Revista Comuna 48

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comuna

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Produção: Comunidade da Graça Sede Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra Pastor Responsável: Wagner Fernandes Jornalista Responsável: César Stagno- MTB 58740 Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori Redação: Elisabete Mazi Projeto Gráfico e Diagramação: Salsa Comunicação www.salsacomunicacao.com.br Contato Publicitário: Gabriela R. Bedore Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos. Interessados em anúnciar na próxima edição: midia@comuna.com.br 11 3588 0575

Olá! Amado leitor,

Queremos compartilhar, nesta edição, princípios bíblicos de administração financeira e prosperidade, de forma que cada um possa colocá-los em prática, produzindo a tão desejada liberdade financeira. O cristão deve conhecer a visão de Deus sobre o dinheiro e saber como usá-lo corretamente. Para isso é necessário identificar a situação real de suas finanças e saneá-las, aprender como negociar dívidas com sabedoria, como ser próspero e a planejar o futuro financeiro pessoal e familiar. Desejamos que esta edição seja de muita ajuda na sua vida e que a bênção do Senhor esteja sobre você e sua casa. Boa leitura! Wagner Fernandes

Carlos Alberto de Quadros Bezerra Fundador e Presidente da Comunidade da Graça

Comuna e vc! Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões? Escreva para nós.

Sede Rua Eponina, 390 - V. Carrão (11) 2090-1800 www.comuna.com.br/ endereco-das-igrejas

Queremos saber sua opinião! revista@comuna.com.br


06 - Visão As finanças na vida do regenerado 08 - Mulheres O discipulado um a um 10 - Ponto de Vista Amor pleno 12 - Eles Andaram com Jesus Eli Stanley Jones 14 - Educação Volta as aulas! 16 - Família O que Deus espera de mim 18 - Sonhos Possíveis Resolução de Ano Novo

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20 - Células Seis hábitos que tornam o líder de células bem sucedido

Capa Estabilidade Financeira

06 08

22 - Louvor & Adoração Um adorador por excelência 32 - Comunidade Comunidade da Graça em Mauá/SP 35 - Fundação CG Programa Primícias 36 - Nova Geração Como flecha nas mãos do oleiro

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38 - Igreja Família O caráter de um cristão 40 - Texto e Contexto Construindo a casa de Deus Parte 1 42 - Aconteceu

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VISÃO

Carlos Alberto Bezerra, pr.

AS FINANÇAS NA VIDA DO REGENERADO “Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos mas para aquele que por eles morreu e por eles ressuscitou.” 2 Coríntios 5.15 A partir do momento que experimentamos a graça regeneradora na pessoa de Jesus, operou-se em nós o maravilhoso milagre de mudança de reino. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”. Colossenses 1.13 Nós, que estávamos mortos em delitos e pecados, recebemos a plenitude da vida de Deus na pessoa de seu Filho Jesus. Agora, por amor, nos submetemos ao seu senhorio. E uma das atitudes mais naturais passa a ser a de não querermos fazer mais nada que venha a macular ou tocar na reputação de Deus, nosso Pai e de sua obra. Nossas

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ações falam ao mundo do que Cristo fez em nós e por nós, e do maravilhoso poder transformador de Jesus. Uma das áreas em que esse testemunho é mais notado pelo mundo é a financeira. Daí a razão porque, depois de Jesus falar a respeito do reino de Deus, o segundo assunto mais importante que ele proclamou e que ocupou prioridade em sua mensagem foi sobre o dinheiro e as finanças. É tão séria esta questão que Jesus declarou: “Ninguém pode servir a dois senhores... Não podeis servir a Deus e às riquezas”. Mateus 6.24 Nesse texto, a palavra hebraica para riquezas é Mamom, comparado por

Jesus a um tipo de deus. E de fato o é, pois pretende oferecer os mesmos benefícios que Deus, o Pai, concede aos seus verdadeiros filhos. Mamom oferece paz, segurança, alegria, bem estar, poder etc. No entanto, sua oferta é um engodo. Afinal, ele é o pai da mentira e o enganador (João 8.44). Foi no deserto, depois que Jesus ouviu a declaração do Pai relacionada com a Sua identidade (Mateus 3.17), que o diabo lhe ofereceu as regalias e os privilégios de conquistar poder, admiração e fama, fora dos padrões originais de Deus e de sua soberana vontade (Mateus 4.3-11). A resposta de Jesus manifestou o reino em que ele vivia e a sua disposição de prati-


car a sua justiça e não abandoná-lo.

ção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.” Efésios 1.3

A técnica de Mamom não mudou e, ainda hoje, se manifesta da mesma forma. Ele tenta conquistar adeptos entre cristãos pouco instruídos nas Escrituras, oferecendo riquezas em troca de culto (idolatria), na pretensão de ser semelhante ao Altíssimo (Isaías 14.13-14). Daí a importância que ocupou no ministério de Jesus o ensino sobre as finanças e a relação que os filhos de Deus devem ter com o dinheiro.

Já dizia Lutero sobre esse assunto: “Três conversões são necessárias: a conversão do coração, a da mente e a da bolsa”. O reino de Deus é um reino de opções voluntárias. E um reino de entrega: a entrega da própria vida.

Não há razão para deixarmos de ensinar as pessoas a administrar suas finanças, com medo de sermos criticados. É o ensino da verdade que vai libertá-las. “... e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João 8.32 Tanto Jesus como os demais apóstolos falaram com firmeza sobre esse assunto; e nós devemos fazer o mesmo se queremos vê-las prosperar em todas as dimensões da vida humana. “Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é prospera a tua alma.” 3 João 2 Como resultado da obediência aos princípios bíblicos, além de um testemunho positivo em nossa vida, obtemos incontáveis benefícios da vida material, pois Deus prometeu abençoar ao que lhe é fiel. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda a sorte de bên-

“... um morreu por todos; logo, todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos...” 2 Coríntios 5.14-15 Quando viemos a Jesus e experimentamos sua graça, tudo o que tínhamos foi trazido junto, de forma que coisa alguma mais nos pertence. Esta era a experiência dos primeiros cristãos em Jerusalém (Atos 2.42-47; 4.3235). Serviam-se mutuamente não por coação espiritual ou dever religioso, mas com o entendimento. A mudança de reino havia provocado uma nova relação com os bens e as finanças, de forma que todos eram abençoados e a ninguém faltava coisa alguma. Era oferta de vida e de bens. Era sacrifical. Era voluntária (2 Coríntios 8.5)

Já dizia Lutero sobre esse assunto: Três conversões são necessárias: a conversão do coração, a da mente e a da bolsa. A experiência de morte e ressurreição juntamente com Cristo transforma a pessoa em uma nova criatura. Crer em nossa inclusão pessoal no sacrifício de Jesus traz implicações tanto para o nosso espírito, como para a alma e

corpo. A transformação se processa em todas as dimensões pois “fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2.10). Portanto, mudar de reino é mudar de deus e senhor. É estar debaixo de um novo senhorio com o qual mantemos fidelidade e comunhão, vivendo em uma nova ética e relação. “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” 1 Timóteo 6.6-10 Nosso zelo pela reputação do Senhor e de sua obra, aliada ao desejo de obedecer à Palavra de Deus, deve nos levar a uma reavaliação de nosso comportamento na área das finanças e a uma atitude definitiva quanto à maneira de utilizarmos os recursos que Deus nos confiou. “Ganhe tudo o que puder, economize tudo o que puder, dê tudo o que puder.” John Wesley

Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

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Mulheres

Suely Bezerra, pra.

O discipulado

UM A UM

“Procura conhecer o estado das tuas ovelhas e cuida dos teus rebanhos.” Provérbios 27.23 Jesus priorizou o discipulado na sua vida aqui na terra. Uma grande parte do seu tempo foi ocupada investindo na vida desses discípulos. Jesus não desperdiçou nenhuma oportunidade de treinar, instruir e formar o caráter daqueles que o Pai confiou em suas mãos. Jesus discipulava e ensinava em grupo, mas também individualmente, com vistas à maturidade de cada um. Discipular um a um é trabalhoso, exige dedicação, entrega e investimento. Mas é isso que firmará a identidade do discípulo, definirá aonde ele chegará, e o que ele irá produzir no reino de Deus. Nesse relacionamento, o discípulo vai observar como você trata as pessoas, como você reage diante de certas situações, como você cuida do seu cônjuge, como você lida com a imoralidade, como você se consagra a Deus etc. Ele vai te imitar em tudo. Como nossos filhos, os discípulos vão agir e fazer como fazemos. E é nesse andar junto, nesse conviver e compartilhar a vida, em exemplo e obediência a Deus e à sua autoridade espiritual, que o discípulo será curado, liberto e transformado; para depois também reproduzir isso na vida de outros. Vejamos assim alguns princípios para o bom relacionamento no discipulado.

Resposta Branda “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” Provérbios 15.1

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Há pessoas que são ‘curtas e grossas’ e se justificam dizendo que são desse jeito mesmo, que isso é ser sincero. Isso não faz parte do caráter dos filhos de Deus pois, ao nascer de novo, o Espírito Santo muda nosso jeito de ser. Se, como discipuladores, proclamarmos a Palavra de Deus de forma dura, iremos suscitar ira, rebelião, separações e divisões no meio dos discípulos. O discipulado é o lugar ideal para exercitarmos o amor e o perdão. O apóstolo Paulo diz que devemos ser brandos, cordatos, sem falar de forma irada (Colossenses 4.6; 2 Timóteo 2.24). Isso não significa sermos negligentes com os erros dos discípulos. Mas devemos tratar as pessoas de maneira sábia ao corrigir o ato errado.

Humildade “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.” 1 Pedro 1.13 Você conquista as pessoas tratando-as bem. E se acontecer de você pecar contra alguém sendo indelicado ou grosseiro, seja humilde e acerte (1 Pedro 5:5-6). Até Acabe, que foi o pior rei de Israel, soube se humilhar e reconhecer seu erro. E Deus retirou todas as coisas horríveis que lhe havia prometido fazer (1 Reis 21.25-29).

Há algumas formas de nos humilhar: podemos pedir perdão o mais rápido possível, ou ser duros conosco mesmos e compreensivos com os outros. E no caso de algum desentendimento, não tenha dúvidas, perca a discussão e ganhe o amigo!

Confrontação com Amor e Fé “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só arrependimento (...), mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade.” 2 Timóteo 2.24-26 Quando há pecados, resistência à autoridade, brigas ou fofocas entre as pessoas, e nós não corrigimos, mas simplesmente perdoamos achando que estamos sendo espirituais, falhamos em nossa missão como discipuladores. As pessoas precisam ser confrontadas a resolver logo a situação, para proteção da própria igreja e por amor ao irmão que esta pecando. Quando não corrigimos, nossa motivação está erra-


da e não permitimos que o discípulo mude de atitude. Devemos corrigir com um amor paciente, e com fé que haverá verdadeiro arrependimento.

Repreensões que ensinam “Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida.” Provérbios 6.23 Muitos de nós não damos o devido valor quando alguém está nos repreendendo; mas é um privilégio sermos repreendidos quando erramos. Devemos amar isso, pois a repreensão e a disciplina são o caminho da vida. Quando uma pessoa é insensata, não gosta de ser repreendida. Mas o sábio ama aquele que o repreende (Provérbios 9.7-9). Ninguém pode alcançar seu potencial máximo sem ter alguém para repreendê-lo e corrigi-lo, quando se desvia do caminho certo.

cada um por causa de seus filhos e de suas filhas; porém Davi se reanimou no Senhor, seu Deus.” 1 Samuel 30.6 Davi enfrentou muitas lutas e dificuldades como líder de seu povo. Também sofreu com a incompreensão e a traição de muitos. Uma vez, até mesmo teve que fugir, pois Absalão, seu próprio filho, tentava matá-lo. Mas ele encontrava renovo em Deus.

Jesus não desperdiçou nenhuma oportunidade de treinar, instruir e formar o caráter daqueles que o Pai confiou em suas mãos.

Deus quer que dependamos dele, nos voltemos para ele, e nos reanimemos nele. Quando nos reanimamos no Senhor, não importa a luta, nos tornamos fortes nele e, consequentemente, teremos força para animarmos a outros. O plano e o sonho de Deus é que tenhamos discípulos saudáveis num relacionamento de intimidade com ele, para que o reino dele se estenda nesta terra e sua glória se manifeste através de nós.

“Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido.” Provérbios 12.1

Reanimando-se no Senhor “Davi muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura,

Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

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Ponto de vista

Carlos Bezerra Jr.

Amor pleno A vida de ‘mãos dadas’ com o Espírito

Já reparou como muitos irmãos acreditam que, para comprovar o batismo no Espírito Santo, é preciso algo claramente sobrenatural? Isso vem, principalmente, da ênfase exagerada na busca pelo “poder”, em alta nos nossos dias. Mas, vendo e ouvindo essas coisas, é inevitável perguntar: qual é mesmo a maior evidência do Espírito em nós? Em 1 Coríntios, Paulo nos dá uma pista. O apóstolo registra que não faltavam dons aos fiéis da igreja de Corinto (1 Coríntios 1.7). Mas engana-se quem pensa que tudo andava às mil maravilhas por lá... Seguindo a leitura, vemos divisões entre o rebanho, imoralidade sexual e até sacrifícios a ídolos.

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E por que essas coisas aconteciam entre um povo tão espiritual? Porque faltava entre eles o maior dos frutos do Espírito. “As pessoas saberão que vocês são meus discípulos quando vocês se amarem uns aos outros” (João 13.35), disse Jesus. Ele nos ensina que a principal evidência do batismo no Espírito Santo é o amor. Por Ele, por sua Palavra, pela Sua obra e pelo nosso próximo. E como recebemos esse amor? É simples. A experiência cristã não é moral. Não se trata de comportamentos adquiridos. Não são filosofias para bem-viver ou regras para o sucesso que nos tornam melhores. A experiência cristã é de novo nascimento. “Aquele

que ama é nascido de Deus e conhece a Deus…” (1 João 4.7-8), escreveu o apóstolo João. Por isso, quando a gente crê e experimenta regeneração, somos selados e recebemos o Espírito Santo. Como disse Jesus: “Pai, assim como somos um, oro por todos os que crerão em mim para que sejam um conosco” (João 17.21). Nascer de novo é, por meio da morte e ressurreição de Cristo, ser unido ao Espírito do Pai. É viver nEle e expressar os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio pró-


quentasse nossas casas, se visse o modo com que vivemos? Será que ele nos diria as mesmas coisas que disse à igreja de Corinto? Será que sobrariam dons e faltariam frutos? Creio nas mais variadas manifestações do Espírito e pela graça de Deus já experimentei e experimento algumas delas. Não sou contrário a busca pelos dons ou às suas manifestações. Na verdade, admiro a todos aqueles a quem o Senhor presenteia com essas bênçãos. Paulo nos ensina a procurá-las com zelo (1 Coríntios 12.31). Porém, ele também nos orienta a buscar o “caminho mais excelente”, o caminho do amor (1 Coríntios 13). É ele quem nos afirma que “havendo profecias desaparecerão, havendo línguas cessarão e havendo conhecimento passará”, mas “o amor jamais acaba” (1 Coríntios 13.8).

prio (Gálatas 5.22). Sendo que desses, o maior, é o amor. Não se trata de cair no chão ou não. Não tem a ver com ficar arrepiado. E está longe de ser os milagres que possam acontecer. A evidência da presença do Espírito está no tipo de gente que nos tornamos ao estar cheios dEle. E todos aqueles que O recebem também passam a manifestar os seus frutos. É por isso que, às vezes, quando olhamos para algumas igrejas por aí, até vemos muitas manifestações de dons, mas sentimos que falta algo e nos perguntamos se o Espírito Santo de Deus está realmente presente nesses lugares. Será que Ele pode ser visto na maneira com que os maridos tratam suas esposas, que os pais tratam seus filhos e na forma como líderes se relacionam com seus liderados? Mas vamos falar de nós mesmos. Fico imaginando o que diria Paulo se fre-

Nas primeiras vezes que compartilhei essas coisas, propus um desafio. E gostaria de retomá-lo: tente imaginar Deus de um jeito diferente. Tente se desprender da ideia que faz dEle. Para a tradição cristã ortodoxa oriental, Deus é um movimento constante. Algo como uma dinâmica que envolve e une a Trindade. Como nossa cultura é baseada em imagens, vou sugerir uma para explicar melhor. Pense numa ciranda, uma dança em que Pai, Filho e Espírito Santo estão de mãos dadas.

mos a participar da comunhão com Ele, é nela que experimentamos os frutos do Espírito de um modo novo; e os dons que recebemos são resultado dessa intimidade.

A evidência da presença do Espírito está no tipo de gente que nos tornamos ao estar cheios dEle.

Hoje, Ele está te convidando para a ciranda do amor, da paz, da alegria, da bondade etc. Por isso, se por algum motivo você soltou das mãos do Espírito, Ele novamente o está chamando. E se você nunca participou dessa roda, os braços dEle estão abertos e Suas mãos estendidas. Esta dança está sempre pronta a receber cada um de nós. Maravilhoso, não é? E pensar que nesse Carnaval tanta gente buscará amor em cirandas vazias...

Faça o exercício de imaginar o Espírito Santo soltando Suas mãos estendendo-as a você. Ser batizado nEle, nessa metáfora, seria tomar-lhe as mãos e entrar nessa dança. É quando entramos nessa ciranda que passa-

CARLOS BEZERRA JR., 45, é pastor, médico e deputado estadual. Casado com Patrícia Bezerra, pai de Giovanna e Giulianna. Desde que entrou para a “ciranda” tem aprendido a levar o amor de Deus aos cantos mais pobres de nossa cidade e Estado. Nem pensa em soltar das mãos divinas...

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Eles Andaram com Jesus

Paulo Alexandre Sartori

Eli Stanley Jones Um marco na história das missões Eli Stanley Jones nasceu em Baltimore, Estados Unidos, em 3 de janeiro de 1884. Formou-se em direito em 1906 e, no ano seguinte, aos 23 anos, foi chamado para o serviço missionário na Índia, sob a Junta de Missões da Igreja Metodista. Lá, ele começou a trabalhar com as castas mais baixas, incluindo os Dalits (grupo que vive à margem da sociedade). Amigo de Mahatma Gandhi, Stanley Jones procurava disseminar a paz e o entendimento entre as nações. Em 1925, estando de licença de volta a seu país, Stanley Jones escreveu um relatório de seus anos de serviço, o que havia ensinado e o que havia aprendido na Índia. Isso foi publicado em um livro que vendeu mais de um milhão de cópias. Esse e outros escritos dele tornaram-se leitura obrigatória em vários seminários teológicos no mundo. Em 1941 serviu como confidente do presidente americano Franklin D. Roosevelt e dos líderes japoneses que tentavam evitar a guerra. Porém, a II Guerra Mundial acabou acontecendo e, sem poder deixar os Estados Unidos, Stanley Jones aproveitou para promover missões evangelísticas por todo país e também no Canadá. Ele chegou a ser indicado algumas vezes para o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho de reconciliação na Ásia, na África, e entre o Japão e os E.U.A.

Chamo Jesus de Salvador, porque Ele salva agora da vida como ela é, para a vida como ela deve ser.

Pelo menos por duas vezes Stanley Jones esteve no Brasil, em Campinas na década de 1920, e na década de 1960, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na noite de 7 de dezembro de 1971, com a idade de 88 anos, Stanley Jones sofreu um derrame que imobilizou seu braço e perna esquerdos, bem como o lado direito de seu rosto. Sua visão também foi afetada. A voz quase silenciou, reduziu-se a sons indistintos. Ainda assim, ditou para um gravador seu último livro, intitulado “A resposta divina”. Para a surpresa dos médicos, e apesar das muitas limitações e da saúde tão frágil, ele melhorou, voltou à Índia e ainda pregou mais de 50 vezes. Eli Stanley Jones faleceu aos 89 anos, em 25 de janeiro de 1973, na Índia.

Para saber mais! Stanley Jones marcou a história das missões mundiais com seu método que destacava a dignidade de cada ser humano, e com os muitos livros que escreveu sobre a intimidade com Deus, seu poder e a vitória que Ele nos dá, mesmo nas situações mais adversas. Ao todo, ele passou 50 anos da sua vida na Índia, pregou mais de 60 mil sermões, e escreveu 28 livros, muitos deles traduzidos para o português.

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Leia de Stanley Jones: ‘Cristo e o sofrimento humano’, editora Vida e ‘Jesus é Senhor’, edições Vida Nova

Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.


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Educação

Alessandra Bezerra Caldas, pra.

volta às aulas!

Como preparar nossos filhos para esta nova fase

Em todo o momento nos deparamos com experiências novas e cada ano escolar na vida da criança é uma etapa a ser vencida. Tudo que é “novo” gera insegurança e cada criança reage de uma forma. Por isso, é muito importante a participação dos pais em todas as etapas, dando todo apoio necessário. O pleno desenvolvimento da criança em todas as fases da vida depende muito da família. Neste momento, é importante que os pais conversem bastante com os filhos, explicando que a rotina das férias agora mudará, que eles precisarão acordar mais cedo e reorganizar todos os horários dentro das atividades que serão desenvolvidas ao longo do novo ano.

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O fim das férias também pode ser um momento de apreensão para as crianças: professores novos, nova série, nova rotina e, para muitos, até amigos e escola nova. Para isso ficar bem resolvido na cabecinha da criança, é necessário que os pais conversem com os filhos. Além disso, devem começar gradativamente a mudar a rotina, colocando-os para dormir mais cedo, realizando as refeições nos horários certos, e envolvendo a criança no planejamento de retorno as aulas. Agora sim. Tudo isso feito, estaremos, pais e filhos, preparados para a volta às aulas.


Como posso ajudar meu filho a vencer a ansiedade da nova etapa?

1 Educação Infantil O primeiro passo é a família estar segura na escolha da escola. Todo sentimento dos pais nessa fase é muito mais absorvido pelas crianças. De nada adianta escolher a “melhor” escola, mas não confiar de que eles farão um bom trabalho. Nessa fase a criança precisa da família e a adaptação deve ser feita de forma gradativa e sempre com a presença dos pais na escola, mesmo que às vezes em salas diferentes. Mas sempre que a criança perguntar sobre os pais a escola poderá falar a verdade, formando assim uma relação de confiança. A insegurança muitas vezes é demonstrada pelo choro, medo e até agressividade. Por isso, professores e pais precisam estar unidos, providenciando um ambiente calmo, agradável e alegre para que o relacionamento se forme e seja possível atingir os objetivos propostos em todo o processo ensino-aprendizagem. Fale com a criança, encoraje, mostre que a escola é um lugar bom, que ela estará segura e que vocês (pais) estarão sempre por perto. Desta maneira, a confiança entre pais e escola irá ser consolidada e a criança se sentirá segura no ambiente escolar.

2 Ensino FundamentalI e II (1º ao 9º ano) Nesta fase as crianças já tiveram contato com a escola, já se desenvolveram emocionalmente e fisicamente e já possuem maior autonomia. Como disse, toda etapa é nova e todo novo é inseguro. Então, o apoio dos pais ainda se faz muito importante. É necessário dialogar com a criança, falar das novas experiências, dizer sobre as regras da escola e a importância de serem cumpridas. É uma fase em que a presença dos pais na escola não se faz muito necessária, mas caso haja necessidade para uma melhor adaptação, mostre à criança que vocês (pais) ficarão por perto até que esta confiança seja criada. Nos anos finais desta etapa (7º, 8º e 9º), estes conflitos já não existem, mas o que aparece são as dificuldades de relacionamento com os colegas (brigas, brincadeiras fora de hora e muitas vezes agressivas) que poderão gerar confli-

tos dentro da escola. Cabe aos pais orientar sempre seus filhos.

3 Ensino Médio Agora sim, a última etapa da vida escolar, antes da faculdade. É uma fase onde eles já se sentem mais livres, independentes e até responsáveis por si mesmos. Mas não se engane. Eles precisam muito ainda da ajuda dos pais, precisam de rotina, monitoramento, confiança e apoio em suas escolhas futuras. Cabe aos pais auxiliá-los nas dificuldades, promovendo uma rotina de estudo e, caso haja dificuldades, procurando ajuda para sanar as dúvidas. Agora é um tempo de preparo (semeadura) para a fase adulta, tempo de ajudar a perceber e reconhecer suas aptidões para assim poderem fazer escolhas para o futuro. Como sempre os pais são os maiores responsáveis e incentivadores no desenvolvimento dos filhos. Fica claro que “não basta sermos pais, temos que participar”. Portanto pais, abençoem seus filhos, orem por eles diariamente; orem pela mente, pelas emoções, pelas amizades; enfim, convidem Cristo a participar (em todos os aspectos) da vida escolar de seu filho.

Alessandra Bezerra Caldas é pastora, pedagoga, casada com o Dr. Anderson Caldas e mãe de quatro filhos. Já atua na área educacional há 20 anos e fez parte da implantação do Colégio da Comunidade, onde hoje é diretora.

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Família

José Tadeu Ferreira, pr.

O que Deus espera

de mim

“Ele já disse o que deseja e isso se resume em: ser honesto e justo, saber amar e perdoar, e ser humilde diante do seu Deus.” Miquéias 6.8 (BV)

A declaração do profeta Miquéias ao povo de Israel, que o questionava sobre como agradar a Deus, seria aparentemente algo bem simples de se fazer. Nos versos anteriores as pessoas demonstravam estar dispostas a sacrifícios tremendos com o objetivo de se aproximarem e fazer com que Deus se orgulhasse delas e as fizessem prosperar e recebessem a sua proteção. Mas o profeta deu uma receita de como deveria ser o estilo de vida das pessoas que amam verdadeiramente a Deus. O povo estava prestes a receber uma grande punição pela desobediência e pela falta de gratidão por tudo que Deus já havia feito por eles até aquele momento. Parece que esta história se repete nos dias de hoje, muitos estão atrás apenas de fazer aquilo que superficialmente agrada a Deus, mas na prática seu estilo de vida em nada se parece com o que realmente ele planejou para seus filhos. Existem princípios relevantes na declaração do profeta. Quais as implicações dessas verdades na nossa vida prática? Vamos analisar cada uma delas:

“Ser honesto e justo” É muito mais do que devolver uma carteira com dinheiro que foi achada, ou devolver o troco que nos foi dado a mais durante uma compra. Isso não chega nem a ser heroico, seria o mínimo para uma pessoa de caráter. É, em primeiro lugar, reconhecer que o Senhor é tudo na nossa vida e, sem a sua graça e misericórdia, nós nada seríamos. É ter prazer em devolver a ele nosso dízimo e ofertas de maneira fiel e constante, reconhecendo que somos apenas mordomos e não donos dos recursos que ele de maneira amorosa tem colocado em nossas mãos. Aliás, além de ser honesto e justo, este ato vai fazer com que prosperemos muito e possamos usufruir dos grandes benefícios da obediência e fidelidade a Deus. Infelizmente, o que vemos muito em nossos dias são cristãos com “c” minúsculo, apenas com um discurso hipócrita, mas com práticas nada diferentes daqueles que não conhecem a Deus.

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Ser honesto e justo é, sobretudo, obedecer os mandamentos de Deus. Tomemos como exemplo a declaração de outro profeta: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na casa do Senhor.” Malaquias 3.10

“Saber amar e perdoar” A segunda orientação do profeta fala sobre dois verbos poderosíssimos que expressam exatamente o que Deus fez por nós ao dar o seu filho Jesus para morrer e nos incluir em sua morte e ressurreição, fazendo-nos novas criaturas. Isso nos tornou capazes AGORA de amar e perdoar a todas as pessoas ao nosso redor – amigos ou inimigos. O povo de Israel não tinha condições de entender naquela época o que isto significava, mas nós temos. A pergunta que me vem à mente é: Será quer entendemos mesmo o que isto significa? Amamos e perdoamos as pessoas que falham conosco? Amamos verdadeiramente nosso cônjuge? Nossos filhos? Nossos irmãos? Não estou dizendo com isto que é fácil seguir esta orientação, mas precisamos entender que a lei da semeadura se aplica também na nossa área emocional. “Dai, e ser-vos á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vós darão; porque com a mesma medida com que medirdes vos medirão também.” Lucas 6.38 (RC) Sempre ouvimos essa passagem ensinada para o contexto de doações. Mas quanto mais olho para ela, mais vejo um contexto maior, envolvendo a maneira como trato as pessoas. A “doação” não se refere apenas a dinheiro, mas também a amar, fazer o bem, ter compaixão, perdoar, não julgar e criticar os outros. E a mensagem é que você colherá exatamente o que plantar. Se quisermos obedecer a Deus, temos que amar e perdoar todas as pessoas. Você quer agradar a Deus? AME MUITO e PERDOE SEMPRE!

“Ser humilde diante do seu Deus” Humildade fala de dependência, fala de reconhecermos que, por mais que possamos ser ou ter, o nosso melhor não serve para nada. Ser humilde não consiste em realçar o que você não é. Não é apenas dizer: “Pobre de mim. Não sou nada.

Não sou ninguém. Acho que vou comer alguns vermes”. Humildade para nós é realçar o poder e a soberania de Deus. Humildade é ver a si mesmo como você é, é ver o verdadeiro você... e aceitar isso! Não é ver a si mesmo como alguém sem valor ou sem esperança, mas como alguém que depende completamente de Deus. As coisas virão das poderosas mãos dele. Se você confiar em si mesmo, não confiará nele. Era isto que Deus estava falando ao povo através do profeta. É isto que Deus continua falando para todos nós através da sua Palavra. Como naqueles dias, achamos que a nossa capacidade, nossos recursos ou nosso carisma podem nos colocar em lugar de destaque ou nos trazer alguma segurança. “Mas ele nos concedeu graça maior. Por isso diz a Escritura: Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês. Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.” Tiago 4.6-8 e 10 (NVI) Para mim, isso é fundamental. Se você não estiver em posição de absoluta dependência, se não estiver plenamente consciente de sua impossibilidade e não chegar à conclusão de que é incapaz de realizar o que Deus lhe pediu pra fazer ou ser, então ainda terá que ser humilhado. Deus não convidaria você para fazer algo que já pudesse realizar sozinho, pois dessa forma não precisaria dele, não contaria com ele, nem confiaria nele. Humildade é reconhecer que dependo de Deus em tudo.

José Tadeu Ferreira, é pastor na Comunidade da Graça Sede e atua no Ministério com Casais. É casado com a Marta e pai de dois fihos.

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Sonhospossíveis

Patrícia Bezerra

Resolução de ano novo Resista aos planos e metas clichês dessa época. Antes de olhar para frente, é preciso olhar para dentro O início de um novo ano é normalmente atribulado, não é? Depois de uma janela rápida em janeiro, parece que fevereiro traz com ele os compromissos financeiros, as contas a pagar etc. A gente volta à rotina. Volta às aulas – ou, para quem é pai e mãe, ao “leva e busca” dos filhos na escola, na natação, no inglês –, volta ao trabalho. Enfim, retomamos nossa vida cotidiana. É o período em que, muitas vezes, tentamos fazer planos para o novo ano. Prometemos algumas coisas para nós mesmos. Algumas bem clichês, tipo: vou fazer atividade física, vou ter mais cuidado com minha saúde, vou fazer um check-up, vou trabalhar menos e ter mais lazer e, a mais famosa de todas, vou emagrecer!

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O problema é que a maioria de nós não para pra fazer uma análise sincera sobre o ano que terminou. Não avalia como foi que agiu, como se comportou diante das situações adversas, como foi como filho ou filha, como irmão ou irmã, como pai ou mãe. Se aborreceu alguém ou feriu, se foi produtivo ou preguiçoso, se foi justo ou injusto, se plantou amor ou ódio. Agora, a gente sabe muito bem colocar a responsabilidade dos nossos erros no “salvador” dos nossos problemas: o ‘outro’. O “outro” é alguém que quase nunca perderá na nossa vida, não porque “ele” seja alguém especial para nós, mas sim por ser imprescindível para nos eximir das nossas responsabilidades. Sem o outro, não podemos mais ser coadjuvantes.


Passamos a ser protagonistas das nossas ações. E isso não é nada simples. Esse “outro” de que falo e que aqui representa todas as pessoas com quem nos relacionamos, anda junto com o “menino” e com a “menina”. Ou seja, se ele for embora, vai exigir que o meu ente adulto apareça: o homem ou a mulher. O adulto infantilizado não vive sem o “outro”, depende dele e se esconde o tempo todo atrás dele. Nunca assume seus rompantes, desafetos, maldade, irresponsabilidades, falta de êxito... Foi sempre o ‘outro’ quem provocou a situação. (Muitas pessoas sofrem desse mal, algumas num nível tão elevado que é considerado patológico, mas não conseguem se ver como tal. Vivem alijadas de relações saudáveis porque destroem todos os outros com os quais se relacionam. Ninguém sobrevive à passagem de pessoas assim por suas vidas, o resultado é o afastamento por defesa emocional. Por sobrevivência, eu diria!). A infantilização do universo adulto é um grande mal na sociedade contemporânea. E se reflete em todas as áreas da vida: profissional, familiar, financeira, afetiva e até mesmo espiritual. Sim, espiritual também! A forma que o adulto infantilizado lê as Escrituras é sempre literal e imediatista. Ele se porta sempre como um filhinho mimado que quando o papai não dá o que pediu, faz birra, chora, “deprime”. Sempre lê a Bíblia pelo viés de que alguma coisa vai ser dada a ele se ele fizer o que o papai mandou! Ou seja: a relação com Deus não é de devoção, mas, sim, de interesse! Aliás, o “outro” na vida espiritual do adulto infantilizado é muito conhecido, é o diabo! Tudo o que o crente infantil faz o diabo “paga a conta”. Já ouviram isso em algum lugar? Deus nos chamou para termos com Ele uma relação madura, de amigos (“já não vos tenho mais chamado de

servos, mas de amigos” João 15.15). Uma relação de respeito. Para tanto, é preciso abandonar as coisas de menino (quando era menino, pensava como menino – 1 Coríntios 13.11) e se tornar homem (no sentido de gênero), assumindo suas próprias responsabilidades, seus próprios erros, seus próprios sentimentos – bons e maus –, suas próprias compulsões e desejos, enfim, assumindo quem realmente é, sem máscaras, diante de Deus, de si mesmo e dos outros. A Verdade nos liberta. Aliás, toda verdade é libertária!

Nesse novo ano, mais do que outros planos ou decisões, faça a sua parte: seja quem você é diante do seu Pai

Nós dizemos muito que amamos a Deus, mas, por vezes, escondemos dele nossa verdadeira face. Talvez por medo de que Ele nos veja tal como somos e não se agrade do que veja. Somos inseguros; então, buscamos nos comportar de maneira que agrade a Deus mesmo que aquela não seja nossa real maneira de ser. Com isso, corremos o enorme risco de nos tornar hipócritas religiosos, fariseus, tudo e qualquer coisa, menos amigos de Deus. O convite que Ele nos fez foi para viver em liberdade, numa relação de amor, afeto e amizade com Ele. Numa relação de intimidade e parceria. Numa relação onde nós estejamos nus e não sintamos vergonha. Qualquer coisa que seja menos do que isso, descarte! Ele já fez de você uma pessoa livre. Nesse novo ano, mais do que outros planos ou decisões, faça a sua parte: seja quem você é diante do seu Pai, é a única coisa que Ele espera de você porque, te amar, Ele te ama desde a fundação do mundo. E te amará até o fim! Bendito Seja!

Era isso que o Pai amava em Davi e talvez por isso ele tenha sido chamado de “homem segundo o coração de Deus”. Davi rasgava suas vestes e seu coração, não mascarava seus sentimentos, assumia seus desejos equivocados e o sangue inocente que sujara suas mãos. Davi falava com Deus como quem fava com o melhor amigo, não escondia nem o sentimento mais repulsivo. Essa honestidade e confiança Deus entende como amor. E de fato é amor!

Patrícia Bezerra, é psicóloga, vereadora de São Paulo e autora da lei que instituiu o “Parto Sem Dor”. Única nova mulher eleita para a Câmara Municipal na última eleição. É casada com Carlos Bezerra Jr. e mãe da Giovanna e da Giulianna. Tem várias resoluções pra 2014, mas a maior delas é continuar servindo a Deus com sinceridade, do jeito que Ele a fez.

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Células

Joel Comiskey

6 hábitos que tornam o líder de células bem sucedido Atualmente, a célula representa a expressão literal do corpo de Cristo na terra. “Como este líder pode multiplicar sua célula seis vezes? Ele não tem o entusiasmo suficiente para a multiplicação de um grupo”. Escutei isso muitas vezes e decidi chamar este homem para conversar. Então perguntei: “Como você multiplicou seu grupo tantas vezes?” E ele respondeu: “Oração, oração e oração”. Na descontraída conversa, ele me explicou que sua preparação para a célula inclui jejum e oração no dia do encontro. Então comecei a me perguntar se apenas um dia de jejum e oração é suficiente para o início de novas células e para o sucesso evangelístico. Visitei oito igrejas em células muito proeminentes na busca desta resposta. Esta análise estatística ajudou-me a descobrir padrões em comum em oito culturas diferentes. Descobri, por exemplo, que líderes de células bem sucedidos são diferentes entre si. Entretanto, várias características distinguem líderes bem sucedidos. Estes diferenciais estão relacionados às atitudes que uma pessoa toma. E isto não tem nada

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a ver com personalidade, origens ou tempo de conversão. Ao contrário disso, líderes de células bem sucedidos incorporam certos hábitos à sua rotina diária. E a boa notícia é que você pode juntar-se a eles.

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Vida devocional consistente

“Eu quase não pude acreditar que o presidente dos Estados Unidos iria encontrar-se comigo! Certamente, eu me preparei para este encontro especial. Cheguei na Casa Branca horas antes do encontro. Que honra estar na presença do Presidente da República!”


O relato acima ilustra os sentimentos em relação a um encontro importante. Eu nunca me encontrei com o Presidente, mas alguém infinitamente maior deseja encontrar e conversar comigo todos os dias - Jesus Cristo. A vida de um líder de célula começa e termina com Deus. O tempo despendido com Deus é o princípio mais importante por trás de um líder de célula bem sucedido.

2

Vida familiar equilibrada

Muitos líderes de células estão ocupados todas as noites da semana. Não é uma contradição ser bem sucedido como ministro da célula mas falhar com a família? Claro que é! Deus deseja maximizar nosso trabalho como líderes de célula, mas não às custas da vida de nossa família. A célula é um assunto da família e isso significa aproximar a sua família desse ministério. Por exemplo, seu filho adolescente pode dirigir a célula das crianças. Minha esposa e eu ministramos juntos em nossa célula. Depois, nós conversamos e analisamos o trabalho. Nossa intimidade cresce conforme nós pastoreamos o grupo juntos e, abertamente, discutimos os detalhes de cada encontro, compartilhando as observações e aprendendo juntos.

3

Desenvolvimento de liderança

Todos nós somos vítimas da tirania da urgência. Mas quais são as prioridades? Líderes bem sucedidos dão seu tempo prioritário treinando novos líderes. Essa priorização em levantar liderança, direciona os líderes atuais a empregarem tempo qualitativo com líderes em potencial. Como consequência, membros comuns de célula tornam-se líderes visionários. O levantamento de futuros líderes é o estilo de vida bíblico: Moisés treinou

Josué e Elias treinou Eliseu. Os apóstolos foram recrutados e treinados por Jesus. Barnabé discipulou Paulo que, por sua vez, desenvolveu Timóteo. O Senhor tem trazido futuros líderes ao seu grupo. Você os está desenvolvendo?

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Convidando pessoas

A maneira de levantar os futuros líderes de seu grupo é convidando pessoas para a reunião e continuar sempre convidando. Líderes experientes entendem que devem convidar pessoalmente 25 pessoas para 15 dizerem que virão. Destes 15, entre 8 a 10 pessoas realmente aparecerão. Destes, 5 ou 7 frequentarão regularmente após uma semana ou mais. Não permita que a rejeição o desencoraje. Líderes bem sucedidos não dependem de dois ou três comprometimentos verbais. Eles convidam pessoas novas constantemente. Líder: você deve responsabilizar-se, pessoalmente, pelo convite de novas pessoas. Sangue novo na célula lhe traz vida nova. Continue convidando e não desista.

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Visitas

Se você deseja que sua célula cresça e se multiplique, uma chave fundamental para o evangelismo eficaz é o contato imediato com os visitantes. Quando alguém novo vier para o grupo, agende uma visita logo em seguida, envie um cartão ou pegue o telefone e faça uma ligação. O ditado é verdadeiro: “As pessoas não se importam com o quanto você sabe, até que elas saibam o quanto você se importa.”

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Evangelismo natural

Os membros novos sentem-se livres para compartilhar quando percebem uma atmosfera de aceitação e de amor no grupo. A “atmosfera do grupo” é a

forma mais eficaz de expor a verdade do evangelho a não-cristãos. Você deseja atrair não-cristãos ao seu grupo? O evangelismo na célula não tem uma abordagem programática e limitada. Antes, é um processo pessoal de compartilhar as Boas Novas sobre o perdão dos pecados e a nova vida em Jesus. Devido à atmosfera de intimidade e cuidado dos pequenos grupos, o evangelismo acontece naturalmente. Líderes bem sucedidos empregam tempo buscando a face de Deus e são dependentes dele para darem a direção ao seu grupo. Primeiramente, eles se preparam e então voltam sua atenção à lição. Eles oram diligentemente por seus membros, como também por contatos com não-cristãos. Mas tais líderes não oram apenas. Eles descem do topo da montanha e interagem com pessoas reais, cheias de problemas e dor. Eles pastoreiam os membros de sua célula e os visitam regularmente. Eles convidam novas pessoas, visitam os recém-chegados e evangelizam naturalmente em seus pequenos grupos. Desenvolvendo esses hábitos, qualquer líder de célula pode conduzir seu grupo ao crescimento e à multiplicação. Isso está no coração de Deus e é sua Grande Comissão. Fonte: http://joelcomiskeygroup.com

Joel Comiskey é pastor na Califórnia, e autor de diversos livros sobre Igrejas em Células, área onde atua também como consultor através de sua organização, a Joel Comiskey Group.

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Louvor & Adoração

Ronaldo Bezerra, pr.

um adorador por exelência O que é adorar a Deus? Muitos pensam que é cantar na igreja, entoar louvores espirituais ou chorar muito em meio aos cânticos. Porém, a verdadeira adoração vai muito além desses estereótipos e manifestações extraordinárias durante um culto. O salmista Davi era um adorador por excelência. E se quisermos viver em verdadeira adoração, devemos observar algumas marcas importantes em sua vida e que o tornaram um homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22).

Davi tinha um coração quebrantado Foi o próprio Davi que disse: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51:17). Deus não espera perfeição de nós. O que impressiona o Senhor é um coração quebrantado! Davi adulterou, e conspirou o assassinato do marido dessa mulher. Quando foi confrontado com seu pecado, admitiu seu erro, assumiu a responsabilidade e se arrependeu. Foi um homem humilde e quebrantado. Saul também pecou, ao não obedecer uma ordem de Deus. Mas, quando foi confrontado, procurou se defender e se justificar, colocando a culpa em outros e tentando assim encobrir seu pecado. Foi um homem orgulhoso e soberbo.

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Quebrantamento não é um sentimento (emoções), mas uma decisão (atitude). Não significa ter um semblante triste e abatido, mas ter um coração humilde, arrependido, submisso e dependente do Senhor. O contrário disso é o orgulhoso. O orgulhoso é soberbo, insolente, arrogante, desdenhoso, presunçoso e autossuficiente. A Bíblia diz que “A soberba precede a ruína e a altivez do coração, a queda.” (Provérbios 16:18) e “Deus resiste ao soberbo; mas concede graça aos humildes.” (1 Pedro 5:5). Os verdadeiros adoradores possuem um coração quebrantado!

Ele amava a Casa de Deus Davi disse: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” (Salmo 122:1) e “Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida...” (Salmo 27:4).

Muitos vão à igreja de maneira displicente, por mero costume religioso. Outros nem vão, pois dizem: “Deus não habita em prédios. O templo hoje somos nós”. Mas considere: por que Jesus expulsou os cambistas do templo e o chamou de “casa de oração para todos os povos”? Por que Pedro e João subiram para orar no templo? Precisamos conhecer melhor as Escrituras! É verdade que nós somos o templo do Espírito Santo. Mas um lugar que foi construído e separado para o culto coletivo a Deus também é importante. Tudo deve ter o seu lugar em nossa vida: a oração secreta no quarto e a oração conjunta com os irmãos no templo, o louvor pessoal e o louvor coletivo, o culto individual e o culto que é prestado a Deus no contexto da Igreja de Cristo, que se reúne no templo para adoração. Verdadeiros adoradores amam estar na casa de Deus.


vida não me tornou teu inimigo. A doença que matou o meu filho não me indispôs contigo. Eu te adoro e reconheço que tu és um Deus verdadeiro. Eu não tenho respostas, mas eu confio no teu caráter, no teu cuidado, e sei que o teu olhar carinhoso está na minha direção”. O verdadeiro adorador não adora a Deus circunstancialmente, mas faz da adoração um estilo de vida. Não importa se tudo estiver bom ou ruim, devemos louvar ao Senhor em todo tempo (Habacuque 3:17-19). Não podemos permitir que as circunstâncias mudem aquilo que aprendemos a respeito de Deus, pois não vivemos de emoções, mas de fé. E fé é uma confiança no caráter de Deus e o caráter dele continua o mesmo. O verdadeiro adorador expressa adoração independente das circunstâncias.

Conclusão

Davi devotava toda a glória a Deus Davi disse: “Tua é, Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a majestade, e o esplendor; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra.” (1 Crônicas 29:11). Em Roma, quando um general voltava vencedor de uma batalha, ele era recebido pelo povo e pelo imperador. Conta-se que nesse trajeto colocavam escravos para repetirem em latim: “Memento mortale est” – Lembra-te que és mortal. Era o antídoto da arrogância. Não podemos tocar na glória de Deus. Cuidado com a falsa onipotência, que é o sentimento de que somos alguma coisa ou podemos alguma coisa. Deus não divide a sua glória com ninguém! “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.” (Isaías 42:8).

Aqueles que pensam que “fazem” e “acontecem”, estão tocando na glória de Deus. Devemos sempre ter em mente que não somos nada sem o Espírito Santo sobre nós. Somo dependentes do Senhor! Se vivemos, é por Ele e para Ele! Jesus disse: “Sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5). O verdadeiro adorador reconhece sua fragilidade e pequenez, e dá toda glória a Deus.

Ele expressava adoração independente das circunstâncias Davi disse: “Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca.” (Salmo 34:1). Davi orou durante sete dias por seu filho doente, mas o menino morreu (2 Samuel 12:20). Ao receber essa notícia, Davi se levantou, se arrumou, se alimentou e foi ao templo adorar a Deus. Sua atitude dizia: “Senhor, a dureza da

Assim, a adoração que Deus espera de nós deve ser o resultado de um coração quebrantado e de uma vida que reconhece suas próprias imperfeições, mas que também sabe que foi alcançada pela poderosa salvação que há em Cristo. Esse adorador vive esse estilo de vida quando está só e quando está em companhia de outros; pois ele ama estar junto com seus irmãos para prestar um culto inteligente a Deus. Assim, por saber quem ele é e o quanto depende da graça e do amor de Deus, rende sempre a Ele total devoção e glória. E nada disso depende das circunstâncias, pois independente do momento que ele vive, o adorador permanece em seu lugar de adoração.

Ronaldo Bezerra é pastor, músico, cantor, compositor e líder nacional do Ministério de Música da Comunidade da Graça. É casado com Simone Bezerra e tem dois filhos, o Ronaldinho e a Sophia.

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O dinheiro tem exercido grande influência sobre as pessoas desde a antiguidade. É motivo de preocupações, discórdias e até mortes. E, ao mesmo tempo, é útil e necessário para a vida diária. Na sociedade de consumo em que vivemos, o dinheiro tem tido o papel de protagonista da história. O que predomina hoje é o individualismo e o hedonismo. Não existe disposição para se adiar nada. Os próprios pais procuram satisfazer todos os desejos dos filhos, que acabam não aprendendo a lidar com frustrações e “nãos”. Os anúncios criam novas “necessidades” e falam de uma vida plena de satisfação imediata. E tudo isso não é exclusivo do mundo, a igreja está no mundo e se vê afetada por esta influência. Recentemente, o pastor Carlos Alberto Bezerra recomendou à liderança da Comunidade da Graça ler o livro “Pecados Intocáveis”, de Jerry Bridges. Nele, o autor trata o pecado do descontrole em diferentes áreas. Sobre uma delas, a financeira, escreve: “Nos Estados Unidos, por exemplo, existem organizações cristãs voltadas unicamente a ajudar os crentes a controlar suas finanças. Isso mostra que o problema é uma realidade em nosso meio. Essas organizações estão simplesmente ajudando as pessoas a exercerem autocontrole”. Conforme a Bíblia mostra, o autocontrole não é exercido por força de vontade. Ele depende da persuasão e capacitação do Espírito Santo. Exige que nossa mente seja continuamente exposta aos ensinos de Deus e que oremos sem cessar pedindo que o Espírito Santo nos conceda vontade e poder para exercitarmos autocontrole. Um jeito de exercermos autocontrole é nos afastar da tentação ou remover para longe aquilo que nos tenta. Outro é, no caso particular das finanças, entender a visão de Deus sobre o dinheiro.

A Bíblia fala muito sobre o dinheiro:

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Há mais de 2.350 versículos tratando sobre dinheiro e posses.

Das 38 parábolas de Cristo, 16 fazem referência à forma de se lidar com o dinheiro e bens.

A Bíblia ensina que o dinheiro pode ser bênção para quem sabe usá-lo, mas, ao mesmo tempo, pode tornar-se a “raiz de todos os males”, principalmente quando não há planejamento financeiro e tentam-se satisfazer todos os desejos consumistas. Nossa vida financeira também deve ser meio de glorificação a Deus. O cristão precisa então saber claramente como usar o dinheiro. Para isso é necessário identificar a situação real de suas finanças e saneá-las, aprender a negociar dívidas com sabedoria, a ser próspero e a planejar o futuro financeiro pessoal e familiar. Esse é o caminho para alcançar a tão desejada liberdade financeira.

Mas o que é liberdade financeira? Simples: •

Ausência de dívidas;

Ausência de transações financeiras desonestas;

Ausência de preocupação por falta de recursos realmente necessários;

Dar segundo a direção de Deus.

Liberdade financeira é gerenciar os recursos com fé e em obediência aos princípios da Palavra de Deus. Muitos acham que se trata apenas da ausência de certos problemas, mas um estudo realizado recentemente entre igrejas evangélicas do mundo todo mostra que as ofertas dos cristãos têm diminuído enquanto a dívida com cartão de crédito aumentado. Jerry Bridges pergunta: “O que temos feito com o nosso dinheiro? Isso tudo significa que temos gasto nosso dinheiro com as coisas desta vida – casas, carros, roupas, férias e produtos eletrônicos caros, só para citar alguns itens. (…) O conceito de dízimo perdeu a força, não porque deixou de ser considerado um ensino bíblico, mas porque nos tornamos mundanos em nossa atitude para com o dinheiro e, como resultado, ficamos avarentos com Deus”. Jesus foi categórico: “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6.24). A impressão é que na vida de muitos cristãos, o dinheiro está acima de Deus.


Se o dinheiro domina nossa vida, quem perde somos nós, não Deus. Afinal, Deus não precisa do nosso dinheiro.

Por isso, tenha sempre em mente que: • Não há problema em ter ou procurar ter dinheiro. O problema é o MOTIVO pelo qual desejamos tê-lo. •

Onde esses recursos serão aplicados é o que faz a diferença. A maneira como usamos o dinheiro demonstra onde está nosso CORAÇÃO. O modo como gastamos o dinheiro revela o que é mais importante para nós, aquilo que realmente VALORIZAMOS.

Na continuação desse tema, parte principal da Revista Comuna neste mês, você encontrará dicas dadas por profissionais que trabalham resolvendo problemas financeiros. Se atualmente você não enfrenta este tipo de problema, aproveite para pegar algumas dicas que podem ajudar na prevenção de situações complicadas nesta área, além de servir para você ajudar outros. Por outro lado, se você está passando por uma crise financeira, saiba que essa situação pode mudar; mas isso implica primeiro uma decisão sua: andar nos princípios estabelecidos por Deus.

Você pode tomar estes três passos para mudar:

1

Encare a realidade. Admita sua real situação financeira e reconheça onde foi que errou;

2

Procure saber porque está nessa situação. Como foi que você chegou nesse ponto?

3

Tenha clareza do objetivo. O que você quer para o futuro?

Não espere resultados diferentes fazendo as mesmas coisas de sempre. Mudar o comportamento e admitir erros e pecados são os primeiros passos para reverter o caos financeiro. Adquira o livro “Pecados Intocáveis” de Jerry Bridges. Use o leitor de QRcode do seu smartphone para acessar a Loja Comuna e receba seu exemplar em casa.

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Como negociar dividas com sabedoria Recentemente, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou uma pesquisa que revelou que a parcela de famílias endividadas aumentou no começo de 2014. Também cresceu a fatia da renda dos consumidores comprometida pelo pagamento de dívidas. Das famílias consultadas, 63,4% se declararam endividadas no primeiro mês de 2014, percentual superior ao de dezembro do ano passado (62,2%) e ao de igual mês em 2013 (60,2%). O levantamento envolveu 18 mil consumidores com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Apesar disso, a inadimplência caiu. Para a CNC, o recebimento do 13º salário ajudou a reduzir o atraso nos pagamentos neste início de ano. Mas também é claro que existe uma marcada tendência para a negociação das dívidas nos brasileiros. A Comunidade da Graça de Vila Mariana realizou, no final do ano de 2013, um Seminário sobre Finanças. O advogado Anderson Caldas,

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sócio da Zênite Assessoria e Consultoria, foi um dos palestrantes do evento e ofereceu aos presentes dicas interessantes para negociar as dívidas com sabedoria. O profissional ressaltou que o pior de uma dívida é não fazer nada com ela. E comentou: “Tem pessoas que sabem que têm uma dívida e pensam: ‘vou fingir que ela não existe.’ Inclusive, muitos falam abertamente: ‘vou deixar o meu nome entrar no SPC Serasa porque em 5 anos a dívida some.’ Isso está errado. Ela não some. Pode sumir o apontamento. Mas a dívida não some, a não ser que seu credor esqueça. Então nunca deixe uma dívida parada, por menor que ela seja. Ela vai se tornar uma bola de neve.” Além disso, o doutor Caldas recomendou que, diante de uma dívida, o desespero não é bom conselheiro. “A pior coisa que pode acontecer no meio de uma situação crítica é se desesperar, porque isso leva a uma situação pior. Por exemplo, você deixa de pagar contas importantes, tenta tapar o buraco dos juros, dos juros sobre juros, das multas e outras cobranças derivadas do crédito, até deixar de comprar coisas necessárias para você e sua família. Por isso, mantenha a calma.


do seu orçamento. Não faça um acordo se você não vai conseguir cumprir.

O que fazer? Lembre-se do primeiro conselho: manter a calma. Depois, siga estes passos: •

Não ceda a negociações impostas pelos credores: Geralmente você vai acabar aceitando renegociações que o levarão a pagar mais juros e encargos sobre as dívidas. Você gastará uma fortuna, além de comprometer o orçamento da sua família ou da empresa e, na grande maioria dos casos, ainda continuará devendo!

Identifique a origem da dívida: Por que ela veio? Por que você não conseguiu pagar seus compromissos? O que aconteceu? A culpa foi sua ou aconteceu algo que fugiu ao seu controle? Você gastou mais do que deveria, ou entrou menos dinheiro do que o esperado? Isso é importante para que você possa elaborar um plano de recuperação das finanças.

Estabeleça uma estratégia: Tenha ciência do valor que você terá disponível mensalmente para pagamento das dívidas. Estabeleça uma prioridade para esses pagamentos.

Negocie vigorosamente: Argumente, discuta e lute por descontos. Normalmente, o credor prefere dar descontos e facilitar o pagamento para resolver o problema e não sofrer um prejuízo maior.

Documente-se sempre: Sempre formalize os acordos feitos. Muito cuidado com os recibos e comprovantes de pagamento, pois você pode precisar deles mais tarde para comprovar a quitação da dívida.

Tenha paciência: As dívidas surgiram ao longo de meses (ou anos) e a solução desse problema não surgirá de imediato.

Procure ajuda especializada: Socorra-se antes com pessoas ou empresas qualificadas que possam tranquilizar você. A frieza e a ausência de emoção na hora de uma negociação pode facilitar e proporcionar excelentes resultados.

Não faça acordos com vários credores ao mesmo tempo: Negocie com cada credor de uma vez, de maneira que a forma de quitação (à vista ou de maneira parcelada) se enquadre dentro

O doutor Caldas destacou também que no meio da negociação é importante lembrar-se de trocar dívidas mais caras por dívidas mais baratas – “por exemplo, as dívidas com cartão de crédito e cheque especial são as mais caras, pois

Não se desfaça do seu patrimônio: Não destrua aquilo que levou anos e esforço para construir. Só venda o que é seu para pagar dívidas em casos extremos e em situações pontuais. NUNCA por pressão dos credores. Tenha em mente que “toda situação crítica exige uma decisão importante”. Quando o pagamento das dívidas começa a corromper o orçamento e prejudicar a subsistência da família e/ou da empresa, você tem que escolher entre sobreviver ou pagar dívidas, a melhor escolha é sobreviver e organizar-se para poder ir pagando as dívidas.

Negociando as dívidas •

os juros e outros encargos por atraso podem fazer com que ela aumente até 20% ao mês; portanto, é uma boa conseguir um empréstimo pessoal ou um consignado, os quais tem juros entre 3% e 5%”. Além disso, negocie com outros bancos e não esconda-se dos credores – “converse, exponha sua situação, diga que você deseja pagar sua dívida, mas não tem condições; não os desafie; seja humilde”.

Último conselho O profissional deixou claro que “não adianta limpar o nome e começar a gastar novamente. Seja consciente com o quanto você ganha e o quanto pode gastar. A dívida hoje é uma forma de escravidão. É uma arma que o diabo usa para destruir você e sua família. O início será difícil, mas quando os resultados começarem a aparecer você vai sentir-se muito estimulado a continuar. Conte com a sua família, se apoie nela para meditar e ter tranquilidade para achar uma saída melhor. E não se esqueça que a grande diferença está em saber quanto tempo você demora para reconhecer que errou, e quanto você demora para corrigir seu erro. Esse vai ser um ponto crucial para você sair mais rápido ou mais lento do seu problema.”

Conteúdo extra Use o leitor de QRcode do seu smartphone para assistir de graça a palestra completa do Doutor Anderson Caldas.

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Orcamento na ponta do lapis Outro dos palestrantes do Seminário sobre Finanças realizado na Comunidade da Graça de Vila Mariana foi Rodrigo Baia, superintendente modelo comercial do Banco Itaú, que ofereceu dicas para usar bem o dinheiro, levando-se em conta a diferença entre os juros ‘bons’ e os ‘ruins’. O profissional destacou que a sociedade lida mal com o dinheiro: “existem pessoas que podem gastar 50.000 reais numa única noite numa boate, esbanjando dinheiro, até com pessoas que nem conhecem. O filósofo francês René Descartes disse: ‘penso, logo existo’. Hoje nossa sociedade grita ‘consumo, logo existo’. E é esse consumo excessivo, desenfreado, que nos leva a perder o controle das coisas”. Ao mesmo tempo, ressaltou a importância de que pessoas de diversos níveis sociais tenham acesso ao consumo “porque as pessoas vivem mais e melhor quando podem ter acesso a saúde, educação, cultura etc.; e isso é muito positivo. Mas saber lidar com essa sociedade de consumo é tão importante quanto ter acesso a essas coisas”. Para isto, Rodrigo Baia explicou que é preciso entender o que são os juros. “Hoje só se fala de juros. Que estão altos, baixos, subiram, abaixaram. Mas é necessário entender o que eles são. Escritores clássicos definem os juros como a remuneração do capital, ou seja: eu tenho dinheiro, vou

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emprestar para alguém, e essa pessoa vai pagar pelo empréstimo. É a mesma coisa quando você trabalha e é remunerado por essa atividade”. Mas o profissional convidou os presentes a pensarem em um outro conceito: “os juros são uma forma de antecipar o futuro”. E continuou: “imagine que você não tenha condições de comprar um carro. Então, decide financiar um veículo. Assim, tem o bem e a dívida, que gera juros. Você passa a pagar o carro e os juros. Mas aquilo que estava no futuro, que só conseguiria alcançar se guardasse dinheiro por bastante tempo, você trouxe para o presente. Então, toda vez que pagamos juros estamos antecipando o futuro, só que isso tem um preço. E muitas vezes, é muito alto”. Então questionou: “Todo juro que você paga é ruim? Ou não?”

Juros bons e ruins Segundo a Febraban - Federação Brasileira de Bancos - e a ABECS Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços “os juros são muito altos, porque a inadimplência também é grande”. Mas vimos na matéria anterior que a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC, revelou que o número de inadimplentes no Brasil diminuiu. O amigo leitor estará se perguntando: “E então o que

fazer?”. Pois bem, o importante é entender essa diferença entre os juros ‘bons’ e ‘ruins’, e distinguir de quais deles se fala em cada situação específica, para não cair numa armadilha. Rodrigo Baia explicou: “Os juros ‘ruins’ são os que geram mais despesas. Por exemplo, você financia um segundo veículo para não ter que usar transporte público no rodízio. Os juros dessa nova dívida são ‘ruins’, porque nascem de uma decisão tomada sobre uma situação absolutamente trivial. Você não precisava desse novo veículo e acabou apenas gerando novas despesas”. Diferentemente, o profissional mostrou que, se o carro fosse financiado a partir, por exemplo, da ideia de trabalhar com uma representação que exige veículo próprio, ali a dívida geraria juros ‘bons’ porque não nasceu de uma situação trivial, mas de uma oferta concreta de emprego. “Você vai pagar juros, mas esses não estão gerando despesa, estão gerando ingressos”. Por isso, assinalou o superintendente do Itaú, é importante ter um planejamento que ajude a analisar cada investimento. E recomendou: “Todas as vezes que qualquer um de nós pensar em adquirir algo, devemos nos perguntar se isso vai gerar juros ‘bons’ ou ‘ruins’. O investimento gera mais receita ou mais despesa? Se for uma despesa, temos que ver se isso está dentro do orçamento”.


3 dicas simples Estas são coisas, recomendou Baia, que sempre deveríamos levar em conta:

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Orçamento familiar: É extremamente importante, não está na nossa cultura e é muito simples. Ali é que você perceberá onde estão suas grandes despesas e as suas grandes oportunidades. Se sobrar dinheiro, faça planos. Se der empate, preste atenção nos gastos e tente diminuí-los para que sobre algum dinheiro. Se faltar dinheiro, tome cuidado para não perder o controle e se endividar, comprometendo sua qualidade de vida.

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Planejamento: Defina metas a curto, médio e longo prazo. Há um tempo certo para tudo. A Bíblia nos ensina: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de colher.” Eclesiastes 3.1-2. Tenha claro que o seu tempo pode não ser o mesmo do seu amigo do lado.

As fases da família e o papel do dinheiro Finalmente, Baia explicou que, na média da vida de uma pessoa:

Até os 25 anos é a fase de acumular. Trata-se dos primeiros anos da formação da família e da vida profissional. É o melhor momento para investir em educação. É o momento de comprar casa, carro etc.; superar eventuais dificuldades, reforçar laços afetivos; planejar e gastar bem cada centavo.

Dica: use crédito para financiar casa e carro próprio; forme uma reserva de emergência; inicie um plano de previdência complementar – além da oficial – para ter mais tranquilidade no futuro. •

Dos 25 até os 45 anos é a fase de evoluir. É quando os casais começam a se preocupar mais com o futuro. É a fase da chegada dos filhos. Os desafios desta fase passam por: garantir os cuidados com a saúde e a escola das crianças; para quem já guardou algum dinheiro, ampliar o patrimônio; planejar uma aposentadoria tranquila.

Dica: Reforçar as contribuições ao fundo de previdência complementar, sem deixar de pagar a oficial. •

Dos 45 até os 65 anos é a fase de consolidar. É quando os filhos são adultos. Quando o patrimônio e as conquistas da família vão se consolidando. Os desafios desta fase são: encarar a independência dos filhos, à medida que eles conquistam o primeiro emprego e saem de casa para formar suas próprias famílias.

Dica: Com a família mais enxuta e sem tantas necessidades urgentes, reforçar o patrimônio para a aposentadoria. •

A partir dos 65 anos chega o momento de aproveitar. É a fase da aposentadoria: hora de aproveitar o patrimônio acumulado com tanto esforço. O desafio é enfrentar a mudança no ritmo de vida.

Dica: Se ainda houver disposição e vitalidade, promover uma mudança de foco na carreira e um afastamento gradual do trabalho; aproveitar as facilidades de crédito existentes para essa faixa da população – com cuidado redobrado e sempre com consciência. Baia encerrou com uma recomendação: “A soberba é o princípio da ruína. Deus tem o melhor para você. Seja simples como a pomba, mas prudente como a serpente (Mateus 10.16). Saiba que sempre há uma saída. Sempre é momento de mudar. Sempre é momento de melhorar”.

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ComUNIDADE

Comunidade da Graça em

mauá/sp

Em junho de 2006, o então diácono Carmo Farias e sua família foram enviados pela Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo para a cidade de Mauá. Inicialmente, uma célula com cinco famílias foi fundada na cidade, com a confirmação através da palavra que Deus deu a Abraão: “Então o Senhor disse a Abrão: Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mos¬trarei. Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão aben¬çoados.” Gênesis 12:1-3 As reuniões começaram com um total

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de 18 pessoas. Elas aconteciam semanalmente na garagem da residência de um dos irmãos. Com o tempo, duas novas células surgiram na cidade e mais pessoas começaram a se reunir para formar a tão sonhada Comunidade da Graça em Mauá. Neste mesmo ano, em um domingo à noite, o Senhor deu uma palavra que confirmaria o chamado pastoral do diácono Carmo: “Moisés disse ao Senhor: Que o Senhor, o Deus que a todos dá vida, designe um homem como líder desta comunidade. Para conduzi-los em suas batalhas, para que a comunidade do Senhor não seja como ovelhas sem pastor. Então o Senhor disse a Moisés: Chame Josué, filho de Num, homem em quem está o Espírito, e imponha as mãos sobre ele. Faça-o apresentar-se ao sacerdote

Eleazar e a toda a comunidade e o comissione na presença deles. Dê-lhe parte da sua autoridade para que toda a comunidade de Israel lhe obedeça. Ele deverá apresentar-se ao sacerdote Eleazar, que lhe dará diretrizes ao consultar o Urim perante o Senhor. Josué e toda a comunidade dos israelitas seguirão suas instruções quando saírem para a batalha.” Números 27:15-21 Assim, com a resposta vinda do Senhor através de sua Palavra, o diácono Carmo Farias foi consagrado ao ministério pastoral, cumprindo o chamado que Deus havia colocado em seu coração quando chegou à Comunidade da Graça Sede em 1997 através de uma ministração do pastor Carlos Alberto, quando ele, profeticamente, disse que alguns dos ali presentes naquele do-


Pr. Carmo e a liderança da igreja

mingo seriam futuros companheiros dele no ministério pastoral! No dia 21 de abril de 2007 um prédio foi alugado e uma congregação em Mauá foi oficializada, contando com a presença dos pastores da Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo e do pastor Osmar Misael Dias, que ministrou a palavra naquele dia memorável. Uma aliança de amor e gratidão com a Comunidade da Graça Sede e com o pastor Carlos Alberto nos une até os dias de hoje e para sempre. Ao final de 2007 a igreja possuía quatro células. Um período de grandes lutas foi enfrentado, mas a mão do Senhor sempre esteve estendida sobre sua igreja. Em 2009 o grupo em Mauá chegou a 95 pessoas. No ano de 2011 foi realizado o primeiro Acampamento de Jovens e Adolescentes juntamente com a Comunidade em Diadema. Cerca de 100 jovens estiveram presentes naquele ano. Foram momentos inesquecíveis além de frutos que ficarão para sempre na memória!

O projeto IDE acontece todas as terças feiras com o intuito de treinar e capacitar toda a liderança para o serviço no Reino de Deus. O mais novo desafio tem sido o discipulado um a um com a liderança principal e a meta de incluir toda a igreja neste desafio até o final do ano. Um projeto para 2014 é buscar um prédio maior e mais confortável para receber melhor os irmãos e mais vidas serem alcançadas e levadas à Cristo. Com a convicção que o futuro a Deus pertence, porém com muita oração, planejamento e disposição, alguns projetos têm sido colocados em prática na comunidade local. Uma aproximação com a Fundação Comunidade da Graça tem trazido experiências

excepcionais e aumentado os sonhos em relação à parte social, muito latente em Mauá. No final do ano passado, a Comunidade em Mauá pode participar de forma ativa dos projetos Click.compaixão e também do Papai do Céu, enviando sacolinhas para as crianças e alguns representantes para realizar a entrega pessoalmente. Isso tem ampliado a consciência de que mais e mais famílias podem ser alcançadas através do poder transformador da Palavra de Deus e das atitudes de cada membro da igreja. Sendo assim, um dos principais focos da Comunidade em Mauá para 2014 é ampliar os projetos de cunho social. O projeto Saber será implantado, pois temos a convicção de que, mais do que apren

Neste mesmo ano os pastores Osvaldo e Adilson Parra, juntamente com suas famílias, se transferiram para colaborar no pastoreio dos membros da Comunidade em Mauá. Em 2012 aconteceu o segundo Acampamento de Jovens e Adolescentes com 90 jovens, onde 13 vidas entregaram seus corações para Cristo. O ano de 2014 iniciou-se com 11 células, sendo seis de jovens e adolescentes e cinco células de adultos, sendo que uma delas se reúne na cidade de Ribeirão Pires, num projeto para alcançar também essa região.

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der a ler, muitas vidas serão impactadas pelo amor de Deus que tem sido derramado em cada um dos seus filhos. A Deus toda a glória por todas essas conquistas!

Testemunho tumor cancerígeno que estava no meu intestino. Os médicos foram diretos comigo a respeito dos riscos e dificuldades do tratamento. Foi um dos momentos mais difíceis de minha vida. Após fazerem uma nova bateria de exames, ficou constatado que o tumor estava em estágio inicial e que havia 90% de chance de cura, porém se fazia necessário outros exames para confirmar se o tumor não tinha se espalhado para outras regiões de meu organismo. Foram noites intermináveis em preocupações e pensamentos sobre meu futuro.

Margarete Vieira Souza

Meu nome é Margarete Vieira Souza, eu e meus dois filhos fazemos parte da Comunidade da Graça em Mauá há três anos. No dia 09 de julho de 2013 tive um leve sangramento que se estendeu por alguns dias. Após ser examinada em uma consulta, fui levada ao Hospital São Camilo para fazer os procedimentos necessários onde, de imediato, fui encaminhada para observação e, posteriormente, para a UTI. Submeteram-me a vários exames: tomografia, endoscopia, colonoscopia, entre outros. O diagnóstico foi um

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Graças a Deus pela manhã veio a notícia que o tumor estava alojado em um único lugar. Comecei a ver a luz no fim do túnel! Ainda na UTI, tive uma maravilhosa experiência onde Deus falou ao meu coração: “Você será curada”! A paz começou a reinar em meu coração a partir de então. O texto de Salmo 46:1 que diz “Deus é o nosso refugio e a nossa força, socorro que não nos falta em tempos de aflição” encheu meu coração de esperança! A cirurgia foi marcada para o dia 31 de julho. Às 10h00 fui levada ao centro cirúrgico. Todo o procedimento durou por volta de nove horas e trinta minutos, com algumas dificuldades para retornar da anestesia. Mas a cirurgia foi um sucesso. O Senhor capacitou todos os profissionais envolvidos e o tumor

foi removido por completo. Ao abrir os olhos, após a cirurgia, fiquei muito feliz em ver algumas das amigas da Comunidade de Mauá que estavam orando por mim. Em todo esse tempo difícil de recuperação só tenho a agradecer a Deus e a cada irmão que orou por mim. As orações da família Comunidade da Graça me fortaleceram e me deram a certeza de que nosso Deus Pai cuidaria de cada detalhe do meu organismo. Pude provar a alegria que é viver em uma igreja família. Algumas irmãs se revezaram para me fazer companhia e cuidar de mim no hospital e também em meu retorno ao lar. Apesar da grande provação, tudo isso foi de grande valia para eu poder conhecer profundamente o amor dos irmãos para com a minha vida. Agradeço a Deus pela oportunidade de estar aqui testemunhando por todos os benefícios em minha vida. Atualmente estou sendo submetida à última fase do tratamento que termina no final de janeiro para honra e glória do Senhor! Hoje tenho a alegria de poder dizer com toda a convicção como Davi no Salmo 18: “O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador, meu Deus a minha fortaleza em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu alto refúgio”.


fundação Comunidade da graça

Programa Primícias Expressando o amor de Deus a quem mais precisa

Todo mundo sabe que a Fundação Comunidade da Graça tem muitos projetos. São 16, ao todo. O que quase ninguém imagina é que a “porta de entrada” para a maioria deles seja o Programa Primícias, que atende famílias em vulnerabilidade social por meio da distribuição de cestas básicas. Toda semana, quase uma tonelada de alimentos é distribuída. Através do Primícias, as famílias assistidas conhecem outras iniciativas da Fundação. Muitas delas, por exemplo, são encaminhadas para tratamento médico em nossa Policlínica. Outras, ingressam no programa de capacitação profissional. Isso acontece porque a proposta dessa ação não é a de ser permanente, mas, sim, de oferecer auxílio em momentos de crise financeira, para que os atendidos possam, depois, buscar as próprias ferramentas para seu sustento.

Não são poucas as histórias de famílias que conseguiram, graças a esse projeto, se reequilibrar financeiramente e, a partir daí, dar passos importantes para sair da crise em que estavam. As cestas básicas são montadas com doações de alimentos feitas por pessoas físicas e jurídicas. Em cada cesta, há arroz, feijão, macarrão, açúcar, café, farinha de trigo, farinha de rosca, fubá, óleo, sal, molho de tomate (caixinha), bolacha, achocolatado e leite em pó. Em média, são incluídas cerca de 140 novas famílias por mês, após avaliação socioeconômica, que considera aspectos como situação precária de moradia, renda baixa ou vinda de benefícios e acesso restrito a educação.

Desafio para 2014 O nome “primícias” vem do versículo 19 de Êxodo 23, que nos orienta a levar as primícias de nossos “frutos” à Casa do Senhor. É um ato de gratidão a Deus. E a Fundação quer ampliá-lo neste ano. A primeira das metas é dobrar a quantidade de alimentos na cesta básica. Isso porque boa parte das famílias atendidas é numerosa, com até seis pessoas. E, nesses casos, o mantimento da cesta é pouco. A outra, é incluir na cesta cinco produtos de higiene e limpeza – papel higiênico, sabonete, escova de dentes, creme dental e sabão de pedra.

+ Ser um colaborador do Programa Primícias é fácil! Basta doar um ou mais alimentos que compõem a cesta (preferencialmente, café, farinha de trigo, bolacha, achocolatado e leite em pó). Fundação Comunidade da Graça Telefone (11)2672 12 00 | fcg.org.br

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nova geração

Como flechas nas mãos do Valente “... E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Mateus 25:39-41 Confesso que, talvez por ter sido vítima de muitas experiências traumáticas, sempre fui resistente ao setor penitenciário e ao tratamento com os chamados “bandidos”. Já sofri assaltos à mão armada, sequestro relâmpago e roubos na minha residência. Sinceramente, eu não achava que poderia haver misericórdia para quem comete crimes, e muito menos um recomeço. Mas, há algum tempo, comecei a ver que estava totalmente equivocado e que para Deus não existe diferença de pecado, mas sim de consequência. Deus espera o pedido de perdão para a reconciliação com o que conta uma simples mentira, mas também com o que roubou, matou ou até estuprou. Cristo é este reconciliador através da Cruz e fazemos isto pela fé. Em outubro de 2013, uma mãe nos procurou buscando apoio para o momento difícil que seu filho estava passando. O jovem M., de apenas 14 anos, havia sido preso por roubo.

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Minha reação imediata foi de dó, mas nunca me imaginei indo visitá-lo dentro da penitenciária de adolescentes. Naquela noite eu não consegui dormir, pois me vinha à cabeça exatamente o quadro daquele jovem. Orando por ele, fiquei muito incomodado a procurar alguém que tivesse um contato com a capelania da Fundação Casa. Procurei também o Celso Barnabé, que já faz um trabalho abençoadíssimo na Penitenciária Feminina há alguns anos. Então, decidi ir ao presídio e visitar este adolescente. E a partir desse momento, começamos a fazer trabalhos evangelísticos na Fundação Casa. Utilizando música, filmes e bate-papo, buscamos mostrar o amor de Cristo e o que Ele fez por nós. Pela misericórdia de Deus, nosso trabalho tem sido bem visto pelo órgão e estamos elaborando um projeto de ressocialização e acompanhamento destes adolescentes. O fato


de sermos uma igreja em células, viabiliza o envolvimento e acompanhamento das pessoas de forma mais próxima. Este trabalho é diferenciado porque engloba três aspectos:

Espiritual: Atividades de evangelismo dentro das

unidades prisionais e acompanhamento da inserção deles e suas famílias nas células.

Físico: Indicação de acompanhamento psicológico, médico e odontológico (se necessário) através da Fundação Comunidade da Graça. Profissional: Auxílio e recomendação para conquista de emprego e incentivo aos estudos.

Uma experiência transformadora No dia 21 de dezembro de 2013, dia de visitação das famílias, fizemos um culto numa unidade com 56 internos de 14 a 19 anos, e falamos do sentido real do Natal. Fomos em 9 pessoas, entre músicos e equipe técnica, dispostos a servir e demonstrar o amor de Deus naquele lugar. Nossos amigos do grupo T.A.P.E. reforçaram este time com seu Hip-Hop criativo, impactante e de conteúdo inteligente sobre a mensagem da cruz e de transformação. A empresa TSI abençoou as 56 famílias com uma cesta de Natal. Também levamos uma Bíblia a cada família, pois assim como é maravilhosa a sensação de saciar a fome com alimento, Deus é o único que pode preencher nosso vazio interior com o alimento espiritual. Ver o M. – aquele cuja mãe nos procurou em 2013 – entregar sua vida a Cristo e, ao sair da internação, nos acompanhar em nosso acampamento de adolescentes foi realmente um presente de Deus. Sua escolha de mudança de vida e sua participação no Corpo de Cristo tem provocado um mover em toda a sua casa. Sua vida está realmente diferente. Já trouxe seu amigo G. em uma de nossas reuniões de janeiro, recém liberado da internação também. Mais uma vida ganha para Cristo, que frutificará e será usada como ‘flecha nas mãos do Valente’. Queremos mostrar a estes adolescentes que há esperança e que conforme diz Filipenses 3:13 e 14, nos esquecemos das coisas que para trás ficam, avançamos para as que ficam diante de nós, prosseguindo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

David Brandoles, líder do Ministério de Adolescentes da Comunidade da Graça Sede, casado com a Marcela e pai de uma filha.

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igreja família

John Wesley

O caráter de um

cristão Um cristão ‘ama ao Senhor seu Deus com todo seu coração, alma, entendimento e forças’. Deus é a alegria e o desejo da sua alma, que clama continuamente: ‘Quem tenho eu no céu além de Ti? Não há outro em quem eu me compraza na terra! Meu Deus e meu tudo! Tu és a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre’ (Salmo 73.25-26). Ele é, portanto, feliz em Deus; sim, sempre feliz, como tendo nele uma fonte de água brotando para a vida eterna e transbordando a alma com paz e gozo. Porquanto o amor perfeito lançou fora o temor, ele se regozija sempre. Seu júbilo é completo e os seus ossos clamam: ‘Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para a sua viva esperança, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para mim’ (1 Pedro 1.3-4).

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E qualquer que tem esta esperança cheia de imortalidade, em tudo dá graças, sabendo que esta (seja o que for) é para ele a vontade de Deus em Cristo Jesus. Dele, portanto, recebe tudo dizendo: ‘Boa é a vontade de Deus e quer seja dado, quer seja tirado, sempre bendize o nome do Senhor’. Seja no conforto ou na dor, na enfermidade ou saúde, em vida ou morte, do mais fundo do coração dá graças a Ele que tudo ordena para o bem; em cujas mãos entregou totalmente seu corpo e alma, como nas mãos de um fiel criador. Portanto, em nada está ansioso, pois lançou a sua ansiedade sobre Aquele que tem cuidado dele; e em todas as coisas descansa Nele depois de apresentar-lhe as suas súplicas com ação de graças. Pois, verdadeiramente, ora sem cessar; em todo o tempo a linguagem

do seu coração é: ‘Diante de Ti está a minha boca, embora sem voz; e o meu silêncio fala de Ti’. O seu coração se eleva a Deus em todo o tempo e em todo o lugar. Nisto ele nunca é impedido, muito menos interrompido, por qualquer pessoa ou coisa. A sós ou em companhia, no lazer, negócios ou conversa, o seu coração está sempre com o Senhor. Quer se deite ou se levante, Deus está em todos os seus pensamentos; anda com Deus continuamente; tendo os olhos da alma fixos Nele, e por toda a parte ‘vendo Aquele que é invisível’. E amando a Deus, ama ao próximo como a si mesmo; ama a todos os homens como a sua própria alma. Ama seus inimigos, até os inimigos de Deus. E se não puder fazer bem aos que o aborrecem, ainda não cessa de orar por eles, embora rejeitem o seu amor, o injuriem e persigam.


reservas, devotando tudo quanto tem e quanto é à Sua glória. Todos os talentos que possui, emprega-os constantemente conforme a vontade do Mestre – cada capacidade e faculdade de sua alma, cada membro de seu corpo.

Pois ele ‘é puro de coração’. O amor purificou o seu coração da inveja, malícia, ira e toda má disposição. Limpou-lhe o orgulho que só traz contendas e agora tem ‘ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade’ (Colossenses 3.12). Ninguém pode tirar-lhe este tesouro, visto que não ama ‘o mundo nem as coisas do mundo’ (1 João 2.15), pois todo o seu desejo é para Deus e para lembrança do Seu nome. De acordo com o seu único desejo, o único objetivo da sua vida é fazer não a sua própria vontade, mas ‘a vontade de Deus que o enviou’. Sua única intenção em todo o tempo e em todo o lugar é não agradar a si mesmo, mas Aquele a quem sua alma ama. Tem olhos singelos, pois, ‘se os olhos forem bons, todo o corpo terá luz’ (Mateus 6.22). Tudo é luz, como quando ‘o brilho de uma vela ilumina a casa’. Deus reina; tudo que se encontra na alma é ‘santidade ao Senhor.’ Não há em seu coração qualquer motivo que não esteja de acordo com a vontade divina. Todo o pensamento que surge

aponta para Ele e está em obediência à lei de Cristo. Conhece-se a árvore pelos frutos. Assim como ele ama a Deus, guarda os seus mandamentos; não só alguns ou a maioria; mas todos, desde o menor até o maior. Não se contenta em guardar toda a lei e falhar num detalhe, mas em todos os pontos tem uma consciência livre de ofensa para com Deus e o homem (Atos 24.16). O que Deus proibiu ele evita; o que Deus mandou, ele faz. Segue os mandamentos de Deus, já que Deus libertou o seu coração. Proceder assim é sua glória e alegria; sua coroa diária de regozijo é fazer a vontade de Deus ‘assim na terra como no céu’. Ele guarda todos os mandamentos de Deus, e com toda a sua força; pois, a sua obediência está em proporção ao seu amor, fonte de onde ela emana. Por conseguinte, amando a Deus de todo o coração, serve-O com todas as forças; apresenta continuamente a alma e o corpo em ‘sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’, inteiramente e sem

Por conseguinte, tudo quanto faz é para a glória de Deus. Em suas ocupações não só procura atingir o fim (o qual implica em ter olhos singelos), mas o consegue; seus negócios, seus divertimentos, tanto quanto suas orações, tudo serve para este grande fim. Quer ‘se sente em casa, ou ande pelo caminho,’ quer se deite ou se levante, promove com tudo que fala e faz este único bem da sua vida. Seja em vestir-se, ou trabalhar, ou comer e beber, ou divertir-se depois de um trabalho desgastante, tudo tende para a glória de Deus, por meio da paz e da boa vontade entre os homens. A sua regra invariável é esta: ‘E tudo quanto fizerdes seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai’ (Colossenses 3.17). As preocupações do mundo não lhe impedem correr a ‘carreira que lhe foi proposta’ (Hebreus 12.1). Não consegue, portanto, ‘ajuntar tesouros na terra’, da mesma maneira que não acenderia fogo em seu próprio peito. Não fala mal do vizinho, como não pode mentir a Deus ou ao próximo. Não profere palavras duras contra ninguém; pois é o amor que guarda a porta dos seus lábios. Não diz palavras ociosas; nenhuma conversa corrupta sai da sua boca. A conversa ociosa é aquela que não edifica e não serve para ministrar graça aos ouvintes. Mas ‘tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é justo’ (Filipenses 4.8) ele pensa, fala e age e assim ‘orna, em todas as coisas, a doutrina de Deus, nosso Salvador’ (Tito 2.10). Do livro “A PERFEIÇÃO CRISTÔ, do autor, substituindo-se a palavra metodista por cristão.

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Texto e contexto

Carlos Alberto Antunes, pr.

Construindo a casa

de deus

A contribuição do supervisor de células Parte I Durante todos esses anos em que estamos implantando a visão celular em nossas Comunidades, muitas vezes nos deparamos com a falta de especificação do papel do supervisor nas suas múltiplas funções, e que acabam sendo reduzidas a uma só: pastorear os líderes de células. Normalmente, estes supervisores foram desafiados para esta função porque foram líderes bem sucedidos, que multiplicaram suas células e formaram novos líderes. Assim, durante anos eles estiveram envolvidos com todas as funções de um líder de células: evangelizando e integrando, acompanhando pessoas nos Encontros Vida Vitoriosa, ministrando o Formando Discípulos, pastoreando vidas, ensinando, visitando, aconselhando, estabelecendo auxiliares,

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encaminhando-os e acompanhando-os no CTL, planejando eventos etc., e, geralmente no final do ano, fazendo celebrações de multiplicação de suas células, coroando de êxito todo o seu trabalho. Mas, quando este líder, pelo próprio sucesso do seu ministério e da multiplicação das suas células, é desafiado a assumir a responsabilidade de supervisionar outros líderes, ele acaba se frustrando. Isto porque, durante muito tempo pensávamos que era tudo e somente isto que o supervisor deveria fazer: pastorear os líderes das células, deixando de lado todas as atividades passadas que ele fazia com tanta paixão. Mas agora, depois desses últimos anos em que estivemos em contato direto com os supervisores de células do Distrito Azul, da Comunidade Sede,


As funções de um supervisor vão muito além, e não estão restritas unicamente ao cuidado de líderes de células.

também ensinando no CTL sobre a nossa Visão, Modelo e Trilho, além de eu mesmo ser supervisor das células que multiplicamos (a célula de casais que iniciamos em 2009, agora já são 7 novas células), pudemos perceber que as funções de um supervisor vão muito além, e não estão restritas unicamente ao cuidado de líderes de células. O supervisor tem um campo muito mais amplo de atuação, que gostaríamos de compartilhar neste artigo, com base nos modelos da Palavra de Deus, para que ele possa dar uma contribuição indispensável e muito valiosa na construção da casa de Deus, que é o tema deste ano em todas as nossas Comunidades. Assim sendo, entendemos que ao supervisor, além de pastorear os líderes e supervisionar as células, funções que já são feitas, compete mais estas atividades: Atentar para o relacionamento Líderes/Auxiliares, estimulando-o para que seja sempre saudável e sem barreiras, pois conflitos entre eles (ou o distanciamento) são desastrosos para a célula que dirigem. Por isso, é sempre melhor fazer o trabalho preventivo, pois quando conflitos se estabelecem, por falhas de uma ou ambas as partes, os prejuízos são terríveis

para a célula, trazendo muitas dores, confusão, partidarismos, decepção e escândalo para os membros do grupo.

pleno acordo com o pastor titular e os pastores de distrito ou de área, quando houver.

Receber e ordenar os relatórios dos encontros semanais das células, preenchendo uma planilha com todos os dados da sua supervisão, e enviando-a para o CTL, na segunda-feira até as 12h00. Cabe ao supervisor a responsabilidade maior para que esta prestação de contas seja feita com precisão todo início da semana, para que, com base nestas informações, o pastor titular e sua equipe possam conferir, confirmar ou aperfeiçoar suas estratégias, visando o pleno desenvolvimento da nossa Visão.

Reunir todos os participantes da célula de sua supervisão, pelo menos semestralmente, para um evento de comunhão, informal e alegre, com momentos de lazer e de comer juntos; este é o rebanho que o Senhor deu para cada supervisor ajudar o seu pastor titular, em bem pastorear o rebanho de Deus. Nestes eventos, o supervisor estará bem perto destas ovelhas, podendo ouvi-las, saber do seu estado, e ajudar os líderes de células a cuidar ainda melhor delas (Provérbios 27:23).

Acompanhar atentamente o processo de formação de novos líderes, através de supervisionar todo o trabalho que está sendo feito com os participantes do Formando Discípulos, como também o mentoreamento que os líderes precisam fazer com os seus auxiliares que estão no CTL. Assim sendo, fazendo uma analogia com práticas esportivas, o supervisor não investirá somente nos titulares da sua equipe (os líderes), mas também terá que receber prestações de contas do investimento nas categorias de base (participantes do Formando Discípulos) e também nos reservas que estão perto de fazer parte do time principal (alunos do CTL). Formar novos supervisores, pois assim como para a multiplicação das células se requer novos líderes, também para a multiplicação de uma área de supervisão é necessário a formação de novos supervisores. Estes deverão ser escolhidos dentre os dirigentes de maior sucesso, mas em

Certamente que todas estas funções deverão ser feitas com muita oração e paixão, e através de uma maior utilização dos meios que o supervisor já possui para desenvolver o seu trabalho, sem que haja qualquer sobrecarga sobre eles: através do seu próprio GD, dos encontros informais com seus líderes e auxiliares, da Internet e dos celulares, dispensando-se assim mais reuniões ou encontros formais no prédio da Comunidade. * Esta matéria continua na próxima edição da Revista Comuna.

Carlos Alberto Antunes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Diretor do Centro de Treinamento em Liderança, É casado com a pastora Vanda, e é pai de 5 filhos.

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Aconteceu

Ronaldo Bezerra ministrou nos Estados Unidos

O pastor Ronaldo Bezerra passou 24 dias viajando e ministrando em diversas igrejas dos Estados Unidos, em cidades como Nova Iorque, Boston e Washington, dando início à Turnê 2014. Bruno Cravo (tecladista), Nando Marques (baterista) e Jairo (baixista), foram os integrantes da banda que também formaram parte da turnê.

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Cheios de esperança Para marcar o início do ano, durante o mês de janeiro, na igreja Sede, em Vila Carrão, foi realizada uma série de mensagens chamada “Cheios de Esperança no poder do Espírito Santo”. Convidados especiais como os pastores Marcos Marciano, da CG São Bernardo do Campo, Virgílio Amaral, da CG Ubatuba, José Diniz, da CG Guarulhos e o líder nacional de jovens, Fernando Diniz, trouxeram mensagens inspiradas para começar o ano de 2014 na bênção do Senhor.

Conteúdo extra Use o leitor de QRcode do seu smartphone para assistir de graça a série completa das mensagens ministradas.

O tempo de louvor também foi muito abençoado com a presença inspirada de amigos como Rachel Novaes e Emerson Pedrosa.

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Aconteceu

projeto atitude especial Também durante o mês de janeiro, e como parte da programação das “Quartas com Vida”, a igreja Sede, em Vila Carrão, recebeu visitantes ilustres para participar do “Projeto Atitude – Especial”. O amado pastor Adhemar de Campos foi o encarregado de dar o pontapé inicial do evento. E os queridos Emerson Pedrosa e Elder Mota, junto com a banda Viciados em Cristo, vieram logo na sequência deste maravilhoso projeto.

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