graça em Governador Valadares.
Mas esses irmãos preciosos disseram a ela que iriam orar para que o convite fosse aceito. Então, colocaram o
Realmente, Jesus é o marco divisor das nossas vidas. Anos depois, fui aceito e respeitado pelos meus fami-
Há 13 anos minha esposa foi convidada a participar de uma célula na casa de uma amiga. Naquela época, já estávamos casados há cinco anos e tínhamos uma vida “boa” (sem Jesus é impossível ter uma vida boa). Sabe aquele tipo de pessoa que “só falta ser convertida”? Éramos assim.
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DA BOCA PRA FORA PATRÍCIA BEZERRA
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á pouco mais de um ano, escrevi um texto aqui na Revista Comuna sobre equilíbrio emocional. Falei da forma como lidamos quando tudo que planejamos sai errado e refleti, à luz da Bíblia, sobre nossas reações e “explosões” nesses contextos. Pois é. O assunto é recorrente e, vira e mexe, me param para saber a respeito. Por isso, gostaria de retomar. É naquele dia em que tudo dá errado que nosso domínio próprio, enfim, nosso equilíbrio é posto à prova. E, quando não temos controle sobre essa carga de emoções, quase sempre quem está ao nosso redor, pertinho da gente, é que acaba pagando o pato. Com certeza, você deve conhecer histórias sobre um amigo que ouviu em casa coisas como: “Sai daqui, moleque, você não serve para nada mesmo!”. Ou sobre uma garota que escutou de seus pais: “A mais velha é bonita e inteligente, mas essa aí... Se casar, já vou me dar por feliz!”. Esse tipo de sentença negativa, como nós costumamos chamá-la em psicologia, é mais comum do que se imagina. E, infelizmente, ao contrário do que uma conhecida expressão sugere, o que se diz “da boca pra fora” não é brincadeira. Pelo contrário, é muito sério. “Morte e vida estão no poder da língua”, diz a Bíblia, em Provérbios 18.21. Talvez, se quem proferisse palavras como essa soubesse o mal que causam, certamente não o faria mais. Porém, na maioria dos casos,
quem agride verbalmente dessa forma, também foi machucado pela vida e não teve instrumentos para lidar com essa dor de forma apropriada. Assim, essas pessoas repetem o modelo que conheceram. Costumo dizer que um homem em paz consigo mesmo é um homem em paz com o mundo, logo, o oposto também é verdadeiro: se estamos ‘azedos’, escrevi à época, nada ao nosso redor vai ser bom o suficiente. Mas vale aqui fazer uma distinção: uma coisa é acordar mal humorado, às vezes. E outra, é parecer um fio elétrico desencapado que sai dando choque em todo mundo. Geralmente, os sentenciadores, que dizem coisas como as que citei, pertencem ao segundo grupo. São desequilibrados emocionalmente ou se desequilibram constantemente com muita facilidade. O perigo é que, como pais, fomos chamados para reconciliar nossos filhos com Deus. E para isso, é necessário fazer com que eles conheçam esse Deus através das nossas vidas. Se formos mães ou pais destemperados, irascíveis, intolerantes, que dizem coisas negativas a respeito de nossos filhos – que são exatamente o oposto da mensagem que Deus quer que comuniquemos a eles – além de afastá-los de nós, também faremos com que nossos filhos se afastem de Deus. Pai e mãe, que tiveram uma experiência transformadora com Cristo, são pais que buscam o equilíbrio emocional na mesma pessoa de Jesus e do Espírito Santo. Não dá para conceber pais
cheios do Espírito Santo aos berros com os filhos, sentenciando maldições ou jogando suas raivas e frustrações sobre eles. Como eu disse, uma falha, um momento difícil, enfim, expectativas frustradas podem acontecer com qualquer um de nós. Ao perceber o erro, devemos voltar e pedir perdão, nos reconciliando; não deixando margem para que o diabo trabalhe nas emoções dos nossos filhos. Pais que amam a Deus amam seus filhos e, assim como Deus fez ao afirmar Jesus em público dizendo: “Este é o meu filho amado em quem tenho muito prazer” (Mateus 3.17), também nós devemos fazer. Nossas palavras têm poder na vida de nossos filhos, é um poder sobrenatural que nos foi confiado por Deus. Por isso, devemos sempre presenteá-los com palavras – muito mais que com coisas.
PATRÍCIA BEZERRA, é vereadora de São Paulo e a única nova mulher eleita para o cargo em 2012. É casada com Carlos Bezerra Jr. há 18 anos e mãe das adolescentes Giovanna e Giulianna. Aproveita para agradecer todas as palavras de incentivo e encorajamento que tem recebido por onde passa! junho 2013 | comuna | 35
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A QUÍMICA DA ANSIEDADE E DO MEDO JORGE LUIZ MANTOAN, MÉDICO É noite e um homem ora. Ele já está acostumado a matar um leão por dia, mas desta vez o desafio é maior. Gera ansiedade. Produz medo. O suor escorre por seu corpo e sua oração sai em voz muito alta, é um lamento aos brados que enche a terra e chega mesmo aos céus. O inevitável está por acontecer...
A FANTÁSTICA MAQUINA DO CORPO HUMANO Deus fez o homem de uma forma incrível, com um corpo fantástico, órgãos ajustados em mútua cooperação e trabalho contínuo. Um cérebro, o chefe, que coordena todas as funções para que nenhuma célula trabalhe a mais, nem a menos. A melhor orquestra jamais conseguiria tanta harmonia.
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Quando é hora de dormir, o chefe reduz o ritmo. Após o almoço, intensifica o trabalho no sistema digestório. Quando surge uma urgência inesperada, ele ativa, sobre os rins, uma glândula chamada adrenal – do stress, que produz adrenalina e cortisol.
ADRENALINA E A FUGA DOS LEÕES Você está num zoológico, ao lado dos amigos, quando de súbito, um leão escapa da jaula. A adrenal entra em
ação e uma descarga enorme de adrenalina acontece para que você tenha uma reação de fuga ou luta. Sob efeito da adrenalina, as pupilas dilatam para enxergar melhor o inimigo. Os pelos ficam arrepiados como sensores de contato ou toque. A respiração fica rápida e profunda, o coração dispara, uma transpiração fria e pegajosa escorre pelo corpo e uma profunda sensação de morte eminente nos domina gerando medo.
louvor e a
células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu tação, corpo turbinado, acelerado, inquietação, irritabilidade, pupila dilatada, palpitações no peito, suspiros com sensação de fôlego curto – o ar “não entra nos pulmões”. Isso dá muita angústia com aperto no peito e sentimento de morte por problema cardíaco.
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Esta fantástica reação é divina e visa a nossa sobrevivência frente às adversidades e perigos da vida. Se nada disso acontecesse, ninguém teria sobrevivido aos tiranossauros, leões e outros inimigos. E também não teria a menor graça subirmos uma montanha russa sem os sintomas de descarga citados no parágrafo anterior
ANSIEDADE E MEDO O problema é quando perdemos o controle sobre as adversidades. No consultório médico, diariamente, chegam pessoas dizendo que não aguentam mais a vida, porque todo dia têm que matar um ou mais leões de uma só vez. O que você acha que o cérebro e a glândula adrenal fazem quando uma pessoa vive nessa situação? Começam a descarregar adrenalina em grande e contínua quantidade. Sem pausa. Mesmo que não haja um leão, descarrega adrenalina e fica em alerta para uma eventual possibilidade de que ele surja. O resultado físico e emocional não poderia ser outro: agi-
Por ficar continuamente acelerado e em alerta, vem um cansaço enorme. O corpo está fadigado e querendo dormir, mas a mente está agitadíssima e daí a insônia. E o que é pior: no meio da noite, na segurança do lar, vêm os pensamentos sobre os leões e o medo do dia seguinte. Pânico! Tudo isso nada mais é do que descarga de adrenalina, e não vai acontecer nada se você relaxar, respirar fundo, orar e com calma programar a retirada dos “leões” de sua vida. Perdoe-me a sinceridade, mas, a maioria deles foi você que chamou para sua vida. Volte à simplicidade da vida.
SITUAÇÃO EXTREMA DE ANGUSTIA – HEMATIDROSE. O stress prolongado prejudica muito a mente e o sistema cardiovascular, mas veja, que coisa incrível, até onde pode chegar este prejuízo em situações extremas; é o caso raro da Hematidrose. Em circunstâncias de enorme angustia mental e agonia, ocorre uma drenagem de toda a força física, até o ponto de total exaustão. Por efeito de múltiplos hormônios liberados, ocorre uma dilatação da rede de capilares sanguíneos, que se rompe em contato com milhões de glândulas sudoríparas. O sangue se mistura com o suor que está vertendo abundantemente pela adrenalina. Mas, uma vez em contato com o ar, o sangue se coagula e os coágulos assim formados sobre a pele caem em terra. Nessa situação o corpo fica muito dolorido e em exaustão total.
UM ALTO PREÇO FOI PAGO... FAÇA POR MERECER. É noite e um homem ora. O inevitável está por acontecer. Momentos antes, ele tomara a decisão de orar, deixou oito dos discípulos aos pés do monte e subiu com três ao local chamado Getsêmani, não havia luz, mas ele conhecia de cor aquelas oliveiras antigas de troncos retorcidos. Os tropeços eram muito pouco em relação a ansiedade e medo. - Ó minha alma – gemeu. Minha está angustiada até a morte. Sua voz estava áspera e se sentia profundamente cansado. Pediu que os três discípulos vigiassem. Adiantou-se um pouco e colocando o rosto no chão, arranhava com os dedos a terra, num misto de choro e grito: - Abba! Abba! – um lamento aos brados que enchia a terra e chegava aos céus: Abba, pai, afasta de mim esse cálice! “Pai, se queres, afasta de mim esse cálice, todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua! E então apareceu um anjo do céu e lhe deu forças. E entrando em agonia, ele orou mais intensamente: e seu suor transformou-se em gotas de sangue que caíram ao chão”. Lucas 22, 42 a 44
Jorge Luiz Mantoan é pastor na Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo e médico ginecologista. Casado com a Pra. Edna e pai de 3 filhos.
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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família especial
PERDAS IRREPARÁVEIS NA FAMÍLIA ESTEVAM FERNANDES, PR.
N
ão é fácil lidar com perdas na vida e principalmente na família. Casais perdem filhos, empresa, dinheiro, o próprio casamento e até a esperança. Há perdas que são irreparáveis. Jesus contou uma parábola falando da alegria de uma mulher que encontrou uma moeda perdida. “Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.” Lucas 15.8-9 Aproveitando a lição, há quatro coisas que não podemos perder em relação à nossa família:
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1
Jamais perca na sua família a dimensão do sagrado, o senso da presença de Deus. (“O que Deus uniu o homem não separe” Mateus 19.6).
A família é uma instituição sagrada que nasceu no coração de Deus. Não dá para manter uma família sem Deus. O cônjuge deve ver seu parceiro não apenas na perspectiva sexual e afetiva, mas como uma pessoa que pertence a Deus e foi colocada por Ele como seu companheiro permanente. Os pais precisam ver seus filhos também sob uma ótica divina. Não basta ver os filhos do ponto de vista biológico, como fruto de uma relação sexual. Os filhos precisam ser vistos como uma herança do Senhor para a casa. Uma das marcas do mundo de hoje é a secularização; ou seja, uma mentalidade que propõe o tempo todo, uma ideia de que dá
para ser feliz e manter um casamento sem Deus. Se perdermos o senso do sagrado, da união que Deus realizou, a família vai conviver apenas enquanto tudo estiver bem, transformando-se num jogo de individualidade. Casamento é uma aliança entre duas pessoas, selada com a presença e a bênção de Deus. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” Gênesis 2.24. O homem é o sacerdote da casa; e um dia, Deus cobrará de cada homem dizendo: “Onde está a mulher que te dei?”; “Onde estão os filhos que te dei?”; “Eles frequentam a minha igreja?”. Precisamos pensar nisso. Cada cônjuge deve agradecer a Deus o tem-
adorção
células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu po todo pela vida do outro e pelos filhos que foram acrescentados à família. Cada membro da família deve entender que os demais integrantes foram colocados ali por Deus. Precisamos reencontrar em casa o conceito do sagrado e voltar a honrar a Deus. Um dos maiores sinalizadores de prosperidade verdadeira é poder olhar para trás e ver a sua própria família. Baseados no Salmo 128 versos de 1 a 4, encontramos os elementos básicos da família. “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!”. Elementos básicos: Temor e obediência a Deus, provisão e prosperidade, casamento e filhos, os filhos dos filhos.
2
Jamais perca dentro de casa a dimensão da afetividade, o valor dos sentimentos nas relações familiares.
Família é lugar de afetividade, elogios, perdão, afagos, abraços, beijos. Há homens que reduzem sua função no lar ao conceito de provisão – “Minha função nesta casa é trazer o sustento”. Mas é obrigação de todo homem responsável fazer isso. A afetividade está acima de tudo. Família é lugar de gente que se abraça, se beija. Não há mulher que resista por muito tempo à presença de um homem mal humorado; de cara feia o tempo todo. Tudo, em família, acontece na interação desses quatro eixos: sentimentos, relacionamentos, atitudes e valores cristãos. Os filhos necessitam do ca-
rinho dos pais; sobretudo do homem. Na luta da vida, o que nutre o coração da família é o afeto dentro de casa. Não dá pra viver sem o calor daqueles que nos amam dentro da nossa casa. A experiência do amor conjugal e das vivências familiares está registrada em Efésios 5.22-33 e 6:1-4, onde encontramos a liderança em amor por parte do marido, a submissão em amor por parte da esposa, a obediência em amor por parte dos filhos. O marido deve amar a esposa como Cristo amou a igreja – amar é um imperativo de Deus. A esposa é sempre a imagem do marido que ela tem. Toda infelicidade da mulher começa dentro de casa, na má relação com o marido não afetivo.
3
Nunca perca a paixão pelas pessoas de dentro de casa. Elas são o maior bem que possuímos.
Família é lugar de gente que se ama e diz o tempo todo: “Podem contar comigo”. Não podemos perder a paixão pelas pessoas de nossa casa. Elas dão sentido à nossa vida. Elas estão conosco o tempo todo e no fim, haja o que houver, permanecerão ao nosso lado. A ligação consanguínea é maravilhosa e também divina. Os membros da família têm o mesmo sangue e devem ter a mesma paixão uns pelos outros.
necessidades uns dos outros, preparando-os para a vida terrena e eterna.
4
Não perca a bênção de ter um coração quebrantado.
Tem que haver gentileza e doçura nas relações familiares. Tem que haver sensibilidade suficiente para reconhecer as próprias falhas e pecados dentro de casa. Há homens que judiam de suas esposas e filhos por conta do perfeccionismo. Ficam mal humorados por nada. Só um coração quebrantado, que é o novo coração prometido pelo Senhor em Ezequiel 36.26, pode proporcionar esta capacidade espiritual de arrependimento e reconhecimento de pecado pessoal – e não o pecado do outro. Só um coração quebrantado consegue perdoar o pecado e a ofensa do outro. “Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido” Salmo 34.18. O perdão, a reconciliação e o recomeço são condições básicas para um casal prosseguir vivendo em família. Isso é plenamente possível para aqueles que têm um coração quebrantado. Deus se aproxima de quem tem esse tipo de coração. Que Ele nos ajude!
“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR” Provérbios 18.22. “Os filhos são um presente do SENHOR; eles são uma verdadeira bênção” Salmo 127.3. A paixão deve se expressar no cuidado de uns para com os outros, reconhecendo o potencial, as diferenças, e as
Estevam Fernandes é pastor da Primeira Igreja Batista de João Pessoa/PB e tem sido usado por Deus especialmente na área de família, liderança e patologias da alma.
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visão Deus agindo ponto de vista eles andaram com Jesus colégio da CG família especial
E COMO PREGARÃO SE NÃO FOREM ENVIADOS? CARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.
O
modelo de Jesus na formação de líderes, como a Palavra de Deus nos mostra, é desenvolvido ao longo de três linhas mestras: o discipulado um a um, o ensino bíblico e o treinamento; assim, nas últimas edições desta revista (abril e maio), vimos como elas podem ser praticadas nas etapas do Integrar e Desenvolver, do nosso Modelo IDE, segundo as diretrizes do nosso Trilho de Treinamento. Com estas linhas mestras compondo o nosso Trilho de Treinamento, percorremos as duas etapas iniciais na formação do caráter do discípulo, estruturação do seu ministério em bases bíblicas e no seu treinamento inicial.
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Agora, com o nosso Trilho de Treinamento, chegamos na etapa final da sua capacitação para liderar uma célula, que é a etapa do Enviar, do nosso Modelo IDE; nela, as seguintes atividades devem ser desenvolvidas: No discipulado um a um: Nesta atividade se dá o discipulado para liderança intitulado: “Formando Discípulos e Liderando Outros”, quando serão desenvolvidos mais intensamente os valores da Visão referentes ao “alcançando o próximo e formando discípulos”; ou seja, a paixão pela evangelização dos perdidos para fazer deles verdadeiros discípulos do Senhor (Marcos 16: 15-18 e Mateus 28: 18-20).
Aqui, nesta etapa, pelo tempo decorrido, o relacionamento do discipulador com o discípulo já deve ter alcançado um nível maior de amizade, de confiança e de transparência, possibilitando um trabalho mais profundo nas áreas problemáticas do caráter do discípulo. O futuro novo líder de célula precisará ser um obreiro aprovado, que não tem nada do que se envergonhar (II Timóteo 2:15a), pois vai pastorear e cuidar de vidas, quando necessariamente precisará ser um modelo e referência para as ovelhas que o Senhor colocar em suas mãos, devendo também possuir uma total lealdade para com o pastor principal. Para que toda essa formação seja alcançada, o líder não poderá se satisfazer em ter um relacionamento superficial e esporádico com seu discípulo, pois isto fere a essência do discipulado; e, abre espaço para que novos dirigentes com o caráter insuficientemente aperfeiçoado, assumam uma posição para a qual ainda não es-
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células capa comunidade sonhospossíveis saúde igreja família texto e contexto aconteceu tão bem preparados, o que trará muito prejuízo e frustração para eles e os membros de suas células.
fase do treinamento, a da supervisão: o discípulo faz e o discipulador observa e corrige.
Nunca é demais enfatizar que, ao longo de todo este processo de discipulado, o líder deverá estar sempre orando o jejuando pelo seu discípulo, ainda mais quando chega esta etapa do Enviar, pois o inimigo procurará, através dos seus ardis, desmotivá-lo, desanimá-lo e apagar a chama do seu desafio.
Se o líder for omisso nestas atividades do treinamento do discípulo, quando este assumir uma nova célula, todos perceberão sua inabilidade e insegurança em conduzir os encontros e tratar com pessoas, em suas carências, crises e necessidades; isto certamente será um fator impeditivo para que vidas sejam atraídas para aquela célula.
No ensino bíblico: nesta atividade, na etapa do Enviar, o discípulo já estará participando das matérias do CTL, do curso nível I, para a preparação de Dirigente de Célula; mas, o líder não poderá se limitar apenas a enviá-lo para o curso. Ele deverá supervisionar sua participação no CTL, acompanhando seu aproveitamento das matérias e a realização de suas atividades extraclasse, para que o discípulo tenha um excelente rendimento, o que se refletirá em sua habilidade de manejar bem a Palavra da verdade (II Timóteo 2:15b), que é o nosso principal instrumento de trabalho na edificação de vidas. No treinamento: nesta atividade, coisas muito importantes deverão ser feitas, pois o discípulo já é um auxiliar na sua célula, e precisará ser muito bem preparado para ter bastante habilidade em lidar com seres humanos, sempre tão complexos, e para dirigir os encontros semanais de maneira inspiradora, para que a presença, o poder e o propósito de Cristo se manifestem em sua célula. Por isto, nesta etapa, o líder precisará delegar tarefas mais complexas ao seu auxiliar, supervisioná-las e avaliá-las muito bem, especialmente aquelas que dizem respeito na ajuda em cuidar dos novos convertidos na etapa da Integração, na maneira de dirigir encontros e cuidar de vidas. Esta é então a terceira
O nosso ideal, na formação de líderes de células, deve ser aquele que a Palavra de Deus aponta quando se refere à liderança de Davi em Israel: “Assim os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou pela perícia de suas mãos.” Salmo 78:72. Conclusão: agora, finalmente, todo este modelo IDE de formação de líderes, baseado no exemplo que o Senhor nos deixou, tendo sido bem desenvolvido, na total dependência do Espírito Santo, ao longo de todo o Trilho de Treinamento em suas três linhas mestras principais (discipulado um a um, ensino bíblico e treinamento), chega ao seu grande objetivo: enviar o novo líder para assumir uma célula e reproduzir todo este modelo com muitos outros, dando sequencia a missão principal da Igreja – fazer discípulos. É a última fase do treinamento, que é o Envio: o discipulador envia, e o discípulo ensina e discipula outros. Então, este momento deve ser marcado por muita celebração, com muita alegria e louvor ao Senhor! A multiplicação de uma célula com a unção dos novos dirigentes, salvos do pecado e da condenação eterna, transformados em discípulos de Cristo e que agora vão
dar continuidade ao ministério dEle aqui na terra, tem que ser muito bem comemorada. Quando isso acontece no Distrito que o pastor Carlos Alberto me delegou para servir, ao lado do pastor Pasquale e de muitos outros supervisores e dirigentes, nós procuramos fazer muita festa ao Senhor, com direito até a fogos de artifícios, pois este não é um acontecimento banal qualquer. Pelo contrário, o envio de novos lideres e a multiplicação de novas células são a prova que Jesus está bem vivo, que Ele continua salvando e influenciando poderosamente pessoas, como fazia nas praias da Galiléia; e, é também a confirmação de que a Teologia, a Visão, o Modelo IDE e o Trilho de Treinamento da Comunidade da Graça realmente funcionam, pois estão fundamentados na eterna Palavra de Deus e em consonância com o atual mover do Espírito Santo na Igreja em toda a terra. Tudo isto é só uma pequena degustação da grande festa que haverá quando o Senhor voltar e nos recompensar por todo este trabalho apaixonante e altamente meritório que é o de fazer discípulos! “Quem é, pois, o servo fiel e prudente que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento ao seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.” Mateus 24:45-47 Carlos Alberto Antunes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Diretor do Centro de Treinamento em Liderança, É casado com a pastora Vanda, e é pai de 5 filhos.
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OS PASTORES CARLOS ALBERTO E SUELY EM FOZ DO IGUAÇU Nossos pastores estiveram em Foz no mês de abril. Eles foram ver de perto a bênção que tem sido a nossa Comunidade no sul do país. Os pastores Roberto e Luciana Monteiro reuniram todos os líderes num jantar no Paraguai, na casa dos pastores Francisco e Leila. No sábado, a pastora Suely esteve com todas as mulheres da igreja. No domingo pela manhã, aconteceu um almoço com toda a liderança num barco (um catamarã) no Lago de Itaipu. Na noite do domingo, o pastor Carlos Alberto pregou sobre o tema ‘Cooperadores de Deus’. Os pastores Carlos Alberto e Suely voltaram maravilhados com tudo que viram. Nosso abraço e carinho ao Beto, Luciana e todos os irmãos daquela comunidade linda, num dos pontos turísticos mais cobiçados do Brasil.
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DAVI SILVA E FAMÍLIA NA COMUNIDADE SEDE O querido Davi Silva e banda transformaram uma noite de domingo em festa e adoração na Sede. Com composições e um estilo muito próprio, o Davi deixou uma marca de alegria entre nós. Ele faz parte de nossa Comunidade em Londrina e vem cooperando para a divulgação do evangelho através da música. Ele, sua família e demais músicos nos abençoaram muito.
DIA DAS MÃES A pastora Suely Bezerra enfatizou mais uma vez a importância das mães na vida da igreja. Não faltaram homenagens, uma palavra profética de nossa pastora para todas as mulheres e um justo reconhecimento por parte de sua filha, a pastora Alessandra Bezerra Caldas, que nos lembrou do importante papel da pastora Suely na família e na igreja. Foi uma manhã memorável.
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Fotos: Divulgação
O PASTOR CARLOS ALBERTO E A LIDERANÇA JOVEM DA SEDE
Nosso pastor esteve com toda a nossa liderança de Células de jovens. Foi uma tarde muito especial. Todos os líderes puderam ouvi-lo e senti-lo mais de perto quanto à paixão e responsabilidade necessárias ao cumprimento do nosso chamado ministerial. Como não podia deixar de ser, os líderes presentearam o nosso querido pastor com a mais recente camisa do Corinthians. Foi só alegria.
ESTEVAM FERNANDES COM ÊNFASE NA VIDA CONJUGAL Os dias 17 e 18 de maio foram marcantes. O pastor Estevam Fernandes, da 1ª Igreja Batista em João Pessoa, trouxe de volta ensinos e fundamentos essenciais para uma vida conjugal feliz e abençoada. No mês da família, nada melhor do que ouvirmos uma pessoa tão doce e especial quanto o pastor Estevam. Tomara que ele volte logo.
FOTOS E COMENTÁRIOS DE QUEM ESTEVE LÁ
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Dirigentes, auxiliares, e supervisores de células da Rede de Jovens da Cg @gugaxavier
Pr. Seminário Familia CG Sede. Convidado: Pr Estevam Fernades. Casa Cheia! @valmirvantura
Pr. Estevam Fernandes. Ministrando no Seminário Famílias! @valmirvantura
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